NVINOSHLIN Je: ) GA 2 GAS 5 3) o — (er, .. 2) © S Grã 2 ud au = 2 m u ao TR m Non, DE? z rs m a Dre [62] = == (47) , — on NOILNLILSNI NVINOSHLINS SIIHV4SIT LIBRARIES, SMITHSONIAN 7) = (eu) z KFZ a = S 5 = VE RN = = = ur = z N Ne z g - 8: WE 2 > = = E oo. E os 7 3 i 7 a 2.) WR 17 LIBRARIES SMITHSONIAN INSTITUTION NOILNLILSNI NVINOSHLINS S31yV? = RR = F NOR É E .2 = N: N e. = x À ANN x ie < E < a IS = E 2 a = a q E O = Õ — Õ Es, zZ — a E zZ =) ON NOILNLILSNI s31yv4g11 5 - 6 — 5 — = [9] — [09] — ww E > E = 5 2 ‘| E > = > E > Re = E É E a - en = m = m = (dp) ; = [64] Eu [7 LIBRARIES SMITHSONIAN INSTITUTION NOILMNLILSNI NVINOSHLINS SITUVE = e 4 ae = = 3 = à dm é 5 É * a 5 O NNE Zi = | a: I O “E N ES É O 7, BO JE O A E z ENS 2, = 2 | - RE a 3 = ON NOILNLILSNI_NVINOSHLINS S314VY417 INSTITU! 9) zn n = n > u Rn - 2 = E é I AN < = < “3 5 2 RD Hr, = a - 7 LIBRARIES SMITHSONIAN INSTITUTION NOILNLILSNI s3ıuV? = = = = r z = a es E oO o E > = = = = > a: 5 = Ea = E: = = = Er 2 E = = (2) a z o z 5 z (2 = = ZE Wo oO = > er ON NOILNLILSNI S S31UVUAII_LIBRARIES, SMITHSONIAN o Ze (42) = ae sa = Ra ES E < 5 = par z = E É E) 2 2 2 = =‘ E E > = > = = dE [77] Eco 2) (77) 1172 „SMITHSONIAN INSTITUTION _ NVINOSHLIAS S31 UV! A a = “3 = a Nº FE <: E z ZN < = [a q a S VA: “o zu A o 2 (o) E a A =) = 3) Eta N ON NOILNLISNI NVINOSHIINS SIlHVEBIT LIBRARIES SMITHSONIANT INSTITU DS E 2 SUB) E NS) = SN E SUBS ÉS E = (7) Se MLILSNI_NVINOSHLINS S31UVYAIT_LIBRARIES SMITHSONIAN NO | z [07] 3 Pr as. q 2 142) | ‚Z Es < IN = < E E E E > - e) 2 e) Er e) = ; A ú Nr zZ ur = - AR IES SMITHSONIAN INSTITUTION NOILNLILSNI NVINOSHLINS Salavagın LI! ’ ru zZ =) e =) u 5 Se 5 2 5 o Mine SR 372 > E a Ne = - SH e = a = E “ae ur o = o e o MALLSNI_ NVINOSHLINS 53 [UVB BIT LIBRARIES SMITHSONIAN INSTITUTION, Nó - < e NE a a > 3 „nf So! E A RR DT N TO AA QUA NE É o e Ê a GG = > .# N Wi: = > x 7) ; zZ 17) a. ze 7, a er RARIES SMITHSONIAN_ INSTITUTION NOILNLSNI NVINOSHLINS S31VY BIT SE ,ê = ZN É 2.4 Sb 2 a a x = | 5: DI = < = < ef ERA © É > = o ad 2 = => ET NO _NVINOSKLINS_S31UVUG1T LIBRARIES SMITHSONIAN_ INSTITUTION E Em aan O e a O RR 5 AP; > e Nu 9/,981 252 NU AI Série ZOOLOGIA Número 42 03/07/1973 Os bagres do litoral de Santa Catarina e Rio Grande do Sul — Brasil (Ostariophysi, Siluriformes, Bagridae). CARLOS ROGÉRIO POLI DO ONO OR O CORO O OCH CEO OO ROFORD OHIO TO OO O QUO DO O O OR E Contribuição ao conhecimento da osteologia craniana de Liophis WAGLER (Serpentes, Colubridae). MARTA ELENA FABIAN DUO OO OPC DO OLCO O DEO COLO CEDO OO DEVO O OE OO OLD OO OO O PDR e Uma nova espécie de Mayrinia HORVATH, 1925 (Heteroptera, Pentatomi- dae, Pentatomini). DOCE AZIA VIEIRA en ee o CU RL pera AE Ovoviviparidade em Ophiodes striatus (SPIX, 1824) Sauria, Anguidae. MOEMA DARERMLEITÃO O a ae ee ee ehe E Observações ecológicas sobre foraminiferos recentes da costa do Rio Grande do Sul, Brasil. EBIGANUERIEAFROETTGER +45 4. 22... nenn anne nenne dene Contribuição ao estudo do gênero Leila GRAY, 1840 INGAYEUDMIEARVEITENHEIMER" 4: rn a ae Las are or ejnvo nen iota ha a ehe en MUSEU RIO-GRANDENSE DE CIENCIAS NATURAIS Departamento de Assuntos Culturais . 14 . 25 . 34 . 40 . 64 Secretaria de Estado da Educacäo e Cultura do Governo do Estado do Rio Grande do Sul PORTO ALEGRE IHERINGIA é o periódico de divulgação de trabalhos científicos inéditos do Museu Rio- Grandense de Ciências Naturais, publicado em quatro (4) series: ““Antropologia””, “Botânica”, “Geologia” e “Zoologia”. Cada série é editada em fascículos, com numeração corrida inde- pendente, podendo conter um ou mais artigos. e } À O periódico, no todo ou por série, é distribuído à Instituições congêneres em regime de per- muta podendo eventualmente também ser distribuído gratuitamente a cientistas ou outros inte- ressados. IHERINGIA is a periodical intended to publish scientific works and research data from the “Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais”, issued on four (4) series: “Antropology”, “'Botany”, “Geology” and “Zoology”. Each series is published in fascicules of independent numeration, with one or more articles. IHERINGIA as a whole or as separate series, is intended to be exchangeable with similar Institutions and can be sent free of charge to scientists and interested people, on request. Recomendações aos autores: Os manuscritos devem versar, preferentemente, assunto pertinente ao Estado do Rio Grande do Sul e regiões limítrofes; 2. Devem ser encaminhados, por ofício dirigido ao Diretor e serão aceitos a critério de co- missão redatorial designada para cada artigo; 3. Terão prioridade os artigos dos pesquisadores do Museu ou que versem sobre material depositado em suas coleções; 4. Todos os artigos devem ter um resumo na língua em que estão redigidos. Os artigos em língua portuguesa devem ter também um resumo em língua estrangeira e os em língua estrangeira (alemão, espanhol, francês, inglês, italiano e latim moderno) devem ter obriga- toriamente, um segundo resumo em português; 5. Os originais devem ser apresentados: 5.1. em duas vias datilografadas, espaço dois, com margens mínimas de 2cm, sem emendas, em papel branco tamanho cficio (32x22cm), uti- lizando um só lado e todas as folhas devem vir numeradas na margem superior direita e rubricadas ao menos por um autor; 5.2. apenas os nomes científicos devem ser subli- nhados com um traço simples; 5.3. os nomes dos autores, inclusive de referência biblio- gráfica, devem vir datilografados em MAIÚSCULAS; 5.4. as referências bibliográficas, no fim do artigo, devem restringir-se ao estritamente necessário e devem vir organizadas em ordem alfabética do sobrenome do autor e secundariamente em ordem cronológica; 5.5. na citação - de artigos, o nome do periódico deve vir sublinhado e na de livros, o título da obra; 5.6. as abreviações de periódicos devem obedecer as adotadas no “World List of Scien- tific Periodicals’’; 5.7. a disposição dos dados das referências deve obedecer o critério dos seguintes exemplos hipotéticos: RAMBO, B. (1956) — A fisionomia do Rio Grande do Sul, 2.º ed., Porto Alegre, Livraria Selbach, v. 6 (Jesuitas no Sul do Brasil) xvi+456 p., 28 f., 15 est.: —,— (1960) — Bignoneaceas Riograndenses. — Iheringia, Bot., v. 2, n. 6, p. 1-26, f. 1-3, est. 1-2. 5.8. todas as ilustrações são consideradas figuras e levarão numeração corrida, permitindo-se o editor agrupá-las e distribuí-las do modo mais econômico, sem prejudicar sua apresen- tação e respeitando tanto quanto possível as indicações do autor; 5.9. os desenhos, gráficos e mapas devem ser feitos à tinta da China, preferencialmente em papel vegetal e as foto- grafias em papel brilhante e nos tamanhos que permitam a redução para o máximo de 17x11cm; 5.10. ilustrações a cores devem ser combinadas previamente e seu custo fica a cargo do autor; 5.11. as legendas das figuras devem vir em ordem numérica, em folha separada do texto; 5.12. a localização aproximada das figuras no texto deve ser assinalada pelo autor na margem direita do manuscrito, sempre a lápis; 6. A correção das provas tipográficas será de responsabilidade do autor, salvo expressa convenção em contrário. Modificações no texto durante as correções, só serão aceitas se as despesas provenientes das mesmas forem pagas pelo autor; 7. Serão fornecidas, gratuitamente, 50 separatas de cada artigo, independentemente do número de autores. Maior número de separatas poderão ser fornecidas mediante prévio ajuste, de: vendo o pedido ser feito na ocasião da entrega dos originais Prof.a Jocélia Grazia Vieira — Naturalista Diretor-Editor ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA: COMISSÃO DE REDAÇÃO: (Mailing address) Cecília Volkmer Ribeiro Caixa Postal, 1188 Jocélia Grazia Vieira 90.000 Porto Alegre, RS José Willibaldo Thomé Brasil Marta Elena Fabian Thales de Lema 2. Faltam-nos: 3. Enviamos em permuta: Senhores: Dear Sirs: Queiram ter a gentileza de preencher o presente, devolvendo-o ao Museu, a fim de que não haja interrupção na remessa do nú- mero seguinte de IHERINGIA. Please complete the requested below and return it to us, so that we can send you the next number of IHERINGIA. 1. Recebemos e agradecemos: IHERINGIA, Zoologia, n.º 42. We have received: OI QRO GIO O OO o O o ie ie, OR CO O GO O DO u DUO SO O DO DA OD DADO We are in want of: “co... cc... 0... . uno nano... 0. 0 q We send you in exchange: sa \ossorcampe..de interesses: usas o o ao o A Our field of activities: Local e data: City and date: Assinatura: Signature: Selo postal Stamp Ao MUSEU RIO-GRANDENSE DE CIÊNCIAS NATURAIS Caixa postal, 1188 90000 PORTO ALEGRE, RS BRASIL Remetente: Sender: vecccc “coco oco 00 0 0 0 0 0 0 0 0 » 2 2» 0 6 0 0 0 0 o “0 oo LT 0 vv o cu nc o uu 0 “a a seco... ooo suas ovos ano 0 0 0 0 0 0 0 0 von 0000 0 0 0 nc nn 0 0“ e 0 0 q o: “ca... co. 000 0 0 0 0 0 LT LT 0 0 0 E ua nn 0 nn 0 con o 0 quo... . . o 0a coco. oo. as 000000 00 4 0 0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 nn 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 cu 0 0 0 0 un q “q (País) — (Country) ERRATA: IHERINGIA, zocl., nº42, p.58s Onde conste (Fig.7), leia-se: (Fig.d) e onde consta (Fig.8), leia-se: (Fig.7) p:77, Tabela 2: Onde consta MZUSP 737, 1lela-se: MZUSP 18746 P.82, Figos Onde consta cxalante,leia-se: inalante P-82, Die, 7: Onde consta inalante, leia-se: exslante RR RAT SIRER SEIO DI TT OD TS me AV on re era rir; mt te mn IHERINGIA | Zoologia | n.42 | p.3-13 | 2f. | Porto Alegre - RS | 03.07.1973 OS BAGRES DO LITORAL DE SANTA CATARINA E RIO GRANDE DO SUL — BRASIL (OSTARIOPHYSI, SILURIFORMES, BAGRIDAE).* Carlos Rogério Poli** “RESUMO São examinadas as espécies de “bagres” que ocorrem no litoral dos Es- tados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, Brasil. São dadas chaves de identificação das espécies da região, bem como, novas citações de distribuição geográfica são registradas. SUMMARY Species of “cat-fishes” from the coast of the Brazilian States of Santa Ca- tarina and Rio Grande do Sul are examined, in the present paper. It includes keys, as well as, new zoogeographical data for the species studied. INTRODUÇÃO O presente artigo é o resultado de um extenso trabalho de coleta de peixes em geral, feita pela equipe de pesquisadores do Laboratório de Ciências do Mar (LACIMAR) do Museu de Ciências da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, realizada ao longo do litoral dos Estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, durante os anos de 1969 a 1971. Foram examinados também, alguns exemplares emprestados pelo Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais do Estado do Rio Grande do Sul, e que foram coletados durante a “| Campanha Ocea- nográfica” do mesmo, tendo sido relacionados por LEMA (1963). No trabalho são apontadas seis espécies, das quais HENSEL (1870) registrou Genidens genidens para o Rio Guaíba e seus tri- butários. STEINDACHNER (1876) registrou-a também para o Rio Guaíba sem mencionar seus tributários, além de Tachysurus barbus para o Rio Grande do Sul. VALENCIENNES (1840) descreveu Ta- chysurus luniscutis para o Brasil. EIGENMANN & EIGENMANN (1888) registraram Genidens genidens e Tachysurus luniscutis para Porto Trabalho aceito para publicação em 31/1/72. ** Monitor do “Laboratório de Ciências do Mar” do Museu de Ciências da da [Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Caixa Postal 1429, Porto Alegre. 4 POLI, C. R. — Os bagres do litoral de Santa Catarina... Alegre, Rio Grande do Sul, assim como Tachysurus agassizii para O Rio Grande do Sul. A. MIRANDA RIBEIRO (1911) citou Tachysurus upsolonophorus e Tachysurus agassizii para o Rio Grande do Sul, Genidens genidens para o Rio da Prata, Tachysurus luniscu- tis para o sul do Brasil. BARCELLOS (1962) registrou Ta- chysurus barbus para o Rio Grande do Sul. TOMMASI (1965) citou Tachysurus barbus da Bahia ao Uruguai e Tachysurus upsolonopho- rus do Rio Grande do Sul até o Espírito Santo, Tachysurus luniscu- tis das Guianas até o litoral do Rio de Janeiro e, finalmente, Tachy- surus agassizii como espécie restrita ao Rio Grande do Sul. Outrossim, além do interesse sistemático, este artigo objetiva incrementar os estudos de Oceanologia Biológica na área da Ictio- logia no extremo-sul do Brasil. As formas marinhas e de água salobre de bagres da família Bagridae ocorrentes no Brasil até o momento são, segundo TOM- MASI (1965), GOSLINE (1945), FOWLER (1941) e A. MIRANDA Rl- BEIRO (1911), as seguintes: Auchenipterus nodosus (BLOCH, 1794). Bagre bagre (LINNAEUS, 1766). Bagre marinus (MITCHILL, 1815). Genidens genidens (CUVIER & VALENCIENNES, 1839). Tachysurus agassizii EIEGENMANN & EIGENMANN, 1888. Tachysurus barbus (LACÉPEDE, 1803). Tachysurus phrygiatus (VALENCIENNES, 1840). Tachysurus grandoculis (STEINDACHNER, 1876). Tachysurus herzbergi (BLOCH, 1792). Tachysurus luniscutis (VALENCIENNES, 1840). Tachysurus parkeri (TRAILL, 1832). Tachysurus phrygiatus (VALENCIANNES, 1840). Tachysurus proops (VALENCIENNES, 1839). Tachysurus rugispinis (VALENCIENNES, 1840). Tachysurus spixii (AGASSIZ, 1829). Tachysurus upsolonophorus EIGENMANN & EIGENMANN, 1889 Nomes vulgares: Bagres, bagres do mar. MATERIAL E METODOS As coletas foram feitas por meio de pesca do tipo artesanal, com o uso de redes de espera, feiticeiras, tarrafas, espinhel e mesmo carretilha, desde as praias mais ao sul do Rio Grande do Sul (RS) até algumas no litoral norte de Santa Catarina (SC). Algum material foi adquirido em mercados públicos, de pescadores e mesmo de arrastões de praia (“parelhas”) de pescadores. Tam- bém coletou-se material em descargas de navios pesqueiros no porto e em firmas pesqueiras da cidade de Rio Grande no Sul do Rio Grande do Sul, através de amosiragens pequenas de grandes descargas. Alguns exemplares, como foi dito na “Introdução”, foram emprestados pelo Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais do Estado do Rio Grande do Sul (MRCN), e foram pes- IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 5 cados por “trawl” na região marinha frente às costas do Uruguai e do Rio Grande do Sul, pelo navio pesqueiro “Pescal Il” de Rio Grande, RS. Os demais exemplares foram depositados na coleção científica do Laboratório de Ciências do Mar (LACIMAR) do Museu de Ciências da Pontifícia Universi- dade Católica do Rio Grande do Sul. No estudo do material foi levado em consideração principalmente a den- tição, já usada por TOMMASI (1965) com êxito, já que a escolha de qualquer outra característica morfológica seria falha, pois há uma constante interpene- tração de dados, nas espécies em questão, e seu aspecto geral (cor e forma) é quase constante nas diferentes espécies estudadas. Para o exame da dentição foram feitos cortes longitudinais na região late- ral (angular) da cavidade bucal, para maior abertura da boca e melhor visua- lização dos dentes palatinos. Algumas placas dentárias foram preparadas, para a determinação de exemplares ou formas duvidosas, como no caso de Tachy- surus barbus, por meio de detergente e água oxigenada. Também foram feitas preparações e exames de ossos dentários de filhotes e jovens para conhecer-se as modificações porque podiam passar essas placas dentárias. LISTA DAS ESPÉCIES OBSERVADAS Ordo SILURIFORMES Família BAGRIDAE Chave de icentificação dos gêneros da região: 1.a. Nadadeiras dorsal e peitoral com os primeiros raios moles muito prolon- TAdOS A N a at OR le US SIR a LA TUDO Bagre. b. Nadadeiras dorsal e peitoral não prolongadas ............2..2222220. 2. 2.a. Dentes palatinos situados num par de placas salientes e dispostas quase que perpendicularmente à abertura bucal .............rccc22.: Genidens. b. Dentes palatinos situados em placas planas, não salientes .. Tachysurus. Genus Bagre CUVIER, 1897 Tipo: Silurus bagre LINNAEUS, 1766. Bagre bagre (LINNAEUS, 1766) Silurus bagre LINNAEUS, 1766, p. 505. Pimelodus bagrus LACÉPEDE, 1803, p. 93. Felichthys filamentosus SWAINSON, 1839, p. 309. Galeichthys gronovii, G. eidouxii CUVIER & VALENCIENNES, 1840, p. 30, 32, Bagrus macronemus RANZANI, 1842, p. 334. Mystus carolinensis GRONOW, 1854, p. 156. Ailurichthys gronovii GUENTHER, 1864, p. 178. Ailurichthys eidouxii JORDAN, 1884, p. 40. Ailurichthys bagre JORDAN, 1886, p. 559. Felichthys bagre, F. eidouxii, F. filamentosus JORDAN & EVERMANN, 1896, p. 117, 118. Bagre bagre FOWLER, 1941, p. 138. Felichthys bagre FOWLER, 1951, p. 440, 441, Bagre (Felichthys) bagre LOWE, 1962, p. 693. Bagre bagre TOMMASI, 1965, p. 3. Nadadeira anal com um número superior a trinta raios. Nomes vulgares: “Bandeirado”, “sarasará”, “bagre de pena- cho”, “bagre bandeira” (este é o mais geral). 6 POLI, C. R. — Os bagres do litoral de Santa Catarina... Distribuição geográfica: Das Antilhas até o Sul do Brasil. Material examinado: LACIMAR. 5638 (Baía de Ganchos, Gov. Celso Ramos — SC). Genus Genidens CASTELNAU, 1855 Tipo: Bagrus genidens CUVIER & VALENCIENNES, 1839 (monoti- pico). Genidens genidens (CUVIER & VALENCIENNES, 1839) Bagrus genidens CUVIER & VALENCIENNES, 1839, p. 452. Genidens granulosus, G. cuvieri CASTELNAU, 1855, p. 34. Rhamdia laukidi KNER, 1869, p. 312, f. 3. Genidens genidens EIGENMANN & EIGENMANN, 1889, p. 141. Genidens genidens FOWLER, 1941, p. 138. Genidens genidens TOMMASI, 1965, p. 2, 4, 5. Nomes vulgares: “Bagre-urutu”, “bagre-guri”, “bagre criador”, “bagre choco”, “'bagre ovado”, “bagre de manto”. Distribuição geográfica: Da Bahia até o extremo sul do Brasil (Rio Grande do Sul). Material examinado: LACIMAR. 422 e 433 (Capão da Canoa, Osório — RS), MRCN. 609, 807 a 811 e LACIMAR. 2136 (Torres — RS), LACIMAR. 1147 a 1155, 1888, 3132 a 3134 (Florianópolis — SC), LACIMAR. 1448 a 1455 (Barro Preto, Tramandaí — RS), LA- CIMAR. 2298, 5549 (Rio Grande — RS), LACIMAR. 4903 (Ponta. das Canas, Ilha de Santa Catarina — SC), LACIMAR. 5224 (Pa- lhoça — SC), LACIMAR. 5642 a 5644 (Imaruí — SC), LACIMAR. 5910 (Ponta de Itapirubä, Imbituba — SC), LACIMAR. 6051 a 6055 (Pinhal — Tramandaí — RS). Genus Tachysurus LACÉPEDE, 1803 Tipo: Arius nasutus CUVIER & VALENCIENNES, 1840. Chave de identificação das espécies da região: 1.a. Dentes do palato situados em apenas um par de placas semi-ovais, sem prolongamento no bordo posterior ..............uneeeeeeen T, agassizii b. Dentes do palato situados em placas com um prolongamento no bordo BOosterior ira Sul ke lee RE Rare ae le re ee Nee ee NS 2 2.a. Dentes do palato colocados em apenas um par de placas em formato de ferradura, separadas na porção mediana ............ T. upsolonophorus b. Placa dos dentes palatinos com outra forma ..........cceeeeeeeenn 3 3.a. Dentes do palato colocados em um par de placas bem separadas e largas, com uma reenträncia no bordo anterior interno ............ T. luniscutis b. Dentes do palato situados em vários pares de placas muito unidas, for- mando bordos salientes na parte interior da placa ............ T. barbus Tachysurus agassizii EIGENMANN & EIGENMANN, 1888 Tachysurus agassizii EIGENMANN & EIGENMANN, 1888, p. 145. Arius agassizii GOSLINE, 1945, p. 8. AHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 7 Tachysurus agassizii FOWLER, 1951, p. 447. Tachysurus (Tachysurus) agassizii TOMMASI, 1965, p. 2. Nomes vulgares: “Bagre gaivota”, “bagre criador”, “bagre choco”, “bagre ovado”. Distribuição geográfica: Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Material examinado: LACIMAR. 415, 417, 420 e 421, 423 a 432. (Capão da Canoa, Osório — RS), LACIMAR. 900, MRCN. 1008, LA- CIMAR. 2955 a 2971, 3762 (Tramandaí — RS), LACIMAR. 1144 a 1146, 3114 (Florianópolis — SC), MRCN. 1131 (Lagoa dos Quadros, Osório — RS), MRCN. 1460, 1468 (Mariluz, Tramandaí — RS), LA- CIMAR. 2137 a 2139, 4077 (Torres — RS), LACIMAR. 2280 a 2284, 2286 a 2294, 2296 e 2297, 2299 e 2300, 5497 a 5500, 5526 a 5531 (Rio Grande — RS), LACIMAR. 2349 (Pinhal, Tramandaí-RS), LA- CIMAR. 3386 (Gaivota, Sombrio — SC), LACIMAR. 4078 (Rondi- nha, Torres — RS), LACIMAR. 4868 (Cidreira, Tramandai — RS), LACIMAR. 5415 a 5416, 5418 a 5422 (Cassino, Rio Grande — RS), LACIMAR. 5911 e 5912 (Ponta de Itapirubá, Imbituba — SC). Tachysurus upsolonophorus EIGENMANN & EIGENMANN, 1889 Tachysurus upsolonophorus EIGENMANN & EIGENMANN, 1889, p. 31. Tachysurus upsolonophorus A. MIRANDA RIBEIRO, 1911, p. 348, 349. Tachysurus. upsolonophorus P. CARVALHO, 1941, p. 27 e 81. Tachysurus upsolonophorus FOWLER, 1941, p. 139. Netuma upsolonophorus GOSLINE, 1945, p. 7: Tachysurus (Netuma) upsolonophorus TOMMASI, 1965, p. 7, f. 8. Nomes vulgares: “Bagre papai”, “Boca lisa”, “bagre branco”. Distribuição geográfica: Da Bahia ao Rio Grande do Sul. Material examinado: LACIMAR. 416, 418 e 419 (Capão da Ca- noa, Osório — RS), MRCN. 1303 (Tramandaí — RS), MRCN. 1939 (Rio Jacuí, Porto Alegre — RS), LACIMAR. 5417, 5496, 5522 (Rio Grande — RS). Tachysurus luniscutis (VALENCIENNES, 1840) Arius luniscutis VALENCIENNES, 1840, p. 82. Arius luniscutis GUENTHER, 1864, p. 58. Galeichthys luniscutis JORDAN, 1886, p. 559. Tachysurus luniscutis EIGENMANN & EIGENMANN, 1889, p. 141 Selenaspis luniscutis JORDAN & EVERMANN, 1896, p. 125. Arius luniscutis GOELDI, 1898, p. 457. Tachysurus luniscutis A. MIRANDA RIBEIRO, 1911, p. 345. Tachysurus luniscutis FOWLER, 1941, p. 139. Selenaspis luniscutis FOWLER, 1951, p. 446 e 447. Tachysurus (Sciades) luniscutis TOMMASI, 1965, p. 6. Br POLI, C. R. — Os bagres do litoral de Santa Catarina... Nomes vulgares: “Bagre guri”, “cangatá”, “guri-juba”, “gari- juba”, “guri-açu”. Distribuição geográfica: Da Venezuela até o extremo-sul do Rio Grande do Sul. Material examinado: LACIMAR. 3838 (Cidreira, Tramandaí — RS), LACIMAR. 5414 (Rio Grande — RS), LACIMAR. 5423 (Cassino, Rio Grande — RS). Tachysurus barbus (LACÉPEDE, 1803) Pimelodus barbus LACEPEDE, 1803, p. 94. Pimelodus commersonii LACÉPEDE, 1803, p. 95. Bagrus commersonii CUVIER & VALENCIENNES, 1839, p. 14. Pimelodus versicolor CASTELNAU, 1857, p. 35, f. 3. Arius commersonii GUENTHER ,1864, p. 143. Arius commersonii STEINDACHNER, 1876, p. 85. Tachysurus barbus H. IHERING, 1888, p. 268 e 271. Tachysurus barbus EIGENMANN & EIGENMANN. 1889, p. 142. Tachysurus barbus A. MIRANDA RIBEIRO, 1911, p. 343, f. 132. Netuma barbus GOSLINE, 1945, p. 8. Netuma barba FOWLER, 1951, p. 443. Arius barbus LEMA, 1963, p. 17. Tachysurus (Netuma) barbus TOMMASI, 1965, p. 2, f. 8. Arius barbus MENEZES, 1969, p. 46. Nomes vulgares: “Bagre branco”, “bagre ariaçu”, “bagre ca- . chola”, “bagre criador”, “bagre choco”, “bagre ovado”, “bagre do natal”, “bagre rosado”, “bagre gaivota”. Distribuição geográfica: Da Bahia ao Rio Grande do Sul. Material examinado: LACIMAR. 414 (Capão da Canoa, Osório — RS), MRCN. 1305 (Tramandaí — RS), LACIMAR. 1484 (Garopa- ba — SC). CONCLUSÕES A realização desta investigação mostrou quão pouco significa- tivos são os caracteres morfológicos externos, bem como a colo- ração, tendo se tomado por base os caracteres dentários. A co- loração apresenta alguma variação, mas, um estudo acurado não conseguiu fornecer dados diferenciais interespecíficos, nos levando a crer que seja devido a fatores ecológicos vários. Também as medições realizadas mostraram constante interpenetração dos da- dos numéricos, dificultando a diagnose. As placas dentárias, única característica que se pode levar em conta seriamente, também apresentaram algumas dificuldades, por- que elas parecem variar durante a ontogênese. Notamos em filho- tes de Tachysurus sp. (que não foi possível identificar) que elas ainda não estão bem definidas, ao passo que em Genidens genidens isto não se verifica. IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 & As placas dentárias de Tachysurus barbus, que é a espécie mais citada pelos diferentes autores, principalmente daqueles |i- gados à área da biologia pesqueira, oferece sérias dificuldades- para identificação. EIGENMANN & EIGENMANN (1889) descreve- ram a dentição vomeriana como sendo uma única placa e, dessa forma, aproximando-a forigmente de Tachysurus upsolonophorus. TOMMASI (1965) apresentou-a como sendo formada por duas pla- cas, o que exige uma prévia retirada e preparação das mesmas. pois, à primeira vista, parecem ser unidas, talvez daí advindo a afir- mação de EIGENMANN & EIGENMANN. O mesmo ocorre com a dentição palatina, que é formada por um conjunto de placas es- treitamente unidas, tornando-se pouco visíveis as suturas que as separam. Daí, portanto, decorre uma certa dificuldade em diferen- ciar Tachysurus barbus de Tachysurus upsolonophorus, exigindo um exame meticuloso de suas placas dentárias, principalmente nos in- divíduos jovens. Do exposto acima tentamos explicar porque a maioria dos autores registram a espécie Tachysurus barbus para a região do Rio Grande do Sul, quando esta espécie apareceu raramente em nossas coietas. O cálculo da frequência das espécies encontradas mostrou-nos que, em 141 exemplares, 61,7% é de Tachysurus agassizii, 27,6% de Genidens genidens, 5,6% de Tachysurus upso- lonophorus e apenas 2,1% de Tachysurus barbus. Por outro lado, levando em consideração que a maioria dos registros dos autores baseia-se em material coletado em navios pesqueiros, que pescam sempre em alto mar, e nosso estudo foi baseado em material coletado através da pesca artesanal, na praia, somos forçados a supor que a espécie Tachysurus barbus seja de mar mais afastado da costa. Outrossim, consta que todos os bagres na época da reprodu- ção, penetram em rios para desovar, podendo então, surgir regis- tros dessa espécie próximos à costa ou mesmo dentro das lagoas costeiras, como a Lagoa dos Patos no Rio Grande do Sul, sendo pescados e vendidos no Mercado Público Municipal de Porto Ale- gre. Na prospeção pesqueira realizada pelo barco oceanográfico “W. Besnard”, do Instituto Oceanográfico de São Paulo, na costa do Rio Grande do Sul, MENEZES (1969) enconirou exemplares so- mente de Tachysurus barbus. A área marinha em que esse barco cperou em seus seis cruzeiros defazados entre si, foi bem afastada da coleta que realizamos na praia ou em pequenas embarcações próximo à praia. Por fim, resta-nos comentar, que notamos ser muito pouco co- nhecida a ictiofauna marinha nesta região do Brasil, principalmente na costa do Estado de Santa Catarina, sendo que registramos qua- tro ocorrências novas para aquelas águas, e que são: Tachysurus 10 POLI, C. R. — Os bagres do litoral de Santa Catarina... barbus, Tachysurus agassizii, Bagre bagre e Genidens genidens. Am- pliamos também, a distribuição geográfica de Tachysurus agassizii até as costas marinhas de Santa Catarina. Achamos de extrema necessidade a urgente pesquisa sobre a biologia dos bagres, tendo em vista sua importância econômica, especialmente no que se refere a sua industrialização. O filé de bagre é de muito bom sabor e muito apreciado por todos. Tam- bém deveriam ser feitos estudos sobre sua reprodução, migração, época de maturação sexual, locais de desova, período de incuba- ção, criadouros naturais, etc., no sentido de conhecer cs locais para que o legislador pudesse proteger esse tipo de pescado, in- terditando à pesca os criadouros naturais, estabelecendo o esforço de pesca em termos de manter o equilíbrio populacional dos esto- ques e, também, a promoção de sua criação. São dados indispen- sáveis para a racionalização da pesca dos bagres, evitando-se que a mesma se torne predatória. AGRADECIMENTOS Consignamos nossos melhores agradecimentos ao Professor Thales de Lema, Coordenador do Laboratório de Ciências do Mar e nosso orientador, pelo esti-. mulo, companhia e orientação segura em todas as nossas atividades, tanto em campo como em laboratório e sem o qual, não poderíamos concluir esta pes- quisa. Ao Professor Lênio Jones Borsato, pelo permanente incentivo e colabo- ração irrestrita. Ao Professor Luiz Carlos Crescenti Faleiro, por exemplares ofer- tados. Ao Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais pelo material e bibliografia emprestados. Ao Museu de Ciências da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, pela possibilidade de realização deste e por sua acolhida em seus laboratórios. Por fim, à Associação de Crédito e Extensão Pesqueira de Santa Catarina (ACARPESC), na pessoa de seu Secretário Executivo, Dr. Nalcir Salomé Silva, pelo atendimento permanente que nos dispensou. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARCELLOS, B. N. (1962) — Nomes comuns de peixes da costa do Rio Grande do Sul e seus correspondentes em sistemática. — Bolm. Inst, Ciencs. Nat. Univ. RGS., n. 14, p. 1-16. BUCKUP, L. & THOME, J. W. (1962) — I Campanha Oceanográfica do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais — A viagem do “Pescal ||” em julho de 1959. — Iheringia, Zool., n. 20, p. 1-42, est. 2. CARVALHO, P. (1941) — Nota preliminar sobre a fauna ictiológica do litoral do Estado de São Paulo. — Bolm, Ind. anim., v. 4, p. 27-81. CASTELNAU, F. L. de L. de (1855) — Expédition dans les parties centrales de l’Amerique du Sud, de Rio de Janeiro à Lima, et de Lima au Para; exécutée pendant les années 1843 a 1847. — Part VII. Zoologie. Animaux nouveaux ou rares recuieillis, etc. (1855-9); v. 3: Poissons. Paris, p. XII + 112,50 est. CUVIER, G. & A. VALENCIENNES (1828) — Histoire naturelle des poissons. Paris, 1828-49, 22 v., 650 est. EIGENMANN, C. H. & R, S. EIGENMANN (1890) — A revision of the South American Nematognathi. — Occ. Pap. Calif. Acad. Sci., v. 1, p. 1-509. IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 11 FOWLER, H. W. (1941) — A list of the fishes know from the coast of Brazil, — Archos. 'Zool. Est. S. Paulo, v. 3, p. 115-184. — — (1951) — Os peixes de água doce do Brasil. — Archos. Zool. Est. S. Paulo, v. 6, p. 405-625, f. 1-2. GOELDI, E. A. (1898) —- Primeira contribuição para o conhecimento dos pei- xes do valle do Amazonas e das Guyanas; estudos icthyologicos dos annos 1894-1898. — Bolm. Mus. para, “Emílio Goeldi” Hist. Nat., 1897, v. 2, p. 443-488, 1 est. GOSLINE, W. A. (1945) — Catálogo dos Nematognatos de água doce da América do Sul e Central. — Bolm. Mus. Nac. Rio de J., Zool., n. 33, p. 1-138. GRONOVIUS, L. T. (1854) — Catalogue of fish collected and described by Lau- rence Theodore Gronow, now in the British Museum. London. Edicäo de A, GÜNTHER, baseada em manuscrito. 'GÜNTHER, A. C. (1864) —-Catalogue of the fishes in the British Museum. Lon- don, Ed. Br. Museum, v. 5, p. 1-455. HENSEL, R. (1870) — Beiträge zur Kenntniss der Wirbelthiere Sud Brasiliens (Il). — Archos. F. Naturgesch., v. 36, p. 50-91. AHERING, H, von (1888) — Ueber Brutpflege und Entwicklung des Bagre (Arius commersonii). — Biol. Zent., v. 8, p. 268-271. — — (1897) — Os peixes da costa de mar do Rio Grande do Sul. Rev. Mus. Paulista. «JORDAN, D. S. (1885) — Notes on Aelurichthys eydouxii and Porichthys poro- sissimus. — Proc. U. S. Nat. Mus., 1884, v. 7, p. 40-41. —— (1886) — identification of the species of Cyprinidae and Catostomidae, aescribed by Dr. Charles Girard in Proceedings of the Academy of Natural Sciences of Philadelphia, 1856. — Proc. U. S. Nat. Mus., 1885, v. 8, p. 118- 127. —— (1887) — A preliminary list of the fishes of the West Indies. — Proc. U, S. Nat. Mus., v. 9, p. 554-608. —,— (1963) — The genera of fishes and a classification of fishes. Stanford, California (nova edição), p. 1-800. JORDAN, D. S. & C. EVERMANN (1896) — Description of six new species of fishes from the Gulf of Mexico, with notes on other species. — Proc. U. S. Nat. Mus., v. 9, p. 466-476. LACEPEDE, B. G. E. de (1803) — Histoire naturelle des poissons dédiée au ci- toyen Lacepede. Paris, 14 v,, 1799-1804. LEMA, T. de (1963) — Resultados Ictiolögicos da “| Campanha Oceanogrä- fica do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais”. — /heringia, Zool., n. 30, p. 1-56. LINNAEUS, C. (1766) — Systema naturae sive regna tria naturae, etc., 12.2 ed., Holmiae, v. 1, 828 p. LOWE, R. L. (1962) — The fishes of the British Guiana continental shelf Atlan- tic coast of South America, with notes in their natural-history. — J. Linn. Soc. London (Zool.), v. 44, p. 669 — 700, 4 fig. MENEZES, N. (1969) — Lista de Osteichthyes — in Inst. Oceanográfico da Univ. de São Paulo: | Pesquisa Oceanogräfica Sistemática do Atlântico Sul entre Torres e Chui (Relatório). São Paulo, 4 vols. RIBEIRO, A. M. (1911) — Fauna brasileira de peixes. — Archos. Mus. Nac. Rio de J., v. 6, p. 1-505, f. 1-144, est. 1-54. 12 POLI, C. R. — Os bagres do litoral de Santa Catarina... STEINDACHNER, F. (1876) — Beiträge zur Kenntniss der Characinen des Ama-' zonenstromes. — Sitzber, Akad. Wiss. Wien. 1875 (1876), v. 72, 1, Abth. 6-24. SWAINSON, W. (1839) —- The natural history and classification of fishes, am- phibians and reptiles, or monocardian animals. London, 2 v., 1838-9. TOMMASI, L. R. (1965) — Lista dos bagres marinhos e de água salobre do Brasil. — Contrções Inst. oceanogr. Univ. S. Paulo, Ser. Ocean. biol. n. 10, fio | VALENCIENNES, A, (1840) —- Nouvelles observations sur l’organe &lectrique: du silure electrique (Malapterurus electricus LACEPEDE). — Ann. Sci. Nat. (Zool.), 2 ser., v. 14, p. 241-244. LEGENDA DAS FIGURAS FIG. 1 — Aspecto das placas ósseas vomerianas e palatinas da dentição de: Tachysurus barbus, exiradas e clarificadas. FIG. 2 — Vista das placas dentárias, vomerianas e palatinas de ecnvenda upso- lonophorus, não clarificadas. IHERINGIA | Zoologia | n.42 | p. 14-24 | 14f. | Porto Alegre - RS | 03.07.1973 CONTRIBUIÇÃO AO CONHECIMENTO DA OSTEOLOGIA CRANIANA DE Liophis WAGLER, (SERPENTES, COLUBRIDAE).* Marta Elena Fabián** RESUMO O presente trabalho é um estudo comparativo de alguns ossos do crânio das espécies Liophis anomalus (GUNTHER), Liophis jaegeri (GUNTHER), Liophis miliaris (LINNÉ) e Liophis occipitalis (JAN), com o objetivo de apresentar maiores subsídios para o conhecimento destes colubrídeos neotropicais. SUMMARY The present paper includes a comparative study of some skull bones of lhe species Liophis anomalus (GUNTHER), Liophis jaegeri (GUNTHER), Liophis miliaris (LINNÉ) and Liophis occipitalis (JAN) in order to add new data to the knowledge of these neotropical snakes. Os estudos sobre as serpentes colubrideas limitam-se na maio- ria dos casos, a considerações ao nível de família. Excepcionalmen- te encontramos descrição das características do crânio por espécie. Em vista da importância dos caracteres osteológicos como subsídio para os trabalhos de sistemática e como material para os estudos filogenéticos, apresentamos algumas diferenças encon- tradas entre os crânios das espécies Liophis anomalus (GUNTHER), Liophis jaegeri (GUNTHER), Liophis miliaris (LINNÉ) e Liophis occi- pitalis (JAN). Na citação das espécies examinadas utilizamos as seguintes abreviações: MRCN — Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais; RS — Estado do Rio Grande do Sul; SP — Estado de São Paulo. As técnicas de preparação, o sistema de aferição de medidas e a maioria dos dados sobre a espécie Liophis miliaris (LINNÉ), correspondem ao que apresentamos numa publicação anterior (FA- BIAN, 1970). Material examinado :Liophis anomalus (GUNTHER) — RS, Pelo- tas (MRCN. 1334; MRCN. 1339); RS, Guaíba (MRCN. 1931; MRCN. Aceito para publicação em 31/1/1972. Naturalista do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais e bolsista do Conselho Nacional de Pesquisas, TC n.º 9530. * “%* IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 15 2440); RS, Quaraí (MRCN. 2509; MRCN. 2510); RS, Itaqui (MRCN. 2015); RS, São Luiz Gonzaga (MRCN. 2845); RS, Rio Grande (MRCN. 2882); RS, Porto Alegre (MRCN. 2887); RS, Rondinha, mar- gem do Rio dos Sinos (MRCN. 2685); RS, Rio Pardo (MRCN. 3167). Liophis jaegeri (GUNTHER) — RS, Guaíba (MRCN. 1951; MRCN. 1953 e MRCN. 1954); RS, Viamão (MRCN. 1618; MRCN. 1383; MRCN. 2213); RS, Vacaria (MRCN. 2071). MRCN. 1953 e MRCN. 1954); RS, Viamão (MRCN. 1618; MRCN. 2350; MRCN. 2418); RS, Farroupilha (MRCN. 220; MRCN. 980); RS, Viamão (MRCN. 1245; MRCN. 1618); RS, Osório, praia de Traman- daí (MRCN. 1003); RS, Pelotas (MRCN. 1336); RS, Candelária. (MRCN. 2916); RS, Santa Maria (MRCN. 3073); SP, São Bento do Sapucai (MRCN. 771). Liophis occipitalis (JAN) — RS, Pelotas (MRCN. 1672); RS, São Salvador do Sul (MRCN. 2912); RS, Viamão (MRCN. 1497). Maxilar As serpentes do gênero Liophis WAGLER pertencem ao grupo das aglifodontes. Em vista desta classificação, um dos ossos de maior importância é o maxilar. Este osso caracteriza-se por apre- sentar um diástema situado posteriormente entre as presas e os dentes subiguais. Apresenta dois processos, o “processus praefron- talis’’ situado na metade anterior do osso e o “processus ectopteri- goideus” situado exatamente na altura do diástema, onde normal- mente acompanha a sua largura. O tamanho do diástema é característico para cada espécie. Em L. occipitalis seu diâmetro corresponde a 2 vezes o tamanho: do alvéolo do dente anterior; em L. jaegeri suas dimensões variam de 1 a 2 vezes; em L. miliaris corresponde apenas a 1 vez e em L. anomalus a variação é de 1/4 a 11/2 vezes. A variação nesta última espécie citada é tão grande, que os exemplares em que o diástema corresponde à medida menor apresentam uma tal proxi- midade entre as presas e os dentes anteriores, que este se torna praticamente imperceptível, especialmente quando se observa o osso numa vista lateral. Apesar disso, não deve ser considerado como inexistente, uma vez que as presas não estão situadas na mesma linha de inserção (Fig. 7 a 9). Relacionando o comprimento do maxilar com o comprimento: do crânio, as 4 espécies apresentam proporções muito semelhan- tes; em L. miliaris e L. anomalus corresponde aproximadamente a 1/2 do comprimento do crânio e em L. jaegeri e L. occipitalis varia de 2/5 ana: 16 FABIÁN, M. E. — Contribuição ao conhecimento da osteologia... Palatino e Pterigóide Estes ossos não apresentam variações dignas de nota quanio a forma. Quanto às dimensões, apresentam as seguintes proporções: em L. jaegeri e L. anomalus o comprimento do palatino oscila en- tre 1/3 e 2/5 do comprimento do crânio; em L. miliaris entre 2/5 e 1/2 e em L. occipitalis entre 2/7 e 1/3. O pterigóide, em L. jaegeri e L. occipitalis corresponde apro- ximadamente a 2/3 do comprimento do crânio e em L. miliaris e L. anomalus varia entre o comprimento do crânio e aproximadamente 2/3 dessa medida. Com relação ao número de dentes, os exemplares observados apresentam os seguintes dados: Palatinos Pterigóides L. occipitalis Plena te) 13 a 14 L. anomalus Sitel hz 20 a 28 L. miliaris Til & 18 20 a 28 L. jaegeri ara, 25 a 34 Mandibula A mandibula apresenta forma constante. Suas proporções são semelhantes em todas as espécies consideradas, correspondendo aproximadamente ao comprimento do crânio. Número de dentes: L. anomalus — 15 a 20 L. occipitalis — 16 a 18 L. miliaris — 19 a 25 Li jaegen! — 29 a 38 Supratemporal Osso de posição supero-posterior e forma tabular. Em L. milia- ris seu comprimento varia de 1/2 a 3/4 do comprimento do crânio; sua extremidade anterior ultrapassa a linha de inserção entre o su- praocipital e o parietal, 1/3 do comprimento do osso sobressai da extremidade posterior da caixa craniana. Em L. anomalus seu com- primento corresponde a 1/2 ou 1/3 do comprimento do crânio; a extremidade anterior ultrapassa o limite entre o parietal e o su- praocipital e 1/5 do seu comprimento ultrapassa a extremidade posterior do crânio. Em L. jaegeri o comprimento do supratempo- ral corresponde a 1/3 ou 1/4 do comprimento do crânio; sua ex- IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 17 tremidade anterior estende-se, na maioria dos casos, até o limite entre o parietal e o supraocipital, enquanto 1/9 do osso sobres- sai do limite posterior da caixa craniana. Em L. occipitalis o osso se apresenta tão reduzido que não atinge nem o limite anterior do proótico, nem a extremidade posterior do exocipital; seu compri- mento equivale a 1/5 do comprimento do crânio. (Fig. 1, 3, 5) Quadrado Este osso, nas 4 espécies apresenta proporções semelhantes as do supratemporal. Em L. jaegeri seu comprimento equivale apro- ximadamente a 1/4 ou 1/5 do comprimento do crânio; em L. mi- liaris corresponde a 2/5 ou 1/3; em L. anomalus varia entre 1/2 e 1/3 e em L. occipitalis limita-se a 1/5 do comprimento do crânio. Analisando estatisticamente as medidas do supratemporal, qua-: arado e mandibular, através da correlação, observamos que em L. jaegeri e em L. occipitalis não há correlação entre estes ossos, en- quanto em L. miliaris e L. anomalus a correlação é estatisticamen- te significativa. Não é possível chegar a conclusões finais sobre as caracte- rísticas osteológicas do gênero, já que não foram realizados estu- dos sobre todas as espécies que a ele pertencem. Apesar disso, é: possível fazer alguns comentários sobre as observações feitas. A maior parte das medidas tomadas (proporções dos ossos, ta- manho do diástema, número de dentes) não podem ser utilizadas como critério diferencial entre estas espécies, já que em quase todos os casos observa-se coincidência de dados entre as mesmas. Apenas o supratemporal permite uma separação nítida, conside- rando especialmente a porção do osso que sobressai da caixa craniana. Outro aspecto que chama a atenção é a análise estatística en- tre o supratemporal, quadrado e mandibular, onde em 2 espécies (L. miliaris e L. anomalus) a correlação é estatísticamente signifi- cativa e nas outras duas (L. jaegeri e L. occipitalis) não há correla- lação. Este fato, num estudo prévio, permite separar as espécies do gênero em dois ramos diferentes, porém somente o estudo de maior número de espécies poderá confirmá-lo. BIBLIOGRAFIA ABALOS, J. W. & BAEZ, E. C. & NADER, R. (1964) — Serpientes de San- tiago del Estero (Republica Argentina). Acta zool. lilloana, v. 10, p. 226. ANTHONY, J. (1955) — Essai sur l’evolution anatomique de l’appareil venimeux des Ophidiens. Annis. Sci. nat., v. 17, ser. 11, p. 7-53, 16 f. 18 FABIÁN, M. E. — Contribuição ao conhecimento da osteologia.. . ANTHONY, J. & SERRA, R. G. (1955) — Anatomie de l’appareil de la mor- - sure chez Xenodon merremi B. — Serpent aglyphe de l’Amerique Tropical. Arch. Mus. nac,, v. 42, n. 1, p. 21-47, 15 f. BELLAIRS, A. & UNDERWOOD, G. (1951) — The origin of snakes. Biol. Rev., v. 26, n. 2, p. 193-237. EL-TOUBI, M. R. & KAMAL, A. M. & HAMMOUDA, H. G. (1965) — The phy- logenetic relationship between the ophidian families Boidae, Colubridae and Viperidae in the light of the developmental of the skull. Zool. Anz,, n. 175, p. 289-294. FABIÁN, M. E. (1970) — Estudo anatômico de Liophis miliaris (L. 1758) — Serpentes, Colubridae. /heringia, Zool., n. 39, p. 3-18, 8 f. GANS, C. (1964) — A redescription of, and geographic variation in Liophis miliaris LINNÉ, the common water snake of southeastern South America. — Amer. Mus. Novit., n. 2178, p. 1-58, 23 f. HOFFSTETTER, R. (1939) — Contribution a l’&tude des Elapidae actuels et fossiles et de l’osteologie des ophidiens. Arch. Mus. Hist. nat. Lyon, v. 15, p. 1-78. PETERS, J. A. & OREJAS-MIRANDA, B. (1970) — Catalogue of the Neotropi- cal Squamata: Part | — Snakes. Bull, U. S. natn. Mus., n. 297, p. 175-180. ABREVIATURAS NAS FIGURAS Eo = exocipital; M == maxilar; Pa == parietal; Pl == palatino; Pr = proótico; Pt = pterigóide; St — supratemporal. IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 FIG.12 FIG. 1 — Crânio de L. anomalus, visia dorsal FIG. 12 — Mandibula de L. anomalus Icm. FIG. 1 20 FIG. FABIÁN, M. E. — Contribuição ao conhecimento ca osteologia... 2 — Crânio de L. anomalus, vista ventral 4 bo Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 IHERINGIA = o Lis, Crânio de L. jaegeri, vista ventral FIG. 4 22 FABIÁN, M. E. — Contribuição ao conhecimentc da osteologia... a SS Cf O ves so DIENT SSIHILSHNGEHIE costas lem FIG. 6. FIG. 6 — Crânio de L. occipitalis, vista ventral IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 23 FIG. 7 — Maxilar de L. anomalus, vista ventral FIG. 8 — Maxilar de L. anomalus, vista lateral FIG. 9 — Maxilar de L. anomalus, vista ventral FIG. 10 — Maxilar de L. jaegeri FIG. 11 — Maxilar de L. occipitalis 24 FABIAN, M. E. — Contribuição ao conhecimento da osteologia... FIG. 3 — Crânio de L. jaegeri, vista dorsal FIG. 13 — Mandbula de L. jaegeri FIG. 5 — Crânio de L. occipitalis, vista dorsal FIG. 14 — Mandibula de L. occipitalis IHERINGIA | Zoologia “n.42 p.25-33 | 9f. Port Alegre - RS | 03.07.1973 UMA NOVA ESPÉCIE DE Mayrinia HORVATH, 1925 (HETEROPTERA, PENTATOMIDAE, PENTATOMINI)* Jocelia Grazia-Vieira** RESUMO A espécie Mayrinia brevispina sp. n., procedente do Peru e Bolívia, é des- crita e ilustrada, bem como a morfologia da genitália de ambos os sexos. SUMMARY The present paper concerns the description of the species Mayrinia bre- vispina sp. n. from Peru and Bolivia. The genitalia for both sexes is described and figured. Recentemente realizamos a revisão do gênero Mayrinia HOR- VATH, 1925 (GRAZIA-VIEIRA, 1972) o qual, consta de três es- pécies, a saber, M. curvidens (MAYR, 1864), M. rectidens (MAYR, 1868) e M. variegata (DISTANT, 1880). Dispúnhamos, na coleção do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais, de uma pequena serie de exemplares de Mayrinia cujos característicos morfológicos não se enquadravam no material já descrito. Esta série foi obtida, para estudo, no “United States National Museum”, sendo o material pro- cedente do Peru e Bolívia. Com base no estudo da genitália de ambos os sexos, constatamos tratar-se de uma espécie nova. As medidas mencionadas na descrição estão expressas em milímetros e correspondem à média e respectivas amplitudes. O estudo da genitália foi realizado após tratamento com KOH a 10%, à quente, diafanização em fenol e coloração em Vermelho Congo. A terminologia morfológica adotada é a proposta por DUPUIS (1955, 1969). Mayrinia brevispina sp. n. (Figs. 1-9) MACHO — Comprimento total 12,06 (11,4 - 12,7); largura abdo- minal 6,45 (6,3 - 6,7). * Trabalho aceito para publicação em 28/1/72. Apresentado no V (Con- gresso Latino-Americano de Zoologia, 18-23 de outubro de 1971, Mon- tevideo, Uruguai. Naturalista do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais, Porto Ale- gre. Bolsista do Conselho Nacional de Pesquisas, Rio de Janeiro, TC n.º 6090. 26 GRAZIA-VIEIRA, J. — Uma nova espécie de Mayrinia... Cabeça: com indistintas rugas longitudinais; largura 2,64 (2,45 — 2,7) pouco maior que o comprimento 2,58 (2,4 - 2,7); compri- mento diante dos olhos 1,55 (1,5 - 1,6) quase igual à distância in- terocular 1,5 (1,4 - 1,6); margens externas das jugas quase unifor- memente convexas, sinuadas sobre os tubérculos anteníferos e ao nível do ápice do clípeo. Primeiro artículo antenal não alcançando o ápice das jugas; 4.º artículo pouco maior que os demais; 5.º artículo maior que o 3.º e este maior que o 2.º. Comprimento dos artículos antenais: |, 1,1; Il, 1,46 (1,4 - 1,5); III, 1,87 (1,75 - 1,9); IV, 2,5 (2,4 - 2,6); V, 2,3. Rostro escassamente ultrapassando as coxa do 3.º par de patas. Pronoto: Comprimento 2,77 (2,5 - 2,9); largura umeral 7,04 (6,7 - 7,2); ümeros com projeções triangulares pouco desenvolvidas, mar- ginadas de negro; margens antero-laterais formando com as mar- gens póstero-laterais um ângulo de quase 90º; margens póstero- laterais sinuadas; margem posterior retilínea. De coloração verme- lho-sanguínea, uma estreita faixa ao longo das margens antero-la- terais, adjacente à base dos espinhos; superfície do pronoto ru- gulosa, especialmente sobre uma área adjacente aos úmeros; al- gumas pontuações negras junto à base das projeções umerais. Escutelo: Comprimento 5,0 (4,8 - 5,2); largura 3,94 (3,8 - 4,1). Hemiélitros: Comprimento do cório 7,88 (7,5 - 8,2); sutura da membrana sinuada, metade interna convexa e metade externa côn- cava, destacando moderadamente o ângulo posterior externo do cório; membrana hialina, destituída de manchas escuras. Conexivo imaculado, parcialmente coberto pelos hemiélitros. Abdome: com pontuações aciculadas, concolores. Patas desti- tuídas de pontuações; ápices dos fêmures dotados de suave sali- ência espinhosa; tíbias do 3.º par de patas sulcadas nos 3/4 pos- teriores; demais tíbias inconspicuamente sulcadas no 1/4 posterior. Demais caracteres de acordo com o descrito para o gênero. Genitália: Pigóforo (IX segmento) aproximadamente retangular, escassamente mais largo do que longo; bordo dorsal sinuado, com um par de projeções cônicas voltadas para a linha média longitudi- nal, seguindo-se uma escavação em “V” que se prolonga até a metade do comprimento do IX segmento, deixando a descoberto apenas os 2/3 apicais do X segmento. Este último com um. par de processos laterais digitiformes, com a superfície apical coberta por numerosíssimas cerdas, curtas e espessas, não formando den- tes, propriamente, como nas demais espécies do gênero (Fig. 2). Margem ventral horizontalizada, estreitamente escavada no meio (Fig. 3). Parâmeros deprimidos lateralmente, nitidamente escava- dos na parede lateral interna para o encaixe do X segmento; com duas projeções no lado ventral, sendo uma maior, cilíndrica, loca- lizada na altura média do parâmero e outra menor, logo a seguir, IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 27 em direção anterior; no ápice do lado dorsal do parâmero ocorre uma concavidade nítida de onde resultam duas projeções e, ainda, na base do lado dorsal, uma terceira projeção digitiforme, maior que todas as demais, levemente curvada em direção posterior e dotada de pêlos (Fig. 4). “Phallus” (figs. 5, 6 e 7) de acordo com o descrito para o gênero. Curso do “ductus seminis” indicado na figura 7. FÊMEA — Semelhante ao macho, com exceção das antenas onde o 4.º e 5.º artículos são quase iguais em comprimento. Com- primento total 13,22 (13,0 - 13,4); largura umeral 7,2 (6,9 - 7,3); lar- gura abdominal 6,77 (6,6 - 6,9); comprimento da cabeça 2,76 (2,7 - 2,8); largura da cabeça 2,68 (2,6 - 2,7); comprimento diante dos olhos 1,7 (1,65 - 1,75); distância interocular 1,6; comprimento dos artículos antenais: |, 1,06 (1,0-1,1); II, 1,4 (1,3 - 1,5); III, 1,87 (1,8 - 1,95); IV, 2,37 (2,3 - 2,4); V, 2,36 (2,3 - 2,4); comprimento do pro- noto 2,86 (2,7 - 2,9); comprimento do escutelo 5,16 (5,0 - 5,4); lar- gura do escutelo 3,98 (3,9 - 4,1); comprimento do cório 7,78 (7,5 - 8,0). Genitälia: Laterotergitos 8 quase iguais, em comprimento, aos laterotergitos 9. Gonocoxitos 8 subelípticos; bordos posteriores e su- turais uniformemente convexos; bordos suturais não contíguos, dei- xando a descoberto uma faixa mediana do “triangulum”, o qual apresenta contorno aproximadamente triangular, sendo dotado de uma inconspícua depressão e um modesto recorte em “V” no ápice (Fig. 8). X segmento (tubo anal) com largura aproximadamente igual a duas vezes o seu comprimento. Pseudoesternito fusionado late- ralmente, em toda a sua extensão, com os laterotergitos 9, for- mando uma peça única (Fig. 9). Gonapófises 9 quase tão largas quanto o conjunto formado pelo pseudoesternito e laterotergitos 9; bordo posterior com duas projeções em direção ao pseudoesterni- to; bordo anterior moderadamente sinuado (Fig. 9). Vias genitais eciodermicas — Espessamento da íntima vaginal subretangular, com as áreas mais quitinizadas de contorno circular, amplas. “Recepta- culum seminis": área vesicular com aproximadamente irês vezes o comprimento do “ductus receptaculi” na região posterior a referida área (Fig. 9). “Capsula seminalis” globulóide, com uma das proje- ções digitiformes apresentando um pequeno dente em sua altura mediana. Distribuição: Peru, Bolívia. Holótipo: macho — Santa Isabel, Dept. Cusco, Valley of Riv. Ccosnipata, Peru, 28/1/1952, F. Woytkowski col., J. C. Lutz Coll. — 1961, depositado no Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais, n.º 008170. Parátipos: 1 macho e 3 fêmeas — “lbidem”, n.ºs 008171, 008166, 008167, 008168; 1 fêmea — “Ibidem”, 23/1/1952, “ibidem”, 28 GRAZIA-VIEIRA, J. — Uma nova espécie de Mayrinia... n.º 008169; 1 fêmea — “Ibidem”, 16/X1/1951, “ibidem”, depositado: no “United States National Museum”; 1 fêmea — “lbidem”, 1/1/1952,, “ibidem”:; 1 fêmea — “lbidem”, 28/1/1952, “ibidem”; 1 macho — “Ibidem”, 26/1/1952, “ibidem”:; 1 macho — “Ibidem”, 3/X11/1951, “ibidem”; 1 macho — Hacienda Maria, Prov. Paucar- tambo, Dept. Cusco, Shores of Riv. Ccosnipata, Peru, 26/11/1952, “ipidem”; 1 macho — Lake Rosario, Rogajua, Bolívia, 28/X11/1921, W. M. Mann col., Mulford Bio. Expl., 1921-1922, depositado no Mu- seu Rio-Grandense de Ciências Naturais, n.º 008172. A espécie Mayrinia brevispina sp. n. se diferencia das demais espécies do gênero pelos seguintes caracteres: úmeros pouco de- senvolvidos, margens antero-laterais e postero-laterais do pronoto: formando um ângulo de quase 90º; morfologia da genitália de ambos os sexos nitidamente distinta. AGRADECIMENTOS Desejamos expressar nossos agradecimentos ac Dr. Richard Froeschner do “United States National Museum”, Washingion D.C., pelo empréstimo e cedência do material que possibilitou a realização deste trabalho. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DUPUIS, C. (1955) — Les génitalia des Hémiptêres Hétéroptêres. (Génitalia externes de deux sexes; voies ectodermiques femelles). Revue de la mor- phologie. Lexique de la nomenclature. Index bibliographique analytique. Mém, Mus. natn. Hist. nat., Paris, n. s., ser. A, Zool., v. 6, n. 4, p. 183-278, f. 1-17. | —— (1963) — Pogres récents de l’etude des genitalia des Hétéroptêres. (Étu- de bibliographique critique). These a Faculté des Sciences de ['Université, Paris, Mus. natn. Hist. nat., Paris ed., p. 1-100. GRAZIA-VIEIRA, J. (1972) — O gênero Mayrinia Horvath, 1925. (Heteroptera, Pentatomidae, Pentatomini). Rvta peru Ent, v. 15, n. 1, p. 117-124, f. 1-21. AHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO. DE 1973 5mm FIG. 1 — Holótipo de Mayrinia brevispina sp. n., vista dorsal. 29 30 FIG. 2 — A 5 — FIG. 6 — FIG. 3 — GRAZIA-VIEIRA, J. — Uma nova espécie de Mayrinia... Pigöforo, vista dorsal (BD = bordo dorsal, MV = margem ventral, Par = parämero, IX= 9.º segmento abdominal, X = tubo anal. “Phallus”, vista dorsal (CD = conetivo dorsal, Cj = conjuntiva, CV= conetivo ventral, DEj = “ducius ejaculatorius”, Me = “membranblase”, PB = “ponticulus basilaris”, PC = “processus capitati”, Ph = “phallo-- theca”, PIB = placa basal, PrCji = “processus conjuntivae 1”, PrCj2 = “processus conjuntivae 2”, PrPhi — “processus phallothecae 1”. PrPh2 = “processus phallothecae 2”, V = vesica). “Phallus”, vista ventral. Pigóforo, vista ventral da margem. 03 DE JULHO DE 1973 Zoologia, n. 42 IHERINGIA imm 32 FIG. FIG. FIG. FIG. o e GRAZIA-VIEIRA, J: — Uma nova espécie de Mayrinia... “Ductus seminis” e “Aussenwand”, vista lateral (DS = “ductus semi- nis”, EjR = “ejaculatory reservoir”, GS = gonoporo secundário). Parâmero direito, vista lateral externa. Conjunto formado peio pseudoesternito e laterotergitos 9; gonapófises 9; vias genitais ectodérmicas, “receptaculum seminis” (CAA = crista anular anterior, CAP = crista anular posterior, CS = “capsula semina- lis”, DR = “ductus receptaculi”, EIV = espessamente da intima vaginal, G9 = gonapófises 9, Gc9 = gonocoxito 9, OR = “orificium receptaculi”, PC = “pars comunis”, Pl = “pars intermedialis”). Genitália externa da fêmea, vista ventral (G8 = gonapöfises 8, Gc8 = gonocoxito 8, Laß = laterotergito &, La9 = laterotergito 9, VI= 7.º segmento abdominal, X = 10.0 segmento abdominal, XI = 11.º segmen- to abdominal). IHERINGIA Zoologia | n.42 | p. 34-39 | Ar. Porto Alegre - RS | 03.07.1973 OVOVIVIPARIDADE EM Ophiodes striatus (SPIX, 1824) — SAURIA-ANGUIDAE* Moema Daher Leitão** RESUMO Constatação da ovoviviparidade em Ophiodes striatus (SPIX, 1824), vulgar- mente chamada “cobra-de-vidro”, através da dissecação de 5 exemplares grá- vidos e observação “in vivo” de outro exemplar, todos procedentes do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. SUMMARY The author reports conclusive evidence of live-bearing (ovoviviparity) habits for Ophiodes striatus (SPIX, 1824) from Rio Grande do Sul, Brasil. Evidence is supported by dissection of five gravid females containing eggs as well as by observation of another gravid female which gave birth to 5 youngs, in captivity. INTRODUÇÃO Ophiodes striatus (SPIX, 1824) é muito comum no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, sendo chamada “cobra-de-vidro”, “que- bra-quebra” e “cobra-frágil”. Quanto ao modo de reprodução da família Anguidae especial- mente da subfamília Diploglossinae cujo gênero representativo que ocorre no Sul da América é Ophiodes WAGLER, 1828, somente é conhecido definitivamente o modo de vida de Ophiodes vertebralis BOCOURT, 1881. SCHOUTEN (1930) citou a espécie Ophiodes intermedius BOU- LENGER, 1894 como sendo ovípara. O mesmo autor diz o seguin- te: “deposita sus huevos bajo hierbas y su incubación confia al calor producido por el fenómeno de la fermentácion de las mate- rias orgánicas.” GALLARDO (1966) citou as 3 espécies Argentinas Ophiodes veriebralis BOCOURT, 1881, Ophiodes intermedius: BOULENGER, 1894 e Ophiodes jacupoi GALLARDO, 1966, dando o modo de re- produção das duas primeiras. O mencionado autor diz que Ophio- des vertebralis é ovovivípara, conforme constatou em fêmeas cap- Aceito para publicação em 27/4/T2. Colaborador Honorário do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais, Licenciado em História Natural. xx IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 35 turadas que deram à luz a filhotes em cativeiro. De Ophiodes inter- medius, GALLARDO declara que talvez seja ovovivípara como Ophiodes vertebralis. Este dado foi baseado na observação de uma fêmea que continha ovos de tamanho grande de 10 mm. GREER (1967) citou Ophiodes vertebralis, como sendo ovovi- vípara baseado no trabalho de GALLARDO. Sobre Ophiodes stria- tus (SPIX, 1824) o autor afirmou que talvez fosse ovovivípara como Ophiodes vertebralis. Sua suposição é baseada em dois espécimens os quais continham ovos de tamanho grande no oviduto, cada um cercado por uma fina e transparente membrana, como é encontra- do em ouiros lagarios que dão à luz a filhotes vivos. Todavia o autor não observou embriões em desenvolvimento. DESCRIÇÃO Foram estudados 6 exemplares de Ophiodes striatus (SPIX, 1824), procedentes do Estado do Rio Grande do Sul e incorporados a coleção do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais. As me- didas dos exemplares foram tomadas em mm. | — MRCN. 03481 — fêmea adulia, RS — Porto Alegre, 11/12/70, col. Moema Daher Leitão. O animal permaneceu vivo em observação durante 8 dias, nos quais constatamos a ovoviviparidade, pois no 2.º dia de cativeiro (13/12/70) deu à luz a 5 filhotes. Dos mesmos, 3 estavam envol- tos por fina e transparente membrana, mortos, e 2 deles ainda esta- vam vivos, bastante ativos; estes últimos morreram cerca de 5 ho- ras após. A fêmea foi dissecada posteriormente e no seu interior não havia vestígio algum de casca de ovos e nem filhotes em em- briogênese. Biometria: cabeça = 26 + tronco = 215 + cauda = 165 = total 406; patas — 10; largura da cabeça: maior = 11, menor = 8; altura da cabeça: maior — 10, menor = 5; cauda regenerada — 63. Coloração :dorsal — verde com linhas longitudinais casta- nho-anegrado; ventral — verde claro (Fig. 1). Biometria e coloração dos filhotes. MRCN. 03482 — Biometria: cabeça = 11 + tronco — 52 + cauda — 86 — total 149; patas — 2; largura da cabeça: maior — 5, menor — 4; altura da cabeça: maior — 4, menor — 3. Co- loração: pardacento com linhas longitudinais escuras, (fig. 2A). MRCN. 03483 — Biometria: cabeça = 11 + tronco = 52 + cauda — 85 — total 148; patas — 2; largura da cabeça: maior = 4, menor = 3; altura da cabeça: maior = 4, menor = 3. Colora- ção: pardacento com linhas escuras longitudinais (fig. 2B). 36 LEITÃO, M. D. — Ovoviviparidade em Ophiodes striatus... MRCN. 03484 — Biometria: cabeça — 11 + tronco — 50 + cauda — 82 — total 143; patas — 1,5; largura da cabeça: maior — 5, menor = 4; altura da cabeça: maior = 4, menor = 3. Co- loração: pardacento com linhas longitudinais escuras (fig. 2C). MRCN. 03485 — Biometria: cabeça = 9 + tronco — 47 + cauda — 50 — total 106; patas — 1,5; largura da cabeça: maior =: 4,5, menor = 3,5; altura da cabeça: maior = 4, menor = 3. Coloração: pardacento com linhas longitudinais escuras. Exemplar anômalo: cabeça mal formada e na região ventral vê-se restos do saco vitelino (Fig. 2D e Fig. 3). O 5.º filhote do exemplar 03481 descrito acima estava bas- tante estragado, portanto, não nos foi possível tomar os dados de biometria e coloração como os anteriores. II — MRCN. 03476 — fêmea adulta, RS — Gravataí, Passo do Hilário, 5/11/71, col. Pe. Arthur Stefanel, leg. Arno Lise. O animal foi dissecado e no interior do mesmo encontramos uma série de ovos (24) contendo embriões em desenvolvimento. Es- tavam recoberios pela membrana do oviduto que se apresentava fina e transparente. Os ovos estavam dispostos em série única (3 ovos) depois dupla (8/10), e única (3 ovos) contados de diante para trás, a partir da região do fígado. Observamos também que o leo IV ovos duplos do lado direito não estavam embrionados. Biometria: cabeça = 26 + tronco = 226 + cauda — 250 — total 502; patas — 10; largura da cabeça: maior = 11, menor = 8; altura da cabeça: maior = 11, menor = 5; cauda regenerada = 55. Coloração: dorsal — verde com linhas longitudinais castanho- anegrado; ventral — verde claro. Tamanho dos ovos: a medida dos ovos foi realizada tomando- se a média aritmética aproximada dos diâmetros maiores e me- nores dos ovos. O resultado foi o seguinte: 1 ovo = 45 mm, 1 = bmm, 2 = 7/mm 2 = 75mm, I = ê8mm, 4 = 85 mm, 6 — 9 mm, 2 = 95 mm, 4 = 10mm, 1 = 11 mm (Fig. 4). II — MRCN. 03486 — fêmea adulta, RS — Porto Alegre — Ipanema, 18/10/71, col. Pedro C. Braun. Este exemplar foi dissecado em laboratório e reafirmada a ovo- viviparidade, pois continha, como o anterior, ovos em embriogê- nese (5 ovos). Biometria: cabeça = 18 + tronco — 210 + cauda = 252 — total 480; patas — 7. Os outros dados não puderam ser tomados pois o animal estava muito estragado. Coloração: dorsal-verde com linhas longitudinais castanho-anegrado; ventral — verde-claro. IV — MRCN. 02409 — fêmea adulta, RS — Porto Alegre, Lom- ba do Pinheiro, 6/1/67. Col. Antônio D. Goulart. IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 37 Este exemplar apresentava no seu interior 10 ovos, sendo que em 6 havia embriöes em desenvolvimento e em 2 näo havia vesti- gio de embriogênese. Biometria: cabeça — 20 + tronco = 194 + cauda = 150 — toial 364; patas — 9; largura da cabeça: maior = 9, menor = 7; altura da cabeça: maior = 10, menor — 4. Coloração: dorsal-verde com linhas longitudinais castanho-anegrado; ventral — verde-claro. V — MRCN. 02637 — fêmea adulta, RS — Porto Alegre, ja- neiro de 1967. Este exemplar apresentava 14 ovos, estando 12 embrionados e em 2 não havia sinal de embriogênese. Biometria: cabeça = 22 + tronco — 206 + cauda = 170 — total 398; patas = 6; largura da cabeça: maior = 10, menor = 7; altura da cabeça: maior = 9, menor — 5. Coloração: dorsal — verde com linhas longitudinais castanho-anegrado; ventral — verde- claro. VI — MRCN. 03126 — fêmea adulta, RS — Porto Alegre, 12/8/67, col. Thales de Lema. O 6.º e último exemplar examinado apresentava 5 ovos todos embrionados. Biometria: cabeça = 17 + tronco = 128 + cauda = 100 = total 245; patas = 8; largura da cabeça: maior = 9, menor —= 7; altura da cabeça: maior — 7, menor — 4. Coloração: dorsal — verde com linhas longitudinais castanho-anegrado; ventral — verde claro. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO A reprodução de Ophiodes striatus (SPIX, 1824) não era co- nhecida conforme a bibliografia consultada. Das 4 espécies de Ophiodes WAGLER, 1828 só se conhecia a reprodução de Ophiodes vertebralis. A respeito de Ophiodes intermedius constatamos uma con- tradição apresentada 'no trabalho de GREER (1967). Este autor afirmou que GALLARDO (1966: 139) havia suposto que Ophiodes intermedius, fosse ovovivíparo como Ophiodes vertebralis, e, ainda, que a suposição de GALLARDO fora baseada na observação de 2 fêmeas grávidas, as quais continham grandes ovos com gemas no oviduto, cada um circundado por uma membrana fina e trans- parente através da qual poder-se-ia ver um pequeno e branqui- cento embrião com olhos pigmentados. Entretanto, GALLARDO (1966 : 139) mencionou que: “La reproducción, que aunque no cons- 38 LEITÃO, M. D. — Ovoviviparidade em Ophiodes striatus... ta, podemos decir que resulta bastante probable que sea ovovivi- paro como Ophiodes vertebralis; una hembra de 185 mm de tronco y cola regenerada de 39 mm, capturada en Octubre en Santiago del Estero, tenía óvulos grandes de 10 mm. Entre Septiembre y Octubre se encuentran juveniles (de la temporada anterior) de 90 mm de tronco y 82 mm de cola. La cola se suele fracturar con facilidad y quedan ocho paquetes musculares visibles, en el corte”. Quanto a Ophiodes striatus (SPIX, 1824) podemos dizer, atra- vés das observações feitas em 6 fêmeas grávidas, que a referida espécie é ovovivípara como Ophiodes vertebralis. Esta conclusão é baseada na observação “in vivo” e em material dissecado, da presença de filhotes e de embriões em desenvolvimento no interior dos ovos. Podemos dizer também, que a época da procriação é mais frequente entre outubro a janeiro conforme registro dos au- tores e das observações que realizamos. Tudo indica, portanto, que o gênero Ophiodes WAGLER seja ovovivíparo, faltando observar as espécies Ophiodes intermedius BOULENGER e Ophiodes jacupoi GALLARDO. AGRADECIMENTOS Ao término deste trabalho agradecemos ao Professor e Orientador Thales: de Lema que muito cooperou para a realização deste trabalho; ao Professor José W. Thomé, diretor do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais; aos Professores Arno Lise e Pedro C. Braun pela ccleta de material. Finalmente aos colegas Rui Luiz Costa, Maria Lúcia M. Alves, Marisa |. Vieira e Marta Elena Fabián pelo estímulo e cooperação emprestados a nós, para a reali- zação deste trabalho. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GALLARDO, J. M. (1966) — Las especies argentinas del genero “Ophiodes” Wagler. Revta. Mus. Argent. Cienc. nat. Bernardino Rivadavia, zool., v. 9 n. 6, pp. 123-146. GREER, A. E. (1967) — Notes on the Mode of Reproduction in Anguid Li- zards. Herpetologica., v. 23, n. 2, pp. 94-99. SCHOUTEN, G. B. (1929) — Notas sobre la oologia de algunos saurios del Paraguay y de los países limítrofes, Revia. chil. Hist. nat. v. 33, pp. 518-521. IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 39 1-FEMEA ADULTA DE OPHIODES STRIATUS 2-FILHOTES RECEM NASCIDOS(AB;C, D) 3-D: EXEMPLAR ANÖMALO ta 4-FÊMEA MOSTRANDO OVOS COM EM - BRIOES - VISTA VENTRAL IHERINGIA | Zoologia | n. 42 187. p. 40-63 Porto Alegre - RS | 03.07.1973 OBSERVAÇÕES ECOLÓGICAS SOBRE FORAMINIFEROS RECENTES DA COSTA DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL* Erica Ulrica Roettger** RESUMO Foraminiferos recentes da plataforma continental do Rio Grande do Sul, entre as latitudes 29°S e 31º8, foram estudados a fim de determinar as asso- ciações batimétricas das sucessivas profundidades, reconhecer as espécies in- dicadores biológicas das correntes do Brasil e das Malvinas, fazer um levan- tamento qualitativo e quantitativo das espécies e de compará-las com as de áreas ecologicamente equivalenies. Foram as seguintes as associações batimétricas encontradas: Entre 13 e 83m: Elphidium discoidale, Elphidium aff. discoidale, Nonio- nella atlantica e Nonion grateloupi grateloupi. Entre 22 e 95m: Buliminella elegantissima. Entre 34 e 135m: Cassidulina crassa forma minima, Bulimina marginata forma typica e Bolivina tragilis. Entre 46 e 143m: Uvigerina peregrina forma parvula. Ao realizar o levantamento qualitativo e quantitativo observamos 189 espé-. cies bentônicas e 22 planctônicas e que entre as espécies indicadoras biológicas das correntes acima mencionadas há uma predomiância das da Corrente do Brasil. Quanto às espécies da Corrente das Malvinas a proporção de bentônicos é bastante baixa (27%) enquanto que os planctônicos, apesar de qualitativa- mente numerosos, aparecem apenas como espécimens isolados. SUMMARY Recent Foraminiferida from the continental shelf of Rio Grande do Sul between latitudes 29ºS and 31ºS were studied in order to: 1) determine bathymetric as- sociations from different depths; 2) to recognize species as biological indicators from Brazil and Falkland currents; 3) to list the species qualitatively and quan- titatively and 4) compare them with those from areas ecologically equivalent. The followiing bathymetric associations were observed: Beiween. 