• >V "n Y kd& s Jà 'V ,:< T^ S&#{ Anno XII — Ns. I E 2 Rio he Janeiro i ; lâjPiitllI um ^ VIRIBUS UNITIS j^^^NN* Capital Federal SOCIEDADE NACIONAL DE .AGRICULTURA Fundada em 16 de janeiro de 1897 Caixa-postal, 1245 Sede: Ruas da Alfandega n. 102 Endereço Telegraphico, AGRICULTURA e General Camará n. 105 Telephone n. 1416 Rl° DK »NE'R<> • DIRECTORIA Presidente — Dr. Wencesláo Alves Leite de Oliveira Bello. i° Vice-presidente — Vago. 2o Vice-presidente — Dr. Sylvio Ferreira Rangel. ,V Vice-presidente — Dr. Domingos Sérgio de Carvalho. Secretario Geral — Dr. Heitor de Sá. i° Secretario — Dr. Francisco Tito de Souza Reis. 2" Secretario — Dr. Benedicto Raymundo da Silva. 3o Secretario — Dr. |osé Ribeiro Monteiro da Silva. 4" Secretario — Albe'rto de Araújo Ferreira Jacobina. i° Thesoureiro — Dr. João Pedreira no Couro Ferraz Júnior. 2o Thesoureiro — Carlos Raulino. Directores das Secções Fazenda de Santa Mónica Dr. Sylvio Rangel. Applicações do Álcool Dr. Sérgio de Carvalho. Secção Technica e Bibliotheca Dr. Heitor de Sá. Museu Dr. Benedicto Raymundo. Plantas e sementes e Horto da Penha . . Dr. Monteiro da Silva. Propaganda e estatística Alberto Jacobina e Carlos Raulino. Secretaria Dr. Souza Reis. Thesouraria Dr. Pedreira Júnior. Conselho Superior Dr. Elias António de Moraes, Dr. Eduardo Augusto Torres Cotrim, Ernesto Du- risch Dr Carlos de Rezende, Dr. Arthur Getulio das Neves, Joáo da Silva Gandra (renunciado), Dr. Alfredo Aug-usto da Rocha, Dr. Ernesto Ascoly, Luiz Henrique Lins de Almeida Dr. Carlos Oscar Lessa, Comm. Domingos Theodoro de Azevedo, Dr. Leandro da Costa, |oão Dale, Dr. Ernesto Cândido da Fonseca Portella, Luiz Felippe de Sampaio Vianná, Manoel Galvão, Dr. Antonino Fialho, Dr. J. F. Soares Filho, Dr Alfredo Bandeira, Dr. Álvaro Mendes de Oliveira Castro, Dr. Henrique Borges Monteiro, Coronel Cornelio de Souza Lima, Dr. João de Carvalho Borges Júnior, António de Medeiros (fallecido) e Edgardo Ferreira de Carvalho. OollaboraçBO Serão considerados collaboradores não só os sócios como todos que quizerem ser- vir-se destas columnas para a propaganda da agricultura, o que a redacção muito agradece. A lista dos collaboradores será publicada annualmente com o resumo dos trabalhos. ... . . A redacção não se responsabilisa pelas opiniões emittidas em artigos assignados, e que serão publicados sob a exclusiva responsabilidade dos autores. Os originaes não serão restituídos. As communicações e correspondências devem ser dirigidas á Redacção d' A LA- VOURA na sede da Sociedade Nacional de Agricultura. A LAVOURA não acceita assignaturas. E' distribuída gratuitamente aos sócios da Sociedade Nacional de Agricultura. Condições da publicação doe aiimincios Uma pagina 20$ooo Meia pagina i2$ooo p or 3 VEZES Uma pagina. . 5o$ooo Meia pagina. . 3o$ooo" )s annuncios são pagos adeantadamente. Tiragem 5.000 exemplares ALAMEDA DE SERINGUEIRAS NO JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO Anno XII — Ns Rio de Janeiro Janeiro e Fevereiro de 1908 EDITORIAL à influencia da lua UBRAR\ NEW YCVK BOTANICAL E' sabida a attraoção da lua sobre os corpos existentes na terra, e isto não é mais do que a ratificação da grande lei de Newton. E' também conbecido que as marés estão sujeitas a esta influ- encia e que os phenomenos a ellas referentes reproduzem-se de 13 em 13 annos, por observações feitas nos portos de mar. Além desta influencia que é um dos factores, si bem que dimi- nuto, do peso dos corpos sobre a terra, ha outra da luminosidade da lua. Como se sabe lia quatro phases da lua, que são meros pheno- menos de sombra, pela posição relativa dos três astros. Ha evidentemente noites em que actua a luz reflectida, da lua, sobre a terra, chegando ao máximo na cheia. Sendo a luz um factor importante da vida dos vegetaes, por força esses representantes do segundo reino da natureza modificam ou activam a sua circulação de seiva com a acção não constante dos raios lunares. Fica provado o augmento de excitante enérgico da actividade vegetativa e isto vem em parte explicar a crença popular da influ- encia da lua sobre o corte das arvores. Henri de Parville explicou, porém, que esta acção da lua nos climas da zona temperada é nulla, o mesmo não se dando em re- lação a região tropical onde não ha inverno. Nestas regiões ha calor bastante para alimentar a vida das plantas, o que concorre para ser mais efficaz a acção da luz. Desla sorte foi verificado que os grãos semeadas na lua nova portaram-se melhor do que os que o foram na cheia, devido a que receberam a cooperação durante a noite, de luz, quando despontavam de sua germinação. Assim é justo que não sejam derrubadas as arvores quando estas estiverem em pujança de seiva, isto é, depois que a acção da lua tenha sido exercida durante a sua plenitude. A razão existe 10 porque ellas apodrecerão por causa da rápida fermentação da seiva que se suppõe circular com mais intensidade nessa época. 2166 1 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Isto agradará, por certo, áquelles que teem taes crenças, sem saber talvez a sua causa, como fica dito. E' a verdade e deve ser e«cripta, e a bem dessa mesma verdade é que venho mostrar que nada pôde ter a lua com a previsão do tempo, sobre os meteoros, isto é, phenomenos que se passam no meio atmospberico. Rem que deseja o povo prever o tempo, procurando estabelecer relações com a lua, para que lhe sirvam de guia as phases deste salellite. Esta prophecia foge por emquanto ás nossas observações, dentro dos limites em que é julgada possível. A influencia da lua de noite é só devida á sua luz, porque a attracção também se exerce de dia, occasião em que o pequeno astro é offuscado pela luz solar, múrmenle quando se acha em conjuneção. O pbenomeno primordial no seio da atmosphera é a temperatura e será o sol e não a lua o astro do systema planetário que possa influir sobre os effeitos oriundos da modificação desse elemento. Com pequena antecedência e por meio de instrumentos apro- priados é que se prevê o tempo, sendo ás vezes impossível ser noticiado o facto. Com mais acerto se procuram estabelecer as communicações telegrapbicas dos meteoros entre os paizes limitrophes. Tenta-se, desde 1902, este desejo na America do Sul e é para louvar que o Estado de s. Paulo se tenha collocado á frente de tal movimento scien ti fico. Desta sorte sim, ha possibilidade, mas não como muitos querem, que sejam determinados os factos de um para outro anuo, havendo quem se lembre de dar credito ás folhinhas, mormente nos paizes novos, onde não ha observações meteorológicas seguras para a pre- visão. Como é possível determinar que chove em tal dia em um dado ponto, quando pôde haver um vento que tudo desvie, o este é resultado dadifferença de temperatura entre as camadas da atmosphera? Sobre o assumpto refere Flammarion, o grande astrónomo, ex- emplos da falta de previsão do tempo, synthetisando nestas palavras a .sua opinião: « As certezas astronómicas são absolutas ; saiamos o quese dará daqui a 100 annos, até 1.000 ; mas ninguém sabe o tempo que fará amanhã.» Citam-se casos engraçados do modo por que são feitos os calendários nesta parte, tudo por supposição sem base alguma . Nos paizes antigos e bsm orientados é tomada a média de 50 annos emais de observação dos postos meteorológicos, paia que sirva de guia ^ ' — T*ÍT"''ifrH,,"i''r",í"i'''ííriTf'fiitiif"ir"T,fi"riririi""ÉiÉ,,,iWi" S £- -tfi lis hl Hg " V 5 :#l m m^mm^ S: Tssf- E S CAL.A 1S( •A.VILHAO DA SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA NA EXPOSIÇÃO DE I908 LAVOURA aos seus habitantes em suas necessidades quotidianas, mas não passa de uma approximação que, fora de duvida, já adianta. E neste intuito é que foram estabelecidos em S. Paulo os postos, pelos pontos mais convenientes do Estado ; eeis ahi indicada sua utili- dade. Taes serviços são de vantagem, principalmente para a agricultura, mas não immediata ; dependem de longo prazo para ser colhido o provento. Assim, pois, como pôde a lua ter influencia, quando nau nos foi dado colligir regularidade nos meteoros, tendo estes por elemento gerador a temperatura, que depende do eoI, o qual chega a produzir, em seus annos de maior numero de manchas, os mais sensíveis effeitos sobre a terra ? Queira Deus que ainda se venha a conseguir tal predicção, a liem dos interesses da humanidade ! HlilTOB Dii SÀ. A Sociedade Nacional de Agricultura na Exposição de 1903 O certamen que em breve deverá ser inaugurado nesta cidade, objectivamente representado por uma Exposição Nacional, ao qual têm de, por certo, concorrer todas as modalidades do trabalho, ha d j pôr aos nossos olhos e aos dos que nos visitarem o grão de intensidade attingido pelas forças vivas de que dispõe este abençoado paiz. Para muitos, si não paru todos, será motivo de culminante admi- ração o avantajado adeantamento com que, acreditamos, se hão de apresentar naquella grande feira os vários departamentos do trabalho e da actividade nacional, representados pela lavoura, pela industria c pelo commercio. Todos os que tomaram o honroso c árduo compromisso de para lá mandarem os seus produetos, esforçam-se, com vivo interesse, para que estes sejam do melhor quilate possível. E que não erra- remos nas nossas esperanças, aliás muito bem fundadas, dil-o-á, dentro em breve, depois de inteirada e apercebida para o fazer a opinião competente. A' Sociedade Nacional de Agricultura não podia escapar o alto alcance de tão útil e arrojada tentativa. E assim, envidando todos os elementos de que podia dispor de par com outros que lhe foram em boa hora concedidos, ella terá também o seu logar em pavilhão próprio, onde procurará de modo exuberante e palpável salientar as estupendas riquezas da nossa flora e tudo quanto interessar possa á lavoura e industrias connexasdo nosso paiz. SOCIEDAUK NACIONAL DK AGRICULTURA Osea programma está distribuído do seguinte modo ; 1.° Serviço de informação. 2.° Codificação da legislação sobre agricultura. 3.° Mappa de distribuição de culturas. 4.» Collecção de plantas medieinaes. 5.° » » » taniferas e oleoginosas. 6.° » » » textis e matérias corantes. 7." » » » ornamentaes. 8." » » » de arborização. 9.° Exposição dos trabalhos de propaganda da Sociedade; coope- rativas, syndicatos, ele. 10. Estudos da situação económica do Brazil, do ponto de vista agricola . 11. Collecção de animaes e insectos úteis e nocivos á agricultura em geral. 12. Collecção de produetos agrícolas do paiz. 13. » » fruetos e tubérculos do paiz. li. Jardim do pavilhão . 15. Applicações industriaes do álcool. 0 programma acima referido será distribuído por seis secções differentes, e da maneira por que vae exarado : l.a Projecto e construcção do pavilhão— projecto e construcção dos jardins.— Dr. Souza Reis. 2.a Collecção de plantas medieinaes, taniferas, oleoginosas, textis, corantes, ornamentaes e de arborização.— Dr. Monteiro da Silva. 3.a Collecção de animaes úteis e nocivos á agricultura, collecção de produetos agrícolas, fruetos e tubérculos do paiz.— Dr. Benedicto Ray- rriundo. 4. a Applicações industriaes do álcool e serviço de informações. — Dr. Sérgio de Caroalho. 5.a a) Estudo económico do Brazil debaixo do ponto de vista agrí- cola.—Dr. Syloio Rangel. b) Codificação de legislação sobre agricultura.— Dr. Souza Reis. G.a Mappa da distribuição das culturas. Esboço geographico do Brazil, tendo em vista a agricultura. Exposição por meio de diagram- mas das cooperativas, syndicatos, credito, ensino agricola, associações de propaganda.— Drs. Paulino Cavalcanti e Sousa Reis. CONGRESSO DE AGRICULTURA Além da Exposição levará a effeito a Sociedade um Congresso da Agricultura, á guisa de um outro por ella effectuadoem 1901, para tratar de assumptos cuja importância torna-se desnecessário encarecer. A LAVOURA 5 Para conhecimento dos interessados fez ella distribuir o seguinte appello acompanhado do respectivo regulamento do futuro Congresso, assignado pela competente commissão para esse fim escolhida: Itlm. Sr.— Na derradeira sessão do Congresso Nacional de Agricultura, a 7 do outubro de 1901, o preclaro congressista, Dr. Manoel Victorino, propoz que se convo- casse nova assembleia da lavoura, dentro em breve prazo, porque: « Os esforços da classo não deviam ficar na primeira toutativa, tu 'o dependendo da tenacidade no advogar seus interesses, aceroscendo que muitas das questões sobre que so havia deliberado reclamavam novos e mais profundos estudos.» O voto unanime da assembléa approvou a indicação o mais a incumbência, confiada a Sociedade Nacional de Agricultura, de convocar e organizar o segundo Cong-esso, como convocara o organizara o primeiro. E' o que vimos fazer, por delegação desta Sociedade. E' intuitivo que, limitar-se o esforço da agricultura áquelle primeiro tontamen, fora anniquilar-lhe o mérito e dosconhecsr os resultados práticos alcançidosno já celebro Congresso, onde accumulando os elementos de sua energia intollectual, até alli inutilizados pela dispersão o inactividade, ella conseguiu apresentar, melhor do que poderiam fazel-o velhas e repetidas queixas, um sóbrio informe de seus padecimentos e necessidades e o cabal formulário dos remédios quo lho pare- ceram mais indicados. N?,s sociedades modernas os interesses que se não agremiam, organizam e for- talecem, em prol da sua exusa especifica, preferindo eníregar-ss á tutela discri- cionária dos poderes públicos, são esmagados na concurrencia dos mais acti- vos, bem avi-ados de que a acção offlcial é deficiente, illusoria ou atrophia- dor.i, quando se não exercita de dar com a actividade colligada dos co-interessados. Os Congressos de classes ou profissionaes cada vez se repetem com mais fre- quência, constituindo já uaia como funeção orgânica normxl. E' que es iastinctos de conservação e de melhoria, e também a experiência longamente adquirida, os suggerem como preciosos e insubstituíveis promotores do congraçamento das ener- gias indiviluaes nos agrupamentos de esforços, por semelhança ou affiniladede interesse» ou de fios ; elles approximam, combina n e formulam as idéas e os seu- timentos, deliberando a orientação da classe unida e os pont)s de convergência da acção coordenada. São a iniciativa dos immediatamonte interessados e, portanto, particularmente instruídos, influindo nos poderes públicos, collaborando com ellos na promoção das reformas, informanio-os das realidades apuradas pela pratica, em vez de deduzida dos princípios theoristas ou dos expedientes empíricos. O primeiro Congresso conseguiu um exitJ que, por ser limitado, nem por isso foi menos meritório e eflectivo. Das conclusões em que consubstanciou o seu pro- gramma, algumas conseguiram impressionar bistante o critério deliberativo dos poderes públicos pira sí cjrpjri ficarem em reformas promissoras, entro os insti- tutos legaes do paiz ; outras recebem execução, cada dia mais animadora, pelo esforço espontâneo e associado dos lavradores. Os syndicatos, as cooperativas, o Ministério da Agricultura, a melhoria da technica agronómica e da apparelhagem agrícola, a instrucção agraria, etc, ideas e providencias pelas quaes o Congresso pugnou, tendem, ou já começam a ser realidades, de presente ou de futuro próximo. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Melhor quo tudo isso, porém, elle despertou a consciência da agricultura, como classe. Dantes era ella a disseminação egoistica ou o ajuntamento acci- dontal ephomoro; hoje, sugestionada pela affinidade dos interesses collectivos, propende acceutuadamento para a associação e para o cooperatismo definitivo. Aos que se afigurar que o primeiro alcançou pouco, como resultado posi- tivo, dada a vastidão do programma que redigiu, lembraremos que o terreno já conquistado ó vasto e por si só basta para glorificar aquelle tentamen. Competirá ao segundo rever as conclusões do primeiro, confirmal-as, insistindo, ou remodelal-as, si a experiência apurada ou a superveniencia de novas circum- stancias o aconselharem ; competir-lhes-á confrontar os resultados obtidos com a integridade do pensamento do programma adoptado, e dizer sobre o valor pratico das leis e dos expedientes do governo o da classe, inspirados nessas conclusões, indi- candc-lhes os defeitos, as reformas o os complementos, como provas experimentaos, sempro sujeitas á revisão. Marcando a reunião do Congresso para 18 de julho do anuo corrente, a com- missão não tem em vista simplesmente concorrer com mais um numero para o programma das festas commomorativas quo o Brazil então celebrará, mas princi- palmente aproveitar a feliz opportunidade de poler aquelle funecionar durante a vigência da Exposição Nacional, onde a lavoura brazileira do modo positivo e pra- tico poderá ser estudada no seu desenvolvimento e progresso, nas suas necessidades e aspirações. Por assim entender, a commissão oxecutiva propõe, como assumpto de delate, em theso, tudo quanto interessar á agricultura brazileira ; pensa que limitar, po- deria valer como excluir, o não se quer arriscar a preterições desazaias. EntreUnto, tomará a seu cargo inculcar algumas questões, que lhe pareçam proeminentes, na actualidade, ao estudo e delibsração do Congresso, premunindo-se do mais copioso acervo de informações que puder rounir. Essas theses sor-vos-ão communioadas, em tempo útil, e para ellaa desde já solicita a collaboracão da vossa autoridado technica. Rogae espera a commissão que, na formado regulamento juuto, adlierireis ao Congresso e que, comparecendo, ajuntareis o valioso concurso da competência que vos distingue. Rio de Janeiro.— Silvio Ferreira Rangel, presidente.— L. A, L. de Oliveira Bello, vice presidente.— João de r ar valho Borges Júnior, secretario geral.— João Baptista de Castro.— Heitor de Si.— Carlos Oscar Lessa.— Alfredo Rocha.— An- tonino Fialho. — Alberto Jacobina. REGULAMENTO Art. l.»0 Congresso de Agricultura, promovido pela Soei da le Nacionil de Agricultura, no iotuito de estudar sob o ponto de vista technico a situação, in- teresses goraes e especiaes da lavoura, assim como os meios mais enicazes para o seu desenvolvimento e prosperidade, reunir-S9-â por occasião da Exposição de 1908, de lõ a 30 de julho. Art. 2o. Serão membros do Congresso: a) Os representantes das sociedades, instituições e associações agrícolas ; 6) Os delegados dos Governos Federaos, Estaduaes e Municipaes ; A LAVOURA c) Os membros da Sociedade Nacional do Agricultura ; d) Todos os interessados na lavoura que so propuzerem, até a véspera da in- stallaçrio do Congresso, o forem inscriptos pela Commissão Executiva. Art. 3.° Os membros do Congresso receberão um cartão do entrada intrans- forivel para as sessões e terão um distinctivo próprio. Art. 4.» O Congresso comprehenderá sessões plenas o de commissões. Art. 5.° Somente os membros do Congresso poderão assistir ás sessões que não forem publicas, apresentar trabalhos e tomar parte nas discussões. Art. d.» O Congresso discutirá e apresentará conclusões sobre a situação actual o necessidades da agricultura em geral, da pacuaria e demais industrias ruraes, recebendo a Commissão Executiva desde já, e até 30 dias antes .da installaçâo do Congresso, ostraballns quo sobre esses assumptos lhe forem romettidos para serem encaminhados. Aut. 7.° Os trabalhos de cada sossãodo Congresso serão coordenados por uma Commissão Especial designada pela Commissão Directora. Art. 8.° Os pareceres elaborados sobre os alludidos trabalhos serão examinados no seio'das Commissões Especiae9, antes de sorem apresentados ás sessões plenas. Art. 9.» Nenhuma questão será discutida em sessão plena antes de ter sido estudada pela respectiva Commissão, que emittirá parecer. Art. 10. Na sessão de abertura a Commissão Executiva entregará seus poderes á Commissão Directora do Congresso, que preencherá dahi cm diante as suas funeções. Art. 11. A Commissão Directora doCong.-essoo as Commisões Especiaes serão eleitas em sessão preparatória, realizada. 48 horas antes da abertura do Congresso. Na mesma sessão se.ú apresentado pela Commissão Executiva, para discussão o upprovação, o projecto do Regimento Interno do Congresso. Art. 12. As Commissões Especiaes se entenderão com a Commissão Directora, para lixar a urdem do dia das sessões plenas. Art. 13. As conclusões submettidas ás sessões plenas serão sempre apresen- tadas por escripto . Art. 14. Os oradores quo tomarem a palavra em cada sessão devem entregar ao Secretario, dentro de 24 horas, o resumo de suas communicações para os rela- tórios. No caso em que esse resumo não fòr feito, se.-á supprido pelo texto redigido pelo Secretario. Art. 15. Os oradores só poderão oceupar a tribuDa por espaço de 15 minutos. Art. 16. Será publicado pela Commissão Executiva um relatório dos trabalhos do Congres o. Art. 17. Todas as publicações concernentes ao Congresso serão distribuídas gratuitamente aos respectivos membros. Art. 18. A Commissão Directora do Congresso resolverá em ultima instan?ia sobre qualquer incidente não previsto neste regulamento. Esse Congresso, como aquelToutro, trará aos interesses da lavoura os mais benéficos resultados. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Madeiras e vegetaes úteis do Brasil (Continuação) Monographia n. 41 — Amostra n. 44. FAMÍLIA das lauraceas Canellst nhumirim branca ? Synonimia — Anhuiba-mirim (?) — Canella-mirim(?). Habitação — No littoral dos Estados de S. Pauloe Paraná, entre Peruhybe e Guaratuba. Vegeta em terras regulares, argilosas ou sili- cosas, mas nunca em mattas virgens. Descripção — Arvore de caule geralmente tortuoso, até 5,00 de altura e 0,20 de diâmetro; casca fina, até 5 n'/m de espessura, aromá- tica ; folhas bonitas, simples, intuíras, quasi sempre alternas, peciola- das, mais ou menos G5 '"/„, de comprimento e 21 "'/,„ de largura, e cori- aceas, verde-escuras e vernicosas na pagina superior, deixando ver a nervação ; flores pequenas, axillares. Madeira — Côr amarei lo-esverdeada, tecido compacto, fibras di- reitas, dispostas em series longitudinaes de i/2 — 1 centímetro de largura, alternadamente macias e revessas. Talhe duro ; rebelde ao cepilho e dócil á serra. ApplicaçAo — A madeira é utilisada em obras internas ; as cascas poderiam servir para a industria da perfumaria. Variedades — Ha a « Canella nlmmerim vermelha ». Yid. Monographia n. 42 — Amostra n. 4. FAMÍLIA das lauraceas Cnnella nliuiuirim vermelha ? Synonimia — Anhuiba-mirim (?) — Canella-mirim (?). Habitação — No littoral dos Estados de S. Paulo e Paraná, entre Perubybe e Guaratuba. Prefere as terras húmidas, silicosas ou sili- co-argilosas; é raríssima nos terrenos de argila pura. Descripção — Arvore de grande copa, porte bonito e caule recto, até 8,00 de altura e 0,50 de diâmetro ; casca grossa, amarella, muito aromática ; folha menor que a da outra variedade descripta ; frueto preto, apreciado pelos pássaros. A LAVOURA 0 Madeira — Similhante á da variedade precedente, mas a côr ama- ro] Ia tem uns lindos tons côr de ouro. Talhe duro; dócil á serra e rebelde ao cepilho. Applicações — Madeira para canoas, de longa duração ; o de pri- meira qualidade para esteios, vigas e quaesquer obra* do chão ou expos- tas ao ar; resiste a humidade. As cascas conservam forte e agradável aroma mesmo durante annos após a sua extracção; podem servir para a industria da perfumaria. Variedades — lia « Canella-nhumirim branca». Vid. Monographia n. 43 — Amostra n . 132. família das lauraceas Canella nhungurira branca Syxoximia — ? Habitação — Ilha do Cardoso, município de Cananéa, littoral do Estado de S. Paulo. Prefere as torras seccas, de qualidade regular. Descripção — Grande arvore, de caule geralmente recto, até 20,00 de altura e 0,90 de diâmetro ; casca avermelhada, até 20 m/lfl de espessura, de sabor adstringente, contendo em seu tecido uma substancia gor- durosa, epiderme pardo-esverdeada ; ramos pardacentos ; folhas simples, inteiras, pecioladas, mais ou menos 90 m/m de comprimento e 28 m/ra de largura, membranosas, acuminadas, verde-escuras na pagina superior e saliente-nervadas na pagina inferior ; flores pequenas. Madeira — Al burno de côr branca e cerne de côr bruno-claro- avermelhada; fibras deseguaes, revessas, aspecto assetinado, lembrando o cedro ; ondeada e de talhe macio, dócil ao cepilho e á serra. Applicações— Madeira para mobílias, canoas, vigas, caibras.tgboado de soalho e obras internas em geral, para o que é uma das melhores. Variedades — Este vegetal pertence ao mesmo género da « Canella nhopissuma». Observações — A madeira da « Canella nhunguvira branca », si fosse bem conhecida, substituiria a do cairo na maior parte de suas applicações industriaes. Monographia n. 44 — Amostra n. 84. FAMÍLIA DAS LAURACEAS Canella Paulo Teixeira LAURUS ODORÍFERA, VOL. Syxoximia — ? Habitação — Serra do Mar, desde o Estado de S . Paulo ao de Santa Catharina e valle do rio Ribeira de Iguape. Vegeta apenas em terras argilosas, de primeira qualidade. 21CG 2 SOCIEDADR NACIONAL DK AGRICULTURA Descripção — Arvore de caule recto, até 15,00 de altura e 0,45 de diâmetro; casca vermelha, até 15m/m de espessura, verrucosa e aro- mática. Madeira — Còr amarello-fulva, tecido fibro-vascular compacto, ondeada, macia, de peso regular e aroma que lembra o da «Canella sassafraz amarei la», mas não tão intenso. Quando velha, a madeira torna-se pardo-avermel liada, mas conserva sempre aquelle aroma. Dócil ao cepilho eá serra. Applicações — Madeira para marcenaria, vigas, caibros, taboado de soalho e todas as obras internas. As cascas poderiam servir para a in- dustria da perfumaria. Observações — Consta-nos a existência da «Canella Paulo Tei- xeira » nas proximidades da capital de S. PauL >, o que nos surprehende porque só conhecemos este vegetal em terras de primeira qualidade. Monographia n. 45 — Amostras ns. 52 (terras silicosas) e JOt (terras argilosas). FAMÍLIA das lauraceas Canella s:issí»ÍV:>z amarelln LAURUS SASSAFRAS, L. Synonimia — Anhvyba — Anhwjba pe-ayba — Louro — sassafraz — Pau-funcho, dos hespanhoes — Sassafras — Sassafrai amarello. Todos estes nomes são communs, em differentes logares dopaiz, a diversas lauraceas de aroma idêntico ; na Guyana franceza, á Licania guianensis, quando o individuo é velho ; e na Austrália á monimiacea Alherosperma moschata . Habitação — Em todos os Estados marítimos, desde o do Amazonas ao de Santa Catharina ; e provavelmente nas Guyanas, nos paizes vizi- nhoseaté nos Estados Unidos da America do Norte. Vegeta indistincta- mente nas terras argilosas ou silicosas. Descripção — Arvore de caule mais ou menos recto, até 10,00 de altura e 0,45 de diâmetro ; casca vermelha, até 10 mm de espessura nos indivíduos que vivem em terras argilosas e mais grossa nos que vivem em terras silicosas, verrucosa, aromática; ramos aromáticos, mesmo quando seccos ; tolhas simples, inteiras, membranosas, penninervias, pecioladas, mais ou menos 150 m/m de comprimento e 53 m/m de A LAVOURA 11 largura, oblongas, acuminadas, verde-escuras na pagina superior e verde-claras na pagina inferior, nos indivíduos que vivem em terras silicosas; o. Pilhas simples inteiras, pergamentaceas, pecioladas, mais ou menos líOm/m de comprimento e 48 m/m de largura, oblongas, acuminadas, saliente-nervadas na pagina inferior e nervação averme- lhada, nos indivíduos que vegetam em terras argilosas; raiz aromá- tica, de lenho amarello e casca de côr bruna. Madeira — Côr amarella, tornando se depois amarello-pardacenta ; tecido flbro-vascu lar compacto, apezar da visibilidade perfeita das fibras lineares um pouco revessas, intercaladas de pequenos e raros veios lon- gitudinaes, de côr bruna ; ondeada, assetinada, sabor picante, muito aromática, talhe macio. Dócil ao cepilho e á serra. Pesos específicos verificados (e alguns decerto appl içáveis a outros vegetaes que teem o mesmo nome vulgar) : — 0,866 (Santa Catharina e Rio) — 0,900 (S. Paulo) — 1,021 — !,048— 1,002 — 1,080 (S. Paulo) — 1,082 — 1,102 — 1,135 — 1,185. Resistência ao esmagamento : carga perpen- dicular, 405 ; carga parallela, 670 ; sem determinação da posição da carga, 772 e 792 kilogrammas por centímetro quadrado. Peso especifico do carvão — 0,182 ; da essência a 10° — 1,090. Applicações — Madeira para cohstrucções civis e navaes, dor- mentes de primeira classe, marcenaria, vigas, esteios, taboado do soalho e demais obras internas e externas em geral, durando longos annos quando em contacto com a terra; contém um óleo essencial aromático, do qual se obtém a essência de sassafraz, empregada na medicina e na perfumaria. As raizes e as cascas são sudoríficas e uti li - sadas nas affecções rheumaticas, syphiliticas e cutâneas, parecendo efflcazes, em infusão simples ou assoeiando-lhe gemma de ovo, para a cura de moléstias do estômago e cólicas intestinaes. Os fruetos teem as mesmas propriedades mediei naes da raiz e das cascas, talvez em porcentagem mais elevada, e por isso são preferidos na therapeutica local. Variedades — Conhecemos a «canella sassafraz preta», que repu- tamos muito superior a esta, quer para a medicina, quer para as indus- trias ; é um pouco rara. Ha diversas lauraceas conhecidas pelo mesmo nome, mas que não estudámos. No Estado do Rio ha um «Sassafraz» cuja madeira é de tecido frouxo, pouco resistente e muito leve. De um outro «Sassafraz», ou talvez do que descrevemos, diz-se ter nos poros da madeira uma massa parda ; é possível, mas nós nunca a encontrámos. ( Ibservações — Em França e na Allemanha, o lenho da raiz e as cascai deste vegetal e dos similares são objecto de commercio, hoje re- 12 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA duzido, mas ainda assim do certa importância. Dividem-no actual- mente em quatro typos: — achas grossas, lascas grossas, lascas finas ecascas; estas são as mais caras: preparadas, vendem-nas em quan- tidades grandes, ao preço approximado de dois francos por kilogramma. — Quando se iniciou a construcção das estradas de ferro, os dormentes de «sassafraz» só eram recebidos como de terceira classs ! Entretanto duram, em média, onzeannos, exactamente o mesmo tempo queo jatahy, a peroba-rosa eo ipê-tabaco ! (Continua.) COLLABORACAO à cultura do coqueiro O coqueiro pertence, inquestionavelmente, ás plantas, a cuja cultura não se tem prestado no Brazil a devida attenção ; tanto mais quando o Brazil, mais do que qualquer outro paiz do mundo, possue vastos terrenos que podem ser utilisados da melhor forma para essa cultura, e 6 ologar onde se pôde tirar um lucro cerlo e compensador, tanto para o plantador como para a nação cm geral, da expartação do coco e de seus produetos. Ao ter-se conhecimento de que cm Ceylão (uma pequena ilha do tamanho do Estado da Parahyba do Norte, aproximadamente), em uma área de 650.000 hectares, existem 50 milhões de palmeiras, póde-se. facil- mente avaliar a importância que tem attingido a cultura do coqueiro em outros paizes. Não nos devemos, por conseguinte, admirar si a estatística de- monstra que no annode 1904 nada menos de 8.293.000 cocos verdes, dos quaes 6.733.000 para a Inglaterra, 535.000 para a Allemanha e 802.000 para a Africa, foram exportados. Na importância de mil e oitocentos contos de róis (1 .800:000$000), lambem subiram cocos seccos, além disso, 48S.000 quintaes de óleo de cô:o, 68.000 quintaes de fibras de coco, 62.000 quintaes de cordas, 14.000 quintaes de cabos, attingindo a um total de trinta e dous mil e duzentos contos de réis (32.200:000$), cuja cifra, certamente, não representa um valor de somenos importância. O que, anles de tudo, deve ser tomado em consideração é que esta cultura não produz géneros facilmente susceptíveis de superproducção, mas sim géneros de primeira necessidade. Todos os produetos do A LAVOURA Í3 coqueiro são, tanto na Europa como nas demais partes do mundo civilisado, tidos em grande conta ; o óleo de coco, por exemplo, de ha muito empregado na fabricação de sabão, tem tido um constante augmento no seu consumo e é também empregado no fabrico de velas, alem de ser recentemente adoptado na preparação de uma manteiga aromática de coco, muito apreciada na Europa. A fibra do coco serve para atadores automáticos usados por occasião das ceifas dos cereaes, cuja applicação tem-se de anno para anno, cada vez mais, adoptado tanto na Europa como na America do Norte. Os bolos de coco (resíduos prensados provenientes da fabricação do óleo de coco) constituem um alimento muito apreciado para os aniinaes na cultura intensiva; e a applicação de fibras de coco é de anno para anno empregada em maior escala na confecção de escovas, vassouras, saccos, redes, capachos e outros artefactos de industria, etc... Devido a sua barateza tem tido applicação para substituir as amêndoas. De tudo quanto fica acima exposto, se deprehende que o plantio do coqueiro, da forma por que é feito em Ceylão, pôde também constituir uma cultura, cujo prospero futuro está, de antemão, marcado em certas e determinadas localidades do Brazil. Por esssa razão, não é ocioso procurar-se indagar como deva ser installada e tratada essa cultura ; e si, portanto, passarmos a discri- minar quaes são as principaes condições vitaes do coqueiro, chegaremos a conclusão que a productividade desta palmeira limita-se a certas localidades situadas á beira-mar, dentro dos trópicos, comquanto que, fora dessa zona e afastado do mar, o coqueiro também cresça, sem todavia produzir fructos. Nos terrenos ondulados das planícies pode-se plantar o coqueiro até uma distancia de 150 kilomelros longe do mar, além desse limite, porém, o seu desenvolvimento decresce e a sua productividade resente-se. A influenciada brisa marítima torna-se quasi que indispensável ao bom desenvolvimento do coqueiro, porque pela maior evaporação das folhas estabelece-se uma mais intensa circulação da seiva, e também porque fortalece mechanicamente o tronco da palmeira. A cultura do coqueiro não se adapta ás culturas das montanhas ; e a sua producção em altitude de703 metros— mesmo nas proximidades do Equador— diminue, e quanto mais a sua altura se afasta daquella linha, tanto mais baixa deve a sua cultura ser feita. No que se refere ás suas necessidades calóricas, o coqueiro exige uma temperatura média de 22° c. de calor regularmente uniforme, cuja pressão mínima pôde cifrar-se a 10° c, podendo, por outro lado, supportar como máxima uma temperatura limitada de calor, em terreno sufficientemente húmido. \i SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Com relação' ao solo, o coqueiro, salvo nos terrenos pedregosos, cresce indistinctamente por to h parte, mas, sempre que encontra um terreno argiloso e profundo, cresce melhor. Quanto ú humidade, porém, o coqueiro não é tão frágil, e si a al- tura máxima das chuvas annuaes mantem-se a 1,209 "'/,„, a pro- porção dessa quantidade é sufficiente ; no caso, porém, em que sejam irregulares ou menos copiosas, uma irrigação do terreno é então precisa para produzir o mesmo effeito. Si se pretender explorar, em um terreno que corresponda ás neces- sidades precisas, dos quaes ha grande quantidade no Brazil, a cultura remunerativa do coqueiro, deve-se também attender a outros pontos, taes como: a escolha de boas sementes, a natureza do clima, o acurado plantio, o cuidadoso trato ea racional adubação. O processo da sementeira é, naturalmente, de importância capital, devendo presidir todo cuidado 3111 dar-se preferencia âs sementes, cuja variedade seja mais fecunda, e, dentre essas, tomar as sementes das palmeiras que, pela continuidade de sua produclividade, mais se tenham distinguido. Ao ter-se diversas variedades para esse fim, pode-se então proceder á cultura das differentes variedades do coqueiro, tendo sempre o cuidado de evitar a confusão em seu plantio, de modo que cada va- riedade tenha a sua cultura separada. Os côccs, destinados a servirem de sementes, devem ser apanhados bem maduros, sem entretanto estarem passados, e, por occasiâo de sua colheila, não devem ser atirados ao chão, porque da sua queda da arvore, geralmente, soffrem contusões, que, de antemão, os inuti- lisam pára a sementeira ou concorrem para que, mais adiante, venha a ser gerada nina planta doentia. Devem lambem ser somente empregados cocos de completo desen- volvimento. Após a sua maturidade, os cocos devem ser conservados, pelo menos, durante o espaço de quatro semanas, antes que possam ser preparados para a sua plantação, a qual pode ser levadaa effeito de três differentes modos: tanto pela sementeira em viveiro, do qual oppoilu- namente serão as plantinhas transplantadas para o logar de sua cultura definitiva, como também, por meio da suspensão sob um tecto que os proteja, ou finalmente, por meio da collocação, em um logar húmido, uns ao lado dos outros, sombriamente cobertos, e no qual o terreno seja fofo e poroso. As despezas de plantação e custeio para a sua exploração ficam, em virtude desse augmento de producção, consideravelmente reduzidas, do momento em que ellas cifram-se á mesma s >mma tanto para 10J como para 150 cocos. A LAVOURA 15 Si quizermos indagar qual seja o modo mais apropriado de • adubação, deve-se repetir o que já acima ficou dito, de que, por occasião de se abrirem os buracos para o plantio das mudas, cumpre misturar-sea terra, delles extrahida, com estruma da curral, compo3to e de adubos chimicos afim de ser a mesma torra aproveitada para encher os buracos. Por occasião do plantio nunca se deve esquecer o estrume do curral ou o composto, porque estes estercos produzem, por meio do enriquecimento do solo cm bumus, um melhor desenvolvimento do systema radicular e por essa razão facilita um consumo mais intensivo de agua e bem assim dos elementos nutritivos. Nos terrenos ailtícienlemenle ricos, estes dois estercos talvez sejam, com os elementos contidos no solo, bastantes para fornecerem ás plantes a alimentação necessária para um anno. Si, porém, o terreno for muito pobre, então deve-se-lhe addicionar, conjunctamente com o estrume de curral e de compostos, uma maior somma de elementos nutritivos, por meio dos adubos chimicos, cuja dosagem deve ser approximadamen te a seguinte por 500 palmeiras : 200 grammas de acido phosphorico. » » » polassa. » » » azoto. Deve-se, entretanto, ter o cuidado de que todos esses elementos nutritivos sejam dados, pa-rque a falta de qualquer um delles na adubação importará em insuecesso. E' de bom aviso dar-se esta substancia em superphnsphato em saes potássicos de 30 %, ou kainito eem sulfato de ammoniac > de conformidade com a seguinte dosagem: Superphosphalo com 20 °/o de acido phos- phorico solúvel, cerca de 1,030 grammas Saes potássicos de 30 °/o com 30 °/o de po- tássio 600 » Sulphato de ammoniaco com 20 °/o de azoto, cerca de 500 » O melhor é misturar previamente esses adubos chimicos e depois distribuir a quantidade total de 2.160 grammas acima indicada, medindo-a em uma lata de folha ou em outro qualquer vasilhame que contenha essa porção, então misturar essa mesma porção á terra extrahida, para, com ambos, encher 15 dias antes da plantação os buracos dos quaes foi a lerra retirada, como já tivemos occasião de mencionar mais adiante. Os elementos nutritivos empregados na occasião do plantio, todavia não são sufficienles para lazer com que a planta attinja a um bom SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA e completo desenvolvimento e para que venha a produzir abundante colheita e fructos de primeira qualidade, o que facilmente se pôde deprehender das investigações feitas pelo naturalista Dr. Bachhofen, e pelas quaes ficou provado que 1.000 cocos extrahem do solo : 3,'J kilos de azoto. 1,088 » » acido phosphorieo. 8,482 » » potassa. 9,707 » » sal. 1,043 » » cal. Cumpre, entretanto, addicionar-se a essas quantidades o que a planta ainda carece para a formação do tronco e desenvolvimento das folhas, etc.,para o que devemos, de dois em dois annos, calcular para cada mil palmeiras : 50 kilos de azoto. 15 » » acido phosphorieo. 106 » » potassa. 19 ») » cal. 136 » » sal. Na pratica, porém, esta norma deve ser modificada, sempre que a palmeira deixar de florescer ou de produzir os seus fructos, em cujo caso cumpre elevar a dose de acido phosphorieo. A quantidade de potassa, quando as cascas dos cocos ou cinzas dos mesmos forem restituídas ao solo, pôde ser diminuída. Os coqueiros precisam tão pouco de cal que, raras vezes, o seu em- prego torna-se necessário e, só quando se trata de um terreno argiloso, é que talvez seja útil uma certa porção de cal, para o melhoramento da constituição mechanica do solo. O sal é indispensavelmente preciso, c o seu emprego é mais facil- mente applicavel sob a forma de kainito contendo 12° 4 de potássio por 40 °/„ de sal. Nos terrenos ricos, pode-se economisar o emprego dispendioso de azoto. Assim si, todos os dois annos, se tiver de dar estrume de cur- ral, e, bem assim cinzas de cocos, então cumpre addicionar-se a esses estercos a seguinte dosagem de adubos chimicos por 500 pal- meiras: 20 kilos de chlorureto de potássio 50 °/0 ; 45 ditos ds kainito 12 °/u ; 70 ditos do superphosphato 20°/0 ; 45 ditos de sulfureto de ammoniaco 20 °/0 ; A LAVOURA 140 kilos de kainito ; 70 ditos de superphosphato ; 45 ditos de ammoniaco . Esta mistura deve ser espalhada em redor do tronco, e a uma dis- tancia de cerca de 20 a 50 centímetros e logo após enterrada no solo, com todo o cuidado de modo a não offender seriamente o systema radicular. No caso em que se não possa obter cada dois annos estrume de curral ou composto para a estercada, então deve-se augmentar a quan- tidade dos elementos chimicos até a seguinte dosagem: 90 kilos de ammoniaco ; 100 ditos de superphosphato; 60 ditos de kainito ; 30 ditos de chlorureto de potássio. Afim de se tirar toda a vantagem possível desses elementos solúveis de nutrição, é preciso prestar toda a attenção aos seguintes pontos: manter constantemente o circulo em redor do tronco do coqueiro limpo de gramas ouhervas damninhas para evitar que ellas possam absorver os elementos nutritivos que devem aproveitar ao coqueiro, e também espalhar os adubos em redor do tronco do coqueiro com todo o cuidado, enterrando-os logo após com o ancinho sem offender as raizes. {Do Centro das Experiências Agrícolas do Kalisyndikat, Allemanha. Ru Alfandeija 93, sob. Rio de Janeiro.) imos a seguir as duas gravuras referentes a este artigo. SOCIEDADE NACIONAL DK AGRICULTURA EXPERIÊNCIAS REALISADA3 PELOS SRS. H. M. ALLEIN E G. T. TAYLOR EM SUA FAZENDA DE LOXTON E PALMBANE EM CEYLÃO Em u na área de lira de terreno sem adubação algu na uu tejs 4050 metros quadrados Eru uma área de uma geira de terra adubada A LAVOURA 19 A carreira agrícola O illustrado engenheiro agrónomo, professor Hector Raquet, na sessão solerane de abertura dos cursos do Instituto de Gembloux, para o anno lectivo de 1907-1908, proferiu a sabia lição seguinte que ver- temos devido ao interesse que desperta, pois que se trata da carreira agrícola . « Senhores — Uma tradição estabilecida exige que nesta cir- cumstancia um professor deste Instituto vos falle de algum assumpto que se relacione com a tarefa qu3 devemos effectuar juntos. Cabe-me a honra de fallar hoje. Pensei, a principio, tratar da parte do programma dos estudos, que ides emprehender ou continuar, mas cedi a uma preoccupação que me domina todos os annos, neste momento em que nos achamos reunidos. Tenho vindo aqui, todas as vezes, com uma curiosidade e uma emoção. Curiosidade que se liga aos novos estudantes e que me leva a inquirir si elles serão numerosos e o que poderão ser ; uma emoção que me leva a formar a irrealisavel aspiração de ver no futuro o que será a carreira dos moços que nós preparamos ao papel importante, ao papel essencial consistindo em fazer, com o auxilio da sciencia, a terra pro- duzir com toda fecundidade. Portanto, si esta aspiração é irrealisavel, si é impassível pedir ao futuro osegredo dos destinos indiviluaes, póde-se ser um sonhador, perscrutar esses destinos quando se tratadas collectividades. Si não se pôde prever o que fará cada um de vós, póde-se mostrar a todos que a carreira que abraçaram, que a missão que escolheram e para a qual vos queremos armar, offerece nobres fins ás intelligencias e ás energias, nas proporções da actividade que exercerem, ella permittirá servir á huma- nidade, sendo homens uieis e dando grandeza á vossa vida. E' disto que vos desejo fallar. Pretendo mostrar como a carreira do agricultor, do criador, é digna do trabalho que vos exige. Esta carreira, durante o tempo, tem gosado de pouco favor, está ainda muito desconhecida. O prestigio das profissles liberaes exerce um attractivo frequente- mente enganador. O salutar, o necessário respeito de tudo que repre- senta o pensamento, de tudo que nãn exige meios e forças sinão da intelligencia, faz considerar ainda cjm um certo desdém a profissão de que o rude trabalho de lavrador é auxiliar. 20 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Em todas as classes da nossa sociedade democrática, parece que a nova nobreza seja concedida pelo trabalho exclusivamente intellectual, independente de tudo que se faz pelas mãos do homem . Costuma-se dizer, é até mesmo uma «chapa», de que a satyra tomou conta que — á agricultura faltavam braços. Com a mesma exactidão se poderia ter dito que faltavam intelligencias á agricul- tura. Um moro, lilho de burguezes ou camponezes, cujos pais no com - mercioou no trabalho da terra tivessem adquirido abastança, esta lhe facultando emprehender estudos, elle sonhava subir intellectualmente, sendo medico, advoga lo, engenheiro. Nisto consistia somente o seu modo de ver as cousas, a actividade superior . Estava entendido que, sahindo do gymnasio ou do collegio, era para a Universidade que se devia entrar. Seguir os cursos de alguma escola de agricultura, embora ornado com o titulo de superior, era decahir ou ao menos não se elevar. E quando alguns se resignavam a estes estudos de agricultura era talvez, porque pensavam que o diploma de engenheiro agrícola fosse mais fácil de obter de que outros pergaminhos. Uma opinião ainda bastante divulgada actualmente é que um homem bem dotado de intelligencia não se pôde consagrar a dirigir, a desenvolver uma exploração agrícola, ou melhorar, ou tornar mais lindos e mais puros os animaes de um rebanho. Agora, este preconceito começa a perder sua importância, o seu credito em breve ficará arruinado, pois era um preconceito em absoluta contradicção com o espirito novo, com a nova da sciencia da vida que o progresso dos conhecimentos humanos estabeleceu, com a concepção racional que o homem esclarecido tem principalmente dos seus esforços. Para rehabilitar a profissão de agricultor ou de criador, não ha mais necessidade de appsllar para santimentos de egoísmo, nem mostrar que é mais invejável a existência livre, na aprazível opulência da natureza, o trabalho que em cada dia lhe dá um novo aspecto, menor que os esforços regulares e monótonos no gabinete de trabalho, cujo êxito é também problemático. E' supérfluo invocar laes cousas ; póde-se, para exaltar a missão que nos preparamos aqui a desempenhar, somente invocar a nobreza da tarefa, seu caracter inclinado á formação do espirito scientifico, a educação do pensamento livre, soberano e claro, mostrar que elle offerece, exactamente, e num gráo superior, tudo o que attrahiria os moços para as profissões liberaes. A LAVOURA 21 Si as producções do artista, do orador, si os labores do medico, si algumas vezes mesmo o génio de um grande militar excitam a nossa admiração, é sempre vorque achamos nisto alguma cousa com que augmentar o nosso orgulho, ou com que acreditar um pouco mais nu poder dos homens, no eterno combato a que elles se entregam. 