1a a ns Gde End Feier a CO CsTarisnaça war a it a rala een ing, kenn Een ana Car Adr IN nein + E tere una nanın Amis Py aa ENTE Sonnen MANO ao IE TER na ar Ts alas win = ata na rer nn Fake peca Nr nar ' =tcan areal nn ER RENT ICE Feen Son ran ars ba a Ph : c Ay ca an asasın 5 uns pas O trio ar yr N ê a SÉ sap Mara mas as aaa aber derivar thats | Re ATA neun i Bach wugt rn RCA Aa aa, Varskuseng rer ren Rare DelgLt land BR Ênio REALCE DOT PAM DE A A Nes ti al eg e kauen Marien Er nen na RT Ta a DEN er are e é nern Cear go cxavaço une nerven, “riassise en ET testa 1 ehren Ba hi mtas ças RT, Artane dba jar E PR arm Man vão do CEC Ped ai san ore dia] k ee Srtsshernn 5 uni, nen Maesienun POR ANS Sar heringia serie Zoologia BL ISSN 0073-4721 SOUZA, M.F.B. & Thales de Lema. Osteologia craniana de Dryadophis bifossatus (Raddi, 1820) (Serpentes, Colubridae) .............. Ei WITTMANN, D. & Magali Hoffman. Bees of Rio Grande do Sul, southern Brazil (Insecta, Hymenoptera, Apoidea) . ...: 22cm. nn Ti RAFAEL, J.A. Revisão das espécies neotropicais do gênero Chalarus Rainer, 1834 (Diptera: Pipunculidad) . . NE Ras à p. 45 HOFFMEYER, M.S. Algunas observaciones sobre la alimentacion de Mnemiopsis mecradyi Mayer, 1900 (Ctenophora, Lobata) ........ p. 55 PIACENTINO, G.L.M. Descripción del esqueleto axial, caudal e insercio- nes de las aletas dorsales y anal de Austromenidia nigricans Richard- son, A. smitti Lahille y Austroatherina incisa Jenyns (Pisces, Atheri- O ERES da a ee DR E Be RR N a p. 67 RONDEROS, M.M. & Gustavo R. Spinelli. Further notes on Culicoides Latreille 1809 from Argentina (Insecta, Diptera, Ceratopogonidae) ... p. 81 BONALDO, A.B. Descricäo do macho de Micrathena kirbyi (Perty, 1833) ERRO RR en tee a GR en ee EE 89 ESPINOLA, L.V. de & Ercilia A. Galliussi. Estudio anátomo-histológico del tracto digestivo de Fulica armillata (Vieillot, 1817) aves, (Gruifor- RT E ARE RO q DAS pr DA Se er a LE A p. 93 COSCARÓN, S. Taxonomia y distribución del subgênero Simulium (Ectemnaspis) Enderlein (Siluliidae, Diptera, Insecta) ........... p. 109 NOTA CIENTÍFICA Esponjas de água doce do complexo lagunar Mundaú-Manguaba e dos seus rios formadores; Alagoas, Brasil. RIBEIRO, C.V. & Maria da Concei- ER DURO ae DS dc E SR ara o; RE ae do p. 171 Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul Publicado com o auxílio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecro- lógico (CNPq) e Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Processo 41.4377-89-3. NR FUNDAÇÃO ZOOBOTÄNICA DO RIO GRANDE DO SUL Entidade de direito privado, instituída pela Lei Estadual nº 6.497 de ZOOBOTÂNICA 20/12/72 (Supervisionada pela Secretaria de Estado da Agricultura). Selo Postal Stamp - À FUNDAÇÃO ZOOBOTÂNICA DO RIO GRANDE DO SUL BIBLIOTECA Caixa Postal 1188 90001 PORTO ALEGRE, RS BRASIL Remetente: Sender: . 8882 8 88T RT TR nc. vn cn vcs nn IT IT RT 0 IT CT vn n 00 0 0 0 un 0 0 0 0 q q (País) — (Country) Senhores: Dear Sirs: Queiram ter a gentileza de preencher o presente, devolvendo-o ao Museu, a fim de que não haja interrupução na remessa do número seguinte de IHERINGIA. Please fill the requested below and return it to us, so that we can send you the next number of IHERINGIA. 1. Recebemos e agradecemos: IHERINGIA, Série zoologia nº 70 We have received: We are in want of: 3. Enviamos:em permuta: 2 cs usa tete nen 6 coa (o ro Vo E RR We sent you in exchange: 4. INossoicampo- de interesse: . :-... 0 ur. cala ee ee E RA Our field of activities: City and date: Assinaturas ses 0. Meine ee en ae ep Signature: OSTEOLOGIA CRANIANA DE DRYADOPHIS BIFOSSATUS (RAD- DI, 1820) (SERPENTES, COLUBRIDAE)* Maria Fätima Barbosa Souza** Thales de Lema*** ABSTRACT Skull and jaws of Dryadophis bifossatus (Raddi, 1820), a colubrid snake from Brazil, are described with specimens from Rio Grande do Sul State. INTRODUCÄO Dryadophis bifossatus (Raddi, 1820), Colubridae de grande porte, ocorre no Brasil oriental, com dispersões para sudoeste. Está representada por subespécies (PETERS & OREJAS MIRANDA, 1970) das quais duas, pelo menos, atingem a re- gião do Estado do Rio Grande do Sul, D. bifossatus bifossatus e D. bifossatus tri- seriatus (Amaral, 1931), em campos do planalto e no pampa adjacente. A taxonomia do género Dryadophis Stuart, 1939 é precária e a maioria dos autores empregam o nome Mastigodryas Amaral, 1934 em lugar de Dryadophis; AMARAL (1934) descreveu-o para M. danieli, com base em um exemplar proceden- te da Colômbia ROMER (1956) afirma que os dois gêneros são iguais e inclui em Mastigodryas todas as espécies monografadas por STUART (1941) como Dryado- * Aceito para publicação em 28,111, 1990, Parte de Dissertação de Mestrado apresentada pelo autor sênior ao Instituto de Biociências, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. ** Departamento de Zoologia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), São Paulo, Brasil. (Ex-Bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul.) *** Instituto de Biociências e Museu de Ciências, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Bolsista da Coordenadoria de Aperfeiçoamento do Pessoal de Ensino Supe- rior, Caixa Postal 1429, 90620 — Porto Alegre, RS, Brasil, IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):3-15, 19 nov. 1990 4 SOUZA, M.F.B. & THALES DE LEMA phis e assim, também, PETERS & OREJAS-MIRANDA (1970). Entretanto, hä aspectos importantes que ainda não foram examinados, como o crânio e os hemi- pénis. Por isso concordamos com SMITH & LARSEN (1973) em considerar prema- tura a sinonímia de Dryadophis com Mastigodryas, ambos revalidados pela INTE R- NATIONAL COMISSION OF ZOOLOGICAL NOMENCLATURE (1975). O objetivo deste trabalho é fornecer novos subsídios para o melhor conheci- mento do gênero Dryadophis. MATERIAL E MÉTODOS Foram preparados crânios de exemplares adultos fixados em formalina da coleção do Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (MCN), Porto Alegre, das duas subespécies ocorrentes no Rio Grande do Sul. Como há regiões em que am- bas se cruzam, gerando exemplares de difícil identificação subespecífica, não se fez a indicação das subespécies pois, para isso, seria necessário outro estudo, realizado do ponto de vista zoogeo- gráfico, para a correta determinação de espécimens, Material examinado: BRASIL, Rio Grande do Sul: Porto Alegre, MCN 0073 (crânio, MCN 7926), 04.X.1956, P. Frediani col.; Viamão, MCN 1250 (crânio, MCN 7927), 06.X1.1959, T. de Lema col.; Guaíba, MCN 3209 (crânio, MCN 7928), 04.X.1970, F. D'Incao col.; Sapucaia do Sul, MCN 4296 (crânio MCN 8001), 01.V.1974, J.P. Vallauer col. Os crânios foram extraídos e preparados segundo técnicas convencionais, usando-se hi- poclorito de sódio para auxiliar no descarnamento. O crânio MCN 7927 foi totalmente desar- ticulado para visualização completa das peças esqueléticas. _ Medidas (em mm). Crânio MCN 7926/7907/7928/8001: comprimento (da borda ante- rior da pré-maxila ao côndilo occipital), 29, 45/31, 45/27, 45/34,00; altura (na altura do pôs- orbital), 8, 35/8, 35/8, 30/9,40; largura (na altura do pós-orbital), 16, 15/16, 15/15, 00/19, 40. Comprimento da mandíbula: 38, 00/38, 33/37, 00/43, 40. Para a descrição dos ossos seguiu-se KAMAL & HAMMOUDA (1969). Para a designa- ção de alguns forâmens, utilizou-se BARBERENA et al. (1970), DESCRIÇÃO OSTEOLÓGICA CRÂNIO. Alongado, pentagonal, bem ossificado. Em vista dorsal (fig. 1), cai- xa craniana mais larga na porção mediana, onde estão os pós-orbitais. Os maxilares formam a margem äntero-lateral do crânio, não atingindo a pré-maxila, participando da formação da margem inferior da cavidade orbital. Em vista ventral (fig. 3) desta- cam-se os ossos portadores de dentes palatinos, maxilares, pterigóides, além do ec- topterigóide dispostos paralelamente sob a base da caixa craniana. Lateralmente (fig. 2), há pequeno aumento da altura do crânio da frente para trás. Comprimento cerca de 3,5 vezes a altura. Cabeça grande devido à disposição do supratemporal e estrutura mandibular. Focinho afilado. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):3-15, 19 nov. 1990 Osteologia craniana de ... 5 Ossos medianos dorsais. Formados por quatro ossos situados na porção änte- ro-dorsal mediana: pré-maxila, nasal, frontal e parietal. Pré-maxila (fig. 1-3). Osso ímpar, bilateral, situado na porção médio-anterior do crânio; dorsalmente em forma de seta apontada para a extremidade posterior. Liga-se ao nasal e à septomaxila e, posteriormente, com os nasais; parte da borda póstero-lateral da pré-maxila contacta com a borda anterior da septomaxila. Possui quatro processos: o nasal, de posição dorsal, o palatino, ventral, e dois maxilares, laterais. Processo nasal alongado e expandido posteriormente, afilando-se para ter- minar em ponta no encontro com a região anterior dos nasais. Processo palatino mésio-ventral, bifurcado posteriormente em direção ao vômer, não o alcançando; articula-se na face dorsal com a septomaxila. Processos maxilares delimitam a borda inferior das aberturas nasais externas e estendem-se em direção aos maxilares, não os alcançando. Em vista dorsal, dois forâmens ântero-laterais, em cada lado do pro- cesso nasal. Nasal (fig. 1, 2). Osso par, situado na região anterior do crânio, entre a pré- maxila e o frontal, que forma parte da cobertura da cápsula olfativa. Em vista dor- sal apresenta aspecto de triângulo retângulo, onde a hipotenusa é a sutura entre os dois nasais e localiza-se no plano sagital do crânio. Superfície dorsal lisa, borda la- teral curvada em direção ventral. Anteriormente sutura-se ao processo nasal da pré- maxila. Internamente emite processo ventral em sentido vertical que forma o septo nasal e parte da parede interna da cápsula olfativa. Prolonga-se póstero-ventralmen- te em um par de apófises basais, que atingem um terço do comprimento da super- fície dorsal do nasal em direção ao frontal, com o qual se liga por meio de tecido fibroso junto ao septo entre os forâmens etmoidais. A extremidade posterior das apófises basais dos nasais localizam-se entre as apófises basais do frontal. Frontal (fig. 1, 2). O conjunto dos frontais forma o teto e as paredes látero- ventrais da porção anterior do neurocrânio. Seus elementos suturam-se ao longo da linha mediano-longitudinal do crânio, formando uma superfície dorsal levemente convexa mesialmente e de aspecto pentagonal. As paredes látero-ventrais, levemen- te côncavas, descem obliquamente até se suturarem ventralmente entre si, fechando assim essa porção da caixa craniana e formando parte da cavidade orbital. Anterior- mente é perfurada por dois forâmens etmoidais que são separados apenas anterior- mente por uma lâmina dupla descendente do frontal. Segundo ROMER (1956), esses forâmens dão passagem aos nervos olfatórios. Essa face anterior do frontal apresenta na porção mediana ventral um par de apófises basais que se dirigem ante- riormente em sentido distal, servindo o espaço entre eles de apoio à apófise basal do nasal, elemento este ligado ao frontal por tecido fibroso. Tais apófises suturam-se aos processos póstero-básais da septomaxila. Anteroventralmente o frontal apresen- ta uma depressão e logo uma expansão alar, onde se encaixa a porção látero-poste- rior do pré-frontal. Posteriormente os frontais articulam-se à região anterior do pa- IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):3-15, 19 nov. 1990 SOUZA, M.F.B. & THALES DE LEMA [6») rietal através de suturas dorsal e laterais. Entre o frontal e o parietal vé-se, lateral- mente, o forâmen orbital que transmite o nervo óptico, os nervos da musculatura ocular e uma veia cerebral. Parietal (fig. 1, 2). Osso ímpar, formado pela fusão dos dois parietais, consti- tuindo cerca de dois terços do teto posterior do neurocrânio, bem como parte das paredes laterais do mesmo. Vista dorsal de formato heptagonal. Sutura-se firme- mente ao frontal, pós-orbital, supraoccipital, proótico-laterosfenóide e parabasis- fenóide. O supratemporal apóia-se sobre a extremidade látero-posterior do parietal, ligando-se a este através de tecido fibroso. Anteriormente articula-se à porção pos- terior do frontal ao longo de uma sutura transversal. Anterolateralmente apresenta uma reentrância onde encaixa o pós-orbital. A região posterior do parietal contacta com a porção anterior do supraoccipital, apresentando na linha mediana do crânio, um pequeno prolongamento em direção à região posterior, formando uma estrutura em forma de “W”. As paredes laterais desse osso estão em declive e estendem-se até suturarem-se com o parabasisfenóide na região ventral, póstero-lateralmente ao proótico-laterosfenóide. A superfície centro-dorsal parietal apresenta-se em plano mais elevado e de forma triangular, onde o vértice do triângulo encontra-se voltado para a região posterior do crânio. A linha mediana desse triângulo é levemente côn- cava, sendo que a porção ântero-lateral possui uma leve convexidade. Ossos maxilares. Maxila, que forma a borda ântero-lateral do crânio, e quadra- do, que promove a ligação do crânio à mandíbula. Maxila (fig. 1-3). Osso par, de forma alongada e curva, cujo comprimento cor- responde à metade do comprimento craniano. Liga-se ao pré-frontal, ectopterigóide e palatino. Apresenta três faces: superior, externa e interna. A superior possui dois processos transversos paralelos: o anterior apóia-se na porção ventral do pré-frontal e na apófise externa do palatino; o posterior contacta com a porção anterior do ectopterigóide. A face interna é côncava, enquanto que a externa é convexa, sendo aí que adere a glândula labial superior. A superfície ventral apresenta um número grande de dentes, cujo número varia de 26 a 28 nos exemplares examinados (tab. |). Tabela I. Número de dentes em crânios de Dryadophis bifossatus (Raddi, 1820) (o número à esquerda indica o lado direito e vice-versa). Nº crânio Maxilares Palatinos Pterigoidianos Mandibulares MCN 7926 26/27 16/16 26/28 — /27 MCN 7927 28/26 14/13 27/26 27/27 MCN 7928 26/27 16/17 28/28 /- MCN 8001 27/28 18/15 27/31 25/26 IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):3-15, 19 nov. 1990 Osteologia craniana de ... 7 Quadrado (fig. 1-3). Osso par, situado obliquamente na regiäo pöstero-late- ral do cränio. Alongado, com superffcies articulares nas duas extremidades, mais largas que a porção mediana. Extremidade äntero-dorsal em contato com a face pöstero-lateral do supratemporal; extremidade pöstero-inferior se articula com a extremidade posterior do osso articular, formando a articulação quadrado-mandi- bular. A extremidade posterior do pterigóide fixa-se na face interna da superfície póstero-veltral do quadrado. Na metade ventral deste último, há uma protuberän- cia alargada que corresponde ao ponto de inserção da extremidade posterior da co- lumela. Série circum-orbital. Ossos pré-frontal e pós-orbital que limitam a cavidade orbital. Pré-frontal (fig. 1, 2). Osso par que se sutura pela borda dorsal à região än- tero-lateral do frontal da cavidade orbital. Possui formato irregular com quatro fa- ces: Face anterior levemente recurvada, formando parte da parede posterior interna da cavidade nasal com pequeno processo em forma de espinho na porção basal e lateral que se dirige obliquamente para a região dorsal. Face posterior recurvada, formando parte da parede ântero-dorsal da cavidade orbital e ligada pela porção su- perior à parede descendente do frontal com perfuração correspondendo ao forâmen do ducto lacrimal na porção inferior. Face externa levemente curva na parte supe- rior, suturada à porção äntero-lateral do frontal. Face interna ocupa parte da pa- rede lateral da cavidade nasal. Face ventral curva, encontra-se fixada ao processo anterior da maxila e à apófise externa do palatino. O pré-frontal não se liga ao na- sal. Pös-orbital (fig. 1, 2). Osso par, pequeno, forma a margem posterior da órbi- ta; estreito, alongado e curvo, suturando-se apenas ao parietal e à maxila. Porção proximal suturada à região ântero-lateral do parietal. Separado anteriormente do frontal por uma pequena porção do parietal. Porção distal dirige-se à extremidade anterior do ectoperigóide e liga-se à extremidade posterior da maxila por um pro- longamento cartilaginoso. Anel occipital. O anel occipital forma a região posterior do crânio. Composto por quatro ossos occipitais: basioccipital, dois exoccipitais e supraoccipital. Basioccipital (fig. 2, 3, 7). Osso ímpar, de posição mediana, forma o assoalho da região posterior do crânio; localiza-se entre as cápsulas óticas. Juntamente com o exoccipital, participa da formação do côndilo occipital, delimitando o forâmen magno. Possui forma aproximadamente hexagonal, em vista ventral. Limita-se com o parabasisfenóide, proótico-laterosfenóide e exoccipital. Anteriormente sutura-se na porção mediana e transversalmente com o parabasisfenóide. Antero-lateralmen- te liga-se ao proótico-laterosfenóide numa sutura oblíqua. Póstero-lateralmente su- IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):3-15, 19 nov. 1990 8 SOUZA, M.F.B. & THALES DE LEMA tura-se com o opistótico e exoccipital fusionados obliquamente. A face posterior do basioccipital forma a parte mesio-ventral do côndilo occipital. O basioccipital possui no meio de sua superfície ventral levemente convexa, três elevações que se dirigem para a região posterior e que servem para a fixação de músculos. Exoccipital (fig. 1, 2, 4). Os dois exoccipitais situam-se na região posterior do crânio, formando as margens laterais e dorsal do forâmen magno. Ventralmente suturam-se com as margens póstero-laterais do basioccipital, estendendo-se para ci- ma onde se unem na linha média do crânio. Região dorsal do exoccipital articulada anteriormente com o supraoccipital. Cada exoccipital é completamente fusionado com o opistótico pela região ântero-lateral, havendo no local da fusão uma crista em que se apóia o supratemporal. Os exoccipitais participam da formação do côn- dilo occipital juntamente com o basioccipital. Entre o exoccipital e o proótico-late- rosfenóide encontra-se a fenestra oval que se aloja na base da columela. Logo abaixo desta fenestra há o forâmen jugular. Supraoccipital (fig. 1, 2, 4). Osso ímpar, situado na porção médio-posterior do teto craniano e dorsalmente em relação aos outros componentes do anel occipi- tal. Apresenta forma aproximadamente pentagonal e não participa da formação do forâmen magno. Anteriormente articula-se com a região posterior do parietal atra- vés de uma sutura em ângulo agudo, cujo vértice ondulado dirige-se para a região posterior do crânio. Ântero-lateralmente sutura-se ao proótico-laterosfenóide e, póstero-lateralmente, aos exoccipitais. Superfície dorsal com duas cristas diago- nais e simétricas em percurso descendente que dividem o supraoccipital em duas zonas, anterior e posterior, ambas pronunciadamente côncavas. Essas cristas conti- nuam-se naquelas que constituem o ponto no qual se fundem o exoccipital e o opistótico. Na porção mediana do osso ocorre a crista supraoccipital que, em con- tato com as demais, forma uma esculturação tridenteada. Cápsula auditiva. Formada pelo proötico-lateresfenöide e opistótico, consti- tui a parede lateral da parte posterior do crânio. Proótico-laterosfenóide (fig. 2). Osso par situado na região póstero-lateral da caixa craniana, formando partê da parede lateral da cápsula auditiva. Irregular na forma, com superfície levemente côncava na porção mais dorsal servindo de apoio ao supratemporal. Sutura-se anteriormente com a parede póstero-lateral do parie- tal e, posteriormente liga-se ao exoccipital, opistótico e região ântero-lateral do su- praoccipital. Pela região ventral une-se ao basioccipital e parabasisfenóide. Na por- ção mediana de sua margem posterior forma o limite anterior da fenestra oval. O limite posterior da mesma é formado pelo opistótico e a sutura que os separa está interrompida pela fenestra oval. Ântero-ventralmente à fenestra há dois forâmens, anterior correspondendo à saída do ramo maxilar do nervo trigêmeo, posterior, le- vemente maior, corresponde à saída do ramo mandibular do nervo trigêmeo. A pa- rede interna apresenta-se côncava inferiormente, com apenas uma abertura de pas- IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):3-15, 19 nov. 1990 Osteologia craniana de ... 9 sagem do nervo trig&meo, dividindo-se externamente pela porção óssea relativa ao lateroesfenóide (KAMAL & HAMMOUDA, 1965). Abaixo do forâmen anterior, que é a saída do ramo maxilar do trigemeo, há pequeno forâmen. Opistótico (fig. 3). Osso par, situado posteriormente, constitui parte da pa- rede lateral da cápsula auditiva. Sutura-se anteriormente ao proótico-laterosfenói- de sendo interrompida a sutura que os separa, pela fenestra oval. Dorsalmente, su- tura-se com o supraoccipital e, ventralmente, com o basioccipital. Póstero-dorsal- mente fusiona-se totalmente ao exoccipital sem sutura, havendo no local da fusão a continuação da crista diagonal do supraoccipital que é acentuada. Dorsalmente há forte concavidade encoberta pelo supratemporal. Entre o opistótico e o proótico- laterosfenóide e sobre a fenestra oval, está a columela, constituída por placa óssea de forma ovalada encaixada na fenestra oval de cuja região central parte um pro- longamento em forma de bastão fino com extremidade distal cartilaginosa unida a uma protuberância da superfície do quadrado e está dirigida para a região poste- rior. Palato. Formado pelos ossos: vömer, septomaxila, palatino, pterigöide, ecto- pterigóide e parabasisfenóide (basisfenóide fusionado ao parasfenóide). Vômer (fig. 1, 3). Os dois vômeres situam-se no palato, um na região ântero- ventral do crânio, na porção imediatamente posterior à pré-maxila, formando o as- soalho da cápsula nasal. Limitam-se entre si na linha mediano-dorsal do cränio, sem contato, havendo um sulco profundo. Cada vômer compõem-se de duas porções aproximadamente perpendiculares entre si, uma lateral e outra ventral. A porção lateral estende-se verticalmente desde o palato para cima, ficando invisível ventral- mente, apresentando uma fenestra em sua porção mediana, fenestra exocoanália. Porção ventral estende-se horizontalmente participando do palato. Parte superior ventral dirige-se para o processo palatino da pré-maxila mas sem alcançá-la. Região médio-ventral alargada, formando a cápsula em que se aloja o órgão vomeronasal que se abre ventralmente através da fenestra vomeronasalis. Região pöstero-ventral bruscamente estreitada após a cápsula nasal, terminando em ponta e unindo-se ao palatino por ligamento cartilaginoso. O vômer possui parte da superfície dorsal co- nectada firmemente à septomaxila. A extremidade posterior da porção lateral e a extremidade posterio da septomaxila estão juntas, sendo frouxamente unidas às paredes laterais dos frontais. Septomaxila (fig. 1-3). Osso par localizado entre o nasal e o vômer na linha mediana do crânio; é alongado com a região látero-posterior expandida externa e dorsalmente, formando o teto do órgão de Jacobson e o assoalho da porção ante- rior da cápsula nasal. Articula-se, anteriormente, pela superfície ventral, com o processo palatino da pré-maxila. Extremidade posterior articulada com parte da porção ântero-ventral do frontal e unindo-se pela região dorsal ao processo ventral IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):3-15, 19 nov. 1990 10 SOUZA, M.F.B. & THALESDE LEMA do nasal. Pöstero-lateralmente a septomaxila apresenta pequeno processo que se encaixa justamente à apófise basal do frontal, em forma, tamanho e posição. Palatino (fig. 2). Osso par situado no palato, paralelamente à maxila, sendo mais curto que esta. Alongado, com duas apófises laterais, externa e interna, situa- das na região anterior; a externa contata com a maxila e se apóia no pré-frontal; a interna é maior que aquela e se apóia no parabasisfenóide, estendendo-se até a ex- tremidade posterior do vômer. A região posterior do palatino é firmemente fixada ao pterigóide por uma depressão muito alongada de sua superfície ventral. A aresta ventral do palatino possui uma fileira de dentes cônicos, subisodontes, com cúspi- des dirigidas caudalmente, em número de 13 a 18, sendo o primeiro e os dois últi- mos um pouco menores que os demais. Pterigóide (fig. 1-3). Osso par situado na região posterior do palato e após o palatino, muito longo, com extremidade anterior afilada, ligando-se à extremidade posterior do palatino por sua superfície dorsal. Limita-se com o palatino, ectopteri- góide e quadrado. A quarta parte anterior do pterigóide é estreita e os dois quartos seguintes alargam-se gradativamente até: atingir o máximo de largura, onde termina a dentição, voltando a afilar-se no quarto posterior. Os dois pterigóides são separa- dos dispondo-se paralelamente, seguindo o eixo mediano do crânio, exceto a extre- midade posterior que se estende pöstero-lateralmente para unir-se ao quadrado. Pos- sui duas faces: a interno-dorsal levemente convexa com carena estendida na região mediana até a extremidade posterio, margem externa com leve depressão onde se articula o ectopterigöide; face externo-ventral levemente côncava, borda interna com fileira de dentes dispostos do extremo anterior ao ponto de maior largura do osso. Dentes pterigoidianos, 26 a 31, cônicos, semelhantes aos palatinos, cuja cur- vatura volta-se caudalmente, diminuindo gradativamente para trás. Ectopterigóide (fig. 1-3). Osso par levemente oblíquo em vista dorsal, com extremidade posterior dirigida para a linha mésio-craniana; alongado, com extremi- dade anterior alargada e bífida apoiada na porção dorso-posterior da maxila; extre- midade posterior afilada apoiada pela superfície mesial em uma depressão na por- ção mediana da borda externa da face interno-dorsal do pterigóide. Esse osso é também conhecido sob o nome de transverso. Parabasisfenóide (fig. 2, 3). Osso ímpar, bilateral, situado na região mediano- ventral do crânio, formando parte da base do mesmo. Composto de duas porções, a basisfenoidal e a parasfenoidal, cada uma correspondendo ao osso de origem. Por- ção basisfenoidal localizada na região posterior do parabasisfenóide, muito alargada em relação à parasfenoidal; face ventral convexa, com bordas laterais e posteior le- vemente elevadas; porção mediana situada em plano mais alto e originando duas ca- renas na porção posterior, as quais se dirigem obliquamente em sentido proximal para a região anterior, unindo-se no fim da porção basisfenoidal; face dorsal com IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (70):3-15, 19 nov. 1990 Osteologia craniana de ... 11 margens elevadas na região anterior, seguida de superfície descendente que dá ori- gem na porção mediana à fossa pituitária. Porção parasfenoidal anterior à basisfe- noidal prolongada para a região ântero-craniana formando longo rostrum que ter- mina pouco antes de atingir a porção posterior do vômer, fixando-se ao frontal pela região ântero-ventral. Terço anterior do parasfenoidal encaixado entre as porções ântero-ventrais do frontal, formando a parede interna das órbitas. Póstero-lateral- mente, de cada lado, a porção parasfenoidal sutura-se à pequena parte da parede látero-ventral do parietal. Em vista ventral a porção parasfenoidal apresenta uma lâmina que se prolonga em sentido vertical ao longo de todo o rostrum com uma canaleta de cada lado medianamente. Osso temporal. Compreende o supratemporal. Supratemporal (fig. 1, 3). Elemento par situado na região póstero-lateral do crânio, sendo alongado, achatado e diminuindo gradativamente do meio para trás. Extremidade anterior arredondada apoiada na região póstero-lateral do parietal; extremidade posterior ponteaguda estendida além da região posterior da caixa cra- niana. Apóia-se sobre a face dorsal do proótico-laterosfenóide, opistótico, margens laterais do supraoccipital e sobre a crista em que se fusional o exoccipital e o opis- tótico. Na superfície dorso-lateral de sua metade posterior fixa-se a extremidade ântero-dorsal do quadrado. MANDÍBULA. Composta por dois ramos mandibulares, as hemimandíbulas, unidos na extremidade anterior por tecido fibroso e, posteriormente, ligados à caixa craniana através quadrado. Cada ramo é composto por quatro ossos: dentário, angu- lar, esplenial e o osso composto. Dentário (fig. 5, 6). Osso mais anterior do ramo mandibular, ocupando a me- tade de seu comprimento; alongado e bifurcado posteriormente, onde se articula concomitantemente ao angular, esplenial e osso composto. Curvo anteriormente, mostra uma perfuração na face externa convexa correspondente ao forâmen mental; sustenta a glândula labial inferior. Único osso mandibular que apresenta dentes, 25 a 27, ao longo da margem ântero-dorsal, afilados, ponteagudos, curvos caudal- mente, levemente maiores medianamente (mesomegadonte). Osso composto (fig. 5, 6). Compõem-se de três regiões: articular, pré-articular e suprangular, cada uma correspondendo à provável posição do osso de origem. For- ma a metade posterior da hemimandibula, sendo o maior elemento da mesma. Limi- ta-se com o dentário e angular, articulando-se com o quadrado. Região articular, único elemento mandibular de origem endocondral, tem sua origem na ossificação da região posterior da cartilagem de Maeckel, localizando-se na extremidade poste- rior da mandíbula e possuindo dois processos mais ou menos definidos: processo condilar, representado por superfície condilar côncava em posição dorsal, recebe a su- IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):315, 19 nov. 1990 12 SOUZA, M.F.B. & THALES DE LEMA perfície condilar convexa do quadrado; processo retroarticular, constituído de alon- gamento em forma de barra da região articular do osso composto em direção poste- rior, além do processo condilar. Em vista mesial, o processo retroarticular possui um forâmen, anteriormente, que serve à passagem do nervo da corda timpânica e à artéria condilar posterior. Região pré-articular de origem dérmica, localizada na por- ção mediana do osso composto, em vista dorsal, formando a margem da fossa man- dibular, estendendo-se sob o dentário, suturando-se ao angular obliquamente. Re- gão suprangular localizada na face lateral da mandíbula, estendendo-se desde a re- gião articular até a porção mais anterior desse osso. Possui depressão suave, em vis- ta lateral, estendida do processo condilar ao forâmen localizado próximo da extre- midade anterior da fossa mandibular; em vista lateral mostra processo em forma de cunha anteriormente que se encaixa em reentrância do dentário com linha de sutu- ra em forma de “'V” voltado para diante; dorso-anteriormente é levemente côncava e aí sobrepõe-se o dentário. Tem mesma origem que a pré-articular. Angular (fig. 6). Situa-se na região mediano-ventral da face mesial da hemi- mandíbula, encaixando-se no osso composto. Possui forma alongada semelhante a triângulo isóceles, cuja base sutura-se ao esplenial. Com três faces: interna, externa e ventral. Superfície interna contata totalmente com a porção anterior do osso com- posto e corresponde à região pré-articular do mesmo. Ventral limita-se com parte da margem póstero-ventral do esplenial; cerca de um quarto da borda ântero-ventral do angular liga-se à extremidade póstero-inferior do dentário. Na porção mediana da superfície externa há o forâmen milo-hióide posterior que transmite o nervo mi- lo-hióide. Esplenial (fig. 6). Situa-se, pela face mesial, no terço anterior da hemimand!- bula, entre os ramos do dentário e sobrepondo-se a ele. Tem forma de espinho com base alargada, cuja ponta volta-se para a região anterior cefälica. Articula se, poste- riormente, ao angular. Há um sulco entre o dentário e o esplenial que corresponde ao canal de Maeckel. Em sua extremidade posterior, paralelamente encoberta pelo angular, fica o forâmen milo-hióide anterior. COMENTÁRIOS E CONCLUSÕES Comparou-se os elementos cranianos de D. bifossatus com os de outros Co- lubridae: Psammophis sibilans (Linnaeus, 1766) (KAMAL & HAMMOUDA, 1969); Liophis miliaris (Linnaeus, 1758) (FABIAN, 1970); Clelia occipitolutea (Duméril, Bibron et Duméril, 1854) e Clelia rustica (Cope, 1878) (MARQUES, 1982). Co- mentam-se apenas os aspectos divergentes entre os mesmos, na ordem de apresen- tação das estruturas. IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):3-15, 19 nov. 1990 Osteologia craniana de ... 13 MAHENDRA (1938) afirma que o pré-frontal sutura-se ao nasal em Serpen- tes, com exceção de Colubridae e Viperidae. Já ROMER (1956) menciona contato dos pré-frontais com os nasais através de apófises basais em tipos avançados de Serpentes. Mas, KAMAL & HAMMOUDA (1969), afirmam que o nasal não contata com o pré-frontal em Colubridae. Em D. bifossatus observou-se que não há contato entre nasais e pré-frontais. O número de dentes maxilares é maior que em L. miliaris, C. occipitolutea e C. rustica. Considerando-se o maior número de dentes como uma condição ple- siomórfica, D. bifossatus situa-se em posição mais primitiva que aquelas. O pós-orbital é ligado ao maxilar por um prolongamento cartilaginoso, o que a diferencia de £, sibilans, com extremidade distal do pós-orbital completamente livre. O basioccipital é sempre igual na esculturação ventral (fig. 2), enquanto que em L.miliaris é variável. O exoccipital e o opistótico são considerados como elementos independen- tes, apesar do exoccipital estar completamente fusionado ao opistótico pela região ântero-ventral. BULLOCK & TANNER (1966) mencionam a fusão desses dois os- sos nos Colubridade Pituophis catenifer (Blainville, 1835) e Thamnophis radix (Baird et Girard, 1853). O vômer não contata com a pré-maxila em D, bifossatus, diferenciando-a de L. miliaris. AGRADECIMENTOS À bibliotecária da FZBRS, Elga R. Barbedo, pela correção das referências bibliográficas. A bióloga Maria das Graças Miranda Nery, do Museu Paraense Emílio Goeldi, pela correção nos desenhos e a Márcio Borges Martins, pelos desenhos definitivos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARAL, A do. 1934, Estudos sobre ophidios neotropicos. XXX. Novo gênero e espécie de colubrideo na fauna da Colômbia. Mem. Inst. Butantan, São Paulo, 8:157-9. BARBERENA, M.G; GOMES, N.M,B.; SANCHOTENE, LM,P. 1970. Osteologia craniana de Tupinambis teguixin (Lacertilia, Teiidae). Publ. Espec. Esc. Geologia da U.F.R.S., Porto Alegre (21):1-32. BULLOCK, R.E. & TANNER, W.W. 1966. A comparative osteological study of two species of Colubridade (Pituophis and Thamnophis). Brigham Young Univ. Sci. Bull. (Biol. Ser.), Brigham, 8:1-20. FABIAN, ME. 1970. Estudo anatômico de Liophis miliaris (Linnaeus, 1758). Serpentes, Co- lubridae. Iheringia, Ser. Zool., Porto Alegre (39):3-18. IHERINGIA, Ser.Zool., Porto Alegre (70):3-15, 19 nov. 1990 14 SOUZA, M.F.B. & THALES DE LEMA INTERNATIONAL COMISSION OF ZOOLOGICAL NOMENCLATURE. 1975. Opinion 1035 — Mastigodryas Amaral, 1934 (Reptilia, Serpentes): refusal to use the plenary powers for suppression. Bull. Zool. Nomencl., London, 32(1):36-7. KAMAL, AM & HAMMOUDA, H.G, 1965. On the laterosphenoid bone in ophidia. Anat. Anz., Jena, 1 16:16-23. — & —. 1969. The cranial osteology of adult Psammophis sibilans. Bull. Fac. Sci. Egypt Univ., Giza, 41:110-40. MAHENDRA, B.C. 1938. Some remarks on the phylogeny of the Ophidia. Anat. Anz., Jena, 86:347-56. MARQUES, LB. 1982, Estudo comparativo da osteologia craniana de Clelia occipitolutea (Duméril, Bibron et Duméril, 1854) e Clelia rustica (Cope, 1878) — Serpentes, Colubridae. Tese Pontif. Univ. Católica do RS, Porto Alegre. 59p. (Não publicado). PETERS, JA, & OREJASMIRANDA, B. 1970. Catalogue of the Neotropical Squamata. Part |, Snakes. Bull. U.S. Nat. Mus., Washington (297):1-347. ROMER, A.S. 1956. Osteology of the reptiles. | ed. Chicago, Univ. Chicago. 772p. SMITH, HM & LARSEN, KR. 1973. The nominal snake Genera Mastigodryas Amaral, 1934, and Dryadophis Stuart, 1939. Great Basin Nat., Provo, 33(4):276. STUART, L.C. 1941. Studies of neotropical Colubrinae. VIII. A revision of the genus Dryado- phis Stuart, 1939. Misc. Publ. Mus. Zool. Univ. Mich., Ann Arbor, 49:1-108. Figs. 1-7: Dryadophis bifossatus (Raddi). 1-4. crânio. 1. vista dorsal: eo exoccipital; ept, ectopterigöide; f, frontal; fm, forâmen magno; mx, maxila; na, nasal; pa, parietal; pmx, pré-ma- xila; po, pós-orbital; prf, pré-frontal; q, quadrado; sm, septomaxila; so, supraoccipital; st, supra- temporal; vo, vômer; 2, vista lateral: bo, basioccipital; ept, ectopterigöide; f, frontal; f.or, forä- men orbital; ftrg, forâmen do nervo trigêmeo; mx, maxila; na, nasal; op, opistótico; pa, parietal; pbs, parabasisfenóide; pmx, pré-max ila; po, pós-orbital; prf, pré-frontal; pro, proótico-laterosfe- nóide; pt, pterigóide; q, quadrado; sm, septomaxila; so, supraoccipital; st, supratemporal; 3. vis- ta palatal a.ex.pl, apófise externa do palatino; a.in.pl, apöfise interna do palatino; bo, basiocci- pital; ept, ectopterigöide; p.a.mx, processo anterior do maxilar; pbs, parabasisfenöide; pmx, pré-maxila; p.p.mx, processo posterior do maxilar; pt, pterigóide; q, quadrado; sm, septomaxi- la; st, supratemporal, vo, vômer; 4, Vista occipital: bo, basioccipital; eo, exoccipital; fm, forã- men magno; so, supraoccipital; 5. aspecto externo da mandíbula: d, dentário; f,men, forâmen mental; fo.man, fossa mandibular; o.cmp, osso composto; pr.ret, processo retro-articular; 6. aspecto interno da mandíbula: an, angular; c. Mk, canal de Maeckel; d, dentário; f.mh.a, forâmen milo-hiöide anterior; f.mh.p, forâmen milo-hiöide posterior; o.cmp, osso composto; pr. cond, processo condilar; pr. ret, processo retro-articular; sp, splenial; 7. vista ventral do osso basioccipital. ci IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70): 3-15, 19 nov. 1990 Osteologia craniana de ... 15 IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):315, 19 nov. 1990 ar Be in a mg pr pass np to EN K ERA ya ur an An BEES OF RIO GRANDE DO SUL, SOUTHERN BRAZIL (Insecta, Hymenoptera, Apoidea)* Dieter Wittmann** Magali Hoffman* ** ABSTRACT A list of the bee species (Apoidea) is given for 7 regions which cover the major climatic, geomorphological and vegetational zonations of the State of Rio Grande do Sul, the southern- most State of Brazil which represents the transition zone from subtropical to temperate climatic conditions and respective habitats. INTRODUCTION The bee-fauna of Rio Grande do Sul, the southernmost State of Brazil, has never been studied in an extensive biogeographical approach. The hitherto only report on the bees of this and adjacent states, given by von IHERING (1903), focussed on the stingless bees. Surveys of wild bees of Brazilian States like São Paulo, Santa Catarina and Paraná concentrated on aspects of regional bee communi- ties (SAKAGAMI et al., 1967; SAKAGAMI & LAROCA, 1971; LAROCA et al., 1982; CAMARGO & MAZUCATO, 1984). Furthermore, scattered remarks on the occurrence of some bee groups and references on their distribution in subtropical South America were given for Northern Argentina, Paraguay and Chile (FRIESE, 1906, 1908, 1912; JENSEN-HAARUP, 1908; JÖRGENSEN, 1909; STRAND, 1909). The biogeographical situation in eastern South America is worldwide quite unique as only there a gradual transition from tropical throughout subtropical to * Accepted for publication on 28.111, 1990. * Financial support by the Feodor-Lynen-Programm of the Alexander von Humboldt- Foundation, Bonn, FRG and the Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Brazil, Proc, 404859/84. >. em Institut, Universität Tübingen, Auf der Morgenstelle 28, 7400 Tübingen, R **%* Fundação Zoobotänica do Rio Grande do Sul, Caixa Postal 1188, 90.001 Porto Alegre, RS, Brasil. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):17-43, 19 nov. 1990 18 WITTMANN, D. & MAGALI HOFFMAN temperate climatic conditions and vegetational zonations is given without interrup- tions by barriers like mountain ranges or deserts. An E-W section through the vegetational zonations of South America between 20º and 30º southern latitude reveals that only in Southern Brazil and adjacent regions of Paraguay and Northern Argentina a more or less homogeneous biogeo- graphical linkage between tropical and subtropical habitats is represented by- the subtropical and the Atlantic rain forest. These forest types reach from their centers of origin in Central Brazil and the coastal mountain ranges to 30º southern latitu- de (RAMBO, 1960). In Rio Grande do Sul which extends between 27º and 34º southern latitude and covers an area of 282,000 km? the subtropical and Atlantic rain forest habitats change over to the grasslands of the Pampa and the temperate zones of Uruguay and Argentina. Therefore, Rio Grande do Sul is a promising region to study the southward dispersal and distributional limits of bees (WITTMANN et al., 1988; WITTMANN, 1989; CAMARGO & WITTMANN, 1989). The intention of our study was to survey the southern neotropical bee-fauna and to contribute to an understanding of clinal distributions and diversity patterns within different subtropical habitats of eastern South America. MATERIALS AND METHODS To monitor the bee fauna of Rio Grande do Sul, the 11 physiographic regions (FORTES, 1979) of the State (Litoral, Depressão Central, Pampa, Missões, Planalto Médio, Encosta Infe- rior do Nordeste, Encosta Superior do Nordeste, Serra do Sudeste, Encosta do Sudeste, Campos de Cima da Serra and Alto Uruguai) were subsumed in 7 regions covering the main climatic, geomorphological and vegetational zones recently mapped and classified by the RADAMBRA- SIL project (FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 1986). Our survey was conducted from 1984 until 1987 at various study sites within these regions. From October until March of each year we collected bees from flowers, sampled them at their nests or, in the case of euglossine bees, attracted them to chemical baits (vanillin, scatole, cineole). At one study site (Viamão, located in the coastal plains), bees were collected from August 1984 throughout December 1986 at least twice a week, The apifauna of the following 7 regions (fig. 1) was monitored: 1. The eastern and southeastern slopes of the northern highlands. These slopes are cover- ed by the Atlantic rain forest which expands from its origin at the coast of Rio Grande do Nor- te and Bahia alongside the Serra do Mar into Rio Grande do Sul. There it reaches its distributio- nal limit and intermingles with the subtropical rain forest at the southern rim of the Serra Ge- ral. The sampling sites were located in the following districts: Osório (Barra de Ouro), Nova Pe- trópolis (Picada Café, Linha Brasil), Dois Irmãos, Três Coroas, Igrejinha, São Francisco de Pau- la. 2. The Planalto das Araucarias on the central part of the Serra Geral is covered by the Araucaria forest and grasslands (campo limpo) of natural origin. The Araucaria forest represents IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):17-43, 19 nov. 1990 Bees of Rio Grande do Sul, ... 19 a unique subtropical habitat which reaches from the State of Säo Paulo to 30° southern latitu- de, Sampling sites were: Säo Marcos, Bento Gongalves, Cambarä do Sul, Caxias do Sul, Canela, Gramado, Vacaria (Säo Bernardo), Bom Jesus. 3. The Planalto das Missões on the western parts of the highlands is covered by the subtropical rain forest (deciduous forest) which expands alongside the Rio Uruguai and the Rio Paraná into Northeastern Argentina. Sampling sites: Passo Fundo, São Pedro do Sul, Pla- nalto (Parque Florestal Estadual de Nonoai), Alpestre, Tenente Portela (Parque Florestal Esta- dual do Turvo, Derrubadas), Arroio do Meio, Frederico Westphalen, Candelärio, 4. The Planalto da Campanha (Pampa) in the southwestern region of the State. In this region the N-S-transition from the subtropial rain forest to the grassy plains of the Pampa is almost saltatory, except for gallery forests in which subtropical floral elements surge further south, Study sites: Alegrete, Uruguaiana, Quaraí. 5. The Central Depression covering the valleys of the Rio Jacuí and Ibicuí and the gallery forests alongside their tributaries. Study sites: Rosário do Sul, Taquara, Taquarf. 6. The Planalto Sul-Rio-grandense (Serra do Sudeste). The vegetational composition of this southeastern region of Rio Grande do Sul is characterized by a remarcably depoverished spur of the subtropical rain forest which covers the major part of the Serra do Sudeste. Fur- ther south it changes over to bushland, dominated by elements of the Argentinean flora (RAM- BO, 1960). Study sites: Caçapava do Sul, Piratini, Pinheiro Machado, Canguçú, Bagé. 7. The Coastal Plain including the littoral and the regions bordering the Lago Guafba and the western shore of the Lagoa dos Patos and of the Lagoa Mirim, The vegetation is dominated by halophytic, psamophytic and xerophytic species, Study sites: Torres, Porto Alegre, São Leopoldo, Viamão, Guaíba, São Lorenço do Sul (Vila Boqueirão, Boa Vista, Picada Feliz), Rio Grande (Estação Ecológica do Taim), Santa Vitória de Palmar, Pelotas (Santo Amor). Specimens are guarded at the Museu de Ciências Naturais of the Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Brazil, and at the Zoological Institute of the University of Tübingen, West-Germany. RESULTS During this survey at least 320 bee species distributed in 76 genera of 6 fa- milies were recorded (tab. 1). In terms of relative abundance of species the An- thophoridae are the dominant family with 100 species of 26 genera (fig. 2a), followed by the Megachilidae with 92 species of 9 genera (fig. 2b) and the Halic- tidae with 72 species of 14 genera (fig. 2c). Of the Apidae 26 species of 14 genera were recorded. Within the Apidae, the Meliponinae are represented by 20 species, 9 of which belong to the genus Plebeia. This genus is, therefore, the most abundant one of the Apidae in Rio Grande do Sul (fig. 2d). Of the Andrenidae 18 species of 6 genera were collected (fig. 2e) whereas the Colletidae are represented by 12 spe- cies of 7 genera (fig. 21). IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):17-43, 19 nov. 1990 20 WITTMANN, D. & MAGALI HOFFMAN Tab. 1. List of the bees of Rio Grande do Sul. Within each family species are given in alphabetical order. Numbers represent regions in which study sites are located (fig. 1): 1. Eastern and southeastern slopes of northern highlands. 2. Pla- nalto das Araucarias. 3. Planalto das Missões. 4. Planalto da Campanha. 5. Central Depression. 6. Planalto Sul Rio-Grandense. 7. Coastal Plains. Taxon Region ANDRENIDAE 1. Acamptopoeum prinii (Holmberg, 1884) 7 2. Anthrenoides meridionalis (Schrottky, 1906) 7 3. Anthrenoides sp. 1 7 4. Anthrenoides sp.2 7 5. Anthrenoides sp.3 7 6. Anthrenoides sp.4 7 7. Callonychium sp.1 4 7 8. Oxaea austera Gerstaecker, 1867 7 9. Parapsaenythia paspalis (Schrottky, 1909) 7 10. Parapsaenythia puncticutis (Vachal, 1909) 7 11. Parapsaenythia serripes (Ducke, 1908) 2 7 12. Psaenythia annulata Gerstaecker, 1868 7 13. Psaenythia bergi Holmberg, 1834 7 14. Psaenythia capito Gerstaecker, 1868 2 15. Psaenythia demissa (Holmberg, 1923) 7 16. Psaenythia quadrifasciata Friese, 1908 2 7 17. Psaenythia sp.1 7 18. Psaenythia sp.2 7 ANTHOPHORIDAE 1. Alloscirtetica (Ascirtetica) vara 4 (Brethes, 1910) 5 2. Ancyloscelis apiformis (Fabricius, 1793) 4 7 3. Ancyloscelis armatitarsis Strand, 1910 7 IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):17-43, 19 nov. 1990 Locality Viamäo Viamäo Viamäo Viamäo Viamäo Viamäo Quaraí Viamão, Santa Vitória do Palmar Viamão Viamão Viamão, Porto Alegre, Pelotas Canela Viamão Viamão Viamão Canela Viamão Canela Viamão Viamão Viamão Alegrete, Quaraí, Rosário do Sul Quaraí Porto Alegre Viamão, Porto Alegre Bees of Rio Grande do Sul, ... 21 Taxon Region Locality 4. Ancyloscelis turmalis Vachal, 1904 7 RioGrande b. Arhysoceble melampoda Moure, 1948 6 Caçapava do Sul 7 Viamão 6. Caenonomada brunerii Ashmead, 1899 3 Tenente Portela 4 Alegrete 5 Rosário do Sul 7. Centris (Centris) varia (Erichson, 1848) 3 Tenente Portela 8. Centris (Hemisiella) simillima Smith, 1874 7 Porto Alegre 7 Viamão 9. Centris (Hemisiella) tarsata Smith, 1874 1 Nova Petrópolis 2 Canela 3 Planalto 4 Quaraí 5 Rosário do Sul 10. Centris (Hemisiella) trigonoides Lepeletier, 1841 1 Osório 11. Centris (Melanocentris) obsoleta Lepeletier, 1841 7 Viamão 12. Centris (Paremisia) fuscata Lepeletier, 1841 7 Porto Alegre 13. Centris (Paremisia) proxima Friese, 1899 3 Planalto 5 Rosário do Sul 7 Porto Alegre 14. Centris (Paracentris) paraguayensis 4 Alegrete (Friese, 1900) 5 Rosário do Sul 15. Centris (Paracentris) tricolor (Friese, 1899) 4 Quaraí 5 Rosário do Sul 7 Porto Alegre 16. Centris (Xanthemisia) bicolor Lepeletier, 1841 3 Tenente Portela 17. Ceratina asunciana Strand, 1910 2 Bento Gonçalves 3 Tenente Portela 4 Quaraí 6 Piratini, Pinheiro Machado 7 Viamão, Porto Alegre, Rio Grande, São Lourenço do Sul 18. Ceratina richardsoniae (Schrottky, 1909) 1 Nova Petrópolis 2 Canela 3 Tenente Portela 7 Porto Alegre IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):17-43, 19 nov. 1990 22 Taxon eh 20. 21. 22, 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29: 30. Sl. 32. 33. 34. 35. 36. Ceratina sp.1 Ceratina (Calloceratina) chloris (Fabricius, 1804) Ceratina (Crewella) asuncionis Strand, 1910 Ceratina (Crewella) maculifrons Smith, 1854 Ceratina (Crewella) paraguayensis Schrottky, 1907 Ceratina (Crewella) rupestris Holmberg, 1884 Ceratina (Crewella) sp.1 Ceratina (Crewella) sp.2 Ceratina (Meroceratina) sp.1 Ceratina (Rhyzoceratina) stilbonota Moure, 1941 Ceratina (Rhyzoceratina) volitans Schrottky, 1907 Ceratina (Rhyzoceratina) sp.1 Ceratina (Rhyzoceratina) sp.2 Ceratinula lucidula (Smith, 1854) Ceratinula sclerops (Schrotiky, 1907) Ceratinula tantilla Moure, 1941 Ceratinula sp.1 Diadasina distincta (Holmberg, 1903) WITTMANN, D. & MAGALI HOFFMAN Region Locality —_ Nova Petröpolis Tenente Portela Viamäo Tenente Portela Uruguaiana Porto Alegre, Viamäo Osório, Nova Petrópolis Planalto, Tenente Portela Viamão, Porto Alegre Planalto, Tenente Portela Rosário do Sul Viamão Alegrete Viamão, Porto Alegre Piratini, Pinheiro Machado Pelotas Viamão Viamão Canela Igrejinha Canela Viamão, Porto Alegre NND DNDNNSNSONPNGONGDGDeENPRWOND Cacapava do Sul Bento Gonçalves Quaraí, Uruguaiana Rosário do Sul Caçapava do Sul, Pinheiro Machado Porto Alegre, Viamão Planalto Osório Canela Viamão Tenente Portela Viamão Canguçú Viamão, Pelotas SA BNO NSNSONSNS@OND-O\ IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):17-43, 19 nov. 1990 Bees of Rio Grande do Sul, ... 23 Taxon Region Locality 37. Diadasina riparia (Ducke, 1907) 4 Uruguaiana 5 Rosário do Sul 6 Caçapava do Sul, Canguçú 7 Pelotas, Viamão 38. Diadasina sp.1 7 Viamão 39. Epicharis (Anepicharis) dejeanii Lepeletier, 1841 1 Nova Petrópolis 40. Epicharis (Hoplepicharis) fasciata Lepeletier & Serville, 1828 2 Bento Gonçalves 41. Eurythis funereus Smith, 1854 1 Nova Petrópolis 42. Exomalopsis (Exomalo psis) aureopilosa Spinola, 1853 7 Viamão 43. Exomalopsis (Ex omalopsis) sp.1 7 Viamão 44. Exomalopsis (Phanomalopsis) sp. 1 7 Viamão 45. Exomalopsis (Phanomalopsis) sp. 2 4 Alegrete 46. Exomalopsis sp. 1 7 Viamão 47. Exomalopsis sp.2 7 Viamão 48. Florilegus festivus (Smith, 1854) 3 Tenente Portela 49. Florilegus fulvipes (Smith, 1854) 7 Viamão 50. Gaesischia (Gaesischia) fulgurans 2 Canela (Holmberg, 1933) 7 Viamão 51. Gaesischia (Gaesischia) nigra Moure, 1948 2 Canela 52. Gaesischia (Gaesischia) sparsa (Brethes, 1910) 5 Taquari 53. Gaesischia (Gaesischiopsis) aurea Urban, 1968 6 Canguçu 54. Gaesischia (Gaesischiopsis) flavoclypeata Michener; LaBerge & Moure, 1955 4 Alegrete 55. Lanthanomelissa (Lanthanella) completa 7 Porto Alegre Michener & Moure, 1957 4 Quaraí 56. Lanthanomelissa (Lanthanomelissa) discrepans Holmberg, 1903 7 Viamão 57. Lanthanomelissa (Lanthanomelissa) 1 São Francisco de Paula goeldiana (Friese, 1899) 4 Quaraí 7 Porto Alegre, Viamão, Pelotas 58. Lanthanomelissa sp. 1 7 Viamão 59. Lanthanomelissa sp.2 7 Viamão IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):17-43, 19 nov. 1990 24 0 LÜÜÜÜÜÜÜIIIIIIIDIIIIIIIIII ———""mmm Taxon 60. Leiopodus lacertinus Smith, 1854 61. Melissodes (Ecplectica) nigroaenea (Smith, 1854) 62. Melissodes (Ecplectica) sexcincta (Lepeletier, 1841) 63. Melissoptila (Comeptila) desiderata Moure & Michener, 1955 64. Melissoptila (Comeptila) paraguayensis (Brethes, 1909) 65. Melissoptila (Ptilomelissa) bonaerensis Holmberg, 1903 66. Melissoptila (Ptilomelissa) cnecomala (Moure, 1944) 67. Melissoptila (Ptilomelissa) fiebrigi Brêthes, 1909 68. Melissoptila (Ptilomelissa) inducens Brethes, 1910 69. Melissoptila (Ptilomelissa) pubescens (Smith, 1789) 70. Melissoptila (Ptilomelissa) vulpecula (Bertoni & Schrottky, 1910) 71. Melissoptila sp. 1 72. Melitoma segmentaria (Fabricius, 1804) 73. Melitoma sp.1 74. Mesonychium asteria (Smith, 1854) 75. Monoeca langei Moure, 1941 76. Monoeca spp. 77. Paratetrapedia (Lophopedia) diversip ºs (Klug, 1810) 78. Paratetrapedia (Lophopedia) sp. 1 IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):17-43, 19 nov. 1990 WITTMANN, D. & MAGALI HOFFMAN Region Locality 7 “JB Jo BN > NON BN Ba Viamão Osório Planalto, Tenente Portela Alegrete Viamão Alegrete, Quaraí Uruguaiana Viamão Nova Petrópolis Canela Quaraí, Alegrete Canguçú, Caçapava do Sul Viamão, Porto Alegre, Pelotas, São Lourenço do Sul Viamão Nova Petrópolis Tenente Portela Canguçú São Lourenço do Sul Uruguaiana, Alegrete, Quaraí Viamão Osório Uruguaiana Viamão Viamão Quaraí Canela Canela, Cambará do Sul Osório Viamão Bees of Rio Grande do Sul, ... 25 Taxon Region Locality 79. Paratetrapedia (Lophopedia) sp.2 3 Tenente Portela 80. Paratetrapedia (Paratetrapedia) maculata (Friese, 1899) 1 Osório 81. Ptilothrix fructifera (Holmberg, 1903) 6 Caçapava do Sul 82. Ptilothrix relata (Holmberg, 1903) 6 Cangucü 7 Pelotas, Viamão 83. Tapinotaspis (Tapinotaspis) sabularum 4 Quaraí Holmberg, 1903 6 Caçapava do Sul 84. Tapinotaspis (Tapinotaspoides) tucumana (Vachal, 1904) 7 Viamão 85. Tetrapedia rugulosa Friese, 1899 2 Canela 7 Viamão 86. Thygater (Nectarodiaeta) sordigipennis 1 Nova Petrópolis Moure, 1941 3 Tenente Portela 7 Porto Alegre, São Leopoldo 87. Thygater (Thygater) analis (Lepeletier, 1841) 1 Osório 2 Canela, Bento Gonçalves 3 Tenente Portela 7 Viamão 88. Thygater (Thygater) paranaensis 2 Canela Urban, 1967 7 Viamão, Porto Alegre 89. Xylocopa (Dasyxylocopa) bimaculata 5 Rosário do Sul (Friese, 1903) 7 Viamão 90. Xy/ocopa (Megaxylocopa) frontalis 2 São Marcos (Olivier, 1789) 4 Quaraí 7 Porto Alegre, Viamão, São Lourenço do Sul, Pelotas 91. Xylocopa (Nanoxylocopa) ciliata 4 Quaraí Burmeister, 1876 6 Pinheiro Machado 92. Xylocopa (Neoxylocopa) augusti 2 Canela Lepeletier, 1841 4 Quaraí 6 Piratini, Pinheiro Machado, Canguçú 7 Guaíba, Viamão, Rio Grande 93. Xylocopa (Neoxylocopa) brasilianorum 1 Osório, São Francisco de (Linnaeus, 1767) Paula 2 Canela IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (70):17-43, 19 nov. 1990 26 Taxon 94. Xylocopa (Neoxylocopa) haematospila Moure, 1951 95. Xylocopa (Neoxylocopa) nigrocincta Smith, 1854 96. Xylocopa (Neoxylocopa) tacanensis Moure, 1949 97. Xylocopa (Schoenherria) macrops (Lepeletier, 1841) 98. Xylocopa (Schoenherria) varians varians (Smith, 1874) 99. Xylocopa (Schoenherria) splendidula Lepeletier, 1841) 100. Xylocopa (Stenoxylocopa) artifex Smith, 1874 COLLETIDAE 1. Bicolletes leucostoma (Cockerell, 1917) . Bicolletes sp. 1 . Colletes rufipes Smith, 1879 . Colletes meridionalis Schrottky, 1902 GP @MN 6. Colletes punctatissimus Schrottky, 1902 7. Colletes rugicollis Friese, 1900 8. Hexantheda misionica Ogloblin, 1948 9. Hoplocolletes ventralis (Friese, 1924) IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):17-43, 19 nov. 1990 . Colletes petropolitanus Dalla Torre, 1896 WITTMANN, D. & MAGALI HOFFMAN Region Locality S NO, .NNDONNAS N NO 00 São Francisco de Paula São Marcos, Canela Porto Alegre, Viamão Quaraí Alegrete Rosário do Sul Viamão, Porto Alegre Rio Grande, Porto Alegre Quaraí Osório, Nova Petrópolis Canela Planalto, Tenente Portela Alegrete Piratini Viamão, Porto Alegre, São Lourenço do Sul, Rio Grande Viamão Viamão Viamão Piratini Tenente Portela Viamão Viamão Osório Quaraí Planalto Viamão, Santa Vitória do Palmar Tenente Portela Rosário do Sul Canguçú Santa Vitória do Palmar Bees of Rio Grande do Sul, ... 27 mm Taxon 10. Lonchoprisara spp. 11. Perditomorpha laena (Vachal, 1909) 12. Tetraglossula bigamica (Strand, 1910) APIDAE 1. Bombus (Fervidobombus) atratus Franklin, 1913 2. Bombus (Fervidobombus) morio (Swederus, 1787) 3. Euglossa cordata (Linnaeus, 1758) 4. Euglossa sp.1 5. Eulaema (Apeulaema) nigrita Lepeletier, 1841 6. Euplusia violacea (Blanchard, 1840) 7. Euplusia sp.1 8. Lestrimelitta limao (Smith, 1863) 9. Mourella caerulea (Friese, 1900) Region Locality WS ON a — OND-GQoapn—-ß no — TO SD 6 Rio Grande Viamäo Osório Canela Canguçú Osório, Nova Petrópolis Bom Jesus, Canela, Cambará do Sul Porto Alegre, Guaíba, Viamão Osório, Nova Petrópolis Canela Porto Alegre, Guaíba, Viamão Osório Tenente Portela Guaíba Tenente Portela Osório Cambará do Sul Planalto, Tenente Portela Osório, Nova Petrópolis São Marcos, Cambará do Sul Arroio do Meio, Tenente Portela, Planalto, São Pedro do Sul, Candelária Guaíba Nova Petrópolis Nova Petrópolis, São Francisco de Paula Vacaria, Canela Tenente Portela Rio Grande Piratini, Pinheiro Machado Porto Alegre, Viamão, São Lourenço do Sul Canguçú IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):17-43, 19 nov. 1990 28 WITTMANN, D. & MAGALI HOFFMAN Taxon Region Locality 10. Nannotrigona testaceicornis testaceicornis 3 Planalto, Frederico (Lepeletier, 1836) Westphalen, Tenente Portela 11. Plebeia catamarcensis (Holmberg, 1903) 3 Tenente Portela, Planalto 12. Plebeia droryana (Friese, 1900) 1 Osório, Nova Petrópolis, Três Coroas 2 Canela, Caxias do Sul, Vacaria 5 Taquari 7 Porto Alegre, Guaíba 13. Plebeia emerina (Friese, 1900) 1 Osório, Nova Petrópolis, São Francisco de Paula 2 Vacaria, Canela 3 Planalto, Tenente Portela 4 Alegrete, Uruguaiana 6 Caçapava do Sul 7 Porto Alegre, Guaíba, São Lourenço do Sul, Viamão 14. Plebeia nigriceps (Friese, 1901) 1 São Francisco de Paula 2 Canela, Caxias do Sul, Bento Gonçalves Planalto, Tenente Portela Osório Canela, Gramado, Vacaria Planalto Taquari Porto Alegre Osório, São Francisco de Paula Cambará do Sul, Canela Planalto Nova Petrópolis Canela Uruguaiana Canguçú Pelotas, São Lourenço do Sul Nova Petrópolis 15. Plebeia remota (Holmberg, 1903) -+- NO @DN - 16. Plebeia saigui (Holmberg, 1903) 17. Plebeia wittmanni Moure & Camargo, 1989 NO PMN—_- OWN 18. Plebeia sp.1 e IHERINGIA, Ser.Zool., Porto Alegre (70):17-43, 19 nov. 1990 Bees of Rio Grande do Sul, ... 29 Taxon Region Locality 19. Scaptotrigona bipunctata (Lepeletier, 1836) 20. Scaptotrigona depilis (Moure, 1942) 21. Schwarziana quadripunctata quadripunctata (Lepeletier, 1836) 22. Tetragona clavipes (Fabricius, 1804) 23. Tetragonisca angustula fiebrigi (Schwarz, 1938) 24. Trigona spinipes (Fabricius, 1793) 25. Melipona bicolorschencki Gribodo, 1893 26. Melipona marginata obscurior Moure, 1971 HALICTIDAE 1. Augochlora (Augochlora) amphitrite (Schrottky, 1909) 1 OND—_ SO PN Osório, Nova Petrópolis, Dois Irmãos Canela, Gramado Taquari Porto Alegre, Pelotas, São Leopoldo Canela Taquari Osório, Nova Petrópolis Cambará do Sul, Gramado, Canela, Bom Jesus Planalto, Tenente Portela Alpestre, Planalto Planalto Porto Alegre, Viamão Osório, São Francisco de Paula Canela, Bom Jesus Planalto, Tenente Portela Caçapava do Sul Canguçú, Piratini Porto Alegre, São Lourenço do Sul, Guaíba, Viamão, Pelotas Osório Canela, Cambará do Sul Canela, Caxias do Sul Planalto Osório, Nova Petrópolis, São Francisco de Paula Canela Planalto, Tenente Portela Quaraí Piratini, Canguçú Porto Alegre, São Lourenço do Sul, Viamão, Santa Vitó- IHERINGIA, Ser.Zool., Porto Alegre (70):17-43, 19 nov. 1990 30 WITTMANN, D. & MAGALI HOFFMAN Taxon Region Locality ria do Palmar, Rio Grande, Torres 1 Nova Petrópolis 2 São Marcos 3 Tenente Portela 7 Viamão 2. Augochlora (Augochlora) caerulior Cockerell, 1900 3. Augochlora (Augochlora) cephalica (Moure, 1941) 3 Tenente Portela 4. Augochlora (Augochlora) foxiana 1 Osório Cockerell, 1900 3 Tenente Portela 5. Augochlora (Augochlora) mulleri 2 Canela Cockerell, 1900 7 RioGrande 6. Augochlora (Augochlora) perimelas Cockerell, 1900 3 Tenente Portela 7. Augochlora (Augochlora) styx Schrottky, 1910 3 Planalto 8. Augochiora (Augochlora) thusnelda (Schrottky, 1909) 3 Planalto, Tenente Portela 9. Augochlora (Augochlora) sp. 1 7 Viamão 10. Augochlora (Augochlora) sp.2 4 Quaraí 11. Augochlora (Augochlora) sp.3 3 Tenente Portela 12. Augochlora (Oxystoglossella) semiramis 1 São Francisco de Paula (Schrottky, 1910) 2 Cambará do Sul 3 Passo Fundo 4 Alegrete, Quaraí Uruguaiana 5 Rosário do Sul 6 Piratini 7 Porto Alegre, São Lourenço do Sul, Viamão, Torres 13. Augochlora (Oxystoglossella) thalia 2 Cambará do Sul Smith, 1879 3 Tenente Portela 4 Alegrete, Uruguaiana 7 Viamão 14. Augochlora (Oxystoglossella) sp. 1 7 Viamão, Porto Alegre ;5. Augochlorella ephyra (Schrottky, 1910) 1 Igrejinha 2 Canela IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):17-43, 19 nov. 1990 Bees of Rio Grande do Sul, ... 31 Taxon 16. Augochlorella iopoecila Moure, 1950 17. Augochlorella iphigenia (Holmberg, 1886) 18. Augochlorella michaelis (Vachal, 1911) 19. Augochloropsis acis (Smith, 1879) 20. Augochloropsis anisitsi (Schrottky, 1908) 21. Augochloropsis argentina (Friese, 1908) 22. Augochloropsis caerulans (Vachal, 1903) 23. Augochloropsis chloera (Moure, 1940) 24. Augochloropsis cleopatra (Schrottky, 1902) 25. Augochloropsis cognata Moure, 1944 26. Augochloropsis cupreola (Cockerell, 1900) 27. Augochloropsis cyanea (Schrottky, 1901) 28. Augochloropsis euterpe (Holmberg, 1886) 29. Augochloropsis imperialis (Vachal, 1903) 30. Augochloropsis multiplex (Vachal, 1903) SI NSNOP@OONDNSD+-OND@ONO-NPNGQNGOMNO a SPO@ODNDNGOG N — Region Locality Tenente Portela, Planalto Quaraf Porto Alegre, São Lourenço do Sul, Viamão São Francisco de Paula Piratini Canela Tenente Portela Canela, Cambará do Sul Candelária, Planalto Viamão Quaraí Viamão, Porto Alegre Osório Piratini Viamão, Porto Alegre Planalto Canela Viamão Tenente Portela Osório Canela Viamão Canela Porto Alegre Planalto Alegrete, Quaraf Rosário do Sul Viamão, Porto Alegre, São Lourenço do Sul Osório, Nova Petrópolis Canela Tenente Portela, Planalto Porto Alegre, Viamão Canela Tenente Portela, Planalto Quaraí Porto Alegre, São Lourenço do Sul IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):17-43, 19 nov. 1990 32 WITTMANN, D. & MAGALI HOFFMAN Taxon Region Locality 31. Augochloropsis notophos (Vachal, 1903) 3 Tenente Portela, Planalto 32. Augochloropsis sparsilis (Vachal, 1903) 1 Osório, São Francisco de Paula 2 Canela, 3 Tenente Portela 7 Viamão 33. Augochloropsis sympleres (Vachal, 1903) 3 Planalto 4 Quaraí 6 Caçapava do Sul 7 São Lourenço do Sul, Porto Alegre, Viamão 34. Augochloropsis terrestris terrestris (Vachal, 1903) 7 Viamão 35. Augochloropsis tupacamaru (Holmberg, 1884) 4 Quaraí 36. Augochloropsis zikani Moure, 1944 2 Canela 6 Cangucü 7 Porto Alegre 37. Augochloropsis sp. 1 7 Porto Alegre 38. Augochloropsis sp. 2 2 Canela 39. Augochloropsis sp.3 3 Planalto 4 Alegrete 5 Taquara 40. Caenohalictus sp. 1 2 Canela 41. Caenohalictus sp. 2 2 Canela 42. Caenohalictus sp.3 2 Canela 43. Ceratalictus theius (Schrottky, 1910) 1 Osório 2 Canela 44. Ceratalictus sp. 1 2 Canela 45. Dialictus flavipes Moure, 1950: 3 Tenente Portela 46. Dialictus nanus (Smith, 1879) 2 Canela 4 Quaraí 47. Dialictus neurophlaurus (Moure, 1956) 2 Canela, Cambará do Sul 5 Rosário do Sul 7 Santa Vitória do Palmar, Pelotas, Rio Grande, São Lourenço do Sul IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):17-43, 19 nov. 1990 Bees of Rio Grande do Sul, ... Taxon 48. 49. 50. 51. 52. 53. 54. 55. 56. 57. 58. 59. 60. 61. 62. 63. 64. Dialictus opacus (Moure, 1940) Dialictus pabulator (Schrottky, 1910) Dialictus phaedrus (Schrottky, 1910) Dialictus phleboleucus (Moure, 1956) Dialictus picadensis (Strand, 1910) Dialictus rhytidophorus (Moure, 1956) Dialictus rostratus (Moure, 1947) Dialictus travassosi (Moure, 1940) Dialictus sp. 1 Halictillus loureiroi (Moure, 1941) Neocorynura (Neocorynura) aenigma (Gribodo, 1894) Neocorynura (Neocorynura) codion (Vachal, 1904) Neocorynura (Neocorynura) pseudobaccha (Cockerell, 1901) Oragapostemon divaricatus {Vachal, 1903) Paroxystoglossa brachycera Moure, 1960 Paroxystoglossa jocasta (Schrottky, 1910) Pseudagapostemon (Neagapostemon) cyanomelas Moure, 1989 OD+-W$DNDPN@ODNASNODMN SOPW@ONGOD NJ OCO - Na BY NO N Region Locality Tenente Portela Quaraí, Alegrete Porto Alegre, Viamão São Lourenço do Sul Planalto Rosário do Sul Piratini São Lourenço do Sul São Lourenço do Sul Bagé Viamão Tenente Portela Alegrete Piratini São Lourenço do Sul, Viamão Canela, Cambará do Sul Canguçú Viamão, Porto Alegre Canela Planalto Cambará do Sul Alegrete, Quaraí Canela Tenente Portela Osório Cambará do Sul, Canela Planalto, Tenente Portela Tenente Portela Canela Viamão Quaraí Viamão, Porto Alegre São Francisco de Paula Canela São Lourenço do Sul Osório Canela 33 IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):17-43, 19 nov. 1990 34 WITTMANN, D. & MAGALI HOFFMAN Taxon Region Locality 65. Pseudagapostemon (Pseudagapostemon) 4 Uruguaiana brasiliensis Cure, 1989 5 Rosário do Sul 66. Pseudagapostemon (Pseudagapostemon) 2 Canela cyaneus Moure & Sakagami, 1984 7 Porto Alegre 67. Pseudagapostemon (Pseudagapostemon) 4 Alegrete ochromerus (Vachal, 1904) 5 Rosário do Sul 68. Pseudagapostemon (Pseudagapostemon) 2 Canela, Bom Jesus pruinosus Moure & Sakagami, 1984 6 Canguçú 7 Viamão, Santa Vitória do Palmar 69. Pseudaugochloropsis graminea 1 Nova Petrópolis (Fabricius, 1804) 2 Canela, Cambará do Sul 3 Tenente Portela 7 Porto Alegre, Viamão, São Lourenço do Sul 70. Temnosoma (Temnosoma) metallicum (Smith, 1853) 3 Planalto 71. Thectochlora alaris (Vachal, 1904) 3 Planalto 4 Quaraí 5 Rosário do Sul 7 Viamão, Rio Grande MEGACHILIDAE 1. Anthidium manicatum (Linnaeus, 1758) 4 Uruguaiana 7 Porto Alegre 2. Coelioxys (Acrocoelioxys) australis Holmberg, 1886 7 Viamão 3. Coelioxys (Acrocoelioxys) sp. 1 7 Porto Alegre, Viamão Pelotas 4. Coelioxys (Cyrtocoelioxys) quaerens Holmberg, 1903 7 Viamão 5. Coelioxys (Glyptocoelioxys) cerasiopleura 4 Quaraí Holmberg, 1903 7 Viamão, Pelotas 6. Coelioxys (Glyptocoelioxys) insolita Holmberg, 1904 4 Alegrete, Quaraí 7. Coelioxys (Glyptocoelioxys) pampeana Holmberg, 1887 7 Viamão 8. Coelioxys (Glyptocoelioxys) vidua 6 Pinheiro Machado Smith, 1854 7 Viamão IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):17-43, 19 nov. 1990 Bees of Rio Grande do Sul, ... 35 Taxon Region Locality 9. Coelioxys (Melanocoelioxys) tolteca 1 Osório Cresson, 1878 3 Tenente Portela 5 Taquari 7 Porto Alegre, Viamão, Santa Vitória do Palmar 10. Coelioxys (Neocoelioxys) assumptionis Schrottky, 1909 7 Porto Alegre 11. Coelioxys (Rhinocoelioxys) zapoteca Cresson, 1978 12. Coelioxys sp.1 Viamão Taquara Quaraí, Alegrete Alegrete, Quaraí Rosário do Sul Tenente Portela Quaraí Porto Alegre Tenente Portela Nova Petrópolis Tenente Portela, Planalto 13. Coelioxys sp.2 14. Coelioxys sp.3 15. Coelioxys sp.4 16. Coelioxys sp.5 17. Coelioxys sp.6 18. Dianthidulum sp.1 19. Dianthidiini sp. 1 Canela 20. Dianthidiini sp.2 Tenente Portela Quaraí 21. Dianthidiini sp.3 22. 23. Dianthidiini sp.4 Dianthidiini sp.5 Tenente Portela Tenente Portela, Planalto Planalto Tenente Portela Nova Petröpolis Tenente Portela São Francisco de Paula Tenente Portela Tenente Portela Porto Alegre Porto Alegre 24. Dianthidiini sp.6 25. Dianthidiini sp. 7 26. Dianthidiini sp.9 27. Dianthidiini sp. 10 28. Dianthidiini sp.12 29. Epanthidium olympinum Strand, 1910 30. Epanthidium paraguayense (Schrottky, 1908) 31. Epanthidium sp.1 32. Epanthidium sp.2 33. Epanthidium sp.3 UI OO-OaUNO WDPOND DON BO Pro N Tenente Portela Porto Alegre Nova Petröpolis Porto Alegre Sons 96) IHERINGIA, Ser.Zool., Porto Alegre (70):17-43, 19 nov. 1990 36 Taxon 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. 51. 52. 53. 54. Epanthidium sp.4 Hypanthidium flavomarginatum (Smith, 1879) Hypanthidium sp.1 Hypanthidium sp.2 Lithurgus huberi Ducke, 1908 Lithurgus rufiventris Friese, 1908 Megachile (Acentrina) anthidioides Rodoszkowsky, 1874 Megachile (Acentrina) apicipennis Schrottky, 1902 Megachile (Acentrina) pampeana Vachal, 1909 Megachile (Acentrina) stenodesma Schrottky, 1913 Megachile (Acentrina) sp.1 Megachile (Acentrina) sp. 2 Megachile (Acentrina) sp.3 Megachile (Acentrina) sp.4 Megachile (Acentrina) sp.5 Megachile (Acentrina) sp.6 Megachile (Acentron) bernardina Schrottky, 1913 Megachile (Acentron) lentifera Vachal, 1909 Megachile (Acentron) limae Schrottky, 1913 Megachile (Austromegachile) abnormis Mitchell, 1929 Megachile (Austromegachile) antiqua Mitchell, 1930 WITTMANN, D. & MAGALI HOFFMAN Region Locality Nova Petrópolis Osório Tenente Portela Viamão Tenente Portela Viamão Tenente Portela Quaraí BONO Oia Tenente Portela Osório Canela Canguçú Viamão, Porto Alegre, Torres, Santa Vitória do Palmar, Capão da Canoa Viamão Planalto Osório Canela Porto Alegre Porto Alegre Porto Alegre Viamão Nova Petrópolis Viamão Viamão Viamão SON SNSNSNSoNNSNNDEe DNA S Viamäo 5 Rosário do Sul 7 Viamão 7 Viamão 3 Tenente Portela 1 Nova Petrópolis IHERINGIA, Ser.Zool., Porto Alegre (70):17-43, 19 nov. 1990 Bees of Rio Grande do Sul, ... 37 Taxon Region Locality 55. Megachile (Austromegachile) fiebrigi Schrottky, 1908 3 Tenente Portela 56. Megachile (Austromegachile) susurrans 1 Nova Petrópolis, Osório Haliday, 1836 2 Canela 3 Planalto, Tenente Portela 7 Viamão, Porto Alegre 57. Megachile (Chaetochile) sp. 1 6 Piratini 58. Megachile (Chrysosarus) pseudanthidioides Moure, 1943 2 Canela 59. Megachile (Chrysosarus) sp. 1 1 Nova Petrópolis 60. Megachile (Dactylomegachile parsonsiae 7 Porto Alegre Schrottky, 1913 4 Quaraí 61. Megachile (Dacty lomegachile) sp. 1 1 Osório 4 Quaraí 6 Pinheiro Machado 62. Megachile (Leptorachis) aetheria Mitchell, 1930 7 Viamão 63. Megachile (Leptorachis) angularis Mitchell, 1930 7 Viamão 64. Megachile (Leptorachis) aureiventris 1 Osório Schrottky, 1902 7 Viamão 65. Megachile (Leptorachis) paulistana 2 - Canela Schrottky, 1902 4 Quaraí, Alegrete 6 Caçapava do Sul, Pinheiro Machado 7 Viamão, Porto Alegre 66. Megachile (Leptorachis) tenuitarsis 4 Alegrete Schrottky, 1920 7 Viamão 67. Megachile (Leptorachis) sp.1 2 Canela 3 Tenente Portela 4 Quaraí 68. Megachile (Leptorachis) sp.2 4 Quaraí, Alegrete 5 Rosário do Sul 69. Megachile (Melanosarus) brasiliensis Dalla Torre, 1896 7 Viamão 70. Megachile (Neomegachile) polydonta Cockerell, 1927 3 Tenente Portela 71. Megachile (Prionepistoma) inquirenda Schrottky, 1913 7 Porto Alegre, Viamão IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):17-43, 19 nov. 1990 38 WITTMANN, D. & MAGALI HOFFMAN Taxon Region Locality 72. Megachile (Prionepistoma) tuberculifera Schrottky, 1913 7 Viamão 73. Megachile (Prionepistoma) sp.1 4 Quaraí 74. Megachile (Prionepistoma) sp. 2 4 Quaraí 75. Megachile (Prionepistoma) sp.3 4 Alegrete 76. Megachile (Prionepistoma) sp.4 7 Porto Alegre 77. Megachile (Pseudocentron) curvipes 2 Canela Smith, 1853 3 Tenente Portela, Planalto 78. Megachile (Pseudocentron) electrum Mitchell, 1930 7 Viamão 79. Megachile (Pseudocentron) framea 3 Tenente Portela Schrottky, 1913 4 Quaraí, Alegrete 5 Rosário do Sul 7 Porto Alegre, Viamão 80. Megachile (Pseudocentron) prietana Mitchell, 1930 3 Tenente Portela 81. Megachile (Pseudocentron) terrestris Schrottky, 1902 7 Viamão 82. Megachile (Pseudocentron) sp. 1 2 Canela 4 Quaraí, Alegrete 5 Rosário do Sul 7 RioGrande 83. Megachile (Pseudocentron) sp.2 4 Alegrete, Quaraí 5 Rosário do Sul 84. Megachite (Pseudocentron) sp.3 4 Quaraí 7 RioGrande 85. Megachile (Pseudocentron) sp.5 4 Ouaraí 5 Rosário do Sul 86. Megachile (Pseudocentron) sp.6 5 Rosário do Sul 87. Megachile (Pseudocentron) sp.7 7 Viamão 88. Megachile (Pseudocentron) sp.8 4 Alegrete 89. Megachile (Pseudocentron) sp.9 4 Alegrete 90. Megachile (Sayapis) dentipes Vachal, 1909 4 Quaraí 5 Rosário do Sul 91. Megachile (Ty lomegachile) orba Schrottky, 1913 3 Tenente Portela 92. Saranthidium sp.1 1 Nova Petrópolis 3 Tenente Portela IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):17-43, 19 nov. 1990 Bees of Rio Grande do Sul, ... 39 E NEIREENIEN NIE e a DISCUSSION This list represents a first and of course incomplete record of the apifauna of Rio Grande do Sul as it may not include a variety of species of locally restricted ocurrence. A general biogeographical pattern of their distribution is given for each species by the regional records. As no comparable data from other parts of Brazil are available it seems yet impossible to give a coherent biogeographical interpreta- tion of the subtropical Brazilian bee fauna. Only for some taxa preliminary remarks can be made concerning their occurrence. Of the Apidae, most of the tree nesting Meliponinae especially the genus Melipona reach their distributional limits at the margins of the three forest types at about 30º southern latitude. Further south some colonies of Scaptotrigona bipunc- tata and the small bees of tree nesting Plebeia spp. protrude into the southern spurs of the subtropical rain forest. In this area we still find 7. spinipes which nests on tree branches and, therefore, is rather independent of the occurrence of trees with diameters of more than 20cm, suitable for nest sitas of stingless bees. In the bush- land in the granitic areas of the Serra do Sudeste (Southeastern Region) we record- ed a considerable increase in numbers of individuals and nests of two stingless bee species, Mourella caerulea and Plebeia wittmanni (MOURE & CAMARGO, 1989). The latter bees build their nest in cavities of granitic rocks and, as culture followers, in cracks of buildings (WITTMANN, 1989). The subterraneous nests of M. caerulea were found for the first time during this survey (CAMARGO & WITTMANN, 1989). As nesting sites these bees apparently prefere little developed, acid soils and build their nest about 50cm below the surface. Furthermore they seem to preferably collect pollen from Myrtaceae of which some thirty species occur in the area. The likewise ground nesting species Schwarziana quadrifasciata seems to be restricted to forest areas in the northern highlands of the State. Of the Xylocopinae, X. au- gusti is rare in northern Rio Grande do Sul but was found to be the most abundant carpenter bee in the southeastern parts. The Euglossini show a strict ligation of their distribution to the Atlantic and subtropical forest but do not occur in the Araucaria forest (WITTMANN et a/. 1987, 1988). These highly specialized bees are seriously endangered by the destruction of rain forest habitats. Some of the study sites where we recorded large euglossine bee populations have recently been slashed and burnt. Furthermore we want to point out to the high abundance of megachilide bees. We found 75 non-parasitic species of which at least 24 were recorded at the study site in Viamäo, an agricultural area. These bees are important pollinators of various crops on which the introduced honeybees are little effective. Therefore, instead of planning to introduce megachilide bees from other countries, future efforts should IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):17-43, 19 nov. 1990 40 WITTMANN, D. & MAGALI HOFFMAN focus on studies on the indigenous bee fauna in search for potential pollinators (HOFFMANN & WITTMANN, 1987; BLOCHTEIN & WITTMANN, 1988). CONCLUSIONS The list gives a first insight into the composition and species richness of the marginal bee-fauna at the transition from subtropical to temperate habitats. It will be of special interest to monitor the bees of adjacent and more southern habitats in order to detect the routes of bee dispersal and the distributional limits for the elements of this gradually depoverishing bee fauna. ACKNOWLEDGEMENTS We thank Padre J.S. Moure, D. Urban, J.M,F. Camargo and J.R. Cure for identifying the bees and for the discussions on our ongoing work. D.W. thanks J.W. Thomé for the invita- tion to work at the Fundação Zoobotânica, and all staff members for their generous help. We thank B. Blochtein, M, Haussen, A, Lise, R. Radtke, and E. Scholz for their substancial assisan- ce during field trips. This study was carried out in a cooperation program between the PUC- University, Porto Alegre, Brazil, and the University of Tübingen, FRG. Financial support by a Feodor Lynen-Scholarship from the Alexander von Humboldt-Foundation to D.W. and a CNPq grant to M,H. are gratefully acknowledged. REFERENCES BLOCHTEIN, B. & WITTMANN, D. 1988. Mating site specificity, reproduction and vector selection in Nemognatha nigrotarsata (Col., Meloidae), a nest parasite of leafcutter bees and other pollinators of crops in Rio Grande do Sul, J. Appl. Entomol., Munich, 105:414-19. CAMARGO, JMF. & MAZUCATO, M. 1984. Inventário da apifauna e flora apícola de Ri- beirão Preto, SP, Brasil. Dusenia, Curitiba, 14:55-87. CAMARGO, JM.F. & WITTMANN, D. 1989. Nest architecture and distribution of the primitive stingless bee, Mourella caerulea (Hymenoptera, Apidae, Meliponinae): evidence for the origin of Plebeia (s. lat.) on the Gondwana continent. Studies Neotrop. Fauna & Environm., Munich, 24(4): 213-29. FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA, 1986. Folha SH. 22 Porto Alegre e parte das folhas SH. 21 Uruguaiana e Sl. 22 Lagoa Mirim; geografia, geomorfologia, pedologia, vegetação uso potencial da terra. Rio de Janeiro. 791p., il. (Levantamento de Recursos Naturais, 33). FORTES, A.B. 1979. Compêndio de geografia geral do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Sulina, 96p., il. FRIESE, H, 1906. Resultate einer Reise des Herrn Jensen Haarup in die Gegend von Men- doza (Argentinien). Flora og Fauna, Silkeborg, 3:89-102. IHERINGIA, Ser.Zool., Porto Alegre (70):17-43, 19 nov. 1990 Bees of Rio Grande do Sul, ... 41 —, 1908. Die Apidae (Blumenwespen) von Argentinien nach den Reiseergebnissen des Herrn A.C. Jensen Haarup und P., Jörgensen in den Jahren 1904-1907. Flora og Fauna, Silkeborg, 10:1-93. —. 1912. Zur Bienenfauna des südlichen Argentinien (Hymenoptera), nach den Reiseer- gebnissen des Herrn Emil Weiske in Weida (1910-1911) zusammengestellt. Deutsche En- tomol. Z., Berlin, 362-67. HOFFMANN, M. & WITTMANN, D. 1987. Wild bee community in an agricultural area of Rio Grande do Sul, Southern Brazil, and its impact on pollination in sunflowers and beans. In: EDER, J. & REMBOLDT, H. eds. Chemistry and Biology of social insects. München, Verlag J. Peperny pp. 651-52. IHERING, H. von. 1903. Biologie der stachellosen Honigbienen Brasiliens. Zool. Jb. Abtei- lungen Systematik, Ökologie und Geographie der Tiere, Jena, 19:1 79-287. JENSEN-HAARUP, A.C. 1908. Biological researches amongst the Argentine bees with special reference to flowers they visit. Flora og Fauna, Silkeborg, 10:95-107. JÖRGENSEN, P, 1909. Beobachtungen über Bienen von Mendoza. Deutsche Entomol. Z. Berlin, 54-65. LAROCA, S. CURE, JR. BORTOLI, C. de. 1982. A associação das abelhas silvestres (Hy- menoptera, Apoidea) de uma área restrita no interior da cidade de Curitiba (Brasil): uma abordagem biocenótica. Dusenia, Curitiba, 13:93-117. MOURE, S.J. & CAMARGO, J.M.F. 1989. Plebeia wittmanni, uma nova espécie de Melipo- ninae (Hymenoptera, Apidae) do sul do Brasil. Studies Neotrop. Fauna & Environm., Munich, 24(1):15-16. RAMBO, B. SJ 1960. Die Südgrenze des brasilianischen Regenwaldes. Pesquisas, Bot., São Leopoldo, 8:5-41. SAKAGAMI, S.F., LAROCA, S.; MOURE, J.S. 1967. Wild bee biocoenotics in São José dos Pinhais, PR, South Brazil. Preliminary report. J. Fac. Sci. Hokkaido Univ. Zool., Sapporo, 16:253-91. SAKAGAMI, S.F. & LAROCA S. 1971. Relative abundance, phenology and flower visits of apid bees in eastern Paraná, Southern Brazil. Kontyü Tokyo, 39:217-30. STRAND, E. 1909. Beitrag zur Bienenfauna von Paraguay (Hymenoptera). Deutsche Ento- mol. Z., Berlin, 227-37. WITTMANN, D. 1989. Nest architecture, nest site preferences and distribution of Plebeia wittmanni Moure & Camargo, 1989 in Rio Grande do Sul, Brazil (Apidae: Meliponinae). Stud. Neotrop. Fauna & Environ., Munich, 24(1):17-23. WITTMANN, D.; RADTKE, R.; HOFFMANN, M. BLOCHTEIN, B. 1987. Seasonality and seasonal changes in preferences for chemical baits of male Eufriesea violacea in Rio Grande do Sul, Southern Brazil. In: Eder, J. and Remboldt, H., eds. Chemistry and Biology of So- cial Insects. Múnchen, Verlag J. Peperny. pp. 732-33. WITTMANN, D.; HOFFMANN, M.; SCHOLZ, E. 1988. Southern distributional limits of euglossine bees in Brazil linked to habitats of the Atlantic and subtropical rain forest (Hy- menoptera: Apidae: Euglossini). Emtomol. Gener., Stuttgart, 14:53-60. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):17-43, 19 nov. 1990 WITTMANN, D. & MAGALI HOFFMAN 42 "sulejd |BISBOD '/ 'asuapueJb-ol-|NS Orjeuejd '9 'UOISSaJdag |e11UdD "GS ‘eyuedwen ep orjeuejg "tp 'SaOSsI sep orjeuejg '€ 'selledneiy sep oljeuelg 'Z 'spue|uybiy usayjou jo sado|s usa)seayInNos pue uja)seg “L :Ino palueo sem Apnıs ay] YIIYM ul suolbal 7 au) “INS Op apueio, oiy ‘I 'son|Bój0o) oluag “Lt 'esenbe| 'eyullaJb| 'seo109 Saul “Ob "abeg '6€ 'eoued ep oeded '9€ 'ıewjeg OP PIQUA BJUeS “ZE 'apueio, OI “9E "opeyseyy OJlayulg 'GE 'sejojod "FE “INS op Odusıno] OBS "EE 'SOJO | "TE 'BISIA Bog "LE IUNeJg "Og 'pôndueo “67 'eqleno 'gZ 'euejapueo '/Z 'uenbe| '9Z '|ns op enededeo 'gz 'ogueIA “pz “opjodos7 oeS 'aJbaly OUOJ 'EZ ‘INS OP ouESOy 'ZZ 'IeJendD ' LT "eueienßnun “OZ 'olosbaly “GL 'uajeudisom 09119pa13 "SL 'ejariog aJuau -31 "| “oJsodiy “QL "olayy OP OIOMY "GL "INS Op OJpag OBS “p| 'O)jeuelg "EL 'opung osseg 'Z| 'snsof wog "|| ‘eluese\ “OL "opeweun “6 ‘ejaue) '8 '|nS Op seixed “7 'soewuj SIOC] “9 'sijodoJ og BAON "SG 'soJieyy OBS "tp 'e|neg ap oDsIDUBIJ OBS *€ 'OINO OP Bueg 'OUOSO “Z “NS op eJseques ‘| :sous ApnıS 'sazis Apnıs pue Aßojoydıowoan) "q “NS Op apueis) Oly JO uUolNISod pue eDliuiy YINOS “e :p bia IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):17-43, 19 nov. 1990 Bees of Rio Grande do Sul, ... 43 a n 15 10 5 MR MAs 7 u I 2 BB u 5 5 7 BB Be 21 RM DB b c n n 50 20 40 15 30 10 2 5 10 (o) TU 3 REDE RR RR AE] I 72 9 TEE Ran Sao I 2 ITA = u n E RR 10 10 5 5 5 Maná 25758, 7) 049,10 1142 49) 'M Mo 4 DET isa a 57er Fig. 2: Genera of the 6 bee families ranked by numbers of species recorded. a. Antho- phoridae: 1. Ceratina, 2. Xylocopa, 3, Centris, 4. Melissoptila, 5. Exomalopsis, 6. Gaesischia, 7. Lanthanomelissa, 8 Ceratinula, 9. Paratetrapedia, 10. Ancyloscelis, 11. Diadasina, 12. Thy- gater, 13. Epicharis, 14. Florilegus, 15. Melissodes, 16. Melitoma, 17. Monoeca, 18. Ptilothrix, 19. Tapinotaspis, 20. Alloscirtetica, 21. Arhysoceble, 22. Caenonomada, 23. Eurythis, 24. Leio- podus, 25. Mesonychium, 26. Tetrapedia. b. Megachilidae: 1. Megachile, 2. Coelioxys, 3. Dian- thidini, 4. Epanthidium, 5. Hypanthidium, 6. Lithurgus, 7. Anthidium, 8. Dianthidulum, 9. Saranthidium. c. Halictidae: 1. Augochlorella, 6. Caenohalictus, 7. Neocorynura, 8. Cerata- lictus, 9. Paraoxystoglossa, 10. Halictillus, 11. Oragapostemon, 12. Pseudaugochloropsis, 13. Temnosoma. 14. Thectochlora. d. Apidae: 1. Plebeia, 2. Bombus, 3. Euglossa, 4. Euplusia, 5. Scaptotrigona, 6. Melipona, 7. Eulaema, 8 Lestrimelitta, 9. Mourella, 10. Nannotrigona, 1. Schwarziana, 12. Tetragona, 13. Tetragonisca, 14. Trigona. e. Andrenidae: 1. Psaenythia, 2. Anthrenoides, 3. Parapsaenythia, 4. Acamptopoeum, 5. Callonychium, 6. Bicolletes, 3. He- xantheda, 4. Hoplocolletes, 5. Lonchoprisara, 6. Perditomorpha, 7. Tetraglossula. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):17-43, 19 nov. 1990 e. N Be Fi an, DR. cava cr im criam item ac a dr pp en on 4 REVISÃO DAS ESPÉCIES NEOTROPICAIS DO GÊNERO CHALA- RUS WALKER, 1834 (DIPTERA: PIPUNCULIDAE)* J.A. Rafael** ABSTRACT The neotropical species of Chalarus Walker are revised, Nine species are reported: Chala- rus absonus, sp.n. (Brazil: São Paulo, Paraná), C. amazonensis Rafael (Brazil: Amazonas; Trini- dad), C chilensis Collin (Brazil: São Paulo, Paraná, Santa Catarina; Argentina; Chile), C. conne- xus Rafael (Brazil: Amazonas; Trinidad), C. delicatus, sp.n. (Brazil: São Paulo, Paraná, Santa Catarina), C. /atifrons Hardy (U.S.A.; Mexico), C. /enkoi, sp.n. (Brazil: São Paulo), C. triramo- sus, sp.n. (Brazil: São Paulo, Paraná; Argentina) and C. xanthopodus, sp.n. (Brazil: Rio de Ja- neiro). Key to species, illustrations and distribution are provided. INTRODUÇÃO O género Chalarus Walker, 1834, cosmopolita, está catalogado na maioria das regiões zoogeográficas somente por C. spurius (Fallen), inclusive na Neotropi- cal (HARDY, 1966). Certamente representa um complexo de espécies que deve ser reavaliado. Estudos detalhados, principalmente da terminália masculina, como o realizado por COE (1966) com espécies britânicas mostram que o género não se restringe a apenas uma espécie. Na região Neotropical o estudo pormenorizado re- sultou em duas espécies descritas recentemente (RAFAEL, 1988), mais cinco des- critas neste trabalho e ainda a não confirmação de C. spurius, espécie-tipo do gé- nero, descrita da Escandinávia, citada, até então, como a única espécie para essa região. Chalarus é considerado monofilético com quatro caracteres apomórficos, três dos quais restritos ao género e um homoplásico: machos com olhos dicópticos (ocorre homoplasicamente em Tomosvaryella Aczél); veia A, +CuA, evanescente; sintergoesternito 6 presente nas fémeas; sintergoesternito 7 presente nos machos. É considerado grupo-irmão de Verralia+ Jassidophaga, todos pertencentes a subfa- mília Chalarinae, a mais plesiomórfica de Pipunculidae. * Aceito para publicação em 16.1 V. 1990. ** Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Caixa Postal 478, 69011, Manaus, Amazonas, Brasil. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (70):45-53, 19 nov. 1990 46 RAFAEL, J.A. O material examinado pertence a diferentes instituições ou coleção particu- lar: AMNH, “American Museum of Natural History”, Nova lorque, EUA; BMNH, “British Museum (Natural History)”, Londres, Inglaterra; CAS, “California Aca- demy of Sciences”, São Francisco, EUA; DZPR, Departamento de Zoologia, Uni- versidade Federal do Paraná, Curibita, Brasil; INPA, Instituto Nacional de Pesqui- sas da Amazônia, Manaus, Brasil; IZML, Instituto de Zoologia Miguel Lillo, Tucu- mán, Argentina; LEP, coleção particular do sr. Luis E. Pefia-G., Santiago, Chile; MZSP, Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil e SEM, “Snow Entomological Museum”, Universidade de Kansas, Kansas, EUA. Chave para as espécies neotropicais de Chalarus do Celula ristechada ui ee san Bee A a Da C. connexus Rafael CAME Pel SO SETE RE So aa no 2 2: Pernas.e antenas amarelas... ..... oca sito ass enee cai m ae nen C. xanthopodus, sp.n Pernas e antenas marrom-escuras e negras . . 2 2 2 m m m oo nn re ee nn 3 3. Frontecom 1-3 pares de cerdas frontais. Parämero e edeago, fig. 11. „.. . . C. latifrons Hardy Cerdas frontais ausentes). sc 2 ae a lea ee ee ee RR 4 4. Parämeros sem processos subapicais . . » 2 2 2 2 0 oo m om m rer er ren 5 Parämeros com processos subapicais, simétricos ou assimétricos . . 2 2 222002000. 6 5. Sinus presente na junção do epändrio com o surstilo (Fig. 14); edeago com ramificações subiguais, com uma trave esclerotinizada unindo-as aos parâmeros; abdomen mais largo najalturaidositergitos: 3-5. . 2... cia aros al etio a ia do a ho a o ata alta C. triramosus, sp.n. Sinus ausente na junção do epândrio com o surstilo (fig. 7); edeago com uma das ramifica- ções mais longa (fig. 8); abdômen delgado, de lados subparalelos. . ... C. delicatus, sp.n. 6. Parämeros com processos subapicais simétricos. . . - 2 2 on 2 m m on ro rer nen 7 Parämeros com processos subapicais assimétricos. . » 2 2 2 2 2 2 mon ro een nn 8 7. Junção do epändrio com o surstilo com sinus; parämeros com processos subapicais longos (Tia 59,6 )3.0. pu ae lea. ae ANDO a eo re N C. chilensis Collin Junção do epändrio com o surstilo sem sinus (fig. 12); parämeros com processos subapicais CUNEOSÄH GAS EIS I ee ee C. lenkoi, sp.n. 8. Um dos processos subapicais do parämero cerca de metade do comprimento do maior (ige 22 SE HR EN EN. EN en BE RE lan C. absonus, sp.n. Um dos processos subapicais do parâmero muito curto, cerca de 1/4 a 1/5 do comprimento do'malor (fig 4) pes aa IN. ler a rue ab C. amazonensis Rafael IHERINGIA, Ser.Zool., Porto Alegre (70):45-53, 19 nov. 1990 Revisão das espécies neotropicais ... 47 Chalarus absonus, sp.n. (Fig. 1-3) Chalarus spurius chilensis; HARDY, 1965b:2 (part.). Holótipo: fronte levemente convergente abaixo, sem cerdas, com pubescên- cia cinza no terço inferior e preta nos dois-terços superiores; face levemente mais larga que a fronte, com pubescência cinza; antenas ausentes; escudo torácico pre- to sub-brilhante a certa luz; pernas marrom-escuras a negras, tíbia posterior com uma cerda forte medianamente; abdômen preto fosco; asa com pterostigma ocu- pando cerca da metade da terceira seção costal; terminália em vista lateral (fig. 1); junção do epändrio com o surstilo com pequeno sinus; ápice dos surstilos truncado; gonópodo com ápice arredondado; parâmeros com processos subapicais assimétricos (fig. 2, 3), o maior com o dobro do comprimento do menor. Outros aspectos como em C. triramosus, descrita adiante. Corpo: 2,3mm de comprimento. Fêmea: não associada. Distribuição: BRASIL (São Paulo, Paraná). Material examinado: BRASIL. Paraná: X. 1978, A. Yamamoto. (Holótipo d — DZPR); São Paulo: Barueri, 01.V111.1955, K. Lenko (Parátipo d — MZSP). Condição do holótipo: antenas e asa direita ausentes; terminália em vidrinho com glicerina, afixado no alfinete do tipo. Etimologia: o nome específico deriva do latim (absonus = diferente, discor- dante) e refere-se às partes da terminália. Chalarus amazonensis Rafael (Fig. 4) Chalarus amazonensis RAFAEL, 1988:4, figs. 7-12, 19. Esta espécie foi descrita recentemente e apenas a figura do edeago é acres- centada para auxiliar o uso da chave. Distribuição: BRASIL (Amazonas); TRINIDAD, novo registro. Material examinado: TRINIDAD, W.l., Arima Valley (800-1200ft), 10-22.11.1964, J.G. Rozen & P. Wygodzinsky (10 — AMNH). Chalarus chilensis Collin (Fig. 5, 6) IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):45-53, 19 nov. 1990 48 RAFAEL, J.A. Chalarus spurius chilensis COLLIN, 1931:52, fig. 14; ACZEL, 1948:50; 1952:239; HARDY, 1954:2 (part.); 1965b:2 (part.); 1966:1. Chalarus chilensis; RAFAEL, 1988:2, figs. 16, 18 (redescr.). Esta espécie foi redescrita recentemente (RAFAEL, 1988). Aqui descreve-se a fêmea pela primeira vez e amplia-se a distribuição geográfica. Fêmea: fronte com pubescência cinza no terço inferior e preta fosca, leve- mente cinza, nos dois-terços superiores; lobo anal da asa mais estreito que do ma- cho, principalmente na base; ovipositor com sintergosternito 7+8 preto, levemente brilhante a certa luz; aguilhão curto, castanho escuro. Outros aspectos como no ma- cho. Corpo: 2,3 — 2,5mm de comprimento. Distribuição: BRASIL (São Paulo, Paraná, Santa Catarina); ARGENTINA, CHILE, Material examinado: BRASIL. Paraná: Curitiba, 22.X.1978, A. Yamamoto, Malaise (1$ — DZPR); Terra Boa, 03.1.1984, J.A, Rafael (25 — INPA); Santa Catarina: Nova Teutô nia (300 — 500m), 1.1979, Fritz Plaumann (18 — DZPR). CHILE. Coquimbo: 10 km E. Fray Jorge Natl Park, 28.XI1. 1966, “dry wash”, M.E. Irwin (59, 19 — CAS); 7 mi. N. of Los Vilos, 13.X11.1950, Ross & Michelbacher (1d — CAS); 50km S. of La Serena, 01.X11.1950, Ross & Michelbacher (1d — CAS); Santiago: Quebrada de La Plata, Rinconada, (Maipú, 510m), 33º31'S-70947'W, 27.1. 1966, M.E. Irwin (19, 19 — CAS); idem, 23.111. 1966 (39, 2 2 — CAS); idem, 24.111. 1966 (5d, 59 — CAS); idem, 27.111.1966 (7d, 109 — CAS); idem, 03.1V. 1966 (16, 29 — CAS); Quebrada de La Plata, (próximo Maipú), 33030'S-70º 55'W, 02.11.1966, M.E. Irwin, Malaise (26, 89 — CAS); idem, 08.11.1966 (69 — CAS); idem, 10.11.1966 (19 — CAS); idem, 12.11.1966 (29 — CAS; 29— INPA); idem, 14.11.1966 (39 — CAS); idem, 09.111. 1966 (36, 79 — CAS); idem, 12.111. 1966 (10d, 89 — CAS); idem, 16.111.1966 (29, 19— CAS; 1G, 19 — INPA); idem, 19.111,1966 (43 — CAS); idem, 23.111.1966 (4d— INPA); idem,24.111.1966 (39— CAS); Quebrada de La Plata, Rinconada (Maipú, 550m) 30º31'S-70047'W, 19.11.1966, N, Hichins & M.E. Irwin (1d, 19 — CAS); idem, 28.111. 1966 (19 — CAS); Quebrada de La Plata (510m), 33031'S-70º47'W, 27.X. 1967, E. Schlinger & M. Irwin (1d — CAS); El Canelo, 33035'S-70027'W, 09.1.1967, M.E. Irwin (1d — CAS); La Platina, 33034'S- 70º38'W, 25.1. 1966, ME. Irwin (22 — CAS); Til-Til, (Co. Viscachas), XII. 1982, L.E. Pefia (35, 39 — INPA); idem, (700m), 17.X1. 1982 (19, 19 — MZSP); Nuble (Las Trancas), 1-1. 1983, L.E. Pefia (30 — LEP); Chillán (Las Trancas), Il. 1984, LE. Pefia (45, 19 — LEP). Chalarus connexus Rafael Chalarus connexus RAFAEL, 1988:6, figs. 13-17, 20-21. Distribuição: BRASIL (Amazonas); TRINIDAD (novo registro). Material examinado: TRINIDAD, W.l., Arima Valley (800-1200ft), 10-22.11.1964, Rozen & Wygodzinsky (1% — AMNH). IHERINGIA, Ser.Zool., Porto Alegre (70):45-53, 19 nov. 1990 Revisão das espécies neotropicais ... 49. Chalarus delicatus, sp.n. (Fig. 7-9) Chalarus spurius; HARDY, 1965b:2 (part.) Holótipo: fronte levemente convergente abaixo, sem cerdas frontais, com pubescência cinza no terço inferior e preta nos 2/3 superiores; face com pubescên- cia cinza; antena marrom-escura a negra; tíbia posterior com 1-2 cerdas fortes me- dianamente; asa com pterostigma ocupando cerca de dois-terços da terceira seção costal; abdômen marrom-escuro a preto, delgado, de lados subparalelos; terminá- lia em vista lateral (fig. 7); junção do epândrio com o surstilo sem sinus; ápice do gonópodo arredondado; parâmeros (fig. 8) levemente curvos, sem processos subapi- cais; edeagogo com um dos ramos maior que os demais. Outros aspectos como em C triramosus, descrita adiante. Corpo: 2,2mm de comprimento; asa: 2,4mm de comprimento. Distribuição: BRASIL (São Paulo, Paraná, Santa Catarina). Material examinado: BRASIL, Paraná: Curitiba, 11.1979, A. Yamamoto (Holótipo d — DZPR); idem, 1978 (parätipo d — DZPR); São Paulo: Barueri, 13.V11.1955, K. Lenko (parátipo O — MZSP); Santa Catarina: Nova Teutônia, X1.1972, Fritz Plaumann (parátipo &— MZSP); idem, 1.1979 (parátipo d — INPA). Condição do holótipo: antena e asa direitas montadas em microlâmina com bálsamo; abdômen em vidrinho com glicerina. Ambos afixados no alfinete do tipo. Etimologia: o nome específico deriva do latim (delicatus = delicado, elegante) e refere-se ao aspecto do inseto. Chalarus latifrons Hardy (Fig. 10,11) Chalarus latifrons HARDY, 1943:33, pl.2, figs. 8a-c.; COLLIN, 1956:155; HARDY, 1965c: 550; COE, 1966:151, figs., 2, 7, 13, 17. Espécie redescrita por COE (1966). Aqui acrescenta-se figuras da terminälia para facilitar o uso da chave. Distribuição: Europa, E.U.A. e MÉXICO (novo registro). Material examinado: MÉXICO. Jalisco: Puerto Vallarta, 31.X11.1970, P.H. & M. Ar- naud, sea level (29— INPA); Chiapas: San Cristóbal de las Casas (2195m), 30. V111,1974, D,E, & JA, Breedlove, Calif. Acad. Sci. Acc. (sic) (56 — CAS); Nuevo León: 18mi. W. Linhares, 24.1X. 1975, „A, Chemsak, “flight trap”, (19 — CAS). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):45-53, 19 nov. 1990 50 RAFAEL, J.A. Chalarus lenkoi, sp.n. (Fig. 12, 13) Chalarus spurius; HARDY, 1965b:2 (part.). Holótipo: fronte de lados subparalelos, preta nos dois-terços superiores, com pubescência cinza no terço inferior; antenas ausentes; escudo torácico preto fosco; tarsômeros amarelos; asa com pterostigma preenchendo cerca de 3/4 da terceira seção costal; abdômen marrom-escuro a preto fosco; terminália em vista lateral (fig. 12); ápice dos surstilos arredondados; junção do epândrio com o surstilo sem sinus; parâmeros (fig. 13) com dois processos subapicais simétricos e curtos. Outros aspectos como em C. triramosus, descrita adiante. Corpo: 2,3 mm de comprimento. Fêmea: não associada. Distribuição: BRASIL (São Paulo). Material examinado: BRASIL. São Paulo: Barueri, 21.V11.1955, K. Lenko (Holótipo d — MZSP). Condição do holótipo: espécime mal colado ao triângulo de papel, dificultan- do a visualizão das pernas e asas. Antenas ausentes. Terminália em vidrinho com gli- cerina, afixado no alfinete do tipo. Etimologia: o nome específico homenageia o entomólogo, coletor do espéci- me, Prof. Karol Lenko. Chalarus triramosus, sp.n. (Fig. 14, 15) Chalarus spurius; HARDY, 1965a: 188 (part.); 1965b:2 (part.). Chalarus spurius chilensis; HARDY, 1965b:2 (part). Holótipo: fronte levemente convergente abaixo, com pubescência cinza no terço inferior e preta nos dois-terços superiores; face com pubescência cinza, leve- mente mais larga que a fronte; antena marrom-escura; escudo torácico preto com pruinosidade marrom, escutelo concolor com o escudo, notopleura com cerdas conspícuas, subiguais; mesopleura e pós-noto mais claros que o escudo, com espar- sa pruinosidade marrom; anepímero com 3-4 cerdas; halter marrom-escuro; pernas negras, exceto as articulações fémuro-tibiais amarelas e os tarsos marrom-claros; fémures sem ctenídeos ventrais; tíbia posterior com 1-2 cerdas mais fortes media- namente; asa com pterostigma ocupando cerca de 3/4 da terceira seção costal, es- IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):45-53, 19 nov. 1990 Revisão das espécies neotropicais ... 51 ta 4 a 5 vezes maior que a quarta seção; abdômen marrom-escuro a preto com cer- das longas lateral e curtas dorsalmente; terminália em vista lateral (fig. 14); surs- tilo com ápice largo, com sinus na junção com o epândrio; parâmeros bastante cur- vos, sem processos subapicais (fig. 15); edeago distintamente membranoso, com trave bem esclerotinizada ligando os parâmeros a uma das ramificações do edeago. Corpo: 2,2 mm de comprimento; asa: 2,6 mm de comprimento. Fêmea: não associada. Distribuição: BRASIL (São Paulo, Paraná); ARGENTINA (Tucumán). Material examinado: BRASIL. Paraná: Curitiba, 111.1979, A. Yamamoto (Holótipo O — DZPR); idem, 11.1979 (2 parátipos d DZPR, INPA); idem, X. 1978 (1 parätipo d — DZPR); São Paulo: Barueri, 05.V11.1955, K Lenko (1 parátipo d — MZSP); idem, 21.V11.1955 (1 pa- rátipo d MZSP); idem, 25.V11.1955 (1 parátipo d — INPA). ARGENTINA Tucumán: Burruya- cu, Villa Padre Monti, 17.1-07.11. 1948, R. Golbach (1 parátipo d — IZML). Condição do holótipo: antena esquerda montada em microlâmina com bál- samo e abdômen em vidrinho com glicerina. Etimologia: o nome específico deriva do latim (tri = três e ramosus =ramos, ramosos) e refere-se ao edeago trifido. Chalarus xanthopodus, sp.n. Holótipo: fronte de lados paralelos, com pubescência cinza no quarto infe- rior e preta nos 3/4 superiores; face com pubescência cinza, da mesma largura da fronte; antenas amarelas; escudo torácico com prufna marrom anterior e mediana- mente, póstero-lateralmente preto brilhante; pernas amarelas, exceto as coxas an- terior e média, marrons; asa com pterostigma marrom-claro, preenchendo pouco mais da metade da terceira seção costal; veia M, sem apêndice a partir da r-m; lobo anal parcialmente ausente na base; abdômen preto brilhante, exceto metade basal dos tergitos 3-5 e o quarto basal do tergito 6 com faixas transversais de prui- nosidade cinza-marrom; ovipositor com sintergoesternito 7+8 preto brilhante, agui- lhão preto na metade basal e amarelo na distal, proporcional ao tamanho do sinter- gosternito. Corpo: 2,2 mm de comprimento; asa: 2,5mm de comprimento. Macho: desconhecido. Distribuição: BRASIL (Rio de Janeiro). Material examinado: BRASIL. Rio de Janeiro: Itatiaia (Fazenda Serra), VIII. 1946, Barreto (Holótipo 9? — MZSP); idem, parátipo ? — MZSP). Condição do holótipo: asas ausentes. Ovipositor em vidrinho com glicerina, afixado no alfinete do tipo. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (70):45-53, 19 nov. 1990 52 RAFAEL, J.A. m er Etimologia: o nome específico deriva do grego (xanthos = amarelo e podos = = pernas) e refere-se as pernas amarelas. Chalarus sp Foram analisadas várias fêmeas não associadas aos machos. Material examinado: BRASIL. São Paulo: 6? — MZSP, 19 — CAS); Paraná: (279 — DZPR, MZSP); Santa Catarina: (19 — MZSP). AGRADECIMENTOS Aos curadores pelo empréstimo, permuta ou doação dos espécimes: Dr. George W. Byers (SEM), Sr. Luis E. Pefia-G (LEP), Dr. Nelson Papavero (MZSP), Drs. Paul H. Arnaud Jr. e Norman D. Penny (CAS), Dr. Adrian C, Pont (BMNH), Dr. Abraham Willink (IZML), Dr. Randall T. Schuh (AMNH) e Cláudio José B. de Carvalho (DZPR). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ACZEL, M. 1948. Grundlagen einer Monographie der Dorilaiden Studien VI. Acta zool. lilloana, Tucumán, 6: 5.168. —, 1952. Catalogo de la Familia Dorilaidae (Pipunculidae) de la región Neotropical. Revta. Soc. ent. argent., Buenos Aires, 15:237-51. COE, R.L 1966. Some British species of Chalarus and Verralia (Diptera: Pipunculidae). Proc. R. entomol. soc. Lond. Serie B, London, 35(11-12):149-60. COLLIN, JE. 1931. Platypezidae, Pipunculidae. In: Diptera of Patagonia and South Chile, London, 6(2):4961. —. 1956. Scandinavian Pipunculidae. Opusc. Entomol., Lund, 21:149-69. HARDY, D.E. 1943. A revision of Nearctic Dorilaidae' (Pipunculidae). Univ. Kansas Sci. Bull., Kansas, 29(1):1-231. —, 1954. Neotropical Dorilaidae studies, part Ill, Brazilian species and a key to the known species of Dorilas sens. lat. Bolm Mus. Nac. (Nova Série), Zool., Rio de Janeiro, 123: 1-80, —, 1965a. The Pipunculidae of Argentina. Acta zool. lilloana, Tucumán, 19:187-241. —, 1965b. Neotropical Pipunculidae (Diptera) studies, part IV. Further studies of Brazilian species. Args Zool., São Paulo, 14(1):1-68. —, 1965c. Family Pipunculidae (Dorilaidae). In: STONE, A. et alii. A catalog of the Dipte- ra of America North of Mexico. Washington, Agric. Res. Serv., U.S. Depart. Agric. p: 550-7 (Agriculture Handbook, 276). —, 1966. Family Pipunculidae (Dorilaidae). In: A catalogue of the Diptera of the Americas South of the United States, São Paulo, USP, 45:1-15. RAFAEL, JA. 1988. Pipunculidae (Diptera) da região Neotropical |. Redescrição de Chalarus chilensis, comb.n. e descrição de duas espécies novas da Amazônia. Revta. bras. Zool. São Paulo, 5(1):1-9. IHERINGIA, Ser.Zool., Porto Alegre (70):45-53, 19 nov. 1990 Revisão das espécies neotropicais ... 53 Figs. 1-15. Terminália masculina de Chalarus. 1-3. C. absonus, sp.n. (holötipo): 1. hi- pândrio, epändrio cercos e surstilos, vista lateral; 2, 3. edeago, lateral e dorsal respectivamente; 4. C. amazonensis Rafael, edeago, lateral; 5, 6. C. chilensis Collin, edeago, lateral e dorsal respec- tivamente. 7-9. C delicatus, sp.n. (holötipo): 7. hipändrio, epändrio, cercos e surstilos, lateral; 8, 9. edeago, lateral e dorsal respectivamente; 10, 11. C. /atifrons Hardy: 10. ápice do hipän- drio, epändrio, cercos e surstilos, lateral; 11. edeago, lateral; 12, 13. C. /enkoi, sp.n (holötipo): 12. hipändrio, epändrio, cercos e surstilos, lateral; 13. edeago, lateral; 14, 15. C. triramosus, sp.n. (holótipo): 14. hipändrio, epändrio, cercos e surstilos, lateral; 15. edeago, lateral (ce = cer- cos; ed = edeago; ep = epândrio; gn = gonópodo; hi = hipândrio; pm = parâmero; ps = processo subapical; su =surstilo). Todas as figuras na mesma escala. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (70):45-53, 19 nov. 1990 Be re rr ee ran a ERR E ag ro a ia vr di BE = ori serie. Klage a a rate a esa a EN ] ka tt Eros A náo we ng ale TERROR Pr qondão da u Bari TEN uf Puh Pois LER Puts IM ee sen "Di: PR OA O are ARMEE A A Far... Para TT, Abe to JANINE) o A rar Ingerir. À PR PEN sort pr Wilken, Paes, 1 UA ea NA obs tmn R COR Ki Naa ve Pig TR, pri É pç CAULE, DEV, © DO cd ER HR bi O Er | | | HARDY, (é + e warn ur Year we. Karin. nitro it ALGUNAS OBSERVACIONES SOBRE LA ALIMENTACION DE MNEMIOPSIS MCCRADYI MAYER, 1900 (CTENOPHORA, LOBA- TA)* Mónica S. Hoffmeyer** ABSTRACT Predation rate, clearing rate and daily ration (%), were obtained from Mnemiopsis mc- cradyi (Mayer, 1900) adults in laboratory experiments. Predation rate values increased linearly with prey density up to the highest experimental density used (8. 10° a. 1). In this point, in- gestion but no digestion of prey were observed. This comportment reflects continual ingestion with a critical limit when the food collected exceeds the gut capacity. Predation rate ranged from 16 to 3096 p. Rad di, clearing rate was independent of food density and variable between 0,027 and 0,1781. mgcc | Far Daily ration ranged from 0,25 to 242% of body weight (in terms of organic carbon). Considering the pick density of M. mccradyi reported from Blanca bay (Argentina):8,35 a. 100m”*, and the maximal clearing rate estimated in this study, the removal of zooplankton as consecuence of ctenophore predation would be 0,028% per day. INTRODUCCIÓN Los ctenoforos, típicos cazadores de acecho constituyen uno de los grupos zooplanctônicos más voraces (CONOVER, 1979). Se consideran estrictamente car- nívoros que basan su alimentación en el meso y microzooplancton (REEVE & WALTER, 1976; STOECKER et al., 1987). Su acción depredadora sobre el meso- zooplancton se hace notoria cuando se encuentran en altas densidades (FRASER, 1962). En estos casos, se ha visto que poblaciones de Mnemiopsis spp. contribuyen a regular a herbívoros y consecuentemente al fitoplancton (DEASON & SMAYDA, 1982). * Aceptado para su publicación 16.1 V. 1990. ** Contribuciön científica Nº 217 del Instituto Argentino de Oceanografia, Av. Alem 53; 8000 Bahra Blanca, Argentina. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):55-65, 19 nov. 1990 56 HOFFMEYER,M. S. M. mccradyi (MAYER, 1900) y M. leidyi, (AGASSIZ, 1865) son estacional- mente abundantes en la costa atläntica de U.S.A. (REEVE&BAKER, 1975). RAMI- REZ (1973) y GRU & LARRAMENDI (1976), mencionan por primera vez, la presen- cia para Argentina en aguas costeras de Mar del Plata de M. mccradyi. En la bahfa Blanca, este ctenoforo se encuentra todo el ano y durante 1982-83 tuvo un ciclo bimodal con un pico en los meses de octubre-noviembre y otro mayor, durante marzo-abril (MIANZAN Y SABATINI, 1985). La nutrición, crecimiento, producciön de huevos y consumo de oxigeno fue- ron aspectos estudiados por BAKER (1973), quién Ilegó a estimar la producción de esta especie en Biscayne Bay (USA). En ella y en otras especies del grupo Lobata se ha observado una respuesta lineal del consumo frente al incremento de la densi- dad de presas (BAKER & REEVE, 1974; WALTER, 1976; REEVE & WALTER, 1976; REEVE et al., 1978). Asímismo se han realizado estimaciones de depreda- ción in situ de M. mccradyi y M. leidyi (BISHOP, 1967; MILLER, 1970; REEVE etal., 1978; KREMER, 1979). En este estudio se observa la respuesta trófica de M. mccradyi, frente a con- centraciones variables de alimento natural, agregándose una estima de la depreda- ción de esta especie en la bahia Blanca. MATER!AL E METODOS Los ejemplares de M. mccradyi utilizados, se colectaron manualmente desde un muelle o realizando arrastres con red de plancton de 200m de poro y colector ciego en la embarca- cion IADO III por el área interior de la bahra. Del mismo modo se obtuvo el alimento (meso- zooplancton). En cada oportunidad, las muestras de zooplancton y ctenoforos luego de la cap- tura, se colocaron en abundante agua de mar trasladándolos rápidamente al laboratorio con el objeto de evitar variaciones bruscas de temperatura. Una vez allf, los recipientes se deposita- ron en un bano termostático graduado a la temperatura hallada in situ. El material estudiado está depositado en el Instituto Argentino de Oceanografia, Bahia Blanca. Se realizaron 10 experiencias de alimentaciön utilizando 5 ejemplares, 1 en la experien- cia 1 y 4 en el resto de las mismas (tab. 1). Los ctenoforos utilizados fueron de dos tallas dife- rentes: 40mm (exp. 1) y 70mm (experiencias 2 a 10) de longitud total (lobulo-oral), 2 de es- tos últimos fueron colectados y cedidos por H. Mianzán. En cada una de las experiencias, se utilizaron 1 6 2 ejemplares por recipiente experimental y un volúmen de agua de mar filtrada (con membrana Millipore de 0,45m) variable entre 0,75 y 5 | (tab. 2, 3). Tanto los recipientes experimentales como el control, se ubicaron durante las experiencias en el bano termostático para garantizar condiciones de temperatura constantes. El alimento consistió en adultos y co- pepoditos IV y V en igual proporción de Acartia tonsa Dana, y zoeas de Grapsidae, en dietas simples 6 mixtas. Solo en dos experiencias, la concentraciön inicial de presas se mantuvo den- tro de los valores de densidad de zooplancton hallados en la bahfa: 0,1 a 20 org. ii (HOFF- MEYER, 1981), mientras en el resto, se utilizaron densidades mayores hasta en tres grados de magnitud. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):55-65, 19 nov. 1990 Algunas observaciones sobre ... 57 Los parämetros usados en la expresiön de los resultados son los siguientes: t Co — € — Tasa de Depredaciön diaria (P): —— siendo, Cy, concentraciön inicial de presas; C€,, concentraciön final de presas; N, número de ejemplares; T, tiempo experimental. P — Tasa de Consumo en % del peso corporal (R): E 100 siendo, P, tasa de depredación diária; Cc, carbono corporal por individuo. V — Tasa de barrido diaria (G) (KREMER, 1979): lc) qu siendo, c, pendiente del control; k, pendiente observada en las curvas de concentraciön y tiempo y tiempo en dfas; V, volümen experimental; W, biomasa de ctenóforos utilizados por experiencia (= Cc. N). Ri — Pi Ri+ Pi componente en el total de la ración (R); Pi, porcentaje de cada componente en la concentra- cion inicial. El peso húmedo (tab. 4) de M, mccradyi se hallö experimentalmente siguiendo la técni- ca descripta por BAKER (1973) (C, Org. = 0,087. P.S.L.C.;C. Org. = 0,019. P.S.), mientras el peso seco y el peso seco libre de cenizas como también el carbono orgánico fueron obtenidos a partir de la relación entre estas variables y la longitud total dada por esta autora. Para Acartia tonsa y las zoeas de Grapsidae las estimaciones de peso húmedo se hicieron de acuerdo con LO- VEGROVE (1966) (P.S. = 0,13. P.H.; C Org. =0,4.P.S.; C Org. = 0,5. P.S.L.C.) y el car- bono orgánico a partir de las relaciones halladas por este autor para zooplancton. — Indice de electividad (E), (IVLEV, 1961): siendo, Ri, porcentaje de cada RESULTADOS Los resultados obtenidos figuran en las tablas 2 y 3. En la experiencia 1 ade- más de la tasa de depredaciön se estimö el índice de Ivlev por tratarse de una dieta mixta. Considerando el total de experiencias realizadas, la densidad de presas dismi- nuyó al aumentar el tiempo experimental, siendo variable la pendiente de las curvas (fig. 1). Pudo apreciarse además, en cada caso, la independencia de las mismas res- pecto de la concentración inicial de alimento. Los valores hallados de la tasa de depredación oscilaron entre 8 y 3000 p.d!.d”! para concentraciones iniciales entre 5 y 8.10º p. 17!. La relación en- tre estas variables mostró una tendencia lineal en escala logarítmica y una alta cor- relación positiva (fig. 2). Del mismo modo varió el consumo en % del peso corporal, diariamente, con valores variables en dietas simples: 0,25 a 102%, Ilegando hasta 242% en dietas mixtas (fig. 3). En este último caso se determinó una ligera prefe- rencia por las zoeas de Grapsidae (E = + 1,22. 102), aunque este ítem se encontra- ba en la dieta en una proporción tres veces menor que 4. tonsa. IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):55-65, 19 nov. 1990 53 HOFFMEYER,M. S. La tasa diaria de barrido fue variable dentro del limitado rango comprendido entre 0,055 y 0,178 1.mgCe”! .d’! (fig. 4). El valor hallado de la misma para ejemplares de 40mm de longitud, fue mayor que los obtenidos para ctenoforos de 70mm del resto de las experiencias. DISCUSIÓN La relativa constancia de la tasa de barrido, observada en la fig. 4 y sugerida antes por la tendencia lineal de las curvas experimentales (fig. 1), refleja la inde- pendencia del barrido respecto de la concentración inicial de presas. Este hecho fue observado en M. leidyi (KREMER, 1979) y en esta misma especie por REEVE & WALTER (1976) y REEVE et al. (1978). Los valores hallados de G concuerdan con los mencionados por KREMER (op. cit.) para M. leidyi. REEVE et al. (op. cit.) observaron que el número de copépodos ingeridos era mayor al incrementarse la concentración inicial de presas, hasta un valor de 3. 10º p. 17!. Aquí se obser- vö lo mismo pero hasta una concentración de presas inicial de 8. 10° p. 17! apreciändose a la vez la ausencia de un límite superior de ingestiön (fig. 2). La conducta de alimentación observada aquí en M. mccradyi concuerda con la opinión de WALTER (1976) sobre los Lobata adultos. Este autor diferencia en los ctenoforos dos respuestas diferentes frente al alimento: un mecanismo intermitente con un límite superior de ingestión por saturación mecánica (grupo Cydippida y estados larvales de los Lobata) y otro que se traduce en una ingestión contínua sin “plateau”” 6 límite superior (adultos Lobata). Estos últimos a altas densidades de presas continúan ingiriendo pero, a partir de un punto determinado, comienzan a devolver al medio presas sin digerir y mucus (BAKER, 1973; WALTER, 1976; KREMER, 1979). En este trabajo se registró idéntica situación al aplicarse la mayor concentración inicial utilizada (8. 10º p. 17!) y con una tasa de depredación de 3100 p . ind! .d”! . REEVE et a/. (1978) lo observö con anterioridad en esta es- pecie con una densidad de presas en el medio de 1. 10° . 1°!. Al parecer este com- portamiento se produce cuando al ingestiön supera la capacidad de almacenaje del digestivo, existiendo un límite superior de digestión, por encima del cual comienza el rechazo del alimento con previa destrucción del mismo. La eficiencia digestiva en este punto es obviamente, negativa (REEVE et al. 1978) y de acuerdo con los resultados de estos autores para los valores de ingestión hallados aquí, corresponde- ria un aprovechamiento del 52 al 73% del alimento consumido. Este fenómeno difícilmente ocurra con frecuencia en el medio natural, dado que el zooplancton de áreas costeras ó estuarinas tiene una densidad generalmente muy por debajo de los valores utilizados en el laboratorio (REEVE et al., op. cit.); salvo en el caso de una distribución en “patches”. REEVE (1975) observó en Bis- IHERINGIA, Ser.Zool., Porto Alegre (70):55-65, 19 nov. 1990 Algunas observaciones sobre ... 59 cayne Bay pequefias manchas de no más de Im? con densidades de hasta 1. 10% ind. m”?, compuestos fundamentalmente por A. tonsa. Frente a un patrón de dis- tribuciön zooplanctönica de este tipo, los mecanismos de alimentaciön de los Loba- ta adultos representan una estrategia que les permitirfa utilizar eficientemente el alimento disponible (WALTER, 1976; REEVE etal., op. cit.). Extrapolando los resultados de volumen filtrado por individuo a biomasa de ctenóforos in situ, es factible Ilegar a estimar en forma aproximada ya que se trata de experimentos no realizados en el medio natural, el impacto depredador de los mismos sobre las poblaciones zooplanctónicas. BISHOP (1967) estimó para “Pa- tuxent River y Solomons” una disminución del 31% del “'standing stock” de zoo- plancton debido a depredación de Mnemiopsis leidyi. MILLER (1970) calculó un 48% de disminuciön y KREMER (1979), para “Narragansett Bay” un 30% de de- predaciön por M. leidyi. REEVE et al. (1978) en “Biscayne Bay”, estimaron una remociön diaria del 1% de la biomasa durante los picos de densidad de M. mccra- dyi. En la bahia Blanca, los datos de densidad de este ctenöforo son parciales exis- tiendo sólo para el área de islas del sur de la misma. El máximo de abundancia de M. mccradyi dentro de la bahra fue hallado en abril de 1983, con 8,35 ind . 100m”? y ejemplares de 66,6 mm de long. media, observándose coincidentemente una de- clinación en la densidad de copépodos (MIANZAN & SABATINI, 1985). Consi- derando el mayor valor de G para ejemplares de 70mm y la densidad de M. mccra- dyi ya mencionada se obtiene un barrido de 6,284 | ejercido por la biomasa de cte- nóforos de 1m”?, es decir, una remoción diaria del 0,028% de la biomasa zoo- planctönica. Este valor es notoriamente menor que los citados precedentemente, lo cual justificaria futuros estudios sobre el tema y verificar 6 ajustar la estima obtenida. AGRADECIMIENTOS Al personal del Instituto Argentino de Oceanograffa que colaboró en las tareas de em- barque y muestreo de material, al Sr. J. Guivant y demás personas que confeccionaron las ta- blas y gráficos y de manera muy especial al Dr. F.C. Ramírez, Dra. E. C, Lopretto, Dr. H. Mianzán y otros colegas por sus valiosas sugerencias y críticas del manuscrito, REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAKER, L.D. 1973. The ecology of the ctenophore Mnemiopsis mccradyi in Biscayne Bay, Florida. 131p. Thesis (M.S.) Rosentiel School of Marine Sce., University of Miami. Miami, Florida, 1973. BAKER, L.D. & REEVE, M.R. 1974. Laboratory culture of the Lobate Ctenophore Mne- miopsis mccradyi with notes on feeding and fecundity. Mar. Biol., local, 26:57-62. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):55-65, 19 nov. 1990 60 HOFFMEYER,M. S. BISHOP, J.W. 1967. Feeding rates of the ctenophore Mnemiopsis leidyi. Ches. Sce., Mary- land, 8(4):259-64. CONOVER, R.J. 1979. Secondary production as an ecological phenomenon. In: SPOEL, S. van der & PIERROT-BULTS, A.C., ed. Zoogeography and diversity in plankton. Nueva York, Halsted Press. p.50-86. DEASON, E.E. & SMAYDA, T.k 1982. Ctenophore-zooplankton-fitoplankton interactions in Narragansett Bay — Rhode Island, USA, during 1972-1977. J. Plankton Res., local, 4:203-1 7. FRASER, J.H. 1962. The role of ctenophores and Salps in zooplankton production and stand- ing crop. Rapp. P.-V. Réun., Conseil Perm. Int. Explr. Mer, Copenhagen, 153:121-3. GRU, D.L & LARRAMENDY, M. 1976. Observaciones sobre el comportamiento de Mne- miopsis mccradyi Mayer, 1900 (Ctenophora, Bolinidae): acerca de la alimentaciön y euri- halinidad. La Plata. 63p. [Trabajo de Seminario Univ. Nac. de La Plata, manuscrito). HOFFMEYER, M.S. 1981. Estudio del zooplancton de la bahfa Blanca y su relación con dis- tintos niveles de poluciön; Informe final de beca C.O.N.1.C.E.T. Bahia Blanca, Instituto Arg. de Oceanografia. 48p. [ Manuscrito.) IVLEV, V.S. 1961. Experimental ecology of the feeding of fisches. New Haven, Yale Uni- versity Press. 302p. KREMER, P. 1979. Predation by the ctenophore Mnemiopsis leidyi in Narragansett Bay, Rhode Island. Estuaries, Maryland, 2(2):97-105. LOVEGROVE, T. 1966. The determination of the dry weight of plankton and the effect of various factors on the values obtained, In: BARNES, H., ed. Some contemporary studies in Marine Sce. London, George Allen and Unwin. p.429-67. MIANZAN, H.W. & SABATINI, M.E. 1985. Estudio preliminar sobre la distribuciön y abun- dancia de Mnemiopsis mccradyi en el estuario de la bahra Blanca, Argentina (Ctenophora). Spheniscus, Bahía Blanca, 1:53-68, MILLER, R.J. 1970. Distribution and energetics of an estuarine population of the ctenophore Mnemiopsis leidyi. 78p. Thesis (Ph. D.) North Carolina State University, Raleigh, N.C., 1970. RAMIREZ, F.C 1973. Sobre la presencia de Mnemiopsis mccradyi Mayer, 1900 en aguas ne- ríticas de Mar del Plata (Ctenophora, Bolinidae). Physis. Sec. A, Buenos Aires, 32(85):295- 300. REEVE, M.R. & BAKER, L.D. 1975. Production of two planktonic carnivores (Chaetognath and Ctnophore) in south Florida inshore waters. U.S. Nafl. Mar. Fish Serv. Fishery Bull., 73:238-48. REEVE, M.R. & WALTER, MA, 1976. A large scale experiment on the growth and preda- tion potential of ctenophore populations. In: MACKIE, G. ed. Coelentarate Ecology and Behavior. Nueva York, Plenum Press. p. 187-99. REEVE, M.R.; WALTER, M.A.; IKEDA, T. 1978. Laboratory studies of ingestion and food utilitation in lobate and tentaculate ctenophores. Limn. Oceanogr, Baltimore, 23(4):740- 51. STOEKER, E.K: VERITY, P.G.; MICHAELS, A.E.; DAVIS, LH, 1987. Feeding by larval and post-larval ctenophores on microzooplankton. J. Plankton Res., Oxford, 9(4):667-83. WALTER, M.A. 1976. Quantitative observations on the nutritional ecology of ctenophores with special referenceto Mnemiopsis mccradyi. 70p. Thesis (M.S.) The University of Miami, Florida. Florida, 1976. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):55-65, 19 nov. 1990 Algunas observaciones sobre ... 61 Tab. 1-2.1. ubicaciön de las experiencias realizadas en las tab. 2 y 3; 2. ca- racteristicas y resultados de la experiencia 1. DIETAS ALIMENTICIAS SIMPLES MIXTAS o XP. 2 3 7 0 N E m 1 A. tonsa (adultos y copepoditos IV y V ENC ENC fm 7 De free I fen fen fan Do free 1 TABLA 1 Nº DURACION TmK2G) EJEMPLS. 40 mm(L) re Tem [nm I728 p 594 p 243,68 0,68 10.83 mgc| 3,06mgc IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):55-65, 19 nov. 1990 TABLA2 HOFFMEYER,M. S. € vıavı | 1 ecoto eso este s9*0 | p9!6ol 0€z s80' Z urz ol r90'0 een 82 'g ol‘ 26/1 ! 1391 uvz 6 ez Ito 6e'g IStz 60'0 0005 | | 302 yur2 8 Es dee 280°0 991 62!'€ 2!!0 ost? L 1292 ubz z l IF 92 urz 9 die N 1392 yr2 o) | ER ZA ur? b | 1382 yUrz € + | Ia s'gz ubz z (1) uu 02 : DEE ‘Sıanara| (DL |Nolovund nn no, | (%) AR- m oN [o 2 62 "OL-Z SeiDUaL1adxa Se] ap sopey|nsa1 A SEIS /49J9BJPD) “E qeL IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):55-65, 19 nov. 1990 Algunas observaciones sobre ... 63 Tabla 4: Valores estimados de peso hümedo (P.H.), peso seco (P.S.), peso seco libre de cenizas (P.S.L.C.) y carbono orgänico (C.O.) de M. mccradyi, A. tonsa y zoeas de Grapsidae. Puts M. mccradyi Long.(mm) 40 10.000 70 25.000 A. tonsa 0.12 Grapsidae 0,10 P.S. (mg) 300 1000 0,015 0,013 B:SIE:C. 65,51 218,39 0,012 0,01 co. 5,1 19 0,006 0,005 IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):55-65, 19 nov. 1990 64 HOFFMEYER,M. S. log. y= 2,27 - 0,68x EXPERIENCIAS 110 “1 42 ho +3 v4 o 3,6,7 7omm(L) x8 40 mm (L) 110 49 oı10 q (UPE Ei) vit = 1402 popu 1.10 Logan) 1 Densidad de presas Tiempo (Dias) Fig. 1. Variación de la densidad de presas en el medio en relaciôn con la duraciôn expe- rimental. 4 eu 1.10 E a E m 1 VU Bo) É Tasa de depredacion diaria (P) .e log y= 0,50 + 0,79.logx É [MA 0,77 * x» (p 0,05,89.1.) 0.1 pp pd rp | 1 4.10 1.102 110º 110º 1.108 (ita) Fig. 2. Variaciön de la tasa de depredación (P) por dfa con la concentraciön inicial de presas, ambas variables en escala logarítmica, P en: p. ind”! .d” IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):55-65, 19 nov. 1990 Algunas observaciones sobre ... 65 x 1104 S log y =/0,59.410,65. log; x a = É n=0,70 %* E HO IE 7805, io En as a r 2 ER c ds Br o oa EE Dq o 972 EE „Io uv 5 o ra 1 o {7} .8 io} FH Fig. 3. Fluctuaciön de la tasa de consumo por dia (R), de acuerdo con la concentraciön = E . a , . -=1 inicial, ambas variables en escala logarítmica. R en:mgC.mgCc .d (6) Tasa de barrido diaria Fig. 4. Variación de la tasa de Barrido (G) con laconcentraciön inicial de presas, ambas variables en escala logarítmica. G en: 1. mgCc”! e qi” IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):55-65, 19 nov. 1990 ne ER ERROR RR Er aii ee en DESCRIPCIÖN DEL ESQUELETO AXIAL, CAUDAL E INSERCIO- NES DE LAS ALETAS DORSALES Y ANAL DE AUSTROMENIDIA NIGRICANS RICHARDSON, 4. SMITT! LAHILLE Y AUSTROA- THERINA INCISA JENYNS (PISCES, ATHERINIDAE)* Gabriela L. M. Piacentino* * ABSTRACT The description and discussion of some osteological structures possibles to define the tax onomic status of Austromenidia nigricans, A. smitti and Austroatherina incisa, are presented. The following structures are proposed: number of vertebra, of pterigiofores in relation to the vertebral spines of the second dorsal and anal fins, and number of epurals. INTRODUCCION Las Atherinidae comprenden peces conocidos como “pejerreyes, peixe-rei, silversides”, cuyo status taxonómico y sistemático es actualmente motivo de dis- cusión. Para la subfamilia Atherinopsinae (FOWLER, 1903) cuya distribución en el Nuevo Mundo comprende aguas limnéticas y marinas fueron establecidas dos tri- bus (WHITE, 1985) de los cuales los Basilichthyini se distribuyen en América del Sur. Numerosos autores han realizado importantes estudios respecto de Austrome- nidia nigricans (Richardson, 1844), A. smitti Lahille, 1929 y Austroatherina incisa (Jenyns, 1842) (HUBBS, 1918; JORDAN & HUBBS, 1919; EIGENMAN, 1928; SCHULTZ, 1948; PIANTA DE RISSO & RISSO, 1953; BUEN, 1955; CAMPOS, 1984; WHITE, 1985; PIACENTINO, 1987) y otros continuan trabajando en la dilu- cidaciön de distintos aspectos de la anatomia, en la büsqueda de aquellos caracte- res fenéticos y/o apomorfias de las bioespecies para poner a prueba los sistemas de clasificación filogenética propuestos por WHITE (1985), PATTEN (1978) y CHER- NOFF (1986), para los géneros y subfamilis de Atherinidae. Se presenta en este tra- * Aceptado para su publicación 24.V.1990. ** Museo Argentino de Ciencias Naturales Bernardino Rivadavia e Instituto Nacional de Inves- tigaciôn de las Ciencias Naturales. Av. Angel Gallardo, 470; 1405 Buenos Aires, Argentina. IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):67-80, 19 nov. 1990 68 PIACENTINO, G.L.M. bajo la descripciön y discusiön de la importancia de los siguientes caracteres: esque- leto apendicular de Austromenidia nigricans y Austromenidia smitti, aparato cau- dal, columna vertebral e inserciones de las aletas dorsales y anal de A. nigricans, A. smitti y Austroatherina incisa. MATERIAL Y METODOS Se emplearon ejemplares procedentes de Argentina: 25 de Austroatherina incisa con tallas comprendidas entre los 6-10cm capturados en el área costera Marplatense (Pcia. Buenos Aires), 35 ejemplares de Austromenidia smitti provenientes de las cercanfas de la Isla Quinta (Rfa de Puerto Deseado, Santa Cruz) presentan tallas de 6,5-20cm y los de A. nigricans prove- nientes de Isla Elena Rfa de Puerto Deseado, Santa Cruz) y Caleta Córdova (Santa Cruz) com- prendidos entre 5-16cm. El material fue fijado en formol 10%, diafanizado, tefiido según los métodos de HOLLISTER (1934) y TAYLOR (1967) y depositado en la colecciôn ictiológica del Museo Argentino de Ciencias Naturales Bernardino Rivadavia. Se adoptô la nomenclatura de GREGORY (1907), DE LA HOZ & TOSTI-CROCE (1981), MONOD (1967, 1978), GOS- LINE (1961), DUNN (1983). RESULTADOS Austromenidia smitti Lahille, 1929. Esqueleto apendicular. La cintura escapular primaria constituye el esqueleto interno de la aleta pectoral. La escäpula se encuentra en la parte dorsal de la cintu- ra, se articula por una sincondrosis con el coracoides y presenta un foramen escapu- lar oval. El coracoides presenta forma subtriangular y se ensancha posterodorsal- mente en cuyos margen se constituye una escotadura donde se articula el tercer actinosto. Los actinostos son cuatro y presentan contorno irregular. El primer y segundo presentan forma rectangular y se articulan a la escápula, en tanto el ter- cero y cuarto se van ensanchando progresivamente y articulan al coracoides (fig. 1). La cintura escapular secundaria está constituida por el pos-temporal, supra- cleitro, cleitro y postcleitro (fig. 3, 6, 7,9, 11). El postemporal presenta dos apófi- sis anteriores siendo la dorsal más larga y la ventral más corta; algunos especimenes presentan apófisis medial y otros no. Se articulan con el neurocráneo a través de la apófisis dorsal que articula con el epiótico y la apófisis ventral que se articula dor- salmente al pterótico. El extremo posterior del hueso se ensancha, presenta el mar- gen recto y está surcado por el canal temporal de la línea sensorial. El supracleitro es pequeno, alargado y con extremos redondeados; la parte anterior presenta su- perficie cóncava y es ventral a la región posterior del postemporal con quien se ar- IHERINGIA, Sér.Zoo!., Porto Alegre (70):67-80, 19 nov. 1990 Descripciön del esqueleto axial, ... 69 A 1 ticula. El cleitro es largo y curvado, presenta el extremo anterior angosto y se va ensanchando progresivamente dorsoposteriormente y se proyecta en una pequefia punta posteriormente. En la región dorsal anterior se eleva una pequena espina. Los postcleitros son dos, frágiles y transparentes, se encuentran en la cara medial de la cintura escapular. El postcleitro dorsal presenta forma de media luna y termina en punta en ambos extremos. El postcleitro ventral es de mayor tamafio y presenta forma de “'S”. La región superior se divide en dos extremos aguzados de distintas longitudes y el extremo inferior finaliza en punta (fig. 7, 9). Cintura pélvica. Está constituída por dos basipterigios que se articulan a lo largo de la línea media ventral. En cada hueso se diferencian: (a) proceso anterior interno largo; (b) ala externa proyecta su extremo anterior en un proceso cilíndri- co angosto, que en algunos ejemplares es corto y en otros es largo; el extremo late- ral es aguzado y dirigido posteriormente; (c) proceso posterior interno en algunos ejemplares presenta una marcada excavación y en otros no (fig. 15). Esqueleto axial. El número total de vértebras varia entre 56 y 62, las precau- dales varian entre 26 y 29, presentan parapófisis y carecen de espina hemal (fig. 2, 3, 25). Entre las vértebras 7 a 9 aproximadamente las espinas neurales son anchas y cortas, a partir de aquí se hacen más angostas y se alargan. Las caudales varian en- tre 30 y 35 y presentan espina hemal. Las costillas pleurales varian entre 24 y 27 y se articulan a partir de la tercer vértebra a las parapófisis. Se encuentran a dife- rente distancia del centro vertebral y se proyectan lateralmente (fig. 17). Las cos- tillas epipleurales varian entre 14 y 19 articulándose a la primer vértebra; son dor- sales a las pleurales y se proyectan lateralmente. Las muestras provenientes de Pto. Madryn y Pto. Rawson presentan expansiones laterales de los arcos hemales en tan- to que las provenientes de Pto. Deseado carecen de las mismas. Aletas Dorsales y Anal. La primer dorsal presentan VI y VIII espinas articu- ladas con 7 a 8 pterigióforos proximales y de 3 a 4 supraneurales. Los pterigiófo- ros radiales son pequenos y cartilaginosos y están entre las bases de los rayos de la aleta y en igual número que los mismos. El primer pterigióforo se articula entre las 20 a 23 espina neural de las precaudales (fig. 30). La segunda dorsal presenta el primer rayo espinoso y de 10 a 12 rayos articulados con 12 a 13 peterigióforos proximales habiendo dos articulados a la espina. Los pterigióforos radiales son pe- quenos, cartilaginosos, se ubican en la bases de los radios y coinciden con el núme- ro de los mismos (fig. 18). El primer pterigióforo se articula entre 6 y 7 espina neu- ral de las vértebras caudales (fig. 28). La aleta Anal presenta el primer rayo espino- so y entre 17 y 20 rayos en cuyas bases se articulan los pterigióforos radiales. Los rayos se articulan con 18 a 20 pterigióforos proximales y el primero se articula en- tre las 4 y 5 espinas hemales de las caudales. Esqueleto caudal (fig. 13). Pseudourostilo ligeramente curvado dorsalmente, articula con los hipurales Ill, IV y V. Parahipural de base ancha, escotadura en su IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (70):67-80, 19 nov. 1990 70 PIACENTINO, G.L.M. borde interno poco marcada; se articula con el centro preural I. La hipurapöfisis es triangular, finaliza en punta y se proyecta posterolateralmente al hipural I+ Il. Estegural no fusionado en su base al centro preural y se articula ventralmente al hipural V que se aloja en la canaleta del estegural. Presencia de un epural. Centro preural Il con espina neural corta y hemal larga. Hipural | y Il fusionados en una placa y al centro ural. Hipurales Ill, IV y V no fusionados al centro ural. Austromenidia nigricans (Richardson, 1844). Esqueleto apendicular (fig.2). La escäpula es dorsal al coracoides y se articu- la por una sincondrosis; el foramen escapular presenta forma alargada (fig. 1). El coracoides presenta forma subtriangular ensanchändose posterolateralmente. En la regiön dorsoposterior presenta una escotadura donde se articulan los actinos- tos tres y cuatro. Los actinostos son cuatro y la articulaciön es sincodral con la cintura escapular. Los dos actinostos superiores son cilíndricos y se articulan an- teriormente a la escápula en tanto que los otros son cuadrangulares. La cintura escapular secundaria está formada por el postemporal, supracleitro, cleitro y post- cleitro (fig. 4, 5, 8, 10, 12). El postemporal presenta dos apófisis anteriores, una dorsal larga que se articula a la aletilla del epiótico que es ventral a ésta. El extre- mo ventral es más corto y se articula al pterótico; a veces no presenta apófisis me- dial. El extremo posterior está surcado por el canal temporal de la línea sensorial al igual que en Austoatherina incisa. El supracleitro es pequehio, alargado con ex- tremo anterior de contorno redondeado y una pequena superficie côncava que es ventral al extremo posterior del postemporal. El extremo posterior es dorsal al clei- tro. El cleitro es largo, curvo y presenta el extremo infeior angosto, el superior se va ensanchando posterodorsalmente y termina en punta. Se articula a la escápula y al coracoides; presenta una pequena espina en su región anterodorsal. Los post- cleitros son dos, pequenos, frágiles y el dorsal presenta forma de media luna con sus extremos en punta. El ventral es más grande y se divide en dos extremos en su parte superior en tanto que la inferior termina en punta (fig. 2). Cintura pélvica (fig. 16). Está constituida por dos basipterigios de forma trian- gular que se articulan mesialmente. En cada hueso se diferencian: (a) el ala externa presenta un corto extremo anterior, el extremo lateral es redondeado o finaliza en punta y se proyecta perpendicularmente al proceso interno; (b) el proceso anterior interno es corto; (c) el proceso posterior interno en algunos ejemplares presenta una excavación y en otros no. Esqueleto axial (fig. 24, 26). Presenta entre 54 y 56 vértebras totales mientras que las precaudales varıan entre 24 y 28, presentan parapófisis y carecen de espina hemal. Las primeras 7 a 9 vértebras presentan espina neural ancha y a partir de aquí las espinas se hacen más angostas y largas. Las vértebras caudales varian entre 28 y 30, no presentan costillas pleurales y presentan espina hemal. A partir de la 1 0 2 IHERINGIA, Ser.Zool., Porto Alegre (70):67-80, 19 nov. 1990 Descripciön del esqueleto axial, ... 71 caudal el nümero de vertebras que presenta expansiones laterales de los arcos he- males (PIACENTINO & TORNO, 1987) varia de 6 a 9. Aletas Dorsales y Anal (fig. 31, 27). La primera dorsal presenta entre VI y VII rayos articulados con 6 a 8 pterigióforos proximales y 2 a 5 supraneurales. Los pterigióforos radiales se ubican entre las bases de los rayos y en igual número que los mismos. El primer pterigióforo se encuentra entre las espinas neurales de las vértebras 21 y 23 precaudales (fig. 31). La segunda dorsal presenta el primer rayo espinoso y de 10 a 12 rayos articulados con 10 a 13 pterigióforos. Los pteri- gióforos radiales son pequenos, cartilaginosos, ubicados en las bases de los rayos y en igual número que los mismos. A la espina se articulan dos pterigióforos, de los cuales el primero se encuentra entre las espinas neurales 5 y 6 de las caudales (fig. 29). La aleta anal presenta el primer rayo espinoso y entre 15 y 20 rayos que se articulan con 16 a 18 pterigiöforos proximales. Los radiales son pequerios, car- tilaginosos y se encuentran en las bases de los rayos; están en igual número que los mismos. Se articulan entre la 3 y 4 espina hemal de las caudales (fig. 27). Esqueleto caudal (fig. 14). Pseudourostilo ligeramente curvado posterodor- salmente y finaliza en punta. Es dorsal a los hipurales Ill, IV y V con los cuales se articula. Parhipural de base ancha, con pequena escotadura en su borde inter- no, contorno irregular. Se articula en parte al centro preural. La hipurapófisis es triangular, finaliza en punta y se proyecta posterolateralmente al hipural I + Il. Estegural no fusionado en su base al centro preural |, es triangular y de contorno irregular. Presencia de un epural. Centro preural Il presenta espina neural corta y hemal larga. Hipural | y Il fusionados en una placa y al centro ural. Hipurales III, IV y Vno están fusionados al centro ural. Austroatherina incisa (Jenyns, 1842) Esqueleto axial (fig. 22, 19). El número total de vértebras varia entre 46 y 49 en tanto que las precaudales de 19 a 21 presentan parapófisis y carecen de es- pina hemal. La primer vértebra presenta un arco hemal corto, angosto, finaliza en una pequefia punta. Entre las 6 y 8 vértebras siguientes el arco neural es ancho y la espina es corta y redondeada; a partir de aqui la espina neural se alarga y angosta para terminar en punta. Presenta entre 17 y 19 costillas pleurales que se articulan a partir de la tercer vértebra. Son dorsales a las parapófisis y se encuentran en el ex- tremo de las mismas o cerca del centro vertebral proyectándose lateralmente al mis- mo. Las costillas epipleurales varian entre 6 y 8, son más angostas, cortas y se arti- culan a partir de la primer vértebra a las parapófisis; se proyectan posteriormente y son dorsales a las costillas pleurales. Las vértebras caudales varian entre 26 y 28 presentan arcos hemales y espinas angostas. IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):67-80, 19 nov. 1990 72 PIACENTINO, G.L.M. Aletas Dorsales y Anal (fig. 21). La primera dorsal presenta entre IV y VII espinas que se articulan con 5 a 6 pterigiöforos proximales de diferente tamano y entre 2 y 7 supraneurales. El número de pterigióforos radiales se corresponde con el número de rayos. Son pequenos y de cartilago y están entre la base de los rayos de la aleta. El primer pterigiöforo se articula entre la 17 y 20 espina neural de las vertebras precaudales. La segunda dorsal presenta el primer rayo espinoso y entre 7 y 10 rayos que se articulan con 8 a 10 pterigiöforos proximales. Los pteri- giöforos radiales son pequefios de cartilago y en igual número que los rayos; están ubicados en las bases de los mismos. A la espina se articulan dos pterigiöforos de los cuales el primero se encuentra entre las espinas neurales 6 y 8 de las vértebras caudales. La aleta anal presenta el primer rayo espinoso y entre 15 y 20 rayos que se articulan con 18 a 19 pterigiöforos proximales. Los pterigiöforos radiales son de cartilago, pequeno, redondeados y están entre las bases de los rayos y en igual nü- mero que los mismos. El primer pterigióforo se encuentra a la altura de la primera espina hemal de las vértebras caudales (fig. 22). Esqueleto caudal (fig. 20). Pseudourostilo pequenio, angosto, finaliza en pun- ta y fusionado al centro ural. Parahipural ancho en su base y articulado al centro preural. La hipurapófisis es angosta y se proyecta lateralmente. Estegural grande, se articula por su base al centro preural, al pseudourostilo y al urodermal cuando és- te está presente, de los contrario se articula con el hipural V. El centro preural II presenta espina neural corta y la espina hemal es larga y alcanza el extremo caudal del parahipural. Presencia de dos epurales. Los hipurales | y Il están fusionados en una placa y al centro ural. Los hipurales Il, IV y V no están fusionados entre sí y se articulan por sus bases al centro preural |. Cuando el urodermal está presente es alargado, angosto, dorsal al hipural V y ventral al estegural. DISCUSION Se considera que el nümero de branquiespinas es un caracter consistente en la identificación de las especies, siendo para las muestras observadas los conteos si- guientes: A. smitti presenta 8-10+27-31 y A. nigricans 4-6+ 11-16. En tanto que NORMAN (1937) registrara para el brazo inferior de la branquia los siguientes con- teos: A. nigricans 10-12 y A. smitti 17-20. Para Austroatherina incisa los conteos realizados en las muestras presentan rangos de 6-7 y 23-27 que coinciden con los realizados por JENY NS (1842) siendo éstos 5-6 + 1 + 24-26. El número de las vértebras fue un caracter empleado desde 1899 por STARKS quien citó para los Atherinidae un rango de 45-52, mientras que BERG (1940) cita un rango de 31-60 y GOSLINE (1962) considera que presentan un número mayor a 26. El número de vértebras de los Atherinopsinae fue presentado por IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):67-80, 19 nov. 1990 Descripciön del esqueleto axial, ... 73 SCHULTZ (1948) siendo de 24-33 + 18-30 la variaciön de las precaudales y cauda- les respectivamente; para el género Austromenidia presenta los siguientes valores 24-28 + 23-30. Los registros observados para las muestras de 4. nigricans son 24-28+ 28-30, para 4. smitti 26-29+ 30-35. Para Austroatherina incisa el número de vértebras observadas oscila entre 19-21 + 26-27 no coincidiendo el número de precaudales con el propuesto por SCHULTZ (1948) para la subfamilia Ahterinop- sinae. Para Austromenidia smitti los conteos de las caudales tampoco coinciden con los propuestos por SCHULTZ (1948). Posteriormente ROSEN (1964) expresa que los “atherinoides” presentan un total de vértebras de 31-60 en tanto que los conteos precaudales son de 22-23, debiéndose la variación en el total a un aumento o reducción en el número de las caudales. Estos caracteres fueron considerados primitivos y ambiguos por ROSEN y PARENTI (1981) pero pueden ser útiles en la identificación de las especies y agrupación fenética de las mislas. En las muestras observadas el número total de vértebras para A. nigricans es de 55-57, en A. smitti de 56-62 y en Austroatherina incisa de 46-49 en tanto que el número de precaudales es de 19-21. Las precauda- les en Austromenidia nigricans varian entre 24-28 y en A. smitti de 26-29; estos últimos valores no coinciden con los propuestos por ROSEN (1964) para los Athe- rinoides. Respecto de las costillas pleurales se observö que se articulan a la tercer vér- tebra coincidiendo con lo descrito por ROSEN (1964). La posición relativa de las aletas se puede medir empleando la disposición de los pterigiöforos respecto de las espinas neurales y hemales de la columna vertebral, la cual pueda ser empleada como un caracter más en la identificación de las espe- cies. Para Austroatherina incisa el primer pterigióforo de la primera dorsal se en- cuentra entre la 17-20 espina neural de las precaudales, el de la segunda dorsal en- tre la 6-8 espina neural de las caudales. En Austromenidia nigricans se articula en- tre la 21-23 y entre la 5-6 respectivamente; en A. smitti se articula entre la 20-23 y entre la 6-7 respectivamente. En Austroatherina incisa el primer pterigióforo de la anal se encuentra a la altura de la primera espina hemal, en Austromenidia smitti se encuentra entre la 4-5 y en A. nigricans entre la 3-4. En cuanto a la posición y número de espinas de la primera dorsal y anal una extensa discusión fue realizada por STARKS (1899), GOSLINE (1962) y ROSEN & PARENTI (1981). Las especies Austromenidia smitti, A. nigricans y Austroathe- rina incisa presentan una espina anterior a los rayos de la segunda dorsal. El núme- ro de espinas de la primera dorsal varia en Austromenidia smitti de VI-VIII, en A. nigricans de VI-VIll y en Austroatherina incisa de IV-V UI. En el aparato caudal de los Atherinidios, ROSEN (1964) describe hipural in- ferior libre y uroneural fusionado a la placa hipural dorsal, para la familia Atheri- nidae menciona la presencia constante de 2 hipurales. En las especies estudiadas el IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):67-80, 19 nov. 1990 74 PIACENTINO, G.L.M. estegural (uroneural de ROSEN, 1964) no estä fusionado al hipural V pero la arti- culación es estrecha. En las muestras observadas de Austromenidia nigricans y A. smitti el número de epurales es uno al igual que en Austromenidia gracilis (DE LA HOZ & RUIZ, 1987). En las muestras estudiadas de Austroatherina incisa el número de epurales es dos y se describe la ausencia de uroneural teniendo en cuenta que anteriormente fue descrita la presencia del mismo (PIACENTINO, 1987). La observación de mayor número de especímenes y localidades empleadas para este trabajo muestra nuevos niveles de variabilidad para algunos de los estados de los atributos considerados estables hasta el momento (PIACENTINO, 1987) como sucede con el postemporal, basipterigio y urodermal. AGRADECIMIENTOS A la Drê G. Arratia, al Lic. H. Castello y a la Lic. J. Mufiiz Zaavedra por las sugerencias y correcciones del manuscrito asf como a las autoridades del Museo Argentino de Ciencias Na- turales Bernardino Rivadavia donde se realizó el trabajo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS BERG, LS. 1940. Classification of fishes, both recent and fossil. Trav. Inst. Zool. Acad. Sci., 5(2):87-517. [Reprint: Ann. Arbor, 1947] BUEN, F. de. 1955. Contribuciön a la Ictiologfa VIII. El Odontesthes regia laticlavia y ensayo de distribuciôn genérica de las especies chilenas. Investnes. zool. chil., Santiago, 2(7):115- 18. CAMPOS, H. 1984. Los géneros de atherinidos (Pisces: Atherinidae) del Sur de Sudamérica. Revta. Mus. argent. cienc. nat. Bernardino Rivadavia. Ser. Zool., Buenos Aires, 13(5):71-84. CHERNOFF, B. 1986. Phylogenetic Relationships and Reclassification of Menidiine Silverside Fisches with Emphasis on the Tribe Membradini. Proc. Acad. nat. Sci. Ph, rad., Philadel- phia, 138(1):189-249. DE LA HOZ, E. & TOSTI CROCE, E. A. 1981. Osteologfa de Basilichtys australis Eigenmann (Teleostei, Atherinidae). An. Mus. Hist. nat., Valparaiso, 14:229-45. DE LA HOZ E. & RUIZ, V. 1987. Osteologfa de Austromenidia gracilis (Steindachner). In: Congr. Lat. Zool. Chile, nº, 1987. Comunicaciones. Local, 1989. p. DUNN, J.R. 1983. The utility of development osteology in taxonomic and systematic studies of teleost larvae: a review. Tech. Rep. NMFS. Circ., Washington. 450: 1-19. EIGENMANN, CH. 1928. The fresh water fishes of Chile. Mem. natu. Acad. Sci., Washington, 22:1-68. FOWLER, H.W. 1903. Descriptions of new little known and typical Atherinidae. Proc. Acad. nat. Sci. Philad., Philadelphia, 195:727-42. GOSLINE, W. 1961. The perciform caudal skeleton. Copeia, Washington, (3):265-70. —. 1962. Systematic position and relationships of the percesocine fishes. Pacif. Science, Honolulu, 16:207-17. IHERINGIA, Ser.Zool., Porto Alegre (70):67-80, 19 nov. 1990 Descripciön del esqueleto axial, ... 75 RA ds 000000000 GREGORY, W.K. 1907. The orders of teleostomus fishes. Part. Il. Ann. N.Y. Acad. Sci., New York, 17:437-508. HOLLISTER, G. 1934. Clearing and dyeing for bone study. Zoologica, New York, 12:89 101. HUBBS, G.L. 1918. Colpichthys, Thyrinops and Austromenidia, new genera of atherinoid fishes from the New World. Proc. Acad. Nat. Sci. Philad., Philadelphia, 69:305-8. JENYNS, L 1842. The Zoology of the voyage of H.M.S. Beagle, during the years 1832- 1836. Part 4. Fishes. Smith, Eldex, London. JORDAN, D.S. & HUBES, C.L. 1919. Studies in Ichthyology. A monographic Review of the Family of Atherinidae or Silversides. Lel. Stanf. Jun. Univ. Publ. Univ. Ser., Berkeley: 1-87. MONOD, T.H. 1967. Le complexe urophore des les poissons. Typologie et evolution (Note preliminaire). Coll. Int. Cent. Nat. Res. Scient., Paris, 136:111-13, — 1968. Le complexe urophore des les poissons teleosteens. Mem. Inst. Francaisa d’ Afri- que Noire, Ifan. Dakar, 81:1-681. NORMAN, J.R. 1937. Coast fishes, Part Il. The Patagonian region. Discovery Reps., Cam- bridge, 16:1-150. PATTEN, LM 1978. Osteology, relationships and classification of hardyheads of the subfa- mily Atherininae (Pisces: Atherinidae). 170f. Tese (Mastr.-especial). Macquaris University. Sidney, 1978. PIACENTINO, G.L. 1980. Craneosteologfa de la especie Austroatherina incisa. Contr. Cient. CIBIMA, Buenos Aires, 158:3-20. —, 1987. Estudio de las relaciones fenéticas y evolutivas de las especies de la Familia Atheri- nidae (Pisces, Atherinimorpha) del extremo austral de América del Sur. f. Tese (Douto- ram.-especial.) Universidade. Buenos Aires, 1987. [não publicada] PIACENTINO, G.L. & TORNO, A.E. 1987. Osteological observations of the vertebral column in some species of South American Atherinids (Osteichthyes, Atheriniforms). Studies Neotrop. Fauna and Envir. 22(2): 93-8. PIANTA DE RISSO, E.N. & RISSO, F.J.J. 1953. El cornalito (Sorgentinia incisa) y su ubica- ciöon sistemática. Trabajo del Mus. de Tres Arroyos. i:3-25. ROSEN, D.E. 1964. The relationships and the taxonomic position of the healfbeaks, killi- fishes, silvesides, and their relatives. Bull. Am. Mus. nat. Hist., New York, 127(5):219-97. ROSEN, D.E. & PARENTI, LR. 1981. Relationships of Oryzias, and the groups of atheri- nomorph fish. Am. Mus. Novit., New York (2719): 1-25. SCHULTZ, L.P. 1948. A revision of six families of atherine fishes, with descriptions of new genera and species. Proc. U.S. Natn. Mus. Washington, 98:1-48. STARKS, E.C, 1899. The osteological characters of the fishes of the suborder Percesoces. Proc. U.S. Natn. Mus., Washington, 22:1-10. TAILOR, W.R. 1967. An enzyme method of clearing and staining small vertebrates. Proc. U. S. Natn. Mus., Washington, 122(3596) :1-7. WHITE, B.N. 1985. Evolutionary relationships of the Atherinopsinae (Pisces, Atherinidae). Contr. Sci., Los Angeles, 368: 1-20. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):67-80, 19 nov. 1990 76 PIACENTINO, G.L.M. epural esteg ural E 13 51 IV escapula E o m 5 o c [em : Ed A coracoides parahipural u escapula pseudourostilo B 2 Y esteg ural E IV E © m 3 e L tell postemporal parahipural supracleitro 5 CP 6 I): 78 9 10 I superior inferior cleitro = postcleitto — +“ wwg Figs. 1-14. 1,2. Cintura escapular primaria: 1. Austromenidia smitti, 2. A. nigricans; 3-12. Cintura escapular secundaria: 3,6,7,9,11. A. smitti; 4,5,8,10,12. A. nigricans; 13,14. Apa- rato caudal. 13. 4. smitti; 14. 4. nigricans. Figs. 1,2; 3-10; 11,12; 13,14 igual escala. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):67-80, 19 nov. 1990 Descripciön del esqueleto axial, ... 27 Figs. 15-18. 15, 16 Basipterigio: 15. Austromenidia smitti; 16. A. nigricans; 17. Dispo- sicion de las costillas pleurales y epipleurales de A. smitti; 18. Disposiciön del pterigióforo ra- dial de 4. smitti. Figs. 15, 16; 17, 18 igual escala. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):67-80, 19 nov. 1990 78 PIACENTINO, G.L.M. arco neural costillas epipleurales EM vértebra 5mm costillas pleurales pseudourostilo | epurales espinas neurales esteg ural uroneural arco neural V IV ER 5 20 7 m al arco hemal -Parahipural espinas hemales Figs. 19-20. Austroatherina incisa; 19. Esqueleto axial; 20. Aparato caudal (igual esca- la). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):67-80, 19 nov. 1990 Descripciön del esqueleto axial, ... 79 radios aleta dorsal espina neural C. vertebral espina hemal 5mm pterigiöforos radios aleta anal Figs. 21-22. Austroatherina incisa: 21. Esqueleto interno de la primera aleta dorsal; 22. Esqueleto axial (igual escala). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (70):67-80, 19 nov. 1990 80 PIACENTINO, G.L.M. aleta anal 27 28 L terigiof a Pterigioforos Iãaleta dorsal l"aleta dorsal 30 pterigióforos supraneurales DALE Wu m Figs. 23-31. Austromenidia smitti: 23-25. Esqueleto axial; 28. esqueleto interno de la segunda aleta dorsal; 30. esqueleto interno de la primera aleta dorsal. Austromenidia nigricans: 24-26. esqueleto axial; 27. esqueleto interno de la aleta anal; 29. esqueleto interno de la segun- da aleta dorsal; 31. esqueleto interno de la primera aleta dorsal. (o: primer vértebra precaudal; p: costillas epipleurales; q: costillas pleurales; r: primer vértebra caudal; s: pterigióforos proxi- males; Figs. 23,25,26,30 igual escala; 27,29 igual escala). IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):67-80, 19 nov. 1990 FURTHER NOTES ON CUL/CO/DES LATREILLE 1809 FROM AR- GENTINA (INSECTA, DIPTERA, CERATOPOGONIDAE)* Maria M. Ronderos* * Gustavo R. Spinelli* * ABSTRACT Four species of Culicoides are recorded for the first time for Argentina: C. boliviensis Spinelli & Wirth, C. brasilianum Forattini, C. horticola Lutz and C. nigrigenus Wirth & Blan- ton. Besides, the first description and illustrations of the males of C. brasilianum, C. caridei (Brêthes) and C. saltaensis Spinelli & Wirth are provided. INTRODUCTION The biting midges of the genus Culicoides Latreille are notorious blood- sucking pests of man and animals throughout the world. WIRTH et alii (1988) listed 246 valid species and 2 subspecies for the Neotropical region, mainly for Bra- zil and the Caribbean area. In Argentina, this genus is presently known only from 15 species (RONDEROS, in press), whose males are described for 12 of them. The purpose of this paper is to record for the first time for Argentina the following species: C. boliviensis Spinelli & Wirth, 1984; C. brasilianum Forattini, 1956; C. horticola Lutz, 1913 and C. nigrigenus Wirth & Blanton, 1956, bringing thus, the total number of argentinian species to 19, as well as to give the first des- cription of the males of C. brasilianum, C. caridei (Brêthes, 1912) and C. saltaensis Spinelli & Wirth, 1984. For an explanation of terminology see WIRTH & BLANTON (1959) and SPINELLI & WIRTH (1984). The mateial examined is from the following collec- * Aceptado para su publicaciön 10.1 V.90. Scientific Contribution Nº 408 of the Instituto de Limnologfa “Dr. Raúl A. Ringuelet”, Work supported by a CONICET grant PID 3-074200/85. ** Instituto de Limnologia “Dr. Raúl A. Ringuelet’‘, Casilla de Correo 712, 1900 La Plata, Argentina. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):81-88, 19 nov. 1990 82 RONDEROS, M.M. & GUSTAVO R. SPINELLI tions: “Museo de La Plata”, La Plata, Argentina (MLPA); “Fundación Miguel Lillo”, Tucumán, Argentina (FMLT) and Florida State Collection of Arthropods, Gaines- ville, Florida, U.S.A. (FSCA). Culicoides boliviensis Spinelli & Wirth, 1984 Culicoides boliviensis SPINELLI & WIRTH, 1984:172, figs. 1-5, 51 (female; Bolivia, Brazil); SPINELLI & WIRTH, 1985:55, fig. 39 (key); WIRTH et alii, 1988:9, 34 (Neotropical Atlas). New Records. ARGENTINA Corrientes: Colonia Liebig, 59, 12.X. 1986, C. Roldáân col. (CDC light trap); (MLPA); Misiones: Posadas, 39, 14.X1.1970, C. Porter & L. Stange col., light trap (FMLT). Distribution. Argentina (Corrientes and Misiones), Bolivia (Santa Cruz), Bra- zil (Minas Gerais). Culicoides brasilianum Forattini, 1956 (Figs. 1-3) Culicoides brasilianum FORATTINI, 1956: 81, figs. 1-5 (female; Brazil, São Paulo); FORATTI- NI, 1957: 202, fig. 14 (female redescrip.; distrib.); WIRTH, 1974: 24 (cat.); SPINELLY & WIRTH, 1985: 51, fig. 5 (key); WIRTH et alii, 1988: 6, 14 (Neotropical Atlas). Male. Wing lenght 0.90 mm; breadth 0.34 mm. Head. Dark brown, eyes narrowly contiguous. Antenna with flagellum yellow- ish, except flagellar segments 13-15 brown; flagellar segments 3-12 indistinctly se- parated; lenghts of flagellar segments 13-15 in proportion of 19-19-25. Palpus co- lapsed in the available specimen, with an irregular sensory pit on 3rd segment. Thorax. Brown. Mesonotum without a definite pattern, humeral areas yello- wish. Legs brown, tibiae with subbasal pale rings, hind tibia pale distally. Wing (fig. 1) with extensive pale markings; distal 2/3 of 2nd radial cell included in a pale spot; pale spot over r-m crossvein extending to costal margin; distal pale spot in cell R5 transverse, broadly connected with wing margin; 2 pale spots in distal por- tion of cell M1; cell M2 with pale streak at base, irregular pale area between medial and mediocubital forks, and 2 pale spots in distal portion; cell M4 with pale lines bordering posterior side of vein M3+4 and distal side of vein Cu, and a round pale spot in distal portion of cell connected narrowly to pale line along vein M3+4; anal cell with pale area at base and 2 large, coalescent pale spots in distal portion. Scattered macrotrichia at wing tip; costal ratio 0,63. Halter knob brownish, IHERINGIA, Sér.Zoo!., Porto Alegre (70):81-88, 19 nov. 1990 Further notes on ... 83 Genitalia (fig. 2) elongated. Ninth sternum, 2 times broader than long, with a rounded, deep caudomedian excavation; 9th tergum rounded distally, with slen- der, convergent, very closed apicolateral processes. Basistyle elongated, colapsed in the available specimen, ventral and dorsal roots reduced; dististyle swollen at base, pilose, abruptly narrowed at midlength and greatly curving to spoon-shaped tip. Aedeagus elongated, nearly twice as long as basal breadth; basal arch low, extending to 1/5 of total length; distal portion with internal sclerotized anterior projection and round terminal papilla. Parameres (fig. 3) connected at bases by a short sclerotized loop, each with stout main body and slender, ventrally directed filiform tip, apex with minute fringing hairs. New Record. ARGENTINA, Misiones: Posadas, 18, 14.X1.1970, C. Porter & L. Stange col., light trap (FMLT). Distribution. Argentina (Misiones), Brazil (Santa Catarina, São Paulo, Per- nambuco). Discussion. The male of C. brasilianum can be distinguished from the male of the related species C. guttatus (Coquillett) by the 9th sternum with a deep caudo- median excavation, 9th tergum with very closed apicolateral processes, dististyle swollen and pilose at base, and by the stouter main body of parameres. Culicoides caridei (Brêthes, 1912) (Figs. 4-5) Cotocripus caridei BRETHES, 1912: 451, fig. (female; Argentina). Centrorhynchus setifer Lutz, 1913: 64, fig. 13 (female; Brazil). Culicoides caridei; LANE, 1945: 366 (comb.; redescrip.; syn.: Centrorhynchus setifer Lutz, 1913; Culicoides hirtipes Kieffer, 1917); BARBOSA, 1947: 13 (Uruguay); MACFIE, 1948: 69 (hirtipes not a syn., is a Dasyhelea); Wirth, 1960: 44 (female redescrip.); CAVALIERI & CHIOSSONE, 1966: 147 (Argentina); WIRTH, 1974: 29 (cat.); SPINELLI & WIRTH, 1985, fig. 3 (key; distrib.); WIRTH et alii, 1988: 12, 54 (Neotropical Atlas). Dasyhelea caridei; LANE & ORTIZ, 1950: 460 (comb.); FORATTINI, 1957: 189 (generic position). Male. Wing length 1.17 (1.06-1.28, =6) mm; breadth 0.38 (0.36-0.40, n = 6) mm. Head. Dark brown. Eyes bare, separated. Antena with flagellar segments distinctly separated; lengths of flagellar segments in proportion of 23-10-10-10-9-9- 9-9-9-12-29-20-22; sensory pattern 3, 8, (9), 10, (13), 14, (15). Palpal segments in proportion of 5,12-12-8-7; 3rd segment with subapical, shallow sensory pit. IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):81-88, 19 nov. 1990 84 RONDEROS, M.M. & GUSTAVO R. SPINELLI Thorax. Dark brown, mesonotum without pattern; scutellum with 6 setae. Legs dark brown, tarsi slightly paler; hind tibial comb with 5 bristles. Wing very poorly marked; membrane uniformly grayish, darker along veins, except a single, narrow, faint poststigmatic pale spot; 2nd radial cell obscure, slightly smaller than 1sp radial cell. Macrotrichia numerous on distal 1/2 of wing; costal ratio 0.54 (0.53-0.56, n=6). Halter dark brown. Genitalia (fig. 4) heavily sclerotized. Ninth sternum with a shallow, rounded caudomedian excavation; 9th tergum long and tapering, apicolateral processes well developed; a pair of evident, pilose, median cerci. Basistyle with ventral root foot- shaped, dorsal root stout; dististyle long and very slender, with bent apex. Ae- deagus with basal arch rounded, extending to 2/5 of total length; basal arms stout, strongly sclerotized; distal portion slender, tapering to bilobated tip, each lobe pointed. Parameres (fig. 5) each with large basal knob somewhat laterally directed; stem stout, abruptly bent near base, sinuate on mid portion, abruptly bent near apex, distal filamentous tapering to fine, simple tip. Material examined. ARGENTINA, Buenos Aires: Magdalena, arroyo Zapata, 66, 1.XIl. 1987, G. Spinelli col. (CDC); Buenos Aires: Berisso, Los Tales (acceso balneario Bagliardi), 3d, 1.X11.1987, G. Spinelli col. (CDC) (MLPA). Distribution. Argentina (Buenos Aires, Rio Negro), Brazil (Rio Grande do Sul), Uruguay (Treinta y Tres). Discussion. C. caridei differs from the related species C. bambusicola Lutz in the following male genital characters: 9th sternum with shallow, rounded caudo- median excavation, 9th tergum with stouter apicolateral processes, dististyle with bent apex, aedeagus without a distal blunt process, and distal filamentous of pa- rameres tapering to simple tip. Culicoides horticola Lutz, 1913 Culicoides horticola LUTZ, 1913: 61, fig. 9 (female; Brazil); COSTA LIMA, 1937: 420, fig. Ga (“cotype''); FLOCH & ABONNENC, 1942: 4 (misident; French Guiana); FORATTINI, 1957: 318, fig. 54 (male, female; Brazil); WIRTH, 1974: 32 (cat.); SPINELLI & WIRTH, 1985: 61, fig. 63 (notes on types; key); WIRTH et alii, 1988: 11, 48 (Neotropical Atlas). Culicoides trilineatus; FORATTINI, 1957: 389 (misident., in part, at least one female recorded from Argentina). New Records. ARGENTINA, Buenos Aires: Ensenada, Punta Lara, 39, 25.X1.1985, G. Spinelli & M. Ronderos col. (CDC); Misiones, Aristóbulo del Valle, 1, 27.11.1951, J. Duret col. (recorded as C. trilineatus by FORATTINI, 1957) (MLPA). IHERINGIA, Ser.Zool., Porto Alegre (70):81-88, 19 nov. 1990 Further notes on ... 85 sa en O Distribution. Argentina (Buenos Aires, Misiones), Brazil (São Paulo). Culicoides nigrigenus Wirth & Blanton, 1956 Culicoides nigrigenus WIRTH & BLANTON, 1956: 222, fig. 7 (female, male; Panama, Nicara- gua, Honduras); FORATTINI, 1957: 262, fig. 33 (redescrip.); WIRTH & BLANTON, 1959: 308, fig. 20 (redescrip.); WIRTH & BLANTON, 1970: 150 (diagnosis); WIRTH, 1974: 20 (cat.; Colombia, Mexico, Trinidad); AITKEN et alii, 1975: 134 (Colombia, Mexico, Pa- nama, Trinidad); WIRTH et alii, 1988: 7, 24 (Neotropical Atlas). New Records. ARGENTINA, Salta: Parque nac. “El Rey”, 39, 12.X1.1983, S. Chalukian col, in Aechmea distichanta Lem. (Bromeliaceae); idem, X11.1984, 19; idem, X. 1984, 2d (MLPA). Distribution. Argentina; Colombia; Honduras; Mexico; Nicaragua; Panama; Trinidad. Culicoides saltaensis Spinelli & Wirth, 1984 (Figs. 6-7) Culicoides saltaensis SPINELLI & WIRTH, 1984: 183, figs. 41-45, 58 (female; Argentina; SPINELLI & WIRTH, 1985: 53, fig. 22 (key); WIRTH et alii, 1988: 8, 28 (Neotropical Atlas). Male. Wing length 0.84 (0.74-0.94, n=5) mm; breadth 0.37 (0.33-0.41, n=5) mm. Head. Pale brown. Eyes bare, narrowly contiguous. Antenna with flagellar segments 3-13 indistincly separated; lengths of flagellar segments 13-15 in propor- tion of 18-14-18. Palpal segments in proportion of 5-8-11-6-6; 3rd segment broad distally, bearing a deep sensory pit with rounded tip. Thorax. Pale brown, mesonotum without pattern; scutellum with 4 setae and 4 small hairs. Legs pale brown, with faint pale rings subapically on fore and hind femora, subbasally on tibiae; hind tibial comb with 4 bristles. Wing with extensive pale markings; 2nd radial cell included in a dark spot; pale spot over r-m crossvein extending to costal margin; cell R5 with 4 pale spots, the proximal and distal pairs broadly fused into double spots, whose anterior portions are broadly connected with wing margin; small, double pale spot present straddling base of vein M1 and middle of vein M2; one pale spot in apex of cell M1 and one in cell M2, both well separated from wing margin; cell M4 with a large pale spot broadly connected with wing margin; one pale spot in apex and one at base of anal cell; a pale spot IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):81-88, 19 nov. 1990 86 RONDEROS, M.M. & GUSTAVO R. SPINELLI present in cell M2 behind medial fork and another present in front of mediocubital fork; pale spots at wing margin at apices of veins M1, M2 and M3+4. Macrotrichia dense extending to base; costal ratio 0.46 (0.44-0.48, n=5). Halter pale. Genitalia (fig. 6). Ninth sternum with scarcely perceptible caudomedian exca- vation; 9th tergum tapering, with long, slender, very divergent apicolateral pro- cesses. Basistyle with ventral and dorsal roots slender and simple, the ventral root pointed apically; dististyle 0.75 as long as basistyle, tapered to hooked apex. Ae- deagus Y-shaped, slightly longer than basal breadth; basal arch rounded, extending to 1/2 of total length; basal arms slender, strongly sclerotized; distal portion tapered to broad, truncated apex. Parameres (fig. 7) each with slender, laterally directed basal arms, stem gradually tapering to slender, simple tip abruptly bent ventrola- terad. Material examined. ARGENTINA Salta: 7km W Cafayate (Río Colorado), 169, 10d, 3.X11.1986, G. Spinelli col. (CDC) (MLPA); La Rioja, Pozo de Piedra (4mi E Chepes), 19, 7.1. 1980, Woodruff-Stange-Cordo col., light trap (FSCA). Distribution. Argentina (Salta and La Rioja). Discussion. Very similar to C. chacoensis Spinelli & Wirth. The male genitalia only differs in the basal arch of aedeagus slightly lower, and in the slender basal arms of parameres. REFERENCES AITKEN, T.H.G.; WIRTH, W.W.; WILLIAMS, R.W.; DAVIES, J.B.; TIKASINGH, E.S. 1975. A review of the bloodsucking midges of Trinidad and Tobago, West Indies (Diptera: Cerato- pogonidae). J. Ent., London (B) 44:101-44. BARBOSA, F.A.S. 1947. Culicoides (Diptera: Heleidae) da Região Neotröpica. An. Soc. Biol. Pernambuco, Recife, 7:3-30. BRETHES, J. 1912. Descripción de un nuevo género y especie nueva de Chironomidae. Anal. Mus. nac. Buenos Aires, Buenos Aires, 15:451-3. CAVALIERI, F. & CHIOSSONE, I. 1966. Sobre el conocimiento actual del género hematöfa- go Culicoides Latreille, 1809, en la Argentina (Diptera, Ceratopogonidae). Physis, Buenos Aires, 26:145-53. COSTA LIMA, A. 1937. Chave das espécies de Culicoides da região neotropica (Diptera: Ceratopogonidae). Mem. Inst. Oswaldo Cruz, Río de Janeiro, 32:411-22. FLOCH, H. & ABONNENC, E. 1942. Ceratopogonides hematophages de la Guyane Francaise. Publ. Inst. Pasteur de la Guyane et du Territ. de L’Inini, Cayenne, 37:1-10. FORATTINI, O.P. 1956. Nova espécie de Culicoides (Diptera, Ceratopogonidae) de São Vi- cente, Estado de São Paulo, Brasil. Arq. Fac. Hig. Saúde Púb. Univ. São Paulo, São Paulo, 10:81-4. —, 1957. Culicoides da Região Neotropical (Diptera, Ceratopogonidae). Arq. Fac. Hig. Saúde Púb. Univ. São Paulo, São Paulo, 11:161-526. IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):81-88, 19 nov. 1990 Further notes on ... 87 LANE, J 1945. Redescrição de Ceratopogonídeos Neotröpicos (Diptera: Ceratopogonidae). Rev. Ent., Río de Janeiro, 16:357-72. LANE, J. & ORTIZ, |. 1950. Sinonimia en Culicoides (Diptera: Ceratopogonidae). Rev. Sanid. Asist. Soc., Caracas, 15:460. LUTZ, A. 1913. Contribuição para o conhecimento das Ceratopogoninas hematofagas do Bra- sil. Parte sistemática. Segunda Memória. Mem. Inst. Oswaldo Cruz. Río de Janeiro, 5:45-73. MACFIE, J.W.S. 1948. Some species of Culicoides (Diptera, Ceratopogonidae) from the state of Chiapas, Mexico. Ann. Trop. Med. Parasit., Liverpool, 42:67-87. RONDEROS, M.M. Dos especies nuevas del género Culicoides para la Argentina y Uruguay. Revta. Soc. ent. argent., Buenos Aires. [no prelo). SPINELLI, G.R. & WIRTH, W.W. 1984. Ocho especies nuevas del género Culicoides Latreille de la región Neotropical. Primera descripciön del macho de C. flinti Wirth, y de la hembra de C /enti Tavares y Luna Dias (Diptera: Ceratopogonidae). Revta. Soc. ent. argent., Buenos Aires, 43(1-4):171-85. —. 1985. Clave para la identificación de las especies del género Culicoides Latreille presentes al sur de la cuenca amazônica. Nuevas citas y notas sinonímicas (Diptera: Ceratopogoni- dae). Revta. Soc. ent. argent., Buenos Aires, 44(1):49-73, 1986. WIRTH, W.W. 1960. The correct status of Cotocripus caridei Brêthes, a South American biting midge (Diptera: Ceratopogonidae). Proc. ent. Soc. Wash., Washington, 62:44, —, 1974. A catalogue of the Diptera of the Americas south of the United States. 14. Family Ceratopogonidae. Mus. Zool. Univ. São Paulo, São Paulo, 14:1-89. WIRTH, W.W. & BLANTON, F.S. 1956. Studies in Panama Culicoides VII. The species of the pulicaris and cova-garciai groups (Diptera, Ceratopogonidae). Proc. ent. Soc. Wash., Washing- ton, 58:211-27. —, 1959. Biting midges of the genus Culicoides from Panama (Diptera: Heleidae). Proc. U.S. Nat. Mus., Washington, 109:237428. —, 1970. A review of the Culicoides nigrigenus group, with two new species (Diptera: Cerato- pogonidae). Ent. News, Philadelphia, 81:141-51. WIRTH, W.W.; DYCE, A.L.; SPINELLI, G.R. 1988. An Atlas of wing photographs, with a summary of the numerical characters of the Neotropical species of Culicoides (Diptera: Ceratopogonidae). Contrib. Amer. Ent. Inst., Gainesville, 25(1-4):1-72. IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):81-88, 19 nov. 1990 88 RONDEROS, M.M. & GUSTAVO R. SPINELLI Figs. 1-7: 1-3, Culicoides brasilianum Forattini, male; 4-5, Culicoides caridei (Brethes), male; 6-7, Culicoides saltaensis Spinelli & Wirth, male. 1, wing; 2, 4, 6, genitalia (parameres removed); 3, 5, 7, parameres. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (70):81-88, 19 nov. 1990 DESCRIÇÃO DO MACHO DE M/CRATHENA KIRBYI (PERTY, 1833) (ARANEAE, ARANEIDAE)* Alexandre Bragio Bonaldo** ABSTRACT The male of Micrathena kirbyi (Perty, 1833) is described an the palp is characterized and illustrated for the first time, INTRODUÇÃO A identificação das aranhas do género Micrathena Sundevall, 1833 deposita- das no Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (MCN) e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazonia (INPA), provenientes da Re- serva Ducke, Manaus, Amazonas, Brasil, resultou no registro de M. acuta (Walc- kenaer, 1841), M. clypeata (Walckenaer, 1805), M. coca Levi, 1985, M. evansi Chickering, 1960, M. excavata (C.L. Koch, 1836), M. exlinae Levi, 1985, M. furcula (O. Pickard-Cambridge, 1890), M. horrida (Taczanowski, 1873), M. kirbyi (Perty, 1833), M. plana (C.L. Koch, 1836), M. pungens (Walckenaer, 1841), M. schreibersi (Perty, 1833), M. triangularis (C.L. Koch, 1836) e M. triangularispinosa (De Geer, 1778), bem como na descrição do macho adulto de Micrathena kirbyi, espécie até recentemente conhecida apenas por fêmeas. Machos imaturos foram descritos por LEVI (1985), o que permitiu o reconhecimento dos adultos. Micrathena kirbyi (Perty, 1833) (Figs. 1,2) Macho (MCN 18624). Carapaça amarela, com a região cefálica negra e late- rais da região torácica escurecidas. Quelíceras amarelas, escurecidas nos 3/4 proxi- * Aceito para publicação em 01.VI. 1990. Contribuição FZB nº 379. ** Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotänica do Rio Grande do Sul, Caixa Postal 1188, CEP 90001, Porto Alegre, RS, Brasil. (Bolsista CNPq, Iniciação Científica, proc. nº 806061/88.0). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):89-91, 19 nov. 1990 90 BONALDO, A.B. mais. Lâminas maxilares, lábio e esterno, enegrecidos. Pernas I, Ile IV amarelas, com pigmentação olivácea nos quatro artículos distais; perna Ill olivácea; coxas e trocânteres amarelos. Dorso do abdômen esbranquicado, com pigmentação negra (fig. 1). Ventre com uma larga faixa negra longitudinal mediana, com pontos bran- cos a partir do sulco epigástrico, estendendo-se além das fiandeiras. Olhos médios anteriores separados entre si por mais da metade de seu diâmetro e dos olhos late- rais anteriores por pouco mais de dois diâmetros; olhos médios posteriores separa- dos entre si por cerca de um diâmetro e dos laterais posteriores por cerca de dois diâmetros e meio. Fóvea da carapaça com distinta margem circundante. Coxa | com um gancho ventro-posterior distal; fêmur Il com um sulco prolateral, proxi- mal; tibias | e Il com espinhos ventrais curtos. Abdômen sub-retangular, de lados levemente convexos. Medidas (mm). Comprimento total, 4,75. Carapaça, comprimento 2,07, lar- gura 1,67. Abdomen, comprimento 2,92, largura 1,40. Pernas, 4,1,2,3. Compri- mento I/I1/III/IV: fêmur 1,90/1,57/0,97/2,55; patela e tíbia 1,87/1,50/0,85/2,12; metatarso 1,45/1,22/0,60/1,87; tarso 0,62/0,55/0,40/0,67. Total, 5,85/4,85/2,82/ 1,22. Variação. O comprimento total dos dois machos examinados é de 4,75- 4,95mm. A intensidade da coloração olivácea das pernas e a quantidade de pig- mento negro do abdômen variam de um espécime para outro. Diagnose. Machos de Micrathena kirbyi assemelham-se aos de M. macfarla- nei Chickering, 1961 e M. guanabara Levi, 1985 pela base da apófise media escle- rotinizada e esculpida. Diferem pela apófise terminal, com duas expansões distais; pelo êmbolo de base engrossada e ápice encoberto pela expansão distal inferior da apófise terminal (fig. 2). Material examinado. BRASIL Amazonas: Manaus (Reserva Ducke), 5 23 imaturos, INPA, 12.111.1987, AA. Lise leg.; 164 imaturos, INPA, 04.V111.1987, A.A. Lise leg.; 19, INPA, 04.V111.1987, L. Aquino leg.; 1 2, MCN 18620, 04.VIII. 1987, J. Vidal leg.; 1 d3 imatu- ros, MCN 18624, 18.X11.1987, AA, Lise leg.; 493 imaturos, MCN 18625, 03.V111.1937, AA. Lise leg. AGRADECIMENTOS A pesquisadora Erica Helena Buckup, MCN, pela oportunidade de realizar esta pesqui- sa e pela orientação na execução do trabalho. A Dr@ Cecilia Volckmer Ribeiro, Diretora Exe- cutiva do MCN, pelo uso dos equipamentos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS \ LEVI, HW. 1985. The Spiny Orb-Weaver Genera Micrathena and Chaetacis (Araneae: Ara- neidae). Bull. Mus. comp. Zool. Harv., Cambridge, Mass., 150(8):429-618. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):89-91, 19 nov. 1990 Descrição do Macho de ... 91 Figs. 1-2. Micrathena kirbyi (Perty, 1833), macho: 1. dorsal (Escala: 1,0mm); 2. palpo, mesial (Escala: O,Imm), IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70): 89-91, 19 nov. 1990 a an e lg Sa cl 5 ELLE ee a FED E e + 4 bat. à má a elite pres a vENtrs ai picada to! Han, en mpriçmento Fi 82. lar + 1.00 ESTUDIO ANÄTOMO-HISTOLÖGICO DEL TRACTO DIGESTIVO DE FULICA ARMILLATA (VIEILLOT, 1817) AVES, (GRUIFOR- MES, RALLIDAE)* Laura Varangot de Espínola** Ercilia A. Galliussi** ABSTRACT The morphological and histological features of the digestive tract of Fulica armillata (Vieillot, 1817) were studied. From a morphological point of view it consists of: esophagus, glandular stomach or proventriculus, gizzard or ventriculus, small intestine (duodenal loop and Meckel tract), Meckel diverticulum, intestinal ceca, rectum and cloaca, The histological structure of the tissue layers that conform the walls of each organ were described, with empha- sis on the variations of the mucosa, INTRODUCCIÓN La especie Fulica armillata (Vieillot, 1817) es conocida con el nombre de gallareta ligas rojas, por la faja de ese color que presenta en la parte sin plumas de la tibia. Es muy común en las Ilanuras chacopampeanas extendiéndose desde el norte de la República Argentina hasta Tierra del Fuego e Islas Malvinas. Frecuen- ta principalmente esteros y lagunas con vegetación acuática, pero también suele encontrarse en lagunas abiertas. La literatura relacionada con la microscopía anatómica del tracto digestivo de las aves es muy vasta. En general los estudios realizados corresponden a los ór- denes Anseriformes, Galliformes, Columbiformes y Psitaciformes. En la mayoria se describen uno o algunos de los órganos que lo componen desde un punto de vista anatómico, histológico, histoquímico o fisiológico: LOOPER & LOOPER (1929), SITNA (1965), FENNA & BOAG (1974), PAPADOPOL (1974 a, b), * Aceptado para su publicaciön 02. VI11.1990. ** Departamento de Ciencias Biológicas, Facultad de Ciencias Exactas y Naturales, Universidad de Buenos Aires. Pabellón Nº 2, 4º piso, Ciudad Universitaria, 1428 Núniez, Buenos Aires, Argentina. IHERINGIA, Ser.Zool., Porto Alegre (70):93-108, 19 nov. 1990 94 ESPINOLA, L.V. DE & ERCILIA A. GALLIUSSI JOHNSON & SKADHAUGE (1975), INFORZATO-DE-LIMA (1977), BEE-DE- SPERONI & CHILILIAN (1983) y CHILILIAN & BEE-DE-SPERONI (1985). CALHOUN (1933) encara el estudio del tracto digestivo en su totalidad, es decir con todos sus órganos y apéndices. Dado que la especie aqui estudiada pertenece a la fauna argentina, es inten- ción de las autoras contribuir así al mejor conocimiento de la misma y brindar un modelo de las estructuras normales que posibiliten su comparación con otros teji- dos patológicos. MATERIAL Y MÉTODOS En esta investigación se utilizaron 8 tractos digestivos de ejemplares adultos de ambos sexos (largo total promedio: 41,67cm), provenientes del embalse Ezequiel Ramos Mejfa, Cho- côn, provincia de Neuquén, República Argentina. El material usado, tanto para las observaciones antömicas como para el análisis histoló- gico se fijo y conservö en formol 10% y está depositado en el Departamento de Ciencias Bio- lógicas, Facultad de Ciencias Exactas y Naturales, Universidade de Buenos Aires. Se determind la morfologia y dimensiones de cada órgano, desde el esófago hasta la cloa- ca, incluyendo los apéndices (divertículo de Meckel y ciegos intestinales). Las longitudes de los distintos ôrganos representan el promedio de los ejemplares estudiados. Se ubicó la desembocadura de los condutos cfstico-ent6rico, hepático-entérico y Pancreä- tico-entéricos inyectändolos con tinta china y picroíndigo carmfn. La misma técnica se empleö para los conductos deferentes y la bursa de Facricius. Se realizô la disecciön del estômago glandular (proventrículo), estômago muscular (molleja o ventrículo) y la cloaca para observar sus características internas. Para el estudio histológico se incluyö en parafina 56-58ºC y se realizaron cortes de 7-8 U. m de espesor. Los métodos de coloraciôn y las reacciones histoquímicas empleados fueron los siguien- tes: hematoxilina-eosina, hematoxilina de Carazzi-fucsina ácida Ponceau de xilidina-azul de ani- lina acética, tricrömico de Cajal Gallego, Orcefna nftrica de Rubens Duval para la identifica- cion de fibras elásticas, A,P.S. y azul alcian pH 3,5. RESULTADOS Esófago (fig. 1). Es un tubo que alcanza 13,75cm de longitud (en un animal de 41,67cm de largo total), se extiende desde la faringe hasta el proventrículo, diámetro aproximadamente uniforme y carece de buche. La mucosa (fig. 7, 8) es glandular y posee pliegues longitudinales en todo su trayecto que permiten la dila- tación del órgano. Estos pliegues están revestidos por un epitelio estratificado pla- no con capa córnea. Las glándulas que se ubican en el corion son túbulo-alveola- res ramificadas y presentan mayor número de ramificaciones en la parte anterior del IHERINGIA, Ser.Zool., Porto Alegre (70):93-108, 19 nov. 1990 Estudio anätomo-histolögico del ... 95 esöfago que en el resto del mismo. Adenömeros tipicamente mucosos constituidos por células cilíndricas con núcleos basales y uno o más nucleolos. Las reacciones de A.P.S. y azul alcian dieron resultados positivos para dichas glándulas. El corion presenta una abundante irrigación, algunos vasos linfáticos, linfocitos dispersos o formando nódulos y granulocitos, principalmente 2osinófilos. La orcefna nítrica de Rubens Duval pone de manifiesto la existencia de fibras elásticas tanto en el corion interglandular (entre glándulas) como en el subglandular {por debajo de las glándulas), siendo más abundantes en este último. No se observa muscular de la mu- cosa a lo largo del esófago, sólo aparecen en el último centímetro del mismo pe- quenos haces de fibras musculares longitudinales ubicadas en el corion subglandular (fig. 8). La túnica muscular (fig. 7) formada por fibras musculares lisas consta de dos capas: longitudinal interna y circular externa. La adventicia está formada por tejido conectivo rico en fibras elásticas, donde pueden hallarse células adiposas, vasos sanguíneos, nervios, acúmulos de linfocitos y algunos sacos aéreos. Aproxi- madamente en el último centímetro del esöfago aparecen, después de la túnica mus- cular, paquetes aislados de fibras musculares lisas longitudinales, vasos sanguíneos, glanglios y nervios que constituirfan la subserosa, dado que en esa región existe una serosa típica. Se observa una zona de transición entre el esófago y el estômago glan- dular (fig. 9) donde el epitelio estratificado plano es reemplazado por el epitelio ci- líndrico simple del estômago; dicha zona carece de sacos o yemas y sólo se encuen- tran glándulas supeficiales. Estômago glandular o proventr ículo. Se presenta como una dilatación del esó- fago, aproximadamente saculiforme (fig. 1). Su extremo posterior se abre, después de una constricción marcada, en el estömago muscular (molleja o ventrículo). La mucosa, revestida por un epitelio cilíndrico simple, posee dos tipos de glándulas: superficiales y profundas (fig. 11, 12). Estas últimas se reúnen constituyendo unas estructuras denominadas sacos o yemas (fig. 10) que se abren entre las glándulas superficiales en forma de papilas. Las glándulas superficiales son de tipo tubular simple y terminan en un fondo de saco ligeramente sinuoso en la primera porción del estômago; sinuosidad que se acrecienta en la última parte del mismo. Estän tapizadas por un epitelio cilíndrico simple que disminuye de altura hacia el fondo de las mismas hasta hacerce cúbico. Los núcleos de estas células poseen uno o dos nucleolos muy evidentes. Se observan granulocitos (neutrófilos y eosinófilos) e linfocitos atravesando el epitelio glandular. Existe un corion interglandular (entre las glándulas superficiales) poco desarrollado y un corion subglandular (por debajo de las glándulas superficiales) totalmente inva- dido por linfocitos. En ambos casos se observan células plasmáticas, granulocitos (fundamentalmente eosinófilos), fibras musculares lisas aisladas y fibras elásticas. La luz o cavidad colectora central de los sacos está revestida por un epitelio cilfn- drico alto que se continúa con el de las glándulas superficiales en los puntos de con- IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):93-108, 19 nov. 1990 96 ESPINOLA, L.V. DE «ERCILIA A. GALLIUSSI tacto con el exterior. De esta luz irradian gländulas tubulares rectas (gländulas pro- fundas), provistas de un epitelio cübico y separadas unas de otras por delgadas pa- redes de tejido conectivo muy irrigadas. Las c&lulas del epitelio ubicadas a ambos lados de un tabique de tejido conectivo se alternan de tal manera que los nücleos se disponen a. la altura de la uniön entre dos células del lado opuesto. Estos núcleos son esféricos y en general basales. La superficie libre de las células limita una luz glandular festoneada. En el corion que rodea a los sacos o yemas se observan fi- bras elásticas. Las reacciones de A.P.S. y azul alcian dieron resultados positivos tan- to en las glándulas superficiales como en el epitelio que reviste la cavidad central de los sacos. La muscular de la mucosa es discontinua y está constituida por haces de fibras musculares lisas que se ubican entre los sacos a la altura de su desembo- cadura y rodeando a los mismos, excepto en su base; entre los haces musculares se observa una irrigación abundante. La túnica muscular está formada por fibras mus- culares lisas dispuestas en tres capas: longitudinal interna, circular media y longitu- dinal externa sumamente delgada; entre las dos últimas capas existen ganglios y nervios. La serosa rodea todo el örgano y se halla, en general, en contacto con la túnica muscular, aunque a veces aparece una subserosa entre ambas. En el tejido conectivo laxo de la subserosa se distinguen adipocitos, acúmulos de linfocitos, va- sos sanguíneos, fibras elásticas y escasas fibras musculares aisladas. Estômago muscular, ventrículo o molleja. El estômago muscular (fig. 1) posee un contorno aproximadamente oval y es muy prominente debido a su muscu- latura. Por su forma y ubicación topográfica se lo puede dividir en un lado derecho y otro izquierdo. Morfológicamente se distinguen las siguientes zonas: estômago muscular propiamente dicho, ciego craneal, región pilórica de la molleja y ciego caudal (fig. 2-5). El estômago muscular propiamente dicho posee una musculatura poderosa en forma de dos espesamientos, dorsal y ventral (PAPADOPOL, 1974, a, b) y presenta exteriormente dos placas tendinosas laterales, derecha e izquierda. Las tres zonas restantes son blandas al tacto y de musculatura muy delgada. El in- terior del estômago está revestido por una placa córnea de color pardo oscuro, de aspecto rugoso, que en los ciegos y la región pilórica adquiere la apariencia de un embaldosado (fig. 5). La mucosa (fig. 13) presenta glándulas de tipo tubular simple, rectas. El epitelio que las reviste es cilíndrico hacia la luz del órgano, disminuye gra- dualmente de altura hasta hacerse plano en el cuerpo de la glándula y vuelve a ser cúbico en el fondo. La secreciön que constituye la capa córnea se observa también en la luz de las glándulas, Ilegando en algunos casos hasta la mitad de su altura y en otros hasta el fondo. El corion interglandular es muy delgado y en él se hallan capilares linfáticos, capilares sanguíneos y fibras musculares lisas aisladas ubicadas muy cerca de la membrana basal del epitelio glandular. En el corion subglandular se observan vasos linfáticos, sanguíneos y fibras elásticas. Las reacciones de A.P.S. y azul alcian dieron resultados positivos en las glándulas de la mucosa. La túnica IHERINGIA, Ser.Zool., Porto Alegre (70):93-108, 19 nov. 1990 Estudio anátomo-histológico del ... 97 muscular consta de una capa interna discontinua de fibras circulares, muy delgada; una capa media de fibras longitudinales muy gruesa y una capa externa de fibras circulares más delgada que la anterior. Posee una gran irrigación en la capa interna y en la media se encuentran fibras elásticas en abundancia. En el tejido conectivo de la capa media se observan fibras musculares lisas longitudinales aisladas. Existe una serosa con un mesotelio evidente, y por debajo de ella una subserosa en la que se distinguen ganglios y fibras musculares lisas longitudinales aisladas. Intestino delgado (asa duodenal y tracto de Meckel). Tiene una longitud de 146,5cm (en una animal de 41,67cm de largo). Su región anterior describe una asa (asa duodenal) en la que se ubica la mayor parte del páncreas; el resto del intestino denominado tracto de Meckel, se acomoda en una espiral muy cerrada (fig. 1). En la última porción del asa duodenal se hallan las desembocaduras de un conducto císti- co-entérico, uno hepático-entérico y dos pancreático-entéricos. Aproximadamente donde comienza el segundo tercio del intestino se observa el divertículo de Meckel. Asa duodenal. La pared del asa duodenal consta de las mismas capas que se repiten a lo largo de todo el sistema digestivo. A diferencia de los mamíferos no se observan pliegues (válculas coniventes o de Kerkring). La mucosa es glandular y presenta vellosidades filiformes, tapizadas por un epitelio cilíndrico simple con cha- pa estriada que puede verse atravesado por linfocitos. Este epitelio está constituido por células prismáticas altas, acidófilas, cuyos núcleos aproximadamente ovoides se ubican en la zona media. Las células caliciformes son escasas. Las glándulas de tipo tubular simple que desembocan entre las vellosidades presentan una luz pequenia y son muy tortuosas (fig. 14). Están revestidas por un epitelio cilíndrico, bajo, de células basófilas con un núcleo ubicado en la mitad basal, y poseen células calicifor- mes. El corion de las vellosidades está constituido por tejido conectivo laxo donde se observan capilares sanguíneos, leucocitos (principalmente granulocitos y linfoci- tos) y fibras musculares lisas que ascienden desde la muscular de la mucosa hasta el extremo de la vellsodidad. En el corion interglandular se encuentran células plas- máticas, capilares sanguíneos y leucocitos. En la zona más cercana a la desemboca- dura de las glándulas, los leucocitos (principalmente eosinófilos, además de neutró- filos y linfocitos), se disponen en acúmulos. Las reacciones A.P.S. y azul alcian die- ron resultados positivos para las células caliciformes. La muscular de la mucosa es- tá constituída por una sola capa de fibras musculares lisas longitudinales; la irriga- ciön es abundante. La submucosa es delgada y la relación de tamafio respecto de la muscular de la mucosa varia entre 1:2 y 1:1; el tejido conectivo que la forma es denso. La túnica muscular comprende una capa interna ancha de fibras musculares lisas circulares y una capa externa delgada de fibras musculares lisas longitudinales; el tejido conectivo que las separa suele engrosarse en algunas zonas; en ellas se observan acúmulos de leucocitos, células plasmáticas, nervios, ganglios y vasos san- IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):93-108, 19 nov. 1990 98 ESPINOLA, L.V. DE & ERCILIA A. GALLIUSSI guíneos. La orceina nítrica demuestra la presencia de escasas fibras elásticas ubica- das entre los haces de fibras musculares que se disponen siguiendo la misma orienta- ción de las fibras musculares de las respectivas capas. La serosa es típica. Tracto de Meckel. Es la zona comprendida entre el asa duodenal y los ciegos intestinales; conserva las características generales mencionadas para el asa duodenal, pero posee algunas diferencias en cuanto a tamafio de las vellosidades y de las dis- tintas capas que constituyen la pared intestinal (fig. 15). Se observa una tendencia al ensanchamiento y acortamiento de las vellosidades y un aumento en el número de las células caliciformes en dirección al recto. En la base de las vellosidades apare- cen, además de acúmulos de linfocitos, nódulos linfáticos que a veces se profundi- zan entre las glândulas. En algunos acúmulos sólo se observa bien delimitada su por- ción inferior (hacia la túnica muscular), mientras que la superior es difusa. Como en el asa duodenal, las reacciones A.P.S. y azul alcian dieron resultados positivos para las células caliciformes. El grosor de la capa de músculo circular varia en el períme- tro del órgano. Divertículo de Meckel. Longitud: 2 a 2,5cm; muestra en corte transversal una luz aproximadamente estrellada, debido a las profundas invaginaciones que pre- senta la mucosa. Epitelio cilíndrico simple con chapa estriada y escasas células cali- ciformes; núcleos ovoides y se ubican en la mitad inferior del citoplasma (fig. 19). En el fondo de las invaginaciones se abren glándulas tubulares, simples, sinuosas, de acentuada basofilia, que Ilegan hasta la muscular de la mucosa; están tapizadas por un epitelio cilíndrico bajo con núcleos esféricos, ubicados en el tercio basal. Pueden encontrarse algunas células caliciformes. Las invaginaciones del epitelio y las glândulas delimitan áreas constituidas en su totalidad por tejido linfático denso, con nódulos. En ellas se observan abundantes capilares sanguíneos. Los nódulos, bien delimitados, se ubican en la base de los pliegues mucosos y son de distinto ta- mahio. La muscular de la mucosa está constituida por una única capa delgada de fi- bras musculares lisas circulares. La túnica muscular está formada por haces de fibras lisas que se disponen en forma oblicua con respecto al eje del örgano. Recto. Órgano tubular, 11,6cm de longitud (en un animal de 41,67 cm de lar- go) que se abre en la cloaca (fig. 1). La mucosa presenta pliegues y vellosidades. Es- tas últimas son laminares, de aspecto triangular y están revestidas por un epitelio ci- líndrico simple con chapa estriada y células caliciformes, siendo la abundancia de éstas un carácter distintivo del recto. Se observan linfocitos atravesando dicho epi- telio (fig. 17, 18). Las numerosas glándulas presentes en la mucosa son tubulares simples, sumamente tortuosas, de luz estrecha y están revestidas por un epitelio ci- Ifndrico bajo de citoplasma basófilo y algunas células caliciformes. Estas glándulas, que se abren entre las vellosidades, están separadas por delgados tabiques de tejido conectivo. En el corion se encuentran linfocitos, células plasmáticas, eosinófilos y IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):93-108, 19 nov. 1990 Estudio anätomo-histolögico del ... 99 numerosos capilares sanguíneos, pero no se observan fibras elásticas. Las reacciones A.P.S. y azul alcian son positivas para las c&lulas caliciformes. La muscular de la mucosa está constituida por dos capas: longitudinal externa y circular interna, de esta última parten fibras musculares que atraviesan la mucosa entre las glándulas y penetran en el corion de las vellosidades. La submucosa, formada por tejido conec- tivo denso, presenta vasos sanguíneos, nervios y ganglios. La túnica muscular está formada por dos capas de fibras musculares lisas: circular interna y longitudinal ex- terna; entre los haces de esta última se encuentran nervios, ganglios y vasos sanguí- neos; se observaron fibras elásticas entre los paquetes musculares de ambas capas; externamente este órgano está revestido por una serosa. Ciego. En la unión del intestino delgado con el recto se observan dos ciegos de 31,6cm de longitud (en un animal de 41,67cm de largo) (fig. 1). La mucosa no presenta pliegues, pero sí numerosas vellosidades y su apariencia general recuerda al intestino delgado; las vellosidades están revestidas por un epitelio cilíndrico simple con chapa estriada y abundantes células caliciformes; los núcleos de las células pris- máticas se ubican en el plano ecuatorial; pueden verse linfocitos atravesando dicho epitelio (fig. 16). El corion presenta glándulas tubulares simples, muy sinuosas, de luz estrecha, tapizadas por un epitelio cilíndrico bajo de marcada basofilia, que se abren entre las vellosidades; las pocas células caliciformes presentes en este epitelio se ubican en su mayoría cerca de la desembocadura de las glándulas; estas últimas se hallan separadas unas de otras por escaso tejido conectivo. Se observan además linfocitos, células plasmáticas, algunos eosinófilos y capilares sanguíneos, siendo es- tos últimos muy abundantes en el corion de las vellosidades. No se encontraron fi- bras elásticas; las reacciones A.P.S. y azul alcian dieron resultados positivos en las células caliciformes. La muscular de la mucosa es muy delgada y está formada por fibras musculares lisas dispuestas en dos capas, circular interna y longitudinal ex- terna; de la primera se desprenden fibras musculares que atraviesan el tejido conec- tivo interglandular y penetran en el corion de las vellosidades. La submucosa, cons- tituida por tejido conectivo denso, es en general angosta, aunque su grosos puede presentar variaciones; se encuentran en ella vasos sanguíneos, nervios, ganglios y fibras elásticas. La túnica muscular está formada por dos capas de músculo liso: circular interna muy ancha (casi tanto como la mucosa) y longitudinal externa del- gada; en esta última se ven nervios y ganglios; se observan fibras elásticas en ambas capas musculares. Por fuera de la túnica muscular existente una serosa. Cloaca. Cámara en cuyo interior se observan tres pliegues transversales incom- pletos que la dividen parcialmente en tres compartimientos: coprodeo, donde de- semboca el recto; urodeo, que recibe los conductos genitales y urinarios y procto- deo, que se comunica al exterior a través del orifício cloacal y en el cual se abre la bursa de Fabricius (fig. 6). La mucosa que tapiza la cloaca presenta variaciones en IHERINGIA, Ser.Zool., Porto Alegre (70):93-108, 19 nov. 1990 100 ESPINOLA, L.V. DE &ERCILIA A. GALLIUSSI su composiciön estructural y carece de vellosidades. El coprodeo posee una mucosa glandular; el epitelio de revestimiento es cilfndrico simple y las gländulas, ubicadas en el corion, son tubulares simples rectas; estas gländulas están formadas por célu- las cilíndricas, de citoplasmas basófilo y núcleo basal y abundantes células muco- sas (fig. 20); el epitelio cilíndrico se interrumpe en la cara del pliegue que consti- tuye el techo del urodeo y es reemplazado por un epitelio estratificado de transi- ción que caracteriza a este último compartimiento; las glándulas desaparecen y la mucosa, en este caso, muestra proyecciones irregulares hacia la luz de la cloaca (fig. 21). El proctodeo está revestido por un epitelio estratificado cuyo número de capas celulares va en aumento a medida que se acerca al orificio cloacal. Esffncter cloacal tapizado en ambas caras por un epitelio estratificado plano; en la cara exter- na se observa un anillo de glándulas alveolares simples formadas por células cilíndri- cas con núcleo basal (fig. 22). El corion de toda la mucosa cloacal se presenta in- vadido por linfocitos que suelen agruparse formando nódulos; en el coprodeo y urodeo se encuentra atravesado por fibras musculares lisas que proceden de la mus- cular de la mucosa; la irrigaciön es abundante. La muscular de la mucosa consta de una capa de músculo longitudinal y se observa claramente definida en el coprodeo. En el límite con el urodeo comienza a desordenarse y se hace discontinua hasta que finalmente se pierde en el proctodeo. En las zonas donde existe muscular de la mucosa, la submucosa es delgada y está constituida por tejido conectivo denso. Túnica muscular de la cloaca, a excepción de una parte del proctodeo, formada por fibras musculares lisas dispuestas en haces longitudinales, circulares y oblicuos que no constituyen capas ordenadas. En el proctodeo (aproximadamente desde la de- sembocadura de la bursa de Fabricius), el músculo liso va siendo reemplazado por tejido muscular estriado. En el esfínter cloacal también se encuentra músculo es- triado. Las reacciones A.P.S. y azul alcian dan resultados positivos tanto para las células mucosas de las glándulas del coprodeo como para las células de las glándulas alveolares del esfínter cloacal. Se observan células cargadas de pigmento en el tejido conectivo que rodea a los haces de fibras musculares a la altura del urodeo y del proctodeo. DISCUSIÓN Y CONCLUSIONES La morfologia e histologia del tracto digestivo de Fulica armillata se ajustan en general al plan básico del taxón proporcionado por TRAUTMANN & FIEBI- GER (1942), KENDALL (1947), PORTMANN (1950), PARKER & HASWELL (1962), PATT & PATT (1969) y ZISWILER (1980). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):93-108, 19 nov. 1990 Estudio anátomo-histológico del ... 101 El esöfago constituye un órgano eminentemente glandular, carece de buche y no existe en él una muscular de la mucosa excepto en el último centímetro, donde aparecen paquetes aislados de fibras musculares longitudinales. La morfohistologia del estömago glandular responde al plan general observa- do para las aves. Las glándulas profundas se agrupan en unas estructuras que hemos denominado sacos o yemas. TRAUTMANN & FIEBIGER (1942) emplean el térmi- no “yema”; KENDALL (1947) utiliza la palabra “pocket” y PARKER & HAS WELL (1962) las nombran “glandular pocket”. Estas estructuras son consideradas unidades morfológicas y no glándulas compuestas como lo han hecho CALHOUN (1933) y PORTMANN (1950), ya que para hablar de glándulas compuestas debe- rian poseer un conducto excretor ramificado y en este caso no lo tienen; la secre- ción se vuelca directamente a una cavidad central. CALHOUN (1933), en el estômago glandular, denomina muscular de la muco- sa a la primera capa de músculo longitudinal, pero nosotras coincidimos con TRAUT- MANN & FIEBIGER (1942) al Ilamarla capa de músculo longitudinal interna. Con- sideramos que el grosor de la misma y su relación con el resto de los constituyentes de la túnica muscular nos permiten esta afirmación. Existirfan para nosotras, como consecuencia de lo anteriormente dicho, tres capas de músculo integrando la túnica muscular. La morfologia del estômago muscular corresponde a la de un estômago com- plejo, que efectúa degradación mecánica de los alimentos. El intestino delgado no posee pliegues. En dirección al recto, las vellosidades que en el asa duodenal son de aspecto filiforme, se acortan y se ensanchan adqui- riendo una forma aproximadamente triangular y las células caliciformes incremen- tan notoriamente su número. Los acúmulos linfáticos, desde el asa duodenal hacia el recto, se delimitan gradualmente hasta constituir verdaderos nódulos. La estruc- tura del ciego es semejante a la del tracto de Meckel. El recto se diferencia del intestino delgado porque posee pliegues y es el ör- gano que presenta mayor número de células caliciformes; sus vellosidades son de ba- se ancha y poseen un aspecto triangular. La cloaca está revestida por distintos tipos de epitelio, desde simple a estrati- ficado, pasando por un epitelio de transición. El coprodeo es el único comparti- miento que presenta glándulas. Las únicas regiones del tracto digestivo que poseen músculo estriado en su túnica muscular son la última porción del proctodeo y el esfinter cloacal. Existen fibras elásticas en la túnica muscular a lo largo de todo el tracto di- gestivo y además en el corion del esöfago y el estômago muscular. Los resultados obtenidos con las reacciones A.P.S. y azul alcian han permiti- do determinar la presencia de mucopolisacáridos ácidos (glucosaminoglicanos) y glucoproteiinas en todos los órganos del tubo digestivo. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):93-108, 19 nov. 1990 102 ESPÍNOLA, L.V. DE &ERCILIA A. GALLIUSSI Se encontraron ganglios y nervios correspondientes al plexo mientérico en todos los órganos. Con respecto al plexo submucoso solamente fue observado en el asa duodenal, tracto de Meckel, ciegos y recto. AGRADECIMIENTOS Al licenciado Sergio Mazzucchelli, por la captura y fijacion de los ejemplares utilizados en este trabajo y al Dr. Jorge M, De Carlo, por sus consejos. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BEE DE SPERONI, N, & CHIKILIAN, M, 1983. Estudio morfohistológico e histoqufmico comparado de la primera porciön del tracto digestivo de Zenaida auriculata chrysauchenia y Myiopsitta monacha monacha (Aves: Columbidae y Psittacidae), Hist. Nat., Corrientes, 3(3):21-32, CALHOUN, ML. 1933. The microscopic anatomy of the digestive tract of Gallus domesticus. lowa St. Coll. J. Sci., Ames, 7:261-382. CHIKILIAN, M & BEE-DE-SPERONI, N. 1985. Morfohistologfa e histoqufmica del esöfago y el proventrículo de Polyborus chimango chimango, Mimus saturninus modulator y Chlo- roceryle americana mathewsii (Aves: Falconidae, Mimidae, Alcedinidae), Hist. Nat., Cor- rientes, 5(17):133-46. FENNA, L & BOAG, D.A. 1974. Adaptative significance of the caeca in Japanese quail and spruce grouse (Galliformes). Canadian J. Zool., Ottawa, 52(12):1577-84. INFORZATO DE LIMA, MA. 1977. Aspectos histológicos do inglüvio de Co/umba livia. Revta. bras. Biol., Rio de Janeiro, 37(3):603-10. JOHNSON, O.W & SKADHAUGE, E. 1975. Structural-functional correlations in the kid- neys and observations of colon and cloacal morphology in certain Australian birds. J. Anat., London, 120(3):495-505, KENDALL, J.L 1947. Microscopic anatomy of vertebrates. Philadelphia, Lea and Febiger. 354p. LOOPER, LB. & LOOPER, MH. 1929. A histological study of the colic caeca in the Bantam fowl. 4 Morph., Philadeiphia, 48(2):585-608, PAPADOPOL, A. 1974a. Contributions à la connaissance des caractêres anatomiques et adap- tatifs de l’oesophage et l’estomac chez certains oiseaux: |. Trav. Mus. Hist. Nat. “Gr. Anti- pa”, Bucuresti, 14:385-418, —, 1974b. Contribution à la connaissance des caractêres anatomiques et adaptatifs de l’oeso- phage et l’estomac chez certains oiseaux: ||. Trav. Mus. Hist. Nat. “Gr. Antipa”, Bucuresti, 15:345-64, PARKER, T.J. & HASWELL, W.A, 1962. A texto-book of zoology. London, Macmilan. v.2, 952p. PATT, D. & PATT, G. 1969. Comparative vertebrate histology. New York, Harper and Row. 438p. PORTMANN, A. 1950. Le tube digestif. In: GRASSE, P.-P. Trait6 de zoologie. Paris, Masson. v.15, p.270-84, IHER!NGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):93-108, 19 nov. 1990 Estudio anátomo-histológico del ... 103 SITNA, B. 1965. Effect of diet on ceca structure in Fulica atra, L. Zool. Poli., 15(3-4):213- 30, TRAUTMANN, A, & FIEBIGER, T.J. 1942. Histologfa y anatomfa microscópica comparada de los animales domésticos. Barcelona, Labor. 512p. ZISWILER, V. 1980. Zoologfa especial; Vertebrados. Barcelona, Omega. v.2, 405p. IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):93-108, 19 nov. 1990 104 ESPINOLA, L.V. DE &ERCILIA A. GALLIUSSI eg em ad Ez ON y—4m tm Fig. 1-6: Esquema general del tracto digestivo; 2-5: estômago muscular, 2. vista lateral izquerda; 3. vista lateral derecha; 4. vista posterior; 4. corte sagital; 6. cloaca, corte sagital. (ad, asa duodenal; c, ciego; ca, ciego caudal; cc, ciego craneal; dm, divertfculo de Meckel; e, esófago; ec, esfínter cloacal; eg, estômago glandular; em, estômago muscular; p, pliegues; pm, region pilörica de la molleja; r, recto; tm, tracto de Meckel). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):93-108, 19 nov. 1990 Estudio anátomo-histológico del ... 105 Fig. 7-10: 7, 8: Esófago. 