13 and 83m: Elphidium discoidale, Elphidium aff. discoidale, No- nionella atlantica and Nonion grateloupi grateloupi. Between 22 and 95m: Buliminella elegantissima. Between 34 and 135 m: Cassidulina crassa forma minima, Bulimina mar- ginata forma typica and Bolivina' fragilis. Between 46 and 143 m: Uvigerina peregrina forma parvula. Aceito para publicação em 3/5/72. Condensadäo da dissertação de Mes- trado da autora, julgado com aprovacäo em 16 de julho de 1970. Bolsista do Conselho Nacional de Pesquisas no Departamento de Pa- leontologia e Estratigrafia do Instituto de Geociências da UFRGS; trabalho realizado com auxílio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul. ** IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 41 There were observed 189 benthonic and 22 planctonic species and among them there is a predominancs of biological indicator species from the current cf Brazil. The benthanic species from the Falkland current totalize 27% and thsz planctonic species, although qualitatively numerous, appear only as isolated spe- cimens. INTRODUÇÃO Nos últimos anos, a pesquisa em foraminíferos na área com- preendida entire a Patagônia e o Rio de Janeiro, atingiu um desen- volvimento relativamente grande. As pesquisas realizadas até o presente momento, na área fo- ram principalmente de ordem taxonômica. NARCHI (1956) estudou 3 famílias de Foraminiferida, de amostras coletadas na plataforma continental, entre os paralelos 20º e 30º5, sendo que apenas uma das amostras pertencia à costa sul-rio-grandense. CLOSS & BAR- BERENA (1960, 1962) estudaram os foraminíferos de amostras de praia da costa do Rio Grande do Sul. BOLTOVSKOY (1959 a, c) apresenta trabalhos sobre dados qualitativos e quantitativos de fo- raminíferos sul-brasileiros comparando-os com os do Mar Epicon- tinental Argentino, e, estudos de foraminíferos da corrente das Mal- vinas sob ponto de vista de indicadores biológicos. Em 1962, o mesmo autor realiza novo trabalho qualitativo de amostras obtidas entre o Cabo Santo Tomé e a desembocadura do Rio da Prata. A determinação de associações batimétricas de foraminíferos das diversas profundidades, no entanto, constitui-se em pesquisa nova para a região. Com este objetivo, iniciou-se uma sequência de estudos de coletas realizadas pelos navios hidrográficos da Ma- rinha Brasileira NHi “Canopus” e NHi “Baependi”. Os resultados dos estudos das amostras coletadas pelo NHi “Baependi” foram apresentados por PEREIRA (1969), enquanto que os das amostras do NHi “Canopus” por ROETTGER (1970). A presente etapa é uma complementação da anterior e com- preende o estudo de foraminíferos recentes da plataforma conti- nental do Rio Grande do Sul de 23 amostras coletadas em maio de 1962 e 27 amostras em dezembro do mesmo ano. Além da determinação de associações de espécies, outros as- pectos abordados neste estudo e considerados de importância fo- ram os seguintes: levantamento histórico de batimetria de Fora- miniferida em geral e em especial de áreas ecologicamente seme- lhantes à costa do Rio Grande do Sul, indicando o autor, o ano, o locai de estudo, limites encontrados e quais as espécies que ca- racterizam os mesmos a fim de compará-los com as espécies e os limites aqui encontrados; tecer considerações a respeito de cor- rentes, fator de importância no transporte de foraminíferos e em 42 ROETTGER, E. U. — Observações ecológicas sobre foraminiferos... especial da corrente do Brasil e das Malvinas que se encontram na costa sul-brasileira estabelecendo uma zona de transição com espécies de ambas as correntes. Não se sabe ao certo onde estão os limites das mesmas, mas através da identificação das espécies que a caracterizam, o que é possível por serem de tipos de águas diferentes, podemos verificá-los aproximadamente. Finalmente te- ceremos também, de maneira sucinta, considerações a respeito de alguns fatores ecológicos, principalmente aqueles que estão mais diretamente relacionados com a batimetria, a fim de compreender- mos melhor seu comportamento, sua distribuição, sua morfologia. Resolveu-se estender o estudo sobre associageös batimétricas porque até o presente momento não se possuia nenhum dado da costa sul-brasileira e o comportamento destas associações em re- lação às outras regiões ecologicamente semelhantes. A área de coleta A área de coleta está situada sobre a plataforma continental entre as latitudes de 30º 25' S e 29º 30' S e as longitudes de 50º 14º e 49º 07’ WW (mês de maio) e as latitudes de 31º 25' SS e 30º 30’ SS e as longitudes de 49º 26' WW e 50º 59' WW (mês de dezembro). Na região sul-brasileira a mesma é bastante estensa e suave, atin- gindo na barra do Rio Grande 180 km e na barra do Chuí 160 km, enquanto que a isóbata dos 20 m encontra-se a 25 km em frente à costa do Albardão. A plataforma desenha-se paralela à costa lito- rênea, não atingindo os 200 m (SILVEIRA 1964). Na costa sul-brasileira também se verifica uma área de iransi- ção ocorrendo entre as províncias da Índia Ocidental e Sul-Ameri- cana Atlântica; a primeira, de águas quentes e a segunda, de águas temperadas. A área de transição entre estas duas províncias se confunde, na costa Atlântica, com o encontro de duas importan- tes correntes que benham a mesma; a corrente do Brasil e a cor- rente das Malvinas. A primeira transporta águas quentes e pobres para latitudes altas enquanto que a última transporta águas frias e ricas para latitudes baixas. A linha de confluência de massas hi- arolögicas de diferente temperatura e salinidade tem grande inte- resse e importância biológica devido ao ativo intercâmbio de águas superficiais mais quentes que imergem levando oxigênio e de águas de profundidade que emergem trazendo à tona grande quantidade de substâncias nutritivas, assinalando zonas de muita fertilidade. É uma zona de mescla e pode-se observar o predomínio de uma ou de outra através do exame de seus indicadores biológicos, uma vez que cada tipo de água tem uma associação que a caracteriza e é capaz de identificá-la. IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 43 A Plataforma Continental Teceremos a seguir algumas considerações à respeito da pla- taforma e suas características, as quais são muito importantes para identificar os tipos de formas ali encontradas. PHLEGER (1960 b) diz que sobre a plataforma continental en- contram-se as águas costeiras que se estendem até os bordos da mesma e que seriam destinadas das águas de oceano aberto. EMIL- SON (1959, p. 49) divide as águas marinhas em águas de platafor- ma, costeiras e de oceano aberto. Uma das principais características das águas de plataforma é que as mesmas se encontram inteira ou quase inteiramente dentro da capa estacional e na qual os efeitos das variações estacionais vão se estender até o fundo. Nos trópicos, onde há pouca ou ne- nhuma variação estacional, estas águas isotérmicas estendem-se até o fundo, enquanto que nas águas temperadas existem grandes va- riações. A zona de plataforma é ainda a de maior produção orgä- nica, de maior turbidez e turbulência, enfim um tipo de ambiente mais variado, onde há uma gradação aparente dos sedimentos: os mais grosseiros junio à praia, os mais finos mais afastados. BOLTOVSKOY (1965, p. 124) assinala a plataforma continental como pertencente à zona sublitoral, compreendendo a área entre o nível da maré baixa e o talude, com profundidade variável entre 135 e 150 m. [ ZONA DE TURBULÊNCIA | 0— 20m PLATAFORMA INTERNA 1 0 — 70m | PLATAFORMA INTERNA | 20- 50 10m PLATAFORMA CONTINENTAL [ | | | 1 | | | PLATAFORMA EXTERNA U + de 70m A zona de turbulência é a zona onde ocorrem movimentos de águas causados por tempestades, marés, ressacas etc. Apresenta uma profundidade média de 20 m. Ali os foraminíferos são bastante resistentes, capazes de suportar as mudanças que ocorrem no am- biente. Apresentam paredes grossas e fortes ou então a carapaça está aderida ao substrato. As populações são geralmente reduzidas e raros são os espécimens planctônicos. Os gêneros mais comuns são Elphidium, Quinqueloculina, Rotalia, Poroeponides e, mais raro, Textularia. Na plataforma interna as turbulências são raras e a fauna fo- raminiferológica é bastante mais rica. As espécies aglutinantes ain- da constituem uma percentagem bastante baixa e estão represen- 44 ROETTGER, E. U. — Observações ecológicas sobre foraminiferos... tadas por gêneros primitivos como Texiularia, Trochammina, Reo- phax e Saccammina. Os gêneros bentônicos que a caracterizam são os seguintes: Rotalia Elphidium Quinqueloculina Triloculina Spiroloculina Massilina Discorbis ; Buliminella Buccella Nesta mesma zona pode ser ainda observado o aumento da percentagem das espécies das famílias Lagenidae e Buliminidae. Entre as espécies da plataforma e da zona de turbulência, além da diferença quantitativa e qualitativa, existem algumas diferenças de ordem morfológica, relacionadas às carapaças pertencentes às mesmas espécies. MYERS (1943 c) observou que os espécimens de Elphidium, tomados na parte inferior da zona de plataforma teriam, em média, 40% mais de câmaras que os da zona de litoral, assim como, também em média, seriam 60% maiores. Este autor explica o fenômeno como consequência de melhores condições de vida nesta zona em relação à anterior, pouco propícia ao pleno desen- volvimento dos organismos. A plataforma externa se diferencia da anterior pelo maior nú- mero de gêneros e espécies e pelo grande número de espécies planctônicas. Além disso, aumenta a importância dos foraminíferos pertencentes às famílias Lagenidae, Buliminidae, do gênero Cibidi- ces; decresce o número de espécimens porcelanáceos, com exce- ção de Pyrgo que aparece em maior número e as espécies típicas de águas costeiras desaparecem. As espécies predominantes desta zona são: Cassidulina Cibicides Nonion Nonionella Uvigerina Virgulina Bigenerina Destacam-se também espécimens aglutinantes de carapaças grandes e construção complicada como Textulariella, Cuneolina, Lie- busella e Martinotiella. Comparando o material estudado com aquele descrito para estas áreas podemos observar que suas caracterís- ticas são idênticas, confirmando assim sua localização dentro das mesmas. MÉTODOS DE TRABALHO Coleta e preparação — O material foi coletado com um aparelho coletor semelhante ao descrito por PHLEGER (1952, p. 320), pelo navio hidrográfico “Canopus” da Marinha Brasileira. Foi conservado em formalina até seu exame no laboratório. As amostras foram lavadas em peneiras de 250 mesh (0,0062 mm) IHERINGIA — Zoologia, n. 422 — 03 DE JULHO DE 1973 45 e separadas por flutuação com Tetracloreto de Carbono (CCL4). Representan- tes das diferentes espécies foram separados e colados em lâminas associativas 32 e 60, enquanto que os demais permaneciam em lâminas comuns. Seguiu- se a classificação e contagem (frequência) dos exemplares de cada espécie em cada amostra. O critério adotado na contagem foi o seguinte: MR (Muito Raro) O — 2 espécimens R (Raro) 3— 5 4 E (Escasso) E == a F (Frequente) 21 — 50 E A (Abundante) mais de 50 espécimens AD (Abundante Dominante) Após a contagem, foi elaborado um quadro da frequência e lista das es- pécies. Para estabelecer as associações batimétricas foram utilizadas as espécies que apresentavam um mínimo de 10% de estações abundantes no caso de es- pécimens bentônicos e até 2% no caso de espécimens planctônicos, além da- quelas que, se bem que em número reduzido, ocorriam com regular constân- cia nas diferentes estações. Os limites das associações basearam-se nas pro- fundidades mínima e máxima de ocorrência das espécies. Uma lista de distribuição das espécies bentônicas e planctônicas é apre- sentada num quadro à parte e no qual constam as estações devidamente nu- meradas, as respectivas profundidades, números de exemplares e a porcenta- gem da abundância. Não foi feita descrição das espécies uma vez que as mes- mas estão fartamente documentadas na literatura referida. A numeração segue a ordem de coleta, não levando em conta a profundidade. Foi usada ainda, em vez da ordem sistemática nesta lista, a ordem alfabética dos gêneros e deniro de cada gênero a das espécies. Este método foi adotado pelo autor por ser este um trabalho de ordem ecológica e não sistemática; por ser a situação atual da sistemática dos foraminíferos bastante discutida quanto à subdivisão e ordem genérica e finalmente, por facilitar muito, tanto ao autor no desenvolvimento do trabalho, como ao leitor, a busca de dados a respeito das diferentes espécies. ZONAS ZOOGEOGRÁFICAS DO AMBIENTE MARINHO Localizaremos a seguir a área de coleta, de uma forma mais ampla, dentro de sua respectiva zona ou província zoogeográfica e descreveremos brevemente a zona que lhe está mais próxima pela influência que a mesma poderá trazer a ela. A separação em diferentes zonas zoogeográficas tem sido feita geralmente com base na relação organismo-temperatura, nutrição e outros fatores subordinados às mesmas. Esta relação conduziu a 3 grandes zonas biográficas (BOLTOVSKOY 1965) das quais nos in- teressam as seguintes: a — Zona com espécies de águas quentes — Província da india Ocidental, Caribeana ou Antilhana — inicia-se na região de Guaiaquil no Equador e se distribui pelas costas da Colônia, Ve- nezuela, Guianas e Brasil, até a latitude de 33º S. Nela predominam fcraminíferos típicos de águas quentes, sendo que a partir dos 23°, 46 ROETTGER, E. U. — Observações ecológicas sobre foraminiferos... em direção ao sul, a fauna começa a apresentar modificações. As espécies que melhor caracterizam esta província são as seguintes: Bulimina marginata, Uvigerina peregrina (forma parvula), Cibicides bertheloti e Cassidulina curvata. b — Zona com espécies de águas frias — Província Sul-Ame- ricana — inicia-se onde termina a província da Índia Ocidental, ocu- pando a parte sul da América. Compreende as subprovíncias Pata- gônica e Malvinense. A subprovíncia Patagônica estende-se do es- treito de Magalhães até o paralelo dos 33º S, sendo limitada a leste pela isóbata dos 80-100 m. Apresenta espécimens de águas tempe- radas, frias e alguns de procedência brasileira como Elphidium dis- coidale, Bolivina striatula, Discorbis floridanus, cujo número dimi- nui gradativamente em direção ao sul. Podem ocorrer também Ci- bicides aknerianus, Buccella peruviana campsi, e Cassidulina crassa pertencentes à subprovíncia Malvinense e que aqui apresentam mo- dificações adaptativas. Os representantes típicos da subprovíncia Patagônica são Buccella frigida, Buccella peruviana campsi, Bulimi- na patagonica (forma glabra), Pseudoparrella exigua, Quinquelocu- lina seminulum, Buliminella elegantissima e Miliolinella subrotunda. A subprovincia Malvinense ocupa a parte oriental do mar Epicon- tinental Argentino, é de águas temperadas e apresenta certa se- melhança com a subprovíncia Patagônica. Não apresenta, no en- tanto, formas de origem brasileira e seus representantes mais ca- racterísticos apresentam grande tamanho e bom desenvolvimento. Entre eles podemos citar: Cassidulina crassa, Cassidulinoides parke- rianus, Ehrenbergina pupa, Uvigerina bifurcata, Angulogerina an- gulosa, Cibicides aknerianus, Pullenia subcarinata subcarinata, Buc- cella peruviana campsi, Anomalina vermiculata e Discorbis isabellea- nus. CORRENTES MARINHAS A distribuição horizontal de foraminíferos vivos, mais especifi- camente de foraminíferos planctônicos tem sido observado estar condicionada às correntes. As correntes que banham a costa brasileira e que são respon- sáveis, em parte, pelo transporte das espécies são as correntes do Brasil e das Malvinas. As águas que constituem parte da corrente do Brasil, originária da corrente sul-equatorial, são do tipo tropical, apresentando salinidade superior a 36 partes por mil e a temperatu- ra superior a 20°C. À medida que esta água tropical caminha em direção sul, penetra na zona subtropical, perde sua elevada tempe- ratura e torna-se mais densa. O encontro com as águas vindas do sul, de salinidade e temperatura inferiores, resulta numa mistura que, devido a sua elevada densidade, submerge e volta em parte para IHERINGIA — Zoologia, n. 422 — 03 DE JULHO DE 1973 47 o norie sob a água tropical, podendo aparecer sob forma de res- surgências, enquanto que a parte principal se dirige para leste. A região onde essa massa de água se forma chama-se de zona de convergência subtropical, e seu centro enconira-se entre as laii- tudes de 30º e 4095. A corrente do Brasil é caracterizada, de acordo com BOLTOVS- KOY (1959 c), pelas seguintes espécies planctônicas: Globigerinoi- des ruber, Globigerinoides sacculifera, Globigerinoides conglobata, Globigerina eggeri, Globorotalia menardii forma typica e forma ti!- mida, Pulleniatina obliquiloculata, além das seguintes espécies ben- tônicas: Bulimina marginata, Uvigerina peregrina (forma parvula), Ci- bicides bertheloti e Cassidulina curvata. A corrente das Malvinas ou de Falkland é a corrente fria que se origina a partir de correntes que se deslocam da região polar sudoeste sobre a extremidade sul-americana. A leste da ilha dos Estados a corrente, com o nome de corrente de Cabo de Hornos, se divide. Uma parte vai passar enire as ilhas Malvinas e o conii- nente, formando a corrente das Malvinas propriamente dita, en- quanto que a outra dirige-se primeiro a nordeste e depois a leste. A corrente de Malvinas estende-se, de acordo com IHERING (1927), BOLTOVSKOY (1959 c) e GNERI & NANI (1959) até a altura do Cabo Frio onde aparece sob forma de ressurgências. A corrente vem da plataforma argentina e ao atingir a plataforma brasileira imergs, seguindo em subsuperficie sobre o fundo oceânico e ressurgindo em alguns pontos na altura do Cabo Frio. Isto foi constatado pela presença de algumas espécies típicas das águas frias mas mortas. As águas frias da corrente das Malvinas não banham a costa bra- sileira mas passam a certa distância da mesma. As espécies ben- tônicas mais típicas são, de acordo com BOLTOVSKOY (1959 a): Cassidulina crassa (forma typica e media), Cassidulina parkeriana. Ehrenbergina pupa, Uvigerina bifurcata, Angulogerina angulosa, Ci- bicides aknerianus, Pullenia subcarinata subcarinata, Buccella pe- ruviana campsi, Anomalina vermiculata, Discorbis isabelleanus e Cassidulina pulchella. As espécies planctönicas assinaladas por BOLTOVSKOY (1959c) para a mesma corrente säo Globigerina pa- chyderma, Globigerina bulloides forma typica, Globigerina bulloides forma conglomerata, Globigerina inflata e Globorotalia truncatuli- noides. FATORES ECOLÓGICOS ESTREITAMENTE RELACIONADOS AOS. - ORGANISMOS NA SUA DISTRIBUIÇÃO BATIMÉTRICA No ambiente marinho, como em qualquer outro ambiente, ocor- re uma série de fatores que, no conjunto, vão influir sobre a ativi- dade vital do organismo e condicionam sua distribuição. 48 ROETTGER, E. U. — Observações ecológicas sobre foraminiferos... Os fatores ecológicos melhor conhecidos são: temperatura, sa- linidade, profundidade, pressão, caráter do fundo, alimentação, pH, luz, além de outros fatores que se relacionam entre si e dependem um dos outros. A temperatura é uma das condições físicas que tem influência mais direta sobre os organismos marinhos. Ela condicio- na ainda a delimitação da área zoogeográfica e a distribuição hori- zonial e vertical. A distribuição horizontal é limitada pelas diferentes latitudes e a vertical confunde-se com a profundidade. A profundidade é muito difícil de ser determinada como ator ecológico isolado, pois sua modiifcação implica automaticamente na modificação de outros fatores como iemperatura, luz, quantida- de de oxigênio e outros. Os foraminíferos planctônicos podem ser encontrados até 2.000 m, enquanto que os bentönicos até 10.000 m. BATIMETRIA Os primeiros estudos em foraminiferos já indicavam que os mesmos apresentavam zonação vertical. Assim. STSCHEDRINA (1957) conclui que as mudanças nas faunas foraminiferológicas ben- tônicas correspondiam aos limites existentes entre as diferentes zo- nas do fundo oceânico: e que seriam a plataforma continental de O a 200 m, o talude, compreendendo a zona batial superior e inferior, e 200 a 2.000 m e a zona abissal com mais de 2.000 m. A zona ba- tial superior estender-se-ia de 200 a 750 m enquanto que a inferior de 750 a 2.000 m. Tanto os limites como as zonas são melhores co- nhecidos nas pequenas proiundidades. Estas mudanças serão, ainda, diferentes para os diferentes ambientes, sendo que a presença de espécies endêmicas contribuirá para aumeniä-las. Em 1960 PHLEGER, em seu trabalho sobre ecologia de fora- miníferos recentes, apresenta os vários limites faunísticos encontra- dos pelos autores que, até aquela data, se dedicaram a estudos batimétricos. Cinco anos mais tarde, BOLTOVSKOY apresenta as conclusões que obteve através de trabalhos sobre zonação vertical nas mais diversas reaiöes do mundo, ao mesmo tempo que carac- teriza as zonas do fundo oceânico. De todos os trabalhos efetuados até o presente, têm maior importância para a região sul-brasileira aqueles de regiões ecologicamente semelhantes, uma vez que não se registram trabalhos desta ordem sobre a mesma, com exceção da pesquisa feita por PEREIRA (1969) entre Cabo Frio, no Rio de Janeiro, e Tramandaí, no Rio Grande do Sul, sendo que apenas uma estação pertencia à costa sul-rio-grandense. Os trabalhos sobre batimetria na região do Golfo do México e arredores, assim como da batimetria propriamente dita, iniciaram IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 49 -se em 1930 com NORTON. Este autor dedicou-se ao estudo da dis- Aribuição vertical das espécies de foraminiferos de 15 amostras co- “letadas na Flórida e Índias Ocidentais, distinguindo 4 zonas faunís- ticas, todas pertencentes a águas claras. Nestas 4 zonas observou os seguintes resultados: — na primeira zona, que se estendia da linha de praia até 9 m, abundavam os gêneros das famílias Miliolidae e Peneroplidae, “enquanto que em áreas mais restritas os gêneros das famílias Val- vulinidae, Calcarinidae, Homotremidae e Nonionidae. — na segunda zona, que se estendia até 110m, havia dimi- nuição do número de Miliolidae e Peneroplidae, sendo comuns os Tepresentantes das famílias Lagenidae, Textulariidae, Buliminidae e -Amphisteginidae. "0 — as duas últimas zonas estendiam-se de 900 a 5.200 m. Ne- las havia o predomínio de espécimens planctönicos pertencentes às iemílias Globigerinidae e Globorotaliidae. Persistiam em número bai- xo representantes de Lagenidae e Buliminidae, enquanto que os de Rotaliidae e Anomalinidae não apresentavam predileção por uma profundidade determinada, aparecendo distribuídos mais ou menos “uniformemente em todas as zonas. Em 1949 LOWMAN iniciou a série de estudos batimétricos que seriam levados a efeito no Golfo do México a partir de então. Para as águas próximas à praia o autor acima citado destacou os gêne- ros Rotalia, Elphidium ao lado de vários Miliolidae. Já na parte mé- dia observa um aumento qualitativo e quantitativo de espécies, com o predomínio de Rotaliidae, em especial Cibicides. Continua a obser- var esta riqueza na parte externa da plataforma continental mas com o destaque dos Lagenidae, enquanto que na parte superior do ta- lude, ou zona batial interna, registra principalmente os gêneros Uvigerina e Bolivina. LOWMAN observou a mudança de fauna por volta dos 100 m, que supõe indicar, ao mesmo tempo, o limite ex- temo da plataforma. Alerta ainda que estes resultados caracterizam apenas a região próxima ao delta do rio Mississipi, onde as águas são turvas, e que as associações em regiões de águas claras ea dem ser muito diferentes. Em 1951, PHLEGER estudou a fauna foraminiferológica encon- trada a Noroeste do Golfo do México, constatando 5 limites sepa- rando as diferentes fácies faunísticas: 80-120 m; 180-220 m; 500- 750 m; 1000-1300 m e 1800-2000 m. Este autor supõe que provavel- mente a temperatura é o fator ecológico isolado de maior influência, de acordo com experiências feitas com outros grupos de animais, Se bem que com os foraminíferos não hajam evidências experimen- tais de efeito da temperatura sobre sua fisiologia. Dois dos princl- pais fatores ecológicos que variam diretamente com a profundi- dade são a temperatura e a penetração da luz. A quantidade de 50 ROETTGER, E. U. — Observações ecológicas. sobre foraminíferos... luz necessária à fotossíntese só alcança 100 m e, ainda assim, essa medida varia com a turbidez da água. Quanto à temperatura, é suposto que os limites inferiores e superiores presentes numa zona com determinada fácies constituem: essencialmente: os extremos sob os quais é possível o desenvolvimento da população. PHLEGER observou também que seu primeiro limite assinalado (80-120 m) coincidia com o topo aproximado da termoclina principal. Das espécies apresentadas por PHLEGER como características da zona até os 80-120 m constatamos na costa do RGSul Bigene- sina irregularis aos 120 m: Bolivina pulchella var. primitiva entre 24- 57 m; Discorbis cf. floridana entre 47-135 m; Gaudryna cf. aequa aos 120 e 143m; Rotalia beccarii e variedades entre 13-88 m; Rotalia pauciloculata entre 34-88 m e Rolshausenia rolshauseni entre 24- 120 m. O autor acima citado reconhece dentro da primeira zona 4 sublimites, sendo o de menor profundidade aos 30m e dentro as espécies que o caracterizam e não se encontram em zonas mais rasas apenas Bolivia striatula var. spinata, entre 34-78 m e Trifaryna bradyi, entre 120-143 m foram observadas no RGSul. Aos 40 m está o outro sublimite de PHLEGER e de suas espécies observamos na costa do RGSul Cassidulina laevigata var. carinata entre 83-135 m; Cibicides aff. floridanus entre 78-135 m e Sigmoilina schlumbergeri aos 59 m. Das espécies observadas pelo autor (op. cit.) que carac- terizam o penúltimo sub-limite dos 50 m, registramos no R.G.Sul Bolivina barbata entre 48-95 m; Bolivina simplex entre 90-125 m; Bo- livina aff. subspinescens entre 17-135 m; Gaudryna cf. aequa entre 120-143 m; Lenticulina ex. gr. peregrina entre 17-135 m e Uvigerina peregrina forma parvula entre 17-143 m. O último sublimite está entre 60-80 m e assinalamos Bolivina pulchella primitiva entre 24-57 m; Cassidulina norcrossi australis entre 24-120m e Pseudoclavulina mexicana entre 120-143m na nossa costa. A segunda zona observada por PHLEGER está entre 90-120 m e 180-220 m e das espécies da parte mais rasa apenas constatamos Höglundina elegans entre 77-135 m e Planulina foveolata entre 120- 135 m. Para a parte mais profunda temos Cancris oblonga entre 34- 96 m; Elphidium discoidale entre 13-143 m; Nonion grateloupi entre 13-143 m; Nonionella atlantica entre 17-143 m; Pyrgo nasuta entre 24-143 m; Quinqueloculina horrida entre 46-95 m e Quinqueloculina lamarckiana entre 35-120 m. Até o próximo limite situado entre 500-750 m aqui assinalamos Cassidulina laevigata var. carina entre 83-135 m e Planulina arimi- nensis entre 143-148 m.. Das espécies registradas no limite dos 1000-1300 m observa- mos Bolivina barbata entre 48-95 m; Bolivina fragilis entre 35-143 m; Bolivina subspinescens entre 17-135 m e Cassidulina laevigata var. carinata entre 83-135 m. IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE: 1973 51 Finalmente para o último limite, situado entre 1800-2000 m cons- tatamos Pseudoparrella exigua entre 26-120 m e Uvigerina peregrina aos 135 m. Dentre estas espécies Bolivina barbata é encontrada desde 50 até 1000 m apresentando maior abundância entre 119-265 m, não sendo especialmente indicativo da primeira fácies. Bolivina aff. subspinescens também é encontrada de 50 a 1000 m, sendo mais abundante entre 50-100 m. Cassidulina laevigata var. carinata é encontrada de 40 a 1000 m, mais comum até 700 m, também não sendo especialmente indica- tiva da primeira fáceis. Em 1954 BANDY realizou estudo de várias amostras coletadas a oeste do delta do rio Mississipi, na parte norte do Golfo do Mé- xico, obtidas de profundidades que variavam de 28 a 40 m. Separou uma primeira zona por volta dos 17 m pelo predomínio dos gêne- ros Rotalia e Elphidium; uma segunda até os 23 m pela abundância de Hanzawaia strationi e a terceira até os 40 m pela abundância de Planulina ornata. Para esta última zona acrescenta ainda algumas espécies com certa importância como Cancris sagra, Eponides an- tiliarum, Asterigerina carinata, Praesorites orbitolitoides e Textularia candeiana enquanto que Discorbis floridanus apresentava uma Zzo- nação própria de 15 a 31 m. Os gêneros Rotalia e Elphidium também foram observados na costa sul-rio-grandense na zona correspondente aos 0-17 m, esten- aendo-se, porém, à profundidades maiores, enquanto que Cancris sagra inicia sua distribuição a partir dos 35 m e Discorbis floridanus a partir dos 47 m. Em 1954 PARKER estudou a distribuição de foraminíferos na parte nordeste do Golfo do México, observando 6 limites faunísticos. O primeiro situa-se por volta dos 80-100 m, apresentando um sub- limite aos 35-50 m, de cujas espécies apenas podemos registrar Bo- livina fragilis entre 35-143 m; Bolivina aff. subspinescens entre 17- 135 m; Cassidulina curvata entre 68-135 m; Cibicides aff. floridanus entre 78-135 m; Gaudryna cf. aequa entre 120-143 m; Seabrookia earlandi entre 26-135 m, Spiroplectammina floridana entre 143-148 me Trifarina bradyi entre 120-143 m. O segundo limite situa-se por volta dos 130-150 m, estendendo-se a zona desde os 80-100 m, sendo que para esta parte mais rasa aqui observamos Höglundina elegans entre 77-135 m; Pseudoclavulina mexicana entre 120-143 m; Planulina foveolata entre 120-135 m e Virgulina mexicana entre 20- 120 m. Para a parte mais profunda (130-150 m) registramos Gau- dryna cf. aequa entre 120-143.m. O terceiro limite está entre os 180-- 220 m sendo que para mais rasa da zona (130-150 m) não regis- tramos nenhuma espécie e apenas Elphidium discoidale que aqui se estende de 13 a 143m, foi observado para a parte mais profunda 52 ROETTGER, E. U. — Observações ecológicas sobre foraminiferos... (180-220 m). O quarto limite está entre 350-600 m sendo que, para a parte mais rasa (180-220 m), registramos Uvigerina peregrina aos 135 rn e para a parie mais profunda Bolivina barbata entre 48-95 m; Pyrgo cf. nasutus entre 24-143 m; Quinqueloculina horrida entre 46-95 m; Nonionella atlantica entre 17-143 m, Planulina foveolata en- tre 120-135 m e Pseudoclavulina mexicana entre 120-143 m. O quin- to limite está entre 900-1000 m, para o qual observamos apenas Textularia earlandi entre 17-83 m. O limite de maior profundidade da zona que segue os 900-1000 m não foi constatado por PARKER, sendo que entre as espécies apresentadas pela autora acima ci- tada registramos na costa do RGSul apenas Cibicides aff. floridanus entre 78-135 m. Algumas das espécies apresentadas podem ocorrer em mais de uma zona como é o caso de Cibicides aff. floridanus registrada por PARKER de 35 até 1750 m e uma ocorrência isolada aos 2150 m; Gaudryna cf. aequa de 35 a 150 m; Pseudoclavulina mexicana de 80 a 455 m e Planulina foveolata de 75 a 530 m. -Em 1956, BANDY realizou novos estudos sobre a distribuição ae foraminiferos da parte nordeste do Golfo do México, em profun- didades que variavam de 25m a 186 m, aproximadamente. Cons- tatou cinco fácies faunísticas, a primeira das quais estendia-se de 2,5 a 12,4 m não havendo sido observada espécie correlata. O se-. gundo estendia-se de 12,4 a 32,6 m e de suas espécies registramos no nosso material Discorbis cf. floridanus entre 47-135 m e Quinque- loculina horrida entre 46-95 m. A terceira fácies situa-se entre 32,6 e 55,8m e registramos apenas Bigenerina irregularis aos 120 m. A quarta fácies está entre 55,8 e 77,5 m e aqui observamos Gaudryna aegua entre 120-143 m e Textularia pseudotrochus entre 143-148 m. Finalmente para a quinta e última fácies, situada entre 77,5 e 186 m observamos Planulina foveolata entre 120-185m e Robulus calcar entre. 91-135 m. ‚BANDY observou que a redução da temperatura assumia muita importância como fator limitante em áreas de mar aberto. As mu- danças de salinidade seriam significativas apenas em águas cos- teiras de pouca profundidade, uma vez que em águas profundas a mesma é relativamente constante. A variação do pH não era deci- siva e a turbidez importaria apenas em águas razas. Observou ainda que as espécies bentônicas de uma maneira geral eram mais abun- dantes por volta dos 186 m, as espécies hialinas preferindo zonas de mar aberto enquanto que as espécies porcelanáceas se desenvol- viam mais aos 30 m, em fundos constituídos de conchas. As espé- cies arenosas ocorriam em muitos lugares próximos à margem da plataforma continental. “Finalmente, em 1956 PHLEGER faz novos estudos de amostras coletadas na costa central do Texas, parte noroeste do Golfo do IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 ; 58 México, reconhecendo os seguintes limites faunísticos: entre 20-30 m: registramos as seguintes espécies que são comuns a costa cen- tral do Texas e a costa sul-brasileira: Buliminella elegantissima entre 17-120 m; Quinqueloculina compta aos 24m; Quinqueloculina la- marckiana entre 35-120 m, Quinqueloculina seminulum entre 13-143 m; Rotalia beccarii e variedades entre 13-88m e Rolshausenia rolshauseni entre 24-120 m. Na parte interna da segunda zona, que se estende dos 50-70 m também podemos observar Bolivina low- mani entre 20-120 m; Bolivina striatula entre 17-78m e Nonionella ailantica entre 17-143 m. Na parte mais externa registramos também Bolivina fragilis entre 78-135 m; Cibicides aff. floridanus entre 78- 135 m; Gaudryna cf. aequa entre 120-143 m e Lenticulina peregrina entre 17-135 m. Para a terceira e última zona, limitada por volta dos 100 m, podemos registrar na costa do RGSul Cassidulina curvata entre 68-135 m; Cassidulina norcrossi australis entre 26-135m e Sphaeroidina bulloides entre 120-143 m. De todas estas espécies apresentadas pelos autores e que são comuns às duas regiões podemos destacar apenas Bolivina fragilis, Elphidium discoidale, Nonion grateloupi, Nonionella atlantica e Uvi- gerina peregrina forma parvula que apresentam-se abundantes en- tre as amostras da costa do RGSul. As demais estão apenas pre- sentes não registrando maior importância. Como foi mencionado anteriormente, os únicos trabalhos sobre batimetria na região sul-atlântica pertencem a PEREIRA e ROETT- GER. Em 1969, PEREIRA apresenta os resultados de seus estudos da região compreendida entre o Cabo Frio, no Rio de Janeiro, e Tramandaí, no Rio Grande do Sul, sendo que dessa região apenas uma amostra foi registrada. A região por ele estudada sofre influ- ência predominante da corrente do Brasil, que procede de águas tropicais. Baseado na distribuição das associações de foraminife- ros, subdivide a mesma em 3 zonas. A primeira situa-se entre 50-70 m e é caracterizada por Bulimina patagonica forma glabra que não vai além dos 60 m; Roishausenia rolshauseni predominando até os 60 m e Virgulina pontoni. A segunda zona estende-se de 70-120 m e compreende Dentalina vertebralis albatrossi, Lagena distoma forma turgida, Liebusella goessi, Marginulina schloembachi, Spiroloculina depressa forma soldanii e Texiulariella barrettii. A terceira zona si- tua-se aos 2.200 m aproximadamente e nela enconirou Bolivina al- batrossi que ocorre de maneira dominante nesta profundidade; Pseu- coparrela exigua, encontrada apenas nesta profundidade, também abundantemente: Trifarina bradyi e Uvigerina peregrina que apresen- ta grande distribuição vertical desde 51 até 2.200 m. Em 1970, ROETTGER apresenta os resultados de seus estudos preliminares da área compreendida entre as latitudes 31044" e 54 ROETTGER, E. U. — Observações ecológicas sobre foraminiferos... 33º024' S e as longitudes 52041' e 51015’ W da plataforma continen- tal do Rio Grande do Sul. A autora observou 3 associações faunís- ticas: 0-20 m; 20-50 m e 50-100 m. Na primeira zona registra como características — Quinqueloculina aff. seminulum, Rotalia beccarii var. parkinsoniana e Trochammina ochracea. Buccella peruviana campsi, Discorbis nitidus e Nonionella atlantica caracterizariam a segunda zona e Pseudoparrella exigua, Nonionella turgida e Virgu- lina complanata a terceira zona. Apresentam zonação à parte Bu- timinella elegantissima, de 0-50 m, diminuindo depois bastante, en- quanto que Uvigerina peregrina forma parvula inicia seu melhor de- senvolvimento depois desta profundidade. Também Hopkinsina pa- eifica prefere a zona dos 0-50 m, enquanto que Cassidulina crassa forma minima desenvolve-se preferentemente dos 50m em diante. CONCLUSÕES Comentários gerais Entre as amostras coletadas numa zona predominantemente costeira, em profundidades que variavam de 13 a 150 m, foram en- coniradas ao todo 189 espécies bentônicas e 22 planctönicas, sen- . do que as espécies mais abundantes são as seguintes: Cassidulina crassa forma minima 44% (abundante em 22 estações). Uvigerina peregrina forma parvula 40% (abundante em 20 estações). Buliminella eleganlissima 34% (abundante em 17 estações). Bulimina marginata forma typica 30% (abundante em 15 estações). Elphidium discoidale 16% (abundante em 8 estações). Nonion grateloupi grateloupi 16% (abundante em 8 estações). Nonionella atlanlica 12% (abundante em 6 estacöes). Bolivina fragilis 12% (abundante em 6 estacöes). Elphidium aff. discoidale 10% (abundante em 5 estacöes). As demais espécies apresentavam abundância inferior a 10%. Entre os espécimens planctônicos podemos assinalar os seguintes: Globigerinoides ruber forma triloba 16% (abundante em 8 estações). Globigerina bulloides forma conglomerata 8% (abundante em 4 estações). IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 55 Globigerinoides ruber forma typica 6% (abundante em 3 estações). Globigerina bulloides forma typica 4% (abundante em 2 estações) Globorotalia scitula 4% (abundante em 2 estações) Globigerinoides conglobata 2% (abundante em 1 estação). Orbulina universa 2% (abundante em 1 estação). Comparando os resultados encontrados anteriormente por ROETTGER (1970) podemos observar algumas diferenças quanto às espécies assim como na percentagem de abundância daquelas que são comuns. Pseudoparrella exigua, Cancris oblongus, Hopkinsina pacifica, Bolivina striatula e Bulimina marginata forma acuelata, que estavam entre as 10 espécies mais abundantes, não apresentam maior importância no presente trabalho. Buliminella elegantissima que ocupava o primeiro lugar em abundância num total de 31,5% (18 estações abundantes) aqui apresenta 17 estações, sendo porém ultrapassada por Cassidulina crassa forma minima com 22 estações nas quais é abundante. Esta última ocupava o segundo lugar em abundância com 11 estações abundantes (31%). Os únicos planc- tônicos importantes registrados anteriormente são Globigerina bulloi- des e Globorotalia scitula. O primeiro, presente em 25 estações, é abundante em apenas 5 das mesmas, enquanto que o segundo, das 6 estações em que se encontra, apenas 2 são abundantes . As espécies beniônicas e planctônicas citadas por BOLTOVS- KOY (1959) também foram observadas por ROETTGER, sendo im- portantes apenas Bulimina marginata, Uvigerina peregrina forma par- vula e Elphidium discoidale dentre os bentônicos e Globigerinoides rubra, G. conglobata e Orbulina universa dentre os planctnôicos. Ainda de acordo com BOLTOVSKOY o aspecto geral da fauna da plataforma sul-brasileira corresponde ao das Índias Ocidentais. Das espécies citadas por PEREIRA (1969) apenas Globigerina dutertrei não foi observada na plataforma sul-rio-grandense. Comparando ainda as espécies até agora encontradas com aquelas que caracterizam a subprovíncia Patagônica podemos ve- rificar que as mesmas também foram registradas na plataforma sul- brasileira. Não apresentavam porém maior importância, com exceção de Pseudoparrella exigua, Quinqueloculina seminulum e Buliminella elegantissima entre os paralelos 31º e 33º S. As espécies importan- tes para a área compreendida entre os paralelos 29º e 31º S apre- sentam duas que caracterizam a província das Índias Ocidentais: Bulimina marginata e Uvigerina peregrina forma parvula, enquanto que as outras, se bem que presentes, não tem maior importância. Portanto a fauna encontrada na costa do Rio Grande do Sul pode 56 ROETTGER, E. U. — Observações ecológicas sobre foraminiferos....: ser considerada como uma fauna de transigäo, uma vez que apre- senta espécies típicas das 2 províncias. A fauna estudada por BOL- TOVSKOY e que ele classifica como pertencente às Índias Ociden- tais encontra-se entre os paralelos 23º e 34º 5. Indicadores biológicos BOLTOVSKOY (1959) apresenta uma lista de espécies que con- sidera indicadoras biológicas da corrente das Malvinas e as espé- cies planctönicas que considera indicadoras da corrente do Brasil. "Comparando o material encontrado com esta lista constatamos: . Buccella peruviana campsi é frequente em 10% do total das amos- tras sul-rio-grandenses, não ocorrendo nenhuma estação abundan- te; Anguiogerina angulosa foi encontrada em apenas uma estação. e em número muito reduzido; de Pullenia subcarinata foi encontra-: da a forma quinqueloba com 2 estações no outono e 5 no verão, | numa das quais é frequente; de Discorbis isabelleanus apenas 1 exemplar foi observado e por não ser muito típico foi classificado ' como D. aff. isabelleanus; Globigerina bulloides forma typica e G. bulloides forma conglomerata são bastante abundantes (4% e 8% respectivamente) mas de importância limitada uma vez que são considerados cosmopolitas; Globigerina inflata está presente em 4: estações muito raramente; Globorotalia truncatulinoides é escassa: nas 7 estações encontradas. Não foi observada a presença de Glo- bigerina pachyderma que é a espécie planctônica mais caracteris- tica da corrente das Malvinas. Todas estas espécies também foram registradas por PEREIRA (1969) na área entre Cabo Frio 23º e Tramandaí 29ºS, inclusive G. pachyderma, induzindo-o a confirmar a presença da corrente das: Malvinas naquela região. Encontrou também Cassidulina crassa' (muito abundante aos 2.200 m) Cassidulina subglobosa e Buccella peruviana campsi. É de opinião geral, de acordo com a distribuição e.a profundidade em que são encontradas as espécies da corren- te das Malvinas, que a mesma submerge na costa do RGSul, e res- surge na altura de Cabo Frio em zonas longe da praia. | | Por outro lado, as espécies planctönicas apontadas para a corrente do Brasil por BOLTOVSKOY são as seguintes: Globigeri- ; noides rubra, Globigerinoides conglobata, Globigerinoides sacculi- ; fera, Globigerina eggeri, Pullenia obliquiloculata e Globorotalia me- : nardii (forma typica e forma tumida). De todas estas espécies a mais. importante encontrada por ROETTGER é Globigerinoides ruber e. formas, num total de 24% enquanto que as demais estão presentes em número pequeno. Não foi observada a presença de Pulleniatina obliquiloculata. Os resultados nos levam a supor o predomínio da corrente do Brasil na área estudada por ocasião da coleta de amostras (maio : IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 Sn e dezembro), podendo, no entanto, ser encontradas algumas es- pécies comuns à corrente das Malvinas, em número reduzido . Distribuição batimétrica Finalmente, na tentativa de estabelecer as associações batimé- tricas observamos as estações abundantes e seu limite máximo e mínimo, além da ocorrência nas demais profundidades. Algumas das espécies apresentavam distribuição bastante regular estando pre- sentes de forma abundante em quase todas as profundidades, sem mostrar preferência por esta ou aquela zona ou, ainda, ocorriam de maneira muito irregular, abundantes aos 17 e 120m e raros aos are 125 m. As espécies que apresentavam limite de abundância, mínimo: aos 13m e máximo aos 83m foram as seguintes: Elphidium discoidale e E. aff. discoidale — ROETTGER (1970) observa a alta frequência da espécie entre os O e 50 m; BOLTOVS- KOY (1965) assinala entre as mais comuns da zona de turbulência, entire O e 20 m e em 1959 observa sua grande abundância em zonas mais próximas da praia; PHLEGER (1951) observa E. discoidale por volta dos 180-220 m; PARKER (1954) também observa E. discoidale em zonas não mais profundas que 180-220 m; e, finalmente, LOW- MAN (1949) e BANDY (1954) observam o gênero em zonas muito próximas da praia. Nonion grateloupi grateloupi — é assinalado por ROETTGER (1970) na zona dos 20-50 m e 50-100 m; PHLEGER (1956) assinala o gênero para a parte mais externa da plataforma, entre 50-70 m e N. grateloupi, em 1951, por volta dos 180-220 m, enquanto que PARKER (1954) observa a ocorrência do gênero entre 80-100 e 1000 m. Nonionella atlantica — é assinalada por ROETTGER (1970) como frequente entre 20-50 m; PHLEGER (1960 b) assinala a mes- ma espécie para a plataforma continental interna (0-55 m); em 1956 observa-a na parte interna dos 50-70 m e em 1951 observa-a com abundância preferencialmente por volta dos 70 m, mas estendendo- se até os 200; PARKER (1954) observa-a para os 350-600 m. A única espécie presente abundantemente a partir dos 22m e que se distribui até os 95 m é: Buliminella elegantissima — assinalada por ROETTGER (1970) como muito abundante de 0-50 m, diminuindo à medida que au- menta a profundidade. PHLEGER (1960 b) registra a mesma espécie para a zona de turbulência da plataforma continental; em 1956 obser- va-a entre 20-30 m e em 1951 por volta dos 80 m, mas podendo ocorrer até os 300 m. A partir dos 34 m podemos encontrar estendendo-se até os 135 m, de maneira abundante, as seguintes espécies: 58 ROETTGER, E. U. — Observações ecológicas sobre foraminiferos... Cassidulina crassa forma minima — é assinalada por ROETT- GER (1970) para a zona dos 20-50 m, diminuindo na dos 50-100 m; PEREIRA (1969) assinala C. crassa em profundidades maiores que 70 m e PHLEGER (1960 b) para profundidades entre 110-910 m, e o mesmo assinala em 1951, a presença de C. crassa até os 1000 m. Bulimina marginata forma typica — é assinalada por ROETTGER (1970) na zona dos 50-100 m; PHLEGER (1951) registra a presença de B. marginata preferencialmente até os 200 m, com 1 estação aos 300 m; PARKER (1954) assinala B. marginata por volta dos 350-600 m e NORTON (1930) por volta dos 110 m. Bolivina fragils — é assinalada por PHLEGER (1960 b) como característica da plataforma continental externa (55-110 m), em 1956 na zona dos 50-70m e, em 1951, entre 50-150 m, podendo, no entanto, se estender dos 20-400 m; PARKER (1954) registra no sub- limite dos 35-50 m. A partir dos 46m e estendendo-se até os 143m podemos observar: Uvigerina peregrina forma parvula — assinalada por ROETTGER (1970) para a zona dos 50-100 m; PEREIRA (1969) observa esta espécie na 3.2 zona batimétrica, aos 2.200 m, presente porém dos 51m em diante; PHLEGER (1960 b) assinala como característica para a plataforma continental externa (55-110 m), e, em 1956, re- gistra na zona de 50-70 m e em 1951, de 45 a 135 m; PARKER (1954) assinala o limite máximo da espécie aos 900-1500m e NORTON (1930) até os 110 m. Estes são os dados que obtivemos em relação à profundidade das espécies mais abundantes .Vamos agora tecer algumas con- siderações a respeito daquelas espécies que se destacaram, não pela abundância, mas pela regularidade de distribuição, geralmente baixa. A partir dos 13 até os 90 m observamos: Hopkinsina pacifica — assinalada por ROETTGER (1970) como abundante entre 20 e 50 m. Rotalia beccarii ex. gr. parkinsoniana — assinalada por ROETT- GER (1970) como característica da zona dos 0-20 m; por PHLEGER (1960 b) como característica para a zona de turbulência; em 1956 o mesmo autor observa variedades de R. beccarii entre 20-30 m e, em 1951, a melhor distribuição até os 70 m, mas presente até os 120 m; PARKER (1954) registra variedades de R. Beccarii no má- ximo até 130-150m e LOWMAN (1949) observa o predomínio de Rotalidae em zonas próximas à praia e na parte média da plata- forma continental. Ainda a partir dos 13 m, limitando-se porém aos 135 m temos: Virgulina complanata — assinalada por ROETTGER (1970) como característica da zona dos 50-100 m; PHLEGER (1951) observa a IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 = (dra) larga distribuição desta espécie em todas as profundidades, até cs 1000 m. A partir dos 17 m, distribuindo-se até os 100 m, vamos encon- trar: Fissurina laevigata dos 17 aos 125m, Fissurina lucida, Lagena laevis forma typica, observada por PEREIRA (1969) como caracte- ristica dos 70-120m e por PHLEGER (1951) como presente em todas as profundidades e Virgulina mexicana, observada por PHLE- GER (1951) dos 110-135 m. Dos 17 aos 143 m observamos Fissuri- na quadricostulata, Lagena striata forma pustulata e Lenticulina ex. gr. peregrina. Esta última foi assinalada por PHLEGER (1951) como presente dos 45 aos 1400m e por PARKER (1954) como tendo limite de menos profundidade entre 35-50 m. Dos 24 aos 143 m re- gistramos Pyrgo nasuta assinalado por PHLEGER (1951) como P. cf. nasutus, presente a partir dos 35 m até os 200 m, preferencial- mente até os 120m; Lagena striata forma typica e Rolshausenia rolshauseni, assinalada por PEREIRA (1969) como uma das mais frequentes na zona dos 50-70 m, por PHLEGER (1956) entre 20-30 m e em 1951 entre 24-48 m. A faixa de profundidade das diferentes estações é, pois, bas- tante estreita, estendendo-se dos 13 aos 150 m. Estes são respec- tivamente os limites mínimo e máximo obtidos e os resultados acima apresentados correspondem ao comportamento das espécies na distribuição vertical e horizontal dentro desta faixa, a qual foi obser- vada pelo navio hidrogräfico “Nhi Canopus’ da Marinha Brasileira, em seu cruzeiro ao longo da costa sul-brasileira no ano de 1962. AGRADECIMENTOS As amostras foram obtidas através da pessoa do capitão-de-corveta An- tônio Manhães de Mattos, chefe do Departamento de Hidrografia do Ministério da Marinha, ao qual deixamos expressos os melhores agradecimentos. Consignamos iambém os nossos agradecimentos à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (P. Alegre) e ao Conselho Nacional de Pesquisas (Rio de Janeiro), que permitiram, através de concessão de bolsa, a realização deste trabalho. Ao Prof. Francisco M. Salzano, Diretor do extinto Instituto de Ciências Naturais da UFRGS* e ao Prof. Irajá Damiani Pinto, chefe do Departamento de Paieontologia e Estratigrafia do Instituto de Geociências da UFRGS pelo constante apoio recebido durante o desenvolvimento desta pesquisa. Ao Prof. Darcy Closs professor titular da Cadeira de Paleontologia do Instituto de Geociências da UFRGS, pela sugestão do tema e pelo estímulo e assistência dispensados em todas as fases de confecção deste irabalho. Ao Sr. Rubem Kroeff e a Srta. Joyce Oldenburg pelas reproduções fotográficas e a Sra. Te- rezinha Schulz pela confecção dos mapas e gráficos. * (atual Instituto de Biociências da UFRGS) 60. ROETTGER, E. U. — Observações ecológicas sobre foraminiferos... REFERENCIAS BANDY, O. L. (1954) — Distribution of some shallow-water Foraminifera in the Gulf of Mexico. — Prof. pap. U.S. Geol. Surv. 254-F, p. 125-141, est. 27-31, f. 5-13. —— (1956) — Ecology of Foraminifera in northeastern Gulf of Mexico. — Prof. pap. U.S. Geol. Surv. 274-G, p. 179-204, f. 25-28, 4 tab., est. 29-31, 7 chart. BOLTOVSKOY, E. (1959 a) — Foraminiferes recientes del sur Brasil y sus re- laciones con los de Argentina y India del Oeste. — Serv. Hidrogr. Nav., H. 1005, 120 p., 2 tab. 1 map., 20 est. —— (1959b) — Foraminifera as biological indicators in the study of ocean currents. — Micropaleontologist, New York, v. 5, n. 4, p. 473-481, text-fig. 1,. est. 1-3. —— (1959c) — La corriente de Malvinas (un estudio en base a la investi- gaciön de foraminiferos). — Serv. Hidrogr. Nav., H. 1015, 96 p. 3 est, 2 map. — — (1962b) — Foraminiferos de la plataforma continental entre el Cabo Santo Tomé y la desembocadura del Rio de la Plata. — Revta. Inst. nac. In- vest. Cienc. nat. Mus. argent. Cienc. nat. Bernardino Rivaaavia, Zool. 6, n. 6, p. 249-346, 1 map, 12 est. —— (1965) — Los Foraminiteros Recientes. — Edit. Univers. Buenos Aires, 510 p., 114 f. CLOSS, D. (1962) — Foraminiferos e Tecamebas da Lagoa dos Patos (RGS): — Bolm. Esc. Geol. Univ. Porto Alegre, n. 11, 130 p., 13 est., 18 f. CLOSS, D. & BARBERENA, M. C. (1960) —- Foraminiferos recentes da praia de Cassino (Rio Grande, RGS). — Bolm. Esc. Geol. Univ. Porto Alegre n. 5, 29 p., 2 1t., 3 est. —— (1960) — Foraminííeros recentes da praia da Barra (Salvador, Bahia). — Bolm. Esc. Geol. Univ. Porto Alegre n. 6, 50 b.,, 2 f., 7 est. EMILSON, |. (1959) — Alguns aspectos físico-químicos das águas marinhas brasileiras. — Ciênc. Cult, S. Paulo, v. 11, n. 2, p. 44-54. GNERI, F. S. & NANI, A. (1959) — El dominio acuático, los peces y las acii-, vidades economicas derivadas. — Argentina, Suma de geografia, Ed. Peu- ser, 1959, 5 V. IHERING, H. (1927) — Die Geschichte des Atlantischen Ozeans. — Jena, Fischer, 1927, 244 p., 9 tab. LOWMAN, S. W. (1949) — Sedimentary facies in gulf coast. — Bull. Am. Ass. Petrol. Geol., n. 33, p. 1939-1997. MYERS, E. H. (1943c) — Life activities of Foraminifera in relation to marine ecology. — Proc. Am. phil. Soc., Philadelphia, n. 86, 3. NARCHI, W. (1956) — Foraminiferos recentes do Brasil. Fam. Miliolidae, Pe- neroplidae e Alveolinellidae. — Bolm. Inst. Oceanogr., S. Paulo, v. 7, n.. 1/2, p. 161-192, 4 est. ; NORTON, R. D. (1930) — Ecologic relations of some Foraminifera. — Bull. Scripps Instn. Oceanogr. tech. Ser 2, v. 9, p. 331-388. PARKER, F. L. (1954) — Distribution of Foraminifera in the Northeastern Gulf of Mexico — Bull. Mus. comp. Zool. Harv., Cambridge, Mass., v. 111, n. 10,- p. 453-588, 9 text-f., 30 tab., 13 est. : IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 61 PEREIRA, C. A. F. D. (1969) — Recent Foraminifera of southern Brazil collected by Hydrografic vessel “Baependi”. — lheringia, Zool. 37, p. 37-95, 2 est. PHLEGER, F. B. (1952) — Foraminifera ecology off Portsmouth, New Hampshire. — Bull. Mus. comp. Zool. Harv., Cambridge, Mass. v. 106, n. 8, p. 315-390, 25 f., 18 tab. —— (1956) — Significancs of living Foraminiferal populations along the Cen- tral Texas coast. — Contr. Cushman Fdn. Foramin. Res., Sharon, Mass. v. 7, PA p OG=HISil ia ab” 200 —,— (1960) — Ecology and Distribution of Recent Foraminifera. — 297 p. 83 f., 11 est. (John Hopkins Press). PHLEGER, F. B. & PARKER, F. L. (1951) — Ecology of Foraminifera, North- west Gulf of Mexico, pt. 1: Foraminifera Distribution; pt. 2: Foraminifera spe- cies. — Mems. Geol. Soc. Am., n. 46, 64 p., 20 est, 33 f., 37 tab. HROETTGER, E. U. (1970) — Recent foraminiferida from the continental shelf of Rio Grande do Sul collected by the Hydrografic vessel “Canopus”. — lhe- ringia, Zool. 38, p. 3-71, 2 est, 3 f. SILVEIRA, J. D. (1964) — Morfologia do litoral. In: AZEVEDO, A. de, O Brasil, a terra e o homem, São Paulo, Ed. Nac., 1964, p. 253-300, 6 map.; 3 tab. STSCHEDRINA, Z. G. (1957) — Some regularities in the distribution of: Recent Foraminiftera. — Trudy leningr. Obshch. Estest., v. 73, n. 4, p. 99-106. SVERDRUP, H. U., JOHNSON, M. W. & FLEMING, R. H. (1942) — The Oceans: their physics, chemistry and general biology. — New York — Prentice-Hall, 1942, 1087 pp 62 FIG. FIG. FIG. FIG. FIG. FIG. FIG. FIG. FIG. FIG. FIG. FIG. FIG. FIG. FIG. FIG. FIG. FIG. oJSDARONa 17,a,b 18 ROETTGER, E. U. — Observações ecológicas sobre foraminiferos... ESTAMPA | Bulimina marginata forma typica (0,18 x 0,33 mm). Buliminella elegantissima (0,08 x 0,18 mm). Cassidulina crassa forma minima (0,14 x 0,11 mm). Elphidium discoidale (0,46 x 0,57 mm). Elphidium aff. discoidale (0,54 x 0,52 mm). Fissurina lucida (0,13 x 0,18 mm). Hopkinsina pacífica (0,08 x 0,21 mm). Nonion grateloupi. grateloupi, (0,33 x 0,50 mm). Nonionella atlantica (0,39 x 0,75 mm). Rolshausenia rolshauseni (a - 0,54x 0,50 mm; b - 0,46 x 0,44 mm). Rotalia beccarii ex. gr. parkinsoniana (0,21 x 0,18 mm). Uvigerina peregrina forma parvula (0,10 x 0,22 mm). Virgulina complanata (0,08 x 0,26 mm). Globigerina bulloides forma typica (0,273 x 0,28 mm). Globigerinoides conglobata (0,72 x 0,67 mm3. Globigerinoides ruber forma triloba (0,49 x 0,55 mm). Globorotalia scitula (a - 0,192x0,197 mm; b -0,15x 0,13 mm). Orbulina universa (0,75 mm). IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 63 IHERINGIA | Zoologia | n.42 | p.64-89| 16f. | Porto Alegre - RS | 03.07.1973 CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DO GÊNERO Leila GRAY, 1840 — (MYCETOPODIDAE-BIVALVIA).* Inga Ludmila Veitenheimer** RESUMO O presente trabalho consta do estudo morfo-anatômico dos órgãos respon- sáveis pela nutrição em Leila blainvilliana (LEA). Apresenta, ainda, uma revisão sistemática, amplia a distribuição geográfica, descrição conquiliológica compa- rada das espécies L. blainvilliana e L. esula (ORBIGNY) e comentários sobre a espécie fóssil L. capax (CONRAD). SUMMARY The present paper presents a morphological and anatomical study of the structures related with nutrition in Leila blainvilliana (LEA). A systematic revision, an ampliation of the geographical distribution, a comparative conchologycal des- cription of the species L. blainvilliana and L. esula (ORBIGNY) as well as co- ments about the fossil sp. L. capax (CONRAD) are also presented. INTRODUÇÃO No presente trabalho apresentamos uma revisão do gênero Leila e suas espécies. LEA (1834) descreve a espécie Anodonta blainvilliana, baseando-se para tanto em duas valves de exemplares distintos e cujo perióstraco havia sido completamente removido. Estas valves foram encontradas por ele numa loja em Havre (USA) cujo dono afirmou serem as mesmas procedentes do Chile. Entre- tanto, já na época, LEA teve suas dúvidas quanto a isto, assinalando a ocorrência com uma interrogação. Estas duas valves encontram- se no “United States National Museum” (USNM) e deverão ser con- sideradas, respectivamente, como holótipo a valve n.º 128843 e pa- rátipo a de n.º 679230. LEA (1834) durante a descrição sugere a criação de um novo gênero para sua espécie visto “apresentar algo de novo dentro da família das naiades...”, isto é, a marca da linha paeal é dife- rente de outra qualquer espécie da família e afirma: “Eu já o havia visto quando fiz a descrição e, esta peculiaridade induz-me a acre- Aceito para publicação em 23/06/72. Bolsista do Conselho Nacional de Pesquisas, Rio de Janeiro, no Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais, Porto Alegre, T.C. 10955. * IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 65 ditar que este animal é diferente de Anodonta”. Ele denomina de Columba o seu novo gênero que entretanto é um nome que estava pré-ocupado (Columba LINNAEUS, 1758). ORBIGNY (1835) cria a espécie Iridina esula descrevendo-a so- mente, em sua obra de 1835/46 (data publicada na obra de SHER- BORN & WOODWARD, 1901: 389). Em ambas ocasiões cita Ano- donta esula JAN na sinonimia. O gênero Leila aparece citado pela primeira vez no trabalho de GRAY (1840). Os característicos deste gênero têm sido baseados quase que exclusivamente na conquiliologia, entretanto, GRAY (1840 : 138) ao escrever sobre a família Iridinae na qual inclui o gênero Leila, coloca em evidência o seguinte fato: “... a parte posterior do manto está unida formando dois sifões curtos, desi- guais e separados”. BONETTO (1963) ressalta a importância dos sifões para a clas- sificação e dá uma descrição mais detalhada dos mesmos para L. blainvilliana. Neste trabalho BONETTO, ainda, descreve o “lasi- dium” desta espécie. PARODIZ (1969) inclui a espécie fóssil Haplothaerus capax (CONRAD) no gênero Leila, sem maiores detalhes sobre os caracte- rísticos do mesmo. Muitos outros pesquisadores realizaram estudos neste campo, inclusive descrevendo espécies novas e que hoje encontram-se na sinonímia das únicas recentes válidas, isto é, L. blainvilliana e L. esu- la. Entre eles podemos destacar HAAS (1916 ,1931, 1969), IHERING (1890, 1891a, 1891b, 1893, 1904, 1910), ORTMANN (1921), SIMPSON (1896, 1900, 1914), SOWERBY (1867/70) e outros. Através de exame do material do Museu Rio-Grandense de Ci- ências Naturais (MRCN), do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP), do enviado pelo “Museo de Ciências Naturales Bernardino Rivadavia” (MCNBR), de fotografias e dados do material existente no USNM de Washington e da revisão da bibliografia sobre o assunto ,procuramos determinar os característicos conquiliológi- cos válidos para as espécies do gênero Leila, revisão sistemática e área de ocorrência. Fazemos ,ainda, a descrição dos órgãos res- ponsáveis pela nutrição em L. blainvilliana. MATERIAL Leila blainvilliana (LEA) — Brasil, rio Guaíba, Porto Alegre (RS) (MRCN n.º 403, 1 ex.; 1692, re; 1959) 1:ex.;- 1980, Tiexi; 2594, 1 ex; 2708, 1 ex 2715, 6 ex.) rio Guaíba, Belém Novo, Porto Alegre (RS) (MRCN n.º 248, 1 ex.) rio Guaíba, Praia do Guarujá, Porto Alegre (RS) (MRCN n.º 2337, 16 ex.) 66 VEITENHEIMER, I. L. — Contribuição ao estudo do gênero Leila... - rio Guaíba, Itapuã, Viamão (RS) (MRCN n.º 14, 1 v.; 849, 1 ex.) arroio Passo Fundo, Guaíba (RS) (MRCN n.º 2602, 1 ex. e 1v.; 2 MON 2 EX.) | rio Guaíba, Porto Alegre (RS) (“Instituto Central de Biologia” (ICB) n.º 4742, 1 ex.) ° NE | in) rio Amazonas (USNM n.º 25815, 2 ex.) — Uruguai (USNM n.º 202764, 1 ex.) - Tio Uruguai (USNM n.º 518578, 1 v.) — Argentina, rio Corrientes (USNM n.º 86770, 1 v.) - trio Paraná, ilha “La Paraguaya” (USNM n.º 607086, 1 ex.) rio Paraguai, Formosa (MRCN n.º 3396, 1 ex.) — Paraguai, Chaco (USNM n.º 362885, 1 v.) — América do Sul (USNM n.º 128843, 1 v.; 679230, E V.) Leila esula (ORBIGNY) — Brasil, rio Araguaia, Goiás (MRCN n.º 2723, 2 v.) rio Amazonas ou afluentes (MZUSP n.º 18746, 1 v. col LANGE DE MORRETES) — ? Bolívia, rio Purus (USNM n.º 86771, 1 ex.; 86772, 1 ex.) Leila GRAY, 1840 Columba LEA, 1834: 78 (nec Columba LINNAEUS, 1758) Leila GRAY, 1840: 138, 150 Espécie-tipo: Anodon esula (ORBIGNY, 1846), tipo por designação. subsequente, GRAY, 1847: 197. Definição: (característicos conquiliológicos) Concha grande, quando fechada apresenta na região anterior uma abertura que inicia na margem dorsal e vai até mais ou menos o meio da margem ventral. Não há escultura umbonal, apenas li- nhas de crescimento. Charneira sem dentes. Músculo adutor an- terior está ligado ao músculo adutor posterior por uma linha paleal que forma um “sínus” paleal antes de chegar ao músculo adutor posterior. Com numerosas cicatrizes dos músculos dorsais que par-. tem do músculo adutor anterior em direção à cavidade umbonal, formando uma linha oblíqua. Sem capa prismática ventral. ; Ocorrência: América do Sul. Leila blainvilliana (LEA, 1834) Anodonta Blainvilliana LEA, 1834: 77, est. 12, f. 35 Anodon parishii GRAY, 1834: 57 Iridina trapezialis ORBIGNY, 1835: 43 (nec Anodonta trapezialis LAMARCK) iridina esula ORBIGNY, 1835: 43 (partim) Margarita (Anodonta) Blainvilliana, LEA, 1838: 139 Columba (Anodonta) Blainvilliana, LEA, 1838: 139 IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 67 Leila Parishii, LEA, 1838: 139 Margarita (Anodonta) Parishii, LEA, 1838: 139 Anodonta Parishii, LEA, 1838: 150 Iridina trapezialis, ORBIGNY, 1846: 596 Iridina esula, ORBIGNY, 1846: 597 (partim) Leila trapezialis, HUPE, 1857: 90 Anodonta (Columba) Blainvilliana, HUPÉ, 1857: 91 Anodon hians SOWERBY, 1867, est. 4, f. 8 Anodon scriptus SOWERBY, 1867, est. 4, f. 9 Anodon:: Blainvilliana, SOWERBY, 1867, est. 7, f. 14 Margaron (Columba) Blainvillıana, LEA, 1870: 86 Columba Blainviliiana, LEA, 1870: 107 An. Parishii, LEA, 1870: 86 Margaron (Anodonta) Blainvilliana, LEA, 1870: 105 An. Blainvillianus, LEA, 1870: 83 Margaron (Anodonta) Parishii, LEA, 1870: 106 |. Columba: Blainvilleana var. riograndensis IHERING, 1890: 139 Columba Blainvilleana, PAETEL, 1890: 188 Leila Blainvilleana, IJHERING, 1893: 118, 119 Anodonta blainvilleana, SIMPSON, 1900: 915 Leila blainvilieana, SIMPSON, 1900: 915 Margaron (Anodonta) blainvilleana, SIMPSON, 1900: 915 Margarita (Anodonta) parishii, SIMPSON, 1900: 915 Anodonta parishii, SIMPSON, 1900: 915 Leila parishii, SIMPSON, 1900: 915 Margarita (Anodonta) blainvilleana, SIMPSON, 1900: 915 Anodon blainvilleana, SIMPSON, 1914: 1400 Columba blainvilleana, SIMPSON, 1914: 1400 Margaron (Anodonta) parishii, SIMPSON, 1914: 1400 Leila blainvilleana riograndensis, MORRETES, 1949: 28 Anodon parishi, BARATTINI, 1951 : 243 Leila blainvilleans, PARODIZ & BONETTO, 1963: 206 Anodon blainvilleanus, FIGUEIRAS, 1965: 252 Margaron (Anodonta) blainvilleana, FIGUEIRAS, 1965: 252 Redescrição conquiliológica: (Fig. 1-2) A concha é oval-alongada, inequilateral, equivalve, umbo de posição predominantemente anterior. Em uma das valves nota-se a presença de um “dente” rudimentar situado na frente do umbo e que se encaixa na valve correspondente. Em alguns espécimes este “dente” apresenta-se bastante desenvolvido e, em outros pouco vi- sível, mas sempre presente. A linha paleal retilinea ou até um tanto côncava em relação à margem ventral, forma um “sínus” an- tes de chegar ao músculo adutor posterior, este “sínus” pode ser arredondado ou anguloso. Há numerosas impressões dos músculos dorsais que podem chegar até a margem dorsal. A cavidade um- bonal geralmente pouco profunda. O nácar é esbranquiçado, iridis- cente ou azul-esbranquiçado. O perióstraco varia do castanho cla- ro ao bem escuro, quase preto ou do castanho esverdeado -ao ala- ranjado. u 68 VEITENHEIMER, |. L. — Contribuição ao estudo do gênero Leila... Medidas: (Tab. 1) Realizamos medidas de comprimento e altura de 43 exempla- res (Fig. 3). A medida obtida em milímetros foi a seguinte: comprimento: 109,74 altura: 40,09 O índice médio da altura em relação ao comprimento: 2,72. O índice varia de: 2,30 - 3,40 Descrição Morfo-anatômica dos órgãos encarregados da nutrição: O manto apresenta-se totalmente livre na região anterior e ven- tral, sofrendo soldadura dos lobos internos na porção póstero-ven- tral para a formação dos sifões. A superfície do manto que vai da região dorsal até a linha paleal é muito fina sofrendo um engros- samento a partir desta linha até os bordos livres. Dentro da família Mycetopodidae o gênero Leila GRAY apre- senta sifões típicos. Em L. blainvilliana os siföes se originam na região póstero-ventral do animal, a partir do alongamento dos lo- bos internos do manto. Este alongamento toma aspecto de dois tubos cilíndricos contráteis, soldados entre si por uma forte parede musculosa, o diafragma (BONETTO, 1963) (Fig. 4). As paredes su- periores e inferiores não se soldam, apenas se encontram justapos- tas (Fig. 5). Apresenta uma longa e estreita abertura supra-anal. Os sifões possuem uma pigmentação marrom-escura, sendo que, quan- do distendidos, esta pigmentação mostra-se em direção às extremi- dades livres e mais escassa até quase total ausência à medida que se aproxima da base. O sifão inalante ou branquial forma um tubo mais longo e de maior diâmetro que o sifão exalante (Fig. 6). O sifão inalante apresenta-se ornado por tentáculos símples e ci- lindricos, que se originam na submargem interna e projetam para fora suas extremidades arredondadas. Estes tentáculos, geralmente incolores, podem apresentar uma escassa pigmentação constituída de pontos marrons (Fig. 7). O sifão exalante ou anal também apre- senta tentáculos, entretanto, são menores e em número mais re- duzido (Fig. 8). As brânquias são constituídas por filamentos branquias bas- tante nítidos (Fig. 4). As demibrânquias internas possuem o sulco alimentar que percorre toda a extensão ventral e termina na região de soldadura posterior de cada par de palpos labiais (Fig. 9). Este sulco alimentar é bastante reduzido, formando uma leve concavi- dade dos filamentos branquiais na região ventral. Quando o animal encontra-se grávido o sulco torna-se quase imperceptível, a região ventral da demibrânquia fica praticamente plana. Na espécie Ano- dontites trapesialis (espécie muito afim de L. blainvilliana) o sulco alimentar é muito nítido e bastante marcado. Os palpos labiais são ovalados, com pouca altura, apresen- tando pequenos lobos posteriores e livres (Fig. 4). Anteriormente, IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 69 os palpos labiais prolongam-se formando canaletas lisas, superior e inferior, que contornam a boca como um lábio (Fig. 10). A boca situa-se na região anterior do animal, logo abaixo do músculo adutor anterior. Apresenta o aspecto de uma fenda trans- versal (Fig. 10). Continua-se em direção dorsal através do esôfago. O esôfago apresenta-se como um tubo curto, muito largo, com- primido e assimétrico. Suas paredes estão recobertas por finas es- trias que iniciam a partir da fenda bucal apresentando-se um tanto desordenadas mas, logo em seguida tornam-se paralelas, com uma direção definida, isto é, todas dirigem-se para a abertura do estô- mago (Fig. 11). O esôfago desemboca no estômago que é largo e subglobular, situado na região antero-dorsal do animal. O estômago está en- volto pela glândula digestiva que apresenta o aspecto de uma “mas- sa glandular verde” (Fig. 12). O orifício que comunica o esôfago com o estômago é marcado por um sulco transversal. Ali inicia-se uma área de seleção anterior formada por finos sulcos e pregas que se continuam ao longo da dobra anterior. Esta dobra anterior ini- cia-se no chão anterior do estômago e obstrui transversalmente cerca de 2/3 da abertura do esôfago (Fig. 11), prolongando-se pelo lado direito em direção póstero-dorsal indo penetrar no capuz dor- sal. Logo atrás da dobra anterior, no chão do estômago, existem dois cecos, um direito e outro esquerdo, nos quais abrem-se vários ductos digestivos provenientes da glândula digestiva. Na região pós- tero-ventral, lado esquerdo do estômago, encontram-se as abertu- ras combinadas do saco do estilete e do intestino. No bordo poste- rior desta associação observa-se a extremidade da tiflossole menor; do bordo anterior emerge a tiflossole maior que forma um arco sobre o chão do estômago em direção ao lado direito formando o cha- mado monte cônico e que irá penetrar no ceco esquerdo. No lado esquerdo do estômago, entre o ceco esquerdo e o capuz dorsal há o bolso esquerdo, no interior do qual existe uma concentração de seis aberturas dos ductos digestivos. A partir do bolso esquerdo, na região posterior do estômago forma-se uma parede que divide esta porção (posterior) do estômago em ventral e dorsal. Sobre esta parede, proveniente do capuz dorsal, forma-se uma áráea de seleção posterior. Esta área de seleção está constituída de pregas que se- guem para o lado direito por onde descem e acabam em uma bolsa póstero-ventral direita, percorrendc depressões ovais aí existentes. O escudo gástrico está deitado sobre a parede esquerda do estô- mago, entre o monte cônico e o capuz dorsal no qual penetra uma ponta do mesmo. O estilete emerge da abertura do saco do estilete, preenche uma grande porção da luz do estômago e se apresenta de cor rosada iridiscente (Fig. 13). 70 VEITENHEIMER, |. L. — Contribuição ao estudo do gênero Leila. Be "O intestino e o saco do estilete cujas aberturas iniciam na parte póstero-ventral do estômago, apresentam uma ligação anatö- mica. Grande parte do intestino acha-se distribuído no pé do ani- mal, mergulhado entre as gônodas e percorre um trajeto bastante longo, formando várias alças e depois dirige-se em linha reta pelo dorso do animal até a região posterior, passando pela cavidade do ventrículo, “abraçando” o músculo adutor posterior e abrindo-se pe- lo ânus junto ao sifão exalante (Fig. 12). O ânus apresenta-se como uma abertura oval desprovida de ornamentação (Fig. 5). Podemos dividir o intestino em três porções levando em con- sideração a disposição da tiflossole. A primeira porção, isto é, logo que o intestino associado ao saco do estilete parte do estômago, encontramos a tiflossole menor que percorre um trajeto muito curto e em seguida desaparece. Por outro lado a tiflossole maior forma uma grande dobra que separa a luz do intestino da luz do saco do estilete, formando uma “cama” para o estilete se acomodar (Fig. 12(1)). O estilete cristalino deitado sobre a tiflossole maior prolonga- se até o final desta primeira porção, quando se percebe o gradativo desaparecimento da tiflossole maior e consequentemente do saco do estilete (Fig. 12(2), (3). Em seguida segue a segunda porção do intestino que não apresenta tiflossole (Fig. 12(4)), entretanto, suas paredes apresentam-se cheias de pregas e sulcos no sentido longi- tudinal que, provavelmente, são resultantes dos movimentos reali- . zados pelo intestino. Esta porção é muito comprimida com uma luz muito estreita. Antes do intestino começar a se dirigir para a região dorsal, repentinamente forma-se uma enorme tiflossole cheia de sul- cos e pregas, sendo que aqui também a luz do intestino continua muito estreita (Fig. 12(5)). Esta tiflossole prolonga-se até o ânus onde podemos notar nitidamente o seu final (Fig. 5). Durante todo o tra- jeto apresenta o bordo livre, achatado, alargado, recoberto de pre- gas, mesmo quando passa pelo ventrículo. Lectótipo: América do Sul (USNM n.º 128843, 1 v.) Paralectótipo: América do Sul (USNM n.º 679230, 1 v.) Localidade-tipo: rio Guaíba, Praia do Guarujá, Porto Alegre (RS), Brasil (MRCN n.º 2337, 16 ex. e 1 v., Inga & Cristina col, 9.X11.1966) (por designação Beh Distribuição geográfica: A espécie L. blainvilliana em sua distribuição geográfica na América do Sul tem como ponto mais setentrional: Peru (SIMPSON, 1900 : 915) e o Rio Amazonas (USNM n.º 25815). O ponto mais meridional localizado é o rio da Prata, Departa- mento de Colônia, Uruguay (TEISSEIRE, 1930/31 : 227). IhHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 71 Sua ocorrência mais oriental está na região Sul da América do Sul, isto é, rio Guaíba, RS, Brasil (MRCN n.º 2337, 403, 1692, 1839, 1930, 2594, 2708, 2715, 248, 14, 849, 2602, 2767; ICB n.º 4742). A localização mais ocidental é no norte da América do Sul, isto é, Peru (SIMPSON, 1900: 915). Leila esula (ORBIGNY, 1846) Iridina esula ORBIGNY, 1835: 43 (partim), nomen nudum Margarita (Anodonta): esula, LEA, 1838: 140 Iridina esula ORBIGNY, 1846 : 597 (partim) Anodon esula, GRAY, 1847: 197 Leila esula, HUPÉ, 1857: 90 Leila Pulvinata HUPE, 1857: 90, est. 20, f. 1 Leila Castelnaudii HUPÉ, 1857: 91, est. 19, f. 1 (non Anodonta Caltelnaudii HUPÉ, 1857: 88) Anodon pulvinatus, SOWERBY, 1867, est. 5, f. 10 Anodon Blainvilleana, SOWERBY, 1867, est. 6, f. 12 Anodon castelnaudii, SOWERBY, 1868, est. 20, f. 79 Margaron (Columba) esula, LEA, 1870: 86 Columba esula, LEA, 1870: 107 Margaron (Anodonta) esula, LEA, 1870: 106 Columba Castelnaudi, PAETEL, 1890: 188 Columba pulvinata, PAETEL, 1890: 188 Columba Spixii IHERING, 1890: 135, est. 9, f. 4 (non A. Spixii ORB., 1835: 39) Columba Castelnaudii, IHERING, 1890: 142 Leila Spixii, IHERING, 1893: 121 Anodonta Castelnaudii, PARAVICINI, 1894: 10 Anodon pulvinatus, SIMPSON, 1900: 915 Columba castelnaudii, SIMPSON, 1900: 915 Leila spixii, SIMPSON, 1900: 915 Columba spixii, SIMPSON, 1900: 915 Leila esula, SIMPSON, 1900: 915 Leila pulvinata, SIMPSON, 1914: 1401 Leila castelnaudi, SIMPSON, 1914: 1401 Anodon castelnaudi, SIMPSON, 1914: 1401 Leila spixi, ORTMANN, 1919/21: 638 Columba castelnaudi, ORTMANN, 1919/21: 638 Leila pulvinata, MORRETES, 1949: 28 Leila Spixi, MORRETES, 1949: 28 Redescrição conquiliológica: (Fig. 14-15) Concha grande, oval-arredondada, subinequilateral, equivalve. Umbos bastante inflados e de posição mediana em relação à mar- gem dorsal. Linha paleal convexa, isto é, acompanha o desenho da margem ventral formando um “sínus” paleal antes de chegar ao músculo adutor posterior, este “sínus” apresenta uma curvatura mais suave que em L. blainvilliana. Há numerosas cicatrizes dos mús- culos dorsais. A cavidade umbonal é bastante profunda. O nácar varia de esbranquiçado até azul iridiscente. O perióstraco pode ser castanho alaranjado à esverdeado. na VEITENHEIMER, |. L. — Contribuição ao estudo do gênero Leila... Medidas: (Tab. 2) Realizamos medidas de comprimento e altura em 5 exemplares (Fig. 16). A média obtida em milímetros foi a seguinte: Comprimento: 133,30 Atlura: 73,20 O índice médio da altura em relação ao comprimento: 1,81 O índice varia de: 1,70 - 1,90 Localidade-tipo: Província Mojos, Bolivia (ORBIGNY, 1835 : 43) Ocorrência: — Brasil, rio Araguaia, Goiás (MRCN n.º 2723, 2 v.) rio Amazonas ou afluente (MZUSP n.º 18746) — , Bolívia, rio Purus (USNM n.º 86771, 1 ex.; 86772, 1 ex.) Leila capax (CONRAD, 1874) Haplothaerus capax CONRAD, 1874: 83, est. 12, f. 1-3 Leila capax, PARODIZ, 1969: 87 Trata-se de uma espécie fóssil descrita por CONRAD (1874) e que PARODIZ (1969) identificou como sendo Leila. Do estudo da descrição e das ilustrações apresentadas por CONRAD é fácil cons- tatar que realmente o fóssil pertence ao gênero Leila, possuindo característicos que permitirão uma provável identificação com Leila esula. Ocorrência: Peru, Iquitos (CONRAD ,1874: 83) DISCUSSÃO: Deixamos de utilizar a grafia Leila blainvilleana empregada pela primeira vez por IHERING (1890 : 139) e simultaneamente por PAE- TEL (1890 : 188) e seguida pelos demais pesquisadores até os nos- sos dias. Voltamos a validar aquela usada originalmente por LEA que é a correta segundo o Código Internacional de Nomenclatura Zoológica. As valves de L. blainvilliana que se encontram no USNM eti- quetadas sob os n.º 128843 e 679230 estão designadas erronea- mente como holótipo e parátipo, respectivamente. Na realidade são síntipos pois, LEA (1834) baseou sua descrição e os desenhos ori- ginais em ambas as valves como podemos observar na est. 12, f. 35. Em decorrência deste fato designamos como lectótipo a valve do USNM n.º 128843 e paraleciótipo a do USNM n.º 679230. O local de ocorrência indicado por LEA para a espécie Leila blainvilliana é duvidoso, isto é, Chile?. Através de correspondência mantida com Nibaldo Bashamonte e José Stuardo (Chile), exame de lotes do MRCN, MCNBR, USNM incluindo o lectótipo e paralectó- tipo e cuja ocorrência está assinalada apenas como América do Sul, IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 73 bem como pelo exame da literatura, somos levados a acreditar, até que se prove o contrário, da inexistência de L. blainvilliana no Chile. Aproveitamos a ocasião para designar o “locus typicus” desta es- pécie como sendo: rio Guaíba — Praia do Guarujá — Porto Alegre (RS), Brasil, tendo como base o lote do MRCN n.º 2337. Por intermédio de correspondência com J. Parodiz (USA) e L. Forcart (Suíça) e exame dos trabalhos de JOHNSON (1971) e CHAR- PENTIER (1837) podemos concluir que as citações bibliográficas so- bre Anodonta esula JAN feitas por LEA (1870) e SIMPSON (1900 e 1914) são incorretas pois nada existe sobre esta espécie nas obras de CHARPENTIER (1837) e tão pouco na de CRISTOFORI & JAN (1832). Podemos afirmar, então, que a nomenculatura correta é Leila esula (ORBIGNY, 1846). Provavelmente a referência sobre a espé- cie de JAN feita por ORBIGNY tenha sido tirada de algum ma- nuscrito sendo, portanto, esta citação sem valor taxonômico. O tipo desta espécie deveremos determinar quando dispusermos de ma- terial apropriado. No decorrer desta revisão pudemos constatar quão difícil se torna o estudo exclusivamente baseado na conquiliologia pois esta parte sofre grande influência do meio ambiente surgindo sensíveis variações em uma espécie de acordo com os diferentes locais de ocorrência. Torna-se necessário procurar estabelecer diagnósticos baseados em elementos mais constantes e pouco influenciáveis, tais como os característicos anatômicos, fisiológicos, larvais, etc. Como podemos notar através do rápido histórico muito pouco ou nada se tem feito neste campo, no que se refere ao bivalves dulciaquícolas, em especial de Leila. Propomo-nos a iniciar este estudo através da anatomia dos órgãos digestivos de L. blainvilliana, em especial, do estômago que tem sido citado por muitos pesquisadores, entre eles DINAMANI (1967), GRAHAM (1949), PURCHON (1958) e outros, como importante na sistemática. Não pudemos realizar o mesmo trabalho com a espécie L. esula por não possuírmos material com as partes moles. AGRADECIMENTOS Agradecemos aos Drs. Nibaldo Bahamonde do Museu Nacional de História Natural do Chile e José Stuardo do Instituto Central de Biologia (ICB) do Chile pelas informações e interesse demonstrado em nos auxiliar. Ao Dr. Joseph Morrison do USNM de Washington que prontamente nos en- viou as fotos da coleção de Leila existente naquela Instituição. Ao professor José Luiz Moreira Leme e Lícia Penna do MZUSP pelo auxílio: que nos prestaram durante o estágio que lá fizemos a fim de conseguir biblio- grafia e examinar a coleção. Aos Drs. Forcart da Suiça e Juan Parodiz do “Carnegie Museum” de Phi- ladelphia que prontamente nos procuraram ajudar em dúvidas surgidas no decor- rer do trabalho. 