0 homem não tem sinão uma nobreza : é aquella que lhe dão as suas victorias sobre as forças que o cere \m . Elle cresce cada dia mais quando consegue superar algumas dessas forças, tendo destruído suas causas ou as submettido ao serviço das suas necessidades. O altista é grande porque deu á matéria aspecto de belleza ; o medico é grande porque elle vence os males que desagregam essa mesma matéria de que depende a nossa vida ; o militar nos parece grande quando elle detém as forças humanas puramente destruidoras e cuja acção ameace o que nós consideramos como indispensável ao nosso trabalho pacifico ; o engenheiro é admirável quando imagina algum meio novo de oppor uma barreira ás forças inconscientes ou de utilizar estas diminuindo o nosso esforço. Em resumo, o individuo se ennobrece, torna-se heroe todas as vezes que a sua acção pessoal excede em resultado o que deve aproveitar só a elle, cada vez que se augmentam um pouco os meios de vida de que a humanidade dispõe, cada vez que se allivia um pouco a tarefa da humanidade. Este resultado pôde ser sempre mais considerável do que quando os homens afrontando os rigores de clima, os perigos, vão para os immensos territórios dos paizes novos, da Austrália, da America do Sul, do Canadá, da Africa Central, emprehendem com a terra ainda inculta uma lueta paciente e cheia de perigos, e, armados de sua sci- encia, impõem a esta terra uma fecundidade, trazem á humanidade novos recursos devida. Pensae na repercussão que exerce esse simples phenomeno: pela acção desses homens, um cereal cultivado mais abundantemente se vende um pouco menos caro, torna-se accessivel a milheiros e milheiros de homens que se achavam privados delle. Supponhamos quanto isto concorre para formar vidas mais vi- gorosas, mais saudáveis e tudo porque a sciencia nos mostrou as soli- dariedades da carne e do cérebro. Não ha mais claro pensamento! Os homens fizeram isto, e estes homens eram agricultores e cria- dores. Haverá missão mais nobre, mais brilhante, mais digna de admiração do que aquella que elles assim exercem? E nas emprezas de expansão, de colonisação, que outro fim justificável não têm anão ser o de fazer a terra produzir toda a riqueza que ella contém, pondo á disposição dos homens todas as forças e todos os recursos que 2;' SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA pode fornecer sua fecundidade dirigida pelo saber ; neste empre- hendimento formidável, o agente mais precioso, mais indispensável — não será sempre o agricultor ? Mas, não lemos necessidade de evocar estas remotas tentativas, esta obra de conquista nova e aventureira, para mostrar quanto é nobre e digno de attrahir as organi sacões de escola missão do agri- cultor e do criador . Sobre a nossa velha terra da Europa, existem ainda grandes coisas por fazer; desta terra é preciso conservar, au- gmentar, regularisar a fertilidade e por terem trabalhado ahi os homens mereceram a verdadeira gloria. Quero citar exemplos. Emquanto os criadores consagravam sua actividade na valori- sação dos imrnensos territórios dos paizes novos e lançávamos seus abundantes rebanhos através das immensas planícies de pastagem, nas duas Américas e na Austrália, onde as diversas raças animaes submettidas á acção dos agentes naturaes, cuja influencia ellas tinham de soffrer, encontravam, com a sua liberdade, essas condições de existência primitiva, empenhavam a luta pela vida, obtinham mais vigor, mais robustez ; outros criadores, operando num campo mais restricto, applicando os methodos da sua experiência e das suas observações praticas, conseguiam augmentar a força transformadora das machinas animadas e submettidas ao seu império. Criavam essas admiráveis raças de varias aptidões que tê n feito sua reputação, sua gloria, sua fortuna.. . E' na Inglaterra, nesse berço de renovação agrícola, que se vê o apparecimento desses práticos de génio que illustraram a agricultura no seu paiz e adquiriram uma celebridade universal pelos progressos que conseguiram realizar na criação, pela nova orientação que souberam imprimir ao melhoramento do gado ; emquanto que o agricultor da Eu- ropa continental não achava justificação de alimentar animaes, anão ser pela necessidade de produzir carne salgada e declarava o gado « um mal necessário » — os criadores inglezes proclamavam que a ma- china animal tem por fim essencial produzir trabalho, leite, carne, e o mais ; por conseguinte, deve-se tirar o máximo proveito da sua ex- ploração, obtendo a maior producção co.n despeza minima. Elles resumiam nessa formula simples todo problema zoote- chnico e para resolvel-o, a ppl içaram methodos que são a base de toda criação realmente progressista: a selecção dos reproductores, a alimen- tação racional, ros cuidados da hygiene. E' preciso lêr a vida desses grandes criadores: os Bakewell, ^os Collings, os Jonas Webb, para se A LAVOURA 23 vêr com que incansável perseverança, admirável tenacidade, fé pro- funda nosuccesso final, elles proseguiram sua tarefa. Esses esculptores de matéria viva, esses organizadores de formas animaes transfor- mando conforme os seus desejos seres animados submettidos ás leis naturaes, creando a belleza útil como o cinzel do artista modifica o mármore, ennobrecee idealiza os traços, não são génios iguaesdeum Phidias ou de um Miguel Angelo? Arrancar seus segredos á natureza, advinhar, presintir o futuro, impor sua vontade ás forças que agem sob a égide de leis ainda parcial- mente desconhecidas, haverá fim mais elevado, acção que mais nos desvaneça ? Eis o que elles fizeram. A zootechnia pratica hauriu nos trabalhos de Bakewell, de Gol- lings, do Jonas Webb, de Malingié, os preceitos que constituem hoje as leis fundamentaes. O desenvolvimento exacto de diversas aptidões, o alto poder de assimilação, a reducção da ossatura entre os animaes de corte, a rapi- dez do crescimento e a propensão para a engorda levada até aos limites compatíveis com o equilíbrio das leis physiologicas, tal foi o fim deter- minado aos seus esforços, a tarefa constantemente executada. Sabe-se que Bakewell não se limitava a observar seus animaes durante a sua existência e a comparar o seu augmento no peso e a alimentação consumida ; elle procurava completar suas apreciações ou a confrontar o seu julgamento por meio de autopsias minuciosas que se executavam em cada animal, abatido, entre os da sua criação para o consumo. Bakewell com um orgulho legitimo amava mostrar esses resultados fornecidos pelo systema novo que adoptava e se differen. cava do até então seguido nestes dois pontos : Reducção da ossatura em vêzdo esqueleto volumoso ; criação em consanguineidade em vêz da mistura perpetua de raças e de sangues extrangeiros. Estes dois princípios foram a base de todas as suas operações para criação ; pela judiciosa applicação elle conseguiu em vinte e cinco annos, apurar essa preciosa raça ovina de Disbley que conquistou rapi- damente uma grande reputação, e quando em 1760 Bakewell apenas obtinha pela locação dos seus carneiros 20 a 25 francos, por cabeça para a época da reprrducção, em 1791, trinta annos mais tarde, três carnei- ros lhe deram, pela locação de um anno, a quantia de 75 . OOOfrancos ! O seu celebre carneiro Two Founder lhe rendeu, só em uma época, 31.500 francos! SOCIHDADK NACIONAL DE AGRICULTURA A celebridade e a fortuna foram a dupla recompensa para a sua beila o útil carreira. Foi ao lado do criador de Disbley Grange, que praticava a hospitalidade mais franca, que Carlos o Roherto Collings vieram aprender os ensinamentos de que tiraram proveito maravilhoso para melhoramento da raça de Durham a qual elles ligaram seu nome. A criação consanguínea praticada ao principio com uma certa hesitação, depois melhor approveitada e continuada através de uma ininterrupta successão de gerações, com o auxilio de reproductores cuja forca hereditária nunca enfraquece, a preoccupação constante de apurar productos para obtenção da maior vantagem quanto á carne, deram aos rebanhos dos irmãos Collings uma homogeneidade sem igual e extraordinária precocidade. Os successos que os reproductores das herdades de Ketton e de Barpmton obtiveram nos concursos e a admiração que despertaram no mundo dos criadores pela belleza e regularidade de suas formas conceituaram rapidamente a sua celebridade. «Toda a imprensa, diz um escriptor da época, celebrava a as- sombrosa maravilha, e todo « gentleman » que quizesse principiar o melhoramento do seu rebanho ia comprar um touro dos Collings até que chegou a occasião de se considerar um grande favor obter um desses reproductores. Quem falava dos Durhams melhorados apai- xonava-se agora pelos Collings ; os adeptos dessas espécies, que se considerassem capazes e dispostos a pagar preços elevados, acudiam em multidão a Ketton e a Barpmton...» listas operações de mr. Collings concluíram em 1810 pela venda geral do seu gado que produziu 177.920 francos; o touro «Comet» vendeu-se por 26.250 francos e um criador que appareceu logo após a venda desse animal declarou que teria dado por elle até 42 .000 francos ! Os admiradores e amigos de Carlos Collings quizeram perpetuar a lembrança da sua brilhante carreira e para este fim offereceram-lheuma rica taça de praia, «en vermeib, com esta inscripção : « Offerta a mr. Carlos Collings — o grande aperfeiçoador da raça Durham, pelos criadores cujos nomes seguem como uma prova do seu ieconhecimento pelos serviços que elle lhes prestou com os seus criteriosos aperfeiçoamentos e também como um testemunho de estima pela sua pessoa. — MDCCCX.» Como bem disse Sanson : isto vale perfeitamente um titulo de nobreza . LAVOURA RobsrfcoCoIIings terminou sua carreira de criador em 1818 ; a venda do sou galo rendeu 196.325 francos ; opreoo médio de animal saiu a mais de 3 000 francos ! A raça de Durham melhorada adquiriu fama universal, póde-se consideral-a uma das glorias da agricultura ingleza e consagra as victorias dos methodos zootechnicos modernos. Sua rápida extensão causou entre os criadores de todos os paizes uma salutar emulação para o melhoramento da conformação das raças bovinas, de que ella represen- tava o typo ideal, e, neste ponto de vista se pôde dizer que a disseminação desses representantes exerceu em toda parte uma influencia feliz sobre a criação bovina. O methodo que produzira entre as mãos hábeis de Bakewell e dos irmãos Collings tão brilhantes resultadas conduziu egualmente ao successo outro illustre criador de carneiros Jonas Webb. Observador de génio, pratico, esclarecido e experimentado, elle conseguiu após 18 annos de esforços incessantes fazer do carneiro Southdown um modelo de perfeição para a producção da carne. Jonas Webb conheceu todos os triumphos que um criador possa ambicionar; em todos os concursos em que participaram os seus Southdowns melhorados, elle obteve as mais altas recompensas. Em Pariz, nos certamens de 1855 ede 1856 foram concedidos os primeiros prémios e os seus esplendidos reproductores levantaram grande enthusiasmo no mundo dos criadores. O gado ovino de Babraham estava conhecido em todo mundo e foi único acontecimento nos annaes da criação o da venda geral dos carneiros de Jonas Webb que se realisou a 10 de julho de 1861. Mr. Robion de la Tréhonnais dando conta desta memorável jornada, escreveu : « O gado de Jonas Webb não existe mais reunido : os famosos carneiros cuja locação foi disputada durante um quarto de século e, que exerceram tão grande influencia para o melhoramento das raças ovinas, em todo mundo, estão agora dispersos o para nunca mais se juntarem sob avara do eminente criador. Ha, accrescenta o mesmo escriptor, na existência de cada homem um instante decisivo em que a responsabilidade da vida activa se torna excessivamente pesada, ou, como o viajante afadigado, o homem sentindo que a energia necessária ao cumprimento de sua missão começa a enfraquecei', depõe o seu fardo e descança. Foi talvez este sentimento que determinou Jonas Webb a realisar afinal o fructo do seu génio. » 2160 4 SOCIIÍDADK NACIONAL DK AGRICULTURA Jamais testemunho tão esplendido jj(€€€4- SOCIEDADE NACIONAL DE AGKICUl.TUKA NOTICIÁRIO Sindicatos agrícolas — Damos a seguir o regulamento da lei dos syndieatos agrícolas, que muita utilidade virá prestar aos interessados. DEi RETON. G.532 -de 20 de junho de i i07 0 Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil, usando da auctori- zação que lhe confere o art. 48, n. 1, da Constituição, decreta : Artigo único. Fica approvado o regulamento que com este baixa, assignado pelo ministro de Estado de Industria, Viação e Obras Publicas, para a execução do decreto legislativo n. 979, de 6 de janeiro do 1903. Rio de Janeiro, 20 do junho de 1907, 19° da Republica. Affonso Augusto Moreira Penna.. Miguel Calmon du Pin o Almeida. Regulamento dos Syndrctos Agrícolas, a que se refere o decreto n. 6.532, dista data Art. l.°E' permittida a organização de syndicatcs agrícolas, que, para os effeitos legaes, são as associações formadas entre profissionaes da agricultura o industrias ruraes de qualquer género, para defesa dos interesses de ordem econó- mica, social ou moral, communsaos associados. Art. 2.° Os syndicatos terão uma denominação particular ou quó indique seu objecto de modo a se differençarem de qualquer outrj ; sua duração poderá ser in- definida : poiem organizar-se independente de auctorizaçãj do govc.io e são isentos de quaesquer restricções ou ónus. Art. 3.° São característicos essenjiaos dos syndicatos agrícolas : n) o numoro mínimo de sete associados; b) a qualidade pe:uliar a tolos os associado3 de profissional da agricultura ou de industria rural de qualquer género ; c) a existência do um património constituindo capital da associação; d a fórraa de rnutualidade em todis ai operações e actos dos syndicatos. Art. 4.° Consideram-se profissionaes para toios os eleitos da lei : O proprietário, o cultivador, o arrendatário, o parceiro, o criador de gado, o jornaleiro c quaesquer pessoas empregadas em serviço dos predius ruraes, bem como a pessoa jurídica enj v existência tenha por fim a exploração de agricultura ou outra industria rural. Paragrapho única. Perderá essa qualidade todo aquello que deixar de per- tencer a qualquer das classes de que trata este artigo, Art. 5.° O património do syndicato agrícola poderá ser limitado ou illimitado, mas pertencerá ao fundo da associação, não podendo em caso algum reverter aos associados. A LAVOlikA Paragrapho único. Será ordinariamente constituído: a) pelas jóias, mensalidades ou annuidades estabelecidas nos estatutos para que os associados possam gosar das vantagens e serviços da associação ; h) pelas commissões sobre compras e vendas feitas ou agonciadas por conta da associação ; c) pelas taxas que forem estabelecidas para outros serviços ; d) pelas multas determinadas em estatutos ou regulamentos ; e) por empréstimos, subvenções, donativos e legados. Art. 6." Todos os saldos e proventos applicam-se ao augmento do património, não podendo ser distribuídos lucros aoi associados. Art. 7.° Poderão estas formar entro si caixas ospeciaes, de soccorros e d i apo- sentadorias ou quaesçiuer instituições de mutualilalee cooperação, sem prejuízo do património social, e constituindo ellas associações distinctas com inteira dis- criminação de responsabilidades. Art. 8.° O associado que se desligar do syndicato poderá, todavia, continuar a fazer parte das caixas especiaes a que se refere o artigo anterior, mediante as condições quo nos estatutos forem fixadas. Art. 9." O numero de associados poderá ser illimitalo, c nos estatutos devem ser determinadas as condições do admissão c eliminação, as vantagens e ónus, bem como a responsabilidade dos mesmos associados. Art. 10. E' livre a todos os associados retirarem-se em qualquer tempo, per- dendo, porém, todos os direitos, concessões e vantagens inherontes ao syndicato, em favor deste, sem direito a reclamação alguma o sem projuizo das responsabili- dades que tiverem contrahido (Dec. n. 979, art. 6o). Paragrapho único. Taes respjnsabilidales subsistirão, emquanto não lerem liquidadas. Art. 11. A responsabilidade a que se ro.ere o art. 10 só se considera effectiva para o associado que se retira, em relação ás ob.w-iações coutrahidas pelo syndicato até ao dia da commnnicação escripta da su:i retirada. Paragrapho único. O asso 3 ia lo que so retira ó respjnsavel pelai cneommenJas quo tenha feito directamente ao syndicato ou a terceiro por intermédio delle, asfim como pela cotização do anno, caso não tenha sido satisfeita. Art. 12. A organização do cooperativas de prolncçãoou de coes imo, caixas ruraes do credito agrícola, associações de seguro, de previdência, de assistência, etc, não involve responsabilidade directa do syndicato nes transacções, sendo a liquidação de taes organizações regida pela lei coaimum das sociedades civis (Dec. cit. n. 079, art. 10). Paragrapho único. Os bens empregados nessas organizações não ficam sujeitos ao disposto no art. 30. e sua liquidação corre sob a responsabilidade dos respectivos sócios. Art. 13. Os syndioatos agrícolas constituemse por deliberação da assembléa geral dos associados, que será convoc.vla para eao fim pelos fandxiores, depois do organizados e assignados os estatutos por todes os associados. Art. 14. No dia desiguado, reunidos os associados em assembléa geral, os fun- didores apresentarão os estatutos e, lidos estes, será sub eaettida a votos a reso- lução de estar o syndicato definitivamente constituído. Seudo essa resolução appr-ovada por dois terços pelo menos, do numero total dos associados, lavrar-se-á SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA á acta da install.ição em duplicata,, p vim ser assignada por todos os associados presentos. Art. 15. Approvada essa resolução por dois terços pelo menos, do numero total dos associados será eleita, o em segui la, impossado. a primeira admi- nistracção, devondo a acta da installação do syndicato lavrar-se em duplicata e ser assignada por todo; os associados presentes. Art. 18. Dois exemplares dos estatutos, da acta da installação e da lista dos associados, autheniicados pelo presideute e pelo secretario do syndicato agrícola, serão depositados no cartório do registro de hypothecas do districto respectivo, aui ficando archivado um de cada exemplar (Dos. cit. n. 979, art. 2). Art. 17. O exemplar será paio oílicial do registro de hypothecas, enviado dentro de oito dias coutados da apresentação, á Junta Commercial do Estado respectivo. Art. 18. Outro deposito dos estatutos e da lista dos associados será pela mesma forma renovado sempre que no anno anterior houverem solfrido modificações, e cm todos os casos o recibo passado pelo offlcial do registro bastará para provar o mesmo deposito. Paragraptio único. O registro dos documentos e respectivo recibo ficam isentos de quaesquer ónus o serão feitos no acto da apresentação dos mesmos. Art. 19. Os estatutos declararão o seguinte: § 1.° Denominação, fins, formas, duração e sede do syndicato agrícola. § 2." Modo pelo qual este é administrado, e representado em juizo e,em geral, nas suas relações para com terceiros. § 3.o Responsabilidade dos associados. § 4.° Condições de admissão e eliminação dos direitos, vantagens o ónus dos associados. § 5.° Condições de dissolução do syndicato e destino que nesse caso será dado ao produeto do acervo social, nos termos do Decreto n.-079. Art. 20. O registro indicará mais : § 1.° A data do deposito de documentos. § 2." Os nomes dos administradores ou directores do syndicato. § 3." A entrega do recibo a que se refere o art. 18. Art. 21. Desde a dita do mencionado deposito e registro, o syndicato agrícola adquira personalidade jurídica, como pessoa distincta da dos respe- ctivos assoei ado3 e pó le exercer tolos os direitos civis relativos aos. seus in- teresses. CAPITULO III DOS ADMINISTRADORES Art. 22. Os syndicatos agrícolas serão dirigidos por dois ou mais admi- nistradores, eleitos pela assemblea geral, entre os associados inscriptos e quites, auxiliados por um conselho administrativo com o numero de associados que os estatutos determinarem. Paragrapho único. E' requisito indispensável ao presidente do syndicato ser cidadão brazileiro no go;o de seus direitos. Art. 23. E' expressamente vedado aos administradores e bem assim aos fundadores o ineorpjradores dos syndicatos ou uniões de syndicatos agrícolas auferirem lucros uii vantagens do qualquer especio ou natureza. CAPITULO VI DAS UNIÕCS DE SYNDICATOS Art. 40. Os syndicatos agrícolas podem fundar uniões de syndicatos ou syn- dicatos centraes, com o intuito de regularizar o funccionamento dos syndicatos locaes, coordenando o concentrando seus esforços, augmentando seus meios de acção, de modo a poder prestar a maior somraa possível de serviços aos as- sociados. Paragrapho único. As uniões deverão abranger syndicatos ligados por in- teresses communs, territoriaes ou profissionaes (Dec. cit., n. 979, art. 11). Art. 41. As uniões de syndicatos e os syndicatos centraes adquirirão per- sonalidade jurídica separada, do mesmo modo que os simples syndicatos. Art. 42. Constituir-si-ão na forma prescripta para os syndicatos o terão es mesmos característicos que estos, sendo também regidas pelo presente re- gulamento. Art. 43. Alôm dos syndicatos organizados e constituídos, de accordo com este regulamento, poderão ser admittidos como associados das uniões de syn- dicatos o syndicatos centraes as associações agrícolas ou do industrias ruraes o, do mesmo modo, os sócios destas instituições. Art. 44. As uniões de syndicatos o os syndicatos centraes gosarâo de todas as faculdades que o presente regulamento confere, estão sujeitos ás suas pros- ei ipções, quanto a fundação, modo do agir e do liquidar. Art. 45. Estas associações, b3m como os syndicatos agrícolas organizados do accordo com o presente regulamento, ficani isentos para a sua orgini- zação e funccionamento, de quasquer ónus. CAPITULO VII DISPOSIÇÕES GERAES Art. 40. Não gozarão dos fivores aqui cmsigo\do3 03 syndicitos locaes, as uniões o os syndicatos centraes qu3 estiverem om desxecor Io com este re- gulamonto. Art. 47. Não 6 permittido a nenbum syndicato especular com títulos de qualquer espécie, podendo, porém, adquirir bans immoveis, sem outra restri- cção, a não ser a applicação destes aos serviços e fins previstos nos respe- ctivos estatutos. Art. 48. São da exclusiva competência do juizo comme rcial as questões relativas á existência do syndicato agrícola, aos direitos e obrigações dos as- sociados para com ello e entre si e á dissolução e á liquidação do mesmo. Art. 49. Oi livros de escriptutação dos syndicatos açricolas serão rubri- cados, pira torom fé em juizo, pilo membro do conselho administrativo que o presidente djsignar, e são isentos de sello. Art. 50. Revogam-seas disposições em contrario. Rio de Janeiro, 20 de junho de 1907.— Miguel Calmon du Pine Almeida. 3S SOCIEDADK NACIONAL DE AQUICULTURA — A exportação do café cm Santa Catliarina vai augmentando pouco a pouco. A exportação, principalmente para as republicas do Prata, vai tomando pro- porções quo os mais Estados c tfeeiros não devem desprezar. No 2' semestre do l'»07 importaram-se no porto do Montevideo 684.000 saccas do café procedentes do Rio de Janeiro, 55.400 do Santos e 477.200 do Santa Catliarina. — Os Drs. Nabor Jordão, Coronel Moraes Salles o Lins de Almeida, nomeados pelo Governo de S. Paulo, partiram para o interior do Estado, com a missão de proceder á avaliação da futura safra do café. O Sr. Dr. Carlos Botelho, Secretario da Agricultura, pretende desdobrar om três a commissão incumbida da avaliação da safra pendent \ afim de que ella possa apresentar o seu relatório o mais brovo possível. Cada uma dessas commiísões porcorrorá uma das grandes linhas férreas do Estado:— Mogyana, Paulista e Sorocabaoa e a inspecção consistirá em apurar nas diversas fazendas, por meio de questionários, a quanti lado de café colhido até o dia da inspecção; dividida essa quantidade polo numero de pessoas encarre- gadas da colheita e pelos dias de serviço, dará, na proporção dos cafeeiros, a quantidade corta da produção do cada uma das fazendas. — Em Páod"Alho, Pernambuco, fui effectuada uma reunião de agricultores e proprietários, convocada pelo Dr. Severino- Montenegro e coronel Abílio Pessoa afim do ser fundado um syndicafo agrícola. — No dia 10 do mez de fevereiro findo realisou-so na sede da Escola Agrícola de Goyana, a quinta reunião annual de sua assembléa geral. Esta instituição é a primeira que se fundou no Estado de Pernambuco o cuj^s resultados têm sido os mais animadores. O Dr. Luiz Corroía de Brito, presidente, perante numerosa assistência usou da palavra, extendendo-so em conceitos proveitosos sobro ávida lisongeir.i qu3, para gáudio ge ai, ia tendo o Syndicato Agrícola. Destinado — disso elle— á realisição de dois grandes idoiaes que eram — a creação do credito agrícola e o banimento da ignorância entro o proletariado — notava com máxima satisfação quo o syndicato attingira a meta de seus intentos com o surprehendente desenvolvimento que se operava nos dois básicos elementos instituídos para a consecução de seus fins — A caixa rural o a Escola agrícola. A primoira, acereseentou ainda, fundada para a creação e manutenção do credito agrícola, já se podia julgar consolidada, pois durante quatro annos reali- sava, com grando regularidade, todas as suas operações. A segunda, tendo apenas uns oito mezes de existência não ora monos lison- jeiro o seu resultado, cujo testemunho deram os exames prestados por uma turma do alumnos c que naquella occasião iriam receber o justo premio do seus e-:forços. Numa nova plnso, portanto, entrava a agricultura de Goyana, por isso mesmo quo levantando o seu credito, dispunha, em melhores condições do operariado que deixando de ser o homem — machinasem cultura o sem estimulo, se transformava agora no auxiliar intelligente que, culturanio a terra iria sabendo emoregvr os melhores msios. E concluindo se i bailo discurso, fez sentir quo, so a quirta reu - nião da assembléa geral ínvia sido solemnisada com a inaugurarão da Escola Ag •{- cola, a actual so salemnisava com mais elfusão ainda, porquanto o faria com a dis- tribuição de promios, provas dos doces fruetos que ia produzindo a mesma Escola. A LAVOURA 39 — O Estado do S. Paulo importou ora 1907 machinas agrícolas no valo? de 5.30o contos, contra 925 cm 1903. As machioas para a lavoura importaram om 333 o 451 contos, respectivamente. Outras machiuas, apparulhos o utensílios diversos variaram nos dois annos, do 5.437 contos a 9.919. Tiveram também sensível augmento os valoros de alguns géneros alimentícios, que do 7.758 conlos elevou-se a 10.967 ; o b.ualhau teve t inibem um accrescimo de 865 contos, a farinha de trigo subiu a 7.661 contos om 1907, contra 6.695 om 1906; vorifiía-se também no augmento do trigo o:n grão, cujo valor foi, respecti- vamente, de 8.220 o 0.215 contus ; em compensação, o arroz, do qno se faz actu- almente larga plantação em todo o Estado, soffreu sensível reducção no valor importado, que, tendo sido, de 2.400 contos em 1906, foi apenas d) 321 contos em 1907 ; quanto a importação do vinho também foi augmentida, achando so repre- sentada por 9.838 contos em 1907, contra 0.885 cm 1906. A industriado papel o suas applicacões também revelou accrescimo, passando de 1.646 contos a 2.388. Em 1900 o Estado do S. Paulo importou algodão em bruto, om tecidos e em manufacturas diversas no valor de 6.5'JO coutos, elevado em 1007 a 10.800; observa-se o mesmo facto em relação á lã em bruto, em lio, em toeidos c om manufacturas diversas, cujo valor, em 1903, foi de 3.000 contos, elevado no anno seguinte a 5.300; a juta em fio importou, no anno findo, em 5.035 contos, ao passo que cm 1900 não passou da 4.702. Tlie Bly.rn.yer Ii-on Works — Inserimos em o nosso boletim a se- guinto tralucção de uma noticia publicada num jornal da Cuiapas que nos foi remottido pela casa cuja firma encima estas li.ihas, dispeann lo-nos do quaesquer eommentarios, pois o quo ahi se lê e mais que significativo, limitan lo-nos a solicitar a attenção dos leitores para o annuncio que a importante '/asa americana começa a publicar em o nisso periódico. NOSSO ESTADO PROGRIDE Comprazer temos assignalalo o desenvolvimento que têm tido em nosso Es* tadoas transacções commorciacs da grande fabrica «The BlymyeL' Iron Works, do Estado de Ohio. da Republica Norte Americana, representada pelos Sr. Cueto y Com- panhia, banqueiros de Tuxtla Guticrroz y Tonalã. Dissemos « com prazer », porque esto doson volvimento não somente interessa áquolla casa americina, mas também a nossos conterrâneos o a nossa terra. Si aquella fabrica disso aufere lucros, a quo faz jús por sua io.telligo.icia, operosidade e honradez, de maior importanoia o mais estiveis são os dos nossos fazendeiros. As machinas da casa a quo vimos do nos referir, têm contribuiJo pira fomentar nossas riquezas agrícolas, já pela facilidade do seu manejo, j i pela economia que deriva do seu emprego ; vieram converter em verdadeiro prazer trabalhos que anteriormente se faziam com grande difficuldade, animar a todos aquollei que delias se servem, porque o estudo do sou engenhoso mecanismo, e a observação do perfeito rythrro com quo funceionam, inspiram confiança ao observador que não mais so arreceia do so atirar ás grandes emprezas modernas o desse modo onvero'a pela única trilha quo dove libertar a clle, a nosso Estado o a nossa Republica, da concurroneia das raças progressistas que lançam mão do tudo quanto é moderno 40 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA o grande. Com estas idéas que circulam cm outro cérebro e com o natural aflecto por tudo quanto é de nossa terra e pátria, não é da admirar que nosso peito se encha de alegria e satisfação todas as vezes que vemos entrar em nosso Estado uma das installações das excellentes machinas modernas da casa Blymyer, pcis bem «mprehon lê nos quo este facto significa um passo mais na senda do progresso. Em parto alguma encontra-sj casa mais afiavcl e que sirva com mais interesse a seus clientes do quo a destes senhores; cora a paciência de um mestre possuído da maior consideração para cjm seus discípulos, elles instrenm a seus clientes da maneira mais minuciosa e acertadi que so póle conc3b:r. A fabrica tem a seu ser- viço engenheiros ospeaialistas em cida ura dos ramos agrícolas para os quaes constroe machinas, o os senhores agricultores só teriam a lucrar em os consultar, podendo terá certeza de que seiãoattoa lidos com a dovidi cortezia e intelligencia. (Do El Heraldo de Chiapas.) ITopliiiisi, Cíiussei- «Ss Iloplcins — Abrimos os annuncios deste numero com um novo desta importante casa, para o qual chamamos a attenção dos leitores. Marine liada de cavallo —A leguminosa conhecida por este nome, que é o desmolium leocarpum, dá excellente forragem para o gado e óptimo adubo vorde, não se deixando crescer muito para não endurecer. A sua producção em ramas pôde avaliar-se em 19.000 kilos por alqueire e o seu rendimento em grãos attinge a 225 hectolitros. Essa planta cresce bem no moio do milho. O trevo da Florida, sua varieiade, rende as mesmas utilidades. Pôde ser cor- tado tws vezes por anno e dá em cada corte, antes da floração, corça de 48.000 kilos por alqueire. No dia 16 de fdvereiro do corrente, foi installada na quinta d j Pirajá, com a presença do Governador do Estalo do Piauhy, uma escola pratica de agricultura. — Acaba de ser fundada era S. José dos Pinhaes (Estado de S. Paulo) a Sociedade de Agricultura e Protecção aos Animaes. A LAVOURA S o § 3 g | § S í? 8 3 3 ||ls2|«| SSSSSSSSSgg I 1 1 1 1 S ?, p s s s s iHsslllIí 1 1 ■= : 1 1 "i i * ■ V 5 1 - 1 - s 1 í g 1 g :• s i -OCIKDADE NACIONAL D!i AGRICULTURA « i 4,718,049 5,5S3,014 5,41S,540 5,170,916 4,786,493 3,941,688 4,599,149 3,870,107 4,032.10(3 4,70S,5S3 3,719,952 3,599,291 s 8 4.: :92,337 4,151,703 í,24 i,185 :;.374,933 2.S90.172 2,467,137 2,813,784 4,391,3S2 5,051,055 6,252,413 7,029,327 5,405,003 1 1 4,029,795 3.978,530 3,997,009 3,217,92) 8,143,810 1,854,705 2,43S,736 3,76S,044 4,562,221 5,71S,727 4,675,171 4.ij :.4í5 ! ! £ 'â É s? li 3 % ii :i 'éi li ■: '■■; \ 1 1 ? M 1 S 1 "' s ■' "■ ' % 1 ct^ t- £3» r- «f eo* — oí cu" «* -' Sj § 3 3 £ 3 S 3 8 3 3S '; i ooooco— 'r-oOíCTtíJCi^ a a Janeiro . Fevereiro Maio . . Junho. . Julho . . Agosto . Setembro. Outubro . Novembro Dezembro s A LAVOUKA PARTE COMiYIERCIAL Movimento do mez de janeiro de 1903 Oítfó Existência era 15 de janeiro 569.028 sxecas, coatra 574. 4 43 no dia 31 de dezembro. Existência ora 31 de janeiro 521.693 sacoas, coatra 569.028 no dia 15. Entradas em janeiro : Saceas Estrada de Ferro Centnl ih Rrazil 54.061 Cabotagem 17.878 Barra Dentro 1-18.532 Total 220.474 Venleram-se 336.000 saceas, coatra 268.000 nj mez anterior. Na primeira quinzena, em Nova- York, o n. 7, disponível, foi cotado a 0 c. por libra, até o dia 9 o a 6 1/8 c. de 10 em diante. Na Bolsa, os preços estiveram sempre em alta, registraadosa : 5.75 c. em 2, 3 c 4 ; 5 80 c. em 7 o 8 ; 5.90 c. desde 9 até o fim da quinzena. Na segunda, em New- York, o typo n. 7, disponível, foi cotaio a 6 1/8 c. por libra até o dia 20, a 6 3/16 c. em 21 e a 6 1/1 c. dalii por dianto. Os preços extremos da Bjlsa foram 5.90 c. om 16 o 6.10 c. em 25. 27 o 31. vigorando nos outros dias 03 seguintes : 5.95 c. em 17 ; 6 c. em 18, 20, 21 o 29 ; 0.05 c. em 22, 23, 24, 28 o 30. Os embarques do mez foram de 268.216 saccw, contra 270.393 no mez anterior. Os extremos das cota;3es foram : PRIMEIRA QUINZENA Por arroba Por 10 kilos Typo n. 0 5$100 a 5$501 3§172 a 3s71 1 » » 7 4^800 » 5-5200 3$268 » 3$54o » » 8 4$600 » 5$003 3$ 132 » 3$404 » » 9 4$400 » 4$300 2$&98 » 3$268 SEGUNDA QUINZENA Por arroba Por 10 kilos Typo a. 6 5$400 a 5$700 3$676 a 3$881 » » 7 5$100 » 5$400 3^472 » 3$076 » » 8 4$900 » 5$200 3$336 » 3^540 » » 9 4$700 » 5$000 3$200 » 3$404 SOCIEDADE NACIONAL DS AGRICULTURA Café Movimento do mez de fevereiro Existência om 15 do fevereiro 529.319 saccas, contra 521.606 em 31 do janeiro. Existência om 29 do janeiro 493.303 saccas, contra 529,319 no dia 15. Entradas em fevereiro : Saccas Estrada de Ferro Central do Brazil 73.106 Cabotagem 24.245 Barra Dentro , 173.837 Total 271.188 Venderam-se 388.000 saccas, contra 333.003 no mez anterior. Na primeira quinzena de fevereiro, em Nova-York, o typo 7, disponível, foi cotado a 6 3/8 c. por libra de 3 a 10 e a 6 1/4 c. em 1 e de 11 em diante. Na Bolsa houve três preços para a opção mais próxima (março) : G. 10 c. em 1, 5, 6 e 7 ; 6.05 c. em 3, 4 e 8 ; 6 c. de 10 em diante. Na segunda, em Nova York, o typo 7, disponível, foi cotado a G 5/16 c. por libra em 17 e 18, a 0 1/4 e. de 19 a 20 e a 6 3/16 c. em 29. Na Bolsa houve três cotações: 5.95 e. em 17 o 18 ; 5.90 c. em 19, 20, 24, 26 e29 ; 5.85 c. em 21,25, 27 e 23. Os embarques do mez foram : 294.616 saccas, contra 268.216 do mez anterior. Os extremos das cotações furam : PRIMEIRA QUINZENA Por arroba Por 10 kilos Typo n. 6 5$300 a 5$600 3$608 a 3$813 » » 7 5$000 » 5$300 3$ 104 » 3$608 » » 8 4$800 » 5$103 3$268 » 3$472 » » 9. . . '. . . 4$690 » 4$900 3$132 » 3$336 SEGUNDA QUINZENA Por arroba Por 10 kilos Typon. 6 5$400 a 5$500 3$Ô76 a 3$744 • 7 5$ 100 » 5$200 3$472 > 3$540 » 8 4$900 » 5$000 3$336 » 3$404 » » 9 4$700 » 4$800 3$200 » 3$26S Géneros importados em janeiro e fevereiro Qualidade Quantidade JaQeir0 p™*» Fevoreiro Alfafa 19.454 fardos $550 a $560 9150 a $160 o kilo Arroz 3.121 saccas de 18$000 a 3J$000 60 kilos Feijão .... 2,341 » a 18^000 a 22$000 o sacco Farinha de trigo. 36.942 barricas A LAVOURA 45 Janeiro : Preços American i (barrica) 25$000 a 25$500 » (sacca) 24$000 > 2i$503 Por duas siceas Rio da Prata : Ia qualidade — 25 000 2> » — 24$000 3a » 22$000 a Moinho Inglez : Nacional — 24$5G0 Brazileira 23$700 a 23$750 Buda nacional 27$700 » 27$750 Moinho Fluminense: S. Leopoldo 24$000 a 23$C00 O. 0 23$000 » 24$000 Fevereiro : Americana (barrica) 25$000 » (sacca) Não ha Por duas saccas Rio da Prata : Ia qualidade 24$503 2a » 23.J500 3a » 22$000 Monho Inglez : Nacional 24$500 Brazileira 23$700 Buda nacional 25$700 Moinho Fluminense : S. Leopoldo 24$000 a 24$5Ó0 O. 0 23$000 » 23$500 Manteig-a, 2.369 caixas. Janeiro : Preços Dcmagny, Isigny 2$500 a 2$58D Brétel Fròres (latas sortidas) 2$280 » 2$320 Lepelletier 2$500 » 2$540 Modesto Galione 1$850 » 1$950 Esbjusen 2$550 » 2$580 L. Brum . 2$600 » 2$620 Btisclc Júnior 2$500 i 2$540 Mosdst 2.|200 » 2$250 Outras mares 1$850 » 2$003 A nacional vendeu-se: a dj Minas de 3$ a 3.J400 e a do Su! de 2$000 a 2$4C0. 40 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Fevereiro : Domagny, tsigny (latas sortidas) 2,^550 a 2$530 Brétel Frères (latas sortidas) 2$300 » 2$320 Lepelletier 2$500 » 2$5?0 Modesto Gallono (sortidas) 1$850 » I$950 E^bouscn Não ha L. Brum ã$560 a ã$600 Buselc Júnior 2$500 » 2$520 Mosdst . . . ■ 2$í00 » S$830 Outras marcas 1$S50 » 2&000 A nacional vendeu-se: a de Miuas de 3$ a 3$460 e a do Sul do 2$203 a 2s50(). Gensros nacionaes Aii-u:n'tloiito Na primeira quinzena o mercado deste artigo continuou muito firme, lendo es preços adquirido alta de 5$ por pipa. Na segunda, devido ás constmt33 oíTertas, os compradores mostraram-so receiosos de baixa provável nos preços, o que no são deu, foclian lo com os mesmos preços da quinzena anterior. 480 litros — base de 20 grãos. Janeiro : Preços Campos 175$000 a 183$000 Angra 185$000 » 190$000 Paraty 190$000 » 105§000 Maceió 180$000 » 18">$900 Aracaju, 1SO$000 » 185$000 Pernambuco 1801000 » 185$000 ISilna 175^000 » 180$000 Parahyba 180*000 » 185$000 Laguna 170$000 » 175$000 Itajahy 170$000 » 175$000 Mangaratiba 185$000 » 19f$000 Paranaguá 170$000 » 175*000 Álcool Muito firme esteve na primeira quinzena o mercado deste género, tornando frouxo, o com biixa nos preços, na segunda. Ainda assim as entradas foram regulares. Regularam os seguinte; ['roços som o casco : PRIMEIRA QUINZENA Preços 40 grãos 2J3$0J0 a 3J5$000 38 » 280$000 > 285$000 36 » 270$000 » 275$000 A LAVOURA SEGUNDA QUINZENA 40 gráos 290$000 a 300$000 38 » 275$000 » 280$000 36 » 265$000 » 270$000 Algodão Estevo regularmento firmo esto mercado na sexuada quinzona. O que houve de nolavel durante o mez fui a firmeza de preços da segunda quinzena, sondo importantes as vendas realizadas a preços aseen lentes o fechando o mercado firme. Assucar No principio do mez que passamos em revista, o mercado deste produeto oiteve em constante movimento, em tolas as qualidades, com mui ti firmeza e sensível melhora nos preços, desorte que esteve em condições favoráveis. Na segunda quinzena notou-so menjr movimento, cujas cotaçõ:s, no emtanto, mautiveram-se sustentadas e por fim comsignaes de alta. PRIMEIRA QUINZENA Pernambuco : P recos Brancj usina $500 a $540 Dito crystal $515 » $520 Dito 3a sorte $520 » $540 Crystal amarcllo $410 » $460 Mascavinho $330 » $370 Somenos $440 » $150 Mascavo tom $315 » $320 Dito regular — » $310 Dito baixo — » §300 Sergipe . Branco crystal $500 a $510 Crystal amarello $440 » $460 Mascavinho $380 » $460 Mascavo bom — » $320 Dito regular — » $310 Dito baixo — » $300 Bahia : branco crystal — a $54C Campos : Branco crystal $515 a $520 Dito 2o jacto. — _ Mascaviulio . . , — — Santa Calharina : Mascavinho $370 a $380 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Pernambuco : SEGUNDA QUINZENA Preços Branco usina $545 a $550 Dito crystal $510 >» .$520 Dito 2a sorte $520 » $540 Cryatal amarello $140 » $160 Masca vinho $400 » $175 Somenos s430 » $440 Mascavo bom . $310 » $320 Dito regular — » $305 Dito baixo $230 » $300 Sergipe : Branco crystal 8510 a $520 Crystal amarello $140 -» $460 Mascavinho $400 » $160 Mascavo bom $310 » $330 Dito regular — » $305 Dito b.ixo $230 » $300 Campos : Branco crystal $540 a $550 Mascavinho $153 » $160 Bahia : Branco crystal $540 a $550 Mascavinho $370 » $380 Ooroa.es PRIMEIRA QUINZENA Feijão proto de Porto Alegre novo. . . » velho » Sanfca Catharina .... 15$000 » Paraná 16$0OJ » mulatinho 18$000 » manteiga 24$000 » enxofre 18$000 » de cores, nacional 12$000 » branco extrangeiro 22$503 » amendoim extrangeiro .... 18$030 Farinha de imniioca especial. . . . 8$800 » » » fim 7$S0O » ■» » peneirala . . . 7$400 » » » do Norte ... — » » » grossa, Laguna . 6$600 » » » gros, Porto Alegre. 6$400 Arr^z nacional U5$000 > inferior 19$000 Preços 20$000 19$000 16$000 17$030 19$000 2C$000 20$900 15$030 23$000 19$000 9$000 8$200 7$300 6$ 300 6$600 2S$000 20$;00 A LAVOURA Milho amarei lo do Norte Não ha » » da terra 7$000 a 7$500 » branco » » 5$200 » 5$500 Amendoim em casca — » 7$500 Canjica 14$000 » 16$000 Favas — > 9$000 Kilogrammas Alpiste $400 a $440 Batatas nacioaaes ........ $100 » $200 Ditas estrangeira Nominal Fubá de milho $120 a $200 Matto em folha $400 » $500 Tapioca $300 » $400 Polvilho $180 » $200 Carne de porco $760 » $800 Línguas do Rio Grande (uma) .... 1$000 » 1$500 SEGUNDA QUINZENA Preços Feijão preto de Porto Alegre, novo . . — a 18$500 » velho 16$000 » 17$000 » » de Santa Cathariua . . . Não ha do Paraná Não ha » mulatinho 18$000 a 19$0n0 » manteiga 22$000 » 23$000 » enxofre — » 17$000 » de cores, nacional 12$000 » 16$000 » branco, estrangeiro — » 22$000 amendoim, estrangeiro. ... — » 19$000 Farinha de mandioca, especial .... 9*000 » 9$400 >» » » tina 8$000 » 8 >400 » » » peneirada . . . 7$000 » 7$800 » » » do Norte ... — — » » » grossa, Laguna . 6$200 » 6$5oO » >» gros. Porto Alegre. 6s400 » 6$600 Arroz nacional 25^000 » 28$000 » inferior 18$000 » 22$000 Milho amarello do Norle Não ha » » da terra 7$500 » 8$000 » branco » » — » 6$000 Amendoim em casca 8$000 » 8$600 Cangica I4$000 » 16$000 Favas 9$000 » 9$500 Kilogrammas Alpiste $360 a $400 Batatas nacionaes $120 » $180 » estrangeiras Nominal 2166 50 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Fubá. de milho $120 a $200 Matte em folha , . . $400 » $500 Tapioca $340 » $400 Polvilho $180 >> $200 Carne de porco $800 » $900 Línguas do Riu Grande (uma) .... 1$000 » 1$400 Fumo ena rolo Houve durante o mez regular movimento Deste mercado. 03 preços conser- varam-se estacionários. As cotações foram : Preços De Minas, especial 1$500 Dito superior 1$300 Dito 2a 1$000 Dito ordinário $800 Goyano, superior 2$400 Dito 2» 1$700 Baixo Nom. Rio Novo, superior 2$400 Dito 2» 1$700 Dito baixo 1$200 Pomba, superior 1$600 Dito 2a 1$20C Dito baixo Nom. Carangola 1$500 Picú, especial 2&800 Dito Ia 2$000 Dito 2a 1$200 Bahia 1$100 Pernambuco Não ha Fumo em f"< >l H.« Rio Grande 12$000 a 15$000 40 litros 1$800 a 1$900 Fevereiro A.g- uardente O mercado deste género esteve um tanto paralysado na primeira quinzena, quanto ao movimento de vendas, porquanto, do género recebido foi quasi tudo para entrega de compras anteriores. Os preços contiuuaram sem alteração. A LAVOURA 51 Na segunda quinzena entraram 714 pipas de diversas procedências e o mer- cado continuou sem uniformidade e a varejo. Preços de 480 litros, base dé 20 gráos Campos 170$000 a 175$000 Angra 185.i;000 » 190$000 Paraty 190$000 » 195$000 Maceió 180$000 » 185$000 Arocajú 180$000 » 185$000 Pernambuco 180$000 » 185$000 Bahia 175$000 » 180$000 Parahyba 180$000 » 185$000 Laguna - 170$000 » 175$000 Itajahy I70$000 » 175*0C0 Mangaratiba 185$000 » L90$000 Paranaguá 170$000 » 1 75.5:000 Álcool O mercado até o dia 15 conservou-se em boa posição, não tendo os preços soffrido modificação alguma. A procura do género foi de pouca importância. Entraram 497 volumes. Na segunda quinzena o mercado consnrvou-se com as cotações mais ou menos inalteradas, não obstante as entradas que foram de 635 volumes. Os preços continuaram os seguintes, por pipa, sem o oasco : 40 gráos 290$000 a 300$000 38 » 280$000 » 285$000 36 » . . • • 265$000 » 270$000 Algodão em rama, Apezar da baixa persistente em Liverpool, os preços aqui conservaram-se firmes, embora ainda sejam inferiores aos pedidos pelos centros productores do Norte. Na segunda quinzena, manteve-se estável, com negocio pouco activo, tendo os preços soffrido ligeiras baixas. PRIMEIRA QUINZENA Preços Pernambuco 1?