7. mucosa y túnica muscular; 8, gländulas de la mucosa; 9. zo- na de transición entre el esófago y el estómago glandular; 10. estômago glandular: mucosa y túnica muscular. (ci, epitelio cilíndrico simple; es, epitelio estratificado plano; gs, glândulas su- perficiales; gta, glândula túbulo-alveolar; h, haces de fibras musculares lisas longitudinales; |, Iuz del saco o yema; L, luz del örgano; M, túnica muscular; pn, plexo nervioso; vl, vaso lin- fático). IHERINGIA, Ser.Zool., Porto Alegre (70):93-108, 19 nov. 1990 106 ESPINOLA, L.V. DE & ERCILIA A. GALLIUSSI Fig. 11-14: 11, 12: Estômago glandular. 11. gländulas superficiales; 12. glândulas profun- das; 13. estömago muscular: mucosa y tünica muscular; 14. asa duodenal: gländulas de la muco- sa. (ci, epitelio cilíndrico simple; co, corion; cu, epitelio cúbico; f, fibras musculares lisas; gp, glândulas profundas; gs, gländulas superficiales; gt, glándulas tubulares tortuosas; |, luz del saco o yema; L, luz del órgano; m, muscular de la mucosa; M, túnica muscular; pc, placa córnea). IHERINGIA, Ser.Zool., Porto Alegre (70):93-108, 19 nov. 1990 Estudio anätomo-histolögico del ... 107 Fig. 15-18: 15. Tracto de Meckel: mucosa y túriica muscular; 16. ciego: vellosidades y glândulas de la mucosa; 17, 18. recto. 17. mucosa; 18. vellosidades y glándulas de la mucosa. (ch, chapa estriada; gt, glândulas tubulares tortuosas; K, linfocitos; L, luz del órgano; m, muscu- lar de la mucosa; M, túnica muscular; pn, plexo nervioso; v, vellosidad). IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):93-108, 19 nov. 1990 108 ESPINOLA, L. V. DE & ERCILIA A. GALLIUSSI Fig. 19-22: 19. Divertfculo de Meckel: mucosa y tünica muscular. 20-22: cloaca, 20. co- prodeo; 21. urodeo; 22. esfinter cloacal. (ci, epitelio cilíndrico simple; es, epitelio estratificado plano; est, epitelio estratificado de transición; ga, glándula alveolar; gt, glándulas tubulares tor- tuosas; K, linfocitos; L, luz del örgano; m, muscular de la mucosa; M, túnica muscular; me, músculo estriado; n, nódulo linfático). IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):93-108, 19 nov. 1990 TAXONOMIA Y DISTRIBUCIÓN DEL SUBGENERO S/MUL/UM (ECTEMNASPIS) ENDERLEIN (SIMULIIDAE, DIPTERA, INSECTA).* S. Coscarön** ABSTRACT Thyrty seven species disposed in four species groups: bicoloratum (14 spp.), romanai (8spp.), perflavum (5 spp) and dinellii (10 spp). are keyed including illustrations. Four new species S. arcabucense (Colombia), S. tunja (Colombia), S. albanense (Colombia), S. mayu- chuspi (Peru and Ecuador), larva of S. shewellianum and pupa of S. antillarum are described; S pifanoi, S romanai, S. lutzianum, S. lewisi, S. gabaldoni, S. maroniense, S. rorotaense, S. scutellatum, S. flavipictum and S. wolcotti are redescribed and new distributional records are added. The following species: Simulium (psilopelmia) callidum Dyar & Shannon, S. (Psilo- pelmia) pseudocallidum Dfaz-Näjera, S” (Psilopelmia) panamense Fairchild, S. (Psilopelmia) sucamense Nunes de Mello, beforely included in S. (Ectemnaspis), has new combination. Is stablished a new synonym: S. ado/folutzi Wygodzinsky =S. romanai Wygodzinsky. Maps of species groups distribution and some consideration about a possible origin center and disper- sion ways are added. INTRODUCCION COSCARON (1984) hizo un estudio de las especies conocidas de Simulium (Ectemnaspis) considerándolo en un sentido amplio. Por sus afinidades morfológi- cas podian separarse 4 grupos de especies; bicoloratum, romanai, perflavum y di- nellii, grupos que con escasa variante en cuanto al número de especies hemos man- tenido (COSCARON, 1987). Es probable que en el futuro estos grupos pasen a categoría de subgénero, quedando S. (Ectemnaspis) reservado al primer grupo. Preferimos no innovar hasta tanto no se realice la revisiön del género Simulium a nivel mundial, entendiendo que la situación actual no es un inconveniente para la ubicación de las especies. * Acceptado para su publicación 02.VIII. 1990. ** Departamento de Zoologfa de la Facultad de Ciencias Naturales y Museo de La Plata (In- vestigador del CONICET). Paseo del Bosque S/Nº, 1900, La Plata. Argentina. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 110 COSCARÖN, S. El subgenero S. (Psilopelmia) forman con S. (Ectemnaspis) un grupo mono- filético (COSCARON, 1987) de ahí su gran semejanza. S. (Psilopelmia) callidum (Dyar & Shannon), S (P.) pseudocallidum Diaz-Näjera, S. (P.) panemense Fair- child y S. (P.)-sucamense Nunes de Mello (=S.) (P.) iracouboense Floch & Abo- nnenc, que según PY-DANIEL (1989), se inclufan en S. (Ectemnaspis), ahora han sido incluidas en S. (Psilopelmia). En S. (P.) panamense se revisó el tipo depositado en el MCZH. El estudio de nuevo material nos ha permitido ampliar el elenco con 5 nuevas especies, asi como la distribución geográfica de otras conocidas. Dado que en el trabajo anterior la mayoria de las especies se han descripto detalladamente, omiti- remos aqui la descripción y las citas sinonímicas, indicando solo la primer cita. Uni- camente se las vuelve a redescribir cuando se creyó necesario para diferenciar mejor algunas especies muy parecidas, o simplemente se agrega la información de algún estado o material que no habia sido anteriormente mencionado. En las claves se in- cluyen todas las especies conocidas, acompafiando las ilustraciones que considera- mos necesarias para la interpretación de las mismas. La distribución de las especies se ha hecho en base al grado de afinidad que presentan, de acuerdo a sus caracteres morfológicos y ornamentales. Las siglas que indican donde se deposita el material significan: AMNH, Ameri- can Museum of Natural History, New York (USA); MLP Museo La Plata (Argenti- na); USNM, United States National Museum, Washington (USA); MCZH, Museum of Comparative Zoology, Harvard (USA); DPSP, Departamento de Parasitologia, Universidade de São Paulo, S.P. (Brasil); IOC, Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Ja- neiro, RJ (Brasil); FSP, Facultade de Saude Publica, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP (Brasil. Distribución geográfica. Este subgénero es netamente Neotropical, especial- mente Sudamericano, aunque está sefialado para la región Neärtica por una única cita en el estado de Nueva York (USA) y exclusivamente adultos (WYGODZINS- KY, 19734. Los grupos romanai y dinellii son predominantemente Andinos distri- buídos en el área influenciada por la Cordillera de los Andes, que recorre el borde occidental sudamericano desde la costa del Caribe hasta Tierra del Fuego a una al- tura que oscila entre los 400 a 3.500m. El grupo perflavum se distribuye en la re- gión no Andina; corresponde al área que zoogeográficamente se la conoce como subregiön Guayano-brasileha, compuesta por los viejos cratones de Guayana y de Brasil, sierras del sudeste del Brasil y área aluvional intermedia. El grupo bicolo- ratum (fig. 185) es exclusivamente Andino, sobre todo en el flanco oriental y va- Iles intermontanos, con gran distribución intertropical, alcanzando su Ifmite sur el área de Ventania, sudeste de Buenos Aires, Argentina. El grupo romanai (fig. 186) se superpone con el anterior en todo su recorrido, pero se extiende más al Sur al- canzando a sobrepasar la mitad de Patagonia. Este es un grupo más invasor si lo IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribuciön del ... 111 consideramos de origen Andino, ya que alcanza al sudeste de Brasil y nordeste de Argentina sobre el borde austral, el Sur de Venezuela y probablemente hasta el estado de Roraima en Brasil en el Norte, con notorio avance hacia el oriente. En estos dos grupos hay especies de amplia distribuciön que van desde el norte de Venezuela y Colombia a través de Ecuador y Perú, hasta Bolivia, norte de Argentina y sur de Brasil. El grupo dinellii (fig. 187) posée distribución parecida a los ante- riores, con menor extensión hacia el sur, pero en cambio se extiende ampliamente en el Caribe y Centroamérica. El grupo perflavum presenta una gran distribución en el planalto brasilefo y área de sierras costeras del sudeste del Brasil (fig. 188). Algunas especies como S. (E.) perflavum Roubaud presentan distribución disyunta, a ambos lados de la gran depresión del Amazonas rellenada por sedimentos aluvio- nales; alcanza como límite sur el nordeste de Argentina; es una especie aparente- mente en estado de expansión ya que se la encuentra en áreas abiertas de tierras lateríticas, coincidentes con la destrucción del bosque, fenómeno desgraciadamen- te muy común en la región Neotropical. S. (Ectemnaspis) por su gran riqueza de especies, es probable que tuviera su centro de dispersión en el nordeste de América del Sur. El área cordillerana, espe- cialmente su flanco oriental fue una excelente vía de dispersión hacia el sur de los grupos bicoloratum, romanai y dinellii, El grupo perflavum se diversificó y exten- dió tomando la subregión Guayano-brasilefia como área de dispersión. Posiblemente S. (Ectemnaspis) se dispersó hacia el sur en un período relativamente reciente, después de la elevación de los Andes, ya que no logró pasar a Chile ni a la región occidental de la Cordillera. Probablemente este taxón, favorecido por un clima más benigno, tuvo una mayor distribución austral. Un remanente de ellos es S. (£.) wolffhuegeli (Enderlein, 1922) que Ilega hasta el centro de Patagonia; esta especie es notoriamente diferente de las restantes, por el tipo de genitalia del 6. Subgénero Ectemnaspis Enderlein, 1934 Simulium (Ectemnaspis) Enderlein, 1934:281. Especie tipo Ectemnaspis macca Enderlein 1934 = Simulium bicoloratum Malloch 1912:649. 9. Especies medianas a grandes, longitud ala 1,6-3,2mm. Cabeza negruzca, frente y clípeo con polinosidad plateada. Escudo amarillento anaranjado, aunque puede llegar en variaciones de tono hasta negro aterciopelado en el disco, bordeado por una banda nacarada a plateada o con un par de bandas submedianas plateadas. Escudete amarillo a castaho negruzco. Metanoto amarillo a negro, con cierta luz se ve gran parte del dorso plateado. Pleuras amarillento a negro polinoso. Abdomen castafio amarillento claro hasta castaho oscuro o negro. Patas amarillo a castaÃo IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 112 COSCARÖN, S. negruzco con porciones oscurecidas hasta negro. Triängulo frontocular profundo, generalmente mäs ancho que alto; base del cibario con gran variaciön desde liso a cubierto por espinas, y proyectado medialmente por un par de saliencias dentifor- mes medianas (fig. 7-19), Calcipala bien evidente y ufa casi siempre con fuerte diente subbasal. Sector basal del radius generalmente con pelos. Pelos de patas ex- clusivamente filiformes. Paraproctos con ápice subagudo, por lo menos 1,5 veces más largos que anchos y con lóbulo basal; horquilla genital con rama mediana casi siempre tan larga como las dos ramas anteriores juntas; espermateca con cuello y base no esclerotizado y con espículas internas dispuestas en grupos ordenados en hileras; gonapófisis de bordes internos esclerotizados y subtriangulares divergentes, membranosas, sin espinas. Sd. Coloración muy parecida a la hembra, aunque generalmente más oscuros. Distímero aproximadamente tan largo como el basfmero, subcilíndrico y con suave curvatura distal; placa ventral ligeramente más ancha que larga y con suave escota- dura lateral; endoparámeros con fuertes ganchos. Pupa. Capullo bien formado, sin proyección basal, aunque puede existir dor- salmente (fig. 56-58). Tejido gruesco con textura de fieltro, presentando reborde anterior y quilla mediana dorsal (fig. 55, 59-60) o bien de tipo apergaminado. Bran- quias casi siempre de tipo filamentoso y con 6-8 ramas, pudiendo llegar hasta 20, o bien gruesas y cortas, reducidas a 2-5 ramas. Tricomas cefálicos y torácicos desde 2-6 a 25-40 ramas. Larva. Tegumento con y sin pelos. Apotoma cefálico con pigmentación basal o subbasal, con ventana mediana más clara, pero sin manchas medianas y laterales aisladas bien evidentes (fig. 168, 172, 174, 176, 178, 184); abertura gular profunda. Antena con artejo III igual o mayor que el Il y ambos mayores que el |. Mandíbu- la con dientes internos dispuestos en más de una hilera. Abanico cefálico con 35-50 peines. Anillo anal con 68-85 hileras de ganchos, con 12-17 ganchos cada una; di- vertículos de branquias anales desde 3 a 20 en cada lóbulo primario. Esclerito anal sin escamas. Este subgénero comprende 4 grupos: Grupo bicoloratum. Porciôn basal del cibario liso (fig. 7, 107). Imagos con es- cudo amarillento hasta casi totalmente negro, pero bordeado siempre lateralmente de tonos amarillentos (fig. 28); capullo de pupa de tejido esponjoso con aspecto de fieltro (fig. 53-58) ; branquias con 2-10 ramas. Grupo romanai. Porción basal del cibario con placas esclerotizadas en el cen- tro y lateralmente con abundantes espinas (fig. 8-11, 124, 125); escudo amarillen- to hasta totalmente negro, pero bordeado lateralmente de tonos amarillentos (fig. 27); capullo de pupa desde tejido de aspecto de fieltro (fig. 59-60) a tipo aper- gaminado (fig. (61); branquias con 6-8 ramas. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribuciön del ... 113 Grupo perflavum. Porciön basal del cibario con dentfculos agrupados hacia el centro formando un par de elevaciones medianas (fig. 12-14); escudo sin tonos os- curos; capullo pupa tipo apergaminado; branquias con 8-20 ramas. Grupo dinellii. Porción basal del cibario con un par de proyectciones denti- formes submedianas que dejan una porción deprimida entre ambas (fig. 15-19); escudo sin tonos oscuros, pudiendo Ilevar un par de bandas submedianas plateadas o nacaradas anteriores o atravesándolo totalmente (fig. 1, 29); capullo tipo aperga- minado; branquias con 8 ramas. Clave para hembras. (Por desconocerse ? no se incluye S. tolimaense Cos- carón). ir Porciôn basal del cibario sin espinas ni placas, con suave reborde marginal más esclero- CEA CI ONVIIO ES, 9 1(0/7] Fern MR. o ENC PÃO CENT TT ic DONE Allg, 2 2 Porciön basal del cibario con espinas o placas (fig. 124,125)... 2 cc 2 12 Bil) Sector basal’delradıussin:pelos/(tig: 126)... scg e casario ci naentnnennnne 0 ee 3 Sectombasalldeliradiusiconipelasumtr nr. U OT ON | 6 3.(2). Paraproctos más largos que el ancho de los cercos (fig. 109)... . 2 2 cc... 4 Paraproctos no más largos que el ancho máximo de los cercos (fig. 24,90) ...... 5 4.(3). Largo ala 3,0 mm; paraproctos 1/3 más largo que ancho (fig. 109)... 2.22 2 222.. ENTER ne EN Lo a di! SUS Ur attta Caio a io Sa EG antonii Wygodzinsky + tunja, sp. n. Largo ala 2,4 mm; paraproctos apenas ligeramente más largo que ancho . ......... 3 EAR 3, cos EA NE SO REP RE RE WEL LEEELHE SEHE furcillatum Wy godzinsky & Coscarön 5.(3). Escudo anaranjado, paraprocto ligeramente más largo que ancho en la base (fig. 24). .. au: Bun, ENTRO QREN, QUERO paus a. pifanoi Ramirez-P&rez Escudo amarillo a castano oscuro en el área del disco; paraprocto aproximadamente tan largocomo;anchosen lajbase(ltig 00 ) dns ret een ei al ame: Krater gts pautense Coscarón & Takaoka + arcabucense, sp.n. 6.(2). Escudete y tergitos abdominales I-IV castafio amarillentos .. . 2 22 7 Escudete amarillo anaranjado o amarillo verdoso, tergitos | amarillo, restantes hasta EIN Vdescieramanillera/castanoiclare:; - =" „ ange. raspa vaöHumsgun pelgsle nee 2 8 7.(6). Organo sensorial del palpo menos de la mitad del largo del artejo que lo contiene .... U Ec a DÊ E ee ee ignescens Roubaud Organo sensorial del palpo más de la mitad del largo del artejo que lo contiene. . ..... co doi nó o cad feed ner sedia É rubiginosum (Enderlein) 8. Tergitos abdominales |-lll 6 I-IV amarillos, restantes castanhos a gris verdoso o gris SEUS NERI LIR ND, VEREINE 2,0, 00000680 N La PA ne 9 Tergitos abdominales | O I-II amarillos, restantes castafo oscuro a negro ....... 10 9.(8). Tergitos abdominales |-I Il amarillos, IV castafio negruzco en el centro, V-IX gris ver- AOS pt rer End de Or ass anche an ia Sms roquemayu Cascarôn Tergitos abdominales I-I V gris amarillento, restantes gris oscuro .. .» 222220000. NERO SEDE UR susanne RO E bicornutum Wy godzinsky & Coscarón 10.(8). Paraproctos relativamente largos y angostos; relación largo/ancho en la base 1:0,5.... . 11 ae o ju ea TR o) m aha. de ee en ehe E jon o) ol a to Cu DD un a q o o ua IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 COSCARÖN, S. 11.(10). 12.(1). 13.12)! 14.13). 15.(14). 16.112). 17.(16). 18.117). 19.(18). 20.(19). Paraproctos relativamente más cortos y anchos; relación largo/ancho en la base 1:0,8. . Peso ADIA cod Nas ca go VM RAR Re RS fee ae ee: bicoloratum (Enderlein) Horquilla genital con apófisis de ramas anteriores bien salientes ..... 2: 2222220. DR a Po atira bo, OND VR rende - rr. jaimeramirezi Wygodzinsky Porciön basal del cibario con área mediana elevada y con espinas (fig. 12,14). ..... 13 Porciôn basal del cibario con área mediana más baja que las sublaterales (fig. 15-19) YVESINTESPINAS.H SD dorso Lixo anger arkieh laio sie anich “ova als RU o pl ne CR RR 16 Abdomen con tergitos III-IX O IV-IX O VI-IX negros; paraproctos relativamente an- chosen isujporcióôn mediana! (fig 25) za SE PER ee 14 Abdomen con tergito |-1X amarillento a castano claro; paraproctos relativamente an- gostosieniporcion medianalfig 20): . . .. co... ca. perflavum Roubaud Abdomen con tergitos I-Il amarillentos; segmentos IIl-IX negros; paraproctos con suave concavidad posterior y escasas microtriquias robustas deun lado ....... a Re NEE ROTEN ORTE To SAE o a Ab AN kabanayense Ramírez Pérez Abdomen con tergitos castano amarillento; IV-IX O VI-IX negros; paraproctos sin concavidad posterior y abundantes microtriquias robustas de un lado (fig. 25)... .. Organo sensorial del palpo maxilar aproximadamente 1/3 de la longitud del artejo queilo/contienerlfig6) . a ess a a sora o Vono ee RN Organo sensorial del palpo maxilar aproximadamente 1/2 de la longitud del artejo que lojcontienelliig ema E GP a ia e qr rorotaense Floch & Abonnenc Porciön basal del cibario con área mediana lisa, hialina o esclerotizada bien cöncava y sublaterales bien elevadas, formando procesos dentiformes que pueden Ilevar o no espinas enilos ápices (fig. 15:19) aus 12...) 3 are 2 17 Porciön basal del cibario Ilevando placas o tubérculos dentiformes bien esclerotizados MIR EREN EIERN De ei NEE BE 25 Escudo anaranjado amarillento con bandas submedianas longitudinales plateadas (fig. 1); abdomen con tergitos I-II amarillo limön, IIl-IV castafio con mancha me- diana amarilia; restoicastano!! a. 2. 0 te A UE O 18 Escudo anaranjado amarillento sin bandas longitudinales; abdomen con tergitos presen- tando coloraciön diferente al del dilema anterior. . . oo onen 22 Porciôn basal del cibario con procesos dentiformes aguzados y bien esclerotizados, igual que el área mediana (fig. 19) Bj ol fn ju) ee ia) olha Je) dio: Mui ia! (ol aiio al go) o (os inn ola] o | mn a RD O OS ROO Ge a N A bipunctatum Malloch +scutellatum Lane & Porto Porción basal del cibario con procesos dentiformes romos, menos esclerotizados, igual queidreaimediana (big 21). cr tn Re AR 19 Abdomeniconitergitos;negros,. u... a rn ee wolcotti Fox AbdomeniconitergitosilellNolSV.amarillosn..n sa as 20 Escudo amarillo anaranjado; abdomen con segmentos |- Ill y sólo base IV amarillos; paraproctos aproximadamente el doble de largo queancho . .......... 21 IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribuciön del ... 115 21.(20). 22.17). 23.(22). 24.(23). 25.(16). 26.(25). 27.(26). 28.(25). 29.(28). 30.(29). 31.(30). Escudo castafio amarillento; abdomen con segmentos |-IV amarillos; paraproctos apro- x imadamente tan largos como anchos (fig. 26)... ....... ochraceum Walker LoangitudidelicuerBonl!8-2. 0 mmua.in. karssa/sreanins ars to aca 2 dé antillarum Jennings Langitud.delieuerpo12,533:5mm! aa hai Bi RER RR, anal: Porciôn basal del cibario con procesos dentiformes cortos y romos. ............ Fer. Bu Bikinis Er aloe dada gera nuneztovari Ramírez-Pérez, Rassi & Ramfrez Porciön basal del cibario con proceso dentiformes largos y aguzados (fig. 15,16). . ... Abdomen con tergito I-Il amarillo pálido, (Ill-V) castano en la placa tergal; VI-IX NEBLOsra A Gr Art ate 6 dE à pib alone Ol aba oa wuayaraka Ortiz Abdomen con tergitos I-IV amarilos (fig.3)......... o oras. comena trai . „if 24 Porción basal del cibario poco esclerotizado y procesos dentiformes romos (fig. 15); abdomen con tergitos I-IV amarillo verdoso, V-VIl castaho verdoso, VIlI-IX EISEN ento ee apre ra fab cio ia! oi (o Vo Ca to) fofa el aee TS TO a Ita TS dinellii (Joan) Porción basal del cibario bien esclerotizado con procesos dentiformes aguzados (fig. 16); abdomen con tergitos I-IV amarillos, V castano oscuro aterciopelado, VI-IX castano oscuro con brillo cereo (fig. 3). . . . ......... shewellianum Coscarön Porciôn basal del cibario presentando área mediana con tubérculos subcônicos o esfe- roidales, pudiendo Ilevar débiles espinas lateralmente (fig. 124,125). ....... 26 Porciön basal del cibario presentando área mediana con placas subcuadrangulares o subesferoidales y lateral suavemente elevada y con fuertes espinas (fig. 8:11)... . 28 Porciön basal del radius con una hilera de pelos. . . 2 2 2 m m m m m nn 27 Porciön basal del radius sin pelos (fig. 126)... ............. albanense sp.n. Escudo anaranjado, escudete amarillo limôn y metanoto castanho; abdomen con tergi- to | amarillo limön, Il-Ill amarillos con tonos castafios en borde posterior; ufias comdiente Sibbasal! SS SA BR, do da a o en gabaldoni Ramfrez-Pérez Escudo, escudete, metanoto y abdomen negro; (fig. 152); ufia sin diente subbasal IIGENSA) EMA ERA SSI TENTO PO BU, mayuchuspi, sp.n. Tergitos abdominales I-Ill amarillo..... 22222220. lewisi Ramírez-Pérez Terartos abdeminales I" ararıllar ce a Ss A De a, 29 Escudo amarillento anaranjado; tergitos abdominales | y Il amarillos a castaho claro, IN- IX Castano'grisaceo oscuroannegro. » » as scan sr ei /utzianum Pinto Escudo amarillo anaranjado hasta castaho negruzco en el centro; tergitos abdominales | amarillo, II-IV castano claro a oscuro, V-IX castafo oscuroanegro....... 30 Paraprocto aproximadamente 2/3 más largo que ancho en labase . ............ cado e de e AA a LTE RA alirioi Ramrrez-Pérez & Vulcano Paraprocto aproximadamente tan largo como ancho en la base (fig. 20). ....... 31 SESC Reg [o O iR a Telnet Artee "a wolffhuegeli (Enderlein) SSCONIB-IIBEIOSIR Eee ee nem ee ee romanai Wygodzinsky IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 116 COSCARÓN, S. Clave de machos (por desconocerse los machos no se incluyen: alirioi, antonii, bipunctatum, pseudoantillarum, roquemayu, scutellatum, tolimaense y wuayaraka). 1: Distímero aproximadamente la mitad de la longitud del basfmero y apicalmente trun- cado (fig. 131); placa ventral más del doble de ancho que largo (fig. 34, 132)... 2 Distimero tan largo o sólo ligeramente más corto que el basímero, aguzado distalmente (fig. 1-4, 7-9); placa ventral menos del doble de ancho que largo (fig. 32,33,35- CSA ev RO RS ENE E ADE PI PA OR E, E ese rege jo ES 2.(1). Distímero con un espolön dispuesto en el ängulo interno klei) sen E SENTO DADE CERCA ENTE RETORNA TOURS TEL EO oe DI SEND ONO LEVE ee albanense, sp.n. Distímero con más de 10 espolones (fig. 48) .......... wolffhuegeli (Enderlein) 3.(2). Distfmero tanto o más largo que el basímero (fig. 45,46)... ........... E MINA Distímero menos largo que el basfmero (fig. 44,47,52,91).......... Ein rn te) 4.(3). Escudo con un par de bandas submedianas anteriores plateadas (fig. 29) ..... EN ORT elnie antillarum Jennings Escudo isinibandasiplateadas se ee ee 5 5.(4). Placa ventral casi el doble de largo que ancho, y bordes laterales suaves, sin fuerte es- EStadUraalig SG ae elo er per ao o o cui ia o aaa RD DO perflavum Roubaud Placa ventral menos del doble de largo que ancho, bordes laterales generalmente con escotadura (fig. 32,33,35.36 38/39/4143). = sumo. do 1 OR 6 6.(5). Segmento abdominal I amarillo limön, Il castafio claro ........cc20.0. en BO ER ESTG RG Cerca. +. Suarezi Ramfrez-Pérez Segmento abdominal | castafio amarillentou ocre . . 22 2 ce een Ped 7.46). Segmento | castafio amarillento, restantes castafio oscuro . . .......... EURO DEN RAN a a kabanayense Ramfrez-Pérez Segmento |-1| (Ill) castafio amarillento, restantes castafio oscuro anegro. ........ Sc AE o sado eo RR 5 maroniense Floch & Abonnenc + rorotaense Floch & Abonnenc 8.(3). Escudo amarillento con 1 par de bandas submedianas plateadas anteriores general- mente/en formaideicuiias: 2 PA ERES bg 2" e BRAS) 9.:8). Placa ventral distalmente redondeada aproximadamente 1/2 más corta que ancha en la base (fig. 42); segmentos abdominales I-IV amarillentos ...... PD inato CCE ECRM TR ET VC LAP MP E PESTE Si . ochraceum Walker Placa ventral aproximadamente 1/5 más corta que el ancho de la base; segmentos abdominales I-Il amarillentos. .... Ne orale vao wolcotti Fox 10.:8). Sector basal del radius sin pelos. . . ........ Se É FOR o RS ee ini Sector basal del radius con pelos . . on ame DE E OM Quo o Bro 010.0 0 13 11.(10). Patas Ill robustas (fig. 111); relación largo/ancho basitarso posterior 39... ..... R Ele eia Doro Apoio 00 dd alo a pio ana dv so lo Qui e» + tUnja, Sp.n. IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribuciön del ... 117 en m nn emeR 12.(11). 13.(10). 14.(13). 15.(16). 16.(14). 17.(16). 18.(13). 19.(18). 20.(18). Patas Ill relativamente finas (fig. 93); relación largo/ancho basitarso posterior 5,0- EBD 3 EMEA OIE Drau ARS, nemonde (LOM ai) jeyael ira, o, 12 Distímero relativamente largo, relación largo/ancho en la base 2,7 (fig. 91) PARRA Tora IE ERINNERT, ORBIT EIA « « « « arcabucense, sp.n. Distímero relativamente corto, relación largo/ancho en la base 2,0 (fig. 49)... ..... cerco. dt. . pifanoi Ramfrez-Pérez + pautense Coscarôn & Takaoka Escudo negro o desde anaranjado a negro (fig. 27,28,157,158); placa ventral con sua- ve escotadura lateral (fig. 32,35); relación largo/ancho basitarso posterior alrede- O N se E Ma E RS SRD GU VS e pe Eee Arad À tr 14 Escudo anaranjado a amarillo rojizo, placa ventral variable; relación largo/ancho basi- tarsojposterior.alrededor de 6... vias; su: HARD. QEU QMAOS. zu. ad 18 Abdnmenttotalmente negro E ES E A E RR ee e DO Abdomen con algunos tergitos amarillentos .us seara ausı surara wegen metido ds ie 16 Escudo totalmente negro, con cierta luz presenta área mediana más oscura (fig. 157, 158); placa ventral con fuerte constricciön lateral (fig. 164,165) Escudo puede presentar tonos castanos a amarillos lateralmente, no presenta área mediana más oscura al cambio de luz, placa ventral con suave constricciön lateral... . - bicoloratum (Enderlein) + cormonsi Wygodzinsky + jaimeramirezi Wy godzinsky Abdomen con tergitos |-IV castanho amarillentos, restantes negros. . . ..... Es qn ti Abdomen con tergito | castafio, Il-IV amarillo verdoso 6 Il-Ill amarillos con placa tergal castano en IV, restantes castafio oscuro a negros (fig. 30,31). .......... . . „bicornutum Wygodzinsky & Coscarön + furcillatum Wy godzinsky & Coscarön Placa ventral relativamente larga (fig. 32); relación largo/ancho máximo 1,1 ...... 4 ee ee ee rubiginosum (Enderlein) + ignescens Roubaud Placa ventral relativamente corta (fig. 35); relación largo/ancho máximos 0,8. ...... PR USE e od e a A TER gabaldoni Ramfrez-Pérez Abdomen totalmente amarillo rojizo a amarillo limón; placa ventral con suave escota- Aurallateralitkig: Ahr. a eo se ee a ares Ego 6 6 A ER ATI Fine e RS 19 Abdomen desde castafio a negro y si tiene tonos amarillos está solo limitado a partes; placa ventral con fuerte escotadura lateral (fig. 37-43), sf no posée escotadura el distímero presenta fuerte curvatura distal (fig. 52)... 2: m menu 20 Abdomenramanillomolizo, largo ala2,5mm . ..- - => repor id É dinellii (Joan) Abdomen:amanillosimoón; largo;ala:2:0mm gs ya ce qse Es ESA USE Se raras tala soldar: gis-ba nuneztovari Ramfrez-P&rez, Rassi & Ramírez Distímero bien curvado distalmente (fig. 52); placa ventral con muy suave escotadura lateral (fig. 43); abdomen con tergitos I-I V amarillos, restantes negros ........ SUBS EN PRO AR SC Rec cc ++ + Shewellianum Coscarôn IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (79):109-170, 19 nov. 1990 118 COSCARÖN, S. Distímero relativamente poco curvado distalmente (fig. 47); placa ventral con fuerte curvatura lateral (fig. 36); abdomen desde negro hasta tergito I-IIl castafo o ama- rillento sb. es o SUA ces re DURE Eua ro a VA Ep BRA FORA e rp RE eh lc Ara RS RR 21 21.(20). Abdomen negro, escudete anaranjado, pleuras y antenas negras; ala 22imm. ....... E Ra MA Ar TROS DE OA O PO OO DA OE O o Ara romanai Wy godzinsky Abdomen desde tergito | castano hasta tergitos II-Ill amarillentos; escudete ama- rillento, pleuras castano amarillentas; ala 1,6-20mm ...... 222222000. 22 22.(21). Abdomen con tergito | castafio, resto negros; relación largo/ancho basitarso posterior Ort: a EN EN Ze ek A lutzianum Pinto Abdomen con tergito |, I-Il ö I-Ill amarillos 6 ninguno, el resto negro. Relaciôn largo/ anchoıbasitarso:Posterionlbn. ar Ira „ae. Re na lewisi Ramfrez-P&rez Clave de las pupas. (No se incluyen antonii, bipunctatum, scutellatum, wol- cotti y wuayaraka por no conocerse las pupas). e Branquias gruesasicon 2-4 ramas (fig:D6/57)) jk Sa vs .naın na) no a ne 2 Branquiasifiliformesicon'5:20/ramas 2, ad alto seno o tos tea ia E 3 2.(1). Branquias con 2 ramas iguales con débil protuberancia interna en cada rama (fig. Bene dao bicornutum Wygodzinsky & Coscarön Branquias con 4 ramas, 1 gruesa inferior y 3 finas superiores (fig. 57). ....2...... did Cd ra o OS cega abç Fl SRA O arg furcillatum Wygodzinsky & Coscarôn 3.(1). Branquias con 5 ramas, capullo con fuerte proyecciön dorsal (fig. 58, 79)... .. En, aa ea be ah ET Su NE et RER: a E a Fe tolimaense Coscarôn Branquias con 6-20 ramas, capullo con o sin proyecciön dorsal. .... . 2.222... 4 A183) #Branquiasicon.lis-20Mtilamentosia GR nr a RR Re TORE IDEE 5 Branquias(con 6-10,filamentos 2: Es o = ee AR 7/ 5.(4). Branquias compuestas por 20 ramas relativamente cruesas que nacen de un tronco co- MURHIG.SDN «=. Poa pas DE a elle. Pe suarezi Ramírez-Pérez Branquias compuestas de 18-20 ramas relativamente finas que nacen por divisiones de las primarias, secundarias, terciariaso más. . „2 2 ze men nern 6 6.(5). Ramas branquiales variando gradualmente de longitud, desde arriba hacia abajo, siendo las dorsales notoriamente más cortas que las ventrales (fig. 87); frontoclípeo y escu- do torácico con gran cantidad de tubérculos, robustos tricomas de 3-6 ramas (fig. BAN pata to ta 26 6 a. maroniense Floch & Abonnenc Ramas branquiales dorsales no más cortas que las ventrales (fig. 86), frontoclípeo y escudo torácico con escasa cantidad de tubérculos y relativamente pequenos trico- mas;con;2/0/S jramasi(fig/2) ur. san rorotaense Floch & Abonnenc 2.44). “ Branquias con 6ffilamentos An W 1% KIN aaa PN NR AN ER RER 8 Branduiasicon:8-1O. filamentos.. e a E 12 8:17). | Tricomas cefälicos y torácicos con's-G ramas. |... 1. A 9 IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribuciön del ... 119 9.(8). 10.(9). 11.:8). 12.(7). 13.(12). 14.(12). 15.(12). 16.(15). 17.(16). iimicomas’ceralicos y toracıcoscon 25-40 ramas 0. 000 eeennne 11 Tubérculos del frontoclípeo y porciön expuesta del törax relativamente bajos (fig. NOM) arena en sen rs FR go is E gabaldoni Ramírez-Pérez Tubérculos del frontoclípeo y porciôn expuesta del tórax relativamente altos (fig. Celio a ep TEREM EE RE RR ae ANAL AM SOR 10 Tricomas del frontoclípeo y tórax basalmente rectos y con ramas ensanchadas (fig. 95-97); borde de los tubérculos de frontoclípeo y tórax rugoso (fig. 96); branquias con bifurcaciones de ramas terciarias relativamente próximas a la base (fig. 98) ... TER BEN an Re ld Sa EMI REIE IRES N RE arcabucense, sp.n. Tricomas de frontoclípeo y tórax basalmente enrulados y con ramas finas; borde de los tubérculos de frontoclípeo y tórax liso; branquias con bifurcaciones de ramas terciarias relativamente lejos de la base (fig. 80)... cc men Capullo con borde anterior notoriamente oblícuo; tricomas torácicos debilmente pig- mentados y escaso número de tubérculos ........ jaimeramirezi Wy godzinsky Capullo con borde anterior relativamente recto; tricomas torácicos bien pigmentados y elevado número de tubérculos. . . 2...» 22220000 cormonsi Wygodzinsky Branquiascon/10 fildimentos (EG 76 Ir ante hauen... 13 Branquias con 8 filamentos (fig. 77,78,81,82,83,84,88). ..: 2: 22 nun. 15 Frontoclípeo sin tubérculos excepto con 1 grupo de pequefio tamanıo a cada lado en la base de la frente; tricomas del frontoclípeo con 3-6 ramas .. . ignescens Roubaud Frontoclípeo con tubérculos regularmente esparcidos; tricomas del frontoclfpeo con le Zsramas (fig: 273; WD sc0 rm a ara ee E a 14 Frontoclípeo y porción expuesta del tórax con abundantes tubérculos (fig. 115) .... ui ER RE EDS ADA boba ds! DITO ND Dra É tunja, Sp.n. Frontoclípeo y porción expuesta del tórax con escasos tubérculos (fig. 73)........ 1 RD. U E UÊ O A OPTE NT 08 kabanayense Ramirez-P&rez Branquias con tronco basal y ramificaciones primarias muy Cortas. ..........c... Sr sad Cs REM RR RR o RE E Rs dr) A alirioi Ramírez-Pérez & Vulcano Branquias con tronco basal y ramificaciones primarias relativamente más largas (fig. ERTL EEE N a o 6 16 Tubérculos del frontoclípeo y porciön expuesta del tórax altos, aguzândose apicalmen- TER DI A134 513 5 RR O ee copa o é albanense, sp.n. Tubérculos del frontoclípeo y porción expuesta del tórax bajos, apicalmente redon- deadOS If. kagretens mare to ee E NI DE Tongue Det rider. ct TA Capullo con tejido grueso de trama muy fina con aspecto de fieltro o gelatinoso, con quilla dorsal y bordes anteriores elevados (fig. 55,59,60) .............. 18 Capullo con tejido relativamente compacto de trama gruesa, sin aspecto de fieltro y sin quilla dorsal, y si los bordes antriores están reforzados no están elevados (fig. (USEI sie BOSS Ta DS PD TA ER ERER: 26 IHERINGIA, Ser.Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 120 COSCARÖN, S. U ee 18.17). 19.118). 20.(19). 21.119). 22.(21). 23.(21). 24.(23). 25.(24). 26.17). 27.426). 28.(27). 29.(28). Tricomas de cabeza y tórax con 35-40 ramas (fig. 64)... .. bicoloratum (Enderlein) Tricomas de cabeza y tórax con 3-8 ramaS ... capas) auereenol one arelio gaben o ehe 19 Branquiastabietas enila base (fig. 81) a. »...0...m..n. rm. nom a. RA a o OR 20 Branquias relativamente cerradas en la base, corriendo aproximadamente en forma pa- ralelastfig:-D5:60)-. vmar as anais ot Moo o Daft es A O AR reis SM, WA, En 21 Frontoclípeo y tórax con abundantes tubérculos (fig. 67). . . . romanai Wygodzinsky Frontoclípeo y tórax con escasos tubérculos (fig. 68) .......... lutzianum Pinto Porción expuesta de! tórax y frontoclípeo con escasos tubérculos (fig. 68). . .... 22 Porciön expuesta del tórax y frontoclípeo con regular a abundante cantidad de tubér- culosafig dO) gerir ee REINE AR FERNEN 23 Ramas secundarias dorsal y media y terciarias ramificándose relativamente cerca de la Base to PCS pt AE DE E Si /utzianum Pinto Ramas secundarias dorsal y media y terciarias ramificändose relativamente lejos de la baseslfignSS) TEN. «is. pa ae Kae ee N E TER RER 2... lewisi Ramírez-Pérez Ramificaciones terciarias más allá de la mitad de la longitud de las branquias (fig. TAS ERON nen cmo: 46 dan na dal PÉ dere as na 8 Mo rn: ER ERRADAS DR RR roquemayu Coscarôn Ramificaciones terciarias a menos de 1/3 de distancia desde la base (fig. 167) ...... 24 Frontoclípeo y porciön expuesta del tórax con muy abundantes tubérculos (fig. 166) e cao acenda sarado CS] o op TE da ci = dE = NR 0.9 Do © mayuchuspi, sp.n. Frontoclípeo y porciôn expuesta del tórax con regular cantidad de tubérculos (fig. ER RE N WE ORIENTIERTE SAR PSD eo O 0 O 00.0 © 25 Branquias con tronco basal relativamente largo y rama secundaria dorsal mäs gruesa queila primeraiventrali ae ua re RR EEE pifanoi Ramírez-Pérez Branquias con tronco basal relativamente corto y rama secundaria dorsal no más gruesa queilalprimariaiventralig Ss en lewisi Rami'rez-Perez Branquias ramificändose muy pröximo a la base, sin que se distingan claramente ra- mas primarias y secundarias (fig. 84); frontoclípeo y porciön expuesta del tórax con abundantes tüberculosiltign 70). 2 perflavum Roubaud Branquias ramificändose más lejos de la base, distinguiéndose ramas primarias y secun- darias (fig. 63,87); frontoclípeo y Porciön expuesta del tórax con variado número dertubérculos (figa 24) u, rs bar ora Soo copa Ro DS E VER 27 Branquias relativamente gruesas y negruzcas (fig. 88) .... 2 2 2 2 on essen ee antillarum Jennings + pseudoantillarum Ramirez-P&rez & Vulcano Branquias relativamente finas y amarillentas. . . . .......cccccccccvora 28 Tricomas del frontoclípeo proporcionalmente muy largos. . . . shewellianum Coscarön Tricomas del frontoclípeo proporcionalmente cortos (fig. 65,69,75). . . : 2. .... 29 Frontoclípeo y porción expuesta del tórax con escasos tubérculos (fig. 65,75). . . . 30 Frontoclípeo y porción expuesta del tórax con numerosos tubérculos (fig. 69). . ... 31 IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribuciön del ... 121 30.(28). Capullo prolongado dorsal y basalmente, longitud branquias 2,7-3,5mm; tubérculos del frontoclípeo ausentes o reducidos a generalmente un grupo de cada lado a los costados de tricomas faciales (fig. 65) . ............ rubiginosum (Enderlein) Capullo no prolongado anteriormente; filamentos branquiales 2,0-2,2 mm; tubérculos del frontoclípeo relativamente escasos, pero en mayor cantidad que en el dilema ENE LE pa rn e pt ra dinellii (Joan) 81.129), Capullo con tejido de trama bien unida (fig. 61) . = . =. wem: a Vans. an Me Evarteins re 32 Capullo con tejido de trama abierta dejando espacios claros. . ... 2 2222 SE RENTEN nuneztovari Ramírez-Pérez, Rassi & Vulcano 32.(31). Tricomas torácicos con 4-9 ramas; branquias con ramas primarias y secundarias ramifi- cändose relativamente lejos de la base ............ wolffhuegeli (Enderlein) Tricomas torácicos con 2-3 ramas; branquias con ramas primarias y secundarias ramifi- cändose relativamente cerca de la base. .... .:. 222202 .. ochraceum Walker Grupo |. bicoloratum Simulium (Ectemnaspis) rubiginosum (Enderlein, 1934) (Fig. 7,23,32,64,172,185) Chirostilbia rubiginosa ENDERLEIN, 1934: 287 Simulium (Ectemnaspis) rubiginosum; COSCARÖN, 1984:294-295, figs. 1A, 3A, 4A, 6JK; 1987: 28. Distribución. ARGENTINA: Jujuy, Salta, Tucumán, San Juan, Mendoza, Buenos Aires; BOLIVIA: Cochabamba y PERU: Cuzco. Simulium (Ectemnaspis) ignescens Roubaud, 1906 (Fig. 76,185) Simulium ignescens ROUBAUD, 19066: 107; WYGODZINSKY 1971:14. Simulium (Ectemnaspis) ignescens; COSCARÖN, 1984: 295-296, fig. 5B; 1987: 28. Nuevas citas. S. Coscaron, (MLP). ECUADOR, Pastaza: Canton Río Negro (arroyo sin nombre), larvas y pupas, 6.X1.86; (1400m) pupas y larvas, 6.X1.86.; Canton Mera (1200m) pupas y larvas, 6.X1.86 (1600m) pupas y larvas, 6.X1.86; Tungurahua: Bafios (rfo Ulva, 1630m), pupas y larvas, 6.X1.86; Chimborazo: Yerba Buena (2630m) pupas y larvas, 7.X1.86; Quebrada de Panza Querola (2325m) pupas y larvas, 7.X1.86; Santiago (1120m) pupas y larvas, 7.X1.86. COLOMBIA, P. y B. Wygodzinsky col. (AMNH). Cundinamarca: Tunijaque, S.E. La Calera (2850m), 9d, 129 y pupas, 30.VII1.69; 2km sudeste de Alban (2400m), 59, 6/7, V111.69; 19, 19 y pupas, 24.V111.69; (camino Silvate a Aguadita (2300m)), 29, 1d, pupas y larvas, 5.V11.67; Finca San Pablo, (3km N. de Alban, 1800m), 19 y pupas, 2.VII1.67; camino Zapa- IHERINGIA, Ser.Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 122 COSCARÖN, S. quira-Pacho (2900m), 19, 22.V111.67; rfo Frfo, (1km O. de Guasca, 2650 m), 1 2, 16, pupas y larvas, 20.V11l.67; Tolima (camino Ibaqué-Armenia, borde E., 2400m), pupas, 14.VIII.67; Valle, rio Piéndamo (Silvia, 2550m) 19, 24.V 111.67. VENEZUELA, P. y B. Wygodzinsky y B. Cormons col. (AMNH). Mérida: sudoeste Mucuruba (2350m). 139, 106, criados, pupas y larvas, 9/26.11.68; 5km sudoeste de Mérida (1900m), 5%, 4d, pupas y larvas, 15.11.68; 2km sudoeste de Mérida (1600m), 10%, 8d, 9/26.11.68; sudoeste Mérida (1650m), pupas, 12.11.68; camino Apartaderos a Santo Domingo (3050m), 19, 16/26.11.68; (3500m) 19; 10km O. Méri- da (2100m), 69, 2d. 11.11.68. Distribución. BOLIVIA: Cochabamba; PERU: Cuzco; ECUADOR: Cotopaxi, Pastaza, Tungurahua, Chimborazo, Pichincha; CO LOMBIA: Cauca, Cundinamarca, Boyacá y VENEZUELA: Aragua, Miranda, Mérida, Táchira. Simulium (Ectemnaspis) roquemayu Coscarón, 1984 (Fig. 78, 185) Simulium (Ectemnaspis) roquemayu COSCARÓN, 1984:296-298, fig. 1B, 4B, 5G y 6A; 1987: 28. Distribuciön. BOLIVIA: Cochabamba. Simulium (Ectemnaspis) pifanoi Ramirez-P&rez, 1971 (Fig. 24,33,49,53,66,77,174,175,185) Simulium pifanoi RAMIREZ-PEREZ, 1971: 346, fig. 44; 1983:62, fig. 34. Simulium (Ectemnaspis) pifanoi- COSCARÓN, 1984: 301; 1987: 28. Esta especie fue redescripta someramente por falta de material (COSCARON, 1984). Como ahora dispusimos de abundantes especimenes en sus diferentes esta- dos incluimos la redescripciön. 92. Ala 2,4-2,6mm. Escudo anaranjado con áreas pronotales amarillentas, es- cudete amarillo; metanoto negro. Segmentos abdominales I-Il amarillos, Ill y IV amarillos con placa tergal castano oscuro, V negro aterciopelado, restantes negruz- cos con brillo cereo. Patas negras. Pelos ala castano oscuro. Frente ligeramente con- vergente hacia la base; triângulo frontocular aproximadamente tan alto como an- cho. Mandíbula con 38-45 dientes, maxilas con 25-29 dientes. Organo sensorial del palpo menos ancho que la mitad del artejo que lo contiene. Porción basal del ci- bario liso, con buen reborde. Sector basal del radius sin pelos. Gonapófisis con bor- de interno bien esclerotizado. Octavo esternito con alrededor de 30 pelos de cada IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribuciön del ... 123 lado; paraprocto ligeramente mäs largo que ancho en la base (fig. 24); horquilla ge- nital de acuerdo al subgénero. d. Ala 2,5-2,6mm. Coloración como en la hembra pero segmentos abdomina- les III y IV totalmente castano oscuro y el escudo puede presentar bandas oscuras lateralmente. Distímero 3/4 de la longitud del basímero (fig. 49). Placa ventral sin escotadura lateral (fig. 33). Endoparámeros con fuertes ganchos. Pupa. Longitud del capullo en la base, 3,0-3,3mm, en el dorso 2,6-2,8mm, de las branquias 3,2-3,5mm, de la crisálida 2,6-3,0mm. Capullo grueso con tejido de trama muy fina (fig. 53). Frontoclípeo y porción expuesta del tórax con regular cantidad de tubérculos lisos relativamente pequenios (fig. 66); cabeza y tórax con tricomas grandes, con 3-7 ramas. Branquias de 8 ramas dispuestas relativamente próximas y con ramificaciones de ramas terciarias alejadas de la base (fig. 77). Pue- den presentarse más abiertas y con ramificación más baja en las ramas terciarias y con menos tubérculos: (material procedente de Sibate a Aguadita). Larva. Longitud máxima 5,0-5,5 mm; ancho máximo cápsula cefálica 0,5mm. Apotoma cefálico suavemente oscurecido en la mitad basal (fig. 174). Puente post- genal aproximadamente 1/8 de la altura del hipostomio. Hipostomio como en el subgénero, con 5 cerdas laterales. Relación artejos antenales |-Ill=1:1,6-1,7; (fig. 175). Mandíbula con 10-11 dientes internos, con un proceso latero mandibu- lar. Abanico cefálico con 30-32 rayos; algunos dientes de los peines con mayor longitud. Esclerito anal sin pelos; anillo anal con 77-84 hileras de ganhos con 12-14 ganchos cada una. Branquias anales con 8-9 divertículos en cada lóbulo. Esclerito del pseudopodio con 26-30 dientes dispuestos en 7-8 grupos; tegumento del cuerpo sin pelos. Nuevas citas. (P. y B. Wygodzinsky, col., AMNH). COLOMBIA. Cundinamarca: camino Sibate a Aguadita (2300m), 36, 49, pupas y larvas, 6.VI1.67; 2 km sudeste de Alban (2400m), 78, 169, 24.VII1.69; N. de Alban (2400m), 19 y pupas, 6.VII1.69; 3km. N. de Alban (1800m), 19, 1/12.V111.69; camino debajo de Cataratas de Tequendana (2150m), 16, 25.VI1.67; 1km O. de Sibate (2600m), 39, 26, 23.V 111.69. Cauca: próximo a Purace (2300m), 19, 17.V111.67. Distribución. VENEZUELA: Mérida. COLOMBIA: Cundinamarca y Cauca. Discusión. Presenta ligeras diferencias con el material tipo, tales como tergi- to abdominal del segmento V lateralmente amarillento y las divisiones terciarias de branquias pupales con bifurcaciones más bajas. Consideramos, pese a estas diferen- cias que se trata de la misma especie. Simulium (Ectemnaspis) arcabucense, sp.n. (Fig. 89-103,185) IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 124 COSCARÖN, S. 2. Ala 2,7mm. Escudo y escudete amarillo pudiendo el primero presentar dos bandas sublaterales y porciön mediana anterior castano oscuro. Metanoto negro, pleuras con pruinosidad plateada. Patas negras con parte de las tibias claras. Abdo- men con tergitos | y Il amarillo suavemente oscurecido lateralmente, Ill y IV ama- rillo con tonalidad marrön en la placa tergal especialmente en el borde posterior, resto negro. Frente relativamente ancha, suavemente convergente; triángulo fronto- cular más alto que ancho. Mandíbulas con aproximadamente 35 dientes, maxilas con 26-30 dientes, örgano sensorial del palpo tan ancho como la mitad del artejo que lo contiene. Porciön basal del cibario liso con borde reforzado (fig. 89). Sec- tor basal del radius sin pelos. Octavo esternito con alrededor de 25 pelos de cada lado, gonapöfisis con borde interno reforzado; paraprocto aproximadamente tan largo como ancho en la base (fig. 90); horquilla genital bien esclerotizada. S . Ala 2,5mm. Coloración como en la hembra. Escudo amarillo, pudiendo presentar bandas laterales y medio frontal negras. Abdomen con segmentos | y II amarillos, resto negro. Relación largo/ancho basitarso posterior 7,5 (fig. 93). Pa- tas negras. Distímero aproximadamente 3/4 de la longitud del basimero (fig. 91). Placa ventral con muy suave escotadura lateral (fig. 92). Pupa. Longitud del capullo en la base 2,9-3,0mm, en el dorso 2,5- 2,7 mm, de las branquias 3,0-3,6mm, de la crisálida 2,5mm. Capullo grueso compacto, con as- pecto de fieltro, de trama fina evidente, con suave reborde anterior (fig. 94). Fron- toclípeo y área libre del tórax con abundantes tubérculos relativamente grandes con suave rugosidad superficial y dispuestos en hileras irregulares (fig. 95,96). Tricomas del frontoclípeo en número de 1 par faciales y 2 pares frontales con 6-11 ramas gruesas en su porción basal (fig. 95). Tricomas del tórax con 8-13 ramas grue- sas (fig. 97). Branquias con 6 ramas que salen de un corto tronco basal, presentando 2 ramas primarias que se bifurcan y una secundaria dorsal que también se subdivide a corta distancia de su base (fig. 98). Larva. (fig. 99). Longitud máxima 4,8-5,2mm. Color (en alcohol) castafio amarillento pálido, cabeza castafio claro, apotoma cefálico sin ornamentación mani- fiesta (fig. 100). Relaciön artejo antenal I-I11=1:1,0-1,1:1,8-2,0 (fig. 103). Puente postgenal entre 1/3-1/4 de la altura del hipostomio (fig. 101). Hipostomio con 4 cerdas laterales de cada lado; diente del ángulo más alto que el mediano; mandíbu- la con 10 dientes internos en doble hilera y un proceso latero mandibular (fig. 102). Abanico cefálico con alrededor de 27 rayos, estos con dientes grandes alternados con varios cortos. Esclerito anal sin cerdas; anillo anal con alrededor de 70 hileras de ganchos con 12-13 en cada hilera. Peines del esclerito del pseudopodio con apro- ximadamente 25 dientes dispuestos en 8-9 grupos. Tegumento sin pelos. Material examinado. COLOMBIA Boyacá: Valle rio Pomeca, (noroeste de Arcabuco, 2400m), 9.V11.67, P. y B. WYGODZINSKY col., 19 Holotipo, 1S Alotipo, 1 Paratipo &, pu- pas y larvas (AMNH), 1 S(sin localidad) y $ farate (MLP), IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribuciön del ... 125 Discusión. S. (E.) arcabucense, sp. n. es muy parecida a S. (E.) pautense Coscarón & Takaoka. Esta última se diferencia por poseer distímero relativamente más corto, capullo de pupa más fino, tubérculos del frontoclípeo y tórax lisos dis- prestes en forma uniforme sin determinar hileras irregulares, branquias pupales con ramificaciones secundarias más alejadas de la vase (fig. 80), larva con cabeza más oscura denotándose mejor las manchas negativas, y abanico cefálico con mayor número de rayos (42-48). S. gabaldoni también es parecido, pero se diferencia por presentar la porción basal del cibario en su área mediana bien esclerotizada, con tubérculos y espinas lateralmente, además la pupa presenta en frontoclipeo y porción expuesta del tö- rax tubérculos más bajos lisos y menos nítidos (fig. 104); la larva de acuerdo a las ilustraciones de RAMIREZ-PEREZ (1971) presenta ornamentación característica en el apotoma cefálico, que está ausente en S. arcabucense. Los imagos de S. arcabucense son prácticamente indiferenciables con los de S. pifanoi, pero por las pupas con branquias de 8 ramas permite separarlas fácil- mente. Simulium sp. A LEWIS & LEE-PORTER (1964:97, fig. 11-22) tiene dife- rente estructura del cibario que lo aproxima al grupo dinellii; Simulium sp. B LEWIS & LEE-PORTER (1964:98, fig. 23-32) presenta el mismo tipo de cibario de S. arcabucense pero hay diferencias en la coloración del abdomen que no tiene castano el esclerito tergal Il, y el paraprocto es más alargado. El nombre específico hace referencia al área de la localidad tipo. Simulium (Ectemnaspis) pautense Coscarón & Takaoka (Fig. 54,80, 185) Simulium (Ectemnaspis) pautense COSCARÓN & TAKAOKA, 1989: 191, fig. 1-24. Las especies más próximas son S. arcabucense y S. pifanoi. La primera se di- ferencia por presentar el distímero más largo (relación largo/ancho = 2,7, en cambio en S. pautense el índice = 2,0) y las pupas, con tricomas del frontoclípeo y tórax rectos en la base y con ramas ensanchadas, borde de los tubérculos rugoso y bran- quias con bifurcaciones de ramas terciarias relativamente próximas a la base. S. pi- fanoi se diferencia por presentar paraprocto más largo que ancho en la base, escudo anaranjado y pupas con 8 branquias. S. gabaldoni se parece en la pupa, con similar número de ramas branquiales, pero los tubérculos del frontoclípeo y tórax son más bajos y en las hembras la porción basal del cibario posee tubérculos y espinas. Distribucion. ECUADOR: Azuay y Cuenca. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 126 COSCARÖN, S. Simulium (Ectemnaspis) antonii Wygodzinsky, 1953 (Fig. 185) Simulium antonii WYGODZINSKY, 1953: 325, figs. 30-43; VULCANO, 1967:6. Simulium (Ectemnaspis) antonii: COSCARÓN 1984: 302; 1987:29. Se conoce solo por la hembra y se diferencia de las restantes por la falta de pelos en sector basal del radius, carácter que también lo presentan S. pifanoi, S. furcillatum, S. tunja y S. arcabucense. Distribución. BOLIVIA: Cochabamba. Simulium (Ectemnaspis) tunja, sp.n. (Fig. 103, 113, 114-121, 185) 2. Ala 2,8-2,9mm. Coloración cabeza como en S. a/banense, sp.n. Escudo amarillento, con porción mediana y sublateral desde castano anaranjado a negro bordeando de amarillo como en S. romanai; escudete amarillo, metanoto negro, pleuras castano amarillentas. Patas negras. Pelos alas castano oscuro. Abdomen con segmentos I-Il amarillos, Ill (IV) amarillo con placas tergales castano a castafio oscuro, IV generalmente negro aterciopelado al igual que segmento V, restantes negruzcos con brillo cereo. Porción basal del cibario liso, con fuerte reborde (fig. 107). Organo sensorial del palpo maxilar aproximadamente la mitad o menos, de la longitud del artejo que lo contiene (fig. 108). Frente suavemente convergente (fig. 105); triângulo frontocular ligeramente más ancho que alto (fig. 106). Alassin pelos en sector basal del radius. Unas con débil diente subbasal. Octavo esternito con alrededor de 40 pelos de cada lado; gonapófisis con borde interno bien esclero- tizado (fig. 94); paraproctos aproximadamente el doble de largo que ancho en la base, con ápice grueso (fig. 109); horquilla genital de acuerdo al subgénero. cd. Ala 2,7mm. Coloración como en la hembra pero más oscuro, con el dico del escudo negro en lugar de castafio anaranjado. Abdomen más oscuro y segmen- to Ill con placa tergal más grande y más negro; al igual que restantes segmentos; Vl y VII con un par de manchas plateadas. Pata Ill con tibia y basitarso robus- tos (fig. 111); relación largo/ancho basitarso posterior 4,3. Distímero ligeramente más corto que el basímero (fig. 112); placa ventral con suave escotadura lateral (fig. 113); endoparämeros y esclerito mediano con fuertes ganchos de acuerdo al subgénero. Pupa. (fig. 114). Longitud capullo en la base 3,2-3,7 mm, en el dorso 2,9- 3,1mm; longitud branquias 2,1-2,4mm; longitud crisálida 3,3mm. Capullo de tra- ma fina, con aspecto de fieltro pero no muy grueso, deja ver por transparencia la crisálida. Frontoclípeo y porción expuesta del tórax con abundantes tubérculos li- IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribuciön del ... 127 sos (fig. 115). Frontoclípeo con 1 par de tricomas faciales simples y 2 pares fronta- les simples o bifidos; tórax con 5 tricomas simples o bífidos. Branquias con 10 ra- mas que nacen de 3 ramas primarias; las dorsales se bifurcan relativamente cerca de la base para dar un par de ramas cada una de las secundarias (fig. 116). Larva. (fig. 117). Longitud máxima 5,0-5,2mm, ancho máximo cápsula ce- fálica 0,6mm. Apotoma cefálico debilmente pigmentado y sin manchas (fig. 118). Hipostomio con 5 cerdas de cada lado. Puente postgenal aproximadamente 1/6 de la altura del hipostomio y escasamente esclerotizado. Antenas aproximadamen- te de la misma altura que la base de los abanicos cefálicos. Relación de los artejos antenales I-IIl= 1:1,2-1,5:1,2-1,5 (fig. 119). Mandibula con 7-10 dientes inter- nos (fig. 120). Abanico cefälico con 29-32 rayos con dientes largos alternando con varios cortos. Branquias anales con 16-18 diverticulos en cada löbulo. Esclerito anal con pelos simples y escamas (fig. 121). Anillo anal con 67-70 hileras de ganchos con 12-13 ganchos cada una. Material examinado. P. y B. Wygodzinsky col. COLOMBIA Boyacä: 2km CO. de Tunja (2900 m), 9.V11.67; holotipo 9, alotipo d, 6 ? y 12d, paratipos, pupas y larvas (AMNH), 19 y 16 paratipos (MLP); (próximo al lago Tota, 3050m), 1d (AMNH), 8.V11.67; Cundinamarca: camino Usme a Päramo de Chisaca (3100m). 19, 26, pupas y larvas (AMNH), 11-V11.67; 1km O. de Sibate (2600 m), 19, pupas y larvas (AMNH), 23.V111.69; (2km sudoeste de Alban), 19, 39 y pupas (AMNH), 24.V 111.69; 1 km O. de Guasca (2650m), 26, 19 y pupas (AMNH), 20.V 11.67. Finca San Pablo (3km N, de Alban, 1200m, 10 (AMNH), 1/12.V11,67. Discusiön. S. kabanayense RAMIREZ-PEREZ & VULCANO, 1973 se dife- rencia de S. tunja, sp.n. por poseer porción basal del cibario con dentículos, pelos en sector basal del radius menor número de tubérculos en frontoclípeo y tórax de pupa, y tricomas del tórax con 3-6 ramas. S. ignescens también con 10 branquias es diferenciable por tener capullo más fino, ramificaciön de las ramas secundarias más próximas a la base, frontoclípeo y tórax sin tubérculos, además el imago posée pelos en sector basal del radius. S. bicoloratum es otra especie con 10 branquias, pero se diferencia por los característicos tricomas con más de 20 ramas, y por te- ner los imagos pelos en sector basal del radius. El nombre de la especie está referi- da a la localidad tipo. Simulium sp. A LEWIS & LEE-PORTER (1964), difiere en coloración del escudo que presenta bandas sublaterales castano oscuro, segmentos Il y Ill negros y porción basal del cibario con dos eminencias tipo dinellii. Simu- lium sp. B LEWIS & LEE-PORTER (1964); presenta mayores semejanzas, como son coloración de abdomen y forma de cibario y paraproctos; pese a ligeras diferencias en coloración de tórax, en que existe una mancha oscura mediana anterior, podría ser la misma especie. S. antonii conocida sólo por las hembras, es präcticamente indiferenciable y solo se nota la ausencia de tonos oscuros en escudo. No incluímos a esta nueva es- IHERINGIA, Ser.Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 128 COSCARÖN, S. pecie dentro de aquella por el desconocimiento de macho, pupas y larvas de S. an- tonii, que son necesarios para poder diferenciar adecuadamente las especies. Simulium (Ectemnaspis) tolimaense Coscarön, 1984 (Fig. 58,79,185) Simulium (Ectemnaspis) tolimaense COSCARÖN, 1984:301, fig. 4G; 1987:28. Distribución. COLOMBIA: Tolima. Simulium (Ectemnaspis) bicornutum Wy godzinsky & Coscarön, 1982 (Fig. 30,56,185) Simulium (Ectemnaspis) bicornutum WYGODZINSKY & COSCARÓN, 1982:2, fig 1-2; COS- CARÓN, 1984:300, fig. 4E; 1987:28. Distribución. COLOMBIA: Cundinamarca. Simulium (Ectemnaspis) furcillatum Wygodzinsky & Coscarón, 1982 (Fig. 28,31,57,185) Simulium (Ectemnaspis) furcillatum WYGODZINSKY & COSCARÖN, 1982:6, fig. 4-7: COSCARÓN, 1984: 300, fig. 4F; 1987:28. Distribución. COLOMBIA: Boyacá y Cundinamarca. Simulium (Ectemnaspis) bicoloratum Malloch, 1912 (Fig. 55,64,185) Simulium bicoloratum MALLOCH 1912:649, lám. 46, figs. 6 v7. Simulium (Ectemnaspis) bicoloratum; COSCARÖN 1984:298-299, fig. 4C-D; 1987:28. Nuevas citas. ECUADOR. Tungurahua: río Verde (1 500m), pupas y larvas, COSCARON col. 5.X1.86, (MLP). Distribución. BOLIVIA: Cochabamba. PERU: Lima y Huanuco. ECUADOR: Pichincha, Tungurahua y Zamora. COLOMBIA: Cauca, Cundinamarca y Tolima. VENEZUELA: Mérida, Táchira y Trujillo. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribución del ... 129 Simulium (Ectemnaspis) cormonsi Wygodzinsky, 1971 (Fig. 185) Simulium cormonsi WYGODZINSKY, 1971:31, fig. 15A-B, 16A-G, |-J; RAMIREZ-PÉ REZ, 1983:43, fig. 11. Simulium (Ectemnaspis) cormonsi; COSCARÓN 1984: 299; 1987:29, Distribucion. VENEZUELA: Mérida. Simulium (Ectemnaspis) jaimeramirezi Wygodzinsky, 1971 (Fig. 185) Simulium jaimeramirezi NYGODZINSKY, 1971:32, fig. 15C, D, 16H. Simulium (Ectemnaspis) jaimeramirezi: COSCARÖN, 1984: 299; 1987: 28. Distribución. VENEZUELA: Mérida. Grupo Il: romanai Simulium (Ectemnaspis) romanai Wy godzinsky, 1951 (Fig. 10,20,27,36,44,47,59,67,81,176,177,186) Simulium romanai WYGODZINSKY, 1951: 229-234, fig. 51-53, 97. Simulium (Ectemnaspis) romanai; COSCARÓN, 1984:302-303, figs. 1D-E, 2A, 3B-D, 6L; 1987:29. Simulium adolfolutzi NYGODZINSKY, 1951:234-236, fig. 98103 (syn.n.). 2. Longitud ala 1,9-2,8mm. Escudo amarillo hasta castaio negruzco en el centro. Escudete anaranjado. Metanoto negro. Abdomen con tergito | amarillo, II-IV desde castano a negro; cuando son claros por lo menos el centro de tergito Ill castano oscuro. Sector basal del radius con pelos. Porción basal del cibario con espinas en área elevada sublateral y con el centro deprimido, bien esclerotizado y con suaves elevaciones (fig. 10). Relación largo/ancho del basitarso posterior = 6,6. Genitalia (fig. 20). Paraproctos 2/3 más largos que anchos, con el ápice redondeado. Horquilla genital estilizada, con rama mediana aproximadamente el doble de las la- terales. Gonapófisis subtriangulares, membranosas, con borde interno divergente y escasamente esclerotizado. dg. Ala 2,1-2,4mm. Coloraciön como en la hembra, aunque más oscuro; or- namentación del escudo frecuentemente como en (fig. 27); abdomen negro atercio- IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 130 COSCARÖN, S. pelado. Relaciön largo/ancho del basitarso posterior 4,8-5,1. Genitalia (fig. 44). Distímero más corto que el basimero; distímero subcilfndrico, con lados aproxima- damente paralelos en los 2/3 basales,adelgazando hacia el ápice, con espolön termi- nal (fig. 30). Placa ventral más ancha que larga, con fuerte escotadura lateral que vista de frente aparentan dos piezas superpuestas (fig. 36). Pupa. Longitud del capullo en el dorso 2,4-3,0mm, en la base 2,7-3,0mm, crisálida 2,6-2,7 mm, filamentos branquiales 2,3-2,8mm. Capullo con aspecto de fieltro, frecuentemente con quilla mediana longitudinal, especialmente en la por- ción anterior (fig. 59). Frontoclípeo y porción descubierta del tórax con abundan- tes tubérculos; tricomas con 4-12 ramas (fig. 136). Branquias de 8 ramas relativa- mente abiertas en la base (fig. 81). Larva. Largo máximo 6,0mm, cuerpo sin escamas. Apotoma cefálico con os- curecimiento basal, y área central clara (fig. 176). Hipostomio con 4-6 cerdas de cada lado; relación de los artejos antenales I-IIl= 1:1,0-1,4:0,9-1,5 (fig. 177). Mandibula con 8 dientes internos y un proceso latero mandibular. Abanico cefáli- co con alrededor de 37 peines. Disco anal con 68 hileras de 12 ganchos cada una. Divertículos branquiales con 5-9 en cada lóbulo. Nuevas citas. S. Coscaron col. (MLP), BOLIVIA, rfo Yolosa, 1$ criado, 30.X.68. PERU. Junfn: San Ramón, (Estancia El Naranjal), P. y B. Wygodzinsky (AMNH), 29, 16, 20/27. V11.65. ECUADOR. Pastaza: Cantôn Mera (1200m). S. Coscarön col. (MLP), pupas, 6.X1.86. (1600m 4km del pueblo), pupas y larvas (MLP), 6.X1.86. Los Rfos: San Pedro (Canal de Rie- go), Coscarön col. (MLP), pupas, 1.X1.86. COLOMBIA. P. y B. Wygodzinsky col. (AMNH). Valle: camino Aguadita a Anchicaya (700m), 109, 66, pupas y larvas, 19.VI1l.67; rfo Pance (1600m), pupas y larvas, 27.V111,67; (1300m), larvas y pupas, 22.V111.67; Cundinamarca: próximo a Alban (2000m), pupas, 19 y 10, 24.VI11.69; (1 km O. de Sibate (2600m), 29, 4d, pupas, 23.V111.67; camino Sibate a Fisagoanga (2300m), 19 criado, 30.VII1.69; 3km N, de Alban, (Finca San Pablo); 19 y 2d, 1/12,.V111.67; Cauca: rfo 20km. N. de Piendamo, 16 y 29 criados, 24.V11l.67. VENEZUELA P. y B. Wygodzinsky y M. Cormons col. (AMNH). Mérida: sudoeste Mérida (1650m), pupas y larvas, 12.11.86; Sudoeste Mucuruba (2350 m), 79, 5d y pupas, 9/26.11.68; 10km O. Mérida (2100m), 69, 96, 11.11.68; 2km sudoeste Mérida, 1600m: 139, 69, pupas, 12.11.68; 5km sudoeste de Mérida (1900m), 92 78, pupas y larvas, P y d emergidos, 15.11.68. Distribución. ECUADOR: Pastaza y Los Ríos. BOLIVIA: Potosí. ARGENTI- NA: Jujuy, Salta, Tucumán, Catamarca, La Rioja, San Juan y Córdoba. COLOM- BIA: Valle, Cundinamarca y Cauca. PERU: Junín. VENEZUELA: Mérida. Bionomfa. Vive en cursos de agua cristalinas, de buena corriente, apoyadas sobre piedas y plantas acuáticas. Discusión. Es muy parecida a S. /utzianum de la cual resulta difícil separar (ver aquella especie). También con S. alirioi es prácticamente inseparable, y la úni- ca diferencia es la ramificación de las branquias de la pupa que es más baja en S. IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribuciön del ... 134 alirioi. S. adolfolutzi consideramos que entra dentro de las variaciones de esta es- pecie, por lo que aquí la sinonimizamos. Simulium (Ectemnaspis) /utzianum Pinto 1931 (Fig. 11,68,82,186) Simulium lutzianum PINTO, 1931:748, fig. 39-40; RAMIREZ-PEREZ, 1971:311, fig. 24-26; 1983: 51, fig. 93. Simulium (Ectemnaspis) lutzianum; COSCARÖN, 1984: 303-304, fig. 1F, 41, 5D-E, 6B-C; 1987:29. 2. Longitud ala 1,8-2,1mm. Escudo y escudete amarillo anaranjado, meta- noto negro. Abdomen con tergitos | y Il amarillos hasta castaho claro, restantes castano grisáceo oscuro a negro. Porción basal del cibario desde similar a S. roma- nai, hasta presentando el área mediana con tubérculos redondeados (fig. 11). Sec- tor basal del radius con pelos. Relación largo/ancho basitarso posterior 8. Genita- lia como en S. romanai. Sd. Ala 1,6-2,0 mm. Coloración como en la hembra, pero segmento | castafio y los restantes negros. Relación largo/ancho basitarso posterior 6,5-7,5. Genitalia co- mo en S. romanai, Pupa. Largo capullo en la base 2,2-3,4mm, largo en el dorso 1,8-2,8mm, lar- go de las branquias 1,8-2,5mm. Capullo tipo fieltro pero con trama visible, pudien- do Ilevar quilla dorsal y borde anterior reforzado similar a S. /ewisi. Frontoclípeo y porción expuesta del tórax con tubérculos escasos y de borde redondeado (fig. 68); tricomas frontales con 2-3 ramas, tórax con 5-7 ramas. Branquias claras con 8 ra- mas distribuídas desde relativamente abiertas en la base (fig. 83), hasta relativa- mente cerradas como en S. /ewisi. Larva. Largo total 4,8mm. Color general gris amarillento verdoso, cabeza amarillenta, apotoma cefálico sin ornamentación definida, con un suave sombrea- do en el borde posterior provisto de cortos pelos. Antenas sobrepasando ligeramen- te la base del abanico cefálico. Relación de los artejos antenales |-111=1:1:1,3. Abertura gular profunda, Ilegando casi a la base del hipostomio. Mandíbula con 7-8 dientes internos y un proceso latero mandibular; hipostomio con 4 espinas laterales. Anillo anal con 52 hileras de ganchos con alrededor de 12 ganchos cada una. Bran- quias anales con 3 lóbulos con 10-12 divertículos cada uno. Tegumento del cuerpo con muy cortos pelos. Nuevas citas. PERU, P. y B. Wygodzinsky col. (AMNH). Junfn: San Ramön, (Estancia El Naranjal, 1000m), 39 y 16, 20/27.V11.65, ECUADOR. S. Coscaron col. (MLP), Los Ríos: Sacramento (550m), pupas y larvas, 3.X1.86. Pastaza: Cantôn Mera, Ciudad Shell (1000m), IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 132 COSCARÖN, S. pupas, 6.X1,86; (1200m), pupas, 6.X1.86; Chimborazo: Santiago (1130 m), pupas y larvas, 7.X1.86. COLOMBIA, P. y B. Wygodzinsky col, (AMNH): Valle: camino Saladito a Anchicaya (500- 1000m), 119 y 109, 19.V 111.67; Valle del rfo Pance (represa de irrigaciön, alrededor de 1250 m), 8d, 109, pupasy larvas, 22.V111.67; camino Aguadita a Anchicaya, rfo Blanco (700m), 19, pupas; Valle del río Pance, (Hacienda San Pedro, 1400m), 69, 5$ pupas, 22.VI11.67; (1300 m) pupas y larvas; rio Calf (debajo de Pichindé, (1700m), 19, 28.VIII.67; Cauca: río 20 km de Piendamo, 49, 36, 24.VI11.67; Cundinamarca: 1 km O. de Sibate (2600m), 2%, 2d criados, 23.V 111.69; 3km N, de Alban, Finca San Pedro (1800m), 16, 1/12.V 111.67. Distribución: BOLIVIA: Cochabamba. PERU: Junín y Huanuco. ECUADOR: Pastaza, Los Ríos, Chimborazo y Pichincha. VENEZUELA: Distrito Federal, Mi- randa, Aragua, Carabobo, Yaracuy, Lara, Mérida, Trujillo, Táchira, Bolívar y Ama- zonas. COLOMBIA: Cauca, Cundinamarca y Valle. Discusión. Se diferencia de S. romanai por tener amarillos los segmentos I-II en hembra, la pupa con menos tubérculos y branquias más claras y más abiertas; patas posteriores en ambos sexos más finas y es relativamente más chica. El material clasificado como S. /utzianum por RAMIREZ-PEREZ de Mérida es más grande y no se diferencia de romanai, en cambio el de Amazonas se parece al aqui conside- rado como /utzianum. El material revisado por nosotros de Tingo María es también más grande. S. lewisi es otra especia muy parecida y se diferencia porque la hembra presenta los segmentos |- ||| del abdomen amarillos. Simulium (Ectemnaspis) lewisi Ramirez-Perez, 1971 (Fig. 8,60,83,186) Simulium lewisi RAMIREZ-PEREZ, 1971:349, fig. 46-47; 1983:48, fig. 20; SHELLEY & ARZUBE, 1985:330. Simulium iguazuensis COSCARÓN, 1976: 147, fig. 1 y 2. Simulium (Ectemnaspis) lewisi: COSCARÓN, 1984:304-307, fig. 1G-H, 4J-K, 5F, 6D-I; 1987:29. 9. Ala 1,9-2,1mm. Escudo amarillo anaranjado con pelos amarillentos, escu- dete amarillento grisáceo, metanoto castafio oscuro, pleuras amarillento grisáceo, abdomen con tergitos I-IIl amarillos, restantes desde castaho grisáceo a castaio oscuro. Alas con pelos en sector basal del radius. Cibario desde similar a S. romanai hasta con área mediana con tubérculos subcuadrangulares (fig. 8). Relación largo/ ancho basitarso posterior 6,4-7,0. Genitalia como en S. romanai. d. Ala 1,8-2,0mm. Coloración como en la hembra pero más oscuro, presen- tando gran variación en el abdomen donde se puede ser desde amarillo el I, I-II, |-IH o ninguno de los segmentos, siendo los restantes negros. Relaciön largo/an- cho basitarso posterior 6,5- 7,6. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribuciön del ... 133 Pupa. Longitud capullo en la base 2,2-3,0mm, en el dorso y base 2,0-2,9mm, de los filamentos respiratorios 2,3-3,3mm. Capullo de tejido grueso con aspecto de fieltro, con borde anterior reforzado y suave quilla dorsal (fig. 60). Frontoclipeo y porciön expuesta del tórax con tubérculos ralos. Tricomas cefálicos con 2-4 ra- mas, del törax con 3-7 ramas. Branquias de 8 ramas dispuestas frecuentemente con las ramas secundarias dorsal y media y las terciarias relativamente alejadas de la ba- se (fig. 83). Larva. Longitud mäxima 3,7-4,8mm, ancho mäximo de la cäpsula cefälica 0,43mm. Color grisáceo amarillento verdoso con bandas gris versoso más evidente, cabeza castano amarillento palido. Apotoma cefálico sin ornamentación marcada, solamente con débil oscurecimiento basal y con abundantes pelos simples cortos. Relaciön de los artejos antenales I-I1l = 1:0,9-1,2:1,3-1,6. mandíbula con 9-10 dientes internos y un proceso latero mandibular. Abanico cefálico con alrededor de 35 ramas, dientes de los peines con dentículos cortos, aproximadamente la mitad de la altura de los grandes. Hendidura gular Ilegando casi a la base del hipostomio. Disco anal con 60-74 hileras compuestas de aproximadamente 11-13 ganchos cada una. Branquias anales con 3 lóbulos con 8-10 divertículos alargados cada uno. Nuevas citas. BOLIVIA S. Coscaron col. (MLP). Cochabamba: Chapare (Samosabete), 19 criada, 17.X1. 77. ECUADOR. Los Ríos: San Pedro (Canal de Riego), 1d y 19 emergida, 19 farate, pupas y larvas, 1.X1.86; La Unión (Caluma), 19 y pupa, 1.X1.86; Guayas: Hacienda San Joaquín, 92, d, pupas y larvas, 8.X1.86. Distribución. ARGENTINA: Misiones. BRASIL: Paraná. BOLIVIA: Cocha- bamba. PERU: Cuzco y Huanuco. ECUADOR: Los Ríos, Esmeraldas, Pichincha y Guayas. VENEZUELA: Aragua, Miranda, Carabobo, Yaracuy, Zulia, Mérida y Barinas. Discusión. Es muy parecida a S. romanai y S. lutzianum las que se diferen- cian por tener las hembas solamente los segmentos abdominales | y I-II amarillen- tos respectivamente en lugar de I-IIl como ocurre en S. /ewisi. La pupa de S. roma- nai se diferencia por presentar mayor cantidad de tubérculos. S. lewisi al igual que S. /utzianum y en menor proporción también en S. ro- manai, varía la extensión y tonalidad de los colores de tergitos abdominales en am- bos sexos. Este polimorfismo, que también se presenta en la altura de ramificación de branquias y tubérculos de frontoclípeo y tórax de pupas, hace difícil definir es- tas especies con el consiguiente problema de la determinación de algunos especí- menes con caracteres intermedios. Probablemente estudios citotaxonómicos nos in- dicarán que existen especies crípticas entre ellas. Simulium (Ectemnaspis) alirioi Ramírez-Pérez & Vulcano, 1973 (Fig. 186) IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 134 COSCARON, S. Simulium (Psilopelmia) alirioi RAMIREZ-PEREZ& VULCANO, 1973:383, fig. 4. Simulium (Ectemnaspis) alirioi; COSCARÖN, 1984:307; 1987:29. Distribución. VENEZUELA: Monagas y Sucre. Simulium (Ectemnaspis) gabaldoni Ramiírez-Pérez, 1971 (Fig. 9,35,104,186) Simulium gabaldoni RAMIREZ-PEREZ, 1971:352, fig. 48 y 49; 1983:46, fig. 85. Simulium (Ectemnaspis) gabaldoni; COSCARÓN, 1984:307-308; 1987:29. 2. Escudo anaranjado, escudete amarillo limön; metanoto castano. Color ge- neral de patas castano oscuro; patas castano claro con áreas oscurecidas castano os- curo. Abdomen con tergito | amarillo limön, Il y Ill amarillos con tonos castanos en el borde posterior, restantes negruzcos. Porción basal del cibario con tubérculos en el área central y espinas lateralmente en áreas elevadas (fig. 9). Sector basal del radius con 1 hilera de pelos Paraproctos relativamente cortos de forma muy pareci- da a S. arcabucense. S. Color como en la hembra pero más oscuro, siendo el abdomen totalmente negro, patas castano oscuro a negro; distímero subcilíndrico y robusto, más corto que el basímero; placa ventral aproximadamente tan larga como ancha con cons- tricción lateral (fig. 35). Pupa. Capullo basalmente con suave proyección anterior; frontoclípeo y por- cion expuesta del tórax con regular cantidad de tubérculos lisos (fig. 104), tricomas cabeza y tórax con 3-5 ramas. El material de Colombia con tricomas bifidos. Bran- quias con 6 ramas. Larva. Desconocida. Nuevas citas. P. y B. Wygodzinsky col. (AMNH). COLOMBIA, Valle: Valle río Pance, (Hacienda San Pedro, 1400m), 10 criado, 22.VII1.67. Distribución. VENEZUELA: Monagas y Sucre. COLOMBIA: Valle. Discusión. Es muy parecida a S. arcabucense, sp.n. y S. pautense Coscarön & Takaoka, de las que se diferencia por que aquellas especies tienen porción basal del cibario lisa y patas más oscuras y no poseen pelos en sector basal del radius. S. lewisi también se parece, pero es fácil diferenciarla por presentar 8 ramas en las branquias pupales. IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribución del ... 135 Simulium (Ectemnaspis) albanense, sp.n. (Fig. 122-148,186) 2. Ala 2,8-3,0mm. Cabeza negruzca. Labio, palpo y antenas negras. Frente y clípeo castano con polinosidad gris plateada. Escudo y escudete amarillo, el primero en algunos ejemplares con área mediana y sublateral castano negruzco; pleuras ama- rillento a castano claro ó castafio oscuro hacia abajo, según los ejemplares; meta- noto negro. Patas negras. Pelos y espinas de ala negros. Abdomen con segmentos | y Il amarillos, Ill amarillo con placa tergal castanho, |V-V negro aterciopelado, restan- tes castano a negro con brillo cereo. Frente de lados casi paralelos (fig. 122); trián- gulo frontocular más ancho que alto (fig. 123). Porción basal del cibario con tu- bérculos redondeados en el borde en área mediana y sublateral y con pequenas y relativamente escasas espinas lateralmente (fig. 124, 125). Porción basal del radius sin pelos (fig. 126). Forma, pigmentación y proporción de artejos de las patas (fig. 127-129). Octavo esternito con alrededor de 16 pelos de cada lado y gonapófi- sis con borde interno esclerotizado similar a S. romanai; paraproctos ligeramente más largos que altos (fig. 130). Horquilla genital con rama mediana fuertemente esclerotizada. Sd. Ala 2,3-2,5mm. Color como en la hembra, con escudo presentando área oscura mayor y frecuentemente segmento Ill del abdomen totalmente amarillo. Distímero subcuadrado y aproximadamente 1/3 del largo del basímero con fuerte espolón interno (fig. 131); placa ventral más ancha que alta (fig. 132). Pupa. Capullo longitud máxima en la base, 3,0-3,2mm, dorso 2,7-3,0 mm, branquias 2,0- 25mm, de la crisálida 2,5-3,0mm. Capullo de trama muy fina con débil reborde anterior (fig. 133). Frontoclípeo y porción expuesta del tórax con abundantes tuberculos, notoriamente alargados (fig. 134-135). Frontoclípeo con 1 par de tricomas faciales y 2 pares frontales con 4-8 ramas gruesas. Porción ex- puesta del tórax con 5 pares de tricomas; presentando 4-8 ramas. Branquias com- puestas de 8 ramas; disposición de las ramas (fig. 136- 138). Larva. (fig. 139). Longitud máxima 6,0mm, ancho máximo cápsula cefálica 0,6 mm. Apotoma cefálico suave y homogeneamente oscurecido, con áreas subla- terales relativamente más claras (fig. 140); presenta abundantes pelos multirramo- sos (fig. 141). Puente postgenal aproximadamente 1/8 del largo del hipostomio (fig. 142). Hipostomio con diente mediano por debajo de los laterales (fig. 143) y con 5 cerdas laterales de cada lado. Abanicos cefálicos con alrededor de 30 rayos con dientes largos alternados con otros más cortos. Antena (fig. 144); relación arte- jos antenalas I-I1l =1:1,6:2,3. Mandíbula con 9-11 dientes internos (fig. 145) y con proceso latero mandibular. Esclerito del pseudopodio (fig. 146). Esclerito anal (fig. 148); presenta abundantes pelos de 1-4 ramas ó espatulados. Anillo anal con 64-77 hileras de ganchos con 12-13 hileras cada una; lateralmente con pelos fili- IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (70):109-170,19 nov. 1990 136 COSCARON, S. formes simples o ramificados de 2-4 ramas o palmados. Branquias anales con 3 divertículos en cada lóbulo. Tegumento del cuerpo con regular cantidad de trico- mas simples o bífidos (fig. 147). Material examinado. COLOMBIA. P. y B. Wygodzinsky col., Cundinamarca: 2km su- deste de Alban (2400m), 24.V111.69, 1 P Holotipo, 1d Alotipo, 159 y 70 Paratipos (AMNH); 29 y 2d Paratipos (MLP), pupas y larvas; 2km N. de Alban (2400m), 49 Paratipos (AMNH), 6.V111.67; 3km S. Chiparque (2400m), pupas y larvas (AMNH), 30.V11.67; Boyacä: próximo borde norte del lago Tola (3050m), 15 (AMNH), 8.V11.67; camino Arcabuco a Villa de Leiva (2600m), 1 pupa (AMNH), 9.V11.67; Valle del rfo Pomeca (Noroeste de Arcabuco, 2800 m), 5d y 39 (AMNH), 9.VII.67. Discusión. Presenta caracteres muy especiales como es el tipo de cibario, aunque este carácter es compartido por S. gabaldoni y S. mayuchuspi, lo que indi- caria entre ambas una gran afinidad. Como caracteres peculiares es dable de desta- car el distímero más corto que en otras especies y con forma diferente a las conoci- das, en pupas la presencia de tubérculos acuminados y en larvas la presencia de tri- comas en el tegumento. El nombre de la especia hace referencia a la localidad tipo. Simulium (Ectemnaspis) wolffhuegeli (Enderlein) 1922) (Fig. 34,48,61,69,186) Wilhelmia wolffhuegeli ENDERLEIN, 1922:70. Simulium (Ectemnaspis) wolffhuegeli: COSCARÖN, 1984:308310, fig. 4L-M, 6G-H, M; 1987:29. Nuevas citas: ARGENTINA, San Juan: Albardôn, M. Lopez Ruf, col. (MLP), pupas y larvas, 14.X1.88. Distribución. BOLIVIA: Cochabamba. ARGENTINA: Jujuy, Salta, Tucumán, Catamarca, La Rioja, San Juan, Mendoza, Córdoba, Buenos Aires, Río Negro, Neu- quén, Chubut y Santa Cruz. Simulium (Ectemnaspis) mayuchuspi, sp.n. (Fig. 149-165, 166-171,186) d. Longitud del ala 2,5-2,6mm. Cabeza castafio negruzca. Frente, clípeo y borde posterior de la cabeza gris polinoso. Antenas y palpos castafio negruzcos, escapo, pedicelo y prosboscis castafio amarillento. Escleritos pronotales castafio IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribuciön del ... 137 claro, escudo negro grisáceo con un par de manchas subtriangulares submedianas anteriores y bordes laterales anteriores gris claro (fig. 152). Visto con cierta incli- nación de la luz el escudo se muestra grisáceo con 1 par de manchas submedianas negruzcas que se unen en el tercio posterior, que también aparece negro; las man- chas claras subtriangulares se observan en contraste de color negruzco. Escudete castano con bordes posteriores amarillentos. Pelos del mesonoto desde plateado a dorado según la luz. Metanoto castafo con polinosidad gris oscura aterciopelada. Pleuras y patas castano negruzcas, presentando tonos castaho claro en mitad ante- rior tibia |, quinto anterior de fémures, 3/4 anteriores de basitarso posterior y mitad anterior del segundo tarsito posterior. Patas con pelos gris amarillento acentuando el tono claro de fémures y tibias. Alas hialinas con nervaduras gris amarillento páli- do con pelos y espinas castano. Balancines gris amarillento pálido. Abdomen cas- tafic oscuro a negro, con tergitos II-IV negro aterciopelado y del V-IX castanho grisáceo con brillo cereo; ventralmente castanho grisáceo. Pelos del segmento | gris amarillento; restantes negros. Frente sin surco mediano (fig. 149). Triángulo fronto- cular ligeramente más alto que ancho (fig. 150). Mandíbula con alrededor de 30 dientes de un lado y 11 del otro; maxila con 21-30 dientes. Artejo apical del palpo algo más largo que los 2 anteriores juntos. Vesícula sensorial del palpo menor que la del diámetro del artejo que la contiene, presentando abundantes tuberosidades sensitivas (fig. 151). Base del cibario bien esclerotizada con abundantes dentículos a ambos lados que dejan una porción mediana con placas de forma subesferoidal similar a los modelos presentados por S. romanai y S. lutzianum. Alas con regular cantidad de pelos en sector basal del radius y dispuestas en 1-2 hileras. R, con espi- nas a poca distancia de su nacimiento ordenadas en 1 hilera y entremezcladas con pelos; S. con alrededor de 10 pelos. Forma, proporciön y disposición del pigmento de patas Ill de acuerdo a figura 153. Pelos de las patas filiformes; unas sin denticu- lo basal (fig. 154). Octavo esternito bien esclerotizado con alrededor de 25-30 cer- das de cada lado; gonapófisis subtriangulares, con bordes internos ligeramente di- vergentes y suavemente esclerotizados (fig. 155). Paraproctos ligeramente más lar- gos que anchos en la base (fig. 156). Horquilla genital con rama mediana bien es- clerotizada. Espermateca con espículas dispuestas en forma concéntrica. d. Ala 2,5-2,6 mm. Cabeza negruzca, ojos castano oscuro, clípeo, antenas, pal- pos como en la hembra, pelos de la porción posterior de la cabeza y de apéndices desde claro a oscuro según la luz. Escleritos pronotales castano claro. Escudete ne- gro con 1 par de manchas submedianas triangulares y 1 par de bandas cortas y an- gostas latero-anteriores gris plateado, presentando el escudo manchas gris trans- versas irregulares en el comienzo del tercio posterior (fig. 157). Observando con otra luz se ve gris todo alrededor en una franja ancha y negro el disco, o bien todo de un gris mate y la porción mediana bien oscura (fig. 158). Escudete, metanoto, pleuras, alas y patas como en la hembra. Abdomen negro con un par de manchas IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 138 COSCARÖN, S. grandes plateadas tocändose casi en el centro con tergito II, más reducidas en III, algo mayores en el VI, en que cubre casi todo el segmento, y menores en el VIl (fig. 159). Ultimo artejo del palpo más del doble de largo que el precedente. Queto- taxia del ala como en la hembra. Calcipala ligeramente más ancha que larga. Rela- ción del largo/ancho del basitarso posterior aproximadamente 5,2. Pelos de las pa- tas similares a las de la hembra, pero más abundantes. Genitalia (fig. 160). Basí- mero subtrapezoidal, distímero alargado casi tres veces más largo que ancho, bien curvo en la mitad distal y aguzändose hacia el ápice, donde lleva un grueso espo- lón terminal (fig. 161,162). Placa ventral de perfil curvo mosträndose de frente más largo que ancho, ensanchado en la base sufriendo una constricción con proyección distal subtriangular (fig. 164, 165). Endoparámeros con fuertes espinas (fig. 163); membrana del aedeagus con abundantes espinitas ordenadas en grupos de 5-10 y dispuestas en hileras; esclerito mediano con porción distal ensanchada. Pupa. Longitud capullo en dorso 2,9mm, en la base 3,6mm, longitud de los filamentos respiratorios 1,6-1,8mm. Capullo color castano amarillento, en forma de “chinela'”, grueso con malla fina no perceptible de aspecto de fieltro, engrosado en el borde anterior y algo en la línea media dorsal, de aspecto parecido a S. roma- nai. Branquias castaho amarillentas, compuestas de 8 ramas, con 3 primarias relati- vamente cortas (fig. 167, 168). Frontoclípeo y porción expuesta del tórax con abundantes tubérculos finos (fig. 166). Frontoclípeo con 2 pares de tricomas fron- tales con 5-7 ramas cada uno y 1 par de tricomas faciales de 2-4 ramas. Tórax con 5 tricomas ubicados dorsalmente de cada lado y compuestos de 7-12 ramas relati- vamente largas cada uno (fig. 168). Larva. Contorno del cuerpo similar a las del subGénero. Apotoma cefálico castano claro con pigmentación mediana basal más oscura y ornamentación con manchas negativas (fig. 169). Forma y pigmentación de antena (fig. 170); relación de los artejos I-I1l =1:1,3:1,5. Abanico cefálico con alrededor de 36 rayos. Denti- ciön de la mandibula con 9-11 dientes internos (fig. 171). Hipostomio con diente mediano ligeramente por debajo de los laterales; con 4-5 setas laterales y 2-4 en el disco. Puente postgenal 1/7 de la altura del hipostomio y 1/10 del diämetro antero-posterio de la hendidura. Tegumento del cuerpo sin pelos ni espinas. Escleri- to anal similar a S. a/banense pero con muy escasos pelos simples. Disco anal con alrededor de 65 hileras de ganchos con 13-17 ganchos cada uno. Branquias anales compuestas de 3 ramas con alrededor de 5 lóbulos la mediana y 7-10 las laterales. Material examinado. PERU. Junfn: Tarma, P. y B. Wygodzinsky col. Holotipo 92, Aloti- po d, 49 y 4d Paratipos (AMNH), 29 y 2d Paratipos (MLP), 11.V11.65, ECUADOR. Pichin- cha: 1 km E. Sangolqui (2500 m), 19 criada (MLP), P. y B. Wygodzinsky col., 25.V 11.69. Observaciones. Esta es una especie muy peculiar en lo referente a los imagos. Su coloración totalmente negra en las hembras y la ausencia de diente subbasal en IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribución del ... 139 unas, son características de esta especie, ya que en las demäs especies de S. (Ectem- naspis) los imagos siempre presentan algo de tonalidad amarillenta, excepto los ma- chos de S. wolffhuegeli que son también totalmente negros, los que además son muy peculiares por el tipo de distímero que presentan. Las hembras son confundibles por la coloración con las de S. (Psaroniocom- psa) por tener escudo negro y con cierta luz presentar un par de manchas platea- das submedianas anteriores subtriangulares a subtrapezoidales, las que se pueden prolongar en bandas submedianas que determinan forma de lira. El tipo de cibario característico del “grupo romanai”” permite a esta nueva especie separarla de las es- pecies parecidas de S. (Psaroniocompsa) y S. (Chirostilbia). VARGAS & DIAZ-NAJERA (1951) identificaron material de Tarma como S. spinifer Knab 1914, especie parecida pero que corresponde a S. (Hemicnetha) grupo mexicanum, con diferencias notorias en la morfologfa del cibario, genitalia y ufa, tener mayor tamafio y color castafio, demäs la pupa lleva 12 branquias, porlo que consideramos debe de haber sido distinto material que vieron aquellos autores. S. (S.) putre Coscarón & Matta, del Norte de Chile, se asemeja la hembra en su coloración y posée un par de manchas grisáceas subcuadradas antriores, pero las diferencias en morfologia de cibario, genitalia hembra y macho y en pupa no per- mite confusión. S. argentatum Enderlein, conocida por su tipo de ‘Hoch Perú”, es una es- pecie negra con ornamentación de patas similar, con pelos en sector basal del ra- dius, frente aproximadamente igual y una sin diente subbasal evidente, pero no pre- senta las manchas plateadas anteriores submedianas. El desconocimiento de la mor- fologia del cibario y de genitalia, no nos permite asimilarla con certeza a ningún subgénero. A esto se suma la dificultad de poder muestrear en la localidad tipo, que por los datos no es posible ubicarla. Por ello la consideramos a esta especie “in- certae sedis”. S. lurybayae Smart (n. nom. Trichodagmia angustifrons) especie también negra, no presenta las manchas plateadas submedianas anteriores y las patas son más claras. Por su aspecto se parece más a las especies de S. (Inaequalium). Descono- ciendo morfologia de cibario y genitalia, la consideramos como especie “inqueren- da”. Nos queda también la duda con respecto a Thyrsopelma striginotum y Tri- chodagmia strigatum de Bolivia (Mapiri) y Perú (Cuzco) respectivamente que son negras, pero por no haber podido ver los tipos y no surgir a través de su descripción caracteres que permitan diferenciarlas, preferimos considerarlas a estas especies “inquerendae”. Etimologia. En Quechua, lengua aborigen del área donde fue colectada: “mayu” =río, “'chuspi”” = mosca, haciendo alusión al lugar donde se crían. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 140 COSCARÓN, S. Grupo III. perflavum Simulium (Ectemnaspis) perflavum Roubaud (Fig. 12,21,45,70,84,187) Simulium perflavum ROUBAUD, 1906 a:518. Simulium (Ectemnaspis) perflavum; COSCARÓN, 1984:310 (fig. 2B), 3E-F, 4N-O, 5G, 60-P); 1987:29. Simulium mauense NUNES DE MELLO, 1974: 35. Eusimulium antunesi LANE & PORTO, 1940:189, fig. 1. Nuevas citas. BRASIL, São Paulo: Paraibuna, £, d, pupas y larvas, Coscarôn, Cerqueira, Sato & La Salvia col. (DPSP), 19.X1.85; Yaguariuna, pupas y larvas, Coscaron & Cerqueria col. (DPSP), 16/17.X1.85; Botucatú, 9, d, pupas y larvas, Coscarön col. (DPSP), 15.11.86; Lindoia, larvas y pupas, Coscarön col (DPSP), 21.1V.86; Valle dos Orixas (próximo Usina) 2. &, pupas y larvas, Coscarôn col. (DPSP), 1.V.86. Minas Gerais: área de Cipó (próximo a re- presa Jaguara, larvas y pupas, Coscarôn, Cerqueira & Sato col. (DPSP), 4.X.86; Lima Duarte, larvas y pupas, Coscarön col. (DPSP), 1.11.87; Juiz de Fora, larvas y pupas, Coscarön col. (DPSP), 6.11.87; Mato Grosso: Chapada dos Guimarães (Igarapé Buritf), larvas y pupas, Cos- carôn col. (DPSP), 5.11.86; próximo a Cachoeira Véu da Noiva, £, d, pupas y larvas, Coscarón col. (DPSP), 5.11.86; Bahía: Seabra, 9, d, pupas y larvas, Coscarön, Cerqueira & La Salvia col. (DPSP), 12.V11.86; Santo Inacio (Riacho Encantado, Faz. Coelho), pupas y larvas, Coscarön, Cerqueira & La Salvia col. (DPSP), 25.V1!.86; riacho fondo das casas, 9, O, pupas y larvas, Coscarön, Cerqueira & La Salvia col. (DPSP), 23.V 11.86; próximo a Salvador (riacho entre mu- nicipios de Jaguaripe y Nazaré), pupas y larvas, Coscarön, Cerqueira & La Salvia col. (DPSP), 31.V11.86; próximo a Puerto Seguro (rído do Peixe), pupas y larvas, Coscarön, Cerqueira & La Salvia col. (DPSP), 1.V111.86; Espírito Santo; 5km de Fundão (próximo a Vitória), pupas y larvas, Coscarôn, Cerqueira & La Salvia, 2.V 111.86; Pará: Belém, (Moritoba, arroyo Uriboca, sobre BR 316), larvas y pupas, Coscarön col. (DPSP), 19.X1.86; Apeú (rfo Apeú), larvas y pupas, Coscarón col. (DPSP), 19.X1.86; Paraquicuara (próximo a Boa Vista), pupas, Coscarön col. (DPSP), 19.X1.86; Amapá: Macapá (Igarapé Cristina), larvas y pupas, Coscarön col. (DPSP), 20.X1.86; Porto Grande, larvas y pupas, Coscarón col. (DPSP), 21.X1.86; km 105 (sobre BR 156), 2, À pupas y larvas, Coscarön col. (DPSP), 21.X1.86; Mbaraguaia (km 178 sobre BR 156), larvas y pupas, Coscarön col. (DPSP), 21.X1.86. Distribución. ARGENTINA: Misiones, Corrientes y Formosa. PARAGUAY: Cordillera y Caaguazú. BRASIL: Amazonas, Amapá, Pará, Bahia, Mato Grosso, Per- nambuco, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espirito Santo y Santa Catarina. VENEZUELA: Amazonas, Bolívar y Carabobo. Esta especie es muy peculiar con caracteres morfológicos y ornamentales de imagos y disposición de branquias en pupa que es fácil diferenciarla de las otras del subgrupo. Hemos revisado material del área próxima a localidad tipo de S. an- tunesi y no encontramos diferencia con S. perflavum por lo que coincidimos con PY-DANIEL (1989), quién también sinonimiza a S. mauense, confirmando nuestra sospecha (COSCARÓN, 1984). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribuciön del ... 141 Simulium (Ectemnaspis) kabanayense Ramirez-Pérez & Vulcano, 1973 (Fig. 14,38,51,73 y 187) Simulium (Psilopelmia) kabanayense RAMIREZ-PEREZ & VIJLCANO 1973:390, fig. 5 y 6. Simulium (Ectemnaspis) kabanayense; COSCARÖN, 1984: 312-313, fig. 1K, 2C, 3G-H, 5H; 1987:29. Distribución. VENEZUELA: Bolivar. Simulium (Ectemnaspis) maroniense Floch & Abonnenc, 1946 (Fig. 4,6,71,87,187) Simulium maroniense FLOCH & ABONNENC, 1946:9, fig. 8y 9. Simulium (Ectemnaspis) maroniense; COSCARÖN, 1984:313; 1987: 29. Py d. Coloraciön y morfologia similar a S. rorotaense, con ligeras diferencias en hembra, como longitud del órgano sensorial palpo más corto (fig. 6), equivalente a 1/3 del largo del artejo que lo contiene, triángulo frontocular más reducido (fig. 4) y mandíbula con 20 dientes. Pupa. Longitud del capullo en la base 3,/0mm, dorsalmente 2,3 mm; longitud de las branquias 1,0mm. Capullo de trama gruesa y abierto especialmente en bor- de anterior. Frontoclípeo y porción expuesta del tórax bien esclerotizado, con abundantes tubérculos (fig. 8). Tricomas con 3-6 ramas. Branquias con 18-20 tu- bos filamentosos, que van aumentando de longitud desde el área dorsal a la ventral (fig. 12). Larva. Desconocida. Nueva cita. BRASIL: Roraima: arroyo Santa Anita, 1 farate 2, Py-Daniel & Coscarön col. (MLP), 27.X. 87. Distribuciöon. GUAYANA FRANCESA. VENEZUELA: Bolívar y Amazonas. BRASIL: Roraima. Discusión. Es una especie muy próxima a S. rorotaense de la cual puede dife- renciarse por presentar S. rorotaense el órgano sensorial del palpo mayor, pupa con ramas branquiales dorsales tan largas como las ventrales, frontoclípeo y tórax con escasos tubérculos y tricomas pequefios con 2-3 ramas. Esto nos decidió a sa- carlo de sinonimia (COSCARÓN, 1987). Simulium (Ectemnaspis) rorotaense Floch & Abonnenc, 1946 (Fig. 5,25,39,50,86,178-182,187) IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 142 COSCARÖN, S. Simulium rorotaense FLOCH & ABONNENC, 1946:4, fig. 4-7; RAMIREZ-PEREZ, 1983:66, fig. 115; PY-DANIEL, 1981:175, fig. 3H. Simulium (Ectemnaspis) rorotaense; COSCARÓN, 1984:313-314; 1987:29. Simulium fulvinotum CERQUEIRA & NUNES-DE-MELLO, 1968:205-210, fig. 1-36. Simulium ignacioi RAMIREZ-PEREZ & VULCANO, 1973:387-390, fig. 1-19. 9. Ala 2,0-2,5mm. Escudo, escudete y metanoto amarillo anaranjado, el pri- mero con bordes laterales nacarados; pilosidad del escudo del mismo color que la base. Pleuras castano amarillento con polinosidad grisácea. Patas amarillentas, os- cureciendose hacia el äpice y determinadas porciones castano. Abdomen con seg- mentos I-I| (Ill) castano amarillento claro, los restantes negros. Organo sensorial del palpo más largo que la mitad de la longitud del artejo que lo contiene (fig. 5). Mandrbula con 23-25 dientes. Porción basal del cibario con dentículos dispuestos en un par de grupos submedianos similar a S. suarezi. Sc Y porción basal del radius con pelos; paraproctos alrededor del doble de largo que anchos en el área mediana con robustas microtriquias de una de sus caras (fig. 25), carácter que en forma si- milar aparece en S. maroniense y S. suarezi; VIII esternito con 19-22 pelos de cada lado, gonapófisis con borde interno suavemente esclerotizado. 6. Ala 2,0-2,2mm. Coloración similar a la hembra. Distimero subcilíndrico, relativamente fino suavemente curvado en el tercio distal y de una longitud ligera- mente mayor a la del basimero (fig. 50). Placa ventral más ancha que larga y con fuerte escotadura lateral (fig. 39). Pupa. Capullo largo 2,7 mm, con tejido flojo dejando espacios abiertos sobre todo en la porción anterior alrededor de la abertura. Frontoclípeo y porción ex- puesta del tórax poco esclerotizados y con tubérculos relativamente ralos; tricomas con 2-3 ramas. Branquias compuestas de 18-20 ramas relativamente finas que se subdividen en ramas primarias, secundarias o más, a diferentes distancias de la base; ramas dorsales y ventrales de similar longitud (fig. 86). Larva. Longitud 5,0mm. Coloración amarillo verdoso. Apotoma cefálico con porciön basal más oscurecida, sin manchas evidentes (fig. 178). Relaciön de los ar- tejos antenales I-IIl = 1:0,7:1,4 (fig. 180). Hipostomio con 6-7 cerdas laterales de cada lado; puentes postgenal aproximadamente 1/5 de la altura del hipostomio (fig. 179). Mandibula con 8-10 dientes internos, dispuestos en 2-3 hileras y con un proceso latero mandibular (fig. 181). Abanico cefálico con alrededor de 45 rayos. Peines del esclerito del pseudopodio con alrededor de 33 dientes en grupos de 2-6 dientes cada uno (fig. 182). Area entre ramas del esclerito anal con pelos simples con 86 hileras de 15-17 ganchos cada una. Branquias anales con 13-15 largos diver- tículos en cada lóbulo. Tegumento del cuerpo sin pelos. Distribución: GUAY ANA FRANCESA. BRASIL: Amazonas. VENEZUELA: Bolívar y Amazonas. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribuciön del ... 143 Bionomía. Cria en arroyos de buena corriente de aguas claras de bajo pH (5,4-5,7) y alrededor de 25°C. Larvas y pupas apoyadas en plantas acuáticas. Las hembras pican al hombre y animales. Simulium (Ectemnaspis) suarezi Ramírez-Pérez, Rassi & Ramírez, 1977 (Fig. 13,85,187) Simulium (Psilopelmia) suarezi RAMIREZ-PEREZ, RASSI & RAMIREZ 1977:173, fig. 5. Simulium (Ectemnaspis) suarezi; COSCARÓN, 1984:314-315, fig. 2F, AP, 51; 1987:29. Distribución. VENEZUELA: Amazonas. Grupo IV dinellii Simulium (Ectemnaspis) dinellii (Joan, 1912) (Fig. 15,22,41,75,188) Melusina dinellii JOAN, 1912:363, pl. 1-2. Simulium (Ectemnaspis) dinellii: COSCARÓN, 1984:317-318, fig. 1N, 2E, 3L-M; 1987:29. Nuevas citas. ARGENTINA. Salta: Rosario de la Frontera, 19, Cuellar col. (MLP), 21.V 111.48; 3km O, de Tartagal pupas, Coscarön col. (MLP), 15.V11.73. BRASIL. Minas Ge- rais?: Bomfin (rio Sant'Ann), 49, 26, nº 12674, (10C). VENEZUELA, Aragua: Rancho Gran- de (Parque Nacional Henry Pittier, 1100m), 19, 26, Irwin col. (AMNH), 4.111.67. Distribución. ARGENTINA: Jujuy, Salta, Santiago del Estero y Catamarca. BOLIVIA: La Paz y Cochabamba. PERU: Apurimac. ECUADOR: Pichincha y Es- meraldas. COLOMBIA. Simulium (Ectemnaspis) wuayaraka Ortiz, 1957 (Fig. 188) Simulium wuayaraka ORTIZ, 1957:163, 7 fig., 1 foto; RAMIREZ-PEREZ, 1971:330. Simulium (Ectemnaspis) wuayaraka; COSCARÓN, 1984:319; 1987:30. Distribución: VENEZUELA: Bolívar. Esta especie se parece a S. maroniense, S. rorotaense, S. suarezi y S. lewisi, pero el tipo de cibario permite separarla. RAMIREZ-PEREZ (1983), SHELLEY, IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 144 COSCARÖN, S. LUNA-DIAZ & MAIA-HERZOG (1984) la snonimizan con S. maroniense, pero si consideramos el cibario de acuerdo al dibujo original del autor son diferentes, y no dispuestas por varias espinas como se observa en aquella especie. Simulium (Ectemnaspis) shewellianum Coscarön, 1984 (Fig. 16,43,52,183,184,188) Simulium (Ectemnaspis shewellianum COSCARÖN, 1984:318-319, fig. 10-R, 2G, 3N-O, 40, 5K; 1987:30. Larva. Lingitud ala 4,3-4,5mm, ancho cápsula cefälica 0,4 mm. Color verde grisáceo pálido (en alcohol). Apotoma cefálico escasamente oscurecido, dejando áreas medianas y sublaterales más claras (fig. 184); con pelos simples en el esclerito. Abertura postgenal alcanza la base del hipostomio (fig. 183); hipostomio con 4-5 cerdas de cada lado. Abanico cefálico con 30-34 rayos. Relación de los artejos an- tenales |-I ll = 1:1,1:1,3. Mandíbula con 8-10 dientes internos y un proceso latero mandibular. Esclerito del pseudopodio con 21 dientes dispuestos en 7 grupos. Ani- lo anal con alrededor de 72 hileras de ganchos cada una. Cuerpo con un par de pro- tuberancias ventral y subterminales. Branquias anales con 6-7 divertículos en cada lóbulo. Material examinado. ECUADOR, Coscarôn col. (MLP), Los Rfos: La Unión (Calumal, 19 emergida, 1 pupa, 1.X1.86; Chacabuco (chorrillo próximo al pueblo), 1, 1$ emergidos, pu- pas y larvas, 3.X1.86. COLOMBIA. P, y B. Wygodzinsky col. (AMNH); Valle: 10 km O. Delfina (Valle rfo Dagua, 400m), 19 criada, 26.V111.67; camino de Saladito a Anchicaya (500-1000m), 19, 4d, pupas y larvas, 19.V 111.67. Distribución. ECUADOR: Pichincha, Pastaza y Los Ríos. COLOMBIA: Valle. S. lewisi es muy parecida por el tipo de branquias y disposiciön de tubérculos y tricomas de pupa, al igual que coloración de imagos, pero por el tipo de cibario es fácil de separar las hembras. S. ochraceum es también parecida, pero posée ban- das plateadas en el escudo que las diferencia bien. S. scutellatum, conocida sólo por hembras, es también muy parecida y la única diferencia apreciable sería la presen- cia de un par de bandas submedianas en el escudo. S. bipunctatum con cibario si- milar, presenta también un par de bandas plateadas submedianas. Simulium (Ectemnaspis) bipunctatum Malloch, 1912 (Fig. 19,188) IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribuciön del ... 145 Simulium bipunctatum MALLOCH, 1912:650, lám. 6, fig. 8. Simulium (Ectemnaspis) bipunctatum; COSCARÓN, 1984:320-332, fig. 1W, Z, a, 21; 1987: 29. Distribuciön. PERU: Chapare. Especies muy parecidas son S. ochraceum y S. scutellatum. Hasta que no se obtengan los estados preimaginales no habrä seguridad con respecto a su identidad. Simulium (Ectemnaspis) scutellatum Lane & Porto, 1940 (Fig. 188) Simulium scutellatum LANE & PORTO, 1940: 192-193, fig. 10-13. Eusimulium scutellatum; LANE & VULCANO, 1943:434, fig. 6. Simulium (Ectemnaspis) scutellatum; COSCARÓN, 1987:30. 2. Ala 1,5mm. Escudo, escudete y metanoto amarillos; el primero algo oscu- recido en la porción mediana y sublaterlamente, lleva un par de manchas plateadas anteriores submedianas. Pleuras y abdomen castahio. Patas castanho claro con tibias y tarsos |, tarsos Il y fémur Ill oscurecidos. Triängulo frontocular poco profundo. Porción basal del cibario con un par de proyecciones dentiformes con espinas api- calmente y bien esclerotizado en la porción mediana (muy parecida a S. shewellia- num y S. bipunctatum). Porción basal del radius con pelos. Genitalia no estudiada. S, pupa y larvas. Desconocidos. Material examinado: Holotipo y 8 paratipos (uno en preparación microscópica) en FSP. El material, aunque bien conservado, no mantiene bien la coloración por efectos del tiempo y el oscurecimiento debido al alimento ingerido. Distribución: COLOMBIA, Valle. Discusión: Esta especie por el tipo de coloración y cibario es muy parecida a S. shewellianum, S. bipunctatum y S. ochraceum. Con la primera se diferenciaría por la ausencia en esa especie de las manchas plateadas submedianas del escudo. La duda queda con las otras dos, sobre todo por falta de macho y estados preimagina- les que facilitarfan una adecuada identificación. Simulium (Ectemnaspis) nuneztovari Ramírez-Pérez, Rassi & Ramírez, 1977 (Fig. 188) Simulium (Psilopelmia) nuneztovari RAMIREZ-PEREZ, RASSI & RAMIREZ, 1977:169, fig. 4; RAMIREZ- PE REZ, 1983:59, fig. 28. Simulium (Ectemnaspis) nuneztovari: COSCARÓN, 1984:316-317; 1987:29. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 146 COSCARÓN, S. Distribución. VENEZUELA: Amazonas. Simulium (Ectemnaspis) antillarum Jennings 1915 (Fig. 17,29,40,46,63,74,88,188) Simulium antillarum JENNINGS, 1915: 200. Simulium (Ectemnaspis) antillarum; COSCARÓN, 1984:319-320, fig. 1S-V, 2H, 3P-R; 1987: 29. Pupa. Longitud en el dorso 2,3mm, en la base 2,5-2,8mm, en las branquias 2,0-2,6mm, de la crisálida 2,1-2,3mm. Aspecto general de pupa (fig. 63). Capullo de trama muy suelta, permite ver bien la crisálida por transparencia. Frontoclípeo y porción expuesta del tórax con regular cantidad de tubérculos lisos (fig. 74). Tricomas bien desarrollados presentando los del frontoclípeo 2-3 ramas, los del tó- rax con 2-4 ramas. Branquias con 8 ramas relativamente gruesas, y abiertas la base (fig. 88). Larva. Desconocida. Material examinado. COLOMBIA, P. y B. Wygodzinsky col. (AMNH), Cundinamarca: Finca San Pablo (8km N. de Alban, 1800m), 1092, 59 y pupas, 1/12.V 11.67; Valle: Valle rfo Pance (represa de irrigación, 1250m), 19, P. y B. Wygodzinsky col. (AMNH), 22.V 111.67; Armenia, 192, Marimbella col. (AMNH), 12.1.68. PERU: Huanuco: Tingo María, 1 pupa, COS- CARON, col. (MLP), 3.X.83; Cuzco: Kunyac, 19, (AMNH), 24.V11.70. Distribución. PERU: Cuzco. ECUADOR: Esmeraldas. VENEZUELA: Nueva Esparta. COLOMBIA: Cundinamarca y Valle. JAMAICA: Guadalupe. DOMINICA. CUBA: Oriente y Pinar del Río. PUERTO RICO. MEXICO: Chiapas. El material estudiado coincide con el material típico depositado en USNM, dentro del cual no vimos pupas ni larvas. Las pupas a que aquí hacemos referencia difieren de las descriptas por DIAZ-NAJERA (1961) en la disposición de las ramas de los órganos respiratorios, donde las ramas primarias son más cortas; además men- ciona tricomas de hasta 8 ramas, hecho que no hemos observado con nuestro ma- terial, el metanoto de hembra y macho lo senala negro en las ilustraciones, en cam- bio el nuestro es amariilo ocre. Nuestro material coincide con ilustraciones de RAMIREZ-PEREZ 1983 y de RUBISOV & GARCIA-AVILA 1972. S. pseudoan- tillarum RAMIREZ-PEREZ & VULCANO, de acuerdo a las figuras presentadas, no se parece a nuestro material. S. dinellii es muy parecido pero muestra mayor núme- ro de tubérculos en frontoclípeo y tórax, mayor número de ramas en tricomas, d presenta más recto el distímero, ? sin manchas plateadas sublaterales. Simulium (Ectemnaspis) pseudoantillarum Ramiírez-Pérez & Vulcano, 1973 (Fig. 188) IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribuciön del ... 147 Simulium pseudoantillarum RAMIREZ-PEREZ & VULCANO, 1973:379, fig. 2-3. Simulium (Ectemnaspis) pseudoantillarum; COSCARÖN, 1984:320; 1987:30. Distribución. VENEZUELA: Amazonas y Monagas. Simulium (Ectemnaspis) ochraceum Walker, 1861 (Fig. 18,26,42,188) Simulium ochraceum WALKER, 1861:332. Eusimulium ochraceum; HOFFMAN, 1931:207-218, fig. 3,4,8,12,14-15. Simulium (Eusimulium) ochraceum; BEQUAERT, 1934:208,210. Psilopelmia ochraceum; RUBTSOV & GARCIA-AVILA, 1972:15-19, fig. 3-5. Simulium (Ectemnaspis) ochraceum; COSCARÖN, 1984:320, fig. 3 K; 1987:30. Distribución. ECUADOR. COLOMBIA VENEZUELA: Distrito Federal, Mi- randa, Aragua, Carabobo, Yaracuy. PANAMA: Coclé y Colón. JAMAICA. CUBA: Pinar del Río. GUATEMALA: Altaverapaz, Bajaverapaz, Guatemala, Quezaltenan- go, El Progreso, Chimaltenango, Sofiola, Santa Rosa, Jutiapa, Escuintla, Suchite- péquez, El Petén, Huehuetenango, El Quiché, Chiquimula, Jalapa, Retalhuleu, San Marcos. MEXICO: Chiapas, Oaxaca y Veracruz. Simulium (Ectemnaspis) wolcotti Fox, 1953 (Fig. 188) Simulium wolcotti FOX, 1953:138- 139, fig. 5-6, 8-10. Diagnosis en base a la descripción original. 2. Ala 2,5mm. Escudo, escudete, pleuras y metanoto anaranjados; el primero con un par de bandas plateadas en la porción anterior. Abdomen negro, algo castafio basalmente. S. con 6-13 cerdas dis- puestas en una hilera, con pelos en sector basal del radius. Patas con fémur claro y tibia y tarsos negros, con la tibia Ill con ancha área clara en el tercio basal. S. Ala 2,0mm. Color como en hembra. Abdomen oscuro, algo más claro ba- salmente. Distímero ligeramente más corto que el basímero; placa ventral subtrian- gular 1/5 más corto que ancho en la base y con ápice romo. Distribución. PUERTO RICO. Discusiön. Es muy parecida a S. ochraceum, pero S. wolcotti presenta en ma- cho más angostos los distímeros y la placa ventral en su porción distal; el abdo- men es negro y las patas en ambos sexos presentan una notoria diferenciación en la coloraciön de fémur con tibia y tarsos. Sería conveniente conocer la pupa para IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 148 COSCARÖN, S. aclarar mejor su identidad. RUBTSOV & GARCIA-AVILA (1972) al tratar S. ochraceum comentan que el material de Cuba de esa especie difiere del de Guate- mala, el que presenta el distimerc más grueso. Además acompafia una figura de la placa ventral que es muy parecida a la descripción original de S. wolcotti. El dibujo que acompafian estos autores del cibario y paraproctos de hembras de Cuba, tam- bien difiere de los especímenes del continente. Todo esto le daría mayor validez a esta especie, que hasta el momento con la información disponible es un tanto du- dosa. Además habria que considerar al material de Cuba estudiado por aquellos autores como wolcotti y no ochraceum. Species Inquerendae Simulium flavipictum Knab, 1914 Simulium flavipictum KNAB, 1914:83. 9. Ala 3,5mm. Escudo amarillo castano rojizo. Escudete y metanoto amari- lentos. Abdomen con segmentos |-IV amarillentos; V-IX castano amarillento gri- sáceo. Patas castano amarillento. Unas con diente subbasal. Pelos en sector basal del radius dispuestos en 2-3 hileras. Distribuciön. PERU: Chapare. Discusiön. Esta especie es muy parecida a S. dinellii. Sin conocer la morfo- logia del cibario no pueden diferenciarse. Seria necesario disponer de más material topotípico para decidir su identidad, por lo que ahora queda “inquerenda”. Simulium varians Lutz, 1909 Simulium (Eusimulium) varians LUTZ, 1909: 131,141,142. Simulium varians LUTZ, 1910: 234- 235,265; PINTO 1931:672,714. Esta especie fue descripta basada en tres hembras de Río Grande y Franca (São Paulo), donde hace resaltar su pequefio tamafio y un escudo negro surcado por manchas anaranjadas cuya coloraciön varía un tanto de unas a otras. Por la descripción no coincide con las especies por nosotros conocidas de América del Sur. Hemos ido a la zona de Franca y Río Grande en octubre de 1986, con inten- ciön de obtener esta especie. No pudimos hallarla y lo más parecido encontrado allf !IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribuciön del ... 149 fue S. subpallidum y S. acarayense; las hembras son de tono amarillento grisäceo, sobre todo en fresco. También encontramos S. perflavum que puede presentar bandas anaranjadas según el estado de conservación, pero el escudo no es negro, y su tamafio es mayor; podría ser que el material estudiado por Lutz hubiese inge- rido alimento que le hizo cambiar el tono del escudo. En la colección de LUTZ depositada en IOC no encontramos los preparados nº 12.667 y 12.677, sehalado en el libro como de esta especie (el último indicado como tipo). En cambio encontramos varias hembras y 2 machos con etiqueta de varians. El material pinchado está bien conservado y no responde a la descripción original, en cambio coincide bien con S. dinellii por lo que las determinamos como de esta especie. Este material figura con el nº 12.674 de la colección del IOC. En 1910, LUTZ cita el hallazgo de la pupa de S. varians en Petrópolis (Rio de Janeiro) la que poseería branquias con muchas ramas; no la describe ni ilustra y sólo dice que es muy parecida a hirticosta. Nosotros consideramos que en la situación actual y hasta tanto aparezca el tipo debe considerarse a S. varians como especie “inquerenda”. AGRADECIMIENTOS Dr. Randall Schuh (AMNH) por el préstamo de material; Sr. Jaime Ramírez Pérez del Instituto Nacional de Dermatologra (Villa de Cura, Venezuela) por la donación de material de especies; Dr. Víctor Py-Daniel (INPA) por las facilidades que me brindö para viajar a Roraima y donación de material de Amazonia; Dr. Kleber Loor del Instituto Nacional de Higiene y Medi- cina Tropical “Leopoldo Izquieta Perez’’ (Guayaquil, Ecuador) por su apoyo para coleccionar en aquel país y Dr. Vogt (MCZH) por el préstamo de los tipos de Fairchild. También a la pro- fesora Nélida Caligaris por su ayuda para preparar material y efectuar ilustraciones y a la Sr@ Alicia Garcia por el dactilografiado del manuscrito. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BEQUAERT, J.C. 1934. In Strong, Sandround, Bequaert & Ochoa, 1934. ““Onchocerciasis with Special Reference to the Central America Form of Disease”. Cambridge. London. Pt. 3,p.175-229. CERQUEIRA, N.L. & NUNES-DE-MELLO, JA. 1968. Simuliidae da Amazonia. IV. Descri- ção de Simulium fulvinotum sp.n. (Diptera, Nematocera). Amazoniana, Manaus, 1(3):205- 10, 36 fig. COSCARÓN, S. 1976. Notas sobre Simúlidos Neotropicales Vl. Sobre dos especies nuevas de la provincia de Misiones, Argentina. (Diptera, Insecta). Rev. Soc. Entom. Arg., Buenos Ai- res, 35(1-4):147-54, 3 fig. —, 1984. Revision del subgénero Simulium (Ectemnaspis) Enderlein (Simuliidae, Diptera, Insecta). Rev. Soc. Entom. Arg., Buenos Aires, 43 (1- 4):283-325, 6 fig. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 150 COSCARÓN, S. —, 1987. El género Simulium Latreille en la Regiön Neotropical: Análisis de los grupos su- praespecificos, especies que los integran y distribuciön geogräfica (Simuliidae, Diptera). Museu Paraense Emilio Goeldi, Belem, 1-111, 30 fig. COSCARÓN, S. & TAKAOKA, H. 1939. Additional notes on blackflies of Ecuador (Simulii- dae-Diptera). Japan, J. Trop. Med. Hyg., Tokyo, 17(2):191-96, 24 fig. DIAZ NAJERA, A. 1961. Nota acerca de Simulium (Psilopelmia) antillarum Jennings, 1915. Nueva especie para México (Diptera, Simuliidae). Rev. Inst. Sal. Enf. Trop., México, 21(1- 2):79-92,3 pl. ENDERLEIN, G. 1922. Weitere Beiträge zur kenntnis der Simuliiden. Konowia, Wien, 1:67-76. — 1934. Weiterer Ausbaus des systems der Simuliiden (Diptera). Deutsch. Ent. Zeitschr., Berlin, (1933):273-92. FLOCH, H. & ABONNENC, E., 1946. Simulides de la Guyane Francaise. |. S. guianense Wise 1911, S. rorotaense, n.sp., 5. maroniense n.sp. Publ. Inst. Pasteur Guyane Franc. et Terr. de I'Inini, Cayenne, (136):1-20, 10 pl. FOX, I. 1953. Notes on Puerto Rican Simuliidae from liaht traps. Proc. Entom. Soc. Washing- ton, Washington, 55(3):135-42, 10 fig. HOFFMANN, C.C., 1931. Los simúlidos de la regiön onchocercosa de Chiapas. Segunda Par- te. Los estados larvales. An. Inst. Biol. México, México, 2(3):207-8, 18 fig. JENNINGS, A. 1915. Two new species of Simuliidae from tropical America. Proc. Entom. Soc. Washington, Washington, 17(4):199-200. JOAN, T. 1912. Nota sobre un dfptero ponzonoso. Bol. Minist. Agric., Buenos Aires, 14: 363-85, 11 fig., 2 pl. KNAB, F. 1914. Simuliidae of Peru. Proc. Biol. Soc. Washington, Washington, 27:81-6. LANE, J. & PORTO, C.E., 1940. Simulideos da região neotröpica. Ill. Descrição de novas es- pecies dos gêneros “Simulium” e “Eusimulium”. Arq. Inst. Biol., São Paulo, 11:1 89-95, 16 fig. LANE, J. & VULCANO, M.A., 1943. A armadura bucal dos simuliideos e seu valor taxono- mico (Diptera, Simuliidae). Rev. Entomol., Rio de Janeiro, 14(3):430-40, 28 fig. LUTZ, A. 1909. Contribuição para o conhecimento das espécies brasileiras do gênero “Si- mulium”, Mem. Inst. Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 1(2):124-46. —. 1910. Segunda contribuição para o conhecimento das espécies brasileiras do género “Si- mulium”. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2(2) :213-67, 43 fig. LEWIS, D.J. & LEE-PORTER, J.P. 1964. Simuliidae (Diptera) from the Sierra Nevada de San- ta Marta, Colombia. Ann. Mag. Nat. Hist., London, ser. 13, 7:95-100, 42 fig. MALLOCH, JR. 1912. One new genus and eight new species of dipterous insects in the United States National Museum collection. Proc. U.S. Nat. Mus., Washington 43:649- 58, pl. 46. NUNES DE MELLO, JA.S. 1974. Simulideos (Diptera, Nematocera) do território Federal de Roraima (Brasil). 56p. Tesis de Doctorado. Facultad Medicina, PUC, Sorocaba, São Paulo (No publicada). ORTIZ, Cl. 1957. Nuevos representantes hematófagos de los géneros Culicoides (Diptera, Ceratopogonidae) y Simulium (Diptera: Simuliidae) de Venezuela, Bol. Venez. Laborat. Clínica “Luis Razzetti’’, Caracas, 2(3-4):161-8, 3 pl., 2 fotos. PINTO, C. 1931. Simuliidae da America Central e do Sul. 7º Reun. Soc. Argent. Patol. Reg. Norte, Tucumán, 60:661-763, 40 fig. PY-DANIEL, V. 1981. Algumas considerações sobre Simuliidae (Diptera-Nematocera). Il. Acta Amazônica, Manaus, 11(1):171-81, 3 fig. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribuciön del ... 151 —, 1989. Novas sinonimias e correções em Simulium com a revalidação de S. pruinosum Lutz, 1904 (Culicomorpha, Simuliidae). Rev. Saúde Pübl., São Paulo, 23(3):254-7. RAMIREZ-PEREZ, J. 1971. Distribución geográfica y revision taxonômica de los simúlidos (Diptera: Nematocera) de Venezuela con descripciön de diez especies nuevas. Acta Biol. Venez., Caracas, 7(3):271-371, 56fig. — 1983. Los jejenes de Venezuela. Presentado al Simposio de Oncocercosis Americana. CAICET, Puerto Ayacucho: 156 pp, 59 fig. RAMIREZ-PEREZ, J., RASSI, E. & RAMIREZ, A. 1977. Cinco especies nuevas de Simulium Latreille, 1802 (Diptera: Simuliidae) de la region amazônica de Venezuela. Bol. Dir. Mala- riol. y San. Amb., Caracas, 17(2) :162-74,5 fig. RAMIREZ PE REZ, J. & VULCANO, M.A. 1973. Descripciones y redescripciones de algunos simúlidos de Venezuela (Diptera: Simuliidae). Arch. Venez. Med. Trop. y Paras. Med., Ca- racas, 5(2):375-99, 8 fig. ROUBAUD, M.E. 1906 a. Insectes Diptéres Simulies nouvelles au peu connus. C.R. Acad. Roy. Sci, Paris, 7:517-22. —, 1906 b. Simulies nouvelles de |'Amérique du Sud. Bull. Mus. Hist. Nat., Paris, 2:106-9. RUBTSOV, 1.A. & GARCIAAVILA, |., 1972. Los simúlidos de Cuba. (Diptera: Simuliidae). Ser. Poeyana, La Habana, (96) :1-39, 9 fig. SHELLEY, A.J. & ARZUBE, M., 1985. Studies on the Biology of Simuliidae (Diptera) at the Santiago onchocerciasis focus in Ecuador, with special reference to the vectors and disease transmission. Trans. Roy. Soc. Trop. Med. Hyg, London, 79:328-38. SHELLEY, A,J., LUNA-DIAS, A.P.A, de & MAIA-HERZOG, M., 1984. New specific syno- nymy in Neotropical Simulium s.l. (Diptera:Simuliidae). Mem. Inst. Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 79(2):143-61. VARGAS, L & DIAZNAJERA A 1951. Nota sobre sistemática y morfologfa de Simúli- dos. Rev. Soc. Mex. Hist. Nat., México, 12(1-4):123-72, 18pl. VULCANO, MA. 1967. A Catalogue of the Diptera of the Americas South of the United States. Family Simuliidae. Dept. Zool. Secr. Agr. São Paulo, São Paulo, 16:1-44. WALKER, F. 1861. Characters of undescribed Diptera in the Collection of W.W. Saunders. Trans. Ent. Soc. London. New Series, London, 5:297-334. WYGODZINSKY, P. 1951. Sobre Simulium ignescens Roubaud, 1906, Simulium romafiai sp.n. y Simulium adolfolutzi sp.n. (Diptera, Simuliidae). An. Inst. Med. Reg. Univ. Nac. Tucumán, Tucumán, 3(3) :221-36, 103 fig. —. 1953. Sobre algunos simúlidos de los países andinos (Diptera). An. Inst. Med. Reg. Univ. Nac. Tucumán, Tucumán, 3(3):321-37, 104 figs. —, 1971. Descriptions and redescriptions of species of Black Fly genus Simulium from the Northern Andes (Simuliidae, Diptera). Amer. Mus. Novitates, New York, (2447):1-38, 17 fig. —. 1973. On a species of Simulium (Ectemnaspis) from the northeastern United States (Diptera). J.N.Y. Ent. Soc., New York, 81:10-2. WYGODZINSKY, P. & COSCARÓN, S. 1982. Descriptions of three Unusual Species of the Black Fly Subgenus Simulium (Ectemnaspis) from the Andes of Colombia (Diptera: Si- muliidae). Amer. Mus. Novitates, New York, (2736) 1-13, 8 fig. IHERINGIA, Ser.Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 152 COSCARÓN, S. Fig. 1-19: 9, 1. escudo de S. bipunctatum; abdomen; 2. S. pautense: 3. S. shewellianum; 4. triângulo frontocular de S. maroniense; örgano sensorial del palpo; 5. S. rorotaense; 6. S. maroniense; porciön basal del cibario; 7. S. rubiginosum; 8 S. lewisi; 9. S. gabaldoni; 10. S. romanai; 11. S. lutzianum; 12. S. perflavum; 13. S. suarezi: 14. S. kabanayense; 15. S. dinellii; 16. S. shewellianum; 17. S. antillarum; 18. S. ochraceum; 19. S. bipunctatum. (4,11,13,14; 7,9,10,16,17,19; 15,18, similar aumento). IHERINGIA, Ser.Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribuciön del ... 153 Fig. 20-26: 9, 20-22. aspecto ventral de genitalia (octavo esternito, gonapöfisis, horqui- Ila genital, paraproctos y cercos; paraprocto y cerco de la izquierda aplastado entre porta y cubreobjeto): 20. S. romanai; 21. S. perflavum; 22. S. dinellii; 23-26: paraprocto y cerco; 23. S. rubiginosum; 24, S. pifanoi; 25. S. rorotaense; 26. S. ochraceum. (23,25 similar aumento). IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 154 COSCARÓN, S. I du) N ) ja SEE > a NS * al NASSEN RR N, N a ——— 005mm Fig. 27-43: d. escudo: 27. S. romanai; 28. S. furcillatum; 29. S. antillarum; abdomen; 30. S. bicornutum; 31. S. furcillatum; placa ventral; 32. S. rubiginosum; 33. S. pifanoi; 34. S. wolffhuegeli; 35. S. gabaldoni; 36. S. romanai; 37. S. perflavum; 38. S. kabanayense; 39. S. rorotaense; 40. S. antillarum; 41. S. dinellii: 42. S. ochraceum; 43. S. shewellianum. (32,33, 38,39,41; 40,42,43, similar aumento). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 155 Taxonomia y distribuciön del ... Fig. 44-52: d. aspecto ventral de genitalia (basfmero, distímero, placa ventral, endopa- rämeros y esclerito mediano), 44. S. romanai; 45. S. perflavum; 46. S. antillarum; basímero y distimero; 47. S. romanai; 48. S. wolffhuegeli; 49. S. pifanoi; 50. S. rorotaense; 51. S. kaba- nayense; 52. S. shewellianum. (44,49,50,51 y 52; 47,48, similar aumento). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 156 COSCARÖN, S. Fig. 53-63: aspecto general de pupas. 53. S. pifanoi; 54. S. pautense; 55. S. bicoloratum; 56. S. bicornutum; 57. S. furcillatum; 58. S. tolimaense; 59. S. romanai; 60. S. lewisi; 61. S. wolffhuegeli; 62. S. suarezi: 63. S. antillarum. (53,54; 55,56, similar aumento). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribuciön del ... 157 Fig. 64-75: frontoclípeo de pupas: 64. S. bicoloratum; 65. S. rubiginosum; 66. S. pifa- noi; 67. S. romanai: 68. S. /utzianum; 69. S. wolffhuegeli; 70. S. perflavum; 71. S. maroniense; 72. S. rorotaense; 73. S. kabanayense; 74. S. antillarum; 75. S. dinellii. (65,66,69; 67,68; 73,75, similar aumento). IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 COSCARÖN, S. 158 y | ( (Ts Si \ SS % R Fig. 76-88: branquias y tricomas de pupas: 76. S. ignescens; 77. S. pifanoi; 78. S. roque- mayu; 79. S. tolimaense; 80. S, pautense; 81. S. romanai; 82. S. lutzianum; 83. S. lewisi; 84. S. perflavum; 85. S. suarezi; 86. S. rorotaense: 87. S. maroniense; 88. S. antillarum. (76,78,79; 80,81; 83,8486,88 similar aumento). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribuciön del ... 159 ] 6 r--- Fig. 89-104: S. arcabucense sp.n. 89-90: $. 89. porciön basal del cibario; 90. paraprocto y cerco; 91-93: d. 91. basímero y distfmero; 92. placa ventral; 93. basitarso posterior; 94-98: pupa; 94, aspecto general de pupa; 95. frontoclípeo; 96. tubérculos de tórax con fuerte aumen- to; 97. tricoma del tórax; 98. branquias y tricomas; 99-103: larva, 99. aspecto general de larva; 100. apotoma cefálico; 101. hipostomio y abertura gular; 102. porción dentaria de mandíbula; 103. antena; 104. S. gabaldoni, tubérculos de tórax. (89-92, 103; 96,102, similar aumento). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 160 COSCARÖN, S. ee ee RI Fig. 105-113: S. tunja, sp.n. 105-110: 9. 105. frente; 106. triângulo frontocular; 107. porciôn basal del cibario; 108. örgano sensorial del palpo; 109. paraprocto y cerco; 110. octavo esternito y gonapöfisis; 111-113: d. 111. pata posterior; 112. basímero y distímero; 113. placa ventral. (106-108, 112, 113; 109, 110, similar aumento). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribuciön del ... 161 121 005mm Fig. 114-121: S. tunja, sp.n. 114-116: pupa. 114. aspecto general; 115. frontoclípeo; 116. branquias y tricomas; 117-121: larva. 117. aspecto general; 118, apotoma cefälico; 119. antena; 120, porciön dentaria de la mandíbula; 121, esclerito anal con tricomas y escamas. 115,116 similar aumento), IHERINGIA, Ser.Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 162 COSCARÖN, S. Fig. 122-132: S. albanense, sp.n. 122-126: 2. 122. frente; 123. triângulo frontocular; 124. porción basal del cibario en vista general: 125, cibario, detalle; 126. porción anterior del ala; 127-129: patas anterior, media y posterior; 130. paraprocto y cerco; 131-132: d. 131. as- pecto general de la genitalia en vista ventral; 132. placa ventral en diferente posición. (123, 124, 131; 127-129; 130,132, similar aumento). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribuciön del ... 163 Fig. 133-148. S, albanense, sp.n. 133-138: pupa. 133. pupa, vista general; 134. fronto- clípeo; 135. tubérculos de porciön expuesta del tórax; 136. branquias y tricomas; 137-138: por- ciôn basal de branquias; 139-148: larva; 139. aspecto general; 140. apotoma cefálico; 141. tri- comas del dorso de la cabeza; 142. hipostomio y abertura gular; 143. borde dentario del hipos- tomio; 144, antena: 145. porción dentaria de la mandíbula; 146. esclerito del pseudopodio, 147. tricomas del tegumento del cuerpo; 148. esclerito anal y tricomas. (135,141,147; 137, 138; 143,145,146, similar aumento). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 164 COSCARÖN, S. alt, () eta tt) | Inn) / pt j |! 11 ) | Fig. 149-165. S. mayuchuspi, sp.n. 149-156 9: 149. frente: 150. triángulo frontocular; 151. órgano sensorial del palpo; 152, escudo; 153. pata posterior; 154. ufia; 155. octavo ester- nito y gonapófisis; 156. paraprocto y cerco; 157-165: 157. escudo con iluminaciön posterior; 158. escudo con iluminaciön anterior; 159. abdomen en vista lateral; 160. aspecto general de genitalia en vista ventral; 161. basfmero y distímero; 162. distímero en otra posiciön; 163. endoparämeros y esclerito mediano; 164-165. placa ventral en diferentes posiciones. (150,151, 161,163-165; 157,158; 156,160, similar aumento). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribuciön del ... 165 Fig. 166-184. 166-171. S. mayuchuspi, sp.n. 166-168 pupa: 166. frontoclipeo; 167-168 branquias y tricomas; 169-170 larva: 169. apotoma cefälico; 170. antena; 171. porciön dentaria de mandibula; 172-184, larva: 172, 173. apotoma cefálico y antena de S. rubiginosum; 174, 175. apotoma cefálica y antena de S. pifanoi; 176, 177. apotoma cefälico de S. romanai; 178-182. S. rorotaense; 178. apotoma cefálico; 179. hipostomio y abertura gular; 180. antena, 181. porción dentaria de la mandíbula; 182. esclerito del pseudopodio; 183. hipostomio y aber- tura gular de S. shewellianum; 184. apotoma cefálico de S. shewellianum. (166, 172; 168, 173, 175; 169, 174, 176; 171, 181; 183, 184, similar aumento). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 166 COSCARÖN, S. Simulium (Ectemnaspis) “Grupo BICOLORATUM” N S antonii O S. arcabucense A S. bicoloratum O S bicornutum «e 5. cormonsi O S furcillatum & S ignescens Os Jaimeramirezi & S pautense 5% S pifanoi EB S roquemayu % S.rubiginosum Ç Escala 1:28 000.000 BB s tolimaense 0 420 ® S tunja ds Fig. 185. Distribuciön de Simulium (E.) grupo bicoloratum. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribuciön del ... 167 2 no 100º ge 80° 70° bo Mn RE 7 T LEE —— I ; an“, ( SS - - ah LA ) \ Bi Tal El Tr ke . = / \ Fa Simulium (Ectemnaspis) > ° o = a a REY Grupo ROMANA! S aa SE | IST | 4 rot Gm [ud m © S albanense 45 alirioi % S gabaldoni * S lewisi % S lutzianum Es mayuchuspt & S romanai O S wolffhuegeli Escala 1:28000 00 0 “20 do o u N ED Dm 0º [id Fig. 186. Distribución de Simulium (E.) grupo romanai. IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):109- 170,19 nov. 1990 COSCARÖN, S. Simulium (Ectemnaspis) “Grupo PERFLAVUM' O S. kabanayense 3% S maroniense EB S.perflavum # Srorotaense m S. suarezi Escala 1:28.000.000 0 420 Fig. 187. Distribuciôn de Simulium (E.) grupo perflavum. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 Taxonomia y distribuciön del ... 169 Simulium ( Eetemnaspis) “Grupo DiNeLLi % S. antillarum [m] S bipunctatum %* S.dinellii Dr} S nuneztovari 4 S ochraceum = S pseudoantillarum O S scutellatum Á S shewellianum [E S wolcotti Escala 1:28 000 000 O S wuayaraca E eh Fig. 188: Distribución de Simulium (E.) grupo dinellii. IHERINGIA, Ser.Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19nov. 1990 170 COSCARÖN, S. sau» INDICE página figura albanense 115, 116, 119, 126, 135, 138 122-148, 186 acarayense 149 adolfolutzi 129, 131 alirioi 115, 116, 119, 130, 133 186 angustifrons 139 antillarum 110, 115, 116, 120, 146 17, 29,40, 46,63,74,88,188 antonii 113, 115, 118, 126, 127, 128 185 antunesi 140 arcabucense 113, 117, 119, 123, 125, 126, 134 89-103, 185 argentatum 139 bipunctatum 114, 116, 118, 144, 145 1,19, 188 bicoloratum 110, 111, 112, 114, 117, 120, 127, 128 55, 64, 185 bicornutum 113, 117, 118, 128 30, 56, 185 callidum 110 cormonsi 114, 117, 119, 129 185 dinellii 109, 110, 111, 115, 117, 121, 127 15, 22, 41, 75, 188 143, 148, 149 flavipictum 148 fulvinotum 142 furcillatum 113, 117, 118, 126, 128 28, 31, 57, 185 gabaldoni 115, 117, 119, 125, 134 9, 35, 104, 186 ignescens 113, 117, 119, 121, 127 76, 185 ignacioi 142 iguazuensis 132 hirticosta 149 jaimeramirezi 114,117,119, 129 185 kabanayense 114, 116, 119, 127, 141 14, 38, 51, 73, 187 lewisi 115, 118, 120, 131, 132, 133, 134, 8, 60, 83, 186 143, 144 lurybayae 139 lutzianum 115, 118, 120, 130, 131, 132, 133, 137 11, 68, 82, 186 maroniense 114, 116, 118, 141, 142, 143, 144 4,6, 71,87, 187 mauense 140 mayuchuspi 115, 117, 120, 136 149-171, 186 mexicanum 139 nuneztovari 115, 117, 121, 145 188 ochraceum 115, 116, 121, 144, 145, 147, 148 18, 26, 42, 188 panemense 110, pautense 113, 117, 119, 125, 134 2, 54, 80, 185 perflavum 109, 110, 111, 113, 114, 116, 120, 12, 21, 37,45, 70, 84, 18 140, 149 pifanoi 113, 117, 120, 122, 125, 126 24, 33, 49, 53, 66, 77,17 175, 185 pseudoantillarum 115, 116, 120, 146 188 pseudocallidum 110 putre 139 romanai 109, 110, 115, 118, 120, 126, 129, 10, 20, 27, 36, 44, 47,59, 131, 132/4133; 13521874188 67,81,176,177,186 rorotaense 114, 116, 118, 140, 141,143 5, 25,39,50,72,86,178-182 187 roquemayu 113, 116, 120, 122 78, 185 rubiginosum 113, 117, 121 7,23, 32, 65, 172, 173, 185 scutellatum 114, 116, 118, 144, 145 188 shewellianum 115, 117, 120, 133, 145 3, 16, 43, 52, 183, 184, 188 spinifer 139 strigatum 139 striginotum 139 suarezi 114, 116, 118, 142, 143 13, 62, 85, 187 subpallidum 149 sucamense 110 tolimaense 112, 116, 118, 128 58, 79, 185 tunja 113, 116, 119, 126, 127 105-121, 185 varians 148, 149 wolcotti 114, 116, 118, 147, 148 188 wolffhuegeli 111, 115, 116, 121, 136, 139 34,48, 61,69, 186 wuayaraka 115, 116, 118, 143 188 IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):109-170, 19 nov. 1990 NOTA CIENTIFICA: ESPONJAS DE ÄGUA DOCE DO COMPLEXO LAGUNAR MUNDAU-MANGUABA E DOS SEUS RIOS FORMADO- RES; ALAGOAS, BRASIL* Cecília Volkmer Ribeiro ** Maria da Conceição Marques Tavares*** HENRIQUE et alii (1988) e JOHNSCHER-FORNASARO & HENRIQUE (1988) realizaram coletas sazonais, entre dezembro de 1984 e junho de 1985, para amostragem da comunidade bêntica das lagunas Mundaú e Manguaba, no litoral de Alagoas, bem como da dos seus rios contribuintes, em locais um pouco acima de ca- da foz. O material recebido para identificação consistiu somente em gémulas tria- das dos sedimentos amostrados com coletor de van Veen de um 1/17 m?. As gemu- las eram abundantes nas amostras. Sendo a gemosclera um caráter-chave na identifi- cação das esponjas de água doce, foi possível chegar-se às espécies ocorrentes neste amplo sistema lagunar. Spongilla alba Carter, 1849 foi comum a todo sistema, desde as águas mixoha- linas, mais próximas ao mar, até à foz dos rios contribuintes. (Suas gémulas também foram dragadas dentro do mar, em frente a barra do complexo). Esta espécie é reco- nhecidamente indicadora de águas mixohalinas em ambientes pantropicais (HARRI- SON, 1974); no Brasil só havia sido registrada para o Rio de Janeiro e o Amazonas, sem indicação precisa de localidade. Nas estações de coleta mais próximas dos rios contribuintes ao complexo Mundaú-Manguaba ou já acima da foz dos mesmos, foi frequente Heteromeyenia stepanowii Dybowsky, 1884. A amostragem recolhida do rio Sumaúma, próximo à foz na lagoa Manguaba, foi a que mostrou maior diversidade específica, indicando a ocorrência, além das duas espécies citadas, de Ephydatia facunda Weltner, 1895, Trochospongilla paulula Bowerbank, 1863 e Radiospongilla amazonensis Volkmer- Ribeiro & Maciel, 1983. O género Eunapius Gray, 1867 representado com uma es- * Trabalho aceito para publicação em 24.V.90. ** Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Caixa Postal 1188, 90.001 — Porto Alegre, RS. Bolsista do CNPq. *** Bolsista do CNPq no Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Caixa Postal 1188 — 90.001 Porto Alegre, RS. IHERINGIA, Sér.Zool., Porto Alegre (70):171-172, 19 nov. 1990 172 RIBEIRO, C.V. & MARIA DA C.M. TAVARES pecie (näo identificada dado o pouco material disponivel), ocorreu na estacäo de coleta fronteira à localidade de Oitizeiro, situada ao fundo da lagoa Manguaba, pró- xima à foz do rio Paraíba-do-Meio. O presente trabalho corresponde ao primeiro registro de esponjas de água doce para o Estado de Alagoas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HENRIQUE, R.M.; JOHNSCHER-FORNASARO, G.; BIRMANN, A.; NAVAS-PEREIRA, D. 1988. Comunidade bentônica do complexo lagunar Mundaú-Manguaba (AL): resultados preliminares. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ZOOLOGIA, 15, Curitiba, 1988. Re- sumos... Curitiba, Universidade Federal do Paraná, 1988. p.595. HARRISON, F.W., 1974. Porifera. In: HART, CW. & FULLER, S.L.H., ed. Pollution Ecolo- gy of freshwater Invertebrates. New York. Academic Press. p. 29-66. JOHNSCHER-FORNASARO, G. & HENRIQUE, R.M. 1988. Contribuição ao conhecimento da macrofauna bentônica da foz dos rios Paraíba-do-Meio e Mundaú (AL). In: CONGRES- SO BRASILEIRO DE LIMNOLOGIA, 2, Mato Grosso, 1988. Resumos... Cuiabá, Univer- sidade Federal de Mato Grosso, 1988. p.222. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):171-172, 19 nov. 1990 173 A IHERINGIA — SERIE ZOOLOGIA (ISZ), órgão do Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, destina-se a publicar trabalhos originais em Zoologia, mantendo também seções destinadas a notas prévias, resenhas bibliográficas e notícias de interesse. A ISZ é distribuída a Instituições congêneres em regime de permuta. Mediante entendi- mento prévio poderá ser enviada a cientistas e demais interessados. RECOMENDAÇÕES AOS AUTORES 1 Os manuscritos devem ser encaminhados ao Editor, em três vias, em forma definitiva, da- tilografados em papel ofício, A4, em espaço duplo redigidos preferencialmente em por- tuguês, inglês, espanhol ou francês. A correção gramatical é de inteira responsabilidade do(s) autor(es). 2 Os manuscritos, sempre que possível, devem compreender os seguintes tópicos: Título; Nome(s) do(s) Autor(es); Abstract, Introdução; Material e Métodos; Resultados e/ou Dis- cussão, Conclusões; Agradecimentos e Referências Bibliográficas. A exceção do(s) no- me(s) do(s) Autor(es), todos os demais elementos acima devem ser escritos em CAIXA ALTA. Nomes genéricos e específicos que integram o título devem ser sublinhados com traço ondulado. Em trabalho taxonômico, os táxons supragenéricos devem ser escritos em CAIXA ALTA. 3. Não usar notas de rodapé, exceto as da primeira página que devem conter os dados do trabalho e o endereço completo do(s) autor(es). 4. No corpo do texto, os nomes genéricos e específicos devem ser sublinhados com um tra- ço ondulado e, as outras palavras estrangeiras eventualmente usadas, sublinhadas com um traço reto. 5. As referências citadas no texto devem ser feitas no seguinte modo: FONSECA, 1987; (FONSECA, 1987), FONSECA (1987:54) ou (FONSECA, 1987:54). Na elaboração das referências bibliográficas estas devem ser dispostas em ordem alfabética e cronológica, se- gundo as normas da ABNT, salvo o ano da publicação que deve seguir o nome do autor. As abreviaturas dos nomes de periódicos devem obedecer as normas do “World List of Scientific Periodicals’'. Ex.: 1-SANTOS, E. 1952. Da ema ao beija-flor. 2.ed.rev.ampl. Rio de Janeiro, F. Briguiet. 335p. Ex.: 2 — BERTSCHINGER, R.B.E. & José Willibaldo Thomé. 1987. Contribuição à recaracterização de Phyllocaulis soleiformis (d' Orbigny, 1835) (Gastro- poda, Veronicelidae). Revta.bras.Zool., São Paulo, 4(3):215-33. out. 6. As ilustrações devem ser feitas preferencialmente a traço, com nanquim, em papel ve- getal. Fotografias e tabelas devem permitir uma redução para um máximo de em x 17cm. As ilustrações e mapas devem ser tratados como figuras e numerados indepen- dentemente com números arábicos sequências. Ilustrações, tabelas e mapas não devem ser incluídos no meio do texto. Devem ser montados em cartolina branca, proporcio- nais às dimensões (11cm x 17cm), adotado o critério de rigorosa economia de espaço. A Comissão Editorial reserva-se O direito de efetuar alterações na montagem das pran- chas ou solicitar nova montagem aos autores. As legendas devem ser datilografadas em IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (70):173-174, 19 nov. 1990 174 folha(s) a parte. Ilustrações a cores devem ser combinadas previamente e seu custo fica a cargo do(s) autor(es). 7. A elaboração da listagem do material examinado deve dispor as localidades do Norte para Sul e de Leste para Oeste, segundo o modelo abaixo: Ex.: — VENEZUELA: Sucre, San Antonio del Golfo, 5 ? MNHN 2547, 08.V.1942, S. Karpinski leg. PANAMA: Chiriqui, Bugaba (Volcan de Chiriqui), 3 © 1 ? BMNH 1901. VI-274-7, 24.V1.1901, Champion leg. BRASIL: Goiás, Jataí (Fazenda Acei- ro), 3d 2 ? MZSP 4312, 15.X1.1915, C. Bueno leg.; Paraná, Rio Negro, 1 ? MNRJ 58425, 02.X11.1925, F.D. Silveira leg., Rio Grande do Sul, Viamão, Itapuã (Morro da Grota), 5 ? MCN 2147, 17.X1.1943, S. Carvalho leg. 8 A seleção dos manuscritos far-se-á pela Comissão Redatorial após parecer de no mínimo dois referees. Alterações de pequena monta serão feitas pela própria Comissão. Altera- ções mais substanciais serão solicitadas aos autores, mediante a devolução dos originais, acompanhados das sugestões. A correção das provas tipográficas será, sempre que possí- vel, de responsabilidade do(s) autor(es). 9. Para cada artigo será fornecido um número fixo de 100 separatas, sem capa. Separatas acima deste número devem ser solicitadas por ocasião do encaminhamento dos manuscri- tos e serão cobradas dos autores a preço de custo. Arno Antonio Lise Editor ENDEREÇO PARA PERMUTA COMISSÃO REDATORIAL (Address for exchange) Maria H.M. Galileo Fundação Zoobotânica do RS Rosaria De Rosa Barbosa Biblioteca Maria E. L. de Souza Caixa Postal 1188 90001 Porto Alegre, RS Brasil IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (70):173-174, 19 nov. 1990 tAÇas ei Ben. Gr = —— er EUER En 1 » 2 + Wi Midis amd. ri cs dio iv ua ar wis kai, wi u, Na do Ma BETZ SE pigs Sado u du ve eva dO > vers ern Abu } p \ Nun "is ; = rs pes it ddr 75 e dir = e IWW Bat “ 5 We pç = _ % ’ ta 3 air dt k “ a O I 4 At rede ye Atera { E e uns u MA [ - Es M o A ANBBIee Genie een Es e cad tio epi RN NE Vade de erva Mireadror o cora cava range nborta? ato fes) EUA u ; A oraisciração esa Kater u PMS mia E la ae Se We Late min Cato, parando 3 = pranto ER 1 RM E, en ME ZU Ms Sucre, Er, eb 1385. Meadd og, PN PAIN CUM, Bas | N ED EN ee von É to sw. 32 Rp 4912, AXO: READ O mis TDR FE Billa po ; ir ET MON 2141, Hi REN, & =: nen vn ae Ah piso uia RO A EN pres rios rd, wel, dao PR Y ASSESSORES CIENTIFICOS ADÃO JOSÉ CARDOSO iniversidade Estadual de Campinas erpetologia — Anura ADOLFO H. BELTZER Instituto Nacional de Limnologia da Argentina itologia ALFREDO LANGGUTH niversidade Federal da Paraíba astozoologia LFREDO XIMENEZ iversidade Federal de Santa Catarina astozoologia ANA TIMOTHEO DA COSTA useu Nacional — Rio de Janeiro Aracnologia ARGENTINO BONETTO Centro de Ecologia Aplicada del Litoral ARNALDO C. DOS SANTOS COELHO useu Nacional — Rio de Janeiro alacologia ARLOS H.W. FLECHTMANN niversidade de São Paulo Acarologia ARLOS R. VILELA Dep. Biol. IBUSP — SP Entomologia ARMEM L. DOS SANTOS S. CORDEIRO instituto Butantan — SP erpetologia DANTON DE S. AMORIM CFN — UFPB ilogenética DIETHARD H.A. JEBRAM nstituto de Biociências — PUCRS Protozoologia LIEZER CARVALHO RIOS useu Oceanográfico de Rio Grande alacologia LOY G. CASTELLON NPA ntomologia MILIO MAURY us. Arg. C.N. Bernardino Rivadavia Bcurpionida NRIQUE H. BUCHER Dentro de Zool. Aplicada ordoba — Argentina cologia de Aves ABIO LANG DA SILVEIRA Dep. Zool. USP — SP nidaria ERNANDO DA COSTA NOVAES useu Paraense Emilio Goeldi Drnitologia GILBERTO RIGHI Instituto de Biociências — USP Annelida GUSTAVO A.S. DE MELO Museu de Zoologia — USP Carcinologia HELMUT SICK Acad. Bras. Ciências — RJ Ornitologia HERALDO A. BRITSKI Museu de Zoologia — USP Ictiologia HILDA DE S.L. MESQUITA Instituto Oceanográfico — USP Ecol. de micro-organismos marinhos IVAN SAZIMA Inst. Biol. — UNICAMP — SP Ecologia de peixes e répteis JOÃO M.F. CAMARGO Fac. Fil. Ciênc. Letras — Ribeirão Preto Hymenoptera JOSÉ ALBERTINO RAFAEL INPA — Manaus Diptera JOSÉ CÂNDIDO DE MELO CARVALHO Museu Nacional — Rio de Janeiro Entomologia JOSÉ FELIPE RIBEIRO AMARO Instituto de Biologia — U.F.R.R.J. — RJ Helmintologia JOSE HENRIQUE GUIMARÄES Museu de Zoologia — USP Entomologia JOSE LIMA DE FIGUEIREDO Museu de Zoologia — USP Ictiologia JOSÉ LUIZ LEME Museu de Zoologia — USP Malacologia JOSÉ R.C. HAKIM Universidade Fed. Viçosa — MG Hymenoptera JUAN ALBERTO SCHNACK Instituto de Limnologia de La Plata — Argentina Limnologia JULIO CESAR GARAVELLO Universidade Federal de São Carlos — SP Ictiologia LUIZ CARLOS C.B. FERRAZ Esc. Sup. de Agric. Luiz de Queiróz Helmintologia LUIZ DINO VIZOTTO Univ. Est. Paulista — Julio Mesquita Filho Anura — Chiroptera — Teratologia Animal MARIA ELENA GALIANO Museu Argentino de Ciencias Naturales Aracnologia MARIA J. DA C. BELEM Museu Nacional — RJ Cnidaria MAURICIO O. ZAMPONI Univ. Nac. Mar del Plata — Arg. Cnidaria MIRIAM BECKER Universidade Federal do Rio Grande do Sul Entomologia NAERCIO MENEZES Museu de Zoologia — USP Ictiologia NELSON PAPAVERO Museu de Zoologia — USP Filogenética — zoogeografia OSMAR DOMANESCHI Instituto de Biociências — USP Malacologia PEDRO A.F. JUNIOR Instituto Butantan — SP Herpetologia PEDRO M. LINARDI Univ. Fed. de Minas Gerais Insecta — Parasitologia PETRÔNIO ALVES COELHO Universidade Federal de Pernambuco Carcinologia RENATO CONTIN MARINONI Universidade Federal do Paraná Entomologia ROBERTO B. CAVALCANTI Univ. Fed. Brasília Ornitologia RUBENS ALVES DA CUNHA Univ. Est. Paulista — Rio Claro Taxonomia SIXTO COSCARÓN Univ. Nac. de La Plata — Argentina Entomologia SONIA M.F. ZUIM Univ. Est. Paulista — Jaboticabal Fisiologia de Peixes SYLVIA M. LUCAS Instituto Butantan — SP Aracnologia UBIRAJARA R. MARTINS Museu de Zoologia — USP Entomologia VICTOR PY-DANIEL INPA — Manaus Entomologia WALTER NARCHI Instituto de Biociências — USP Malacologia WERNER BOKERMANN Fundação Parque Zoológico de São Paulo Herpetologia — Anura WILSON LOURENÇO Museum National d'Histoire Naturelle — Paris Scorpionida WLADIMIR LOBATO PARAENSE Instituto Osvaldo Cruz — Rio de Janeiro Malacologia Serviços gráficos executados pela Escola Profissional Champagnat Avenida Bento Gonçalves, 4080 Composição e Arte Final: Supernova Editora Ltda. Rua Gildo de Freitas, 162 - Fone 34-8129 Porto Alegre - RS I BL ISSN 0073-4721 heringia serie Zoologia LOURENÇO, W. R. Opisthacanthus, genre gondwanien défini comme groupe naturel, Caractérisation des sous-genre et des groupes d'espêces (Arachnida, Scorpiones, A As E NDe PRO NPR are en CAE RONNIE PORRA É ce a PDD ATO ADA 7 SO Pp N in Pe 5 MANSUR, M, C, D,; C, SCHULZ; M, da G, O, da SILVA & N, M, R. de CAMPOS-VELHO, Moluscos Bivalves límnicos da Estação Ecológica do Taim e áreas adjacentes, Rio TO ET PE ASR O A APDO E ca Es ee e NS E es pe 43 GONZÁLEZ, As Cuatro nuevas especies del genero Euryopis Menge, 1868 (Araneae, DRESS ias EN an ti PR ca ak waere De dio > SA RR RS ep a falado is Pe 59 MODENUTTI, B, E. Zooplancton de ambientes loticos de la Subcuenca Delta del en) PROD PONTAS END DP E PRN REES SET E Pe 67 BUCKUB, E. H, & M, A, L. MARQUES, Aranhas Theridiidae da Ilha de Maracä, Roraima, Brasil, II, Gênero Achaearanea (Araneae)........c.ccccis cce pe 81 MAR TORELLI, S. R, El ciclo biológico abreviado de Microphalus simillimus (Travassos, 1920), comb, m, (Digenea; Microphallidae), Parásito de Helobia conexa (Mollusca; Hydrobiidae) y de Himatopus melanurus (Aves, Recurvirostridae) en Argentina. ........ pe 91 CESAR, I, I, Limnadia santiaguensis, sp, nm. (Conchostraca, Limnadiidae) de la Argentina. p. 99 DAMBORENEA, M, C, Temnocephala (Platyhelminthes, Temnocephalidae) de la Argentina: RR ATA OEDOCHIGOR: ve. nn anne nennen een cesso re ves p.111 D’INCAO, F, & B, M, G, da SILVA, Descrição de Speocarcinus meloi, sp. m. (Crustacea: Decapoda: Brachyura: Goneplacidae) do litoral brasileiro...........:.22ccssscseen p.121 GALILEO, M, H, M, & U, R, MARTINS, Nova espécie do gênero Trachysomus Ar Seville, 1835 do Paraguai(Coleoptera, Cerambycidae, Lamiinae, Onciderini)........... p.129 MARTINS, U, R,& M, H, M, GALILEO, Dodecosini Bates, 1867 (Coleoptera, Ceramby- a cidae): chave para os gêneros e descrição de novos táxons.........cccccccsecitereeos p.133 LANZER-DE SOUZA, M, E. Nova espécie do gênero Lethocerus Mayr, 1853 (Heteroptera, Os a E e Rca ces ana Base TS nen p.139 ZAMPONI, M, O, Un estudio comparativo entre algunas larvas de Cnidaria y la presencia de caracteres larvales primarios y adultos durante el ciclo de vida. .......... p.145 MESQUITA, H, G, & B, C, MATTEO, Contribuição ao conhecimento dos Odonata da Ilha de Fernando de Noronha, Pernambuco, Brasil,...........uus222200neennennnn. p.157 BURGER, M, I, Ciclo reprodutivo de fêmeas de uma população de Nothura maculosa Temminck, 1815 (Aves, Tinamid ae) no Rio Grande do Sul, Brasil. .........2.2c222220... p.161 LOPEZ-RUF, M, & A, O. BACHMANN. Nota científica: sobre Placomerus micans La Rivers (Heteroptera, Naucoridae) y su presencia en la Argentina. .......4cse@ssne 200: p.175 VOLKMER-RIBEIRO, C, & T. HATANAKA, Nota científica: composição específica e substrato da espongofauna (Porffera) no lago da Usina Hidroelétrica de Tucuruí, DR RENA SD DS EEG ee «ivo mia Uia É Re p.177 LUNASCHI, L, I, Nota científica: primer registro del genero Glypthelmins Stafford, 1905 (Trematoda, Macroderoididae) en peces de agua dulce. .......ccccccscciitecioos p.179 Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul DB FE a DE N Selo Postal Stamp A FUNDAÇÃO ZOOBOTÂNICA DO RIO GRANDE DO SUL BIBLIOTECA Caixa Postal 1188 90 001 PORTO ALEGRE, RS BRASIL Remetente: Sender: Ea amu mom ol») 0») vc a 0 o nen en non om qo 0 nen me nn co alelo inss e MR BE nme nı=m so o on nn (6, efa lo jo lahninlufn mininlo, 9 alo o o (País) — (Country) Senhores: Dear Sirs Queiram ter a gentileza de preencher o presente, devolvendo-o ao Museu, a fim de que não haja interrupção na remessa do número seguinte de IHERINGIA. Please fill the requested below and return it to us, so that we can send you the next number of IHERINGIA. — . Recebemos e agradecemos: IHERINGIA, Série zoologia nº 71 We have received: We sent you in exchange: 4. Nosso campo de:interesse:! sims se Lanna. u. A ER Our field of activities: DEODORO OO CORO oHOLO OR O ado DEDIOEDEN Cio o Oro aro O o np rp a o ns do Do pio oo Doo co 009 ovo dona Signature: | ISSN 0073-4721] Iheringia serie Zoologia É nF sa | | a] | IHERINGIA | Sér. Zoologia | PORTO ALEGRE | n.71 | p.1-184 | Agosto 1991 | MUSEU DE CIENCIAS NATURAIS örgäo da HR FUNDAÇÃO ZOOBOTÄNICA DO RIO GRANDE DO SUL Entidade de direito privado, instituída pela Lei Estadual nº 6.497 de ZOOBOTÂNICA 20/12/72 (Supervisionada pela Secretaria de Estado da Agricultura). Editor de IHERINGIA (SÉRIE ZOOLOGIA) Editor responsável: Maria Helena M. Galileo Comissão redatorial: Karin Martha Grosser, Maria Elizabeth Lanzer-de Souza, Maria Helena Mainieri Galileo. | Assessores científicos: Vide 3° capa, Tiragem: 600 exemplares, IHERINGIA (Série Zoologia) (Museu de Ciências Naturais). Porto Alegre, RS - Brasil, 1957. 1957-1990 - n. 1-70 1991 mg Semestral ISSN 0073-4721 Artigos publicados em Iheringia são indexados por: Abstracts of Entomology, Apicultural Abstracts, Bioresearch Index, Biological Abstracts, Centre Inter- national de Documentation Arachnologique, Entomological Abstracts, The Zoological Record. OPISTHACANTHUS, GENRE GONDWANIEN DEFINI COMME GROUPE NATUREL. CARACTERISATION DES SOUS-GENRES ET DES tin D’ESPECES. (ARACHNIDA. SCORPIONES, ISCHNU- RIDAE)! Wilson R. Lourenco? ABSTRACT OPISTHACANTHUS, GONDWANIAN GENUS DEFINED AS NATURAL GROUPE. CHARACTERIZATION OF SUBGENERA AND GROUPS OF SPECIES. (ARACHNIDA, SCORPIONES, ISCHNURIDAE). The 42 forms belonging to the genus Opisthacanthus are revised and 18 are maintained as good ones. Several data based on the study of external and internal morphology and also on the development, support the notion of a gondwanian genus. Two subgenera and 9 groups of species are defined based on cladistics analysis. The neotropical Opisthacanthus are biogeographically defined inside the south american scorpion fauna; several patterns are proposed; the neotropical Opisthacanthus species present an endemic and disconnected distribution. KEYWORDS, Opisthacanthus, Nepabellus, Ischnuridae, Scorpiones, Arachnida. INTRODUCTION Le genre Opisthacanthus a été créé par PETERS (1861) à partir d’Opis- thacanthus lepturus (= elatus), esp&ce habitant l’Amerique Centrale et le nord de 1'Amérique du Sud (Venezuela, Colombie, Panama, République Domi- nicaine et Haiti). La découverte de formes morphologiquement três proches en Afrique a poussé certains auteurs à accepter l’existence de ce genre sur les deux continents. Néanmoins cette discontinuité dans la répartition du groupe posait des probl&mes difficiles à résoudre, la notion de groupes gondwaniens étant encore pratiquement inconnue; cela améne POCOCK (1893), dans sa classification des Scorpions, à créer le genre Opisthocentrus pour les espêces africaines, Opisthacanthus restant le genre des esp&ces améri- caines. Par la suite, POCOCK change d'opinion plusieurs fois; ainsi en 1896 1. Recebido em 15.X.1987; aceito em 13,X11,1990, 2. Université Pierre et Marie Curie. U.F.R, Sciences de la Vie — 4, Place Jussieu, 75252 Paris Cedex 5 — França, IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 542, 23 Ago. 1991 6 LOURENÇO, We Ro et 1897, il rassemble de nouveau toutes les espéces sous Opisthacanthus; mais, en 1902, une répartition des espéces en deux genres différents lui parait nécessaire. KRAEPELIN (1899), considêre Opisthocentris comme synonyme d’Opis- thacanthus, position adoptée par un grand nombre d'auteurs, (BIRULA, 1917; WERNER, 1935). Récemment, le débat autour de cette question a été repris par deux auteurs, NEWLANDS (1973, 1978) et FRANCKE (1974). NEWLANDS accepte l’existence d'un genre unique Opisthacanthus, mais refuse toute hypo- these d'une répartition gondwanienne; se fondant sur les courants maritimes “transoceanic rafting on driftwood” (DARLINGTON, 1957), il propose 1ºal- temative d'une dispersion récente de l’Afrique vers | Amérique pour expliquer la présence du groupe sur les deux continents. FRANCKE (1974) refuse encore l’alternative d'un genre unique, reconsidêre la validité du genre Opis- thocentrus, mais comme il s’agit d'un nom d&jä préoccupé, il propose Nepa- bellus comme nouveau nom pour les espéces africaines, Opisthacanthus de- meurant le genre des espéces américaines. Les différents arguments présentés tant par NEWLANDS (1973, 1978) que par FRANCKE (1974), sont réfutés par LOURENÇO (1981b, 1984) qui préconise l’adoption d'un genre unique, Opisthacanthus, pour l’ensemble des espéces, américaines et africaines, et propose le modêle gondwanien pour expliquer la répartition actuelle. L'indécision d'un auteur tel que POCOCK est compréhensible sur le manque de connaissances précises sur la phylogénie et la biogéographie des Scorpions à la fin du 19ême siecle (POCOCK, 1894). Les hypothêses formulées par NEWLANDS et FRANCKE sont faussées par un certain nombre d'imprécisions et de données inexactes ou incomplêtes Ainsi, aucun de ces deux auteurs n'a examiné l’ensemble des especes du groupe-genre; la théorie avancée par NEWLANDS, bien que techniquement acceptable dans quelques cas, est ici difficile à admettre, car au moins deux espéces, Opisthacanthus cayaporum du Brésil et O. weyrauchi du Pérou, sont limitées à des populations endémiques dans des régions três éloignées de la zone cötiere, qui peuvent être considérées comme relictuelles; ceci rend difficile toute hypothêse d'un colonisation récente. En réalité, NEW- LANDS ignore dans son travail ces deux espêces, et ne prend en considération que O. lepturus, espéce plus largement distribuée et habitant des zones côtiê- res de Colombie et de Panama; il considêre, à tort, qu' O. lecomtei, "une des espéces africaines morphologiquement la plus proche des espêces américai- nes, est un synonyme d'O. lepturus. FRANCKE (1974) refuse I'hypothêse de NEWLANDS et propose deux genres; il admet cependant qu” O. lecontei, seule esp£ce africaine apparentde aux espêces américaines, est bien un synony- me d'O. lepturus, introduit en Afrique, dans des temps historiques durant la période du trafic des esclaves. LOURENÇO (1981 a, d) démontre qu’O. lepturus et O. lecomtei sont deux espêces valables et differentes; en outre, IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 542, 23 Ago, 1991 Opisthacanthus, genre gondwanien.. 7 on peut remarquer que les deux auteurs, NEWLANDS et FRANCKE, ignorent O. madagascariensis, espece également proche des espêces américaines par la morphologie externe. La répartition des espêces d’ Opisthacanthus sur deux continents doit être expliquée par le modêle gond wanien. METHODES Techniques histologiques. Les telsons, fix&s au liquide de Bouin et déshydratés, restent immergés dans l’alcool butylique normal pendant un minimum de deux mois puis sont inclus à la paraffine et coupés transversalement. Les coupes ont été traitées suivant des techniques topographiques = Trichrome en um temps, Curtis-Heidenhain, Masson-Goldner, Azan de Heidenhain et quelques techniques histochimiques: réaction à Tacide périodique-Schiff (Groupements vic-glycol des Polysaccharides, Muco-subs- tances); Tetrazoréaction de Danielli, réaction au ferricyannure ferrique, réaction de Morel et Sisley (divers groupements li&s aux protéines) (KOVOOR, 1973; GOYFFON & KOVOOR, 1978). Électrophorêse des protéines de lI’h&molymphe, Les électrophorêses en gel de polyacrylamide sont réalisées selon la technique de DAVIS (1964). Technique d’&levage. Les Scorpions sont élevés dans des terrariums de différentes tailles, selon T"âge, le nombre d'individus mis ensemble et selon le taux de compatibilité montré par les individus entre eux, Les terrariums sont constitués par des boites en plastique qui présentent des dimensions allant de 6/4, 5/5cm à 36/24/14cm, Les immatures sont, selon les cas, soit élevés ensemble, soit élevés séparément dans de petites boites; dans ce dernier cas, ils sont transférés dans des boites de taille plus grande, apres chacune des mues, Chaque boite-terrarium contient une couche de terre, mélangée à de la litiere pour chat. Un abreuvoir (boite de Petri contenant des cailloux humides) est disposé dans chaque terrarium ainsi qu'un ou plusieurs abris consistant en des morceaux d'écorce d’arbre, Les abreuvoirs sont nettoy&s chaque semaine, la teneur en eau de la terre/lititre est fréquemment contrôlée afin qu'elle reste dans des conditions proches de celles du biotope d’origine, Les Scorpions sont nourris une fois par semaine; la nourriture consiste en Grillons, Vers de farine et Mouches, Les boites-terrarium sont maintenues dans une enceinte-climatisée, dans laquelle la température est maintenue à 27°C } 1°C, L’humidit& à l’int&rieur des boites-terrarium est maintenue approximativement entre 60% et 70%, Opisthacanthus, Peters, 1861 Caracteres morphologiques. Le genre Opisthacanthus est défini par la présence d'épines sur la face ventrale des tarses des pattes, caractêre combiné avec la présence de deux séries de granules longitudinales, parall&les, fusion- nées ou non à la base, sur les doigts des pédipalpes. Tous les autres caractêres, présents sur les différentes espéces du genre, ne peuvent servir qu’ä la définition, soit du groupe-famille, dans son ensemble, soit individuellement des espêces, des groupes d'espêces ou de sous-genres. IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 542, 23 Ago, 1991 8 LOURENCO, Wo Re POCOCK (1893), au moment de la création du genre Opisthocentrus, qui rassemble les esp£ces africaines en les séparant des espéces américaines (Opisthacanthus) et FRANCKE (1974), qui réitêre cette division avec le remplacement d'Opisthocentrus par Nepabellus (nouveau nom), utilisent un certain nombre de caractéres dans la dichotomie des espêces américaines et africaines qui représentent en réalité addition de plusieurs caractêres peu valables, en principe, pour la définition générique, mais qui pourrait servir en partie à la définition des sous-genres et des groupes d'espêces. Ainsi POCOCK (1893) définit Opisthocentrus comme suit: Opisthocentrus, gen. nov. Differs from Opisthacanthus, Peters, of which elatus, Gervais, is the type, in that the anterior border of the carapace is less deeply excised, the lateral eyes less prominent and either subequally spaced or with the distance between the posterior and median greater than that between the median and anterior in having only a small projection on the anterior aspect of the brachium, in having the genital operculum very much smaller, being shorter, in fact, than the side of the sternum, and much wider than long, in having the pectines narrower at the base, and the tactile area of the teeth limited to the posterior distal extremities of these organs. Um peu plus loin, Opisthacanthus est défini ainsi: In Opisthacanthus elatus the carapace is deeply excised in the middle line, the lateral eyes are prominent, the space between the anterior and median being greater than that between the median and posterior; these is a large dentiform prominence upon the brachium as in /schnurus and Hormurus; the genital operculum is large, being nearly as long as wide, and longer than the side of the sternum, in the female it is heart-shaped, being noticeably produced posteriorly; the pectines are generally very wide at the base, owing to the size of the basal intermediate lamella, and the teeth appear to have been rotated so that the tactile areas which generally look distally and externally are entirely external and extend over nearly the whole of the exposed surface of the organ (at least in the male). Les caractêres diagnostiques cités par FRANCKE (1974) sont à peu pres les mêmes que ceux fournis par POCOCK; ainsi il définit Nepabellus et Opisthacanthus comme suit: Nepabellus. Características diagnösticas. a. Borde anterior del carapacho recto o con ligera escotadura média. b. Opérculo genital más ancho que largo, de dimensiones menores al esternón; de forma ovalada em ambos sexos y en las hembras con la sutura media acentuada, c. Placas pectiníferas con la primera lamela intermedia alargada, su ancho máximo menor | que la longitud de los dientes pectíneos. d. Tibias de los pedipalpos con una espina reducida en la cara anterior. e. Organo paraxial en forma de hacha, distalmente liso y de grosor uniforme. Opisthacanthus. Características diagnósticas. (Especie tipo O. Lepturus) a. Borde anterior del carapacho con profunda hendidura media. b. Opérculo genital igual o más largo que ancho, de dimensiones mayores al esternón; con forma ovalada en los machos; en las hembras con marcada proyeccion posterior IHERINGIA, Ser, Zool., Porto Alegre (71): 542, 23 Ago, 1991 Opisthacanthus, genre gondwanien.. 9 dándole forma acorazonada, ambas mitades intimamente unidas en la línea media siendo la sutura imperceptible, c. Placas pectiníferas con la primera lamela intermedia triangular, su ancho máximo maior que la longitud de los dientes pectineos, d. Tibias de los pedipalpos con una o dos espinas bien desarrolladas en la cara anterior. e. Organo paraxial alargado, con una quilla distal separando una porcion ancha y otra angosta (PAWLOVSKY, 1924). Il est à remarquer que cet auteur inclut des caract£res tirés dela morpho- logie des spermatophores (PAWLOWSKY, 1924), inconnus à l’&poque des travaux de POCOCK. Malgré la caracterisátion morphologique fournie par les deux auteurs, on remarque que la discontinuité géographique vient renforcer leur opinion; ainsi, du moins POCOCK ajoute les remarques suivantes, qui démontrent à la fois son incertitude quant à la séparation des espêces des deux continents en deux genres différents mais aussi quant à la validité des caract£res diagnos- tiques qu'il présente. Ainsi il affirme: I establish this genus for those species of Opisthacanthus that have been described from Africa. So far as my examination extends these African species differ in a number of characters from the South American form Opisthacanthus elatus. It may be that these characters are of small value in themselves, and it would be bold to assert that every one of them is of itself of generic importance. But the aggregate value of them all, coupled with the wide difference in the geographical distribution of the two types, is sufficient, I think, to justify the adoption of the view of their importance that is here put forward. D'aprês l’Etude de l’ensemble des especes du genre Opisthacanthus, il est possible de constater que les esp&ces américaines et les espéces africaines présentent entre elles des caractêres communs qui sont effectivement absents de la presque totalité des esp&ces du groupe complémentaire; cependant, des exceptions existent qui invalident les diagnoses tant de POCOCK (1893) que de FRANCKE (1974). Pour les quatre caractêres cités en commun par les deux auteurs: 1. importance de l’&chancrure du bord antérieur de la plaque prosomienne; 2. forme et dimensions de Iopercule-génital (en particulier de la femelle); 3. morfologie des peignes; forme et dimensions de l’&peron tibial des pédipalpes; on constate qu'au moins deux espêces africaines, Opisthacanthus lecomtei du Gabon/Cameroun et O. madagascariensis de Madagascar entrent parfaite- ment dans la diagnose d'Opisthacanthus donnée par POCOCK (1893) et FRANCKE (1974). En outre, si les espêces américaines sont assez homogênes entre elles pour ces quatre caractêres, elles présentent des différences importan- tes pour d'autres caractéres; la trichobothriotaxie par exemple; trois des cing especes américaines, O. cayaporum du Brésil, O. weyrauchi du Pérou et O. heurtaultae de la Guyane Française sont néobothriotaxiques; tandis qu'O. lepturus et O. valerioi sont orthobothriotaxiques; en suivant un raison- IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 5-42, 23 Ago, 1991 10 LOURENÇO, Wo. Ro nement à poids égal, par rapport à ceux de POCOCK et de FRANCKE, les deux groupes d'espéces devraient constituer des genres différents, ce qui n'est pas le cas. Pour les espéces africaines, 1'homogénéité de l’ensemble est moins importante en ce qui concerne les quatre caractêres cités: on observe un gradient bien plus étalé. Le nouveau découpage proposé intervien- dra au niveau des sous-genres et groupes d’especes. Chimiotaxinomie. L’examen du protéinogramme de l’h&molymphe en gel de polyacrylamide d'un nombre réduit d'espêces d’Opisthacanthus, O. lepturus e O. cayaporum d’Ame£rique et O. asper et O. capensis d' Afrique, permet de dégager quelques conclusions préliminaires sur le genre. D'aprês la nomenclature des bandes d'un protéinogramme établie par VACHON & GOYFFON (1978), les remarques suivantes peuvent être faites pour les Opisthacanthus étudiés. — Quatre bandes sont présentes chez les Opisthacanthus, et sont désig- nées, selon la nomenclature étabile, comme les bandes 1, 2, 3, et 4. Ces bandes correspondent à des monomêres d'un poids moléculaire d'environ 70.000. Ces bandes, dont la mobilité est > 0,25, sont les seules qui présentent un intérêt taxinomique, La bande désignée par la nomenclature comme bande 6, et qui présente une mobilité < 0,45 est absente chez les Opisthacanthus, conformément à pratiquement tous les cas de Scorpions que n’appartiennent pas à la famille des Buthidae; elle correspond à un dimêre d'un poids molécu- laire d’environ 140.000, — Les résultats obtenus pour les Opisthacanthus sont assez proches de ceux obtenus préalablement pour des Scorpions des genres Scorpio et Pandinus; ainsi, l’identification de ces trois genres à l’aide du seul caract£re tiré des protéinogrammes s’avere difficile, bien que les trois genres soient parfaitement identifiables avec le concours de nombreux autres caractêres. Les résultats obtenus pour les quatre espéces d'Opisthacanthus montrent quelques différences en ce qui conceme la position précise des bandes; cepen- dant, ces différences doivent être regardées comme importantes au niveau spécifique. L'homogénéité des résultats obtenus n’autorise pourtant aucun découpage d’ordre générique au sein des Opisthacanthus (fig. 1-2). Glandes a venin. Un nombre limité d'espêces américaines (lepturus et cayaporum) et africaines (lecomtei, asper, madagascariensis, capensis et afri- canus), a fait l’objet d'une étude anatomique et histologique des glandes à venin. L'homogénéité assez grande de la structure générale des glandes ne permet pas d'utiliser ce caract£re en vue d'un découpage générique. La distribution des caractêres “lisse” ou “prélobé”” de l’Epithelium glandulaire dans les diverses espêces du genre ne paraít pas correspondre au découpage sous-générique proposé. D'autre part, un même état de ce caractere constaté chez des espêces assez distantes géographiquement et morphologiquement relêve sans doute d'un phénomêne de parallélisme. IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 5-42, 23 Ago. 1991 Opisthacanthus, genre gondwanien,. 11 Lºépithelium glandulaire est constitué de plusieurs types de cellules sécrétant des produits différents; la répartition dans les glandes de ces types cellulaires n'est pas aléatoire. Globalement, deux régions peuvent être distin- guées: l’une, dont les cellules élaborent plusieurs protéines en majorit non associées à une composante glucidique, l’autre, dont les cellules, au contraire, élaborent des protéines, associées en général à une composante glucidique. Les localisations et les volumes respectifs de ces deux régions glandulai- res paraissent constants pour une espêce donnée, mais different d'une espece à l’autre. Ces caractêres pourraient donc être considérés comme valables au niveau de l’espece (fig. 3-6). ETUDE COMPARATIVE DU DEVELOPPMENT POSTEMBRYONNAIRE DE QUATRE ESPECES D’OPISTHACANTHUS Depuis le travail de SCHULTZE (1927) sur Heterometrus longimanus (Herbst, 1800) (Scorpionidae) le développement postembryonnaire de plus d'une trentaine d'espéces de Scorpions a été étudié par des méthodes “direc- tes”, “indirectes” ou “mixtes”. La méthode directe consiste à réaliser au laboratoire l’Elevage complet des jeunes Scorpions jusqu’au stade adulte. La methode dite indirecte, est fondée sur des calculs morphométriques effectués sur des échantillons d'individus de tailles différentes, censés représenter des stades différents; la méthode dite mixte, comprend l’utilisation d’observations directes partielles d’animaux en élevage, complétées par des calculs morpho- métriques. Les résultats obtenus pour les diverses espêces étudiées ont démontré l’existence d'une relativement grande homogénéité de certains phénomênes, pour des espéces d'un même genre, et des écarts plus importants entre les résultats observés pour des espêces de genres différents. Ainsi, des caractêres tels que le nombre de jeunes par portée, la durée moyenne de chaque stade, le nombre de stades nécessaires pour parvenir au stade adulte, l’existence de stades supplémentaires pour l'un des deux sexes, etc. peuvent foumir des informations en vue d'une analyse des distances parentales. C'est pourquoi il a pamı utile d'étudier le développement postembryon- naire d'espêces du genre Opisthacanthus, tant d’ Afrique que d'Amérique, afin d'essayer d'en tirer des données valables pour renforcer la position du genre Opisthacanthus. Etant donné les difficultés présentées par l’Elevage des Scorpions: cycle de três longue durée, pertes importantes dues à la fragilité des animaux, et, même au départ, difficultés d'obtenir des Scorpions vivants, le cycle n'a été complêtement réalisé que pour deux espéces: Opisthacanthus asper d’Afrique et O. cayaporum d'Amérique, par la methode directe. Pour deux autres espêces: Opisthacanthus capensis d' Afrique et O. lepturus d’Amerique, les cycles ont été partiellement réalisés et, dans ces deux cas, quelques IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 542, 23 Ago. 1991 12 | LOURENÇO, W. R, résulats, obtenus par la méthode mixte, ont servi à estimer le nombre de stades nécessaires à acquisition de la maturité. L’objectif présent étant de comparer les résultats obtenus pour diffé- rentes especes du genre Opisthacanthus, on a négligé les résultats connus pour d’autres esp£ces, qui, en fait, appartiennent dans tous les cas à d'autres familles. L’ensemble des résultats connus sont présentés synoptiquement dans un travail récent de FRANCKE & SISSOM (1984). Les cycles d’Opisthacanthus étudiés à présent sont les premiers réalisés pour des espêces de ce genre et même les premiers pour des représentants de la famille des Ischnuridae. Le développement postembryonnaire d Opisthacanthus asper (Peters, 1861). Opisthacanthus asper habite à l’est de 1º Afrique méridionale, en particu- lier au Transvaal, en Afrique, et au Mozambique. Une femeile adulte collectée le 1.1.1982 au Mkuzi Game Reserve, Natal Province en Afrique du Sud, est envoyée à Paris le 12.1.1982, oü elle arrive 4 jours plus tard en parfait Etat; cette femelle, déjã fécondée dans la nature, donne naissance à 22 petits le 14.11.1982. : Ê Un pro-juvénile a été fixé pour des observations le jour de sa naissance, tandis que les 21 pro-juvéniles restants passent leur premiêre mue, simultané- ment le 25.11.1982, c’est-ä-dire 12 jours aprês leur naissance. Il est possible de remarquer que la disposition des pro-juvéniles sur les dos de la femelle est plutôt aléatoire (WILLIAMS, 1969). Les juvéniles du premier stade restent sur le dos de la femelle jusqu’au 6.1V. 1982; âgés de 23 jours environ, ils commencent alors à se disperser. Apres dispersion complête, chacun des juvéniles est isolé dans une boite-terra- rium, OU ils seront observés tout au long du développement postembryonnaire. Des 21 juvéniles élevés, 16 arrivent au stade adulte: 8 mäles et 8 femelles; les 5 individus restants (femelles) sont morts avant d'effectuer la demiêre mue (4 cas) ou les deux demiêres mues (1 cas). Le tableau I affiche la durée des stades du développement de chacun des éléments de la portée et les valeurs moyennes pour chaque stade; est également indiqué le nombre total de jours nécessaires pour que chaque individu parvienne au stade adulte. Les conclusions suivantes peuvent en être tirées; 1. Les mäles, sans exception, atteignent le stade adulte à la cinquiême mue, tandis que les femelles subissent une mue supplémentaire, et ne sont donc adultes qu'aprês la sixiême mue; la maturité des deux sexes a pu être Les termes larve et nymphe, habituellement utilisés pour définir des stades et phases chez les Scorpions . (et chez d’autres Arachnides), sont remplacés ici par ceux de pro-juvénile E larve) et de juvénile (= nymphe). Les arguments proposés par CANARD (1984) justifient une telle modification. IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 542, 23 Ago, 1991 Opisthacanthus, genre gondwanien.e 13 démontrée par un comportement de pariade et d'accouplement, constaté immé- diatement aprês que mäles et femelles présumés adultes sont mis ensemble. 2. La durée des stades individuels est variable, et les valeurs extrêmes peuvent passer du simple au triple. Cependant la grande majorite des valeurs approchent la valeur moyenne. 3. Si les valeurs finales pour l’acquisition du stade adulte sont assez constantes et proche de la moyenne (444 jours pour les mäles et 566 jours pour les femelles), une certaine compensation est observée entre les valeurs “de chaque stade, pour les différents individus. Les taux de croissance des mäles et des femelles sont analysé indépen- damment, en raison de la possibilité de distin guer les sexes des Opisthacanthus dês les stades juvéniles, par la présence d'un impotant dimorphisme des opercules-génitaux: deux plaques chez le mäle et une seule plaque chez les femelles. Le calcul des taux de croissance est réalisé en utilisant deux paramêtres: longueur de la plaque prosomienne et longueur du cinqui&me anneau du Tableau I. Durée (jours) des stades chez Opisthacanthus asper. (Nº: número d’immatricu- lation des exemplaires; st.: stade juvénile; Tg, Tj, To, Tg, T,, Ts: apparition des stades 1, 2, 3, 4, 5, 6; m: mort; M: mäle; F: femelle; q: valeur moyenne). In Tı T, Ts A Ra Naiunniest.nn2est:!., Best dest. Se st. 6e st. gre pp 1 90 99 ‚106 87 M(394) — mäle 771 2 61 120 92 78 137 F(500) femelle vivante 3 137 94 91 102 180 F(616) femelle vivante 4 176 118 87 107 123° F(623) femelle 790 5 75 74 114 88 241m — femelle 604 6 85 99 138 123 M(457) + mäle 471 7 75 71 142 63 141 F(504) femelle vivante 8 137 97 106 82 M(434) — mäle 706 9 180 107 77 134 M(510) — mäle vivant 10 78 103 114 73 266m — femelle 646 11 113 75 140 106 231m — femelle 677 12 90 102 148 251m = — femelle : 604 13 90 77 128 85 175 F(567) femelle vivante 14 78 96 125 141 112m a femelle 564 15 69 115 104 134 M(434) = mäle 800 16 106 83 140 124 179 F(644) _ femelle 759 17 78 111 126 107 M(434) — mäle 699 18 82 107 133 114 M(448) Em mäle 819 19. 85 61 134 88 187 F(567) _ femelle 706 20 82 78 107 84 147 F(510) femelle 642 21 78 106 118 129 F(443) — mäle vivant M 97,4 95,0 117,2.— 1025. -.E=158,6 Sex-ratio M=444,4 F=566,0 8M, 13F IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 542, 23 Ago, 1991 14 LOURENÇO, Wo Ro metasoma; faciles à mesurer, ces param£tres apparaissent comme três valables pour une analyse discriminante (degré d'erreur três réduit) (FRA NCKE, 1976; LOURENÇO, 1978, 1979; FRANCKE & SISSOM, 1984). Les résultats rela- tifs aux taux de croissance sont présentés dans les tableau II pour les mäles, et III pour les femelles. Les conclusions suivantes sont tirées des tableaux relatifs aux taux de croissance: 1. Les valeurs morphométriques individuelles sont três constantes et approchent beaucoup les valeurs moyennes. 2. Les taux de croissance individuels sont également três constants et s'écartent peu des taux de croissance moyens. Leur valeur est supérieure é la valeur théorique, hipothétisée pour la croissance des Arthropodes, égale à 1:26 (DY AR, 1890; PRZIBRAM & MEGUSÁR, 1912). Une loi de progres- sion a été proposée par PRZIBRAM & MEGUSÄR, fondée sur l’&tude de la Mante religieuse Sphodromantis bioculata; ces auteurs ont trouvé que la masse augmente d'un facteur égal à 2 durant l’intermue, et que la longueur augmente d'un facteur égal à la racine cubique de 2 (= 1:26). 3. Les valeurs moyennes des taux de croissance des mäles son légêrement supéricures à celles des femelles. Les mäles subissant une mue de moins que les femelles, la différence des taux de croissance pourrait résulter en Tableau II. Valeurs morphométriques (mm) et taux de croissance des males d'Opistha- canthus asper. (St: stade juvênile;L.Pr.: longueur du prosoma; L.A, : longueur du cinquieme anneau caudal; M: moyennes des valeurs; tc.: taux de croissance; tc.: taux de croissance moyen). St ler M tc L.Pr. 32 3,3 342) 2,9 3,3 SA 383 3-3 32 — LA, 1,8 1,7 1,8 1,8 1,8 167 1,8 1,9 1,8 — St 2ême L.Pr. 4,3 4,4 4,4 4,1 4,3 4,3 4,4 4,7 4,4 1:37 LAs 2,4 27 2,6 2,3 23 2,6 DR], DT 25 1:39 St 3eme L.Pr. ST SIT SE 5,4 5,8 5,8 6,1 6,5 5,8 1:32 LA, 3,4 3,5 3,4 3,3 35 3,5 3,6 4,0 3) 1:40 St 4eme L.Pr. 12 8,1 7,6 7,4 82 8,1 82 82 79 1:36 LA; 43 8) 4,6 4,5 4,7 5,0 5,3 sas 4,9 1:40 St 5eme L.Pr. 102 10,4 10,2 10,1 10,3 10,2 10,2 10,1 10,2 1:29 LA, 6,8 6,5 6,5 6,6 6,6 6,5 712 6,8 6,9 1:41 L.Pr., tc = 1:34 LA,, tc = 1:40 IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 5-42, 23 Ago, 1991 Opisthacanthus, genre gondwanien.. 15 un écart de taille moins important entre les deux sexes qui faciliterait le comportement de pariade. La progression du développement est exprimée sous forme de graphique (fig. 8). Tableau III. Valeurs morphométriques (mm) des femeles d’Opisthacanthus asper. (St.: stade juvénile; L.Pr.: longueur du prosoma; L.A, : longueur du cinquiême anneau caudal; M, valeur móyenne; tc: taux de croissance; tc: taux de croissance moyen). St ler M tc Bee BSP BHE SD MN ZZ CS DD 32, LAs LES) po RA (NRO ES 1,727 Ra O o E | Sa 2ême ES AO AA ADNIAS 4,60 AS BIN 29.05 ‚290407 25.2 St 3ême Ra O O] (631 5,90 05310,606 556/7360: 5,7125577. 5,8590556) 5,30 1:23 LA; Bean. 3,8 Sto dd IS À ri dd „3,6.34,.,3,6:34 3,603 5 St 4ême RR RO Tri MB TE 7201717, TB DO NS 6! 1:43 BRAS 44, 46 54 4,6 45 49, 43 50 46 4,5 50 5,3 46 4,7 1:34 St Séme L.Pr. 92 103 102 9,1 9,5 10,0 100 10,0 99 102 9,7 9,8 9,8 1:29 RO 586 66 6 67,06 1656,71‘ 6,4 1:36 St 6ême BE 3 TL2 11,27 109 122121" 118 11.971:17 BETT EN Timo 7893 demiciga 8,1 1:26 L.Pr., tc = 1:29 LA,, tc = 1:35 Observations complémentaires. Quelques exemplaires adultes de la portée qui a été élevée ont réalisé la pariade de 23.VII. 1983 et le 25.V11.1983, l’accouplement a suivi (fig. 9, 10). Seuls quelques aspects de la pariade ont été observés, tels les tremble- ments préalables, assez importants chez Opisthacanthus asper, et l’accrochage par les chélicêres, pnénomêne déjã observé chez Opistophthalmus latimanus (ALEXANDER, 1957). Les femelles fécondées ont été isolées. Trois parturitions ont eu lieu: 29.X.1984, 17.XTI.1984 et 15.1.1985; la période correspondant au développe- ment embryonnaire est donc três longue, allant de 15 à 18 mois. Seule la premiére portée a survécu en partie, les deux autres ayant été dévorées par leur mêre. Le nombre de petits dans les portées peut être considéré comme réduit, 12-13 environ, et leur comportement pendant la phase pro-juvé- nile parait troublé, vu en particulier leur difficulté de positionnement sur IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 542, 23 Ago, 1991 16 LOURENÇO, We Ro le dos de la femelle. Ces irrégularités doivent être liées aux accouplements consanguins entre frêres et soeurs de la méme portée; le phénomêne sera analysé ultéricurement. De la totalité de la portée I, 6 exemplaires sont encore en vie, et se portent bien. Mis à part deux cas de mort pour des raisons non connues, les autres exemplaires ont été sacrifiés à des fins d'études histologiques et biochimiques. La durée de vie totale est au moins égale à 5 ans, cependant seule la suite des observations permettra de préciser cette donnée avec exacti- tude. Cette question sera analysée davantage lors des commentaires sur le cycle de l’autre espéce étudiée: O. cayaporum. Le développment postembryonnaire d’ Opisthacanthus cayaporum Vel- lard, 1932. Habite la región centrale du Brésil, de toute évidence endémique dans des zones relictuelles de savane, Au cours d'une mission effectuée au mois de juin 1979, plusieurs exem- plaires d’cayaporum sont collectés parmi lesquels, une femelle déjã fécondée, qui donne naissance le 17 juin à une portée de 16 petits. Les pro-juvéniles font leur premiere mue simultanément le 28 juin, c’est-a-dire 11 jours aprês leur naissance. La dispersion a lieu environ 25 jours aprês la parturition; cependant étant donné le caractêre grégaire de cette espéce, les petits restent groupés et en communauté avec la mêre et même avec d'autres adultes; cet aspect sera discuté par la suite. Plusieurs juvéniles du ler stade sont morts, en raison de troubles acciden- tels survenus au cours de la mission, qui s’est poursuivie jusqu'au mois de juillet. Neuf individus, 6 mäies et 3 femelles arrivent au stade adulte; une femelle est morte au cours du 5&me stade. Le sex ratio de la portée est de 7 mäles/9 femeiles (l’identification du sexe chez les juvéniles étant ici également facile). Les individus restants sont apportés à Paris en novembre 1979 ou les observations en élevage sont poursuivies; les juvéniles sont isolés indivi- duellement dans des boites-terrarium. Le tableau IV affiche la durée des stades du développement de chacun des éléments de la portée, et les valeurs moyennes de chaque stade; sont indiqués également les nombres de jours totaux nécessaires pour que chaque individu atteigne le stade adulte. A partir des résultats les conclusions sont: 1. tant les mäles que les femelles parviennent au stade adulte avec la sixieme mue; la maturité des deux sexes est ici également démontrée par un comportement de pariade et d'accouplement, observé immédiatement apres que mäles et femelles, présumés adultes, sont mis ensemble; 2. la durée des stades individuels est variable et l’Ecart des valeurs extremes peut être três important, elles peuvent aller du simple au quadruple; cependant, au moins pour les 3 premiers stades, la majorité des valeurs IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 542, 23 Ago, 1991 Opisthacanthus, genre gondwanien.. 17 Tableau IV. Durée (jours) des stades chez Opisthacanthus cayaporum (portée I). (Ns: numéro d’immatriculation des exemplaires; st.: stade juvénile; Ty, Ty, To, T;, Ty, T,: apparition des stades 1, 2, 3, 4, 5, 6; m: mort; M: mäle; F: femelle; M: valcur moyenne). T T I; IR in T x - z : o 3 sexe dur.de vie Nº lis to PE Ist dest. dest. Se st. 6e st. 1 62 87 121 97 388 M(766) mäle 1473 2 54 116 109 103 361 M(754) mäle 1687 3 95 115 175 104 201 F(701) femelle vivanıe 4 110 102 235 99 130 F(687) femeile vivante A 81 112 108 139 229 M(680) male 1348 6 70 111 105 93 405 M(795) mäle 995 7 79 108 97 328 623m — femelle 8 81 101 83 103 327 F(706) femelle 1484 9 56 116 98 102 303 M(686) mäle 749 10 68 IS 101 96 329 M(669) mäle 1494 M 75,6 104,3 12822 126,4 297 M=725 F=698 approchent la moyenne. Le cinquiême stade est, pratiquement dans tous les cas, beaucoup plus long que les stades précédents; 3. Dans ce cas également, si les valeurs individuelles sont assez variables pour chaque stade, la durée du cycle jusq'au stade adulte est assez constante et proche de la moyenne: 725 jours pour les mäles et 698 jours pour les femelles; une certaine compensation est observée entre les valeurs de chaque stade, pour les différents individus. Les taux de croissance suut calculés indépendamment pour les mulcs et les femelles; les résultats sont présentés dans les tableaux V et VÍ. Les conclusions sont: 1. les valeurs morphome£triques individuelles sont três constuntes ct approchent beaucoup les valeurs moyennes; 2. les taux individuels de croissance sont également três coustants et s'écartent peu des taux de croissance moyens. La valeur de ces taux de croissance est três proche de la valeur théorique hypothétique de 1:26. Três constants pour les máles comme pour les femelles, les taux de croissance des femelles s'avêrent légêrement supéricurs à ceux des mäles. La progression du développement est exprimée sous forme de graphique (fig.7). Observations complémentaires. Apres acquisition du stade adulte, les individus de la portée I, ont été mis ensemble dans un terrarium commun. Des cas de fécondation (fig.11, 12) ont été constâatés au début de 1982 en février/mars; la date exacte n'a pu être precisée. Par la suite, 3 femelles IHERINGIA, Ser. Zodla Porto: Alegre-(71): 542, 23 Ayo, 1991 E tg a E qué Ay 18 LOURENCO, Wo Re ont donné naissance à des portées le 29-30.V1.1983 (deux cas) et le 2-3.V11.1983. La durée du développement embryonnaire de cette espéce est donc supérieure à une année; d'ailleurs, trois autres femelles se sont accouplées le 27-28.VII.1983 et la parturition a eu lieu au cours de Vété 1985. Tableau V. Valeurs morphométriques (mm) des mäles et des femalles d’Opisthacanthus cayaporum (portée I). (St.: stade juvénile; L.Pr.: longueur du prosoma; L.A,: longueur du cinquieme anneau caudal). Sexe mäles femelles St. ler apra 32: 33 33 3,4 2 3,3 33 3,4 32 353 L.A, 1,9 2,0 2,0 2,1 1,9 2,0 2,0 2] 2,0 2,0 St. 2eme L.Pr. 4,1 4,1 4,0 42 4,1 4,1 4,1 4,3 4,0 4,1 LA; 2.25 215 2,5 2,6 225 2,6 2,6 U MS 2,6 St. 3eme pr. I 4,9 4,9 3 Sal 92 Sal SES 5,0 5,0 LA, 53 3,0 32) 343 Sol 32. 302 2) 3,1 all St. 4eme BxPr: 6,2 6,2 6,1 6,5 6,6 6,6 6,4 7,0 6,4 6,4 L.As 4,1 3,8 3,9 4,0 4,0 4,1 4,2 4,3 4,0 4,1 St. 5eme ESbrs 8,1 75 13 8,0 8,0 8,2 8,6 8,3 8,2 8,3 LA, 5,0 15505 5,0 5,0 5,3 5,2 Da 5,1 5,4 St. 6ême L.Pr. 10,1 9,0 95 9,5 9,7 10,5 10,6 10,0 9,8 L.A, 720 6,1 6,7 6,8 6,9 13) 7,4 12 7,0 Ayant constaté un três fort gr&garisme chez Opisthacanthus cayaporum, condition qui semblait être importante pour le développement postembryon- naire de l’espece, un contrôle a été établi; ainsi 2 portées (II et III), de 15 et 19 petits respectivement, nés le 20-21.V.1983 et ayant effectué la premiere mue le 8.VI.1983 (à 10 jours environ), ont eu leurs individus isolés dans des boites-terrarium individuelles, aprês la dispersion des jeunes aux alentours du 24&me jour. La troisiême portée (IV), de 23 petits, nés le 2-3.V1.1983, a passé la premiere mue le 12.V1.1983 (à 10 jours environ) et fut ensuite maintenue sans séparation de ses individus dans un terrarium commun plus grand. Les tableaux VII et VIII affichent les résultats de la durée des premiers stades respectivement pour les portées IV/III et IV. A partir de ces résultats encore partiels, il est possible de constater une régularité beaucoup plus IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 5-42, 23 Ago. 1991 pisthacanthus, genre gondwanien.. 19 ableau VI. Moyennes des valeurs présentées sur le tableau V (St.: stade juvénile; «Pr.: longueur du prosoma: L.Aç: longueur du cinguême anneau caudal; tc: taux e croissance; tc: taux de croisance moyen) Tableau VII. Durée des stades (jours) initiaux chez Opisthacanthus cayaporum (portées IH e II. (Nº: numérico d’immatriculation des exemplaires; ste: stade juvénile; T T,. T,» T, : apparition des stades 1, 2, 3, 4; M: valeur moyenne; m: mort). 0 To T, T, T, To T, T, T, EN: Ir st. 2e st. ” Se st 4e st. N? Iosesssveist: 3est. 4est. ! Portée II Port&e III Ei 44 82 99 260 1 45 112 185 244 2 44 Im 2 49 129 371m 3 45 lm 3 55 102 403m 4 48 116 375 4 55 138 97 270 5 48 102 113 269 5 70 94 118 285 6 49 108 416 6 73 140 97 354m 7 50 114 105 266 7 76 109 96 292 8 57 107 374 8 83 296m 9 64 121 97 256 9 84 101 395m 10 7/7) 87 118 256 10 86 127 282m 1 17, 108 357 11 86 99 138m 12 79 99 364 12 94 366m 13 104 74 112 291 13 94 112 312m 14 118 63 82 37) 14 97 114 15 118 TU Im 15 97 123 284m 16 111 67 257m 17, 118 75 70 318 18 118 81 83 19 133m EEE SoM NM "MM 6841 97,0 217,7 M 8390 105 106,6 IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 542, 23 Ago. 1991 20 LOURENÇO, W. importante dans la durée des stades de la portée IV (individus élevés ense ble), que de ceux des portées II et III (individus élevés isolément). Bie que le développement postembryonnaire complet soit nécessaire pour un analyse finale de cette question, il est possible de présumer que la conditio grégaire intervient de maniére importante dans la régulation des mues dans la durée des intermues. Les valeurs morphométriques et les taux de croissance ont été égalemen recherchés de façon comparative pour les éléments des portées II/HI et I Les résultats sont exprimés dans les tableaux IX à XII. Il est possible d remarquer que tant les valeurs morphométriques que celles des taux de crois sance sont três homog£nes entre les portées II/III et IV (fig.13, 14). Tableau VIII. Durée des stades initiaux chez Opisthacanthus cayaporum (port&e IV (Nº: numérico d’immatriculation des exemplaires; ste: stade juvénile; To T, T,» T, apparition des stades 1, 2, 3, 4; M: valeur moyenne; m: mort. É To T, T, Ts Nº Ir st. 2e st. 3e st. 4e st 1 114 75 49 290 2 114 75 56 284 3 114 86 45 286 4 121 53 Al 290 5 121 53 85 276 6 121 60 78 280 7 121 60 78 280 8 121 60 84 280 9 121 46 98 236m Les valeurs morphométriques moyennes sont légêrement plus importan tes pour la portée IV, mais les taux de croissance sont un peu plus élevé pour les portées II/III, tandis que ceux de la portée IV sont plus constan IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 542, 23 Ago, 1991 isthacanthus, genre gondwanien.. 21 e ceux des portées II/III. Il faudra néanmoins que le développement postem- onnaire des trois portées soit complet pour pouvoir proposer une interpré- tion cohérente à partir de l’ensemble des données. Remarques sur la durée de vie d Opisthacanthus cayaporum. Parmi s individus de la portée I, deux femelles sont toujours en vie, ce qui rmet d'avancer que la durée de vie est au moins supérieure à 7 ans. bleau IX. Valeurs morphométriques (mm) des juvéniles (mäles et femelles) d’Opistha- nthus cayaporum (portées II/III). (St: stade juvénile; L.Pr.: longueur du prosoma; s: longueur du cinquieme anneau caudal). ler SALES Za de SS 02872, BO BE DM 32.31 34 SPSS O 735300553 351 7300 MD DAO 312 ID IES 29 207 15082119 19 ESC LS aMI:s ds IE TE To TER TS. EM 3 1467 220 8 EA dA EFATETADTFASTHNAS TUE TA 2A AT EINEN SL WO AS ad AS pl Ta 27 NET MA A 25 42.0 2,6 RR DE DO PSP CIP O COMO! SOIS. 55 94 539. Ida qd ren HEBT TEE IN ISP IF ID TIDO IDO DSB IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 542, 23 Ago, 1991 22 LOURENCO, W. R Ce point ne sera précisé, tant pour Opisthacanthus cayaporum que pou O. asper, qu'en poursuivant les observations. Tableau X. Moyennes des valeurs présentées sur le tableau IX. (St: stade juvénile L.Pr.: longueur du prosoma; L.Aç: longueur du cinquieme anneau caudal; tc: tau de croissance; tc: taux de croissance moyen). Mäles St. ler 2&me 3eme E apr: 32 4,0 3 tc — 1:25 1:38 LAs 1,8 25 358 tc — 1:39 1:32 Femelles St. ler 2&me 3eme Ebro 3,2 4,2 54 tc — 1:31 1:29 L.As 1,8 2,5 353 tc — 1:39 1-32 Considerations sur le developpement postembryonnaire d’Opisthacanthu lepturus (P. de Beauvois, 1805) et d’O. capensis Thorell, 1877. A partir d’exemplaires vivants d’Opisthacanthus lepturus de Panama et d’O. capensis d’Afrique du Sud, quelques stades du cycle de ces deux espéces ont été observés; à l’aide de la methode mixte, il a été possible de présumer le nombre de stades nécessaires au développement postembryon- naire de chacune d’elies. Les rares données concernant la durée des stades ne sont pas prises en considération ici. Pour O. lepturus, deux individus du ler stade juvénile, un mäle et une femelle ont été élevés; le mäle a survécu jusqu’au 4£me et la femelle jusqu’au 2ême stade. A partir des taux de croissance moyens des premiers stade: 1:27/1:29 pour le mäle et 1:30/1:32 pour les femelles, les stades supplémentaires ont pu être présumés et la taille finale a pu être contrôlée par les valeurs morpho- métriques des adultes collectés dans la nature. Tant pour les mäles que pour les femelles, 6 mues sont présumées pour acquisition du stade adulte (tableaux XIII-XVI). Pour les mäles, les valeurs morphométriques des adultes examinés sont três concordantes avec les valeurs présumées pour le 6ême stade. Pour les femelles, la valeur finale présumée est supérieure à celles trouvées pour les adultes; la différence est certainement liée à une erreur d'évaluation des taux de croissance des Sême et 6&me stades, car les valeurs présumées et observées pour les 3ême et Sême stades sont assez cohérentes. IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 542, 23 Ago. 1991 Opisihacanthus, genre sondwanien.. 2 In Km Tableau XI. Valeurs morphométriques (mm) des juvéniles (mäles et femelles) d’Opistha- canihus cayaporum (port&e IV). (St.: stade juv&nile; L.Pr.: longueur du prosoma; L.Aç : longueur du cinquieme anneau caudal), Mäles St. ; ler ES Br. apo 0312 SS) 33 3,4 3,4 3.3 353 3,4 3,4 38 3,4 LA; 19 240 HS, 2,0 2,0 159 2,0 2,0 1,9 1,9 2,0 St 2eme [Sab 4,6 4,6 4,6 4,6 4,6 4,6 4,4 4,6 4,6 4,5 4,6 45 LA, 27 2,6 DE, 27 27 PAR 2,6 PASTA 27 2,6 21 2,6 St; 3eme Pr. Sl 5,8 SAT 5,9 SE 589 5,9 5,8 SE 557 5,8 5,8 LA; 34 3,6 35 3,6 34 3,6 359 35 3,4 3,4 35 35 St. 4eme Pr. SEN TO HE 163 75 12 IE 78 1:5 RS ORA aa an 43005 ATA Femelles St ler Ea Pr: 332,033 3,4 33 31 3,4 3,4 33 353 3:3 3,4 L.A, 149% 5:19 2,0 2.0 1,8 2,0 1,9 1,9 1,9 1,9 2,0 St. 2eme L.Pr. 46 45 4,7 45 4,6 4,4 4,6 43 4,5 4,5 4,7 LA; Cr jd 2, 21, Del 2,6 2 25 2,6 2,6 2,8 St. 3eme IES PES 6,0 5,9 6,0 Sl 5,9 6,0 > LA, 35 343 3» 34 E, 3,6 2) St 4eme MEO 15 TO 76 TA TIM TS RE a us Tso 45 AA 4A dE "Les valeurs morphométriques des femelles adultes sont supérieures à celles des mäles adultes; cela ne doit pas nécessairement suggérer existence d'un stade supplémentaire chez les femelles, mais plutöt, que les femelles présentent dês le premier stade une taille plus grande que celle des mäles, associée à un taux de croissance légêrement supérieur: le graphique (fig.15) démontre cette progression. Pour Opisthacanthus capensis, un juvénile mäle du ler stade a été élevé jusqu’au 4ême stade. A partir des premiêres valeurs morphométriques observées, les taux de croissance relatifs aux 2&me, 3ême et 4ême stade ont été calculés; les valeurs pour le Sême stade sont calculées d’apres les valeurs moyennes des taux de croissance. Les valeurs présumées pour le IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 5-42, 23 Ago, 1991 a, LOURENÇO, We R, 5&me stade sont comparées aux valeurs observées chez des exemplaires adul- tes, mäles et femelles, collectés dans la nature; cela permet de suggérer hypothétiquement l’existence de 5 mues pour [acquisition du stade adulte tant chez les máles que chez les femelles. Les valeurs morphométriques et les taux de croissance sont exprimés dans les tableaux XVII, XVIII et un graphique démontre la progression du développement (fig. 16). Tableau XII. Moyennes des valeurs présentées sur le tableau XI. (St.: stade juvénile; L.Pr.: longueur du prosoma; L.Aç: longueur du cinquiême anneau caudal; tc: taux de croissance; tc: taux de croissance moyen). Mäles St. ler 2ême 3eme 4eme tc L.Pr. ang 4,6 5 RS 7,4 tc — 1:39 1:26 1:28 1:31 LA; 2,0 Qu 39 4,5 tc — 1:35 1:30 1:29 1:31 Femelies St. ler 2&me 3ême 4eme tc L.Pr. 33 4,5 5,8 TIPS) tc — 1:36 1:29 1:29 1:31 LAs 1,9 Pl 34 4,5 te) — 1:42 1:26 1:32 1:33 Discussion. Les résultats concernant le développement postembryon- naire, en particulier d’Opisthacanthus asper et dO. cayaporum et accessoire- ment d'O. lepturus et d'O. capensis, permettent d'entrevoir un certain degré d'homogénéité, qui ne peut pas être interprété trop rapidement de maniére absolue. Ainsi les nombres des petits des diverses portées: 22(O. asper), 16, 15, 19 et 23 (O. cayaporum) sont assez concordants. Pour deux autres espéces d’Opisthacanthus non étudiées ici: O. africanus et O. madagascariensis des portées de respectivement 16 et 26 petits ont été observées. Les durées de la phase pro-juvénile, période dont la durée est rigoureuse- ment constant (LOURENÇO, 1978), sont également três concordantes: 12 jours (O. asper), 11 et 10 jours (O. cayaporum). La durée des stades juvéniles, paramétre assez variable à lintéricur même d'une portée, apparait comme peu süre pour des comparaisons interspécifiques. Le nombre de stades nécessaires à acquisition de la maturité est un bon paramêtre de comparaison, en particulier ici, ou aucune variabilité intra- IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 542, 23 Ago, 1991 isthacanthus, genre gondwanien... 25 pécifique n'a été constatée. Ainsi, O. asper et O. capensis different par existence d'un stade supplémentaire chez les femelles d'O. asper; les espéces éricaines, O. cayaporum et O. lepturus, présentent 6 stades dans les deux exes; un stade de plus que les mäles d'O. asper et O. capensis et un e plus que la femelle de O. capensis. ableau XIII. Valeurs morphométriques (mm) observ&es pour Opisthacanthus lepturus xemplaires collectés dans la nature). (St(p): stade présumé; L.Pr.: longueur du prosoma; As: longueur du cinquieme anneau caudal). Mäles St(p) ler Pr. 33 3 LA, 2.00 Juiz St(p) 2eme Pr. 4,2 43 EA. Dino 6 St(p) 3eme Pr. I Doll LAs 3,4 3,6 St(p) 4eme Pr. 6,7 6,3 a 13 LA, 44º 40 Aal 5 St(p) Sême Es Pr. 9,6 8,6 9,0 8,8 9,6 LA; Sul, 343 6,5 6,5 6,6 St(p) = adulte 6eme E.Pr. 103 112 10,7 105 11,0 1251 1155 10,5 10,6 L.A, 7,0 al 7,4 74 7,8 8,4 8,1 Th ES ableau XIV. Moyenne des valeurs présentées sur le tableau XIII. (Ob.: stade observé; : stade présumé; L.Pr.: longueur du prosoma; L.A, : longueur du cinquieme anneau; : moyenne adulte; fc: taux de croissance; tc: taux de croissance moyen). Ob. Ob. Ob. P IP 2ême 3&me 4ême tc Sême 6ême MA 4,3 352 6,9 — 8,8 1151 10,9 1:26 1:21 1:33 1:27 — — — 2,3 3,4 4,5 — 5,8 To 7,6 1:19 1:36 1:32 1:29 — — — IHERINGIA, S£r. Zool., Porto Alegre (71): 542, 23 Ago, 1991 26 LOURENCO, W. Evidemment, les faibles differences constatées dans le développemei postembryonnaire des espéces d’Opisthacanthus suggêrent l’existence d’ certain degré de parenté entre les espêces des deux continents. Ces résulta ne font que renforcer les arguments déjà tirés de l’&tude morphologique. Tableau XV. Valeurs morphométriques (mm) observées pour Opisthacanthus leptu (exemplaires collectées dans la nature), (St(p): stade présumé; L.Pr.: longueur du prosd ma; L. As: longueur du cinqui&me anneau caudal), Femelles St(p) ESB: 3,6 LAs 22 St(p) Bapbr: 4,7 LA. 28 St(p) E.Pr: 6,4 LAs 4,2 St(p) IESbr: 10,0 LA, 6,7 St(p) = adulte ESP: 12,1 LAs 8,1 ler 2eme 3éme 6,1 6,6 3 Sb 40 3,3 5eme 10,5 98 6,8 6,8 6eme 11,9 11,8 11,0 8,1 8,0 TS 19152) 11,4 11162 11 TES) 8,0 MB 7, Tableau XVI. Moyennes des valeurs présentées sur le tableau XV. (Ob.: stade observé P: stade présumé; L.Pr.: longueur du prosoma; L.As tc: taux de croissance), Femelles St. E.Pr. tc LA, tc : longueur du cinquiême annea 3eme 4ême Ob. P Ob. 6,2 6,1 2 7,9 3,8 3,8 ? 5,0 5eme 6eme Ob. P Ob. B 10,1 102 11,5 13,2 6,8 6,6 8,5 8,7 IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 542, 23 Ago 1991 Opisthacanthus, genre gondw anienese 27 Tableau XVII. Valeurs morphométriques (mm) observées pour Opisthacanthus capensis (exemplaires collectées dans la nature). (St(p): stade présumé; L.Pr.: longueur du prosoma; L.A,: longueur du cinquieme anneau caudal). St(p) = adultes Mäles Femelles alia 9,5 9,0 9,3 9,1 9,6 95 9,8 LAs GR 6,8 6,6 65 6,5 6,4 6,7 Tableau XVIII. Moyennes des valeurs présentées sur le tableau XVII. (Ob.: stade observé; P: stade présumé; L.Pr.: longueur du prosoma; L.A,: longueur du cinquieme anneau caudal; tc: taux de croissance; fc: taux de croissance moyen; MA: mäle adulte; FA: femelle adulte). Ob. Ob. Ob. Ob. E Ob Ob. St. ler 2eme 3ême 4ême tc Sême MA FA Er. 35 43 II 5,4 — 9,5 9,3 9,6 tc — 1:23 1:28 1:33 1:29 — — - LA, 23 2,9 3,6 95 — 6,/ 6,7 6,5 tc = 1:26 1:24 1:42 1:31 == = = CARACTERISATION DES SOUS-GENRES ET DES GROUPES D'ESPECES DU GENRE OPISTHACANTHUS Il est évident que les especes du genre Opisthacanthus ne forment pas un groupe homogêne: il est en effet possible de définir différents groupes d'espêces, variables selon les caractêres utilisés pour leur définition. Ce type d’analyse amêne souvent un certain nombre d'auteurs à opter pour la notion de sous-genre, décision qui a été prise pour la division de genres appartenant à la famille des Scorpionidae, tels Pandinus (VACHON, 1973) et Heterometrus (COUZIJN, 1981). L'utilisation des notions de complexe et de groupe d'espêces a été choisie três avantageusement pour certains genres assez compliqués de la famille des Buthidae (néotropicaux), tel Tiryus (KR AEPELIN, 1911; MELLO- LEITÃO, 1945; LOURENÇO, 1978, 1980, 1981c) et apparait, dans le cas present, comme une solution três favorable pour discemer 61 ditférents ni- veaux hiérarchiques de parenté a Vintérieur du genre. Plusieurs caractêres externes et internes ont été analysés pour l’arrange- ment des espêces d’Opisthacanthus dans les différents sous-genres et groupes d'espêces. L’analyse cladistique est appliquée aux caractêres retenus comme valables pour la présente étude; une corrélation entre les éléments spécifiques de chaque sous-genre et groupe d'espêces et leur répartition géographique est proposée à la fin du chapitre. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 5-42, 23 Ago, 1991 28 LOURENÇO, We. R. Caractêres retenus pour l’analyse et la composition des sous-genres et des groupes d’especes du genre Opisthacanthus. —H êmispermatophore 1. Position du crochet 2. Degr& de développement de la carene latérale de la lamelle distale 3. Disposition de la lamelle distale —Plaque prosomienne 4, Importance de l’Echancrure frontale —Pédipalpes 5. Développement de l’Eperon tibial 6. Trichobothriotaxie 7. Di position des granulations des doigts des pinces —Peignes 8. Morphologie des dents 9. Surface couverte par des papilles sensorielles 10. Variabilitê du nombre de dents des peignes —Opercule génital 11. Morphologie de l’opercule génital femelle — Glandes à venin 12. Structure des glandes L’analyse des différentes espéces d’Opisthacanthus et aussi de nombreux éléments appartenant aux Ischnuridae et aux Scorpionidae, associée à l’Etude de la variabilité des divers caractêres au cours du développement postembryon- naire d’Opisthacanthus cayaporum et d'O. asper, a permis de définir les plésiomorphies et les apomorphies des caractéres cités ci-dessus. Le tableau XIX affiche les séquences des états supposés. Remarque: les caractêres 1, 2, 3, 6, 9, 10, 11 sont analysés d’apres l’etude d'éléments appartenant aux Ischnuridae et aux Scorpionidae, tandis que les caracteres 4, 5, 7, 8, 12 ont été analysés au cours de l’ontogen&se de cayaporum et asper. Relations phylogénétiques existant entre les sous-genres, complexes et groupes d’especes à Pintérieur du genre Opisthacanthus. Six especes — cayaporum, weyrauchi, heurtaultae, lepturus, valerioi et lecomtei — partagent le caractére: crochet de Phémispermatophore situé distalement (apomorphe), et sont ainsi isolées des autres espêces du genre. Ces six espêces sont définies comme le sous-genre Opisthacanthus. Pour le sous-genre Opisthacanthus, trois groupe d'espêces sont reconnus. Le groupe cayaporum qui comprend trois especes, cayaporum, weyrauchi et heurtaultae qui partagent une trichobothriotaxie néobothriotaxique majo- rante (apomorphe); elles sont ainsi isolées des trois autres espêces orthobo- thriotaxiques du sous genre. Le groupe composée par lepturus et valerioi est séparé de lecomptei par le partage d'un éperon tibial important (apomorphe), qui caractérise le groupe d'espêces lepturus; lecomtei est séparé des deux IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 5-42, 23 Ago, 1991 Opisthacanthus, genre gondwanien.. 29 autres espéces par la présence d'une granulation des doigts des pinces disposée en deux séries fusionnées sur le tiers basal au moins, (apomorphe), et corres- pond à un groupe apart, avec une seule espece, lecomtei. Les espéces restantes du genre Opisthacanthus, dont l’h&mispermato- phore présente un crochet basal, sont définies comme le sous-genre Nepabellus (FRANCKE, 1974). Elles partagent la condition losangiforme des dents des peignes (apomorphe). Cing d’entre elles: madagascariensis, asper, basutus, Tableau XIX. Caractêres utilises dans l’analyse cladistique des espêces d’Opisthacanthus. Caractêre - HEMISPERMATOPHORE 1. Position du crochet 2. Degré de développement de la carêne latérale de la la- melle distale 3.Disposition de la lamelle distale - PLAQUE PROSOMIENNE 4. Echancrure frontale - PEDIPAL PES 5. Développement de l’&peron tibial 6. Trichobothriotaxie 7.Disposition des granulations des doigts des pinces - PEIGNES 8. Morphologie des dents 9.Superficie recouverte par des papilles sensorielles 10.Variabilité du nombre de dents OPERCULE GENITAL 11. Morphologie de Topercule femelle - GLANDES A VENIN 12. Structure des glandes Etat primitif (plésiomorphe) Etat dérivé (apomorphe) basale peu différenciée courbe faible faible orthobothriotaxie deux series peu fusion- nees à la base rondes faibie grande 4 à 9 ovale ou semi-ovale lisses distale três différenciée comple- xe droite importante important néobothriotaxie majoran- te deux séries fusionnées au moins sur le tiers ba- sal losangiformes importante faible 4 à 6 sub-pentagonal ou penta- gonal en forme de coeur à tendance pré-lobée IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 5-42, 23 Ago, 1991 30 LOURENGO, W. Re rugiceps et laevipes, presentent la carêne latérale de la lamelle distale três différenciée (apomorphe) et configurent ainsi un premier groupement; O. madagascariensis est isolé des quatre autres espéces de ce groupe par la presénce de trois caractêres dérivés: échancrure frontale importante, éperon tibial important et, chez la femelle, opercule génital avec plaque pentagonal. O. laevipes, O. asper, O. basutus et O. rugiceps partagent la surface des dents recouverte par des papilles sensorielles, trés étendue (apomorphe). O. laevipes est séparé d’autres especes de ce groupe par la présence d'une trichobothriotaxie néobothriotaxique majorante (apomorphe) cependant on est en absence des caractéres demonstratifs de la monophylie d’autres groupes. Dans le sous-genre Nepabellus, diremptus, africanus, capensis, lamorali, rugulosus, validus et piscatorius, partagent le caract£re 'variabilité du nombre de dents faible, 4 à 6” (apomorphe), et configurent ainsi un deuxi&me groupe- ment. Trois espéces: africanus, capensis et diremptus, partagent la lamelle distale droite (apomorphe), et correspondent au groupe d’especes africanus; les éléments de ce groupe forment une trichotomie. O. validus, piscatorius, rugulosus et lamorali présentent la structure des glandes à venin à tendence pré-lobée (apomorphe). O. rugulosus et lamorali partagent l’apomorphie oper- cule génital femelle à plaque sub-pentagonale et constituent le groupe dºespê- ces rugulosus, mais ce groupe forme une trichotomie avec O. validus et piscatorius qui ne peut pas être solutionnée. | L’ensemble de l’analyse exposée ci-dessus est exprimé dans la fig. 17, sous la forme d'un cladogramme. Les lignes montrent seulement la séquence des ramifications et n'impliquent aucune mesure, aucun degré évolutifs. Les hypotheses suivantes concemant la phylogenêse des especes d’Opis- thacanthus peuvent être proposées. 1. Le sous-genre Opisthacanthus (cayaporum, weyrauchi, heurtaultae, lepturus, valerioi et lecomtei) représente un groupe-frêre du sous-genre Nepa- bellus et est hipothétiquement monophylétique. La dichotomie Opisthacan- thus/Nepabellus, doit correspondre à un évênement vicariant qui a eu lieu à Vintérieur du continent gondwanien, antéricurement à l’ouverture de l’oc&an Atlantique (Francke, com. p.). L’ouverture de 1º Atlantique correspond à un deuxiême évênement vicariant qui explique la distribution disjointe entre lecomtei et les autres membres du sous-genre Opisthacanthus. 2. Le groupe d’especes madagascariensis est un groupe-frêre des groupes d'espéces laevipes et asper. 3. Le groupe d’especes africanus est un groupe-frêre des groupes d'espé- ces rugulosus et validus. Corrélation entre les sous-genres et les groupes d’especes établis à Pinté- riur du genre Opisthacanthus et la répartition géographique des espéces qu'ils contiennent. D’apres l’analyse cladistique effectuée, deux sous-genres et neuf groupes dºespêces ont été établis; leur composition est la suivant: IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 5-42, 23 Ago, 1991 pisthacanthus, genre gondwanien.. 