74 VEITENHEIMER, |. L. — Contribuição ao estudo do gênero Leila... - À colega Maria Cristina D. Mansur com a qual pudemos manter diálogo e troca de idéias. De modo especial agradecemos ao professor José Willibaldo Thomé que, como Diretor do MRCN, permitiu que utilizässemos as dependências do mesmo para a realização de nosso trabalho e, como Orientador foi incansável em nos prestar auxílio e apoio em todos os momentos. , Iê BIBLIOGRAFIA ALLEN, J. A. & TURNER, J. F. (1970) — The morphology of Fimbria fimbriata (LINNÉ) (Bivalvia: Luicinidae). — Pacif. Sci., v. 24, n. 2, p. 147-154, f. 1-6. BARATTINI, L. P. (1951) — Malacologia Uruguaya. Enumeración sistemática y sinonimica de los moluscos del Uruguay. — Publnes cient. Serv. oceanogr. Pesca, Montev., n. 6, p. 181-293. BONETTO, A. A. (1963) — Contribución al conocimiento de Leila blainvilleana (LEA) Mollusca — Pelecypoda. — Physis, B. Aires, v. 24, n. 67, p. 11-16, o 18 —— (1963a) — Rasgos fundamentales de la organizacion y desarrollo larval de los Mutelidos Americanos. — Reprinted from volume 1 of Int. Congr. Zool. 16. Washington, 1963, August 20-27. BONETTO, A. A. & ESCURRA, |. (1962) — Contribuciön al conocimiento limno- lógicc de la Laguna Setubal (Fauna de iondo: Porifera y Mollusca) (1). — Ses. Cient. Assoc. Cient. Nat. Litoral, An. Mus. F. Ameghino, Santa Fé, Veil nm: 9 po oe imapar BONETTO, A. A. & MANSUR, M. C. D. (1970) — Las nayades de la cuenca del Guaiba. — Acta zool. lilloana, v. 27, p. 241-260, f. 1-3. BUCKUP, L. & BUCKUP, E. H. (1957) — Catálogo dos moluscos do Museu: Rio-Grandense de Ciências Naturais. — lheringia, zool., n.º 1, p. 1-40. CHARPENTIER, M. J. (1837) — Catalogue des Mollusques Terrestres et flu- viatiles de la Suisse. — Extrait du premier volume des nouveaus Mémoires: de la Société Helvétique de Sciences naturales, Neuchatel, p. 1-28, est. 1-2. CHENU, J. C. (1862) — Manuel de Conchyliologie et de Palentologie Conchy- liogique. Paris, Libr. Vict. Masson, v. 2, 327 p., 1236 f. CONRAD, T. A. (1874) — Description of two new fossil shells of the upper Amazon. — Proc. Acad. nat. Sci. Philad., v. 26, p. 82-83, est. 12, f. 1-3. CRISTOFORI, J. & JAN, G. (1832) — Catalogue naturalium in Museo existan- tium J. de Cristofori et G. Jan. Section II a, Conchyliogia. Parmae. (não consultada). DINAMANI, P. (1967) — Variation in the stomach structure of the Bivalvia. — Malacologia, v. 5, n. 2, p. 225-268, il. DOERING, A. (1875) —- Molluscorum terrestrium et fluviatilium faunae argenti- nae enumerationis systematic. Suplementum |. Periodico zool., Cordoba, v. 2, p. 43-46. FIGUEIRAS, A. (1965) — La malacofauna dulceaquicola del Uruguay (Parte II) — Com. Soc. Malac. Urug., Montevideo, v. 1, n. 8, p. 223-270. FRANC, André in GRASSE, P. — P. (1960) — Traité de Zoologie — Classe des Bivalves, Masson et Cie. Editeurs, Paris, v. 5, n. 2, p. 1845-2164, il. FRIERSON, L. S. (1923) — Observations on the genera Leila and Anodontites. Nautilus, v. 36, p. 7-10. GRAHAM, A. (1949) —- The Molluscan Stomach. — Trans. R. Soc. Edinb., v. Sr io Sh [e Terra, ii GRAY, J. E. (1834) — New shells in his own Coll. — Proc. zool. v. 4, p. 57. —— (1840) — Synopsis of the contents of the British Museum. 42a. ed., Lon- don, 138-151. IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 no —=—. (1841) — Animal of Hyria. — Ann. nat. Hist, n. 37, p. 316. —— (1847) — A list of the genera of recent Mollusca, their synonymy and type. — Proc. zool. Soc. Lond., v. 15. p. 129-219. HAAS, F. (1916) — Náyades del viaje al Pacífico. — Trab. Mus. nac. Cienc. nat. Madr., ser. zool., n. 25, p. 1-42, 2 est. — — . (1931) — Versuch einer kritischen Sichtung der südamerikanischen Na- jaden, hauptsächlich and Hand der Sammlung des Senckenberg-Museums III. — Senckenbergiana, v. 13, n. 2, p. 87-111, f. 33-37. —,— (1969) —- Eine Zusammenstellung und Kennzeichung der rezenten Tier- formen Superfamilia Unionacea. — Tierreich, v. 88, X -+ 663 p. HUPE, H. in CASTELNAU, F. (1857) — Animaux Nouveaux ou Rares recueillis pendant l’expedition das les parties centrales de l’Amegrique du Sud, de Rio de Janeiro à Lima; et de Lima au Para; exécutée-par ordre du governement français pendant les annés 1834 a 1847. Paris, Chez P. Bertrand. “Molus-: ques”, p. 75-95, est. 1-20. tHERING, H. von (1890) — Revision on der von Spix in Brasilien gesammel- ten Najaden. — Arch. Naturgesch., ano 56, v. 1, n. 1-3, p. 117-170, est. 9. —— (1891) — Anodonta und Glabaris. — Zool. Anz., n. 380-381, 14 p. —— (1891a) — Über die Beziehungen der chilenischen und der südbrasili- anischen Susswasserfauna. — Verh. dt. wiss. Ver. Santiago Chile, v. 2, n. 3, p. 143-149. —,— (1891 b) — Sur les relations naturalles des Conchlides et des Ichnopode. — Bull. Sci. Fr. Belg., n. 23, p. 149. —— (1893) — Najaden von S. Paulo un die geografische Verbreitung der Süsswasser-Faunen von Südamerika. — Arch. Naturgesch., ano 59, v. 1, n. 1-3, p. 45-140, est. 3-4. —— (1904) — Zur Kenntnis der Najaden von Goyas. — NachrBl. dtsch. ma- lakozool. Ges., v. 4, p. 154-167. —,— (1910) — Über brasilianische Najaden. — Abh. senckenb. naturforsch. Ges., v. 32, p. 111-140, est. 2. International Code of Nomenclature adopted by the XV International Congress oi Zoology. 1961 London: International Trust. for Zoological Nomenclature, xviii + 176 pp. (In English and French). JOHNSON, R. I. (1971) — The types and Figured specimens of Unionacea (Mollusca: Bivalvia) in the Bristish Museum (Natural History). — Bull. Br. Mus. nat. Hist. (zool.), v. 20, n. 3, p. 73-108, 2est. JURADO, M. Doello (1924) —- Algunos moluscos interesantes de Bolivia (Re- sumen). — Physis, B. Aires, v. 7, n. 25, p. 238-240. KEEN, Myra A. (1963) —- Marine Molluscan genera of Western North America. California, Stanford University Press, 1963 ‚126 p., il. KUSTER, H. C. (1876) — Die Gattung nebst den Übrigen Najaden mit un- volkommenem Schloss. (Cont. por S. Clessin). — Sist. Conch. Cab., MAR- TINI & CHEMNITZ, v. 9, n. 1, p. 1-64, est. 1-7. LEA, I. (1834) —-Observations on the genus Unio. v. 1, n. 2, Philadelphia, p. 23-119, 19 est. — — (1838) — Observations on the genus Unio, v. 2, Philadelphia, 152 p. 24 est. — — (1870) — Synopsis of the Family Unionidae, 4 ed. Philadelphia, Collins Print. 181 p. MANSUR, M. C. D. (1970) — Lista dos moluscos bivalves das famílias Hy- riidae e Mycetopodidae para o Estado do Rio Grande do Sul. /heringia, zool., n. 39, p. 33-95. MARSHALL, W. B. (1952) — Microscopic sculpture of pearly fresh-water mussel shells. — Proc. U.S. natn. Mus., v. 67, n. 2576, art. 4. 76 VEITENHEIMER, |. L. — Contribuição ao estudo do gênero Leila... —— (1931 — Anodontites: a genus of South and Central American and Mexican pearly fresh-water mussels. — Proc. U.S. natn. Mus., v. 79, n. 2889, art. 23, p. 1-16, est. 1-2. MARTENS, E. von (1868) — Ueber sudbrasilianische Land — und Suesswasser- mollusken. — Malakozool. Bl., Cassel, v. 15, p. 169-217. MORRETES, F. L. (1949) — Ensaio de Catálogo dos Moluscos do Brasil. Ar- chos Mus. parana., v. 7, p. 3-216. OLAZARRI, Jose (1966) — Los moluscos de agua dulce del Depto. de Co- lonia Uruguay — Parte |: Pelecypoda. — Com. Soc. Malac. Urug., Monte- video, v2 27 n. li poils=sS0, Met ORBIGNY, A. d’ - (1835) —- Syropsis terrestrium et fluviatilium molluscorum, in suo per American meridionalem itinere, ab. A. d’ ORBIGNY, collectorum. — Mag. zool., Paris, v. 6, n. 61/62, p. 1-44. —— (1846) — Voyage dans l’Amerique Méridionale, v. 5, n. 3: Mollusques. Paris, C. P. Bertrand ed., p. 489-711, est. 66-80. ORTMANN, A. E. (1921) — South American naiades: A contribution to the: knowledge of the freshwater mussels of South American. Mem. Carneg. Mus., v. 8, n. 3, p. 451-684, est. 34-48. OWEN, Garteh (1958) —- Shell from Pallial Attachment and the ligament in the Bivalvia. PAETEL, Fr. (1890) —- Catalog der Conchylien. — Sammlung., Berlin, p. 188: PARAVICINI, Giuseppe (1894) —- Viaggio del dottor Alfredo Borelli nella Re- publica Argentina e nel Paraguay — IV. Molluschi. — Boll. Musei Zool. Anat. comp. R. Univ. Torino, v. 8, n. 181, p. 10. PARODIZ, J. J. (1969) —- The tertiary non-marine Mollusca of South America. — Ann. Carneg. Mus., v. 40, p. 87. PARODIZ, J. J. & BONETTO, A. A. (1963) — Taxonomy and zoogeographic: relationships of the South American Naiades (Pelecipoda: Unionacea and' Mutelacea) — Malacologia, v. 1, n. 1, p. 179-213, 17 1. PURCHON, R. D. (1958) — The stomach in the Eulamellibranchia; Stomach type IV. — Proc. zool. Soc. Lond., v. 131, p. 487-525. RUSSEL-HUNTER, W. D. (1926) — Uma biologia dos invertebrados inferiores; tradução Diva Diniz Correa e outros. S. Paulo, Polígono e Editora da Uni- versidade de São Paulo, 1969, 238 p., il. SHERBORN, C. D. & WOODWARD, B. B. (1901) — Notes on the dates of publications of the Natural History portions of some French Voyages. — Ann. Mag. nat. Hist, v. 7, n. 7, p. 388-392. SIMPSON, C. T. (1896) —- The classification and geographical distribution of the pearly fresh-water mussels. — Proc. U. S. natn. Mus., v. 18, n. 1067, no. 295-343. —— (1900) — Synopsis of the naiades or pearly freshwater mussels. —- Proc. U. S. natn. Mus., v. 22, p. 501-1044. —— (1914) — A descriptive Catalogue of the Naiades or Pearly Fresh-water Mussels., part. 1. Michigan, p. 1399-1402. SOWERBY, G. B. (1867/70) — Monograph of the genus Anodon. In REEVE. — Coneh.. Icon. dv. I, est)'4 esti 5,1 10; est 6, 1.127 est 2207.72: SPIX, J. B. & WAGNER, J. A. (1827) — Testacea Fluviatilia quae in itinere per Bras. ani MDCCCXVII - MDCCCXX collegit et pingenda curavit D. J. B. de Spix, degessit, descripsit et observationibus illustravit Dr. J. A. Wagner. — Leipzig, 36 p., 29 est. TESSEIRE, Augusto (1930/31) —- sobre Malacologia de la Republica Oriental‘ del Uruguay (Region Colonia). — Archos Soc. Biol. Montev., n. 1/2, p. 22-228. THIELE, J. (1963) — Handbuch der Systematischen Weichtierkunde. Amster- dam, A. A. Asher & Co., v. 2, p. 779-1154. AHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 77 c rimento indice Instituição ln) MRCN 248 — | 115 | 42 | 2,73 een! — | 1400 | 48 | 2,91 403 | — | 108 | 43 | 2,51 1692 | art] 118 | 46 | 2,56 | 2 | | SOM! 2,85 | 3 | 108 | 45 | 2,40 1930 |] — | 93 | 40 | 2,32 2337_ | 1 | 98 | 35 | 2,80 | 277 95) + 33 | 2,87 | 3 ] 106 | 37 | 2,86 Teen ARE AD 40 | 2,57 | 5 | 101 | 35 | 2,88 | ea 103 | 36 | 2,86 | Ale B2 12] 30 | 2,73 | sum] | 35 | 2,68 | 9 | 104 | 40 | 2,60 | 10 | 103 | 35 | 2,94 | 11 | Ban] Sonn! 2,55 | 12 | 105 | 39 | 2,69 | 13 | 106 | 46 | 2,52 | 14 | 100 | 38 | 2,63 | 15 | 86 | 34 | 2,20 | 16 | 105 | 35 | 3,00 | 17 | 98 | 35 | 2,80 | MSN 110 | 37 | 2,97 2602 | 1 | 130 | 43 | 3,02 | 2 | 134 | 43 | 3,11 27080008] zn os] Sua 2,94 2594 | — | 114 | 3a] 3,35 2715 | 1 | SRA! 32 | 2,53 | 2 | Se] 35 | 2,65 | SU 110 | 41 | 2,68 | | 9 | Sa 20 O | 5 | 100 | 35 | 2,85 | 6 wi 121 | 47 | 2,57 2767 | ineer]| 109 | 36 | 3,02 | 2 | 127 ] 44 | 2,88 3396 | = | 140 | 44 | 3,18 USNM 25815 | 1 | 137 | Sam] 2,36 ] 2a 152000] | 2,66 86770 | — | 130 | | 2,76 128843 | nr PIA & 1 2,44 202764 | — | — | — | 2,52 (+) 362885 | — | — | = | 2,47 (4) 518578 | =" T = 1 = 2,60 (+) 607086 | — | — | — | 2,51 (H) 679230 2: TABELA 1: Medidas de espécimes de L. blainvilliana (LEA) (H Os índices destes lotes foram obtidos através de medidas tomadas das fotografias. Instituição n.º lote nenne altura (mm) indice 'MREN 22 AR 168 | 96 | 1,75 | aa] 96 | 55 | 1,74 MZUSP EMI =] 130 | ZON 1,85 USNM 86771 | — | 164 | un 1,88 86772 |] — | 108,5 | sum] 1,87 TABELA 2: 'Medidas de espécimes de L. esula (ORBIGNY) 78 VEITENHEIMER, |. L. — Coniribuição ao estudo do gênero Leila. . ABREVIATURAS DAS FIGURAS A = ânus ACD == abertura do capuz dorsal ACDD = abertura do ceco digestivo direito ACDE = abertura do ceco digestivo esquerdo Al = abertura do intestino AS — área de seleção ASS = aberiura do saco do estilete B = boca BE = bolso esquerdo C = monte cônico CD = capuz dorsal D — diafragma DA = dobra anterior DBE =- demibrânquia externa DBI — demibrânquia interna: E = esôfago Est. = estômago GD — glândula digestiva L = linha paleal : LUI — luz do intestino M = manto MAA = músculo adutor anterior MAP = músculo adutor posterior MD = músculos dorsais. P= pé PL = palpos labiais S — estilete cristalino SE — sifão exalante SI — sifão inalante - Sln — sulco intestinal (= rejeição) "SS = saco do estilete T = tiflossole maior Te = tentáculo TM = tiflossole menor V = ventrículo IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 RG 2 — Vista interna e externa da valve esquerda do Lectótipo de Leila blainvilliana. Fotografias, gentilmente, fornecidas pelo Dr. Morrison do USNM de Washington. FIG. 14 - 15 — Vista interna e externa, respectivamente, da valve esquerda e direita de Leila esula. Fotografias, gentilmente, fornecidas pelo: Dr. Morrison do USNM de Washington. 80 VEITENHEIMER, |. L. — Contribuição ao estudo do gênero Leila... FIG. 4 — Vista do lado esquerdo das partes moles de Leila blainvilliana. foi retirada a parte livre do manto para a visualização do pé,- palpos labiais, brânquias e sifão. 03 DE JULHO DE 1973 81 iHERINGIA — Zoologia, n. 42 82 VEITENHEIMER, |. L.'-=— Contribuição ao estudo do gênero Leila... FIG. — Vista de cima da porção posterior de Leila blainvilliana, mos- trando a disposição dos sifões e ânus. FIG. — Vista lateral dos sifões de L. blainvilliana. ; FIG. — Vista interna de uma porção do bordo livre do sifão exalante (= branquial) de L. blainvilliana. FIG. — Vista interna de uma porcäc do bordo livre do sifäo inalante (= anal) de L. blainvilliana. IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 o lem 83 84 VEITENHEIMER, |. L. — Contribuição ao estudo do gênero Leila... FIG. 3e16 — Medidas obtidas, respectivamente, de Leila blainvilliana e Leila esula. Comprimento: corresponde a maior dimensão horizontal (a - a'), paralela a linha que bissecciona os músculos adutores (c-c') e forma um ângulo reto com a altura. Altura: corres- ponde a maior dimensão vertical que parte dos umbos (b - b’) e forma um ângulo reto com a linha que bissecciona os müs- culos adutores (c - c'). (seg. KEEN, 1963). FIG. 9 — Vista do par direito de palpos labiais de L. blainvilliana. A parte externa do palpo foi rebatida para cima, mostrando na porção posterior a fusão do canal alimentar da demibrânquia interna com a região. de soldadura posterior dos palpos labiais. 86 FIG. 10 FIG. 11 FIG. 13 VEITENHEIMER, |. L. — Contribuição ao estudo do gênero Leila... — Vista de cima da porção anterior de L. blainvilliana, mostran- do a disposição da boca e dos palpos labiais. — Vista de cima da parede posterior do esôfago e porção ini- - cial do estômago. — Vista de cima do estômago de L. blainvilliana. {HERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 87, 88: VEITENHEIMER, |. L. — Contribuição ao estudo do gênero Leila... FIG. 12 — Vista das partes moles de L. blainvilliana, pelo lado esquerdo, destacando a disposição dos órgãos responsáveis pela nu- trição. FIG. 12 (1) — Corte transversal da porção inicial do intestino. FIG. 12 (2e3) — Corte transversal da primeira porção do intestino, mostrando: o gradual desaparecimento da tiflossole maior. 7 FIG. 12 (4) — Corte transversal da segunda porção do intestino, ausência da tiflossole maior e saco do estilete. FIG. 12 (5) — Corte transversal da terceira porção do intestino, mostrando o reaparecimento da tiflossole maior. IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 cUI IN \ Da ® N. A L IV o UL 90 Lista das publicações do M.R.C.N. PUBLICAÇÕES DO “MUSEU RIO-GRANDENSE DE CIÊNCIAS NATURAIS” E Hr ESRIIINIGENA Serie ANTROPOLOGIA N. 1 — (1969) — com dois artigos, 116 p.: — BROCHADO, J. J. J. P. — “Histörico das pesquisas arqueolögicas no Estado do Rio Grande do Sul”. — p. 3-32, 1 f.; — MILLER, E. T. — “Resultados preliminares das escavacöes no sitio pré-cerâmico RS-LN-1: Cerrito Dalpiaz (abrigo-sob-rocha)”. — P. 43-112, 11 t., 9 q. N.º 2 — (1972) — com dois artigos, 64 p.: — RIBEIRO, P. A. M. — “Petróglifos do Sítio RS-T 14: Morro do So- brado, Montenegro — RS — Brasil”. — p. 3-14, 3 f.; — RIBEIRO, P. A. M. — “Sítio RS-C 14: Bom Jesus Velho (abrigo sob rocha) — Nota prévia”. — p. 15-58, 16 f., 4 quadros. Série BOTÂNICA N.º 1 — RAMBO, Pe. B. (S. J.) — (1958) — “Asclepiadaceae Rio-granden- ses”. — 58 p.; Nº 2 — RICK, Pe. J. (S. J.) — (1958) — “Basidiomycetes Eubasidii in Rio Grande do Sul, Brasilia: 1. Auriculariaceae, Sirobasidiaceae, Tremella- ceae, Dacryomycetaceae”. — 56 p., 1 est; N.º 3 — RAMBO, Pe. B. (S. J.) — (1959) — “Aponynaceae Riograndenses” — 24 p.; Nº 4 — RICK, Pe. J. (S. J.) — (1959) — “Basidiomycetes Eubasidii in Rio . Grande do Sul, Brasília: 2. Thelephoraceae” — p. 57-124; Nº 5 — RICK, Pe. J. (S. J.) — (1959) — “Basidiomycetes: Eubasidii in Rio Grande ao Sul, Brasilia: 3. Hypochnaceae, Clavariaceae, Craterellaceae, Hydnaceae”. — p. 125-192; N.º 6 — RAMBO, Pe. B. (S. J.) — (1960) — “Bignoneaceae Riograndenses”. — 26 p;; N.º 7 — RICK, Pe. J. (S. J.) — (1960) — “Basidiomycetes Eubasidii in Rio Grande do Sul, Brasilia 4. Meruliaceae, Polyporaceae, Botelaceae”. — p. 193-296; N.º 8 — RICK, Pe. J. (S. J.) — (1961) — “Basidiomycetes Eubasidii in Rio Grande do Sul, Brasília: 5. Agaricaceae”. — p. 297-450; N.º 9 — RICK, Pe. J. (S. J.) — (1961) — “Basidiomycetes Eubasidii in Rio Grande do Sul, Brasília: 6. Melanogastraceae, Calostomataceae, Hy- menogastraceae, Hysterangiaceae, Sclerodermataceae, Tulostomataceae. Lycoperdaceae, Geastraceae, Phallaceae, Clathraceae, Nidulariaceae”. — p. 451-480; N.º 10 — CERONI, Z. da S. V. — (1962) — “Média anual de transpiração no Eucalyptus rostrata e suas relações com o meio altas do método “Cut-leaf”. — 28 p., 1 f, 11 gráficos; Nº dt — RICK, Pes (SJ — (1963) — “Basidiomycetes Eubasidii in Rio Grande do Sul, Brasilia: INDEX”. — 32 p., 1 errata; . N.º 12 — RAMBO, Pe. B. (S. J.) — u) — “Acanthaceae Riograndenses”. — 36 p.; N.º 13 — RAMBO, Pe. B. (S. J.) — (1965) — “Orchidaceae Riograndenses”. — 96 p. N.º 14 — (1970) — com 4 artigos ‚58 p.: — CERONI, Z. S. V. — “Relageös entre água periférica e central em IHERINGIA — Zoologia, n. 422 — 03 DE JULHO DE 1973 91 troncos de Eucalyptus” — p. 3-18, 1 f.; — CERONI, Z. S. V. — “Hipóteses sobre a hiperacidez do mel de certa apicultura de Santa Cruz do Sul”. — p. 19-22. — FERREIRA, A. G. — “Flora da praia de Belas, Porto Alegre”. — p. 23-44, 7 f.; — VIANNA, E. C. — “Marchantiales e Anthocerotales coletadas no Rio Grande do Sul”. — p. 45-54. Nº 15 — (1971) — com quatro artigos, 90 p.: — VIANNA, E. C. — “Considerações sobre algumas hepáticas de Gra- mado, Rio Grande do Sul, Brasil”. — p. 3-18, 4 est. — SCHULTZ, A. R. H. & PORTO, M. L. — “Nota prévia sobre levanta- mento florístico de quatro regiões naturais do Rio Grande do Sul”. — p. 19-48, 1 f.. — VIANNA, F. M. S. & IRGANG, B. E. — “Levantamento do número cromossômico em espécies do gênero Eryngium L. (Umbelliferae) no Rio Grande do Sul, I". — p. 49-52, 1 tam.. — CÓRTE-REAL, M. & AGUIAR, L. W. — “Diatomáceas da ilha de Santa Catarina e regiões vizinhas: I. Baía Norte e Palhoça”. — p. 53-74, Zu, 28 tab Nº 16 — (1972) — com três artigos, 64 p.: — BAPTISTA, L. R. M. & IRGANG, B. E. — “Nota sobre a composição florística de uma comunidade florestal dos arredores de Porto Alegre”. — p. 3-8; — FLORES, F. E. V. — “Lista dos gêneros de Chlorophyta de um lago artificial de Porto Alegre, RS — Brasil”. — p. 9-14, 1 f. — CÖRTE-REAL, M. & AGUIAR, L. W. — “Diatomáceas do arroio Dilü- vio, Porto Alegre, RS, com referência às espécies de interesse sani- tário e poluição”. — p. 15-54, 2 f.. Nº 17 — (1973) — com sete artigos p. : — LORSCHEITTER, M. L. — “Hepáticas foliosas primitivas, novas para o Rio Grande do Sul, Brasil”. — p. 3-17, 24 f.; — AGUIAR, L. W. & CÓRTE-REAL, M. — “Sobre uma floração de As- tericnella japonica CLEVE (1878) na costa do Rio Grande do Sul.” — p. 18-27. — SOARES, Z. F. — “Nota sobre as Boraginaceas da região de Porio Alegre e arredores” — p. 28-33. — FALCÃO. J. I. DE A. — “Contribuição ao estudo das Convolvulaceae do Rio Grande do Sul, Brasil” — p. 34-55, 8 f.; — BICUDO, C. E. M., CÖRTE-REAL, M. & MARTAU, L. — “Catálogo das algas de águas continentais do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil”: | — Bacillariophyceae. p. 56-68, 1 f.; — CÖRTE-REAL, M. & CALLEGARO, V. L. M. — “Catálogo das Bacillario- phyceae da costa do Rio Grande do Sul, Brasil” — p. 69-79, 1 f.; — IZQUIERDO, J. M. N. & ESTRELLA, V. M. A. — Paracoccidioides bra- siliensis (Fungi Imperfecti) em morcegos no Rio Grande do Sul, Brasil — p. 80-85, 1 f.. Série GEOLOGIA N.º 1 — (1967) — com dois artigos, 90 p.: — PINTO, |. D. & CLOSS, D. — “Índice remissivo dos fósseis do Rio Grande do Sul”. — p. 3-76, 6 f.; — MARTINS, L. R. & GAMERMANN, N. — “Contribuição à sedimentolo- gia da lagoa dos Patos. — Ill: Granulometria da zona norte e média”. — p. 17-86, 3 f.. Ga 92 Lista das publicações do M.R.C.N. Nº 2 — (1969) — com três artigos, 169 p.: — BIANCHI, L. A. — “Bancos de Ostreídeos pleistocênicos da planície costeira do Rio Grande do Sul”. — p. 3-40, 6 f., 4 est; — MARTINS, L. R. & EICHLER, B. B. & PODOLSKY, V. M. — “Proprie- dades texturais dos sedimentos litorâneos de Santa Catarina. |. Areias de praia, trecho Mampituba-Araranguá”. — p. 41-54, 4 f. — FORTI, I. R. S. — ‘“Cenozoic mollusks from the drill-holes Cassino and Palmares do Sul of the Coastal Plain of Rio Grande do Sul. — p. 55-156, 1 f., 9 est. N.º 3 — (1970) — com cinco artigos, 126 p.; — CLOSS, D. — “Estratigrafia da Bacia de Pelotas, Rio Grande do Sul”. — p. 3-76; — PAULA-COUTO, C. de — “Novo Notoungulado no Riochiquense de ltaboraí”. — p. 77-86, 3 T.; — ISSLER, R. S. — “Caracteres magmáticos regionais do vulcanismo JE Bacia do Paraná”. — p. 87-100, 2 f.; — RIBEIRO, M. — “Sobre um padrão orogênico evidenciado no Escudo Sul-rio-grandense”. — p. 101-108; — RIBEIRO, M. & TEIXEIRA, C. A. S. — “Datações de rochas do Rio Grande do Sul e sua influência nos conceitos estratigráficos e geo- técnicos locais”. — p. 109-120. 1 f.. N.º 4 — (1971) — com três artigos, 78 p.: — COSTA, C. M. B. da — “Importância paleoecológica e estratigráfica de Erodona mactroides DAUDIN (Mollusca, Bivalvia)”. — p. 3-18, 27 f.. — CLOSS, D. & FORTI, I. R. S. — “Quaternary mollusks from the Santa Vitória do Palmar country”. — p. 19-58, 2 f., 4 est. — RIBEIRO, M. — “Uma província alcalina no Rio Grande do Sul — 1. Estudos preliminares”. — p. 59-71, 2 f.. Série ZOOLOGIA: N.º 1 — BUCKUP, L. & BUCKUP, E. H. — (1957) — “Catálogo dos Moluscos do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais”. — 40 p.; N.º 2 — FRÓES, O. M. — (1957) — “Atualização da nomenclatura dos quelô- nios brasileiros”. — 24 p.; N.º 3 — BECHYNÉ, J. — (1957) — “Provisorische Liste der Alticiden von Rio Grande do Sul. (Col., Phytoph., Chrysomeloidea)”. — 52 p. N.º 4 — BUCK, Pe. P. (S. J.) — (1957) — “Insetos criados em galhos cor- tados”. — 7 p.; N.º 5 — LEMA, T. de — (1957) — “Bicefalia em serpentes” — 8 p., 4 est; N.º 6 — BUCKUP, L. — (1957) — “Pentatomideos Neotropicais. — |. Sobre o gênero Agroecus Dallas, 1851, com a descrição de duas espécies o gênero Agroecus Dallas, 1851, com a descrição de duas espécies novas. (Hem., Pentatomidae)”. — 18 p., 2 est; novas. (Hem., Pentatomidae)". — 18 p., 2 est.; N.º 7 — BUCKUP, E. H. — (1957) — Estudo das variações de Bothriurus bo- nariensis (Koch, 1842) e sobre a invalidez de Bothriurus asper Pocock 1893 e Bothriurus semiellypticus Prado, 1934”. — 18 p., 5 est., 1 tabela; N.º 8 — BAUCKE, O. — (1957) — “Cerambicideos do Rio Grande do Sul. — io = So [o N.º 9 — UHMANN, E. — (1958) — “Faerbungskreise dreier Hispinae aus Suedbrasilien. — 191. Beitrag zur Kenntnis der Hispinae. (Coleop., Chrysomelidae). — 14 p., 2 est.; N.º 10 — LEMA, T. de — (1958) — “Notas sobre os Répteis do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil: Notas | a IV”. — 31 p., 6 est; IHERINGIA — Zoologia, n. 42 — 03 DE JULHO DE 1973 93 N.º 11 — UHMANN, E. — (1959) — “Das Schildchen der Hispinae und seine Umgebung. — 198. Beitrag zur Kenntnis der Hispinae. (Coleop., Chry- somelidae)”. — 12 p. 3 est.; N.º 12 — BAUCKE, O. — (1960) — “Notas Entomolögicas. I-Ill". — 19 p., 3est.; N.º 13 — LEMA, T. de — (1960) — “Notas sobre Répteis do Rio Grande do Sul. — V a Vil”. — 36 p., 7 est; N.º 14 — AZEVEDO, A. C. P. — (1960) — “Studies on Coral Snakes. — In- troduction; I. About the eggs of Coral Snakes; Il. A New observa- tion of the Behavior of Micrurus frontalis multicinctus and its relationship with folklore”. — 36 p., 6 est.; N.º 15 — BUCKUP, L. — (1960) — “Pentatomideos Neotropicais. — Il. Con- tribuição ao conhecimento dos Asopinae da América do Sul. (Hem., Het., Pentatomidae)”. — 25 p.; N.º 16 — BUCKUP, L. — (1961) — “Os Pentatomideos do Estado do Rio Gran- de do Sul (Brasil). (Hemiptera, Heteroptera, Pentatomidae)”. — 24 p.; Nº 17 — LEMA, T. de — (1961) — “Notas sobre os Répteis do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, IX-Xl”. — 20 p. 8 est, 21 f.; N.º 18 — AZEVEDO, A. C. P. — (1961) — “Notas sobre cobras corais, (Ser- pentes, Elapidae — Ill a VI”. — 22 p., 14 f.; N.º 19 — CLOSS, D. & MADEIRA, M. — (1962) — ““Tecamebas e Foraminife- ros do Arroio Chuí. (Santa Vitória do Palmar, Rio Grande do Sul, Brasil)" — 43 p., 7 est; 1 mapa; N.º 20 — BUCKUP, L. & THOME, J. W. — (1962) — “| Campanha Oceanográ- fica do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais. — A viagem do “Pescal ||” em julho de 1959". — 42 p., 2 est., 1 mapa; N.º 21 — LEMA, T. de — (1962) — “Sobre a espécie Bothrops itapetiningae (Boulanger, 1907) e sua ocorrência no Estado do Rio Grande do Sut, Brasil (Serpentes, Crotalidae)”. — 12 p. 4 est. N.º 22 — LEMA, T. de — (1962) — “Ocorrência de Philodryas arnaldoi (Ama- ral, 1932) no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. (Serpentes, Co- Bridae)n Zap e est; Nº 23 — LEMA, T. de — (1962) — “Considerações sobre dois Saurios com cauda dupla. (Reptilia, Squamata)”. — 6 p. 2 est; N.º 24 — LEMA, T. de — (1962) — “Deformação acidental em Xenodon N. 25 — BERTELS, A. — (1962) — “Insetos — Hóspedes de Solanáceas”. — 11 p.; N.º 26 — AZEVEDO, A. C. P. — (1962) — “Anomalias observadas em serpen- tes do gênero Micrurus Wagler, 1824. (Serpentes, Elapidae)”. — 6 p., il est Iel298;: N.º 27 — AZEVEDO, A. C. P. — (1962) — Sobre uma população de Micrurus frontalis frontalis (D. & B., 1854) de Lagoa Santa, Minas Gerais, Bra- sil. (Serpentes, Elapidae)”. — 3 p., 1 est, 6 f.; N.º 28 — THOME, J. W. — (1963) — '‘'Um novo Copépodo (Crustacea) do gE- nero Tritur Wilson, 1917”. — 11 p., 5 est., 1 f.; N.º 29 — GOULART, A. D. — (1963) — “A Hirudofauna do município de Porto Alegre. (Estado do Rio Grande do Sul, Brasil)”. — 7 p.; N.º 30 — LEMA, T. de — (1963) — “Resultados ictiológicos da | Campanha Oceanográfica do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais”. — 56 p.; Nº 31 — BECHYNE, J. & BECHYNE, B. S. de — (1963) — “Beitraege zur kenntnis der Salvadorenischen Chrysomeloidea”. — 79 p.; N.º 32 — UHMANN, E. — (1964) — “Hispinae aus dem Staate São Paulo, Bra- silien. — 209. Beitrag zur kenninis der Hispinae. (Coleoptera, Chryso- melidae)”. — 28 p.; 94 NE? 8) == NESSE NE SS => DES O RT == N.º 38 — N.º 39 — Lista das publicações do M.R.C.N. HOFFMANN, G. R. — (1964) — “Contribuição ao conhecimento de Libina spinosa Milne-Edwards, 1834. (Crustacea, Decapoda, Brachyiu- ra)”. — 40 p. 2 f., 10 gráficos; AZEVEDO, A. C. P. — (1964) — “Variações cromäticas em Micrurus: corallinus (Wied, 1820). (Serpentes, Elapidae)”. — 15 p., 3 f. (1967) — com cinco artigos, 88 p.: GOULART, A. D. de Á. — “Presença de Helobdella obscura Ringuelet, 1942 e Helobdella duplicata var. tuberculata Ringuelet, 1958, no Rio Grande do Sul, Brasil”. — p. 3-6; CLOSS, D. & MADEIRA, M. — “Foraminíferos e Tecamebas aglutinan- tes da Lagoa de Tramandaí, no Rio Grande do Sul”. — p. 7-31, 6 Ei 2 ts GRAZIA, J. — “Estudos sobre o gênero Galedanta Amyot & Serville, 1843 (Hemiptera-Heteroptera, Pentatomidae)”. — p. 45-59, 19 f. LEMA, T. de — “Novo gênero e espécie de serpente opistoglifodonte: no Brasil meridional (Colubridae, Colubrinae)”. — p. 61-74, 10 f.; CLOSS, D. & MEDEIROS, V. M. F. — “Thecamoebina and Forami- nifera from the Mirim lagoon, southern Brazil”. — p. 75-88, 2 f.; (1969) — com um artigo, 114 p.: BECHYNE, J. & BECHYNE, B. S. de — “Die Ealerieidengaktiingen in Súdbrasilien”. — p. 1-110, 16 f. (1969) cem cinco artigos, 128 p.: MADEIRA, M. L. — “Foraminifera from São Francisco do Sul, state of Santa Catarina, Brazil”. — p. 3-29, 3 est; PEREIRA, C. A. F. D. — “Recent foraminifera of Southern Brazil. collected by hydrografic vessel 'Baependi'”. — p. 37-95, 2 est, 1 gráf.; THOMÉ, J. W. — “Redescrição dos tipos de Veronicellidae (Mollusca, Gastropoda) neotropicais: I. Espécies depositadas no “Zoologisches. Museum” de Kiel, Alemanha”. — p. 101-111, 21 f. LEMA, T. de & AZEVEDO, A. C. P. — “Ocorrência de Micrurus deco- ratus (JAN) no Rio Grande do Sul, Brasil, (Serpentes, Elapidae)”. — VOLKMER-RIBEIRO, C. — “New occurence of Uruguaya repens HINDE.. 1888 (Porifera-Spongilidae) with redescription of the species”. — p. 119-123, 2 f.; (1970) — com três artigos, 124 p.: ROETTGER, E. U. — “Recent foraminifera from the continental Shelf of Rio Grande do Sul collected by the hydrografic vessel ‘Canopus‘ ”. — p. 3-72, 2 est, 3 f.; THOME, J. W. — “Redescrição dos tipos de Veronicellidae (Mollusca, Gastropoda) neotropicais: Ill. Espécies depositadas no “Il. Zoclo- gisches Institut und Museum der Universitat" de Göttingen, Alemanha”. p. 73-88, 28 f.; LEMA, T. de — “Sobre o ‘status’ de Elapomorphus bilineatus DU-: MÉRIL, BIBRON & DUMÉRIL, 1854, curiosa serpente subterrânea”. — p. 89-118, 7 f.. (1970) — com três artigos ‚102 p.: — FABIAN, M. E. — Estudo anatômico de Liophis miliaris (L., 1758). Ser- pentes, Colubridae”. — p. 3-18, 8 f.; THOMÉ, J. W. — “Redescrigäo dos tipos de Veronicellidae (Mollusca, Gastropoda) neotropicais: V. Espécies depositadas no “Museo ed Ins- tituto di Zoologia Sistematica della Universita”, de Turim, Itália”. — p.2419-31, 217 7 IHERINGIA — Zoologia, :n: 42 — 03 DE JULHO DE 1973 Sis; N.º 40 — MANSUR, M .C. D: — “Lista dos moluscos bivales das Famílias Hy- ridae e N altas Pass o Estado dar Rio :Grande do Sul”. p. 33-95. : (1971) — com três artigos, 66 Der: BECKER, M. & GRAZIA-VIEIRA, J.: — “Contribuição ao conhecimentc da superfamilia Pentatomoidea na Venezuela (Heteroptera)”. — p. 3-26. THOME, J. W. — “Redaescrição dos tipos de Veronicellidae (Mollusca, Gastropoda) neotropicais: Vll: Espécies. depositadas no ‘Museum National d’Histoire Naturelle’ Paris, França”. — p. 27-52, 22 f., 3 est.. VOLKMER-RIBEIRO, C. — “Houssayella iguazuensis BONETTO and DE DRAGO, 1966 (Porifera-Spongillidae) in Itk river, Rio Grande do Sul, Brazil”. — p. 53-60, 6 f. (1972) — com 4 artigos, 74 p.: NAPP, D. S. — “Notas sobre o gênero Lius H. DEYROLLE — (Co- leoptera, Buprestidae)” — p. 3-20. MANSUR, M. C. D. — “Morfologia do sistema digestivo de Castalia undosa martensi (IHERING, 1891) — (Bivalvia, Hyriidae)”. — p. 21-34. LEMA, T. de — “Sobre Micrurus putumayensis LANCINI, 1962 e sua ocorrência no Brasil — (Serpentes, Elapidae)” — p. 35-58. THOME, J. W. — “Uma nova espécie de Phyllocaulis do Brasil — (Veronicellidae, Gastropoda).” — p. 59-68. (1973 — com seis artigos, 96 p.: POLI, C. R. — “Os bagres do litoral de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul — Brasil (Ostariophysi, Siluriformes, Bagridae).” — p. 3-13, 2 f. FABIAN, M. E. — “Contribuição ao conhecimento da osteologia cra- niana de Liophis WAGLER (Serpentes, Colubridae).” — p. 14-24, 14 1. GRAZIA-VIEIRA, J. — “Uma nova espécie de Mayrinia HORVATH, 1925 (Heteroptera, Pentatomidae, Pentatomini).” — p. 25-33, 9 f. LEITÃO, M. D. — “Ovoviviparidade em Ophiodes striatus (SPIX, 1824) — Sauria, Anguidae.” — p. 34-39, 4 f. ROETTGER, E. U. — “Observações ecológicas sobre foraminiferos re- centes da costa do Rio Grande do Sul, Brasil.’ — p. 40-63, 18 f. VEITENHEIMER, |. L. — “Contribuição ao estudo do gênero Leila GRAY, 1849." — p. 64-89, 16 f. 2 tab. Série DIVULGAÇÃO: Nº 1 — (1971) — com sete artigos, 52 p.: Apresentação — p. 1. CORTE-REAL, M. — “Atividades, projetos e esperanças”. — p. 3-10, f. 1-3. THOME, J. W. — “Os moluscos da pré-história aos nossos dias”. — p. 11-16. — GRAZIA-VIEIRA, J. — ““O maravilhoso ou aterrador mundo dos inse- tos” — p.-17-20. FABIAN, M. E. — “As serpentes, essas temíveis criaturas”. — p. 21-24. LEMA, T. de — ‘'Serpentes peçonhentas do Rio Grande do Sul”. — p. 25-32, f. 4. — VOLKMER-RIBEIRO, C. — “Porque investir em pesquisa limnológica” — p. 33-38, f. 5. 96 Lista das publicações do M.R.C.N. — CÖRTE-REAL, M. — “Poluição da água no Rio Grande do Sul”. — p. 39-44, f. 6-7. — Setores e equipes em atividades no Museu — p. 45-46. — Publicações do Museu (lista) — p. 47-51. N.º 2 — (1972) — Com um artigo, 12 p.: — GRAZIA-VIEIRA, J. & GALILEO, M. H. M. — “Lista dos Entomölogos da Região Sul-Brasil". — p. 1-6. — Publicações do Museu (lista). — p. 7-12. ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Governador do Estado Coronel EUCLIDES TRICHES Secretário de Estado dos Negócios da Educação e Cultura Tenente-Coronel MAURO COSTA RODRIGUES Diretor do Dspartamento de Assuntos Culturais Professora ANTONIETTA BARONE Diretor do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais Professora-Naturalista JOCÉLIA GRAZIA VIEIRA Composto e impresso nas Oficinas Gráficas da Livraria do Globo S.A. — 1973 Be = : 410 018 1 + A Rz q a 1 À . N K pas 4 I f 194.98) asa Série ZOOLOGIA Número 43 04/11/1973 Contribuição ao conhecimento do gênero Sidyma no Brasil, com a des- crição de uma nova espécie (Araneae, Thomisidae) DOR GO MÜSSE or ER Le A new subgenus and species of Crassatella (Mollusca, Bivalvia) from Southern Brazil. BIO ERISERNIESISVORES = ae aan ee en ae en nalen ne Zooplankton from Southern Brazil — 1. Quantitative aspects. IOFONOEDAINZMENEGHEHER 222042 ee een Morfologia do sistema digestivo das espécies do gênero Diplodon SPIX, 1827 do Rio Guaíba, Rio Grande do Sul (Unionacea, Hyriidae) MARIA CESSNA DREHERO MANSUR 2.2.2022 222 50 67 atas vara een ao Nova espécie do gênero Proceratophrys MIRANDA-RIBEIRO, 1920 do Es- tado do Rio Grande do Sul, Brasil (Anura, Ceratophrynidae) PEDRORCANISIOZ-BRAUIN Far see ee oo fa olavo Se io ern ojizga anne Zooplankton from Southern Brazil — 2. Its composition, distribuition and density in space and time. POLAR: MENEGHETIH 242220 areais nto apare o atacaso o) craielacoievahevo, avaiia 48 60 75 91 MUSEU RIO-GRANDENSE DE CIENCIAS NATURAIS Departamento de Assuntos Culturais Secretaria de Estado da Educação e Cultura do Governo do Estado “do Rio Grande do Sul PORTO ALEGRE IHERINGIA é o periódico de divulgação de trabalhos científicos inéditos do Museu Rio- Grandense de Ciências Naturais, publicado em quatro (4) séries: “Antropologia”, “Botânica”, “Geologia” e “Zoologia”. Cada série é editada em fascículos, com numeração corrida inde- pendente, podendo conter um ou mais artigos. O periódico, no todo ou por série, é distribuído à Instituições congêneres em regime de per- muta podendo eventualmente também ser distribuído gratuitamente a cientistas ou outros inte- ressados. IHERINGIA is a periodical intended to publish scientific works and research data from the “Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais”, issued on four (4) series: “Antropology”, “Botany”, “Geology” and “Zoology”. Each series is published in fascicules of independent numeration, with one or more articles. IHERINGIA as a whole or as separate series, is intended to be exchangeable with similar Institutions and can be sent free of charge to scientists and interested people, on request. Recomendações aos autores: Os manuscritos devem versar, preferentemente, assunto pertinente ao Estado do Rio Grande do Sul e regiões limítrofes; 2. Devem ser encaminhados, por ofício dirigido ao Diretor e serão aceitos a critério de co- missão redatorial designada para cada artigo; 3. Terão prioridade os artigos dos pesquisadores do Museu ou que versem sobre material depositado em suas coleções; 4. Todos os artigos devem ter um resumo na língua em que estão redigidos. Os artigos em língua portuguesa devem ter também um resumo em língua estrangeira e os em língua estrangeira (alemão, espanhol, francês, inglês, italiano e latim moderno) devem ter obriga- toriamente, um segundo resumo em português; 5. Os originais devem ser apresentados: 5.1. em duas vias datilografadas, espaço dois, com margens mínimas de 2cm, sem emendas, em papel branco tamanho ofício (32x22cm), uti- lizando um só lado e todas as folhas devem vir numeradas na margem superior direita e rubricadas ao menos por um autor; 5.2. apenas os nomes científicos devem ser subli- nhados com um traço simples; 5.3. os nomes dos autores, inclusive de referência biblio- gráfica, devem vir datilografados em MAIÚSCULAS; 5.4. as referências bibliográficas, no fim do artigo, devem restringir-se ao estritamente necessário e devem vir organizadas em ordem alfabética do sobrenome do autor e secundariamente em ordem cronológica; 5.5. na citação de artigos, o nome do periódico deve vir sublinhado e na de livros, o título da obra; 5.6. as abreviações de periódicos devem obedecer as adotadas no “World List of Scien- tific Periodicals”; 5.7. a disposição dos dados das referências deve obedecer o critério dos seguintes exemplos hipotéticos: RAMBO, B. (1956) — A fisionomia do Rio Grande do Sul, 2.º ed., Porto Alegre, Livraria Selbach, v. 6 (Jesuitas no Sul do Brasil) xvi4+456 p., 28 f., 15 est.: —,— (1960) — Bignoneaceas Riograndenses. — Iheringia, Bot., v. 2, n. 6, p. 1-26, f. 1-3, est. 1-2. 5.8. todas as ilustrações são consideradas figuras e levarão numeração corrida, permitindo-se o editor agrupá-las e distribuí-las do modo mais econômico, sem prejudicar sua: apresen- tação e respeitando tanto quanto possível as indicações do autor; 5.9. os desenhos, gráficos e mapas devem ser feitos à tinta da China, preferencialmente em papel vegetal e as foto- grafias em papel brilhante e nos tamanhos que permitam a redução para o máximo de 17x11cm; 5.10. ilustrações a cores devem ser combinadas previamente e seu custo fica a cargo do autor; 5.11. as legendas das figuras devem vir em ordem numérica, em folha separada do texto; 5.12. a localização aproximada das figuras no texto deve ser assinalada pelo autor na margem direita do manuscrito, sempre a lápis; 6. A correção das provas tipográficas será de responsabilidade do autor, salvo expressa convenção em contrário. Modificações no texto durante as correções, só serão aceitas se as despesas provenientes das mesmas forem pagas pelo autor; 7. Serão fornecidas, gratuitamente, 50 separatas de cada artigo, independentemente do número de autores. Maior número de separatas poderão ser fornecidas mediante prévio ajuste, de- vendo o pedido ser feito na ocasião da entrega dos originais Prof.2 Jocélia Crazia Vieira — Naturalista Diretor-Editor ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA: COMISSÃO DE REDAÇÃO: (Mailing address) Cecília Volkmer Ribeiro Caixa Postal, 1188 Jocélia Grazia Vieira 90.000 Porto Alegre, RS José Willibaldo Thomé Brasil Marta Elena Fabian Thales de Lema - A Len MV DU MM, HN N DE he lo nen Amp fan ir Anal Aa nt une” Dune © nz GS ul 2 TRAD SA en RS a e it a EG nn a we om o ju un au im an mn min un a in mn mn ch an vu mn u me um um ar Im Da Um Ab um mm e ER an m Don mi “A os do im um m Senhores: Dear Sirs: Queiram ter a gentileza de preencher o presente, devolvendo-o ac Museu, a fim de que não haja interrupção na remessa do nú- mero seguinte de IHERINGIA. Please complete the requested below and return it to us, SO that we can send you the next number of IHERINGIA. 1. Recebemos e agradecemos: IHERINGIA, Zoologia n.º 43. We have received: mM FEEDS A a RT NEE N RR EHEN RT EG We are in want of: Se (EMEA (el alado é A AP enaee We send you in exchange: 4. Nosso campo de interesses: Our field of activities: 20 vu... a... a... no 0 0 0 0 q en 0 0 q Local e data: City and date: Assinatura: Signature: Selo postal Stamp Ao MUSEU RIO-GRANDENSE DE CIÊNCIAS NATURAIS Caixa postal, 1188 90000 PORTO ALEGRE, RS BRASIL Remetente: Sender: vc co. e .oc cc... Ten Tr 00 00 0 nn 0 0 nu Tr Tr Tr nn nr tr Eee = vecccc.c coco 0 00 00 2 0 0 0 0 0 no 0 0 0 0 “0 0 0 0 uu ou... o... ...... , L (ERRATA: THERINGIA, zool., n.43, p.85, est.l, fig.3. Onde consta WI, leia-se TE : tentáculos externos e onde consta TE, leia-se TI : tentáculos internos. IHERINGIA | Zoologia 53f. | Porto Alegre-RS | 4.11.1973 n. 43 | P. 3-47 CONTRIBUICAO AO CONHECIMENTO DO GENERO Sidyma NO BRASIL, COM DESCRIÇÃO DE UMA NOVA ESPÉCIE (ARANEAE — THOMISIDAE)* Arno Antonio Lise** RESUMO O presente trabalho apresenta um estudo das espécies do gênero SIDYMA SIMON, 1895, citadas para o Brasil, até a presente data, com base no exame do material depositado no Muséum d'Histoire Naturelle de Paris, no Museu Nacio- nal do Rio (de Janeiro, no Instituto de Proteção do Patrimônio Natural do Para- ná e no Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais. Todas as espécies são ilus- tradas, já que obras anteriores ou eram desprovidas de ilustrações ou apresenta- vam apenas a vista dorsal e/ou o epígino. Sidyma cancellata MELLO-LEITÃO, 1943 é incluída pelo autor na sinonimia de Sidyma lucida (KEYSERLING, 1880). Sidyma kolpogaster sp.n. procedente do Paraná é descrita como nova. SUMMARY In this paper the author presents a study of the epecies of genus Sidyma SIMON, 1895 that have been reported to Brazil till now. It is also given the illustration of all species showing several morphological structures that were noi donne before. Sidyma cancellata MELLO-LEITÃO, 1943 is considered as synonymy of Si- dyma lucida (KEYSERLING, 1880). The specimens studied are from the Muséum d'Histoire Naturelle de Paris, Museu Nacional do Rio de Janeiro, Instituto de Proteção do Patrimônio Natural do Paraná and Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. A new species Sidyma kolpogaster sp.n. from Paraná is also described. INTRODUÇÃO O gênero Sidyma SIMON, 1895 que ocorre nas regiões Austra- liana e Neotropical, está representada no Brasil por 10 espécies, até o presente momento. Da análise comparativa do material tipo de Sidyma cancellata MELLO-LEITÃO, 1943 descrita com base em um exemplar macho e, do macho de Sidyma lucida (KEYSERLING, 1880) que é descrito pela primeira vez neste trabalho, conclui-se serem Trabalho aceito para publicação em 29/09/1972. ** Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais, Porto Alegre, 4 LISE, A. A. — Contribuição ao conhecimento do gênero Sidyma... ambos machos de Sidyma lucida, com o que Sidyma cancellata passa a ser considerada sinônimo de Sidyma lucida. São tratadas neste trabalho, as espécies: S. kolpogaster sp. n., S. lucida (KEYSERLING, 1880), S. /ongis- pina MELLO-LEITÃO, 1943, S. multispinulosa (MELLO-LEITÃO, 1943), S. obscura MELLO-LEITAO, 1929, S. parallela MELLO-LEITAO, 1929, e S. spinifera MELLO-LEITÃO, 1929. Os tipos de S. parallela, S. obscura e S. spinifera acham-se depositados na Coleção de E. Simon, no Muséum d'Histoire Naturelle de Paris (M.H.N.P.), os tipos de S. spinifera, S. longispina, S. mui- tispinulosa e S. kolpogaster, no Museu Nacional do Rio de Janeiro (M.N.R.J.) e o tipo de S. nigripes, na Coleção do Instituto de Prote- ção do Patrimônio Natural do Paraná (I.P.P.N.P.). Além das espécies acima mencionadas existem ainda, S. jorda- nensis SOARES, 1945, do qual não conseguimos localizar o tipo e S. valdemari SOARES, 1971, no prelo. Por ocasião do exame da coleção de MELLO-LEITÃO, cons- tatamos a presença de um exemplar, do Paraná, determinado como Sidyma abnormis e designado como tipo. Ocorre que a referida espécie não foi publicada, conclusão a que chegamos após o exame da bibliografia e de consulta ao ar- quivo pessoal de MELLO-LEITÃO. Desta forma consideramos S. abnormis “nomem nudum” e des- - crevemos S. kolpogaster como sp. n. para a ciência, com base no referido material. É objetivo do autor, ilustrar as espécies do gênero Sidyma que ocorrem no Brasil, já que a maioria delas não o foram por ocasião da publicação, bem como, acrescentar novos dados para a sistemática, além de reuni-los numa única obra, facilitando, com isto, futuros estudos. As medidas são expressas em milímetros e foram tomadas sempre em planos, não tendo sido levadas em consideração as inflexeös ou saliências que costumeiramente ocorrem tanto na área ocular, quanto no abdomem. Tais referências correspondem a me- dida da própria estrutura referida para o exemplar tipo, já que, O material é muito raro, não existindo, na quase totalidade dos casos, outros exemplares além do próprio tipo, excessão feita a S. lucida da qual examinamos onze exemplares e, as medidas, representam a média de cinco exemplares adultos, tomados ao acaso. Para as medidas de olhos, distâncias oculares, bem como para. outras re- lações expressas em função destes, foram observados os critérios esquematizados nas figuras 1, 2, 3. As medidas dos artículos das patas foram tomadas em face dorsal, em linha reta, entre os dois pontos mais extremos. Para a quetotaxia das patas, adotamos a nomenclatura referida na figura 4. IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 5 Sidyma kolpogaster sp. n. (figs. 5-9) rêmea (material em álcool). Cefalotórax castanho de bordos mais escuros, quase negros. Esterno pardo escuro de bordos ne- gros. Lâminas maxilares, quelíceras e lábios amarelados. Pata |: fêmur da mesma cor do cefalotörax. Patela, tíbia e basitarso de ventre bem mais escuro, por vezes negro; tarso amarelo claro. Pata Il: dorso da mesma cor do cefalotórax. Parie lateral interna e ven- tral muito mais escura, quase negra; tarso amarelo claro. Patas Ill e IV amarelas, muito claras .Abdomem: dorso amarelo escuro, de bordos quase negros. Tubérculos e declive posterior, castanhos, mui- to escuros. Áreas laterais castanhas, passando gradativamente para amarelo. Ventre amarelo claro, com uma larga faixa mediana de- negrida. Fiandeiras amarelas. Cefalotórax ligeiramente mais largo do que longo (2,9x 2,7) muito baixo, levemente convexo, de bordos moderadamente curvos hexagonal, de região cefálica estreita, muito prolongada para diante. Olhos anteriores em fila fortemente recurva, determinando a formação de um trapézio cuja dimensão da base maior equivale a duas vezes a dimensão da base menor e aproximadamente duas vezes e meia a altura do trapézio. Olhos médios anteriores de diä- metro uma vez e meia menor do que os laterais anteriores, sepa-. rados por quase dois diâmetros, mais próximos dos laterais dos quais distam um diâmeiro. Olhos posteriores em fila muito menos recurva, iguais entre si, do mesmo tamanho dos médios anteriores;. os médios posteriores ligeiramente mais próximos entre si do que dos laterais posteriores dos quais distam puco mais que dois diä- metros. Área ocular média quase retangular, levemente mais estrei- ta na porção anterior cuja altura corresponde a uma vez e meia a sua largura anterior. Clhos médios anteriores, laterais anteriores e laterais posteriores dispostos em linha reta, delimitando um trapézio cuja dimensão da base maior é três vezes superior a da base menor e uma vez e meia maior que a altura deste. Clípeo muito baixo, de altura inferior a dois diâmetros dos olhos médios anteriores. Sua altura corresponde a metade da dimensão da fila dos olhos médios anteriores, sendo tão alto quanio a di- mensão que os separa . Quelíceras fracas, munidas de dois dentes no bordo posterior do sulco, unguenal e de três no bordo anterior. Face anterior mu- nida de algumas cerdas espiniformes dirigidas para frente, de ápice plumoso. Esterno cordiforme, tão longo quanto largo (1,1). Lábio mais largo do que longo (0,5 x 0,4) de ápice arredondado, não ultrapas- sando à metade das lâminas maxilares, as quais apresentam ápice arredondado e são munidas de tufos de pelos apicais. 6 LISE, A. A. — Contribuição ao conhecimento do gênero Sidyma... Abdomem muito mais longo do que largo, mais estreito na por- ção anterior, de ombros bem salientes, dilatando-se no sentido pos- terior, atingindo o máximo de largura ao nível da bifurcação, ter- minando por dois tubérculos curvos e rombos, bem desenvolvidos. Comprimento incluindo os tubérculos 4,8; sem os tubérculos 3,9; largura, na base dos tubérculos 2,1 e espessura ao nível das fian- deiras 1,6. Tegumento abdominal resistente. Porção dorsal ante- rior quase lisa, tornando-se gradativamente mais rugosa a medida que avança em direção aos tubérculos posteriores os quais apre- sentam meandos irregulares, profundos, de cristas arredondadas, munidos de escassas cerdas. Faces laterais e ventre coberto de fina pubescência. Pata | um pouco maior que a Il e ambas muito maiores que as Ill e IV. Fêmur | com 2 espinhos ventrais e 1 látero-anterior, me- diano, no terço apical. Tíbia | e Il fortemente escavadas, munidas de 2-2-2-2-2 potentes espinhos ventrais e 1 látero-anterio, bem me- nor, no terço apical. Basitarso | e Il muito curvos de ápice mais di- latado munidos de 2-2-2 potentes espinhos ventrais e 1-1-1-1 látero- anteriores, muito menores. Fêm. Pat. 19; Bas. Tar. Total | 4,9 1,6 4,3 3,0 152 15,0 Il 4,5 139, 3,9 2,6 1,0 13,5 HI 158) 0,8 1,2 152 0,6 Sl IV 2,0 0,8 1,3 0,9 0,6 5,6 Comprimento total: 7,5 Holótipo fêmea — Rio Negro, Paraná, depositado no Museu Naciona! do Rio de Janeiro, N.º 58.065. Sidyma lucida (KEYSERLING, 1880) (f. 10-18) Stephanopis lucida KEYSERLING, 1880: 190-191, f. 105 Stephanopis lucida KEYSERLING, 1891: 248 Sidyma lucida SIMON, 1895: 1056 Sidyma lucida MELLO-LEITÃO, 1929: 64 Sidyma lucida MELLO-LEITÃO, 1943: 208 Fêmea (material em álcool). Cefalotórax amarelo de bordos le- vemente mais claros e de área ocular mais escura, quase negra. Es- terno amarelo. Lâminas maxilares, lábio e quelíceras amarelas, co- bertas de fina pubescência da mesma cor. Patas | e Il amarelas, da mesma cor do cefalotórax. Patas Ill e IV, amarelas, bem mais cla- ras. Abdomem de dorso amarelo, reticulado de branco, com uma 1HERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 7 larga faixa mediana, escura, quase negra que se estende desde os ombros até o terço distal, de lados amarelos, muito reticulados de branco; ventre amarelo, mais claro, recoberto de fina pubescência da mesma cor. Parte ventral e tubérculos posteriores e declive pos- terior do abdomem mais escuros, da mesma cor dos ombros. Cefalotórax de dorso levemente convexo, quase chato, mais longo do que largo (2,01 x 1,88), com curtas cerdas levemente in- clinadas para a frente, dispostas mais ou menos uniformemente em linhas que confluem na região posterior, delimitando a região cefálica. Área ocular apresentando cerdas, bem maiores, dispostas re- gularmente atrás dos olhos laterais posteriores, entre os laterais anteriores, laterais posteriores e médios anteriores e ainda, em fren- te dos médios posteriores. Olhos anteriores em fila conspicuamente recurva, os médios cerca de dois diâmetros menores que os laterais. Os médios an- teriores afastados por cerca de dois diâmetros e meio e cerca de um diâmetro dos laterais anteriores. Olhos posteriores em fila le- vemente recurva, quase reta, iguais entre si e do mesmo tamanho dos médios anteriores. Os médios posteriores mais próximos entre si do que dos laterais posteriores. Área dos olhos médios retangular, cerca de duas vezes e meia mais alta que larga. Olhos médios an- teriores, laterais anteriores e laterais posteriores delimitam um tra- pézio em que a dimensão da base maior corresponde a duas vezes e meia a dimensão da base menor. Clípeo muito mais baixo do que a fila dos olhos médios ante- riores e altura equivalente a quatro diâmetros destes, apresentando quatro pares de cerdas curvas, dirigidas para diante, das quais o segundo par mediano é muito maior. Esterno cordiforme, ligeiramente mais longo do que largo, con- vexo e coberto de longos pelos eretos, principalmente em seus bordos posteriores. Lábio um pouco mais longo do que largo de ápice arredon- dado, marginado de pelos eretos, não excedendo à metade das lâminas maxilares, estas de ápice arredondado, com abundantes pelos apicais. Abdomem mais estreito anteriormente e espessado posterior- mente, cujo comprimento é aproximadamente uma vez e meia maior do que a largura, terminando em dois tubérculos rombos. Compri- mento 2,47 (2,27-2,92), largura 1,53 (1,30-1,95) e espessura, ao nível das fiandeiras 1,96 (1,49-2,79). Tegumento dorsal do abdo- mem com cerdas curtas e eretas, mais abundantes nos tubérculos. Parte lateral e ventral praticamente lisas. Patas | e Il bem maiores e mais robustas. Fêmur | munido de 1-1 espinhos ventro-laterais, quase medianos .Tíbia | com 2-2-2-2-2 8 LISE, A. A. — Contribuição ao conhecimento do gênero Sidyma... espinhos ventrais e 1-1 laterais anteriores, dos quais, 1 no terço basal e o outro no terço apical. Basitarso | armado com 2-2-2-2-2 espinhos ventrais, 1-1 laterais anteriores, dos quais, 1 é basal e o outro apical e mais 1-1 laterais posteriores de mesma posição dos laterais anteriores. Tibia II com 2-2-2-2-1 espinhos ventrais e 1 la- teral anterior apical. Basitarsc Il com 2-2-2-2-2 espinhos ventrais, 1-1 laterais anteriores sendo 1 basal e o outro apical e 1 lateral posterior apical. Medidas das patas: Ill IV Fêm. 2,56 (1,95- 2,79) 1,84 (1,80-2,21) 0,74 (0,65-0,91) 0,97 (0,71-1,30) Pat. 0,93 (0,65- 1,30) 0,70 (0,39-0,97) 0,40 (0,26-0,52) 0,41 (0,26-0,52) Tib. 2,38 (1,69- 3,38) 1,37 (0,97-1,82) 0,58 (0,39-0,78) 0,57 (0,39-0,74) Basit. 1,56 (1,86- 2,47) 1,18 (0,78-1,82) 0,36 (0,26-0,45) 0,42 (0,32-0,52) Tarso 0,70 (0,39- 0,91) 0,63 (0,39-0,78) 0,41 (0,32-0,45) 0,41 (0,26-0,48) Total 8,14 (6,17-11,57) 5,74 (3,83-6,56) 2,50 (1,88-2,98) 2,80 (1,94-3,56) MATERIAL FRESCO Em duas fêmeas recém coletadas observa-se os seguintes as- pectos: Cefalotórax com dorso verde escuro e bordo posterior marron avermelhado. Esterno, lâminas maxilares e lábios verde amarelados. Quelíceras verdes. Patas | e Il verde escuras com basitarsos aver- melhados. Coxa e trocanter Il com a face posterior quase vermelha. Patas Ill e IV verdas, mais claras que as anteriores. Abdomem do dorso verde, reticulado de amarelo. Num dos exemplares existe uma grande mancha marrom avermelhada que se estende desde os ombros até o terço distal, terminando posteriormente em ponta. O outro exemplar não apresenta tal mancha mas, apenas um som- breado marrom-avermelhado que cobre os ombros abdominais e se extingue gradativamente. No material fixado esta mancha se apre- senta de cor negra. Abdomem amarelo, nos lados e no ventre, este com uma larga faixa longitudinal verde, percorrida medianamente por uma linha amarela que, se estende da prega epigástrica às fi- andeiras. Tubérculos posteriores do abdomem de dorso verde, som- breados de marrom. Confluência dos tubérculos, face ventral destes e declive posterior do abdomem muito mais escuros, da mesma cor dos ombros. Os tubérculos posteriores do abdomem apresentam forma e aspecto variáveis, tanto nos exemplares fixados quanto nos examinados logo após a coleta, apresentando-se ou muito dilatados, cilíndricos, divergentes e fortemente inclinados para cima, ou peque- nos, cônicos, levemente inclinados para cima, quase paralelos ou, ainda, de perfil curvo e de ápice convergente. Estes tubérculos são revestidos por abundantes cerdas espiniformes, inclinadas. IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 9 Macho material em älcool): Cefalotörax castanho alaranjado com a área ocular denegrida. Esterno, lábio, lâminas maxilares e quelíceras da mesma cor do cefalotórax. Patas fulvas com o ápice das patelas e tíbias do primeiro e segundo par bem mais escuras. Fêmur | com algumas manchas elípticas, pretas, distribuídas nas fa- ces laterais anteriores e ventrais; apenas uma mancha no fêmur Il. Abdomem de dorso pardo com um reticulado branco muito fino e de dorso esbranquiçado. Medianamente apresenta uma faixa lon- gitudinal fusca. No bordo dos ombros apresenta algumas manchas bem escuras, tendendo para o negro. Lados esbranquicados, reti- culados, com uma grande mancha negra anterior, de cada lado. Ventre e fiandeiras um pouco mais claros do que o cefalotórax. Tu- bérculos posteriores de ápice quase negro e declive posterior negro. Cefalotórax tão longo quanto largo (1,4), levemente convexo, de fronte estreita e de bordos mais ou menos angulosos . Olhos anteriores dispostos em fila fortemente recurva, forman- do um trapézio cuja dimensão da base maior equivale a duas ve- zes a dimensão da base menor. Olhos médios anteriores cerca de uma vez e meia menores do que os laterais anteriores, separados por dois diâmetros e mais afastados entre sí do que dos laterais anteriores. Olhos posteriores em fila levemente recurva, iguais en- tre si e do mesmo tamanho dos médios anteriores, afastados enire si por cerca de dois diâmetros e por três dos laterais posteriores. Área ocular média, retangular, cuja altura é duas vezes maior que a largura. Clípeo mais baixo do que a linha formada pelos olhos médios anteriores, duas vezes mais baixo do que a distância que separa os olhos médios anteriores, duas vezes e meia mais baixo do que a dimensão da base maior do trapézio formado pelos olhos anterio- res e um puco mais do que duas vezes o diâmetro dos olhos mé- dios anteriores. Da borda do clípeo emergem duas cerdas curtas dirigidas para frente. Esterno tão longo quanto largo, cordiforme. Lábio mais largo do que longo, de ápice arredondado, não ul- trapassando à metade das lâminas maxilares, as quais se apresen- tam com ápice igualmente arredondado. Abdomem quase duas vezes mais longo do que largo, forte- mente escavado anteriormente, mais espesso posteriormente onde termina por dois iubérculos curtos e rômbicos. Comprimento até o ápice dos tubérculos (1,7), largura (1,0) e espessura, ao nível das fiandeiras (0,8). Tegumento abdominal praticamente liso, com es- cassas cerdas muito diminutas, na parte posterior. Primeiro par de patas muito maior do que o segundo e estes muito maiores que os posteriores. Fêmur | munido de 1-1 espinhos ventro-laterais an- teriores, 1 lateral anterior no terço apical e 1-1-1 dorsais, dos quais 10 LISE, A. A. — Contribuição ao conhecimento do gênero Sidyma... um é basal, o outro médio e o terceiro apical. Patela | com 1 es- pinho lateral anterior mediano e 1 dorsal, apical. Tíbia | com 2-2-2-2-2 espinhos ventrais, 1-1-1 laterais anteriores dispostos um na base, um quase mediano e o terceiro no terço apical, 1-1 dor- sais, dos quais um é basal e o outro implanta-se no terço apical e 1-1 látero-posteriores dos quais um é quase médio e o outro situa- se no terço apical. Basitarso | com 2-2-2-2-2 espinhos ventrais, O primeiro e o terceiro par muito mais desenvolvidos e 1-1 laterais anteriores, um basal e o outro apical. Fêmur Il com 1-1 espinhos dorsais, um quase médio e o outro no terço apical. Patela Il com apenas 1 espinho dorsal, apical, muito pequeno. Tíbia II munida de 2-2-2-2 espinhos ventrais, 1-1 látero-anteriores, 1-1 dorsais, um no terço basal e outro no terço apical e, finalmente 1-1 látero-posterio- res, um quase médio e o outro no terço apical. Basitarso Il com 2-2-2-2 espinhos ventrais sendo o primeiro par muito maior . Pedipaldo: Fêmur três vezes mais longo do que o seu diâme- tro, duas vezes mais longo do que a patela e do que a tíbia, do mesmo comprimento do tarso. Patela e tíbia de comprimento igual ao diâmetro .Tibia com algumas cerdas espiniformes. Tarso com o bulbo elíptico e de base quase reta, muito mais longo do que largo, com cerdas e pelos em seu bordo interno. Pedipalpo da mesma cor do cefalotórax. Fêm. Pat. Tib. Basit. Tar. Total | 2,85 0,93 2.15 2,29 77 9,59 Il 1,92 0,65 1,61 745 0,62 6,25 Il 0,68 0,40 0,52 RZ 0,31 2,28 IV 0,86 0,43 0,58 0,40 0,34 2,61 Tamanho total: 3,1 Distribuigäo: Colömbia, Brasil: Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Argentina. Material examinado: Fêmea — Vila Oliva, Rio Grande do Sul, Pe. Pio Buck (M.N.R.J.); fêmea — Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Pe. Pio Buck (M.N.R.J.); 4 fêmeas — Vila Oliva, Rio Grande do Sul, Pe. Rambo (M.N.R.J.) N.º 42.133; fêmea — Canela, Rio Grande do Sul, Arno Lise (M.R.C.N.); 2 fêmeas — Canela, Rio Grande do Sul, Arno Lise (M.R.C.N.). Sidyma longispina MELLO-LEITAO, 1943 (f. 19-23) Sidyma longispina- MELLO-LEITÃO, 1943: 208-209, f. 35 e 35a Fêmea (material em álcool). Cefalotórax castanho com som- breado pardo e de região cefálica mais escura e área ocular de- IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 11 negrida. Esterno quase da mesma cor do cefalotórax, um pouco mais claro. Lâminas maxilares e quelíceras da mesma cor do ce- falotórax. Lábio castanho pardacento, apresentando uma mancha quase negra de cada lado. Patas quase da mesma cor do cefalo- tórax, as do terceiro e quarto par um pouco mais claras. Face dor- sal do abdomem amarelo esbranquiçado, muito reticulado de branco com uma larga faixa mediana, castanho-amarelada, não reticulada; face ventral e declive posterior da mesma cor do dorso, também, apresentando um denso reticulado; faces laterais com uma grande mancha testácea. Ventralmente o abdomem apresenta dois setores de colorido diverso. Do embasamento à prega epigástrica apresen- ia a mesma cor do esterno e a partir desta até às fiandeiras, a mes- ma coloração do dorso e das faces laterais; da prega epigástrica as fiandeiras estendem-se duas linhas paralelas da mesma cor do esterno. Tubérculos posteriores do abdomem de colorido uniforme, da mesma cor do dorso e das faces laterais. Fiandeiras da mesma cor das patas. Cefalotórax mais longo do que largo, de bordos arredondados, região cefálica mais elevada anteriormente em cuja fronte se em- basam dois espinhos dirigidos para a frente os quais emergem do centro da área ocular. Comprimento do cefalotórax (2,6), largura (2,2). Olhos anteriores em fila fortemente recurva, formando um tra- pézio cuja dimensão da base maior equivale a duas vezes a da base menor. Olhos médios anteriores cerca de um diâmetro e meio menores que os laterais anteriores, separados por dois diâmetros entre si e equidistantes dos laterais anteriores. Olhos posteriores em fila menos fortemente recurva, iguais e do mesmo tamanho dos médios anteriores, afastados entre si por três diâmetros e equi- distantes dos laterais posteriores. Área ocular média retangular, cuja dimensão da altura é quase duas vezes maior do que a largura. Altura do clípeo uma vez e meia maior do que a altura do tra- pézio delimitado pelos olhos anteriores, menor do que a base maior deste, sendo ainda cerca de cinco vezes maior que o diâmetro dos olhos médios anteriores. Quelíceras verticais, fracas, com dois dentes na margem pos- terior do sulco unguenal e três na margem anterior a qual é plu- mosa. As quelíceras apresentam uma cerda espiniforme basal, me- diana, dirigida para a frente. Esterno ligeiramente mais longo do que largo, cordiforme, de bordo anterior ligeiramente escavado, com algumas cerdas margi- nais, eretas. Lábio levemente mais longo do que largo, de ápice arredonda- do, não excedendo à metade das lâminas maxilares. 12 LISE, A. A. — Contribuição ao conhecimento do gênero Sidyma... Läminas maxilares de äpice arredondado, cortadas quase re- tas em seu bordo externo, munidas de tufos de pelos curvos, apicais. Abdomem muito mais longo do que largo, de espessura, a0 nivel das fiandeiras, maior do que a largura, escavado em sua porção anterior, onde é um pouco mais elevado e termina em om- bros pouco salientes. Posteriormente é muito mais espesso e ter- mina em dois longos tubérculos cônicos, oblíquos, dirigidos para cima. Comprimento do abdomem tomado dorsalmente a partir da chanfradura até o ápice dos tubérculos (5,5); largura (1,9) e es- pessura ao nível das fiandeiras (2,6). Tegumento abdominal resis- tente, revestido dorsalmente de diminutas cerdas mais abundantes nos tubérculos. Faces laterais lisas e face ventral revestida de uma espessa pubescência mais alta ao nível das fiandeiras. Epígino em iorma de omega. Primeiro par de patas muito maior do que o segundo e ambos. muito maiores que os posteriores. Fêmur | com 1 espinho lateral anterior, no terço basal. Tíbia | com 2-2-2-2-2 robustos espinhos ven- trais 1-1 dorso-laterais anteriores, um no terço basal e o outro no terço apical. Basitarso | munido de 2-2-2-2-2 fortes espinhos ven- trais, 1-1 laterais anteriores dos quais um é basal e o outro apical e 1-1 laterais posteriores de mesma posição dos anteriores porém, muito menores. Tívia II com 2-2-2-2-2 fortes espinhos ventrais e 1 dorso-lateral anterior no terço apical. Basitarso Il com 2-2-2-2-2 for- tes espinhos ventrais, 1-1 dorso-laterais anteriores, um basal e o. outro apical e 1 lateral posterior, apical. Basitarso e tarso | e Il com fortes cerdas espiniformes dispostas em séries longitudinais, entre os espinhos. Patela Ill e IV com 1 espinho dorsal, pequeno. Tibia Ill e IV com 1-1 espinhos dorsais, curtos. Fem. Pat. Tib. Basit. Tar. Total | 4,42 1175 4,55 3,25 1,04 15,01 Il 3,97 1,30 312 2,40 0,31 3 Il 1,43 0,71 1,30 0,65 0,65 4,74 IV 1.128) 0,65 1,10 0,65 0,65 4,80 Comprimento total em vista ventral, incluindo os tubérculos (8,5) excluindo os tubérculos, até às fiandeiras (5,3). Distribuição geográfica: Brasil: Rio Grande do Sul. Material examinado: Holótipo fêmea — Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Pe. Rambo (M.N.R.J.), N.º 41.934; fêmea jovem ibidem; fêmea — Paraná, F. Lange (M.N.R.J.), N.º 263. MELLO-LEITÃO (1943) ao descrever a espécie, assim se refere em relação ao colorido: ““Cefalotórax pardo amarelado, de região IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 13 cefálica mais escura. Quelíceras, lábio, lâminas maxilares e esterno como o cefalotórax. Patas pardo-amareladas, de basitarsos e tarsos escuros, sendo os tarsos quase negros. Pelo exame do holótipo e de outros dois exemplares não foi possível constatar tais cores o que atribuimos a uma despigmenta- ção devido ao longo tempo de fixação e conservação. Quanto as quelíceras, diz MELLO-LEITÃO serem dotadas de dois dentes na margem anterior do sulco-unguenal quando, na realidade tem três e mais dois na margem posterior. Em relação aos tubérculos posteriores do abdomem diz que os mesmos terminam em forte espinho. Constatamos apenas a presença de diminutas cerdas que se concentram no ápice destes. Sidyma multispinulosa (MELLO-LEITÃO, 1943) (f. 24-33) Sidyma spinifera MELLO-LEITÄO, 1943: 209, f. 36 Sidyma multispinulosa MELLO-LEITAO, 1944: 4 Fêmea (material em álcool): Cefalotórax de dorso amarelo pardo com a região cafálica um pouco mais escura e com alguns pontos negros, medianos, dos quais emergem pequenas cerdas espinifor- mes, eretas. Esterno amarelado, marginado por uma orla negra que se estende do lábio ao limite posterior da terceira coxa. Lâminas maxilares e quelíceras amareladas. Lábio amarelo, mais escuro, com os bordos laterais denegridos. Patas | e Il amarelo-pardacen- tas com inúmeros pontos escuros dispostos em filas longitudinais, mais cu menos regulares. Nas tíbias, tais pontos formam faixas dei- xando entre si um espaço mais claro. Na parte basal da face ventro- lateral das tíbias | e Il existem duas manchas escuras, bem nítidas. A face ventral da coxa, trocanter, fêmur e patela das patas I e Il são mais escuras, com alguns pontos escuros, mais evidentes. Patas HI e IV com fêmures amarelos claros com inúmeras manchas negras, irregularmente distribuídas. Demais artículos das patas com o mes- mo colorido da face dorsal das patas anteriores. Face dorsal do abdomem, amarelo, muito claro, com uma faixa mediana, longitu- dinal, pardacenta, estendendo-se do vértice dos ombros até a con- fluência dos tubérculos posteriores. Uma estreita faixa transversal, no terço posterior, de cor escura, tendendo para o preto, ierminan- do lateralmente em uma mancha negra. Sobre a faixa longitudinal existe uma série de pontos pretos. Porção lateral do abdomem ama- relada, com um sombreado negro. Face ventral amarelo-pardacen- ta, com alguns pontos negros, esparsos, mais numerosos no de- clive posterior do abdomem. Tubérculos posteriores amarelados, reticulados de branco, com um anel incompleto de cor negra em sua face póstero-ventral. 14 LISE, A. A. — Contribuição ao conhecimento do gênero Sidyma... Cefalotórax convexo, ligeiramente mais longo do que largo (2,0 x 1,8) com a região cefálica bem saliente, mais elevada adiante, onde termina em dois robustos espinhos dirigidos para a frente os quais emergem do centro da região ocular. Olhos anteriores em fila fortemente recurva, formando entre eles um trapézio cuja dimensão da base maior corresponde a duas vezes e meia a da base menor. Os olhos médios anteriores duas vezes menores que os laterais anteriores; os médios anteriores afastados entre: si um pouco mais do que dois diâmetros e por dois diâmetros dos laterais anteriores. Olhos posteriores em fila menos fortemente recurva, iguais entre si e de mesmo diâmetro dos médios anteriores; os médios posteriores separados por aproxima- damente três diâmetros, estando mais afastados um do outro do que dos laterais posteriores. Área ocular média trapezoidal cuja base menor cabe aproxima- damente 1,6 vezes na base maior. A altura do trapézio é aproxima- damente duas vezes maior do que a dimensão da base menor. Esterno quase tão longo quanto largo, cordiforme, revestido por uma densa pubescência, escura nos bordos e clara central- mente. Lábio ligeiramente mais largo do que longo de ápice arredon- dado não excedendo à metade das lâminas maxilares, estas de ápice arredondado com tufos de longos pelos curvos. Altura do clípeo cerca de uma vez e meia maior do que a linha formada pelos olhos médios anteriores, uma vez e meia maior que a altura do trapézio formado pelos olhos anteriores e menor que a altura do trapézio formado pelos olhos médios. Ainda a altura do clípeo é sete vezes maior que o diâmetro dos olhos médios anteriores e cabe aproximadamente duas vezes e meia na dimensão da base maior do trapézio formado pelos olhos anteriores. Abdomem mais longo do que largo, de espessura, ao nível das fiandeiras maior do que a largura e menor do que o comprimento, escavado na porção anterior, de ombros salientes, mais elevado posteriormente onde termina em dois grandes tubérculos cilíndricos de ápice mamilonar. Comprimento (3,1), largura (1,7) e espessura (2,0). Tegumento abdominal resistente, revestido de espinhos en- clinados antero-posteriormente e que se concentram, principalmente, nos tubérculos. Face ventral desprovida de cerdas e de espinhos. Primeiro par de patas maior do que o segundo e ambos muito maiores do que os posteriores. Fêmur | com 1-1-1 espinhos ventro- laterais anteriores, na região mediana, o basal muito mais robusto, todos embasados em tubérculos bem salientes e mais 1-1-1-1-1, bem menores na face ventral. Tíbia | com 2-2-2-2-2-2-2-1 fortes espinhos ventrais, o ímpar muito menor. Basitarso | com 2-2-2 fortes espinhos ventrais, 1 látero-anterior disposto apicalmente e 1 látero- “IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 15 posterior apical, estes muito menores do que os demais. Fêmur Il com 1-1-1 diminutos espinhos ventrais e várias cerdas espiniformes. Tíbia II armada de 2-2-2-2-2 robustos espinhos ventrais e mais 1 látero-anterior, apical, menor. Basitarso I! com 2-2-2-2-2 espinhos ventrais e mais 1 látero-anterior apical, muito menor. Fêm. Pat. Tib. Basit. Tar. Total 8 12 2,6 1,8 07 SJ 5 0,9 1,9 1,9 0,6 7,4 ‚0 0,3 07 0,5 0,4 2,9 3 0,6 0,6 0,5 0,8 3,9 Comprimento total: 5,8. Distribuição geográfica: Brasil: Santa Catarina, Rio Grande do Sul. Material examinado: Holótipo fêmea — Itapiranga, Santa Catarina, Pe. Pio Buck (M.N.R.J.), N.