$600 a 12$950 Rio Grande do Norte 12$500 » 12$800 Ceará 12$500 » 12$800 Parahyba 12$500 » 12.4800 Penedo Nominal Sergipe » SEGUNDA. QUINZENA Preços Pernambuco 12$600 a 12$900 Rio Grande do Norte 12$400 » 12$700 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Ceará 12$-i00 a 12$700 Parahyba 12$400 » 12$700 Penedo Nominal Assucar Durante a quinzena até o dia 15, o mercado deste artigo esteve em constante firmesa, fazendo-se negócios bem regulares em todas as qualidades e a preços elevados. Convém notar que a maior parte dos negócios foram realizados no intuito de especulação, para revendas, visto ter havido sahida para o interior. Na segunda quinzena, os preços soffreram sensível reduc«,-ão devido ás fortes entradas e também á alta violenta e rápida, fechando o mercado muito calmo e com poucos negócios. PRIMEIRA QUINZENA Os preços regularam como se segue : Pernambuco : Branco usina Não ha Dito crystal $590 a $600 Dito 3» sorte $560 » $000 Crystal amarello $470 * $500 Mascavinho $480 * $500 Somenos $470 » $490 Mascavo bom $360 » $370 Dito regular — » $350 Dito baixo — » $340 Sergipe : Branco crystal $590 a $600 Crystal amarello $490 » $500 Mascavinho $430 » §500 Mascavo bom $360 » $370 Dito regular - » $350 Dito baixo — » $340 Bahia : Branco crystal $600 a $640 Santa Catharina : Mascavinho . . $400 a $440 Campos : Branco crystal $600 a $620 Dito 2° jacto $470 » $480 SEGUNDA QUINZENA Os preços regularam como se segue : Pernambuco : Branco usina Não ha Dito orystal , . . . $570 a $580 A LAVOURA Dito 3- sorte $540 Crystal amarello $450 Mascavinho $400 Somenos $460 Mascavo bom $340 Dito regular $330 Dito baixo — Sergipe : Branco crystal $550 Crystal amarello — Mascavinho . $370 Mascavo bom $340 Dito regular $330 Dito baixo — Bahia : Branco crystal $600 Santa Catharina : Mascavinho $400 Campos : Branco crystal - $560 Dito 2o jacto Cereaes a $550 » $460 • $470 » $470 » $350 » $340 a $570 » $470 $350 » $340 a $440 a $570 PRIMEIRA QUINZENA Preços Feijão preto de Porto Alegre, novo ... — a 1S$500 Dito velho 15$000 » 16$000 Dito idem de Santa Catharina — » 17$000 Dito do Paraná Não h i Dito mulatiuho 17$000 a 18$000 Dito manteiga 22$000 » 23$000 Dito enxofre — » 17$000 Dito de cores, nacional 12$000 » 14$000 Dito branco, estrangeiro — » 2E$000 Dito amendoim, idem 18$000 — Farinha de mandioca, especial 9$000 » 9$400 Dita idem flna 8$000 » 8$400 Dita idem peneirada 7*600 » 7$800 Dita idem do Xorte — — Dita idem grossa, Laguna 6$200 » 6$500 Dita idem idem, Porto Alegre 6$400 » 6$600 Arroz nacional 25$000 » 28$000 Dito inferior 18$000 » 22$000 Milho amarello do Norte . . .... Não ha Dito idem da terra 7$400 a 7$600 Dito branco idem — » 6$000 Amendoim em casca 8$000 » 8$500 M SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Caogica 14$000 a 16$000 Favas 9$Õ00 » 10$000 Kilogramma Alpiste $360 a $400 Batatas nacionaes $li0 » $180 Dita estrangeira Nominal Fubá de milho $120 a $200 Tapioca $320 » $400 Polvilho $180 » 200$ SEGUNDA QUINZENA Preços Feijão preto de Porto Alegre, novo ... - a 18$500 Dito velho 15$000 » 16$0o0 Dito idem de Santa Catharina 16$5O0 » 17$000 Dito do Paraná Não ha Dito mulatinho 17$000 a 18$000 Dito manteiga 21$000 » 22$000 Dito enxofre 18j000 » 19$000 Dito de cores, nacional 12$00u » I6$000 Dito brauco, estrangeiro 20.$' 00 - 2! $000 Dito amendoim, idem 18$000 » 19.; 000 Farinha de mandioca, especial 9$000 » 9$400 Dita idem, fina 8$000 » 8$400 Dita idom, peneirada 7$600 » 7$S00 Dita idem, do Norte — — Dita idem, grossa, Laguna 6$200 » 6$500 Dita idem idem, Porto Alegre 6$400 » 6$600 Arroz nacional 25$0O0 » 28$00 I Dito inferior 18$000 » 22$000 Milho amarello do Norte Não lia Dito idem da terra 7$400 a 7$600 Dito branco, idem 6$000 » 6$500 Amendoim em casca 8$000 » 8$500 Cangica 16$000 » 18$000 Favas 11$000 » 11$500 Kilogramma Alpiste $360 a $400 Batatas nacionaes $100 » $200 Dita estrangeira Nominal Fubá do milho $120 a $200 Matte em folha $400 » $500 Tapioca $300 » $360 Polvilho $180 » $220 Fumo em rolo Durante o mez o movimento do mercado deste artigo ficou estável, sando-se os negócios com preços regulares. A LAVOURA 55 As cotações foram : Preços De Minas, especial ...... 1$500 Dito superior 1$300 Dito 2a 1$000 Dito ordinário $800 Goyano, superior ... 2$400 Dito 2» . . . 1$700 Baixo Nominal Rio Novo, superior 2$40d Dito 2a 1$700 Dito baixo . . • 1$200 Pomba, superior . . 1$<500 Dito 2a 1$200 Dito btixo Nominal Carangola 1$500 Picú, especial 2$800 Dito Ia 2$000 Dito 3a . . 1$200 Bahia 1$100 Pernambuco ... Não ha Puriio em foi lia. Rio Grande 15$000 a 18$000 Sal Entraram 626.262 kilos por cabotagem, do nacional, que se cotou de 2$ a 8$100 por 40 litros. Mercado monetário Janeiro PRIMEIRA QUINZENA A existência dp ouro, na Caixa de Conversão, em 15 de janeiro, ora : Libras esterlinas 5.849.868—10 Francos 10.584.120 Marcos — Dollara 39.085 Coroas austríacas 1 10 Pesos argentinos .... 1.190 Pesetas hespanbolas 90 Ouro portuguez 5$000 » nacional 100:330$000 56 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA SEGUNDA QUINZENA Em 31 de janeiro era : Libras esterlinas 5.826.111—10 Francos 10.578.240 Marcos ... 8S0 Dollars . 120.415 Coroas austríacas 110 Pesos argentinos 1.195 Pesetas hespanholas 90 Ouro portuguaz 5$000 » nacional 103:6I5$000 A importância do notas conversíveis em circulação era : Primeira quinzena 100.633:870$000 Segunda » 100.522:440$000 O preço de soberanos, (ora da Bolsa, tbi de 16$023 a 16$025. CAMBIO Vigoraram, na primeira quinzena, as taxas officiaes de 15 3/16 d. nos bancos do Brazil o 15 1/8 e 15 3/16 d. sobre Londres, ofíeetuando-se os negócios bancários a esses extremos contra o outro, papel, de 15 3/16 a 15 7/32 na segunda quinzena. As transacções elfectuadas foram pequenas. Os extremos das cotações officiaes foram : Londres, 90 d/v 15 1/2 a 15 3/16 d. Paris, 90 d/v $629 » $632 Hamburgo, 90 d/v $776 » s779 Portugal, 3 d/v 325 » 337 % Itália, 3 d/v $640 » $643 Nova York, a vista 3$310 » 3?330 Vales, ouro — 1$793 O valor official de mil réis foi de 560 a 563 róis, ouro, e da libra de 15$802 a 868. Ágio de ouro 77-77 a 78, 51" „. Fevereiro PRIMEIRA QUINZENA A existência do ouro, na Caixa de Conversão, em 15 de fevereiro, era : Libras esterlinas 5.786.392— 10 Francos 10.067.930 Dollars 122.655 Liras 4.590 Coroas auscri.icas • . 110 Pesos argentinos 1.695 Pesetas hespanholas 110 Ouro nacional I04:330s0()0 A importância de notas conversíveis ein circulação era de 99.8 A LAVOURA 57 SEGUNDA QUINZENA Em 29 de fevereiro era : Libras esterlinas 5.764.665—10 Francos 10.559.430 Marcos 150 Dollars 124.545 Liras 3.710 Coroas austríacas 110 Pesos argentinos 1.7^5 Pesetas hespanuclas 1 10 Ouro nacional . . 109:200$000 A importância de nntas conversíveis em circulação era de 90.561 :950$000. O preço dos soberanos, fora da Bolsa, foi de 1(3$025 a I6$076. CAMBIO O mercado continuou estável, vigorando as taxas offlciaes de 15 1/18 e 15 3/16 d. sobre Londres, sendo as transacções bancarias •ifTectuadas a esses extremos e as de outro papel a 15 3/16 e 15 13/64 d. Foi de pouca importância o movimento realizado. Os extremos das cotações foram : Londres, 90 d/v 15 4/8 a 15 3/16 d. Pariz, 90 d/v $629 » $632 Hamburgo, 90 d/ v $776 » $779 Portugal, 3 d/v 325» 3 56 »/, Itália, 3 d/v $640 » $643 Nova York, á vista 3$306 » 3$330 Vales, ouro — l$793 O valor ufflcial de mil réis foi de 560 a 563 réis, ouro, e o da libra de 15$80 a 15$868. Agiodoouro 77,77 a 78,51 %• -§&&»$ *£■*' SOCIEDADE nAClONAL DE AGRICULTURA BIBLIOGRAPHIA Temos recebido mais as publicações periódicas seguintes : Boletim do Instituto Agronómico.— A.ooas:xmos com prazer o recebimento do n. 1, da série Ia, desse boletim, que é mais uma publicação da Secretariada Agricultura, couimercio e Obras Publicas do Estado de S. Paulo. Revista Polytechnica. — Órgão do «Grémio Polytecnnico» de S. Paulo.— N. 18. Annuario Estatístico da Associação Commercial do Amazonas. — Anno de 1904. Revista de la Secciân Agronomia de lo Universidal de Montevideo. — tf. II, correspondente ao mez de novembro de 1907. Bolelxn dei Ministério de Industria i Obras Publicas, da Republica do Chile.— Anno VI, n. 2. Estnción Central Agr .nemica, de Santiago de las Vegas.— Circular n. 26. Kolonial Handels Adressbuch 1908.— Publicação do comité colonial de Berlim. As Necessidades Alimentícias das Heveas por Ernst Mager. E' uma reprodu- cção em folheto do artigo publicado no Jornal dos Agricidtores de 30 de setembro de 1907 e impressa nas oilicinas do mesmo jornal. Rio de Janeiro, 1907. A Cultura do Coqueiro por Ernst Mager. — Parahyba, 1907. Editada pela re dacção A' A Republica. Ei Salitre ò Nitrato de Sódio de Chile en los Cereales ; El Salitre de Chile en el cultivo de lu Cana de Azucar ; Carlilla PrdCica sobre el uso y aplicu.cion dei sa- litre por Rojas Huneeus, do Instituto Agrícola do Chile ; Dosagem de Adubos ; A Adubação Racional na Citricultura pelo Dr. Vincenzo di Mattel. Todas estas pu- blicações foram-nos remettidas pelo Centro das Experiências Agricolas do Kiii- syndicat que tem a sua sede, no Brazil, á rua da Alfandega n. 93. Estatutos da Cooperativa Tc.vtil Sanseviera. — 1908. Mensagem enviada á Assembléa dos Representantes do Estado do Rio Grande do Sul pelo presidente Antjnio Augusto Borges de Medeiros. Relatórios dos Negócios da Fazeai i, do Interior e Exterior e dos Negócios das Obras Publicas apresentados ao presidente do Estado do Rio Grande do Sul pelos seu-s secretários em 1907. Relatório do capitão Dr. Juvenal Octaviano Miller intendente do Rio Grande, apresentado ao Conselho Municipal em sessão de 1 de setembro de 1906. Memoria apresentada pela commissão directora da Sociedade de Criadores Me. rinos, de Montevideo, na assembléa geral de 29 de novembro do 1903. Lepidopteros do Brazil pelo Dr. Benedicto Raymundo.— A esta obra já toda imprensa desta Capital teceu os mais justus encómios, quer quanto ao seu alto valor scientifico, quer quanto aos desenhos, na realidade primorosos, e magnifica execução graphica ; por isso curupre-nos tão somente levar ao seu illustre autor, direcior desta Sociedade, os nossos parabéns, agradecendo-lhe a offerta de tão valioso trabalho á nossa bibliotlieca. A LAVOURA La* Aves Chilenas por Carlos S. Reed. Concepción, 1907. E'uraa brochura de 132 paginas, que nos foi romettiila pela Sociedade Agrícola dei Sur. Estatística Agrícola e Zootechnica no anno agrícola d de: Ribei- rãozinbo. Monte Alto e Pinheiros. Relatório d> anno do 1906 apresentado ao Dr. Miguel Calmon l -f j 1 ■"-- jm iÍ^l " X" t "rfpj^ ■ .. - '' %;-\_ ■ -. "V: r 2- -*•*-' MONTENEGRl ITUINA ,, — Puro sangue inglez A t.AVOUKA 1 1 julgamento dos animaes da raça cavallar foi feito, levando-se em conta: 1°, maior perfeição nas qualidades carac ler ist iças da raça, qual- quer que esta fosse ; 2o, tamanho, belleza, velocidade e bondade de andar. O tamanho foi dado pela altura tomada do casco de uma das patas dianteiras até á cernelha e a velocidade era tomada pelo percurso de mil metros na raia do Prado Mineiro. Para os touros, levou-se em consideração a maior perfeição nas qualidades características da raça, qualquer que esta fosse, o maior paso em funcção da idade, suppondo para os fins da classificação, que o animal não augmente de peso, de cinco annos em diante. A maior quantidade de leite, expressa em litros, produzida em 24 horas, sendo as vaccas esgotadas 24 horas antes da ordenhação des- tinada ao julgamento, foi o criterium seguido para a classificação das vaccas leiteiras. Para os reproduetores suinos, o julgamento foi feito tomando-se o producto das dimensões — circumferencia tomada no thorax e com- primento — eo peso do animal, ambas em funcção da edade, conside- rando-se para os fins da classificação que o crescimento do animal, estaciona depois de três annos; os cevados gordos foram julgados pelo peso vivo. Os carneiros foram julgados pelo peso antes da tosquia ; pelo peso da lã depois de tosquiado o animal ; pela quantidade da lã, debaixo do ponto de vista da forma, do comprimento e da resistência. Finalmente, para que o concurrente, pudesse receber o premio que teve o seu animal, exigia a commissão, apresentação de documentos provando ser o expositor proprietário do animal premiado pelo menos seis mezes antes da exposição. Foram os seguintes os prémios concedidos: Reproduetores cavallares extrangeiros: 3:000$, 2:000$, 1:500$, 1:000$ e 500$000; Reproduetores cavallares nacionaes: 3:000$, 2:000$, 1:500$, 1:000$ e 500$000 ; Gado bovino extrangeiro: 3:000$, 2:000$, 1:500$, 1:000$ e 500$000 ; Gado bovino nacional: 3:000$, 2:000$, 1:500$, 1 : 000$ e 500$000 ; Gado bovino leiteiro extrangeiro (hollandez e outros) e vaccas lei- teiras nacionaes: 3:000$, 2:000$, 1:500$, 1:000$ e 500$000. Parao gado caprino e suino os prémios foram os seguintes: 1:000$, 400$, 300$, 200$ e 100$000. 66 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Aos reproductores suinos extrangeiros e aos productos nacionaes, os prémios concedidos foram: :!:000$, 1:200$, 700$, 600$ e 300$000. Trataremos em primeiro logar do gado vaccum, pela capital im- portância que para nós tem o desenvolvimento deste ramo da pecuária altenta á productividade da carne, leite e trabalho, mormente a pri- meira destinada a representar no mundo, dentro de alguns annos um valor não previsto sobre o actual, pela intensa necessidade já mani- festada, do consumo da carne em vários mercados extrangeiros. Assim pois, visando os três grandes problemas que o djsenvol- vimento da industria pastoril em relação aos bovinos tem a resolver entre nós, penetramos no recinto da exposição, ávidos em conhecer como os creadores mineiros encaram a solução destes problemas. Não nos surprebendeu, a maioria evidente do gado indiano no certamen do Bel lo Horizonte, e com prazer registramos aqui, que re- presentantes de outras raças incontestavelmente superiores eram apre- ciados com particular enthusiasmo, assim como, também alegremente deixamos consignado que no recinto do Prado Mineiro, onde se realizou a exposição, tivemos occasião de notar as discussões travadas entre crea- dores apologistas do zebú eaquellesquenão lhe dão a preferencia, sendo digno de nota os argumentos poderosos paios últimos apresentados. Al- gumas vezes mesmo interrogados manifestamos a nossa opinião con- traria ;'i inlroducção do gado indiano e tivemos occasião de observar em vários criadores, a impressão que lhes causavam nossos argu- mentos. Os touros da raça Simenthal e Schwitz em exposição eram tomados como padrão para a comparação ao zebú e incontestavelmente, aquelles que assim procediam tinham ganho de causa nas discussões. Infelizmente, forçoso é confessar, foi ao gado indiano que coube a vicloria no certamen que vimos de assistir, muito embora, bellos productos de outras raças estivessem ali representados . A propaganda lenaz, feita em favor desse gado, com prejuízos futuros, para a nossa industria pastoril, está por tal forma enraizada entre os creadores, que abatidos mesmo dean te de argumentos e factos, não se deixam convencer da imperiosa necessidade de introduzirem novos reprodudores de outras raças em suas criações. A resistência e tamanho, são os argumentos em torno do qual re- side a convicção acima, e alguns por causas todas espedaes querem fazer prevalecer as qualidades de leiteiro e gado de talho, á raça indiana, EXPOSIÇÃO PECUÁRIA DK BELLO HORIZONTE GUARANY ,, - da raça Maaga-larga EXPOSIÇÃO PECUÁRIA DE BELLO HORIZONTE OSMAN .. — Cavallo árabe A LAVOURA 67 ai legando observações, que embora verdadeiras, são oriundas de factos accidentaes em condições todas particulares. Infelizmente, dá-se com os creadores de Minas o que se dá, com raras excepções, com os creadores brazileiros em outros Estudos. Elles sentem a imperiosa necessidade de melhorarem as nossas raças in- digenas, e longo de, methodicamente procurarem tirar partido dos elementos bons, apresentados por outras raças, na reforma do nosso gado, procurando pela selecção dos melhores typos, conservarem os caracteres peculiares a cada aptidão dos reproductores, visam como condição essencial nos cruzamentos, não as bellezas morphologicas, mas tão somente as qualidades de sobriedade e rusticidade, quecol- locam acima de todos os demais caracteres das boas raças, conforme as aptidões, visando o fim que se deseja obter. A mansidão, precocidade, productividade, etc, são esquecidas pelos nossos creadores o só as qualidades acima encerram, para a grande maioria, as únicas condições a que deve satisfazer o animal reproductor. E' pois, nesta mal comprehendida e errónea doutrina que a grande maioria dos nossos creadores, fazem basear a preferencia para o gado indiano como reproductor e só desta forma, se justifica a predilecção pelo zebú entre nós. Como é sabido, o gado nacional e indígena, necessita de selecção e de cruzamento para firmar de modo positivoalgumas qualidades e apti- dões, hoje já, sensivelmente fracas, devido ao pouco zelo até então exis- tente, consequência inevitável da criação extensiva, ainda não de todo abolida entre nós, mas já felizmente modificada paio mixto extensivo — intensivo, hoje notado em grande numero de propriedades agrícolas. Justo é, pois, a introducção de reproductores extrangeiros, mas obedecendo a preceitos e detido exame, de accordo com os princípios da Zootechnica Moderna. E' já bastante combatida entre nós a introducção em larga escala dos decendentes do bos indicus, que desde de alguns annos foi ado- ptado pelos nossos creadores não sendo aqui occasião, para comba- termos este facto, aliás já bastante discutido no seio desta Sociedade por homens de reconhecida competência no assumpto. Não deixarei, porém, de lembrar aos nossos creadores que a intro- ducção do Zebú é um mal, e um mal tão grave, que, necessitando o gado indígena apenas de modificações, o que se tem notado éa absorpção completa pelo gado indiano devido a extraordinária potencia de trans- missão hereditária, tanto individual como atávica, apanas em pro- SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA veito da rusticidade e sobriedade, que incontestavelmente não deve ser o nosso objectivo primordial. Comprehende-se que o reproductor Zebú possa em diminuta es- cala ser adoptado, em casos especialíssimos, na perpetuação das quali- dades acima citadas, mas, em caso algum, a introducção do sangue indiano, deverá ir além da relação 1/2, quer com as raças indígenas, quer com as melhoradas. Preferimos, incontestavelmente, a selecção do nosso próprio gado ou cruzamento com gado europeu, como hollandez, normando, schwitz, jersey, charolez, simenthal, etc. Entre estes particularmente destacamos o Simenthal, variedade que foi representada na exposição de Bello Horizonte, pelo touro « Camponez » filho de pae Simenthal legitimo com mãe creoula, tendo lm,45 de altura e 2m,25 de comprimento, que com doisannos e 11 mezes, pesou 673 kilogrammas, ou sejão cerca de 45 arrobas. E' de facto para lamentar, que no certamen que venho de assistir, nenhum outro producto desta variedade fosse apresentado, attentas as boas qualidades que incontestavelmente trariam ao nosso gado a intro- ducção do sangue simenthal . Na verdade, um rápido golpe de vista á raça jurássica da Suissa deixa-nos a convicção do valor dos representantes da variedade simenthal e do aperfeiçoamento da sua criação, que tão poderosamente tem contribuído para a reputação que goza a raça manchada do Jura. As boas qualidades desta variedade são hoje universaes e a dis- seminação deste gado, lentamente, vae se fazendo em todas as re- giões da Europa Central e Oriental, onde a producção da carne, alliada a uma secreção láctea considerável, constitue a principal es- peculação zootechnica. Vigorosos e resistentes ao trabalho, os bois da variedade Simen- thal são estimados como trabalhadores. A conformação regular que apresentam, a facilidade de engorda e a qualidade de sua carne, dão-lhe hoje a preferencia na Suissa, de onde é oriundo e nas demais regiões que já invadiu. No estado adulto, os touros pesam 900 a 1.000 kilogrammas e as vaccas de 700 a 800 kilogrammas, attingindo os primeiros após a en- gorda 1.000 a 1.200 kilogrammas e as vaccas a 900 e 1.000 kilo- grammas. O rendimento do leite, nas varras desta variedade é de 2.000 a 2.200 litros, variando a quantidade de leite necessária, para um kilogrammo de manteiga entre IS e 28 litros de leite. EXPOSIÇÃO PECUÁRIA DE BELLO HORIZONTE •GUARANY EXPOSIÇÃO PECUÁRIA DE BELLO HORIZONTE PERUANO „ — da raça Polled Angus ARGENTINO .. — Touro da raça hollandeza A LAVOURA O melhoramento da variedade Simenthal é judiciosamente feito por meio' de syndicatos de criação, perfeitamente organizados. No certamen de 24 de fevereiro em Bello Horizonte, nem o louro indiano «Militar », premiado em primeiro logar e de propriedade do nosso consócio e amigo Dr. Viriato Mascarenhas, attingiu ao peso citado do touro já mestiço « Camponez». O Zebú Nellore a que me refiro, pesado no recinto da exposição, accusou 620 kilogrammas, emquanto o simenthal « Camponez », pesou 673, differença sensível, mormente se levarmos em conta, que a ossatura do zebú é muito maior que do simenthal. Entre os reproductores puros sangue que figuraram na exposição, citarei o touro Schwitz 2 1/2 annos de idade e de propriedade do Go- verno do Estado. O gado Garacú, estava também representado por alguns exem- plares mais ou menos bem conformados, assim como o gado hol- landez, mormente as vaccas leiteiras. O adeantado criador da Mantiqueira Dr. Eduardo Sá Fortes, fez concorrer á exposição algumas cabeças do gado de sua propriedade, hoje productos seleccionados em suas fazendas e que obtiveram suc- cesso principalmente pela quantidade de leite authenticada que con- forme constou-nos, attingiu a 17 litros em 24 horas. Entre os animaes bovideos que concorreram á exposição cita- remos os seguintes : « Militar » zebú Nellore, pesando 620 kilo- grammas, propriedade do Dr. Viriato Mascarenhas ; « Milão» também Nellore, pesando 548 kilogrammas, propriedade do coronel Bruno, de Uberaba ; «Corveta», puro Nellore, nacional de três annos ; « Sobe- rano », 14 mezes, puro Nellore ; « Palmeira », 14 mezes, puro Nel- lore, nacional; «Peruano», polled-anges, mestiço com o Zebú; « Curvellano, 7/8 de sangue zebú, dous annos ; « Mogyana », vacca Nellore importada; «Granada», 11 mezes, producto de zebú com hollandez, todos pertencentes ao Dr. Viriato Mascarenhas; touro «Camponez», simenthal, meio sangue filho de «Wandick» puro si- menthal remettido pelo coronel Symphronio Brochado, além de muitos outros de origem indiana, infelizmente em grande maioria, hollandeza e indígena Caracú. Como gado de talho, obtiveram o primeiro premio os zebús Nellore: « Militar e o « Milão ». Na categoria — gado leiteiro de origem estrangeira — obteve o primeiro premio, o bello touro hollandez «Argentino» de proprie- dade do Dr. Eduardo de Sá Fortes. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Na raça leiteira, obtiveram ainda, medalha de ouro e menção honrosa, entre outras, as novilhas Hollanda e Brasileira do L)r. Eduardo de Sá Fortes, a vacca Norma do mesmo proprietário obteve meda 11 ia de ouro, deixando de concorrei- ao premio pecuário, por já o ter obtido o touro Argentino do mesmo proprietário. Em resumo, pois, a secção bovidea da exposição de Bello Horizonte, foi representada pelas raças indiana, simenthal, sclnvitz, Caracú e hol- landeza, destacando-se esta ultima como a preferida para o leite. Quanto ao gado de talho, a victoria coube á raça indiana, mas resta-nos a convicção e esperança que dentro em pouco tempo em outros certamens teremos a registrar não mais a mesma victoria e sim a dos productos oriundos da selecção e do cruzamento do nosso Caracú, com os reproductores : Simenthal, Schwitz, Hereford, Charolez e Garonnez, graças ao benéfico sopro revificador que alenta a nova orientação económica que surge no Brazil. De uma cousa, porém, é mister, que não se descuide o governo e aquelles a quem compete zelar pelo futuro da industria pastoril, — a creação dos postos zootechnicos, sem elles por muito tempo, mar- charemos ainda nas trevas, e teremos de assistir impávidos á ab- sorpção que nos será fatalmente desastrada, das nossas raças indí- genas, por outras sem qualidades e aptidões que nos bastem, que longe de reerguerem o nosso gado acabará transformando-o em uma raça inútil, bravia e perigosa. A secção de animaes da raça cavallar, foi incontestavelmente, uma revelação do desenvolvimento deste ramo da industria pastoril em Minas, para todos os que visitaram a exposição de Bello Horizonte. Concorreram 40 expositores que apresentaram ao certamen cerca de 80 exemplares nacionaes, mestiços e reproductores extrangeiros, destacando-se particularmente os productos nacionaes denominados Manga Larga e Campolina. Das nossas observações no recinto da exposição, somos levados a crer que, em relação aos equídeos, a orientação seguida em Minas no aperfeiçoamento das raças existentes, é um tanto methodica, convindo, porém, que desde já os nossos criadores tenham um obje- ctivo fixo no melhoramento das raças, de modo que, a introducção de reproductores, possa alcançar um determinado fim, não vindo perturbar a producção cavallar, pela aneia da introducção de novo sangue ext range iro. Bem sabemos que para isto, mister se toma a fundação dos postos zootechnicos, cumprindo ao governo, não mais retardar a EXPOSIÇÃO PECUÁRIA DE BELLO HORIZONTE IHftl ••••rí; SUMARÉ,. — Touro da raça Caracú • GAMPONEZ .. - Touro da raça Simmenthal EXPOSIÇÃO PECUÁRIA DE BELLO HORIZONTE !RISA ,, — Novilho da raça Garacú SCHWITZ ,. — Touro da raça Suissa A LAVOURA 71 creação cie taes estabelecimentos, de modo que possa a industria pastoril entre nós alcançar-o gráo de desenvolvimento, que facilmente pode attirigii" atlenta ás condições que tão francamente possuímos. O desenvolvimento dos equídeos, entre nós, é facto que desde já deve chamar a attenção do governo e dos creadores, de modo a conjunclamente com o gado vaccum, melhorarem, poios processos da zootechnia moderna, as raças indígenas existentes. Nenhuma producção zootechnica justiiica-se, sem que uma ori- entação económica, tendo em vista as condições dos mercados su- jeitas á lei geral da economia — da offerta e da procura, — e as in- ternas do próprio paiz, presida ao critério do criador, guiando-o na empreza a que se dedica; e, no momento actual, muito embora o progresso colossal dos meios modernos de locomoção, o desenvolvi- mento dos equídeos, está perfeitamente assegurado, mormente pela producção visando os animaes de sella e os de tiro, verdadeiros ca- vai los agrícolas que o extrangeiro já acceita de longa data como o mais remunerador no tratamento das culturas, attendendo ao enorme progresso da mecânica agrícola. Recente estatística, que nos dá P. Diffloth em seu ultimo tra- balho sobre as raças cavai lares, mostra que ao lado do grande des- envolmento dos automóveis, grande tem sido o augmento da pro- ducção cavallar dos paizes productores e que os mercados consumidores, longe de estacionarem, têm progredido mormente no que diz respeito aos animaes de luxo e aos destinados á remonta dos exércitos. A população equídea da Inglaterra, que tinha diminuído até 1900, augmentou nos últimos annos, sendo a differença maior de 1903 sobre 1902 de 32.365 cabeças. Os cavallos de omnibus, animaes de tiro longo que por muitos annos, foi na Inglaterra em numero de 10 a 12 mil, eleva-se hoje a 17 mil. Km 1876, na Europa, contava-se o coefliciente de 30,5 por mi- lhão de habitantes, elevando-se este coefflciente a 38,4 em 1908 época da apparição dos automóveis, e ainda em 1902 41,95. Nos Estados Unidos, em 1899, quando começaram a apparecer os automóveis, o numero de cabeças existentes, era de 13.675.307 no valor de 511.047:813 dollars, e em 1905 este numero elevava-se a 17.052.702 cabeças, no valor de 1.200.310.029 dollars. Diante dos dados acima conclue-se que apezar do progresso da viação e dos mo- tores, eléctricos, a vapor ou de explosão, o numero de cavallos tem augmentado sensivelmente nestes últimos annos e que os creadores 3124 2 72 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA nada teem a temer das evoluções económicas modificadoras da nossa vida social e commercial. O futuro dos animaes de sella, quer destinados a animaes de luxo, quer a remonta dos exércitos e o dos animaes destinados aos trabalhos agrícolas e ao transporte de grandes pesos, está para nós perfeitamente garantido pelo gosto e amor ao luxo, que tende sempre a desenvolver-se ao lado do progresso civilizador, e pela necessidade, que no Brazil, em futuro não remoto, terá a nossa agricultura, de taes animaes para o manejo dos seus instrumentos, deixando ao gado vaccum as funcções primordiaes de talho e leite e só acciden- talmente a de trabalho, como dá-se tanto na Europa, como na Ame- rica; ainda pela nossa natureza montanhosa não poderemos dis- pensar os animaes de longo tiro, senão quando em futuro longínquo, a mecânica tenha resolvido economicamente o meio de transporte em taes regiões. Na exposição de 24 de fevereiro, vimos com prazer vários typos puros, nacionaes e mestiços, indicadores do cuidado que os criadores mineiros têm dedicado a raça cavallar, procurando aperfeiçoar os exem- plares indígenas quer pela selecção intelligente quer pela cruza com reproductores extrangeiros. Trataremos primeiramente dos animaes nacionaes, que a selecção aperfeiçoou dando typos que, nos parece, deverão ser os preferidos para os animaes de sella. A' variedade, denominada Manga Larga, oriunda como é sabido de um reproductor portuguez, trazido para Cachoeira do Campo ainda em tempos coloniaes, coube a victoria naquellecertamen. Pelo Dr. Ribeiro Junqueira, do município de Sylvestre Ferraz, foi apresentado o cavallo Sul de Minas medindo 2m,31 de comprimento por lm,55 de altura, da variedade Manga Larga e premiado em primeiro logar na cathegoria dos animaes nacionaes. Ainda da mesma variedade, notamos os cavallos Petronio, pello tordilho, com lm,54 de altura e 2nl,20 de comprimento, que obteve menção honrosa ; The Money, com lra,58 de altura por 2m,28 de com- primento, de 5 annos, propriedade do Dr. Ribeiro Junqueira e premiado com o 4o premio, na mesma cathegoria ; Ladario, com cinco annos de idade, lm,58 de altura por 2m,22 de comprimento, vindo do município de Leopoldina e propriedade da família Junqueira. Os animaes expostos desta variedade apresentaram caracteres de força e agilidade, sendo as alturas sufíicientes para a remonta do exercito. Um grande inconveniente apresentam para tal fim que éa EXPOSIÇÃO PEC1 UlIA DE BELLO HORIZONTE VARRAO CANASTRÃO EXPOSIÇÃO PECUÁRIA DE BELLO HORIZONTE VARRAO CANASTRÃO CABRA — da raça Toggemburg A LAVOURA 73 marcha, mas, attendendo a largura do passo, quer nos parecer que algum tempo de picadeiro ensinaria ao animal, mormente ás éguas, o trote necessário ás marchas militares ecom reproductores Oldemn- burgo, ou Hunter, ou mesmo convenientemente seleccionados dariam ao exercito, bons animaes, mormente para a ca vallaria. A variedade denominada Campolina, oriunda da antiga fazenda do Gampolina em Entre Rios, hoje chamada fazenda do Tanque e propriedade do Sr. Joaquim de Rezende, apresentou-se também com bellissimos productos nacionaes, dos quaes, citaremos: Golias, tendo lm,60 de altura e 2m,20 de comprimento e 3 annos de idade ; Oder, lm,54 de altura por 2ra,07 de comprimento e também com 3 annos ; Califa, tendo 4 annos de idade, lm,61 de altura e 2m,04 de comprimento, procedente de Barbacena. Destes animaes, foram premiados com o 2o premio o cavallo Golias com medalha de ouro, e menção honrosa o cavallo Califa. Na exposição do mesmo proprietário, vimos o cavallo Adónis, com 2 1/2 annos de idade, tendo lm,61 de altura e 2,n,28 de comprimento, reproductor puro sangue Oldemnburgo adquirido pelo Sr. Joaquim Rezende, na Estação Zoolechnica de Herm Stoltz & C. Este animal mereceu menção honrosa da commissão julgadora. O cavallo Oldemn- burgo é o typo adoptado na Allemanha no regimento dos Gouraceiros. Criado em grande parte do tempo no regimen do pasto, em condições climatéricas desfavoráveis, adquire uma certa rusticidade tornando-se sóbrio e de fácil nutrição ; alimenta-se, em geral, de aveia, feno e palha de aveia. E' muito precoce e com 2 annos de idade, pôde ser perfeita- mente utilizado em trabalhos agrícolas. Vimos ainda da mesma variedade Campolina, o cavallo Adegente, de cinco annos de idade, medindo lm, 50 de altura por 2m, 18 de compri- mento, vindo de Caethé e propriedade do Dr. Ribeiro Junqueira. Pensamos, que os productos conhecidos em Minas pela denominação Manga Larga e Campolina, serão os futuros cavai los do nosso exercito, mormente se a introducção do sangue extrangeiro merecer dos nossos criadores o cuidado necessário, de modo que as qualidades de agilidade, força e marcha, sejam convenientemente introduzidas. Existe nas Ilhas Britannicas, a variedade Hunter que se subdivide no Hunter Inglês e no Hunter Irlandês, que julgamos, daria óptimo resultado no cruzamento com as éguas Manga Larga e Campolina. O Hunter é o cavallo mais útil da Inglaterra, pre3tando-.se a todos os serviços Os inglezes o adoptam na caça pela sua agilidade, e esta é tão desenvolvida, que lhes tem valido o cognome de saltadores. Os SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA primeiros cavallos desta variedade, foram obtidos em Norfolk, de éguas de puro sangue, cobertas pelos garanhões de tiro de raça Norfolk. E' na Irlanda, porém, que se encontram hoje os melhores Hunter. Na Inglaterra, chama-se hoje, ordinariamente Hunter, ao modelo regular, tendo bastante sangue, para ter energia, prestando-se perfeita- mente á cara e tendo grande velocidade natural á galope e além disso, a aptidão do salto. O verdadeiro Hunter, enfrenta os obstáculos sem medo, sem hesitarão, saltando-o com energia e com facilidade. E' sóbrio e incançavel, podendo passar sem comer, muitas horas. Os animaes inglezes, desta variedade, tem de altura lm,70emquanto que os irlandezes, tem lm,55e lm,G0. O Hunter Irlandês é um dos cavallos mais resistentes da Inglaterra, transmittindo a sua resistência aos productos e bem assim a sua agili- dade, sendo apreciado como productor de cavallos, destinados á remonta dos exércitos. A sua criação, não exige detidos cuidados, com dous annos de idade já pôde tomar parte nos trabalhos agrícolas. Voltando a tratar da exposição, vimos dous animaes nacionaes, também premiados, ocavallo Montenegro, com lm,00 de altura e 2ra,35 de comprimento, producto de meio sangue, anglo-normando com égua crioula, tendo seis annos de idade e que obteve o Io premio ; Mihado, meio sangue anglo-normando, producto de mãe crioula, medindo 1»>,59 de altura por 2n,,39, foi premiado com o 3o premio, ambos procedentes do município de Oliveira e pertencentes ao Dr . Donato de Andrade. São bellos typos de animaes, tons cavallos de sella, não servindo para a remonta, apenas pelo andar, defeito, porém, oriundo das éguas que serviram de progenitoras e de fácil correctivo em gerações fu- turas, bastando para tal fim, o ensino em picadeiro do trote ao pro- ducto ou ás éguas, antes de serem cobertas. 0 cavallo Predilecto, nacional, meio sangue inglez,com sete annos, vindo do município de Juiz de Fora, medindo lm,54 de altura, proprie- dadedoSr. Theodorico Ribeiro de Assis, obteve o 2o premio na cathe- goria acima. O cavallo Smart, de lm,55 de altura e 2m,23 de comprimento, com três annos de idade e filho de reproductor de sangue inglez, de pro- priedade do Sr. José Ferreira I.ei te, do municipo de Oliveira, obteve o A° premio, juntamente com o cavallo The Money a que já me referi. O 5o premio, foi dado ao animal Juriti/, com Lm,49 de altura e propriedade do coronel Albino Machado. EXPOSIÇÃO PECUÁRIA DE BELLO HORIZONTE JAGUNÇO — Bode da raça "pescoço preto,. DE PREMIADO A LAVOURA São ainda dignos de referencia os animaes: Ituina, puro sangue nacional, com 3 1/2 annos de idade, lra,52 de altura, propriedade do Sr. Saturnino Rocha; Carlito, puro sangue inglez, do Dr; João Tei- xeira Soares, com lm,65 de altura; Andaluz, com lm,65 de altura, vindo do município de Além Parahyba e de propriedade do Dr. J. T. Soares; Tamoijo, meio sangue inglez, com lm,63 de altura, e de pro- priedade do Sr. Francisco de Campos Valladares; Oman, puro sangue árabe, com seis annos, l,n,55 de altura, vindo de Ub?raba e proprie- dade do Sr. Angelo Costa; Africano, meio sangue árabe, medindo lm,53 de altura e propriedade do Sr. José Ribeiro Junqueira; ícaro, com 3 1/2 annos, medindo lm/tOde altura por f",90 de comprimento, meio sangue inglez, vindo de Uberaba; Brasil, medindo l'", 40 de altura por 2"', 10 de comprimento, com quatro annos, meio sangue inglez, vindo de Uberaba; Sulika, com quatro annos, 3/i de sangue inglez; Rio Branco, meio sangue andaluz, com cinco annos deidade. Outros animaes nacionaes da rara denominada Sublime, que como é sabido, são productos, com raras excepções, mal aperfeiçoados do árabe, concorreram também á exposição, e outros com a simples indicação de raça nacional, também se apresentaram naquelle certamen. Entre estes citaremos: Argentina, com três annos de idade; Corrupio com lm,55 de altura e 2'", 20 de comprimento, com 3 1/2 annos deidade; Çaruso alazão, lm,45 de altura por 2 m, 00 de comprimento, com 2 1/2 annos de idade, vindo de Juiz de Fora; Rio Negro, procedente de Bar- bacena, com l1", 58 de altura e 21»» de comprimento. Ainda como único representante dos ca vai los do Norte da França, boje francamente acceitos, quer na própria Europa, Estados Unidos, quer na Argentina e mesmo no Brazil, pelo Exm. Sr. Barão do Paraná, apresentou-se ocavallo Vulcano de sete annos de idade, vindo de Juiz de Fora, filho de pae Percheron puro e mãe de l/i de sangue árabe. Do que vimos de expor, conclue-se que foi na verdade anima- dora, a primeira exposição geral de cavai los, que na sua capital realizou o Estado de Minas. Os animaes eram bem conformados, possuíam, com excepções, os caracteres de forca e ardor, como veri- ficaram os que assistiram ás provas a que os animaes foram sub- mettidos na raiado Prado Mineiro. Cumpre aos creadores proseguirem o aos demais Estados, jun- tamente com os respectivos governos imitarem a obra verdadeira- mente patriótica, em que se empenham Minas Geraes, S. Paulo e Rio Grande do Sul, que, poderosamente, secundando o Governo Fe- deral, abrem novos horizontes na politica económica do Brazil. 76 SOCIEDADE NACIONAL DK AGRICULTURA No certamen, como vimos, foram apresentados pfoductos na- cionaes seleccionados de bella conformação; animaes mestiços, typos já bastante animadores, e réproductores estrangeiros de differentes raças . Notamos a preoccupação do cavallo para corrida e do cavallo marchador nacional para viagens, e aproveitamos a occasião para tratarmos, se bem que ligeiramente, dos animaes de tiro, cuja pro- ducção tem para nós, como para todos os paizes no presente momento capital importância. Os cavai los de tiro têm a sua producção perfei- tamente garantida, sendo, ainda par muito tempo, difficil ao automo- bilismo entravar-lhe os inestimáveis serviços que prestará sempre nos centros de maior movimento, em pleno domínio do progresso. A medida que a vida commercial e industrial de um povo au- gmenta, a sciencia procura resolver, em geral, pela mecânica a questão dos transportes As estradas de ferro vencem as distancias longinquas, atraves- sando as terras de um extremo a outro e as aperfeiçoadas machinas marítimas atravessam os mares, a portos antípodas ; mas quer uma quer outra, tem os seus pontos terminaes e não poderemos esperar que, em breve futuro, o automobilismo e todas as modernas applicações da mecânica possam com a mesma facilidade económica que as es- tradas de ferro e a navegação, satisfazer as necessidades do trans- porte local. Ainda, á medida que augmenta o progresso de uma nação, augmenta o seu movimento commercial e como consequência imme- diata o peso e volume dos fardos a transportar. Ao cavallo de tiro, portanto, cabe a solução do problema do transporte local por meio das grandes viaturas. No Brazil particularmente, paiz novo que começa a desenvol- ver-se, a criação destes animaes é uma questão que desde já deve ser tratada com o carinho que tem merecido nos demais paizes. Além disso a nossa natureza montanhosa não permittirá com facilidade económica as applicações, quer da electricidade quer da mecânica nas questões de transporte local. Nos trabalhos agrícolas, até hoje quasi de um modo geral, têm sido empregado na tracção o gado vaccum, e mister se torna visarmos desde já o futuro da nossa agri- cultura, o desenvolvimento da mecânica agrícola, e, portanto, o em- prego de animaes, senão mais fortes que o boi, pelo menos mais adequados, apresentando comtudo as mesmas vantagens e também possuidores do passo lento necessário á rotearia." A LAVOURA 77 Neste ponto, seja-me permittido ainda frizar, no estado actual do desenvolvimento agrícola do mundo, são os cavallos de tiro os destina- dos a preencher as funcções até então entre nós preenchidas pelo boi, re- servando-se o gado vaccum ás funcções de carne e leite, cuja necessidade nos mercados mundiaes, tende a augmentar descomedidamente. Os nossos creadores devem se dedicar ao desenvolvimento da producção cavallar, e, sem esqueceremos animaes de sella, e os sim- plesmente de luxo, vizarem primordialmente os destidados á remonta do exercito e os de tiro, pela situação económica que garante taes producções . Quanto aos suínos e ovinos que concorreram á exposição, pouco temos a dizer, principalmente em relação aos últimos. Os suinos estavam bem representados por bonitos productos de raças nacionaes e extrangeiras, entra as quaes notavam-se a Yorkshire e a Berkshire. Na categoria de cevados gordos, coube o Io logar ao espécimen de propriedade do coronel José Custodio Dias de Araújo, o qual pesou 376 kilogrammas. O 2o logar foi dado ao producto pesando 307 kilogrammas, propriedade do Sr. Joaquim Cláudio de Salles. Ao animal de pro- priedade do Sr. José António Coelho coute o 3o logar, embora pesando 310 kilogrammas, sendo, porém, seguido tal critério, por ter sido o suino pesado no logar da engorda, emquanto que o segundo foi pesado no recinto da exposição, após longa viagem, que fatalmente havia de deixal-o sentido. Pesando 302 kilogrammas, foi premiado em 3o logar o es- pécimen do Sr. Cândido de Paula Silvino. O 5o premio, foi obtido pelo suino pesando 270 kilogrammas, propriedade do Sr. Custodio de Almeida Porto. Obteve medalha de ouro, o suino, cujo peso attingiu a 258 kilo- grammas, de propriedade do Sr. J. dos Santos Vianna, e ainda o de peso de 240 kilogrammas, do Sr. Raymundo Soares de Azeredo. Na categoria dos reproductores suinos obtiveram prémios pecuni- ários os animaes dos proprietários seguintes, na ordem respectiva: Srs. Ignacio O. de Alvarenga, Joaquim Ribeiro Junqueira, Josias M. Machado, António de Freitas Lima e Dr. Viriato Mascarenhas. Obtiveram medalha de ouro os productos dos Srs. Custodio Ferraz Junqueira, António Carlos de Barros Faria, capitão Roberto F. de To- ledo, coronel Francisco A. M. Azevedo Camará e Manoel Teixeira de Camargos. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Alcançaram medalha do prata os productos apresentados pelos Srs. Dr. Carlos da Silva Fortes, José Belém, Luiz F. dos Santos, Caetano Mascarenhas e António Dias Barbosa. O gado ovino, estava representado pelo gado lanígero e caprino, extrangeiro e nacional . Foram classificados os saguintes: Caprino* : 1" premio, ca- brito Brasileiro, de propriedade do Sr. Fernando Pinto de Azevedo; 2o premio, cabrito Petronio, de propriedade do Sr. Raymundo Nonato; 3o premio, cabra Alegria do Dr. Carlos da Silva Fortes, que ainda obteve menção honrosa, pelo cabrito extrangeiro Jagunço. Lanígeros: Io premio: carneiro reproductor, Guarany, mestiço de merino e crioulo, de propriedade do Sr. António da Cruz Homem, pesou 48 kilogrammas e deu uma tosquia de 1.100 grammas; 2o premio : carneiro reproductor da raça Southdown, mestiço, propriedade do Dr. Carlos da Silva Fortes, pesou 63 kilogrammas e deu uma tosquia de 750 grammas; 3o premio: carneiro Rambouillet, tosquiado, pertencente ao Dr. João José Vieira — Este animal estava ainda muito maltratado pela ultima epizootia da febre aphtosa. Eis Sr. Presidente e mais directores, o resultado da minha visita á exposição de Bel lo Horizonte, honrado com a representação desta Sociedade. O relatório que vos apresento, é cheio de lacunas, mas conto com a benevolência de todos vós e com a dos nossos consócios, esperando que algum resultado útil possa advir das vagas indicações que aqui ficam para engrandecimento e força da nossa grande Pátria — OBrazil, Não terminarei, porém, sem renovar os agradecimentos, pela gentil hospitalidade que a Sociedade Nacional de Agricultura, por mim repre- sentada, recebeu quer por parte do governo mineiro, quer por parte da commissão e criadores. AosExmos. Srs. Dr. João Pinheiro da Silva, illustre Presidente do Estado, e ao nosso consccio e amigo Sr. coronel Francisco Bressane, particularmente agradeço, confessando-me grato, pelo fidalguia com que me distinguiram. Rio de Janeiro, fevereiro de 1908.— Francisco Tito de Sousa Reis, engenheiro civil pela Escola Polytech nica do Rio de Janeiro e director lc secretario da Sociedade Nacional do Agricultura. » A LAVOURA 79 Movimento Agrícola pelo Estado de Minas E' deveras animador ver-se como, sob a direcção do Di\ João Pinheiro da Silva, o Estado de Minas se orienta e evolue em busca da solução dos mais sérios problemas da sua economia. Parecia, attenta a indole pouco innovadora do povo mineiro, que os doutrinamentos do esclarecido administrador publico passariam incom- prehendidos e desajudados da acção dos seus administrados. Felizmente assim não tem acontecido, notando-se por toda parte a mais decidida cooperação em todos os emprehendimentos que vão sendo iniciados. S. Ex., em uma das suas luminosas mensagens, censurou acre- mente a norma, pasmosamente anti-democratica, de cuidarem os po- deres públicos da instrucção superior, deixando em lastimoso abandono a educação popular, concretizada no ensino primário, litterario e pro- fissional. Affirmou, pois, a mais decidida intenção de orientar o seu governo por um rumo mais consentâneo com a indole e razão de ser do regimen por que nos regemos. Sob o influxo das novas idéas, as escolas primarias reorganisam-se por todo o vasto território de Minas ; a instrucção profissional-agricola diffunde-se. Genuinamente republicano, por sentimento intimo e meditado estudo, S. Ex. entende imprimir em todas as suas reformas um certo cunho social istico, em que o governo intervenha, não tão somente como administrador, mas como cooperador e orientador dos individuos. E' a bôa escola. Sob o seu governo a frequência nas escolas publicas dupli- cou ; os comícios formados nas mais longínquas e diversas paragens nm^eguem congregamento inusitado; cada exposição que se realisa no Estado é um novo triumpho; as colónias despertam-se, recebendo novos colonos; os institutos de ensino agrícola popularisam-se, attrahindo numerosos visitantes, ávidos de instrucção e decididos a esquecerem de vez a rotina em que vegetaram até aqui. Abre-se positivamente uma nova era para o Estado de Minas: éa era do trabalho intelligente, em que o lavrador tem por guia a sciencia e não mais o acaso cego e caprichoso ! O Dr. João Pinheiro tomou as fazendas-modelo para typo dos insti- tutos de ensino agrícola que está organisando. Seu fim é pregar pelo exemplo, pondo sob as vistas e ao alcance dos lavradores instru- mentos e praticas susceptíveis de serem adoptados por quem quer que seja que se dedique á honrosa e útil profissão da cultura da terra. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Não são ainda decorridos dois an nos, após a elevarão do Di\ João Pinheiro ao governo e já estão em pleno funccionamento: a Fazenda- Modelo da Gamei leira, na cidade de Bel lo Horizonte, a fabrica e estação sericicola da colónia Rodrigo Silva, em Barbacena e a fazenda da Ca. Empire Fibre, situada a pequena distancia da estação de Prudente de Moraes . O ensino agricola-profissional rege-se pela lei n. 2.027 de 28 de julho de 1907, cuja parte referente ás fazendas-modelo é a que de novo publicamos. FA.ZENDAS-MODELO Art. 49. São creadas no Estado, nos termos do art. 2" da lei n. 438, de 24 de setembro de 1906, sois fazendas-modelo, aos pratos que olYerecerem, a juizo do Governo, melhores condições, mas distribuídas de modo que sejam localizadas: uma no centro, uma uo norte, uma no sul, uma na zona da matta, uma no triangulo mineiro e uma na zona do oeste. Paragrapho único. Estas fazendas terão como objectivo principalmente a agricultura ou a pecuária conforme a zona om que ellas SJ installarem fôr agrícola ou pastoril. Art. 50. O numero das fazendas-modelo a qu3 se ref)ro o artigo anterior sò se entende com as fazendas montadas a expensas exclusivas do Estado, podendo ser aquelie numero augmentado com tantas quantas sejam auxiliadas polas mu- nicipalidades, de conformidade com o disposto no § 2° do citado artigo. Art. 51. Na installa.ão das fazendas-modelo será observado o plano neste regulamento determinado e que estabeleça os quatro typos pelo Governo appro- vados. Art. 52. Estes typos são: 1.» O typo A, que comp^ehenderá uma arei nunca menor de 10 alqueires de terreno e se destina á demonstraçío do manejo dos instrumentos aratorios, é li- mitado aos trabalhos de cimp) concernentes á preparação da torra para cul- tura, sem m ichinas de benefiiiamento de productos ; 2.» 0 typo B, que comprehenderá uma ãrea nunca menor de 25 alqueires de terreno, apparelhalos de peqmnos maehinisraos movidos por tracção animal, conforme a planta approvada, tem por fim a demonstração pratica de duas ou mais culturas em ponto pequeno e o modo mais económico e útil de sua trans- formação o aproveitamento; 3.° O typo C, que comprehauderá uma área nunca menor de 40 alqueires d.s terreno, com macliinism) appropriado ao api^oveitamento da generalidade dos productos annuos da nossa lavoura, movido por força hydraulica, visa demon- strar o modo maia económico, útil c pratico polo qual se podo transformar, melhorando a, a generalilade das propriedades agrícolas do Estado; 4." O typo D, que comprehenderá uraiárea nunca raeuor de 80 alqueires de terreno, cjm unehinismo completo para aproveitamento, não só dos pro- ductos a que se refere o n. 3 deste artigo, como os florestaes e a producção de lacticínios, movido por motor hydraulico dos typos mais perfeitos, visa a de- monstração da cultura racional em graúdo escala. FAZENDA DA GAMELLEIRA NOVAS CONSTRUCÇOES DA FAZENDA MODELO PLANTAÇÃO DE ABACAXI FAZENDA DA GAMELLEIRA I ■■ **M**ÍÍ n iRROZAES IRRIGÁVEIS MtLHARAL PLANTADO E CULTIVADO A MACHINA A LAVOURA 81 Art. 53. As areia destinadas p ira as fazendas-modelo deverão conter pelo menos, 4 alqueires (cerca de 20 hectares) de terras planas ou de suaves ondulações, de fácil accesso aos instrumentos arat^rios, no caso de adopção do typo A, ou uma área mais ou menos correspondente a um terço da área totil, no caso de adopção de qualquor um dos outros typos. Art. 54. As Camarás Munieipaos, que pretendam obter a creação de uma fazenda-modelo em seus muuicipios, deverão concorrer : l.°No caso de escolha do typo A, cora as prestações, em terras, de 10 al- queires, com uma casa e um paiol e em dinheiro, com 3:000$ de uma só vez ; 2.° No caso de escolha dos typos B, C ou D, com as prestações em terras res- pectivamente, de 25, 4o e 80 alqueires do 4 hectares, 84 o, em dinheiro, com a metido da importância dos machiaismos e edifícios necessários para o typo escolhido. Em qualquer das hypotheses figuradas as terras deverão satisfazer as exi- gências do artigo anterior. Art. 55. As fazendas-modelo serão administradas e custeadas pelo Estado directamente, pertencendo-lhe a propriedade e o respectivo r/udiraento . Art. 50. Cada fazenda-modolo será destinada a determinados géneros de cul- tura, de conformidade com a natureza do seu solo e condições do seu clima, ex- cluídos quaesquor outros. Na regiãj agrícola predominará o ensino para o cultivo da terra, sendo o da creação puramente accossorio ; na região pastoril predominará o ensino da pe- cuária, sendo então accessorio o da agricultura propriamente. Art 57. Em cada fazenda- modelo o Governo manterá : a) Reproiuctores bovinos de raças escolhidas, assim como reproduetores de outras espécies de animaes, que serão cedidos gratuitamente para a fecundação das fêmeas trazidas para es?e flm á fazenda ; b) Um stock das machinas na mesma fazenda empregadas, não só as aratorias, como as de beneíiciamento, as quaes serão cedidas, pelo preço do custo, a quem se proponha acompralas, desde que o comprador exhiba talão da entrada do preço respectivo no Thcsouro do Estado ou na Collectoria local. Art. 58. Do mesmo moio, as machinas a que se refere o artigo antecedente poderão ser cedidas aos colonos loc idizados nas colónias annexadas áí fazendas- modelo, mediante pagamento, como preceituado pira outros compradores, ou sob a garantia das colheitas do anno, para esto fim, previamente avaliadas ; as colheitas serão recebidas em espécie, ao serem realizadas, pelo preço corrente dos respectivos proiuctos na localidade. Art. 59. As fazendas-modelo enviarão pessoal seu ás fazendas vizinhas, para o flm de executar qualquer trabalho de amanho ou preparação do solo, tomando taes trabalhos por empreitada, mediínte remuneração previamente ajustada, de accordo com as bases que serão opportunamento publicadas, ou a salário, de conformidade com os preços correntes de serviços similares na loca- lidade. Esses serviços, porém, só serão prestados; quando os interessados depo- sitem previamente, em qualquer das estações fiscaes, a importância em que forem orçadas ou a quota que for fixada. Art. 60. As fazeodas-mo leio receberão os t,'aballudorei que os fazendeiros do Estado lhes enviem para ap.eniizagem do manejo daquelles instruiu > a, 03, não excedendo do :;0diasa sua permanência nas referidas fazendas, dando lhes estas xn<;ii<;i>\i>i<; nacional d li AQUICULTURA morada o sustento durante o máximo daquelle prazo. O numero destes trabalha- dores não poderá exceder do 10 pessoas nas fazendas do typo A ; do 15 pessoas nas do typo B ; de 20 pessoas nas do typo C e 30 pessoas nas do typo D. Os trabalha- djres assim enviados ás fazendas-modelo ficarão subordinados á ordem nellas observada e tomarão parte em todos os trabalhos diários sob a direcção do mestre de cultura, quo os expuls irá da fazenda, todas as vezes que se tornem ele- mentos de perturbação da disciplina do estabelecimento. Paragrapho único. Na hypothesc de ter sido a fazenda-modelo installada com o concurso da Camará Municipal, serão admittidos de preferencia os trabalhadores aprendizes que forem apresentados á Directoria pelo presidente da mesma Camará. Art. 61. Além da demonstração pratica dos trabalhos de campo, a que se referem os artigos anteriores, as fazendas-modelo também ministrarão a neces- sária instrucção pratica a moços que queiram habilitar-se para a profissão de mestres de cultura. Para esto fim as fazendas-modelo receberão moços de conducta reconhecida- mente- morigerada, nunca menores de 18 annos de idade, aos quaes serão dadas residência e alimentação gratuitas e transporte ferro-viario somente no caso de reconhecida pobreza. Estei moços tomarão parto nos serviços diários da fazenda, durante o tempo necessário para que possam assistir e executar toJas as operações relativas -ás culturas om exploração na fazenda, desde o amanho dos terrenos até ás colheitas e o preparo de seus produetos, sendo instruídos ao mesmo tempo, em todos os detalhes das culturas e da administração. Art. 62. Findo o prazo da aprendisagem, que é limitado a 10 mezes, os aprendizes serão submettidos a um exame, que versará sobre os differentes tra- balhos de campo com os respectivos instrumentos, e numa exposição suecinta e verbal, por meio de perguntas o respostas, das regras que se devem observar na cultura das espécies exploradas na fazenda, como o modo de plantaçio, as épocas próprias para as dillcrentes espécies, o modo de estrumação, irrigação, capinas, colheitas, etc; e bem assim, om relação á administração, o modo de escriptu- ração observadi n.i fazenda e mais detalhes que tenham feito parte de sua aprendizagem, Art. 63. Este exame, presidido pelo chefe teehnico, será feito perante a Di- rectoria da Agricultura, Commercio, Terras e Colonização, sendo examinadores o chofe de agricultura pratica e o mestre de cultura da fazenda-modelo, onde o examinando fez a sua aprendizagem. Art. 64. Os exames a que se refere o artigo antecedente serão prestados em uma só época no anno, no mez de junho, perante a Directoria e nelles serão apuradas as habilitações dos aprendizes, não só quanto á sua pratica dos pro- cessos aratorios e oulturaes ensinados, como quanto ao preparo do pessoal de cada um em relação aos outros, de moi'o a serem escolhidos em cada turma os cinco aprendizes mais habilitados e que tenham aproveitado inteiramente o ensino dado. A cada um do3 aprendizes assim encolhidos o (ioverno poderá dar gratuita- mente, a titulo de animação, um dos melhores lotes em qualquer das colónias do Estado, sempre quo seu comportamento, durante todo o tempo de aprendizagem, nenhuma nota desfavorável tenha merecido. Art. 65. O numero de aprendizes será, no máximo, de cinco, nas fazendas- modelo do typo A; de 10, nas do typo B; de 15, nas do typo C e de 20, nas do typo D. FAZENDA DA GAMELLEIRA MILIIARAL E ARROZAL FAZENDA DA GAMELLEIRA (4) MACHINISMO DE BENEFICIAR CAFÉ E OUTROS PRODUCTOS AGRÍCOLAS A LAVOURA Art. 66. Cada fazenda-modelo será administrada por un agricultor pratico, sob a denominação— mestre de cultura e sob a superintendência geral do di- rector. Só pôde ser admittido para mestre do cultura o individuo que conheça a agricultura do paiz, os processos de cultura aratoria c que os t3oha praticado habitualmente e com successo por conta própria ou do terceiros, ou que os tenha aprendido, obtendo um certificado de mestre de cultura, em alguma das fazendas- modelo do Estado. Km caso de concurrencia, temi preferencia os habilitados pelas fazendas modelo do Estado, que o provem com o respectivo certificado. Art. 67. Ao mestre de cultura cumpre : 1 .° A administração interna do estabelecimento, pelo quo deverá dirigir e fazer executar todos os serviços da fazenda sob todos os seus aspectos e detalhes ; 2.» Ouvir os colonos, nos casos de colónia annexa, provor as suas necessidades e represental-os em todas as reclamações perante a Directoria ; 3." Promover não só as culturas da fazenda-modelo, como as do lotes nas colónias annexadas, levando trabalhadores o colonos ao cumprimento rigoroso de seus deveres respectivos, de modo que todos os seus serviços de um e outro estabelecimento sejam executados convenientemente e nas épocas próprias para elles ; 4.° Manter em dia, escripturada em iivro próprio, a oonta corrente do colonos ; 5.° Receber as contribuições dos colonos em debito e arrecadal-as para os devidos fins, em dinheiro ou in natura, liquiJando-as neste ultimo caso, e reco- lhendo-as mensalmente aos cofres do Estado, mediante guia do director ; 6." Tomar as providencias immediatas, que sejam da sua competência, e se tornem necessárias para o perfeito andamento dos serviços a seu cargo, em quaesquer casos não previstos, recorrendo de prompto ao chefe do agricultura pratica ou ao director para aquelles que as circumstancias exigirem e escapem á sua competência ; 7.° Ministrar aos aprendizes admittidos na fazenda o ensino a que se refere o art. 59 deste regulamento. Art. 68. Ao mestre de cultura incumbe mais manter uma eseripturação deta- lhada, em forma de estatística, nos livros que lhes serão fornecidos pela Directoria, onde conste com toda exactidão : 1.° O custo de cada serviço sob sua direcção, especializando o custo, pur hectare, da roçada, do destocameato, da lavra e da gradagem dos terrenos ; e de cada operação de que dependo a producção, como a semeadura, as capinas e a colheita de cada espécie cultivada na fazenda ; 2.° Ainda pela mesma unidade de superfície, a quantidade e preço da semente plantada, o numero do pessoas e dias empregados em cada operação, a producção de cada espécie ou cultura ; :;.° Por unidade de peso ou do medida (kilogramma ou litro) conforme a natureza da espécie, o custo da transformação nas machinas da fazenda dos pro- ductos nellas beneficiados, verificada por igual proporção entre a matéria prima e o producto respectivo. Art. 69. O mestre de cultura ministrará mensalmente ao director um boletim em firma de mappa com todas as especificações do artigo anterior. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Art. 70. A cada uma das fazcndas-modclo, Fnjam ollas fundadas oxclusiva- mente pelo Estado ou cora o auxilio das municipalidades, poderá ser annexada uma colónia, conforrm ao Governo parecer conveniente observadas, em todo o caso, as regras neste regulamento estabeloíidas para á creação do colónias era geral. » As sabias disposições do regulamento que vimos de transcrever vão se concretizando em factos materiaes. Já não são simples aspirações filhas do bom desejo. Vale larga divulgação o que diz o Dr. João Pinheiro sobre os interesses capitães de economia rural d) listado que, em hora feliz, lhe veio ás mãos para administrar. Em sua primeira Mensagem ao Congresso do Estado, em data de 15 de junho de 1907, diz S. Ex. sobreo ENSINO AGRÍCOLA « Avulta dopoisdo ensino das creanças, como necessidade urgente, a do ensino primário da agricultura aos adultos, habituando-os ao manejo simples das aperfei- çoadas machinas agrícolas. Este ensino, contendo duas partes osssenciaes, uma theorica e outra própria- mento industrial, foi dividido de modo que urai repartição espoeial o technica se incumba da primeira, e a divulgação do trabilho mealimico e dos processos úteis, aconselhados pela theoria, seja feito intuitivamente pelos mestres práticos de cul- tura espalh idos polo Estado, operando industrialmente, para que os agricultores possam avaliar das vantagens integraese da superioridade dos processos novos, com- parados com os da velha rotina. Esta medida vao dar irameliatos resultados e nella está a bise da nossa rege- neração oconomica, as-sim para o productor.cora > pira o Estado que da agricultura tira a sua principal fonte de receiía. O trabalho agrícola pila vastidão de seus recursos, pala sua extensa applicaçâo, pelo seu habito generaliaado em todi a massa do povo, peli facilidade da sua apren- dizagem, constituo a forma simples e poderosa do trabalho nacional, e por elle deve começara reorganização economici do Estado. Para attendor a esta necessidade, foi publicado o recente regulamento, que a legislatura passada autorizou. » FAZENDA MODELO « Iniciando o serviço de ensino agrícola o ensaiando-o praticamente, tal como deve ser generalisalo, e procedendo-se á formação do pis3>al technico necessário, o Governo, em 26 de novembro do anno passado, adquiriu a f.izenia da Gamelleira, situada a cerca de seis kilometros desta Capital, e, mais tarde, o sitio denominado — Madeiro. A despezajá realisada com a fazenda, importa em 27:785$050,sen lo 21: 164$S80, relativos a immoveis, semoventes, machinas e utensílios ; 6:>0:í$670, referentes A administração e pessoal operário, o 3 1 6$5iX) . empregados em adubos chimicos.» FAZENDA DA GAMELLEIRA SEMEADORES DE CEREAES OFFICINA DE CARPINTEIRO VENDA DEMACHINAS AGRÍCOLAS 10 ADUSOS CH1MICOS « Por intermédio da Directório Geral de Agricultura, e pelo custo da Europa, Rio e S. Paulo, foram, no anuo findo, fornecidos aos lavradores do Estado fertili- santes chimicos e diversos instrumentos agrícolas. Para o mesmo tim continua o Estado a manter o stock de maehinas agrícolas, no qual os agricultoras encontram sempre as mais modernas, que vão sendo empregadas. » INDUSTRIA SERICICOI.A « Tive oceasião de observar pessoalmente, em algumas famílias de colonos das proximidades desta Capital, a simplicidade, a naturalidade e o êxito da criação dos bichos da seda. São ellas acc.jrdes ora affirmar, para semelhante trabalho, a igualdade de con- dições, sinão a superioridade do nosso clima em relação ao da Itália. E\ em iodo caso, o que se pôde chamar — industria de família, própria principalmente para mulheres e moças, devendo formar para os colonos, um inci- dente do trabalho, sem duvida alguma muitíssimo remunerador. As difflculdades que encontra para oxpandir-se estão na incerteza de mercados para os casulos, naturalmonte produzidos em pequena escala nos primeiros tempos, e na ausência de machinismos para beneficial-os. Attendendo a estai necessidades, o Coverno autorizou a installação, em Bar- bacena, de maehinas para o beneticiamonto do producto. mantendo aUi o director da colónia Rodrigo Silva vivoiros para distribuição de mudas de amoreira, tendo distribuído, no aono findo, 106.000 mudas. A producção de casulos, naquella colónia, foi de 2.040 kilos. A intervenção do Governo deve ser completada pela garantia, no principio, da collocação dos casulos produzidos fora da colónia, a um preço minimo fixo. Terá o offeito de facilitar e systematisar a producção do uma inquestionável riqueza para o Estado.» INDUSTRIA TÊXTIL «A empreza « Empire Fibro Company », com s5de em Nova York, Estados Uni- dos, repro-ieutando um capital de 350.000 dollars, habilitada a funccionar no Brasil pelo decreto federal de li de abril deste anno, mediante favores do Estado, propoz, em contracto com o mesmo, de 12 de abril do corrente anno, a fazer nelle, em vasta escala, a cultura de fibras, principalmente de pita, devendo plantar, dentro de quatro annos, no minimo, um milhão de pés deste vegetal e fazer a cultura indus- trial do arroz, ompregando maehinas aperfeiçoadas para sua cultura e beneficia - mento. O Estado concedeu terreno para as respectivas culturas, obrigando-se o conces- sionário a ter, no estabelecimento, por anno, até 10 aprendizes, indicados pelo mesmo, para o estudo dos processos indu9triaes aperfeiçoados que empregarem. A companhia já encetou os respectivos trabalhos. » CULTURA DE CEREAES « A cultura dos cereaes apresenta-se naturalmente ; mas, importados em vasta escala do estrangeiro, onde são cultivados por processos aperfeiçoados, seus preços eliminaram a competição da nossa producção interna. soi IKDADK NACIONAL DK AGRICULTURA Para avaliarmos os recursos que a terra brasileira pôde esperar dos trabalhos agrícolas do todo género, neste solo, cujo poder productivo não tem confrontos, basta-nos olhar para os Kstados Unidos do Norte, que nos têm servido de paradigma para as questões politicas ; não, porém, infelizmente, para problemas do trabalho material, do qual é resultante sua assombrosa grandeza. A maior exportação daquella Republica é de cereaes e seus derivados, em cuja cultura também as Republicas platinas têm encontrado opulência para o povo e grande recurso para sua avultada receita. Naquellas republicas, com população pouco superior á do nosso Estado, a exportação só do productos agrícolas ou cereaes foi em 1905 de $170.235.235 pesos ouro, ou em nossa moeda de 541 :296.976s72'J e, em 1906, de $157.654.692 equivalentes a 501. 294:624$152. Em duas outras verbas do commercio internacional daquellas republicas en- contram-se as razões e a explicação desta extraordinária producção. Só de instrumentos aratorios importou em 1905— $16. 532. 000 pesos, ouro, equi- valentes, em nossa moeda, a 52.566:000$400 e, em 1906 — $17.158.000, correspon- dentes a 54.557:292$600. A causa da inferioridade brasileira, para a lucta na agricultura com os outros paizes, está evidentemente nos processos rotineiros que temos seguido. Grande responsabilidade do tal situação, digamol-o com franqueza, cabo aos go- vernos do paiz, em seu pormanonte descuido da educação popular, principalmonte da educação para o trabalho, que, na agricultura, em nossa terra, depois que o mundo civilisado tanto tem caminhado, é feito ainda pelos mesmos processos dos tempos coloniaes.» Quem com tal franqueza e desassombro assim se expressa, embora em posição offieial de alta evidencia, por certo não mente á sua consciên- cia, sob o fútil pretexto de conveniência publica. Não ! O Dr. João Pinheiro da Silva, honrado e esclarecido Presidente do Estado de Minas, não se filia á escola da cobardia e subterfúgios . S. Ex. sente que tem uma missão social a cumprir, e elle a desempenha fielmente, sem ódios e sem temores . As normas que tem adoptado em sua adminis- tração modelar hão de conquistar adeptos, para bem da communidadc a que pertencemos. Como se estejam transformando em actos os doutrinamentos do Dr. João Pinheiro, mostram-nos inequivocamente as photogravuras que illustram esta noticia. Factos e não promessas, Res non Verba, é asynthesede sua pro- fícua administração. -SSS^jfrg-Sgg- FAZENDA Dn ALEGRE AUTOMÓVEL AGRÍCOLA PUXANDO UM SEMEADOR DE ARRoZ CEIFADORA DE ARROZ FAZENDA DO ALEGRE AUTOMÓVEL AGRÍCOLA PUXANDO DUAS CHARRUAS DE DISCO VIVEIRO DE PITEIRAS A LAVOURA COLLABORAÇÃO Um instituto de ensino agricola-pratico em Minas Geraes As Escolas D. Bosco de Cachoeira do Campo Neste tempo, em que os jornaes e seus collaboradores não se can- çam em dar a maior publicidade a tudo que se está fazendo em prol das cidades, já pelos governos, já por emprezas particulares, permittaque eu venha chamar a attenção dos vossos leitores para um pequeno grupo de homens, que sem reclame e sem ostentação, empregam intelligencia e esforço em prol da nossa agricul Lura, dos nossos lavradores e, sobre- tudo, da instrucção moral, civica e pratica do nosso operário agricola, tão esquecido dos nossos governantes. Quero referir -me ás Escolas D. Bosco. Instituto destinado á instrucção agricola, situado a uma e meia lé- gua da estação Henrique Hargreaves — Ramal de Ouro Preto — Estrada de Ferro Central do Brazil — próximo do arraial de Cachoeira do Campo e dirigido pelos revds. padres salesianos. O instituto é dividido em duas secções : a dos estudantes e a dos aprendizes agricultores ; aquella destinada aos alumnos que querem se- guir o curso de preparatórios e esta aos que se destinam á lavoura. Referir-me-ei unicamente a esta secção. Os aprendizes agricultores, cujo curso é actualmente de doisannos, aprendem rudimentos deportuguez, arithmetica, geographia, physica e chimica, historia natural e do Brasil, agronomia e praticamente pre- param-se para os trabalhos agrícolas nos campos que o collegio possue e nos quaes são empregados todos os utensílios de lavoura, desde a en- xada até os arados modernos, semeadeiras, capinadeiras, etc. , e praticada a agricultura pelos methodos mais racionaese económicos. ( '» collegio está situado numa grande collina ligada a outras que a rodeiam, o que lhe dá um lindo panorama. Consta de um grande edi- fício de dois pavimentos em quatro alas, unidas pelas extremidades, formando um quadrilátero com um grande pateo ao centro, construído quasi na parte mais alta da collina. Neste edifleio acham-se acapella, SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA salas de aulas, gabinetes dos professores, refeitórios, cozinha, padaria, banheiros e privadas, possuindo todos janel las para o exterior e portas para extensa varanda que internamente circumda o pateo destinado ao recreio dos alumnos. Em torno deste grande edifício, sombreado por grandes arvores, ficam os campos de agricultura, hoje cortados em todos os sentidos por extensas alamedas de arvores fructiferas, (pece- gueiros, macieiras, pereiras, laranjeiras, etc . ,) tudo bem alinhado, per- feitamente drenado e racionalmente cultivado, com desenvolvidas plan- tações de hortaliças, parreiras, milho, feijão, batatas doce e ingleza, mandioca, canna, etc. Os serviços de escoamento das aguas pluviaes, nas partes altas e inclinadas, e de dreno nas partes baixas e húmidas, é proficiente- mente bem feito, sendo que esta ultima, ha bem pouco tempo, ainda constituída por extenso brejal, está transformada em bellos taboleiros apropriados para qualquer cultura. A meia encosta da colima estão situados o curral, cocheiras e pocilga, e, abaixo delles a estrumeira collocada de forma a receber todos os detrictos delles provenientes que após a necessária fermen- tação e preparo, são transportados para os campos de cultura. Na fralda da collina, á beira do córrego que por esse lado a banha, estão os edifícios do engenho que possue machinismos para preparo de vinho, aguardente e álcool, farinha de mandioca, fubá, assucar, manteiga, queijos e preparo de latas para conservas, fructas e ver- duras. Este anno, a producção do vinho já se elevou a cerca de 5.000 litros, e de qualidade bastante saborosa. Todas as construcções são desystema rústico, pratico e económico. Todos os trabalhos agrícolas e de fabrico são dirigidos pelos revdmos Padres Leigos Salesianos, nelles tomando parte como auxiliares e operários os alumnos que assim.se habilitam na pratica de todos os trabalhos de lavoura e in- dustrias correlatas. O ensino é essencialmente pratico, e afora duas a três horas de aula, os alumnos passam todo o dia nos campos de cultura, occupados nos diversos serviços agrícolas, como o preparo da terra, sementeiras, adubação, capinas, colheitas, etc. O collegio possue também alguma criação de gado, gallinhas, suínos, sendo estes de muito boa qualidade, além de um grande apiario para exploração do mel e da cera. Para demonstrar o quanto sa descura no nosso paiz da agricul- tura, soprando-se embora a todos os ventos que somos essencialmente A LAVGURA 89 agrícolas, basla dizer que a secção de aprendizes- conta apenas quinze alumnos dos quaes uns seis lá estão por conta do governo de Minas, que entretanto tem direito para lá mandar vinte alumnos em troca da módica subvenção que faz ao collegio. E' tamb3m de notar que a pensão dos alumnos contribuintes é apenas de 400$, annuaes, que com as despezas de 1 ivros, calçado e miudezas não vae além de 500$000. Dirijo estas linhas ao vosso jornal que tem sempre pugnado pelos interesses do povo, com o único fim de, caso as julgue disso mere- cedoras, publical-as, tornando assim conhecido do publico em geral, e especialmente dos lavradores, a existência de um utilíssimo insti- tuto de ensino agrieola-pratico próximo á nossa capital eque tantos benefícios pôde prestar aos lavradores que, dispondo de poucos meios, quizerem entretanto instruir seus filhos nos methodos pratico-mo- dernos de agricultura económica. .ToXo Dale A cultura dos csreaes O estudo do problema económico do Estado de Minas mostra, á evidencia, a producção insufficiente de riquezas. Assim é que, de par com sua grande população e com a ex- traordinária vastidão de suas terras, se nos depara a pobreza pun- gente da receita publica. E — consequência forçada — a deficiência e a má remuneração de seu f u ncciona 1 i s mo . Porque, porém, tão doloroso contraste? E' a pergunta que afflige os patriotas, os que se preoccupam com o bem publico, os que se sentem solicitados, pelo espectáculo de um s< ifflrí- mento vasto é immerecido, a proeurar-lhe o remédio, com o intuito de, reorganizando o presente, melhorar o futuro para a geração que nos deva succeder, para os nossos filhos. Quando ao observador se desenham factos materiaes, é meta- physica ingénua procurar explicações em logomaehias e querer re- mediar-lhes os males por umas quantas razões abstractas, mais ou menos sediças, e que, no domínio da positividade, nada adeantam. De vez em quando, ouve-se, como queixume e como conselho, o appello ao patriotismo do povo para ganhar dinheiro, como si não fora esta a preoccupação absorvente de todo o mundo. Não. Para ganhar dinheiro e para ganhar a vida, é escusado appellar para o patriotismo; os instinctos inferiores a isso nos im- pei lem decisivamente. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA A questão, pois, é de saber-se como se ganha dinheiro e en- sinal-o ao povo, não pelos conselhos, mas por factos e exemplos a seu alcance. Tendo em fito a situação geral económica, na qual a agricul- tura é a parte principal e dominante, a que interessa a grande maioria dos productores, dividida na producção insufficiente de ce- reaes, visto os importarmos do estrangeiro, e na producção super- abundante do café, attenta a baixa do respectivo preço, a actual admi- nistração, com um programma definido, começou a executal-o, desde os primeiros dias do seu exercício. E' sobre a producção dos cereaes, no ponto de vista do inte- resse publico, que vamos examinar quaes as conclusões que podem ser tiradas de semelhante acção. Havia no problema patentes contradicções. A terra do Brasil é a mais fértil do mundo e, entretanto, os que a trabalham vivem na pobreza. O clima brazileiro é o da eterna primavera e a sorte do roceiro é a da permanente penúria. Para este clima magnifico e para esta terra ubérrima chegam, de paizes estrangeiros, cereaes que vêm concorrer em preços com a pro- ducção indígena. Porque ? Estava ahi, inilludivel mente, toda a questão. A actual administração, vendo neste phenomeno económico a ra- zão generalizada de todos os nossos males, no que se refere á riqueza publica, affirmou que a causa da vasta penúria estava nos processos errados e atrasados do trabalho da terra. Prometteu a demonstração deste asserto . Tomou em mãos o pro- blema, directamente,cpara responder comos factos. Iniciou, com decisão e energia, uma cultura modelo, empregando os machinismos aperfeiçoados que os outros povos empregam. Mais" do que.isto, sem theorias, sem dar lições de livros, com um homem pratico á frente do serviço e com os próprios trabalhadores communs, quer dizer, executando a demonstração, em condições de poder-se generalizar rapidamente por todos os ângulos do Estado, den- tro de umlanno, que é o prazo da roteação das culturas, a administração se desempenhou dos seus compromissos. Em terra atormentada e árida, no peor trecho das nossas terras, que é o dos cerrados, verdejam, neste momento, na fazenda da Ga- melleira, as plantações do milho, do arroz, da mandioca e da canna, A LAVOURA 91 procede-se á colheita do feijão, de batatas e já se effectuou a de cebolas para exportação. A fazenda-modelo não foi feita para ser descripta, mas para ser examinada. Estas linhas são um convite útil aos senhores agricultores, para examinarem um negocio que é o delles ; verem como as machinas trabalham, o seu rendimento; o custo minimo deste trabalho ; como se planta ; como se carpe ; qual o estado das plantações obtidas ; verem, com a sua pratica, que colheita as plantações estão promettendo, porque, para elles, é feito o ensinamento. Ficarão convencidos de que o problema é simples, viável e útil; o trabalho, remunerador ; o pessoal empregado, diminuto ; o serviço effectivo conseguido pelas machinas — extraordinariamente grande. As culturas se podem repetir indefinidamente no mesmo logar pela adubação ; o transporte das colheitas, diminuído, si não quasi sup- primido, pela proximidade da cultura da residência do agricultor ; as cercas, por isso mesmo, feitas de uma só vez e permanentes, elimi- nam despezas que se não repetem ; a fiscalização, fácil ; a defesa contra animaes damninhos, prompta ; o serviço feito por machinas, com ordem e regularidade, é perfeito, e, por isso mesmo, esthetico. E então fácil lhes será este raciocínio : — si em terras tão ruins, se obtém culturas destas, como não será nas minhas, que são melhores. Foi longo o nosso soffrimento, longo e pesado. A maldição do trabalho escravo nos legou este quinhão de dores que a geração actual está soffrendo, como todas as que vivem em épocas de transição. Do mesmo modo que nas longas invernadas, depois de chuvas continuas com o céo turvo e triste, em uma clara manhã, costuma levantar-se o sol radioso, enchendo de luz e de alegrias os campos, os valles eas casas, — a reorganização agora do trabalho é esta manhã do dia novo para a terra querida, que deve, que pôde, que se ha de libertar do grande mal que a npprime. O problema da reorganização do trabalho está praticamente retirado do terreno opinativo para a situação clara e simples dos factos demons- trados. O appello feito por estas linhas é para que visitem o campo de demonstração e o examinem, aproveitando-se o mais possível do es- forço feito pelo governo na execução do seu programma. Do Minas Geraes de V-i de janeiro do corrente anno. SOCIEDADE NAGIOXAL DE AGRICULTURA Os italianos em Nova York Transcrevemos da Tribuna de Roma: « E' cousa fácil conseguir o auxilio moral das entidades col le- ctivas; difficil é, porém, obf.er e de louvor ao Sr. director Dr. Sylvio Rangel, que du- rante a ausência do Sr. presidente, tlirigiocom intolligencia o energia os destinos soei :ies, ficando consignada na acta essa maaifostação de seus collegas do di- rectoria . Experiências upport)r les fraisde la liga, ne peu- vent paycr la valeur réelle des cafés de fazenda êminemment assortis. Et c'esl ainsi que le fazendeiro subil le conlrecoup de cette opèralion com- merciale. Je suis persuade qi'on ne saurait prevenir celle-ci vue PAR L'UXI'ORTA- tion directe, pour le compte soit du fazendeiro ou du coramissario. Sachant Io traitement du café au Brésil, ou ne pout nier, qu'une èxporfotion directo y doit ôtre au profitdu plantour. Ceponlant, nnc expirtation directe de café de fazenda sur un.i gr.mdo èchelle ne saurait avoir bien dans les premiares années, d'abord pour les raisons déjã nommées, ensuite parce que les grands importateurs d'Europe et d'Amerique TROUVENT DE L-AVANTAGE Á MA1NTENIR L'ÉTAT DE CHOSE3 EXISTANT. ILS FONT JUSTE LE CONTRAJRE DE CE QUE EJNT LES ENSACCADORES. Ils réassorlissent le Café d'aprés la qualitc, a/in de vendre les meilleures sortes soi's des marques uvanlageu- semenl comines, Tout connuo le vin du Rhin mousseux se vend plus facilement chez nous et A LAVOUK.Y 103 d ivantage sous la marque de Koederer ou de Carte Blauche. ainsi le produil superieur de Rio et S.intos esl vendu fréquemment comme café Java ou Ceylan plan- tation. Eu Franco ou no vous sert généralement que le café ordinaire du Brésil ; cependant le gareon de café será bien indigne si l'on ne croira pas boire du vrai ot pur Moca. Dans le commerce du café, le clioix du eourtier ne dépend pis, comme dans la vente dautres objets de commerco, du vendeur, mais de 1'achelettr ou de l'ex- port teur. Na pag. 173, lê-se: « La grande importance d'une récolle soignée el d'une bonne préparalion esl prouoèe par les différences enormes de prix entre café Java particulier et celui du gouv:rnement, entre le produil native et celui de plaittation du Ceylan. Bastante su.trgestivo é o que publica E. Raoul, no seu manual das culturas tro. picaes, pags. 158 o 159, nestes termos: Emploi commercial des cafés da Brésil. — D'après les statistiques f jurnios par la douane 1'rançaise, três exacto3 pour cette pro- venance, les cafés du Brésil entrent dans la consommation française dans la pro- portion du tiers environ, et, d'apres le dirc autorisé des principaux negociants et courtiers, le café Santos forme les dcux tiers environ de notro consommation en cafés brésil iens. Neamnoins, en dehors des portes de commerce et des villes du nord de la Fran- ce, le coHSommaleur ne connait guére, de nom, les cafés du Brésil, el surtoul il ignorait naguère el continue encore le plus souvent a iynorer le nom des cafés Santos. Uma nota, neste ponto diz : «L'empereur Don Pedro II, pendant son dernier voyage en France, examinant les designations de caféi que l'on rencontre aux étalages des marchands, eut 1'occasion de faire três souvent cette remarque ; le cônsul de 1'empire au Hivrelui donna lexplication de cette anomaíio.» E, prosegue o autor: «Les sortes sup;rieures des cafés du Brésil, en pirliculier du type Santos, ne sonl pas separées des autres cafés par des caracteres e.rterieurs neltemeiíl tranches ; ils se rapprochenl bcaucoup, au conlraire, dans cerlaines s<:ric~<, de pruvenances três èluignées du Brésil. En outre étant donnée 1'énorme produe- tion de la provinee de Saint-Paul, et aussi la sélection pratiquée sous la directiou du Club de Lavoura par les cultivateurs, en vue de propager telle variété qui se rapproche, comme forme, du type d'une provenance èlrangère recherchée» aqui em outra nota diz: «La formule ompirique Marlinique Bourbon-Moha est 1'expression du mélange tevnaire, le plus généralnment demamlé et vendu, mais le plus rare- ment comommé. Le Martinique u'r.ii total de otras regiones. El cifé pues que se cultiva en el Brasil ô Medico y que se vende en los Estados Unidos como produclo de Arábia ô Java es tan atroz adulteración como si el vino de Califórnia se vendiera por fran- cês. Y lo mais raro dei caso es que los que adulteran el café no se preocupan de si hacen el mal ô el bien, ô por lo menos, asi parece. Es costumbre tan universal que lo toman por un negocio cualquiera com la maior desfachatez. Este procedimiento no liace justicia á los paises produetoros dei precioso grano y no deja de ser injusto tambien para Arábia y Java mismas, por cuanto el consumidor vive y muere en la creencia que el café que por tanto liempo toma vino todo de esos lugares, LO cual es una mentira. Es delrimental d los demas paises por que la superioridad de esto ó aquél café no se atribuye a sus respectivas procedências. De aqui que todas las naciones produetoras de café, asi como los consumidores mismos, deberian unirse en potencia irresistible á fin de echar por tierra tan des- vergonzante tráfico. Las leyes en los diferentes Estados de la Union Americana son tales que no seria difícil extirpar el primero de los males, — la adulteración dei grano. El amor d la justicia, con apoyo oficial, bastaria, para desterrar el segundo, el rótulo enganoso de los envaes. Al llegar esa feliz dia cualquier consumidor en los Estados Unidos podia saber, si quiere, donde crece el café que á la mesa le sirven y apreciar las virtudes de las differentes clases segiin la procedência. El consumo do este articulo en los Estados Unidos está en augmento y no cabe duda que sabrán mantener la supremacia como los primeros consumidores dei café en el mundo.» Ainda temos outro depoimento precioso, na collecção dos Manuaes Hoepli, < I Prodotti Agricoli dei Trópico», pags. 43 e 44, onde se lê : «1 piccoli semi, pisello cosidetti, si scelgono con grande cura, pioche venyono spe- duti, in Europa specialmente, come caffà Moha \ il resto si spedisce solto e nomi di A LAVOURA II t ■S. Domingo, Java, Martinica, ecc. In Itália il Sardos ed il Rio si mischiano col Porto Rico. II caífé dei Brasile niigliora nellinvecehiare. Nei porti d' Europa questo prodolto sabisce differenti lavorazioni, fra le quali anche quella di timjerlo di vari colori a seconda dclle q milita chc si vogliono imitare. II Brasile produce circa 400 millioni kg. di cafle ene viene venduto a L 1, 40 aí kg.» Julgamos suliicientes as citações invocadas em abono de nossas convicções, admirando- nos apenas de tão tardiamente estarmos nos preoccupando com esta questão, cuja importância não soffre discussão, nem maiores delongas. Mas, nem por isto deixaremos de entrar no âmago da matéria deste succinto estudo e vamos recorrer á fonte limpa, a um magistral estudo sobre «a falsa indi- cação do logar de proveniência em matéria do productos vinícolas», estudo que so firma nas leis existentes nos vários paizes e nos tratados internacionaes : Convenção de Paris, 1883 ; de Roma, 1886 ; de Madrid, 1801 ; do Bruxellas 1S97, etc. Dessa obra extraiamos : «E' graças, á liberdade do commercio que a concorrência pode estabelecer-se, e é pela concorrência que se assegura ás transacções o seu caracter normal em lace dos productores, como em face dos consumidores.» «A concorrência, escreve Montesquieu, dá um justo preço ás mercadorias e estabelece as verdadeiras relações entre as mesmas.» «Mas desde que existo a liberdade de commercio,— e com ella a concorrência,— não se segue que ella seja absoluta.» Em matéria commercial, como em qualquer outra, mais talvez que om qual- quer outra, o limito á liberdade de cada ura, 6 o direito de outrem. Eis aqui por exemplo um negociante que, a- força de trabalho, de esforços perseverantes e de sacrifícios esclarecidos, conquistou para os productos que elle vende sob um nome ou sob sua marca, uma notoriedade incontestável. Seria de equidade tolerar que um typo qualquer se amparasse desse nome ou dessa marca para vender o mesmo producto ou productos análogos? Evidentemente não. E não Síria justo deixar o negociante desarmado deante de qualquer outro processo de concorrência desleal. Não se pôde autorizar alguém a usurpar os direitos do próximo, a saquear os resultados do seu trabalho, sem infligir, a um tempo a equidade mais elementar e as regras da boa ordem . Assim bem o comprehendeu o legislador. Desde que a livre concorrência foi proclamada, elle applicou-se em impedil-o de tornar-se deshonesto. E numerosos são os textos estabelecidos a favor do nego- ciante ou do industrial que soffre um prejuízo resultante da concorrência desleal. Elle pôde, conforme os casos, invocar as sancções penaes da lei de 1824, sobre os nomes commerciaes, as da lei de 1844, sobre as patentes, ou as da lei de 1857 sobre marcas de fabricas ; ou simplesmente pedir reparação, em virtude do art. 1382 do Código Civil, pelo prejuízo quo teve. Com o auxilio dessas leis protectoras, cada qual salvaguarda o que lhe toca ao seu merecimento. Sem ellas, ir-so-hia ás peiores consequências. 3124 7 112 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA O mercado seria promptamente presa dos menos escrupulosos, a emolução daria rapidamente logar ao desanimo entre os mais bem dotados. E o paiz que tolerasse um tal estado de cousas estaria, sem duvida, commercialmente morto. A liberdade de commercio, longe de ficar enfraquecida, só é melhor respei- tada mediante uma protecção desta natureza. O homem honesto pôde tentar todos os emprohenJimento4, visto como a lei prestadhe o seu apoio contra aquelles que, sám escrúpulos, bem como sem dillieul- dades, procurassem açambarcar os seus esforços em alheio provei to . Porventura os mares não são mais livres desde quo condemnou-se a pirataria ? Estas ideias são por tal modo justas que não se limitou só em proteger os resultados conquistados pelo individuo. Uma localidade, uma região, um paiz, em consequência das qualidades do seu solo ou dos processos de fabricação nelle empregados, poude conquistar uma fama particular para o producto Assim os pannos de Elboeuf, os vinhos de Bordeaux, os vinhos de Champagne, são universalmente conhecidos. Os consumidores sabem-no tão bem, que, para elles, o nome do producto seguido do da Itcalidade é a garantia de sua excellencia própria. Neste caso, não haverá um interesso geral em tomar sentido afim de que taes denominações não vão cahir no domínio publico ? Não será mister garantir que o producto annunciado do tal região delia pro- venha realmente, e, para isso, corcal-o de uma protecção legal suficiente? Estes conceitos são tão sensatos, tão justos, que escusamos encarecel-os, sondo mais que extranhavel a linguagem de um dos documentos accompanhando o vosso ofílcio, quando se diz : « Os chapéos de palha fina fabricados no Equador e uo Peru são vendidos no Brazil com o nome de chapéos do Chile e na Europa com o de Pauamá, porque os primeiros recebidos chegaram ao Brazil via Chile e á Europa via Pauamá. Não haveria para os vendedores vantagem em mudar taes nomes. Os compradores aqui insistem em ter chapéos do Chile e na Europa em ter os de Panamá. O importante para o Brazil ê que o café brasileiro seja comprado a bom preço sendo de ordem secundaria a questão de nomes. » Em primeiro logar chapéos carissimos, do Equador e do Peru, não podem se comparar com o café brazileiro. Em seguida, os brazileiros são tão ciosos das procedências que, até hoje, ainda conservam as denominações : queijo do reino, pimonta do reino, abelha do reino, etc, que nos vem de Portugal, ao tempo em que nos jungia sob o dominio colonial !... Mas, o quo mais importa é justamente essa questão de melhores preços para os nossos cafés, o que de forma alguma se poderá nunca alcançar, si deixarmos permanecer os abusos que as nossas citações revelam. Com effeito, o Brazil jamais se prooecupou com o produzir para os legítimos consumidores de café, embora se tenha tornado, graças ás condições naturaes en- contradas no seu solo e clima o maior produetor do mundo desse artigo de larguís- simo consumo. A LAVOURA Uá A capacidade do paiz cireumscreveu-se em produzir para o commercio inter- mediário, apenas, todo elleextrangoiro. Dahi a origem das fraudes, ha tempos immemoriaea instituídas. Os paizes, nossos concurrentes, esses, inclusive o Haiti, têm os seus cafés co- nhecidos, havendo paizes que não mais produzem café, e, no emtanto, continua-se a vender cafés dessas procedências, como acontece com a Martinica, etc. No mundo inteiro, ninguém pede café, a ser consumido, obedecendo ás classi- ficações da Bolsa de New York, typos 1 a 9, engondrados para os especuladores e jogadoros dessa Bolsa, favorecendo-lhes as compras nos mercados brazileiros tão somente e o jogo. Todos os cafés de outras procedências são altamente cotados nos mercados mundiaes eraquanto que, os nossos, não!.. . Accrescendo mais a circumstancia importautissima, de se haver diffamado o nosso producto perante os consumidores universaes. Produzimos três ou mais vezes café do que todos os demais paizes reunidos. Não salta aos olhos que, como attestam esses autores citados, o Java, Porto Rico, Moka, Martinica e demais cafés, vão ter, graças as nossas colheitas, e aos predicados que tal permittem, um considerável augmento para satisfação desse mesmo consumo universal? E os preços altos, assim obtidos, a quem aproveitam, além da fraude desho- nesta, e a continuação da má reputação que esse commercio intermediário nos soube fazer gosar ? ! . . . Só e unicamente, este estado do cousas, inqualificável, vae approveitar aos in- termediários, no nosso intercambio externo e interno. Nem genérica nem geographicamente, perante os consumidores legítimos de café o Brazil é conhecido, a não ser como paiz que produz um café intragável. li chega-se a negar nenhuma importância na conquista de um nome, de uma reputação ! ! ! Para esses, cujo fito é conservar-nos na mais crassa ignorância e nos vícios, assim deve ser ; mas não, nunca, para nós outros que aspiramos a conquista da nossa independência económica, sem o que a politica só, para nada servirá na vida moderna das nações. Presumimos que o Sr. professor Willy, director da secção de chimica do Go- verno dos Estados Unidos é uma autoridade na matéria, o que nos induz a repudiar, como falsas, as informações citadas pelos Srs. F. Ferreira Ramos, attinentes ao cale Santos, quando sentenciosamento proclama: li' certo que se conseguirmos vender os cafés de Santos e Rio com as denomi- nações Java e Moka, genéricas e não geographicas: — o Brazil não venderá mais café por esse motivo. Sim, nas especulações da Bolsa de New York e para aquelles que nos exploram, uma mudança radical, da nossa parte, que viesse alterar completamente as clas- sificações que nos foram impostas e cuja base essencial repousa no typo n. 7 e ou- tros, com certesa traria sérios embaraços aos especuladores bolsistas, nas vendas licticias dessa e outras Bolsas, que pouco se incommodam com os cafés geographicos ou genéricos, a não ser para nos deterem as iniciativas tendentes a perturbar-lhes as fraudes, a alta especulação c o mais desbragado jogo que essas mesmas Bolsas instituíram sobre o café. . . lii SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTORA Então, para nós, quo não somos conhecidos, dejde que ollérecessemos cafés bra- sileiros dos typos: Moita, Java, Porto Rico, ele, conhecidíssimos o apreciadíssimos, muito mais caros, praticaríamos um crimo ; mis, quando com os cales bra- zileiros, se os incorpora ás colheitas dos demais paizes produetoros, fazondo-os passar então por genuínos .lava, Porto Hico, Moka, etc, sob o manto enérgico da geographia fraudulenta, não é honestíssimo!?. . . E' conveniente expor aqui o que se passa com o café, nessas Bolsas, extraindo de um autor, tratando das « Bolsas de Commercio e Agricultura », pag. 92: « O Sr. Van Gulpen negociant ; de cafés em Emmerich, cita os seguintes exemplos: No anno de 1887, em quatro Bolsas do Commercio, venderam-se 52.795.000 saccas de café, e só foram entregues 9.185.0)0 saccas. Nos quatro últimos mezes de 1888, em Hamburgo, os negócios a prazo sobre os cafés elevaram-se ao algarismo colossal de 8.776.000 saccas, e as operações sérias, seguidas de entrega efléctiva, só attingiram 411 .500 saccas. Nos quatro primeiros mezes de 1889, a venda a prazo aceusa um total de 2.161.000 saccas e só se entregaram 87.000 saccas. As operações ficticias foram dez vezes maiores que as mercancias reaes no penúl- timo dos casos e vinte cinco veies no ultimo. Eis outra face do problema que demanda sérios estudos da nossa parte, pela influencia desastrosa desse jogo sobre os preços da mercadoria legitima e do com- mercio honesto, o qual não perturba a regularidade da lei da offerta e procura em suas manifestações legitimas e não apparentes, como acontece com essa jogatina desenfreiada actual. O Dr. Manoel de Carvalho informa perfeitamente sobre o que se passa, havendo porém a notar que, como era outras praças, no Havre, Hamburgo, Bremen, Bor- deaux, Marseille, Trieste, Génova, etc, alguns importadores dispõem de machi- nismos seus, ondo fazem repassar os c ifés adquiridos no Brazil sobre as classificações de New York ; e, desfarte dosmancham eomplet imente esses mesmos typos de New York, com os quaes vão imitar os cafés mais afamados do mundo, apurando asiim fartos lucros. Os resíduos, a escoria, dessas oporações é que se apresenta, então, como cafés genuinamente brazileiros, cotados a vis preços. Kesta-nos, finalmente, apoiar o parecer do Sr. Léon Capelle, Director Geral dos Negócios Consulares e Commerciaes da Bélgica, cuja opinião judiciosa acatamos devidamente. Em conclusão do que acabamos de expor, resulta ; Io. Que, embora o maior produetor de café no mundo, o Brazil não seja conhe- cido pela massa dos consumidores universa s desse artigo ; 2°. Que os cafés brazileiros vão ser incorporados ás pequenas colheitas dos outros paizes produetores de cafés bera reputados, bem cotados, que são conhecidos genérica e geographicamento pela massa dos consumidoras universaes, graças aos vidos que foram instituídos e cuja base repousa nos typos da Bolsa de New York, que permittem todos os males dos quaes estamos seudo victimas ; 3.