31 1. Sous-genre Opisthacanthus Peters, 1861 Groupe d'espéces cayaporum O. cayaporum Velland, 1932 O. weyrauchi Mello-Leitão, 1948 O. heurtaultae Lourenço, 1980 Groupe d'espêces lepturus O. lepturus (Palisot de Beauvois, 1805) O. valerioi Lourenço, 1980. Groupe d'espêces lecomtei O. lecomtei (Lucas, 1858) 2. Sous-genre Nepabellus Groupe d'espéces madagascariensis O. madagascariensis Kraepelin, 1894 Groupe d'espéces laevipes O. laevipes (Pocock, 1893) Groupe d’especes asper O. asper (Peters, 1861) O. basutus Lawrence, 1955 O. rugiceps Pocock, 1897 Groupe d'espéces africanus O. diremptus (Karsch, 1879) O. africanus Simon, 1876 O. capensis Thorell, 1877 Groupe d’especes rugulosus O. lamorali Lourenço, 1981 O. rugulosus Pocock, 1896 Groupe d'espéces validus O. validus Thorell, 1877 O. piscatorius Lawrence, 1955 Dans le sous-genre Opisthacanthus, cing espéces sont américaines, et une, lecomtei, est africaine, habitant le plus à l’ouest en Afrique (Gabon, Cameroun). Les premiêres trois espéces de ce sous-genre, qui constituent le groupe d'espêces cayaporum, habitent uniquement des régions relictuelles en Amérique du Sud (Brésil, Pérou et Guyane Française), qui sont constituées par des zones de végétation du type “savane-primaire”. Les deux autres espêces américaines du sous-genre habitent des zones de foret; l’une d’elles, lepturus, est répartie du nord du Venezuela et de la Colombie jusqu’ä Panama, oü se trouve le centre de la population; une population plus réduite a été localisée dans l’ile de Hispaniola (Haiti/République Dominicaine). O. valerioi IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 5-42, 23 Ago. 1991 32 LOURENÇO, W. R. est endémique de [le de Cocos dans le Pacifique. L’ensemble des espéces de ce sous-genre, présente la distribution la plus étendue. Toutes les espéces du sous-genre Nepabellus, sont africaines. Dans le premier groupement, une des espêces, madagascariensis, qui s’eloigne beaucoup des quatre autres, est endémique de l’ile de Madagascar. O. laevipes, O. asper et O. rugiceps, habitent l’Afrique orientale: Transvaal en Afrique du Sud, Mozambique, Malawi et Tanzanie. O. basutus est, de toute évidence, endémique des massifs montagneux du Lesotho; cette derniere espêce demeure néanmoins três peu connue, et des études ultéricures devront permettre de bien situer sa position phylogénétique. Le deuxi&me groupement du sous-genre Nepabellus, O. capensis et O. diremptus, deux des trois espêces du groupe africanus, habitent la région du Cap en Afrique du Sud; la troisitme espêce africanus est répartie plus vers l’ouest, en Angola et au Congo; hypothétiquement, on pourrait présumer (Francke, com. p.), que l’actuelle disjonction existant entre O. capensis/O. diremptus et O. africanus pourrait être la conséquence de l’apparition du désert du Namib, durant la période du Néocêne; le même phénomêne aurait “poussé” africanus vers le nord jusq'ã ce qu'il devienne sympatrique avec lecomtei (LAMORAL, 1979). Les esp£ces des groupes d'espêces rugulosus et validus présentent une distribution quelque peu voisine de celle du premier groupement: O. lamorali habite la région frontiêre entre le Zimbabwe et la Mozambique; O. rugulosus, le Malawi; O. validus est répartie dans les régions orientales d’Afrique du Sud, tandis que O. piscatorius est déplacée vers la région du Cap en Afrique du Sud; néanmoins la répartition géographique de cette espêce, connue seule- ment d’apres l’exemplaire-type, devra être confirmée. La composition des sous-genres et des groupes d'espéces présente des éléments dont la répartition géographique est assez cohérente. Ainsi, dans les deux cas oü un élement du sous-genre est três isolé, par la morphologie, des éléments restants (lecomtei dans le sous-genre Opisthacanthus et madagas- cariensis dans le sous-genre Nepabellus), sa situation géographique est égale- ment la plus éloignées et/ou isolée de celle des autres éléments du complexe. Remerciements. Je tiens à remercier pour leur conseils et suggestions, G. Bernardi, O. F. Francke, J. Kovoor, N. Platnick et W. D, Sissom. V. Py-Daniel et B. Lamoral m'ont fait parvenir de renseignements de terrain ainsi que du matériel vivant. M. Gaillard et J. Rebiêre m'ont apporté leur aide technique (iconographie). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 5-42, 23 Ago, 1991 Opisthacanthus, genre gondwanien.. A he o 6 4 3 2 1 5 Figs, 1-2 — Chimiotaxinomie: 1, Protéinogrammes, A. Androctonus australis (Buthidae); B, Pandinus imperator (Scorpionidae); C. Opisthacanthus cayaporum (Ischnuridae); 2. Schémas des mêmes protéinogrammes, = N Qw Au NW» IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 5-42, 23 Ago, 1991 34 LOURENCO, Wo R = WU à a N nd | ? = ID 300 um z 200 um recem meme Penner Figse 3-6 — Coupes histologiques transversales de glandes à venin d’Opisthacanthus: 3. O. africanus (Bouin, trichrome - en - un temps, filtre rouge); 4. O. capensis (Bon acide periodique - Schiff - hématoxiline de Groat, filtre vert); 5. O. asper (Bouin, picronoir naphtolrouge nucl&aire solide, filtre vert); 6. O. cayaporum (Bouin, trichrome de Masson-Goldner, filtre vert) (P. région dont les produits de sécrétion sont sourtout protéiques; G. dont les proteines sont associées ä une composante glucidique). Remarquez l’epithelium glandulaire lisse dans les cas dOpisthacanthus africanus et O. capensis, prélobé dans les cas d'O, asper et dO. cayaporum. IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 5-42, 23 Ago. 1991 pisthacanthus, gente gondwanien..e 35 Figs. 7-8 — Distribution des valeurs morphométriques moyennes pour les stades juvéniles et adulte chez Opisthacanthus: 7, O. cayaporum; 8 O. asper. Triangle. mâle; disque, femelle; LPr, longueur ‚du prosoma; LA 5º Longueur du cinquigme anneau du metasoma, IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 5-42, 23 Ago. 1991 LOURENCO, W. Figs 912 — Spermatophores POpisthacanthus dé élevage: 9-10, O. asper; 11-12, O. cayaporum, poses sur le substrat au cours @accouplements en ‚IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (71): 5-42, 23 Ago, 1991 Opisthacanthus, genre gondwanien,e. 37 Er 0 1 3 5 L.As 14 Figs 13-14 — Distribution des valeurs morphométriques moyennes pour les stades juvéniles 1, 2, 3, 4, chez Opisthacanthus cayaporum: 13, Portées II-III; 14, Portée IV. Triangle, mäle; disque, femelle; LPr, longueur du prosoma; IA, longueur du cinquiême anneau du metasoma, IHERINGIA, S£r. Zool., Porto Alegre (71): 542, 23 Ago. 1991 38 LOURENÇO, We. Re 15 Figo 15 — Distribution des valeurs morphométriques moyennes (mm) pour les stades juvéniles et adulte chez Opisthacanthus lepturus. Triangle, mäle; disque, femelle: LPr, longueur du prosoma; LA ss Jongueur du cinquiême anneau du metasoma; o, valeur observée; p, valeur presum&e, IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (71): 5-42, 23 Ago, 1991 isthacanthus, genre gondwanien.. 39 ig. 16 — Distribution des valeurs morphométriques moyennes pour les stades juvéniles et adulte ez Opisthacanthus capensis: Triangle, mäle; disque, femelle; carré, juvéniles; LPr, longueur gen; Ms longueur du cinquiême anneau du metasoma; o, valeur observée; p, valeur sumée, IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 5-42, 23 Ago, 1991 40 LOURENÇO, W, Ea, qo = = cc w = = = = a (20) = 2 > = q = a) > 5 E) = = = = 2 5 = < @ 3 Es E = E < 2 2 = < = = = > x = z E = = fe) = o = So 5 =) ws S o So = Re CNP E à Os 5 > Es 5 s = = Ss « [=] a [=] «a o = e > 7 2? 6 06 11 5 05 09 9 “ GRI Q12 12 5 05 É o É 04 3 03 D10 10 2 0) 72 08 8 1 Q1 5 Fig. 17 — Cladogramme des groupes despêces du genre Opisthacanthus: carré noire, État apomorph carré blanc, état plesiomorphe, IHERINGIA, Ser, Zool., Porto Alegre (71): 5-42, 23 Ago. 1991 Opisthacanthus, genre sondwanien.. 4 REFERENCES CITEES ALEXANDER, A. 1957. The courtship and mating of the scorpion Opisthophthalmus latimanus. Proc. zool. Soc. Lond., London, 128(4):529—544, BIRULA, A. 1917. Fauna of Russia and adiacent countries. Arachnoidea, Scorpions, 1(1):11—24. (English translation by Israeli Program for Scientific Translations, Jerusalem 1965, 154 po. CANARD, A. 1984. Contribution à la connaissance du développement, de Vécologie et de l’&cophysiologie des Aranéides de Landes Armoricaines. v.l, 389p. Tese (Dout.- d’Etat) Université de Rennes. COUZIN, H. W. C. 1981. Revision of the genus Heterometrus Hemprich & Ehrenberg (Scorpionidae, Arachnidea). Zool. Verh., Leiden, 184:1—196. DARLINGTON Jr. P. J. 1957. Zoogeography: the geographical distributions of animals. New York, John Wiley, 675p., il. DAVIS, B. 1964. Disc electrophoresis. II. Method and application to human serum proteins. Ann. N. Y. Acad. Sci., New York, 121:404—427. DYAR, H. 1890. The number of molts in Lepidopterous larvae. Psyche, Cambridge, 5:420—422, FRANCKE, O. F. 1974. Nota sobre los gêneros Opisthacanthus Peters y Nepabellus nom. nov. (Scorpionida, Scorpionidae) e informe sobre el hallazgo de O. lepturus en la Isla del Coco, Costa Rica. Brenesia, San José, Costa Rica, 4:31-35, —, 1976. Observations on the life history of Uroctonus mordax Thorell (Scorpionida, Vaejovidae). Bull. br. arachnol. Soc., London, 3(9):254—260, FRANCKE, O. F. & SISSOM, W. D. 1984. Comparative review of the methods used to determine the number of molts to maturity in Scorpions (Arachnida), with analysis of the post-birth development of Vajeovis coahuilae Williams (Vajeovidae). J. Arachnol., Lubbock, 12:1—20, GOYFFON, M. & KOVOOR, J. 1978. Chactoid venons. In: “Arthropod venom”, Handbook exp. Pharmacol., 48 (S. Bettini), Springer-Verlag (15):395—148. KOVOOR, J. 1973. Etude histochimique des glandes à venin des Buthidae (Arachnida, Scorpiones). Annls Sci. nat. (Zool. Biol, Anim.), (12) 15(2):201-220, .KRAEPELIN, K. 1899. Scorpiones und Pedipaldi. In: Das TIERREICH. Berlin, Friedländer Verl., v.8, 265p. —, 1911. Neue Beiträge zur Systematik der Gliederspinnen. Jb. hamb. wiss. Anst., Hamburg, 29:59—107, LAMORAL, B. H. 1979. The Scorpions of Namibia (Arachnida: Scorpionida). Ann. Natal Mus., Pietermaritzburg, 23(3):497—784, LOURENCO, W. R. 1978. Etude sur les Scorpions appartenant au ‘‘complexe’’ Tityus trivittatus Kraepelin, 1898 et en particulier, de la sous-espêce Tityus trivittatus fasciolatus Pessoa, 1935 (Buthidae). Morphologie, systématique, répartition géographi - que, écologie, biologie generale et biologie sexuelle. 128p., 55pl. Tese (Dout.) Univ. Paris, —, 1979. Le Scorpion Buthidae: Tityus mattogrossensis Borelli, 1901 (Morphologie, écologie, biologie et développement postembryonnaire). Bull. Mus. natn. Hist. nat., 4e sér., Sect. A, Paris, 1(1):95—117. — 1980. Contribution à la connaissance systématique des Scorpions appartenant ou “complexe” Tityus trivittatus Kraepelin, 1898 (Buthidae). Bull. Mus. natn. Hist, nat., 4e. ser. Sect. A, Paris, 2(3):793—843, —, 1981a. A propos de Pindication d'un n&otype pour Opisthacanthus lepturus (Palisot de Beauvois, 1805) (Scorpionidae). Rev. Arachnol., 3(2):45—52, — 1981b. Sur la distribution g&ographique et P&cologie d’Opisthacanthus cayaporum Vellard, 1932 (Scorpiones, Scorpionidae), Revta bras. Biol., Rio de Janeiro, 41(2):343—349, IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 5-42, 23, Ago, 1991 SHE a A LOURENCO, W, R. + —, 1981c.- Sur la systêmatique des Scorpions appartenant au complexe Tityus stigmurus (Thorell, 1877) (Buthidae). Revta bras. Biol., Rio de Janeiro, 41(2):351-362, — 1981d. Désignation d'un néotype pour Opisthacanthus lecomtei (Lucas, 1858) (Scorpio . nes, Scorpionidae). Bull. Mus. natn.: Hist. nat., 4e, sér. Sect. A, Paris, X4):1163—1168. —— 1984. la biogéographie des Scorpions sud-américains fone bilano et perspectives). Spixiana, München, 7(1):11—18. E MELLO-LEITÃO, C. 1945. Escorpiões sul-americanos. Arq. Mus. nac., Rio de Janeiro, 40:1-468. ; NEWLANDS, G. 1973. 'Zoogeographical factors involved in'the trans-atlantic dispersal pattern of. the genus Opisthacanthus Peters (Arachnida: Scorpionida). Ann. Transv. Mus., Pretoria, 28(7):91—98, -— 1978. Arachnida, In: Biogeography and gcology en southern Africa. The Hague, We. Junk, p.685—702, PAWLOWSKY, E. N. 1924, , On the morphology of the male genital apparatus in scorpions. Trav. Soc. Imp. Nat., Leningrad, Leningrad 53:76—86. PETERS, W. 1861. Hielt einen Vortrag über eine neue Eintheilung der Skorpione und über die von ihm in Mossambique gesammelten Arten von Skorpionen, aus welchem hier ein Auszug mitgetheilt wird. Mber. Koen. Preussischen Akad. Wiss. Berl., Berlin: 1507-516. POCOCK, R. L: 1893. Notes on the classification of. Scorpions followed by some observations upon synonymy, with descriptions of genera and species. Ann. Mag. nat. Hist., Sér. 6; London, 12:303-330, — 1894, Scorpions and their geographical distribution, Nat. Sci., New York, 4(27):353—364, —, 1896. Notes on some Ethiopian species of Ischnurinae contained in the collection of the British Museum. Ann. Mag. nat. Hist., Sér. 6, London, 17:312—318. — 1897. Description of two new species of Scorpions from East Africa, Ann. Mag. nat. Hist. Ser. 6, London, 19:116—-119, — 1902, Arachnida, - Scorpiones. In: Biologia Centrali- Americana, Taylor & Francis ed. London, 71pps PRZIBRAM, H. & MEGUSAR, F. 1912, Wachstummessungen an Sphodromantis bioculato Burm, 1 Lange und Masse, Arch. EntwMech. Org., Leipzig, 34:680—741. SCHULTZE, W. 1927. Biology of the large philippine forest Scorpion. Philipp. J. Sci.,: Manila, 32(3):375—388, VACHON, M. 1973. Etude des caractêres utilisés pour classer les familles et les genres de Scorpions (Arachnides). 1. La trichobothriotaxie en arachnologie, Sigles trichobothriaux et types de trichobothriotaxie chez les Scorpions. Bull. Mus. natn. Hist. nat., 3e, Sér, Zool., Paris, (104):8357-958. VACHON, M. & GOYFFON, M. 1978. Chimiotaxonomie: valeur et limites des caractêres tirés du protéinogramme de Phémolymphe en gel de Polyacrylamide de defférentes espêces de Scorpions (Arachnides). Symp. zool. Soc. Lond., London, 42:317—325, WERNER, F.' 1935. Scorpiones, Pedipalpi. In: H. G. Bronns Klassen und Ordnungen des Tierreichs, Buch 8, v.5, n.4, 490p. É F IHERINGIA, Ser, Zool.; Porto Alegre (D: 5-42, 23 Ago, 1991 MOLUSCOS BIVALVES LÍMNICOS DA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DO TAIM E ÁREAS ADJACENTES, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL 1: Maria Cristina Dreher Mansur 3 Carla Schulz 4 Maria da Graça Oliveira da Silva! Nádia Maria Rodrigues de Campos- Velho 4 ABSTRACT LIMNIC BIVALVE MOLLUSCS FROM TAIM ECOLOGICAL STATION AND ADJA- CENT AREAS, RIO GRANDE DO SUL, BRAZIL. A survey of mussel fauna within the Taim Ecological Station and surrounding area located at the plain coast between the Atlantic Ocean and Mirim Lagoon, extreme South Brazil, was conducted from October 1985 to January 1987, Thirteen native species and the asiatic clam Corbicula fluminea were recorded; nine reported for the first time for the Station and five for the Mirim Lagoon basin, The habitat preference of each species is commented, as well as the variability concerning Unionoida shell forms of a same clam species inhabiting adjacent lagoons and also between the population of the Taim and those of others neighboring basins in the Uruguay and those in the Guaíba and Patos . Lagoon, in South Brazil. KEY WORDS. Limnic Bivalves, Mollusca, Taim, Brazil. INTRODUÇÃO A Estação Ecológica do Taim está situada na planície costeira no sul do Estado do Rio Grande do Sul, limitada a leste pelo Oceano Atlântico e a oeste pela Lagoa Mirim, entre, as coordenadas 52º32º a 52º39W e 32°32’ a 32º50ºS. Abrange parte do município de Rio Grande e parte do município de Santa Vitória do Palmar. Encontram-se nesta Estação Ecológica vários banhados e lagoas como a das Flores, do Nicola, do Jacaré e da 1. Recebido em 9,1X,1988; aceito em 5,X1,1990, 2. Realizado com auxílio da SEMA (Secretaria Especial do Meio Ambiente), 3. Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Caixa postal 1188, 90001 Porto Alegre, RS, Brasil; bolsista do CNPq mº 30,5365/76. 4. Bolsista do CNPq no Museu de Ciências Naturais, proce nº 106803/83; 121831/87-6 e 120711/87-7, IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 43-58, 23 Ago, 1991 44 “MANSUR, M, C, Ds. et al. Mangueira, unidas por canais artificiais e sangradouros que desembocam na Lagoa Mirim através do Arroio do Taim e do Canal do Taim. Segundo TRICART et al. (1984); toda a região é de origem quaternäria e a área do Banhado do Taim constituia-se num canal de comunicação entre a Lagoa Mirim g o mar. Períodos sucessivos de transgressões e regressões marinhas deram 'origem a restingas, resultando no fechamento desse canal e formação, primeiramente, da Lagoa das Flores, e depois das Lagoas da Mangueira, do Nicola e do Jacaré. Segundo SCHWARZBOLD & SCHAEFER (1984), o isolamento definitivo destas lagoas, em relação ao mar, deu-se entre 2600 a 3000 anos atrás e, durante a última etapa, houve o rompimento da barra ao norte‘da Lagoa Mirim com a formação do Canal de São Gonçalo. São poucas as obras que referem a presença de moluscos bivalves de água doce para a bacia da Lagoa Mirim e- mesmo. para as demais lagoas costeiras do Rio Grande do Sul. MARSHALL (1928) descreveu para os rios que desembocam na Lagoa Mirim, junto à fronteira do Uruguai com o Rio Grande do Sul, quatro novas espécies: Anodontites elfa, A. mansfieldi, Mycetopoda felipponei e Diplodon pilsbryi; em 1930, descreveu D. yaguaronis para o Rio Jaguarão, HAAS (1930, 1931) registrou a presença de Diplodon charruanus (Or- bigny, 1835), Anodontites trapesialis forbesianus (Lea, 1860) e A. patagonicus (Lamarck, 1819) para uma lagoa costeira do Rio Grande do Sul, ao norte do Rio Camaquã, a Lagoa da Volta. Em KLEEREKOPER (1944, 1955) apareceram as primeiras citações de moluscos bivalves para a região das lagoas costeiras do nordeste do Rio Grande do Sul: Diplodon berthae Ortmann, 1921, Musculium argentinum Orbigny, 1835, Pisidium patagonicum Orbigny, 1835 e Eupera riograndensis Ihering s/data, MANSUR & VEITENHEIMER (1975) verificaram que esta última citação trata-se de nomen nudum e, provavelmente, corresponde a Eupera klappenbachi Mansur & Veitenheimer, 1975. BONETTO (1961) observou, pela primeira vez, os gloquídios de Diplo- don yaguaronis que se encontravam aderidos às valvas do material-tipo de Marshall e constatou serem do tipo parasito. Com base neste estudo e nas semelhanças que encontrou entre os gloquídios, BONETTO (1963) sinonimizou D. yaguaronis com D. delodontus pilsbryi, distinguindo-a como sub-espécie endêmica dos rios que correm para o Atlântico, ao sul do Rio Camaquã, Rio Grande do Sul e Uruguai. BONETTO (1962) considerou Mycetopoda felipponei sinônima de M. legumen (Martens, 1888). FIGUEIRAS (1965) citou esta espécie para o sul da Lagoa Mirim, observando que, nesta área, a concha é mais estreita anterior- mente e mais oblíqua: mencionou D. parallelopipedon (Lea, 1834) pela primei- ra vez para a bacia da Lagoa Mirim. IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 43-58, 23 Ago, 1991 Moluscos Bivalves Lfmnicoss.. 45 MANSUR (1970), com base em compilacöes bibliogräficas, listou as espécies das famílias Mycetopodidae e Hyriidae do Rio Grande do Sul; dividiu o Estado em três regiões, reunindo a bacia da Lagoa Mirim e seus tributários ao complexo Guaíba-Patos-Mirim, para o qual registrou 23 espécies. MANSUR (1974) citou Monocondylaea minuana Orbigny, 1835, pela primeira vez para a Lagoa Mirim e observou que nesta área e demais bacias que drenam para o Atlântico no leste do Rio Grande do Sul, as populações diferem daquelas do Rio Uruguai por apresentarem os umbos baixos, a cavida- de sub-umbonal e a região anterior da concha reduzidas, com o sulco mediano deslocado para a região anterior do animal. MANSUR & VEITENHEIMER-MENDES (1979) redescreveram Myce- topoda legumen e constataram a existência de clinização na forma da concha das populações da Bacia do Prata em relação às do norte no Rio Uruguai e às do leste do Rio Grande do Sul, desde a Lagoa Mirim até o Guaíba. LANZER (1983) citou a ocorrência de Diplodon sp., Neocorbicula limosa (Maton, 1811), Eupera klappenbachi, Anodontites trapesialis (La- marck, 1819), Anodontites sp., Monocondylaea minuana © Pisidium SPpes para as lagoas costeiras do Rio Grande do Sul, inclusive para as lagoas da Estação Ecológica do Taim. Registrou também a presença de Corbicula sp. para as lagoas litorâneas ao norte do Estado. Com base em coletas realizadas nos verões de 1980 e 1982, em quase “todas as lagoas que compõem o complexo flävio-lacustre litorâneo do sul do Brasil, desde a Lagoa do Sombrio em Santa Catarina até a da Mangueira no sul do Rio Grande do Sul, LANZER & SCHAEFER (1984) e SCHAEFER et al. (1985), constataram a ampla distribuição da espécie N. limosa em mais de 70% das lagoas. Citaram também a presença de Corbicula sp. sem mencioná-la para a região do Taim. MANSUR & GARCES (1988) registraram Corbicula fluminea (Müller, 1774) pela primeira vez para a Estagäo Ecolögica do Taim e äreas adjacentes numa densidade populacional mäxima de 5195 indivíduos por m’, ocupando, preferencialmente, as áreas dos canais; registraram a ocorrência de Neocor- bicula limosa em maior abundância nas áreas das lagoas, com densidade máxima de 5372 indivíduos por m‘, Objetiva-se facilitar a localização e identificação das espécies da Estação Ecológica do Taim, a fim de possibilitar o acompanhamento e futuro manejo faunístico na área, MATERIAL E MÉTODOS Durante os meses de outubro, novembro e dezembro de 1985, janeiro de 1986 e janeiro de 1987 foram realizadas coletas qualitativas em 35 estações distribuídas IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 43-58, 23 Ago, 1991 46 MANSUR, M, C. D, et al. ao todo em 5 lagoas, 6 canais e 2 arroios. Foram utilizados vários métodos de coleta de acordo com a profundidade e limpeza da água ou com presença ou ausência de vegetação nas margens. Primeiramente, foram recolhidas as conchas encontradas fora d'água, junto às margens dos lagos e canais. Em locais rasos, onde a transparência da água permitia, os moluscos foram localizados visualmente (margem do Canal do Jacaré e da Lagoa Mirim); em águas turvas, pelo tato dos pés e das mãos, e então recolhidos manualmente, até a profundidade máxima de 1,20m. As espécies cavadoras foram coletadas peneirando-se o sedimento através de uma malha de abertura correspondente a 0,8mm, Em maiores profundidades, foram recolhidas amostras de fundo com o emprego da draga de Ekman, Nas lagoas do Nicola e do Jacaré, estas amostragens restringiram-se a três pontos: um na região central, outro a meia distância entre o centro e a margem da lagoa e o último em local próximo à margem, Na lagoa da Mangueira só foi amostrada a região norte da lagoa pertencente a Estação Ecológica do Taim. Foram colhidas três amostras localizadas na região mais central a meia distância das margens leste e oeste, uma amostra a meia distância entre a linha central e a margem e outra junto a margem na Fazenda Santa Marta, Na Lagoa Mirim a profundidade máxima amostrada foi de 2m. Nas margens com vegetação flutuante, recolheu-se amostras das raízes, especial- mente dos aguapés, Eichhornia crassipes (Mart) Solms-Laub, e E. azurea Sw Kunth, Em laboratório, o material foi triado, limpo e anestesiado com gotejamento lento de solução diluída de Thionembutal 1g/40ml de água destilada, Após anestesia, o mesmo foi fixado em formol 10% e conservado em álcool 70%. Todo o material coletado foi incorporado à coleção do Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Os dados de cada lote foram cadastrados no “Banco de Dados do Ambiente Natural” e podem ser recuperados mediante solicitação da sigla da coleção, MOL, classificação BIVALVIA e o nome do projeto, ESTAÇÃO ECOLÓGICA DO TAIM. Também foi examinado o material coletado na Bacia da Lagoa Mirim, no Rio Uruguai e no Estado do Rio Grande do Sul, que se encontra depositado na mesma coleção. Para a identificação até nível genérico seguiu-se MANSUR et al. (1987). Para as espécies de Unionoida examinou-se: material-tipo de Orbigny, depositado no “British Museum of Natural History”, Londres, e no “Muséum National d’Histoire Naturelle”, Paris; material-tipo da coleção de Lamarck, depositado no “Muséum d'Histoire Naturelle de Genêve”, Genebra; fotografias dos holötipos de Lea, gentilmente enviados pela “Smithsonian Institution”, Washington e “Academy of Natural Sciences of Philadelphia”, Para a identificação das espécies de Pisidium e Musculium, consultou-se o Dr. J. Kuiper (“Institut Néerlandais”, Paris). RESULTADOS Foram coletadas 14 espécies diferentes (tab. 1, fig. 1-14), sendo 13 nativas e Corbicula fluminea (Müller, 1774) de origem asiática. EE Das espécies nativas, constituem citações novas para a bacia da Lagoa Mirim: Anodontites felix (Pilsbry, 1896), Eupera platensis Doello-Jurado, 1921, Musculium argentinum (Orbigny, 1835), Sphaerium observationis (Pils- IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 43-58, 23 Ago, 1991 Moluscos Bivalves Lfmnicos,e. 47 bry, 1911) e Pisidium vile (Pilsbry, 1897). Além destas espécies, são citações novas para a Estação: Diplodon delodontus pilsbryi Marshall, 1928, D. rhua- coicus (Orbigny, 1835), D. aethiops (Lea, 1860) e Anodontites patagonicus (Lamarck, 1819). A única espécie citada para a bacia da Lagoa Mirim que não foi encontrada durante os trabalhos de campo na Estação e áreas adjacentes foi Mycetopoda legumen. Particularidades morfológicas Diplodon delodontus pilsbryi (fig. 1). Concha com contomo elíptico-o- valado, pouco inflada e altura pouco maior que a metade do comprimento, Perióstraco negro-esverdeado ou marrom-escuro, com brilho. Os maiores indi- víduos (82mm de comprimento; 45mm de altura), encontrados no Taim, são menores que o material descrito por MARSHALL (1928). Escultura umbonal formada por barras radiais, igualmente longas, com as centrais levemente convergentes. Internamente nacarada. Dentição pseudocardinal característica da subespécie, formada por dois dentes baixos, comprimidos e alongados na valva direita e um alongado na esquerda, Sem borda prismática, Diplodon rhuacoicus (fig. 2). Concha com contorno elíptico, região posterior obliquamente truncada; lembra a forma de um trapézio retangular, É menor e mais inflada que a espécie precedente (maior exemplar: 48mm de comprimento, 25mm de altura e 22 mm de largura). Perióstraco castanho- claro, brilhante, Barras da escultura umbonal radiais, curtas e finas. Interna- mente nacarada. Dentição pseudocardinal formada por dois dentes na valva direita e um ou dois na esquerda. Na valva direita o dente superior é alongado, baixo e laminar, o inferior, alongado, alto e triangular podendo apresentar-se lascado na proximidade dos umbos. Sem borda prismática, A forma da concha varia muito de uma população para outra, Na Lagoa da Mangueira dominam os exemplares castanho-dourados com região anterior mais alta e larga que a posterior e margem posterior afilada com o ângulo distal situado na metade da altura da concha. Os espécimes da Lagoa Mirim são menores em relação aos de outras áreas; os da Lagoa do Nicola, do Jacaré e dos canais apresentam a forma com as características típicas da espécie. Larvas maduras do tipo não parasito, com desenvolvimento direto, foram encontradas em espécimes do canal do Jacaré, em outubro de 1985. Diplodon aethiops (fig. 3). Concha com formato lanceolado, pouco infla- da, geralmente com deflexão na região mediana da margem ventral (exemplar maior: 61mm de comprimento, 28mm de altura e 14,6mm de largura). Periös- traco verde a negro, quase sem brilho. Escultura formada por barras radiais finas e longas na região anterior e posterior aos umbos; curtas e quase paralelas na região central destes últimos. Internamente nacarada, Dentição pseudocardinal semelhante à espécie precedente. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 43-58, 23 Ago, 1991 48 MANSUR, M, C. D, et al. Monocondylaea minuana (fig. 4). Concha ovalada. Perióstraco marrom, sem brilho, lamelar, característico do gênero, Umbos sem escultura, afilados formando um bico. Nas conchas jovens, observa-se sulco umbonal mediano único, característico da espécie. Internamente nacarada. Dente sub-umbonal único, pequeno e arredondado na chameira de cada valva. Borda prismätica larga. Os maiores exemplares coletados na Estação Ecológica do Taim rara- mente alcançaram 40mm de comprimento, enquanto os do rio Uruguai e do Guaíba apresentaram normalmente mais de 50mm de comprimento. Anodontites trapesialis forbesianus (fig. 5). Concha de contorno variável de trapezoidal, típico, até o elíptico com ângulo posterior elevado para a metade da altura, muito semelhante ao contomo de A. exoticus (Lamarck, 1819). Concha grande, em torno de 130mm de comprimento, 65mm de altura. Perióstraco de cor clara, castanha ou amarelada, brilhante e liso. Superfície da concha e umbos lisos característicos do gênero. Internamente nacarada. Chameira edêntula. Borda prismática geralmente estreita em relação ao tama- nho da concha, Anodontites potagonicus (fig. 6). Concha com contomo variável de ovalado-arredondado até ovalado-alongado com deflexão ventral. Esta última variação assemelha-se aos espécimes que MARSHALL (1929) descreveu como A. elfa e A. mansfieldi. Os espécimes atingem tamanho menor (em tomo de 65mm de comprimento, 42mm de altura), têm valvas mais espessas que a espécie precedente, Perióstraco liso brilhante, de castanho-alaranjado a verde. Internamente nacarada. Charneira edêntula. Borda prismática larga. Anodontites felix (fig. 7). Concha do único espécime coletado com con- torno elíptico-ovalado (comprimento 7Imm, altura 38mm); perióstraco liso, brilhante, esverdeado e com finos raios bifurcados verde-azulados na área umbonal. Internamente nacarado, charneira edêntula, borda prismätica mais estreita que a de A, patagonicus. Corbicula fluminea (fig. 8). Concha com contorno arredondado. Periós- traco esverdeado brilhante. Umbos e superfície externa da concha com ondula- ções concêntricas, Ausência de nácar na parte interna central da concha. Ausência de sinus palial como todas as espécies acima descritas. Dentição heterodonte com os dentes laterais alongados e serreados; os cardinais (três em cada valva) dispostos radialmente. Borda prismática ausente. Os maiores exemplares com mais de 30mm de comprimento. Neocorbicula limosa (fig. 9). Concha com formato e dentição muito semelhante a €. fluminea. Perióstraco castanho-esverdeado ou amarelado com raios marrons. Umbos e superfície externa geralmente sem ondulações. Estas quando presentes são fracas e localizam-se na região anterior ou posterior da concha, Ausência de näcar. Sinus palial presente. Demais características semelhantes a C. fluminea ; maiores exemplares 19mm de comprimento. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (71): 43-58, 23 Ago, 1991 Moluscos Bivalves Lfmnicos..s 49 Eupera klappenbachi (fig. 10). Concha com contorno arredondado, re- giäo anterior curta e estreita dorso-ventralmente, frägil e pequena (no mäximo 6mm de comprimento). Periöstraco lamelar, sem brilho, Superfície da concha com manchas negras ou roxas visíveis na face externa e salientes na face interna. Os espécimens fixam-se à vegetação através de um fio de bisso, característico e diagnóstico a nível genérico. Dentição heterodonte com os laterais curtos, lisos ou portadores de grãos microscópicos; um cardinal em cada valva, Eupera platensis (fig. 11). Concha elíptico-ovalada, com a região ante- rior mais alongada e mais alta que a de E. klappenbachi, É mais alongada (geralmente 7/mm de comprimento) e também mais robusta que E. klappen- bachi. Periöstraco lamelar, sem brilho, Manchas negras ou roxas presentes e visíveis geralmente na face interna das valvas. Dentição semelhante à de E, klappenbachi. Musculium argentinum (fig. 12). Concha subtrapezoidal-arredondada, Maiores exemplares atingem quase 10mm de comprimento. Perióstraco liso brilhante e levemente iridescente de cor cinza, com bandas amarelas nos exemplares jovens e marrom nos mais velhos, Superfície lisa, umbos destaca- dos sob forma de capacete, Dentição heterodonte, dentes laterais lisos, finos, dois cardinais numa valva e um na oposta, Chameira relativamente estreita e quase reta, Sphaerium observationis (fig. 13). Concha arredondada; comprimento máximo 6mm. Perióstraco com brilho seroso. Superfície externa com linhas concêntricas descontínuas e esculturadas irregularmente, Umbos centrais sem capacete. Dentição heterodonte semelhante à da espécie anterior. Chameira relativamente espessa e curva, dente cardinal da valva direita relativamente longo e robusto. Pelo contorno da concha e semelhanças da chameira conside- ra-se afim a S. forbesi (Philippi, 1869) revisado por KUIPER & HINZ (1984); diferencia-se pelo maior comprimento do dente cardinal direito e pela escultu- ração irregular da concha, Pisidium vile (fig. 14). Concha subtrapezoidal- arredondada, pequena, raramente ultrapassando 2mm de comprimento, largura variável, superfície externa lisa. Umbos sem capacete, com altura variável, ligeiramente desloca- dos para a região posterior, após a metade do comprimento. Dentição hetero- donte semelhante às espécies de Sphaerium e Musculium. Chameira relativa- mente curva. Pelo pequeno tamanho, aproxima-se de P. punctiferum que ocorre no Estado do Rio Grande do Sul (MANSUR et al,, no prelo), porém a maior altura e o contorno menos arredondado em P. vile permitem a distinção entre ambas, Observação: Os Unionoida aqui relacionados apresentam as aberturas exalante e inalante do manto de modo simples sem a formação de verdadeiros sifões. IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 43-58, 23 Ago, 1991 50 MANSUR, M, C. D. et al. Todos os Veneroida apresentam dois sifôes bem desenvolvidos com exceção de Pisidium que possui apenas o exalante, Ocorrências ambientais Considerando os bivalves da ordem Unionoida, a espécie de distribuição mais ampla foi D. rhuacoicus, presente nas cinco lagoas, quatro canais e um arroio (tab. 1). Ocorreu em abundância, convivendo com A, patagonicus, nas margens de areias claras, mais livres de vegetação e também a pouca profundidade nas lagoas Mirim, das Flores e margem nordeste da Lagoa do Nicola. D. rhuacoicus foi coletado em menor número em areias escurecidas por fina cobertura de matéria orgânica, próximo das margens com vegetação, nas Lagoas das Flores, do Nicola e dos canais Leste e do Jacaré, onde convive com D. aethiops. Nos ambientes onde a camada de matéria orgânica sobre a areia era maior e a vegetação marginal alta e densa, encontrou-se M. minuana, A. trapesialis forbesianus e D. delodontus pilsbryi. Nas margens da Lagoa Mirim foram encontradas muitas valvas vazias de bivalves, principalmente, D. rhuacoicus, A. patagonicus € C. fluminea, recém-mortos pelo rápido abaixamento do nível da água no início do verão de 1987. Os animais concentraram-se em poças d'água à medida que o nível do lago abaixava e numa destas poças encontrou-se O único exemplar de A. felix. Com relação à ordem Veneroida, as duas espécies mais frequentes foram C. fluminea e N. limosa, presentes na maioria das lagoas e também as mais abundantes, inclusive se comparadas às espécies de Unionoida. As coletas nas regiões mais centrais dos canais revelaram o predomínio de C. fluminea, enquanto nas lagoas o de N. limosa, Nas margens das lagoas e canais predomi- nou C, fluminea. Eupera klappenbachi foi abundante nas raízes dos aguapés que cobrem grandes superfícies, especialmente nas margens dos canais. E simpátrica com E. platensis, porém esta última foi escassa nos aguapés, ocorrendo num nível mais inferior, fixa em caules submersos, próximo ao substrato ou sobre este último, — Musculium argentinum ocorreu em pequeno número na Estação Ecoló- gica do Taim sendo encontrada em maior quantidade apenas nas margens da Lagoa do Nicola e da Mangueira, onde predomina substrato de areia enriquecida com matéria orgânica, Sphaerium observationis também foi rara no Taim, tendo sido encontrada apenas na Lagoa da Mangueira e do Jacaré, convivendo com M. argentinum e N. limosa, nas profundidades (1—3m), em substrato de areia escura, enrique- cida com matéria orgânica, Pisidium vile foi abundante em pequenas áreas de areia fina e clara, a pouca profundidade, ou quase na linha da água, ocorrendo em menor número em áreas mais profundas, tanto dos canais como das lagoas, IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 43-58, 23 Ago. 1991 Moluscos Bivalves Límnicos, es 51 DISCUSSÃO Das sete espécies de Unionoida, coletadas na Estação Ecológica do aim, somando-se a estas ainda Mycetopoda legumen, cuja presença na Lagoa irim foi confirmada por MANSUR & VEITENHEIMER-MENDES (1979), odas, com exceção de Diplodon delodontus pilsbryi, são conhecidas da bacia o Rio Uruguai (MANSUR, 1970). A. felix, conhecida até então no Rio Tuguai, não havia sido ainda constatada nas bacias do complexo Guaíba-Pa- os-Mirim (MANSUR, 1970). Apesar de FIGUEIRAS (1965) ter mencionado D. parallelopipedon para bacia da Lagoa Mirim, considerou-se os exemplares lanceolados coletados o Taim, mais afins à espécie D. aethiops. Conforme LEA (1863), esta spécie apresenta dentição pseudo-cardinal menos robusta, menor largura a concha e a extremidade posterior elevada em relação a D. parallelopipedon. xiste a possibilidade de tratar-se da mesma espécie ou de duas com grande finidade. A dúvida poderá ser esclarecida através da comparação do material oletado no Taim com os exemplares examinados por FIGUEIRAS (1965) u então através de estudos detalhados com base no conhecimento da larva da variabilidade morfológica intraespecífica, considerando toda a área de orrência de cada espécie. Dentre as espécies de Veneroida citadas pela primeira vez para a Estação cológica do Taim, E. platensis era conhecida da bacia do Prata (MANSUR VEITENHEIMER, 1975), S. observationis da Patagônia (PILSBRY, 1911) P. vile do sul do Uruguai (PILSBRY, 1897). Musculium argentinum ocorre m Montevidéu (ORBIGNY, 1835; PILSBRY, 1911) e no nordeste do Rio stande do Sul (KLEEREKOPER, 1944, 1955), portanto, era esperada sua Corrência nessa região intermediária onde está situada a Estação Ecológica o Taim. Comparando-se a morfologia da concha dos bivalves Unionoida da Lagoa irim com a daquelas das bacias próximas, como a do Rio Uruguai e do uaíba, observa-se maior afinidade entre os Unionoida da Lagoa Mirim com s do Rio Uruguai. Apesar dessa afinidade, existe uma clinização ou uma iferenca na forma da concha quando comparadas as populações distribuídas e oeste para leste, nas bacias mencionadas. Este fato fora registrado para onocondylaea minuana (MANSUR, 1974) e para Mycetopoda legumen ANSUR & VEITENHEIMER-MENDES, 1979) e agora, em maior ou menor tensidade, para as demais espécies de Unionoida, Essas diferenças existentes a concha das espécies da Lagoa Mirim, em relação a das mesmas espécies o Rio Uruguai, poderiam ser resumidas em: redução na largura e altura a concha, com diminuição da região anterior e elevação da extremidade sterior em direção à região mediana da altura da concha, IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (71): 4358, 23 Ago, 1991 52 MANSUR, M Co D, et al. A clinização observada entre populações ao longo do transecto oeste- leste é menos acentuada que entre as populações ao longo do transecto sul-norte. A maior semelhança da concha das espécies da Bacia da Lagoa Mirim com a das espécies do Rio Uruguai, poderia ser explicada pela contigüi- dade das áreas ocupadas por essas bacias numa região relativamente plana e de igual latitude. Além disto, em eras passadas a Lagoa Mirim desaguava para o sul, sem a existência do Canal de São Gonçalo que estabeleceu recente- mente a comunicação com o sistema Guaíba-Patos (SCHWARZBOLD & SCHAEFER, 1984), portanto a desembocadura da Bacia situava-se muito mais próxima da dos rios vizinhos que convergem para O Rio da Prata, incluindo-se entre eles o Rio Uruguai. Além da variabilidade observada entre as populações da mesma espécie, habitando bacias diferentes, ocorre ainda variabilidade entre populações coes- pecíficas que habitam as lagoas do Taim. Esta variabilidade é muito evidente em D. rhuacoicus que pode ser perfeitamente separada em populações: da Lagoa da Mangueira, da Mirim, da das Flores e do conjunto central do Taim, com as lagoas do Nicola, do Jacaré e dos canais. Apesar de existir comunicação entre as lagoas através de canais e sangra- douros, acredita-se que estas populações vivam isoladas uma vez que a espécie é sedentária e apresenta desenvolvimento direto, sem o peixe atuando como elemento dispersor. Além disto, a área é plana e baixa, com os canais comuni- cantes atapetados de densa vegetação que forma um filtro ou barreira contr a passagem do bivalve durante eventual correnteza da água, Para explicar a origem destas populações morfologicamente diferenciá veis, pode-se considerar que houve uma fragmentação do território com isolamento da população inicial em grupos separados. Uma vez interrompid o fluxo genético entre os grupos, haveria a possibilidade de surgirem transfor mações genéticas e ou morfológicas em cada um separadamente. Se levarmo em conta a morfogênese da área do Taim (SCHW ARZBOLD & SCHAEFER 1984) a região teria passado por uma série de transformações de lagun salgada, formação de restingas e fechamento de lagoas que passariam a dulcí colas em etapas sucessivas, num espaço de tempo aproximado de 3000 anos A observação de que a lagoa mais antiga, ou seja a que se formou primeiro a Lagoa da Mangueira, abriga a população de D. rhuacoicus mais diferenciad morfologicamente das demais, vem corroborar esta hipótese. Porém segundo PARODIZ & BONETTO (1963), a fauna de molusco bivalves de água doce pouco se modificou desde o Terciário. Assim sendo acredita-se que 3000 anos é um espaço de tempo muito curto para surgire modificações e que, portanto, estas variações morfológicas já poderiam te existido por uma fragmentação de território anterior à formação da lago Mirim. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 43-58, 23 Ago 1991 Moluscos Bivalves Límnicos,es 53 Conforme SCHWARZBOLD & SCHAEFER (1984) em períodos ante- riores a sua formação, a Lagoa Mirim constituía-se numa laguna salgada, É possível imaginar que os rios que hoje compõem a bacia da Lagoa Mirim, teriam desembocado independentemente na lagoa salgada. O teor de sais nessa água constituir-se-ía numa barreira para a instalação de moluscos de água doce, Cada rio conteria sua fauna própria de moluscos talvez já apresen- tando espécies com populações diferenciadas genética e ou morfolögicamente, A medida que a água salgada da laguna foi sendo substituída por doce, teria havido uma invasão gradativa da fauna desses rios para dentro de um lago inicialmente aberto. Este com o passar dos tempos fechou-se, Depois teria se formado outro lago influenciado pelas águas de outro rio ou mais de um e assim sucessivamente, Agradecimentos, À Dra, S. Morris do BM(NH), Londres; ao Dr. C. Vauchez e Dra, R. D. Faundez do MHNG, Genebra; ao Dr. S. Tillier do MNHN, Paris, pelo acesso às coleções científicas, Ao Dr, J. Kuiper, Inst. Néerlandais, Paris, pela identifica- ção das espécies de Pisidium e Musculium. Ao Dr, J. Rosewater do Smiths, Inst., Washington e Dr. A. Bogan da ANSP, Philadelphia, pelo envio de fotografias de material-tipo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BONETTO, A. A. 1961. Investigaciones acerca de las formas larvales en el género Diplodon y su aplicación a los estudios sistemáticos. Santa Fé, Ministério de Agricultura y Ganaderia, 48 p., il. . 1962. Especies del género Mycetopoda en el sistema hidrografico del Rio de La Plata, Rev.Mus. Arg. Cienc. Nat.Bernardino Rivadavia, Buenos Aires, 8(14):173—82, 6fig. — 1963. Notas acerca de Diplodon pilsbryi Marshall y Diplodon yaguaronis Marshall, An.Mus.F.Ameghino., Santa Fê, 1(3):85—6. FIGUEIRAS, A, 1965. La malacofauna dulceaquicola del Uruguay (Parte II, Pelecypoda), Com. Soc. Malac. Uruguay, Montevideo, 1(8):223—-70. HAAS, F, 1930. Versuch einer kritischen Sichtung der südamerikanischen Najaden, hauptsächlich an Hand der Sammlung des Senckenberg-Museums, I. Senckenbergiana, Frankfurt, 12(4/5):175—95, il. — 1931. Versuch einer kritischens Sichtung der südamerikanischen Najaden, hauptsäch- lich an Hand der Sammlung des Senckenberg-Museum, III, Senckenbergiana, Frankfurt, 13(2):37—110, il. KLEEREKOPER, H, 1944, Introdução ao estudo da Limnologia. Rio de Janeiro, Ministério da Agricultura, 329p., il. —, 1955. Limnological observations in Northeastern Rio Grande do Sul, Brazil, Arch.Hidrobiol., Stuttgart, 50(3/4):553—67, il. KUIPER, J. & HINZ, W. 1984. Zur Fauna der Kleinmuscheln in den Anden (Bivalvia: Sphaeriidae). Arch.Molluskenk., Frankfurt a.M., 114(4/6):137—56, il. LANZER, R. 1983, Interpretação da distribuição e ocorrência de moluscos dulceagüfcolas nas lagoas costeiras da Região Sul do Brasil. 65f. Tese (Mestr.-Ecologia) UFRGS, Porto Alegre, 1983. (não publicada). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 43-58, 23 Ago, 1991 54 MANSUR, M, C, D, et al. LANZER, R, M, & SCHAEFER, A, 1984, Besonderheiten der Verbreitung von Süsswasser- mollusken in den Küstenseen von Rio Grande do Sul, Brasilien: Substratpräferenz und Nischenúberlappung. Biogeographica, Saarbrücken, 19:145—60, LEA, I. 1863. Observations on the genus Unio. Philadelphia, v.10, p.13, est.41, fig.285. MANSUR, M. C. D. 1970, Lista dos moluscos bivalves das famílias Hyriidae e Mycetopodidae para o estado do Rio Grande do Sul, Iheringia. Série Zool., Porto Alegre (39):33-95, MANSUR, M. C. D. 1974, Monocondylaea minuana Orbigny, 1835: variabilidade da concha e morfologia do sistema digestivo (Bivalvia, Mycetopodidae). Iheringia, Série Zool., Porto Alegre, (45):25, il. MANSUR, M, C. D.;ANFLOR, Lo Mo; MARQUES-DE-ALMEIDA, J. E. Pisidium punctiferum (Guppy, 1867) (Bivalvia, Sphaeriidae)-dados ecológicos e densidade populacional no Arroio Bom Jardim, Rio Grande do Sul, Brasil. Anais Acad. brasil. Ciências, Rio de Janeiro, Publ. Avulsas no prelo . MANSUR, M, C. D, & GARCES, L. M. M. P. 1988, Ocorrência e densidade de Corbicula fluminea (Müller, 1774) e Neocorbicula limosa (Maton, 1811) na Estação Ecoló- gica do Taim, Rio Grande do Sul (Mollusca, Bivalvia, Corbiculidae). Iheringia, Série Zool. Porto Alegre, (68):99—115. MANSUR, M. C. D. & VEITENHEIMER, I. L. 1975, Nova espécie de Eupera (Bivalvia: Sphaeriidae) e primeiros estudos anatômicos dentro do gênero. Iheringia, Série Zool. Porto Alegre (47):23—46, 8fig. MANSUR, M, C. D. & VEITENHEIMER-MENDES, I. L. 1979, Redescrição de Mycetopoda legumen (Martens, 1888) (Bivalvia, Mycetopodidae), Revta bras. Biol., Rio de Janeiro, 39(3):695—702, il. MANSUR, M, C, D.; SCHULZ, C.; GARCES, L, M. M, P. 1987, Moluscos Bivalves de água doce: identificação dos gêneros do sul e leste do Brasil. Acta biol. Leopoldensia, São Leopoldo (2):181—202, il. MARSHALL, W. B. 1928. New freshwater and marine bivalve shells from Brazil and Uruguay. Proc.U.S.natn.Mus., Washington, 74(17):1—7, 4est, — 1930. New land and freshwater Mollusks from South America, Proc.U.S.natn. Mus., Washington, 77(2):1—7, 2est. ORBIGNY, A. d. 1835. Synopsis terrestrium et fluviatilium molluscorum, in suo per American meridionalem itinere, ab A, d'Orbigny, collectorum. Magazin de Zoologie, Paris (47):31—43, PARODIZ, J. J. & BONETTO, A. A. 1963. Taxonomy and Zoogeographic relationships of the South American Naiades (Pelecypoda: Unionacea and Mutelacea). Malacologia, Ann Arbor, 1(2):179-213, il. PILSBRY, H, A, 1897. New species of mollusks from Uruguay, Proc. Acad. nat. Sci. Philad., Philadelphia, 49:290-98, est.6. — 1911, Nommarine mollusca of Patagonia, Princeton Univ. Expedition to Patagonia, 1896-1899, Princeton, 3(5):613—21, est.46A—47, SCHAEFER, A, LANZER, R.; SCHWARZBOLD, A, 1985. Die Küstenseen vom Rio Grande do Sul, Brasilien; Ökologische un biogeographische Aspekte. Verh.Ges.Oe- kologie, Bremen, 13:41—8, il. SCHWARZBOLD, A, & SCHAEFER, A, 1984. Gênese e morfologia das lagoas costeiras do Rio Grande do Sul, Brasil. Amazoniana, Kiel, 9(1):87—104, TRICART, J, L. F., et colab. 1984. Etude ecodynamique de la plane costiere meridionals du Rio Grande do Sul (Reserve Ecologique de Taim et son cadre). Strasbourg, Association Geographique D'Alsace, p.63. IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 43-58, 23 Ago. 1991 Moluscos Bivalves Lfmnicos, 55 Fig. 1-3, Vista interna da valva direita e vista externa da valva esquerda de Hyriidae: 1. Diplodon delodontus pilsbryi Marshall, 1928; 2. D. rhuacoicus (Orbigny, 1835); 3. D. aethiops (Lea, 1860). Escala: 1 cm, IHERINGIA, S£r. Zool., Porto Alegre (71): 43-58, 23 Ago. 1991 56 MANSUR, M, C. Do et al. Dmae o OO O TT AE Fig. 4-7. Vista interna da valva direita e vista externa da valva esquerda de Mycetopodidae: 4. Monocondylaea minuana Orbigny, 1835; 5. Anodontites trapesialis forbesianus (Lea, 1860); 6. A. patagonicus (Lamarck, 1819); 7. A. felix (Pilsbry, 1896). Escala: 1 cm. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 43-58, 23 Ago. 1991 Moluscos Bivalves Lfmnicos..o 57 Fig. 8—14, Vista interna da valva direita e vista externa da valva esquerda, Corbiculidae: 8, Corbicula fluminea (Müller, 1774); 9, Neocorbicula limosa (Maton, 1811); Sphaeriidae: 10. Eupera klappenbachi Mansur & Veitenheimer, 1975; 11. E. platensis Doello-Jurado, 1921. Sphaeriidae: 12. Musculium argentinum (Orbigny, 1835); 13. Sphaerium observationis (Pilsbry, 1911); 14, Pisidium vile Pilsbry, 1897. Escala: 1 cm, fig. 8,9; 2 cm, fig. 10,11; 2 mm, fig. 12-14, IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 4358, 23 Ago, 1991 MANSUR, M, C, D, et al. 58 * L68T “ÁIQSItd * aja umpista A (TL6T “Arasıtq) * sıuojDa1asgo wm4aDyds (sesT “ÁUBIQIO) * + * * x E x wnujuaS4D wntnasW AVaAITIAV HAS 1761 ‘opeınj-ojjeoq * * * * E? * sisuajn|d Dv4odng [55 SL6T “TaunayusyıaA 7 InsueW = id x ıyopquaddoyy v4adnz VAIOAINIA WSPIO (LIST uorew) psoun] DINNGL10903N (wLL1 ‘1o1IaW) * * * * * * * É * * pauunt/ Djnnquos aVaIANIITÃOO (9681 “AIgsItd) af soniuopouy (6181 “NoIeureT) * * * snojuosDjvd sajjuopouy eosnjjoW OTA BIATeAIM OSSelD AVAIdOdOLAD AIN (0981 *827) snuDisaquo/ sıjpısado4j Sa11Juopouy SE8T “Audrqıo Dupnuu DaD|ÁposouoW (0981 827) sdoryı20 uopojha VAIONOINN WOPIO (ses “Audrgıo) snnooony4 uopojha | 8761 *“ITEYSIeW Mugsjtd snjuopojap uopoydıq AVaITAAH * Al | el an er re | | 23897 21890 UNIT seigweg ume s210]J BJLIES une] glesef EIIERTEIN! eItonduew SOIOAAV STIEVZNSVZD S2VI OD: VAI *L861 ºP OIIoUeÍ E C861 9P oJqnyno ap opojisd ou ‘ing op opuris) Ory ‘lewpeg Op eIIQINA ejueS o opuzis) oIy op sordjorunu 'sojusoeípe sesıyg o une] op eoIsgjosg ogdejsq ep SololIe 9 sieuro ‘seode] Wo SsOprISjOD SOAEAIQ SODSN]OW ap EIDUQIIODO — I VIAHVL 4358, 23 Ago, 1991 IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71) CUATRO NUEVAS ESPECIES DEL GENERO EURYOPIS MENGE, 1868 (ARANEAE, THERIDIIDAE)!? Alda González> ABSTRACT FOUR NEW SPECIES OF THE GENUS EURYOPIS MENGE, 1868 (ARANEAE, THERIDIIDAE), Euryopis talaveraensis, sp. ne, E. promo, sp. n., E. elenae, sp. n. and E, estebani, sp. mn, from Argentina are described. KEY WORDS: Euryopis, Theridiidae, Araneae, descriptions. INTRODUCCIÓN Hasta el presente se han descripto ocho especies del género Euryopis Menge, 1868 para América del Sur, de las cuales se citan cuatro para Ar- gentina, Revisiones de las especies americanas de Euryopis fueron publicadas por LEVI (1951, 1954 y 1963). En trabajo anterior GONZALEZ (en prensa) describió la hembra de E. spinifera (Mello-Leitão, 1944) y las variaciones en la genitalia de ejempla- res de distintas localidades de Argentina, En el presente estudio se describen cuatro especies argentinas nuevas para la ciencia, Las abreviaturas utilizadas son: MACN, Museo Argentino de Ciencias Naturales '“'Bemardino Rivadavia” Buenos Aires, Argentina; MLP, Museo de Ciencias Naturales, La Plata, Argentina, Euryopis talaveraensis, sp. n. (Fig. 1-9) Etimología, Se refiere al lugar donde fue hallado el holotipo. 1. Recebido em 10,111,1989; aceito em 6,1X,1990 2. Contribución Nº 184 del Centro de Estudios Parasitológicos y de Vectores (CEPAVE). 3. Facultad de Ciencias Naturales y Museo. 1900 La Plata, Argentina (Investigadora, CONICET). IHERINGIA, Sér. Zool. Porto Alegre (71): 5966, 23 Ago, 1991 60 GONZÄLES, As Diagnosis. E. talaveraensis difiere de E. notabila (Keyserling), E. varia- bilis Keyserling, E. spinigera F.O.P.—Cambridge, E. mulaiki Levi, E. emertoni Bryant, E. camis Levi por el orificio de entrada del epigino, por el largo y grosor de los conductos espermáticos y por el disefio del abdomen, Los machos difieren por el extremo dei émbolo y por las curvas y longitud de los conductos del palpo. Holotipo hembra. Cefalotórax ancho en su parte media; dorsalmente pardo claro; surco torácico y área ocular negra; ventralmente pardo claro, Ojos medianos anteriores separados por su diámetro (0,06), subcontiguos a los laterales. Ojos posteriores casi en línea recta, medianos posteriores levemente mayores que el resto (0,06), separados entre sí por menos de su diâmetro (0,05). Ojos laterales contiguos. Patas con coxas pardo amari- llento, el resto de los artejos pardo claro com líneas laterales (externas e internas) negras. Palpo pardo claro, Abdomen alargado, más ancho en su parte media, Dorso pardo claro, con un borde ancho (anterior, posterior y lateral) y una banda central longitu- dinal negra, con dos pares de puntos esclerosados pardo anaranjados, medio dorsales, el par anterior de menor tamano que el posterior (fig. 1). Vientre pardo amarillento con un borde delgado negro que es continuación del dorso. La zona de las hileras negruzca, El epigino presenta el orifício de entrada más largo que ancho, de posición posterior, casi sobre el surco epiginal. Conductos espermäticos grue- sos que comunican con el par de espermatecas posterior. Espermatecas anterio- res levemente menores (fig. 2—4). Medidas. Largo total 2,42, Cefalotórax: largo 0,74; ancho 0,66. Pata I/IV: fémur 0,60/0,68; patela + tibia 0,74/0,80; metatarso 0,42/0,48; tarso 0,30/0,32. Pata I/II: fémur 0,56/0,58; patela + tibia 0,60/0,64. Longitud relativa de las patas 41-32. Paratipo macho, Cefalotórax ancho en su parte media y de mayor tamanio (tanto en ancho como en largo) que en las hembras; dorsalmente pardo oscuro; surco torácico y área ocular negra; ventralmente pardo claro. Ojos de igual medida y distribución que las hembras. Patas igual que las hembras. Abdomen alargado, más corto que en las hembras, con pedúnculo visible dorsalmente. La coloración, la distribución de las bandas y los puntos esclero- sados del dorso es igual que en las hembras (fig. 5). Vientre pardo amarillento con un borde delgado negro, y con una placa pardo oscuro y tres puntos esclerosados anaranjados, uno anterior y dos laterales formando un triángulo en la zona media (fig. 6). El palpo con un émbolo corto (fig. 7-9). Medidas. Largo total 2,32. Cefalotórax: largo 0,80; ancho 0,74, Pata VIV: fémur 0,58/0,68; patela + tibia 0,64/0,84; metatarso 0,32/0,36; tarso IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 59-66, 23 Ago. 1991 Cuatro nuevas especiesese 61 0,30/0,35. Pata I/II: fémur 0,50/0,51; patela + tibia 0,52/0,58. Longitud relativa de las patas 4—-1-3—2, Material estudiado. ARGENTINA. Buenos Aires: isla Talavera, 1 9 Holotipo, (MACN, 8710); 1 d Paratipo (MACN, 8711); 6 & (MACN, 8712); 1 3 1 92 (MLP 17020, 17021), 11.1958, Galiano col. Euryopis promo, sp. n. (Fig. 10-13) Etimologfa, “Promo” gran abertura en latín. Diagnosis. E. promo, sp. n., es una de las especies del género de mayor tamafio. Se diferencia de E. emertoni Bryant, E. mulaiki Levi y de E. notabila (Keyserling) por la coloración del cefalotórax, por la coloración y diseno del abdomen y por el largo y vueltas de los conductos espemäticos. E. emertoni y E. notabila poseen espermatecas posteriores de mayor tamafio que E. promo, Sp. n. Holotipo hembra, Cefalotórax ancho en su parte media y posterior; dorsal y ventralmente, de color pardo oscuro, Surco torácico y área ocular negra. Ojos medianos anteriores de mayor tamano que el resto (0,07), separa- dos por menos que su diámetro (0,06); medianos posteriores de 0,06 de diámetro, menos separados que los medianos anteriores (0,05). Ojos laterales contiguos. Patas con coxas y trocánteres pardo amarillento, el resto de los artejos pardo claro con líneas negras. Palpo pardo oscuro. Abdomen de forma triangular, más ancho en la parte anterior. Dorso pardo, casi negro, con dos pares de puntos esclerosados pardo anaranjados en la zona media, siendo el par anterior levemente menor que el posterior (fig. 10). Ventralmente el color de fondo es pardo oscuro, pero con una zona central pardo claro. Epigino con el orifício de entrada mucho más largo que ancho de mayor tamafio que el resto de las especies de Euryopis y en posiciön media posterior. Conductos espermáticos gruesos y de mayor longitud. Espermatecas anteriores y posteriores de igual tamafio (fig. 11-13), Medidas. Largo total 2,88. Cefalotórax: largo 0,87; ancho 0,68. Pata I/IV: fémur 0,57/0,70; patela + tibia 0,68/0,84; metatarso 0,38/0,48; tarso 0,30/0,44. Pata I/II: fémur 0,50/0,56; patela + tíbia 0,52/0,66. Longitud relativa de las patas 4—1-3-2, Macho desconocido. Material tipo. ARGENTINA, Jujuy: El Pantanoso, 1 9 Holótipo (MACN, 8713), 111.1967, Galiano col. IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 5%66, 23 Ago 1991 62 GONZ ÁLES, As Euryopis elenae, sp. n. (Fig. 14-17) Etimologia. Esta especie está dedicada a la Prof. María Elena Galiano, en reconocimiento al incondicional apoyo brindado. Diagnosis. E. elenae, sp. n., se diferencia de E. notabila (Keyserling), de E. promo, sp. n., y de E. estebani, sp. n., por tener los conductos espermá- ticos más cortos; de E. notabila se distingue además por poseer el par posterior de espermatecas de menor tamaho y las anteriores más separadas entre sí y por el diseno abdominal. Holotipo hembra, Cefalotórax de forma alargada, estrecho en la región anterior, dorsalmente pardo claro, con el área ocular negra; ventralmente pardo amarillento. Ojos medianos anteriores y medianos posteriores de igual tamano (0,06), pero los medianos posteriores menos separados (0,04) que los medianos anteriores (0,05). Ojos posteriores formando una linea casi recta. Ojos laterales contiguos. Patas con todos sus artejos pardo amarillento, con líneas laterales (externas e internas) negras. Palpos pardo claro con líneas laterales negras y con tarsos pardo oscuro, Con pedünculo visible dorsalmente, Abdomen ancho en su parte media y truncado en la base; dorso pardo oscuro uniforme con dos pares de puntos esclerosados pardo anaranjados (anterior menor que el posterior) (fig. 14) en la zona media; vientre pardo claro en su zona central y pardo oscuro hacia los bordes, El epigino con el orifício de entrada en posición central entre los dos pares de espermatecas. Conductos cortos. Las espermatecas anteriores meno- res que las posteriores. Las espermatecas posteriores muy próximas entre sí, casi tocändose (fig. 15-17). Medidas. Largo total 1,86. Cefalotórax: largo 0,68; ancho 0,54. Pata I/IV: fémur 0,46/0,60; patela + tibia 0,54/0,70; metatarso 0,24/0,38; tarso 0,22/0,34. Pata II/I: fémur 0,42/0,48; patela + tibia 0,50/0,54. Longitud relativa de las patas 4-1—3—2, Macho desconocido, Material tipo, ARGENTINA, Buenos Aires: Paraná de Las Palmas, 1 2 Holotipo (MACN, 8714), V.1983, Galiano col. Euryopis estebani, sp. n. (Fig. 18-21) Etimologia, Esta especie está dedicada a mi hijo Esteban Cardulli. Diagnosis. E. estebani, sp. n. difiere de E. talaveraensis, sp. n. por el tamafio del orificio del epigino, por la longitud de los conductos espermá- IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 5966, 23 Ago, 1991 Cuatro nuevas especies,.. 63 ticos y por el diseio y color del abdomen. De E. notabila (Keyserling) por el tamano de las espermatecas posteriores y por el disefio y colorido del abdomen. Holotipo hembra, Cefalotórax ancho en su parte media; dorsal y ventral- mente pardo oscuro; con área ocular negra. Ojos medianos anteriores y media- nos posteriores de igual tamafio (0,04) separados entre sí por su diámetro. Ojos posteriores casi en línea recta, Ojos laterales contiguos. Patas con coxas y trocánteres pardo amarillento, fémures, patelas y tibias pardo oscuro y tarsos pardo claro. Las patas I y II de aspecto más oscuro que las patas HI y IV. Palpos pardo claro con líneas laterales negras y con tarsos negros. Abdomen alargado, más ancho en su parte media, Dorso y vientre de coloración casi negra y uniforme, En el dorso dos pares de puntos esclero- sados pardo claro de posición media; el par anterior levemente menor que el par posterior (fig. 18). El epigino presenta el orifício de entrada redondeado en posición poste- rior, de menor tamafio que en E. talaveraensis. Conductos espermáticos cortos. Espermatecas anteriores menores que las posteriores (fig. 19-21). Medidas. Largo total 1,86. Cefalotórax: largo 0,74; ancho 0,68. Pata UIV: fémur 0,62/0,68; patela + tibia 0,78/0,88; metatarso 0,38/0,46; tarso 0,37/0,42. Pata I/II: fémur 0,58/0,58; patela + tibia 0,60/0,62. Longitud relativa de las patas 4-1-3-2, Macho desconocido. Material tipo. ARGENTINA, San Juan: Tocota, 1 2 Holotipo (MACN, 8715), 1.1986, Maury col. Agradecimientos, A la professora Maria Elena Galiano por la colecta del material y su constante asesoramiento, Al Dr. Emilio Maury por el material colectado ya la senôra Marfa Cristina Estivariz por el delineado de los dibujos, BIBLIOGRAFIA GONZALEZ, A, Notas sobre Euryopis spinifera (Mello Leitão, 1944) (Araneae, Theridiidae). Rev. Soc. Ent. argent., Buenos Aires (en prensa). LEVI, H. W. 1951. New and rare spiders from Wisconsin and adjacent states, Amer. Mus. Novit., New York (1501):1-41, —. 1954, Spiders of genus Euryopis from North and Central America (Araneae, Theridiidae). Amer. Mus. Novit., New York (1666):1—48, —. 1963. American spiders of genera Audifia, Euryopis and Dipoena (Araneae, Theridii- dae). Bull. Mus. Comp. Zool. Cambridge, Mass. 12%2):123—183, LEVI, H. W. & LEVI, L. R. 1962. The genera of the spiders family Theridiidae, Bull. Mus. Comp. Zool., Cambridge, Mass. 127(1):1—71. IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 5966, 23 Ago, 1991 | 64 GONZ ÁLES, A. Figo 1-9. Euryopis talaveraensis, Sp. Ne ma qu dorsal; epigino: 2, sin aclarar, ventral; aclarado 3 ventral, 4. dorsal, E, talaveraensis, Sp. Ne S : 5 dorsal 6. ventral, Palpo izquierdo: 7. ventral 8 lateral 9, distendido lateral; ( » pardo oscuro; E » pardo anaranjado; » pardo claro; [p°] » pardo amarillento; 5 » negro). (Fig. 1,5,6; 7,8,9; 2,3,4, misma escala), IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 5966, 23 Ago 1991 uatro nuevas especies.o. 65 0,05 mm ig. 10-13, Euryopis promo, sp. ne. NETO: dorsal; epigino: 12, sin aclarar ventral; aclarado 1. ventral 13, dorsal; ( » pardo oscuro; E » pardo anaranjado; » pardo claro; poi, ardo amarillento; [MB . negro). (Fig. 11, 12, 13 misma escala). IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 5966, 23 Ago. 1991 66 GONZÄLES, A. Fig. 14-21, Euryopis elenae, Sp. No, De 14 dorsal; epigino: 15. sin aclarar, ventral; aclarado 16. ventral, 17. dorsal, E. estebani, sp. No, 2m es dorsal; epigino: 19, sin aclarar, ventral; aclarado 20, ventral, 21, dorsal, (E » pardo oscuro; E » pardo anaranjado; ES pardo claro; pe pardo amarillento; E, negro). (Fig 14, 18, escala=0,5mm; 15-17, 19-21 escala=0,05mm). IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 5966, 23 Ago. 1991 ZOOPLANCTON DE AMBIENTES LÖTICOS DE LA SUBCUENCA DELTA DEL RIO PARANÁ, BUENOS AIRES, ARGENTINA!2 Beatriz E. Modenutti? ABSTRACT ZOOPLANKTON OF LOTIC ENVIRONMENTS OF THE “SUBCUENCA DELTA”, PARANA RIVER, BUENOS AIRES, ARGENTINA, An analysis of the zooplankton of pampasic lotic environments which belong to the “Subcuenca Delta” of Paraná river (Buenos Aires, Argentina) is done, Samples were taken in spring, summer, autumn and winter. A total of 123 species were identified including 20 testate amoebae, 24 ciliates, 59 rotifers, 12 cladocerans and 8 copepods, The analysis of the presence of the different species shows 3 clear groups. The Lujän river, both stations, constitute an isolated group, due to the presence of species typical of polluted waters. Another group are the streams, which are characterized by a poor zooplankton almost only testacea, Finally, rivers and big streams constitute the third group with a zooplankton similar to that of Paraná river. KEY WORDS, Zooplankton, lotic, Paraná river, INTRODUCCIÓN Los estudios comparativos de ambientes lóticos de una misma región oseen un especial significado limnológico ya que revela las diferencias dentro e las pequefias cuencas. De manera particular para la fauna zooplanctónica stas investigaciones contribuyen al conocimiento de las vias de dispersión a que los sistemas de ríos son muy importantes para el movimiento de as especies (FERNANDO et al., 1987). En Argentina se ha encarado este tipo de estudio referido al zooplancton n la cuenca del río Paraná en su tramo medio considerando cauces secundarios tributarios (JOSE-DE-PAGGI, 1983) y en arroyos y esteros del Chaco mental (MARTINEZ & FRUTOS, 1986). Sin embargo poca es la información isponible sobre los tramos inferiores del río Paraná (JOSE-DE-PAGGI, 1978) « Recebido em 28,X1,1989; aceito em 30.X1.1990, Subvencionado por la Comisión de Investigaciones Científicas de la Provincia de Buenos Aires (Res, 7500/ 86). Centro Regional Universitario Bariloche, UNComahue, Casilla de Correo 1336, 8400 Bariloche, Argentina, (Carrera del Investigador CONICET), IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 67-80, 23 Ago, 1991 68 MODENUTTI, B.E. y es inexistente aquella referida a los tributarios que desembocan en este sector. El objetivo de este trabajo es dar a conocer las características estructu- rales del zooplancton de 14 cuerpos lóticos del NE de la provincia de Buenos Aires que drenan una vasta región hacia el delta del Paraná. El conjunto de estos ríos y arroyos conforman la denominada Subcuenca Delta (Cuenca Estuario del Rio de La Plata) (CFI, 1962); varios fueron estudiados desde el punto de vista hidrogeológico y geomorfológico (EASNE, 1973) y algunos datos faunísticos de plancton, perifiton, y bentos se aportaron en contribu- ciones previas (MODENUTTI & CLAPS, 1988; CLAPS & MODENUTTI, 1988; SAMPONS, 1988). Estos ríos y arroyos drenan en sentido SW-NE hacia el delta del Paraná. Los ríos de mayor envergadura están enmarcados por barrancas (Lu- ján, Areco, Arrecifes, Arroyo del Medio) y son los que poseen mayor pendiente en sus cursos, con valores de hasta Im/km como máximo que corresponde al Arroyo del Medio. El Arroyo del Tala también posee elevada pendiente en su curso (0,93 m/km) y en contraposición el rio Luján sólo registra 0,44 m/km (EASNE, 1973). Con respecto a la extensión de sus cuencas la mayor es la del rfo Areco con 2595 km’ seguida por la del Arroyo del Medio con 2200 km’, MATERIAL Y METODOS Se realizaron cuatro campahas de muestreo coincidiendo con las estaciones del aho durante Septiembre de 1985, Diciembre de 1985, Abril de 1986 y Julio de 1986. Las muestras fueron colectadas en 18 puntos de muestreo correspondiendo a los 14 ambientes ubicados entre el rio Lujän por el SE y el rio Arroyo del Medio por el NW (fig.1), estableciêndose las siguientes estaciones de muestreo: rfo Luján (dos estaciones), arroyo Pescado, río Areco (dos estaciones), Canada Honda, rfo Baradero, rfo Arrecifes (dos estaciones), arroyo Tala (dos estaciones), arroyo Las Hermanas, rio Ramallo, rio Arroyo del Medio, arroyos Burgos, Luna, Giles y de la Cruz. Las muestras fueron obtenidas por filtrado, a través de una red de 30 um de abertura de malla, de 100 litros de agua por medio de una bomba centrífuga colocada en el centro del cauce a 30-50 cm de la superfície, siendo posteriormente fijadas con formaldehido al 4%. Para el estudio detallado de la fauna de ciliados se colectaron muestras que fueron trasladadas al laboratorio sin fijar (CLAPS & MODE- NUTTI, 1988). En cada estaciön de muestreo se registraron además: temperatura, transpa- rencia por medio del disco de Secchi, pH y conductividad. El recuento del número de individuos por especie se realizó en câmara Sedgwick-Rafter de 1 ml bajo microscopio. La identificación de los taxones se realizó siguiendo bibliografia especializada en cada grupo (RINGUELET, 1958; CURDS, 1969; BICK, 1972 a, b: GROSPIETSCH, 1972; RUTTNERXOLISKO, 1974; KOSTE, 1978; PAGGI, 1979; REID, 1985; entre otros). Se confeccionaron matrices bäsicas de datos con la presencia y ausencia de las diferentes especies, calculändose posteriormente la matriz de similitud con el coefi- ciente de similitud de Jaccard (HUBALEK, 1982): JBC = a/a+b+c, donde a es el número de especies comunes en los censos B y C; bes el nümero de especies presentes sólo en el censo B y c es el número de especies presentes sólo en el censo C, IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 67-80, 23 Ago, 1991 Zooplancton de ambientes löticos... 69 Luego se realizó un análisis de agrupamiento (PIELOU, 1984) con el método de los pares no ponderados (UPGMA) calculândose el grado de distorsión con el coeficiente de correlación cofenético. RESULTADOS En el zooplancton de estos limnótopos se registraron un total de 123 especies: 20 tecamebas, 24 ciliados, 59 rotíferos, 12 cladóceros y 8 copépodos (tab. I). Los parámetros químicos y físicos registrados no evidenciaron una clara diferencia entre los ambientes (tab. II). Las tecamebas constituyen una importante fracción sobre todo si se considera su constancia de aparición en los ambientes (fig. 2). La mayor representatividad la poseen los géneros Arcella, Difflugia y Centropyxis. El género Difflugia presentó el mayor número de especies pero los mayores registros en número de individuos corresponden a Arcella, en particular a A. hemisphaerica Perty con un máximo de 38 indiv. 1 “1, Los ciliados presentaron una notoria diferencia en su registro en los cuerpos de agua estudiados (fig.2). En el río Luján el número de especies es el más elevado (20) mientras que algunos arroyos que sólo presentaron 1 o 2 especies (arroyos Luna, Burgos, Tala y Las Hermanas). En general las especies euplanctontes (Codonella cratera (Leidy) y Tintinidium fluviatile (Stein) están presentes en los grandes ríos. La distribución estacional de los ciliados indica en los muestreos realizados un aumento del número de especies e individuos en primavera (fig. 3). Los rotíferos constituyeron el grupo más importante totalizando 59 especies que pueden dividirse en grupos de acuerdo al registro de las diferentes especies en las épocas del ano. Se lograron distinguir las especies de verano (B. calyciflorus Pallas, A. fissa (Gosse), P. sulcata Hudson y L.(L.) proiecta Hauer); especies de invierno (N. acuminata (Ehrenberg),N. squamula (Müller) y Gastropus sp) y especies perennes (K. cochlearis Gosse, K. tropica (Aps- tein), K. americana Carlin, F. longiseta Ehrenberg y P. vulgaris Carlin, entre otras). Además puede mencionarse un cuarto grupo que corresponde a especies bentónicas o litorales como por ejemplo las especies del género Lecane. El número total de individuos fue más alto en verano (fig. 3). Los cladóceros estuvieron principalmente representados por la familia Chydoridae, resultando más abundantes en primavera, De manera particular en el río Baradero se registraron 3 especies de Bosminidae (tab. 1). Los Cyclopoida constituyeron la fracción mayoritaria dentro de los copépodos y Tropocyclops prasinus (Kiefer) fue la especie más registrada en los ambientes. Los Calanoida sólo estuvieron presentes en los ríos Luján, Baradero y Arroyo del Medio (tab. 1). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 67-80, 23 Ago 1991 70 MODENUTTI, B.E. En cuanto al número de especies discriminado por grupo, presentes en las estaciones de muestreo (fig. 2), se observa que la mayor riqueza corresponde al río Luján, en la estación 2 más cercana a la desembocadura (fig. 1, 2) y al arroyo Pescado mientras que el menor registro se obtuvo en el arroyo Las Hermanas, Esta estimación resultó variable en las diferentes épocas del afio (tab. II). En primavera varió entre 32 y 16; en verano entre 56 y 16; en otofio entre 27 y 7 y en inviemo entre 35 y 12, El número de individuos totales también es muy variable entre 15929 indiv. Mey 10 indiv.1 "! (tab. I). En ambas estimaciones (S y N) se observa un incremento en verano. EI dendrograma obtenido, a partir de una matriz de similitud calculada con el coeficiente de Jaccard (fig. 4), muestra 3 grandes grupos de ambientes: I, corresponde a la asociaciön de las dos estaciones del rio Luján que clara- mente se separa del resto; II, a los arroyos de pequeiia envergadura (Luna, Burgos, Giles y Las Hermanas); III, el resto de ambientes, constituyendo la estaciön 14 sobre el río Arrecifes un OU (Unidad Operativa) aislado. En el conjunto restante pueden visualizarse dos subgrupos, uno que correspon- de a los rfos de mayor tamafio (fig. 4 grupo IIIb) y el otro agrupa a arroyos de mediano tamafio (fig. 4 grupo Ia). DISCUSION Si se observan en conjunto todos los datos registrados pueden advertirse similitudes y diferencias en la constitución zooplanctónica de estos cuerpos de agua; referidas fundamentalmente a la presencia y/o ausencia de taxa particulares y a la proporción en la representatividad de los distintos grupos (tab. I, fig. 2). La microfauna presente que incluye a protozoos, rotíferos y crustáceos es de registro común en ambientes lóticos (HYNES, 1976). Con respecto a las tecamebas el número total de especies registrado así como también la mayor representatividad de los géneros Arcella, Difflugia y Centropyxis resultan coincidentes con otros estudios del potamoplancton pampásico (MO- DENUTTI & VUCETICH, 1987) y también con otros ríos como por ejemplo el Danubio (BERECZKI, 1969, 1979). Sin embargo, la riqueza en especies de tecamebianos de los ambientes lénticos pampásicos es mucho más elevada (VUCETICH, 1973). Los resultados obtenidos con respecto al número de individuos de los distintos géneros, son similares a lo senalado por MODE- NUTTI & VUCETICH (1987) e indicarían que en ríos pampásicos las especies de Arcella son las más abundantes seguidas por las de Difflugia y Centropyxis. Los ciliados incluyen especies euplanctontes como Codonella cratera y Tintinidium Fluviatile (BICK, 1972b) hasta especies que provendrían de la vegetación ribereiia, que se fijan a partículas en suspensión (BICK, 1972b; IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 67-80, 23 Ago, 1991 Zooplancton de ambientes lóticos,es 71 CURDS, 1985). Dentro de estas últimas especies están comprendidos los suctorios y los peritricos del rfo Lujän que constituyen una fauna característica de ambientes sometidos a stress de acuerdo a su nivel sapróbico concordando con CLAPS & MODENUTTI (1988), situación que también se evidencia a través del estudio del fitoplancton (VINOCUR et al., 1989). Los rotíferos constituyeron el grupo más importante tanto en número de especies como de individuos, La mayor representatividad la posee la familia Brachionidae situación que es coincidente con estudios en el río Paraná (JOSE-DE-PAGGI, 1978; 1981; 1983 y 1984). Asimismo, el esquema de estacionalidad registrado es similar al senalado por JOSE-DE-PAGGI (1984). Los crustäceos son poco numerosos en estos ambientes, siendo este hecho comün en cuerpos lóticos (HY NES, 1976). El mayor registro de Chydo- ridae en primavera puede relacionarse con lo indicado por SMIRNOV & TIMMS (1983) para algunas especies de Alona, que ocasionalmente pueden ser limnéticas. La particular situación del río Baradero donde estuvieron presentes 3 especies de Bosminidae, se relacionaría con la influencia del rio Paraná ya que JOSE-DE-PAGGI (1978) menciona a estos cladóceros en sitios próximos al Baradero sobre el Paraná, Por otra parte, Bosmina hagmanni Stingelin y Bosminopsis deitersi Richard son especies tropicales que llegarfan a latitudes mayores por las excelentes vías de dispersiön que son los ríos Paraná y Uruguay (PAGGI, 1979; FERNANDO et al., 1987). Una situación similar de dispersión se plantea en MODENUTTI & CLAPS (1988) para el rotífero Lecane (L.) papuana (Murray) considerado por KOSTE (1978) como tropical y subtropical. De esta manera, la zona estudiada a pesar de poseer un clima templado, recibe influencia a través de sus ríos de fauna tropical y subtropical, El incremento en las estimaciones de número de especies e individuos en verano coincide con el período de aguas bajas de estos ambientes, Durante estas condiciones JOSE-DE-PAGGI (1981) halló resultados semejantes atri- buíbles a la disminución del caudal y al aumento del fitoplancton con su consecuente disponibilidad para el zooplancton, Por último, el dendograma obtenido indica que la presencia y ausencia de especies en estos ambientes aportan información para su separación en tres grandes grupos, de los cuales uno, se subdivirfa en dos subgrupos. El rfo Lujän constituye un cuerpo de agua particular (grupo I) dentro de este conjunto; por la fuerte acción antropogénica que sobre él se ejerce. Los arroyos de pequena envergadura (grupo II) se caracterizarían por poseer un zooplancton pobre en número de especies (fig. 2) y las tecamebas poseerían una gran importancia en esa riqueza de especies. Asi, formas litorales y bentönicas de Difflugia, Centropyxis y Euglypha accederían por la escasa profundidad al plancton, Constituyéndose un conjunto faunístico no genuina- IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 67-80, 23 Ago. 1991 72 MODENUTTI, B.E. mente planctönico con formas de arrastre desde otros habitats (MARGALEF, 1983). El tercer grupo de ambientes forma un conjunto semejante a otros ambientes lóticos del área (JOSE-DE-PAGGI, 1978; 1981; 1983 y 1984). De la subdivisión presentada surge que la presencia de determinadas especies en los grandes ríos (Codonella cratera, Tintinidium fluviatile, Notodiaptomus coniferoides (Wright), entre otras) influye en su separación de los arroyos de mediano tamafio. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS BERECZKI, M, Cs. 1969. Untersuchungen über die Protozoen—-fauna der Donau bei Alsogöd (Ungarn). Danub. Hung. LII. Opusc. Zool., Budapest, 9:37—96. ——, 1979, Vergleichende Untersuchungen über die Gestaltung der Plankton Vorkommen- den Testaceen im Haupt und Nebenarm der Donau bei Göd (Stromkm. 1669). Ann. Univ. Sci. Budapest, Budapest, 20/21:229-36. BICK, H. 1972a. Ciliated Protozoa. Geneva, World Health Organization. 198p. --, 1972b. I. Protozoa, B. Ciliata, In: Das Zooplankton der Binnengewässer. Stuttgart, E. Schweizerbart’sche Verlagsbuchhandlung. Bd 26, Tel, pe31—83, CFI, CONSEJO FEDERAL DE INVERSIONES. 1962. Evaluación de los recursos naturales de la Argentina (Ira etapa) Tomo 4. Recursos Hidráulicos Superficialese Vol 1. Consejo Federal de Inversiones, Buenos Aires, 380 pe CLAPS, M. C. & MODENUTTI, B. E. 1988. Ciliados dulceacufcolas de Argentinas IV. Suctorios del rio Lujän. Iheringia. Ser. Zoologia, Porto Alegre, (67):127—36. CURDS, C. R. 1969. An illustrated key to the British freshwater ciliated Protozoa commonly found in activated sludge. London, 90p Water Pollution Research Technical Paper 12 ——, 1985. A revision of Suctoria (Ciliophora, Kinetofragminophora) 3. Tokophrya and its morphological relatives. Bull. Br. Mus. nat. Hist. Zool. London, 49(2):167—93. EASNE, ESTUDIO AGUAS SUPERFICIALES NOROESTE, 1973, Contribuición al estudio geohidrológico del noroeste de la provincia de Buenos Aires. 1. Buenos Aires, Consejo Federal de Inversiones. 144p. FERNANDO, C. H,; PAGGI, J. Co; RAJAPAKSA, Ro 1987. Daphnia in tropical lowlands, In: R.H. Peters and R. de Bernardi (Eds) “Daphnia”, Mem. Ist. Ital. Idrobiol., Pallanza, 45:107—41, GROSPIETSCH, Th. 1972. 1. Protozoa, A, Testacea und Heliozoa, In: Das Zooplankton der Binnengewässer. Stuttgart, E. Schweizerbartsche Verlagsbuchhandlung. Bd 26, AoA pel—306 HUBALEK, Z. 1982. Coefficients of association and similarity based on binary (presence- absence) data: an evaluation. Biol. Rev., London, 57:669-89, HYNES, H. B. N. 1976. The ecology of running waters. Toronto, University of Toronto Press, 555 pa» ilo JOSE-DE-PAGGI, S. 1978. First observations on longitudinal succession of zooplankton in the main course of the Paraná river between Santa Fe and Buenos Aires harbour Studies on Neotropical Fauna and Environment, Lisse, 13:143—56. ——, 1981. Variaciones temporales y distribución horizontal del zooplancton en algunos cauces secundarios del rfo Paraná Medio. Studies on Neotropical Fauna and Environ ment, Lisse, 16:185—99, ——, 1983. Estudio sinóptico del zooplancton de los principales cauces y tributarios del valle aluvial del rfo Paraná: Tramo Goya-Diamante (1 Parte). Rev. Asoc. Cienc Nat. Litoral, Santa Fé, 142):163—78. IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 67-80, 23 Ago. 1991 Zooplancton de ambientes 16ticos... 73 ——, 1984, Estudios limnolögicos en una sección transversal del tramo medio del rfo Paraná. X. Distribución estacional del zooplancton, Rev. Asoc. Cienc. Nat. Litoral, Santa Fé, 15(2):135—55. KOSTE, W. 1978. Rotatoria. Die Rädertiere Mitteleuropas. Monogononta, Stuttgart, Gebrüder Borntraeger. 673 p., 234 lam, MARGALEF, R. 1983. Limnologia. Barcelona, Omega, 1010p. MARTINEZ, C. & FRUTOS, S, M, 1986. Fluctuaciön temporal del zooplancton en arroyos y esteros del Chaco Oriental (Argentina). Ambiente Subtropical, Corrientes, 1:112—33, MODENUTTI, B. E. & CLAPS, M, C. 1988. Monogonota Rotifers from Plankton and Periphyton of Pampasic Lotic Environments (Argentina). Limnologica, Berlin, 19(2):167—75. MODENUTTI, B, E, & VUCETICH, M,C. 1987. Variación espacial de los tecamebianos del zooplancton del arroyo Rodrfguez (Prov. de Buenos Aires). Limnobios, La Plata, %9):671—5. PAGGI, J. C. 1979, Revisión de las especies argentinas del género Bosmina Baird agrupadas en el subgênero Neobosmina Lieder (Crustacea, Cladocera). Acta Zool. Lilloana, Tucumán, 35:137—62, PIELOU, F, C. 1984, The interpretation of ecological data. New York, J. Wiley. 263p. REID, J. W. 1985. Chave de identificação e lista de referências bibliográficas para as espécies continentais sulamericanas de vida livre da ordem Cyclopoida (Crustacea, Copepoda). Bolm. Zool. Univ. S. Paulo, São Paulo, 917-143, RINGUELET, R. A, 1958. Los crustáceos cop&podos de las aguas continentales de la República Argentina, Sinopsis sistemática, Contrnes. cient. Fac. Cienc, exact. fis. nat. Univ. B. Aires, Zoologia, Buenos Aires, 1:35—126, RUTTNER-KOLISKO, A. 1974, Plankton rotifers. Biology and taxonomy, In: Das Zooplankton der Binnengenwässer. Stuttgart, E. Schweizerbartsche Verlagsbuchhand- lung. Bd 26, T.l, p.1-146, SAMPONS, M. R. 1988. Zoobentos del río Arrecifes (Buenos Aires, Argentina) y sus principales tributarios,. Iheringia. Ser, Zool., Porto Alegre, (68):63—82. SMIRNOV, N, N, & TIMMS, B. V. 1983. A revision of the Australian Cladocera (Crustacea). Records of the Australian Museum, Melbourne, (Suppl.1):1—132. VINOCUR, A, DEL GIORGIO, P.; LOMBARDO, R$; TELL, G. 1989. Estructura y dinâmica del fitoplancton del rfo Luján (Buenos Aires) en relación al impacto de la contaminación antropogênica, In: Reunión Argentina de Ecologia, 14, Jujuy. Resúmenes: Jujuy, 1989. p.183. VUCETICH, M, C. 1973, Estudios de tecamebianos argentinos, en especial los del dominio pampäsico, Rev. Mus. La Plata, Nueva Serie, Sec. Zool., La Plata, 11:287—332, IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 67-80, 23 Ago, 1991 74 MODENUTTI, B.E. TABLA 1. Taxa registrados (1, presencia, O, ausencia) en los ambientes, 1: Lujän; 2: Lujän; 3: Pescado; 4: Areco; 5: Canäda Honda; 6: Baradero; 7: Arrecifes; 8: Tala; 9: Las Hermanas; 10: Ramallo; 11: Arroyo del Medio; 12: Tala; 13; Burgos; 14: Arrecifes; 15: Luna; 16: Areco; 17: Giles y 18: De la cruz. TAXA ESTACIONES DE MUESTREO TESTACEA Arcella hemisphaerica A, hemisphaerica undulata A. discoides Centropyxis aculeata C, hirsuta C, ecomis C. elongata Cyphoderia ampulla Difflugia gramen D. diffieilis D. oviformis D. acuminata D. elegans De pyriformmis D. lobostoma D. lanceolata Difflugia sp Euglypha tuberculata E, acanthophora Trinema complanatum CILIATA Codonella cratera Carchesium polypinum Chilodonella Didinium nasutum Discophrya elongata Epistylis plicatilis Epistylis sp Euplotes patella E. eurystomus Halteria grandinella Litonotus sp Multifasciculatum elegans Paramecium sp Stentor roeseli S. coeruleus Tintinidium fluviatile Tokophrya fasciculata T. quadripartita Vaginicola sp Vorticella campanulla V, striata V. convallaria Vorticella sp Zoothamnium sp ROTIFERA Anuraeopsis fissa Ascomorpha sp Brachionus angularis B. bidentata B. budapestinensis B. caudatus insuetus B. calyciflorus B. patulus B. plicatilis B B B Sm+oOooomOo mm, 0m 090mm m SOOOOooosSSoom mm 000 Hmmm SmHmMoOom,hO-,- 00m, 0,0 mm Om SOOSOSSOSOSOOOSO9O+-OO0O0000090—m a pa a SDS OO aaa DD OD ita pa pa jr jr ph poe pe OD O O boot fo (O) fred jah (O) jr jr jr pe (5) fh já pa pd pa pá po jd jet fr ph pá pp OD DADO o+909000000hm0h0000-m- ma asas a aaaSDANANNDOOhHO oOOOoOoOo00 0090000000090 mm nm SmOoomSosooosmo=ro900m 90090 0mmQO0 SeHm+roooo9-rooO0o rm mr OO tapa pa pa pa tita DOI DDD DO000000000000000 S0hm00000h00hmhHO+-HO k-=&m-ma O m 9909000000 00h000000000000 9909000000 00-0000000h »aSSDOO00000hMOCOOHOOOhHODO Sama S0900000hmmHO0O0OO-- ma 99h00 000MO00000hhOODhHO oa S0O090hmOOhHH OO papa a 09900-000 50h00000h00000hm aDD900900m00mM000000OhO00O00O0OMm SHMOooooSosomo0090 000, o0 090mm . quadridentatus e urceolaris e urceolaris nilsoni Cephalodella spl Cephalodella sp2 ao DO OMGOO OO 0Om00000000hh000000000000 9900009000 H00HmHO0OO-i HH ma 90090-900 0000000 09h000000000000000h0000090 Sama DOMDOOMOMOO mimo a mSoOmMSO DO OhHO OO HO OhHhOOMOOhOhAOO0000OhmhHOOHNOO So O0hHO OO Hit ta ppa pa pá O tá SO SD000 00000hH0 0Om5000000000000000000000 Saia SOaS Or O HO tas O md pat pad po S»00090000000hhH0 0000m000090h00hn0000000h00 Sama S0O0hDOAmamoDaOm oa 00h00 hHOo OmM000000hM00h000000000hmOm mia DDDDO OODO OD OO S»900000000n000000000000 990009000 00000h0 00h00 000h00h00000hm000000 SD IDDO OOCDOO HO Om, n+HDOmm Sama O OO O O a 99000-950 000509 mm m-oO0000 mu mM=,000O0 mma 9900044 me mO9— oSOOSrm,m=09 HmHm0o00090 mm S-oo0o000 000000 Mooomoso 000000hm oOooo- om mmo9mm Om cont, IHERINGIA, Sér. Zool. Porto Alegre (71): 67-80, 23 Ago. 1991 75 Zooplancton de ambientes löticos.. continuagäo que um mm oO SOoOo00000090 mr, m mm mO mm MT OOoOmTOmTMTOoooO mo m OTA OM oOmmooo EOoOoO0O0O0O0MOOOMMOMTOOOOOOMOOOOOOOCO OO - Om SO mm om1oo- SOOO0O00000090MOMOOOMMTOOM OO MT OO MO OO = MO mm Oco0co mm O ma. SOoO0O0000MTO9O0OMTMOMOOoMOOOoMOOOOOOO0 OTTO MO 00 mm KeHHOoomMOOOOMOOOOO0O0O0MOOOMSOOOMOOMOOMOOOMOOOCOOOO “Om mm O 0O0000C0040004mmm"m=0O=«“D0OOC=0000000000O +" mO OO - O et qm at SOoOoO-OO0O0000090 mm m mm OOoOMOOMTOoo Momo om oo0o000- vd O qui qt qt qe O“On=«DOOCCOCOC DOOM DOM OOo mm Oo m Oo mom m Som oco0co0 -Ommmo SoOoOo000000MOOo mm mm mm m oo m Mo moomoooomomoo0o0m "OOo SOOOO0O0MOOO0O0O0MTOOOOMOOOMOOMMOOOO OO TOO HOMO mm OD e OD COOn“D00O4CCOCRHA Oo mo mm mm O TO m MT OO Oo mm SO mm OO — SOrmmom DOOoOoMMOOOOoO0o9O0900 MO MO MMO MMOOMTOOMOOO TOO THD O “OTTO mm mom om ooMOOOOMOMOOMOOMSOoM OS SO oO MO mM 900 O qt qt qui qt 00004000" mm m m m OT OOMTOOMOOo MO OOo mM Om O0O000 KOr mom mom m moOooomMoo TOT mm mOOoOMOOMOoo TS Oo Oo TmOo m mm 909 “Srmmm OOomTmmToooOmMO mm m mom Too MMO DOOM m mmmm Sormmm m Om mm mOOoOo00900000090 MTmMMOo MMO OO MOOOMOOMS0O009 -oo0-o00 000000000007000000000000000007000000000 q a 3 E 8 as sf qua do dia de a SE „Su: Eis 5 > 5 BE 235 Go dgifssos Gsisbiosõci 32 © Cresi s sêsgouçah dESiaq sb EgiEsasiBasdlica «E TEL EEE god sds REAGIASSSSE at gó PESE FT 227308 Em =] > =das o EE mm" E Ei sis obs Peuuauf ee SoSo pi tis cRE List scEc ido O ea 33 D 0.0 00 8 co... EE Ban E oo E ee) SUA RE SENSE A111 SSSSZZERSBEEEREEEES CRUSTACEA --oooo0omM90000 -moooooomooo Moooooo—-oo00 S00000000000 oOOOoosooocooo SOMT9OOOSooo—ocoo oOOOoOoooosooocoo -TOoooooooocoo -ooOoooo00o00000 oOOoOoOoOoMO9OomMO0o0- =““D000000000 2000000000 00 SO“ =«=«“002000000 Sm="0000"00000 S=0000000000 OmMDCOO TOO ms ==“D000000"00 --ooo00090mm-oö use o | en in ns a 5 828 Es é Ê E28. RE fo E EL PRE ME RERE ERREI E 885 BESSSSES < 91 SI 81 81 81 LI 81 LI d VANLVIAdNAL SE er = Ot 8€ Or 87 SI 8€ ST = 07 ST 07 07 Se 0€ SE I 0€ 07 ST 07 07 os 0€ = 0€ £€ 07 SI 01 ST SI 8 0€ Ot (0) ty999S ve Te 97 EL EL 97 87 0€ 87 ST EL 97 LT 0€ 87 [33 9T ST A ap O9SIp um = = E = Ez = = = = = = = = = = —e = = d VIONTAVASNVAL 6'L 08 > OLE (Sb Cu SL 0°8 Glan Vs 877 SL 0'8 SL 9ºL LL I 0'8 6'L 0'8 [ES 8 08 = €'8 (Us od LL LL 6'L LL 6'L ISSUE, SL (0) 08 08 v'8 68. (8 [8 SL = [ib Vol bil, 6L SL IE, c8 SL SL 6L A 18 cs 178 8 08 Or Erle €'8 €'8 = 0'8 0°8 LL 6'L 6L LL SA SL d Hd WS === 08L 0067 009 0€S Orr OSL Op 00ST 06€ 0007 0091 TS 0061 00T I RT PET OOTT OEL 0O0OFI 0007 Ol€ OOLT 00L 00rT 0091 086 (0) 0OIIEZOSLZE 00V EEE 0672 0027220697029 Ze 0IS 0.9 08L 0007 002 029 0021 OSS 00ST 0081 A oO > = = — = — — — = — = = = — = = = = d AVQIALLDNAdNOD 81 LI 91 SI rl el al Il 01 6 8 L 9 S v € T I (OUI9TAUI :] “OUOJO :() “OUBIDA :\ “PISABUNIA :q) “Zn1D PI aq:8I Ä SPJIHY:LT (0991V:97 (punTEÇ] !sPH9alıy:p[ ‘sodıng:g] ‘ejeL:zI “OIPoW [op okouy:jf {opeuwy:oI ‘seuewlsg SeT:6 (BIBL:S !soH99alıy: ‘olapeıeg:g ‘epuoy epeued:g !o9aıy:p !opeosag:g ‘ugln:z ‘ugln:] soperpniso sajuarquie soJ op sootgojorq A soatwinb “sooısI7 somaugseg "II VIIVL 67-80, 23 Ago. 1991 IHERINGIA, Sér, Zocl., Porto Alegre (71) Zooplancton de ambientes 16ticos.e 7 60ºW 59º == 33º 30 34° 30 Fig. 1. Area estudiada en Buenos Aires, Argentina. 1: Luján; 2: Luján; 3: Pescado; 4: Areco; 5: Cafiada Honda; 6: Baradero; 7: Arrecifes; 8: Tala; 9: Las Hermanas; 10: Ramallo; 11: Arroyo del Medio; 12: Tala; 13: Burgos; 14: Arrecifes; 15: Luna; 16: Areco; 17: Giles; 18: De la Cruz, IHERINGIA, Sér, Zool. Porto Alegre (71): 67-80, 23 Ago, 1991 78 MODENUTTI, B.E. Número o o 60r 2 7 G Tecamebas asot AP cd BZ % © 7 72 LZ % ANE G Ciliad a 40 Z PA VA Y % iliados (0) G 2. G 7 PZA | E 30 [| | | pa Rotiferos © N 7, NR IN | Crustdceos É N N N N N N N un N N NIN N N NAT N ça AN N NN NIS INCC E = 283 56.78 9H 1 4 (o ME RS pd] AN 7d NS E 339388577 o fã 3 co eo No — [0%] Fig. 2. Número de especies totales, discriminadas por grupo, presentes en los ambientes estudiados en Buenos Aires, Argentina, 1: Luján; 2: Luján; 3: Pescado; 4: Areco; 5: Cafiada Honda; 6: Baradero; 7: Arrecifes, 8: Tala; 9: Las Hermanas; 10: Ramallo; 11: Arroyo del Medio; 12: Tala; 13: Burgos; 14: Arrecifes; 15: Luna; 16: Areco; 17: Giles; 18: De la Cruz, IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 67-80, 23 Ago. 1991 79 Zooplancton de ambientes lóticos,ee Individuos /Litro DEI! n 17 1 567 2.14 23.456 7,89 rt a! ge me 15 13 Crustäceos [ JRotiferos 7722 Protozoos os en Areco; 5: Canada Arroyo del Medio; 10: Ramallo; 11: 12: Tala; 13: Burgos; 14: Arrecifes; 15: Luna; 16: Areco; 17: Giles; 18: De la Cruz, registrados en los ambientes estudiad Lujän; 2: Luján; 3: Pescado; 4: discriminados por grupo Arrecifes; 8: Tala; 9: Las Hermanas; Argentina y en las 4 campanas realizadas, 1: Fig. 3. Número de individuos, Honda; 6: Baradero; 7: IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 67-80, 23 Ago, 1991 80 MODENUTTI, B.E, 04 0.3 0.2 (coeficiente de Jaccard) Similitud 0.5 Fig. 4 Dendrograma obtenido por el método de agrupamiento promedio no ponderado (UPGMA), a partir de una matriz de similitud calculada con el coeficiente de Similitud de Jaccard, sobre los datos de la Tabla I. C.c.c. = 0.8. Ambientes estudiados en Argentina: 1: Luján; 2: Luján; 3: Pescado; 4: Areco; 5: Cafiada Honda; 6: Baradero; 7: Arrecifes; 8: Tala; 9: Las Hermanas; 10: Ramallo; 11: Arroyo del Medio; 12: Tala; 13: Burgos; 14: Arrecifes; 15: Luna; 16: Areco; 17: Giles 18: De la Cruz, IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 67-80, 23 Ago, 1991 ARANHAS THERIDIIDAE DA ILHA DE MARACÁ, RORAIMA, BRA- SIL. IL GÊNERO ACHAEARANEA (ARANEAE)!? Erica Helena Buckup° Maria Aparecida L. Marques? ABSTRACT THERIDIIDAE SPIDERS FROM MARACA ISLAND, RORAIMA, BRAZIL, II. GENUS ACHAEARANEA (ARANEAE), New species of Theridiidae spiders of genus Achaearanea Strand from Maraca Island, Uraricoera River, Roraima, Brazil are described: A. dalana, A. maraca, A. pydanieli and A. rafaeli. The female of A, inops Levi is described for the first time. New records (Maracä Island) for A. trapezoidalis (Taczanowski), A. nigrovittata (Keyserling), A. taeniata (Keyserling) and A. inops are given, KEYWORDS: Taxonomy, Neotropical, Brazil,Araneae, Theridiidae, new species. INTRODUÇÃO O gênero Achaearanea Strand contém cerca de 84 espécies americanas (LEVI, 1955, 1959, 1963, 1967a, 1967b, 1980; SEDGWICK, 1973, BRIGNO- LI, 1972, 1983). Dessas, 29 espécies ocorrem no norte da América do Sul com registros para Colômbia, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa, Peru e Equador. São poucas as referências na bibliografia sobre aranhas Theridiidae da Amazônia brasileira, Durante a execução do Projeto Maracá, Ilha de Maracä (3°15’—3°35’N e 61º22'-61º58' W) foram colecionadas 54 aranhas do gênero Achaearanea, Encontramos oito espécies, das quais quatro novas. A maioria dos espécimens pertence à A. trapezoidalis (Taczanowski). A. taeniata (Keyserling) e A. inops Levi são registradas, pela primeira vez, para o Brasil e a fêmea de A. inops é descrita, Abreviaturas: AMNH, “American Museum of Natural History”, Nova Iorque; INPA, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus; MCN, 1. Recebido em 5.XII,1989; aceito em 20.VIII.1990, É ar 2. Parte do Projeto Maracá em 1987-88 (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, “Royal Geographical Society”, Secretaria Especial do Meio Ambiente), : 3. Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (MCN), Caixa Postal 1188; CEP 90001, Porto Alegre, RS, Brasil. IHERINGIA, S£r. Zool., Porto Alegre (71): 81-89, 23 Ago, 1991 82 BUCKUP, E. Ho. & MARQUES, M. A, L. Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. OMA, olhos médios anteriores; OLA, olhos laterais anteriores; OMP, olhos médios posteriores; OLP, olhos laterais posteriores. Achaearanea trapezoidalis (Taczanowski, 1873) Achaearanea trapezoidalis: LEVI, 1955:9, fig. 7-13 (d, 2). Distribuição. Trinidad, Panama, Guiana Francesa, Venezuela, Colômbia, Peru, Paraguai (LEVI, 1963). Argentina: Misiones (MELLO-LEITAO, 1945). Brasil: Roraima (nova ocorrência). Material examinado. BRASIL. Roraima: Ilha de Maracá, 1 d, INPA, 24.111.1987, AA. Lise lego; 1 2, MCN 17240, 26.III.1987, AA, Lise leg; 1 d, MCN 17241, 27.11.1987, AA. Lise leg; 1 9, INPA, 18.VII1987, AA. Lise lego; 2 d, INPA, 20.V11.1987, AA. Lise leg; 1 d, INPA, 21-30.X1.1987, J.A. Rafael e equipe leg.; 3 2, MCN 17242, XI—XI1.1987, F.P. Benton leg.; 1 9, MCN 17243, 1 9, INPA, 2 d, INPA, 3 £, INPA, 04.X1I.1987, AA, Lise leg; 1 &, MCN 17244, 04.X11.1987, E.H. Buckup leg.; 1 2, MCN 17245, 05.X11.1987, E.H. Buckup leg.; 1 2, INPA, 08.X11.1987, E.H. Buckup leg; 1 d, 2 92, INPA, 10.X11.1987, E.H. Buckup leg; 3 d MCN 17246,2 $,1 2, MCN 17247, 10.X11.1987, AA, Lise leg; 1 &, MCN 18489, 08.X11.1987, EH. Buckup lego Achaearanea nigrovittata (Keyserling, 1884) Achaearanea mesax: LEVI, 1959:74, fig. 53-56 (S, 9); 1963:231, fig.110 (sino. Distribuição. México, Cuba, Costa Rica, El Salvador, Venezuela, Guiana Francesa, Peru, Equador, Bolívia, Paraguai e Brasil: Pará, Rio de Janeiro (LEVI, 1963), Roraima (nova ocorrência). Observação. O registro para o Rio Grande do Sul (MELLO-LEITÃO, 1943) necessita confirmação, Material examinado. BRASIL. Roraima: Ilha de Maracá, 1 92, INPA, 25.VI1.1987, AA, Lise lego; 1 &, INPA, 21-30.X1.1987, JA. Rafael e equipe legs; 2 2, MCN 18487, 21—-30.X1.1987, J.A. Rafael e equipe leg.; 1 d, MCN 17269, 08.XII.1987, E.H. Buckup leg.; 1 92, INPA, XI-XI1.1987, F.P. Benton leg. Achaearanea taeniata (Keyserling, 1884) Achaearanea taeniata: LEVI, 1959:72, figs. 39-41 (d, 9). Distribuição. Guatemala, Costa Rica, Trinidad, El Salvador, Panamá, Venezuela, Colômbia, Peru, (LEVI, 1959;1963). Brasil: Roraima (nova ocor- rência). Material examinado. BRASIL, Roraima: Ilha de Maracá, 1 &, INPA, 08.XI1.1987, EH. Buckup legs. IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 81-89, 23 Ago, 1991 Aranhas Theridiidae da Ilha de Maracá, Roraima, Brasil... 83 Achaearanea inops Levi, 1963 (Fig. 1-3,7) Achaearanea inops LEVI, 1963:217, fig.43 (holótipo S). Diagnose, Fêmeas de Achaearanea incps assemelham-se às de A. canio- nis (Chamberlin & Gertsch, 1929) pelo aspecto do epígino, distinguindo-se ela presença de uma protuberância mediana e ductos longos e esclerotinizados Bio. 2,3). Fêmea, Carapaça castanho-enegrecida; clípeo, quelíceras, lábio, enditos mais claros e estemo mais escuro do que a carapaça. Pernas castanho-es- curecidas, exceto coxas, trocanteres e porção proximal dos fêmures amarelo- elaros. Abdômen enegrecido, dorsalmente com duas faixas paramedianas longi- udinais brancas que descem lateralmente, uma de cada lado; região posterior ostrando abundante pigmentação branca manchada de preto (fig. 1). Olhos ubiguais. OMA levemente maiores do que os demais. OMA separados um o outro por cerca de 3/4 do seu diâmetro, quase atingindo os OLA, Olhos osteriores quase equidistantes, OMP afastados entre si por aproximadamente m diâmetro e dos OLA por pouco menos do que seu diâmetro. Clípeo evemente intumescido, de altura igual a quase duas vezes o diâmetro dos MA, Medidas (em mm). Comprimento total 1,60. Carapaça comprimento 0,66, largura 0,54. Abdômen comprimento 0,89 largura 0,86 e altura 1,00 Pemas ‚4,2,3. Comprimento UIW/IWIV: fêmur 0,89/0,70/0,54/0,76; patela 531/0,29/0,22/0,29; tíbia 0,61/0,41/0,28/0,49; metatarso 0,65/0,48/0,38/ ),51; tarso 0,44/0,39/0,32/0,40. Total 2,90/2,27/1,74/2,45. Variação. Em dois machos examinados, o comprimento é de 1,40 e 598 respectivamente, A intensidade da pigmentação preta do abdômen é variável. Num espécimen, o padrão de colorido do abdômen é semelhante 10 da fêmea, aparecendo o cinza básico e o pigmento branco, No outro, esaparece o branco, fato frequente em aranhas, permanecendo o preto e za, Os espécimes de Maracá diferem do holótipo por pequena variação em relação às pontas do ápice do címbio, uma das quais é pouco visível os indivíduos de Maracá (fig. 7). Distribuição. Guiana, Brasil: Roraima (nova ocorrência). Material examinado, GUIANA, Rio Essequibo, Akamura Rapids, 1 (Holótipo), NH, 04.X.1937, W.G. Hassler leg.. BRASIL. Roraima: Ilha de Maracä, 2 &, INPA, —30.X1.1987, J.A. Rafael e equipe leg; 1 d, 1 9, MCN 18485, 21-30.X1.1987, A. Rafael e equipe leg. Der} Achaearanea dalana, sp.n. (Fig. 4-6, 8) IHERINGIA, Sér. Zool. Porto Alegre (71): 81-89, 23 Ago, 1991 84 BUCKUP, E. H. & MARQUES, M, A, L, Tipos. Holótipo d, parátipo 92, INPA; parátipos: d MCN 18515, © MCN 18516 e 9 MCN 18602. Ilha de Maracä, Rio Uraricoera, Roraima, Brasil, 21-30.XI. 1987, J.A, Rafael e equipe leg. Etimologia. O nome específico é uma combinação arbitrária de letras, Diagnose. O palpo dos machos de A. dalana, sp.n., assemelha-se ao de A. hirta (Taczanowski, 1873), A. diamantina Levi, 1963 e A. inops, diferenciando-se pelos detalhes estruturais: ápice do címbio com duas peque nas saliências e pela forma do êmbolo e ductos (fig. 8). Fêmeas separam-s pela forma do epígino com pequeno átrio mediano, de borda posterior salient e esclerotinizada e pelas aberturas de fecundação situadas nas laterais interna do átrio (fig. 5, 6). Macho (holótipo). Carapaça, esterno e enditos amarelos levemente pig mentados de preto; quelíceras amarelas. Pernas amarelas com estreita faix longitudinal escura nas tíbias, metatarsos, tarsos € patelas III e IV; coxas trocanteres e base dos fêmures amarelo—claros. Abdômen cinza-amarelado levemente escurecido nas laterais e no ventre; dorsalmente, com duas estreita faixas longitudinais brancas, interrompidas que descem lateralmente, um de cada lado, em direção às placas pulmonares; região posterior com estreit faixa mediana longitudinal branca, OMA maiores do que os demais, separado um do outro por pouco mais do que a metade de seu diâmetro, muito próximo dos OLA. OMP afastados entre si por quase seu diâmetro e dos OLA po dois terços de seu diâmetro. Altura do clípeo cerca de uma vez e mei o diâmetro dos OMA, Medidas (em mm). Comprimento total 1,75. Carapaça, compriment 0,77, largura 0,70. Abdômen, comprimento 0,95, largura 0,84, altura 1,25 Pernas, 1,2=4,3. Comprimento I/II/II/IV: fêmur 0,98/0,75/0,53/0,75; patel 0,30/0,29/0,18/0,29; tíbia 0,66/0,46/0,30/0,45; metatarso 0,74/0,52/0,40/ 0,52; tarso 0,45/0,39/0,32/0,39. Total 3,13/2,41/1,73/2,40. Fêmea. Padrão de colorido semelhante ao macho, abdômen (fig. 4) OMA separados um do outro por dois terços de seu diâmetro, muito próximo dos OLA, Olhos posteriores eguidistantes, OMP afastados entre si e do OLP por pouco menos do que seu diâmetro. Altura do clípeo 1 1/3 o diâmetr dos OMA, Medidas (em mm). Comprimento total 1,58. Carapaça, compriment 0,69, largura 0,60. Abdômen, comprimento 0,88, largura 0,71, altura 0,81 Pernas, provavelmente 1,4,2,3. Comprimento I/II/II/IV: fêmur 0,86/0,62 0,50/0,71; patela 0,32/0,28/0,20/0,28; tíbia —/0,40/0,25/0,41; metatarso — 0,45/0,36/0,51; tarso —/0,38/0,31/0,35. Total —/2,13/1,62/2,26. Variação. Em duas fêmeas examinadas, o comprimento foi 1,58 e 2,2 e nos machos (holótipo e parátipo), 1,75 e 1,72 respectivamente. IHERINGIA, Sér. Zool. Porto Alegre (71): 81-89, 23 Ago, 1991 nhas Theridiidae da Ilha de Maracá, Roraima, Brasil. 85 Achaearanea maraca, Sp.n. (Fig. 9) Tipo. Holötipo d, MCN 19324, Ilha de Maracä, rio Uraricoera, Rorai- a, Brasil, 04.XIL1987, A.A, Lise leg. Etimologia, O nome em aposição é um substantivo em referência à calidade-tipo. Diagnose. O macho de A. maraca, sp.n., distingue-se dos das demais pécies do gênero pelo ápice do címbio, alto e largo, com grande apófise a margem ectal e forma distinta do êmbolo e demais estruturas do palpo EN). Descrição. Carapaça amarela com uma larga faixa mediana longitudinal vemente pigmentada de preto; palpo, quelíceras, esterno, enditos, perna e fêmures Il e IV amarelo-alaranjados; demais artículos das pernas amarelas, bdômen cinza-claro, dorso com uma faixa mediana longitudinal pigmentada e preto, marginada de branco região posterior sombreada de preto com igmento branco mediano; ventralmente, região epigástrica preta, placas pul- onares, áreas entre o sulco epigástrico e as fiandeiras e em volta destas stanho-avermelhadas. Olhos subiguais, OMA pouco maiores do que os emais. OMA afastados entre si por 2/3 de seu diâmetro;olhos posteriores üidistantes, OMP separados um do outro e dos OLP por 3/4 de seu diâmetro, ltura do clípeo 1 1/4 o diâmetro dos OMA, Quelíceras com um dente dentículo na promargem, retromargem sem dentes, Medidas (em mm). Comprimento total 2,57. Carapaça, comprimento 22, largura 1,00, Abdômen, comprimento 1,35 largura 1,00 e altura 1,25. mas, 1,4,2,3. Comprimento I/II/IN/IV: fêmur, 1,80/1,25/0,82/1,28; patela 52/0,45/0,35/0,45; tíbia 1,38/0,82/0,58/0,85; metatarso 1,42/0,90/0,62/ 88; tarso 0,70/0,55/0,45/0,55. Total 5,82/3,97/2,82/4,01. Achaearanea pydanieli, sp.n. (Fig. 10-14) Tipos. Procedentes da ilha de Maracá, rio Uraricoera, Roraima, Brasil, olótipo d e parátipo ?, 04,X11,1987, A.A. Lise leg., INPA, Parátipos: ‚ INPA, 05.X11.1987, E.H. Buckup leg.; º, MCN 18621, 17.11.1987, A.A, ise leg.; 4, MCN 18622, 21-30,X1.1987, J.A. Rafael e equipe leg.;? ,MCN 623, 08.X11.1987, E.H. Buckup leg. Etimologia, O nome específico é um patronímico em homenagem ao tomólogo Victor Py-Daniel, INPA, Diagnose, A. pydanieli, sp.n., distingue-se das outras espécies do gênero, lo pigmento prateado. Machos, pela forma do êmbolo, do condutor e do IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 81-89, 23 Ago, 1991 86 BUCKUP, E. H, & MARQUES, M, A, L, ápice do címbio (fig. 13,14); fêmeas, pelas aberturas do epígino muito afasta- das da margem e ductos largos e esclerotinizados (fig. 11,12). Macho (holótipo). Carapaça castanho-acinzentada, mostrando traços ra- diais mais escuros. Pernas amarelo-claras, dorso-lateralmente enegrecidas, exceto coxas, trocanteres e porção proximal dos fêmures. Enditos, lábio e esterno enegrecidos irregularmente. Abdômen cinza-amarelado, levemente escurecido no ventre e ao redor das fiandeiras; dorsalmente, com duas estreitas faixas longitudinais prateadas que descem lateralmente, uma de cada lado, formando um arco até as placas pulmonares; no meio desta área, vestígio de ortro arco menor, também prateado, o qual é bem evidente nas fêmeas (fig. 10); região posterior, com uma linha mediano-longitudinal prateada; ventralmente, com uma pequena mancha mediana e, de cada lado das fiandei- ras, dois pontos prateados. OMA, maiores do que os outros, separados por pouco mais do que o raio, muito próximos dos OLA, OMP afastados pelo seu diâmetro e dos OLP por cerca de 2/3 de diâmetro. Altura do clípeo duas vezes e um quarto o diâmetro dos OMA, Quelíceras com um dente na promargem e nenhum na retromargem. Medidas (em mm). Comprimento total 1,65. Carapaça, comprimento 0,79, largura 0,68. Abdômen, comprimento 0,85, largura 0,76, altura 0,92. Pernas 1,4,2,3. Comprimento /W/IW/IV: fêmur 0,88/0,65/0,48/0,68; patela 0,25/0,22/0,18/0,22; tíbia 0,62/0,42/0,30/0,45; metatarso 0,65/0,48/0,35/ 0,50: tarso 0,40/0,35/0,30/0,35. Total 2,80/2,12/1,61/2,20. Fêmea (INPA). Padrão de colorido e demais aspectos semelhantes aos do macho, Medidas (em mm). Comprimento total 2,15. Carapaça, comprimento 0,72, largura 0,62. Abdômen, comprimento 1,40, largura 1,12, altura 1,50. Pernas 1,4,2,3. Comprimento VIV/IIV/IV: fêmur 0,92/0,70/0,50/0,82; patela 0,30/0,25/0,22/0,30; tíbia 0,62/0,42/0,30/0,45; metatarso 0,72/0,52/0,35/ 0,55; tarso 0,42/0,38/0,32/0,32. Total 2,98/2,27/1,69/2,44. Variação. Em quatro fêmeas examinadas, o comprimento variou de 1,70 a 2,15. Os dois machos são iguais em tamanho. Numa fêmea, o pigmento prateado quase desapareceu, Achaearanea rafaeli, sp.n. (Fig. 15,16) Tipo. Holótipo d, MCN 19325, Ilha de Maracá, rio Uraricoera, Rorai- ma, Brasil, 21-30,X1,1987, J.A, Rafael e equipe leg. Etimologia, O nome específico é um patronímico em homenagem ao entomólogo José Albertino Rafael, INPA, coletor do holótipo. IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 81-89, 23 Ago. 1991 Aranhas Theridiidae da Ilha de Maracá, Roraima, Brasil. 87 Diagnose. Achaearanea rafaeli é próxima de A. apex Levi, 1959 pelo êmbolo fusionado ao tégulo, distinguindo-se pelo êmbolo longo e forma do ápice do címbio (fig. 15); condutor inconspícuo como em A. apex. Macho (holótipo). Carapaça, quelíceras, pernas, lábio e enditos amarelos. Esterno amarelo levemente escurecido de castanho, Abdômen cinza-amare- lado, pigmentado de castanho no ventre e ao redor das fiandeiras. Fêmur I, robusto, com três séries de quatro longos espinhos ventro-prolaterais (fig. 16). Olhos médios anteriores, os maiores e os laterais, os menores. OMA afastados um do outro por quase a metade do seu diâmetro, muito próximos dos OLA, Os posteriores quase equidistantes, OMP separados por cerca de 2/3 de seu diâmetro e dos OLP por pouco menos do que a metade do seu diâmetro, Clípeo pouco maior que o diâmetro dos OMA, Promargem das quelíceras com um dente. Medidas (em mm). Comprimento total 1,70. Carapaça, comprimento 0,75, largura 0,65. Abdômen, comprimento 0,88, largura 0,82, altura 1,05. Pernas 1,4,2,3. Comprimento UW/II/IV: fêmur 0,90/0,62/0,48/0,68; patela 0,32/0,28/0,22/0,30; tíbia 0,52/0,35/0,25/0,35;metatarso 0,32/0,28/0,22/0,30; 0,68/0,42/0,28/0,38; tarso 0,40/0,32/0,25/0,32. Total 2,82/1,99/1,48/2,03. Agradecimento. Ao Dr. Norman I. Platnick, curador do AMNH, pelo empréstimo do material-tipo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRIGNOLI, P. M. 1972, Sur quelques araignées cavernicoles d'Argentine, Uruguay, Brésil et Venezuela récoltées par le Dr P, Strinati (Arachnida, Araneae). Revue Suisse de Zoologie, Geneve 791Y12):361-85. —, 1983. A Catalogue of the Araneae described between 1940 and 1981. Manchester, Manchester University Press. 755p. LEVI, H. W. 1955. The Spider Genera Coressa and Achaearanea in America North of Mexico (Araneae, Theridiidae). Amer. Mus. Novit., New York (1718):1—33, —, 1959. The spider genera Achaearanea, Theridion and Sphyrotinus from Mexico, Central America and the West Indies. (Araneae, Theridiidae). Bull. Mus. comp. Zool.Harv., Cambridge, Mass., 121(3):55—163. ——, 1963. American spiders of the genus Achaearanea and the new genus Echinotheridion (Araneae, Theridiidae). Bull. Mus. comp. Zool. Harv., Cambridge, Mass., 129(3):187—240, —, 1967a The Theridiid Spider Fauna of Chile. Bull. Mus. comp. Zool. Harv., Cambridge, Mass., 136(1):1-20, —, 1967b. Habitat Observations, Records, and New South American Theridiid Spiders (Araneae, Theridiidae). Bull. Mus. comp. Zool. Harv., Cambridge, Mass., 136(2):21—38 —. 1980. Two new spiders of the genera Theridion and Achaearanea from North America (Araneae: Theridiidae), Trans. Amer. microsc. Soc., Lancaster, Pa,, 99(3):334—7. MELLO-LEITAO, C. F. de, 1943, Catálogo das aranhas do Rio Grande do Sul. Args. Mus. nac., Rio de Janeiro, 37:149-245, —. 1945. Araiias de Misiones, Corrientes y Entre Ríos. Revta La Plata. Nova serie Zool., La Plata, 4(29):213—302, SEDGWICK, W. C. 1973. New species, records, and synonyms of chilean theridiid spiders (Araneae, Theridiidae), Psyche, Cambridge, Mass., 80:349—54, IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 81-89, 23 Ago. 1991 88 BUCKUP, E. H, & MARQUES, M, A, Le Fig. 1-9, Achaearanea inops Levi: 1. fêmea, abdômen, lateral; 2,3. epígino, ventral e dorsal (clarificado); 7. macho, palpo esquerdo, ventral, A. dalana, spen: 4. fêmea, abdômen, lateral; 5,6. epfgino, ventral e dorsal (clarificado); 8. macho, palpo esquerdo, ventral, 9A. maraca, SPello, macho, palpo esquerdo, ventral, Escalas: 0,5mm, fig. 1,4; 0,Imm, figo 2,3,5—% IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 81-89, 23 Ago, 1991 Theridiidae da Ilha de Maracá, Roraima, Brasil... 89 Fig. 10-16, Achaearanea pydanieli, sp.n: 10, fêmea, abdômen lateral; 11.12. epfgino, ventral e dorsal (clarificado). 13,14. macho, palpo esquerdo, expandido (clarificado) e ventral, A. rafaeli, ia 15. palpo esquerdo, ventral; 16. fêmur I, ventral. (A, apófise média; C, condutor; E, bolo). Escalas: 0,5mm, fig. 10; 0,Imm, fig, 11-16, IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 81-89, 23 Ago, 1991 “go Maui oo AS a a L ’ I y N E PA OL ARO DR LN LAN RA Kram nu) ET fl ra ty EL CICLO BIOLOGICO ABREVIADO DE MICROPHALLUS SIMILLI- MUS (TRAVASSOS, 1920), COMB. N. (DIGENEA; MICROPHALLI- DAE). PARASITO DE HELEOBIA CONEXA (MOLLUSCA, HYDRO- BIIDAE) Y DE HIMANTOPUS MELANURUS (AVES; RECURVIROS- TRIDAE) EN ARGENTINA !? Sergio Roberto Martorellê ABSTRACT ABBREVIATE BIOLOGICAL CYCLE OF MICROPHALLUS SIMILLIMUS (TRAVAS- SOS, 1920) COMB, N. (DIGENEA; MICROPHALLIDAE), PARASITE OF HELEOBIA CONEXA (MOLLUSCA; HYDROBIIDAE) AND HIMANTOPUS MELANURUS (AVES; RE- CURVIROSTRIDAE) IN ARGENTINA, Microphallus simillimus ( Travassos, 1920) comb. n. (Microphallidae) is redescribed, The cycle involved only two hosts, and is characterized by the absence of free-swimming cercariae and second intermediate host. The altered xiphidiocercariae encysted in the esporocyst in Heleobia conexa (Mollusca; Hydrobiidae). The definitive host is the South American Stilt Himantopus melanurus (Aves; Recur- virostridae). KEYWORDS, Microphallus simillinus, Microphallidae, Heleobia conexa Hydrobiidae, Himantopus melanurus, Recurvirostridae, INTRODUCCION TRAVASSOS (1920) describe un digeneo Apophallus simillimus (Hete- rophidae) obtenido del intestino delgado del ave Nyctanasa violacea (Ardei- formes). En afios posteriores VIANA (1924), YAMAGUTI (1939) y RANKIN (1939) ubican al paräsito citado en los géneros Levinseniella, Gynaecotyla y Cornucopula respectivamente, todos pertenecientes a la familia Micropha- llidae. El mismo TRAVASSOS(1969) lo cita como Gynaecotyla simillima al igual que YAMAGUTI (1971). Finalmente, DEBLOCK (1972) revisando material tipo redescribe esta espécie sugiriendo que podría pertenecer al género Microphallus Ward, 1901 y que no parece tratarse de una especie 1. Recebido em 14,X11,1989; aceito em 30,X1,1990, 2. Contribución 193 del Centro de Estudios Parasitológicos y Vectores (CEPAVE), 3. CEPAVE calle 2 Nro. 584 (1900) La Plata Argentina (Investigador del CONICET) IHERINGIA, Sér, Zool,, Porto Alegre (71): 91-98, 23 Ago, 1991 92 MARTORELLI, S. R. del género Levinseniella ni de un Gynaecotylinae. Sin embargo lo continúa nombrando como Apophallus simillimus. Actualmente se halló una metacercaria enquistada dentro de los esporo- cistos, en el molusco Heleobia conexa (Gaillard, 1974), cuyas características anatómicas permitieron ubicar dentro de la familia Microphallidae. Al mismo tiempo un digeneo adulto perteneciente a la misma familia y que se pudo relacionar con el estadio larval hallado fue obtenida del intestino de Himanto- pus melanurus (Aves; Recurvirostridae). El objetivo de la presente contribución fue ubicar taxonomicamente al parásito hallado, dar a conocer su ciclo de vida y establecer la posible vinculación del mismo con la especie descripta por TRAVASSOS (1920) contribuyendo de esta manera a esclarecer su posición sistemática, MATERIAL Y METODOS Los hospedadores intermediarios y definitivos se capturaron en la albufera de Mar Chiquita (37º46'S y 57º07W), Buenos Aires, Argentina, un ambiente tipicamente mixohalino comunicado con el Océano Atlântico y con un aporte continuo de agua dulce através de una serie de canales que desagotan en el, Las metacercarias y cercarias fueron obtenidas por la disección de la gonada y glândula digestiva de 445 gasterópodes (H. conexa). Los parásitos se estudiaron in vivo luego de su desenquistamiento producido expontaneamente en una cápsula con agua destilada (fig. 3). Un lote de 20 metacercarias asi obtenidas y dos adultos recolectados del intestino del H. melanurus fueron fijados en Bouin Hollande y conserva- dos en alcohol 96º hasta su posterior coloración con carmin clorhidrico de Langerón, Para relacionar un huevo hallado en una metacercaria y los obtenidos de ejemplares adultos se utilizó un test de Student para la comfrontación de una única observación con la media de una muestra (SOKAL & ROHLF, 1979) que si bien no es taxonomicamente definitorio aporta un dato mas a la comparación anatómica realizada, Las medidas tomadas sobre ejemplares fijados, coloreados y comprimidos entre porta y cubreobjetos se dan en um y corresponden a los valores máximos y mínimos, El material estudiado utilizado para la descripción se depositó en la colección helmintológica del Museo de Ciencias Naturales de La Plata (Nº 3100 C, 3101 D, 3102 D). Microphallus simillimus (Travassos, 1920) Esporoquistes y cercarias (fig. 2, 14). Dentro del lote de ejemplares de H. conexa revisados (445) se hallaron 23 que se encontraban parasitados (prevalencia 5,17 %). En todos los casos los tejidos del molusco estaban repletos de metacercarias (fig. 1, 5) siendo muy dificil determinar los limites de los esporoquistes. Apesar de esto se pudieron aislar algunos de ellos (fig. 2). Se presentan en forma de sacos, de pared muy fina, repletos de quistes. Miden 500-1100 de largo y 125-350 de ancho. En su interior contienen 10 a 40 metacercarias enquistadas. IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 91-98, 23 Ago, 1991 El ciclo biológico abreviado de Microphallus simillimus.. 93 Con respecto a las cercarias en una sola oportunidad, al realizar la disección de un molusco infectado, se observaron (fig. 14) unos pocos estadios de cercarias sumamente atrofiados de aproximadamente 100 x 50 que presen- tam en la zona anterior un resto de ventosa oral y todo el cuerpo lleno de un material de aspecto granular. No se observa estilete en la ventosa, espinas tegumentarias ni sistema excretor. Estos estadios son del tipo blasto- cercarias descriptos para Microphallus scolectroma (DEBLOCK & TRAN VAN KY, 1966), sumamente atrofiados y que se enquistan dentro de los esporocistos, Metacercaria (fig. 1-6, 8, 10, 11). Los quistes que las contienen miden 110-120 x 97-110 de diámetro (80-90 en cortes histolögicos tenidos con hematoxilinaeosina) y presentan una pared interna formada por dos membranas de 3 y 5 de espesor y una pared externa de aspecto hialino muy fina (fig. 4). En su interior se encuentra la metacercaria plegada sobre si misma, Al observarla in vivo resalta en su anatomia la presencia de dos manchas oscuras que corresponden a las gländulas vitelinas (fig. 1). En los cortes histológicos de H. conexa infectados se observa la disposi- ción sobre la gonada y glándula digestiva de los quistes (fig. 5). Además se detectaron (fig. 6) metacercarias desenquistadas dentro de los tejidos del hospedador. Las características antómicas de este estadio larval son: cuerpo piriforme deprimido dorso-ventralmente de 135—260 x 64-178 cubierto de espinas de 2,5 x 1,5 hasta el nível de los vitelarios. En un cuadrado de 20 um se contaron 60 espinas (en la zona dorsal laterofaringea). Ventosa oral de 25-30 x 30-35 de diämetro. Acetábulo de 20-30 de diámetro ubicado en el tercio posterior del cuerpo. La relación de las ventosas es de 1:1,32 (VO/VV). Prefaringe de 5—19 de largo. Faringe de 15-20 de largo. El esófago de 40-90 de largo se divide en la zona ecuatorial del cuerpo en dos ciegos intestinales divergentes de 65-80 de largo. Testículos ovalados intercecales y post acetubulares dispuestos simetri- camente de 25-27 x 38-40, Vesícula seminal libre en el parénquima situada por debajo de la bifurca- ción intestinal anteriormente al acetábulo, Atrio genital situado a la izquierda del acetábulo. Papila copulatriz masculina carnosa en forma de cono de 10-11 de largo. En vista apical presenta forma anular de 11 de diámetro. Ovário pretesticular, ubicado a la derecha del acetábulo de 2540 x 20-30, Oviducto mas o menos largo que recibe al viteloducto y se ensancha en uma pequena porción de su longitud (ootipo). Vitelarios como dos masas compactas, pos-testiculares de 25 x 30, En uma metacercaria desenquistada IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 91-98, 23 Ago, 1991 94 MARTORELLI, S. R. expontaneamente en una cápsula con agua destilada se observó la presencia de un huevo de 18 x 10, Este huevo fue comparado en base a la relación largo/ancho con 20 medidos en el adulto. El test aplicado dió un valor de t= 0.177 que fue significativo. Adulto (fig. 7, 9). Su anatomia es coincidente con la metacercaria descripta. Sus principales medidas son: cuerpo 450 x 318, espinas tegumetarias 4-5 x 2,5, ventosa oral 65 x 70, acetábulo 50 x 54, (relación vo/vv = 1:1,35), faringe 30 x 8, esófago 10 de largo, ciegos intestinales 135—160 de largo, testículos 85-86 x 35-45, ovario, 100 x 50, vitelarios evidentes mas difusos que en la metacercaria, papila genital cónica (fig. 12) de 16-18 x 20 (en vista apical se presenta como um anillo de 20 de diámetro), huevos de 16-20 x 10-12, En general se observa un aumento en muchas de las medidas corporales de los adultos con respecto a las metacercarias desenquistadas. Esto se relacio- na seguramente con un proceso de maduración y crecimiento. Apesar de ello las principales relaciones tales como largo/ancho del cuerpo y vo/vv son similares. Este tipo de aumento entre las medidas de la metacercaria y el adulto ya ha sido citado para otros microfalidos (vrg. M. triangulatus y M. pigmaeus, GALAKTIONOV, 1983—84). DISCUSION Y CONCLUSIONES Ciclo biológico. BELOPOLSKAIA (1962) divide a los microfalidos en una serie de grupos de acuerdo a la complejidad decreciente del ciclo de vida y a la reducciön del número de hospedadores, La presencia en el digeneo estudiado actualmente de un estadio de cercaria sumamente reduci- do que se enquista precozmente dentro del esporoquiste, permite incluirlo en el grupo II que contiene aquellos microfalidos de ciclo abreviado en los cuales se suprime el hospedador crustáceo. Con respecto al adulto, en el biotopo donde se encuentran los moluscos habitan numerosas aves que incluyen a estos en su dieta; entre ellas H. melanurus en cuyo intestino se hallaron los adultos descriptos. La compara- ción de estos últimos con las metacercarias de H. conexa basada en la anatomia de la papila genital, disposición de los vitelarios, tamafio y disposición de las espinas cuticulares y tamano de los huevos permitió determinar la corres- pondencia entre ambos estados. El ciclo de vida se desarrolla entonces en la albufera de Mar Chiquita con un solo hospedador intermediario, el gasteröpodo AH. conexa y el ave H. melanurus como hospedador definitivo. Ubicación sistemática, Las características anatómicas del digeneo estu- diado permitieron ubicarlo dentro de la familia Microphallidae Travassos, IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 91-98, 23 Ago. 1991 El ciclo biológico abreviado de Microphallus simillimus... 95 1920. Además la ausencia de bolsa del cirro y la presencia de un atrio genital simple y de una papila copulatriz muscular posibilitan su inclusión dentro del género Microphallus Ward, 1901. Con respecto al mismo se sigue el criterio sustentado por DEBLOCK (1971) que considera a los géneros Monocoecum Stafford, 1902, Spelotrema Jaegerskioeld, 1901, Spelophallus Jaegerskioeld, 1909 y Carneophallus Cable et Kuns, 1951 como sinónimos de Microphallus. Hasta la actualidad se han descripto para el mismo 9 especies con ciclo de vida abreviado: M. pygmaeus (Levinsen, 1881); M. somateriae Ku- latschkova, 1958; M. piriformis (Odhner, 1905); M. calidris Belopolskaia & Ryjikov, 1963; M. scolectroma Deblock & Tran Van Ky, 1966; M. abortivus Deblock, 1974; M. breviatus Deblock & Maillard, 1975; M. helicicola Belo- polskaia, 1977 y M. triangulatus Galaktionow, 1984, El digeneo estudiado actualmente se relaciona, por la modalidad de su ciclo biolögico, con M. helicicola, M. scolectroma y M. abortivus. El mayor tamano de los huevos, las dimensiones de la papila genital y el tipo de ciclo terrestre separan al microfalido de H. conexa de la especie M. helicicola. M. scolectroma y M.abortivus se diferecian de la especie ahora estudiada fundamentalmente por la dimensiones de la papila genital, el tamano del quiste, la longitud de los huevos (para el caso de M. abortivus) y el tamano y disposiciön de las espinas tegumentarias, Con respecto a las restantes especies del género conocidas hasta la fecha y cuyo ciclo de vida no se conoce, el digeneo estudiado se asemeja a dos citadas en Sudamérica: M. quechuasensis Caballero & Ibanez, 1970 descripta en Perá y Gynaecotyla simillima (Travassos, 1920) Yamaguti, 1939 del Brasil. M. quechuasensis difiere fundamentalmente del parásito estudiado ahora por el tamafo del cuerpo, mucho mayor, y la ausencia de papila genital. Con respecto a esto último existiria la posibilidad de que el atrio genital circular de 20-21 um de diámetro descripto para esta especie del Perü pudiera tratarse de la papila genital en vista apical, tal como puede observarse en la fig. 2 del trabajo original (CABALLERO & IBANEZ, 1970). | Con respecto a la especie del Brasil las coincidencias son numerosas, tanto con la descripción original como con la redescripción realizada por DEBLOCK (1972): las dimensiones y forma del cuerpo, el tamano de la papila y del atrio genital, el tamano de los huevos y las espinas tegumentarias son iguales. Existe una diferencia en la presentaciön de los vitelarios que DEBLOCK (1972) seiiala como difusos en el ejemplar que estudió y que en el adulto ahora descripto son mas compactos. Sin embargo es importante sefialar que TRAVASSOS et al. (1969) los indican como vitelarios con grandes folículos. IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 91-98, 23 Ago, 1991 96 MARTORELLI, S. Rs El poro genital ventosiforme de la descripción original se podria interpre- tar, de acuerdo con DEBLOCK (1972), como una papila masculina del género Microphallus. El mencionado investigador no pudo además observar ni la bolsa del cirro ni las estructuras musculares del atrio genital mencionadas originalmente, Finalmente la ausencia de una segunda ventosa ventral y de una bolsa vesiculo prostática evidente excluirian al parásito estudiado por Travassos del género Gynaecotyla. Por todo lo anterior se identificó al paräsito de H. conexa e H. melanurus con el descripto por Travassos en el Brasil. Se considera también que este último debe ubicarse, coincidentemente con lo expresado por DEBLOCK (1972) en el seno del género Microphallus, como perteneciente a la especie Microphallus simillimus (Travassos, 1920), comb, n. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS BELOPOLSKAIA, M. M. 1962. Los ciclos evolutivos de los trematodes de la familia Microphallidae Travassos, 1920, Vest. leningr. Univer., Leningrado, %1):45—53. CABALLERO, E. C. & IBANEZ, H. N. 1970. Estudios helmintológicos de la República del Perü. I Dos especies de la familia Microphallidae Travassos, 1920 que parasitam a aves. Ann. Inst. Biol. Univ. Nac. Auton., Mexico, 41(1):1—9. DEBLOCK, S. 1971. Contribution a l’&tude des Microphallidae Travassos, 1920 XXIV. Tentative de Phylog&nie et taxonomie, Bull. Mus. Hist. nat., Paris, 7:353—467, | —, 1972. Contribution a l’&tude des Microphallidae Travassos, 1920 (Trematoda) XXIII. Las especies décrites au Brésil par L. Travassos. Annls. Parasit. hum. comp., Paris, 47(1):77—89. DEBLOCK, S. & TRAN VAN KY, P. 1966. Contribution a Pétude des Microphallidae Travassos, 1920 (Trematoda) des cotes de France, XIII, Descriptions de deux espéces a cycle evolutif abrégé originaires de Corse. Annls. Parasit. hum. comp., Paris, 41(4):313—35. GALAKTIONOV, K. V. 1983. Microphallids of the pygmaeus group I: Description of Microphallus pygmaeus (Levinsen, 1881) nec Odhner 1905 and M. piriformes (Odhner, 1905) nom. nov. (Trematoda: Microphallidae). Vest. leningr. Univer., Biologiya, Lenin- grado, 15:20-30, GALAKTIONOV, K. V. 1984. Microphallids of the pygmaeus grup I: Descriptions of Microphallus triangulatus n.sp. Vest. leningr. Univer., Leningrado, 3:5—12. RANKIN JR., J. S. 1939. Studies of the trematode family Microphallidae Travassos, 1920, I The genus Levinseniella Stiles and Hassall, 1901 and description of a new genus Cornucopula, Trans. Am. microsc. Soc., Lancaster, 58(4):431—47. SOKAL, R. & RHOLF, F, J. 1979. Biometria. Madrid, Ed. Blume, 831p. | TRAVASSOS, L.; TEXEIRA DE FREITAS, J. F.; KOHN, A, 1969. Trematodes do Brasil. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 67:301—10. | TRAVASSOS, L. 1920. Contribuição para o conhecimento de fauna helmintológica brasileira, Sobre as espécies da subfamilia Microphallinae Ward, 1901, Arch. Esc. Sup. Agric. Med. Vet., Belo Horizonte; 42):85-91, VIANA, L. 1924, Tentativa de catalogação das especies brasileiras de trematodeos, Mem. Inst. Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 17(1):95—227, IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 91-98, 23 Ago, 1991 El ciclo biológico abreviado de Microphallus simillimus. 97 YAMAGUTI, S. 1939. Studies on the helminth fauna of Japan. Part 25. Trematodes ——, 1971. Synopsis of Digenetic Trematodes of Vertebrates. Tokyo, Keigaku Publ, Vel—2, 1074p., 1794 il Figs, 1-6. Microphallus simillimus (Travassos 1920), comb, n., escala 100 lim, 1—4 Metacercarias “in vivo”: 1, ubicación sobre los tejidos del hospedador; 2, esporoquiste con metacercarias enquistadas; 3e desenquistamiento expontäneo en agua destilada; 4, detalle de las membranas del quiste, 5. Corte histolögico de Heleobia conexa con metacercarias enquistadas; 6. Metacercarias desenquistadas en los tejidos del hospedador, IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 91-98, 23 Ago, 1991 98 MARTORELLI, So Re oe oa. N 09.0 oloo (8) © oo om pe Voofades 209 0.% o 00 o° Figs 8-12, Microphallus simillimus (Travassos, 1920). 7. Adulto, ventral; 8. Metacercaria desenquistada, dorsal; 9. Adulto, detalle de la genitalia teminal (vs, vesfcula seminal; pa, papila genital; po, gonoporo; ut, útero; ac, acetábulo; vt, viteloducto); 10, Metacercaria, detalle de las espinas cuticulares; 11. Metacercaria enquistada; 12. Cercaria atrofiada, IHERINGIA, S£r. Zool., Porto Alegre (71): 91-98, 23 Ago. 1991 LIMNADIA SANTIAGUENSIS, SP. N. (CONCHOSTRACA, LIMNADIIDAE) DE LA ARGENTINA! Ines I. Cesar? ABSTRACT LIMNADIA SANTIAGUENSIS, SP.N. (CONCHOSTRACA, LIMNADIIDAE) FROM ARGENTINA, Limnadia santiaguensis, sp.n., from Santiago del Estero, Argentina is des- cribed, KEYWORDS: Limnadia, Limnadiidae, Conchostraca, Argentina, INTRODUCCIÖN La informaciön previa del orden Conchostraca en la regiön Neotropical es fragmentaria, Con referencia a Limnadiidae, excepto el género Metalimnadia descripto por MATOX (1952) para Venezuela, las formas en la región Neotro- pical fueron asignadas por IHERING (1895), SARS (1902), LUTZ (1929), GURNEY (1931), MARGALEF (1961) y LOFFLER (1977) al género Eulim- nadia Packard, 1874, al que DADA Y(1925) propone como sinónimo de Limna- dia Brongniart, 1820. WEBB & BELL (1979) realizaron la revisión de los géneros Limnadia y Eulimnadia y adhieren a la opinión de DADAY (1925). En la presente contribución se adopta y comparte el criterio de estos autores: se propone Limnadia santiaguensis, sp.n., siendo el primer limnádido descripto para la Argentina,Se examinaran ejemplares depositados en la Division Zoolo- gia Invertebrados, Museo de Ciencias Naturales de La Plata (MLPA), y fueram enviados 20 paratipos al “British Museum (Natural History)”, (BMNH). Fueron examinados los sintipos de L. chacoensis (40 ejemplares incluyendo los caparazones vacíos), procedentes de Makthlawaya (58º 190, 23°25’ S), Paraguay y de L. antillarum (11 ejemplares) procedentes de la isla de Santo Domingo, Caribe, materiales facilitados por el BMNH, Como el material tipo de L. brasiliensis no fue localizado, la comparación con nuestro material se realizó con la descripción e ilustraciones de SARS (1902), que son suficientemente claras. 1. Recebido em 8,1.1990; aceito em 7,111,1991, Instituto de Limnologia “Raúl A. Ringuelet”, Facultad de Ciencias Naturales y Museo de La Plata, Ave Paseo del Bosque S/N, 1900 La Plata, Argentina, (Carrera Investigador CIC), IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 99110, 23 Ago, 1991 100 CÉSAR, Il Por último, es menester hacer un breve comentario acerca de dos limnádi- dos citados para Brasil: L. texana (Packard, 1881) y L. antillarum, citadas por IHERING (1895), dando descripciones demasiado breves y sin ilustracio- nes. Ninguna de ellas han vuelto a registrar-se para ese país y respecto a L. texana, IHERING (1895), expressa dudas de su identificación, ya que cuenta con escasso material para comparar y además, él se basa en algunos caracteres que no aportan demasiado a la identificación específica, tales como la posición de los ojos y el número de segmentos de los flagelos de la antena, Este último carácter varía aún en el mismo individuo (BREHM, 1933). IHERING (1895), sugiere que el material estudiado por él, tal vez se trate de una especie nueva, Es evidente que sólo los nuevos hallazgos que surjam en la localidad mencionada por aquél autor (Ponte Grande, cerca de San Pablo), aclararán esta duda y lo mismo puede decirse acerca de la presencia de L. antillarum en Brasil, Limnadia santiaguensis, sp. n. (Fig. 1-21) Diagnosis, Bisexuales. Macho: caparazón subelíptico, delgado y transpa- rente, margen dorsal suavemente. curvo. Dimensiones máximas: 4,7x3,0 mm, Dos o tres líneas de crecimiento, el caparazón larval constituye la mitad o un poco más del total. Lóbulo ocular prominente, rostro triangular y agudo, Muesca occipital obtusa, Anténula sobrepasa el tercer segmento del flagelo, Segmentos basal y apical de la sexta endita del primer par de apéndices “claspers””, subiguales. Diecisiete pares de apéndices. Telson con espina infe- rior bien desarrollada, borde superior del mismo con 9 a 10 dentículos o espinas desiguales. Filamento bifurcado emerge entre dentículos I y I o II y IH; cercópodos con 7—8 sedas plumosas y el resto del borde, finamente denticulado. Hembra: caparazón como en el macho pero, con el margem dorsal más arqueado, caparazón larval equivalente a menos de la mitad del total, Dimensiones máximas: 5,5 x 3,7 mm, Lóbulo ocular menos prominente que en el macho, rostro subcuadrado, Muesca occipital como en el macho, Anténula corta, llega apenas al primer artejo del flagelo. Apéndices (menos los dos primeros pares), telson y cercópodos, como en el macho, Descripción. Macho: Caparazón subelíptico, delgado y transparente (fig. 2, 4), con la superficie presentando una microornamentación puntiforme de coloración grisácea, que se intensifica hacia la región ventral; su margen dorsal describe una curva muy suave, formando ángulo obtuso entre la inter- sección del margen dorsal con el margen ventral en las regiones anterior y posterior. Por lo general se encuentran sólo dos líneas de crecimiento bien definidas, como ocurre en el ejemplar de mayor tamafio; excepcionalmente pueden presentar tres como se halló en un ejemplar de 4,6 mm de longitud. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (71): 99-110, 23 Ago, 1991 imnadia santiaguensis, Spo Ne se 101 El caparazón larval, donde por transparencia se observa la glándula el caparazón, constituye en general la mitad o un poco más del resto del aparazón, pero en ejemplares con más de dos líneas de crecimiento, puede obrepasar la primera línea (fig. 2). En el cefalón se encuentra el órgano frontal (típico de la familia), iriforme en el adulto (fig. 1) y unido al cefaión por un pedúnculo corto grueso. El lóbulo ocular se sitúa bastante más abajo del órgano frontal, on la proyección angular anterior, bien distinguible. La muesca occipital orma un ángulo obtuso, El ocelo es alargado y triangular. El borde inferior el lóbulo ocular se proyecta hacia abajo describiendo un ángulo obtuso, ue termina en una punta aguda dirigida hacia adelante, a partir de ella, l borde sigue posteriormente hasta contactarse con el labro. Esto constituye n rostro triangular de bordes lisos y rectos. Los adultos tienen 17 pares de apéndices, incluyendo los dos primeros ares o “claspers”. Los últimos 3 o 4 pares de apéndices son muy pequehios difíciles de contar. La anténula es larga, llega o sobrepasa el segmento III del flagelo fig. 1, 3), lleva 11 papilas de tamanos diferentes, de las cuales 4 0 5 el sector medio son más grandes. En la superficie de las papilas hay espinas uy pequenas. La antena es larga, el escapo se extiende más allá del rostro. Los os flagelos tienen la misma longitud y están formados por 7 o 8 segmentos, e los cuales los dos últimos están poco diferenciados. Los “claspers”” presentan el aspecto típico del género, con las modifica- jones correspondientes en las enditas 4, 5 y 6. El primer y segundo par e “claspers” tienen anatomía muy similar (fig. 5—7, 9, 10); endita IV, n su región inferior, con estructuras piramidales dentiformes muy fuertes 5 o 6 sedas gruesas (fig. 7), además de una proyección digitiforme; endita ‚en la cara superior y hacia la punta, con una serie de estructuras escleroti- adas (figs. 5, 6, 10); endita VI bisegmentada, un tanto más alargada en l segundo par y termina en varias sedas cortas (fig. 9), llevando sedas uy largas en la articulación de ambos segmentos y 2 o 3 sedas largas n el segmento basal, que pueden no estar presentes en el primer par de “claspers”, Los segmentos 8—17 del tronco presentam en su región dorsal, un óbulo que a partir del 9 o 10 lleva 3 espinas. El telson (fig. 8) tiene en su margen dorsal 9 o 10 dentículos o espinas esiguales. De ellos, el posterior es el más grande, curvado, termina en unta aguda y puede sobresalir del borde posterior. Los intermedios son e tamafio similar al primer dentículo, aunque suele haber uno o dos muy equenos. El filamento bifurcado surge entre los dentículos 1 y Ho IL y IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 99110, 23 Ago. 1991 102 CÉSAR, LI. II, El borde posterior termina en un dentículo inferior bien desarrollado cuya punta puede ser aguda o algo redondeada, Los cercópodos son cónicos, con una espina hacia la región posterior y luego de ella se encuentra un borde crenulado, formado por espinas diminu- tas. Los cercópodos tienen 7 o 8 sedas plumosas cada uno, Entre los 2 y 3 mm, se encuentran ejemplares que presentan una o dos líneas de crecimiento en el caparazön. La muesca occipital describe un ángulo obtuso. El primer par de “claspers”” está bien desarrollado, aunque la endita 6 es algo más corta que en los ejemplares que superam dichas medidas. El segundo par de “claspers”” comienza a diferenciarse y en algunos ejemplares se lo encuentra completo (los que se acercan más a los 3 mm) y en otros no. El órgano frontal está bien desarrollado lo mismo que el pedúnculo basal. La antena tiene 6 segmentos en cada flagelo y el rostro es aún redondeado. Hay 9 o 10 dentículos en el borde dorsal del telson y la ornamentaciön del tronco está bien diferenciada, El número de pares de apéndices varía des1sa 1m. Después de los 3 mm, los “claspers”” se desarrollan totalmente, general- mente con 17 pares de apéndices. El número de espinas o dentículos del borde dorsal del telson permanece igual. Puede adicionarse un segmento más en el flagelo de la antena y el rostro adquiere configuración más aguda, Medidas (mm): longitud promedio del caparazón bivalvo 3,55 (4,7—2,4; s 0,2060; s 0,4538). Ancho promedio del caparazón bivalvo 2,3 (1,63; s’ 0,088; s 0,297). Hembra: El caparazón es similar al del macho, pero es más globoso, el margen dorsal más curvo y el ancho máximo algo mayor; en el ejemplar de longitud máxima tiene 3 líneas de crecimiento bien definidas, En este caso, la glándula del caparazón se extiende más allá de la primera línea de crecimiento (fig. 14) y el caparazón larval constituye menos de la mitad del total. El órgano frontal es como en el macho (fig. 11); el lóbulo ocular es prominente y el borde del mismo desciende describiendo un ángulo obtuso, aunque no tan pronunciado como en el macho, Termina en una punta dirigida levemente hacia arriba, Luego de ella, el borde se continúa hacia abajo describiendo un ángulo obtuso amplio hasta contactarse con el labro. La muesca occipital es como en el macho, Tienen 17 pares de apéndices, los pares 9 y 10 presentan el flabelo alargado (fig. 13); los demás pares son como en la fig. 15. La ornamentación del tronco es como en el macho. La anténula es más corta que en el macho, llega o sobrepasa apenas el primer artejo del flagelo de la antena, con 7 o 8 papilas (fig. 12) de IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 99110, 23 Ago, 1991 Limnadia santiaguensis, SP. Ne voe 103 las mismas características que en el macho. La antena tiene 7 o 8 segmentos en cada flagelo. Estos ültimos pueden ser levemente desiguales en longitud, pero por lo demäs, presentan el mismo aspecto que en el macho, Telson similar al del macho. En algunos ejemplares, la denticulación del borde superior comienza con un dentículo más pequehio y a continuaciön otro más grande (fig. 16); este dentículo más pequeiio no se encuentra en los machos. El filamento bifurcado, los cercópodos y la espina del ángulo inferior y distal del telson, son como en el macho, En los ejemplares que miden 3—3,5 mm, suele haber una o dos líneas de crescimiento. El órgano frontal está bien desarrollado y la protuberancia anterior del lóbulo ocular, bastante destacada, La anténula llega hasta el extremo distal del segundo segmento del flagelo de la antena, esta última tiene 7 segmentos en cada flagelo. El flabelo del par 9 comienza a alargarse, no así el del par 10. En el telson hay 10 dentículos en el borde superior, la espina del ángulo póstero inferior puede tener el aspecto que se presenta en la fig. 19. Las hembras que miden más de 4 mm muestram sus ovarios con huevos de color naranja. Juvenil. Se considera como tales a los ejemplares que midieron entre 1 y 2 mm de longitud del caparazön. En ellos, el órgano frontal se encuentra diferenciado (fig. 17), tiene forma cilíndrica y no hay pendüculo basal forma- do. El rostro es bien redondeado y la anténula muy corta, ya que apenas sobrepasa al rostro. El caparazón no presenta líneas de crecimiento (fig. 21) y por su forma, se asemeja a la del macho adulto. Hay unos 14 pares de apéndices, de los cuales solo los 8 primeros están bien desarrollados y los restantes son rudimentarios. En el telson, los dentículos del borde superior se hallan en menor número. El primero y el último tienen configuración similar a la del adulto y los intermedios, en número de 5 o 6, son muy pequefios, La espina del ángulo inferior es siempre redondeada y con la superficie espinosa, Los cercópodos similares a los del adulto, pero sin sedas (fig. 18). No se evidencian “claspers” ni flabelo. Material estudiado. ARGENTINA.Santiago del Estero: Salinas Gran- es, Asusques, 1 4 (Holotipo, 6); 10 d ‚10 ? (Paratipos, 7,8), 14.XT1.1959, . Birabén col. (MLPA); 79 3 , 402 9 y 260 juveniles. 14.X11.1959, . Birabén col. (MLPA); 10 & (Paratipos, B. M. Reg. Nº 1989-27-36) 10 9 (Paratipos B. M. Reg. Nº 1989. 37-46), 14.X11.1959, M. Birabén ol. (BMNH). IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 99110, 23 Ago. 1991 104 CESAR, LI. Como parämetros biométricos se consideraron, la longitud y ancho mäxi- mos del caparazön, medidos en 79 & maduros y 100 2 . Para cada parämetro se calculó el promedio, varianza (s”) y desviación standard (s). Se dan además, los tamanos máximos y mínimos obtenidos, las medidas están en milímetros. Discusiön. Limnadia santiaguensis, sp. n. se distingue de L. lenticularis (Linnaeus, 1761) por los caracteres de esta última: no es bisexual, caparazón de gran tamano (12,5 x 9) y tiene un número mucho mayor de lineas de crecimiento (45). Además, la anténula es más corta que el escapo de la antena, cuyos flagelos llevan 12 a 14 segmentos, El rostro es agudo, tienen 22 pares de apéndices y no hay espina en el ángulo inferior y distal del telson. Con respecto a L. grobbeni Daday, 1925 y L. wolterecki Brehm, 1933, son formas que presentan dimensiones máximas mucho mayores que L. santia- guensis, sp. n. (19 x 13 y 22,3 x 16,6, respectivamente) además, tienen 45 líneas de crecimiento y el margen dorsal del caparazón describe una concavidad que no se halla en L. santiaguensis, sp. n. L. santiaguensis, sp. n. se diferencia de L. stanleyana King, 1855 porque en ésta última, el margen dorsal del caparazón en el macho es casi recto y el caparazón larval constituye solo el 20% del total del caparazön. L. santiaguensis, sp. n. se distingue de L. cygnorum (Dakin, 1914), L. rivolensis (Brady, 1886) y L. badia (Wolf, 1911) por tener los dos segmen- tos de la endita 6 del primer par de ““claspers”” casi de la misma longitud mientras que, en las tres especies nombradas anteriormente, el segmento apical tiene el doble de la longitud del basal o tiene tres segmentos. Ademäs, L. santiaguensis, sp. n. posee un número menor de apéndices, 17 contra 18 y 20 en las otras. Se diferencia también de L. urukhai Webb & Bell, 1979 porque ésta última presenta dimensiones máximas de 6,7 x 4,3, 15 a 16 pares de apéndices, caparazón con 10 líneas de crecimiento, telson sin espina en el ángulo inferior y distal, margen dorsal del mismo con 15 dentículos o espinas y cercópodos con 3 o 4 sedas cortas. L. santiaguensis, sp. n. es una forma afin a L. chacoensis (Gumey 1931) y teniendo en cuenta la suma de caracteres recomendados por WEBB & BELL (1979) para la diferenciación específica: en L. chaccensis, la proyec- ción digitiforme de la endita 4 del primer par de “claspers”” tiene mayor tamafio, el lóbulo ocular es poco prominente en la hembra, más prominente en el macho, pero no tanto como en L. santiaguensis, sp. n.; el rostro en la hembra no está proyectado inferiormente y el borde inferior es casi recto; la anténula de la hembra es más larga, llega hasta el tercer segmento del flagelo de la antena; 15 (18 según GURNEY, 1931) pares de apéndices; 11 a 14 dentículos en cada placa lateral del telson, el filamento bifurcado IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 99110, 23 Ago. 1991 Limnadia santiaguensis, Spe De eos 105 emerge entre los dentículos II y II o II y IV del telson; tiene 8-11 sedas plumosas en los cercöpodos. Las dimensiones mäximas son de 4,35 x 2,85 en la hembra y 3,54 x 2,22 en el macho; con hasta 4 lineas de crecimiento en la hembra y 3 en el macho; el caparazön larval mide un poco menos de la mitad del total del caparazön en el macho; en la hembra, representa aproximadamente 1/3 del total. L. santiaguensis, sp. n. se distingue de L. antillarum Baird, 1852 por los siguientes caracteres de la última: el rostro redondeado en la hembra, el margen dorsal del caparazón no es demasiado convexo y tiene hasta cuatro líneas de crecimiento; las dimensiones máximas son de 5-6 x 3-4; en el material en que se pudo contar los apéndices, se encontrö una variación de 17, 18 y 19 pares; el borde dorsal del telson tiene los dentículos anterior y posterior no tan desarrollados como en L. santiaguensis, sp. n.; el borde posterior del telson varía en su forma de redondeado a recto, los dentículos o espinas intermedios entre el primero y la espina posterior son muy pequenos y en algunos casos, faltan o apenas estän esbozados; en los cercöpodos hay 17—21 sedas plumosas muy largas. Los síntipos examinados de L. chacoensis presentaron algunas diferen- cias con la descripción original. En primer lugar, las dimensiones máximas que da GURNEY (1931), no coinciden con las obtenidas por nosotros: él da para la hembra 9,5 x 6,5 contra 3,35 x 2,85 y en el macho 7,5 x 4,3 contra 3,54 x 2,22. El orígen de estas variaciones es incierto, ya que pueden haberse debido a errores en las mediciones o quizás, a que el autor se basara en otros ejemplares. Con respecto a las líneas de crecimiento, GURNEY (1931) cuenta tres o cuatro poco conspícuas, no especificando el tamano al cual están asociadas. Por nuestras observaciones, se concluye que en 6 ejemplares, 2 juveniles de 1,98 x 1,44 y 2,01 x 1,44, no se distinguen líneas de crecimiento. En 7 hembras de 2,85 x 1,8, 3 x 1,95, 3,15 x 2,19, 3,3 x 2,1, 3,48 x 2,25, 3,45 x 2,16 y 3,6 x 2,1, se contaron dos líneas. En 4 hembras de 3,48 x 2,28, 3,9 x 2,7, 4,35 x 2,85 y otra igual a la anterior, hubieron tres líneas de crecimiento. Solamente una hembra de 4,08 x 2,76 (y no es la de mayor tamafio) presentó 4 líneas. Con respecto a los machos, en el lote de Makthlawaiya habfa sólo 3 de ellos; el que midió 3,09 x 2,04 tenfa una línea de crecimiento y aqu&llos de 3,39 x 2,25 y 3,54 x 2,22, presentaron 2 líneas de crecimiento., De los datos obtenidos se infiere que sería de gran interés estudiar una colección estadísticamente significativa de ejemplares a fin de establecer si existe o no relaciön entre la talla y el número de líneas de crecimiento y si hay realmente un límite en el número de las mismas con respecto a cada tamafio, ya que consideramos que en virtud de las variaciones morfológicas debidas a las condiciones am- bientales que afectam a los limnádidos, y que han sido senaladas por varios autores (SARS, 1895; STRASKRABA, 1965; MASSAL, 1954; BREHM, IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 95110, 23 Ago, 1991 106 CÉSAR, II. 1933 y WEBB & BELL, 1979), solamente con extensas colectas podrän extraerse conclusiones acerca de este töpico en particular. Prosiguiendo con otros aspectos de la descripciön original, GURNEY (1931) menciona que el número de apéndices se eleva a 18 pares, sin embargo, en las hembras de mayor talla se contaron sólo 15 y el mismo número se halló en otra de 2,91 x 2,01. El telson según dicho autor (fig. 12, 13), tienen en el borde dorsal, 11 dentículos en el macho y 15 en la hembra; en el material en buen estado se contaron 11 a 14 en la hembra, REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS BREHM, V. 1933, Phyllopoden, Mitteilungen von der Wallacea-Expedition Wlotereck, 5. Zool. Anz., Leipzig, 104:215-33, DADAY, E. von. 1925. Monographie systematique des phyllopodes conchostrac&s, Troisieme partie. Annals Sci. nat. Ser. 10, France (8):143—84, GURNEY, D. 1931. Branchiopoda from Brasil and Paraguay. In: Reports on an Expedition to Brasil and Paraguay in 1926-27, supported by the Trustees of the Percy Sladen Memorial Fund and the Executive Comitee of the Carnegie Trust for Scotland. Linn. Journ. Zool., London, 27:269-72, IHERING, H. von. 1895. Os crustaceos Phyllopodos do Brazil. Rev. do Museu Paul., São Paulo, 1:165—80, LOFFLER, H. 1977, Biota Acuática de Sudamérica Austral. San Diego, California, San Diego University, p. 130-2, LUTZ, A. 1929. Dous Phyllopodos observados no Rio Grande do Norte, Mem. Inst. Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 5:4-9, MARGALEF, R. 1961. La vida en los charcos de agua dulce de Nueva Esparta (Venezuela), Mem. Soc. Cs. Nats. La Salle, Caracas, 59(21):4—9. MASSAL, L. 1954. Deuxieme note sur le milieu et la croissance des Estheries. Bull. Soc. Sci. nat., Tunis, 7:165—81. MATTOX, N. T. 1952. A new genus and species of Limnadiidae from Venezuela, J. Wash. Acad. Sci., Washington, 142(1):23—6. SARS, G O 1902. On a new South American Phyllopod, Eulimnadia brasiliensis, raised from dried mud. Archiv für Math. Natur., Christiania, 24(6):259—-67. STRASKRABA, M. 1965. Taxonomic studies on Czechoslovak Conchostraca, I. Family Limnadiidae, Crustaceana, Leiden, 9:263—73, WEBB, J. A, & BELL, G. D. 1979. A new species of Limnadia (Crustacea: Conclostraca) from the Granite Belt in Southern Queensland and Northern New South Wales. Proc. Linn. Soc. N. S. W., New South Wales, 103(4):237—45, 1978. IHERINGIA, S&r. Zool., Porto Alegre (71): 99110, 23 Ago, 1991 Limnadia santiaguensis, Sp. No co 107 } 0,50 Fig. 1-6: Limnadia santiaguensis, sp. ne, macho, 1, cefalön; 2, valva derecha con la gländula del caparazón; 3, anténula; 4, valva izquierda; 5, “clasper” izquierdo del primer par; 6, “clasper” del segundo par, Escala en mm, IHERINGIA, Sér. Zool. Porto Alegre (71): 99110, 23 Ago. 1991 108 CÉSAR, LI Fig. 7-10: Limnadia santiaguensis, sp. ne, macho, 7, endita 4; 8, telson; 9, endita 6 del segundo par de “claspers”; 10, extremo de la endita 5 del primer par de “claspers”. Escala en mm, IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 99-110, 23 Ago. 1991 109 Limnadia santiaguensis, Spe Ne eo. 0.50 - N II, 3 = ES N 13 SA, Ni N N N N À 14 1 Fig. 11-15: Limnadia santiaguensis, sp. ne, hembra, 11, cefalón; 12, anténula; 13, noveno apéndice con el largo flabelo; 14, valva derecha del caparazón; 15, octavo apéndice con el corto flabelo, Escala en mm, IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 99110, 23 Ago. 1991 110 CESAR, LI. 21 Fig. 16-21: Limnadia santiaguensis, sp. ne 16, telson hembra, Juvenil: 17, cefalön; 18, telson; 19, espina del ängulo pósteroinferior del telson; 21, valva del caparaz6n. 20, espina del adulto, Escala en mm, IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 99-110, 23 Ago, 1991 TEMNOCEPHALA (PLATYHELMINTHES, TEMNOCEPHALIDAE) DE LA ARGENTINA: REVISION DE CARACTERES ESPECIFICOS! Maria Cristina Damborenea? ABSTRACT ARGENTINIAN TEMNOCEPHALA (PLATYHELMINTHES, TEMNOCEPHALIDAE): REVISION OF THE SPECIFIC CHARACTERS, The characters often used in the discrimi- nation of Temnocephala species are examined with the aim of settling the diagnostic features. Total length of penis, prostatic and uterine morphology, total length without tentacles/total length of de penis ratio and total length without tentacles/sucker diameter ratio are considered, All these characters are discussed taking into account previous knowledge of these taxa, KEY WORDS: Temnocephala, Temnocephalidae, Platyhelminthes, specific characters. INTRODUCCION El género Temnocephala Blanchard, de distribución notogeica, se halla ampliamente representado en la Argentina como ectocomensal de Crustacea, Decapoda (Caridea, Astacidea, Anomura y Brachyura), Mollusca, Gastropoda (Ampullariidae), Reptilia, Chelonia (Chelidae) e Insecta, Hemiptera (Belos- tomatidae). Las primeras descripciones de especies de America del Sur se basan en el aspecto externo (coloraciön, tamano, manchas oculares), la especie hospedadora y localizaciön sobre ella. Las descripciones y revisiones posterio- res incorporan otros caracteres morfológicos así como dimensiones de los Örganos internos. A la vez el penis adquiere importancia taxonómica, por ser la unica estructura dura y relativamente indeformable. Estos hechos han generado discrepancias y dificultades en la determinacion específica, habién- dose descripto especies (W ACKE, 1905; PEREZ-GONZA LES, 1949) en base a caracteres relativos que posteriormente se reconocieron como no validos (DIONI, 19674). 1. Recebido em 14,111.1990; aceito em 19,11,1991, 2. Fac, de Ciencias Naturales y Museo Universidad Nacional de La Plata, Paseo del Bosque s/ıf, 1900 La Plata, Argentina, (CONICET), IHERINGIA, S£r, Zool., Porto Alegre (71): 111-120, 23 Ago. 1991 112 DAMBORENEA, M, Ce Del estudio sistemático exhaustivo de temnocéfalos de crustáceos y moluscos de la Argentina (DAMBORENEA, 1988) se desprende que las especies del género son básicamente homogeneas en su morfologia habiéndose detectado, en algunos casos, una gran variación intraespecífica. Además, son organismos con gran capacidad de alargamiento y contracción, por lo que las dimensiones y ubicación relativa de los organos dependen de la técnica empleada. De lo expuesto surge la necesidad de revisar los caracteres utilizados con más frecuencia en la discriminación específica con el objeto de determinar los diagnósticos válidos, MATERIAL Y METODOS Los ectocomensales fueron capturados con sus hospedadores, dependiendo de éstos el método de recoleciön, Se estudiaron nueve especies hospedadoras de Argentina: Aegla uruguayana Schmitt, 1942, Buenos Aires, Isla Paulino (Berisso) y balneário Anchorena (Martínez); A. neuquensis neuquensis Schmitt, 1942, Neuqu&n, arroyo Covunco y ruta 22, arroyo Nireco, arroyo Llao-Llao y arroyo Fortín 1º de Mayo; A. abtao riolimayana (Schmitt, 1942), Neuquén, rio Limay; A. squamosa Ringuelet, 1948, Mendoza, rfo Mendoza (Potrerillos); Sylviocarcinus pictus (Milne-Edwards, 1853) y Dilocarcinus (D.) pagei Stimpson, 1861, Santa Fe, laguna Guadalupe, (Piedras Blancas); Palaemonetes (P) argentinus Nobilli, 1901, Buenos Aires, Los Talas (Berisso) y Boca Cerrada (Punta Lara); Ampullaria canalicu- lata Lamarck, 1801, Buenos Aires, arroyo Dona Flora (Cambaceres), Los Talas (Berisso) y Asolene platae (Maton, 1809), Santa Fe, laguna Don Felipe, Los ectocomensales se observaron y separaron de sus hospedadores — en vivo o fijados previamente, según los casos — bajo lupa binocular, Se estudiaron alrededor de 100 ejemplares vivos de cada especie, que fueron tratados con procedimientos y técnicas semejantes. Para su estudio in toto fueron fijados en alcohol 96º; coloreados con carmín clorhídrico y montados en bálsamo de Canadá de acuerdo a la técnica empleada por CAUBISENS-POUMARAU (1968). El material se halla depositado en la coleccion Helmintológica de la división Zoologia Invertebrados del Museo de La Plata (Argentina) con los numeros 3101 al 3127, El estudio de la faringe, septación del saco digestivo, localización de las glandulas prostáticas, morfologia del genital femenino y masculino se realizó a través de cortes histológicos seriados de todas las especies excepto de T. santafesina Dioni, 1967. Se utilizaron como fijadores Zenker, Bouin y preferentemente Bouin Hollande, Los ejemplares se incluyeron en parafina y se realizaron cortes seriados transversales, sagitales y frontales de aproximadamente 7,5 um de espesor. Se colorêo con hematoxilina y eosina, Tanto las preparaciones in toto como los cortes histológicos fueron examinados con un microscopio Wild M20 y los dibujos realizados con câmara clara, A fin de determinar la validez de los índices utilizados en las diagnosis específicas, se realizaron regresiones lineales entre la longitud total sin tentáculos (LT) y el diâmetro de la ventosa (DV); LT y la longitud total del penis (LP); y LP y la longitud total del bulbo del penis (LBP). En todos los casos se determinó la ecuación de regresiön (a: ordenada al origen; b: coeficiente de regressión), error tipico de b (Sb) y coeficiente de correlaciön (r). Del presente estudio se exceptuan aquellos temnocefalos provenientes de quelonios y hemipteros. Ademäs, y entre los hospedadores crustáceos, no se han examinado representantes de la familia Parastacidae. IHERINGIA, Sér. Zool. Porto Alegre (71): 111-120, 23 Ago, 1991 Temnocephala (Platyhelminthes, Temnocephalidae)..s 113 Cabe destacar que T. santafesina se excluye del tratamiento estadistico por contar com un único ejemplar. RESULTADOS Especies epibiontes y hospedadoras. Se registraron ocho especies de temnocéfalos localizadas sobre nueve especies hospedadoras, correspondientes a tres familias de crustáceos decápodos y a una de moluscos gastrópodos (tab. I). No se observó alta especificidad de hospedador; cada especie de Temnocephala se desarrolla sobre un único hospedador, o bien sobre un grupo emparentado de éstos. Morfologia externa. Todas las especies tienen forma elíptica alargada, con la superficie ventral cóncava y la dorsal convexa. El pigmento del parénquima es muy variable. Los juveniles, en general, carecen de coloración o es muy tenue, siendo ésta más evidente en los ejemplares de mayor talla. En T. chilensis se hallaron coloraciones variables, desde amarillentas hasta rojizas, relacionadas con la propia del hospedador. Todas las especies presentan manchas oculares rojizas anteriores y dorsales. La longitud total media y el desvio estándar no registran diferencias relevantes (fig. 1). Este carácter sólo permite una relativa diferenciación en grupos de especies de tamano grande (T. chilensis y T. digitata) y pequeão (las restantes). En la variación media y desvío estándar del diámetro de la ventosa (fig. 2) se destacan T. chilensis y T. ineringi por presentar gran diámetro, mientras que el de T. digitata es pequeno y con escaso desvio. Aparato digestivo. Tanto la morfologia como las dimensiones de la faringe son constantes. El saco digestivo esta parcialmente dividido en bolsas gástricas por septos musculares, los que faltan en T. digitata. Aparato genital masculino. Las dimensiones y localización de los testículos no se consignan por no haberse registrado variación específica. La media y desvio eständar de la longitud de la vesícula seminal senalan algunas diferencias entre especies (fig. 3). Se distinguen así aquellas de vesícula seminal larga (T. digitata, T. microdactyla y T. iheringi) y corta (las restantes). En el parénquima (de localización lateral) se hallaron celulas acidófilas libres consideradas prostáticas. En T. chilensis son células pequenas en las proximidades del bulbo del penis y en T. iheringi acompafian el recorrido de los conductos deferentes. El bulbo del penis es una estructura de paredes externas musculares, atravesadas por los conductos de las glándulas prostáticas e internamente revestido por un epitelio sincitial. Esta morfología es constante, aunque IHERINGIA, S&r. Zool. Porto Alegre (71): 111-120, 23 Ago, 1991 114 - »DAMBORENEA, M, C, en algunas especies existen diferencias significativas. Tal el caso de 7. pignal- beriae, donde las paredes son fuertemente musculosas constituyendo la princi- pal capa de tejido. Las dimensiones del bulbo del penis resultan poco variables (fig. 4). El penis es de morfología constante y distintiva para cada especie. T. chilensis es una excepción ya que a pesar de conservar caracteres diagnós- ticos específicos, existe una secuencia morfológica de extremos muy distintos. El desarrollo del penis comienza por el extremo distal — el más relevante en la identificación específica por llevar o no espinas, estar o no dilatado — para luego aumentar su longitud hacia la zona proximal. Esto permite el reconocimiento de ejemplares juveniles en los que aun no se completo su desarrollo. Al considerar la longitud del penis y su desvio estándar para los taxones en estudio (fig. 5) es evidente la presencia de especies de penis largo — media mayor a 250um en ejemplares maduros como en T. digitata y T. microdactyla — y corto, es decir menor a 250um en ejemplares maduros (las restantes especies). Aparato genital femenino. El ovario, vesicula “resorbiens” y las glán- dulas del útero son de tamano variable pero de localización y conformaciön relativamente constantes. En la variación de la longitud del ovario (fig. 6) se destaca el de T. digitata por su gran dimensión. Los receptáculos seminales y viteloductos son difíciles de diferenciar y deben ser investigados con detenimiento. El útero, estructura muscular, es especificamente variable. Ciertas espe- cies presentan un fuerte esfinter (T. axenos, T. microdactyla y T. santafesina) mientras que en otras no se evidencia (T. digitata, T. talicei y T. chilensis). Las glándulas vitelinas se localizan en el área intestinal tanto en posición dorsal como ventral al intestino. En T. pignalberiae sólo se hallan dorsalmente. Proporciones. Se ha estudiado el tipo de relación existente entre LT y DV. El coeficiente de correlación es significativo (P < 0,01) para todas las especies a pesar de evidenciarse en algunas una gran dispersión. Sin embargo, el ajuste a una regresión lineal resulta forzado en algunos casos (fig. 7). Ambas estructuras mostrarían un tipo de crecimiento cercano al isométrico. La dispersión al correlacionar LT/LP es mayor que en el caso anterior. El análisis gráfico demuestra que las tallas pequenas pueden presentar longitu- des de penis muy variables, mientras que entre las de mayor tamafio la relación es más uniforme; el ajuste a regresiones lineales resulta también forzado (fig. 8). Las relaciones entre LP y LBP se comportan en forma semejante a las anteriores (tab. II). IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 111-120, 23 Ago, 1991 Temnocephala (Platyhelminthes, Temnocephalidae).. 115 DISCUSION Y CONCLUSIONES Se concluye, al igual que lo hacen otros autores (PEREIRA & CUOCO- LO, 1941), que el penis es el caräcter de mayor valor en la identificaciön específica, en especial su morfologia. Esta es constante para cada especie y además evidente desde el inicio de la formación del penis en los juveniles. En T. chilensis se han hallado morfologías de penis variables de acuerdo a la especie hospedadora y localidad de procedencia (DA MBORENEA, 1988 La longitud media del penis permite la separación de los ejemplares maduros en dos grupos de especies — de penis largo y corto — criterio que, con idénticos resultados fuera aplicado por PEREIRA & CUOCOLO (1941) en el tratamiento de las especies brasilenas. Si bien DIONI (1967c) y PONCE- DE-LEON (1979) utilizan la proporción LT/LP, las tallas pequenas pueden presentar longitudes de penis extremadamente variables, lo que provoca distor- sión en las mayores. Pese a ello, esta relación es de utilidad en el reconoci- jento específico como complemento de los restantes caracteres. Debido a la gran homogeneidad interespecífica, la longitud total sin entáculos no resulta diagnóstica, pero si indicativa cuando la media es mayor 2mm. Esta dimensión, muy utilizada en las primeras descripciones, ha erdido importancia taxonómica. PEREIRA & CUOCOLO (1941) le otorgan n general poco valor diagnóstico y afirman la existencia de gran variación entro de una misma especie y practicamente del mismo orden entre especies. Sin embargo, dichos autores separan las entidades brasilenas en grupos de amano. Han existido discrepancias acerca de la validez del diámetro de la vento- a. Para algunos tiene poco valor tomado aisladamente, en tanto otros (DIONi, 967b; PONCE-DE-LEON, 1979) consideran la relación LT/DV significativa. uestro análisis demuestra que ambas estructuras presentan un tipo de creci- jento cercano al isométrico y que, por lo tanto, la relación tiene valor lagnóstico. Sin embargo, debido a la relativa uniformidad de tamano, sólo s útil entre especies de diferente longitud y/o diametro de la ventosa. Através del estudio de ejemplares montados in toto y de cortes histoló- icos seriados, se demuestra la presencia de células prostáticas en la mayoria e las especies. A pesar de que estas glándulas son estructuras regulares ntre los rabdocelos-turbelareos emparentados con los temnocefalos — se an omitido en las descripciones de especies de América del Sur y sólo an sido senaladas por MERTON (1922) para T. brasiliensis (= T. axenos), YMAN (1955) — quien no las considera células libres en el parénquima y MORETTO & DURQUET (1977) en T. iheringi. Por tal motivo, clasica- ente se ha considerado que las especies sudamericanas podrían haber deriva- o de las australianas (BAER, 1961) en las que si se verifica la presencia e organos prostáticos. La morfologia prostätica hallada en T. iheringi es semejante a la descrip- a por MORETTO & DURQUET (1977), en T. chilensis se hallaron pequenas IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 111-120, 23 Ago, 1991 116 DAMBORENEA, M, Cs células prostáticas en las proximidades del bulbo del penis y en las restantes especies se corresponde con el patrón australiano. La morfologia del bulbo del penis es constante excepto en T. pignalbe- riae, donde la musculatura es muy fuerte. No existen diferencias relevantes en la longitud de esta estructura. La relación LTC/LP utilizada por DIONI (1967c) y PONCE-DE-LEON (1979) demonstró amplia dispersión. En la mayoría de los casos el estudio anatómico del sistema genital femenino no resulta de utilidad en la discriminación específica. El número de receptäculos seminales y viteloductos, que podrían ser caracteres diagnös- ticos preciosos, son dificiles de diferenciar y deben ser estudiados con deteni- miento. El útero, estructura siempre muscular, es especificamente variable en lo referente a la presencia/ausencia, tipo de desarrollo y longitud del esfinter muscular. à Na En la mayoría de los casos no se registro especificidad de hospedador. Sin embargo, grupos de especies epibiontes son propias de familias hospeda- doras, constituyendose estas en indicativas de la identidad específica del temnocéfalo. El pigmento y la presencia/ausencia de manchas oculares carece de valor identificatorio, ya que una misma especie puede presentar distinto color en relación al hospedador y todas tienen manchas oculares rojizas. El pigmento se disuelve una vez fijado el material (al menos con los fijadores mas corrientes), lo que muchas veces ha traido aparejadas discrepancias (WACKE, 1905) según la técnica empleada (DIONI, 1967a). La morfología faringea de las especies argentinas es un carácter constan- te y acorde a los lineaminetos dados por MERTON (1914). El tamahio, utilizado por PEREZ-GONZA LES (1949) para la identificacion, no presenta diferencias interespecificas relevantes. Debido a su homogeneidad morfológica se la considera — al igual que PEREIRA & CUOCOLO (1941) — carente de valor diagnóstico. El saco digestivo también es estructuralmente homogéneo; sólo la pre- sencia/ ausencia de septos gástricos proporciona información para la identi- ficacion. De lo expuesto se concluye que existe gran homogeneidad entre las especies estudiadas del genero Temnocephala. El principal carácter identifica- torio lo constituye la morfología del penis y la diagnosis específica surge de la combinación de caracteres. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS BAER, J. G. 1961. Clase des Temnocéphales. Temnocephaloidea Benham. In: GRASSE, P. P. Traité de Zoologie; anatomie, systematique, biologie. Paris, Masson. t. 4, fasc. 1:213-41. CAUBISENS-POUMARAU, E. M. 1968. Trematodes de ofideos de la Argentina. Revta. Mus. Arg. Cienc. Nat. “Bernardino Rivadavia”. Parasitología, Buenos Aires, I 1):1—129, DAMBORENEA, M. C. 1988. Contribuciön al conocimiento sistemático y biológico de los temnocéfalos (Platyhelmintha, Aemnocephala) de invertebrados (Crustacea y Mollusca) de la Repüblica Argentina. Tesis N 520. Fac. Cs. Nat. y Museo, La Plata, sin publicar, 237 pp. IHERINGIA, S£r. Zool., Porto Alegre (71): 111-120, 23 Ago. 1991 Temnocephala (Platyhelminthes, Temnocephalidae)... 117 DIONI, W. 1967a. Temnocephalas argentinas. I. Notas sobre Temnocephala chilensis (Moquin-Tandon, 1846) Platyhelmintha). Physis, Buenos Aires, 26(73):405— 10. ——, 1%7b. Temnocephalas uruguayas II. Descripción de Temnocephala talicei n. sp. y notas sobre T. anexos Monticelli (Platyhelmintha). Physis, Buenos Aires, 26(73):477—84. — —, 1%7c. Temnocephalas argentinas, III. T. pignalberiae y T. santafesina novae species de Trichodactylus del Paraná medio. Acta Zool. Lilloana, Tucumán, 23:349-60, HYMAN, L. H. 1955. Miscellaneous marine and terrestrial flatworms from South America. Amer, Mus. Novitates, New York, (1742):1—33. MERTON, H. 1914. Beiträge zur Anatomie und Histologie von Temnocephala. Abhand. Senckenberg. Naturforsch. Gesell., Frankfurt, 35:1—58. = 192. Neue Beiträge zur Anatomie von Temnocephala. Zool. Jahrb. Abt. Anat., Jena, 43:539-56. MORETTO, H. J. A. & DURQUET, J. 1977. EI sistema reproductor de Temnocephala jheringi Haswell, 1893 (Temnocephaloidea), de Pomacea canaliculata (Scott, 1957) (Mollusca). Physis. Serie B. Buenos Aires, 37(93):75—88. PEREIRA, C. & CUOCOLO R. 191. Estudos sobre Temnocephalidae Monticelli, 1899, com estabelecimiento de dois novos gêneros australianos e descrição de duas novas especies neotröpicas. Arq. Inst. Biol., São Paulo, 12(9):101—27. PEREZ-GONZALES, M. D. 1949, Sobre de e a respiracäo das Temnocephalas (Temnocephala bresslaui, spec. nov.). Bol. Fac. Fil. Cienc. Letras Univ. São Paulo. Zoologia, São Paulo. 14:277— 344, PONCE DE LEON, R. 1979. Especies americanas de Temnocephalidea Benham (Platyhelmintha). I. Descripción de Temnocephala rochensis, n. sp. de la cámara paleal de Pomacea caniculata (Lamark). Rev. Biol. Uruguay, Montevideo, 7:39—48, WACKE, R. 1905. Beiträge zur Kenntnissder Temnocephalen. Zool. Jahrb., Jena, 46):1—116. S uppl. 2 3 a n= |22 n=103 ] n= n=69 > E 9 E 300 E E n=67 = n=83 = q n=187 Ss n=140 c = s — n=I79 u | > 200 E - A = E q n=56 n=56 =) 4 | E | c -— o E = ) a = o Ss E a = T. axenos; ii T. iheringi; p: T. pignalberiae; m; T. microdactyla.). 1. Longitud total sin tentáculos (LT); 2. Diämetro de la ventosa (DV); 3. Longitud de la vesícula seminal (LVS); 4. Longitud del bulbo E penis (LBP); 5. Longitud total del penis (LP); 6. Longitud del ovario (LO). (Media y desvio eständar). Fig. 1-6. Temnocephala spp. (d: T. digitata; c: T. chilensis; t: T. talicei, a: IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 111-120, 23 Ago. 1991 118 DAMBORENEA, Me 7504 art oxenos 5004 250) y= 41,2474 + 0,215! x 7004 7 IL chilensis 5004 | 300 | 100 T. talicei y= 84,2433 + 0,1532 x 4000 y= 57,3077+0,1422 x s, = 4,20. 103 r= 0,93% n=187 y= 22,7479+0,2128x s,º 0,0139 r= 0,85% n=9 zT T T E 1000 2000 E a 2 T microdactyla = 1500| > 1 o 300 1 2% Su y= 128,866 + 0,1358 x I ® s, = 0,0120 100 In , — r r 7 \000 2000 T digitota 5007] 3004 100 I y=106,2162+0,0648x r=0,86% n=179 USA T T TRE SAS Ar; 1000 2000 3000 4000 jheringi y=271,4674 + 0,/222x s,*0,0179 r=0,56% n=103 Fig. 7. Regresiones lineales entre longitud total/diämetro de la ventosa (LT/DV) de Temnocephala SPP. (Sp: error típico del coeficiente de regresión (b); r: coeficiente de correlación, “significativo a PASO Ol) T Ele: 1000 2000 3000 4000 LT (en um) IHERINGIA, S£r. Zool., Porto Alegre (71): 111-120, 23 Agos 1991 Temnocephala (Platyhelminthes, Temnocephalidae).. 119 ED mit E Eh ME a in BE T. [heringl 200 100 1000 T oxenos 200 y* 79,0667 +0,0322x s,. 0,0189 r= 0,17 n=97 1000 2000 3000 T tolicei 200 vs y* 92,5460+0,089x Ma s,. 2,27.10° = r= 0,598 nu13S = = 1000 2000 3000 o = = Pignolberioe 100 y*60,0232 +0,0151x 2, 2,79 10° EO r =0,48* n=101 1000 2000 3000 y= 76,5295+0,0428x -3 54,19. 10 r=O,7IF n=103 3000 4000 LT (en um) T. chilensis o ST dedo E TS doa - á q y “159, 7519+ 4,04 10x “E 1,27 163 r= 0,10 n=120 1000 2000 3000 4000 T. microdactyla 400 [o = y= 74, 2516+ 0,1462x s," 9,06. 16º r "0,84% rios 1000 2000 3000 4000 T. digitata 400 y=170,909+0,0501x 2,: 5,39 103 200 r=>0,6I8 n=I50 1000 2000 3000 4000 Fig. 8. Regressiones lineales entre longitud total/longitud del penis (LT/LP) de Temnocephala REP 6: error típico del coeficiente de regressión (b); r: coeficiente de correlación, a P<0,01). * significativo IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 111-120, 23 Ago. 1991 120 DAMBORENEA, M, Ce Tabla I. Especies de Temnocephala (Platyhelminthes, Temnocephalidae) hospedadoras y localizaciön. Temnocephala Sp. Hospedador Localización T. digitata Monticelli, 1902 Palaemonidae Palaemonetes (P.) argentinus T. chilensis (Moquin - Tandon, 1846) T. axenos Monticelli, 1899 T. talicei Dioni, 1967 superfície corporal Aeglidae Aegla neuquensis neuquensis Aegla abtao riolimayana Aegla squamosa Aegla uruguayana Aegla uruguayana superfície corporal; interior del pleon; raramente en el interior de las cámaras branquiales T. microdactyla Monticelli, 1903 T.pignalberiae Dioni, 1967 T. santafesina Dioni, 1967 Trichodactylidae Sylviocarcinus pictus Dilocarcinus (D.) pagei Sylviocarcinus pictus Dilocarcinus (D.) pagei Dilocarcinus (D.) pagei T. iheringi Haswell, 1893 interior de las cámaras branquiales Ampullariidae Ampullaria canaliculata Asolene platae Cavidad paleal Tabla II. Correlaciön y regresiön entre la longitud total del cirro y la longitud del bulbo del penis de las especies de Temnocephala (Platyhelminthes, Temnocephalidae) de la Argentina. (a: ordenada al origen; b: coeficiente de regressiön; n: numero de ejemplares; r: coeficiente de correlación; s, : error típico de b. (*P < 0,01). n T. anexo 63 T. chiler is 111 T. talicei 135 T. microdactyla 80 T. pignalheriae 92 T. digitata 138 T. iheringi 98 r b 0.81% 1.1686 0.39* 0.6758 0.56* 1.1286 0.60* 0.5607 -0.29* -1.5323 0.35, 0.2586 0.49 0.7409 Sp a 0.1083 -66.8517 0.4191 12.5729 0.1454 -39.6098 0.0836 -88.5345 0.2732 256.1112 0.0559 58.0489 0.1328 2.9744 IFERÍNGIA, Ser, Zool., Porto Alegre (71): 111-120, 23 Ago. 1991 DESCRIÇÃO DE SPEOCARCINUS MELOI, SP. N., (CRUSTACEA: DE- CAPODA: BRACHYURA: GONEPLACIDAE) DO LITORAL BRASI- LEIRO! Fernando D’Incao ? Berenice Maria Gomes da Silva > ABSTRACT DESCRIPTION OF SPEOCARCINUS MELOI, SP.N., (CRUSTACEA:DECAPODA: BRACHYURA:GONEPLACIDAE) OF THE BRAZILIAN COAST, The Goneplacidae crab Speocarcinus meloi, sp.n., from Rio Grande do Sul, Brazil is described and illustrated. KEY WORDS: Speocarcinus meloi, Crustacea, Decapoda, Brachyura, Goneplacidae, description, INTRODUÇÃO O gênero Speocarcinus Stimpson, 1859 após o trabalho de SERENE (1964). que considerou como não pertencentes ao gênero as espécies do Indo-Pacífico, ficou restrito ao continente americano. GUINOT (1969) retirou as espécies S. californiensis (Lockington) Holmes, 1900 e 5. ostrearicola Rathbun, 1910, ambos do litoral americano do Pacífico. Atualmente são conhecidas: S. eranulimanus Rathbun, 1983 e S. spini- carpus Guinot, 1969 para o litoral do Pacífico e S. carolinensis Stimpson, 1859, S. lobatus Guinot 1969 e S. monotuberculatus Felder & Rabalais, 1986 para o litoral do Atlântico. S. granulimanus distribui-se no Golfo da California, El Salvador e Costa Rica (GARTH, 1961) e S. spinicarpus no Golfo da California (GUINOT, 1969). S. carolinensis foi registrada para a Carolina do Norte (sul do Cabo Hatteras), Carolina do Sul, Indias Ocidentais até o Suriname e Amapá no Brasil (HERBST et al., 1978; HOLTHUIS, 1959; FAUSTO-FILHO & SAM- PAIO-NETO, 1976; WILLIAMS, 1984); S. lobatus e S. monotuberculatus para o Golfo do México (GUINOT, 1969; FELDER & RABALAIS, 1986). Para o litoral brasileiro, além da citação de S. carolinensis para o Amapá Je een 25.X.1990; aceito em 25.IV.1991, oratório de Carcinologia, Depto, Oceanografia, Fundação Universidade de Rio Grand i Postal 474; 96200 Rio Grande, RS, Brasil, ; OR. qro A 3. Bolsista de Iniciação Científica, CNPq (Proc. 80480186). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 121-128, 23 Ago. 1991 122 D’INCAO, F, & SILVA, B.M.G. DA (FAUSTO-FILHO & SAMPAIO-NETO, 1976; WILLIAMS, 1984) é registra- do Speocarcinus sp. para o litoral equatorial brasileiro (COELHO et al., 1980). Speocarcinus meloi, Sp.n., € a segunda espécie registrada para o litoral brasileiro e a primeira para a região sul do Brasil. MATERIAL E MÉTODOS O material examinado encontra-se na Coleção do Laboratório de Carcinologia, Departamento de Oceanografia, Universidade do Rio Grande (FURG) e no Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo (MZSP). O material da coleção (FURG) é proveniente de coletas realizadas pelo Navio Oceanográfico “Atlântico Sul” durante os seguintes projetos: Projeto Crustáceos e Projeto Talude, Alguns lotes foram capturados pelo Navio Mestre Jerônimo. As medidas de largura da carapaça correspondem à sua porção maior, sendo expressas em milímetros. Speocarcinus meloi, sp.n. (Figs. 1-13) Material-tipo. BRASIL. Rio Grande do Sul: (32° 1725, 502.28 391 holótipo d , 15,6 mm, 14.XII.1984, Projeto Crustáceos (MZSP-9577). Parátipos: (32º 17'S, 50º 48º W), 9, 14,0 mm, 14.XT1.1984, Projeto Crustá- ceos (MZSP-9578); (32º 17'S, 50º 48’W), 25 d + 12,0-16,0 mm, 15 £ (7 ovígeras), 10,9—13,7 mm, 14.X11.1984, Projeto Crustáceos (FURG-1258). Outros exemplares, BRASIL. Rio Grande do Sul: (31° 52°S, 50º 30’W), 12,3, 9923.83 mn: 3,2) 29:0 107mm. 12.VII1.1972, Navio Mestre Jerônimo, (FURG-643); (32º 05'S, 51º 56'W), 3 2, 7,5-10,4 mm, 01.V1.1986, Projeto Talude, (EURG-645); 182° 06:8, 50º 08/W) 29 HE! 1,3—13,6 mm, 15 92 , 7,4—11,1 mm, 12.VIIL.1972, Navio Mestre Jerônimo, (BURG 657): (322.085 ses Go 7 »,7,2—10,5 mm, 5, 2 9,526 100 mm, 01.VL1986, Projeto Talude, (FURG-651); (3295098, 504 Wa d , 5,8 mm, 01.VL1986, Projeto Talude, (FURG-650); (32° 14’S, 51° OWL 153 mm! 14.X11.1984, Projeto Crustáceos, (FURG-569); (32° 14°S, 50° 38’W), 23 8 , 6,9-13,1 mm, 27 2 ,6,9-12,1 mm, 01.VI.1986, Projeto Talude, (FURG- #25); (32° 17’S, 50° 48’W), 13 9 , 9,1-15,9 mm, 5 ? (4 ovígeras), 11,7—13,3 mm, 14.XI.1984, Projeto Crustäceos, (FURG-574); (32° 20'S, 50° 95 W), MS 7,4-11,8 mm. 2 217.008 8 mm, 01.V1.1986, Projeto Talude, (FURG-626); (32° 20'S; 50° 29’W), 24 Sm RA 13,5 mm, MSMO 8,9-12,9 mm, 01.V1.1986, Projeto Talude, (FURG-627); (32º 21'S, 50º 20 WS 11,6 mms 2 Sam 30.V.1986, Projeto Talude, (FURG-644); (32° 22’S, 50º 28’W), 1 9 16 mm, 01.V1.1986, Projeto Talude, (FURG-658); (32.227850: P 9) 7 IHERINGIA, S£r. Zool., Porto Alegre (71): 121-128, 23 Ago, 1991 Descrição de Speocarcinus meloi. 123 S , 8,3-14,0 mm, 8 ? , 10,5-13,6 mm, 30.V.1986, Projeto Talude, (FURG-628); (32º 50'S, 51º 24º'W), 5 d , 9,4-12,6 mm, 6 9, 6,7-11,7 mm, 13.X11.1984, Projeto Crustáceos, (FURG-572); (33° 07'S, 50º 40'W), 6 3,9,0-11,7 mm, 4 2 , 8,4-9,6 mm, 05.VIIL.1972, Navio Mestre Jerônimo, (FURG-656); (33º 07'S, 50º 25’W), 8 4, 9,2-13,2 mm, 13 9 , 8,2—12,4 mm, 05.VIIL.1972, Navio Mestre Jerônimo, (FURG-655). Etimologia. O nome específico é uma homenagem ao destacado carcinó- logo brasileiro Dr. Gustavo Augusto Schmidt de Melo, pesquisador do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, Diagnose. Carapaça subquadrada, maior largura na altura do quinto dente ântero-lateral. Regiões cardíaca e gástrica pouco marcadas, Cinco dentes ântero-laterais pouco pronunciados, mas evidentes. Lábio do epístoma com expansões laterais curtas, alargadas e arredondadas. Artículo basal das antênu- las sem linhas de grânulos e com borda abrupta, bem marcada, paralela à borda ventral da fossa antenular. Quelípedes maiores do que a primeira pata ambulatorial, desiguais em ambos os sexos. Quelípede menor semelhante ao maior, mais delgado, Segunda e terceira pernas ambulatoriais maiores e com artículos de tamanhos aproximadamente iguais. Gonóporos das fêmeas reniformes, dispostos de forma diagonal sobre o esterno, com lobo posterior bem desenvolvido e lobo anterior menos evidente. Gonópodes dos machos com ápice curvado em forma de gancho, com poucos dentículos e dispostos na área anterior à curvatura, Descrição. Carapaça subquadrada, maior largura na altura do quinto dente ântero-lateral, com grânulos pequenos nas margens e suas adjacências; convexa na proximidade das margens e quase plana medianamente; regiões cardíaca e gástrica levemente marcadas. Largura da fronte aproximadamente igual à metade da largura fronto-orbital; margem da fronte ligeiramente conve- xa e dividida por um entalhe em dois lobos truncados; superfície finamente granulada e pilosa nos machos, nas fêmeas a granulação é menor e os pêlos quase ausentes. Margem supra-orbital granulada com entalhe mediano, grânu- los presentes sobre o dente orbital externo (primeiro dente ântero-lateral). Margem äntero-lateral pouco convexa e entalhada por cinco dentes pouco pronunciados, o primeiro formando o ângulo orbital externo e separado do segundo por uma concavidade rasa; segundo dente muito baixo e arredondado; dentes 3-5 com ponta granuliforme, direcionados para a parte anterior e separados por entalhes marginais que se estendem por depressões curtas sobre a carapaça; quinto dente bem marcado; margem e superfície dos dentes levemente granulados, nos machos geralmente com pequenos pêlos. Margens póstero-laterais com fraca convergência. Epístoma apresenta lábio com uma proeminência dividida pela sutura mediana; em ambos os lados da proeminência o lábio € côncavo e possui um entalhe aproximadamente a meia distância entre a sutura mediana e o IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 121-128, 23 Ago, 1991 124 D’INCAO, F. & SILVA, BMG, DA final lateral do lábio. Superfície do esterno levemente pontuada, lisa na depressão abdominal, nos machos maduros observam-se granulações e pêlos na parte anterior da depressão abdominal. Parte anterior do estemo com pilosidade; último esternito dos machos separado do precedente pelo sulco genital, bem definido abaixo do ângulo lateral do abdome, formando um sub-ducto sob a expansão anterior do último esternito. Fêmeas maduras com gonóporos grandes, reniformes, dispostos diagonalmente no esterno, com de- senvolvido lobo posterior e lobo anterior pouco marcado, Abdome, em ambos os sexos, com leve pontuação ou liso; sem tubérculo mediano no segmento 2; segmento 6 mais longo do que os 4 segmentos anteriores. Em machos maduros, segmento 1 longo e largo; segmento 2 curto e estreito; segmento 3 o mais largo de todos e com ângulos laterais pronun- ciados, sobrepassando o início dos sulcos genitais do esterno; segmentos 3-5 fusionados, suturas fracamente marcadas, ranhuras da superfície e enta- lhes nas margens poucos claros; segmento 6 com margens laterais côncavas e ângulos disto-laterais estendidos, lobiformes; télson com pêlos longos nas margens. Em fêmeas maduras, segmento 2 mais estreito do que os segmentos 1 e 3; segmento 4 mais largo do que o segmento 3; segmentos 5 e 6 sucessiva- mente decrescendo em largura e aumentando em comprimento; segmentos 3-5 não fusionados; margens do abdome com pêlos longos. Pedúnculo ocular mais largo na sua parte basal, diminuindo o diâmetro em direção à córnea, Córnea pouco visível em vista dorsal. Parte exposta do pedúnculo ocular com pêlos longos que aumentam seu comprimento nas proximidades da córnea; córnea revestida dorsal e ventralmente, encaixada em área não calcificada com sutura inferior longitudinal nítida que se alonga até aproximadamente a metade do pedúnculo ocular. Antênulas proeminentes; artículo basal alargado, sem linhas de grânulos, mas com uma borda abrupta, bem marcada, paralela à borda ventral da fossa antenular; segundo artículo alongado, sub-cilíndrico, ligado ao artículo basal junto ao final mediano da fossa antenular; terceiro artículo mais curto do que o segundo, intumescido distalmente e com filas de numerosas cerdas longas em ambos os lados do flagelo dorsal; flagelo dorsal inserido na parte ventral terminal do terceiro artículo, formado por uma série de 9 segmentos muito curtos e alargados que se dispõe paralelamente à parte terminal do terceiro artículo em direção ao dorso, com largura diminuindo progressi- vamente, em cada segmento observa-se uma fileira de cerdas muito longas; ao último destes segmentos inserem-se seis segmentos filiformes que possuem poucas cerdas, têm posição dorsal e são praticamente encobertos pelas cerdas dos primeiros segmentos somadas às cerdas da parte terminal do terceiro artículo. Este conjunto de cerdas dominam a parte terminal da antênula. Flagelo ventral inserido em uma depressão, próximo à inserção do flagelo dorsal, filiforme, com poucas cerdas; 4 segmentos, sendo o quarto mais longo do que os três primeiros somados. IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 121-128, 23 Ago. 1991 Descrição de Speocarcinus melois.. 125 Pedúnculo antenal encaixado na cavidade orbital; ocupando parte de estreita sutura no ângulo ântero-lateral do epístoma; três artículos seguintes alongados, subcilíndricos, de tamanho decrescente, o último ligado ao flagelo filiforme, sem cerdas. Terceiro maxilípede com bem marcado sulco longitudinal no fsquio, superfície do ísquio e mero lisas com pontuações dispersas; mero com pouca granulação nas margens e com uma depressão próxima à região de inserção do palpo, ângulo disto-lateral ligeiramente voltado para cima. Margem interna do ísquio e do mero com cerdas longas. Quelípedes maiores do que a primeira perna ambulatória, desiguais em ambos os sexos, principalmente nos machos maduros; superfície interna e externa da palma lisa com raros pêlos pequenos, fileiras de pequenos tufos de pélos junto à margem inferior do dedo fixo e na superfície dorsal do dedo móvel, localizadas em ranhuras muito pouco definidas. Quelípede maior com três dentes grandes no dedo fixo e um dente forte, proximal, no dedo móvel, observando-se variações na forma e no número dos demais dentes. Na parte proximal do dedo móvel, junto ao primeiro dente, observa-se um entalhe que serve de encaixe para o dente da palma. Palma com uma crista pouco definida, aplanada na margem inferior, margem distal da superfície extema com dente arredondado junto a base do dedo móvel. Carpo com dente forte e granulado no ângulo interno. Distinta granulação, com pêlos longos entre o dente e a articulação do própodo. Mero com dente bem marcado e voltado para cima na margem externa; margens interna e externa granuladas e com pêlos. Quelípede menor semelhante ao maior, mais delgado, sem dente na superfície externa da palma, dentes dos dedos menos evidentes. Quelípedes das fêmeas menos desenvolvidos. Dátilos das pernas ambulatórias com cinco fileiras de cerdas longitu- dinais. Própodos das três primeiras pernas ambulatórias com três fileiras de cerdas e a quarta perna com duas fileiras de cerdas. Nos carpos e meros de todas as quatro pernas ambulatórias observa-se pêlos dispersos em menor quantidade. Segunda e terceira pernas subiguais, mais longas que as demais; quarta perna é a mais curta. Gonópodes dos machos (primeiro par de pleópodes) bem desenvolvidos, ocupam praticamente toda a extensão da depressão abdominal, com ápice bastante curvado, em forma de gancho, o que leva a extremidade distal a ser voltada para a parte posterior; um conjunto de dentículos reunidos em pequena área anterior ao início da curvatura e uma série de dentículos menores dispostos irregularmente na margem externa. Segundo pleópode me- nor que o primeiro, voltado para diante, quase retilíneo. Cor. Nos espécimens fixados em álcool, a carapaça limpa tem coloração clara, acinzentada; dedos dos quelípedes brancos. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 121-128, 23 Ago, 1991 126 D’INCAO, F. & SILVA, B.M.G. DA Distribuicäo e habitat. Os exemplares foram coletados em fundos moles, lamosos, em profundidades entre 50 e 158 metros na ärea compreendida entre as latitudes de 31º52'S e 33°08’S. DISCUSSÃO S. meloi, sp.n., € próxima a S. lobatus e S. carolinensis. Comparando com as descrições e ilustrações destas duas espécies (FELDER & RABALAIS, 1986) observa-se que é menos provida de pêlos na carapaça e quelípedes. O quinto dente ântero-lateral é bem evidenciado, enquanto em S. lobatus é considerado obsoleto e em S. carolinensis menos marcado. O lábio do epístoma difere, principalmente, por apresentar expansões laterais menos pro- nunciadas, mais largas .e arredondadas. Não apresenta fileiras de grânulos no artículo basal das ântenulas, enquanto S. lobatus possui duas fileiras de grânulos. As diferenças mais importantes são na forma e disposição dos gonóporos das fêmeas e no formato e disposição de dentículos nos gonópodes dos machos. Os gonóporos em fêmeas de S. lobatus e S. carolinensis têm posição transversal no esterno, enquanto em S. meloi, sp.n., sua posição é nitidamente diagonal. Os gonópodes dos machos de S. lobatus e S. caroli- nensis apresentam uma curvatura de aproximadamente 90º em sua porção distal; em S. meloi, sp.n., esta curvatura é bastante mais pronunciada, levando a extremidade do gonópode a apresentar forma de gancho, com o ápice voltado para a parte posterior. Em S. lobatus e S. carolinensis os dentículos dos gonöpodes säo dispersos em uma ärea ampla que estende-se sobre a curvatura distal; em S. meloi, sp.n., os dentículos são menos numerosos e restritos a uma pequena região anterior à curvatura, REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COELHO, P, As; RAMOS-PORTO, M.; KOENING, M. L. 1980, Biogeografia e bionomia dos crustáceos do litoral equatorial brasileiro, Trab. Oceanogr. Univ. Fed. Pe., Recife, 15:7-138, FAUSTO-FILHO, J, & SAMPAIO-NETO, J. B, Ss 1976. Observações sobre alguns crustáceos estomatópodes e decäpodes do norte do Brasil. Arqs. Cienc. Mar., Fortaleza, 16(2):65—71. FELDER, D. L, & RABALAIS, N.N. 1986. The genera Chasmocarcinus Rathbun and Speocarcinus Stimpson on the continental shelf of the Gulf of Mexico, with descriptions of two new species (Decapoda:Brachyura:Goneplacidae), J. Crust. Biol., San Antonio, 6(3):547—75. GARTH, J. Se 1961. Eastern Pacific Expeditions of the New York Zoological Society. XLV. Non interdital Brachygnathus crabs from the West Coast of Tropical America, Part 2: Brachygnatha Brachyrhyncha, Zoologica, New York, 46(3):133—60. GUINOT, D. 1969. Recherchez preliminaires sur les groupements naturels chez les erustac&s décapodes brachyoures, VII. Les Goneplacidae (suite et fin) Bull. Mus. Nat. Hist. Nat. 2º serie, Paris, 41(3):688—724, IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 121-128, 23 Ago, 1991 Descrição de Speocarcinus meloi. 127 en EE O TS ada ira E pe e Dee HERBST, G. N.; WILLIAMS, A.B.; BOOTHE JR., B. B. 1978. Reassessment of northern geographic limits for decapod crustacean species in the Carolinian Province, USA; some major range extensions itemized. Proc. Biol. Soc. Wash., Washington, 91(4):989—98, HOLTHUIS, L. B. 1959. The Crustacea Decapoda of Suriname (Dutch Guiana). Zoologische Verhandelingen, Leiden, 44:1—296, RATHBUN, M, J. 1910. The stalk-eyed Crustacea of Peru and the adjacent coast, Proc. U. S. Natl. Mus., Washington, 38:531—620. SERENE, R. 1964. Goneplacidae et Pinnotheridae, — Papers from Dr. Th. Mortensen’s Pacific Expedition 1914—1916, 80. Videnskabelige Meddelelser fra Dansk Natur historisk Forening i Kobenhaun, Kopenhagen, 126:181-282, WILLIAMS, A. B. 1984, Shrimps, lobsters and crabs of the Atlantic Coast of the Eastern United States Maine to Florida. Washington, DC, Smithsonian Institution. 550p. Fig. 1-2, Speocorcinus meloi, span: 1. Macho, hoiótipo (MZSP—9577), largura da carapaça 15,6 mm; 2. Fêmea, parátipo (MZS P—9578), largura da” carapaça 14,0 mm, Escala: 4 mm, es IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 121-128, 23 Ago, 1991 128 D’INCAO, F. & SILVA, BMG DA 13 Fig. 3-13. Speocarcinus meloi, spene Parätipo (FURG-1258): 3, esterno da fêmea, ventral; 4, gonópode direito do macho (primeiro pleöpode), face posterior, 5, ápice aumentado do gonópode direito; 6, segundo pleópode do macho; 8, abdome do macho; 9, abdome da fêmea, Holótipo (MZSP—9577): 7, lábio do epfstoma, Quelas: 10, 12, holótipo macho; 11, 13, parátipo fêmea, (MZSP—9578). Fig. 3, 8 9 e 10-13 mesma escala, 1 mm, IHERINGIA, S£r, Zool. Porto Alegre (71): 121-128, 23 Ago. 1991 NOVA ESPECIE DO GENERO TRACHYSOMUS A.-SERVILLE, 1835 DO PARAGUAI (COLEOPTERA, CERAMBYCIDAE, LAMIINAE, ON- CIDERIND)! Maria Helena M. Galileo25 Ubirajara R. Martins”*> ABSTRACT NEW SPECIES OF THE GENUS TRACHYSOMUS A,-SERVILLE, 1835 FROM PARA- GUAI (COLEOPTERA, CERAMBYCIDAE, LAMIINAE, ONCIDERINI). Trachysomus arria- gadai, sp.n., is described from Bolivia, Paraguay and Argentina; comparisons with others species of the genus are provided, KEY WORDS: Trachysomus, Onciderini, Cerambycidae, Coleoptera, descriptions, INTRODUÇÃO Dentre o material recebido do Dr, Gerardo Arriagada (Asunción, Para- guai), para identificação, encontramos uma nova espécie do gênero Trachy- somus que descrevemos a seguir, O colega Miguel A. Monné enviou-nos exemplares suplementares do Museu de La Plata (MLPA) e da Coleção Fragoso (CFRJ). Este gênero, característico pelas grandes gibosidades tuber- culadas na base dos élitros, reunia até o momento treze espécies ocorrentes do México ao norte da Argentina, Foi revisto por DILLON & DILLON (1946). MARTINS (1975) acrescentou ao gênero duas espécies: T. lueder- waldti do Brasil (Minas Gerais e São Paulo) e T. cavigibba da Bolívia (Santa Cruz). Trachysomus arriagadai, sp.n. (Fig. 1) 1. Recebido em 10,XII.1990; aceito em 29,1,1991, 2. Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, C.P. 1188, 90001 Porto Alegre RS, Brasil, 3. Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo, C,P. 7172, 01064 São Paulo SP, Brasil, 4. Departamento de Epidemiologia, Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, 5. Pesquisador do CNPq. IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 129132, 23 Ago, 1991 130 GALILEO & MARTINS Tegumento castanho-escuro, Pubescência castanho-escura: quatro mäcu- las no vértice; regiões dorso-laterais do pronoto; área circum-escutelar; bordas do sscutelo; manchas pequenas organizadas obliquamente logo atrás do terço apical dos élitros; máculas na declividade apical; mesepimeros e áreas nos lados do metasterno. Pubescência branca: fronte (variegada com pubescência alaranjada); lados do protórax (variegados com pubescência alaranjada); üme- ros; faixa larga oblíqua, pouco atrás do meio dos élitros, mais evidente nos lados; sobre os tufos de pêlos anteapicais (muito densa); centro dos esternos torácicos; no abdômen, abundantemente entremeada por pubescência alaranjada. Pubescência castanho-acinzentada: metade lätero-anterior dos &li- tros. Escapo predominantemente alaranjado com mancha branca no lado inter- no do ápice. Fêmures e tíbias com pubescência variegada de branco e alaranja- do além de áreas castanhas, Tubérculos anteníferos projetados. Lobos oculares inferiores pequenos, tão largos quanto longos, mais curtos do que as genas. Pronoto fortemente irregular. Tubérculo lateral do protórax diminuto. Umeros granulosos. Gibosi- dades basais desenvolvidas com poucos grânulos grandes. Região central dos élitros lisa, sem tubérculos ou tufos de pêlos. Pincel anteapical dirigido para o ápice. Meso- e metatíbias intumescidas nos machos. Dimensões, em mm, holótipo d . Comprimento total, 14,4: largura umeral, 6,0. Material-tipo. BOLÍVIA. Chuquisaca: 1 & , parátipo, 1968 (CFRJ). PARAGUAI, Chaco: Boquerön, 1 d , holótipo, 2.X11.1988 (MZSP). AR- GENTINA, Chaco: 1 2 , parätipo, 11936, M.J. Viana col. (MLPA). Discussão. Trachysomus arriagadai, sp.n., situa-se entre as espécies cujo padrão de colorido é predominantemente acinzentado: T. thomsoni Aurivi- llius, 1923, T. camelus Buquet, 1852, T, peregrinus Thomson, 1858, T. hydaspes Dillon & Dillon, 1946, T. buqueti Thomson, 1858, T. gibbosus Buquet, 1852 e T. luederwaldti Martins, 1975. Difere de T. thomsoni, além de particularidades de colorido, pelas dimen- sões muito menores e pela posição do tubérculo anteapical dos élitros; em T. thomsoni está dirigido para o lado externo, Em T. camelus os tubérculos anteapicais têm posição semelhante aos de T. thomsoni. O padrão de colorido da declividade apical dos élitros em T. peregrinus, T. hydaspes e T. buqueti, onde os tufos anteapicais são precedidos ou circunda- dos por áreas semi-circulares castanho-escuras, permite distinguí-las de T. arriagadai. Além disso, nessas espécies a região centro-dorsal dos élitros apresenta tubérculos ou pequenos tufos de pêlos. A presença de tais irregularidades no dorso elitral permite distinguir T. gibbosus e T. luederwaldti de T. arriagadai, cujos élitros são praticamente lisos no meio do dorso (fig. 1). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 129-132, 23 Ago, 1991 ova espécie do gênero Trachy somus... 131 Agradecimentos, Ao Dr, Arriagada a oportunidade de examinarmos sua coleção sua permissão para que o holótipo pudesse ser incorporado à coleção do Museu e Zoologia, Universidade de São Paulo (MZSP), Ficamos ainda penhorados a Rejane osa pela confecção da ilustração e a MA, Monné pelo empréstimo de material. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ILLON, L. S. & E. S DILLON, 1946. The tribe Oneiderini. Part II, Publ. Reading Publ. Mus., Reading, 6:189—413, 17 est, RTINS, U, R. 1975. Notas e descrições em Onciderini (Coleoptera, Cerambycidae), Papéis Avuls. Zool., S. Paulo, 29 (10):655—70, 1 est. Scient. IHERINGIA, S£r. Zool., Porto Alegre (71): 129132, 23 Ago, 1991 GALILEO & MARTINS 132 PR q AL cl O TT AA | EEE É Fig. 1. Trachysomus arriagadai, spene, holótipo One IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 129132, 23 Ago 1991 DODECOSINI BATES, 1867 (COLEOPTERA, CERAMBYCIDAE): CHAVE PARA OS GENEROS E DESCRIÇÃO DE NOVOS TÄXONS ! Ubirajara R. Martins 235 Maria Helena M. Galileo 45 ABSTRACT DODECOSINI BATES, 1867 (COLEOPTERA, CERAMBYCIDAE): KEY TO THE GENERA AND DESCRIPTIONS OF NEW TAXA, A key to the genera of Dodecosini Bates, 1867 is presented to include Diringsiella, gen.n,, type species, D. femoralis, SP.n., from Brazil (Santa Catarina). Dodecosis nigricornis, spen. is also described from Brazil (Amazonas). KEY WORDS: Dodecosini, Cerambycidae, Coleoptera, key, Diringsiella, gen.n, INTRODUÇÃO Ao cuidarmos da incorporação do material da Coleção Diringshofen do Museu de Zoologia (MZSP), encontramos espécie inédita de Dodecosini ue amplia a distribuição da tribo ao Brasil meridional, A nova espécie não pode ser enquadrada nos gêneros conhecidos, portan- o, descrevemos o gênero Diringsiella, gen.n., para contê-la, Conceituação de Dodecosini Bates, 1867 e chave para os gêneros então onhecidos foi apresentada por MARTINS (1985). Essa chave é modificada ara incluir Diringsiella, gen.n. Descrevemos, também, Dodecosis nigricornis, Sp.n., a segunda espécie onhecida do gênero, com base em material da “Facultad de Agronomia, niversidad Central de Venezuela”, Maracay (FAUV). 1. Recebido em 17.XII.1990; aceito em 29,1,1991, 2. Museu de Zoologia, C. P. 7172; 01064 São Paulo SP, Brasil, 3. Departamento de Epidemiologia, Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, 4 Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, C,. P, 1188; 90001 Porto Alegre RS, Brasil, 5. Pesquisador do CNPq. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 133-138, 23 Ago, 1991 134 MARTINS & GALILEO Chave para os gêneros de Dodecosini 1. Antenômero III sem cicatriz apical, tubérculos anteníferos próximos, desenvolvidos; protórax com tubérculo lateral arredondado; tubérculo do centro do pronoto manifesto; úmeros não projetados anteriormente; (elitros semi vesticioideicosta) 000 Olexandrella Zajciw Antenômero III com cicatriz apical; tubérculos anteníferos distantes, agudos ou não; protórax sem tubérculo lateral ou com tubérculo reduzi- do; tubérculo central do pronoto, quando presente, pouco saliente; ümeros projetados para diante nr 2 2(1). Antenömero III evidentemente mais longo do que o escapo; tubérculos anteníferos arredondados no topo; protórax mais largo anteriormente do que -naibase: ... Lese ohne, Monneella Martins Antenômero III tão longo quanto o escapo; tubérculos anteníferos projetados, agudos; protórax tão largo anteriormente quanto na base 3(2). Antenas ( d ) com quase o dobro do comprimento do corpo; antenômero XII com ca. dois terços do comprimento do XI; mesofêmures fusifor- mes; sem depressão na face inferior “a. Dodecosis Bates Antenas ( d ) atingem o ápice dos élitros na ponta do antenômero IX; antenômero XII com metade do comprimento do XI; mesofêmures engrossados no terço apical com grande depressão ovalada e profunda na faceinferior a. a Diringsiella, gen. n. Diringsiella, gen.n. Espécie-tipo, Diringsiella femoralis, sp. n. Fronte ligeiramente abaulada; sutura frontal evidente, Tubérculos antení- feros separados, verticais, agudos. Lobos superiores dos olhos presentes, com quatro fileiras de omatídeos, tão distantes entre si quanto, aproxima- damente, seis vezes a largura de um lobo, Palpos maxilares tão longos quanto os labiais. Antenas ( d ) 12-articuladas, pouco mais longas do que o corpo, alcançam a ponta dos élitros aproximadamente na extremidade do artículo IX, Escapo subcilindrico. Antenômero III tão longo quanto o escapo; cicatriz apical com bordas elevadas; o IV apenas mais longo do que o IH, com cicatriz apical; o XII curto, com pouco mais da metade do comprimento do XI. Protórax tão longo quanto largo, tão constrito anterior quanto poste- riormente, lados com pequeno tubérculo arredondado pouco saliente. Disco pronotal com três elevações pouco conspícuas. Processo prosternal muito estreito. Umeros arredondados, projetados para diante; costa dorsal dos élitros demarcada; extremidades arredondadas. Profêmures pedunculados e clavados, Mesofêmures espessados no centro; face inferior com depressão grande, pro- IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 133-138, 23 Ago. 1991 Dodecosini Bates, 1867... 135 funda, suboval. Metafêmures subfusiformes, Tíbias não carenadas. Metatarsö- mero I apenas mais longo que II e III em conjunto. Discussão. Diringsiella, gen. n., aproxima-se mais de Dodecosis que, até o momento, é conhecido apenas da Floresta Amazônica; difere pelos caracteres mencionados na chave acima, Chama muito a atenção a presença de grande depressão na face inferior dos mesofêmures dos machos de Diringsiella femoralis, parcialmente cheia de substância aparentemente resinosa e cuja função é uma incógnita. Estrutura semelhante, mas densamente pilosa foi constatada por GALILEO (1987) nos metafêmures dos machos de Cycloprionus flavus Tippmann, 1953 (Prioni- nae, Anacolini), taxonomicamente muito afastada de Dodecosini. Diringsiella femoralis, sp. n. (Fig. 7) S « Cabeça preta; fronte, faixa longitudinal estreita do vértice ao occipício e face ventral, amarelo-alaranjados. Antenas castanho-avermelhadas, Protórax preto exceto pronoto com mancha central, sublosangular, amarelo-a- laranjada. Élitros amarelados; grande área circum-escutelar e terço apical pretos. Fêmures castanhos com metade basal amarelada, Tíbias, tarsos e face ventral acastanhados, Cabeça, lados do protórax e élitros com pontuação fina e muito densa, Escapo pontuado. Antenômeros III—-XI pubescentes com longos pêlos no lado interno. Pronoto com a pubescência longa, dourada, Elitros com setas finas, escuras, eretas e esparsas. Dorso dos fêmures com pontos rasos, Tíbias com setas longas. Dimensões, mm, d . Comprimento total, 8,6; largura umeral, 2,2, Material. BRASIL. Santa Catarina: Rio Vermelho, 1 &, holótipo, XL1952, Dirings (MZSP). Dodecosis nigricornis, Sp.n. (Fig. 2, 4, 6, 8) 2 « Cabeça avermelhada; fronte e vértice pretos. Antenas pretas. Protó- rax vermelho-alaranjado. Élitros pretos. Estemitos torácicos alaranjados. Ab- dômen castanho-amarelado. Profêmures e mesofêmures amarelo-alaranjados com ápice preto. Metafêmures, tíbias e tarsos, pretos. Lobos oculares inferio- res (fig. 2) desenvolvidos. Escapo (fig. 6) cilíndrico, alongado. Antenômero XI (fig. 4) apendiculado. Demais caracteres como em D. saperdina Bates, 1867. Dimensões, mm, 2 . Comprimento total, 10,5; largura umeral, 2,6. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 133-138, 23 Ago, 1991 136 MARTINS & GALILEO Material. BRASIL. Amazonas: Tucano, 1 ? , holótipo, 17.IV.1964, J. & B. Bechyné col. (FAUV). Discussão. O colorido geral € bastante diverso de D. saperdina, contudo, esta espécie parece estar sujeita a acentuada variabilidade cromática. Em D. nigricornis, spen., os lobos oculares inferiores (fig. 2) são mais desenvol- vidos do que em D. saperdina (fig. 1); o escapo é longo e subcilíndrico (fig. 6) ao contrário daquele de D. saperdina (fig. 5), curto e compacto. Além disso, o antenômero XI é apendiculado em D. nigricornis (fig. 4) e inteiro em D. saperdina (fig. 3). Agradecimentos. Ao Dr. C. J. Joly pelo empréstimo de material para estudo e ao Prof. Jonas Gruber pela execução das fotografias. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GALILEO, M. H. M. 1987. Sistemática das tribos Meroscelisini e Anacolini (Coleoptera, Cerambycidae, Prioninae) nas Américas, II. Anacolini. Revta bras. Ent., São Paulo, 31(4):481—705. MARTINS, U, R. 1985. Novos táxons, sinonimias e nova combinação em Cerambycidae (Coleoptera) Neotropicais. Revta bras. Ent., São Paulo, 29(2): 169-180. IHERINGIA, S£r. Zool., Porto Alegre (71): 133-138, 23 Ago. 1991 137 Dodecosini Bates, 1867... HH Hj Ri : | É R \ 1 z à ! F N N H pi A à = ih E | : N 1 é Ti 7 | + AR 4 h j À RN 17 Se 1 E / N N LO | | I EN = 1 ; Ae Í N E, il | IN | Í | À die AN \f | | E N ‚3 t 4 E N q ia | — \N E | E ul ii | AS | A Wo ; j N H N 2 5 6 Fig. 1-6. Dodecosis saperdina Bates, 1867, Dia 1, cabeça, lateral; 3, antenômero XII; 5, artículos basais da antena. D. nigricornis, Spe No, : 2, cabeça, lateral; 4, antenômero XII; = Imm, 6, artículos basais da antena, Barra IHERINGIA, Sér. Zool. Porto Alegre (71): 133-138, 23 Ago. 1991 138 MARTINS & GALILEO Fig. 7-8 7, Diringsiella femoralis, sp. n., holótipo S ; 8, Dodecosis nigricornis, Sp. No, holótipo 9 . IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 133-138, 23 Ago, 1991 NOVA ESPECIE DO GENERO LETHOCERUS MAYR, 1853 (HETE- ROPTERA, BELOSTOMATIDAE, LETHOCERINAE) ! Maria Elizabeth Lanzer-de Souza? ABSTRACT A NEW SPECIES OF THE GENUS LETHOCERUS MAYR, 1853 (HETEROPTERA, BELOSTOMATIDAE, LETHOCERINAE), Lethocerus paraensis sp. n., from Brazil (Pará) is described and ilustrated., KEYWORDS: Lethocerus, Belostomatidae, Heteroptera, description, INTRODUÇÃO Em 1964, DE CARLO revisa o gênero Lethocerus Mayr, 1853 e agrupa, dentre as 17 espécies americanas do subgênero Lethocerus Mayr, 1853, L. grandis (Lineu, 1758), L. colossicus (Stal, 1855), L. angustipes (Mayr, 1871), L. camposi (Montandon, 1900), L. maximus De Carlo, 1938 e L. truxali Menke, 1959 por possuírem o ângulo apical intemo ventral das metatíbias prolongado em ponta aguda, As demais, L. annulipes (Herrich—Schaffer, 1846), L. americanus (Leidy, 1847), L. medius (Guérin, 1856), L. uhleri (Montandon, 1896), L. delpontei De Carlo, 1930, L. bruchi De Carlo, 1931, L. truncatus Cummings, 1933, L. dilatus Cummings, 1933, L. melloleitaoi De Carlo, 1933, L. jimenezasuai De Carlo, 1957 e L. mazzai De Carlo, 1961, possuem o ângulo apical interno ventral das metatíbias prolongado em ponta arredondada, LANZER-DE SOUZA (1980) efetua revisão bibliográfica sobre a distri- buição geográfica da família Belostomatidae Leach, 1815 na região Neotro- pical, onde o gênero Lethocerus é referenciado com maior dispersão para o México, seguindo-se o Brasil e a Argentina; L. grandis é citada para o México, Colômbia, Guiana, Suriname, Brasil, Paraguai e Argentina, L. colossicus para o México e Cuba, L. maximus para Antilhas, Trinidad, Vene- 1. Recebido em 21.1.1991; aceito em 28.V.1991, 2. Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul; Av. Salvador França ı 1427, Jardim Botânico; Porto Alegre, CEP 90610, Rio Grande do Sul, Brasil, IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 139-144, 23 Ago, 1991 i40 LANZER-DE SOUZA, M, E, zuela, Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina, L. angustipes € citada para o México e Cuba, L. camposi para o Equador e Brasil e L. truxali para o México, Nicarágua e Equador. A disponibilidade de um exemplar fêmea proveniente do Rio Tocantins, no Pará, Brasil, enviado para identificação pelo Sr. Ulisses C. Barbosa do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazonia (INPA) permitiu o reconheci- mento de um novo táxon para o continente americano. Lethocerus paraensis, Sp.n. (Fig. 1-6) 9 « Coloração geral castanho-avermelhado-escura, Clípeo avermelhado. Espaço interocular avermelhado com mancha castanho-escura na região da carena, larga na base, estreita no ápice e se bifurca, margeando o clipeo. Pronoto com bordas laterais alaranjadas, região anterior com duas listras medianas, paralelas, alaranjadas, desde o ápice até próximo às fossetas e duas faixas alaranjadas convergentes que se estendem, desde os ângulos anteriores até as fossetas. Porção anterior da metade posterior do pronoto alaranjada, Prosterno vermelho—alaranjado. Hemiélitro com larga faixa alaran- jada em toda a extensão marginal do cório. Espaço interocular com suave carena mediana em toda sua extensão, Clípeo ultrapassando a linha ocular. Olhos globosos (fig. 1), largura apenas maior que a largura posterior do espaço interocular. Pronoto com bordas laterais dilatadas e espessas. Largura posterior do pronoto pouco maior que o dobro da largura anterior, Região posterior do pronoto com carena longitu- dinal mediana, de comprimento, na linha média, apenas maior que a metade correspondente à região anterior. Fossetas, do pronoto, bem marcadas com as bordas internas nitidamente elevadas e não prolongadas para a frente. Carena prosternal com ápice truncado (fig. 2). Metasterno prolongado em ponta aguda (fig. 3). Nervuras do clavo não visíveis. Profêmures mais curtos e bem mais largos que as metatibias. Angulo apical interno ventral das metatíbias prolongado em ponta aguda (fig. 4). Unhas das pernas anteriores maiores que os tarsômeros, medidos pela face externa (fig. 5). Medidas, em mm. Comprimento total 100,2; largura 37,4, Largura do olho 4,6; comprimento interocular 5,1; largura anteocular 4,2. Comprimento da região anterior do pronoto, na linha média 11,1; comprimento da região posterior do pronoto, na linha média 6,1; largura anterior do pronoto 14,0; largura posterior do pronoto 32,1. Comprimento do profêmur 24,4; largura do profêmur 7,2. Comprimento da metatíbia 21,1; largura da metatíbia 5,6. Comprimento da unha da protíbia, medida externamente, 2,5. Comprimento do 1º tarsômero, medido externamente 1,7; comprimento do 2º tarsômero, medido externamente 1,5. IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 139144, 23 Ago, 1991 Nova espécie do gênero Lethocerus.. 141 Material. BRASIL. Pará: Rio Tocantins, Lago de Tucuruí, Ilha do Germoplasma, 1 ? (holötipo), X. 1987, Almir col., (INPA). Diagnose. L. paraensis, sp. n., agrupa-se às espécies americanas que possuem o ângulo apical interno ventral das metatíbias prolongado em ponta aguda, incluindo-se entre L. grandis (compr. 87—100 mm, larg. 32-37 mm) e L. maximus (compr. 93—110 mm, larg. 34-40 mm) as duas maiores espécies do gênero e que possuem o clavo sem nervuras visíveis; difere de L. grandis pela presença de carena no espaço interocular, ausência de filete amarelado acompanhando a borda interna dos olhos e pelo comprimento da região poste- rior do pronoto; distingue-se de L. maximus pelo espaço interocular carenado, avermelhado, pela unha tarsal da protíbia mais longa que os tarsômeros e pelo comprimento da região do pronoto, L. paraensis, sp. n., difere de L. angustipes (compr. 53-65 mm, larg. 21-25 mm) pela ausência de uma rede de nervuras visíveis no clavo e pelo comprimento da região posterior do pronoto; de L. colossicus (compr. 77-80 mm, larg. 28-33 mm) e L. camposi (compr. 73-77 mm, larg. 30-31 mm) pela ausência de uma rede de nervuras visíveis no clavo, pelo comprimento da região posterior do pronoto e pela ausência de uma zona circular, de cor roxa, ao redor dos esternitos; de L. truxali (comp. 68-73 mm, larg. 27-29 mm) pela presença de carena mediana em toda a extensão do interóculos e ausência de listras amarelas que se estendem além das fossetas do pronoto até o sulco transversal. Agradecimentos, Ao Sr, Ulisses C, Barbosa da Entomologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazonia (INPA) pelo envio do espécime para identificação, o que propiciou a descrição da nova espécie, REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DE CARLO, J. A. 1964. Gênero Lethocerus Mayr (Hemiptera—Belostomatidae). Physis, Buenos Aires, 2468):337—50, LANZER-DE SOUZA, M, E. 1980. Inventário da distribuição geográfica da família Belostomatidae Leach, 1815, (Hemiptera—Heteroptera) na região Neotropical. Iherin - gia, Sér. Zool., Porto Alegre (55):43—86. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 139144, 23 Ago, 1991 142 LANZER-DE SOUZA, M, E. Figs 1-5. Lethocerus paraensis, spen.: 1. cabeça em vista dorsal; 2, carena prosternal, vista lateral; 3. saliência metasternal posterior; 4, extremo posterior interno da face inferior das metatíbias, vista ventral; 5. unha da perna anterior e tarsômeros, IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 139144, 23 Ago. 1991 Nova espécie do gênero Lethocerus.. 143 Fig. 6. Lethocerus paraensis spen., holótipo E! » compre 100,2 mm (Rejane Rosa del,) IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 139-144, 23 Ago, 1991 UA nen Kuhn Veh \ en N o UN ESTUDIO COMPARATIVO ENTRE ALGUNAS LARVAS DE CNI- DARIA Y LA PRESENCIA DE CARACTERES LARVALES PRIMA- RIOS Y ADULTOS DURANTE EL CICLO DE VIDA! Mauricio O. Zamponi? ABSTRACT COMPARATIVE STUDY BETWEEN LARVAE OF CNIDARIA AND THE PRESENCE OF PRIMARY LARVAL AND ADULT CHARACTERS DURING THE LIFE CYCLE. Results of comparative study based on anatomical features, swimming movements, ecologi- cal features and larval characters of actinula larvae of Tubularia crocea (Anthomedusae), planula larvae of Olindias sambaquiensis (Limnomedusae) and Phymactis clematis (Actiniaria), ephyrae larvae of Aurelia aurita (Semeostomeae) and Semper larvae (=Zoanthina larvae) of Zoanthina diamanta (Zoantharia) and adult characters are presented. The origin and relation between larvae from the morphological development, the larval habitat and larval locomotion were analyzed. Two main evolutive lines were recognized: planula type to actinula larvae of hydrozoans, and planula type to planula larvae of hydrozoans, From those two lines there are other larvae such as ephyrae, planula (Anthozoa) and Semper larvae whose come from actinula and planula larvae of hydrozoan polyps. An evolutive scheme is added, KEY WORDS: Cnidaria, larvae, life cycle, characters. INTRODUCCION Las larvas de cnidarios además de constituir una etapa importante de los ciclos biológicos, también son portadoras de caracteres adultos que tienen claras implicancias evolutivas. JAGERSTEN (1972) considera que la existen- cia en las larvas de estructuras larvales como adultas son de valioso aporte, para interpretar las distintas líneas filogenéticas de los diversos grupos. Los diferentes tipos larvales a través del proceso denominado “presión adulta” (JAGERSTEN, 1972) aceleran el desarrollo de los caracteres adultos presentes en la larva como la corona tentacular, cnidocistos, mesenterios, hidrocaule, hipostoma, filamentos gástricos, etc. Estos caracteres al hacerse presente en la larva indican el inicio de la desaparición de los caracteres 1. Recebido em 26,111,1990; aceito em 28.V.1991, N ; e 2. Facultad de Ciencias Exactas y Naturales, Departamento de Ciencias Marinas, Laboratorio Biologfa de Cnidarios, Funes 3250.7600 Mar del Plata, Argentina, Investigador Científico del CONICET. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 145-156, 23 Ago. 1991 146 ZAMPONI, M.O, larvales, y el comienzo de la metamorfosis; de ahí entonces que deba distin- guirse entre caracteres adultos pre y post-metamörficos (ZAMPONI, 1989b). En base a lo expresado precedentemente, fueron analizados los tipos larvales de diferentes clases de cnidarios, para poder determinar las estructuras morfológicas que proceden del estadio larval, como asi también aquellos factores ecolögicos necesarios para su desarrollo y las tendencias evolutivas entre las larvas. MATERIAL Y METODOS Las larvas estudiadas fueron: larva actinula de Tubularia crocea (Agassiz, 1862) (Hydrozoa; Athecata(=Anthomedusae); larva plânula de Olindias sambaquiensis Müller, 1861 (Hydrozoa; Limnomedusae); larva ephyra de Aurelia aurita (Linné, 1758) (Scyphozoa; Semeostomeae); larva plânula de Phymactis clematis Dana, 1849 (Hexacorallia; Actiniaria); larva Semper (=Zoanthina) de Zoanthina diamanta Bamford, 1912 (Hexacorallia; Zoar- tharia). Las larvas fueron analizadas “in vivo” y mantenidas en microacuarios. La larva plänula de P. clematis fue observada cuando se efectuaba el estudio de biologia reproduc- tiva de la especie. Durante las condiciones experimentales fue comprobado el movimiento natatorio; posteriormente se las fijó en acetato formolizado en solución Buffer al 10% y un pH de 7,0-7,1, El material estudiado fue depositado en el Departamento de Ciencias Marinas (Facultad de Ciencias Exactas y Naturales; UNMdP), El análisis de los cnidocistos fue realizado según el sistema clasificatorio de WEILL (1934), modificado por CARLGREN (1949), RESULTADOS Larvas de Hydrozoa Larva actínula (fig. 7): cuerpo elíptico dividido en zona superior que lleva la boca, rodeada de un verticilo de tentáculos cortos con aglomeraciones de nematocistos y zona inferior, mayor y elongada, En la unión de ambas regiones nace un verticilo de tentáculos marginales filiformes, cuyos extremos pueden engrosarse y llevan tambiém concentraciones de nematocistos. Dichos nematocistos se extienden en toda la superficie tentacular. Los tentáculos de la zona inferior tienen una longitud equivalente a la longitud corporal de la larva, El número de tentáculos es generalmente constante con 8 tentácu- los proximales o marginales y 10 tentáculos distales o bucales, Larva plánula (fig. 8): presenta un polo anterior de mayor tamanho, ovoidal y aguzado hacia adelante y ensanchado en su parte media y otro posterior ovoidal alargado cubierto de cilios. Ambos están cubiertos de células esféricas con núcleos centrales. El ectodermo del polo posterior está consti- tuido por células cilíndricas ciliadas y entre las mismas se hallan células glandulares y nematocistos; la mesogloea es tenue y el endodermo posee células angulosas cuyos núcleos se hallan al mismo nivel. Las células glandula- res son de secreción mucosa y los nematocistos identificados son microbásico eurytele y microbásico mastigóforo. IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 145-156, 23 Ago, 1991 Un estudio comparativo... 147 O E EE a el al de ln ne Larva de Scyphozoa Larva ephyra (fig. 9): posee labios marginales que varfan segün la especie; pudiendo ser largos y finos, o bien cortos, anchos y redondeados. Tiene entre 2 y 8 filamentos gástricos. El número de tentáculos marginales y esbozos tentaculares aumenta en relación al incremento del diámetro. Suele haber 8 lóbulos marginales y 8 canales adradiales. Tiene nematocistos aniso- rhiza distribuidos en grupos. El estómago es circular y de éste nacen los canales ropalares que se dirijen a cada uno de los lóbulos marginales. Larva de Anthozoa (Hexacorallia) Larva plánula (fig. 10): posee un penacho apical de flagelos de aproxima- damente 60 um de longitud. En la mayorfa de estas larvas se observa un ollar de células conspicuas alrededor de la boca que carece de cnidocistos. Suele tener cnidocistos microbásico p— y b—mastigöforos, y espirocistos; stos últimos se encuentran en mayor cantidad en la zona del penacho apical. A medida que pasa el tiempo, es común observar la aparicion de mesenterios la reducción del penacho apical, conservando solamente los cilios. Larva Semper (=Zoanthina) (fig.11): posee dos regiones (epiesfera e hipoesfera), de las cuales la inferior es siempre más grande, En la unión de las dos regiones hay un cingulum tapizados de cilios. La zona superior osee la abertura de la boca y la cavidad estomoideal, mientras que la región inferior posee mesenterios. La boca forma una depresión circular que se ontinúa en el estomodeo hasta el canal circular (cingulum), y la zona inferior termina en una foseta, Hay 12 mesenterios, de los cuales 6 se encuentram formando 3 pares perfectos, Dos pares de éstos últimos constituyen los mesen- terios directivos. Los mesenterios perfectos tienen filamentos ciliados con élulas que posee gránulos citoplasmáticos. Hay uma mesogloea diferenciada, más gruesa que el ecto y endodermo, ovimiento natatorio CHIA (1974) considera que la locomoción larval está relacionada con l habitat, Las diferentes larvas utilizan para dispersarse algunas de suas structuras, que le permiten realizar diferentes tipos de movimiento natatorio, Las estructuras utilizadas son basicamente los tentáculos, cilios, cingulum, penacho apical, que combinadas con pulsaciones rítmicas del cuerpo se ducen en un movimiento que permitirá que las distintas larvas se desplacen erca o no del organismo parental. Si bien la larva actínula tiene una breve vida planctónica (30 a 60 inutos) (ZAMPONI & CORREA, 1988), efectüa movimientos de batido on los tentáculos proximales o marginales (fig. 1). Este movimiento está compafiado de contracciones efectuadas por los esbozos tentaculares del idrocaule e hipostoma. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 145-156, 23 Ago, 1991 148 ZAMPONI, MO, GEC MMS O TVS OMS TN O TEE nn La larva plánula de limnomedusas efectúáa un movimiento de rotación sobre su propio eje y el de translación (ZAMPONI & FACAL, 1987) (fig. 6). Ambos movimientos se ven ayudados por los cilios que bordean a ambos polos. Dichos cilios realizan un movimiento de batido, originando pequenas corrientes de agua locales que facilitan el desplazamiento de la larva (fig. 2). La larva ephyra también realiza movimientos de batido por sus labios marginales, ayudado por el movimiento de los tentáculos (fig. 3); si bien el desarrollo de éstos últimos es más lento (MIANZAN, 1986). Las larvas ephyra al desplazarse se distribuyen en forma de manchones (MÖLLER, 1978/79). La larva plänula de Phymactis clematis (Actiniaria) fue estudiada por EXCOFFON & ZAMPONI (en prensa), observando que el movimiento natato- rio es de rotaciön en el sentido de las agujas del reloj, y el penacho apical lo dirige hacia adelante. El movimiento efectuado también se ve favorecido por el conjunto de cilios, que al igual que la plánula de limnomedusas, originam corrientes locales de agua que ayudan a dicho desplazamiento (fig. 4). La larva Semper (fig. 5) también efectáa movimientos similares a la larva plänula de limnomedusas (fig. 6) y el cingulum de posiciön transverso al eje longitudinal, facilita con el batido de sus cilios el movimiento de nataciön. Requerimiento ecolögico de las larvas Las exigencias ecolögicas de las diferentes larvas depende de la especie, del tipo de reproducciön, del medio donde se desarrollan y de la respuesta de adaptaciön a ese medio. El conjunto de factores mencionados hace que la ecologfa larval sea variable en tiempo y espacio, aunque no excluye que algunas condiciones ecolögicas sean similares o iguales entre larvas de diferen- tes especies. La larva actínula generalmente se localiza en las proximidades del orga- nismo parental donde hay un aporte constante de agua circulante, y por conseguiente buena disposición de oxígeno disuelto y disponibilidad de ali- mento. La larva plánula de algunas limnomedusas como Olindias sambaquiensis, selecciona el substrato adecuado para fijarse. Generalmente este tipo de subs- trato debe ser de superficies porozas, rugosas y con anfractuosidades. Esta particularidad está relacionada con los nematocistos localizados en el polo posterior de dicha larva, Estudios experimentales realizados por ZAMPONI (en prensa) parecen indicar un reconocimiento de las células ectodermicas del polo posterior hacia este tipo de substrato, permitiendo la descarga de los nematocistos y asi asegurar un mejor asentamiento de la larva, | IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 145-156, 23 Ago. 1991 Un estudio camparativo.s 149 Las larvas ephyra requieren abundante alimento, una temperatura baja y una rica oxigenaciön. VERWEY (1942) considera que una temperatura de 4-10°C es necesaria para su existencia, hecho que es confirmado por THIEL (1962) al estudiar la apariciön de ephyra en el mar Bältico. Sin embargo en la rfa Bahfa Blanca, MIANZAN (1986) hallö ephyra a tempera- turas de 14,2°C y 15,2ºC; posiblemente estas diferencias de temperatura, deban relacionarse al régimen hídrico de la zona estudiada, Al igual que los tipos larvales anteriores, algunas larvas plänulas de actiniarios tambfen requieren una buena disponibilidad de alimento.SIEBERT (1974) estudiö experimentalmente la alimentaciön de larvas plänulas, utilizan- do esferas micrométricas plásticas del tipo empleado para calibrar un contador de partículas “*Coulter””, comprobando que dichas esferas se adherfan al collar de células que rodean la boca para ser ingeridas posteriormente, El hecho de tener un huevo de escaso vitelo, hace que las mismas deban obter alimento del plancton. En consecuencia algunas de ellas son clasificadas como ovíparo-pelágico-planctotrófica según CHIA (1976). Caracteres larvales y adultos ZAMPONI (1989b) estudió los caracteres larvales (pelágicos) y los adultos de 16 especies de cnidarios, en consecuencia solo se mencionarán los caracteres relacionados a los tipos larvales analizados en este trabajo. En base a los caracteres citados en la tabla I, se puede deducir que hay tipos larvales como la larva actínula y la ephyra que en el período larval semejan a adultos en miniatura, Esta particularidad puede estar relacio- nada al período planctönico y al proceso de estrobilación, Se ha mencionado anteriormente que la larva actínula tiene una etapa planctónica breve, en la cual desarrolla todas aquellas estructuras que son funcionales en la forma pólipo adulta; mientras que la larva ephyra al ser originada de un scifistoma mono o polidisco desarrolla durante su formación las estructuras funcionales de una medusa adulta, y cuando la ephyra está lista a ser liberada por movimientos activos, rompe las uniones musculares que la unen al scifistoma (RUSSELL, 1970), Las otras formas larvales presentan simultaneamente caracteres larvales y adultos, siendo éstos últimos pre y post-metamórficos (ZAMPONI, 1989 b). Caracteres comunes Analizadas las estructuras morfolögicas, el movimiento natatorio, los requerimientos ecolögicos y los caracteres larvales y adultos, se puede delinear que algunas larvas comparten entre si características comünes a varias de ellas. Entre los factores comúnes, los tentáculos, cilios, cnidocistos, movi- miento natatorio de translación y rotación como asi también la temperatura IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 145-156, 23 Ago. 1991 150 ZAMPONI, MO (t°), salinidad (Sº/00), disponibilidad de luz y el oxígeno (O2) constituyen factores que deben ser considerados: (1) tentäculos presentes en las larvas actínula de Hydrozoa y ephyra de Scyphozoa dispuestos en dos y un ciclo respectivamente; (2) cilios en la misma disposiciön en las larvas plänulas (Hydrozoa) y plänula (Anthozoa); en la larva Semper, no son organelas individuales, sino que se unen a un canal transversal constituyendo el cingu- lum; (3) cnidocistos microbäsico mastigöforo en la larva plänula de pölipos Hydrozoa, y los cnidocistos microbäsico mastigöforo p- y b- en la larva plänula de pölipos Anthozoa; (4) movimiento natatorio de translaciön y rota- ciön en las larvas plänula de Hydrozoa como la larva Semper de Anthozoa presentam similares movimientos de nataciön; que en el caso de la ültima larva se ve facilitado por el batido de los cilios del cingulum; (5) los intervalos de t° para las larvas actinula, ephyra y Semper oscilan entre 2,3°C a 14,5°C; mientras el rango de SO/oo para las larvas ephyra y Semper está comprendido entre 33,4 a 34,11 9/00 (ZAMPONI, 1989a). La luz y la disponibilidad de O, también son factores requeridos para el desarrollo larval (ZAMPONI, 1989a), aunque CUSTANCE (1964) considera que una fuerte intensidad de luz también puede ser perjudicial, no obstante KAKINUMA (1965) halló que una temperatura de 15ºC y luz natural eran las condiciones óptimas para las larvas ephyra, Clave identificatoria de larvas de Cnidaria 1. Con tentáculos 2er kat GAS ee arte A RR 2 Sin tentáculo .. LH. ana Sc CAS AR IE RR 3 2, Tentáculos dispuestos en 1 verticilo y con lóbulos marginales (lappet) A a Da o e O lat Ephyra Tentáculos dispuestos en 2 verticilos y sin lóbulos marginales (lappet) Da gb a o APT Actínula 3. Con cilios en posiciön transversa al eje longitudinal ................. Semper Con cilios en posición paralela al eje longitudinal ........................... 4 4Con penacho apical). !bit sc e o ia A O Plánula (Anthozoa) Sin-penacho apical a u a Plánula (Hydrozoa) Posibles tendencias evolutivas WIDERSTEN (1968) considera que la larva plánula primaria de los actiniarios es una larva planctotrófica y ésta es la plánula tipo actual de los cnidarios, Analizados los caracteres morfológicos comúnes a las distintas larvas, y aquellos caracteres adultos que aparecen en la vida larval, es factible IHERINGIA, Sér, Zools, Porto Alegre (71): 145-156, 23 Ago. 1991 n estudio comparatiVO.oe 151 stablecer una posible secuencia teorica sobre las tendencias evolutivas entre as larvas (figs. 7—11). A partir de la larva de Widersten, existen dos posibles líneas evolutivas ue incluyen a las larvas de Hydrozoa, El conjunto de estas larvas presenta aracteres comúnes y caracteres propios; entre los primeros se hallan los ntáculos dispuestos en 2 ciclos en la larva actínula y 1 sólo ciclo en a ephyra, mientras hay una marcada divergencia en lo que respecta a los aracteres propios ya que la larva plánula, posee cilios que están ausentes n las dos larvas anteriores. Las larvas actínula, ephyra y plánula son representantes del subphylum edusozoa, el cual incluye formas pelágicas nadadoras que tienen estructuras omúnes entre sí, a pesar de la gran diversidad que se puede observar, or lo tanto es posible que este conjunto tenga un ancestro común, La presencia de cilios es un caracter común a las larvas plánulas de ydrozoa y a la larva plánula de Anthozoa, que sumado al conjunto de ematocistos microbásico mastigóforo y células mucosas que bordean el polo osterior y el polo aboral respectivamente podrían servir como estructuras dicadoras de una posible línea evolutiva, Si se tiene en cuenta que los ilios son un caracter larval, que desaparece una vez asentada la larva, pero e mantienen aquellos caracteres adultos (nematocistos y células mucosas) s factible de la tendencia evolutiva indicada en este sentido. La larva plánula de Anthozoa presenta mesenterios como un caracter dulto. La aparición de éstos se efectúa a las 90 horas de vida (EXCOFFON ZAMPONI, en prensa). Los mesenterios tienen filamentos gástricos y a presencia de éstos últimos también aparece como un caracter adulto en a larva ephyra, La particularidad que ambos caracteres se encuentren presen- es en estos tipos larvales puede ser interpretada como estructuras de impor- ancia ecológica, ya que es conocida la actividad depredadora de la larva phyra, como la anémona adulta. En la línea evolutiva de las larvas plánula, aparece tambíen la larva e Semper (=Zoanthina) que conserva como caracter común el conjunto e cilios. Los cilios en esta larva forman el cingulum que actüa en el movi- jento natatorio de esta larva. La aparición por vez primera de un cingulum stá indicando una complejidad estructural no evidenciada en las larvas ante- iores. Este cingulum podrfa ser visto en términos ecológicos como el equiva- ente al penacho apical de la larva plánula de actiniarios, ya que ambos ontribuyen al desplazamiento de las mismas. La larva Semper al igual que la larva plänula de Hydrozoa, presenta 1 mismo tipo de comportamiento natatorio. Esto puede interpretarse como a convergencia evolutiva de la natación, en formas larvales equidistantes. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 145-156, 23 Ago, 1991 152 ZAMPONI, MO. DISCUSION Y CONCLUSIONES El anälisis de los diferentes tipos de larvas permite dilucidar que tienen estructuras anatömicas en comün, como así también requerimientos ecológicos similares. Esta particularidad podría ser vista como una tendencia evolutiva a partir de un ancestro comün, Si bien las larvas han evolucionado respondiendo a las exigencias de cada especie, también se han adaptado a las condiciones ambientales particulares de cada una de ellas. La denominada “presión adulta” de J AGERSTEN (1972) en las larvas de invertebrados, se pone de manifiesto cuando se estudian las larvas de cnidarios. Dicho proceso es evidente en larvas actínula y ephyra al observarse estructuras como tentáculos, hidrocaule, hipostoma, labios marginales, estó- mago, filamentos gástricos y nematocistos que corresponden a ser altamente funcionales en el organismo adulto. La presencia de algunas de estas estructu- ras como los tentáculos, estómago, filamentos gástricos y nematocistos deben relacionarse al habitat larval y a la locomoción larval. Entre las cinco catego- rías de habitat larval reconocidas por CHIA (1974), el tipo pelágico (nadadora libre) debe ser referido a estas dos larvas citadas. Si se tiene en cuenta que los nematocistos son utilizados por las especies de cnidarios para capturar presas (ZAMPONI & ARCA-TELLECHEA, 1988), y sumado a la existencia de hipostoma y estómago, en consecuencia la actínula y ephyra corresponden al tipo de CHIA (1974). También existen otros tipos como la larva Semper que cuenta con boca y nematocisto; motivo por el cual también deberfa relacionarse con el tipo de nadadora libre, En relación a las larvas plánula (Hydrozoa) y plánula (Anthozoa) se las ha observado nadando cerca del substrato por ZAMPONI (en prensa) y EXCOFFON & ZAMPONI (en prensa) respectivamente; este tipo de com- portamiento está indicando que ambas larvas pertencen al tipo bentönico (demersal) de CHIA (1974). Resumiendo los tipos de locomoción larval, y su habitat, se establece que las larvas actínula, ephyra y Semper son nadadoras libres y pelágicas; mientras que las larvas plánula (Hydrozoa y Anthozoa) son demersales y bentónicas. WIDERSTEN (1968) estima que la actual larva de los cnidarios corres- ponde al tipo plánula planctotrófica, sin embargo a la luz de los estudios realizados las larvas plänulas de Hydrozoa y Anthozoa (Actiniaria) analizadas son de habitat bentónico. Si se tiene en cuenta que lo expresado por WIDERS- TEN (1968) basado en la larva plänula de los actiniarios, que dicho autor la considera nadadora libre y pelágica, no condice con las observaciones realizadas, ya que la plánula de P. clematis efectáa movimientos natatorios en las proximidades del substrato y a este tipo de locomocion CHIA (1974) la categoriza como demersal y propio de habitat bentönico. IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 145-156, 23 Ago. 1991 Un estudio comparativo... 153 En base a lo expresado anteriormente es factible que las dos líneas evolutivas principales (figs. 7—11) respondan más que nada a una afinidad ecológica que a caracteres taxonómicos comunes, De esta manera es atendible que las larvas actínula y ephyra se encuandren en una misma tendencia y las larvas plánula respondan también por su ecología a una línea evolutiva diferente. Si se tiene en cuenta que las formas larvales actínula, plánula y ephyra pertenecen al mismo subphylum (Medusozoa), el cual responde a una necesidad grupal, más que a razones ecológicas, en consecuencia se reafirmarfa el criterio de la existencia de dos tendencias evolutivas. Agradecimientos. Al Sr. Miguel A, Scelzo (Laboratorio de Fotografía, Instituto Nacional de Investigaciones y Desarrollo Pesquero, Mar del Plata, Argentina) por la realización de las tomas fotográficas que ilustran el trabajo. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS CARLGREN, O, 1949, A survey of the Ptychodactiaria, Corallimorpharia and Actiniaria, K. Svensk. Vetens. Akad. Handl, Stockholm, 41):1—-122. CUSTANCE, D. R. N, 1964, Light as an inhibitor of strobilation in Aurelia aurita, Nature, London (204):1219—20, CHIA, F. S. 1974, Classification and adaptive significance of developmental patterns in marine invertebrates. Thalassia Jugoslavica, Zagreb, 10(1/2):121—30. CHIA, F. S. 1976. Sea anemone reproduction: patterns and adaptive radiations, In:MACKIE, G., ed, Coelenterate Ecology and Behavior. New York, Plenum, p. 261—70, EXCOFFON, A, C. & ZAMPONI, M, O, La biologia reproductiva de Phymactis clematis Dana, 1849 (Actiniaria:Actiniidae): gametogénesis, períodos reproductivos, desarrollo embrionario y larval. Spheniscus, Bahía Blanca, (En prensa), JÄGERSTEN, G. 1972. Evolution of the Metazoan life-cycle. London, Acad, 282p. KAKINUMA, Y. 1965. On some factors for the differentiations of Cladonema uchidai and of Aurelia aurita. Bull. Biol, Asamushi, 2:81-5, fig. 1. MIANZAN, H. W. 1986. Estudio sistemático y bioecológico de algunas medusas Scyphozoa de la región subantartica. 196p, lám. 1—22, (Tesis Doctor.—Cienc, Nat.). Universidad Nacional de La Plata, 1986. (no publicada), MÖLLER, H. 1978/79. Significance of coelenterate in relation to other plankton organisms. Meeresforsch, Hamburg, 27:1—18. RUSSELL, F. S. 1970. The medusae of the British Isles. I. Pelagic Scyphozoa with a supplement to the first volume on Hydromedusae. Cambridge; University. 284p. SIEBERT, A. 1974, A description of the embriology, larval development, and feeding of the sea anemone Anthopleura elegantissima and A, xanthogrammica. Can. Journ.Zool, Ottawa, 52(11):1383—88, THIEL, H. 1962. Untersuchungen über die Strobilisation von Aurelia aurita Lam an einer Population der Kieler Förde, Meeresforsch, Hamburg, 18:198-230, VERWEY, J. 1942, Die Periodizität im Auftreten und die activen und passiven der Quallen. Archs. neerl. Zool. Leiden, 4:363—468, figs. 1-2, WEILL, R. 1934, Contribution a lPetude des Cnidaires et de leurs nematocystes, Trav. Sta. Zool. Wimereux, Wimereux, 10(11):1—-701. IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 145-156, 23 Ago. 1991 154 ZAMPONI, M.O, WIDERSTEN, B, 1968. On the morphology and development in some cnidarian larvae. Zool. Bidr. Upps, Uppsala, 37:139—82, ZAMPONI, M, O. 1989a, Differences in ecological factors of different larval types of Cnidaria from the argentine shore, Plankton Newsletter, Amsterdan, 10:34, —, 1989b. Los Cnidaria y su interaccion pelägico—bentönica. Mar del Plata, Universidad Nacional de Mar del Plata, 54p., figs. 120, ——, La larva de Olindias sambaquiensis Müller, 1861 (Cnidaria: Limnomedusae): comporta- miento natatorio y selección del substrato. Physis, Buenos Aires, (En prensa). ZAMPONI, M, O & ARCA-TELLECHEA, M. 1988. Los nematocistos y su relación con la captura del alimento. Physis Secc. A, Buenos Aires, 46(111):13—85. ZAMPONI, M, O, & CORREA, M, V, 1988. Ciclos biológicos de celenterados litorales. III. Tubularia crocea (Agassiz, 1862) (Anthomedusae: Tubulariidae). Spheniscus, Bahfa Blanca, 6:53—61. ZAMPONI, M, O, & FACAL, O, N, 1987, Estudio bioecológico de Olindias sambaquiensis Müller, 1861, en el área de Monte Hermoso. I. Ciclo de vida. (Limnomedusae; Olindiidae). Neotropica, La Plata, 33(90):119—26. Tabla I: Caracteres pelägicos y adultos en los diferentes tipos larvales de Cnidaria, Tipos de larva Estructura Caracter Actfnula corona tentacular adulto hidrocaule adulto hipostoma adulto nematocisto adulto zona de fijaciön (base Taryal del hidrocaule e o hi- drorhiza) Plänula (Hydrozoa) polo anterior larval polo posterior larval cilios larval células mucosas adulto nematocistos adulto Ephyra umbrela adulto labios marginales adulto filamento gástrico adulto tentáculo adulto estómago adulto nematocistos adulto Plänula (Anthozoa) cilios larval collar de celulas larval penacho apical larval células mucosas adulto mesenterio adulto nematocistos adulto Semper cingulum larval epiesfera larval hipoesfera larval foseta adulto mesenterio adulto boca adulto nematocistos adulto IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 145-156, 23 Ago. 1991 Un estudio comparativo... 155 Figs. 1-6. Movimientos natatorios de algunas larvas de Cnidaria, 1. actfnula; 2, plänula (Hydrozoa); 3. ephyra; 4. plánula (Anthozoa); 5. Semper; 6. movimientos de translación y rotación de la larva plänula de O. sambaquiensis. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 145-156, 23 Ago. 1991 156 ZAMPONI, M.O. Io De a Aa TT] [1 Figs 7-11. Posibles tendencias evolutivas entre las larvas de cnidarios, 7. actfnula (280x); 8. plänula (Hydrozoa) (600x); 9. ephyra (40x); 10, plänula (Anthozoa) (600x); 11. Semper (200x). IHERINGIA, Sr. Zool., Porto Alegre (71): 145-156, 23 Ago, 1991 CONTRIBUIÇÃO AO CONHECIMENTO DOS ODONATA DA ILHA DE FERNANDO DE NORONHA, PERNAMBUCO, BRASIL! Hugo G. Mesquita * Beatriz C. Matteo? ABSTRACT CONTRIBUTION TO KNOWLEDGE OF ODONATA OF THE FERNANDO DE NORONHA ISLAND, PERNAMBUCO, BRAZIL, Four species of Odonata are recorded from the island of Fernando de Noronha (Ischnura capreola, Erythemis vesiculosa, Miathyria marcella and Pantala flavescens). The probable way in which these species colonized the island is discussed. KEY WORDS: Odonata, Fernando de Noronha, Brazil, new records, INTRODUÇÃO Fernando de Noronha é a maior ilha (26 km?) do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha que, além desta, possui mais 20 ilhotas, abrangendo uma área total de 11270 hectares, Esta ilha localiza-se no litoral nordeste do Brasil (3º48'a 3º52ºS e 32°22’a 32º28"0) e possui o único mangue insular do Oceano Atlântico. A temperatura varia entre 26ºC e 32ºC, havendo praticamente duas estações, a estiagem (agosto a janeiro) e a estação chuvosa — quando é captada a água que abastece a ilha durante todo o ano. Não existem estudos sobre a sua fauna odonatológica sendo esta a primeira con- tribuição. As coletas foram efetuadas em junho de 1990, durante uma estiagem incomum, por N. Hamada, U,C. Barbosa e V. Py-Daniel, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Foi determinado o sexo de cada exemplar, com excessão das náiades de libelulídeos. Abreviaturas utilizadas: is, imagos a seco; ia, imagos em álcool; na, náiades em álcool; ea, exúvias em álcool. 1. Recebido em 21.XI.1990; aceito em 28.V.1991, 2. Coordenação de Pesquisas em Entomologia, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Caixa Postal 478, CEP: 69011, Manaus, Amazonas, Brasil, IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 157-160, 23 Ago. 1991 158 MESQUITA, H.G. & MATTEO, B.C, Coenagrionidae Ischnura (Ceratura) capreola (Hagen, 1861) Material examinado: Esgoto du Boldró: 9 Sd 14 92 (ii), 1de3% (ia), 3 Sd e11 9 (na), 18.VI.1990; Lagoa da Horta: 29 (na), 21.VI.1990; Lagoa da Viração: 1 2 (ia), 29° e 1 S (na), 21.V1.1990; ‚Boca (do (Oueiroz: NS Game Teo 9 (na), 21.VI.1990. É o menor odonato neotropical e habita ambientes caracteristicamente lênticos, onde prolifera abundantemente. Apresenta fêmeas dicrômicas (homo- crômicas e heterocrômicas em relação ao macho), Nos exemplares coletados não foram observadas formas homocrômicas o que contraria a observação de TILLY ARD (1917) que apresenta a forma homocrômica como predomi- nante. Esta espécie é amplamente distribuída na região Neotropical, com ampla ocorrência no México, América Central e Grandes Antilhas. No Brasil continental tem sido registrada de norte a sul. Libellulidae Erythemis vesiculosa (Fabricius, 1775) Material examinado: Esgoto do Boldró: 4 & (is), 18.VI.1990; 1(na), 21.VI.1990; Riacho do Atalaia: 2 d (is), 19.VI.1990; Lagoa da Horta: 1 (na), 21.VI.1990; Poça do Queiroz: 1(na), 21.VI.1990, Espécie de médio e grande porte entre os libelulídeos, predominan- temente verde com anéis brunos no abdome, sendo, por essas características combinadas a seu ágil e vigoroso vôo, muitas vezes confundida pelos leigos com os membros da família Aeshnidae. Amplamente registrada para as três Américas (NEEDHAM & WESTFALL, 1955) e Antilhas (PAULSON, 1977). Suas náiades colonizam somente ambientes lEnticos. Miathyria marcella (Selys, 1857) Material examinado: Lagoa da Horta: 1 (na), 21.VI.1990; 1 2 (is), 22.VI.1990; Lagoa da Viração: 14 (na), 21.VI.1990; Mangue do Sueste: 1 (na), 21.VI.1990. Esta espécie junto com outras dos gêneros Pantala, Tramea e Tauriphila são capazes de constituirem massas de milhares de indivíduos voejando horas sem repouso (SANTOS, 1981), fato que se deve ao maior desenvolvimento da área anal de suas asas posteriores o que lhes proporciona a faculdade de planar. Suas náiades são encontradas em ambientes lEnticos. Assinalamos a captura de uma náiade na água salobra do mangue do Sueste, E uma espécie bem distribuída nas Américas e Grandes Antilhas. Foi registrada recentemente na ilha fluvial de Maracá, no Estado de Roraima (MACHADO et al., no prelo). Pantala flavescens (Fabricius, 1798) Material examinado: Riacho do Atalaia: 2 & (is), 19.VI.1990; 8 (na) e 2 (ea), 21.VI.1990; Lagoa da Horta: 5 (na), 21.VI.1990; Represa próxima a Horta: 7 (na), 21.V1.1990, IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 157-160, 23 Ago, 1991 Contribuição ao conhecimento dos Odonata,es 159 o dai co o O I el a Única espécie cosmopolita, já coletada na Ilha de Trindade a cerca de 1200 km da costa brasileira e de 3300 km da costa africana (SANTOS, 1981). O extraordinário desenvolvimento da área anal nas asas posteriores associado à possante musculatura alar e o baixo peso corpóreo asseguram a esta espécie uma grande versatilidade em suas manobras aéreas, Suas näia- des, de grande resistência, suportam bem as adversidades de ambientes hostis, sendo por isso pioneiras em áreas recentemente alagadas ou poças temporárias (NEEDHAM & WESTFALL, 1955). DISCUSSÃO Com base no estudo de 101 exemplares coletados (38 imagos, 61 náiades e 2 exúvias), foi possível registrar seguramente a presença de 4 espécies de odonatos representando 4 gêneros e duas famílias na Ilha de Fernando de Noronha, Todas as espécies possuem hábitos lênticos e heliófilos. Segundo Py-Daniel (comun. pes.), a ilha não possui cursos de água lóticos perenes e naturais, sendo os existentes resultantes do escoamento de açudes artificiais que armazenam a água das chuvas para o consumo da população e esgotos que correm a céu aberto. Somente na estação das chuvas existem cursos de água que estão representados por poças durante a estação da estiagem e que provavelmente não chegam a secar. Há também uma nascente de água salobra próxima ao mar, Mesmo não tendo visitado a ilha podemos fazer uma análise sobre a ocorrência de odonatos face as informações recebidas sobre a sua caracte- rização, É bem provável que duas das espécies da odonatofauna atual de Fernando “de Noronha tenham sido levadas acidentalmente com a introdução de vegeta- ção aquática do continente nos seus açudes, Assim o zigóptero Ischnura capreola teria chegado como imaturo ( ovo ou náiade) abrigado nas raízes e folhas da arácea Pistia sp. que, segundo Hamada (comun. pes.) é comum em alguns açudes e mangues da ilha. Com o libelulídeo Miathyria marcella deve ter ocorrido fato semelhante, pois apesar de bom voador, não é provável que resista voar sem repouso os 345 km que separam a ilha da costa do Estado do Rio Grande do Norte, que é a mais próxima, Erythemis vesiculosa apesar de não ser um exímio planador, parece ter um poder de dispersão maior que M. marcella com sua ampla área anal. É o que parece indicar a distribuição desta espécie nas costas e arquipélagos Atlanto-americanos (fig. 1). Pantala flavescens é o único odonato que, seguramente, reúne condi- ções de alcançar a ilha por meios próprios e desta forma deve tê-la colonizado muito antes da ocupação humana, Restaria saber se as populações resistiriam ao período da estiagem, o que é provável, pois o ciclo desta espécie é menor que 90 dias quando os ovos são postos em corpos de água ricos em alimento e temperatura típica dos trópicos (SANTOS, 1981). IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 157-160, 23 Ago, 1991 160 MESQUITA, H.G. & MATTEO, B.C. P. flavescens, E. vesiculosa e M. marcella estão bem distribuídos conti- nentalmente nas três Américas e boa parte das ilhas (fig. 1), sendo que destes só M. marcella não está registrado para o arquipélago das Bermudas que é de origem coralina e para o das Pequenas Antilhas que é de origem vulcânica, Isso parece indicar que M. marcella foi introduzida em Fernando de Noronha que também é de origem vulcânica e apresenta nichos semelhantes aos de algumas ilhas das Pequenas Antilhas. O mesmo acontece com o coena- grionídeo /. capreola que não tem registro para as ilhas oceânicas, com excessão das ilhas do arquipélago das Grandes Antilhas que são fragmentos continentais, REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MACHADO, A, B. M.; MESQUITA, H. G. & MACHADO, P, A, R. (1990). Contribuição ao conhecimento dos odonatos da Estação Ecológica de Maracá, Roraima, Acta Amazonica, Manaus, 20 (no prelo). NEEDHAM, J. G. & WESTFALL JR, M. J. 1955. A manual of the dragonflies of North America (Anisoptera), including the Greater Antilles and the Provinces of the Mexican Border. Berkeley, Univ. Cal. XI + 603 p., 341 fig. PAULSON, D. R. 1977. Odonata, In: HULBERT, S. H. ed. Biota Acuática de Sudamérica Austral. San Diego, San Diego St. Univ. Cal, p. 170—84, SANTOS, N, D., 1981. Odonata, In: HULBERT, S. H., RODRIGUEZ, G., SANTOS N. D., ed. Aquatic biota of tropical South America Part 1. Arthropoda, San Diego, San Diego St. Univ. Cal, po 64-85. TILLYARD, R. J. 1917, The biology of dragonflies. Cambridge, Cambridge Univ. XII + 396 p., 188 figo, 2 tab. xar "x Pantala flavescens Lepthemis vesiculosa Miathyria marcella SS EIS) Ischnura capreola N 1000 km Fig. 1. Distribuição Atlanto-americana (costeira e insular) das espécies de Odonata existentes na ilha Fernando de Noronha (litoral nordeste do Brasil). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 157-160, 23 Ago. 1991 CICLO REPRODUTIVO DE FEMEAS DE UMA POPULAÇÃO DE NO- THURA MACULOSA TEMMINCK, 1815 (AVES, TINAMIDAE) NO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL! Maria Inês Burger” ABSTRACT REPRODUCTIVE CYCLE OF THE FEMALES OF THE NOTHURA MACULOSA POPULATION IN RIO GRANDE DO SUL, BRAZIL. The reproductive cycle of Nothura maculosa, Temminck, 1815, females was studied through samples collected on a monthly basis in Butiá county, Rio Grande do Sul (30º06'47”S and 51º57'10”W), from September 1980 through January 1982, The stages of the reproductive cycle are recorded by observing macroscopical changes in ovaries and oviducts, The females of this population show a seasonal reproduction, with laying period from September to February, Post-ovu- latory follicles indicate intensive laying in the months of October and November, Data indicate that pre-ovulatory growth is stimulated by the photoperiod, KEY WORDS: Nothura maculosa, reproduction, laying, ovary, oviduct, INTRODUÇÃO Nothura maculosa sofre pressão de caça amadorista no Rio Grande do Sul. Em função desta atividade conhecimentos biológicos, em especial aqueles relacionados com a reprodução, são fundamentais para o manejo adequado da espécie, O único trabalho, até o presente, sobre o ciclo reprodutivo de fêmeas de Nothura maculosa é de ARRIAGA et alii (1983) que realizaram um estudo morfológico comparativo em ovários entre a época de recesso invernal e o período reprodutivo, em que concordam com o padrão geral descrito para as aves por LOFTS & MURTON (1973), MARSHALL (1961), NAL- BANDOV (1976) e STURKIE (1965). 1. Recebido em 17.1.1989; aceito em 3,VI,1991. 2 Projeto financiado com recursos provenientes do Convênio entre Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB) e Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), 3. Museu de Ciências Naturais, FZB, Caixa Postal 1188, 90001 Porto Alegre, RS, Brasil, IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 161-174, 23 Ago, 1991 162 BURGER, M, IL. Objetiva-se estudar as variações macroscópicas de ovários e ovidutos durante o ano, de modo a identificar padrões que caracterizem as etapas do ciclo reproductivo da espécie com facilidade, MATERIAL E MÉTODOS Os exemplares de N. maculosa foram obtidos por abate com arma de fogo calibre 12, dois canos, cartuchos com chumbo 9, após serem detectados e levantados por um cão de raça Pointer, conforme procedimento usualmente adotado para caça desta espécie. Tendo como base os estudos realizados sobre a variação da população na área (MENEGHETI, 1985b) e os efeitos da pressão de caça sobre a espécie (MENEGHETI, 1985c), estabeleceu-se uma extração de dez indivíduos por mês, na expectativa de uma razão de sexo de 1:l, a fim de garantir a manutenção dos estoques no local do estudos Foram escolhidos, em vôo, para captura, indivíduos com porte de adulto, no entanto três fêmeas apresentaram porte de jovem quando examinadas e foram descarta- das do estudo, Coletou-se um total de 165 indivíduos, sendo 84 fêmeas com porte de adulto, de setembro de 1980 a janeiro de 1982, (tab. 1). O exame dos exemplares no campo foi efetuado num intervalo não maior do que duas horas da sua coleta, O procedimento adotado para cada indivíduo teve a seguinte sequência: pesagem em balança Marte modelo 1001, com precisão de 0,05g; abertura na porção ventral; retirada das vísceras; registro da condição do oviduto; retirada dos ovários e ovidutos; registro de ovo, local e condição da casca, quando presente no oviduto; registro de folículos ovulados e folículos atrésicos; fixação do ovário e oviduto, Para a identificação do estádio reprodutivo das fêmeas elaborou-se uma classifica- ção qualitativa do oviduto em quatro fases: 1, oviduto de fêmea jovem que não passou por período anterior de postura; 2. oviduto de fêmea que, tendo efetuado postura pelo menos uma vez, apresenta-se totalmente regredido; 3, oviduto aumentado, podendo estar tanto em desenvolvimento quanto em regressão, mas não se encontra em estádio de reprodução; 4, oviduto em estádio de reprodução, Os ovários e ovidutos foram fixados em solução de Bouin (modificada segundo Dubosg-Brasil, 1905 in BUCHERL, 1962), após, no mínimo, 48 horas nesta solução foram transferidos para álcool 380%. As medidas dos folículos pr& e pós-ovulatórios foram tomadas na abertura do estigma e efetuadas após a fixação, com o uso de um paquímetro de relógio marca Mitutoyo, de precisão 0,025mm, A identificação dos folículos pós-ovulatórios foi feita com o auxílio de estereomicroscópio marca Bausch & Lomb, Para determinação da média dos folículos pré e pós-ovulatórios, considerados em mesmo estádio de desenvolvi- mento, adotaram-se as medidas de folículos de sete fêmeas que continham ovo com casca membranosa na glândula da casca, Os folículos pr&ovulatörios não possuem antrum, nem líquido folicular (ARRIAGA et alii, 1983), o que faz com que suas medidas sejam, aproximadamente, as mesmas dos ovöcitos. Para o tempo que o ovo permanece em cada segmento do oviduto adotou-se, como modelo inicial, o obtido para a galinha doméstica descrito por STURKIE (1965) e NALBANDOV (1976). O intervalo de postura entre ovos subsequentes foi estimado a partir de dados de BUMP & BUMP (1969) com N. maculosa em cativeiro, Descrição da área de estudo O trabalho foi desenvolvido numa propriedade rural (1155 ha, sendo 400ha de cultivo de soja, 70ha de arroz e o restante campo nativo) do município de Butiá IHERINGIA, Ser. Zoole, Porto Alegre (71): 161-174, 23 Ago, 1991 iclo reprodutivo de fêmeas de uma população de Nothura maculosas.. 163 ee ee Te pu al sn ln nie in aha 30°06’47”S e 51°5710”W), Rio Grande do Sul, situada na regiäo fisiogräfica da Depressäo entral, numa altitude näo superior a 100m. Predominavam os campos nativos com iacäo extensiva de gado bovino e ovino, O clima da regiäo, segundo o sistema de Koeppen (INCRA, 1969) tem a classificagäo e Cfa (sub-tropical úmido). O fotoperíodo nesta latitude (Porto Alegre, 30º01'53”S) segundo dados do OBSERVA- ÓRIO NACIONAL (1981), varia de 10 horas e 12 minutos no solstício de inverno 14 horas e 4 minutos no solstício de verão, RESULTADOS E DISCUSSÃO ases do oviduto N. maculosa mostra uma variação do tamanho do oviduto como a que orre em outras aves com reprodução estacional. O oviduto aumenta antes a estação de reprodução, regredindo após este período, até um tamanho inimo durante o repouso gonadal. Ovidutos totalmente regredidos pesaram pós fixados, em média, 0,17g + 0,04g (E.P.), enquanto que no período e postura apresentaram um peso de 8,62g ? 0,39g. Nas fêmeas que não assaram por um período de reprodução o oviduto é fino, tem paredes lisas é translúcido, o que foi confirmado pelo exame do oviduto das três fêmeas om porte de jovem coletadas. ARRIAGA et alii (1983), equivocadamente, escrevem o oviduto da fêmea jovem como o oviduto regredido. Este último em paredes irregulares, maior calibre do que o de jovens e não é translúcido. êstas diferenças permitem identificar fêmeas jovens daquelas que já realizaram ostura (BUMP & BUMP, 1969; LEWIN, 1963). As fases do oviduto para identificação do estádio reprodutivo das fêmeas oletadas estão na tab. I. O oviduto em condição de reprodução (fase 4) ocorreu em fêmeas coleta- as desde início de setembro (1980 e 1981) até início de fevereiro (1981) | na totalidade das fêmeas no período compreendido entre outubro (1980 1981) e janeiro (1981 e 1982). Ovidutos aumentados (fase 3) foram encontra- os em agosto (1981) e setembro (1980 e 1981), correspondendo ao período e crescimento, e em fevereiro, março e abril, quando estavam regredindo pós a postura, Oviduto totalmente regredido (fase 2) foi observado entre cio de abril (1981) e início de agosto (1981). Ovidutos de fêmeas jovens ue não passaram por um período de postura (fase 1) ocorreram desde início e março (1981) até início de agosto (1981). De maio a julho de 1981 odos os indivíduos encontravam-se em repouso gonadal (fase 2 ou 1). Verificou-se a ocorrência simultânea de ovidutos nas fases 4 e 3 em ois momentos distintos: no início da estação de reprodução (setembro de 980 e de 1981) e, no início da regressão gonadal (fevereiro de 1981). presença de ovidutos nas fases 3 e 2 em abril (1981) e agosto (1981), m ocorrência da fase 3 nos meses intermediários, correspondeu a duas IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 161-174, 23 Ago, 1991 164 BURGER, M, I. SA etapas do ciclo reprodutivo: em abril parte das fêmeas encontrava-se em repouso gonadal, enquanto outras estavam, ainda, em fase de regressão; em agosto, enquanto parte das fêmeas continuava em repouso gonadal, outras iniciavam o crescimento do oviduto. Estas ocorrências simultâneas indicaram que tanto o início quanto o final da temporada de reprodução não foram sincrônicos. Ratificando o não sincronismo, verificou-se que fêmeas com oviduto na fase 3, uma fase intermediária e, possivelmente, mais curta, foram sempre observadas em conjunto com fêmeas que apresentaram oviduto em outra fase: em setembro (1980 e 1981) e fevereiro (1981) juntamente com a fase 4 e em março com fêmeas que apresentavam oviduto na fase 1. A duração da fase 3, por dois meses no período de crescimento e três meses no período de regressão, indicou que a estação de reprodução, durante o período observado, teve um início mais sincrônico que o final. Se esta indicação for verdadeira, sugere várias hipóteses: 1. O início da reprodução foi mais ajustado ao fotoperíodo do que o final da reprodução, o que determinaria uma maior sincronia na fase de desenvolvimento do oviduto; 2. Fêmeas de diferentes idades apresentaram variação na duração da postura. Estudos realizados por MENEGHETI et alli (1985) com Rhynchotus rufescens Temminck, 1815 (Tinamidae), em cativeiro, mostraram que fêmeas jovens terminam a postura em cerca de um mês mais cedo, enquanto que no início, não foi observada diferença significativa, Esta mesma constatação foi feita por LEWIN (1963) com Lophortix californicus Shaw, 1798 (Pha sianidae); 3. Fêmeas nascidas no início da estação de reprodução, setembro, inicia- ram a postura na mesma estação, o que pode provocar um término de postu mais tardio para estas fêmeas. BUMP & BUMP (1969) registram observaçõe de HARDY, no “Tennesee State Game Farm”, E.U.A., sobre uma fême que fez postura 57 dias após seu nascimento. E possível que se trate d um caso excepcional e não tenha nenhuma expressão na população, contud este dado indica a possibilidade de fêmeas nascidas em setembro iniciare a postura em final de dezembro ou janeiro. Neste caso seu período de reprodu ção poderia se prolongar até final de fevereiro e março. Pela ocorrência de indivíduos jovens (fase 1) entre os indivíduos coleta dos constatou-se: (1) Indivíduos jovens com porte de adulto no início de) março. (2) A presença de fêmeas jovens quando as fêmeas adultas aind estão em fase de regressão dos ovidutos, mostrando que o recrutament teve início antes de terminada a estação de reprodução; deve-se salient que os exemplares coletados tinham porte de adulto e, portanto, pelo menos dois meses de idade segundo BUMP & BUMP (1969) e MENEGHETI (1985a) o recrutamento ocorreu num momento anterior, quando os indivíduos adquiri IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 161-174, 23 Ago. 1991 iclo reprodutivo de fêmeas de uma população de Nothura maculosa.. 165 m capacidade de vôo, com aproximadamente um mês, segundo este último utor. MENEGHETI (1981, 1985a) registrou a ocorrência de recrutas desde ezembro, com maior incidência nos meses de fevereiro, abril e provavelmente arço, quando não realizou amostragem; os dados obtidos com o exame os ovidutos concordaram com estas observações. (3) Fêmeas jovens que ão se reproduziram, puderam ser identificadas, com segurança, pela condição o oviduto desde março até, pelo menos, o início de junho. Isto mostra ue amostragens efetuadas neste período podem ser usadas para identificação os estratos jovem e adulto da sub—populacäo de fêmeas de N. maculosa. 4) No início de agosto, algumas fêmeas jovens já podem apresentar oviduto m crescimento, não diferenciável das adultas. Esta indicação foi dada pela corrência de apenas um indivíduo com oviduto na fase 1 numa amostra e seis indivíduos, enquanto nas coletas dos meses anteriores a proporção e manteve em torno de 50% dos indivíduos coletados. Ratificando esta dicação verifica-se que em setembro não foi mais registrada a fase 1. onsidera-se, portanto, que em agosto a condição do oviduto não pode ser ais considerada um meio confiável de distinguir fêmeas jovens de adultas. A ocorrência simultânea de fêmeas com oviduto nas fases 1,2 e 3 ‚ ainda, o reduzido número de indivíduos na fase 1 em início de agosto, ropõe que o crescimento do oviduto nas jovens ocorreu no mesmo período as que já passaram por um período de postura. Se houvesse um retardo o crescimento do oviduto das jovens haveria um período onde seriam encon- rados ovidutos nas fases 1 e 3, como ocorreu no final da temporada de produção, em março, ou ainda 1, 3 e 4, com algumas fêmeas adultas entrando m postura, Observações efetuadas por LEWIN (1963) com Lophortix californicus registraram o início do crescimento do oviduto de fêmeas jovens dois meses antes do das fêmeas adultas, de forma que, quando estes últimos iniciaram seu crescimento, os das jovens mostravam um desenvolvimento similar. Tam- bém fez uma menção ao uso da condição do oviduto para distinguir jovens de adultas e registra como confiável o período até um mês antes do início do crescimento do oviduto de fêmeas adultas. Variação de tamanho dos folículos pré e pós-ovulatórios O crescimento dos folículos pré-ovulatórios e a retração dos folículos pós-ovulatórios em aves seguem um padrão (STURKIE, 1965), de forma que, pela observação macroscópica dos ovários, se pode estabelecer quais Ds folículos que deverão ovular em sequência e qual a ordem dos já ovulados. No esquema (fig. 1) de ovário de N. maculosa estão identificados folícu- los em desenvolvimento, os cinco maiores pré-ovulatórios A, B, C, D, e E, e os pós-ovulatórios que puderam ser identificados macroscopicamente E», G, H, Le). IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 161-174, 23 Ago. 1991 166 BURGER, M. I. As medidas dos cinco maiores folículos pr&-ovulatörios (tab. 3), obtidas das sete fêmeas coletadas que possuiam ovo com casca membranosa na glându- la da casca, mostraram pouca variabilidade em tomo da média, A maior variação se verificou nos folículos menores A e B, mas mesmo estes apresen- tam um coeficiente de variação baixo (C.V.=0,14). O diâmetro do maior folículo apresentou a menor variabilidade (C.V.=0,06). Os folículos pós-ovula- tórios também apresentaram pouca variabilidade, sendo a maior no folículo G (C.V.=0,15) e a menor no folículo J (C.V.=0,06). No entanto, o número que foi possível medir destes folículos, não se manteve constante para todos os estádios, prejudicando a comparação. Segundo STURKIE (1965) e NALBANDOV (1976), utilizando estudos realizados com galinhas domésticas, o ovo depois de penetrar na glândula da casca, já recoberto com a casca membranosa do istmo, ali permanece cerca de 83% do tempo total, desde a ovulação até a postura, Após decorridos 30 a 60 minutos da postura deverá ocorrer a próxima ovulação, Tomando como modelo o percentual de tempo gasto em cada segmento do oviduto, pelos autores citados, e considerando os dados de BUMP & BUMP (1969) de ritmo de postura, intervalo de 1,5 dias (36 horas) entre ovos subsequentes, pudemos estimar a idade de cada folículo, De acordo com esta estimativa, a ovulação do maior folículo (E) deveria ocorrer, no máximo, em 30 horas (1,3 dias), uma vez que o ovo na glândula da casca demorou, pelo menos, seis horas (correspondente a 17% do intervalo entre duas posturas subsequentes) para chegar naquele segmento do oviduto, O folículo seguinte em ordem de grandeza (D) em 66 horas e os subsequentes a cada intervalo de 36 horas. O mesmo se pode supor para os folículos ovulados, o maior (F) teria liberado o óvulo no mínimo a seis horas, o seguinte (G) a 42 horas e os demais em ordem decrescente (H, I, J) a cada 36 horas do precedente (tab. II). A uniformidade do tamanho dos folículos de mesmo estádio de desenvol- vimento sugeriu um ritmo de postura muito semelhante nas fêmeas observadas, Este padrão de crescimento coerente e a pequena variabilidade observada em folículos de mesma idade, propõe que eventuais rupturas do padrão possam ser interpretadas como interrupções da postura. Das 33 fêmeas examinadas que apresentaram folículos pós-ovulatórios, sete mostraram uma quebra deste padrão, mas não de forma a evidenciar uma nova tendência, ' Em setembro de 1980 uma fêmea mostrava o maior folículo pré-ovula- tório com 12,35mm, um tamanho intermediário entre os folículos D, E e o maior folículo pós-ovulatório com tamanho de folículo J, o que propõe uma estimativa de intervalo entre posturas de oito dias. Outra fêmea apresen- tou uma quebra de padrão estimada em um intervalo de cinco dias entre as posturas, em outubro de 1980, Neste mesmo mês outra fêmea teve quebra IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 161-174, 23 Ago, 1991 Ciclo reprodutivo de fêmeas de uma população de Nothura maculosa... 167 de ritmo de postura estimada de dois dias, o mesmo ocorrendo com outra no mesmo mês do ano seguinte. Um possível intervalo de três dias foi observa- do numa fêmea em dezembro de 1981, ocasião em que observou-se outra fêmea com um intervalo de cinco dias. Em janeiro de 1982 foi estimada uma quebra de ritmo de postura de sete dias. É possível que estes intervalos menores observados entre postura de dois ovos consecutivos sejam devidos ao ritmo de postura destas fêmeas determinadas, mas observou-se, nestes ovários, que os demais folículos segui- ram o padrão geral. As observações de quebras de padrão de ritmo de postura maiores, cinco a oito dias, em N. maculosa, concordaram com o observado por BUMP & BUMP (1969) com esta espécie em cativeiro. Os autores registraram fêmeas efetuando postura numa sequência de cinco a dez ovos, a seguir uma pausa de cerca de uma semana, e reinício de novo ciclo de postura, Média do maior folículo pré-ovulatório nas fases do ciclo reprodutivo. Utilizou-se a variação ocorrida no diâmetro do maior folículo pré-ovula- tório de fêmeas adultas como indicador das fases do ciclo reprodutivo (tab. I). Os folículos apresentaram seu menor tamanho nos meses de abril até início de julho, a menor média foi obtida em maio e a maior em julho, período que corresponde ao repouso gonadal ou, como denominam ARRIAGA et alii (1983), recesso invernal. Em agosto a média dos folículos mostrou um aumento em relação aos meses anteriores. Em setembro de 1980 a média foi menor que a do mesmo mês em 1981, mas ambos mostraram um aumento em relação a agosto, nestes meses ocorre o rápido desenvolvi- mento dos órgãos para a estação de reprodução. As médias mais altas corres- ponderam aos meses do período de plena reprodução, outubro a janeiro, a menor média correspondeu a janeiro e a maior a outubro de 1981. No período de regressão gonadal, o tamanho médio dos folículos pré-ovulatórios foi um pouco maior do que o obtido em agosto. Em relação à variabilidade (tab. III), verificou-se que o coeficiente de variação (C.V.) mostrou-se baixo durante os meses de repouso gonadal com o valor mais alto em julho e mais baixo em abril, O mesmo ocorreu nos meses de plena reprodução. Setembro de 1980 apresentou a maior variabi- lidade verificada durante todo o período de observação, seguido de setembro de 1981, e março. O coeficiente de variação obtido no mês de agosto foi baixo. A alta variação verificada em setembro foi resultante de ser o início da estação de reprodução, o qual não foi totalmente sincrônico na população, ocorrendo indivíduos que se adiantaram ou se atrasaram. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 161-174, 23 Ago, 1991 168 BURGER, M, I. Agosto mostrou pouca variação em relação à média do diâmetro dos maiores folículos. Este dado pode indicar uma grande coerência no início do crescimento dos folículos, devido a um fator desencadeador constante, provavelmente o fotoperfodo. Em machos desta população, coletados nesta ocasião, foi observada esta mesma coerência no início do crescimento dos testículos (BURGER, 1988). Março representou a fase de regressão gonadal, correspondente ao final da estação de reprodução, Como o início, o final também não foi sincrônico na população, o que explica a alta variação apresentada, E provável que fevereiro mostrasse uma variação ainda mais alta, pois, segundo os outros critérios adotados, este mês marcou o início da regressão gonadal. Folículos pós-ovulatórios A presença de folículos pós-ovulatórios nos ovários das fêmeas (tab. IV) é o dado mais conclusivo sobre a ocorrência de postura, Em setembro de 1980 não foram registrados folículos pós-ovulatórios nas fêmeas amostradas, já no mesmo mês de 1981 foi registrada uma fêmea com um destes folículos. Em outubro e novembro todas as fêmeas continham tais folículos. A presença de folículos pós-ovulatórios foi registrada até feve- reiro, de março a agosto não foram observados, Cinco foi o maior número de folículos pós-ovulatórios constatado por fêmea, através de exame macroscópico (tab.IV). A presença de fêmeas desprovidas de folículos pós-ovulatórios em de- zembro e janeiro, no meio da estação de reprodução, leva a, pelo menos, duas hipóteses: (1) serem fêmeas entre dois ciclos sucessivos de postura, cujo intervalo ultrapassa o tempo requerido para identificação macroscópica deste folículos, estimado em, aproximadamente, seis dias após a ovulação; (2) serem fêmeas que, tendo terminado a postura, estavam entrando em regres- são gonadal. Relação entre as variações observadas nas gônadas das fêmeas e o fotoperíodo Verificou-se (fig. 2) que existe uma relação entre o aumento do fotope- ríodo e o início do desenvolvimento do oviduto e dos folículos pr&-ovulatörios. Observou-se que os ovidutos se mostraram regredidos até o final dos dias mais curtos e iniciaram o crescimento quando os dias estavam aumentan- do. Em agosto parte das fêmeas apresentou ovidutos em fase 3, aumentados, O mesmo ocorreu com os folículos pré-ovulatórios que se mantiveram em seu menor tamanho desde abril até julho e, em agosto, iniciaram seu cres- cimento, Estes dados mostraram que, possivelmente, o fator próximo, desenca- deador do crescimento gonadal das fêmeas de N. maculosa, foi o fotoperíodo. Isto não quer dizer que somente o aumento da duração do dia possa levar as fêmeas a ovular e fazer postura, ou mesmo ao crescimento dos folículos IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 161-174, 23 Ago, 1991 Ciclo reprodutivo de fêmeas de uma população de Nothura maculosa.. 169 pré-ovulatórios em taxas diferenciadas, por folículo, características do período de postura e do imediatamente anterior a esta (BISSONETTE & ZUJKO, 1936). O que deve ocorrer, como relatam LOFTS & MURTON (1968) para fêmeas de várias outras espécies de aves, é um ajuste ao fotoperíodo para o início do crescimento dos órgãos reprodutores. Segundo estes autores, a maioria das fêmeas das aves necessita outro estímulo além do fotoperíodo para completar o crescimento das gônadas e entrar em postura MARSHALL (1959, 1961) salienta que a ação dos fatores próximos pode ser modificada por fatores climáticos que atuem como aceleradores ou inibidores, sendo que, entre os mais frequentes, está a temperatura, O final da postura mostrou alguma relação com o fotoperfodo. Em fevereiro, de duas fêmeas examinadas, uma já apresentava oviduto em regres- são. No entanto, observações realizadas com Rhynchotus rufescens em cativei- ro (MENEGHETI et alii, 1985), mostraram que o final da postura variou em cerca de dois meses, em quatro anos de observações. Isto leva a crer que outro fator, que não o fotoperíodo seja o responsável pelo final da estação de reprodução. No mesmo trabalho os autores registraram uma dife- rença de apenas 10 dias para o início da reprodução. Existem registros de filhotes pequenos encontrados em junho (MENE- GHETI, 1985a), mas podem tratar-se de casos isolados não representativos para a população. O mesmo autor fez o estudo do recrutamento numa popula- ção de N. maculosa, encontrando maior ocorrência em fevereiro e abril, quando estima que teriam entre um a dois meses de idade. Esta observação indica uma maior frequência de nascimentos entre dezembro e fevereiro e, “correspondente, uma maior frequência de postura entre novembro e janeiro. Usando como indicadores o número de fêmeas com folículos pós-ovula- tórios e número destes folículos por fêmea, obteve-se uma maior frequência de postura nos meses de outubro e novembro. CONCLUSÕES As fêmeas de N. maculosa, na população observada, mostraram reprodu- ção marcadamente estacional, com início em setembro e final em fevereiro e março, durante o período amostrado, O início do crescimento do oviduto e folículos pré-ovulatórios foi desen- cadeado pelo aumento do fotoperíodo. Foram observadas fêmeas em postura desde setembro até fevereiro. Mas nem o início nem o final da postura foi sincrônico nesta população. A fregüencia de fêmeas com folículos pós-ovulatórios e a fregüencia destes por fêmea, indicaram uma maior intensidade de postura nos meses de outubro e novembro, dos anos observados, IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 161-174, 23 Ago, 1991 170 BURGER, M, Ie Os dados obtidos mostraram que fêmeas adultas e jovens podem ser identificadas pelo oviduto desde março até, pelo menos, junho. Constatou-se, pelo número de folículos pré-ovulatórios crescidos com taxas diferenciadas (BISSONETTE & ZUJKO, 1936) e pós-ovulatórios, que uma fêmea fez postura de até dez ovos em sequência, pressupondo que não ocorrerá atresia nestes folículos pré-ovulatórios. Os folículos pós-ovulatórios puderam ser identificados, macroscopica- mente, até, pelo menos, seis dias após a ovulação, Os folículos pré-ovulatérios aumentaram, aproximadamente, seis vezes em diâmetro nos sete dias que antecederam a ovulação, As fêmeas apresentaram uma curva de reprodução enviesada à direita, diferentemente dos machos, que mostraram uma curva simétrica, A curva das fêmeas teve uma subida rápida, correspondente a setembro, dois meses de plena reprodução, outubro e novembro, e uma descida de dois a três meses, janeiro (provável), fevereiro e março. Agradecimentos. Ao bacharel Henrique de Freitas Lima, pelo inestimável auxílio na coleta do material, À Dra. Miriam Becker pela confiança e apoio, Ao colega Ms, João Oldair Menegethi pelo estímulo, orientação na análise estatística e discussão do manuscrito, colega Ms. Tânia Arigony pela leitura crítica do manuscrito. geógrafa Helena Mello pelo auxílio na descrição geográfica da área, Ao colega Ricardo A. Ramos pelo auxílio com o computador. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARRIAGA, As; NICORA, O. T. & IBANEZ, N. 1983. Variaciones estacionales de Inambu chico comun (Nothura maculosa), Hornero, Buenos Aires, (Número extraordi- nário): 14-27, BISSONETE, T. H. & ZUJKO, A, J. 1936. Normal progressive changes in the ovary of the Starling (Sturnus vulgaris) from december to april. Auk. Lancaster, Pas, 53:31-50, BUCHERL, W. 1962. Técnica microscópica. São Paulo, Polígono, 171p. BUMP, G. & BUMP, J. W. 1969. A study of the Spotted tinamous and Pale spotted tinamous of Argentina. Spec. Scient. Rep. U.S. Fish Wild. Serv., Washington, 120:1—160, BURGER, M. I. 1988. Ecologia da reprodução de Nothura maculosa, Temminck, 1815, aplicada ao seu manejo no Rio Grande do Sul. X+69f., il. Tese (Mestr. —Ecologia). Inst, Biociências, UFRGS. Porto Alegre, 1988 (não publicada), INCRA. 1969. Aspectos gerais do clima do Estado. Porto Alegre, 2v. il, LEWIN, V. 1963. Reproduction and development of young in a population of California quail, Condor, Santa Clara Ca,, 65(4):249—78, LOFTS, B. & MURTON, R. K. 1968. Photoperiodic and physiological adaptations regulating avian breeding cycles and their ecological significance. J. Zool. Lond., London, 165:327—94, ——, 1973. Reproduction in birds. In: FARNER, D. S. & KING, J. R., ed. Avian Biology. New York, Academic Press. v3, p.1—107. IHERINGIA, S&r. Zool., Porto Alegre (71): 161-174, 23 Ago, 1991 Ciclo reprodutivo de fêmeas de uma população de Nothura maculosa... 171 MARSHALL, A, J. 1959. Internal and environmental control of breeding. Ibis, London, 101:456—76, —, 1961. Breeding seasons and migration, In: MARSHALL, A. J., ed. Biology and comparative physiology of birds. New York, Academic Press. p. 307—39, MENEGHETI, J. O. 1981. Observações preliminares sobre o acasalamento e o recruta- mento em Nothura maculosa (Temminck, 1815) (Aves, Tinamidae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia. Ser, Zool., Porto Alegre (59):65—75. —, 1985a. Características do recrutamento em Nothura maculosa (Temminck, 1815) (Aves, Tinamidae). Iheringia. Ser, Misc., Porto Alegre (1):5—15. —, 1985b. Densidade de Nothura maculosa Temminck, 1815 (Aves, Tinamidae): variação anual, Iheringia. Ser, Misc., Porto Alegre (1):55—69. —, 1985c. Características da caça e seus efeitos sobre a população de Nothura maculosa Temminck, 1815 (Aves, Tinamidae), no Rio Grande do Sul. Iheringia. Ser. Misc., Porto Alegre (1): 87100, MENEGHETI J. O.; BURGER, M, I. & FROZI, M. 1985. Características da postura em Rhynchotus rufescens (Aves, Tinamidae) em cativeiro, no Rio Grande do Sul, In: XII CONGRESSO BRASILEIRO DE ZOOLOGIA, 12, Campinas. Resumos... Campi- nas, 1985. p.259. NALBANDOV, A, V. 1976. Reproductive physiology of mammals and birds. 3,ed. San Francisco, W.H. Freeman, 334p., il. OBSERVATÓRIO NACIONAL. 1981. Efemérides astronômicas 1981. Rio de Janeiro, CNPq. STURKIE, P. D. 1965. Avian physiology. 2.ed. Ithaca, Cornell University Press. 766p. Tab. I: N. maculosa, coletados em Butiá, RS, de IX,80 a 1.82, Ocorrência das fases de desenvolvimento do oviduto durante o período de observação, (Fases: 1, fêmea jovem antes da postura; 2, totalmente regredido; 3, aumentado; 4, em reprodução). Data de Fases do oviduto Fêmeas com coleta | 4 | 3 | 2 | porte adulto 1 04.09.80 1 3 0 0 4 08.10.80 4 0 0 0 4 05.11.80 7 0 0 0 2 09.12.30 2 0 0 0 2 31.12.80 6 0 0 0 6 03.02.81 1 1 0 0 2 12.03.81 0 2 0 2 4 06.04.81 0 4 1 1 6 16.04.81 0 0 1 2 3 08.05.81 0 0 2 3 5 05.06.81 0 0 4 3 7 02.07.81 0 0 3 3 6 07.08.81 0 3 2 1 6 16.09.81 3 2 0 0 5 08.10.81 2 0 0 0 2 10.11.81 4 0 0 0 4 02.12.81 7 0 0 0 7 08.01.82 4 0 0 0 4 IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 161-174, 23 Ago, 1991 172 BURGER, M, I, Tab. II: N. maculosa, coletados em Butiá, RS, de IX.80 a 1.82. Tipo de folículo (T.F.), média do diâmetro em mm (x), coeficiente de variação (C.V.), número de folículos medidos (n) e distância aproximada, em dias, da ovulação (D). THE: = | GAY n D A 3,82 0,14 7 71,3 B 4,13 0,14 7 5,4 (é 5,44 0,10 7 43 D 10,89 0,10 7 2,8 E 19,01 0,06 7 13 F 9,83 0,10 7] 92 G 4,86 0,15 6 167 H 3.29 0,08 4 32 I 2,56 0,11 4 4,7 J 1,88 0,06 2 62 Tab. III: N. maculosa, coletados em Butiä, RS, de IX.80 a 1.82. Diämetro m&dio do maior folículo prê-ovulatório (D), erro padrão (E.P.), coeficiente de variação (C.V.) e número de indivíduos (n). Mês/ano | EB ii D | AK | jo] 09.80 2,718 6,950 0,78 4 10.80 2,588 18,538 0,28 4 11.80 2,248 17,340 0,32 6 12.80 0,920 18,301 0,07 2 01.81 1,171 18,587 0,13 4 03.81 0,825 2,075 0,56 24 04.81 0,100 1,717 0,14 6 05.81 0,125 1,025 0,17 2 06.81 0,196 1,488 0,26 4 07.81 1,732 1,867 0,30 3 08.81 0,410 3,800 0,16 5 09.81 4,059 11,510 0,70 4 10.81 0.915 23,435 0,06 2 11.81 1,892 20,717 0,16 3 12.81 1,106 20,584 0,14 2 01.82 1,415 15,900 0,15 3 IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 161-174, 23 Ago. 1991 Ciclo reprodutivo de fêmeas de uma população de Nothura maculosa.. 173 Tab. IV: N. maculosa, coletados em Butiá, RS, de IX.80 a 1.82. Número de folículos pós-ovulatórios por fêmea, Número de folículos ovulados Total Vi hi 0 1 2 3 a 5 fêmeas 09,80 4 0 0 0 0 0 4 10.80 0 1 3 0 0 0 4 11.80 0 1 1 2 1 2 7 12,80 0 0 1 0 0 1 2 01.81 1 0 4 0 1 0 6 02.81 1 0 1 0 0 0 2 03,81 2 0 0 0 0 0 2 04,81 6 0 0 0 0 0 6 05.81 2 0 0 0 0 0 2 06.81 4 0 0 0 0 0 4 07,81 3 0 0 0 0 0 3 08.81 5 0 0 0 0 0 5 09,81 4 1 0 0 0 0 5 10.81 0 1 1 0 0 0 2 11.81 0 1 0 0 1 1 3 12,81 2 1 1 3 0 0 1 01.82 1 2 0 0 1 0 . estigma 40 mm Fig. 1: Ovärio de Nothura maculosa em reprodução, coletados em Butiá, RS, de IX,80 a 1,82. Folículos pré-ovulatórios: A, B, C, D, E; e pósovulatórios: F, G, H, I, J. IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 161-174, 23 Ago, 1991 174 BURGER, M. I. — _ w 2 _ Mo Duração do dia (horas ) Diam. médio maior folículo pre-ovulatório (mm)+ E.P 3 e COTAR ERRO Fases do oviduto CEEE CET SI OR INN PR REN ARE S ONDE Meses Fig. 2: Nothura maculosa coletados em Butiá, RS, de IX.80 a 1.82. Variação do fotoperfodo, do diâmetro médio do maior folículo pré-ovulatório e duração das fases do oviduto durante o período de observação, IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 161-174, 23 Ago, 1991 NOTA CIENTIFICA: SOBRE PLACOMERUS MICANS LA RIVERS (HETEROPTERA, NAUCORIDAE) Y SU PRESENCIA EN LA ARGEN- TINA! M. López — Ruf? A. O. Bachmann? KEY WORDS: Placomerus micans, Naucoridae, Heteroptera, Argentina, En la descripción original del género Placomerus, LA RIVERS (1956) lo colocó con dudas entre las NAUCORINAE, ya que lo comparó con Peloco- ris y los encontró similares en sus aparatos genitales femeninos, alegando que se pueden considerar más afines a estos dos géneros, que a Ilyocoris y Placomerus entre sí, Durante una campafia realizada en la provincia de Misiones en 1989, se colectó un lote de 33 individuos de Placomerus micans La Rivers y se pudo disponer posteriormente de un paratipo proveniente del Paraguay, en los cuales fue possible observar una serie de características interessantes que conducen a diferir con la opinión de LA RIVERS (1956). El paratipo fue depositado en el Museo Argentino de Ciencias Naturales por La Rivers y rotulado por él. Los genitales femeninos de P. micans son sorprendentemente parecidos a los de Ilyocoris cimicoides (L.); las valvas son afinadas, puntiagudas y aserradas en los bordes. Los masculinos no son tan similares a los de esta última especie, pero difieren claramente de los de Pelocoris femoratus femora- tus (Palisot de Beauvois), que fue la especie observada por La Rivers. Mientras que en Ilyocoris cimicoides los parämeros son de contomo irregular y ligera- mente retorcidos, en Pelocoris femoratus femoratus son de contorno regular y aplanados. 1. Recebido em 28.X1.1989; aceito em 25.1V.1991. 2 Instituto de Limnologia “Dr. Raúl A, Ringuelet”, Universidad Nacional de La Plata, Casilla del Correo 712, 1900 La Plata, Argentina, 3. División Entomologfa, Museo Argentino de Ciencias Naturales “Bernardino Rivadavia”, Avda, Angel Gallardo 470, 1405 Buenos Aires, Argentina, IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 175-176, 23 Ago. 1991 176 LÖPEZ-RUF & BACHMANN, A, O, Otro caräcter, no citado en la descripciön original, es la presencia de almohadillas pilosas en la cara ventral del fémur I, mucho más desarrollada en los machos de P. micans que en las hembras, y a las cuales atribuyó TEYROVSKI (1965) carácter dimörfico sexual para Ilyocoris cimicoides. Esta estructura no ha sido observada en ningún otro género en la Argentina, salvo en Ctenipocoris Montandon que también parece de filiación dudosa, Tanto la presencia de las almohadillas femorales, como la similitud de los genitales femeninos, colocan a ambos géneros muy cercanos, indipen- dientemente de la subfamilia en que se los incluya, En la serie proveniente de la provincia de Misiones, se encontró una gran variabilidad en el tamano de los individuos, Las hembras son de mayor tamano que los machos y en un grupo reducido son, ambos, de tamano intermedio. Las medidas tomadas sobre los 33 ejemplares son las siguientes: largo total: 6,27—8,26 mm, promedio 7,19 mm, ancho máximo: 3,67—4,43 mm, promedio: 4,18 mm; largo de la cabeza: 0,91—1,17 mm, promedio: 0,97 mm; ancho de la cabeza: 2,29—2,60 mm, promedio: 2,36 mm; longitud del pronoto en su línea media: 1,07—1,37 mm, promedio: 1,24 mm; ancho máximo del pronoto en su borde posterior: 3,21—3,82 mm, promedio: 3,49 mm; relación largo/ancho del fémur I: 1,69 (tomado en el largo total del fémur y su ancho máximo perpendicular al largo). También se observó una gran variación entre los individuos con respecto a su coloración dorsal, pasando del pardo claro, al pardo muy oscuro, La tonalidad está dada por la densidad de puntos oscuros distribuídos más o menos uniformemente entre la cabeza y el pronoto, el escudete y los hemiéli- tros. La mayor densidad del punteado, tanto en los ejemplares claros como en los oscuros, en todos los casos se encuentra en los hemiélitros. Esta es la primera cita del género para la Argentina, Material examinado: PARAGUAY, Villa Rica: Paso Yobay, 1 paratipo, 1.1952. ARGENTINA, Misiones: Parque Nacional Iguazü, 33 ejemplares, 21-24,111,1989, López Ruf leg. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS LA RIVERS, I. 1956. A new genus and species of Naucorid from South America (Hemiptera). Ent. News, Philadelphia, USA, 67(9):237—45. TEYROVSKI, V. 1965. Geschlechtsunterschiede an Vorderbeinen von Ilyocoris cimicoides (L.) (Heteroptera). Zool. Anz., Leipzig, 175:201—3, IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 175-176, 23 Ago. 1991 NOTA CIENTIFICA: COMPOSICÄO ESPECIFICA E SUBSTRATO DA ESPONGOFAUNA (PORIFERA) NO LAGO DA USINA HIDROELE- TUCURUÍ, PARÁ, BRASIL! Cecilia Volkmer - Ribeiro? Tacachi Hatanaka” KEY WORDS: Porifera, freshwater sponges, Tucuruí dam, Pará, Neotropical. Testou-se a hipótese que ao criar-se um lago no leito de um rio ocorre- riam modificações na composição específica da comunidade de esponjas exis- tente no momento do alagamento e, ainda, que a floresta submergida ocasiona- ria um aumento do substrato disponível para esta fauna séssil o qual, aliado às condições de águas lênticas, propiciaria uma ocupação extensiva do novo substrato. Amostragem realizada entre 10 e 12 de setembro de 1990 no lago da Usina Hidroelétrica de Tucuruí, mostrou que a face inferior dos galhos e das folhas submersos, bem como dos troncos flutuantes junto às margens apresentam crostas finas de uma esponja branco-acinzentada: Oncosclera spi- nifera Bonetto & Ezcurra de Drago, 1973 e, em menor número, crostas mais espessas de uma esponja amarelada: Corvospongilla seckti Bonetto & Ezcurra de Drago, 1966. A face dos substratos exposta à luz acha-se completa- mente tomada por perifiton, impedindo assim a fixação tanto das gêmulas quanto das larvas das esponjas, Foi examinada também a superfície das grandes árvores eretas que estavam sendo cortadas pela base e retiradas do lago por uma madeireira local. Estas apresentaram crostas mais espessas e maiores de C. seckti em tomo dos 4,5m de profundidade e manchas pequenas de O. spinifera junto a linha d'água, havendo um hiato de ocorrência entre as duas profundidades, ocupado por um perifiton tênue, As cascas que estão 1. Recebido em 7.XII,1990; aceito em 25.1V.1991, Realizado com auxílio do CNPq, nº 401906/90-6, 2. Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. C. Postal 1188 — 90.001 Porto Alegre, RS, Bolsista CNPq. 3. Centro de Proteção Ambiental, Usina Hidroelétrica de Tucuruí, Eletronorte, C. Postal 351—68464, Tucunuf, PA, IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 177-178, 23 Ago. 1991 178 VOLKMER-RIBEIRO & HATANAKA, To se desprendendo das árvores submergidas apresentam em sua face interna uma grande quantidade de gêmulas das duas espécies. Coletas realizadas no Rio Tocantins a jusante da barragem, em 1984, por L. C. Alvarenga e W. Zwing e pelos autores em 1990, evidenciaram uma comunidade de esponjas de fundo rochoso, como o rio se apresenta em diversos locais, constituída por Drulia uruguaiensis Bonetto & Ezcurra de Drago, 1968, Oncosclera navicella (Carter, 1881), Trochospongilla repens (Hinde, 1888) e Corvospongilla seckti Bonetto & Ezcurra de Drago, 1966. Oncosclera spinifera É comum em fundos rochosos de rios da Amazônia, havendo sido recentemente detectada pelo autor senior no rio Jamari, a jusante da Usina Hidroelétrica de Samuel (RO) e no rio Uatumã, a jusante da Usina Hidroe- létrica de Balbina (AM). A esponja apesar de não ter sido amostrada a jusante da Usina Hidroelétrica de Tucuruí tanto poderia estar presente na porção da calha inundada quanto poderia estar rio acima e suas gêmulas sendo carregadas para o lago, A facilidade da dispersão das gêmulas, certa- mente atuou como um dos fatores determinantes na seleção das espécies que colonizaram o lago, De fato D. uruguaiensis, O, navicella e T. repens, ausentes do lago da barragem mas existentes logo a jusante do mesmo, são esponjas que, além de produzirem uma quantidade pequena de gêmulas, tem-nas contidas dentro de cápsulas especiais. No caso de D, uruguaiensis as cápsulas estão soldadas às fibras duras da esponja junto a parte basal e no caso de O. navicella e T. repens as cápsulas estão soldadas diretamente às reentrâncias das rochas e recobertas por um esqueleto também resistente. Já C. seckti e O. spinifera além de produzirem gêmulas em abundância apresentam-nas livres dentro de um esqueleto muito frágil. IHERINGIA, Sére Zool., Porto Alegre (71): 177-178, 23 Ago. 1991 NOTA CIENTIFICA: PRIMER REGISTRO DEL GENERO GLYPTHEL- MINS STAFFORD, 1905 (TREMATODA, MACRODEROIDIDAE) EN PECES DE AGUA DULCE! Lia Ines Lunaschi? KEY WORDS: Glypthelmins, Macroderoididae, Trematoda, new records, Siguiendo la sistemätica aportada por YAMAGUTI (1971), la familia Macroderoididae McMullen se halla mundialmente representada en peces, anfibios y reptiles. En Argentina sólo fué detectada la presencia de los géneros Magnivitellinum Kloss y Glypthelmins Stafford (SURIANO, 1968; 1970; LUNASCHI, 1989). Como resultado de la prospección helmintológica de 289 ejemplares de Corydoras paleatus (Jenyns) (Callichthyidae) capturados en muestreos bimensuales realizados en el Arroyo Villoldo, provincia de Buenos Aires, entre los meses de mayo y diciembre de 1989, fueron hallados dos ejemplares de Glypthelmins pseudium (Manié-Garzón & Holcman-Spector, 1967), original- mente descripta para Uruguay, parasitando el intestino de Pseudis mantidac- tylus (Cope). El género Glypthelmins hasta el presente sólo había sido hallado en anfibios; este hallazgo representa la primera mención del mismo en peces de agua dulce, como así también la primer referencia de G. pseudium (Marfié- Garzón & Holcman-Spector) para la Argentina, Los parásitos fueron comprimidos y fijados en alcohol 96º, coloreados con carmín clorhídrico diluído en alcohol 96º (1:6), deshidratados, clarificados com creosota y montados em bálsamo de Canadá, Todas las medidas están dadas en mm y los dibujos fueron efectuados con cámara de dibujo. Glypthelmins pseudium (Mané-Garzón & Holcman-Spector, 1967) (Fig. 1-3) 1. Recebido em 13,V 1,199; aceito em 26,IV.1991. e , 2. Fac. de Cs, Naturales y Museo; Paseo del Bosque, 1900 La Plata, Buenos Aires, Argentina, IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 179182, 23 Ago, 1991 180 LUNASCHI, Le Io Descripción: Cuerpo fusiforme. Tegumento densamente espinoso hasta la región acetabular; posteriormente liso, Miden 4,188—4,938 de largo y 1,245—1,811 de ancho. Ventosa oral subterminal, subigual al acetäbulo, de 0,266-0,418 de diámetro longitudinal y 0,342—0,475 de diämetro transverso. Acetábulo en la región posterior del tercio anterior, de 0,332—0,437 de diámetro longitudinal y 0,302—0,532 de diämetro transverso. Relaciön Vo/ Ac= 1: 0,92-0,96. Prefaringe corta; faringe delgada y cilíndrica, de 0,170-0,247 de largo y 0,080-0,120 de ancho; esófago delgado y largo, alcanza la región media comprendida entre las dos ventosas; mide 0,195-0,244, Ciegos delgados y largos que terminan a corta distancia del extremo posterior. Poro genital submediano y preacetabular. Atrio genital poco profundo. Bolsa del cirro pequefia y preacetabular, de 0,195-0,225 de largo y 0,106-0,131 de ancho; encierra vesícula seminal plegada sobre sí misma, pars prostática bien desarrolada y cirro largo (fig. 3). Testículos pequefios, intercecales, oblicuos, no lobulados y ubicados en el tercio medio del cuerpo; miden 0,165—0,232 de largo y 0,212-0,307 de ancho. Ovario grande, mediano o submediano, intercecal, inmediatamente postacetabular y de contomo liso; mide 0,206-0,319 de largo y 0,330—0,356 de ancho, Canal de Laurer y receptáculo seminal presentes. Glándula de Mehlis postova- riana, Gländulas vitelinas constituídas por folículos pequenos, densamente distribuídos extracecalmente a ambos lados del cuerpo desde el área acetabular o poro genital hasta la parte anterior del tercio posterior o más anteriormente, Utero pasando por el espacio intertesticular y ocupando toda la región poste- rior en la cual las asas descendentes y ascendentes dejan un espacio mediano y longitudinal, Metratermo delgado y largo que se inicia en las proximidades de la base de la bolsa del cirro y con un trayecto dorsal a ésta, desemboca en el pequefio atrio genital. Huevos pequenos y operculados; miden 0,030-0,032 y 0,016—0,017 de largo y ancho respectivamente, Vesícula ex- cretora en forma de Y, cuya bifurcación se halla por debajo del ovario, Poro excretor subterminal. Material estudiado: dos ejemplares adultos, depositados en la Colecciön Helmintolögica del Museo de La Plata con los nümeros 2681 C y 2743 Co Comentarios: Teniendo en cuenta sus caracteres morfolögicos, los dige- neos extraídos del intestino de Corydoras paleatus (Jenyns), son similares a aquellos hallados en el intestino de Pseudis mantidactylus (Cope) de Uru- guay. Desde el punto de vista morfométrico, los ejemplares uruguayos resultan de menor tamafio y poseen huevos de mayor longitud. Los valores de prevalencia ( =0,69%) e intensidad parasitaria ( =1) de G. pseudium en C. paleatus, son indicadores de un caso de parasitismo accidental y explican las variaciones morfométricas halladas. Agradecimientos, A la Lic, Silvia I. Vizcaino por cesión del material estudiado. IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 179-182, 23 Ago. 1991 Nota cientffica: primer registro del género Glyphtelmins... 181 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS LUNASCHI, L. I. 1989. Helmintos parasitos de peces de agua dulce de la Argentina XI. Magnivitellinum simplex Kloss, 1966 (Trematoda—Macroderoididae). Neotröpica, La Plata, 35(94):113—117. SURIANO, D. M. 1968. Glypthelmins biliaris sp. nov. (Trematoda, Brachycoelidae) parásita de Leptodactylus ocellatus (Anfibia, Leptodactylidae) de la República Argentina, Neotrópica, La Plata, 14(43):27—43, —, 1970. Estudio sobre la fauna parasitaria de Leptodactylus ocellatus (L.) (Anfibia-Lep- todactylidae) de la Republica Argentina I, Trematodes. Rev. Mus. Arg. Cs. Nat. “Bernardino Rivadavia’’, Buenos Aires, Zool., 10(15):215—239, YAMAGUTI, S. 1971. Synopsis of Digenetic Trematodes of Vertebrates. Tokyo, Keigaku Publ, 2V., 1074p, 1796fig. IHERINGIA, Sér. Zool. Porto Alegre (71): 179182, 23 Ago, 1991 182 LUNASCHI, Lo I. UN q TONA 4/7 RN NN N, z N Meio hai A QN ‚ACH “MA PERS 2 RO War tz 0,150 Fig,» 1-3. Glypthelmins pseudis (Mafié-Garzóôn & Holcman-Spector, 1967) 1 y 2 vista ventral (en el ejemplar 2 nötese la bifurcación de la vesfcula excretora); 3. genitalia terminal (AC: acetäbulo; BC: bolsa del cirro; C: ciego; CI: cirro; CP: células prostáticas; M: metratermo; PG: poro genital; PP: pars prostätica; U: útero; VS: vesícula seminal), IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 179182, 23 Ago, 1991 183 A IHERINGIA — SERIE ZOOLOGIA (ISZ), órgão do Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, destina-se a publicar trabalhos originais em Zoologia, mantendo também seções destinadas a notas prévias, resenhadas bibliográ- ficas e notícias de interesse, A ISZ é distribuída a Instituições congêneres em regime de permuta, Mediante entendimento prévio poderá ser enviada a cientistas e demais interessados, RECOMENDAÇÕES AOS AUTORES 1. Os manuscritos, devem ser encaminhados ao Editor, em três vias, em forma definitiva, datilografados em papel ofício, A4, em espaço duplo redigidos preferencialmente em português, inglês, espanhol ou francês, A correção gramatical é de inteira responsa- bilidade do(s) autor(es). 2. Os manuscritos, sempre que possível, devem compreender os seguintes tópicos: Título; Nome(s) do(s) Autor(es); Abstract (em inglês, inclusive o título do trabalho); Keywords (no máximo cinco); Introdução; Material e Métodos; Resultados e/ou Discussão; Conclu- sões; Agradecimentos e Referências Bibliográficas. A exceção do(s) nome(s) do(s) Autor(es), todos os demais elementos acima devem ser escritos em CAIXA ALTA, Nomes genéricos e específicos que integram o título devem ser sublinhados com traço ondulado, 3. Não usar notas de rodapé, exceto as da primeira página que devem conter o endereço completo do(s) autor(es). 4. No corpo do texto, os nomes genéricos e específicos devem ser sublinhados com um traço ondulado e, as outras palavras estrangeiras eventualmente usadas, sublinhadas com um traço reto. 5. As referências citadas no texto devem ser feitas no seguinte modo: FONSECA, 1987; (FONSECA, 1987), FONSECA (1987:54) ou (FONSECA, 1987:54). Na elaboração das referências bibliográficas estas devem ser dispostas em ordem alfabética e cronológica, segundo as normas da ABNT, salvo o ano da publicação que deve seguir o nome do autor, As abreviaturas dos nomes de periódicos devem obedecer as normas do “World List of Scientific Periodicals”, Ex: 1 — SANTOS, E. 1952. Da ema ao beija-flor. 2.ed.rev.ampl. Rio de Janeiro, F. Briguiet. 335p. Ex.: 2 — BERTSCHINGER, R. B. E. & J. W. THOMÉ. 1987. Contribuição à recaracterização de Phyllocaulis soleiformis (d'Orbigny, 1835) (Gastropoda, Veronicelidae). Revta.bras.Zool., São Paulo, 43):215-33, 6. As ilustrações devem ser feitas preferencialmente a traço, com nanquim, em papel vegetal. Fotografias e tabelas devem permitir uma redução para um máximo de llcm x 17cm, As ilustrações e mapas devem ser tratados como figuras e numerados independentemente com números arábicos segü@nciais. Ilustrações, tabelas e mapas não devem ser incluídos no meio do texto, Devem ser montados em cartolina branca, IHERINGIA, Sér, Zool., Porto Alegre (71): 183—184, 23 Ago. 1991 184 INES EB SR SENDEN AB BSR KON ee een ER NT E proporcionais às dimensões (llcm x 17cm), adotado o critério de rigorosa economia de espaço. A Comissão Editorial reserva-se o direito de efetuar alterações na montagem das pranchas ou solicitar nova montagem aos autores. As legendas devem ser datilogra- fadas em folhas(s) a parte. Ilustrações a cores devem ser combinadas previamente e seu custo fica a cargo do(s) autor(es). As tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e apresentar título conciso e claras explicações que permitam sua compreensão sem consultas ao texto 7.A elaboração da listagem do material examinado deve dispor as localidades do Norte para Sul e de Leste para Oeste e as siglas das instituições compostas de 4 letras, segundo o modelo abaixo: Ex.: — VENEZUELA,Sucre: San Antonio del Golfe, 5 2 , 08.V.1942, S. Karpinski col, (MNHN, 2547). PANAMA, Chiriqui: Bugaba (Volcan de Chiriqui), 3 S „3 P, 24.VI.1901, Champion col. (BMNH, 1901). BRASIL, Goias: Jataí, (Fazenda Aceiro), 3 & , 15.X1.1915, C. Bueno col, (MZSP, 4312); Paraná: Curitiba, 1 9 , 10.XI1,1925, F, Silveira col, (MNRJ); Rio Grande do Sul: Viamão, 5 2, 17.X1.1943, S, Carvalho col, (MCNZ, 2147), 8.A seleção dos manuscritos far-se-á pela Comissão Redatorial após parecer de no mínimo dois referees. Alterações de pequena monta serão feitas pela própria Comissão, Alterações mais substanciais serão solicitadas aos autores, mediante a devolução dos originais, acompanhados das sugestões. A correção das provas tipográficas será, sempre que possível, de responsabilidade do(s) auto(res). 9. Para cada artigo será fornecido um número fixo de 50 separatas, sem capa, Maria Helena M, Galileo Editor ENDEREÇO PARA PERMUTA COMISSÃO REDATORIAL (Address for exchange) Karin M, Grosser Fundação Zoobotânica do RS Maria E. Lanzer-de Souza Biblioteca Maria H. M, Galileo Caixa Postal 1188 90001 Porto Alegre, RS Brasil IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (71): 183-184, 23 Ago, 191 CONSULTORES CIENTÍFICOS Abel Lavorenti, Departamento de Zootecnia, ESALQ, Piracicaba, SP Adão José Cardoso, Departamento de Zoologia, UNICAMP, Campinas, SP Adolfo H, Beltzer, Instituto Nacional de Limnologia, Santo Tomé, Argentina Alfredo re co Museu Nacional do Rio de Janeiro, RJ Alois Schäeffer, Instituto de Biociências, PUC—RS, Porto Alegre, RS Ana Timotheo da Costa, Museu Nacional do Rio de Janeiro, RJ Angelo B.M, Machado, Departamento de Zoologia, UFMG, Belo Horizonte, MG Argentino Bonetto, Centro de Ecologia Aplicada del Litoral, Corrientes, Argentina Arnaldo C, dos Se Coelho, Museu Nacional do Rio de Janeiro, RJ Carlos Emílio Benvenuti, Departamento de Biologia—Bentos, Rio Grande, RS Carlos H.W. Flechtmann, Departamento de Zoologia, ESALQ, Piracicaba, SP Carlos Ribeiro Vilela, Departamento de Biologia, USP, São Paulo, SP Carmem Lícia dos Santos Cordeiro, Instituto Butantan, São Paulo, SP Cecília VolkmerRibeiro, Museu de Ciências Naturais, FZB, Porto Alegre, RS Célio U, Magalhães Filho, INPA, Manaus, AM Dalton de Souza Amorim, FFCLRP, Ribeirão Preto, SP Diethardt A, Jebram, Instituto de Biociências, PUC-RS, Porto Alegre, RS Eduardo Lobo Alcayaga, Faculdades Integradas de Santa Cruz do Sul, RS Edwin O’Neill Willis, Instituto de Biociências, UNESP, Rio Claro, SP Emílio A. Maury, Museo Argentino de Ciências Naturales “Bernardino Rivadavia”, Buenos Aires, Argentina Enrique H. Bucher, Centro de Zoologia Aplicada, Córdoba, Argentina Erica Helena Buckup, Museu de Ciências Naturais, FZB, Porto Alegre, RS Erika Schlenz, Instituto de Biociências, USP, São Paulo, SP Fabio Lang da Silveira, Instituto de Biociências, USP, São Paulo, SP Fernando da Costa Novaes, Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, PA Francisco M, de Souza Braga, Instituto de Biociências, UNESP, Rio Claro, SP Gilberto Righi, Instituto de Biociências, USP, São Paulo, SP Gisela Shimizu, Departamento de Ecologia Geral, USP, São Paulo, SP Gustavo A. Schmidt de Melo, Museu de Zoologia, USP, São Paulo, SP Heraldo A, Britski, Museu de Zoologia, USP, São Paulo, SP Hilda de Souza Lima Mesquita, Instituto Oceanográfico, USP, São Paulo, SP ® Ivan Sazima, Instituto de Biociências, UNIC AMP, Campinas, SP ® Janira Martins Costa, Museu Nacional do Rio de Janeiro, RJ ® João M.F, Camargo, FFCLRP, Ribeirão Preto, SP ® João Oldair Menegheti, Museu de Ciências Naturais, FZB, Porto Alegre, RS * Jocélia Grazia, Departamento de Zoologia, UFRGS, Porto Alegre, RS ® José Albertino Rafael, Coordenação de Pesquisas em Entomologia, INPA, Manaus, AM ® José Cândido de Melo Carvalho, Museu Nacional do Rio de Janeiro, RJ ® José Felipe R. Amato, Instituto de Biologia, UFRRJ, Sercopédica, RJ ® José Henrique Guimarães, Instituto de Biomédicas, USP, São Paulo, SP ® José Lima Figueiredo, Museu de Zoologia, USP, São Paulo, SP ® José Luiz Leme, Museu de Zoologia, USP, São Paulo, SP ® José Ricardo Cure, Departamento de Biologia, UFViçosa, MG ® Julio Cesar Garavello, Departamento de Ciências Biológicas, UFSCar, São Carlos, SP ® Liliana Fomeris, Instituto de Biociências, USP, São Paulo, SP ® Lindolfo Guimarães, Museu de Zoologia, USP, São Paulo, SP ® Luiz Carlos B, Ferraz, ES ALQ, Piracicaba, SP º Luiz D. Vizotto, Instituto de Biociências, UNESP, São José do Rio Preto, SP ® Luiz Roberto Tommasi, Instituto Oceanográfico, USP, SP * Maria Elena Galiano, Museu Argentino de Ciências Naturales “Bernardino Rivadavia”, Buenos Aires, Argentina ® Maria Julia da Costa Belém, Museu Nacional do Rio de Janeiro, RJ ® Martin L, Christoffesen, Departamento de Sistemática e Ecologia, UFPB, João Pessoa, PB ® Massuka Yamane Narahara, Instituto de Pesca, São Paulo, SP ® Miriam Becker, Departamento de Zoologia, UFRGS, Porto Alegre, RS ® Miguel A, Monné, Museu Nacional do Rio de Janeiro, RJ ® Milton José Hebling, Instituto de Biociências, UNESP, Rio Claro, SP ® Miguel Petrere Junior, Instituto de Biociências, UNESP, Rio Claro, SP ® Mônica Montá, Centro de Biologia Marinha, UFPR, Paranaguá, PR ® Montserrat Carbonell, Coordinadora Panamericana, Buenos Aires, Argentina ® Naércio Menezes, Museu de Zoologia, USP, São Paulo ® Nelson Papävero, Instituto de Estudos Avançados, USP, São Paulo, SP ® Osmar Domaneschi, Instituto de Biociências, USP, São Paulo, SP ® Paulo da Cunha Lana, Centro de Biologia Marinha, UFPR, Paranaguá, PR ® Pedro A, Federsoni Junior, Instituto Butantan, São Paulo, SP ® Pedro Marcos Linardi, Instituto de Ciências Biológicas, UFMG, Belo Horizonte, MG ® Petrônio Alves Coelho, Departamento de Oceanografia, UFPE, Joboatão, PE ® Plinio Soares Moreira, Instituto Oceanográfico, USP, São Paulo, SP ® Reimar Schaden, CNPq, Brasflia, DF ® Renato C, Marinoni, Departamento de Zoologia, UFPR, Curitiba, PR ® Roberto B, Cavalcanti, Departamento de Biologia Animal, UnB, Brasília, DF ® Roberto E, dos Reis, Museu de Ciências, PUC-RS, Porto Alegre, RS ® Roberto Goiteini, Instituto de Biociências, UNESP, Rio Claro, SP ® Rosane Maria Lanzer, Instituto de Biociências, PUC-RS, Porto Alegre, RS e Rubens Alves Cunha, Departamento de Matemática e Estatística, UNESP, Rio Claro, SP ® Sergio de Almeida Rodrigues, Instituto de Biociências, USP, São Paulo, SP * Sixto Coscarön, Universidad Nacional de La Plata, Argentina, ® Sonia Maria Fontes Zuim, UNESP, Jaboticabal, SP ® Suzana Sendacz, Instituto de Pesca, São Paulo, SP ° Sylvia M, Lucas, Instituto Butantan, São Paulo, SP ® Ubirajara R. Martins de Souza, Museu de Zoologia, USP, São Paulo, SP ® Victor Py—Daniel, Coordenação de Pesquisas em Entomologia, INPA, Manaus, AM ® Walter Narchi, Instituto de Biociências, USP, São Paulo, SP ® Wemer Bokemann, Fundação Parque Zoológico de São Paulo, SP * Wladimir Lobato Paraense, Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ BL ISSN 0073-4721 heringia serie Zoologia DAMBORENEA, M.C. Especies de Temnocephala ( Plsty nelminthes, Temnocephalidea) de crustáceos y moluscos de !4 Argentina ............ Ir BRESCOVIT, A.D. Revisão do grupo prospera do gênero Aysha Key- serling, 1891 na região Neotropicai (Araneae: Anyphaenidae) ........... D. «23 BISTONI, M. DE LOS A.: RARO, J. G. & GUTIÉRREZ, M. Ictiofauna del río Dulce en ia covincia de Córdoba (Argentina) (Pisces, Osteichthyes) p. 105 KUFNER, M. B.; SBRILLER, A. P. & MONGE, S. Relaciones trófi- cas de una comunidad de herbívoros del Desierto del Monte (Argentina) ERÊ at PES RD RSRS TER HR 0 O p. 113 BUCKUP, E.H. & MARQUES, M.A.L. Aranhas Theridiidae da Ilha de Maracá, Roraima, Brasil. III. Gêneros Chrysso e Episinus (Araneae) p. 121 GALÍNDEZ, E.J. Observations on the mucopolysaccharides histoche- mistry of the gut of the Mustelus schmitti (Chondrichthyes, Triakidae) p. 127 MOURA, L. de A. & GALILEO, M.H.M. Genitälia masculina e femi- nina de Dorcacerus barbatus (Olivier, 1790) (Coleoptera, Cerambycidae, N Re as sto cri inenise nosso dis its co cre nad p. 135 TEIXEIRA, D.M. Sobre a biologia de '“'maria-macambira”” Gyalophylax hellmayri (Reiser, 1905) (Aves, Funariidae) .:...........00u00020 aan. p. 141 LANZER-DE-SOUZA, M.E. Nova espécie do gênero Belostoma La- treille, 1807 (Heteroptera, Belostomatidae) .............esereeso p. 147 NOTA CIENTÍFICA ZAMPONI, M.O. & ACUNA, FH. Sobre las características gonadales de Monactis vestita (Gravier, 1918), sensu Reimann-Zürneck, 1986 (Acti- DN Rosi iso coro are Ro ia uns ennn es rekios o domo ne reco p. 151 Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul VA Publicado com o auxílio da Fundação de Amparo a Pesquisa do Japergs Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS) Proc. n? 91.00149.8 MUSEU DE CIENCIAS NATURAIS órgão da FR FUNDAÇÃO ZOOBOTÄNICA DO RIO GRANDE DO SUL Entidade de direito privado, instituída pela Lei Estadual nº 6.497 de ZOOBOTÂNICA 20/12/72 (Supervisionada pela Secretaria de Estado da Agricultura). Governador do Estado Alceu Collares Secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento Carlos Cardinal de Oliveira Presidente da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul José Willibaldo Thomé Diretor Superintendente Gilberto Carvalho Ferraz Diretor Executivo do Museu de Ciências Naturais Christina Teixeira Guimarães Gresele Editor responsável Maria Helena Mainieri Galileo Comissão redatorial: Erica H. Buckup, Karin Martha Grosser, Maria Elizabeth Lanzer-de-Souza, Maria Helena Mainieri Galileo Assistentes técnicos: Maria Helena Bopp Müller, Luciano de A. Moura Assessores científicos: p. 155-156. BL ISSN 0073-4721 | |. lheringia Série Zoologia A revista IHERINGIA, Ser. Zool. é editada pelo Museu de Ciências Natu- rais, órgão da FUNDACAO ZOOBOTÄNICA do RIO GRANDE DO SUL, enti- dade de direito privado, instituida pela Lei Estadual n? 6497, de 20.12.1972, su- pervisionada pela Secretaria do Estado da Agricultura e destina-se a divulgacäo de trabalhos cientificos originais, ineditos, mantendo secöes destinadas a notas prévias, resenhas bibliográficas e notícias de interesse resultantes de pesquisa em Zoologia. Este número foi editado e impresso na gráfica Pallotti em agosto de 1992. Tiragem 600 exemplares. Endereço para doações, permutas e correspondência: Fundação Zoobotâni- ca do Rio Grande do Sul, Editoração, Cx. Postal 1188, CEP 90001-970. Porto Alegre, RS, BRASIL. Tel. (051)3361511. Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores. É permitida a re- produção total ou parcial dos artigos da Revista, desde que seja citada a fonte. Iheringia. Ser. Zoologia. v.1l, 1957 — Por- to Alegre, RS — Brasil, Museu de Ciên- cias Naturais da Fundação Zoobotânica do RS, 1957 Semestral ISSN 0073-4721 1. Zoologia-Periódicos-Brasil 2. Trabalhos científicos-Zoologia-Brasil. I Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul CDU 59(05) Artigos publicados na Iheringia são indexados por: Abstracts of Entomology, Api- cultural Abstracts, Bioresearch Index, Biological Abstracts, Centre International de Documentation Arachnologique, Entomological Abstracts, The Zoological Record. ESPECIES DE TEMNOCEPHALA (PLATYHELMINTHES, TEMNOCEPHALIDEA) DE CRUSTACEOS Y MOLUSCOS DE LA ARGENTINA Maria Cristina Damborenea! ABSTRACT TEMNOCEPHALA SPECIES (PLATYHELMINTHES, TEMNOCEPHALIDEA) FROM CRUSTACEANS AND MOLLUSCS FROM ARGENTINA. The Argentinian Temnocephala species, (T. axenos Monticelli, 1899; T. chilensis (Moquin-Tandon, 1846); T. digitata Monticelli, 1902; T. iheringi Haswell, 1893; T. microdactyla Monticelli, 1903; T. pignalberiae Dioni, 1967; T. santafesina Dioni, 1967 and T. talicei Dioni, 1967) all of them ectocommensals on crusta- ceans and molluscs are revised. A key for species is provided. New record from Argentina: T. talicei. KEYWORDS: Argentina, Platyhelminthes, Temnocephala. INTRODUCCION El género Temnocephala Blanchard, 1849 se halla ampliamente representa- do en la Argentina con una gran variedad de hospedadores. Sin embargo sólo tres especies son incluídas en los trabajos referentes a la distribución del género (LAMOTHE-ARGUMEDO, 1968; SCHAEFER, 1971; MORETTO, 1978). Esta contribución tiene por objeto la revisión de aspectos sistemáticos de las especies de temnocéfalos hallados sobre crustáceos y moluscos de la Argenti- na. Se elaboraron descripciones de ocho especies argentinas que se compararon con las originales y con redescripciones. Esto permitió la confección de una clave basada en caracteres sencillos y propios del taxón, no en sus hospedadores. MATERIAL Y METODOS Se estudiaron ocho especies de temnocéfalos capturados con sus hospedadores dependiendo de éstos el método de recolección. Í ra: Para Palaemonetes (Palaemonetes) argentinus Nobilli, 1901 (Crustacea, Caridea) se utilizó una red de mano de 40 x 20 cm de boca con una apertura de malla que permite la captura de individuos mayores a 4 mm de longitud de céfalopereion. En el caso de Aegla Leach, 1821 (Crustacea, Anomu- ra) se empleó una trampa de doble entrada de alambre tejido, un disco cangrejero y se atraparon retirándolas de sus escondites naturales. Los ejemplares de Trichodactylidae (Crustacea, Brachyura) se capturaron durante el dia en sus propios escondites y, durante la noche, en plena actividad. Los 1. Facultad de Ciencias Naturales y Museo, UNLP, Paseo del Bosque s/nº; 1900 La Plata, Argentina. (Becaria CONICET). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 3-21, 31 ago. 1992 A DAMBORENEA specimenes de Ampullariidae (Mollusca, Gastropoda) fueron colectados entre la vegetaciön y con una red de mano barriendo el fondo. Las tecnicas empleadas se detallan en DAMBORENEA (en prensa) y el material fue depositado en la colecciön Helmintolögica del Museo de Ciencias Naturales de La Plata (MCNLP), Argentina, con los números 3103 al 3128. El reconocimiento de los ejemplares juveniles y maduros se realizö en base a criterios utilizados para turbelareos: se consideraron juveniles aquellos que no evidencian su aparato genital desarrolla- do; aquellos en que se se visualizan células formando acúmulos que serän los futuros testículos, ova- rios y atrio genital; aquellos en que se observa la zona espinosa del penis (primera zona que se forma de este örgano); aquellos que presentan los testiculos como dos pares de masas de celulas en las que no se distinguen espermatozoides; aquellas en que la vesicula seminal y el bulbo del penis no estan aun formados o su desarrollo es incipiente, (el penis presenta distinto grado de desarrollo) y aquellos en que se reconoce el ovario como un grupo de células desordenadas. Los especimenes maduros tie- nen el aparato genital desarrollado en todas sus partes, presentan óvulos de gran tamano en la zona distal del ovario y esperma en la vesicula seminal (además de ser abundante en las cavidades testiculares). Las abreviaturas utilizadas son LT: longitud total sin tentáculos; AM: ancho máximo; DV: diá- metro de la ventosa; LTP: longitud total del penis; ABP: ancho basal del penis; LBP: longitud del bulbo del penis; ABP: ancho del bulbo del penis; LVS: largo de la vesícula seminal; AVS: ancho de la vesícula seminal; LO: largo del ovario; AO: ancho del ovario. Temnocephala axenos Monticelli, 1899 (Figs. 1-3) Temnocephala chilensis MONTICELLI, 1889:1-7; PEREZ-GONZALEZ, 1949: 284-5 Temnocephala axenos MONTICELLI, 1899: 111-2; BAER, 1931:33-5 DIONI, 1967b: 478-82; PEREZ-GONZALEZ, 1949:284-5. Temnocephala brasiliensis MERTON, 1922:540-8. lemnocephalla bresslaui PEREZ-GONZALEZ, 1949: 280-3. Localidad tipo. Blumenau, SC, Brasil. Hospedador tipo. Aegla laevis (Latreille, 1818). Descripción. Ectocomensal de Aeglidae y Parastacidae. Tamafio corporal de los individuos maduros 1,120-4,984mm y de los juveniles 0,602-1,386 mm. LT me- dia 1,412 mm. Disco adhesivo subterminal de 0,461 mm de diametro medio. Pe- nis cilíndrico cónico (longitud media 126,33 um), recto o ligeramente curvo en su extremo distal; diâmetro constante desde el extremo distal hasta casi la mitad de su longitud, luego aumenta hasta alcanzar las dimensiones de la base proxi- mal; extremo libre con 6-8 hileras de espinas muy delicadas. Células prostáticas localizadas sobre el borde y entre los testículos posteriores. Utero con esfinter muscular fuerte que lo separa del atrio. Bolsa intestinal dividida por septos par- ciales. Medidas y proporciones (tabla I, II). Distribución geográfica. Brasil (MONTICELLI, 1899; PEREZ-GONZALEZ, 1949; DIONI, 1967b); Uruguay (DIONI, 1967b); Argentina, cuenca parano- platense (DIONI, 1967c) y Buenos Aires, isla Paulino, Rio de la Plata. Hospedadores y localización. Se fija a la superficie de Aegla sp., A. castro Schmitt, 1942, A. franca Schmitt, 1942, A. humahuaca Schmitt, 1942, A. laevis (Latreille, 1818), A. parana Schmitt, 1942, A. platensis Schmitt, 1942, A. singu- laris Ringuelet, 1948, A. uruguayana Schmitt, 1942 y Parastacus sp. Deposita sus huevos sobre la faz ventral, siendo frecuentes sobre los branquiosteguitos que cu- bren las cámaras branquiales. Se la encontró compartiendo el hospedador con Temnocephala talicei Dioni, 1967. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 3-21, 31 ago. 1992 Especies de Temnocephala... 5 Material estudiado. ARGENTINA, Buenos Aires, Berisso (isla Paulino); 104 ejemplares monta- dos in toto (Sl maduros y 53 juveniles) (MCNLP: 3103,3104) y 22 seccionados; 27/1/85 y 20/111/88. Colector: M.C.Damborenea. Temnocephala chilensis (Moquin-Tandon, 1846) (Figs. 4-10) Branquiobdella chilensis MOQUIN-TANDON, 1846:300 Temnocephalla chilensis; Blanchard in GAY, 1849-51; PHILIPPI, 1870: 35; WACKE, 1905: 3; BAER, 1931: 38-9. Temnocephala tumbesiana WACKE, 1905:99-100. Localidad tipo. Chile Hospedador tipo. Aegla sp. Descripción. Ectocomensal de Aeglidae y Parastacidae. Tamano corporal de los ejemplares maduros 1,260-4,620 mm y de los juveniles 0,560-1,960 mm. LT media de 2,470 mm. Disco adhesivo de 0,491 mm de diámetro medio. Penis cóni- co recto (longitud media de 149,59 um); extremo distal con espinas fuertes y, se- gún los lotes, desde amplio hasta levemente expandido (figs. 5-8). Células prostá- ticas pequenas en las proximidades del bulbo del penis. Utero corto, sin esfinter muscular desarrollado. Intestino dividido por septos parciales. Medidas y pro- porciones (tablas I, II). Variaciones morfolögicas. Los ejemplares estudiados, provenientes de seis localidades y de tres especies hospedadoras (tabla III) son heterogéneos en di- mensión y morfologia del penis, tamafio corporal y coloración. En algunos lotes predominan ejemplares de penis corto principalmente en el rio Mendoza (figs. 7,8) asi como en los arroyos Nireco, Covunco y Fortin 1º de Mayo (fig. 5), en tanto en otros prevalecen los de penis largo (rio Limay, fig. 6). El analisis de varianza de LTP de los lotes estudiados evidenció diferencias significativas entre grupos (F0.0000 (5.117) = 33,650). Al analizar las varianzas de los lotes de ectocomensales de Aegla neuquensis neuquensis Schmitt, 1942 (arro- yos Nireco, Covunco, Fortin 1º de Mayo y LLao-LLao) se observa que las me- dias no son significativamente distintas (F1. 1.793 (3.53) = 1,695). Por el contra- rio, a través del mismo análisis entre ectomensales provenientes de A. n. neuquensis y de A. abtao riolimayana (Schimitt, 1942) por una parte (Fo. 0.0001 (4.59) = 7,285) y los de A. scamosa Ringuelet, 1948 por otra (Fo. 0.0000 (4.108) = 52,660) las dife- rencias resultaron significativas. Esto demuestra disimilitudes de relevancia entre lotes de T. chilensis provenientes de las tres especies hospedadoras (figs. 5-8). La morfologia del penis también muestra variantes. El descripto como “*ti- pico” es un cilindro con una amplia expansiön en el tercio distal a modo de am- polla y fuertes espinas en su interior (DIONI, 1967a). Estas características se ob- servan en ejemplares de penis corto localizados sobre A. n. neuquensis (fig. 5) mientras que en los penis largo (fig. 6)- localizados en su mayoria sobre A. abtao riolimayana- la expansión distal es de menor diámetro. La población de Mendo- za carece de expansión conspicua (figs.7,8).La espinación sigue un patrón seme- jante en todos los casos y se registra una gradación desde formas con ampolla amplia hasta otras con ampolla poco desarrollada. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 3-21, 31 ago. 1992 6 DAMBORENEA La coloración también resultó variable. T. chilensis presenta en general un color amarillento; en el arroyo Fortin 1º de Mayo aparecen ejemplares castanos rojizos y en el arroyo LLao-LLao blancos. Discusión. A pesar de las variaciones de morfologia y dimensión del penis en las distintas localidades y ya mencionadas por DIONI (1967c; 1972), todos los lotes se adjudican aqui a T. chilensis. Esto se basa en que el área distal, ex- pandida o no, lleva espinas semejantes. Además, distintos tipos morfológicos se han encontrado sobre un mismo hospedador y es posible establecer una grada- ción entre ellos. Del análisis de varianza de la LTP se deduce que existen diferencias signifi- cativas entre los ectocomensales localizados sobre las especies hospedadoras. Sin embargo, las diferencias de longitud y morfologia que hemos registrado no son suficientes para separar especies distintas. Dejando de lado la variedad de colo- res, que se considera relacionada con características locales de los hospedadores, no se hallaron otros órganos o estructuras que acompafien esta variación e indi- que la pertenencia a entidades distintas. Distribución geográfica. En la región cordillerana argentino-chilena (PHI- LIPPI, 1870; WACKE, 1905; DIONI, 1967a, c, 1972). Hospedadores y localización. En la superfície de Aegla abtao riolimayana (Schmitt, 1942), A. castro Schmitt, 1942, A. jujuyana Schmitt, 1942, A. laevis (Latreille, 1818), A. neuquensis neuquensis Schmitt, 1942, A. scamosa Ringue- let, 1948 y Samastacus Riek, 1971 asi como también en el interior del pléon y a veces en la câmara branquial. Los huevos son depositados en las mismas áreas. Material estudiado. ARGENTINA. Neuquen: arroyo Fortin 1º de Mayo, 9 ejemplares (MCNLE: 3105), 3/X1/84; arroyo Nireco, 10 ejemplares (MCNLP: 3109), 31/X/84; arroyo LLao-LLao, 17 ejem- plares (MCNLP: 3108), 1/X1/84; arroyo Covunco, 17 ejemplares (MCNLP: 3106), 30/X/84; rio Li- may, 10 ejemplares (MCNLP: 3107). Mendoza, Potrerillos, 59 ejemplares (111 maduros y 12 juveni- les) montados in toto (MCNLP: 3110, 3111) y 15 seccionados para su estudio histológico, 1/85 y 2/1/88. Colector: M.C. Damborenea. Temnocephala talicei Dioni, 1967 (Figs. 11-14) Temnocephala talicei DIONI, 1967b:483. Hospedador tipo. Aegla sp. Descripción. Ectocomensal de Aeglidae. Tamano corporal de los individuos maduros 1,134-3,150 mm y de los juveniles 0,490-1,512 mm. LT media 1,516 mm. Disco adhesivo subterminal de 275,96 um de diámetro medio. Penis cilíndrico, recto, corto (longitud media: 123,44 um); extremo distal con una dilatación elip- soidal (“en boquilla””) con varias filas de espinas. Células prostäticas libres en el parénquima, localizadas entre las células cementantes y flanqueadas por los testículos posteriores. Utero corto, sin esfinter muscular desarrollado. Intestino dividido por septos parciales. Medidas y proporciones (tablas I, II). Distribución geográfica. DIONI (1967b) describe la especie en base a ejem- plares procedentes de tres localidades del Uruguay y en 1968 la consigna para Paraguay (Villa Rica). Esta es, por lo tanto, la primera cita para la Argentina. Hospedadores y localización. En la superficie de Aegla platensis Schmitt, IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 3-21, 31 ago. 1992 Especies de Temnocephala... 7 1942 y A. uruguayana Schmitt, 1942, sobre la que demuestra gran capacidad de desplazamiento. Los huevos se hallan de preferencia sobre los bordes branquios- tegales libres. En la isla Paulino (Berisso) comparte el hospedador con T. axenos. Material estudiado. ARGENTINA. Buenos Aires, Martinez (balneario Anchorena), 187 ejem- plares (99 maduros y 88 juveniles) tefiidos y montados in toto (MCNLP: 3123-3125) y 20 secciona- dos; 17/1X/87, 17/X1/87, 10/X11/87. Colector: G.A. Darrigran y M.C. Damborenea. Temnocephala microdactyla Monticelli, 1903 (Figs. 15-17) Temnocephala microdactyla MONTICELLI, 1903: 1-3; BAER, 1931:42; PEREIRA & CUOCOLO, 1941:116-7; DIONI, 1967d:252. Localidad tipo. Mato Grosso, Brasil. Hospedador tipo. Dilocarcinus (D.) pagei Stimpson, 1861. Descripción. Ectocomensal de Trichodactylidae. Tamafio de los ejemplares maduros 1,316-2,940 mm y de los juveniles entre 0,378-2,464 mm. LT media 1,222 mm. Diámetro medio de la ventosa 0,315 mm. Penis largo (media 276,86 um), fino, arqueado, cóncavo hacia la bolsa digestiva, sin espinas en su porción distal. Células prostáticas ubicadas lateralmente y entre los testículos posteriores. Bul- bo del penis musculoso. Utero con un poderoso esfinter terminal. Intestino divi- dido por septos parciales. Medidas y proporciones (tablas I,II). Distribución geográfica. Brasil (MONTICELLI, 1903; PEREIRA & CUO- COLO, 1941) y Argentina, Santa Fe, laguna Guadalupe (DIONI, 1967d). Hospedadores y localización. En el interior de las cámaras branquiales de Sylviocarcinus pictus (Milne-Edwards, 1853) y Dilocarcinus (D.) pagei Stimpson, 1861 donde también deposita sus huevos, sobre el techo, piso y los tres primeros pares de branquias. Comparte el hospedador y la localización con T. pignalbe- riae Dioni, 1967. Material estudiado. ARGENTINA, Santa Fe, laguna Guadalupe, (Piedras Blancas), 108 ejem- plares (65 juveniles y 43 maduros) tenidos y montados in toto (MCNLP: 3128) y 12 seccionados para su estudio histológico; 1-4/XI1/87. Colector: E.C. Lopretto y M.C. Damborenea. Temnocephala pignalberiae Dioni, 1967 (Figs. 18-20) Temnocephala pignalberiae DIONI, 1967d: 352-5, Hopedadores. Sylviocarcinus pictus (Milne-Edwards, 1853) y Dilocarcinus (D.) pagei Stimpson, 1861. Descripción. Ectocomensal de Trichodactylidae. Tamano corporal de los ejem- plares maduros 1,022-2,688 mm y de los juveniles 0,546-1,470 mm. LT media 1,380 mm. Diámetro medio de la ventosa 0,315 mm. Penis cilíndrico cónico, muy corto (LTP media 81,08 um); extremo proximal amplio; distal estrecho, sin espinas, di- latado bruscamente en su parte apical. Glándulas prostáticas libres en el parén- quima, a los lados y entre los testículos posteriores. Pared del bulbo del penis de musculatura espesa. Utero corto, musculoso, con un esfínter que lo separa del atrio genital. Intestino dividido por septos parciales. Medidas y proporciones (ta- blas I, II). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 3-21, 31 ago. 1992 g DAMBORENEA Distribuciön geogräfica. DIONI (1967d) describe la especie en base a ejem- plares procedentes de tres localidades de la Argentina. Hopedadores y localizaciön. Idem T. microdactyla. Material estudiado. ARGENTINA, Santa Fe, laguna Guadalupe (Piedras Blancas), 104 ejem- plares (66 maduros y 38 juveniles) tefidos y montados in toto (MCNLP: 3126,3127) y 15 seccionados para la confecciön de cortes histológicos; 1-4/X 11/87. Colector: E.C. Lopretto y M.C. Damborenea. Temnocephala santafesina Dioni, 1967 (Figs. 21, 22) Temnocephala santafesina DIONI, 1967d:358-9. Localidad tipo. Laguna Los Espejos, Santa Fe, Argentina. Hospedador tipo. Dilocarcinus (D.) pagei Stimpson, 1861. Descripción. Ectocomensal de Trichodactylidae (Dilocarcinus (D.) pagei). Longitud total 1,610 mm y diâmetro de la ventosa de 0,448 mm. Penis de 357 um de longitud, curvado; extremo distal con pequerfias espinas de apariencia hia- lina; pared del penis espesa. Bulbo del penis redondeado, localizado lateralmente a la bolsa digestiva. Utero largo y musculoso, relacionado con el atrio genital por medio de un poderoso esfinter. Intestino dividido por septos parciales. Me- didas y proporciones (tablas I, II). Discusión. Temnocephala santafesina es morfológicamente muy semejante a T. microdactyla. A pesar de contar con un ejemplar, las diferencias que senala DIONI (1967d) — extremo del penis espinoso y musculatura del bulbo del penis más débil —son evidentes. Adjudicamos a la baja densidad de la especie hospe- dadora en el área muestreada el hallazgo de un único ejemplar. Distribución geográfica. Argentina, laguna Los Espejos, madrejón Don Fe- lipe (DIONI, 1967d) y laguna Guadalupe, Santa Fe. Hospedador y localización. Ectocomensal de Dilocarcinus (D.) pagei. Se lo- caliza en las mismas áreas que T. microdactyla. Material estudiado. ARGENTINA, Santa Fe, laguna Guadalupe (Piedras Blancas) un ejemplar maduro tenido y montado in toto, (MCNLP: 3122), 1/X1/87. Colector: E.C. Lopretto. Temnocephala digitata Monticelli, 1902 (Figs. 23-28) Temnocephala digitata MONTICELLI, 1902:302; BAER, 1931: 40. Localidad tipo. Cuerpos de agua dulce de los alrededores de Buenos Aires (Argentina) comunicados en alta marea con el rio de la Plata. Hospedador tipo. Palaemonetes argentinus Nobilli, 1901. Descripeiön.Ectocomensal de Palaemonetes (P.) argentinus(Palaemonidae). Tamaöüio de los ejemplares maduros 1,946-4,004 mm y de los juveniles 0,574-2,206 mm (LT media 2,257 mm). Disco adhesivo subterminal de 0,252 mm de diametro medio. Penis cilindrico, largo, recto a levemente curvado; extremo distal no ex- pandido, con numerosas series de espinas. Células prostäticas ubicadas sobre los testículos posteriores y por debajo de éstos. Utero sin esfinter muscular desarrol- lado. Intestino no dividido por septos musculares parciales. Medidas y propor- ciones (tablas I, II). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 3-21, 31 ago. 1992 Especies de Temnocephala... 9 Discusiön. Temnocephala digitata fue descripta por MONTICELLI (1902), mencionando hospedador, localidad, tamano y localización de adultos y huevos. DIONI (1966) llama T. digitata a ejemplares provenientes de Palaemonetes Hel- ler, 1869 del Uruguay. Al hacer un anälisis de la descripciön original de la espe- cie, encuentra que es insuficiente para un apropiado reconocimiento y por lo tan- to, a fin de regularizar su situación taxonómica, decide llamar T. digitata a una especie bien distincta ubicada en häbitat y situación geográfica similares. A tra- ves del estudio detallado de los ejemplares procedentes de las canteras de Los Ta- las (provincia de Buenos Aires) es posible afirmar que existen notables diferen- cias entre este material y T. digitata sensu Dioni, 1966. (tabla IV). El tamano a pesar de la gran plasticidad que presentan los organismos en estudio, la relación LT/DV, y la localización de los ectocomensales sobre el hos- pedador son diferencias relevantes entre los ejemplares de Dioni y los aqui exa- minados. Por otra parte, existen semejanzas notorias entre el material estudiado y la definición de MONTICELLI (1902). Esta menciona ejemplares de 2-3 mm de tamano, localizados en la superficie corporal, huevos en una única serie a lo lar- go de los márgenes libres laterales del escudo dorsal. Tales características asi co- mo las localidades de recolección se corresponden con los ejemplares examina- dos y se diferencian de lo detallado por DIONI (1966) (ejemplares localizados en la cavidad branquial de 0,7 mm de longitud, huevos no observados). Podemos afirmar que nuestros ejemplares concuerdan con la definición original y que la entidad descripta por Dioni corresponde, probablemente, a otra especie. Distribución geográfica. En Argentina, cuerpos de agua dulce de los alrede- dores de Buenos Aires comunicados con el rio de la Plata (MONTICELLI, 1902) y en cuerpos de agua lénticos de Los Talas, comunicados con el rio de la Plata y en y el canal Villa Elisa, en su desembocadura en el rio de la Plata, Punta Lara, provincia de Buenos Aires. Hospedador y localización. En la superficie de Palaemonetes (P.) argenti- nus y deposita sus huevos en el borde externo del cefalotórax. Material estudiado. ARGENTINA, Buenos Aires, Berisso (Los Talas), 179 ejemplares (138 ma- duros y 41 juveniles) tefiidos y montados in toto (MCNLP: 3112-3117) y 30 seccionados; 15/X1/84, 11/XII/84, 1/1X/85, 4/X1/85, 30/X1/85, 30/1/86. Colector: M.C. Damborenea. Temnocephala iheringi Haswell, 1893 (Figs. 29-31) Temnocephala iheringi HASWELL, 1893:137-8; BAER, 1931:41; PEREIRA & CUOCOLO, 1941:113-4; HYMAN, 1955: 3-9. Localidad tipo. Mato Grosso, Brasil. Hospedador tipo. Ampullaria sp. Descripción. Ectocomensal de Ampullariidae. Tamaiio corporal de los ejem- plares maduros 1,008-4,060 mm y los juveniles 0,196-1,690 mm (LT media 1,809 mm). Diámetro medio de la ventosa de 0,506 mm. Penis cónico (longitud media de 157,06 um) de base amplia. Extremo distal con varias hileras de espinas. Las glándulas prostáticas acompanan el recorrido de los conductos deferentes y su IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 3-21, 31 ago. 1992 10 DAMBORENEA secreciön rodea la vesicula seminal y al bulbo del penis. Utero corto, recto, de paredes musculares; un leve esfinter lo separa del atrio. Medidas y proporciones (tablas I,II). Distribución geográfica. Brasil (HASWELL, 1893; PEREIRA & CUOCO- LO, 1941); Uruguay (DIONI, 1967b); Argentina, arroyo Malabrigo, Santa Fe (HYMAN, 1955); Buenos Aires (MORETTO & DURQUET, 1977). Buenos Ai- res: Punta Lara, Canteras de Los Talas, arroyo Dofia Flora y Punta Indio y Santa Fe: laguna Don Felipe. Hospedador y localización. Ectocomensal de Ampullaria canaliculata La- marck, 1801 y Asolene platae (Maton, 1809). Habita el interior de la cavidad pa- leal y deposita sus huevos sobre la conchilla, siendo frecuentes en la unión de la sutura acanalada y peristoma, a lo largo de la sutura, en el borde libre del pe- ristoma y en el ombligo. Material estudiado. ARGENTINA, Buenos Aires, arroyo Miguelin, 34 ejemplares maduros (MCNLP: 3118), 10/VIII/84 y canteras de Los Talas, 69 ejemplares (48 maduros y 21 juveniles) (MCNLP: 3119-3121) tenidos y montados in toto y 5 seccionados; 24/X/84, 29/X1/84 y 14/IX/86 . Colector: M.C. Damborenea. Clave para las especies de Temnocephala A. Relación LT/LTP mayor que 10 B. Glándulas prostáticas presentes como células libres en el parénquima. C. Extremo distal del penis con espinas D: Utero "con esfinter muscular evidente 2. mer T. axenos DD. Utero sin esfinter muscular evidente ................ T. talicei CC. Extremo distal del penis sin espinas ................ T. pignalberiae BB. Glándulas prostáticas asociadas a los conductos deferentes o al bulbo del penis. C. Penis dilatado en ampolla, con desarrollo variable. ... T. chilensis CC. Penis no dilatado en ampolla, recto en su extremo distal T. iheringi AA. Relación LI/LTP menor que 10 B5 Benisiconespinas muy mientestr. 2 spa sea T. digitata BB. Penis sin espinas o con leves crenulaciones €. Penis"sinrespinas Er o o T. microdactyla Ce PenisiconflevesicrenulacionesBa re T. santafesina REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS BAER, J.G. 1931. Etude monographique du groupe des Temnocéphales. Bull. Biol. Fr. Belg., Paris, 65(1):1-57. DAMBORENEA, M.C. 1991. Temnocephala (Platyhelminthes, Temnocephalidea) de la Argenti- na: revisión de caracteres específicos. Iheringia, Sér. Zool, Porto Alegre, (71): 111-120. DIONI, W. 1966. Temnocephalas uruguayas. I.Redescripción de Temnocephala digitata Monticel- li,1902 (Turbelaria Temnocephaloidea). Physis, Buenos Aires, 26(71): 219-23. —. 1967a. Temnocephalas argentinas. I. Notas sobre Temnocephala chilensis (Moquin-Tandon, 1846) (Platyhelmintha). Physis, Buenos Aires, 26(73):405-10. —. 1967b. Temnocephalas uruguayas. II. Descripción de Temnocephala talicei n. sp. y notas sobre T. anexos Monticelli (Platyhelmintha). Physis, Buenos Aires, 26(73):477-84. —. 1967c. Temnocephalas argentinas.II. Las temnocephalas de Aegla del Museo Argentino de Cien- IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 3-21, 31 ago. 1992 Especies de Temnocephala... 11 cias Naturales “Bernardino Rivadavia’’ (Platyhelmintha). Physis, Buenos Aires,26(73):509-14. —. 1967d. Temnocephalas argentinas. III. T. pignalberiae y T. santafesina novas species de Tricho- dactylidae del Paraná medio. Acta Zool. Lilloana, Tucumán,23:349-60. —. 1968. Presencia de Temnocephala talicei (Platyhelmintha Temnocephaloidea) en Paraguay. Physis, Buenos Aires, 27(75):263-4. —. 1972. Didymorchis, Temnocephala (Platyhelmintha) y Stratiodrilus (Annelida) vermes epizoicos sobre Aegla y Parastacus (Crustacea: Decapoda) de los lagos andino patagónicos: notas taxonómi- cas y biogeográficas. Acta Zool. Lilloana, Tucumán, 29: 167-80. GAY, C. 1849. História física y política de Chile. Paris, Ed. Zoologia 5, 563 p. HASWELL, W.A. 1893. A monograph of the Temnocephaleae. Proc. Linn. Soc. New South Wa- les, Sidney, p. 93-152. HYMAN, L.H. 1955. Miscellaneous marine and terrestrial flat worms from South America. Amer. Mus. Novitates, New York, (1742):1-33. LAMOTHE-ARGUMEDO,R. 1968. Redescripciön de Temnocephala mexicana Vayssiere 1898, ec- tocomensal de crustäceos mexicanos. An. Inst. Biol. Univ., Ser. Zool., Mexico, 39:1-12. MERTON, H. 1922. Neue Beiträge zur Anatomie von Temnocephala. Zool. Jahrb. Abt. Anat., Jena, 43:539-56. MONTICELLI, F.S. 1889. Breve nota sulla uova e sugli embrioni della Temnocephala chilensis Bl. Atti. Soc. Ital. Sc. Nat., Milano, 32:1-8. —. 1899. Sulla Temnocephala brevicornis Mont. 1889 e sulle Temnocephale in generale. Boll. Soc. Nat. Näpoli, 12:72-127. —. 1902. Temnocephala digitata n. sp. Boll. Soc. Nat., Napoli, C.R. des Seances, 16:309. —. 1903. Temnocephala microdactyla n. sp. Boll. Mus. Zool. Anat. Comp., Torino, 17(439):1-3. MOQUINTANDON, A. 1846. Monographie de la familie des Hirudi nées. Paris, Ed. 300p. MORETTO, H.J.A. 1978. Presencia de Temnocephala (Temnocephalida, Platyhelmintes) en he- mipteros acuäticos. Ciencia e Investigación, Buenos Aires, 34:95-9. MORETTO, H.J.A. & DURQUET, J.1977. EI sistema reproductor en Temnocephala jheringi Has- well, 1893 (Temnocephaloidea), epibionte de Pomacea canaliculata (Scott, 1957) (Mollusca). Physis, Serie B, Buenos Aires, 37(93):75-88. PEREIRA,C.& CUOCOLO, R. 1941. Estudos sobre ‘“Temnocephalidae Monticelli, 1899”, com estabelecimento de dois novos gêneros australianos e descrição de duas novas espécies neotröpi- cas. Arq. Inst. Biol., São Paulo, 12(9):101-27. PEREZ-GONZALEZ, M.D. 1949. Söbre a digestão e a respiração das Temnocephalas (Temnoce- phala bresslaui, spec. nov.). Bol. Fac. Fil. Cienc. Letras Univ. São Paulo Zool., São Paulo, 14:277-324. PHILIPPI, R.A. 1870. Über Temnocephala chilensis. Arch. Naturgesch., Leipzig, 36:35-40. SCHAEFER, C.W. 1971. Observations on Temnocephalid hosts and distribution. Z. Zool. Syst. Evolut. Forsch., Hamburg, 9(2):139-43. WACKE, R. 1905. Beiträge zur Kenntnis der Temnocephalen. Zool. Jahrb., Jena 21(4-6):1-116. Suppl. Recebido em 14.111.1990; aceito em 7.V1.1991 IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 3-21, 31 ago. 1992 DAMBORENEA 12 68'ST s8'pE L8°6S 89°LL €98S LS 09°07 9p'sE SEIO sro 9.50 sa S6 S6 £8 £8 86 86 €oI £oI £OI eoI €oI u Buuay L £r'68 wei bS'LOI ILIZZ SU9I 6LTEI 76‘89 9O'LSI 9050 pre OIST x 60'6€ TE9S we 685 19°87 ETOE SEG ILS T90°0 E6b'0 078°0 sa SH SI ovI (0/4! rl HI 6bI SSI 6LI 6L1 6Ll u eIeNaip :L L6091 prIZZ 68'b0I OS'TEE II ZEI OE'LEI rr'p6 95‘E67 Tso s6pT 8STT x S'6b 99 ss IET s'09 0°09 [0433 S'LSE 1420) zo 019° BUISSJeJues |] 90LI IL'EZ er zu SO'SE IS] [0/4743 98'p gsi 1010 seco zor'o sa SL SL v8 v8 % % 101 101 19 vol vol u Seuogpeudid ‘I 11'59 IS'L6 Top PINA! 8T'9L 9891 ELLT 80°18 ITE'O peoT O8€'T x L°LI wor 80°57 Es'09 95°0E 08‘Lr S8TI L8TOI soro spE'O L99'0 sa Sehen. €9 €9 69 69 08 08 801 801 801 801 801 u 09°ES IST8 ETLS 17'057 I6 IL LO'L6 ES'ST ESOLT 91E'O LUSO ETC x LP'TL TO'SE I9'ST 06'L€ T6sI 06'9€ 096 EO'EZ LITO L8r'0 769°0 sa tl Tal su SII sel sel HI HI L8I L8I L8I u Pop L LH'S8 EESTI pros EEESI 6E'9S 9L‘EOI ver prezi 9.7 so" 9IST x SS'SE Lv'gE 96'ET sE'9p TEM EOTS ur WE E9T'O zero rog'o sa : 001 001 IS SL 8 HI ford 071 ai ET EI u SRU E 60'ETI 6L9hI 685 zs'vEl TL's8 Ib'6II 16°79 65‘6Hl I6h'0 1E9°T OLrT x az L9°07 6r'6l 6h'9€ S8TE TEST IT 89h ILIO 60 6990 sa | IS IS 95 95 9 9 L6 L6 66 pol pol u SOUET E0'9L +8'LOI I1‘6S Sp‘geI 90'€S PI'y8 07°9E EEIZI 65E0 LOVT FAÇA! x (um) (um) (um) (um) (um) (um) (wur) (um) (un) (un) (uu) OHINV ANLISNOT OHONV GNLIONOT OHOINV GNLIONOT TVSVd OHONV ANLISNOT VSOLNIHA OWIXVW TVIOL OINVAO TVNINAS VINDISTA SINA4 TIA OgTNE SINAd OALAWVId OHONV ANLIONOI MÁ DTDDIPTWIPYTYT PF É ÉRP?ÉP?OOPPPÂÁDÊDUTDUDÔÊP?PÊÉ*Y YR ? <“<"?ÉÍÉPTHTRMHMTÀAÀÁPDMAZDPZPZUZPRZPRÉIÍÀDÓÁÉÊÉÓZICTU PT zZ —————— eunusäry ap Sajuapoold zreydsoouug] ap soadso se] ap sepıpaw 'I eIqeL IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 3-21, 31 ago. 1992 Especies de Temnocephala... 13 Tabla II. Proporciones de las especies de Temnocephala procedentes de Argentina LT/DV LT/LTP LTP/LBP LTP/LVS T. axenos 3,93 11,12 1,50 0,93 T. chilensis 5,03 16,51 1525 1,11 T. talicei 5,90 12,29 1,19 0,80 T. microdactyla 3,87 4,42 2,85 1,11 T. pignalberiae 4,43 17,02 0,64 0,56 T. santafesina 3,59 4,50 5,91 1,55 T. digitata 8,94 7,69 2,14 0,88 T. iheringi 357 11,52 1,19 0,71 Tabla III. Temnocephala chilensis. Variación de la longitud media del cuerpo y del penis en las locali- dades de procedencia. Los valores entre parentesis corresponden al desvio eständar. Localidad n un? TER Especie de (en um ) (en mm ) Aegla hospedadora Arroyo Fortin 1º de Mayo 9 176,00 2,92 A. neuquensis (Neuquen) (17,75) (0,76) neuquensis Arroyo Covunco 17 165,97 2,55 A. neuquensis (Neuquen) (19,85) (0,32) neuquensis Arroyo Llao-Llao 17 165,37 1,19 A. neuquensis (Neuquen) (11,97) (0,66) neuquensis Arroyo Nireco 10 170,75 2.52 A. neuquensis (Neuquen) (23,23) (0,63) neuquensis Rio Limay 11 195,00 2,64 A. abtao riolimayana (Neuquen) (8,99) (0,52) Rio Mendoza 59 121,61 2,49 A. scamosa (Mendoza) (19,37) (1,04) IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 3-21, 31 ago. 1992 DAMBORENEA 14 uoR1>dofeJ>3 [Op SSP-IOQ so] us CIA Us sopesiqn ‘sopepnausd soAanH (seurds3 seIspep1sA) sopngesjund sSOWONXI Up! ur €T um LT un 66 "wu 0£°0 e LT'O 9P (SSI=U) £67°0 = X wu $€'Q A wu STO anuo wur LET'O X 8TI'O SONIIIO S21OLISISOA SO] IP “sOJeIN.I2A SIIOLIZJUE SO] ap alo “epeapuopaı JueIseq BULIOJ SOPBAISSQO ON O3IE1]0F OUIOJUOD Jeurure] enusLIedYyY SIL] SELIPA ua sejsandsıq ungAyL ur 0€E ur Sp wu QTO E 60°0 9P ww z]‘o A wu ‘0 (10119 un INSIXO I9g5p) wu SS'O X OL'O sojspered A safesısasuen} s2IoAew sol BSOJUDA e[ UOD UOWEIDI UIS JOLIOISOI ounsayur [e safersye] JOLIMUY wu 967‘0 X IPE‘O JoLIaIsod wur STT'O X POE‘O JOLSIUE ww 61€O) = Ooydue wur ELE) = Odıe] 168 = TSTO/8ST'T odIano pp IoLIojsod OUII]XI [op SJuejop Jod SJusurererpaunut sopeyuoui sarefduml> soj us eIpoui op wu pzE“O SOAIA sarefdumsl3 soj us ur ço OIpour oypue op urus S6p'T sojmorjua us eıpaw pnyguo| op wu 1577 [erodios a191J12dnsS OdVIANISA IVITALVIA "(996T) INOIA nsuas ejezrsip :p WOI 7061 “I9OnUoJN esezrsip efeydasouwa] ap operieduroo 09139]0710u1 sISIeUY “AT eIgeL esoJusA BI e OJerpawur ISeI JOLI2ISOI ounsajur [pP JOLISISOA 3PIog apraur JOLMSJUY ww QTO x SI‘O J019Jsod uw /0°0 X TIO J011SJue wu ET) = oydue wu 9/0) = OB] LT = 9T0/0L'0 od.ıan9 [op IOLISIsSOA peu e] op onuso ww STO :OSIL] JUSureANeLsd owyue sp wu po'y sous} ums euirxeur pnyrBuo] wu 0/0 jeınbueig eıewey (9961) INOIA NNDAS soAanH seuidso se] op eu1lIoy seurdsg seurdss e| ap prysuoT Te3sIp ONOWEICT feseq oyauy OPNA9A9 [ej0] pryisuoT stuad 1290} pmiguoT stusd pp oqmng sata uonestgN sojnonsaL SIUOISUJUILCT SZuLIe PSOJUDA ONPWEIP/TEIOI OdIe] UOWELA BSOJUDA PI Pp UODISOI jenus9 opnsejus} pp pnyguoT sarejduiafo soJ op oueu] snumusZle (A) SI2UOWSLJEI 9IZOS SIJESUIWOIOHII SO] IP UOIPIIAN IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 3-21, 31 ago. 1992 Especies de Temnocephala... 15 2 50 um Figs. 1-3. Temnocephala axenos. 1. Aspecto general; 2. Penis; 3. Detalle del sistema genital. (a, atrio genital; bi, bolsa intestinal; cc, células cementantes: cp, células prostäticas; ccc, conductos de las celu- las cementantes; ccp, conductos de las células prostäticas; eu, esfinter uterino; o, ovario; p, penis; pg, poro genital; r, reservorio; sp, secreciön prostätica; ta, testiculo anterior; tp, testiculo posterior; u, ütero; v, ventosa; vd, vaso deferente; vs, vesicula seminal). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 3-21, 31 ago. 1992 16 DAMBORENEA 1) 50 um 6 20 um Figs. 4-10. Temnocephala chilensis. 4. Aspecto general. 5. Penis de lote proveniente de Aegla neu- quensis neuquensis; 6. Idem de A. abtao riolimayana; 7 - 8. Idem de A. scamosa; 9. Penis evertido de un lote de A. neuquensis neuquensis; 10. Detalle del sistema genital. (a, atrio genital; bp, bulbo del penis; cp, células prostäticas; cu, células uterinas; o, ovario; p, penis; pg, poro genital; r, reservo- rio; sp, secreción prostática; tp, testículo posterior; u, útero; vd, vaso deferente; vs, vesícula seminal). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 3-21, 31 ago. 1992 Especies de Temnocephala... 17 Figs. 11 - 14.Temnocephala talicei. 11. Aspecto general. 12. Penis; 13. Detalle del sistema genital; 14. Células prostáticas y sus conductos. (a, atrio genital; bi, bolsa intestinal; bp, bulbo del penis; cc, célu- las cementantes; cp, células prostäticas; cu, células uterinas; ccp, conductos de las células prostäticas; o, Ovario; p, penis; pg, poro genital; r, reservorio; ta, testículo anterior; tp, testículo posterior; u, úte- ro; vd, vaso deferente; vs, vesícula seminal). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 3-21, 31 ago. 1992 18 DAMBORENEA Figs. 15-17. Temnocephala microdactyla. 15. Aspecto general. 16. Penis; 17. Detalle del sistema geni- tal. (bp, bulbo del penis; cp, células prostäticas; cv, conducto vitelino; ccp, conductos de las células prostáticas; eu, esfinter uterino; o, ovario; p, penis; pg, poro genital; r, reservorio; tp, testículo poste- rior; u, útero; vd, vaso deferente; vs, vesícula seminal). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 3-21, 31 ago. 1992 Especies de Temnocephala... 19 22 % 50 um Figs. 18-22. Temnocephala pignalberiae: 18. Aspecto general; 19. Penis; 20. Detalle del sistema geni- tal. Temnocephala santafesina: 21. Aspecto general; 22. Penis (a, atrio genital; bp, bulbo del penis; cp, células prostáticas; ccp, conductos de las células prostáticas; eu, esfinter uterino; mbp, muscula- tura del bulbo del penis; o, ovario; p, penis; pg, poro genital; r, reservorio; sp, secreción prostática; tp, testículo posterior; u, útero; vs, vesícula seminal). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 3-21, 31 ago. 1992 20 DAMBORENEA e I00 um 28 I00 um Figs. 23-28.Temnocephala digitata: 23. Aspecto general. 24. Sistema genital; 25. Detalle del genital femenino; 26. Detalle del genital masculino; 27. Penis no evertido; 28. Penis evertido. (a, atrio geni- tal; bp, bulbo del penis; cp, células prostäticas; cu, células uterinas; cv, conducto vitelino; ccp, con- ductos de las células prostáticas; o, ovario; p, penis; r, reservorio; sp, secreciön prostática; ta, testicu- lo anterior; tp, testículo posterior; u, útero; vd, vaso deferente; vs, vesícula seminal). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 3-21, 31 ago. 1992 Especies de Temnocephala... 21 Figs. 29-31. Temnocephala iheringi. 29. Aspecto general; 30. Penis; 31. Detalle de sistema genital. (a, atrio genital; bp, bulbo del penis; cc, células cementantes; cu, células uterinas; cv, conductos vite- linos; eu, esfinter uterino; o, ovario; p, penis; pg, poro genital; r, reservorio; rs, receptáculo seminal; ta, testículo anterior; tp, testículo posterior; u, útero; vd, vaso deferente; vs, vesícula seminal). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 3-21, 31 ago. 1992 Ye A REVISÃO DO GRUPO PROSPERA DO GENERO AYSHA KEYSERLING, 1891 NA REGIAO NEOTROPICAL (ARANEAE: ANYPHAENIDAE) 1 Antonio D. Brescovit? ABSTRACT REVISION OF THE PROSPERA GROUP OF THE GENUS AYSHA KEYSERLING, 1891 IN THE NEOTROPICAL REGION (ARANEAE, ANYPHAENIDAE). Thirty neotropical species of Aysha, assigned to the prospera group, are diagnosed and described. Six species of Teudis, T. cla- rovittatus (Keyserling), T. fortis (Keyserling), T. lageniferus Mello-Leitão, T. violens (Keyserling), T. taeniatus (Keyserling), T. zenzesi Mello-Leitão and T. borgmeyeri Mello-leitão and one of Clubiona, C. affinis Blackwall are transferred to Aysha. The males of A. prospera, A. clarovittata, A. albovitta- ta, A. taeniata and the female of A. zenzesi are described for the first time. Four specific names are newly synonymyzed: Anyphaena birabeni Mello-Leitão with Aysha lagenifera; Teudis puma Mello- Leitão with Aysha prospera; Aysha hirsuta Mello-Leitäo with Aysha borgmeyeri (Mello-Leitão) and Teudis violens (Keyserling) with Aysha affinis (Blackwall). Twenty new species are described from Brazil: A. janaita from Mato Grosso; A. pirassununga, A. boraceia and A. piassaguera, from São Paulo; A. marinonii, and A. guarapuava from Paraná; A. tapejara, A. lisei, A. montenegro, A. garruchos, A. guaiba, A. vacaria, A. tertulia, A. bonaldoi, A. chicama, A. ericae, A. triunfo, A. curumim and A. taim, all from Rio Grande do Sul; and A. yacupoi from Misiones, Argentina. Lectotypes and pa- ralectotypes are here designated for A. clarovittata, A. proseni, A. borgmeyeri. Keys, diagnoses, illus- trations and distribution maps are provided for all species. The group is divided in ten species sub- groups (janaita, guarapuava, clarovittata, zenzesi, borgmeyeri, albovittata, tertulia, lisei, taeniata e prospera) based on the male palpal morphology. KEYWORDS: Aysha, Anyphaenidae, Araneae, Neotropical, Taxonomy. INTRODUÇÃO A família Anyphaenidae comporta aranhas caçadoras, de pequeno a médio porte, que vivem entre a folhagem de árvores e arbustos. São aranhas predomi- nantemente neotropicais, região na qual ocorrem 33 gêneros dos 35 conhecidos, com cerca de 450 espécies descritas (ROEWER, 1954; BRIGNOLI, 1983). Con- tudo, a situação taxonômica atual é precária pela inexistência de trabalhos re- visivos. 1. Parte da tese de Mestrado apresentada no Curso de Pós-Graduação em Ciências Biológicas, Zoologia, Universidade Federal do Paraná, Curitiba. 2. Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, C. Postal 1188, CEP 90001-970, Porto Alegre, RS, Brasil. (Bolsista de Mestrado proc. nº 830199/89-6). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 24 BRESCOVIT Os Anyphaenidae foram posicionados por longo tempo como uma subfa- milia de Clubionidae. Atualmente o status de família é reconhecido e apoiado no sistema traqueal, que se estende do abdômen ao cefalotórax, através do pedi- celo, enquanto que nos Clubionidae se restringe ao abdômen. E diagnosticada, ainda, pelo espiráculo traqueal afastado das fiandeiras e tarsos com fascículos subungueais, compostos de poucas cerdas espatuladas, em duas filas (PLATNICK, 1974). O gênero Aysha, proposto por KEYSERLING (1891) para três espécies pro- cedentes do Rio Grande do Sul, Brasil, tem como espécie-tipo A. prospera, com base em uma fêmea e reúne 35 espécies, das quais 29 ocorrem na Região Neotro- pical (ROEWER, 1954; BONNET, 1955; BRIGNOLI, 1983). Este gênero sempre foi diagnosticado pelo espiráculo traqueal quase junto ao sulco epigástrico, ten- do sido relegados importantes aspectos morfológicos da genitália. PLATNICK (1974), ao abordar cinco gêneros de Anyphaenidae, caracteriza o gênero Aysha com base em um grupo de espécies neárticas: Aysha gracilis (Hentz), A. velox (Becker), A. cambridgei Bryant, A. decepta (Banks), A. incur- sa (Chamberlin) e A. arunda Platnick. Essas espécies foram transferidas para o gênero Hibana por BRESCOVIT (1991). PLATNICK (1974) também examina A. prospera, comentando que é um membro de um amplo e distinto grupo de espé- cies sul-americanas. O exame de amplo material possibilitou encontrar o macho de A. prospera e reconhecer várias espécies do gênero. A revisão bibliográfica de Anyphaenidae permitiu detectar várias espécies mal posicionadas nos gêneros Teudis O. Pickard- Cambridge, 1896, Anyphaena Sundevall, 1833 e Clubiona Latreille, 1804 (Clu- bionidae), o que levou ao exame dessas espécies. Este trabalho aborda apenas as espécies que integram o grupo prospera, ca- racterizado com base na espécie-tipo e espécies similares. Das 29 espécies descri- tas em Aysha para a Região Neotropical, apenas três (A. prospera, A. albovittata Mello-Leitão e A. proseni Mello-Leitão) pertencem ao grupo prospera. Seis es- pécies do gênero Teudis e uma do gênero Clubiona são transferidas para Aysha e vinte espécies novas são descritas, ficando o grupo prospera constituído, até o momento, de 30 espécies. MATERIAL E MÉTODOS O material utilizado, cerca de 1000 espécimens, provém de 20 Instituições a seguir relacionadas, precedidas da sigla que figura no texto e com o nome dos curadores entre parênteses: AMNH, “Ame- rican Museum Natural History, New York” (N.I.Platnick); BMNH, ‘The Natural History Museum”, Londres (P.D. Hillyard); CAS, ‘California Academy of Sciences, San Francisco” (W.J. Pulawski; D. Ubick); CIIF, Centro de Identificação de Insetos Fitöfafgos, Universidade Federal do Paraná, (ma- terial depositado no MCN e MHCI), Curitiba (R.C. Marinoni); HEC, ‘“Hope Entomological Collec- tions”, Oxford (I. Lansbury); IBSP, Instituto Butantan, São Paulo (V. R.D. Eickestedt); MACN, “Museo Argentino de Ciencias Naturales Bernardino Rivadavia”, Buenos Aires (E. Maury); MCN, Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre (E. H. Buckup); MCP, Museu de Ciências, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre (A. A. Lise); MCZ, “Museum of Comparative Zoology’’, Cambridge, Mass. (H.W. Levi); MLP, “Museo de La Plata”, La Plata (R. Arrozpide); MHCI, Museu de História Natural “Capão da Imbuia” (P. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 25 Scherer); MNHN, ‘‘Museum National de Histoire Naturelle’’, Paris (C. Rollard); MNRJ, Museu Na- cional, Universidade Federal do Rio de Janeiro (A. Timotheo da Costa); MZSP, Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo, São Paulo (J. L. Leme); PMNH, ‘‘Peabody Museum of Natural History, Yale University, New Haven” (C.L. Remington); RLCB, coleção particular de Renner L.C. Baptista; SMNH, “Swedish Museum of Natural History”, Estocolmo (T. Kronestedt), ZMH, “Universitat Ham- burg Zoologisches Institut und Zoologisches Museum”, Hamburgo (G. Rack). Medidas. Expressas em milímetros (mm). Para o comprimento total, foram excluídas as quelice- ras e as fiandeiras; o comprimento da carapaça foi tomado a partir da borda anterior da córnea dos olhos médios anteriores até a borda do declive posterior; a largura, no terço posterior; a espessura, junto a coxa II, na maior convexidade da carapaça; diâmetros dos olhos e interdistâncias oculares foram obtidos na margem da córnea. Os diâmetros dos olhos da fila anterior foram tomados em vista dorsal, a fim de se observar melhor o contorno dos olhos; os da fila posterior foram obtidos em vista frontal; as interdistâncias dos olhos anteriores e posteriores foram relacionadas pelo diâme- tro dos olhos médios anteriores e posteriores, respectivamente; a distância dos olhos laterais anterio- res e posteriores é dada pelo diâmetro dos olhos laterais anteriores. As medidas do comprimento das filas oculares e da área dos olhos médios foram tomadas dorsalmente. A curvatura da fila anterior é referenciada em vista frontal e a da posterior, em vista dorsal. As medidas dos artículos das pernas foram tomadas conforme a metodologia de LISE (1981:fig.1). A fórmula da espinulação segue PLAT- NICK & SHADAB (1975), com algumas modificações. Genitália. O palpo do macho foi expandido em imersão na solução de hidróxido de potássio (KOH) a 10%, a quente, por três minutos e posteriormente colocado em água destilada. O epígino das fêmeas é ilustrado em vista ventral sem as cerdas que o circundam. Para o estudo das estruturas internas, o epígino foi imerso em óleo de cravo, conforme técnica proposta em LEVI (1965). Abreviaturas usadas nas descrições: QOM, quadrângulo ocular médio; OMA, olhos médios an- teriores; OLA, olhos laterais anteriores; OMP, olhos médios posteriores, OLP, olhos laterais poste- riores; p, prolateral; r, retrolateral; v, ventral. Fotomicrografias. Elaboradas em microscópio eletrônico de varredura, modelo STEREOSCAM 600, marca CAMBRIDGE, do Departamento de Mineralogia e Estratigrafia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Aysha Keyserling, 1891 Aysha KEYSERLING, 1891: 83, 129. Espécie-tipo. A. prospera Keyserling, 1891, designada por SIMON (1897: 04) Diagnose. O gênero Aysha distingue-se dos demais pela combinação dos seguintes caracteres: espiráculo traqueal situado entre o meio do ventre e o sulco epigástrico; olhos médios anteriores menores que os demais; os machos apresentam palpo com processo embólico constituído por uma base anelar esclerotinizada com ou sem apófises terminais; tíbia complexa com intrincado processo de apófises; epígino da fêmea com placas epiginais na margem anterior; internamente, com duas espermatecas geralmente, medianas e, de cada lado, um receptáculo seminal, pequeno, conectado por longo ducto com cada espermateca. Grupo prospera Diagnose. O grupo prospera reúne as espécies que têm genitália semelhante a da espécie-tipo. Os machos distinguem-se pelo palpo com a base anelar do processo embólico com duas apófises terminais, a primária e a secundária (figs. 7-11, 137-139); lamela tibial entre as apófises tibiais (figs. 7, 33, 141, 158, 161), IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 26 BRESCOVIT e processo tibial basal (figs. 6-7, 146, 161) (exceto no subgrupo albovittata; as fêmeas apresentam placas epiginais, em forma de bolsas, reniformes ou ovais, na margem anterior do epígino (figs. 12, 143, 147) e receptáculos seminais com ductos longos e estreitos (figs. 13, 30, 41, 75, 106). Descrição. Comprimento total: machos e fêmeas de 4,40 a 11,10. Carapaça mais longa que larga, levemente estreitada anteriormente, com maior largura junto a coxa III, maior altura na coxa II. Sulco torácico geralmente presente, pouco escavado. Altura do clípeo até um diâmetro dos OMA. Olhos: homogêneos, diur- nos. Fila ocular anterior recurva e a posterior procurva. QOM de comprimento maior que a largura anterior e menor do que a largura posterior. OMA menores que os demais, que são subiguais em tamanho. Interdistâncias: OMA separados entre si por menos que seu diâmetro; OMA-OLA por até um diâmetro dos OMA; OMP-OMP entre si por até um diâmetro e 1/4; OMP-OLP por até um diâmetro e 1/4 dos OMP; OLA-OLP por até um diâmetro dos OLA. Esterno mais longo que largo, truncado no ápice, de base triangular, pouco piloso. Queliceras delgadas levemente projetadas ou não nos machos (fig. 3) e robustas e verticais nas fêmeas (fig. 2), de tamanho médio (em geral com a meta- de do comprimento da carapaça), côndilo basal pouco saliente, com 3 a 6 dentes na promargem, que podem diferir de tamanho e 5 a 8 dentículos na retromar- gem. Os maiores, em geral, interligados entre si na base (figs. 134-136). Lâminas maxilares côncavas na retromargem, de borda apical arredondada e escopulada. Lábio mais longo que largo, escavado no meio da borda apical. Abdômen mais longo que largo, oval, densamente hirsuto. Espiráculo traqueal recurvo, situado entre o meio do ventre e o sulco epigástrico, exceto em A. marinonii, A. pirassu- nunga (só no macho) e A. janaita que os têm mais próximo do sulco epigástrico. Fiandeiras posteriores mais longas, cilíndricas, bissegmentadas, sem fúsulas proe- minentes no segmento apical. Pernas de comprimento relativo I, IV, II, III, densamente pilosas (figs. 130, 133); tricobótrias (fig. 132) dispostas dorsalmente em duas filas sobre o tarso e uma fila sobre o metatarso, trocanteres recortados. Tarsos e metatarsos I e II com escópulas ventral e prolateral, mais densas nas fêmeas. Tarsos com fascículos su- bungueais espatulados, em duas filas (fig. 131) e duas unhas pectinadas (fig. 130). Espinulação: I - II: tíbia v2-2-2, per variável de O a 1-1-1; metatarso v2-0-0; p er variando como na tíbia; III - IV: tíbia v2-2-2 ou 2-2-1; pl-1-1 ou 1-1-0; rl-1-1 ou 1-1-0; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1. Palpo: tíbia muito complexa, com intrincado processo retrolateral de apófi- ses; apófise tibial retrolateral (fig. 5-7, ATR), com ápice agudo (fig. 27) ou arre- dondado (fig. 87); apófise tibial dorsal (fig. 73, ATD) origina-se retrolateralmen- te, projetando-se dorsalmente sobre a tíbia, com três formas, longa e carenada (fig. 5), longa com a ponta curvada (figs. 44) ou curta com ponta afilada (figs. 89, 93); lamela tibial (figs. 7, 141, LT) presente entre as apófises tibiais retrolate- ral e dorsal, geralmente curta e lamelar; carena tibial (figs. 6, 7, CN) junto à base da apófise tibial dorsal; cavidade tibial (fig. 7, CT), entre as apófises tibiais re- trolateral e dorsal; processo tibial basal (figs. 6, 7, 140, 146, PTB) na base da tíbia, abaixo da carena tibial, globosa, cilíndrica ou com várias protuberâncias, ausente no subgrupo albovittata. Címbio levemente truncado no ápice; com uma IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 21. ou duas projeções dorsais basais no subgrupo taeniata (figs. 101, 107, 112, 117, 123) e sem projeções dorsais nos demais subgrupos. Bulbo com divisões basal, média e apical, interligadas por hematódocas membranosas e transparentes (figs. 8, 9). Divisão basal: constituída pelo pecíolo (P), subtégulo (S) com prolongamento basal, não perfurado e o fundus do reservatório, parcialmente embutido na por- ção anterior do subtégulo (figs. 8, 9, F). Divisão média: comporta o tégulo (fig. 8, T) formado por uma porção ampla, exposta ventralmente e outra estreita no lado oposto, por onde corre o reservatório. O tégulo porta a apófise média (fig. 8, AM), levemente esclerotinizada, curvada no ápice e inserida retrolateralmente no bulbo, denominada de condutor por PLATNICK (1974). Esse esclerito é pa- recido com as apófises médias descritas para Agelenidae em ROTH & BRAME (1972) e para Pisauridae em CARICO (1973). Divisão apical: compõe-se de um processo embólico (figs. 10, 11), encaixado atrás da parede elevada do tégulo, quase totalmente visível no subgrupo prospera (figs. 6, 64, 67) e quase todo encoberto pelo tégulo nos demais subgrupos. Constitui-se de uma larga base anelar (figs. 8-11, BA) fortemente esclerotinizada, ranhurada externamente, munida de uma apófise terminal primária (figs. 8-10, ATP), distal, esclerotinizada, afilada e uma terminal secundária (figs. 8-10, ATS), proximal, semicircular, que termina numa projeção lamelar. Embolo (figs. 8-11, E), longo, lâminar, do tipo espiral, com ponta bífida no subgrupo borgmeyeri (figs. 88, 92, 150, 152), ligado ao processo embó- lico pela pars pendula. O ducto do reservatório passa no centro do processo em- bólico, penetrando no êmbolo ao nível das apófises terminais. Epígino (figs. 12, 143) com bordas laterais que circundam o átrio, levemente esclerotinizadas, de- nominadas placas-guia (PG), às vezes, unidas na margem posterior, apresentan- do projeção mediana (figs. 35, 48, 105, 147, PRJ) em algumas espécies. Anterior- mente com duas placas epiginais (PE) (em forma de bolsas) ovais, reniformes ou irregulares, que podem estar separadas por uma lamela (figs. 14, 53, 54) ou portar pequenos apêndices cilíndricos (fig. 23). Atrio às vezes com acentuada de- pressão (D) sob as placas epiginais, as quais aparentemente suportam as apófises do palpo do macho na cópula. Aberturas de fecundação (figs. 150, 165, AF) na base das placas-guia, dificilmente visíveis. Internamente (fig. 12) constitui-se de duas espermatecas grandes (EE) medianas, globosas, com curtos ductos e, de ca- da lado, um receptáculo seminal (RS) ovalado, com ducto (DRS) longo, em geral curvado em arco, que se conecta com uma das espermatecas. Suportando a parte interna do epígino, ocorre uma estrutura quitinosa, aqui denominada de susten- táculo (SS) que parece ser comum às fêmeas de vários gêneros de Anyphaenidae. História natural. Aranhas do gênero Aysha são epifíticas, abundantes na fo- lhagem de arbustos de porte médio e de árvores de capões e das matas de galeria. Sua presença em áreas cultivadas é comum, tendo sido detectadas em cafezais, plantações de cítricos, parreiras e goiabeiras. Caçadoras, alimentam-se de várias espécies de insetos. Restos de dípteros foram encontrados entre as quelíceras de exemplares coletados. Constróem um refúgio dobrando uma folha e unindo as bordas com fios-de-seda ou, às vezes unindo duas folhas, uma seca a outra ver- de, deixando apenas uma abertura circular de acesso. As ootecas (coletadas em refúgios de A. triunfo, sp. n., construídos com folk as de gramíneas) são esféricas e contém de 50 a 100 ovos, unidos com delicados fios-de-seda. Os filhotes, após IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 28 BRESCOVIT a eclosão, permanecem por algum tempo dentro do refúgio. Sobre a cópula nada foi observado. São coletadas, em geral, com guarda-chuva entomológico ou em armadilhas de malaise. Distribuição. Até o presente o limite meridional do grupo prospera parece ser o centro da Argentina, não atingindo a Patagônia, e o limite setentrional com- preende a Bolívia e os estados de Mato Grosso e Minas Gerais, Brasil. São en- contradas na Região Sul do Brasil e Argentina em matas de capão e de galeria; na Região Sudeste do Brasil na Mata Atlântica e no cerrado da Região Centro- Oeste brasileira. Subgrupos de espécies. Detectou-se dez subgrupos de espécies com base na morfologia do palpo do macho. Os subgrupos janaita, clarovittata, zenzesi e gua- rapuava são monoespecíficos. O subgrupo borgmeyeri contém duas espécies e o albovittata reúne três. O subgrupo tertulia contém quatro espécies e os subgru- pos lisei, taeniata e prospera reunem cinco espécies cada um. Duas espécies, Ays- ha curumim, sp. n. € A. taim, sp. n., não foram incluídas em nenhum dos sub- grupos. Estas espécies são descritas com base em fêmeas e sem a presença de ma- chos é difícil relacioná-las com as demais espécies. Elenco. Trinta espécies. Chave para os subgrupos do grupo prospera. BEMeassn u ee ses er seite a 11 2(1). Metatarsos I e II com dois pares de espinhos ventrais; &mbolo de äpice biido(tigs2882.92 715022) ee. ee subgrupo borgmeyeri Metatarsos I e II com um par de espinhos ventrais; &mbolo de ápice não DITO) ssa anita asso Mal Sb es 3 3(2). Címbio com uma ou duas projeções dorsais basais (figs. 101, 107, 112, 117, 123201585 DM stelle tesa: subgrupo taeniata. Cimbio;sem projeção dorsalibasall&:.a.ssse sacos ste bic son caido patroa 4 4(3). Processo tibial basal ausente; lamela tibial quase tão longa quanto a apó- fiseitibialidorsali (fig s 27038) ee serranas ct subgrupo albovittata Processo tibial basal presente; lamela tibial curta ..........................0..... 5 5(4). Apófise tibial dorsal recurvada (figs. 44, 50, 56, 145) ......... subgrupo lisei Aspotiseitibialidorsalide outraiforma, er canos ce opa no Sao E 6 6(5). Ápice do processo tibial basal bífido (figs. 78, 81, 84, 87); apófise média "de ápice espatulado (figs. 77, 80, 83, 86) ..................... subgrupo tertulia Apice do processo tibial simples ou trifido; apófise média de ápice acumi- DADO E sass usasse elek A A 7 7(6). Ápice do processo tibial basal trífido (figs. 15-17); lamela tibial lingüi- IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 29 ame BER IT) ne. nr ES subgrupo janaita Apice do processo tibial basal agudo; lamela tibial de outra for- NES ass ee LINE NE GIRL IDR E RD e RT 8 8(7). Ápice da apöfise tibial retrolateral e o da lamela tibial dirigidos para a Pareglaolposierior. (fig.)19, 20) cs ssgransgs ssugons sodse subgrupo clarovittata Apice da apófise tibial retrolateral e o da lamela tibial dirigidos para a PERTO ANTENOR a dB io 6 co so DOS da ee DR 9 9(8). Lamela tibial com projeção retangular (em vista retrolateral); ápice da apó- fise tibial dorsal agudo (fig. 98) ............................... subgrupo zenzesi Lamela tibial sem projeção; ápice da apófise tibial dorsal de outra for- Bd elos Se No data DA Coto be Pude ntn inss coudn Do iÊ na ind SA da 10 10(9). Processo embólico praticamente exposto (figs. 6, 64, 67); apófise tibial dor- saltlonga(fios; 7565; 68)k ss sines nasais ode és subgrupo prospera Processo embólico praticamente coberto pelo tégulo (fig. 60); apófise ti- bialidorsalicurta (fig "GN ass casas ss cado subgrupo guarapuava 11(2). Metatarsos I e II com dois pares de espinhos ventrais ... subgrupo borgmeyeri IMetatarsos He II com um'par de espinhos ventrais ............2.. 22. een 12 12(11). Epígino com septo mediano formado por conspícuas rugosidades no átrio INES TI een Be en El. 13 Epigino sem:septoimediano: no ätior.....c.. ne 14 13(12). Átrio com septo mediano longitudinal estreito (fig. 21).. subgrupo clarovittata Atrio com septo mediano transversal, em “*v” (fig. 9) ............. subgrupo zenzesi 14(12). Placas epiginais separadas por uma lamela sub-retangular anterior (fig. Ep ariano el 0 en iS SEARA dos RE, subgrupo janaita Blacasepiginais.de outra forma. Ha RER 15 15(14). Epigino liriforme (figs. 40, 42) ou átrio triangular (fig. 74) ...................... 16 Epieino de ouiraoOnanRE srs. sioopa tea ET eek 17 16(15). Átrio mais alto que largo (figs. 40, 42) .................. subgrupo lisei (em parte) Atrio triangular com ápice posterior (fig.74) .................... subgrupo tertulia OS) Epigino cordiformé (fig: 62) .....ccsmenosscrecasesaosassesbnsnos subgrupo guarapuava Episode outra forma. een nennen ana Donna das a saldo atento sand e 18 18.17) *Placas-guiareom projeção mediana (figs. 29, 35, 105)... 19 Placas-guia sem projeção mediana (figs. 12, 69, 71, 73, 90) ..................... 20 19(18). Projeção das placas-guia curta e átrio amplo (figs. 23, 29, IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 30 BRESCOVIT ZIEL EN ER AHLEN: subgrupo albovittata Projecäo das placas-guia alongada e ätrio pequeno (figs. 105, 110, 115, PROZENT ne subgrupo taeniata 20(18). Placas epiginais reniformes (figs. 12, 69, 71, 73) ......... subgrupo prospera Placas'epiginais de outrasforma 2:55 mms sor as onde tt do SA AR 20 21(20). Placas epiginais separadas por lamela lingüiforme (figs. 53, 54) ou proje- ção da placas-guia onto. quase atingindo as placas epiginais (fig. a) DP RR A AME e REED NEM subgrupo lisei (em parte) Placas epiginais sem lamela; placas-guia sem projeção ..................s. 22 22(21). Átrio tão longo quanto largo; placas-guia unidas na borda posterior do ‚ epigino (fig. 128) ...............coneecensenenssnonssnnnssnonsnnon. A. curumim Atrio mais largo do que longo; placas-guia näo unidas na borda posterior dorepisinos(fig=0120) ALTE ER Re A. taim Subgrupo janaita Aysha janaita, sp. n. (Figs. 14-17, 169) Holótipo. Macho, MCN 12033, Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, Bra- sil, 01.X1.1983, M. Hoffmann leg. Etimologia. O nome específico é uma combinação arbitrária de letras. Diagnose. Única espécie do subgrupo janaita. Distingue-se das demais es- pécies do grupo prospera pelo macho com apófise terminal secundária longa (fig. 16); lamela tibial lingüiforme (fig. 17); e processo tibial basal trífido (fig. 15); pela fêmea com placas epiginais subtriangulares, unidas na base com as placas- guia e separadas por uma lamela retangular anterior (fig. 14). Descrição. Macho (holótipo): Carapaça alaranjada, com faixas paramedia- nas mais claras. Quelíceras, lâminas maxilares e lábio laranja-escuros. Esterno laranja-claro. Pernas alaranjadas. Abdômen branco dorsalmente com uma faixa longitudinal cinza-clara demarcada irregularmente. Comprimento total 6,00. Carapaça: comprimento 2,80, maior largura 2,30, espessura 0,87. Clípeo: altura 0,10, igual a 2/3 do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,81 e posterior 1,05. QOM: comprimento 0,51, largura anterior 0,33, largura posterior 0,53. Diâmetros: OMA 0,15, OLA 0,25, OMP 0,22, OLP 0,23. Interdistäncias: OMA-OMA separados por 1/3 de seu diâmetro (0,05), OMA- OLA por 1/4 do diâmetro dos OMA (0,04), OMP-OMP por 1/3 de seu diâmetro (0,13), OMP-OLP por pouco menos que 3/4 do diâmetro dos OMP (0,17), OLA- OLP por 1/4 do diâmetro dos OLA (0,06). Queliceras: comprimento 2,00, com 7 dentículos na retromargem e 5 dentes na promargem, os dois últimos, a partir da garra, maiores e interligados na base. Abdômen: comprimento 3,15, largura 1,80. Espiráculo traqueal distando 0,55 do sulco epigástrico e 1,45 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 3,55; patela 1,15; tíbia 4,15; metatarso 3, 90; tarso 2,05; IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 3] 19131145802 113,00; 1,05;3;005, 2,90; 1,30; 11,25; III = 2,10;:0,90: 1,65; 2,25; 0,85; 7,75; IV - 3,10; 1,10; 2,65; 3,50; 1,20; 11,55. Espinulação: pernas I - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; metatarso v2-0-0, p0-1-1, r0-1-1; II - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; metatarso v2-0-0, p0-1-1, r0-1-1; III-IV tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1: metatarso v2-2-2, pl-l-1, rl-1-1. Palpo: (figs. 15-17). Fêmea (parátipo). Coloração como a do macho. Comprimento total 7,10. Carapaça: comprimento 3,40, maior largura 2,50, espessura 1,07. Clípeo: altura 0,11, igual a 2/3 do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,85 e posterior 1,11. QOM: comprimento 0,45, largura anterior 0,36, largura posterior 0,57. Diâmetro: OMA 0,15, OLA 0,21, OMP 0,18, OLP 0,20. Interdistâncias: OMA-OMA separados pela metade de seu diâmetro (0,07), OMA- OLA por 1/3 do diâmetro dos OMA (0,05), OMP-OMP por pouco menos que seu diâmetro (0,17), OMP-OLP pelo diâmetro dos OMP (0,18) e OLA-OLP por pouco menos que o diâmetro dos OLA (0,09). Quelíceras: comprimento 1,40, com 7 dentículos na retromargem e 5 dentes na promargem, o quarto, a partir da garra, maior e interligado ao primeiro, ter- ceiro e quarto dentes na base. Abdômen: comprimento 4,15, largura 2,25. Espi- ráculo traqueal distando 0,50 do sulco epigástrico e 1,75 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 2,75; patela 1,15; tíbia 2,60; metatarso 2,65; tarso 1,15; to- 21210530317 22,60:71,255 2:35: 2:05: 1,05: 9,30; III = 2,15: 1,05;1,65::1,5570,95; 7,35; IV - 2,90; 1,10; 2,50; 2,55; 1,00; 10,05. Espinulação: difere da do macho nas pernas: I - tíbia v2-2-0, p0, r0, metatarso p0O, r0; II - tíbia v2-2-0, p0-1-0, rO, metatarso p1-0-0, r0; III - tíbia p1-1-0, rl-1-0; IV - tíbia rl-1-0. Epígino: (fig. 14). Distribuição geográfica. Mato Grosso, Brasil (fig. 169). Material-tipo. Parátipo: BRASIL. Mato Grosso: Chapada dos Guimarães, 1 9 MCN 12047, 01.X11.1983, M. Hoffmann leg. Subgrupo clarovittata Aysha clarovittata (Keyserling, 1891), comb. n. (Figs. 18-22, 172) Anyphaena claro-vittata KEYSERLING, 1891: 100-101, fig. 60 (dois sintipos fêmeas, BMNH 1890.7.1.579-580, do Alto da Serra, Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Brasil, Göldi leg., examina- dos); GOLDI, 1892: 232. Designa-se lectótipo, nº 579, e paralectötipo, nº 580. Teudis clarovittatus: PETRUNKEVITCH, 1911: 516; MELLO-LEITAO, 1918: 21; 1943: 240; ROE- WER, 1954: 547; BONNET, 1959: 4365. Teudis glaber: MELLO-LEITAO, 1945: 223 (examinado, identificação errônea) Diagnose. Única espécie do subgrupo clarovittata. Difere das demais espé- cies do grupo prospera pelo macho apresentar ápice da apófise tibial retrolateral e lamela tibial dirigidas para a região posterior e processo tibial basal curto, de ápice agudo (figs. 19, 20); e pela fêmea apresentar átrio com septo mediano lon- gitudinal estreito (fig. 21) e ductos dos receptáculos seminais sinuosos (fig.22). Descrição. Macho (Iepê, Rancharia, São Paulo): Carapaça alaranjada, com bordas mais escuras. Quelíceras marrom-avermelhadas. Lâminas maxilares e lá- bio alaranjados. Pernas e esterno amarelo-escuros. Abdômen marrom-escuro, com faixa longitudinal amarelada no dorso, larga anteriormente e afilando-se na par- te posterior; laterais pontilhadas de cinza-escuro. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 32 BRESCOVIT Comprimento total 6,70. Carapaca: comprimento 3,10, maior largura 2,50, espessura 0,72. Clipeo: altura 0,14, igual ao diämetro dos OMA. Olhos: fila an- terior 0,84 e posterior 1,08. QOM: comprimento 0,52, largura anterior 0,37, lar- gura posterior 0,55. Diämetros: OMA 0,14, OLA 0,18, OMP 0,18, OLP 0,18. In- terdistâncias: OMA-OMA separados pela metade de seu diâmetro (0,07), OMA-OMA por pouco menos que a metade do diâmetro dos OMA (0,06), OMP- OMP pelo seu diâmetro (0,18), OMP-OLP por pouco mais que o diâmetro dos OMP (0,20) e OLA-OLP por 1/3 do diâmetro dos OLA (0,06). Queliceras: comprimento 2,15, com 6 dentículos na retromargem e 5 dentes na promargem, o quarto a partir da garra, maior, interligado na base ao primei- ro e ao terceiro, e localizados sobre uma projeção da margem da quelicera. Ab- dômen: comprimento 3,55, largura 2,05. Espiráculo traqueal distando 0,55 do sulco epigástrico e 1,75 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 3,15; patela 1,35; tíbia 3,45; metatarso 3,05; tarso 1,35; to- tal 12,35; II - 2,85; 1,30; 2,70; 2,50; 1,15; 10,50; III - 2,15; 0,90; 1,65; 2,05; 0,70; 7,45; IV-3,05; 1,10; 2,45; 3,40; 0,90; 10,90. Espinulação: pernas I - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-0; metatarso v2-0-0, p1-0-0, r0; II - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-0; metatar- so v2-0-0, p1-0-0, r0; III - IV - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; metatarso v2-2-2, pl-I-1, r-1-1-1. Palpo: (figs. 18-20). Fêmea (holótipo). Coloração como a do macho. Comprimento total 7,00. Carapaça: comprimento 3,35, maior largura 2,60, espessura 1,25. Clípeo: altura 0,15, pouco maior que o diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,85 e posterior 1,15. QOM: comprimento 0,46 largura anterior 0,32, largura posterior 0,53. Diâmetros: OMA 0,12, OLA 0,18, OMP 0,18, OLP 0,21. Interdistâncias: OMA-OMA separados pela metade de seu diâmetro (0,07), OMA- OLA por pouco menos que a metade do diâmetro dos OMA (0,07), OMP-OMP por seu diâmetro (0,17), OMP-OLP por 2/3 do diâmetro dos OMP (0,18) e OLA- OLP por pouco menos que a metade do diâmetro dos OLA (0,08). Quelíceras: comprimento 1,75, com 6 dentículos na retromargem e 5 dentes na promargem, os dois últimos, a partir da garra, maiores e sem a projeção que ocorre na quelícera da macho. Abdômen: comprimento 3,75, largura 2,25. Espi- ráculo traqueal distando 0,35 do sulco epigástrico e 1,80 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 3,00; patela 1,45; tíbia 3,00; metatarso 2,70; tarso 1,30; total 11,45; II - 2,85; 1,15; 2,60; 2,35; 1,10; 10,05; III - 2,05; 0,90; 1,50; 2,10; 0,75; 7,30; IV - 3,10; 1,10; 2,50; 3,30; 0,95; 10,95. Espinulação: difere da do macho nas pernas: I - tíbia p0, r0; metatarso p0; II - tíbia r0. Epígino: (fig. 21, 22). Variação: Comprimento (4 machos): total 6,20 - 6,70; carapaça 2,75 - 3,10; fêmur I 2,70 - 3,15; (4 fêmeas): total 6,10 - 7,00; carapaça 2,70 - 3,35; fêmur I 2,40 - 3,00. O número de dentículos na retromargem, machos ou fêmeas: 6-7. Espécime do Rio Grande do Sul com coloração mais escura, tanto na carapaça quanto no abdômen. Distribuição geográfica. Regiões sudeste e sul do Brasil (fig. 172). Material examinado. BRASIL. Rio de Janeiro: 1 d! MNHN ex 6920; Teresópolis, 1 df MNHN 11472; São Paulo: Rancharia (Iepê), 1 SMZSP 9841, 4.X1.1986, R.L. Araujo leg.; Salesópolis (Bora- céia), 1 q MZSP 9794, 8-10.11.1942, B.A.M. Soares leg.; 1 d'MZSP 9825, 10.X1.1960, K. Lenko leg.; IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 33 Amparo, Monte Alegre do Sul (Fazenda Santa Maria), 1 9 MZSP 10153; 1 q MCN 18543 (ex MZSP 10153), 27-31.X11.1942, B.A.M. Soares leg.; 1 d'MCN 18544 (ex MZSP 9850), 27.X1.1942, F. Lane leg.; Mogi das Cruzes (Boreá), 1 d&? MZSP 12330, XI. 1945, Araujo leg.; Rio Grande do Sul: Iraí, lo MCN 17315, 19.X1.1975, A.A. Lise leg.; ARGENTINA. Misiones: Puerto Victoria, 1 9, MLP, Zenzes leg.; Eldorado (54º 43’, N 26º 28'S), 2 9, AMNH, 1.IX-15.X1.1964, A. Kovacs leg.; Parque Nacional del Iguazú, 1 9, MACN 8994, X1.1989, M. Ramirez leg.; (Yacui), 1 9, MACN 8995, XI. 1970, M.E. Galiano leg. Ocorrências citadas na literatura, não registradas no material examinado. Bra- sil, Minas Gerais (MELLO-LEITAO, 1943). Subgrupo albovittata Diagnose. O subgrupo albovittata contem espécies cujos machos apresen- tam a base anelar do processo embólico encoberto pelo tégulo (figs. 26, 32); la- mela tibial com borda serrilhada quase tão longa quanto a apófise tibial dorsal, e processo tibial basal ausente (figs. 26, 32). As fêmeas apresentam epígino gran- de, com placas epiginais ovais, projeções medianas das placas-guia curtas (figs. 23, 29, 35) e ductos dos receptáculos seminais longos e curvados em arco (figs. 24, 30, 36). Chave para as espécies do subgrupo albovittata. ISBN achos(exeeto Astapejara; desconhecido) ..........:.........5.......20 Js: 2 SEN NEE E 3 2(1). Lamela tibial curva, curta com borda apical serrilhada (fig. N) esta A dan RR E RE 6 RA PUEDE TER Ds E EDS NOS ARARAS A EN RE A. albovittata Lamela tibial reta, longa com borda apical munida de dentes conspícuos N E DER Er ee Wale A. proseni 3(1). Projeção mediana das placas-guia não bifurcada no ápice (fig. 29) BURRRIERRE RIA PISO REO EIN RE NE ET SEAL RER EEE, A. albovittata Projeção mediana das placas-guia bifurcadas no ápice (figs. 23, 35)... 4 4(3). Placas epiginais com apêndice cilíndrico apical e lamela central ranhurada ED ON te. SIS O us e Sae Eno duo é AdD ANTA ds Li a A. tapejara Placas epiginais sem lamela ou apêndices (fig. 35) .............. A. proseni Aysha albovittata Mello-Leitão, 1944 (Figs. 25-30, 171) Aysha albovittata MELLO-LEITAO, 1944: 317, 356, 357 (holótipo fêmea, MLP 16105, de Punta Chi- ca, Buenos Aires, Argentina, I. 1941, A. Prosen leg., examinado); ROEWER, 1954: 532; AR- ROZPIDE, 1986: 5. Diagnose. A. albovittata difere de A. proseni pelo macho apresentar Lamela tibial curvada com borda serrilhada (fig. 27); de A. proseni e A. tapejara pela fêmea apresentar epígino com projeção mediana das placas-guia não bifurcada no ápice (fig. 29). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 34 BRESCOVIT Descrição. Macho (Xangrilá, Rio Grande do Sul). Carapaça laranja-escura, com faixas paramedianas marrons. Região cefälica, queliceras, lâminas maxila- res e lábio marrom-escuros. Esterno alaranjado, mais escuro nas bordas. Pernas laranja-escuras. Abdômen cinza-claro, com faixa dorsal mediana longitudinal es- branquiçada, larga anteriormente e afilada na região posterior, formando uma seta. Fiandeiras cinza-claras. Comprimento total 6,60. Carapaça: comprimento 3,15, maior largura 2,25, espessura 1,00. Clípeo: altura 0,90, pouco menor que o diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,68 e posterior 0,89. QOM: comprimento 0,31, largura anterior 0,30, largura posterior 0,43. Diâmetros: OMA 0,12, OLA 0,18, OMP 0,18, OLP 0,17. Interdistâncias: OMA-OMA separados pela metade de seu diâmetro (0,06), OMA- OLA por pouco menos que a metade do diâmetro dos OMA (0,05), OMP-OMP por 2/3 de seu diâmetro (0,12), OMP-OLP por 2/3 do diâmetro dos OMP (0,12) e OLA-OLP por 1/3 do diâmetro dos OLA (0,06). Queliceras: comprimento 1,47, com 7 denticulos na retromargem e 5 dentes na promargem, o quarto, a partir da garra, maior, em alguns casos sobre uma projeção na quelícera. Abdômen: comprimento 3,59, largura 1,65. Espiráculo tra- queal distando 0,55 do sulco epigástrico e 1,60 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 2,80; patela 0,95; tíbia 2,75; metatarso 2,40; tarso 1,20; total 10,10; II - 2,20; 1,00; 1,95; 1,90; 1,05; 8,10; III - 1,70; 0,95; 1,00; 1,60; 0,75; 6,00; IV - 2,80; 1,10; 2,20; 2,70; 0,95; 9,75. Espinulação: pernas I - tíbia v2-2-2, p0-1-0, r0; metatarso v2-0-0, p0-1-1, r0-1-1; II -tíbia v2-2-2, p1-1-0, r0, metatarso v2-0-0, p0-1-1, r0-1-1: III - tíbia v2-2-2, pl-1-0, r1-1-0; metatarso v2-2-2, pl-I-1, rl-1-1; IV - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1. Palpo: (figs. 25-28). Fêmea (mesmo local): Coloração como a do macho. Comprimento total 8,10. Carapaça: comprimento 3,30, maior largura 2,50, espessura 2,05. Clípeo: altura 0,10, igual ao diâmetro dos OMA. Olhos: fila an- terior 0,82 e posterior 1,08. QOM: comprimento 0,42, largura anterior 0,36, lar- gura posterior 0,50. Diâmetros: OMA 0,15, OLA 0,20, OMP 0,16, OLP 0,15. Interdistâncias: OMA-OMA separados por 2/3 de seu diâmetro (0,10), OMA-OLA por 2/3 do diâmetro dos OMA (0,11), OMP-OMP por pouco mais que seu diä- metro (0,17), OMP-OLP por um diâmetro e 1/4 dos OMP (0,21) e OLA-OLP por pouco menos que a metade do diâmetro dos OLA (0,08). Queliceras: comprimento 1,65, de mesmo formato e com mesmo número de dentes do macho. Abdômen: comprimento 4,60, largura 2,60. Espiráculo traqueal distando 0,75 do sulco epigástrico e 2,60 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 2,80; patela 1,40; tíbia 2,65; metatarso 2,35; tarso 1,30; total 10,50; II - 2,45; 1,25; 2,20; 1,85; 1,05; 8,80; III - 1,95; 1,10; 1,50; 1,75; 0,65; 6,95; IV - 2,80; 1,20; 2,35; 2,75; 0,80; 9,90. Espinulação: difere da do macho nas pernas: I - metatarso p1-0-0, rl-0-0; II - metatarso p1-0-0, rl-0-0; III - tíbia pl-1-1, metatarso p1-1-0, rl-1-0; IV - tíbia r0-1-1; metatarso r0-0-1. Epígino: (figs. 29, 30). Variação: comprimento (10 machos): total 5,90-7,50; carapaça 2,75-3,40; fê- mur 12,35-3,30. (10 fêmeas): total 7,70-9,60; carapaça 3,20-3,80; fêmur I 2,80-3,50. Dentículos na retromargem dos machos 5-7; fêmeas 5-8. A cor do abdômen dos espécimens de São Paulo intergradam-se do cinza-claro até o cinza-escuro. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 35 Distribuição geográfica. Sudeste e sul do Brasil, e norte da Argentina (fig. 171). Material examinado. BRASIL. São Paulo: São Paulo (Alto Pinheiros), 1 q IBSP 4000, IV.1976, C. Borovik leg.; Teodoro Sampaio (Usina Hidrelétrica de Rosana), 8 d' 10 q IBSP 4004, X11.1987, S.M. Lucas leg.; Paraná: Curitiba, 1 é MHCI 6507, IV. 1942, Pe J. Moure leg.; 1 d MHCI 4381, X1.1945, R. Lange leg. (Cajurú). 1 9 MNCI 4153, 21.X1.1967, E. Rosal leg.; Rio Grande do Sul: Xan- grilä, 2 d'MCN 14488, II. 1986, 1 Q MCN 16718, 15.11.1987, A. Lise leg. Aysha proseni Mello-Leitão, 1944 (Figs. 31-37, 171) Aysha proseni MELLO-LEITAO, 1944: 317, 357, 358, figs. 47-49, (sintipos macho e fêmea, MLP 16110, Tigre, Guayracá, Buenos Aires, Argentina, II. 1941, A. Prosen leg.; macho imaturo MLP 16114 e fêmea MNRJ, da mesma localidade, examinados). ROEWER, 1954: 533; ARROZPIDE, 1986: 5. Designa-se lectótipo macho MLP 16110, e paralectótipos: fêmea MLP 16110, macho ima- turo MLP 16114 e fêmea MNRJ). Diagnose. A.proseni difere do macho de A. albovittata por apresentar lame- la tibial quase reta, e borda apical com dentes conspícuos (fig. 33); a fêmea é próxima de A. tapejara pela projeção mediana das placas-guia bifurcada no ápi- ce, mas difere pelas placas epiginais sem lamela e sem apêndices apicais (fig. 35) e ductos dos receptáculos seminais unidos na base (fig. 36). Descrição. Macho (São Paulo, São Paulo): Carapaça amarela, com região cefálica laranja-escura e faixas paramedianas cinzentas. Queliceras, lâminas ma- xilares, lábio e esterno laranja-escuro. Pernas laranja-claras. Abdômen cinza-claro, com uma faixa dorsal mediana amarela, larga anteriormente e estreita na região posterior (fig. 37). Comprimento total 6,10. Carapaça: comprimento 2,80, maior largura 2,10, espessura 1,10. Clípeo: altura 0,06, igual a metade do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,67 e posterior 0,89. QOM: comprimento 0,42, largura anterior 0,31, largura posterior 0,44. Diâmetros: OMA 0,12, OLA 0,17, OMP 0,15, OLP 0,16. Interdistâncias: OMA-OMA separados por pouco menos que a metade de seu diâmetro (0,05), OMA-OLA por 1/3 do diâmetro dos OMA (0,04), OMP-OMP por seu diâmetro (0,15), OMP-OLP por pouco menos que o diâmetro dos OMP (0,14) e OLA-OLP por pouco menos que a metade do diâmetro dos OLA (0,07). Queliceras: comprimento 1,37, com 7 dentículos na retromargem e 5 dentes na promargem, os três últimos, a partir da garra, maiores. Abdômen: compri- mento 3,45, largura 1,65. Espiráculo traqueal distando 0,47 do sulco epigástrico e 1,77 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 2,70; patela 1,30; tíbia 3,05; metatarso 2,70; tarso 1,25; total 00/11 =2,20; 1,10; 2,20: 2,05; 1,05; 8,60; HI = 1,90; 0,80; 1,25; 1,65; 0,70; 6,30; IV - 2,60; 0,89; 2,15; 2,70; 0,89; 9,23. Espinulação: pernas I - tíbia v2-2-2, pl-1-0, r0-1-0; metatarso v2-0-0, p0-1-1, r0-1-1; II - tíbia v2-2-2, p1-1-0, r0-1-0; me- tatarso v2-0-0, p0-1-1, r0-1-1; III - IV - tíbia v2-2-2, pl-1-0, rl-1-0; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1. Palpo: (figs. 31-34). Fêmea (Rio Grande, Rio Grande do Sul). Coloração como a do macho. Comprimento total: 10,50. Carapaça: comprimento 4,90, maior largura 3,70, espessura 1,52. Clípeo: altura 0,25, quase o dobro do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 1,15 e posterior 1,51. QOM: comprimento 0,51, largura anterior 0,48, IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 36 BRESCOVIT largura posterior 0,68. Diämetros: OMA 0,17, OLA 0,25, OMP 0,18, OLP 0,20. Interdistäncias: OMA-OMA separados pelo seu diämetro (0,17), OMA-OLA por pouco menos que o diämetro dos OMA (0,15), OMP-OMP por quase o dobro do seu diämetro (0,31), OMP-OLP por quase o dobro dos OMP (0,31) e OLA- OLP pelo diämetro dos OLA (0,25). Queliceras: comprimento 2,62, com 8 denticulos na retromargem e 5 dentes na promargem, o quarto, a partir da garra, maior e interligado ao quinto. Abdö- men: comprimento 6,00, largura 3,34. Espiräculo traqueal distando 0,75 do sul- co epigástrico e 2,65 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 4,05; patela 2,10; tíbia 4,25; metatarso 3,75; tarso 2,05; total 16,20; II - 3,80; 1,90; 3,55; 3,15; 1,55; 13,95; III - 2,70; 1,45; 2,20; 2,45; 1,05; 9,85; IV - 4,20; 1,75; 3,55; 4,50; 1,30; 15,30. Espinulação: difere da do macho nas pernas: I - tíbia rl-0-0; metatarso pl-0-0; II - tíbia r1-0-0; IV - pl-I-1, rl-1-1. Epígino: (figs. 35, 36). Variação: comprimento (4 fêmeas): total 9,30-12,50; carapaça 4,30-4,90; fê- mur I 3,60-4,25; queliceras 2,15-2,62. Distribuição geográfica. Sudeste e sul do Brasil e Argentina (fig. 171). Material examinado. BRASIL. São Paulo: São Paulo, 1 d'IBSP 4002, V. 1976, O.L. Franco leg.: Rio Grande do Sul: Rio Grande (Fazenda Santa Helena), 4 9 MCN 4867, 8.X11.1976, H. Bischoff leg.; ARGENTINA. Buenos Aires: Punta Lara, 1 Q MNRJ, M. Berzllag leg.; 1 & MLP, X.1946, M. Biraben leg.; Porto Constanza, 1 9 MLE, 21.X.1942; Punta Chica, 2 9 MLP, MCN 21047, 13.XI1.1942; 1d1 9, MLP, 8.X1.1941, A. Prozen leg.; Paranä de Las Palmas (Escobar), 1 di 9, MACN, 9.X.1982, P. Goloboff leg.; 1 9, MACN 8975, 2.X1.1980, Zanetic & E. Goloboff leg. Aysha tapejara, sp. n. (Figs. 23, 24, 168) Holótipo. Fêmea, MCN 1978, Vacaria, Rio Grande do Sul, Brasil, 15.1.1974, A. A. Lise leg. Etimologia. O nome específico em aposição significa a designação dada ao vaqueiro andarilho dos campos do Rio Grande do Sul. Diagnose. A. tapejara difere de A. proseni por apresentar entre as placas epiginais uma lamela ranhurada central e um apêndice cilíndrico apical em cada placa (fig. 23). Descrição. Fêmea (holótipo). Coloração como em A. proseni, exceto no ab- dômen, mais claro e com duas pequenas manchas marrons na região mediana da face dorsal. Comprimento total 10,80. Carapaça: comprimento 3,80, maior largura 3,10, espessura 1,15. Clípeo: altura 0,16, pouco menor que o diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,91 e posterior 1,31. QOM: comprimento 0,55, largura anterior 0,42, largura posterior 0,60. Diâmetros: OMA 0,17, OLA 0,22, OMP 0,22, OLP 0,21. Interdistâncias: OMA-OMA separados por 1/3 de seu diâmetro (0,06), OMA- OLA por pouco menos que 1/3 do diâmetro dos OMA (0,05), OMP-OMP por seu diâmetro (0,22), OMP-OLP por pouco mais que o diâmetro dos OMP (0,23) e OLA-OLP por pouco mais que 3/4 de diâmetro dos OLA (0,18). Quelíceras: comprimento 1,90, com 7 dentículos na retromargem e 5 dentes na promargem, os dois últimos, a partir da garra, maiores. Abdômen: compri- IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 37 mento 7,20, largura 3,70. Espiräculo traqueal distando 1,15 do sulco epigästrico e 3,80 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 3,70; patela 1,85; tíbia 4,10; metatarso 3,30; tarso 1,70; to- tal 14,65; II - 3,20; 1,65; 3,40; 2,70; 1,40; 12,35; III - 2,50; 1,30; 2,10; 2,15; 1,00; 9,05; IV - 3,70; 1,60; 3,25; 3,55; 1,20; 13,30. Espinulação: pernas I - tíbia v2-2-2, p1-1-0, r0-1-0; metatarso v2-0-0, p1-0-0, r1-0-0; II - tíbia v2-2-2, pl-1-0, r0; meta- tarso v2-0-0, pl-0-0, r1-0-0; III-IV - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1. Epigino: (figs. 23, 24). Macho: desconhecido. Variação: comprimento (4 fêmeas): total 9,70-10,80; carapaça 3,80-4,50; fê- mur I 3,40-3,80; dentículos na retromargem: 6-7. Distribuição geográfica. Rio Grande do Sul, Brasil (fig. 168). Material-tipo. Parátipos: BRASIL. Rio Grande do Sul: Vacaria, 2 9, MCN 18127, 15.1.1974, A.A. Lise leg.; Cambará do Sul (Passo do S), 1 9, MCN 12653, 28.X1.1984, V.H. Travi leg. Subgrupo lisei Diagnose. O subgrupo lisei é integrado por espécies cujos machos apresen- tam palpo com lamela tibial reduzida e apófise tibial dorsal de ápice curvado (figs. 44, 50, 56, 144, 145). As fêmeas apresentam dois padrões de epígino: A. marinonii, A. montenegro e A. garruchos com projeção mediana das placas-guia (figs. 48, 53, 54) e A. lisei e A. fortis com epigino liriforme e placas-guia não unidas na borda posterior (figs. 40, 42). Chave para as espécies do subgrupo lisei. 1 Machosi(exceto AR fortis; desconhecido) .....ceeeeccecccczescanescceneeenenneeseenene ne een 2 ESSAS ocaso parda senao id A A RR li 5 Zi) PProcesso tibial! basal globoso (fig. 39)... .........222...02000 2002000 cama sosnedsoos A. lisei Erocessostibial basal de-ouita forma +... ne seen 3 3(2). Processo tibial basal subtriangular (fig. 46) e apöfise tibial dorsal dobrada emas .comsäpice serrilhado (fig:744), 23... A. montenegro Processo tibial basal subquadrangular, com projecöes laterais, apical e ba- sal (fig. 52, 58) e apöfise tibial dorsal curvada com äpice rombo (figs. UMRECHNEN LITT RN N N len Se 4 4(3). Processo tibial basal com projecöes apical e basal quase do mesmo tama- BO ESS, kenn ee Sp PR A. marinonii Processo tibial basal com projeção muito pequena na base (fig. RC RARO criara o este O vao CR Ca 2º ar io EPE no foto Mehr A. garruchos. DRE nisino: liritorme:(figs: 40/42) ns. 6 Eigene desautra,.lormar. as oe ren area enge ee pe 7 6(5). Placas epiginais unidas na base com as placas-guia (fig. 40); ducto dos re- IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 38 BRESCOVIT ceptäculos seminais com uma volta mediana (fig. 41).......... A. lisei Placas epiginais näo unidas com as placas-guia (fig. 42); ductos dos recep- táculos seminais sem volta mediana (fig. 43) .................... A. fortis 7(5). Placas epiginais reniformes e projeções medianas das placas-guia longas, quase atingindo a base das placas epiginais (fig. 48)... A. montenegro Placas epiginais de outra forma e projeções medianas das placas-guia curtas .. 8 8(7). Átrio mais alto que largo e lamela larga entre as placas epiginais (fig. 5 SA a datar I Co TRAC UT A. marinonii Atrio mais largo que alto e lamela estreita entre as placas epiginais (fig. SINE ee RAR EEE AA A. garruchos Aysha lisei, sp. n. (Figs. 38-41, 172) Holötipo. Macho, MCN 3420, Canela, Rio Grande do Sul, Brasil, 8.X1.1975, A.A. Lise leg. Etimologia. O nome específico é dedicado ao coletor de quase todos os es- pécimes da série-tipo, o aracnólogo Prof. Dr. Arno Antonio Lise. Diagnose. O macho de A. lisei difere das demais espécies por apresentar apó- fise tibial retrolateral com ponta afilada e processo tibial basal globoso (fig. 39); a fêmea, pelas placas epiginais unidas na base com as placas-guia (fig. 40) e in- ternamente com ductos dos receptáculos seminais com uma volta mediana (fig. 41). Descrição. Macho (holótipo). Cefalotórax e pernas alaranjados, com faixas paramedianas negras. Abdômen amarelado, com manchas cinza-escuras na re- gião anterior. Região dorsal com mancha em forma de seta, com o vértice volta- do para as fiandeiras. Comprimento total 6,40. Carapaça: comprimento 3,00, maior largura 2,40, espessura 0,87. Clípeo: altura 0,11, pouco menor que o diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,80 e posterior 1,08. QOM: comprimento 0,40, largura anterior 0,40, largura posterior 0,37. Diâmetros: OMA 0,12, OLA 0,15, OMP 0,17, OLP 0,16. Interdistâncias: OMA-OMA separados por pouco menos que seu diâmetro (0,11), OMA-OLA pela metade do diâmetro dos OMA (0,06), OMP-OMP por pouco menos que seu diâmetro (0,16), OMP-OLP pelo diâmetro dos OMP (0,17) e OLA- OLP por 2/3 do diâmetro dos OLA (0,10). Queliceras: comprimento 1,87, com projeção na porção mediana interna, com 6 dentículos na retromargem e 5 dentes na promargem, os dois últimos, a partir da garra, maiores e interligados na base. Abdômen: comprimento 3,45, largura 2,05. Espiráculo traqueal distando 0,75 do sulco epigástrico e 1,50 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 3,35; patela 1,40; tíbia 3,75; metatarso 3,40; tarso 1,50; total 13,40; II - 2,85; 1,15; 2,85; 2,65; 1,10; 10,60; III - 2,05; 1,05; 1,65; 2,10; 0,95; 7,80; IV - 3,00; 1,15; 2,50; 3,45; 0,80; 10,90. Espinulação: pernas I - tíbia v2-2-2, pl-1-0, r0-1-0; metatarso v2-0-0, p0-1-1, r0-1-0; II - tíbia v2-2-2, p1-1-0, r0-1-0; me- IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 39 tatarso v2-0-0, p0-1-1, r0-1-1; III-IV - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-0; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1. Palpo: (figs. 38, 39). Fêmea (Canela, Rio Grande do Sul, Brasil). Coloração como a do macho. Comprimento total 6,20. Carapaça: comprimento 2,80, maior largura 2,20, espessura 1,08. Clípeo: altura 0,07, pouco maior que a metade do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,81 e posterior 1,06. QOM: comprimento 0,31, lar- gura anterior 0,34, largura posterior 0,49. Diâmetros: OMA 0,12, OLA 0,13, OMP 0,13, OLP 0,13. Interdistâncias: OMA-OMA separados por pouco menos que seu diâmetro (0,11), OMA-OLA por 2/3 do diâmetro dos OMA (0,07), OMP-OMP entre si por seu diâmetro e mais 1/3 (0,18), OMP-OLP por um diâmetro e 1/3 dos OMP (0,18) e OLA-OLP pelo diâmetro dos OLA (012). Queliceras: comprimento 1,35, com 5 dentículos na retromargem e 6 dentes na promargem, os três últimos, a partir da garra, maiores e interligados na base. Abdômen: comprimento 3,50, largura 2,10. Espiráculo traqueal distando 0,62 do sulco epigástrico e 1,55 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 2,55; patela 1,30; tíbia 2,55; metatarso 2,30; tarso 1,05; Rota o SM =2,00: 1,10; 1,90; 1,75; 0,80; 7,55; IIL = 1,75;/0,90, 1,20; 1,55: 0,60; 6,00; IV - 2,40; 1,05; 2,05; 2,65; 0,75; 8,90. Espinulação: difere da do macho nas pernas I - tíbia p0-1-1; metatarso r0-1-1; II - tíbia p0-1-1. Epigino: (figs. 40, 41). Variação: comprimento (9 machos): total 6,30-7,60; carapaça 2,90-3,65; fê- mur I 3,15-3,75; quelíceras 1,87-2,07; (10 fêmeas): total 6,20-8,70; carapaça 2,80-3,35; fêmur I 2,15-3,10; número de dentículos na retromargem 6 - 7, em am- bos os sexos. A coloração variou apenas em duas fêmeas que apresentaram ab- dômen mais claro, com manchas dorsais irregulares. Distribuição geográfica. Paraná e Rio Grande do Sul no sul do Brasil (fig. 172): Material-tipo. Parátipos: BRASIL. Paraná: São José dos Pinhais, 1 di MCN 18124 (ex CIIF), 03.X1.1986; 1 9, MHCI 6490 (ex CIIF), 24.X1.1986; 2 d MHCI 6491 (ex CIIF), 24.X1.1984, todos coletados por Equipe Profaupar; Rio Grande do Sul: Canela, 1 9 MCN 2476, 26.X11.1974; 19, MCN 13880, 31.X11.1973; 2 9, MCN 18122, 26.X11.1974; 2 & MCN 18123, 8.X1.1975; 2 9, MCN 91, 6.111.1966; 1 q, MCN 164, 2.VI1.1965; 1 gi 9, MCZ (ex MCN 18122 e 18123 respectivamente), 26.X11.1974; 1 dl 9, BMNH (ex MCN 18122 e 18123 respectivamente), 8.X1.1975, todos coletados por A.A. Lise; Nova Petrópolis, 1 9, MCN 813, 7.1V.1983, A.A. Lise leg.; Farroupilha, 1 dl MCN 8305, 29.1X.1978, H. Bischoff leg.; 1 d} MCN 8252, 29.X.1978. A.A. Lise leg.; Cambará do Sul, 1 9, MCN 3351, 04.X.1975, A.A. Lise leg.; (Itaimbezinho), 1 9, MCN 5831, 22.VI1.1976, A.A. Lise leg. Aysha fortis (Keyserling, 1891), comb. n. (Figs. 42, 43, 174) Anyphaena fortis KEYSERLING, 1891: 106, 107, fig.66 (holótipo fêmea BMNH 1890.7.1.601, da Fa- zenda Calvário, Rio de Janeiro, Brasil, Göldi leg., examinado); GÖLDI, 1892: 223; MELLO- LEITÃO, 1918: 21. Teudis fortis: PETRUNKEVITCH, 1911: 516; MELLO-LEITÃO, 1922: 29, 33; SOARES, 1944: 151; ROEWER, 1954: 548; BONNET, 1959: 4366. Diagnose. A. fortis é próxima de A. lisei, da qual a fêmea difere pelas placas- IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 40 BRESCOVIT guia não unidas à base das placas epiginais (fig. 42) e internamente com ductos dos receptáculos seminais sem volta mediana (fig. 43). Descrição. Fêmea (holótipo). Carapaça, quelíceras, lâminas maxilares e lá- bio laranja-escuros. Faixas paramedianas cinza-claras. Esterno amarelo com borda mais escura. Abdômen amarelado, manchado esparsamente de cinza e dorsal- mente com uma mancha esbranquiçada mediana. Comprimento total 7,60. Carapaça: comprimento 3,75, maior largura 2,80, espessura 1,12. Clípeo: altura 0,05, pouco menor que a metade do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,90 e posterior 1,20. QOM: comprimento 0,47, lar- gura anterior 0,37, largura posterior 0,58. Diâmetros: OMA 0,13, OLA 0,22, OMP 0,18, OLP 0,20. Interdistäncias: OMA-OMA separados pela metade de seu diä- metro (0,07), OMA-OLA por pouco menos que a metade do diâmetro dos OMA (0,05), OMP-OMP por pouco menos que seu diâmetro (0,20), OMP-OLP por pouco menos que o diâmetro dos OMP (0,17) e OLA-OLP por 1/3 do diâmetro dos OLA (0,08). Queliceras: comprimento 1,60, com 8 dentículos na retromargem e 5 dentes na promargem, o quarto e o quinto, a partir da garra, maiores. Abdômen: com- primento 4,15, largura 2,05. Espiráculo traqueal distando 0,40 do sulco epigás- trico e 1,65 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 3,55; patela 1,55; tíbia 3,55; metatarso 3,10; tarso 1,55; to- tal 13,30; II - 3,30; 1,45; 3,00; 2,65; 1,40; 11,80; III - 2,60; 1,15; 1,90; 2,20; 0,90; 8,75; IV - 3,50; 1,40; 2,90; 3,80; 1,15; 12,75. Espinulação: pernas I - tíbia v2-2-2, p1-1-0, rl-1-0; metatarso v2-0-0, p0, r0-1-0; II - tíbia v2-2-2, p1-1-0, rl-1-0; meta- tarso v2-0-0, pO, r0-1-0; III-IV - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1. Epigino: (figs. 42, 43). Macho: desconhecido. Variação: comprimento (6 fêmeas): total 7,60-9,50; carapaça 3,20-3,90; fê- mur I 2,90 - 3,55; dentículos na retromargem 7-8. Um espécime, variou de colo- ração no abdômen do cinza-escuro, com a mancha do dorso pouco nítida. Distribuição geográfica. Região Sudeste do Brasil (fig. 174). Material examinado. BRASIL. São Paulo: Amparo, Monte Alegre do Sul (Fazenda Santa Ma- ria), 1 q MZSP 9855, 25.X1.1942; 1 9 MZSP 351; 1 q MZSP 352; 1 9 MZSP 10150; 1 9 MCN 18536 (ex MZSP 10189), 27-31.X11.1942, B.A.M. Soares leg. Aysha montenegro, sp. n. (Figs. 44-49, 144-147, 174) Holótipo macho, MCN 7486, Montenegro, Rio Grande do Sul, Brasil, 01.X11.1977, H.A. Gastal leg. Etimologia. O nome específico é um substantivo e refere-se a localidade-tipo. Diagnose. A. montenegro é próxima de A. garruchos e de A. marinonii, das quais o macho difere pelo processo tibial basal subtriangular (fig. 46) e pela apó- fise tibial dorsal dobrada em ‘‘S’’ com ápice serrilhado (fig. 44); a fêmea separa- se das demais pelas placas epiginais reniformes, pequenas e pelas projeções me- dianas das placas-guia longas, quase atingindo as placas epiginais (fig. 48). Descrição. Macho (holótipo). Carapaça alaranjada, com faixas paramedia- nas mais claras. Queliceras, lâminas maxilares e lábios laranja-escuros. Esterno laranja-claro. Pernas alaranjadas, pontilhadas de cinza, junto às articulações. Ab- IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 41 dômen cinza-claro com mancha branca na região posterior, cercada por estreitas faixas brancas longitudinais. Comprimento total 6,70. Carapaça: comprimento 2,90, maior largura 2,30, espessura 1,05. Clípeo: altura 0,10, pouco menor que o diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,77 e posterior 1,06. QOM: comprimento 0,40, largura anterior 0,32, largura posterior 0,52. Diâmetros: OMA 0,12, OLA 0,21, OMP 0,20, OLP 0,18. Interdistâncias: OMA-OMA separados pela metade de seu diâmetro (0,06), OMA- OLA por 1/3 do diâmetro dos OMA (0,04), OMP-OMP por 3/4 de seu diâmetro (0,16), OMP-OLP por 3/4 do diâmetro dos OMP (0,15) e OLA-OLP por pouco menos que 3/4 do diâmetro dos OLA (0,06). Quelíceras: comprimento 1,90, com 8 dentículos na retromargem e 4 dentes na promargem, os três últimos, a partir da garra, maiores e interligados na base. Abdômen: comprimento 4,00, largura 2,00. Espiráculo traqueal distando 0,65 do sulco epigástrico e 1,65 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 4,05; patela 1,50; tíbia 4,80; metatarso 4,55; tarso 2,00; total 16,90; II - 3,35; 1,10; 3,40; 3,25; 1,10; 12,20; III - 2,20; 0,90; 1,90; 2,40; 0,85; 8,25; IV - 3,55; 0,90; 2,90; 4,25; 1,15; 12,75. Espinulação: pernas I - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-l-1; metatarso v2-0-0, p0-1-1, r0-1-1; II - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; meta- tarso v2-0-0, p0-1-1, r0-1-1; III-IV - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1. Palpo: (figs. 44-47; 144-146). Fêmea (Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul). Coloração como a do macho. Comprimento total 8,60. Carapaça: comprimento 3,10, maior largura 2,40, espessura 1,15. Clípeo: altura 0,11, pouco menor que o diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,83 e posterior 1,12. QOM: comprimento 0,38, largura anterior 0,32, largura posterior 0,53. Diâmetros: OMA 0,12, OLA 0,21, OMP 0,19, OLP 0,19. Interdistâncias: OMA-OMA separados por 2/3 de seu diâmetro (0,08), OMA- OLA por pouco menos que a metade do diâmetro dos OMA (0,05), OMP-OMP por seu diâmetro (0,19), OMP-OLP por pouco mais que o diâmetro dos OMP (0,20) e OLA-OLP por pouco mais que 3/4 do diâmetro dos OLA (0,06). Queliceras: comprimento 1,60 com 8 dentículos na retromargem e 5 dentes na promargem, o terceiro, a partir da garra, muito maior que os demais. Abdô- men: comprimento 5,40, largura 3,20. Espiráculo traqueal distando 1,05 do sul- co epigástrico e 2,90 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 3,75; patela 1,50; tíbia 4,35; metatarso 4,05; tarso 1,75; 7512121540: 11 =3 25: 1:25; 3,10; 2/90; 1,2554075; IL = 2,40; 1,05; 1,85; 2,30; 1,30; 8,90; IV - 3,35; 1,15; 3,05; 3,85; 1,15; 12,55. Espinulação: como no macho. Epígi- no: (figs. 48, 49; 147). Variação: comprimento (10 machos): total 5,30-7,70; carapaça 2,25-3,50; fê- mur I 2,80-4,50; (3 fêmeas) total 7,60-8,60; carapaça 3,10-3,35; fêmur 1 3,75-3,85; dentículos da retromargem 7-8, em ambos os sexos. Distribuição geográfica. Sul do Brasil e norte da Argentina (fig. 174). Material-tipo. Parátipos: BRASIL. Rio Grande do Sul: Machadinho, 1 9, MACN 8742 (ex MCN 18227), 15.11.1989, A.B. Bonaldo leg.; Campo Bom, 3 & MCN 8780, 28.X1.1979; Novo Hamburgo, 1 d! MCN 17941, 23.X1.1987; 1 9, MCN 12704, 14.X11.1984, todos coletados por C.J. Becker; São Leopoldo, 1 d' MCN 11868, 12.X11.1983; 1 & MCN 17928, 17.X11.1986, C.J. Becker leg.; Triunfo, 381 9, MCN 7396, 28.X1.1977, E.H. Buckup leg.; MCN 18052, 12.1.1989, M.A.L. Marques leg.; Viamão (Estação Experimental Fitotécnica de Águas Belas), 1 & MCN 12612, 30.X1.1984, M.A.L. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 42 BRESCOVIT Marques leg.; ARGENTINA. Misiones: Parque Nacional del Iguazú (Cataratas del Iguazú), 1 MACN 8726, 1954, Schiapelli leg. Aysha garruchos, sp. n. (Figs. 50-53, 174) Holótipo. Macho, MCN 3156, Garruchos, São Borja, Rio Grande do Sul, Brasil, 9.X11.1975, A.A. Lise leg. Etimologia. O nome específico é um substantivo e refere-se a localidade-tipo. Nota. O holótipo está danificado; as pernas I e IV direitas encontram-se que- bradas, faltando os tarsos 1. Diagnose. A. garruchos é próxima de A. marinonii, da qual o macho difere por apresentar processo tibial basal com projeção muito pequena na base (fig. 52); a fêmea separa-se pelo átrio do epígino mais largo do que alto e lamela entre as placas-guia, duas vezes mais estreita do que a de A. marinonii (fig. 53). Descrição. Macho (holótipo). Cefalotórax e pernas alaranjados, exceto re- gião cefálica e queliceras mais escuras. Abdômen amarelado, sombreado de mar- rom com pequenas manchas de forma e de tamanho variáveis e, no dorso, faixa longitudinal mediana, em forma de pêndulo, amarela. Faces laterais e ventre amarelo-claros. Comprimento total 6,80. Carapaça: comprimento 3,15, maior largura 2,40, espessura 1,00. Clípeo: altura 0,08, igual a 2/3 do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,79 e posterior 1,05. QOM: comprimento 0,42, largura anterior 0,35, largura posterior 0,52. Diâmetros: OMA 0,13, OLA 0,21, OMP 0,18, OLP 0,21. Interdistâncias: OMA-OMA separados por 2/3 de seu diâmetro (0,08), OMA- OLA por pouco menos que a metade do diâmetro dos OMA (0,05), OMP-OMP por pouco mais que 3/4 de seu diâmetro (0,13), OLA-OLP por pouco mais que 3/4 do diâmetro dos OMP (0,13), OLA-OLP por pouco mais que 3/4 do diâme- tro dos OLA (0,06). Queliceras: comprimento 1,65, com 6 dentículos na retromargem e 6 dentes na promargem, os dois últimos, a partir da garra, maiores e interligados na base. Abdômen: comprimento 3,80, largura 2,10. Espiráculo traqueal distando 0,50 do sulco epigástrico e 1,95 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 4,00; patela 1,50; tíbia 4,60; metatarso 4,50; tarso ausente; total 14,60; II - 3,40; 1,35; 3,50; 3,25; 1,40; 12,90; III - 2,45; 1,05; 1,90; 2,35; 0,90; 8,65; IV - 3,45; 1,15; 3,45; 3,90; 1,10; 13,05. Espinulacäo: Pernas I - tíbia v2-2-2, pl-1-0, rl-1-0; metatarso v2-1-0, p0-1-0, rl-0-0, II - tíbia v2-2-2, pl-1-0, r0; meta- tarso v2-1-0, p0-1-0, rl-0-0; III-IV - tíbia vl-2-2, pl-1-0, rl-1-0; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1. Palpo: (figs. 50-52). Fêmea: (Garruchos, São Borja, Rio Grande do Sul). Coloração difere da do macho apenas na faixa mediana dorsal do abdômen, mais nítida e demarcada. Comprimento total 8,90. Carapaça: comprimento 3,50, maior largura 2,65, espessura 1,60. Clípeo: altura 0,11, pouco maior que o diâmetro do OMA. Olhos: fila anterior 0,87 e posterior 1,14. QOM: comprimento 0,54, largura anterior 0,37 largura posterior 0,57. Diâmetros: OMA 0,13, OLA 0,21, OMP 0,21, OLP 0,20. Interdistâncias: OMA-OMA separados por pouco menos que a metade de seu diâmetro (0,06), OMA-OLA por pouco menos que a metade do diâmetro dos IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 43 OMA (0,06), OMP-OMP por 3/4 de seu diämetro (0,15), OMP-OLP por 2/3 do diâmetro dos OMP (0,13) e OLA-OLP por 1/3 do diâmetro dos OLA (0,07). Quelíceras: comprimento 1,70, com 7 dentículos na retromargem, o quarto e o quinto maiores, e 5 dentes na promargem, os dois últimos, a partir da garra, maiores e interligados na base. Abdômen: comprimento 5,50, largura 3,60. Espi- ráculo traqueal distando 1,02 do sulco epigástrico e 3,02 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 3,65; patela 1,55; tíbia 3,90; metatarso 3,55; tarso 1,10; to- la 3520;51540::3,10; 2,90; 1,15:.11,753111--. 2,35; 1,15::1,85: 2,25::0,85: 8,45; IV - 3,70; 1,25; 2,90; 3,70; 1,10; 12,65. Espinulação: difere da do macho nas pernas: I - tíbia rl-0-0; metatarso v2-0-0, p1-0-0, r0; II - tíbia rl-0-0; metatar- so v2-0-0, pl-0-0, r0; III-IV - tíbia v2-2-2. Epigino: (fig. 53). Variação: comprimento (4 machos): total 6,30-8,10; carapaça 2,90-3,60; fê- mur 1 3,75-4,25; dentículos da retromargem 6-7; (7 fêmeas): total 7,50-8,90; cara- paça 3,25-4,00; fêmur I 3,65-4,50. Distribuição geográfica. Centro-oeste, sudeste e sul do Brasil, Paraguai e norte da Argentina (fig. 174). Material-tipo. Parátipos: BRASIL. Mato Grosso do Sul: Corumbá (Serra do Urucum), 1 d! MZSP 9813, 27.X1.1960, K. Lenko & Carvalho leg.; São Paulo: Nova Europa (Fazenda Itaquerê), 1 d! MZSP 4128, 19.X11.1964, K. Lenko leg.; Rio Grande do Sul: São Borja (Garruchos), 1 9, MCN 14072, 8.X11.1975, A.A. Lise leg.; ARGENTINA. Misiones, 17 de Outubro, 1 d} MACN 8724, X.1954, M.E. Galiano leg. Aysha marinonii, sp. n. (Figs. 54-58; 169) Holótipo macho e parätipo fêmea MCN 17267, Reserva Florestal de Vila Rica, Fênix, Paraná, Brasil, 22.X1.1987, A.D. Brescovit leg. Etimologia. O nome específico é uma homenagem ao professor da Univer- sidade Federal do Paraná, o entomólogo Dr. Renato Contin Marinoni. Diagnose. A. marinonii é próxima de A. garruchos, da qual o macho difere por apresentar processo tibial basal com projeções apical e basal quase de mes- mo tamanho (fig. 58); a fêmea separa-se pelo átrio do epígino mais alto que lar- go e lamela larga entre as placas-guia (fig. 54). Descrição. Macho (holótipo). Carapaça alaranjada, com faixas paramedia- nas amareladas. Lâminas maxilares, queliceras, lábio e esterno laranja-escuros. Pernas alaranjadas, com manchas cinzentas, irregulares, em quase todos os artí- culos. Abdômen alaranjado, salpicado de marrom-escuro formando linhas lon- gitudinais. Dorsalmente, com mancha amarelada em forma de cruz-de-malta. Comprimento total 7,30. Carapaça: comprimento 3,40, maior largura 2,60, espessura 1,05. Clípeo: altura 0,10, igual a 2/3 do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,89 e posterior 1,16. QOM: comprimento 0,40, largura anterior 0,36, largura posterior 0,56. Diâmetros: OMA 0,14, OLA 0,20, OMP 0,17, OLP 0,22. Interdistâncias: OMA-OMA separados por 2/3 de seu diâmetro (0,10), OMA-OLA por 1/3 do diâmetro dos OMA (0,05), OMP-OMP por pouco menos que seu diä- metro (0,16), OMP-OLP pelo diâmetro dos OMP (0,17) e OLA-OLP por 1/3 do diâmetro dos OLA (0,06). Quelíceras: comprimento 2,15, com 7 dentículos na retromargem e 5 dentes IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 44 BRESCOVIT na promargem, os dois últimos, a partir da garra, maiores e interligados na base. Abdômen: comprimento 4,20, largura 2,00. Espiráculo traqueal muito adiante do meio, distando 0,50 do sulco epigástrico e 2,22 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 4,40; patela 1,35; tíbia 5,00; metatarso 4,65; tarso 2,15; total 17,55; II - 3,50; 1,30; 3,65; 3,20; 1,50; 13,15; III - 2,60; 1,05; 2,10; 2,60; 1,00; 9,35; IV - 3,80; 1,25; 3,20; 4,35; 1,20; 13,80. Espinulação: Pernas I - tíbia v2-2-2, pl-1-0, rl-1-0; metatarso v2-0-0, p0-1-0, r0-1-0; II - tíbia v2-2-2, p1-1-0, rl-1-0; metatarso v2-0-0, p0-1-0, r0-1-0; III-IV - tíbia v2-2-2, p1-1-0, rl-1-0; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1. Palpo: (figs. 56-58). Fêmea (mesmo local). Coloração como a do macho. Comprimento total 8,50. Carapaça: comprimento 3,70, maior largura 2,75, espessura 1,12. Clípeo: altura 0,12, igual a 4/5 do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,97 e posterior 1,30. QOM: comprimento 0,44, largura anterior 0,37, largura posterior 0,62. Diâmetros: OMA 0,15, OLA 0,25, OMP 0,21, OLP 0,23. Interdistâncias: OMA-OMA separados por 4/5 de seu diâmetro (0,12), OMA-OLA pela metade do diâmetro dos OMA (0,07), OMP-OMP pelo seu diâmetro (0,21), OMP-OLP por pouco mais que o diâmetro dos OMP (0,22) e OLA-OLP por 2/5 do diâmetro dos OLA (0,10). Queliceras: comprimento 1,92, com 7 denticulos na retromargem e 5 dentes na promargem, o terceiro, a partir da garra, de maior tamanho. Abdômen: com- primento 5,20, largura 2,95. Espiráculo traqueal muito adiante do meio, distan- do 0,65 do sulco epigástrico e 2,75 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 4,00; patela 1,60; tíbia 4,10; metatarso 3,65; tarso 1,90; to- tal 15,25; II - 3,40; 1,40; 3,25; 2,85; 1,35; 12,25; III - 2,60; 1,10; 1,90; 2,40; 1,00; 9,00; IV - 3,60; 1,30; 3,10; 3,90; 1,25, 13,15. Espinulação: difere da do macho nas pernas I - tíbia r0-1-0; metatarso p0, r0; II - tíbia r0; metatarso p1-0-0, rO. Epígino: (figs. 54, 55). Distribuição geográfiça. Sul do Brasil, Paraguai e norte da Argentina (fig. 169). Material-tipo. Parátipos: PARAGUAI. Cororó, 1 9, MACN 8723, 22.1.1965, P. Villiner leg.; BRA- SIL. Paraná: Fênix, 2 d! MCN 18129 (ex CIIF), 24.X1.1986, Profaupar leg.; (Reserva Florestal de Vila Rica), 19, MCN 18128, 22.X1.1987, A.D. Brescovit leg.; ARGENTINA. Jujuy: Parque Nacional Calilegua, 6 9, MACN 8725, 27.1-1.11.1985, P. Goloboff & Vinas leg. Material adicional. ARGENTINA. Jujuy: Parque Nacional Calilegua (El Cortaderal, Km 6, 800 m alt.), 6d'1 9, AMNH,; (Aguas Negras, 500 m alt.), 2 & AMNH; (Mirador, 600 m alt.), 1 9, AMNH, 18-28.X11.1987, todos coletados por S. & J. Peck leg. (Armadilha Malaise); Salta: Parque Nacional El Rey (Trilha de Pozo Verde, km 7, 1000 m alt.), 2d AMNH, 5-15.X11.1987, S. & J. Peck leg. (Arma- dilha Malaise). Subgrupo guarapuava Aysha guarapuava, sp. n. (Figs. 59-63, 169) Holótipo macho e parátipo fêmea, MCN 17262, Estância Santa Clara, Gua- rapuava, Paraná, Brasil, 22.X1.1987, A.D. Brescovit leg. Etimologia. O nome específico é um substantivo e refere-se a localidade-tipo. Diagnose. Unica espécie do subgrupo guarapuava. O macho de A. guara- puava difere das demais espécies do grupo prospera por apresentar processo em- bólico praticamente coberto pelo tégulo (fig. 60); apófise tibial dorsal curta, não IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 45 atingindo a base do cimbio (fig. 61); a fêmea difere das demais espécies pelo átrio cordiforme do epígino (fig. 62). Descrição. Macho (holótipo). Carapaça marrom-clara, com faixas parame- dianas marrom-escuras. Regiãc cefálica alaranjada. Quelíceras, lâminas maxila- res e lábio marrom-escuros. Esterno amarelo, mais escuro nas bordas. Pernas ama- relas, manchadas de cinza e negro no ápice dos artículos. Abdômen dorsalmente com mancha em forma de seta, com o vértice voltado para a região posterior, amarelada; lados cinza-claros; ventre amarelo com faixa cinzenta longitudinal. Comprimento total 7,30. Carapaça: comprimento 3,65, maior largura 2,90, espessura 1,45. Clípeo: altura 0,12, um pouco menor que o diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,89 e posterior 1,13. QOM: comprimento 0,50, largura ante- rior 0,40, largura posterior 0,53. Diâmetros: OMA 0,15, OLA 0,18, OMP 0,17, OLP 0,20. Interdistâncias: OMA-OMA separados por pouco menos que a meta- de de seu diâmetro (0,06), OMA-OLA por 1/4 do diâmetro dos OMA (0,04), OMP-OMP por 3/4 de seu diâmetro (0,13), OMP-OLP pelo diâmetro dos OMP (0,17) e OLA-OLP por 1/4 do diâmetro dos OLA (0,05). Quelíceras: comprimento 2,25, com 7 dentículos na retromargem e 4 dentes na promargem, os dois últimos a partir da garra, maiores e interligados na base. Abdômen: comprimento 3,80, largura 2,55. Espiráculo traqueal distando 0,57 do sulco epigástrico e 2,55 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 4,75; patela 1,75; tíbia 5,30; metatarso 4,65; tarso 2,00; total SAS 023,70; 1,40:3,84; 3,34; 1,50; 13,78; III - 2,70; 1,05; 2,10; 2,75; 1,05; 9,65; IV - 3,80; 1,35; 3,15; 4,35; 1,25; 13,90. Espinulação: Pernas I - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; metatarso v2-0-0, p1-0-1, r0-1-1; II - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; meta- tarso v2-0-0, p1-0-1, r0-1-1; III-IV - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1. Palpo: (figs. 59-61). Fêmea (mesmo local). Coloração como a do macho. Comprimento total 8,60. Carapaça: comprimento 4,05, maior largura 3,05, espessura 1,30. Clípeo: altura 0,07, igual a metade do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,97 e posterior 1,26. QOM: comprimento 0,52, largura anterior 0,43, largura posterior 0,58. Diâmetros: OMA 0,15, OLA 0,21, OMP 0,20, OLP 0,20. Interdistâncias: OMA-OMA separados por pouco menos que o seu diâmetro (0,12), OMA-OLA por pouco menos que a metade do diâmetro dos OMA (0,06), OMP- OMP por pouco mais que seu diâmetro (0,21), OMP-OLP por um diâmetro e 1/4 dos OMP (0,25) e OLA-OLP pelo diâmetro dos OLA (0,21). Queliceras: comprimento 2,02, com 7 dentículos na retromargem e 4 dentes na promargem, o terceiro, a partir da garra, de maior tamanho. Abdômen: com- primento 4,70, largura 3,30. Espiráculo traqueal distando 0,57 do sulco epigás- trico e 2,42 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 4,30; patela 1,70; tíbia 4,65; metatarso 4,00; tarso 1,75; Fo Palio 40 11 =3/59: 1,55:3,70; 3,20; 1,45: 13,49: III - 2,85; 1,25; 2,155 2,55; 1,00; 9,80; IV - 3,84; 1,50; 3,25; 3,95; 1,25; 13,79. Espinulação: difere da do macho nas pernas: I - tíbia p1-1-0, rl-1-0; II - tíbia p1-1-0, rl-1-0; III - tíbia pl-1-0; IV - tíbia rl-1-0. Epígino: (figs. 62, 63). Variação: comprimento (10 fêmeas): total 6,50-10,00; carapaça 3,30-4,05; fê- IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 16 BRESCOVIT mur I 3,40-4,35; dentículos da retromargem 6-8 (em alguns espécimes o número é diferente em cada uma das queliceras). Distribuição geográfica. Sudeste e sul do Brasil (fig. 169). Material-tipo. Parátipos: BRASIL. São Paulo: Campos do Jordão (Fazenda da Guarda), 1 9, MZSP 9772, 19.11.1942, B.A.M. Soares leg.; Paraná: Guarapuava, 1 9, MHCI 6481 (ex CIIF), 20.1V.1987, Profaupar leg.; Rio Grande do Sul: São Borja (Garruchos), 3 9, MCN 3164, 8.X11.1975, A.A. Lise leg.; Canela, 1 &'2 9, MCN 2477, 26.XI1.1974, A.A. Lise leg. Material adicional. BRASIL. Rio Grande do Sul: Iraí, 2 9 MCN 3066, 19.X1.1975, 1 9 MCN 3121, 21.X1.1975, A.A. Lise leg.; Bom Jesus (Mato Assombrado), 1 q MCN 17096, 21.X11.1987, A.B. Bonaldo leg.; Vacaria, 19 MCN 343, 15.1.1974, A.A. Lise leg.; São Borja, 1 q MCN 14076, 9.X11.1975, 1 q MCN 17250, 8.X11.1975, A.A. Lise leg.; Caxias do Sul (Vila Oliva), 1 9 MCN 3711, 15.1.1976, P.A. Buckup leg; Canela, 1 9 MCN 111, 19.11.1966; 1 q MCN 13877, 16.11.1972, A.A. Lise leg. Subgrupo prospera Diagnose. O subgrupo prospera é constituído por espécies cujos machos apre- sentam processo embólico praticamente exposto (figs. 6, 64, 67); apófise tibial dorsal longa, côncava em toda extensão com borda externa ranhurada; processo tibial basal globoso (figs. 7, 65, 68). As fêmeas apresentam epígino grande, com placas epiginais reniformes; ausência de projeção mediana das placas-guia (figs. 12, 69, 71, 73); ductos dos receptáculos seminais com alça basal (figs. 13, 70). Chave para as espécies do subgrupo prospera. l. Machos (exceto A. vacaria e A. lagenifera, desconhecidos) ................ 2 Eemeas (exceto; A, guaiba, desconhecida na 4 2(1). Apöfise tibial dorsal com processo cuneiforme a 1/3 do äpice (fig. 6) N pes EA ANOS AN AS ER US NS ee A. guaiba 3(2). Base anelar do processo embölico com ranhuras largas e salientes (figs. 6, 137, 138); apófise tibial dorsal com ápice recortado (figs.7, 1 12) ER RE NA Ac a ao EN EEE N A. prospera. Base anelar do processo embölico com ranhuras estreitas e rasas (fig. 67); apöfise tibial dorsal com ápice bifido (fig. 68)....... A. pirassununga A) Episino)maisflarso que llonso (mie ID). ee A. lagenifera Episino mais longo doque largo (fies: 12) 69 78) en 5 5(4). Átrio do epigino em ‘““V”’; ausência de lamela entre as placas epiginais (fig. ED N N co A. prospera Atrio do epigino em ‘‘U’’; presença de lamela entre as placas epiginais (figs. TI ee ade N SR A NER AREERREREE 6 6(5). Lamela conspicua entre as placas epiginais; placas-guia junto à basexdas#placas’epiginais (de N 73). ee A. vacaria Lamela inconspicua entre as placas epiginais; placas-guia alargadas junto a base das placas epiginais (fig. 69) ..................... A. pirassununga IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 47 Aysha prospera Keyserling, 1891 (Figs. 1-13, 130-143, 170) Aysha prospera KEYSERLING, 1891:129, 130, pr. 4, fig.88 (holötipo fêmea BMNH 1890.7.1.648, Rio Grande do Sul, Brasil, von Ihering leg., examinado); SIMON, 1897:104 (designação da espécie- tipo); PETRUNKEVITCH, 1911:451; MELLO-LEITÃO,1918:474; 1919:12; 1922:24; PETRUNKE- VITCH, 1928:172; BRYANT, 1931:117; MELLO-LEITÃO, 1933:55; 1940:244 (partim); 1943:235; 1945:222; FRANGANILLO, 1926:60 (A. prosperam); 1946:102; MELLO-LEITÃO, 1947:292; ROE- WER, 1954:533; BONNET 1955:838; PLATNICK, 1974:252, fig.145; CAPOCASALE, 1982:11. Teudis puma MELLO-LEITAO, 1943: 240, fig. 67 (holótipo macho MNRJ 41766, Rio Grande do Sul, Brasil, B. Rambo leg., examinado); ROEWER, 1954: 550. Syn. n. Diagnose. A. prospera é próxima de A. guaiba e de A. pirassununga, das quais o macho difere por apresentar base anelar do processo embólico com ra- nhuras largas e projetadas (figs. 6, 137, 138); apófise tibial dorsal com ápice re- cortado e largas ranhuras na borda (fig. 7, 141, 142); lamela tibial alongada com poucos recortes (fig. 7); a fêmea difere pelo átrio do epígino em forma de “V” e sem lamela entre as placas epiginais (figs. 12, 143). Descrição. Macho (Montenegro, Rio Grande do Sul). Carapaça alaranjada, mais escura na região cefálica, com faixas paramedianas laranja-escuras. Queli- ceras marrom-avermelhadas. Lâminas maxilares e lábios alaranjados. Esterno ama- relado, mais escuro nas bordas. Pernas alaranjadas, esparsamente manchadas de marrom. Abdômen creme, sombreado de marrom, formando estrias mais escu- ras que percorrem longitudinalmente as faces laterais e circundam a região poste- nor Qto. 3): Comprimento total 8,20. Carapaça: comprimento 3,70, maior largura 2,85, espessura 1,25. Clípeo: altura 0,14, igual ao diâmetro dos OMA. Olhos: fila an- terior 0,82 e posterior 1,02. QOM: comprimento 0,50, largura anterior 0,39, lar- gura posterior 0,52. Diâmetros: OMA 0,14, OLA 0,21, OMP 0,21, OLP 0,21. In- terdistäncias: OMA-OMA separados pela metade de seu diâmetro (0,07), OMA- OLA por 1/3 do diâmetro dos OMA (0,05), OMP-OMP por pouco menos que seu diâmetro (0,20), OMP-OLP por 2/3 do diâmetro dos OMP (0,17) e OLA- OLP por 1/3 do diâmetro dos OLA (0,07). Queliceras: comprimento 2,15, com 8 denticulos na retromargem e 5 dentes na promargem, os três últimos, a partir da garra, maiores, e interligados na base. Abdômen: comprimento 4,40, largura 2,25. Espiráculo traqueal distando 0,55 do sulco epigástrico e 1,75 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 3,80; patela 1,60; tíbia 4,25; metatarso 3,90; tarso 1,90; 263115245: IT - 3,10; 1,30: 3,10:2,807 1,50: 11,80; HI - 2,50; 1,20; 1,80; 2,25; 1,05; 8,80; IV - 3,40; 1,30; 2,85; 3,65; 1,20; 12,40. Espinulação: pernas I - tíbia v2-2-2, pl-1-1, r0-1-0; metatarso v2-0-0, p1-0-0, rl-0-1; II - tíbia v2-2-2, p1-1-0, r0-1-0; me- tatarso v2-0-0, pl-0-1, rl-0-1; III - tíbia v2-2-2, pl-1-0, rl-1-0; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; IV - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1. Pal- po: (figs. 5-11, 137-142). Descrição. Fêmea (holótipo). Coloração como a do macho. Comprimento total 10,50. Carapaça: comprimento 3,80, maior largura 2,95, espesssura 1,05. Clípeo: altura 0,12, igual a 2/3 do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 1,01 e posterior 1,27. QOM: comprimento 0,60, largura anterior 0,47, largura posterior 0,59. Diâmetros: OMA 0,18, OLA 0,23, OMP 0,19, OLP 0,21. Interdistâncias: OMA-OMA separados por pouco mais que a metade de seu diá- IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 48 BRESCOVIT metro (0,10), OMA-OLA por 1/3 do diämetro dos OMA (0,05), OMP-OMP por pouco mais que seu diämetro (0,22), OMP-OLP por pouco mais que o diämetro dos OMP (0,21) e OLA-OLP por 1/3 do diämetro dos OLA (0,08). Queliceras: comprimento 2,05, com 8 denticulos na retromargem e 5 dentes na promargem, os três últimos, a partir da garra, maiores e interligados na base. Abdômen: comprimento 3,45, largura 4,25. Espiráculo traqueal distando 1,00 do sulco epigástrico e 3,05 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 3,40; patela 1,65; tibia 3,40; metatarso 2,90; tarso 1,55; total 12,90; II - 2,85; 1,45; 2,60; 2,30; 1,20; 10,40; III - 2,20; 1,10; 1,60; 2,00; 0,80; 7,10: IV - 3,05; 1,35; 2,55; 3,25; 1,05: 11,25. Espinulação: difere da do-macho nas pernas: I - tíbia pl-1-0, r0; metatarso pl-0-1; II - tíbia p0-1-0, r0; III - tíbia pl-1-1, rl-1-1. Epígino: (figs. 12, 13, 143). Variação: comprimento (10 machos): total 7,40-8,50; carapaça 3,10-3,75; fê- mur 1 3,50-3,70; (10 fêmeas): total 8,20-11,50; carapaça 3,50-4,30; fêmur I 3,05-3,60; dentículos na retromargem 7-8, tanto nos machos como nas fêmeas. Distribuição geográfica. Região sudeste e sul do Brasil, Uruguai, norte da Argentina; primeiro registro para a Bolívia (fig. 170). Material examinado. BRASIL. Minas Gerais: Pouso Alegre, 1 9 MZSP 9944, IX.1962, P. Pereira leg.; Espírito Santo: Guarapari, 2 q MZSP 9844, 16.X.1942, B.A.M. Soares leg.; São Paulo: Corum- batai, 1 9 IBSP 416, 9.X.1935, S. Buriau leg.; Campos do Jordão, I q MZSP 3493, 15.XII.1944, F. Lane leg.; (Eugenio Reféire), 2 d, MZSP 12277, X.1962, Rabello leg.; Amparo, Monte Alegre do Sul (Fazenda Santa Maria), 1 9 MZSP 5996, 25.X1.1942, F. Lane leg., 1 9 MZSP 9849, 27-31.XI1.1942, B.A.M. Soares leg., 1 9 MZSP 9868, 28.X1.1942, 1 o) MZSP 9869, 25.X1.1942, F. Lane leg. (Sítio Boa Vista), 19 MZSP 9768, 20.11.1943, J. L. Lima leg.; Serra Negra, 1 & MZSP 12166, 17.V11.1965, P. de Biasi leg.; Botucatu, Rubião Júnior, (Fazenda Lageado), 1 9 MZSP 9799, XII. 1964, A. Monta- van & V.C. Jesus leg.; Itú (Fazenda Pau D’ Alho), 1 d'MZSP 9824, 30.1X.1977; Guarulhos, 1 SMZSP 9785, 12.X11.1941, Pereira & Monteiro leg.; Tejupá, 1 SIBSP 4003, VIII.1980, D. Pinto leg.; São Pau- lo, 1 9 MZSP 9948, 1944, M. Lourdes leg.; 1 9 SMNH 219/1293, T. Thorell leg.; (Chácara Flora), lg IBSP 2799, IX. 1976, H. Shik leg.; São Roque, 1Q IBSP 4001, VIII. 1980, S. Eisner leg.; Barueri, 1 9 MZSP 9793, 20.X11.1965; 1 9, MZSP 12414, 31.X11.1965 (em capoeira); 1 9, MZSP 12168, 2.X11.1965; K. Lenko leg.; Säo Bernardo do Campo (Represa Nova). 1 2 MZSP 9789, 12.X.1941, F. Lane leg.; Paraná: Curitiba, 1 9 MHCI 2419, 11.1943, R. Lange leg.; 1 [o MCN 9156, 30.1X.1978, A. Yamamoto leg.; Rio Grande do Sul: Vacaria, 39 MCN 13871, 15.1.1974, A.A. Lise leg.; São Francisco de Paula, 19 MNRJ 57985, P. P. Buck leg.; Encantado, 1 & MCN 14495, 21.1X.1985, A.D. Brescovit leg.; Osó- rio (Terra de Areia), 1 G'1 q MCN 12384, 27.1X.1984, R. Pederzolli leg.; 1 o! MCN 14576, 02.X1.1985, A.D. Brescovit leg.; 1 9, MCN 20075, 7.X1.1990, N. Silveira leg.; Montenegro, 1 & MCN 6412, 01.1X.1977; 1 d MCN 7187, 03.X1.1977, E.H. Buckup leg.; 1 & MCN 6725, 29.1X.1977, J. Barbosa leg.; 1 9 MCN 13872, 29.1X.1977, H. Bischoff leg.; São Leopoldo, 1 q MZSP 3997, VI1.1963, Panitz leg.; Triunfo, 2 Q MCN 6965, 20.X.1977; 1 d1 9 MCN 6968, 20.X.1977; 1 O'MCN 9247, 15.X.1980; 1 q MCN 9241, 15.X.1980; 1 9 MCN 9246, 15.X.1980, E.H. Buckup leg.; 29 MCN 7397, 20.X1.1977, H.A. Gastal leg.; 1 9 MCN 17904, 24.X.1988, C. Kessler leg.; Viamão, (Fazenda Breno Caldas), 1 Q MCN 8631, 6.X.1979, C. J. Becker leg.; Canoas, 1 2 MCN 20182, 13.X11.1990, L. Moura leg.; Por- to Alegre, 1 & ZMH, 1901, H. Soyaux leg.; Pinhal, 19, AMNH, IV. 1948, A. Maller leg.; Rio Pardo, l 9» MCN 570, 20.11.1967, A.A. Lise leg.; São Sepé, 1 Q MCN 9543, 30.V11.1979, D. Link leg.; Bagé, 1 q MCN 13228, 18.X1.1984, D.. Wietmann leg.; Pelotas, 1 9 MCN 1294, 10.X1.1962, R. Krebs leg.; 3 & MCN 3899, 25.1X.1975, A.A. Lise leg.; 1 9, AMNH, 8.X1.1953, C. Biezanko leg.; BOLIVIA. Santa Cruz: San Ignacio, 1 9, IBSP 3372, 9.111.1961, L. Hammshimid leg.; ARGENTINA. Catamar- ca: (Santa Maria), 1 9 MACN 3569, XI - XII. 1952; 1 9 MACN 2902, XII. 1948; 1 SMACN 8718, IX.1956, M.J. Viana leg.; 1 9 MACN 8719, X.1953, Schiapelli leg.; Misiones: (Tobuna), 1 9 MACN 4091, II. 1952, W. Patridge leg.; (Rio Uruguai), 1 SMACN 2662, IX. 1948, A. Giai leg.; URUGUAI. Montevideo, Prado, 1 & CAS, 8.X.1973, R.M. Capocasale leg. Ocorrências citadas na literatura, não registradas no material examinado. Uruguai, Montevideo: IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 49 Malvin e San Jose (CAPOCASALF, 1982); Cuba: Camaguey (FRANGANILLO, 1946). Näo foi pos- sivel conseguir o material identificado por Franganillo para exame. Com os dados obtidos até o mo- mento, acredita-se que provavelmente se trata de identificação errônea. A. prospera parece não ter distribuição tão ampla e sua ocorrência para Cuba necessita de confirmação futura. Aysha pirassununga, sp. n. (Figs. 66, 70, 171) Aysha prospera: MELLO-LEITÃO, 1940:244 (examinado, identificação errônea, partim). Holótipo macho MZSP 9790, Emas, Pirassununga, São Paulo, Brasil, 20.V11.1949, O. Shubart leg. Etimologia. O nome específico é um substantivo e refere-se à localidade-tipo. Diagnose. A. pirassununga é próxima de A. guaiba, da qual o macho difere pela base anelar do processo embólico com ranhuras estreitas e tênues e ausência do processo lateral na apófise tibial dorsal (figs. 67,68); a fêmea é próxima de A. vacaria, mas difere por apresentar lamela inconspícua entre as placas epigi- nais e placas-guia alargadas junto à base das placas epiginais (fig. 69). Descrição. Macho (holótipo). Carapaça laranja-escura, brilhante, com fai- xas paramedianas mais escuras. Quelíceras, lâminas maxilares e lábio marrom- avermelhados. Esterno alaranjado, com a borda mais escura. Pernas alaranja- das. Abdömen marrom-claro, com linhas mais escuras, semelhante ao de A. prospera. Comprimento total 7,30. Carapaça: comprimento 3,20, maior largura 2,60, espessura 1,12. Clípeo: 0,12, pouco maior que a metade do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,85 e posterior 1,05. QOM: comprimento 0,50, largura an- terior 0,44, largura posterior 0,52. Diâmetros: OMA 0,20, OLA 0,20, OMP 0,21, OLP 0,21. Interdistâncias: OMA-OMA separados por 1/4 do seu diâmetro (0,05), OMA-OLA por 1/5 do diâmetro dos OMA (0,04), OMP-OMP por pouco mais que a metade do seu diâmetro (0,12), OMP-OLP por pouco mais que a metade do diâmetro dos OMP (0,13) e OLA-OLP por 1/4 do diâmetro dos OLA (0,05). Queliceras: comprimento 1,92, com 7 dentículos na retromargem e 5 dentes na promargem, os dois últimos, a partir da garra, maiores e interligados na base. Abdômen: comprimento 3,60, largura 2,05. Espiráculo traqueal muito adiante do meio, distando 0,52 do sulco epigástrico e 2,05 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 3,40; patela 1,50; tíbia 3,40; metatarso 3,15; tarso 1,60; to- RS OS SL =:2 855 135: 2:80: 2:55; 1,20:-10,75; = 2,25: 1,10; 1,657 1:90; 0,90; 7,80; IV - 3,05; 1,30; 2,60; 3,40; 1,15; 11,50. Espinulagäo: pernas I - tíbia v2-2-2, p1-1-0, r0; metatarso v2-0-0, p0, r0; II - tíbia v2-2-2, pl-1-1, r0; metatarso v2-0-0, pl-0-1, rO, III-IV - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-l-1. Palpo: (figs. 66-68). Fêmea (Ipiranga, São Paulo). Coloração difere do macho apenas no abdö- men, que é marrom-claro uniforme, sem linhas ou manchas. Comprimento total 9,40. Carapaça: comprimento 3,60, maior largura 2,75, espessura 1,17. Clípeo: altura 0,18, igual ao diâmetro dos OMA. Olhos: fila ante- rior 0,89 e posterior 1,12. QOM: comprimento 0,48, largura anterior 0,46, largu- ra posterior 0,56. Diâmetros: OMA 0,18, OLA 0,20, OMP 0,19, OLP 0,21. Inter- distâncias: OMA-OMA separados por pouco menos que 1/3 de seu diâmetro IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 50 BRESCOVIT (0,05), OMA-OLA por pouco menos que 1/3 do diâmetro dos OMA (0,05), OMP- OMP por pouco mais que seu diâmetro (0,20), OMP-OLP por 1/3 do diâmetro dos OMP (0,13) e OLA-OLP por quase a metade do diämetro dos OLA (0,09). Queliceras: comprimento 1,87, com 8 denticulos na retromargem e 5 dentes na promargem, os dois últimos, a partir da garra, maiores e interligados na base. Abdômen: comprimento 5,95, largura 3,50. Espiráculo traqueal pouco adiante do meio, distando 0,65 do sulco epigástrico e 3,05 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 3,30; patela 1,50; tíbia 3,60; metatarso 2,80; tarso 1,60; total 12,80; II - 2,75; 1,30; 2,65; 2,40; 0,75; 9,85; III - 2,20; 1,10, 1,80; 1,95; 1,10; 8,15; IV - 3,05; 1,40; 2,75; 3,50; 1,35; 12,05. Espinulacäo: difere da do macho nas pernas 1 - tíbia p0-1-0, r0-1-0; metatarso p1-0-1, r0-1-0; II - tíbia pl-1-0; meta- tarso pl-O-1, r1-0-0; III - tíbia pl-1-0. Epígino: (figs. 69, 70). Variação: comprimento (3 fêmeas): total 7,50-10,00; carapaça 2,60 -4,30; fê- mur 1 3,25-3,75. (2 machos): total 7,10-7,30; carapaça 2,85-3,20; fêmur I 3,25-3,40. Distribuição geográfica. Centro-oeste e sudeste do Brasil (fig. 171). Material-tipo. Parátipos: BRASIL. Mato Grosso: Campo Grande, 1 61 9, MZSP 9725, 7.11.1952, M. Alvarenga leg.; São Paulo: São Paulo (Bairro Ipiranga), 1 q, MZSP 9809, 1904, Bicego leg.; 1 d'1 q imaturo, MNRJ 666. Material adicional. ARGENTINA. Salta: El Ucumar (22 km ao norte de La Caldera, 1550 m alt.), 1 9, AMNH, 2-30.X11.1987, S. & J. Peck leg.; San Luis: San Luis, 6 km oeste de Carpinteria, 1 9, MACN 8967, 11.X1.1982, E. Maury leg.; Buenos Aires: Tigre (Rincon de Milberg), 1 9, MACN 8966, X11.1980, P. Goloboff leg. Aysha guaiba, sp. n. (Figs. 64-65, 171). Holótipo macho, MCN 14065, Estação Experimental da Universidade Fe- deral do Rio Grande do Sul, Guaíba, Rio Grande do Sul, Brasil, 03.1.1974, A.A. Lise leg. Etimologia. O nome específico é um substantivo e refere-se à localidade-tipo. Diagnose. A. guaiba difere das demais espécies do subgrupo pelos machos apresentarem apófise tibial dorsal com processo cuneiforme a 1/3 do ápice (fig. 65). Descrição. Macho (holótipo). Carapaça alaranjada com faixas paramedia- nas cinzentas distintas. Região cefálica e queliceras marrom-avermelhadas. Lä- minas maxilares e lábio alaranjados. Esterno amarelado. Pernas amarelas, mais escuras junto às articulações. Abdômen amarelado, com algumas linhas cinzen- tas transversais irregulares. Comprimento total 6,10. Carapaça: comprimento 2,85, maior largura 2,15, espessura 0,92. Clipeo: altura 0,12, igual a 4/5 do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,70 e posterior 0,90. QOM: comprimento 0,42, largura anterior 0,35, largura posterior 0,46. Diâmetros: OMA 0,15, OLA 0,17, OMP 0,16, OLP 0,15. Interdistâncias: OMA-OMA separados por 1/3 de seu diâmetro (0,05), OMA- OLA por 1/4 do diâmetro dos OMA (0,04), OMP-OMP por pouco menos que 3/4 do seu diâmetro (0,13), OMP-OLP por 3/4 do diâmetro dos OMP (0,12) e OLA-OLP por menos que 1/3 do diâmetro dos OLA (0,05). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 51 Queliceras: comprimento 0,85, com 8 denticulos na retromargem e 5 dentes na promargem, os dois últimos, a partir da garra, maiores e interligados na base. Abdômen: comprimento 3,35, largura 1,75. Espiráculo traqueal distando 0,55 do sulco epigástrico e 1,65 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 2,80, patela 1,20; tíbia 3,00; metatarso 2,65; tarso 1,55; total 11,20; II - 2,30; 1,00; 2,15; 1,95; 1,20; 8,60; III - 1,80; 0,80; 1,35; 1,70; 0,85; 6,50; IV - 2,65; 1,05; 2,25; 2,75; 1,00; 9,70. Espinulação: pernas I - tíbia v2-2-2, p0-1-0, r0; metatarso v2-0-0, p1-0-1, r0; II - tíbia v2-2-2, p1-1-0, r0; metatarso v2-0-0, p1-0-0, r0-0-1; III-IV - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1. Palpo: (figs. 64-65). Fêmea: desconhecida. Distribuição geográfica. Rio Grande do Sul, Brasil (fig. 171). Material-tipo. Parátipo: BRASIL. Rio Grande do Sul: Guaíba, 1 &! MCN 18004, 1.1.1989, A.B. Bonaldo leg. (rede de varredura). Aysha lagenifera (Mello-Leitäo, 1944), comb. n. (Figs. 71, 72, 168) Teudis lageniferus MELLO-LEITÃO, 1944:318, 360,361 (holótipo fêmea MLP 16125, Guayracá, Ti- gre, Buenos Aires, Argentina, A. Prosen leg., examinado); ROEWER, 1954:549; ARROZPIDE, 1986:7. Anypphaena birabeni MELLO-LEITÃO, 1944:317, 354, 355 (holótipo fêmea imaturo MLP 16095, La Plata, Buenos Aires, Argentina, M. Biraben leg., examinado); ROEWER, 1954:524; ARROZ- PIDE, 1986:4. Syn. n. Sinonímia. MELLO-LEITÃO (1944) descreve Anyphaena birabeni sobre um espécime jovem e Teudis lageniferus sobre uma fêmea adulta. Examinando os tipos constatou-se que são da mesma espécie. Atendendo ao que prescreve o CO- DE INTERNATIONAL DE NOMECLATURE ZOOLOGIQUE (1985), em seu artigo 24 e na qualidade de primeiro revisor, fixa-se o nome lageniferus, como designativo do táxon, face a descrição ter sido feita sobre um espécime adulto, considerando-se A. birabeni como sinônimo de T. lageniferus. Diagnose. A fêmea de A. lagenifera distingue-se das demais espécies do sub- grupo por apresentar átrio do epígino mais largo do que longo e placas epiginais grandes (fig. 71). Descrição. Fêmea (holótipo). Carapaça alaranjada com as faixas parame- dianas marrom-escuras. Queliceras marrom-avermelhadas. Lábio marrom na base e amarelado no ápice. Lâminas maxilares alaranjadas. Esterno amarelado e cin- za nas bordas. Pernas alaranjadas, manchadas de marrom-escuro. Abdômen pardo com duas manchas dorsais escuras na região anterior, uma irregular no centro e uma triangular junto ao tubérculo anal (fig. 72). Comprimento total 6,90. Carapaça: comprimento 2,75, maior largura 2,20, espessura 2,00. Clípeo: altura 0,12 igual ao diâmetro dos OMA. Olhos: fila ante- rior 0,77 e posterior 1,02. QOM: comprimento 0,41, largura anterior 0,35, largu- ra posterior 0,47. Diâmetros: OMA 0,12, OLA 0,16, OMP 0,16, OLP 0,17. Inter- distâncias: OMA-OMA separados por 2/3 do seu diâmetro (0,08), OMA-OLA pela metade do diâmetro dos OMA (0,06), OMP-OMP por seu diâmetro (0,15), OMP-OLP pelo diâmetro dos OMP (0,17) e OLA-OLP por 2/3 do diâmetro dos OLA (0,11). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 52 BRESCOVIT Queliceras: comprimento 1,37, com 7 denticulos na retromargem e 4 dentes na promargem, os dois últimos, a partir da garra, maiores. Abdômen: compri- mento 4,15, largura 2,85. Espiráculo traqueal distando 0,75 do sulco epigástrico e 1,50 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 2,20; patela 1,10; tíbia 2,00; metatarso 1,80; tarso 1,05; to- tal 8,15; II - 1,90; 0,95, 1,60; 1,60; 0,80; 6,85; III - 1,50; 0,85; 1,10; 1,40; 0,60; Ss 45212 22.052 150027 15757127230:0/757 "7:85:70 Espinulação: pernas tíbia v2-2-1, p0-1-0, r0; metatarso v2-0-0, p0-1-1, r0-1-1; II - tíbia v2-2-1, p0-1-0, r0; metatarso v2-0-0, p0-1-1, r0-0-1; III - tíbia vl-1-2, p1-1-0, rl-1-0; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; IV - tíbia v2-2-2, pl-1-0, rl-1-0; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1. Epi- gino: (fig. 71). Macho desconhecido. Distribuição geográfica. Argentina (fig. 168). Aysha vacaria, sp. n. (Figs. 73, 168) Holótipo fêmea, MCN 11433, Vacaria, Rio Grande do Sul, Brasil, 14.1.1974, A.A.Lise leg. Etimologia. O nome específico é um substantivo e refere-se à localidade-tipo. Diagnose. A. vacaria é próxima de A. pirassununga, difere por apresentar conspícua lamela entre as placas epiginais e placas-guia alargadas junto à base das placas epiginais (fig. 73). Descrição. Fêmea (holótipo). Carapaça alaranjada, com região cefálica mais escura. Faixas paramedianas marrons. Quelíceras laranja-escuras. Lâminas ma- xilares, pernas, lábio e esterno alaranjados. Pernas esparsamente pontilhadas de marrom-escuro. Abdômen cinza-claro, com algumas manchas escuras. Fiandei- ras marrom-claras. Comprimento total 6.90. Carapaça: comprimento 2,90, maior largura 2,25, espessura 1,70. Clípeo: altura 0,12, correspondendo a 3/4 do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,71 e posterior 0,93. QOM: comprimento 0,42, largura ante- rior 0,37, largura posterior 0,46. Diâmetros: OMA 0,16, OLA 0,15, OMP 0,13, OLP 0,18. Interdistâncias: OMA-OMA separados por pouco menos que 1/3 de seu diâmetro (0,06), OMA-OLA por 1/3 do diâmetro dos OMA (0,05), OMP- OMP por um diâmetro e 1/4 dos OMP (0,18), OMP-OLP por pouco mais que o diâmetro dos OMP (0,15) e OLA-OLP pela metade do diâmetro dos OLA (0,07). Quelíceras: comprimento 1,45, com 8 dentículos na retromargem e 5 dentes na promargem, o quarto, a partir da garra maior. Abdômen: comprimento 4,00, largura 2,20. Espiráculo traqueal distando 0,55 do sulco epigástrico e 1,90 da ba- se das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 2,55; patela 1,15: tíbia 2,50; metatarso 2,55; tarso 1,40; to- tall 10,155 11 22,25:21,055.2,0521,70:71,055:8,10:711221:60;.0,855130218 54095: 6,05; IV - 2,40; 1,05; 2,25; 2,65; 0,89; 9,24. Espinulacäo: pernas I - tibia v2-2-2, p0-0-1, r1-0-0, metatarso v2-0-0, p1-0-1, r0-0-1; II - tíbia v2-2-2, p1-1-0, r0; meta- tarso v2-0-0, p0-1-0, r0-0-1; III - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; IV - tíbia vl-2-2, pl-1-1, rl-1-1; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1. Epigino: (fig. 73). Macho: desconhecido. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 53 Distribuição geográfica. Rio Grande do Sul, Brasil (fig. 168). Subgrupo tertulia Diagnose. O subgrupo tertulia é integrado pelas espécies cujos machos apre- sentam apófise média com ápice espatulado e lamela tibial reduzida (figs. 77, 80, 83, 86); apófise tibial dorsal muito curta e processo tibial basal bifido (figs. 78, 81, 84, 87). Conhece-se apenas a fêmea de A. tertulia, com placas epiginais contíguas às placas-guia e átrio de forma triangular de ápice posterior (fig.74), internamente os ductos dos receptáculos seminais apresentam uma volta basal (12475): Chave para as espécies do subgrupo tertulia. F; Machos com äpice da apöfise media espatulado com borda estreita (fig. 77); processo tibial basal com duas curtas proeminências (fig. 78). Fê- mea com placas epiginais contíguas às placas-guia; átrio do epígino trian- eular comiápice posterior (dis: TA) Lens sasrse dedeBa so adS A. tertulia Machos com ápice da apófise média espatulado com borda larga (figs. 80, 83, 86); processo tibial basal com destacadas proeminências (figs. 81, CER DRE et ee O fita SE aa 2 2(1). Apófise tibial dorsal sinuosa e projetada lateralmente (fig. 80); processo tibial basal formado por uma curta projeção (figs. 79, 81) ....... A. bonaldoi Apófise tibial dorsal não projetada, processo tibial basal com projeções de DUELO na: QUES: SAN scan E as e jeata io aceänege é Eta eier a 3 3(2). Processo tibial basal com projeções longas (fig. 84) .......... A. chicama Processo tibial basal com projeções curtas (fig. 87) ............ A. yacupoi Aysha tertulia, sp. n. (Figs. 74-78, 173) Holótipo macho e parátipo fêmea MCN 12740, Rincão dos Kroeff, São Fran- cisco de Paula, Rio Grande do Sul, Brasil, 05.1.1985, A.A. Lise leg. Etimologia. O nome específico em aposição é um termo regional, designa- do aos bailes familiares do interior do Rio Grande do Sul. Diagnose. A. tertulia difere das demais espécies do subgrupo pelos machos apresentarem apófise média de ápice espatulado com borda estreita e tégulo com projeção apical (fig. 77) e processo tibial basal com duas proeminências pouco acentuadas (fig. 78); a fêmea distingue-se das demais espécies do grupo prospera pelas placas epiginais contíguas às placas-guia e átrio do epígino triangular com ápice posterior (fig. 74). Descrição. Macho (holótipo). Carapaça laranja-clara, brilhante, com faixas paramedianas cinzentas. Quelíceras marrons. Lâminas maxilares esterno e lábio laranja-claros. Pernas alaranjadas. Abdômen amarelo, com três pares de man- IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 54 BRESCOVIT chas cinzentas, irregulares, um par na regiäo anterior do dorso, um par no centro e um par posterior. Comprimento total 4,75. Carapaça: comprimento 2,25, maior largura 1,75, espessura 0,75. Clipeo: altura 0,06, equivalendo a 2/3 do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,55 e posterior 0,78. QOM: comprimento 0,38, largura an- terior 0,22, largura posterior 0,41. Diâmetros: OMA 0,09, OLA 0,15, OMP 0,13, OLP 0,13. Interdistâncias: OMA-OMA separados por 2/3 de seu diâmetro (0,06), OMA-OLA por 1/3 do diâmetro dos OMA (0,03), OMP-OMP por pouco menos que seu diâmetro (0,12), OMP-OLP por 1/3 do diâmetro dos OLA (0,11) e OLA- OLP por 1/3 do diâmetro dos OLA (0,05). Queliceras: comprimento 1,90, com 6 dentículos na retromargem e 5 dentes na promargem, os três últimos, a partir da garra, maiores e interligados na base. Abdômen: comprimento 2,60, largura 1,40. Espiráculo traqueal distando 0,50 do sulco epigástrico e 0,95 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 2,10; patela 0,90; tíbia 2,30, metatarso 2,00; tarso 1,05; total 8,35; II - 1,75; 0,85; 1,60; 1,40; 0,65; 6,25; III - 1,30; 0,65; 0,85; 1,20; 0,50; 4,50; IV - 2,00; 0,70; 1,55; 2,15; 0,60; 7,00. Espinulacäo: pernas I - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-0; metatarso v2-0-0, p1-0-0, r0; II - tíbia v2-2-2, p1-1-1, rl-1-0; metatar- so v2-0-0, p1-0-0, r0; III-IV - tíbia v 1 ou 2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; metatarso vl ou v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1. Palpo: (figs. 76-78). Fêmea (mesmo local do macho). Coloração como a do macho. Comprimento total 6,20. Carapaça: comprimento 2,35, maior largura 1,90, espessura 0,80. Clípeo: altura 0,07, equivalente a 2/3 do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,64 e posterior 0,86. QOM: comprimento 0,40, largura an- terior 0,27, largura posterior 0,45. Diâmetros: OMA 0,10, OLA 0,16, OMP 0,13, OLP 0,13. Interdistâncias: OMA-OMA separados por pouco mais que a metade de seu diâmetro (0,06), OMA-OLA pela metade do diâmetro dos OMA (0,05), OMP-OMP por seu diâmetro (0,13), OMP-OLP por pouco mais que o diâmetro dos OMP (0,15), OLA-OLP por pouco menos que a metade do diâmetro dos OLA (0,07). Queliceras: comprimento 1,05, com 6 dentículos na retromargem da queli- cera esquerda e 7 na direita e 5 dentes na promargem, o quarto, a partir da garra, maior e interligados na base ao terceiro. Abdômen: comprimento 4,00, largura 2,45. Espiráculo traqueal distando 0,60 do sulco epigástrico e 1,80 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 2,00 patela 0,95; tíbia 1,85; metatarso 1,55; tarso 0,85; to- tal 7,20; II - 1,70; 0,85; 1,50; 1,30; 0,70; 6,05; III - 1,30; 0,75; 0,95; 1,20; 0,55; 4,75; IV - 1,95; 0,80; 1,60; 1,90; 0,60; 6,85. Espinulação: difere da do macho nas pernas I - tíbia p1-1-0, r0-1-0; metatarso p0; II - tíbia p1-1-0, r0. Epígino: (figs. 714, 75). Variação: comprimento (10 machos): total 4,75-5,40; carapaça 2,10-2,80; fê- mur I 2,05-2,35; denticulos da retromargem 5-7; (10 fêmeas): total 5,20-7,10, ca- rapaça 2,30-2,75; fêmur I 1,85-3,10; denticulos na retromargem 6-7. Coloração do abdômen intergradada desde o salpicado até totalmente cinza. Distribuição geográfica. Sudeste e sul do Brasil e norte da Argentina (fig. 173). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 55 Material-tipo. Parätipos: BRASIL. Säo Paulo: Salesöpolis (Boraceia), 1 9, MZSP 9820, 10.X1.1960, K. Lenko leg.; Paraná: Guarapuava, 1 dl 9, MHCI 6503, 28.1X.1987, Profaupar leg.; Curitiba (Sítio Jakobi), 1 &1 9, MCN 9129, 31.X11.1988, A. Yamamoto leg.; Rio Grande do Sul: São Francisco de Paula, 1 & MACN 8741 (ex MCN 17342), 22.1.1981, A.A. Lise leg.; (Rincão dos Kroeff), 2 &'1 q, MCN 18130, 5.1.1985, A.A. Lise leg.; Iraí, 1 d} MCN 3088, 18.X1.1975, A.A. Lise leg.; 1 & MZS 10191 (ex MCN 13402), 21.X1.1975, A.A. Lise leg.; Canela. 1 &2 9, MCN 8104, 5.11.1970, A.A. Lise leg.; Taquara, 2 9, MZSP 10134, 19.X.1969, P. Biasi leg.; ARGENTINA. Misiones: Parque Nacional del Iguazú, 2 9, MACN 8738, VI1.1985, M. Ramirez leg. Material adicional: BRASIL. São Paulo: Amparo, Monte Alegre do Sul (Fazenda Santa Maria), 1 9 MZSP 10133, 27-31.XI1.1942, B.A.M. Soares leg.; Paraná: Jundiaí do Sul (Fazenda Monte Ver- de), 1 MCN 17259, 23.X1.1987, A.D. Brescovit leg.; Rio Branco do Sul, 1 9 MCN 17260, 16.1V.1987, A.D. Brescovit leg.; Guarapuava, 2 9 MCN 18131 (ex CIIF), 6.X.1986; 5 &'4 9 MCN 18132 (ex CIIF), 27.X.1986; 1 q MCN 18133 (ex CIIF), 5.X.1987; 2 &'5 9 MHCI 6501 (ex CIIF), 13.X.1986; 1 #1 MHCI 6504 (ex CIIF), 12.1.1987; 1 81 9 MHCI 6502 (ex CIIF), 20.X.1986; 1 3 MHCI 6505 (ex CIIF), 27.1V.1987, 1 SMHCI 6506 (ex CIIF), 26.1.1987; Profaupar leg.; Curitiba, | 9 MCN 9295, 3.11.1976; 2 MCN 9147, 20.X11.1978; (Sítio Jakobi), 3 $MCN 9117, 26.X1.1979, 3 df 9 MCN 9125, 4.X1.1978; 8 d'4 q MCN 9131, 25.X1.1978; 2 d'l 9 MCN 9140, 2.X1.1978, A. Yamamoto leg.; Rio Grande do Sul: Iraí, 1 & MCN 13402, 21.X1.1975, A.A. Lise leg.; Nonoai (Reserva Florestal Estadual de No- noai), 1 Q MCN 12835, 14.1.1985, A.A. Lise leg; Tenente Portela, 1 9 MCN 8388, 29.X1.1978, H. Bischoff leg.; (Parque Estadual do Turvo), 1 9 MCN 8952, 4-6.11.1980, A.A. Lise leg.; Bom Jesus (Mato Assombrado), 1 q MCN 17097, 21.X11.1987, A.B. Bonaldo leg.; Caxias do Sul (Vila Oliva), 1 & MCN 2001, 15.1.1974, F. Meyer leg.; 1 9 MCN 4112, 15.1.1976, P.A. Buckup leg.; Canela, 19 MCN 729, 6.111.1966, A.A. Lise leg.; 19 MCN 13875, 16.11.1972, A.A. Lise leg.; Sobradinho, 19 MCN 10944, 10.1.1985, A.A. Lise leg.; Triunfo, 1 q MCN 6966, 20.X.1977, H. Bischoff leg.; Guaiba (Estação Experimental da UFRGS), 1 q MCN 14063, 3.1.1974, A.A. Lise leg.; Caçapava do Sul, 1 q MCN 17963, 26.X1.1988, M.T. Mallmann leg.; Rio Grande (Estação Ecológica do Taim), 1 o) MCN 13925, 19 MCN 13930, 28.X1.1985, H.A. Gastal leg.; 1 9 MCN 13962, 17.X.1985, E.H. Buckup leg.; Santa Vitória do Palmar (Estação Ecológica do Taim), 1 9 MCN 14104, 26.X1.1985, M.A.L. Marques leg.; 1 2 MCN 16158, 3.X11.1986, A.D. Brescovit leg. Aysha bonaldoi, sp. n. (Figs. 79-81, 169) Holótipo macho MCN 17843, Canela, Rio Grande do Sul, Brasil, 3-4.X1.1988, A.B. Bonaldo leg. Etimologia. O nome específico é uma patronímico, ao coletor do espécime-tipo. Diagnose. A. bonaldoi é próxima de A. chicama e de A. yacupoi, das quais os machos diferem por apresentar apófise tibial dorsal sinuosa, projetada late- ralmente, e processo tibial basal formado por uma curta projeção (figs. 80, 81). Descrição. Macho (holótipo). Carapaça amarela, com as faixas paramedia- nas negras. Quelíceras marrons. Lâminas maxilares e lábio alaranjados. Esterno e coxas brancos. Demais artículos das pernas amarelados, com os ápices negros. Abdômen marrom-avermelhado, com uma faixa dorsal mediana, longitudinal, que se estende até pouco antes do tubérculo anal. Comprimento total 6,20. Carapaça: comprimento 3,10, maior largura 2,35, espessura 1,00. Clípeo: altura 0,09, igual a 3/4 do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,69 e posterior 0,91. QOM: comprimento 0,29, largura anterior 0,46, largura posterior 0,43. Diâmetros: OMA 0,12, OLA 0,18, OMP 0,15, OLP 0,18. Interdistâncias: OMA-OMA separados pela metade de seu diâmetro (0,06), OMA- OLA por pouco menos que a metade do diâmetro dos OMA (0,05), OMP-OMP IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 s6 BRESCOVIT por seu diämetro (0,15), OMP-OLP por 4/5 do diämetro dos OMP (0,12) e OLA- OLP por 1/3 do diämetro dos OLA (0,06). Queliceras: comprimento 1,32, com 7 dentículos na retromargem e 5 dentes na promargem, os três últimos, a partir da garra, maiores e interligados na base. Abdômen: comprimento 3,10, largura 2,05. Espiráculo traqueal distando 0,55 do sulco epigástrico e 1,20 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 2,45; patela 1,05; tíbia 2,45; metatarso 2,10; tarso 1,05; to- tal 9,10; II - 2,25; 1,10; 2,05; 1,80; 0,85; 8,05; II - 1,85; 0,90: 1,20:1/50:0/55; 6,00; IV - 2,40; 0,95; 1,85; 2,60; 0,75; 8,55. Espinulação: pernas I - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-0; metatarso v2-0-0, p1-0-0, r0; II - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-0; metatar- so v2-0-0, p1-0-0, r0; III-IV - tíbia v2-2-2, pl-1-0, rl-1-0; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1. Palpo: (figs. 79-81). Fêmea: desconhecida. Distribuição geográfica. Rio Grande do Sul, Brasil (fig. 169). Aysha chicama, sp. n. (Figs. 82-84, 174) Holótipo macho MCN 17744, Morro Reuter, Nova Petrópolis, Rio Grande do Sul, Brasil, 7.X.1967, A.A. Lise leg. Etimologia. O nome específico é uma combinação arbitrária de letras. Diagnose. O macho de A. chicama é próximo ao de A. yacupoi, mas difere por apresentar processo tibial basal com projeções longas (fig. 84). Descrição. Macho (holótipo). Carapaça amarelo-clara, com as faixas para- medianas escuras. Quelíceras, lâminas maxilares e lábio laranja-claros. Esterno amarelado com as bordas mais escuras. Pernas amareladas. Abdômen esbran- quiçado, com estrias cinzentas percorrendo as laterais e região posterior; no dor- so, com faixa branca longitudinal, que se alarga na região posterior formando um losango. Comprimento total 5,50. Carapaça: comprimento 2,60, maior largura 1,95, espessura 0,92. Clípeo: altura 0,08, pouco menor que o diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,59 e posterior 0,78. QOM: comprimento 0,38, largura anterior 0,26, largura posterior 0,41. Diâmetros: OMA 0,10, OLA 0,16, OMP 0,14, OLP 0,15. Interdistâncias: OMA-OMA separados por pouco mais que a metade de seu diä- metro (0,06), OMA-OLA pela metade do diâmetro dos OMA (0,05), OMP-OMP por seu diâmetro (0,15), OMP-OLP por 4/5 do diâmetro dos OMP (0,12) e OLA- OLP por 1/3 do diâmetro dos OLP (0,06). Quelíceras: comprimento 1,05, com 7 dentículos na retromargem e 5 dentes na promargem, o segundo e o terceiro, a partir da garra, maiores e interligados na base. Abdômen; comprimento 3,05, largura 1,60. Espiráculo traqueal distan- do 0,55 do sulco epigástrico e 1,05 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 2,25; patela 0,95; tíbia 2,15; metatarso 2,20; tarso 1,45; to- tal 9,00; II - 2,10; 0,90; 1,90; 1,80; 0,90; 7,60; III - 1,65; 0,80; 1,10; 1,55; 0,60; 5,70; IV - 2,35; 1,15; 2,00; 2,35; 0,70; 8,55. Espinulação: pernas I - tíbia v2-2-2, pl-I-1, rl-1-1; metatarso v2-0-0, p0-1-1, r0-1-1; II - tíbia v2-2-2, p1-1-0, rl-1-0; meta- tarso v2-0-0, p0-1-1, r0-1-1; III - tíbia v0-2-2, p0-1-1, r0-1-1; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; IV - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1. Palpo: (figs. 82-84). Fêmea: desconhecida. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 57 Distribuição geográfica. Rio Grande do Sul, Brasil (fig. 174). Material-tipo. Parätipo: BRASIL. Rio Grande do Sul: Triunfo, 1 0 MCN 19041, 28.X.1989, A.D. Brescovit leg. Aysha yacupoi, sp. n. (Figs. 85-87, 174) Holótipo macho MACN 8739, Yacú-Poi, Misiones, Argentina, X.1954, Or- fila leg. Etimologia. O nome específico é um substantivo e refere-se à localidade-tipo. Diagnose. O macho de A. yacupoi é próximo de A. chicama mas difere por apresentar processo tibial basal com projeções curtas (figs. 87). Descrição. Macho (holótipo). Cefalotórax laranja, de declive posterior marrom-escuro. Lábio laranja-escuro. Pernas alaranjadas. Abdômen amarelado, com mancha marrom-escura no declive anterior, junto ao pedicelo, dorsalmente manchado de cinza, mais claro nas laterais. Comprimento total 5,60. Carapaça: comprimento 2,55, maior largura 1,90, espessura 0,67. Clípeo: altura 0,06, igual a metade do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,60 e posterior 0,79. QOM: comprimento 0,35, largura anterior 0,25, largura posterior 0,42. Diâmetros: OMA 0,12, OLA 0,16, OMP 0,15, OLP 0,15. Interdistâncias: OMA-OMA separados por 2/3 de seu diâmetro (0,04), OMA- OLA por 2/3 do diâmetro dos OMA (0,04), OMP-OMP por 2/3 de seu diâmetro (0,11), OMP-OLP por pouco menos que 2/3 do diâmetro dos OMP (0,08) e OLA- OLP por 1/3 do diâmetro dos OLA (0,05). Queliceras: comprimento 1,07, com 7 denticulos na retromargem e 5 dentes na promargem, o terceiro, a partir da garra, maior. Abdômen: comprimento 3,10, largura 1,90. Espiráculo traqueal distando 0,50 do sulco epigástrico e 1,35 da ba- se das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 2,50; patela 1,10; tíbia 2,80; metatarso 2,65; tarso 1,30; to- fal 1095: 11 =-2,15:0:95:2:00; 1,85; 1,00: 7,95; III - 1,85; 0,85: 1,25; 1,55; 0,60; 6,10; IV - 2,60; 0,95; 2,05; 2,60; 0,75: 8,95. Espinulação: pernas I - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-0; metatarso v2-0-0, p1-1-1, r1-0-1; II - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; meta- tarso v2-0-0, p0-i-1, r0-1-1; III - tíbia v2-1-2 (direita) - 1-2-2 (esquerda), pl-1-1, rl-1-1; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; IV - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1. Palpo : (figs. 85-87). Fêmea: desconhecida. Distribuição geográfica. Sul do Brasil e Argentina (fig. 174). Material-tipo. Parátipos: BRASIL. Paraná: Curitiba, 1 o? MHCI 5026; 1 df MCN 18790 (ex MHCI 5026), X11.1967, E. Rosal leg. Subgrupo borgmeyeri Diagnose. O subgrupo borgmeyeri contém A. borgmeyeri e A. ericae. Estas espécies apresentam metatarsos I e II com dois pares de espinhos ventrais. Os machos têm o êmbolo de ponta bífida, apófise tibial dorsal curta, com ápice afi- lado e processo tibial basal com várias projeções (figs. 88, 92, 150, 159). As fê- meas apresentam epígino com átrio mais largo que alto, com as placas epiginais reduzidas em A. ericae (figs. 94, 157), e muito afastadas em A. borgmeyeri (fig. 90). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 58 BRESCOVIT Aysha bormeyeri (Mello-Leitäo, 1926), comb. n. (Figs. 88-91, 163) Teudis borgmeyeri MELLO-LEITÃO, 1926:9-10, figs. 7,8 (sintipos macho e fêmea, MNRJ 643, Pe- trópolis, Rio de Janeiro, Brasil, examinados); ROEWER, 1954:547; BONNET,1959:4365. Designa-se lectótipo macho e paralectótipo fêmea. Aysha hirsuta MELLO-LEITÃO, 1942:421-422, fig.51 (holótipo macho imaturo MLP 15575, de Ata- misqui, Santiago del Estero, Argentina, XI. 1940, Abalos leg., examinado); ROEWER, 1954:532; ARROZPIDE, 1986:5. Syn. n. Nota. A. hirsuta foi descrita originalmente sobre uma fêmea. Examinando o tipo constatou-se que se trata de um macho imaturo. O padrão característico do dorso do abdômen apresentado pelo holótipo permitiu a sinonímia com T. borgmeyeri. Diagnose. A. borgmeyeri difere de A. ericae pelo bulbo do palpo do macho sem projecäo tegular (fig. 88) e processo tibial basal desenvolvido, com acentua- das projeções (fig. 89); a fêmea, pelas placas epiginais muito afastadas e átrio do epígino rugoso (fig. 90). Descrição. Macho (Canela, Rio Grande do Sul). Carapaça alaranjada, com faixas paramedianas claras, pouco nítidas. Quelíceras, lâminas maxilares e lábio laranja-escuros. Pernas e esterno amarelos, sem manchas. Abdômen esbranqui- çado, dorsalmente com duas manchas negras, medianas, e o restante pontilhado de marrom. Comprimento total 6,50. Carapaça: comprimento 3,00, maior largura 2,35, espessura 1,00. Clípeo: altura 0,06, pouco maior que a metade do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,69 e posterior 0,90. QOM: comprimento 0,39, lar- gura anterior 0,31, largura posterior 0,47. Diâmetros: OMA 0,10, OLA 0,17, OMP 0,17, OLP 0,17. Interdistâncias: OMA-OMA separados por pouco mais que a me- tade de seu diâmetro (0,07), OMA-OLA pela metade do diâmetro dos OMA (0,05), OMP-OMP por pouco menos que seu diâmetro (0,15), OMP-OLP por 2/3 do diâmetro dos OMP (0,12) e OLA-OLP por 1/3 do diâmetro dos OLA (0,05). Queliceras: comprimento 1,40, com 6 denticulos na retromargem e 4 dentes na promargem, o terceiro, a partir da garra, maior e interligado ao quarto na base. Abdômen: comprimento 3,65, largura 1,10. Espiráculo traqueal distando 0,60 do sulco epigástrico e 1,55 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 3,55; patela 1,55; tíbia 3,90; metatarso 3,75; tarso 1,80; total 14,55; II - 2,80; 1,25; 2,80; 2,65; 1,20; 10,70; III - 2,35; 1,05; 1,85; 2,10; 0,80; 8,15; IV - 3,00; 1,10; 2,80; 3,45; 1,00; 11,35. Espinulação: Pernas I - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; metatarso v2-2-0, p1-0-0, r0-1-0; II - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; meta- tarso v2-2-0, pl-0-0, r0-1-1; III - tíbia v2-2-2, pl-1-0, rl-1-0; metatarso v2-2-2, pl-I-1, rl-1-1. IV - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1. Palpo: (figs. 89,90). Fêmea (mesmo local). Coloração como a do macho. Comprimento total 7,40. Carapaça: comprimento 3,40, maior largura 2,50, espessura 0,95. Clípeo: altura 0,10, equivalente a 1/3 do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,81 e posterior 1,10. QOM: comprimento 0,45, largura ante- rior 0,35, largura posterior 0,54. Diâmetros: OMA 0,14, OLA 0,19, OMP 0,18, IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 59 OLP 0,17. Interdistäncias: OMA-OMA separados por 2/3 de seu diämetro (0,09), OMA-OLA por 1/3 do diämetro dos OMA (0,05), OMP-OMP por pouco mais que seu diâmetro (0,21), OMP-OLP por pouco menos que o diâmetro dos OMA (0,17) e OLA-OLP por pouco mais que a metade do diâmetro dos OLA (0,10). Queliceras: comprimento 1,55 com forma e dentição igual a do macho. Ab- dômen: comprimento 4,50, largura 2,70. Espiráculo traqueal distando 0,75 do sulco epigástrico e 2,05 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 3,35; patela 1,45; tíbia 3,35; metatarso 3,30; tarso 1,30; £9r41.12.75°11- 2,70: 1,15; 2,55: 2,50; 1,00; 9,90; III - 2,10; 1,10; 1,60; 2,00; 0,85: 7,65; IV - 3,00; 1,20; 2,55; 3,20; 0,95; 10,90. Espinulação: difere da do macho nas pernas: I - tíbia r0-1-0; II - tíbia p1-1-0, r0-1-0; metatarso p1-0-1. Epígino: (figs. 90, 91). Variação: comprimento (10 machos): total 5,60 - 7,30; carapaça 2,65 - 3,30;, fêmur 1 2,35 - 4,15; dentículos da retromargem 6-7; (10 fêmeas): total 6,30 - 8,70; carapaça 2,85 - 3,65; fêmur I 2,50 - 4,60; dentículos da retromargem 6 - 8. Distribuição geográfica. Sudeste e sul do Brasil e norte da Argentina (fig. 163). Material examinado. BRASIL. Rio de Janeiro: Petrópolis, | q ZMH, 3.1X.1905, Fr. Ohaus leg.; São Paulo: São José do Barreiro (Serra da Cocaia), 1 #2 9 MZSP 9817, 4-7.X1.1967, M. Alvarenga leg.; Campos do Jordão, 2 & MZSP 9780, 15.XI1.1944, 1 q MZSP 9839, 3.1.1948, 1 q MZSP 10139, 21.XII.1944, F. Lane Leg.; 1 & AMNH, XI1.1963, Oliveira e Seabra leg.; Amparo, Monte Alegre do Sul (Fazenda Santa Maria), 1 #MZSP 10146, 27-31.XI1.1942, B.A.M. Soares leg.; Ubatuba (Praia da Sununga), 1 @MCN 17358, A.B. Bonaldo leg.; São Paulo, 1 fMZSP 9830, 1944, (Engenheiro Marcilac, Km 48), 1 MZSP 9833, 20.X1.1960, P.Biasi leg.; (Horto Florestal), 1 f'MZSP 10140, X11.1943, F. Lane leg.; Caraguatatuba, 1 q MZSP 10137, 15.11.1942, B.A.M. Soares leg,; Ilhabela (Ilha de Búzios), 1 q MZSP 3851, 23-28.111.1964, 1 & MZSP 9818, 16.X.1963; (Ilha Vitória), 1 !MZSP 9773, 1965; 1 AMZSP 9798, 5.1V.1965, Exp. Depto Zoologia MZSP leg.; São Sebastião (Barra do Rio Una), 1 q MZSP 10138, 3.V1.1961, K. Lenko leg.; Juquiá (Fazenda Poço Grande), 1 9 MZSP 9843, 21-26.V111.1949, F. Lane leg.; Paraná: Ponta Grossa (Vila Velha), 2 & MHCI 6495 (ex CIIF), 22.X11.1986, 1 q MHCI 6496 (ex CIIF), 5.1.1987; 1 &MCN 18125 (ex CIIF), 15.X11.1986; 1 AMCN 18126 (ex CIIF), 29.X11.1986, Profaupar leg.; Guarapuava, | qMHCI 6497 (ex CIIF), 2.11.1987, Pro- faupar leg., coletados em armadilha malaise; (Estância Santa Clara), 2 #1 q MCN 17264, A.D. Bres- covit leg.; Curitiba (Sítio Jakobi), 1 q MCN 17249, 31.X11.1978, A. Yamamoto leg.; Matinhos (Praia de Caiobá), 1 MHCI 3106, 11.1986, R. Lange leg.; 1 AMHCI 1041, VI.1944, Hertel leg.; Paranaguá, Ilha do Mel (Fortaleza), 1 9 MEN 21060,11.X11.1988; 1 A MCN 21059, 9.X.1988, R. Dutra leg.; (Praia Grande), 1 9 MCN 21061, 12.11.1988, R. Dutra leg.; (Restinga), 1 q, MZSP, 17.111.1989, S. Caron leg.; (Figueira), 2 q MZSP, 14.1V.1989, S. Caron leg.; Rio Grande do Sul: Esmeralda (Estação Ecoló- gica de Aracuri), 2 1 q MCN 8455, 13.X11.1978, C.J. Becker leg.; Carazinho, 2 #1 q MCN 8651, 10.X1.1979; 19 MCN 17233, 10.X1.1979, H. Bischoff leg.; Machadinho, 1 q MCN 18238, 8-14.11.1989, A.B. Bonaldo leg,: São Francisco de Paula (Rincão dos Kroeff), 1 & 1 q MCN 12737, 5.1.1985, A.A. Lise leg.; (Cazuza Ferreira), 19 MCN 925, 24.111.1973, A.A. Lise leg.; Canela, 1 q MCN 208, 11.1.1966; 3) 109 MCN 2053, 31.X11.1973, 1 q MCN 3778, 26.X11.1975, 2 9 MCN 3847, 20.11.1976; 1 AMCN 3868, 26.X11.1975; 1 9 MCN 13404, 26.X11.1974; 1 9 MCN 13876, 16.11.1972, A.A. Lise leg.; Nova Petröpolis, 1 9 MCN 17232, 7.1V.1975, A.A. Lise leg.; Novo Hamburgo, 1 Q MCN 12703, 18.X11.1984, C.J. Becker leg.; Rolante, 1 q MCN 8843, 18.X11.1979, C.J. Becker leg.; São Leopoldo, 1 q MCN 11126, 26.X1.1982, 1 q MCN 17316, 12.X11.1983, 1 q MCN 17925, 24.X1.1986, C.J. Becker leg.; Rio Pardo, 1 q MCN 408, 10.11.1969, A.A. Lise leg.; Pelotas, 1 q, AMNH, 16.X11.1959, F. Lane leg.; Rio Grande (Estação Ecológica do Taim), 1 q MCN 16255, 2.X11.1986, E.H. Buckup leg.; ARGENTI- NA. Misiones: Manuel Belgrano, 1 *MACN 8730, X1.1951, M.E. Galiano leg. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 60 BRESCOVIT Aysha ericae, sp. n. (Figs. 92-95, 148-157, 164) Holötipo. Macho, MCN 10712, General Cämara, Rio Grande do Sul, Bra- sil, 16.1X.1982, A.A. Lise leg. Etimologia. O nome específico é uma homenagem à curadora da coleção de aranhas do MCN, Erica Helena Buckup. Diagnose. A. ericae € pröxima de A. borgmeyeri da qual o macho difere por apresentar projecäo tegular (figs. 92, 149-150) e processo tibial basal tripartido, com projeções estreitas (figs. 93,156); e a fêmea pelo epigino oval, com placas epiginais reduzidas (fig. 94,157). Descrição. Macho (holótipo). Carapaça alaranjada, com faixas paramedia- nas mais claras. Quelíceras, lâminas maxilares e lábio laranja-escuros. Esterno laranja-claro. Pernas alaranjadas, pontilhadas de cinza, junto as articulações. Ab- dômen cinza-claro, com mancha branca na região posterior, rodeada de estreitas faixas brancas longitudinais. Comprimento total 6,30. Carapaça: comprimento 2,85, maior largura 2,25, espessura 0,95. Clípeo: altura 0,06, igual a metade do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,69 e posterior 0,91. QOM: comprimento 0,37, largura anterior 0,30, largura posterior 0,45. Diâmetros: OMA 0,12, OLA 0,18, OMP 0,17, OLP 0,17. Interdistâncias: OMA-OMA separados por 3/4 de seu diâmetro (0,09), OMA- OLA por pouco menos que a metade do diâmetro dos OMA (0,05), OMP-OMP por 3/4 de seu diâmetro (0,14), OMP-OLP por pouco mais que 2/3 do diâmetro dos OMP (0,11) e OLA-OLP por 3/4 do diâmetro dos OLA (0,05). Queliceras: comprimento 1,15, com 8 dentículos na retromargem e 4 dentes na promargem, o terceiro, a partir da garra, maior. Abdômen: comprimento 3,65, largura 1,80. Espiráculo traqueal distando 0,60 do sulco epigástrico e 1,65 da ba- se das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 3,25; patela 1,35; tíbia 3,65; metatarso 3,60; tarso 1,65; total 13,50; II - 2,55; 1,10; 2,60; 2,35; 1,10; 9,70; III - 2,00; 0,90; 1,45; 1,90; 0,65; 6,90; IV - 2,85; 1,10; 2,55; 3,40; 0,85; 10,75. Espinulação: pernas I - tíbia v2-2-2, pl-1-0, rl-l-1; metatarso v2-2-0, p0-1-1, r0-1-1; II - tíbia v2-2-2, p1-1-0, rl-1-1; meta- tarso v2-2-0, p0-1-1, r0-1-1, III - tíbia v2-2-2, pl-1-0, rl-1-0; metatarso v2-2-2, pl-I-1, rl-1-1; IV - tíbia, vl-2-2, pl-1-1, rl-1-1, metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1. Palpo: (figs. 92-93, 148-156). Fêmea (General Câmara, Rio Grande do Sul). Coloração como a do macho. Comprimento total 8,60. Carapaça: comprimento 3,25, maior largura 2,45, espessura 1,15. Clípeo: altura 0,09, pouco maior que a metade do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,82 e posterior 1,08. QOM: comprimento 0,37, lar- gura anterior 0,35, largura posterior 0,55. Diâmetros: OMA 0,13, OLA 0,20, OMP 0,17, OLP 0,18. Interdistâncias: OMA-OMA separados por 3/4 de seu diâmetro (0,10), OMA-OLA por pouco menos que a metade do diâmetro dos OMA (0,05), OMP-OMP por seu diâmetro (0,18), OMP-OLP por 2/3 do diâmetro dos OMP (0,13) e OLA-OLP por 1/4 do diâmetro dos OLA (0,05). Quelíceras: comprimento 1,52, com 7 dentículos na retromargem e 4 dentes na promargem, o terceiro, a partir da garra, maior. Abdômen: comprimento 5,45, IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 61 largura 3,30. Espiráculo traqueal distando 0,90 do sulco epigástrico e 2,95 da ba- se das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 3,35; patela 1,40; tíbia 3,65; metatarso 3,45; tarso 1,70; 98410182553 115270: 1,25:2:50::2,35; 1,05; 9,85: IH = 2510; 1,00; 1,45; 1,90: 0,80; RSS IME = 3,05; 1,25;:2,20; 3,15: 1,00; 10,65. Espinulação: difere da do macho na perna: IV - tíbia pl-1-0. Epígino: (figs. 94-95,157). Variação: comprimento (10 machos): total 6,20-6,80; carapaça 2,90-3,35; fê- mur I 3,00-3,70; (10 fêmeas): total 6,20-6,80; carapaça 2,70 - 3,80; fêmur I 2,55-3,70; dentículos da retromargem 6-8, tanto nos machos como nas fêmeas. Distribuição geográfica. Sudeste e sul do Brasil e norte da Argentina (fig. 164). Material-tipo. Parátipos: BRASIL. São Paulo: Rio Claro, 1 9 MZSP 9857, X11.1942, Pe F.S. Pereira leg.; Paraná: Guarapuava, 1 9, MHCI 6486 (ex CIIF), 5.X.1987, Profaupar leg.; 1 & MZSP 10190 (ex CIIF), 27.X.1986, Profaupar leg.; Jundiaí do Sul, 1 #1 [op MHCI 6485 (ex CIIF), 3.X1.1986, Profaupar leg.; Colombo, 1 d! MHCI 6484 (ex CIIF), 3.X.1986, Profaupar leg.; Ponta Grossa (Vila Velha), 1 #1 9, MHCI 6483, 16.11.1987, Profaupar leg.; 1 d'4 9, MCN 18113 (ex CIIF), 10.X1.1986, Profaupar leg.; Curitiba, 6 &'4 9 MEN 17311; 1 Si 9, PMNH, 2.X1.1987, A.D. Brescovit leg.; Rio Grande do Sul: General Câmara, 3 #2 9, MCN 18114, 16.1X.1982, A.A. Lise leg.; 3 d MCN 10702, 16.1X.1982, T. Arigony leg.; 1 q, MCN 10895, 19.X.1982, E.H.Buckup leg.; ARGENTINA. Entre Rios: Ruínas de Santa Ana, 1 &'2 9 MACN 8720, 16.V11.1985, M. Ramirez leg. Material adicional. BRASIL. São Paulo: Amparo, Monte Alegre do Sul, (Fazenda Santa Ma- ria), 19 MZSP 9853, 25.X1.1942, Pe. F.S. Pereira leg.; Salesópolis (Boracéia), 1 & MZSP 12159, 16.X.1968, Rabello leg. (em bromélias, 10m alt.); São Paulo (Parque Agua Funda), 1 9 MZSP 9826, 7.X11.1951, H. Camargo leg.; Paraná: Jundiaí do Sul, 1 d'MCN 18115 (ex CIIF), 6.X.1986; 1 9 MCN 18116 (ex CIIF), 27.X.1986, Profaupar leg.; Colombo, 1 q MCN 18117 (ex CIIF), 24.X1.1986, 1 q MCN 18118 (ex CIIF), 17.X1.1986, Profaupar leg.; 2 9, MCN 21049, 2.X11.1990, A.D. Brescovit & A.B. Bo- naldo leg. (em ninho de vespas); Antonina (Serrinha), | & MHCI 3480, Currial leg.; Ponta Grossa (Vila Velha), 1 9 MHCI 6488 (ex CIIF), 20.X.1986; 2 & MCN 18119 (ex CIIF), 1.X1.1987; 1 9 MHCI 6487 (ex CIIF), 3.X1.1986; 1 9 MCN 18120 (ex CIIF), 17.X1.1986; 1 q MHCI 6489 (ex CIIF), 29.X11.1986, Profaupar leg.; Guarapuava | q MCN 18121 (ex CIIF), 13.X.1986, Profaupar leg.; Curitiba, 1 &MHCI 2121, IV.1942; 1 9 MHCI 2291, IV.1942, Pe J. Moure leg.; (Parque da Cidade), 1 1 9, MCN 21051, 1.X11.1990, A.D. Brescovit leg.; Rio Negro, 1 &'1 9 MNRJ 58158; Rio Grande do Sul: Machadinho, 1 & MCP 401, Exp. PUCRS leg.; Montenegro, 3 & MCN 6411, 1.1X.1977, H. Bischoff leg.; 4 4 9 MCN 6722, 29.1X.1977, H. Bischoff leg.; 1 #1 9 MCN 6724, 9.1X.1977, J. Barbosa leg.; 19, MCN 7676, 20.X11.1977, A.A. Lise leg.;1 q MCN 10900, 20.X11.1977, V. Pitoni leg.; Campo Bom (Poco do Carvão), 1 ®MCN 9372, 12.X.1980, C.J. Becker leg.; Triunfo, 2 4 q MCN 6517, 15.1X.1977, E.H. Buckup leg.; 1 d'MCN 17341, 20.X.1977, H. Bischoff leg.; 2 q MCN 17905, 24.X.1988, E.H. Buckup leg.; Viamão, 1 1 o MCN 17956, 22.X.1988, A.B. Bonaldo leg.; (Morro do Côco), 19 MCN 3358, 4.X.1975, 1 S MCN 3987, 4.X.1975, 1 9 MCN 8233, 5.X.1978, A.A. Lise leg.; Porto Alegre (Morro Santana), 1 MCN 10917, 11.1X.1982, A.A. Lise leg.; ARGENTINA. Catamarca: Santa Ma- ria, 29 MACN 8721, X.1953, Schiapelli & De Carlo leg.; Misiones (Refúgio Pinalito), 1 S MACN 8722, X1.1954, Galiano & Schiapelli leg.; 1 9, MACN 8963, 1954, Galiano & Schiapelli leg.; 2 9, MACN 8959, IX.1956, Viana leg.; (Puerto Iguazú), 1 9 MLP, X.1948, M. Biraben leg; (Parque Nacional del Iguazú), 2 q, MACN 8960, 8962, 5.1X.1963; (Isla San Marth), 19, MACN 8961, X1.1986; 1 dd MACN 8958, 5.IX.1963, M.E. Galiano leg. Subgrupo zenzesi Aysha zenzesi (Mello-Leitäo, 1945), comb. n. (Figs. 96-100,165) Teudis zenzesi MELLO-LEITÃO, 1945:223, 264-265, fig. 51 (holótipo macho MLP 16605, Puerto Vic- toria, Misiones, Argentina, Zenzes leg., examinado); ROEWER, 1954: 552; ARROZPIDE, 1986:7 IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 62 BRESCOVIT Diagnose. Unica espécie do subgrupo zenzesi. Os machos de A. zenzesi di- ferem dos das demais espécies do grupo prospera por apresentarem apófise tibial retrolateral cilíndrica, de ápice arredondado; lamela tibial longa, com projeção retangular lateral; processo tibial basal com ápice levemente sulcado (figs. 97,98). As fêmeas distinguem-se por apresentar no epígino grosseiras rugosidades trans- versais (fig. 99), internamente, com os ductos dos receptáculos seminais com al- ça basal. (fig. 100). Descrição. Macho (holótipo). Carapaça laranja, com faixas paramedianas marrom-avermelhadas. Queliceras, lâminas maxilares e lábio laranja-escuros. Es- terno amarelado, com bordas mais escuras. Pernas amareladas, com ápice dos artículos castanhos. Abdômen castanho-escuro, dorsalmente com faixa mediana longitudinal branca. Comprimento total 6,00. Carapaça: comprimento 3,00, maior largura 2,25, espessura 0,95. Clipeo: altura 0,08, igual a 2/3 do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,67 e posterior 0,90. QOM: comprimento 0,45, largura anterior 0,29, largura posterior 0,47. Diâmetros: OMA 0,13, OLA 0,17, OMP 0,16, OLP 0,17. Interdistâncias: OMA-OMA separados por 1/3 de seu diâmetro (0,04), OMA- OLA por menos da metade do diâmetro dos OMA (0,05), OMP-OMP por 3/4 de seu diâmetro (0,12), OMP-OLP por menos de 2/3 do diâmetro dos OMP (0,10) e OLA-OLP por pouco menos que 2/3 do diâmetro dos OLA (0,05). Quelíceras: comprimento 1,60, robustas, com 7 dentículos na retromargem, os quatro últimos, a partir da garra, maiores, e 5 dentes na promargem, os dois últimos maiores interligados na base. Abdômen: comprimento 3,20, largura 1,90. Espiráculo traqueal recurvo, distando 0,65 do sulco epigástrico e 1,52 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 2,50; patela 1,20; tíbia 2,75; metatarso 2,40; tarso 1,10; to- tal 9,95 TI - 2,30; 1,00; 1,90; 1,90; 0,85; 7,95; III - 1,85; 0,90; 1,15; 1,85; 0,60; 6,35; IV - 2,60; 1,05: 2,10; 2,85; 0,80; 9,40. Espinulação: Pernas I - tíbia v2-2-2, pl-1-1, r1-0-0; metatarso v2-0-0, p0, r0; II - tíbia v2-2-2, pl-1-1, r1-0-0; metatarso v2-0-0, p1-0-0, r0; III - IV - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1. Pal- po: (figs. 96-98). Fêmea (Cambará do Sul, Rio Grande do Sul). Coloração como a do macho. Comprimento total: 5,65. Carapaça: comprimento 2,55, maior largura 1,90, espessura 1,15. Clípeo: altura 0,17, igual ao diâmetro dos OMA. Olhos: fila ante- rior 1,27 e posterior 1,90. QOM: comprimento 0,82, largura anterior 0,60, largu- ra posterior 0,92. Diâmetros: OMA 0,17, OLA 0,30, OMP 0,27, OLP 0,27. In- terdistâncias: OMA-OMA separados por pouco menos que seu diâmetro (0,15), OMA-OLA por pouco menos que 2/3 do diâmetro dos OMA (0,10), OMP-OMP por seu diâmetro (0,27), OMP-OLP pelo diâmetro dos OMP (0,27) e OLA-OLP pelo diâmetro dos OMA (0,17). Queliceras: comprimento 2,30, com 7 dentículos na retromargem e 5 dentes na promargem, o quarto, a partir da garra, maior. Abdômen: comprimento 3,25, largura 1,95. Espiráculo traqueal distando 0,65 do sulco epigástrico e 1,45 da ba- se das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 2,05; patela 0,95; tíbia 1,95; metatarso 1,70; tarso 0,85; total 7,50; II = 1,80; 0,85; 1,50: 1,45: 0,65: 6,25; IN = 1,30; 0:60: 0,855 14055055: IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 63 4,35; IV - 2,10; 0,80; 1,70; 2,10; 0,65; 7,35. Espinulacäo: Difere da do macho nas pernas: I - tíbia pl-1-0, rO; II - tíbia pl-1-0, r0; metatarso p0-1-1. Epigino: (figs. 99,100). Variacäo: comprimento (10 machos): total 4,10-5,55; carapaca 1,95 - 2,65; fêmur I - 1,60-2,30; (10 fêmeas): total 5,00-7,50; carapaça 2,05-2,60; fêmur I 1,55-2,40; dentículos na retromargem 6 - 7, em ambos os sexos. A coloração do abdômen pode intergradar do castanho-escuro ao cinza, e a faixa branca pode variar até o amarelado. Distribuição geográfica. Sudeste e sul do Brasil e norte da Argentina (fig. 165). Material examinado. BRASIL. Minas Gerais: Caxambú, 1 9 MNRJ 631; Serra do Caraça, 1 9 MNHN 8156; Rio de Janeiro: Nova Friburgo, | 9 MNRJ 18342; 1 Q MNEJ 41422; São Paulo: São José do Barreiro (Serra da Cocaia), 1 & MZSP 10135, 4-7.X1.1967, M. Alvarenga leg.; (Serra da Bo- caina, 1960m alt.), 2 9, AMNH, X1.1968, M. Alvarenga leg.; Campos do Jordão (Fazenda Guarda), 1 q MZSP 9867, 15.11.1942, B.A.M. Soares leg.; Salesópolis (Boracéia), 1 9 MZSP 9939, 4.1V.1942, B.A.M. Soares leg.; São Paulo, 1 q MZSP 3826, 13.V.1960; 1 9 MZSP 3827, 13.1.1960, F. Lane leg.; 39 MZSP 9831, 20.1V.1948; (Bosque da Saúde), 1 Q MZSP 9941, 22.111.1942, F. Lane leg.; (Ipiranga), 1 9 MZSP 9938, 2.111.1942, L. Travassos Filho leg.; 1 9 AMNH, 15.1.1959, A.N. Nadler leg.; (Rio Cocaia), 31 9 MZSP 9821, II. 1951, H. Urban leg.; (Engenheiro Marcilac), 1 o MZSP 6017, 12.111.1967, Biasi & Leme leg.; 1 AMZSP 10136, 20.X1.1960, P. Biasi leg.; Itú (Fazenda EM D'Alho) 2 9 AMNH, 2.11.1959, F. Lane leg.; Diadema, | q MZSP 9837, 2 9 MZSP 9838, 11.11.1961, P. Biasi leg.; São Ber- nardo do Campo (Estrada do Mar), 1 9, MZSP 12193, 7.11.1968, P.Biasi leg.; 1 2 9, MLP, X.1950, W. Bokerman & P. Biasi leg.; Santos (Caminhos do Mar), 1 & MZSP 4058, 11.1V.1965, P.Biasi leg.; Juquiá (Fazenda Poço Grande), 1 3 9 MZSP 9829; 4 6 q MZSP 9840; 2 &2 q MZSP 9842, 21-26.VI1.1949; 2 d 1 9, MNHN 26188; 2 S 10 9, MNHN 26654; 3 9, MNHN ex 25078; 1 9, MZSP 12247, 23.11.1951; 1 9, MZSP 12267, 20.11.1948; 10 5 9, MZSP 12254, 21-26.V11.1949, F. Lane leg.; Carvalho de Araujo, 1 9 MZSP 9796, 3.V.1942, Zoppei leg.; Serra da Paranapiacaba (Alto da Serra), 1 q MZSP 9836, 19.11.1961, Hans & Werner leg.; Iporanga, 3 9 MZSP 6838, 01.X1.1961; 1 d! MZSP 12285, 1.X1.1961, Lenko & Reichert leg.; Iguape, | 9 MNRJ 41886; Paraná: Jundiaí do Sul, 1 &MHCI 6492 (ex CIIF), 26.1.1987, Profaupar leg.; Ponta Grossa (Vila Velha), 1 9 MHCI 6494 (ex CIIF), 2.11.1987, Profaupar leg.; Guarapuava, | 9 MHCI 6493 (ex CIIF), 22.X11.1986, Profaupar leg.; (Estância Santa Clara), 19 MCN 17263, 22.X1.1987, A.D. Brescovit leg.; Morretes, I #1 9 MCN 17254, 27.1V.1987, S. Caron leg.; 1 MHCI, 1.X.1967, Camargo leg.; Piraquara (Alto da Serra), 1 9, MHCI, 1.X1.1987; Leonardos, 1 q MNRJ 42321; Rio Grande do Sul: Cruz Alta, La Sagrisa (Reserva Florestal Invernada do Butiá III), 19 MCN 16053, 2.X.1986, H.A. Gastal leg.; Cambará do Sul, 19 MCN 3907, 4.X.1975, 1 q MCN 4952, 22.X11.1976, A.A. Lise leg.; (Itaimbézinho), 1 q MCN 12778, 6.1.1985, A.A. Lise leg.; São Francisco de Paula, 1 dl 9 MCN 2277, 22.1X.1974, A.A. Lise leg.; (Rincäo dos Kroeff), l Q MCN 12741 5.1. 1985, A.A. Lise leg.; Torres, 1 q MCN 4826, 21.X1.1976, A.A. Lise leg.; Canela, 2 ®’MCN 776, 2.11.1965, 1 9 MCN 12379, 21.1X.1984; 3 9 MCN 14061, 31.X11.1973, A.A. Lise leg.; Campo Bom, 1 q MCN 13457, 30.1X.1985, C.J. Becker leg.; Novo Hamburgo, 1 q MCN 11780, 26.1X.1981; 19 MCN 17926, 22.1X.1986, C.J. Becker leg.; São Leopoldo, 1 &MCN 11050, 24.1X.1982, C.J. Becker leg.; ARGENTINA. Misiones: (Yacú-Poi), 1 &MACN 8727, X.1954, Orfila leg.; (Refü- gio Pinalito), 5 & MACN 8728, X1.1954, Galiano & Schiapelli leg.; (Rio Uruguai, Km 30), 6 ® MACN 8729, 1960, W. Patridge leg.; Eldorado (5443' W; 2628’ S), 19, AMNH, 1.X1-15.X1.1964, A. Kovacs leg.; Rio Negro: El Bolson, 13 d' 10 9, AMNH, 1965-1966, A. Kovacs leg. Subgrupo taeniata Diagnose. O subgrupo taeniata abriga espécies em que os machos apresen- tam uma conspícua projeção basal dorsal no címbio (figs. 101, 107, 112, 117, 123, 158-159); e processo tibial basal formado por apenas uma projeção alongada (figs. 103, 109, 114, 119, 125, 159-161). As fêmeas apresentam epígino com placas epi- IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 64 BRESCOVIT ginais ovóides, projeções medianas das placas-guia alongadas e bifurcadas, e átrio pequeno (figs. 105, 110, 115, 120, 126, 162). Chave para as espécies do subgrupo taeniata. 1, Macho8%.. 4.0.2... es ee RL 2 SIE PR no nsoceos 6 2(1). Projeção dorsal basal do címbio bífida (figs.101,107) ...................... 3 Projeção dorsal basal do címbio não bífida (figs. 112, 117, 123)......... 4 3(2). Projeção dorsal basal do címbio (em vista dorsal), com ramo prolateral maior do que o retrolateral (fig. 101); processo tibial basal longo, de apice agudo! (fe OS) e ao o RN RO rep A. taeniata Projeção dorsal basal do címbio (em vista dorsal), com ramo prolateral me- nor do que o retrolateral (fig. 107); processo tibial basal longo, cilindri- coidelápice arredondados (fig MO) er A. affinis 4(2). Apófise tibial dorsal muito larga, com borda serrilhada (figs. 112,113) e apó- fise terminal secundária do processo embólico de ápice escavado (fig. 113) bo de Bete du O a dA RO de dating AA A. boraceia Apófise tibial dorsal e apófise terminal secundária do processo embólico de-äpice de, joutra formal... scans seco ais Elo TI 5 5(4). Apófise tibial retrolateral curva, de ápice agudo (fig. 125); êmbolo com ápice bitido (fio IRA) e co e CO HR NA EN ER A. triunfo Apófise tibial retrolateral reta, de ápice arredondado (fig. 118), êmbolo de apiceinaobifidos(diess MIS) rn... ee A. piassaguera O(1)--Placas-cuiatunidas na base (figs: 105120126) 2.22.2202 200 ee U Placas-guia’afastadas na base (dies. NOS)... 00 9 7(6). Projeções medianas das placas-guia longa, de ápices truncados (fig. 126). RR ERDE AL RR RN A. triunfo Projecöes medianas das placas-guia curta, de äpice arredondado. (figs. 105, 120), Ars en ie ee ee PR FREE 8 8(7). Projecäo mediana das placas-guia portanto expansöes laterais no äpice (fig. 105) sara TER Renee ie Si ão, ae N A. taeniata Projeção mediana das placas-guia sem expansões laterais no ápice (fig. PO sacar aca EIERN LS RAE SEN ELSE OO a A. piassaguera 9(6). Átrio do epígino oval, com septo mediano largo (fig. 110) .... A. affinis Atrio do epigino subtriangular de ápice posterior, sem septo mediano (ig US ra aeb o AR O DA OR A. boraceia IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 65 Aysha affinis (Blackwall, 1862), comb. n. (Figs. 107-111, 174) Clubiona affinis BLACKWALL, 1862: 428-429 (holötipo fêmea, HEC 8: B283, Rio de Janeiro, Bra- sil, examinado); ROEWER, 1954:509; BONNET, 1956:1108. Anyphaena violens KEYSERLING, 1891:95-97, fig. 56, 56a síntipos macho e fêmea BMNH 1890.7.1.590-2, de Serra Vermelha, Rio de Janeiro, Brasil, Góldi leg., examinados, partim, ape- nas o macho, non fêmea = A. boraceia); GÖLDI, 1892: 223; MELLO-LEITÃO, 1918:21. Syn. n. Teudis violens: PETRUNKEVITCH, 1911:519; MELLO-LEITÃO, 1922:33; 1945:223: ROEWER, 1954:551; BONNET, 1959:4370. Diagnose. A. affinis é próxima de A. taeniata, o macho difere por ter a pro- Jeção dorsal basal do címbio com ramo prolateral menor que o retrolateral (fig. 107); êmbolo com ápice alargado (fig. 108) e processo tibial basal longo, cilindri- co, de ápice arredondado (fig. 109); a fêmea difere das demais do subgrupo por apresentar átrio do epígino oval, com septo mediano largo (fig. 110). Descrição. Macho (holótipo). Carapaça laranja escura. Quelíceras, lâminas maxilares e lábio laranja escuros. Pernas e esterno amarelo claros. Abdômen cin- za, salpicado de marrom cinzento na metade posterior e nas laterais. Dorso com uma faixa longitudinal mediana amarelada. Comprimento total 5,55. Carapaça: comprimento 2,70, maior largura 2,10, espessura 0,92. Clípeo: altura 0,08 igual a 2/3 dos OMA. Olhos: fila anterior 0,68 e posterior 0,89. QOM: comprimento 0,40 largura anterior 0,28, largura poste- rior 0,46. Diâmetros: OMA 0,12, OLA 0,17, OMP 0,17, OLP 0,18. Interdistân- cias: OMA-OMA separados pela metade de seu diâmetro (0,05); OMA-OLA pe- la metade do diâmetro dos OMA (0,05); OMP-OMP por 2/3 do seu diâmetro (0,12); OMP-OLP por 2/3 do diâmetro do OMP (0,10) e OLA-OLP por 1/4 do diâmetro dos OLA (0,03). Quelíceras: comprimento 1,37, com 6 dentículos na retromargem e 5 dentes na promargem, os três últimos a partir da garra maiores. Abdômen: comprimen- to 2,70, largura 1,35. Espiráculo traqueal distando 0,50 do sulco epigástrico e 1,27 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 2,60; patela 1,05; tíbia 3,00; metatarso 2,75; tarso 1,30; 23:31.10.70: 11 = 2,52: 1,12: 2,45; 2,30; 1,05; 9,44: III - 1,87; 0,95: 1,37; 1,77; 0,60; 6,56; IV - 2,90; 1,10; 2,40; 3,05; 0,82; 10,27. Espinulação: pernas I - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-0; metatarso v2-0-0, p0-1-0, r0; II - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-0; metatar- so v2-0-0, p0-1-0, r0; III - tíbia v2-2-2, pl-1-0, rl-1-0; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; IV - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1. Palpo: (figs. 107-109). Fêmea (Nova Friburgo, Rio de Janeiro). Coloração como a do macho. Comprimento total 8,50. Carapaça: comprimento 3,30, maior largura 2,50, espessura 1,80. Clípeo: altura 0,10, igual ao diâmetro dos OMA. Olhos: fila an- terior 0,87 e posterior 1,55. QOM: comprimento 0,47, largura anterior 0,37, lar- gura posterior 0,53. Diâmetros: OMA 0,10, OLA 0,18, OMP 0,18, OLP 0,20. In- terdistâncias: OMA-OMA separados pela metade de seu diâmetro (0,05); OMA- OLA pela metade do diâmetro dos OMA (0,05); OMP-OMP por seu diâmetro (0,17); OMP-OLP pelo diâmetro dos OMP (0,17); OLA-OLP pela metade do diä- metro dos OLA (0,09). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 66 BRESCOVIT Queliceras: comprimento 1,62, com 6 denticulos na retromargem e 4 dentes na promargem. Abdômen: comprimento 6,00, largura 3,20. Espiráculo traqueal distando 1,00 do sulco epigástrico e 2,50 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 2,90; patela 1,40; tíbia 3,00; metatarso 2,50; tarso 1,20; total 11,00; II = 2,50; 1,30; 2,50; 2:20; 1,0079,50; 1H=1,80::1500: 1,60: 158020570; 6,90; IV - 2,80; 1,20; 2,50; 3,20; 0,80; 10,50. Espinulação: difere da do macho nas pernas: I - tíbia rl-0-0; metatarso pô, r0; II - tíbia rl-0-0; metatarso p1-0-0; III - tíbia pl-1-1, rl-1-1. Epigino: (figs. 110-111). Variação: comprimento (4 fêmeas): total 6,50-8,50; carapaça 2,70-3,30; fê- mur I 2,60-2,90; dentículos da retromargem 6-7. Distribuição geográfica. Sudeste do Brasil (fig. 174). Material examinado. BRASIL. 1 Q MNHN ex 6920; Rio de Janeiro: Rio de Janeiro (Represa Rio Grande), 1 [e AMNH, 11.1976, M. Alvarenga leg.; Nova Friburgo, 3 9 MNRJ 650, MCN 21929. Aysha taeniata (Keyserling, 1891), comb. n. (Figs. 101-106, 167) Anyphaena taeniata KEYSERLING, 1891:105-6, fig. 65 (holótipo fêmea BMHN 1890.7.1.574, de Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Brasil, Göldi leg., examinado); GÖLDI, 1892:232, MELLO-LEITAO, 1918:21; 1922:35. Teudis taeniatus: PETRUNKEVITCH, 1911:519; ROEWER, 1954:551; BONNET, 1959: 4369. Diagnose. A. taeniata é próxima de A. affinis, o macho difere por apresen- tar a projeção dorsal basal do címbio com ramo prolateral maior que o retrolate- ral (fig. 101) e processo tibial basal longo com ápice agudo (fig. 103); a fêmea difere das demais do subgrupo pela projeção mediana das placas-guia larga, de ápice arredondado com expansões laterais (fig. 105). Descrição. Macho (Nonoai, Rio Grande do Sul). Carapaça alaranjada, com bordas marrom-escuras. Queliceras, lâminas maxilares, lábio e esterno castanhos. Pernas com coxas e patelas alaranjadas, demais artículos castanhos. Abdômen castanho, com faixa branca mediana longitudinal dorsal. Regiões lateral e ven- tral castanho-escuras. Comprimento total 5,10. Carapaça: comprimento 2,25, maior largura 1,70, espessura 0,72. Clípeo: 0,06, igual a 2/3 do diâmetro dos OMA. Olhos: fila ante- rior 0,52 e a posterior 0,71. QOM: comprimento 0,30, largura anterior 0,22, lar- gura posterior 0,36. Diâmetros: OMA 0,09, OLA 0,11, OMP 0,14, OLP 0,14. In- terdistâncias: OMA-OMA separados por pouco mais que a metade de seu diä- metro (0,05), OMA-OLA por pouco menos que o diâmetro dos OMA (0,04), OMP-OMP por quase 2/3 do seu diâmetro (0,09), OMP-OLP por quase 2/3 do diâmetro dos OMP (0,10) e OLA-OLP por pouco menos que o diâmetro dos OLA (0,09). Queliceras: comprimento 0,86, com 7 dentículos na retromargem, o segun- do e o terceiro, a partir da garra, pouco maiores e 5 dentes na promargem, o quarto, maior que os demais. Abdômen: comprimento 2,75, largura 1,35. Espi- ráculo traqueal distando 0,55 do sulco epigástrico e 1,40 da base das fiandeiras. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 67 Pernas: I - fêmur 1,92; patela 0,87; tíbia 1,92; metatarso 1,67; tarso 0,95; total7.33:11- 1,7050, 72:11,4551,525.0,775 6,21; 111 = 1,37;0:70;.0,85;.1,30;:0,50; 4,72; IV - 1,95; 0,80; 1,65; 2,17; 0,67; 7,24. Espinulacäo: Pernas I - tibia v2-2-2, pl-1-0, rl-1-0; metatarso v2-0-0, p1-0-0, r0; II - tíbia v2-2-2, pl-1-0, rl-1-0; meta- tarso v2-0-0, pl-0-0, r0; III - IV - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; metatarso v2-2-2, pl-l-1, rl-1-1. Palpo: (figs. 101-104). Fêmea (holótipo). Coloração como a do macho. Comprimento total 6,50. Carapaça: comprimento 2,40, maior largura 1,90, espessura 0,95. Clípeo: altura 0,05, igual a metade do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,60 e a posterior 0,85. QOM: comprimento 0,35, largura anterior 0,25, largura posterior 0,39. Diâmetros: OMA 0,10, OLA 0,15, OMP 0,15, OLP 0,13. Interdistâncias: OMA-OMA separados pela metade de seu diâmetro (0,05), OMA-OLA por pouco menos que o diâmetro dos OMA (0,04), OMP-OMP por 2/3 do seu diâmetro (0,11), OMP-OLP por pouco mais que 2/3 do diâmetro dos OMP (0,12) e OLA-OLP por 1/3 do diâmetro dos OLA (0,05). Queliceras: comprimento 0,95, com 6 denticulos na retromargem e 5 dentes na promargem, o quarto e o quinto, a partir da garra, maiores. Abdômen: com- primento 4,25, largura 2,60. Espiráculo traqueal distando 0,92 do sulco epigás- trico e 1,75 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 2,05; patela 0,90; tíbia 2,10; metatarso 1,65; tarso 0,90; to- 3872606 15855-0/85: .1:70;1.60: 0,75; 6,75; HI - 1,55; 0,75; .1,05;,1,105 0,55: 5,00; IV - 2,30; 0,85; 1,60; 2,40; 0,70; 7,85. Espinulacäo: difere da do macho nas pernas: I - metatarso pO; II - tíbia rl-0-0. Epígino: (figs. 105, 106). Variação: comprimento (3 machos): total 5,10 - 5,30; carapaça 2,25 - 2,55; fêmur I 1,92 - 2,20; (4 fêmeas): total 5,80-6,50; carapaça 2,10-2,40; fêmur I 1,90-2,05. Laterais de carapaça podem variar do castanho-claro até o marrom- escuro. O colorido do abdômen pode intergradar-se do laranja ao castanho-escuro, exceto na faixa branca. Distribuição geográfica. Sudeste e sul do Brasil (fig. 167). Material examinado. BRASIL. Rio Grande do Sul: Nonoai (Parque Estadual de Nonoai), 3 9 MCN 12964, 13.1.1985, 1 MCN 12836, 14.1.1985, A.A. Lise leg.; Iraí, 1 ºMCN 3135, 18.X1.1975, 1 MCN 17821, 21.X1.1975, A.A. Lise leg. Aysha triunfo, sp. n. (Figs. 123-127, 158-162, 166) Aysha prospera: MELLO-LEITÃO, 1945: 222 (examinado, identificação errônea). Holótipo macho e parátipo fêmea MCN 7028, Triunfo, Rio Grande do Sul, Brasil, 27.X.1977, H. Bischoff leg. Etimologia. O nome específico é um substantivo e refere-se à localidade-tipo. Diagnose. A. triunfo é próxima de A. boraceia e de A. piassaguera; difere pelo macho apresentar êmbolo com ápice bifido e apófise tibial retrolateral cur- IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 68 BRESCOVIT vada de ápice agudo (figs. 124, 125, 158); pela fêmea apresentar projeção media- na das placas-guia longa, de ápices truncados. (fig. 126, 162). Descrição. Macho (holótipo). Carapaça e pernas alaranjadas. Quelíceras marrom-avermelhadas. Lâminas maxilares e lábio laranja-escuros. Esterno ama- relo com bordas alaranjadas. Abdômen amarelado com duas pequenas manchas dorsais medianas e estreitas faixas laterais cinzas. Ventre cinza-claro. Comprimento total 7,00. Carapaça: comprimento 3,05, maior largura 2,35, espessura 1,02. Clípeo: altura 0,10, pouco menor que o diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,69 e posterior 0,91. QOM: comprimento 0,42, largura anterior 0,30, largura posterior 0,46. Diâmetros: OMA 0,12, OLA 0,18, OMP 0,16, OLP 0,18. Interdistâncias: OMA-OMA separados pela metade de seu diâmetro (0,06), OMA- OLA por pouco menos que o diâmetro dos OMA (0,05), OMP-OMP por 3/4 de seu diâmetro (0,12), OMP-OLP por menos que o diâmetro dos OMP (0,15) e OLA-OLP por 3/4 do diâmetro dos OMA (0,05). Queliceras: comprimento 1,67, com 7 dentículos na retromargem e 5 dentes na promargem, os dois últimos, a partir da garra, maiores. Abdômen: compri- mento 4,15, largura 1,85. Espiráculo traqueal distando 0,70 do sulco epigástrico e 1,90 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 3,00; patela 1,35; tíbia 3,15; metatarso 2,80; tarso 1,35; to- tal 11,65; II - 2,60; 1,20; 2,45; 2,40; 1,15; 9,80; III - 1,90; 0,80; 1,40; 1,85; 0,75; 6,70; IV - 2,85; 1,15; 2,35; 3,15; 0,90; 10,40. Espinulação: Pernas I - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; metatarso v2-0-0, p1-0-0, r0-1-0; II - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-l-1; meta- tarso v2-0-0, p1-0-1, r0-1-0; III - IV - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1. Palpo: (figs. 123-125, 158-161). Fêmea (Triunfo, Rio Grande do Sul). Coloração como a do macho. Comprimento total 6,80. Carapaça: comprimento 3,15, maior largura 2,40, espessura 1,15. Clípeo: altura 0,11, igual ao diâmetro dos OMA. Olhos: fila ante- rior 0,78 e posterior 1,01. QOM: comprimento 0,43, largura anterior 0,32, largu- ra posterior 0,50. Diâmetros: OMA 0,12, OLA 0,20, OMP 0,18, OLP 0,18. Inter- distâncias: OMA-OMA separados pela metade de seu diâmetro (0,06), OMA-OLA por pouco menos que a metade do diâmetro dos OMA (0,05), OMP-OMP por seu diâmetro (0,18), OMP-OLP por pouco menos que o diâmetro dos OMP (0,17) e OLA-OLP por 1/3 do diâmetro dos OLA (0,07). Quelíceras: comprimento 1,57, com 7 dentículos na retromargem e 5 dentes na promargem, os três últimos, a partir da garra, maiores. Abdômen: compri- mento 3,70, largura 2,05. Espiráculo traqueal distando 0,50 do sulco epigástrico e 1,60 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 2,65; patela 1,25; tíbia 2,70; metatarso 2,30; tarso 1,00; total 9,90; II - 2,40; 1,10; 2,20; 1,95; 0,80; 8,45; III - 1,85; 1,00; 1,30; 1,55; 0,70; 6,40; IV - 2,60; 1,00; 2,25; 2,90; 0,75; 9,50. Espinulação: difere da do macho nos artículos: I - metatarso p0-1-0; II - tíbia pl-1-0, rO. Epigino: (figs. 126-127, 162). Variação: comprimento (10 machos): total 5,80-7,60; carapaça 2,60-3,50; fê- mur I 2,60-3,30; (10 fêmeas): total 6,70-9,00; carapaça 3,10 - 3,60;, fêmur I 2,60-2,95. O abdômen pode variar do completamente cinza, até o rajado de branco e cinza na face anterior e cinza na posterior. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 69 Distribuição geográfica. Sudeste, centro-oeste e sul do Brasil, e norte da Ar- gentina (fig. 166). Material-tipo. Parátipos: BRASIL. Rio de Janeiro: Petrópolis, 1 & ZMH, 30.1X.1905, F. Ohaus leg.; São Paulo: Barueri, 1 & MZSP 6882, 3.X11.1965; 2 9, MZSP 5937, 17.X11.1960, K. Lenko leg.; Itú (Fazenda Pau D’Alho), 2 d'2 9, MZSP 9819, 17.X11.1960, Werner & Hans leg.; Paraná: Jundiai do Sul, 1 9, MHCI 6500 (ex CIIF), 20.X.1986, Profaupar leg.; Fênix, 1 & MHCI, 6499 (ex CIIF), 17.11.1986, Profaupar leg.; Rio Grande do Sul: Triunfo, 2 1 9, MCN 18111, 27.X.1977, H. Bischoff leg.; 3 &1 9 MCN 6967, 20.X.1977, A.A. Lise leg.; Santa Maria, 8 &' 2 9, MCN 14577, 2.X1.1985, A.D. Brescovit leg.; Montenegro, 2 #2 ? MCN 7186, 1 0, ZMH (ex MCN 7186), 3.X1.1977, H. Bis- choff leg.; ARGENTINA. Misiones: Parque Nacional del Iguazú, 2 93 9 MACN 8731, V11.1985, M. Ramirez leg. Material adicional. BRASIL. Espírito Santo: Guarapari, | q MZSP 9958, 2 9 MZSP 10143, 16.X.1942, B.A.M. Soares leg.; Mato Grosso: Utiariti, 1 9 MZSP 6169, 25.X.1966, Lenko & Pereira leg.; São Paulo: Rio Claro, 1 q MZSP 9860, 1 9, MZSP 12223, X11.1942, Pe F.S. Pereira leg.; Ampa- ro, Monte Alegre do Sul (Fazenda Santa Maria), 1 & MZSP 9851, 26.X1.1942; 1 o MZSP 9859, 24-30.X1.1942; 1 q MZSP 10144, 28.X1.1942, F. Lane leg.; 1 q MZSP 10142; 1 q MZSP 3476, 27-31.X11.1942, B.A.M. Soares leg.; São Paulo, (Rio Cocaia), 1 9 MZSP 9834, 5.X11.1949, H. Urban leg.; (Ipiranga), 1 q MZSP 9812, 1.1925, H. Luerderwaldt leg.; 1 9, AMNH, 15.1.1959, A.M. Nadler leg.; Barueri, 1 q MZSP 5340, 9.1.1966; 1 q MZSP 5551, 1.XI1.1965; 2 9 MZSP 5959, 8.1.1966; 1 9 MZSP 6930, 16.1.1966; 2 q MZSP 9803, 9.X11.1965, 1 SMZSP 10145, 9.X1.1965, 1 9, MZSP 12424, 5.111.1965, 2 1 9, MZSP 12422, 2.X11.1965, 9 9, MZSP 12396, 31.X11.1965 (em capoeira); 1 9, MZSP 12437, 12.111.1967, 2 9, MZSP 12391, 21.X11.1965 (parque da cidade); 1 9, MZSP 12157, 22.X11.1965; 3 9, MZSP 12158, 11.11.1967 (mata de eucaliptos), todos coletados por K. Lenko; Caraguatatuba, 1 q MZSP 9864, 15.11.1942; 1 Q MZSP 9950, 16-17.11.1942, B.A.M. Soares leg.; Embú, | q MZSP 9816, 9-10.11.1974, F. Lane leg.; Itú (Fazenda Pau D'Alho), 1 d MZSP 12238, XI1.1942, Werner leg.; 191 9 AMNH, 2.11.1959, F. Lane leg.; Santo Amaro, (Cabeceira do Rio M’ Boi Guassú), | Q MZSP 10141; 1 SMZSP 9935, 18.X1.1942, F. Lane leg.; Paraná: Telêmaco Borba, | q MHCI 6498 (ex CIIF), 10.X1.1986, Profaupar leg.; Ponta Grossa (Vila Velha), 19 MCN 18112 (ex CIIF), 9.11.1987, Profau- par leg; Rio Grande do Sul: Iraí, 1 9 MCN 3079, 19.X.1975; 1 q MCN 3125, 20.X1.1975; 1 q MCN 3122, 18.X1.1975; 1 EMCN 3146, 19.X1.1975, A.A. Lise leg.; Nonoai (Reserva Estadual de Nonoai), 1 q MCN 12963, 13.1.1985, A.A. Lise leg.; Tenente Portela, 2 9 MCN 12967, 15.1.1985; (Salto do Yucumä), 1 q MCN 12882, 17.1.1985; 1 (o) MCN 12883, 17.1.1985, A.A. Lise leg.; São Borja (Garru- chos), 1 [o MCN 14071, 8.X11.1975, A.A. Lise leg.; Osório (Barra do Ouro), 1 q MCN 12756, 5.1.1985, A.A. Lise leg.; Canela, 1 MCN 17238, 8,X1,1975, A.A. Lise leg.; Arroio do Meio (São Jacó), 1 q MCN 12939, 9.1.1985, A.A. Lise leg.; Sobradinho, 1 9 MCN 10945, 10.1.1985, A.A. Lise leg.; Três Coroas (Sander), 1 * MCN 11841, 23.X1.1983, E.H. Buckup leg.; Campo Bom, 1 9 MCN 17942, 14.X11.1987, C.J. Becker leg.; Novo Hamburgo, 1 9 MCN 11848, 25.X1.1983; 1 & MCN 12644, 11.XII.1984, 1 MCN 14350, C.J. Becker leg.; Taquara, 2 AMZSP 9805, 19.X.1969, P. Biasi leg.; Montenegro, 1 q MCN 12095, 20.X11.1975, V. Pitoni leg.; 1 MCN 6708, 29.1X.1979, H. Bischoff leg.; 1 MCN 6846, 6.X.1977, E.H. Buckup leg.; 19 MCN 7185, 3.X1.1977, A.A. Lise leg.; 1 q MCN 7188, 3.X1.1977, M.E.L. Souza leg.; 1 Q MCN 7488, 7.X11.1977, V. Pitoni leg.; 1 9 MCN 7489, 1.X11.1977, 3 o) MCN 7596, 15.X11.1977, A.A. Lise leg.; São Leopoldo, 1 q MZSP 4434, 10.X1.1964, C. Valle leg.; 1 q MCN 11337, 20.X11.1982, 1 q MCN 11913, 26.X11.1983, 1 q MCN 12629, 4.X11.1984, 1 q MCN 14373, 9.X11.1985, 19 MCN 17927, 24.11.1987, C.J. Becker leg.; 1 9, MZSP 12409, 2.XI1.1964, C. Valle leg.; Canoas (Berto Ciro), 2 q MCN 11907, 29.X11.1983, A.D. Brescovit leg.; 3 1 9, MON 20085, 14.X1.1990, L. Moura leg.; 2 10 9, MCN 21314, 3 9, MCN 20180, 13.X11.1990, M.A.L. Mar- ques & L.Moura leg.; Triunfo, 3 9 MCN 6570, 15.1X.1977; 3 d1 q MCN 7398, 28.X1.1977, E.H. Buckup leg.; 1 9 MCN 7402, 28.X1.1977, H. Bischoff leg.; 1 MCN 17906, 24.X.1988, 1 q MCN 18105, 12.1.1989, M.A.L. Marques leg.; 1 q MCN 18067, 12.1.1989, A.B. Bonaldo leg.; Viamão, 1 O'MCN 4949, 29.X11.1976, A.A. Lise leg.; (Morro do Côco), 1 q MCN 11285, 9.X11.1982, A.A. Lise leg.; (Estação Experimental Fitotécnica de Aguas Belas), 1 SMCN 1984, M.A.L. Marques leg.; Bar- ra do Ribeiro, 2 & MCN 4729, 12.X1.1976, H. Bischoff leg.; Guaíba, 1 q MCN 9192, 16.X11.1979, M.H. Galileo leg.; (Estação Experimental da UFRGS), 1 9 MCN 335, 3.1.1974, A.A. Lise leg.; (Ser- tão Santana), 19 MCN 5010, 26.1.1977, H. Bischoff leg.; (Country Club), 17 q MCN 18108, 12.1.1989, IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 10 BRESCOVIT A.D. Brescovit leg.; ARGENTINA. Misiones: (Parque Nacional de Iguazú), 3 q MACN 8732, X1.1984, C. Scioscia leg.; 19, MLP, X. 1948, M. Biraben leg.; 2 9 MACN 8733, X. 1985, Goloboff leg.; (Cata- ratas do Iguazú), 5 q MACN 8734, X1.1954, Schiapelli leg.; (Refúgio Pifialito), 19 MACN 8735, X1.1952, W. Partridge leg.; (17 de Outubro), 11 q MACN 8740, X. 1954, M.E. Galiano leg.; (Manuel Belgra- no), 287 q MACN 8737, X1.1954; Eldorado (5443’ W, 2628’S), 26 d29 9, AMNH, 1.1X-15.X1.1964, A. Kovacs leg.; Catamarca: (Santa Maria), 17 q MACN 8736, XI-X11.1952, M.J. Viana leg.; Buenos Aires: Puerto Victoria, 19, MLP 16767, C. Zenzes leg.; SEM PROCEDENCIA: 1 Q MNHN 18666. Aysha boraceia, sp. n. (Figs. 112-116, 167) Anyphaena violens: KEYSERLING 1891:95-97, fig. 56a, (examinada; partim, apenas a fêmea, non macho = Aysha affinis (Blackwall) E Teudis clarovittatus: MELLO-LEITAO, 1922:27, 30 (descrição do macho, examinado, identificação errônea). Holótipo. Macho MZSP 6134, Boracéia, Salesópolis, São Paulo, Brasil, 27.11.1967, P. Biasi leg. Nota. A presença de indivíduos de ambos os sexos, nos lotes examinados, indica erro de acasalamento na descrição de KEYSERLING (1891). Etimologia. O nome específico é um substantivo e refere-se à localidade-tipo. Diagnose. A. boraceia é próxima de A. piassaguera, mas difere desta pelo macho apresentar apófise tibial dorsal muito larga com a borda serrilhada (figs. 112-113); apófise terminal secundária do processo embólico de ápice escavado (fig.113) e processo tibial basal longo (fig. 114); a fêmea difere por apresentar átrio do epígino subtriangular de ápice posterior, sem septo mediano (fig. 115). Descrição. Macho (holótipo). Carapaça laranja, mais escura nas bordas e na região cefálica. Quelíceras, lâminas maxilares e lábio laranja-escuros. Pernas e esterno laranja-claros. Abdômen cinza-claro, dorsalmente com faixa mediana longitudinal amarelada. Comprimento total 5,35. Carapaça; comprimento 2,40, maior largura 1,80, espessura 0,85. Clípeo: altura 0,07, igual a 2/3 do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,69 e posterior 0,90. QOM: comprimento 0,41, largura anterior 0,27, largura posterior 0,46. Diâmetros: OMA 0,11, OLA 0,18, OMP 0,16, OLP 0,16. Interdistâncias: OMA-OMA separados por pouco mais que a metade de seu diâmetro (0,06), OMA-OLA por pouco menos que 1/3 do diâmetro dos OMA (0,04), OMP-OMP por seu diâmetro (0,16), OMP-OLP por 2/3 do diâmetro dos OMP (0,11) e OLA-OLP por pouco menos que 1/3 do diâmetro dos OLA (0,05). Queliceras: comprimento 1,37, com 6 dentículos na retromargem e 4 dentes na promargem, o terceiro, a partir da garra, maior que os demais, de ápice bifur- cado. Abdômen: comprimento 2,90, largura 1,45. Espiráculo traqueal distando 0,65 do sulco epigástrico e 1,27 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 2,20; patela 0,95; tíbia 2,30; metatarso 2,05; tarso 1,00; total 8,50; 115-1,90:/0,90; 1,75; 1,70; 0,80; 7,05; II - 1,45: 0,70; 1,055 7,457065: 5,30; IV - 2,15; 0,85; 1,70; 2,30; 0,70; 7,70. Espinulação: Pernas I - tíbia v2-2-2, IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 71 pl-1-0, rl-1-0; metatarso v2-0-0, p1-0-1, r0; II - tíbia v2-2-2, pl-1-0, rl-1-0; metatar- so v2-0-0, p1-0-1, r0-0-1 (holötipo) ou rl-0-0 (parátipo); III - IV - tíbia v2-2-2, pl-I-1, rl-l-1; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1. Palpo: (figs. 112-114). Fêmea (São Paulo). Coloração difere da do macho na carapaça, mais clara e na pernas, amareladas. Comprimento total 4,40. Carapaça: comprimento 2,00, maior largura 1,45, espessura 0,67. Clípeo: altura 0,05, igual a metade do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,53 e a posterior 0,71. QOM: comprimento 0,37, largura anterior 0,22, largura posterior 0,40. Diâmetros: OMA 0,10, OLA 0,13, OMP 0,12, OLP 0,13. Interdistâncias: OMA-OMA separados pela metade de seu diâmetro (0,05); OMA-OLA separados pela metade do diâmetro dos OMA (0,05); OMP-OMP por pouco menos que seu diâmetro (0,10); OMP-OLP pelo diâmetro dos OMP (0,12); OLA-OLP pela metade do diâmetro dos OLA (0,06). Queliceras: comprimento 0,96, com o mesmo número de dentículos e dentes apresentados pelo macho. Abdômen: comprimento 2,35, largura 1,30. Espirácu- lo traqueal distando 0,57 do sulco epigástrico e 0,90 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 1,85; patela 0,80; tíbia 1,70; metatarso 1,50; tarso 0,75; 1913100.607117-21550:50:705 1,35; .1,20::0:65; 5,40: 10 - 1,15; 0,60;:0,907 1515: 0,45: 4,25; IV - 1,90; 0,75; 1,55; 1,90; 0,60; 6,70. Espinulação: difere da do macho nas pernas I - tíbia pl-0-1, r0; metatarso p0; II - tíbia pl-1-0, r0; metatarso pl-0-0; III - IV - tíbia vl-2-2. Epígino: (figs. 115,116). Distribuição geográfica. Sudeste e sul do Brasil (fig. 167). Material-tipo. Parátipos: BRASIL. Espírito Santo: Santa Tereza, | d? MZSP 9863, 5.X.1942, B.A.M. Soares leg.; Santa Leopoldina, Chaves, 1 d'2 9, MZSP 12341, 28.1X.1942, B.A.M. Soares leg.; Bahia: Gandú, 1 & MNRJ, Cepec-Ceplac leg. Material adicional. BRASIL. Bahia: | 9, MNRJ 2496, Cepec-Ceplac leg.; Minas Gerais: Juiz de Fora, 1 & RLCB 1826, 3.11.1987, R.L.C. Baptista leg.; Espírito Santo: Santa Leopoldina, Chaves, I 9, MZSP 12350, 19-20.VII1.1942, B.A.M. Soares leg.; Rio de Janeiro: | A MNRJ 614; Barra do Piraí, Pinheiro (atual Pinheiral), 7 &'2 9 MNRJ 650; MCN 21926; Silva Jardim, 1 9, AMNH, VIII.1975, M. Alvarenga leg.; São Paulo: Alto da Serra (próximo de Cubatão, a esquerda de Piraquara), 1 q, MZSP 9866, 21.IV.1942, F. Lane leg; Caraguatatuba (Praia da Cocunha), 1 9, MZSP 5971, 01.111.1967, P. Biasi leg.; Itanhaém, 1 [er MZSP 12215, 2-11.V.1961, U. Martins leg.; (Praia do Meio), 1 9, MZSP 12243, 10-15.V.1948, B.A.M. Soares & H. Soares leg.; Ilha de São Sebastião, 1 9, MZSP 12225, 15-21.1.1948, H. Urban leg.; Juquiá (Fazenda Poço Grande), 1 9, MNHN ex 26188; Paraná: Matinhos (Praia de Caiobä), 2 9, MHCI 4762, 1 9, MHCI 4745, 7.1X.1963, 1 di 9, MHCI ex 4565, I. 1964, 1 q, MCN 18791 (ex MHCI 4730). Aysha piassaguera, sp. n. (Figs. 117-122, 167) Tipos. Holótipo macho e fêmea parátipo MZSP 9832, Boracéia, Salesópo- lis, São Paulo, Brasil, 18.X11.1960, K. Lenko leg. Etimologia. O nome específico é um substantivo e refere-se a localidade-tipo de um dos parátipos. Diagnose. A. piassaguera é próxima de A. boraceia, mas difere pelo macho apresentar apófise tibial retrolateral reta, de ápice arredondado (fig. 119); e pro- cesso tibial basal curto (fig. 119); a fêmea difere pelo átrio subtriangular e placas- guia projetadas de ápices arredondados (fig. 120). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 12 BRESCOVIT Descrição. Macho (holótipo). Carapaça alaranjada, mais escura nas laterais. Queliceras, lâminas maxilares e lábio laranja-escuros. Pernas e esterno amarela- dos. Abdômen amarelo pontilhado e manchado irregularmente de cinza na re- gião dorsal. Comprimento total 6,60. Carapaça: comprimento 3,25, maior largura 2,45, espessura 1,27. Clípeo: altura 0,08, igual a 2/3 do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,72 e posterior 0,98. QOM: comprimento 0,50, largura anterior 0,31, largura posterior 0,53. Diâmetros: OMA 0,12, OLA 0,17, OMP 0,17, OLP 0,18. Interdistâncias: OMA-OMA separados por pouco mais que a metade de seu diä- metro (0,07), OMA-OLA por pouco menos que a metade do diâmetro dos OMA (0,05), OMP-OMP por pouco menos que seu diâmetro (0,16), OMP-OLP por pouco menos que o diâmetro dos OMP (0,15) e OLA-OLP por pouco menos que a metade do diâmetro dos OLA (0,08). Queliceras: comprimento 1,95, com 7 denticulos na retromargem e 4 dentes na promargem, três sôbre uma projeção (fig. 122). Abdômen: comprimento 3,34, largura 1,65. Espiráculo traqueal distando 0,60 do sulco epigástrico e 1,40 da ba- se das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 2,80; patela 1,30; tíbia 2,75; metatarso 2,70; tarso 1,10; to- tal 10,65; II - 2,45; 1,25; 2,30; 2,00; 0,95; 8,95; III - 2,00; 0,85; 1,35; 1,79; 0,70; 6,69; IV - 2,70; 1,05; 2,25; 2,95; 0,89; 9,84. Espinulação: Pernas I - tíbia v2-2-2, pl-1-0, rl-1-0; metatarso v2-0-0, p0, r0; II - tíbia v2-2-2, p1-1-0, rl-1-0; metatarso v2-0-0, p1-0-0, r0; III - IV - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-l-1; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1. Palpo: (figs. 117-119). Fêmea (Boracéia, Salesópolis, São Paulo). Coloração como a do macho. Comprimento total 6,80. Carapaça: comprimento 2,80, maior largura 2,05, espessura 1,60. Clípeo: altura 0,05, igual a metade do diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,83 e a posterior 0,93. QOM: comprimento 0,42, largura anterior 0,28, largura posterior 0,47. Diâmetros: OMA 0,10, OLA 0,16, OMP 0,16, OLP 0,18. Interdistâncias: OMA-OMA separados por pouco mais que a metade de seu diâmetro (0,06), OMA-OLA pela metade do diâmetro dos OMA (0,05), OMP- OMP por 3/4 de seu diâmetro (0,13), OMP-OLP por 2/3 do diâmetro dos OMP (0,10) e OLA-OLP por um pouco menos que a metade do diâmetro dos OLA (0,07). Queliceras: comprimento 1,20, com o mesmo número de dentes do macho, mas sem a projeção na promargem. Abdômen: comprimento 4,15, largura 2,40. Espiráculo traqueal distando 0,80 do sulco epigástrico e 1,75 da base das fiandeiras. Pernas: I -fêmur 2,35; patela 1,10; tíbia 2,25; metatarso 1,85; tarso 0,87; to- tal 8,425 11 = 2,10; 0,75: 1,65: 1,55: 0,75; 6,80: II] = 1,75: 0,85: 1.15:21.402055; 5,70; IV - 2,50; 0,95; 1,95; 2,60; 0,65; 8,65. Espinulação: difere da do macho nas pernas: I - tíbia r0; II - tíbia pl-1-1, rO. Epígino: (figs. 120, 121). Variação: comprimento (4 machos): total 5,00 - 6,60; carapaça 2,50 - 3,25; fêmur I 2,20 - 2,80; dentes na retromargem 7-8; (6 fêmeas): total 5,20 - 6,80; ca- rapaça 2,25 - 2,80; fêmur I 1,80 - 2,35; dentes da retromargem 6-8. Na coloração dos espécimens de São Paulo, as manchas do abdômen são mais esparsas, en- quanto que nos espécimes do Rio Grande do Sul estas restringem-se às laterais do abdômen. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 73 Distribuição geográfica. Sudeste e sul do Brasil (fig. 167). Material-tipo. Parátipos: BRASIL. São Paulo: São Paulo (Horto Florestal), 1 d! MZSP 3475, 1 & MCN 18521 (ex MZSP 9804); XI1.1943, F. Lane leg.; Próximo de Cubatão, à esquerda de Piassa- guera (Alto da Serra), 1 & MZSP 9947, 27.X.1954, W. Bokerman leg.: Paraná: Piraquara (Alto da Serra), 1 d MHCI 5025, 1.X1.1987, Rio Grande do Sul: Canela, 1 9, MCN 13403, 26.X111.1974; 1 9 MCN 13879, ambos coletados por A.A. Lise leg. Material adicional. BRASIL. São Paulo: Barueri, 1 9, MZSP 12369, 21-22.1.1961, K. Lenko leg.; Serra da Cantareira, 1 & MZSP 12194, 29.X.1941, F. Lane leg.; Salesópolis (Boracéia), 1 9 MZSP 12256, 1943, A. Zoppei leg.; 1 d MZSP 12263, 13.1X.1960, K. Lenko e U. Martins leg. Fêmeas não incluídas em subgrupo Aysha curumin, sp. n. (Figs. 129, 168) Holótipo. Fêmea, MCN 3422, Praia de Curumim, Capão da Canoa, Rio Grande do Sul, Brasil, 02.11.1976, C.J. Becker leg. Etimologia. O nome específico é um substantivo referente à localidade-tipo. Diagnose. A fêmea de A. curumim difere das demais espécies do grupo pros- pera pelo átrio do epígino muito amplo, tão longo quanto largo; placas epiginais com insersão basal; placas-guia unidas na borda posterior. (fig. 129). Fêmea (holótipo). Carapaça amarelada, exceto na região cefálica, marrom- avermelhada. Faixas paramedianas cinzentas. Queliceras, lâminas maxilares e lá- bio marrom-escuros. Esterno laranja-escuro. Pernas alaranjadas, com manchas marrom acinzentadas. Abdômen amarelado com duas manchas negras dorsais na região anterior, pigmentado de cinza nas faces laterais e de amarelo na região ventral. Comprimento total 11,10. Carapaça: comprimento 4,80, maior largura 3,59, espessura 2,00. Clípeo: altura 0,16, pouco maior que o diâmetro dos OMA. Olhos: fila anterior 0,47 e posterior 0,65. QOM: comprimento 0,55, largura anterior 0,47, largura posterior 0,65. Diâmetros: OMA 0,15, OLA 0,22, OMP 0,22, OLP 0,23. Interdistâncias: OMA-OMA separados por pouco menos que seu diâmetro (0,14), OMA-OLA por 4/5 do diâmetro dos OMA (0,12), OMP-OMP por seu diâmetro (0,22), OMP-OLP por pouco mais que o diâmetro dos OMP (0,23) e OLA-OLP por 1/3 do diâmetro dos OLA (0,15). Quelíceras: comprimento 2,55, com 7 dentículos na retromargem e 5 dentes na promargem, o quarto, a partir da garra, de maior tamanho. Abdômen: com- primento 6,10, largura 4,20. Espiráculo traqueal distando 0,75 do sulco epigás- trico e 2,25 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 5,85; patela 2,40; tíbia 6,30; metatarso 6,05; tarso 2,55; #0t4123.15:1 4/75; 2,05; 5:05; 4575; 2,05; 18,65; IH - 3,84; 1,65; 2,95; 3,65; 1,40; 13,49; IV - 5,15; 1,85; 4,85; 5,65; 1,55; 19,05. Espinulação: Pernas I - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; metatarso v2-0-0, p1-1-0, r0-1-1; II - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; meta- tarso v2-0-0, p1-1-0; III - IV - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1; metatarso v2-2-2, pl-l-1, rl-1-1. Epigino: (fig. 129). Macho: desconhecido. Distribuição geográfica. Litoral do Rio Grande do Sul, Brasil (fig. 168). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 A BRESCOVIT Aysha taim, sp. n. (Figs. 128, 169) Holótipo. Fêmea, MCN 14015, Estação Ecológica do Taim, Santa Vitória do Palmar, Rio Grande do Sul, Brasil, 27.X1.1985, M. Rosenau leg. Etimologia. O nome específico é um substantivo referente à localidade-tipo. Diagnose. A fêmea de A. taim difere das demais espécies do grupo prospera pelo átrio mais largo que longo, placas-guia afastadas na região posterior do epi- gino (fig. 128). Fêmea (holótipo). Carapaça laranja-escura, com faixas paramedianas mar- rons. Região cefálica, quelíceras, lâminas maxilares e lábio marrom-escuros. Es- terno alaranjado. Pernas laranja-escuras. Abdômen cinza-escuro. Comprimento total 9,30. Carapaça: comprimento 3,60, maior largura 2,70, espessura 1,25. Clípeo: altura 0,15, igual ao diâmetro dos OMA. Olhos: fila an- terior 0,85 e posterior 1,20. QOM: comprimento 0,42, largura anterior 0,37, lar- gura posterior 0,55. Diâmetros: OMA 0,15, OLA 0,21, OMP 0,19, OLP 0,20. In- terdistâncias: OMA-OMA separados por 2/3 de seu diâmetro (0,10), OMA-OLA por pouco mais que a metade do diâmetro dos OMA (0,08), OMP-OMP por seu diâmetro (0,19), OMP-OLP por pouco mais que o diâmetro dos OMP (0,20) e OLA-OLP pela metade do diâmetro dos OLA (0,10). Queliceras: comprimento 1,85, com 6 dentículos na retromargem e 5 dentes na promargem, o quarto, a partir da garra, de maior tamanho. Abdômen: com- primento 5,60, largura 3,20. Espiráculo traqueal distando 1,22 do sulco epigás- trico e 2,62 da base das fiandeiras. Pernas: I - fêmur 3,05; patela 1,45; tíbia 3,05; metatarso 2,70; tarso 1,40; total 11,65; [1 - 2,65; 1,30: 2,35; 2,20: 1,10: 9:60; 111-=-210: 1:05: 1 50H75 MONSO: 7,20; IV - 2,80; 1,35; 2,50; 2,90; 0,90; 10,45. Espinulação: Pernas I - tíbia v2-2-2, p1-1-0, rl-1-0; metatarso v2-0-0, p0-1-1, r0-1-1; II - tíbia v2-2-2, p1-1-0, rl-1-0; me- tatarso v2-0-0, p0-1-1, r0-1-1; III - IV - tíbia v2-2-2, pl-1-1, rl-l-1; metatarso v2-2-2, pl-1-1, rl-1-1. Epigino: (fig. 128). Macho: desconhecido. Distribuição geográfica. Sul do Rio Grande do Sul, Brasil (fig. 169). Agradecimentos. Ao Prof. Dr. Arno A. Lise pela orientação. Ao Curso de Pos Graduação em Ciências Biológicas, Zoologia, da Universidade Federal do Paraná, na pessoa do coordenador, Prof. Dr. Jayme de Loyola e Silva pela possibilidade de desenvolver o presente projeto. Ao MCN, na pes- soa de sua Diretora, Prof. Dra. Cecília Volkmer Ribeiro, pelo uso das instalações em 1988 e 1989. À Maria Aparecida L. Marques e Alexandre B. Bonaldo pelos comentários ao manuscrito. Ao Prof. Francisco Kiss pela assistência na utilização do microscópio eletrônico de varredura. Ao Prof. Elio Corseuil pelo auxílio no uso do microcomputador. Aos curadores das várias instituições pelo emprés- timo do material, especialmente ao Dr. H. W. Levi (MCZ), P.D. Hillyard (BMNH), R. Arrozpide (MLP) e Renato C. Marinoni, João Pacheco Neto e Renato Dutra (CIIF). À Fernanda P. Ohlweiler, pelo apoio e compreensão nos momentos mais críticos . À Prof. Nair Elias pelas correções gramati- cais e a Rainer Radtke pelas sugestões na lingua inglesa. E, finalmente, meu especial agradecimento as sugestões e críticas ao manuscrito da pesquisadora Erica H. Buckup (MCN), que com sua dedica- ção à aracnologia, influenciou diretamente na minha formação profissional e na realização deste trabalho. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 75 REFERENCIAS BIBLIOGRÄFICAS ARROZPIDE, R.F. 1986. Catalogo de tipos de Arachnida (Araneae) del Museo de La Plata. La Plata@63p% (Ser. Tec. Did., 12): BLACKWALL, J. 1862. Descriptions of newly discovered spiders captured in Rio de Janeiro by John Gray, Esq., and the Rev. Hamlet Clark. Ann. Mag. nat. Hist., London, 10: 421-439. BONNET, P. 1955. Bibliografia araneorum. Toulouse, Ed. Douladoure, v. 2, pt. 1, 918p. —. 1956. Bibliographia araneorum. Toulouse, Douladoure, v.2, pt 2, p.919-1926. —. 1959. Bibliographia araneorum. Toulouse, Douladoure, v.2, pt. 5, pt. 5, p.4231-5058. BRESCOVIT, A.D. 1991. Hibana, novo gênero de aranhas da família Anyphaenidae (Arachnida, Araneae). Revta bras. Ent., São Paulo, 35(4): 729-44 BRIGNOLI, P.M. 1983. A catalogue of the Araneae described between 1940 and 1981. Man- chester, Manchester University Press, 755p. BRYANT, E.B. 1931. Notes on North American Anyphaenidae in the Museum of Comparative Zoology. Psyche, Cambridge, Mass., 38:102-26. CAPOCASALE, R.M. 1982. Aranas de Uruguay, V. Suplemento del “Catalogo Sistematico de Espécies (1979). Comun. zool. Mus. Hist. nat., Montevideo, 11(148):1-19. CARICO, J.E. 1973. The Neartic species of the genus Dolomedes (Araneae: Pisauridae). Bull. Mus. comp. Zool. Harv. Cambridge, Mass., 144(7):435-88. CODE INTERNATIONAL DE NOMENCLATURE ZOOLOGIQUE. 1985. 3º ed. London, In- ternacional Trust for Zoological Nomenclature, 338p. FRANGANILLO B., P. 1926. Arácnidos noevos o poco conocidos de la Isla de Cuba. Boln Soc. ent. Esp., Zaragosa, 9:42-68. —. 1946. Aranas nuevas Mems. Soc. cub. Hist. nat. ‘Felipe Poey’’, Habana, 18(1):97-102. GÓLDI, E.A. 1892. Zür Orientierung in der spinnenfauna Brasilens. Mitt. Osterlande., 5:200-48. KEYSERLING, E. 1891. Die Spinnen Amerikas, Brasilianische spinnen. Nürnberg, Verlag von Bauer & Raspe., Núrnberg, v.3 278 p. LEVI, H. W. 1965. Techniques for the study of spider genitalia. Psyche, Cambridge, Mass., 72:152-8. LISE, A.A. 1981. Tomisideos neotropicais V: Revisão do gênero Onoculus Simon, 1895 (Araneae: Thomisidae: Stephanopsinae). Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, (57):3-97. MELLO-LEITÃO, C.F. de 1918. Drassoidas do Brasil. Archos Esc. sup. Agr. Med. vet., Niterói, 2:17-74. —. 1919. Ligeiras notas sobre uma pequena coleção de araneidos do Museu Paulista determinados por E. Simon. Revta Mus. paul., São Paulo, 11:1-17. —. 1922. Novas Clubionidas do Brasil.Archos Esc. sup. Agric. Med. vet., Niterói, 6:(1-2):17-57. —. 1926. Algumas aranhas do Brasil Meridional. Bolm Mus. nac. Rio de J., Zool., Rio de Janei- ro, 5 (2): 1-18. —. 1933. Catalogo das aranhas argentinas. Archos Esc. sup. Agric. Med. veter., Niterói, 10: 1 - 63. —. 1940. Aranhas do Paraná. Archos Inst. biol. São Paulo, 11(30):235-257. —. 1942. Aranas del Chaco y Santiago del Estero. Revta Mus. La Plata, N. Ser. Zool., La Plata 2:381-486. —. 1943. Catálogo das aranhas do Rio Grande do Sul. Arq. Mus. nac., Rio de Janeiro, 37:149-242. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 16 BRESCOVIT —. 1944. Aranas de la Província de Buenos Aires. Revta Mus. La Plata, N. serie Zool., La Plata, 3:311-93. —. 1945. Aranas de Misiones, Corrientes y Entre Rios. Revta Mus. La Plata, N. serie Zool., La Plata, 4: 213-302 —. 1947. Aranhas do Paraná e Santa Catarina, das coleções do Museu Paranaense. Arg. Mus. parana., Curitiba, 6(6):231-304. PETRUNKEVITCH, A. 1911. A synonymic index-catalogue of spiders of North Central and South America with all adjacent Islands, Greeland, Bermuda, West Indies, Terra del Fuego, Galapa- gos, etc. Bull. Am. Mus. nat. Hist., New York, 29:1-791. —, 1928. Systema Araneorum. Trans. Conn. Acad. Arts Sci., New Haven, 29:1-270. PLATNICK, N. 1974. The spiders family Anyphaenidae in America North of México. Bull. Mus. comp. Zool., Cambridge, Mass., 146 (4):205-66. PLATNICK, N. & SHADAB, M.V. 1975. A revision of the spider genus Gnaphosa (Araneae: Gna- phosidae) in America. Bull. Am. Mus. nat. Hist., New York, 155(1):1-66. ROEWER, C.F. 1954. Katalog der Araneae von 1758 bis 1940, bzw. 1954. Bremen V.2 a 923p. ROTH, V.D. & BRAME, P.L. 1972. Neartic genera of the spider family Agelenidae (Arachnida: Araneida). Am. Mus. Novit., New York, 2505:1-52. SIMON, E. 1897. Histoire Naturelle des Araigneés. Librairie Encyclopédique de Roret, Paris, v.2, fasc. 1, p.89-104. SOARES, B.A.M. 1944. Aracnídeos de Monte Alegre. Pap. Av. Dept. Zool., São Paulo, 4:151-68. Recebido em 30.V.1990, aceito em 26.V.1992 IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 1 Índice dos táxons (nomes válidos em itálico): anna, (CUAMHONE! soähr eu RER RR. EL. HE ERR 65 DENN LTE) "See AN R VR 65 alta, ANE ao0mSSBeeeha ee RN 20 DO DD 33 birabenigFAnyphaenast. re eeeneeenee ee daeaeie an a ca a nennen ee Sa aenesnsessneee 51 oral ADE esse ago oro ne an o nat ane Per RE ee NEN 35, DOTAGCEIA DAVIS ANS AR ad eo ooo eo) e ee SEC no RE RE 70 DONSIREVERNRAVS ARA RR e copa E o RR a IS aeb a nais oia Sá ao Ea DO AR sic door 58 DOTE ey en LES RR root o eta E o EO e 0 00 o ao 05 A ee urso o sg 58 TATA, ANNA, sosbossoad EEE Naa PE o SNS ODE a as SR O co eo o o o o PAMPA ET DR 56 clarosyittata RE Ny phRaenal e er src CRE fo e RE ola o oe io o o ta asa oe AD SERRA DE ola eae 31 ET, ZN SEE... RER ER 31 Clarovitradus ICU IS pa se é sara RER. OBER 31 (CUTE AA NA 300020 SCE PARAR Ep SOLO PR om E RR o RA 73 CH ANIMA svocbadoa soc sdaaBB ADE Se cont ooo GE cons RR ER es 60 TORUSWANYDHaeNay Peer... 020er ent nenne ci cv no a ola ee oie oo ee ea ais o ela ooo 39 ROS, ANDY sooo eo ee 39 NOTAR, WEIS sone N E sf sas oco ota 39 ANE UCHO SANS [IARA oa 42 WENDE, AVSNEN 0066 00500 RR Ata a A o NE oe Se oo eee oo oo ia atoa e oo ela eo oo E aaa ae eo 50 BUENO ZN abuovsobodone saga doaanBNos o sopa asa oe 44 MES Pita RAS A EEE EEE aà et nen oo ato 22 5 afeto ROO Ni oo a e arca o a a jo aa tale 58 ATE AVE RE TR so Bon does PER BRR o UE e RE NINE DOER EDS sr 30 lasenifera AVISA so ro ARARAS ara RR o steel o oiee elo oe e Sape a ao een lola la a ee ole en od 51 lageniferusMieudis: = Seas Sab e Er ló aleidio do ide dé 06 ARE asd o 2 SER 51 Sa AVE ososvo sb afosoo spa ERR RR CORE 38 RATIO DINA VS A RR AS io copo 2 5/5570 06/06 seen jo oleo do seen ee ee nee rennen é Era eat 43 INONLCIECSTO RAW QN SE ERES et o OO Sa ooo jo ao nennen afeto oo aaa é a oo oleo 40 piassa gu era RAVS ae RE RR asteca e elo jao cio SS 6 5 Sola ole ao aa E 0/50 6 SIDES alo rarje no na es eioálai 71 DITAS SLI E ARRAIS PAR NS ce ato 5a oiee oo RRLERCdEROERORBERBRRRE 49 Root, ANNA sopovodaadasdsoadpo ESSA sb AEE o RPE EEE UPE o BS RA e RR PE Eca pa o CRS RE 35 DTOSPETARAYSH ERR Re E io sto ae oa eo à ooo fo) so oo poe o 2 o eloa o joel ooo ae ae oe alo 47 DUNA, NSLCIS socaddpsópdo sas pocsnoDcbaaosovaiaaNe SE Es Do EEE DEDO SaUe do Been RPE En RE RR Ae Roo odo or BSconda 47 NQUEÃA, ANN) RAGE o db ao sadEiEs id Doado ooo sa apEoEPa da ana aa do EO acc as Sean Baran cao de nonBenno Soo pootsorapanca 66 EVA, AGR asconovososbocacanBpaRonEo aos anse Das os NDE CGU as Gen ob een nalen nee sense Edo ond 66 IDOTENUS, TER ssosnconconustipaBRaBARo o doca PEDE OR BRRRER ALS sor RP ERApoBo co Bad 66 iii, ANNE oobsba socos osoUoaoniandaaoDaade sacado cana Dado na Basanp na dado manha sBanaandasapenadan soc oodsanvpgpaoooanpdade 74 QN, ANIMA. egupoa cod UEaaaonaEsDasBsavuanaGEno soc adoc onda ace cnabosBonaoonosvUdanaodopaolaaPancsspanooaposace 36 LEI TASTE o nconosooDo sas asoDoBosaaso ops ona sao o bScac BRA naaoDo Bo doado pa aoaao dos ando apso adadsnonaoE 53 TINTO, ANNE Ganso len cosas ddadBs sauce: Bean seen = sense. 67 Va aA a pdodondanonaagoo do doc ds mpHoRBconoBas UAnaocdaopáagadanolBpHonosaBosopoopapsBsnsboscoccopdanade 52 vans, ANIS NATE ouoooBopabHan digo Pao ca soadoaaaB Bop oa EmcosdpossacacpadecoNodgaodnanadaaBsoaDo os cone soncagnonpado 65 violas, UNA NS o acsão ano passa op so BanopooEaaaadaaS boo snaadrasod acaso doado cao sono so aconbBnalfp cegas nos conconodonoadE 65 CO ANIBNE) onoodogodaatananasnpasa doBBacoHennBedaoa do sc aa garoa asa ncopua ndo agdBooo aodado oanecBaondEnEdsroo coco dr SH BES A Sa RR o acione oo see een Seas ati ooo ea Deo io om a sense nenn ea ea joao ala 61 Z302254, WJNOlSsasnodaso ando senado vo dao BaDanpacsusap gado JOGDedaBmaaBanAconco os pda Lo bnaa o srsBagaaaasaaasaenardadaPade 61 IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 78 BRESCOVIT Figs. 1-4. Aysha prospera Keyserling. Macho: 1. dorsal; 3. lateral; 4. dorsal; 2. fêmea: lateral da cara- paça. Escala: 0,25 mm (1-4, mesma escala). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 79 Figs. 5-11. Aysha prospera Keyserling; palpo esquerdo: 5. dorsal; 6. ventral; 7. retrolateral; expandi- do: 8. retrolateral; 9. prolateral: 10, 11: detalhes do processo embólico (AM, apófise média; ATD, apófise tibial dorsal; ATP, apófise terminal primária; ATR, apófise tibial retrolateral; ATS, apófise terminal secundária; BA, base anelar do processo embólico; C, cimbio; CN, carena tibial; CT, cavi- dade tibial; DE, ducto espermático; E, êmbolo; F, fundus; HB, hematodoca basal; HD, hematodoca distal; HM, hematodoca média; LT, lamela tibial; P, peciolo; PTB, processo tibial basal; S, subtégu- lo; T, tégulo). Escala: 0,25 mm (5-7; 8-11 respectivamente na mesma escala). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 BRESCOVIT 80 Figs. 12-17. Aysha prospera Keyserling; epigino: 12. ventral; 13, dorsal; Aysha janaita, sp. n.; epigino: 14. ventral; palpo esquerdo: 15. dorsal; 16. ventral; 17. retrolateral (AF, abertura de fecundação; DRS, ducto do receptáculo seminal; EE, espermateca; IPE, inserção da placa epiginal; PE, placa epiginal; PG, placa-guia; RS, receptáculo seminal; SS sustentáculo). Escala: 0,25 mm (16-17 mesma escala). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 81 Figs. 18-24. Aysha clarovittata (Keyserling); palpo esquerdo: 18. dorsal; 19. ventral; 20. retrolateral; epígino: 21. ventral; 22. dorsal; Aysha tapejara, sp. n.; epígino: 23. ventral; 24. dorsal. Escala: 0,25 mm (18-20; 21; 22; 23-24 respectivamente na mesma escala). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Bo EE Figs. 25-30. Aysha albovittata Mello-Leitão; palpo esquerdo: 25. dorsal; 26. ventral; 27. retrolateral; 28. prolateral; epígino: 29. ventral; 30. dorsal. Escala: 0,25 mm (25-28, mesma escala). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 83 Figs. 31-37. Aysha proseni Mello-Leitäo; palpo esquerdo: 31, dorsal; 32. ventral; 33. retrolateral; 34. prolateral; epigino: 35. ventral; 36. dorsal; abdômen: 37. dorsal (LT, lamela tibial; PRJ, projeção me- diana das placa-guia). Escala: 0,25 mm (31-34; 35-36; 37 respectivamente na mesma escala). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 eu BRESCOVIT Figs. 38-43. Aysha lisei, sp. n.; palpo esquerdo: 38. ventral; 39. retrolateral; epígino: 40. ventral; 41. dorsal; A. fortis (Keyserling); epígino: 42. ventral; 43. dorsal. Escala: 0,25 mm (38-39; 40-43 respecti- vamente na mesma escala). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 85 Figs. 44-49. Aysha montenegro, sp. n.; palpo esquerdo: 44. dorsal; 45. ventral; 46. retrolateral, 47. prolateral; epigino: 48. ventral; 49. dorsal. Escala: 0,25 mm (44-47, mesma escala). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 so BRESCOVIT Figs. 50-58. Aysha garruchos, sp. n.; palpo esquerdo: 50. dorsal; 51. ventral; 52. retrolateral; epígino: 53. ventral; A. marinonii, sp. n.; epigino: 54. ventral; 55. dorsal; palpo esquerdo: 56. dorsal; 57. ven- tral; 58. retrolateral. Escala: 0,25 mm (50-52; 53; 54; 55; 56-58 respectivamente na mesma escala). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 87 Figs. 59-65. Aysha guarapuava, sp. n.; palpo esquerdo: 59. prolateral; 60. ventral; 61. retrolateral; epígino: 62. ventral; 63. dorsal; A. guaiba, sp. n.; palpo esquerdo: 64. ventral; 65. retrolateral. Esca- la: 0,25 mm (59-61; 62; 63; 64-65 respectivamente na mesma escala). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 88 BRESCOVIT Figs. 66-72. Aysha pirassununga, sp. n.; palpo esquerdo: 66. dorsal; 67. ventral; 68, retrolateral; epi- gino: 69. ventral; 70. dorsal; A. lagenifera (Mello-Leitäo); epigino: 71. ventral; abdômen: 72. dorsal. Escala: 0,25 mm (66-68; 69-70; 71; 72; respectivamente na mesma escala). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 89 ee ee Dn nn 2 Figs. 73-78. Aysha vacaria, sp.n.; epigino: 73. ventral;A. tertulia, sp. n.; epigino: 74. ventral; 75. dor- sal; palpo esquerdo: 76. dorsal; 77. ventral; 78. retrolateral. Escala: 0,25 mm (73; 74-75; 76-78 respec- tivamente na mesma escala). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 90 BRESCOVIT Figs. 79-84. Aysha bonaldoi, sp.n.; palpo esquerdo: 79. dorsal; 80. ventral; 81. retrolateral; A. chica- ma, sp. n.; palpo esquerdo: 82. dorsal; 83. ventral; 84. retrolateral. Escala: 0,25 mm (79-84 mesma escala). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 91 Figs. 85-91. Aysha yacupoi, sp. n.; palpo esquerdo: 85. dorsal; 86. ventral; 87. retrolateral; A. borg- meyeri (Mello-Leitão); palpo esquerdo: 88. ventral; 89. retrolateral; epígino: 90. ventral; 91. dorsal. Escala: 0,25 mm (85-87; 88-89; 90-91 respectivamente na mesma escala). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 92 BRESCOVIT Figs. 92-100. Aysha ericae, sp.n.; palpo esquerdo: 92. ventral; 93. retrolateral; epigino: 94. ventral; 95. dorsal; A. zenzesi (Mello-Leitäo); palpo esquerdo: 96. dorsal; 97. ventral; 98. retrolateral; epigi- no: 99. ventral; 100. dorsal. Escala: 0,25 mm (92-93; 94-95; 96-98; 99-100 respectivamente na mesma escala). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 93 Figs. 101-106. Aysha taeniata (Keyserling); palpo esquerdo: 101. dorsal; 102. ventral; 103. retrolateral, 104. prolateral; epigino: 105. ventral; 106. dorsal. Escala: 0,25 mm (101-104; 105-106 respectivamente na mesma escala). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 BRESCOVIT BEN RS o o o A o am ato 94 Figs. 107-111. Aysha affinis (Blackwall); palpo esquerdo: 107. dorsal; 108. ventral; 109. retrolateral; epígino: 110. ventral; 111. dorsal. Escala. 0,25 mm (107-109; 110-111 respectivamente na mesma escala). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 95 Figs. 112-116. Aysha boraceia, sp. n.; palpo esquerdo: 112. dorsal; 113. ventral; 114. retrolateral; epigi- no: 115. ventral 116. dorsal. Escala: 0,25 mm (112-114; 115-116 respectivamente na mesma escala). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 06 BRESCOVIT A WWW» ÉEÉÃRÃRZTPZRÊRLÉF=>”>H>HÓÓÍÍ “<< Figs. 117-122. Aysha piassaguera, sp. n.; palpo esquerdo: 117. dorsal; 118. ventral; 119. retrolateral; epígino: 120. ventral; 121. dorsal; 122. quelícera do macho, ventral. Escala: 0,25 mm (117-119; 120-121; 122 respectivamente na mesma escala). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 97 Figs. 123-129. Aysha triunfo, sp. n.; palpo esquerdo: 123. dorsal; 124. ventral; 125. retrolateral; epigi- no: 126. ventral; 127. dorsal; A. taim, sp. n.; epigino: 128. ventral; A. curumim, sp. n.; epigino: 129. ventral. Escala: 0,25 (123-125; 126-127; 128-129; respectivamente na mesma escala). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 98 BRESCOVIT Figs. 130-135. Fotomicrografias de Aysha prospera Keyserling: 130. unhas tarsais e pêlos espatulados, lateral; 131. pêlos tarsais espatulados, lateral; 132. botrióforo e tricobótria do metatarso da perna I; 133. cerda da perna I; 134. quelícera, retrolateral; 135. quelícera, detalhe da garra e fila de dentes pró e retrolaterais. Escalas: figs. 130. 100um; 131. 20nm; 132. 4um; 133. 40um; 134 e 135. 200um. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 99 Figs. 136-141. Fotomicrografias de A. prospera Keyserling: 136. dentes da quelicera, prolateral; palpo esquerdo do macho: 137. retrolateral; 138. apöfises e &mbolo; 139. superior das apöfises e &mbolo; 140. tíbia, retrolateral; 141. apófises da tíbia, retrolateral. (AM, apófise média; ATD, apófise tibial dorsal; ATP, apófise terminal primária; ATR, apófise tibial retrolateral; ATS, apófise terminal secun- däria; BA, base anelar do processo embólico; C, cimbio; CN, carena tibial; CT, cavidade tibial; E, &mbolo; LT, lamela tibial; PTB, processo tibial basal). Escalas: 136. 20um; 137, 140 e 141. 200um; 138 e 139. 100um. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 100 BRESCOVIT Figs. 142-147. Fotomicrografias de A. prospera Keyserling: 142. palpo do macho, äpice da apöfise tibial dorsal, vista retrolateral; 143. epigino, ventral; A. montenegro, sp. n.: 144. palpo esquerdo, re- trolateral; 145. apófise tibial dorsal, retrolateral; 146. processo tibial basal, retrolateral; 147. epígino, ventral; (ATD, apófise tibial dorsal; ATR, apófise tibial retrolateral; D, depressão do átrio; IPE, in- serção da placa epiginal; PE, placa epiginal; PG, placas-guia; PRJ, projeção mediana das placas- guia). Escalas: 142 e 146. 100um; 145. 40pm; 143, 144 e 147. 200um. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 101 Figs. 148-156. Fotomicrografias de A. ericae, sp. n.: 148, palpo esquerdo, ventral; 149. igual ao ante- rior, ventral; 150. apöfise e &mbolo, retrolateral; 151. &mbolo e apöfises terminais, ventral; 152. äpice do êmbolo, ventral; 153. tíbia do palpo, retrolateral; 154. tíbia do palpo, retrolateral; 155. apófise tibial dorsal, retrolateral; 156. processo tibial basal, retrolateral (AM, apófises média; ATP, apófise terminal primária; ATR, apófise tibial retrolateral; ATS, apófise terminal secundária; BA, base ane- lar do processo embólico; C, címbio; CT, cavidade tibial; E, êmbolo; PTB, processo tibial basal; T, tégulo). Escalas: figs. 148. 200um; 149, 150, 152, 153 e 154. 100 pm; 151, 155 e 156. 40pm. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 102 BRESCOVIT em 1:9] _ Figs. 157-162: A. ericae, sp. n.: epigino: 157, ventral; A. triunfo, sp. n.: palpo esquerdo: 158. projeção dorsal basal do címbio e tíbia, retrolateral; 159. Igual a anterior, em maior aumento, retrolateral; 160. Lamela tibial e apófise tibial dorsal, retrolateral; 161. processo tibial basal, retrolateral; 162. epígino da fêmea, ventral. (ATD, apófise tibial dorsal; ATR, apófise tibial retrolateral; C, cimbio; D, depres- são do átrio; LT, lamela tibial; PE, placa epiginal; PG, placas-guia; PRJ, projeção mediana das placas- guia; PTB, processo tibial basal; T, tégulo). Escalas: figs. 157, 159 e 162. 100um; 158. 200um; 160 e 161. 40ym. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 Revisäo do grupo prospera... 103 A. borgmeyerl A. zenzesi \ A. triunfo E X A. curumim « A.taeniata a A.tapejara oA. piassaguera o À. vacaria #*A. boraceia | ji = A. lagenifera 167 IS: 500 1000 1500 km ESCALA 1:20 000000 Figs. 163-168. Distribuição do gênero Aysha, grupo prospera: 163. A. borgmeyeri; 164. A. ericae; 165. A. zenzesi; 166. A. triunfo; 167. A. taeniata, A. piassaguera e A. boraceia; 168. A. curumim, A. tapejara, A. vacaria e A. lagenifera. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 BRESCOVIT 104 ra o | =5= o SER SSE «dadas = - 8 8 5 = 3 < < 4 imersa Pe gue VERY dp RR E MAR y EU IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 23-104, 31 ago. 1992 ICTIOFAUNA DEL RIO DULCE EN LA PROVINCIA DE CORDOBA (ARGENTINA) (PISCES, OSTEICHTHYES) Maria de los Angeles Bistoni ! José Gustavo Haro | Mercedes Gutiérrez ! ABSTRACT ICHTHYOLOGICAL FAUNA FROM DULCE RIVER IN CORDOBA PROVINCE (ARGEN- TINA) (PISCES, OSTEICHTHYES). Thirty one fish species from Dulce river within the limits of the province of Cördoba, Argentina, were identified. Among them, sixteen are originally reported from this river, and eleven are mentioned for the first time in the province. The abundance of the species has been related to the catch per unit effort, and the Characidae has been found to be the best represented group in fast and slow current environments. Simpson’s similitude index was applied to compare the ichthyological fauna we found out in our research with the one of Paranä River. KEYWORDS: Osteichthyes, Neotropical, freshwater, fishes, faunistic. INTRODUCCION Los relevamientos referidos a la fauna de peces del rio Dulce se han realiza- do, hasta el presente, en los tramos superior y medio del citado curso. Asi, los registros de ALVAREZ (1919), MASTRARRIGO (1947), RINGUELET et al. (1967) y RINGUELET (1975) indican un total de 21 especies para este rio, todas dentro de los limites de Santiago del Estero. Recientemente la ictiofauna de esta ültima provincia ha sido objeto de estudio por CASCIOTTA et al. (1989) quienes enumeran el elenco faunistico de los rios Salado y Dulce adicionando 6 nuevos registros para este último e indicando una localidad cercana al rio Saladillo co- mo el lugar de muestreo más meridional. Nuestro estudio constituye el primer relevamiento concerniente a la ictiofauna del río Dulce dentro de los límites de la provincia de Córdoba. En él se da a co- nocer la lista sistemática de las especies encontradas y se desarrollan algunas con- sideraciones sobre la abundancia estacional de las mismas y su presencia en am- bientes loticos y lénticos. La zona próxima al nivel de base así como la laguna Mar Chiquita y la de- 1. Facultad de Ciencias Exactas, Físicas y Naturales, Universidad Nacional de Córdoba. Avenida Vélez Sársfield 299; 5000 Córdoba, Argentina. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 105-111, 31 ago. 1992 106 BISTONI; HARO & GUTIERREZ sembocadura de los rios Primero y Segundo han sido propuestas como Parque y Reserva Natural (BRONSTEIN et al., 1980) y recientemente tanto los banados del rio Dulce como la laguna Mar Chiquita, han sido declarados Sitio hemisferi- co e incorporados como tal a la red del hemisferio occidental de Reservas de Aves Playeras. Por este motivo, el conocimiento del elenco faunístico de la región re- presenta una etapa inicial necesaria para los estudios referidos a su conservación y manejo. La investigación realizada completa el estudio de los ríos de nuestra provin- cia que derraman en la depresión de Mar Chiquita, como parte de un plan de investigación de mayor amplitud que compreende el relevamiento de la fauna de peces de toda la provincia (HARO et al. 1986; 1987; 1991). MATERIAL Y METODOS El rio Dulce ingresa a la provincia de Córdoba al sudeste de Taco Pozo y tras recorrer unos 100 km alcanza su nivel base en Mar Chiquita (VAZQUEZ et al., 1979). El tramo compreendido dentro de los limites de esta provincia, fluye sobre un área de baja pendiente donde alternan pastizales con zonas de vegetación halófita. Esta región está expuesta a inundaciones periódicas que han dado ori- gen a banados y lagunas permanentes y temporarias. El difícil acceso a ambientes de este tipo condu- jo a que el estudio fuera realizado en zonas de banado próximas a la localidad de Paso de la Cina (fig. 1). En el área elegida se consideraron ambientes lénticos y lóticos, estando representados los primeiros por bafados y microlimnótopos lénticos (RINGUELET, 1962), mientras que como am- bientes de aguas rápidas se consideró al rio en su cauce principal y a los canales que conectan a éste con los banados. Los muestreos fueron realizados entre Noviembre de 1986 y Febrero de 1989 contabilizándose 14 viajes a campana con periodicidad estacional. Para la recolección del material fueron utilizadas las siguintes artes de pesca: red de arrastre de 25m de largo por 1,20m de altura con una distancia entre nudos de 15mm en las alas y 6mm en el copo; red de trasmallo de 10m de largo por 0,80m de altura con una distancia entre nudos de 100mm en los pafios externos y 25mm en el pano central; red arrojadiza atarraya de 2,50m de diámetro; redes de mano (camaronera) de 1 x Imm de malla con una apertura de 0,30 x 0,50m y una profundidad de 0,30m; también se emplearon líneas de pesca con anzuelos de una sola curvatura y diferentes di- mensiones (““Cormoran” Nº 1, 3, 5 y 9) utilizándose un solo anzuelo por línea. Tanto en los ambientes lóticos como en los lénticos fueron utilizadas las mismas artes de pesca y el esfuerzo de captura estuvo referido a unidades de tiempo o de número de lances según el arte utilizado. En cada lugar de muestreo se realizó el mismo esfuerzo de captura por viaje. Las especies recolectadas fueron identificadas en campana y laboratorio mediante claves siste- máticas (EIGENMANN, 1915; 1927; RINGUELET et al., 1967; GERY, 1977; GERY et al., 1987) y por comparación con especimenes del Museo de Ciencias Naturales de La Plata. Los ejemplares con- servados están depositados en la Cátedra de Zoologia II (Vertebrados) de la Universidad Nacional de Córdoba. Todos los peces fueron contados y medidos. La diversidad faunística de los ambientes lóticos y lénticos fue estimada através del índice de Shannon-Weaver (ODUM, 1972). Tanto para el análisis de las diferencias en el número de ejemplares y de especies en relación con las estaciones climáticas, como en la comparación de la riqueza de especies de los ambientes lóti- cos y lénticos, se utilizaron los métodos paramétricos tradicionales (SOKAL & ROHLEF, 1979; SNE- DECOR & COCHRAN, 1980). Para establecer la relación entre la fauna del rio Dulce con aquella propia del Paraná fue utiliza- do el coeficiente de similitud de Simpson (RINGUELET, 1975). RESULTADOS Los relevamientos efectuados permitieron reconocer 31 especies ícticas para IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 105-111, 31 ago. 1992 Ictiofauna del rio Dulce... 107 el área estudiada. Entre éstas, 16 constituyen citas originales para el rio Dulce mientras que 11 son referidas por primera vez a la ictiofauna cordobesa (tab. 1). Se recolectaron 15194 ejemplares. Considerado las estaciones del ano, la abun- dancia relativa de los peces experimentó sensibles variaciones, con picos máxi- mos en primavera e invierno mientras que el otofio y particularmente el verano senalan los registros más bajos obtenidos. Estas diferencias resultaron estadísti- camente significativas (P <0,001) (fig. 2). Si se considera el número promedio de especies por estación las cifras más bajas se dan también en verano, mientras que en otofio se observa el máximo valor. No obstante, este parámetro tiene una oscilación menor que el número de individuos a lo largo del ano resutando estadísticamente no significativa. Las fluctuaciones en la abundancia relativa en cada época del ano, están fuer- temente influídas por las variaciones de sólo cinco especies, las que representam por sí mismas el 82% del total de ejemplares capturados. Las tres más numerosas son representantes de la familia Characidae (Astyanax bimaculatus, Odontostil- be microcephala e Astyanax fasciatus) y su abundancia en el área parece respon- der a dos modelos distintos (fig. 3). Por un lado, A. bimaculatus y O. microce- phala presentam picos poblacionales en invierno con mayor relevancia para esta última especie. Por otra parte A. fasciatus muestra mayores valores de numerosi- dad en primavera y otono. En cuanto a los peces no caräcidos, Pimelodus albi- cans y Prochilodus platensis exhiben sus registros más altos en primavera, obser- vándose en el caso de esta última especie, un repunte invernal después de los ba- jos valores de verano y otono (fig. 4). Teniendo en cuenta los ambientes lóticos y lénticos, no se aprecian diferen- cias signficativas en lo que hace a su riqueza de especies (tabla I). La estimación de la diversidad faunística alcanzó valores de 0,92 y 0,84 para las aguas rápidas y lentas respectivamente. En la Tabla II se detallan el número de especies conocidas en la actualidad para el rio Dulce y el valor de similitud faunística entre este curso y el rio Paraná. De acuerdo con los Tipos Ecológicos propuestos por RINGUELET (1975), el mayor porcentaje correspondió a peces de aguas quietas y vegetadas, siendo los pequenos peces animalivoros el grupo más numeroso. DISCUSION El uso combinado de diferentes artes de pesca en los ambientes estudiados tuvo por objeto recolectar el mayor número de especies posible, evitando la selec- tividad en la captura de las mismas. La riqueza de especies registrada ha permiti- do elevar significativamente el número de éstas y otras categorias sistemáticas su- periores, conocidas para la provincia de Córdoba. Aún considerando el hecho de que la presencia de algunas de las especies recolectadas parece estar relacionada con el caudal del río (dependiente del Em- balse Rio Hondo), el Dulce es el curso que ostenta la mayor riqueza faunística entre los que desaguan en la laguna Mar Chiquita, sobrepasando a los ríos Pri- mero (Suquía) y Segundo (Xanaes) (HARO et al., 1986; 1987). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 105-111, 31 ago. 1992 108 BISTONI; HARO & GUTIERREZ Tabla I. Especies icticas del Rio Dulce (Argentina) en su tramo inferior y los ambientes donde fueron recolectadas. (Primera cita: A. para el Rio Dulce; B. para Cördoba; C. ambientes löticos; D. am- bientes lénticos). ESPECIES Au BONES D CHARACIDAE Oligosarcus jenynsi (Günther, 1864) + + + Salminus maxillosus Valenciennes, 1840 Lo Aphyocharax erytrhurus Eigenmann, 1912 + + + + Astyanax eigenmanniorum (Cope, 1894) + Astyanax fasciatus (Cuvier, 1819) + + Astyanax bimaculatus Eigenmann, 1921 do er Bryconamericus iheringi (Boulenger, 1887) + du Cheirodon interruptus (Jenyns, 1842) + + + Odontostilbe microcephala Eigenmann, 1907 do db db E Serrasalmus spilopleura Kner, 1860 + + + + ERYTHRINIDAE Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) + + ANOSTOMIDAE Leporinus obtusidens (Valenciennes, 1847) rn tr PROCHILODONTIDAE Prochilodus platensis Holmberg, 1889 + + CHARACIDIIDAE Characidium fasciatum Reinhardt, 1866 + + + + STERNOPYGIDAE Eigenmannia virescens (Valenciennes, 1847) + + + + CYPRINIDAE Cyprinus carpio Linné, 1758 + + + AUCHENIPTERIDAE Parauchenipterus striatulus (Steindachner, 1876) + + + PIMELODIDAE Pimelodella gracilis (Valenciennes, 1840) + +. + + Pimelodella laticeps Eigenmann, 1917 + + Pimelodus albicans (Valenciennes, 1840) + + Rhamdia sapo (Valenciennes, 1840) + + CALLICHTHYIDAE Corydoras paleatus (Jenyns, 1842) + + + Hoplosternum littorale (Hancock, 1828) + + + LORICARIIDAE Hypoptopoma gulare Cope, 1878 + + + + Loricariichthys maculatus (Bloch, 1794) +. art Hypostomus commersoni Valenciennes, 1840 Po = ANABLEPIDAE Jenynsia lineata (Jenyns, 1842) + + POECILIIDAE Cnesterodon decenmaculatus (Jenyns, 1842) de de ATHERINIDAE Odontesthes bonariensis Cuvier & Valenciennes, 1835 + + + SYNBRANCHIDAE Synbranchus marmoratus Bloch, 1795 + CICHLIDAE Cichlasoma facetum (Jenyns, 1842) + + IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 105-111, 31 ago. 1992 Ictiofauna del rio Dulce... 109 Tabla II. Número total (A) de especies ícticas del Rio Dulce (Argentina) del tramo inferior (B) e indi- ce de similitud de Simpson (SC) entre el Rio Dulce y el Paraná. 43 31 72 90,7 La mayoria de las especies están presentes en todas las estaciones del ano pero su numerosidad es muy variada a través de las mismas. El 60% de los ejemplares capturados pertenecen a tres especies de Characi- dae. Entre éstas, Astyanax bimaculatus y Odontostilbe microcephala exhiben una representatividad francamente opuesta a Astyanax fasciatus en relación con la época del ano, evidenciándose así un marcado reemplazo en la dominancia de estos grupos de mojarras. Probablemente un estudio detallado del ciclo repro- ductivo de estas especies arrojaría luz sobre la alternativa de las mismas. En lo referente a la riqueza de especies de los ambientes lóticos y lénticos se advierte que es semejante en ambos. En las aguas lentas, la dominancia de mojarras del género Astyanax influye en el menor valor de diversidad faunística de estos ambientes con respecto a los lóticos. En general, los ambientes de aguas rápidas resultaron menos poblados que los banados. La única especie cuya abundancia fue marcadamente mayor en las aguas de corriente rápida es Hypostomus commersoni aunque debe senalarse que la gran mayoria de los ejemplares obtenidos eran juveniles que no sobrepasaban los 30 mm de longitud eständar. Este hecho parece indicar que las riberas vegeta- das del cauce principal y los canales con cierta velocidad de corriente, resultaron el habitat preferido por este pez en sus primeras etapas de desarollo ya que los adultos, menos numerosos, fueron capturados principalmente en zona de banados. Más del 80% de las especies fueron capturadas en aguas lénticas tanto en estado adulto, como en la forma de individuos juveniles y aún larvales, lo que indicaria una utilización del banado como efectiva área de cria. La mayoria de las especies relevadas (90%) correspondem a formas propias de la fauna paranense. No obstante representantes de la fauna de tipo andina no fueron encontrados en nuestros muestreos y tampoco son citados por la biblio- grafia más al sur del río Sali en Tucumán (RINGUELET, 1975). En consecuen- cia, el resto del elenco faunístico relevado en nuestro trabajo, lo forman especies introducidas (Cyprinus carpio y Odontesthes bonariensis) y Astyanax eigenman- niorum considerada como representante de fauna transicional, común en aguas serranas y aparentemente ausente del Paraná (RINGUELET, 1975). En lo que respecta a la fauna exótica, no se tienen datos sobre la introduc- ción de la carpa C. carpio en esa zona por lo que se infiere que estos peces po- drian provenir originariamente de ejemplares sembrados aguas arriba. En cuan- IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 105-111, 31 ago. 1992 110 BISTONI; HARO & GUTIERREZ to al pejerrey O. bonariensis el bajo número registrado (0,25% del total de peces capturados) indica que no parece haber una migraciön de magnitud desde la la- guna Mar Chiquita donde su presencia es reconocida. Agradecimentos. A los sefiores A. Mangeaud, M. Vaira y A. Luna por la colaboración prestada en el trabajo de campo y al personal docente de la Cätedra de Zoologia Vertebrados de la Facultad de Ciencias Naturales y Museo de La Plata por permitirnos revisar las colecciones ictiolögicas. Para la realizaciön de este trabajo se contó con subsidio otorgado por el Consejo de Investiga- ciones Cientificas y Tecnolögicas de la Provincia de Cördoba (CONICOR), Argentina. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ALVAREZ, A. 1919. Flora y fauna de la provincia de Santiago del Estero. Poder Ejecutivo de la Pcia. de Santiago del Estero. 176p. BRONSTEIN, G.; ORUETA, A. & HERRERA, M. 1980. Parque y Reserva Natural ‘‘Bana- dos del Rio Dulce y Laguna de Mar Chiquita”. Ecología, Mendoza, 5: 113-116. CASCIOTTA, J.; LÓPEZ, H.; MENNI, R. etal. 1989. The first fish fauna from the Salado river (Central Argentina, South America) with additions to the Dulce river and limnological com- ments. Arch Hydrobiol. Stuttgart, 115(4):603-612. EIGENMANN, C.H. 1915. The Cheirodontinae, a subfamily of Minute Characid fishes of South America. Mem. Carneg. Mus., Pittsburgh, 7(1):1-99. EIGENMANN, C.H. 1927. The American Characidae. Mem. Mus. comp. Zool Harvard, Cambridge, Mas., 43(5): 429-558. GERY, J. 1977. Characoids of the world. Neptune City, T.F.H. Publications. 672p. GERY, J.; MAHNERT, V. & DLOUHY. 1987. Poissons Characoides non Characidae du Paraguay (Pisces, Ostariophysi). Revue Suisse Zool., Geneve 94:357-464. HARO, J.G.; BISTONI, M.A. & GUTIÉRREZ, M. 1987. Ictiofauna del Rio Segundo (Xanaes) (Córdoba, Argentina). Acad. Nac. Cienc. Córdoba. (Miscelánea, 77). —. 1991. Ictiofauna del Río Cuarto (Chocancharagua) (Córdoba, Argentina). Boln. Acad. Nac. Cienc. Córdoba 59(3-4): 249-258. HARO, J.G.; GUTIÉRREZ, M.; BISTONI, M. Aetal. 1986. Ictiofauna del Rio Primero (Suquia) (Cördoba, Argentina). Hist. Nat., Corrientes, 6(7): 53-63. MASTRARRIGO, V. 1947. Notas biológicas del Rio Dulce (Santiago del Estero). Pubines. misc. Minist. Agric. República Argentina., Buenos Aires, (250):1-11. ODUM, E.P. 1972. Ecologia. Mexico, Interamericana. 640 p. RINGUELET, R.A. 1962. Ecologia Acuática Continental. Buenos Aires, Eudeba. 138 p. RINGUELET, R.A.; ARÁMBURU, R. H. & ARÄMBURU, A. A. de. 1967. Los peces Argenti- nos de Agua dulce. La Plata, Comisión de Investigación Científica. 602 p. RINGUELET, R.A. 1975. Zoogeografia y Ecologia de los peces de aguas continentales de la Ar- gentina y consideraciones sobre las áreas ictiológicas de América del Sur. Ecosur, Corrientes, 2: 1-151. SNEDECOR, GW. & COCHRAN, W.G. 1980. Statistical Methods. Iowa. The Iowa State Uni- versity Press. 507 p. SOKAL, R.R & ROHLE, F.J. 1979. Biometria: Principios y métodos estadisticos en la investiga- ción biológica. Madrid, H. Blume. 832 p. VAZQUEZ, J.B.; LOPEZ-ROBLES, A.; SOSA, D.F. etal. 1979. IV. Aguas. In: VÁZQUEZ, J.B.; MIATELLO, R.A.; ROQUE, M.E. Geografia Fisica de la Provincia de Cördoba. Buenos Aires, Boldt. p. 139-211. Recebido em 14.111.1990; aceito em 07.V1.1991 IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 105-111, 31 ago. 1992 Ictiofauna del rio Dulce... 111 : 20 Be. SANTIAGO 1500 ii so aViPasolde 0: ] = DEL. = u ESTERO. 5 30º u (E . o 5) 3 1000 a > un > (en) CORDOBA © 10 = uv = Oo © 500 e & o E o ‘3 Laguna E Ze, Mar Chiquita = 70 E 50 UC RUE) (GRE) 30 individuos individuos Número de o Numero de Figs. 1-4. 1. Localizaciön geogräfica del ärea de estudio. (...) Antiguo limite entre las provincias de Cördoba y Santiago del Esterno modificado por el Poder Ejecutivo Nacional atraves del Instituto Geogräfico Militar el 14 de Abril de 1987. 2. Relaciön entre el nümero de especies de peces y el pro- medio de ejemplares capturados por estación. [1 ] Promedio estacional de especies releva- das; [MB Promedio estaciona! de individuos capturados. 3. Abundancia estacional de Odontos- tilbe microcephala [L ] , Astyanax bimaculatus [O , Astyanax fasciatus E según su captura por unidad de esfuerzo (CPUE). 4. Abundancia estacional de Pimelodus albicans y Pro- chilodus platensis según su captura por unidad de esfuerzo (CPUE). A Palbicans [ ] P. platensis. (P. Primavera; V. Verano; O. Otofio; I.Invierno). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 105-111, 31 ago. 1992 redacao E27 155 Skate la AM A A y Fit nl or isso ear DD sro ds RL 2 ao Ar a Ras En E T DPF M ee dd EA Sao util Eee aan E sa axter Bi Bun Y) a RELACIONES TROFICAS DE UNA COMUNIDAD DE HERBIVOROS DEL DE- SIERTO DEL MONTE (ARGENTINA) DURANTE LA SEQUIA INVERNAL Maura Beatriz Kufner ! Alicia Pelliza Sbriller ? Susana Monge ! ABSTRACT TROPHIC RELATIONSHIPS IN A MONTE DESERT (ARGENTINA) OF HERBIVORES COMMUNITY DURING THE WINTER DROUGHT. Trophic interactions are basic elements in the functioning of natural communities. Some of these aspects related with the winter diet of Monte desert herbivores, its composition and variation factors, are dealt with in this paper. The study was developed during the winter drought, when environmental conditions may limit food supply, a status that may be worsened by the pressure of human activities (as livestock raising). Diet composition was determined by the microhistological analysis of feces, collected in Nacunän Ecological Reserve and in a grazed adjacent area. The community used mainly dicotyledonea in accordance with its ran- ge availability. Herbs and grass consumption was affected by water deficit. Wild rodents diets were more diverse than those of goats and cows. The diet of the vizcacha (Lagostomus maximus, Chin- chillidae) was the most influenced by drought; this was atributed to its relatively recent expansion to the arid west. The mara (Dolichotis patagonum, Caviidae) is a species adapted to this environ- ment; thus its feeding habits show to be generalized and a high overlapping with the other herbivores diets occurs. Results suggest that the mara might compete with vizcacha and livestock if food resour- ces became more scarce. KEYWORDS. Argentina (Monte desert), herbivore, trophic relationships, winter stress. INTRODUCCION La utilización de los recursos alimentarios, del tiempo y el espacio por los organismos son ejes del nicho ecológico que es posible cuantificar para una des- cripción aceptable de las comunidades naturales (SCHOENER, 1974; JAKSIC et al., 1981). En particular, la alimentación proporciona información sobre as- pectos fundamentales de la ecologia como tramas tróficas, competencia inter e intraespecífica, partición de recursos, entre otros. Se pretende determinar las ca- racterísticas y composición de las dietas de algunos herbívoros importantes en el desierto del Monte de Argentina, los factores de variación y las relaciones tró- ficas interespecificas. 1. Instituto Argentino de Investigaciones de las Zonas Aridas, (IADIZA), Casilla de Correo 507, 5500 Mendoza, Argentina. 2. Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuaria, (INTA), Casilla de Correo 277, 8400 Bariloche, Argentina. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 113-119, 31 ago. 1992 114 KUFNER; SBRILLER & MONGE El conocimiento de la dinámica de las comunidades bióticas en áreas modi- ficadas por acción humana es importante para acercarse a la explotación racio- nal de los recursos (BUCHER, 1989). En el desierto el alimento puede hacerse limitante para los herbívoros, especialmente para los silvestres (SOHOLT, 1973) cuando se suma un manejo inadecuado a las fuertes fluctuaciones bioclimáticas. En el Ilano árido de la Provincia de Mendoza la cria extensiva de ganado bovino es la actividad económica principal. Los campos son generalmente sobrepasto- reados originändose ambientes degradados con una capacidad sustentadora muy baja (CANALES-RUIZ, 1978). Para obtener una aproximación acerca de las ca- racterísticas de las interacciones entre organismos silvestres frente a la interferen- cia humana, se incluyó ganado vacuno y caprino en el estudio. MATERIALES Y METODOS El área estudiada se situa en Nacunän, 200 km al sureste de la ciudad de Mendoza, Argentina. El clima es desértico, templado cálido, con precipitaciones medias anuales de 310 mm que se produ- cen entre noviembre y marzo. La temperatura media anual es de 15 C (ESTRELLA et al., 1979). La vegetación propia del Monte es de tipo xerófila constituida por estepa arbustiva, matorrales y bosques abiertos. El estrato herbáceo deja espacios de suelo desnudo (CABRERA, 1971). En cam- pos de condición buena las especies lenosas contribuyen en más del 90% a la productividad anual, mientras que en el estrato herbáceo las gramíneas producen más del 80% (BRAUN et al., 1978). Du- rante la sequia otono-invernal sólo algumas dicotiledóneas arbóreas y arbustivas (Prosopis flexuosa, Atriplex lampa y Capparis atamisquea) mantienen una relativa actividad vegetativa ya que las herbá- ceas y gramineas en general son primavero-estivales y responden al balance hídrico positivo (ROIG, 1970; CAVAGNARO, com. pers.). Dos predios constituyeron los sitios del muestreo de campo: uno ubicado en la Reserva Ecológi- ca da Nacunän, clausurada desde 1970 y el otro en un campo pastoreado por ganado bovino, donde se evidenciaba degradación del suelo y la vegetación. El estudio se llevö a cabo durante la estación de déficit hídrico en que las condiciones climáticas y biológicas del medio árido se extreman, con la intención de hacer más evidentes las interacciones de herbivoria. En la Reserva, se colectaron en agosto de 1982 excrementos de cabra y vaca en el cam- po pastoreado y de mara (Dolichotis patagonum), cuises (Microcavia sp. y Galea sp.) y en agosto de 1987 de vizcacha (Lagostomus maximus). El material de domésticos se recogió en campo pasto- reado y el de silvestres en campo protegido para destacar las diferencias y/o similitudes de sus dietas y porque existia evidencia de solapamiento dietario entre algunas de las especies (KUFNER & SBRIL- LER, 1987). De acuerdo con un análisis previo de la abundancia y distribución de heces se disenó un sistema de 34 parcelas fijas de 500m? cada una y ubicadas al azar. El muestreo se efectuó previa limpieza para asegurar la recolección de heces frescas. Las de vizcachas se recogieron en los bosteade- ros relacionados con todas las colonias detectadas. La composición de las dietas se estudió mediante el análisis microhistológico de los restos vege- tales en heces (BAUMGARTNER & MARTIN, 1939), probado como un buen estimador de las pro- porciones de componentes dietarios en distintas especies (FLINDERS & CRAWFORD, 1977; ME- SERVE, 1981; BONINO et al., 1986; KUFNER & SBRILLER, 1987; MESERVE et al., 1988, entre otros). En el laboratorio se procesó el material para el análisis según la técnica de WILLIAMS (1969), adaptada por LATOUR & SBRILLER (1981). Los resultados se expresaron como porcentajes de fre- cuencia relativa de especies, ajustadas al 100%, sin incluir el material no identificado, con el fin de reducir el efecto de la variabilidad en la identificación para la comparación entre especies (MESER- VE, 1981; HOLECHEK & GROSS, 1982). Las interacciones alimentarias entre los herbívoros se analizaron a partir de: 1) la amplitud trófi- ca calculada según B = (S Pi?)! (LEVINS, 1968), donde B es el ancho del nicho y Pi = ni/N, sien- do ni el valor de la especie i en la dieta y N la suma de los valores correspondientes a todos los com- ponentes de la dieta; y 2) el solapamiento trófico medido a través del porcentaje de similaridad IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 113-119, 31 ago. 1992 Relaciones troficas de una comunidad de herbivoros... 115 Cn = 11 12 Sail) e Pr; ] (COLWELL & FUTUYMA, 1971) siendo Cn el solapamiento propor- É fina ie E cional del nicho y P, la importancia de la especie j en la dieta de los herbívoros i y j respectivamente. RESULTADOS Y DISCUSION Composición de las dietas. Se ha comprobado la utilización de 24 especies por los herbívoros estudiados. De ellas 18 son dicotiledóneas: Prosopis flexuosa, Geoffroea decorticans, Capparis atamisquea, Condalia microphylla, Acantho- lippia seriphioides, Atriplex lampa, Lycium sp., Lycium chilense, Larrea cuneifo- lia, Larrea sp., Verbena aspera, Verbena sp., Ephedra sp., Sphaeralcea miniata, Pitraea cuneato-ovata, Descurainia sp., Prosopidastrum globosum y Heliotropium sp.; y seis son gramíneas: Pappophorum caespitosum, Trichloris crinita, Setaria leucopila, Digitaria californica, Sporobolus criptandrus, y Aristida mendocina. Esto, en primer lugar, está indicando utilización de especies acorde a la disponi- bilidad invernal. Sólo cuatro especies se presentaron en todas las dietas, en orden de impor- tancia decreciente: P. flexuosa, P. caespitosum, T crinita y S. miniata. La prime- ra de ellas es fundamental en el ärido ya que suple la escasez de alimento durante la sequia. Lo mismo ocurre con A. lampa que resultó un forraje importante, en especial para los domésticos. Las gramíneas fueron consumidas en diferido, es decir secas en pie, sobre todo por algunos silvestres. Se analizaron dos de los efectos posibles de variación en la composición de las dietas: a) el temporal, en este caso de la estación invernal y b) entre especies, tanto silvestres como domésticas. Variación temporal. Del número total de especies que integraban las dietas anuales de los herbívoros, en invierno vizcacha consume sólo el 34%, vaca el 50%o, mara el 53% y cuis el 56% de las espécies. Para cabra no se calculó porque se desconocia composición de su dieta para el ciclo anual en Nacunän (fig.1) La notable reducción evidenciada por L. maximus, sugiere ineficiencia para utilizar los recursos que el medio le proporciona, indicando escasa adaptación al mismo. Variación entre especies. La dieta del mara, una de las más variadas y equili- bradas, se repartió entre 16 especies. Seis gramíneas sumaron 30% y cinco dicoti- ledóneas arbustivas alcanzaron valores similares. La contribución del algarrobo (P. flexuosa) fue importante, 32%. Los cuises componian su dieta de 14 especies, con predominio de seis gramíneas (67%). La alimentación de vizcacha integrada fundamentalmente por dicotiledóneas destacaba baja utilización relativa de gra- mineas (dos especies que sumaron 11%). Cabra presentó una dieta variada en especies, más de la mitad arbustos de los cuales A. lampa y €. microphylla apor- taron 57% del total. La de vaca se constituía de pocas especies, más del 80% dicotiledóneas, principalmente A. lampa. En general las proporciones de gramíneas y dicotiledöneas en las cinco die- tas (fig. 2) indican mayor consumo de pastos (47 al 70%) en la alimentación de mara y cuis, evidenciando su capacidad para aprovechar este item alimentario IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 113-119, 31 ago. 1992 116 KUFNER; SBRILLER & MONGE cuando estä seco. Para vizcacha, vaca y cabra son mäs elevados los valores de dicotiledöneas principalmente arbustivas. En sentido amplio, los silvestres se ali- mentaron de un rango mäs diverso de especies. Relaciones tröficas interespecifica. Amplitud de los nichos tröficos. Los herbivoros silvestres presentaron am- plitudes tröficas equivalentes entre si y las mayores de la comunidad estudiada. Ello podria esperarse de especies adaptadas al medio ärido donde la disponibili- dad de recursos es variable y poco predecible. La amplitud de los nichos oscilö entre 2,86 para vaca y 5,92 para vizcacha, con valores intermedios para cabra, cuis y mara: 4,75; 5,35 y 5,50 respectivamente. Según estos resultados vaca y viz- cacha ocuparían extremos de especialización y generalización alimentaria en esa comunidad. Sin embargo, cuando se correlaciona el número de especies vegeta- les con la amplitud del nicho de cada dieta (fig. 3), se agrupan tres herbívoros (mara, cuis y cabra) que, al menos durante esta época, presentan un comporta- miento más ecléctico. Ello parece lógico si se considera que el mara como especie propia de la región ha desarrollado una estrategia alimentaria acorde con la va- riabilidad ambiental (KUFNER & SBRILLER, 1987), los cuises tienen amplia distribución lo que prueba su plasticidad para vivir en habitats variados, mien- tras que el ganado caprino puede resistir las condiciones ambientales más pobres y diferentes. Por su parte la viczacha se halla próxima en el gráfico a este grupo, dada su mayor amplitud trófica debida a una alta equitatividad en la distribu- ción de los distintos ítems. Pero el bajo número de especies en su dieta invernal, la ubica en una posición intermedia, cercana al ganado bovino (fig. 3). Esto últi- mo podria atribuirse al desplazamiento que ha sufrido recientemente la distribu- ción de este roedor hacia el oeste árido, debido a su erradicación de otras áreas del país donde se la considera plaga (JACKSON, 1986). Consecuentemente y se- gún se mencionara, su adaptación al medio seria deficiente, más evidente en la época de déficit hídrico. En resumen se interpreta que es el mara, no obstante presentar amplitud tró- fica algo menor que la vizcacha, el herbívoro con alimentación más generaliza- da, tanto en relación con el número de especies comidas como con la equitativi- dad de su contribución en la dieta. Contrariamente, el ganado vacuno difiere con un comportamiento alimentario especializado, como muestra su aislamiento en el gráfico (fig. 3). Solapamiento de las dietas. La comparación de las dietas por pares permitió determinar su similaridad y grado de solapamiento. Las relaciones tróficas más importantes, superiores al 45% de solapamiento, ocurren en cinco pares de com- paraciones (fig. 4). El primer par, confrontando las dietas de vaca y cabra, pre- sentó el más alto grado de similaridad debido al consumo de más del 80% de dicotiledóneas, del cual corresponde alrededor del 60% sólo a P flexuosa y A. lampa. Esto además de ilustrar el comportamiento agresivo de los domésticos, da idea de la pobre condición de la pastura en el período invernal, agravada por el sobreuso. La amplitud trófica de la cabra senälada en la sección anterior, le permitiria soslayar su competencia con el vacuno. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 113-119, 3i ago. 1992 Relaciones troficas de una comunidad de herbivoros... 117 Los restantes cuatro pares de comparaciones comprometen a D. patagonum con cada una de las otras especies. El oportunismo adaptativo que permite al mara sortear las limitaciones de un ambiente riguroso, tambien la conduce al so- lapamiento interespecifico. El solapamiento dietario (similar utilizaciön) por si no provee evidencia de competiciön entre herbivoros en un medio natural, con una tasa de renovaciön (productividad) lo suficientemente alta del recurso, aun si este fuera limitado (WIENS & ROTENBERRY, 1979; JAKSIC et al., 1981). Sin embargo, la superposición trófica con domésticos y en condiciones degrada- das por sobrepastoreo sí representa, con base en el mismo razonamiento, una amenaza para la supervivencia del mara. En este sentido, ha sido comprobado un desplazamiento dietario relativo en esta especie, indicativo de competencia con el ganado (KUFNER & SBRILLER, 1987). Las dietas de vizcachas y cuises fueron las más disímiles entre sí (fig. 4). Tratándose de especies coloniales, sus importantes asentamientos concentran la actividad limitândola espacialmente. Esto determinaria mayor diferenciación ali- mentaria, evitândose la superposición. En cambio el mara usa el hábitat de ma- nera amplia, recorriendo extensas áreas (KUFNER & CHAMBOULEYRON, 1987) y ello se refleja en su comportamiento alimentario. Según la teoria de par- tición de recursos (SCHOENER, 1974) habitat y dieta son frecuentemente di- mensiones complementarias del nicho ecológico. Para que la coexistencia sea po- sible los organismos pueden compensar, por ejemplo la similaridad de uso del hábitat con diferencias en la alimentación (JAKSIC et al., 1981). Como resumen de esta sección, y aceptando que un bajo grado de solapa- miento provee evidencia de una competencia potencial entre especies (HALLET et al., 1983), es posible mencionar las siguientes interacciones como las más indi- cativas: habria riesgo de competencia del mara con vizcacha y cabra en presencia de algún factor desencadenante como la interferencia humana, por ejemplo. Sin embargo, vizcacha y mara, en principio presentarian patrones diferentes de utili- zación del espacio. En este sentido es necesario profundizar el estudio para obte- ner una apreciación más ajustada de la importancia de su solapamiento trófico. En cuanto al par mara-vaca, ya fue mencionado su interacción competitiva (KUF- NER & SBRILLER, 1987). Factores externos al sistema natural como las alteraciones del habitat por acción humana debidas a pastoreo, talado o incendio, pueden inducir cambios en las relaciones entre los herbívoros de la comunidad autóctona cuyas conse- cuencias indirectas son poco conocidas. Por ejemplo, la vizcacha puede hacerse más abundante en ambientes perturbados (JACKSON, 1986), efecto que ha sido constatado en el área de estudio en los últimos afios. Por su parte los cuises y otros micromamiferos podrian aumentar anormalmente su biomasa, beneficia- dos por la acumulación herbácea resultante de la clausura y la ausencia de gran- des herbívoros en la Reserva. Es necesario intensificar los estudios que ayuden a dilucidar y reducir los efectos de la interferencia humana por manejo inadecuado. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS BAUMGARTNER, L. & MARTIN, A.C. 1939. Plant histology as an aid in squirrel food habit stu- dies. J. Wildl. Mgmt., Menasha, 3(3): 266-268. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 113-119, 31 ago. 1992 118 KUFNER; SBRILLER & MONGE BONINO, N.; BONVISSUTO, C.; PELLIZA-SBRILLER, A. etal. 1986. Hábitos alimentarios de los herbivoros en la zona central del ärea ecolögica Sierras y Mesetas Centrales de la Patagonia. Revta argent. Prod. Anim., Buenos Aires, 6(5-6):275-287. BRAUN, R. H.; CANDIA, R.; LEIVA, R. etal. 1978. Productividad primaria aérea neta del algar- robal de Nacufiän (Mendoza). Deserta, Mendoza, 5:7-43. BUCHER, E. H. 1989. Conservación y desarrollo en el neotrópico: en búsqueda de alternativas. Vida Silvestre Neotropical, Washington, 2(1):3-6. CABRERA, A. 1971. Fitogeografia de la Argentina. Boln. Soc. argent. Bot. Buenos Aires, 14(1-2):1-42. CANALES-RUIZ, R. 1978. Determinación de la palatabilidad de cinco forrajeras del algarrobal mendocino. Cuaderno Técnico del Inst. Argent. Inv. Zon. Arid. (IADIZA), Mendoza, 1:3-10. COLWELL, R. & FUTUYMA, D. 1971. On the measurement of niche breath and overlap. Eco- logy, Tempe, 52(4):568-576. ESTRELLA, H.; HERAS, V. & CUZZETTA)W. 1979. Registro de los elementos climáticos en áreas críticas de la provincia de Mendoza. Cuaderno Técnico del Inst. Argent. Inv. Arid. (IADIZA), Mendoza, 2:49-71. FLINDERS, J. & CRAWFORD, J. 1977. Composition and degradation of jack-rabbit and cotton- tail fecal pellets, Texas high plains. J. Range Mgmt. Portland, 30(3):217-220. HOLECHEK, J. & GROSS, B. 1982. Evaluation of different calculation procedures for microhis- tological analysis. J. Range Magmt. Portland 35(6):721-723. HALLET, J.; O CONNELL, G.M. & HONEYCUTT, R. L. 1983. Competition and habitat selec- tion: test of a theory using small mammals. Oikos, Copenhagen, 40:175-181. JACKSON, J. 1986. La vizcacha, una plaga aprovechable? Serie Folletines Fauna Silvestre del Inst. Nac. Tecn. Agrop. (INTA), Buenos Aires, 1:1-4. JAKSIC, F.; GREENE, H. & YÄNEZ, J. 1981. The guild structure of a community of predatory vertebrates in Central Chile. Oecologia, Berlin, 49:21-28. KUFNER, M. B. & CHAMBOULEYRON, M.B. 1987. Uso del hábitat por Dolichotis patagonum en relación a la estructura de la vegetación de comunidades protegidas y pastoreadas del Monte. In: REUNIÓN ARGENTINA DE ECOLOGIA, 13, Bahia Blanca, 1987. Resumenes... Bahia Blan- ca, 1987, p. 138. KUFNER, M.B. & SBRILLER, A. P. 1987. Composición botánica de la dieta del mara (Dolichotis patagonum) y del ganado bovino en el Monte mendocino. Rev. Arg, Prod. Anim., Buenos Aires, 7(3):255-264. LATOUR, M. & SBRILLER, A.P. 1981. Clave para la determinación de la dieta de herbívoros en el noreste de la Patagonia. Revta. Inv. Agr. Inst. Nac. Tecn. Agrop. (INTA), Buenos Aires, 16(1):109-157. LEVINS, R. 1986. Evolution in changing environments. Princeton, Princeton University. 120p. MESERVE, P. 1981. Trophic relationships among small mammals in a chilean semiarid thorn scrub community. J. Mammal., Lawrence, 62(2):304-314. MESERVE, P.; LANG, B. & PATTERSON, B. 1988. Trophic relationships of small mammals in a chilean temperate forest. J. Mammal., Lawrence, 69(4):721-730. ROIG, F. 1970. Flora y vegetación de la Reserva Ecológica de Nacunän. Deserta, Mendoza, 1:25-232. SCHOENER, T. 1974. Resource partitioning in ecological communities. Science, New York, 185:27-39. SOHOLT, L. 1973. Consumption of primary production by a population of kangaroo rats (Dipo- domys merriami) in the Mojave desert. Ecological Monographs, Durham, 43(3): 357-376. WIENS, J. A. & ROTENBERRY, J. 1979. Diet niche relationships among North American grass- land and shrubsteppe birds. Oecologia, Berlín, 42:253-292. WILLIAMS, O. 1969. An improve technique for identification of plant fragments in herbivore fe- ces. J. Range Mgmt., Portlant, 22(1):51-52. Recebido em 1.V1.1990; aceito em 16.1.1992. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 113-119, 31 ago. 1992 Relaciones troficas de una comunidad de herbivoros... 119 VIZ MAR CUI CAB VAC H o HE . 0 0. q % 100 o 0 0 = o 0.0.0. 80 0 º $ 8 Número de spp “ q enlas dietas 60 o e 8 0 0 ua sv ı 0 00 de invierno = o 0 0 40 = ' 006 o 0 20 c © (0) Ro o o Wo o O O Õ 20 2000 38 o O 0 0 40 GEO 010 (0) 8 0720720 (o) 60 2 so e Q 0 0 55 ZZA Gramíneas saio | O 2 O [6) [ ] picotiledóneas Q (0) (0) (0) (0) Figs. 1-4. 1. Número de especies vegetales entre las dietas invernales (0) en relación a las dietas anua- les de los herbívoros: 1. sin datos; 2. porcentajes de gramíneas y de dicotiledóneas en las dietas de los herbívoros. 3. correlación entre el número de especies (N spp) y la amplitud del nicho trófico (NB) de las dietas. 4. relaciones tróficas: ordenamiento según su valor de importancia de los índices de solapamiento (C,,). Vizcacha (VIZ), mara (MAR), cuises (CUT), cabra (CAB) y vaca (VAC). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 113-119, 31 ago. 1992 “ f Ar RR ab A Als AR A A o goto EN O a RA vi PRA des 4 ni TER LA EAD Kr ROH MES PAN OA à o R | “ BL Bi, ale Bi RN PRE tes denis RT HE RÄT er Era, u. Mina foi ee » a Pp RD ERAS, DE rg ho asia bia i TEE au re “en pad el A KERN dd ir agia ARANHAS THERIDIIDAE DA ILHA DE MARACÁ, RORAIMA, BRASIL. HI. GENEROS CHRYSSO E EPISINUS (ARANEAE) Erica Helena Buckup ! Maria Aparecida L. Marques ! ABSTRACT THERIDIIDAE SPIDERS FROM MARACÁ ISLAND, RORAIMA, BRAZIL. III. GENERA CHRYSSO AND EPISINUS (ARANEAE). Chrysso calima, sp. n., and two new species of genus Episinus, E. crysus, sp.n., and E. garisus, sp.n., are described from the Maracá Island at Uraricoera River, Roraima, Brazil. New records are given. KEYWORDS. Taxonomy, Neotropical, Brasilian, Araneae, Theridiidae, new species, identification. INTRODUÇÃO Continuando o estudo das aranhas Theridiidae como parte do Projeto Ma- racá em 1987-88 (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, “Royal Geogra- phical Society”, Secretaria Especial do Meio Ambiente), abordamos os gêneros Chrysso Simon e Episinus Latreille da Ilha de Maracá (3°15’ - 3º35ºN e 61°22’ - 61°58’W), rio Uraricoera, Roraima, Brasil. Para a Região Neotropical são conhecidas 34 espécies do gênero Chrysso con- forme LEVI (1957; 1962; 1967b) e 34 de Episinus (LEVE 1955; 1964; 1967a; 1967b; PLATNICK, 1989). Descrevemos C. calima, sp.n., e registramos a ocorrência de quatro espécies de Episinus, das quais duas são novas. As aranhas foram depositadas nas coleções do Instituto Nacional de Pes- quisas da Amazônia (INPA), Manaus e do Museu de Ciências Naturais, Funda- ção Zoobotânica do Rio Grande do Sul (MCN), Porto Alegre. Abreviaturas: OMA, olhos médios anteriores; OLA, olhos laterais anterio- res; OMP, olhos médios posteriores; OLP, olhos laterais posteriores. Chrysso calima, sp.n. (Figs. 1-4) Tipos. Holótipo oe alótipo q (INPA) e parátipo d (MCN 21196), Ilha de Maracá, rio Uraricoera, Roraima, Brasil, 24.111.1987, A.A. Lise leg.. 1. Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Caixa Postal 1188; CEP 90 001, Porto Alegre, RS, Brasil. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 121-125, 31 ago. 1992 122 BUCKUP & MARQUES Etimologia. O nome específico € uma combinação arbitrária de letras. Diagnose. Macho de Chrysso calima, sp.n., distingue-se dos de C. melba Levi, 1962 pela forma dos escleritos do palpo (fig. 4); fêmea separa-se das de- mais espécies pelo epígino com uma projeção mediana, esclerotinizada, em for- ma de “u” invertido, diagnóstico. O epigino transparente permite a visualização da genitália interna (figs. 2,3). Macho. Carapaça, esterno e pernas amarelo-esbranquiçados; clípeo e região mediana posterior da carapaça levemente pigmentados de preto. Abdômen amarelo-esbranquiçado com retículos brancos no dorso, exceto em larga faixa me- diana longitudinal; ápice do abdômen com fraca pigmentação preta; compacta faixa mediana branca na região posterior; laterais sem sulcos. Olhos médios an- teriores escuros e os demais esbranquiçados como a carapaça; OMA circulares, os maiores e laterais, subtriangulares, os menores; OMA afastados um do outro por pouco menos do que seu diâmetro e dos OLA por quase a metade do seu diâmetro; OMP separados por dois terços de seu diâmetro e dos OLP pela meta- de de seu diâmetro. Medidas (em mm). Comprimento total 1,60. Carapaça: comprimento 0,70, largura 0,57. Abdômen: comprimento 0,90, largura 0,75, altura 0,82. Pernas 1423. Comprimento V/IV/IIV/IV: fêmur 1,95/1,05/0,70/1,12; patela 0,35/0,27/0,20/0,22; tíbia 1,52/0,87/0,42/0,80; metatarso 1,67/0,82/0,50/0,70; tarso 0,60/0,30/0,20/ 0,35. Total 6,09/3,26/2,02/3,19. Fêmea. Colorido igual ao do macho. Abdômen tão longo quanto alto (fig.1). OMA afastados entre si por quase um diâmetro e dos OLA por aproximadamen- te meio diâmetro. OMP separados por quase um diâmetro e por cerca do seu raio dos OLP. Medidas (em mm). Comprimento total 1,87. Carapaça: comprimento 0,70, largura 0,60. Abdômen: comprimento 1,12, largura 1,00, altura 1,12. Pernas 1423. Comprimento I/II/IIV/IV: fêmur 1,60/1,05/0,75/1,22; patela 0,30/0,27/0,22/0,25; tíbia 1,35/0,70/0,40/0,82; metatarso 1,40/0,77/0,42/0,75; tarso 0,55/0,44/0,32/0,40. Total. 5,20/3,23/2,11/3,42. Episinus erythrophthalmus (Simon, 1894) Janulus erythrophthalmus SIMON, 1894: 525. Episinus erythrophthalmus; LEVI, 1964:23, figs. 79-93. Material examinado. BRASIL. Roraima, Ilha de Maracá, 2 d', 6 9 (INPA), 23-29.111.1987 A.A. Lise leg.; 7 47 9 (MCN 20035, 20037, 20039, 20042) 17-24.111.1987, A. A. Lise leg.; 1 9; (MCN 20036), 02-13. V.1987, J.A. Rafael leg.; 1 df, 1 9 (INPA), 17.V11.1987, A. A. Lise leg.; 1 di Q (INPA), 21-30. IX. 1987, J. A. Rafael leg.; 1 S(INPA), 04. XII. 1987, A. Lise leg.; 3 9 (INPA), 05. XII. 1987, E.H. Buckup leg.; 1 9 (MCN 20041), 10.X11.1987, A.A.Lise leg.. Episinus salobrensis (Simon, 1895) Janulus salobrensis SIMON, 1895:135. Episinus salobrensis; LEVI, 1964: 22, figs.73-78. Material examinado. BRASIL. Roraima, Ilha de Maracä (cachoeria da Tipurema), 1 9 (MCN 21192), 29.11.1987, A. A. Lise leg.. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 121-125, 31 ago. 1992 Aranhas Theridiidae da Ilha de Maracá... 123 Episinus crysus, sp.n. (Figs. 5-8) Tipos. Holótipo d'e alótipo q (INPA); parätipos: S(INPA), q (MCN 21193), Ilha de Maracá, rio Uraricoera, Roraima, Brasil, 21-30. XI. 1987, J.A. Rafael leg. (em copas de árvores). Etimologia. O nome específico é uma combinação arbitrária de letras. Diagnose. Machos e fêmeas de Episinus crysus, sp.n., têm cinco projeções mamilares no dorso do abdômen como em E. dominicus Levi, 1955 e E. pyrus Levi, 1964, estas conhecidas só de fêmeas. O epígino de E. crysus, distinto de E. dominicus, assemelha-se ao de E. pyrus, distinguindo-se pelas espermatecas anteriores a margem da depressão mediana (fig.6) e, dorsalmente, pelos ductos longos (fig. 7), os quais são curtos em E. pyrus. Machos com palpo semelhante ao de E. zurlus Levi, 1964, diferindo pela forma dos escleritos apicais, pela base do condutor com borda lisa (fig. 8) e pela presença de projeções mamilares no dorso do abdômen. Macho. Carapaça amarelo-clara com larga faixa mediana longitudinal ver- melha. Esterno, quelíceras, lábio, enditos amarelo-claros. Pernas amarelo-claras, com pigmentação vermelha nas patelas e nas distais dos fêmures e tíbias, exceto pernas III. Abdômen, dorsalmente, amarelo-claro com pontos pigmentados de branco e duas manchas medianas vermelhas; laterais vermelhas e região poste- rior com leves traços vermelhos. Abdômen subtriangular com cinco projeções ma- miliformes no dorso; ventre amarelo-claro com vestígio de faixa mediana longi- tudinal vermelha. Olhos subiguais no tamanho, OMA maiores do que os demais. Um par de cornos entre OMA e OMP. Olhos laterais sobre tubérculos. OMA se- parados por quase um diâmetro, muito próximos dos OLA. OMP afastados um do outro por pouco mais do que seu diâmetro e por cerca de meio diâmetro dos OLP: Medidas (em mm). Comprimento total 1,42. Carapaça: comprimento 0,60, largura 0,55. Abdômen: comprimento 0,89, largura 0,72. Pernas 1423. Compri- mento I/1I[/III/IV : fêmur 1,30/0,82/0,52/1,00; patela 0,32/0,25/0,20/0,27; ti- bia 1,17/0,65/0,37/0,72; metatarso 1,15/0,62/0,40/0,72; tarso. Total 4,51/2,76/ 1,81/3,08. Fêmea (alótipo). Colorido e abdômen (fig.5) semelhante ao macho; ventre com nítida faixa longitudinal vermelha. Um par de cornos entre os OMA e OLP. Olhos subiguais, OMA os maiores, OMP, os menores. OMA separados por cerca de dois terços do seu diâmetro, muito próximos dos OLA. OMP afastados um do outro pelo seu diâmetro e por quase um diâmetro dos OLP. Olhos laterais em tubérculos. Medidas (em mm). Comprimento total 1,70. Carapaça: comprimento 0,65, largura 0,60. Abdômen: comprimento 1,10, largura 0,97. Pernas 1423. Compri- mento 1/II/II/IV : fêmur 1,37/0,89/0,55/1,02; patela 0,35/0,27/0,22/0,30; ti- bia 1,25/0,65/0,37/0,70; metatarso 1,25/0,70/0,42/0,75; tarso. Total 4,79/2,93/ 1,91/3,14. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 121-125, 31 ago. 1992 124 BUCKUP & MARQUES Episinus garisus, sp.n. (Figs. 9,10) Tipo. Holótipo O’(MCN 21195), Ilha de Maracá, rio Uraricoera, Roraima, Brasil, 21-30. XI. 1987, J.A Rafael leg.; (em copas de árvores). Etimologia. O nome específico é uma combinação arbitrária de letras. Diagnose. O palpo de Episinus garisus, sp.n., difere dos das demais espécies pelo êmbolo curto, situado medianamente (fig.10). Macho. Carapaça amarelo-clara, com estreita borda preta e grande mancha fusca mediana e duas outras menores, uma de cada lado. Olhos marginados de preto. Quelíceras manchadas de preto. Enditos, lábio e esterno cinzentos. Pernas amarelo-claras pigmentadas de preto. Abdômen mais longo do que largo com uma projeção lateral em cada lado (fig. 9); dorso amarelado, região anterior es- curecida com retículos brancos, concentração de pigmentação branca na região posterior: ventre amarelado, cinza na região epigástrica, laterais e cone das fian- deiras. OMA circulares maiores do que os demais de igual tamanho. OMA afas- tados entre si por três quartos do seu diâmetro, muito próximos dos OLA. OMP separados pelo seu diâmetro e por dois terços do seu diâmetro dos OLP. Medidas (em mm). Comprimento total 2,10. Carapaça: comprimento 0,80, largura 0,70. Abdômen: comprimento 1,22, largura 0,89. Pernas 1423. Compri- mento I/IV/III/IV: fêmur 1,52/1,02/0,67/1,42; patela 0,42/0,32/0,27/0,42; tíbia 1,10/0,57/0,35/0,92; metatarso 1,30/0,85/0,57/1,40; tarso 0,27/0,20/0,22/0,40. Total 4,61/2,96/2,08/4,56. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LEVI, H.W. 1955. The spider genera Episinus and Spintharus from North America, Central Ameri- ca and the West Indies (Araneae: Theridiidae). JI N Y. ent. Soc., New York, 62: 65-90. — 1957. The spider genera Chrysso and Tidarren in America (Araneae: Theridiidae). JI N. Y. ent. Soc., New York, 63:59-81. — 1962. More American spiders of the genus Chysso (Araneae: Theridiidae). Psyche, Cambridge, Mass, 69(4): 209-237. —- 1964. American spiders of the genus Episinus (Araneae: Theridiidae). Bull. Mus. comp. Zool. Harv., Cambridge, Mass., 131(1):1-25. — 1967a. The Theridiid spider fauna of Chile. Bull. Mus. comp. Zool. Harv., Cambridge, Mass., 136(1):1-20. —: 1967b. Habitat Observations, Records, and new South American Theridiid spiders (Araneae, Theridiidae). Bull. Mus. comp. Zool, Harv., Cambridge, Mass., 136(2):21-37. PLATNICK, N.I. 1989. Advances in spider Taxonomy 1981-1987: A supplement to Brignoli’s A ca- talogue of the Araneae described between 1940 and 1981. Manchester, P. Merret. 673p. SIMON, E. 1894. On the spiders of the Island of St. Vincent. Part II. Proc. Zool. Soc. London, London, (3):519-526. — 1895. Etudes arachnologiques. 26° Mémoire, XLI. Descriptions d’espece et de genres nouveaux de l’ordre des Araneae. Annls. Soc. ent. Fr., Paris., 64:131-160. Recebido em 02.VI11.1991;, aceito em 05.XI1.1991 IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 121-125, 31 ago. 1992 Aranhas Theridiidae da Ilha de Maracá... 125 Figs. 1-10. Chrysso calima, sp.n.: 1. fêmea, abdômen, lateral; 2. epígino, ventral; 3. epígino, lateral. 4. macho, palpo esquerdo, ventral. Episinus crysus, sp. n.: 5. fêmea, dorsal; 6. epígino, ventral: 7. epígino (clarificado), dorsal; 8. macho, palpo esquerdo, ventral. Episinus garisus, sp. n.: 9. macho, abdômen, dorsal; 10. palpo esquerdo, ventral. Escalas. 0,5 mm figs. 1, 5, 9; 0,1 mm figs. 2-4, 6-8, 10. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 121-125, 31 ago. 1992 = ut; isa Pe a eye DR ta 0 Sn AREA Syst OBSERVATIONS ON THE MUCOPOLYSACCHARIDES HISTOCHEMISTRY OF THE GUT OF THE MUSTELUS SCHMITTI (CHONDRICHTHYES, TRIAKIDAE) Elena Juana Galindez ! ABSTRACT The distribution of mucopolysaccharides in the anterior digestive tract of Mustelus schmitti Springer, 1939 was studied by light microscopy. The pharyngeal epithelium secretes acid sulphated as well as carboxylated mucosubstances. The oesophagus presents abundant secretion of strongly sulfated mucus and the cardiac and pyloric stomach produces a carboxylated mucopolysaccharide (probably a sialomucin). These observations are in general accordance with most findings on digestive tube mucus secretions in chondrichtyan fishes. KEYWORDS: Histochemistry, mucopolysaccharides, digestive tract, fishes, chondrichthyans. INTRODUCTION The distribution and chemical structure of mammalian and no mammalian digestive mucosubstances have been extensively studied (SPICER & SUN, 1967; SPIDER et al., 1967; JIRGE, 1970; HIRJI, 1983; DOMITROVICK, 1983; CHIKILIAN & BEE-DE-SPERONI, 1985; HOFMANN, 1985). Their importance in digestion and protection of the gastric mucosa is longtime know (SPICER & SUN, 1967; SPICER et al., 1967). While the digestive system of fishes is one of the most studied aspects of their histology, the cytochemistry of the gut of chondrichthyans is scarcely documented (BARBETTA, 1962; TANTUE, 1975). The cartilaginous are the most old fishes and knowledge of the nature of the gut secretions is very important for the comprehesion of their digestive physiology. In this investigation, methods for histochemical characterization of mucopolysaccharides were applied to mucous secretions of the anterior digestive tract (pharynx, oesophagus, cardiac and pyloric stomach) on the argentine dogfish (the gatuso) Mustelus schmitti Springer, 1939. MATERIAL AND METHODS Ten adult Mustelus schmitti were killed by cervical dislocation and small pieces of the anterior gut were dissected and fixed in Bouin’s solution and 2% calcium acetate in 10% formalin for 24 hours. l. Universidad Nacional del Sur, Departamento de Biologia. Peru 670, 8000, Bahia Blanca, Buenos Aires, Argentina. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 127-134, 31 ago. 1992. 128 GALINDEZ They were dehydrated with graded alcohols, embedded in parafin, and then sectioned at 5-7 microns. Staining techniques: (1) Periodic acid-Schiff (PAS) method and acethylation techniques followed by PAS for the histochemical diagnostic for carboxylated material, (MC MANNUS, 1946; HOTCH- KISS, 1948; MC MANNUS & CASSON, 1950; MARTOJA & MARTOJA-PIERSON, 1970); (2) Malta- se digestion followed by PAS to demonstrate glycogen (CHAYEN et al., 1973); (3) Alcian Blue (AB) at different pH values, toluidine blue (TB) at different pH values, methylation techniques (mild methy- lation: 4 hours at 4° C and strong methylation: 4 hours at 60° C). Alcian blue-alcian yellow (AB-AY) method and the aldehyde fuchsin (AF) followed by PAS to differentiate sulfo, sialo and carboximucins (SPICER & MEYER, 1960; SPICER et al., 1967; SPICER, 1960; SPICER, 1963; SPICER, 1965; LEV & SPICER, 1964; SPICER & SUN, 1967; MARTOJA & MARTOJA-PIERSON, 1970; CHIKILIAN & BEE-DE-SPERONI, 1985); (4) Alcian blue at different pH values followed by PAS to differentiate acid and neutral mucins (SPICER & MEYER, 1960). RESULTS Histology. The histological structure of the digestive tract of Mustelus schmitti has been described by ESTECONDO et al., 1988). Pharyngeal and oesophageal epithelia are stratified (cubic in the first case and columnar in the second). Both epithelia are rich in globlet cells. Stomach’s simple epithelium is mucosecretory. Gastric glands are tubular and three cell types are observed: no-mucous neck cells, acidophilic medial cells and bottom’s oxynticopeptic cells. Histochemistry. Table I shows results of several histochemical methods applied. PAS method (preceded or not by acethylation — saponification technique) was carried out in all the material studied. The glucidic nature of PAS-positive substance was confirmed in all structures. Analogously, PAS method with previous digestion by diastase was carried out and no glycogen was detected in the tissue studies. Pharynx (fig. 1). Two chemically and morphologically different mucosubstances are secreted by the pharynx’s goblet cells. Both of them show basophilia with AB at pH 2.5 and metachromasia (colour purple) with TB at pH 4.6. However goblet cells lining the lumen secrete an homogeneous and dense mucus, while fold’s goblet cells show a fibrillar mucus or a mixture of both. Dense and homogeneous secretion shows the characteristics of carboxylated acidic mucosubstance — probably a sialomucin (metachromasia with TB at pH 3.2, orange colour with AB-AY sequence, blue colour with AF-AB sequence and total basophilia blockage by mild methylation. On the other hand, fibrillar mucus shows tinctorial properties of a sulfomucin (metachromasia with TB at pH 1.5; strong basophilia with AB at pH 1.0 and 0.5; blue colour with AB-AY and AB at pH 1.0) — PAS sequences; purple colour with AF-AB and inverse reaction than dense mucus with methylation. Finally little mucus granulations are observed in the apical layers of the epithelium. They increased their number when approaching the lumen of the organ. Experimental evidence suggests that this mucosubstance is a sulfomucin and carboxylate mucin mixture. Oesophagus and associated structures (figs. 2, 4). Goblet cells of these structures show a similar chemical secretion in all. The TB at pH 4.6, ABat pH 2.5 and AB-PAS sequences indicate the presence of acid mucopolyssacharides. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 127-134, 31 ago. 1992. Observations on the mucopolysaccharides... 129 With different pH levels in the TB and AB techniques and with mild and strong methylation, the existence of strongly sulfated mucins is evident. Nevertheless, weak differences exist among mucosubstances of both structures because the histochemical reactions carried out suggest that oesophagus mucus secretion is a mixture of sulfo and carboxylated mucins while mucusubstances of associated structures are sulfated mucins only. Cardiac and pyloric stomach (figs. 3, 5). The superficial epithelium shows uniform basophilia with the AB pH 2.5 and TB pH 4.6. Accordingly, a blue-purple colour is visualized with AB (pH 2.5) — PAS sequence. Basic dyes selective for sulfated mucosubstances, including AB at pH 1.0 and 0.5 and metachromatic TB staining at pH 1.5 show negative results in both stomach secretions. Mild methylation eliminates all basophilia in all surface epithelium and strong methylation diminishes but does not eliminate basophilia. With AB-AY, the epithelium shows orange colour, and with AB (pH 1.0) — PAS sequence the colour observed is purple in all mucosubstances. In a sequence of two basic dyes as AF-AB, the colour observed is blue. These results indicate that these cells apparently secrete a carboxylated mucin, probably a sialomucin, but no enzymatic digestion was made to support this suposition. The gastric glands, only present in the cardiac stomach, show PAS (+) granulations in the apical citoplasm. Only the PAS reaction give positive results here. DISCUSSION The significance of chemical diversity of mucosubstances in the digestive tract is only parcially clear in mammals. Is know, for example, that they protects the mucosa against chemical injury (WERNER, 1953) and certain digestive mucosubstance is necessary joined de Bı2 vitamin, for the erythrocyte maduration (PADYKULA, 1982). Histochemical investigations were carried out primarily in the stomach and glandular gastric formations in mammals and non mammals, but other structures of digestive tract were not examined exhaustively. In fishes this fact probably happens because their pharynx and oesophagus has been linked only to food conduction (HIRJI, 1983). REIFEL & TRAVILL (1977) however suggest a possible function in digestion by fish oesophagus (in teleostean fishes). The digestive mucocyte of fishes is a typical mucous producing cell. They are two types, on of them is a “open pole cell”” (like caliciform cell) characteristic of the pharynx and oesophagus, the other is a “closed pole cell” typical of the stomach. Both of them are not proliferatives (KISS et al., 1988). The mucosub- stances produced by the mucocytes of fishes are very variables in their charac- teristics and distribution (TAN-TUE, 1975). In teleostean fishes buco-pharingeal mucous secretion is acid (VARUTE & JIRGE, 1971) and in a cartilaginous fish Chimaera monstrosa L. is principally a neutral mucosubstance (TAN-TUE, 1975). In contrast, the getuso shows as IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 127-134, 31 ago. 1992. 130 GALINDEZ teleostean fishes do, an acid secretion as a result of the activity of two different caliciform-like cells, similar to C. monstrosa. The oesophagus in cartilaginous and teleostean fishes reveals neutral or acid mucosubstances (TAN-TUE, 1975; REIFEL & TRAVILL, 1977) and its probably primary function would be lubrication as well as the control of the pH of the stomach (HIRJI, 1983), but they are not investigations of mucins phisiology in chondrichthyan fishes. M. schmitti is not an exception and shows sulfo and probably sialomucins in the oesophageal mucus secretion with a little difference — not explained as yet — between the oesophagus ‘‘per se’’ and his associated structures. In the stomach, cardiac as well as pyloric superficial secretions , most diversity in chemical nature and distribution of mucosubstances is observable although they are not great differences with mammals (NOILLAC-DEPEYRE & GAS, 1978). GABE & MARTOJA (1971) and BUCKE (1971) found that fish stomach is the principal site of neutral mucin while acidic substance or a mixture of them are occasionally noticed for teleosts (WEINREB & BILSTAD, 1955) or chondrichthyans (BARBETTA, 1962). Here, acid carboxylic mucins are observed, probably sialomucins. This fact is in accordance with some mammalian observations as VILLELA-DE-CARVALHO et al., 1975 in a nine-banded ““armadillo”” but different of man (PADYKULA, 1982). The presence of different mucins in the superficial layer of stomach is probably dependent of food habits and physiological cell diversity into gastric glands. In fishes, the cells of the glands rarely show histochemical reactions to mucopolysaccharides. JIRGE (1970) found glycogen in gland cells. The gatuso apparently does not shows glycogen in any site of the gastric wall. Nevertheless, at oxynticopeptic cells of gastric glands (REBOLLEDO & VIAL, 1979) the PAS reaction was positive, but no tehcnique used has identified the chemical nature of this glucidic material. Probably this substance is a sulfated mucin, since presence of a sulfated mucous material with pepsin inhibition effect is longtime know (LEVEY & SHEINFELD, 1954) in mammals. The chief cells of the dog, cat and man are PAS positive (WILLEMS & GERARD, 1969) and the oxynticopeptic cells of fishes are analogous to these. In summary, the cartilaginous fish study shows, in general lines, a pattern of digestive mucosubstances similar to other chondricthyan fishes. However, enzymatic and cytochemical electron microscopic studies are necessary for a clear and precise knowledge of the nature and function on these secretions. REFERENCES BARBETTA, F. 1962. Cellule mucose e mucoidi nel epitelio gastrico dei Pesci. Annls Histochim., Nancy, 25-32. BUCKE, D. 1971. The anatomy and histology of the alimentary tract of the carnivorous fish, the pike Esoxlucius L.. J. Fish Biol., London, 3: 421-431. CHAYEN,J.; BITENSKY, L& BUTCHER, R.G. 1973. Pratical histochemistry., London J. Wi- ley, 271 p. CHIKILIAN, M. L. & BEE-DE-SPERONI, N. T. 1985. Morfologia e histoquimica del esófago IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 127-134, 31 ago. 1992. Observations on the mucopolysaccharides... 131 y proventriculo de Polyborus chimango, Mimus satorninus modulator y Chloroceryle americana mathewsi (Aves, Falconidae, Mimidae, Alcedinidae). Hist. Nat. ., Corrientes, 5 (17): 133-46. DOMITROVIC, H. A. 1983. Histologia del tracto digestivo del sábalo Prochilodus platensis, Holm- berg, 1880, Pisces, Prochilodontidae. Physis, Sec. B, Buenos Aires, 41 (101): 57-67. ESTECONDO, S.; CODON, S.M. & GALINDEZ, E.J. 1988. Estudio anátomo-histológico del tracto digestivo de Mustelus schmitti (Chondrichthyes, Triakidae). Physis, Sec. A, Buenos Aires 46 (110): 31-41. GABE, M. & MARTOJA, M. 1971. Données histologiques sur les cellules endocrines, gastriques et pancréatiques de Mugil auratus (Macrouridae, Gadiformes). Archs Anat. microsc., Paris, 60(3):219-234. HIRJI, K. N. 1983. Observations on the histology and histochemistry of the oesophagus of the perch Perca fluviatilis L. J. Fish Biol., London, 22 (2): 145-152. HOFMANN, R. R., 1985. Digestive physiology of the deer — their morphophysiological specia- lisation and adaptation. Bull. r. Soc., N. Z., Wellington, 22: 393-407. HOTCHKISS, R. D. 1948. A microchemical reaction resulting in the staining of polysaccharides structures in fixed tissue preparations. Arch. Bioch., New York, 16: 131-141 JIRGE, S. K. 1970. Mucopolysaccharide histochemistry of the stomach of fishes with different food habits. Folia Histochem. Cytochem., ND, 8 (3): 275-280. KISS, R.; LAUNOIT, Y. de; LENGLET, G. & DANGUY, A. 1988. Autoradiographic investiga- tions on cell proliferation in the digestive mucosa of fishes. Acta Zool., Stockholm., 69:225-230. LEV, R. &SPICER, S.S. 1964. Specific staining of sulphate groups with alcian blue at low pH. J. Histochem. Cytochem., Baltimore, 4:309. LEVEY, S. & SHEINFELD, D. 1954. Inhibition of the proteolitic action of pepsin by sulphate- containing polysaccharides. Gastroenterology, New York, 27:625. MARTOJA, R. & MARTOJA-PIERSON, M. 1970. Técnicas de histologia animal. Barcelona, Toray-Mason, 350 p. MC MANUS, J. F. A. 1946. Histological demonstration of mucin after periodic acid. Nature, Lon- don, 158:202. MC MANUS, J. F. A. & CASSON, J. E. 1950. Carbohydrate histochemistry studied by acetyla- tion techniques. J. Exp. Med., New York, 91: 651-654. NOAILLAC-DEPEYRE, J. & GAS, M. 1978. Ultrastructural and cytochemical study of the gas- tric epithelium in a fresh water teleostean fish (Perca fluviatilis). Tissue & Cell, Essex, 10(1):23-37. PADIKULA, H.A. 1982. Aparato Digestivo. In: WEISS, L. & GREEP, R. O. ed. Histologia. 4 ed. Buenos Aires, El Ateneo. p. 573-624. REBOLLEDO, I. M. & VIAL, J. D. 1979. Fine structure of the oxynticopeptic cell in the gastric gland of an elasmobranch species (Halaelurus chilensis). Anat. Rec., New York, 193: 805-822. REIFEL, C. W. & TRAVILL, A. A. 1977. Structure and carbohydrate histochemistry of the oeso- phagus in ten teleostean species. J. Morphol., New York, 152: 303-13. SPICER, S.S. 1960. A correlative study of the histochemical properties of rodent acid mucopoly- saccharides. J. Histochem. Cytochem., Baltimore, &(1): 18-36. SPICER, S.S. 1963. Histochemical differentiation of mammalian mucopolysaccharides. Ann. N. Y. Acad. Sci. New York, 106:379-88 —. 1965. Diamine methods for differentiating mucosubstances histochemically. J. Histochem. Cytochem., Baltimore, 13:311. SPICER, S. S.; LEPPI, J. & HENSON, J. C. 1967. Sulphate-containing mucosubstances of dog gastric mucosa. Lab. Invest., Baltimore, 16: 795-802. SPICER, S. S. & MEYER, D. B. 1960. Histochemical differentiation of acid mucopolysacchari- des by means of combined aldehyde fuchsin-alcian blue staining. Am. J. Clin. Path., New York, 35 : 453-460. SPICER, S. S. & SUN, D.C.H. 1967. Carbohydrate histochemistry of gastric epithelial secretions in dog. Ann.N. Y. Acad. Sci., New York, 140:762-783. TANJTUE, V. 1975. Contribution à l’etude histologique des cellules épitheliales, glandulaires et endocrines du tube digestif de Chimaera monstrosa L. (Pisces, Holocephali). Vie Milieu, Ser. A, Paris 25 (1): 41-58. VARUTE, A. T. & JIRGE,S.K. 1971. Histochemical analysis of mucosubstances in oral mucosa of mouthbreeding cichlid fish seasonal variations in them. Histochimie., ND, 25: 91-102. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 127-134, 31 ago. 1992. 132 GALINDEZ VILLELA-DE-CARVALHO, A. D.; MOURA-RANGEL, N. de & VIEIRA-VIGNOLI, V. 1975. Histochemistry of glucoproteins in the gastric epithelium of the fundic and body re- gions of Dasypus novemcinctus. Rev. Bras. de Pesq. Med. e Biol., São Paulo, 8(2):109-17. WEINREB, E. L. & BILSTAD, N. M. 1955. Histology of the digestive tract and adjacent structu- res of the rainbow trout Salmo gairdneri irideus. Copeia, New York, 3: 194-204. WERNER, I. 1953. Studies on glycoproteins mucous epithelium and epithelial secretions. Acta Soc. Med. Upsal., Stockholm., 58: 1. WILLEMS, G. & GERARD, A. 1969. Etude histochimique comparée des glycoprotéines et poly- saccharides intracellulaires de 1º épithelium et des glandes gastriques ches e homme et chez di- vers speces animales. Acta Gastroenterológica belg, Bruxelles, 32: 211-25. Recebido em 11.X1.1991; aceito em 10.1V.1992. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 127-134, 31 ago. 1992. Observations on the mucopolysaccharides... 133 Figs. 1 — 5. Mustelus schmitti: 1. pharynx’s epithelium (AB, pH, 2.5); 2. oesophagus mucosa, look at the epithelium plenty of goblet cells (PAS); 3. oxynticopeptic cells (PAS-positives granules); 4. associated oesophagus structure, detail of the mucosa (AB, pH 2.5); 5. cardiac stomach, detail of the mucus secretor epithelium (PAS). (AB, alcian blue; f goblet cells of fibrillar mucus; gr, granu- les of oxynticopeptic cells; hg, goblet cells of homogeneous mucus; PAS, periodic acid Schiff). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 127-134, 31 ago. 1992. GALINDEZ - - - oo |lg E tga ms É tg 1% E 0 | 01 HINOdVS | * HINOdVS + i + TAHLIW TAHLIN ONOALS GIN a ST d en aq aq en an ma & WNITIHLIdI SNOIMNN HIVWOLS TVIDIIUIANS IIAOTAd WNTIIHLIdI SAOINIA HIVWOLS AVIDITIAAS IVIAAVO JANLINALS sST139 1371909 I1VIDOSSV SNOVHAdOSIO SATO JO dJda IHL NI ST139 191909 SNOVHAOSIO WNTIIHLIdI OVAS NI ST139 1971409 an Da De] tr Bee a a "JAHLIN Svd Svd S GAIN avav| (0DHd | (S)Hd | Av av | Hd|Hd|H av av dv | dv | dv AP SVd HINOdVS + ii TAHL3IV TAHLIIV Svd IdAL 1139 NOIIFA Pr Pr sTIaD ty TVITAHIIAA XNANVHd Py - ?y | | sigo 191809 svd + ISVIA (Surureys Jo Ayısusjul Sy} »resipur F 0} | Joquınu “anjg-aydınd :qq iajdind-jajora :4A “IBUrIo :DO {U9213 :0) !onıq :g “ojdind :q Sojora :A “pal :y “ajdind spp Mag “spdind-anjg si MIA xxx “IN 10 ajdind-anig sPJoJ ou! jo woNog ay) ur pue ajdind wnıpyy1da fersıyaodns ur s[f29 19/00) xx SID 19MI4 x) Wyss SN[oISNJN JO M$ 1oLISJue 0) pardde spoyjoui [eoruiaydoIsIy Jeısaas Jo SIjnsoy “1 ITAVL 134 127-134, 31 ago. 1992. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72) GENITÄLIA MASCULINA E FEMININA DE DORCACERUS BARBATUS (OLIVIER, 1790) (COLEOPTERA, CERAMBYCIDAE, CERAMBYCINAE, TRACHYDERINI) Luciano de A. Moura !2 Maria Helena M. Galileo 12 ABSTRACT MALE AND FEMALE GENITALIA OF DORCACERUS BARBATUS (OLIVIER, 1790) (CO- LEOPTERA, CERAMBYCIDAE, CERAMBYCINAE, TRACHYDERINI). The male and female ge- nitalia of Dorcacerus barbatus (Olivier, 1790) are described and illustrated. KEYWORDS: Cerambycidae, Dorcacerus barbatus, genitalia, morphology. INTRODUCAO O gênero Dorcacerus, monotípico, foi proposto por DEJEAN (1821) para incluir Cerambyx barbatus Olivier, 1790. FRAGOSO et al. (1987) consideraram o gênero como integrante da subtribo Trachyderina, que engloba várias tribos (entre elas Dorcacerini) do sistema de LACORDAIRE (1869) com base nos diferentes padrões de genitália das fêmeas. Nos Trachyderini, a genitália é do tipo radular-purpuriceriforme (sensu FRA- GOSO et al., 1987), caracterizada: (1) pela escova, constituída de várias fileiras de pêlos, na borda apical do esternito VIII; estes pêlos servem para raspar e cole- tar substrato a ser aderido ao ovo, cobrindo-o e protegendo-o; (2) pelo oviposi- tor curto que, provavelmente, não extroverte além do ápice do esternito VIII (CHEMSAK & POWELL, 1966). As genitálias do macho e da fêmea de Dorcacerus barbatus são analisadas, a fim de incrementar os conhecimentos de Trachyderina. MATERIAL E MÉTODOS Os exemplares conservados a seco pertencem à Coleção do Museu de Ciências Naturais da Fun- dação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Para a dissecação da genitália, o abdômen foi extraído permanecendo em solução aquosa de hidróxido de potássio a 10% durante 24 horas. Após o amolecimento dos tecidos internos, o abdö- men foi imerso em água e a gentitália retirada com auxílio de pinças e estiletes sob estereomicroscó- 1. Museu de Ciências Naturais, Fundação Zooobotänica do Rio Grande do Sul, C.P. 1188; 90001 Porto Alegre RS, Brasil. 2. Bolsista do CNPg. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 135-139, 31 ago. 1992. 