º 41.934; 2 fêmeas — Vila Oliva, Rio Grande do Sul, Pe. Pio Buck (M.N.R.J.) MELLO-LEITÃO, 1943, ao diagnosticar o tipo diz que os olhos médios anteriores são cerca de três vezes menores que os laterais anteriores, separados entre si por um diâmetro e meio e cerca de duas vezes mais afastados dos laterais anteriores. Pelo exame do material tipo, constata-se que não existe ial relação. Na realidade, os olhos médios anteriores são duas vezes menores que os laterais anteriores e separados entre si por um pouco mais do que dois diâmetros bem como, são separados dos laterais anteriores por dois diâmeiros, sendo, portanto, quase equidistantes. O mesmo acontece com os olhos posteriores em que segundo: o mesmo autor, os médios posteriores seriam equidistantes dos la- terais posteriores. Verifica-se que os médios posteriores são afas- tados um do outro por quatro diâmetros e meio e os laterais pos- teriores são separados dos médios posteriores por um pouco mais do que três diâmetros. Diz, ainda, que o trapézio formado pelos olhos médios tem uma altura (área dos olhos médios) três vezes maior do que a largura, um pouco mais estreita adiante. Sendo a área dos olhos médios trapezoidal, constata-se que a altura é um pouco maior do que a dimensão da base maior do trapézio delimitado por eles, bem como, a altura é um pouco maior do que duas vezes a dimensão da base menor do trapézio. Quanto ao clípeo diz que tem a altura do trapézio formado pelos olhos anteriores, quando na realidade, é uma vez e meia mais alto. 16 LISE, A. A. — Contribuição ao conhecimento do gênero Sidyma... Para a presente espécie são incluidos os desenhos de mais dois exemplares procedentes de Vila Oliva, Rio Grande do Sul, co- letados pelo Pe. Pio Buck que pela conformação do abdomem, bas- tante diferente da do material tipo o que nos levou inicialmente a julgarmos que se tratava de uma nova espécie mas, pelo exame comparativo dos referidos exemplares com o material tipo, deduzi- mos ser a forma do abdomem a única diferença palpável que se nos apresentou. Sidyma nigripes MELLO-LEITÃO, 1947 (f. 34-38) Sidyma nigripes MELLO-LEITÃO, 1947: 276-277. Fêmea (material em álcool). Cefalotórax castanho escuro som- breado irregularmente de negro dando um aspecto mais ou menos reticulado. Tubérculos oculares negros. Esterno negro. Base das lä- minas maxilares e base do lábio castanho escuro, sombreados de negro e de ápice amarelo com pelos da mesma cor. Quelíceras de base amarela, parte mediana anterior castanho muito escuro, quase negro; ápice e garra amarelo escuro, revestidas de pelos amarelos muito mais abundantes e mais longos nos bordos do sulco ungue- nal. Patas | e Il castanhas, muito escuras, quase negras, de tarsos amarelos com uma pequena mancha negra, dorsal, quase no ápice. Patas Ill e IV, amarelas, muito claras. Palpos amarelos com os dois últimos artículos muito denegridos, munidos de cerdas espinifor- mes. Abdomem de dorso amarelado, ombros sombreados de ne- gro, declive posterior e tubérculos pardos. Faces laterais amareladas com inúmeras manchas pardacentas e algumas manchas negras, irregularmente distribuídas. Face ventral amarela com uma larga faixa mediana, negra. Epígino castanho claro. Fiandeiras amareladas com um anel incompleto, mediano, pardo escuro. Cefalotórax levemente mais longo do que largo, muito delga- dodo, ligeiramente convexo, de região cefálica mais saliente, per- feitamente demarcada, com linhas toráxicas bastante nítidas. Com- primento a partir do bordo do clípeo (2,6), largura (2,4) e espessura, no centro (0,9). Olhos anteriores em fila bastante recurva, os médios anterio- res cerca de um diâmetro e meio menores do que os laterais an- teriores, separados um do outro por dois diâmetros, sendo mais afastados entre si do que dos laterais anteriores dos quais distam em menos do que um diâmetro e meio. Olhos anteriores formando entre si um trapézio cuja dimensão da base menor cabe duas vezes na dimensão da base maior e cuja altura é cerca de duas vezes e meia menor do que esta. IHERING!A —- Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 17 Olhos posteriores dispostos em fila muito menos recurva, os médios um pouco menores do que os laterais. Os olhos médios pos- teriores estão separados um do outro por três diâmetros, levemente mais próximos entre si do que dos laterais posteriores. Olhos médios anteriores, laterais anteriores e laterais posteriores delimitam um trapézio cuja dimensão da base menor cabe duas vezes e meia na da base maior e quase duas vezes na dimensão da altura. Área dos olhos médios retangular. Lado maior cerca de uma vez e meia maior do que o lado menor. Esterno levemente mais longo (1,1) do que largo (1,0), cor- aiforme, de lados e ápice arredondados com chanfradura côncava na porção anterior. Lábio ligeiramente mais longo (0,4- do que largo (0,3) de ápice moderadamente arredondado, não excedendo à me- tade das lâminas maxilares. Lâminas maxilares duas vezes mais longas (0,6) do que largas (0,3) de ápice arredondado, paralelas. Clípeo muito largo, fortemente proclive com a altura duas vezes e meia menor do que a dimensão da fila dos olhos médios anterio- res; a altura é ainda inferior a dois diâmetros dos olhos médios an- teriores. Bordo anterior com algumas cerdas espiniformes conver- gindo para o meio. Abdomem muito estreito e delgado anteriormente tornando-se progressivamente mais espesso e largo em direção posterior, ter- minando em dois tubérculos curtos e rombos, fortemente divergen- tes. Comprimento do abdomem até o ápice dos tubérculos (5,9), até o declive posterior (5,0), largura ao nível dos ombros (1,5), no meio (4,0), na base dos tubérculos (4,8) e no ápice dos tubérculos (6,0). Espessura ao nível das fiandeiras (4,0) e ao nível do egígino (2,1). Tegumento dorsal liso, sem pelos ou cerdas. Ventralmente apresenta uma faixa pubescente, mediana. Patas | e Il muito mais robustas e notadamente maiores que as Ill e IV. Fêmur | munido de 1-1 espinhos ventro-laterais anterio- res, de disposição basal, 1 lateral anterior apical, bem menor que os anteriores e 1 dorsal, basal, bem menor do que os demais. O fêmur apresenta ainda várias cerdas espiniformes emergindo de tu- berculos bem salientes, mais abundantes na fase ventral e lateral anterior. Tíbia | com uma curvatura quase mediana, bem pronun- ciada, dotada de 2-2-2-2-2 robustos espinhos ventrais, semieretos, os do segundo par bem maiores e os do par apical pequenos, 1 ventro-lateral anterior entre o segundo e o terceiro par ventral, muito pequeno e 1 lateral anterior entre o quarto e quinto par. Basitarso | bem curvo e dilatado com 2-2-2-2-2-2 robustos espinhos ven- trais sendo os do primeiro par e os do terceiro par muito maiores e 1 lateral anterior, basal, muito pequeno. O basitarso apresenta ainda muitas cerdas espiniformes longas. Fêmur Il com 1-1 espinhos dorsais muito curtos e eretos e 1 lateral. Assim como o fêmur |, 18 LISE, A. A. — Contribuição ao conhecimento do gênero Sidyma... apresenta muitas cerdas espiniformes de mesma disposição. Tíbia Il bem menos curva que a tíbia I, com igual número de espinhos e de mesma disposição dos da tíbia |. Basitarso Il com 2-1-2-1-2-1 robustos espinhos ventrais e 1 lateral anterior, basal, muito peque- no. Apresenta ainda, inúmeras cerdas espiniformes, longas. Fêm. ‚Pat. Tib. Basit. Tar. Total | 4,2 1,4 3,5 2,9 0,9 12,9 II 3,8 1,3 32 Zu 0,8 112 Ill 1,4 0,5 1,0 0,7 0,7 4,1 IV 13 0,5 1,0 0,8 0,5 4,6 Comprimento total, do bordo do clipeo ao äpice dos tubercu- los (8,5), até o declive posterior do abdomem (7,5). Distribuição geográfica: Brasil: Paraná Material examinado: Holótipo fêmea — Curitiba, Paraná, Pe. Moure, Instituto de Proteção do Patrimônio Natural, N.º 2.497. A descrição de Sidyma nigripes MELLO-LEITÃO, 1947 segunde referência bibliográfica é fundamentada em um único exemplar ma- cho, tendo por localidade tipo, Avencal — Santa Catarina, tendo: sido coligido por Rudolf B. Lange. Entretanto, o tipo a nós emprestado e que se encontra depo- sitado no Instituto de Proteção do Patrimônio Natural da Secreta- ria da Agricultura do Estado do Paraná é na realidade uma fêmea e as referências de coleta mencionam como tendo sido coletada em Curitiba pelo Pe. Moure, em abril de 1942 estando registrado sob o número 2.497. Em relação ao colorido do abdomem diz MELLO-LEITÃO: Abdomen de dorso castanho escuro, uniforme; ventre levemen- te róseo, sombreado de fusco e com uma larga faixa mediana de- negrida. A não ser que o material tenha sido descrito logo após a coleta, discordamos de tal colorido. Discordamos também, no que diz respeito a distância que separa os olhos médios posteriores dos laterais posteriores, que segundo MELLO-LEITÃO seria de qua- tro diâmetros quando na realidade acham-se separados por um pouco mais do que três diâmetros. Diz ele, outrossim que o basi- tarso | está munido de 2-2-2 espinhos ventrais e o basitarso Il de 2-2-2-2-2-2 quando na realidade o basitarso | apresenta 2-2-2-2-2-2, robustos espinhos ventrais e o basitarso Il 2-1-2-1-2-1 robustos es- pinhos ventrais. Não relata ele, ainda, a presença de espinhos nos fêmures | e II bem como ‚os demais espinhos das tíbias e basitarsos | e Il, além dos ventrais. Finalmente diz que as lâminas maxilares são largas, de largura maior do que a metade do comprimento po- rém, o comprimento é exatamente o dobro da largura. IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 19 Sidyma obscura MELLO-LEITÃO, 1929 (f. 39-42) Sidyma obscura MELLO-LEITÃO, 1929: 65 Fêmea (material em álcool): Cefalotórax pardo escuro. Esterno muito escuro, quase negro. Lâminas maxilares aproximadamente da mesma cor do cefalotórax o mesmo acontecendo com o lábio e com as quelíceras. Abdomem de dorso muito escuro, quase negro, munido de uma linha clara, transversal, muito estreita, situada no entalhe dos tubérculos posteriores do abdomem. Faces laterais par- do escuras à semelhança do esterno. Ventre quase negro no cen- tro, atenuando-se para as margens onde toma uma coloração par- da bastante escura. Patas | e Il pardo escuras, os tarsos bem mais claros. As tíbias apresentam medianamente um anel mais claro. Patas Ill e IV bem mais claras, amarelo-claras. Cefalotórax convexo, de lados arredondados, de porção an- terior muito estreita, mais longo do que largo. Olhos anteriores dispostos em fila muito recurva, os médios anteriores cerca de meio diâmetro menores do que os laterais an- teriores, afastados um do outro cerca de quatro diâmetros tendo, apenas, um pouco mais do que um diâmetro que os separa dos laterais anteriores. Olhos posteriores em fila menos fortemente re- curva, aproximadamente iguais. Os médios posteriores separados um do outro por cerca de dois diâmetros e por dois diâmetros e meio dos laterais posteriores. Área dos olhos médios trapezoidal, de altura superior a dimen- são da base menor. Altura do clípeo inferior a dimensão que separa os olhos mé- dios anteriores e ainda igual a dois diâmetros e meio dos olhos médios anteriores. Clipeo munido de duas cerdas espiniformes di- rigidas para a frente. Esterno mais largo do que longo, cordiforme. Lábio mais largo do que longo, de ápice arredondado, não excedendo à metade das lâminas maxilares as quais são convergentes, de ápice arredondado e munidas de muitos pelos apicais. Abdomem mais longo do que largo, divergente, posteriormente onde termina em dois tubérculos curtos e rombos. Comprimento do abdomem (1,6), largura (1,1) e espessura (1,0). Tegumento abdo- minal resistente, desprovido de cerdas e de espinhos. Patas | e ll quase iguais. Fêmur | munido de 1-1 potentes espinhos ventro-la- terais anteriores de implantação basal e 1 diminuto espinho látero- dorsal, apical. Tíbia | e Il levemente escavadas. Tíbia | munida de 2-2-2-2-2 espinhos ventrais e 1 látero-dorsal, pequeno. Basitarso | com 2-2-2-2-2-2 espinhos ventrais dos quais o primeiro e o terceiro 20 LISE, A. A. — Contribuição ao conhecimento do’ gênero Sidyma... par são muito maiores. Tíbia Il munida de 2-2-2-2-1 espinhos ven- trais. Basitarso Il com 2-2-2-1 espinhos ventrais, o primeiro e o ter- ceiro par notadamente maiores e mais 1-1-1 espinhos dorsais, pe- quenos. Distribuição geográfica: Brasil: Minas Gerais. Material examinado: Holótipo fêmea — Caraça, Minas Gerais (M.H.N.P.) N.º 8.263. Sidyma parallela MELLO-LEITÃO, 1929 (f. 43-46) Sidyma parallela MELLO-LEITÃO, 1929: 64-65. Fêmea (material em álcool): Cefalotórax amarelo. Esterno, lä- minas maxilares, quelíceras e lábio da mesma cor do cefalotórax. Abdomem de dorso mais escuro do que o cefalotórax, fusco. Faces laterais branco-amareladas. Ventre da mesma cor das faces late- rais, revestido de fina pubescência amarelada. Porção posterior do abdomem e tubérculos muito escuros, quase negros. Patas | e li amarelas, levemente mais escuras do que as do Ill e IV par. Cefalotórax levemente convexo, levemente mais longo do que iargo, liso, apenas com duas cerdas atrás dos olhos médios an- teriores. Olhos anteriores dispostos em fila fortemente recurva, os mé- dios cerca de dois diâmetros menores do que os laterais anterio- res. Os olhos médios anteriores afastados entre si por cerca de dois diâmetros e afastados dos laterais anteriores por um pouco menos que um diâmetro e meio. Olhos posteriores em íila modera- damenie recurva, quase reta, iguais entre si e do mesmo tamanho dos olhos médios anteriores. Os médios posteriores ligeiramente mais próximos entre si do que dos laterais posteriores. Área dos olhos médios retangular, cuja dimensão do lado maior é cerca de duas vezes maior do que o lado menor. Esterno cordiforme, quase tão longo quanto largo. Lábio tão longo quanto largo, de ápice reto, não excedendo à metade das lâminas maxilares, estas de bordo arredondado com abundantes pelos apicais. Clípeo quase da mesma altura do trapézio delimitado pelos olhos médios e da mesma altura da área delimitada pelos olhos médios anteriores. Distância dos olhos médios anteriores à borda do clípeo, cerca de quatro diâmetros. Borda anterior do clípeo com duas cercas ligeiramente curvas, dirigidas para diante. Abdomem truncado anteriormente, de comprimento superior a largura (1,9x 1,0) de lados quase paralelos, mais elevado poste- riormente (1,4), terminando em dois curtos, tubérculos rombos. Te- IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 21 gumento abdominal desprovido de cerdas apenas, com alguns pe- los esparsos. Pata | muito maior do que a Il e estas muito maiores que as ll e IV. Fêmur | com 1-1 espinhos ventrais. Tíbia e basitarso | munidos de 2-2-2-2-2 espinhos ventrais. Tíbia e basitarso Il mu- nidos de 2-2-2-2 espinhos ventrais. Comprimento total: 3,2 Distribuição geográfica: Brasil — Bahia. Material examinado: Holótipo fêmea — Salobro, Bahia (M.H.N.P.) N.º 31.114. Sidyma spinifera MELLO-LEITÃO, 1929 (f. 47-53) Sidyma spinifera MELLO-LEITÃO, 1929: 66. Fêmea (material em álcool). Cefalotórax de coloração parda- centa, clara, com a porção dorsal mediana mais escura. Esterno amarelo de bordos muito escuros, quase negros .Lâminas maxilares, lábio e quelíceras amarelos. Abdomem em sua face dorsal parda- cento, munido medianamente de uma faixa mais escura e uma linha negra, transversal. No dorso pode-se constatar a presença de alguns pontos esbranquiçados, esparsos. Face ventral de um co- lorido mais ou menos uniforme, fusco. Patas | e Il pardas. Patas Ill e IV, igualmente pardas, porém mais claras. Cefalotórax de dorso convexo, mais longo do que largo. Tegu- mento dorsal com raras cerdas espiniformes. Do centro da área dos olhos médios emergem dois curtos e robustos espinhos dirigidos para diante. Olhos anteriores dispostos em fila recurva, muito pronunciada, os médios cerca de um diâmetro menores do que os laterais an- teriores e ligeiramente mais próximos entre si do que dos laterais anteriores. Olhos posteriores em fila menos fortemente recurva iguais e do mesmo tamanho dos médios anteriores. Os médios posteriores mais afastados um do outro do que dos laterais posteriores. Área dos olhos médios trapezoidal cuja altura é cerca de duas vezes maior do que a largura. Esterno ligeiramente mais longo do que largo, arredondado atrás e levemente escavado adiante. Lábio mais largo do que longo, de ápice quase reto, não excedendo à metade das lâminas ma- xilares, as quais, por sua vez, apresentam bordo apical quase reto. Altura do clípeo maior do que a dimensão da fila dos olhos médios anteriores e ainda igual a quatro diâmetros e meio dos olhos médios anteriores. 22 LISE, A. A. — Contribuição ao conhecimento do gênero Sidyma... Abdomem quase tão espesso e largo quanto longo. Compri- mento (1,9), largura (2,2) e espessura (2,1). Anteriormente apre- senta dois ombros poucos salientes. Na porção anterior é estreito e pouco espesso, tornando-se mais largo e mais espesso no sen- tido posterior onde termina por dois tubérculos muito proeminentes, rombos, espiniferos e de ápice mamilonar. Tegumento abdominal bastante resistente munido de várias cerdas espiniformes as quais se concentram, principalmente, na parte dorsal do abdomem e nos tubérculos. Faces laterais e ventre destituidos de cerdas. Primeiro par de patas maior do que a segundo e ambos bem maiores do que os posteriores. Fêmur | com 1-1-1 espinhos ventro- laterais anteriores, na porção mediana, sendo o basal muito mais robusto e mais 1-1 bem menores que os demais, na região ventral. Tíbia | com 2-2-2-2-2-2-1 robustos espinhos ventrais sendo o api- cal muito menor. Basitarso | muito mais robusto que o tarso, munido de 2-2-2-2-2 fories espinhos ventrais. Fêmur II com 1-1 pequenos espinhos ventro-laterais anteriores e mais 1-1 diminutos espinhos ventrais. Tíbia Il levemente escavada dorsalmente, dotada de 2-2-2- 2-2-1 espinhos ventrais, sendo o apical bem menor. Basitarso Il armado de 2-2-2-2-2 fortes espinhos ventrais. Comprimento total tomado da borda anterior das quelíceras à extremidade posterior das fiandeiras, ventralmente, (4,0). Macho: Os caracteres morfclógicos do cefalotórax são iguais. aos da fêmea. O abdomem é mais estreito porém, mais espesso. Comprimen- to (1,9), largura (1,7) e espessura (2,4). Os tubérculos posteriores são menos pronunciados terminando, também, em ápice rômbico e mamilonar. O tegumento apresenta cerdas espiniformes porém, em muito menor número. O colorido abdominal é mais claro e falta a faixa mediana. As coxas são negras e a face ventral das patas | e Il é denegrida. Fêmur | com 1-1-1 espinhos ventro-laterais anteriores, na região mediana. O espinho basal é muito mais robusto e sinuoso. Tíbia | de dorso levemente escavado, munida de 2-2-2-2-2-2 fortes espi- nhos ventrais. Basitarso | armado de 2-2-2-2-2 fortes espinhos ven- trais. Tíbia e basitarso II munidos de 2-2-2-2-2 espinhos ventrais. Os dois espinhos basais do basitarso são bem maiores que os demais e decrescem mais ou menos gradativamente sendo o par apical bem menor. Comprimento total: 3,8 Distribuição geográfica: Brasil: Minas Gerais. Material examinado: Holótipo fêmea: Caraça — Minas Gerais (M.H.N.P.) N.º 8.202, Parátipo macho — Caraça — Minas Gerais (M.H.N.P.) N.º 8.202. IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 23 at CHAVE PARA AS ESPECIES BRASILEIRAS FEMEAS Fronte com dois fortes tuberculos espiniferos, emergindo do centro da área ocular. Tuberculos posteriores do abdomem com abundantes cerdas espiniformes .................. 2 Fronte sem tubérculo espinífero. Tubérculos posteriores do abdomem lisos, raramente com diminutas cerdas ...... 4 2 — Tíbia | com mais de cinco pares de espinhos ventrais. Lábio 2 (4) mais largo do que longo. Área ocular média mais estreita nakirenfesstrapezoidale: 2... as rara ado ea ee 3 Tíbia | com cinco pares de espinhos ventrais. Lábio mais longo do que largo. Área ocular média retangular. Abdomem muito reticulado de branco, espessando gradativamente no sentido posterior, terminando em dois tubérculos muito lon- gos que se afilam gradativamente, inclinados para cima ... «8 BEE ee A IRRE HRERER OBERE S. longispina Esterno mais longo do que largo. Abdomem muito espesso posteriormente, terminando em dois tubérculos divergentes, inclinados paáramcimara ato wur so ech: S. spinifera Esterno levemente mais largo do que longo. Abdomem pouco espesso, posteriormente terminando em dois tubérculos ci- líndricos, levemente mais dilatados no ápice, não inclinados oie re onte E e epapencienehere S. multispinulosa Clípeo da altura da fila dos olhos anteriores ou mais baixo NE sp do A E E 5 Clípeo mais alto do que a fila dos olhos anteriores. Esterno ESCUTO) ERES e PR S. obscura — Esterno mais longo do que largo ou tão longo quanto largo 6 Esterno mais largo do que longo, claro. Abdmen de lados paralelos, chato, com dois tubérculos muito curios e rombos. Ee PR RE E S. parallela Estemo mais"longo: dolque largo ll. 2. css qr e eo É Esterno tão longo quanto largo, ferrugíneo, muito sombreado de preto. Cefalotórax e abdomem muito delgado. Abdomem e tubérculos posteriores com muitos meandros. Tubérculos rombos e curvos para dentro, de ápice não elevado ...... En RR REAR SL SUN Legiao cat PA S. kolpogaster Fêmur Il inerme; tíbia II com quatro pares de espinhos ven- trais; basitarso | com cinco pares de espinhos ventrais. Es- LEONE ee ee NN S. lucica Fêmur Il munido de espinhos; tíbia II com cinco pares de espinhos ventrais; basitarso | com seis pares de espinhos WentraisMEstermomititorescuro du rn bs: S. nigripes 24 LISE, A. A. — Contribuição ao conhecimento do gênero Sidyma... 7 KEY TO BRAZILIAN SPECIES OF SIDYMA FEMALE Front produced into iwo horn like spinigerous tubercles in the midle of the ocular area. Posterior tubercles of the abdo- men: cloted with” many brisiles. Re 2 Front without any tubercles. Posterior tubercles of the abdo- men smooih/or wilifa Tew. Bristles Ce 4, Tibia | with more than five pairs of spines beneath. Labium broader than long. Central quadrangle narrowed in front .. 3 Tibia | with five pairs of spines beneath. Labium longer than broad. Central quadrangle rectangular. Abdomen strongly re- ticulated of white lines, higher behind, ending into two long CONIe tüber@lest. na a een S. longispina Sternum longer than broad. Abdomen much higher - behind ending into two divergent tubercles obliquely upwards. .... e A E OA RER NG S. Spinifera Sternum scarcelly high behind, ending into two divergente tubercles not inclined upwards ......... S. multispinulosa Clypeus as high as the anterior row of eyes or narower .. 5 Clypeus higher than the anterior row of eyes. Sternum dark BERN EN RE Di A get S. obscura: Sternum longer than broad or as long as broad ........ Sternum broader than long, light. Abdomen with parallel mar- gins, depressed, with two short blunt tubercles S. parallela sternum. longer than broa rc cc Tá Sternum as long as broad, ferrugineous, strongly shadowed of black. Carapace and abdomen very flat. Abdomen and pos- terior tubercles with many irregular furows. Posterior tuber- cles blunt and incurved not oblyqually upwards. S. kolpogaster Femora Il without spines. Tibia Il with four pairs of spines beneath. Basitarsus | with five pairs of spines beneath Ster- ABTG) 1 PE ERR Ss qa ud A RN A o S. lucida Femora Il with spines. Tibia Il with five pairs of spines be- neath. Basitarsus | with six pairs of spines beneath. Sternum (OF A ns oro Sa DG RR E RR SEE S. nigripes (op) AGRADECIMENTOS Externamos os nossos mais sinceros agradecimentos ao Dr. Max Vachon do Muséum d'Histoire Naturelle de Paris pelo empréstimo dos tipos de S. parallela, S. obscura e S. spinifera. Ao Dr. José Lacerda de Araujo Feio do Museu Nacio- nal do Rio de Janeiro pelo empréstimo dos tipos e demais exemplares do gê- nero, depositados naquele Museu, então sob sua direção. Ao Dr. Rudolf B. Lange id dae ds IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 25 pelo empréstimo do tipo de S. nigrives. Ao Dr. Wolfgang Bücherl, ao Sr. Pérsio de Biazi, às senhoras Sylvia Lucas e Vera Dessimoni von Eickstedt pela colabo- ração que nos deram na obtenção de material bibliográfico e pelo incentivo a nós prestado. Agradecemos, outrossim, à Naturalista Jocélia Grazia Vieira do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais pela assistência que sempre nos deu, na conclusão do trabalho. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BONNET, P. — 1945-1958 — Bibliographia Araneorum, v. |, XVII + 832 pp., v. II, fascículos | a IV, 4230 pp. Douladure Toulouse. KEYSERLING, GRAF E. — 1880 — Die Spinnen Amerikas Laterigradae 283 pp. 8 Est. Nürnberg — Verlang von Bauer & Raspe. —— — 1891 — Die Spinnen Amerikas. Brasilianische Spinnen. 278 pp. 10 Est. MELLO-LEITÃO, C. de (1929) — Aphantochilidas e Thomisidas do Brasil, Archos Mus. nac., Rio de J. v. 31, p. 1-360, 14 Est. —— (1941) — Nota sobre a sistemática das aranhas, com descrição de algu- mas novas especies Sul-Americanas, Anais Acad. bras. Cienc. v. 3, n. 2, PIEI0S-127,7 677: —,— (1943) — Catálogo das aranhas do Rio Grande do Sul — Archos Mus. nac., Rio de J., v. 37, p. 147-245, 24 Est. —— (1944) Descripcion de Barbiellinia hirsuta G. n., Sp. n., y notas de no- menclatura Arachnologica, Comun. zool. Mus. Hist. nat. Montev., n. 21, v. 1. p. 4 — — (1947) — Aranhas do Paraná e Santa Catarina, das Coleções do Mussu Paranaense. Archos Mus. paraná, v. 6, p. 231-304, 10 Est. —,— (1945) — Quatro novos Thomisidas Neotropicos. Bolm. Ind. anim. v. 7, n. 3-4, PL 79-80, ST. 26 LISE, A. A. — Contribuição ao conhecimento do gênero Sidyma... Estampa | Fig. 1 1 — Linha formada pelos olhos médios anteriores. 2 — Distância entre os olhos médios anteriores. 3 — Distância entre os olhos médios anteriores e laterais anteriores. 4 — Distância entre os olhos médios posteriores e os laterais posteriores. 5 — Distância que separa os olhos médios posteriores. Fig. 2 6 — Base menor do trapézio formado pelos olhos anteriores e fila dos olhos médios anteriors. 7 — Base maior do trapézio formado pelos olhos anteriores. & — Altura do trapézio formado pelos olhos anteriores. 9 — Altura do trapézio formado pelos olhos posteriores. Fig. 3 10 — Área dos olhos médios. 11 — Altura do trapézio ou retângulo formado pelos olhos médios anteriores e médios posteriores. E 12 — Base maior do trapézio formado pelos olhos médios anteriores, olhos la- terais anteriores e olhos laterais posteriores. Fig. 4 FED; = Espinho dorsal. EDLA. = Espinho dorso-lateral anterior. ELA. = Espinho lateral anterior. EVLA. = Espinho ventro-lateral anterior. ‚EV. = Espinho ventral. 28 Fig. Fig. Fig. Fig. Fig. LISE, A. A. — Contribuição ao conhecimento do gênero Sidyma... Estampa Il Sidyma kolpogaster sp.n. 5 — Holótipo fêmea 6 — Cefalotórax e abdomem — vista ventral 7 — Abdomem — vista lateral 8 — Cefalotórax — vista frontal 9 — Epígino 29 4 de novembro de 1973 Zoologia, n. 43 tHERINGIA 2mm E E q Imm 30 Fig. Fig. Fig. Fig. Fig. 10 11 iz 13 14 LISE, A. A. — Contribuição ao conhecimento do gênero Sidyma.... Estampa Ill Sidyma lucida (KEYSERLING, 1880) Fêmea — vista dorsal Fêmea — vista ventral Abdomem da fêmea — vista lateral Cefalotórax — vista frontal Epígino IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 Imm imm 31 32 Fig. Fig. Fig. Fig. 15 16 17 18 LISE, A. A. — Contribuição ao conhecimento do gênero Sidyma... Estampa IV Sidyma lucida (KEYSERLING, 1880) Macho — vista dorsal Palpo do macho — vista dorsal Palpo do macho — vista ventral Palpo do macho — vista de perfil iHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 "33 emm Fig. Fig. Fig. Fig. Fig. LISE, A. A. — Contribuição ao conhecimento do gênero Sidyma... Estampa V Sidyma longispina MELLO-LEITÃO, 1943 19 — Holótipo fêmea 20 — Cefalotórax e abdomem — vista ventral 21 — Abdomem — vista lateral 22 — Cefalotórax — vista frontal 23 — Epígino IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 :35 -36 Fig. Fig. Fig. Fig. Fig. LISE, A. A. = Contribuição ao conhecimento do gênero Sidyma... Estampa VI Sidyma multispinulosa (MELLO-LEITÃO, 1943) 24 — Holótipo: fêmea 25 — Cefalotórax e abdomem — vista ventral 26 — Abdomem — vista lateral 27 — Cefalotórax — vista frontal 28 — Epígino IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro, de 1973: 37 38 Fig. Fig. Fig. Fig. Fig. LISE, A. A. — Contribuição ao conhecimento do gênero Sidyma... Estampa VII Sidyma multispinulosa (MELLO-LEITAO, 1943) 29 — Cefalotórax e abdomem — vista dorsal 30 — Cefalotórax e abdomem — vista ventral 31 — Cefalotórax e abdomem — vista lateral 32 — Cefalotórax — vista frontal 33 — Epígino IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 39 2% 17 m ————— 2mm 40 Fig. Fig. Fig. Fig. Fig. LISE, A. A. — Contribuição ao conhecimento do gênero Sidyma.. .: Estampa Vlli Sidyma nigripes MELLO-LEITÃO, 1947 34 — Holótipo fêmea 35 — Cefalotórax e abdomem — vista ventral 36 — Abdomem — vista lateral 37 — Cefalotórax — vista frontal 38 — Epígino IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1978: 41 42 LISE, A. A. — Contribuição ao conhecimento do gênero Sidyma... Estampa IX Sidyma obscura MELLO-LEITÃO, 1929 Fig. 39 — Holótipo fêmea Fig. 40 — Cefalotórax e abdomem — vista ventral Fig. 41 — Abdomem — vista lateral Fig. 42 — Cefalotörax — vista frontal IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 0,5mm 44 LISE, A. A. — Contribuição ao conhecimento do gênero Sidyma. ....: Estampa X Sidyma parallela MELLO-LEITÃO, 1929 Fig. 43 — Holótipo fêmea Fig. 44 — Cefalotórax e abdomem — vista ventral Fig. 45 — Abdomem — vista lateral Fig. 46 — Cefalotörax — vista frontal 45 IHERINGIA — Zoologia, n. 43 —.4 de novembro de 1973 * : 46 LISE, A. A. — Contribuição ao conhecimento do gênero Sidyma..... Estampa X! Sidyma spinitera MELLO-LEITÃO, 1929 Fig. 47 — Holótipo fêmea Fig. 48 — Abdomem da fêmea — vista lateral Fig. 49 — Epígino Fig. 50 — Parátipo macho Fig. 51 — Cefalotórax e abdomem do macho — vista lateral Fig. 52 — Cefalotörax e abdomem do macho — vista ventral Fig. 53 — Cefalotörax — vista frontal IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 imm 47 IHERINGIA | Zoologia |n. 43: | p. 48-59 | 7f. Porto Alegre-RS | 4.11.1973 A NEW SUBGENUS AND SPECIES OF Crassatella (MOLLUSCA, BIVALVIA) FROM SOUTHERN BRAZIL* Harold Ernest Vokes** ABSTRACT The name Riosatella is proposed for a new subgenus of Crassatella LA- MARCK, 1799, with C. (R.) riograndensis new species as its type. This species is based upon specimens dredged in 87 and-100 meters off Rio Grande, R.G.S., Brazil. The problems involved in the determination of the type species of Crassa- tella, s. str. are considered in some detail and it is concluded that they can be finally resolved only by action of the International Commission on Zoological Nomenclature. RESUMO O nome Riosatella é proposto para um novo subgênero de Crassatella LA- MARCK, 1799, com a espécie nova C. (R.) riograndensis como seu tipo. Esta es- pécie está baseada em espécimes dragados em profundidades de 87 a 100 me- tros ao largo de Rio Grande, RGS, Brasil. Os problemas presentes: na deter- minação da espécie tipo de Crassatella s. str. são considerados detalhadamen- te, com a conclusão de que só poderão ser resolvidos por ato da Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica. During the course of a visit by the writer to the Oceanographic Museum in Rio Grande, R.G.S., Brazil, Professor E. de C. Rios, Di- rector, called to attention a small collection of mollusca of uncer- tain identification. Noteworthy in this collection were representatives of an undescribed crassatellid species that is more closely related to the Eocene-Miocene Crassatella s.s., than to the Recent Eucras- satella and Hybolophus. Family CRASSATELLIDAE FÉRUSSAC, 1822 Genus CRASSATELLA LAMARCK, 1799 Crassatella LAMARCK, 1799, Mém. Soc. Hist. nat. Paris, v. 1, p. 85; LAMARCK, 1801, Syst. Anim. sans Vert., p. 119. Crassatellites KRÜGER, 1823; Geschichte der Umelt, v. 2, p. Roo [Invalid, see Art. 29, Code of Zool. Nomenclature]. * Accepted for publication on February 28, 1973. Professor from Tulane University, New Orleans, Louisiana, U.S.A. “x iHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 49 There are a number of rather serious and perplexing nomencla- torial problems involved in the usage of the generic name Crassa- tella. These stem from LAMARCK's citation of “Mactra cygnaea [= cygnea]. CHEM., v. 6, pl. 21, f. 207’ as the “example” ilustrative of his new genus, and hence, the type species, by monotypy. Re- ference to this figure reveals a rather poorly executed oblique view of paired valves of a shell marked by apparently well-defined and depressed lunule and escutcheon. No illustration is given of the hinge structure and the description of the species (p. 217) mentions it only in generalized and non-definitive terms. This becomes a signi- ficant factor in the problem since: (1) the CHEMNITZ figure repre- sents a species of Mactra, — M. cygnus GMELIN, 1791 (p. 3260) based upon the same CHEMNITZ figure, the original of which, accor- ding to DALL (1903, p. 1486) is “still preserved at Copenhagen”; (2) LAMARCK in 1799 was distinguishing Crassatella (+- Lutraria and Paphia [non RÖDING, 1798]) from Mactra primarily on the basis of differences in the hinge structure and position of the ligamental pit. Thus Mactra, genus 92 in the Prodrome, is described as being “oblique, inequilateral, and slightly gaping; a cardinal tooth folded into a trough, and accompanying a ligamental pit; two lateral teeth, compressed and entrant. Mactra stultorum LIN.” (translation by DODGE, 1948, p. 137). Crassatella, genus 95, is “inequilateral, sub- oblique, the valves closed, with a depressed lunule and escutcheon; ligamental pit placed under the umbones above the hinge teeth. Macira cygnaea. CHEM., v. 6, pl. 21, f. 207”. Obviousiy LAMARCK was basing his description of the genus upon some source other than the CHEMNITZ figure and had mista- kenly identified the form there shown with the material before him. This conclusion is further supported by his statement when descri- bing (the Eocene species from Grignon, near Paris) Crassatella tu- mida (1805, p. 408-9): “C'est d'aprês cette belle crassatelle que j'ai établi le caractere du genre.” This species was identified by refe- rence to “Chem. Conch. 7, Supp. 69, litt. A, B, C, D. Mactra Encycl. pl. 259, f. 3,a,b [recte f. “3,a.” and “3,b.” — only two figures being given.] Subsequently in 1807, he published an illustration of his C. tumida (pl. 20, f. 7a,b). According to LAMY (1913, p. 100-1 fft.) this specimen is still preserved, labelled in LAMARCK's handwriting, in the collections of the Museum National d'Histoire Naturelle in Paris. Previously, in 1801, however, LAMARCK had cited these same iilustrations under the name Crassatella gibba (p. 119) which was listed, together with C. sulcata, at that time a nomen nudum, follo- wing an essential repetition of the original definition of 1799 differing only in the notation that the ligament was “interieur” and under ihe umbones. Thus Crassatella tumida LAMARCK, 1805 = C. gibba LA- MARCK, 1801. Both, however, are synonyms of Venus ponderosa 50 VOKES, H. E. — A new subgenus and species of... GMELIN (1791, p. 3280) based upon “Chemn. Naturf .19, t. 8, f. a-d. and Conch. 7, t. 69, f. A. D.” The latter figures had been cited by CHEMNITZ (v. 7, 1783 [1784], p. 5) as Venus plumbea, which was said (p. 61) on the authority of “die Herren de Favanne de Montcer- velle, Vater und Sohn’ to have been coliected on the shores of “nou- velle Guinée provenantes du voyage du Capitain Cook.” The illus- trations, however, clearly represent the Paris Basin Eocene species with which they were identified by LAMARCK, rather than a Recent Indo-Pacific form. This is well delineated by the ligamental area which is restricted to the dorsal part of the hinge-plate, as well as by the crenulated ventral margin. Recent species of the size and shape of the form illustrated are characterized by the possession of a larger ligamental pit that extends across the width of the hinge plate, and by the absence of crenulations on the inner margin of the shell. These are now usually referred to the genus Eucrassatella IREDALE, 1924 (p. 202), type by original designation, Crassatella kingicola LAMARCK (1805, p. 408) which was described from King Island, north of Tasmania. It would thus seem justified to cite the type of the genus as, by monotypy, “Mactra cygnaea CHEMNITZ” LAMARCK, 1799 (non M. cygnea CHEMNITZ, 1782) == Crassatella tumida LAMARCK, 1895 — Crassatella gibba LAMARCK, 1801, — Venus ponderosa GMELIN, 1791. Until the publication by the International Commission on Zoo- logical Nomenclature of Opinion 184, in 1944, which ruled that the new specific names in the “Neues Systematisches Conchylien-Ca- binet” by MARTINI AND CHEMNITZ (vols. 1 to 11) were not nomen- clatorially available because the author did not consistently apply the principles of binomial nomenclature, this species usually was cited as Crassatella plumbea (CHEMNITZ)* [Direction 1, of the Comission, published in 1954, rejected these volumes in toto for nomenclatorial purposes.] CHAVAN (1969, p. N573) gave the type as “Mactra cygnaea LAMARCK, 1799 (non CHEMNITZ, 1782) (= C. gibba LAMARCK, 1801, — Venus ponderosa GMELIN; 1791; SD SCHMIDT, 1818. IE is to be noted that LAMARCK did not describe any species in 1799, and technically there is no such species as “Mactra cygnaea LA- MARCK.” Further, the designation of Venus ponderosa GMELIN as type of Crassatella by SCHMIDT 1818, p. 135) which was first noted by STEWART (1930, p. 135) seems open to question since, accor- ding to WINCKWORTH (1944, p. 23) “SCHMIDT consistently uses the specific names of GMELIN, substituting them if necessary for * As late as 1960 “Venus plumbea CHEMNITZ, 1784” was cited as type species by EBERSIN, et al. Osnovi Paleontologii, Moscow, Akad. Nauk Press, v. 3, Molluski Loricata, Bivalvia, Scaphopoda, p. 103. IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 51 those given by the author...”. | have not had access to a copy of the SCHMIDT work, which is very rare, but in view of WINCK- WORTH's statement it seems probable that this designation was not valid since neither the LAMARCK descriptions of 1799 nor 1801 mention the GMELIN name and ponderosa was thus not an available species under the terms of Article 69 (a) (i) of the International Code of Zoological Nomenclature, which states that “ “originally included species’ comprise only those actually cited by name in the newly es- tablished nominal genus” [italics mine]. It is to be added, however ‚that the above synonymy is valid only if it be accepted that the original 1799 reference to “Macira cygnaea CHEM.” was based upon a misidentification by LAMARCK of the nature of the species represented by the illustration cited. In such a case the provisions of Article 70(a) of the International Code apply: “If a zoologist considers that [the nominal species that the author refers to a new genus when he establishes it (Art. 70)] was misidentified, he is to refer the case to the Commission to designate as the type-species... whichever species will in its judgment best serve stability and uniformity of nomenclature...”. Accordingly application is now being made to the Commission for a ruling in the sense of the conclusions reached above. The generic name Crassatella was almost immediately accepted in the sense of the Parisian Eocene species. LAMARCK described a number of Recent forms in 1805 and 1818, most of which are re- ferrable to Eucrassatella IREDALE, but the genus Crassatella — sensu lato — soon was recognized as ranging from the Cretaceous to the Recent. Most earlier authors attributed the name to LAMARCK without date, or with reference to the “Annales du Museum” [1805]; when a date was cited it was generally 1801, since the 1799 issue of volume 1 of the Mémoires of the Société d'Histoire Naturelle de Paris in which the “Prodrome” appeared seems to have been a very rare work even in those days. FISCHER (1887, p. 1021) was the first, so far as | am aware, to question the identity of the 1799 “example”, stating:: “Le genre Crassatella a été proposé par LAMARCK, en 1799, pour une co- quille qui appartient probablement au genre Mactra (M. cygnus, GMELIN). En 1801, LAMARCK a appliqué le nom de Crassatella à une coquille fossile du bassin de Paris (C. plumbea, CHEMNITZ). He therefore (p. 1020) used the name as “Crassatella, LAMARCK, rio DALL (1903, p. 1468) simply stated that “LAMARCK's original type for Crassatella was a typical Mactra...” and substituted for Crassatella LAMARCK the name Crassatellites KRUGER, 1823, citing “Type C. sinuatus KRÜGER, — Crassatella gibbosula LAMARCK, Ann. du Museum, vi., p. 410 (fide BRONN, Index Paleont., i, p. 344, 52 VOKES, H. E. — A new subgenus and species of... 1848). Eocene.” This conclusion was accepted by American students but rejected by most European ones, COSSMANN & PEYROT (1912, p. 123) actually stating that “Cette maniere de procéder est en com- plet déssacord avec les principes que M. DALL lui-meme a si sou- vent recommandés et mis en pratique, attendu que sur un complexe de formes qui comprenait, en 1799, des Mactres et des Crassatelles, LAMARCK avait êvidemment le droit de choisir, en 1801, C. plumbea pour génotype de Crassatella.’’ In general the European authors have cited the genus as of “LAMARCK, 1801.” The original KRUGER description (1823, p. 466) has been quo- ted by GARDNER (1944, p. 61) as follows: “Crassatellites sinuatus. Crassatele bossue. Mit sehr dicken Schaalen, tiefen Muskeleindrücken und einzel- nen Querreifen, welche auf der Oberfläche mit dem untern Rande der Schaalen gleichlaufen. Haüfig bei Grignon.” BRONN aparently equated the Crassatellites sinuatus of KRÜ- GER with Crassatella gibbosula LAMARCK on the basis of Deshayes’ citing of the latter species as Crassatelle bossue. Crassatella gibbo- sula. LAMK.” both in 1824 (p. 37) and in 1831 (p. 23). But the spe- cies apparently is rare or absent at Grignon where the KRÜGER C. sinuatus was said to be ““Haúfig.” Furthermore the meagre descrip- tion does not agree with the characters exhibited by gibbosula. As STEWART (1930, p. 136) pointed out, “Of the eight species of “Cras- saiella' cited by DESHAYES (Anim. sans Vert. Bas. Paris, v. 1, 1860, p. 734-51) from Grignon, only one, “Crassatella plumbea”, corres- ponds to the meagre description of 'Crassatellites sinuatus’ and | believe that was the species intended (COSSMANN & PISSARO, 1906, pl. 29, f. 96-1, Lutetien-Barionien).” Such an interpretation makes Crassatellites KRÜGER an exact synonym of Crassatella LAMARCK, 1801 (? non 1799). There is, however, no room to doubt but that KRÜGER was using the suffix “ites” to indicate that his form was a fossil Crassatella, and accordin- gly the name Crassatellites is not available under the provisions of articles 20 and 56(b) of the International Code. It is perhaps most tersely stated in Art. 56(b): “A genus-group name formed for use in palaeontology by substituting -ites, -ytes, or -ithes for the ori- ginal termination of a generic name, and applied only to fossils, enters into homonomy.” Subgenus RIOSATELLA VOKES, new subgenus Type species, Crassatella (Riosatella) riograndensis new species The present species seems most closely allied to Indocrassa- tella CHAVAN (1952, p. 119, fft. 4), type Crassatella indica E. SMITH, IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de’ 1973 53 from the Arabian Sea. As illustrated by ALCOCK & ANDERSON, (1897, pl. 4, figs. 3,a,b; reproduced in Treatise Invert. Paleont., p. N576, f. E76, 3a-c) the latter species agrees with our form in having a small resilifer located high on the hinge plate in the manner of that of Crassatella s.s., in having finely crenulate valve margins, and in the general absence of strongly developed posterior dorso-ventral angulations. The two forms appear to differ in a number of important characteristics, however, and a new subgeneric name seems appro- priate for the Brazilian species. Most obvious, perhaps, is the fact that the cardinal tooth of the left valve immediately anterior to the resilial pit (4b, of CHAVAN) trends directly across the hinge plate with no postero-ventral twist to margin the basal part of the resilifer as in I. indica. Also, the lunule is not as impressed and does not impinge upon the anterior cardinal of the left valve, which is of essentially normal strength and development. Externally, the illustration Of the paired valves of /. indica shows no evidence of any right flexure of the posterior end as in the Brazilian species, and the:surface of the latter is not completely ornamented by regular concentric ribbing. This latter feature is, however, rather variable in the present species and may not be significant beyond the species level. CRASSATELLA (RIOSATELLA) RIOGRANDENSIS Fo EM VORES m. sp. Plate 1, Figures 1: 5 Shell of medium size, subtrigonal in outline, rather solid, a little inequivalve, inequilateral with small but high umbones situated at or in front of the anterior third of the total length; posterior end flexed to the right; anterior end regularly and rather sharply rounded, ventral and posterior more gently rounded, antero-dorsal margin very slighily concave almost straight, postero-dorsal' margin: straight to a little convex. Valves lack the usual strong ridge or angulation tren- ding from the umbone to the postero-ventral margin; although it may be slightly indicated on the left valve, on the right, as a result of the flexed shell, there is a broad shallow depression trending from behind the umbone to the middle of the posterior end. Lunule im- pressed, long, lanceolate, a little wider in the left valve than in the right; escutcheon strong, impressed, extending the entire length of the postero-dorsal margin, wider in the right valve than in the left. Ornamentation typical of the genus with distant concentric un- dulations toward the umbones that soon become restricted to ihe median and anterior surfaces, and then solely to the anterior one before finally being wholly replaced by growth rugae. The umbone 54 VOKES, H. E. — A new subgenus and species of... PLATE 1 FIGS. 1-5 Crassatella (Riosatella) riograndensis H. E. VOKES, Holotype n. 15337, FIG. FIG. Mus. Oceanogr. de Rio Grande, R.G.S., Brazil. All figures approx. X 20: 1. Exterior of left valve; 2. Exterior of right valve; 3. Interior of right valve; note (1) that the resilifer is present only on the dorsal portion of the hinge plate, and (2) the denticulations along the inside of the ventral margin; 4. Dorsa] view of the paired valves showing the Macoma-like twist of the posterior end toward the right; 5. Hin- ge area of left valve, compare with figures 6 and 7. Crassatella (Crassatella) ponderosa (GMELIN), generally accepted as type species of Crassatella LAMARCK; hinge view of left valve, X 1. Note that while the resilifer is confined to the dorsal area of the hinge-plate, the details of the hinge differ greatly from those of C. riograndensis; the deeply impressed lunule has erased the anterior lateral structures as well as the dorsal ends of the cardinal teeth and the posterior cardinal projects under the resilifer with a small socket- like pit dorsal to the projection for the reception of the remnant third cardinal of the right valve. Eucrassatella kingicola (LAMARCK), type species of Eucrassatella IREDALE, hinge view of left valve, X 1. While the lunular area is similar to that of Riosatella, the resilifer extendes across the entire width of the hinge-plate. Furthermore the inner ventral margins are smooth, not denticulated. IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 55 56 VOKES, H. E. — A new subgenus and species of... is somewhat decollete in the holotype, but immature paratypes show that the nepionic shell was smooth, the concentric ornament be- ginning abruptly about 1.25 mm from the beak. On the holotype these cross the entire surface, except for the lunule and escutcheon over a distance of approximately 7 mm before giving way to a smooth shell surface on the posterior slope, then very shortly thereafter on the posterior half of the valve while continuing anteriorly, although more and more restricted to the anterior end, almost to the antero- ventral margin. There is variation in this feature however, with a tendency exhibited in some of the paratype right valves for the con- centric ornament to die out first in the area of the post-umbonal de- pression, while continuing along the escutcheonal margin as well as anteriorly, although always apparently dying out posteriorly prior to its disappearance toward the anterior end. There are ten complete undulations within the 7 mm interval mentioned on the holotype; one paratype has ten in 7.8 mm, while another shows twelve in 7 mm.. Hinge: right valve with three cardinal teeth, the anterior thin, low, closely appressed to the lunular margin; median cardinal strong, high, slightly grooved on the apex and laterally corrugated; posterior cardinal low, its dorsal portion displaced by the resilifer until it i5 closely appressed against the posterior side of the median tooth, but with the ventral portion rending obliquely at an angle such that if projected it would bifurcate the posterior end of the valve. Left valve with two cardinal teeth, the anterior a littie wider than the pos- | terior, and both corrugated on the side adjacent to the intervening socket for the median cardinal of the right valve; the left median car- dinal trends directly across the hinge plate with no indication of any posteriorly directed ventral twist to a position under the resilial pit such as is characteristic of the equivalent tooth in Crassatella s.s., Bathytormus and Indocrassatella. A slender post-resilial ridge, fused with the edge of the escutcheonal margin at its anterior end, diverges from that margin ventrally and is prolonged by a relatively long la- teral lamina tc form the ventral side of a relatively welldefined socket that receives the projecting edge of the escutcheonal margin of the right valve. A similar anterior lateral lamina in the right valve forms the ventral side of a socket tor the reception of the projecting lu- nular margin of the left valve. Adductor scars well impressed; the anterior ovate, the posterior almost round. Anterior pedal retractor scar deeply impressed, subcir- cular and well separated from the adduciors. Pallial line entire, dis- tant from the valve margins, especially anteriorly. These margins are rather weakly crenulated anteriorly and ventrally to a point almost directly below the anterior end of the posterior adductor; smooth posteriorly. IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 97 Periostracum moderately thin, light chestnut brown in color. In- ternally the anterior ventral and posterior margins have a pale la- vender blush, most intense where ihe shell is thinnest toward the outer edges. Material studied: Holotype, 15337, Mus. Oceanogr. de Rio Grande, R.G.S., Brazil: length 40.6 mm; height 34.8 mm; diameter (paired valves) 19.2 mm. Taken by research vessel “Mestre Jeronimo” in 101 meters, 33º "30" S., 51010” W., off port city of Rio Grande, state of Rio Grande do Sul, Brazil, 13 July, 1970. Ro 4 right and 5 left valves taken by the research vessel “Mestre Jeronimo’” in 87 meters off Rio Grande, R.G.S., Brazil, May, 1969. Dimension of largest specimen, a left valve: length . 46.4 mm; height 39.7 mm; diameter 12.0 mm. DISCUSSION: Two species of Crassatella have previously been described from off the Atlantic Coast of South America: C. uruguay- ensis E. A. SMITH, 1880 (p. 321) from 32º45' S., 50039’ W., in 48 fathoms and C. brasiliensis DALL, 1903 (p .102) from east of Rio de Janeiro, in 59 fathoms, mud, bottom temp 57º F. The former species has not been figured and the description is difficult to in- terpret. The dimensions are said to be: “Diam. 15 millims., lenght 12%, thickness 6.” If the statement “dorsal lines on each side of the umbones forming an angle of about fifty degrees” be interpreted as indicating the umbonal angle, the description would seem to suggest an unusually large and high form of Crassinella. In the pre- sent state of our knowledge, however, it cannot be compared with C. riograndensis. 5 “Crassatellites” brasiliensis DALL (described, DALL, 1903, p: 102; figured, DALL, 1903a, pl. 62, f. 2) is apparently a closely re- lated species. It differs, however, in being more elongate in propor- tion. to the height of the valves and with somewhat more posteriorly located umbones; C. riograndensis having a distincily more quadra- te Outline. Furthermore, DALL states that the umbones of his species are “sculptured with a few (5 to 10) low concentric waves beyond which the disk is smooth or concenirically striated with some very cbseure, fine, radial lines near the anterior base.” The concentric undulations on the present species are much more numerous and persistent on the central part of the disk, varying in the eleven val- ves examined from 11 to 24 (average 16) that completely cross the disk between the lunular and escutcheonal ridges. No trace of the “obscure, fine, radial lines can be found on any of the specimens examined. 58 VOKES, H. E. — A new subgenus and species of... BIBLIOGRAPHY ALCOCK, A. W. & ANDERSON, A. R. S. (1897) — Illustrations of the zoology of the Royal Indian Marine Surveying steamer Investigator: Mollusca. Calcutta, Indian Mus., pl. 1-6. CHAVAN, A. (1952) — Melanges Paleontologiques, II — Distinction et classe- ment des Crassatellidés. — Cahieres Géol. de Thoiry, n. 14, p. 117-120, text fig. 2 [Sept.]. —— (1969) — Family Crassatellidae Ferussac, 1822. — p. N573-N578. In NEWELL, et. al., Treatise on Invert. Paleont. — Lawrence, Univ. Kansas Press, (N) Mollusca 6, pt. 2, p. N491-N952, illus. CHEMNITZ, J. H. (1782-1784) — Neues systematisches Conchylien-Cabinet... — Nuremberg, Raspischen Buchhandlung, v. 6, 12 + 375 p., pl. 1-36 (1782); v. 7, 124356 p., pl. 37-69 (1784). COSSMANN, A. E. M. & PISSARO, G. (1904-1906) — Iconographie complete des coquilles fossiles de l’Eocene des environs de Paris. — Paris, (priva- tely published), v. 1, Pel&cypodes, pl. 1-16 (Dec., 1904), pl. 17-38 (1906). —— & PEYROT, A. (1912) — Conchologie neogenique de Il’Aquitaine. — Soc. Linnéene Bordeaux, Actes, v. 66, p. 121-324, pl. 1-10. DALL, W. H. (1903) — A new Crassatellites from Brazil. — Nautilus, v. 16, n. 9, p. 101-102 (Jan 5). —— (19032) — Synopsis of the family Astartidae with a review of the Ameri- can species. — Proc. U. S. nat. Mus., v. 26, n. 20, p. 933-951, pl. 62, 63 (July 10). —,— (1903b) — Contributions to the Tertiary Fauna of Florida... — Wagner Free Inst. Sci., Trans., v. 3, pt. 6, p. I-XIV, 1219-1654, pl. 49-60 (October). DESHAYES, G. P. (1824-1837) — Description des coquilles fossiles des en- . virons de Paris. — Paris, L'auteur, v. 1, Conchiferes, 392 p. [p. 1-80, 1824; p. 81-170, 1825; p. 171-238, 1829; p. 239-322, 1830; p. 323-392, 1832]. —— (1830-1831) — Encyclopedie Methodique: Histoire Naturelle des Vers. — Paris, Mme. Agasse, Imprimeur — Libraire, v. 2, [Pt. 1], p. 1-256 (1830); [Pt. 2], p. 1-594 (1831). DODGE, H. (1947-1948) — Lamarck’s Prodrome d'une Nouvelle Classification des Coquilles. — Nautilus, v. 61, n. 2, p. 60-70 (Oct. 1947); v. 61, n. 4, p. 134-143 (April, 1948). FISCHER, P. (1880-1887) — Manuel de conchyliologie et de paléontologie conchyliologique ou histoire naturelle des Mollusques vivants et fossiles. — Paris, F. Savy, XXIV + 1369 p., 23pl., 1138 text figs. [Fasc. XI, p. 1009-1369, 15 June, 1887]. GARDNER, J. A. (1944) — Mollusca from the Miocene and Lower Pliocene of Virginia and North Carolina: Part 1. Pelecypoda, with a summary of the stra- tigraphy by W. C. Mansfield. — Washington, D. C., U. S. Geol. Survey Prof. Paper 199-A, IV + 178 p., 23 pl. [dated 1943, issued Jan. 18, 1944]. GMELIN, J. F. (1791) — Systema naturae per regna tria naturae ... editio de- cima tertia, aucta, reformata. — Leipzig, Rudolphipoli, Litteris Bergmannianus, v. 1, pt. 6 (Classis VI. Vermes), p. 3021-3910. IREDALE, T. (1924) — Results from Roy Bell's molluscan collections. — Proc. Linn. Soc. New South Wales, v. 49, pt. 3, p. 179-278, pl. 23-36. KRÜGER, J. F. (1823) —- Geschichte der Urwelt ... — Quedlinburg & Leipzig, v. 2, [not seen]. LAMARCK, J. B. de (1799) — Prodrome d'une nouvelle classification des coquilles, eomprenant une rédaction appropriée des caracteres génériques, ... — Mém. Soc. Hist. nat. Paris (1799), p. 63-92. IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 59 —— (1801) —Systême des animaux sans vertebres, ou tableau general des classes, des ordres et des genres de ces animaux ... — Paris, (privately published), VIII + 432 p. —— (1802-1809) —- Mémoires sur les fossiles des environs de Paris... — Ann. Mus. Hist. nat. Paris, v. 6, p. 214-221, 337-345, pl. 43-46 (1805); v. 9, p. 236-240, 399-401, pl. 17-20, 31, 32 (1807). LAMY, E. (1913) — Notes sur quelques coquilles du genre Crassatella de- terminées par Lamarck. — Bull. Mus. Nat. Hist. nat. Paris, v. 19, p. 99-105. SCHMIDT, F. C., (1818) — Versuch über die beste Einrichtung ... der Con- chylien Sammlungen ... — Gotha, Justus Perthes, 8-+ 252 p. SMITH, E. A. (1880) —- Description of five new species of shells from Uru- guay — Ann. & Mag. Nat. Hist., ser. 5, v. 6, p. 319-322. STEWART, R. B. (1930) — Gabb's California Cretaceous and Tertiary type Lamellibranchs. — Acad. nat. Sci., Philad., Spec. Publ. 3, 314 p., 17 pl. [Aug. 9]. WINCKWORTH, R. (1944) — Schmidt's Versuch, 1818. — Proc. malac. Soc. London, v. 26, p. 23-24 [May]. IHERINGIA | Zoologia 9f. | Porto Alegre-RS | 4.11.1973 n. 43 | p. 60-74 ZOOPLANKTON FROM SOUTHERN BRAZIL — 1. QUANTITATIVE ASPECTS* João Oldair Meneghetti** ABSTRACT It is given the geographic distribution of zooplankton volumes and their vä- riation in the four seasons of one year, data being related to ambiental condiz. tions. The volume was determined by the displacement method. The largest volumes in each cruise ocurred at the south of the town of Rio Grande. Relatively low values of salinity (28% to 33%) were verified in this region. This is due probably to the influence of freshwater from Plata river and Patos lagoon. High values of volume also ocurred nearly the latitude of Tramandai (30º S) in the spring and in the end of spring cruises, probably because there was an upwelling of cold waters. The smallest volumes obtained at north of Conceição are dus io an invasion of waters of oceanic origin. These poorer waters produce the im- poverishment of the continental shelf waters and the lowering in the zooplankton voiumes. In a general way, the volumes of zooplankton reached larger values (up to 1,0 cc/m3) in the stations near the coast. They decrease gradually in stations towards the ocean. Larger volumes ocurred in the autumn and in the end of summer cruises. : RESUMO Este trabalho objetiva mostrar a distribuição geográfica dos volumes de zocplâncton e suas variações nas quatro estações do ano, relacionando-os com as condições ambientais. O volume foi determinado pelo método de desloca- mento. Os maiores volumes em cada cruzeiro ocorreram ao sul da cidade de Rio Grande, onde se verificou valores de salinidade e temperatura relativamente baixos (28% a 33%). Isto deve-se provavelmente à influência do rio da Prata e da lagoa dos Patos. Valores altos ocorreram próximo à latitude de Tramandaí (30º S) nos cruzeiros de primavera e fim de primavera, provavelmente devido a uma ressurgência de águas Irias. Os menores volumes obtidos ao norte de Con- ceição devem-se ao empobrecimento que há na plataforma continental com a invasão de águas quenies e pobres com maior influência oceânica. Geralmente os volumes de zooplâncton alcançaram maiores valores (superiores a 1,0 cc/m3) nas estações próximas a costa. Diminuem gradativamente a medida que as es- tações se afastam da costa. Os maiores volumes ocorreram nos cruzeiros de outono e fim de verão. * Trabalho aceito para publicação em 10/11/72. ** Do Grupo Executivo do Desenvolvimento da Indústria da Pesca (GEDIP) — Rio Grande, RS, Brazil. IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 61 INTRODUCTION The area studied is limited at the north by Torres (29º21' S and 49943' W) and south by Chui (33º44' S and 53º25' W) and from 7 nautic miles out to about the limits of the continental shelf. The figure 1 is the map of the stations. Little is known on zooplankton of southern Brazil. PRADO (1961) studied chaetognaths from this region and BJORNBERG (1963) pu- blished an exaustive work on copepods. This work gives distribution in space and time of zooplankton volumes. Relations among these distributions and salinity and extinc- tion coefficient were studied. This a preliminary work and will be a base for future works which will be carried out in this area. MATERIAL AND METHODS Cruises took place in the following dates: April, 24 to 28, 1968 (autumn) — first oceanographic cruise; June, 21 to 30, 1968 (winter) — second de ui: August, 16 to 27, 1968 (winter) — third Hr aa: October, 25 to November, 6, 1968 (spring) — fourth gi WW LEE December, 4 to 14, 1968 (end of spring) — fifth 4 EIRBET: March, 5 to 26, 1969 (end of sum- mer) — sixth dy % The samples were taken vertically by Hensen net (mesh 290 micrometer). The speed of the tow was Im/second. It was assumed that the cylinder of water (generated by vertical movement of the mouth of net) was intirely filtered. The samples were preserved in 4% neutralized formalin. A total of 200 hauls were carried out during six oceanographic cruises, 105 were diurnal and 95 nocturnal. The Secchi disc observations were taken in day-light, from dawn to twilight, within the limits of minor luminosity (or minor light inten- sity) which allows the adaptative power of the eye to compensate reduction in these hours of the day. The volume of zooplankton was determined by the displacement method. It was considered or- ganisms smaller than Icm, decreasing in this way the error that according to FOXTON (1956) “... is as larger as increases the animal's size that compose it”. This method to determinate the vo- lume of the samples is rough but allows to work fastly many samples and gives an approximate estimation of the zooplankton quantity in a determinate place and time. Zooplankton samples were disposed along 4 sections parallel to the coast. Each section was considered 62 MENEGHETTI, J. ©. — Zooplankton from Southern Brazil — 1... a zone. The first zone considered was the one closer to the coast and the fourth the more oceanic one. Always that reference is made to zooplankton volume, it is intended to mean the apparent volume. The data on this paper refer to planktonic animals larger than 290 micrometers. The area was divided in two subareas (south and north of Conceicäo), because accordingly to ihe hiydrographic phenome- na, there are differences on the zooplankton volumes collected in one and another area. Limits between two subareas are displaced during the year, but Conceição was fixed as the average limit. RESULTS Geographic distribution of the zooplankton abundance. The values of zooplankton volume at the south of Conceição are, in a general way, larger than at the north. In the first cruise the largest volumes of zooplankton were concentrated at the south of Farol Verga (fig. 2). In the fourth cruise there was a displacement of the largest volumes to the north, reaching the latitude of Cidrei- ra. The largest volumes in this cruise were concentrated in front of Conceição (fig. 5). In the fifth cruise, the largest volumes were found from Torres to Chui (fig. 6). During the cold months (fig. 3 and 4) differences in the zooplankton volumes between north and - south of Conceição are larger in the second and third zone than in the first and fourth. The same happens during hot months (fig. 6 and 7). In months of hauls there was a gradual decrease of volumes. as far to the coast as the houls were being made. Time distribution of zooplankton volumes. Different values for stations of the first, second, third and fourth zones were observed in all cruises, at the south and north of Con- ceição. North of Conceição: the largest values were ocurred in the first zone and in the first and sixth cruises. It is of some interest to note that results of the sixth cruise seem to confirm those of the first cruise. Stations of the second and third zones presented irre- gular values. Those of the fourth zone presented little: seasonal va- riation of volumes. In a general way, volumes of the fifth and sixth cruises decreased in the stations of the second, third ‘and fourth zones while in the first zone volumes are nearly equal. South of Conceição: the largest volumes took place especially in the sixth and first cruises and also in the fourth. In the second zone the largest values ocurred in the sixth and first cruises. In IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 63 the third zone the largest volumes ocurred in the sixth and in ihe fourth. There was great variation during the year. For example, con- sidering that: — the volumes larger than 0.75 cm? will be denominated A; — the volumes between 0.50 and 0.75 will be denominated B; — the volumes between 0.25 and 0.50 will be denominated C; — the volumes bellow of 0.25 will be denominated D; it was verified that; in the first cruise — A:B:C:D: or 4:4:2:5; in the second DE 4:4:10:16; in the third Ag 5:5. 9414: in the fourth = — 10:62: in the fifth Po 523316156; in the sixth Se 10:4:15:6. Correlation between the extinction coefficient (C.E.) and zooplankton volume. In the fifth cruise (fig. 8) almost all zooplankton volumes smaller than 0.30 cm? are situated between the C.E. from 0.050 m-! to to 0.800 m-!. The largest volumes (up to 0.90 cm?) ocurred in the station where the C.E. was 2.115 mt. In the sixth cruise (fig. 9) was clearly verified that the lowest zooplankion volumes were found in the lowest C.E. Volumes smaller than 0.60 cm? ocurred in C.E. from 0.065 to 0.160 m-!. To volumes larger than 1.0 cm?, it was verified C.E. of 0.200-1. In two larger volumes (2.08 and 2.26 cm?) it was verified a C.E. of 0.377 m-!. DISCUSSION Low salinity of the water (nearly 28%.) was observed in the cold months in the area corresponding to the first zone and at the south of Conceição until the second and third zones .According to DEEVEY (1956), this favours the development of an abundant zooplankton po- pulation. The chlorophyl data obtained by “Pesqueria IV’ carried out from 07/06 to 04/07/967 indicated for this region an area more rich near the coast, becoming poor as far as off it. During hot months, waters with high temperature invaded the shelf proceeding from oceanic waters. These impoverished it of plankton. In despite of it, the stations of the first zone went on being the richest in zooplankton. There was an enrichment of waters by the discharge of Patos lagoon and by displacement to the north of waters influenced by Plata river. This would explain the concentration of larger volumes at the south of Farol Verga during cold months. According to EMILSSON (1961), 64 MENEGHETTI, J. ©. — Zooplankton from Southern Brazil — 4... the waters of Plata river are found in this region. In the hot months, probably, this enrichment does not occur with such intensity, be- cause the water of Plata river does not reach so far to the north. Also the discharge of Patos lagoon is smaller. As it was already mentioned, if the low salinity waters allows the ocurrence and development of some organisms, it does not permit development of others that only occur with high salinity. Thus, the nature of water mass is important, mainly quantitatively. VANNU- CCI (1962) verified that the nature of water mass is probably in less part responsible by the quantitative variation and more by quality variation. Certainly the influence of cola waters, probably from Mal- vinas current, increase the volumes of zooplankton. The smallest volumes obtained at the north of Conceição are probably conse- quence of large invasion by oceanic waters in this region. There are horizontal transferences of living matter by mean of the currents existing at different depths BOGOROV (1958). These currenis can rend a region rich as much as impoverish it. If the current goes from a poor region to a richer one, this last will be impoverished. This is the case with waters at north of Conceição. In the sixth cruise re- latively higher values were obtained in the first zone at the north of Conceição. This can be explained by the ocurrence of great quantity of salps and doliolids at the south, with their bad conse- quences upon the general plankton FRASER (1961). In the fourth cruise ocurred high values at the north of Conceição, probably due to the upwelling of deep waters and the consequent enrichment of the coastal waters. In the fifth cruise this dependence is more evident. There was an upwelling and increase in the volumes of zooplankton in stations until the third zone. Also in the summer, when apparentily all continental shelf from north to south is invaded by warm waters, it is the south of Conceição that has beiter condi- tions to produce organic maiter. Possibly, this is due to fortuitous water displacement from the south of Chui originated by storms, hurricanes, etc. These fortuitous displacements seem to have little probability of going beyond Conceição. Then, at the north of Con- ceição, enrichment can take place apparently, only by upwelling of deep waters. Considering the volumes obtained at south and north of Conceição, it is verified that the largest and the smallest values of one zone do not correspond in time, with the other zones. Accor- ding to VANNUCCI (1962), this can be interpreted as one indica- tion of patchiness in the zooplankton distribution. ACKNOWLEDGEMENTS The author wishes to express his thanks to Dr. T. K. S. Bjornberg for con- tinued interest and advice. IHEPINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 65 REFERENCES BJORNBERG, T. K. S. (1963) — On the marine free-living copepods off Brazil. Bolm Inst. Oceanogr., São Paulo, v. 30, n. 1, p. 3-142. BOGOROV, V. G. (1958) — Perspectives in the study of seasonal changes of plankton and of number of generations at different latntudes. In Perspectives i7 Marine Biology, Buzzati-Traverso ed., p. 145-158. DEEVEY, G. B. (1956) — Oceanography of Long Island Sound, 1952-1954. V. Zcoplankton. Bull. Bingham oceanogr. Coll. — v. 15, p. 113-155. EMILSSON, |. (1961) — The shelf and coastal waters of southern Brazil. Bolm Inst. Oceanogr., São Paulo, v. 11, n. 2 p. 101-102. FOXTON, P. (1956) — The distribution of standing-crop of zooplankton in the southern ocean. ‘Discovery’ Rep. v. 28, p. 191-236. FRASER, J. H. (1961) — The oceanic and bathypelagic plankton of the North- East Atlantic. Mar. Res. Edinburgh, v. 4. MIRANDA, L. B. (1969) — Relatório sobre as condições oceanogräficas na plataforma continental do Rio Grande do Sul. Relatório “Programa RGS” (GEDIP — Instituto Oceanogrático — USP) POOLE, H. H. et al. (1929) —- Photo-eletric measurement of submarine illu- mination through ihe year. J. mar. biol. Ass. U.K., v. 16, n. 1, p. 297-324. PRADO, M. S. A. (1961) — Distribuição do Chaetognatha no Atlântico Sul Oci ental. Bolm Inst. Oceanogr., São Paulo, v. 11, n. 4, p. 15-49. SERV. HIDR. NAVAL (1968) — Datos y resultados de las Campanas “Pesque- ria”, Pesqueria IV, Mar del Plata. VANNUCCI, M. (1962) — Preliminary results on the study of the zooplankton standing stock off south Brazilian coast at 25º Lat. S. Contrib. Av., n. 3, p. 1-28. 66 MENEGHETTI, J. O. — Zooplankton from Southern Brazil — 1... 53° 522 Sin 50º Kg 48ºw EEE EE = EE = E == TENER EEE I, 2721 TORRES CAPAO DA CANOAS TRAMANDAI Sus CIDREIRA SOLIDÃO ae MOSTARDAS CONCEIÇÃO Elio SARITA FAROL VERGA ae ALBARDAO CHU] 34* RIO GRANDE | 354 Fig. 1 - Route of the six oceanographic cruises IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 57 53º 52º 1º 0º ge L3° W Se Re Eee ee ee) (EEE ne (EEE EEE ER 29º Ss TORRES$ CAPAO DA CANOAg TRAMANDAI q 30º CIDREIRA q - a SOLIDAO 312 MOSTARDA CONGEIFAO RIO GRANDE 32° SARITA = FAROL VERGA 4 33º 15 ALBARDAO 025 e CHUI ® aus e e 35 Fig. 2 - Distribution of zooplankton volumes (em3/m? ) - 1st cruise 68 MENEGHETTI, J. ©. — Zooplankton from Southern Brazil — 1... 30* 31° MOSTARDAS, CONCEIÇÃO RIO GRANDE selo 34º Fig. 3 - Distribufion of zooplankton volumes tem? ı m?) - 2nd cruise IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 69 53º 52º 51º 50º 43? 8 w = CAPAO DA CANOAS TRAMANDAI CIDREIRA SARITA FAROL VERGAS Fig 4 - Distribution of zooplankton volumes (em jm) - J3ré cruise 70 MENEGHETTI, J. ©. — Zooplankton from Southern Brazil — 1... 53º 52º 51º 50º .º cs w [Est NE EEE CEEE EEE EEE EEE een AUS CAPAO DA CANOA SOLIDAO f MOSTARDAS q CONCEIÇÃO q RIO GRANDE 4 SARITA FAROL VERGA É Fig. 5 - Distribution of zooplankton volumes tem’ Im?) - 4th enuise 30° il 32º 33º 34° 35° JHERINGIA —: Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 53º 528 51º 50º 49º SARITA CONCEIÇAO o RIO GRANDE N e e 05 05 | FAROL VERGAS * 19 02 ALBARDAO J o CHUI q 614 o Fig. 6 - Distribution of zoop!ankton MOSTARDAS 4 TORRES CAPAO DA CANOA TRAMANDAI CIDREIRAg 05 SOLIDÃO / o A. tem’Iim?) - 5th cruise volumes 71 48° W [ESSES EEE pessoa 30º Lao Use Gaio 72 MENEGHETTI, J. ©. — Zooplankton from Southern Brazil — 1... 53º Soa 51º 50º “9º 48° w = Beeme=ssale.)) 30° E) 32º 34° Fig. 7 - Distribution of’ zooplankton volumes tcm’ı m’) - 6th cruise sind US - quololsjdoa uoljouljxa pue »wWwnjoA Wojyueldooz u29MIag Uolel2uuod - g ld 73 4U219144909 UO!J2UIXI GT 000' 008'0 009'0 007'0 007'0 PO PR O nn nn nn 0 070 [ap] N o (ab) Oo o ® 090 ER SE So so (E ee E Er o a > .. (o) eos = Er (ab) E 00' = | (9,8) < Zi 071 [15] Oo Es) (0) (9) N | 08! < (O) zZ fia wu E 077 wnjoA uo}4ueIdooz ea) Le MENEGHETTI, J. O. — Zooplankton. from Southern Brazil 74 asindo U49 awnjoA uosyue|dooz 0001 008'0 4U912114909 4U9191}4909 0090 U99M494 UOlj2UI|X9 pue UC 42 |92JJ09 0070 UOIj2UXI 0070 - 6 dia 09'0 001 071 ogl 077 uojyue|dooZz awn[oA Een IHERINGIA Zoologia n. 43 | p. 75-90 | 13T. | Porto Alegre-RS | 4.11.1973 . MORFOLOGIA DO SISTEMA DIGESTIVO DAS ESPECIES DO GENERO Diplodon SPIX, 1827 DO RIO GUAÍBA, RIO GRANDE DO SUL. (Unionacea — Hyriidae)* Maria Cristina Dreher Mansur** RESUMO Descreve-se o sistema digestivo das espécies do gênero Diplodon SPIX, 1827 existentes ne Rio Guaíba e comparam-se não só as diferentes formas den- tro de cada espécie, mas também vários aspectos da morfologia externa da concha: forma, tamanho, cor, etc. Destacam-se todos os órgãos do canal ali- mentar, como também os órgãos de apreensão, seleção e expulsão: manto, aberturas inalante e exalante, brânquias e palpos labiais. Além disto compa- ram-se os dados com os descritos para a espécie Castalia undosa martensi (IHERING, 1891) (MANSUR, 1972). SUMMARY Digestive system of species of genus Diplodon SPIX, 1827 from Guaíba Ri- ver, Rio Grande do Sul State, Brazil, is described and compared among the species, considering the different devellopment stages and the shell morpholo- gical variability. Particular attention is given to the alimentary canal, as well as, to the organs involved in food collection, sorting and expulsion: mantle, inhalent and exhalent apertures, gills and labial palps. These data is also compared with the one refered to Castalia undosa martensi (IHERING, 1891) (MANSUR, 1972). INTRODUÇÃO Muitos autores coletaram, citaram, comentaram e descreveram as espécies de naiades do Guaíba. Para o gênero Diplodon SPIX, 1827, temos: MARTENS (1868) CLESSIN (1888); IHERING (1893); SIMPSON (1900, 1914); ORTMANN (1921); HAAS (1930, 1931, 1969); MORRETES (1949); MODELL 1950); BUCKUP & BUCKUP (1957); BONETTO (1961, 1964, 1965); ZILCH' (1957); PARODIZ (1968); MANSUR (1970); BONETTO & MANSUR (1970). Aceito para publicação em 14 de setembro de 1972 e realizado em parte com auxílio da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS) (n.