° Que, se deve tratar de corrigir, reformar, essa situação humilhante para o Brazil, sem demora : a) comas reformas indispensáveis aqui, banindo-se os typos americanos ; A LAVOURA l>) com os apparelhos indispensáveis, armazéns geraes, omissão de warrants, bolsa de cafi'1 (s 'm operações fictícias), leilões públicos para as vendas, como na Hollanda, direitos de exportação na razão inversa das qualidades, de tal forma que prohibam a exportação das escolhas ordinárias e mais sujidades ; credito agrícola, prémios para os mais fino^ cafés, etc ; c) com serviços de propaganda commercial pratica no estrangeiro, dados esta- tísticos completos sobro a producção mundial, consumo, stocks, preços correntes do todos os cafés do mundo, diariamente publicados na nossa imprensa, etc. ete. ; d) com estudos completos dos cafés brazileiros nos diferentes Estados, suas analyses scientilicas, qualitativas e quantitativas, degustação, comportamento na torração, misturas, etc, etc, em confronto com os cafés de outras procedi mcias- elementos indispensáveis para a propaganda commercial e reivindicação de predi, cados para os posses cafés, etc. ; e) com uma organização de associações cooperativas de producção, aperfeiçoa- mento dos produetos, esua venda final nos mercados internos e externos, tudo systo- matisado e federado aos centros que se instituírem, á cuja acção se subordinarão os interesses mútuos; f) com a organização do Ministério de Agricultura o suas dependências, insti- tutos, etc. etc, como um guia, um pharol, á testa do todo o movimento scientifico e pratico da agricultura e industrias agrícolas. Em poucas palavras, assim como montamos vários institutos para investiga- ções e preparados que curam c rtas enfermidades, dotados com os elementos que a sciencia alliada ás experiências faculta nas applieações, assim também devemos cuidar do café e mais produetos brazileiros, especialisando-nos, estudandoos e co- nhecendo-os a fundo para podermos luetar vantajosamente na concorrência univer- sal, mais intensa pela approximação dos mercados mundiaes, graças á rapidez das communicações, rompendo com o regimen colonial em que temos vegetado, naciona- lisando os nossos produetos e tornando o Brazil conhecido no mundo. Reporto-me ainda ao parecer que formulei na Sociedade Nacional de Agricul- tura, era commissão dessa mesma Sociedade, ao respondermos o offleio da Asso- ciação Commercial de Santos, commuuicando haver acceilo offlcialmente os typos da Bolsa de Nova York, naquella praça. Esse trabalho, mereceu a attenção do Governo Mexicano, que o requisitou, por via diplomática, do Exm. Sr. Barão do Rio Branco ; vem publicado no boletim —A Lavoura — orgam dessa rorporação iliustio, e junto encontrará V. Ex. um exemplar. E' o que me cumpre informar, lamentando não possuir maior somma de conhe- cimentos. Empenhados, particularmente e directamente, na solução deste magno problo- ma, nos limites de nossos recursos, temos em mão muitas provas documentadas para coraprovarom os nossos conceitos, colhidas pela nossa firma commercial de S. Paulo-Bodé & Cia. Prevaleço-me do momento para reiterara V. Ex. os meus sentimentos de grata consideração. "~"Ao Exm. Sr. Dr. Cândido Mendes do Almeida, M. D. Director da Academia de Commercio do Rio de Janeiro. SOriKDAIlE NACIONAL OK AGRICULTURA NOTICIÁRIO Cooperativas Agrícolas em M iiia,s Regulamento a que se refere o decreto ti. 2180, desta data CAPITULO I DOS AUXÍLIOS do governo Art. 1." A's Cooperativas Agrícolas que, sob a responsabilidade pessoal, so- lidaria e illimitada dos associados, se formarem nos municípios que produzam no mínimo cem mil arrobas de café por nnno. tendo como objectivo principal o benefleiamento e venda desse produeto, serão concedidos os seguintes favores : a) Prémios pecuniários até o máximo de vinte e cinco contos de réis por município áquellas, que montarem e mantiverem machinismos aperfeiçoado* para o rebeneficiamento do café, em logar determinado pela maioria dos sócios, podendo ser fora do município si isto convier aos interosses da cooperativa ; /') Subvenção annual de seis contos de réis a cuia cooperativa, para instituição e manutenção, no estrangeiro, de agentes commerciaes, prepostos do sou serviço ! c) Prémios pecuniários correspondendo adous e meio porcento do valor do café por ellas vendido ao consumidor ou ao retalhista no estrangeiro, servindo de base para a determinação daquelle valor a média da pauta offlcial do café typo 7 ameri- cano, no Brazil, vigente nos três raezes anteriores ao da venda ; d) Prémios pecuniários de mil réis por arroba de café torrado, por ellas di- rectamente ou por outrem, que for vendido no estrangeiro em estabelecimentos para esse fim montados em cilades indicadas pelos fiscaes do governo no estran- geiro e onde não exista, já estabelecida, industria idêntica; e) Isenção de todos os impostos e sellos estadoaes devidos pela constituição de sociedades dessa natureza. § 1 ." Para a concessão do premio de que trata a lettra— a, premio este que poderá ser pago adeantadamente e que é dado com o fim de se obterem cafés de qualidade superior ao typo 7, se levarão em consideração a qualidade e a quan- tidade do café rebenoficiado, devendo ser o referido premio contado na proporção de 30U réis por arroba para os typos de 0 a 4, e 400 réis por arroba p;ira os typos de 3 a 1 . § 2." Para que se tornem effectivos os favores contidos nas lettras— c e d a venda deverá ser provada por meio de certifica lo ou attestado do agente do governo a quem competir fiscalizar no estrangeiro as operações da cooperativa vendedora . Art. 2.° O governo poderá também conceder prémios de quinhentos réis por arroba de café torrado por particulares que, n is mesmas condições exigidas na lettra— d e sob a mesma fiscalização, o entregarem ao cousumo, desde que seja de procedência de uma das cooperativas de que trata este regulamento. A LAVOURA 117 Art. 3." Dos prémios sobre o café torrado o governo poderá adoantar até o máximo de dez contos do róis ás cooperativas que montarem, para a venda desse produoto, casas, geridas directamente por ellas ou por outrem, em local reconhe- cido conveniente pelo fiscal do governo no estrangeiro. Si.0 Esse adoautamento será feito em duas prestações iguaes, sendo a pri- meira á vista do parecer do fiscal do governo e a segunda depois de montada a torrefacção. Si, depois de paga a primeira prestação, não se realizar a instal- lação ila casa, o governo descontará a quantia já adoantada nos prémios que tiver de pagar á cooperativa, em virtude do disposto na lettra— c. Art. 4." O governo manterá nas praças do Rio do Janeiro, Santos e em outras que, no paiz ou íóra delle, se tornem necessários, agentes, da nomeação do Pre- sidente do Estado, para occorrer ao serviço das cooperativas, e estabelecerá nas mesmas praças .armazéns para o deposito dos productos daquellas. Art. 5.° O governo emprestará ás cooperativos as quantias de que ellas necessitarem para a realização de seus fins, até o máximo de vinte e cinco por cento do valor dos bens que ellas possuirem, livres e desembaraçados de qualquer ónus legal. § 1.° O empréstimo poderá ser feito directamente ás cooperativas, ou por intermédio de qualquer instituto bancário escolhido pelo governo. § 3.° Neste ultimo caso, o governo providenciará no respectivo contracto para que naquolle instituto os juros dos empréstimos a prazo máximo de um anno não excedam á taxa de 8 % • § 3.° O prazo, juros e condições do empréstimo leito pelo banco ás coope- rativas serão estipulados no contracto celebrado entre o mesmo instituto de credito e aquellas sociedades, nas condições ajustadas entre o banco e o governo. § 4.° E' vedado ás cooperativas empregarem o producto do empréstimo em no,:.rocijs ou transacções sob nome collectivo, excepto na compra de material para acondicionamento da mercadoria. Art. 6." Além das medidas concretizadas nos artigos precedentes, o governo, ajuizo seu, promoverá e executará quaesquer outras relativas a regularização do commercio de café no interior e no exterior, e á propaganda commercial, para dilatar o seu consumo no estrangeiro. CAPITULO II DA SECÇÃO DO CAFÉ Art. 7." A concessão dos favores de que trata o capitulo I só se extenderá ás cooperativas que se submetterem á fiscalização do governo. Art. 8.° Essa fiscalização incumbe á secção denominada «secção do café», annexa á Directoria da Agricultura, 'ferras e Colonização, e composta de um fiscal geral, um chefe de secção, um auxiliar, um escripturarío o um servente. Art. 9." A' secção do café cumpre velar pela rigorosa execução deste regula- mento e des estatutos das cooperativas e pela fiel applicação dos auxílios do Estado ao objectivo dessas sociedades, definido no art. Io. Art. 10. Ao fiscal geral incumbe : a) Exercer ampla fiscalização sobre a organização e funecionamento de todas as cooperativas do Estado, e assistir, sempre que for possível, á suainstallação ; SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA b) Examinar para esse fira a escripturação, documentos e contractos destas ; c) Eraittir laudo sobre o valor dos bens das cooperativas, sempre que for ne- cessário ; di Dar informações e esclareseimentos ao governo sobre a constituição dessas sociedades, para o fim da approvação dos seu estatutos ; e) Expor ao governo, em relatório mensal, o movimento, estado e situação das cooperativas, apontando as faltas e irregularidades existentes e suggerindo provi- dencias. Art. 11. Ao chefe da secção incumbe : a) Responder ás consultas feitas por particulares com relação ao boneficia- mento e cumraercio do café, publicando no Minas Geraes aquellas que por sua na- tureza devam sor divulgadas ; li) Superintender o fazer executar todos os demais serviços congéneres, que não estejam ospecialmente mencionados neste regulamento, mas que llie forem por autoridade competente commettidos ; c) Remettcr ao director de agricultura, devidamente informados, os papeis que necessitarem sar apresentados a este para o conveniente andamento. Art. 12. Ao auxiliar incumbo : a) Substituir o chefe da secção em suas faltas ou impedimentos ; !') Catalogar convenientemente as amostras de cale que forem enviadas á secção e mantel-as em exposição ; c) Executar os serviços que lhe forem determinados pelo chefe da secção. Art. 13. Ao escripturario incumbe : a) Fazer a escripturação do movimento de entrada e sabida de objectos na secção ; i>) Escripturar as despezas da secção com compra de machinas ou outras, assim como também qualquer receita que porventura haja ; c) Cumprir o que lhe for determinado pelo chefe da secção. Art. 14. Além do pessoal indicado no art. 8o, haverá ainda agentes do gover- no, instituídos nas praças de exportação do café mineiro e nas do estrangeiro, con- forme a disposição do art. 4o. Art. 15. A esses agentes incumbe : a) Promover o embarque e o desembarque do café, bem como do outros pro- ductos agrícolas ; b) Ter sob sua guarda esses géneros nos arraazons de deposito do que trata o art. 1", ou em outros quaesquer estabeleci mentos em que elles se achem, antes de serem entregues ás cooperativas ; c) Entregara estas ou a seus legitimes representantes, na proporção e quanti- dade era que forem pedidos, o café e os demais produetos agrícolas confiados á sua guarda na forma da lettra b deste artigo ; d) Fiscalizar os serviços das cooperativas nas ditas praças, ministrando ao go- verno, em relatórios mensaes, ioformações minuciosas sobre o seu movimento e vida comraercial e mencionando nelles todas as oceorrencias que se derem e todas as faltas e irregularidades que verificarem. Art. 16. Aos agentes do exterior compete mais fiscalizar as vendas referidas nas lettras c ed do art. 1° e fornecer ás cooperativas o certificado ou attestado respectivo. A LAVOURA CAPITULO III SPOSICOISS GKR.í ArL 17. O governo poderá entrar em accordo com as administrações dos Estados interessados, afim de ser c.-tabelecida a cobrança do imposto de exportação no acto de sabida do café ou como for mais conveniente. Art. 18. O Governo polerá incumbir a pessoas idóneas, até o numero máximo de três, o de escolha de nomeação do presidente do Estado, a propaganda dentro do território mineiro, das cooperativas agrícolas e de suas vantagens. Art. 19. As funcções dos propagandistas durarão o tempo que for conveniente ajuízo do governo, e serão exercidas nas zonas por este designadas. Art. 20. Além do exigido no art. 7o, para a cincessão dos lavores constantes do art. 1", é necessário que as cooperativas tenham os seus estatutos approvados pelo governo. Art. vi . Para esse fim ollas enviarão ao Governo um exemplar dos referidos estatutos, coma prova de haverem sido archivadas no Registro Geral das Hypo- thecas da comarca respectiva, o documento authentico do acto de sua constituição. Art. 22. Depois de examinados esses documentos c de obtida a informação de que trata o art. 10, lettra d, o governo approvará ou não os estatutos. Art. 23. A violação das disposições deste regulamento acarretará para as cooperativas a rescisão dos contractos celebrados entre estas e o governo e a perda dos favoros de que trata o capitulo I. Art. 24. A despeza com os serviços creados pela lei n. 454, de 6 de setembro do 1907, será feita com o producto da sobretaxa de três francos por sacca do café exportado, mantida a sua cobrança emquanto perdurar a crise desse gonero e des- tinada ella exclusivamente ao custeio desses serviços e do credito agrícola. Art. 2."). Os serviços constantes deste regulamento correrão pela Directoria do Agricultura, Terras e Colonização da Secretaria das Finanças do Estado. Art. 20. Os empregados da secção do café, bem como todos os outros referidos neste regulamento servirão como contractados o serão conservados emquanto bem servirem e for necessário o seu serviço. Os seus vencimentos annuaes serão os seguintes Fiscal geral do serviço do café. Chefe da secção Auxiliar Escripturario Agente no Brazil Propagandistas no Estado . . Serventes ....... 000$^00 000$000 500$000 200$000 OOOiOOO 6005000 960â000 Os agentes no extrangeiro terão os vencimentos constantes dos respectivos contractos, não podendo exceder do 12:000$ anuuaes. § l.'J Além desses vencimentos terão o liscal geral a diária de 15$, o chefe da secção a de 14$ e os propagandistas no Estado a de 8s, quando om viagem exigida por serviço publico. SOCIEDADE NACIONAL DF, AGRICULTURA Art. 27. 0 presente regulamento ontrará em vigor desde a data de sua publi cação. Art. 88. Rovogam-se as disposições em contrario. Secretaria das Finanças do Estado de Minas Geraes, em Bello Horizonte, aos • de janeiro de 1908.— O secretario de Estado, Manoel Thomaz de Carvalho Brilto Forragem tle caima, — Canna secca triturada — Invenção ti© Jardim «fe Oomp.— A canna secca triturada con- serva a canna de assucar, da-lhe uma forma mais adaptada aos effeitos indus- triaes já em uso e a diversas outras applicacões novas, especialmente á forragem, e facilita o seu acondicionamento e transporte. A canna sazonada, recentemente cortada, é triturada, re luzida a fragmentos e, em acto continuado, submettida ao calor — em estufa ou ao sol — até com- pleta evaporação da agua, que contém, para sor offerecida ao consumo nas mesmas condições dos seccos em geral, Existe em adiantada construcção, em uma fundição desta capital, o primeiro exemplar de um apparelho, combinado para triturar e enxugara canna, trans- formando-a no novo producto da invenção de Jardim & Comp. Na operação, para obter a verdadeira canna secca triturada, cumpre haver a maior solicitude para empregar sempre canna madura e fresca e evitar que, por demora, desassoio ou indueneia estranha qualquer, se dè inversão da saccharose, independentemente do emprego dos correctivos alcalinos e sulfurosos, que só em casos excepcionaes devem sor empregados, A canna é que, no estado natural, uma vez cortada, em poucos dias entra em inversão do seu assucar e, logo após, em fermentação — , desde que se ache beneficiada pelo nosso processo, tondo-se-lhe evaporado toda a agua e volatilizado a chlorophyla, fica preservada da fermentação, ao passo que conserva todas as suas outras propriedades, podendo ser guardada por tempo indeterminado sem prejuízo do aproveitamento da sua riqueza em qualquer applicação útil na própria região em que floresceu ou longe, onde porventura, á industria o ao commorcio convenha leval-a ao encontro de apparelhos aperfeiçoados, mão de obra e capital abundantes e baratos. Transformada em canna secca triturada, a preciosa gramínea apropria-se a ser embalada com vantagem para o seu fácil manejo, favorável transporte e commoda armazenagem . Pela mesma suppressão da parte aquosa, mais de 70 % do seu primitivo peso, a canna secca triturada, importa uma reducção equivalente nos encargos do seu frete, carreto e movimento em qualquer uso industrial. Pela uniformidade de corpo triturado e homogéneo a canna é predisposta a qualquer operação fabril de maceração, dediffusão e mesmo de expressão. Nas applicacões em que o bagaço tenha de ser aproveitado pela sua capacidade calorífica, a canna secca triturada offerece um combustível superior que inflamma com mais promptidão, permitte estreitar as portas de alimentação das fornalhas o proporciona queda mais regular de cinzas. A LAVOURA Na confecção de vinagres, vinhos, cervejas e, em geral, em todas as indus- trias em que os rosiduos possam ser destinados á estrumagão, a canna secca tritu- rada apresenta para adubo um bagaço mais assimilável, por isto mesmo que ó triturado. Quando o industrial tenha do procurar na parte lenhosa da canna a principal utilidade, como na fabricação de papel, do explosivos, etc, a conna secca triturada impõe-se de preferencia, como um corpo leve quasi pulverizado. Além de todas essas applicações — novas algumas, já conhecidas outras — , a que nos temos referido, sobreleva uma que constituo a grande novidade da canna secca triturada, o nosso principal objectivo, do mais relevante alcance pratico e immediato — a alimentação de todos os animaes domésticos, instituindo uma for- ragem de superior qualidade e preço módico que deaominamos forragem de canna, destinada a substituir, com vantagem a qualquer outra de proceiencia estran- geira, som excepção da própria alfafa, ou nacional, para base do regimen estabular, A forragem de canna contendo todas as propriedades da canna fresca, com excepção da agua e da chloropliylaa, constitue uui alimento concentrado e rico de assucar que offerece uma nutricção solida, facilitando ao mesmo tempo uma di- gestão regularizada, sem as frequentes perturbações a que o abuso das forragens verdes sujeitamos animaes. A riqueza saccharina da forragem de canna, superior a 50 % do seu peso, pois a canna contém até perto de 20 % e na sua transformação em forragem perde mais de 70 % de agua, dá-lhe um valor inestimável e a colloca fora de linha como forragem, pois o assucar cahindo no estômago, ô quasi immediatamente aproveitado para augmento das matérias gordurosas e nutritivas e tem admirave' poder na engorda e na nutrição dos ossos. Com a eliminação da agua a forragem de canna corrige se do defeito das gramíneas forrageiras em geral — o de não ser possível comerem os aDi- maes tanto delias quauto exige a manutenção da força de seu corpo — ao passo que o seu abunlante assucar, unctuosidade o maciez provocam salivação prompta, abundante e emoliente, dádhe passagem suave polo esophago e fácil digestão estomacal. Por ser um corpo triturado e macio, a forragem de canna, além de ser isenta do inconveniente de engasgar o animal, como o farelo de trigo, não maltrata-lhe abocca callejando-a e ferindoa, como se dá com o capim ea própria canna cortada à machina a golpes transversaes, de contacto sempre áspero que apresenta, as vezes, pontas acudas e até gumes afiados. Em exames comparativos que fizemos proceder no Laboratório de Analyses Chimicas da Escola Polytechnica o na Casa da Moeda, a superioridade da forragem de canna sobre a alfafa ficou evidenciada pela sua maior quantidade de substan- cias alimenticias e digestivas. Diversos factores determinam o valor de uma forragem, mais incontesta- velmente o que não illude, o que decide em primeiro logar é o seu consumidor — o próprio gado. Os bois, oscavallos, os muares, os suinos: todos os animaes do- mésticos, acceitam com satisfação e de plano a forragem de canna. Praticamente o valor da forragem de canna se observa nos engenhos de as- sucar, onde no período da mo.igem, que coincide com a estiagem, os animaes alimentam-se quasi exclusivamente dos resíduos da fabricação, e não só resistem SOCIEDADE NACIONAL DE AHKiniLTUUA galhardamente ao trabalho forçado da campanha da colheita, cjmo engordam á vista de olhos, afinam o pello e apresentam vivacidade notável. Não ha uo Brazil cavallos tão fortes e resistentes como os da zona assucareira do norte, e ao sul se assemelham muito a elles os do municipio assucareiro de campos. Circumstancia dignado nota: as vaccas de leite dos engenhos de assucar, que durante mais de metade do anno se alimentam, principalmente dos residuos da canna emprega la na fabricação, são imraunos da tuberculose, tão commum nos estábulos em geral. As novas applicações a que por essa invenção so adapta a canna— as cervejas, a pólvora sem fumaça, e principalmonte, a forragem— constituem beneficio real e patriótico, pois nenhuma outra lavoura reúne taes condições de lloroncencia em todo o território do Brazil, do littoral ao alto sertão, nas cabeceiras do Prata ou na foz do Amazonas, qual esta, que já constituiu a principal fonte do ronda do paiz e ainda hoje o continua ser em diversos Estados, resistindo na luta desigual com a beterraba dptada de mão de obra abundante e baraate e armada de todos os artificio o favores da industria e capital europeu. Mas, a transformação da preciosa praminea, em rica forragem, vae levar con- forto aos ílagellados habitantes da zona agrícola o da região criadora do Norte. O sertanejo criador terá nella uma alimentação faria a enceleirar no bom tempo, acautellando-se para periódica épocha das vaccas magras e o senhor da engenho, quando o preço do sacco de assucar, nas crises amiudadas do meivaio, não lhe re- munerar o custo da producção, poderá explorar a industria de criar, refazer e en- gordar gado, ensaccar a sua canna de assucar no porco, no boi, no cavallo e fa- zel-a caminhar a quatro pés para as feiras e mercados. Resumindo, como constitutivos do privilegio o seguintes CARACTERES Io, triturar a canna para, em fraumentos triturados, applical-a a qualquer utilidade industrial, jà conhecida ou nova. 2o, seccaracanna triturada, ou machucada ou desfibrada oti moida, para con- serval-a ou transportai a á distancia. Z", embalar a canna secca triturada, ou machucada ou desfibrada ou moida, comprimindo-a em blocos saltos, ou amarrados com cordoalha ou aramo, ou guai'- nocidos com tola de qualquer natureza. 4o, ensaccar a canoa s icca triturada, ou machucada ou desfibrada ou moida. 5o, applicar a canna secca triturada, ou machncada ou desfibrada ou moida, a qualquer industria ou uso. 6o, fazer da canna forragem secca para alimentação dos anoimaes. 7o, a denominação de '•canna secca triturada" que damos ao nosso produeto. 8°; denominação especial de "forragem de canna" que damos ao nosso me3mo produeto quando destinado á alimentação dos animaes. Exportação de rumo jielo lCstaclo cio liio GS-x-íiiicle tio ]>íoi-te Kuogrammas 1900 000 450$000 I00Õ 4.256 2;788$000 1904 Í6.992 2R:992$000 1903 300 45OSO0O 1905 3.600 4:9-0.^000 1901 5545 3:780*000 A. manufactura cio rumo n.» Bahia RELAÇÃO DAS FABRICAS DF. CIGARROS, CHARUTOS E DEPÓSITOS EXISTENTES NOS DIS- TRICToS ABAIXO INDICADOS, C0MPREJ1ENDID0S NO LANÇAMENTO HO IMPOSTO DE INDUSTRIA E PROFISSÃO DO EXER' ICIO DE 19116. DJSTK1CTOS NOMES RUAS Conceição. . . Mares .... Fabricas de cigarros Manoel Pacheco Mesquita & Comp Bastos & Maia Leite & Alves Martins Fernandes & Comp. . .José Pereira & Comp. . . . Rua Manoel Victorino. Corpo Santo. Mercado de S. João. Rua da Calçada. Largo dos Mares. Brotas. . . . Fabricas de charutos Viuva Machado Rua das Sete Portas. Conceição . . . Depósitos Francisco V. de Mello. Paulino Lopes Carneiro C. Mello & Comp. . Cezar Augusto & Maia. M. da Silva Ferreira . Rua da Alfandega. Merca io de S. João. Rua de Santa Barbara. Travessa do Garapa . Rua Formoza. Dannemann & Com. . F. Ferreira & Comp. » das Priucezas. » » » SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTORA Relação das fabricas de charutos existentes no districto da collectoria da cidade de S. Félix — Bahia o ORDEM SITUAÇÃO PROPRIETÁRIOS 1 2 3 4 5 6 7 8 Ia ordem 1» » ò" » 6a » 1» » 3" » 6» » S. Fclix Muritiba Dannoraann & Comp. Costa Ferreira & Penna. Stonder & Comp. Manoel Pedro Barreto. Francisco Pereira & Comp. Dannomann & Comp. Alberto Waldliein. Exportação de charutos no Estado da Bahia, no quinquénio 1902-1906 ANNOS VOLUMUS CHARUTOS VALOR OFFICIAL 1902 1903 4.340 5.001 4.932 5.5H2 44.172.C07 51.861.395 52.437.1 ir, 60.714.756 62.116.355 1.198:323$067 1.367:0281120 1904 l.::s0:75::^si 1.036:748$0'.K) 1.672:073$240 5.675 Exportação de fumo no Estado da Bahia, no quinquénio 1902-1906 ANNOS VOLUMES PESOS VALOR OFFICIAL 1902 1903 1904 1905 1906 602.925 311.836 330.950 258.509 316.031 43.447.770.500 21.020.110 23.137.794.500 17.904.052 22.757.460 20.497:126*045 12.889: 7 1 C$582 10.837:004$430 8.564:014$465 10.736:095$207 Directoria das Rendas da Babia, 29 de agosto de 1907, Flaviano Cunha Freire, escripturario. ^ã^-jjH^€«- PARTE COMMERCIAL Março s abril de 1908 Café Venderam-se 172.000 saccas contra 160.000 do anterior. Entraram 176.861 saccas contra 293.162 no mez passado. Embarques — 274 719 .saccas contra 281.637 no mez anterior. Existência no dia 15 — 435.844 saccas contra 493.368 no dia 29 de fevereiro. Existência no dia 31 — 392.510 saccas contra 435.844 do dia 15. As cotações foram : 1* quinzena Por arroba Por 10 kilos Typo n. 6 5$400 a 5$500 3$676 a 3$744 » » 7 5*100 » 5$200 3*472 » 3$540 » » 8. ..... . 4$900 » 5$000 3$336 » 3$404 » » 9 4$700 » 4$800 3$200 » 3$268 5a quinzena Por arroba Por 10 kilos Typo n. 6 5$200 a 5*500 3*540 a 3$744 » » 7 4$900 » 5*200 3$336 » 3$540 » » 8 4*700 » 5$000 3$200 » 3$404 » » 9 4*500 » 4$800 3$064 » 3*268 As entradas no Rio de Janeiro foram : Estrada de Ferro Central do Brasil 50.421 Cabotagem 20.172 Barra Dentro 105.268 Vigoraram para o typo 7, do 3$400 a 3*600 por 10 kilos contra 3*550 a 3$650 do mez anterior. Na Bolsa registraram-se três preços, na primeira quinzena, 5.90 c. em 7 e 9 ; 5.85 c. em 2, 3, 4, 6 o 10 ; 5.80 c. nos outros dias ; na segunda quinzena, 5.80 em 16 e 17 ; 5.75 nos dias 18 o 19 ; 5.85 no dia 20 ; 5.80 no dia 21 ; 5.65 no dia 23 ; 5.70 nos dias 24 e 25 ; 5.75 nos dias 26, 27 e 28 e 5.70 nos dias 30 e 31 . A-tox-il Venderam-se 180.000 saccas contra 173.000 no mez anterior. Entraram 146.773 saccas contra 185 863 no mez anterior. Os embarques foram do 160.006 saccas contra 483.277 no mez anterior. SiOIKHADE NACIONAI, HE A(',lilf:i;i/n HA Existência no dia 15 de abril 403.405 saccas contra 392.510 no dia 31 de marro. Existência nu dia 30 de abril 372.277 saccas contra 40:;.4u5 no dia 15 de abril. COTAÇÕES 1" quinzena. Por arroba Tnr 111 leiloa 6. . . . . . 5$200 a 5S500 3$540 a 3$744 7. . . . . . 4$900 » 5$2O0 . . . 4$700 •■ 4$900 3$336 » 3$540 3$200 « 3$336 ::s034 » 3$200 » » . . . 4s500 » 4$700 2' quinzena Tor arroba Por 10 kilos . . . 5s400 a 5S«00 3$676 a 3$949 7. . . 8. . . . . . 5$ 100 * 5s500 . . . 4$300 » 5$200 . . . 4$600 » 5$000 3$472 » 3S744 3$268 » 3$540 3$ 132 » 3$404 Em Nova York, o Lypo 7, disponível, cotou-se na primeira quinzena a 6 c. por libras e do dia 16 ao dia 28, continuou com a mesma cotarão, sendo cotado a 29 o a 30 do moz a 6 '/10. Na Bolsa registraram-se os seguintes preços: 5.70, nos dias 1 a 4 ; 5.65, nos dias r,a 11; 5.60, nos dias 13 a 15 ; 5.1,0 nes dias 16 a 25 ; 5.70, a 27 ; 5.80, era 28 e 29 e 5.75, no dia 30. As entradas do Rio retalhadamente foram : Estrada de Ferro Central do Brazil 47.576 Cabotagem 9.199 Barra Dcntr, 89.938 Total 14*5.773 Géneros importados em março e abril Qualidade Quantidade Preços Banha americana . . . 14.150 barris .... s700 a $720 a libra » .... 150 caixas .... 1$200 a ls220 a de lata Farinha de triío . . . 47.137 barricas. . . . MARi O /-1 quinzena Americana (barrica) . . . » (sacca) — Não ha. A LAVOURA Rio da Prata: Primeira qualidade 24$0j0 Segunda » 23Ç000 Terceira » 21 $500 Moinho Ingloz: Nacional ■ 24$000 Brasileira 23«£00 Buda-Nacional 25$200 Moinho Fluminense: S. Leopoldo 24$000 O. O ... • 23S000 2» quinzena Americana (barrica) 25$000 » ísecca) — Não ha. Rio da Prata: Primeira qualidade 24$500 Segunda » 23*500 Terceira » • 2ã$Òd 1 Moinho Inglez: Nacional 83$500 Brasileira . 22$700 Buda-Nacional 24S700 Moinho Fluminense: S. Leopoldo 24$000 O. O 23S000 ABRIL fi quinzena Americana (barrica 25$Ó00 » (sacea) — Não ha. por 2 saccas Rio da Prata: Primeira qualidade 23&500 Segunda » 22$500 Terceira » 21$000 Moinho Inglez: Nacional 23$500 Brasileira 22$700 Buda-Nacional 24$700 Moinho Fluminense: S. Leopoldo 23$5G0 a 24$000 O. O 3*4500 » 23$900 3124 9 Ií8 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA MARÇO Manteiga — 1.945 caixas : i* quinzena Demagny, Isigny (latas sortidas) 2$550 a 2$560 Brétel Fròres (latas sortidas) 2.^2r,o » 2$300 Lepelletier 2$520 » 2$540 Modesto Gallone (sortidas) 1 $850 » 1$950 Esbousen — Não ha. L. Bruni 2$560 » 2$600 Busck Júnior â$500 » 2$540 Mosdst 2$200 » 2$250 Outras marcas 1$850 » 2$000 A nacional vendeu-se de 3$ a 3$600 e a do Sul de 2$200 a 2$500. 2& quinzena Demagny, Isigny (latas sortidas) 2x540 a 2$560 Brètel Frères (latas sortidas) 2$300 » 2$350 Lepelletier 2$500 » 2$320 Modesto Gallone (sortidas) 1$850 » 1$950 Esbousen — Não ha. L. Brum 2$580 » 2$600 Busck Júnior 2$500 » 2$520 Mosdst 2$200 > 2$250 Outras marcas 1$850 » 2$000 ABRIL Ia- quinzena Demagny, Isigny (latas sortidas) ã$540 » 2$55ú Brétel Fréres (latas sortidas) ã$300 » 2$350 Lepelletier 2$500 > ã$520 Modesto Gallone (sortidas) 1$850 » l$950 Esbousen — Não ha. L. Brura 2s5:>0 » 2$5S0 Busck Júnior 2$500 » 2s520 Mosdst 2$2Cn > 2$220 Outras marcas l$800 » 2$000 A nacional veudeu-se: a de Minas de :;s ;J0 a 3$S00 e a do Sul de 2s-'0ú a 2$50O. i"- quinzena Os preços foram os seguintes: Demagny, Isigny (latas sortida<) 2$520 a 8$530 Brétel Fròres (latas sortidas) 2$300 » 2$320 Lepelletier 2$ 480 » 2$ Modesto Gallone (sortidas) 1$850 s> 1$900 A LAVOURA L. Brum . . . Busck. Júnior. . Marclet. . . . Outras marcas . A nacional vendeu-se: 2*500. 2*550 » 2$560 2$400 » 8$450 2$200 » 2$250 I$800 » 2$000 do Minas de 3$400 a 3.S600 o a do Sul do 2$200 Géneros nacionaes A-S" uardente As entradas na primeira quinzena furam pequenas, ao mesmo tempo que o mer- cado consorvou-se com alguma procura e sahidas regulares. Assim sua posição tornou-se firme, dando-se alta nos preço*. Na segunda, conservou-se firme augmentando depois as oliertas do género a chegar, os preços baixaram, sem que os negócios se tornassem animados. 1 a quinzena pipa de 480 litros, base de 20 gráos: Campos 175S0OO a 180$000 Angra . . . 190$0ú0 » 195$000 Paraty . . . 195$000 » 2()0$000 Maceió . . 185$000 » 190$000 Aracaju . 185$0OO » 190*000 Pernambuco 185$000 » 190|000 Bahia. . . 180$000 » 1*5*000 Parahyba . 185*000 » 190$000 Laguna . . 170$000 » 175*000 Itajahy . . 170$000 » 175$000 Mangaratiiu 190|0 >0 » 195$00J Paranaguá . 1 70.5000 > I75$000 " quinzena Campos 170$000 a 175$000 Angra . . 180$000 > 185$000 Paraty . . 185$000 » 190$000 Maceió . . I75$000 » 1'":- Aracaju . . 175$O0O » 1S0$000 Pernambuco I75$000 » 180s000 Bahia. . . 17OSOÕ0 » 175$000 Parahyba . 175$000 » 180$000 Laguna . . . 170$000 » 175*000 Itajahy . . . 170$000 » 175$000 Mangaratiba . . 180$000 » 185$000 Paranaguá . 170$000 s> 175$000 !DADE MAC10NA] Álcool Na primeira quiazoua o mercado mantove-se om boa posição do estabilidade, tendo os preços obtido ligeira alta. A procura do ganoro foi mais desoa volvi da com sinidas regulareis. Na segunda houve baixi 1103 preços, mostrando-se o mer- capo bastante indeciso. V" quinzena As cotações foram as seguintes, por pipa, sem casco: 40gráos. . . , 205$000 a 300$000 S8 » 280|000 » 285$000 36 » 270$000 > 275$000 2a quinzena 40 gràos 290$000 a 295$000 38 » ãTõ^OOO > 280$0u0 36 > 265$O0O > 2?0$000 Algodão em rama, Esteve até o dia 15 muito calmo o mercado deste producto, tendo-se realisado vendas a preços em grande disparidado com os centro3 produetores. Na segunda quinzena as noticias de Liverpool foram muito desanimadoras ; aqui os preços sustentaram-se bem. í" quinzena Fardos Existência no dia 15 de fevereiro 10.365 Entradas : Pernambuco 7. 103 Parahyba 4.310 Mossoró 2.281 Assú 1.923 Maceió 1-450 Natal 1.036 Ceará 300 Maranhão 199 18.632 28.997 Sahidas dos trapiches 10.037 Existência no dia o 1 18.960 Preços : Pernambuco I 2$ 3 00 a 12.^00 Rio Grande do Norte 12$000 » 12$ 100 Coará 12$000 » 12J400 Parahyba 12$000 » 12?100 Penedo — (Nominal), Sergipe — (Nominal) . 2a quinzena Fardos Existência no dia 29 de fevereiro . , 12.945 Entradas : Mossoró 2.1 12 Pernambuco 2.020 Assú 1.200 Natal. 1,148 Parahyba 300 Coará 300 Maceió 300 Maranhão 135 7.51o 20.460 Saliidas dos trapiches 10.095 Existência, no dia 15 ■ ■ 10.365 Pregos : Pernambuco 12$300 a IE$600 Rio Graude do Norte 12s300 >• l?s<>0i> Ceará 12.S300 » lã$600 Parahyba 12$300 » Lã$600 Penedo— (Nominal), sorgipe — (Nominal). Assucar Os supprimentos continuaram avultados na primeira quinzena, tendo os preços soffrido baixa e maior parto do movimento realisado para liquidações. Na segunda quinzena esteve indeciso esto mercado. Os preços regularam como so segue : P quinzena Pernambuco : Branco usina $550 a $560 » crystal y555 » $565 » 3a sorte s525 » $530 Crystal amarello $4(30 » >?470 Mascavinho $400 » $460 Somenos s450 » $460 Mascavo bom $340 » $350 » regular $335 > $340 Sergipe : Branco crystal S530 » $550 Mascavinho $380 » $460 Mascavo bom $349 >» s350 » regular $330 » $335 Branco crystal $550 » $560 Mascavinho $440 » .s450 132 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Bahia : Branco crystal* $570 » $590 Santa Catharina : Mascavinho $360 » $380 2a quinzena Pernambuco : Branco usina $550 a $500 » crystal s530 » $510 » 3a sorte $520 — Crystal amarello $440 a $470 Mascavinho $360 » $400 Somenos $420 » $430 Mascavo bom $340 » $350 > regular . s32ô » $330 Sergipe : Branco crystal $530 » $550 Mascavinho ^360 » $450 Mascavo bom S340 » s350 » regular 8325 » $330 Campos : Branco crystal s5:íõ » s540 Mascavinho $380 » $420 Bahia : Branco crystal s550 » $570 Santa Catharina : Mascavinho $350 » $370 Cerea.es ía quinzena Feijão preto de Porto Alegre novo . . . . 18$000 » 1 8$500 » velho 15$000 » 16$000 » » de Santa Catharina .... — » 17*000 » do Paraná — Não ha. » mulatinho . . . 19$000 a 20$000 * manteiga 22$000 » 24$000 » enxofre 18$000 » 20$000 » de cores, nacional 1 4$000 » 16$000 » branco, estrangeiro 20s000 » 2I$000 » amendoim » — 19$000 Farinha de mandioca especial 0$000 » 9$400 > » » fina 8$000 » 8$500 » » > peneirada .... 7$600 > 7$800 » » » do Norte — — > » » grossa, Laguna . . 6$500 » 6$800 > » » Porto Alegre . . . 6$800 » 7$000 A LAVOURA Arroz nacional 25$000 > 28$000 » inferior 18$000 > 22$000 Milho amarello, do norte — Não ha. > » da terra 7$000 » 7$400 » branco » » . 6$500 » 7$000 Amendoim em casca 8$000 » 8$500 Cangica . . . • 15$000 » 17$000 Favas U$000 s» 11$500 Kílograroma Alpiste $360 a $400 Batatas nacionaes $160 » $200 » estrangeira — Nominal . Fubá de milho $130 » $200 Maite em folha . . . $400 » $500 Tapioca $300 » $360 Polvilho • . . . . -S200 » $220 Carne de porco $960 » 1$000 Línguas do Rio Grande (uma) 1$200 » 1$400 2* quinzena Feijão preto de Porto Alegre novo .... 18$000 a 18?500 » velho — — » » Santa Catharina — 17$000 > Paraná — Não ha. » mulatinho 20$000 » 21 $000 » manteiga 26$000 » 28$000 » onxofre 18$000 » 19$000 » de cores, nacional 14$000 » 16$000 » branco extrangeiro 20$000 » 21$000 » amendoim extrangeiro — l'.)$000 Farinha de mandioca, especial 9$000 a 9$500 » r, » fina 8$000 » 8$500 » » peneirada 7$600 » 7$800 > » mandioca do norte. . . .' . — — » » » grossa, Laguna. . . 6$500 » 6$800 » » > » Porto Alegre. 6$800 » 7$000 Arroz nacional 25$000 » 28$000 » inferior 18$000 > 22$000 Milho amarello, do norte — Não ha. » » da terra 7$000 » 7$20O » branco » » 6$500 » 7$000 Amendoim em casca 8$000 » 8$200 Cangica 14$000 » 16$000 Favas 11$000 » 15$500 Kilogramma Alpiste $360 a $400 Batatas nacionaes $160 » $200 » estrangeira — Nominal. 134 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Fubá de milho $130 » $200 Matte om follia $40u » $500 Tapioca — — - Polvilho $200 » $220 Carne de porto 1$000 » IslOo Línguas do Rio Grande (uma) I$lu0 » 1$300 Fumo eui rolo O mercado esteve estável, realisando-se negócios regulares, com pequenas alterações nos preços. O movimento da segunda quinzena foi mais ou menos desen- volvido, sem alteração nas cotações da quinzena anterior. As cotações foram: i" quinzena Do Minis, especial 1$600 » superior Is400 » segunda 1$800 » ordinário 1$000 Goyano superior . 2$400 » segunda 1$700 Baixo — Nominal. Rio Novo, superior 8$400 segunda li^OO » baixo 1$200 Pomba, superior I$600 » segunda 1*200 » baixo — Nominal. Carangola 1$500 Pieú, especial 2$800 » primeira 2$000 » segunda 1$200 Bahia IslOO Pernambuco — Não ha. 2K quinzena De Minas, especial ]$G00 » superior ]$400 » segunda 1$200 » ordinário ]$000 Goyano, superior • . . . . 2$400 » segunda . 1$700 » baixo— Nominal. Rio Novo, superior 2$400 » segunda l$800 » baixo 1$200 Pomba, superior 1$600 » segunda 1^200 > baixo — Nominal. A LAVOURA 13". Carangola lijSOO Picii, especial 2?800 >» .primeira 2$000 » segunda 1$200 Bahia 1$100 Pernambuco — Não ha. Fumo em folha : Rio Grande, de 15$ a 2o$000. Sal: entraram 3.283.506 por cabotagem do nacional que so cotou de 1$900 a 2x000. AHRIL A.g-ixa.i.*clento Na primeira quinzena, o mercado de aguardente esteve frouxo e indeciso, sendo de suppor que se registre baixa nos preços ; as remessas foram regulares. Na segunda quinzena, continuou apathica tendo se realisado algumas vendas de pouca importância. Nessa mesma quinzena recebeu-se noticia da frouxidão do mercado do norte, de onde teem vindo offertas baixas e desencontradas. Os preços por -18 litros regularam : Va quinzena Campos 165$000 a 170$000 Angra 175$000 » 180$000 Paraty 165$000 » 170$000 Maceió 165$000 » 170$000 Aracaju lf..r>$O0O » 170$000 Pernambuco 170$000 » I75$000 Bahia lc.5.§000 » 170$000 Parahyba ÍOÕ^OOO » 170^000 Laguna lr.5$000 » 170$000 Itajahy . 170$000 » 175$000 Mangaratiba 175$000 » 180$000 Paranaguá 165$000 » 170S000 2a quinzena Campos 100$000 » 165S000 Angra 170$000 » 175s000 Paraty 175$000 » 180$000 Maceió 160$000 * 165$000 Aracaju 160x000 » 165$000 Pernambuco 1<15$000 » 170$000 Bahia 1 õõ$000 » 100$000 Parahyba 160$000 » 105$000 Laguna 160$000 » 1 050000 It-ijahy KiiisOOO » 105$000 Mangaratiba 170$000 » 175^000 Paranaguá 160$000 » 165$000 3124 10 136 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Álcool Os compradores estiveram durante a primoira quinzena um tanto afastados, aguardando futuras evoluções do mercado; na segunda quinzena notou-se pouca procura para novos negócios, e os preços estiveram fracos o fecharam com baixa. í* quinzena Por pipa sem casco: 40 gráos 280$000 a 290$000 38 » 270$000 > 280$000 36 » 260$000 > 270$000 2* quinzena 40 grãos 250$000 a 250$000 38 » 235$000 » 240$000 36 » 225$000 » 230$000 Alyoilão em rama As noticias de Liverpool continuaram a ser desanimadoras ; apezar disso os preços sofifreram ligeira baixa por serem insignificantes as entradas nos portos de embarque do norte. Na segunda quinzena continuaram muito desanimadoras as noticias do estran- geiro. /a quinzena Fardos Existência no dia 31 de março 18.960 Entradas : Pernambuco 3.829 Parahyba 1.970 Ceará 1.700 Mossoró 1.350 Natal 200 9.049 28.009 Sahidas dos trapiches . . • 1 1 . 177 Existência no dia 15 de abril 19.832 Preços : Pernambuco 12S000 a 12$300 Rio Grande do Norte 12$000 » 12$300 Ceará 12$000 » 12$300 Parahyba. . • Il$800 » 12$000 Penedo — Nominal. Sergipe — Nominal. A LAVOURA 2» quinzena Fardos Existência no dia 15 10.83:2 Entradas : Maranhão 1.771 Pernambuco 1.636 Parahyba 1.236 Ceará 751 Assú 491 Piauhy 25 5.910 22.742 Sahidas dos trapiches 8.436 Existência no dia 30 14.306 Preços : Pernambuco 1 1$500 a 12$000 Rio Grande do Norte 11$500 » 12$000 Ceará 1 1$500 » 12$000 Parahyba 11$500 » 11$800 Penedo — Nominal. Sergipe — Nominal. Assucar Na primeira quinzena de abril o mercado esteve frouxo, soffrendo os preços baixa em tudas as qualidades. Os únicos negócios dignos de nota foram feitos em crystaes amarellos, e um lote de mascavos. Durante a segunda quinzena o mercado deste producto esteve bastante movi- mentado, realisando-se transacções em todas as qualidades, cujos prejos foram elevados, fechando, porém, calmos. Os preços do mez continuaram como se segue : 1& quinzena Pernambuco: Branco usina — Nominal. Dito crystal $510 a $580 Dito 3a sorte — » $500 Crystal amarello $440 » $460 Mascavinho $360 » $460 Somenos — Nominal. Mascavo bom $315 > $320 Dito regular — » $310 Dito baixo — — Sergipe: Branco crystal $500 > $520 Mascavinho $360 » $450 Mascavo bom $315 > $320 Dito regular — $310 Dito baixo — $300 18 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Campos: Branco crystal S500 » $520 Mascavinho $260 » $380 Bahia: Branco crystal — $530 Santa Catharina: Mascavinho — — 2"- quinzena Pernambuco : Branco usina $530 a $540 Dikx-rystal $520 » $540 Dito 3" sorte $510 » $530 Crystal amarello $450 » $460 Mascavinho $400 » $480 Somenos $-120 » $440 Mascavo bom $335 » $320 Dito regular $330 » $335 Dito baixo $320 » §325 Sergipe: Branco cry.stal $510 » $540 Mascavinho $410 » $460 Mascavo bom $335 » $340 Dito regular $330 » $335 Dito baixo $320 » $325 Campos : Branco crystal $520 » $53C Mascavinho. . . , — — Bahia: Branco crystal $540 » $550 Santa Catharina: Mascavinho $300 » $380 Oereaes Ia- quinzena Sacco Feijr.o preto de Porto Alegre, novo. . . . 