136 MOURA & GALILEO pio. Para anälise, a genitälia foi corada com tintura vermelho-congo, desidratada numa bateria al- cóolica e imersa em glicerina. A terminologia utilizada foi a empregada por GALILEO (1987). RESULTADOS E DISCUSSÃO Genitália masculina. Urotergito VIII (fig. 1) sub-retangular, borda apical trun- cada com cerdas vermelho-douradas; ângulos látero-anteriores sub-retos. Uros- ternito VIII (lâmina-bilobada, fig. 1), com comprimento igual a 0,5 vezes ao do urotergito VIII, esclerotinizado, com cerdas esparsas nas regiões látero-apicais; na margem centro-basal situa-se a fúrcula-pequena; entre a lämina-bilobada e o urotergito VIII encontra-se a lâmina-oval em forma de semi-arco, conectada ao spiculum gastrale através de membranas. Aedeagus (figs. 2,3) constituído pe- lo (1) tégmen (fig. 5), com 0,8 vezes o comprimento do lobo-médio, é formado distalmente pelos: lobos-laterais, dotados de cerdas no ápice seguidos do roof, desenvolvido, comprimento cerca do dobro do comprimento dos lobos-laterais e peça-anelar com cerca de 2/3 do comprimento do tégmen, com forma de ‘“V’”’ com margem externa espessada; (2) lobo-médio (fig.4), tubo esclerotinizado, com a porção distal dividida em dois lobos sobrepostos, algo deprimidos dorso- ventralmente: o ventral, mais esclerotinizado e projetado centralmente; o dorsal, menos esclerotinizado e com ápice arredondado; entre os dois lobos situa-se o orifício-médio. A porção proximal é constituída pelas apófises-basais em forma de lâminas convexas. Saco-interno, parte distal e alargada do duto ejaculatório, prolonga-se até o forâmen-médio, com o mesmo comprimento do lobo-médio. O saco-interno está dotado de estruturas esclerotinizadas que, provavelmente, fun- cionam como órgãos de fixação na genitália feminina durante a cópula (EHA- RA, 1954) : (1) próximo ao forâmen-médio, duas estruturas ovais, dotadas de protuberâncias espinhosas; (2) na região central do saco-interno, um conjunto de lamelas justapostas, sanfonadas; (3) na região proximal do saco-interno, uma placa sub-retangular, côncava, esclerotinizada. O saco-interno, em repouso, dobra- se em zigue-zague, ficando alojado na concavidade das apófises-basais do lobo- médio (fig. 3); na região basal abre-se o duto ejaculatório, através do gonoporo. Genitália feminina. Urotergito VIII (fig. 7) subdividido em um hemitergito central com a borda levemente reentrante no centro e dois hemitergitos laterais sobrepostos ao hemisternito central, com borda dotada de pêlos aciculares den- sos, estendendo-se lateralmente. Urosternito VIII (fig. 8) com borda apical emar- ginada no centro; região proximal com faixa de pêlos aciculares e única fileira de pêlos conchoidais grossos e muito esclerotinizados, seguidos, distalmente, por inúmeras fileiras de pêlos espatulados; face interna do urotergito VIII com den- sos e longos pêlos voltados para a região proximal; apódema-ventral com os ra- mos laterais expandidos, delimitando o urosternito VIII e a haste central com comprimento subigual ao urômero VIII. Membrana intersegmentar VII-VIII forma uma bolsa ventral (fig. 6), subtriangular, onde o substrato raspado é acumulado pelos pêlos (CHEMSAK & POWELL, 1966). Hemisternito IX (figs. 9,10) curto, membranoso, tubular, com constricção oblíqua na parede externa no terço apical separando a região anterior, bífida, em forma de dois lobos semiglobulares onde IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 135-139, 31 ago. 1992. Genitälia masculina e feminina... 137 se inserem apicalmente os estilos reduzidos. Entre os lobos semiglobulares, situa- se a vulva larga, plicada, delimitando a abertura genital. A sustentacäo € dada por (1) dois pares de baculi ventrais e hastiformes (fig. 10): um par longo com expansão apical (com 2/3 do comprimento do hemisternito IX) estende-se obli- quamente da constricção lateral da parede, no terço apical, até a região centro- basal e um par látero-basal, com 1/3 do comprimento do hemisternito IX; (2) duas placas esclerotinizadas na região dorso-apical do hemisternito IX (fig. 9). Proctiger (fig. 9) na região dorsal, sobreposto à metade basal dos hemisternitos IX; contém o ânus e o paraprocto membranoso com um par de baculi hastifor- mes, curvos. Na região basal da vagina (fig. 10), junto à inserção do oviduto- médio, encontram-se dois apódemas hastiformes e curvos onde se inserem feixes musculares; próximo dessa região, na base da bursa copulatrix insere-se o ducto espermatecal, também alongado, com espermateca curva e glândula espermatecal. Discussão. A genitália feminina mantém as características do tipo trachide- riforme, sendo semelhante a de Trachyderes succinctus (Linnaeus, 1758) ilustra- da em FRAGOSO et al. (1987), diferindo pela fileira de pêlos conchoidais no he- misternito VIII, pela largura dos hemitergitos VIII, pelo comprimento dos esti- los, pela configuração dos baculi do hemisternito IX. Em T. succinctus, exami- nado, observa-se apenas a série de fileiras de pêlos espatulados, sem estar dife- renciada a fileira de pêlos conchoidais; hemitergitos VIII laterais largos e o cen- tral estreito; estilos alongados; região ventral do hemisternito IX com baculi da região apical curto, não hastiforme. Agradecimentos. Aos doutores Ubirajara Ribeiro Martins de Souza, Museu de Zoologia (USP) e Dilma Solange Napp, Universidade Federal do Paraná, pelas sugestões e críticas ao manuscrito. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHEMSAK, J.A. & POWELL, J.A. 1966. Studies on the bionomics of Tragidion armatum Le Conte. Pan-Pacif.Ent., San Francisco, 42(1): 36-47. DEJEAN, PF. 1821. Catalogue de la collection de coleopteres de M. le baron Dejean. Paris, Crevot, viii+316 p. EHARA, S. 1954. Comparative anatomy of male genitalia in some Cerambycidae bee- tles. J. Fac. Sci. Hokkaido Univ., Ser. 6, Sapporo, 12(1-2): 61-115. FRAGOSO, S.A.; MONNÉ, M.A. & SEABRA, C.A.C. 1987. Preliminary considerations on the higher classification of Cerambycidae (Coleoptera, Cerambycidae), with nomenclatural altera- tions. Revta bras. Biol. Rio de Janeiro, 47(1/2): 189-202. GALILEO, M.H.M. 1987. Sistemätica das tribos Meroscelisini e Anacolini (Coleoptera, Ceramby- cidae, Prioninae) nas Americas. I. Meroscelisini. Revta bras. Ent., São Paulo, 31(2): 141-367. LACORDAIRE, J. T. 1869. Histoire Naturelle des Insectes Genera des Coleopteres. Paris, Ro- ret. v.8 e 9. Recebido em 02.X11.1991; aceito em 29.V11.1992 IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 135-139, 31 ago. 1992. 138 MOURA & GALILEO Figs. 1-5.Dorcacerus barbatus (Olivier, 1790), genitália of 1, urömero VIII; aedeagus: 2, ventral; 3, lateral; 4, lobo-médio e saco-interno, ventral; 5, tégmen, ventral. (ab, apófises-basais; de, duto ejacu- latório; fp, fúrcula-pequena; Ib, lâmina-bilobada; lo, lâmina-oval; lol, lobo-lateral; lod e lov, lobos dorsal e ventral da porção apical do lobo-médio; pa, peça-anelar; r, roof; sg, spiculum gastrale; si, saco-interno; t, urotergito VIII). Todas as figuras na mesma escala. Barra = Imm. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 135-139, 31 ago. 1992. Genitälia masculina e feminina... 139 Figs. 6-10. Dorcacerus barbatus (Olivier, 1790), genitália 9.6, urosternito VIII, face interna com os hemitergitos VIII destacados e o hemitergito IX rebatido; 7, urotergito VIII; 8, urosternito VIII; he- misternitos IX e sistema eferente: 9, dorsal; 10, ventral. (a, ânus; ap, apödema; apv, apódema-ventral; bc, bursa copulatrix; bov, bolsa ventral; bpa, baculum do paraprocto; bv, baculum ventral; ep, esper- mateca; est, estilo; ge, glândula espermatecal; ol, oviduto lateral; om, oviduto médio; p, paraprocto; pd, placa dorsal; st, esternito VIII; t, urotergito VIII; v, vagina; vu, vulva). Todas as figuras na mes- ma escala. Barra = Imm. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 135-139, 31 ago. 1992. | ran ME er Ki a De Zr Ye EEE SOBRE A BIOLOGIA DA “MARIA-MACAMBIRA”,GYALOPHYLAX HELLMAYRI (REISER, 1905) (AVES, FURNARIIDAE) Dante Martins Teixeira ! ABSTRACT ON THE BIOLOGY OF THE RED-SHOULDERED SPINETAIL, GYALOPHYLAX HELL- MAYRI (REISER, 1905) (AVES, FURNARIIDAE). The Red-shouldered Spinetail is a little known Brazilian Furnariidae, scarcely represented in ornithological collections and only recorded from the “caatingas”” of northeastern Brazil. This species builds a massive domed nest with small branches and spines of some Cactaceae. This structure is placed on small bushes, and resembles the nest of several other Synallaxinae. KEYWORDS: Aves, Furnariidae, Gyalophylax, nest. INTRODUÇÃO Descrita no começo do século, Gyalophylax hellmayri (Reiser, 1905) é um dos Passeriformes brasileiros mais raros em coleções, estando representado por cerca de duas dezenas de exemplares. Exceto por alguns breves relatos, nada se conhece sobre a biologia da espécie. Observações acerca deste Furnariidae, efe- tuadas no Raso da Catarina, nordeste da Bahia (cerca de 9°40’S, 38°40’W), foram oportunizadas pelo programa de pesquisas sobre a avifauna das caatingas reali- zado, desde 1979, pela Seção de Ornitologia do Museu Nacional do Rio de Ja- neiro. Espécimens pertencentes a esta instituição e ao *'Naturhistorisches Mu- seum”, Viena encontram-se designados pelas respectivas iniciais e o correspon- dente número de catálogo de cada acervo. No que concerne à nomenclatura cien- tífica utilizada, adotamos MEYER-DE-SCHAUENSEE (1970). RESULTADOS E DISCUSSÃO Durante os últimos anos, foi possível examinarmos parte dos poucos espéci- mens de G. hellmayri depositados nos acervos ornitológicos do Brasil e do exte- rior, inclusive o exemplar-tipo (NM 60360), uma fêmea adulta obtida por Reiser em Rio Grande, noroeste da Bahia em 12.1V.1903. Comparando com outros Synal- laxinae, G. hellmayri caracteriza-se pela cauda fortemente graduada, composta por doze retrizes de ápice arredondado, e pelo bico em forma de sovela, apresen- tando o cúlmen reto e o gônis ascendente (PETERS, 1950, SICK, 1985). 1. Seção de Ornitologia, Museu Nacional, UFRJ, Quinta da Boa Vista, São Cristóvão, 20942 Rio de Janeiro, RJ, Brasil. (Pesquisador do CNPq.). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 141-146, 31 ago. 1992. 142 TEIXEIRA A serie estudada pouco variou em termos de plumagem, bastante discreta, sendo a mäcula negra da garganta e as coberteiras superiores das asas cor de tijolo as duas únicas áreas de maior contraste. O único indivíduo reputado como juvenil existente em coleções, uma segunda fêmea obtida por Reiser em Rio Grande (NM 60361), apresenta um colorido muito semelhante ao do adulto, embora possua as escapulares acinzentadas, ao invés de suavemente lavadas com castanho- avermelhado. Em espécimens recém-capturados, os tarsos eram cinza-escuros, O bico oscilava entre o negro e o marrom-anegrado e a íris apresentava-se laranja- clara ou alaranjada-escura. Em termos de porte, dois machos adultos de G. hellmayri alcançaram 195mm de comprimento e 25 - 26g de peso respectivamente, ao passo que uma fêmea adulta não ultrapassou 17Imm de comprimento. Segundo uma série de sete ma- chos e duas fêmeas, as medidas de espécie atingiram (média, desvio padrão entre parênteses): cúlmen (n = 9) 14,5 - 18mm (x = 16,Imm, O = 1,62), asa (n = 9) 67 - 75mm (X = 69,9mm, ö = 2,59), cauda (n = 9) 72 - 87,2mm (X = 80,3mm, o = 4,28) e tarso (n = 4) 21 - 25,Imm & = 22,4mm, 0 = 1,27). Distribuição e biologia. As escassas referências disponíveis em bibliografia (IHERING 1914, CORY & HELLMAYR 1925, REISER 1926, SNETHLAGE 1927, 1928, PINTO 1938, 1978, SICK 1985, COELHO 1987) e uma revisão da maior parte dos espécimens existentes em acervos científicos indicam a presença de G. hellmayri para uma região dominada pela caatinga, cujos limites conheci- dos (fig. 1) estendem-se da divisa do Piauí com o Ceará ao norte da Bahia e Per- nambuco. Embora os diversos tipos de caatinga sejam de caracterização bastante problemática (ANDRADE-LIMA 1981, BRASIL 198la, 1981b, 1983, EGLER 1951), foi possível estabelecer que este Furnariidae ocorre, independentemente da altitude, sobretudo em formações abertas, por exemplo na ensolarada e hiperxe- rófita “caatinga de raso” ou na tradicional “caatinga dura”? densa e agrupada, ainda que também possa penetrar no sombrio “carrasco” da Serra de Ibiapaba, cuja fisionomia arbórea recorda antes a de algumas ‘‘“matas secas”? nordestinas (BRASIL, 1986). Tendo sido observada mesmo em locais áridos bastante degra- dadados, esta espécie foi registrada junto a vários outros Synallaxinae frequenta- dores de paisagens abertas, como Synallaxis albescens Temminck, 1823 e Synal- laxis frontalis Pelzeln, 1859, além de ter sido encontrada lado a lado com Poeci- lurus scutatus (Sclater, 1859) no peculiar “carrasco” do Piauí e Ceará. À seme- lhança de algumas espécies de Synallaxis, G. hellmayri aprecia locais secos, de vegetação densa, movimentando-se com desenvoltura entre os arbustos, o que lhe valeu os nomes populares de ‘‘“moiteiro’’ ou “'maria-macambira””, utilizados no nordeste da Bahia. Com sua plumagem discreta, passa amiúde desapercebida entre a brenha fechada, embora seja muito comum, por exemplo, em certas áreas de caatinga hiperxerófita. Ao forragear, saltita pelo solo virando a serrapilheira com o bico, ou desloca-se pela ramaria baixa investigando o limbo das folhas e a superfície dos galhos. Captura pequenas aranhas e insetos (Coleoptera, Or- thoptera, etc.), por vezes ingerindo sementes não identificadas, segundo atesta o conteúdo estomacal de exemplares coletados. Dorme pousado em pequenos ar- bustos, mantendo a cabeça próxima à asa. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 141-146, 31 ago. 1992. Sobre a biologia da ‘‘maria-macambira’’... 143 Ainda que seja difícil de observar, G. helmayri revela sua presença graças a um característico apelo bissilábico: ““te-tré””, interpretado como ““sis-tré”” pelos habitantes do Raso da Catarina, emitido assiduamente, tanto por pares, quanto por indivíduos isolados. No que se refere ao canto, registramos sequências de ace- leradas estrofes: “tttt-zilirrr...’, as quais decrescem em sua parte terminal. Para vocalizar, o macho empoleira-se a meia altura em pontos descobertos e assume uma postura oblíqua, mantendo o bico bem aberto, as conspícuas penas negras da garganta eriçadas e a cauda fechada, oscilando suave e cadenciadamente. Reprodução. Além das intensas vocalizações registradas durante parte de nos- sos trabalhos de campo (dezembro a fevereiro), o tamanho das gônadas (6 e 2mm) de dois machos adultos (MN 32027, MN 32156) coligidos eın janeiro e julho de 1989 parece indicar que, no Raso da Catarina, G. hellmayri apresentar-se-ia se- xualmente ativo entre outubro e abril. Caso verdadeira, tal assertiva coincidiria com os relatos de Garbe (IHERING, 1914) e SNETHLAGE (1927, 1928), que observaram este Furnariidae reproduzindo respectivamente em outubro (Barra) e fevereiro (Serra de Ibiapaba). De acordo com as vagas informações existentes, (IHERING, op. cit., SNETH- LAGE, op. cit., SICK, 1985) G. hellmayri edificaria em arbustos baixos um vo- lumoso ninho, similar aqueles do gênero Synallaxis, utilizando pequenos ramos e espinhos do “'xique-xique”, Pilocereus gounellei (Cactaceae). Tais comentários ajustam-se às observações que realizamos no nordeste da Bahia, onde foi possi- vel assinalar ao menos um ninho deste Furnariidae já terminado e dois outros em diferentes estágios de construção, que parecem ser construídos pelo casal. Se- gundo estes registros, G. hellmayri edifica uma estrutura fechada semelhante a de outros Synallaxinae, cujas paredes maciças e aceradas são compostas de rami- nhos e aréolas do “'xique-xique”, entremeados por algumas poucas folhas secas, pedaços de pele de um réptil ou até mesmo fragmentos de pano ou plástico. Com 55cm de comprimento total e cerca de 25cm de altura, o único ninho acabado que conseguimos localizar compunha-se de um volumoso elipsóide de 30 x 25 cm e de um longo tubo de acesso com 25cm de comprimento e 9cm de diâmetro, que terminava em uma abertura oblíqua com cerca de Scm de diâmetro (fig. 2). Através desta entrada atingia-se um câmara incubatória esférica de 10cm de raio, forrada em sua metade inferior por um espesso (Scm) e macio leito formado de folhas secas de Sida sp. (Malvaceae) amassadas quase ao ponto da pulvurulência e restos da exúvia de um Colubridae não identificado. Apoiados em uma base horizontal de galhos ou ramificações de cactáceas, todos os ninhos de G. hell- mayri observados situavam-se em pequenos arbustos espinhosos ou em densas touceiras de “xique-xique”” a menos de Im do solo, o que os tornava ainda mais inacessíveis, mesmo que bastante conspícuos. Até o momento, não tivemos a opor- tunidade de observar um casal incubando, sendo que o único ninho completo (maio de 1982) parecia já haver sido utilizado, conforme inidicavam os vestígios de cascas existentes na câmara incubatória. Segundo IHERING (1914), os ovos de G. hellmayri possuem um formato piriforme (21,7 x 18mm) e um fosco colori- do esverdeado claro bastante diverso daquele registrado para a postura dos ou- tros Synallaxinae, exceção feita de Poecilurus candei (Lafresnaye & d’ Orbigny, 1838) da Venezuela e Colômbia (BOSQUE & LENTINO 1987). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 141-146, 31 ago. 1992. 144 TEIXEIRA Taxonomia. Estabelecido por PETERS (1950), o gênero monotipico Gya- lophylax ilustra as várias controvérsias taxonômicas existentes acerca deste Synal- laxinae endêmico do nordeste do Brasil. Após ter sido atribuído sucessivamente a Synallaxis Vieillot, 1818, Asthenes Reichenbach, 1853 e Gyalophylax. (CORY & HELLMAYR 1925, PINTO 1938, PETERS 1950, MEYER DE SCHAUEN- SEE 1970, PINTO 1978 e outros), esta espécie voltaria a ser incluída em Synalla- xis por VAURIE (1980), proposta vista com certa reserva (Sick in VAURIE 1980) face à existência de alguns detalhes morfológicos únicos de Gyalophylax, por exem- plo a cauda composta de doze retrizes de ápice arredondado e o característico formato de sovela do bico, que possui o cúlmen reto e gônis ascendente (PETERS op. cit., SICK 1985). Ainda que similaridades nas vocalizações e em detalhes da biologia repro- dutiva não necessariamente constituam qualquer indício concreto de parentesco e vice-versa, cumpre notar que o apelo de Synallaxis infuscata Pinto, 1950 e o de G. hellmayri guardam certa semelhança, e que o ninho desta última espécie também obedece ao mesmo padrão básico encontrado no gênero Synallaxis, di- ferindo das estruturas de raminhos mais arredondados ou fusiformes construí- das pela maioria dos representantes de Asthenes (PENA, 1987). Não obstante, vale lembrar que a filogenia dos Synallaxinae ainda não foi elucidada de forma satisfatória, sendo que a discussão sobre a independência de Gyalophylax ape- nas representa uma das várias dúvidas existentes. Agradecimentos. A “Conservation International” (EUA) e ao Conselho Nacional de Desenvol- vimento Científico e Tecnológico (CNPg), que parcialmente financiaram diversos trabalhos de cam- po sobre a avifauna das caatingas realizados no nordeste do Brasil pela Seção de Ornitologia do Mu- seu Nacional. Aos curadores do “American Museum of Natural History (New York), United States National Museum (Washington, D.C.), British Museum Natural History (London), Naturhistorisches Museum (Wien), Museum für Naturkunde (Berlin)’’ e Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo pelo livre acesso ao acervo ornitológico. A Giovannini Luigi pelo desenho do ninho de G. hellmayri. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE-LIMA, D. 1981. The caatingas dominium. Revta brasil. Bot., São Paulo, 4 (2): 149 - 53. BOSQUE, €. & LENTINO, M. 1987. The nest, eggs and young of the White-whiskered Spinetail (Synallaxis [Poecilurus] candei). Wils. Bull., Lawrence, 99 (1): 104 - 6. BRASIL. Departamento Nacional de Produção Mineral. 1981a. Projeto RADAM-BRASIL. Folhas SB 24/25, Jaguaribe/Natal. Rio de Janeiro, M.M.E. 740 p. (Levantamento de Recursos Natu- rais, 23). —. 1981b. Projeto RADAM-BRASIL. Folhas SD 24, Salvador. Rio de Janeiro, M.M.E. 624 p. (Le- vantamento de Recursos Naturais, 24). —. 1983. Projeto RADAM-BRASIL. Folhas SC 24/25, Aracaju/Recife. Rio de Janeiro, M.M.E. 825 p. (Levantamento de Recursos Naturais, 30). BRASIL. Superintendência de Desenvolvimento do Estado do Ceará. 1986. Atlas do Ceará. 57 p. COELHO, A.G.M. 1987. Aves da Reserva Biológica de Serra Negra (Floresta - PE), lista preliminar. Publicações Avulsas da Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2: 1 - 8. CORY, C.B. & HELLMAYR, C.E. 1925. Catalogue of birds of the Americas... Publ. Field Mus. Nat. Hist. (Zool. Ser.), Chicago, 13 (4): 1 - 390. EGLER, W.A. 1951. Contribuição ao estudo da caatinga pernambucana. Revta bras. Geogr., Rio de Janeiro, 13 (4): 577 - 90. IHERING, H. 1914. Novas contribuições para a ornitologia do Brasil. Revta Mus. paul. São Paulo, 9: 411 - 48 IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 141-146, 31 ago. 1992. Sobre a biologia da “'maria-macambira”... 145 MEYER-DE-SCHAUENSEE, R. 1970. A guide to the birds of South America. Philadelphia, Acad. Nat. Sci. Philadelphia. 470 p. PENA, M.R. 1987. Nidos y huevos de aves argentinas. Santa Fe, Lux. 363 p. PETERS, J.L. 1950. Two new genera of Furnariidae. Jour. Wash. Acad. Sci., Washington, 40 (5): 169. PINTO, O.M.O. 1938. Catálogo das aves do Brasil. Revta Mus. paul. São Paulo, 22: | - 566. —. 1978. Novo Catálogo das aves do Brasil. São Paulo, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. 446 p. REISER, O. 1926. Ergebnisse der Zoologischen Expedition der Akademie der Wiessenchaften nach Nordostbrasilien (Vôgel). Denkschr. Akad. Wiss. Math. - nat., Wien, 76 (7): 107 - 252. SICK, H. 1985. Ornitologia brasileira. Uma introdução. Brasília, Ed. Universidade de Brasília. 827 p. SNETHLAGE, H. 1927. Meine Reise durch Nordostbrasilien. J. Orn.,Leipzig, 75: 453 - 84. —, 1928. Meine Reise durch Nordostbrasilien. J. Orn. Leipzig, 76: 503 - 81, 668 - 738. VAURIE, C., 1980. Taxonomy and geographical distribution of the Furnariidae (Aves, Passerifor- mes). Bull. Am. Mus. Nat. Hist., New York, 166 (1): 1 - 357. Recebido em 17.111.1992; aceito em 03.V1.1992. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 141-146, 31 ago. 1992. 146 TEIXEIRA Figs. 1-2.G. hellmayri. 1. Distribuição no nordeste do Brasil: (1) Fazenda da Serra (localidade-tipo) e Serra do Estreito, rio Grande; (2) Barra; (3) Joazeiro; (4) Queimadas, rio do Peixe; (5) Rosário, Raso da Catarina; (6) Cocorobó, Raso da Catarina; (7) Juá, Raso da Catarina; (8) Floresta; (9) Petrolina; (10) Araras, Serra de Ibiapaba. 2. Ninho, corte longitudinal (desenho G. Luigi). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 141-146, 31 ago. 1992. NOVA ESPECIE DO GENERO BELOSTOMA LATREILLE, 1807 (HETEROPTERA, BELOSTOMATIDAE) Maria Elizabeth Lanzer-de-Souza ! ABSTRACT A NEW SPECIES OF THE GENUS BELOSTOMA LATREILLE, 1807 (HETEROPTERA, BE- LOSTOMATIDAE, BELOSTOMATINAE). Belostoma ripicola, sp. n., from Capäo da Canoa, State of Rio Grande do Sul, Brazil is described, illustrated, and included in the dilatatum group. KEYWORDS: Belostoma, Belostomatidae, Heteroptera, Neotropical, new species. INTRODUCAO Belostoma Latreille, 1807 é o gênero da subfamília Belostomatinae, mais uni- formemente disperso na região Neotropical, tendo no Brasil o maior índice de espécies (LANZER-DE-SOUZA, 1980). LAUCK (1959, 1962, 1963, 1964) distribui 62 espécies do continente ameri- cano nos grupos minor, oxyurum, dentatum, subspinosum, aurivillianum, stol- lii, testaceopallidum, dilatatum, discretum, triangulum, bergi, bifoveolatum e flu- mineum, com base na pilosidade do abdömen e na morfologia da genitälia dos machos. DE-CARLO (1966) descreve B. fittkaui, B. sayagoi, B. peruvianum, B. does- burgi, B. sattleri e B. bordoni que, pelas diagnoses, distribuem-se nos grupos den- tatum, subspinosum, testaceopallidum e bergi. O material examinado, proveniente de coleta realizada na Lagoa dos Qua- dros, município de Capão da Canoa do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, permitiu o estabelecimento de um novo táxon, pertencente ao grupo dilatatum e no qual se incluem B. dilatatum Dufour, 1863, B. martini (Montandon, 1899), B. gestroi Montandon, 1900 e B. brasiliensis De Carlo, 1950. Os espécimes estão depositados no Museu de Ciências Naturais (MCN) da Fundação Zoobotânica, Rio Grande do Sul, Porto Alegre e no Instituto Nacio- nal de Pesquisas da Amazônica (INPA), Manaus. 1. Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotänica do Rio Grande do Sul; Av. Salvador França nº 1427, Jardim Botânico, CEP 90690-000, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 147-150, 31 ago. 1992 148 LANZER-DE-SOUZA Belostoma ripicola, sp.n. (Figs. 1-7) & (holótipo). Coloração geral castanho-escura. Olhos quase pretos. Região anterior do pronoto com uma faixa larga, pouco distinta, preta que se estende das fossetas para frente em gancho, dirigindo-se para trás, quase margeando a linha média, dissipando-se na mesma altura das fossetas. Região posterior do pro- noto, variando, gradativamente, do castanho ao quase preto. Região anterior do escutelo mais escura que a posterior, com uma estreita faixa transversal mediana quase preta. Cório com pêlos dourados em forma de mancha amarela próxima do ângulo formado pela sutura da membrana e a sutura do clavo. Abdômen es- curo; os quatro últimos esternitos com uma pequena mancha amarela arredon- dada em cada lado. Anteóculos maior que o interóculos. Espaço interocular sem carena, apenas levemente elevado; mais largo que comprido. Clípeo afastado da linha ocular (fig. 1). Rostro com o primeiro segmento maior que o segundo (fig. 2). Olhos um tan- to globosos (fig. 1). Pronoto com as bordas laterais dilatadas; de comprimento, na linha média, igual à metade da largura correspondente a borda posterior; re- gião anterior com aparência de uma carena na linha média. Fossetas do pronoto bem marcadas. Carena prosternal saliente e arredondada (fig. 3). Clavo sem ner- vuras visíveis. Corio com rede de nervuras nítida. Abdômen com densa pilosida- de, cobrindo inteiramente o conexivo, estendendo-se ao redor do opérculo (fig. 4). Armadura genital (figs. 5-7). Variação (parátipos). Olhos do castanho ao preto. Em dois espécimes, a fai- xa transversal mediana preta, no escutelo, é quase imperceptível; a faixa preta, em gancho, no pronoto, é mais nítida. Medidas, em mm. Holótipo: comprimento total 49,2; largura 24, 1. Largura do olho 2,2; comprimento interocular 3,3; largura interocular 3,6; comprimento anteocular 3,9. Distância do clipeo à linha ocular 1,0. Segmentos do rostro: 1°, 3,5; 2º, 3,2. Pronoto: comprimento na linha média 7,6; largura anterior 8,2; lar- gura posterior 15,2. Escutelo: comprimento na linha média 9,4; largura 10,5. Pa- rátipos: comprimento total 47,1-48,5; largura 22,2-22,3. Largura do olho 2,0-2,2. Comprimento interocular 3,1-3,2. Comprimento anteocular 3,5-3,7. Distância do clípeo à linha ocular 0,8-0,9. Segmento do rostro: 1º, 3,6; 2º, 3,3. Comprimento do pronoto na linha média 7,5-7,8; largura anterior do pronoto 8-8,1; largura pos- terior do pronoto 15-15,6. Comprimento do escutelo na linha média 8,3-9; largu- ra do escutelo 9,2-10. Etimologia. O nome específico refere-se ao habitat (aquele que vive nas beiradas). Material. BRASIL. Rio Grande do Sul: Capão da Canoa, Lagoa dos Qua- dros, 1 d(holótipo), 18.11.1992, M.E.L. de Souza col., (MCN 135355); 2 d' (pará- tipos), 18.11.1992, M.E.L. de Souza col., (MCN 135356, 135357); 1 d'(parátipo), 18.11.1992, M.E.L. de Souza col., (INPA). Diagnose. B. ripicola, sp.n., agrupa-se às maiores espécies sul-americanas de corpo oval, de maior largura, com o espaço interocular distintamente menor que o anteocular, clípeo não alcançando a linha ocular, incluídas no grupo dila- IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 147-150, 31 ago. 1992 Nova espécie do genero Belostoma... 149 tatum junto com B. dilatatum (compr. 43-48 mm, larg. 19, 5-22 mm) e B. martini (compr. 35-37 mm, larg. 16-18 mm) que possuem pilosidade abdominal cobrindo inteiramente o conexivo, estendendo-se ao longo do opérculo genital; difere de B. dilatatum pelo 1º segmento do rostro mais longo que o 2º, pelo comprimento do espaço anteocular cerca de 1,75 vezes a largura do olho, pelo comprimento do interóculos cerca de 1,5 vezes a largura do olho e pela armadura genital do macho; distingue-se de B. martini pela carena prostenal alargada com ápice arre- dondado, pelo comprimento do anteóculos e do interóculos e pela armadura ge- nital do macho. B. ripicola sp.n. difere de B. gestroi (compr. 37-45 mm, larg. 19-23 mm) pela ausência de carena no espaço interocular, pela diferença de tamanho entre os seg- mentos do rostro, pela presença de aparente rede de nervos no cório, pela dispo- sição da pilosidade abdominal, cobrindo inteiramente o conexivo e pela armadu- ra genital do macho; difere de B. brasiliensis (compr. 38 mm, larg. 19 mm; 9) pela diferença de tamanho entre os segmentos do rostro, pela ausência de carena no interóculos, pela ausência de nervos no clavo e pela disposição da pilosidade abdominal, cobrindo inteiramente o conexivo. Agradecimentos. À colega Dra. Maria Helena Mainieri Galileo pelo incentivo e revisão crítica do trabalho. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DE-CARLO, J. A. 1966. Un genero, nuevas especies y referencias de otras poco conocidas de la familia Belostomatidae (Hemiptera). Revta Soc. ent. argent. Buenos Aires 28(1/4):97-109 LANZER-DE-SOUZA, M.E. 1980. Inventário da distribuição geográfica da família Belostomati- dae LEACH, 1815, (Hemiptera-Heteroptera) na região neotropical. Iheringia, Ser. Zool., Por- to Alegre (55): 43-86. LAUCK, D.R. 1959. Three new species of Belostoma from Mexico and Central America (Hemip- tera: Belostomatidae), with a list of North American species. Bull. Chicago Acad. Sci., Chica- go, 11(1): 1-9. —. 1962. A monograph of the genus Belostoma (Hemiptera) Part I. Introduction and B. denta- tum and subspinosum groups. Bull. Chicago Acad. Sci., Chicago, 11 (3): 34-81 —. 1963. A monograph of the genus Belostoma (Hemiptera) Part II. B. aurivillianum, stollii, tes- taceopallidum, dilatatum and discretum groups. Bull. Chicago Acad. Sci., Chicago, 11(4): 82-101. —. 1964. A monograph of the genus Belostoma (Hemiptera) Part III. B. triangulum, bergi, mi- nor, bifoveolatum and flumineum groups. Bull. Chicago Acad. Sci., Chicago, 11(5): 102-54. Recebido em 19.V1.1992; aceito em 13.V111.1992. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 147-150, 31 ago. 1992 150 EANZERDESOUZE Inmm Figs. 1-7. Belostoma ripicola, sp.n.: 1. cabeça em vista dorsal, olhos; 2. segmentos do rostro, vista lateral; 3. carena prosternal, vista lateral; 4. pilosidade abdominal; 5. genitália, metade ventral; 6. genitália, metade dorsal; 7. genitália, vista lateral. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 147-150, 31 ago. 1992 NOTA CIENTIFICA 151 SOBRE LAS CARACTERISTICAS GONADALES DE MONACTIS VESTITA (GRAVIER, 1918), SENSU RIEMANN-ZURNECK, 1986 (ACTINIARIA, HORMATHIIDAE) KEYWORDS: Cnidaria, gametes, reproduction, characteristics. La especie Monactis vestita (Gravier, 1918) sensu Riemann-Zürneck, 1986 ha sido registrada en aguas del hemisferio norte (RIEMANN-ZURNECK, 1986) y en aguas subantárticas (ZAMPONI & ACUNA, en prensa); es de habitat circalitoral-abisal, empleando para su asentamiento substratos de diversa natura- leza. RIEMANN-ZURNECK (1986) presentó un profuso análisis morfológico, pero sin hacer mención de la sexualidad, quizás debido a lo compacto de su anatomia. El hecho de poder haber contado con ejemplares de M. vestita (tabla I) de- positados en el Departamento de Ciencias Marinas, Facultad de Ciencias Exac- tas y Naturales (UNMdP) permitió determinar el sexo y realizar la tipificaciön de las células sexuales. Las características gonadales fueron determinadas mediante el empleo de di- secciones transversales y observación directa con microscopio binocular de ma- ceración de tejido. Se utilizó un ocular micrométrico a escala de graduación 10/100 para la determinación del tamano de los ovocitos, y se midieron 25 ovocitos pre y postvitelogénicos para la determinación del rango de tamano y su media, pro- cediéndose de igual manera para los cistos espermáticos, los cuales se encontra- ban en estados inmaduros. La talla de los ejemplares fue calculada mediante el diámetro del disco basal en estado de fijación en solución salina de formaldehi- do neutralizado al 40%. Tipificación de los ovocitos: un ejemplar con 4,2 cm de diámetro basal don- de se observan ovocitos previtelogénicos, 46,5 um — 97,3 um (X = 73,6 um) y postvitelogénicos, 105,7 um — 165,0 um (x = 133,8 um). Los ovocitos se carac- terizan por poseer abundante vitelo y un nucleo de posición excéntrica. No fue- ron observados trofonemas, como lo fueron por ZAMPONI & EXCOFFON (1986) en Bunodactis marplatensis Zamponi, 1977 y en Phymactis clematis Dana, 1849 por EXCOFFON & ZAMPONI (1991) para aguas de la region subantártica. Tipificación de cistos espermáticos: los cistos espermáticos con 84,6 um — 342,6 um, X = 214,5 um (medidos en dos ejemplares con 2,7 cm y 3,9 cm de diámetro basal) son de forma circular y los espermatozoides en estado inmaduro se hallan distribuidos regularmente por todo el tejido gonadal, dificultándose la visualización de la cabeza y cola. En base al análisis de las gonadas de M. vestita puede establecerse que la IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 151-152, 31 ago. 1992 misma es dioica, ya que de los tres ejemplares estudiados resultaron 2 o'y 1 q. Si bien se pudo determinar el sexo, caracterizar a las células sexuales no fue posible localizar en que tipo de mesenterio se ubica la gonada. Esta dificultad es debida a que M. vestita presenta una anatomía muy compacta que impide la localización de los mesenterios, hecho que fuera indicado por RIEMANN- ZURNECK (1986) en los ejemplares procedentes del Atlântico Norte. El tamano de los cistos espermáticos muestra que los mismos tienen madu- ración asincrónica en los mesenterios de un mismo individuo. El hecho que la especie M. vestita es dioica indicaría que tiene una fecunda- clón externa, y si se correlaciona este tipo de reproducción con el habitat de aguas profundas, es evidente que no responde al esquema general donde especies de aguas profundas incuban a la cria para la protección de las mismas, como lo es- tablece THORSON (1950). En cambio la modalidad reproductiva de M. vestita pareciera apoyar el criterio sostenido por ZAMPONI (en prensa) en base a los tipos reproductivos observados en los ambientes intermareales. Tabla I. Número (N), tamano y procedencia de los ejemplares de Monactis vestita (Gravier, 1918) sensu Riemann-Zürneck, 1986. N Diametro basal Procedencia Profundidad l 4,2 cm SS 55º OA 200 m l 2,7 cm 38° 56°S — 55º 3º W 250 m l 3,9 cm 43° 05'S — 59º 09’W 200 m REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS EXCOFFON, A. C. & ZAMPONI, M. O. 1991. La biologia reproductiva de Phymactis clematis Da- na, 1849 (Actiniaria: Actiniidae): gametogénesis, períodos reproductivos, desarrollo embriona- rio y larval. Spheniscus, Bahia Blanca, 9: 25-39. RIEMANN-ZURNECK, K. 1986. On some abyssal sea anemones of the North Atlantic (Actiniaria: Hormathiidae). Mitt. hamb. zool. Mus. Ins., Hamburg, 83: 7-29. THORSON, G. 1950. Reproduction and larval ecology of marine bottom invertebrates. Biol. Rev., Cambridge, 25: 1-45. ZAMPONI, M. O. El ambiente intermareal subtemplado frio como un posible “pool” de tipos re- productivos. Physis, Buenos Aires (en prensa). ZAMPONI, M. O. & ACUNA, F. H. Zoogeografia y algunos aspectos ecológicos de la fauna de ané- monas de la provincia Magallánica. Neotropica, La Plata (en prensa). ZAMPONI, M. O. & EXCOFFON, A. C. 1986. Algunos aspectos de la biologia reproductiva de Bu- nodactis marplatensis Zamponi, 1977 (Actiniaria: Actiniidae). Spheniscus, Bahia Blanca, 4: 9-18. MAURICIO O. ZAMPONI ! & FABIAN H. ACUNA ?, Facultad de Ciencias Exactas, Departamento de Ciencias Marinas. Funes 3250 7600 Mar del Plata, Argentina. (CONICET: 1. Carrera del Investigador; 2. Becario). Recebido em 2.VI11.1991; aceito em 22.1V.1992 IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 151-152, 31 ago. 1992 153 IHERINGIA - SERIE ZOOLOGIA (ISZ), editada pelo Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, destina-se a publicar trabalhos originais em Zoologia. A ISZ é distribuída a Instituições congêneres em regime de permuta. Mediante entendimento prévio poderá ser enviada a cientistas e demais interessados. RECOMENDAÇÕES AOS AUTORES 1. Os manuscritos, devem ser encaminhados ao Editor, em três vias, em forma definitiva, datilografados em papel ofício, A4, em espaço duplo redigidos preferencialmente em português, inglês, espanhol ou francês. A correção gramatical é de inteira responsabi- lidade do (s) autor (es). 2. Os manuscritos, sem que possível, devem compreender os seguintes tópicos: Título; Nome (s) do (s) Autor (es); Abstract (em inglês, inclusive o título do trabalho); Keywords (no máximo cinco); Introdução; Material e Métodos; Resultados e/ou Discussão; Conclusões; Agradecimentos e Referências Bibliográficas. A exceção do (s) nome (s) do (s) Autor (es), todos os demais elementos acima devem ser escritos em CAIXA ALTA. 3. Não usar notas de rodapé, exceto as da primeira página que devem conter o endereço completo do (s) autor (es). 4. As referências citadas no texto devem ser feitas no seguinte modo: FONSECA (1987) (FONSECA, 1987), FONSECA (1987:54) OU (FONSECA, 1987:54). Na elaboração das referências bibliográficas estas devem ser dispostas em ordem alfabética e cronológica, segundo as normas da ABNT, salvo o ano da publicação que deve seguir o nome do autor. As abreviaturas dos nomes de periódicos devem obedecer as normas do “World List of Scientific Periodicals”. 1- SANTOS, E. 1952. Da ema ao beija-flor. 2.ed.rev. ampl. Rio de Janeiro, F. Briguiet. 335p. 2 - BERTSCHINGER, R. B. E. & THOMÉ, J. W. 1987. Contribuição à recaracterização de Phyllocaulis soleiformis (Orbigny, 1835) (Gastropoda, Veronicelidae). Revta bras. Zool., São Paulo, 4 (3): 215-33. 5. As ilustrações devem ser feitas preferencialmente a traço, com nanquim, em papel vegetal acompanhadas de escalas. Fotografias e tabelas devem permitir uma redução para um máximo de 11 cm x 17 cm. As ilustrações (desenhos, fotografias, gráficos e mapas) devem ser tratados como figuras e numerados com algarismos arábicos seqiiênciais; devem ser montadas em cartolina branca, proporcionais às dimensões (11 cm x 17 cm) não ultrapassando o dobro, adotado o critério de rigorosa economia de espaço. A Comissão Editorial reserva-se o direito de efetuar alterações na montagem das pranchas ou solicitar nova montagem aos autores. As legendas devem ser datilografadas em folha (s) a parte. Ilustrações a cores devem ser combinadas previamente e seu custo fica a cargo do (s) autor (es). As tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e apresentar título conciso e claras explicações que permitam sua compreensão sem consultas ao texto. As figuras e tabelas não devem ser incluídas no meio do texto e devem estar identificadas no verso. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 153-154, 31 ago. 1992. 154 6. A elaboração da listagem do material examinado deve dispor as localidades do Norte para o Sul e de Leste para Oeste e as siglas das instituições compostas de 4 letras, segundo o modelo abaixo: Ex.: VENEZUELA. Sucre: San Antonio del Golfe, 5%, 08.V.1942, S. Karpinski col., (MNHN, 2547). PANAMA. Chiriqui: Bugaba (Volcan de Chiriqui), 3 0, 32, 24.V1.1901, Champion col. (BMNH, 1901). BRASIL. Goiás: Jataí, (Fazenda Aceiro), 3 É 15.X1.1915, C. Bueno col. (MZSP, 4312); Paraná: Curitiba, 1 2, 10.X11.1925, F. Silveira Col. (MNRJ); Rio Grande do Sul: Viamão, 5%, 17.X1.1943, S. Carvalho col. (MCNZ, 2147). 7. A seleção dos manuscritos far-se-á pela Comissão Redatorial após parecer de no mínimo dois referees. Alterações de pequena monta serão feitas pela própria Comissão. Alterações mais substanciais serão solicitadas aos autores, mediante a devolução dos originais, acompanhados das sugestões. A correção das provas tipográficas será, sempre que possível, de responsabilidade do (s) autor (es). 8. Para cada artigo será fornecido um número fixo de 50 separatas, sem capa. Maria Helena M. Galileo Editora ENDEREÇO PARA PERMUTA (Address for exchange) A Fundação Zoobotânica do RS COMISSÃO REDATORIAL Caixa Postal 1188 Erica H. Buckup 90001 Porto Alegre, RS Karin M. Grosser Brasil Maria E. Lanzer-de -Souza Maria H. M. Galileo IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (72): 153-154, 31 ago. 1992. CONSULTORES CIENTIFICOS e Abel Lavorenti, Departamento de Zootecnia, ESALQ, Piracicaba, SP e Alfredo Langguth, Museu Nacional do Rio de Janeiro, RJ e Alois Schäeffer, “Universitat des Saarlandes, Saarbrüken’’, Alemanha e Ana Maria Setubal Vanin, Instituto Oceanográfico, USP, São Paulo, SP e Angelo B.M. Machado, Departamento de Zoologia, UFMG, Belo Horizonte, MG ® Argentino Bonetto, Centro de Ecologia Aplicada del Litoral, Corrientes, Argentina e Arnaldo C. dos S. Coelho, Museu Nacional do Rio de Janeiro, RJ e Carlos Emílio Benvenuti, Departamento de Biologia-Bentos, Rio Grande, RS e Carlos H. W. Flechtmann, Departamento de Biologia, ESALQ, Piracicaba, SP e Carlos Ribeiro Vilela, Departamento de Biologia, USP, São Paulo, SP e Carmem Lúcia dos Santos Cordeiro, Instituto Butantan, São Paulo, SP e Cecília Volkmer-Ribeiro, Museu de Ciências Naturais, FZB, Porto Alegre, RS e Célio U. Magalhães Filho, INPA, Manaus, AM e Cesar Ades, Instituto de Psicologia, USP, São Paulo, SP e Dalton de Souza Amorim, FFCLRP, Ribeirão Preto e Dante Martins Teixeira, Museu Nacional, Rio de Janeiro, RJ e Diethardt A. Jebram, Instituto de Biociências. PUC-RS. Porto Alegre, RS e Dilma Solange Napp, Departamento de Zoologia, UFPR, Curitiba, PR º Edmundo Ferraz Nonato, Instituto Oceanográfico USP, São Paulo, SP e Eduardo Lobo Alcayage, Faculdades Integradas de Santa Cruz do Sul e Eduardo Bertoletti, CETESB, São Paulo, SP e Edwin O” Neill Willis, Instituto de Biociências, UNESP, Rio Claro, SP e Elenita G. Goldstein, Setor de Ensaios Biológicos, CETESB, São Paulo, SP e Erica Helena Buckup, Museu de Ciências Naturais, FZB, Porto Alegre, RS e Erika Schlenz, Instituto de Biociências, USP, São Paulo, SP e Fernando da Costa Novaes, Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, PA e Francisco M. de Souza Braga, Instituto de Biociências, UNESP, Rio Claro, SP e Gilberto Righi, Instituto de Biociências. USP, São Paulo, SP e Gustavo A. Schmidt de Melo, Museu de Zoologia, USP, São Paulo, SP e Heraldo A. Britski, Museu de Zoologia, USP, São Paulo, SP e Hilda de Souza Lima Mesquita, Instituto Oceanográfico, USP, São Paulo, SP e Janira Martins Costa, Museu Nacional do Rio de Janeiro, RJ e João M.F. Camargo, FFCLRP, Ribeirão Preto, SP º João Oldair Menegheti, Museu de Ciências Naturais, FZB, Porto Alegre, RS e Jocélia Grazia, Inst. de Biociências UFRGS, Porto Alegre, RS e José Albertino Rafael, Coordenação de Pesquisas em Entomologia, INPA, Manaus, AM e José Cândido de Melo Carvalho, Museu Nacional do Rio de Janeiro, RJ e José Felipe R. Amato, Instituto de Biologia, UFRRJ, Sercopédica, RJ e José Henrique Guimarães, Instituto de Ciências Biomédicas, USP, São Paulo, SP e José Lima Figueiredo, Museu de Zoologia, USP, São Paulo, SP e José Luiz Leme, Museu de Zoologia, USP, São Paulo, SP e José Ricardo Cure, Departamento de Biologia, UFViçosa. MG IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 155-156, 31 ago. 1992 e Jose W. Thomé, Instituto de Biociências, PUCRS, Porto Alegre, RS e Julio Cesar Garavello, Departamento de Ciências Biológicas, UFSCar, São Carlos, SP e Liliana Forneris, Instituto de Biociências, USP, São Paulo, SP e Lindolpho Guimarães, Museu de Zoologia, USP, São Paulo, SP e Luiz Carlos B. Ferraz, ESALQ, Piracicaba, SP e Luiz D. Vizotto, Instituto de Biociências, UNESP, Sao José do Rio Preto, SP e Luiz Roberto Tommasi, Instituto Oceanográfico, USP, SP e Maria Beatriz Bohrer, Instituto de Biociências, UFRGS, Porto Alegre, RS e Maria Elena Galiano, Museu de Ciências Naturales “Bernardino Rivadavia”, Buenos Aires, Argentina e Maria Julia da Costa Belém, Museu Nacional do Rio de Janeiro e Marlene Sofia Arcifa, Faculdade de Ciências, USP, Ribeirão Preto, SP e Martin L. Christoffersen, Departamento de Sistemática e Ecologia, UFPB, João Pessoa. PB e Massuka Yamane Narahara, Instituto de Pesca, São Paulo. SP e Miriam Becker, Instituto de Biociências, UFRGS, Porto Alegre, RS e Miguel A. Monné, Museu Nacional do Rio de Janeiro, RI e Mônica Montú, Centro de Biologia Marinha, UFPR, Paranaguá, PR P e Monteserrat Carbonell, Coordinadora Panamericana, Buenos Aires, Argentina e Nilton José Hebling, Instituto de Biociências, UNESP, Rio Claro, SP e Naércio Menezes, Museu de Zoologia, USP, São Paulo e Nelson Papavero, Instituto de Estudos Avançados, USP, São Paulo, SP e Osmar Domaneschi, Instituto de Biociências, USP, São Paulo, SP e Paulo da Cunha Lana, Centro de Biologia Marinha, UFPR, Paranaguá, PR e Pedro A. Federsoni Junior, Instituto Butantan, São Paulo, SP e Pedro Marcos Linardi, Instituto de Ciências Biológicas, UFMG, Belo Horizonte, MG e Petrônio Alves Coelho, Departamento de Oceanografia, UFPE, Joboatão, PE e Plínio Soares Moreira, Instituto Oceanográfico, USP, São Paulo, SP e Reimar Schaden, CNPq, Brasília, DF e Renato C. Marinoni, Departamento de Zoologia, UFPR, Curitiba, PR e Roberto B. Cavalcanti, Departamento de Biologia Animal, UnB, Brasília, DF e Roberto E. dos Reis, Museu de Ciências, PUC-RS. Porto Alegre, RS e Roberto Sassi, Núcleo de Pesquisas de Recursos do Mar UFPB, João Pessoa, PB º Raúl Ugarte Moreno, Universidad de Valparaiso, Chile e Rubens Alves Cunha, Departamento de Matemática e Estatística, UNESP, Rio Claro, SP e Sergio de Almeida Rodrigues, Instituto de Biociências, USP, São Paulo, SP e Sixto Coscarön, Universidad Nacional de La Plata, Argentina. e Sonia Maria Fontes Zuim, UNESP, Jaboticabal, SP e Suzana Sendacz, Instituto de Pesca, São Paulo, SP º Sylvia M. Lucas, Instituto Butantan, São Paulo, SP ® Ubirajara R. Martins de Souza, Museu de Zoologia, USP, São Paulo, SP ® Victor Py-Daniel, Coordenação de Pesquisas em Entomologia, INPA, Manaus, AM e Walter Narchi, Instituto de Biociências, USP, São Paulo. SP º Walter R. Terra, Instituto de Química, USP, São Paulo, SP e Werner Bokermann, Fundação Parque Zoológico de São Paulo, SP e Wladimir Lobato Paraense, Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (72): 155-156, 31 ago. 1992 Pallotti ( Av. Plinio Brasil Milano, 2145 Fone 341-0455 - P Alegre - RS Ei a } ] NA Mo 5 Ka E E . v Bas SOC ne BL ISSN 0073-472] heringia. Série Zoologia CUARTAS E. I. Algunas Demospongiae (Porifera) de Mar del Plata, Argentina con descripciön de Axociella marplatensis, sp.n. .....senieeemim caneco cneessteaierereenaes QUINTANA, R.D.; BÓ, R.F.; MERLER, J.A.; MINOTTI, P.G. & MALVÁREZ, AL Situación y uso de la fauna silvestre en la región del Bajo Delta del Río Paraná, Argentina. BATTISTONI, P.A. Cinco especies del género Notholca Gosse, 1886 (Rotatoria) de la En Reais Sci to RARA Do Rà Ev PDR SR PR runden nn ACUNA, F.H. & ZAMPONI, M.O. Pennatulacea (Cnidaria: Octocorallia) de la regiön BO RE E o oi O COPIE PAPAS ET SER SI MARQUES, M.A.L. & BUCKUP, E.H. Aranhas Theridiidae da Ilha de Maracá, Roraima, BEER GEN KIEREIO HE RYERDIERS CATINCRÉN. sis. .ssrnris ernennen anne dens ns ccmrecetemav ssa ssaoratória rea GALILEO, M.H.M. & MARTINS, U.R. Novos longicórneos do Paraguai (Coleoptera, Cs PER ERES CND RES PRE ARS VIEIRA, M.F.; MATTOS, G.T. de & CARVALHO-OKANO, R.M. de Mabea fistulifera (Euphorbiaceae) na alimentação de aves na região de Viçosa, Minas Gerais, Brasil......... VEITENHEIMER-MENDES, I.L. eral. Moluscos (Gastropoda e Bivalvia) ocorrentes nas nascentes do rio Gravataí, no Rio Grande do Sul, Brasil. ......... essere BURGER, M.I. Ciclo reprodutivo de machos de uma população de Nothura maculosa Temminck, 1815 (Aves, Tinamidae) no Rio Grande do Sul, Brasil... THOME J.W. Veronicellidae (Mollusca; Gastropoda) pantropicais: II. Redescrição de cinco espécies com base em tipos e recaracterização de três espécies de Semperula Grimpe een tens ern BONALDO A.B. Novas sinonimias no gênero Teminius Keyserling, 1887 (Araneae, TE 0 Qui; 2 Sei Sri o qe Sopa cativante ee srta sairia NOTA CIENTÍFICA AMARAL, F.D. Sobre Favia leptophylla Verril, 1868 (Cnidaria, Scleractinia)............... FIGUEROA, D.E; ASTARLOA, J.M.D. de; COUSSEAU, M.B. Sobre la presencia de Fistularia petimba Lacépêde, 1803 (Osteichthyes, Fistulariidae) en el litoral bonaerense.... Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul VA Publicado com o auxílio da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS) Proc. nº 91.00149.8. Japergs p3 p.13 p.59 p.65 p.69 p.77 p.91 p-113 p-117 p.119 MUSEU DE CIENCIAS NATURAIS örgäo da NE FUNDACAO ZOOBOTÄNICA DO RIO GRANDE DO SUL Entidade de direito privado, Instituída pela Lei Estadual nº 6.497 de ZOOBOTÂNICA 20/12/72 (Supervisionada pela Secretaria de Estado da Agricultura). Governador do Estado Alceu Collares Secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento Carlos Cardinal de Oliveira Presidente da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul José Willibaldo Thomé Diretor Superintendente Gilberto Carvalho Ferraz Diretor Executivo do Museu de Ciências Naturais Christina Teixeira Guimarães Gresele Editor responsável: Maria Helena Maimeri Galileo Comissão redatorial: Erica H. Buckup, Karin Martha Grosser, Maria Elizabeth Lanzer-de-Souza, Maria Helena Mainieri Galileo Assistentes técnicos: Maria Helena Bopp Müller, Luciano de A. Moura Assessores científicos do número: 119-120 BL ISSN 0073-4721 lheringia Série Zoologia A revista IHERINGIA, Ser. Zool. é editada pelo Museu de Ciências Naturais, órgão da Fundação Zoobotänica do Rio Grande do Sul, entidade de direito privado, instituída pela Lei Estadual nº 6.497, de 20.12.1972, supervisionada pela Secretaria de Estado da Agricultura e destina-se à divulgação de trabalhos científicos originais, inéditos, mantendo seções destinadas a notas prévias, resenhas bibliográficas e notícias de interesse resultantes de pesquisa em Zoologia. Este número foi editado e impresso na gráfica Pallotti em outubro der1992 Tiragem 600 exemplares. Endereço para doações, permutas e correspondência: Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Editoração, Cx. Postal 1188, CEP 90001-970 Porto Alegre, RS, BRASIL. Tel. (051) 3361511; Fax (051) 3361778. Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores. É permitida a reprodução total ou parcial dos artigos da Revista, desde que seja citada a fonte. Iheringia. Ser. Zoologia. v.1. 1957 - Porto Alegre, RS - Brasil, Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do RS, 1957 - Semestral ISSN 0073-4721 1. Zoologia-Periödicos-Brasil 2. Trabalhos científicos-Zoologia-Brasil. I Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul CDU 59 (05) Artigos publicados em Iheringia são indexados por: Abstracts of Entomology, Apicultural Abstracts, Bioresearch Index, Biological Abstracts, Centre International de Documentation Arachnologique, Entomological Abstracts, The Zoological Record. ALGUNAS DEMOSPONGIAE (PORIFERA) DE MAR DEL PLATA, ARGEN- TINA CON DESCRIPCION DE AXOCIELLA MARPLATENSIS, SP.N. Elena I. Cuartas! ABSTRACT SOME DEMOSPONGIAE (PORIFERA) FROM MAR DEL PLATA, ARGENTINA WITH DESCRIPTION OF AXOCIELLA MARPLATENSIS, SP.N. Some Demospongiae (Porifera) from Mar del Plata (Argentina) coast are identified: Tedania massa Ridley & Dendy, 1886; Haliclona cf. delicata (Sara, 1978): Callyspongia ramosa (Gray, 1843): Callyspongia pergamentacea (Ridley, 1881). Axociellamarplatensis sp. n. is described. KEYWORDS: Axociella, Demospongiae, Mar del Plata, Argentina, descriptions INTRODUCCIÓN Los antecedentes bibliográficos sobre poríferos del litoral atlántico argentino se limitan a las referencias que hacen RIDLEY & DENDY (1887), BURTON (1940) y SARA (1978) de material que procede de colectas realizadas desde la desembocadura del Río de La Plata hasta las costas de Tierra del Fuego. MOTHES-DE-MORAES & PAULS (1979) citan Tedania massa Ridley & Dendy, 1886 y Suberites caminatus Ridley & Dendy, 1886 para la primera de las áreas citadas. CUARTAS (1991) presentó una lista de las especies mencionadas hasta el momento para Mar del Plata. El objetivo de este trabajo es continuar con la identificación taxonómica de Demospongiae del intercotidal marplatense, y de esta forma contribuir al conocimiento biogeográfico del phylum en el Atlántico Sur. MATERIAL Y MÉTODOS El material estudiado procede de los 38º 05'S, 57º 32 W, colectado en zona rocosa y en resaca de playa de Punta Mogotes (PM), Playa Waikiki (PW) y Playa Popular (PP). ) Los especímenes se trataron de acuerdo a la metodologia propuesta por RUBIO (1974) y DESQUEYROUX (1972), la determinación se realizó según LEVI (1973) con las modificaciones sugeridas por SOEST (1980). 1. Universidad Nacional de Mar del Plata, Departamento de Biología, Funes 3250, 7600 Mar del Plata, ARGENTINA IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 3-12, 26 out. 1992. 4 CUARTAS El material se deposita en el Laboratorio de Bioecología de Invertebrados Marinos (LBIM) de la Universidad Nacional de Mar del Plata, con la numeración y procedencia correspondiente a cada ejemplar. Salvo que se indique taxativamente otro valor, las barras representan 100 um en los dibujos y 1 cm en las fotografias. RESULTADOS POECILOSCLERIDA, MYXILLIDAE Tedania massa Ridley & Dendy, 1886 (Figs. 1-3,15) Tedania massa RIDLEY & DENDY, 1886: 335; 1887:53; BURTON, 1932:303; 1940:106; MOTHES-DE-MORAES & PAULS, 1979:57-66. Material examinado: ARGENTINA. Mar dei Plata: playa Punta Mogotes (38º 05' S-57° 32 W), 1 ejemplar, I. 1990, Genzano col. (LBIM-PM3). Descripción: Ejemplar gioboso de 3,3 cm de largo por 2cm de ancho y 1,2 cm de altura con abundantes epibiosis de pólipos hidrozoos. La superficie es irregular debido al desprendimiento de la membrana dérmica, y se observan ósculos de 1,0 a 1,3 mm de diámetro. La membrana dérmica, muy frágil, solo es visible en algunos sectores en los que el aspecto superficial se torna liso con zonas levemente híspidas. Consistencia del material frágil y blanda y el color es blanco crema después de la fijación y blanco amarillento en vivo. El esqueleto ectosömico está formado por tornotes que se disponen horizontalmen- te e incluídos en la membrana dérmica. También se observan manojos o abanicos dispuestos tangencial o verticalmente y que erizan la superficie al atravesar la membrana dérmica. El esqueleto coanosómico está formado por una red irregular de haces pauciespiculares de estilos, los haces tienen un diámetro de 25 a 30 um, y se extienden desde la base de la esponja hacia la superficie donde se intercalan con el inicio del esqueleto ectosómico. Las rafides se intercalan en todo el esqueleto, libres o en haces, se los observa especialmente en la zona de contacto entre el ecto y el endoesqueleto. Escleras: estilos lisos y robustos, rectos o levemente curvos con cabeza redondeada y ápice terminando abruptamente, longitud 150-190 um, diámetro 5-7um. Tornotes rectos y delgados, con ambos extremos romos e espatulados, longitud 150-170 um, diámetro 2,5-3,5 um. Rafides espinosos, rectos, con un extremo romo y ápice aguzado, longitud 130-170 um. Comentários: El espécimen estudiado tiene la disposiciön y tipo espicular coinci- dente con lo descripto por RIDLEY & DENDY (1887:54), para material del H.M.S. Challenger, aunque hay una predominancia marcada de tornotes espatulados y no se observan espinas en sus extremos. La longitud de las espículas es sensiblemente menor a la descripción mencionada pero semejante a los ejemplares atribuídos a la misma especie por BURTON (1940) y depositados bajo el Nº 16248 en el Museo Argentino de Ciencias Naturales “Bernardino Rivadavia”. T. massa ha sido citada para Mar del Plata por BURTON (1940) para una profundidad de 90 m, y por CUARTAS (en prensa) de IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 3-12, 26 out. 1992. Algunas Demospongiae (Porifera)... 5 material proveniente de los 80m de profundidad; MOTHES-DE-MORAES & PAULS (1979) lo mencionam para los 36° 44' S 53° 08' W, como localidad mäs austral en su trabajo a una profundid de 144m. Este hallazgo en el infra-litoral rocoso amplia su distribuciön batimétrica. Distribuciön geográfica: Océano Indico (Australia); Océano Atläntico Sur desde Uruguay hasta el Estrecho de Magallanes, islas Malvinas; Océano Antártico. POECILOSCLERIDA, CLATHRIIDAE Axociella marplatensis, sp.n. (Figs. 4-8, 16) Material tipo: ARGENTINA. Mar del Plata: playa Punta Mogotes, (38º 05'S-57º 32W), 1 ejemplar, HOLOTIPO, I. 1990, (LBIM-PMS); Playa Waikiki, afloramiento rocoso, 1 ejemplar, III. 1990, Genzano col. (LBIM-PW4) Descripción: Holotipo, 4cm de altura con ramas coalescentes que surgen de un pedicelo corto. Color blanco crema después de la fijación, extremos de las ramificaciones incrustados con arena. El aspecto de la esponja es erecto y ramificado creciendo a partir de un pedúnculo fibroso y chato de 1,5 cm de diámetro por 0,5 cm de altura, las ramas son ovales y se bifurcan y coalescen formando secundariamente una estructura de “canasta”, los extremos libres de las mismas se incrustan de arena y adquieren color oscuro. Textura firme e híspida, en la superficie, estilos largos y subtilostilos sobresalen tres cuartos de su longitud. Esqueleto coanosómico formado por unared de esponjina de estructura subtriangular, las fibras de más de 100 um de diámetro tienen eje espicular de tres a cuatro estilos, las menores de 40 um de diámetro son uniespiculares (fig. 4), la estructura se mantiene regular desde el interior a la perifería. Toxas de morfologia diversa se intercalan con los estilos principales y se observan también libres en el estroma, aisladas o en fascículos. El esqueleto ectosómico lo forman abanicos de dos a cinco espículas (estilos y subtilostilos) que se relacionan con las fibras coanosómicas, es a este nivel donde se observa la inclusión de granos de arena. Tilostilos aislados se disponen en la base de los abanicos conformando la base inferior del ectosoma. Escleras: estilos rectos o levemente curvos, siempre lisos y con el ápice de terminación abrupta: longitud 270 - 590 um, diámetro de 10-18 um. Tilostilos rectos, largos y de aspecto delicado, longitud 400-600 um, diámetro 2-5 um. Toxas (a) largas, finas con y sin flexión central: longitud 560-1000 um; (b) algo más cortas que las anteriores y siempre con flexión central: longitud 235-400 um; (c) largas, rectas y lisas que atraviesan la estructura coanosómica con una longitud de 1,4-1,1 mm, diámetro 1-1, 3um. Isoquelas palmadas (escasas): longitud 20-22 um. Comentarios: En opinion de BERGQUIST & FROMONT (1988), han sido descriptas pocas especies de Axociella Hallman, 1920 para el Hemisferio Sur; las mismas presentan diferencias notables con los ejemplares estudiados en esta oportunidad. Axociella cylindrica (Ridley & Dendy, 1886), posee toxas cortas y tenues ausentes en A. marplatensis sp.n.; A. nervosa Lévi, 1963 presenta tres tamanos de isoquelas y A. flabellata (Topsent, 1916) tiene toxas con extremos espinados. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 3-12, 26 out. 1992. 6 CUARTAS A. macrotoxa, A. toxitenuis y A. multitoxaformis creadas por BERGQUIST & FROMONT (1988) para Nueva Zelandia tienen caracteres distintivos netos con A. marplatensis, sp.n.. Lamäs semejante A. multitoxaformis, que posee variado tipo de toxas, difiere fundamentalmente por su consistencia compresible y la presencia de ósculos agrupados en la superficie, además, las dimenciones espiculares son notablemente menores que en esta nueva especie. A. nidificata (Kirpatrick, 1908) ha sido mencionada para la región antártica (DESQUEYROUX, 1975; KOLTUM, 1976). Si bien por las ramas coalescentes que forman secundariamente una estructura compacta se asemejan externamente a 4. marplatensis, sp. n., se diferencia por la ausencia de isoquelas en la primera así como por la espinación de la cabeza de los estilos. No existe referencia anterior al género en el litoral atlántico argentino. Epíteto específico. A. marplatensis hace referencia a la zona de hallazgo del material. HAPLOSCLERIDA, HALICLONIDAE Haliclona cf. delicata (Sara, 1978) (Fig. 19) Reniera delicata SARA, 1978:85; Haliclona cf. delicata URIZ, 1988:98 Material examinado: ARGENTINA: Mar del Plata (38º 05'S-57º 32 W), Playa Waikiki, infralitoral rocoso, varios fragmentos, I. 1990, Genzano col., (LBIM-PW]). Descripción: Fragmento en forma de dedo de 2cm de largo por 1,5 de espesor con mamelones en un extremo de 4mm de altura. Color en vivo castano claro y blanco crema después de la fijación. Consitencia compresible y frágil. En el ápice de los mamelones se observan ósculos de 0,5 mm de diámetro, superficie lisa. Esqueleto coanosómico: Malla isodictial de oxeas dispuestas uni ó biserialmente, esponjina escasa limitada a los ángulos de unión. Esqueleto ectosómico: malla isodictial regular, uniespicular, no se observan restos de membrana dérmica. Escleras: Oxeas regulares, longitud 98-110 um, diámetro 4-11 pm. Comentarios: Tanto la disposición esquelética como el aspecto de los ejemplares estudiados coincide con la definición del género Haliclona dada por SOEST (1980:6), es por esto que se adopta en este trabajo la nomenclatura propuesta por URIZ (1988). Distribución: Atlântico Sur: Namibia, Tierra del Fuego. HAPLOSCLERIDA, CALLYSPONGIDAE Callyspongia ramosa (Gray, 1843) (Figs. 9-12, 18) Spongia ramosa GRAY, 1843:295; Callyspongia ramosa; BURTON, 1934:604; BERGQUIST & WARNE, 1980:30 Material examinado: ARGENTINA. Mar del Plata: Punta Mogotes, 2 ejemplares, 1. 1990, uno ramoso (LBIM-PM5b) y otro flabelado (LBIM-PW6); Playa Waikiki, 21-IV- 90, varios ejemplares ramosos (LBIM-PW7); Playa Popular, 24-VIII-90, dos ejemplares IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 3-12, 26 out. 1992. Algunas Demospongiae (Porifera)... 7 ramosos (LBIM-PP1), un ejemplar flabelado, resaca 6-XTII-89, (LBIM-PP2). Descripciön: Esponja erecta de ramas cilindrincas de uno a dos centimetros de diämetro, otras ramas son flabeladas de 3 a4 cm de ancho por 0,5 cm de espesor; la estructura surge siempre de una base de adhesión masiva de tamano y espesor variable. La superficie está parcialmente cubierta por una membrana lisa y resistente que falta en las zonas más cercanas al sustrato. El color es castafio oscuro en el material conservado y con abundantes incrustaciones de restos de Coralina officinalis Linné, 1761, consistencia fibrosa y compresible que puede variar a rígida por la presencia de arena en los espacios de la trama esquelética. Esqueleto coanosómico conformado por una red laxa de malla subcuadrada con espacios que miden entre 180-400 um. Las fibras primarias (Fl) miden 40-80 um de diámetro con eje de espículas en forma de paquete o de disposición plumosa. Estas fibras se disponen perpendiculares a la superficie llegando a la base misma del esqueleto superficial. Las fibras secundarias (F2), transversales a las anteriores tienen entre 20-40 um de diámetro y el eje puede ser uni ó bi espicular continuo ó con espículas aisladas. El esqueleto superficial es sostenido por las Fl coanosómicas que se dividen al llegar ala perifería y conforman las Fl ectosómicas de 20-55 um de diámetro con eje uniespicular aislado o aespiculares. Estas Fl determinan mallas subcuadradas de 130-160 um de abertura que contiene en su interior una malla más pequena con espacios de 40 um limitados por F2 de 7 a 10 um de diámetro aespiculares o uniespiculares. Escleras: Oxeas con ápices aguzados ó abruptos, estas últimas con aspecto de oxeotes, longitud 75-100 um, espesor 3,5-4 um. Comentario: C. ramosa es una de las especies más abundantes en las colectas del infralitoral y de resaca de playa, siendo encontrada a todo lo largo del litoral marplatense. La distribución batimétrica conocida va desde los 4 a los 92 m. El material colectado “im situ”, procede del infralitoral superior que se descubre con las mareas ecepcionales. Distribución: Oceano Indico: Nueva Zelandia, Australia, isla Mauricio. Callyspongia pergamentacea (Ridley, 1881) (Figs. 13,14, 17) Cladochalina armigera var. pergamentacea RIDLEY, 1881: 112. Callyspongia pergamentacea; BURTON, 1940:100. Material examinado: ARGENTINA. Mar del Plata: Playa Punta Mogotes, (38º 05'S, 57º 32'W); I. 1990, un ejemplar. Descripción: Porción de esponja con aspecto masivo del que surgen prolongaciones tortuosas en forma de ramas que coalescen, no se observan tubos ni digitaciones, el fragmento mide 6 por 6,4 cm de superficie por 2 cm de espesor. La textura es áspera y no se observan restos de la membrana dérmica, las aberturas cloacales a nivel dejan ver en su interior un amplio atrio donde desembocan 3 a 5 canales exhalantes, no se observan ósculos simples. Color castafio oscuro, consistencia fibrosa, compresible y elástica. Esqueleto coanosómico, densa red de mala cuadrada, las fibras primarias (Fl) con eje de 5 a 7 espículas miden entre 30-50 um de diámetro y las secundarias (F2) bi-o IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 3-12, 26 out. 1992. g CUARTAS monoespiculadas no superan los 20 um. Los espacios de la malla van de 70a 160 um cerca de la superficie sin presentar modificaciones, los espacios de la trama se ven ocupados por arena y detritos. El esqueleto superficial no presenta variaciones con respecto al ectosómico, de estructura cuadrangular con espacios algo menores y de disposiciön tangencial. Las Fl coanosömicas protruyen en la superficie originando pequefas conulaciones, no se observan espículas erizantes. Escleras: Oxeas con äpices aguzados, longitud 95-105 pm, diämetro 6-10 um. Comentarios: La menciön anterior de esta especie para Mar del Plata fué hecha por BURTON (1940), de material procedente de 15 m de profundidad e identificado bajo el nº 19.199 en la colecciön del Museo Argentino de Ciencias Naturales “Bernardino Rivadavia”, muestra que ha servido bäsicamente para su determinaciön. Con respecto a la descripciön original (RIDLEY, 1881), coincide en la conformaciön del esqueleto coanosómico, la formaciön del esqueleto ectosömico a partir de las Fl del anterior y la presencia de un eje espicular de 5 oxeas. La presencia de un eje pauciespicular y de una estrutuctura densa en el esqueleto separa esta especie de las Callyspongia citadas hasta el momento para las costas atlänticas argentinas, C. fortis (Ridley, 1881), C. flabellata Burton, 1932 y C. fusifera (Thiele, 1905). Distribuciön: Oceano Atläntico: Banco Hotspur frente a la costa brasileira, Mar del Plata (Argentina). REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS BERGQUIST, P.R. & WARNE, K.P. 1980. The Marine Fauna of New Zealand: (Porifera, Demospongiae), Pt. 3 (Haplosclerida and Nepheliospongida). Mem. N. Z. Oceanogr. Inst. New Zealand, 87: 1-77. BERGQUIST, P.R. & FROMONT, P.J. 1988. The Marine Fauna of New Zealand: (Porifera, Demospongiae), Pt. 4 (Poecilosclerida). Mem. N.Z. Oceanogr. Inst. New. Zealand 96: 1- 197 BURTON, M. 1932. Sponges. Discovery Rep . Cambridge 6: 237-392 —— . 1934. Sponges. Further zool. Results Swed. Antarct. Exped., Stockolm, 3 (2): 1-58. —. 1940 Las Esponjas Marinas del Museo Argentino de Ciencias Naturales. Pt. 1. An. Mus. Argent. Cienc. nat., Buenos Aires, 40: 95-121 CUARTAS, E.l. 1991. Demospongiae (Porifera) de Mar del Plata (Argentina), con la descripción de Cliona lisa sp.n. y Plicatellopsis reptans sp.n. Neritica, Curitiba, 6 (1-2): 43-63. ——. Poriferos de la Provincia Biogeogräfica Argentina. III. Poecilosclerida (Demospongiae), del litoral marplatense. Physis, Buenos Aires, 114 (em prensa) DESQUEYROUX, R. 1972. Demospongiae (Porifera) de la costa de Chile. Gayana, Concepción 20: 1-56 —— . 1975. Esponjas (Porifera) de la región antártica chilena. Cah. Biol. mar. Roscoff, 16 (1): 47-82. GRAY, J.E. 1843. Additional radiated animals and annelides. In: E. DIEFFENBACH. Travels in New Zealand, with contributions to the geology, botany and natural history of that country. John Murray: London. v. 2. KOLTUM, V. M. 1976. Porifera. Part I. Antartic sponges. Rep. B.A.N.Z. antarct. Res. . Exped., Ser. B., Adelaide, 9 (4): 151-98. LEVI, C. 1973. Systematique de la classe Demospongiaria (Demosponges). In: GRASSE, P.P. Traité de Zoologie. París, Masson. v.3, fasc. 1, p. 577-631 IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 3-12, 26 out. 1992. Algunas Demospongiae (Porifera)... 9 MOTHES-DE-MORAES, B. & PAULS, S. 1979. Algumas esponjas monaxonidas (Porifera: Demospongiae) do litoral sul do Brasil, Uruguay e Argentina. Iheringia. Ser. Zool., Porto Alegre (54): 57-66. RIDLEY, S.O. 1881. Account of the Zoological Collection made during the survey of H.M.S. Alert in the Strait of Magellan and Coast Patagonia. Spongida. Proc. zool. Soc. Lond., London, 1881: 107-37. RIDLEY, S.O. & DENDY, A. 1886. Preliminary report on the Monaxonida collected by H.M.S. Challenger. Ann. Mag. nat. Hist., London 5 (18): 325-51, 470-93. —— . 1887. Report on the Monaxonida. In: THE VOYAGE OF H.M.S. CHALLENGER DURING OF THE YEARS 1873-76. Rep. Sci. Results London, H.M.S. Government. v. 20 p-1-275. RUBIÖ, M. 1974. Recolecciön y primera descripción de esponjas. Inv. y Ciencia, Barcelona, 5-6 (3): 37-48. SARÄ,M. 1978. Demospongie di acque superficiali della Terra del Fuoco. Boll. Musei. Ist. biol. Univ. Génova, Génova 46: 7-117. SOEST, R.M. van. 1980. Marine Sponges from Curaçao and other Caribean localities. Part. II Haplosclerida. Stud. Fauna Curacao, The Hague, 62: 1-132 URIZ, M.J. 1988. Deep-water sponges from the continental shelf and slope off Namibia (Southwest-Africa): Classes Hexactinellida and Demospongia. Monogr. Zool. Marina, Barcelona, 3:9-157. Recebido em 8.X1.1990; aceito em 29.1V.1991. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 3-12, 26 out. 1992. 10 CUARTAS „oz, E [6] (6) = [0 6) Figs. 1-8. Tedania massa Ridley & Dendy, 1886: 1. estilo; 2. tornote 3. rafide. Axociella marplatensis sp. n.; 4. estructura del esqueleto; 5. isoquela; 6. toxas en sus tres tipos; 7. tilostilos; 8. estilo. (Figs. 6-8 misma escala; barra= 100 um) IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 3-12, 26 out. 1992. Algunas Demospongiae (Porifera)... Figs. 9-14. Callyspongia ramosa (Gray, 1843): 9. esqueleto coanosömico; 10. esqueleto ectosómico. 11. oxea de puntas romas; 12. oxeas de punta aguzada. Callyspongia pergamentacea (Ridley, 1881): 13. esqueleto coasómico; 14 oxea. (barra = 100 um) IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 3-12, 26 out. 1992. õ CUARTAS Figs. 15-19. 15. Tedania massa Ridley & Dendy, 1886, vista dorsal; 16. Axociella marplatensis, sp. n., aspecto general; 17. Callyspongia pergamentacea (Ridley, 1881) vista general del fragmento; 18. C. ramosa (Gray, 1843), aspecto de un ejemplar ramoso; 19. Haliclona cf. delicata (Sara, 1978) vista general dorsal, en uno de los extremos se observan los mamelones. (barra=lcm) IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 3-12, 26 out. 1992. SITUACION Y USO DE LA FAUNA SILVESTRE EN LA REGION DEL BAJO DELTA DEL RIO PARANA, ARGENTINA R. D. Quintana! R. F. Bo '? J. A. Merler ! P. G. Minotti ! A. 1. Malvárez ! ABSTRACT USE AND SITUATION OF WILDLIFE IN THE LOWER DELTA OF THE PARANA RIVER, ARGENTINA. Presently, the Paraná River Delta is an economically depressed region, being fish and wildlife the basis of the income of its habitants. Vertebrate species related to their present population status and the different kinds of uses are presented. Mammals and fishes are the most affected groups and their utilization is concentrated on rather few species (Myocastor coypus, Hydrochaeris hydrochaeris, Prochilodus platensis and Pseudoplatystoma sp.). Nearly 100% of the threatened or endangered species are being used or have been subjected to some kind of use that has lead them to that status (Lontra longicaudis, Blastocerus dichotomus). Human pressure in combination with recent extraordinary floods, have set most species in a delicate state, needing the implementation of management actions in order to prevent the faunal deterioration. KEYWORDS: Wildlife, Biodiversity, use and conservation, wetlands, Parana River Delta. INTRODUCCION En Latinoamérica, los factores que desde los últimos afios ejercen mayor impacto sobre la fauna silvestre son: la destrucción y degradación de hábitats y la caza en sus diferentes aspectos, comercial, deportiva y de supervivencia. Sin embargo, la caza de subsistencia provee la principal fuente adicional de proteínas e ingresos para millones de pobladores rurales, en las cada vez más extensas y abundantes áreas economicamente deprimidas de nuestro continente (OJASTI et al, 1983; QUINTANA et al., 1988). Esta situación plantea un problema ambiguo, ya que, por una parte, muchas personas dependen para su supervivencia de la utilización del recurso fauna como extracción de carne de monte y pesca, pero, por la otra, un gran número de especies se encuentran muy afectadas por esta actividad, estableciéndose así una situación de conflicto entre conservación de vida silvestre y subsistencia de grupos humanos locales. En muchos casos, este hecho agrava aún más la situación de especies que se encuentran en retroceso o peligro de 1. Grupo de Estudios Sobre Ecologia Regional, Facultad de Ciencias Exactas y Naturales (UBA). Ciudad Universitaria, Pabellón II. Dpto. de Biologia, Lab. 57. (1428) Buenos Aires, Argentina. 2. Comisión de Investigaciones Científicas de la Provincia de Buenos Aires (CIC). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 13 - 33, 26 out. 1992. 14 QUINTANA et al. extinciön. Tal es el caso de Podocnemis expansa (Chelonia, Pelomedusidae) (SOINI, 1980), Alouatta paliatta (Primates, Cebidae) (PULIDO & YOCKTENG, 1986), Agouti paca (Rodentia, Dasyproctidae), Hydrochaeris hydrochaeris (Rodentia, Hydrochaeridae), (HELTNE et al., 1980) y Pauxi pauxi (Galliformes, Cracidae) (Strahl, com. pers.), entre otras. Por consiguiente, resulta importante conocer los patrones de uso de la fauna silvestre por la población local y detectar los efectos que estos causan sobre las especies principal- mente afectadas, con el fin de delinear pautas para su manejo y conservación. Dentro de este orden de ideas, la región del Delta del Río Paraná presenta características propias que evidencian esta problemática. En el área existe una notable carencia de información en cuanto a la relación hombre-ambiente-fauna, por lo que se hace necesario arribar a un mayor conocimiento sobre los componentes faunísticos de la misma, su estado actual y grado de utilización, para evaluar la situación y potencialidad de este recurso. El objetivo del presente trabajo fue realizar un estudio exploratorio sobre el uso pasado y actual de la fauna del Bajo Delta del Río Paraná, su situación, consecuencia de éste y otros factores, y la importancia de la misma para el poblador local. MATERIALES Y METODOS Area de estudio. La región del Delta del Río Paraná constituye la porción terminal de la Cuenca del Plata. Se extiende entre los 33º 36' y 34º 26' S y entre los 58º 00 y 59º 30" O, con una superficie aproximada de 17000 km2 (INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA AGROPECUARIA, 1973) (fig. 1). El paisaje regional se caracteriza por una gran variedad de ambientes en los que predominan bajos inundables, lagunas y barras litorales, resultado de antiguas ingresiones y regresiones marinas (MALVAREZ, 1987; IRIONDO & ALTAMIRANO, 1988). Actualmente, sólo su porción más austral, el Bajo Delta (280000 ha), tiene una morfologia típicamente deltaica ya que se encuentra sujeta a procesos activos de formación de islas por deposición de enormes cantidades de sedimentos transportados por el río Paraná. Las islas del Bajo Delta presentan un perfil tipo cubeta con una zona perimetral alta o albardón donde originalmente se ubicaba el bosque de ribera o “monte blanco”, actualmente reemplazado por plantaciones de salicáceas. La porción interior, el 80% de la superficie de la isla, constituye una zona baja e inundable en la que predominan bafiados, pajonales y juncales, de distinto tipo (KANDUS & ADAMOLI, 1990). El régimen hidrológico es complejo: está determinado por inundaciones periódicas de distinto origen principalmente por acción de los ríos Paraná y de la Plata, las que, en ocasiones, provocan graves problemas por su intensidad y la prolongada permanencia de las aguas. El clima es templado cálido con temperatura media anual de 16,7ºC, precipitación anual de 1073 mm y humedad relativa del 79% (SERVICIO METEOROLOGICO NACIONAL, 1972). Esta última, sumada a la presencia de numerosos cuerpos y cursos de agua, contribuye en forma importante a disminuir la amplitud térmica. Desde el punto de vista biogeográfico, la región es considerada una ingresión subtropical en el distrito pampeano. Esto determina la coexistencia de especies propias de ambas zonas, dando al área un perfil diferencial característico (RINGUELET, 1961). La riqueza de vertebrados del Bajo Delta fue estimada en 411 especies: 34 de mamíferos, 26 de anfíbios, 34 de reptiles, 262 de aves y 55 de peces (QUINTANA et al., 1988; MINOTTI, 1988). Para muchas de ellas, la región constituye el límite austral de distribución. Con respecto a las actividades humanas, la forestación representa la principal actividad económica, ocupando aproximadamente 20% del área (LATINOCONSULT ARGENTINA, 1972). El turismo y las actividades recreativas se encuentran concentradas en las áreas cercanas a los centros urbanos, por lo que se IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 13 - 33, 26 out. 1992. Situaciön y uso de la fauna silvestre... 15 consideran poco desarrolladas a nivel regional. Sin embargo, la población local es escasa ya que desde 1960 viene produciéndose en la región un fenómeno de despoblamiento debido principalmente a la falta de recursos, escasos planes de desarrollo, bajo precio pagado por los productos obtenidos en la región y por problemas ocasionados por las inundaciones extraordinarias (VALLI, 1990). A fin de obtener información sobre presencia y situación de las especies de vertebrados locales y aspectos históricos relacionados con la utilización de las mismas, se realizó una exhaustiva revisión bibliográfica. Estos datos se confirmaron, completaron y actualizaron mediante la realización de entrevistas no estructuradas a informantes clave, pobladores con más de 20 afios de residencia en la zona, utilizándose la técnica denominada “bola de nieve” (GALTUNG, 1966). El diseno de estas entrevistas se basó en aspectos tales como datos generales del sitio visitado y del poblador, especies utilizadas y su situación, modalidades de uso y grado de explotación (tabla I). Si bien estas entrevistas se basaron en un disefio tipo, fueron realizadas en el contexto de una charla informal, evitando inducir las respuestas, utilizando un idioma corriente y de baja complejidad. Las preguntas, en general, fueron simples a fin de maximizar la cantidad de información obtenida y minimizar la dificultad de respuesta por parte de los entrevistados (CANNEL et al., 1977; FILION, 1976; INDERENA, 1988). Las preguntas fueron planteadas en función de su relevancia respecto al objetivo de estudio. Se realizaron 60 entrevistas en 20 sitios, con un promedio de 3 por sitio, distribuídas en toda el área, cubriendo distintas situaciones ambientales, tanto naturales como de intervención humana, desde junio de 1987 hasta diciembre de 1988. La elección de los mismos estuvo determinada, fundamentalmente, por su accesibilidad (fig. 1). Asimismo, se realizaron 30 entrevistas (tabla II) a cazadores y pescadores deportivos a fin de relevar información sobre aquellas especies afectadas por estas actividades. Para corroborar la presencia de gran parte de las especies se realizaron en cada sitio visitado recorridas por diferentes ambientes, efectuándose observaciones directas de animales, reconocimiento de signos (fecas, huellas, senderos, nidos, cuevas) y otras evidencias como pieles, cueros, cráneos, plumas, encontradas en el campo o en posesión de pobladores. Para el caso particular de los peces, se realizaron muestreos con redes de tipo copos, red de tres mallas y trasmallos. La sistematización de la información obtenida se llevö a cabo considerando los seguientes criterios: caza o pesca comercial real (CCR), toda especie que sufre en la actualidad extracción comercial en el Delta; caza o pesca comercial potencial (CCP), toda especie con valor comercial en el país, pero de extracción nula en la zona debido a escaso interés y/o falta de consumo local, prohibición de su comercializaciön y/o bajo número poblacional (por causa de un uso intensivo pasado y/o destrucciön de habitat por causas naturales y/ o antrópicas) que torna improductiva dicha actividad; caza o pesca deportiva real (CDR), especies de interés para la caza y pesca deportiva en la zona; caza o pesca deportiva potencial (CDP), especies con valor deportivo (caza y pesca) en el país pero de dudoso o nulo interés en la zona; caza o pesca de subsistencia (CS), especies utilizadas por la población local para uso doméstico; especies de uso efectivo (EUE), las mencionadas por más del 20% de los entrevistados para alguno de los usos considerados (en estos casos se cuantificó la intensidad de uso para CCR, CDR y CS en alto (A), medio (M) y bajo (B), siguiendo un criterio de mayoría absoluta de las respuestas); especies con uso localizado (EUL), las mencionadas por menos del 20% de los entrevistados (en este caso la intensidad de uso no fue cuantificada dada la escasa representatividad de las respuestas); especies con uso potencial (EUP), toda especie con CCP y/o CDP; especies utilizadas (EU), especies con algún tipo de uso actual en la zona (CCR, CDR o CS); peligro o retrocesso (PR), especies cuyos números se encuentran por debajo de sus valores históricos y/o han sufrido o manifestan una importante disminución en el área de estudio; situación desconocida (D), aquellas especies en las que los datos disponibles resultan insuficientes para evaluar su situación. En el caso de las aves, la información sobre las diferentes modalidades de uso fue considerada por separado para las paseriformes y no paseriformes. Esto tuvo por objeto poner en relevancia las diferencias en cuanto al número de especies utilizadas y su intensidad en ambos grupos. Para los peces, los porcentajes de especies utilizadas se especificaron considerando: 1) el total de las especies con EU y 2) eliminando aquellas especies usadas como “carnada” en CDR y con valor ornamental en CCR, ya que estos usos se apartarían de los tradicionales considerados para el resto de los taxones. En algunos casos los entrevistados no discriminaron entre especies de determinados grupos de aves y peces, (por ejemplo armados, mojarras, chorlos y becasinas y algunos patos); en estos casos se asumió que la información recabada correspondia a todas las especies integrantes del grupo que fuese mencionado IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 13 - 33, 26 out. 1992. 16 QUINTANA et al. RESULTADOS De las distintas fuentes de información recabadas surge que los vertebrados del Delta son actualmente utilizados con distintos fines. Las tablas III-VII muestran las especies usadas dentro de cada grupo y el tipo de utilización a que es sometida cada una de ellas. El grupo más importante en cuanto al número de especies con uso efectivo (EUE) es el de los peces con un 96,36% del total de especies presentes en el área. El resto de los taxones tienen un bajo porcentaje de especies utilizadas: mamíferos 11,76%, reptiles 8,80%, aves 8,39% y anfibios 3,85%. Al analizar por separado las aves no paseriformes, se observö que éstas eran utilizadas en un 17,05% (tabla VIII). Dentro de los peces, todas las actividades involucran un alto número de especies: 47,27% para pesca de subsistencia, 54,54% para pesca deportiva y 41,82% para pesca comercial. Si incluímos en estas dos últimas categorías a las utilizadas como “carnada” y aquellas con valor ornamental, este porcentaje asciende al 80,00% y 81,82% respectiva- mente (tabla VIII). A pesar de esta situación, la mayor intensidad de uso se concentra en unas pocas especies, para las tres modalidades de utilización analizadas (tabla VII). Enlaavesno paseriformes, la caza de subsistencia representa el item más importante (31,78%), mientras que casi no existe una presión de caza comercial sobre ellas (0,77%). Por otra parte, hay un importante porcentaje de especies dentro de este grupo que son consideradas de valor deportivo (patos, palomas, cisnes, chorlos y becasinas) (CDP=20,16%), sin embargo solo el 6,98% de las mismas son realmente cazadas con fines deportivos. Las aves paseriformes presentan valores bajos en todos los rubros considera- dos (tablas VI y VII). En el caso de los mamíferos, la caza comercial real y la caza de subsistencia constituyen los items más relevantes (17,65% y 11,76% respectivamente). Tanto para anfibios como para reptiles, ningún item resulta relevante, aunque algunas especies tendrían cierta potencialidad a nivel comercial (15,4% y 8,82%, respectivamente) (tabla VI). Enlo referente a la intensidad de uso, ésta varía según el taxón considerado. Así, para los mamíferos sólo una especie presenta una alta intensidad de caza comercial y de subsistencia: el coipo o falsa nutria (Myocastor coypus, Myocastoridae). El segundo lugar es ocupado por el carpincho (Hydrochaeris hydrochaeris, Hydrochaeridae), utilizado casi exclusivamente como fuente de proteínas y con esporádicas ventas de cuero y carne (tabla III). Algo similar ocurre con los peces, donde el uso doméstico se concentra en unas pocas especies. Los más apreciados son el pejerrey (Odontesthes spp., Atherinidae), bogas (Schizodon sp. y Leporinus spp., Anostomidae) y armados (Rhinodoras sp., Pterodoras sp., Oxydoras sp. y Megalodoras sp., Doradidae). A nivel comercial, la especie de mayor extracción es el sábalo (Prochilodus platensis, Prochilodontidae), con un 70-90% del total de capturas (COMISION DE PESCA CONTINENTAL PARA AMERICA LATINA, 1987). Bogas y pejerreyes son los que sufren mayor presión en cuanto a pesca deportiva. Los bagres (Pimelodus spp. y Parapimelodus sp., Pimelodidae), si bien no son apreciados como piezas deportivas, al estar presentes en la región durante todo el afio y ser muy abundantes, representan una alta proporción del total de peces capturados por esta actividad. Por otra parte, el dorado (Salminus maxillosus, Characidae) y los surubíes IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 13 - 33, 26 out. 1992. Situaciön y uso de la fauna silvestre... 17 (Pseudoplatystoma spp., Pimelodidae), aunque son especies de alto valor deportivo ymuy apreciadas por la calidad de su carne, tienen baja extracción en el Bajo Delta. Esto se debe a que ésta es un área de distribución marginal para las mismas y por lo tanto son poco abundantes (tabla VII). Dentro de las aves no paseriformes, si bien existe una gran variedad de especies utilizadas con distintos fines, la intensidad de uso por especie es relativamente baja (tabla VD. Finalmente, es importante destacar que un alto porcentaje de las especies conside- radas en peligro o retroceso en el área (excepto reptiles) o con status desconocido (excepto aves no paseriformes y peces) estuvieron o están sometidas a algún tipo de uso (tabla IX). Análisis de situación y uso Laubicación del Delta del río Paraná dentro del marco zoogeográfico de Sudamérica otorga al área características propias que permiten la existencia de especies de orígen subtropical en una zona de clima templado. En el pasado esta situación resultaba mucho más evidente al coexistir especies tales como el yaguareté (Panthera onca, Felidae), tapir (Tapirus terrestris, Tapiridae) y aguará guazú (Chrysocyon brachiurus, Canidae) (AZA- RA, 1802), actualmente extintas en esta región como consecuencia de los procesos antrópicos que operaron sobre la misma. Inicialmente, laregión estuvo habitada por tribus guaraníes y no guaraníes cazadoras y recolectoras (CENTRO EDITOR DE AMERICA LATINA, 1976). Posteriormente, el processo de colonización, desarrollado fundamentalmente desde fines del siglo pasado, produjo un incremento en la intensidad de uso de la fauna silvestre. Esto, junto a los efectos de graves inundaciones extraordinarias, el emprendimiento de obras de infraestructura y los cambios en las actividades productivas, llevó a que en la actualidad muchas especies se encuentren amenazadas. Entre ellas merecen destacarse el ciervo de los pantanos (Blastocerus dichotomus, Cervidae) muy utilizado por su carne, cuero y como pieza cinegética por lo que hoy se lo encuentra esporádicamente en las grandes plantaciones forestales; el lobito de rio (Lutra longicaudis, Mustelidae), la especie de mayor valor comercial en Argentina por la calidad de su piel, aunque en la actualidad su extracción es prácticamente nula por la estricta prohibición de su caza, su difícil captura y complicado proceso de precurtido. Ambas especies encuentran en el Delta su límite de distribución austral estando incluídas en el Libro Rojo de la IUCN (NILSSON, 1983). También el gato montés (Felis geoffroy, Felidae), merece destacarse ya que, si bien en el país no se encuentra amenazado, en el Delta está en franco retroceso; pese a que sus dos variedades (moteada y melánica) son esporádicamente cazadas por el poblador local, éste puede vender fácilmente el cuero. Asimismo, al ser considerados dafinos para las aves de corral, son frecuentemente abatidos por este hecho. Cabe mencionar que a nivel nacional es una de las especies más cazadas; fueron comercializadas apróximadamente 39600 pieles entre 1975 y 1985, a pesar que su caza está prohibida (GRUSS & WALLER, 1988). Dentro de las aves, la pava de monte (Penelope obscura, Cracidae) también encuentra en el Delta su límite sur de distribución. Muy afectada por la caza de subsistencia y la destrucción de habitat, se encuentra hoy en día restringida a ciertas zonas dentro del área (MERLER et al., 1988). También los peces presentan casos destacables en cuanto a su situación: el dorado IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 13 - 33, 26 out. 1992. 18 QUINTANA et al. (Salminus maxillosus, Characidae) a retrocedido en forma notable en los últimos afios. Otras especies en retroceso son el surubí (Pseudoplatystoma spp., Pimelodidae) y el pejerrey (Odontesthes spp., Atherinidae). Por otra parte, el mimoso (Netuma barba, Ariidae) tiene un área de distribución muy restringida, remontando sólo los ríos Paraná Pavón y Paraná Guazú. Como ya se ha mencionado, dentro de las especies terrestres sólo dos se destacan netamente del resto en cuanto a su uso: coipo (Myocastor coypus, Myocastoridae) y carpincho (Hydrochaeris hydrochaeris, Hydrochaeridae). El primero es el que soporta mayor presión de caza, principalmente por la venta de su piel y por ser la fuente de carne de monte más importante. Gran cantidad de pobladores se dedican total o parcialmente a su captura durante todo el afio, a pesar de la veda decretada entre octubre y abril. La temporada legal de caza corresponde a los meses invernales (estación no reproductiva). En esta época el precio pagado por la piel se incrementa debido a la mejor calidad del pelaje. La tabla X resume algunos aspectos relacionados con esta actividad en la zona. La cadena de comercialización del cuero se esquematiza en la fig. 2. La ausencia de información en cuanto a los precios pagados en algunos eslabones de la misma se debe a la reticencia de los distintos “intermediarios” en brindarla. Es interesante destacar que, actualmente, el coipo ocupa el primer lugar dentro de las especies de interés comercial en Argentina (entre 35% y 66% de los ingresos por exportación de productos de fauna silvestre entre 1976 y 1980) (FAO, 1985; CAJAL, 1986; GRUSS & WALLER, 1988). El carpincho, en cambio, sólo es utilizado como fuente de proteínas debido al bajo precio pagado por su cuero (US$ 5). Esta situación resulta bastante atípica si se tiene en cuenta su excelente calidad, el alto precio pagado por el mismo y la intensa manufacturación y comercialización existente en otras zonas del país (entre 1975 y 1984 fueron exportados legalmente 11200 cueros (GRUSS & WALLER, 1988), a lo que habría que sumar los cueros que son comercializados en forma clandestina). En cuanto a la ictiofauna, la pesca comercial del sábalo (Prochilodus platensis, Prochilodontidae) alcanza un gran desarrollo, existiendo una infraestructura industrial de funcionamiento temporal asociada a las distintas épocas del afio. Muchas otras especies de la fauna íctica son comercializadas, aunque en menor intensidad comparadas con el sábalo. La tabla XI muestra, en forma esquemática, la cadena de comercialización de productos pesqueros en el Delta. Se senalan los distintos niveles o categorías de actividad, situaciones intermedias y destino final del producto. Las especies de aves principalmente afectadas por la caza de subsistenciasonlapava de monte (Penelope obscura, Cracidae), las gallinetas (Aramides spp., Rallidae), el carao (Aramus guarauna, Aramidae) y elhocó (Trigysoma lineatum, Ardeidae), por ser las más palatables. Dentro de los reptiles, la caza comercial del lagarto overo (Tupinambis teguixin, Teidae) se está incrementando (tabla IV), aunque no es tan intensamente explotado como en otras provincias (CENTRO EDITOR DE AMERICA LATINA, 1983). Esta especie, junto con el lagarto colorado (Tupinambis rufescens, Teidae), constituye una parte importante dentro de la exportación legal de cueros provenientes de especies silvestres (más de un millón por afio) (GRUSS & WALLER, 1988). Delas especies de anfíbios, laranacriolla (Leptodactylus ocellatus, Leptodactylidae), si bien fue desde siempre un tradicional e importante recurso en todo el Delta (CENTRO IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 13 - 33, 26 out. 1992. Situaciön y uso de la fauna silvestre... 19 EDITOR DE AMERICA LATINA, 1976), präcticamente ha desaparecido luego de la inundaciön de 1982-1983, segün la opiniön de los pobladores. En la actualidad sölo se la caza para consumo local y en escasa proporciön (tabla V). Aunque existe una reglamentaciön vigente tanto en la provincia de Buenos Aires como en la de Entre Ríos que prohibe la caza en esta región (GRUSS & WALLER, 1988), éste es, en lamayoria de los casos, poco precisa y/o difundida, o bien existe poca eficiencia en su aplicación. Surge como resultado de este análisis, la necesidad de aclarar que, la mayoría de las especies pueden ser cazadas para ser vendidas como mascotas por ejemplo tortuga de laguna (Phrynops hilarii, Chelidae) y el cisne de cuello negro (Cignus melancoryphus, Anatidae), y que además todas pueden convertirse en blanco de tiro por cazadores aficionados que cada vez tienen mayores posibilidades de acceder al área. CONCLUSIONES Y RECOMENDACIONES En la región del Delta del río Paraná, la fauna silvestre constituye en la actualidad un importante recurso para el poblador, ya sea como fuente adicional de proteínas, o bien de ingresos por la venta de sus cueros o pieles, en especial para el más carenciado. El uso intensivo de la fauna sefialada en este trabajo, combinado con los efectos de las inundaciones extraordinarias y las obras de infraestructura, pone a gran parte de las especies en una delicada situación, siendo necesaria la implementación de acciones para evitar el progresivo deterioro de la misma. Entre ellas, sería necesaria la creación de areas de reserva tanto para fauna terrestre como íctica y de un servicio de extensionismo que brinde control y asesoramiento para la conservación y elaprovechamiento racional de este recurso. A fin de establecer pautas de manejo adecuadas, es necesario fomentar la realización, en forma prioritaria, de estudios sobre todas aquellas especies con uso potencial o real que se encuentren actualmente en una situación delicada. En particular para los peces debería recomendarse la veda de capturas comerciales y deportivas para aquellas especies en retroceso y/o de distribuciön restringida. Se considera también importante caracterizar a la región Delta a partir de su fauna, ya que esto no sólo serviría para aumentar el conocimiento sobre la misma, sino que también brindaria una mayor comprensión sobre el funcionamiento de este sistema natural. Agradecimientos. A los Lic. José Luis Moreno y Cristina Cacopardo por su ayuda en el diseno de las entrevistas, a los Lic. David Bilenca y Angela Juárez por su colaboración en las tareas de campo y a los pobladores de la región, en especial a la familia González, quienes nos han recibido cordialmente y prestado su desinteresada colaboración en todo momento. El presente trabajo fue realizado con fondos provenientes del subsidio UBACyT Nº 135, programación 88/89, Universidad Nacional de Buenos Aires. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS AZARA,F. 1802. Apuntamientos para la historia natural de los quadrúpedos del Paraguay y Río de la Plata. Madrid, Viuda de Ibarra. v.1. 319 p. CAJAL, L. 1986. El recurso fauna en la Argentina: Antecedentes y cuadro de situación actual. Buenos Aires, Minist. Educ. y Jst.; SECYT; Prog. Nac. Rec. Nat. Renov. 39p. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 13 - 33, 26 out. 1992. 20 QUINTANA et al. CANNEL, C.; OKSEMBERG , L. & CONVERSE, J. 1977. Striving for response accuracy: experiments in new interviewing techniques. J. Mark. Res., Colorado 14 (3): 306-15. CENTRO EDITOR DE AMERICA LATINA. 1976. El pais de los argentinos. Buenos Aires, CEAL (115) p. 194-216. — . 1983. Atlas Total de la República Argentina. Buenos Aires, CEAL, (114) p. 209-24. COMISION DE PESCA CONTINENTAL PARA AMERICA LATINA. 1987. Las pesquerías continentales de América Latina. In: REUNION DE TRABAJO SOBRE RECURSOS PEQUEROS, 4, Puerto Montt. Actas... Puerto Montt, 1987. 62p. FAO. Programa de la ONU para el Medio Ambiente. 1985. Manejo da fauna sivestre y desarrolo rural; información sobre siete especies de América Latina y El Caribe. Lima, FAO. 161p. FILION, H. 1976. Effect of change in harvest questionnaries on survey estimates. Can. Wildl. Serv. Biometrics Sect. Rep., Quebec (13): 1-62. GALTUNG, J. 1966. Teoría y método de la investigación social. Buenos Aires, EUDEBA. 246p. GRUSS,J. & WALLER, T. 1988. Diagnóstico y recomendaciones sobre la administración de recursos silvestres en la Argentina:La década reciente (un análisis sobre la administración de la fauna terrestre). 1.ed. Buenos Aires, WWF-Traffic Sudamérica. 113p. HELTNE, P.; MOYA IBANEZ, L.; RUIZ HIDALGO, R.; et. al. 1980. Plan de manejo de fauna silvestre en senmicautiverio en la isla de Iquitos y Padre Isla. In: SEMINARIO SOBRE PROYECTOS DE INVESTIGACION ECOLOGICA PARA EL MANEJO DE LOS RECUR- SOS NATURALES RENOVABLES DEL BOSQUE TROPICAL HUMEDO, 1, Resumos.... Iquitos, 1980. p. 177-82. INDERENA. 1988. Guía para el desarrollo de las encuestas sobre Cracidae en Colombia. (Paujíes, Pavas y Guacharacas). Bogotá, Ministerio da Agricultura, Inderena. 21p. INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA AGROPECUARIA. 1973. El Delta del Paraná. Revta EEA INTA Delta del Paraná, Buenos Aires, (14): 110. IRIONDO,M. &. ALTAMIRANO,L. 1988. Delta del Parana. In: SIMPOSIO INTERNACIO- NAL SOBRE EL HOLOCENO EN AMERICA DEL SUR, 1, Paranä. Resumos... Paranä, 1988. 29p. KANDUS, P. & ADAMOLI,J. 1990. Freshwater marsh vegetation response to flooding dynamic in the Lower Delta of Parana River. In: ADAMOLI,J. & MALVAREZ, A. ed. Condicionantes ambientales y bases para la formulación de alternativas productivas y ocupacionales en la Región Delta. Buenos Aires, UBACyT, v.2. 261p. (Informe Técnico UBACYT, 135) LATINOCONSULT ARGENTINA. 1971. Estudio integral para el desarrollo del Delta del Paraná Bonaerense. Buenos Aires, Ministerio de Economía. Dirección de Proyectos. t.3. 342p. MALVAREZ, A. 1987. Delta: Medio natural regional; planificaciön de areas naturales protegidas. Buenos Aires, APN-CFI, v.10. 50p. MERLER, J.; QUINTANA, R, & BO,R. 1988. Evaluación preliminar de la situación de Penelope obscura (pava de monte común) en la región del Bajo Delta del Río Paraná (Argentina). In: SIMPOSIO INTERNACIONAL SOBRE BIOLOGIA Y CONSERVACION DE LA FAMILIA CRACIDAE, 2, Caracas. Actas... Caracas, 1988.). MINOTTI, P. 1988. Fauna acuática. Análisis preliminar de especies presentes: situación y uso. In: ADAMOLI, J. & MALVAREZ, A. ed. Condicionantes ambientales y bases para la formulación de alternativas productivas y ocupacionales en la Región Delta. Buenos Aires, UBACYT, v.1. 60p. (Informe Técnico UBACYT, 135). NILSSON, G. 1983. The endangered species handbook. Washington, Animal Welfare Institute. 245p. ÓJASTI, J.; FREVES, F.& COVA, O.M. 1983. Consumo de fauna por una comunidad indígena en el estado Bolívar, Venezuela. In: SIMPOSIO SOBRE CONSERVACION Y MANEJO DE LA FAUNA SILVES- TRE EN LATINOAMERICA, 9, Arequipa, Peru. Actas... Arequipa, Peru, 1983. p. 45-50. PULIDO, V.C. & YOCKTENG, C.F. 1983. Conservación de la fauna silvestre en el Bosque Nacional de Tumbes, con especial referencia a “coto mono”. In: SIMPOSIO SOBRE CONSERVACION Y MANEJO DELA FAUNA SILVESTRE EN LATINOAMERICA, 9, Arequipa, Peru. Actas... Arequipa, Peru, 1983. p. 33-43. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 13 - 33, 26 out. 1992. Situaciön y uso de la fauna silvestre... 21 QUINTANA, R.; MERLER, J. BO, R.; BILENCA, D. et. al. 1988. Evaluación preliminar del estado de la fauna silvestre de la región del Delta río Paraná, Argentina. In: ADAMOLI, J. & A. MALVAREZ ed. Condicionantes ambientales y bases para la formulación de alternativas productivas y ocupacionales en la Región Delta. Buenos Aires, UBACYT, v.1. 60p. (Informe Técnico UBACYT, 135). RINGUELET,R. 1961. Rasgos fundamentales de la zoogeografía de la Argentina Physis, Buenos Aires (22): 150-70. SERVICIO METEOROLOGICO NACIONAL. 1972. Estadística climatológica. 4. ed. Buenos Aires, Servicio Meteorológico Nacional. 156p. (Fuerza Aérea Argentina. Ser. B, 6). SOINI, P. 1980. Estudio, reproducción y manejo de los quelonios del género Podocnemis (charapa, cupiso y taricaya) en la cuenca del Pacaya. In: SEMINARIO SOBRE PROYECTOS DE INVESTIGACION ECOLOGICA PARA EL MANEJO DE LOS RECURSOS NATURALES RENOVABLES DEL BOS- QUE TROPICAL HUMEDO, 1, Iquitos. Resumos... Iquitos, 1980. p. 124-43. VALLI, S. 1990. Afforestation trend in the Paraná River Delta and its ecological implications. In: ADAMOLI, J. & A. MALVAREZ ed. Condicionantes ambientales y bases para la formulaciön de alternativas productivas y ocupacionales en la Región Delta. Buenos Aires, UBACyT, v.1. 60p. (Informe Técnico UBACYT, 135) Tabla I. Modelo de entrevistas a pobladores locales en la región del Bajo Delta, Argentina, desde junio de 1987 hasta diciembre de 1988. GUIA PARA LA REALIZACION DE ENTREVISTAS A POBLADORES . ENTREVISTA Nº Fecha: 1. Localidad: 2. Nombre del entrevistado: Sexo: Edad: Tiempo de residencia: 3. Lugar de procedencia: 4. Ocupación: 5. à Qué animales usa o se usan en la zona? 6. ; Para qué lo usa? - Para comer (CS) - Para vender cuero, carne, etc. (CCR) - Por su valor deportivo (CDR) 7. à Con qué intensidad lo hace? Intensidad de captura: Alta (A) Media (M) Baja (B) 8. i Qué cantidad hay? - Mucho - Poco - Muy poco o raro (R) 9. « Hay más o menos que antes? 10. ;, Por qué? 11. Otra información (detalles de artes de caza, cantidad utilizada, eslabones comerciales, etc.) OE em O O O SS ii IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 13 - 33, 26 out. 1992. 199) bo QUINTANA et al. Tabla II. Modelo de entrevistas a cazadores y pescadores deportivos en Bajo Delta, Argentina, desde junio de 1987 hasta diciembre de 1988. GUIA PARA LA REALIZACION DE INTREVISTAS A CAZADORES Y/O PESCADORES DEPORTIVOS. Entrevista Nº: Fecha: 1. - Nombre del entrevistado: Sexo: Edad: 2. - Lugar de procedencia 3. - Desde cuando caza y/o pesca en la zona? 4. - + Qué animales caza y/o pesca en la zona? 5. - + Con que intensidad lo hace? Intensidad de captura: Baja (B) Media (M) Alta (A) 6. - ; Qué cantidad hay? Mucho (M) Poco (P) Raro o muy poco (R) 7. - , Hay más o menos que antes? 8. - Por qué? Tabla III. Especies de mamíferos utilizadas en el Bajo Delta del Río Paraná, Argentina, (CCR: caza o pesca comercial real; CCP: caza o pesca comercial potencial; CDR: caza o pesca deportiva real; CDP: caza o pesca deportiva potencial; CS caza o pesca de subsistencia; EUE: especies de uso efectivo; EUL: especies de uso localizado; EU: especies afectadas a algún tipo de uso; EUP: especies de uso potencial PR: peligro o retroceso; D; situación desconocida; A: alta intensidad de uso; M; intensidad de uso media; B: baja intensidad de uso; E; especies de uso esporádico). NOMBRE CIENTÍFICO NOMBRE COMUN CCR CCP CDR CDP CS EUE EUL EU EUP PRD Didelphidae Lutreolina Comadreja colorada E XE crassicaudata Didelphis albiventris Comadreja overa E RX Mustelidae Galictis cuja Hurón menor X X X Lutra longicaudis Lobito de río RER NER Felidae Felis geoffroyi Gato montes E DR X Cervidae Blastocerus Ciervo de los pantanos E B X X X dichotomus Caviidae Cavia aperea Cuis Bi X Hydrochaeridae Hydrochaeris Carpincho M M A X x hydrochaeris Myocastoridae Myocastor coypus Coipo o nutria A A X X IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 13 - 33, 26 out. 1992. Situaciön y uso de la fauna silvestre... 23 Tabla IV. Especies de reptiles utilizadas en Bajo Delta del Rio Paranä, Argentina. (ver referencias en Tabla III). NOMBRE CIENTIFICO NOMBRE COMUN CCR CCP CDR CDP CS EUEEUL EU EUP PRD Chelidae Hydromedusa tectifera Tortuga de rio X BRR Ex: x Phrynus hilarii Tortuga de pantano X Bj DK X Teiidae Tupinambis teguixin Lagarto overo M BRR X Viperidae Bothrops alternatus Yararä X X Tabla V. Especies de anfibios utilizadas en Bajo Delta del Rio Paranä, Argentina (ver referencias en Tabla I). NOMBRE CIENTIFICO NOMBRE COMUN CCRCCP CDRCDP CS EUE EUL EU EUP PRD Bufonidae Bufo arenarum Sapo común x x Bufo granulosus Sapo panza amarilla X X Leptodactylidae Leptodactylus ocellatus Rana criolla M M X x X Ceratophryidae Ceratophrys ornata Escuerzo x X Brachycephalidae Melanophryniscus stelzneri Sapito colorado X X IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 13 - 33, 26 out. 1992. 24 QUINTANA et al. Tabla VI. Especies de aves utilizadas en el Bajo Delta del Rio Paranä, Argentina. (NP: aves no paseriformes; P. aves paseriformes; G. grupos de aves (1: macaes, 2: cuervilos y bandurrias, 3: patos, 4: gallinetas, 5: gallaretas, 6: pollas de agua y 7: chorlos y becasinas; resto de las referencias en Tabla II). G NOMBRE NOMBRE CER CCP CDRICDPREST EUE EUE EU FEUBREPRISAD CIENTIFICO COMUN NP Podicipedidae 1 Podiceps rolland Macä comün x B x x l Podilymbus podiceps Macä pico grueso X B x X 1 Podiceps major Macä grande X B x X Ardeidae Tigrisoma lineatum Hocó colorado M x x Ciconiidae Ciconia maguari Cigüena E x x americana Threskiornithidae 2) Harpiprion Bandurria mora E x x caerulescens 2 Phimosus infuscatus Cuervillo pico E X X marfil 2 Plegadis chihi Cuervillo de la E X X canada Anhimidae Chauna torcuata Chajä E X X Anatidae Dendrocygna bicolor Siriri colorado x B x x Dendrocygna viduata Siriri pampa B X x Coscoroba coscoroba | Coscoroba X E X x x Cygnus melancoryphus Cisne de cuello x E X X x negro 3) Anas sibilatrix Pato overo x E x x 3. Anas georgica Pato maicero x E X x x 3 Anas flavirostris Pato barcino X E x x 3 Anas platalea Pato cuchara X E X x x 3 Anas cyanoptera Pato colorado X E X x 3 Anas bahamensis Pato gargantilla X E X x X Anas versicolor Pato capuchino B x XxX Neta peposaca Pato picaso B X X X Amazonetta brasiliensis Pato cutirí B x X 3 Callonetta leucophrys Pato de collar X E X x x Cracidae Penelope obscura Pava de monte M x x x Aramidae Aramus guarauna Carau M X x Rallidae Aramides ypecaha Ipacaä X x x 4 Aramides cajanea Chiricote X E x x x Cont. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 13 - 33, 26 out. 1992. Situaciön y uso de la fauna silvestre... Tab. VI (cont.) G NOMBRE CIENTIFICO Rallus sanguinolentus 4 Rallus maculatus Fulica leucoptera 5 Fulica rufrifrons 5 Fulica armillata Gallinula chloropus 6 Porphyrula martinica Porphyriops melanops Scolopacidae Tringa melanoleuca Tringa flavipes Tringa solitaria eq PS ag =] Calidris melanotos 7 Calidris bairdii 7 Calidris fuscicollis 7 Gallinago gallinago Columbidae Columba picazuro Columba maculosa Zenaida auriculata Columbina picui Leptotila verreauxi Columbina talpacoti Psittacidae Myiopsitta monachus p Turdidae Turdus amaurochalinus Turdus rufiventris Emberizidae Paroaria coronata Paroaria capitata Sporophila caerulescens Sicalis luteola Sicalis flaveola NOMBRE COMUN Gallineta común Gallineta overa Gallareta chica Gallareta escudete rojo Gallareta ligas rojas Polla negra Polla sultana Polla pintada Pitotoi grande Pitotoi chico Pitotoi solitario Playerito escudado Playerito rabadilla Playerito rabadilla blanca Becasina común Picazuró, Paloma E turca Paloma manchada E; Torcaza Torcacita E Yerutí común Palomita colorada Cotorra B Zorzal mandioca X Zorzal colorado x Cardenal comün E E Cardenilla E E Corbatita común E E Misto E E Jilguero dorado E E IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 13 - 33, 26 out. 1992. XxX x x EERTECBZEDR CDPES vw mz Dom uw uw BEUETEULZEU x X x X x X x x x x X x X X x x X X x x X x x x x x x x x X x x x x x x X x x 25 EUP PR D X X X x X X X X X X X Cont. 26 QUINTANA et al. Tab. VI (cont.) NOMBRE NOMBRE CCR CCP CDR CDP CS EUE EUL EU EUP PR D CIENTIFICO COMUN Fringillidae Carduelis magellanica Cabecita negra E E X X comün Icteridae Molothrus rufoaxillaris Tordo pico corto X X X Molothrus bonariensis | Tordo renegrido x X x Molothrus badius Müsico x x X Tabla VII. Especies de peces utilizadas el Bajo Delta del Rio Paranä, Argentina. (*: valor ornamental; **: valor como carnada; G: grupos de peces (1: mojarras, 2: dientudos, 3: bogas, 4: manduvas, 5: armados, 6: surubies,7: viejas de agua, 8: madrecitas y 9: pejerreyes); restos de las referencias en Tabla III). G NOMBRE NOMBRE CCR CCP CDR CDP CS EUE EUL EU EUP PR D CIENTIFICO COMUN Potamotrygonidae Potamotrygon Yabebi E E X x brachyurus Potamotrygon motoro Chucho de rio E E x X Engraulidae Lycengraulis olidus Anchoita B M M X x Characidae 1 Cheirodon i. interruptus Mojarra *B EB X x 1 Astyanax f. fasciatus Mojarra *B **B X x 1 Astyanax b. Mojarra vB SB x x bimaculatus 1 Bryconamericus Mojarra EB KB x x iheringii 2 Cynopotamus | humeralis Dientudo FEB X x 2 Roeboides bonariensis Dientudo **B x x 2 Oligosarcus jenynsi Dientudo KB x x 2 Oligosarcus hepsetus Dientudo EB X X 1 Aphyocharax Mojarra *B *+B X x rubropinnis 1 Poptella paraguayensis Mojarra EB *9B x x Raphiodon _vulpinus Chafalote B x x Salminus maxillosus Dorado B B B x x x Anisitsia | orthonops Virolito *B E x x Characidiidae Characidium Tritolo *B E x x (Jobertina) rachovii Curimatidae Cyphocharax platanus Sabalito plateado *B E X X Cyphocharax _gilberti Huevada SB E x x cont. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 13 - 33, 26 out. 1992. Tab. VII. (cont.) NOMBRE CIENTIFICO Prochilodontidae Prochilodus platensis Anostomidae Schizodon f. fasciatum Leporinus obtusidens Leporinus fasciatus affinis Erythrinidae Hoplias malabaricus Cyprinidae Cyprinus carpio Gymnotidae Gymnotus carapo Rhamphichthyidae Rhamphichthys rostratus Eigenmania virescens Ariidae Netuma barba Ageneiosidae Ageneiosus brevifilis Ageneiosus velenciennesi Doradidae Megalodoras laevigatulus Oxydoras kneri Pterodoras granulosus Rhinodoras dorbygnyi Pimelodidae Parapimelodus valenciennis Pimelodus albicans Pimelodus maculatus Luciopimelodus pati Sorubim lima Pseudoplatystoma coruscans Situaciön y uso de la fauna silvestre... 2) NOMBRE EERZEEPZEDRZEDRZESZEEUE-EULZEUZZEURZERZ ID COMUN Säbalo A M x x Boga M M A X x Boga M M A x x Boga M M A x X Tararira B M M X X Carpa X B B X X Anguila *B B B x X Bonbilla *B E X x Banderita *B X X Mimoso, bagre de M M X X mar Manduva, B B X X X manduvi Manduva, B B X X x manduvi Armado M B A x X Armado M B A X X Armado M B A X X Armado M B A X X Bagre porteno B A M x x X Bagre blanco, B A M x x x moncholo Bagre amarillo B A M x x x Pati B B M X X Cucharon “B E E x x Surubi M B A X X x cont. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 13 - 33, 26 out. 1992. 28 QUINTANA et al. Tab. VII. (cont.) NOMBRE NOMBRE CCR CCP CDR CDP CS EUE EUL EU EUP PR D CIENTIFICO COMUN 6 Pseudoplatystoma Surubí M B A x x X fasciatum Callichthyidae Corydoras paleatus Limpiafondos *M x X X Loricariidae 7 Ricola macrops Vieja de cola *M x x x 7 Paraloricaria vetula Vieja de lätigo *M X x X 7 Rineloricaria lima Vieja de agua *M X X X 7 Loricariichthys anus Vieja de agua *M X X X 7 Hypostomus robinii Vieja de agua *M X X x Cyprinodontidae Cynolebias belloti Cinolebias *M X X Poeciliidae 8 Cnesterodon Madrecita de "ZB X XxX X decemmaculatus agua 8 Phallocerus Madrecita de **B X X X caudimaculatus agua Atherinidae 9 Odontesthes Pejerrey M A A X x X bonariensis 9 Odontesthes perugiae Pejerrey M A AEX x x Sciaenidae Pachyurus bonariensis Corvina B BR: x X Cichlidae Cichlasoma facetum Chanchita *B X X IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 13 - 33, 26 out. 1992. Situaciön y uso de la fauna silvestre... 29 Tabla VIII: Nümero y porcentaje de especies afectadas a cada tipo de uso por taxön, en el Bajo Delta, Argentina. (*; total de espécies de peces incluyendo las de valor ornamental o de carnada; NP: no paseriformes; P: paseriformes; resto de las referencias en Tabla III). MAMIFEROS REPTILES ANFIBIOS AVES AVESNP AVESP PECES Total de especies 34 34 26 262 129 133 95 presentes Tipos de uso: CCR 6 1 1 7 l 6 23 *45 (17,65%) (2,94%) (3,85%) (2,67%) (0,77%) (4,51%) (41,82%) (81,82%) CER 2 3 4 5 2 5 1 (5,88%) (8,82%) (15,4%) (1,91%) (1,55%) (3,76%) (1,82%) CDR 2 0 0 15 9 6 30 *44 (5,88%) (0%) (0%) (5,72%) (6,98%) (4,51%) (54,54%) (80,0%) CDP 1 0 0 42 26 5 0 (2,94%) (0%) (0%) (16,03%) (20,16%) (3,76%) (0%) cs 4 3 1 41 41 0 26 (11,76%) (8,82%) (3,85%) (15,65%) (31,78%) (0%) (47,27%) EUE 4 3 1 22 22 0 53 (11,76%) (8,82%) (3,85%) (8,39%) (17,05%) (0%) (96,36%) EUL 3 0 0 26 20 6 2 (8,82%) (0%) (0%) (9,92%) (15,50%) (4,51%) (3,64%) EU 7 3 1 48 42 6 55 (20,59%) (8,82%) (3,85%) (18,32%) (32,56%) (4,51%) (100,0%) EUP 2 1 4 12 7 5 0 (5,88%) (2,94%) (15,38%) (4,58%) (5,43%) (3,76%) (0%) Tabla IX: Nümero y porcentaje de especies en peligro (PR) y situaciön desconocida en el Bajo Delta, Argentina. (NP: no paseriformes; P: paseriformes, resto de las referencias en Tabla III). MAMIFEROS REPTILES ANFIBIOS AVES AVES AVES PECES NP P Total de espécies 34 34 26 262 1219 133 56 presentes en retroceso o en 3 0 l 6 6 0 5 peligro con status 17 10 6 15 o) 53 14 desconocido en retroceso o en l 0 1 2 2 0 5 peligro con EU Porcentaje de 33% 0% 100% 33% 33% 0% 100% especies en PR con EU con status 0 0 0 2 2 0 14º desconocido con EU Porcentaje de 0% 0% 0% 9 % 13,3% 0% 100% especies D con EU IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 13 - 33, 26 out. 1992. QUINTANA et al. Tabla X: Caracteristicas de la caza del coipo en el Bajo Delta, Argentina. La dedicaciön a esta actividad es mayor cuanto mayor es el grado de marginalidad del cazador. El número de trampas manejadas es una medida del esfuerzo de captura. DEDICACION completa parcial Recebido em 28.XII.1990; aceito em 21.V.1992. PERSONAS QUE INTERVIENEN grupos o familias individuos aislados individuos aislados MESES DE PROCEDENCIA ACTIVIDAD residentes mayo a setiembre residente mayo a setiembre foräneos residentes todo el ano IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 13 - 33, 26 out. 1992. ARTES DE CAZA perros trampas escopeta trampas perros trampas escopeta N TRAMPAS MANEJADAS > 150 50-80 10-15 Situaciön y uso de la fauna silvestre... 31 20KM [34° E < A A q = o: a o ® e < z ® > _ 8 tm > < + (5) Q E re: 2 7 tu = T = o NS & = q m « 2 z < x < II 5 PP Ss FE & oia, O S er. E t xo 8 Sa Fig. 1. Ubicación del área de estudio (Bajo Delta) en Argentina. Sitios relevados (e), canal navegable (----), rutas (—) y limite interprovincial - —. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 13 - 33, 26 out. 1992. 32 QUINTANA et al. 70cm= 0,8-1,1 US$ * CAZADOR (invierno) LANCHERO POBLADOR (ler. intermediario) ACOPIADOR CURTIEMBRES (2do. intermediärio) Alrededores de Buenos Aires Barracas en ciudades cercanas: Zärate, Tigre, Escobar, Campana, etc. (Compra minima= 100 cueros) EXPORTACION CONFECCIONISTA PELETERO 70 cm = 12,5 US$ ** (invierno) PRENDA CANT. PIELES PRECIO Tapado 36 (70 cm) 450 US$ Sacön 24 (60 cm) 208 US$ CONSUMIDOR FINAL Fig. 2. Cadena de comercializaciön de la piel del coipo en el Bajo Delta, Argentina, en 1988. (8 precio pagado por cada piel al cazador, ** valor final que paga el consumidor por cada piel). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 13 - 33, 26 out. 1992. Situaciön y uso de la fauna silvestre... 33 MERCADO CONCENTRADOR PESCADERIAS DESEMBARCO CONSUMIDOR EN PUERTO EXPORTACION PESCADOR PROFESIONAL vam ACOPIADOR INDUSTRIA RIGORINCA À FRIGORIFICA FINAL PESCADOR OCASIONAL CRIADEROS SABALERIAS FABRICA DE ALIMENTOS BALANCEADOS HARINA PROCESAMENTO INDUSTRIAL INDUSTRIA COSMETICA ACEITE Fig. 3. Cadena de comercialización del pescado en el Bajo Delta, Argentina. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 13 - 33, 26 out. 1992. } x essi de o E pes a E Aços At er a E o 1 4 ! > x z® 2 A de Ea e RAI ER z ; Pr ga bs É) a E sm TT N ; dis lc: 2 a ee ; sil pd : k E E h 1 ir TE ER: j [ , ER ; PR x Sudan Fu wi ER o ee ee ee en da nino pai» { BR 4 e he Ta er data RO ee q y Í ) o R Se | j ) { } \ E: | 1 41 Y ) Bl epi ren rr ee ee t Bi e pr | | | vis apito iam E, 3 a ee 4 H 2 | ; { : an cep a E Psp ii e i a HA i fi 4 N E Í 4 il tao io mpi pera t E 1053 Ad a hy E qem u bu 4 ) Mano E \ Bi x erg q | aroah E bin a . Br A md q " E E } 2 is p \ F aM f N a praça antes Á Eri ea to 4 ?: DE I Se Re Le ee ui ll Ba u f f ; I és u REN Oh lia dps CINCO ESPECIES DEL GENERO NOTHOLCA GOSSE, 1886 (ROTATORIA) DE LA ARGENTINA, INCLUYENDO N. GUIDOI SP.N.! Pairicia A. Battistoni? ABSTRACT FIVESPECIESOFTHEGENUS NOTHOLCA GOSSE 1886 (ROTATORIA) FROM ARGENTINA, INCLUDING N. GUIDOT, SP.N. Notholca guidoi, sp.n. from Neuquen, Argentina is described. Four species of the genus Notholca from lentic waters of Argentina are redescribed by means of Scanning electron microscopy and Light microscopy techniques, and their geographical distribution is enlarged. KEYWORDS: Rotatoria, Notholca, Scanning electron microscopy, descriptions. INTRODUCCION El género Notholca está representado mundialmente por 37 especies (incluyendo las formas endémicas del lago Baikal), de las cuales N. acuminata, N. labis,N. squamula, N. walterkostei, N. salina, N. haueri y N. caudata están registradas en Argentina (DADAY 1902; THOMASSON 1955, 1957, 1959, 1963; PAGGI 1980; JOSE-DE- PAGGI 1982). La taxonomia de este género es muy confusa y son escasos los trabajos donde se hacen descripciones acompanadas de figuras (CARLIN 1943, FOCKE 1961, BJÖRKLUND 1972). En el presente trabajo se analiza por primera vez la morfología de las cuatro primeras especies mencionadas anteriormente, en base a imágenes de microscopía eletrónica de barrido con apoyo de microscopía óptica. Se describe una nueva especie y se amplía la distribución de las restantes. MATERIAL Y METODOS Las muestras utilizadas (170 localidades) forman parte de la Planctoteca del Laboratorio de Plancton del Instituto de Limnología “Dr. Raúl A. Ringuelet”, y su número de registro figura entre paréntesis a continuación de las localidades y fechas. El material para el microscopio electronico de barrido (MEB) se preparó mediante desecación por 1. Contribuiön Científica Nº 410 del Instituto de Limnologia “Dr. Raúl A. Ringuelet” (UNLP-CONICET). 2. Instituto de Limnologia “Dr. Raúl A. Ringuelet”, C. C. 712, 1900 La Plata, Argentina. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 35 - 45, 26 out. 1992. 36 u BATTISTONI sublimación, según BOLTOVSKOY (1976). Entre las microfotografias al microscopio óptico (MO) algunas se obtuvieron utilizando la técnica de contraste de interferencia (CI). Las medidas de la lóriga tomadas sobre 10 ejemplares de cada especie fueron: largo total, L (incluye espinas anteriores y apéndice caudal); largo del cuerpo, LC (desde la base de las espinas medianas anteriores hasta el borde de la lóriga o hasta el borde posterior de la placa ventral, cuando hay apéndice caudal); ancho máximo, A; largo espinas medianas anteriores, EM; largo apéndice caudal, AC; relacion largo total/ancho, L/A. Para cada especie se dá la sinonimia con la cita original y la cita de la nueva combinación. Notholca acuminata (Ehrenberg, 1832) (Figs. 1-5; 11-16) Anuraea acuminata EHRENBERG, 1832: 144. Notholca acuminata; HUDSON & GOSSE 1886: 125, lám. 29, fig.3. Notholca Striata; OLIVIER, 1965; identificacion erronea = N. acuminata Cuerpo alargado, relación L/A mayor que 2 (2,4-2,9), surcado por estrías longitudinales delicadas a bien marcadas en ambas placas (figs. 1-3). Placa dorsal con 6 espinas anteriores, las medianas escasamente más largas que las laterales o del mismo largo. Apéndice caudal (figs. 11-16) de base ancha y longitud variable (20-68 um). Antenas laterales desplazadas hacia la mitad anterior del cuerpo (fig. 1). Placa ventral plana (figs. 2-3), con borde anterior ondulado con suave escotadura media. Margen posterior trapezoidal (fig. 5). Membrana cloacal poco protrusible. Dimensiones (en um). L: 217-302; A: 92-118; EM: 25-35; AC: 20-67. Diagnosis. Como característica diferencial N. acuminata presenta un apéndice caudal de base ancha y longitud variable, que no llega a ser núnca tan corto como el observado en N. labis Gosse, 1887. Observaciones: OLIVIER (1965) cita N. striata (MULLER, 1786) para Buenos Aires, Santa Cruz y Tierra del Fuego, pero su descripción y figura corresponden a N. acuminata. RINGUELET et al. (1965) cita N. acuminata extensa Olofsson 1918 para la laguna Chascomús. PAGGI (1980) menciona N.acuminata para el Río Paraná y DADAY (1902) la cita para el lago Argentino. Material examinado. ARGENTINA. Mendoza: lago del Parque, III. 1960 (809); Buenos Aires: laguna de Lobos 13.VII.1953 (404-406), 6.1X.1957 (684), 22.VI1.1974 (830); laguna Chascomüs 28.VI.1977 (368); laguna Vitel 2.X.1954 (469), 29.V III. 1956 (669-670); laguna Adela 15.1X.1956 (650); laguna de Sauce 19.1V.1956 (628); laguna Camarón Grande 5.X.1956 (661); laguna Las Barrancas 1.X1.1976 (831); Canteras en Los Talas XI[.1953 (416), VII. 1954 (813), 14.1X.1952 (397), 24.V11.1975 (859), 25. VIH.1975 (349). Notholca labis Gosse, 1887 (Figs. 6-10, 17-20) Notholca labis GOSSE, 1887: 871, läm.15, fig. 24. Cuerpo redondeado, relación L/A menor a 2 (1,3-1,6), surcado por delicadas estrías longitudinales en ambas placas (figs. 6-7). Placa dorsal con 6 espinas anteriores, siendo las medianas las más largas y las intermedias más cortas. El margen posterior de la placa es oval; el apéndice caudal (figs. 17-20) de base estrecha, es recto y de longitud variable (5-28 um). Las antenas laterales se encuentran apenas desplazadas hacia la mitad anterior, en una depresión de la placa (figs. 6, 9) donde se interrumpen las estrías longitudinales. Placa ventral (figs. 7, 10) con borde anterior ondulado y con una IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 35 - 45, 26 out. 1992. Cinco especies del género Notholca... 37 escotadura en “U” en su parte media, remarcada con un festón claramente visible al MEB y con CI. Borde posterior de la placa ventral no sobrepasa el borde de la dorsal (figs. 7, 8, 10). Membrana cloacal poco protrusible (fig. 9). Dimensiones, em um. L: 150-188; A: 78-100; EM: 18-37; AC: 5-28. Diagnosis. La característica diferencial de N. labis es la presencia de um apéndice caudal de base estrecha y recto, que se observa desde incipiente a bien diferenciado. Observaciones: THOMASSON (1955, 1963) menciona N. labis para los lagos Fagnano y Menendez, y THOMASSON(1957) da las medidas y la figura de ésta especie para el lago Fagnano. Material examinado. ARGENTINA. Neuquen: lago Meliquina 20. III. 1959 (794); Santa Cruz: lago Roca 11.1.1988 (1165), lago Argentino 12.1.1988 (1166), estanque natural en Puerto Deseado 20.1.1971 (270); Tierra del Fuego: represa del Río Olivia 30.1.1955 (544, 545, 546), lago Fagnano 5.11.1955 (554, 564, 566), charca alimentada por el Rio Larshi[parshak 20.1.1955 (500,502). Notholca squamula (Miiller, 1786) (Figs. 22-25) Brachionus squamula MÜLLER, 1786: 334, läm. 47, figs. 4-7. Notholca squamula; CARLIN, 1943:65. Lóriga redondeada, relación L/A menor que 2 (1,4-1,7), surcada por delicadas estrias longitudinales en ambas placas (figs. 22,25). Placa dorsal con 6 espinas anterio- res, siendo las intermedias más cortas que las laterales, pudiendo tener el mismo largo (fig. 22). Borde posterior de forma oval. Sin apéndice caudal. Antenas laterales en la mitad anterior del cuerpo, en una depresión donde se interrumpen las estrías longitudinales (figs. 22,23). Placa ventral plana, con borde anterior apenas ondulado y con una suave escotadura media en forma de “U” abierta (fig. 24). Membrana cloacal poco protrusible (fig. 25). Dimensiones (en um). L: 155-174; A; 95-114; EM: 12-23. Diagnosis. N. s quamula se diferencia de las especies halladas por poseer lóriga de forma redondeada, con las espinas anteriores de longitudes similares y carecer de apéndice caudal. Material examinado. ARGENTINA. Buenos Aires: laguna Adela, 15.1X.1956 (650), laguna Lobos 13.V1I.1953 (404-406), 13.V.1986 (1235); laguna Tapalqué 10.1V.1954 (459), 4.IX. 1957 (682). Observaciones: THOMASSON (1963) menciona N.squamula para el lago Menendez, Chubut. Notholca walterkostei Jose-de-Paggi, 1982 (Figs. 26-36) Notholca walterkostei JOSE-DE-PAGGI, 1982, p. 89, figs. 5 E-J y 6 A-C. Cuerpo alargado, surcado por estrias longitudinales, que vistas al MEB son gruesas, pudiendo denominarse costillas, unidas por una o dos hileras longitudinales de gruesos alvéolos (figs. 26-30) relación L/A mayor que 2 (2,3-2,6). Placa dorsal con 6 espinas anteriores, siendo las medianas más largas (figs. 26-28). El apéndice caudal es corto, en forma de espátula (fig. 30). Antenas laterales un poco desplazadas hacia la mitad anterior del cuerpo, en una depresión donde se diluye la ornamentación (fig. 29). Placa ventral IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 35 - 45, 26 out. 1992. 38 ; BATTISTONI con margen anterior ondulado y una fuerte escotadura media. Membrana cloacal protrusible (figs. 27,30). Dimensiones (en um). L: 140-165; A: 60- 67; EM: 25-33; AC: 13-19. Diagnosis. De las especies halladas en Argentina, N. walterkostei tiene como característica diferencial el apéndice posterior en forma de espátula y la ornamentación en ambas placas con costillas y gruesos alvéolos. Observaciones: Las dimensiones dadas por JOSE-DE-PAGGI (1982) para los ejemplares de Península Potter, Shetland del Sur, son entre un 20-25% mayores que las halladas por mi, y hasta un 63% más en la longitud del apéndice caudal. DARTNALL & HOLLOWDAY (1985) citan N. walterkostei para la isla Alexander, Georgias del Sur y Orcadas del Sur; y N.walterkostei reducta Dartnall & Hollowday 1985 en las islas Signy y Coronación, Orcadas del Sur. Material examinado. ARGENTINA. Tierra del Fuego: laguna de la Península I, 19.X11.1974 (272), lago Chapelmuth X1.1983 (1181) Notholca guidoi, sp.n. (figs. 21,31-35) Cuerpo alargado, adelgazandose progressivamente hasta hacerce cónico en la parte posterior; surcado por costillas longitudinales más gruesas que las observadas en las otras especies halladas, a excepción de N.walterkostei, y con alvéolos puntiformes en todala superficie de las placas dorsal y ventral (figs. 31-33). Relación L/A iguala 2. Placa dorsal suavemente convexa, con 6 espinas anteriores, siendo las medianas las más largas o del mismo largo que las laterales y las intermedias muy cortas. Las antenas laterales son equidistantes a ambos extremos de la placa dorsal y se ubican en una zona deprimida (figs. 31-33). Sin apéndice caudal. Placa ventral plana, con reborde anterior y una suave escotadura media (figs. 32,35). Membrana cloacal no protrusible. El trophi es de tipo maleado, los unci poseen el segundo diente más corto y el tercero ancho y redondeado (fig. 21). Dimensiones (en um). L: 100-132; LC: 81-112; A: 50-69; EM: 20-24. Diagnosis. N. guidoi, sp.n. pertenece al grupo “foliacea” (VOIGT & KOSTE, 1978) y es muy cercana dentro de éste a N. verae Kutikova, 1958, con la cual comparte caracteres morfológicos (KUTIKOVA 1958, 1980) tales como la presencia de 6 espinas anteriores, de las cuales las medianas son las más largas y ausencia de apéndice caudal, y se diferencia en la relación L/A que en N. verae es mayor a 2, el mayor tamafio y la ornamentación que en esta especie se presenta como estrías onduladas longitudinales sin punteado. Aunque como senala JOSE-DE-PAGGI (1982) no se conoce el valor taxonómico del trophi, he encontrado que los unci de N.guidoi, sp.n. (fig.21) son semejantes a los de N.verae en el tamafio menor del 2º diente, pero el 3º de N. guidoi, sp.n. es más ancho y redondeado que el de N.verae. Material-tipo. ARGENTINA. Neuquen: Villa La Angostura (lago Nahuel Huapi), Holotipo º (Nº 3- 273) PARATIPOS 10°, 6.11.1971 (273) depositados en la Planctoteca del Instituto de Limnología “Dr. Raúl A. Ringuelet”. Agradecimientos. A la Prof. S. José de Paggi (INALI) por su buena disposición en las consultas efectuadas, al Lic. A. Boltovskoy (ILPLA) por la dirección del trabajo y a la Dra. A. Escalante (UNLP) IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 35 - 45, 26 out. 1992. Cinco especies del género Notholca... 39 por su colaboración. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS BJORKLUND, B.G. 1972. Taxonomic and ecological studies of species of Notholca (Rotatoria) found in sea and brackish water, with description of a new species. Sarsia, Bergen 51:25- 66. BOLTOVSKOY, A. 1976. Técnica simple para la preparación de micro-invertebrados tecados y loricados lábiles para su examen con el microscopio electrónico de barrico. Limnobios, La Plata 1 (1): 21-25. CARLIN, B. 1943. Die Planktonrotatorien des Motalaström. Medd. Lunds Univ. Limnol. Instn. Lunds 5:1-225. DADAY, E. 1902. Mikroskopische Siisswassertiere aus Patagonien. Terméz. Fuzetek, Budapest 25: 201-310. DARTNALL, H.J.G. & HOLLOWDAY, E.D. 1985. Antartic Rotifers. Scint. Rep. British Antarti Survey, Cambridge 100:1-46. EHRENBERG, C.G. 1832. Uber die Entwickelung und Lebensdauer der Infusionsthiere; nebst ferneren Beiträgen zu einer Vergleichung ihrer organischen Systeme. Berlin (1831). FOCKE, E. 1961. Die Rotatoriengattung Notholca und ihr Verhalten im Salzwasser. Kieler Meeresforsch, Kiel 17 (2): 190-205. GOSSE, P.H. 1987. Twenty-four more New Species of Rotifera. Journ Royal Micr. Soc., London: 861-871. HUDSON, C.T. & GOSSE, P.H. 1986. The Rotifera or Weel-Animalcules both british and foreign. London. v. 1, p. 128 e v.2, p.144. JOSÉ-DE-PAGGI, S. 1982. Notholca walterkostei sp.nov. y otros rotiferos dulceacuicolas de la Peninsula Potter, isla 25 de Mayo (Shetland del Sur, Antärtida). Rev. Asoc. Cienc. Nat. Litoral, Santa Fé, 13:81-95. KUTIKOVA, L.A. 1958. A new rotifer from the Antartic. Sov. Antarct. Exped. Inf.Bull. Leningrad. 1:88-89. — . 1980. On the evolutionary pathways of speciation in the genus Notholca. Hydrobiologia. The Hague 73: 215-220. MULLER, O.F. 1786. Animalcula infusoria fluviatilia et marina. Hauniae. 367p. OLIVIER, S.R. 1965. Rotiferos planctönicos de Argentina, con claves de las principales especies, datos biológicos y distribución geográfica. Revta. Mus La Plata, Nueva Serie, Sec. Zool., La Plata, 8 (63): 177-260. PAGGI, J.C. 1980. Campana limnológica “Keratella” en el rio Paraná Medio (Argentina), zooplancton de ambientes lénticos. Ecología, Corrientes 4: 77-88. RINGUELET, R.; MORENO, I. & FELDMAN, E. 1965. El zooplancton de las lagunas de la pampa deprimida y otras aguas superficiales de la Ilanura bonaerense ed) Physis, Buenos Aires. 27 (74): 187-200. THOMASSON, K. 1955. Studies on South American Fresh-water Plankton. 3. Plankton fron Tierra del Fuego and Valdivia. Acta. Horti. Gotoburgensis, Göteborg 19 (6): 193-225. — . 1957. Studies on South American fresh-water plankton. Notes on the plankton from Tierra del Fuego and Valdivia. Ann. Soc. Tart. Ad. Res.Nat. Invest.Const.Ser.Nov. Uppsala 1:52- 64. — . 1959. “Nahuel Huapi” Plankton of some lakes in Argentina National Park, with notes on terrestral vegetation. Acta Phytogeorgr.Suec. Uppsala 42:1-83. —— .1963. Araukanian Lakes. Plankton studies in north Patagonia with notes on terrestual en Acta Phytogeogr. Suec., Uppsala 47: 1-139. VOIGT, M. & KOSTE, W. 1978. Rotatoria. Die Rädertiere Mitteleuropa. Überordnung Monogononta. Sttutgart, Gebruder. Borntraeger. 2v., 673p., 234 lam. Recebido em 23.1V.1991; aceito em 15.11.1992. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 35 - 45, 26 out. 1992. BATTISTONI 40 Figs. 1-5: Fotomicrografías de Notholca acuminata de Buenos Aires. 1: Vista dorsal (MEB), laguna Adela. 2: vista ventral (MEB), CanteraenLos Talas. 3: vista lateral (MEB), laguna Adela. 4: vista dorsal (MO), laguna Lobos. 5: detalle apéndice caudal y placa ventral (MEB), laguna Lobos. Escalas: 1-4: 50 pm, 5: 10 pm . IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 35 - 45, 26 out. 1992. Cinco especies del género Notholca... 41 Figs: 6-10: Fotomicrografías de Notholca labis de Tierra del Fuego. 6: vista dorsal (MEB), represa del río Olivia. 7: vista ventral (MEB), represa del río Olivia. 8: vista dorsal (MO), charca del río Larshiparshak. 9: vista lateral (MEB), lago Fagnano. 10: vista ventral (CI), charca del rio Larshiparshak. Escalas: 6-10: 50 um. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 35 - 45, 26 out. 1992. BATTISTONI ou 21 Figs. 11-21: Representación esquemática de las variaciones en el apéndice caudal de Notholca acuminata de la provincia de Buenos Aires (figs. 11-16) y Notholca labis de Tierra del Fuego (figs. 17-20); Unci de Notholca guidoi, sp. n. (fig. 21). 11, 12: laguna. Chascomüs. 13: laguna Lobos. 14: laguna Adela. 15: cantera’en Los Talas. 16: laguna Las Barrancas. 17, 18: represa del río Olivia. 19,20: lago Fagnano. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 35 - 45, 26 out. 1992. Cinco especies del género Notholca... 43 Figs. 22-25: Fotomicrografías de Notholca squamula de Buenos Aires. 22: vista dorsal (MEB), laguna Adela 23: detalle ornamentación placa dorsal, antena lateral (MEB), laguna Tapalqué. 24: vista general (CI), laguna Lobos. 25: vista lateral (MEB), laguna Adela. Escalas: 22, 24, 25: 50 um, 23: 10 um. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 35 - 45, 26 out. 1992. 44 BATTISTONI mem á 1a “r de » “a N a & Figs. 26-30: Fotomicrografías de Notholca walterkostei de laguna de la Península I, de Tierra del Fuego. 26: vista dorsal (MEB); 27: vista lateral (MEB); 28: vista dorsal (MO); 29: detalle ornamentación placa dorsal (MEB); 30: detalle apéndice caudal, se observa placa ventral (MEB). Escalas: 26-28: 50 um; 29, 30: 10 um. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 35 - 45, 26 out. 1992. Cinco especies del género Notholca... 45 Figs. 31-35: Fotomicrografías de Notholca guidoi , sp.n. 31: vista dorsal (MEB). 32: vista lateral (MEB). 33: detalle ornamentación placas dorsal y ventral (MEB). 34: vista dorsal (MO). 35: vista lateral (MO). Escalas: 31, 32, 34, 35: 50 um; 33: 10 um. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 35 - 45, 26 out. 1992. PENNATULACEA (CNIDARIA: OCTOCORALLIA) DE LA REGIÖN SUBANTARTICA: NUEVOS TAXA Y REGISTROS Fabian H. Acuna !? Mauricio O. Zamponi '* ABSTRACT PENNATULACEA (CNIDARIA: OCTOCORALLIA) FROM SUBANTARTIC REGION: NEW TAXA AND RECORDS. Pennatula argentina, sp. n., and Halipteris heptazooidea, sp. n., from subantartic region are described. Pennatula inflata was a new record for subantartic region. KEYWORDS: Cnidaria, Pennatulacea, taxonomy, new species, distribution. INTRODUCCION El orden Pennatulacea es practicamente desconocido para aguas de la regiön subantartica excepto por JUGERSEN (1904) que cita a la especie Anthoptilum grandiflorum (Verrill, 1879) para el sur de Buenos Aires; aunque existen trabajos previos sobre este taxón para el Atlantico subtropical como los realizados por BELEM & ALVARENGA (1973) y CASTRO (1981) sobre las especies Virgularia presbytes Bayer, 1955 y Stylatula brasiliensis (Gray, 1870) respectivamente. El hallazgo de especimenes de los géneros Pennatula y Halipteris permitiö realizar una revisiön y comparaciön con las especies descriptas, pudiendose establecer que el material examinado presenta especies nuevas para los respectivos taxa. MATERIAL Y METODOS La colecciön de estudio fue recolectada en las coordenadas 41° 24'S - 57º 10W y 41° 30'S-57° 20W. El material obtenido fue conservado en solución salina de Formaldehido neutralizado al 4%. Para el analisis de las escleritas fue realizado previa maceración del tejido, y el mismo fue tratado con algunas gotas de Hipoclorito de Sodio para permitir una mejor visualización de las mismas. Se midieron 5 1. Facultad de Ciencias Exactas y Naturales. Departamento de Ciencias Marinas. Laboratorio de Biologia de Cnidarios. Funes 3250, 7600 Mar del Plata, Argentina. 2. Becario del CONICET. 3. Carrera del Investigador Científico del CONICET. IHERINGIA, Sér. Zool., (73): 47 - 53, 26 out. 1992. 48 ACUNA & ZAMPONI escleritas procedentes del pedúnculo de las colonias de la especie Pennatula argentina, sp.n., y 15 escleritas de los autozooides, y 4 escleritas del pedünculo de Halipteris heptazooidea, sp.n. Para la determinaciön del índice de tamafio A), se proponen la utilizaciön del seguiente indice: It= Lp/L, donde: L, : Longitud del pedúnculo y L : Longitud total de la colonia. El índice empleado fue usado para P. argentina. La aplicación de este índice fue para estimar el tamafio de las colonias incompletas. La observación de los cnidocistos fue realizada mediante macerado de los tentáculos de los pólipos autozooides, y se midieron 20 cnidocistos con un ocular micrométrico a escala de graduación 10/100. El reconocimiento de los cnidocistos se basó en el sistema de WEILL (1934). Las colonias examinadas fueron depositadas en la colección de invertebrados del Museo de La Plata (MLP) y en la colecciön de celenterados del Depto. de Ciencias Marinas (UNMdP). Pennatulidae Ehrenberg, 1834 Colonias bilaterales con pólipos dispuestos en grandes hojas. Autozooides en una o más filas sobre el margen de las hojas. Anthocodia retráctil dentro de los cálices y con dientes marginales. Sifonozooides limitados al raquis. Mesozooides pueden estar presentes. Numerosas escleritas en forma de aguja, trilaminadas, varilla, lâmina y ovaladas. La familia posee tres géneros: Pennatula Linnaeus, 17758 de distribución cosmo- polita; Leioptilus Gray, 1860 y Ptilosarcus Gray, 1860 restringidas a la costa del Océano Pacífico de América del Norte. Pennatula argentina, sp. n. (Figs. 1,2, 5-8) Las colonias examinadas varían entre 33,0 y 40,5 cm de longitud. El pedúnculo es de un cuarto de la longitud total de la colonia. Presentan un bulbo prominente y un raquis esponjoso y flexible. El axis interno es calcäreo, de sección oval y recorre toda la colonia (fig. 5). Presenta pólipos secundarios dispuestos en dos filas de hojas. Los autozooides están fusionados en hojas fijas en toda su longitud al raquis y dispuestas alternativamente alo largo del mismo. El número de hojas varía entre 25 y 40 pares, y los autozooides por hoja no superan en ningún caso el número de 20. Los cálices de los autozooides son octodentados y en general no alcanzan los 10 mm de longitud. En la base de las hojas y a lo largo del tracto dorsal se disponen los sifonozooides en forma agrupada (fig. 6). Cerca de la base de las hojas pueden observarse los mesozooides (fig. 7), de tamafio intermedio entre los autozooides y los sifonozooides. Las escleritas del pedúnculo son aplanadas ovalmente (fig. 8). Varían entre 88,8 y 148 um de longitud y su ancho es de 12,7 a 38,1 um aproximadamente. No fueron observadas escleritas en los pólipos autozooides. Em base a los ejemplares observados puede inferirse que los mismos son adultos, de acuerdo al gran desarrollo que presentam las hojas y el número de las mismas. Entre los ejemplares analizados se halló uno con características albinas, hecho que ya fuera observado por VERRILL (1882) para la especie P. aculeata. Se midieron 20 cnidocistos del tipo microbásico mastigóforo de los pólipos autozooides; obteniéndose una talla que osciló entre 12,7 a 25,4 um. De los ejemplares enteros se estableció el índice de tamafio (I |: El resultado IHERINGIA, Ser. Zool., (73): 47 - 53, 26 out. 1992. Pennatulacea (Cnidaria: Octocorallia)... 49 obtenido se mantuvo constante en * 0,225. Si este valor fuera constante para la especie se podría utilizar para determinar el tamafio de colonias incompletas. En la tabla I se puede observar el valor I y elnúmero de hojas para las dos colonias completas. En la tabla II se calcula el tamafio estimado de 4 colonias incompletas en base a la aplicación dell. Etimologia: el epiteto de la especie hace referencia a la Nación Argentina. Material-tipo. Región Subantartica: 41º24'S,57º10'W (prof. 800-810m); Holotipo, V. 1978, BIP “Walther Herwig” col., (MLP,n 8514); Paratipo (long 33,0 cm), V. 1978, BIP “Walther Herwig” col., (UNMSsP, nº CP1). Tabla I. Relaciön entre el número de hojas y el índice de tamafo (L ), de Pennatula argentina, sp. n. (L longitud del pedünculo; L. longitud total de la colonia ). i nú Especímen Nº de Hojas Lo (cm) L (cm) I: t l 35 9,0 40,5 0,22 2 SH 7,6 33,0 023 Tabla II. Tamafio estimado de las colonias incompletas de Pennatula argentina, sp.n. aplicando el índice de tamafio A), o: longitud del pedúnculo; L, longitud total de la colonia). Especímen E (cm) L, (cm) e 7,0 Su 2 9,5 42,2 3 95 42,2 4 Te? 32,0 Pennatula inflata Kükenthal, 1910 Pennatula inflata KÜKENTHAL, 1910: 52; 1915: 83; figs. 81-83; KÜKENTHAL & BROCH, 1911:350, pl. 17 (fig. 25), pl. 22 (figs. 61,62); WILLIAMS, 1990: 100-106, figs. 31-35. Material examinado. REGION SUBANTARTICA: 41° 30'S-57º 20'W (prof. 439 m), (UNMdP). Virgulariidae Verrill, 1868 Colonias bilaterales, largas y en forma de flagelo. Con un axis bien desarrollado y presente en toda la longitud de la colonia. Autozooides adyacentes y fusionados proximalmente, que constituyen hojas de pölipos o bordes bajos dispuestos en filas transversas u oblicuas a lo largo del raquis. Escleritas alargadas en forma de plato o ausentes. La familia es de distribución cosmopolita con dos subfamilias y 6 géneros. Halipteris heptazooidea, sp. n. (Figs. 3, 4,9, 10) Una colonia examinada mide 52,5 cm de longitud y 10mm de diámetro en su región más ancha. El axis calcáreo interno es de sección circular (fig. 9) en toda su longitud y en su extremo es libre, y se encuentra notablemente adelgazado. El pedúnculo es de aproximadamente 20cm de longitud y su diámetro máximo es de 10mm. Los IHERINGIA, Ser. Zool., (73): 47 - 53, 26 out. 1992. 50 ACUNA & ZAMPONI autozooides se disponen en filas oblicuas, las cuales se ubican en dos series longitudinales de más de 100 filas cada una. Estas series longitudinales dan a la colonia una simetría bilateral, correspondiendo los autozooides a la parte ventral de la misma. Cada fila posee 7 autozooides, aunque algunas se encuentran menos desarrolladas y tienen un número menor. En la base de los autozooides se ubican los sifonozooides que no presentan ninguna disposición particular. Las escleritas de los autozooides (cálices y tentáculos) (fig. 10a) varían entre 50 a 317 um en longitud y entre 8 a 55 pm en ancho. Aquellas encontradas en el pedúnculo (fig. 10b) miden de 59 a 72 um de longitud y de 13 a 17um en ancho. En la región basal interna de los autozooides fueron observadas pequenas bolsas que contenían cistos espermáticos. Dichas bolsas tienen um diämetro que va de 0,35 a 1,76 mm y los cistos espermáticos varían entre 63 y 237 um. Etimologia: el epiteto de la especie hace referencia a la existencia de 7 pólipos autozooides por fila. Material-tipo. Región Subantartica: 41º 30'S; 57º 20'W (prof. 439 m): Holotipo, V. 1978, BIP “Walther Herwig” col.; (MLP, nº 8513) Anthoptilum grandiflorum (Verrill, 1879) Virgularia gradiflorum VERRIL, 1879:239. N Anthoptilum grandiflorum; JUGERSEN, 1904:66; KUKENTHAL & BROCH, 1911: 233, pl. 14 (figs. 5-7), pl. 19 (figs. 44-46) (partim); GRASSHOFF, 1982: 741, 750; WILLIAMS, 1990: 100-106, figs. 31-35. Material examinado. REGION SUBANTARTICA. 41° 30'S; 57° 20'W (prof. 439 m); 38° 56'S; 55º 31'W (200 m); 37° 38'S; 55° 12'W (350 m); 39° 43'S; 55° 42'’W (500 m); (UNMdP). DISCUSION P. argentina, sp.n. difiere de aquellas especies descriptas para otros océanos por la disposiciön de las hojas, y las escleritas del pedünculo y los autozooides. En relaciön alas hojas, en P. grandis y P. inflata las mismas se hallan separadas del raquis, mientras que en P. argentina se hallan fusionadas en toda su longitud. En P. inflata las escleritas del pedünculo son discoidales y alargadas con extremosredondeados en los autozooides. En P. grandis las escleritas son triangulares, siendo mäs cortas las correspondientes al pedünculo, mientras que en P. argentina hay escleritas s6lo en el pedünculo pero no en los pölipos autozooides. Se diferencia de P. phosphorea porque posee mesozooides. KUKENTHAL (1915) estableció dos grupos de especies en base al número de pólipos por hoja; el primer grupo posee de 30 a 100 pólipos por hoja y el mismo está constituido por las especies P. fimbriata, P. grandis, P. inflata, P. noselyi, P. naresiy P. rubra; mientras que el segundo grupo tiene de 3 a 20 pólipos por hoja y está formado por P. phosphorea, P. prolifera, P. aculeata, P. indica, P. murrayi y P. pearceyı. En base al anälisis efectuado, la especie P. argentina, sp.n. no supera los 20 pólipos por hoja, es decir que la nueva especie debe ser incluida en el segundo grupo establecido por KUKENTHAL (1915). H. heptazooidea, sp.n., se diferencia de la especie más próxima, H. africana, por su axis interno que en corte transversal es de sección circular, además por poseer 7 autozooides por hoja y por el tamanio de las escleritas.Por último debe mencionarse que el registro de P. inflata Kükenthal, 1910 contituye una nueva cita para la región. IHERINGIA, Ser. Zool., (73): 47 - 53, 26 out. 1992. Pennatulacea (Cnidaria: Octocorallia)... 5] Agradecimientos. A la Sra. Marcela Tobio (Laboratorio de Fotografia del Instituto Nacional de Investigaciones y Desarrollo Pesquero) por la colaboraciön desinteresada de las tomas fotogräficas que ilustran el texto. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS BELÉM, M.J. & ALVARENGA, L.C. 1973. Contribuição ao conhecimento da fauna de Cnidarios dos Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, Brasil. I. Virgularia presbytes Bayer, 1955 (Anthozoa, Pennatulacea, Virgulariidae). Atas da Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 17 (1): 41-51. CASTRO, C.B. 1981. Notas sobre Stylatula brasiliensis (Gray, 1870) (Coelenterata, Octocorallia, Pennatulacea). In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ZOOLOGIA, 8, Brasília. Resumos.. Brasília, 1981. p. 80-1 GRASSHOFF, M. 1982. Die Gorgonaria, Pennatularia und Antipatharia des Tiefwassers der Biskaya (Cnidaria, Anthozoa). Ergebnisse der franzosischen expeditionen Biogas, Polugas, Geomanche, Incal, Noratlante und fahrten der “Thalassa”. I. Algemeiner Tell. Bull. Mus. Hist.nat. 4e.ser.Sect. A, Paris, 4 (3): 731-66. JUGERSEN, H.F.E. 1904. Pennatulida. Dan. Ingolf-Exped., Copenhagen, 5 (1): 1-95. KUKENTHAL, W. 1910. Pennatuliden der Deutschen Tiefsee-Expedition. Zool. Anz., Leipzig, 36 (2/3): 51-8. . 1915. Pennatulari das Tierreich. Berlin, Von R. Friedlander v. 43. 321p. KUKENTHAL, W. & BROCH, H. 1911. Pennatulacea. Wiss. Ergebn. “Valdivia”, Jena, 13 (1/ 2) RINS 576): VERRIL, A.E. 1879. Notice of recent addition to the marine fauna of the eastern coast of North America. Am.J.Sci.Arts, (3): 309-16. WEILL, R. 1934. Contribution a L'étude des Cnidaires et de leurs nematocystes. Trav. Stn. zool. Wimereux, Paris. 10 (11): 1-701. WILLIAMS, C.C. 1990. The Pennatulacea of Southern Africa (Coelenterata, Anthozoa). Ann.S.Afr.Mus. Cape Town, 99 (4): 31-199. Recebido em 24.VII.1991; aceito em 21.V.1992 IHERINGIA, Ser. Zool., (73): 47 - 53, 26 out. 1992. ACUNA & ZAMPONI Figs. 1-4. Pennatula argentina, sp. n: 1. Vista dorsal; 2. Vista ventral (escala = 10 cm). Halipteris heptzooidea, sp. n. 3. Vista dorsal; 4. Vista ventral (escala= 8cm). IHERINGIA, Sér. Zool., (73): 47 - 53, 26 out. 1992. Pennatulacea (Cnidaria: Octocorallia)... r E a : RO SD = a A - . a Y . ... © A a é . . e = o pad a SN >>. Bi «te Re Do ER aM É r : IM > EM x Ae: a . dr 2 ER, AME (ed) o 9 10 Figs. 5-10. Pennatula argentina, sp.n. 5. Sección del axis interno (escala= Imm); 6. Detalle de sifonozooides (escala= 0,5 mm); 7. Detalle de mesozooides (escala= 0,5 mm); 8. Detalle de escleritas (escala= 100 pm). Halipteris heptazooidea, sp. n.:9. Secciön del axis interno (escala= | mm); 10a. Escleritas de los autozooides (escala= 50 um); 10b. Escleritas del pedünculo (escala= 50 um). IHERINGIA, Ser. Zool., (73): 47 - 53, 26 out. 1992. RR ARANHAS THERIDIIDAE DA ILHA DE MARACÁ, RORAIMA, BRASIL. IV. GÊNERO THYMOITES (ARANEAE)! Maria Aparecida L. Marques ? Erica Helena Buckup ° ABSTRACT THERIDIIDAE SPIDERS FROM MARACÁ ISLAND, RORAIMA, BRAZIL. IV. GENUS THYMOITES (ARANEAE). Up to now, only two species of Thymoites Keyserling have been found in Maracá Island, Uraricoera River, Roraima, Brazil: T. maracayensis Levi, new record, and T. cravilus, sp.n.. KEYWORDS. Neotropical, Araneae, Theridiidae, Thymoites, new species. INTRODUÇÃO O gênero Thymoites Keyserling, 1884 está representado por 56 espécies na Região Neotropical (LEVI, 1959; 1964; 1967). Para o Brasil, foram registradas 12 espécies, das quais uma para o estado do Paräe 11 ocorrentes nas regiões Sul e Sudeste do país. Foram coligidas duas espécies desse gênero na Ilha de Maracá, Roraima: T. cravilus, sp.n.e T. maracayensis Levi, 1964, descrita com base em única fêmea procedente da Venezuela. Este é o segundo registro desta espécie e o primeiro para o Brasil. Abreviaturas usadas no texto segundo BUCKUP & MARQUES (1989). As aranhas foram depositadas nas coleções do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Manaus e Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (MCN), Porto Alegre. Thymoites cravilus, sp.n. (Figs. 1-6) Tipos. Holótipo cf Ilha de Maracá (3º 15' - 3º 35'N e 61º 22' - 61º 58W), Rio Uraricoera, Roraima, Brasil, 07.X11.1987, A.A. Lise col. (MCN 21563); parätipos: 2 9, 24.11.1987, A.A. Lise col. (INPA), 28, 07.X11.1987, E.H. Buckup col. (MCN 21569), ê Parte do Projeto Maracá, 1987-1988 (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, “Royal Geographic Society”, Secretaria Especial do Meio Ambiente). É 2. Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Caixa Postal 1188; CEP 90.001, Porto Alegre, RS, Brasil. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 55 - 58, 26 out. 1992. 56 MARQUES & BUCKUP todos da mesma localidade do holötipo. Etimologia. O nome específico é uma combinação arbitrária de letras. Diagnose. Machos de Thymoites cravilus, sp.n., têm a região dos olhos protuberante com um sulco transversal entre os olhos médios anteriores e posteriores (figs. 1,2), como em T. caracasanus (Simon, 1894), T. notabilis (Levi, 1959) e T. lori Levi, 1964, distinguindo-se pela forma dos escleritos do palpo (figs. 3,4); fêmeas são próximas de T. ebus Levi, 1964 e de T. urubamba Levi, 1967, distinguindo-se pelo percurso horizontal dos ductos na porção próxima aos poros de abertura (figs. 5,6) enquanto que nas duas primeiras espécies os ductos formam um V. Macho. Carapaça, esterno, quelíceras, enditos amarelo-alaranjados. Pernas da mesma cor, exceto perna III e fêmures amarelo-claros. Abdômen esbranquiçado, sem scutum. Carapaça alta na região cefálica, protuberante na área dos olhos médios, com um sulco entre os OMA e OMP; clipeo com uma saliência transversal. Uma série de cerdas longas abaixo dos OMA. Olhos, subiguais, marginados de negro. OMA levemente menores do que os outros. OMA separados por pouco mais do que seu diâmetro e pelo seu raio dos OLA. OMP afastados por pouco mais do que seu diâmetro e dos OLP por pouco mais do que seu raio. Medidas (mm). Comprimento total 1,12. Carapaça: comprimento 0,61, largura 0,47. Abdômen: comprimento 0,57, largura 0,47, altura 0,62. Pernas 1423. Comprimen- to /I/III/TV: fêmures 0,56/0, 46/0, 36/0, 50; patelas 0,18/0, 16/0, 15/0,16; tíbias 0,36/ 0, 27/0, 21/0, 32; metatarsos 0,33/0, 26/0, 18/0, 26; tarsos 0,26/0, 23/0, 21/0,23. Totais 1,69/1,38/1,11/1,47. Fêmea. Colorido semelhante ao do macho. Carapaga não modificada. Olhos subiguais, OMA separados entre si por quase um diâmetro e dos OLA por cerca de um quinto do seu diâmetro. OMP afastados por quase um diâmetro e dos OLP pelo seu raio. Medidas (mm). Comprimento total 1,17. Carapaça: comprimento 0,50, largura 0,41. Abdômen: comprimento 0,73, largura 0,68, altura 0,81. Pernas 1423. Comprimen- to I/I/IIV: fêmures 0,52/0,41/0,26/0,46; patelas 0,17/0,17/0,13/0,16; tíbias 0,32/ 0,23/0,18/0,30; metatarsos 0,31/0,23/0,18/0,25; tarsos 0,26/0,23/0,20/0,22. Totais 1,58/ 1,27/0,95/1,39. Thymoites maracayensis Levi, 1964 Thymoites maracayensis LEVI, 1964:456, figs. 3,4. Material examinado. BRASIL. Roraima: Ilha de Maracá, Rio Uraricoera, 1 £, INPA, 21-30. X1.1987, J.A. Rafael col. (“fogging”/copas de árvores); Amazonas: Manaus, £, MCN 21562, 14.11.1987, A.A. Lise col. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BUCKUP, E.H. & MARQUES, M.A.L. 1989. Aranhas Theridiidae da Ilha de Maracá, Roraima, Brasil. I. Nova espécie de Echinotheridion e descrição da fêmea de Phoroncidia moyobamba IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 55 - 58, 26 out. 1992. Aranhas Theridiidae da Ilha de Maracá... 57 (Araneae). Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, (69): 123-129. LEVI, H.W. 1959. The spider genera Achaearanea, Theridion and Sphyrotinus from Mexico, Central America and West Indies (Araneae, Theridiidae). Bull. Mus. comp. Zool. Harv., Cambridge, Mass., 121 (3): 57-163. — . 1964. The spider genus Thymoites. in America (Araneae: Theridiidae). Bull. Mus. comp. Zool. Harv., Cambridge, Mass., 130 (7): 447-471. ——. 1967. Habitat observations, records, and new South American Theridiid spiders (Araneae: Theridiidae). Bull. Mus. comp. Zool., Cambridge, Mass. 136 (2): 21-37. Recebido em 01. XI. 1991; aceito em 20.XI1.1991. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 55 - 58, 26 out. 1992! sg MARQUES & BUCKUP Figs. 1-6. Thymoites cravilus, sp.n. Macho, carapaga: 1. lateral; 2. dorsal; palpo esquerdo: 3. ventral, 4. prolateral. Fêmea, epigino: 5. ventral, 6. dorsal. Escalas: 0,1 mm. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 55 - 58, 26 out. 1992. NOVOS LONGICÓRNEOS DO PARAGUAI (COLEOPTERA, CERAMBYCIDAE) Maria Helena M. Galileo '* Ubirajara R. Martins °** ABSTRACT NEW LONGICORNS FROM PARAGUAY (COLEOPTERA, CERAMBYCIDAE). The following new taxa are described from Paraguay: Piezophidion, gen.n., type species, P. intricatum, sp.n.; Stratone aurantia, sp. n., Octotapnia, gen.n., type species, O. exotica, sp.n. KEYWORDS: Neotropical, Coleoptera, Cerambycidae, new taxa. INTRODUÇÃO O material no qual fundamentamos as descrições foi coligido no Paraguai e está depositado no Museu de Zoologia, São Paulo (MZSP). Elaphidionini Piezophidion, gen. n. Espécie-tipo, Piezophidion intricatum, sp. n. Fronte com depressões laterais; sutura clípeo-frontal pouco demarcada. Vértice alveolado, esparsamente pubescente. Lobos oculares superiores muito distantes, com três fileiras de omatídeos. Tubérculos anteníferos não projetados, distantes. Escapo mais curto que o antenômero III, cilíndrico, esparsamente pubescente. Antenômero II mais longo do que o IV; sulco longitudinal dorsal muito raso, apenas indicado; sem carenas longitudi- nais; ângulo apical interno (50x) projetado em espículo diminuto. Antenômero IV com espículo apical interno diminuto. Antenômeros IV-X com ângulos apicais externos indicados. Antenas ( &) tão longas quanto o corpo. Protórax arredondado aos lados, mais constrito na base do que junto à cabeça. Pronoto com alvéolos longitudinais, esparsamente pubescente. Élitros densamente pontuados na metade anterior, moderadamente pubescen- tes, com setas entremeadas curtas; extremidades transversalmente truncadas, desarmadas; epipleuras estreitas. Prosterno com grandes áreas de pontuação sexual que quase atingem 1. Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotänica do Rio Grande do Sul; C.P. 1188; 90001 Porto Alegre RS, Brasil. 2. Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo; C.P. 7172; 01064 São Paulo SP, Brasil. 3. Departamento de Epidemiologia, Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo. 4. Pesquisador do CNPq. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73) 59 - 63, 26 out. 1992. 60 GALILEO & MARTINS os lados do pronoto. Cavidades coxais anteriores abertas aträs. Processo mesosternal sem tubérculo, mais estreito do que umamesocoxa. Fêmures fusiformes, desarmados. Metatibias cilíndricas, não carenadas. Discussão. Este novo gênero insere-se mais apropriadamente em Elaphidionini. O pronoto com alvéolos longitudinais e os antenômeros mais apicais levemente projetados no ângulo apical externo são caracteres habituais em Piezocerini, contudo os flagelômeros basais e as metatíbias não são bicarenados, os antenômeros III e IV têm espículo apical interno diminuto e o corpo apresenta pubescência, caracteres mais condizentes com Elaphidionini. Piezophidion, gen.n. distingue-se de Anelaphus Linsley, 1936: (1) lobos oculares superiores estreitos, com três fileiras de omatídeos e muito distantes entre si; (2) espinhos antenais curtíssimos, restritos a III e IV; (3) fêmures acentuadamente engrossados na metade apical; (4) áreas de pontuação sexual do prosterno muito desenvolvidas, extensas e profundas. Em Anelaphus os lobos oculares superiores são largos, com 5-6 fileiras de omatídeos e próximos (distância entre lobos maior que a largura de um lobo); espinhos antenais desenvolvidos nos flagelômeros basais; meso - e metafêmures sublineares; áreas de pontuação sexual pouco profundas, em geral mais reduzidas. Etimologia. Combinação arbitrária dos nomes Piezocera e Elaphidion. Piezophidion intricatum, sp.n. (Fig. 1) & Colorido geral castanho-avermelhado. Todo corpo e apêndices revestidos por pubescência pouco densa, mais concentrada na metade apical dos élitros onde não chega a esconder o tegumento. Lobos oculares inferiores muito desenvolvidos, grosseiramente facetados. Palpos maxilares apenas mais longos que os labiais. Mesepimeros e lados do metasterno densamente pontuados. Dimensões, em mm, holótipo d! Comprimento total, 9,2: comprimento do protórax, 2,0; maior largura do protórax, 1,9; comprimento do élitro, 5,1; largura umeral, 1,9. Material-tipo. PARAGUAI. Central: Cerro Lambaré,-holótipo & 3.XI.1990, G. Arriagada col. (MZSP). Heteropsini Stratone aurantia, sp.n. (Fig. 2) 2. Colorido geral alaranjado; são pretos: ápice das mandíbulas, olhos; antenas (exceto estreito anel basal de tegumento amarelado nos antenômeros IV-V]), pontas dos fêmures, tíbias e tarsos. Fronte plana, brilhante, densamente pontuada. Vértice pontuado. Antenas (escapo inclusive) com longos pêlos, mais abundantes em III-VI; metade apical de V e VI-X fina e densamente pontuados, com pubescência dourada. Protórax transversal, mais estreito na orla anterior do que na basal, arredondado aos lados. Pronoto regularmente convexo; disco esparsamente pontuado; pontos mais próximos para as partes laterais do protórax, todos providos de setas alaranjadas. Escutelo reduzido, semicircular, brilhante. Élitros com margens subparalelas, estreitadas em curva para o ápice; superfície brilhante, sem IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73) 59- 63, 26 out. 1992. Novos longicörneos do Paraguai... 61 microescultura, moderadamente pontuada até o terço apical; os pontos providos de pêlos curtos, eretos. Prosterno com finíssimas rugas transversais. Processo prosternal plano. Mesosterno amplo, plano; processo mesosternal plano. Metasterno quase liso, brilhante, giboso. Processo intercoxal do primeiro urosternito largo, truncado anteriormente. Fêmures brilhantes, praticamente lisos, com pêlos eretos esparsos. Tíbias com longos pêlos na margem posterior, com pontos esparsos no lado externo. Abdômen liso e brilhante. Dimensões, em mm, holótipo 2. Comprimento total, 8,5; comprimento do protórax, 1,5; maior largura do protórax, 2,2; comprimento do élitro, 6,1 largura umeral, 2,5. Material-tipo. PARAGUAI. Central: Jardim Botânico, holóvipo 2, 29.X.1990, G. Arriagada col. (MZSP). Discussão. Stratone aurantia, sp. n., é próxima de S. rufotestacea Thomson, 1864, originalmente descrita da Guiana Francesa, que não examinamos. Distingue-se pelos lados do protórax regularmente arredondados e pelo escapo e ápices dos fêmures pretos. Em S. rufotestacea o protórax é “globulosus, convexus, lateraliter fere inermis, scilicet post medium obsolete obtuseque tuberculatus” (THOMSON, 1864:335), o escapo é concolor, isto é, vermelho-alaranjado e os fêmures não apresentam extremidades escuras. Acanthoderini Octotapnia, gen.n. Espécie-tipo, Octotapnia exotica, sp.n. Este gênero caracteriza-se pelas antenas com oito artículos que não alcançam a metade dos élitros e pela armadura lateral do protórax. Fronte mais larga do que longa. Lobos oculares inferiores mais curtos do que as genas; lobos superiores tão distantes entre si quanto o dobro da largura de um lobo. Vértice com duas elevações longitudinais pouco salientes. Antenas com oito artículos. Escapo clavado com dois terços do comprimento do antenômero III. Pedicelo tão longo quanto o antenômero VI. Antenômeros III e IV cilindricos, com comprimento subigual; o IV tão longo quanto V-VIII; estes com comprimentos decrescentes; o VIII apenas mais longo do que o V. Protórax mais largo do que longo, mais constrito posterior do que anteriormente. Pronoto com gibosidade central pouco manifesta; lados do protórax com tubérculo longitudinal, central, terminado posteriormente em espículo voltado para os úmeros. Processo prosternal regularmente convexo. Processo mesosternal plano, sem tubérculos. Élitros largos, margens subparalelas até o meio e regularmente estreitadas em curva para o ápice. Úmeros arredondados e salientes. Superfície elitral com duas costas dorsais pouco manifestas. Estremidades obliquamente truncadas, desarmadas. Fêmures pedunculados e fortemente clavados. Sulco das mesotíbias no quarto apical. Discussão. Octotapnia, gen. n., relaciona-se com Pseudotapnia proposto por CHEMSAK & LINSLEY 1978: 28, fundamentado em única espécie proveniente do Panamá. Em Pseudotapnia, contudo, as antenas apresentam seis artículos; os olhos são finamente facetados; o escapo é proporcionalmente mais curto e os lados do protórax são arredondados, sem tubérculo. Etimologia. Combinação arbitrária de dois nomes: octo, referente ao número de IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73) 59 - 63, 26 out. 1992. 62 GALILEO & MARTINS artículos antenais; tapnia, terminação de nome genérico Pseudotapnia. Octotapnia exotica, sp. n. (Fig. 3) 9. Tegumento de maneira geral preto ou castanho-avermelhado; mais claro, avermelhado, ao longo das margens elitrais e no ápice dos élitros. Pubescência amarelada, muito mais esparsa na face ventral. Na cabeça esta pubescência está mais concentrada no lado interno dos lobos oculares superiores; nas antenas, dois terços apicais do escapo; na orla apical do pedicelo; na base e ápice do antenômero III; nos dois terços basais e estreita orla apical do IV; nas bases dos antenômeros V-VII. No pronoto, pubescência em quatro manchas pequenas no dorso e nos lados do protórax. Em cada élitro, pubescência em pequenas manchas ao lado da sutura (principalmente na metade apical); uma mancha oval, dorsal, no início da declividade posterior; ao longo das margens e no quinto apical. Nas pernas, pubescência na clava dos fêmures (entremeada por pontos escuros); nas tíbias (exceto dois anéis escuros, um perto da base e outro junto ao ápice); nos tarsômeros. Fronte com alguns pontos mais concentrados no meio. Pronoto profundamente pontuado exceto sobre a gibosidade central. Élitros densa e profundamente pontuados nos dois terços anteriores (cada ponto com seta curta interna). Face ventral desprovida de pontos. Dimensões, em mm, holótipo 2. Comprimento total, 7,0; comprimento do protórax, 1,4; maior largura do protórax, 2,1; comprimento do élitro, 4,9; largura umeral, 3,0. Material-tipo. PARAGUAI. Central: Cerro Lambaré, holótipo 2. 3.X1.1990, G. Arriagada col. (MZSP). Agradecimentos. Ao Sr. Gerardo Arriagada pela remessa do material e por sua permissão para que o material-tipo pudesse ser incorporado ao Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo; ao colega Miguel A. Monné pelas informações sobre Stratone rufotestacea e ao Prof. Jonas Gruber pela execução das fotografias. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS THOMSON, J. 1864. Systema Cerambycidarum... Mém. Soc. Roy. Sci. Liege 19:1-540. CHEMSAK, J.A. & LINSLEY, E.G. 1978. New neotropical Lamiinae (Coleoptera, Cerambycidae). The Pan Pacific Entomologist, 54: 26-30. Recebido em 27.X1.1991; aceito em 24.11.1992. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73) 59- 63, 26 out. 1992. Novos longicörneos do Paraguai... "wıug)‘/, [2109 oJuswrdwos *+ odnojoy “u “ds ‘D910x2 piudpI0190 'g :ww g‘g fejo) oJusurdwos “+ odnojoy “u ds ‘pu1.19 2uop.ug "7 uva Z‘6 (eo) ouauduoo jo odnojoy “u ds “wungpa1iau uorpiydozaig ‘| "314 IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73) 59 - 63, 26 out. 1992. BA BEL AREA LEBT ee e ’ 4 Ee VE Kae e MABEA FISTULIFERA (EUPHORBIACEAE) NA ALIMENTACAO DE AVES NA REGIAO DE VICOSA, MINAS GERAIS, BRASIL Milene Faria Vieira ! Geraldo T. de Mattos ? Rita M. de Carvalho-Okano ! ABSTRACT MABEA FISTULIFERA (EUPHORBIACEAE) IN THE FEEDING OF BIRDS IN THE AREA OF VIÇOSA, MINAS GERAIS, BRAZIL. Mabea fistulifera is a common euphorbiaceous tree in the area of Viçosa, Minas Gerais, mainly as a component of secondary vegetation. Its blooming peak occurs at the beginning of the dry season (Apriland May), with abundant nectar production. Thirty-two bird species were observed taking M. fistulifera nectar, which seems to represent an important food source for some migrant birds. Four other bird species were observed feeding on seeds of M. fistulifera in September and October, and were considered as seed predators. KEYWORDS: Mabea, floral resource, migrant birds. INTRODUÇÃO A região de Viçosa (20º 45'S, 42º 51'W) situa-se na Zona da Mata, Minas Gerais, com altitudes de 600 a 860 metros. Sua cobertura vegetal dominante é a de capim-gordura (Melinis minutiflora, Gramineae); nas matas secundárias restantes são comuns o angico- vermelho (Anadenanthera peregrina, Mimosaceae), o canudo-de-pito (Mabea fistulifera, Euphorbiaceae), o jacaré (Piptadenia gonoacantha, Mimosaceae), o ruão (Vismia sp., Guttiferae) e a embaúba (Cecropia spp., Cecropiaceae). A avifauna de Viçosa está representada por, aproximadamente, 292 espécies; a redução contínua da vegetação natural pelo homem vem ocasionando o desaparecimento de algumas aves na região (MONTEIRO et al., 1983). Os componentes da dieta alimentar de aves, na região de Viçosa, são pouco conhecidos. O néctar abundante nas inflorescências de Mabea fistulifera é utilizado 1. Departamento de Biologia Vegetal, Universidade Federal de Viçosa, 36.570, Viçosa, MG, Brasil 2. Ministério da Agricultura, 36.570, Viçosa, MG, Brasil IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 65 -68, 26 out. 1992. 66 VIEIRA, MATTOS & C. - OKANO como alimento por diversas espécies de aves, dentre outros animais (VIEIRA, 1991). M. fistulifera é espécie arbórea de 5 a 8m de altura. As árvores ocorrem principal- mente em locais com ação antrópica acentuada e, geralmente, apresentam-se agregadas. O objetivo deste trabalho é verificar a importância de M. fistulifera como fonte alimentar para diversas aves, na região de Viçosa. MATERIAL E MÉTODOS Foram feitas observações de campo principalmente nos meses de abril e maio de 1986 e abril, maio, setembro e outubro de 1987 e 1988, no campus da Universidade Federal de Viçosa e no Bairro Ramos, na cidade de Viçosa, Minas Gerais. As aves que se alimentam de néctar e sementes de M. fistulifera foram identificadas com o auxílio de um binóculo 8x30mm. As observações sobre o comportamento de visita das aves que tomam néctar foram feitas pelo mesmo processo. RESULTADOS A floração de M. fistulifera ocorre de fevereiro a junho, atingindo o pico entre abril e maio, que corresponde ao início da estação seca. As inflorescências pendentes, com flores em antese, produzem néctar abundante e acessível como alimento, acumulando-se ao redor da raque. A deiscência explosiva dos frutos ocorre entre os meses de setembro e outubro, nas horas mais quentes do dia. Cada fruto libera três sementes com cerca de 6 a 10 mm de comprimento, incluindo a carúncula, e 5 a 7 mm de largura. As aves observadas (tab. I) tomavam o néctar preferencialmente pela manhã (das 6h as 10h), embora algumas espécies também o fizessem à tarde (das 16h as 17h30min). Segundo VIEIRA (1991), o néctar encontra-se disponível em maior quantidade pela manhã. Entre as aves observadas, Thraupis sayaca, Coereba flaveola e Eupetomena macroura foram as mais fregiientes. Os passeriformes apresentaram comportamentos de visita semelhantes. Pousavam, agarrando-se na base da inflorescência pendente, e curvavam-se paralelamente em relação à raque, ficando de cabeça para baixo. Às vezes, Pipraeida melanonota, Trachyphonus coronatus e Trichothraupis melanops comportavam-se de maneira semelhante aos beija- flores, adejando defronte à inflorescência. Mimus saturninus e Pitangus sulphuratus frequentemente pousavam em ramos vizinhos à inflorescência, posição que facilitava a retirada do néctar. Entre as aves que se alimentavam de sementes da M. fistulifera foi coletado um indivíduo de juriti-pupu (Leptotila verreauxi, Columbidae) com fragmentos de sementes na moela e 18 sementes inteiras no papo; também alimentavam-se dessas os Tinamidae: Crypturellus obsoletus (inambuguaçu), C. parvirostris (inambu-xororó), C. tataupa (inambuxintã). DISCUSSÃO Para as aves, a abundância do néctar de M. fistulifera possibilita visitas oportunistas de indivíduos de diferentes famílias e reduz a competição entre os visitantes (WILLIS, IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 65 - 68, 26 out. 1992. Mabea fistulifera (Euphorbiaceae)... 67 1966; LECK, 1972). GONZAGA (1983) também registrou bandos de Passeriformes tomando néctar nas inflorescências de M. brasiliensis. Entre os passeriformes, as espécies de Coerebidae são conhecidas como nectarívoras e algumas de Thraupidae podem alimentar-se de néctar (SNOW & SNOW, 1971; SICK, 1985). Entretanto, para as espécies de Fringillidae, Mimidae, Tersinidae, Turdidae e Tyrannidae, o néctar não é comumente utilizado como alimento (SICK, 1985). A abundância deste recurso nas inflorescências de M. fistulifera pode representar fonte alternativa de alimento para essas aves, em período de escassez de frutos ou insetos. Alguns representantes do gênero Mabea parecem contribuir para o aparecimento sazonal de aves em determinadas regiões no Sudeste Brasileiro. WILLIS (1979) relaciona o aparecimento de muitos beija-flores em trechos de mata no Planalto Paulista, principal- mente devido à floração de M. fistulifera. De acordo com GONZAGA (1983), o aparecimento de Dacnis nigripes (Coerebidae), durante o inverno, em Magé, Estado do Rio de Janeiro, talvez esteja relacionado, além dos fatores climáticos, com a floração de M. brasiliensis. Algumas aves que visitam M. fistulifera, na região de Viçosa, são comuns durante todo o ano (ERICKSON & MUMFORD, 1976). Entretanto, Melanotrochilus fuscus, Tersina viridis, Myiozotetes similis, Turdus leucomelas, Sporophila caerulescens e algumas espécies de Thraupidae são observadas, principalmente, durante a estação seca (ERICKSON & MUMFORD, 1976; MONTEIRO et al., 1983). O aparecimento de algumas dessas aves nessa região também pode estar relacionado com a floração de M. fistulifera. As sementes de M. fistulifera apresentam alta taxa de óleo e são bastante apreciadas por aves domésticas. Leptotila verreauxi é ave predadora de sementes de M. fistulifera e as espécies de Crypturellus parecem também ser predadoras. Diversas espécies de Euphorbiaceae que apresentam sementes com carúncula, como as de M. fistulifera, são autocóricas e mirmecocóricas (BERG, 1975; VAN DER PIJL, 1982). Agradecimentos. Ao Lúcio A. de O. Campos e Wesley R. Silva pela leitura crítica do manuscrito. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BERG,R.Y. 1975. Fruit, seed, and myrmecochorous dispersalin Micrantheum (Euphorbiaceae). Norw. J. Bot. Oslo, 22:173-194. ERICKSON, H.T. & MUMFORD, R.E. 1976. Notes on birds of the Viçosa, Brazil region. West Lafayette, Purdue University, 29p. (Station Bulletin, 131). GONZAGA, L.P. 1983. Notas sobre Dacnis nigripes Pelzeln, 1856 (Aves, Coerebidae). Iheringia., Sér. Zool., Porto Alegre (63): 45-58. LECK, C.F. 1972. Seasonal changes in feeding pressures of fruit and nectar-eating birds in Panama. Condor, Columbus, 74: 54-60. MATTOS, G.T. de; ANDRADE, M.A.; CASTRO, P. de T.A. et al. 1984. Lista de aves do Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte, Instituto Estadual de Floresta. 22p. MONTEIRO, A.R. MATTOS, G.T. de & PONTES, J.L. 1983. Avifauna observada e identificada no município de Viçosa, Minas Gerais, Brasil. Experientiae, Viçosa, 29:31-47. MEYER DE SCHAUENSEE, R. 1970. A guide to the birds of South America. Edinburgh, Oliver & Boyd. 470p. SICK, H. 1985. Ornitologia brasileira; uma introdução. Brasília, Editora Universidade de Brasília. 2v. SNOW, B.K. & SNOW, D.W. 1971. The feeding ecology of tanagers and honeycreepers in Trinidad. Auk, Lawrence, 88: 291-322. VAN DER PIJL, L. 1982. Principles of dispersal in higher plants. 3ed. rev. Berlin, Springer- IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 65 -68, 26 out. 1992. 68 VIEIRA, MATTOS & €. - OKANO Verlag, 218 p. VIEIRA, M.F. 1991. Ecologia da polinizacäo de Mabea fistulifera Mart. (Euphorbiaceae) na região de Viçosa, Minas Gerais. Campinas, Universidade Estadual de Campinas, 82 f. Dissertação. (Mestr. Ecologia), Universidade Estadual de Campinas, 1991. [Não publicada]. WILLIS. E. O. 1966. Competitive exclusion and birds at fruiting trees in western Colombia. Auk., Lawrence, 83:479-480. —— . 1979. The composition of avian communities in remanescent woodlots in Southern Brazil. Pap. Avuls. Zool., São Paulo, 33:1-25. Tabela I. Relação das espécies de aves que tomam néctar nas inflorescências de Mabea fistulifera e o período de visita. ORDEM/FAMÍLIA ESPÉCIE (NOME VULGAR) PERÍODO DE VISITA MANHà TARDE Apodiformes/ Trochilidae Anthracothorax nigricollis (beija-flor-de-veste-preta) + + Calliphlox amethystina (estrelinha) + Chlorostilbon aureoventris (besourinho-bico-vermelho) + + Eupetomena macroura (beija-flor-de-tesoura) + + Melanotrochilus fuscus (beija-flor-preto-de-rabo-branco) + + Thalurania glaucopis (beija-flor-de-fronte-violeta) + Passeriformes/ Coerebidae Coereba flaveola (caga-cebo) + + Conirostrum speciosum (figuinha-de-rabo-castanho) + + Dacnis cayana (saí-azul) + + Fringillidae Saltator similis (trinca-ferro) + Sicalis flaveola (canário-da-terra) + + Sporophila caerulescens (coleirinho) + Zonotrichia capensis (tico-tico) + Mimidae Mimus saturninus (sabiá-do-campo) + Ploceidae Passer domesticus (pardal) + Tersinidae Tersina viridis (saí-andorinha) + Thraupidae Euphonia violacea (gaturamo-verdadeiro) + Nemosia pileata (saíra-mascarada) + + Pipraeidea melanonota (saíra-viúva) + Tachyphonus coronatus (tiê-preto) + Tangara cayana (sanhaçu-cara-suja) + + T. cyanoventris (saíra-dourada) + + Thlypopsis sordida (saíra-canário) + Thraupis ornata (sanhaçu-de-encontro-amarelo) + T. palmarum (sanhaçu-de-coqueiro) + T. sayaca (sanhaçu-do-mamoeiro) + Gr Trichothraupis melanops (tiê-de-topete) + Turdidae Turdus leucomelas (sabiá-barranqueiro) + Tyrannidae Elaenia mesoleuca (tuque) at Myiozetetes similis (bem-te-vi-pequeno) + Pitangus sulphuratus (bem-te-vi) + Serpophaga subcristata (alegrinho) + ER E TS e BiE Br Ree TR HERE Classificação segundo MEYER DE SCHAUENSEE (1970); nome vulgar segundo MATTOS et. al. (1984) Recebido em 27.X1.1991; aceito em 07,V.1992. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 65 - 68, 26 out. 1992. MOLUSCOS (GASTROPODA E BIVALVIA) OCORRENTES NAS NASCEN- TES DO RIO GRAVATAI, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL Inga L. Veitenheimer-Mendes '? Vera L. Lopes-Pitoni !? Maria Cristina P. da Silva !? Jane E. de Almeida-Caon '* Nádia T. Schröder-Pfeifer ! ABSTRACT MOLLUSCS (GASTROPODA AND BIVALVIA) RECORDED IN HEADWATERS OF THE GRAVATAI RIVER, RIO GRANDE DO SUL, BRAZIL. A survey of limnic molluscs of the Banhado Grande area - headwaters of the Gravatai River, located at Gravatai, Santo Antonio da Patrulha and Viamão counties - was conducted from March to May, 1983. Seven Gastropoda and two Bivalvia families were recorded with a total of 23 species. Heleobia cuzcoensis (Pilsbry, 1911) is reported for the first time for Brazil. Specimens of Planorbidae were found to be infected by different species of Trematoda larval phases. KEYWORDS: Limic Mollusca, Heleobia cuzcoensis, larval phases of Trematoda, Banhado Grande, Brazil. INTRODUÇÃO O Banhado Grande localiza-se nas nascentes do rio Gravataí, Rio Grande do Sul, sendo alimentado por uma série de arroios. AOKI (1987) informa que os banhados formadores da bacia do rio Gravataí ocupavam originalmente 450 km? e em 1970 por efeitos das dragagens estavam reduzidos a 138 km*. Em 1983, o Banhado Grande ocupava uma área de aproximadamente 50 km (FUNDAÇÃO ZOOBOTÂNICA DO RIO GRANDE DO SUL, 1983). A zona limítrofe é parcialmente utilizada, em especial, para plantação de arroz e pecuária o que ocasionou grande alteração da vegetação natural. As águas dorio Gravataí são utilizadas para abastecimento público, irrigação, navegação, diluição de despejos domésticos e industriais e, em menor escala, como balneável. (AGRAR UND HYDROTECHNIK, 1970/1971; PORTO ALEGRE, 1972; AOKI, 1987). Geologicamente o Banhado Grande é formado por deposições recentes (Holoceno). Localiza-se em terreno pouco acidentado, de pequena amplitude topográfica, não 1. Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Caixa Postal 1188, 90001 Porto Alegre, RS, Brasil. 2. Bolsista do CNPq. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 69 - 76, 26 out. 1992. 70 VEITENHEIMER - MENDES et al. ultrapassando a 20m de altitude. Parcialmente assoriado por sedimentos lagunares (areno- siltico-argilosos) e paludais (areno-siltico com elevado teor de matéria orgânica). (AGRAR UND HYDROTECHNIK, 1970/1971; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRAN- DE DO SUL, 1981). A amostragem realizada teve por objetivos: conhecer a malacofauna límnica e seu habitat, uma vez que até o presente não há registros de moluscos na área, e investigar o potencial de atuação dos gastrópodes como hospedeiros intermediários de trematódeos. MATERIAL E MÉTODOS Foram realizadas coletas qualitativas de moluscos límnicos no período compreendido de março a maio de 1983, num total de seis saídas a campo, sendo duas em cada mês. Os locais de coleta, num total de oito, foram selecionados visando abranger uma maior diversidade possível de ambientes, sendo também levado em consideração a facilidade de acesso (fig. 1). Pontos de coleta: 1. margem do Banhado Grande com abundante vegetação de superfície e campos úmidos, Fazenda Quatro Irmãos, Gravataí (29º 57'56"S; 50° 44'02'W); 2. canal de drenagem, próximo a margem do Banhado, Fazenda Quatro Irmãos, Gravataí (29º 57' 17"S; 50° 43' 42"W); 3. arroio Três Figueiras junto a mata nativa, Gravataí (29º 55' 31"S; 50º 45 22"W). 4. margem do Banhado Grande com predominância de estrato herbáceo alto e denso, Fazenda de Johan, Gravataí (29º 54' 39"S; 50° 42' 10"W); 5. arroio Chico Lomä com alguma vegetação aquática junto às margens, Santo Antônio da Patrulha (29º 56' 03"S; 50º 35' 59"W); 6. margem do Banhado Grande próximo a mata paludosa da sanga da Porteira, Viamão (29º 59' 15"S; 50º 38' 04"W): 7. açude próximo a sanga da Porteira, Viamão (30º 00' 16" S;50°42'42"W); 8. açude próximo a mata paludosa da sanga da Porteira, Viamão (29° 59'50"S; 50º42'51"W). As coletas foram realizadas de acordo com as características de cada ambiente. Para a investigação de moluscos associados à vegetação usou-se: o coletor de moluscos (peneira de 40cm de diâmetro x 17cm de profundidade, com uma malha de 1,0mm, presa a um cabo de madeira de 1,2m de comprimento) com o qual se bateram os macrófitos aquáticos e vegetação marginal; exame das hastes e folhas dos macrófitos e lavagem intensiva de suas raízes, seguida do peneiramento do material retido. Os moluscos que vivem sobre ou no sedimento foram coletados com peneiras de malha de 0,8mm de abertura nas áreas marginais, para maiores profundidades usou-se a draga de Ekman. Todos os exemplares de moluscos capturados foram recolhidos e identificados. Os moluscos gastrópodes foram examinados visando a constatação de infestação por formas larvais de trematódeos, conforme técnica descritiva por VEITENHEIMER-MENDES & ALMEIDA-CAON (1989). As espécies Diplodon berthae Ortmann, 1921 e Pisidium forensis Meier-Brook, 1967 foram identificadas pela pesquisadora Maria Cristina Dreher Mansur do MCN. Todo material estudado está incluído na coleção do Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (MCN) e cadastrado no Banco de Dados do Ambiente Natural do estado do Rio Grande do Sul, podendo ser recuperado através da chave: coleção MOL x projeto RIO GRAVATAÍ: NASCENTES. RESULTADOS E DISCUSSÃO São registradas, para a área do Banhado Grande, sete famílias de gastrópodes e duas de bivalves com um total de vinte e três espécies, excluindo os Ampullariidae muito jovens, Ampullaria sp. e Asolene sp. (Tabela 1). Os Planorbidae mostraram-se como os mais numerosos, não apenas quanto ao número de espécies, mas também em indivíduos, representando 75,79%, em relação ao total de exemplares coletados, seguidos pelos Hydrobiidae com 15,03% os Ampullariidae com 5,73%, os Sphaeriidae com 1,88%, os Ancylidae com 1,07%, sendo que os indivíduos das outras famílias apresentaram uma porcentagem menor que um (fig. 2). No arroio Chico Lomä (29º 56' 03"S; 50º 35' 59"W) foram constatados vinte e um dos vinte e três táxons. Os exemplares identificados como Ampullaria sp. e Asolene sp. provavelmente são Ampullaria canaliculata Lamarck, 1801 e Asolene spixi (Orbigny, IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 69 - 76, 26 out. 1992. Moluscos (Gastropoda e Bivalvia)... 71 1835), entretanto, por serem jovens é difícil a identificação da espécie. O registro da maioria das espécies, neste arroio, deve-se provavelmente a presença de diferentes tipos de subtratos associado ao fato de se tratar de um corpo de água permanente, aparentemente pouco alterado pela ação do homem. Os banhados, segundo RINGUELET (1962) não têm os limites de contorno ou perímetro definidos, provavelmente um condicionante que poderia explicar o menor registro de espécies nos banhados, uma vez que as coletas se concentraram à periferia dos mesmos. Observa-se, ainda, concordando com OLIVEIRA et al. (1988), que as margens dos banhados da área de estudo sofreram forte ação antropogênica através de drenagens e dragagens o que prejudica todo o equilíbrio do ecossistema e consequente alteração nas comunidades animais nativas. Registra-se, pela primeira vez para o Brasil, a ocorrência de Heleobia cuzcoensis (Pilsbry, 1911), conhecida apenas da localidade-tipo, Cuzco, Peru (PILSBRY, 1911). HASS (1955) informa que o habitat referente a localidade-tipo é um banhado, situado a cerca de 8 km abaixo de Cuzco, próximo ao rio Huatanay, numa profundidade de 15cm. Os planorbídeos Drepanotrema kermatoides (Orbigny, 1835), Biomphalaria pe- regrina (Orbigny, 1835) e Antillorbis nordestensis (Lucena, 1954) mostraram-se positi- vos para a presença de formas larvais do tipo esporocistes ou rédia e cercária de trematódeos (Tabela 1). Portanto, devem atuar como hospedeiros intermediários de diferentes espécies de parasitas Trematoda e que têm mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes ocorrentes na área do Banhado Grande como hospedeiros definitivos, conforme descrito por VEITENHEIMER-MENDES & ALMEIDA-CAON (1989). Das dez espécies de Planorbidae citadas por PARAENSE (1975) para o estado do Rio Grande do Sul, nove foram identificadas na área do Banhado. Ferrissia gentilis foi descrita por LANZER (1991), tendo sido registrada para as lagoas costeiras do Rio Grande do Sul, desde a lagoa do Ponche em Mostardas até Sombrio em Santa Catarina. LANZER (1989) examinou, também, material do Arroio Chico Lomã, identificado-o como Ferrissia sp., que corresponde a F. gentilis. Gundlachia sp. registrada para o Banhado Grande (Tabela I) corresponde a Gundlachia sp. estudada por LANZER (1989) do arroio Chico Lomã, sendo muito semelhante a Uncancylus ticagus Marcus & Marcus, 1962. O substrato com maior frequência de moluscos foi representado pelos macrófitos aquáticos, sendo que os Ampullariidae, a Heleobia cuzcoensis, Diplidon berthae e Psidium forensis ocorreram tanto em macrófitos como em sedimento (Tabela 1). Os Ampullariidae quando jovens vivem preferencialmente em raízes de macrófitos aquáticos, onde encontram alimento e abrigo contra os predadores, e quando adultos podem ser encontrados deslocando-se tanto no sedimento como em macrófitos e em outros substratos disponíveis (pedras, troncos, galhos, etc.), fato constatado pelas autoras em diferentes corpos d'água do estado do Rio Grande do Sul. Os espécimes do gênero Heleobia coletados nas duas áreas de banhado, independente da fase de desenvolvimento (jovem e adulto), foram encontrados em raízes de macrófitos e no sedimento. Cabe mencionar que para estudos de registros da fauna malacológica límnica, o conhecimento dos substratos utilizados pelas diferentes espécies, associado ao emprego de técnicas de coleta adequadas aos diferentes ambientes é fundamental para a obtenção de resultados confiáveis. FREITAS (1976) observa que a ausência de Biomphalaria glabrata (Say, 1818) "...em quase toda a extensão da bacia amazônica e nas proximidades IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 69 - 76, 26 out. 1992. To VEITENHEIMER - MENDES et al. dos grandes rios e represas pode prender-se à simples falta do melhor conhecimento do seu habitat primitivo e de métodos de coleta em tais habitats”. Comparando os dados referentes a amostragem de gastrópodes do Banhado Grande com os do Banhado do Taim (VEITENHEIMER-MENDES et. al., 1988) constata-se que 52,4% das espécies são comuns em ambas as áreas, sendo que Lymnaea columella Say, 1817, Heleobia cuzcoensis e as espécies dos gêneros Asolene e Ferrissia não são registradas para o Banhado do Taim. Cabe destacar, ainda, que os estudos de campo no Banhado do Taim abrangeram um maior número de meses em três anos - setembro, outubro e dezembro de 1985; janeiro, setembro e novembro de 1986 e janeiro de 1987.Estes resultados podem ser considerados como uma possibilidade de que as espécies de gastrópodes aqui identificadas para o Banhado Grande, representem a totalidade das espécies ali presentes, ficando ainda confirmado os macrófitos aquáticos como o substrato mais utilizado pelos gastrópodes nos dois banhados em questão. Por outro lado, comparando a ocorrência de moluscos bivalves no Banhado Grande com a fornecida por MANSUR et. al. (1991) para o Banhado do Taim, correspondendo ao mesmo período de coletas dos gastrópodes anteriormente referidos, verifica-se que no Taim são registradas 14 espécies pertencentes a quatro famílias (Hyriidae, Mycetopodidae, Corbiculidae e Sphaeriidae) e no Banhado Grande apenas três espécies das famílias Hyriidae e Sphaeriidae. A área do Taim está constituída por banhados e algumas lagoas que se unem por sangradouros e canais artificiais, enquanto que a área do Banhado Grande está formada por banhados, alguns canais artificais, pequenos arroios e açudes isolados. Estas características talvez sejam o motivo de tão reduzida fauna de moluscos bivalves no Banhado Grande, uma vez que, em sua maioria, os bivalves são bentônicos e, portanto, necessitam de substrato constituído por sedimento adequado como o de lagoas, canais e sangradouros existente no Taim. Os banhados são áreas de grande produtividade, nos quais os moluscos desempe- nham importante papel na cadeia trófica de diferentes espécies de peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos (VEITENHEIMER & MANSUR, 1975 e 1978; OLAZARRI, 1983), tendo este fato sido confirmado no Banhado Grande pela observação de ampularídeos utilizados como alimento pelo gavião-caramujeiro Rosthramus sociabilis sociabilis (Vieillot, 1817). No Banhado do Taim estes moluscos fazem parte da dieta alimentar, segundo MELO (1990), do jacaré-do-papo-amarelo Caiman latirostris (Daudin, 1802). Agradecimentos. Ao Dr. Wladimir Lobato Paraense e Dra. Lygia R. Corrêa, do Instituto Oswaldo Cruz, pelo auxílio prestado na identificação de parte dos planorbídeos; à Dra. Rosane Lanzer da “Universitat des Saarlandes”; Alemanha, pela identificação e informações sobre os Ancylidae; à geógrafa, Helena Fonseca de Mello e à desenhista Rejane Rosa do Museu de Ciências Naturais da FZB pela determinação das coordenadas geográficas e pela reprodução do mapa da área de estudo, respectivamente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGRAR UND HYDROTECHNIK GMBH (Alemanha). 1970-1971. Rio Gravataí; estudo básico e pesquisas especiais da região. Tradução por J. A. Lutzemberger. Essen, AGRAR. v.2. (Acordo Básico de 1963 - BRASIL/ALEMANHA). AOKI, R. 1987. Integratet water development project of Gravataí river basin, Brazil. Wat.Sci.Tech., London 19 (9): 59-68, il. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 69 - 76, 26 out. 1992. Moluscos (Gastropoda e Bivalvia)... 73 FREITAS, T.R. 1976. Ecologia de vetores de doengas. O habitat de Biomphalaria glabrata. Cien. Cult., Rio de Janeiro, 28 (2): 212-7. FUNDACAO ZOOBOTÄNICA DO RIO GRANDE DO SUL. MCN. 1983. Amostragem da flora e fauna nas nascentes do rio Gravatai, Rio Grande do Sul, visando a emissäo de um parecer sobre as condições biöticas da área, nos meses de marco, abril e maio de 1983; relatório final. Porto Alegre. 159p.[Não publicado). HAAS, F. 1955. Reports of Percy Dladen Trust Expedition to lake Titicaca in 1937. XVII. Mollusca: Gastropoda. Trans. Linn. Soc. Lond., London. 1(3): 285-308, il. LANZER,R. 1989. Verbreitungsbestimmende faktoren und systematik südbrasilianischer süswassermollusken. Saarbrüken. 331p. Tese (doktors der Philosophie ) Universitat des Saarlandes, Saarbrüken, Alemanha, 1989.[Não publicado). —— . 1991. Duas novas espécies de Ancylidae (Gastropoda: Basommatophora) para o sul do Brasil. Revta bras.Biol., Rio de Janeiro 51 (4): 703-719. MANSUR, M.C.D.; SCHULZ, C.; SILVA,M. daG.O. etal. 1991. Moluscos bivalves limnicos da Estação Ecológica do Taim e áreas adjacentes, Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Ser. Zool., Porto Alegre, (71): 43-58. MELO, M.T. Q. 1990. Dieta de Caiman latirostris (Daudin, 1802) da estação Ecológica do Taim, RS. Porto Alegre, 63f. Dissertação (Mestr. - Zoologia) Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. 1990. [Não publicada]. OLAZARRI, J. 1983. Biomphalaria tenagophila (d'Orbigny) 1835 (Moll. Gastr.) en la zona de Salto Grande. IV. Fauna de posible relacion con sus poblaciones. Com.Soc.Malac.Uruguay, Montevideo, 6 (45): 131-163. OLIVEIRA, M. de L.A.A. de ; NEVES, M.T.M.B. das; STREHL,T. et al. 1988. Vegetação de macrófitos aquáticos das nascentes do rio Gravataí (Banhado Grande e Banhado Chico Lomã), Rio Grande do Sul, Brasil - levantamento preliminar. Iheringia, Sér. Bot., Porto Alegre (38): 67-80. PARAENSE, W.L. 1975. Estado atual da sistemática dos planorbideos brasileiros. Arq. Mus.nac., Rio de Janeiro, 55: 105-28, il. PILSBRY, H.A. 1911. Non-marine Mollusca of Patagonia. In: SCOTT, W.B. ed. Reports of the Princeton University Expeditions to Patagonia, 1896-1899, v. 3, pt.5. Stuttgart. p. 513- 633. PORTO ALEGRE. Departamento Municipal de Aguas e Esgotos. 1972. O rio Gravataí; suas características físico-químicas e biológicas, suas indústrias e seus resíduos. Porto Alegre. 75p., il (DMAE, 5). RINGUELET, R.A. 1962. Ecologia aquática continental. Buenos Aires, Eureba. 138p. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. 1981. Folhas de Gravataí, Santo Antônio da Patrulha e Passo do Vigário. Porto Alegre. | Mapa Escala 1:200.000. VEITENHEIMER-MENDES, I.L. & ALMEIDA-CAON, J. E. M. 1989. Drepanotrema kermatoides (Orbigny, 1835) (Mollusca, Planorbidae), hospedeiro de um paranfistomídeo (Trematoda), no Rio Grande do Sul, Brasil. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 84 CDE OE dl VEITENHEIMER-MENDES, I.L. & MANSUR, M. C. D. 1975. Primeiras observações de bivalves dulciaquícolas como alimento de “Armado amarillo”, Rhinodoras dorbigny (Kroyer, 1855) Blecker, 1862. Iheringia, Ser. Zool., Porto Alegre (46): 25-31. il. — |. 1978. Morfologia, histologia e ecologia de Mycetopoda legumen (Martens, 1888) (Bivalvia, Mycetopodidae). Iheringia, Ser. Zool., Porto Alegre (52): 33-71. il. VEITENHEIMER-MENDES, I.L.; LOPES-PITONI, V. L.; SILVA.,M.C.P.da. 1988. Fauna de Invertebrados limnicos: moluscos gaströpodes e cercärias Trematoda da Estagäo Ecolögica do Taim, RS. In: FUNDAÇÃO ZOOBOTÂNICA DO RIO GRANDE DO SUL. MUSEU DE CIENCIAS NATURAIS. 1988. Levantamento da fauna de invertebrados aquäticos da Estação Ecológica do Taim; relatório final. Porto Alegre, p. 60-84, il. [Não publicado]. Recebido em 28.X1.1991; aceito em 26.V1.1992. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 69 - 76, 26 out. 1992. 74 VEITENHEIMER - MENDES et al. TABELA I: Moluscos limnicos registrados para o Banhado Grande, Rio Grande do Sul, de marco a maio de 1983. Substrato: Eichchornia azurea (A), Echhornia crassipes (B), sedimento (C), outros macrófitos aquáticos (D), ninho de Caiman latirostris (E). Locais 29º5756'S 29°57'17"S 29°55'31"S 29º5439"S 29º5603'S 29º5915"8 30°00'16"S 29°5950"$ 50°44.02"W 50°4342"W 50°45'22"W 50º4210"W 50°35'59"W 50°3804"W 50º4242"W 50º42'51"W (banhado) (canal) (arroio) (banhado) (arroio) (banhado) (açude) (açude) Mollusca GASTROPODA Ampullariidae muito jovem 4(D) 28(ABD) Ampullaria canaliculata 17(D,E) 21D) 2(D) 97(ACD) Ampullaria sp. 7(D) 4(D) 29(D) Asolene spixi 4(D) 6(D) 6(CD) Asolene sp. 3(D) CD) Hydrobiidae Heleobia cuzcoensis 15 (©) L(C) 600 (ABC) Chilinidae Chilina fluminea 1D) Physidae Stenophysa marmorata 1 (D) Lymnaeidae Lymnaea columella 6(D) Planorbidae Drepanotrema anatinum 3(AD) Drepanotrema heloicum ID) Drepanotrema kermatoides 5(D) 326(AD)* Drepanotrema lucidum 11(D) 1(D) Drepanotrema depressissimum 39(D) Drepanotrema sp. 88(D) Biomphalaria tenagophila 10(D) 3%D) 3 (D) MA) 9(D) Biomphalaria peregrina 9(D) 4(D) ® 106(AD) 311(D) À 11 (D) 1 D) Biomphalaria oligoza 3(D) 16(D) 1 (D) Biomphalaria sp. 4(D) 185(D) LD) Antillorbis nordestensis 2(D) 1743(AD)º mm 23(D) MM 185 (D) Ancylidae Gundlachia sp. 3(D) EAD) ID) Ferrissia gentilis 1 (D) Ferrissia sp. HD) BIVALVIA Hyriidae Diplodon berthae I2(AC) Sphaeriidae Eupera Klappenbachi 27 (A) Pisidfum forensis 48 (AC) 2(D) * 1 exemplar com formas larvais de Paramphistomidae (Trematoda) e 3 exemplares B.peregrina e 1 de A. nordestensis com formas de Psilostomatidae. E exemplares infestados por cercárias do tipo anfistômio trioceladas: 1 do arroio Chico Lomä, 2 do banhado e 2 do açude Sanga da Porteira. 4 2 exemplares infestados por xifidiocercarias da família Macroderoididae e 1 exemplar por xifidiocercarias de família não identificada. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 69 - 76, 26 out. 1992. Moluscos (Gastropoda e Bivalvia)... 75 Ser DJS SDS e O 50°45' 50º 40' 50º35' Arr. Chico Loma "gro Fa # Quatro Irmãos 50°45' 50°40' 50º35' Fig. 1. Área do Banhado Grande, Rio Grande do Sul, com a indicação dos locais de coleta dos moluscos, no período de março a maio de 1983. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 69 - 76, 26 out. 1992. 76 VEITENHEIMER - MENDES et al. 100 Fig.2. Percentagem dos moluscos límnicos, por família, registrados para a área do Banhado Grande, Rio Grande do Sul, de março a maio de 1983. Amp= Ampullariidae; Hyd= Hydrobiidae; Chi= Chilinidae; Phy= Physidae; Lym= Lymnaeidae; Pla= Planorbidae; Anc= Ancylidae; Hyr= Hyriidae; Sph= Sphaeriidae. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 69 - 76, 26 out. 1992. CICLO REPRODUTIVO DE MACHOS DE UMA POPULACAO DE NOTHURA MACULOSA TEMMINCK, 1815 (AVES, TINAMIDAE) NO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL! Maria Inês Burger ? ABSTRACT MALES REPRODUCTIVE CYCLE OF A NOTHURA MACULOSA TEMMINCK, 1815 POPULATION (AVES, TINAMIDAE) IN RIO GRANDE DO SUL, BRAZIL. A study on the reproductive cycle of Nothura maculosa males was conducted by monthly collections in Butiá county, Rio Grande do Sul (30º 06'47"S and 51º 57' 10"W) from September 1980 through January 1982. Seasonal changes in testes are described histologically and by volume variation. Testes volume changes from 517,43 mm? (mean) *162,46 mm’ (S.D.), during the breeding season, to 20,81 mm?! 6,62 mm, in wintering period, suggesting a seasonal reproduction. The data suggest a relationship between the male reproductive cycle and photoperiod. The photoperiod is taken as the proximate factor that triggers gonadal development. In this population there are sexually active males for about six months, from September to February. KEYWORDS: Nothura maculosa, Tinamidae, reproduction, testes seasonal changes. INTRODUÇÃO Alguns aspectos da reprodução de Nothura maculosa Temminck, 1815 foram estudados por BUMP & BUMP (1969) na natureza e em cativeiro. ARRIAGA etal. (1983) descreveram a microanatomia dos ovários nos períodos de reprodução e repouso gonadal. Existem registros isolados sobre a ocorrência de ninhos e filhotes (SERIE, 1921; SERIE & SMITH, 1923; PEREYRA, 1928; HUDSON, 1928). O acasalamento e o recrutamento da nova geração foram estudados quantitativamente por MENEGHETI (1981, 1984 e 1985a). BURGER (1985), descreveu, de forma preliminar, as variações anuais, em volume, e sua relação com o estádio de desenvolvimento dos testículos. Pretende-se contribuir para o conhecimento do ciclo reprodutivo de N. maculosa com vistas à ecologia da sua reprodução e manejo, uma vez que a mesma sofre pressão de caça amadorista no Rio Grande do Sul. As descrições anatômicas e microanatômicas restringem-se aos aspectos comparativos relevantes ao reconhecimento das diferentes fases do ciclo reprodutivo, objetivando estabelecer padrões que venham a servir como indicadores da condição reprodutiva. 1, Projeto financiado com recursos provenientes do Convênio entre Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB) e Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF). 2. Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Caixa Postal 1188, 90.001-970, Porto Alegre, RS, Brasil. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 77 - 90, 26 out. 1992 . 78 BURGER MATERIAL E METODOS Os indivíduos de N. maculosa foram coletados em Butiá, RS (30° 06' 47"S e 51° 57' 10"W), de setembro de 1980 a janeiro de 1982, segundo o procedimento descrito para fêmeas da espécie por BURGER (1991). Foram capturados 75 machos com porte de adulto (tab.I) e dois exemplares jovens, abatidos respectivamente em fevereiro de 1981 e dezembro de 1981, que não constam nessa tabela. Os indivíduos foram examinados no laboratório de campo e adotou-se a seguinte sequência de atividades: registro da condição do pênis; abertura na porção ventral; retirada das vísceras e medida dos diâmetros maior e menor de ambos os testículos e sua coloração. As medidas foram tomadas com paquímetro de relógio marca Mytutoyo, precisão de 0,025 mm. Os testículos, imediamente após serem medidos, foram colocados em solução fixadora de Bouin (modificada segundo Dubosq-Brasil, 1905 in BUCHERL, 1962). Após 24 horas, os mesmos foram seccionados transversalmente em suas porções terminais. Decorridas, no mínimo, 48 horas da fixação as secções foram colocadas em álcool 80% e estocadas para posterior tratamento padrão de desidratação e inclusão em parafina. Fizeram-se cortes seriados transversais da porção mediana dos testículos, com 8 micra de espessura. Os cortes foram tingidos com hematoxilina e eosina. O exame dos cortes para identificação do estádio de desenvolvimento dos túbulos seminiferos foi feito com auxílio de microscópio ótico binocular marca Zeiss em aumentos de 160 e 400 vezes. Calculou-se o volume dos testículos a partir das medidas dos diâmetros dos mesmos. Utilizou-se para o cálculo o volume do elipsöide V=4/3 n ab, onde a é 1/2 do diâmetro maior e b é 1/2 do diâmetro menor (BISSONETTE & CHAPNIK, 1930; ANTHONY & BUSS 1974). As comparações de medianas foram efetuadas com a prova não paramétrica de Kruskal-Wallis e o teste complementar de comparações múltiplas (DANIEL, 1978). A descrição do local de coleta consta em BURGER (1991). O clima da região tem a classificação de Cfa (sub-tropical úmido, sem estação seca), segundo o sistema de Koeppen (INCRA, 1969). O fotoperíodo nesta latitude varia de 10 horas e 12 minutos no solstício de inverno a 14 horas e 4 minutos no solstício de verão, segundo dados do OBSERVATÓRIO NACIONAL (1981) para Porto Alegre (30º 01'53"S). RESULTADOS E DISCUSSÃO Os testículos de N. maculosa tinham cor branco-pérola durante a estação de reprodução e o volume foi, em média, 25 vezes maior do que durante o período de repouso gonadal, quando apresentaram coloração do branco-pérola ao pardo-escuro. Não se verificou relação entre a coloração e a idade do animal, um indivíduo jovem possuía testículos de coloração cinza e o outro branco-pérola. A tentativa de relacionar a coloração com estádio de desenvolvimento dos túbulos seminíferos também resultou nula, uma vez que testículos com túbulos seminíferos em mesmo estádio de desenvolvimento apresentaram todas as variações de coloração obser- vadas. O pênis durante o repouso gonadal apresentou-se vermiforme e tornou-se difícil evertê-lo da cloaca, quando pressionada, enquanto que o oposto ocorreu na estação de reprodução quando tornou-se engrossado, claviforme e foi relativamente fácil evertê-lo da cloaca. Esta característica pode se constituir num indício da atividade reprodutiva sem a necessidade de se sacrificar o animal. O exame dos cortes dos testículos de N. maculosa mostrou estádios de desenvolvi- mento dos túbulos seminíferos muito semelhantes aos descritos por LEWIN (1963) para Lophortix californicus Shaw, (Phasianidae), por BISSONETTE & CHAPNIK (1930) para Sturnus vulgaris L. (Sturnidae) e por SELANDER & HAUSER (1965) para Quiscalus mexicanus Gmelin (Icteridae). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 77 - 90, 26 out. 1992 . Ciclo reprodutivo de machos... 79 Para a descrição dos estádios de desenvolvimento dos túbulos seminiferos foi adotada uma classificação baseada em LEWIN (1963) cujos estádios representam fases significativas do ciclo reprodutivo e são facilmente identificáveis; alguns detalhes citados por SELANDER & HAUSER (1965) também foram considerados para a identificação dos estádios. No material coletado de N. maculosa encontrou-se quatro estádios distintos dos túbulos seminíferos durante o período de observação: três de crescimento dos túbulos (estádios 1, 2e 3), um de apogeu (estádio 4) e a regressão que pode ser subdividida em fase inicial (RI) e fase final (RF). LEWIN (1963) descreveu quatro estádios de crescimento, sendo que o descrito como estádio 3 não foi observado nas amostras estudadas. Este pode ter ocorrido num intervalo entre as amostragens, pois se trata de uma fase de curta duração, ou pode não ter sido amostrado devido ao pequeno número de indivíduos capturados. Descrição dos estádios dos túbulos seminíferos. Estádio 1 (fig. 1). Testículos em seu menor volume e túbulos seminíferos em seu menor diâmetro. Cortes transversais dos testículos mostram de duas a quatro camadas de espermatogônios, muitas células dividindo-se em espermatócito primário, apresentando a condição característica de sinapse, um lümen pequeno, contendo resíduos, provavelmen- te lipoidais, semelhantes aos encontrados por SELANDER & HAUSER (1965). Estádio 2 (fig. 2). Túbulos seminíferos iniciam sua fase de crescimento e, como consequência, os testículos começam a aumentar de volume. Os cortes dos túbulos apresentam de quatro a oito camadas de células, espermatogônios na periferia e, nas camadas mais internas, espermatócitos primários em sinapse e alguns espermatócitos secundários. O lümen continua pequeno, não apresentando resíduos. Estádio 3 (fig. 3). Volume dos testículos muito aumentado em relação ao estádio anterior; túbulos muito crescidos, mostrando de seis a oito camadas de células com todos os estádios da espermatogênese; nas camadas mais periféricas encontram-se os espermatogônios, logo a seguir os espermatócitos primários, espermatócitos secundários, espermátides e, junto ao lúmen alargado, os espermatozóides em fase de amadurecimento. As cabeças dos espermatozóides estão voltadas para a periferia e as caudas estão no lúmen. Pode ser visto algum espermatozóide isolado no lúmen dos túbulos. Este estádio corresponde ao estádio 4 de LEWIN (1963). Estádio 4 (fig. 4). Testiculos com o volume máximo. Túbulos seminíferos e lúmen com o maior tamanho; túbulos com todos os estádios da espermatogênese, como no anterior; os espermatozóides maduros estão, em boa quantidade, livres, individualmente, dentro do lúmen. Este estádio corresponde ao estádio 5 de LEWIN (1963). Regressão. Fase inicial (RI) (fig. 5): é necessário bastante cuidado para não confundir os estádios iniciais da regressão com o estádio anterior. No início da regressão os túbulos entram em colapso e grandes blocos de espermatozóides, bem como células em outros estádios da espermatogênese, são encontrados dentro do lümen. Na verdade o lúmen está totalmente preenchido, de forma desordenada, por estas células. Fase final (RF) (fig. 6): na periferia dos túbulos encontram-se de uma a três camadas de espermatogônios com núcleos muito aumentados, no meio do lümen ainda existem blocos de células e um espaço bem marcado entre estas células e os espermatogônios. No final da regressão os testículos estão com um volume pequeno, mas ainda, em média, maior do que os dos IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 77 - 90, 26 out. 1992 . 