º 172/70, Biológicas). Bolsista do Conselho Nacional de Pesquisas, Rio de Janeiro, GB (T.C. nº 8337/67), no Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais. 76 MANSUR, M. C. D. — Morfologia do sistema digestivo... Os autores ORTMANN (1921); BONETTO (1960, 1961, 1962, 1964, 1965); BONETTO & EZCURRA (1965) e PARODIZ & BONETTO (1963) dão, além das características da concha, algumas particu- laridades da morfologia do corpo do bivalve, posição da marsupia, gloquídio, etc. O presente trabalho é a primeira contribuição em estudos ana- tômicos para o gênero. Dissecaram-se exaustivamente espécimes adultos e idênticos para verificar a variação dentro de cada espécie e depois as Tor- mas jovens e intermediárias; a seguir, os lotes mistos com dife- rentes formas e variações morfológicas da concha, comparando- as entre si. Sendo o objetivo do presente trabalho a anatomia do sistema digestivo, deixaram-se para trabalhos futuros as correntes ciliares e demais observações fisiológicas in vivo. Os animais estudados foram fixados em formol e preservados em álcool 70%. Os lotes catalogados sob os números: 2372, 2555, 2904, 2925, 2927, 3157, 3207, 3208 e 3209, são de coletas recen- tes e pertencentes às coleções do M.R.C.N. DESCRIÇÃO Manto e aberturas. O manto é totalmente aberto inferiormente desde a extremida- de anterior do istmo até a extremidade posterior do mesmo, apre- sentando soldadura do lobo interno na altura do músculo adutor anterior e acima da abertura inalante e exalante. É diferenciado na altura da abertura inalante através de um engrossamento dos lobos internos e pela presença de tentáculos. Esta abertura não é soldada inferiormente como em Castalia undosa martensi (IHERING). Os tentáculos são também idênticos porém menos concentrados. Ge- ralmente estão presentes somente tentáculos internos e externos com pouca ocorrência de tentáculos medianos (fig. 1 e 2). Os ten- táculos bífidos ou ramificados não são tão frequentes como em C. undosa martensi, além disto não encontramos tubérculos, somente manchas e a mesma pigmentação de cor marrom escura na área das aberturas. A abertura inalante examinada nas diferentes espé- cies só varia de acordo com a altura da concha, sendo mais alon- gada dorso-ventralmente ou mais curta e com um número maior ou menor de tentáculos. A abertura exalante não apresenta particularidades e é idên- tica nas diferentes espécies (fi. 1 e 3). O ânus é circundado por uma membrana grossa que se projeta para fora. Em Diplodon SPIX, IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 77 1827 esta membrana é fendida anteriormente (raramente com fenda posterior ou fendas laterais). Em C. undosa martensi (IHERING, 1891) quase sempre há uma fenda posterior além da anterior e ainda um par de membranas reiangulóides anteriores ao ânus. Resumindo esta parte, repetem-se as palavras de ORTMANN (1921), reforçando a descrição dada para as aberturas das espé- cies de Diplodon SPIX e em especial para aquelas com ocorrência para o Guaíba, sendo a abertura anal (exalante) em forma de fres- ta, fechada acima. A parte fechada é aproximadamente quairo ve- zes o comprimento da abertura. Abertura anal mais curta que a branquial (inalante). As duas aberturas separadas por uma forte conexão do manto. Boca e palpos labiais A boca apresenta-se como uma fenda alargada, com lábios lisos inferiores e superiormente, que se continuam lateralmente nos palpos labiais. Estes acompanham a conformação geral do bivalve, isto é, as naiades com formas altas de contorno suboval ‚tipicamen- te D. fontaineanus var. deceptus SIMPSON (segundo BONETTO & MANSUR (1970) — D. delodontus wimanii (LEA) ) apresentam pal- pos labiais também com maior altura, soldados na base até a me- tade da linha dorsal como na espécie C. undosa martensi (IHERING) estudada anteriormente. Apresentam também um canal anterior um pouco mais estreito e menos longo que a espécie mencionada (fig. 4e 5). Na espécie alongada, escura, tipicamente D. hildae ORTMANN, 1921 (segundo BONETTO & MANSUR (1970) — D. (Rhipidodonta) charruanus ORBIGNY, 1835) ), os palpos labiais são alongados an- tero-posteriormente e soldados bem próximos a base até um ier- ço da linha dorsal (fig. 6 e 7). Esôfago e estômago O esôfago é bem achatado e afunilado, estreitando-se ao se aproximar do estômago. É estriado longitudinalmente. Estas estrias se interrompem visivelmente na entrada do estômago, formando um estreito sulco e não um bordo circular (ver PURCHON, 1958 : 490). O estômago se inicia quando acabam as largas e altas estrias do esôfago, que dão lugar a uma área estriada irregularmente ou rugosa que se abre gradativamente. A dobra anterior surge do meio desta área, às vezes mais para a frenie ou para trás ou mais para a direita. É muito mais larga e alta que em C. undosa martensi (IHERING). Também o sulco dorsal que acompanha a dobra ante- 78 MANSUR, M. C. D. — Morfologia do sistema digestivo... rior é mais profundo que na espécie mencionada. Ambos percorrem a parede dorsal do estômago indo entrar no ceco dorsal. Percorrendo também a parede dorsal, existe o sulco de regei- ção que vai dar no sulco intestinal. Contornando o sulco intestinal pelo lado esquerdo encontra- se a tiflossole maior que é alta e retorcida, não apresenta cone e pode terminar na boca da aberiura comum para os ductos dos di- vertículos digestivos do lado esquerdo (fig. 9, ACD»), ou penetrar bastante para o interior desta. Notou-se que geralmente nos espécimes pequenos a tiflossole maior não peneira nesta abertura ACD», terminando abruptamente na entrada desta, e que nos espécimes grandes e adultos, pene- tra quase até o fundo, afinando-se aos poucos. A abertura comum para os condutos dos divertículos digestivos ACD>, que é chamada por PURCHON (1968) de “ceco esquerdo” e por DINAMANI (1967) de “concentração das aberturas dos ductos dos divertículos digestivos”, não deixa de ser uma pequena bolsa onde se encontram várias aberturas (aproximadamente 4 ou 5) (fig. er TZ) Um pouco acima e anteriormente à abertura comum existe uma abertura isolada com um ducto com ramificação para a região anterior do estômago, que depois se bifurca para a esquerda (Fig. 9e 11). | Acima desta abertura isolada e da abertura comum ACD» existe um aprofundamento bem achatado dorso-ventralmente ou uma ex- pansão a esquerda, da parede do estômago; não apresenta aber- turas, mas simplesmente estrias, sendo mais uma área de seleção, em continuação lateral esquerda da entrada do estômago. Em Di- plodon esta expansão é bem funda, até encostar no ceco dorsal ou muitas vezes, este encobre boa parte desta expansão se olhar- mos o estômago dorsalmente. Em C. undosa martensi esta é bem menos profunda (fig. 9, EL). Ainda na parede esquerda do estômago, abaixo da entrada do ceco dorsal e escondido pelo escudo cristalino, encontra-se o bolso esquerdo, que não é profundo e apresenta várias aberturas dos ductos dos divertículos digestivos que se situam atrás do estômago e do lado esquerdo posterior. Abaixo da dobra anterior, na região anterior do chão do estô- mago encontra-se a abertura comum para os ductos dos diverti- culos digestivos do lado direito (fig. 9, ACDı) que se comunica com o sulco intestinal através de uma pequena área de seleção. Não iem quase aspecto de bolsa, porém de um conduto final. Esta abertu- ra comum apresenta duas grandes aberturas, uma para os ductos dos divertículos digestivos anteriores e a outra, cujo ducto desce IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 7% e se ramifica, para a direita do estömago. Aparecem mais duas aber- turas pequenas na ACDı. A tiflossole menor é muito notável em todos os espécimes exa- minados. Ela sai do lado direito da abertura comum do intestino e saco do estilete, vira para trás formando uma pequena superfi- cie plana em nível mais elevado e se continua (às vezes com uma pequena interrupção) para a frente, acompanhando o sulco intes- tinal pelo lado direito. Quando a tiflossole maior vira para a es- querda a tiflossole menor segue o lado oposto em direção as áreas de seleção que se situam do lado direito. Nos espécimes peque- nos ou jovens, a tiflossole menor simplesmente vira para o lado di- reito e termina logo adiante. Já nos grandes forma uma verdadeira espira (ver fig. 8 e 9). Também a invaginação da parede posterior do estômago é mui- to acentuada, sustenta o escudo cristalino e transforma-se em dobra ao penetrar no ceco dorsal, indo até o fundo deste. Também uma ponta da parte superior do escudo peneira no ceco dorsal escon- dendo-se debaixo desta dobra. O escudo cristalino é grande, opalecente, apresentando uma taça que sustenta o teto do estômago junio a entrada do ceco dor- sal; uma expansão que envolve boa parte da invaginação posterior da parede do estômago, desce e cobre o chão do mesmo entre a parede esquerda e o saco do estilete e vem para a frente até atin- gir a tiflossole maior. As áreas de seleção são muito grandes. A área de seleção posterior fica do lado direito em forma de duas bolsas: uma an- terior (fig. 9) e a outra posterior e inferior a primeira (fig. 10). Além disto toda a volta superior, posterior e dorsal do estômago é con- tornada por áreas de seleção até o ceco dorsal (fig. 8). O estilete cristalino é absorvido rapidamente e não se preser- va em animais fixados em formol e conservados no álcool. Intestino O intestino desce do chão do estômago pelo lado direito, ten- do ao seu lado esquerdo o saco do estilete separado da luz do intestino apenas pelas duas tiflossoles. A maior em baixo e a me- nor em cima ou mais a esquerda. O saco do estilete e as tiflos- soles acompanham o intestino até a região posterior do pé. Aí ele se volta para baixo e segue para a frente pelo lado esquerdo, faz um arco e volta para trás pelo lado direito até a metade da massa viceral e sobe um pouco. Em todo este trajeto médio o intestino é achatado, pregueado e não se percebem as tiflossoles (fig. 13). Na subespécie C. undosa mariensi (IHERING) também não apa- recem as tiilossoles nesta porção mediana. Interpretaram-se de 80 MANSUR, M. C. D. — Morfologia do sistema digestivo... modo errôneo os cortes efetuados nesta região (MANSUR, 1972 fig. 8). São as pregas da parede intestinal e não tiflossoles, o que ali foi indicado. Quando o intestino mediano sobe, faz ainda um pequeno arco para a frente, afinando. Em seguida o intestino se alarga muito e surge dorsalmente uma grande tiflossole que acompanha o intes- tino até o ânus. Esta porção posterior do intestino ou reto, faz um arco para trás, atravessa o ventrículo cardíaco, passa por cima do músculo adutor posterior, contornando-o e desce até o ânus junto -a aberiura exalante. CONCLUSÕES 1. Não se encontraram diferenças marcantes entre espécies, mas uma constância muito grande em todas as estruturas examina- das, com exceção dos palpos labiais. Considerando os palpos labiais e as diferenças encontradas no tamanho, forma, altura e cor da concha, separaram-se as naiades do gênero Diploden do Guaíba em dois grupos primários. No primeiro grupo ,com os palpos labiais soldados bem próximo a base até um terço da linha dorsal ‚enquadrou-se a espécie Diplodon (Rhipidodonta) charruanus (ORBIGNY) (fig. 6 . e 7). E no segundo grupo, com os palpos labiais soldados da base até a metade da linha dorsal, enquadraram-se as espécies Diplodon (Diplodon) rhombeus fontaineanus (WAGNER) e Diplo- don (Diplodon) delodontus wimanii (LEA) (fig. 4 e 5). Näo se pode provar atualmente se os dois tipos de palpos labiais são diferenças interespecíficas, subgenéricas ou apenas relacionadas às formas altas ou baixas dos bivalves. Através de trabalhos futuros, com anatomia comparada dos demais sistemas, considerando também a ecologia, as larvas e efetuando cruzamentos genéticos, abrangendo também uma área hidrográfica bem maior, será possível provar a constância destes valores e encontrar novas diferenças. .2. O tamanho do estômago é proporcional ao tamanho do animal e idêntico, quanto as estruturas internas, em todos os espécimes examinados. O estômago em Diplodon e Castalia é muito semelhante aos já descritos anteriormente por GRAHAM (1949) para Anodonta- cygnea (LINNAEUS); por PURCHON (1958) para A. cygnea (LINNAEUS) e Hyridella australis (LAMARCK); e por DINAMANI (1967) para Lamellidens corrianus (LEA), confirmando novamen- te a alta estabilidade da estrutura interna do estômago nos Unio- nacea, segundo referência dos autores acima citados. IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 81 3. Como diferenças internas entre Castalia e Diplodon do Guaíba podem-se citar: | Em Castalia: a. Abertura inalante fechada. b. Par de membranas retangulóides anteriores ao ânus. c. Expansão esquerda da parede do estômago curta. Em Diplodon: a. Abertura inalante aberta inferiormente. b. Ânus sem membranas retangulóides anterior- mente. c. Expansão esquerda da parede do estômago muito grande. ECOLOGIA Em qualquer coleta realizada no Guaíba, o gênero Diplodon está representado sempre com o maior número de espécimes. Realizaram-se coletas nas margens até um metro e meio de profundidade. São encontrados mais facilmente nas zonas onde pre- domina um solo de areia fina. Espécimes pequenos, principalmente representados por D. hildae ORTMANN, = D. charruanus (ORBIG- NY), são mais abundantes entre os juncos (Scirpus californicus (C. A. MEY) STEND), em águas rasas. Mesmo em época de seca com recuo das águas, encontraram-se espécimes de Diplodon com vida, aprofundados um pouco deniro do solo entre as raízes dos juncos, tendo água somente nos pequenos nichos onde viviam. Espécimes grandes abundam em zonas um pouco mais profundas, isto é, além de 80 cm de profundidade. As observações em vivo que se realizaram, são idênticas as realizadas e observadas na subespécie C. undosa martensi (IHE- RING, 1891), publicadas no trabalho anterior a este (MANSUR, 1972). Quanto a distensão dos tentáculos e bordo, temos a acrescentar que reagem rapidamente à diferença de luminosidade. Quando ex- postos a luz tanto natural como artificial, ao passar uma sombra ou apagar-se a luz, recolhem os tentáculos fechando as valves ra- pidamente e abrem em seguida, levando 30 a 40 segundos para voltarem à posição normal. AGRADECIMENTOS Ficam aqui expressos os agradecimentos ao Professor José Willibaldo Thomé por toda orientação e conselhos, bem como ao auxílio prestado na redação final do presente trabalho. Agradecemos também a Professora Jocélia Grazia Vieira, Diretora do Mu- seu Rio-Grandense de Ciências Naturais pela permissão dada ao uso dos la- boratório e aparelhagem necessária ao desenvolvimento deste trabalho. 82 ER MANSUR, M. C. D. — Morfologia do sistema digestivo... BIBLIOGRAFIA BONETTO, A. A. (1960) — Contribución al conocimiento de las giochidias del género Diplodon y su aplicación a los estudios sistemáticos. — Act. prim. Congr. sudamer. Zool., La Plata, v. 2, sec. 3, p. 43-59, est. 1. —— (1961) — Investigaciones acerca de las formas larvales en el género Diplodon y su aplicación a los estudios sistemáticos. — Direcc. Gal. rec. nat., Santa Fe, 48 p., 38 f. (Separata) —— (1962) — Notas sobre Diplodon charruanus (Orb.) y Diplodon rhuacoicus (Orb.). — Publ. Tec., Direcc. Gal. rec. nat., Santa Fe, n. 10, p. 35-44, f. 1-4. —— (1964) — Las especies cel género Diplodon (Moll. Unionacea) en los rios de la pendiente atlântica del Sur del Brasil. — Physis, B. Aires, v. 24, n. 68, p. 323-328. —— (1965) — Las especies del gênero Diplodon en el sistema hidrográfico del Rio de La Plata. — An. Il Congr. latino-americ. Zool., S. Paulo, v. 2, p. 37-54. BONETTO, A. A. & EZCURRA, I. (1965) — Estudio comparado de las formas. larvales de Mutelidae Ortmann y su significacion sistematica y zoogeografica. — An. Il Congr. latino-americ. Zool, S. Paulo, v. 2, p. 55-71. BONETTO, A. A. & MANSUR, M. C. D. (1970) — Las nayades de la cuenca del Guaiba. — Act. zool. lilloana, v. 27, p. 241-260, 3 f. BUCKUP, L. & BUCKUP, E. H. (1957) — Catálogo dos moluscos do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais. — lheringia, zool. n. 1, p. 1-40. CLESSIN, S. (1888) —- Binnenmollusken aus Suedbrasilien. — Malakozool. Bl. (NR), Ve O, jo 188-174, DINAMANI, P. (1967) — Variation in the stomach structure of the Bivalvia. — Malacologia, v. 5, n. 2, p. 225-268. 22 ff. FRANC, A. (1960) — Classe de Bivalves. In GRASSE, P. — Traité de Zoologie. | — Paris, Masson e Cie. Ed., v. 5, fasc. 2, p. 1845-2164. GRAHAM, A. (1948/49) -— The moluscan stomach. — Trans. R. Soc. Edinb., Vo Gil N. 8, [ 8/78 24 ii, 28 EN HAAS, F. (1930) —- Versuch einer kritischen Sichtung der suedamerikanischen. Najaden, haupsaechlich an Hand der Sammlung des Senckenberg-Museums. |. == Senckenbergiana, v. 12, n. 45, p. 1752195728 1 —— (1931) — Versuch einer kritischen Sichtung der suedamerikanischen Na- jaden, haupsaechlich and Hand der Sammlung des Senckenberg-Museums. Il. — Sensckenbergiana, v. 13, n. 1, p. 30-52, f. 24-32. —— (1969) — Das Tierreich. Berlim. Walter de Gruyter & Co. — Superfa- milia Unionacea. Lief. 88, p. x — 663. IHERING, H. von (1893) — Najaden von S. Paulo und die geographische Ver- breitung der Suesswasser-Faunen von Suedamerika. — Arch. Naturgesh., ano 59, v. 1, n. 1-3, p. 45-140, est. 3-4. MANSUR, M. C. D. (1970) — Lista dos moluscos bivalves das familias Hy- ridae e Mycetopodidae para o Estado do Rio Grande do Sul. — /heringia, Z00191n%3959283-95: —— (1972) — Morfologia do sistema digestivo de Castalia undosa martensi (Ihering, 1891) — (Bivalvia, Hyriidae) — /heringia, zool. n. 42, p. 20-29, 8 Tigs. MARTENS, E. von (1868) — Ueber suedbrasilianische Land und Suesswasser- mollusken. — Malakozool. Bl., v. 15, p. 169-217. x MODELL, H. (1950) —- Suedamerikanische Najaden der Gattungen Castalia, Schleschiella und Ecuadorea. — Arch. Molluskenk., v. 79, n. 4-6, p. 135-146, Este MORRETES, F. L. (1949) — Ensaio de catálogo dos Moluscos do Brasil. — Arch. Mus. paranaen., v. 7, p. 3-216. IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 83 ORTMANN, A. E. (1921) — South american naiades: A contribuition to the knowledge of the freshwater mussels of South America. — Mem. Carneg. Mus., v. 8 n. 3, p. 451-684, est. 34-48. PARODIZ, J. J. (1968) —- Annctated catalogue of the genus Diplodon (Unio- nacea — Hyriidae) — Sierkiana, n. 30, p. 1-22. PARODIZ, J. J. & BONETTO, A. A. (1963) — Taxonomy and zoogeographic relationships of the South American Naiades. (Pelecypoda: Unionacea and Mutelacea) — Malacologia, v. 1, n. 2, p. 179-213, 17 f. PURCHON, R. D. (1956) — A note on the biology of Matesia striata L. (La- mellipranchia) — Proc. zool. Soc. Lond., v. 126, p. 245-258. —— (1958) — The stomach in the Eulamellibranchia; Stomach type IV. — Firoio: Homo Soc Look, VW Us 9487-525: —— (1968) — The Biology or the Mollusca. 1.2 ed. Oxford, Ed. Kerkut. Per- gamon Press., v. 40, p. VII-XXV, 1-560, 185 f. SIMPSON, C. T. (1900) — Synopsis of the naiades or pearly fresh water mussels. — Proc. U. S. natn. Mus., v. 22, p. 1-22. —— (1914) — A descripiive catalogue of the naiades or pearly fresh-water mussels. Detroit. Bryant Walker ed. Part 3: (Diplodon), p. 1224-1312. ZILCH, A. (1967) — Die Typen und Typoide des Natur-Museums Senckenberg — 39: Moellusca, Unionacea. — Arch. Molluskenk., v. 97, n. 1-6, p. 45-154. ABREVIATURA DAS FIGURAS A — Änus. AB — Abertura branquial ou inalante. ACD, — Abertura comum para os ductos dos diverticulos digestivos do lado direito. ACDo — Abertura comum para os ductos dos divertículos digestivos do lado esquerdo anterior. AE — Abertura exalante. Al — Aberiura isolada acima da ACDs. AP — Área pigmentada. AS — Área de seleção. B — Boca. BAE -—- Bordo da abertura exalante. BE — Bolso esquerdo. CA — Canal anterior. CD — Ceco dorsal. D — Diaíragma. DA — Dobra anterior. DBE -- Demibrânquia externa. DBI -- Demibrânquia interna. E — Esôfago. EE — Escudo gástrico ER — Expansão lateral da parede do estômago. EST — Estômago. IA — Intestino anterior. IM — Intestino médio. LE — Lobo externo. LI — Lobo interno. LM — Lobo mediano. LUl -—- Luz do intestino. Manto. 84 PRECE MANSUR, M. C. D. — Morfologia do sistema digestivo... Músculo adutor posterior. Pé. Palpos labiais. Periostraco. Reto. Sulco dorsal. Saco do estilete. Sulco intestinal. Sulco de rejeição. Tiflossole maior. _ Tiflossole menor. Tentáculos. Tentáculo externo. Tentáculo interno. Válvula do ventrículo cardíaco. zmn ( ZZ M Zi = Fire, À ESTAMPA | FIG. 1 — Aberturas branquial e exalante — Retirou-se o manto do lado es- querdo. FIG. 2 — Corte transversal da abertura exalante. FIG. 3 — Corte transversal da abertura branquial. FIG. FIG. FIG. FIG. ESTAMPA II Palpos labiais do lado esquerdo soldados da base até a metade da linha dorsal. Contorno da espécie Diplodon delodontus wimanii (LEA) a qual cor- respondem os palpos da fig. 4. Contorno da espécies Diplodon charruanus (ORBIGNY) a qual cor- respondem os palpos da fig. 7. Palpos labiais do lado esquerdo soldados da base até um terço da linha dorsal. IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 87 [e 2mm Fig. 8 ESTAMPA III FIG. 8 — Vista interna dorsal do estômago. O teto do estômago está rebatido para a frente. 88 MANSUR, M. C. D. — Morfologia do sistema digestivo... ESTAMPA IV FIG. 9 — Vista do chão do estômago. FIG. 10 — Área de seleção aberta em forma de bolsa, situada posterior e in- feriormente a grande área de seleção representada na fig. 9. Cor- responde a seta AS superior da fig. 9. FIG. 11 — Detalhe da abertura isolada situada acima da ACDs. FIG. 12 — Detalhe da ACDs mostrando o fundo, com diversas aberturas dos divertículos e a T que penetra até a metade. MANSUR, M. C. D. — Morfologia do sistema digestivo... Me NT pio eg ARE, £ [4 =. És 2 267 2 5 é BEN E: | RE corte 4 corte 5 90 Lu) im Se x \ i corte 1 Imm Core corte 3 ESTAMPA V “FIG. 13 — Represtntação esquemática do intestino. Os números correspondem aos cortes efetuados nas posições das setas. IHERINGIA | Zoologia n. 48 | p. 91-99 | gt. | Porto Alegre-RS | 4.11.1973 | ! | NOVA ESPÉCIE DO GÊNERO Proceratophrys MIRANDA-RIBEIRO, 1920 DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL (ANURA, CERATOPHRYNIDAE)* Pedro Canisio Braun** RESUMO O autor descreve uma nova espécie de anfíbio, Proceratophrys cristinae sp. n. da família Ceratophrynidae, para o Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. SUMMARY The author describes a new specie of amphibian, Proceratophrys cristinae sp. n. of the family Ceratophrynicae from Rio Grande do Sul, Brasil. HISTORICO O gênero Proceratophrys foi criado por MIRANDA-RIBEIRO em 1920 para incluir a espécie Ceratophrys bigibbosa PETERS, 1872 descrita originariamente para o Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. O exemplar que serviu como tipo para a descrição da espécie se acha depositado no Museu de Berlin e, segundo BOULENGER (1886) é um macho e provavelmente adulto. GALLARDO (1961) citou-a para a Província de Misiones na Argentina. Recentemente foram coletados dois exemplares que se evidenciaram diferentes da espécie anteriormente citada e que de- ram origem ao presente trabalho. A nova espécie foi denominada Proceratophrys cristinae sp. n. numa homenagem do autor à sua esposa Cristina. MATERIAL E MÉTODOS Foram examinados dois exemplares procedentes do Estado do Rio Grande do Sul (RS), Brasil que estão depositados no Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais (MRCN). Os dados da coloração foram tomados ao vivo sendo que no líquido conservador ela sofreu alteração. A preparação do crânio e do ümero foi feita pela Naturalista Marta Elena Fabián. x Aceito para publicação em 26/03/73. Do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais, Porto Alegre. Bolsista do Conselho Nacional de Pesquisas, Rio de Janeiro. T.C. n.º 13636/71. ax 92 BRAUN, P. C. — Nova espécie do gênero Proceratophrys.... As medidas foram aferidas através de um paquímetro, do se- guinte modo: comprimento total do corpo, da ponta do focinho ao ânus; largura da cabeça, pela linha que vai de um ângulo da man- díbula ao outro; diâmetro ocular, na maior largura do olho; distân- cia do olho à narina, do bordo da narina à porção mais próxima do: olho; comprimento dos membros anteriores, da axila à ponta do dedo maior; comprimento dos membros posteriores, da articula- ção superior do fêmur à ponta do dedo maior; distância da narina a ponta do focinho, do bordo da narina à extremidade mais ante- rior do focinho; espaço interorbital, pela linha mais curta que liga os dois bordos dos olhos; dilatações ósseas pós-timpânicas, de uma extremidade à outra no sentido longitudinal; espaço entre as. dilatações ósseas pós-timpânicas, pela linha que liga as suas ex- tremidades anteriores. O exemplar escolhido como parátipo ficou algum tempo mal conservado, mas os dados de coloração foram colhidos em tempo. DESCRIÇÃO Morfologia: Cabeça grande, cuja largura pode ser incluída pouco mais de: duas vezes no comprimento do corpo. Comprimento da cabeça po- dendo constar cerca de três vezes no do corpo. Espaço interorbi- tal deprimido e maior que a largura da pálpebra superior. Ângulo da mandíbula bem saliente, tímpano indistinto e focinho arredon- dado. Olhos grandes com pupilas horizontais, dirigidos para a frente e maiores que a distância que os separa das narinas. Parte: superior da cabeça, na região pós-timpânica, com duas dilatações ósseas semelhantes à glândulas paratóides, medindo cerca de 5 mm cada uma e deixando entre si um espaço de 3 mm. Pálpebra supe- rior apresentando uma série de apêndices papilares pontudos, sen- do um deles pouco maior que os demais e de posição intermediá- ria. Não apresentam glândulas paratóides. A distância dos olhos a narina é bem menor que a distância da narina à ponta do fo- cinho. Diâmetro ocular igual à distância da narina à ponta do fo- cinho. A menor distância entre o olho e o bordo do lábio superior é igual à distância existente entre a narina e a ponta do focinho. Língua não muito grande. A região lateral da cabeça, acima dos ıabios superiores, se apresenta pouco deprimida e sem a presença de faixas irradiantes dos olhos aos lábios. Mãos dotadas de dedos finos, terminados em ponta, com intensa granulação na palma. Pri- meiro dedo igual ao segundo, menores que o terceiro e um pouco maiores que o quarto. Tubérculos carpais presentes, com tamanhos mais ou menos iguais. Tubérculos subarticulares bem nítidos. Pés com dedos finos e ligados entre si nas primeiras falanges. Planta ÄHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 93 do pé completamente granulosa. Tubérculo metatarsal interno bem mais visível que o externo. Cada dedo possuindo um conjunto de tubérculos pequenos, enfileirados em toda a extensão da parte in- ferior. Calcanhar não alcançando o ângulo da mandíbula. Aspecto da pele e coloração: A pele é totalmente granulosa. Na parte dorsal existem granu- lações de tanhos variados, destacando-se duas fileiras de granula- ções maiores que começam na altura da pálpebra superior e se dirigem para trás, afilando no meio do dorso, alargando-se em di- reção às saliências sacrais e daí convergindo para irás. Na parte ventral a granulação é muito regular não se distinguindo granulações maiores ou menores. É também muito intensa a granulação nos membros e na cabeça. Além das duas fileiras de granulações já referidas, existem na parte dorsal outras que se salientam das demais mas que não seguem uma organização definida. O exem- plar vivo apresentava uma coloração parda-anegrada bastante in- tensa. No álcool a coloração diminui de intensidade. No lado dor- sal a coloração é parda-anegrada em toda a extensão, notando-se uma mancha amarelada sobre cada espádua e algumas pequenas manchas amareladas próximas aos olhos. Podemos notar ainda uma faixa de cor clara que se estende de uma órbita à outra. Na parte ventral a coloração é parda quase negra na garganta, parda es- cura com manchas vermelhas, pequenas ou grandes, no peito e parda escura com grandes manchas vermelhas no ventre. Tanto os membros anteriores como os posteriores apresentavam-se salpica- dos de vermelho nas suas faces dorsais. Nas mãos e nos pés exis- tem manchas vermelhas bem mais avantajadas e que se salientam das pequenas manchas em forma de salpiques dos membros an- teriores e posteriores. Biometria: Comprimento total do corpo — 40 mm Largura da cabeça — 19 mm Diâmetro ocular — 39 mm Distância do olho à narina — 31 mm Comprimento dos membros anteriores — 22 mm Comprimento dos membros posteriores — 41 mm Distância da narina à ponta do focinho — 3,9 mm Comprimento da cabeça — 13 Espaco interorbital — 6 Pälpebra superior — 2 mm Dilatações ósseas pós-timpânicas — 5 Espaço entre as dilatações ósseas — 3 94 BRAUN, P. C. — Nova espécie do gênero Proceratophrys... Dentição: Dentes vomerinos presentes em dois grupos bem separados. convergindo acentuadamente para trás e situados na zona de jun- ção dos ossos palatinos e pré-vomer. Dentes pré-maxilares em nú- mero de 13 e maxilares em número de 36, com formas mais ou. menos retangulares, pontas obtusas e bastante pequenos. Variações: A descrição do parátipo ficou prejudicada pelo mau estado de conservação do exemplar. Baseado em dados colhidos quando da coleta do exemplar e em desenhos do mesmo feitos na ocasião, estabelecemos algumas comparações com o holótipo. Através des- sas comparações consitataram-se pequenas diferenças, tais como, coloração geral fracamente mais clara no parátipo e manchas ama- reladas da espádua bem mais intensas do que no holótipo. Holótipo: Linha Imperial, município de Nova Petrópolis, RS, MRCN 04650, coletado em 22 de dezembro de 1971 por Pedro Canisio Braun, Thales de Lema e Ilson José Borowski. Parátipo: Linha Imperial, município de Nova Petrópolis, RS, MRCN 04192, coletado em 10 de setembro de 1967 por José Willibaldo | Thomé. NOTAS BIOLÓGICAS Tanto o holótipo como o parátipo foram coletados sob peda- ços de madeira, sendo o primeiro capturado às 17 horas com uma temperatura ambiente de 10 graus cent,igrados, sob enorme tronco, no interior de uma serraria. A localidade de Linha Imperial, onde toram coletados, está situada na região serrana do Estado, sendo comum durante o inverno a queda de neve. Ao examinarmos o exemplar de número MRCN 04650, para verificarmos o seu conteú- do estomacal e o seu sexo, deparamos, dentro da cavidade celo- mática, com três exemplares de vermes Nematóides. Dentro do es- tômago, ocupando todo o seu interior, estava um coleóptero da família Scarabeidae, praticamente intato, que deve ter sido captu- rado pelo animal pouco antes de ser coletado. DISCUSSÃO E CONCLUSÕES A única espécie conhecida do gênero Proceratophrys MIRAN- DA-RIBEIRO era até o momento Proceratophrys bigibbosa (PETERS), IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 i 95 1872. O exemplar que serviu de tipo para essa espécie está depo- sitado no Museu de Berlin e foi coletado em matos da então Pro- víncia do Rio Grande do Sul, no século passado. A descrição desse: exemplar é bem feita no que tange a aspectos morfológicos, mas deixa a desejar em outros aspectos. Faltam, por exemplo, os dados relativos aos dentes maxilares e pré-maxilares, à estrutura craniana e outras estruturas do esqueleto. Sendo assim ,não nos foi possível fazer um estudo comparativo mais detalhado dos dados da nova espécie descrita, com os da existente anteriormente. No entanto, levando em consideração trabalhos publicados por REIG & LIME- SES (1963), pudemos estabelecer uma comparação entre os crä- nios e úmeros de Stombus boiei WIED, Chacophrys pierotti REIG & LIMESES e Ceratophrys ornata (BELL) com o crânio e o ümero de Proceratophrys cristinae sp. n. Dessa comparação concluímos que o gênero Proceraiophrys MIRANDA-RIBEIRO se aproxima muito do gênero Stombus GRAVENHORST. Proceratophrys cristinae sp. n. é perfeitamente diferenciável de Proceratophrys bigibbosa (PETERS), observando-se, entre outros, os seguintes caracteres: na nova espécie o espaço interorbital é muito mais largo que a pálpebra superior enquanto na outra é pouca coisa mais larga; na nova espécie a distância dos olhos à narina é bem menor que a distância da narina à ponta do focinho enquanto que na outra essas duas distâncias são iguais; na nova espécie, os den- tes vomerinos estão situados bem para trás das coanas na junção dos ossos palatinos e pré-vomer enquanto na outra estão situados. logo atrás das coanas; na nova espécie, a região lateral da cabeça, entre os lábios e os. olhos é de coloração uniforme enquanto na outra existem nessa região, faixas irradiantes de cor clara; na nova espécie, o primeiro e o segundo dedos são iguais enquanto na outra o primeiro dedo é mais curto que o segundo; na nova espécie, o calcanhar não atinge a orla posterior dos olhos enquanto na ou- tra, atinge; na nova espécie, a coloração é parda-anegrada, com grandes manchas de intensa coloração vermelha no abdomem e manchas vermelhas de tamanhos variáveis na altura do peito en- quanto na ouira a coloração do peito é fracamente amarelada e a do abdomem é mais foriemente amarelada ou marmorada. AGRADECIMENTOS Agradecemos ao Conselho Nacional de Pesquisas pela bolsa concedida; à Naturalista Marta Elena Fabián, que nos orientou no presente trabalho e que realizou a preparação do crânio e do úmero do parátipo da nova espécie: ao Naturalista Thales de Lema pelos ensinamentos e pelo entusiasmo que sempre nos incutiu ;ao pesquisador do MRCN Arno Antonio Lise, pela orientação pres- tada na parte de desenho; à colega Clélia Medaglia pela bibliografia consegui-- da; à colega Inga Veitenheimer, pelo precieso auxílio de tradução de artigos bi- 96 BRAUN, P. C. — Nova espécie do gênero Proceratophrys... bliográficos; às colegas Moema Daher Leitão, Marisa Ibarra Vieira, Maria Lucia Alves e Vania Kroeff pelo incentivo recebido; ao taxidermista llson José Bo- rowski, pelo grande auxílio prestado por ocasião da coleta do holótipo; enfim a todos que de uma maneira ou de outra concrreram para que pudéssemos levar a cabo esta tareia. BIBLIOGRAFIA BAUMANN, F. (1912) — Brasilianische Batrachier des Berner Naturhistorischen Museums, Zool. Jb., v. 33, p: 87-172. BOULENGER, G. A. (1882) — Catalogue of the Batrachia Salientia in the British Museum, British Museum, London, ed. 2, p. 222. —— (1886) — A Synopsis of the Reptiles and Batrachians of the Province Rio Grande do Sul, Brazil, Ann. Mag. nat. Hist., serie 5, v. 18, p. 440. h GALLARDO, J. M. (1961) — Anfíbios anuros de Misiones con la descripciön de una nueva especia de Crossodactylus, Neotropica, v. 2, n. 23, p. 33-38. HENSEL, R. F. (1867) — Beitrage zur Kenniniss der Wirbelthier Sudbrasiliens, Arch. Naiurgesch., v. 33, p. 121. MIRANDA-RIBEIRO, A. (1920) — Algumas considerações sobre o gênero Ce- ratophrys e suas espécies, Revta Mus. paul., v. 12, p. 103. —— (1926) — Noias para servirem ao estudo dos Gymnobatrachios (Anura) Brasileiros. Archos mus nac. Rio de J., v. 27, p. 129. NIEDEN, F. (1923) — Anura |. Subordo Aglossa und Phanerogiossa, Sectio | Arcifera., Das Tierreich, Lief. 46, p. 1-584. PETERS, W. (1872) — Ueber Cie von Spix in Brasilen gesammelten Batrachier des Konigl., Mber. di. Akad. Wiss. Berl., p. 204. REIG, O.A. & LIMENSES, C.E. (1963) — Un nuevo genero de anuros Cera- tofrinidos del distrito Chaquefo, Physis, v. 24, p. 113-128. IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 FIG. 1 FIGURA 1 — Vista dorsal do Holótipo 97 FIGURA 2 — Vista ventral do Holótipo FIGURA 3 — Vista da planta do pé do Holótipo FIGURA 4 — Vista da palma da mão do Holótipo FIGURA 5 — Face externa do úmero do Parátipo FIGURA 6 — Face ventral do úmero do Parátipo IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 Ss FIGURA 7 — Vista dorsal do cränio do Parätipo FIGURA 8 — Vista ventral do cränio do Parätipo IHERINGIA | Zoologia 20f. | Porto Alegre-RS | 4.11.1973 n. 43 | p. 100-125 ZOOPLANKTON FROM SOUTHERN BRAZIL-2. ITS COMPOSITION, DISTRIBUTION AND DENSITY IN SPACE AND TIME* João Oldair Menegheti** SUMMARY Densities, time and space distribution in continental shelf of southern Brazil (nearly 29°21’S io 330 44' 5) of the following groups were studied: Copepoda, Chaetognalha, medusae, Siphonophora, Thaliacea, Pteropoda, Amphipoda and other crustaceans. These groups were the most abundant in the samples. The samples were collected in six oceanographic cruises of the “Programa RGS” carried out by the “Instituto Oceanogräfico da Universidade de São Paulo” and “Grupo Executivo do Desenvolvimento da Indústria da Pesca” (GEDIP). RESUMO Estudaram-se as densidades e as distribuições no tempo e espaço dos se- guintes grupos de zooplâncton da plataforma continental do Rio Grande do Sul: Copepoda, Chaelognatha, medusas, Siphonophora, Thaliacea (Salpidae e Do- liolidae), Pieropoda, Amphipoda e outros crustáceos. Estes grupos zoológicos foram os mais abundantes nas amostras coletadas durante os seis cruzeiros oceanográficos do Programa RGS. Copépodos e que- tognatos foram grupos anuais porque ocorreram todo o ano. Anfipodos foi o gru- po invernal já que ocorreram em maiores densidades durante o inverno. Sifonó- foros, taliâceos e pterópodos foram os grupos estivais. Os anfípodos serviram como indicadores biológicos da maior iníluência de águas frias enquanto que os pterópodos, taliäceos e sifonóforos da maior influência de águas quentes. Todos os grupos importantes pela sua abundância foram holoplanctônicos. O meroplâncton foi menos numeroso, apesar de se ter trabalhado com zooplâncton nerítico. A variação estacional foi provavelmente devida a maior ou menor in- tensidade de reprodução dos grupos estudados e a invasão de organismos de outras águas sobre a plataíorma. O provável fator que determina a reprodução estacional das espécies é a temperatura. Altas densidades de taliáceos exclui- ram outros grupos de zoopläncton. INTRODUCTICN The area studied is limited by the Torres and the Chui latitudes (nearly 29021' S to 33044’ 8), from 7 nautic miles out to about the Aceito para publicação em 10/10/72. Biologista do Grupo Executivo do Desenvolvimento da Indústria da Pesca do Rio Grande do Sul (GEDIP). “rk IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 j 101 limits of the continental shelf (see figure 1 — MENEGHETTI, 1978, p. 66) The cruise always followed the track of figure 1 excepting the 6th cruise to which some stations were added. In this region no survey of the type here published was made before. It consisted in determining the standing stock of the total zooplankton and its variation in space and time with samples collected in fulfilment of the Rio Grande do Sul Program (carried out by Oceanographic Institute of São Paulo and Grupo Executivo do Desenvolvimento da Indústria da Pesca). The present work deals with the general com- position of the zooplankton, taking into consideration the most numerous and the time during which the oceanographic cruises were made. Only a few species were identified. The following groups were studied: Copepoda, Chaetognatha, Medusa, Siphonophora, Thaliacea (Salpidea and Doliolidae), Pteroponda and other crusta- ceans. MATERIAL AND METHODS Tne cruises took place at the following dates: April, 24 to 28, 1968 (Autumn) ist Oceanographic Cruise June, 21 to 30, 1968 (Winter) 2nd E é August, 16 to 27, 1968 (Winter) 3rd = ve October, 25 to November, 6, 1968 (Spring) 4th December, 4 to 14, 1968 (end of Spring) 5ih A March, 5 to 26, 1969 (end of Summer) 6th À A Hensen net was used with a 290u wide mesh, a 0,75m mouth diameter and an approximate length of 2,50m. A flow-meter was employed. The sampling was vertical. The maximum depih was 150m. The haul was always made from a greater depth than the scattering- layer. The depth of the haul should correspond at least to 70% of the local depth. As the track of the 6 cruises was the same, the sta- tions were always at about the same distance from the coast. Thus the stations more or less equidistant from the coast can be grouped into four zones parallel to the coast. The first zone is the area in which the stations nearest to the coast are situated and the: fourth is the one which includes those most distanily situated. In longitude the stations in the first ozne are about 7 n.m. distant from the coast; those of the second zone are 34 n.m. distant; those of the third zone are 61 n.m. away; and those of the fourih zone are 88 n.m. far from the coast. In latitude the stations of the first zone lie at about 31 n.m. distance from each to another. The density of each group was determined by the number of specimens per cubic meter, ex- 102 MENEGHETTI, J. O. — Zooplankton from Southern Brazil — 2... cepting amphipods and euphausids. The fragility of siphonophores is known. They are easily damaged by rubbing against the net and against other specimens. Therefore only the central parts of the co- ionies were counted as units. The low values obtained must be considered with care, because in reality a colony with several pre- dator specimens was counted as an individual. RESULTS a) Dominant groups of the zooplankton: There are two groups of the zooplankton which dominated du- ring the year of sampling: copepods and chaetognaths. They are. widely distributed in space and time. Other groups occurred in lar- ge numbers such as medusae, siphonophores, salps, doliolids and pteropods. Other groups also occurred abundanily, but their densities were not determined because this was not the scope of this work. For these the apparent volume was measured. Other crustaceans and amphipods were among the three groups which had the largesi volume. Copepoda (Fig. 2, 3, 4) They were found during the whole year in considerable densi- ties. But, during the predominance of chaetognaths, medusae, sipho- nophores, salps and doliolids, their densities were very low. Thus, during the cruise of April, June and August, the copepods were do- minant over all the other groups in nearly all the stations. From the October cruise onwards, their density diminished considerably, and was accentuated in the December cruise. During the March cruise it was again larger. Their spatial distribution was ample, both in longitude and in latitude, but the greatest values occurred in the first zone and there the greatest densities were more frequent. Chaetognatha (Fig. 5, 6, 7, 8, 9) They were widely distributed in latitude and longitude. They were the most abundant in the 3rd cruise, then in the 6th and in the 4th, and the smallest in cruises 2nd and 5th. The highest values occurred in the stations of the first zone, excepting in one station during the 3rd cruise, in the second zone. Larger densities occurred with greater frequency at south of Rio Grande. The amplitude of sa- linity and temperature in which they were found more abundantly is very large. Medusae (Fig. 10, 11, 12) The medusae occurred in greater abundance during the cruises of the warmest time of the year: (Spring, end of Spring and end of IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 103 Summer). In tnese cruises, they occurred preterentially in the sta- tions of the first zone. They were found in high salinities in interme- diate and high temperatures. The latitudes during the cruises where the greatest concentrations of medusae were found, varied. Liriope ietraphyla was the dominating medusa among the collected species and Proboscidactyla ornata came in second place. Siphonophora (Fig. 13, 14, 15) The densities are low relatively to other groups. The highest density occurred in the 4th cruise, at a station in the first zone, in the first radial. In the 6th cruise higher densities occurred, and in the 4th and 5th there were lower densities. Very. low densities were observed especially in the 2nd cruise and also in the 3rd. There were no characteristic distributions of siphonophores in latitude or in longitude. Bieropoaan (tig. 16, 17) They practically did not occur in the 2nd and 3rd cruises but when they were present, the densities were low. The highest den- sities occurred in the 5th and 6th cruises. In the 5th they were es- pecially dense in the 2nd and 6th radial. In the 6th cruise high den- sity was present in the second radial, second zone. The greatesi concentrations were observed at stations in which the temperature and the salinity were high, especially South of Conceição. Thaliacea (Fig. 18, 19, 20) They practically did not occur in the 2nd and 3rd cruises. Their densities rise from the 4th cruise, and are higher in the 5th and Gth cruises. In the 5th cruise they were present in very high densi- ties in 4 stations of the first, second and third zones. In the 6th cruise they occurred in 3 stations of the same zones. During this cruise the largest frequency of high numbers was found in the first zone. They were collected in high salinities and temperatures. When the salps and doliolids appeared in great densities the remaining groups of the zooplankton disappeared. Amphipoda Large enough volumes occurred especially in the August and October cruises and in one April and in two June stations. They were caugh in media temperatures and in relatively low salinities, and always in stations within the second and third zones, especially in the last mentioned. This may means that these animals are bene- fitted by the stronger mixture between coastal and oceanic waters which occurs in this area. The most abundant species was Parathe- misto sp. They were distributed in a zone where there is possibly influence of water which comes from the south, and of which the 104 MENEGHETTI, J. O. — Zooplankton from Southern Brazil — 2... species is an indicator. From the 14 stations, where the volumes were large, 12 are at the south of Rio Grande and only 2 from the June cruise are situated at north of the same. Other Crustaceans They occurred with large volumes in the hauls made during the cold months, June especially, and then in August and October. The amplitude of temperature and salinity in which they occurred was wide (13º to 25º C and 32,4% to 36,3%. respectively). They were present both in the north and in the south of the area. They seem to follow a diurnal ryihm of concentration because they were only caught at night in large enough volumes. DISCUSSION All the abundant zooplankion groups were holoplanktonic, al- though the catches were in the neritic zone. The meroplankton was not very abundant. Thus, the variation in seasonal abundance was not caused by the meroplankion, but by the variation in the epoch of the maxima reproduction of the groups studied, plus the invasion of organisms from other waters, which altered the biocoenosis pre- sent in the area and caused a readjustment of the equilibrium among its components. An example is the invasion of the salps into the coastal region. Temperature is a possible factor, -responsible for the seasonal reproduction of the species and for the fluctuation of the zooplankton. From the data it may be noticed that there are several organisms characteristics of coastal and shelf waters, such as several species of copepods, chaetognaths and other crustaceans. There are others such as salps, doliolids, peteropods and siphonophores which pe- netrate at other times, ihe areas ocupied by the just mentioned wa- ters, in infiltrating waters of more oceanic influence. Unexpectedly ine physico-chemical conditions of the column of water in the sta- tions nearest to the coast were extremely homogeneous during the cruises. Thus, the salps, doliolids, and pteropods which came into this region found better conditions, probably in a less mature envi- ronment than the oceanic and multiplied exceedingly. There are groups which can be used as biological indicators to give an idea of the gross hydrography of the region. Even without identifying the species of pteropods, thaliacea and siphonophores, but verifying the environment's parameters it can be supposed that the species which occur in great densities and are the majority of these groups characterize warm waters (RAYMONT, 1963; HYMAN, 1968; FURNESTIN, 1966; RUSSEL, 1939). Thus, they can be used as IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 105 indicators of the infiltration into the continental shelf of water with oceanic origin. Care must be taken to consider only species with high den- sities because of the question raised by EKMAN (1953) that an ani- mal only lives in high densities in environments with its preferred parameters, since it may be carried alive during many miles away from its normal habitat. In this case it cannot reproduce. It is in an expatriation area (MARGALEF, 1967). The distribuitions of greater densities of salps and doliolids show an increase in the penetration of waters of higher salinities and tem- peratures nearer to the coast at the south from the 5th to the 6th cruise. The same was observed for the pteropods. In the 5th cruise it seems that the invasion of waters of oceanic origin over the con- tinental shelf was in the form of two tongues at south of Conceição. in the 6th this penetration was compact, reaching the stations of the first zone from the south of Rio Grande to the south of Albardão. Parathemisto contained the most abundant species amphipods in our samples. It is an indicator of cold waters (MACKINTOSH, 1934 and RAYMONT, 1963). lt can be observed that there were anual groups of zooplankton, present all year round; others, which could be called winter forms, which were most numerous in the cruises during the colder months of the year; and the summer forms which occurred mainly in the warmer time of the year. The anual forms was composed of cope- nods and chaetognaths; the winter forms was represented by am- phipods; the summer forms were the siphonophores, the salps, the doliolids and the pteropods. As we can notice there was a succession of the predominant groups of zooplankton. When high densities of salps and doliolids occurred, the re- maining groups, of ihe zooplankton were present only in small den- sities or disappeared. Three could be the causes, which summed up, might determine this phenomenon: 1 — with the invasion of the waters of oceanic origin over the con- tinental shelf, there would be an impoverishment of the area; 2 — salps and doliolids would consume the phytoplankton to such an extent that its standing stock would be lowered. So the remaining organisms of the zooplankton would have nothing to eat directly (herbivorous) or indirectly (carnivorous animals); 3 — the large concentrations of salps and doliolids could act as physical repellents (FRASER, 1961). Though the two first causes may influence the phenomenon, it is more probable that this last one is the most important, as can be verified in the distributions of the various groups during different times of the year. 106 MENEGHETTI, J. O. — Zooplankton from Southern Brazil — 2... ACKNOWLEDGEMENTS The author wishes to express his thanks to Dr. Tagea Björnberg who offered valuable criticism. REFERENCES EKMAN, S. (1953) — Zoogeography of the Sea. — London, Sidgwick and Jackson, 417 p. E FRASER, J. H. (1961) — The oceanic and bathypelagic plankton of North- East Atlantic and its possible significance to fisheries. — Mar. Res. n. 4, p. 1-48. FURNESTIN, M. L. (1966) — Le plankton indicaeur hydrobiologique. — Revue Trav. Inst. P&ch. marit., v. 30, n. 1/2, p. 119-142. É HYMAN. L. B. (1968) — The Invertebrates: Mollusca VII. New York, McGraw Hill, 792 p. MACKINTOSH, N. A. (1934) — Distribution of macroplankton in the Atlantic sector of the Antartic. — Discovery Rep., v. 9, p. 67-159. MARGALEF, R. (1967) — Ecologia Marina. — Caracas, Fundación La Salle de Ciencias Naturales. MENEGHETTI, J. O. (1973) — Zooplankton from southern Brazil — 1. Quan- titative aspects. /heringia, ser. zool., n. 43, p. 60-74, 9 f. RAYMONT, J. F. G. (1963) — Plankton and Productivity in the Oceans. — Oxford, Pergamon Press, 660 p. RUSSEL, F. S. (1939) — Hydrological and biological conditions in the North Sea as indicated by plankton organisms. J. Cons. int. Explor. Mer, v. 14, n. 2, p. 171-192. IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 107 DISTRIBUTION IN LATITUDE AND LONGITUDE OF THE DENSITIES OF Copepoda 1st OGEANOGRAPHIC CRUISE DIRECTION: SOUTH—— NORTH [& E 20 000] EGEND O 1 st radial © 2 nd 120007 sE3äud os o) 925 th me th 16 0004 e 7 th v ash 5 Os th É e 10 th 14 090. on th o = 5 3 > a = 12 000 5 > > 5 E | 10 000, Ss E Mn 2- = 8 0901 Fig. 2 Zones Number of Individuals / cuble 108 a [= a o =) =) 4 000 MENEGHETTI, J. O. — Zooplankton from Southern Brazil — 2... DISTRIBUTION IN LATITUDE AND LONGITUDE OF THE DENSITIES OF Copepoda 2 nd OCEANOGRAPHIC CRUISE DIRECTICN: SOUTH —>NORTH “1 ost radial nd - Lose - 20 ou war 3 Zones IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 109 DISTRIBUTION IN LATITUDE AND LONGITUDE OF THE DENSITIES OF Copepoda 3rd OCEANOGRAPHIC CRUISE DIRECTION: SOUTH NORTH LEGEND 26000) O 1 st radial o 2 nd - 18 000 2 e3ra . SO «th o sth Do 6 th 16000 o 7 th < sa th 2 oO! th E Gio th e 14000 Sm th I E z Fig. 4 Zones 110 MENEGHETTI, J. ©. — Zooplankton from Southern Brazil — 2... DISTRIBUTION IN LATITUDE AND LONGITUDE OF THE DENSITIES OF Chaetognatha 2nd OCEANOGRAPHIC CRUISE DIRECTION: SOUTH — NORTH 2000 LEGEND o 1 st radial 1500 O 2 nd = 73 rd 9 94 th 95 th ado me th 2 7 th E w a3 th E 2 O 3 th = o ao th 3 on th SL = 1200 ” 1000 E > 800 600 oO 200 = 9 s 0) 14 2 nd 3 nd sth Fig. 5 Zones IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 111 DISTRIBUTION IN LATITUDE AND LONGITUDE OF THE DENSITIES OF Chaetognatha 3 rd OCEANOGRAPHIC CRUISE DIRECTION: SOUTH — NORTH O 5133 E E 5437 65366 93337 723107 @ 2518 LEGEND 2000 ; ei st radial O)2 indi Ea v3 rd - «cam Dc th = 95 th es th e7 nm _ 1500 = Gan lanttho o = Os th “ = E earth = & sum - 1200 1200 Ss Number of: Individuals / cubis Fig 6 Zones 112 MENEGHETTI, J. ©. — Zooplankton from Southern Brazil — 2... DISTRIBUTION IN LATITUDE AND LONGITUDE OF THE DENSITIES OF Chaetognafha 41h OCEANOGRAPHIG CRUISE DIRECTION: SOUTH —>NORTH 95518 G 3385 O a287 LEGEND 2000 6 1 si radial o 2 nd a v 3 rd > 1800 ELO hip (e 25 1d e mem E Ih a e 71h - 1.00 = sh - e 2 © 9 1h - E ; On ud ö E D% 4h - o o] N) a Ö ne 2 a $ 3 3 > 5 E 7 1000 7 E A e 2 : E 8 > 800 z 3 = 600 % .00 e = = Ca 200 = Vo) 8 0 [AUTO =——, cr EEE CE DE eg Te nn I Ist 2nd Ind “th IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 113 A ae I ne Na an EINEN SS sie N. u... MO, 2000 1800 1600 1400 1200 1000 Number of Individuals / cubic meter DISTRIBUTION IN LATITUDE AND LONGITUDE OF THE DENSITIES OF Chaetognatha 5 th OCEANOGRAPHIC CRUISE DIRECTION: SOUTH—— NORTH O 4579 LEGEND: 1 st radial 2 nd . 3 rd 4 ih 5 th o 8 th 7 th 81h 9 th o th 1h Dead po polsos 114 MENEGHETTI, J. O. — Zooplankton from Southern Brazil — 2... DISTRIBUTION IN LATITUDE AND LONGITUDE OF THE DENSITIES OF Chaetognatha 6 th OCEANOGRAPHIC CRUISE DIREGTION: SOUTH —— NORTH 9 6264 Ca 4807 & 3295 O 281% O 2646 LEGEND 20007 ! O 1 st radial o 2 nd E v 3 rd 1800 4 O“ th 95 th 6 th S o 7 th 1500 Ge O 9 th Gio th > Ou th E 1400 z = => 00H E 1000 PS 5 800 = o 600 100 O] 200 o 8 4 q —— [>>> ———————————— Ist 2nd Ird un Fıg. 9 Zones IHERINGIA — Zoologia, n.:-43 — 4 de novembro de 1973 115 DISTRIBUTION IN LATITUDE AND LONGITUDE OF THE DENSITIES OF Medusae 4 th OCEANOGRAPHIC CRUISE DIRECTION: SOUTH— NORTH LEGEND: zono | , list radıal | o 2 nd v 3 nd 1209 D é 1h e 5 1h | em 6 th H o 7 th 1600 4 e 8 th Os th cl Clos 5 Su th = 1400 E |] ==. E 1250 + = 19004 e | 4 5 8007 6004 «004 õ = q eu — Es e so — o 5% 0 I; Ist and 3ré «th Fig. 10 Zones 116 MENEGHETTI, J. O. — Zooplankton from Southern Brazil — 2... DISTRIBUTION IN LATITUDE AND LONGITUDE Or THE DENSITIES OF Medusae 5 th OCEANOGRAPHIC CRUISE DIRECTION: SOUTH—— NORTH 03235 0 2813 f LEGEND: 2090 O ı1 si radial o 2 nd E v3 rd 1800 O é lh 25 th E th o 7h 1500 ssh e > 9 lh Es @ 10 th E sn th o 1400 a E E > 2 1200 = 5 E = 1000 Ss € 5 5 E 2 800 500 ® 400 200 ® ® | ES - ER PERES EB er RE 1st 2nd 3 rd sth Fig.11 Zone» IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 117 DISTRIBUTION IN LATITUDE AND LONGITUDE OF THE DENSITIES OF Medusae 6 th OCEANOGRAPHIC CRUISE DIRECTION: SOUTH=-> NORTH ; LEGEND 2599 e 1 st radial © 2 nd = v 3 rd 18094 ce) 4 th 2 5 th E th 9 7 th er ca Bh O 9 1h e 0 pd © an th um I nn E 1000) É 800 > 80 | “ % 600 9) “004 o (em) 200 é 9 Es 9.3 os 0 q — q ço fg Vet 2nd 3 rd “th 118 MENEGHETTI, J. O. — Zooplankton from Southern Brazil — om DISTRIBUTION IN LATITUDE AND LONGITUDE OF THE DENSITIES OF Siphonophora 4th OCEANOGRAPHIC CRUISE DIRECTION: SOUTK——- NORTH LEGEND: 2000 O 1 st radial o 2 nd 73 ed Te90 oQO%& th 95 th e ft th o 7 th 1630 = 0 th pá Os th E Gio th E OW th o 1400 ns =1200 É ooo E z 200 800 “tu 206 © [al fa) 'g u TERRAIN EL... SOLLE ORLA ETR OSS DN GERNE Aos Ist 2nd Irá «Mm Fig. 13 Zonas IHERINGIA — Zoologia, n.. 43 — 4 de novembro de 1973 119 DISTRIBUTION IN LATITUDE AND LONGITUDE OF THE DENSITIES OF Siphonophora 5 th OCEANOGRAPHIC CRUISE DIRECTION: SOUTH — NORTH LEGEND: 209 O 1st radia? O 2 nd 93 rd 1850 O4 th Os th a6 th 27 1h 1500 as c Os Ih = “10 th E OW th 01400 2 > 31200 > 21000 E 3 800 Fig. 14 Zones 120 MENEGHETTI, J. O. — Zooplankton from Southern Brazil — 2... DISTRIBUTION IN LATITUDE AND LONGITUDE OF THE DENSITIES OF Siphonophora 6 th OCEANOGRAPHIC CRUISE DIRECTION: SOUTH —— NORTH LEGEND: Tst radial 2 nd - 3 rd “th 5 th E ih 7 th e th x Os th = 10 th - on m Number of Individuais / cubia meter Fig. 15 Zone» IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 121 DISTRIBUTION IN LATITUDE AND LONGITUDE OF THE DENSIMES OF Pleropoda 5 th OCEANOGRAPHIC CRUISE DIRECTION: SOUTH— NORTH LEGEND 6) st racial t 60 n = o o o o o o Number af individuals / cubic meter Fig 16 Zenes 122 MENEGHETTI, J. O: —.Zooplankton from Southern Brazil — 2...: DISTRIBUTION IN LATITUDE AND LONGITUDE .OF THE DENSITIES OF Pteropoda 6th OCEANOGRAPHIC CRUISE. DIRECTION: SOUTH — NORTH Qn LEGEND: 2 009 o 1 st radial o 2 nd = vara - 1800 Está D Gs th me th. - 7h - 1600 Do th N Os m - > sion € on th ‚2 1400 I = 1200 É rogo E z Fig.17 Zonas IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 123 o e os SC Lt DISTRIBUTION IN LATITUDE AND LONGITUDE OF THE DENSITIES OF Thaliacea 4th OCEANOGRAPHIC CRUISE DIRECTION: SOUTH— NORTH LEGEND: si radial ge820g9oe z Dao SS 3 14004 - 1230 1000 Number of Individuals / cubic merer so “ 90: (o) a) = . O ev ee "as 138 ınd 3rd “th 124 MENEGHETTI, J. O. — Zooplankton from Southern Brazil -— 2... DISTRIBUTION IN LATITUDE AND LONGITUDE OF THE DENSITIES OF Thaliacea 5th OCEANOGRAPHIC CRUISE DIRECTION: SOUTH— NORTH can LEGEND: - 1 st radial 2 nd 3 pd 4h 5 lh em 27 h ss mo O3 th 1 dh on th Number of Individuals / cubie meter IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 . / cubic meter Number ef individuals 8004 125 DISTRIBUTION IN LATITUDE AND LONGITUDE OF THE DENSITIES OF Thaliacea OCE ANOGRAPHIC CRUISE DIRECTION: SOUTH > NORTH -EGEND: st radial nd rd th th tn th th th th th 57 van ur A RIR 126 Lista das publicações do M.R.C.N. PUBLICAÇÕES DO “MUSEU RIO-GRANDENSE DE CIÊNCIAS NATURAIS” “IHERINGIA” Serie ANTROPOLOGIA N.º 1 — (1969) — com dois artigos, 116 p.: — BROCHADO, J. J. J. P. — “Histórico das pesquisas arqueológicas no Estado do Rio Grande do Sul”. — p. 3-32, 1 f.; — MILLER, E. T. — “Resultados preliminares das escavações no sítio pré-cerâmico RS-LN-1: Cerrito Dalpiaz (abrigo-sob-rocha)”. — p. Alea MZ li UPAS) tolas 2 — (1972) — com dois artigos, 64 p.: — RIBEIRO, P. A. M. — “Peiróglifos do Sítio RS-T 14: Morro do So- brado, Montenegro — RS — Brasil”. — p. 3-14,.3 f.; — RIBEIRO, P. A. M. — “Sítio RS-C 14: Bom Jesus Velho (abrigo sob rocha) — Nota prévia”. — p. 15-58, 16 f., 4 quadros. Série BOTÂNICA N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º 1 — RAMBO, Pe. B. (S. J.) — (1958) — “Asclepiadaceae Rio-granden- ses”. — 58 p.; à — RICK, Pe. J. (S. J.) — (1958) — “Basidiomycetes Eubasidii in Rio Grande do Sul, Brasilia: 1. Auriculariaceae, Sirobasidiaceae, Tremella- ceae, Dacryomycetaceae”’. — 56 p., 1 est.; 3 — RAMBO, Pe. B. (S. J.) — (1959) — “Aponynaceae Riograndenses” — 24 p.; 4 — RICK, Pe. J. (S. J.) — (1959) — “Basidiomycetes Eubasidii in Rio Grande do Sul, Brasília: 2. Thelephoraceae” — p. 57-124; 3 — RICK, Pe. J. (8. J.) — (1959) — “Basidiomyceies: Eubasidi im Rio Grande do Sul, Brasilia: 3. Hypochnaceae, Clavariaceae, Craterellaceae, Hydnaceae”. — p. 125-192; 6 — RAMBO, Pe. B. (S. J.) — (1960) — “Bignoneaceae Riograndenses”. — 26 p.; 7 — RICK, Pe. J. (S. J.) — (1960) — “Basidiomycetes Eubasidii in Rio Grande do Sul, Brasilia 4. Meruliaceae, Polyporaceae, Botelaceae”. — p. 193-296; 8 — RICK, Pe. J. (S. J.) — (1961) — “Basidiomycetes Eubasidii in Rio Grande do Sul, Brasília: 5. Agaricaceas”. — p. 297-450; 9 — RICK, Pe. J. (S. J.) — (1961) — “Basidiomycetes Eubasidii in Rio Grande do Sul, Brasília: 6. Melanogastraceae, Calostomataceae, Hy- menogastraceae, Hysterangiaceae, Sclerodermataceae, Tulostomataceae. Lycoperdaceae, Geastraceae, Phallaceae, Clathraceae, Nidulariaceae”. — p. 451-480; 10 — CERONI, Z. da S. V. — (1962) — “Média anual de transpiração no Eucalyptus rostrata e suas relações com o meio através do método “Cut-leaf”. — 28 p., 1 f, 11 gráficos; 11 — RICK, Pe. J. (S. J.) — (1963) — “Basidiomycetes Eubasidii in Rio Grande do Sul, Brasilia: INDEX”. — 32 p. 1 errata; 12 — RAMBO, Pe. B. (S. J.) — (1964) — “Acanthaceae Riograndenses”. — 36 p.; 13 — RAMBO, Pe. B. (S. J.) — (1965) — “Orchidaceae Riograndenses”. — 96 p. IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 127 NO 14 — DR Rose Nº 17 — NGS — (1970) — com 4 artigos ‚58 p.: CERONI, Z. S. V. — “Relaçeôs entre água periférica e central em troncos de Eucalyptus” — p. 3-18, 1 f; CERONI, Z. S. V. — “Hipóteses sobre a hiperacidez do mel de certa apicultura de Santa Cruz do Sul”. — p. 19-22. FERREIRA, A. G. — “Flora da praia de Belas, Porto Alegre”. — p. 23-44, 7 1; VIANNA, E. C. — “Marchantiales e Anthocerotales coletadas no Rio Grande do Sul”. — p. 45-54. (1971) — com quatro artigos, 90 p.: VIANNA, E. C. — “Considerações sobre algumas hepáticas de Gra- mado, Rio Grande do Sul, Brasil”. — p. 3-18, 4 est. SCHULTZ, A. R. H. & PORTO, M. L. — “Nota prévia sobre levanta- mento florístico de quatro regiões naturais do Rio Grande do Sul”. — p. 19-48, 1 f. VIANNA, F. M. S. & IRGANG, B. E. — “Levantamento do número cromossômico em espécies do gênero Eryngium L. (Umbelliferae) no Rio Grande do Sul, I”. — p. 49-52, 1 tam.. CÖRTE-REAL, M. & AGUIAR, L. W. — “Diatomáceas da ilha de Santa Catarina e regiões vizinhas: |. Baía Norte e Palhoça”. — p. 53-74, auto 2 tab. (1972) — com três artigos, 64 p.: BAPTISTA, L. R. M. & IRGANG, B. E. — “Nota sobre a composição florística de uma comunidade florestal dos arredores de Porto Alegre”. — p. 3-8; FLORES, F. E. V. — “Lista dos gêneros de Chlorophyta de um lago artificial de Porto Alegre, RS — Brasil”. — p. 9-14, 1 f. CÖRTE-REAL, M. & AGUIAR, L. W. — “Diatomáceas do arroio Dilú- vio, Porto Alegre, RS, com referência às espécies de interesse sani- tário e poluição”. — p. 15-54, 2 f.. (1973) — com sete artigos p. : LORSCHEITTER, M. L. — “Hepáticas foliosas primitivas, novas para o Rio Grande do Sul, Brasil”. — p. 3-17, 24 f.; AGUIAR, L. W. & CÓRTE-REAL, M. — “Sobre uma floração de As- terionella japonica CLEVE (1878) na costa do Rio Grande do Sul.” — p. 18-27. SOARES, Z. F. — “Nota sobre as Boraginaceas da região de Porto Alegre e arredores” — p. 28-33. FALCÃO, J. I. DE A. — “Contribuição ao estudo das Convolvulaceae do Rio Grande do Sul, Brasil” — p. 34-55, 8 f.; BICUDO, C. E. M., CÖRTE-REAL, M. & MARTAU, L. — “Catálogo das algas de águas continentais do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil”: | — Bacillariophyceae. p. 56-68, 1 ft; CÖRTE-REAL, M. & CALLEGARO, V. L. M. — “Catálogo das Bacillario- phyceae da costa do Rio Grande do Sul, Brasil" — p. 69-79, 1 1.; IZQUIERDO, J. M. N. & ESTRELLA, V. M. A. — Paracoccidioides bra- siliensis (Fungi Imperfecti) em morcegos no Rio Grande do Sul, Brasil — p. 80-85, 1 f.. (1973) — com onze artigos, 110 p.: VIANNA, E. C. & LORSCHEITTER, M. L. — “Lista preliminar dos gê- neros de Hepáticas coletadas no Rio Grande do Sul.” — p. 5-14. BAPTISTA, L. R. M. — “Lista dos gêneros de algas marinhas macros- cópicas encontradas em Torres (RS)” — p. 15-26, 2 f. 128 Lista das publicações do M.R.C.N. — VIANNA, E. C. — “Observações sobre o desenvolvimento morfológico do esporófito de Regnellidium diphyllum LINDM. (Hydropteridineae)' — p. 27-37, 14 f. — GIRARDI, A. M. M. — “Contribuição ao estudo da venacäo e anato- mia foliar das Meliaceas do Rio Grande do Sul: I. Guarea lessoniana JUSS. (cambeatá)” — p. 38-47, 12 f. — OLIVEIRA, P. L. de — “Espécies do gênero Radula DUMORTIER ocor- rentes no Rio Grande do Sul, Brasil (Hepáticas)" — p. 48-53, 8 f. — VALLS, J. F. M. — “Notas sobre gramíneas do Rio Grande do Sul, Brasil: I. Citações novas para a flora sul-rio-grandense e relação das tribos e gêneros com ocorrência confirmada” — p. 54-63. — PORTO, M. L. — “Contribuição ao conhecimento dos gêneros sul-rio- grandenses de Cucurbitaceae.” — p. 64-75. —- IRGANG, B. E. — “Lista preliminar das espécies do gênero Eryngium. L. (Umbelliferae) encontradas no Estado do Rio Grande do Sul.” — p. 76-79. — HOMRICH, M. H. — “Nota sobre Myriostoma colitforme DESVAUX (Ly- coperdaceae).” — p. 80-89, 3 f. — VASCONCELLOS, J. M. O. — “Estudo dos gêneros de Amaranthaceae do Rio Grande do Sul.” — p. 90-98, 15 f. — CERONI, Z. S. V. — “Lista dos gêneros de Caryophyllaceae do Rio Grande do Sul — Ejs " — p. 98-103, 1 tab. Série GEOLOGIA Nº 1 — (1967) — com dois artigos, 90 p.: — PINTO, |. D. & CLOSS, D. — “Índice remissivo dos fósseis do Rio Grande do Sul”. — p. 3-76, 6 f.; — MARTINS, L. R. & GAMERMANN, N. — “Contribuição à sedimentolo- gia da lagoa dos Patos. — Ill: Granulometria da zona norte e média”. — p. 77-86, 3 f.; Ni 2 — (1969) — comltrês amigos; 69 pi: — BIANCHI, L. A. — “Bancos de Ostreideos pleistocênicos da planície costeira do Rio Grande do Sul”. — p. 3-40, 6 f., 4 est; — MARTINS, L. R. & EICHLER, B. B. & PODOLSKY, V. M. — “Proprie- dades texturais dos sedimentos litorâneos de Santa Catarina. |. Areias de praia, trecho Mampituba-Araranguá”. — p. 41-54, 4 f. — FORTI, I. R. S. — “Cenozoic mollusks irom the drill-holes Cassino and Palmares do Sul of the Coastal Plain of Rio Grande do Sul. — p. 55-156, 1 f., 9 est. Nº 3 — (1970) — com cinco artigos, 126 p.; — CLOSS, D. — “Estratigrafia da Bacia de Pelotas, Rio Grande do Sul”. — p. 3-76; — PAULA-COUTO, C. de — “Novo Notoungulado no Riochiquense de Itaboraí”. — p. 77-86, 3 f.; — ISSLER, R. S. — “Caracteres magmáticos regionais do vulcanismo da Bacia do Paraná”. — p. 87-100, 2 f.; — RIBEIRO, M. — “Sobre um padrão orogênico E idene to no Escudo Sul-rio-grandense”. — p. 101-108; : — RIBEIRO, M. & TEIXEIRA, C. A. S. — “Datações de rochas do Rio Grande do Sul e sua influência nos conceitos estratigráficos e geo- técnicos locais”. — p. 109-120. 1 f.. N.º 4 — (1971) — com três artigos, 78 p.: — COSTA, C. M. B. da — “Importância paleoecológica e estratigráfica de Erodona mactroides DAUDIN (Mollusca, Bivalvia)". — p. 3-18, 27 f.. IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 129 CLOSS, D. & FORTI, I. R. S. — “Quaternary mollusks from the Santa Vitória do Palmar country”. — p. 19-58, 2 f., 4 est. — RIBEIRO, M. — “Uma província alcalina no Rio Grande do Sul — 1. Estudos preliminares”. — p. 59-71, 2 f.. Série ZOOLOGIA: NES al Nitao N.º N.º N.º N.º DA E 0 NOTE Nº 8 NES 9 NES O NOS qi NES il N.º 13 N.º 14 N.º 15 BUCKUP, L. & BUCKUP, E. H. -— (1957) — “Catálogo dos Moluscos do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais”. — 40 p.; FRÓES, O. M. — (1957) — “Atualização da nomenclatura dos quelô- nios brasileiros”. — 24 p.; BECHYNÉ, J. — (1957) — “Provisorische Liste der Alticiden von Rio Grande do Sul. (Col., Phytoph., Chrysomeloidea)”. — 52 p. BUCK, Pe. P. (S. J.) — (1957) — “Insetos criados em galhos cor- tados”. — 7 p.; LEMA, T. de — (1957) — “Bicefalia em serpentes” — 8 p., 4 est; BUCKUP, L. — (1957) — “Pentatomideos Neotropicais. — |. Sobre o gênero Agroecus Dallas, 1851, com a descrição de duas espécies BUCKUP, E. H. — (1957) — Estude das variações de Bothriurus bo- nariensis (Koch, 1842) e sobre a invalidez de Bothriurus asper Pocock 1893 e Bothriurus semiellypticus Prado, 1934”. — 18 p., 5 est., 1 tabela; BAUCKE, O. — (1957) — “Cerambicideos do Rio Grande do Sul. — II”. — 30 p.; UHMANN, E. — (1958) — “Faerbungskreise dreier Hispinae aus Suedbrasilien. — 191. Beitrag zur Kenntnis der Hispinae. (Coleop., Chrysomelidae). — 14 p., 2 est; LEMA, T. de — (1958) — “Notas sobre os Répteis do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil: Notas | a IV”. — 31 p., 6 est; UHMANN, E. — (1959) — “Das Schildchen der Hispinae und seine Umgebung. — 198. Beitrag zur Kenntnis der Hispinae. (Coleop., Chry- somelidae)”. — 12 p., 3 est; BAUCKE, 'O. — (1960) — “Notas Entomolögicas. |-Ill”’. — 19 p., 3est.; LEMA, T. de — (1960) — “Notas sobre Répteis do Rio Grande do Sul. — V a Vil”. — 36 p., 7 est; AZEVEDO, A. C. P. — (1960) — “Studies on Coral Snakes. — In- troduction I. About the eggs of Coral Snakes; Il. A New observa- tion of the Behavior of Micrurus frontalis multicinctus and its relationship with folklore”. — 36 p., 6 est.; BUCKUP, L. — (1960) — “Pentatomideos Neotropicais. — Il. Con- tribuição ao conhecimento dos Asopinae da América do Sul. (Hem., Ret, Pentaiomidas)". — 25 p.; BUCKUP, L. — (1961) — “Os Pentatomideos do Estado do Rio Gran- de do Sul (Brasil). (Hemiptera, Heteroptera, Pentatomidae)”. — 24 p.; LEMA, T. de — (1961) — “Notas sobre os Répteis do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, IX-XI”. — 20 p. 8 est, 21 f.; AZEVEDO, A. C. P. — (1961) — “Notas sobre cobras corais, (Ser- pentes, Elapidae — Ill a VII”. — 22 n., 14 ft; CLOSS, D. & MADEIRA, M. — (1962) — “Tecamebas e Foraminife- ros do Arroio Chuí. (Santa Vitória do Palmar, Rio Grande do Sul, Brasil)" — 43 p., 7 est; 1 mapa; BUCKUP, L. & THOME, J. W. — (1962) — “| Campanha Oceanográ- fica do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais. — A viagem do “Pescal ||” em julho de 1959”. — 42 p., 2 est, 1 mapa; 130 Lista das publicações do M.R.C.N. N.º 21 — LEMA, T. de — (1962) — “Sobre a espécie Bothrops itapetiningae (Boulanger, 1907) e sua ocorrência no Estado do Rio Grahde do Sul, Brasil (Serpentes, Crotalidae)”. — 12 p., 4 est. N.º 22 — LEMA, T. de — (1962) — “Ocorrência de Philodryas arnaldoi (Ama- ral, 1932) no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. (Serpentes, Co- bridae)”. — 4 pi 2 est; N.º 23 — LEMA, T. de — (1962) — “Considerações sobre dois Saurios com cauda dupla. (Reptilia, Squamata)”. — 6 p. 2 est; N.º 24 — LEMA, T. de — (1962) — “Deformação acidental em Xenodon merremii (Wagler, 1824). (Serpentes, Colubridae)”. — 6 p., 2 est; merremii (Wagler, 1824). (Serpentes, Colubridae)”. — 6 p., 2 est; N. 25 — BERTELS, A. — (1962) — “Insetos — Hóspedes de Solanáceas”. — 1 9% N.º 26 — AZEVEDO, A. C. P. — (1962) — “Anomalias observadas em serpen-. tes do gênero Micrurus Wagler, 1824. (Serpentes, Elapidae)”. — 6 p., 1 est, 12 f,; N.º 27 — AZEVEDO, A. C. P. — (1962) — Sobre uma população de Micrurus frontalis frontalis (D. & B., 1854) de Lagoa Santa, Minas Gerais, Bra- sil. (Serpentes, Elapidae)”. — 3 p., 1 est, 6 f:; : N.º 28 — THOMÉ, J. W. — (1963) — “Um novo Copépodo (Crustacea) do gê- nero Trifur Wilson, 1917”. — 11 p., 5 est, 1 f.; N.º 29 — GOULART, A. D. — (1963) — “A Hirudofauna do município de Porto Alegre. (Estado do Rio Grande do Sul, Brasil)”. — 7 p.; N.º 30 — LEMA, T. de — (1963) — “Resultados ictiológicos da |; Campanha Oceanográfica do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais”. — 56 p.; Nº 31 — BECHYNE, J. & BECHYNE, B. S. de — (1963) — "Beitraege zur kenntnis der Salvadorenischen Chrysomeloidea”. — 79 p.; N.º 32 — UHMANN, E. — (1964) — “Hispinae aus dem Staate São Paulo, Bra- silien. — 209. Beitrag zur kenntnis der Hispinae. (Coleoptera, Chryso- melidae)”. — 28 p.; N.º 33 — HOFFMANN, G. R. — (1964) — “Contribuição ao conhecimento: de Libina spinosa Milne-Edwards, 1834. (Crustacea, Decapoda, Brachyiu- ra)”. — 40 p., 2 f., 10 gráficos; N.º 35 — AZEVEDO, A. C. P. — (1964) — “Variações cromäticas em Micrurus corallinus (Wied, 1820). (Serpentes, Elapidae)”. — 15 p., 3 f. N.º 35 — (1967) — com cinco artigos, 88 p.: — GOULART, A. D. de Á. — “Presença de Helobdella obscura Ringuelet, 1942 e Helobdella duplicata var. tuberculata Ringuelet, 1958, no Rio Grande do Sul, Brasil”. — p. 3-6; — CLOSS, D. & MADEIRA M. — “Foraminíferos e Tecamebas aglutinan- tes da Lagoa de Tramandai, no Rio Grande do Sul”. — p. 7-31, 6 est., 2 f;; — GRAZIA, J. — “Estudos sobre o gênero Galedanta Amyot & Serville, 1843 (Hemiptera-Heteroptera, Pentatomidae)”". — p. 45-59, 19 f. — LEMA, T. de — “Novo gênero e espécie de serpente opistoglifodonte no Brasil meridional (Colubridae, Colubrinae)”. — p. 61-74, 10 f.; — CLOSS, D. & MEDEIROS, V. M. F. — ‘“Thecamoebina and Forami- nifera from the Mirim lagoon, southern Brazil”. — p. 75-88, 2 f.; N.º 36 — (1969) — com um artigo, 114 p.: — BECHYNE, J. & BECHYNÉ, B. S. de — “Die Galerucidengattungen in Súdbrasilien”. — p. 1-110, 16 1. IHERINGIA — Zoologia, n. 43 — 4 de novembro de 1973 131 N.º 37 — (1969) com cinco artigos, 128 p.: N.º 38 N239 N.º 40 N.º 41 MADEIRA, M. L. — “Foraminifera from São Francisco do Sul, state of Santa Catarina, Brazil”. — p. 3-29, 3 est; PEREIRA, C. A. F. D. — “Recent foraminifera of Southern Brazil collected by hydrografic vessel 'Baependi'”. — p. 37-95, 2 est, 1 gráf.; THOME, J. W. — “Redescrição dos tipos de Veronicellidae (Mollusca, Gastropoda) neotropicais: I. Espécies depositadas no “Zoologisches Museum” de Kiel, Alemanha”. — p. 101-111, 21 f. LEMA, T. de & AZEVEDO, A. C. P. — “Ocorrência de Micrurus deco- ratus (JAN) no Rio Grande do Sul, Brasil, (Serpentes, Elapidae)”. — VOLKMER-RIBEIRO, C. — “New occurence of Uruguaya repens HINDE, 1888 (Porifera-Spongilidae) with redescription of the species”. — p. 923 2001; (1970) — com três artigos, 124 p.: ROETTGER, E. U. — “Recent foraminifera from the continental Shelf 63) of Rio Grande do Sul collected by the hydrografic vessel ‘Canopus‘ ”. — Di Ono 2. est, SH: THOME, J. W. — “Redescrição dos tipos de Veronicellidae (Mollusca, Gasiropoda) neotropicais: Ill. Espécies depositadas no “Il. Zoolo- gisches Institut und Museum der Universitat" de Göttingen, Alemanha”. p. 73-88, 28 f.; LEMA, T. de — “Sobre o status” de Elapomorphus bilineatus DU- MÉRIL, BIBRON & DUMÉRIL, 1854, curiosa serpente subterrânea”. — p. 89-118, 7 f.. — (1970) — com três artigos ‚102 p.: — FABIAN, M. E. — Estudo anatômico de Liophis miliaris (L., 1758). Ser- pentes, Colubridae”. — p. 3-18, 8 f.; THOME, J. W. — “Redescrição dos tipos de Veronicellidae (Mollusca, Gastropoda) neotropicais: V. Espécies depositadas no “Museo ed Ins- tituto di Zoologia Sistematica della Universita”, de Turim, Itália”. — or VEEM UT os MANSUR, M .©C. D. — “Lista dos moluscos bivales das Famílias Hy- ridae e Mycetopodidae para o Estado do Rio Grande do Sul”. — p. 33-95. (1971) — com três artigos, 66 p.: BECKER, M. & GRAZIA-VIEIRA, J. — “Contribuição ao conhecimento da superfamilia Pentatomoidea na Venezuela (Heteroptera)”. — p. 3-26. THOME, J. W. — “Redescrição dos tipos de Veronicellidae (Mollusca, Gastropoda) neotropicais: VII. Espécies depositadas no ““Muséum National d’Histoire Naturelle’ Paris, França”. — p. 27-52, 22 f., 3 est.. VOLKMER-RIBEIRO, C. — “Houssayella iguazuensis BONETTO and DE DRAGO, 1966 (Porifera-Spongillidae) in Itk river, Rio Grande do Sul, Brazil”. — p. 53-60, 6 f. — (1972) — com 4 artigos, 74 p.: NAPP, D. S. — “Notas sobre o gênero Lius H. DEYROLLE — (Co- leoptera, Buprestidae)” — p. 3-20. MANSUR, M. C. D. — “Morfologia do sistema digestivo de Castalıa undosa martensi (IHERING, 1891) — (Bivalvia, Hyriidae)”. — p. 21-34. LEMA, T. de — “Sobre Micrurus putumayensis LANCINI, 1962 e sua ocorrência no Brasil — (Serpentes, Elapidae)” — p. 35-58. -— THOMÉ, J. W. — “Uma nova espécie de Phyllocaulis do Brasil — (Veronicellidae, Gasiropoda).” — p. 59-68. 132 Lista das publicações do M.R.C.N. N.º 42 — (1973) — com seis artigos, 96 p.: N.