18$500 a 19$000 ;> velho — — » de Santa Catharina 17$000 » do Paraná 17$000 » mulatinho 21$000 » 22$000 » manteiga 26$000 » 28$000 >. enxofre 20$000 > 21$000 » de cores, nacional 14$000 » 16$000 » branco oxtrangeiro — 20$500 » amendoim » — 19$000 A LAVOURA Farinha, do mandioca ospecial I0,j;500 » 1 1$500 » » » fina 10$500 » 11$000 » peneirada 9$000 » 10$0>» » do Norte — — » grossa, Lagana 7$800» 8{000 » » Porto Alegre 7$800 » 8$000 Arroz nacional 22$000 » 25$000 » interior 14$OO0 » 18|000 Milho amarello do norte — Não ha. » » da terra 7$000 » 7$800 » branco » » 6$600 » 6$00) Amendoim em casca 7$500 » 7$000 Cangica I6$OOo » 18$000 Favas 11$500 » 12$000 Kilograinma Alpiste $360 a $380 Batatas nacionaes $140 » $160 i> estrangeiras — Nominal. Fubá de milho $140 » $180 Matte em folha $400 » $500 Tapioca — — Polvilho ... $300 » $220 Carne de porco $9J0 » LsOOO Línguas do Rio Grande (uma) 1x100 » 1$300 Sacco Foijão preto de Porto Alegre, novo. . . . 18$000 a 18$5O0 » velho — — » » de Santa Catuarina 17$003 » 18$000 do Paraná 17,s000 » I8$O00 » mulatinho IOsOjO » 20$000 » manteiga 2ô$000 » 28$000 » enxofre 19$000 » 20$003 » de cores, nacional 14$000 » l(i$000 » branco, estrangeiro 18$000 » 20$000 » amendoim, » — 18$000 Farinha de mandioca, ospecial 1 0** 00 » 11 $000 » » » tina 9$000 » 9$500 » » » peneirada 9$000 » 9$500 » » » do norte >. >■ » grossa, Laguna ... r,$500 » 8$000 » » » » Porto Alegre . 6$500 » 8$000 Arroz nacional 23$000 « 27$000 > intui ior 14$000 » 18$000 Milho amarello. do norte — Não lia. » » da turra 0$õ00 » b$800 >» branco da terra 6*000 » 6$200 liO SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Amendoim em casca 7$000 » 7$2000 Cangica 15$000 » l(i$000 Favas 12$500 » 13$000 Kilogramma Alpiste $360 » $380 Batatas nacionaes $100 » $180 » estrangeiras — Não ha. Fubá de milho $130 » $i00 Matte em folha $400 » $500 Tapioca — — Polvilho $180 » $820 Carne de porco $760 » $860 Línguas do Rio Grande (uma) l.$000 » 1$200 Fumo em rolo As cotações do mez foram: De Minas, especial 1$600 » superior 1$400 » segunda 1$200 » ordinário $800 Goyano, superior ã$400 > segunda 1$700 » baixo — Nominal. Rio Novo, superior 2$400 » segunda 1 $800 » baixo 1$200 Pomba, superior 1$000 » segunda 1$200 » baixo — Nominal. Carangola 1 $500 Picú, ospeciai 2$800 » primeira 2$800 » segunda • . . . . 1$200 Bahia 1x100 Pernambuco — Não ha. Para as procedências do Rio Graude, o-< fumos velhos regularam de 15$ a 20$ e para os novos de 1 1$ a 15$ por arroba. Sal Entraram 7.404.465 kilos por cabotagem, do nacional que se cotou de 2$ a 2$ 100 por 40 litros. Mercado monetário MARÇO A importância de ouro na Caixa de Conversão a 15 do março era: Libras esterlinas , . 5.711.041-10 Fiancos , . 10.543.480 A LAVOURA 1 Marcos 4'JO Dollars 125.505 Liras 2.650 Coroas austríacas 110 Pesos argentinos ........... 2.145 Pesetas hespanholas 110 Ouro nacional 107:100$000 A importância de notas conversíveis em circulação era de 98.G92:740$000. EM 30 DE MARÇO Libras esterlinas . \ 5.659.253 Francos 10.529.280 Marcos 20 Dollars 125.925 Liras 3.790 Coroas austríacas 110 Pesos argentinos 2.150 Pesetas hespanholas 110 Ouro nacional , 113: A importância do notis conversíveis em circulação ora de 9.786: 170$000. O preço dos soberanos fora da Bolsa foi de 16$025. CAMBIO As taxas olliciaes foram as mesmas anteriores de 15 1/8 d. sobre Londres nus ■rangeirus e 15 3/16 d. no do Brazil. As transacções bancarias tizoram-se a esses extremos e as do outro papel a 15 3/16 e 15 13/64 d., não se registrando movimento digno de nota. Na segunda quiuzena as t ixas uínciaes mantiveram-se inalteradas, como ni quinzena anterior, 15 1/8 d. sobre Londres nos bancos estrangeiros e 15 3/16 d. no Banco do Brazil. As transacções bancarias flzoram-se a esses extremos e as do outro papel a 15 3/16 e 15 13/64 d. não se registrando movimento digno de nota. Os extremos das cotações : Londres, 90 d/v, 15 1/8 e 15 3/16 d. Pariz, 90 d/v $629 a $632 Hamburgo, 9) d/v $776 » $779 Portugal, 3 d/v $325 > $336 Itália, 3 d/v $639 » $640 Nova York, á vista 3$295 » 3$330 Vales, ouro — 1$793 O valor offlcial de mil réis foi de 500 a 5í33 réis, ouro, o da libra do 15$803 a 15$868. Ágio de ouro, 77,77 a 78,51 %. sm,:i..;dadk NACIONAL DK AHIíICUI.TI KA AHRIL A existência de ouro Da Caixa de Conversão a 15 de abril era : Libras esterlinas 5.592.498-10 Francos 10.516.330 Marcos "0 Dollars 120. 237-50 Liras 4.590 Coroas austríacas 100 Pesos argentinos 2.275 Pesetas hespanhol is 240 Ouro nacional 126:120$0Q0 A 30 de abril: Libras esterlinas 5.572.736-10 Francos . 10.510.730 Marcos 70 Dollars 126.212.50 Liras 4.610 Coroas austríacas 100 Pesos argentinos 2.280 Pesetas hespanholas 2 lo ( luro nacional 125:260$000 O preço dos soberanos fora da Bolsa foi de 16§ 125. CAMBIO As taxas officiaos mantiveram-se inalteradas como na quinzena anterior a 15 1/8 d. sobre Londres nos baucos estrangeiros e 15 3/16 d. no Banco do Brazil. As transacções bancarias flzoram-se a esses extremos e as do outro papel a 15 3/16 o 15 13/64 d. não se registrando movimento digno de nota. Os extremos das cotações foram Londres, 90 d/v 15 l/S e 15 3/16. Pariz, 90 d/v x629 a $63-1 Hamburgo, 90 d/v s776 » s780 Portugal, 3 d/v 325 » 330 % Itnlia. 3 d/v $638 » $640 Nova York, á vi st» 3$395 » 3$310 Vales, ouro 1.795 O valor omeial de mil réis fui de 560 a 563, ouro, e o de libra de 15$S03 a 15S80.S. Ágio do ouro 77,77 a 78,51 °/0- ££&»$««€3 BIBLIOGRAPHIA Temos recebido mais as seguintes publicações periodidas com as quaes de bom grado permutaremos : American Agriculturist, de Mova- York. — Vol. 81, n. 6. La Avicultura Pructica, órgão da Red Escola Official de Avicultura e da Sociedade Nacional de Avicultores, de Barcelona.— Anno XII, n. 137. Journal, do Departamento de Agricultura o de Instrução Teehuica da Irlanda. —8o anno, n. 2. Qimrlerly Journal, da Universidade de Liverpool.— Vol. 111, n. 6. La Ensenanza Normal, do México.— Anno IV, n. 10. El Heraldo Agrícola, do México. — Tomo VIII, n. 3. El Progreso Horlicola, periódico para distribuição gratuitx, editado pela Casa Domingos Basso, de Montevideo.— N. 2. Boletim do Instituto Agronómico, de S. Paulo. Novo periódico que ora inicia sua piiblioção e destinado a prestar grandes serviços á agricultura como se de- preende de seu programma. Diz o seu director, I)r. Max Passon, no artigo — Ao Leitor — : o Boletim publicara mensalmente o relatório da actividade interna ilos labo/atoriLis c domais repartições do Instituto, as experiências nos jardins, nas plantações de café no Taquaral e no Campo de Demonstrações de Nova Odossa, acompanhadas de instrucções adequadas ; um quadro das observações meteoro- lógicas de cada mez, o calendário agrícola referente ao mezsubsjquenti, acom- panhado de conselhos prophylacticos contra os dimniíieidores animies e vegotaes e meios de combater os ji existentes. Revista do Museu Municipal de lguape. — Vol. I, n. 1. Revista Commercial.— Temos recebido os primeiros números desta revista que começou a ser publicada em Fortaleza. O Entomologo.— Recebemos o primeiro numero deste boletim mensal de ento- mologia agraria que se publica na capital paulista. Annuario de Estatística Demographo Sanitária, pelo Dr. Sampaio Vianna. — 1906. Boletim da Intende-xcia Municipal. -^Volume correspondente aos meze3 de ou- tubro a dezembro de 1907. VArachide por Jean Adam, Editor AUiíiistin Challamel, rue J icob 17, Paris. E' o primeiro da ferie sobre as Plantas Oleiferas da Africa Occidental Franeeza. A presente obra que o editor teve a gentileza de nos enviar é um trabalho magni- ficamente impresso, ornado de boas gravuras e mappas, no qual, na opinião dos competentes, o assumpto 6 tratado de modo completo, recommendando-se por isso á leitura des interessados. La Patola pelo DoU. Tito Franchini, do R. Istituto Superioro Agrário di Perugia. 3121 11- 144 SOCIEDADE NACIOANL D 15 Ai.uu I.Tl l:.\ La Min • de Sal Gema de Zapaquira por António L. Armenta. — Bjgotá, 190S. A H C do Agricultor, pelo Dr. Dias Martins, 19(18, S. Paulo. O seu autor que é lente de liygiene rural da «Escola Agrícola Luiz de Queiroz» e a quem a literatura agrícola nacional deve outros trabalhos, diz no seu prefacio que este livrinho foi escripto em linguagem chã o, si accrescentarmos que nessa mesma linguagem o que é essencial ao agricultor que se inicia, vom tratado com proficiência, teremos feito o melhor elogio do útil opúsculo de propaganda popul.tr. A Leileria do Sul.— Boletim n. 11, do Centro Económico do Rio Granie do Sul. Liga Agraria Brasileira projecto por Labieno da Costa Machado de Souza.— S.Paulo, 1908. Arboretum Amazonicum, publicação do Museu Goeldi, 4a década. Relatório, referente ao anno de 1907, da Sociedade Paulista do Agricultura, Commercio e industria. Relatório da Sociedade Brazileira para Animação da Agricultura. — 1908 — 1907. Banquei offert par le Commerce et V Industrie à S. E. le Conseiller Rodrigues Alves. — Publicação da Société d'liconomie Industrielle et Commerciale. tolice sur les Feles donnees d Paris en 1907 en Vhonneur de S. E. le Conseiller Rodrigues Alves.— Publicação do Brésil. Escola Moderna, por Dário Velloso, Curitiba, 1907. Diário de Pernambuco, noticia bistorico-bibliographica por Alfredo de Car- valho. Republica de Cuba. — Informe de la Administración provisional, por Charles E. Magoon. Havana, 1908. Mensagem do Prefeito do Dislricto Federal, de 2 de abril de 1908. Relatório apresentado ao 2o vice-presidente do Estado do Paraná pelo Se- cretario das Finanças, Commercio e Industria, em 31 de dezembro de 1907. Retrospecto Commercial do «Jornal do Commercio», de 1907. CATÁLOGOS Averg Company, Pooria, Illinois. 1908. Ahliengesellschaft fur Feld uni Kleinbahnen Bedarf vormals Oronstein & Koppel. Berlim. —Catalogo n. 000. Deere & Company, Moline, Illinois. (Arados, grades, cultivadores). Catalogo n. 29. Henry Rodgers Sons & C.« Machinismos modernos para fabricas de lacticínios, arados e machiuas para agricultura, etc. Novas aquisições da Bibliotheca : Indian Com Cullure, Charles S. Plumb, Chicago, 1893.— 1 volume. The Culture of Vegetables and Flowers, Sutton and Sons. Londres, 1 volume. A LAVOURA li"' d la Pomme de Terre ladustrielle aí Fourragêre, Aimé Girard. Paris, 18 (1.— 1 volume. Estas três ultimas obras foram offeroeidas polo Sr. Joaquim Pacheco. Police Sanitaire des Animaanpov A. Conte. J. B. Baillière et Fiis. Paris, 1906. — 1 volume. Aviculture por Charle3 Voitelier J. B. Baillière et Fils. Paris, 1905.— 1 volume. Apiculture ppr Robert Hommel. J. B. Baillière et Fils. Paris, 1906.— 1 vo- lume. Legislalion Rurale por Etienne Jouzier. J. B. Baillière et Fils. Pai'is, 1904. — 1 volume. Les Serres Verg:rs por El. Pynaert, 5a edição. Masson et C.6 Paris, 1903. — 1 volum?. Congrès des Caísses de Crédil Agricole Mutual tenu d Montpellier los 8 e 9 et IO janvier i904 . Coulet et Fils, Montpellier, 1904. — 1 volume. Catalogue Illustré et Descrijdif des Vignes Americaines por Louis Bazille e J. E. Planchon. Camille Coulet, Montpellier, 1885. — -1 volume. Les Viynobles d'Algerie por V. Pulliat. Massoa et C9. , Paris, 1898.— 1 vo- lume. L'Art de Faire le Vin por Fréderic Cazalis, 21 edição. Masson et C. Paris, 1900. — 1 volume. Le Thé por Antoine Biétrix. J. B. Baillière et Fils. Paris, 1892.— 1 vo- lume. Selvicoltura Generale, por Vittorio Perona. Milão. Francesco Vallardi. La Conservazione dei Foraggi Freschi por D. Pioolini. Milão, Francesco Val- lardi. Le Gostruzione Rurali por A. Vantini. Milão, Francesco Vallardi. Allevamenlo dei Bachi e Collimzione dei Gelso pelo prof. N. Passerini. Milão, Francesco Vallardi. Guida perla Classificazione delle Piante por A. Zaccaria. Milão, Francesco Vallardi. Tecnologia Foreslale ed Ulilizzazione dei Boschi por P. Rizzi. Milão, Fran- cesco Vallardi.— 2 volunie3. Economia Rurale por O. Bordiga. Milão, Francesci Vallardi.— 2 volume3. Agraria por N. Passerini. Milão, Francesw Vallardi.— 2 volumes. II Riso ela sua Collimzione pelo Doctor D. Pinolini. Milão, Francesco Val- lardi . 3124 — Rio da Janeiro — Imprensa Nacional — 1908 ESTATUTOS CAPITULO ir DOS SÓCIOS Art. 8.° A socideade admitte as seguintes categorias de sócios : Sócios effectivos, correspondentes, honorários, beneméritos e associados. § i.° Serão sócios effectivos todas as pessoas residentes no paiz que forem devidamente propostas e contribuírem com a jóia de 15$ e a annuidade de 20$ooo. § 2.° Serão sócios correspondentes as pessoas ou associações, com residência ou sede no estrangeiro, que forem escolhidas pela Directoria, em reconhecimento dos seus méritos e dos serviços que possam ou queiram prestar á sociedade. § 3.0 Serão sócios honorários e beneméritos as pessoas que, por sua dedicação e relevantes serviços, se tenham tornado beneméritos á lavoura. § 4.0 Serão associadas as corporações de caracter official e as associações agrícolas, filiadas ou confederadas, que contribuírem com a jóia de '30$ e a annuidade de 5o$ooo. § 5.° Os sócios effectivos e os associados poderão se remir nas condições que lòrem preceituadas no regulamento, não devendo, porém, a contribuição fixada para esse fim ser 'inferior a dez (10) annuidades. Art. 9.0 Os associados deverão declarar o seu desejo de comparticipar dos tra- balhos da sociedade. Os demais sócios deverão ser propostos por indicação de qualquer sócio e apresentação de dois membros da Directoria e ser acceitos por unanimidade. Art. 10. Os sócios, qualquer que seja a categoria, poderão assistir a todas as reuniões sociaes, discutindo e propondo o que julgarem conveniente ; terão direito a todas as publicações da sociedade e a todos os serviços que a mesma estiver habilitada a prestar, independentemente de qualquer contribuição especial. § 1." Os associados, por seu caracter de collectividade, terão preferencia para os referidos serviços e receberão das publicações da sociedaJe o maior numero de exem- plares de que esta puder dispor. § 2.0 O direito de votar e ser votado é extensivo a todos os sócios; é limitado, porém, para os associados e sócios correspondentes, os quaes não poderão receber votos para os cargos de administração. § 3.° Os sócios perderão somente seus direitos em virtude de expontânea renuncia ou quando a assembléa geral resolver a sua exclusão por proposta da Directoria. ZREQ-TTLAIIVEIEnNrTO CAPITULO VI dos sócios Art. 18. A sociedade prestará seus serviços de preferencia aos sojíos e associados quando estiverem quites com ella. Art. 19. A jóia deverá ser paga dentro dos primeiros três mezes após a sua acceitação. Art. 20. As annuidades poderão ser pagas por prestações semestraes. Art. 21. Os sócios e os associados se poderão remir mediante o pagamento das quantias de 200$ e 500$, respectivamente, feito de uma só vez e independente da jóia, que deverão pagar em qualquer caso. Art. 22. Os sócios e associados não poderão votar, nem receber o diploma, sem terem pago a respectiva jóia. § i.° O sócio que tiver pago a jóia e uma annuidade, poderá remir-se mediante a apresentação de 20 sócios, desde que estes tenham igualmente satisfeito aquellas contribuições. § 2.° Para esse effeito o sócio deverá requerer á Directoria, provando seus direitos nos termos do paragrapho anterior. § 3.0 Serão considerados beneméritos os sócios que fizerem donativos á sociedade, a partir da quantia de um conto de réis. Art. 23. Para que os sócios atrazados de duas annuidades possam ser considerados resignatarios, nos termos dos Estatutos, é preciso que suas contribuições lhes tenham sido solicitadas por escripto, até três mezes antes, cabendo-lhes ainda assim o recurso para o conselho superior e para a assembléa geral. SUMMARIO Exposição de animaes em Bello Horisonte 63 Movimento agrícola pelo Estado de Minas 79 As Escolas D. Bosco de Cachoeira do Campo 87 A cultura dos cereaes 89 Os italianos em Nova York 92 Os italianos na Republica Argentina 95 Expediente io3 Noticiário ■ • n6 Parte Commercial 125 Biblioyraphia 143 FAZENDA DA GAMELLEIRA ifi;~ JEB : Cil •• Jjja, , ,L tê ^^T% ■ *' Anno XII — N. 5 de Janeiro jLklYOUB le AgpiBukkupa -KJ- (D 2 &* LANTA horto fructicola peVha * Capital Federal SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Fundada em 16 de janeiro de 1897 Caixa-postal, 1245 Sede: Ruas da Alfandega 11. 102 Endereço Telegraphico, AGRICULTURA e General Camará n. 105 Telephone n. 1416 M° n« janeiro DIKHOTORIA Presidente — Dr. Wencesláo Alves Leite de Oliveira Bello. i° Vice-presidente — Vagi 2° Vice-presidente — Dr. Sylvio Ferreira Rangel. |,i, ■■ 1 lente Dr. Domingos Sérgio de Carvalho. Secretario Geral — Dr. Heitor de SA. 1° Secretario — Dr. Francisco Tito de Souza Reis. 2° Secretario — Dr. Benedicto Raymundo da Silva. 3o Secretario — Dr. José Ribeiro Monteiro da Silva. 4" Secretario — Albe"rto de Araújo Ferreira Jacobina. i° Thesoureiro — Dr. João Pedreira do Couto Ferraz Júnior. 2o Thesoureiro — Carlos Raulino. DlreotDres das Socçôes Fazenda de Santa Mónica Dr. Sylvio Rancei. Applicações do Álcool e Museu Dr. Benedicto Raymundo. Secção Tecli nica e Bibliotheca Dr. Heitor de Sá." Plantas e sementes e Horto da Penha . . Dr. Monteiro da Silva. Propaganda e estatística Alberto Jacobina e Carlos Raulino. Secretaria Dr. Souza Reis. Thesouraria Dr. Pedreira Júnior. Oollaboração Serão considerados collaboradores não só os sócios como todos que quizerem ser- vir-se destas columnas para a propaganda da agricultura, o que a redacção muito agradece. A lista dos collaboradores será publicada annualmente com o resumo dos trabalhos. A redacção não se responsabilisa pelas opiniões emittidas em artigos assignados, e que serão publicados sob a exclusiva responsabilidade dos autores. Os onginaes não serão restituídos. As communicações e correspondências devem ser dirigidas á Redacção d'A LA- VOURA na sede da Sociedade Nacional de Agricultura. A LAVOURA não acceita assignaturas. E' distribuída gratuitamente aos sócios da Sociedade Nacional de Agricultura. < :\ SOCIEDADE NACIOXA.L Dl V.lilM I Si II II i III M Ml.1,'1 I l I ■ Í3Í Anno XII - N. 5 Rio de Janeiro Maio de 1908 EDITORIAL Sociedade Nacional de Agricultura L1BRARY NEW YORK BOTA NIC AL UaRDEN. RESUMO HISTÓRICO Seja-nos permirtido abrir um parenthese nesta serie de artigos de fundo, com que temos mantido a nossa revista desde que tivemos a honra de dirigir a sua confecção, como director da Secção Technica desta Sociedade. Secção de plantas e sementes Lançados sobre assumptos technicos, que nos dizem respeito no vasto campo agrícola, pelas pennas dos distinctos e competentes colle- gas de directoria, perdoem-nos desta vez os nossos benévolos consócios e leitores a inserção das presentes linhas, a par da incompetência de fazermos um ligeiro retrospecto da vida da Sociedade Nacional de Agricultura, tarefa muito mais cabível a outros directores, de longo S0C3EDADB NACIONAL DE AGRICULTURA tirocínio e relevantes serviços nesta casa de trabalho incessante, com ardor desinteressado, pelo bem da grande fonte de riqueza da nossa pátria. Um dever, porém, nos impelle a tal e é o do nosso posto, que nos foi designado, e o do cargo que occupamos na directoria. Escolher este assumpto e não outro technico, foi também obrigação que se nos julgou devida pelas razões que passaremos a recordar. Um anno faz que esta revista tomou a nossa direcção e pouco mais que fomos eleito secretario geral ; tempo é pois de relatar os factos da vida da Sociedade na historia da agricultura brasileira. Ainda accresce a proximidade de uma exposição á qual vae concorrer esta Sociedade, destacada por seu pavilhão especial. Secção do álcool Razões são bastantes as que acabamos de mencionar para dedi- carmos o presente numero á exposição de nossa vida social e salien- tarmos os factos que actualmente mostram o grau de desenvolvimento a que chegou a Sociedade Nacional de Agricultura, depois de onze annos de lutas e trabalhos patrióticos. São estes modelados pelo ideal da emancipação económica do paiz, por meio da emulação da classe agrí- cola e da defesa de seus interesses. Haja á vista os valentes esforços que está fazendo a Sociedade para bem representar-se na Exposição Nacional de 1908, afim de mostrar, por este lado, o que já tiver produzido em favor da classe agrícola e por outro que não descança, organizando para a mesma occasião o seu Se- gundo Congresso de Agricultura, que acudirá ás necessidades actuaes da lavoura. Longo tempo decorreu desde a emancipação politica do Brasil antes que alguma associação se fundasse na capital do paiz para tratar dos interesses agrícolas, apparecendo somente na phase actual, da Republica, esta Sociedade Nacional. Precedeu-a de longa data, 27 annos, a Socie- dade Auxiliadora da Agricultura de Pernambuco, o que muito destacou a lavoura daquelle Estado, por ter sido a precursora do movimento agrí- cola no Brasil. Uma houve antes destas e foi a Sociedade Auxiliadora da Industria Nacional, cuja vida teve inicio antes do meiado do século passado e que se dedicou um pouco á agricultura. Está hoje transformada em o Centro Industrial do Brasil. Teve também outrora a agricultura um campo de acção nos comícios que se realizavam com exposições e ensaios de instrumentos agrários. SODTKnADE NACIONAL DF AORIOJLTUPA Em boa hora fundada por um grupo de patriotas, em 16 de janeiro de 1897, entre os quaes figuraram os Drs. Ennes de Souza, Campos da Paz, Germano Vert e Carlos Travassos, a nossa Sociedade veiu abrir de vez a era de desenvolvimento agrícola do paiz, por sua tenaz propa- ganda. E' de admirar que só tão tarde isto acontecesse, tratando-se da grande e magnânima industria que restitue ás centenas as sementes que são lançadas no seio da terra ; de incomparável superioridade a todos os ramos da actividade humana. Basta lembrar o trabalho que é perdido para aproveitamento das forças motrizes nas demais industrias. Vem de molde salientar aqui a fundação da Sociedade Brasileira para Animação da Agricultura, em Paris, a 10 de junho de 1895, por um grupo chefiado pelo Dr. Assis Brasil, que de longe se lembrou das necessidades da lavoura de sua pátria. Apesar de todos os conceitos favoráveis, é custoso o desenvolvi- mento da agricultura e mais ainda a sua reforma, o seu aperfeiçoa- mento. Não poucos hão sido aquelles que a teem encarado devida- mente desde a antiguidade, como Cicero, Columella, Sully, Cromweli, até aos nossos coevos, bem distinctos aliás, considerando a agricultura como a fonte principal de todas as riquezas; e até mesmo na mente de revolucionários, como Saint Just, ella é aquinhoada com a phrase criteriosa de que só um povo agrícola pôde ser forte e virtuoso, quando elle sustentava suas idéas sobre instituiçSes republicanas. A America do Norte só por si é um bello exemplo em boa occasião apontado ao mundo por Washington. E' preciso levantar o nivel moral para alcançar taes commettimentos em beneficio da humanidade. Tal é a honrosa missão da Sociedade Nacional de Agricultura. Quaes os resultados já obtidos, quaes os trabalhos feitos, quaes as idéas lançadas , qual a propaganda continua, durante este período de onze annos de vida laboriosa, eis o que vamos examinar. Já o illustre Dr. Wencesláo Bello, quando secretario geral, relatando os trabalhos effectuados durante o a nno de 1899, dizia que longa era a existência da Sociedade com três annos de vida. Que diremos nós agora com mais oito de existência penosa e entrecortada de dificuldades de toda sorte, sem fallar no combate constante em favor das idéas ade- antadas, que tanto custaram a calar no espirito dos interessados, apezar de malhadas na bigorna do altruísmo, do desinteresse e do patriotismo da Sociedade Nacional de Agricultura. Assim é verdade infelizmente ; muito lenta e custosa é a propaganda em uma classe que não visa a união, e em que lavra o desanimo pelos A LAVOURA revezes que lhe causa a especulação. Mas apezar de tudo o horizonte já se vae desanuviando deante das iniciativas publicas e particulares, bem orientadas, assumindo sempre a Sociedade o posto de centro de defesa dos interesses agrícolas nacionaes. Por seus órgãos de publicidade, como sejam o periódico mensal qA Lavoura, com seus respectivos supplementos, a serie de folhetos de propaganda agrícola, além de innumeras publicações technicas e admi- 1 wWÈLXJEBksémmÊ use #3» nistrativas, tem sabido sempre a Sociedade corresponder á boa vontade de seus sócios e aos auxílios do governo, mais directos desde o tempo do Pre- sidente Campos Salles, enumerando os seus feitos em prol de seus desígnios. Correndo anno por anno e compulsando os períodos em que agiram as differentes directorias, vamos ver os trabalhos que por sua iniciativa tiveram saliência e proficuidade. I89ir — Iniciados os trabalhos da Sociedade Nacional de Agricul- tura, em 1 6 de janeiro de 1897, ficou a sua administração a cargo da se- guinte directoria, depois das necessárias combinações para a sua boa gestão: Presidente — Dr. Ennes de Souza . i° Vice-Presidente — Dr. Vaz Pinto Coelho. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA 1° Vice-Presidente — Dr. Campos da Paz. Secretario Geral — Dr. Germano Vert. i° Secretario — Dr. Jacy Monteiro. •2o Secretario — Dr. Sérgio de Carvalho. i° Thesoureiro — Dr. Joaquim Tavares Guerra. i° Thesoureiro — António Gomes Paz. Teve installação condigna em salão da Escola Polytechnica, sendo dirigida por um regulamento, que cuidava sobre todos os assumptos internos e tendo por base o bem da agricultura nacional e occupando-se de todos os assumptos que pudessem trazer o progresso agjj.ola da Re- publica dos Estados Unidos do Brasil, entendendo-se por de' tudo que possa referir-se ás aguas e florestas, aos assumptos agrários, a~e íltura do solo, á creaçao e ás industrias ruraes . De prompto desenvolveram-se as suas forças graças aos bc -enieritos esforços do Dr. Ennes de Souza, que, como director da Casa d 'oeda, daquella época, agazalhou provisoriamente a Sociedade nesta a de trabalho omcial e fez imprimir o seu boletim mensal, a começar d julho deste anno, nas officinas do referido estabelecimento. Neste boletim bastante collaboraram a directoria e muitos membros honorários e do Conselho Superior. Também figuram neste período, re- presentando papel saliente, o presidente e os vice-presidentes honorários Srs. Dr. Luiz Pereira Barreto, Frederico Albuquerque e Pedro Soares Caldeira. Houve que lamentar a perda do i.° vice-presidente honorário em 3 de novembro e por esse tempo mais as do i.a vice-presidente hono- rário, a do Dr. Collatino Marques de Souza, as dos Drs. António Seve Navarro, Manoel Leite de Novaes e Mello e do major Manoel de Freitas Novaes, membros distinctos do Conselho Superior e que grande falta fizeram aos labores da Sociedade. Apezar porém,de contrate mpos,os resultados da propaganda fizeram- se sentir neste anno, pois a 18 de setembro foi aberta a 2a exposição agrícola e o primeiro concurso regional, promovidos pela Commissão de Agricultura do Districto Federal, da qual era presidente o Dr. Ennes de Souza. Foi encerrada a 3o do mesmo mez, funccionando no prado do Turf-Club e devendo o apoio de sua iniciativa a esta Sociedade. Teve a melhor concurrencia e os melhores resultados que se podiam desejar naquelle momento. Sob a influencia benéfica da Sociedade foram inauguradas duas associações no mez de julho ; primeira, Sociedade Agrícola e Pastoril da Bahia ; segunda, Sociedade Agrícola Pernambucana . A Sociedade Agrí- cola Fluminense foi logo depois, em 8 de agosto, fundada do mesmo modo, bem como, a i5, a Sociedade Estadoal de Agricultura do Paraná. Finalmente a 17 de novembro foi instalada a quinta, a Sociedade Agrícola de Rezende, sendo estas duas ultimas filiadas á Sociedade Nacional. Ainda teve a directoria da Sociedade por essa occasião noticia da formação da Sociedade Cearense de Agricultura, sendo estes os effeitos da expansão de sua propaganda. Apezar de bons fructos colhidos durante o anno, terminou elle com desintelligencia entre a directoria, o que é doloroso mencionar, attento o gráo de desenvolvimento a que tinha chegado a Sociedade, brilhante- mente chefiada pelo distincto mestre Dr. Ennes de Souza, muito embora tivesse sido a mesma Directoria confirmada em suas funcçóes por um voto da assembléa geral extraordinária de 18 de dezembro de 1897. 1898 — Aberta a divergência entre os membros da Directoria, ficou acephala a direcção da Sociedade, tendo sido instaurado processo contra os que motivaram esse incidente, com o fim de haver o patri- mónio, o qual processo foi julgado a 3o de janeiro, dando razão áquelles que conseguiram reunir assembléa geral em 7 de fevereiro para organi- zação da 2a Directoria, que ficou assim completada : Presidente — Dr. Moura Brasil. i°. Vice-Presidente — Dr. Campos da Paz. 2o. Vice-Presidente — Dr. Joaquim Carlos Travassos. Secretario Geral — Dr. Germano Vert. i°. Secretario — Dr. Eurico Jacy Monteiro. 2o. Secretario — Dr. Sérgio de Carvalho. Os i.°e 2.0 Thesoureiros, devido naturalmente á questão havida, tendo-se esquivado ao convite de prestação de contas, foram substituídos pela Directoria com a nomeação interina do Dr. Fábio Leal, para seu Thesoureiro, emquanto não interviesse solução judiciaria final. Já tinham sido antes approvados em sessão de i5 de janeiro o Regula- mento e o Regimento Interno, estipulando uma contribuição para os sócios em substituição á importância com que contribuição para o Boletim . Tratando da reorganização dos serviços, a presente Directoria con- seguio installar-se em salas da Repartição de Estatística, gentilmente cedidas pelo Dr. Sebastião de Lacerda, então Ministro da Indnstria, tendo antes havido sessões no Lycèo de Artes e Officios e na Associação Commercial. Pelo mesmo Sr. Ministro foi concedida a impressão do Boletim "A Lavoura" na Imprensa Nacional, o qual foi regularizado, quanto possível, pela commissão de redacção, nomeada na sessão de Directoria SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA de i3 de abril, sendo Presidente o Dr. Fábio Leal. Houve, porém, neste anno dualidade dessa Revista, pois que os outros membros da Directoria passada, não se conformando com as decisões legaes, fizeram imprimir o Boletim durante esse mesmo tempo. Muito justo foi o titulo de sócio honorário conferido ao Sr. Dr. Sebastião Lacerda, pois que só como correr dos annos é que os serviços são devidamente avaliados. Assim é que ainda hoje goza a Sociedade do favor de ser o seu Boletim feito na Imprensa Nacional. Mais outros títulos de sócios honorários foram conferidos na sessão de 4 de abril, em numero, que foi elevado depois, de 16, sem contar o illustre Dr. Pereira Barreto, Presidente honorário. Teve também um dos primeiros títulos de sócio honorário o Barão de Capanema que fez conferencias brilhantes na sede da Sociedade. Os cargos de vice- presidentes honorários não foram preenchidos, sendo para referir que como sócia benemérita foi contemplada com justiça a Exma. Sra. D. Veridiana Prado, pelos reaes serviços prestados por occasião das exposições de Viticultura de S . Paulo e Rio de Janeiro, de uvas culti- vadas na chácara de Pirituba, promovida a ultima por esta sociedade e realizada nos dias 3 a 6 de março no edifício da Prefeitura Municipal. Esta exposição, na qual se salientou o Dr. Campos da Paz, deu em resultado a demonstração de que a viticultura se pôde nacionalizar no Brasil, como foi proclamado no paize no estrangeiro. Pelo mesmo Dr. foram mandadas 6 collecções de photographias das uvas, para serem re- produzidas em jornaes da Allemanha . Tratando de regularizar os trabalhos internos, a Directoria, envi dando esforços para as respectivas entradas, conseguio inscrever 440 so cios, dos quaes 165 satisfizeram as suas annuidades. Organisou com- missões particulares e methodizou o serviço para ter posterior desen- volvimento. Mesmo assim foram distribuidas sementes, foi novamente começado o museu, foram dados á publicidade diversos trabalhos das commissões sobre assumptos de momento, não foram descuradas as con- ferencias hebdomadarias, a principio no Lycêo de Artes e Officios e depois na Estatística . Deu alarme da peste dos suinos e da invasão do phylloxera, motivando providencias officiaes . Tal foi o empenho da re- ferida Directoria para assignalar o inicio da segunda phase da Sociedade Nacional de Agricultura . 189» — Herdando ainda a lucta do direito a que se julgava a 2.a Directoria dos bens da Sociedade, que estavam na Casa da Moeda, o novo anno começou entre os ardores dessa lucta e a manutenção dos membros que tinham divergido 12 mezes atrás. A LAVOURA 155 Até que emfim a justiça fez-se em 3 de abril, tendo esta Sociedade cabal satisfação de todos os seus direitos. Cahiu esta louvável sentença entre as mãos da 3a directoria, eleita em assembléa geral de 21 de fevereiro. Ficou assim organizada : Presidente— Dr. .Moura Brasil. t." Vice-Presidentc — Dr. Campos da Paz. •2.° » » — Dr. Carlos Travassos. Secretario geral — Dr. Germano Vert. i.° Secretario — Dr. Jacy Monteiro. 2.° » — Dr. Aristides Caire. r.° Thesoureiro — -Dr. Fábio Leal. i.° i> — Barão de Aguas Claras . A redacção d1.! lavoura ficou a cargo de uma commissao, tendo por presidente o Dr. Fábio Leal e por secretario o Dr. G. Vert Tendo renunciado a 7 de março o Dr. Germano Vert, por ausen- tar-se para S. Paulo, apesar dos reiterados pedidos da directoria, em attenção aos seus valiosos serviços desde o inicio da Sociedade, foi em- possado no cargo de secretario geral o Dr Wencesláo Bello, que era até então membro do Conselho Superior. Pouco tempo depois, a 29 de maio, foi roubado á vida o illustre Dr. Campos da Paz, que relevantes serviços prestou, desde o começo da Sociedade, não só a esta como ao paiz, que se honrou de possuil-o entre os seus scientistas agrícolas. O seu melhor livro — Manual Pratico do Viticultor Brasileiro — teve a mais larga distribuição por muitos Estados, como justa homenagem ao seu mérito. Continuaram as providencias acertadas por influencia da presente directoria contra o phylloxera das vinhas, tendo sido o foco primeiro em S. João d1El-Rey, cujo presidente da Camará, Dr. Joaquim Leite de Castro, auxiliado pelo Dr. Álvaro A. da Silveira, deu um bello exemplo de zelo e patriotismo, fazendo queimar na praça publica todas as plantas contaminadas existentes. Estudos dos entendidos e actos do Governo vieram contribuir para minorar o mal, vendo a Sociedade attendidas suas solicitações . Outra epidemia foi a peste dos suinos, mais tarde classificada de pneumo-enterite, a qual provocou iguaes cuidados da directoria, pedindo providencias aos poderes públicos de Minas, S. Paulo, Rio, Espirito Santo e da Capital . Foram organizadas instrucçóes que ainda hoje servem de precaução contra os prejuízos desta peste. «03 2 SOCIEDADE NACIONAL DG AGRICULTURA Labutou a directoria no sentido de assegurar meios que defendessem a lavoura da crise que atravessava, com a adopção do ensino agrícola pratico e do credito agrícola. Tratou em seguida das tarifas das estradas de ferro, elemento vital da agricultura, chamando a attenção em primeiro logar da Estrada de Ferro Central e conseguindo reducção, depois da segundo investida, o que foi de grande proveito, principalmente para os cereaes. Atacou com interesse o melhoramento da cultura do café e do seu commercio. Deu attenção aos trabalhos internos sobre informações, se- mentes, publicações, etc, desenvolvendo-os mais do que no anno an- terior, e elevando o numero de sócios a 562 . Acolheu diversos trabalhos technicos de reconhecida vantagem e produzidos por distinctos sócios. Em cumprimento de sua árdua missão, conseguiu a directoria que em ao de dezembro o Ministro da Industria, Dr. Severino Vieira, en- tregasse á Sociedade a Fazenda Grande da Penha, em Irajá, que era -explorada como Horto Vitícola para a organização dos campos de es- tudo e ensino agrícola pratico . No mesmo sentido envidou esforços para que fosse entregue a Fazenda de Santa Mónica, em Valença, alcançando de egual sorte do Sr. Ministro da Fazenda, Dr. Joaquim Murtinho, a publicação na im- prensa Nacional de folhetos de propaganda. Não esquecendo a grande data que ia ser commemorada no anno de 1900, da descoberta do Brasil, a sociedade entendeu bem de fazer um Congresso de Agricultura e Industrias Ruraes e respectivo Museu, a realizar-se em 14 de julho de 1900, estudando os meios de leval-o a effeito e confeccionando o seu programma. Com um anno de tão fecundos trabalhos, a Sociedade abria nova era promissora das mais ridentes recompensas. ÍOOO — Proseguindo na sua rota de propaganda, a mesma dire- ctoria resolvepublicar em folhetos, para distribuição gratuita, a confe- rencia do Dr. Germano Vert, sobre «o gado e a lavoura» (n. O) e a do commandante José Carlos de Carvalho sobre o «café e algodão» (n. 7). Esta.série já tinha sido começada com cinco folhetos sobre diversos assumptos, como n. 5 — i S99 — O preparo do silo, pelo Dr. Wencesláo Bello ; n. 4 — 1899— Moléstia do cafeeiro, pelo Dr. Aristides Caire ; n. 3 — 1898 — Alimentação do vegetal. Conferencias pelo Dr. Germano Vert ; n. 2 — 1898 -r- Industria Partoril — Conferencia pelo Dr. Carlos Travassos e n. 1 — 1898 — Viticultura. Exposição Vitícola de S. Paulo — Re- latório apresentado ao Governo do Estado de Minas Geraes pelo Dr. Campos da Paz. Al LAVOl l: V 107 Alguns destes assumptos e outros foram tratados com brilhantismo em conferencias feitas na sede da Sociedade. Foram aventadas e bastante discutidas as questões relativas á intro- ducção de immigrantes japonezes em nosso paiz, a qual só hoje vae ter realização, podendo ter sido tratada por occasião da ida do commen- dador Sanz de Elors ao Japão, para fazer propaganda do café brasi- leiro . A directoria tentou mesmo introduzir os immigrantes em Santa .Mónica . Em sessão de directoria de 20 de fevereiro, foi confirmada a assigna- tura do termo da cessão dos objetos pertencentes ao Centro Agrícola da Vargem Alegre, pela Secretaria das Obras Publicas do Estado do Rio, de accòrdo com autorização legislativa, e obedecendo a certas clausulas de obrigações por parte da Sociedade. Mui justamente tornou-se a directoria grata á Assembléa e ao Governo do Estado do Rio, na pessoa do-Exm. Sr. Dr. Alberto Torres, sendo a este ultimo conferido o titulo de sócio ho- norário. Por essa accasião, a 10 de fevereiro, era entregue a fazenda de Santa Mónica pelo Sr. Ministro da Industria, o Dr. Alfredo Maia, sendo alcançada também por esse tempo, de accòrdo com o director da Estrada de Ferro Central, a concessão de passe annual para três directores da So- ciedade e de frete gratuito a Santa Mónica para todos os objectos agrícolas a ella destinados. Houve, portanto, um bom inicio de exploração da Fazenda com os apparelhos do Centro da Vargem Alegre, que foram destinados a esse fim, e com um credito do qual só foi apurada a quantia de cerca 60 : ooo$ooo, em virtude dos revezes do Banco do Brasil. Agiu até meiadodo anno a directoria transacta pela dificuldade de reunir a Assembléa Geral, o que se deu finalmente em julho, sendo eleita a nova e feitos augmentos de directores pelas necessidades dos serviços, como se vê, havendo a suppressão do cargo de secretario geral : Presidente — Dr. Moura Brasil. Vice-Presidente — Dr. Cândido Barata Ribeiro. » » » Fábio Nunes Leal . í » — Barão de Aguas Claras. Secretario — Dr. Eurico Jacy Monteiro. » d Domingos Sérgio de Carvalho. í 1 Amaro Ferreira das Neves Armond . Director de Culturas — Dr. Aristides Caire. » da Propaganda — Dr. Wencesláo de Oliveira Bello. i°. Thesoureiro — Alberto Jacobina. 2". s António Maximino Pinto e Souza. loS SOCíKDADH NACIONAL DK AGRICULTURA A Fazenda de Santa Mónica ficou a cargo do D:. A. Caire e a da Penha sob a direcção do Dr. Jacy Monteiro. A redacção dM Lavoura ficou com o Dr.W. Bello, como redactor- chefe e o Dr. Sérgio de Carvalho, como secretario. Sendo installado o serviço na Fazenda de Santa Mónica, foi cila muito visitada, obedecendo ao cuidadoso programma da directoria. Entre ai visitas importantes salientam-se as do Ministro do Japão e do Dr. Alberto Torres, presidente do Estado do Rio. Aquelle mostrou-se tão satisfeito que disse envidar esforços para a vinda de famílias japonezas para o Brasil, mesmo á custa do governo do seu paiz, ou de qualquer particular. Este declarou sentir muita satis- fação por tudo que via, providenciando para que viessem alguns appa- relhos e instrumentos que se achavam ainda em Vargem Alegre . A idéa lançada no anno anterior da fundação de um Museu fo; acolhida com boa vontade, quer no paiz, quer no estrangeiro, sendo recebidos muitos specimens. A difhculdade, porém, de casa para a sua installação tem motivado o retardamento da execução desse objectivo, muito embora a directoria tenha envidado esforços para obter a casa por via official. O mesmo aconteceu ao Congresso de Agricultura. Entre outros productos recebidos salientam-se os da Sociedade Estadoal de Agricultura do Paraná, que obtiveram successo no Palácio do Congresso do Estado, quando alli expostos, sendo distribuidos por tal occasião prémios em medalhas e menções honrosas. A Fazenda de Santa Mónica foi accrescida com os apparelhos do laboratório chimico e meteorológico enviados pela Secretaria das Obras Publica6 do Estado do Rio, em 29 de outubro, e pedidos pela directoria para iniciar trabalhos de analyses e observações. Pelo fim do anno foi o Dr. Moura Brazil, na qualidade de presidente da Sociedade, agraciado com o diploma de sócio da Sociedade Rural Argentina, facto que assignala o desenvolvimento das relações da Socie- dade no estrangeiro, tendo sido nomeados em retribuição sócios corres- pondentes os Srs. presidente e secretario daquella Sociedade. Pela mesma occasião foi acceito pela directoria um donativo de doze contos em apólices municipaes concedido pelo Conselho Municipal, para auxiliar os trabalhos da Fazenda Grande da Penha. Foi autorizada também a impressão dos diplomas de sócios, ado- ptando-se o original com pequenos accrescimos, do primitivo diploma, feito na Casa da Moeda. Terminou o anno com a Exposição de uvas, procedentes da chácara do Dr. Aristóteles Gomes Calaça, originada pela de 1898, most-ando um esforço e devotamente em prol do desenvolvimento da viticultura brazileira. Foram discutidos durante o anno diversos assumptos importantes, da occasião, como por exemplo o projecto de locação de serviços sus- tentado pelo Senador Moraes Barros. Tiveram maior incremento os trabalhos internos da Sociedade. lOOl — Com a demora da installação do Congresso e Museu Agrícola, já mais de uma vez transferida pela difficuldade de obtenção de casa, foi obrigada a directoria a ceder temporariamente os pro- duetos que a Sociedade Estadoal de Agricultura do Paraná enviara, afim de figurarem em uma exposição naquella capital. Foram tomadas as deliberações de pedir ao Governo, para o Museu, a antiga Ucharia do Paço, ou mesmo mais algumas salas da Repartição de Esta- tística . Foi apresentado em sessão de 20 de fevereiro, pelo Sr. presi- dente, o Sr. Dr. António Carlos Simoens da Silva, que tinha sido incum- bido particularmente de representara Sociedade na Argentina, Uruguay e Chile, por occasião da visita do presidente Campos Salles ao Rio da Prata, junto ás Sociedades congéneres naquelles paizes. Muito bem se houve o Dr. Simoens estreitando as relações agrícolas, não só nas capitães, como pelo interior daquellas Republicas, trazendo grande có- pia de sementes e publicações. Tão penhorada ficou a directoria, por este relevante serviço, que lhe conferiu o titulo de sócio honorário, além de lançar em acta um voto de gratidão pelo nobre devotamente á causa agrícola brazileira. Foram modificados os trabalhos culturaes da Fazenda de Santa Mónica, no sentido de serem mais bem cuidados, sendo commettida a incum- bência de dirigil-os pessoalmente ao Dr. Aristides Caire, mediante gratificação, com a condição, porém, de residir na Fazenda. No Horto da Penha foram autorizados alguns serviços para iniciar lavras e vivei- ros de frueteiras, concertos de ca^a, cercas, ctc. Attentos os relevantes serviços que o Dr. Assis Brazil, presidente da Sociedade Brasileira para Animação da Agricultura, tem prestado á Sociedade Nacional e á lavoura do paiz em geral, foi resolvida a concessão do titulo de sócio honorário. Houve por essa occasião jubilo entre a directoria por ter o seu presidente recebido igual distineção daquella Sociedade, de Paris. A ultima sessão da directoria effectuou-se cm 19 de março, depois da qual elh se demittiu, acompanhando seu presidente que entendeu assim proceder porque, sendo também presidente do Cen'ro da Lavoura lw> SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA do Café do Brasil, julgava-se exautòrado pelo Governo, pelarecusa das preterições daquelle Centro, severamente criticado pelo Jornal do Com-, mercio, em artigo que parecia ter cunho oíncial. Esse Centro tinha personalidade á parte c tinha cm sua adminis- tração alguns dos directores da Sociedade e representantes do commercio e dos Estados de S. Paulo e Rio de Janeiro. Foi por isso constituída uma commissão directora, composta do barão de Capanema, como presidente, e dos Drs. Luiz Carlos Barbosa de Oliveira, Augusto Bernacchi, Aristóteles Calaça e Sr. Carlos Moreira, encarregada do expediente até a reunião da assembléa. Foi então convocada a assembléa geral, que em 25 de abril acclamou a seguinte directoria : Presidente — Dr. Antonino Fialho. i° vice-presidente — Dr. João Baptista de Castro. 2° dito — Dr. Luiz Carlos Barbosa de Oliveira. 3o dito — Dr. Aristóteles Gomes Calaça. Director da propaganda — Commandante José Carlos de Carvalho. Director de culturas — Dr. Bernardo Dias Ferreira. i° secretario — Dr. José Mattoso Sampaio Corrêa. 2o dito — Dr. Augusto Bernacchi. 