80 BURGER estádios 1 e 2. Nos cortes observados não foi constatada a coexistência de estádios diferentes num mesmo testículo. Segundo LOFTS & MURTON (1973) a ocorrência de um padrão assincrônico de desenvolvimento dos túbulos seminíferos é típica de aves de múltiplas ninhadas, ou de estação de reprodução muito longa (3 a 4 meses) ou, ainda, que tenham reprodução contínua. Embora N. maculosa tenha uma estação de reprodução bastante longa, 5 a 6 meses, os cortes dos testículos, durante o período observado, mostraram sincronia dos estádios de desenvolvimento, o que caracterizaria uma espécie de reprodução estacional, segundo os autores citados. Duração dos estádios do túbulos seminiferos. No início das observações, em setembro de 1980, encontrou-se machos com testículos em estádio 3 e 4 (tab.I). O estádio 3 ocorreu ainda em novembro e depois só voltou a ser observado em agosto e setembro de 1981. Este estádio dos testículos representa o período em que os machos estão quase prontos para a reprodução, mas a quantidade de esperma maduro ou é muito pequena para fertilizar as fêmeas, ou ainda não está presente. O estádio 4, que representa a plena capacidade reprodutiva, ocorreu em machos durante seis meses do ano (tab. I). Na primeira observação, em setembro de 1980, parte dos machos mostrava testículos em estádio 4; de outubro a janeiro a quase totalidade dos machos tinha testículos nesse estádio, persistindo, em fevereiro, em apenas um indivíduo; em setembro de 1981 a quase totalidade dos machos estava em plena reprodução, o mesmo ocorrendo com os indivíduos em outubro (1980 e 1981), novembro (1980 e 1981), dezembro (1980 e 1981) e janeiro (1982). A regressão gonadal em sua fase inicial ocorreu principalmente em fevereiro (1981), enquanto a fase final em março (1981) (tab.l). Estes dados parecem indicar que o final da estação de reprodução, embora não tenha sido sincrônico para toda a população, ocorreu num período bem determinado. Observou-se que todos os indivíduos, em março, encon- travam-se em fase de regressão gonadal e, em abril, tinham testículos em estádio de desenvolvimento 1. Isto pode significar que a regressão, ou regeneração, como denomina MARSHALL (1959, 1961a), se havia processado, estando os testículos novamente aptos a reiniciarem o crescimento na presença do estímulo adequado. O estádio de desenvolvimento 1 dos túbulos seminíferos foi ainda observado nos meses de maio (1981) e julho (1981) (tab. 1). É provável que tenha ocorrido também em junho (1981), mas não foi possível detectá-lo com o pequeno número de machos (três) capturados nesse mês. Em maio, junho e julho (1981) ocorreram testículos em estádio 2, que corresponde a um início muito lento de desenvolvimento (tab.I). Verificou-se que os estádios 1 e 2 se superpõem, no tempo, em maio e julho (1981). Isto pode significar que: (1) a quiescência das gônadas dos machos poderia se dar, indiferentemente, em qualquer desses dois estádios, uma vez que os mesmos perduraram por um período relativamene grande no ciclo reprodutivo; (2) os machos jovens seriam os representantes do que foi identificado como estádio 2, enquanto os machos que passaram por uma estação de reprodução, teriam o estádio 1 como fase correspondente. Os resíduos encontrados no lúmen dos túbulos apoiam esta segunda hipótese (SELANDER & IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 77 - 90, 26 out. 1992 . Ciclo reprodutivo de machos... 81 HAUSER, 1965). Nos meses de setembro, de 1980 e de 1981, foi observada a superposição dos estádios 3 e 4, o que seria de se esperar, uma vez que não existiu uma sincronia perfeita entre indivíduos no início da estação de reprodução. É possível que esta superposição continuasse nos meses subsegüentes, mas foi registrada somente em novembro de 1980. Segundo BUMP & BUMP (1969) existe um retardo na incorporação dos jovens, nascidos na estação anterior, à população reprodutiva, o que daria uma maior assincronia ao início da estação de reprodução. A fase de regressão gonadal foi relativamente curta durante o período de observação. Se esta fase pode ser identificada como o período de reabilitação dos túbulos seminíferos (LOFTS & MURTON, 1968) ou período refratário (MARSHALL, 1959, 1961b), N. maculosa teria um período refratário bastante curto. BUMP & BUMP (1969) registraram o reinício de atividade reprodutiva em indivíduos dessa espécie enviados aos Estados Unidos, que estariam no meio ou final da estação de reprodução na Argentina, e que três a quatro meses após o embarque reiniciaram a reprodução. Este dado apoia a hipótese de um curto período refratário para a espécie, se a mesma realmente o possuir. Volume médio dos testículos por estádio de desenvolvimento dos túbulos seminíferos As diferentes fases do ciclo reprodutivo dos machos de N. maculosa foram representadas, a nível dos testículos, pelos estádios de desenvolvimento dos túbulos seminiferos detectados através dos cortes histológicos. Os diferentes estádios dos túbulos seminiferos tiveram uma correspondência na variação do volume dos testículos (tab. II). A aplicação da prova de Kruskal-Wallis aos volumes dos testículos correspondentes a cada estádio de desenvolvimento dos túbulos seminíferos resultou num valor de U= 48,30, o que é significativo para um nível de significância de 1%. Estimou-se que pelo menos dois estádios mostraram diferença significativa no volume dos testículos. O teste complementar, para comparações múltiplas (DANIEL, 1978), detectou diferenças signi- ficativas entre os estádios 1e 3,1 e4,2€e3,2€e4,RFe 4. Nas demais comparações não houve diferença significativa. Com base nesses resultados, reagrupou-se os dados segundo a semelhança apontada no teste, levando em conta as médias obtidas em cada estádio. Os estádios 1 e 2 foram reunidos num mesmo grupo, o mesmo ocorrendo com o estádio 3 e a regressão inicial. Nestas quatro categorias resultantes foi aplicada novamente a prova de Kruskal-Wallis obtendo-se um U= 45,657, também significativo para um nível de significância de 1%. Os resultados do teste complementar, para comparações múltiplas, mostraram que existe diferença significativa (nível de significância de 5%), entre os volumes dos testículos dos estádios 1 e 2 e estádio 4; entre os volumes dos testículos dos estádios 1 e 2 e dos estádios 3 e regressão inicial; entre os volumes dos testículos da fase final de regressão e do estádio 4. Entre os volumes dos testículos do estádio 4 e os do estádio 3 e fase inicial da regressão existe diferença significativa para um nível de significância de 15%. Entre os volumes dos testículos do estádio final de regressão e o conjunto formado pelos estádios 1 e 2 não foi detectada diferença significativa. O mesmo ocorreu com o conjunto estádio 3 e regressão inicial contra regressão final. Provavelmente esta não significância deveu-se mais ao pequeno número de dados, apenas cinco, na categoria regressão final, do que a uma semelhança entre os volumes de testículos nesta fase e nas IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 77 - 90, 26 out. 1992. 82 BURGER que não foi encontrada diferença significativa. O exame dos coeficientes de variação (C.V.) obtidos dos volumes dos testículos em cada estádio de desenvolvimento mostraram que as menores variabilidades se verificaram em testículos nos estádios 1, 2 e 4 onde se registraram os coeficientes de variação 0,25, 0,38 e 0,28 respectivamente. Os dois primeiros estádios correspondem a uma fase de crescimento muito lento, ou melhor, de prontidão para o recrudescimento que se desencadeará com o estímulo ambiental apropriado, desde que não hajam fatores inibidores do desenvolvimento. São estádios que se mantém por períodos relativamente grandes no ciclo reprodutivo, quatro e três meses respectivamente, e correspondem a um período de inatividade sexual. O estádio 4 corresponde à culminância da atividade reprodutiva e também ao maior volume dos testículos. E uma fase que, durante o período de observação, teve a duração de seis meses. No estádio 3, que corresponde a uma fase de crescimento rápido, foi observada a maior variabilidade de volume de todo o ciclo (C.V.= 0,68). A fase de regressão também mostrou alta variabilidade, tanto na regressão inicial (RI), C.V.=0,51, quanto na regressão final (RF), com valor igual ao do estádio 3. Esta alta variabilidade no volume dos testículos nesses estádios, decorre da fase de grande variação de volume num espaço de tempo relativamente curto. São os estádios que ocupam o menor período do ciclo reprodutivo, entre um mês e meio a dois meses (fig. 7). Os volumes máximos e mínimos verificados nos testículos em cada estádio de desenvolvimento dos túbulos seminíferos mostraram algumas superposições. Estas superposições, no entanto, não invalidam o uso do volume dos testículos como um primeiro critério para determinar se a população de N. maculosa encontra-se em reprodu- ção, próximo a entrar nessa fase, saindo da mesma ou ainda em período de inatividade sexual. O volume dos testículos de machos em plena reprodução foram significativamente diferentes do volume dos outros estádios. Existe uma superposição entre o volume de testículos em estádio 4 com os em estádio 3 (tab. III), no entanto, como o estádio 3 tem curta duração, este tipo de erro pode ser considerado como negligenciável: primeiro porque dentro de curto período de tempo estes machos estariam fazendo parte da população sexualmente ativa e segundo porque o início da estação de reprodução não é totalmente sincrônico na população, existindo a probabilidade de ocorrerem também indivíduos em plena reprodução naquele momento. No caso de testículos aumentados, mas não no volume característico do estádio 4, é possível determinar se os mesmos se encontram no estádio 3 ou em regressão, uma vez que não foi observada superposição no tempo destas duas fases do ciclo de N. maculosa. A primeira teve ocorrência entre agosto (1981) e novembro (1980 e 1981), enquanto a regressão foi verificada em fevereiro (1981) e março (1981). Do mesmo modo o pequeno volume dos testículos nos estádios 1 e 2 identifica o período em que a população não está em atividade reprodutiva. Variação do volume dos testículos, estádio de desenvolvimento dos túbulos seminíferos e fotoperíodo. O volume médio dos testículos mostrou grandes variações durante o período de observação (tab. III). Em abril, maio, junho e julho de 1981, quando os túbulos . encontravam-se nos estádios 1 e 2, os testículos apresentaram o menor volume: o volume IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 77 - 90, 26 out. 1992 . Ciclo reprodutivo de machos... 83 Tabela I: Nothura maculosa, coletados em Butiá, RS, de IX. 1980 a T. 1982: número de indivíduos coletados (N), número de indivíduos com testículos analisados (n) e número de indivíduos nos estágios de desenvol- vimento dos túbulos seminiferos (1-4, estádios 1,2, 3, 4 respectivamente; RI, regressão inicial; RF, regressão final). estádios 3 ZA ER to Data > E RF n 04.09.80 08.10.80 05.11.80 31.12.80 03.02.81 12.03.81 06.04.81 16.04.81 08.05.81 05.06.81 02.07.81 07.08.81 16.09.81 08.10.81 10.11.81 02.12.81 08.01.82 DD A tn tU pP PrRWwWUDPUN PB WU Un SO SIS SOIS INI ENS SS SOS SO DO CO OO O E SIN O SOS SOS SOS SOCO» RR O8 0099595099570 HTW Pr--L£NDOOOSOOOMmM m ONMD eftefeHeleofellefeheleulel Ze gefeiert) SEIFE (=) (e)i=) (eis FTITe)er ee) RO LELLO RO BU Tabela Il: Nothura maculosa, coletados em Butiá, RS, de IX. 1980 al. 1982: número de testículos examinados (n), volume médio (v.m), coeficiente de variação (C.V.) e volumes, em mm, máximos (v.máx.) e mínimos (v. min.) de testículos em cada estádio de desenvolvimento dos túbulos seminíferos. Estádio vm. (CAVE n v.máx. v.min. | 19,429 0,253 11 27.076 12,988 2 23,379 0,381 6 39,126 13,450 3 280,731 0,683 9 652,167 105,374 4 481,273 0,278 25 874,828 241,130 RI 207,191 0,506 5 391,618 129,538 RF 54,593 0,681 5 112,166 24,597 Tabela III: Nothura maculosa coletados em Butiá, RS, de IX. 1980 a I. 1982 (volume médio dos testículos, v.m.; coeficiente de variação, c.v..; número de indivíduos, n. Data vm. (mm) C.v. n 09.90 396.44 0,23 5 10.80 443,60 0,33 5 11.80 681,46 0,16 3 12.80 713,15 0,15 4 02.81 221,67 0,61 6 03.81 73,50 0,86 5 04.81 20,87 0,24 7 05.81 25,79 0,48 3 06.81 17,00 0,18 3 07.81 19,84 0,29 4 08.81 125,12 0,14 A 09.81 396,91 0,26 5 10.81 519,90 0,31 / 11.81 454,23 0,14 E 12.81 420,74 - 1 01.82 402,72 0,34 5 IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 77 - 90, 26 out. 1992. BURGER co ID do testículo esquerdo de dezessete machos apresentou média de 20,81 mm?e coeficiente de variação de 0,32. Em agosto (1981), quando os testículos estavam numa fase de crescimento rápido e tinham túbulos seminíferos em estádio 3, o coeficiente de variação foi baixo. Em setembro (1980 e 1981), quando alguns testículos já apresentavam espermatozóides livres (estádio 4) e outros encontravam-se em fase avançada de maturação (estádio 3), os coeficientes de variação foram, também, relativamente baixos. O maior volume de testículos, correspondendo ao período em que os machos estão em plena atividade sexual, foi verificado em outubro (1980 e 1981), novembro (1980 e 1981), dezembro (1980) e janeiro (1982). A maior média correspondeu a dezembro (1980) e amenor a janeiro (1982). Os maiores coeficientes de variação corresponderam, a outubro (1980 e 1981) e janeiro (1982). As menores variabilidades se verificaram em novembro (1980 e 1981) e dezembro (1980). A média dos volumes dos testículos esquerdos dos 29 machos coletados entre outubro e janeiro foi de 517,43 mm? +162,46 mm? (C.V.=0,31). A maior variabilidade dos volumes dos testículos verificou-se em fevereiro e março de 1981. Os testículos dos indivíduos coletados neste período estavam, na maioria, em regressão. A baixa variabilidade obtida na fase de crescimento gonadal, em agosto (1981) e setembro (1980 e 1981), indica que existe uma sincronia no início do crescimento dos testículos. A alta variabilidade encontrada em fevereiro (1981) e março (1981) era esperada numa fase de regressão dos testículos e confirma o observado com os estádios dos túbulos seminíferos neste período, isto é, uma assincronia no final da estação de reprodução. E bastante provável que os agentes que determinam o final da estação de reprodução não sejam tão bem definidos quanto os desencadeadores do início da reprodução. Comparando os dados de estádio de desenvolvimento dos túbulos seminíferos e média do volume dos testículos com a variação do fotoperíodo (fig. 7), verificou-se que no início da estação de reprodução, entre as coletas de julho (1981) e agosto (1981), acompanhando a diferença de 38 minutos a mais na duração do dia, ocorreu o desenvolvimento dos túbulos seminiferos dos estádios 1 e 2 ao estádio 3 e, em termos de crescimento, uma variação de volume de uma média de 19,84 mm? +5,78 mm” (D.P.) a 125,12mm? + 17,95 mm?. O final da estação de reprodução, apesar de menos sincrônico que o início, também pode ser associado à diminuição do fotoperíodo. Todos os machos no final de dezembro (1980) encontravam-se com testículos desenvolvidos e túbulos seminíferos com espermatozóides livres (estádio 4); o volume médio dos testículos foi de 713,14 mm * 105,87 mm. No início de fevereiro a maioria dos machos tinha os testículos em fase de regressão e seu volume em torno de 221,67 mm? + 135,84 mm. Neste intervalo a duração do fotoperíodo diminuiu 40 minutos. Em março (1981) os testículos dos machos estavam todos em regressão, com volume médio de 73,50 mm? + 63,02 mm?e a duração do fotoperiodo na região havia reduzido para 12h24min. A estação de reprodução nesta população de N. maculosa teve início quando o fotoperíodo estava aumentando e tinha duração de 11h45min e estendeu-se além do solstício de verão, quando o fotoperíodo tem a duração de 14h05min, até, pelo menos, uma duração de 13h57min, quando começou a fase de regressão gonadal (fig. 7). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 77 - 90, 26 out. 1992 . Ciclo reprodutivo de machos... 85 Pelos dados obtidos se torna evidente uma relação do ciclo reprodutivo dos machos de N. maculosa da população observada com a duração do dia. O fotoperíodo pode ser identificado como fator próximo (LOFTS & MURTON, 1968; FARNER, 1967; BAKER, 1938) desencadeador do desenvolvimento gonadal dos machos. Provavelmente a ação deste fator próximo está associada a outros fatores ambientais que podem atuar como inibidores e aceleradores do processo reprodutivo (MARSHALL, 1959; 1961b). CONCLUSÕES 1. A população de machos de N. maculosa estudada mostrou um ciclo reprodutivo marcadamente estacional durante o período de observação. Por um período de seis meses foram observados machos sexualmente ativos na população, desde o início de setembro até fevereiro, o que corresponde ao constatado em fêmeas desta espécie no mesmo período (BURGER, 1991). 2. A estação de reprodução da espécie, na latitude correspondente ao estudo, se relaciona com o fotoperíodo, tanto no começo quanto no término. O crescimento dos testículos iniciou com um pequeno aumento do fotoperíodo, enquanto sua regressão ocorreu quando a duração dos dias já estava diminuindo. 3. A espécie parece ter um período refratário curto, de aproximadamente dois meses, conforme observado nos estádios dos túbulos seminíferos. Este curto período refratário pode possibilitar à reprodução fora do padrão normal da população, quando as condições ambientais forem tais que não inibam o desenvolvimento gonadal. 4. Pelo que foi observado nos machos de N. maculosa, a curva de reprodução desta população é simétrica, coeficiente de viés=0,11,e tem a forma de um platô, diferentemente do observado nas fêmeas, que apresentaram uma curva de reprodução enviesada à direita (BURGER, 1991). O início e o final da estação de reprodução ocorreram num intervalo de um e meio a dois meses, enquanto durante quatro meses (de outubro a janeiro) a totalidade dos machos da população se encontrava em reprodução. Apresentou semelhan- çacomacurvatipo B, descrita por LOFTS & MURTON (1868). As populações com curva de reprodução deste tipo caracterizam-se por ter baixo limiar ao fotoestímulo para início da gametogênese, pela tolerância a fotoperíodos longos, por período refratário relativa- mente curto, por terem múltiplas ninhadas e estação de reprodução longa. Agradecimentos. Ao bacharel Henrique de Freitas Lima, pelo valioso auxílio na coleta de material. À Dra. Miriam Becker pela confiança e apoio. À bióloga Maria de Lourdes Hensel pelo auxílio na confecção das lâminas. Aos colegas Ms. João Oldair Menegheti pelo estímulo, orientação estatística e discussão do manuscrito; Ms. Tânia Arigony pela leitura crítica do manuscrito; Ricardo A. Ramos pelo auxílio com o computador; geógrafa Helena Mello pelo auxílio na descrição da área. A Luis Carlos Felizardo pela revelação e cópia das fotos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARRIAGA, A.; NICORA, O. T. & IBANEZ, N. 1983. Variaciones estacionales de Inambu chico comun (Nothura maculosa). Hornero, Buenos Aires, (Número extraordinário): 14-27. ANTHONY, R.G. & BUSS. I. O. 1974. Relationship of gonadal recrudescence and testicular melanogenesis in California quail. Condor, Santa Clara, Calif. 76 (7): 452-7. BAKER,J.R. 1938. The relation betwen latitude and breeding seasons in birds. Proc. Zool. Soc. Lond., London 108:557-79. BISSONETE, T.H. & CHAPNIK. T. H. 1930. Studies on the sexual cycle in birds. II. The normal IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 77 - 90, 26 out. 1992 . BURGER progressive changes in the testis from November to May in European Starling (Sturnus vulgaris), an introduced, non-migratory bird. Am.Journ. Anat., Baltimore, 45 (2): 307-31. BUCHERL, W. 1962. Técnica microscópica. São Paulo, Polígono, 171p. BUMP, G. & BUMP.J. W. 1969. A study of the Spotted tinamous and Pale spotted tinamous of Argentina. Spec. Scient.Rep.U.S. Fish Wild. Serv., Washington, 120: 1-160. BURGER, M.I. 1985. Observações preliminares sobre a variação anual do desenvolvimento dos testículos de Nothura maculosa Temmninck, 1815 (Aves, Tinamidae) no Rio Grande do Sul. Iheringia, Ser. Misc., Porto Alegre. (1): 71-8. — . 1991. Ciclo reprodutivo de fêmeas de uma população de Nothura maculosa Temminck, 1815 (Aves, Tinamidae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, (71): 161-74. DANIEL, W.W. 1978. Applied nonparametric statistics. Boston, Houghton Mifflin, 503p. FARNER, D.S. 1967. The control of avian reproductive cycles. In: INTERNATIONAL ORNITHOLOGICAL CONGRESS, 14, 1967. Oxford. Proceedings... Oxford. p. 107-33. HUDSON, W.H. 1928. Las perdices de la Argentina. Hornero. Buenos Aires, 4 (2): 174-83. INCRA. 1969. Aspectos gerais do clima do Estado. Porto Alegre. v. 1, p. 15-17. il. LEWIN, V. 1963. Reproduction and development of young in a population of California quail. Condor, Santa Clara, Calif., 65 (4): 249-78. LOFTS, B. & MURTON, R.K. 1968. Photoperiodic and physiological adaptations regulating avian breeding cycles and their ecological sifnificance. J. Zool.Lond., London, 165: 327-94. — . 1973. Reproduction in birds. In: D.S. FARNER & KING,J.R. (ed.). Avian Biology, New York, Academic Press. v.3. p. 1-107. MARSHALL, A. J. 1959. Internal and environmental control of breeding. Ibis, London, 101: 456-76. —. 1961a. Reproduction. In: MARSHALL, A.J. ed. Biology and comparative physiology of birds. New York, Academic Press. p. 169-213. —. 1961b. Breeding seasons and migration. In: MARSHALL, A.J. ed. Biology and comparative physiology of birds. New York, Academic Press. p. 307-39. MENEGHETI, J.O. 1981. Observações preliminares sobre o acasalamento e o recrutamento em Nothura maculosa Temminck, 1815 (Aves, Tinamidae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia. Ser. Zool., Porto Alegre, (59):65-75. — . 1984. Acasalamento em Nothura maculosa Temminck, 1815 (Aves, Tinamidae): duração, magnitude e sua variação. Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, (64):3-14. — . 1985a. Características do recrutamento em Nothura maculosa Temminck, 1815 (Aves, Tinamidae). Iheringia, Sér. Misc., Porto Alegre, (1):5-15. — . 1985c. Características da caça e seus efeitos sobre a população de Nothura maculosa Temminck, 1815 (Aves, Tinamidae), no Rio Grande do Sul. Iheringia, Sér. Misc., Porto Alegre, (1): 87-100. OBSERVATÓRIO NACIONAL. 1981. Efemerides astronômicas 1981. Rio de Janeiro, CNPq. PEREYRA,.A. 1928. Observaciones ornitologicas de la zona norte de la Gobernación de la Pampa. Las Memorias de la Sociedad Ornitologica del Plata, Buenos Aires, 7:1-131 SELANDER, R.K. & HAUSER, R. J. 1965. Gonadal and behavioral cycles in the Great-tailed grackle. Condor, Santa Clara Calif., 67: 157-82. SERIE, P.B. 1921. Sobre la alimentación de la perdiz comum (Nothura maculosa). Hornero, Buenos Aires, 2 (3): 230-2. — . 1923. Notas sobre aves de Santa Elena (Entre Rios). Hornero, Buenos Aires, 3 (1): 37-55. Recebido em 02.XII.1991, aceito em 24.11.1992 IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 77 - 90, 26 out. 1992 . Ciclo reprodutivo de machos... Figs. 1-2: Nothura maculosa coletados em Butiá, RS, de IX. 1980 al. 1982. Corte transversal de testiculo, desenvolvimento dos tübulos seminiferos: 1. estädio 1; 2. estädio 2. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 77 - 90, 26 out. 1992. a BURGER Figs. 3-4: Nothura maculosa coletados em Butiá, RS, de IX. 1980 a I. 1982. Corte transversal de testículo, desenvolvimento dos túbulos seminíferos: 3. estádio 3; 4. estádio 4. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 77 - 90, 26 out. 1992 . Ciclo reprodutivo de machos... 89 Figs. 5-6: Nothura maculosa coletados em Butiä, RS, de IX. 1980 a I. 1982. Corte transversal de testículo, desenvolvimento dos túbulos seminíferos: 5. Regressão fase inicial; 6. Regressão fase final. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 77 - 90, 26 out. 1992 . BURGER Duracao do dia (horas) ag Lu +1 86 = Es É | ol : o RS] ö io | TV E Br] 6 5 ; S > MET TETE TT s-0 N DJ" FM ACM I JA 5 ONDE Meses Estádios desenv. túbulos seminiferos = Fig. 7: Nothura maculosa coletados em Butiá, RS, de IX. 1980 a I. 1982. Variação do fotoperiodo, volume médio dos testículos (£ erro padrão) a duração dos estádios de desenvolvimento dos túbulos seminíferos no período de observação. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 77 - 90, 26 out. 1992 . VERONICELLIDAE (MOLLUSCA; GASTROPODA) PANTROPICAIS: II. REDESCRIÇÃO DE CINCO ESPÉCIES COM BASE EM TIPOS E RECARACTERIZAÇÃO DE TRÊS ESPÉCIES DE SEMPERULA GRIMPE & HOFFMANN, 1924! José Willibaldo Thomé ? ABSTRACT PANTROPICAL VERONICELLIDAE (MOLLUSCA; GASTROPODA): II. REDESCRIPTION OF FIVE SPECIES ON BASE OF TYPES AND RECARACTERIZATION OF THREE SPECIES OF SEMPERULA GRIMPE & HOFFMANN, 1924. Based on theredescription of Vaginula creophila Simroth, 1918 and V. rufiglandula Simroth, 1918, Semperula maculata (Templeton, 1858) “sensu” Hoffmann, 1925 isredescribed. Semperula carusi (Simroth, 1893) andS. parva (Heynemann, 1885) arerevalidated upon the examination andredescription oftypes of Vaginula carusi Simroth, 1893, V.parva Heynemann, 1885 and V. djiloloensis Simroth, 1897. KEYWORDS: Gastropoda; Veronicellidae; Pantropical; Semperula; redescription. INTRODUÇÃO Dando prosseguimento à apresentação dos resultados da determinação do material de Veronicellidae, procedente das coleções dos museus australianos, proponho uma recaracterização de Semperula maculata (Templeton, 1858) “sensu” HOFFMANN (1925) como terceira espécie do gênero representada naquelas coleções. As duas anteriores, S. insularis Thomé, 1983 e S. christmasi Thomé, 1983, foram tratadas em THOMÉ (1983). Todas as três espécies são provenientes da mesma ilha do Oceano Índico (Christmas Island) o que põe sob suspeita a intensa sinonimização proposta por HOFFMANN (1925) para as espécies do gênero, visto o mesmo ter usado o critério da distribuição geográfica para a sinonimização, quando não tinha característicos morfo- anatômicos disponíveis. A espécie Vaginula maculata Templeton, 1858 não é determinável pela descrição original. Apesar disto, SEMPER (1885) atribui esta espécie a espécimes que examinou, 1. Contribuição FZB-RS n. 286; apresentado no VIII Encontro Brasileiro de Malacologia, 01-04.07.83, São Paulo, SP. 2. Instituto de Biociências-PUC-RS, Av. Ipiranga, 6681, prédio 12 - 90619.900 Porto Alegre, RS, Brasil. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73):91-112,260ut. 1992. 92 THOME dando caracteristicos morfo-anatömicos identificadores. HOFFMANN (1925), infor- mando que examinou os espécimes de SEMPER (1885), recaracteriza a espécie sob o nome proposto por Templeton, considerando-o válido, enquanto não fossem encontrados os tipos deste último autor. Transcorridos mais de 50 anos desde a proposição de HOFFMANN (1925) e não tendo sido localizados os tipos de Templeton, julgo, a bem da estabilidade da nomencla- tura, manter a atribuição proposta por Semper e Hoffmann, apesar de terem sido arbitrários e terem desprezado outros nomes disponíveis, prioritários, porém, também não determináveis, como se depreende da sinonimização proposta por GRIMPE & HOFFMANN (1925a, b) e HOFFMANN (1925). Contudo, restrinjo a sinonimização àquelas espécies que tenham suficientes dados caracterizantes conhecidos, não concordando com as listas propostas pelos autores antes citados e mantendo os nomes das espécies não reconhecíveis como “nomen nudum”, o que certamente evita problemas de zoogeografia e ecologia. Fazem parte da sinonímia, entre outras, as espécies V. creophila e V. rufiglandula aqui redescritas. Também redescrevo outras três espécies (V. carusi, V. parva e V. djiloloensis) com base nos tipos, das quais revalido as duas primeiras aqui incluídas pela grande afinidade que possuem com S. maculata e proponho as respectivas sinonímias: MATERIAL E MÉTODOS Dois lotes recebidos para determinação do “Western Australian Museum” (W AM), Perth, Austrália, com total de 6espécimes. Material-tipo pertencente aos museus “Senckenberg Museum” (SMF), de Frankfurt a. M.e“Zoologisches Museum” (ZMB), de Berlim, Alemanha. Procedi à dissecação como usual. As figuras dos órgãos internos foram todas preparadas através de câmara lúcida: RESULTADOS Inicialmente redescrevo cinco espécies, com base no exame dos respectivos tipos, (Vaginula carusi, V. parva, V. djiloloensis, V. creophila, V. rufiglandula), para logo a seguir proceder a recaracterização de três espécies com a respectiva sinonimização (Semperula maculata, S. carusi, S. parva). Vaginula carusi SIMROTH, 1893a: 65-66,69; 1893b:85. Material .Lectótipo e 9 paralectötipos (designação presente): ZMB, s/n, Singapore (= Cingapura, Federação da Malásia), 1891, Micholitz leg. Redescrição. Morfologia externa (figs. 1-3, espécime fixado): animal peque- no, quase reto, mais largo do que alto; noto bem abaulado, perinoto bem demarcado e hiponotos horizontais; sola apenas mais estreita do que o hiponoto direito, sem linha longitudinal mediana; poro genital feminino levemente mais atrás da metade do comprimento e um pouco mais próximo do sulco pedioso; ânus circular, mediano, encoberto pela sola do pé. Cor geral do noto (algo desbotada) marrom-clara, com pigmentação escura esparsa, irregular, dando aspecto marmorado até junto do IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre(73):91-112,260ut. 1992. Veronicellidae (Mollusca; Gastropoda)... 93 perinoto, mas deixando listra estreita mediana longitudinal sem pigmentagäo escura; perinoto sem pigmentagäo escura; hiponoto sem colorido, como a sola. (Medidas do lectötipo, em mm: comprimento: 27,0; largura 13,0; altura: 4,1; largura da sola: 2,85; largura do hiponoto direito: 3,3, distäncia do poro genital feminino, do sulco pedioso: 1,4, da frente: 13,4 de träs: 13,0). Morfologia interna (figs. 19-22): alca intestinal anterior aträs de estreito e curto löbulo da gländula digestiva; gländulas salivares com äcinos finos, no conjunto de aspecto compacto; reto penetra no tegumento junto e acima do oviduto (fig. 21); nervos pediosos juntos, paralelos por curto espaço, quando se afastam gradativamente um do outro em leve arco, por cerca de 1/2 de seu comprimento, até quase a largura da sola, seguindo então afastados por mais de 1/3 de seu comprimento, quando penetram no tegumento, quase no final da cavidade geral; (medidas do lectótipo, em mm: comprimento total: 12,75, juntos: 2,25, em afastamento: 6,0, afastamento máximo: 2,6; penetram no tegumento a 4,5 do fim da cavidade geral); aorta estende-se diretamente até sob o gânglio pedioso; glândula pediosa achatada, aderida ao tegumento, alongada, estreita, de largura quase uniforme, com forte dobra para baixo à 1/3 de seu comprimento, distendendo-se depois em leve arco pela direita, formando um S, com a ponta alargada; a cicatriz de penetração do vaso sanguíneo é subterminal; zona clara, esbranquiçada, externa, larga e distinta em ambas as bordas, ao longo de todo comprimento, até a ponta; zona amarela mediana, uniforme; (fig. 22), (medidas do lectótipo em mm: comprimento em posição natural: 4,5; largura maior: 1,1; comprimento aproximado extendida: 7,5); bolsa da copulagäo assentada na extremi- dade afilada de um ducto alongado, grosso, 1/4 mais longo do que o diâmetro da bolsa; ducto de ligação bem curto, fino, penetra na base do ducto da bolsa, afastado da bolsa de copulação; deferente médio também curto, penetra no tegumento junto ao ducto da bolsa, próximo ao ducto de ligação; oviduto penetra no tegumento junto e logo para trás do ducto da bolsa (fig. 21): (medidas de lectótipo, em mm: bolsa da copulação, diâmetro: 1,1; ducto da bolsa, comprimento: 1,55, diâmetro na base: 0,95, diâmetro distal: 0,2; ducto de ligação, comprimento: 0,45, diâmetro: 0,1; deferente médio, comprimento: 0,3, diâmetro: 0,1; distância da base do ducto da bolsa até a penetração do ducto de ligação: 0,05); glândula peniana com papila cônica, afilada; possui 17 túbulos não diferenciados, dispostos em dois grupos: de um lado 7 túbulos curtos, grossos na base e mais finos para ponta, sendo um bifurcado, originando 8 pontas e para um outro lado mais 10 túbulos longos, de mesmo aspecto, sendo um duplamente bifurcado, originando 12 pontas; os túbulos longos são mais uniformes no comprimento do que os curtos (fig. 20); (medidas do lectótipo, em mm: papila, comprimento: 1,2, diâmetro maior: 0,65; túbulos, diâmetro: até 0,3, comprimento dos curtos: 1,85 - 3,35, comprimento dos longos: 7,85); pênis pleurocaule (HOFFMANN, 1925:254), curto, com soquete cilíndrico, liso, de tecido diverso da glande e glande globulóide lisa, levemente comprimida ântero-posterior- mente, diferenciada do soquete por fina nervura circular, que atrás se eleva e interrompe na correspondente altura da abertura do deferente na frente; a abertura do deferente na frente está no ápice de pequeno cone saliente na base da glande e voltado para a ponta. Ladeando o cone da abertura do deferente encontram-se duas depressões semilunares, com a borda convexa voltada para dentro. Na região equatorial da glande há na frente leve depressão (fig. 19); (medidas do lectótipo, em mm: comprimento total: 2,3, maior largura: 1,2, menor espessura: 0,9; soquete, IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73):91 - 112,26out. 1992. 94 THOME comprimento: 0,6, diämetro: 0,8; glande, comprimento: 1,7; distäncia da abertura do deferente ä nervura: 0,35). Vaginula parva HEYNEMANN, 1885: 89-90, 122-3 Material. Lectötipo (designação presente): SMF-194313/1, ilhas Seychelles, Repú- blica das Seychelles (Oceano Índico); (da coleção Heynemann, 1885, doação do “Museu de Kiel”). Redescrição. Morfologia externa (figs. 7-9, espécime fixado): animal pequeno, reto, pouco mais largo do que alto; noto abaulado, perinoto bem demarcado e hiponotos horizontais; sola mais estreita do que o hiponoto direito, sem linha longitudinal mediana; poro genital feminino levemente mais à frente da metade do comprimento e mais próximo do sulco pedioso; ânus circular, mediano, encoberto pela sola do pé; noto marrom-claro, finamente marmorado de pigmentação marrom-escura, até junto ao perinoto, mas deixando estreita listra mediana longitudinal livre de pigmen- tação escura e ocorrendo 6 manchas punctiformes esparsas, com pigmentação quase negra (observado à luz forte, em determinado ângulo, a cor geral do noto apresenta-se esverdeada): perinoto sem pigmentação escura; hiponotos sem colo- rido, aparecendo contudo alguns pontinhos de pigmentação marrom-clara, esparsos, no 1/4 posterior; sola sem colorido; (medidas do lectótipo, em mm: comprimento: 33,0; largura: 14,0; altura: 8,5; largura de sola: 3,0; largura do hiponoto direito: 5,0; distância do poro genital feminino, do sulco pedioso: 1,9, da frente: 15,3, de trás: 14,0). Morfologia interna (figs. 23-26): alça intestinal anterior atrás de estreito lóbulo da glândula digestiva; reto penetra no tegumento próximo e acima do oviduto (fig. 25); nervos pediosos não observáveis (devido à má fixação estavam fortemente aderidos à massa visceral e se desfizeram ao contato), aorta diretamente distendida até sob o gânglio pedioso; glândula pediosa achatada, alongada, estreita, de largura quase uniforme, com leve dobra proximal a 1/3 do comprimento, seguido nos outros 2/3 em forte arco pela esquerda, quando volta para a frente pela direita e logo se volta para a direita, formando um S terminal, com a ponta alargada; a cicatriz de penetração do vaso sangiiíneo é subterminal; zona clara, esbranquiçada, externa bem estreita, em ambas as bordas, desde a região proximal até perto da última volta, não ocorrendo na ponta; zona amarela mediana, uniforme (fig. 26); (medidas do lectótipo, em mm: comprimento em posição natural: 5,0; largura máxima: 1,5; comprimento aproximado distendida: 8,0); bolsa da copulação globulóide, comprimida, assentada na extremidade afilada de um ducto alongado, grosso, um pouco mais longo do que o diâmetro da bolsa da copulação; ducto de ligação bem curto, fino, penetra na base do ducto da bolsa, afastado da bolsa da copulação; deferente médio também curto, fino, penetra no tegumento junto e atrás do ducto da bolsa, para a direita do deferente médio (fig. 25); (medidas do lectótipo, em mm: bolsa da copulação, diâmetro maior: 2,1, diâmetro menor: 2,0; ducto da bolsa, compri- mento: 2,8, diâmetro na base: 0,8, diâmetro distal: 0,5; ducto de ligação, comprimento: 0,25, diâmetro: 0,07; deferente médio, comprimento: 0,9, diâmetro: 0,08; distância da base do ducto da bolsa até a penetração do ducto de ligação: 0,1); glândula peniana com papila cônica, afilada (curvada no lectótipo); possui 16 túbulos dispostos em 2 grupos: de IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73):91- 112,260ut. 1992. Veronicellidae (Mollusca; Gastropoda)... 95 um lado 6 túbulos curtos, claros e finos e o outro lado com 10 túbulos escuros mais grossos, sendo 2 túbulos bifurcados, dando 12 pontas; os túbulos de ambos os grupos são bastante uniformes entre si no comprimento (fig. 24); (medidas do lectótipo, em mm: papila, comprimento: 1,4, diâmetro maior: 0,7; túbulos curtos, diâmetro: 0,4, comprimento 3,5 - 4,0; túbulos longos, diâmetro: 0,5, comprimento 5,0 - 6,0); pênis pleurocaule, com soquete cilíndrico, liso, muito curto e glande globulóide, lisa levemente comprimida ântero-posteriormente, assentada sobre o soquete, trans- bordando sobre o mesmo e limitada por fina bainha, oblíqua anteriormente e posteriormente elevada até a correspondente altura da abertura do deferente na frente; na frente da glande, logo acima da bainha limitante, há uma leve constricção transversal no fundo da qual está a abertura do deferente (fig. 23); (medidas do lectótipo, em mm: comprimento total: 2,0; diâmetro maior: 1,5; soquete, comprimen- to na frente: 0,2, comprimento atrás: 0,4, diâmetro: 0,7). Vaginula djiloloensis SIMROTH, 1897: 140-2, 144, est. 14, figs. 7, 10-14. Material. Lectótipo (designação presente): SMF-3022/4a, Oba, Halmahera, ilhas Molucas, Indonésia; 1894, Kukenthal leg; paralectótipos: SMF-3022/4b, 3 espécimes; mesmos dados do lectótipo. Redescrição. Morfologia externa (figs. 10-12, espécime fixado - um paralectótipo): animal pequeno, quase reto, mais largo do que alto; noto abaulado, perinoto bem demarcado e hiponotos quase horizontais; sola bem mais estreita do que o hiponoto direito, sem linha mediana longitudinal; poro genital feminino na metade do comprimen- to e levemente mais próximo ao sulco pedioso; ânus circular, mediano, não totalmente encoberto pela sola do pé; noto amarelo-claro, marmorado por pigmentação negra em forma de fortes manchas e traços até junto ao perinoto, mas deixando estreita listra mediana longitudinal livre da pigmentação negra: esta listra amarela, clara, não alcança o perinoto na frente nem atrás; perinoto sem pigmentação negra; hiponotos sem colorido, porém com pigmentação negra punctiforme, esparsa, desde 1/3 para trás, tornando-se mais densa no terço posterior, não alcançando o perinoto; sola sem colorido; (medidas de um paralectótipo, em mm: comprimento: 29,0; largura: 14,0; altura: 5,5; largura da sola: 2,3; largura do hiponoto direito: 4,5; distância do poro genital feminino, do sulco pedioso: 2,0, da frente: 11,0, de trás: 11,0). Morfologia interna (figs. 27-30): alça intestinal anterior atrás de curto lóbulo da glândula digestiva; glândulas salivares de ácinos finos, no conjunto de aspecto compacto; reto penetra no tegumento bem junto ao oviduto, em parte à frente e acima do mesmo (fig. 29); nervos pediosos juntos, paralelos, por curto espaço, quando se afastam lentamente um do outro até além da metade do comprimento e até quase a largura da sola, seguindo então afastados, quase paralelos, até próximo do final da cavidade geral, onde penetram no tegumento; (medidas do lectótipo, em mm: comprimento total: 16,5; juntos: 2,5; afasta- mento máximo: 1,6); aorta diretamente estendida até sob o gânglio pedioso; glândula pediosa achatada, alongada, estreita, na frente algo mais larga, com leve contricção a 1/3 do comprimento, distendendo-se depois, voltada levemente para a esquerda pelos outros 2/3 do comprimento, quando se dobra para a frente, pela direita, e logo se afasta, levemente, formando um V terminal; ponta um pouco alargada e cicatriz de penetração do vaso sangiiíneo subterminal; zona clara, esbranquiçada, externa, larga, em ambas as IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73):91-112,260ut. 1992. 96 THOME bordas desde a região proximal, mas apenas até próximo à dobra para frente; zona amarela mediana, uniforme (fig. 30); (medidas do lectótipo, em mm: comprimento em posição natural: 4,0; largura maior: 1,3; comprimento aproximado distendido: 5,2); bolsa de copulação globulóide, assentada na extremidade afilada de um ducto alongado, grosso, apenas do comprimento do diâmetro da bolsa; ducto de ligação bem curto, fino, penetra na base do ducto da bolsa, afastado da bolsa de copulação; deferente médio bem curto, fino, penetra no tegumento junto ao ducto da bolsa; oviduto penetra no tegumento junto e atrás do ducto da bolsa (fig. 29); (medidas do lectótipo, em mm: bolsa da copulação, diâmetro maior: 1,5; ducto da bolsa, compri- mento: 1,5, diâmetro na base: 0,9, diâmetro distal: 0,4; ducto de ligação e deferente médio danificados; distância da base do ducto da bolsa até a penetração do ducto de ligação: 0,4; glândula peniana com papila cônica, afilada; possui 17 túbulos dispostos em 2 grupos, de um lado 8 túbulos curtos, claros, variando entre si no comprimento e do outro lado 9 túbulos longos, mais escuros, uniformes entre si no comprimento, com um túbulo bifurcado, ocorrendo, então, 10 pontas (fig. 28); (medidas do lectótipo, em mm; papila, comprimento: 1,0, diâmetro maior: 0,5; túbulos longos, comprimento,3,5 - 4,0, diâmetro: 0,3); pênis pleurocule, curto, com soquete cilíndrico, liso e glande globulóide, lisa, levemente comprimida ântero-posteriormen- te, assentada sobre o soquete, transbordando sobre o mesmo e limitada por bainha saliente, que na frente está mais próxima da base do soquete do que atrás; na frente da glande, acima da bainha, em leve depressão, está a abertura do deferente, ladeada por duas escavações circulares (fig. 27); (medidas do lectótipo, em mm: comprimen- to total: 2,2; diâmetro maior: 1,3; diâmetro menor: 1,0; soquete, comprimento: 0,5, diâmetro: 0,7). Vaginula creophila SIMROTH, 1918: 261, 288-9, est. 20, fig. 34a, 34b. Material. Lectótipo (designação presente), SMF-45224/1; paralectótipo, SMF- 45225/1, Sapit, Lombok, Indonésia (680 m alt.), 02.vi.1909, Dr. J. Elbert leg (da expedição “Sunda” da Sociedade de Frankfurt para Geografia). Redescrição. Morfologia externa (figs. 4-6, espécime fixado): animal pequeno, levemente curvado sobre a face ventral, mais largo do que alto; noto abaulado, perinoto bem demarcado, hiponotos quase horizontais; sola com largura menor do que a metade da largura do hiponoto direito, sem linha mediana longitudinal; poro genital feminino na metade do comprimento e mais próximo ao sulco pedioso; ânus circular, mediano ou repuxado para a direita, adendrando no hiponoto e, neste caso, não encoberto pela sola do pé: (espécimes totalmente desbotados, o lectótipo, deixando, contudo, perceber estreita listra clara mediana longitudinal); (medidas, em mm, do lectótipo e paralectótipo, respectivamente, comprimento: 33,0 - 25,0; largura: 15,0 - 11,0; altura: 6,0 - 4,6; largura da sola: 2,5 - 1,8; largura do hiponoto direito: 5,5 - 4,2; distância do poro genital feminino, do sulco pedioso: 2,0 - 1,6, da frente: 12,0 - 11,5, de trás: 12,0 - 11,0). Morfologia interna (fig. 31, 32): alça intestinal anterior atrás de estreito e longo lóbulo da glândula digestiva; reto penetra no tegumento bem junto ao oviduto (fig. 31); nervos pediosos algo afastados, paralelos em curto trecho, quando se afastam por uma curvatura em arco do nervo direito, até a altura do poro genital feminino, seguindo depois afastados, paralelos até o final da cavidade geral, onde se perdem no tegumento; (medidas, IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73):91- 112,260ut. 1992. Veronicellidae (Mollusca; Gastropoda)... 97 em mm, do lectótipo e paralectötipo, respectivamente: comprimento total 18,5 - 16,0: paralelos, 2,5 - 2,5; afastamento máximo, 1,4 - 2,4), aorta diretamente estendida até sob o gânglio pedioso; glândula pediosa achatada, alongada, estreita, com largura uniforme em todo seu comprimento, com forte volta da direita para a esquerda logo junto à abertura, seguida de volta de 90º para a direita; ponta romba, não alargada, portando a cicatriz de penetração do vaso sangiiíneo fracamente perceptível; zona clara esbranquiçada, apenas perceptível em curto trecho da metade para trás; zona amarela uniforme por toda glândula (fig. 32); (medidas só do paralectótipo, em mm: comprimento em posição natural: 3,6; largura máxima: 1,3; comprimento aproxima- do distendida: 6,0; no lectótipo a glândula pediosa acha-se destruída): bolsa da copulação globulóide, assentada na extremidade afilada de um ducto alongado, grosso, um pouco mais longo do que o diâmetro da bolsa; ducto de ligação bem curto, penetra na base do ducto da bolsa, afastado da bolsa da copulação: deferente médio bem curto, fino, penetra no tegumento junto e atrás do ducto da bolsa (fig. 31); (medidas do lectótipo, em mm: bolsa da copulação, maior diâmetro: 1,2: ducto da bolsa, comprimento: 1,5, diâmetro na base: 0,7, diâmetro distal: 0,4; ducto de ligação, comprimento: 0,2 (aproximado); distância da base do ducto da bolsa até a penetração do ducto de ligação: 0,4); (no paralectótipo não discernível, por ser juvenil); (as glândulas salivares, a glândula peniana e o pênis, extraviados nos dois espécimes tipos). Vaginula rufiglandula SIMROTH, 1918: 261, 283-4, est. 19, fig. 23-4. Material. Lectótipo (designação presente), SMF-45240/1 e 4 paralectótipos, SMF- 45241/4, Boeton SE, SE de Celebes (=Sulawesi”), Indonésia, 1909, J. Elbert leg. (da expedição “Sunda” da Sociedade de Frankfurt para Geografia). Obs.: o lectótipo está totalmente eviscerado, só restando o tegumento. Redescrição. Morfologia externa (fig. 13-15, espécime fixado): animal pequeno, quase reto, mais largo do que alto; noto abaulado, perinoto bem demarcado, hiponotos quase horizontais; sola com largura de cerca da metade da largura do hiponoto direito, sem linha mediana longitudinal; poro genital feminino alto mais para trás da metade do comprimento e também mais próximo do sulco pedioso; ânus circular, mediano, total- mente encoberto pela sola do pé. (Espécimes desbotados, sendo que num paralectótipo ainda se pode perceber uma cor geral amarelada do noto, com pigmentação escura marmorada até junto ao perinoto, permanecendo livre dela, apenas uma estreita listra mediana longitudinal); (medidas de um paralectótipo, em mm: comprimento: 26; largura: 11,0, altura: 4,0; largura da sola: 1,8; largura do hiponoto direito: 3,5; distância do poro genital feminino, do sulco pedioso: 1,3 da frente: 13,0, de trás: 10,5). Morfologia interna (figs. 33-36): alça intestinal anterior atrás de curto lóbulo da glândula digestiva; glândulas salivares de ácinos finos, no conjunto de aspecto compacto; reto penetra no tegumento bem junto e acima do oviduto (fig. 35); nervos pediosos juntos, paralelos por 1/3 de seu comprimento, quando se afastam gradativamente um do outro até cerca da altura do poro genital feminino, onde atingem o maior afastamento, seguindo depois, afastados, paralelos até bem o final da cavidade geral, onde se perdem no tegumento (medidas de um paralectótipo, em mm: comprimento total: 16,0; juntos: 5,0; afastamento máximo: 1,2); aorta direta- IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73):91 - 112,260ut. 1992. 98 THOME mente estendida até sob o gänglio pedioso; glândula pediosa achatada, alongada, estreita, de largura quase uniforme; perto da região proximal, à esquerda, com leve incisão; distende-se algo voltado para a esquerda por cerca de 2/3 do seu comprimen- to total, quando dobra-se abruptamente para a frente pela direita, afastando-se e formando assim um V terminal; a ponta levemente alargada e a cicatriz de penetração do vaso sangüineo é subterminal; zona clara esbranquiçada externa, em ambas as bordas, desde a região proximal até junto da ponta; zona amarela mediana, uniforme (fig. 36); (medidas de um paralectótipo, em mm: comprimento em posição natural: 4,5; largura máxima: 1,1; comprimento aproximado distendida: 7,0); bolsa da copulação globulóide, assentada na extremidade afilada de um ducto alongado, grosso; ducto de ligação bem curto, fino, penetra na base do ducto da bolsa, afastado da bolsa da copulação; deferente médio bem curto, fino, penetra no tegumento junto ao ducto da bolsa; oviduto penetra no tegumento junto e atrás do ducto da bolsa (fig. 35); (todos os espécimes juvenis, com as medidas prejudicadas); glândula peniana com papila cônica, afilada (num paralectötipo curvada); possui 17 túbulos, dispostos em dois grupos, de um lado 8 túbulos curtos, variando entre si no comprimento e do outro lado 9 túbulos longos, mais ou menos uniformes entre si no comprimento, com dois túbulos bifurcados, ocorrendo 11 pontas (fig. 34); (medidas de um paralectótipo, em mm: papila, comprimento: 5,0, diâmetro maior: 0,4; túbulos curtos, comprimen- to: 1,5, diâmetro: 0,1; túbulos longos, comprimento: 3,0, diâmetro: 0,1); pênis pleurocaule, curto, com soquete cilíndrico, liso, na frente curto e atrás mais longo e glande globulóide, lisa, levemente comprimida lateralmente, assentada sobre a extremidade oblíqua do soquete e destacando-se do mesmo por larga nervura saliente; logo acima da nervura, a glande possui basalmente depressão circular e para a frente uma leve projeção cônica, voltada para baixo, em cuja ponta está a abertura do deferente (fig. 33); (medidas de um paralectótipo, em mm: comprimento total: 0,9; diâmetro maior: 0,6; diâmetro menor: 0,5; soquete, comprimento menor: 0,2, diâmetro: 0,4). RECARACTERIZAÇÃO Semperula maculata (Templeton, 1858) “sensu” Hoffmann, 1925 (partim) (Figs. 4-6, 13-18,31-60) Vaginula maculata TEMPLETON, 1858: 49-50, est. 2; SEMPER, 1885: 322, est. 27, fig. 30. Semperula maculata; GRIMPE & HOFFMANN, 1925a: 389-90, 392, pt.; 1925b: 38-9, fig. 7. pt.; HOFFMANN, 1925: 175-9,210-1,258-60, est. 6, fig. k5, pt.; 1927: 37; 1930:98-9, pt.; 1934; 255-6. Vaginula creophila SIMROTH, 1918: 261,288-9, est. 20, fig. 34; HOFFMANN, 1941: 239-41. Vaginula rufiglandula SIMROTH, 1918:261,283-4, est. 19, figs. 23-4; HOFFMANN, 1941: 237. Vaginula rufiglandula rufescens SIMROTH, 1918: 261,283; HOFFMANN, 1941:237. Vaginula newtoni SIMROTH, 1893a: 68-9: 1893b: 85. Vaginula borneensis SIMROTH, 1897: 142-4, est. 14, figs. 8, 15-6. Diagnose. Pênis pleurocaule, de soquete cilíndrico, liso e glande assentada sobre o soquete, separada do mesmo por uma projeção saliente como uma bainha ou larga nervura circular, mas interrompida atrás, onde está elevada; seguindo-se um leve estrangulamento circular, após o qual desenvolve-se a glande em uma formação fusiforme, no sentido oblíquo ao estrangulamento, com a extremidade proximal, como uma projeção IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73):91-112,260ut. 1992. Veronicellidae (Mollusca; Gastropoda)... 99 cônica, voltada para o soquete, onde se abre o deferente e a extremidade distal intumescida, romba, algo comprimida lateralmente, por vezes com leve enrugamento terminal. Redescrição. Morfologia externa (figs. 4-6, 13-18, espécimes fixados): animal pequeno (tab. I), quase reto, mais largo do que alto; noto abaulado, perinoto bem demarcado, hiponotos quase horizontais; sola, em geral, pouco mais estreita do que a metade da largura do hiponoto direito, sem linha mediana longitudinal; poro genital feminino na metade ou levemente atrás da metade do comprimento e mais próximo do sulco pedioso; ânus circular, mediano, em geral encoberto pela sota do pé; noto marrom- claro, com densas manchas e traços irregulares escuros até junto ao perinoto, mas deixando estreita listra mediana longitudinal sem esta pigmentação, que não atinge o perinoto, tanto na frente como atrás; perinoto sem pigmentação escura; hiponotos sem colorido, como a sola. Tabela I. Medidas, em mm, dos espécimes australianos de Semperula maculata: 1. comprimento; 2. largura; 3. altura; 4. largura de sola; 5, largura do hiponoto direito; 6. distância do poro genital feminino do sulco pedioso; 7. distância do poro genital feminino da frente; 8. distância do poro genital feminino de trás (* espécime dasfigs. 16-18). bie 2 3 4 5 6 7 8 WAN 625/79 330 180 60 24 53 19 120 120 625/19 340 190 70 23 52 E 120 12,0 625/79€ 280 150 60 22 32 1,8 12,0 11,0 625/9d 60 135 57 17 46 15 11,0 11,0 *626/19a 260 30 60 20 4 15 11,4 11,0 626/796b 20 100 ur en) 36 DOR EE Morfologia interna (figs. 31-60): alça intestinal anterior atrás de estreito lóbulo da glândula digestiva; glândulas salivares de ácinos finos, no conjunto de aspecto compacto; reto penetra no tegumento junto e acima do oviduto (figs. 31, 35, 39, 43, 47, 51, 55, 59); nervos pediosos juntos e paralelos em curto trecho, para então divergirem, afastando-se um do outro em ângulo mais ou menos aberto ou através de um arco de um dos nervos, até a altura do poro genital feminino, quando se tornam paralelos, afastados, até o final da cavidade geral ou um pouco antes, onde penetram no tegumento; (medidas do espécime WAM-625/79a, em mm: comprimento total: 17,0; juntos: 2,0; afastamento máximo: 1,9); aorta diretamente distendida até sob o gänglio pedioso; glândula pediosa achatada, alongada, estreita, com largura em geral uniforme, apresenta logo na região proximal uma forte dobra, volta ou constricção, distendendo-se para trás em leve arco ou inclinação para a esquerda por cerca de 2/3 de seu comprimento, quando se volta ou dobra bruscamente, pela direita para a frente e termina com a ponta, em geral algo afastada para a direita; a zona clara, esbranquiçada, em geral bem destacada ao longo de ambas as bordas, desde a região anterior até a ponta; zona amarela mediana, homogênea, com cicatriz de penetração do vaso sangiiíneo na ponta, subterminal (figs. 32, 36, 40, 44, 48, 52, 56, 60); (medidas dos espécimes WAN-625/79a-b, respectivamente, em mm: comprimento em posi- ção natural: 4,5 e 4,0; largura maior: 1,4 e 1,2: comprimento aproximado distendido: 10,0 e 7,5); bolsa da copulação globulóide, assentada na extremidade afilada de um IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73):91-112,260ut. 1992. 100 THOME ducto grosso, alongado; ducto de ligagäo bem curto, fino, penetra na base do ducto da bolsa; deferente médio bem curto, fino, penetra no tegumento junto ao ducto da bolsa; oviduto penetra no tegumento junto e atrás do ducto da bolsa (figs. 31, 35, 39, 43, 47, 51, 55, 59); glândula peniana com papila cônica, afilada ou mamilada; possui os túbulos dispostos em dois grupos, de um lado túbulos mais curtos, mais ou menos uniformes entre si no comprimento, por vezes um bem curto e em geral menos numerosos e, de outro lado túbulos mais longos, em geral bastante uniformes entre si, com frequência ao menos um dos túbulos bifurcado, dando maior número de pontas; (figs. 35, 38, 42, 46, 50, 54, 58): (obs.: número e variação dos túbulos: de 12 a 21 no total, os curtos de 6 a9 e os longos de 6 a 13); pênis pleurocaule, com soquete curto, liso, cilíndrico, de extremidade oblíqua, sobre a qual está assentada a glande, cuja base apresenta uma bainha ou larga nervura, circular, saliente, por vezes interrompida atrás, onde está mais elevada, seguida de uma constricção ou estran- gulamento, continuando-se por uma formação intumescida, transversal e obliqua- mente de aspecto fusiforme, com uma ponta curta voltada para a base, onde se abre o deferente e a outra ponta mais carnosa, desenvolvida, por vezes comprimida lateralmente, formando o ápice do pênis, com aspecto rombo, globulóide ou algo afilado, raramente até enrugado (figs. 33, 37, 41, 45, 49, 53, 57); (medidas do espécime WAN-625/79 a, em mm: comprimento total: 2,4; diâmetro maior: 1,1). Material: 4 espécimes, lote WAN-625/79, Flying Fish Cove, Ilhas Christmas, Austrália, 28.v1.1961, E. Car (?) leg; 2 espécimes, lote WAN-626/79, Settlement, Ilhas Christmas, Austrália (10° S-105º W), IX-X.1969, S. Slack-Smith & A. Peterson leg; 2 espécimes-tipo de V.creophila, lotes SMF-45224/1 e SMF-45225/1 (vide p. 96 ); 2 espécimes tipos de V rufiglandula, lotes SMF-45240/1 e SMF-45241/1 (vide p. 97). “Localidade-tipo: Colombo, Sri Lanka (designação de HOFFMANN, 1925:259). Discussão: dos cinco nomes de espécies que aceito como sinônimos de S. maculata, dois correspondem a espécies ora redescritas: Vaginula creophila e V. rufiglandula, cujos tipos pude examinar; um é V. rufiglandula rufescens proposto por SIMROTH (1918) devido ao colorido um pouco mais avermelhado em 2 espécies do lote que examinou. Infelizmente os 2 espécimes não mais se encontram na coleção onde estavam catalogados sob números SMF-45242/1 e 45243/1, constando no fichário “Warscheinlich Kriegsverlust”. HOFFMANN (1941) ao relatar que examinou os tipos de V. rufiglandula, também menciona a var. rufescens, mas não informa se realmente examinou estes 2 espécimes, considerando-os, contudo, sinônimos, porque a proposição de Simroth, calcada no fato único de terem um tom de colorido mais avermelhado, ser “völlig unzweckmässig”, com o que concordo. Os últimos dois sinônimos (V. horneensis e V. newtoni) têm na descrição original do pênis dados suficientes para sinonimização. Semperula carusi (Simroth, 1893), revalidada. (Figs. 1-3,19-22) Vaginula carusi SIMROTH, 1893a: 65-6,69; 1893b: 85. Diagnose. Pênis pleurocaule, de soquete cilíndrico, liso, de tecido diverso da glande e uma glande globulóide, levemente comprimida ântero-posteriormente, diferenciada do soquete por fina nervura circular, que atrás se eleva e interrompe; a abertura do deferente no ápice de pequeno cone saliente, voltado para a ponta, na [HERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73):91-112,260ut. 1992. Veronicellidae (Mollusca; Gastropoda)... 101 base da glande, ladeado por depressões semilunares, estas com o arco convexo voltado para o cone; acima da abertura e das depressões a glande apresenta leve constricção circular, que não se completa atrás. Redescrição e material, como na redescrição dos tipos. Localidade-tipo (designação presente): Cingapura, Federação da Malásia. Discussão. HOFFMANN (1925: 176) afirmou que deve pertencer ao que ele determinou como Semperula maculata, com base em “originais”, que se encontrariam no ZMB. A anterior redescrição desses mesmos tipos assegura a singularidade da espécie, diferenciada anatomicamente de todas as demais espécies do gênero, conhecidas anatomicamente. Semperula parva (Heynemann, 1885), revalidada. (Figs.7-12,23-30) Vaginula parva HEY NEMANN, 1885: 89-90, 122-3 Vaginulachavesi SIMROTH, 1893A:66; 1893b: 85. Vaginula djiloloensis SIMROTH, 1897: 140-2, 144, est. 14, fig.7, 10-4 Diagnose. Pênis pleurocaule, de soquete cilíndrico, liso, curto e uma glande globulóide, levemente comprimida ântero-posteriormente, assentada sobre o soquete, transbordando sobre o mesmo como uma bainha saliente circular, baixa na frente e elevada atrás; acima da base da glande há uma leve depressão anterior, no fundo da qual se abre o deferente, sem qualquer saliência. Redescrição e material, como na redescrição dos tipos. Localidade-tipo (designação presente): Ilhas Seychelles, República das Seychelles (Oceano Índico). Discussão. A redescrição anterior dos tipos de V. djiloloensis assegura a sinonímia. Com referência a V. chavesi ocorre certa confusão sinonímica, visto que SIMROTH (1893a: 66) caracteriza sumariamente a espécie, sem nominá-la e indicando apenas: “Nr. 2 Vaginula sp., de Mindanao e coletado por Micholitz”. Na mesma página, ao tratar da determinação do material coletado por Strubell, menci- ona: “3a. Dieselbe Vaginula, die auf Mindanao vorkommt, fand Strubell auf den Molukken, Ternate, Banda-Insel.” Em novo trabalho, como apêndice do anterior (SIMROTH, 1893b: 85), propõe o nome para a espécie nº 2, primeiramente só caracteriza, sem contudo se referir ao lote 3a, mencionando: “Nr. 2. Vag. Chavesi (sic) n.sp. zu Ehren des Herrn Affonso Francisco Chaves, auf S. Miguel (Azoren)...”. Nos mesmos artigos, SIMROTH (1893a-b), caracteriza também sob “Nr. 4. Vaginula n.sp. Molukken, Amboina, Ternate, Banda-Insel,” da coleção de Strubell, à qual atribuiu posteriormente (SIMROTH, 1893b:85) o nome de Vag. Bocagei (sic). Não há indicação de tipos nem de número de exemplares disponíveis. Pelas características anatômicas fornecidas, são duas espécies bem distintas, pertencentes a gêneros diversos. Isto foi reconhe- cido por HOFFMANN (1925: 121, 176-7), que também afirma ter examinado espécimes “originais” de V. chavesi e “tipos” da V. bocagei existentes no ZMB, constatando que o lote proveniente da ilha Banda continha as 2 espécies, o proveni- ente da ilha Amboina era V. chavesi, mas estava estiquetado V. bocagei, e o da ilha IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73):91 - 112,260ut. 1992. 102 THOME Ternate, etiquetado como V. chavesi devia pertencer a V. bocagei. E evidente que Hoffmann näo constatou, que os lotes originais de Simroth, que ele relacionou sob nümeros 3a e 4, foram confundidos e mesmo misturados. Sou inclinado a afırmar que os lotes sob nº 3a, como não foram incluídos por Simroth na caracterização nem mencionados na proposição do nome da espécie V. chavesi, não podem ser conside- rados como síntipos desta espécie, restando como tal apenas o lote de Mindanao, coletado por Micholitz. Este lote não foi expressamente mencionado por HOFFMANN (1925) e em 1982 também não foi por mim encontrado na coleção do ZMB. Portanto, V. chavesi SIMROTH (1893 a, b) é identificável apenas pela descrição original e desse modo deve ser colocada na sinonímia de Semperula parva (HEYNEMANN, 1885), que está aqui redescrita sob exame do lectótipo. Posso aduzir que encontrei na coleção do ZMB (julho de 1982) 2 lotes, sem numeração própria, provenientes da ilha Banda e identificados como originais de Vaginula bocagei, dos quais um lote com 3 espécimes (1 aberto) tem etiqueta adicional de Hoffmann como sendo Semperula maculata. Este segundo lote é determinável como Semperula parva. Também localizei um lote com 9 espécimes (2 abertos), também como originais de V. bocagei e que Hoffmann etiquetou como Semperula maculata e eu agora determinei como S. parva. O lote ou lotes provenientes de Ternate não mais localizei. Todos os 3 lotes ainda existentes no ZMB podem ser considerados síntipos de V. bocagei Simroth, 1893, mas nada tendo que haver com tipos de V. chavesi, apesar dos 2 últimos lotes conterem espécimes desta espécie e apenas o primeiro lote ter tipos objetivos de V. bocagei. A recaracterização e sinonimia de V. bocagei será discutida em outro trabalho. Agradecimentos. A Dra. Shirley M. Slack-Smith, WAN, Perth, pelo empréstimo do material; aos Dr. Ronald Janssen, SMF, Frankfurta.M. e Prof. Dr. Rudolf Kilias, ZMB, Berlim, pela gentil permissão de examinar os tipos sob suas curadorias. Ao “Deutscher Akademischer Austauschdienst” (DA AD), Bonn, Alemanha, pela concessão da bolsa de pesquisa, que permitiu o exame dos tipos em museus europeus, no período de junho a setembro de 1982. À Clélia, minha esposa, pelas fotos e à Rejane Rosae Tania Carvalho, pelos acabamentos dos desenhos e da datilografia original do manuscrito, respectivamente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GRIMPE, G. & HOFFMANNH. 1925a. Die Nacktschnecken von Neu Caledonien, den Loyalty- Inseln und den Neuen-Hebriden. In. SARASIN, F. & J. ROUX. Nova Coledonia, Zoologie. Berlin, CW.Kreidel, v.3, entrega 3, p. 339-476, est. 5-6. —. 1925b Versuch einer Revision der indischen, indo-und polynesischen Vaginuliden (Gastrop. Pulm.). Z. wiss. Zool, Leipzig, 124 (1): 1-50. HEYNEMANN, D.F. 1885. Über die Vaginula-arten Afrika's. Jb. dtsch. malakozool.Ges., Frankfurt a.M.. 12: 83-128. HOFFMANN, H. 1925. Die Vaginuliden. Ein Beitrag zur Kenntnis ihre Biologie, Anatomie, Systematik, Geographischen Verbreitung und Phylogenie. (Fauna et anatomia ceylanica, III, Nr. 1). Jena. Z.Naturw., Jena, 61 (1/2): 1-374, fig. 1-41, est. 1-11. = ne Über Vaginuliden aus dem Reichsmuseum Stockholm. Ark. Zool., Uppsala, 19a (25): -39, 15 figs. —. 1930. Die Vaginuliden der Sunda-Expedition Rensch. Zool. Anz., Leipzig, 88 (5/6): 97-110. . 1934. Nacktschnecken und Halbnacktschnecken von Java und Sumatra. Tropische Binnengewässer, 5-225-91. Suplemento de Arch. Hydrobiol., Stuttgart, 13, 1934. . 1941. Über einige Vaginuliden auf grund bisher fur verschollen gehaltener Typstucke. zoo Anz., Leipzig, 136: 229-42, 3 figs. SEMPER, C. 1885. Landmollusken. In: REISEN im Archipel der Philippinen. Wiesbaden, EAWKzeidelap 2,3, cad pP 2IE SDR Est 2 478 [HERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73):91-112,26 out. 1992. Veronicellidae (Mollusca; Gastropoda)... 103 SIMROTH,H. 1893a. Über eine Reihe von Vaginulaarten. Sber. naturf. Ges. Lpz., Leipzig, 17/ 18:58-73, 1891-1892. —. 1893b. Einer Nachtrag zu seinem Bericht über die Vaginuliden. Sber. naturf. Ges. Lpz., Leipzig, 17/18:84-86, 1891-1892. —. 1897. Nacktschnecken aus dem Malayischen Archipel. Abh. Senckenb. naturforsch.Ges., Frankfurta.M., 24 (201): 137-44, est. 14. —. 1918. Über einige Nacktschnecken vom Malayischen Archipel von Lombok an ostwärts bis zu den Gesellschaft-Inseln. Abh. Senckenb. naturforsch.Ges., Frankfurt a.M., 35 (335): 261-306, est. 18-20. TEMPLETON,R. 1858. On anew species of Vaginulafrom Ceylon. Ann.Mag.nat.Hist., 3ºser., London, 1(1):49-50, est. 2,fig.B, 1-6. THOME,J.W. 1983. Veronicellidae (Mollusca, Gastropoda) pantropicais: Primeira occrrêncianas ilhas Christmas (Austrália) do Oceano Indico. Iheringia, Ser. Zool., Porto Alegre, (63): 11-25. Recebido em 02.XII.1991, aceito em 22.V.1992 IHERINGIA Ser. Zool., Porto Alegre (73):91- 112,26 out. 1992. INIHIIEREITHITE 1 TLTESCTLPERC sara ..rerrrr 4 9 Figs. 1-6. Semperulacarusi (Simroth, 1893), lectótipo: 1. dorsal, 2. lateral, 3. ventral. VaginulacreophilaSimroth, 1918, lectötipo: 4. dorsal; 5. lateral; 6. ventral. [HERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73):91-112,260ut. 1992. Veronicellidae (Mollusca; Gastropoda)... 105 ta im = . » te ve Figs. 7-12. Semperula parva (Heynemann, 1885), lectótipo: 7. dorsal; 8. lateral; 9. vental. Vaginula djiloloensis Simroth, 1897, paralectótipo: 10. dorsal; 11. lateral; 12. dorsal. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73):91- 112,26out. 1992. 106 THOME SEREEERIERREBLRN GA se dé u — RR ams ci E03 16 17 Figs. 13-18. Vaginula rufiglandula Simroth, 1918, lectötipo: 13. dorsal; 14. lateral; 15. ventral. Semperula maculata (Templeton, 1858) “sensu” Hoffmann, 1925, espécime WAN-626/79a: 16. dorsal"; 17. lateral; 18. ventral. 'HERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73):91-112,260ut. 1992. Veronicellidae (Mollusca; Gastropoda)... 107 21 BOLSA DA COPULACÄO PAPILA DUCTO DE LIGAÇÃO DEFERENTE nor MEMBRANA DEFERENTE <: MÉDIO TÚBULOS MEMBRANA NAN EN DEFERE Ei SIERT, 20 ANTERIOR ABERTURA - - SOSE ZONA CLARA Figs. 19-22. Semperula carusi (Simroth, 1893), lectötipo: 19. pênis; 20. glândula peniana; 21. parte do complexo genital e do reto, junto ao poro genital feminino; 22. glândula pediosa, vista dorsal. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73):91- 112,260ut. 1992. THOME nn Imm Figs. 23-30. Semperula parva (Heynemann, 1885), lectötipo: 23. pênis; 24. glândula peniana; 25. parte do complexo genital e do reto, junto ao poro genital feminino; 26. glândula pediosa, vista dorsal. Vaginula djiloloensis Simroth, 1897, lectótipo: 27. pênis; 28. glândula peniana; 29. parte do complexo genital e do reto, junto ao poro genital feminino; 30. glândula pediosa, vista dorsal. IMERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73):91 - 112,26out. 1992. Veronicellidae (Mollusca; Gastropoda)... 109 Imm 34 =. 0,5 mm 32 Figs. 31-36. Vaginula creophila Simroth, 1918, lectötipo: 31. parte do complexo genital e doreto, Junto ao poro genital feminino; paralectótipo: 32. glândula pediosa, vista dorsal. Vaginula rufiglandula Simroth, 1918, paralectótipo (juvenil): 33. pênis; 34. glândula peniana; 35. complexo genital e parte do reto, junto ao poro genital feminino (ovulis permioducto truncado); 36. glândula pediosa, vista dorsal. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73):91-112,260ut. 1992. 110 THOME Figs. 37-44. Semperula maculata (Templeton, 1858) “sensu” Hoffmann, 1925, espécime WAM-625/ 79a: 37. pênis (dois aspectos); 38. glândula peniana; 39. parte do complexo genital e do reto, junto ao poro genital feminino (sem a bolsa da copulação); 40. glândula pediosa; espécime WAN - 625/79b: 41. pênis; 42. glândula peniana; 43. parte do complexo genital e do reto, junto ao poro genital feminino; 44. glândula pediosa. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73):91 - 112,260ut. 1992. Veronicellidae (Mollusca; Gastropoda)... 111 50 Figs. 45-52. Semperula maculata (Templeton, 1858) “sensu” Hoffmann, 1925, espécime WAN-625/ 79c: 45. pênis; 46. glândula peniana; 47 parte do complexo genital e do reto, junto ao poro genital feminino (dois aspectos); 48. glândula pediosa; espécime WAN-625/79d: 49. pênis; 50. glândula peniana; 51. parte do complexo genital e doreto, junto ao poro genital feminino; 52. glândula pediosa. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73):91-112,260ut. 1992. 119 THOMÉ Figs. 53-60. Semperula maculata (Templeton, 1858) “sensu” Hoffmann, 1925, espécime WAM-626/ 79a: 53. pênis; 54. glândula peniana; 55. parte do complexo genital e do reto, junto ao poro genital feminino; 56. glândula pediosa, vista dorsal; espécime WAM-626/79b: 57. pênis; 58. glândula peniana; 59. parte do complexo genital e do reto, junto ao poro genital feminino; 60. glândula pediosa. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73):91 - 112,26out. 1992. NOVAS SINONIMIAS NO GENERO TEMINIUS KEYSERLING, 1887 ( ARANEAE, MITURGIDAE) Alexandre B. Bonaldo !? ABSTRACT NEW SYNONYMIES IN THE GENUS TEMINIUS KEYSERLING, 1887 (ARANEAE, MITURGIDAE). Paratyle Simon, 1896 is considered a new junior synonym of Teminius Keyserling, 1887. Paratyle silvestris Simon, 1896, P. montana Franganillo-Balboa, 1930, Syspira jammesi Mello-Leitão, 1948 and Strotarchus braendegaardi Caporiacco, 1955 are synonymized with Teminius insularis (Lucas, 1857). New South Brazilian records for this species are provided. KEYWORDS. Araneae, Miturgidae, Teminius, synonymies, records. INTRODUÇÃO Em recente revisão, PLATNICK & SHADAB (1989) removeram o gênero Teminius Keyserling da sinonimia de Syrisca Simon e diagnosticaram T. affinis Banks, T. hirsutus (Petrunkevitch) e T. insularis (Lucas), estabelecendo diversas sinonímias específicas. PLATNICK & RAMÍRES (1991) revalidaram uma quarta espécie, T. agalenoides (Badcock), retirando-a da sinonímia de T. insularis. O estudo de amplo material da família Miturgidae evidenciou a necessidade de acréscimos à lista sinonímica de T. insularis. O gênero Paratyle Simon, colocado originalmente em Liocraninae, Clubionidae, foi transferido para Eutichurinae, Miturgidae, por LEHTINEN (1967). O exame do holótipo da espécie-tipo P. silvestris Simon, mostrou ser esta um sinônimo junior de Teminius insularis e, portanto, propõe-se a inclusão de Paratyle na sinonímia de Teminius. Outros três nomes específicos, até o momento vinculados aos gêneros Paratyle, Syspira Simon e Strotarchus Simon, são aqui considerados sinônimos juniores de Teminius insularis. Complementam-se as listas sinonímicas de Teminius e T. insularis fornecidas por PLATNICK & SHADAB (1989) e apresentam-se novas ocorrências desta espécie no sul de Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, Brasil. Apenas T. insularis foi encontrada no material examinado, sugerindo que T. agalenoides não ocorre no sul do Brasil. Isto reforça a suspeita de PLATNICK & RAMIRES (1991) de que T. agalenoides é alopátrica com T. insularis. 1. Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, C.P. 1188, 90001, Porto Alegre, RS, Brasil. 2. Bolsista CAPES, Mestrado, Pós-Graduação em Zoologia, Universidade Federal do Paraná. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 113 - 115, 26 out. 1992. BONALDO Siglas das Instituições citadas (curadores entre parênteses): BMNH, “The Natural History Museum”, Londres (P. D. Hillyard); MCN, Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre (E. H. Buckup); MCP, Museu de Ciências, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre (A. A. Lise): MNHN, “Museum National D'Histoire Naturelle”, Paris (C. Rollard); MNRIJ, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro (A. Timotheo da Costa); MUCV, “Museo de Biologia, Universidad Central de Venezuela” Caracas (G. Pereira). Teminius Keyserling, 1887 Teminius KEY SERLING, 1887: 421. Espécie-tipo, T. insularis Keyserling (= Drassus insularis LUCAS, 1857); PLATNICK & SHADAB, 1989: 3 (lista sinonímica). Paratyle SIMON, 1896: 402; 1897: 145 (descrição formal do gênero) espécie-tipo por monotipia, P. silvestris Simon; 1896; ROEWER, 1954: 568; BONNET, 1958: 3338. Syn. n. Teminius insularis (Lucas, 1857) Drassus insularis LUCAS, 1857:79, pr. 4, fig. 4, Holótipo 2, Havana, Cuba (depositário desconhecido). Paratyle silvestris SIMON, 1896: 402, Holótipo & (MNHN 13157), Colonia Tovar, Mérida, Venezuela (examinado); 1897: 145, fig. 143; ROEWER, 1954: 568; BONNET, 1958: 3338. Syn.n. Syrisca insularis; SIMON, 1897: 131; ROEWER, 1954: 558; BONNET, 1958: 4227. Paratyle montana FRANGANILLO-BALBOA, 1930: 37, Holótipo presumivelmente jovem, Sierra Maestra, Cuba (provavelmente na Academia de Ciências de Cuba, Havana, não examinado); 1936: 123; BONNET, 1958: 3338. Syn.n. Syrisca albopilosa MELLO-LEITÃO, 1941: 287, fig. 16 partim, somente alótipo £ (MNRJ 231), Cúcuta, Colômbia (examinado, identificação errônea); ROEWER, 1954: 558... Syspira jammesi MELLO-LEITÃO, 1948: 185, fig. 26, holótipo & BMNH, Cane Grove, Guiana (não examinado); ROEWER, 1954: 558. Syn.n. Strotarchus braendegaardi CAPORIACCO, 1955: 362, fig. 39, Holótipo 2 subadulto, (MUCV 809), Lagunillas, Zulia, Venezuela (examinado); BRIGNOLI, 1983: 543. Syn.n Teminius insularis; PLATNICK & SHADAB, 1989: 4 figs. 1-4 (lista sinonímica); PLATNICK & RAMÍRES, 1991:1. Nota. MELLO-LEITÃO (1941:287, figs 15, 16) descreveu Syrisca albopilosa, holótipo macho de Pamplona, Colômbia (MNRJ, não encontrado, provavelmente perdi- do) e alótipo fêmea de Cúcuta, Colômbia (MNRJ 231, examinado). Estes espécimes não são co-específicos, pois o macho não pertence a Teminius, como salientaram PLATNICK & SHADAB (1989) e a fêmea é um exemplar de T. insularis. Registros novos. BRASIL. Santa Catarina: Tubarão, 1 2, 28.X1.1986, E. Lerner col. (MCN 16829); Siderópolis, 192, 18.XI[.1977, F.R. Meyer col. (MCN 7737); Rio Grande do Sul: Tenente Portela, 1 2, 29.X1.1978, H. Bischoff col. (MCN 8386); Machadinho (Rio Forquilha), 1 2. 09.1X.1988, projeto Itá- Machadinho col. (MCP 1190); Pirapó (Rio Iuí-Mirim), 1 & 03- 12.1.1989, projeto Garabí col. (MCP 1209); São Borja (margem esquerda do Rio Uruguai), 3 2, 03-12.1.1989, projeto Garabí col. (MCP 1214); Nova Petrópolis, 1 2, 07.V1.1973, A.A. Lise col. (MCN 908); (Linha Imperial), 1 9, 20.X11.1973, A.A. Lise col. (MCN 2199); Arroio do Meio (Linha Alegre), 12, 09.1.1985, A.A. Lise col. (MCN 12960); Estância Velha, 12, 03.VII.1979, T. de Lema col. (MCN 8743); Capão da Canoa (Xangrilá), 1 & 2 jovens 09.X1.1986, A.A. Lise col. (MCN IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 113 - 115, 26 out. 1992. Novas sinonimias no gênero Teminius... 115 16041); 19,23.X1.1985, A.A. Lise col. (MCN 16071); 10º 19,2 jovens, 07.XII.1986, A.A. Lise col. (MCN 16091); 39, 17.1.1987, A.A. Lise col. (MCN 16646): 10712. 15.1.1987. A.A. Lise col. (MCN 16713); 2 2, 21.1.1989, André A. Lise col. (MCN 18139): 1 & 1 Jovem, 20.11.1990, A.A. Lise col. (MCN 19597); 19, II. 1989, André A. Lise col. (MCN 21033); Tramandaí (Nova Tramandaí),. 3 9, 12.1.1991, A.D. Brescovit col. (MCN 20716); Porto Alegre, 1 2, 19.VII.1963, C. Hartlieb & J. Pacini col. (MCN 1125); 19, 07.X1.1962, J. Pacini col. (MCN 1271); 1 8, 13.X.1985, R. Baião col. (MCN 14409); Viamão, 1 0, 01.1.1987, M.A.L. Marques col. (MCN 16652); Quaraí, 29, 12.1.1963, J.W. Thomé col. (MCN 1682); 19,09.1V.1977, J.W. Thomé col. (MCN 5278); (Estância São Roberto), 12, 24-28.V.1991, A.A. Lise col. (MCP 445); 1 92, 24-28.V.1991, A.D. Brescovit col. (MCN 21097); Tapes, 1 2, 11.11.1975, M. Araujo col. (MCN 2473). Agradecimentos. Aos curadores das coleções pelo empréstimo do material; às pesquisadoras Erica H. Buckup e Maria Aparecida L. Marques (MCN) pela revisão do manuscrito; ao pesquisador Antonio D. Brescovit (MCN) pelo auxílio na obtenção do holótipo de Strotarchus braendegaardi junto ao MUCV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BONNET, P. 1958. Bibliographia araneorum. Toulouse, Douladoure, v.2, pte 4, p. 3037-4230. BRIGNOLI, P.M. 1983. A catalogue of the Araneae described between 1950 and 1981. Manchester, Manchester University. 755p. CAPORIACCO,L. Di. 1955. Estudio sobre los aracnidos de Venezuela. 2º. parte: Araneae. Acta biol. venez., Caracas 1: 265-451. FRANGANILLO-BALBOA, P. 1930. Arácnidos de Cuba. Más arácnidos nuevos de la Isla de Cuba. Habana, La Habana 1930, 1-53. —. 1936. Los Arácnidos de Cuba hasta 1936. Cultural, La Habana, 183p. KEYSERLING, E. 1887. Neue Spinnen aus Amerika. VII. Verh. zool. - bot. Ges. Wien, Wien 37: 421-490. LEHTINEN, P.T. 1967. Classification of the Cribellate spiders and some allied families, with notes on the evolution of the suborder Araneomorpha. Ann. Zool. Fenn., Helsinki, 4(3): 199- 468. LUCAS, H. 1857. Arachnides. in: Sagra, R. de, Histoire physique, politique et naturelle de l'Isle de Cuba. Animaux articules. Paris, v. 4-5: 69-84. MELLO-LEITÃO, C.F. 1941. Catálogo das aranhas da Colômbia. Anais Acad. bras. Cienc., Rio de Janeiro, 8 (4): 233-300. —. 1948. Contribuição ao conhecimento da fauna araneolögica das Guianas. Anais Acad. bras. Cienc., Rio de Janeiro, 20 (2): 151-196. PLATNICK,N.I. & RAMÍREZ, M.J. 1991. On South American Teminius (Araneae, Miturgidae). J. Arachnol., Lubbock, 19 (1): 1-3. PLATNICK, N.I. & SHADAB, M.U. 1989. A review of the spider genus Teminius (Araneae, Miturgidae). Amer.Mus.Novit., New York, (2963): 1-11. ROEWER, C.F. 1954. Katalog der Araneae von 1758 bis 1940, bzv 1954. Bremen, Inst. royal Sci. nat. de Belgique, v.2, abt a. 923p. SIMON, E. 1896. Descriptions d'Arachnides nouveaux de la famille des Clubionidae. Annls Soc. ent. Belg. Bruxelles, 40: 400-422. —. 1897. Histoire naturelle des araigneés. Paris, Encyclopédique de Roret, v. 2, fasc. 1, 192p. Recebido em 24.XII.1991; aceito em 15.1V.1992. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 113 - 115, 26 out. 1992. Sinto ren rer AND a O pi pal mano 284 BEER Vo dis sel AA RL VICE Ea REF SON BIRMA? pr Ta a re Eai a N u BEN: DEE PRC el wu Fa aan R Ana ARE BIIATEFE N sia ” Mes pd? eta a a ER Ao Di Me Fed] En ars Nos BLA KK a TE Hr: andina neah 1 sah, sh E E pedi si k bi Bi: erh UNS Ra a nie Aa ih Eat Es ; en - BR SR Jebiha ae nm REENSE FR Re ut O E N : er aa pai não ha | = adagé a üpebaleurne sa nda Lp PEA Ê Ferro: E hs 2 ale. err A A as na ae NOTA CIENTIFICA SOBRE FAVIA LEPTOPHYLLA VERRILL, 1868 (CNIDARIA, SCLERACTINIA) KEYWORDS: Neotropical, Cnidaria, Scleractinia, Favia leptophylla, skeletal morphology, records. A sistemätica de Scleractinia estä tradicionalmente baseada nas caracteristicas esqueléticas como a forma de crescimento, coralitos e costelas (VAUGHAN & WELLS, 1943; GATTUSO er. al., 1991). Favia leptophylla foi descrita por VERRILL (1868) com base em único exemplar coletado por C.F. Hartt, com as seguintes características: colônia hemisférica, coralitos arredondados ou deformados, 0,25 polegadas de tamanho médio, apresentando tamanho menor na parte central da colônia; septos delgados e distantes, com 3 ciclos de septos completos (24 a 30 septos), um delgado lóbulo paliforme e pequeno número de dentes; tecas distintas, separadas por 0,08 polegadas; costelas delgadas e denteadas; columela pouco desenvolvida de textura esponjosa. VAUGHAN (1902) estudou 29 exemplares de Favia gravida Verrill. 1868, mas nenhum de F. leptophylla que foi mais uma vez citada baseando-se no mesmo exemplar de VERRILL (1868). MATTHAI (1919) fez uma redescrição, com base no holótipo, mas apesar do seu trabalho ser detalhado em relação aos outros corais da família Faviidae, há pouco sobre a referida espécie. LABOREL (1970) coletou F. leptophylla nas ilhas Guarita e Santa Bárbara e nos recifes da pedra Lixa (Abrolhos) e ainda em Porto Seguro (BA); afirmou que “la répartition de Favia leptophylla est donc limitée à région des Abrolhos et, en moindre abondance, aux côtes de I'Etat de Bahia. C'est sans doute une espece relicte”; considerou- a ainda como importante componente recifal (com colônias de mais de Im de diâmetro) e como uma espécie fotófila, ocorrendo entre 3 e 15m de profundidade. O material examinado está depositado na Coleção de Cnidaria do Museu Nacional (MNRJ), Rio de Janeiro: BRASIL. Bahia: Parcel dos Abrolhos (parte superior dos Chapeirões), 1 exemplar, 08.X.1987, F.B.Pitombo, (MNRJ 01186); Abrolhos, ilha Guarita, 1 exemplar, 05. VIII. 1987, F.D.Amaral, A. Corrêa e S.M.Pinto (MNRJ 01551); Espírito Santo: Ilha de Martim Vaz (20º 28'S e 28º 51'W), a 23m de profundidade, 1 exemplar, 1989. A. Colasanti (MNRJ 01864). Mediram-se 20 coralitos por exemplar para a obtenção das médias dos caracteres esqueléticos: diâmetro dos coralitos, espaçamento entre os centros columelares e número total de septos por coralito; importante na taxonomia dos corais Faviidae. As medições foram feitas com paquímetro e os coralitos escolhidos ao acaso. O exemplar de Martim Vaz apresentou caracteres esqueléticos semelhantes ao material de Abrolhos: coralitos monocêntricos, arrendondados, triangulares ou alonga- dos, com diâmetro médio de 5,90 (1.20) mm; distância entre os centros columelares com média de 7,10 (#1,10) mm; septos delgados, em número médio de 43 (+ 8,10), denteados em toda sua extensão; columela esponjosa e bem desenvolvida; tecas distintas e presença IHERINGIA. Sér. Zool., Porto Alegre (73): 117-118. 26 out. 1992 118 Sobre Favia leptophylla... de brotamento intratentacular. Os outros exemplares estudados (MNRJ 01186 e 01551) apresentaram diâmetros dos coralitos com médias de 6,60 (* 1,10) E 6,10 (* 1,70) mm; espaçamento entre os centros columelares com médias de 7,70 ( 1,50) e 7,30 (* 1,00) mm e número total de septos com médias de 45 (* 4,80) e 40 (+ 6,50). O número total de septos por coralito variou de 32 a 54, sendo 4 ciclos completos de septos; os dentes foram considerados numerosos e a columela desenvolvida, quando comparados à F. gravida. Coralitos policêntricos, frequentemente presentes em F. gravida, não foram observados em F. leptophylla. A existência de coralitos com diâmetro menores no centro da colônia, registrado por VERRILL (1869), não foi confirmada. A caracterização da espécie, considerando o número total de septos e seus ciclos e o desenvolvimento da columela, permite melhor distinção em relação à espécie brasileira congenérica, F. gravida. Amplia-se a distribuição geográfica de uma espécie mal conhecida e anteriormente considerada endêmica para a costa da Bahia. O fato de ocorrer a 23 m nas águas claras de Martim Vaz, naturalmente com pouco sedimento em suspensão, apenas confirma que a espécie é fotófila. Agradecimentos. À Dra Maria Júlia da Costa Belém, Museu Nacional, Rio de Janeiro, pelas importantes sugestões no manuscrito e orientação; a Arduíno Colasanti, Hydratec Tecnologia Submarina (RJ), pela coleta do material da ilha de Martim Vaz. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GATTUSO, J.P.; PICHON, M. & AUBERT,J.J. 1991. Physiology and taxonomy of scleractinian corals: a case study in the genus Styllophora. Coral Reefs, Heidelberg, 9 (4): 173-82. LABOREL, J. 1970. Madréporaires et hydrocoralliaires récifaux des cotes brésiliennes. Rés.Sci.Camp.Calypso, Paris, 9 (25): 171-229. MATTHAI, G. 1919. On Favia conferta, Verrill, with notes on the other Atlantic species of Favia. Nat. Hist. Rep. Br. Antarct. Terra Nova Exped. 1910, London, 5 (2): 69-96. VAUGHAN, T.W. 1902. The story corals of the Porto Rican waters. Bull. U.S.Fish. Comm., Washington, D.C. 20 (2): 289-320. VAUGHAN, T.W. & WELLS, J. W. 1943. Revision of the suborders, families and genera of the Scleractinia. Spec.Pap.Geol.Soc.Am., Wahington, 44:1-161. VERRILL, A.E. 1868. Notice of the corals and echinoderms collected by Prof. C.F. Hartt, at the Abrolhos Reefs, Province of Bahia, Brazil, 1867. Trans. Conn. Acad. Arts Sci., New Haven, 1 (2): 351-64. FERNANDA DUARTE AMARAL, Museu Nacional, Celenterologia, Uni- versidade do Rio de Janeiro, Quinta da Boa Vista, 20.942, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Recebido em 02.VIII.1991; aceito em 22.1V.1992. IHERINGIA. Ser. Zool.. Porto Alegre (73): 117-118, 26 out. 1992. NOTA CIENTIFICA SOBRE LA PRESENCIA DE FISTULARIA PETIMBA LACÉPEDE, 1803 (OSTEICHTHYES, FISTULARIIDAE) EN EL LITORAL BONAERENSE KEYWORDS: Fistularia petimba, Osteichthyes, Argentina. Se registra la presencia por primera vez del pez trompeta, “trombeteiro” o “cornet fish” en el litoral de la Provincia de Buenos Aires (Argentina). Los ejemplares examinados se hallan conservados en la colección ictiológica del Instituto Nacional de Investigación y Desarrollo Pesquero (INIDEPCT). La ocurrencia de Fistularia petimba Lacépede, 1803 al sur de Mar del Plata llama la atención por tratarse de una especie propia del Atlántico Tropical (CERVIGON, 1991) o bien de las Provincias Antillana y Sudbrasilena de la division Zoogeográfica que establece BALECH (1954) para el litoral sudamericano. DUARTE-BELLO (1959) la cita para Cuba, Bermuda, oeste del Pacífico y otros mares, con elnombre de F. serrata Cuvier. ROUX (1973) da a la especie una distribución circumtropical. FRITZSCHE (1976) establece su presencia en áreas costeras tropicales de Hawaii, Pacífico Occidental, Indico y Atlántico. LEMA et al. (1980) examinan tres ejemplares provenientes de Porto Belo y dos procedentes de Perequê, todos ellos del estado Santa Catarina (Brasil). FIGUEIREDO & MENEZES (1980) amplían su distribución hasta el sur de Rio Grande do Sul. En el Atlántico Sudoccidental se encuentra otra especie del género, Fistularia tabacaria Linnaeus, 1758 cuyo limite sur de distribución está dado para la localidad de Santos, San Pablo (FIGUEIREDO & MENEZES, 1980). Se pueden separar entre si por la coloración: F. tabacaria presenta el cuerpo de color marrón con manchas redondeadas azules dispuestas en una hilera mediana dorsal y una o dos hileras laterales a lo largo del tronco y dos hileras laterales en el hocico (FIGUEIREDO & MENEZES, 1980); F. petimba en cambio, presenta coloración rosada con bandas transversales oscuras distribuidas 10 en el tronco y 4 en el rostro. Además F. tabacaria carece de placas óseas elongadas embebidas en la piel a lo largo de la línea media del dorso, característica que está presente en F. petimba (FRITZSCHE, 1976). Esta última tiene por otra parte el cuerpo menos deprimido que F. tabacaria (CERVIGON, 1991). En la tabla I se detalla los caracteres morfométricos y merísticos de los ejemplares observados. Material examinado. Mar del Plata, 1 ejemplar. 29.11.1979. INIDEPCINº 282; 35º 40'S y 54º 40'W, 1 ejemplar. 5.11.1986. INIDEPCI Nº 366; 38° 50'S y 57º 50'W, 1 ejemplar. 25.1V.1990. INIDEPCI Nº 435. Agradecimientos: Al Cap. Pablo Buono del barco “Unión I” y a la tripulación del barco “Don Pedro Moscuzza”, que junto a su capitän hicieron llegar al INIDEP los peces que les resultaban extranos. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS BALECH, E. 1954. III Division Zoogeográfica del litoral sudamericano. Revta. Biol. mar., Valparaiso, 4 (1-3): 184-95. IHERINGIA. Ser. Zool.. Porto Alegre (73): 119-120. 26 out. 1992. 120 Sobre la presencia de Fistularia petimba... CERVIGON, F. 1991. Los peces marinos de Venezuela. 2ed. Caracas, Fundacion Cientifica Los Roques. v.1 425p. DUARTE-BELLO, P.P. 1959. Catalogo de peces cubanos. Universidad Catolica Sto. Tomás de Villanue- va. 208p. (Monografia, 6). FIGUEIREDO, J.L. & MENEZES, N.A. 1980. Manual de peixes marinhos do sudeste do Brasil. III. Teleostei (2). São Paulo, Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo. 90p. 87fig. FRITZSCHE, R.A. 1976. A review of the cornetfishes genus Fistularia (Fistulariidae) with a discussion of intrageneric relationships and zoogeography. Bull.Mar.Sci., Miami, 26 (2): 196-204.LEMA, T. de; LUCENA, G.A.S. de & LUCENA, Z.M.S. de. 1980. Novas adendas à ictiofauna marinha do extremo sul do Brasil (Actinopterygii: Teleostei). Iheringia, Ser. Zool., Porto Alegre (56): 103-20. ROUX, C. 1973. Poissons Téléostéens du plateaux continental brésilien. Resultats scientifiques des campagnes de la “Calypso”. Annls Inst. océanogr., Monaco, 49 (10): 23-207. 55 fig. Tabla I. Caracteres morfométricos (con sus relaciones porcentuales) y merísticos de los ejemplares de Fistularia petimba Lacépede, 1803 (INIDEPCI, Instituto Nacional de Investigación y Desarollo Pesquero). INIDEPCI 282 INIDEPCI 366 INIDEPCI 435 Long. total c/ filamento 748 926 861 Em mm Long. total s/filamento 333 695 594 Longitud eständar 536 669 574 Longitud cabeza 194 238 209 Diámetro del ojo E 7 12 En % Long. Interorb 37. 8,0 6,7 cabeza Postorb 16,5 1772 16,3 Hocico 75,8 Wlan 77,0 Longitud cabeza 36,2 35,6 36,4 Altura cuerpo - 3,4 313 Distancia predorsal 82,6 82,9 82,6 Distancia prepectoral 37,0 36,3 37,3 En % Long. Distancia preventral Sl 50,2 51,0 eständar Distancia preanal 82,4 83,3 82,7 Base aleta dorsal 3,5 3,4 3,3 Base aleta anal 3.2 3,4 353 Base aleta pectoral 1,9 DER, 1,9 Longitud pectoral 4,3 4,5 4,0 Dorsal 15 16 15 Pectoral 16 16 15 Caracteres Anal 15 16 14 meristicos Escudetes linea lat. 84 86 86 DANIEL E. FIGUEROA (*); JUAN M. DIAZ DE ASTARLOA (*) y MARIA B. COUSSEAU (**). (*) Departamento de Ciencias Marinas, Universidad Nacional de Mar del Plata, Funes 3350 (7600) Mar del Plata, Argentina. (**) Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET), Instituto Nacional de Investigación y Desarrollo Pesquero, Playa Grande, C.C. 175 (7600) Mar del Plata, Argentina. Recebido em 01.X1.1991; aceito em 08.VI.1992 IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 119-120. 26 out. 1992. IHERINGIA - SERIE ZOOLOGIA (ISZ), editada pelo Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, destina-se a publicar trabalhos originais em Zoologia. A ISZ é distribuída a Instituições congêneres em regime de permuta. Mediante entendimento prévio poderá ser enviada a cientistas e demais interessados. RECOMENDAÇÕES AOS AUTORES 1. Os manuscritos, devem ser encaminhados ao Editor, em três vias, em forma definitiva, datilografados em papel ofício, A4, em espaço duplo redigidos preferencialmente em português, inglês, espanhol ou francês. A correção gramatical é de inteira responsabi- lidade do (s) autor (es). 2. Os manuscritos, sem que possível, devem compreender os seguintes tópicos: Título; Nome (s) do (s) Autor (es); Abstract (em inglês, inclusive o título do trabalho); Keywords (no máximo cinco); Introdução; Material e Métodos; Resultados e/ou Discussão; Conclusões; Agradecimentos e Referências Bibliográficas. A exceção do (s) nome (s) do (s) Autor (es), todos os demais elementos acima devem ser escritos em CAIXA ALTA. 3. Não usar notas de rodapé, exceto as da primeira página que devem conter o endereço completo do (s) autor (es). 4. As referências citadas no texto devem ser feitas no seguinte modo: FONSECA (1987) (FONSECA, 1987), FONSECA (1987:54) OU (FONSECA, 1987:54). Na elaboração das referências bibliográficas estas devem ser dispostas em ordem alfabética e cronológica, segundo as normas da ABNT, salvo o ano da publicação que deve seguir o nome do autor. As abreviaturas dos nomes de periódicos devem obedecer as normas do “World List of Scientific Periodicals”. 1-SANTOS,E. 1952. Da ema ao beija-flor. 2.ed.rev. ampl. Rio de Janeiro, F. Briguiet. 335p. 2 - BERTSCHINGER, R. B. E. & THOMÉ, J. W. 1987. Contribuição à recaracterização de Phyllocaulis soleiformis (Orbigny, 1835) (Gastropoda, Veronicelidae). Revta bras. Zool., São Paulo, 4 (3): 215-33. 5. As ilustrações devem ser feitas preferencialmente a traço, com nanquim, em papel vegetal acompanhadas de escalas. Fotografias e tabelas devem permitir uma redução para um máximo de 11 cm x 17 cm. As ilustrações (desenhos, fotografias, gráficos e mapas) devem ser tratados como figuras e numerados com algarismos arábicos sequênciais; devem ser montadas em cartolina branca, proporcionais às dimensões (11 cm x 17 cm) não ultrapassando o dobro, adotado o critério de rigorosa economia de espaço. A Comissão Editorial reserva-se o direito de efetuar alterações na montagem das pranchas ou solicitar nova montagem aos autores. As legendas devem ser datilografadas em folha (s) a parte. Ilustrações a cores devem ser combinadas previamente e seu custo fica a cargo do (s) autor (es). As tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos e apresentar título conciso e claras explicações que permitam sua compreensão sem consultas ao texto. As figuras e tabelas não devem ser incluídas no meio do texto e devem estar identificadas no verso. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (73): 121-122, 26 out. 1992. 122 6. A elaboração da listagem do material examinado deve dispor as localidades do Norte para o Sul e de Leste para Oeste e as siglas das instituições compostas de 4 letras, segundo o modelo abaixo: Ex.: VENEZUELA. Sucre: San Antonio del Golfe, 5%, 08.V.1942,S. Karpinski col., (MNHN, 2547). PANAMA. Chiriqui: Bugaba (Volcan de Chiriqui), 3, 3#, 24.V1.1901, Champion col. (BMNH, 1901). BRASIL. Goiás: Jataí, (Fazenda Aceiro), 3 & 15.X1.1915, C. Bueno col. (MZSP, 4312); Paraná: Curitiba, 1 8, 10.X11.1925, F. Silveira Col. (MNRJ); Rio Grande do Sul: Viamão, 5 3, 17.X1.1943, S. Carvalho col. (MCNZ, 2147). 7. A seleção dos manuscritos far-se-á pela Comissão Redatorial após parecer de no mínimo dois referees. Alterações de pequena monta serão feitas pela própria Comissão. Alterações mais substanciais serão solicitadas aos autores, mediante a devolução dos originais, acompanhados das sugestões. A correção das provas tipográficas será, sempre que possível, de responsabilidade do (s) autor (es). 8. Para cada artigo será fornecido um número fixo de 50 separatas, sem capa. Maria Helena M. Galileo Editora ENDEREÇO PARA PERMUTA (Address for exchange) 4 Fundação Zoobotânica do RS COMISSÃO REDATORIAL Caixa Postal 1188 Erica H. Buckup 90001 Porto Alegre, RS Karin M. Grosser Brasil Maria E. Lanzer-de -Souza Maria H. M. Galileo IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 121-122, 26 out. 1992. CONSULTORES CIENTIFICOS e Abel Lavorenti, Departamento de Zootecnia, ESALQ, Piracicaba, SP e Alfredo Langguth, Museu Nacional do Rio de Janeiro, RJ e Alois Schãeffer, “Universitat des Saarlandes, Saarbrüken’’, Alemanha e Ana Maria Setubal Vanin, Instituto Oceanográfico, USP, São Paulo, SP e Angelo B.M. Machado, Departamento de Zoologia, UFMG, Belo Horizonte, MG e Argentino Bonetto, Centro de Ecologia Aplicada del Litoral, Corrientes, Argentina e Arnaldo C. dos S. Coelho, Museu Nacional do Rio de Janeiro, RJ e Carlos Emílio Benvenuti, Departamento de Biologia-Bentos, Rio Grande, RS e Carlos H. W. Flechtmann, Departamento de Biologia, ESALQ, Piracicaba, SP e Carlos Ribeiro Vilela, Departamento de Biologia, USP, São Paulo, SP e Carmem Lúcia dos Santos Cordeiro, Instituto Butantan, São Paulo, SP e Cecília Volkmer-Ribeiro, Museu de Ciências Naturais, FZB, Porto Alegre, RS e Célio U. Magalhães Filho, INPA, Manaus, AM e Cesar Ades, Instituto de Psicologia, USP, São Paulo, SP e Dalton de Souza Amorim, FFCLRP, Ribeirão Preto e Dante Martins Teixeira, Museu Nacional, Rio de Janeiro, RJ e Diethardt A. Jebram, Instituto de Biociências. PUC-RS. Porto Alegre, RS e Dilma Solange Napp, Departamento de Zoologia, UFPR, Curitiba, PR e Edmundo Ferraz Nonato, Instituto Oceanográfico USP, São Paulo, SP e Eduardo Lobo Alcayage, Faculdades Integradas de Santa Cruz do Sul e Eduardo Bertoletti, CETESB, São Paulo, SP e Edwin O’ Neill Willis, Instituto de Biociências, UNESP, Rio Claro, SP e Elenita G. Goldstein, Setor de Ensaios Biológicos, CETESB, São Paulo, SP e Erica Helena Buckup, Museu de Ciências Naturais, FZB, Porto Alegre, RS e Erika Schlenz, Instituto de Biociências, USP, São Paulo, SP e Fernando da Costa Novaes, Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, PA e Francisco M. de Souza Braga, Instituto de Biociências, UNESP, Rio Claro, SP e Gilberto Righi, Instituto de Biociências. USP, São Paulo, SP e Gustavo A. Schmidt de Melo, Museu de Zoologia, USP, São Paulo, SP e Heraldo A. Britski, Museu de Zoologia, USP, São Paulo, SP e Hilda de Souza Lima Mesquita, Instituto Oceanográfico, USP, São Paulo, SP e Janira Martins Costa, Museu Nacional do Rio de Janeiro, RJ e João M.F. Camargo, FFCLRP, Ribeirão Preto, SP e João Oldair Menegheti, Museu de Ciências Naturais, FZB, Porto Alegre, RS e Jocélia Grazia, Inst. de Biociências UFRGS, Porto Alegre, RS e José Albertino Rafael, Coordenação de Pesquisas em Entomologia, INPA, Manaus, AM e José Cândido de Melo Carvalho, Museu Nacional do Rio de Janeiro, RJ e José Felipe R. Amato, Instituto de Biologia, UFRRJ, Sercopédica, RJ e José Henrique Guimarães, Instituto de Ciências Biomédicas, USP, São Paulo, SP e José Lima Figueiredo, Museu de Zoologia, USP, São Paulo, SP e José Luiz Leme, Museu de Zoologia, USP, São Paulo, SP e José Ricardo Cure, Departamento de Biologia, UFViçosa. MG IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 123-124, 26 out. 1992. e José W. Thomé, Instituto de Biociências, PUCRS, Porto Alegre, RS e Julio Cesar Garavello, Departamento de Ciências Biológicas, UFSCar, São Carlos, SP Liliana Forneris, Instituto de Biociências, USP, São Paulo, SP Lindolpho Guimarães, Museu de Zoologia, USP, São Paulo, SP Luiz Carlos B. Ferraz, ESALQ, Piracicaba, SP Luiz D. Vizotto, Instituto de Biociências, UNESP, Sao José do Rio Preto, SP Luiz Roberto Tommasi, Instituto Oceanográfico, USP, SP Maria Beatriz Bohrer, Instituto de Biociências, UFRGS, Porto Alegre, RS Maria Elena Galiano, Museu de Ciências Naturales “Bernardino Rivadavia”, Buenos Aires, Argentina Maria Julia da Costa Belém, Museu Nacional do Rio de Janeiro Marlene Sofia Arcifa, Faculdade de Ciências, USP, Ribeirão Preto, SP Martin L. Christoffersen, Departamento de Sistemática e Ecologia, UFPB, João Pessoa. PB e Massuka Yamane Narahara, Instituto de Pesca, São Paulo. SP Miriam Becker, Instituto de Biociências, UFRGS, Porto Alegre, RS Miguel A. Monné, Museu Nacional do Rio de Janeiro, RJ Mônica Montú, Centro de Biologia Marinha, UFPR, Paranaguá, PR P Monteserrat Carbonell, Coordinadora Panamericana, Buenos Aires, Argentina Nilton José Hebling, Instituto de Biociências, UNESP, Rio Claro, SP Naércio Menezes, Museu de Zoologia, USP, São Paulo Nelson Papavero, Instituto de Estudos Avançados, USP, São Paulo, SP Osmar Domaneschi, Instituto de Biociências, USP, São Paulo, SP e Paulo da Cunha Lana, Centro de Biologia Marinha, UFPR, Paranaguá, PR e Pedro A. Federsoni Junior, Instituto Butantan, São Paulo, SP e Pedro Marcos Linardi, Instituto de Ciências Biológicas, UFMG, Belo Horizonte, MG e Petrônio Alves Coelho, Departamento de Oceanografia, UFPE, Joboatão, PE º Plínio Soares Moreira, Instituto Oceanográfico, USP, São Paulo, SP e Reimar Schaden, CNPa, Brasília, DF e Renato C. Marinoni, Departamento de Zoologia, UFPR, Curitiba, PR ® Roberto B. Cavalcanti, Departamento de Biologia Animal, UnB, Brasília, DF e Roberto E. dos Reis, Museu de Ciências, PUC-RS. Porto Alegre, RS e Roberto Sassi, Núcleo de Pesquisas de Recursos do Mar UFPB, João Pessoa, PB ® Raúl Ugarte Moreno, Universidad de Valparaiso, Chile e Rubens Alves Cunha, Departamento de Matemática e Estatística, UNESP, Rio Claro, SP e Sergio de Almeida Rodrigues, Instituto de Biociências, USP, São Paulo, SP ® Sixto Coscarón, Universidad Nacional de La Plata, Argentina. e Sonia Maria Fontes Zuim, UNESP, Jaboticabal, SP e Suzana Sendacz, Instituto de Pesca, São Paulo, SP º Sylvia M. Lucas, Instituto Butantan, São Paulo, SP º Ubirajara R. Martins de Souza, Museu de Zoologia, USP, São Paulo, SP ® Victor Py-Daniel, Coordenação de Pesquisas em Entomologia, INPA, Manaus, AM e Walter Narchi, Instituto de Biociências, USP, São Paulo. SP e Walter R. Terra, Instituto de Química, USP, São Paulo, SP º Werner Bokermann, Fundação Parque Zoológico de São Paulo, SP º Wladimir Lobato Paraense, Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (73): 123-124, 26 out. 1992. MR ECA do pasar e vn é + Mai u urn e fã a, y NEIN ) EN LTR du Vas ed MANTA Sack Comubácro ui CEPE, E a EPT R Lav | : | Kr n$gra E O ARA paia Kr N Walser! ipod, han Ea de Gra NEGAR VER gd Sopra de Otpnin a Mi RK PAS BERG | K nf ltd er a hi ! ; = ed Its en + iR ph 1 1a E ; “ = is — = ß u o o e Pallott? Av. Plínio Brasil Milano, 2145 Fone 341-0455 - P. Alegre - RS ” Iheringia Serie Zoologia FERREIRA, A.M.R.M. & GALILEO, M.H.M. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium Harold, 1868 (Coleoptera, Scarabaeidae, Scarabaeinae, Coprini)..........mmmesenesemeesseres p. 3 DAPONTE, M.C.; CAPITANIO, L.F.; MACHINANDIARENA, L. & ESNAL, G.B. Planktonic tunicates (Chordata, Tunicata) of the RTMA “Evrika” in the southwestern TÁ ee O ND NR DS PIT p. 71 VOLKMER-RIBEIRO, €. & COSTA, P.R.C. Redescription of the Oriental and Australian species of the genus Metania Gray, 1867 (Porifera: Metaniidae).............242s2z024204000000000> p- 81 BRESCOVIT, A.D. & HÖFER, H. Aranhas dos gêneros Lygromma e Eilica, da Amazônia central, Brasil (Araneae, Gnaphosoidea)............2..-.2.....2u2n22r2022220222020000002000820000002000000n000000 p. 103 MARTINS, U.R. & GALILEO, M.H.M. Descrição de novos táxons com antenas de doze artículos, transferência de espécies de Adesmus Lepeletier & A. -Serville, 1825 e sinônimos (Coleoptera, Cerambycidae, Lamiinae, Hemilophini)............. eee eemementass p. 109 TEIXEIRA, D. M. & LUIGI, G. Notas sobre Poecilurus scutatus (Sclater, 1859) (Aves, A RAND O iso doa BET ER NSG Pio cosa subo o eve Sã eo De à 3 FEB p. 117 MARQUES, M.A. L. & BUCKUP, E.H. Novas espécies de Tekellina do Brasil (Araneae, a ABRO E NE RE PD O RD p. 125 MARTINS, U.R. & MONNÉ, M.A. Novas espécies de Oreodera A. - Serville, 1835 e Alphus White, 1855 (Coleoptera, Cerambycidae, Lamiinae, Acanthoderini) da América CEARA RE EO EDS READ RE DN RAR ARE p. 133 DOMANICO, A.; DELFINO,R. & FREYRE, L. Edad y crecimiento de Hoplias malabaricus malabaricus (Bloch, 1794) (Teleostei, Erytrinidae) en la Laguna de Lobos (Argenti- ET a a o ne cd Eid aids Cúdand a Cedahdp ça So avi av p. 141 Museu de Ciências Naturais Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul Publicado com o auxílio da Fundação de Amparo a Pesquisa do IA Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS) Proc. nº 91.00149.8 Japergs ten, MUSEU DE CIENCIAS NATURAIS E órgão da FUNDAÇÃO ZOOBOTÂNICA DO RIO GRANDE DO SUL CGC 87.912.929/0001-75 - Supervisionada pela Secretaria da Agricultura e Abastecimento Governador do Estado Alceu Collares Secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento Carlos Cardinal de Oliveira Presidente da Fundação Zoobotänica do Rio Grande do Sul' José Willibaldo Thomé Diretor Superintendente Gilberto Carvalho Ferraz Diretor Executivo do Museu de Ciências Naturais Christina Teixeira Guimarães Gresele Editor responsável: Maria Helena Mainieri Galileo Comissão redatorial: Erica H. Buckup, Maria Elizabeth Lanzer de Souza, Maria Lúcia Machado Alves, Maria Helena M. Galileo. Assistente técnico: Luciano de Azevedo Moura Responsável pela distribuição: Maria Helena Bopp Miiller Assessores científicos: p. 152 | BLISSN 0073-4721 | lheringia Série Zoologia A revista IHERINGIA, Ser. Zool. é editada pelo Museu de Ciências Naturais, órgão da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, entidade de direito privado, instituída pela Lei Estadual nº 6.497, de 20.12.72, supervisionada pela Secretaria de Estado da Agricultura e destina-se à divulgação de trabalhos científicos originais, inéditos, mantendo seções destinadas a notas prévias, resenhas bibliográficas e notícias de interesse resultantes de pesquisa em Zoologia Este número foi editado e impresso na gráfica Pallotti em maio de 1993. Tiragem 600 exemplares. Endereço para doações, permutas e correspondência: Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Editoração, Cx. Postal 1188, CEP 90001-970 Porto Alegre, RS, BRASIL. Tel. (051) 336.151; Fax (051) 336.1778 Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores. É permitida a reprodução total ou parcial dos artigos da Revista, desde que seja citada a fonte. Iheringia. Ser. Zoologia. v.1, 1957 - Porto Alegre, RS - Brasil, Museu de Ciências Naturais Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul 1957 - Semestral ISSN 0073-4721 1. Zoologia-Periódicos - Brasil. 2. Trabalhos científicos - Zoologia - Brasil. I. Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul CDU - 58 (05) Artigos publicados em Iheringia ser. Zoologia são indexados por: Abstracts of Entomology, Apicultural Abstracts, Bioresearch Index, Biological Abstracts, Centre International de Documentation Arachnologique, Entomological Abstracts, The Zoological Record. REVISÃO TAXONÔMICA DO GÊNERO PEDARIDIUM HAROLD, 1868 (COLEOPTERA, SCARABAEIDAE, SCARABAEINAE, COPRIND)' Ana Margarete R. M. Ferreira ? Maria Helena M. Galileo º ABSTRACT TAXONOMIC REVISION OF THE GENUS PEDARIDIUM HAROLD, 1868 (SCARABAEIDAE, SCARABAEINAE, COPRIN]). The genus Pedaridium Harold, 1868 is revised; twenty two neotropical species are herein considered: P. hirsutum (Harold, 1859), type species; P. argentinum Arrow, 1913; P. cryptops Arrow, 1913; P. fulgens Arrow, 1913; P. bradyporum (Boucomont, 1928); P. ohausi (Arrow, 1931); P. paranensis Arrow, 1932; P. quadridens Arrow, 1932; P. bidens Balthasar, 1938; P. almeidai Pereira, 1946; P. pilosum (Robinson, 1948); P. mansosotoi Martinez, 1951; P. caingua Martinez, 1974; P. bottimeri Howden & Young, 1981; P. brevisetosum Howden & Young, 1981. P. adissi (Ratcliffe, 1980), comb.n., is transferred from Trichillum Harold, 1868. P. rugiceps Arrow, 1913 is synonymyzed with P. argentinum. Six new species are described: P. equatoriensis, sp.n. and P. howdeni, sp.n., both from Ecuador; P. brasiliensis, sp. n., from Brazil: Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná; P. venezuelensis, sp.n., from Venezuela; P. martinsi, sp.n., and P. martinezi, sp.n., both from Argentina. A key to species, redescriptions employing new morphological characters, illustrations and geographical distribution are provided. KEYWORDS. Coleoptera, Scarabaeidae, Coprini, Pedaridium, taxonomy. INTRODUÇÃO O gênero Pedaridium, proposto em chave dicotômica por HAROLD (1868) para única espécie, foi estabelecido para os Dichotomiina com metatarsômeros I de compri- mento igual ou menor que o II. PESSOA & LANE (1941) consideraram as espécies deste gênero como necrófagas de interesse médico-legal. FERREIRA (1967) considerou-as também como atuantes no controle biológico, por destruírem os habitats próprios para a postura de várias espécies de dípteros transmissores de doenças. SOLIS (1987) afirmou serem agentes degradadores de materiais ricos em nutrientes, acelerando a decomposição do excremento ou do animal morto, contribuindo para a fertilização do solo, aumentando 1. Parte da dissertação de Mestrado da autora senior no Instituto de Biociências, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. (Auxílio Pesquisa FAPERGS Proc. nº 567/90). 2. Secretaria do Desenvolvimento Social, NATURATINS, Praça dos Girassóis nº 11; 77003-902 Palmas TO, Brasil. 3. Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. C.P. I 188; 90001-970 - Porto Alegre RS, Brasil (Bolsista do CNPq). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 4 FERREIRA & GALILEO sua permeabilidade e capacidade de retengäo de ägua da chuva. A espécie-tipo, Pedaria hirsuta do Brasil foi descrita por HAROLD (1859). ARROW (1913) descreveu mais três espécies: P. fulgens e P. argentinum procedentes da Argentina e P. cryptops, do Brasil. ARROW (1932) acrescentou duas espécies: P. quadridens proveniente da Argentina e P. paranense, do Brasil. BALTHASAR (1938) descreveu P. bidens do Brasil e do Paraguai; PEREIRA (1946) acrescentou P. almeidai do Brasil e MARTINEZ (1951), P. mansosotoi, da Argentina e do Paraguai. MARTINEZ (1959) ampliou as ocorrências na Argentina de P. argentinum, P. fulgens e P. quadridens; acrescentou, ainda, para P. quadridens Bolívia e Paraguai, sem especificar as localidades. MARTINEZ (1967), ao revisar o gênero Trichillum Harold 1868, transferiu para Pedaridium: T. elongatum Balthasar, 1939, procedente da Argentina; T. bradyporum Boucomont, 1928, da Costa Rica e T. ohausi Arrow, 1931, do Equador. MARTINEZ (1974) descreveu P. caingua proveniente da Argentina. HOWDEN & YOUNG (1981) recaracterizaram o gênero Pedaridium com base nas espécies ocorrentes no Panamá e descreveram P. bottimeri e P. brevisetosum; transferi- ram Trichillum pilosum Robinson, 1948 para o gênero Pedaridium, sem tecer comentá- rios, e ampliaram sua distribuição no Panamá. MARTINEZ (1986) considerou P. elongatum sinônima de P. argentinum e registrou, pela primeira vez, sua ocorrência em San Martin, Salta, Argentina; registrou também P. quadridens para Salta, Argentina. O objetivo desse trabalho é a revisão taxonômica do gênero Pedaridium através da análise de caracteres ainda não considerados. MATERIAL E MÉTODOS Foram examinados 253 exempiares do gênero Pedaridium das seguintes Instituições: Coleção “Antonio Martinez” Rosário de Lerma, Salta, Argentina (AMIC); Museu Anchieta, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil (MAPA); Museu de Ciências Naturais, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil (MCNZ); Museu de Zoologia, São Paulo, São Paulo, Brasil (MZSP); Coleção “Henry & Anne Howden”, Ottawa, Ontario, Canadá (HAHC). As medidas, tomadas nos pontos extremos e obtidas com ocular micrométrica, estão expressas em milímetros. As ilustrações, elaboradas com câmara clara acoplada ao estereomicroscópio, são esquemáticas e a pontuação e a pilosidade não estão representadas, exceto em detalhe em algumas figuras. Para análise da genitália e peças bucais, os exemplares foram preparados utilizando-se as técnicas usuais. A nomemclatura adotada para genitália foi baseada em SHARP & MUIR (1912), TANNER (1927), JEANNEL & PAULIAN (1944) e TUXEN (1970) e a das peças bucais a utilizada por DELLACASA (1983). O mapeamento foi elaborado com base nas procedências do material examinado e nas citações bibliográficas; as procedências vagas não foram plotadas. Pedaridium Harold, 1868 Pedaridium HAROLD, 1868:54 (chave); GEMMINGER & HAROLD, 1869: 1001 (cat.); GILLET, 1911:48 (cat.),) LUEDERWALDT, 1929: 614 (chave); 1931:367 (chave); PAULIAN, 1936: 205; 1938: 233 (chave); BALTHASAR, 1938:219 (chave); PESSOA & LANE, 1941:437 (chave); BLACKWELDER, 1944:203 (cat.) PEREIRA, 1954: 56 (chave); MARTINEZ, 1959:61; 1967: 119, 146; 1986:60 (cat); HALFTER & MATTHENS, 1966:29 (chave); HOWDEN & YOUNG, 1981:12. Espécie-tipo. Pedaria hirsuta Harold, 1859, por monotipia. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... in Tamanho reduzido (2, 8-7,0 mm); corpo oval-alongado ou oval-arredondado: pilosidade e pontuação com densidades variáveis. No pronoto, distinguem-se padrões de pontuação: grossa e densa (P. brasiliensis, sp. n., P. cryptops, P. paranensis, P. pilosum, P. quadridens; figs. 5, 195, 205); grossa e esparsa (P. almeidai, P. argentinum, P. bidens, P. equatoriensis, sp.n., P. mansosotoi; fig. 55); subgrossa e esparsa no disco, mais concentrada nos lados (P. adissi, P. bottimeri, P.caingua, P. hirsutum; fig. 65); subgrossa, ovalada e esparsa (P. fulgens, fig. 226); fina e esparsa (demais espécies, figs. 146, 156, 176). Borda clipeal anterior sem dentes ou com dois, quatro ou seis dentes. Vértice em geral sem estruturas diferenciadas ou com carena (P. bottimeri), cornos ou gibas (P. almeidai). Peças bucais, conforme ilustrado para P. hirsutum (figs. 75-79). Antenas com o antenômero II globoso, III moniliforme, IV-VI dilatados para o ápice, VII-IX formando clava. Pronoto pouco ou muito convexo, fóvea lateral rasa, escutelo ausente. Saliência metasternal anterior com lados subparalelos e ápice triangular com ponta arredondada (por exemplo, fig. 99), exceto em P. ohausi (fig. 34), com região apical arredondada e em P. bidens, P. mansosotoi e P. brasiliensis, sp.n. (figs. 56, 90, 110), com margens laterais estreitadas gradualmente até o ápice. Cada élitro com sete estrias (I-VII, consideradas a partir da sutura elitral) e sulco lateral largo, na extensão dos élitros. Estrias com quatro padrões gerais: (1) largas, margens apenas sinuosas com sulco contínuo (P. bidens, P. hirsutum, P. mansosotoi e P. brasiliensis, sp.n., figs. 57,68,92,112,respectivamente); (2) estreitas, com pontos apenas mais largos que a estria, afastados entre si, distância entre pontos maior que o diâmetro do ponto (P. bottimeri, P. ohausi, P. equatoriensis, sp. n., P. martinsi, sp.n., P. argentinum, P.howdeni,sp.n.,P.venezuelensis,sp.n.,P.martinezi, sp.n.,P.bradyporum e P. julgens, figs. 28, 37, 47, 128, 136, 145, 158, 178, 217, 227, respectivamente); (3) largas, com pontos ocelares ovalados (largura ca. dobro da largura da estria), próximos entre si, distância entre pontos menor que o diâmetro do ponto (P. paranensis, P. almeidai, P. cryptops, P. adissi, P. quadridens e P. pilosum, figs. 4, 17, 100, 168, 194, 207, respectivamente): (4) estrias, em geral, largas, com pontos ocelares redondos (diâmetro maior que o triplo da largura da estria), próximos entre si, distância entre pontos menor que o diâmetro do ponto (P. caingua, fig 187). Oito interestrias convexas ou planas, com dupla fileira de pontos pilíferos, exceto em P. bidens, que possui apenas uma. Pernas deprimidas dorso-ventralmente. Fêmures com face inferior subplana e superior convexa. Margem látero-externa das protíbias com 2 ou 3 dentes. Metatíbias triangulares, subtriangulares, ou sublineares (comprimento iguala 1,6-2,5 vezes, 2,6-3,0 vezes e maior que 3,0 vezes a largura apical, respectivamente); margem látero-externa com espinho próximo ao meio, exceto em P. hirsutum, P.martinsi, sp.n., P.venezuelensis, sp.n. e P. bradyporum; borda apical, em geral, com espinhos em número variado. Urosternitos aparentes II-VII; urosternitos IV-Vlestreitados e fusionados no centro (fig. 14), exceto em P. paranensis e P. cryptops (figs. 7, 101) com apenas IV e V fusionados; urosternito VII projetado para a região anterior. Urosternito VIII (= pigóforo) exposto. Dimorfismo sexual. O exame da morfologia externa não permite o reconhecimento dos sexos, exceto em P. almeidai, que possui estruturas diferenciadas no vértice (figs. 15,16). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 6 FERREIRA & GALILEO Genitälia. Vide descrição na espécie-tipo, P. hirsutum. Discussão. A espécie-tipo Pedaria hirsuta Harold, 1859 foi transferida por HAROLD (1868) para Pedaridium, novo gênero, por apresentar o metatarsômero I mais curto que o II. Este caráter também foi utilizado por LUEDERWALDT (1931), PAULIAN (1936), PESSOA & LANE (1941) e PEREIRA (1954), para caracterizar o gênero e diferenciá- lo do gênero Trichillum. PAULIAN (1936), ao examinar o material-tipo das espécies de ARROW (1932), P. paranensis e P. quadridens, afirmou que “The basal joint of the hind tarsus is very slightly longer than the second joint”. O caráter comprimento dos tarsômeros é inconsistente, pois em P. almeidai o basitarso posterior ultrapassa em quase duas vezes o tarsômero Ile, em muitas espécies de Trichillum (por exemplo em T. heydeni Harold, 1868), é quase do mesmo comprimento. Diagnose. Dentre os gêneros de Dichotomiina, Pedaridium é próximo de Trichillum e de Apenghium Harold, 1868, por apresentarem alguns segmentos abdominais soldados. Em Apenghium a epipleura elitral não é alargada como em Pedaridium e Trichillum. Os dois gêneros separam-se pela sinuosidade da epipleura elitral que, em Trichillum (fig. 1), é bastante acentuada e angulosa e, em Pedaridium (fig. 2), é gradativamente estreitada para o ápice. Elenco. O gênero Pedaridium reúne 22 espécies exclusivamente neotropicais: a espécie-tipo, P. hirsutum; as originalmente descritas do gênero, P. cryptops, P. fulgens, P. argentinum, P. paranensis, P. quadridens, P. bidens, P. almeidai, P. mansosotoi, P. caingua, P. bottimeri, P brevisetosum e as transferidas, anteriormente, do gênero Trichillum, P. bradyporum, P. ohausi e P. pilosum. Propõe-se uma nova combinação, P. adissi (Ratcliffe, 1980) e descrevem-se espécies novas: P. brasiliensis, P. equatoriensis, P. howdeni, P. martinsi, P. martinezi, P. venezuelensis. Chave para as espécies de Pedaridium je Clipeo (fig. 3) sem dentes, apenas com uma chanfradura central bem marcada anteriormente, bordas voltadas para cima; (olhos visiveis dorsalmente; vértice sem projeção: comprimento total 5,3-6,4mm). Brasil (MG, SP, PRINT DE NN a P.paranensis Arrow 2(1). Clipeo com dois dentes centrais, sem dentes marginais ou no máximo com projeções amedondadasnasibordasilaterais:.. 1... 3 Clípeo com dois dentes centrais e denticulos marginais.................... ii. 16 3(2). Vértice (figs. 15, 16, 24, 33, 43) com estrutura diferenciada (giba, carena ou CORNO) EEE LEER RT 40 L06565000000005500: 4 Merticesemestmuturadifereneiadan nn... ee 7 4 (3). Vértice (macho, fig. 16) com duas projeções espiniformes; (fêmea, fig. 15) com duas pequenas eibas;Brasili(BRU RS). P. almeidai Pereira Vértice comicarenaitransyversall 1 e I 5 (4). Vertice (fig. 24) com carena transversal curva que atinge a borda ocular. Panamá (Canal Zone), Venezuela (Portuguesa).............. P.bottimeri Howden & Young Vértice (figs. 33, 43) com carena transversal retilínea que não atinge a borda IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 7 6(5). Dentes do clípeo (fig. 33) com äpices subarredondados; margens laterais da cabeça sem sinuosidades evidentes; margens látero-externas das protíbias (figs. 39, 40) com dentes não projetados. Equador (Loja)....P. ohausi (Arrow) Dentes do clípeo (fig. 43) pontiagudos, voltados para cima, margens laterais da cabeça com sinuosidades evidentes; margens látero-externas das protíbias (figs. 49,50) com dentes projetados. Equador (Loja)... ri UBER SR REN P. equatoriensis, sp. n. 7.(3). Dentes do clipeo (figs. 53, 88) emergem sob a borda clipeal............................ 8 Dentes do clipeo em continuação com a borda clipeal..........uncannneenee. 9 8. (7). Interestriais elitrais com uma fileira de pontos piliferos. Brasil (GO), Paraguai (Comearatóm É ee e RTERI HR Aei P. bidens Balthasar Interestrias elitrais com duas fileiras de pontos pilíferos contínuos ou interrom- pidos. Brasil (GO, BA, MT, MS, MG, SP), Paraguai (Central), Argentina VEOLIDOSANE SE ab Md RAE À RO P. mansosotoi Martinez 9. (7). Comprimento total 6,5-7,3mm (pronoto densa e irregularmente pontuado; élitros muito elevados na região central da sutura). Brasil (MG, SP, Ds een a m en ne a E 5 dO P. hirsutum (Harold) Comprimento totalinferoras, Im +... 2.2.2... joana donase donas nennen re 10 10. (9). Olhos pouco evidentes dorsalmente (chanfradura ocular com largura ca. 0,2 Veces en eo nto) Pa E ae esse 11 Olhos muito evidentes dorsalmente (chanfradura ocular ca. 0,5 vezes o compri- SUSTO) spas e A A EN pI RE EN 2 11. (10). Estrias elitrais (fig. 100) pontuadas, sétima estria completa; saliência metasternal anterior (fig. 99) com margens laterais subparalelas e ápice triangular. Brasil (RNKBAHMT: GO) Ar. E SO IO, P.cryptops Arrow Estrias elitrais (fig. 112) não pontuadas, com margens apenas sinuosas; sétima estria esvanescente no terço anterior; saliência metasternal anterior (fig. 110) com margens laterais convergentes até o ápice. Brasil (BA, MS, MG, SP, EN an. EN Ne AR A ESTAR IE OR 2; P.brasiliensis,sp.n. 12. (10). Comprimento total 4mm ou mais; protibias (figs. 130, 140, 150) com dentes nos dois terços ou metade apical da margem lätero-externa; metatíbias (figs. 133, 143, 153) triangulares (comprimento igual a 1,6-3,0, vezes a largura Comprimento total inferior a 3,9mm; protíbias (figs. 160, 170) com dentes no terço apical da margem látero-externa; metatíbias (figs. 162, 173) sublineares (comprimento maior que otriplo da largura apical)... 15 13 (12). Pontuação da cabeça e do pronoto fina e esparsa, colorido geral castanho- avermelhado (bordas do clípeo sinuosas) Argentina (Neuquen, Córdo- | ee Ne En P.martinsi, sp.n. Pontuação da cabeça e do pronoto grossa e subdensa; colorido geral castanho- ESCURO DESIO. 0 2.0 u a nen a O RU A do D os anna RUN Es SUR SNS So Pav rasen nasse 14 14 (13). Colorido castanho-escuro; dentes da margem lätero-externa da protibia (figs. 140, 141) nos dois tercos apicais; metatibias (figs. 143) alargadas gradual- mente até próximo ao ápice, onde ocorre um alargamento brusco. Argentina (Córdoba, Catamarca, Chaco, Mendoza, Salta, Santa Fé, Santiago del IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 g FERREIRA & GALILEO Estero)...unse ns ee ce. P. argentinum Arrow Colorido geral preto; dentes da margem látero-externa da protíbia (figs. 150, 151) na metade apical; metatíbias (fig. 153) pouco dilatadas, alargando-se gradualmente até o ápice. Equador (Guayas).................... P. howdeni. sp. n. 15 (12). Clípeo (fig. 154) com dentes centrais triangulares, afastados; margens laterais da cabeça arredondadas; bordas látero-externas das protíbias (figs. 160, 161) com três dentículos proeminentes. Venezuela (Carabobo)............................ DOR DN eo o GARE A P. venezuelensis, sp. n. Clípeo (fig. 164) com dentes centrais triangulares, próximos entre si; margens laterais da cabeça estreitadas anteriormente; bordas lätero-externas das protíbias (figs. 170, 171) com três dentículos, o basal apenas demarcado. Brasil CAM EAD) cross RO a P. adissi (Ratcliffe), comb. n. 16 (2). Clipeo (fig. 174) com dois dentes centrais e quatro dentículos marginais. Argentina (Santiago del Estero, La Rioja, Córdoba).......... P. martinezi,sp.n. Clipeo com dois dentes centrais e dois denticulos marginais........................... 7 17 (16). Protibias (fig. 189) com dois dentes na margem látero-externa...................... 18 Protíbias com três dentes na margem látero-externa...................cciseeerseesersersenss 19 18 (17). Clípeo (fig. 184) com dentes subtriangulares com ponta voltada para cima, os centrais mais longos que os laterais Argentina (Misiones)........................... Mv ea ad doa RN RE RR no A ER RR P. caingua Martinez Clípeo com os dentes centrais longos e afilados e os laterais subtriangulares. Panama (CanalZone) ee ee P.brevisetosum Howden & Young 19 (17) Cabeça comipontuação; prossaleidensal a preco ee pote a a 20 Cabeçacom pontuação finacesparsa:.-........ ce as ee SU 21 20 (19). Clipeo (fig. 193) com os dentes centrais amplamente separados, ca. 0,24 vezes a largura da cabeça e subiguais aos denticulos marginais; margens laterais do pronoto (fig. 195) subparalelas. Argentina (Entre Rios, Salta, Tucumán, Santa Fé, Santiago del Estero, Jujuy), Bolívia, Paraguai..... P. quadridens Arrow Clípeo (fig. 203) com os dentes centrais próximos, ca. 0,18 vezes a largura da cabeça, dentículos marginais menores que os centrais; margens laterais do pronoto (fig. 205) arredondadas. Costa Rica (Cartago, San José). Panamá (Bocas del Toro, Canal Zone, Chiriqui, Coclé, Colón, Panamá), Equador (Pichincha, Los Rios), Bolívia (Santa Cruz).................... P.pilosum (Robinson) 21 (19). Comprimento corporal igual ao dobro da largura; protíbias (fig. 219) com três dentes reduzidos no terço apical da margem látero-externa; metatíbias sublineares com margem látero-externa serrilhada (fig. 222). Costa Rica (Eartaso; imma P. bradyporum (Boucomont) Comprimento corporal igual ao triplo da largura; protíbias (fig. 230) com três dentes projetados nos dois terços apicais da margem lätero-externa; metatíbias triangulares com margem látero-externa irregular (fig. 232). Argentina (Buenos Aires, Córdoba, Chaco, Santiago del Estero, La Rioja)................... BE bb A ag LG E EMP O O ai P. fulgens Arrow IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 9 Pedaridium paranensis Arrow, 1932 (Figs. 3-12, 234) Pedaridium paranensis ARROW, 1932:224, fig.2; BLACKWELDER, 1944:203 (cat.); BALTHASAR, 1938:220 (chave). Colorido geral castanho-escuro, exceto clavas antenais e protibias, castanho- avermelhadas. Tegumento opaco dorsalmente e brilhante ventralmente. Cabeça com pontua ‘io grossa, densa na região anterior e algo mais esparsa na região posterior. Pronoto (fig. 5) com pontuação grossa densa e uniforme. Face ventral com pontos grossos: metasterno com região látero-basal lisa e região central com pontuação fina, coberta de pêlos sedosos; região lateral do abdome com pontuação grossa e ovalada. Profêmures densa e uniformemente pontuados, meso- e metafêmures esparsamente pontuados. Corpo piloso com cerdas grossas, longas, amareladas. Interestrias elitrais com duas fileiras de pontos pilíferos, inclusive a sutural. Cabeça (fig. 3). Clípeo com borda curvada para cima, emarginado no centro (concavidade com 0,4 vezes a largura da cabeça), sem dentes, apenas com chanfradura central manifesta; margens laterais arredondadas. Olhos visíveis dorsalmente através de uma ampla chanfradura ovalada, de comprimento igual ao dobro da largura. Antenas (fig. 8). Escapo mais longo (1,3 vezes) que os cinco antenômeros seguintes em conjunto; largura da clava antenal 1,2 vezes o comprimento. Tórax. Pronoto (fig. 5) com ângulos anteriores projetados para a frente e os posteriores arredondados; margem anterior sub-reta, margens laterais arredondadas, margem posterior com leve projeção central; disco pronotal convexo, sem depressão. Mesosterno algo convexo junto à saliência metasternal. Metasterno (fig. 6) com saliência intercoxal anterior com margens laterais subparalelas e ápice triangular com ponta arredondada; região central subplana. Pernas. Protíbias (figs. 9,10) com comprimento aproximadamente 1,7 vezes a largura do ápice; os dois terços apicais da margem externa com três dentículos: os dois apicais projetados e subiguais e o basal pouco manifesto, face ventral com três fileiras de pontos pilíferos eqüidistantes, a central com pontos tuberculados; calcar de comprimento igual ao dos tarsömeros I e II em conjunto. Metatíbias (figs. 11,12) triangulares, comprimento subigual ao dobro da largura apical; borda apical ornada de projeções espiniformes; margem interna, junto ao ângulo, projetado, com ponta voltada para cima; comprimento do calcar igual a 1,3 vezes o do tarsômero I, este robusto, com comprimento menor que o II; tarsômero V mais curto (0,7 vezes) que os tarsômeros Ille IV em conjunto. Élitros (fig. 4). Convexos, com leve elevação junto à sutura; margens laterais estreitadas gradualmente para o ápice, borda apical conjuntamente arredondada. Cada élitro com sete estrias, em geral, largas, com pontos ocelares ovalados (largura ca. dobro a da estria), próximos entre si, distância entre eles menor que o diâmetro do ponto. Estrias HI alargadas e aneladas na declividade apical; a lateral evanescente junto ao úmero; sulco lateral profundo e anelado junto à margem atinge a estria III. Interestrias planas. Abdome (fig. 7). Urosternitos IV e V fusionados no centro. Medidas. Cabeça: comprimento, 0,5-0,8; largura, 1,5-1,8. Pronoto: comprimento, 1,5-1,7; largura, 2,5-2,9. Élitros: comprimento, 3,3-3,9; largura, 3,1-3,5. Comprimento total, 5,3-6,4. Tipos, localidade-tipo. Quatro síntipos coletados por Luederwaldt em Castro, IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 10 FERREIRA & GALILEO Paraná, Brasil no “The Natural History Museum”, Londres; não examinados. Diagnose. P. paranensis é próxima de P. hirsutum pelo comprimento maior que 6,0mm; distingue-se de todas as espécies por não apresentar dentes no clípeo. (fig. 3). Discussão. A correção do nome específico atende a recomendação do INTERNATIONAL CODE OF ZOOLOGICAL NOMENCLATURE (1985). Distribuição geográfica (fig. 234). Brasil (MG, SP, PR). Material examinado. BRASIL. Minas Gerais: Belo Horizonte, 1 ex., XI. 1950, Machado col., (MZSP). São Paulo: Itu, 1 ex., I. 1959, U. Martins col., (MZSP).. Paraná: Castro, 5 exs., 1907, E. Garbe col., (MZSP); 6exs., (MAPA); 6exs., II. 1948, E. Garbe col., (MZSP); 20 exs., inverno, 1907, E. Garbe col., (AMIC); Curitiba, 2 exs., XI. 1941, Col. Claretiano, (MZSP); Ponta Grossa, 4 exs., 1942, Martinez col., (AMIC). Pedaridium almeidai Pereira, 1946 (Figs. 13-23, 233) Pedaridium almeidai PEREIRA, 1946:289; figs. 1,2. Colorido geral castanho-escuro; clava antenal vermelho-pardacenta. Tegumento brilhante. Cabeça com pontos esparsos, menos densos junto à borda clipeal que apresenta região desprovida de pêlos e pontos. Pronoto com pontuação grossa, esparsa, irregular. Corpo piloso, pontuado; pêlos retos, amarelados, emergindo dos pontos. Interestrias elitrais com duas fileiras de pontos pilíferos, exceto o terço anterior da sutural com apenas uma. Face ventral com pontuação grossa; arredondada nas regiões laterais do metasterno, no mesosterno e no centro do abdome. Região central do metasterno com pontuação fina, com pêlos sedosos. Abdome com pontuação grossa e ovalada na região lateral. Pigídio fina e esparsamente pontuado. Fêmures com pontuação fina e esparsa. Cabeça (figs. 15, 16). Borda clipeal com dois dentes largamente separados entre si por margem côncava (mais afastados na fêmea que no macho), margens laterais sinuosas. Bordas do clípeo e genas levemente voltadas para cima, muito brilhantes, mais claras que o restante da cabeça. Olhos grandes e algo salientes; dorsalmente vistos através de uma chanfradura de comprimento pouco maior que a largura. Vértice do macho com duas projeções espiniformes ou cornos pontiagudos, de tamanho variável (podem ultrapassar a margem do clípeo); nas fêmeas, reduzido a duas pequenas gibas. Antenas (fig. 19). Escapo do mesmo comprimento que os antenômeros II-IV em conjunto; clava antenal 1,3 vezes mais larga que longa. Tórax. Pronoto (fig. 13) com ângulos anteriores projetados para a frente e os posteriores arredondados; margem anterior sub-reta, margens laterais com projeção na região central; margem posterior com leve projeção central; disco pronotal convexo, sem depressão. Mesosterno convexo junto à saliência metasternal. Metasterno (fig. 18) com saliência intercoxal anterior com margens laterais subparalelas e ápice triangular com ponta arredondada. Pernas. Protíbias (figs. 20, 21) alargadas para o ápice, comprimento subigual ao dobro da largura apical; face ventral com carena central e fileira de pontos pilíferos junto à carena e junto à margem externa; ca. dois terços apicais da margem látero-externa com três dentículos egüidistantes: o apical em continuação com a borda, agudo e de compri- IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 11 mento subigual ao mediano; este subtriangular, mais longo que o basal com ápice arredondado; calcar ultrapassando o comprimento do tarsômero I. Metatíbias (figs. 22, 23) subtriangulares; comprimento subigual ao triplo da largura apical; margem interna, junto ao ângulo, reta, sem projeções; comprimento do calcar subigual ao do tarsömero I que é 2,1 vezes mais longo que o II; comprimento do tarsômero V igual a 0,7 vezes o dos tarsômeros III e IV em conjunto. Elitros (fig. 17). Convexos; margens laterais arredondadas, úmeros salientes. Cada elitroc n sete estrias, em geral, largas, com pontos ocelares ovalados (largura ca. dobro adaestria), próximos entre si, distância entre eles menor que o diâmetro do ponto. Estrias [III mais largas e aneladas na declividade apical. Sulco lateral junto à margem profundo e anelado, estende-se até a estria II. Interestrias elitrais convexas. Abdome (fig. 14). Urosternitos IV-VI fusionados no centro. Medidas. Cabeça: comprimento, 0,4; largura, 1,6. Pronoto: comprimento, 1,2; largura, 2,4. Elitros: comprimento, 3,3; largura, 3,0. Comprimento total, 5,9. Tipos, localidade-tipo. Holótipo 7, alótipo 9, parátipo 3 provenientes de Piraquara (ex-Deodoro), (MZSP), 2 parátipos 5, de Guaraüna, (AMIC); 1 parátipo 2, de Itupava, (MZSP), Paraná; parätipos © e Q, de Porto Alegre (Bairro Glória), Rio Grande do Sul (MZSP), Brasil; examinados. Diagnose. P. almeidai distingue-se das demais espécies por apresentar no vértice dos machos dois cornos pontiagudos (fig. 16) e, nas fêmeas, duas pequenas gibas (fig. 15). Distribuição geográfica (fig. 233). Brasil (PR,RS). Material examinado. BRASIL. Paraná: Deodoro (atual Piraquara), holötipo (5, alótipo 9, parätipo 5, V. 1942, Hatschbach col., (MZSP); Guaraúna, 2 parátipos (5, V-VI.1937, J. Pinheiro Machado col., (AMIC); Itupava, 1 parátipo Q, X. 1944, Hatschbach col., (MZSP). Rio Grande do Sul: Porto Alegre (Glória), 2 parätipos 5, 9, 20.X1.1927, Pio Buck col., (MZSP), 6 exs., sem dados de procedência, (MAPA). Pedaridum bottimeri Howden & Young, 1981 (Figs. 24-32,237) Pedaridium bottimeri HOWDEN & YOUNG, 1981:45, figs. 72-74. Colorido geral castanho-escuro, exceto pernas castanho-avermelhadas. Tegumento brilhante, esparsamente coberto de pêlos amarelados. Cabeça com pontuação grossa e esparsa; regiões laterais brilhantes marginadas por franja de pêlos. Disco pronotal com pontuação fina e esparsa; regiões laterais do pronoto com pontos grossos © próximos. Interestrias elitrais com duas fileiras de pontos pilíferos, irregular e esparsamente dispostos. Pró-, meso - e metafêmures esparsamente pontuados. Face ventral com pontos grossos, ocelares, no mesosterno, nas regiões laterais do metasterno e dos urosternitos II- VIe na região central do metasterno. Pigidio com pontos piliferos finos. Cabeça (fig. 24). Borda clipeal recurvada para cima com ampla concavidade central separando dois dentes agudos; margens laterais oblíquas. Olhos grandes visíveis dorsalmente através de uma chanfradura 1,7 vezes mais longa que larga. Vértice com IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 12 FERREIRA & GALILEO carena transversal arqueada, estendendo-se até a chanfradura ocular. Tórax. Pronoto (fig. 26) com ângulos anteriores projetados para a frente e os posteriores arredondados; margem anterior sub-reta, margens laterais arredondadas e margem posterior arqueada com leve projeção central; disco pronotal convexo sem depressões. Metasterno (fig. 25) com saliência intercoxal anterior larga, lados subparalelos e ápice triangular com ponta arredondada. Pernas. Protíbias (figs. 29, 30) com comprimento ca. 1,8 vezes a largura apical; margem látero-externa com três dentes projetados na metade apicale serrilhado na metade basal; dente apical longo, agudo em continuação ao ângulo interno; os outros dois de comprimento decrescente do ápice para a base; face ventral com carena central e fileira de pontos pilíferos profundos; calcar ultrapassando o ápice do tarsômero II. Metatíbias (figs. 31,32) subtriangulares com comprimento 2,7 vezes a largura apical; margem lätero- externa crenulada; borda apical irregular ornada de espinhos; comprimento do calcar ultrapassa o do tarsômero I que é subigual ao do II; tarsömero V com comprimento subigual ao dos tarsômeros III e IV em conjunto. Élitros (fig. 28). Convexos; margens laterais subparalelas. Cada élitro com sete estrias, em geral, estreitas, com pontos apenas mais largos que a estria, afastados entre si, distância entre eles maior que o diâmetro do ponto. Estrias I-III alargadas na declividade apical. Sulco lateral largo, profundo, pontuado, atinge a estria II. Interestrias planas. Abdome (fig. 27). Urosternitos IV-VI fusionados no centro. Medidas. Cabeça comprimento, 0,8; largura, 1,3. Pronoto: comprimento, 1,2; largura, 2,3. Élitros: comprimento, 2,3; largura, 2,6. Comprimento total: 4,2. Diagnose. P. bottimeri é próxima de P. ohausi e de P. equatoriensis, sp.n., por apresentar dois dentes no clípeo e cabeça com carena transversal no vértice, Distingue- se por possuir a carena transversal arqueada, atingindo a chanfradura ocular (fig. 24). P. ohausi e P. equatoriensis, sp. n., possuem carena reta e curta sem atingir a chanfradura ocular (figs. 33, 43, respectivamente). Tipos, localidade-tipo. Holótipo «3, parátipo «3, procedentes de Canal Zone, Barro Colorado Island, Panamá, na coleção HAHC; não examinados. Distribuição geográfica (fig. 237). Panamá (Canal Zone) e Venezuela (Portuguesa). Material examinado. VENEZUELA. Portuguesa: Guanare, (Santuário), 1 ex., 26.VII.1967, Bordon col., (AMIC). Pedaridium ohausi (Arrow, 1931) (Figs. 33-42,237) Trichillum ohausi ARROW, 1931:610, (chave) BALTHASAR, 1939: 18,22 (chave); BLACKWELDER, 1944: 204 (cat.). Pedaridium ohausi; MARTINEZ, 1967:119. Colorido geral castanho-escuro; antenas amarelo-douradas; pernas castanho- avermelhadas. Tegumento brilhante. Cabeça com pontuações de tamanho irregular: na região posterior da carena, com pontos finos aumentando de diâmetro para a região IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 13 próxima à margem posterior; região anterior à carena com pontos tuberculados até amargem lateral do clípeo, que não apresenta pontos e sim estrias. Pronoto com pontuação fina e esparsa. Corpo com cerdas curtas, amareladas, finas e esparsas. Interestrias elitrais com duas fileiras de pontos pilíferos, exceto a sutural com apenas uma. Face ventral com pontos grossos, arredondados e ocelares no prosterno, regiões laterais do mesosterno e regiões látero-anteriores do metasterno; pontuação fina e arredondada na região central do metasterno e do abdome. Regiões laterais do abdome com pontos ocelares, ovalados. Pigídio fina e esparsamente pontuado. Pró-, meso- e metafêmures esparsamente pontu- ados. Metatíbias com pêlos longos. Cabeça (fig. 33). Borda clipeal com dois dentes de ápice arredondado, largamente separados entre si por uma distância aproximadamente igual a um terço da largura da cabeça; margens laterais levemente sinuosas. Vértice com carena transversal, retilínea, não atinge a chanfradura ocular. Comprimento da chanfradura ocular igual ao dobro da largura. Antenas (fig. 38). Escapo 0,8 vezes o comprimento dos cinco antenômeros seguintes em conjunto; clava antenal com comprimento igual à largura. Tórax. Pronoto (fig. 35) com ângulos anteriores projetados para a frente e ângulos posteriores arredondados; margem anterior ligeiramente arqueada; margens laterais arredondadas; margem posterior com leve projeção central, disco pronotal convexo sem depressões. Metasterno (fig. 34) com saliência intercoxal anterior larga, lados subparalelos com região apical arredondada; região abaulada longitudinalmente. Pernas. Protíbias (figs. 39,40) com comprimento igual a 1,7 vezes a largura apical, ventralmente com uma carena com pontos profundos da qual emerge a única fileira de pêlos. Dois terços da margem látero-externa com três denticulos egüidistantes, os dois apicais, subiguais e o basal pouco menos saliente; calcar com comprimento igual ao do tarsômero I. Metatíbias (figs. 41,42) sub-triangulares com comprimento igual a 2,8 vezes a largura apical; borda apical ornada de pequenos espinhos; margem interna junto ao ângulo sem projeções, calcar com comprimento igual ao do tarsômero I que é mais longo que o Il; tarsömero V de comprimento igual ao comprimento dos tarsômeros Ile IV em conjunto. Élitros (fig. 37). Convexos; margens laterais subparalelas, arredondadas gradual- mente para o ápice; úmeros salientes. Cada élitro com seis estrias, em geral, estreitas, com pontos apenas mais largos que a estria, afastados entre si, distância entre eles maior que o diâmetro do ponto. Estrias I-IV mais largas e aneladas na declividade apical; uma estria pouco marcada junto aos úmeros, evanescendo no terço basal; sulco lateral profundo estende-se até a estria III. Interestrias convexas. Abdome (fig. 36). Urosternitos IV-VI fusionados no centro. Medidas. Cabeça: comprimento, 0,6; largura, 1,4. Pronoto: comprimento, 1,2: largura, 2,3. Élitros: comprimento, 2,7; largura 2,8. Comprimento total 4,5. Tipos, localidade-tipo. O número de síntipos não foi especificado, são provenientes de Punzara (Calvário) coligidos por F. Ohaus e de Piscobamba, Loja, Equador coligidos por M. Witt, no “The Natural History Museum”, Londres; examinado um exemplar portanto rótulo de síntipo coligido por F. Ohaus na AMIC. Diagnose. P. ohausi é proxima de P. equatoriensis, sp.n., por possuir dois dentes IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 14 FERREIRA & GALILEO no clipeo e carena central no vértice; difere por apresentar dentes do clipeo com ápice arredondado, margens laterais da cabeça arredondadas, não sinuosas (fig. 33) e saliência metasternal anterior com ápice arredondado (fig. 34). Discussão. P. ohausi, originalmente descrita no gênero Trichillum por ARROW (1931), foi transferida para Pedaridium por MARTINEZ (1967), sem comentários justificando a transferência. Permanece neste gênero por apresentar a epipleura elitral não sinuosa. Distribuição geográfica (fig. 237). Equador (Loja). Material examinado. EQUADOR. Loja: Punzara (Calvário), exs., 23-25.111.1965, L.E. Pena col., (AMIC); 1 ex. (síntipo), F. Ohaus col., (AMIC). Pedaridium equatoriensis, sp.n. (Figs. 43-52, 237) Colorido geral castanho-escuro, exceto antenas, castanho-amareladas, e fêmures, castanho-avermelhados. Cabeça e pronoto com pontuação grossa e esparsa, algo concen- trada nos lados do pronoto e intercalada por pontos finos no disco pronotal. Face ventral com pontuação arredondada, grossa e profunda no prosterno, laterais do mesosterno, do metasterno e do urosternito VII; pontos finos, arredondados, no centro do metasterno e no pigídio; pontos ocelares ovalados nos urosternitos II-VI. Prö-, meso- e metafêmures fina e esparsamento pontuados. Tegumento brilhante, com pêlos longos, finos, amarela- dos. Pernas com pêlos finos e esparsos. Cabeça (fig. 43). Borda clipeal emarginada no centro com dois dentes projetados de ápice subarredondado, separados entre si por uma larga margem côncava com aproximadamente um terço da maior largura da cabeça; margens laterais sinuosas. Vértice com carena transversal retilínea, não atingindo a chanfradura ocular. Chanfradura ocular de comprimento igual ao dobro da largura. Antenas (fig. 48). Escapo 0,8 vezes mais curto que os cinco antenômeros seguintes em conjunto; largura da clava antenal 1,3 vezes o comprimento. Tórax. Pronoto (fig. 46) com ângulos anteriores projetados para a frente e os posteriores arredondados; margem anterior sub-reta; margens laterais oblíquas, com pequena projeção arredondada no meio; disco pronotal convexo, sem depressão. Mesosterno sem elevação junto à saliência metasternal. Metasterno (fig. 44) com saliência intercoxal anterior larga, margens laterais subparalelas, ápice triangular com ponta arredondada; região central plana. Pernas. Protíbias (figs. 49, 50) com comprimento igual a 1,6 vezes a largura apical; ventralmente com uma carena central e três fileiras de pêlos longos; dois terços anteriores da margem látero-externa com três dentículos projetados, eqüidistantes, o basal menos saliente; calcar mais longo que os tarsômeros Ie Il em conjunto. Metatíbias (figs. 51,52) triangulares de comprimento ca. o dobro da largura apical; margem látero-externa serrilhada na metade basal; borda apical com quatro espinhos; ângulos sem projeções; calcar de comprimento apenas maior que o do tarsômero I que é subigual ao do II; tarsömero V de comprimento 0,8 vezes menor que o dos tarsômeros III e IV em conjunto. Élitros (fig. 47). Convexos; úmeros pouco salientes; cada élitro com sete estrias, em IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 15 geral estreitas, com pontos apenas mais largos que a estria, afastados entre si, distäncia entre eles maior que o diâmetro do ponto. Estrias I-III alargam-se para ápice na declividade apical. Sulco lateral largo e profundo atinge a estria II. Interestrias dorsais subplanas. Abdome (fig. 45). Urosternitos IV-VI fusionados no centro. Medidas. Cabeça: comprimento, 0,6; largura, 1,4. Pronoto: comprimento, 1,2; largura, 2,4. Elitros: comprimento, 2,8; largura, 2,9. Comprimento total, 4,6. Diagnose. P. equatoriensis, sp. n. é proxima de P. ohausi e P. bottimeri por apresentar dois dentes no clípeo e cabeça com estrutura diferenciada em seu vértice. Por apresentar carena transversal no vértice, que não atinge a chanfradura ocular (fig. 43), diferencia-se de P. bottimeri com carena do vértice arqueada atingindo a chanfradura ocular (fig. 24). Pelo clípeo com dentes agudos e margens laterais sinuosas (fig. 43), pela saliência metasternal anterior com ápice subtriangular (fig. 44), diferencia-se de P. ohausi que possui clípeo com dentes arredondados e margens laterais arredondadas, não sinuosas (fig. 33) e saliência metasternal anterior com ápice arredondado (fig. 34). Distribuição geográfica (fig. 237). Equador (Loja). Material-tipo. EQUADOR. Loja: Macará (Catacocha, 1100m), 1 ex., (Holótipo), 14.VII.1977, Luis Pena col., (HAHC). Pedaridium bidens Balthasar, 1938 (Figs. 53-62, 235) Pedaridium bidens BALTHASAR, 1938:218; BLACKWELDER 1944:20 (Cat.). Colorido geral castanho-escuro, exceto clava antenal, castanho-amarelada. Tegumento opaco dorsalmente e brilhante ventralmente. Cabeca e pronoto (fig. 55) com pontuagäo grossa e esparsa. Face ventral com pontos grossos, ocelares, exceto a regiäo central do metasterno com alguns pontos finos e esparsos; regiöes laterais dos urosternitos com pontos ovalados, grandes; pigidio com pontos grossos, arredondados. Corpo piloso com cerdas grossas, amareladas. Interestrias elitrais com única fileira de pontos equidistantes, implantados no lado interno, exceto na primeira interestria, no lado externo. Meso- e metatíbias densamente pilosas com pêlos longos, amarelados. Cabeça (fig. 53). Borda clipeal emarginada no centro com dois dentes agudos de ápice arredondado, levemente curvados para cima, emergindo debaixo da linha clipeal; margens laterais oblíquas com uma incisão próxima aos dentes. Olhos visíveis dorsalmente através de uma chanfradura com o comprimento igual ao dobro da largura. Antenas (fig. 58). Escapo 1,2 vezes mais longo que os cinco antenômeros seguintes em conjunto; largura da clava antenal 1,5 vezes o comprimento. Tórax. Pronoto (fig. 55) com ângulos anteriores projetados para a frente; os posteriores, arredondados; margem anterior ligeiramente arqueada; margens laterais arredondadas com leve reentrância próxima aos ângulos anteriores; margem posterior arredondada; disco pronotal convexo, sem depressão. Mesosterno algo elevado junto à saliência metasternal. Metasterno (fig. 56) com saliência intercoxal anterior triangular, IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 16 FERREIRA & GALILEO margens laterais estreitadas gradualmente até o ápice; região central subplana. Pernas. Protíbias (figs. 59, 60) com comprimento iguala 1,5 vezes a largura apical; ventralmente com três carenas longitudinais, a central com pontos arredondados profun- dos, todas com fileiras de pêlos, a da margem externa com pêlos espatulados ; ca. dois terços da margem látero-externa das protíbias com três dentículos de dimensões diferen- tes, o apical mais projetado que os demais, distância entre os dois apicais maior que entre o Ile o II; calcar mais longo que o tarsömero I. Metatíbias (figs. 61 e 62) triangulares, comprimento iguala 2,5 vezes a largura apical; borda apical ornada de pequenos espinhos; margem interna junto ao ângulo sem projeções; calcar mais longo que o tarsômero I, este mais curto que o II; comprimento do tarsômero V igual a 0,7 vezes o dos tarsômeros II e IV em conjunto. Élitros (fig. 57). Convexos; margens laterais subparalelas, arredondadas gradual- mente para o ápice; ümeros pouco salientes. Cada élitro com sete estrias, em geral, largas; margens apenas sinuosas com sulco contínuo. Estrias I - IV mais largas e aneladas na declividade apical; estria VII pouco marcada junto aos úmeros; sulco lateral profundo atinge a estria III. Interestrias dorsais subplanas. Abdome (fig. 54). Urosternitos IV-VI fusionados no centro. Medidas. Cabeça: comprimento, 0,3; largura, 1,4. Pronoto: comprimento, 1,1; largura, 2,3. Élitros: comprimento, 2,9: largura 2,7. Comprimento total, 4,3. Tipos, localidade-tipo. Nove síntipos provenientes de “Jatahy”, Goiás, Brasil e Horqueta, Concepción, Paraguai, no “Staatlisches Museum fiir Tierkunde”, Dresden e na coleção Balthasar, provavelmente no “National Museum Natural of History”, Praga; não examinados. Diagnose. P. bidens é proxima de P. mansosotoi por apresentar dois dentes clipeais, emergindo sob a borda clipeal (fig. 53). Difere de P. mansosotoi por apresentar única fileira de pontos pilíferos nas interestrias elitrais. Em P. mansosotoi, há duas fileiras de pontos pilíferos nas interestriais. Distribuição geográfica (fig. 235). Brasil (GO) e Paraguai (Concepción). Material examinado. BRASIL. Goiás: Aruanã (Rio Araguaia), 1 ex., 11.1961, Col. Diringshofen, (MZSP). Pedaridium hirsutum (Harold, 1859) (Figs. 63-87, 234) Pedaria hirsuta HAROLD, 1859: 194. Pedaridium hirsutum; HAROLD. 1868:53-54; GEMMINGER & HAROLD, 1869:1001 (cat.); GILLET, 1911:48 (cat.); ARROW, 1932:226 (chave); BALTHASAR, 1938:219 (chave); PESSOA & LANE, 1941:437; est. IV, fig. 50; BLACKWELDER, 1944:203 (cat.). Colorido geral castanho-escuro; clavas antenais amareladas. Tegumento opaco, exceto região junto à borda clipeal, brilhante e grossamente pontuada; restante da cabeça com pontos finos, menores e mais esparsos. Disco pronotal (fig. 65) fina e esparsamente pontuado; regiões laterais, basal e junto à margem superior, com pontos grossos € próximos. Corpo piloso, com cerdas eretas, amareladas, emergindo dos pontos. Interestrias elitrais com duas fileiras de pontos pilíferos, exceto a sutural com apenas uma. Face ventral com pontos arredondados, grandes, profundos, densos, exceto na região central IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 17 do metasterno, fina e esparsamente pontuada. Urosternitos, lateralmente, com pontos ovalados, grandes, justapostos; pigídio com estrias na região proximal e pequenos pontos arredondados na região distal. Fêmures anteriores mais densamente pontuados que os demais. Cabeça (fig. 63). Borda clipeal, na porção central, com dois dentes curtos com ápice arredondado, separados com margem côncava, algo profunda, largura igual a um quarto da maior largura da cabeça; margens laterais arredondadas. Olhos visíveis dorsalmente através de uma estreita chanfradura, na margem posterior da cabeça, de comprimento igual a 3,0 vezes a largura. Antenas (fig. 69). Escapo 1,2 vezes mais longo que o comprimento dos cinco antenômeros seguintes em conjunto; clava antenal não tão larga quanto longa. Peças bucais conforme figs. 75-79. Tórax. Pronoto (fig. 65) com ângulos anteriores projetados para a frente e os posteriores, arredondados; margem anterior sub-reta apenas ligeiramente arqueada; margem laterais arredondadas com leve reentrância próxima aos ângulos anteriores; margem posterior com pequena projeção central; disco pronotal convexo com leve depressão central no terço posterior. Prosterno (fig. 66). Metasterno (fig. 67) com saliência intercoxal anterior larga, margens laterais subparalelas e ápice triangular com ponta arredondada. Pernas. Protíbias (figs. 70, 72) com comprimento igual ao dobro da largura apical; com duas carenas longitudinais ventrais e fileira de pontos finos; metade apical da margem látero-externa com três dentículos subiguais; calcar mais longo que o tarsômero I (fig. 71). Metatíbias (figs. 74) subtriangulares, comprimento igual a 2,3 vezes a largura apical; borda apical ornada de pequenos espinhos; margem interna junto ao ângulo com pequena projeção sub-reta com ápice arredondado; calcar com comprimento subigual ao do tarsômero I; este mais curto que o II; comprimento do tarsômero V ca. 0,8 vezes o dos tarsômeros III e IV em conjunto (fig. 73). Élitros (fig. 68). Subplanos com elevação acentuada junto à sutura, até o declive apical. Margens laterais subparalelas, úmeros salientes; região apical arredondada. Cada élitro com sete estrias, em geral, largas, margens apenas sinuosas com sulco contínuo. Estrias I-III mais largas e aneladas na declividade apical; estria VII evanescente no terço látero-basal; sulco lateral largo e anelado não atinge a estria III. Interestriais dorsais subplanas. Abdome (fig. 64). Urosternitos IV-VI fusionados no centro. Genitälia da fêmea (P. hirsutum, figs. 80-82). Câmara genital situada entre o esternito e o tergito VIII sob a abertura anal, sustentada lateralmente pelos coxitos; estilos ausentes; vagina em forma de saco; “bursa copulatrix” não diferenciada; espermateca alongada, algo encurvada com duas glândulas espermatecais e ducto espermatecal longo e espiralado próximo à vagina, onde se abre; ânus situado dorsalmente entre um par de pequenos paraproctos, separado da câmara genital por uma dobra cuticular. Genitália do macho (P. hirsutum, figs. 83-87). Tergito VII (= “pygidium”; pigóforo), esclerotinizado, estreito, projetado ventralmente numa aba com borda apical arredondada, onde se abre o orifício anal e genital; tergito IX, reduzido a uma placa esclerotinizada que obstrui a abertura genital; esternito IX, na região ventral do edeago, subtriangular, nas margens laterais fixam-se processos membranosos plicados ao redor da abertura genital. Edeago, do tipo invaginado (= encapsulado) segundo classificação de IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 18 FERREIRA & GALILEO JEANNEL & PAULIAN (1944) é constituído pelo (1) tégmen muito desenvolvido que envolve totalmente o (2) lobo-médio. O tégmen compreende: (1) lobos-laterais (=estilos laterais; parâmeros), distais, constituído por duas lâminas esclerotinizadas com um terço do comprimento da peça-basal, côncavas ventralmente, unidas entre si por uma membra- na; (2) peça-basal (=“tambour”), proximal, desenvolvida e esclerotinizada, formando um tubo que envolve totalmente o lobo-médio e o saco interno; os lobos laterais estão conectados à peça-basal pela membrana dorsal. O lobo-médio (=pênis), incluso no tégmen, membranoso, com as apófises-basais mais esclerotinizadas junto às margens látero-externas e alargadas na região apical, que sustentam o saco interno; orifício basal (=forâmen-médio) é a abertura basal delimitada pelas apófises-basais, por onde passa o saco-interno, e o orifício-médio (=“ostium”) é a abertura distal através do qual o saco interno é extrovertido. Saco-interno é a parte distal e alargada do ducto ejaculatório; possui estruturas esclerotinizadas próximas ao orifício-basal, um deles em haste recurvada que se estende até o ápice. Segundo JEANNEL & PAULIAN (1944) estas estruturas esclerotinizadas funcionam como órgãos de fixação, bem como para impulsionar o líquido espermático; a extroversão dá-se por prolapso, ficando o orifício-médio do lobo- médio na região proximal e o orifício-basal na região distal; a parede interna do saco- interno fica externa. Medidas. Cabeça: comprimento, 0,7-1,0; largura. 2,2; pronoto: comprimento, 1,7- 1,5; largura, 2,9-3,3. Elitros: comprimento, 4,3-5-1; largura, 3,5-4,0. Comprimento total, 6,5-7,8. Tipos, localidade-tipo. Vários síntipos, sem especificação do número, do Brasil, na coleção Harold e na coleção Sturm. Segundo HORN & KAHLE (1935-1937) os tipos destas coleções encontram-se no “Museum für Naturkunde der Humboldt Universität, Berlim; näo examinados. Diagnose. P. hirsutum é próxima de P. paranensis pelo comprimento entre 6,5 e 7,0 mm; as demais espécies não ultrapassam 6,0mm. Distingue-se de P. paranensis por apresentar dois dentes no clípeo (fig. 63) e pela grande elevação central dos élitros, junto à sutura, até o terço apical. Distribuição geográfica (fig. 234). Brasil (MG, SP, PR). Material examinado. BRASIL Minas Gerais: Vila Monte Verde, 2 exs. 20.1V.1966, J. Halik col., (MZSP). São Paulo: São José do Barreiro (Serra da Bocaina), 2 exs., XI.1965, M.A. Alvarenga col., (MZSP). Paraná: Curitiba, 5 exs., TV.1942, Hatschbach col., (MZSP); 2 exs., IV. 1942, Hatschbach col., (AMIC); 5 exs., V.1943, Hatschbach col., (AMIC); 5 exs., (MAPA); 1 ex., VI. 1949, Martinez col., (AMIC); 2 exs., VII. 1985, A. Martinez col., (AMIC); Deodoro, atual Piraguara, 3 exs., VI.1942, Hatschbach col., (MZSP); Pombal, 1 ex., V1.1940, Hatschbach col., (MZSP); Serra do Puruna, 1 ex., V. 1937,J. Pinheiro Machado col., (MZSP); Teixeira Soares (Guarauna), 1 ex., VI.1937, J. Pinheiro Machado col., (MZSP); Xaxim, 1 ex., V.1942, R. Lange col., (AMIC). Pedaridium mansosotoi Martinez, 1951 (Figs. 88-97, 120, 121, 233) Pedaridium mansosotoi MARTINEZ 1951:35, fig. 3. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 19 Colorido geral castanho-escuro, exceto antenas amareladas. Tegumento brilhante, mais acentuadamente no lado ventral e nas pernas. Cabeça com pontuação grossa e esparsa; pontos separados entre si pelo menos por distância igual ao diâmetro de um ponto. Pronoto com pontuação grossa e esparsa. Face ventral profundamente pontuada; pontos grossos ocelares, arredondados, exceto na região central do metasterno, fina e esparsamente pontuada; nas regiões laterais dos urosternitos e pigídio com pontos ovalados. Protíbias com pontos grossos ocelares, arredondados; meso- e metatíbias finamente pontuadas. Corpo piloso com cerdas amareladas dirigidas para trás; borda da cabeça com franja de pêlos. Interestriais elitrais com duas fileiras de pontos pilíferos: os do lado interno longos e regularmente distribuídos e os do lado externo curtos e dispostos irregularmente. Tíbias esparsamente pilosas. Urosternito VI com uma fileira de pontos junto à margem distal, onde se inserem pêlos longos. Cabeça (fig. 88). Borda clipeal emarginada centralmente com dois dentes agudos de ápice arredondado, levemente curvados para cima, emergindo sob a borda clipeal e, próxima aos dentes, escavada; margens laterais oblíquas. Olhos visíveis dorsalmente através de uma chanfradura estreita e longa com o comprimento 5 vezes a largura. Antenas (fig. 93). Escapo do mesmo comprimento dos cinco antenômeros seguintes em conjunto; clava antenal grande, de comprimento 1,2 vezes a largura. Tórax. Pronoto (fig. 89) com ângulos anteriores projetados para a frente e os posteriores arredondados; margem anterior ligeiramente arqueada; margens laterais arredondadas com leve reentrância junto aos ângulos anteriores; margem posterior com leve projeção central; disco pronotal convexo, sem depressão. Mesosterno algo elevado entre as mesocoxas. Metasterno (fig. 90) com saliência intercoxal anterior larga, margens estreitadas gradualmente até o ápice; região central deprimida. Pernas. Protíbias (figs. 94,95) com comprimento igual a 1,8 vezes a largura apical; ventralmente com duas carenas longitudinais e três fileiras de pontos pilíferos: a central com pontos ocelares, a interna com pêlos finos e a externa com pêlos setíferos; dois terços apicais da margem látero-externa com três dentículos egüidistantes: o apical, em conti- nuação com a borda, com comprimento subigual ao do médio, mais longo que o basal; calcar mais longo que o tarsômero I, porém não atinge o ápice do II. Metatíbias (figs. 96,97) triangulares, comprimento igual a 2,4 vezes a largura apical; borda apical ornada de projeções espiniformes diminutas; margem interna junto ao ângulo com projeção de ápice arredondado; calcar com comprimento maior que o tarsômero I, comprimento do Ligual a 0,6 vezes o do II; tarsômero V igual a 0,8 vezes o comprimento dos tarsômeros II e IV em conjunto. Élitros (fig. 92). Convexos, margens laterais subparalelas, arredondadas gradual- mente para o ápice. Cada élitro com sete estrias, em geral, largas, margens apenas sinuosas com sulco contínuo. Estrias I-III mais alargadas e aneladas na declividade apical; estria VII, junto aos úmeros, pouco marcada evanescente no meio do élitro. Sulco junto a margem lateral estende-se até a estria III. Interestrias elitrais subplanas. Abdome (fig. 91). Urosternitos IV-VI fusionados no centro. Genitália. Lobos-laterais (fig. 120); tégmen (fig. 121).Medidas. Cabeça: compri- mento, 0,4-0,5, largura, 1,2-1,6. Pronoto: comprimento, 1,0-1,3, largura, 1,9-2,5. Elitros: comprimento, 2,5-3,1; largura, 2,3-3,0. Comprimento total, 3,9-4,9. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 20 FERREIRA & GALILEO Tipos, localidade-tipo. Holótipo da Argentina, Território Nacional de Formosa, Clorinda; parátipo do Paraguai (Km 50 do Rio Uruguai entre Asunción e Bahia Negra), na AMIC; examinados. Diagnose. P. mansosotoi é próxima de P. bidens pelos dentes clipeais que emergem sob a borda clipeal (fig. 88) diferindo pelas fileiras duplas de pontos pilíferos nas interestrias elitrais. Distribuição geográfica (fig. 233). Brasil (GO, BA, MT, MS, MG, SP), Paraguai (Central), Argentina (Formosa). Material examinado. BRASIL. Goiás: Goiânia (Campinas), 1 ex., X11.1935. Borgmeier & Lopes col., (MZSP), Jataí, 1 ex., I. 1964, Martins, Morgante & Silva col., (MZSP). Bahia: Encruzilhada (980m), 11 exs., XI. 1972, M. Alvarenga col., (M ZSP). Mato Grosso: Utiariti (Rio Papagaio), 1 ex., 30.IX. 1966, Lenko & Pereira col., (MZSP); Barra do Tapirapé, Rio Tapirapé, junção com o Rio Araguaia), 3 exs., XI.1964, B. Balkin col., (MZSP). Mato Grosso do Sul: Três Lagoas, (margem esquerda rio Sucuri, Faz. Canaã), 1 ex. I. 1967, F. Lane col., (MZSP); Minas Gerais: Unaí (Fazenda Bolívia), 1 ex., 22-24. X. 1964, Exp. Dep. Zool., (MZSP). São Paulo: Boa Esperança do Sul (Fazenda Itaquerê), 4 exs., 27.1.1964, K. Lenko col., (MZSP); Itu (Fazenda Pau d’Alho), I ex., 11.1959, U. Martins col.; lex., 8.X. 1960, U. Martins col., (MZSP). PARAGUAI Central: (km 50 do Rio Paraguai, entre Asunción e Bahia Negra), 1 ex. (parátipo), 30.X1.1950, A. Martinez col., (AMIC); San Pedro: San Pedro (Rio Ypane, Cororo) 2 exs., II.1979, A. Martinez col., (AMIC). ARGENTINA. Formosa: Clorinda, 1 ex. (holótipo), 12.XI[.1950, A. Martinez col., (AMIC). Pedaridium cryptops Arrow, 1913 (Figs. 98-107, 118, 119, 235) Pedaridium cryptops ARROW, 1913:458; 1932:226 (chave); BLACKWELDER, 1944:203 (cat.); BALTHASAR, 1938:220. Colorido geral preto, exceto clava antenal, vermelho-pardacenta; antenas amarela- das, face dorsal opaca e a ventral brilhante. Cabeça com pontuação grossa e densa; franja de pêlos marginais. Pronoto densa e grossamente pontuado. Face ventral com pontos grossos, ocelares, arredondados no prosterno, regiões laterais do metasterno, urosternito VII e pigídio; pontos grossos, ocelares, ovalados nos lados dos urosternitos II-VI; pontos finos e arredondados na região central do metasterno e nos fêmures. Corpo piloso com cerdas grossas, amareladas. Interestriais com duas fileiras de pontos pilíferos eqüidistantes, inclusive a sutural. Fêmures esparsamente pontuados; cada ponto munido de uma cerda longa. Cabeça (fig. 98). Borda clipeal emarginada no centro, com dois dentes curtos de ápice arredondado, levemente curvados para cima, em continuação com a borda do clípeo; margens laterais arredondadas, levemente sinuosas. Olhos visíveis dorsalmente através de uma estreita chanfradura de comprimento cinco vezes a largura. Antenas (fig, 103). Escapo aproximadamente 1,2 vezes o comprimento dos cinco antenômeros seguintes em conjunto. Largura da clava antenal 1,2 vezes o comprimento. Tórax. Pronoto (fig. 102) com ângulos anteriores projetados para a frente e os posteriores arredondados; margem anterior ligeiramente arqueada, margens laterais arredondadas com leve reentrância próxima aos ângulos anteriores; margem posterior com leve projeção central; disco pronotal pouco convexo, sem depressão. Mesosterno algo elevado junto à saliência metasternal. Metasterno (fig. 99) com saliência e ápice IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 21 triangular, com ponta arredondada, região central deprimida. Pernas. Protíbias (figs. 104,105) triangulares com comprimento igual a 1,8 vezes a largura apical; ventralmente com uma carena central com pontos pilíferos e margens com fileiras de pêlos: uma interna de pontos pilíferos longos e uma externa de pêlos espatulados; os dois terços anteriores da margem látero-externa, ornados com três projeções triangulares de ápices arredondados, egüidistantes entre si; o apical, em continuação com a borda, mais agudo e maior que os demais; calcar com comprimento igual aos tarsömeros I e II em conjunto. Metatíbias (figs.-106,107) triangulares, comprimento ca. 1,8 vezes a largura apical, alargadas próximo ao ápice; borda ornada de pequenos espinhos; margem interna carenada; calcar mais longo que o tarsômero I, que é menor que o II, tarsômeros II-IV com comprimento decrescente para o ápice; tarsömero V igual a 0,9 vezes o comprimento dos tarsômeros II e IV em conjunto. Elitros (fig. 100). Convexos, margens laterais subparalelas, arredondadas gradual- mente para o ápice; úmeros pouco salientes; região sutural com elevação nos dois terços anteriores. Cada élitro com sete estrias, geralmente, largas, com pontos ocelares ovalados (largura ca. dobro a da estria), próximos entre si, distância entre eles menor que o diâmetro do ponto. Estrias I-III mais largas e profundas na declividade apical. Sulco lateral profundo, chegando até a estria III. Interestrias dorsais planas. Abdome (fig. 101). Urosternitos IV e V fusionados no centro. Genitália. Lobos-laterais (fig. 118); tégmen (fig. 119). Medidas. Cabeça: comprimento, 0,8; largura, 1,5. Pronoto: comprimento, 1,3; largura, 2,3. Élitros: comprimento, 2,8; largura, 2,7. Comprimento total, 4,9. Tipos, localidade-tipo. Dois síntipos, provenientes de “Jatahy”, Goiás e de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil, provavelmente depositados no “ The Natural History Museum”, Londres; não examinados. Diagnose. P. cryptops é próxima de P. mansosotoi e P. brasiliensis, sp.n., pelos olhos pouco evidentes dorsalmente e vértice sem carena; difere pelas estrias elitrais com pontos ocelares ovalados (largura ca. dobro da largura da estria), próximos entre si, sendo a distância entre pontos menor que o diâmetro do ponto (fig. 100) e pela saliência metasternal anterior (fig. 99) com margens laterais subparalelas e ápice triangular. Distribuição geográfica (fig. 235). Brasil (RN, BA, MT, GO). Material examinado. BRASIL. Rio Grande do Norte: Natal, 6 exs., III. 1952, M. Alvarenga col., (MZSP). Mato Grosso: Chapada dos Guimarães, 7 exs., XI.1963, Alvarenga col., (MZSP). Bahia: Vila Nova, 1 ex., 1908, (MZSP). Pedaridium brasiliensis, sp. n. (Figs. 108-117, 122, 123, 235) Colorido geral preto, exceto antenas castanho-amareladas. Tegumento brilhante, pontuado. Cabeça com pontuação mais densa próxima à borda clipeal. Pronoto com pontuação grossa e densa. Face ventral com pontuação ocelar arredondada, grossa e IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 39 FERREIRA & GALILEO profunda no prosterno, mesosterno, regiões laterais do metasterno e central do abdome e pigídio. Pontuação grossa e ovalada nas regiões laterais do abdome; pontuação fina na região central do metasterno. Pró-, meso- e metafêmures com pontuação subdensa e pêlos longos, grossos e amarelados. Corpo piloso com pêlos longos, amarelados, emergindo dos pontos. Cabeça anteriormente com franja de pêlos. Interestrias elitrais com duas fileiras de pontos pilíferos, inclusive a sutural. Cabeça (fig. 108). Borda clipeal emarginada no centro com dois dentes curtos, arredondados, emergindo da borda, separados por margem côncava. Olhos pouco visíveis dorsalmente por uma estreita chanfradura, quase inaparente. Antenas (fig. 113). Escapo do mesmo comprimento que os cinco antenômeros seguintes em conjunto; clava antenal 1,3 vezes mais larga que longa. Tórax. Pronoto (fig. 111) com ângulos anteriores projetados para a frente e os posteriores arredondados; margem anterior sub-reta, margens laterais com leve reentrância junto aos ângulos anteriores, posterior com projeção central; disco pronotal convexo, sem depressão. Mesosterno elevado junto à saliência metasternal. Metasterno (fig. 110) com saliência intercoxal anterior subtriangular com margens laterais estreitadas gradualmente até o ápice; região central deprimida. Pernas. Protíbias (figs. 114, 115) muito alargadas para o ápice; comprimento 1,6 vezes a largura apical; ventralmente com carena central com pontos tuberculados, uma fileira de pêlos finos na margem interna e uma fileira de pontos espatulados na margem externa. Dois terços anteriores da margem látero-externa com três dentes de ápice arredondado, eqüidistantes entre si; o primeiro em continuação com a borda apical de tamanho subigual ao do II, que é maior que o III; calcar com comprimento igual ao comprimento dos tarsômeros I e Il em conjunto. Metatíbias (figs. 116, 117) triangulares, com comprimento igual a 1,6 vezes a largura apical; margem apical ornada de espinhos; margem interna, junto ao ângulo, com projeção de ápice curvado para cima; calcar com comprimento apenas maior que o do tarsômero I que é menor que o II; tarsômero V com comprimento subigual ao dos tarsômeros III e IV em conjunto. Élitros (fig. 112). Convexos; úmeros salientes; margens laterais arredondadas. Cada élitro com sete estrias, em geral, largas, margens apenas sinuosas com sulco contínuo. Estrias I-III mais alargadas e aneladas na declividade apical. Estria VII evanescente no terço basal. Margem lateral com sulco que atinge a estria III. Interestrias subplanas. Abdome (fig. 109). Urosternitos IV-VI fusionados no centro. Genitália. Parâmetros (fig. 122); tégmen (fig. 123). Medidas. Cabeça: comprimento, 0,6-0,8; largura, 1,4. Pronoto: comprimento, 1,2- 1,3; largura, 2,1-2,4; Elitros: comprimento, 2,4-3,1; largura, 2,5-3,0. Comprimento total, 4,2-5,2. Diagnose. P. brasiliensis, sp.n., é próxima de P. cryptops pela chanfradura ocular reduzida, diferindo pelas estrias elitrais (fig. 112) não pontuadas com margens apenas sinuosas, sétima estria elitral curta e saliência metasternal anterior (fig. 110) com margens laterais convergentes até o ápice. Distribuição geográfica (fig. 235). Brasil (BA, MT, MS, MG, SP, PR). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... to w Material-tipo. BRASIL. Bahia: Encruzilhada, Holótipo, 11 parätipos. X1.1972, M. Alvarenga col., (Holótipo, 8 parátipos, MZSP; 3 parátipos, MCNZ). Mato Grosso: Chapada dos Guimarães, 3 exs., XI.1963, Alvarenga col., (MZSP); Mato Grosso do Sul: Três Lagoas (Fazenda Retiro das Telhas), 18 exs., 15- 30.V.1964, Ex p. Depto. Zool., (MZSP); Murtinho, 2 exs., I. 1930, R. Spitz col., (MZSP). Minas Gerais: Arinos, 2 exs. 6-8.X1.1964, Exp. Depto. Zool., (MZSP). São Paulo: Franca, 2 exs., VII.1910, Garbe col., (MZSP); Pirassununga, 1 ex., 9.X.1945, Schubart col., (MZSP); Itu, 4 exs., 27.XII.1957. U. Martins col., (MZSP); 2 exs., X1.1958, U. Martins col., (MZSP); (Faz. Pau d’Alho), 1 ex., 28-29.X.1965, Martins & Biasi col., (MZSP); Castilho (margem esquerda do rio Paraná), 1 ex., X.1964, Exp. Depto. Zool. col., (MZSP). Paraná: Vila Velha, 2 exs.,X1.1958 Hatschbach col., (MZSP). Etimologia. O nome específico é derivado do país da localidade-tipo. Pedaridum martinsi, sp.n. (Figs. 124-133,236) Colorido geral castanho-avermelhado, exceto antenas amareladas. Tegumento brilhante. Cabeça e pronoto com pontuação fina e esparsa, mais concentrada nas regiões laterais do pronoto. Fóvea lateral do pronoto marcada por região lisa; élitros com pontuação fina. Face ventral com pontos ocelares, rasos no mesosterno, nos lados do metasterno e no urosternito VII; pontos finos e densos na região central do metasterno e ralos no pigídio. Pontos ocelares ovalados nas regiões laterais dos urosternitos II-V. Franja de pêlos ao redor da cabeça: corpo com pêlos finos, curtos e esparsos. Interestrias elitrais com duas fileiras de pontos pilíferos esparsos e irregularmente dispostos, exceto a sutural com apenas uma. Região central do metasterno com pêlos grossos e densos. Cabeça (fig. 124). Clípeo com bordas laterais sinuosas e levemente curvadas para cima; dois dentes triangulares de ápice arredondado separados entre si por margem côncava. Olhos vistos dorsalmente através de uma ampla chanfradura com comprimento duas vezes a largura. Antenas (fig. 129). Escapo mais longo que os cinco antenômeros seguintes em conjunto; clava antenal 1,3 vezes mais larga que longa. Tórax. Pronoto (fig. 127) com ângulos anteriores projetados para a frente e os posteriores arredondados; margem anterior sub-reta; margens laterais arredondadas; margem posterior arqueada; disco pronotal convexo, sem depressão. Metasterno (fig. 126) com saliência intercoxal anterior larga, margens laterais subparalelas e ápice triangular com ponta arredondada, com sutura anterior ligando as duas cavidades coxais; região centro-longitudinal côncava. Pernas. Protíbias (figs. 130, 131) com comprimento aproximadamente 1,4 vezes a largura do ápice; dois terços apicais da margem látero-externa com três dentículos agudos: o apical, no ângulo, mais projetado e afastado dos demais; face ventral com carena central e fileira de pontos pilíferos; calcar com comprimento igual aos tarsômeros I e Il em conjunto. Metatíbias (figs. 132,133) subtriangulares com o comprimento 2,5 vezes a largura do ápice; borda apical com três projeções espiniformes; comprimento do calcar apenas ultrapassando o tarsômero I, não atinge o ápice do tarsömero II; comprimento do tarsômero I subigual ao do II; comprimento do tarsômero V subigual ao do Ile IV em conjunto. Élitros (fig. 128). Convexos; margens laterais subparalelas; ápices conjuntamente arredondados; úmeros pouco salientes. Cada élitro com sete estrias, em geral estreitas, com pontos apenas mais largos que a estria, afatados entre si, distância entre eles maior IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 4 FERREIRA & GALILEO que o diâmetro do ponto; estrias I-III mais alargadas na declividade apical. Sulco lateral profundo e alargado junto à borda, atinge a estria II. Interestrias elitrais pouco convexas. Abdome (fig. 125). Urosternitos IV-VI fusionados no centro. Medidas. Cabeca: comprimento, 0,6-0,8; largura, 1,0-1,2. Pronoto: comprimento, 0.9-1,1; largura, 1,6-1,9. Élitros: comprimento, 2,3-2,9; largura, 1,8-2,4. Comprimento total, 4,0-4,8. Diagnose. P. martinsi, sp.n., aproxima-se de P. argentinum e de P. howdeni, sp.n., pela cabeça com dois dentes no clípeo, sem estrutura diferenciada no vértice e olhos muito evidentes dorsalmente (fig. 124). Diferencia-se de P. howdeni, sp.n., por possuir a pontuação da cabeça e do pronoto fina e esparsa, e de P. argentinum, por possuir as margens laterais da cabeça sinuosas (fig. 124). Em P. howdeni, sp.n., a pontuação da cabeça e do pronoto é grossa e subdensa e em P. argentinum as margens laterais da cabeça são arredondadas. Distribuição geográfica (fig, 236). Argentina (Neuquén, Córdoba). Material-tipo. ARGENTINA. Neuquén: Florencia, 1 ex., Holótipo, XII. 1967, Martinez col., (AMIC); Parátipos: 1 ex., XI[.1967, Martinez col., (AMIC); Córdoba: La Falda, 1 ex. 1.1945, Martinez col., (MCNZ). Etimologia. Esta espécie é dedicada ao Dr. Ubirajara Ribeiro Martins de Souza, por sua contribuição ao conhecimento dos coleópteros neotropicais. Pedaridium argentinum Arrow, 1913 (Figs. 134-143, 238) Pedaridium argentinum ARROW, 1913: 459 (chave) 1932:226 (chave), BLACKWELDER, 1944:203 (cat.); BALTHASAR, 1938:220 (chave); MARTINEZ, 1959:62 (cat); 1967:119; 1986:60 Pedaridium rugiceps ARROW, 1613:458; Syn.n. Trichillum elongatum BALTHASAR, 1934: 24, fig s/n; MARTINEZ, 1959:63; 1967:119. Pedaridium elongatum; MARTINEZ, 1967: 119 (comb.n.); 1986:60 (sin.) Colorido geral castanho-escuro com antenas amareladas e clavas antenais verme- lho-pardacentas; fêmures castanho-avermelhados. Tegumento brilhante, totalmente piloso. Cabeça com pontuação grossa, densa, contígua nas bordas laterais e junto ao clípeo. Disco pronotal com pontuação grossa, esparsa. Interestriais com duas fileiras regulares de pontos pilíferos, inclusive a sutural. Face ventral com pontuação arredondada, profunda, exceto metasterno com região central, fina e esparsamente pontuada e região látero-basal, quase lisa. Pontos ocelares, ovalados, grandes, nos urosternitos II-VI; urosternito VII e pigídio com pequenos pontos arredondados. Cabeça (fig. 134). Borda clipeal com dois dentes agudos separados entre si, por margem côncava, profunda; margens laterais suboblíquas. Olhos visíveis dorsalmente através de uma chanfradura de comprimento igual ao dobro da largura. Antenas (fig. 139). Escapo subigual ao comprimento dos cinco antenômeros seguintes em conjunto; clava antenal tão larga quanto longa. Tórax. Pronoto (fig. 135) com ângulos anteriores projetados para a frente e os posteriores arredondados; margem anterior sub-reta, apenas ligeiramente arqueada, margens laterais e margem posterior arredondadas; disco pronotal convexo. Mesosterno IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... [59 in algo elevado junto à saliência metasternal. Metasterno (fig. 137) com saliência intercoxal anterior com margens laterais subparalelas e ápice triangular com ponta arredondada; região central com depressão longitudinal. Pernas. Protíbias (figs. 140, 141) com comprimento igual a 1,7 vezes a largura apical; face inferior com duas fileiras de pontos tuberculados e uma fileira de pontos pilíferos; dois terços apicais da margem látero-externa com três dentes eqiiidistantes de ápice arredondado, o basal menor que os outros dois que são subiguais; calcar tão longo quanto”: tarsômeros Ie II em conjunto. Metatíbias (figs. 142, 143) triangulares alargadas gradualmente até próximo ao ápice, onde sofrem um alargamento brusco; comprimento igual a 1,8 vezes a largura apical; ápice com coroa de espinhos e pêlos grossos; margem interna com projeção de ápice arredondado próxima ao ângulo; calcar mais longo que o tarsômero I; comprimento do I subigual ao do tarsômero II; tarsömero V igual em comprimento aos tarsômeros III e IV em conjunto. Élitros dig. 136). Convexos; margens laterais subparalelas, gradualmente arredon- dadas para o ápice; ümeros pouco salientes; estrias, em geral, estreitas, com pontos apenas mais largos que a estria, afastados entre si, distância entre eles maior que o diâmetro do ponto. Estrias I-III alargadas na declividade apical; estria VII completa. Sulco lateral estende-se até a estria II. Interestrias planas. Abdome (fig. 138). Urosternitos IV-VI fusionados no centro. Medidas. Cabeça: comprimento, 0,5; largura, 1,4- 1,5. Pronoto: comprimento, 1,4; largura, 2,1-2,3. Élitros: comprimento, 2,8-3,0; largura, 2,5-2,6. Comprimento total, 4,7- 4,9. Tipos, localidade-tipo. Pedaridium argentinum foi descrita por ARROW (1913), sem especificar o número de espécimens nem onde foram depositados, do Gran Chaco (Icano, Rio Salado), Argentina. Anota-se que Icafio localiza-se na província de Santiago del Estero. Os tipos provavelmente estão no “The Natural History Museum”, Londres; não examinados. Trichillum elongatum: síntipos machos e fêmeas, sem especificação do número de espécimes, de Córdoba e Rosário, Argentina, “Forschungsinstitut und Naturmuseum Senckenberg”, Frankfurt e na coleção particular de Balthasar que, provavelmente, ora se encontra no “National Museum of Natural History”, Praga; não examinados. Diagnose. P. argentinum aproxima-se de P. howdeni, sp.n., e de P. martinsi, sp.n., por possuir dois dentes no clípeo, vértice sem estrutura diferenciada (fig. 134). Distingue- se de P. martinsi, sp.n., por possuir pontuação da cabeça e do pronoto grossa e subdensa; de P. howdeni, sp.n.. por possuir dentes da margem látero-externa da protíbia nos dois terços apicais (fig. 140) e metatíbias dilatadas gradualmente até próximo ao ápice, onde sofre um alargamento brusco (fig. 143). Em P. martinsi, sp.n., a pontuação da cabeça e do pronoto é fina e esparsa e em P. howdeni os dentes da margem látero-externa das protíbias ocupam a metade apical (fig. 150) e as metatíbias alargam-se gradualmente até o ápice (fig. 153). Discussão. ARROW (1913) incluiu na chave para identificação das espécies de Pedaridium então conhecidas, equivocadamente, o nome P. rugiceps em vez de P. argentinum que descreve logo a seguir. P. rugiceps tem prioridade sobre P. argentinum, entretanto, seguindo a recomendação 24A do INTERNATIONAL CODE OF IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 26 FERREIRA & GALILEO ZOOLOGICAL NOMENCLATURE (1985), considera-se P. rugiceps como sinönimo objetivo. MARTINEZ (1967) transferiu Trichillum elongatum para o gênero Pedaridium e em (1986) sinonimizou com P. argentinum sem tecer comentários; registrou sua ocorrên- cia em Santa Fé, Santiago del Estero, Gran Chaco e Catamarca (Argentina). Pela figura apresentada por BALTHASAR (1939) observa-se a semelhança dos dentes clipeais. Distribuição geográfica (fig. 238). Argentina (Santiago del Estero, Córdoba, Mendoza, Rosário, Santa Fé, Catamarca, Chaco, Salta). Material examinado. ARGENTINA. Córdoba: Cruz del Eje (4 km NE), 2 exs., 20.11.1982, H. & A. Howden col., (HAHC); Mendoza: Mendoza, 1 ex., (MZSP); Santiago del Estero: Chaco, 1 ex., Wagner col., (MZSP). Pedaridium howdeni, sp.n. (Figs. 144-153,237) Colorido geral negro, exceto clavas antenais castanho-amareladas e fêmures castanho-avermelhados. Tegumento opaco. Cabeça e pronoto (fig. 146) com pontuação fina, esparsa, regularmente distribuída, algo densa nas regiões laterais; fóvea lateral representada por uma região lisa. Pontuação dos élitros pouco marcadas. Face ventral com pontos grossos, arredondados no prosterno, nas regiões laterais do meso- e metasterno e urosternito VII; pontos grossos ovalados nas regiões laterais dos urosternitos II-VI e pontos finos, arredondados e esparsos na região central do metasterno e no pigídio. Pró-, meso- e metafêmures fina e esparsamente pontuados. Corpo piloso com cerdas finas e curtas; interestrias elitrais com duas fileiras regulares de pontos pilíferos, exceto a sutural com apenas uma. Cabeça (fig. 144). Borda clipeal emarginada no centro, com dois dentes centrais separados por margem côncava rasa e margens laterais da cabeça com sinuosidade evidente; com as bordas voltadas para cima. Olhos vistos dorsalmente através de uma chanfradura de comprimento 2,5 vezes a largura. Antenas (fig. 149). Escapo com comprimento subigual ao dos cinco antenômeros seguintes em conjunto; clava antenal tão larga quanto longa. Tórax. Pronoto (fig. 146) com ângulos anteriores projetados para frente e os posteriores arredondados; margem anterior sub-reta, apenas ligeiramente arqueada; margens laterais arredondadas, margem posterior convexa, com leve projeção central; disco pronotal convexo; sem depressão. Mesosterno algo elevado junto à saliência metasternal. Metasterno (fig. 147) com saliência intercoxal anterior larga, margens laterais subparalelas e ápice triangular com ponta arredondada, região centro-basal com área deprimida. Pernas. Protíbias (figs. 150, 151) subtriangulares com comprimento subigual ao dobro da largura; metade apical da margem látero-externa com três dentículos eqiiidistantes: o distal, maior, em continuação com a borda apical, com ápice arredondado; os outros dois com ápice subtriangular; o basal menor que os demais; face ventral com carena central pontuada, ornada de pêlos longos; calcar não alcança o ápice do tarsômero II. Metatíbias (figs. 152, 153) subtriangulares; comprimento o triplo da largura apical; borda apical IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 27 ornada de projeções espiniformes; margem interna junto ao ângulo sem projeções: comprimento de calcar apenas ultrapassa o do tarsômero I; comprimento dos tarsômeros le II subguais; comprimento do tarsömero V igual a 1,6 vezes o dos tarsômeros III e IV em conjunto. Elitros (fig. 145). Convexos; úmeros pouco salientes; margens laterais arredonda- das gradualmente para o ápice. Cada élitro com sete estrias, em geral, estreitas, com pontos apenas mais largos que a estria, afastados entre si, distância entre eles maior que o diämetr lo ponto. Estrias I-IIl alargadas e aprofundadas na declividade apical, estria VII evanescente no terço látero-basal; sulco lateral profundo não atinge a estria II. Abdome (fig. 148). Urosternitos IV-VI fusionados no centro. Medidas. Cabeça: comprimento, 0,5; largura, 1,3. Pronoto: comprimento, 1,1: largura, 2,0. Élitros: comprimento. 2,6; largura, 2,2. Comprimento total, 4,2. Diagnose. Próxima de P. argentinum, diferencia-se pelo colorido geral preto, protíbias com dentes na metade apical (fig. 151) metatíbias (fig. 153) pouco alargadas. Distribuição geográfica (fig. 237). Equador (Guayas). Material-tipo. EQUADOR. Guayas: Guayaquil, 6 exs., 21-22.11.1981, H.F. Howden col.: holótipo, 3 parátipos (HAHC); 1 parátipo (MZSP); 1 parátipo (MCNZ). Etimologia. Esta espécie é dedicada ao Dr. Henry F. Howden, por sua contribuição ao conhecimento dos escarabeídeos. Pedaridium venezuelensis, sp.n. (Figs. 154-163,237) Colorido geral castanho-avermelhado, exceto clavas antenais amareladas e pernas castanho-amareladas. Tegumento brilhante. Corpo coberto de pêlos curtos. Pontuação grossa na região anterior da cabeça e nas regiões laterais do pronoto; disco pronotal com pontuação fina e esparsa (fig. 156). Interestrias elitrais com duas fileiras de pontos pilíferos, exceto a sutural com apenas uma. Pró-, meso- e metafêmures com pontuação fina, esparsa. Face ventral com pontos grossos e arredondados no prosterno, mesosterno, regiões laterais do metasterno; pontos grossos, ovalados nas regiões laterais dos urosternitos H-VI, pontos arredondados e finos no centro do urosternito VII e no pigídio. Cabeça (fig. 154). Borda clipeal com dois dentes agudos, triangulares, levemente curvados para cima, separados por margem côncava. Olhos vesíveis dorsalmente através de uma ampla chanfradura com comprimento igual ao dobro da largura. Antenas (fig. 159). Escapo com comprimento subigual ao dos cinco antenômeros seguintes em conjunto; clava antenal de largura 1,5 vezes o comprimento. Tórax. Pronoto (fig. 156) com ângulos anteriores projetados para a frente e os posteriores arredondados; margem anterior ligeiramente côncava; margens laterais suboblíquas e margem posterior arqueada com leve projeção central; disco pronotal convexo, sem depressão. Metasterno (fig. 157) com saliência intercoxal anterior larga, lados subparalelos e ápice triangular com ponta arredondada, com sutura anterior evidente. Pernas. Protíbias (figs. 160, 161) com comprimento ca. 2,4 vezes da largura apical; IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 28 FERREIRA & GALILEO terço apical da margem lätero-externa com três dentículos agudos subiguais; face ventral com uma carena central ornada de uma fileira de pêlos; calcar com comprimento igual ao dos tarsômeros I e Il em conjunto. Metatíbias (figs. 162, 163) sublineares com compri- mento 3,9 vezes a largura apical; borda apical com projeções espiniformes; margem látero-externa serrilhada; comprimento do calcar apenas ultrapassa o do tarsômero I, não atinge o ápice do II; comprimento do tarsömero V subigual ao dos tarsömeros Ill e IV em conjunto. Élitros (fig. 158). Convexos; margens laterais subparalelas, ápices conjuntamente arredondados. Cada élitro com sete estrias, em geral, estreitas, com pontos apenas mais largos que a estria, afastados entre si, distância entre eles maior que o diâmetro do ponto. Estrias I-IV mais alargadas e aneladas na declividade apical. Sulco lateral junto à margem, largo e profundo atinge o ápice da estria III. Interestrias algo convexas, acentuando-se a convexidade na declividade apical. Abdome (fig. 155). Urosternitos IV-VI fusionados no centro. Medidas. Cabeça: comprimento, 0,6; largura, 1,0. Pronoto: comprimento, 0,8; largura, 1,4. Élitros: comprimento, 1,9; largura, 1,7. Comprimento total, 3,3. Diagnose. P. venezuelensis, sp.n. aproxima-se de P.adissi por apresentar cabeça sem estrutura diferenciada, olhos muito evidentes dorsalmente (chafradura ocular de comprimento aproximadamente o dobro da largura); distingue-se por apresentar o comprimento da cabeça igual a dois terços da largura, dentes do clípeo triangulares, afastados e margens laterais do clípeo arredondadas (fig. 154). P. adissi caracteriza-se pelo comprimento da cabeça igual à metade da largura, dentes do clípeo triangulares e próximos entre si e borda clipeal sub-reta e estreitada anteriormente (fig. 164). Distribuição geográfica (fig. 237). Venezuela (Carabobo). Material-tipo. VENEZUELA. Carabobo: San Esteban, (100m), 2 exs., 1. VII.1975, Martinez col.: Holótipo AMIC e parátipo MCNZ. Etimologia. O nome específico é derivado do país da localidade-tipo. Pedaridium adissi (Ratcliffe, 1980), comb.n. (Figs. 164-173,237) Trichillum adissi Ratcliffe, 1980:337, figs, 1-20. Colorido geral castanho-escuro; antenas amareladas; clavas antenais, fêmures e pigídio castanho-avermelhados. Tegumento brilhante, coberto de pêlos curtos, amarela- dos. Cabeça com pontos grossos, separados entre si por ca. diâmetro do ponto. Disco pronotal com pontuação subgrossa e esparsa; regiões laterais do pronoto com pontos grossos e densos, algo anastomosados junto à borda. Interestriais elitrais com duas fileiras de pontos pilíferos, exceto os dois terços anteriores da sutural, com apenas uma. Pró-, meso- e metafêmures com pontuação fina e esparsa. Face ventral com pontos grossos, ocelares, arredondados, no prosterno, no mesosterno, nas regiões laterais e junto à borda basal do metasterno; pontos finos e esparsos no centro do metasterno; pontuação grossa no centro do urosternito VII e no pigídio; pontos grossos, ocelares, ovalados nas regiões laterais dos urosternitos. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 29 Cabeça (fig. 164). Borda clipeal levemente curvada para cima, com dois dentes agudos, projetados, muito próximos entre si. Olhos visíveis dorsalmente através de uma chanfradura na margem basal com comprimento igual ao dobro da largura. Antenas (fig. 169). Escapo de comprimento 1,2 vezes o comprimento dos cinco antenômeros seguintes em conjunto; clava antenal com comprimento igual a largura. Tórax. Pronoto (fig. 165) com ângulos anteriores projetados para a frente e os posteriores arredondados; margem anterior ligeiramente côncava; margens laterais com projeção arredondada na região central; margem posterior arqueada; disco pronotal convexo, sem depressão. Metasterno (fig. 166) com saliência intercoxal anterior larga, lados subparalelos e ápice triangular com ponta arredondada, com sutura evidente. Pernas. Protíbias (figs., 170,171) com comprimento aproximadamente igual a duas vezes a largura apical; terço apical da margem látero-externa com três dentes diminutos: o apical em continuação com o ângulo externo de tamanho aproximadamente igual ao dobro do basal; o basal apenas demarcado; face ventral com carena central e fileira de pontos políferos profundos; uma fileira de pontos regulares nas margens laterais; calcar com comprimento apenas ultrapassando o dos tarsômeros I e Il em conjunto. metatíbias (figs. 172, 173) sublineares com comprimento 3,3 vezes a largura apical; borda apical com 4 projeções espiniformes; comprimento do calcar ultrapassa o do tarsômero I, não atinge o ápice do tarsômero II; tarsômero I com comprimento aproximadamente igual ao do II; tarsômero V de comprimento subigual ao do Ill e IV em conjunto. Élitros (fig. 168). Convexos; margens laterais arredondadas; úmeros salientes. Cada élitro com sete estrias, em geral, largas, com pontos ocelares ovalados (largura ca. dobro a da estria), próximos entre si, distância entre eles menor que o diâmetro do ponto. Estrias I-IV mais alargadas na declividade apical. Sulco lateral profundo, anelado, junto à borda elitral, atinge a estria IV. Interestrias com acentuada convexidade na declividade apical. Abdome (fig. 167). Urosternitos IV-VI fusionados no centro. Medidas Cabeça: comprimento, 0,4; largura 1,0. Pronoto: comprimento, 0,7; largura, 1,6. Élitros: comprimento, 1,8; largura, 1,9. Comprimento total, 3,0. Tipos, localidade-tipo. Holótipo 5, alótipo 9, 117 parátipos do Brasil: Amazonas (Ilha de Curari, Piricatuba e Manaus) e Pará (Belém). Holótipo, alótipo e parte dos parátipos no Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia, Manaus; demais parátipos Museu Paranaense Emílio Goeldi, Belém; MZSP; “Canadian National Collection of Insects”, Ottawa; “National Museum of Natural History”. Washington; “American Museum of Natural History”, Nova Iorque; “Field Museum of Natural History”, Chicago; “California Academy of Sciences”, São Francisco; “The Natural History Museum”, Londres; “Muséum National d’Histoire Naturelle”, Paris; “Zoologisches Museum der Humboldt Universitat, Berlin; “University of Nebraska”, Lincoln; HAHC, AMIC, Coleção Brett Ratcliffe, Lincoln. Holótipo e parátipos (153, 259) coligidosem Bradypus tridactylus (L.) (Edentata: Bradypodidae). Diagnose. Próxima de P. venezuelensis, sp.n., pelo comprimento reduzido e metatíbias sublineares; diferencia-se, principalmente, pela cabeça (fig. 164) com margens laterais oblíquas e dentes clipeais próximos entre si. Discussão. T. adissi é transferida para Pedaridium por apresentar a epipleura elitral IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 FERREIRA & GALILEO 95) je») näo sinuosa. Distribuição geográfica (fig. 237). Brasil (AM, PA). Material examinado. BRASIL. Amazonas: Ilha de Curari, 4 exs., (parátipos), 25.1.1978, R. Best col., (HAHC). Pedaridium martinezi, sp.n. (Figs, 174-183, 238) Colorido geral castanho-avermelhado; antenas amareladas. Tegumento brilhante, coberto de pêlos finos, amarelados. Cabeça com pontuação subdensa e subfina. Disco pronotal com pontuação muito fina e esparsa (fig, 176); regiões laterais do pronoto com pontos grossos, separados entre por distância igual a aproximadamente o diâmetro dos pontos. Pró-, meso- e metafêmures com pontuação e pilosidade finas e esparsas. Face ventral com pontos subgrossos, rasos e arredondados no prosterno, regiões anterior e laterais do mesosterno; grossa e ovalada nos urosternitos II-VI; fina e esparsa na região central do metasterno; arredondada e subdensa no urosternito VILe no pigídio. Interestrias elitrais com duas fileiras de pontos pilíferos: regularmente distribuídos na interna e esparsos na externa, exceto na sutural com apenas uma em toda sua extensão. Cabeça (fig. 174). Borda clipeal com dois dentes agudos largamente separados entre si por margem côncava; lateralmente com quatro dentículos de tamanho menor que os centrais e decrescentes para a base da cabeça. Margem clipeal recurvada para cima e oblíqua lateralmente. Olhos visíveis dorsalmente através de uma ampla chanfradura com o comprimento igual ao triplo da largura. Antenas (fig. 179). Comprimento do escapo subigual ao dos cinco antenômeros seguintes em conjunto; clava antenal 1,4 vezes mais larga que longa. Tórax. Pronoto (fig. 176) com ângulos anteriores projetados para a frente, posterio- res arredondados; margem anterior ligeiramente covexa; margens laterais arredondadas; margem posterior arredondada; disco pronotal convexo, sem depressão; fóvea lateral representada por região lisa. Mesosterno elevado entre as mesocoxas. Metasterno (fig. 177) com saliência intercoxal anterior larga, margens laterais subparalelas e ápice triangular com ponta arredondada, com sutura evidente. Região central plana. Pernas. Protíbias (figs. 180, 181) subtriangulares com comprimento ca. 1,7 vezes a largura apical; ventralmente com uma carena com pontos pilíferos na região central, fileiras de pêlos junto as margens interna e externa. Dois terços anteriores da margem lätero-externa com três dentes agudos egüidistantes: o apical maior, em continuação com aborda e o basal menor que os demais; calcar mais longo que o tarsômero Ie não ultrapassa o ápice do II. Metatíbias (figs. 182, 183) subtriangulares de comprimento ca. 2,7 vezes a largura apical. Borda apical ornada de alguns espinhos; margem interna junto ao ângulo sem projeções: calcar mais longo que o tarsômero I e não alcança o ápice do II; comprimento do tarsômero I subigual ao do II; tarsômero V apenas mais longo que os tarsômeros III e IV em conjunto. Elitros (fig. 178). Convexos; margens laterais arredondadas; ápices conjuntamente arredondados; úmeros pouco salientes. cada élitro com sete estrias, em geral, estreitas, com pontos apenas mais largos que a estria, afastados entre si, distância entre eles maior que o diâmetro do ponto. Estria VII evanescente no terço basal. Estrias I-IV mais largas IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 31 na declividade apical. Sulco lateral profundo atinge o ápice da estria I. Interestrias planas. Abdome (fig. 175). Urosternitos IV-VI fusionados no centro. Medidas. Cabeça: comprimento, 0,4; largura, 1,0-1,3. Pronoto: comprimento, 0,8- 1,1; largura, 1,6-2,0. Élitros: comprimento, 1,6-2,4; largura, 1,8-2,4. Comprimento total, 2,8-3,9. Diagnose. P. martinezi, sp.n. diferencia-se das demais espécies do gênero por apresentar seis dentes no clípeo (fig. 174). Distribuição geográfica (fig. 238). Argentina (Santiago del Estero, La Rioja e Córdoba). Material-tipo. ARGENTINA. Santiago del Estero: 2. exs., 25. XI. 1953, R. Costas col., (AMIC); La Rioja: Olta, 1 ex., II. 1934, Gomes col., (AMIC). Córdoba: Cruz del Eje, 2 ex., (Holótipo e Parätipo), 1.1977, A. Martinez col., (AMIC); 1 ex., II. 1980, A. Martinez col., (AMIC); Santa Maria, 1 ex. XII1.1965, A. Martinez col., (AMIC). Etimologia. Esta espécie é dedicada ao pesquisador Dr. Antonio Martinez, pelos ensinamentos que oportunizaram a execução desse trabalho. Pedaridium caingua Martinez, 1974 (Figs. 184-192, 236) Pedaridium caingua MARTINEZ, 1974:65. Colorido geral castanho-escuro, exceto antenas amareladas e fêmures castanho- avermelhados. Tegumento brilhante, coberto de pêlos curtos amarelados, exceto disco pronotal, glabro. Cabeça e regiões laterais do pronoto com pontuação subgrossa e densa; disco pronotal com pontuação esparsa; pró-, meso- e metafêmures densa e uniformemen- te pontuados. Face ventral com pontos grossos, ocelares, exceto a região central do metasterno com pontuação fina e esparsa; região lateral dos urosternitos II-VI com pontuação ovalada e ocelar; urosternito VII com pontuação arredondada e ocelar nos lados e fina no centro. Pigídio com pontos pilíferos finos. Interestriais elitrais com duas fileiras de pontos pilíferos dispostos irregular e esparsamente. Cabeça (fig. 184). Borda clipeal curvada para cima, com quatro dentes: os centrais mais longos, agudos, amplamen- te separados; os laterais menores e subtriangulares, a distância que os separa dos centrais é igual três quartos da distância entre os dentes centrais; margens laterais ligeiramente sinuosas. Olhos visíveis dorsalmente através de uma chanfradura na margem basal da cabeça com comprimento 2,6 vezes a largura. Antenas. Não observadas; conforme descrição original (MARTINEZ, 1974), o escapo é igual em comprimento aos cinco antenômeros seguintes em conjunto e a clava antenal é grande. Tórax. Pronoto (fig. 186) com ângulos anteriores projetados para a frente, os posteriores arredondados; margem anterior ligeiramente côncava; margens laterais e posterior arqueadas; disco pronotal convexo, sem depressão. Mesosterno algo elevado entre as mesocoxas. Metasterno (fig. 185) com saliência intercoxal anterior larga, IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 32 FERREIRA & GALILEO margens laterais subparalelas e ápice triangular com ponta arredondada. Pernas. Protíbias (figs. 189, 190) com comprimento ca. 1,6 vezes a largura apical; terço apical com dois dentículos projetados na margem látero-externa: o apical em continuação com o ângulo externo, mais longo que o basal; face ventral com carena central e fileira de pontos pilíferos profundos; metade externa com pontos arredondados e a interna inteiramente microestriada; calcar com comprimento igual ao comprimento dos tarsômeros Le Ilem conjunto. Metatíbias (figs. 191, 192) sublineares com o comprimento 3,4 vezes a largura apical, borda apical ornada de projeções espiniformes; ângulos sem projeções; margem látero-externa, irregular e dotada de espinhos, os apicais mais longos; calcar mais longo que o tarsômero I, alcança o ápice do II; tarsômero I com comprimento subigual ao do II; tarsômero V de comprimento subigual ao dos tarsômeros III-IV em conjunto. Élitros (fig. 187). Convexos; margens laterais arredondadas; borda apical conjun- tamente arredondada. Cada élitro com sete estrias, em geral, largas, com pontos ocelares redondos (diâmetro maior que o triplo da largura da estria), próximos entre si, distância entre eles menor que um diâmetro dos pontos. Estrias I-III mais alargadas e aprofundadas na declividade apical. Sulco lateral profundo e anelado, atinge a estria II. Abdome (fig. 188). Urosternitos IV-VI fusionados no centro. Medidas. Cabeça: comprimento, 0,6; largura, 1,2. Pronoto: comprimento, 1,1; largura, 1,9. Élitros: comprimento, 2,0: largura, 2,3. Comprimento total, 3,7. Tipos, localidade-tipo. Holótipo 9 dois parátipos«s do Departamento “?Frontera”. Misiones, Argentina, originalmente depositados na AMIC; posteriormente um dos parátipos foi doado ao MCNZ; examinados. Diagnose. P. caingua é proxima de P. brevisetosum por apresentar apenas dois dentes na margem externa das protíbias as demais espécies com 4 dentes no clípeo apresentam três dentes nas protíbias. Distingue-se de P. brevisetosum pelos quatro dentes clipeais subtriangulares (fig. 184). P. brevisetosum caracteriza-se pelos dentes centrais do clípeo, finos desde a base, e pelos laterais, subtriangulares. Distribuição geográfica (fig. 236). Argentina (Misiones). Material examinado. ARGENTINA. Misiones: Frontera (San Antonio, não localizada). 3 exs., (holótipo e 2 Parátipos, fêmeas). IX.1957, A. Martinez col., (AMIC, MCNZ). Pedaridium brevisetosum Howden & Young, 1981 Pedaridium brevisetosum HOWDEN & YOUNG, 1981: 44,172, figs. 69-71. Discussão. Não obtivemos exemplares desta espécie para exame. Pela descrição e figuras originais, aproxima-se de P. caingua por apresentar quatro dentes clipeais e apenas dois dentículos na margem látero-externa das protíbias. Diferencia-se pelos dentes centrais do clípeo longos e finos desde a base com ápice agudo e os laterais subtriangulares. HOWDEN & YOUNG (1981) consideraram que P. brevisetosum distingue-se das demais conhecidas do Panamá pela cabeça sem carena e pela pontuação dos élitros pouco marcada. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 33 Tipo, localidade-tipo. Holótipo, de Barro Colorado Island, Canal Zone, Panamá no HAHC, não examinado. Distribuição geográfica (fig. 237). Panamá (Canal Zone). Pedaridium quadridens Arrow, 1932 (Figs. 193-202, 236) Pedaridium quadridens ARROW, 1932:225 fig. 3; BLACKWELDER, 1944: 203 (cat.); BALTHASAR, 1938:220 (chave); MARTINEZ, 1959:62 (cat.); 1986:60 (cat.). Colorido geral preto, exceto clava antenal, amarelada e face dorsal das pernas, castanho-avermelhada. Tegumento opaco. Cabeça e pronoto (fig. 195) com pontuações grossas, densas, separadas entre si por menos de um diâmetro do ponto; pontuação dos élitros bem marcada. Pró-, meso- e metafêmures densamente pontuados. Face ventral com pontuação grossa, exceto região central do metasterno, região central do abdome e pigídio finamente pontuados; regiões laterais do abdome transversalmente estriadas. Corpo piloso com cerdas finas, irregulares. Interestriais elitrais com duas fileiras de pontos pilíferos, inclusive a sutural. Cabeça (fig. 193). Borda clipeal emarginada no centro, com dois dentes internos afastados entre si por uma distância 0,25 vezes a largura da cabeça e, lateralmente, com dois dentículos algo menores que os centrais. Olhos vistos dorsalmente através de uma chanfradura de comprimento igual ao dobro da largura. Antenas (fig. 198). Escapo do mesmo comprimento que os cinco antenômeros seguintes em conjunto; clava antenal com comprimento igual à largura. Tórax. Pronoto (fig. 195) com ângulos anteriores projetados para a frente e os posteriores arredondados; margem anterior sub-reta, apenas ligeiramente arqueada; margens laterais subparalelas; margem posterior com leve projeção central; disco pronotal convexo, sem depressões. Mesosterno algo elevado junto à saliência metasternal. Metasterno (fig. 196) com saliência intercoxal anterior com lados subparalelos e ápice triangular com ponta arredondada; região central plana. Pernas. Protíbias (figs. 199, 200) com comprimento aproximadamente 2,0 vezes a largura apical; metade anterior da margem látero-externa com três dentículos egüidistantes, os dois apicais subiguais e o basal menor que os demais; face ventral com uma carena central pontuada, ornada de pêlos longos, margens externas com fileiras de pontos pilíferos curtos; calcar menor que o comprimento dos tarsômeros I e II em conjunto. Metatíbias (figs. 201, 202) subtriangulares, com comprimento igual a 3,0 vezes a largura apical; borda apical ornada de projeções espiniformes; margem interna junto ao ângulo apenas levemente projetada; calcar mais longo que o tarsômero I, não atinge o ápice do II; comprimento do tarsômero I igual 1,4 vezes o do II; tarsömero V com comprimento igual ao dos tarsômeros III e IV em conjunto. Élitros (fig. 194). Convexos; úmeros pouco salientes, margens laterais arredonda- das, estreitadas gradualmente para o ápice. Cada élitro com sete estrias, em geral, largas, com pontos ocelares ovalados (largura ca. dobro a da estria), próximos entre si, distância entre eles menor que o diâmetro do ponto. Estrias I-Ill alargadas e aprofundadas na região IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 34 FERREIRA & GALILEO apical, sulco lateral profundo atinge o ápice da estria II. Abdome (fig. 197). Urosternitos IV-VI fusionados no centro. Medidas Cabeça: comprimento, 0,4; largura, 1,1. Pronoto: comprimento, 1,1; largura, 1,9. Élitros: comprimento, 2,4; largura, 2,4. Comprimento total, 3,8. Tipos, localidade-tipo. Holótipo de Santa Helena, Entre Rios, Argentina. Os tipos, provavelmente, encontram-se depositados no “The Natural History Museum”, Londres; não examinado. Diagnose. P. quadridens é proxima de P. pilosum por possuir pontuação grossa e densa na cabeça e no pronoto, o que as separam das demais espécies com quatro dentes no clípeo e três dentes na margem externa das protíbias. Distingue-se de P. pilosum por possuir os dentes centrais do clípeo amplamente separados e subiguais aos dentículos marginais (fig. 193). Em P. pilosum os dentes centrais são mais próximos entre si e os dentículos marginais têm a metade do comprimento dos centrais (fig. 203). Distribuição geográfica (fig. 236). Argentina (Entre Rios, Salta, Tucumán, Santa Fé, Santiago del Estero, Jujuy), Bolívia e Paraguai. Material examinado. ARGENTINA, Salta: Salta, 12. exs., XII.1972, A. Martinez col., (AMIC); Tucumán: Tucumán (Pte. Rio Sali), 8 exs., X1.1950, A. Martinez col., (AMIC). Pedaridium pilosum (Robinson, 1948) (Figs, 203-212,237) Trichillum pilosus ROBINSON, 1948:149. Pedaridium pilosum; HOWDEN & YOUNG, 1981:43; SOLIS, 1987:89. Colorido geral castanho-escuro ou preto; antenas amarelo-douradas, clavas antenais amarelo esbranquigadas, com densa pilosidade branca. Tegumento brilhante. Corpo piloso com pêlos densos, amarelados. Cabeça com pontuação grossa e densa. Pronoto (fig. 205) com pontuação grossa e densa. Face ventral com pontuação grossa e arredondada nas regiões laterais do prosterno, região central do mesosterno e regiões laterais do abdome. Regiões centrais do metasterno e do abdome com pontos arredondados, finos. Meso-, metafêmures e tíbias densamente pontuados. Interestrias elitrais com duas fileiras de pontos pilíferos, exceto a sutural com apenas uma. Cabeça (fig. 203). Borda clipeal com emarginação central profunda separando dois dentes longos, paralelos, próximos (distância entre eles é 0,2 vezes a largura da cabeça): lateralmente com dois dentes triangulares menores que os centrais. Margens laterais oblíquas alargadas para a base; bordas curvadas para cima. Olhos visíveis dorsalmente através de uma chanfradura ovalada de comprimento igual ao dobro da largura. Antenas (fig. 208). Comprimento do escapo igual ao dos cinco antenômeros seguintes em conjunto; largura da clava antenal aproximadamente igual ao comprimento. Tórax. Pronoto (fig. 205) com ângulos anteriores projetados para a frente e os posteriores arredondados; margem anterior levemente arqueada; margens laterais arre- dondadas com leve reentrância próxima aos ângulos anteriores; margem posterior com leve projeção central; disco pronotal convexo, sem depressão. Mesosterno sem elevação IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 35 Junto à saliência metasternal. Metasterno (fig. 206) com saliência intercoxal anterior al go alargada, lados subparalelos e ápice triangular com ponta arredondada: região central plana. Pernas. Protíbias (figs. 209, 210) triangulares com comprimento 2,0) vezes a largura apical; ventralmente com uma carena central e fileira de pontos pilíferos junto à carena e junto às margens interna e externa; terço apical da margem látero-externa com três dentes de tamanho sucessivamente menor do apical para o basal; calcar mais longo que o tarsômero I. Metatíbias (figs. 211, 212) sublineares, comprimento igual a 4,0 vezes a largura apical; margem interna junto ao ângulo, reta; calcar de comprimento maior que o tarsömero I que é subigual ao II; tarsömero V subigual em comprimento aos tarsômeros III e IV em conjunto. Élitros (fig. 207). Convexos; margens laterais levemente arredondadas; úmeros pouco salientes. Cada élitro com sete estrias, em geral largas, com pontos ocelares ovalados (largura ca. dobro a da estria), próximos entre si, distância entre eles menor que o diâmetro do ponto. Estrias I-III profundas e alargadas na declividade apical. Sulco lateral profundo estende-se até o ápice da estria II. Interestrias I-II planas na metade anterior e convexas na metade posterior, as demais convexas desde o início; pontos das interestrias grossos e densos. Abdome (fig. 204). Urosternitos IV-VI fusionados no centro. Medidas. Cabeça: comprimento, 0,3-0,4; largura, 1,0-1,2. Pronoto: comprimen- to, 0,9-1,0; largura, 1,7-2,0. Elitros: comprimento, 1,7-2,2; largura, 2,0- 2,1. Compri- mento total, 2,9-3,6. Tipos, localidade-tipo. A espécie foi descrita com base em exemplares coletados em “Barro Colorado Island”, Canal Zone, Panamá, depositados na “Cornell University”, Ithaca, Nova Iorque; não examinados. ROBINSON (1948) não especificou o número de exemplares examinados. Diagnose. P. pilosum é próxima de P. quadridens pela cabeça com quatro dentes clipeais e pontuação grossa e densa; diferencia-se pelas margens laterais da cabeça oblíquas, estreitadas para o ápice e dentes clipeais centrais próximos (fig. 203). Em P. quadridens as margens laterais da cabeça são arredondadas e os dentes clipeais são egqüidistantes e separados entre si (fig. 193). Discussão. T. pilosum foi transferida por HOWDEN & YOUNG (1981) para o gênero Pedaridium, sem comentários. Permanece neste gênero por apresentar epipleura elitral não angulosa. Distribuição geográfica (fig. 237). Costa Rica (Cartago, San José); Panamá (Bocas del Toro, Canal Zone, Chiriquí, Coclé, Colón, Panamá): Equador (Pichincha, Los Rios); Bolívia (Santa Cruz). Material examinado. COSTA RICA. Cartago: Turrialba (650m), 5 exs., 28.11.1980, H. & A. Howden col., (HAHC); San José: Colón (2 Km S; 1100 m), 1 ex., 1-16.11.1984, H. & A. Howden col., (HAHC). PANAMÁ. Chiriqui: (1200m, 15 Km NW Hato del Volcán), 1 ex., 20-30.V.1977, S. Peck col., (AMIC); EQUADOR. Los Rios: Quevedo, 3 exs., VIII.1972, Martinez col., (AMIC); Pichincha: Tinalandia, (16 km SE Santo Domingo), 1 ex., 16-28.V1.1975, S. Peck col., (HAHC); (47 km S Santo Domingo, Rio Palenque), IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 36 FERREIRA & GALILEO I ex., 19-25.V.1975, S. Peck col., (HAHC). BOLIVIA. Santa Cruz: Santa Cruz (Sara, Nueva Moka), 2 exs., XIII. 1960, Martinez col., (AMIC). Pedaridium bradyporum (Boucomont, 1928) (Figs. 213-222, 237) Trichillum bradyporum BOUCOMONT, 1928:188; BALTHAZAR 1939:17,26; BLACKWELDER, 1944:203. Pedaridium bradyporum; MARTINEZ. 1967:119. Colorido geral castanho-avermelhado; pernas castanho-amareladas, antenas ama- reladas. Tegumento brilhante. Cabeça com pontuação fina e esparsa no centro. Pronoto com pontuação fina e esparsa. Face ventral com pontuação grossa, profunda e ovalada nas regiões laterais do metasterno e laterais do abdome; pontos grossos, ocelares e rasos nas regiões laterais do mesosterno, junto à margem posterior do metasterno e urosternito VII; pontos menores no pigídio. Pontuação fina na região central do pró-, meso e metasterno; fêmures esparsa e finamente pontuados. Corpo piloso com cerdas finas, amareladas. Interestrias elitrais com duas fileiras de pontos pilíferos pouco marcados, a sutural com apenas uma. Cabeça (fig. 213). Borda clipeal emarginada na região central com quatro dentes curtos; dentes internos com ápice arredondado, separados entre si por distância igual a um quinto da largura da cabeça; dentes externos muito pequenos, obtusos; margens laterais oblíquas. Olhos vistos dorsalmente através de uma ampla chanfradura com comprimento igual ao dobro da largura. Antenas (fig. 218). Escapo 0,6 vezes mais curto que os cinco antenômeros seguintes em conjunto. Clava antenal 1,4 vezes mais larga que longa. Tórax. Pronoto (fig. 215) com ângulos anteriores projetados para frente e os posteriores arredondados; margem anterior levemente arqueada; margens laterais arre- dondadas, com leve reentrância junto aos ângulos anteriores; margem posterior com breve projeção central; disco pronotal convexo, sem depressão. Mesoterno algo elevado entre as mesocoxas. Metasterno (fig. 216) com saliência intercoxal larga, com lados subparalelos; região anterior subtriangular com ponta arredondada; região central plana. Pernas. Protíbias (figs. 219,220) com comprimento 2,3 vezes a largura apical; terço anterior da margem lätero-externa com três dentículos agudos eqüidistantes; o central mais projetado que os demais e o basal pouco proeminente; face ventral com uma carena central pontuada, com fileira de pêlos; calcar de comprimento igual ao dos tarsômeros I e IL em conjunto. Metatíbias (figs. 221, 222) sublineares, comprimento igual a 3,7 vezes alargura apical; ângulos apicais sem projeções; margem látero-externa densamente pilosa e serrilhada nos dois terços apicais; calcar mais longo que o tarsômero I; comprimento do tarsömero I igual 1,2 vezes o do II; tarsömero V com comprimento subigual ao dos tarsômeros III e IV em conjunto. Elitros (fig. 217). Convexos; úmeros pouco salientes; margens laterais subparalelas, arredondadas conjuntamente para o ápice. Cada élitro com sete estrias, em geral, estreitas, com pontos apenas mais largos que a estria, afastados entre si, distância entre eles maior que o diâmetro do ponto. Estrias I-III profundas na declividade apical. Sulco lateral estende-se até a estria I. Interestrias planas. Abdome (fig. 214). Urosternitos IV-VI fusionados no centro. Medidas. Cabeça: Comprimento, 0,4; largura, 1,0. Pronoto: Comprimento, 0,7; IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 37 largura, 1,4. Élitros: comprimento, 1,7; largura, 1,6. Comprimento total, 2,8. Tipo, localidade-tipo. Holótipo de “Reventazón Riv., Hamburg Farm, Santa Clara” Costa Rica, coletado em Bradypus sp., na Coleção Nevermann, não localizado: não examinado. Diagnose. P. bradyporum aproxima-se de P. fulgens por apresentar 4 dentes no clipeo, três dentes nas margens látero-externas das protíbias e pontuação fina e esparsa no pronoto e nos élitros. Diferencia-se por apresentar forma do corpo arredondada; dentes laterais das protíbias no terço apical (fig. 220) e metatíbias sublineares (fig 220); Distribuição geográfica (fig. 237). Costa Rica (Cartago e Limön). Material examinado. COSTA RICA. Cartago: Turrialba. 1 ex., II.1952, A. Trejos col., (MZSP); Limón: Rio Reventazon, (Fazenda Hamburgo), 1 ex., 27.X.1931, (AMIC); 1 ex. (MZSP). Pedaridium fulgens Arrow, 1913 (Figs. 223-232, 236) Pedaridium fulgens ARROW, 1913:458; 1932:226 (chave); BLACKWELDER, 1944: 203 (cat.); BALTHASAR, 1938: 220; MARTINEZ, 1959:459. Colorido geral castanho-avermelhado, clavas antenais amareladas. Cabeça com pontuação fina e esparsa. Pronoto (fig. 226) com pontuação grossa, ovalada e esparsa. Face ventral com pontos grandes, rasos e esparsos, exceto na região central do metasterno, fina e esparsamente pontuada. Abdome com estrias transversais nos lados e com pontos arredondados e esparsos no centro. Pigídio com pontos finos, arredondados, com cerdas mais espessas que o restante da face inferior. Tegumento brilhante, revestido por pubescência amarelada, curta, fina e esparsa. Interestrias elitrais com duas fileiras de pontos pilíferos irregulares, exceto a sutural com apenas uma. Cabeça (fig. 223). Borda clipeal levemente arqueada para cima, com dois dentes subtriangulares, separados por margem côncava, não muito profunda; dentes externos pouco pronunciados, com ápices arredondados. Olhos visíveis dorsalmente através de uma ampla chanfradura na margem posterior com comprimento igual ao dobro da largura. Antenas (fig. 228). Escapo de comprimento subigual ao dos cinco antenômeros seguintes em conjunto; clava antenal 1,2 vezes mais larga que longa. Tórax. Pronoto (fig. 226) com ângulos anteriores projetados para a frente e os posteriores arredondados; margem anterior reta; margens laterais arredondadas; margem posterior com leve projeção central; disco pronotal pouco convexo. Mesosterno sem elevação junto à saliência metasternal. Metasterno (fig. 224) com saliência intercoxal anterior larga, margens laterais subparalelas e ápice triangular com ponta arredondada. Pernas. Protíbias (figs. 229, 230) muito alargadas para o ápice; comprimento 1,6 vezes a largura apical, uma carena central ventral com fileira de pontos; dois terços apicais da margem látero-externa com 3 dentes projetados de ápice arredondado, com tamanhos decrescentes do apical para o basal; o apical mais afastado dos demais. Metatíbias (figs. 231,232) subtriangulares, comprimento igual a 3,0 vezes a largura apical; sem projeções junto aos ângulos; calcar mais longo que o tarsömero I, não atinge o ápice do II; tarsömero I mais curto que o II; tarsömero V mais longo que Il e IV em conjunto. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 38 FERREIRA & GALILEO Élitros (fig. 227). Subplanos; úmeros salientes; margens laterais subparalelas; ápices conjuntamente arredondados. Cada élitro com sete estrias, em geral, estreitas com pontos apenas mais largos que a estria, afastados entre si, distância entre eles maior que o diâmetro do ponto. Estrias I-III mais alargadas na declividade apical. Sulco lateral atinge o ápice da estria I. Interestrias planas. Abdome (fig. 225). Urosternitos IV-VI fusionados no centro. Medidas. Cabeça: comprimento, 0,6; largura, 0,9. Pronoto: comprimento, 0,8; largura, 1,4. Élitros: comprimento, 1,9; largura, 1,6. Comprimento total, 5,3. Tipos, localidade-tipo. Dois síntipos provenientes de Chaco (Rio Salado), Argen- tina, no “ The Natural History Museum”, Londres; não examinados. Diagnose. P. fulgens é próxima de P. bradyporum pela pontuação fina e esparsa do corpo; diferencia-se pelo corpo oval alongado, dentes laterais das protíbias nos dois terços apicais (fig. 230) e metatíbias subtriangulares (fig. 232). Distribuição geográfica (fig. 236). Argentina (Buenos Aires, Córdoba, Chaco, La Rioja, Santiago del Estero) Material examinado. ARGENTINA. La Rioja: 2 exs., (AMIC). Agradecimentos. Ao Dr. Ubirajara Ribeiro Martins de Souza, Museu de Zoologia, São Paulo, pelo empréstimo de material e pelas críticas e sugestões; ao Dr. Antonio Martinez, Salta, Argentina, pelos ensinamentos, acesso à sua coleção e empréstimo de material para estudo, bem como pela carinhosa acolhida durante a permanência de A.M.R.M. Ferreira em Salta; ao Dr. Henry F. Howden, “Carleton University”, Ottawa pelo empréstimo de material e pelas críticas; a Dra. Miriam Becker, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, pela leitura crítica; ao bolsista Luciano de Azevedo Moura pelo apoio e incentivo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARROW, G.)J. 1913. Some new species of lamellicorn beetles from Brazil. Ann. Mag. nat. Hist., London, (8) 11: 456-466. — . 1931. The Coleopterous genus Trichillum (Copridae), with a key to the species. Ann. Mag. nat. Hist., London, (10) 8: 609-611. — . 1932. New species of lamellicorn beetles (Subfam. Coprinae), from South America. Stylops, London, (1): 223-226. BALTHASAR, V. 1938. Neue gattungen und arten der Südamerikanischen Coprophagen. (4. Beitrag zur Kenntniss der Scarabaeiden der Neotropischen Region). Ent. Bl. Biol - Syst. Käfer, Berlin, 34 (4): 210- DRS: —. 1939. Monographie der gattung Trichillum. Vest. csl. Zool. Spol., Praze, (617): 11-27. BLACKWELDER, R.E. 1944. Checklist of the Coleopterous insects of Mexico, Central America, the West Indies, and South America. Bull. U. S.. natn. Mus., Washington, 185 (2): 189-341. BOUCOMONT, A. 1928. Coprophages d’Amerique du Sud noveuax ou peu connus. Bull. Soc. ent. Fr., Paris, (12): 186-194. DELLACASA,G. 1983. Monografie. I. Sistematica e nomenclatura degli Aphodiini italiani. (Coleoptera, Scarabaeidae: Aphodiinae). Torino, Museo Regionale di Scienzi Naturale, 464p. FERREIRA, M.C. 1967. Os escarabideos de Moçambique I. Subfamílias Scarabaeinae e Coprinae. Revta Ent. Moçamb., Moçambique, 10 (1-2): 5-778. GEMMINGER, M .& HAROLD, E. von. 1869. Catalogous Coleopterorum hucusque descriptorum synonymicus et systematicus. v.4, Monachii, Sumptu E.H. Gummi, p. 979-1346. GILLET, J.J.E. 1911. Coleopterorum Catalogus. Scarabaeidae: Coprini I. v.19 Berlin, W. Junk, 100p. HALFTER, G. & MATTHENS, E. G. 1966. The natural history of dung beetles of the subfamily Sacarabaeinae IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 39 (Coleoptera, Scarabaeinae). Folia Ent. Mex., México (12-14): 28-29. en von. 1859. Beiträge zur Kenntniss einiger coprophagen Lamellicornien. Berl. ent. Z., Berlin. 3: 193-224. —. 1868. Die Choerididen - Gattungen Urox und Trichillum. Col. Hefte, Berlin, 3: 33-55. HOWDEN, H.F. & YOUNG, D.P. 1981. Panamanian Scarabaeinae: taxonomy, distribution, and habits (Coleoptera, Scarabaeidae). Contr. Am. ent. Inst., Ann Arbor, 18 (1): 1-173. HORN, W. & KAHLE, I. 1935-1937. Über entomologische Sammlungen, Entomologen & Entomo-Museologie. Ent. Beih. Berl. - Dahlem, Berlin, (2-4): 1-536. INTERNATIONAL CODE.OF ZOOLOGICAL NOMENCLATURE. 1985. London, International Trust for Zoological Nomenclature. 338 p. JEANNEL, R. & PAULIAN, R. 1944. Morphologie abdominale des Coléoptêres et systematique de l’ordre. Revue fr. Ent., Paris, 11 (2): 65-110. LUEDERWALDT, H. 1929. As especies brasileiras do genero Pinotus (Coieoptera, Lamellicornidae, Coprini), com algumas considerações também sobre outras especies. Revta Mus. paul., São Paulo, 16: 603-778. —. 1931. O genero Onterus (Coleop.) (Lamellic.-Coprid.- Pinot.) com chave determinativa dos generos de pinotides americanos. Revta Mus. paul., São Paulo, 7 (1): 363-401. MARTINEZ, A. 1951. Scarabaeinae nuevos o poco conocidos I. Mis. Est. Pat. Reg. Arg., Buenos Aires, 22 (79): 31-40. —. 1959. Catálogo de los Scarabaeidae Argentinos (Coleoptera). Subfamilia Coprinae. 2. Genero Pedaridium. Revta Mus. Arg. Cienc. Nat., Buenos Aires, 5:61-63. —. 1967. Notas para una monografia del género Trichillum Harold, 1868 (Col. Scarab. Scarabaeinae-Coprini). Revta Soc. mex. Hist. nat., México, 28:119-147. —. 1974. Una nueva especie de Ateuchina (Col. Scarabaeidae, Coprini). An. Soc. cient. argent., Buenos Aires, 197 (4-6): 65-68. —. 1986. La entomofauna de Scarabaeidae de la Província de Salta. (Col. Scarabaeidae). An. Soc. cient. argent., Buenos Aires, 215: 45-69. PAULIAN, R. 1936. Une nouvelle espece de Trichillum (Col. Scarabaeidae). Bull. Soc. ent. Fr., Paris, 11: 205-208. —. 1938. Contribution a l’Etude des Canthonides Américains (Coleopt. Lamellic.). Annls Soc. ent. Fr., Paris, 107: 213-297. PEREIRA, F.S. 1946. Escarabeídeos Americanos. In: Livro de homenagem a R.F. d' Almeida. São Paulo, Imprensa Oficial do Estado, p. 289-294. —. 1954. O gênero Scatonomus Er. (Coleoptera, Scarabaeidae). Revta bras. Ent., São Paulo, 1: 53-78. PESSOA, S.B. & LANE, F. 1941. Coleópteros necrófagos de interêsse médico-legal. Ensaio monográfico sobre a família Scarabaeidae de São Paulo e regiões vizinhas. Archos Zool. Est. S. Paulo, São Paulo, 2: 389-504. RATCLIFFE, B. 1980. New species of Coprini (Coleoptera: Scarabaeidae: Scarabaeinae) taken from the pelage of three toed sloths (Bradypus tridactylus) (Edentata: Bradypodidae) in central Amazonia with a brief commentary on Scarab-sloth relationships. Coleopts Bull., Dryde, N.Y. 34 (7): 337-350. ROBINSON, M. 1948. Two new species of Neotropical Scarabaeidae (Coleoptera). Ent. News, Philadelphia, 59: 149-151. SHARP, M.A. & MUIR, F. 1912. The comparative anatomy of the male genital tube in Coleoptera. Trans. R. ent. Soc. Engl., London, 1912 (3): 447-641. SOLIS, A.A. 1987. Los Escarabajos (Coleoptera: Scarabaeidae: Scarabaeinae) de la estación Rio San Lorencito, Reserva Florestal de San Ramón, Costa Rica. Brenésia, São José, 27: 81-111. TANNER, V.M. 1927. A preliminary study of the genitalia of female Coleoptera. Trans. R. ent. Soc. Engl., London, (53): 5-50. TUXEN, S.L. 1970. Taxonomist’s glossary of genitalia in insects. Copenhagen, Munksgaard, 359p. Recebido em 06.03.1992; aceito em 28.07.1992. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 40 FERREIRA & GALILEO Indice de taxons (sinönimos em negrito) adıssu Rateitfe) na BR EB en p-28 älmeidar; Pereira. ne re a SN a e ER nen p.10 ArSEeNntinUMATTOWer:2 so dona cent ade ee ee no ob aa ea SA p.24 bidensiBalthasars Srs ssa een bo ont cosa abc NE Rn ab CR a EEE p.15 bottimeri.Howden& Noungal si EHER DE = RS p.ll bradyporum(Boucomont)...:.M-sbssa. seco os socios das quns soca noo anos soa er rd co o p.36 brasiliensis, SID Mas az do Sor ao Base ai ro o DR in aço ER Ed vao a o É cla o a a p.21 brevisetosum;Howden:& Young... db sanada rest dO Sana que gabar a p.32 camnguaNartinezi Mm. o coriuiaas ciaiit voto E dona Eua a e o EE o e SS a SR RO p.31 CRYPLODS-ATLOWER Sa RAD RR E nee Le RENNER p.20 elongatum(Balthasan)a rn oia obs seas aa da e SEDE DS o SR padre p.24 CQUALOTLENSISES PMMA, cia EN A ANO ASSADA, EEE p.14 Julgens ANOWEN NER asda do dades pa caga SR O p.37 howdeni., Spin. 5 digas isses Sl NO Ea Bere BS p.26 hirsutum o (ENO) (O a O NO ee Re EEE p.16 mansosotorMiartineZs.. 2. l o ico qaooraa oras tp om aa een ER a ee p.18 MARlIMEZL, SPA aee qui. usas DRA nn A SS DA OE RUAS AR SN A RER p.30 MAIAS TAS PETS sos «dose fosco cuba a é doa Va da idades sob ant eb RE p.23 ONAUSUWATLOW ae inca coco hi o fo es ante odiei é dd ec Je p.12 ParanensisS ANTRON 2d. cit co iii Logo dp A aaa MAE CR E oo ad j%b 2) Bedaridıum Harold! aim ae ONE SE p. 4 Dilosum,(Robinsen) ur. 2 Balingen ee SAN p.34 guadridens ANTOW. werner Messern ee ER pos KULICEDS ANOWA. AL q og so dd co a ee LEER p.24 Venezuelensosnspine.a.n een cova so seiada Ebro als Eos go Vs ee Sa p.27 IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 41 Figs. 1-2. Desenho esquemático da epipleura: 1. Trichillum pereirai Martinez, 1967; 2. Pedaridium ohausi Arrow, 1931. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 42 FERREIRA & GALILEO Figs. 3-12. Pedaridium paranensis. 3, cabeça dorsal; 4. élitro lateral; 5, pronoto; 6, meso- e metasterno; 7, abdome ventral; 8, antena; protíbia: 9, dorsal; 10, ventral; 11, metatarso, lateral; 12, perna posterior. Figs. 3, 8- 12; 4; 5,7; 6; na mesma escala (Barra=Imm). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 43 Figs. 13-23. Pedaridium almeidai. 13, pronoto; 15, cabeça dorsal (fêmea); 14, abdome ventral; 16, cabeça dorsal (macho); 17, élitro lateral; 18, meso- e metasterno; 19, antena; protíbia: 20, dorsal, 21, ventral; 22, metatarso lateral; 23, perna posterior. Figs. 15, 16, 19-23; 13, 14; 17; 18; na mesma escala (Barra=Imm). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 44 FERREIRA & GALILEO Figs. 24-32. Pedaridium bottimeri. 24, cabeça dorsal; 25, meso- e metasterno; 26, pronoto; 27, abdome ventral; 28, élitro lateral; protíbia: 29, dorsal, 30, ventral; 31, metatarso lateral; 32, perna posterior. Figs. 24, 29-32; 25- 28; na mesma escala (Barra=Imm). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 45 Figs. 33-42. Pedaridium ohausi. 33, cabeça dorsal; 34, meso- e metasterno; 35, pronoto; 36, abdome ventral; 37, élitro lateral; 38, antena; protíbia: 39, dorsal, 40, ventral; 41, metatarso lateral; 42, perna posterior. Figs. 33, 38-42; 34-37; na mesma escala. (Barra=Imm). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 46 FERREIRA & GALILEO Figs. 43-52. Pedaridium equatoriensis, 43, cabeça dorsal; 44, meso- e metasterno; 45, abdome ventral; 46 pronoto; 47, élitro lateral; 48, antena; protibia: 49, dorsal, 50, ventral; 51, metatarso lateral; 52, perna posterior. Figs. 43, 48-52; 44-47; na mesma escala. (Barra=1mm). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 47 Figs. 53-62. Pedaridium bidens. 53, cabeça dorsal; 54, abdome ventral; 55, pronoto; 56, meso- e metasterno; 57, élitro lateral; 58, antena; protíbia: 59, dorsal, 60, ventral; 61, metatarso lateral; 62, perna posterior. Figs. 53, 58- 62; 54,55,57; 56; na mesma escala. (Barra=Imm). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 48 FERREIRA & GALILEO Figs. 63-74. Pedaridium hirsutum. 63, cabega dorsal; 64, abdome ventral; 65, pronoto; 66, prosterno; 67, meso- e metasterno; 68, élitro lateral; 69, antena; perna anterior: 70, ventral, 72, dorsal; 71, protarso lateral; 73, metatarso lateral; 74, perna posterior. Figs. 63, 66; 64, 65,68; 67; 69-74; na mesma escala. (Barra=Imm). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 49 Im Figs. 75-79. Pedaridum hirsutum. Peças bucais.lábio: 75, ventral, 76, lateral; 77, mandíbula esquerda, dorsal; 78, maxila esquerda, lateral; 79, mandíbula esquerda, ventral. (ca, cardo; dg, distigalea; eh, esclerito hipofaríngeo; es, estipe; fh, fulcro hipofaríngeo; la, lacínia; lg, lígula; li, lobo incisivo; Im, lobo molar; me, mento; pa, palpígero; pg, paraglossa; pl, palpo labial; pm, palpo maxilar; po, prosteca; pr, proxagälea; sb, submento; sg, subgálea). (Barra=0,5mm) IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 FERREIRA & GALILEO Figs. 80-82. Pedaridium hirsutum. 80, genitália, fêmea. Genitália, macho: 81, tergito VIII; 82, câmara genital (ag, abertura genital; cx, coxito; de, ducto espermatecal; es, espermateca; gle, glândula espermatecal; va, vagina; VIIIS, esternito VII; VIIIt, tergito VII; IXS, esternito IX; IXt, tergito IX. (Barra=0,5mm). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 51 Figs. 83-87. Pedaridium hirsutum. Genitália do macho, lobos-laterais do tégmen: 83, dorsal, 84, ventral; 85, edeago, lateral; lobo-médio: 86, ventral, 87, lateral. (ab, apófises basais; Il, lobos laterais; Im, lobo-médio; md, membrana-dorsal; pb, peça basal; ob, orifício basal; om, orifício-médio). (Barra=Imm) IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 52 FERREIRA & GALILEO Figs. 88-97. Pedaridium mansosotoi. 88, cabeça dorsal; 89, pronoto; 90, meso- e metasterno; 91, abdome ventral; 92, élitro lateral; 93, antena: protibia: 94, dorsal, 95, ventral; 96, metatarso lateral; 97, perna posterior; Figs. 88, 93-97; 89,90; 91,92 na mesma escala. (Barra=1mm). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 53 Figs. 98-107. Pedaridium cryptops. 98, cabeça dorsal; 99, meso- e metasterno; 100, élitro lateral; 101, abdome ventral; 102 pronoto; 103, antena; protíbia: 104, ventral, 105, dorsal; 106, metatíbia lateral; 107, perna posterior. Figs. 98; 99-102; 103-107; na mesma escala. (Barra=Imm). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 54 FERREIRA & GALILEO a A V; Figs. 108-117. Pedaridium brasiliensis. 108, cabeça dorsal; 109, abdome ventral; 110, meso- e metasterno; 111, pronoto; 112, élitro lateral; 113, antena; protíbia: 114, ventral, 115, lateral; 116, metatarso lateral; 117, perna posterior. Figs. 108, 113-117; 109-111; 112; na mesma escala. (Barra=Imm). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... tn un 120 119 Figs. 118-123. Genitälia. P. cryptops, 118, lobos-laterais, 119, tégmen; P. mansosotoi, 120, lobos-laterais, 121, tégmen; P. brasiliensis, 122, lobos-laterais, 123, tégmen. (Barra=1mm). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 56 FERREIRA & GALILEO Figs. 124-133. Pedaridium martinsi. 124, cabeça dorsal; 125, abdome ventral: 126, meso- e metasterno; 127, pronoto; 128, élitro lateral; 129, antena; protíbia: 130, dorsal 131, ventral; 132, metatarso lateral; 133, perna posterior. Figs. 124, 129-133; 125, 127, 128; 126; na mesma escala. (Barra=Imm). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 57 Figs. 134-143. Pedaridium argentinum. 134, cabeça dorsal; 135, pronoto; 136, élitro lateral; 137, meso- e metasterno; 138, abdome ventral; 139, antena; protíbia: 140, dorsal, 141, ventral; 142, metatarso; 143, perna posterior. Figs. 134, 139-143; 135, 138; 136; 137; na mesma escala. (Barra=Imm). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 58 FERREIRA & GALILEO Figs. 144-153. Pedaridum howdeni. 144, cabeça dorsal; 145, élitro lateral; 146, pronoto; 147, meso- e metasterno; 148, abdome ventral; 149, antena; protibia: 150, dorsal, 151, ventral; 152, metatarso lateral; 153, perna posterior. Figs. 144, 149-153; 145-148; na mesma escala. (Barra=1mm). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 59 Figs. 154-163. Pedaridium venezuelensis. 154, cabeça dorsal; 155, abdome ventral; 156, pronoto; 157, meso- e metasterno: 158, élitro lateral; 159, antena; protíbia: 160, dorsal, 161, ventral; 162, perna posterior; 163, metatarso lateral. Figs. 154, 159-163; 155-158; na mesma escala. (Barra=I mm). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 60 FERREIRA & GALILEO Figs. 164-173. Pedaridium adissi. 164, cabega dorsal; 165, pronoto; 166, meso- e metasterno; 167, abodme ventral; 168, élitro lateral; 169, antena; protibia: 170, dorsal, 171, ventral; 172, metatarso lateral; 173, perna posterior. Figs. 164, 169-173; 165-168; na mesma escala. (Barra=1mm). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 61 Figs. 174-183. Pedaridium martinezi. 174, cabeça dorsal; 175, abdome ventral; 176, pronoto; 177, meso- e metasterno; 178, élitro lateral; 179, antena; protíbia: 180, ventral, 181, dorsal; 182, metatarso lateral; 183, perna posterior. Figs. 174, 179-183; 175-178; na mesma escala. (Barra=Imm). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 62 FERREIRA & GALILEO “184 Figs. 184-192. Pedaridium caingua. 184, cabeça dorsal; 185, meso- e metasterno; 186, pronoto; 187, élitro lateral; 188, abdome ventral; protíbia: 189, dorsal, 190, ventral; 191 metatarso lateral; 192, perna posterior. Figs. 184, 189-192; 185,186, 188; 187; na mesma escala. (Barra=Imm). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 63 Figs. 193-202. Pedaridium quadridens. 193, cabeça dorsal; 194, élitro lateral; 195, pronoto; 196, meso- e metasterno; 197, abdome ventral; 198, antena; protíbia: 199, dorsal, 200, ventral; 201, metatarso lateral; 202, perna posterior. Figs. 193, 198-202; 194-197; na mesma escala. (Barra = Imm). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 64 FERREIRA & GALILEO Figs. 203-212. Pedaridium pilosum. 203, cabeça dorsal; 204, abdome ventral; 205, pronoto; 206, meso- e metasterno; 207, élitro lateral; 208, antena; protíbia: 209, ventral, 210, dorsal; 211, metatarso lateral; 212, perna posterior. Figs. 203, 208-212; 204-207; na mesma escala. (Barra=Imm). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... is o rats E. ES 3 2 TESTE ce EE» ES I, = en BD en. ei E == Figs. 213-222. Pedaridium bradyporum. 213, cabeça dorsal; 214, abdome ventral; 215, pronoto; 216, meso- e metasterno; 217, élitro lateral; 218, antena; protíbia: 219, ventral, 220, dorsal; 221, metatarso lateral; 222, perna posterior. Figs. 213, 218-222, 214-217; na mesma escala. (Barra=1mm). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 66 FERREIRA & GALILEO 223 Figs. 223-232. Pedaridium fulgens. 223, cabega dorsal; 224, meso- e metasterno; 225, abdome ventral; 226, pronoto; 227, élitro lateral; 228, antena; protibia: 229, ventral, 230, lateral; 231, metatarso lateral; 232, perna posterior. Figs. 223, 228-232; 224-227; na mesma escala. (Barra=1mm). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 67 Figs. 233-234. Distribuição geográfica. 233, Pedaridium mansosotoi, O .P almeidai, 1; 234, P. paranensis, E. P.hirsurum, ®. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 68 FERREIRA & GALILEO Figs. 235-236. Distribuição geográfica. 235, Pedaridium bidens, E; P. cryptops,®; P. brasiliensis, A. 236, P. martinsi, BB; P. caingua, 9; P. quadridens, À ; P. fulgens,Ä IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993. Revisão taxonômica do gênero Pedaridium... 69 Q DO 10 Hl Figs. 237-238. Distribuição geográfica. 237, Pedaridium bottimeri, X; P.adissi,@; P.ohausi‘; P.howdeni, 5; P. equatoriensis, | |; P. venezuelensis |; P. brevisetosum, 2; P. bradyporum, A P.pilosum, ®, 238, P. martinezi, E; P. argentinum O IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 3-69, Maio 1993 im! Cp o sf o see er Pembre PLANKTONIC TUNICATES (CHORDATA, TUNICATA) OF THE RTMA “EVRIKA” IN THE SOUTHWESTERN ATLANTIC OCEAN (1988) M.C. Daponte ! L. F. Capitanio ? L. Machinandiarena ? G. B. Esnal? ABSTRACT The planktonic tunicates from the samples collected by the RTMA “EVRIKA” in the southwestern Atlantic in 1988 were studied. For the salps /hlea magalhanica (Apstein, 1894) and Salpa thompsoni Foxton, 1961 a clear association with waters of subantarctic origin was once more found, while Ciclosalpa bakeri Ritter, 1905, Jasis zonaria (Pallas, 1774), Ritteriella retracta (Ritter, 1906); the aggregates of Thalia democratica (Forskal, 1775) group, the doliolidae nurses and the appendicularia Oikopleura albicans (Leuckart, 1854) were found associated with subtropical waters. For the salps Salpa aspera (Chamisso, 1819) and S. fusiformis Cuvier, 1804, species previously considered associated with Brazil current waters, the distribution is extended further South in mixed subtropical-subantarctic waters or with predominantly subantarctic features, which shows a wider tolerance to environmental change. Thetys vagina Tilesius, 1802 extends its southern limit of distribution in the Atlantic Ocean from 5º S to 40º S. In only one station specimens were found which could be attributable with high probability to Pegea socia (Bosc, 1802) species which had not been previously mentioned for the southwestern Atlantic. Since only fixed specimens were available a trustworthy identification is not possible so we refer to the taxon as Pegea sp. and the corresponding morphometric data are included. KEYWORDS. Zooplankton, Pelagic tunicates, Thaliacea, Appendicularia, Southwestern Atlantic. INTRODUCTION The study of the distribution and abundance of pelagic tunicates increases in importance every day on account to their well known key role in the marine food webs. Their value relies on their ability to filter small particles that span from micro and nannoplankton up to “dissolved” organic carbon (DOC) in the colloidal size range down to about 0,2 um in diameter (FLOOD et al.,1992). Their filter-feeding rates are among the highest registered in planktonic animals (HARBISON & GILMER, 1976; ALLDREDGE, 1981). 1. Departamento de Ciencias Biológicas, Facultad de Ciencias Exactas y Naturales, Universidad de Buenos Aires, (1428) Buenos Aires, Argentina. 2. CONICET, Argentina IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 71-80, Maio de 1993 72 DAPONTE et al. The knowledge of the distribution of these plankters in the southwestern Atlantic is still fragmentary since the available data are, in general, qualitative, simply mentioning presence or absence of species and not their densities, and come from isolated expeditions restricted to coastal areas or in the case of larger areas the stations are very scattered (HERDMAN, 1866; KRUGER, 1939; FOXTON, 1961; AMOR, 1966 a, b, 1969; ESNAL, 1968, 1970 a, b, 1973, 1978; SOEST, 1975). The collection of planktonic tunicates performed by the research vessel RTMA “EVRIKA”, during the first Sovietic- Argentine expedition to the southwestern Atlantic, in 1988, has permitted us to study the distribution in a very wide area which is very complex from the hydrological point of view, characterized by the presence of different water masses (subantartic, subtropical and shelf waters) and by dynamic process resulting from the interaction of the Malvinas (Falkland) and Brazil currents (PETERSON & STRAMMA, 1991). Moreover the sampling was quite intensive and it was possible to estimate densities. MATERIAL AND METHODS Plankton samples obtained in 60 stations performed in 4 stages from 30.VII to 24.X.1988, in an area extending 36º30” and 50º S and between 60º33º and 42°05° W were studied. Oblique tows from 50 meters depth were performed with a Bongo net of 60cm of mouth diameter and 500 um mesh in both nets. The volume of filtered water was determined with a digital flowmeter DF-2030. Samples were fixed with 4% formaline. The position of the stations where tunicates appeared (fig. 1) and the corresponding oceanographic data (Table I) are presented, including densities expressed as number of individuals in 1000 m of filtered water. Specimens were counted in most cases as whole samples, when densities were high subsamples of 1/4 and 1/16 obtained with a Folsom plankton sample splitter (MC EWEN et al., 1954) were used. RESULTS AND DISCUSSION Species: Specimens corresponding to 12 taxa of Tunicata were found. From the class Appendicularia: Oikopleura albicans (Leuckart, 1854) . From the class Thaliacea: non identified nurses of Doliolidae; Ciclosalpa bakeri Ritter, 1905 (Salpidae, Ciclosalpinae) and Jasis zonaria (Pallas, 1774),Ihlea magalhanica (Apstein, 1894), Pegea sp.,Ritteriella retracta (Ritter, 1906), Salpa aspera Chamisso, 1819, S. fusiformis Cuvier, 1804, S. thompsoni Foxton, 1961, Thalia sp., Thetys vagina Tilesius, 1802 (Salpidae, Salpinae). General features of the distribution of the fauna: the 500 um mesh of the net used for sampling is not appropriate to obtain appendicularians since a large number of specimens of most species may go through it. This may be one of the reasons why only one species, Oikopleura albicans, appears in these samples, another reasons may be that most stations were away from the platform, since in a previous study (ESNAL & CASTRO, 1985). Oikopleura albicans was observed to be more abundant in the pelagic than in the neritic environment, being absent in nearshore stations. Its frequency was relatively high (26,6% of the stations) being the third species in importance after the two best represented salpids: /hlea magalhanica and Salpa fusiformis. Oikopleura albicans was also very abundant, reaching densities up to 775 ind. per 1000 mº. In fig. 5 the distribution of this species is represented against the thermohaline parameters, the highest abundances being observed in waters between 14 and 17º C and salinities over 35.2%. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 71-80 Maio de 1993 Planktonic tunicates... 73 Referring to the salpids, /hlea magalhanica was the species found with the highest frequency (50%) and also the most abundant (between 3 and 50.000 ind. per 1000 m’). In the T-S diagram (fig. 3) the highest densities observed appeared at lower temperatures and salinities (5-7°C and under 34.2%). Salpa fusiformis is nextto Ihleamagalhanica both in frequency (38.3%) and abundance, but in this case densities were much lower (from 2 to 235 ind. per 1000 m’). The T-S diagram (fig. 4) shows that the highest desities appeared between 11 and 15°C ina very wide salinity range. Salpa aspera and S. thompsoni follow in impo .ance with very similar values both in frequency and abundance. Both appeared in 8.3% of the stations in low densities (2-43 ind. per 1000 m? the former and 2-39 ind. per 1000 m’ the latter). In the T-S diagram (fig. 6) the highest values can be seen associated in both cases with low temperature and low salinity waters. With lower frequencies (5%) and lower densities (2-4 ind. per 1000 m?) there appeared Ritteriella retracta and aggregates of Thalia democratica group which could, according to their aspect belong eitherto T. democratica or T. cicar or T. orientalis (ESNAL, 1981). Due to the absent of solitaries of these species a more precise determination was impossible. Tethys vagina was found with a frequency of 3% in densities ranging from 2-7 ind. per 1000 m’. SOEST (1975) included this species among those which presented a clinal variation of the number of fibres per muscular band, which would increase with an increase in latitude but he had only one datum available for the south Atlantic (an aggregate with a total number of fibres in muscles I-[V=268). In our case 4 aggregates were found in a station located at 38 58"S and 47º18'W in which the mean number of fibres was 241 and one solitary (40°28’S and 43º46'W) with 195 fibres in MV-VI. /asis zonaria and Ciclosalpa bakeri appeared only once, the former with a much higher density 110 vs 9 ind. per 1000 m’. Except Thethys vagina which appeared in waters of 10-11°C and low salinity, the rest of the group of species formerly mentioned, Ritteriella retracta, lasis zonaria, and Ciclosalpa bakeri, was found associated with warmer and more saline waters (fig. 6,7). In only one station situated at43°35’S and 43º21 W three aggregates appeared which fitted the characterization of MADIN & HARBISON (1978) for Pegea socia, species that had not been previously mentioned for the southwestern Atlantic. According to SOEST (1974) this would be only individuals at the end of the clinal variation of Pegea confoederata in warm waters, but MADIN & HARBISON (1978), suggest, that this would be a misinterpretation originated in the observation of fixed specimens which lose features such as form and color which permita rapid differentiation. In our case we only have fixed specimens so we cannot give a definitive conclusion, therefore we refer to the taxon as Pegea sp. Anyhow we believe it is important to include the data referring to our specimens, since this is a taxonomic problem that has still to be solve. These data which would correspond to Pegea socia are: (a) Cylindrical body without a pronounced thickening around the nucleus and a mean of total length/body width= 2.42 (X = 1.85 for Pegea confoederata according to MADIN & HARBISON (1978)): (b) Two groups of muscles shaped as an X. Muscles I + II and HI + IV barely close without dorsal fusion. Muscle IV laterally extended more than the rest. Mean of muscular fibres: MI=29.6; MII= 31.0; MIII=30.3; MIV=24.6. Total mean (ME-IV)=115.6. The data for Pegea confoederata, are accordingto MADIN & HARBISON (1978) MI=14; MII=14; MIII=13; MIV= 12; MI - IV= 58. Nurses of Doliolidae could not be assigned to a particular species. They appeared with a frequency of 13.3% and in low densities (1-4 ind. per 1000 m’). In the T-S diagram (fig. 7) they are shown associated with high temperatures and high salinities. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 71-80, Maio de 1993 74 DA PONTE et al. Table I. Oceanographic data of planktonic tunicates (Chordata, Tunicata) of RTMA “EVRIKA” in the southwestern Atlanctic Ocean (1988) STATION DATE POSTTION T°C S%. SPECIES DENSITY ind/1000 m? 1 01/08 36°%30°S 50°31’W 14.00 35.187 S. fusiformis 120 I. zonaria 120 R.retracta 2 Thalia sp. 4 O.albicans 118 Doliolidae | 2 02/08 36°30°S 49°51’W 12.64 34.538 S.fusiformis 2 3 03/08 36°%30°S 48°30’W 16.66 35.908 Sfusiformis 78 6 03/08 37º30"S 47º30"S 15.06 35.590 S.fusiformis 163 I.magalhanica 3 C.bakeri 9 O.albicans 5 Y 04/08 372728 48°00’W 15.20 35.666 Sfusiformis 103 O.albicans VS Doliolidae l R.retracta 3 Thalia sp. 6 8 04/08 37º30"S 48°30’W 14.80 35.647 O.albicans 7 10 04.08 373128 50°59’W 14.03 35.356 S.fusiformis 245 O.albicans 182 Doliolidae 3 11 05/08 SeBES 51º28'W 14.64 35.526 S. fusiformis 13 O. albicans 3 Doliolidae 1 12 05/08 37º30"S 51°52’W 14.81 35.598 S.fusiformis 5 R.retracta 3 O.albicans 9 Doliolidae 1 13 05/08 3123228 52°33’W 14.94 35.660 S.fusiformis 4 14 05/08 38º50"S 53°09’W 12.20 34.829 O.albicans 2 17 06/08 39°00’S 52º06'W 14.70 35.558 O albicans 2 18 06/08 39º02ºS 51°15’W 15.02 35.658 S.fusiformis SU 19 07/08 39º00ºS 50°39’W 15.00 35.696 S.fusiformis 2 20 07/08 39º00"S 50°10’W 15.06 35.664 Sfusiformis 20 S.aspera 2 O.albicans 135 22 07/08 38º58"S 48°26’W 14.88 35.751 S fusiformis 68 Doliolidae 4 23 08/08 39º00"S 48°00’W 14.74 35.693 S.aspera 3 O.albicans 11 27 08/08 39º00ºS 4717 W 10.43 34.691 T.vagina 7 30 11/08 40°28°S 43°44’W 10.94 34.822 T.vagina 2 32 11/08 40º28"S 44°53’W 14.27 35.593 S.aspera 3 S. fusiformis 3 33 12/08 40º28"S 4557"W 11.20 34.895 l.magalhanica 7 34 13/08 40º30"S 47°00’W 9.78 34.642 S.aspera 4 39 17/08 40°28’S 51°44’W 11.35 35.642 Sfusiformis 2 I.magalhanica 20 O.albicans 2 42 18/08 40º29ºS 5427" W 7.00 34.113 Imagalhanica 41 Cont. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 71-80, Maio de 1993 Planktonic tunicates... 75 Tab. I (cont.) STATION DATE POSITION ING S% SPECIES DENSITY ind/1000m3 46 21/08 41º58'S 5527" W 7.00 34.113 I.magalhanica 1268 47 22/08 42°00°S 54°30’W 6.96 34.089 I.magalhanica SUAS S.aspera 50 23/08 42º00"S 51037 W 9.30 34.319 S.fusiformis 3 I.magalhanica 5 Sl 23/08 42º00"S 50°30’W 9.37 34.504 I.magalhanica 2211 52 23/08 42°00°S 4935’W 9.85 34.595 I.magalhanica 107 53 24/08 41°58°S 48°31’W 14.35 35.550 O.albicans 3 55 25/08 42°00°S 45°00’W 9.05 34.574 O.albicans 5 61 04/09 47°30°S 54°33’W 5.83 34.238 I.magalhanica 141 62 04/09 45º59"S 54º28'W 6.13 34.141 I.magalhanica 4227 65 05/09 46°01’S 580L’W 5.74 34.105 S.thompsoni 17 I.magalhanica 5710 66 06/09 45º59"S 58°31’W 4.32 34.068 S.fusiformis 33 I.magalhanica 100 67 06/09 45º59ºS 58º59"W 4.14 34.063 I.magalhanica 10 75 08/09 45°00°S 57°41’W 5.04 0 I.magalhanica 386 76 09/09 45º00"S 57°07’W 6.20 34.067 I.magalhanica 50048 1 09/09 45°00°S 56°38’W 9.04 34.595 I.magalhanica 503 80 10/09 42º02ºS 5437 W IDA! 35.029 S.fusiformis 30 I.magalhanica 181 85 11/09 43º30"S 50º25"S 10.72 34.911 S.fusiformis 12 86 12/09 43º29"S 5052’W 11.74 35422 I.magalhanica 5 88 12/09 43°30°S 53°04’W 9.20 34.750 I.magalhanica 6 90 14/09 43°28°S 5827 W 4.49 34.090 I.magalhanica 44 92 28/09 47°01’S 52°57’W 72 34.275 I.magalhanica Sl 98 30/09 41º12ºS 52º56'W 15.24 35.425 S.thompsoni 5 99 01/10 40°30°S 53°03’W 13.42 33.832 S.thompsoni 2 I.magalhanica 65 100 01/10 39°41’W 53°00’W 12.37 33.847 S.fusiformis 133 I.magalhanica 1136 101 01/10 39º18'S 53°03’W 9.78 33.589 S.thompsoni 39 102 05/10 40°00°S 50°00’W 1532 35.587 I.magalhanica 18 106 07/10 43°42'S 50°00’W 8.31 34.588 I.magalhanica 6 Doliolidae l 108 07/10 45º09ºS 50°00’W 8.26 34.483 O.albicans 13 lil 09/10 50º00"S 50°01’W SIM 34.045 S.thompsoni 17 114 10/10 48°29°S 47°10’W 8.67 34.482 I.magalhanica 41 115 11/10 47º50"S 46°01’W 7.70 34.482 I.magalhanica 11 121 13/10 42º10"S 45°00’W 10.20 34.677 S.fusiformis 21 122 13/10 42º29ºS 44°57’W 11.80 34.873 I.magalhanica 16 O.albicans 2 123 13/10 41º01"S 45°00’W 11.80 34.873 S.fusiformis 182 124 14/10 40º27'S 44º58'W 14.60 ------- S.fusiformis 84 I.magalhanica 8 O.albicans 2 134 14/10 41°35°S A321’ W 0 nn Pegea sp. 3 IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 71-80, Maio de 1993 16 DAPONTE et al. CONCLUSIONS The results of the study of the distribution of the species confirms in great measure the general pattern presented in former studies (ESNAL, 1978, 1981) (see fig. 2). A clear association with waters of subantarctic origin was once more found for/hlea magalhanica and Salpa thompsoni. The former was the most frequent and abundant species in this study. The high densities found surpassed the maxima mentioned by FOXTON (1971) for the Malvinas (Falkland) Current waters. /asis zonaria was abundant in a station of waters with subtropical characteristics, but in previous papers (ESNAL et al., 1983, 1987) its wide distribution also in subantarctic waters was remarked. Ciclosalpa bakeri also appeared in only one station within the distribution range previously established (subtropical waters). The southern limit of distribution is extended further south for Salpa aspera and S. fusiformis. According to FOXTON (1961) such border would be marked by the subtropical convergence, term that has been recently modified as Subtropical Front (PETERSON & STRAMMA ,1991). They are species associated with Brazil Current waters. In coincidence with this, the highest abundances of Salpa fusiformis were found in waters with temperatures over 11°C but within a wide salinity range. Only in one opportunity during this expedition this species was found at very low temperatures (43°C) which is not surprising because it ıs acomplex mixed area. SOEST (1975) also cited this species at temperatures of 6°C. For Salpa aspera the highest densities were found in low temperature and low salinity waters which would be indicating a higher tolerance of these species to environmental change. HARBISON & CAMPENOT (1979) studied the variation of the muscular contraction rhythm related to temperature in salps finding that these two species were not sensitive to temperature changes, maintaining the filtration rate at very low temperatures (3 to 5° C). This would be coherent with the observation of WIEBE et al. (1979) that Salpa aspera performs important vertical migrations. The Thalia democratica group appeared within the expected range of distribution as well as Ritteriella retracta which even if it appeared at slightly higher latitude than previously mentioned it was always associated with subtropical waters. The presence of Thetys vagina in the survey, in mixed watens at approximately 40º S widens its southern limit of distribution in the Atlantic Ocean since it had only been previously mentioned until 5º S (ESNAL, 1978). The finding for the southwestern Atlantic of specimens attributable with high probability to Pegea socia reinstalls the hypothesis posed by MADIN & HARBISON (1978) who consider this to be a valid species and not a synonym of Pegea confoederata as proposed by SOEST (1974). SOEST (1975) explained differences in muscle fiber number among specimens identified as P. confoederata as due to latitudinal variation but MADIN & HARBISON (1978) suspect that this variation simply reflects the presence of two species, which these authors have been able to easily distinguish from the observation of living salps in the north Atlantic. The scarce number of specimens available and the impossibility ofexamining live material do not permit us to assure at present the presence of P. socia in the south Atlantic. Oikopleura albicans, even if it appeared in stations slightly further south than those previously known, maintains itselfassociated with subtropical waters. The same association was observed for Doliolidae nurses. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 71-80 Maio de 1993 Planktonic tunicates... a: Acknowledgments: To Instituto Nacional de Investigaciön y Desarrollo Pesquero (INIDEP) from Mar del Plata, Argentina and particularly to Dr. F. Ramirez and Dr. H. Mianzan for providing the material studied. REFERENCES ALLDREDGE, A.L. 1981. The impact of appendicularian grazing on natural food concentrations in situ. Limnol. Oceanogr. 26 (2): 247-57 AMOR, A. 1966a. Salpas de la Operación Drake IV y Secciones (Abril-Mayo de 1965). Physis, Buenos Aires, 26 (72): 331-39. —. 1966b. Tunicados pelágicos de la Operación Convergencia en el Atlántico Sur (1961). Physis, Buenos Aires, 26 (71): 163-79. — 1969. Salpas colectadas en aguas de la Plataforma entre las latitudes 37ºS y 41ºS (Enero-Febrero de 1968). Physis, Buenos Aires, 29 (78): 151-57. ESNAL,G.B. 1968. Salpas colectadas por “El Austral” y el “Walter Herwig” en el Oceano Atläntico. Revta. Mus. Arg. de Cien. Nat. Hydrobiol., Buenos Aires, 2 (8): 257-277. —. 1970a. Sobre la distribución de algunos tunicados, Família Salpidae, en aguas frente a la provincia de Buenos Aires. Physis, Buenos Aires, 30 (80): 242-49. —. 1970b. Contribución al conocimiento de las salpas del Atläntico Sur, en especial Thalia democratica. Neotropica, La Plata, 16 (51): 124-33. —. 1973. Apendicularias de las costas argentinas. Physis, Secc. A, Buenos Aires, 32 (85): 267-73. —. 1978. Características Generales de la distribución de tunicados pelägicos del Atlántico Sudoccidental, con algunas observaciones morfológicas. Physis, Secc. A, Buenos Aires, 38 (94): 91-102. —. 1981. Thaliacea: Salpidae y Appendicularia. In: BOLTOVSKOY, D. ed., Atlas del zooplancton del Atlantico Sudoccidental y métodos de trabajo con zooplancton marino. Mar del Plata, Instituto Nacional de Investigación y Desarrollo Pesquero, p. 793-827. ESNAL, G.B. & CASTRO, RJ. 1985. Oikopleura albicans (Leuckart, 1853), un estudio biométrico. (Tunicata: Appendicularia). Neotropica, La Plata, 31 (85): 111-17. ESNAL, G.B.; DAPONTE, M.C. & CASARETO, B.E. 1983. Estudio sobre variación latitudinal en Jasis zonaria (Pallas, 1774) (Tunicata, Thaliacea). Physis, Secc. A, Buenos Aires, 41 (101): 123-33. ESNAL, G.B.; DAPONTE, M.C.; CASARETO, B.E. et al. 1987. /asis zonaria (Pallas, 1774) de las costas argentinas. Reproducción y Distribución. Physis, Secc. A, Buenos Aires, 45 (109): 69-77. FLOOD, P.R., DEIBEL, D. & MORRIS, C.C. 1992. Filtration of colloidal melanin from sea water by planktonic tunicates. Nature, London, 355: 630-632. FOXTON, P. 1961. Salpa fusiformis Cuvier and related species. Discovery Reports, Cambridge, 32: 1-32. — 1971. On /hlea magalhanica and Ihlea racovitzai. Discovery Reports, Cambridge, 35: 179-98. HARBISON, G.R. & CAMPENOT, R.B. 1979. Effects of temperature on the swimming of salps (Tunicata, Thaliacea): implications for vertical migration. Limn. Oceanog., 24 (6): 1081-91. HARBISON, G.R. & GILMER, R.W. 1976. The feeding rates of the pelagic tunicate Pegea confoederata and two other salps. Limnol. Oceanogr., 21 (4): 517-28. HERDMAN, W.A. 1866. Report on the Tunicata. Rep. Sci. Res. Voy. Challenger 1873-76. Zool., Edinbourgh, 27 (3): 1-166. KRUGER, H. 1939. Die Thaliacean der “Meteor” Expedition. Wiss. Ergebn. Deutsch. Atl. Exp. Meteor 1925-27, 13 (2): 111-52. MC EWEN, G.F.: JOHNSON, M.W. & FOLSOM, T.R. 1954. A statistical analysis of the performance of the Folsom plankton sampler splitter, based upon test observations. Arch. Met. Geophys. Klimatol., 7: 502- 27 MADIN,L.P. & HARBISON, G.R. 1978. Salps of the genus Pegea Sabigny, 1816 (Tunicata: Thaliacea). Bull. Mar. Scien. Gulf Caribb., Coral Gables, 28 (2): 335-44. PETERSON, R.G. & STRAMMA, L. 1991. Upper-level circulation in the South Atlantic Ocean. Prog. Oceanog. 20: 1-73. SOEST, R.W. van. 1974. Revision of the genera Salpa Forskal, 1775, Pegea Savigny, 1816 and Ritteriella Metcalf, 1919 (Tunicata, Thaliacea). Beaufortia, Amsterdam, 22 (293): 153-91. —. 1975. Zoogeography and speciation in the Salpidae (Tunicata, Thaliacea). Beaufortia, Amsterdam, 23 (807): 181=215.5 º IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 71-80, Maio de 1993 78 DAPONTE et al. WIEBE, P.H., MADIN, L.P., HAURY, L.R. et al. 1979. Diel vertical migration by Salpa aspera and its potential for large scale particulate organic matter transport to the deep-sea. Marine Biology 53: 249-55. Recebido em 3.VIII.1992; aceito em 10.X1.1992. Fig. 1. Geographic position of the stations of planktonic tunicates of the RTMA “EVRIKA” in the southwestern Atlanctic Ocean (1988) IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 71-80 Maio de 1993 Planktonic tunicates... 79 Fig. 2. Scheme of the latitudinal distribution of the Tunicata species studied. The thick bars show previously known distribution (ESNAL, 1978, 1981), the thin bars show the distribution observed (1. Ihlea magalhanica, 2. Salpa thompsoni, 3. lasis zonaria, 4. Pegea sp., 5. Ciclosalpa bakeri, 6. Salpa aspera, 7. Salpa fusiformis, 8. Thalia democratica group, 9. Ritteriella retracta, 10. Thetys vagina, 11. Oikopleura albicans). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 71-80, Maio de 1993 80 DAPONTE et al. il SAL. SAL. SAL. E %o O ® %o 357) o 35.7 o 35.71 dO © O) o) (o) 35.3) 353) ® 35.31 s 246 O 349 ©) O 34.91 o) o Se) O o ©) 34.5 34.5 O 34.5 O O O 34.1 341 341 © \ | | 33. 33.7 3 7 4 33.7] 5 3 6 12 15 €º 3 E ER Er: 15 €º 3 6 9 12 15 €º a [7 ind/1000m' | sas = 7 O A (0) 0-5 x ® 3571 Se Mor cn 357 pas oe É A O 10-50 e 353. O so-10 353 9 o dd HO) 100 -150 34.9) 34.9] (E) 150 -250 a O o 34.5 ® 250-1000 345] 1000- 6000 341| (= 341 A A, A 337! 6 a 0000 337 4 es a | AR 3 6 9 12 15 €º 3 6 9 12 15 0° Figs. 3- 7. Tunicata species representation on the T-S diagram from area between 36º30"50ºS and 60°33° En Win 1988. 3. Ihlea magalhanica; 4. Salpa fusiformis; 5. Uicajoanino albicans; 6. Salpa aspera ( O ), 5. thompsoni ( A ), Ritteriella retracta ( 0 ); 7. Ciclosapa bakeri ( — ); Doliolidae ( O ), Thetys vagina ( A ), Thalia democratica group ( IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 71-80 Maio de 1993 ), Tasis zonaria (MM ). REDESCRIPTION OF THE ORIENTAL AND AUSTRALIAN SPECIES OF THE GENUS METANIA GRAY, 1867 (PORIFERA: METANIIDAE) Cecilia Volkmer-Ribeiro! Paula Regina Chaffe Costa ? ABSTRACT Metania vesparium (Martens, 1868) and Metania vesparioides (Annandale, 1908), from the Oriental Region and Metania ovogemata Stanisic, 1979, from the Australian Region, are redescribed and have their specific status confirmed in the genus Metania Gray, 1867 “sensu” Volkmer-Ribeiro, 1986 (Porifera; Poecilosclerida; Metaniidae). Lectotypes and paralectotypes are selected for M. vesparium and M. vesparioides. New features are described for the three species based on SEM studies of spicules and compared to those of the Neotropical species. A key is presented for the three species. KEYWORDS. Freshwater sponges, Metania, Metaniidae, Porifera. INTRODUCTION VOLKMER-RIBEIRO (1986) revised the Neotropical species of Metania Gray, 1867 and presented a redefinition of the genus. At the same time the family Metaniidae was erected for the freshwater sponges of the genera Metania, Acalle Gray, 1867, Drulia Gray, 1867 and Corvomeyenia Weltner, 1913. Acalle and Drulia are exclusively Neotropical. VOLKMER RIBEIRO (in press), redefined genus Corvomeyenia and extended its occurrence from the Neartic to Neotropical Region. Metania is the only genus in the family to show a Gondwanic type of distribution, with species recorded from the Neotropical, Ethiopian, Australian and Oriental Regions. Recently VOLKMER-RIBEI- RO & COSTA (1992) described the fifth Neotropical species of the genus. The revision of the genus follows with the redescription of the two Oriental and the only Australian species. 1. Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, C.P. 1188, 90001-970, Porto Alegre, RS, Brasil. 2. Curso de Pós-Graduação em Biociências, área de Zoologia, Pontificia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, C.P. 1429,90619-900, Porto Alegre, RS, Brasil. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 81-101, Maio de 1993. 82 VOLKMER-RIBEIRO & COSTA Abbreviations used: ZMB, Zoologisches Museum der Humboldt Universität, Berlin; BMNH, The Natural History Museum, London; USNM: United States National Museum, Washington; ANSP, Academy of Natural Sciences of Philadelphia; AUSM: Australian Museum, Sydney; MCN: Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotänica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Metania vesparium (Martens, 1868) (Figs. 1-10,41) Spongilla vesparium MARTENS, 1868: 61, pl. 1, fig. 1. Tubella vesparium; WELTNER, 1895: 129; ANNANDALE, 1911: 54; 1918: 213; GEE, 1929: 297; 1930:105; 1932: 44; 1933:248; PENNEY, 1960: 59. Metania vesparia; PENNEY & RACEK, 1968: 148, pl. 14, figs. 5-7 (partim). Lectotype: Part in ZMB, nº 248, (fig. 1), part in ANSP (fig. 5), part in USNM, nº 21251 (fig. 4), Dr. Hunius leg., River Kapuas, Sintang, Borneo. Paralectotypes: ZMB nºs. 12602, 12603, Dr. Hunius leg, River Kapuas, Sintang, Borneo (figs. 2, 3). Type locality: River Kapuas at Sintang, Borneo. Comments on the lectotype selection: The syntypic series deposited in the ZMB has two entire specimens (figs. 2, 3) and a piece left of another one (fig. 1). None of the two entire specimens or their respective supports correspond to the specimen incrusting a forked twig and illustrated by MARTENS (1863: fig. 1). The authors are convinced that the piece of sponge (fig. 1.) is part of that specimen as are other pieces deposited at the Potts Collection (ANSP), the Gee Collection (USNM) and probably also the Annandale Collection at the Indian Museum, Calcutta, India. The senior author found among the sponges in the Potts Collection (ANSP), a piece of sponge labelled as “Tubella vesparium Mart. Sintang, (Borneo)“ (fig. 5). That piece was examined and corresponds in size and shape to the bottom third of the specimen figured by MARTENS (1863: fig. 1). ANNANDALE (1911:121) states that by “the kindness of Dr. Weltner” he could study type material of T. vesparium. Thus another piece must have been taken out of the specimen which, at the time, missed already its bottom third. GEE (1930: 106) registers that he received from Dr. Arndt a small piece of S. vesparium (USNM nº 21521). A photograph of that piece (fig. 4) shows it to conform to the upper third of the specimen illustrated by von Martens. The lectotype was selected upon study of its largest piece, deposited in the Potts collections which was seen to conform to the characteristics in the original description. The species name amended by PENNEY & RACEK (1968) from vesparium to vesparia is incorrect because the word “vesparium” is a noun, correctly spelled in the original combination. Material examined: Part of the lectotype, ANSP, Dr. Hunius leg. River Kapuas, Sintang, Borneo. Redescription: Sponges forming fusiform, bulbous or cordiform, strongly reticulate crusts (figs. 1-5), on the branches and twigs of the seasonally flooded riparian vegetation. The skeleton consists of an open reticulum of stout, spaced, radial main fibers which IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 81-101, Maio de 1993. Redescription of the Oriental... 83 pierce the sponge surface as conical or bifurcated stout projections (fig. 5). Secondary slimmer fibers extend at large intervals among the main fibers, composing a reticulum of eliptical to rounded meshes which are progressively larger towards the sponge surface. Oscula conspicuous as larger orifices in the reticulum. Dry sponges yellowish to grayish brown. Consistency very hard. Megascleres forming two distinct classes: (1) alfa megascleres: stout, smooth, straight to curved anfistrongyla, sometimes presenting inflated extremities (figs. 6,8,41). the alfa megascleres make up the skeletal fibers as well as the capsules around the gemmules; (2) beta megascleres: extremely rare in the examined material; slim, straight to curved anfistrongyla with sparse, bumped proeminences instead of spines (figs. 5, 6, 41). The position of the beta megascleres in the sponge skeleton could not be detected. Microscleres: Very slim, slightly curved, sparsely spined microxea with gradually, very sharp, harpoon shaped extremities. The middle two fourths of the spicule are covered with larger, spaced, conic spines with lanceolated endings (figs. 7, 13,41). Gemmoscleres: Boletiform spicules with straight, spiny, shortto long shafts. Collar of spines under the lower rotule usually conspicuous with large, irregularly placed spines or one spine developed into a lateral expansion. Lower rotule (figs. 9-12) large, flat or slightly umbonate, undulated, its inner face with a few discrete radial expansions of the shaft which meet the border as straight or incurved spines, marking off its polygonal profile, Borders of the lower rotule thin and incurved. Upper rotule (figs, 11, 41) comparatively large, well formed, flat to slightly umbonate, bearing at its border a regular number of blunt or bifid large incurved hooks. Also upper rotule knobed and showing a few blunt spines. Gemmules: Abundant, spherical, small, distributed from the base to the top of the sponge and protected by a loose packing of the alfa megascleres which may develop into capsules around the gemmules. Foraminal tube short, straight with slanting gemmoscleres and a thick, undulated border. Gemmoscleres radially arranged in one single layer their lower rotules overlapping in the inner coat. The smaller gemmoscleres are concealed inside the pneumatic coat. The larger ones project with part of the shaft and the upper rotule beyond the pneumatic coat. Dimensions of the spicules and gemmules (Tables I, II). Habitat: The preferred substrate are the branches and twigs of a seasonally flooded Myrtaceae refereded by von Martens to genus Barringtonia. Distribution: River Kapaus and Lake Danau Sriang, Sintang, Borneo. MARTENS (1868:63) remarks that he had not seen this sponge in wet conditions before he visited Lake Danau Sriang, on May, 1863. The original description covers the shape of the specimes in the syntypic series and yet other ones, suggesting that Martens used also his personal observations of specimes at Lake Danau Sriang. Metania vesparioides (Annandale, 1908) (Figs. 14-24,40) Tubella vesparioides ANNANDALE, 1908: 157-58; 1911: 64, 120-122, fig. 25, pl. II, fig. 4; 1918: 213; GEE, 1931: 52; 1932:44; 1933: 249; PENNEY, 1960:59. Metania vesparoides; PENNEY & RACEK, 1968: 151, pl. 14, figs. 13-15; SOOTA, 1992:93 IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 81-101, Maio de 1993. 84 VOLKMER-RIBEIRO & COSTA Lectotype: BMNH nº 1914: 11: 24: 36, N. Annandale leg. March, 1908, edge of the Kanghy (great pond) at Mudon, Amherst District, Tenasserim, Burma (fig. 14). Paralectotypes: BMNH nº 1908: 2: 11: 4; also three pieces of crusts, Indian Museum, Calcutta, N. Annandale leg. March, 1908, edge of the Kanghy, at Mudon, Amherst District, Tenasserim, Burma (fig. 14). Type locality: Kanghy (great pond), at Mudon, Amhearst District, Tenasserim, Burma. Comments on lectotype selection: ANNANDALE (1911) produced aredescrioption ofTubella vesparioides where he stated that the type was deposited in the Indian Museum, Calcutta. At the same time he presented a photograph of part of the reticulate skeleton of that mentioned type. However in the original description of T. vesparioides he did not designate a type out of (1911:122) “the specimens” he collected in his only visit to the Kanghy at Mudon. Two specimens of this syntypic series were lately exchanged with the British Museum. The senior author recently addressed Dr. B. P. Haldar, The Zoological Survey of India, Calcutta for localization of type material of T. vesparioides and was informed that only the thin crust photographed by Annandale and two smaller fragments remain in the Museum. The lectotype selected is a full grown sponge which throughly evinces the “wasp nest” shape as well as the other originally or presently described characteristis which come to confirm the specific status of Metania vesparioides. Materialexamined: fragment and gemmules ofthe lectotype and ofthe paralectotype in the BMNH. Redescription: Sponges growing from shallow to thick crusts on logs and on branches of periodically submerged vegetation. Also sponges forming fusiform or bulbous masses around the branches and twigs and then taking on the “vesparium” - like shape. Surface conspicuously reticulate, hispid and sculptured into shallow to deep furrows. Oscula conspicuous as larger, rounded orifices in the reticulum. Skeleton differing from the base to the top of the sponge. Basal skeleton composed of slim and sparse spicular fibers where no main fibers can be perceived forming a reticulum of very open meshes filled with masses of small gemmules. Towards the sponge surface the skeleton grades into an stouter, more closed reticulum of main thick fibers and secondary slimmer fibers with a reduced number of gemmules. The main fibers project their bi or trifurcate extremities at the sponge surface. Dry specimens brownish-black, hard but brittle. Megascleres forming two distinct classes: Alfa megascleres: smooth, long, slim, straight to slightly curved oxeas with extremities abruptly sharp pointed, some rare styles also present (figs. 15, 17, 40). The alfa megascleres integrate the skeletal fibers and build the capsules around the gemmules. Fibers with scanty spongin solding the spicules together. Beta megascleres: Rare, short to long, extremely slim, straight to slightly curved, spined oxea with abruptly pointed to lanceolated extremities; spines small, acute, densely or sparsely distributed along the spicule, except at the extremities which are smooth, a whorl of spines may group at the base of the extremities (figs. 16, 40). The position of the rare beta megascleres in the sponge skeleton could not be detected. Microscleres: Extremely slim, straight to slightly curved, spined microxea with the extremities gradually very sharply harpoon ended, the middle third of the microscleres IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 81-101, Maio de 1993. Redescription of the Oriental... 85 have some long, stout, sparse, conic spines turned into opposing directions; such larger spines have lanceolate endings which at the SEM analysis are seen to be capped by a whorl of incurved spines (figs. 17, 21, 23, 40). Gemmoscleres: Long, slim, uniformely sized boletiform spicules with straight, heavily spined shafts displaying a conspicuous enlargement from the collar of spines down to the inner face of the lower rotule. Shaft spines short, straight, acute. Lower rotule small, flat or slightly undulated, its inner face having several stout, radial reinforcements of the shaft which extend up to the border of the rotule, marking off its indented profile; margins of the lower rotule thick and cut into flat or incurved teeth; upper rotule usually knobbed, small, smooth or bearing a few strongly incurved spines or hooks; also upper rotule larger, umbonate or flat and having at its border six large incurved or bent hooks which are seen at the SEM analysis to end in small claws or burls (figs. 15, 17-20, 22, 24, 40). Gemmules: Extremely abundant, spherical or hemispherical, small, scattered throughout the basal reticulum and solded to the skeletal fibers or to each other by a varying amount of alfa megascleres and scanty spongin; also some gemmules singly incased in capsules with reticulate walls of alfa megascleres. Foraminal tube short, projecting beyond the pneumatic coat, nude, larger at the top and having an undulated collar in its middle reach. Gemmoscleres radially embedded in one single layer in the pneumatic coat, with their lower rotules overlapping at the inner coat and some of the upper rotules projecting beyond the pneumatic coat. Dimensions of the spicules and gemmules are presented in Tables I and II. Habitat: Incrusting logs and branches or twigs seasonally submerged at the margins of a great pond. Distribution: Known only from the type locality. Metania ovogemata Stanisic, 1979 (Figs. 25-39) Metania ovogemata STANISIC, 1979: 24, fig. 1. Type locality: Freshwater billabongs near Maningrida, Arnhem Land, Northern Territory, 12°00°S, 134°20’E, Australia. Material examined: Holotype, AMZ nº 3693, freshwater “billabong” near Maningrida, Arnhem Land, Northern Territory, Australia, Mr. Graeme Wells leg. 6.X.1976. (figs. 25, 26). Redescription: Sponges forming thick crusts with furrows and ridges on the bark of log (fig. 25). The oldest and thicker parts of the crust are grayish-black and have a reticulate surface. The younger, thinner parts of the crusts have an yellowish tan, felted surface and are full of gemmules (figs. 25, 26). The crusts have a harder consistency at the darker portions which also exhibit a conspicuous ectosome. . Oscula inconspicuous at the naked eye. Under magnification it is possible to see the darker parts underlined by the lighter ones which are thus the first to form. Each of these two tiers has a different skeletal structure. The basal yellowish layer has an extraordinary number of large, ovoid gemmules, randomly grouped and with the foraminal appertures usually turned sidewards. The space among the gemmules is filled with beta megascleres and microscleres IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 81-101, Maio de 1993. 86 VOLKMER-RIBEIRO & COSTA randomly mixed up and with no detectable spongin among them. There is no trace of fibers in this basal layer. When the basal layer is several gemmules thick a second layer starts to form with very short, thin and spaced spicule fibers composing a reticulate skeleton of small circular meshes where no secondary fibers are distinguished and where the alfa megascleres predominate and the spongin is scarce. Some of the fibers pierce the quite conspicuous ectosome. Ectosome with abundant microscleres. Small circular oscula or larger oscular areas with irregular profiles are seen under magnification. Spicule fibers a few spicules thick. Consistency of dry sponge fragile and brittle. Megascleres forming two distinct classes: (1) Alfa megascleres: Long, slim, smooth, from straight to slightly curved oxea with extremities gradually pointed (figs. 27, 39). The alfa megascleres build up the reticulate skeleton. (2) Beta megascleres: Abundant, stout, long, from straight to curved and from heavily to sparsely spined, extremities abruptly pointed, a circle of larger spines marks off the base of the conical extremities. The beta megascleres (figs. 28, 39) exhibit a large variation in size, shape and spine covering, sometimes approaching an acantostyle other times an acantostrongyle. The beta megascleres fill the spaces among the gemmules at the basal part of the sponge and pack in loose capsules around them. These megascleres are rarely found in the upper, reticulated part of the skeleton. Microscleres: Abundant, large, profusely and characteristically spined, from straight to slightly curved oxea with blunt, harpoon shaped extremities. The middle portion of the microscleres has a few digitiform projections capped by crowns of microspines. The same arrangement of microspines 1s seen along the microscleres (figs. 29-31, 39). Gemmoscleres: Short, boletiform, quite uniformely sized spicules; the collar of spines, if present, reduced to only one or two spines. Shaft sparsely spined, rarely smooth, with a marked constriction under the upper rotule, spines short, conic, sharp pointed, quite often enlargened as lateral expansions of the shaft (figs. 32-37, 39). Lower rotule large, flat or slightly umbonate, with a polygonal to rounded profile, the inner face of this rotule with only one or two residual expansions of the shaft (figs, 34, 36, 38). Border of the lower rotule poorly developed, thin, incurved and with a residual indentation or rotule almost entire. Upper rotule knobbed, smooth or provided with a few spines or upper rotule with star-like profile (figs. 32-37,39). Gemmules: Abundant, ovoid, randomly grouped from the base to the middle reach of the sponge crusts, free, with the beta megascleres packing around them or inside loose individual capsules of beta megascleres. Foraminal tube short, conic, nude, usually contained inside the thick pneumatic coat, gemmules set with the foraminal tubes lateraly turned. Pneumatic coat thick, the gemmoscleres radially embedded in it in one single layer, with their lower rotules overlapping in the inner coat and the shaft and upper rotules embedded in the pneumatic coat. Dimensions of the spicules and gemmules are presented in Tables I and I Habitat: incrusting logs in shallow water of ox-bow lakes (“billabongs”). Distribution: known from the type locality. DISCUSSION The SEM analysis of the spicules and the renewed study of the skeletal and gemmular struture in M. vesparium, M. vesparioides and M. ovogemata disclosed a IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 81-101, Maio de 1993. Redescription of the Oriental... 87 boletiform gemmosclere provided with a collar of spines under the lower rotule; two classes of megascleres, one smooth an the other spiny (the beta megascleres), microscleres with harpoon ended extremities and larger peculiar spines in their middle part; an usually stout, reticulate skeleton with scanty spongin in the polispicular fibers; gemmules singly held in capsules and a same disposition of the gemmoscleres in the gemmular wall. The three species conform thus to the generic redefinition proposed by VOLKMER-RIBEI- RO (1986) for genus Metania. The present redescriptions come to enlarge those presented by PENNEY & RACEK (1968) for M.vesparium and M. vesparioides and the original description of M. ovogemataby STANISIC (1979). The skeleton in M. vesparium is now seen to have larger meshes towards the sponge surface, in M. vesparioides smaller meshes are formed close to the surface whilst in M. ovogemata a uniformly reticulate skeleton is produced from the middle of the sponge to its surface, a random pilling of gemmules surrounded by beta megascleres composing the basal part. InM. vesparium the gemmules are singly protected by a packing of alfa megascleres which may form capsules and are distributed from the base to the top of the sponge, in M. vesparioides they are singly held inside conspicuously reticulated capsules of alfa megascleres and get rarer towards the surface of the sponge, in M. ovogemata the gemmules form basal layers surrounded by beta megascleres. This study also demonstrates features of the gemmoscleres which clearly indicate specific variatons produced in the lower and upper rotules, in the inner face of the lower rotule, in the shape and distribution of spines on the shaft and in the collar of spines under the lower rotule; also very clear specific distinctions are demonstrated for the extremities of the microscleres and their spine and microspine covering as well as for the shape and spine covering of the beta megascleres. The authors consider that the modification in the state of the upper refered characters is of the same order as that observed by VOLKMER-RIBEIRO & COSTA (1992) for the Neotropical species of Metania, and confirm thus the specific status of M.vesparium, M. vesparioides and M. ovogemata. The specific distinction allied to the geographical discontinuity in the range of the three species support now the exclusion of any consideration of the synonymization of M. vesparioides inM. vesparium as suggested by PENNEY & RACEK (1968). The authors also do not endorse the synonymization of the ethiopian species of Metania in M. vesparium as proposed by PENNEY & RACEK (1968). A renewed study of those species has to be carried out now on the same grounds as done for the Neotropical (VOLKMER-RIBEIRO & COSTA, 1992) and for the Oriental and Australian species. Metania subtilis Volkmer-Ribeiro, 1979, from the Neotropical Region, appears as the only species in the genus to have completely lost the beta megascleres and M. kiliani Volkmer-Ribeiro & Costa, 1992, also from the Neotropical Region, as the only one to possess two classes of microscleres: one of spiny oxea and the other of the chaela-type. VOLKMER-RIBEIRO (1981, 1986) registered the remarkable preference of sponges of the genus Metania to incrust substrates placed in the water/air interface of the periodically flooded habitats of the Tropical Rain Forest realms. The specimens of M. vesparium, M. vesparioides and M. ovogemata were all collected in dry condition incrusting branches, twigs or logs which had been earlier submersed. The characteristic habitat of sponges of this genus is now again stressed. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 81-101, Maio de 1993. 88 VOLKMER-RIBEIRO & COSTA Key to the Oriental and Australian species of the genus Metania Gray, 1867 (Sponges with boletiform gemmoscleres which have a spiny shaft and a collar of spines under the lower rotule sensu VOLKMER-RIBEIRO, 1986: 497). IE Sponges with a conspicuously reticulate skeleton, rare beta megascleres and slim, gradually sharply pointed, sparsely spined microscleres bearing some larger, lanceolated'spinesatmiddle parts nes ee 2 Sponges with a superficially slightly reticulate skeleton , abundant heavily spined stout beta megascleres, blunt, harpoon ended heavily spined microscleres bearing at middle part a few degitiform projections covered, as wellasthe whole spicule by crowns ofmicrospines...................... M.ovogemata Sponges with slim, heavily spined gemmosclere shaft with a conspicuous enlargement from the region of the collor to the base of the lower rotule, lower rotule with indented profile and strong radial expansions of the shaft on its inner faces iss des I AA Si CEU OS M.vesparioides Sponges with a stout, sparsely spined gemmosclere shaft, with the collar of spines under the lower rotule reduced to one or two spines or absent, lower rotule slightly polygonal in profile, its inner face with a few shallow residual radialexpansionsiofitheshafti na a M.vesparium > Table I. Sizes, in micrometers of megascleres and microscleres of Metania vesparium (Martens, 1868), M. vesparioides (Annandale, 1908) and M. ovogemata Stanisic, 1979. Alfa megascleres Beta megascleres Microscleres Lenght Width Lenght Width Lenght Width M. vesparium 126-280 10-25 148-193 11-14 78-120 3-6 M. vesparioides 252-396 11-22 126-264 5-12 78-125 2-5 M. ovogemata 266-387 12-25 185-389 12-25 95-135 3-6 Table II. Sizes, in micrometers of gemmoscleres and gemmules of Metania vesparium (Martens, 1868), M. vesparioides (Annandale, 1908) and M. ovogemata Stanisic, 1979, Gemmoscleres Gemmules Lenght Width Lower Upper rotule rotule M. vesparium 38-59 4-7 23-29 8-15 463-585 M. vesparioides 49-78 4-6 19-29 6-13 453-662 M. ovogemata 29-46 3-6 24-29 6- 338-516 IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 81-101, Maio de 1993. Redescription of the Oriental... 89 Acknowledgements: To Dr. H.H. Kühlmann, ZMB, for the photograph and localization of the type material of S. vesparium; to Dr. George M. Davis, ANSP, for loaning type material of S. vesparium; to Miss Kathlenn Smith, USNM, for localization and photograph of type material of S. vesparium; to Miss Shirley M. Stone, BMNH, for loan and photograph of type material of T. vesparioides; to Dr. B. P. Haldar, The Zoological Survey of India, Calcutta, for localization of type material of T. vesparioides; to Dr. F.W. Rowe, AUSM, for loaning the holotype of M. ovogemata; to Dr. Francisco Kiss of Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, for the SEM photographs; to Miss Rejane Rosa, MCN, for the final art to the drawings. The senior author acknowledges the granting of fellowship nº 30.6134/76 of Conselho Nacional de Desenvolvimento Científivo e Tecnológico, (CNPq.) Brazil. REFERENCES ANNANDALE, N. 1908. Notes on freshwater sponges IX, Preliminary notice of a collection from Burma with the description of a new species of Tubella. Rec. Indian Mus., Calcutta, 2: 157-158. ANNANDALE, N. 1911. Freshwater sponges, hydroids and polyzoa. In: The Fauna of British India, including Ceylon and Burma. London, Taylor & Francis, p. 1-126, 241-245. —. 1918. Zoological results of a tour in the Far East. II: Freshwater sponges of Japan, China and the Malay Peninsula. Mem. Asiat. Soc. Beng., Calcutta, 6: 199-216. GEE, N.G. 1929. Notes on the freswater sponges of the Dutch East Indies. I: Historical. Treubia, Buitenzorg, 11 (2): 297-300. —.1930. Notes on the Freshwater sponges from the Dutch East Indies. II: Descriptions. Treubia, Buitenzorg, 12 (1): 67-114. —. 1931. A contribution towards an alphabetical listof the known freshwater sponges. Peking. nat. Hist. Bull., Peking, 5 (1): 31-52. —. 1932. The known freshwater sponges. Peking nat. Hist. Bull., Peking, 6 (3): 25-51. —.1933. Freshwater sponges, genus Tubella. Peking nat. Hist. Bull., Peking, 7: 237-252. MARTENS, E. von. 1868. Über einige Ostasiatische Süsswassertiere. Arch. Naturgesch., Berlin, 334: 61- 64. PENNEY, J.T. 1960. Distribution and bibliography (1892-1957) of the freshwater sponges. Univ. S. Carol. Publs., Columbia. Ser. 3, 3 (1): 1-97 PENNEY,J.T. & RACEK, A.A. 1968. Comprehensive revision of a worldwide collection of freswater sponges (Porifera; Spongillidae). Bull. U. S. natn. Mus., Washington, 272: 1-184. STANISIC, J. 1979. Freshwater sponges from the Northern Teritory (Porifera: Spongillidae). Proc. Linn. Soc. N. S. W. Sydney, 103 (2): 123-130. VOLKMER-RIBEIRO, C. 1981. Porifera In: HURLBERT, S.H.; RODRIGUES, S. & SANTOS, N.D. 1981. Aquatic Biota of Tropical South America. pt. 2: Anarthropoda: 86-94. _—_.1986. Evolutionary study of the freshwater sponge genus Metania Gray, 1867: III. Metaniidae, new family. Amazoniana, Kiel, 4 (9): 493-509. VOLKMER-RIBEIRO, C. (in press). The freshwater sponges in some Peat Bog Ponds in Brazil. Amazoniana, Kiel, 12 (2). VOLKMER-RIBEIRO, €. & COSTA, P.R.C. 1992. On Metania spinata (Carter, 1881) and Metania kiliani sp. n.: Porifera, Metaniidae Volkmer-Ribeiro, 1986. Amazoniana, Kiel, 12 (1): 7-16. WELTNER, W. 1895. Spongillidenstudien. III. Katalog und Verbreitung der bekannten Süsswasserschwamme. Arch Naturgesch. Berlin, 61: 114-144. Recebido em 6.03.1992; aceito em 7.12.1992. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 81-101, Maio de 1993. 90 VOLKMER-RIBEIRO & COSTA ft cm Figs. 1-3. Metania vesparium (Martens, 1868). 1. Lectotype, ZMB nº 248; 2. Paralectotype ZMB nº 12.602; 3. Paralectotype ZMB nº 12.603. (Photo V. Heinrich ZMB). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 81-101, Maio de 1993. Redescription of the Oriental... 9] Figs. 4-5. Metania vesparium (Martens, 1868). 4. Part of lectotype USNM n? 21.521, scale = Icm. (Photo USNM). 5. Part of lectotype ANSP. Scale = 0,6 mm. (Photo A. A. Lise, MCN). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 81-101, Maio de 1993. VOLKMER-RIBEIRO & COSTA Figs. 6-9. Metania vesparium (Martens, 1868). 6. Alfa megascleres, beta megascleres and gemm 30 um; 7. Spines on microsclere, scale = 10 um; 8. alfa megasclere and gemmosclere, scale= 30 um; 9. gemmoscleres and outer and inner face of lower rotules, scale = 10 um; (am. alfa megasclere, bm. beta megasclere, g. gemmosclere, ilr. inner face of lower rotule, olr. outer face of lower rotule). leres, scale= IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 81-101, Maio de 1993. Redescription of the Oriental... Figs. 10-13. Metania vesparium (Martens, 1868). Gemmoscleres; II. details of upper rotule of gemmoscleres; 12. inner face of lower rotule and details of the collar of spines on the shaft; 13. midle part of microsclere and extremity of alfa megasclere, scale= 6 um. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 81-101, Maio de 1993. 94 VOLKMER-RIBEIRO & COSTA Fig. 14. Metania vesparioides (Annandale, 1908): Lectotype BMNH nº 1914: 11: 24:36. (Photo BMNH). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 81-101, Maio de 1993. Redescription of the Oriental... Figs. 15-17. Metania vesparioides (Annandale, 1908). 15. alfa megascleres and gemmoscleres, scale = 38um; 16. beta megasclere and part of alfa megasclere, scale = 27um; 17. alga megascleres; microsclere and gemmosclere, scale = 13 um IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 81-101, Maio de 1993. VOLKMER-RIBEIRO & COSTA Figs. 18-21. Metania vesparioides (Annandale, 1908): 18, 19, 20. gemmoscleres; 21. microsclere, scale = 10 pm. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 81-101, Maio de 1993. Redescription of the Oriental... Figs. 22-24. Metania vesparioides (Annandale, 1908). 22. Details of the lower rotule of gemmosclere in fig. 17; 23. details of the microsclere in fig. 17; 24. details of upper rotule of the gemmosclere in fig. 17. Scale = 3um. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 81-101, Maio de 1993. 9 VOLKMER-RIBEIRO & COSTA Figs. 25-26. Metania ovogemata Stanisic, 1979. 25. Photograph of holotype, scale = 7mm; 26. detail of the skeletal structure in the holotype, scale = 3,5 mm. (Photos A. A. Lise, MCN). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 81-101, Maio de 1993. Redescription of the Oriental... Figs. 27-31. Metania ovogemata Stanisic, 1979. 27. Alfa megasclere, scale = 30 um; 28. beta megasclere, scale = 281m; 29-31. microscleres, scale for figs. 29-30 = 8 um; scale for fig. 31= 13um. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 81-101, Maio de 1993. VOLKMER-RIBEIRO & COSTA Figs. 32-38. Metania ovogemata Stanisic, 1979: 32, 33,35, 37. Gemmoscleres; 34, 38. inner face oflowerrotules; 36. outer face of lower rotule, scale= 6 um. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 81-101, Maio de 1993. Redescription of the Oriental... 101 Figs. 39-41. Spicules: 39. Metania ovogemata Stanisic, 1979; 40. M. vesparioides (Annandale, 1908); 41. M. vesparium (Martens, 1868). am. alfa megasclere, bm. beta megasclere, g. gemmosclere, microsclere (the larger scale applies only to the gemmoscleres and microscleres; scales = 50 um. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 81-101, Maio de 1993. - ARANHAS DOS GÊNEROS LYGROMMA E EILICA, DA AMAZÔNIA CENTRAL, BRASIL (ARANEAE, GNAPHOSOIDEA) Antonio D. Brescovit "? Hubert Höfer ? ABSTRACT SPIDERS OF GENERA LYGROMMA AND EILICA, FROM CENTRAL AMAZONIA, BRAZIL (ARANEAE, GNAPHOSOIDEA). Lygromma gasnieri, sp. n. (Prodidomidae) from “terra firme” rainforest and Eilica marchantaria, sp.n. (Gnaphosidae) from inundation forest from Central Amazonia, Brazil, are described. New records of Eilica amambay Platnick and Lygromma huberti Platnick & Shadab are given from Amazonas, Brazil. KEYWORDS. Eilica, Lygromma, Araneae, Gnaphosoidea, taxonomy. INTRODUCAO Durante as coletas realizadas em Manaus, Amazonas, por ocasiäo do Projeto Biodiversidade (Convênio Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus/Max Planck, Plönn), encontramos duas novas espécies, uma do gênero Eilica Keyserling, 1891 (Gnaphosidae) e outra de Lygromma Simon, 1893 (Prodidomidae). O gênero Eilica, proposto por KEYSERLING (1891), tem larga distribuição Gondwânica. É diagnosticado pela presença de duas ou três lâminas transparentes sobre a retromargem das quelíceras. Até o momento, onze espécies estão registradas para a Região Neotropical (PLATNICK, 1975; 1977a; 1985; PLATNICK & SHADAB, 1981a; MULLER, 1987). SIMON (1893) propôs o gênero Lygromma para aranhas neotropicais com olhos médios anteriores muito reduzidos ou ausentes. Dezessete espécies estão descritas para as Américas do Sul e Central (PLATNICK, 1976; 1977b; PLATNICK & SHADAB, 1981b; PECK & SHEAR, 1987). Até recentemente este gênero estava incluído em Gnaphosidae, sendo transferido para Prodidomidae por PLATNICK (1990). 1. Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, C. P. 1188, 90001-970, Porto Alegre, RS, Brasil. 2. Staatliches Museum für Naturkunde, Erbprinzenstrasse 13, Postfach 6209, 7500 Karlsruhe 1, Karlsruhe, Alemanha. 3. Bolsista CAPES, Doutorado, Pós-Grad. Zoologia, Univ. Fed. Paraná. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 103-107, Maio de 1993 104 BRESCOVIT & HÖFER Descreve-se Eilica marchantaria sp. n. e Lygromma gasnieri sp. n. e registra-se pela primeira vez para o Brasil, Filica amambay Platnick, descrita para o Paraguai e Lygromma huberti Platnick & Shadab, da Venezuela. Estas são as primeiras ocorrências, de ambos os gêneros, para a Amazônia Central brasileira. O material estudado está depositado nas seguintes instituições (curadores entre parênteses): INPA, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus (C. Maga- lhäes); LNK, Staatliches Museum für Naturkunde, Karlsruhe (H. Höfer); MCN, Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotänica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre (E. H. Buckup). As descrições estão em conformidade com as de PLATNICK (1975; 1976). Todas as medidas são em milímetros (mm). Eilica marchantaria, sp.n. (Figs. 1-4) Tipos. Holótipo «, Ilha da Marchantaria (várzea), Rio Solimões, Manaus, Amazo- nas, Brasil, 15.X.1987, H. Höfer col. (INPA); parátipos: 5 9, da mesma localidade, 15.X- 03.X1.1987, H. Hófer col. (INPA; MCN 22201; LNK 863; 864). Etimologia. O nome específico, em aposição, é um substantivo e refere-se à localidade-tipo. Diagnose. E. marchantaria é próxima de E. bicolor Banks, 1896 (vide PLATNICK, 1975: 10, figs. 20-23); os machos distinguem-se pela projeção cônica prolateral na base dilatada do &mbolo (fig. 1) e apófise tibial retrolateral sinuosa (fig. 2); fêmeas separam- se pelo epígino com margem anterior arqueada e semicircular e margens laterais projetadas medianamente sobre o átrio (fig. 3). Espermatecas globosas, com ductos sinuosos e longos (fig. 4). Descrição. Macho (holótipo). Carapaça marrom-escura, com estrias dorsais alaranjadas. Abdômen marrom-claro sem manchas. Quelíceras, lâminas maxilares, lábio e esterno marrom-avermelhados. Pernas com segmentos proximais marrom-escuros € distais marrom-claros. Comprimento total 2,80. Carapaça: comprimento 1,20, largura 0,90. Olhos, diâme- tros e interdistâncias: OMA 0,06, OLA 0,10, OMP 0,07, OLP 0,08; OMA-OMA 0,05, OMA-OLA 0,02, OMP-OMP 0,06, OMP-OLP 0,04, OLA-OLP 0,06. QOM: comprimen- to 0,16, largura anterior 0,13, largura posterior 0,20. Pernas: fórmula 4, 1, 2, 3. Comprimento, I: fêmur 0,87/ patela 0,45/ tíbia 0,60/ metatarso (,45/tarso 0,42/ total 2,79/ II: 0,77/ 0,42/ 0,45/ 0,40/ 0,37/ 2,41/ III: 0,67/0,32/ 0,40/ 0,40/ 0,32/ 2,11/ IV: 0,89/ 0,45/ 0,65/ 0,50/ 0,55/ 3,04. Espinulagäo: tíbia I v1-1-2, II p0-1-0, v0-2-2, r0-1-0; IV falta; metatarso I - II v0-0-2: III vO-0-2; IV falta. Embolo longo, apresentando base dilatada com projeção cônica prolateral (fig. 1). Apófise tibial retrolateral estreita e sinuosa (fig. 2.). Fêmea. Coloração como a do macho. Comprimento total 5,10. Carapaça: compri- mento 1,80, largura 1,30. Olhos, diâmetros e interdistâncias: OMA 0,09, OLA 0,12, OMP 0,11, OLP 0,10; OMA-OMA 0,06, OMA-OLA 0,03, OMP-OMP 0,10, OMP-OLP 0,06, OLA-OLP 0,07. QOM: comprimento 0,26, largura anterior 0,22, largura posterior 0,30. Pernas: Fórmula 4, 1, 2, 3. Comprimento, I: fêmur 0,65/ patela 0,30/ tíbia 0,37/ metatarso 0,30/tarso 0,25/total 1,87/ 11: 0,60/ 0,27/ 0,32/ 0,29/ 0,25/ 1,73/ II: 0,50/0,27/ IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 103-107, Maio de 1993 Aranhas dos gêneros Lygromma e Eilica... 105 0,30/ 0,35/ 0,20/ 1,62/ IV: 0,70/ 0,32/ 0,50/ 0,50/ 0,25/ 2.27. Espinulagäo: tibia I v2-2- HI p1-1-0, v1-2-2; IV pl-1-0, rl-1-0; metatarso I v1-1-2: II vO-2-2-: HI pO-1-1, vO-1- r0-1-0; IV vO-1-0, r0-1-0. Variação. Comprimento (4 fêmeas); total 4,50-5,80; carapaça 1,80-2,00; fêmur 1,20-1,25. 2: 24 Eilica amambay Platnick Eilica amambay PLATNICK, 1985: 1076, figs. 5-8 (holótipo «3, do Parque Nacional Cerro Corá, Amambay, Paraguay, 25-31.V.1982, J.A. Kochalka col., American Museum of Natural History). Registro novo. BRASIL. Amazonas: Manaus, Rio Solimões, Ilha da Marchantaria (coletado em capim flutuante), 1 5, 3.VI.1981, J. Adis col. (INPA). Distribuição. Norte do Brasil (Amazonas) e Paraguai. Lygromma gasnieri, sp.n. (Figs. 5,6) Tipos. Holótipo s, km 96, BR 174 (Rodovia Manaus-Caracaraí), Amazonas, 01.1V.1991, s/coletor (MCN 21312); parátipos: 15, Reserva Florestal Adolfo Ducke, Manaus, Amazonas, 04.1X,1991, H. Höfer & T. Gasnier col. (coletado com “pitfall trap”) (INPA); 1, 23.11.1992, mesmos coletores e técnica (LNK 904). Etimologia. O nome específico é um patronímico em homenagem a um dos coletores dos parátipos. Diagnose. Lygromma gasnieri agrupa-se comL. senoculatum Simon, L. valencianum Simon e L. huberti Platnick & Shadab, pela ausência do condutor. Destas, é semelhante aL. huberti (vide PLATNICK, 1976: 9, figs. 17,18), mas difere pelo êmbolo muito longo, originando-se na metade proximal do tégulo; apófise média constricta medianamente (fig. 5) e tíbia com apófises tibiais muito separadas (fig. 6). Descrição. Macho (holötipo). Cefalotórax, pernas e fiandeiras alaranjadas. Abdö- men cinza-claro, sem manchas. Comprimento total 2,50-3,10. Carapaça: comprimento 1,00-1,35; largura 0,80- 1,00; (3 machos). OMA ausentes. OLA-OLA e OLA-OLP contíguos entre si. OMP contíguos com os OLP e separados entre si por seu diâmetro. Quelíceras com 3 dentes na promargem e 9 dentículos na retromargem. Abdômen sem scutum. Pernas: fórmula 4, 1, 2, 3. Comprimento, I: fêmur 1,15/ patela 0,82/ tíbia 1,10/ metatarso 0,72/tarso 0,77/total 4,56/1: 1,05/0,60/0,77/0,70/0,60/3,72/ III: 0,95/0,47/ 0,60/ 0,62/ 0,57/ 3, 21/ IV: 1,27/0,62/1,02/0,95/0,77/4,63. Espinulagäo: tíbia II pl-1- 0, vlp-1p-2,r0-1-0; IV pl-1-0, vlp-2-2-,r1-1-0, metatarso II v 1p-0-0; II pO-1-1; IV pO- 1-1, r0-1-0. Lygromma huberti Platnick & Shadab Lygromma huberti PLATNICK & SHADAB, 1976: 9, fig. 17-18 (holótipo 3, de Tiara, S0km ao sul de Caracas (1500 m alt.), Aragua, Venezuela, 22.11.1971, S.B. Beck col. Museum of Comparative Zoology). Registros novos. BRASIL. Amazonas: Manaus, Reserva Florestal Adolfo Ducke (coletado com “pitfall trap”, 1, 23.11.1992, H. Höfer & T. Gasnier col. (INPA); 1 5 IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 103-107, Maio de 1993 BRESCOVIT & HÖFER 106 (coletado com eclector de solo), 08.V1.1992, H. Höfer & T. Gasnier col. (MCN 22329); Rio Solimões, Ilha da Marchantaria (várzea), 15, H. Höfer col. (LNK). Distribuição. Venezuela e norte do Brasil (Amazonas). Agradecimentos. Ao Deutschen Forschungsgemeinschaft (DFG), Alemanha, pelo financiamento do projeto “Biodiversidade de Aranhas Neotropicais” e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela autorização das pesquisas na Amazônia, dentro do convênio INPA/Max Planck. A Erica H. Buckup e Alexandre B. Bonaldo (ambos do MCN) pelas sugestões ao manuscrito. Ao MCN, na pessoa de sua Diretora, Prof. Christina Gresele, pelo uso das instalações. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS KEYSERLING, E. 1891. Die Spinnen Amerikas. Brasilianische Spinnen. Nürnberg, Bauer & Raspe, v.3, 278p. MÜLLER, H.G. 1987. Spiders from Colômbia II. A new Eilica from the Santa Marta area, northern Colombia (Araneida: Gnaphosidae). Bull. Br. arachnol. Soc., Londres, 7: 146. PECK, S.B. & SHEAR, W.A. 1987. A new blind caverniculous Lygromma (Araneae, Gamaphosidae) from Galápagos Islands. Canadian Ent., Ottawa, 119: 105-108. PLATNICK, N.I. 1975. A revision of the spider genus Eilica (Araneae, Gnaphosidae). Am. Mus. Novit., New York, (2578): 1-19. . 1976. A revision of the spider generaLygromma and Neozimiris (Araneae, Gnaphosidae). Am. Mus. Novit., New York, (2598): 1-23. . 1977a. Notes on brazilian Eilica (Araneae, Gnaphosidae). Revta Bras. Biol., Rio de Janeiro, 37 (2): 395- 397. —. 1977b. Two new species of Lygromma (Araneae, Gnaphosidae). J. Arachnol., Austin, 5 (2): 151-152. — . 1985. Notes on the spider genus Eilica (Araneae, Gmaphosidae). J. New York Entomol. Soc., New York, 93 (3): 1073-1081. —. 1990. Spinneret morphology and the phylogeny of ground spiders (Araneae, Gnaphosidae)Am. Mus. Novit., New York, (2978): 1-42. PLATNICK, N.I. & SHADAB, M.U. 198la. On the spider genus Eilica (Araneae, Gnaphosidae). Bull. Am. Mus. nat. Hist., New York, (170): 183-188. —. 981b. New species and records of Neotropical Gnaphosidae (Arachnida, Araneae). Bull. Am. Mus. nat. Hist., New York, (170): 189-196. SIMON, E. 1893. Voyage de M.E. Simon au Venezuela (Décembre 1887-Avril 1888). 21º Mémoire (1). Ann. Soc. ent. Fr., Paris, 61: 423-462. Recebido em 6.10.1992; aceito em 28.12.1992. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 103-107, Maio de 1993 Aranhas dos gêneros Lygromma e Eilica... 107 Figs. 1-5. Eilica marchantaria, sp.n., macho. Palpo: 1. vista ventral; 2. vista retrolateral; fêmea: epígino, 3. vista ventral; 4. vista dorsal. Lygromma gasnieri, sp. n., macho. Palpo: 5. vista ventral; 6. vista retrolateral. Escalas: 0,25 mm. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 103-107, Maio de 1993 f j Re Er sp BREUER AD ER noi A DESCRICAO DE NOVOS TÁXONS COM ANTENAS DE DOZE ARTICULOS, TRANSFERENCIA DE ESPÉCIES DE ADESMUS LEPELETIER & A. - SERVILLE, 1825 E SINÔNIMOS (COLEOPTERA, CERAMBYCIDAE, LAMIINAE, HEMILOPHINI) Ubirajara R. Martins '** Maria Helena M. Galileo ** ABSTRACT DESCRIPTIONS OF NEW TAXA WITH TWELVE SEGMENTED ANTENNAE, TRANSFERENCE OF SPECIES FROM ADESMUS LEPELETIER & A. - SERVILLE, 1825 AND SYNONYMS (COLEOPTERA, CERAMBYCIDAE, LAMIINAE, HEMILOPHIN]). New taxa described: Sibapipunga, gen.n., type species Juninia beckeri Martins & Galileo, 1992; Murupeaca moicoia, sp. n. from Brazil (Espírito Santo). The following species are tranferred from Adesmus: Juninia annulifera (Kirsch, 1889), comb.n; Tacocha antiqua (Gahan, 1889), comb. n. T. theaphia (Bates, 1881), comb.n.; Oedudes bifasciata (Bates, 1869), comb.n.; Guayuriba dilaticeps (Bates, 1881), comb.n.; Olivensa cephalotes (Pascoe, 1858), comb.n.; Lapazina discicollis (Bates, 1881), comb.n.; Phoebe ornator (Tippmann, 1960), comb.n. New synonyms established: Juninia leechi Lane, 1966= J. annulifera (Kirsch, 1889); Guayuriba extrelidia Lane, 1970 = G. dilaticeps (Bates, 1881); Adesmus procerus (Gahan, 1889) = A. divus (Chabrillac, 1857). KEYWORDS. Colcoptera, Cerambycidae, Lamiinae, Hemilophini. INTRODUCAO Em contribuigäo recente (MARTINS & GALILEO, 1992) foram discutidos os seis gêneros de Hemilophini cujas espécies apresentam antenas com doze artículos. Após a conclusão desse trabalho, recebemos material do Museu Nacional, Rio de Janeiro, enviado por M.A. Monné. Este material permitiu estabelecer a sinonimia de Juninia leechi Lane, 1966; fixar mais apropriadamente o conceito de Purusia Lane, 1956 e descrever Murupeaca mocoia, sp.n., a segunda espécie conhecida do gênero. LANE (1965, 1970, 1973) estabeleceu vários gêneros monotípicos próximos a Adesmus Lepeletier & A. - Serville, 1825; contudo, absteve-se de incorporar a esses novos táxons as espécies então pertencentes a outros gêneros, principalmente a Adesmus, que reúne mais de 60 espécies e considerável miscelânea de formas. 1. Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo, C.P. 7172, 01064-970 São Paulo, SP, Brasil. 2. Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, C.P. 1188, 90001-970 Porto Alegre RS, Brasil. 3. Departamento de Epidemiologia, Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo. 4. Pesquisador do CNPq. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 109-116, Maio de 1993 HO Ê MARTINS & GALILEO Pelo exame de diapositivos de tipos (DZUP) e de material constatamos que algumas espécies, até o momento incluídas em Adesmus, devem ser transferidas. Mencionamos no texto siglas correspondentes as seguintes instituições: Departa- mento de Zoologia, Universidade Federal do Paraná (DZUP); Muséum National d’Histoire Naturelle, Paris (MNHN); Museu Nacional, Rio de Janeiro (MNRJ); Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo (MZSP). Murupeaca mocoia, sp.n. (Fig. 1) Etimologia. Em Tupi, “Mokóia” = segundo (número ordinal); a segunda espécie conhecida para o gênero. 4. Tegumento avermelhado, ligeiramente mais claro nos élitros; flagelômeros e tíbias castanho-avermelhados. Pubescência branca, densa (fig.1): em área lateral da cabeça atrás dos lobos oculares inferiores; no vértice, estende-se pelo occipício onde se separa por faixa longitudinal estreita; no pronoto, quatro manchas subcirculares (duas na metade anterior, não atingem a borda anterior e duas na base); no escutelo; nos lados do protórax, em duas áreas (uma anterior, outra na base do proepimero); na região inferior dos mesepimeros e mesepisternos; no ápice dos metepisternos; nos lados do metasterno; nos lados dos urosternitos I e II, em manchas. Em cada élitro quatro manchas de pubescência branca: uma dorsal arredondada no quarto anterior; uma, semelhante à anterior, no meio; uma terceira, também arredondada, no quarto apical; a última estreita, cobrindo a extremidade. As manchas brancas pronotais e elitrais são circundadas por área quase glabra; o restante da superfície do pronoto e dos élitros com pubescência amarelo- dourada, brilhante. Face ventral e pernas com pubescência esbranquiçada mais concen- trada na região inferior dos mesepimeros e mesepisternos e nos lados do metasterno. Lobos oculares superiores pouco mais distantes entre si do que a largura de um lobo superior; os inferiores tão longos quanto as genas. Antenas atingem o ápice elitral aproximadamente no meio do antenômero VIII. Antenômero XII pouco mais curto que o XI. Flagelômeros basais com pêlos brancos, moderadamente densos no lado interno. Elitros esparsamente pontuados. Mesepimeros esparsa e pouco profundamente pontua- dos. Dimensões, em mm, holótipo s. Comprimento total, 1 1,4; comprimento do protórax, 2,2; maior largura do protórax, 2,3; comprimento do élitro, 8,3; largura umeral, 2,9. Material-tipo. BRASIL. Espírito Santo: Santa Leopoldina (Jetibá, 800m), holótipo 5, XII. 1958, Col. Maller, ex-col. Seabra (MNRJ). Discussão. A nova espécie difere de Murupeaca pinimatinga Martins & Galileo, 1992 pela distribuição e número das manchas de pubescência branca, pelos fêmures unicolores e pelas menores dimensões. Sibapipunga, gen.n. Etimologia. Em Tupi, “Sybá” = testa; “apipunga” = inchado; alusivo às projeções frontais. Espécie-tipo, Juninia beckeri Martins & Galileo, 1992. O estudo do macho da espécie-tipo, com projeções frontais muito características IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 109-116, Maio de 1993 Redescrigäo de novos täxons... 111 (figs. 2,3), levou-nos ao estabelecimento deste novo gênero. Na chave para os gêneros de Hemilophini com antenas doze-articuladas (MARTINS&GALILEO, 1992), Sibapipunga, gen.n. saiem Purusia pela presença de projeções na fronte dos machos. Difere: (1) aspecto das projeções frontais (figs. 2,3), arredondadas no topo e individualizadas; (2) extremi- dades elitrais tranversalmente truncadas com espinho curto no lado externo; (3) lâmina interna das garras tarsais larga, mais curta que a externa. Em Purusia, as projeções frontais (figs. 4,5) são aplanadas e fundidas no meio; extremidades elitrais fortemente oblíquas no lado interno, prolongadas em espinho pontiagudo , desenvolvido; garras tarsais com lâmina interna pouco mais curta que a externa. Fronte (5, figs. 2,3) com duas calosidades desenvolvidas, arredondadas no topo. Vértice deprimido. Tubérculos anteníferos distantes, projetados. Lobos oculares superi- ores largos, tão distantes entre si quanto a largura de um lobo; os inferiores mais longos que as genas. Apice das mandíbulas levemente entalhado. Antenas (7) muito longas, com 12 artículos, alcançam o ápice elitral na base do antenômero VI. Escapo cilíndrico com cerca de metade do comprimento do antenômero III. Antenômero XII filiforme, tão longo quanto o XI. Flagelômeros basais com pêlos curtos, moderadamente densos no lado interno. Protórax mais largo que longo; no macho, constrição basal acentuada. Disco pronotal com elevação centro-basal pouco pronunciada. Processo mesosternal com áreas articulares laterais. Umeros (+) bem projetados; lados dos élitros convergentes para o ápice; carena umeral prolongada até o quarto apical; extremidades transversalmente truncadas com espinho curto externo. Tarsômero III largo. Metatarsômero I tão longo quanto o II. Último urosternito (5) com borda emarginada. O padrão de colorido do macho é semelhante ao do holótipo fêmea; a mancha do vértice-occipício não pode ser observada pela posição na cabeça na montagem do exemplar. Sibapipunga beckeri assemelha-se pela disposição das manchas brancas a Adesmus princeps Bates, cujas extremidades elitrais também são truncadas, com espinho externo curto, contudo a fronte (5) é desarmada e as antenas, mais curtas, têm onze artículos. Material-examinado. COSTA RICA. Cartago: Turrialba (600m), holötipo 3, 15.V.1972, V.O. Becker col. (DZUP). EQUADOR. Occidente: Canar (Rte Gun El Triumfo, sic, parroquia Chontamarca, 500m), 15, 17.11.1980, Porion-Bertrand col. (MNRJ). Juninia annulifera (Kirsch, 1889), comb. n. Amphionycha annulifera KIRSCH, 1889:44. Adesmus annulifer; AURIVILLIUS, 1923:589 (cat.). Juninia leechi LANE, 1966: 247; MARTINS & GALILEO, 1992:579. Syn.n. Alertados sobre esta sinonimia pelo colega M.A. Monné, julgamos oportuno formalizá-la. Material examinado. EQUADOR. Occidente: Canar (Rte Gun El Triumfo, sic, parroquia Chontamarca, 500m), 19, 14.11.1980, Porion-Bertrand col. (MNRJ). Tacocha Lane, 1970 Tacocha LANE, 1970: 399. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 109-116, Maio de 1993 + 112 MARTINS & GALILEO Gênero estabelecido para T. aequatoria Lane, 1970, até o momento conhecida apenas pelo holótipo (MZSP). Semelhante pelo aspecto geral a algumas espécies de Adesmus, Tacocha aequatoria distingue-se imediatamente pela ausência de carenas nos élitros. Tacocha antiqua (Gahan, 1889), comb. n. Adesmus antiquus GAHAN, 1889:399. Material examinado: BRASIL. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, 1 5 (MZSP, comparado com o tipo por F. Lane em 1962). Tacocha theaphia (Bates, 1881), comb.n. Adesmus theaphia BATES, 1881:199. Conhecida somente pelo holótipo (não fotografado por Moure e depositado originalmente na Coleção Bates, MNHN) e não examinado. A descrição original, entretanto, indica claramente a ausência de carenas elitrais: “carina laterali nulla” (BATES, 1881: 199) e os demais caracteres recomendam sua transferência para Tacocha. Oedudes Thomson, 1868 Oedudes THOMSON, 1868: 199; LACORDAIRE, 1872: 891, nota 1 (sin.); LANE, 1973: 406 (reval.). Espécie-tipo, Saperda spectabilis Drury, 1782; designação presente. THOMSON (1868:199) incluiu originalmente em Oedudes duas espécies: O. spectabilis (Drury, 1782) e O. druryi Thomson, 1868. LACORDAIRE (1872) conside- rou-o sinônimo de Amphionycha Dejean, 1835 (= Adesmus Lepeletier & A. Serville, 1825). LANE (1973) revalidou Oedudes, mas não formalizou a designação de espécie- tipo. Dentre muitos outros caracteres, Oedudes difere de Adesmus pela ausência de carenas nos élitros. Distingue-se de Tacocha principalmente pelas extremidades elitrais obliguamente truncadas com espículo externo e pelos lobos oculares inferiores tão longos quanto as genas. Em Tacocha as extremidades elitrais são arredondadas e os lobos oculares inferiores têm, no mínimo, o dobro do comprimento das genas e ocupam larga região nos lados da cabeça. LANE (1973) citou em Oedudes as espécies: O. spectabilis (Drury, 1782); O. druryi Thomson, 1868 e O. callizona (Bates, 1881); descreveu ainda O. notaticollis e considerou O. knownothing Thomson, 1856 sinônima de O. spectabilis. Oedudes bifasciatus (Bates, 1869), comb. n. Amphionyca bifasciata BATES, 1869: 386. Material examinado. COSTA RICA. Reventazon (Hamburg Farm), 5 (MZSP); Santa Clara (Las Mercedes, 200-300m), 9, VII.1928, F. Nevermann col. (MZSP); San José, Q, Biolley col. (MZSP). PANAMÁ. Chiriqui: Vulcão Chiriqui, 5, VIL.1930, A. Bierig col. (MZSP). Todos os exemplares comparados com o tipo por F. Lane em 1961. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 109-116, Maio de 1993 Redescrição de novos táxons... 113 Guayuriba Lane, 1970 Guayuriba LANE, 1970: 397. Espécie-tipo, G. extrelidia Lane, 1970 é sinönima de Amphionycha dilaticeps Bates, 1881 até o momento incluída em Adesmus e ora transferida para Guayuriba. Guayuriba dilaticeps (Bates, 1881), comb. n. Amphionycha dilaticeps BATES, 1881: 200. Adesmus dilaticeps; AURIVILLIUS, 1923: 589 (cat.). Guayuriba extrelidia LANE, 1970: 398. Syn.n. Olivensa cephalotes (Pascoe, 1858), comb. n. Amphionycha cephalotes PASCOE, 1858: 257: BATES, 1866: 428; 1881: 304. Ademus cephalotes; AURIVILLIUS, 1923: 589 (cat.) Material examinado. BRASIL. Amapá: Rio Cassiporé, O, IX.1961, J. Bechynê col. (MZSP). Pará: 27 Santarém, Q, ACC. 6324, (MZSP, comparado com o tipo por F. Lane em 1960). Lapazina discicollis (Bates, 1881), comb. n. Amphionycha discicollis BATES, 1881: 203, 304. Adesmus discicollis; AURIVILLIUS, 1923: 589 (cat.). Examinado diapositivo de “cotype” 7 fotografado por Moure no MNHN (Coleção Bates). Phoebe ornator (Tippmann, 1960), comb.n. Adesmus ornator TIPPMANN, 1960: 204, est. 13, fig. 33b. - Material examinado. BRASIL. Goiás: Leopoldo Bulhões, So; 4 9, X11.1933, R. Spitz col. (MZSP). BOLIVIA. Chaparé, V. Tunari (450m), Q, X1.1953, Prosen col. (MZSP). Adesmus divus (Chabrillac, 1857) Amphionycha diva CHABRILLAC, 1857: 200, Bates, 1881: 303. Adesmus divus; AURIVILLIUS, 1923: 589 (cat.). Amphionycha procera GAHAN, 1889: 399. Syn.n. Material examinado. BRASIL. Mato Grosso: Chapada dos Guimarães (Buriti), 0,X.1972, Kloss & Val col., (MZSP). Distrito Federal: Brasília (Lago Sul), 2, X.1979, C. Coimbra (MZSP). Minas Gerais: Pirapora, & 1. 1913, Col. Melzer (MZSP). Agradecimentos. Aos colegas Miguel A. Monné (MNRJ) pelas informações e empréstimo de material para estudo e Renato C. Marinoni pelo acesso ao exame da coleção de diapositivos do DZUP; igualmente, pelas críticas e sugestões. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AURIVILLIUS, C. 1923. Coleopterum Catalogus, pars 74, Cerambycidae: Lamiinae. Berlim, W. Junk, p. 323-704. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 109-116, Maio de 1993 114 MARTINS & GALILEO BATES, H.W. 1866. Contributions to an insect fauna of the Amazon valley. Coleoptera: Longicornes. Ann. Mag. nat. Hist., London, (3) 17:425-435. __, 1869. New species of Coleoptera from Chontales, Nicaragua. Trans. R. ent. Soc. Lond., London, 1869: 383-389. 1881. Notes on longicorn Coleoptera. Revision of the aerénicides and amphionychides of tropical America. Ann. Mag. nat. Hist., London, (5) 8: 142-152; 196-204; 290-306. CHABRILLAC,F. 1857. Description de treize espêces nouvelles de cérambycides. Archiv. Ent. Paris, 1: 194- 200. GAHAN. C. J. 1889. On new lamiide Coleoptera in the British Museum collection. Ann. Mag. nat. Hist., London, (6) 3: 387-400. KIRSCH, T.F. 1889. Coleopteren gesammelt in den Jahre 1868-1877 auf eine Reise durch Sud Amerika von Alphons Stübel. Abh. Ber. Zool. Mus. Dresden, 4: 1-58. LOCORDAIRE, J.T. 1872. Genera des Coléoptêres... Paris, Librairie Encycolpédique de Roret, v. 9 (2), p: 411-930. LANE, F. 1965. Cerambycoidea neotropica nova. VI. (Coleoptera). Stud. Ent., Petrópolis 8 (1/4): 269-336. __. 1966. Novos gêneros e espécies de Hemilophini. I. Gêneros com antenas de 12 artículos (Coleoptera, Lamiidae). Papéis Avuls Dept. Zool., São Paulo, 18 (21): 245-249. __, 1970. Cerambycoidea neotropica nova. VII. Stud. Ent. Petrópolis 13 (1 /4): 369-428. —. 1973. Idem. IX. Ibidem, 16 (1/4): 371-438. MARTINS, U.R. & GALILEO, M.H.M. 1992. Gêneros de Hemilophini (Coleoptera, Cerambycidae, Lamiinae) con antenas de doze artículos. Revta bras. Ent., São Paulo, 36 (3): 575-579. PASCOE, F.P. 1858. On new genera and species of longicorn Coleoptera. Part III. Trans. R. ent. Soc. London, London, (2) 4: 236-266. THOMSON, J. 1868. Matériaux pour servir a une revision des lamites (Cérambycides, Coléoptêres). Physis Rec. Hist. Nat. Paris 2 (6): 146-200. TIPPMANN, F.F. 1960. Studien über neotropische Longicornier. II. (Coleoptera, Cerambycidae). Koleopt. Rdsch., Viena, 37/38: 82-217. Recebido em 15.12.1992; Aceito em 4.1.1993. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 109-116, Maio de 1993 Redescrigäo de novos täxons... 115 pen Fig. 1. Murupeaca mocoia, sp.n., holótipo <. Comprimento 11,4mm. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 109-116, Maio de 1993 116 MARTINS & GALILEO Figs. 2-5. Sibapipunga beckeri (Martins & Galileo, 1992), cabega: 2, dorsal; 3, lateral. Purusia acreana Lane, 1956, cabeça: 4, lateral; 5, dorsal. Todas as figuras na mesma escala. Barra = Imm. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 109-116, Maio de 1993 NOTAS SOBRE POECILURUS SCUTATUS (SCLATER, 1859) (AVES, FURNARIIDAE) Dante Martins Teixeira ! Giovannini Luigi! ABSTRACT NOTES ON POECILURUS SCUTATUS (SCLATER, 1859) (AVES, FURNARIIDAE). The Ochre- checkeed Spinetail, Poecilurus scutatus, is a little known Neotropical Furnariidae, very common in the dry forests from northeastern Brazil. This bird builds a massive domed nest (650x600x300 mm) with roots. small branches and dry leaves, placed on the ground. The general shape of this structure ressembles the nest of some other Synallaxinae as Synallaxis Vieillot, 1818 and Gyalophylax Peters, 1950. The clutch of the Ochre- checkeed Spinetail is composed by two white eggs of 2,8 g and 21,2 x 15,7 mm and 21,6x15,5mm. Poecilurus scutatus teretiala Oren, 1985 is a new junior synonym of the nominal form of the species. KEYWORDS. Aves, Furnariidae, Poecilurus scutatus, nest. INTRODUÇÃO Durante os últimos anos, a Seção de Ornitologia do Museu Nacional/UFRJ empreendeu diversos trabalhos de campo no nordeste do Brasil, obtendo informações sobre espécies muito pouco conhecidas da avifauna brasileira (TEIXEIRA, 1987, TEIXEIRA & LUIGI, 1989). Dando prosseguimento a essas pesquisas, apresentamos um estudo preliminar sobre Poecilurus scutatus (Sclater, 1859), espécie de ampla distribui- ção na América do Sul, cuja biologia permanece em grande parte desconhecida até o momento. Adicionalmente, discute-se a validade de Poecilurus scutatus teretiala Oren, 1985. MATERIAL E MÉTODOS As observações foram realizadas com o auxílio de um binóculo Nikon 8x30, sobretudo nas florestas úmidas do município de São Miguel dos Campos, Alagoas (e. 9º 47'S, 36º 05’W) e de Pacoti, serra do Baturité, Ceará (e. 4º 13'S, 38º 56'W), assim como nas “matas secas” da chapada do Araripe, município do Crato, Ceará (c. 7º 13’S, 39º 24ºW), e de Mocambinho, município de Manga, margem direita do médio rio São Francisco, Minas Gerais (c. 15º 05'S, 44º 00'W). Para as medidas utilizamos uma régua de aço-cromo Rabone Chesterman 1. Seção de Ornitologia, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Quinta da Boa Vista, 20940-040, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Bolsista do CNPq. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 117-124, Maio de 1993 TEIXEIRA & LUIGI milimetrada e um paquimetro Mitutoyo com precisão de 0,05mm. Os pesos foram obtidos através de balanças Pesola com capacidade de 10g e 50g, com precisão de 0,5g. As medidas da asa e cauda foram tomadas conforme SICK (1985). A nomenclatura utilizada segue MEYER-DE-SCHAUENSEE (1970). Siglas adotadas: Museu Nacional, Rio de Janeiro (MN) e Museu Paraense Emilio Goeldi, Belém (MPEG). Material examinado: Poecilurus s. scutatus - BRASIL. Ceará: Ladeira Grande, 13 (MN 15073); Crato, 2 5 (MN 34978, 36904) e 1 9 (MN 36905); Guaramiranga, 2 5 (MN 36348, 37437). Alagoas: Quebrangulo, lex. (MN 34977); São Miguel dos Campos, 1 5 (MN 33869). Bahia: Cachoeira, 2.5 (MN 15070, 15072) e 2 Q (MN 15069, 15071); Boa Nova 29 (MN 34286, 34295). Minas Gerais Almenara, 25 (MN 32280, 32285). Goiás: Planaltina, 19 (MN 15068); Anápolis, 15 (MN 15074) e 19 (MN 15075). Distrito Federal: Brasília, 19 (MN 29001). Mato Grosso: Chapada dos Guimarães, 3 3 (MN 15719, 15727, 15741), 3 9 (MN 15087, 15098, 15726) e lex. (MN 15723); Pindaíba, 19 (MN 30397). Poecilurus s. teretiala - BRASIL. Pará: Serra dos Carajás (6º 05°S 50º 05’W), 1 Q holótipo (MPEG 36383), 2 Q parátipos (MPEG 36382, 36688). RESULTADOS E DISCUSSÃO Segundo o material do MN, as significativas variações individuais observadas no porte e no colorido da plumagem de P. scutatus colocam em dúvida a validade de P. s. teretiala, conhecido de apenas três espécimens procedentes da Serra dos Carajás, sul do Pará. Segundo a descrição original, esta subespécie caracteriza-se por um menor compri- mento da asa (53,0-53,8mm) e pelas partes inferiores muito invadidas de brancacento, diagnose ao que parece insuficiente para embasar um novo táxon. Com efeito, chama a atenção que o comprimento da asa de um casal de P. scutatus (MN 15070 e 15071) coletado por E. Snethlage em Cachoeira, Bahia, tenha alcançado 54mm, enquanto que em duas fêmeas adultas de Chapada dos Guimarães (MN 15087 e MN 15007), essa medida atingiu respectivamente 53,0mm e 54,0mm. Na realidade, o tamanho da asa em indivídu- os pertencentes à forma nominal de P. scutatus está sujeito a uma ampla variação, oscilando de 53 a 60mm em sete espécimens de Chapada dos Guimarães, ou de 54 a 5/mm em quatro outros provenientes de Cachoeira. Em 28 adultos de procedência extra- amazônica que examinamos, o comprimento da asa oscilou de 53 a 6Imm, com uma média de 57,5mm. No que diz respeito ao colorido das partes inferiores, tampouco a marcada presença de branco por ser considerada diagnóstica de uma forma geográfica, haja vista existirem numerosas diferenças individuais na plumagem de P. s. scutatus (CORY & HELLMAYR, 1925). Cabe observar, portanto, que a existência de indivíduos bastante escuros ou muito claros em uma mesma região não é incomum, havendo exemplares de Almenara, nordeste de Minas (MN 32280), de Boa Nova, Bahia (MN 34295) ou de Guaramiranga, Ceará (MN 37437) com o peito, ventre e crisso quase brancos, estando o ocráceo, por vezes, praticamente restrito as tíbias e flancos. Essas variações não refletem qualquer aspecto etário, pois os jovens de P. scutatus assemelham-se aos adultos em termos de plumagem, exceto na tonalidade apagada das partes superiores e pela ausência de uma mancha negra conspícua na garganta. Por conseguinte, P. s. teretiala deve ser considerado um novo sinônimo-júnior para a forma nominal da espécie. Distribuição e habitat. Ocorre do norte da Argentina (Salta, Jujuy, Catamarca) e leste da Bolívia (Tarija, Chuquisaca, Santa Cruz) ao Brasil central e oriental, do sul do Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e Paraíba a Minas Gerais, noroeste de São Paulo, Mato IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 117-124, Maio de 1993 Notas sobre Poecilurus scutatus... 119 Grosso e Mato Grosso do Sul (PINTO, 1938, 1978: OLROG, 1978; OREN 1985; REMSEN & TRAYLOR, 1989). Ainda que tal região inclua fitofisionomias das mais variadas, as poucas informagöes disponiveis caracterizam este Furnariidae sobretudo como um habitante de formações florestais úmidas e secas, inclusive matas ciliares e certos tipos de “cerradão” (FRY, 1970: MEYER-DE-SCHAUENSEE, 1970; NEGRET et al., 1984; SICK, 1955, 1985). Embora haja ao menos duas referências de sua presença em “campos” (SHORT, 1975) e caatingas (SNETHLAGE, 1927. 1928), tais ocorrências parecem ser incomuns, mesmo que os demais representantes do gênero, P. kollari (Pelzeln, 1856) e P. candei (d"Orbigny & Lafresnaye, 1838), tenham sido encontrados respectivamente nos campos de Roraima e em diversas áreas abertas do norte da Venezuela e nordeste da Colômbia (MEYER-DE-SCHAUENSEE & PHELPS, 1978; HILTY & BROWN, 1986). Segundo observações que realizamos ao longo da mata atlântica nordestina e em diversos pontos do interior, P. scutatus habitaria apenas formações florestais, sejam elas ou não de altitude, não ultrapassando a borda da mata em busca do cerrado, da caatinga esparsa, campos ou pastagens adjacentes. Ocorrendo mesmo em formações secundárias que conservem ao menos parte do seu caráter arbóreo original, este Furnariidae revela-se ao extremo comum nas chamadas “matas secas”. termo utilizado para designar diversas comunidades subcaducifólias pouco conhecidas e de aspecto bastante variável, tais como a “mata de cipó” do leste da Bahia (CEPLAC, 1976), a “floresta estacional” das margens do São Francisco (BRASIL, 1982), o peculiar “carrasco” da Serra de Ibiapaba (BRASIL, 1986) e certos “brejos”, localizados nas partes mais elevadas das serras interioranas do Nordeste (BRASIL, 1981a, 1981b, 1983). Ainda que estas paisagens abriguem alguns outros Furnariidae, em geral poucos são os Synallaxinae observados, pois grande parte das espécies locais, por exemplo Synallaxis albescens Temminck, 1823 ou S. hypospodia Sclater, 1874, prefere terrenos mais ensolarados. Embora ocorra amiúde em clareiras ou capoeiras degradadas, a maioria desses representantes raro se aventura no interior da mata, ainda que S. frontalis Pelzeln, 1859 e Gyalophylax hellmayri (Reiser, 1905) por vezes também penetrem no “carrasco”, ao passo que $. infuscata Pinto, 1950 usualmente frequenta sítios florestados densos e sombrios, sendo encontrada lado a lado com P. scutatus. Nesses ambientes, a maioria dos Passeriformes terrícolas ou que buscam alimento na serrapilheira parece ser composta por vários Formicariidae como Rhopornis ardesiaca (Wied, 1831), Myrmeciza ruficauda (Wied, 1831), M. loricata (Lichtenstein, 1823), Chamaeza campanisona (Lichtenstein, 1818) e Hylopezus ochroleucus (Wied, 1831), assim como certos Furnariidae especializados, Sclerurus caudacutus (Vieillot, 1816) ou Sclerurus scansor (Ménétriés, 1835), e alguns Parulidae, Basileuterus flaveolus (Baird, 1865) e/ou B. culicivorus (Lichtenstein, 1830). Cabe ressaltar que o reconhecimento de P. scutatus como um habitante de paisagens florestais torna este Furnariidae um elemento significativo para a caracterização da avifauna das matas semidecíduas do interior do Brasil, ao invés de torná-lo um possível indicador das semelhanças existentes entre a caatinga e o chaco (SHORT, 1975). Na realidade, ainda que habite vários tipos de florestas úmidas ou secas ao longo de uma área bastante extensa, a distribuição de P. scutatus no nordeste e centro do país pouco tem em comum com a ocorrência de paisagens abertas como a da caatinga e o cerrado, obedecendo em grande parte ao mesmo padrão encontrado para espécies das “matas secas” (TEIXEIRA, 1990; TEIXEIRA & LUIGI, 1989), como por exemplo Xiphocolaptes falcirostris (Spix, IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 117-124, Maio de 1993 TEIXEIRA & LUIGI 1824) (Dendrocolaptidae), Cranioleuca semicinerea (Reichembach, 1853)e Megaxenops parnaguae Reiser, 1905 (Furnariidae). Hábitos e vocalizações. Essencialmente terrícola, P. scutatus desloca-se à custa de curtos saltos elásticos, não hesitando em subir troncos ou galhos caídos. Ocorrem isolados ou aos pares, percorrendo as brenhas fechadas com notável agilidade, esgueirando-se entre a vegetação densa e baixa com uma desenvoltura que recorda a de certos Synallaxis. Produzem um inconspícuo ruído quando se deslocam sobre a serrapilheira e podem ser muito buliçosos ao forragear, pois buscam alimento sobretudo no solo, revirando e afastando as folhas secas com o bico à cata de presas ocultas, como, por exemplo, pequenos insetos (Orthoptera, Hymenoptera), conforme comprova o conteúdo do estö- mago de alguns espécimens examinados. Ainda que não tenha sido visto seguindo correições de formigas, P. scutatus acompanha bandos mistos com certa assiduidade, mantendo-se sempre no chão ou muito próximo a ele. Nas “matas secas” de Mocambinho, médio São Francisco, foi observado junto a Picumnus pygmaeus (Lichtenstein, 1823) (Picidae), Sittasomus griseicapillus (Vieillot, 1818), Dendrocolaptes platyrostris Spix, 1824 e Lepidocolaptes squamatus (Lichtenstein, 1822) (Dendrocolaptidae), Xenops rutilans Temminck, 1821 (Furnariidae), Thamnophilus punctatus (Shaw, 1809) e Herpsilochmus atricapillus Pelzeln, 1868 (Formicariidae), Pachyramphus viridis (Vieillot, 1816) (Cotingidae), Myiarchus tyrannulus (Müller, 1776), Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825), Myiopagis caniceps (Swaison, 1837) e Idioptilon margaritaceiventer (d’Orbigny & Lafresnaye, 1837) (Tyrannidae), Cyclarhis gujanensis Gmelin, 1789 (Vireonidae), Parula pitiayumi (Vieillot, 1817) (Parulidae), Conirostrum speciosum (Temminck, 1824) (Coerebidae), Nemosia pileata (Boddaert, 1783) e Hemithraupis guira (Linnaeus, 1766) (Thraupidae). Nos “brejos” nordestinos (por exemplo na chapada do Araripe), foi visto integrando numerosos grupos com Picumnus fulvescens Stager, 1961 (Picidae), S. griseicapillus (Dendrocolaptidae), T. punctatus, Dysithamnus mentalis (Temminck, 1823), Herpsilochmus pileatus (Lichtenstein, 1823) e H. atricapillus (Formicariidae), Pachyramphus polychopterus (Vieillot, 1818) (Cotingidae), Neopelma pallescens (Lafresnaye, 1853) (Pipridae), Empidonax euleri (Cabanis, 1868), Myiobius atricaudus Lawrence, 1863 e Elaenia chiriquensis Lawrence, 1867 (Tyrannidae), Polioptila plumbea (Gmelin, 1788) (Sylviidae), C. gujanensis e Hylophilus poicilotis Temminck, 1822 (Vireonidae), B. flaveolus e B. culicivorus (Parulidae). Ainda que pouco evidente, o bissilábico “üi-pi” de P. scutatus constitui uma das vocalizações mais típicas das “matas secas”, tendo originado o nome onomatopáico de “qué-tripa”, utilizado em certas partes do Ceará (serra de Ibiapaba, chapada do Araripe). Sendo emitida tanto por indivíduos isolados quanto por membros de um mesmo casal à guisa de apelo, esta estrofe pode alongar-se em um assovio mais forte: “uiil...”, às vezes següenciado. O canto desse Furnariidae consiste em um conspícuo “djük-huip” (o “ii soando como uma vogal anterior alta) similar ao apelo, elaborado por exemplares que pousam baixo em ramos destacados, chamando a atenção graças à cauda um tanto aberta em leque, assim como pela plumagem eriçada, o que torna a área negra da garganta ainda mais constrastante. Reprodução. Segundo o tamanho das gônadas de indivíduos examinados e outros dados de campo, a reprodução de P. scutatus no nordeste do Brasil ocorreria aproxima- damente entre fevereiro e abril, portanto entre o final da estação seca da primavera/verão IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 117-124, Maio de 1993 Notas sobre Poecilurus scutatus... 121 eo começo das chuvas outonais (IBGE, 1977). Nossas observações preliminares parecem indicar que esta espécie mantém seus territórios e permanece acasalada ao menos durante grande parte do ano, o que concorda com os registros de BOSQUE & LENTINO (1987) para P. candei. Até o momento, entretanto, não foi possível detalhar os ritos nupciais de P. scutatus, ainda que casais em intensa movimentação tenham sido vistos durante o mês de fevereiro na Floresta Nacional de Araripe, Ceará. Nessa oportunidade, ambos exem- plares vocalizavam repetidamente, mantendo a plumagem um tanto eriçada e a cauda aberta n leque, enquanto perseguiam um ao outro pelo solo entre a vegetação. As informações acerca da nidificação das espécies do gênero Poecilurus têm gerado certa controvérsia, face às discrepâncias observadas entre os poucos relatos existentes, limitados apenas a P. candei. Enquanto Marinkelle (in VAURIE, 1980) refere-se a uma estrutura de “capim e finos raminhos com uma entrada ao lado, situada ao nível do solo na cavidade natural de uma árvore morta”, tanto SERNA (1984) quanto BOSQUE & LENTINO (1987) mencionam ninhos bastante semelhantes àqueles de Synallaxis, feitos de galhos e presos em arbustos. Nesse sentido, causa certa surpresa que as observações feitas no Ceará em 1989 tenham levado à descoberta de que P. scutatus edifica uma estrutura muito semelhante a descrita por Marinkelle. Todos os quatro ninhos da espécie que observamos apresentam um mesmo formato básico, tendo sido construídos no solo, geralmente de encontro a árvores vivas ou troncos caídos. Considerando que três deles, localizados em março de 1989 na Floresta Nacional do Araripe, já se encontravam abandonados e um tanto derruídos pela ação dos elementos, nosso relato encontra-se baseado naquele descoberto em 11 de abril de 1989 nos arredores de Pacoti, serra de Baturité, o qual estava em plena atividade recebendo a atenção de ambos os membros do casal, que se alternavam em carregar fragmentos de folhas verdes para o forro da câmara incubatória, onde a fêmea foi vista chocando dois ovos de 2,8g com 21,2 x 15,7mm e 21,6 x 15,5 mm. Os ovos com casca lisa, branco-imaculados, obedecem o padrão usual dos Furnariidae, ao contrário daqueles de P. candei, que apresentam um colorido esverdeado ou azul- turquesa (BOSQUE & LENTINO, 1987) comparável com o da postura de G. hellmayri. Embora diversos Synallaxinae construam ninhos um tanto desproporcionais ao seu próprio tamanho, chama atenção que um representante de pequeno porte como P. scutatus, cujo adulto atinge apenas 15,5cm de comprimento total de 18g de peso, edifique uma estrutura quase maciça de folhas, galhinhos e radículas com cerca de 65 cm de comprimento, 60cm de largura e 30cm de altura. Passando quase despercebido por assemelhar-se a uma pilha de detritos depositada no solo de encontro à base de uma árvore, o ninho de P. scutatus está constituído de uma abóbada truncada, com espessas paredes formadas de galhos e sobretudo de folhas mortas empilhadas sem qualquer arranjo, as quais englobam uma pequena câmara incubatória esférica de 10cm de diâmetro composta de radículas, cuja metade inferior encontra-se forrada de numerosos pecíolos e restos de macias folhas verdes. Situada quase no nível do solo, esta câmara comunicava-se com um túnel de 4cm de diâmetro e 26 cm de comprimento, construído com pequenos ramos trançados, o qual atravessava a massa de folhas mortas, projetando-se obliquamente para o exterior em um conspícuo tubo com 22cm de comprimento e cerca de 10º de inclinação (figs. 1, 2). Depois de abandonada, esta estrutura parece servir de abrigo para alguns artrópodes, entre os quais numerosos opiliões (Stygninae). Taxonomia: Dos vários problemas taxonômicos observados entre os Synallaxinae, IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 117-124, Maio de 1993 TEIXEIRA & LUIGI destaca-se a controvérsia acerca da validade e composição de Poecilurus Todd, 1917, cuja espécie-tipo é Synallaxis candei Lafresnaye & d’Orbigny, 1838. Através de contribuições posteriores (CORY & HELLMAYR, 1925, PETERS, 1951), este gênero antes monotípico passou a incluir Synallaxis kollari Pelzeln, 1856 e Synallaxis scutata Sclater, 1859, até que os recentes estudos de VAURIE (1971, 1980) sobre os Furnariidae sugerissem sua sinonimização a Synallaxis Vieillot, 1818, o que parece ser um tanto discutível caso consideremos a precariedade de várias das propostas apresentadas por este autor (apud SICK, 1985). De certa forma, a descoberta do ninho de P. scutatus vem renovar tal polêmica, uma vez que P. candei edifica uma estrutura de características um tanto diversas (BOSQUE & LENTINO, 1987), semelhante àquela observada para a maioria das espécies de Synallaxis. Entretanto, segundo Marinkelle (in VAURIE, 1980), esta espécie também pode construir um ninho bastante similar ao de P. scutatus, o que talvez indique um certo comportamento oportunista, fato já observado para diversos Furnariidae (SICK, 1985, VAURIE, 1980), ainda que os Synallaxinae pareçam ser algo constantes nesse sentido. Uma vez que ninhos similares não necessariamente constituem um indício de parentesco e vice-versa, podemos considerar os dados existentes sobre a nidificação de P. scutatus como inconclusivos desde o ponto de vista sistemático, sobretudo se levarmos em conta que essa estrutura, apesar de todas as particularidades assinaladas, recorda a de outros Synallaxinae, obedecendo ao mesmo padrão básico de uma massa de matéria vegetal disposta ao redor de uma câmara incubatória aberta para o exterior através de um túnel, sendo sua localização no solo tanto menos surpreendente se tivermos em vista não apenas os hábitos terrícolas da espécie, mas também o fato de que outros Synallaxinae também podem nidificar no solo, como parece ser o caso de Synallaxis cinerascens Temninck, 1823 (BELTON, 1984). Ressaltamos ainda que a coloração esverdeada dos ovos de P. candei diverge bastante do colorido brancacento assinalado para a maioria dos Synallaxinae, inclusive P. scutatus, encontrando paralelo apenas com a postura de G. hellmayri, espécie típica das áreas abertas da caatinga, cujas relações de parentesco tampouco encontram- se estabelecidas. Embora os representantes de Poecilurus tenham sido considerados como estreitamente aparentados entre si (Vuilleumier in VAURIE, 1980), algumas das diferen- ças supracitadas tornam o assunto de certa maneira aberto a novas discussões. Agradecimentos. Ao World Wildlife Fund/US, cujo apoio permitiu a realização do programa de pesquisas acerca da avifauna nordestina e ao Dr. Francisco L. Nepomuceno e família, que tornou possível realizarmos diversos trabalhos de campo no Ceará. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelo constante apoio prestado às atividades da Seção de Ornitologia do Museu Nacional/ UFRJ. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BELTON, W.C. 1984. Birds of Rio Grande do Sul, Brazil. Part 1. Rheidae through Furnariidae. Bull. Amer. Mus. nat. Hist., New York, 178 (4): 371-631. BOSQUE, €. & LENTINO, M. 1987. The nest, eggs and young of the White-whiskered Spinetail (Synallaxis Poecilurus candei). Wils. Bull., Lawrence, 99 (1): 104-6. BRASIL. Departamento de Produção Mineral. 1981a. Projeto RADAM-BRASIL. Folhas SB 24/25, Jaguaribe/ Natal. Rio de Janeiro, M.M.E. 740p. (Levantamento de Recursos Naturais, 23). —. 1981b. Projeto RADAM-BRASIL. Folhas SD 24, Salvador. Rio de Janeiro, M.M.E. 624 p. (Levantamento de Recursos Naturais, 24). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 117-124, Maio de 1993 Notas sobre Poecilurus scutatus... 123 —. 1982. Projeto RADAM-BRASIL. Folhas SD 23, Brasília. Rio de Janeiro, M.M.E. 653 p. (Levantamento de Recursos Naturais, 29). —. 1983. Projeto RADAM-BRASIL. Folhas SC 24/25, Aracajú Recife. Rio de Janeiro, M.M.E. 852 p. (Levantamento de Recursos Naturais 30). BRASIL. Superintendência de Desenvolvimento do Estado do Ceará. 1986. Atlas do Ceará. Fortaleza. 57p. CEPLAC. 1976. Diagnóstico socioeconômico da região cacaueira. Ilhéus. 246p. (Recursos Florestais, 7). CORY, C.B. & HELMAYR, CR. 1925. Catalogue of birds of the Americas. Publ. Field Mus. Nat. Hist. (Zool. Ser.) Chicago, 13 (4): 1-390. FRY,C.H. '970. Ecological distribution of birds in north-eastern Mato Grosso State, Brazil. An. Acad. brasil. Ciênc., Xio de Janeiro, 42 (2): 277-318. HILTY,S.L. & BROWN, W.L. 1986. A guide to the birds of Colombia. Princeton, Princeton University. 836 Pp. IBGE. 1977. Geografia do Brasil: região nordeste. Rio de Janeiro. 454 p. MEYER-DE-SCHAUENSEE, R. 1970. A guide to the birds of South America. Philadelphia, Academy of Natural Sciences of Philadelphia. 470 p. MEYER-DE-SCHAUENSEE, R. & PHELPS, W.H., JR. 1978. A guide to the birds of Venezuela. Philadelphia, Academy of Natural Sciences of Philadelphia. 424p. NEGRET, A.; TAYLOR, J.; SOARES, R.C. et. al. 1984. Aves da região geopolítica do Distrito Federal. Brasília, Secretaria Especial do Meio Ambiente. MINTER. 21p. OLROG, C.C. 1978. Nueva lista de la avifauna argentina. Opera Lilloana, Tucumán, 27: 1-324. OREN, D.C. 1985. Two new subespecies of birds from the canga vegetation, Serra dos Carajás, Pará, Brazil, and one from Venezuela. Publ. Avuls. Mus. Paraense Emilio Goeldi, Belém, 40: 93-100. PETERS, R. 1951. Check-list of birds of the world. Cambridge, Mass., Museum of Comparative Zoology. 318 p. PINTO, O.M.O. 1938. Catálogo das aves do Brasil. Revta Mus. paul., São Paulo, 22: 1-566. — . 1978. Novo catálogo das aves do Brasil. São Paulo, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. 446p. REMSEN, J.V., JR. & TRAYLOR, M.A.,J.R. 1989. An annotated list of the birds of Bolivia. Vermillion, Buteo Books. 79p. SERNA, M.A. 1984. Avifauna parcial de la Guajira. Medellin, Museo de Historia Natural Colegio de San José, 52p. SHORT, L.L. 1975. A zoogeographic analysis of the South American Chaco avifauna. Bull. Am. nat. Hist. New York, 154 (3): 165-352. SICK, H. 1955. O aspecto fitofisionômico da paisagem do médio rio das Mortes, Mato Grosso, e a avifauna da região. Arq. Mus. nac. Rio de J. Rio de Janeiro, 42: 541-76. __. 1985. Ornitologia brasileira: uma introdução. Brasília, Editora Universidade de Brasília. 827 p. SNETHLAGE, H. 1927. Meine Reise durch Nordostbrasilien. J. Orn. Leipzig, 75: 453-84. — . 1928. Meine Reise durch Nordostbrasilien. J. Orn., Leipzig, 76: 503- 81, 668-738. TEIXEIRA, D.M. 1987. Notas sobre o “gravatazeiro”, Rhopornis ardesiaca (Wied, 1831). Revta bras. Biol., Rio de Janeiro, 47 (3): 409-14. __, 1990. Notas sobre algumas aves descritas por Emile Snethlage. Bolm. Mus. nac., Rio de J. N. Ser. Zool., Rio de Janeiro, 37: 1-6. TEIXEIRA, D.M. & LUIGI, G. 1989. Notas sobre Cranioleuca semicinerea (Reichenbach, 1853). Revta bras. Biol., Rio de Janeiro, 49 (2): 605-13. VAURIE, C. 1971. Classification of the Ovenbirds, Furnariidae. London, Witherby. 46p. __. 1980. Taxonomy and geographical distribution of the Furnariidae. Bull. Am. Mus. nat. Hist., New York, 166 (1): 1-357. Recebido em 2.07.1992; aceito em 14.1.1993 IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 117-124, Maio de 1993 Figs. 1,2: Ninho de Poecilurus scutatus. 1. Corte longitudinal; 2. Vista lateral. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 117-124, Maio de 1993 TEIXEIRA & LUIGI NOVAS ESPECIES DE TEKELLINA DO BRASIL (ARANEAE, THERIDIIDAE) Maria Aparecida L. Marques ! Erica Helena Buckup ! ABSTRACT NEW SPECIES OF TEKELLINA FROM BRAZIL (ARANEAE, THERIDIIDAE). Five new species of genus Tekellina Levi are described: T. crica, T. bella and T. pretiosa from Amazônia and T. guaiba and T. minor from Rio Grande do Sul, Brazil. This study extends the range of Tekellina from Florida, United States, to Southern Brazil. KEYWORDS. Neotropical, Araneae, Theridiidae, Tekellina, new species. INTRODUÇÃO O gênero Tekellina foi proposto por LEVI (1957) para única espécie norte- americana, 7. archboldi Levi, 1957 da Florida. Compreende aranhas Theridiidae, muito pequenas, caracterizadadas pela presença de duas cerdas no lugar do colulo, quelíceras sem dentes nas margens, esterno amplamente truncado entre as coxas IV e abdômen mais largo que longo; palpo com longo êmbolo sustentado por uma extensa apófise mediana (circular), cujo ápice se projeta sobre a margem ectal do címbio, junto ao gancho paracimbial, o “hook paracymbium”; o “radix” (condutor?) encontra-se próximo à base do êmbolo; címbio modificado na metade basal retrolateral (LEVI, 1957; LEVI & LEVI, 1962). Recentemente, recebemos aranhas Theridiidae para identificação, entre as quais Tekellina, colecionadas por Hubert Höfer na Amazônia e depositadas no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). São incluídos no estudo, espécimens do Museu de Ciências, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. (MCP) e do Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, (MCN).. Encontramos cinco espécies novas, descritas a seguir, que estendem a distribui- ção do gênero à Região Neotropical até o Rio Grande do Sul, Brasil. As abreviaturas dos olhos são expressas segundo MARQUES & BUCKUP (1989) e as medidas em milímetros. 1. Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (MCN), Caixa Postal 1188; CEP 90001-970, Porto Alegre, RS, Brasil. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 125-132, Maio de 1993 MARQUES & BUCKUP Tekellina Levi, 1957 Tekellina LEVI, 1957:107. Espécie-tipo por designação original T. archboldi Levi, 1957. Composição. Seis espécies: T. archboldi da Florida, Estados Unidos; T. crica, sp.n., T. bella, sp.n. e T. pretiosa sp.n. do Amazonas; T. minor, sp.n. e T. guaiba, sp.n. do Rio Grande do Sul, Brasil. Chave para as espécies de Tekellina 3 (2). 4 (2). 5 (4). 6 (1). TO): 8 (7). Machos (T. guaiba.deseonheeido)..................... nee soci ea ee EEE 2 Femeas(@.minone Tl. pretiosadesconheeidas)... 2. ER 6 Cimbio com a metade baso-retrolateral levemente proeminente (figs. 1,2 e EEVT, 1957: 109, fig N. nn EEE 3 Cimbio com a metade baso-retrolateral fortemente proeminente, projetada (fig; 7-10, 13-1). ee SR ENEENEFEEERERGER + Êmbolo origina-se mediano-retrolateralmente; apófise mediana larga (LEVI, LOST too ig) RlornidadEstados Unidos T. archboldi Embolo (E) origina-se apicalmente; apöfise mediana (AM) estreita (fig. 1); Amazeonas.Brasil......... ee a Re N DREIER ente Embolo nasce apicalmente (fig. 9); Amazonas, Brasil......................... T. bella Embolo nasce mediano ou baso-retrolateralmente (Figs.7,13).... 0 5 Apófise mediana larga; êmbolo com origem basal (fig. 7); Rio Grande do Sul, Brasilianer ag A SAC a T.minor Apófise mediana estreita; êmbolo com origem mediana (fig. 13); Amazonas, Brasil. ea de 8 T.pretiosa Dorso do abdômen com padrão de pigmento branco....................... io 7 Dorso do abdômen sem padrão de pigmento branco; (epígino com ductos espiralados, que formam uma volta posterior, figs. 11, 12); Amazonas, Brasilia ca u O e ER T. bella Epígino com ductos espiralados, conspícuos, de percurso angular próximo aos poros de copulação (LEVI, 1957, figs. 11,12); Florida, Estados Uni- DOSE A a fis o a SD ER pe O RER T.archboldi Epígino com ductos espiralados, inconspícuos, arqueados no percurso próximo aos porosideicopulação (figs)4 16): rar cer csaaas o dus tonaas EEE 8 Ductos fortementes arqueados, paralelos, no percurso próximo aos poros de copulação/(iig 4): Amazonas; Brasil T.crica Ductos levemente arqueados, não paralelos, no percurso proximal (fig. 6); Rio Grande.do’SulyBrasilen. ann. ae rn RE e coa T. guaiba Tekellina archboldi Levi, 1957 Tekellina archboldi LEVI, 1957: 107, figs. 7-12, holótipo macho, alótipo fêmea e 4 parätipos fêmeas, Florida, Estados Unidos, no “American Museum of Natural History”: (não examinados). BRIGNOLI, 1983:414. PLATNICK, 1989:202. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 125-132, Maio de 1993 Novas espécies de Tekellina... 127 Diagnose. Com base nas ilustracöes de LEVI (1957, figs. 7,8, 11, 12), machos têm o cimbio levemente proeminente na metade baso-retrolateral e inserção mediano- retrolateral do êmbolo; fêmeas distinguem-se pela forma do epígino com ductos em espiral conspícua, de percurso angular próximo aos poros de copulação. Distribuição. Florida, Estados Unidos. Tekellina crica, sp.n. (Figs. 1-4) Tipos. Holótipo macho, Reserva Florestal Adolpho Ducke, Manaus, Amazonas, Brasil, 18.X1.1991, H. Höfer & T. Gasnier col. (INPA); alótipo fêmea da mesma localidade, 18-25.11.1992, A.D. Brescovit col. (MCN 22090). Etimologia. O nome específico é uma combinação arbitrária de letras. Diagnose. Machos de Tekellina crica assemelham-se aos de T. archboldi pelo címbio pouco proeminente retrolateralmente; separam-se pela origem apical do êmbolo (fig. 1); ponta do condutor (C) dirigida para o ápice do palpo na primeira espécie (figs. 1,2) e voltada para a base na segunda. Fêmeas são parecidas com as de T. guaiba pelas espermatecas ovais, alongadas, mas diferem pelos ductos fortemente arqueados, parale- los, no percurso proximal (fig. 4). Macho (holótipo). Carapaça e apêndices brancos, levemente amarelados. Abdô- men subesférico, levemente deprimido dorso-ventralmente; dorso com pigmento branco, exceto na região anterior e na área central. OMA ligeiramente maiores do que OLA, separados entre si por 2/3 do seu diâmetro, muito próximos dos OLA. Olhos posteriores de igual tamanho, menores do que os anteriores, quase egüidistantes. Altura do clípeo 1 1/3 o diâmetro dos OMA. Medidas. Comprimento total 1,17. Carapaça, comprimento 0,47, largura 0,42. IMANAV: fêmures 0,52/0,50/0,30/0,47; patelas + tíbias 0,62/0,52/0,35/0,50; metatarsos + tarsos 0,57/0,52/0,44/0,47. Totais 1,71/1,54/1,09/1,44. Fêmea (alótipo). Padrão de colorido e forma do abdômen semelhantes ao do macho (fig. 3). OMA maiores do que os demais, afastados um do outro por cerca de seu raio, muito próximos dos OLA. OMP separados por cerca de seu diâmetro e dos OLP por 3/ 4 do diâmetro dos OMP. Medidas. Comprimento total 1,15. Carapaça, comprimento e largura 0,44. Abdô- men, comprimento 0,75, largura 0,95, altura 0,70. Pernas 1, 2, 4, 3. Comprimento I/Il/ II/IV: fêmures 0,52/0,50/0,35/0,48; tíbias + patelas 0,62/0,60/0,38/0,55; metatarsos + tarsos 0,60/0,58/0,47/0,52. Totais 1,74/1,68/1,20/1,55. Distribuição. Amazonas, Brasil. Tekellina guaiba, sp.n. (Figs. 5,6) Tipo. Holótipo fêmea, Guaíba, Rio Grande do Sul, Brasil, 06.1.1976, S. Scherer col. (MCN 3716). IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 125-132, Maio de 1993 MARQUES & BUCKUP Etimologia. O nome específico em aposição é um substantivo referente à localida- de-tipo. ones Fêmeas de T. guaiba assemelham-se às de T. crica pelo padrão de colorido e pelas espermatecas ovais e alongadas, separam-se pelo percurso dos ductos (fig. 6). Macho desconhecido. Fêmea (holótipo). Carapaça, pernas, esterno, lábio e enditos esbranquiçados. Abdômen subesférico com pigmento branco no dorso, com exceção de estreita faixa mediana anterior e ampla área central (fig.5). Olhos subiguais, os OMA maiores separados um do outro pela metade de seu diâmetro e muito próximos dos OLA. Olhos posteriores de igual tamanho e egüidistantes. Altura do clipeo duas vezes o diâmetro dos OMA. Medidas. Comprimento total 1,25. Carapaça, comprimento e largura 0,50. Abdô- men, comprimento 0,80, largura 1,00, altura 0,70. Pernas 1,2,4,3. Comprimento I/I/II/ IV: fêmures 0,57/0,55/0,37/0,52; patelas + tíbias 0,70/0,65/0,42/060; metatarsos + tarsos 0,60/0,57/0,50/0,52. Totais 1,87/1,77/1,29/1,64. Distribuição. Rio Grande do Sul, Brasil. Tekellina minor, sp.n. (Figs. 7,8) Tipo. Holótipo macho, Estação Ecológica do Taim, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil, 02.1X.1986, M.A.L. Marques col. (MCN 15856). Etimologia. O nome específico é um adjetivo latino em referência ao tamanho do holótipo. Diagnose. Machos de T. minor separam-se de T. bella pela apófise mediana larga em seu percurso circular sobre o tégulo e o êmbolo surgir próximo à base do címbio (figs. 7,8). Fêmea desconhecida. Macho (holótipo). Colorido geral amarelo-claro. Abdômen subesférico, sem pig- mento branco no dorso. Olhos grandes subiguais; OMA maiores que os demais, afastados um do outro por quase seu diâmetro, muito próximos dos OLA. Olhos posteriores aproximadamente iguais em tamanho, OMP separados por pouco menos que seu diâmetro e por cerca de seu raio dos OLP. Altura do clípeo pouco menor do que o diâmetro dos OMA. Medidas. Comprimento total 0,97. Carapaça, comprimento e largura 0,42. Abdô- men, comprimento 0,65, largura 0,67, altura 0,55. Pernas 1, 2, 4, 3. Comprimento I/I/II/ IV: fêmures 0,50/0,47/0,32/0,42; patelas + tíbias 0,57/0,55/0,35/0,44; metatarsos + tarsos 0,50/0,50/0,40/0,42. Totais 1,57/1,52/1,07/1,28. Distribuição. Rio Grande do Sul, Brasil Tekellina bella, sp.n (Figs. 9-12) Tipos. Holótipo macho, Reserva Florestal Adolpho Ducke 2º 55’S, 59º 59’W), Manaus, Amazonas, Brasil, 21.11.1992, J. Adis et al. col. (INPA); parátipos da mesma IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 125-132, Maio de 1993 Novas espécies de Tekellina... 129 localidade do holótipo: 9, 21.11.1992, J. Adis et al. col. (INPA); I o, 21.VII.1991, J. Adis et al. col. (MCN 22502); 29, 18-25.11.1992, A.D. Brescovit col. (MCN 22021, MCN 22474); parätipos 5,9, Ilha de Maracä, Rio Uraricoera, Roraima, Brasil, 14.11. 1992, A.A. Lise & A.B. Bonaldo col. (MCP 2225). Etimologia. O nome específico é um adjetivo latino em referência à beleza do colorido dos espécimens. Diagnose. Machos de T. bella diferem dos das espécies com acentuada projeção basal retrolateral do címbio, T. minor e T. pretiosa, pela origem apical do êmbolo, próxima ao ápice do címbio (figs. 9,10). Fêmeas assemelham-se às de T. archboldi pelo padrão da genitália, mas diferem pelo percurso diferente dos ductos (figs. il, 12) e pelo dorso do adbômen sem área de pigmentação branca. Macho (holótipo). Carapaça com impressões irregulares róseo-avermelhadas, olhos médios anteriores e posteriores com anel avermelhado; OMA avermelhados. Abdômen esférico, rosado. Fixado em álcool: carapaça e pernas esbranquiçadas, abdô- men amarelado e anel dos olhos escuro. OMA, maiores que os demais, separados entre si por 2/3 de seu diâmetro e muito próximos dos OLA. OMP afastados por quase seu diâmetro e dos OLA por cerca de seu raio. Altura do clípeo 2/3 do diâmetro dos OMA. Medidas. Comprimento total 1,00. Carapaça, comprimento 0,45, largura 0,42. Abdômen, comprimento 0,57, largura 0,61, altura 0,63. Pernas 1, 2, 4, 3. Comprimento /Il/III/IV: fêmures 0,47/0,47/0,32/0,52; patelas + tíbias 0,57/0,52/0,35/0,50; metatarsos+tarsos 0,55/0,52/0,42/0,42. Totais 1,59/1,51/1,09/1,44. Fêmea (parätipo, MCN 22021). Colorido semelhante ao do macho. OMA maiores, os demais de igual tamanho. OMA afastados por 2/3 de seu diâmetro, muito próximo dos OLA. OMP separados por 1 1/2 diâmetro e dos OLP pelo seu raio. Altura do clípeo correspondente a 3/4 do diâmetro dos OMA. Medidas. Comprimento total 1,02. Carapaça, comprimento e largura 0,45. Abdô- men, comprimento 0,70, largura 0,65, altura 0,65. Pernas 1,2,4,3. Comprimento I/H/II/ IV: fêmures 0,55/0,52/0,37/0,50; patelas + tíbias 0,60/0,55/0,40/0,55; metatarsos + tarsos 0,55/0,55/0,42/0,55. Totais 1,70/1,62/1,19/1,60. Distribuição. Norte do Brasil (Roraima e Amazonas). Tekellina pretiosa, sp.n. (Figs. 13,14) Tipo. Holótipo macho, Fazenda Esteio, 60 km norte de Manaus, Amazonas, Brasil, 19.11.1986, B.C. Klein col. em armadilha de Malaise, (INPA); holötipo danificado, sem abdômen e parte dos artículos das pernas, mas com palpos perfeitos. Etimologia. O nome específico, um adjetivo latino, significa de muito valor. Diagnose. Machos de T. pretiosa distinguem-se das espécies com címbio retrolateralmente muito proeminente, T. bella e T. minor, pelo êmbolo nascendo medianamente, ao nível da cavidade paracímbial (figs. 13,14). Fêmea desconhecida. Macho (holótipo). Carapaça e pernas esbranquiçadas. OMA, maiores que os demais, separados entre si por 3/4 de seu diâmetro, muito próximos dos OLA. OMP afastados um do outro por quase dois diâmetros, e por pouco mais de um diâmetro dos OLA. Altura do clípeo 1 1/4 o diâmetro dos OMA. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 125-132, Maio de 1993 MARQUES & BUCKUP Medidas. Carapaça, comprimento 0,45, largura 0,43. Pernas, fórmula provavel- mente 1, 2, 4, 3. Comprimento fêmures Y/I/II/TV: 0,55/0,52/0,35/0,48. Distribuição. Amazonas, Brasil. Agradecimentos. A Hubert Höfer pelas aranhas colecionadas em Manaus, no projeto da Deutschen Forschungsgemeinschaft (DFG) Alemanha (Convênio INPA/Max Plank, Plönn) e a Arno A. Lise, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRIGNOLI, P.M. 1983. A Catalogue of the Araneae described between 1940 and 1981. Manchester, Manchester University. 755p. LEVI, H.W. 1957. The north American spider genera Paratheridula, Tekellina, Pholcomma and Archerius (Araneae: Theridiidae). Trans. Am. microsc. Soc., New Haven, 76 (2): 105-115. LEVI, H.W. & LEVI, L.R. 1962. The genera of spider family Theridiidae. Bull. Mus. comp. Zool. Harv. Cambridge, Mass., 127 (1): 1-171. MARQUES, M.A.L. & BUCKUP, E.H. 1989. Duas novas espécies de Theridiidae (Araneae) dos gêneros Cerocida e Echinotheridion do Amazonas, Brasil. Iheringia, Ser. Zool., Porto Alegre, (69): 101-107. PLATNICK, N.I. 1989. Advances in Spider Taxonomy 1981-1987; A supplement to Brignoli’s A Catalogue of the Araneae described between 1940-1981. Manchester, P. Merret. 673p. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 125-132, Maio de 1993 Novas espécies de Tekellina... Figs. 1-8. Tekellina crica, sp.n.: 1,2, macho, palpo esquerdo, ventral e retrolateral; 3, fêmea, abdômen, dorsal; 4, epígino, ventral. T. guaiba, sp.n.: 5, fêmea, abdômen, dorsal; 6, epígino, ventral. T. minor, sp.n.: 7,8, macho, palpo esquerdo, ventral e retrolateral. (AM, apófise mediana; C, condutor; E, êmbolo.) Escalas: 0,05 mm, figs. 1,2,4,6-8; 0,25mm, figs. 3,5. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 125-132, Maio de 1993 bo MARQUES & BUCKUP OU) Figs. 9-14. Tekellina bella, sp.n.: 9,10, macho, palpo esquerdo, ventral e retrolateral; 11,12, fêmea, epígino, ventral e dorsal clarificado. T. pretiosa, sp.n.: 13,14, macho, palpo esquerdo, ventral e retrolateral. Escalas: 0,05mm, figs. 9-14. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 125-132, Maio de 1993 NOVAS ESPÉCIES DE OREODERA A. - SERVILLE, 1835 E ALPHUS WHITE, 1855 (COLEOPTERA, CERAMBYCIDAE, LAMIINAE, ACANTHODERINI) DA AMERICA DO SUL Ubirajara R. Martins '** Miguel A. Monné ** ABSTRACT NEW SPECIES OF OREODERA A.- SERVILLE, 1835 ANDALPHUS WHITE, 1855 (COLEOPTERA, CERAMBYCIDAE, LAMIINAE, ACANTHODERINI) FROM SOUTH AMERICA. New species described: Oreodera curvata, from French Guiana and Brazil (Amazonas): O. sororcula, from Venezuela and Guiana; O. albilatera, from Ecuador; O. magnifica, from Brazil (São Paulo); Alphus diringsi, from Brazil (Amazonas). KEYWORDS. Coleoptera, Cerambycidae, Acanthoderini, Oreodera, Alphus. INTRODUÇÃO Para identificar exemplares da coleção de Cerambycidae do Canadian Museum of Nature, Ottawa, revisamos material dos gêneros Oreodera e Alphus, de algumas institui- ções, recebido para estudo nos últimos anos. O estudo resultou na descoberta de algumas novas espécies descritas a seguir. O gênero Oreodera reúne, atualmente, 75 espécies que ocorrem do México à Argentina e boa parte delas foi ilustrada, o que facilita as identificações. Contudo, uma revisão deste gênero se faz necessária para reunir esse vultoso número de formas em grupos mais facilmente reconhecíveis. Além disso, algumas espécies devem ser provavel- mente sinonimizadas e outras foram tão sumariamente descritas que um estudo dos tipos seria imprescindível. Recentemente, MONNÉ & FRAGOSO (1988) publicaram descrições de 21 novas espécies acompanhadas de boas ilustrações e definiram apropriadamente Oreodera 1. Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo, C.P. 7172, 01065-970 São Paulo, SP, Brasil. 2. Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Quinta da Boa Vista, 20940-040 Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 3. Departamento de Epidemiologia, Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo. 4. Pesquisador do CNPq. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 133-140, Maio 1993 134 ; MARTINS & MONNÉ quinquetuberculata (Drapiez, 1820), espécie até então de difícil interpretação. Alphus reúne 20 espécies. Alphus diringsi, sp. n., descrita adiante, é semelhante à espécie-tipo, A. subsellatus White, 1855. O material mencionado pertence às seguintes instituições: American Museum of Natural History, New York, (AMNH); Canadian Museum of Nature, Ottawa (CNCC); Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus (INPA); Museum of Comparative Zoology, Cambridge, Mass. (MCZC); Museu Nacional, Rio de Janeiro (MNRJ); Museu de Zoologia, Universidade de Säo Paulo (MZSP). Oreodera curvata, sp.n. (Fig. 1) 9. Tegumento castanho ou castanho-avermelhado. Cabeça revestida por pubescência amarelo-olivácea. Fronte estreita com faixa transversal de pubescência castanho-escura entre os tubérculos anteníferos. Lobos oculares superiores muito próximos com pequena mancha preta entre si. Dorso da cabeça com quatro manchas pretas organizadas transver- salmente. Face externa do escapo com pubescência amarelada, mais esparsa no lado interno. Flagelômeros com pubescência amarelo-esbranquiçada na base e em área gradualmente menor em direção aos flagelômeros apicais. Lado interno dos flagelômeros basais com franja e pêlos curtos. Protórax com pubescência amarelo-olivácea. Pronoto com seis manchas pretas: uma a cada lado externo dos tubérculos anteriores e duas a cada lado entre o tubérculo anterior e o lateral. Tubérculo lateral do protórax cônico, projetado. Disco do pronoto com três tubérculos: dois anteriores e um centro-basal menos projetado. Duas fileiras transver- sais de pontos profundos junto às margens anterior e posterior. Regiões laterais ao tubérculo central com pontuação fina e esparsa. Escutelo com pubescência amarelo- olivácea. Elitros com pubescência predominantemente amarelada: densa na declividade basal e em faixa transversal que se projeta posteriormente na face anterior dos tubérculos centro-basais; pouco atrás da região central do élitro em faixa curva transversal e no quarto apical em zigue-zague irregular (fig. 1). Pubescência preta no lado externo dos tubérculos centro-basais, em pequenas manchas dorsais atrás da faixa curva e ao redor das manchas em zigue-zague. Região compreendida entre a faixa basal e a faixa curva transversal com grânulos pequenos, moderadamente densos. Extremidades elitrais obliquamente truncadas com pequena projeção externa. Pernas e face ventral com pubescência amarelada. Último urosternito (9) longitu- dinalmente sulcado no centro do terço basal, emarginado na borda apical. Dimensões, em mm, 9. Comprimento total, 14,8-19,0; comprimento do protórax, 2,6-3,5; maior largura do protórax, 4,5-5,7; comprimento do élitro, 11,2-13,9; largura umeral, 5,6-7,2. Material. GUIANA FRANCESA. Cayenne, parátipo Q, Coll. Deyrolle (MCZC). BRASIL. Amazonas: Estirão do Equador (Rio Javari), holótipo 9,X1.1979, M. Alvarenga col. (MNRJ); Reserva Ducke (AM 010, km 26), parätipo 9, 29.VIII.1978, armadilha de Malaise (INPA). IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 133-140, Maio 1993 Novas espécies de Oreodera... 135 Discussão. Oreodera curvata, sp.n., insere-se num grupo de espécies que apresenta élitros com tubérculo centro-basal desenvolvido, pontos tuberculados na metade anterior e faixas irregulares, claras, perto do ápice (como na fig. 1); a declividade basal dos élitros pode ser ocupada por pubescência amarelada ou amarelo-olivácea. mais ou menos contrastante com aquela do restante do terço anterior. Algumas espécies deste grupo foram ilustradas: O. basipenicillata Tippmann, 1960 (TIPPMANN, 1960: est. 10, fig. c); O. fluctuosa Bates, 1861 (MONNÉ & FRAGOSO. 1988: 816, fig. 8); O. inscripta Bates, 1872 (BATES, 1880, est. 10, fig. 11, sob a denominação equivocada de O. inscriptipennis). Outras espécies do grupo ainda não foram figuradas: O. graphiptera Bates, 1885 (não examinada); O. mimetica Lane, 1970 (não examinada); O. undulata Bates, 1861 (examinada). É provável que O. corticina Thomson, 1865 (não examinada) pertença ao grupo, mas a descrição original, extrema- mente resumida, não permite tomar decisões. Nenhuma das espécies ilustradas mostra a faixa clara, curva, levemente oblíqua logo atrás do meio dos élitros e nenhuma das descrições das espécies não figuradas menciona essa faixa, portanto, o padrão do desenho elitral permite distinguir O. curvata de todas as demais. Oreodera sororcula, sp. n. (Fig. 2) 4- Tegumento vermelho-acastanhado. Cabeça revestida por pubescência amarela- da, pouco mais concentrada entre os tubérculos anteníferos; região interocular dorsal com pequena área triangular glabra. Lobos oculares superiores próximos. Antenas atingem o ápice elitral aproximadamente no meio do antenômero VII. Bases dos flagelômeros esbranquiçadas. Antenômero XI curvo no quinto apical. Lado interno dos flagelömeros III e IV com pêlos curtos, escuros. Protórax com pubescência amarelada; centro do prosterno com pubescência branca. Pronoto com três tubérculos; os látero-anteriores mais projetados que o centro- basal. Tubérculos laterais projetados, cônicos. Distância entre pontos da fileira transver- sal junto à margem posterior maior que o diâmetro dos pontos. Pontos junto à orla anterior não alinhados no centro. Restante da superfície pronotal esparsamente pontuada. Tubér- culo manifesto no limite entre o prosterno e o proepimero. Élitros com tegumento castanho-avermelhado; mancha lateral no terço anterior e faixa estreita, irregular, dorsal no terço apical com tegumento mais escuro e pubescência castanha. Declividade basal e escutelo com pubescência acastanhada mais esparsa do que no restante da superfície elitral. Na metade apical muitos flocos pequenos de pubescência branca, principalmente nos lados (entre as manchas escuras) e perto do ápice. Regiões látero-basais com grânulos; os maiores organizados em linha curta no meio da base e na declividade lateral. Metade apical sem grânulos, com alguns pontos constrastantes no dorso do terço apical. Extremidades truncadas com os ângulos sutural e marginal levemente projetados. Fêmures com desenhos em zigue-zague de pubescência esbranquiçada na metade apical. Tíbias com anel branco central. Bases dos tarsômeros com pubescência esbranquiçada. Face ventral lisa com pubescência esbranquiçada ao longo de toda região IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 133-140, Maio 1993 136 MARTINS & MONNE central. o. Antenas ultrapassam o ápice elitral com dois artículos. Antenömero XI sem curvatura apical. Último urosternito com sulco centro-basal. Dimensões, em mm, respectivamente 5/9. Comprimento total, 13,0-15,8/16,1; comprimento do protórax, 2,3-2,6/2,8; maior largura do protórax, 3,8-4,9/5,0; compri- mento do élitro, 9,8-12,0/12,0; largura umeral, 5,0-6,5/6,4. Material. VENEZUELA. Amazonas: Mt. Duida. holótipo s;, 22.X11.1928, Acc. 29500, Tatc. No. 465 (AMNH). GUIANA. Tumatumari (Rio Potaro), parätip»O IX.1912, Acc. 4866 (AMNH); Upper Mazaruni R., parátipo 9, IX-X.1938, A. S. Pinkus col. (MZSP). Discussão. Oreodera sororcula, sp. n.. © semelhante a O. granulipennis Zajciw, 1963, também procedente da Venezuela e com tubérculo entre o prosterno e o proepimero. O. granulipennis foi ilustrada por MONNE & FRAGOSO (1988: 822, fig. 13) e examinamos um macho desta espécie proveniente de Arabupo, Venezuela. O. sororcula difere de O. granulipennis: (1) disco pronotal com pontos entre os tubérculos; (2) declividade basal dos élitros com pubescência castanha, mais escura do que aquela do restante da metade anterior; (3) base dos élitros com pontos tuberculados pequenos entre os grânulos maiores; (4) terço apical dos élitros com pontos contrastantes; manchas castanhas nos lados dos urosternitos (5) indistintas. O padrão de colorido e grânulos da base dos élitros muito menos desenvolvidos permitem separar O. sororcula de O. pustulosa Monné & Fragoso, 1988. THOMSON (1865: 542) descreveu sumariamente O. tuberculata da Colômbia. Não conhecemos a espécie, mas os caracteres, pronoto bituberculado, densamente pontuado e tubérculos elitrais grandes e esparsos, mencionados na descrição não correspondem a O. sororcula. Oreodera albilatera, sp. n. (Fig. 3) 9. Tegumento vermelho-acastanhado. Pubescência geral amarelo-alaranjada. Sutu- ra frontal glabra. Antenas alcançam o ápice elitral aproximadamente no meio do antenômero VII. Pubescência antenal uniforme; as extremidades dos flagelômeros apicais mais escurecidas. Protórax com tubérculos laterais projetados. Pubescência uniforme. Tubérculos pronotais pouco projetados, recobertos pela pubescência. Pontuação do sulco anterior irregular; pontos do sulco posterior distantes. Tegumento elitral mais castanho nos lados da base. Pubescência alaranjada mais concentrada em pequena área longitudinal no dorso do terço apical. Pequena mancha oblíqua de pubescência preta no local da crista centro-basal que não é projetada. Meio dos lados com mancha de pubescência branca muito compacta; essa pubescência prolonga- se para o dorso dos élitros ao nível do meio e nessa região está entremeada por pontos bem contrastantes. Metade basal pontuada, sem grânulos. Calo umeral projetado. Extremida- des obliquamente truncadas. Fêmures com alguns pontos contrastantes; anteriores robustos. Tíbias com pubescência uniforme. Lados do metasterno com pontos finos, muito esparsos. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 133-140, Maio 1993 Novas espécies de Oreodera... 137 Dimensões, em mm, holötipo9. Comprimento total, 12,6; comprimento do protórax, 2,2; maior largura do protórax, 3,9; comprimento do élitro, 9,2: largura umeral, 5,1. Material. EQUADOR. Pichincha: Santo Domingo (47 km S, Rio Palenque Station, 250 m), holótipo Q, 17-25.11. 1979, S. A. Marshall col. (CNCC). Discussão. Além de Oreodera albilatera, sp. n., O. cretifera Pascoe, 1859 e O. cretata Bates, 1861 também apresentam, nos lados dos élitros, mancha alongada de pubescência branca muito densa, sendo restrita à declividade lateral dos élitros sem prolongamento para a região dorsal em O. cretifera e O. cretata. Morfologicamente O. albilatera assemelha-se a O. tijuca Marinoni & Martins, 1978, mas o padrão de colorido das duas espécies é completamente diverso. Oreodera magnifica, sp. n. (Fig. 4) 9. Tegumento castanho-avermelhado. Cabeçarevestida por pubescência acinzentada; região occipital glabra, projetada anteriormente entre os lobos oculares superiores, envolve duas máculas brancas posteriores. Fronte transversal. Lobos oculares superiores tão distantes entre si quanto a largura de um lobo. Antenas atingem o ápice elitral aproximadamente na extremidade do antenômero VII. Escapo com pubescência esbranquiçada. Flagelômeros castanhos com bases acinzentadas; III-V com pêlos curtos e densos no lado interno. Protórax com pubescência esbranquiçada. Tubérculo lateral do protórax manifesto. Pronoto com três tubérculos: dois látero-anteriores, transversais, glabros no topo e um centro-posterior menos projetado. Superfície pronotal densamente pontuada; fileira transversal junto à base com pontos subcontíguos. Escutelo com pubescência castanho- escura. Élitros com sexto basal castanho-acinzentado e abundantes grânulos glabros; do sexto basal ao ápice densamente brancos; região central dessa área com faixa castanha oblíqua em sentido descendente da margem para a sutura; mancha castanha densa, lateral, sem pontos no terço posterior, não alcança a sutura, delimita anteriormente uma área lateral densamente branca; quarto apical com abundantes pontos glabros. Extremidades elitrais obliquamente truncadas e com espinho curto externo. Fêmures esbranquiçados com mancha castanha ao nível do terço apical. Metade basal das tíbias esbranquiçada; metade apical castanho-escura. Tarsômeros castanho- escuros. Face ventral com pubescência esbranquiçada; lados da base do último urosternito com mancha castanha arredondada. Dimensões, em mm, holótipog. Comprimento total, 19,0; comprimento do protórax, 3,0; maior largura do protórax, 5,3; comprimento do élitro, 14,5; largura umeral, 7,4. Material. BRASIL. São Paulo: Campos do Jordão, parátipos 3, 9, II. 1958, K. Lenko col. (MNRJ); (Capivari, 1650 m), holótipo 9, I. 1954, Dirings (MZSP). Discussão. O padrão de colorido dos &litros de O. magnifica (fig. 4) é único dentre as espécies do gênero. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 133-140, Maio 1993 MARTINS & MONNE Alphus diringsi, sp. n. q. Tegumento castanho. Cabeça com pubescência esbranquiçada. Fronte estreita. Sutura frontal prolongada até o occipício. Antenas atingem o ápice elitral aproximada- mente na extremidade do antenômero VIII. Escapo, base do pedicelo e antenômero II (ápice exceto), salpicados de pubescência branca. Região escura do ápice dos antenômeros IV-XI gradualmente mais larga; a pubescência clara das bases gradualmente menos variegada em direção aos antenômeros apicais. Franja de pêlos dos flagelômeros basais curta. Protórax com pubescência branco-amarelada entremeada por pontos pequenos, abundantes. Espinho lateral do protórax desenvolvido, acuminado, situado ao nível do terço posterior. Pronoto com cinco tubérculos: dois centrais, desenvolvidos, glabros no topo e três adiante da depressão basal (um no meio e dois mais externos do que os centrais). Lados do protórax com uma gibosidade transversal próxima à orla anterior. Élitros com pubescência olivácea; região central do dorso, área lateral ao nível do terço apical e declividade posterior com pubescência esbranquiçada. Manchas castanho- escuras: pequena, sutural, junto ao ápice do escutelo; dorsal, mais desenvolvida, junto à sutura no quarto anterior (junto com a que lhe corresponde no outro élitro, forma um “v” com ramos curtos): uma mais alongada na declividade lateral ao nível do terço anterior. Crista centro-basal com apenas seis tubérculos desenvolvidos; poucos tubérculos gran- des, em linha oblíqua direcionada do úmero ao meio; úmeros abundantemente tuberculados. Fêmures salpicados de manchas de pêlos brancos. Extremidades das tíbias escuras. Face dorsal dos tarsômeros e face ventral do corpo com pubescência branca. Dimensões, em mm, holótipo 9. Comprimento total, 17,6; comprimento do protórax, 3,3; maior largura do protórax, 5,7; comprimento do élitro, 13,1; largura umeral, 7,4. Material. BRASIL. Amazonas: Benjamin Constant (Rio Javari), holótipo Q, IX.1961, Dirings (MZSP). Discussão. O aspecto geral de Alphus diringsi, sp. n., é semelhante ao de A. variegatus Mendes, 1938; A. senilis Bates, 1862 (única ocorrente na Amazônia); A. dejeani Lane, 1973 e A. subsellatus White, 1855. A nova espécie distingue-se de A. senilis: (1) maiores dimensões; (2) ausência de pubescência castanho-alaranjada entre as cristas centro-basais dos élitros; (3) forma da mancha castanho-escura do quarto anterior; (4) grânulos grandes e afastados sobre a crista centro-basal e no dorso da declividade lateral dos &litros; (5) extremidades elitrais truncadas. | A presença de cinco tubérculos no pronoto permite distinguir A. diringsi de A. variegatus, A. subsellatus e A. dejeani, cujo pronoto apresenta três tubérculos. O nome específico é uma homenagem a R. von Diringshofen cuja coleção, resultante de muitos anos de trabalho, enriqueceu consideravelmente o patrimônio científico do Museu de Zoologia. Agradecimentos. Aos curadores das coleções mencionadas acima pelo empréstimo de material; ao Prof. J onas Gruber pela execução das fotografias; ao Dr. Renato C. Marinoni pela companhia dedicada no exame dos diapositivos dos holótipos. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 133-140, Maio 1993 Novas espécies de Oreodera... 139 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BATES, H. W. 1880. Biologia Centrali-Americana, Coleoptera, v. 5, Londres, British Museum of Natural History, p. 17-152, est. 3-11. MONNÉ, M.A. & FRAGOSO, S.A. 1988. Novas espécies e sinonímia de Oreodera Audinet-Serville, 1835 (Coleoptera, Cerambycidae, Lamiinae, Acanthoderini). Revta bras. Biol., Rio de Janeiro, 48 (4): 811- 831. THOMSON, J. 1865. Diagnoses d’especes nouvelles qui seront décrites dans l’appendix du Systema Cerambycidarum. Mém. Soc. Roy. Sci. Liége, 19: 541-578. TIPPMANN, F.F. 1960. Studien über neotropische Longicornier. III. (Coleoptera, Cerambycidae). Koleopt. Rdsch., Viena, 37/38: 82-217. Recebido em 13.1.1993; aceito em 5.02.1993 IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 133-140, Maio 1993 MARTINS & MONNE Fig. 1-4. 1. Oreodera curvata, sp. n., parátipo 5, comprimento, 14,8 mm. 2. O.sororcula, sp. n, holótipo So comprimento, 15,8 mm. 3. O. albilatera, sp. n., holótipo 9, comprimento, 12,6 mm. 4. O. magnifica, sp. n., holótipo 9, comprimento, 19,0 mm. J. Gruber foto. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 133-140, Maio 1993 EDAD Y CRECIMIENTO DE HOPLIAS MALABARICUS MALABARICUS (BLOCH, 1794) (TELEOSTEI, ERYTRINIDAE) EN LA LAGUNA DE LOBOS (ARGENTINA) Alejandro Domanico! Ricardo Delfino ? Lauce Freyre ABSTRACT AGE AND GROWTH OF HOPLIAS MALABARICUS MALABARICUS (BLOCH, 1794) FROM LOBOS LAGOON (ARGENTINE). Age and growth of Hoplias malabaricus malabaricus from Lobos lagoon (35º17'S; 59° 7’ W), Buenos Aires, Argentina, were analyzed. Age has been determined on 525 scales obtained from sampling carried out between April 1986 and April 1987. Correlation between scale total length and standard length, was 0,949. Annulus formation was observed to occur between October and November, throu gh scale margin increment studies. The von Bertalanffy’s growth curve was: L= 792,06. (1-e 701. (t+1,0244) The standard length-age data were fitted to a seasonilized von Bertalanffy's curve. Furthermore, lenght-age relationship was calculated: L= 792. (1-e0:059(1+2,445) + 2,9941.0.059/2. x sen (2. 1. (0,131) and, the length-weight relationship: w= 1,158. 1015-1153 KEYWORDS. Teleostei, Erytrinidae, Hoplias, age, growth. INTRODUCCION El conocimiento acerca del crecimiento de los peces es una propriedad importante para el análisis de sistemas en ambientes acuáticos, siendo los organismos muy influen- ciados o por el medio en que viven, resultando esta relación no unidireccional (WEATHERLEY, 1972). Además su estudio nos revela diferencias en las capacidades de asimilación, no solo entre especies, sino también a través de las distintas etapas del desarrollo o entre distintos ambientes (WEATHERLEY, 1976). A pesar de que la especie elegida, Hoplias malabaricus malabaricus (Bloch, 1794) esta bien distribuida en Sudamérica (RINGUELET et al., 1967) y de su importancia económica y deportiva, existen pocas informaciones acerca de su biología(CARAMASCHI 1. Avda. Santa Fé 1548 7mo. Piso Cap. Fed. (1060) Argentina (INIDEP). Beca de Perfeccionamiento de la C.L.C). : 2. Instituto Nacional de Investigación y Desarrollo Pesquero. Avda. Santa Fé 1548 7mo. Piso Cap. Fed. (1060) Argentina (UNIDEP). 3. (Investigador Independiente del Conicet, Ilpla). Calle 51 nº 484. La Plata (1900). Argentina. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 141-149, Maio de 1993 149 DOMANICO; DELFINO & FREYRE et al., 1982.: LOPEZ et al. 1981, 1982, 1987). El método más frecuentemente usado en la asignación de edad en peces, es el estudio y determinación de marca de crecimiento en estructuras tales como: escamas, otolitos, vértebras, espinas y huesos del aparato opercular, las cuales se forman durante períodos alternantes de crecimiento rápido y lento, y reflejan tanto influencias ambientales como internas. Otros métodos utilizados son el análisis de la distribución de las frecuencias de tallas en la población métodos de marcado y recaptura y métodos de observación directa en cautiverio (BAGENAL, 1978). La finalidad fué caracterizar la población de tararıra A. m. malabaricus que habita la laguna de Lobos, estudiando su edad y crecimiento, traves del analize del desarrollo del borde de la escama segun método de FREYRE & SENDRA (1987) MATERIAL Y METODOS El material se obtuvo de la laguna de Lobos (Provincia de Buenos Aires, Argentina) entre abril de 1986 y abril de 1987, capturándose un total de 257 individuos que se hallan depositados en la colección del Instituto Nacional de Investigación y Desarollo Pesquero (INIDEP, Aguas Continentales). Los muestreos fueron realizados con redes agalleras, de arrastre y espinel. A los ejemplares obtenidos se los pesó con una precisión de lg, se midió la longitud eständar (L), con una precisión de 1 mm, se les extrajo escamas y cuando fue posible se les determinó el sexo. Las escamas fueron obtenidas de la zona típica, por delante y por debajo de la aleta dorsal y por encima de la línea media, del flanco izquierdo, y se las guardó en seco, dentro de sobres, durante los muestreos. En el laboratorio se las limpió dejandolas durante una noche en una solución de hidróxido de potasio KOH al 3%. Luego se las colocó en una caja de Petri y se les sacó el resto de la epidermis adherida con dos pinceles de cerda dura. Esta última etapa se realizó bajo una lupa estereocópica marca Wild M8, seleccionando de 4 a 6 escamas por ejemplar entre aquellas que no presentaban signos de regeneración, no estaban rotas ni fueran asimétricas. Se las montó entre dos vidrios en seco y se midieron las imágenes de 2 a 4 escamas por individuo, en un proyector óptico de perfiles con un aumento de 20x y con una precisión de 1 mm. En cada una se midió el radio total (Rt) y la distancia del foco a cada marca (rn) en cada arista. Ambas mediciones se realizaron en el campo anterior de la escama, promediándose las lecturas entre las aristas. Para el retrocálculo de tallas, se estudió la relación entre la longitud eständar de los individuos (L) y el radio total de laescama (Rt). Elmodelo lineal fue el que presentó mejor ajuste. Para esta relación se tomaron todas las escamas de cada individuo: L= a +b. Rt, dónde L, longitud eständar en milímetros; Rt, radio total de laescama en; a, ordenada al origen; b, pendiente. Las constantes fueron calculadas por el método de regresión lineal funcional (RICKER, 1973). Con los parámetros obtenidos, se retrocalcularon las tallas alcanzadas por los individuos a las distintas marcas que presentaban en la escama. Para ello se utilizó la ecuación de Fraser-Lee (BAGENAL, 1978): In = a+(L-a). (rn/Rt), dónde: L, longitud eständar en milímetros; Rt, radio total de la escama; In, longitud estándar del individuo cuando se formó la marca n; rn, radio de la escama para la marca n; a, ordenada al origen. Con el propósito de asignar edades, a cada una de las marcas leidas en las escamas, se siguió el criterio propuesto por FREYRE & SENDRA (1987), para lo cual se realizó una distribución de frecuencias de marcas en todas las escamas leídas. Para ello se probó con intervalos de distinta longitud (0,1; 0,2; 0,3; 0,4; 0,5 y 0,6 mm) seleccionándose el de 0,3 mm que pareció ser el más conveniente. La distribución de frecuencias de marcas resultante fue del tipo polimodal. Esta fue descompuesta en sus componentes normales por el método de Cassie y el de Battacharya SPARRE et al., (1989) y para obtener una mayor precisión por el de AKAMINE (1984). Entre dos modas sucesivas se calcularon las longitudes de equifrecuencia respectivas, au fueron utilizadas como rangos limites en la asignaciön de edades. Para tratar de conocer con que periodicidad se originan las marcas de crecimiento, se estudió el incremento del borde de la escama a lo largo de un afio. Para su cálculo se ajustaron los datos de los radios a cada una de las marcas (rn), a un modelo de crecimiento de von Bertalanffy y se obtuvieron los parámetros de la curva realizando para ello un ajuste no lineal de los datos, según el método de Marquardt (SAILA et al., 1988): IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 141-149, Maio de 1993 Edad y crescimiento de Hoplias malabaricus..... 143 m=R 0.(] -e 4") (ecuación D) dönde: n, orden del anillo contato a partir del foco; rn, es el radio a la edad n; R %, es el radio asintótico de la escama; q, es el coeficiente de crecimiento; no intercepciön con el eje de abscisas. Luego se calculó la distancia teórica (Dn) entre la última marca y la seguiente, a partir del modelo de von Bertalanffy: Dn=Roo, ((1 - e1=9)_ (7 - camnno)) (ecuaciön ID. Despejando a (n) a partir de la ecuación I, se obtinene: n= (1/9). loge(1-m/R <) + no y reemplazándolo en la ecuaciön II para hallar la distancia teórica se obtiene: Dn = R «o. ((1 - m/R&) - (1-m/R ©) e)) que simplificando es: Dn=R «. (1 - m/R 0). (1 - e), (ecuación II). Conociendo los radios totales y los radios correspondientes a las distintas marcas, se pudo medir la distancia observada dn, entre el borde de la escama y la última marca. Realizando el cociente entre la distancia observada dn y la distancia teórica Dn, se pudo calcular el incremento marginal (IM). IM = dn/Dn (ecuaciön IV). De esta manera se calcularon los valores medios del índice marginal para cada mes con sus respectivos desvíos estándar. Una vez establecida la periodicidad de marcaciön en la escama, a partir del incremento marginal, se calcularon las tallas medias correspondientes a cada marca con sus desvíos estándar y se asignó la edad. Con las tallas retrocalculadas a cada marca, se ajustaron los datos a un modelo de von Bertalanffy, utilizando el método iterativo de Marquardt (SAILA et al., 1988). Lt=L o (l-ektto (ecuación V) donde: L «o, longitud asintótica de la curva de crecimiento; k, medida de la velocidad a la cual la curva de crecimiento se aproxima a la longitud asintötica; Lt, longitud a la edad t; to, edad hipotética a la cual comienza el crecimiento. Una vez conocida la época de marcación, según ésta, se asignó una edad a cada uno de los individuos y se graficaron estos puntos conjuntamente con la curva de crecimiento. Asimismo se trazó la curva estacionalizada de crecimiento según GASCHÜTZ et al. (1980): L=L o, ( |-g-t(tto) +c. k/2.n. sen 2.7. EZ), (ecuaciön VI) Se calculó la relación la longitud-peso a través de la relación w=a.Lº, (ecuaciön VII) dónde: W, es elpeso en gramos; L, longitud estándar en milímetros; a y b constantes. Las constantes a y b fueron calculadas por regresión lineal funcional (RICKER 1973, 1975). RESULTADOS La relación entre L y Rt para los individuos de este ambiente resultó ser lineal (fig. 1). L= 28,443 + 20,394. Rt; (r = 0,949; N= 525). Las tallas medias retrocalculadas con sus desvios eständar se ven en la tabla I. La distribución de frecuencias de radios, resultó ser del tipo polimodal. Como resultado de la descomposición, a través de los tres métodos antes mencionados, se obtuvieron parámetros (media y desvíos eständar) semejantes, utilizändose los resultados del método de AKAMINE (1984) para graficar las curvas modales (tabla II, fig. 2). Para el cálculo de las distancias teóricas esperadas Dn, se estimaron los valores de los coeficientes de una curva de von Bertalanffy, (ecuación 1), ajustada a los datos de marcas dando los seguientes resultados (fig. 3); Ro= 37,740; D. Est. = 1,957; z = 0,069; D. Est. = 0,004; no = - 0.515; D. Est. = 0,028. Con estos resultados se pudo calcular el Dn para cada mes y a partir de ellos se calculó el índice marginal de la escama (IM), a lo largo del ano (fig. 4). Así, se observa IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 141-149, Maio de 1993 DOMANICO; DELFINO & FREYRE un aumento en los meses de julio y agosto y una caída del mismo en los meses de octubre y noviembre, manteniéndose más o menos constante el resto del afio. A partir del análisis del desarrollo anual de este índice, se puede asumir que solo existe una época de marcación de la escama entre los meses de octubre y noviembre. Se fijó entonces, como fecha de marcación el 15 de octubre. Tabla I: Tallas medias retrocalculadas de Hoplias malabaricus malabaricus. Edad Número de Talla Media D. estándar individuos (mm) (mm) i 493 104,79 13,242 2 465 151,16 15,978 3 380 196,18 16,196 4 322 234,38 15,981 5 121 271 16,492 6 55 308,73 19,848 7 23 341,45 23,504 8 14 381,13 23,331] 9 1 378,56 a 10 l 403,08 - Se calcularon los valores medios del incremento marginal estandarizado para cada mes con sus respectivos desvios eständar (tabla III). El ajuste a la curva de von Bertalanffy para las tallas retrocalculadas (fig. 5) fue (ecuaciön V): Lt= 792,062. (1 - e SL (CLA): D, Est. Lo= 49,709: D. Est. k= 0,005: D; Est. to = 0,046. Una vez asignada la edad para cada marca y resultando ser anual se puede arribar a los resultados que se ven en la tabla IV. También se graficó la curva de von Bertalanffy estacionalizada (GASCHUTZ et al., 1980), con los puntos correspondientes a las longitudes estándar de los individuos, y sus correspondientes edades al momento de la captura, tomando la misma fecha de marcación, 15 de octubre (ecuaciön VI, fig. 6) L= 792 (ee (t+2,445) + 2,9941 . 0,059/2.n.sen RO D)) La relación longitud-peso hallado para los individuos fue (ecuaciön VII, fig. 7): WEISS OE dr 0/9820] N=259) DISCUSION Y CONCLUSIONES En el análisis de la relación longitud estárdar-radio total (L-Rt), se obtuvo un alto valor de correlación lineal entre estas variables (r=0,949). Para la descomposición de frecuencias de marcas en sus componentes normales, se consideraron todas las escamas (527) independientemente (no promediando las de un mismo individuo). El intervalo que mejor ajustó fue el de 0,3 cm. En esta descomposición tanto con el método de Battacharya como con el de Cassie, los resultados fueron similares. Por último el ajuste utilizando el método de AKAMINE (1984) se arribó también a resultados semejantes. Del estudio del incremento del borde de la escama para los distintos meses del ano, IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 141-149, Maio de 1993 Edad y crescimiento de Hoplias malabaricus..... 145 Tabla II. Resultado de la descomposición de frecuencias de marcas de crecimiento en las escamas de Hoplias malabaricus malabaricus, a partir de intervalos de 0,3 cm. Moda Frecuencia de Radio de la escama D. estandar Media marcas (cm x 20) (cm x 20) I 498,857 3,703 0,601 II 466,995 6,009 0,740 II 358,718 8,079 0,704 IV 325,293 9,844 0,642 V 116,067 11,439 0,592 VI 83,269 13,399 0,988 Tabla III. Variación mensual del índice del incremento marginal promedio del borde de la escama (IM) de Hoplias malabaricus malabaricus. Mes Número de Indice Marginal D. Estandar individuos promedio (IM) l 60 0,879 0,40 2 86 0,777 0,30 3 68 0,738 0,35 + 40 0,763 0,31 5 16 0,767 0,37 7 34 0,801 0,28 8 10 0,941 0,50 10 45 0,511 0,43 11 66 0,505 0,19 12 99 0,817 0,23 Tabla IV. Longitudes estándar con sus respectivas edades según el modelo de von Bertalanffy de Hoplias malabaricus malabaricus. E E ss sãMãy&y Edad Longitud estandar (afios) (mm) 104,842 151,390 194,786 235,242 272.957, 308,118 340,898 371,457 399,946 426,506 O DO JAN EU pa IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 141-149, Maio de 1993 DOMANICO; DELFINO & FREYRE se puede asumir que la época de marcación ocurre entre los meses de octubre y noviembre, ocurriendo ello, aproximadamente con la época de maduración y desove. Coincidente- mente, MATKOVIC (1989) apunta que en la laguna de Chascomús el índice gonadosomático para las hembras es mayor entre fines de octubre a fines de febrero y para los machos entre fines de octubre hasta la primera quincena de febrero. La curva de crecimiento estacionaliza indica que, este es menor en invierno y mayor en verano. Sin embargo pensamos que hace falta obtener más datos para ser más concluyente al respecto, si bien parece atractivo avanzar en la descripción del crecimiento por esta vía. La curva de crecimiento hallada por PINTO-PAIVA (1974), presentó un mayor k y una menor longitud asintótica que los hallados en el presente trabajo. Interpretamos que las diferencias expuestas se devem a que dicho autor trabajó con muestras provenientes de açudes en una zona tropical, mientras que las obtenidas en este trabajo corresponden a ambientes lacunares de clima subtropical templado. Esto, seguramente influye en el crecimiento diferencial entre ambientes (WEATHERLEY, 1976). Finalmente, la pendiente de la relación longitud-peso hallada para los individuos de la laguna de Lobos, es semejante a la hallada para los individuos de la represa Itaipú (FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ, 1987). Agradecimientos: A los integrantes de la secciön ictiologia del Instituto de Limnologia “Dr Raul A. Ringuelet” por haber cedido gentilmente el material analizado. Al personal del INIDEP aguas continentales por haber facilitado instalaciones e instrumental; y a la CIC por el apoyo económico recibido. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS AKAMINE, T. 1984. The basic program to analyze the polymodal frequency distribution into normal distributions with Marquardt’s method. Bull. Jap. Sea. Reg. Fish. Res. Lab. Tokio (34): 53-60. BAGENAL, T. (ed) 1978. Methods for assessment of fish production in freshwaters. Oxford, Blackwell Scientific Publ., 365 p. (IBP Handbook, 3). CARAMASCHI, E. P.; GODINHO, H. M. & FORESTI. F. 1982. Reprodução de Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) (Teleostei, Erythrynidae) na represa do Rio Pardo (Botucatu, SP). I. Histologia e escala de maturação do ovário. Revta. bras. Biol., Rio de Janeiro, 42 (3): 635-640. FREYRE, L. & SENDRA, E. 1987. Un método para la interpretación de marcas de crecimiento en peces. Limnobios, La Plata, 2 (9): 677-684. FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ. 1987. Relatorio do projeto “Ictiofauna e biologia pesqueira” - março/85 - fevereiro/86. Maringá. 2 v., 638 p. (No publicado) GASCHÜTZ, G.; PAULY, D & DAVID, N. 1980. A versatile basic program for fitting weight and seasonally oscillating length growth data. 'I.C.E.S. C.M. 1980/D: 6,23. LOPEZ, H.L.; MENNL R.C. & RINGUELET,R.A. 1981. Bibliografia de los peces de agua dulce de Argentina y Uruguay (1967-1981). Biologia Acuätica, La Plata, 1: 1-100. — 1982 Bibliografia de los peces de agua dulce de Argentina y Uruguay. Biologia Acuätica, La Plata, 3: 1- 26. Suplemento. 1987. Bibliografia de los peces de agua dulce de Argentina y Uruguay. Biologia Acuätica, La Plata, 9: 1-61. Suplemento. MATKOVIC,M. 1989. Algunos aspectos de la biologia reproductiva de Hoplias malabaricus malabaricus (Pisces, Erythrinidae). Tesis Ciencias Biolögicas, Universidad de Buenos Aires, Buenos Aires, 228p. PINTO-PAIVA,M. 1974. Crescimento, alimentação e reprodução da traira Hoplias malabaricus (Bloch, 1794), no nordeste brasileiro, São Paulo, Centro de Ciencias Agrarias. Univ. Fed. do Ceará, 32p. RICKER, W.F. 1973. Linear regressions in fishery research. J. Fish. Res. Board Can., Ottawa (30): 209-434. —. 1975. Computation and interpretation of biological statistics of fish populations. Bull. Fish. Res. Board. Can., Ottawa. (191): 1-382. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 141-149, Maio de 1993 Edad y crescimiento de Hoplias malabaricus..... 147 RINGUELET, R.A.; ARAMBURU,R.H. & ARAMBURU, A. de. 1967. Los peces argentinos de agua dulce. Buenos Aires, Com. de Inv. Cientif. Prov. de Bs. As. 602 p. SAILA, S.B.; RECKSIEK, C. W. & PRAGER, M. H. 1988. Basic fishery science programs. New York, Elsevier. 231 p. SPARRE, P.; URSIN, E. & VENEMA, S. €. 1989. Introduction to tropical fish stock assessment. Part 1. FAO Fischeries Technical Paper, Rome, (360): 1-237. WEATHERLEY, A. H. 1972. Growth and ecology of fish populations. London, Academic Press. 294 p. — . 1976. Factors affecting maximization of fish growth. J. Fish. Res. Board Can. Ottawa (33): 1046-1058. Recebido em 5.01.1993: aceito em 2.03.1993 L = 28.443 + 20,394 . R, Longitud estandar Radio total (cm x 28) Frecuencia Intervalo de marcas (cm x , A - ar, rarı É » la eacr; ao Figs. 1-2. Hoplias malabaricus malabaricus: 1. regressión longitud estandar versus radio total de la escama; 2. distribución de frecuencias de marcas en escamas y si descomposición en componentes normales. IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 141-149, Maio de 1993 148 DOMANICO; DELFINO & FREYRE Lonsgitud de 15 escama “cm x 265 =.1 aim Indice mar Kmm> 309 H ss E Lonagitud estandar Edad (anos) 5 Figs. 3-5. Hoplias malabaricus malabaricus: 3. curva de von Bertalanffy para la relación radio a las distintas marcas (rn) versus edad; 4. indice del incremento marginal promedio (IM) y sus correspondientes desvíos estärdar; 6. curva de von Bertalanfly estacionalizada para la relación longitud estándar versus edad. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 141-149, Maio de 1993 Edad y crescimiento de Hoplias malabaricus..... 149 BEL) E- ] = É 444 2 = a : van } ú 3 Eis ae n sau Es In sta 8 a, E | ; gl. adia L 1 2, Ahle Á É RS: E 24 | mn /0R da - 248 = 3 Al, E! 2 se u er a f NE a R ? / E a E pe a a Dbi E EE Bent ent ARE TI 3 2 4 á 8 E Edad (anos) & A 0 E E 0) v 0 ú % 18 144 248 348 44a 548 7 Lorgitud estandar (mm) Fig. 6-7. Hoplias malabaricus malabaricus. Curva de von Bertalanffy estacionalizada para la relaciön longitud eständar versus: 6. edad; 7. peso. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 141-149, Maio de 1993 Tá \ [ Ni = le ar a vd Pe ir 151 O periódico IHERINGIA, SERIE ZOOLOGIA editado pelo Museu de Ciências Naturais da Funda- ção Zoobotânica do Rio Grande do Sul, destina-se a publicar trabalhos originais em Zoologia. É distribuído a Instituições congêneres em regime de permuta. Mediante entendimento prévio poderá ser enviado a cientistas e demais interessados. RECOMENDAÇÕES AOS AUTORES 1.Os manuscritos devem ser encaminhados ao Editor, em três vias, em forma definitiva, datilografados em papel ofício , em espaço duplo redigidos preferencialmente em português, inglês, espanhol ou francês. A correção gramatical é de inteira responsabilidade do(s) autor (es). 2. Os manuscritos, sempre que possível, devem compreender os seguintes tópicos: Título; Nome (s) do (s) Autor (es); Abstract (em inglês, inclusive o título do trabalho); Keywords (no máximo cinco): Introdução; Material e Métodos; Resultados e/ou Discussão; Conclusões; Agradecimentos e Referências Bibliográficas. A exceção do (s) nome (s) do (s) Autor (es), todos os demais elementos acima devem ser escritos em CAIXA. ALTA. 3. Não usar notas de rodapé, exceto a da primeira página que deve conter o endereço completo do (s) autor (es). 4. As referências citadas no texto devem ser feitas no seguinte modo: FONSECA (1987), (FONSE- CA, 1987), FONSECA (1987:54) ou (FONSECA, 1987:54). As referências bibliográficas devem estar dispostas em ordem alfabética e cronológica, segundo as normas da ABNT, salvo o ano da publicação que deve seguir o nome do autor. As abreviaturas dos nomes de periódicos devem obedecer as normas do “World List of Scientific Periodicals”. Exemplos: SANTOS, E. 1952. Daemaao beija-flor. 2.ed.rev. ampl. Rio de Janeiro, F. Briguiet. 335p. BERTSCHINGER, R.B.E. & THOME, J.W. 1987. Contribuição à recaracterização de Phyllocaulis soleiformis (Orbigny, 1835) (Gastropoda, Veronicelidae). Revta bras. Zool., São Paulo, 4 (3): 215-233. 5. As ilustrações devem ser feitas preferencialmente a traço, com nanquim, em papel vegetal acompanhadas de escalas. As ilustrações (desenhos, fotografias, gráficos e mapas) devem, ser tratadas como figuras e numeradas com algarismos arábicos sequênciais; devem ser montadas em cartolina branca, proporcionais às dimensões (12cmx 17cm) não ultrapassando o dobro, adotado o critério de rigorosa economia de espaço. A Comissão Editorial reserva-se o direito de efetuar alterações na montagem das pranchas ou solicitar nova montagem aos autores. As legendas devem ser datilografadas em folha (s) a parte. Ilustrações a cores devem ser combinadas previamente e seu custo fica a cargo do (s) autor (es). As tabelas devem permitir uma redução para um máximo de 12emx17cm; devem ser numeradas com algarismos romanos e apresentar título conciso e claras explicações que permitam sua compreensão sem consultas ao texto. As figuras e tabelas não devem ser incluídas no meio do texto e devem estar identificadas no verso. 6. A elaboração da listagem do material examinado deve dispor as localidades do Norte para o Sul e de Leste para Oeste e as siglas das instituições compostas de 4 letras segundo o modelo abaixo: Ex.: VENEZUELA. Sucre: San Antonio del Golfe, 5 9, 08.V.1942,S. Karpinski col., (MNHN, 2547). PANAMA. Chiriqui: Bugaba (Volcan de Chiriqui), 33, 3 9, 24.V1.1901, Champion col. (BMNH, 1901). BRASIL. Goiás: Jataí, (Fazenda Aceiro), 3 5, 15.X1.1915, C. Bueno col. (MZSP, 4312); Paraná: Curitiba, 19, 10.X11.1925, F. Silveira col. (MNRJ); Rio Grande do Sul: Viamão, 5 5. 17.X1.1943, S. Carvalho col. (MAPA, 2147). 7. A seleção dos manuscritos far-se-á pela. Comissão Redatorial após parecer de no mínimo dois referees. Alterações de pequena monta serão feitas pela própria Comissão. Iteragöes mais substanciais serão solicitadas aos autores, mediante a devolução dos originais, acompanhados das sugestões. A provas tipográficas não serão enviadas ao (s) autor (es), exceto em caso excepcionais. 8. Para cada artigo será fornecido, gratuitamente, um número fixo de 50 separatas, sem capa. Maria Helena M. Galileo COMISSÃO REDATORIAL Editora Erica H. Buckup Maria E. Lanzer-de-Souza ENDEREÇO PARA PERMUTA Maria H. M. Galileo (Address for exchange) Maria Lucia M. Alves Maria Helena Bopp Miiller Editoração Fundação Zoobotânica do RS Caixa Postal 1188 90001-970 Porto Alegre, RS Brasil IHERINGIA, Sér. Zool., Porto Alegre (74): 151, Maio 1993 CONSULTORES CIENTIFICOS « Abel Lavorenti, Departamento de Zootecnia, ESALQ, Piracicaba, SP « Alfredo Langguth, Museu Nacional, Rio de Janeiro, RJ « Ana Maria Setubal Vanin, Instituto Oceanográfico, USP, São Paulo, SP. ° Angelo B.M. Machado, Departamento de Zoologia, UFMG, Belo Horizonte, MG « Arnaldo C. dos S. Coelho, Museu Nacional, Rio de Janeiro, RJ « Carlos Emílio Benvenuti, Departamento de Biologia-Bentos, Rio Grande, RS « Carlos H. W. Flechtmann, Departamento de Biologia, ESALQ, Piracicaba, SP e Carlos Ribeiro Vilela, Departamento de Biologia, USP, São Paulo, SP « Cesar Ades, Instituto de Psicologia, USP, São Paulo, SP « Dalton de Souza Amorim, FFCLRP, Ribeirão Preto, SP « Dante Martins Teixeira, Museu Nacional, Rio de Janeiro, RJ « Diethardt A. Jebram, Instituto de Biociências. PUC-RS. Porto Alegre, RS + Dilma Solange Napp, Departamento de Zoologia, UFPR, Curitiba, PR * Edmundo Ferraz Nonato, Instituto Oceanogräfico USP, São Paulo, SP + Eduardo Bertoletti, CETESB, São Paulo, SP « Edwin O'Neill Willis, Instituto de Biociências, UNESP, Rio Claro, SP « Elenita G. Goldstein, Setor de Ensaios Biológicos, CETESB, São Paulo, SP + Erika Schlenz, Instituto de Biociências, USP, São Paulo, SP « Fernando da Costa Novaes, Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, PA e Francisco M. de Souza Braga, Instituto de Biociências, UNESP, Rio Claro, SP « Gilberto Righi, Instituto de Biociências. USP, São Paulo, SP « Gustavo A. Schmidt de Melo, Museu de Zoologia, USP, São Paulo, SP + Heraldo A. Britski, Museu de Zoologia, USP, São Paulo, SP « Hilda de Souza Lima Mesquita, Instituto Oceanográfico, USP, São Paulo, SP e Janira Martins Costa, Museu Nacional, Rio de Janeiro, RJ * João M.F. Camargo, FFCLRP, Ribeirão Preto, SP « João Oldair Menegheti, Museu de Ciências Naturais, FZB, Porto Alegre, RS « Jocélia Grazia, Inst. de Biociências UFRGS, Porto Alegre, RS « José Albertino Rafael, Coordenação de Pesq. em Entomologia, INPA, Manaus, AM « José Cândido de Melo Carvalho, Museu Nacional, Rio de Janeiro, RJ « José Felipe R. Amato, Instituto de Biologia, UFRRJ, Sercopédica, RJ « José Henrique Guimarães, Inst. de Ciências Biomédicas, USP, São Paulo, SP e José Lima Figueiredo, Museu de Zoologia, USP, São Paulo, SP. e José Ricardo Cure, Departamento de Biologia, UFViçosa. MG e José W. Thomé, Instituto de Biociências, PUC-RS, Porto Alegre, RS « Julio Cesar Garavello, Depto. de Ciências Biológicas, UFSCar, São Carlos, SP « Liliana Forneris, Instituto de Biociências, USP, São Paulo, SP * Lindolpho Guimarães, Museu de Zoologia, USP, São Paulo, SP * Luiz Carlos B. Ferraz, ESALQ, Piracicaba, SP « Luiz Otávio M. Machado, Depto. de Zoologia, UNICAMP, Campinas, SP. * Luiz D. Vizotto, Instituto de Biociências, UNESP, São José do Rio Preto, SP « Luiz Roberto Tommasi, Instituto Oceanográfico, USP, SP * Maria Elena Galiano, Museu de C. Nat. “B. Rivadavia”, Buenos Aires, Argentina * Maria Julia da Costa Belém, Museu Nacional, Rio de Janeiro, RJ * Marlene Sofia Arcifa, Faculdade de Ciências, USP, Ribeirão Preto, SP * Martin L. Christoffersen, Depto. de Sist. e Ecol., UFPB, João Pessoa, PB * Massuka Yamane Narahara, Instituto de Pesca, São Paulo, SP * Miriam Becker, Instituto de Biociências, UFRGS, Porto Alegre, RS * Miguel A. Monné Museu Nacional, Rio de Janeiro, RJ * Miguel Petrere Junior, Instituto de Biociências UNESP, Rio Claro, SP * Nilton José Hebling, Instituto de Biociências, UNESP, Rio Claro, SP « Naércio Menezes, Museu de Zoologia, USP, São Paulo ° Nelson Papavero, Instituto de Estudos Avançados, USP, São Paulo, SP * Osmar Domaneschi, Instituto de Biociências, USP, São Paulo, SP * Paulo da Cunha Lana, Centro de Biologia Marinha, UFPR, Paranaguá, PR * Pedro-Marcos Linardi, Instituto de Ciências Biológicas, UFMG, Belo Horizonte, MG e Petrônio Alves Coelho, Departamento de Oceanografia, UFPE, Joboatão, PE * Plínio Soares Moreira, Instituto Oceanográfico, USP, São Paulo, SP e Reimar Schaden, CNPq, Brasília, DF * Renato C. Marinoni, Departamento de Zoologia, UFPR, Curitiba, PR * Roberto B. Cavalcanti, Departamento de Biologia Animal, UnB, Brasília, DF * Roberto E. dos Reis, Museu de Ciências, PUC-RS. Porto Alegre, RS * Roberto Sassi, Núcleo de Pesquisas de Recursos do Mar, UFPB, João Pessoa, PB * Raúl Ugarte Moreno, Universidad de Valparaiso, Chile * Rubens Alves Cunha, Depto. de Matemática e Estatística, UNESP, Rio Claro, SP * Sergio de Almeida Rodrigues, Instituto de Biociências, USP, São Paulo, SP * Sergio Antônio Vanin, Instituto de Biociências, USP, São Paulo, SP * Sônia Maria L. Garcia, Instituto de Biologia, UFRGS, Porto Alegre, RS * Suzana B. Amato, Instituto de Biologia, UFRRJ, Seropédica, RJ * Sylvia M. Lucas, Instituto Butantan, São Paulo, SP * Ubirajara R. Martins de Souza, Museu de Zoologia, USP, São Paulo, SP * Victor Py-Daniel, Coordenação de Pesquisas em Entomologia, INPA, Manaus, AM * Walter Narchi, Instituto de Biociências, USP, São Paulo, SP * Walter R. Terra, Instituto de Química, USP, São Paulo, SP * Werner Bokermann, Fundação Parque Zoológico de São Paulo, SP * Wladimir Lobato Paraense, Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ. IHERINGIA, Ser. Zool., Porto Alegre (74): 152, Maio 1993 | 6 Mi u ( 1 | ni Il Il | | INSTITUTION LIBRARIES | 3 9088 01257 81 SMITHSONIAN | E gr da, ra Sun ram, re e ee ess RANA UR ao pre Versand u tra Keane Nine gana) e rpm DAM treinam x Mara x 3 5 e SO Ahr Br vistas deli E St Meirgemaen, 5 = a Era sn po É Ê ; À Ena >% + fera trap x Aekarssgeanen: Merz Frese te = = NUR, Sera arte, ER est ai, ganas ine 4 5 PR Eta Presta çega ENS 4 gta N CARE A ern Ann à 3 ns > a 5 A é : ER BEE x “ : : ani regen ng, ã . s REIN BE ER = Ansa pa Rega Ni LAVE Da KCIDERChUEhE EP TES ar PESA Sr Teco page É SENTAR ap ME VBA TAM e 74, Creyage ca ra E E E tao EDS Petr = aan ia ge Lado Vo AE Eres iss ra! desire ki tale fo n s fe té NEST URS teto a Hallen Fe 5 Rida Kens an RE Rz RR Vegan, 5 “RN, N ga z : - = BOB EEE Terra Brian patty ee