º 43 — POLI, C. R. — “Os bagres do litoral de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul — Brasil (Ostariophysi, Siluriformes, Bagridae).” — p. 3-13, 2 f. FABIÁN, M. E. — “Contribuição ao conhecimento da osteologia cra- niana de Liophis WAGLER (Serpentes, Colubridae).” — p. 14-24, 14 f. GRAZIA-VIEIRA, J. — “Uma nova espécie de Mayrinia HORVATH, 1025 (Heteroptera, Pentatomidae, Pentatomini).” — p. 25-33, 9 f. LEITÃO, M. D. — “Ovoviviparidade em Ophiodes striatus (SPIX, 1824) — Sauria, Anguidae.” — p. 34-39, 4 f. ROETTGER, E. U. — “Observações ecológicas sobre foraminíferos re- centes da costa do Rio Grande do Sul, Brasil.” — p. 40-63, 18 f. VEITENNHEIMER, |. L. — “Contribuição ao estudo do gênero Leila GRAY, 1940.” — p. 64-89, 16 f. 2 tab. (1973) — com 6 artigos, 132 p.: LISE, A. A. — “Contribuição ao conhecimento do gênero Sidyma no Brasil, com a descrição de uma nova espécie (Araneae, Thomisidae).” — 9. SEM, 8 li VOKES, H. E. — “A new subgenus and species of Crassatella (Mollus- ca, Bivalvia) from Southern Brazil.” — p. 48-59,.7 f. MENEGHETTI, J. O. — “Zooplankton from Southern Brazil — 1. Quan- titative aspects.” — p. 60-74, 9 f. MANSUR, M. C. D. — “Morfologia do sistema digestivo das espécies do gênero Diplodon SPIX, 1827 do Rio Guaíba, Rio Grande do Sul (Unionacea, Hyriidae).” — p. 75-90, 13 f. BRAUN, P. C. — “Nova espécie do gênero Proceratophrys MIRANDA- RIBEIRO, 1920 do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil (Anura, Cera- tophrynidae)”. — p. 91-99, 8 f. MENEGHETTI, J. ©. — “Zooplankton from Southern Brazil — 2. Its composition, distribution and density in space and time.” — p. 100- 125, 20 f. Série DIVULGAÇÃO: N.º N.º ee D — (1971) — com sete artigos, 52 p.: Apresentação — p. 1. CÔRTE-REAL, M. — “Atividades, projetos e esperanças”. — p. 3-10, © le8. THOME, J. W. — “Os moluscos da pré-história aos nossos dias”. — p. 11-16. GRAZIA-VIEIRA, J. — “O maravilhoso ou aterrador mundo dos inse- tos” — p. 17-20. FABIAN, M. E. — “As serpentes, essas temiveis criaturas”. — p. 21-24. LEMA, T. de — “Serpentes peçonhentas do Rio Grande do Sul”. — o 25-82, ip 4 VOLKMER-RIBEIRO, C. — “Porque investir em pesquisa limnológica” — [ SEC I, Di: CÖRTE-REAL, M. — “Poluição da água no Rio Grande do Sul”. — p. 39-44, f. 6-7. Setores e equipes em atividades no Museu — p. 45-46..- Publicações do Museu (lista) — p. 47-51. (1972) — Com um artigo, 12 p.: GRAZIA-VIEIRA, J. & GALILEO, M. H. M. — “Lista dos Entomólogos da Região Sul-Brasil”. — p. 1-6. Publicações do Museu (lista). — p. 7-12. ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Governador do Estado Coronel EUCLIDES TRICHES Secretário de Estado dos Negócios da Educação e Cultura Tenente-Coronel MAURO COSTA RODRIGUES Diretor do Departamento de Assuntos Culturais Professora ANTONIETTA BARONE Diretor do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais Professora-Naturalista JOCÉLIA GRAZIA VIEIRA Composto e impresso nas Oficinas Gráficas da Livraria do Globo S.A. — 1973 Série ZOOLOGIA Número 44 05/11/1973 Nova espécie do gênero Melanophryniscus GALLARDO, 1961 do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil (Anura, Brachycephalidae). PEDRO CAN e N Se Polimorfismo en Sagitta serratodentata KROHN, 1858, (Chaetognatha) con especial referencia a las vesiculas seminales. OE TONS RO ses a e RO E Sobre a ocorrência de Pleurodema bibronii TSCHUDI, 1838, no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil (Anura, Leptodactylidae). CRISTINA ASSUNÇÃO SIRANGELO BRAUN nn Anodontites BRUGUIERE, 1792, no Guaiba — RS (Bivalvia Mycetopodiae). | — Anodontites trapesialis forbesianus (LEA, 1860). DERELUDMIBAOVEITENKIEIER NT cosa pm md Sobre uma postura de Caiman latirostris (DAUDIN, 1802) — (Crocodilia, Alligatoridae). OR EN JODEBAUNG O a Lista preliminar dos heteröpteros uruguaios da regiäo nordeste: Pentato- midae e Coreidae (Insecta, Heteroptera). JOCELIA GRAZIA-VIEIRA & CARLOS E. CASINI 222. Ocorrência de Uromacerina ricardinii (PERACCA, 1897) no Rio Grande do Sul e contribuição ao conhecimento dessa rara Serpente (Ophidia, Colubridae). INALSS BENDER O PR MUSEU RIO-GRANDENSE DE CIÊNCIAS NATURAIS A ma, AA a Departamento de Assuntos Culturai dá Rio Grande do Sul PORTO ALEGRE ANFANG IA 28 . 32 . 50 59 IHERINGIA é o periódico de divulgação de trabalhos científicos inéditos do Museu Rio Grandense de Ciências Naturais, publicado em quatro (4) séries: “Antropologia”, “Botânica”, “Geologia” e “Zoologia”. Cada série é editada em fascículos, com numeração corrida inde- pendente, podendo conter um ou mais artigos. > : Va R O periódico, no todo ou por série, é distribuído à Instituições congêneres em regime de per- muta podendo: eventualmente também ser distribuído gratuitamente a cientistas ou outros inte- ressados. IHERINGIA is a periodical intended to publish scientific works and research data from the “Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais”, issued on four (4) series: ““Antropology””, “Botany”, “Geology” and “Zoology”. Each series is published in fascicules of independent numeration, with one or more articles. f IHERINGIA as a whole or as separate series, is intended to be exchangeable with similar Institutions and can be sent free of charge to scientists and interested people, on request. Recomendações aos autores: Os manuscritos devem versar, preferentemente, assunto pertinente ao Estado do Rio Grande do Sul e regiões limítrofes; É 2. Devem ser encaminhados, por ofício dirigido ao Diretor e serão aceitos a critério de co- missão redatorial designada para cada artigo; 3. Terão prioridade os artigos dos pesquisadores do Museu ou que versem sobre material depositado em suas coleções; 4. Todos os artigos devem ter um resumo na língua em que estão redigidos. Os artigos em língua portuguesa devem ter também um resumo em língua estrangeira e os em língua estrangeira (alemão, espanhol, francês, inglês, italiano e latim moederno) devem ter obriga- toriamente, um segundo resumo em português; 5. Os originais devem ser apresentados: 5.1. em duas vias datilografadas, espaço dois, com margens mínimas de 2cm, sem emendas, em papel branco tamanho ofício (32x22cm), uti- lizando um só lado e todas as folhas devem vir numeradas na margem superior direita e rubricadas ao menos por um autor; 5.2. apenas os nomes científicos devem ser subli- nhados com um traço simples; 5.3. os nomes dos autores, inclusive de referência biblio- gráfica, devem vir datilografados em MAIÚSCULAS; 5.4. as referências bibliográficas, no fim do artigo, devem restringir-se ao estritamente necessário e devem vir organizadas em ordem alfabética do sobrenome do autor e secundariamente em ordem cronológica; 5.5. na citação de artigos, o nome do periódico deve vir sublinhado e na de livros, o título da obra; 5.6. as abreviações de periódicos devem obedecer as adotadas no “World List of Scien- tific Periodicals”; 5.7. a disposição dos dados das referências deve obedecer o critério dos seguintes exemplos hipotéticos: _ RAMBO, B. (1956) — A fisionomia do Rio Grande do Sul, 2.2 ed., Porto Alegre, Livraria Selbach, v. 6 (Jesuitas no Sul do Brasil) xvi+456 p., 28 f., 15 est.: —,— (1960) — Bignoneaceas Riograndenses. — Iheringia, Bot., v. 2, n. 6, p. 1-26, f. 1-3, est. 1-2. 5.8. todas as ilustrações são consideradas figuras e levarão numeração corrida, permitindo-se o editor agrupá-las e distribuí-las do modo mais econômico, sem prejudicar sua apresen- tação e respeitando tanto quanto possível as indicações do autor; 5.9. os desenhos, gráficos e mapas devem ser feitos à tinta da China, preferencialmente em papel vegetal e as foto- grafias em papel brilhante e nos tamanhos que permitam a redução para o máximo de 17x11cm; 5.10. ilustrações a cores devem ser combinadas previamente e seu custo fica a cargo do autor; 5.11. as legendas das figuras devem vir em ordem numérica, em folha separada do texto; 5.12. a localização aproximada das figuras no texto deve ser assinalada pelo autor na margem direita do manuscrito, sempre a lápis; 6. A correção das provas tipográficas será de responsabilidade do autor, salvo expressa convenção em contrário. Modificações no texto durante as correções, só serão aceitas se as despesas provenientes das mesmas forem pagas pelo autor; Serão fornecidas, gratuitamente, 50 separatas de cada artigo, independentemente do número de autores. Maior número de separatas poderão ser fornecidas mediante prévio ajuste, de- vendo o pedido ser feito na ocasião da entrega dos originais q Prof.a Jocélia Grazia Vieira — Naturalista Diretor-Editor ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA: COMISSÃO DE REDAÇÃO: (Mailing address) Cecília Volkmer Ribeiro Caixa Postal, 1188 Jocélia Grazia Vieira 90.000 Porto Alegre, RS José Willibaldo Thomé Brasil Marta Elena Fabian Thales de Lema „m q e a q q a no. tu ut tu ut tu ts ut tt tt tt e tt dt q a st e et e a a a a a a q Senhores: Dear Sirs: Queiram ter a gentileza de preencher o presente, devolvendo-o ao Museu, a fim de que não haja interrupção na remessa do nú- mero seguinte de IHERINGIA. Please complete the requested below and return it to us, so that we can send you the next number of IHERINGIA. 1. Recebemos e agradecemos: IHERINGIA, Zoologia, n.º 44 We have received: Ze AMO SS ae a A We are in want of: Envios CM Penimbiaa 2. 22420 nee sen sea We send you in exchange: AN GOSSOH. Campo dezinteresses: u us ars disrerskenmfararerars antenado dé Our field of activities: Local e data: City and date: Assinatura: “Signature: Selo postal Stamp Ao MUSEU RIO-GRANDENSE DE CIÊNCIAS NATURAIS Caixa postal, 1188 90000 PORTO ALEGRE, RS BRAS IE Remetente: Sender: ccocococu.oc soco...) .. vou. oo un nn 00 q 0 0 vc ua... .... a cc. ccos ooo... ou... o. 2000 0 0 uv 0 020 00 ud nn un... un...» “ev... occoo...unoo ooo... .. 1.0... uno... vu... e... IHERINGIA | Zoologia | n. 44 | p.- 3-13 | 5 f | Porto Alegre - RS | 05-11-1973 NOVA ESPÉCIE DO GÊNERO Melanophryniscus GALLARDO, :: 1961 DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL (ANURA, BRACHYCEPHALIDAE).* Pedro Canisio Braun** RESUMO O autor descreve uma nova espécie de anfíbio, Melanophryniscus macrogra- nulosus n. sp. da família Brachycephalidae, do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. SUMMARY The author describes a new species of amphibian, Melanophryniscus ma- crogranulosus n. sp. of the family Brachycephalidae from Rio Grande do Sul State, Brasil. HISTÓRICO O gênero Melanophryniscus GALLARDO, foi criado em 1961 para incluir as espécies Atelopus stelzneri (WEYEMBERGH, 1875), designada como espécie-tipo do gênero, Atelopus tumifrons BOU- LENGER, 1905 e Atelopus moreirae MIRANDA-RIBEIRO, 1920. Pos- teriormente KLAPPENBACH em 1968 incluiu neste gênero duas novas espécies, Melanophryniscus devincenzii e Melanophryniscus sanmartini. Melanophryniscus stelzneri (WEYEMBERGH, 1875), cuia locali- dade típica é Maldonado, Uruguai, se distribui pelo sul do Brasil e do Paraguai, pelo litoral e centro da Argentina, grande parte do litoral do Uruguai e nos Departamentos Uruguaios de Artigas e Salto, estando dividida em diversas subespécies. Melanophryniscus tumi- frons (BOULENGER, 1905), cuja localidade típica é ‚Pernambuco Brasil, é também encontrada no Rio Grande do Sul e na Província de Misiones, Argentina. BOKERMANN (1966) põe em dúvida Per- nambuco como localidade típica para essa espécie, achando ser o tipo (holótipo) oriundo do Rio Grande do Sul. Melanophryniscus mo- reirae (MIRANDA-RIBEIRO, 1920), cuja localidade típica é Itatiaia, Rio de Janeiro, apresenta uma subespécie que ocorre no norte do * Aceito para publicação em 25/6/1978. ** Do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais, Porto Alegre. Bolsista do Conselho Nacional de Pesquisas, Rio de Janeiro. T.C. 13636/71. 4 BRAUN, P. C. — Nova espécie do gênero Melanophryniscus... Brasil (Melanophryniscus moreirae massarti COCHRAN, 1948). Me- lanophryniscus sanmartini KLAPPENBACH, 1968 e Melanophrynis- cus devincenzii KLAPPENBACH, 1968 são espécies até agora só encontradas no Uruguai, sendo Villa Serrana, departamento de La- valleja, a localidade típica da primeira e La Palma, departamento de Rivera, a localidade típica da segunda. Recentemente, examinando um lote de anfíbios existente na coleção do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais, deparamos com nove exemplares de Melanophryniscus, que por suas caracte- risticas justificam a descrição de uma nova espécie do referido gênero, aqui descrita, e que foi denominada Melanophryniscus ma- crogranulosus n. sp., nome relacionado com as enormes glândulas que apresenta na região dorsal. As medidas foram aferidas atra- ves de um paquímeiro, seguindo critério usado em trabalho ante- rior (BRAUN, 1973). Melanophryniscus macrogranulosus n. Sp. Moriclogia: Corpo alongado, com membros robustos. Cabeça pouco mais comprida que larga. Tanto o comprimento como a largura da ca- beça podendo ser contidos cerca de três vezes e meia no com- primento total do corpo. Espaço interorbital relativamente grande, sendo maior que a soma da distância do olho à narina mais o diä- meiro ocular. O espaço interorbital corresponde ainda de duas a - três vezes a largura da pálpebra superior e é maior que o dobro da distância internarinas. Focinho tendendo a ovalado, tímpano in-' visível e paratóides ausentes. Espaço internarinas sensivelmente maior que a distância delas à ponta do focinho. Olhos grandes com pupilas ovais e horizontais. Diâmetro ocular aproximadamente igual à distância olho-narina e bem maior que a distância da narina à ponta do focinho. Língua alongada e estreita, livre em quase toda a extensão posterior. Tumefação frontal, acima do focinho, gran- demenie desenvolvida, com largura e comprimento quase equiva- lentes, começando antes das pálpebras e indo até o próximo à linha que une os bordos posteriores das mesmas. A tumefação é contínua, podendo apresentar um leve vestígio de estrangulamento ceniral e apresenta-se completamente lisa, sem nenhuma verruga ou espinho. Vista de perfil, a tumefação é mais alta que a linha posterior da cabeça e que as pálpebras superiores. Estas, apresen- tando granulações semelhantes às existentes no dorso. Mãos do- tadas de dedos bem desenvolvidos, com extremidades salientes e não palmados. Primeiro dedo pouca coisa mais curto que o se- gundo, sendo ambos menores que o terceiro e quarto dedos. Ter- ceiro dedo maior de todos e o quarto atinge dois terços (2/3) do IHERINGIA — Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 . 5. seu tamanho. O tubérculo metacarpal é muito grande e aproxima- damente circular. O metacarpal interno é bem mais reduzido e ova- lado. Os tubérculos subarticulares são escassos e grandes en-. quanto os palmares são grandes e numerosos. Pés com dedos bem desenvolvidos e extremidades salientes. Primeiro dedo ligeiramente menor que o segundo, sendo ambos bem menores que os terceiro, quarto e quinto dedos. Terceiro e quinto dedos aproximadamente iguais entre si. O quario dedo é o maior de todos e o quinto al- cança dois terços (2/3) do seu tamanho. Membrana palmar pre- sente, alcançando quase a última falange dos dedos 1, 2, 3 e 5 e a metade do dedo 4. Tubérculo metatarsal interno, de forma oval e maior que o externo que é aproximadamente circular. Tubérculos subarticulares relativamente grandes e tubérculos palmares peque- nos e escassos. Calcanhar não alcançando a parte posterior da mandíbula, chegando apenas um pouco adiante da axila. Quando os membros posteriores são colocados em posição perpendicular ao tronco, as articulações tíbio-tarsais se cruzam. Aspectos da pele e coloração: A pele dorsal se apresenta com aspecto liso e brilhante, no- tando-se em toda a sua extensão a presença de enormes glândulas terminadas em espinhos cônicos e de consistência córnea, que po- dem ou não estar bem visíveis. As glândulas são facilmente defor- máveis sob pressão e chamam a atenção pelo seu avantajado porte. Essas glândulas estão distribuídas em número apreciávei no dorso formando uma sequência mais ou menos ordenada. Assim, inician- do na parie posterior de cada olho, nota-se uma fileira de glândulas que se dirigem para trás, quase em linha reta, atingindo a virilha. Uma. outra fileira tem início na parie posterior de cada pálpebra, dirigindo-se paralelas uma à outra até a altura do ânus, onde se unem. Finalmente, no centro do dorso, partindo da linha posterior da tumefacäo, há uma quinta fileira, muito menos característica que as anteriores, que se dirige para trás e só atinge a metade do corpo. A face dorsal des membros anteriores e posteriores, com exceção das mãos e dos pés, apresentam inúmeras glândulas, que são grandes e agrupadas. As mãos e os pés são praticamente lisos, notando-se sobre os dedos uma série de pequenos espinhos. Na, comissura bucal existe um aglomerado de glândulas de porte avan- tajado. Região lateral do corpo apresentando glândulas semelhantes: às existentes no dorso. A pele ventral é formada por uma granula- ção bastante uniforme, apresentando numerosas glândulas espalha- das de modo desordenado, menores que as dorsais mas com espi- nhos -apicais bem mais visíveis. Na região do queixo e na paris inferior do arco da mandíbula, existe uma grande concentração des- sas glândulas. Região abdominal e face ventral das coxas, com 6 BRAUN, P. C. — Nova espécie do gênero Melanophryniscus:.. glândulas dispersas e pequenas. Face ventral da tíbia, antebraço e: braço, praticamente lisos. Palma da mão e planta do pé, apresen- tando tubérculos de grande porte. A coloração é quase negra, uniformemente distribuída no dor- so e face dorsal dos membros anteriores e posteriores. Regiões: gular e peitoral, pretas. Quase todo o abdômen e face ventral das coxas, de cor vermelha. Face ventral do antebraço, até um pouco adiante do cotovelo, bem como as palmas das mãos e plantas dos pés, vermelhos. Eventualmente podem ter pequenas manchas ver- melhas na região gular. As glândulas da região ventral apresentam coloração vermelha, principalmente as que ficam próximas à grande mancha vermelha do abdômen. Os dados de coloração foram tomados ao vivo, sendo que. no líquido conservador ela sofreu alteração. A coloração dorsal tor- nou-se cinzenta quase negra e as partes vermelhas da região ven- tral, inclusive palmas das mãos e plantas dos pés, tornaram-se ama- reladas. A coloração das glândulas da região ventral situadas pró- xims da grande mancha vermelha do abdômen e que também eram dessa cor, tornaram-se amareladas. Variações: Examinando os parátipos da nova espécie, observamos algu- mas pequenas variações. Assim o diâmetro ocular pode se apre- sentar um pouco maior ou um pouco menor que a distância do olho à narina, embora seja quase sempre igual. O espaço interor- bital pode variar de duas a três vezes a largura da pálpebra supe- rior. A tumefação, vista de perfil, pode alcançar apenas a mesma altura que a linha posterior da cabeça e que as pálpebras superio- res. Com base nos exemplares examinados constatamos que as fêmeas são nitidamente maiores que os machos. MATERIAL EXAMINADO Foram examinados nove exemplares procedentes do Estado do Rio Grande do Sul (RS), Brasil, que estão depositados no Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais (MRCN). Holótipo: Torres, RS, fêmea adulta, 30 de outubro de 1960, col. Tha- les de Lema, MRCN 01694. Parátipos: Torres, RS, fêmea adulta, 30 de outubro de 1960, col. Thales de Lema, MRCN 01698. Torres, RS, machos adultos, 30 de outubro de 1960, col. Thales de Lema, MRCN 01695, MRCN 01696, MRCN .. 01697, MRCN 01698, MRCN 01699, MRCN 01701 e MRCN 01702. Localidade tipo: TORRES, RS, BRASIL. IHERINGIA — Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 % DISCUSSÃO Melanophryniscus macrogranulosus n. sp. pode ser compara- da com Melanophryniscus tumifrons (BOULENGER) e com Melano- phryniscus devincenzii KLAPPENBACH devido à possuir uma ca- racterística tumefação frontal. No entanto as diferenças que ela apresenta em relação à ambas, são de tal monta que não deixam margem à confusões. Assim, se diferencia facilmente pelo seu ta- manho, que é maior que M. tumifrons e muito maior ainda que M. devincenzii. A nova espécie tem coloração bem mais escura que M. devincenzii e não chega a ser tão negra como M. tumifrons. A nova espécie apresenta a pele dorsal e dos membros com aspecto liso, dotada de enormes glândulas cônicas enquanto M. tumifrons possui o dorso e extremidades total e densamente cobertas por for- tes verrugas, que lhe dão um aspecto inconfundível. Já M. devin- cenzii possui poucas e débeis formações verrucosas, que tendem a agrupar-se. Na comissura bucal de M. devincenzii existem poucas e pequenas verrugas, enquanto em M. tumifrons há verrugas maio- res e numerosas e em M. macrogranulosus há enormes formações glandulares. A tumefação frontal, que em M. devincenzii é reduzida, atingindo uma linha que passa pelo quarto anterior das pálpebras, em M. tumifrons é maior, atingindo uma linha que passa mais ou menos na altura da metade das pálpebras e em M. macrogranulosus é bem maior, atingindo quase a linha que une os bordos posterio- res das mesmas. Além disso a tumefação frontal, que é nitidamente repartida em M. tumifrons, é menos dividida em M. devincenzii e completamente lisa na nova espécie. As formações glandulares do dorso de Melanophryniscus devincenzii apresentam dois e às vezes três espinhos cônicos de aspecto córneo, rodeados por grande quantidade de espinhos similares e muito pequenos, principalmen- te sobre as pálpebras e por detrás da tumefação. O mesmo não ocorre em M. macrogranulosus, onde as ditas formações dorsais apresentam apenas um espinho, quase invisível. A tumefação fron- tal da nova espécie, vista de perfil, se acha em nível mais alto em relação à linha posterior da cabeça e das pálpebras, que em M. tu- mifrons e M. devincenzii, respectivamente. As verrugas ventrais, que em M. devincenzii são débeis e escassas e em M. tumifrons são pou- co maiores e densas, na nova espécie são bastante desenvolvidas, com tamanhos variados e numerosos. Enquanto M. tumifrons apre- senta na região do queixo e gular, três manchas amareladas, M. devincenzii é de cor uniformemente negra e M. macrogranulosus apresenta essa região de um modo geral com coloração uniforme, eventualmente com pequenas manchas vermelhas e com grande concentração de verrugas acompanhando o contorno do arco da mandíbula. Outra diferença é que o lado do focinho de M. tumifrons 8 BRAUN, P. C. — Nova espécie do gênero Melanophryniscus... é amarelado, o de M. devincenzii apresenta uma faixa clara entre o olho a narina e o bordo inferior e o de M. macrogranulosus apre- senta coloração quase negra, uniforme. AGRADECIMENTOS Agradecemos ao Conselho Nacional de Pesquisas pela bolsa concedida; à Naturalista Marta Elena Fabián, que nos orientou no presente trabalho; ao Na- turalista Thales de Lema pelos eficientes ensinamentos; à Professora Cristina Sirangelo Braun pelo auxílio prestado; aos colegas do Setor de Vertebrados do MRCN e a todos que de uma maneira ou de outra contribuíram para a conclu- são deste trabalho. y BIBLIOGRAFIA BARRIO, A. (1964) — Peculiaridades del canto nupcial de Melanophryniscus stelzneri (WEYEMBERGH) (Anura, Brachycephalidae), Physis, v. 24, n. 68, p. 435-437. BOKERMANN, W. C. A. (1967) — Observações sobre Melanophryniscus mo- reirae (MIRANDA-RIBEIRO) (Amphibia-Brachycephalidae), Anais Acad. bras. Cienc., v. 39, n. 2, p. 301-306. BOULENGER, G. A. (1894) — On the Genus Phryniscus of Wiegmann, Ann. Mag. nat. Hist., London, série 6, v. 14, p. 374-375. — — (1905) — Tailless Batrachians in the British Museum, Ann. Mag. nat. Hist., London, série 7, v. 16, p. 181. COCHRAN, D. M. (1955) — Frogs of Southeastern Brazil, Bull. U. S. nat. Mus., n. 206, p. 1-428. GALLARDO, J. M. (1961) — La ubicacion sistematica y distribucion geografica de Brachycephalidae Argentinos, la Reunion de Trabajos y Comunicaciones de Ciencias Naturales y Geografia del Litoral Argentino. Universidad Nacio- nal del Litoral. Santa Fe, p. 205-212. 5 —— (1961) — Nuevo genero de Brachycephalidae (Amphibia-Anura), Neo- tropica, v. 7, n. 24, p. 71-72. —,— (1964) — Los anfibios de la Provincia de Entre Rios, Argentina, y al- gunas notas sobre su distribusion geografica y ecologia, Neotropica, v. 10, n. 31, p. 23-28. —,— (1968) — Relaciones zoogeograficas de la fauna batracologica del oeste de la Provincia de Santa Fe (Argentina), Comun. Mus. nac. Hist. nat. Ber- nardino Rivadavia, série Ecologia, v. 1, n. 1, p. 1-13. —— (1972) — Anfibios de la Provincia de Buenos Aires, Ciencia e Investiga- ción, v. 28, n. 1-2, p. 1-60, KLAPPENBACH, M. A. (1968) — Notas Herpetologi.as IV — El genero Me- lanophryniscus (Amphibia, Salientia) en el Uruguay, con description de dos nuevas especies, Comun. zool. Mus. Hist. nat. Montev., n. 118, v. 9, p. 1-12. LEGRAND, C. D. (1959) — Comunidades Psamofilas de la region de Carrasco (Uruguay) Fauna de la region de Carrasco, An. Mus. Hist. nat. Montevideo, serie 2, v. 6, n. 7, p. 49. LUTZ, B. (1954) — Anfibios Anuros do Distrito Federal, Mems Inst. Oswaldo Cruz, vi 2 Nm le 1155-238. ' MIRANDA-RIBEIRO, A. (1920) — Os Brachycephalideos do Museo Paulista, Revta Mus. paul., v. 12, p. 1-11. Me —— (1926) — Notas para servirem ao estudo dos Gymnobatrachios (Anura) Brasileiros, Archos Mus. nac., Rio de J. p. 1-127. 05 DE NOVEMBRO DE 1973 Zoologia, n. 44 IHERINGIA 0 cg 869.0 6°6 v'6 oge 2 | 95 | girl ol || elle 002 | 621 ee val | ge | pic | Ea nor 632 | c'pa | E (do 6e | 8'€ 69 | 8'a | | 0% 9'L | | 6% 82 | 62 82 | A E = se. |09e | oe | es910 | sooLo. LOZLO 9'0€ G669L0 cs Ly 0'9 Lg seen [BSIBOASUEN OpNuUSs opdpjown| 09 | 09 EE p'g IE "°° jeulpn!ßuo] opjuss ogôe!ewun| SrL SG FO: Bee eo """* Joleul Opop ejuod 2 0[8A0109 6 g'g 96 | OLL ee SETAS DR ed oge dose * odeig m GE | EEE Fe. a. aca Pow | E CE = Ioz | gg en a: ne ae, apemen eds or Race ze Deere, 0'vz Erz | BEZ | a'pz Espana: Pererererer ee ""* SEIONSJUB SOJQUIOIN sa Fe oz | ez E e E -- Bigadjed eindue} ge 0'y | ge | Gig ee 6 eigedjed oruswudwong Eee O ee | Ra ot | 0'z | 0'z > " oyUIO0J-euUNeU Blouelsiq 2 g'z | ia oo. | ambos 6 PMES ESA ORE EUNBU-OYJO BIQUBISIA va [uz [02 [88 | ee ee. een gg de 56 ge | &'6 | 00L Pq a é côsgeo ep einbie7 ace g'ge | oe | NE | >eananene: eereccererce» Oy OJUSUINCUIOO Frey 16910 20210 69:0 tes Sn ssajejdwsxs sop olawınN 'enjowoıg = Pk Figura N.º 1 — Vista dorsal do Holótipo Figura N.º 2 — Vista ventral do Holótipo Figura N.º 4 — Vista da palma da mão do Holótipo 13 - 05 DE NOVEMBRO DE 1973 Zoologia, n. 44 IHERINGIA ipo t do Holó N co p ta da planta IS V 2.8 gura N F IHERINGIA | Zoologia | n. 44 | p. 14-27 | 13 f. | Porto Alegre - RS | 05-11-1973 POLIMORFISMO EN Sagitta serratodentata KROHN, 1853, (CHAETOGNATHA) CON ESPECIAL REFERENCIA A LAS VESICULAS SEMINALES* Demetrio Boltovskoy** RESUMO Com base no estudo comparativo de mais de uma centena de exempla- res de Sagitta serratodentata KROHN, 1853, provenientes de 33º39'9S e 49900'8W, foi concluído que esta espécie apresenta um amplo polimorfismo devido, prova- velmente, à existência de alelos múltiplos em seu “genetic pool” de suas po- pulações. Este polimorfismo se evidencia principalmente na estrutura das vesi- culas seminais. RESUMEN Sobre la base del estudio comparativo de más de un centenar de ejemplares de Sagitta serratodentata KROHN, 1853, provenientes de 33º039'9S y 49º00'8W, se arriba a la conclusión que esia especie presenta un amplio polimorfismo debido, probablemente, a la existencia de alelos múltiples en el pull génico de sus poblaciones. Este polimorfismo se evidencia, más que nada, en ia estruc- tura de sus vesículas seminales. SUMMARY Based on a comparative study of more than 100 specimens of Sagitta serra- todentata KROHN, 1853, taken from 33º039'9S and 49º00'8W, the author reaches the conclusion that this species presents a wide polymorphism presumably dus to the presence of multiple alleles in the genetic pool of it's populations. This polymorphism is mostly evideni in the structure of their seminal vesicles. INTRODUCCION | Analizando la fauna de quetognatos contenida en 22 muestras de plancton obtenidas en octubre-noviembre de 1972 por el buque oceanográfico estadounidense “Melville” (U.S. Army, Scripps Insti- tution of Oceanography), a lo largo de las costas sudamericanas, desde Tierra del Fuego (Argentina) hasta Rio de Janeiro (Brasil), se observó que Sagitta serratodentata KROHN, 1853, presentaba as- pectos muy diferentes de un ejemplar a otro. Esto era válido, sobre todo, en lo referente a las vesículas seminales. Trabalho aceito para publicação em 17/07/73. Do Departamento de Ciências Biológicas, Facultad de Ciencias Exactas y Naturales, Universidad de Buenos Aires, Argentina. *% IHERINGIA — Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 15 Debido a que estas formaciones, amedida que el animal va ma- aurando, se Ilenan gradualmente de productos sexuales, su aspecto varía con el grado de repleción, es decir, con el estado de madurez del individuo (Fig. 2). A pesar de que, en la mayoría de las especies de quetogna- tos, en un mismo estado de madurez sexual, las vesículas de los diferentes individuos de igual procedência prácticamente no difie- ren entre sí, un hecho muy diferente se observa em S. serratodentata. Esta circunstancia cobra sumo interés si se considera que el aspecto general, detalles estructurales, ubicaciön, etc., de las vesi- culas seminales, es uno de los caracteres de mayor peso en la sistemática de los quetognatos. Hay casos en que tal polimorfismo (no solo con referencia a las vesículas seminales sino también en lo que atane a otras estruc- turas, e. g. collarete, aletas, ovarios, etc.) responde a la existencia de clines geográficos a veces muy exactamente definidos y acepta- dos por algunos autores como formas ‚subespecies y hasta especies diferentes (FURNESTIN, 1957). Para eliminar totalmente la posibilidad de tal fenómeno en el material estudiado, los ejemplares se han elegido de una sola esta- ciön: la n.º 18, ubicada en 33º39'9S y 49º00'8W, efectuada el 26 de octubre de 1972 a las 09.00 horas. El barrido correspondiente fue vertical de 140 a O m y la profundidad del lugar era de 1212 brazas. DIFERENCIAS EN EL ASPECTO MORFOLOGICO DE LAS VESICULAS SEMINALES DE S. serratodentaia La gran mayoría de los investigadores (ALVARINO, 1961, 1969; FRASER, 1957; SOARES NETO, 1961; SUAREZ CAABRO, 1955; etc.), describen las vesículas seminales de S. serratodentata como cuer- pos subtriangulares con dos típicas protuberancias papilares en ei ângulo súpero-externo de la vesícula. Este tipo es el que coincide con los representados en las figuras 7, 8 y 12. La Fig. 4 ilustra la vesícula seminal de un individuo en el il estado de madurez sexual (aceptando la división de FURNESTIN, 1957) de manera que la atipia de su configuración se explica por su juventud. Sin embargo todas las demäs (Figs. 3, 5, 6, 9, 10 y 11) tambien son pertenecientes a S. serratodentata y su configuraciön es bastante diferente de las anteriores. Asimismo se han observado muchos tipos intermedios entre los ejemplares ilustrados. Existen varios antecedentes bibliogräficos referidos al polimor- fismo mencionado. FAGETTI (1959) describe una Sagitta sp. cuyas caracteristicas generales coinciden, en rasgos globales, con aquellas de S. serratodentata pero difieren sus vesículas seminales. Es su- 16 BOLTOVSKOY, D. — Polimorfismo en Sagitta serratodentata... gestiva la similitud entre la Fig. 2 que presenta FAGETTI (op. cit.) y la Fig. 3 de este trabajo. Las vesículas seminales de Sagitta pseudoserratodentata ilus- tradas en ALVARINO (1963, Fig. 20, 21) son muy semejantes a las de la Fig. 6 de esta publicación. Una idea acerca de la variabilidad (intraespecífica?) de S. ser- ratodentata la dan los siguientes hechos. En 1940, TOKIOKA establece las subespecies S. serratodentata pacifica y S. s. atlantica. Diez ahos más tarde, el mismo autor, dis- conforme con la especificidad de esta clasificaciön y habiendo ob- servado nuevas variaciones en S. serratodentata, divide la subespe- cie S. S. atlantica en 3 formae: atlantica, tasmanica y typica (distin- guibles, principalmente, por su talla y por el aspecto de sus vesi- culas seminales). ” FRASER (1952) destaca que S. serratodentata es muy polimór- fica en las aguas escocesas. VANUCCI et HOSOE (1952) sefialan que en su material hallaron S. serratodentata con vesículas típicas y otras en las cuales éstas estaban “en posición invertida” (:19). Sobre la base de estos datos y considerando los resultados del presente estudio, es sugestiva la duda acerca de la validez del em- pleo de las vesículas seminales de S. serratodentata como carácter definitorio de taxiones independientes. Evidentemente la variabilidad que estas estructuras manifiestan es muy amplia. Por otro lado, varios de los autores citados (FRASER, 1952; VANUCCI et HOSOE, 1952), no intentan siquiera correlacionar - estas variaciones con otras características cambiantes de los orga- nismos estudiados. Aparentemente, de acuerdo a lo observado en el material del presente trabajo, tal correlación no existe. Es decir, tanto este ca- rácter (las vesículas seminales) en sus diferentes manifestaciones, como los expuestos en la tabla |, se asocian independientemente en los diferentes ejemplares de manera que es imposible definir la presencia de grupos caracterizados por un conjunto estable de ras- gos diferenciales. OTROS CARACTERES VARIABLES EN S. serratodentata En la Tab. | se consignan las diferencias más notables que di- ferentes autores (incluído el presente trabajo) observaron en S. ser- ratodentata. Además de aquellos caracteres, hubo también, en el material estudiado, otros de variabilidad menos conspicua. Entre estos úl- timos merecen mencionarse: 1.º la magnitud del aserramiento de los ganchos; 2.º la presencia-ausencia de manchas pigmentarias pos Mi cutáne Lo| = = K TABLA | OTRAS DIFERENCIAS MORFOLOGICAS ENTRE LOS EJEMPLARES ESTUDIADOS Y CON RESPECTO A DATOS ANTERIORES Caracter Collarete Rm > | VANUCCI et | SUAREZ CAABRO FURNESTIN SOARES NETO Autor| HOSOE (1952) (1955) | (1957) (1961) | auvanıno (isso | PRESENTE ESTUDIO Desarrollo varia- ble. Jamás dema- siado extenso, | Ausente en la mayoria de los ejemplares. Halló | individuos Bien visible. con y sin él. Muy notorio y llegando casi Estrecho y corto. hasta la altura del borde superior del ganglio ventral en unos pocos. Muy corto. Estrechos y lar- Tubos largos que A igualdad de tamano total y aspecto de las vesículas seminales, se obser- Cortos. Liegan e Manos gos. Hasta el bor- ne zo llegan hasta ei | varon ejemplares con ovario largo y pequenos óvulos redondeados en una Ras Cel border | bosdeiposterior dê de anterior de las media a borde anterior de | sola hilera (Fig. 1), ejemplares de ovario mediano (alcanzando 1/2 de la Ovarios ssieler de bs Like Se Anterios aletas anteriores. Sietaestanterioresi las aletas ante- | distancia entre el ganglio ventral y el borde anterior de las aletas pos- er anteriores ires KOvullası en 30-40 ovulos en Ovulose em una riores. Ovulos pe- | teriores) con 1 ó 2 filas de óvulos y ejemplares de ovario corto (hasta nadie c/u dispuestos en Sch eras quenos y en una | el borde anterior de las aletas posteriores) con 2 6 3 hileras de óvulos. una fila. sola fila. (Ver BOLTOVSKOY et MOSTAJO, en prensa). CRS E ENE SA E AO CM Estrechas. Con | Con zonas ante- | Encontró ejem- Muy pocos ejemplares maduros (más de un centenar) las conservaron en Aletas ape Se zonas interna y | rior y central des- | plares sin zonas Ban es: buen estado. Unos pocos individuos presentaban la parte posterior de la anteriores df ice anterior despro- | provistas de ra- | carentes de ra- | P en aleta radiada mientras que la anterior, ya sea carecia de ellos o los tenfa vistas de radios. dios. dios. E menos densamente distribuídos. Con una pequena c á En Kolimagsde Con zonas ante- ee Alet en ME) one) Clio rien”, Com el Encontró ejempla- RE ta de ra, | En la gran mayoría de los ejemplares observados toda la aleta era radia- Pesa tero interna des- | zonas anteriores | "OT Y Sa €S- | res sin zonas ca- ne El da. En unos pocos, la zona äntero-interna tenía radios algo menos den- posteriores provista de ra- | estrechas y sin provistas de ra- | jontes de radios. 103 Aue SE ER samente distribuídos que sobre el resto. dios. ECO SA dios. tiende hasta la parte ant. de la aleta. | | Numerosas sobre Aparentemente Be a ENG Idem VANUCCI NS Ka Idem FURNESTIN | Idem FURNESTIN | La mayoria de los ejemplares en E ee sin mbar, an alemos i | R an muy conspicuas y su distribuciön variaba de un individuo a otro riales de cerdas senso- au BONO (gm) cripción ni incluye (1957) (1957) estas eran muy p y riales. en las figuras). PER PERS ME E rn nun Longitud | ota SEE Hasta 11.3 mm. El tamano mínimo de los ejemplares en el III estado de total Hasta 8.5 mm Hasta 10 mm 11 mm; f. tas- Hasta 16 mm 10-13 mm madurez sexual fue de, aproximadamente, 7.5 mm. manica: 16 mm em o N N N N ee —— ii RW Aa OA , 3 nl A eg gp rnit. À IHERINGIA — Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 is) en las aletas posteriores y en la caudal y 3.º el grado de protandria: en unas pocas oportunidades se hallaron individuos con ovarios re- lativamente largos pero carentes de vesículas seminales. Es interesante destacar, además, la relación entre el tamano total y el grado de madurez sexual de esta especie. Como puede apreciarse en la Fig. 13, existe un amplio rango de tamanos entre cuyos limites se verifica la existencia de individuos en los 3 estados de madurez sexual. Este rango abarca, desde, apro- ximadamente, 7 a 10 mm de longitud total (excluída la aleta pos- terior). Este hecho indica que no existe un límite de tamafio que defina la transición de un estado de desarrollo sexual al siguiente. Es bien conocido el fenómeno por el cual quetognatos de una misma especie alcanzan la madurez total a diferentes valores de longitud, de acuerdo a las condiciones ecológicas que imperan durante su crecimiento. Tal es así que, la influencia de las grandes profundidades o de las bajas temperaturas condiciona un retardo en el desarrollo de los örganos sexuales que se manifiesta en la des- proporción entre el gran tamano alcanzado por el individuo y su escaso desenvolvimiento genital. Sin embargo, este fenómeno no puede explicar, al menos to- talmente, las características evidenciadas en la Fig. 13. Debido a que el gráfico mencionado está basado en una sola muestra (la n.º 18), se descarta la posibilidad de una variación debida a diferencias lati o longitudinales. El único factor ecológico que resta apreciar es la profundidad. La muestra n.º 18 consistió en un barrido vertical de 140 a Om. Evidentemente entre aquella profundidad y la superficie, existen ciertas diferencias, pero, si tomamos en cuenta que: 1.º S. serratodentata es una especie típicamente epiplanctónica cuyo há- bitat óptimo oscila entre los 100 m y la superficie (BIERI, 1957; AL- VARINO, 1964, 1965), por lo tanto, seguramente el intervalo 140-100 m no dió mayores resultados y el grueso de la población fue captu- rado por encima de los 100 m. 2.º Esta especie sufre migraciones verticales diarias (FURNESTIN, 1957) de tal manera que, seguramen- te, los individuos capturados por la red a 100m o más, no eran es- tables en esa zona como tampoco lo eran los obtenidos cerca de ia superficie. 3.º De cualquier manera, toda la columna de agua mues- treada en la estación al respecto pertenece a la zona epipelágica y los parämetros ecológicos de sus diferentes niveles no son tan desiguales como para justificar la dispersión observada. Por lo tanto, la explicación del fenómeno debe buscarse en otros hechos, e. g. el polimorfismo inherente a la especie. Otro hecho interesante que también surge de la Fig. 13 es que el | estado de madurez abarca una gama de tamafos mucho mayor que el Il y éste, a su vez, mayor que el Ill. Ello sugiere que el lapso de maduración entre los estados | y Ill debe ser bastante breve y 20 BOLTOVSKOY, D. — Polimorfismo en Sagitta serratodentata... que la misma debe producirse bastante abruptamente, sin ser acom- pafiada por un crecimiento somático apreciable. Esta idea es apoya- da por la circunstancia de ser mínima la proporción de individuos en el II estado de madurez. En efecto, si este estado transitorio es el más breve, debe contener la menor cantidad de ejemplares que, en este caso, es del 13.7% contra 41.2% en el | y 45% en el Ill. CONCLUSIONES De todo lo expuesto se desprende que: 1. — S. serratodentata es una especie que, no solo presenta clines (formas, subespecies, especies) geográficos, sino que adopta diferentes aspectos morfológicos en un mismo área. 2. — Las variaciones descriptas en este trabajo (las no geo- gráficas) no guardan relación de caracteristicas que surjan de ma- nera asociada unas con otras sino que lo hacen independientemen- te siendo su combinación totalmente azarosa. 3. — Se propone la teoría que ellas se deben, no a condicio- nes ecológicas determinadas sino a factores intrínsecos tales como, por ejemplo, la presencia de numerosos alelos múltiples en las po- blaciones estudiadas. 4. — Estas variaciones deben ser tenidas en cuenta al deter- minar la especie en cuestión a fin de no incurrir en errores de iden- tificaciön ni establecer taxiones falsos. AGRADECIMIENTOS Se agradece a la Dra. H. Lena (Dto. de Cs. Biológicas, Fac. de Cs. Exactas y Naturales, Universidad de Buenos Aires, Argentina) por ceder al autor la muestra estudiada.. BIBLIOGRAFIA ALVARINO, A. (1961) — Two new Chaetognaths from the Pacific. Pacif. Sci., v. 15, n. 1, p. 67-77, f. 1-10, tab. 1-4. —— (1963) — Quetognatos epiplanctónicos del Mar de Cortés. — Revta mex. Hist. nat., t. 24, p. 97-203, f. 1-27, cuad. 1-13. —,— (1964) —-Bathymetric distribution of Chaetognaths. Pacif. Sci., v. 18, n. 1, p. 64-82, f. 1-12, tab 1-5. —,— (1965) — Chaetognaths. — Oceanogre. mar. Biol. a. Rev., v. 3, p. 115- 194, f. 1-17, tab. 1-10. —— (1969) — Los Quetognatos del Atläntico. Distribuciön y notas esencia- les de sistemática. — Trab. Inst. esp. Oceanogr., n. 37, p. 1-290, f. 1-94, cuad. 1-13, tab. 1-3. BIERI, R. (1957) — The distribution of the planktonic Chaetognatha in the Pacific and their relationship to water masses. — Limnol. and Oceanogr., v. 4, n. 1, p. 1-28, f. 1-26. IHERINGIA — Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1978. 21 BOLTOVSKOY, D. et E. MOSTAJO (en prensa) — Los quetognatos del Mar Ar- gentino y adyacencias. Consideraciones acerca de su utilizaciön en calidad de indicadores hidrolögicos. Physis, B. Aires. FAGETTI, G. E. (1968) — Quetognatos de la expedición “Marchile |” con observaciones acerca del posible valor de algunas especies como indica- doras de masas de agua frente a Chile. — Revta. Biol. mar. (Estac. Biol. Mar. Univ. Chile), v. 13, n. 2, p. 85-155, f. 1-32, lam. 1-3, tab. 1-7. —— (1959) — Nueva contribución al estudio de los quetognatos de las cos- tas central y norte de Chile. Congresso Sudamericano de Zoologia, Actas y Trabajos, t. 2, p. 127-136, f. 1-2. FRASER, J. H. (1952) — The Chaetognatha and other zooplankton of the Scottish area and their value as biological indicators of hydrographycal con- ditions. — Mar. Res. Scote, v. 2, p. 1-52, f. 1-4. —— (1957) — Chaetognatha. — Cons. Intern. Explor. Mer, Zoopl., Sheet 1, p. 1-6, f. 1-18. FURNESTIN, M. L. (1957) — Chaetognathes et zooplancton du secteur Atlan- tique Marocain. — Revue Trav. Inst. (scient. tech.) Pêch. marit., v. 21, n. 1 et 2, p. 1-356, f. 1-104, fot. 1-53, tab. 1-20 + 1-53. SOARES NETO, T. (1961) — Quetognatas dos mares da Angola. Mems. Jia In- vest. Ultramar, Estud Biol. mar., v. 2, n. 29, p. 9-60, f. 1-50, tab. 1-16, quad. 1-2, map. 1-10. SUAREZ CAABRO, J. A. (1955) — Quetognatos de los mares cubanos. — Mems. Soc. cub. Hist. nat. “Felipe Pory”, v. 22, n. 2, p. 125-180, f. 1-7, lam. 1-9, tab. 1-4. TOKIOKA, T. (1939) — Chaetognaths collected chiefly from the bays of Sa- gami and Suruga with some notes on the shape and structure of the semi- nal vesicles. — Rec. oceanogr. Wks Japan, v. 10, n. 2, p. 123-150, f. 1-10, pl. 1-4. —,— (1940) — A small collection of chaetognaths from the coast of New South Wales. — Rec. Austr. Mus., v. 20, n. 6, p. 367-379, f. 1-10. —,— (1950) — Notes on the development of the eye and the vertical distri- bution of Chaetognatha. — Soc. Natur. Cultur. Hist. Kyoto, n. 1, p. 117-132, o 1e2% VANUCCI, M. et K. HOSOE (1952) —- Resultados científicos do cruzeiro “Bae- pendi” e do “Vega” na Ilha da Trinidade. Bolm Inst. Oceanogr. S. Paulo, v. 3, n. 1, p. 1-30, est. 1-4. 22 BOLTOVSKOY, D. — Polimorfismo en Sagitta serratodentata... REFERENCIAS A LAS FIGURAS 1-13 FIG. 1 — S. serratodeniata en vista ventral en el Ill estado de madurez sexual. FIG. 2 — Esquema de una vesícula seminal de Sagitta sp. (modificado de Jägersten, 1940). alp: aleta lateral posterior; cc: celoma caudal; cd: canal deferente; ct: celoma del tronco; da: disco adhesivo; e: espermateca y t: tes- tículo. IHERINGIA — Zoologia, n. 44 05 DE NOVEMBRO DE 1973 9 N | ep J NU If D al PESAR ie aa = — en : \ N Ne teto ae a su E Si Ts A e NN N N RONEY ET A 24 BOLTOVSKOY, D. — Polimorfismo en Sagitta serratodentata :.... "FIG. 3 — Vesícula seminal izquierda de S. serratodentata en el Ill estado de madurez sexual (vista dorsal). FIG. 4 — Vesícula seminal de S. serratodentata en el Il estado de madurez sexual (vista dorsal). FIGS. 5-12 — Vesículas seminales izquierdas de S. serratodentata en el Ill es- tado de madurez sexual (todas en vista dorsal). La Fig. 10 representa una vesícula seminal rota evacuando su contenido. IHERINGIA — Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 25 er a a IR se ins Ega A AS rn nata a iii enlatado 352 26 BOLTOVSKOY, D. — Polimorfismo en Sagitta serratodentata. . . FIG. 13 — Histograma mostrando la relación entre la cantidad de ejemplares, el estado de madurez sexual y el largo total. NOTA: Todas las medidas están dadas en micrones. IHERINGIA — Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 orten vu N us & E) a < = uu [e] n oO a] < - n uy saJejduwala ap olswnu 27. IHERINGIA n.44 | p.28-31| 1 f. | Porto Alegre - RS | 05-11-1973 Zoologia SOBRE A OCORRÊNCIA DE Pleurodema bibronii TSCHUDI, 1838 NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL (ANURA, LEPTODACTYLIDAE).* Cristina Assunção Sirangelo Braun** "RESUMO O autor focaliza a ocorrência, pela primeira vez, de Pleurodema bibronii TSCHUDI, 1838 no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, ampliando desta for- ma a área de distribuição dessa espécie. > SUMMARY The author reports for the first time the occurence of Pleurodema bibronii TSCHUDI, 1838 in Rio Grande do Sul State, Brasil, giving a wider geographic distribution area for this species. INTRODUÇÃO O gênero Pleurodema TSCHUDI, 1838 está representado por onze espécies na América do Sul, a saber: P. bibronii TSCHUDI, P. brachyops (COPE), P. bufonina BELL, P. cinerea COPE, P. thaul (LESSON), P. diplolistris (PETERS), P. guayapae BARRIO, P. mar- morata (DUMERIL & BIBRON), P. nebulosa (BURMEISTER), P. tucu- mana PARKER e P. kriegi MULLER. No Brasil está registrada a presença de P. diplolistris (PETERS) desde o Estado da Bahia até o Estado do Ceará e a de P. brachyops (COPE) no Forte Rio Branco, Território de Roraima. | Para o Estado do Rio Grande do Sul não havia registro da ocorrência de nenhuma espécie desse gênero. Coleta realizada em três pontos distintos do Estado demonstrou a ocorrência de P. bi- bronii TSCHUDI, 1838 no Rio Grande do Sul, o que deu origem ao presente trabalho. BELL (1843) descreveu para Maldonado, Uruguai a espécie P. darwini. Posteriormente DONOSO-BARROS (1969) confirmou a de- nominação de P. bibronii TSCHUDI, 1838 para a espécie uruguaia, ficando P. darwini BELL como sinônimo. Aceito para publicação em 5/08/78. á ** Do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais, Porto Alegre. Bolsista do Conselho Nacional de Pesquisas, Ri ode Janeiro. T.C. N.º 14628/72. YHERINGIA — Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 29 P. bibronii TSCHUDI, 1838 foi citada para La Pedrera, Depto. de Rocha, Canelones, Depto. de Canelones e Pueblo Santiago Vasquez, próximo à Montevideo (BARRIO & CHIERI, 1970) e para o Depto. de Treinta y Tres (GALLARDO, 1968), todos no Uruguai. Foi citada ain- da para Sierras Grandes (MULLER, 1926) e Pampa de Achala (GALLARDO, 1968) ambas em Cordoba, Argentina. COPE (1862) citou-a para o Paraguai, porém GALLARDO (1968) põe em dúvida essa citação, até posterior confirmação. Foram examinados seis exemplares procedentes do Estado do Rio Grande do Sul (RS), Brasil, que estão depositados no Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais (MRCN). Os dados de colora- ção foram tomados ao vivo, sofrendo alterações no líquido conser- wador. Assim as manchas oliváceas do dorso, tornaram-se escuras e as manchas claras ficaram acinzentadas. A coloração vermelho- alaraniada das dobras das pernas e da região abaixo das glândulas lombares, tornou-se amarelada. As medidas foram aferidas com um paquímetro, seguindo critério usado por BRAUN (1973). Material examinado: Cazuza Ferreira, Município de São Francisco de Paula, RS, col. em 24 de abril de 1973 por P. C. Braun, T. de Lema, C. A. S. Braun e A. A. Lise (MRCN 05533, MRCN 05534, MRCN 05536 e MRCN 05537). Farroupilha, RS, col. em 16 de julho de 1954 por W. W. Milstead (MRCN 05574). Cambará do Sul, RS, col. em 4 de novembro de 1962 por T. de Lema (MRCN 02428). Os exemplares MRCN 05533, MRCN 05534, MRCN 05536 e MRCN 05537, foram coletados no mato, sob pedras, semi-enterrados, à temperatura de 20 graus centígrados e sem apresentar reações de fuga. As três localidades acima citadas situam-se a uma altitude que varia de 700 a 900 metros, sendo a temperatura média durante O inverno de menos de 15 graus centígrados. Um quadro comparativo dos dados biométricos dos espécimes examinados está representado na tabela n.º 1. AGRADECIMENTOS Agradecemos ao Conselho Nacional de Pesquisas pela bolsa concedida: ao Naturalista Thales de Lema que nos orientou; ao pesquisador Pedro Canisio Braun pelos ensinamentos e auxílio nesta tarefa: ao Naturalista Arno Antonio Lise pela coleta de exemplares; às colegas, Naturalista Marta Elena Fabián Beurmann e professoras Moema Daher Leitão, Marisa Ibarra Vieira e Maria Lúcia Alves, pelo estímulo recebido; a todos, que de uma ou outra forma, nos auxiliaram neste trabalho. 30 BRAUN, C. DD: — Sobre a ocorrência ce Pleurocema gu. BIBLIOGRAFIA BARRIO, A. (1964) — Especies cripticas del genero Pleurodema que convivem en una misma area identificadas por el canto nupcial (Anura, Leptodactyli- dae), Physis, v. 24, n. 68, p. 471-489. — — & CHIERI, P. R. (1970) — Estudios citogeneticos sobre el genero Pleu- rodema y sus consecuencias evolutivas (Amphibia, Anura, Leptodactylidae), Physis, v. 30, n. 80, p. 309-319. BRAUN, Pedro C. (1973) — Neva espécie do gênero Proceratophrys MIRAN- DA-RIBEIRO, 1920 do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil (Anura, Cerato- phrynidae), /heringia, série Zoologia, n. 43. (no prelo) COPE, E. D. (1862) — Catalogue of the Reptiles obtained during the explo- ration of the Paraná, Paraguay, Vermejo and Uruguay rivers by Cap. Thos. J. Page, Proc. Acad. Nat. Sci. Philad., p. 359-436. DIAZ, J. Valencia (1961) — Formas allo-simpatrida de Pleurodema tucumana y ‘ Pleurodema nebulosa, Bol. ALAIH, ano 1. n. 3. DONOSO-BARROS, R. (1962) — Sensibilidad a los gonadoestimulinas de los sapitos de 4 ojos Pleurodema bibronii, Bol. ALAIH, ano 2, n. 1. —— (1969) — Nota distribucional sobre Pleurodema bufonina BELL, Bol. Soc. Biol. Concepción, v. 16, p. 155-156. —— & CEI, J. M. (1962) — The taxonomic position of three common frogs, Herpetologica, v. 18, p. 195-208. FARUK, A. (1962) —-Embriogenesis de Pleurodema bibronii, Bol. ALAIH, ano e AE NTE: GALLARDO, J. M. (1968) — Sobre la validez de algunas especies Argentinas de Pleurodema (Anura, Leptodactylidae), Physis, v. 28, n. 76, p. 135-144. —— (1972) — Anfibios de la Provincia de Buenos Aires, Ciencia e Investi- gaciön, v. 28, n. 2 e 1, p. 1-60. HELMICH, W. (1932) — Zur analyse des Farbkleides von Pleurodema bibro- ni TSCHUDI, Biologischen Zentralblatt, v. 52, n. 9-10. LEON-OCHOA, J. & DONOSO-BARROS, R. (1969-1970) — Desarollo embriona- rio y metamorfosis de Pleurodema brachyops (COPE), Bol. Soc. Biol. de on cepción, v. 17, p. 355-379. MULLER, L. (1926) — Neue Reptilen und Batrachier der Zoologischen pa lung des Bayerischen Staates, Zool. Anz., v. 65, p. 193-200. PARKER, W. H. (1927) — A revision of the frogs of the genera Pseudopaludi- cola, Physalaemus and Pleurodema, Ann. Mag. nat. Hist., serie 9, n. 20, p. 450. LEGENDA DAS FIGURAS TABELA Nº 1 — Quadro comparativo dos dados biométricos dos espécimes exa- minacos, em mm. FIGURA N.º 1 — Vista dorsal de Pleurodema bibronii TSCHUDI, 1838: A — exemplar adulto B — exemplar jovem IHERINGIA — Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 31 TABELA N.º 1 Números dos exemplares ....... Gee | 05574 | el Comprimento toll ...........::.:] 284 | 201 | 975 | 264 | 380 | 260] Largura” da cabeça a. mit: us 100] 126] 148 | 120 [ 150 | 120 TRES CRS RP RU rer Distância do olho à narina ...... “ao| 20] 28[ 26] 4,0 | 3,0 Membros anteriores) Da. Lc DR 251 198] 28 | 178 | > 19,0 Membrosppesienoresu wre 440 | 279 | 487 | 370 | En 41,0 Dietäncia narinamonta focinho ...| 30 85] 82] 21] 80] 20 Comprimento da cabeça ......... 120 | 1838| 196] 90] 110 | 100 ae er eye were] Largura ca pálpebra superior .... mas] e | 2,7 | 2,5 8,0) | 2,0 Espaço internarinas en 18] E 2,3 dim 2.300230 IHERINGIA | Zoologia | n.44 | p, 32-49 | 6 f. | Porto Alegre - RS | 05-11-1973 Anodontites BRUGUIERE, 1792 NO GUAÍBA — RS (BIVALVIA: MYCETOPODIDAE) I — Anodontites trapesialis forbesianus (LEA, 1860).* Inga Ludmila Veitenheimer** RESUMO Nesta primeira fase do trabalho é apresentada uma redescrição e amplia- ção da conquiliologia, conquiliometria e morfo-anatomia das estruturas relacio- nadas com a nutrição, em especial o estômago de Anodontites trapesialis for- besianus (LEA, 1860). O estudo foi feito em espécimes coletados nas águas do: Guaíba-RS e depositados na coleção do Museu Rio-Grandense de Ciências Na- turais (MRCN). ABSTRACT In this first phasis of the work, the author presents both a redescription: and ampliation study, dimension of the shell and a morphoanatomic study of the structures related with nutrition particulary the stomach of Anodontites trape- sialis forbesianus (LEA, 1860). Specimes were collected at Guayba river — Rio Grande do Sul State — (Southern Brazil) and make part of collections of Museu: Rio-Grandense de Ciências Naturais (MRCN). INTRODUÇÃO Nossas pesquisas têm como finalidade conseguir estabelecer caracteres diferenciais válidos e que possam ser utilizados como: subsídio para a sistemática dos bivalves dulciaquícolas ocorrentes em nosso meio. Além da conquiliologia estamos lançando mão da conguiliometria e da morfo-anatomia, especialmente, do estômago: e que talvez possa nos abrir novos horizontes. Examinando trabalhos sobre as naiades sul-americanas consta- tamos que quase nada de significativo tem-se feito quanto a con- quiliometria. LEA, IHERING e ORTMANN além de terem utilizado di- ferentes métodos de medida, determinaram índices de medidas para: as espécies baseados em um número muito pequeno de exemplares. LEA (1863) não utiliza índice; IHERING (1890) e ORTMANN (1921) utilizam os índices de altura pelo comprimento total e o da distância umbonal pelo comprimento total. O método de medida e os índices por nós obtidos no presente trabalho baseiam-se em HAYWARD Aceito para publicação em 11/10/73 E ** Pesquisador-Assistente do Conselho Nacional de Pesquisas no Museu Rio- Grandense de Ciências Naturais em Porto Alegre, T.C. 10.955. IHERINGIA — Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 | 33 (1973; p. 64-65). Não podemos comparar os Índices encontrados por nós com os de IHERING e ORTMANN, entretanto levando em consideração os desenhos apresentados por estes autores pudemos chegar a algumas conclusões que são apresentadas no decorrer do trabalho. No que se refere a morfo-anatomia, até pouco tempo, nada se fez para a espécie Anodontites trapesialis forbesianus (LEA, 1860). LEA (1863) em sua descrição da espécie não faz nenhuma referên- cia às partes moles. ORTMANN (1921) faz algumas observações morfo-anatômicas em Anodontites riograndensis (IHERING, 1890) que é sinônimo de A. trapesialis forbesianus. Refere-se às aberturas anal e branquial. Afirma que a abertura branquial apresenta deli- cadas papilas sobre o lobo interno do manto. Dá como caracte- rísticos da espécie: palpos grandes, semi-circulares, margens livres arredondadas, truncadas posteriormente, forma um “bico” na ex- tremidade posterior e, a margem posterior é bastante separada na base. Quanto às brânquias: grandes, amplas, a interna que é larga anteriormente insere-se entre as extremidades posteriores dos pal- pos. ORTMANN (1921), ainda descreve as expansões laterais dos septos branquiais da demibränquia interna e que são responsáveis pela limitação dos tubos aquíferos secundários junto à lâmina ex- terna, quando o animal está grávido. Em 1971, HEBLING apresentou tese para a obtenção do grau de Doutor em Ciências, junto ao Departamento de Fisiologia Animal e Zoologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Cla- ro, São Paulo. Sua Tese teve como Título Dissertativo: “Anatomia Funcional de Bivalves Límnicos do Estado de São Paulo”. O tra- balho é um estudo anatômico funcional comparativo das espécies Anodontites trapezeus SPIX, 1827 e Anodontites trapesialis LA- MARCK, 1819. No presente trabalho temos como objetivo principal lançar ba- ses para um estudo comparativo das estruturas anatômicas como subsídio à sistemática dos bivalves dulciaquícolas ao nível de fa- mília, gênero e espécie. A nomenclatura por nós utilizada baseia-se em PURCHON, DI- NAMANI, HEBLING e NARCHI, tendo sido adaptada para o portu- guês. MATERIAL E MÉTODO O material por nós examinado faz parte da coleção do Museu Rio Grandense de Ciências Naturais (MRCN). Foram estudados os lotes em líquido números: 1848, 1863, 3004 e 3135, com um total de 20 exemplares conservados em álcool a 70%. 34 VEITENHEIMER, |. L. — Anodontites BRUGIERE, 1792... Para o estudo conquiliológico examinamos 13 lotes, com um total de 44 exemplares. A conquiliometria é baseada em HAYWARD (1973, p. 61-09) e a abreviação dos índices (x100) significam: ICU: índice do comprimento do umbo em relação ao compri- mento da valve. IAM: índice da altura maior da valve pelo comprimento. IAU: índice da altura do umbo pela altura da valve. IAUC: índice da altura do umbo pelo comprimento da valve. DADOS ECOLÓGICOS Estes animais são encontrados no Guaíba, comumente, junto a juncos em areia fofa, onde não há limo. Enterram-se quase que completamente deixando apenas o terço posterior para fora. Entre os lotes existentes no MRCN há o de n.º 2856 que indica ter sido coletado junto a poucos juncos e terreno com diversas pedras. São encontrados em profundidades superior a 80 cm. A espécie A. trapesialis forbesianus (LEA, 1860) cuja enverga- dura só pode ser comparável a de Leila blainvilliana (LEA, 1834), parece que como esta, também está desaparecendo das águas do Guaíba. A alguns anos atrás encontrávamos esta espécie com muita frequência e em número relativamente grande, atualmente, es- tão tornando-se escassas e há coletas em que não conseguimos encontrar nenhum exemplar. Não sabemos concluir a que se deva este desaparecimento pois, trabalhos anteriores como o de HEBLING (1971) e de HAAS (1939) afirmam que esta espécie tem grande re- sistência à poluição da água. DESCRIÇÃO CONQUILIOLOGIA: A concha quando adulta é grande em relação as demais es- pécies ocorrentes no Guaíba, sendo comparável em tamanho so- mente com a espécie Leila blainvilliana. O perióstraco é liso, geral- mente brilhante, há uma grande variação de cor: castanho escuro, castanho esverdeado até amarelado. As regiões anterior e posterior são sempre mais escuras e opacas. Em alguns espécimes o periós- traco apresenta-se raiado, isto é, há linhas mais escuras que partem da região dorsal em direção ventral abrindo-se em leque. Estes raios são observados comumente em espécimes que apresentam o pe- riöstraco esverdeado. O formato da concha é oval-alongado, inequilateral, equivalve. A linha dorsal pode variar de reta a levemente arqueada e,.a região ventral de côncava a convexa, sendo que a região anterior é arre- dondada e estreita e, a região posterior é larga e forma com a linha IHERINGIA — Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 35 dorsal um ängulo obtuso. A regiäo posterior desce obliquamente da região dorsal em direção ventral formando junto a essa região um “bico” às vezes bastante proeminente. Da região antero-ventral até mais ou menos a metade da re- gião ventral para trás, as duas valves ficam entre-abertas formando uma “boca” por onde sai o pé. Não se observa lúnula, o escudo é bastante grande e visível quando observado pela região posterior. O sínus de coloração castanho-amarelado apresenta a forma triangular com o ápice voltado para a região anterior. A capa pris- mática é estreita e a largura permanece mais ou menos constante ao longo de toda a extensão. Os umbos são altos e bastante gastos em exemplares adultos. A cicatriz do músculo adutor anterior é bem mais marcada do que a do adutor posterior. O número de impressões dos músculos dor- sais varia de zero a 4 impressões na cavidade umbonal, sendo que estas impressões também são encontradas em exemplares peque- nos. Um dos nossos exemplares, o de n.º 1929 (MRCN), possui 6 impressões dos músculos dorsais. HEBLING (1971) observou a pre- sença de 1 a 2 cicatrizes de músculos dorsais e a ausência destes músculos em exemplares pequenos (jovens). CONQUILIOMETRIA: O maior exemplar coletado no Guaíba e que faz parte da cole- ção do MRCN é o de n.º 980, com: 145 mm de comprimento 49 mm de altura Na Tabela | encontram-se medidas realizadas em 44 espécimes de A. trapesialis forbesianus, sendo registradas as seguintes varia- ções de índice: ICU: 26 - 36 IAM: 51 - 67 IAU: 85 - 93 IAUC: 44 - 59 Realizando medidas das figuras de Anodonta forbesiana de LEA (1863, est. 47, f. 301) e de Anodontites riograndensis de ORTMANN (1921, est. 43, f. 2; est. 43, f. 3; est. 44, f. 2) obtivemos índices que se enquadram aos obtidos por nös: ICU IAM IAU IAUC EFA,I86S, est 47, 1. 301: 37 61 92 56 OSTMARRE- SZ] Espe 2 Sp 64 87 56 ORTMANN, 1921, est. 43, f. 3: 35 63 92 58 ORTMANN, 1921, est. 44, f. 2: 32 60 87 52 36 VEITENHEIMER, 1. L. — Anodontites BRUGIERE, 1792... Entretanto, os indices obtidos em Anodonta forbesiana de ORTMANN (1921) não correspondem aos nossos índices: ICU IAM AU IAUC | ORTMANN, 1921, est. 43, £. 4: 483 67 94 65 ORTMANN, 1921, est. 44,1.3: 43 64 95 61 DESCRIÇÃO MORFO-ANATÔMICA: MANTO O manto é muito fino em quase toda sua extensão, com ex- ceção dos bordos livres que são espessos em todo seu compri- mento. O manto é soldado na região dorsal e o lobo interno sofre uma soldadura na região posterior formando o septo de separação entre as aberturas inalante e exalante. A cor do manto varia do creme ao alaranjado, sendo pigmen- tado de castanho junto às aberturas exalanie e inalante e mais intensamente no septo de separação entire as duas aberturas. ABERTURAS INALANTE E EXALANTE Para a região sifonal preferimos utilizar a denominação de aberturas inalante e exalante ou, respectivamente, branquial e anal pois não há formação de tubos contráteis e retráteis como no caso de Leila blainvilliana e para qual utilizamos a denominação de sifões. A abertura anal é aberta e o lobo interno do manto apresenta- se fino, levemente ondulado e algumas vezes um tanto crenulado. A abertura branquial apresenta o bordo do lobo interno do manto mais espessado e muito ondulado, às vezes com uma quase for- mação de papilas, entretanto, nunca há papilas perfeitas (Fig. 1). ORTMANN (1921) afirma que há delicadas papilas na abertura branquial de sua Anodonta riograndensis, entretanto HEBLING (1971) observou a ausência de papilas na abertura branquial, sendo este fato confirmado no presente trabalho. Observamos em alguns exemplares a presença de ácaros jo- vens ou ovos quase eclodidos sobre as paredes da abertura ina- lante. Dos nove espécimes adultos e 1 jovem do lote n.º 1848 (MRCN) há um adulto com total ausência de pigmentação junto às aber- turas inalante e exalante e, 2 adultos e 1 jovem com pigmentação muito escassa. IHERINGIA — Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 37 BRÂNQUIAS A coloração das brânquias pode variar de creme a alaranjada. Externamente observa-se visivelmente, tanto na demibrânquia inter- na como na externa os septos que separam os tubos aquíferos. A demibrânquia interna na sua porção posterior fica totalmen- te encoberta pela demibränquia externa e à medida que se aproxi- ma da região anterior começa a surgir a porção ventral até que em sua porção mais anterior fica quase que totalmente à mostra. A demibrânquia interna une-se ao corpo do animal em sua porção anterior, formando aí um canal que desemboca entre os palpos la- biais. A demibrânquia interna apresenta em sua porção ventral um profundo sulco alimentar que se torna menos notável quando o enimal está grávido (Fig. 1 e 3). Observando as brânquias, em cortes transversais, na lupa po- demos constatar que os septos de demibrânquia interna sofrem ex- pansões laterais que vão limitar os tubos aquíferos secundários jun- to à lâmina externa quando o animal está grávido. Nestas ocasiões os septos tornam-se mais delgados, pois se distendem muito para dar lugar à marsupia que fica localizada junto à lâmina interna. Na demibrânquia externa não há expansões laterais dos septos e, os mesmos permanecem inalteráveis durante todo tempo. Um exem- plar do lote n.º 1863 (MRCN) apresenta os septos da demibrânquia externa com pequenas expansões laterais (Fig. 4). Percorrendo os septos longitudinalmente há em ambas as de- mibrânquias 2 evidentes vasos sanguíneos em cada um. Aqueles vasos que se encontram junto da lâmina interna da demibrânquia externa e da lâmina externa da demibränquia interna são de maior calibre. À marsupia ocupa a porção central da demibrânquia interna. O par de brânquia direito de um exemplar do lote n.º 3135 (MRCN) apresenta uma anomalia, isto é, a demibrânquia interna so- freu uma constrição dorso-ventral em sua porção anterior. Por transparência podemos observar nas brânquias destes ani- mais a presença de ovos de ácaros. PALPOS LABIAIS Os palpos lapiais apresentam a forma oval-alongada. Estão soldados dorsalmente, deixando livres, apenas as extremidades pos- teriores. Na sua porção anterior os palpos labiais rodeiam a boca formando uma espécie de “lábio”, sendo que a parte externa dos palpos labiais forma o lábio anterior e a porção interna, o lábio pos- terior. Nas faces internas os palpos labiais apresentam-se com pre- gas e sulcos que partem da região dorsal até a ventral. Estes sulcos desaparecem nas porções livres posteriores e nas extremidades an- teriores que formam o “lábio” (Fig. 2) 28 VEITENHEIMER, |. L. — Anodontites BRUGIERE, 1792... BOCA E ESÔFAGO A boca de posição anterior é representada por uma fenda trans- versal e que se prolonga pelo esôfago em direção dorsal. O esôfago é curto, achatado e largo arqueando-se para trás na região dorsal onde desemboca no estômago. As paredes do esôfago são percor- ridas por finíssimos sulcos e pregas longitudinais no sentido boca- estômago. O limite entre o estômago e o esôfago é feito por um sulco circular. ESTÔMAGO (Fig. 5) Limitando o esôfago (E) e o estômago (EST) há o sulco circu- lar (SC) e logo em seguida a dobra anterior (DA) que deixa uma estreita passagem entre a parede esquerda do estômago e a mesma. A dobra anterior projeta-se para dentro da cavidade estomacal con- tinuando-se pela parede direita em direção póstero dorsal, penetran- do no capuz dorsal (CD). A face da dobra anterior voltada para o “chão” do estômago apresenta-se formada por grossas pregas e sulcos e a voltada para o “teto” é praticamente lisa. Entre a dobra anterior e a área de seleção 3 (SA3), vindo do capuz dorsal há o sulco de rejeição (SR) que vai desembocar no sulco intestinal (Sl), próximo das aberturas associadas do intestino e saco do estilete (SE & |). As aberturas da SE & | encontram-se no “chão” posterior es- querdo do estômago, sendo aí que desemboca o sulco intestinal. Saindo pela parede anterior das aberturas associadas do intestino e saco do estilete em direção antero-esquerda, há a tiflossole maior (T). A tiflossole maior em sua trajetória pelo estômago forma o cone (CO) e depois penetra na abertura comum para os ductos dos di- vertículos digestivos do lado esquerdo anterior (ACDE), mais es- pecificamente na abertura posterior, terminando logo em seguida. A abertura comum para os ductos dos divertículos digestivos do lado direito (ACDD) encontra-se no chão anterior do estômago, sob a dobra anterior, formando uma espécie de átrio onde há 4 aberturas. A abertura comum para os divertículos digestivos da pa- rede esquerda também forma uma espécie de átrio onde há 4 aber- turas assim distribuidas: 1 abertura posterior onde penetra a tiflos- sole maior, 2 aberturas anteriores e 1 abertura superior sobre as 2 anteriores. | Partindo do sulco intestinal em direção às ACDE e ACDD há a área de seleção anterior (SA) formada por grossas pregas e sul- cos. IHERINGIA — Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 39 Acima da ACDE há uma invaginação da parede formando uma bolsa rasa, a expansão lateral (EL). HEBLING (1971) concorda com DINAMANI (1967) que esta estrutura faz parte do bolso esquerdo, discordando de PURCHON (1958) que a considera como uma es- trutura a parte. Ao lado da ACDE, em direção posterior e, também sob a ex- pansão lateral, há o bolso esquerdo (BE). O bolso esquerdo abre- se no estômago através de uma abertura circular e apresenta-se como uma concavidade na qual se abrem ductos dos divertículos digestivos. Da parede posterior das aberturas do SE & | surge a tiflosso- le menor (TM). A área de seleção 3 (SA3) está constituída por uma ampla área que se dobra em duas secções, uma acima da outra. A porção que fica em cima e que é limitada anteriormente pelo sulco de rejeição é formada por pregas e sulcos que ali desembocam. A porção que fica semi-encoberta é de formato ovalado e constituído por uma série de 5 a 6 depressões ovais (DO) principais que iniciam próximo da abertura associada do estilete e se prolongam pelo chão até a parede direita. Nesta porção da área de seleção 3 também há gros- sas pregas e sulcos que se dirigem para o sulco de rejeição e o sulco intestinal. Percorrendo estas depressões ovais há uma prega que chega até a dobra posterior seguindo sobre a mesma até o capuz dorsal onde acaba logo na entrada. Este mesmo tipo de área de seleção foi observado em Leila blainvilliana (LEA) por VEI- TENHEIMER (1973), com a diferença de que a prega percorre as depressões e quando chega na dobra posterior segue sobre a mes- ma em zigue-zague até o capuz dorsal, onde acaba. HEBLING (1971, p. 64) interpretou estas depressões ovais como sendo a dobra da área de seleção posterior, provocada pela parede posterior descrita por DINAMANI (1967, p. 247) para Lammellidens corrianus e, tam- bém observada por nós. As depressões ovais descritas para A. tra- pesialis forbesianus são similares às indicadas por DINAMANI (1967, p. 254) para Sanguinolaria (Soletellina) diphos e, correspondem a área de seleção 9 descrita por PURCHON (1958) para Laternula ros- trata e, correspondem também a série de 5 cu 6 bolsos cegos e ra- sos descritos por PURCHON (1960) para Gari togata. Preferimos uti- lizar a nomenclatura depressão oval (DO) de DINAMANI (1967) ao bolso cego de PURCHON (1960). Depressão oval é uma concavi- dade rasa, ao passo que bolso cego corresponde a estrutura des- crita por DINAMANI (1967) para Ostrea forskalii como sendo um bol- so longo dirigido para a região anterior. O capuz dorsal encontra-se em posição dorso-posterior es- querdo. Apresenta a forma aproximada de uma vírgula com a por- ção terminal voltada para a região anterior do estômago. ; 40 | VEITENHEIMER, |. L. — Anodontites BRUGIERE, 1792..: © escudo gästrico (EG) fixa-se na regiäo dorsal esquerda, des- ce pela parede esquerda emitindo uma pequena expansäo que se fixa na entrada do capuz dorsal e outra na porção posterior ag expansão lateral. INTESTINO E SACO DO ESTILETE (Fig. 6) O intestino (|) e o saco do estilete (SE) partem da região pós- tero-ventral do estômago e apresentam-se parcialmente separados. Grande parte do intestino acha-se distribuído no pé do animal, mer- gulhado entre as gônadas. Percorre um trajeto bastante longo, for- mando várias alças e depois dirige-se para cima e em linha reta segue pelo dorso do animal, passa pela cavidade do ventrículo cár- dico, “abraça” parcialmente o músculo adutor posterior e abre-se pelo ânus junto a abertura exalante. O ânus apresenta-se como uma abertura oval ornamentada por duas papilas na porção superior. Podemos dividir, teoricamente, o intestino em 3 porções levan- do em consideração a disposição da tiflossole maior. A primeira porção é a que se segue logo após o estômago, a tiflossole maior forma uma grande dobra que separa a luz do intestino da luz do saco do estilete, formando uma “cama” para o estilete cristalino (EC). O estilete cristalino deitado sobre a tiflossole maior prolon- ga-se até o final da primeira porção, quando se percebe o gradativo desaparecimento da tiflossole maior e consequentemente do saco do estilete. A segunda porção do intestino não apresenta tiflossole, entretanto, as paredes do intestino são muito onduladas, formando pregas transversais e longitudinais. Na terceira porção, reaparece a tiflossole que é muito achatada e que vai acabar no ânus. OCORRÊNCIA NO GUAÍBA — RS RS, rio Guaíba, PA, Ipanema (MRCN): n.º 48, 503, 505, 510, 607, 980, 1863, 1929, 2487. RS, rio Guaíba, PA, Guarujá (MRCN): n.º 1848, 1851, 2336, 2745, 3004, 3012, 3135. RS, rio Guaíba, V., Itapoã, Praia da Onça, Porto das Pombas (MRCN): n.º 269 RS, Arroio Petim (MRCN): n.º 1354 RS, rio Guaíba, PA, Espírito Santo (MRCN): n.º 2719 RS, rio Guaíba, PA, Serraria (MRCN): n.º 2857 RS, rio Guaíba, PA, Pedra Redonda (MRCN): 2930 RS, rio Guaíba, Belém Novo, Praia do Veludo (MRCN): n.º 249, 935 RS, rio Guaíba, Belém Novo (MRCN): n.º 368 Ss RS, rio Guaíba, PA, Assunção (MRCN): n.º 2856 RS, rio Guaíba, Florida (MRCN): n.º 2603 IHERINGIA — Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 | E CONCLUSÃO Concluindo sobre os aspectos estruturais e, não fisiológicos que foi a principal meta de HEBLING (1971), concordamos com ele quanto a grande uniformidade do estômago para Mycetopodidae. Entretanto, queremos ressaltar um aspecto do estômago que talvez possamos levar em consideração depois de um estudo global com- parativo dos bivalves dulciaquícolas, trata-se da área de seleção 3 ou posterior. A referida área de seleção sofre uma variação já obser- vada em outras espécies da família Mycetopodidae, como em Leila blainvilliana por VEITENHEIMER (no prelo) e Monocondylaea minua- na por MANSUR (no prelo). Como está especificado na introdução esta é uma primeira par- te do estudo do gênero Anodontites ocorrente nas águas do Guaíba. Não podemos, portanto, generalizar conclusões para o gênero, en- tretanto, salientamos alguns aspectos morfo-anatômicos que são dignos de atenção na espécie A. trapesialis forbesianus: 1 — Aberturas sinfonais: a — inalante: sem papilas, apenas pregas bastante conspícuas. b — exalante: bordos lisos ou um tanto crenulado. 