3o dito — Sr. Carlos Moreira. i° thesoureiro —Sr. Jens Sand. 2o dito ■ — Sr. João da Silva Gandra. A redação dM Lavoura ficou sob a direcção do commandante José Carlos de Carvalho, como chefe e do Dr. Sérgio de Carvalho, como se- cretario . Foram nesta sessão salientados os relevantes serviços prestados pela directoria demissionaria, que deu grande impulso á Sociedade, tendo á sua testa o Dr. Moura Brasil. Começou a nova directoria a desenvolver mais ainda os serviços a seu cargo, na terceira phase da vida social, de modo a curar da Fazenda de Santa Mónica e do Horto da Penha e pôr em dia o boletim A Lavoura. Foi largamente discutida a questão da dissolução do Centro da Lavoura do Café, sendo apresentadas propostas no sentido de ter outra applicação a verba do Centro, por intermédio da Sociedade, como o estudo sobre a lavoura do café, campo de experiências, ctc. Foram empossados no? cargos do C?ntro os membros da directoria da Sociedade, nesse anno. A 1 3 de maio, o Dr. Sérgio de Carvalho, em sessão especial, fez exposição completa, em conferencia publica, da sua viagem a Montevideo A LAVOURA 1G1 para tomar parte no Congresso Latino Americano, em março, onde foi como representante da Sociedade, oíFerecendo medalhas, que trouxera, sementes, amostras de productos, etc, havendo-se com todo o brilho, e apresentou uma lista de nomes de agrónomos e homens importantes relacionados com a agricultura para sócios correspondentes, o que foi confirmado. Foram discutidas as questões que nesse tempo eram aventadas em S. Paulo para minorar a crise do café, como queima, etc. Occupou-se a Directoria da grande idéa dos syndicatos agrícolas, como meio racional de combater a crise, na sessão de directoria, de 2 1 de maio. Foi logo nomeada uma commissao de cinco membros para formular as bases da organização do 5 syndicatos agrícolas. Em 1 1 de junho com o sentido de valorizar o café, é acceito para estudo um projecto sobre usinas regionaes, que é submettido ao parecer da mesma commissao. Foram mandados imprimir, para distribuição, os trabalhos da pro- paganda do café do Commandante José Carlos de Carvalho e os sobre o café e industria pastoril do Dr. Assis Brasil. Acolheu a Directoria os membros da recente Sociedade de Agri- cultura Alagoana, que vieram á Capital Federal para tratar dos meios de debellar a crise do assucar junto ao governo da União, promettendo a sua cooperação pela causa agrícola no sentido da iniciativa par- ticular. Graças aos novos esforços desta Directoria, teve finalmente exe- cução o primeiro Congresso Nacional de Agricultura, installado no Lyceo de Artes e Officios e funecionando desde 20 de setembro até 8 de outubro, com toda animação e concurrencia que merecia um tal certamen. Tantas e tão boas idéas emanaram do seio de suas discussões, que desde logo foi reconhecido o valor da reunião, que tanto engrandeceu a Sociedade pelos factos decorrentes dessa primeira e patriótica assembléa agrícola. Nelle salientou-se o Dr. Manoel Victorino por seus grandes trabalhos nas discussões de diversos assumptos. Constituiu assim o facto de maior importância do armo. Foi inaugurado também por essa epocha o Museu da Sociedade no mesmo Lyceu, cuja execução foi o frueto de trabalho pertinaz. Conseguiu igualmente a Directoria uma subvenção de vinte contos do Governo, em setembro, que ainda hoje auxilia seus benéficos serviços. Foram tomadas as precisas medidas para que os serviços da fazenda de Santa Mónica tivessem andamento, fazendo-se a economia conveniente por não mais residir nella o director de Culturas. 162 SOCIEDADE NACIONAL DH AGRICULTURA Teve approvação pela directoria o Conselho Superior em numero de 45 membros. Foram attendidos e estudados os assumptos tendentes a melhorar o serviço interno e a desenvolver o plano oriundo do Congresso Agrícola. if)03 — Como consequência do Congresso de Agricultura, reali- zou-se na Bahia, a 10 de janeiro, uma reunião de lavradores, presidida pelo Dr. Joaquim Ignacio Tosta, e da qual resultou a creação da Sociedade Bahiana de Agricultura, cujos serviços fizeram-se logo sen- tir beneticamente. Em sessão de Assembléa Geral de 4 de fevereiro, foram refor- mados os estatutos, reduzidos os membros do Conselho Superior a 35 e novamente restabelecido o cargo de secretario geral. Antes tinham os estatutos o nome de Regulamento. Este, porém, foi approvado com o seu verdadeiro fim em sessão de directoria de 6 de maio. Foi eleita em 4 de fevereiro a nova directoria do seguinte modo. Presidente — Dr. Antonino Fialho. i° vice-presidente — Dr. João Baptista de Castro. 2o vice-presidente — Dr. Wencesláo A. L. de Oliveira Bello. 3o vice-presidente — Dr. Aristóteles Gomes Calaça. Secretario geral — Dr. Domingos Sérgio de Carvalho. Director de culturas — Dr. Aristides Caíre. i° secretario — Dr. Jacy Monteiro. 2o » — Dr. Augusto Bernacchi. 3o » —Alberto Jacobina. i° thesoureiro — Jens Sand. 2o » — João da Silva Gandra. A redacção d\4 Lavoura esteve a cargo do Dr . Sérgio de Carvalho. Como precursor do movimento syndicatario, fundou -se o primeiro Syndicato Agricola, em S. Thiago do Iguape, na Bahia, a 2 de março. Emanada do seio da Sociedade e discutida desde antes de 1 1 de março, teve realização a primeira conferencia assucareira, na Bahia, em 25 de junho, acompanhada de visitas aos principies engenhos de assucar. Já este segundo comício, em sentido particular, operou resultados mais directos, em favor da lavoura de canna, e ainda marcando outra confe- rencia para o Recife. Por essa occasião foram lançadas as bases do Syn- dicato Assucareiro da Bahia, que tão bons serviços tem prestado aos interesses locaes. Deu ensejo a largas discussões o projecto do general Quintino Bo- cayuva, lançado em 27 de junho, tendo constituído a Sociedade uma com- A LAVOURA missão, para sobre elle interpor parecer, a pedido do Dr. Ignacio Tosta, como membro da Commissão de Agricultura da Camará. Este parecer foi approvado, sendo apenas modificada uma conclusão, havendo um folheto em que elle foi vulgarizado, sob o titulo de «Valorização do Café». Na tribuna parlamentar evidenciou-se o Dr. Ignacio Tosta, com- panheiro distincto das idéas adiantadas da Sociedade e de seus Congres- sos, apresentando a i.) de agosto um parecer, em additamento ao projecto n. 322, de 10 de dezembro de 1 901, sobre syndicatos agrícolas, moldado na legislação franceza. Convém assignalar a activa propa- ganda feita pela imprensa diária pelos Drs. Wescesláo Bello e Baptista de Castro a favor da organização dos syndicatos agrícolas. Em setembro teve execução, por ordem do Ministro da Industria, conselheiro António Augusto da Silva, a parte da lei orçamentaria que mandava dar a verba de 1 00:00 $ para a distribuição, de plantas e se- mentes e para facilitar a introducrio de animies de raça no paiz, ficando o serviço a cargo da Sociedade Nacional de Agricultura, pelo qual ella muito se interessou como medida pratica. Uma grande idéa teve concretização neste anno por meio do pro- jecto do Dr. Chíistino Cruz, apresentado á Camará, sobre a creação do Ministério da Agricultura. Teve como fonte de origem o Congresso Agrí- cola realizado pela Sociedade em 190.1. 1003 — • A Sociedade teve o feliz ensejo de ser correspondida no appello que dirigiu aos Governos Federal e dos Estados para a repre- sentação do Brasil na Exposição de S. Luiz. Deu isso motivo a visita feita á Sociedade pelos Srs. J. Buchnann e J. Lewis, o ex-ministro americano na Argentina e o representante da exposição no Brasil, solicitando a sua intervenção junto aos poderes públicos. Outro pedido teve a Sociedade de D. Cypriano de la Pena para que ella interviesse sobre a representação do Brasil na Exposição Agricola de Buenos Aires, em maio, não o permittindo a exiguidade do tempo e outros motivos de crise . E' para salientar, como resultado das luctas anteriores de propa- ganda sobre os syndicatos agrícolas, o decreto n. 979. de 6 de janeiro, um dos primeiros actos do governo do Dr. Rodrigues Alves em prol da agricultura. E os resultados fizeram-se sentir neste mesmo anno, pois em Per- nambuco foram fundados nada menos de seis svndicatos agrícolas. A 31 de janeiro, 1, 2 e 3 de fevereiro reuniu-se em S. Paulo um grande comício agricola tendo sido a Sociedade brilhantemente repre- 164 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA sentada pelos Drs. Wencesláo Bello e Baptista de Castro, que apresen- taram o seu modo de vér sobre os resultados da reunião. Teve logar a 9 de maio a eleição da directoria, que mudou de membros somente nos seguintes: 30 secretario, Dr. Eduardo de Caldas Brito ; i° thesoureiro, João da Silva Gandra ; -i° tlicsoiirciro, Jens Sand. Directores das secções — Museu e Sementes — Dr. Bello; Bibliotheca — Dr. Baptista de Castro. Etfectuou-se a 13 de maio mais um Congresso Agrícola Industrial e Commercial cm Bello Horizonte, do qual fez minucioso relatório o Dr. João Baptista de Castro, na qualidade de representante da Sociedade. Teve começo um projecto de Escola Pratica de Agricultura no Districto Federal, apresentado pelo conselheiro Leôncio de Carvalho, com acquiescencia dos Governos Federal e Municipal, mas não vingou apesar da Sociedade ter prestado o seu auxilio moral, discutindo suas bases e apresentando projecto detalhado para a organização do ensino no instituto. O Dr. Augusto Bernacchi produziu quatro conferencias na sede da Sociedade, nos mezes de junho a agosto sobre «Meios para debellar mais facilmente as crises no Brasil». Em setembro conseguiu, emlim, a Sociedade installar-se na rua da Alfandega n. 102 e General Camará n. 105, sua sede actual, onde poude dar desenvolvimento ás suas secções e attender convenientemente aos serviços de que já estava incumbida. Ahi tiveram a amplitude necessária o Museu Agrícola, os serviços de escriptorio da Sociedade e bem assim a Bibliotheca e a secção de plantas e sementes. Foram igualmente cuidados os serviços da fazenda de Santa Mó- nica, continuando a servir de campo de experiência e de demonstração e os da fazenda da Penha, que começou a ser Horto Fructicola, transfor- mando-se em viveiros de bacellos, plantas e enxertos. O que se salientou nesse anno foi a Exposição Internacional de Apparelhos a Álcool, inaugurada em 18 de outubro, no antigo edifício do Frontão Velocipedico Fluminense, na rua do Lavradio, e preparada desde 5 de agosto de 1902. Como consequência do Congresso de Agricultura e da Conferencia da Bahia, a Sociedade tratou de dar execução a uma de suas conclusões organizando esse tentamen, inspirada no grande progresso que o álcool industrial tomou na Allemanha. Auxiliada pelo Poder Legislativo, no qual se salientou o Dr. Joaquim Ignacio Tosta, advogando os meios a consignar em verba para realização do certamen e pelo poder executivo, 110 qual foi um dos factores o Dr. Lauro Miillcr, -Ministro da Industria, secundando-o no estrangeiro o Barão do Rio Branco, Ministro do Ex- terior, que offereceratn todas as facilidades possíveis, levou ao rim a So- ciedade essa idéa. Na Europa fez a propaganda o Sr. João da Silva Gandra, como delegado da Sociedade durante os trabalhos preparatórios. Realizou-se conjunctamente a Exposição de Flores promovida pela Associação das Crianças Brasileiras, que muito concorreu para o successo geral. Funccionou durante a Exposição o Congresso das Applicações Indus- triaes do Álcool, que chegou a umas tantas conclusões tendentes a vulga- rizar as applicações do álcool no campo industrial. Terminada a Exposição em 25 de novembro, foi constituída a Com- missão de Propaganda. A Lavoura dedicou neste anno e no seguinte um numero especial consagrado á Exposição. 1904 — Após os grandes trabalhos que de 1901 a igo3 absorveram a Sociedade com a promoção dos congressoi e exposições, entrou ella neste anno com a fadiga natural por tantos emprehendimentos . Assim, não muitos serviços foram levados a effeito, convindo citar entre outros os que se seguem . Muito effeito causou a creação doSyndicato Central dos Agricultores do Brazil, sob o patronato da Sociedade, que teve o impulso de sua orga- nisação devido ao Dr. João Baptista de (astro, funccionando na sede da Sociedade. Foi conseguida a verba de 5o:oooSooo destinada omcialmente á pro- paganda das applicações industriaes de álcool, o que deu grande movi- mento á secção que foi creada . A Sociedade teve a feiiz idéa de convidar os Estados para se fazerem representar na Exposição Permanente de Fructas, que se ia realizar em Buenos-Aires, confraternisando e mostrando ao estrangeiro os bons pro- ductos brazileiros. Foi lembrada a bella idéa da realisação de uma festa das arvores, de accordo com o Prefeito, tendo occorrido depois uma, em ponto pequeno, em Paquetá, na qual a Sociedade se representou por uma commissão, fazendo a illuminação da festa a álcool . Essas idéas eram a imitação das bonitas festas de arvores inauguradas no Brazil pelos inspectores agronó- micos de S. Paulo, executadas nas cidades de Araras, Campinas, Itapira, Jaboticabal e Jahú . Foram attendidos tanto quanto possível os trabalhos da Penha, sendo adquiridos instrumentos agrários e sendo augmentada a pomi- cultura. SOCIEDADE NAr.iovu, DK V.kicultpha Também foram adquiridos livros novos para a Bibliotheca e frascos para as amostras do Museu serem bem expostas. Retardada a eleição da nova Directoria, por motivos de força maior, teve ella logar em 6 de setembro, dando o seguinte resultado : Presidente, Dr. Moura Brasil. i" vice-presidente, Dr. WencesláoA. L. de Oliveira Bello. 2° » » Dr. João Teixeira Soares. 3o » » Barão de Aguas Claras . Secretario geral, Dr. Domingos Sérgio de Carvalho. Director de cultura, Dr. Aristides Caire. i° secretario, Dr. Eurico Jacy Monteiro. 2o » Dr. Eduardo de Caldas Brito. 3o » Dr. António de Pádua Rezende. i ° thesoureiro, Dr . Leopoldo César Duque Estrada . 2o » Dr. Fábio Leal. Director da secção do Álcool — Dr. Sérgio de Carvalho. Teve logo nova orientação a presente Directoria, prestando toda a attenção á Fazenda de Santa Mónica para os trabalhos de culturas diver- sas, em experiências e demonstrações praticas e económicas. Chegou até ao ponto de reduzir as despesas em outras secções da Sociedade para dar áquella maior desenvolvimento, cabendo a direcção da mesma ao director de culturas, em commissão. íôOEJ — Nova feição tomaram os serviços internos por motivo de reforma dos estatutos, realizando-se uma assembléa geral a 25 de janeiro, da qual resultou a mudança da Directoria, a modificação dos estatutos e a nova orientação emprestada aos trabalhos da Sociedade, que desta sorte entrou na sua phase actual . Foram alterados os estatutos ; entre outros pontos supprimindo o cargo de Director de culturas e augmentando um secretario e reduzindo o Conselho Superior a 25 membros . Ficou a nova Directoria assim organisada, com o mandato de dois annos : Presidente, Dr Wencesláo A. L. de Oliveira Bello. i° vice-presidente, Dr. João Baptista de Castro . 2o r> t> Dr. Sylvio Ferreira Rangel. 3o » » Coronel Cornelio de Souza Lima . Secretario geral, Dr. Domingos Sérgio de Carvalho. i° secretario, Dr. Luiz J. da Costa Leite. 2° s Dr. Heitor de Sá. 3o s Dr. Alfredo Dias. A LAVOURA 4o d Dr. Carlos Raulino. i° thesoureiro, Alberto de A. F. Jacobina. 2o d Edgardo Ferreira de Carvalho. Directores das secções: Horto da Penha e Sementes — Dr. W. Bello, S. Mónica — Dr. Sylvio Rangel, Museu — C. Cornelio Lima, Bibliotheca, Dr. Baptista de Castro, Álcool — Dr. Sérgio de Carvalho, Boletim — Com- missão tendo para presidente o Dr. Bello. Mais tarde foi revisto o regulamento e approvado em sessão do Conselho Superior de 27 de outubro de accordo com as novas disposições, ficando creadas as 10 secções permanentes em vigor. Em todos os serviços foi dada outra orientação para maior desenvol- vimento e melhor andamento, de accordo com o estado de cousas e a posi- ção da Sociedade . Começou com este anno a distribuição gratuita, a titulo de ensaio, das formigas cuyabanas, adquiridas na Fazenda das Coroas, em Valença, de propriedade do Dr. Ernesto Ribeiro de Souza Rezende. Houve grande distendimento deste formicida vivo, fornecendo-o também a Fazenda do Mimoso, no Estado do Espirito Santo . A Fazenda de Santa Mónica, e o Horto da Penha, iniciaram os seus novos serviços sem esmorecimentos. Naquella foram instituidos os cur- sos práticos de mecânica agrícola eattendidosde um modo geral os trabalhos concernentes aos campos de experiências e de demonstrações. No Horto da Penha começou o verdadeiro aproveitamento dos seus elementos natu- raes para formação de um Horto Fructicola e viveiros de plantas, devido a ter sido designada verba, para esse fim tirada da de distribuição de semen- tes e arbitrada em 20 contos. Assim é que se verifica o seu desenvolvi- mento pela differença de plantas existentes ao começar o anno em numero de 3.247, comparada com o numero de 28. 10 1 ao findar o mesmo anno. Realisou-se no Recife a 2a Conferencia Assucareira, secundada pela Sociedade, conforme mandavam as conclusões da Ia na Bahia. Foi aberta em 14 de março e encerrada a 29 do mesmo mez. Os seus resultados e as visitas proporcionadas d lavoura de canna no interior do Estado muito agradaram a todos que nella tomaram parte, auxiliada como foi pelo Governo do Estado . A Sociedade fez-se representar por seus directores Dr. L. J. da Costa Leite e engenheiro Heitor de Sá. Em 5 de abril houve uma sessão solemne para entrega das medalhas e prémios aos concurrentes da Exposição de Álcool, tendo comparecido o Exmo. Sr. Dr. Lauro Muller, Ministro da Industria, que, com palavras eloquentes e patrióticas, muito animou a Sociedade na sua árdua tarefa. Convidada esta Sociedade para tomar parte nas Exposições que se realisaram em 23 de abril e i de maio em Pelotas e Florianópolis, pro- movidas respectivamente pela Sociedade Agrícola e Pastoril do Rio Grande do Sul e pela Sociedade Catharinense de Agricultura, de bom grado accedeu ás solicitações das distinctas co-irmãs. Enviou esta Socie- dade para os alludidos certamens não só varias amostras de produetos agrícolas constantes de seu Museu e diferentes machinas agrícolas, para cuja remessa se interessaram as firmas commerciaes desta praça, Henry Rogers, Sons & C°e Arens & Irmão, senão também os apparelhos a aicool de força, luz e calor, retirados da respectiva secção, e outros de contribui- ção das firmas commerciaes desta capital, Borlido Moniz & Comp., Manoel Gomes & Comp. e J. M. Camanho. Serviram de artigos de expo- sição e figuraram como factores únicos das illuminações dos recintos, sendo todo o serviço provido e dirigido lambem por emissários desta Sociedade. Além disso, fez-se ainda representar junto a essas festas de trabalho pelo secretario Dr. Luiz Joaquim da Costa Leite, e, a par das demons- trações praticas de utilisação do álcool industrial, fez realisar conferencias sobre o mesmo assumpto pelo órgão de um commissionado especial. Os Drs. W. Bello e Sérgio de Carvalho receberam diplomas de sócio honorário, findo o certamen, da Sociedade Agrícola e Pastoril do Rio Grande do Sul Por occassião do 3o Congresso Latino- Americano, reunido nesta capi- tal, em agosto, tomou parte a Sociedade, tendo-se realisado em sua sede as sessões da commissão de agricultura, sendo conferidos os títulos de sócios honorários e correspondentes a muitos dos membros representantes da Argentina, Uruguay e Paraguay, que faziam parte da secção. Continuaram a ter incremento os syndicátos agrícolas, as sociedades e o movimento agrícola, como reflexo do movimento operado pela Socie- dade. Assim é que na Bahia, Alagoas e Santa Catharina appareceram os elementos justificativos da asserção supra. Pernambuco, porém, foi mais adiante, pois, obediente ás conclu- sões da 2a conferencia assucareira, synthetisou a forca dos syndicátos, creando a união dos syndicátos, com oito regionaes abrangendo 18 mu- nicípios. Foram feitas na sede da sociedade conferencias pelos Drs. A. Cân- dido Rodrigues, J. B. de Castro, Leite e Oiticica, António de Medeiros, Carvalho Borges Júnior e Francisco Malta. O boletim A Lavoura teve nova vida com direcção mais assídua, pondo-se em dia e tratando de assumptos technicos interessantes, sendo confiado a uma commissão directora. Assim é que foram publicadas seis monographias e espalhadas em folhetos especiaes sobre as seguintes matérias : I — Algodoeiro ; II — Lúpulo ; III — Cevada ; IV — Con- solida ; V — Alfafa ; VI — Quatro importantes leguminosas forra- geiras. Sob o titulo de Propaganda Agrícola os folhetos estudam as culturas das plantas. A sociedade promoveu um inquérito sobre o gado Zebú, iniciado a 25 de maio, afim de orientar os criadores sobre esta raça, em vista das repetidas entradas deste gado no nosso território e proveniente das índias, o qual foi depois, em 1Q07, dado á publicidade e largamente dis- tribuído. ii>ociki>\1>K, \Ariii\.\i. ]ik .v;iun:i.'i'i:n.\ exposições havidas, com brilhantismo, não descurando da propaganda oral . A bibliotheca progrediu bastante, pondo-se em relação com as publicações de diversos pontos do mundo agrícola por meio de acquisições e permuta com A Lavoura, podendo já fornecer leitura variada sobre a especialidade a que se destina. Ficam assim relatados os profícuos serviços desta directoria, biennal, que sempre attendeu a tudo que ponde, mantendo o ponto de vista económico. Não teve, porém, completa satisfação a directoria por ter visto findar-se em 27 de dezembro o seu distincto 3o secretario Dr. Alfredo Dias, que sempre cooperou com a melhor boa vontade para os serviços em acção. Salientou-se por seus dotes de intelligencia e pelo trabalho assíduo no seio da directoria, onde era muito estimado. Foram-lhe pela prestadas as homenagens de que era merecedor. íoor A Sociedade Auxiliadora da Agricultura de Pernambuco agra- ciou o presidente da Sociedade Nacional com o diploma de sócio hono- rário, o que muito desvaneceu a esta e mais estreitou as relações da união pela classe. Depois do necessário preparo dos elementos para a convocação da assembléa geral, inclusive o substancioso relatório do presidente, relativo ao biennio de 1905/6, afim de ser eleita a nova directoria, teve logar a mesma assembléa a 27 de abril, verificando-se a acclamação da nova directoria, que ficou assim constituída : Presidente, Dr. Wencesláo A. L. de Oliveira Bel lo. i° vice-presidente Dr. João Baptista de Castro. 2o » » Dr. Sylvio Ferreira Rangel. 3o » y> Dr. Domingos Sérgio de Carvalho. Secretario-geral Dr. Heitor de Sá. 1 ° secretario, Dr . Francisco Tito de Souza Reis. 2o » Dr. Benedicto Raymundo da Silva. 3o » Dr. J. R. Monteiro da Silva. 4o » Alberto Jacobina. i° thesoureiro Dr. João Pedreira do Couto Ferraz Júnior. 2o s Carlos Raulino. Foram a seguir preenchidas as secções com os membros da directoria, para o bom andamento dos serviços, como consta da capa dM Lavoura. Foi dada ao Boletim a direcção precisa para servir ao escopo a que se destina em todas as suas secções, de modo a bem agradar aos sócios pelo seu interesse agrícola. A LAVOURA l<3 Em sessão de a3 de maio, foi creada a secção technica, comprehen- dendo a do Boletim A Lavoura, com o seu regulamento á parte, e bem assim foi dada nova orientação á do Horto da Penha com a nomeação de um superintendente para de perto desenvolver as suas culturas, com sujeição a obrigações approvadas. A 3 de maio, inaugurou-se em Pelotas, por iniciativa da Sociedade Agrícola e Pastoril do Rio Grande do Sul, uma exposição agrícola e pastoril, para a qual, por meio de reiterados convites, foi solicitado o concurso desta Sociedade, por sua secção de propaganda do álcool industrial, c por cuja annuencia teve ella mais uma vez ensejo de vulgarisar naquelle Estado, a propaganda que vem fazendo desde io,o3. Com os apparelhos seguiram empregados para installal-os. Em sessão de 3 de junho, a directoria resolveu promover a orga- nização de um 2o Congresso Nacional de Agricultura, a se realizar por occasião da exposição nacional projectada para o anno de 190S. Era isso a continuação dos esforços da Sociedade para a repetição da certamen de igoi , pois que já a directoria havia proposto ao governo Rodrigues Alves a realização de um Congresso e uma exposição de agricultura, e auxiliara depois a iniciativa do Congresso de Ex- pansão Económica nos trabalhos preparatórios de uma exposição nacional . A Sociedade fez-se representar no dia 1 3 de maio, por seus directores Drs. João Baptista de Castro e Sylvio Rangel, na inauguração da Escola de Piracicaba para o que havia sido convidada . A Sociedade teve a infelicidade de descobrir em seu ex-thesoureiro, Sr. Edgardo de Carvalho, um director que não se revelou cumpridor de seus deveres, causando prejuízos económicos. A directoria agiu com energia contra o mesmo senhor e teve a ventura de superar mais este revez com a boa orientação dada pelo seu presidente interino, Dr. Sylvio Rangel. Assim foi por ter parado para a Europa e America do Norte, em viagem instructiva, o presidente Dr. Wenceslao Bello, e ter resignado o seu logar o Dr. João Baptista de Castro. Foram homenageados os Drs. Wenceslao Bello e Ignacio Tosta na secção magna de 8 de junho, inaugurando-se os seus retratos no salão nobre da Sociedade. O novo Governo Federal, creando a Directoria do Povoamento do Solo, decretando os regulamentos para a importação de animaes de raça, sobre syndicatos agrícolas, sobre dividas provenientes de salários de trabalhadores agrícolas e sobre prémios á sericicultura, justificou a cam- panha que mantinha a Sociedade por alcançar taes fins, sendo votada em MH',IKI>\nH \ACKiX\l, ])K MIUIIUILTIIRA ii de julho uma moção de congratulações ao Dr. Miguel Calmon, pelos serviços que em tão pouco tempo já prestara á lavoura. Foi apresentado e publicado um longo parecer da co mmissão nomeada pela directoria, tendo como relator o Dr. João Baptista de Castro, sobre os typos de café, adoptados na praça de Santos e, da Bolsa de Nova- York, sendo as conclusões approvadas. O Horto da Penha foi honrado em agosto com a visita dos Srs . Presidente da Republica e Ministro da Industria. Mais outras visitas importantes teve o Horto e na sede social muitas foram as pessoas que distinguiram-na com a sua presença. Declarada a febre aphtosa em alguns Estados, a Sociedade fez im- primir circulares com os meios indicados pela sciencia para a cura da peste . Em sessão de 9 de setembro, foram approvados os pareceres das commissões nomeadas, sobre a creação de uma Caixa Auxiliadora dos Empregados da Sociedade e sobre o projecto de reforma de tarifas adua- neiras do Dr. J. Luiz Alves, sendo cm ambas relator o Sr. Alberto Jacobina e publicado o ultimo. Em sessão de 9 de outubro, foi unanimemente acceito sócio bene meritoo Dr. João Baptista de Castro pelos seus valiosos serviços á classe agrícola. O mesmo Dr. Baptista de Castro representou a Sociedade na Expo- sição Regional de Leopoldina e no Congresso das Municipalidades da Matta. Em sessão de 4 de novembro, resolveu a directoria encetar os trabalhos para a Exposição de 10,08$ renovando as commissões para esta c para o Congresso de Agricultura, já resolvido desde 3 de junho. De longe vinha a Sociedade com a idea da realisação de uma ex- posição, o que foi depois resolvido pelo Governo. Em a mesma sessão, foi approvado o parecer da commissão, de que foi relator o Engenheiro Heitor de Sá, sobre o Regulamento da Dire- ctoria de Agricultura de Minas, elogiando a concentração de todos os ser- viços. Foi feita a publicação do 20 volume dos Annaes do Congresso de 1901, completando-se assim os trabalhos daquelle certamen. Egualmente foi reimpressa a série da «Propaganda Agricola» até o 6o folheto, illus- trada agora com gravuras, e apparecendo o n. VII que trata das «Plantas produetoras da borracha», com illustrações. O movimento sempre crescente na Sociedade tornou mais patente sua posição dedicada na vida agricola do Brasil . Assim nas suas secções foram encaminhados os trabalhos de forma a attender melhor ao estado actual do progresso agrícola, quer nas secções de plantas e sementes, secretaria, thesouraria, como nas seguintes : O Museu ganhou grande numero de amostras, inclusive de madeiras com as respectivas monographias . A bibliothcca enriqueceu-se de bons e modernos livros estrangeiros e distendeu mais a permuta de revistas, recebendo também offertas. A secção do álcool continuou a propaganda pelas demonstrações publicas e particulares, estendendo seu campo de acção pelos Estados do Rio, Minas e Rio Grande do Sul e mantendo prompto serviço de informações. Em relação ás fazendas, toda a attenção foi convergida para a da Penha, com o seu novo superintendente, o Dr. P. Cavalcanti, que, entre os muitos serviços que methodisou e creou, como installações, plantações, etc, levantou a planta topographica da fazenda, onde delineou os serviços em acção e projectou os que convém atacar. Foram por isso resumidos os trabalhos em Santa Mónica, attentas as difficu Idades económicas para mantel-a no ponto que merece. A secção technica attendeu sempre ás variadas consultas sobre todos os assumptos, prestando as devidas informações que foram divulgadas. Occupou-se igualmente com cuidado da confecção do Boletim A La- voura. A Sociedade nunca deixou de attender ao pedido de sua intervenção junto aos poderes públicos, alcançando facilidades para a lavoura, como transportes, etc, e viu crescer continuadamente o numero de seus sócios, não esquecendo aquelles que a auxiliam enicazmente, conferindo-lhes por isso títulos honoríficos. Satisfaz-se finalmente com o acolhimento que tem recebido da classe e do Governo. Quanto a este, cumpre dizer, que, além de ter confiado á directoria o encargo de informar sobre os pedidos dos favores concedidos por lei aos introductores de reproductores de raça, em grande numero foram, em to- dos os annos, suas consultas a pedidos de informações sobre múltiplos assumptos, ao que a directoria procurou sempre corresponder com grande zelo, sentindo-se honrada com essas provas reiteradas de confiança de todos os governos que se teem succedido depois de sua fundação. Illustramos estas linhas intercalando algumas photographias das secções da Sociedade para bem indicar a installação que ella possue actual- mente nos edifícios da rua da Alfandega n. 102 e General Camará n. io5. afim de perpetuar o desenvolvimento a que já chegou na éra presente. 176 SOCIEDADE NACIONAL DE AGIíH.U.Tl K \ E como sendo o Dr. Wencesláo Bello, o distincto presidente de hoje, um dos mais incansáveis batalhadores que tem possuido a Sociedade, muito se honra A Lavoura em abrir o presente numero com o seu retrato em homenagem justa e assaz merecida por tantos titulos que ornam a sua pessoa. Accresce a razão de lhe ter sido conferido o titulo de sócio benemérito pelos seus relevantes serviços á Sociedade e á causa agrícola. Com desvanecimento estampamos também a sessão solemne com que foi recebido no seio da directoria, depois de longa e proveitosa viagem scientitica á Europa e á America do Norte. Por tão sobejas razões e por ser mestre e amigo, apresentamos a S. Ex. as nossas cordiaes felicitações, pedindo vénia para dedicar este pequeno trabalho do resumo histórico da Sociedade Nacional de Agri- cultura. Heitor de Sá, Justa homenagem A Sociedade Nacional de Agricultura, querendo patenteiar o seu apreço e profundo reconhecimento pelas innumeras provas de alta con- sideração que lhe tem dispensado o honrado Sr. Ministro da Industria, Viação e Obras Publicas, convocou uma reunião para solemnisar o acto de inauguração da photographia de S. E\. no salão nobre da mesma sociedade. A1 solemnidade compareceram muitos distinctos cavalheiros da nossa melhor sociedade e alguns dos nossos sócios, desejando manifestar ao illustre Ministro quanto o acatam e admiram pelos seus peregrinos predicados de cavalheiro e homem publico. A1 sessão festiva, realizada a 2 de maio de 1908, assistiram os seguintes Srs., constantes da acta referente á solemnidade, cujo teor é o que damos nestas linhas : b A's 3 horas da tarde do dia 2 de maio de 1 908, achando-se pre- sentes os Srs. directores : Sylvio Rangel, Souza Reis, Benedicto Ray- mundo, Carlos Raulino e Sérgio de Carvalho, não comparecendo por acharam-se ausentes os Srs. directores : Wencesláo Bello, Heitor da Sá, Monteiro da Silva, Alberto Jacobina e João Pedreira do Couto Ferraz Júnior e presentes as pessoas constantes do livro de presença dentre ellas os Srs. Dr. Carlos Oscar Lessa, Carvalho Borges Júnior, Amaral França d'0 Paiz, Francisco Souto, pelo Correio da Manhã; Dr. Alfredo Rocha, J. A. Gonçalves Júnior, Christino Cruz, Manoel Costa, pela Revista Commercial.e Financeira;!. C. de Miranda Horta, Dr. Oliveira A LAVOURA 177 Bello, Arthur Getulio das Neves, António Olyntho dos Santos Pires, Dr. Pádua de Rezende, general Thaumathurgo de Azevedo, João da Silva Gandra, comparece o Sr. Dr. Miguel Calmon du Pin e Almeida, Ministro da Industria, Viação e Obras Publicas, accedendo ao con- vite que lhe foi feito pela directoria da sociedade, sendo recebido na entrada pelos Srs. directores Sylvio Rangel, presidente em exercício; Souza Reis, Benedicto Raymundo, i° e 2° secretários; Carlos Raulino, 2o thesoureiro , Dr. António Olyntho, general Thaumaturgo de Aze- vedo e Pádua Rezende, membros da Commissão da Exposição Nacional de [908. Depois de minuciosa visita á exposição de objectos já preparados pela Sociedade, para o certamen nacional de rgo8, tendo S. Ex. o Sr. Ministro occasião de visitar varias dependências da sociedade, como bibliotlieca, museu etc, é convidado pelo Dr. Sylvio Rangel para se dirigir á sala das sessões, onde tomando logar á direita do Sr. presi- dente, que convida para oceupar a esquerda o Sr. Dr. António Olyntho, declara aberta a sessão solemne em homenagem ao Sr. Ministro da Industria. O Sr. presidente, tomando a palavra, lê o seguinte discurso: « Sr. Ministro ! Somos muito gratos á honra que vos dignastes conceder-nos, vindo visitar o nosso centro de trabalho. Não sois, certamente, um estranho nesta casa. Ha cinco annos, aqui estivestes pela primeira vez, collaborando comnosco no memorável Congresso das Applicações Industriaes do Álcool. Éreis, então, muito moço e já o vosso Estado, onde aliás não escasseiam os talentos de escol, havia reconhecido no novel engenheiro, o digno herdeiro de altas vir- tudes de gloriosos antepassados. Não nos foi ditticil reconhecer o acerto da previsão. Naquelle certamen, em que se debateram com grande elevação tantos e tão variados assumptos, nos destes frequentes provas, não só de brilhante talento, mas, sobretudo, de grande disciplina inteí- lectual, que é o apanágio dos homens de Estado. Foi, pois, com real sympathia que vos vimos chamado a oceupar o posto, que honraes, na alta administração da Republica, tanto mais difficil de preencher no momento, quanto, é certo, o cidadão que o deixara lhe havia dado brilho excepcional, graças a um bello talento a serviço de inquebrantável vontade. Não nos illudimos. O Congressista de iqo3 trazia para o Governo, robustecido pela experiência e a observação de outros povos, os mesmos ídeaes, a mesma fé inabalável nos altos destinos da Pátria, a mesma con- 178 SOCIKDADK NACIONAL DE AGRICULTURA vicção de que é no seio abençoado da terra que está latente, á espera somente de quem a venha colher, toda a matéria prima com que deve- remos archilectar o edifício de nossa grandeza futura. Apoiado na orientação patriótica do eminente Sr. Presidente da Republica, não tendes perdido tempo. A viação férrea continua célere a desenvolver-se por todo o paiz, atravessa campinas, penetra pelos ser- tões, despertando aqui, estimulando alli as forças vivas da producção. O povoamento do solo, condição essencial ao desenvolvimento desta, já o iniciastes, e o seu completo successo não se fará esperar, quando aquelles, a quem cabe a tarefa, se compenetrarem de que o barateamento da subsistência do proletário, por eífeito de um prudente e equitativo regimen tributário, é o meio seguro de vincular ao nosso paiz os immigrantes que procuramos para elle attrahir. A propaganda do Brasil no estrangeiro, secundando a obra ingente e imperecivel do grande patriota que dirige a nossa Chancellaria, dentro em breve, estamos certos, começará a trazer para o nosso commercio internacional os benefícios que, com perfeita intuição, soubestes prever. Tendes, é certo, Sr. Ministro, a responsabilidade de uma Secretaria, em que cada directoria por si só seria bastante para absorver toda a actividade de um estadista ; ainda assim, emprehendendo resoluto a solução de grandes problemas, não tendes descurado de outros que, por mais modestos, não são menos momentosos. Da agricultura propriamente dita vos estaes também oceupando. As estações agronómicas, os postos zootechnicos começarão dentro em breve a se propagar no paiz ; a representação da agricultura na próxima Exposição Nacional, a reunião de seu Congresso, que nessa occasião se realisará, não teriam o brilho que estamos habituados a prever si lhes tivesse faltado, um momento, o vosso decisivo concurso. Mas, não basta termos fartos meios de transporte, precisamos pro- duzir o que transportar. Para produzir é preciso sabel-o. A agricultura não é mais a velha arte de um século atraz, mas uma industria de natureza extremamente complexa, que se aperfeiçoa todos os dias. Na concurrencia universal das industrias, a victoria ja- mais abandona os que melhor e mais barato produzem. Produzir melhor e barato quer dizer aperfeiçoar o instrumento de trabalho, multipli- cando-lhe o effeito útil. E1 o que precisamos fazer. Para que podem servir-nos as barreiras levantadas ao livre com- mercio internacional, e que, fomentando a rotina, impedindo o pro- gresso e perfeição do trabalho, sacrifica a grande massa dos consumidores e acaba por desvalorisar o próprio produeto e arruinar o seu produetor ? A LAVOURA 1.9 A lavoura não pôde aspirar uma tal protecção. O que ella deseja, o que cila reclama c um conjuncto de providencias, prudentes, harmó- nicas e previdentes, que lhe permittam altrahir e baratear a mão de obra pelo barateamento das condições de subsistência e de relativo conforto do operário, garantia segura de sua fixação e permanência no solo, que lhe venham facilitar, pondo ao seu alcance, os meios conducentes ao aperfei- çoamento e melhor utilisação do trabalho e, finalmente, que lhe venham prestar etficaz concurso para a conquista da sua emancipação da tutela atrophiante que lhe impõe a especulação dos mercados. No estado actual das industrias ruraes, a concurrencia do baixo preço com a melhor qualidade do respectivo producto está intimamente ligada á applicação da engenharia, da mecânica e da ehímica agrícolas no amanho da terra e da zootechnia, da chi mica, da biologia etc, na pecuária. Assim como o individuo sem pratica de laboratório, por hábil que seja, não poderá, sem tentativas frustradas chegar, a realisar uma simples analyse chimica, assim também o agricultor inexperto, por mais que lhe en- sinem os livros, nenhuma probabilidade terá de serbem suecedido em uma primeira experiência . Mas, emquanto o chimico em curto espaço de tempo, em horas apenas, pôde repetir o trabalho, até conseguir seu intento, o agricultor estará obrigado a esperar muitas vezes um e mais annos para renovar a experiência que, não raro, lhe consumirá capitães. D'ahi o nosso empenho constante em favor do ensino agrícola pratico, em escolas superiores, em simples aprendizados, em campos de experi- ência e demonstração eda creação de institutos apparelhados convenien- temente, onde os interessados se possam prover dos elementos necessários ao aperfeiçoamento das respectivas industrias. Mas não é tudo. Todos conhecem as lutas travadas pela especulação no commercio. Desse phenomeno, aliás natural, que a todos alíecta, produetofes e consumidores, a lavoura, entre nós, é a mais sacrificada das victimas. Desde o café e os cereaes até os produetos das pequenas industrias ruraes, tudo é sacrificado nos nossos mercados á ganância da especulação. No regimen de desaggregação em que ainda permanece a lavoura, não ha meio de impedir o mal, e é preciso desconfiar dos projectos salva- dores que frequentemente apparecem. A união dos interessados, ensina-nos a experiência de outros paizes, é o único meio de subtrahil-as ás garras do abutre. Mas a lavoura é timida e, com alguma razão, demasiado desconfiada. Não crê na efficacia de meios em que não vê empenhado o Governo. ISO SOCIEDADE NACIONAL DK AGRICULTURA O que temos nós conseguido neste particular, si é muito pela dificul- dade oiíerecida pelo meio em que operamos, é pouco para o que aspira- mos. Na França a situação também era a mesma, mas a acção vigorosa de Waldeck Rousseau em pouco tempo conseguiu transformal-a, fazendo surgir por toda a parte as associações ruraes. Eis ahi uma bella vereda convidando o Governo a trilhal-a. Sr. Ministro, no caminho da propaganda que percorre, prestando na medida das suas forças os serviços que julga poderem ser úteis ás classes ruraes do paiz, a Sociedade Nacional de Agricultura, não raro, tem a lutar com a má vontade de uns e a inditlerença de muitos e, si lhe é licito ser indifferente a estes, não o é, por certo, protelar a ma- nifestação e seu reconhecimento aos que, animando-a, distinguindo-a, prestam-lhe apoio efficaz na obra patriótica em que está empenhada. Vós tendes sido um destes últimos e é por isso que ella, desejando dar-vos um expressivo testemunho do seu reconhecimento, com viva satisfação inaugura o vosso retrato na pequena galeria em que se acham os daquel- les que maiores serviços lhe lèm prestado. Procurámos realisar este acto sem que o pudésseis suspeitar c sem a menor ostentação. E' que temíamos que este viesse diminuir o per- fume do sentimento que nos anima. Dentro de poucos dias voltará a occupar esta cadeira o companheiro e amigo querido que tanto a tem honrado e cujas aptidões, avigoradas pelo estudo e observação que acaba de fazer no estrangeiro, maior brilho lhe virão dar. Permitti, pois, Sr. Ministro, que aproveite esta opportunidade para juntar ás manifestações de gratidão desta sociedade os votos pessoaes do meu profundo reconhecimento, pela benevolência com que sempre me acolhestes c o efficaz concurso que vos dignastes prestar-me, graças ao qual, coma coadjuvação de leaes companheiros, puderam os meus fracos hombros supportar as grandes responsabilidades que pesam so- bre a presidência da Sociedade Nacional de Agricultura. » Após essa substanciosa peça oratória, que foi muitas vezes sublinhada com calorosas salvas de palmas, o Sr. Dr. Carvalho Borges Júnior, em nome do Conselho Superior da Sociedade Nacional de Agricultura, manifesta o seu reconhecimento pelo comparecimento do Sr. Ministro, o qual, tomando da palavra, agradece a manifestação da directoria da Sociedade Nacional de Agricultura, acostumado, como está desde ha muito a ver nella as mais bellas manifestações de esforço e dedicação em prol do progresso e engrandecimento da lavoura. S. Ex. diz sentir- se jubiloso por achar-se no meio dos seus antigos companheiros de jorna- da. Agradece c acceita esta manifestação como sendo dirigida não ao Ministro, mas ao antigo companheiro de lutas. «Esta sociedade, S. E\. o aftírma textualmente, apezar da má vontade de alguns, da falta de comprehensão de muitos, vai trilhando o seu progressivo desenvolvimento e cumprindo o seu programma. Para completa execução do seu programma, ella não pôde dispensar o auxi- lio do Governo, o qual, continuador do precedente no desenvolvimento e auxilio da lavoura, não deixará de vir ao encontro das necessidades de tão útil sociedade, a qual amparará dentro da lei, sempre com muito boa vontade.» Os termos firmes e categóricos do discurso do nobre Ministro foram calorosamente applaudidos pela numerosa assembléa que concorreu á bella festa. Relatando o occorrido, a Lavoura junta-se aos senhores lavradores para generalisar os applausos merecidíssimos tributados ao joven e bene- mérito Ministro pelo muito que elle ha feito e p2lo que ainda ha de vir a fazer. Homenagem ao Er. Wencesláo Bello A 9 de maio ultimo, solemnizou a Sociedade Nacional de Agricul- tura a volta do seu caro presidente, que, após muitos mezes de útil excursão pela Europa e Estados Unidos, lhe veio retomar a direcção, com farto cabedal e firme vontade de continuar a penosa faina em que, ha tanto tempo, se acha empenhado em beneficio da lavoura nacional. Foi um dia de sincero jubilo para os collegas e auxiliares do illus- trado Dr. Wencesláo Bello, cujo espirito cordato e tolerante, como soe ser o dos homens de fina educação, lhe tem creado uma legião de amigos dedicados, não só entre os seus pares, como também entre os seus auxiliare-. A concurrencia foi considerável, tendo assistido á sessão solem ne e ás diversões que lhe seguiram uma selecta sociedade, em que se distin- guiam varias senhoras e gentis senhoritas. Após a sessão foram proferidos brindes cordealissimos, reinando a maior satisfação pelo acto. Foi uma bella festa. A1 sessão de posse, que se passou sob a presidência do Dr. Sylvio Rangel, compareceram todos os membros da directoria, com excepção dos .SOCIEDADE NACIONAL DE AHIUHII/TURA Drs. Sérgio de Carvalho e Monteiro da Silva, que se achavam ausentes da Capital . Aberta a sessão o Sr. Dr. Sylvio Rangel, presidente em exercício, toma a palavra e profere o seguinte discurso : « Sr. Dr. Wencesláo Bello ! A Sociedade Nacional de Agricultura, com justo motivo, manifesta hoje a viva alegria de que está possuída, por voltar á cadeira que, com grande brilho para elle e lustre para seu próprio nome, tem sabido occupar o seu benemérito presidente. Seria difticil, sinão impossível, pretender enfeixar, resumindo nos limites de uma singela saudação, toda a historia de vossos abnegados serviços á causa patriótica que aqui nos congrega, e a que tendes dado o melhor quinhão de vossa actividade e toda a vossa dedicação. Ahi estão os registros de nossas deliberações. Quem os quizer folhear, não terá, por certo, difficuldade para reconhecer que, desde os seus pri- meiros passos, a Sociedade Nacional de Agricultura teve em vossa bella intelligencia, em vosso ardor patriótico, em vosso espirito tão tenaz, quanto reflectido e methodico, um guia seguro e um dos mais valiosos cooperadores da sua grandeza e prosperidade. E foi por isso que, percorrendo a escala hierarchica de sua adminis- tração, chegastes á culminância em que vos achaes, não por uma mera casualidade, mas por uma imposição indeclinável ás consciências dos que deseiam ver prosperar a nossa aggremiação. E como não ser assim, si os que comvosco convivem, não podem fugir á fascinação do professor consciencioso, do mestre apaixonado, que sabe tirar da arte com que preparar e illustrar a intelligencia juvenil de seus discipulos, o ardor e a convicção com que incute no espirito dos seus concidadãos o amor á cultura da terra, como fonte perenne de felici- dade para o homem e de riquezas para a Pátria ? Mas, para que esta apologia, si fallo em um meio em que todos vos amam e admiram ? O momento é apenas de regosijo e de esperanças ; de regosijo, porque vos temos de novo entre nós, a guiar-nos com o vosso conselho de amigo , com a vossa palavra de estimulo, com o vosso exemplo de dedicação ; de esperanças, porque o cabedal de conhecimentos que nos trazeis, colhidos na observação dos povos adeantados do velho e do novo mundo, é um novo e poderoso recurso de armas e munições para a campanha em que estamos empenhados em prol da lavoura e das industrias ruraes do paiz. No curto período de onze mezes, tão longos aliás, para a nossa saudade, não vos preoccuparam outros intuitos que não fossem o appare- A LAVOURA 183 lhamento de vosso lúcido espirito para a grande campanha em que nos achamos aqui envolvidos. Desde a admirável organisação do departamento da agricultura dos Estados Unidos da America, até ás mais modestas caixas