2 — Estômago: a área de seleção 3(SA3) bastante caracteris- tica nesta espécie. Além dos sulcos e pregas apresentam uma sé- rie de depressões ovais percorridas por uma prega que sobe atra- vés da parede posterior, percorrendo-a retilineamente e acaba jun- to da abertura do capuz dorsal. 3 — Abertura anal ornamentada por papilas. AGRADECIMENTOS Queremos deixar aqui nossos agradecimentos ao Dr. Hebling pela biblio- grafia cedida e pela orientação prestada durante o estágio que realizamos no Departamento de Fisiologia Animal e Zoologia da Faculdade de Filosofia, Ci- ências e Letras de Rio Claro, São Paulo. A colega Maria Cristina D. Mansur com a qual pudemos discutir e resolver dúvidas surgidas durante o trabalho. Ao Prof. J. W. Thomé pelo apoio e incentivo. A Naturalista Jocélia G. Vieira, Diretora do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais, que permitiu a utili- zação das dependências do Museu para a realização do nosso trabalho. BIBLIOGRAFIA CARTER, R. M. (1967) — On the nature and definition of the Iunule, escutcheon and corcelet in the bivalvia. — Proc. malac. Soc. Lond., v. 37, n. 4, p. 243- 263, 2 est, 6 f. DINAMANI, P. (1967) — Variation in the stomach structure of the Bivalvia. — Malacologia, v. 5, n. 2, p. 225-268, il. 42 VEITENHEIMER, |. L. — Anodontites BRUGIERE, 1792... DE ES O ee I I a FIGUEIRAS, A. (1965) — La malacofauna dulceaquícolas del Uruguay (Parte Il) — Comun. Soc. Mai. Uruguay, Montevideo, v. 1, n. 8, p. 223-270. GRAHAM, A. (1949) — The molluscan stomach. — Trans. R. Soc. Edinb., v. Bins 3, 737.2 018,23 1. HAAS, Fritz (1969) — Eine Zusamenstellung und Kennzeichnung der rezen- ten Tierformen Superfamilia Unionacea. — Tierreich, v. 88, n. 1-10, p. 570. HAYWARD, B. W. (1973) — Upper tertiary freshwater mussel fossil from the Coromandel volcanic sequence. — JI R. Soc. New Zealand, v. 3, n. 1, p. 61-69, 3 f. HEBLING, Nilton José (1971) —- Anatomia funcional de bivalves límnicos do Estado de São Paulo. Rio Claro, 86 pgs., 21 f. Tese (Dout. Ciênc.) Fac. Filos. Ciênc. e Letras, Rio Claro. IHERING, H. von (1890) — Revision on der von Spix in Brasilien Gesammel- ten Najaden. — Arch. Naturgesch., ano 56, v. 1, n. 1-3, p. 117-170, est. 9. LEA, |. (1863) — Observations on the genus Unio. v. 10. Philadelphia, p. 29, est. 47. —— (1867) —-Observations on the genus Unio. Index to v. 1-10. Philadelphia, p. 24. MANSUR, M. C. D. (1970) — Lista dos moluscos bivalves das famílias Hy- ridae e Mycetopodidae para o Estado do Rio Grande do Sul. — lheringia, zool., n. 39, p. 33-95. MANSUR, M. C. D. — Monocondylaea minuana ORBIGNY, 1835: variabilidade da concha e morfologia do sistema digestivo (Bivalvia - Mycetopidae) /heringia, zool. (no prelo) NARCHI, Walther (1968) — The functional morphology of Lyonsia californica CONRAD, 1837. — Veliger, v. 10, n. 4, p. 305-313, 7 1. —— (1971) — Structure and adaptation in Transennella tantilla (GOULD) and Gemma gemma (TOTTEN) (Bivalvia: Veneridae). — reprinted from Bull. mar. Sci. v. 21, n. 4, p. 866-885, 9 f. ORTMANN, A. E. (1921) — South American Naiades: a contribution to the knowledge of the freshwater mussels of the South American. — Mem. Car- neg. Mus., v. 8 n. 3, p. 624-629, est. 43, 1. 2, 3, 4; est. 44, f. 2, 3. PURCHON, R. D. (1956) — A note on the Biology of Martesia striata L. (La- mellibranchia). — Proc. zool. Soc. Lond., v. 126, p. 245-258, 7 f. —,— (1958) — The stomach in the Eulamellibranchia; Stomach type IV. — Proc. zool. Soc. Lond., v. 131, p. 487-525, il. —,— (1960) — The stomach in the Eulamellibranchia; Stomach types IV and Vi Proc: zoo! Soc" ond varlesr mE Sp 48-48 —— (1972) — On the biology of /phigenia brasiliensis LAMARCK, 1818 (Bi- valvia, Donacidae). — Proc. malac. Soc. Lond., v. 40, p. 79-91. SIMPSON, C. |. (1914) — A descriptive catalogue of the naiades or Pearly Fresh-water mussels. part. 1, Michigan, p. 1428-1440. VEITENHEIMER, |. L. — Contribuição ao estudo do gênero Leila GRAY, 1840 (Bi- valvia: Mycetopodidae) — /heringia, zool. (no prelo) TABELA 1: Medidas de espécimes de Anodontites trapesialis forbesianus (LEA, 1860) incluídos na coleção do MRCN. nv nv (ww) SAJ2A ep eine (ww) soqun sop einje (ww) jeuoquin oJd -duiod (ww) ojusu -udwog Jejdusxo 90] o'u OIMO|DNI|I[TH|OlO|—I|+T|I—I|=+ILO|OI|O|NTO |=+|0n lo lo Im LO | LO [LO [LO LO | st | LO | LO | LO |LO |LO [LO | LO | LO | LO |LO |=t |LO |LO |O [10 NI|O|O|Im|O|T|IT|LO|Oo|N|jN|Oo|OlD|O|NI-I-—lolalo D|0O|/00]/D|D|-|c0|00|00|0/9D|0]D|0]DI|IS|00 19 |00 | | O |O |o!|N |O |O | Oo Im |N|o|+Ti-—lol-I|I+I-—l|o|l[+r[iOlm CO | CO |CO |LO | CO | CO |co | LO |co |co |LO | CO | CO | LO |LO |LO |LO |LO |cO |co |co LO |O IN |O |N|00 |— | |O | |st|+I|LON]O|O|NIM- Io |st [co aaa ana a Im nun Ian Im Im Ian lan Im Im |m SI DJ O ID x |O I IN Is |O I Is 0 | OI 9/9 |— | | N co |O |O |O Im ID ı" [O |O |O |=t |O |=t|O|=t+I|LO |O | lo |co |co OIL JO |O |O [O IM | ID |M |O |D|O|TIO|IOI|ITIM|ITIDO/O LO |LO |LO [LO [09 |=T |O |O N |L0 |=t | AI |O [09 |LO IM | CO |LO |LO |O -I—IO|—IcoOlMOI-I|=+I0)00 las || |OIN|—I—I—IN- Io DIODINIDITINIDOIOILOINI|IN|IDINININI|IOI|NI|ITIO m Im LO |N | |T|LDININI-|O|O|N|O|—|0]D |O |o|N Io colo O|O/0 [O |D|0|m|O|+|lO|-N|O|-|O|jO|lDI-N|I-mID|O|O um) rr Me mr Ice da ca Te um Te Ton 2 PURE! — |O O N (op) Q LO LO |O Q [co e Ka o oo lee) O | Sn oO I So I In N (ap) [a 2) 44 VEITENHEIMER, |. L. — Anodontites BRUGIERE, 1792... ABREVIATURAS DAS FIGURAS A =— ânus ACDD = abertura comum para os ductos digestivos direito ACDE == abertura comum para os ductos digestivos esquerdo AE — abertura exalante Al -—- abertura inalante B == boca BE — bolso esquerdo CD — capuz dorsal CO — cone D = diafragma DO — depressão oval DBE == demibrânquia externa DBI == demibränquia interna E — esôfago EC — estilete cristalino EG = escudo gástrico EL == expansão lateral E = linha paleal LUI = |uz do intestino M — zmanıto MAA == músculo adutor anterior MAP == músculo adutor posterior MP — músculo protrator MRA = músculo retrator anterior MRP | == músculo retrator posterior P = pé PA = papila anal FE — palpos labiais SAS == área de seleção 3 SE = saco do estilete SE & | == abertura comum para o saco do estilete e intestino Sl = sulco intestinal SR — sulco de rejeição T — tiflossole maior TM — tiflossole menor LEGENDAS DAS FIGURAS: FIG. 1: Vista pelo lado esquerdo das partes moles de A. trapesialis forbesianus. Foi retirada a parte livre do manto para a visualização do Pê, palpos labiais, brânquias e aberturas sifonais. FIG. 2: Vista pela frente da região anterior de Anodontites trapesialis forbesianus, mostrando a disposição da boca e dos palpos labiais. iHERÍNGIA — Zoologiä, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 U iR SIMIS E MAA « I u TE: ee, NE: ISP . A 5 Sy Aue PR er. PETIT. e tiamaa DES De ins a É a Ye“ E fig. 1 46 VEITENHEIMER, |. L. — Anodontites BRUGIERE, 1792... FIG. 3: Corte longitudinal do par de bränquias esquerda. F&mea grävida de A. trapesialis forbesianus. FIG. 4: Corte transversa! do par de bráquias esquerda. Fêmea grávida de A. trapesialis forbesianus. FIG. 5: Vista interna, de cima e pelo lado direito do estômago de A. trapesialis forbesianus. IHERINGIA — Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 48 VEITENHEIMER, |. L. — Anodontites BRUGIERE, 1792... FIG. 6: Esquema da disposicäo do intestino de A. trapesialis forbesianus. Os nümeros correspondem aos cortes transversais realizados no intestino segundo a disposição das setas. IHERINGIA — Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 | LUI M fig. 6 49 IHERINGIA | Zoologia | n. 44 p. 50-54 | ZaT. | Porto Alegre - RS | 05-11-1973 SOBRE UMA POSTURA DE Caiman latirostris (DAUDIN, 1802) — (CROCODILIA, ALLIGATORIDAE)* Pedro Canisio Braun** - RESUMO O autor descreve uma postura de Caiman latirostris (DAUDIN, 1802), encon- trada numa fazenda, no Município de Bossoroca, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. SUMMARY The author describes an egglaying of Caiman latirostris (DAUDIN, 1802), the nest found in a farm in Bossoroca County, Rio Grande do Sul, Brasil. INTRODUÇÃO Apesar de bastante conhecidos e de sua distribuição atingir grande parte da América do Sul, pouca coisa se conhece ou foi escrita sobre a biologia dos jacarés encontrados no Rio Grande do Sul. A espécie aqui encontrada é Caiman latirostris (DAUDIN, 1802) - e dela existem, quase sempre, apenas citações e referências em trabalhos de autores nacionais ou estrangeiros. Assim LEITÃO DE CARVALHO (1955) e FREIBERG & LEITÃO DE CARVALHO (1965) tratam da distribuição geográfica, variações inter-específicas e cha- ves de classificação, acrescentando muito pouco sobre a biologia da citada espécie. Quanto à postura, MELO CARVALHO (1969) diz que costumam fazê-la nas touceiras espessas à beira das lagoas onde os ovos, em média de 40, são incubados pela temperatura ambiente. LEITÃO DE CARVALHO (1955) refere que os ovos de Caiman latirostris medem geralmente, em milímetros, 69x43, 63x42 e 66x42. Tendo em vista a escassez de informações e julgando ser de interesse para os estudiosos desse grupo, descreveremos a se- * Aceito para publicação em 15/10/ 78. “x Do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais, Porto Alegre. Bolsista do Conselho Nacional de Pesquisas, Rio de Janeiro. T.C. 13.636/71. IHERINGIA — Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 ; 51 guir as observações que fizemos, relativamente a uma postura de Caiman latirostris que encontramos na fazenda Santa Catarina, si- tuada no Município de Bossoroca, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em janeiro de 1967. LOCALIZAÇÃO, ESTRUTURA E CONTEÚDO DO NINHO Encontramos o ninho dentro de uma roça abandonada, dis- tante 600 metros da sede da fazenda. O local estava cercado por troncos e galhos entrelaçados para evitar a entrada do gado e, por estar em desuso, o matagal havia tomado conta do seu interior. O ninho estava situado a 3 metros da cerca e quando o avistamos a fêmea estava deitada sobre ele. Mesmo com a nossa aproxima- ção e a de outras pessoas ela permaneceu impassível, dali não se afastando, sendo necessário abatê-la com um tiro. É interessante ressaltar que o local era compleiamente seco e situava-se num declive não muito acentuado, tendo na sua vizinhança partes pe- dregosas onde aflorava o basalto. Também é importante dizer que o açude onde normalmente vivem os jacarés da fazenda, fica si- tuado a 500 metros do local, havendo no entanto, em distâncias menores, pequenas sangas de fundo basáltico onde a água corre intermitentemente. Examinando a estrutura do ninho constatamos que ele media cerca de 50 cm de altura, apresentando um formato mais ou me- nos circular, com um diâmetro aproximado de 2 metros. Sua base era formada por terra, pedras de diversos tamanhos, pedaços de galhos secos e folhas. O material constituinte do ninho deve ter sido arrecadado no próprio local, tendo em vista que num raio de 2 metros ao redor do ninho o terreno se achava limpo e com sinais evidentes de ter sido raspado. Cavamos com uma faca bem no centro da porção superior do ninho e, a cerca de 10 cm de profun- didade encontramos a primeira camada de ovos, em número de oito (8). Logo abaixo dessa camada havia outra com quatorze (14) ovos, perfazendo no total vinte e dois (22). Os ovos estavam en- costados uns nos outros em posição horizontal. Quebrando dois deles no local, constatamos não ter ainda iniciado o desenvolvi- mento embrionário. Dos 20 ovos restantes, 17 estão depositados sob o número 245 na coleção de peças de répteis do Museu Rio- Grandense de Ciências Naturais (MRCN), em Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil e 3 foram extraviados durante a viagem. Damos a seguir uma relação das medidas do comprimento e da largura dos 17 ovos colecionados no MRCN, em milímetros e aferidas através de um paquímetro, bem como o percentual de cada medida. Para tal numeramos os ovos de 1 a 17 e os relacio- namos pela ordem crescente de comprimento. 52 BRAUN, P. C. — Sobre uma postura de Caiman.. NÚMERO — NÓMERO | COMPRIMENTO | Lancuna COMPRIMENTO | LARGURA 62 39 : 63 40 11 63 40 13 63 40 16 65 40 3 65 41 6 66 41 14 66 41 8 66 42 15 67 42 7 66 41 4 67 42 1 68 42 9 69 42 10 | 69 42 17 70 42 12 RR a 71 42 Observando a tabela acima, constatamos: 5,88% dos ovos alcança 62, 68, 70 e 71 mm de comprimento; 11,76% dos ovos alcança 65, 67 e 69 mm de comprimento; 17,64% dos ovos alcança 63 mm de comprimento; 23,52% dos ovos alcança 66 mm de comprimento. 5,88% dos ovos alcança 39 mm de largura; 23,52% dos ovos alcança 40 mm de largura; 23,52% dos ovos alcança 41 mm de largura; 47,05% dos ovos alcança 42 mm de largura. DISCUSSÃO Conforme podemos ver pela tabela de medidas dos ovos que encontramos, o seu tamanho e sua largura se aproximam bastante das medidas conseguidas por LEITÃO DE CARVALHO (1955). Em relação ao número de ovos constatamos que é bem menor que a média citada por MELO CARVALHO (1969). Uma explicação que poderíamos aventar é o fato de que os ovos ainda não haviam co- meçado o desenvolvimento embrionário e talvez a fêmea não tivesse ainda completado a postura. Outra possibilidade seria a de que a média de postura nas regiões situadas mais para o sul do conti- IHERINGIA — Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 . 53 nente fosse menor. Em reforço dessa última, lembrariamos que o local escolhido para a postura que descrevemos, difere amplamen- te do citado como regra por MELO CARVALHO (1969). No entanto a escassez de dados comparativos não nos permite chegar a conclu- sões definitivas, restando-nos a esperança que o encontro de no- vas posturas esclareça muitos aspectos ainda obscuros. BIBLIOGRAFIA BARRAN, E. F. & FREIBERG, M. A. (1951) — Nombres vulgares de reptiles y batraciens de la Argentina, PHYSIS, v. 20, n. 58, p. 303-319. CARVALHO, A. L. de (1955) — Os jacarés do Brasil, Arg. Mus. nac. Rio de J., Vi CAT ar Up do jp TOO I a OR PR PES EL e STR RD FREIBERG, M. A. & CARVALHO, A. L. de (1965) — El yacaré sudamericano Caiman latirostris (DAUDIN), Physis, v. 25, n. 70, p. 351-360. MEDEM, F. (1962) — La distribution geografica y ecologia de los crocodylia y testudinata en los depariamentos del Chaco, Revista de la Acad. Colom- biana de Cien. Exat., Fis. y Nat, v. 11, n. 44, p. 279-303. MEDEM, F. & MARX, H. (1955) — An artificial key to the new-world species of crocodilians, Copeia, n. 1, p. 1-2. MELO CARVALHO, J. C. de (1969) — Notas de viagens de um zoólogo à re- gião das caatingas e áreas limitrofes. Fortaleza, Impr. Universitária do Ceará, 227 (23) p. (Biblioteca de Cultura, Série A — Documentário, v. 2), p. 31-33. FIGURA N.º 1 — Peça MRCN 245-1 54 BRAUN, P. C. — Sobre uma postura de Caiman... FIGURA N.º 2 — A — Aspecto esquemático do ninho e da fêmea na posição em que foram encontrados. B — Corte esquemático do ninho vendo-se a disposição dos ovos em duas camadas na porção superior. Zoologia | n.44 | p. 55-63 | 1 f. | Porto Alegre - RS | 05-11-1973 IHERINGIA LISTA PRELIMINAR DOS HETERÓPTEROS URUGUAIOS DA REGIÃO NORDESTE: PENTATOMIDAE E COREIDAE (INSECTA; HETEROPTERA)* Jocélia Grazia-Vieira** Carlos E. Casini*** RESUMO O presente trabalho contém uma lista dos heterópteros das famílias Pen- tatomidae e Coreidae coletados na região nordeste do Uruguai e depositados nas coleções da “Facultad de Humanidades y Ciencias” e na “Facultad de Agro- nomia, Universidad de la Republica”, Montevideo, Uruguai. SUMMARY In the present paper the authors preseni a listing of heteropterous insects belonging to the families Pentatomidae and Coreidae from northeast region of Uruguay and deposited in the collections of “Facultad de Humanidades y Cien- cias” and “Facultad de Agronomia” from “Universidad de la Republica”, Mon- tevideo, Uruguay. INTRODUÇÃO O Museu Nacional de História Natural de Montevideo junta- mente com o Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais estão rea- lizando um estudo sobre a fauna limítrofe Brasil-Uruguai, sob o pa- trocínio da Organização dos Estados Americanos (OEA), nos De- partamentos de Artigas, Rivera e Cerro Largo. Dentro deste progra- ma, esta contribuição apresenta, preliminarmente, uma lista dos pen- tatomídeos e coreídeos coletados nos referidos Departamentos e depositados nas coleções uruguaias da “Facultad de Humanidades y Ciencias” e da “Facultad de Agronomia”, ambas pertencentes a “Universidad de la Republica”, Montevideo. Nesta lista encontram-se registradas, para a família Pentatomi- dae, três subfamílias, quatro tribos, dezenove gêneros e vinte e oito espécies, e para a família Coreidae, uma subfamília, quatorze gê- neros e dezesseie espécies, assim distribuídas: Aceito para publicação em 30/10/73. Naturalista do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais, Cx. postal 1188, — 90.000 Porto Alegre, RS, Brasil, Bolsista do Conselho Nacional de Pesquisas, Rio de Janeiro. Pesquisador do “Museo Nacional de Historia Natural, Casila de Cor- reo” 399, Montevideo, Uruguai e Docente da “Facultad de Humanida- des y Ciencias, Universidad de la Republica del Uruguay”. 96 GRAZIA-VIEIRA, J. & CASINI, C. E. — Lista preliminar... 1. Pentatomidae — Pentatominae: Pentatomini (15 gêneros e 23 es- pécies), Edessini (1 gênero e duas espécies), Halyini (1 gênero e 1 espécie); Asopinae: (1 gênero e 1 espécie); Podopinae: Po- dopini (1 gênero e 1 espécie). 2. Coreidae — Coreinae (14 gêneros e 17 espécies). Os gêneros encontram-se ordenados alfabeticamente, assim como as respectivas espécies. Os dados referentes a cada espécie são apresentados na seguinte ordem: localidade, data de coleta, co- letor e dados especiais de coleta. Os Departamentos serão abreviados na seguinte forma: Rivera — RIV., Cerro Largo = CER.LARG., Artigas — ART. Num total de 23 localidades, onde foram efetuadas as coletas, 13 pertencem ao Departamento de Artigas, 7 ao de Rivera e 3 ao de Cerro Largo. (Quadro 1). QUADRO 1 (2) - N.º Dept. Localidades Espécimes 1 Arroyo Tres Cruces, Potrero Sucio 9 2 Rio Cuareim, Picada del Negro Muerto 13 3 Yacaré 9 A 4 Sepulturas 8 R 5 Arroyo Tres Cruces, Timbauba 6 in 6 Arroyo de la Invernada 5 | 7 Arroyo ltacumbú 1 G 8 San Gregorio, Costas del Rio Uruguay 2 A 9 Rio Uruguay, Isla Rica 2 S 10 Arroyo Cuarö, Paso Campamento 2 11 Tomas Gomensoro 1 12 Masoller, Ruta 30 1 13 Ciudad de Artigas 1 R 14 Sierra de la Aurora, Arroyo de la Aurora 20 | 15 Arroyo Cuhapirú, Paso de las Piedras 3 V 16 Arroyo Batoví | 3 E 17 Cerro Chato 2 R 18 Ruta 27 | 1 A 19 Valle Platón 1 20 Cerro Batoví | 1 21 Sarandi del Quebracho 1 NRO | 22 Siena de Vaz 1 23 Sierra de Aceguá 1 IHERINGIA — Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 57 Os nomes dos coletores serão apresentados pelas abreviaturas seguintes: A. Mesa — A.M.; A. Ripell — A.R.; C. Fuques — C.F.; C. Gagliardi — C.G.; C.S. Carbonell — C.S.C.; C.S. Morey — C.S.M.; D. Antünez — D.A.; E.M. Casella — E.M.C.; F. Azambuja — F.A.; Facultad de Humanidades y Ciencias — F.H.C.; G. Wilbmer — G.W.; J. Olazarri — J.O.; KK. Gunther — K.K.G.; L.A. Gambardella — L.A.G.; L. Covelo de Zolessi — L.C.Z.; Laboratorio de Entomologia de la Facultad de Agronomia — L.E.F.A.; L. Lage de Ximenez — L.L.X.; M.A. Moné — M.A.M.; M. Moratorio — M.M.; P. San Martin — P.S.M.; R. Rereyra — R.R. PENTATOMIDAE (LEACH, 1815) Pentatomidae (AMYOT & SERVILLE, 1843) Pentatomini (STAL, 1872) Acledra bonariensis (STAL, 1859) 1 m. — Arroyo de la Invernada, ART. 19/11/1954, C.S.C.; 1 f. — Colonia Gral., ART., X11/1956, F.A. Acledra fraterna (STAL, 1859) 1 m. — Arroyo de la Invernada, ART. 19/11/1954, C.S.C. Acledra kinbergi (STAL, 1859) 4 m. — Arroyo de la Invernada, ART., 19/11/1954, C.S.C.; 3 f. — Ibidem, 20/11/1954, em flor de carqueia; 1 m. — Ibidem, 18/11/1954, Ibidem; 1 m. e 1 f. — Rio Cuareim, Picada del Negro Muerto, Se- pulturas, ART., 24/11/1954, C.S.C.; 1 f. — Sepulturas, ART. 11/1/1952, C.S.C.; 1 f. — Arroyo Cuaró, Paso Campamento, ART. 24/11/1955, F.H.C.; 1 f. — Arroyo Tres Cruces Grande, Timbauba, ART., 18/11/1955, F.H.C.; 5 m. e 3 f. — Ibidem, Potrero Sucio, ART. 13-17/XI1/1955, F.H.C.; 1 m. — Tranqueras, RIV., 8/1/1954, P.S.M.; 1 f. — Sierra de la Aurora, Arroyo de la Aurora, Paso Paraguayo, RIV., 19-24/11/1966, C.S.M. e E.M.C. Acledra modesta (STAL, 1859) 1 m. e 1 f. — Arroyo de la Invernada, ART., 19/11/1954, C.S.C.; 1 f. — Ruta 30, Região Masoller, ART., 22/1/1963, C.S.C.; 1 f. — Sierra de la Aurora, RIV., 14/1/1961, C.S.C. e L.C.Z. Acrosternum armigera (STAL, 1859) 6 m.e9f. — Arroio Tres Cruces Grande, Potrero Sucio, ART., 16-21/11/1955, F.H.C.; 26 m. e 19 f. — Ibidem, 14/11/1955, Ibidem; 1 m. e 1 f. — Ibidem, 17/11/1955, Ibidem; 2 f. — Ibidem, 18/11/1955, Ibidem; 1 m. e 1 f. — Ibidem, 13-17/Xil/ 1955. Acrosternum fucosa (BERG, 1892) 2 f. — Sierra de la Aurora, Arroyo de la Aurora, RIV., 12-26/1/1971, M.A.M., M.M., C.S.M. e G.W.: 1 f. — San Gregorio, Isla Rica, Rio Uruguai, ART. 29/X1/1959, C.S.C., AM. e P.S.M. 58 GRAZIA-VIEIRA, J. & CASINI, C. E. — Lista preliminar... Acrosternum musiva BERG, 1879 1 f. — Yacaré, ART., 25/1/1952, C.S.C. Atomosira pulchella (BERG, 1883) 1 f. — Rio Cuareim, Sepulturas, Picada del Negro Muerto, 3-4/111/1969, ART., C.S.C., C.G., MAM. e P.S.M. Brachystethus geniculatus (FABRICIUS, 1787) 1 f. — Yacaré, ART., 25/1/1952, C.S.C.; 1 m. — Sierra de Aceguá. CER.LARG., 20/X1/1959, C.S.C.; 1 m. e 1 f. — Sierra de la Aurora, Arroyo de la Aurora, RIV., 12-26/1/1971, M.A.M., M.M., C.S.M. e G.W. Chlorocoris tau SPINOLA, 1837 1 m. — Yacaré, ART., 25/1/1952, C.S.C.; 1 m. — Sierra de la Auro- ra, Arroyo de la Aurora, Paso del Paraguayo, RIV., 19-24/11/1966, C.S.M. e E.M.C. Chloropepla vigens (STAL, 1860) 1m. e 3 f. — Sierra de la Aurora, Arroyo de la Aurora, RIV,, 12-26/1/1971, M.A.M., M.M., C.S.M. e G.W., armadilha de luz; 1 f. — Ibidem, Paso del Paraguayo, 19-24/11/1966, C.S.M. e E.M.C. Dichelops furcatus (FABRICIUS, 1775) 3 m. e 7 f. — Sierra de la Aurora, Arroyo de la Aurora, Paso del Paraguayo, RIV., 19-24/11/1966, C.S.M. e E.M.C.; 1 f. — Ibidem, Valle Platón, RIV., 25/11/1966, L.A.G.; 1 f. — Ibidem, 20/11/1966, Ibidem; 2 f. — Sierra de la Aurora, RIV., 15/1/1961, C.S.M. e L.C.Z.; 1 f. — Cerro Batovi, RIV., 27/11/1955, F.H.C.; 1 m. e 1 f. — Sierra de la Aurora, Arroyo de la Aurora, RIV., 12-26/1/1971, M.A.M., M.M., C.S.M. e G.W.; 1 m. — Arroyo de la Invernada, ART., 18/11/1954, C.S.C.; 1 f. — Ibidem, 19/11/1954, Ibidem; 1 m. — Ibidem, 20/11/1954, Ibidem, em flor de carqueja; 1 m. — Arroyo Cuaro, ART., 27/11/1955, F.H.C.; 1 m. — Ibidem, 25/11/1955, Ibidem; 2 f. — Ar- royo Tres Cruces, Timbauba, ART., 14/11/1955, F.H.C.; 1 f. — Ibi- dem, 17/11/1955, Ibidem, sobre vegetação aquática na margem da lagoa; 1 f. — Yacaré, ART., 20/1/1952, sobre plantas. Euschistus anticus STAL, 1860 tm. e 2 f — Sierra de la Aurora, Arroyo de la Aurora, RIV., 12-26/1/1971, M.A.M., M.M., C.S.M. e GW. Euschisius picticornis STAL, 1872 1 m. — Arroyo Tres Cruces, ART., 18/11/1955, C.S.C.; 2 m. — Rio Cuareim, Potrero Sucio, ART., 25/1/1965, C.S.C., C.F. e M.A.M. Loxa picticornis HORVATH, 1925 1 f. — Arroyo Tres Cruces, ART., 18/11/1955, F.H.C., armadilha de luz; 1 f. — Ibidem, Timbauba, 14/11/1955, F.H.C.: 1 f. — Rio Cua- reim, Picada del Negro Muerto, Sepulturas, ART., 16/X11/1957, C.S.C. Mormidea paupercula BERG, 1879 1 f. — Arroyo Tres Cruces Grande, Timbauba, ART., 10-16/11/1967, C.S.M. e E.M.C.; 1 f. — Sierra de la Aurora, Arroyo de la Aurora, IHERINGIA — Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 59 Paso del Paraguayo, RIV., 12-24/11/1966, Ibidem; 3 m. e 3 f. — Ibi- dem, 19-24/11/1966, Ibidem. Mormidea v-luteum (LICHTEINSTEIN, 1796) 2 m. e 4 f. — Sierra de la Aurora, Arroyo de la Aurora, Riv., 12-26/1/1971, MAM. M.M., C.S.M. e GW.; 1 m. — Arroyo Batovi, RIV., AM. e P.S.M.; 1 f. — Rio Cuareim, ART., 24/1/1965, 0.S.C., C.F. e M.A.M.; 1 m. — Ibidem, 25/1/1965, Ibidem; 1 m. e 2 f. — Arroyo Tres Cruces, Potrero Sucio, ART., 14/11/1955, F.H.C.; 1 m. — Ibidem, 17/11/1955, Ibidem; 6 m. e 5 f. — Arroyo Sepulturas, ART., 22/11/1954; 1 m. — Yacaré, ART., 20/1/1952, sobre plantas; 1 m. e 1 f. — Ibidem, 21/1/1952, em vegetação de margem de lagoa. Nezara viridula (LINNEUS, 1758) 1 m. e 1 f. — Sierra de la Aurora, Arroyo de la Aurora, Paso del Paraguayo RIV., 19-24/11/1966, C.S.M. e E.M.C. Oebalus ornatus (SAILER, 1944) 2 f. — Sierra de la Aurora, Arroyo de la Aurora, RIV., 12-26/1/1971, M.A.M., M.M., C.S.M. e G.W. Oebalus poecilus (DALLAS, 1851) 1 m. — Yacaré, ART., 20/1/1952, sobre plantas; 3 m. — Ibidem, 21/1/1952, em vegetação de margem de lagoa; 2 m. e 1 f. — Ibi- dem, 22/1/1952, C.S.C.; 1 m. e 2 f. — Arroyo Tres Cruces, ART., 14/11/1955, F.H.C.; 12 m. e 20 f. — San Gregorio, ART., 1/1962, J.O.; 1 f. — Ibidem, 29/X1/1959, A.M., P.S.M. e C.S.C. Oebalus ypsilongriseus (DE GEER, 1773) 1 m. — San Gregorio, ART., 29/10/1963, AM. e C.S.C.; 1 f. — Ar- royo Tres Cruces Grande, Timbauba, ART., 10-16/11/1967, C.S.M. e E.M.C.; 4m. e 4 f. — Sierra de la Aurora, Arroyo de la Aurora, RIV., 12-26/1/1971, MAM. MM. C.S.M. e G.W.; 3 f. — Ibidem, Paso del Paraguayo, 19-24/11/1966, C.S.M. e E.M.C. Padaeus pseudoscylax BERGROTH, 1891 1 m. — Arroyo Tres Cruces, Potrero Sucio, ART., 17/11/1955, F.H.C. Thoreyella pallida JENSEN-HAARUP, 1931 3 f. — Arroyo Tres Cruces Grande, Timbauba, ART., 10-16/11/1967, C.S.M. e E.M.C. Tibraca limbativentris STAL, 1860 1 f. — Sepulturas, ART., 18/XII/1957, C.S.C. Edessini KIRKALDY, 1909 Edessa meditabunda (DE GEER, 1773) 2m. — Arroyo Tres Cruces, Poirero Sucio, ART., 17/11/1955, F.H.G:: 1 m. — Sierra de la Aurora, Arroyo de la Aurora, RIV., 12-26/1/1971, M.A.M., M.M., C.S.M. e GW. Edessa rufomarginata (FABRICIUS, 1794) 1 f. — Sepulturas, ART., 11/1/1952, C.S.C.; 1 f. — Yacaré, ART., 60 GRAZIA-VIEIRA, J. & CASINI, C. E. — Lista preliminar... 25/1/1952, C.S.C.; 2 f. — Arroyo Tres Cruces Grande, Timbauba, ART., 10-16/11/1967, C.S.M. e E.M.C.; 2 m. e 2 f. — Sierra de la Aurora, RIV., 14/111/1961, C.S.C. e A.M. Halyini (STAL, 1872) Macropygium reticulare (FABRICIUS, 1803) 1 f. — Rio Cuareim, Picada del Negro Muerto, Sepulturas, ART., 16/X11/1957, C.S.C. Asopinae (AMYOT & SERVILLE, 1843) Tynacantha marginata DALLAS, 1851: 1 f. — Arroyo Tres Cruces, ART., 17/11/1955, F.H.C. Podopinae (AMYOT & SERVILLE, 1843) Podopini STAL, 1872 Glyphepomis setigera KORMILEV & PIRAN, 1952 1 m. — Arroyo Tres Cruces, Timbauba, ART., 14/11/1955, F.H.C. COREIDAE (LEACH, 1815) Coreinae (STAL, 1867) Acidomeria cincticornis STAL, 1870 1f.e 1 m. — Arroyo Tres Cruces Grande, ART., 26/1/1958, M.A.M. Athaumastus subcarinatus (STAL, 1859) 2 m. — Sarandi del Quebracho, CER. LARG., 17/X1/1959, C.S.C., AM. e P.S.M.; 1 f. — Sierra de la Aurora, RIV., 15/1/1961, C.S.C. el 1 f. — Sierra de Vaz, Rio Tacuari, CER. LARG., L.L.X. Holymenia histrio (FABRICIUS, 1803) 1 m. — Sierra de la Aurora, Arroyo de la Aurora, RIV., 12/1/1971, EREJEA: Hypselonotus interruptus HAHN, 1831 1f.e 1 m. — Ruta 27, RIV., 20/11/1962, M.A.M. e P.S.M. Leptoglossus impictus (STAL, 1859) 2f.e2 m. — Arroyo de la Invernada, ART., 20/11/1954, C.S.C.; 5 f. e 1 m. — Arroyo Tres Cruces, Potrero Sucio, ART., 12/11/1955, F.H.C.: 1 f. e 1 m. — Cerro Chato, RIV., 12/11/1958, A.M., P.S.M. e DIA.:,2 1. — Sierra,de la Aurora; !RIV, 15/1198, CS. Greca Dt e I m. — Ibidem, 14/11/1961) CS.6. AME PS ME Pre San Gregorio, Costas del Rio Uruguay, ART., 29/1V/1963, C.S.C. e AM.; 6f. e 2 m. — Sierra de la Aurora, Arroyo de la Aurora, IHERINGIA — Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 61 RIV., 12/11/1966, C.S.M. e E.M.C.; 3 f. e 4 m. — Arroyo Cufapirü, Paso de las Piedras, RIV., 1/111/1969, C.S.C., P.S.M. e M.A.M. Margus pallescens STAL, 1868 1 m. — Rio Cuareim, Picada del Negro Muerto, ART., 15/1/1952, C.S.C. Pachylis argentinus BERG, 1879 1 m. — Sepulturas, ART., 17/X11/1957, C.S.C. Pachylis serus BERG, 1881 14f.e 1m. — Sierra de la Aurora, Arroyo de la Aurora, RIV., 1241/1971, LEA: Phthia picta (DRURY, 1770) 1 m. — Cuidad, ART., 27/1V/1954, A.R.; 3 f. e 1 m. — Rio Cuareim, Picada del Negro Muerto, ART., 16/X11/1957, C.S.C. Placoscelis fusca (SPINOLA, 1837) 1 f. — Arroyo Itacumbü, ART., 23/11/1961, C.S.C. e L.C.Z. Savius diagonalis BERG, 1892 1 f. — Rio Cuareim, Picada del Negro Muerto, Sepulturas, ART., 15/1/1952, C.S.C.; 1 f. e 2 m. — Arroyo de la Invernada, ART., 19/11/1954, C.S.C.; 1 f. — Arroyo Tres Cruces Grande, ART., 10/11/1967, C.S.M. e E.M.C. Savius diversicornis (WESTWOOD, 1842) 1 f. — Arroyo Batoví, RIV., 13/11/1958, A.M., P.S.M. e D.A.; 1 f. — Sierra de la Aurora, 14/1/1961, C.S.C. e L.C.Z. Sethenira sordida BERG, 1878 3 f. — Yacaré, ART., 22/1/1952, C.S.C.; 1 f. e 2 m. — Arroyo Tres Cruces, ART., 25/XII/1954, C.S.C.; 1 m. — Cerro Chato, RIV,, 12/11/1958, A.M., P.S.M. e D.A.; 1 m. e 1 f. — Cerro Batovi, RIV., 23/11/1963, C.S.C., AM. e D.A.; 1 f. e 1 m. — Arroyo Cufapirü, Paso de las Piedras, 27/11/1989, F.H.C.; 1 f. e2 m. — Sierra de la Aurora, RIVO 12/11/1971, EEFA,. Sethenira uruguayensis BERG, 1892 Af.e3 m. — Tomas Gomensoro, ART., 7/V/1968, KK.G. e C.S.C., em ninho de Espinheiro; 2 f. e 1 m. — Sierra de la Aurora, RIV., 1271971, LEA: Vilga sp. fe 1 m. — Sierra de la Aurora, Arroyo de la Aurora, RIV., 19/11/1966, C.S.M. e E.M.C. Zicca castanea BERG, 1892 2 Yaearer ARE: 22/1952, C.S.C 1f.e1m.— Arroyo Se- pulturas, ART., 22/11/1954, EC Snes 1 m. — Arroyo Tres Cru- ces, Timbauba, ART., 14/11/1955, F.H.C.; 1 m. — Rio Uruguay, Isla Rica, ART., 29/X1/1959, C.S.C.; 1 f. e 1 m. — Rio Cuareim, Potrero Sucio, ART., 24/1/1965, ESC. M.A.M. e E F.; 1 m. — Paso de las Piedras, Arroyo Cufiapirú, RIV., 1/11/1969, C.S.C., MA. M. e P.S.M. 62 GRAZIA-VIEIRA, J. & CASINI, C. E. — Lista preliminär... REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMYOT, C. J. B. & AUDINET-SERVILLE, J. G. (1843) — Histoire Naturelle des Insectes. Hémipteres LXXVI + 681 pp., 12 est., Paris. BERG, C. (1877-1880) — Hemiptera Argentina. Ensayo de una monografia de los Hemipteros, Heteropteros y Homopteros de la Republica Argentina.’ An. Soc. cient. argent., v. 5, P. 231-260, v. 6, p. 23-36, 82-89, 129-441, 179- 192, 223-233, 261-284, v. 7, p. 41-47, 86-92, 225-236, 267-278, v. 8, p: 19-33, 71-80, 135-144, 178-192, 209-226, 241-272, v. 9, p. 5-22, 58-75. —— (1891-1892) — Nova Hemiptera faunarum argentinae et uruguayensis. An. Soc. cient. argent. v. 32, p. 164-175, 231-243, 277-278, v. 33, p. 5- 11, 43-50, 65-72, 97-104, 151-165, v. 34, np. 82-96, 193-205. DALLAS, W. S. (1851) — List of the specimens of Hemipterous insects in the collection of the British Museum, 2 partes, 15 est., London. HAHN, C. W. & HERRICH-SCHAEFFER, G. A. W. (1831-1853) — Die Wanzenar- tigen Insecten, v. 1-9, Nürnberg. À HOPE, F. W. (1837-1842) — A Catalogue of Hemiptera in’ the collection' of .the Rev. F. W. Hope, M. A., with short Latin diagnoses of the new species. 46 pp., London. HORVATH, G. (1925) — De Pentatomidarum Genere Loxa Am. Serv. et de no- vo genere ei affini. Annis hist. nat. Mus. natn. hung., v. 22 p. 307-328, est. 4-5, 23 f. KIRKALDY, G. W. (1909) — Catalogue of the Hemiptera (Heteroptera), v. 1, Cimicidae XL + 392 pp., Felix L. Dames ed., Berlin. KORMILEV, N. & PIRAN, A. A. (1952) — Una nueva especie del genero Gly- phepomis Berg (1891) de la Argentina. Revta Soc. ent. argent., v. 15, p. 302- 306. SAILER, R. I. (1944) — The genus Solubea (Heteroptera: Pentatomidae). Proc. ent. Soc. Wash., v. 46, n. 5, p. 105-127, 1 est. STAL, C. (1868) —- Hemiptera Fabriciana. K. svenska VetenskAkad. Handl., v. TA ineo al, os bater E —— (1872) — Enumeratio Hemipterorum Il. K. svenska VetenskAkad. Handl., v. 10, n. 4, p. 1-159. IHERINGIA-— Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 63 ESCALA 1:1.000.000 (2 ESCALA 1:5.000.000 IvNnDanUuN ola IHERINGIA | Zoologia | n. 44 | p. 64-73 | 8 f. | Porto Alegre - RS | 05-11-1973 OCORRÊNCIA DE Uromacerina ricardinii (PERACCA 1897) NO RIO GRANDE DO SUL E CONTRIBUIÇÃO AO CONHECIMENTO: DESSA RARA SERPENTE (OPHIDIA, COLUBRIDAE).* Thales de Lema** RESUMO O autor regisira no presente trabalho a ocorrência da rara serpente Uromace- rina ricardinii (PERACCA 1897) no município de Torres, Estado do Rio Grande: do Sul, Brasil, descrevendo o exemplar colecionado e ampliando os dados da. espécie; dessa forma amplia também a área de distribuição e confirma a exis- ten.ia de uma área tropical no extremo do Brasil meridional. SUMMARY The author reports a new occurrence of the rare snake Uromacerina ricar- dinii (PERACCA 1897), this time for Torres county, Rio Grande do Sul, Brazil; an enlarged description of the species is also offered. The occurrence comes to: confirm the existence of a tropical area in extreme Southerne Brazil. INTRODUÇÃO Uromacerina ricardinii foi descrita por PERACCA (1897) como: pertencente ao gênero Uromacer DUMERIL, BIBRON & DUMERIL 1854, baseado em um exemplar procedente de São Paulo, Brasil, e gepositado no Museu de Turim, Itália. AMARAL (1929-A) examinou o exemplar-tipo e outros deposi- tados no Instituto Butantan de São Paulo, concluindo pela criação do gênero Uromacerina para conter somente essa espécie, base- ando-se em dados da folidose e dentição, situando seu novo gê- nero entre Leptophis WAGLER e Uromacer DUMERIL, BIBRON & DUMERIL. No mesmo ano AMARAL apresentou suas listas de serpentes brasileiras (1929-C) e sul-americanas (1929-B), confirmando o que estabelecera e acrescentando que os representantes do gênero Uro- macer D., B. & D. são antilhanos. Posteriormente (1935-36), na se- gunda edição da lista das serpentes brasileiras, repete o exposto. * Aceito para publicação em 02/11/73. * Naturalista do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais e Bolsista do Conselho Nacional de Pesquisas, Rio de Janeiro (TC. 8849). IHERINGIA — Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 . 65 HOGE (1957-58), após examinar 16 exemplares dessa espécie na coleção do Instituto Butantan, o tipo de Uromacerina ricardinii, o tipo de Leptophis flagellum ANDERSSON 1901 e séries de exem- plares de Leptophis ahaetulla ssp., concluiu pela sinonimização da espécie de ANDERSSON (1901) com Uromacerina ricardinii (PE- RACCA). Sinonimizou também Leptophis vertebralis WERNER 1907 e Leptophis flagellum WERNER 1925 com U. ricardinii (PERACCA). Conforme assinalou HOGE, esses dois nomes já haviam sido postos na sinonimia de outras serpentes pertencentes ao gênero Leptophis WAGLER. Ampliou os dados e a distribuição de U. ricardinii (PE- RACCA) para os Estados de Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. PETERS & OREJAS-MIRANDA (1970) mantém Leptophis flage- lum ANDERSSON e Leptophis vertebralis WERNER na sinonimia de Leptophis ahaetulla liocercus (WIED), como foi apresentado por ou- tros revisionistas; não sabemos porque indicou U. ricardinii somen- te para São Paulo, parece que desconhecendo o trabalho antes ci- tado de HOGE ou talvez porque este último não relacionou os exemplares examinados. Em coleta mais ou menos recente encontramos um exemplar a NE do Estado do Rio Grande do Sul e o apresentamos por con- siderar o fato de relevância, bem como o descrevemos e compara- mos os dados com os registrados na bibliografia. Foi depositado na coleção de répteis do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais da Fundação Zoo-botânica do Estado do Rio Grande do Sul (MRCN) em Porto Alegre. DESCRIÇÃO MORFOLOGIA — Geral: Muito longo e muito delgado o corpo. Cabeça: Delgada, afilando para o focinho a partir da altura dos olhos, em que há um declive superior e laterais; o focinho é trun- cado visto de cima e um pouco agudo visto de lado; narinas gran- des e circulares; olhos grandes, com pupila circular, e uma estrei- ta margem em torno da órbita. Tronco: Delgado, muito longo, quina vertebral suave, corpo levemente comprimido. Cauda: Muito longa e fina, tão longa quase como o tronco, com escudo terminal longo e laminar — parece ser uma cauda preensil, visto seu grande com- primento (1:1), grande alongamento dos subcaudais e por ser ar- borícola. (Figs. 1-2). MEDIDAS — (em mm) — Cabeça: 11, tronco: 297, cauda; 282, total: 590. Proporções — cauda/tronco: 0,9...(1), Cauda/total: 2,09 (2,1). Praticamente as mesmas proporções do TIPO, que é de 7207340, 12,1: DENTIÇÃO — Dentes maxilares: 20 + 2 lisos, opistomegadonte, sincranteriana, presas não muito maiores que maxilares anteriores. 66 LEMA, T. de — Ocorrência de Uromacerina... HEMIPENIS — Muito longos, estreitos, grandes bilobados no ápice. Poucos espinhos na base, que são maiores que os outros, havendo 5 filas longitudinais dos mesmos, que vão aumentando de tamanho do ápice para a base, sendo os primeiros muito peque- nos. Comprimento total: 9,5 mm; cada lobo tem 2,5 mm; atinge den- tro da cauda o VI par de subcaudais. (Fig. 3). FOLIDOSE — Cabeça: Rostral ortogonal, grande; internasais 2, mais largos que longos, menores que prefrontais; prefrontais 2, mais longos que largos; frontal muito longo e estreito (3 mm de compri- mento), com lados longitudinais paralelos; parietais muito longos (4 mm de comprimento); nasais inteiros com narinas grandes; lo- reais 2/1, a esquerda grande (fusäo?); supraoculares muito longos e grandes; preoculares 3/3, superior maior que médio (cerca de 1,5 - 2 vezes), superior pouco maior que inferior ou quase igual; supralabiais 8/8, 4-5/4-5 contatam órbita, a VII é mais longa que alta; infralabiais 9/10; temporais 114-14-24-2/242+3; mentais an- teriores menores que posteriores; importante salientar a presença de uma área marginal ocular. Tronco — Dorsais: 15-10-10, nitidamente estriadas de estrias finas e longitudinais; lisas; ápice truncado na série vertebral, curvo nas paraveriebrais e paraventrais, e mais agudo nas demais; a estriação acentua o tom metálico da coloração (fig. 4). A série ver- tebral é aumentada, bem como as séries contíguas à mesma (me- diana e duas laterais), sendo as laterais menores que a mediana; 3-4 filas de cada lado são menores e mais longas, bem como mais estreitas; as paraventrais (1-2 filas de cada lado) são um pouco aumentadas e alargadas. As vertebrais são mais longas que largas inicialmente, tendendo a alargar-se para trás, ficando isodiamétricas. Ventrais: 3 + 152; cloacal: 1/1. Cauda — Subcaudais: 166/166 -+T, muito longos e numerosos (macho), sendo o terminal de forma curiosa: muito longo, cerca de 3 vezes o último SC esquerdo e com uma lâmina terminal rasa (chista) Bia o): COLORAÇÃO — Geral: Bronze dourada metálica, com tons es- verdeados. Manchas indistintas periodicamente dispostas, ao longo do tronco e da cauda, representadas por pontos negros maiores e menores, esparsos, agrupados ou não irregularmente, não atingindo o ventre. Cabeça: Parte superior castanho claro com reflexos metálicos e fundo verde, com pontos negros no centro dos parietais e parte anterior dos supraocuiares e frontal; supralabiais manchados ao meio pela linha negra que delimita a zona cromática dorsal, atingindo par- cialmente o |, IV a VIl, e totalmente o Il e Ill; essa mancha é delimi- tada para trás na altura dos infralabiais VII e VIII, alguns pontos IHERINGIA — Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 . “67 no la Ill/l a IV em seus bordos bucais; região gular com curtas manchas estriadas longitudinalmente, sendo pardas apenas no es- trato córneo transparente — retirado o mesmo fica de cor branca. A coloração geral cefálica é a continuação da coloração geral dor- sal de todo o animal, e as margens negras bem delimitadas ao ni- vel dos labiais são vestigiais ao longo do tronco, sob a forma de pontos negros concentrados na margem inferior das paraventrais.. Olhos castanhos com íris dourada tendendo a cor de cobre. Dorsal: Cor de bronze metálica, com estrato córneo pardo cla- ro listrado longitudinalmente de pardo alaranjado (fig. 6); a escama sem o estrato transparente é verde claro metálico. Escamas dor- sais com pontos negros grandes e irregularmente dispostos, apro- ximados ou afastados, com pontos diminutos entre eles, e que tendem a concentrar-se nos ângulos; essas manchas ocorrem em maior número em zonas transversais dorsais, periodicamente dis- postas, parecendo serem vestígios de marcas transversais semi-ane- lares; pontos negros ocorrem em maior número nos ângulos das filas paraventrais (uma de cada lado), no bordo contíguo ao dos ventrais, como foi dito linhas antes (fig. 7). Ventral: Escudos córneos transparentes listrados longitudinal- mente e irregularmente de pardo-alaranjado, tal como as dorsais, mas as linhas são mais regulares (contínuas) (fig. 8); os ventrais desprovidos desse estrato são de cor branca alvacenta levemente esverdeada. Os lados dos ventrais ficam acentuados pela conden- sação de ponios pretos nas escamas dorsais. Zona cloacal com mancha preta que tinge as latero-cloacais e não atinge os ventrais e os subcaudais, imiscuindo-se nos lados da cloaca. MATERIAL EXAMINADO — MRCN.3521 — Adulto; macho. Pro- cedência: Brasil, Estado do Rio Grande do Sul, Torres (Terra da Areia, km 46 da BR-101); outubro de 1969; T. de Lema, V. de Cas- tro e alunos da Escola de Agricultura de Osório col. NOTAS ECOLÓGICAS — O local é de campo baixo, que se es- tende para uma montanha alta, isolada; sendo à princípio um cam- po sujo, passa para uma mata de palmeiras, e, por fim, segue por densa mata que cobre a montanha. A zona encontra-se atualmente um pouco devastada por lavouras esparsas. CONCLUSÕES A ocorrência dessa espécie ao norte do Estado do Rio Grande do Sul confirma a existência de uma área de natureza tropical, con- forme foi exposto por RAMBO (1950) e LEMA (1961, 1964, 1971). Por outro lado, enquadra-se na área provável de distribuição da es- 68 - LEMA, T. de — Ocorrência de Uromacerina... pécie, que é conhecida dos Estados de Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná (segundo HOGE (1957-58). Falta comprovar sua ocorrên- cia no Estado de Santa Catarina para completar sua distribuição. Os dados do TIPO são semelhantes aos do presente exemplar. Um aspecto digno de nota é a provável existência de manchas re- gulares nessa espécie (ialvez em material ainda não coletado), que sugerimos na descrição e também foi notado por HOGE (1957-58). " Digno de nota também, é o comentário de PRADO (1945), em obra de divulgação, de que a coloração dessa espécie é um “típi- co caso de mimetismo entre serpentes: parda, recoberta de manchas como bolores, para que sua presença não se faça notada em meio a galharia seca das velhas árvores”; realmente, quando foi encon- trada, não foi notada logo: a um movimento da mesma foi vista, “depois perdida quando parou — a um novo movimento foi reencon- trada e capturada. A coloração metálica, sob os reflexos do sol, a realça na vegetação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARAL, A. do (1929-A) — Estudos sobre ophidios neotropicos. XVII — Va- lor systematico de várias formas de ophidios neotrópicos. — Mems Inst. Butantan, v. 4, p. 3-68. —— (1929-B) — Estudos sobre ophidios neotropicos. XVIII — Lista remissiva dos ophidios da região neotrópica. — Mems Inst. Butantan, v. 4, p. [8] 127- 271: —— (1929-C) — Contribuição ao conhecimento dos ophidios do Brasil. IV — Lista remissiva dos ophidios do Brasil. — Mems Inst. Butantan, v. 4, p. [4] 69-128. —-— (1935) — Contribuição ao conhecimento dos ophidios do Brasil. VIII — Lista remissiva dos ophidios do Brasil. (2.2 edição) — Mems Inst. Butantan, v. 10, p. [19] 87-162. ANDERSSON, L. G. (1901) — Some new species of snakes from Cameroon and South America, belonging to the collections of the Royal Museum in Stock- holm. — Bih. K. svenska Veiensk Akad. Handl., v. 27, parte 4, n. 5, p. 1-26, 2 est. HOGE, A. R. (1957-58) — Etude sur Uromacerina ricardinii (PERACCA) (SER- PENTES). — Mems Inst. Butantan, v. 28, p. 77-82, f. 1-3. LEMA, T. de (1961) — Presença de Helicops carinicauda carinicauda (WIED) no Estado do Rio Grande do Sul (SERPENTES: COLUBRIDAE). — lheringia, -Zool., :n. 17, p. 7-10, est. I-ll. nn (1964) — Uma nova espécie de serpente do gênero Siphlophis FITZIN- "GER 1843 do Brasil Meridional (COLUBRIDAE, XENODONTINAE). — Revta - bras. Biol.; v. 24, n. 2, p. 221-28, f. 1-13. IHERINGIA —: Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 . 69 —— (1971) — Análise geográfica dos répteis do Rio Grande do Sul. — Ar- chos Mus. nac., Rio de J., v. 54, p. 61-2. PERACCA, M. G. (1897) — In torno ad una nuova specie di ofidio di S. Paulo (Brasile), riferible al gen. Uromacer D. & B. — Boll. Musei Zool. Anat. comp. R. Univ. Torino, v. 12, n. 282, p. 1-2, 1 f. PETERS, J. A. & OREJAS-MIRANDA, B. (1970) — Catalogue of the neotropical Squamata. Part I. Snakes. — Bull. U. S. natn. Mus., n. 297, p. viii + 1-347, il. PRADO, A. (1945) — Serpentes do Brasil. — Sítios e Fazendas, S. Paulo, 134 P., 22 est. RAMBO, B. (1950) — A porta de Torres. — Anais bot. Herb. “Barbosa Rodri- gues”, v. 2, n. 2, p. 125-36. 70 LEMA, T. de — Ocorrência de Uromacerina... — Desenhos realizados com câmara clara pelo autor, do exemplar MRCN. 3521. — Figura 1 — Cabeça vista de lado. Figura 2 — Cabeça vista de cima. Figura 3 — Hemipenis direito, com um lobo dissecado, vendo-se os espinhos com tamanhos decrescentes da base para o ápice, sendo ADB>C>DD>E. Figura 4 — Escama dorsal: do lado direito, mostrando estriação e pigmentação. 72 LEMA, T. de — Ocorrência de Uromacerina... Figura 5 — Terço anterior do dorso mostrando o tamanho relativo das escamas. Figura 6 — Estrato córneo de escudo ventral. Figura 7 — Vista látero-superior do tronco. Figura 8 — Aspecto do ventre (trecho mediano). 73: 05 DE NOVEMBRO DE 1973 Zoologia, n. 44 IHERINGIA 74 Lista das publicações do M.R.C.N. PUBLICAÇÕES DO “MUSEU RIO-GRANDENSE DE CIÊNCIAS NATURAIS” “IHERINGIA” Serie ANTROPOLOGIA N.º 1 — (1969) — com dois artigos, 116 p.: — BROCHADO, J. J. J. P. — “Histórico das pesquisas arqueológicas no Estado do Rio Grande do Sul”. — p. 3-32, 1 f.; — MILLER, E. T. — “Resultados preliminares das escavações no sítio pré-cerâmico RS-LN-1:. Cerrito Dalpiaz (abrigo-sob-rocha)”. — p. as, til ti, 9 cp N.º 2 — (1972) — com dois artigos, 64 p.: — RIBEIRO, P. A. M. — “Peiróglifos do Sítio RS-T 14: Morro do So- brado, Montenegro — RS — Brasil”. — p. 3-14, 3 f.; — RIBEIRO, P. A. M. — “Sítio RS-C 14: Bom Jesus Velho (abrigo sob rocha) — Nota prévia”. — p. 15-58, 16 f., 4 quadros. Série BOTÂNICA N.º 1 — RAMBO, Pe. B. (S. J.) — (1958) — “Asclepiadaceae Rio-granden- ses OS Pp; Nº 2 — RICK, Pe. J. (S. J.) — (1958) — “Basidiomycetes Eubasidii in Rio Grande do Sul, Brasilia: 1. Auriculariaceae, Sirobasidiaceae, Tremella- ceae, Dacryomycetaceae”. — 56 p. 1 est; Nº 3 — RAMBO, Pe. B. (S. J.) — (1959) — “Aponynaceae Riograndenses” — 24 p;; Nº 4 — RICK, Pe. J. (S. J.) — (1959) — “Basidiomycetes Eubasidii in Rio Grande do Sul, Brasília: 2. Thelephoraceae” — p. 57-124; Nº 5 — RICK, Pe. J. (S. J.) — (1959) — “Basidiomycetes Eubasidii in Rio Grande do Sul, Brasilia: 3. Hypochnaceae, Clavariaceae, Craterellaceae, Hydnaceae”. — p. 125-192; N.º 6 — RAMBO, Pe. B. (S. J.) — (1960) — “Bignoneaceae Riograndenses” — 26 p.; N.º 7 — RICK, Pe. J. (S. J.) — (1960) — “Basidiomycetes Eubasidii in Rio Grande do Sul, Brasilia 4. Meruliaceae, Polyporaceae, Botelaceac”. — p. 193-296; N.º 8 — RICK, Pe. J. (S. J.) — (1961) — “Basidiomycetes Eubasidii in Rio Grande do Sul, Brasília: 5. Agaricaceas”. — p. 297-450; N.º 9 — RICK, Pe. J. (S. J.) — (1961) — “Basidiomycetes Eubasidii in Rio Grande do Sul, Brasília: 6. Melanogastraceae, Calostomataceae, Hy- menogastraceae, Hysterangiaceae, Sclerodermataceae, Tulostomataceae. Lycoperdaceae, Geastraceae, Phallaceae, Clathraceae, Nidulariaceae”. — p. 451-480; N.º 10 — CERONI, Z. da S. V. — (1962) — “Média anual de transpiração no Eucalyptus rostrata e suas relações com o meio através do método “Cut-leaf”. — 28 p., 1 f, 11 gráficos; N.º 11 — RICK, Pe. J. (S. J.) — (1963) — “Basidiomycetes Eubasidii in Rio Grande do Sul, Brasilia: INDEX”. — 32 p., 1 errata; N.º 12 — RAMBO, Pe. B. (S. J.) — (1964) — “Acanthaceae Riograndenses”. — 36 p.; 2 N.º 13 — RAMBO, Pe. B. (S. J.) — (1965) — “Orchidaceae Riograndenses”. — 96 p. IHERINGIA — Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 75 N.º 14 — (1970) — com 4 artigos ‚58 p.: —- CERONI, Z. S. V. — “Relaçeôs entre água periférica e central em troncos de Eucalyptus” — p. 3-18, 1 f.; — CERONI, Z. S. V. — “Hipóteses sobre a hiperacidez do mel de certa apicultura de Santa Cruz do Sul”. — p. 19-22. — FERREIRA, A. G. — “Flora da praia de Belas, Porto Alegre”. — p. 23-44, 7 1.; — VIANNA, E. C. — “Marchantiales e Anthocerotales coletadas no Rio Grande do Sul”. — p. 45-54. N.º 15 — (1971) — com quatro artigos, 90 p.: — VIANNA, E. C. — “Considerações sobre algumas hepáticas de Gra- mado, Rio Grande do Sul, Brasil”. — p. 3-18, 4 est.. — SCHULTZ, A. R. H. & PORTO, M. L. — “Nota prévia sobre levanta- mento florístico de quatro regiões naturais do Rio Grande do Sul”. — p. 19-48, 1 f.. — VIANNA, F. M. S. & IRGANG, B. E. — “Levantamento do número cromossômico em espécies do gênero Eryngium L. (Umbelliferae) no Rio Grande do Sul, |”. — op. 49-52, 1 tam.. — CÖRTE-REAL, M. & AGUIAR, L. W. — “Diatomáceas da ilha de Santa Catarina e regiões vizinhas: I. Baía Norte e Palhoça”. — p. 53-74, 2 f, 2 tab.. N.º 16 — (1972) — com três artigos, 64 p.: — BAPTISTA, L. R. M. & IRGANG, B. E. — “Nota sobre a composição florística de uma comunidade florestal dos arredores de Porto Alegre”. — p. 3-8; — FLORES, F. E. V. — “Lista dos gêneros de Chlorophyta de um lago artificial de Porto Alegre, RS — Brasil”. — p. 9-14, 1 f. — CÓRTE-REAL, M. & AGUIAR, L. W. — “Diatomáceas do arroio Dilú- vio, Porto Alegre, RS, com referência às espécies de interesse sani- tário e poluição”. — p. 15-54, 2 f.. N.º 17 — (1973) — com sete artigos p. : — LORSCHEITTER, M. L. — “Hepáticas foliosas primitivas, novas para o Rio Grande do Sul, Brasil”. — p. 3-17, 24 f.; — AGUIAR, L. W. & CÓRTE-REAL, M. — “Sobre uma floração de As- terionella japonica CLEVE (1878) na costa do Rio Grande do Sul.” — p. 18-27. — SOARES, Z. F. — “Nota sobre as Boraginaceas da região de Porto Alegre e arredores” — p. 28-33. — FALCÃO, J. I. DE A. — “Contribuição ao estudo das Convolvulaceae do Rio Grande do Sul, Brasil” — p. 34-55, 8 f.; — BICUDO, C. E. M., CÖRTE-REAL, M. & MARTAU, L. — “Catálogo das algas de águas continentais do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil”: | — Bacillariophyceae. p. 56-68, 1 f.; — CÖRTE-REAL, M. & CALLEGARO, V. L. M. — “Catálogo das Bacillario- phyceae da costa do Rio Grande do Sul, Brasil" — p. 69-79, 1 f.; — IZQUIERDO, J. M. N. & ESTRELLA, V. M. A. — Paracoccidioides: bra- siliensis (Fungi Imperfecti) em morcegos no Rio Grande do Sul, Brasil — p. 80-85, 1 f.. N.º 18 — (1973) — com onze artigos, 110 p.: — VIANNA, E. C. & LORSCHEITTER, M. L. — “Lista preliminar dos gê- neros de Hepáticas coletadas no Rio Grande do Sul.” — p. 5-14. — BAPTISTA, L. R. M. — “Lista dos gêneros de algas marinhas macros- cópicas encontradas em Torres (RS)” — p. 15-26, 2 f. 76 Lista das publicações do M.R.C.N. VIANNA, E. C. — “Observações sobre o desenvolvimento morfológico: do esporófito de Regnellidium diphyllum LINDM. (Hydropteridineae)” — p. 27-37, 14 1. GIRARDI, A. M. M. — “Contribuição ao estudo da venação e anato- mia foliar das Meliaceas do Rio Grande do Sul: I. Guarea lessoniana JUSS. (camboatá)” — p. 38-47, 12 f. OLIVEIRA, P. L. de — “Espécies do gênero Radula DUMORTIER ocor- rentes no Rio Grande do Sul, Brasil (Hepáticas)"' — p. 48-53, 8 f. VALLS, J. F. M. — “Notas sobre gramíneas do Rio Grande do Sul, Brasil: |. Citações novas para a flora sul-rio-grandense e relação das tribos e gêneros com ocorrência confirmada” — p. 54-63. PORTO, M. L. — “Contribuição ao conhecimento dos gêneros sul-rio- grandenses de Cucurbitaceae.” — p. 64-75. IRGANG, B. E. — “Lista preliminar das espécies do gênero Eryngium L. (Umbelliferae) encontradas no Estado do Rio Grande do Sul” — p. 76-79. HOMRICH, M. H. — “Nota sobre Myriostoma colitorme DESVAUX (Ly- coperdaceae).” — p. 80-89, 3 f. VASCONCELLOS, J. M. ©. — “Estudo dos gêneros de Amaranthaceae do Rio Grande do Sul.” — p. 90-98, 15 f. CERONI, Z. S. V. — “Lista dos gêneros de Caryophyllaceae do Rio Grande do Sul — Brasil.” — p. 98-103, 1 tab. Série GEOLOGIA N.º 1 — (1967) — com dois artigos, 90 p.: Na — PINTO, |. D. & CLOSS, D. — “Índice remissivo dos fósseis do Rio Grande do Sul”. — p. 3-76, 6 f.; MARTINS, L. R. & GAMERMANN, N. — “Contribuição à sedimentolo- gia da lagoa dos Patos. — Ill: Granulometria da zona norte e média”. — p. 77-86, 3 f.; (1969) — com três artigos, 169 p.: BIANCHI, L. A. — “Bancos de Ostreídeos pleistocênicos da planície costeira do Rio Grande do Sul”. — p. 3-40, 6 f., 4 est.; MARTINS, L. R. & EICHLER, B. B. & PODOLSKY, V. M. — “Proprie- dades texturais dos sedimentos litorâneos de Santa Catarina. |. Areias de praia, trecho Mampituba-Araranguá”. — p. 41-54, 4 f. FORTI, I. R. S. — “Cenozoic mollusks from the drill-holes Cassino and Palmares do Sul of the Coastal Plain of Rio Grande do Sul. — p. 55-156, 1 f., 9 est. (1970) — com cinco artigos, 126 p.; CLOSS, D. — “Estratigrafia da Bacia de Pelotas, Rio Grande do Sul”. — p. 3-76; PAULA-COUTO, C. de — “Novo Notoungulado no Riochiquense de ltaborai”’. — p. 77-86, 3 f.:; ISSLER, R. S. — “Caracteres magmäticos regionais do vulcanismc da Bacia do Paraná”. — p. 87-100, 2 f.; RIBEIRO, M. — “Sobre um padrão orogênico evidenciado no Escudo Sul-rio-grandense”. — p. 101-108; RIBEIRO, M. & TEIXEIRA, C. A. S. — “Datações de rochas do Rio Grande do Sul e sua influência nos conceitos estratigráficos é geo- técnicos locais”. — p. 109-120. 1 f.. N.º .4 — (1971) — com três artigos, 78 p.: COSTA, C. M. B. da — “Importância paleoecológica e estratigráfica de Erodona mactroides DAUDIN (Mollusca, Bivalvia)”. — p. 3-18, 27 t.. IHERINGIA — Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 Cá — CLOSS, D. & FORTI, I. R. S. — “Quaternary mollusks from the Santa Vitória do Palmar country”. — p. 19-58, 2 f., 4 est. — RIBEIRO, M. — “Uma província alcalina no Rio Grande do Sul — 1. Estudos preliminares”. — p. 59-71, 2 1. Série ZOOLOGIA: N.º 1 — BUCKUP, L. & BUCKUP, E. H. — (1957) — “Catálogo dos Moluscos do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais”. — 40 p.; Nº 2 — FRÓES, O. M. — (1957) — “Atualização da nomenclatura dos quelô- nios brasileiros”. — 24 p.; N.º 3 — BECHYNE, J. — (1957) — “Provisorische Liste der Alticiden von Rio Grande do Sul. (Col., Phytoph., Chrysomeloidea)”. — 52 p. N.º 4 — BUCK, Pe. P. (S. J.) — (1957) — “Insetos criados em galhos cor- tados”. — 7 p.; Nº 5 — LEMA, T. de — (1957) — “Bicefalia em serpentes” — 8 p., 4 est; N.º 6 — BUCKUP, L. — (1957) — “Pentatomideos Neotropicais. — I. Sobre o gênero Agroecus Dallas, 1851, com a descrição de duas espécies N.º 7 — BUCKUP, E. H. — (1957) — Estude das variações de Bothriurus bo- nariensis (Koch, 1842) e sobre a invalidez de Bothriurus asper Pocock 1893 e Bothriurus semiellypticus Prado, 1934”. — 18 p., 5 est., 1 tabela; N.º 8 — BAUCKE, O. — (1957) — “Cerambicideos do Rio Grande do Sul. — III”. — 30 p.; N.º 9 — UHMANN, E. — (1958) — “Faerbungskreise dreier Hispinae aus Suedbrasilien. — 191. Beitrag zur Kenninis der Hispinae. (Coleop., Chrysomelidae). — 14 p., 2 est; N.º 10 — LEMA, T. de — (1958) — “Notas sobre os Répteis do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil: Notas | a IV”. — 31 p., 6 est; N.º 11 — UHMANN, E. — (1959) — “Das Schildchen der Hispinae und seine Umgebung. — 198. Beitrag zur Kenntnis der Hispinae. (Coleop., Chry- somelidae)”. — 12 no., 3 est.; N.º 12 — BAUCKE, 'O. — (1960) — “Notas Entomolögicas. I-lll”. — 19 p., Sest.; N.º 13 — LEMA, T. de — (1960) — “Notas sobre Répteis do Rio Grande do Sul. — V a VIII”. — 36 p., 7 est; N.º 14 — AZEVEDO, A. C. P. — (1960) — “Studies on Coral Snakes. — In- troduction I. About the eggs of Coral Snakes; Il. A New observa- tion of the Behavior of Micrurus frontalis multicinctus and its relationship with folklore”. — 36 p., 6 est.; N.º 15 — BUCKUP, L. — (1960) — “Pentatomideos Neotropicais. — Il. Con- tribuição ao conhecimento dos Asopinae da América do Sul. (Hem., Het., Pentatomidae)". — 25 p.; N.º 16 — BUCKUP, L. — (1961) — “Os Pentatomideos do Estado do Rio Gran- de do Sul (Brasil). (Hemiptera, Heteroptera, Pentatomidae)”. — 24 p.; N.º 17 — LEMA, T. de — (1961) — “Notas sobre os Répteis do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, IX-Xl”. — 20 p. 8 est, 21 f.; N.º 18 — AZEVEDO, A. C. P. — (1961) — “Notas sobre cobras corais, (Ser- pentes, Elapidae — Ill a VII”. — 22 p., 14 t.; N.º 19 — CLOSS, D. & MADEIRA, M. — (1962) — “Tecamebas e Foraminife- ros do Arroio Chuí. (Santa Vitória do Palmar, Rio Grande do Sul, Brasil)” — 43 p., 7 est; 1 mapa; N.º 20 — BUCKUP, L. & THOME, J. W. — (1962) — “| Campanha Oceanogrä- fica do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais. — A viagem do “Pescal Il” em julho de 1959”. — 42 p., 2 est., 1 mapa; . 78 Lista das publicações do M.R.C.N. N.º 21 — LEMA, T. de — (1962) — “Sobre a espécie Bothrops itapetiningae (Boulanger, 1907) e sua ocorrência no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil (Serpentes, Crotalidae)”. — 12 p., 4 est. N.º 22 — LEMA, T. de — (1962) — “Ocorrência de Philodryas arnaldoi (Ama- ral, 1932) no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. (Serpentes, Co- bridae)”. — 4 p., 2 est; N.º 23 — LEMA, T. de — (1962) — “Considerações sobre dois Saurios com cauda dupla. (Reptilia, Scuamata)”. — 6 p., 2 est; N.º 24 — LEMA, T. de — (1962) — “Deformação acidental em Xenodon merremii (Wagler, 1824). (Serpentes, Colubridae)”. — 6 p., 2 est; merremii (Wagler, 1824). (Serpentes, Colubridae)”. — 6 p., 2 est.; N. 25 — BERTELS, A. — (1962). — “Insetos — Hóspedes de Solanáceas”. — q) (ok N.º 26 — AZEVEDO, A. C. P. — (1962) — “Anomalias observadas em serpen- tes do gênero Micrurus Wagler, 1824. (Serpentes, Elapidae)”. — 6 p., IMestnl2ei: N.º 27 — AZEVEDO, A. C. P. — (1962) — Sobre uma população de Micrurus trontalis frontalis (D. & B., 1854) de Lagoa Santa, Minas Gerais, Bra- sil. (Serpentes, Elapidae)”. — 3 p., 1 est, 6 f.; N.º 28 — THOMÉ, J. W. — (1963) — “Um novo Copépodo (Crustacea) do gê- nero Trifur Wilson, 1917”. — 11 p., 5 est, 1 f.; N.º 29 — GOULART, A. D. — (1963) — “A Hirudofauna do município de Porto Alegre. (Estado do Rio Grande do Sul, Brasil)”. — 7 p;; N.º 30 — LEMA, T. de — (1963) — “Resultados ictiológicos da | Campanha Oceanográfica do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais”. — 56 p.; N.º 31 — BECHYNE, J. & BECHYNE, B. S. de — (1963) — ‘Beitraege zur kenntnis der Salvadorenischen Chrysomeloidea”. — 79 p.; N.º 32 — UHMANN, E. — (1964) — “Hispinae aus dem Staate São Paulo, Bra- silien. — 209. Beitrag zur kenntnis der Hispinae. (Coleoptera, Chryso- melidae)”. — 28 p.; N.º 33 — HOFFMANN, G. R. — (1964) — “Contribuição ao conhecimento de Libina spinosa Milne-Edwards, 1834. (Crustacea, Decapoda, Brachyiu- ra)”. — 40 p., 2 f., 10 gráficos; N.º 35 — AZEVEDO, A. C. P. — (1964) — “Variações cromäticas em Micrurus corallinus (Wied, 1820). (Serpentes, Elapidae)”. — 15 p., 3 f. N.º 35 — (1967) — com cinco artigos, 88 p.: — GOULART, A. D. de Á. — “Presença de Helobdella obscura Ringuelet, 1942 e Helobdella duplicata var. tuberculata Ringuelet, 1958, no Rio Grande do Sul, Brasil”. — p. 3-6; — CLOSS, D. & MADEIRA M. — “Foraminíferos e Tecamebas aglutinan- tes da Lagoa de Tramandaí, no Rio Grande do Sul”. — p. 7-31, 6 est., 2 f.; — GRAZIA, J. — “Estudos sobre o gênero Galedanta Amyot & Serville, 1843 (Hemiptera-Heteroptera, Pentatomidae)”. — p. 45-59, 19 f. — LEMA, T. de — “Novo gênero e espécie de serpente opistoglifodonte no Brasil meridional (Colubridae, Colubrinae)”. — p. 61-74, 10 f.; — CLOSS, D. & MEDEIROS, V. M. F. — ““Thecamoebina and Forami- nifera from the Mirim lagoon, southern Brazil”. — p. 75-88, 2 f.; N.º 36 — (1969) — com um artigo, 114 p.: — BECHYNÉ, J. & BECHYNÉ, B. S. de — “Die Galerucidengattungen in Südbrasilien”. — p. 1-110, 16 1. IHERINGIA — Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 29 N.º 37 — (1969) com cinco artigos, 128 p: — MADEIRA, M. L. — “Foraminifera from São Francisco do Sul, state of Santa Catarina, Brazil”. — p. 3-29, 3 est.; — PEREIRA, C. A. F. D. — “Recent foraminifera of Southern Brazil collected by hydrografic vessel ‘Baependi’”. — p. 37-95, 2 est, 1 gráf.; — THOME, J. W. — “Redescrição dos tipos de Veronicellidae (Mollusca, Gastropoda) neotropicais: I. Espécies depositadas no “Zoologisches Museum” de Kiel, Alemanha”. — p. 101-111, 21 f. — LEMA, T. de & AZEVEDO, A. C. P. — “Ocorrência de Micrurus deco- ratus (JAN) no Rio Grande do Sul, Brasil, (Serpentes, Elapidae)”. — — VOLKMER-RIBEIRO, C. — “New occurence of Uruguaya repens HINDE, 1888 (Porifera-Spongilidae) with redescription of the species”. — p. 119-123, 2 f;; N.º 38 — (1970) — com três artigos, 124 p.: — ROETTGER, E. U. — “Recent foraminifera from the continental Shelf of Rio Grande do Sul collected by the hydrografic vessel “Canopus' ”. — [0% Se 2 es Ss — THOMÉ, J. W. — “Redescrição dos tipos de Veronicellidae (Mollusca, Gastropoda) neotropicais: Ill. Espécies depositadas no “Il. Zoolo- gisches Institut und Museum der Universität’ de Göttingen, Alemanha”. p. 73-88, 28 f.; — LEMA, T. de — “Sobre o ‘status’ de Elapomorphus bilineatus DU- MÉRIL, BIBRON & DUMÉRIL, 1854, curiosa serpente subterrânea”. — PE 89- MET ZT. N.º 39 — (1970) — com três artigos ‚102 p.: — FABIAN, M. E. — Estudo anatômico de Liophis miliaris (L., 1758). Ser- pentes, Colubridae”. — p. 3-18, 8 f.; — THOME, J. W. — “Redescricäo dos tipos de Veronicellidae (Mollusca, Gastropoda) neotropicais: V. Espécies depcsitadas no “Museo ed Ins- tituto di Zoologia Sistematica della Universita”, de Turim, Itália”. — o SESI le — MANSUR, M .©. D. — “Lista dos moluscos bivales das Famílias Hy- ridae e Mycetopodidae para o Estado do Rio Grande do Sul”. — p. 33-95. N.º 40 — (1971) — com três artigos, 66 p.: — BECKER, M. & GRAZIA-VIEIRA, J. — “Contribuição ao conhecimento da superfamilia Pentatomoidea na Venezuela (Heteroptera)”. — p. 3-26. — THOME, J. W. — “Redescrição dos tipos de Veronicellidae (Mollusca, Gastropoda) neotropicais: VIl. Espécies depositadas no “Muséum National d'Histoire Naturelle' Paris, França”. — p. 27-52, 22 f., 3 est. — VOLKMER-RIBEIRO, C. — “Houssayella iguazuensis BONETTO and DE DRAGO, 1966 (Porifera-Spongillidae) in Itk river, Rio Grande do Sul, Brazil”. — p. 52-60, 6 f. N.º 41 — (1972) — com 4 artigos, 74 p.: — NAPP, D. S. — “Notas sobre o gênero Lius H. DEYROLLE — (Co- leoptera, Buprestidae)” — p. 3-20. — MANSUR, M. C. D. — “Morfologia do sistema digestivo de Castalıa undosa martensi (IHERING, 1891) — (Bivalvia, Hyriidae)”. — p. 21-34. — LEMA, T. de — “Sobre Micrurus putumayensis LANCINI, 1962 e sua ocorrência no Brasil — (Serpentes, Elapidae)" — p. 35-58. -— THOME, J. W. — “Uma nova espécie de Phyllocaulis do Brasil — (Veronicellidae, Gasiropoda).” — p. 59-68. 80 Lista.das publicações do M.R.C.N. N.º 42 — (1973) — com seis artigos, 96 p.: : — POLI, C. R. — “Os bagres do litoral de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul — Brasil (Ostariophysi, Siluriformes, Bagridae).” — p. Exa E — FABIAN, M. E. — “Contribuição ao conhecimento da osteologia cra- niana de Liophis WAGLER (Serpentes, Colubridae).” — p. 14-24, 14 f. — GRAZIA-VIEIRA, J. — “Uma nova espécie de Mayrinia HORVATH, 1025 (Heteroptera, Pentatomidae, Pentatomini).” — p. 25-33, 9 f. — LEITÃO, M. D. — “Ovoviviparidade em Ophiodes striatus (SPIX, 1824) — Sauria, Anguidae.” — p. 34-39, 4 1. — ROETTGER, E. U. — “Observações ecológicas sobre foraminíferos re- centes da costa do Rio Grande do Sul, Brasil.” — p. 40-63, 18 f. — VEITENNHEIMER, |. L.. — “Contribuição ao estudo do gênero Leila GRAY, 1940.” — p. 64-89, 16 f. 2 tab. N.º 43 — (1973) — com 6 artigos, 132 p.: — LISE, A. A. — “Contribuição ao conhecimento do gênero Sidyma no Brasil, com a descrição de uma nova espécie (Araneae, Thomisidae).” — p. 3-47, 53 1. — VOKES, H. E. — “A new subgenus and species of Crassatella (Mollus- ca, Bivalvia) from Southern Brazil.” — p. 48-59, 7 f. — MENEGHETTI, J. ©. — “Zooplankton from Southern Brazil — 1. Quan- titative aspects.” — p. 60-74, 9 f. — MANSUR, M. C. D. — “Morfologia do sistema digestivo das espécies do gênero Diplodon SPIX, 1827 do Rio Guaíba, Rio Grande do Sul (Unionacea, Hyriidae).” — p. 75-90, 13 f. — BRAUN, P. C. — “Nova espécie do gênero Proceratophrys MIRANDA- RIBEIRO, 1920 do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil (Anura, Cera- tophrynidae)”. — p. 91-99, 8 f. — MENEGHETTI, J. ©. — "Zooplankton from Southern Brazil — 2. Its composition, distribution and density in space and time.” — p. 100- 125, 20 f. N.º 44 — (1973) — com 7 artigos, 81 p.: — BRAUN, P. C. — “Nova espécie do gênero Melanophryniscus GAL- LARDO, 1961 do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil (Anura, Brachy- cephalidae)." — p. 3-13, 5 f. — BOLTOVSKOY, D. — “Polimorfismo en Sagitta serratodentata KROHN, 1853 (Chaetognatha) con especial referencia a las vesiculas seminales.” — p. 14-27, 13 f. — BRAUN, C. A. S. — “Sobre a ocorrência de Pleurodema bibronii TSCHUDI, 1838, no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil (Anura, Lep- todactylidae)"" — p. 28-31, 1 f. — VEITENHEIMER, |. L. — “Anodontites BRUGUIERE, 1792, no Guaíba — RS (Bivalvia, Mycetopodidae). | — Anodontites trapesialis forbesianus (LEA, 1860).” — p. 32-49, 6 f. — BRAUN, P. C. — “Sobre uma postura de Caiman latirostris (DAUDIN, 1802) — (Crocodilia, Alligatoridae).” — p. 50-54, 2 f. — GRAZIA-VIEIRA, J. & CASINI, C. E. — “Lista preliminar dos heterópteros uruguaios da região nordeste: Pentatomidae e Coreidae, (Insecta, He- teroptera).” — p. 55-63, 1 f. — LEMA, T. de — “Ocorrência de Uromacerina ricardinii (PERACCA, 1897) no Rio Grande do Sul e contribuição ao conhecimento dessa rara Serpente (Ophidia, Colubridae)." — p. 64-73, 8 f. IHERINGIA — Zoologia, n. 44 — 05 DE NOVEMBRO DE 1973 81 Série DIVULGAÇÃO: N.º 1 — (1971) — com sete artigos, 52 p.: — Apresentação — p. 1. — CÓRTE-REAL, M. — “Atividades, projetos e esperanças”. — p. 3-10, ESA — THOME, J. W. — “Os moluscos da pré-história aos nossos dias”. — p. 11-16. — GRAZIA-VIEIRA, J. — “O maravilhoso ou aterrador mundo dos inse- tos” — p. 17-20. — FABIAN, M. E. — “As serpentes, essas temíveis criaturas”. — p. 21-24. — LEMA, T. de — “Serpentes peçonhentas do Rio Grande do Sul”. — pi 25-8211. 4: — VOLKMER-RIBEIRO, C. — “Porque investir em pesquisa limnológica” — p. 33-38, f. 5. — CÖRTE-REAL, M. — “Poluição da água no Rio Grande do Sul”. — p. 39-44, f. 6-7. — Setores e equipes em atividades no Museu — p. 45-46. — Publicações do Museu (lista) — p. 47-51. Nº 2 — (1972) — Com um artigo, 12 p.: — GRAZIA-VIEIRA, J. & GALILEO, M. H. M. — “Lista dos Entomölogos da Região Sul-Brasil”. — p. 1-6. — Publicações do Museu (lista). — p. 7-12. ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Governador do Estado Coronel EUCLIDES TRICHES Secretário de Estado dos Negócios da Educação e Cultura Tenente-Coronel MAURO COSTA RODRIGUES Direior do Departamento de Assuntos Culturais Professora ANTONIETTA BARONE Diretor do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais Professora-Naturalista JOCÉLIA GRAZIA VIEIRA Composto e impresso nas Oficinas Gráficas da Livraria do Globo S.A. — 1973 VA TA a Min TR? 3 # R 1 E q 4 " a E , iR Ü s Ei a Io “t ) 4 A | 5 | : | 410.020 Sa BL ISSN 0073-4721 Série ZOOLOGIA Número 45 25/06/1974 Monocondylaea minuana ORBIGNY, 1835: variabilidade da concha e mor- fologia do sistema digestivo (Bivalvia, Mycetopodidae). NARIASCRISTINA DRETER?MANSUROS. o a se Contribuição ao conhecimento da genitália dos machos do gênero Hor- vathinia MONTANDON, 1911. (Heteroptera, Belostomatidae, Horva- thiniinae). MARIACDEBENASMAINIERI GALILEO 2 prelo sao a aja ra ip ota ooo Fauna da fronteira Brasil-Uruguai. Lista dos anfíbios dos Depariamentos de Artigas, Rivera e Cerro Largo. PEDRO CANISIO BRAUN e CRISTINA A. SIRANGELO BRAUN ........ Sobre a ocorrência de Homonota uruguayensis (VAZ-FERREIRA & SIER- RA DE SORIANO, 1961) no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. (Lacertilia, Gekkonidae) MARIA LÚCIA M. ALVES e MARTA E. FABIAN-BEURMANN .......... Nota prévia sobre a biologia de Tanatofídios em cativeiro. (Ophidia, Ela- pidae e Viperidae). MOEMA LEITÃO DE ARAÚJO e MARA PERAZZOLO .........cccecses. Ocorrência de Bufo paracnemis A. LUTZ, 1925 no Estado do Rio Gran- de do Sul, Brasil (Anura, Bufonidae). CRISTINA ASSUNÇÃO SIRANGELO BRAUN ........cccccccscereases 26 34 50 55 PORTO ALEGRE er mera APR 21975 4 IHERINGIA é o periódico de divulgação de trabalhos científicos inéditos do Museu Rio- Grandense de Ciências Naturais, publicado em quatro (4) séries: “Antropologia”, “Botânica”, “Geologia” e “Zoologia”. Cada série é editada em fascículos, com numeragäo corrida inde- pendente, podendo conter um ou mais artigos. E R ; O periódico, no todo ou por série, é distribuído à Instituições congêneres em regime de per- muta podendo eventualmente também ser distribuído gratuitamente a cientistas ou outros inte- ressados. IHERINGIA is a periodical intended to publish scientific works and research data from the “Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais”, issued on four (4) series: “Antropology’’, “Botany”, “Geology” and “Zoology”. Each series is published in fascicules of independent numeration, with one or more articles. IHERINGIA as a whole or as separate series, is intended to be exchangeable with similar Institutions and can be sent free of charge to scientists and interested people, on request. Recomendações aos autores: 1. Os manuscritos devem versar, preferentemente, assunto pertinente ao Estado do Rio Grande do Sul e regiões limítrofes; 2. Devem ser encaminhados, por ofício dirigido ao Diretor e serão aceitos a critério de co- missão redatorial designada para cada. artigo; 3. Terão prioridade os artigos dos pesquisadores do: Museu ou que versem sobre material depositado em suas coleções; 4. Todos os artigos devem ter um resumo na língua em que estão redigidos. Os artigos em língua portuguesa devem ter também -um resumo em língua estrangeira e os em língua estrangeira (alemão, espanhol, francês, inglês, italiano e latim moderno) devem ter obriga- toriamente, um segundo resumo em português; : 5. Os originais devem ser apresentados: 5.1. em duas vias datilografadas, espaço dois, com margens mínimas de 2cm, sem emendas, em papel branco tamanho ofício (32x22cm), uti- lizando um só lado e todas as folhas devem vir numeradas na margem superior direita e rubricadas ao menos por um autor; 5.2. apenas os nomes científicos devem ser subli- nhados com um traço simples; 5.3. os nomes dos autores, inclusive de referência biblio- gráfica, devem vir datilografados em MAIÚSCULAS; 5.4. as referências bibliográficas, no fim do artigo, devem restringir-se ao estritamente necessário e devem vir organizadas em ordem alfabética do sobrenome do autor e secundariamente em ordem cronológica; 5.5. na. citação de artigos, o nome do periódico deve vir sublinhado e na de livros, o título da obra; 5.6. as abreviações de periódicos devem obedecer as adotadas no “World List of Scien- tific Periodicals”; 5.7. a disposição dos dados das referências deve obedecer o critério dos seguintes exemplos hipotéticos: RAMBO, B. (1956) — A fisionomia do Rio Grande re Sul, 2.2 ed., Porto Alegre, Livraria Selbach, v. 6 (Jesuitas no Sul do Brasil) xvit456 p., 28 f., 15 est.: —,— (1960) — Bignoneaceas Riograndenses. — Iheringia, Bot., v. 2, n. 6, p. 1-26, f. 1-3, est. 1-2. 5.8. todas as ilustrações são consideradas figuras e levarão numeração corrida, permitindo-se o editor agrupá-las e distribuí-las do modo mais econômico, sem prejudicar sua apresen- tação e respeitando tanto quanto possível as indicações do autor; 5.9. os desenhos, gráficos e mapas devem ser feitos à tinta da China, preferencialmente em papel vegetal e as foto- grafias em papel brilhante e nos tamanhos que permitam a redução para o máximo de 17x11cm; 5.10. ilustrações a cores devem ser combinadas previamente e seu custo fica a cargo do autor; 5.11. as legendas das figuras devem vir em ordem numérica, em folha separada do texto; 5.12. a localização aproximada das figuras no texto deve ser assinalada pelo autor na margem direita do manuscrito, sempre a lápis; 6. A correção das provas tipográficas será de responsabilidade do autor, salvo expressa convenção em contrário. Modificações no texto durante as correções, só serão aceitas se as despesas provenientes das mesmas forem pagas pelo autor; Serão fornecidas, gratuitamente, 50 separatas de cada artigo, independentemente do número de autores. Maior número de separatas poderão ser fornecidas mediante prévio ajuste, de- vendo o pedido ser feito na ocasião da entrega dos originais N Jocélia Grazia-Vieira Diretor-Executivo Editor ENDERECO PARA CORRESPONDENCIA: COMISSÃO DE REDAÇÃO: tac IDEE DDRES) Arno Antönio Lise Museu de Ciências Naturais Cecilia Volkmer-Ribeiro Caixa Postal 1188 Jocelia Grazia-Vieira 90.000 Porto Alegre, RS Lücia Wilhelms Aguiar Brasil José Willibaldo Thomé: Maria Cristina D. Mansur Maria Luiza Porto . Marta E. Fabián-Beurmann Sidia Maria Callegari Thales de Lema ma DA E a Sr a e a A e e ão ii má a a a e e Senhores: Dear Sirs: Queiram ter a gentileza de preencher o presente, devolvendo-o ao Museu, a fim de que não haja interrupção na remessa do nú- mero seguinte de IHERINGIA. Please complete the requested below and return it to us, so that we can send you the next number of IHERINGIA. 1. Recebemos e agradecemos: IHERINGIA, Zoologia, n.º 45. We have received: Ee cce altaim-mNoSch gl AP ção CA AE e RR PA A RD We are in want of: > Enviamos emPpenmutas „ae seen ae We send you in exchange: Zee NOSSO” Campo, deHimleresses: re. to o AISNE q oo Our field of activities: Local e data: City and date: Assinatura: Signature: Selo postal Stamp Ao MUSEU DE CIENCIAS NATURAIS Caixa postal, 1188 90000 PORTO ALEGRE, RS BRASIL Remetente: Sender: soo 000 01 e eo 00 0 2 9 1 EL 0 P 8 000000000 000 COCO 0000 00 0 UC 0 4 4 & e 000000 00 0 090 900 090 0 0 0 0 0 9 08 0 08 08 00000000 00000000 0 0 0 0 0 0 6 0 q „oo 0080000008 0 vovo TE LT Tr LT LT LT vovo con T T T 0 0 0 0 0 0 0 0 4 O (Pais) — (Country) n. 45| p. 3-25 | 13f. | Porto Alegre-RS | 25/06/74 IHERINGIA | Zoologia Monocondylaea minuana ORBIGNY, 1835: VARIABILIDADE DA CONCHA E MORFOLOGIA DO SISTEMA DIGESTIVO (BIVALVIA, MYCETOPODIDAE)* Maria Cristina Dreher Mansur** RESUMO O presente trabalho mostra a variabilidade da concha de Monocondylaea mi- nuana ORBIGNY, 1835 na região leste do Estado do Rio Grande do Sul e Repú- blica Oriental do Uruguai, em comparação com exemplares das proximidades da localidade típica. Mostra também a morfologia funcional do sistema digestivo e alguns aspectos da estrutura interna das brânquias. SUMMARY The present paper concern the variability of the shell of Monocondylaea mi- nuana ORBIGNY, 1835 from eastern region of the State of Rio Grande do Sul, Brazil and Uruguay, in comparison with samples from the same fluvial system of type locality. It also presents the functional morphology of the digestive tract as well as some aspects of the internal structure of the gills. INTRODUÇÃO Monocondylaea minuana ORBIGNY, 1835 pertence a um gêne- ro muito bem definível pela presença de um só dente arredondado e nacarado, qual seja o gênero Monocondylaea ORBIGNY, 1835. Distingue-se das demais espécies deste gênero por ser mais alon- gada, apresentando o periostraco muito rugoso, com lúnula, umbos salientes e contorcidos (ORBIGNY, 1835/47), altas e separadas pre- gas do periostraco e um sulco mediano que divide o umbo (BONET- TO, 1966). Baseado principalmente nesta última característica BO- NETTO junta Monocondylaea pazii LEA, 1866 definitivamente a M. minuana ORBIGNY. Na descrição de M. pazii LEA, 1866 encontram- se as primeiras referências anatômicas sobre brânquias e aberturas do manto para a espécie. Foi ORTMANN (1921) o primeiro a citar M. minuana para a bacia do Guaíba, confirmando que as caracte- rística anatômicas de M. pazii LEA são as mesmas de M. minuana * Aceito para publicação em 11 de março de 1974 e realizado em parte com Auxílio para Pesquisa da “Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul” (FAPERGS) (n.º 172/70, Biológicas). ** Naturalista do Museu de Ciências Naturais e bolsista do “Conselho Nacional de Pesquisas”, Rio de Janeiro, GB (T.C. n.º 8337/67). 4 MANSUR, M. C. D. — Monocondylaea minuana ORBIGNY... ORBIGNY e acrescenta uma detalhada descrição das brânquias com fotografia de corte da marsúpia. O mesmo ORTMANN (1921:580) já notara um achatamento me- diano dos umbos com duas convexidades sendo a posterior maior, caracterizando desta maneira o sulco mediano para M. minuana do Guaíba. No trabalho de BONETTO & MANSUR (1970), M. minuana está bem definida para a bacia do Guaíba pela presença de sulco me- diano em forma menos notável que as formas do rio Uruguai. Citamos M. Minuana pela primeira vez para a bacia da Lagoa Mirim uma vez que FIGUEIRAS (1965:245) afirma “é uma espécie característica do rio Uruguai e que não tem representantes em ou- tras bacias e não parece encontrar-se na bacia da Lagoa Mirim e cursos da costa atlântica”. Nosso objetivo neste trabalho é comentar a morfologia e varia- bilidade da concha e apresentar maiores detalhes sobre a mor- fologia interna do sistema digestivo, incluindo o manto e aberturas, as brânquias e palpos labiais e o tubo digestivo. Também compara- mos estas estruturas com as de espécies anteriormente estudadas pertencentes a família Hyriidae (MANSUR 1972, 1974). Também temos o objetivo de através deste estudo continuado da anatomia e fisiologia comparada entre espécies, gêneros e fa- mílias, encontrar características diferenciais internas como subsídio a sistemática deste grupo de animais. MATERIAL E MÉTODO Examinamos as coleções do Museu de Ciências Naturais, Por- to Alegre, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo e do Museu de História Natural de Montevidéu. Os exemplares dissecados para estudo da morfologia interna são do rio Guaíba. As correntes ciliares foram observadas em ani- mais vivos da mesma procedência conservados em aquário e com auxílio de pó de “Carmin” e de “'Carborundum” granulação Fs. Para a dissecação do estômago utilizamos alfinetes entomológicos e para observar melhor as correntes ciliares usamos além do material men- cionado, jatos de água com seringa de preferência na direção da maior concentração de alimento, ou seja, nas aberturas comuns para os ductos dos divertículos digestivos. Isto fez com que as estrutu- ras se afastassem e o alimento se deslocasse. Em seguida as par- tículas alimentares eram novamente selecionadas permitindo a per- cepção das correntes. Jatos de água ajudam também a afastar a grande quantidade de muco secretada por estes animais durante a dissecação. O intestino foi observado em animais bem fixados. IHERINGIA — Zoologia, n. 45 — 25 DE JUNHO DE 1974 5 CONCHA Monocondylaea minuana possui uma área de ocorrência res- trita ao rio Uruguai e bacias atlânticas do Uruguai e Rio Grande do Sul. Depois de examinarmos vários exemplares procedentes de di- ferentes pontos desta área, chegamos à conclusão que somente na região do baixo rio Uruguai e outros rios e arroios do mesmo sis- tema fluvial ao sul do Uruguai, ou melhor, nas proximidades da lo- calidade típica, quais sejam, os rios Canelon Grande e Rosário, os exemplares de M. minuana são idênticos à descrição e figura de OR- BIGNY. Além disto nota-se muito bem nestes exemplares o sulco mediano nos umbos, que origina o achatamento ou leve reentrân- cia na região mediana da concha. Caráter este observado por BO- NETTO (1966) e estabelecido como constante para a espécie. Mais ao norte, do médio rio Uruguai, procedem dois lotes (MZUSP n.º 5689 e n.º 18748) da localidade de Itaqui, RS, os quais pudemos examinar. Estes exemplares apresentam umbos mais proe- minentes, maior altura da concha em geral, mais largura e o sulco mediano é profundo e muito notório em toda a superfície mediana da concha .(Est. 1, fig. 1). Aproximam-se bastante da forma descri- ta por LEA em 1866 com o nome de Monocondylaea pazii, e que fora colocada na sinonimia de M. minuana por BONETTO (1966). M. pazii LEA por sua vez se aproxima de M. paraguayana ORBIGNY, 1835 o que fez com que HAAS (1931 e 1969) e FIGUEIRAS (1965) a colocassem na sinonimia desta última. Este material estudado pro- cedente de um único lugar do médio rio Uruguai não permite es- clarecer muito esta diversidade sinonímica. Acreditamos que M. mi- nuana sofra uma variação gradativa para o norte ao longo deste rio tendendo a assemelhar-se com M. paraguayana. Para leste, na rede de lagunas e rios que dão para o Atlân- tico onde se enquadra a bacia do Guaíba, a concha de M. minuana difere das formas do rio Uruguai nos seguintes aspectos: 1. Há uma redução geral na altura dos umbos e profundidade da cavidade sub-umbonal, mesmo em conchas jovens a ponto de se assemelharem com a figura de M. parchappii ORBIGNY, 1835. Não conseguimos exemplares da localidade típica desta espécie, em ltati junto ao rio Paraná, Prov. de Corrientes, Argentina, para pro- var as possíveis semelhanças destas duas espécies. ORTMANN (1921) aponta sua dúvida neste sentido e descreve M. minuana par- chappii ORBIGNY para o rio Jacuí, afluente do Guaíba. HAAS (1931) e SIMPSON (1914) colocam M. parchappii ORBIGNY na sinonimia de M. minuana ORBIGNY. BONETTO por sua parte (em comun. pes- soal, 1973) expressa que com o material que dispusera, não foi pos- sível resolver satisfatoriamente a identificação de M. parchappii dei- xando-a em consegúência como espécie distinta e válida. 6 MANSUR, M. C. D. — Monocondylaea minuana ORBIGNY... Examinamos também material do rio Cebollati, afluente da la- guna costeira Lagoa Mirim no Uruguai e das lagoas costeiras do nordeste do Estado do Rio Grande do Sul e constatamos que os exemplares destas localidades são idênticos às formas do Guaíba, apresentando a redução na proeminência dos umbos e cavidade sub-umbonal. 2. Como já fora observado por BONETTO & MANSUR (1970) o sulco mediano é menos pronunciado nas formas do Guaíba. Esta observação também é válida para as demais bacias do leste acima citadas. Nota-se além disto, uma constante e forte erosão dos um- bos o que dificulta ainda mais a observação do sulco. No restante da concha se percebe a leve reentrância acompanhando a região mediana até a margem ventral. Só que em vez de seguir para trás como acontece nas formas do rio Uruguai, o sulco avança um pouco para a frente, reduzindo a região anterior da concha. As vezes, como acontece com o exemplar da est. 2, fig. 8, tem-se a impressão que a região anterior está sendo estrangulada, havendo uma flexão ven- tral proveniente de um maior aprofundamento do sulco. 3. Por sua vez no Guaíba e lagoas do nordeste percebe-se um gradiente entre a forma mais conhecida como oval alongada e a forma arredondada de muita altura e pouquíssima largura. Esta última forma aproxima-se muito de M. corrientesensis ORBIGNY, 1835, porém é claramente diferenciada desta pela presença do sul- co mediano. 4. Os jovens em geral apresentam cor marrom claro opaco | com periostraco rugoso e altas pregas. Nos adultos o periostraco varia muito e a cor também, desde verde oliva claro com brilho seroso até marrom escuro opaco. Aparecem também frequentemen- te com inscrustrações ferruginosas. As faixas radiais de coloração verde descrita por ORBIGNY (1835/47) como sendo em número de duas na região posterior, podem estar ausentes ou variar de uma a sete. Em geral são duas, fortes e afastadas. Diante destes fatos acreditamos que M. minuana apresenta uma variabilidade muito grande na forma da concha e também possa so- frer uma clinização para leste diminuindo a altura dos umbos. Porém para confirmar este fato, seria necessário obter um bom número de exemplares da zona intermediária entre o rio Uruguai e os rios e lagunas do leste. Além disto falta a nós obter material de pontos mais distantes na bacia do Guaíba, como Cachoeira no rio Jacuí, afluente do Guaí- ba, para confirmar a citação de M. lentiformis LEA (= M. corriente- sensis ORBIGNY) por ORTMANN (1921) e no rio dos Sinos para confirmar a citação de M. paraguayana ORBIGNY por HAAS (1981): Não temos encontrado até agora outra espécie a não ser M. minuana nesta drenagem atlântica do Rio Grande do Sul e Uruguai. IHERINGIA — Zoologia, n. 45 — 25 DE JUNHO DE 1974 7 MANTO E ABERTURAS O manto é aberto inferiormente desde a extremidade anterior até a extremidade posterior do istmo, com fusão do lobo interno apenas na altura do diafragma entre as aberturas branquial e exa- Tante. O manto é de coloração creme uniforme com pigmentação cor de carne nos lobos mediano e interno das aberturas. Na abertura branquial a pigmentação vai quase até o ponto mais baixo da mar- gem ventral. Inclusive os tentáculos são levemente pigmentados com as extremidades brancas. A abertura branquial é aberta inferiormente e apresenta tentá- culos muito irregulares em tamanho e espessura e em geral mais curtos em comparação com as espécies pertencentes aos gêneros “Castalia LAMARCK, 1819 e Diplodon SPIX, 1827 estudadas anterior- mente (MANSUR 1972, 1974). Os tentáculos maiores surgem do lado interno do lobo interno e são em geral bífidos, inclinados para dentro e intercalados por tentáculos menores. Num animal vivo em posição normal eles nem sempre chegam a se interdigitar como nas espécies do gênero Cas- talia LAMARCK e Diplodon SPIX que ocorrem no rio Guaíba. Quase sempre há um espaço livre para a entrada da corrente inalante. Há também tentáculos externos voltados para fora, que talvez sejam papilas, sendo minúsculos e quase reduzidos a bolinha branca que corresponde à extremidade dos tentáculos maiores. A abertura exalante é levemente crenulada. Aparece mais cre- nulada quando o animal é morto diretamente no formol ou no ál- cool. É aberta até a extremidade posterior do istmo do manto sendo que os bordos se justapõem como se fosse fechada superiormente. A parte que permanece aberta é a mais inferior. A fusão ou conexão do manto na altura do diafragma, entre as duas aberturas, é fina alongada antero-posteriormente se observada em corte transversal, enquanto que em Diplodon SPIX e Castalia LAMARCK, ela é bem mais reforçada e arredondada ou triangular. BRÂNQUIAS E PALPOS LABIAIS À vista desarmada tem-se a impressão que as brânquias são for- iemente pregueadas, porém isto é devido à transparência dos fortes septos interlamelares. Com uma observação mais precisa constata- se que as brânquias so quase lisas não havendo diferenças interfi- lamentares. O que se pode perceber, mais claramente no macho, é um maior espaço interfilamentar que separa o filamento que corre junto ao septo dos demais, não havendo outra diferenciação maior. 8 MANSUR, M. C. D. — Monocondylaea minuana ORBIGNY... Por prega podemos contar de 6 a 12 filamentos, comumente ocor- rem de 8 a 10. Na fêmea a marsúpia ocupa quase toda a demibrânquia interna pelo lado de dentro junto ao pé, com exceção de uma estreita faixa ventral e alguns tubos aquíferos na região anterior e posterior. Estes não estão diferenciados como os demais tubos aquíferos da marsúpia que apresentam os septos interlamelares com duas pre- gas longitudinais dividindo o tubo aquifero em duas câmaras: a que está junto à lamela ascendente contendo ovos e a outra junto à la- mela descendente formando o tubo aquífero secundário (ORTMANN, 1921:582). Estes tubos secundários não se alteram muito enquanto as câmaras da marsúpia crescem consideravelmente e os septos vão afinando a medida que os ovos vão embrionando. As câmaras da marsúpia podem aumentar 5 ou 6 vezes o seu tamanho, até um pou- co mais do que mostra a figura de ORTMANN (1921 est. XLVIII fig. Ta): Os ovos formam uma massa a princípio compacta como um tubo, que é segura na marsúpia pelas pregas dos septos e a me- dida que os ovos vão crescendo a massa torna-se mais frouxa. A demibrânquia externa apresenta septos grossos e às vezes aparecem intercalados por uns bem delgados. A demibrânquia externa cobre parcialmente a demibrânquia in- terna deixando descoberta uma faixa livre anterior e a região ven- tral da interna. Na região livre anterior, logo abaixo e um pouco para . a frente da região sub-umbonal, a demibrânquia externa forma um semi-arco. Dorsalmente na região de junção da demibrânquia externa com o manto e com a demibrânquia interna, existe uma faixa longitudinal de cada lado que chamamos de canais dorsais, onde são recolhidas as partículas selecionadas pela bränquia externa e transportadas pa- ra a frente. Anteriormente o alimento cai num só canal de cada lado, que chamamos de canal anterior (membrana entre a demibrânquia interna e o manto) que por sua vez leva à base dos palpos labiais. . Estes canais em M. minuana são largos, uniformes e muito no- táveis. Na demibrânquia interna existe o sulco alimentar marginal que é delgado e vai diminuindo quando entra em contato com os palpos labiais. As brânquias apresentam movimentos lentos diante de um cor- po extranho ou se tocadas. Há muita secreção de muco e elas se encolhem formando verdadeiras linhas de zigue-zague, devido aos bastonetes ou hastes calcificadas dos filamentos. | Os palpos labiais, um par de cada lado, säo alongados ante- riormente e arredondados na linha infero-posterior formando um än- gulo com a linha dorsal. Nesta linha dorsal são soldados na base e IHERINGIA — Zoologia, n. 45 — 25 DE JUNHO DE 1974 9 lisos. Apresentam nas faces que estão justapostas altas pregas e sulcos e em relação as brânquias demonstram uma mobilidade bem maior. Distendem-se e encolhem-se permitindo uma menor ou maior passagem de alimento. Podem apalpar maior ou menor área da de- mibrânquia interna e além disto as extremidades livres podem se afastar um pouco e virar os bordos para fora. BOCA, ESÔFAGO E ESTÔMAGO A boca é larga e achatada junto ao músculo adutor anterior, com lábios lisos, sendo o inferior mais arqueado para dentro. O esôfago é também largo e achatado com forma de sino e esculturado por largas e altas estrias longitudinais que terminam abruptamente na entrada do estômago, não havendo anel circular. O estômago em vista dorsal tem a forma de um leque com um alongamento em forma de vírgula no lado esquerdo, ou seja, o capuz dorsal. Este é muito longo, achatado e vem para a frente até a entrada do estômago e vira para cima deste. A extremidade distal do capuz dorsal fica sobre a expansão lateral esquerda da parede do estômago. Esta expansão vista por dentro não é profunda, mas muito achatada dorso-ventralmente e situada logo à esquerda da entrada do estômago, tendo acima o final do capuz dorsal e abai- xo a abertura comum para os ductos dos divertículos digestivos do lado esquerdo. Também são muito notáveis no lado direito dois bolsos cegos, também achatados. Um anterior muito estreito e alongado descen- do pelo lado direito até quase atingir a base dos palpos labiais. O outro é posterior a este saindo da região ventral junto a parede di- reita, é curvo para a frente e menos alongado. Internamente são es- triados fazendo parte da área de seleção (ASs). Estes dois bolsos: cegos são muito semelhantes aos encontrados em Diplodon SPIX e Castalia LAMARCK (MANSUR 1972, 1974), porém em M. minuana eles são mais estreitos, longos e com extremidades afiladas. A parede posterior do estômago apresenta uma invaginação di- vidindo a região posterior em duas secções, uma superior e outra inferior, como DINAMANI (1967:247) encontrou em Lamellidens cor- rianus LEA, e como nós encontramos em Castalia undosa martensi (IHERING), Diplodon delodontus wimanii (LEA) e Diplodon charrua- nus (ORBIGNY). A entrada do estômago é estreita com estrias finas e irregulares e logo a frente, para o lado direito, surge a dobra anterior que sobe pelo teto do estômago e entra no capuz dorsal até o fundo. Logo que a dobra anterior sobe, ela se divide por um sulco em duas 10 MANSUR, M. C. D. — Monocondylaea minuana ORBIGNY... partes: uma área de seleção à direita e uma dobra lisa à esquerda, tendo ainda a esquerda o sulco dorsal e à direita da área de sele- ção adjunta à dobra lisa, o sulco de regeição que é bem pronuncia- do e vai cair no sulco intestinal. Ainda à direita do sulco de regeição há uma grande área de seleção a AS; (PURCHON, 1958:520) que se continua para dentro dos dois bolsos cegos do lado direito do estômago. Da entrada do capuz dorsal sai a dobra que percorre toda a volta póstero-superior do estômago até o lado direito onde desce e vai até o fundo do bolso cego anterior. Há também uma dobra es- triada que liga os dois bolsos. A tiflossole menor sai do lado direito posterior da abertura co- mum do intestino e saco do estilete e forma um pequeno cone ou plataforma. Há um sulco do lado direito da tiflossole menor e segue uma dobra estreita como se fosse uma continuação da tiflossole me- nor. Esta dobra se projeta um trecho para a frente acompanhando o sulco intestinal pelo lado direito. Um pouco mais atrás desta pro- jeção a dobra desce para o bolso cego posterior e desapa- rece no fundo deste. Estudando o gênero Diplodon SPIX, (MANSUR, 1974) encontramos exemplares em que havia continuidade entre a plataforma da tiflossole menor e a projeção em espiral. Mesmo que não houvesse ligação em todos os exemplares consideramos a pro- jeção como sendo continuação da tiflossole menor. O mesmo pare- ce acontecer com M. minuana. Em alguns exemplares examinados havia um pequeno vínculo por de trás da plataforma, parecendo a dobra ser uma continuação da tiflossole menor. Em outros exempla- res havia um sulco separando perfeitamente estas estruturas. Não consideramos a projeção como sendo continuação da tiflossole de- vido à rara e fraca vinculação com esta. A tiflossole maior sai da abertura do intestino associada ao sa- co do estilete e segue para a frente acompanhando o sulco intes- tinal pelo lado esquerdo. Dobra para a esquerda e termina na entrada da abertura comum para os ductos dos divertículos digesti- vos do lado esquerdo. Há também uma pequena área de seleção sobre a região anterior da tiflossole maior. A tiflossole maior forma um cone muito variável: largo e acha- tado ou pequeno e baixo. Na parede anterior do estômago, um pou- co escondida abaixo da dobra anterior, encontra-se a abertura co- mum para os ductos dos divertículos digestivos do lado direito. Esta abertura apresenta-se como um saco ou invaginagäo de parede do estômago dirigida para a direita de modo que a abertura fica situa- da em frente a abertura comum para os ductos dos divertículos di- gestivos do lado esquerdo. A abertura comum para os ductos da direita apresenta na sua entrada, altas e curtas estrias que lembram IHERINGIA — Zoologia, n. 45 — 25 DE JUNHO DE 1974 11 uma língua, e mais internamente quatro aberturas dos condutos dos divertículos digestivos. A tiflossole maior ao dobrar para a esquerda passa em frente sem penetrar na abertura comum para os condu- tos dos divertículos digestivos, temos portanto um estômago do tipo IV segundo PURCHON (1958). A abertura comum para os ductos dos divertículos digestivos, encontra-se anteriormente, abaixo da expansão lateral do estômago. Também tem a forma de bolso que desce com a terminal da tiflo- sole maior em sua entrada ou um pouco mais para dentro. Nesta abertura comum existem várias aberturas dos condutos dos diver- tículos digestivos porém uma delas está um pouco isolada abrindo- se fora do bolso e um pouco para frente do estômago onde existem poucas estrias altas e curtas, formando uma área de seleção cha- mada AS. O escudo gástrico é grande e transparente e apresenta uma taça com uma expansão que penetra no capuz dorsal. Apresenta também uma expansão posterior que se prende à invaginação pos- terior da parede do estômago, desce e se estende para a frente forrando parte do chão esquerdo do estômago junto à expansão lateral e cobrindo uma parte da tiflossole maior situada em frente a abertura comum para os ductos do lado esquerdo. O bolso esquerdo tem sua abertura atrás da expansão lateral esquerda e abaixo da abertura do capuz dorsal. Depois segue para a região posterior contornando a volta do estômago como se fosse uma vírgula e apresentando inúmeras aberturas na sua parede. CORRENTES CILIARES FIR En ägua penetra pela abertura branquial e passa pelas bränquias onde tem início a corrente ciliar que leva o material selecionado até os palpos labiais. Na bränquia externa a corrente ciliar sobe e segue para a frente pelos canais dorsais em ambos os lados de cada dembirânquia ex- terna. Na região anterior a corrente desce pelo canal anterior (um de cada lado do animal) e é recolhido pela calha existente junto à base dorsal dos palpos labiais, formada pela junção dos pares. Na região posterior, bem na margem da demibrânquia externa, as partículas descem e caem na demibrânquia interna. De uma ma- neira geral todo o material grande é englobado por muco e segue caminho contrário à corrente de aceitação, sendo então levado pelas correntes de limpeza do manto. Nas demibrânquias internas a corrente ciliar desce até a mar- gem onde existe o sulco alimentar marginal que conduz o material selecionado para a frente até os palpos labiais. 12 MANSUR, M. C. D. — Monecondylaga minuana -ORBIGNY... Nos palpos labiais a corrente ciliar é mais notável e é onde se percebe muito bem as partículas pularem de crista em crista das pregas. As partículas grandes caem diretamente para a margem dos: palpos. As partículas finas caem no sulco entre as pregas onde elas sobem muito rapidamente. Na região dorsal dos palpos elas saem novamente do sulco e vem pulando para a frente, é a corrente de aceitação. De uma maneira geral esta corrente de aceitação nos. palpos só é bem notada da metade para cima. Além disto existe uma dobra na parede anterior de cada prega formando uma calha que divide o sulco. Em cima da calha a corrente sobe e no fundo do sulco cai uma névoa de minúsculas partículas que não apresentam quase movimentação. Estas observações foram feitas apenas ao microscópio estereoscópico com aumento de 32 x. Um estudo mais detalhado, com cortes histológicos, observações em maiores au- mentos e com o uso de uma técnica mais adequada (HEBLING, 1971) nos mostrará mais detalhes pois provavelmente existam cor- rentes que ficaram desapercebidas. O material não aceito pelos palpos labiais, desce pela margem posterior e na margem inferior segue para trás. Num ponto mediano da região posterior estas duas correntes se encontram e são reco- lhidas pelo manto onde existe uma corrente de limpeza que segue para a região postero-ventral. Este material rejeitado é englobado por muco formando verdadeiros cordões que se aglomeram abaixo da abertura branquial, rodando sobre si à espera de serem eliminados através desta abertura pelos movimentos esporádicos de expulsão ou limpeza. Esta mesma corrente de limpeza do manto, na região dorsal vem para a frente e desce até a altura dos palpos labiais, continuan- do-se ventralmente pela altura da linha paleal (Est. 5, fig. 12). Na abertura exalante também existe corrente de limpeza que faz as par- tículas descerem por cima do reto até se encontrarem com a cor- rente exalante. No estômago a corrente ciliar é muito intensa e diversificada. Está indicada por setas na Est. 4, fig. 10. Na entrada do estômago percebe-se uma corrente que vem para a frente em direção ao esôfago. Esta passa pela área de sels- ção ASr, onde em parte a corrente sobe pela dobra anterior, e se- gue em direção postero-dorsal, penetrando no capuz dorsal. Outra parte da corrente na área de seleção AS: segue para a esquerda percorrendo a expansão lateral, sai pela porção posterior desta ex- pansão e em curva desce para a abertura comum para os condutos: dos diverticulos digestivos do lado esquerdo. Do capuz dorsal sai uma corrente percorrendo a parede postero- superior do estômago até o lado direito, aí desce e segue para a IHERINGIA — Zoologia, n. 45 — 25 DE JUNHO DE 1974 13 esquerda. À direita da dobra anterior existe uma vasta área de sele- ção ASs, onde o material segue também em direção ao capuz dor- -sal. Desta mesma área ASs fazem parte os dois bolsos cegos do lado direito. Todo material rejeitado vai ao sulco de rejeição e des- ce ao sulco intestinal. Existem também as correntes de entrada e saída das aberturas comuns e do bolso esquerdo. INTESTINO O intestino está associado ao saco do estilete, servindo as duas tiflossoles como muros divisores. O intestino de M. minuana também apresenta as três porções distintas como em Diplodon SPIX e Castalia LAMARCK, (MANSUR 1972, 1974) só que é bem mais alongado nas duas primeiras por- “ções como em Anodontites trapesialis, (HEBLING, 1971) e A. trape- sialis forbesianus e Leila blaivilliana, (VEITENHEIMER 1974). A por- ção anterior que sai do estômago acompanhada pelas duas tiflosso- les e pelo saco do estilete, vai além da região posterior do pé, su- bindo em arco até a região dorsal da massa visceral pediosa (Est. 5, fig. 13 — 1). Vira bruscamente para trás e retorna pelo mesmo caminho sem tiflossoles e sem estilete cristalino, formando a se- gunda porção do intestino que é achatada e ondulada (Ile). Esta vem para a frente pelo lado esquerdo, depois volta para trás pelo lado direito, novamente sobe em arco acompanhando a primeira volta do intestino, vira bruscamente e retorna. Aí se estrangula o intestino e inicia a terceira porção ou reto (ls), onde nasce nova- mente uma grande tiflossole pelo lado dorsal, que acompanha toda a última grande volta do intestino até o ânus. O reto sai do pé atravessando o diafragma na região dorsal anterior, volta para a região posterior, perfura o ventrículo cardíaco e contorna o mús- culo adutor posterior. O ânus apresenta um par de membranas laterais com uma pro- jeção pontiaguda em direção à abertura exalante, formando as pa- pilas anais. As vezes aparece uma terceira papila entre e acima das «duas laterais. CONCLUSÕES Revisando o que estudamos neste trabalho e o que já foi des- .crito sobre a morfologia interna da família Mycetopodidae por HE- BLING, ORTMANN e VEITENHEIMER, resumimos certas característi- cas que são constantes nas espécies desta família à qual pertence ‚Monocondylaea minuana ORBIGNY, 1835: 14 MANSUR, M. C. D. — Monocondylaea minuana ORBIGNY... ME A rag o int aa LE IE ru nr O En er nn en er en Er SunAEREEERE . Abertura exalante aberta acima. Marsüpia na lämina interna ou ascendente da demibränquia interna, com septos interlamelares grossos e tubos aqui- feros secundärios. 3. Estömago do tipo IV. Al&m disto acrescentamos novas caracteristicas que conside- ramos até agora constantes e de bastante importância para diferen- ciar a família Mycetopodidae de Hyriidae. 4. O achatado esôfago apresenta-se nas espécies da família Mycetopodidae muito largo, enquanto que em Hyriidae é estreito e afunilado. 5. O intestino é mais alongado e com voltas maiores na fa- mília Mycetopodidae, isto é, em Hyriidae a primeira e a se- gunda porção (li acompanhado do saco do estilete e as duas tiflossoles, I2 sem tiflossoles e sem saco do estilete) do in- testino propriamente dito, vão até a região posterior e infe- rior do pé. Em Mycetopodidae estas duas porções sobem até a região dorsal do pé. Monocondylaea minuana ORBIGNY, 1835 apresenta além disto particularidades internas que a diferenciam das demais espécies es- tudadas anatomicamente até agora. 1. Brevidade dos tentáculos da abertura branquial. 2. Raras e pequenas crenulações do bordo da abertura exa- lante. 4. No estômago não apresenta depressões ovais, mas dois bol- sos cegos muito semelhantes aos encontrados em Castalia undosa martensi (IHERING, 1891) e Diplodon sp. ocorrentes no Rio Guaíba. Po a AGRADECIMENTOS Aos mestres, Prof. José W. Thomé, naturalista do Museu de Ciências Natu- rais, e Dr. Argentino Boneito, Diretor do Instituto Nacional de Limnologia, Ar- gentina, agradecemos a orientação e conselhos dados ao nosso trabalho bem como, pelo auxílio prestado na redação final da presente publicação. Ao Prof. Dr. Nilton José Hebling do Departamento de Zoologia e Fisiologia Animal da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Rio Claro, São Paulo, agradecemos a orientação do estágio sobre morfologia funcional de moluscos bi- valves límnicos. Agradecemos ao Prof. José Olazarri do Museu de História Natural de Mon- tevidéu pelos moluscos doados e ao Dr. José Parodiz, Curador do Carnegie Museum, EUA, pelas determinações efetuadas e doação de material bibliográfico. A colega Profa. Inga L. Veitenheimer agradecemos a colaboração e apoio dado ao nosso trabalho. sé Deixamos também expressos nossos agradecimentos à Profa. Jocélia Grazia Vieira, Diretora do Museu de Ciências Naturais, pela permissão dada ao uso dos laboratórios e apoio dado ao desenvolvimento deste trabalho. -IHERINGIA — Zoologia, n. 45 — 25 DE JUNHO DE 1974 15 BIBLIOGRAFIA BONETTO, A. A. (1966) — Especies de la subfamilia Monocondylaeinae en las. água del sistema del Rio de La Plata. — Arch. Molluskenk., v. 95, n. 1-2, p. 3-14, f. 1-7. —,— (1972) — A new species of Monocondylaeinae from the Amazon basin, and some considerations on this subfamily in the hydrographic systems of South America. — Amazoniana, v. 3, n. 2, p. 224-230, 1 est. BONETTO, A. A. & MANSUR, M. C. D. (1970) — Las nayades de la cuenca del Guaiba. — Act. zool. lilloana, v. 27, p. 241-260, 3 f. DINAMANI, P. (1967) — Variation in the stomach structure of the Bivalvia. — Malacologia, v. 5, n. 2, p. 225-268, 22 f. FIGUEIRAS, A. (1965) — La malacofauna dulciacuicola del Uruguay (Parte II) — Comun. Soc. mal. Uruguay, v. 1, n. 8, p. 223-270. FRANC, A. (1960) — Classe de Bivalves. In GRASSE, P. — Trait& de Zoologie. — Paris, Masson e Cie. Ed., v. 5, fasc. 2, p. 1845-2164. GRAHAM, A. (1948/49) — The moluscan stomach. — Trans. R. Soc. Edinb., v. 61, n. 3, p. 737-778, 24 f., 23 est. HAAS, F. (1931) — Versuch einer kritischen Sichtung der suedamerikanischen Najaden, haupsaechlich and Hand der Sammlung des Senckenber-Museums. II — Senckenbergiana, v. 13, n. 1, p. 30-52, f. 24-32, —— (1969) — Superfamilia Unionacea — Das Tierreich. — Berlim, Walter de Gruyter. v. 88, p. x -- 663. HEBLING, N. J. (1971) — Anatomia funcional de bivalves limnicos do Estado de São Paulo. Rio Claro, 86 pgs., 21 f. [Tese (Dout. Ciênc., Zool e Fisiol. Ani- mal) — Fac. Filos. Ciênc. e Letras, Rio Claro]. KAESTNER, A. (1965) — Lehrbuch der Speziellen Zoologie. — Stuttgart, Gustav Fischer Verlang. v. 1, part. 1, 845 pgs., 600 f. LEA, |. (1869) — Observations on the genus Unio. — Philadelphia. v. 12, 105 pgs., 26 est. MANSUR, M. C. D. (1970) — Lista dos moluscos bivalves das famílias Hyriidae e Mycetopodidae para o Estado do Rio Grande do Sul. — Iheringia, zool., n. 39, p. 33-95. —— (1972) — Morfologia do sistema digestivo de Castalia undosa martensi (lhering, 1891) — (Bivalvia, Hyriidae). lheringia, zool., n. 42, p. 20-29, 8 f. —— (1973) — Morfologia do sistema digestivo das espécies do gênero Diplo- don Spix, 1827 do Rio Guaíba, Rio Grande do Sul. (Unionacea — Hyriidae). — /heringia, zool., n. 43, p. 75-90, 13 f. ; ORBIGNY, A. d’ (1835) — Synopsis terrestrium et fluviatilium molluscorum, in suo per American meridionalem itinere, ab. A. d'Orbigny, collectorum. — Mag. Zool., Paris, v. 6, n. 61/62, p. 1-44. —— (1835/47) — Voyage dans Il’Amerique Méridionale. — Paris, C. P. Bertrand Ed. — Mollusques, v. 5, part. 3, p. 489-711, est. 66-80. 16 MANSUR, M. C. D. — Monocondylaea minuana ORBIGNY... ORTMANN, A. E. (1921) — South american naiades: A contribuition to the know- ledge of the freshwater mussels of South America. — Mem. Carneg. Mus., v. 8, n. 3, p. 451-684, est. 34-48. 'PURCHON, R. D. (1957) — The stomach in the Filibranchia and Pseudolamellibran- chia. — Proc. zool. Soc. Lond., v. 129, p. 27-60. —,— (1958) — The stomach in the Eulamellibranchia; Stomach type IV. — Proc. zool. Soc. Lond., v. 131, p. 487-525. —,— (1960) — The stomach in the Eulamellibranchia; Stomach type |V and V. — Proc. zool. Soc. Lond., v. 135, p. 431-489, 19 figs., 1 tab. —,— (1968) — The Biology of the Mollusca. 1a. ed. Oxford, Ed, Kerkut. Perga- mon Press., v. 40, p. vii-xxv, 1-560, 185 figs. SIMPSON, C. T. (1900) — Synopsis os the naiades or pearly fresh-water mussels., Proc. U. S. natn. Mus., v. 22, p. 501-1044. — — (1914) — A descriptive catalogue of the naiades or pearly fresh-water mus- seis. — Detroit. Briant Walker ed. p. 1-1540. "VEITENHEIMER, |. L. (1973) — Contribuição ao estudo do gênero Leila Gray, 1840 (Bivalvia — Mycetopodidae) — lheringia, zool., n. 42, p. 64-89, 16 f. -—,— (1974) — Anodontites BRUGUIERE, 1792 no Guaíba, RS (Bivalvia, Myceto- podidae) 1 — Anodontites trapesialista forbesianus (LEA, 1860) — Iheringia, zool. (na Imprensa). JHERINGIA — Zoologia, n. 45 — 25 DE JUNHO DE 1974 — ABREVIATURA DAS FIGURAS Änus Abertura branquial 7 Abertura comum para os ductos dos diverticulos digestivos do lado direito. Abertura comum para os ductos dos diverticulos digestivos do lado esquerdo. Abertura exalante. Abertura do intestino associada ao saco do estilete. Ärea pigmentada. Área de seleção (AS, ASa, ASr). Boca. Bolso esquerdo. Bolso cego anterior. Bolso cego posterior. Concha Canal anterior. Canal dorsal. Cone. Dente. Diafragma. Dobra anterior. Demibrânquia externa. Demibrânquia interna. Dobra posterior. Esôfago. Expansão lateral esquerda. Estômago. Gônadas. Glândula digestiva. Intestino (ly, lo, 13). Ligamento. Lobo interno do manto. Linha paleal. Manto. Músculo adutor anterior. Músculo adutor posterior. Músculo retrator do pé. Pé. Palpos labiais. Reto. Rim. Sulco dorsal do estômago. Sulco intestinal. Sulco de rejeição. Tiflossole menor. Tentáculos. Tiflossole maior. Umbo. Válvula do ventrículo cardíaco. 18 MANSUR, M. C. D. — Monocondylaea minuana ORBIGNY.. .. AS TE DS a henerent. a een m. LEGENDA DAS FIGURAS ESTAMPA | — Distribuição de Monocondylaea minuana ORBIGNY, 1858. Fig. 1 — Rio Uruguai, Itaqui, RS, Brasil, n.º MZUSP 5689. Fig, 2 — Rio Guaíba, Porto Alegre, RS, Brasil. n.º MRCN 2799. Fig. 3 — Arroio de Las Vacas, Dep. de Colônia, Uruguai, n.º MRCN 3509. Fig, 4 — Picada de Rodriguez, Rio Cebollati, afl. Lagoa Mirim, Dep. Lavalleja;, Uruguai. n.º MRCN 3190 (ex MHNM 3485). IHERINGIA — Zoologia, n. 45 — 25 DE JUNHO DE 1974 19 20 MANSUR, M. C. D. — Monocondylaea minuana ORBIGNY... ESTAMPA II — Formas de M. minuana ORBIGNY, 1835 do Guaíba, Rio Grande do Sul, Brasil. Figs. 5 a8 — n.ºs MRCN 1809, 2797, 2926, 2799. ESTAMPA 2 22 MANSUR, M. C. D. — Monocondylaea minuana ORBIGNY... RM IT a a E SS en TON EEE Smm a. E = o < = E << OÖ Lu a0) m) a a m) _ a I a = A = ESTAMPA Ill — Fig. 9 — Vista geral de M. minuana ORBIGNY, 1835. Foi retirada a valve e o manto do lado esquerdo. As setas indicam as correntes ciliares. IHERINGIA — Zoologia, n. 45 — 25 DE JUNHO DE 1974 23 SI DP T Alg SE ESTAMPA IV — Fig. 10 — Vista interna dorsal do estômago. As setas indicam as corren tes ciliares. IE ehe MANSUR, M. C. D. — Monocondylaea minuana ORBIGNY... ESTAMPA V — Fig. 11 — Abertura exalante e branquial num animal vivo em posição normal. Fig. 12 — Correntes de limpeza do manto indicadas pelas setas. Representação esquemática do manto e valve do lado direito. Foram retirados o corpo e a valve esquerda. Fig. 13 — Representação esquemática do intestino com suas três porções dis- tintas (ly, lo, Is) e demais partes do trato digestivo. n. 45| p. 26-33 | 10f. | Porto Alegre-RS | 25/06/74 IHERINGIA | Zoologia CONTRIBUIÇÃO AO CONHECIMENTO DA GENITALIA DOS MACHOS DO GÊNERO Horvathinia MONTANDON, 1911. (HETEROPTERA, BELOSTOMATIDAE, HORVATHINIINAE).* Maria Helena Mainieri Galileo** RESUMO O presente trabalho refere-se ao estudo da genitália dos machos do gê- «mero Horvathinia MONTANDON, 1911, com descrição detalhada e ilustrações.. SUMMARY The present paper concerns the study of the male genitalia of the genus - Horvathinia MONTANDON, 1911. The male genitalia is described and illustrated. INTRODUÇÃO O gênero Horvathinia foi criado por MONTANDON, 1911 sendo “único da subfamlia Horvathiniinae. Conta com dez espécies conhe- - Cidas, sendo elas: H. pelecoroides MONTANDON, 1911; H. pellera- “noi DE CARLO, 1930; H. doellojuradoi DE CARLO, 1930; H. meyeri DE CARLO, 1938; H. castilloi DE CARLO, 1938; H. lenti DE CARLO, : 1957; H. schubarti DE CARLO, 1957; H. bollei DE CARLO, 1957; A. . forsteri LAUCK, 1958; H. argemii SCHNACK, 1972. Estas espécies muito semelhantes entre si, säo de dificil reconhecimento devido as - características consideradas pelos autores em suas descrições ori- ginais. Um fato interessante, é que a maioria dos autores não utili- - zaram séries de exemplares para as descrições de suas espécies novas. Das 7 espécies de DE CARLO, 5 baseiam-se em fêmeas úni- «cas e 2 em machos únicos. Esta subfamília é típica da região neotropical sendo detecta- - da até o presente momento no Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina. No presente trabalho os exemplares examinados procedem do Bra- sil, Estado do Rio Grande do Sul, das localidades de Santa Maria -e Porto Alegre. O autor apresenta uma contribuição ao conhecimento do gê- “nero Horvathinia MONTANDON, 1911 no que se refere ao estudo da “genitália dos machos. São apresentadas descrições e ilustrações. * Trabalho aceito para publicação em 4/04/74. ** Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Biológicas 96/72) no Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais. “IHERINGIA — Zoologia, n. 45 — 25 DE JUNHO DE 1974 27 MATERIAL E MÉTODO Os exemplares conservados em seco foram mergulhados em “água a 100º C por 5 min a fim de se verificar o amolecimento de suas partes. Logo após, com o auxílio de pinças foi levantado o :operculo genital e retirada a genitália. Esta última sofreu um tratamento com KOH-10% a quente du- rante 10 minutos, coloração em Vermelho Congo durante 20 minu- tos e diafanização em fenol, sendo observada ainda neste líquido. As observações foram realizadas através de microscópio es- tereoscópico WILD M-5 e os desenhos foram feitos em câmara clara. Num lote de 28 exemplares foram selecionados 8 e dissecados para exame da genitália, sem a preocupação da posição sistemáti- ca das mesmas. DESCRIÇÃO A genitália externa dos machos ,compreende no conjunto do VIII segmento abdominal, o pigóforo que é o IX segmento abdomi- nal com os parâmeros, o “phallus” formado pelo aparelho articular e o “aedeagus”, contendo o “ductus seminis”, os quais, são des- critos a seguir: 1. O oitavo segmento abdominal envolve e protege a base do pigóforo quando em posição de repouso. (Fig. 1). Apresenta o es- ternito VIII bastante esclerificado formando uma placa larga, quase retangular com o bordo superior escavado, enquanto que, o tergito VIll é uma faixa membranosa; no bordo proximal este tergito pro- longa-se no sentido anterior, de cada lado, em forma de dedo de luva. O oitavo segmento abdominal contém os apêndices respira- tórios também chamados de sifões respiratórios, os quais medem uma vez e meia o comprimento do pigóforo. Dorsalmente, emerge em direção posterior o X segmento abdo- :minal também denominado de proctíger ou tubo anal que apresenta- se alongado e com uma extremidade livre em forma de capuz, nele encontra-se telescopado o XI segmento abdominal que constitui o segmento anal (Fig. 2). 2. O pigóforo que corresponde ao IX segmento abdominal também denominado de cápsula genital, apresenta-se globoso em forma de “colarinho, totalmente aberto na face dorsal e protegido pelo tergito VIII e pelo proctíger, sendo bastante esclerificado e com cerdas na face ventral da extremidade distal. A abertura dorsal do pigóforo ‚alarga-se progressivamente em direção anterior. (Fig. 3). Lateralmente, o pigóforo apresenta expansões alares na base ‚das quais inserem-se os parämeros que são simétricos, alongados 28 GALILEO, M. H. M. — Contribuição ao conhecimento... e cuja extremidade livre apresenta-se recurvada em forma de gan- cho. (Fig. 10). A base dos parâmeros, penetra no interior do pigó- foro e se articula com as placas basais do aparelho articular. Na porção interna mediana do pigöforo está localizado o “phallus”. 3. O “phallus” é o órgão intromitente, tubiforme; quando em po- sição de repouso está contido três quartos do seu comprimento no interior do pigóforo. É formado pelo aparelho articular e “aedea- gus”. (Fig. 3 e 4). 4. O aparelho articular é constituído pelas placas basais em for- ma de ferradura cujas extremidades livres são ligadas por uma has- te igualmente quitinizada denominada “ponticulus basilaris”. No pon- to de inserção da mesma com as placas basais, partem os múscu- los protratores e reiratores do “phallus” e que se conectam com os parâmeros. Todo este conjunto acha-se situado em posição dor- sal sobre um terço basal do “phallosoma” (Fig, 4). Das placas ba- sais parte medianamente um prolongamento ventral em direção pos- terior, em forma de uma haste longa, quitinizada, denominada “lâ- mina ventralis” constituindo uma estrutura ligamentar que sustenta o “aedeagus” e sendo responsável pela extensão e retração do “phallis” Ria: ©). Por ocasião da desinvaginação do “phallus” as placas basais descrevem um movimento de quase 180º por sobre o “ponticulus basilaris’’. As placas basais cercam um orifício chamado de gonoporo primário por onde passa o “ductus ejaculatorius” continuado pelo “ductus seminis” que percorre o interior do “aedeagus”. (Fig. 9). 5. O “aedeagus” é uma formação tubular que se diferencia em duas partes: o “phallosoma” e o “endosoma”. 6. O “phallosoma” é a porção proximal do “aedeagus”; apresen- ta-se dorsal e lateralmente bastante quitinizado. Na extremidade distal ocorre uma pequena escavação não chegando a formar os braços laterais. (Fig. 6). Nos gêneros mais evoluídos como, por exemplo, o gênero Belositoma LATREILLE, 1807 os braços laterais resultantes da bifurcação do “phallosoma” extendem-se até o ápi- ce do “phallus”. 7. O “endosoma” é a porção distal do “aedeagus"; apresenta- se como uma formação tubular telescopada parcialmente no “phal- losoma” e possui uma pequena reenirância na sua extremidade distal. (Fig. 7 e 8). 8. O interior do “aedeagus” é percorrido pelo “ductus. seminis” em forma de tubo cilíndrico e espiralado o que se abre pelo gono- poro secundário localizado na porção mediana dorsal do “endoso- malgr(Gig: e IHERINGIA — Zoologia, n. 45 — 25 DE JUNHO DE 1974 29 DISCUSSÃO A genitália dos exemplares dissecados e examinados apresen- ta-se idêntica. As características para a identificação a nível de espécie, con- sideradas pelos autores nas suas descrições originais, as quais são baseadas em um só exemplar para cada espécies, exceto a espé- cie tipo do gênero que foi descrita em base de dois exemplares, são: forma da carena prosternal e da porção inferior da carena me- soesternal, comprimento e largura totais e do pronoto, e número de nervuras do cório e da membrana. Entre estas características algu- mas são muito semelhantes entre si, como por exemplo a parte in- ferior da carena mesoesternal; outras são muito diversificadas como é o caso das nervuras das membranas as quais constatamos, nos exemplares examinados, que ocorre variação, inclusive entre a mem- brana esquerda e direita no mesmo espécime. Acreditamos que em face ao exposto, o gênero merece maior atenção sob o ponto de vista sistemático considerando-se a genitália dos mesmos pois, já foi constatado a sua real imporiância para estes estudos e a efici- ente determinação do status taxonômico dos espécimes. AGRADECIMENTOS Ao término deste trabalho agrademos à Fundação de Amparo à Pesquisa co Estado do Rio Grande do Sul que nos possibilitou a sua realização; a na turalista Jocélia Grazia-Vieira pela orientação e estímulo a nós prestada; ao Dr. José A. De Carlo, entomólogo do Museo Argentino de C. Naturales “Bernardino Rivadavia” que nos orientou durante estágio realizado naquela Instituição; ao Dr. Dionísio Link da Universidade Federal de Santa Maria pelo material a nós enviado e, finalmente a todos os colegas do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais que nos auxiliaram e incentivaram na realização deste trabalho. BIBLIOGRAFIA DE CARLO, J. A. (1957) — Identificaciön de las espécies del género Horvathinia Montandon. Descripcion de tres especies nuevas. (Hemiptera-Belostomatidae). Revta Soc. ent. argent. v. 20, n. 3 e 4, p. 45-52, 7. 1-26. —,— (1963) — Aparato genital de macho y hembra del Lethocerus mazzai De Carlo (Hemiptera-Belostomatidae). Revta Soc. ent. argent. v. 26, n. 1 e 4, p. 125-128, f. 1-9. —,— (1967) — Aparato genital macho y hembra de Belostoma sp (Hemiptera- Belostomatidae). Revia Soc. ent. argent., v. 30, n. 1 e 4, p. 45-49, f. 1-10. —,— (1968) — Estudio comparativo del aparato genital macho de Belostoma sp y Abedus sp (Hemiptera-Belostomatidae) Revta Soc. ent. argent., v. 31, n. 1 e 4, p. 115-119, f. 1-26. 30 GALILEO, M. H. M. — Contribuição ao conhecimento... .. DUPUIS, C. (1955) — Les génitalia des Hémiptêres Hétéroptêres. (Genitalia ex- ternes des deux sexes; vois ectodermiques femelles). Revue de la morpho- logie. Lexique de la nomenclature. Index bibliographique analytique. Mém. Mus. natn. Hist. nat., Paris, n.s., ser. A, Zool., v. 6, n. 4, p. 183-278, f. 1-17. —— (1963) — Progrês recents de l’etude des génitalia des Hétéroptêres. (Etude bibliographique critique). These à Faculté des Sciences de |'Université, Paris, 100 pp. Mus. nat. Hist. Natur. Paris ed., Paris. LAUCK & MENKE, (1961) — The higher classification of the Belostomatidae (He- miptera). Ann. ent. Soc. Am., v. 54, n. 5, p. 644-657, f. 1-33. MINTANDON, A. L. (1911) — Deux genres nouveaux d'Hydrocorises. Annls hist.- nat. Mus. natn. hung., v. 9, p. 245-250. SCHNACK, J. A. (1972) — Una nueva especie del género Horvathinia Montandom (Hemiptera, Belostomatidae). Neotropica v. 18, n. 56, p. 64-66, f. 1-8. SINGH-PRUTHI, H. (1925) — The morphology of the male genitalia in Rhynchota.. Trans. R. ent. Soc. Lond., pt. 1 e 2, p. 127-267. Fig. 1 — Vista ventral da genitália externa do macho. (VIII = VIII segmento ab- dominal; IX = pigöforo; X = proctiger; ApR — apêndice respirató- rio; Par = parâmero). Fig. 2 — Vista dorsal da genitália externa do macho. Fig. 3 — Pigóforo, vista ventral, com o phallus em posição de repouso. (Ae = aedeagus; PIB = placas basais). Fig, 4 — Pigóforo, vista dorsal, com o phallus em posição de repouso. St 25 DE JUNHO DE 1974 Zoologia, n. 45 IHERINGIA 32 Fig. Fig. Fig. Fig. Fig. GALILEO, M. H. M. — Contribuição ao conhecimento... 5 — Pigóforo, vista ventral, com o phallus evertido (Ae — aedeagus; LV = lamina ventralis; PB — ponticulus basilaris; PIB = placas basais). 6 — Pigöforo, vista dorsal, com o phallus evertido. 7 — Phallus, vista dorsal. (En = endosoma; Phm = phallosoma). 8 — Phallus, vista ventral. 9 — Phallus, vista lateral (DS = ductus seminis; GP = gonoporo primário; GS = gonoporo secundário). Fig. 10 — Parâmetro direito. 33 IHERINGIA — Zoologia, n. 45 — 25 DE JUNHO DE 1974 * 2'0r [vo = edsqeo ep enbie7 8'c6 | 9'gLL | VPL | 1'66 | 9'LOL | 6'96 es —| odıcoa op ojusuuduos 9 18790 | é 08790 | é 62790 | 82790 | ? 12790 | ? 92790 | é 02790 | sejejdwexe sop soJsWnN k vı3aVL Fig. 1 — Bufo paracnemis, MRCN 06425, fêmea, vista dorsal. ta ventral. IS V fêmea, MRCN 06425 1 IS, 2 — Bufo paracnem Ig F IHERINGIA — Zoologia, n. 45 — 25 DE JUNHO DE 1974 TS PUBLICAÇÕES DO “MUSEU RiO-GRANDENSE DE CIÊNCIAS NATURAIS” “IHERINGIA” Serie ANTROPOLOGIA N.º 1 — (1969) — com dois artigos, 116 p.: — BROCHADO, J. J. J. P. — “Histórico das pesquisas arqueológicas no» Estado do Rio Grande do Sul”. — p. 3-32, 1 f.; — MILLER, E. T. — “Resultados preliminares das escavações no sítio: pré-cerâmico RS-LN-1: Cerrito Dalpiaz (abrigo-sob-rocha)”. — p. 43-112, 11 f, 9 q. N.º 2 — (1972) — com dois artigos, 64 p.: — RIBEIRO, P. A. M. — “Peiröglifos do Sítio RS-T 14: Morro do So- brado, Montenegro — RS — Brasil”. — p. 3-14, 3 f.; — RIBEIRO, P. A. M. — “Sitio RS-C 14: Bom Jesus Velho (abrigo sob: rocha) — Nota prévia”. — p. 15-58, 16 f., 4 quadros. Serie BOTÄNICA N.º 1 — RAMBO, Pe. B. (S. J.) — (1958) — “Asclepiadaceae Rio-granden- ses”. — 58 p.; N.º 2 — RICK, Pe. J. (S. J.) — (1958) — “Basidiomycetes Eubasidii in Rio: Grande do Sul, Brasilia: 1. Auriculariaceae, Sirobasidiaceae, Tremella- ceae, Dacryomycetaceae”. — 56 p., 1 est; N.º 3 — RAMBO, Pe. B. (S. J.) — (1959) — “Aponynaceae Riograndenses” — 24 p.; Nº 4 — RICK, Pe. J. (S. J.) — (1959) — “Basidiomycetes Eubasidii in Rio: Grande do Sul, Brasília: 2. Thelephoraceae” — p. 57-124; N.º 5 — RICK, Pe. J. (S. J.) — (1959) — “Basidiomycetes Eubasidii in Rio- Grande do Sul, Brasilia: 3. Hypochnaceae, Clavariaceae, Craterellaceae, Hydnaceae”. — p. 125-192; N.º 6 — RAMBO, Pe. B. (S. J.) — (1960) — “Bignoneaceae Riograndenses”. — 26 p.; Nº 7 — RICK, Pe. J. (S. J.) — (1960) — “Basidiomycetes Eubasidii in Rio: Grande do Sul, Brasilia 4. Meruliaceae, Polyporaceae, Botelaceae”. — p. 193-296; N.º 8 — RICK, Pe, J. (S. J.) — (1961) — “Basidiomycetes Eubasidii in Rio» Grande do Sul, Brasilia: 5. Agaricaceae”. — p. 297-450; N.º 9 — RICK, Pe. J. (S. J.) — (1961) — “Basidiomycetes Eubasidii in Rio Grande do Sul, Brasilia: 6. Melanogastraceae, Calostomataceae, Hy- menogastraceae, Hysterangiaceae, Sclerodermataceae, Tulostomataceae. Lycoperdaceae, Geastraceae, Phallaceae, Clathraceae, Nidulariaceae”. — p. 451-480; N.º 10 — CERONI, Z. da S. V. — (1962) — “Média anual de transpiração no: Eucalyptus rostrata e suas relações com o meio através do método» “Cut-leaf’. — 28 p. 1 f., 11 gráficos; N.º 11 — RICK, Pe. J. (S. J.) — (1963) — “Basidiomycetes Eubasidii in Rio» Grande do Sul, Brasilia: INDEX”. — 32 p., 1 errata; N.º 12 — RAMBO, Pe. B. (S. J.) — (1964) — “Acanthaceae Riograndenses”. — 36 p.; N.º 13 — RAMBO, Pe. B. (S. J.) — (1965) — “Orchidaceae Riograndenses”.. — 96 p. N.º 15 — "N.º 16 ENO 17 N.º 18 Lista das publicações do M.R.C.N. — (1970) — com 4 artigos ‚58 p.: — CERONI, Z. S. V. — “Relações entre água periférica e central em troncos de Eucalyptus” — p. 3-18, 1 f.; — CERONI, Z. S. V. — “Hipóteses sobre a hiperacidez do mel de certa apicultura de Santa Cruz do Sul”. — p. 19-22. — FERREIRA, A. G. — “Flora da praia de Belas, Porto Alegre”. — p. 23-44, 7 f.; — VIANNA, E. C. — “Marchantiales e Anthocerotales coletadas no Rio Grande do Sul”. — p. 45-54. (1971) — com quatro artigos, 90 p.: — VIANNA, E. C. — “Considerações sobre algumas hepáticas de Gra- mado, Rio Grande do -Sul, Brasil”. — p. 3-18, 4 est. — SCHULTZ, A. R. H. & PORTO, M. L. — “Nota prévia sobre levanta- mento florístico de quatro regiões naturais do Rio Grande do Sul”. — p. 19-48, 1 f.. — VIANNA, F. M. S. & IRGANG, B. E. — “Levantamento do número cromossômico em espécies do gênero Eryngium L. (Umbelliferae) no Rio Grande do Sul, |”. — p. 49-52, 1 tam.. — CÖRTE-REAL, M. & AGUIAR, L. W. — “Diatomáceas da ilha de Santa Catarina e regiões vizinhas: |. Baía Norte e Palhoça”. — p. 53-74, 2 fi, 2 tab. — (1972) — com três artigos, 64 p.: — BAPTISTA, L. R. M. & IRGANG, B. E. — “Nota sobre a composição florística de uma comunidade florestal dos arredores de Porto Alegre”. — p. 3-8; — FLORES, F. E. V. — “Lista dos gêneros de Chlorophyta de um lago artificial de Porto Alegre, RS — Brasil”. — p. 9-14, 1 f. — CÓRTE-REAL, M. & AGUIAR, L. W. — “Diatomáceas do arroio Dilú- vio, Porto Alegre, RS, com referência às espécies de interesse sani- tário e poluição”. — p. 15-54, 2 f.. — (1973) — com sete artigos p. : — LORSCHEITTER, M. L. — “Hepäticas foliosas primitivas, novas para o Rio Grande do Sul, Brasil”. — p. 3-17, 24 f.; — AGUIAR, L. W. & CÓRTE-REAL, M. — “Sobre uma floração de As- terionella japonica CLEVE (1878) na costa do Rio Grande do Sul.” — p. 18-27. — SOARES, Z. F. — “Nota sobre as Boraginaceas da região de Porto Alegre e arredores” — p. 28-33. — FALCÃO, J. I. DE A. — “Contribuição ao estudo das Convolvulaceae do Rio Grande do Sul, Brasil” — p. 34-55, 8 f.; — BICUDO, C. E. M., CÓRTE-REAL, M. & MARTAU, L. — “Catálogo das algas de águas continentais do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil”: | — Bacillariophyceae. p. 56-68, 1 f.; — CÖRTE-REAL, M. & CALLEGARO, V. L. M. — “Catälogo das Bacillario- phyceae da costa do Rio Grande do Sul, Brasil” — p. 69-79, 1 f.; — IZQUIERDO, J. M. N. & ESTRELLA, V. M. A. — Paracoccidioides bra- siliensis (Fungi Imperfecti) em morcegos no Rio Grande do Sul, Brasil — p. 80-85, 1 f.. — (1973) — com onze artigos, 110 p.: — VIANNA, E. C. & LORSCHEITTER, M. L. — “Lista preliminar dos gê- neros de Hepáticas coletadas no Rio Grande do Sul.” — p. 5-14. — BAPTISTA, L. .R. M. — “Lista dos gêneros de algas marinhas macros- cópicas encontradas em Torres (RS)” — p. 15-26, 2 f. IHERINGIA — Zoologia, n. 45 — 25 DE JUNHO DE 1974 15 VIANNA, E. C. — “Observações sobre o desenvolvimento morfológico do esporófito de Regnellidium diphyllum LINDM. (Hydropteridineae)” — p. 27-37, 14 1. GIRARDI, A. M. M. — “Contribuição ao estudo da venação e anato- mia foliar das Meliaceas do Rio Grande do Sul: I. Guarea lessoniana JUSS. (camboatá)” — p. 38-47, 12 f. OLIVEIRA, P. L. de — “Espécies do gênero Radula DUMORTIER ocor- rentes no Rio Grande do Sul, Brasil (Hepäticas)” — p. 48-53, 8 f. VALLS, J. F. M. — “Notas sobre gramíneas do Rio Grande do Sul, Brasil: I. Citações novas para a flora sul-rio-grandense e relação das tribos e gêneros com ocorrência confirmada” — p. 54-63. PORTO, M. L. — “Contribuição ao conhecimento dos gêneros sul-rio- grandenses de Cucurbitaceae.” — p. 64-75. IRGANG, B. E. — “Lista preliminar das espécies do gênero Eryngium L. (Umbelliferae) encontradas no Estado do Rio Grande do Sul.” — p. 76-79. HOMRICH, M. H. — “Nota sobre Myriostoma coliforme DESVAUX (Ly- coperdaceae).” — p. 80-89, 3 f. VASCONCELLOS, J. M. O. — “Estudo dos gêneros de Amaranthaceae do Rio Grande do Sul.” — p. 90-98, 15 f. CERONI, Z. S. V. — “Lista dos gêneros de Caryophyllaceae do Rio Grande do Sul — Brasil.” — p. 98-103, 1 tab. Série GEOLOGIA NG IT NES, o 20 NS S = NiB fr (1967) — com dois artigos, 90 p.: PINTO, I. D. & CLOSS, D. — “Índice remissivo dos fósseis do Rio Grande do Sul”. — p. 3-76, 6 f.; MARTINS, L. R. & GAMERMANN, N. — “Contribuição à sedimentolo- gia da lagoa dos Patos. — Ill: Granulometria da zona norie e média”. — p. 77-86, 3 f.; (1969) — com três artigos, 169 p.: BIANCHI, L. A. — “Bancos de Ostreídeos pleistocênicos da planície costeira do Rio Grande do Sul”. — p. 3-40, 6 f., 4 est.; MARTINS, L. R. & EICHLER, B. B. & PODOLSKY, V. M. — “Proprie- dades texturais dos sedimentos litorâneos de Santa Catarina. |. Areias de praia, trecho Mampituba-Araranguá”. — p. 41-54, 4 f. FORTI, I. R. S. — “Cenozoic mollusks from the drill-holes Cassino and Palmares do Sul of the Coastal Plain of Rio Grande do Sul. — p. 55-156, 1 f., 9 est. (1970) — com cinco artigos, 126 p.; CLOSS, D. — “Estratigrafia da Bacia de Pelotas, Rio Grande do Sul”. — p. 3-76; PAULA-COUTO, C. de — “Novo Notoungulado no Riochiquense de Itaboraí”. — p. 77-86, 3 f.; ISSLER, R. S. — “Caracteres magmáticos regionais do vulcanismo da Bacia do Paraná”. — p. 87-100, 2 f.; RIBEIRO, M. — “Sobre um padrão orogênico evidenciado no Escudo Sul-rio-grandense”. — p. 101-108; RIBEIRO, M. & TEIXEIRA, C. A. S. — “Datações de rochas do Rio Grande do Sul e sua influência nos conceitos estratigráficos e geo- técnicos locais”. — p. 109-120. 1 f.. (1971) — com três artigos, 78 p.: COSTA, C. M. B. da — “Importância paleoecológica e estratigráfica de Erodona mactroides DAUDIN (Mollusca, Bivalvia)”. — p. 3-18, 27 f.. 76 Lista das publicações do M.R.C.N.. CLOSS, D. & FORTI, I. R. S. — “Quaternary mollusks from the Santa Vitória do Palmar country”. — p. 19-58, 2 f., 4 est. RIBEIRO, M. — “Uma província alcalina no Rio Grande do Sul —. 1. Estudos preliminares”. — p. 59-71, 2 f.. Série ZOOLOGIA: N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º o Dye Seat Ne 5 — 6 — 7 — 8 — 9 — 10 — 11 — 16 — 18 — 19 — 202 BUCKUP, L. & BUCKUP, E. H. — (1957) — “Catálogo dos Moluscos: do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais”. — 40 Pp.; FRÓES, O. M. — (1957) — “Atualização da nomenclatura dos quelö- nios brasileiros”. — 24 p.; BECHYNE, J. — (1957) — “Provisorische Liste der Alticiden von Rio: Grande do Sul. (Col., Phytoph., Chrysomeloidea)”. — 52 p. BUCK, Pe. P. (S. J.) — (1957) — “Insetos criados em galhos cor- tados”. — 7 p.; LEMA, T. de — (1957) — “Bicefalia em serpentes” — 8 p., 4 est.; BUCKUP, L. — (1957) — ‘'Pentatomideos Neotropicais. — |. Sobre: o gênero Agroecus Dallas, 1851, com a descrição de duas espécies BUCKUP, E. H. — (1957) — Estudo das variações de Bothriurus bo- nariensis (Koch, 1842) e sobre a invalidez de Bothriurus asper Pocock: 1893 e Bothriurus semiellypticus Prado, 1934”. — 18 p., 5 est., 1 tabela; BAUCKE, O. — (1957) — “Cerambicideos do Rio Grande do Sul. — II”. — 30 p.; UHMANN, E. — (1958) — “Faerbungskreise dreier Hispinae aus: Suedbrasilien. — 191. Beitrag zur Kenntnis der Hispinae. (Coleop., Chrysomelidae). — 14 p., 2 est.; LEMA, T. de — (1958) — “Notas sobre os Répteis do Estado do Rio: Grande do Sul, Brasil: Notas I a IV”. — 31 p. 6 est; UHMANN, E. — (1959) — “Das Schildchen der Hispinae und seine Umgebung. — 198. Beitrag zur Kenntnis der Hispinae. (Coleop., Chry- somelidae)”. — 12 p., 3 est; BAUCKE, 'O. — (1960) — “Notas Entomolögicas. I-lll”. — 19 p., 3est.; LEMA, T. de — (1960) — “Notas sobre Répteis do Rio Grande do: Sul. — V a VIII”. — 36 p., 7 est; AZEVEDO, A. C. P. — (1960) — “Studies on Coral Snakes. — In- troduction I. About the eggs of Coral Snakes; Il. A New observa- tion of the Behavior of Micrurus frontalis multicinctus and its relationship: with folklore”. — 36 p., 6 est; BUCKUP, L. — (1960) — “Pentatomideos Neotropicais. — Il. Con- tribuição ao conhecimento dos Asopinae da América do Sul. (Hem., Het., Pentatomidae)”. — 25 p.; BUCKUP, L. — (1961) — “Os Pentatomideos do Estado do Rio Gran- de do Sul (Brasil). (Hemiptera, Heteroptera, Pentatomidae)”. — 24 p.; LEMA, T. de — (1961) — “Notas sobre os Répteis do Estado do: Rio Grande do Sul, Brasil, IX-Xl”. — 20 p. 8 est, 21 f,; AZEVEDO, A. C. P. — (1961) — “Notas sobre cobras corais, (Ser- pentes, Elapidae — Ill a VII”. — 22 p., 14 f.; CLOSS, D. & MADEIRA, M. — (1962) — “Tecamebas e Foraminife- ros do Arroio Chuf. (Santa Vitória do Palmar, Rio Grande do Sul, Brasil)” — 43 p., 7 est; 1 mapa; ; BUCKUP, L. & THOME, J. W. — (1962) — “I Campanha Oceanogrä- fica do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais. — A viagem do “Pescal Il” em julho de 1959”. — 42 p., 2 est., 1 mapa; IHERINGIA — Zoologia, n. 45 — 25 DE JUNHO DE 1974 77 N.º 21 — LEMA, T. de — (1962) — “Sobre a espécie Bothrops itapetiningae (Boulanger, 1907) e sua ocorrência no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil (Serpentes, Crotalidae)”. — 12 p. 4 est. N.º 22 — LEMA, T. de — (1962) — “Ocorrência de Philodryas arnaldoi (Ama- ral, 1932) no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. (Serpentes, Co- bridae)”. — 4 p., 2 est.; Nº 23 — LEMA, T. de — (1962) — “Considerações sobre dois Saurios com cauda dupla. (Reptilia, Scuamata)”. — 6 p., 2 est; Nº 24 — LEMA, T. de — (1962) — “Deformação acidental em Xenodon merremii (Wagler, 1824). (Serpentes, Colubridae)”. — 6 p., 2 est.; N. 25 — BERTELS, A. — (1962) — “Insetos — Hóspedes de Solanáceas”. — ip: N.º 26 — AZEVEDO, A. C. P. — (1962) — “Anomalias observadas em serpen- tes do gênero Micrurus Wagler, 1824. (Serpentes, Elapidae)”. — 6 p., 1 est, 12 f.; N.º 27 — AZEVEDO, A. C. P. — (1962) — Sobre uma população de Micrurus frontalis frontalis (D. & B., 1854) de Lagoa Santa, Minas Gerais, Bra- sil. (Serpentes, Elapidae)”. — 3 p., 1 est, 6 f.; N.º 28 — THOMÉ, J. W. — (1963) — “Um novo Copépodo (Crustacea) do gê- nero Trifur Wilson, 1917”. — 11 p., Dest, 1 f.; N.º 29 — GOULART, A. D. — (1963) — “A Hirudofauna do município de Porto Alegre. (Estado do Rio Grande do Sul, Brasil)”. — 7 p.; N.º 30 — LEMA, T. de — (1963) — “Resultados ictiológicos da | Campanha Oceanográfica do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais”, — 56 p.; N.º 31 — BECHYNE, J. & BECHYNÉ, B. S. de — (1963) — "Beitraege zur kenntnis der Salvadorenischen Chrysomeloidea”. — 79 p.; N.º 32 — UHMANN, E. — (1964) — “Hispinae aus dem Staate São Paulo, Bra- silien. — 209. Beitrag zur kenntnis der Hispinae. (Coleoptera, Chryso- melidae)”. — 28 p.; N.º 33 — HOFFMANN, G. R. — (1964) — “Contribuição ao conhecimento de Libina spinosa Milne-Edwards, 1834. (Crustacea, Decapoda, Brachyiu- ra)”. — 40 p., 2 f., 10 gráficos; N.º 35 — AZEVEDO, A. C. P. — (1964) — “Variações cromäticas em Micrurus corallinus (Wied, 1820). (Serpentes, Elapidae)”. — 15 p., 3 f. N.º 35 — (1967) — com cinco artigos, 88 p.: — GOULART, A. D. de A. — “Presença de Helobdella obscura Ringuelet, 1942 e Helobdella duplicata var. tuberculata Ringuelet, 1958, no Rio Grande do Sul, Brasil”. — p. 3-6; — CLOSS, D. & MADEIRA M. — “Foraminíferos e Tecamebas aglutinan- tes da Lagoa de Tramandaí, no Rio Grande do Sul”. — p. 7-31, 6 est., 2 f.; — GRAZIA, J. — “Estudos sobre o gênero Galedanta Amyot & Serville, 1843 (Hemiptera-Heteroptera, Pentatomidae)”. — p. 45-59, 19 f. — LEMA, T. de — “Novo gênero e espécie de serpente opistoglifodonte no Brasil meridional (Colubridae, Colubrinae)”. — p. 61-74, 10 f.; — CLOSS, D. & MEDEIROS, V. M. F. — “Thecamoebina and Forami- nifera from the Mirim lagoon, southern Brazil”. — p. 75-88, 2 1.; N.º 36 — (1969) — com um artigo, 114 p.: — BECHYNE, J. & BECHYNE, B. S. de — “Die Galerucidengattungen in Súdbrasilien”. — p. 1-110, 16 f. 78 Lista das publicações do M.R.C.N. N.º 37 — (1969) com cinco artigos, 128 p.: — MADEIRA, M. L. — “Foraminifera from São Francisco do Sul, state of Santa Catarina, Brazil”.-— p. 3-29, 3 est.; — PEREIRA, C. A. F. D. — “Recent foraminifera of Southern Brazil collected by hydrografic vessel ‘Baependi’”. — p. 37-95, 2 est, 1 gráf.; — THOME, J. W. — “Redescrição dos tipos de Veronicellidae (Mollusca, Gastropoda) neotropicais: I. Espécies depositadas no “Zoologisches Museum” de Kiel, Alemanha”. — p. 101-111, 21 f. — LEMA, T. de & AZEVEDO, A. C. P. — “Ocorrência de Micrurus deco- ratus (JAN) no Rio Grande do Sul, Brasil, (Serpentes, Elapidae)”. — — VOLKMER-RIBEIRO, C. — “New occurence of Uruguaya repens HINDE, 1888 (Porifera-Spongilidae) with redescription of the species”. — p. 119-123, 2 f.; N.º 38 — (1970) — com três artigos, 124 p.: — ROETTGER, E. U. — “Recent foraminifera from the continental Shelf of Rio Grande do Sul collected by the hydrografic vessel ‘Canopus‘ ”. - — p. 3-72, 2 est, 3 f.; — THOME, J. W. — “Redescrição dos tipos de Veronicellidae (Mollusca, Gastropoda) neotropicais: Ill. Espécies depositadas no “ll. Zoolo- gisches Institut und Museum der Universitãt” de Göttingen, Alemanha”. p. 73-88, 28 f.; — LEMA, T. de — “Sobre o 'status' de Elapomorphus bilineatus DU- MÉRIL, BIBRON & DUMERIL, 1854, curiosa serpente subterrânea”. — p. 89-118, 7 f.. N.º 39 — (1970) — com três artigos ‚102 p.: — FABIAN, M. E. — Estudo anatömico de Liophis miliaris (L., 1758). Ser- pentes, Colubridae”. — p. 3-18, 8 f.; — THOMÉ, J. W. — “Redescrição dos tipos de Veronicellidae (Mollusca, Gastropoda) neotropicais: V. Espécies depositadas no “Museo ed Ins- tituto di Zoologia Sistematica della Universitá”, de Turim, Itália”, —. po dosSd di dt; — MANSUR, M .©. D. — “Lista dos moluscos bivales das Famílias Hy- ridae e Mycetopodidae para o Estado do Rio Grande do Sul”. — p. 33-95. N.º 40 — (1971) — com três artigos, 66 p.: — BECKER, M. & GRAZIA-VIEIRA, J. — “Contribuição ao conhecimento- da superfamília Pentatomoidea na Venezuela (Heteroptera)”. — p. 3-26. — THOME, J. W. — “Redescrição dos tipos de Veronicellidae (Mollusca, Gastropoda) neotropicais: VII. Espécies depositadas no “Muséum: National d'Histoire Naturelle’ Paris, França”. — p. 27-52, 22 f., 3 est.. — VOLKMER-RIBEIRO, C. — “Houssayella iguazuensis BONETTO and DE DRAGO, 1966 (Porifera-Spongillidae) in Itk river, Rio Grande do Sul, Brazil”. — p. 53-60, 6 f. N.º 41 — (1972) — com 4 artigos, 74 p.: — NAPP, D. S. — “Notas sobre o gênero Lius H. DEYROLLE — (Co- leoptera, Buprestidae)” — p. 3-20. — MANSUR, M. C. D. — “Morfologia do sistema digestivo, de Castalia undosa martensi (IHERING, 1891) — (Bivalvia, Hyriidae)”. — p. 21-34. — LEMA, T. de — “Sobre Micrurus putumayensis LANCINI, 1962 e sua: ocorrência no Brasil — (Serpentes, Elapidae)" — p. 35-58. — THOME, J. W. — “Uma nova espécie de Phyllocaulis do Brasil —- (Veronicellidae, Gasiropoda).” — p. 59-68. IHERINGIA — Zoologia, n. 45 — 25 DE JUNHO DE 1974 79: N.º 42 — (1973) — com seis artigos, 96 p.: “ — POLI, C. R. — “Os bagres do litoral de Santa Catarina e do Rio ar Fo Sul — Brasil (Ostariophysi, Siluriformes, Bagridae).” — p. — FABIAN, M. E. — “Contribuição ao conhecimento da osteologia cra- niana de Liophis WAGLER (Serpentes, Colubridae).” — p. 14-24, 14 f. — GRAZIA-VIEIRA, J. — “Uma nova espécie de Mayrinia HORVATH, 1025: (Heteroptera, Pentatomidae, Pentatomini).” — p. 25-33, 9 f. — LEITÃO, M. D. — “Ovoviviparidade em Ophiodes striatus (SPIX, 1824): — Sauria, Anguidae.” — p. 34-39, 4 f. — ROETTGER, E. U. — “Observações ecológicas sobre foraminíferos re- centes da costa do Rio Grande do Sul, Brasil.” — p. 40-63, 18 f. — VEITENNHEIMER, |. L. — “Contribuição ao estudo do gênero Leila: GRAY, 1940.” — p. 64-89, 16 f. 2 tab. N.º 43 — (1973) — com 6 artigos, 132 p.: — LISE, A. A. — “Contribuição ao conhecimento do gênero Sidyma no Brasil, com a descrição de uma nova espécie (Araneae, Thomisidae).” — p. 3-47, 53 f. — VOKES, H. E. — “A new subgenus and species of Crassatella (Mollus- ca, Bivalvia) from Southern Brazil.” — p. 48-59, 7 f. — MENEGHETTI, J. O. — “Zooplankton from Southern Brazil — 1. Quan- titative aspects.” — p. 60-74, 9 f. — MANSUR, M. C. D. — “Morfologia do sistema digestivo das espécies” do gênero Diplodon SPIX, 1827 do Rio Guaíba, Rio Grande do Sul (Unionacea, Hyriidae).” — p. 75-90, 13 f. — BRAUN, P. C. — “Nova espécie do gênero Proceratophrys MIRANDA- RIBEIRO, 1920 do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil (Anura, Cera-- tophrynidae)”. — p. 91-99, 8 f. — MENEGHETTI, J. O. — “Zooplankton from Southern Brazil — 2. lts. composition, distribution and density in space and time.” — p. 100- 125, 20 f. N.º 44 — (1973) — com 7 artigos, 81 p.: — BRAUN, P. C. — “Nova espécie do gênero Melanophryniscus GAL- LARDO, 1961 do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil (Anura, Brachy- cephalidae).” — p. 3-13, 5 f. — BOLTOVSKOY, D. — “Polimorfismo en Sagitta serratodentata KROHN, 1853 (Chaetognatha) con especial referencia a las vesiculas seminales.” — p. 14-27, 13 f. — BRAUN, C. A. S. — “Sobre a ocorrência de Pleurodema bibronii TSCHUDI, 1838, no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil (Anura, Lep- todactylidae)’' — p. 28-31, 1 f. — VEITENHEIMER, |. L. — “Anodontites BRUGUIERE, 1792, no Guaíba — RS (Bivalvia, Mycetopodidae). | — Anodontites trapesialis forbesianus (LEA, 1860).” — p. 32-49, 6 f. — BRAUN, P. C. — “Sobre uma postura de Caiman latirostris (DAUDIN, 1802) — (Crocodilia, Alligatoridae).” — p. 50-54, 2 f. — GRAZIA-VIEIRA, J. & CASINI, C. E. — “Lista preliminar dos heterópteros uruguaios da região nordeste: Pentatomidae e Coreidae (Insecta, He- teroptera).” — p. 55-63, 1 f. — LEMA, T. de — “Ocorrência de Uromacerina ricardinii (PERACCA, 1897) no Rio Grande do Sul e contribuição ao conhecimento dessa rara Serpente (Ophidia, Colubridae).” — p. 64-73, 8 f. 80 Lista das publicações do M.R.C.N. N.º 45 — (1974) — com 6 artigos, 80 p.: MANSUR, M. C. D. — ‘“Monocondylaea minuana ORBIGNY, 1835: Va- riabilidade da concha e morfologia do sistema digestivo (Bivalvia, My- cetopodidae).” — p. 3-25, 13 f. GALILEO, M. H. M. — “Contribuição ao conhecimento da genitália dos machos do gênero Horvathinia MONTANDON, 1911. (Heteroptera Belostomatidae, Horvathiniinae).” -— p. 26-33, 10 f. BRAUN, P. C. & BRAUN, C. A. S. — “Fauna da fronteira Brasil-Uru- guai. Lista dos anfíbios dos Departamentos de Artigas, Rivera e Cerro Largo.” — p. 34-39, 4 f. ALVES, M. L. M. & FABIÁN-BEURMANN, M. E. — “Sobre a ocorrên- rência de Homonota uruguayensis (VAZ-FERREIRA & SIERRA DE SO- RIANO, 1961) no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. (Lacertilia, Gekkonidae)”. — p. 50-54, 2 f. ARAÚJO, M. L. & PERAZZOLO, M. — “Nota prévia sobre a biologia de Mengen: em cativeiro. (Ophidia, Elapidae e Viperidae)” — p. 55-66, ) — BRAUN, C. A. S. — “Ocorrência de Bufo paracnemis A. LUTZ, 1925 no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil (Anura, Bufonidae).” — p. 67-72, 2 f. Série DIVULGAÇÃO: N.º N.o N.º to -— 2 — 2 — (1971) — com sete artigos, 52 p.: Apresentação — p. 1. CÖRTE-REAL, M. — “Atividades, projetos e esperanças”. — p. 3-10, f. 1-3. THOME, J. W. — “Os moluscos da pré-história aos nossos dias”. — p. 11-16. GRAZIA-VIEIRA, J. — “O maravilhoso ou aterrador mundo dos inse- tos” — p. 17-20. FABIAN, M. E. — “As serpentes, essas temíveis criaturas”. — p. 21-24. LEMA, T. de — “Serpentes peçonhentas do Rio Grande do Sul”. — p. 25-32, f. 4. VOLKMER-RIBEIRO, C. — “Porque investir em pesquisa limnológica” — p. 33-38, f. 5. CÓRTE-REAL, M. — “Poluição da água no Rio Grande do Sul”. — p. 39-44, f. 6-7. Setores e equipes em atividades no Urkeh — p. 45-46. Publicações do Museu (lista) — p. 47-51. (1972) — Com um artigo, 12 p.: GRAZIA-VIEIRA, J. & GALILEO, M. H. M. — “Lista dos Entomólogos da Região Sul-Brasil”. — p. 1-6. Publicações do Museu (lista). — p. 7-12. (1973) — Com quatro artigos, 54 p.: LUTZENBERGER, J. A. — “Por uma ética ecológica”. — p. 3-8. LUTZENBERGER, J. A. — “Ecologia como ciência da sobrevivência”. — p. 9-18. LEMA, T. de — “As serpentes do Estado do Rio Grande do Sul”, p. 19-33. THOME, J. W. & LOPES, V. L. R. — “Aulas práticas de zoologia, | — Dissecação de um molusco gastrópode desprovido de concha”. — p. 34-45, 9 f. FUNDAÇÃO ZOOBOTÂNICA DO RIO GRANDE DO SUL Presidente CARLOS DE PAULA COUTO Diretor-Superintendente JOSÉ WILLIBALDO THOME Diretores-Executivos: Jardim Botânico — ALBANO BACKES Museu de Ciências Naturais — JOCÉLIA GRAZIA-VIEIRA Parque Zoológico — GILBERTO CONRADO MATTES Impresso com verba do Departamento de Assuntos Culturais da Secretaria de Estado da. Educação e Cultura Composto e impresso nas Oficinas Gráficas da Livraria do Globo S.A. — 1974 fe A Tal = a tr = Resto 7 ER À - E. ço = Fa = % wo ETA u. g x + ki E: po E : 410 092 : E ; + nn Pier LIBRARIES SMITHSONIA N INSTITUTION NOILNLILSNI E ee NS I E NN 32 HA 777 EN p= Ra = 177) fa = 7) = NOILNLILSNI” NVINOSHLIAS S31UVYgI71_ LIBRARIES SMITHSONIAN _ li 5 u E u 7 = + E =] ae + E a = a < fa fo + = far o 5 = a) = m: ee as) O == (e) m: (e) Mr zZ =! = = 2 LIBRARIES INSTITUTION NOILNLILSNI NVINOSHLINS E = m = E N = = | = o oO 2 5 (a 5 » 5 > Es > E 5 = = Eu = 7 E 5 5 = a = goi = NOILNLILSNI E Iyvyg zn BRAR LES „SMITHSONIAN 2 < = ae ee 3 E SMNNV 3 Es x ; A = a 2 A N Rat) u S E EM TE x 96 = VA = zZ E xo E 5 E77 ei > e = = = ? 7 à > 19) » = LIBRARIES SMITHSONIAN INSTITUTION NOILNLILSNI NVINOSHLLINS O =) an > == Be = us Ni us zZ E w = E 2 E a SN: = < ; = < INN « E oe DA S [oa = N a = m 471 = o = : o = A 3 >= ER din = RE NOINLILSNI NVINOSHLIAS Sã Iyvyg IN LIBRARI ES >MITESDNIESTE = N É = O TER o = O dm - 2 Na 5 a E Gy E ENS E E ME m a É Sa - = Yo dat En E ; \ N N n = un” 7 5 = z na = [9] = a PEL SMITHSONIAN INSTITUT y en — NVINDSHEINS = | av z a z + A, = = Gi BI Bm: 292 E = E 2 5 F /1 = 2, : = = = >" = > | ee 7) = 7) = E NOILNLILSNI NVINOSHLIAS LIBRARIES SMITHSONIAN INSTITUT 2) 2 ii > ne = md Ls N 77) Ls 7 ç = = o a = «£ = Na O .«< E << “a pa = ZN Sr = = 4 m O AN da =) =. ö > 5 = ; mel zZ | = il, LIBRARIES SMITHSONIAN INSTITUTION NOILNLILSNI NVINOSHLINS SIIHVA ze = EL = E o 5 a oJ — 4 00) — & an 5, > 3 a > > Po 5; z Es) E EA E E E > E 2 Eu Zu g 5 E 7) < & “Qu < 7) „zZ NOILNLILSNI NVINOSHLIAS S31IUVWYAI1 LIBRARIES SMITHSONIAN | (6) Te o x zZ FRI do 102) br N N C N Na ANN: 4 BT re “4 RELA EIN: ws. NS 2 EINS S,FAFE SCENE SANS > = NN > = =, = SEN = 177} zn = = 3 = LNLILSNI sa1uvyg1N LIBRARIES SMITHSONIAN INSTITUTION N ar a a RE 6 É z u ME vi = [aa Ea [o = ; = O E . S = << er <. + E pr? & = = =) a E) = e - £ = az 5 > j 4 RARIES SMITHSONIAN INSTITUTION NOILNLILSNI NVINOSHLINS S31yVvUaIı L É = 5 E 5 : = N ES O > 2 ER 4 = = (9) EE wu LZ| 7” au = 72; > E = = > - 4%, de re E > Se 20 5 2 m ve E INLILSNI NVINOSHLINS SIIHVIIIN LIBRARIES SMITHSONIAN N < (2 bre VS Q = (dp) E SM er E < E & -— “ Pos Fi; Y À Ni = Ed = IKB GI VINCI NE E = UM |: N E = = > ne qe > = > (77) = (42) * -— 70) zZ RARIES SMITHSONIAN INSTITUTION NOILNLILSNI NVINOSHLIAS S3IUVYAIT L RIES NOILNLILSNI LIBRARIES LIBRARIES NOILNLILSNI = [47] a —_ = m 3 I > x S3l8V4g11 LIBRARIES SMITHSONIAN INSTITUTION } A & UE E E a 2 - E E E 2m} = > r > = GW IRRE = ce = a - % N aa a B “o > à mi E 5 z B = RARI ES SMITHSONIAN INSTITUTION NOILNLILSNI NVINOSHLINS Sa I18V4917 a: = É 2 de; < E dr, DS 4 ne q di E S z = 2 8 LH 2 2 2 = E 2 D 7 # = E = = > >" >" = z 3 3 5 2 o E _LIBRAR IES SMITHSONIAN INSTITUTION N = u z É z E a EE (77) Im [97] ze = [a4 = X E a [e = E É & = << . = « = x = m = o O gm 5 m: 5 mo A el = Er = ar RARI ES_ SMITHSONIAN INSTITUTION NOILNLILSNI_NVINOSHLINS S314V4g o! = se pd SB IT NINE NE = a =) a 5 2 Ar: a [o > = E 4 SN ” NVINOSHLIAS S314V4alT LIBRARIES SMITHSONIAN INSTITUTION | < TEE (92) rue ee 2] A ELO, se, 42) NIAN INSTITUTION LIBRARIES ii | il ll