ruraes da França, da Bélgica, da Allemanha e da Itália, visitastes neste limitado espaço de tempo, 71") diversas instituições, concernentes ao ensino profissional e aos vitaes interesses da agricultura, trazendo de cada um as lições de experi- ência de que nós outros aqui carecemos . Nada mais tendes, pois, a lazer sinão commandar. Nós vos obedeceremos . Sr. Dr. Wencesláo Bello, a Sociedade Nacional de Agricultura tinha para comvosco uma divida, de que a vossa modéstia não lhe havia permittido desobrigar-se até o presente . Delia se desempenha, porém, entregando-vos o titulo de seu sócio benemérito, que ninguém melhor do que vós o tem merecido. Acceitai-o, pois, como a manifestação do seu profundo reconheci- mento pelos inolvidáveis serviços que, com a mais desinteressada dedicação, lhe tendes prestado. Antes, porém, de deixar esta cadeira que as circumstancias me forçaram a oceupar, seja-me permittido manifestar, neste momento, a gratidão de que está cheia a minha alma, para com os generosos compa- nheiros a quem tive a subida honra de presidir. A1 sua inexcedivel dedicação aos grandes ideaes, que nos unem, á sua imperturbável cordealidade, sobretudo, á sua lealdade jamais desmen- tida, devo, em primeiro logar, a remoção das maiores difficuldades com que tive de arcar. Eu faltaria, pois, a um indeclinável dever, si não aproveitasse esta opportunidade para dar publico testemunho de minha profunda gratidão e estima a tão dignos amigos, a tão leaes companheiros. Mas não é só a estes que devo prestar homenagem. A estas também têm direito esses collaboradores anonymos de que se não fala, porque não figuram comnosco no elenco da administração, esses modestos funeciona- rios da Sociedade Nacional de Agricultura, de cuja extrema dedicação á obra patriótica em que está ella empenhada, tive as mais significativas demonstrações no periodo difhcil que tivemos de atravessar e que, ainda neste momento, sem outra recompensa que a nossa gratidão e estima, supportam tarefa dobrada, alegres, cheios de enthusiasmo, antegosando da victoria que se lhes afigura infallivel. Eu quizera que aquelles a quem as contrariedades da sorte ou o egoísmo da vida, predispõem o humor contra a Sociedade Nacional de Agricultura, viessem conviver algum tempo entre nós. ISi SOCtEDADE NACIONAL DE Ar.KieUI.TURA Seria um meio de demonstrar -lhes de que é capaz a dedicação collectiva em prol de um ideal grande e nobre, e, então, elles comprehen- deriam que o segredo do nosso successo está na sinceridade e no patrio- tismo dos nossos intuitos e que estas festas de cordealidade que celebramos, em que o luxo e a pompa são suppridos pelo nosso enthusiasmo e pelas nossas esperanças, não tèm outro fim que lembrar aos agricultores de todo o paiz que aqui estamos cohesos, um grupo de cidadãos, sempre promptos a empenharmos esforços e dedicação na defeza dos interesses legítimos, do desenvolvimento e do progresso das industrias ruraes do nosso extre- mecido Brasil. » Em seguida o Dr. Carvalho Borges Júnior, illustre membro do Conselho Superior da Sociedade, proferiu as seguintes palavras : <í Acceitando a honrosa incumbência que recebera do Conselho Superior da Sociedade Nacional de Agricultura, vinha trazer as suas saudações ao Exm. Sr. Dr. Wencesláo Bello pelo seu feliz regresso, manifestando deste modo o elevado apreço em que eram tidos os valiosos serviços por S. Ex. prestados á causa da agricultura nacional. O Conselho Superior estava plenamente convencido de que os estudos que S. Ex. acabava de fazer na Europa e na America do Norte seriam devidamente apreciados e se traduziriam em fecundos resultados para a nossa pátria, que tanto necessita de homens operosos e dedicados como S. Ex.,para conseguir que se reerga a nossa principal industria, um dos mais impor- tantes ramos da actividade nacional, como é incontestavelmente a lavoura, que infelizmente se acha abandonada, desunida e quasi moribunda, embora sobre ella repouse a fortuna particular e publica. Acceite o Sr. Dr. Oliveira Bello as saudações do Conselho Superior como a expressão sincera do muito que lhe merece S. Ex. que pela sua operosidade, illustração e alta integridade moral, se tem imposto ao respeito e estima dos seus pares, do Conselho Superior e dos sócios em geral, constituindo a sua permanência á frente dos destinos da Sociedade a mais solida garantia, o mais seguro penhor do seu desenvolvimento, da sua sempre crescente prosperidade. Ao concluir, congratula-se com S. Ex. e cavalheiros presentes pelo feliz regresso de S. Ex . e por continuar a prestar o seu valioso concurso á obra de regeneração da nossa agricultura, formulando ao mesmo tempo os mais ardentes e sinceros votos pela prosperidade da Sociedade e felicidade do seu esforçado e prestimoso presidente . » Após o Dr. Borges Júnior usou da palavra òSr. Campos da Paz, que em nome dos funecionarios da Sociedade Nacional de Agricultura, endereçou estas palavras ao Dr. "Wencesláo Bello : A LAVOURA 1S5 « Exmas. Sras, Exm. Sr. Dr. Wencesláo Bailo, D. D. Membros da Directoria da Sociedade Nacional de Agricultura, Illustres Cavalheiros: Um outro que não eu, fora escolhido, para em festa de tamanha magnitude, dizerem nome dos Empregados desta casa, quanto havia mister a quem hoje assume, após uma longa ausência, a presidência desta benemérita Sociedade . Motivo ponderoso, porém, empeceu lio illustrado quanto distincto collega poder desempenhar galhardamente a nobre missão que lhe fora em boa hora confiada, e, na falta delle, delégaram-me tão alta incumbência, para cujo desempenho cabal e perfeito, são-me as forças de que por- ventura possa dispor, por demais minguadas, senão positivamente nullas. Que me relevem, pois, os bons companheiros de labor, e todos os que me fazem a gentileza de ouvir, se no interpretar os sentimentos de que se acham possuídos os nossos corações, o faça com uma pallidez, uma fraqueza destoante do acuminado gráo de intensidade em que elles vibram. Exm. Sr. Dr. Wencesláo Bello : Quando um dia tivemos entendimento de que V. Ex.se resolvera deixar este grande Paiz que se ufana de tel-o como filho, e dos mais nobres, com o alevantado propósito de, nos grandes centres da velha Europa, e na grande Republica Norte-Americana, ver, observar e estudar quanto é capaz a intelligencia humana nos seus arrojados e culminantes surtos, visando a prosperidade, a riqueza e o bem-estar dos differentes povos que constituem as múltiplas nações ou paizes em franco apogèo de desenvolvimento, de civilização e de adiantamento, — exultamos de alegria e de orgulho, porque sabíamos com segurança que a orientação, a experiência e o saber já tão evidentemente desenvolvidos em V. Ex., requintariam, primariam em quilate ainda de maior valia. Esse contentamento alimentado por um orgulho perdoável e mais que justificado, embalou-nos, afagou-nos, docemente o coração e a alma por algum tempo, e acreditamos que os doces travos da saudade que uma dilatada ausência impunha, não nos ralassem, não nos consumissem tanto . A certeza do nobilíssimo intuito que o levava a deixar a extreme- cida Pátria, em busca de novos conhecimentos com que deveria enrique- cer a intelligencia, já bastante cultivada de V. Ex. , não foi bastante para attenuar, suavizar e minorar siquer os tons magoados, dia a dia, instante a instante, tirados pelo plectro da saudade nas cordoalhas dos corações sincera e dedicadamente amigos. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA E ouvimos c sentimos essas vibrações saudosas durante longos mezes, findo os quaes, ellas cessavam por completo, ou melhor se trans- formaram em outras que nos não pungem, ao contrario até, cantam, soam, como em manhans de maio, as notas gárrulas e vibrantes da negra e aveUudada craúna. Temol-o, pois, de tornada, na direcção suprema desta bemfazeja casa a que V. Ex. tem dedicado o melhor das suas forças e da sua intelligencia, fazendo por seus sábios conselhos, por suas delicadas attenções, por sua extrema bondade, em cada auxiliar um coração amigo, extremoso e grato, que, liem compenetrado de suas fuhcçÕes e de seus deveres, empenham-se, na medida das suas f jrças e dentro da orbita que lhe foi traçada — por levar á meta que se tem em mira, qual é de feito o problema do levantamento e do progredimento da Agricultura Brasi- leira, problema esse que a Sociedade Nacional de Agricultura tem pro- curado resolver e resolverá por fim. E quando um dia a historia tomar contado acervo da Agricultura neste Paiz, certamente encontrará o nome de V. Ex. ligado aos dos mais extremados campeões, como o mais decidido, valente e pertinaz e apontando-o aos porvindoiros dirá : Cubra a justiça de glorias e de bênçãos quem tanto faz pela grandeza de sua Pátria ! Falia em seguida o Sr. Carlos Pacheco : bemfeitorias, entre estas uma cocheira e um estabulo, ambos de accôrdo com os requisitos da hygiene. Estas dependências são interiormente abertas, guarnecidas por paredes ateraes, cobertas de zinco, cimentadas e possuindo canalisação de maneira a encaminhar as usinas dos animaes á fossa da estrumeira simples, que por sua vez foi construída de modo a satisfazer as exigências das culturas. Collocada em um nivel inferior aos estábulos, provida de um pavi- mento impermeável levemente inclinado para frente, afim de que os líquidos escoem para fora, de onde são retirados para a meda de quinze em quinze dias. Apiario Servindo de linha divisora entre o commodo dos muares e o dos bois, está um vasto compartimento onde se acham guardados os vehiculos e machinas agrícolas. No seguimento da cocheira, existe um commodo des- tinado a enfermaria e no do estabulo um outro destinado á guarda de for- ragens e residência do tratador . A LAVOURA Além dessas construcçues existem ainda o apiario, o gallinheiro e a pocilga, todos feitos de accordo^com as regras da construcção rural. Pocilga Ni confecção destes commodos foram attendidos não só os preceitos ivgiene e conforto, bem como a economia. Alamed; O Horto tem para o serviço e < 4 Muares. 4403 seguintes animaes SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA i Cavallo. 6 Bois. i Suino (Yorkshire). Quanto a vehiculos e machinas agrícolas e instrumentos, o Horto possue : i Carroça para bois. 2 Carrinhos de mão. i Carro. Viveiros de genipapeiros Arado de dois discos. Arados de um disco reversível , Arado de ponta . Cultivadores de disco. Capinadeira. Destorroador. Ancinho mechanico. Aradinho de discos. Bombas de irrigação. Machina de etiquetar. Bomba Vilmorin . A LAVOURA 197 i Machina para formigas e outros instrumentos taes como : pás, en- xadas, picaretas, moendas, etc. Estão feitas as seguintes plantações definitivas. SECÇÃO DE FRUCTICULTURA 8.000 Videiras. 3.ooo Figueiras. i.õoo Fructeiras de conde. 1 .200 Laranjeiras diversas . Viveiros de enxertos de laranjeiras 20 Kakis. 20 Sapotys. 20 Abieiros. 20 Abricós. 100 Mamoeiros. 8 Cajazeiros. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA 2 Fructcirasi de pão . 8 Macieiras, io Pecegueiros. 2 Pereiras. Enxertos de laranjeiras io Litchis do Japão. i Eugenia Speciosa. i Araçá-Assú. 8 Jaboticabeiras. 5o Cajueiros. SECÇÃO DE PLANTAS INDUSTRTAES 6oo Agave sisalana. 500 Hennequen . 2800 Fourcroya gigantea . •200 d lidinea. 6 Stelnigera sebifera. 2 Nox de kola . 1 Camphoreira. 200 Maniçobeiras do Ceará. 3oo í » Piauhy. 6oo Maniçobeiras do Jequié. io Hevca braziliensis. Plantação de agave sisalana Viveiros de fructeiras de conde e maniçobal SOCIEDADE NACIONAL DE ACRIGULTURA SECÇÃO DE VIVEIROS 3. Soo 8.OO0 :í . ooo 2.200 Soo 3oo 2.200 i5o i.85o i5o Soo i .3oo Laranjeiras . Fructeiras de conde. Genipapeiros. Mangueiras. Abieiros . Abacateiros . Cambucieiros . Jaboticabeiras . Cajueiros . Jambeiros . Jacarandás. Oitvs . Plantação de piteiras 130 Saboneteiros. 3 . 000 Cocos de catharro . 800 Dendezeiros. 1 5 . 000 Bacellos de figueiras . 18.000 í > videiras. A LAVOURA 5.000 Mudas de canna sem pello. 10.000 t » » Ubá. 10.000 i> » » Macau. i o . ooo -> » » Piteiras . 5.000 Laranjeiras para enxerto. Os trabalhos do corrente anno, dos quaes alguns já se acham inici- ados consistem na construcção de um gallinheiro e colmeal, que obede- ceram aos preceitos modernos . Também se installará a secção sericicola e ampliação das cocheiras, pocilgas e cabraria modelo, afim de que sejam dotadas de reproductores de raça, iniciando-se assim o curso pratico de zootechnia. Já se acha installado o curso de machinas agrícolas, de enxertia 'je poda. O Dr. O' Dwyer lavrando com o arado de dois discos O Horto tem fornecido dos seus viveiros grande quai.tidade de se- mentes e plantas , que montou no seguinte : oitocentos abacateiros, mil fructeiras de conde, duzentas Eugenia speciosa, tresentos Abieiros, qui- nhentos cambucazeiros, 40.000 bacellos de Rupestris du Lot, i5.ooo Ba- cellos de Herbemont, 80.000 bacellos de figueiras, 800 larangeiras enxer- tadas, 200 mudas de canna sem pello e 120 mudas de canna Ubá SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Tem ainda o cannavial com as seguintes variedades : 2.5oo Cannas sem pello. 800 d Macáo . 3 . 000 » Ubá . A fazenda acha-se delimitada, tendo sido para isto feito o respectivo levantamento. B^HjN*^ COLLABORACÃO As experiências de adubação na Fazenda de Santa Mónica No anno passado foram levados a effeito, pela Sociedade Nacional de Agricultura, diversas experiências afim de se verificar si, por meio de uma adubação racional, era possível augmentar-se a producçáo. Campos de experiências da fazenda de Santa Mónica Os ensaios foram iniciados nas culturas do milho, arroz, feijão, canna de assucar, algodão, batatas e beterrabas forrageiras. As espe- A LAVOURA »» riencias, porém, nas culturas do arroz e do algodão não tiveram o resultado esperado, devido ao fraco poder germinativo da semente empregada nessas experiências, que não pegaram em nenhum dos lotes. A experiência em batatas não poude também ser levada a effeito, visto como, após já ter sido feita a distribuição dos adubos nos lotes, não mais havia sementes para a sementeira dessa plantação. A expe- Experiencia de adubação em feijão riencia na cultura da canna de assucar ainda não teve tempo sufi- ciente para dar o resultado definitivo, ficando apenas as experiências em feijão, beterrabas forrageiras e milho para constituírem o assumpto de que vai ser objecto este relatório. A experiência na cultura do feijão foi levada a effeito em 10 lotes perfeitamente demarcados em um are cada um, nos quaes se distribuiu a dosagem de adubação, prescripta na tabeliã infra: 4403 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Vj kl los fie chlorureto de potássio kilos de superphosphato i/.i kilos de sulphato de ammoniaco */a kilos de chlorureto de potássio. kilos do supcrphoupbato V» kiios de chlorureto de potássio. » ► i> sulphato de ammoniaco kilos de superphosphato •/9 kilos de sulphato de ammoniaco 30 kilos de cal */a kilos do chlorureto de potássio. kilos de superphosphato '/a kilos de sulphato de ammoniaco 30 kilos de cal Vs kilos de chlorureto de potássio. kilos de superphosphato 30 kilos de cal. . . . * 1 */t kilos de chlorureto de potássio. nia. „ 30 Idlos de cal 4 kilos de superphosphato Vá kilos do sulphato de ammoniaco. AUGMENTO DB PRODUCÇÃO 5 400 7 5oo Quatorze dias após a adubação teve logar a sementeira, sendo o feijão capinado varias vezes. O resultado desta experiência foi o que está consignado na tabeliã supra. Deprehende-se claramente desses algarismos, sem maior commen- tario, a indispensável necessidade do auxilio de todos os elementos nutritivos. A safra colhida sem adubação produziu 200 kilos por hectare, ao passo que a safra colhida por meio de uma completa adubação, produziu 11. 100 kilos por hectare, o que representa um augmento de 810 kilos por hectare na producção. Em regra geral, porém, deve este resultado, ser considerado, em relação á média de uma colheita, como uma producçao baixa, pois que, pelo menos, devia haver-se colhido de 2.000 a 3.5oo kilos por hectare. Experiência de adubação em milho Sem adubo Quando, porém, se toma em consideração que em um solo tão esgotado como o da fazenda de Santa Mónica, as primeiras adubações não podem ofterecer ás plantas todo o beneficio desejado, sendo retidos em um solo tão depauperado os elementos nutritivos em primitivo logar para a sua própria saturação, não é para admirar que se tenha produzido uma safra pouco satisfactoria. A experiência em beterraba forrageira apresenta um resultado idêntico. Foram demarcados quatro lotes de um are cada um, cuja adu- bação e producçao foram como se segue : SOCIEDADE NACIONAL DE AGBICl'LTI'KA s ADUBAÇÃO PRODUCÇÃO AUGMBK CO por are — */. 88 180 j ., : por ar» — Hg. í ,.j 3 kilos do su er hos hato a » » chlorureto de potássio • ai» salitre "do Chile ' 3 f chiorureto de [íot^ssir . 93 63 ') kilo de hlorur 77 Também neste ensaio a producçáo máxima é no lote com a completa adubação, e dk comparação entre os lotes 20 e 40 se pôde • Experiência de adubação em milho (Com adubo) facilmente verificar o augmento de uma dosagem crescente. A LAVOURA *07 Da experiência na cultura do milho, que ainda não chegou ao período de sua colheita, fica, entretanto, significativa menção na illus- tração em seguida reproduzida do seu actual estado de desenvolvi- mento . Experiência em milho na Fazenda de Santa Mónica Aduba- \ i adul ... SI i1 l.s . snper- phosphako. 200 ks. salitre do Chile. de20otas'sioaIPhatO 4»0 ks. super- phòsphato. 200 kl. sulpha de potássio. ano ks. saliti Producção : 1.300 ks. 3.10O ks. 2.700 ks. 3.000 ks. De todas essas experiências ficou demonstrado que a& terras da Fazenda de Santa Mónica estão actualmente bastante depauperadas e esgotadas, e que, tanto aqui como em outros paize ., a producção pôde ser facilmente augmentada por meio de uma adubação racional dos terrenos postos em cultura. E. Maoer. snCIKDADE NACIONAL F>K AGRICULTURA A vida rural Shorthorn — O mais popular gado de engorda A CRIAÇÃO QUE PREVALECE SOBRE TODAS EM NUMERO E DISTRIBUIÇÃO ÁS RAZÕES DA SUA POPULARIDADE — A HISTORIA DE SEU DESEN- VOLVIMENTO— O TYPO ACTUAL E SUAS VANTAGENS O professor W. J. Kennedv, do collegio agrícola de Iowa, pu- blica na revista « Farming », de janeiro próximo passado, um artigo, ricamente illustrado, sobre este gado de fama mundial, o Shorthorn. Agora que o Brazil quer esmerar mais em suas ricas criações, acho conveniente estudar também este typo melhorador em suas formas actuae% para ver se convém aproveital-o nas zonas em que seja pos- sível offerecer-lhe, durante todo o anno, fartura de forragem verde ou secca. Pelo que, vou resumir o artigo do professor Kennedv. O ponto forte da criação do Shorthorn está na sua adaptabilidade ás mais diversas condições. A cepa ingleza foi crescida em terrenos férteis, abundantes de pastos e de fenos ; o clima era temperado, ze- losa e boa a assistência do homem. A cepa escosseza foi desen- volvida, principalmente no norte, debaixo de condições climatéricas mais rigorosa e com menor fartura de alimento. A mistura de sangue no gado que originou o Shorthorn, tornou plástico este gado no pri- meiro tempo de sua constituição, de forma que, com a criação, des- envolveram-se diversos typos; o vigoroso e forte Shorthorn de en- gorda ; o leiteiro, que encontra-se em poucos estábulos ; o que junto ás duas aptidões, é que se pôde considerar como o mais acabado. Mudado para outros paizes, este gado adaptou-se sem soffrer pelas novas condições. No Canadá tem resistido á alimentação no curral ; nas grandes planícies tem firmado sua popularidade contra o gado especializado para carne que ahi se achava ; nos Estados productores de milho, este gado, com seu producto de leite e de terneiros gordos, muito ajudou aos fazendeiros nos tempos difficeis ; nas fazendas de criação, os touros massiços e poderosos teem deixado o traço do pro- gresso, dando vigor, tamanho e carne á sua descendência. Sua força os tem feito donos dos rebanhos, afastando os touros fracos ; sua vita- lidade tem-lhe dado a capacidade de resistir ás tempestades do in- verno; e sua actividade e vigor teem garantido uma boa producção de terneiros em toda a parte onde foram introduzidos. São de corpo comprido e nervado ; defeitam, porém, hoje no comprimento das pernas, o que de outro lado os tornam mais demorados e seguidos pastadores no campo. Na fazenda ou no mercado os novilhos com 5o °/e ou mais de sangue Shorthorn, prevalecem em valor; e a capacidade das vaccas de pagar seu gasto com o valor do leite, criando ao mesmo tempo bons novilhos para o mercado, tem firmado o credito deste gado entre a grande maioria dos criadores americanos. O typo agora conhecido pelos juizes de exposições e pelos cria- dores, é o extremo typo pela carne. Touros maduros pesam, usual- mente, uma tonelada (kg. 907) ou mais; vaccas de kg. 634 a 724 e até kg. 81 5, se forem preparadas para exportação. A solidez é, todavia, característica deste gado. A cor do pello é ruiva, branca ou rua. Os touros devem ser de peso exigido, baixotes, grossos, largos, de formas symetrieas, de extremidades direitas e bem marcadas . Lar- gura das cadeiras, das ilhargas e do costado são qualidades essenciaes. Nesta moldura a carne será abundante, devida ao completo des- envolvimento dos pesados músculos daquellas partes. A cabeça será curta, larga e gorda ; os olhos calmos, sem indicios de medo. Os chavelhos serão curtos, porém, grossos e fortes. O pescoço curto e espesso, as espáduas largas, bem situadas e bem cobertas de carne na summidade e nos lados. Com tudo isso o animal mostrará ossos limpos em seus membros, pelle macia, fácil a dobrar-se e coberta de peilo espesso. Vigor — indicado pelo thorax profundo e largo — deve caracterizar cada touro bom. Os criadores de Shorthorn fazem muito caso disto. As fêmeas possuem a mesma característica geral de forma, qualidade e constituição. Todavia, as vaccas Shorthorn devem pos- suir mais largura de bacia do que os touros e feminilidade de cara- cteres em logar de masculinidade. A feminilidade é indicada por uma cabeça curta, larga e finamente cortada, concava entre os olhos, com chifres finamente encurvados, pescoço fino, espáduas mais del- gadas, emfim, um maior refinamento geral. Todas as vaccas, para serem boas productoras, devem ser também boas leiteiras ; de outra maneira ficam sendo o incubo do criador. San Remo — (d'0 Paz\). G. Rosai. SOilfEDADE NACIONAL DE ACHICULTUR A EXPEDIENTE Secretaria Sessão de Directoria. —Na sessão de 21 de maio presidida pelo Sr. Dr. Wencesláo Bello, de volta da Europa e Estados Unidos, S. Ex. congratula-se com seus collegas pela boa orientação dada aos destinos da Socielade na sua au- sência e pelos serviços pelos mesmos prestados. O Sr. Dr. Heitor de Sá felicita em nome de seus collegas o Dr. Wen- cesláo Bello, pelo seu lèliz regresso á Pátria, trazendo do velho mundo novos ensinamentos para serem empregados na actividade desta casa. Cor respondencia EXPEDIDA Cartas 507 Officios 29 Telegrammas 59 Registrados 29 A Lavoura 3.815 Inq. do Zebú 1.156 Monog. da borracha 1.172 RECEBIDA Cartas 229 Circulares 4 Memorandos 8 Offlcios 34 Requerimentos 216 Telegrammas 8 íhesouraria I I ! § s i J B. I* O. B fcc O § f i : l = : I 1 | li a 'O „ | g 1 1 f í| ! 1 MM.IEDADK NAUtiNAL I)K A 200$000 í:353$600 , i " » Camará Municipal do tataguaze-j ,. acerei » Secretaria da Agricultura (Bahia). » Thesouraria 1TO 45:8774350 » Balanço de 1907 £0:475$030 75$660 136*290 73:73>$690 CRED de Annnidades 116:639$OÍ0 40:885$950 75:0í3§090 li3:630$040 Demonstração da conta do Fundo de Património - 12:3344500 No corrente anuo : 7:OJS$000 400.JOOU Remissões Donativos: Recebido do D.-. Wonccsláo Bello IG5$000 de diversos y2.-j-.oo 7:692$500 10:04: ■ aeiro, 31 de dezembr l, C»'tu I sliofe da 3» secção. A I, A VOU RA Secção Tschnica Director- — Fez uma viagem do recreio ao Rio da Prata o Engenheiro Heitor de Sâ, director da secção technica, durante um mez até 6 de Maio, tendo tido occasião de estreitar as relações da Sociedade nas duas Capitães Platinas o tendo colhido elementos que nos serão de utilidade. Legumiiiosas forrageiras — Da uma carta dirigida a esta Sociedade pelo Sr. Agenor de Paiva, rosidente eu Bello Horisonte, extr.ihimos os seguintes interessantes tópicos: «Inclino envio-llie o resultado daanalyse que moudei proceder de cinco va- riedades do leguminosas. Estou convencido que o nosso hello paiz produz nativas leguminosas, tão ne- cessárias para o aperfeiçoamento de nossas raçis bovina e cavai lar, que bem po- deriam substituir a alfafa. Forragem rica em hydrato de carbono como a nossa canna taquara ou cavallo não conheço nenhuma. Tenho longa experiência sjbre forragens, e em breve pretendo publicar um folheto a respeito. Actualmente estou empenhado no exame de uma outra planta forrageira e em tempo eommunicar-lheei o resultado. Tenho esperanças de obter bons resultados. Já a experimentei na alimentação dos animaes e tenho notado que elles se nutrem melhor. Já é tempo de deixarmos a velha rotina, e si quizermos nos collocar ao lado dos grandes paizes produetores, precisamos nos intoressar mais pel * raechanica agrícola moderna. Diz o Dr. Assis Brazil, no ultimo capitulo do sui magistral «Cultura dos Campos», que as forragens indígenas esperam ainda o seu Colombo. Tivesse eu meios que em breve não precisariam mais de nenhum Colombo, ctc». Segue- se a analyse feita no Instituto Agronómico do Estado de S. Paulo: N. I: Feijão fartura, de carda, mineiro. » 2: » miúdo » 3: » andú ou guandu » 4: » bravo » 5: >> chocalho. Para 100 partes de substancia secca ao ar. N"» 1 2 3 4 5 Humidade . . . 4.73 °/0 5.58 »/o 6.04 7o 5.96% 6.23 7. Matéria azotada . 17.15% 22.97 •/. 20.48 7,, 13.567.. 20.00% » graxa . . 2.290/.P 2.73»/» 4.88% 4.21 7. 2.33 7o » não azo', ida 40.29 7o 33.96»/,, 35.83% 35.76% 34.8H7. » fibrosa. . âO.88% 29.66°/. 27.09% 34.80% 29 .66 •/„ » mineral . 15.24 "(o 18.107. 5.68 " „ 5.71% 6.937° 214 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Estatística Geral — Recebamos um questionário da estatística da Republica e satisfazemos as perguntas relativas ao nosso Boletim, de accôrdo com a lei. Damos publicidade ao decreto iaherente ao facto. DECRETO N. 1.850 — de 2 janeiro de 1908 Obriga tolas a; auto *i lales, riria na miULares, associa; "je-;, empreza?, companhias, esta- lecimentos indnstriaes, commerciae; o outros e os parlioulares a darem as infor- mações que lhe; forem pedidas pela Directoria Geral de Estatística. O Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brazil: Faço saber que o Congrosso Nacional decretou o eu sancciono a seguinte reso- lução: Art. Ia. As autoridades feloraas, civis ou militares, os presidentes, directores ou gerent;s do fabricas, emprezas, companhias, associações e outros estabeleci- mentos industriaes, commerciaes, de instrucção e moraes, bem como os parti- culares, naeionaes ou cxtrangeiros, domiciliados em qualquer parte da Republica, são obrigados a prestar â Directoria Geral de Estatística as informações que lhes forem pedidas, nos prazos e secundo os planos e modelos adoptados pela citada Re- partição. § Io. O Governo Federal promovera accôrdo com os Governos dos Estados e com a Prefeitura do Districto Federal para obter das autoridades estaduaes e mu- nicipaes a permuta de publicações o a remessa regular de informações á Directoria Gàral de Estatística. § 2». As repartições federaes e as emprezas particulares serão obrigadas a en- viar á mesma Directoria, independente de solicitação, quatro exemplares, pelo menos, dos trabalhos estatísticos que publicarem. Art. 2o. A falta de cumprimento das disposições do artigo precedente será pu- nida com a multa de 50$000 a 500$003, cobrados executivamente. Paragrapho único. A cobrança executiva das multa-; impostas compete aos procuradores seceionaes da Republica, de accôrdo com o art. 125, n. 2, lettra a da Consolidação das Leis referentes á Justiça Federal, approvada pelo decreto n. 3.084, de 5 de novembro do 1898. Art. 3o. A execução dos serviços de que trata esta lei compete a funccionarios federaes, podendo, todavia, sor confiada aos Governos dos Estados, mediante an- nuencia sua, conforme dispõe o § 3° do art. 7o da Constituição Federal. Art. 4o. Revogam-se as disposições em contrario. Rio de Janeiro, 2 de janeiro de 1908, 20° da Republica. AFFONSO AUGUSTO MOREIRA PENNA. Miyuel Calmon du Pin e Almeida . Augusto Tavares de Lyra. Secção do álcool Director — Tendo sido concedida licença ao Dr. Sérgio do Carvalho, director desta secção, foi pelo Sr. Dr. Presidente designado o Dr. Benodicto Raymundo para substituil-o desde o dia 24 de abril. Movimento da propaganda das Applicações Industriaes do Álcool, de 1903 (outubro-inicio) atá 1908 (maio). Serviços de propaganda Consumo Annos pratica de Álccol Exposições Litros I Iluminações 1903 4 8.550 1904 47 5.000 1905 73 5.800 1906 80 9.100 1907 126 9.930 1908 30 2.500 Constam da .4 Lavoura e seus números especiaes o desenvolvimento que tiveram os serviços práticos acima. Só nos cabe lembrar que o êxito da grande Exposição inicial provocou a realização de outras, como as que se effectuaram em Florianópolis em 1905, em Pelotas em 1905 e 1907 e em Porto Alegre em 1906, alôm de outras de menor importância, em varias cidades dos Estados do Rio e Minas e, por occasião de solemnidades, na sede social, onde, aliás, conservam-so os apparelhos em exposição permanente. O di8tendimento da propaganda escripta, não só para a consecução das medidts necessárias, por parte, dos governos e particulares, ao bom êxito da propaganda, como também para o impulsionamento da adopção do systema a álcool, é fácil de apprehonder compulsando os livros goraes de cartas e respostas da Sociedade o também os números da A Lavoura, mormente de 1906 em diante, quando este Boletim iniciou sua nova phase de propaganda noticiosa. Montada modestamente, constituo outro serviço a o/pcina de reparos e expe- rioncias desta Secção. Sua acção vae além dos serviços internos para aceitar, gratuitamente, para reparar, concertar, experimentar quaesquer apparelhos apresentados, quer por sócios, quer por pessoas que adoptem os apparelhos a álcool. >i>circi>u>ií na- :h >\ ai. di: míuiciltuua Secção de plantas e sementes Boletim da expedição no mez de maio de 1908 ESPECIFICAÇÃO PESOS Kilogrammas VOLUMES 1.311 999.500 379.51 Kl 83 52.500 8.345 59.050 27.500 78.500 9.450 5.600 5.600 1.105 3.650 1.850 20 7.350 6.500 13.350 195 720 1.200 18 50.500 41.710 1.300 23.950 350 5.500 5S.150 154.500 7.350 500 4 183 \\°i 1 59 43 22 llí 16 4 98 21 17 8 13 2 43 26 22 Pasualuni Snrihii 2 2 36 51 7 1 2 3.441.275 1.166 1.229 142 4. 007. 275 1.371 MOVIMENTO DA SECÇÃO Foram recebidos 405 pedidos de plantas e semente-, satisfeitos 174 » » sementes. « expedidas 2 cartas. íí^Oí-^ NOTICIÁRIO Conferencia no 3-Iu.seu. Commeroial . A LAVOURA 219 Interessantes informações acerca do consumo da banana na Fkança. A banana é desde muito tempo conhecida na França, mas as remessas sérias datam do 1886 para cá. Mesmo om 1890, o consumo em Paris era quasi nullo ; 1.000 cachos por anno; mas não tardou em augmentar rapidamente. Em 1895, subiu a 5.000 ou 6.000 cachos ; em 1900 a 18.000 cachos e actualmente 6 de 70.000 a 75.000 cachos por anno. Para dar idéa, porém, do consumo total, cumpre accrescentar Marselha e acosta mediterrânea com 200.000.000 cachos, o que dá uma cifra annual máxima de 300.000 cachos. Esta cifra é na realidade ainda muito baixa, comparada com as dos paizes vizinhos : Allemanha, 700.000 a 800.000 cachos; a Inglaterra 400.000 cachos por anno. O arsénico emprega-se geralmente na agricultura como insecticida ; mas semelhante processo está sujeito a graves perigos. De um lado, os operários que manipulam os productos arsenicaes correm o risco de envenenar-se ; por outro lado o veneno que fica adhorente ás fructas, aos legumes etc. põe em risco a saúde dos consumidores. Citam-se mesmo alguns casos de morte. Em vista, pois, disto, em uma communicação dirigida á Academia de Medicina de Paris, insiste o Sr. Cazeneuve sobre a necessidade de prohibir radicalmente o emprego na agricultura dos compostos arsenicaes. Esta prohibição já existia na França desde 1846, mas, a fallar a verdade, nenhuma applicação tem tido. A observação do Sr. Cazeneuve é razoável, mas pouco resultado dará, porque, como observa o Sr. Riche, a agri- cultura não conhece melhor insecticida que o arsénico. Os inconvenientes e riscos que poderão resultar do seu emprego serão sempre considerados como quantidades desprezíveis. A producção do milho, na França, tende a desenvolver-se, ha cerca de uns vinte annos. Esta planta é actualmente cultivada em uma superfície de mais de 500.000 hectares e o valor da sua producção eleva-se a cerca de 90 milhões de francos. Vem, pois, a propósito assignalar as tentativas que se fazem na America para applicar o milho ao fabrico do papel. Para conjurar a crise do papel é de ne- cessidade encontrar um succedaneo á pasta da madeira. Na Algéria e na Tunísia é a alfafa que fornece a cellulose ; na Birmânia, os inglezes pretendem explorar o btmbú. Nos Estados Unidos, acha-se muito desen- volvida a cultura do milho, cuja producção alli é três vezes maior que a do trigo. Já o miolo da haste do milho tem diversos empregos na marinha dos Estados Unidos, ella substituiu o miolo do coqueiro no calafeto dos navios, assim como no fabrico dos explosivos. Para a industria do papal, a histe do milho ô uma excellente matéria prima ; mas é necessário proceder á separação da casca exterior e do miolo: este problema foi resolvido praticamente pelo Sr. Viggo Drewsen. A casca exterior, tratada com reactivos convenientes, dá uma pasta idêntica á da madeira, muito boa para o fabrico do papel commum opaco. O miolo dá uma pasta que pôde ser vantajosamente utilizada no fabrico dos papeis transparentes (papeis de manteiga) e de certas espécies de pergaminhos. -££-»Hí&€:€€3 SOCIEDADE NUeiOMAI. DE AGRICULTURA PARTE COMMERCIAL Maio de 1908 Cafó Venderam-so l.Vi.000 saccas contra 174.000 do raez de abril. Entraram 106.86:! saccas contra 144.424 saccas no moz anterior. Os embarques foram — 187. 127 saccas contra 171 .610 no mez anterior. Calculava-se a existência no dia 15 de maio— 372.614 saccas contra 372.277 no dia 30 de abril ; no dia 31 de maio — 349.01 1 saccas contra 372.041 saccas no dia 15 de maio. Os extremos das cotações foram : Typo n. 6. » > 7. í» quinzena Por arroba Por 10 kilos 5$500 a 5$800 3$744 a 3$949 5$200 » 5$500 3$540 » 3$744 4$900 » 5$200 3$336 » 3$540 4$700 » 5$000 3$203 » 3$404 ?» quinzena Por arroba Por 10 kllos 5$600 a 5$800 3$813 a 3$940 Typo n. 6. . . » » 7 5$3(I0 » 5$500 3$608 » 3$741 » » 8 5$000 » 5$200 3$404 » 3$540 » > 9 4$700 » 5$000 3$200 » 3J401 As entradas do Rio de Janeiro, retallrilamente, foram : ía quinzena Saccas Estrada de Ferro Central do Rr.izil 29.769 Cabotagom 5.302 B.irra dentro. . . Total. Saccas Estrada de Ferro Centr i\ do Brazil 31.830 Cabotagem 8.189 Barra dentro 42.845 Total 81.804 A LAVOURA 221 Em Nova York, o typo 7, disponível, cotou-se do 6 '/i6 a 6 3/s por libra, sendo 6 Vi6 nos dias 1,2 e 4, 6 3/ia nos dias 5, G e 7, o l/t no dia 9, 6 5/n no dia 1 1 o 6 3/a nos dias 12, 13, 14 e 15; a 6 l/i e. por libra nos dias 18 e 19 e a 63/8 c. em todos os outros dias. Na Bolsa registraram-se os seguintes preços: No dia 1 — 5.8; em ^ e 4 — 5.85; em 5 — 5.95; em 6 — 0.00, em 7— 3.5; em 8e9— 0.10; em 11 e 12 — 0.15; em 13 — 6.20; em 14 e 15 — 6.15 e 0.05 c. em 10 e 18; 0.20 c. em 19 6. 10; c. de 20 a 27 e 6. 15 c. em 28 e 29. Géneros importados ia quinzena Qualidade Quantidade Preços Farinha de trigo . . . 22.504 barricas. ... — — Americana (barrica) — — » (sacca)— Não ha. Rio da Prata: por 2 saccas Primeira qualidade 24$000 Segunda » 22$500 Terceira » 21|500 Mjinho Inglez: Nacional ■ 24$000 Brazileira 23$000 Buda-Nacional — Mjinho Fluminense: S. Leopoldo 23$500 a 24$000 O. O ... • 22,500 » 23$000 5a quinzena AmericaDa (barrica) — » (secca) — Não ha. Rio da Prata: por 2 saccas Primeira qualidade 23$500 Segunda » 22$500 Terceira » 21 $503 Moinho Inglez: Nacional 24$000 Brazileira 23$200 Buda-Nacional 25$200 Moinho Fluminense: S. Leopoldo 24$000 O. O SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA fa quinzena Manteiga — 250 caixas : Demagny, Isigny (latas sortidas) 2$500 a 2$520 Brétel Frères (latas sortidas) 2$300 » 2.$320 Lepelletier 2$480 > 2$500 Modesto Qallone (sortidas) 1$850 » 1$900 Esbousen Não ha L. Brum 2$540 » 2$550 Busck Juniur 2$400 » 2$450 Marclet 2$200 » 2$220 Outras marcas 1$800 » 2$000 A nacional vendeu-se: a de Minas de 3$700 a 4$ e a do Sul de 2$400 a 2$600. 2a quinzena Demagny, Isigny (latas sortidas) 2$480 a 2$500 Brètel Freres (latas sortidas). ' 2$300 » 2$350 Lepelletier 2$480 » 2$500 Modesto Gallone (sortidas) 1$500 » 1$900 Esbousen s . Não ha L. Brum 2$500 » 2$540 Busck Júnior 2$400 » 2$450 Marclet 2$200 > 2$220 Outras marcas 1$800 » 2$000 A nacional vendeu-se: a de Minas de 3$600 a 3$ SUO e a do Sul de 2$400 a 2$600. Géneros nacionaes MAIO A..& i is i i- < 1 « 5 n t « s Tornou-se melhor a posição deste mercado devido não as entradas que foram insignificantes, as quaes constaram de 270 pipas de diversos centros produetores. As entradas na segunda quinzena tiveram grande augmento e constaram de 598 pipas. ía quinzena Campos Angra Paraty Maceió Aracaju Pernambuco Bahia Parahyba Preços 60$000 a 165$000 70$000 > 175$000 75$000 » 180$000 17O$0OO 1Ô5$000 65$000 » 170$000 165.Ç000 170$000 A LAVOURA Laguna 160$000 a 165$000 Itajahy • . . . 160$000 » 165$000 Mangaratiba 170$0J0 » 175$000 Paranaguá 160$000 > I65$000 2a quinzena Preços Campos 165$000 a 170$000 Angra 175$000 » 180$000 Paraty 180$000 » 18õ$000 Maceió 170$000 » 175$000 Aracaju 170$000 > 175$000 Pernambuco 170$Q00 » 175$000 Babia 170$000 » 175$000 Parahyba 170$000 » 175$000 Laguna 165$000 » 170$000 Itajahy 165$000 » 170*000 Mangaratiba 175$000 » 180$000 Paranaguá 165$000 » 170,j;000 A.lcool Na primeira quinzena melhorou de aspecto este mercado que se conservou firme, ainda que sem alteração sonsivel nos preços. Na seguuda quinzena finda houve procura e apezar das entradas serem avultadas pois contaram de 863 vo- lumes de diversas procedências, os preços tiveram uma alta de cerca de 10$ por pipa. í" quinzena As cotações foram as seguintes, por pipa, sem casco: 40 gráos. 250$000 a 230.j;000 38 » 235$000 » 240$000 36 » 225$000 » 230$000 " 5» quinzena 40 gráos 260$000 a 265$000 38 » 24õ$000 > 250$000 36 > 235$000 > 240$000 A-lg-odiio em ia.m;i Com a forte reação operada no estrangeiro desenvolveu-se regular procura que, reflectindo nos mercados productores, determinou alta sensivel e brusca. Per- durou a mesma situação na segunda quinzena. sm>k NACIONAL de agricultura 1" quinzena Fardos Existência no dia 30 de abril 10.365 Entradas : Mossoró 4.396 Parahyba 1.128 Pernambuco 1.785 Natal 1.600 Ceará 160 9.069 23.375 Sabidas dos trapiches 6.607 Existência no dia 15 de maio 16.768 Preços : Pernambuco ll$700a 12$600 Rio Grande do Norte 11$500 » 12$000 Ceará 12$000 » 12$500 Parahyba 1 1$700 » 12$300 Penedo (Nominal) Sergipe (Nominal) 2* quinzena Fardos Exi tencia no dia 15 , 16.708 Entradas : Parahyba 2.980 Pernambuco 2.089 Ceará 997 Natal. 900 Maceió 900 Maranhão 819 Mossoró 815 Piauhy 150 9.650 26.418 Sahidas dos trapiches 7.614 Existência no dia 30 • • Is. 801 Preços : Pernambuco 12$300 a 13$000 Coará I2$300 » 13.^000 Rio Grande do Norte 12$000 » lã$800 Parahyba Iã$300 » 12$600 Penedo (Nominal) Sergipe 12$000 » 12£400 Assiicn1 O que ha a informar sobre este producto éque os brancos crystaes toem man- tido as cotações. Foi a mesma a situação da 2» quinzena havendo, porém, a dizer que houve maior firmeza nos mascavos o mascavinhos. riUMEIRA QUINZENA Os preços regularam como se segue : Pernambuco : Branco usina §540 a $550 Dito crystal $520 » $530 Dito 3» sorte $520 » $^30 Crystal amarello $460 » $480 Mascavinho $380 » $470 Somenos $440 » $470 Mascavo bom $340 » $350 Dito regular $330 » $435 Dito baixo — $325 Sergipe : Branco crystal $510 a $540 Mascavinlio $400 » $480 Mascavo bom $340 » $350 Dito regular $330 » $335 Dito baixo — $320 Campos : Branco crystal $520 a $530 Dito 2» jacto $420 » $460 Bahia : Branco crystal , $550 a $570 Crystal amarello — — Santa Calharina : Mascavinho $380 a $400 SEGUNDA QUINZENA Os preços regularam como se saguo : Pernambuco : Branco usina $540 a >560 Dito crystal $510 > $520 Dito 3a sorte $520 Crystal amarello $460 » $490 Mascavinho $120 » $480 Somenos $430 » $460 Mascavo bom $355 » $300 Dito regular $345 » $350 Dito baixo $340 !ii SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Sergipe : Branco crystal $510 a $520 Mascavinho $420 » $480 Mascavo bom $355 » $360 Dito regular $345 » $350 Dito baixo $340 Campos : Branco crystal • . . . $510 a $540 Crystal amarello $490 » $500 Bahia : Branco crystal $550 a $560 Dito 2o jacto $500 » $530 Cerea.es PRIMEIRA QUINZENA Preços Feijão preto de Porto Alegre, novo . . . 17$500 a 18$500 Dito velho — — Dito idem de Santa Catharina 17$000 » 18$000 Dito do Paraná 17$000 » 18$000 Dito mulatinho 17$00() » 18$000 Dito manteiga 18$00(> Dito enxofre 17$000 Dito de cores, nacional 14$000 Dito branco, estrangeiro 18$500 » 19$000 Dito amendoim, idem — 18$500 Farinha de mandioca, especial 10$000 » 10$500 Dita idem flna 9$500 » 10$000 Dita idem peneirada 8$500 » 9$500 Dita idem do Norte — — Dita idem grossa, Laguna 7$000 > 7$200 Dita idem idem, Porto Alegre Não ha Arroz nacional 22$000 a 27$000 Dito inferior 14$000 » 18$000 Milho amarello do Norte Não ha Dito idem da terra , . . 6$400 a C$500 Dito branco idem 5$600 > 5$800 Amendoim era casca 7$000 » 7$200 Cangica 15$000 a 17$000 Favas 12$000 » 12$500 Kilogramma Alpiste $360 a $380 Batatas nacionaes $IM » ,$180 A LAVOURA Dita estrangeira Nominal Fubá de milho $120 a $1S0 Matte em folha , . . . $4o0 > $500 Tapioca $400 » $500 Polvilho $180 » 220$ Carne Je porco $700 » $800 Línguas do Rio Grande (uma) — 1$000 Cebollas do Rio Grande (cento) Não ha SEGUNDA QUINZENA Preços Feijão proto de Porto Alegro, novo . . . I5J000 a 1C$000 Dito idem da Terra Nova 14$000 » 15$0o0 Dito idem de Santa Catharina 14$000 » 15$000 Dito do Paraná . , 14$000 » lõ$000 Dito mulatinho — » 15$000 Dito manteiga — . » 15^000 Dito enxofre — » 15$000 Dito de cores, nacional 10$000 » 12$000 Dito branco, estrangeiro 18$500 » 1 9^000 Dito amendoim, idem 18.$000 » 18..-500 Farinha de mandioca, especial 9$000 » 9$õ00 Dita idem, fina 8$500 » 8.^800 Dita idem, peneirada 7$600 » 8$000 Dita idem, do Norte — — Dita idem, grossa, Laguna 6^800 » 7$000 Dita idem idom, Porto Alegre Não lu Arroz nacional 22$000 a 24$000 Dito inferior 14$00J » 18$0QQ Milho amarello do Norto Não ha Dito idem da terra C$200 a 6$500 Dito misturado, idem 5,j600 » 5.j800 Amendoim em casca 5$8u0 » 6$000 Cangica 10^000 » 18$000 Favas lo$000 » 10$500 Kilogramma Alpiste $360 a $380 Batatas nacionaes $100 » $180 Dita estrangeira Nominal Fubá de milho $120 a $180 Matte em folha $100 » $500 .Tapioca $400 » $500 Polvilho $180 » $200 Carne de porco $G0C » $700 Línguas do Rio Grande (uma) $900 > 1$100 Cebollas do Rio Grande (cento) 2$300 » 2$500 440 J U SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Furno em i*ôlo Durante a quinzena bouve a mesma firmeza que notámos na precedente, continuando inalterados os preços, e, quanto aos negócios, estes também foram desenvolvidos. i" quinzena As cotações foram : Preços De Minas, especial 1$600 Dito superior 1$400 Dito 2a 1$200 Dito ordinário $8(0 Goyano, superior 2$400 Dito 2a 1$700 Baixo Num, Rio Novo, superior 2$400 Dito 2" 1$300 Dito baixo 1$200 Pomba, superior 1$600 Dito 2a 1$200 Dito baixo Nom. Carangola 1$500 Picú, especial 2$800 Dito 1» 2$000 Dito 2» 1$200 Bahia 1$100 2a quinzena Durante a quinzena, o mercadojpermaneceu som alteração quanto a firmeza, registrando-se, como na anterior, negocio ura tanto mais desenvolvido. As qualidades mineiras especiaes, superiores, segundas ordinárias foram cotadas em 200 réis mais do que na primeira quinzena. As cotações foram : Preços De Minas, especial 1$800 Dito superior 1$600 Dito 2a 1$400 Dito ordinário 4$000 Goyano, superior 2$400 Dito 2a 1$700 Baixo Nom.t Rio Novo, superior 2$400 Dito 2» 1$800 Dito baixo 1$200 Pomba, superior 1$600 A LAVOURA Dito 2* 1$200 Dito baixo Nom. Carangola 1$500 Pioil, especial 2*800 Dito Ia 2$000 Dito 2* 1$200 Bahia 1$100 Para as procedências do Rio Grande, volhos regularam de 15$ a 20$ e para novos de 1 1$ a 15$ por arroba. Entraram 1.811.040 kilos por cabotagem, do nacional, que se cotou do 2$ a 2$100 por 40 litros. Mercado monetário A existência de ouro, na Caixa de Conversão, em 15 de maio, era : Libras esterlinas . 5.530.329—10 Francos 10.501.530 Marcos ■ 40 Dollars 125.527—50 Liras 2.280 Coroas austríacas 4.650 Pesos argentinos 100 » nacional. 130:750$000 SEGUNDA QUINZENA. Em 31 de maio era: Libras esterlinas 5.510.460— 10 Francos 10.480.060 Marcos 40 Dollars 125.292-50 Liras 4.790 Pesos argentinos 2.290 Pesetas hespanbolas 50 » nacional 134:570$000 A importância de notas conversíveis em circulação era : Primeira quinzena 95.813: 630$00O Segunda » 95.487:250$000 O preço de soberanos, fora da Bolsa, foi de 16$025. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA CAMBIO As taxas offlciaes continuaram a manter-se inalteradas, a 15 1/8 d. sobre Londres nos bancos estrangeiros e 15 3/16 d. no Banco do Brasil. As transacções bancarias fizeram-se a esses extremos e as do outro papel a 15 3/16 e 15 13/64 d., não e registrando movimento digno de nota. Os extremos das cotações offlciaes foram : PRIMEIRA QUINZENA Londres, 90 d/v 15 1/16 e 15 3/16 d. Paris, 90 d/v $629 a $634 Hamburgo, 90 d/v $776 » $780 Portugal, 3 d/v 325 > 330 % Itália, 3 d/v $638 » $640 Nova York, ,i vista 3$i95 » 3$310 Vales, ouro — 1$793 SEGUNDA QUINZENA Londres, 93 d/v 15 1/8 e 15 3/16 d. Paris, 90 d/v $629 a $632 Hamburgo 90 d/v $776 » $779 Portugal 3 d/v 316 » 325 % Itália 3 d/v $638 » $639 Nova- York, á vista 3$295 » 3r3l0 Vales, ouro — » 1$793 O valor offlcial do mil réis foi do 560 a 563 réis, ouro, e da libra de 15$í-03 a 68. Ágio de ouro 77-77 a 78, 51% . £$&&$€€€€- BIBLIOGRAPHIA Recebemos mais as seguintes publicações periódicas: Bulletin de V Instituí Chimique et Bacteriologíque de l'E'tal à Gembloux — 1908, n.75. Annales de la Société Academique de Nantes.-' Volume 7" da 8a série, 1906. El Progreso Hortícola, periódico para distribuição gratuita, editado pela Casa Domingo Basso, de Montevideo. Boletim do Serviço de Estatística Commercial, referentes aos doze mezes de ja- neiro a dezembro de 1907. O Immigrante, publicação da Secretaria da Agricultura do Estado de S.Paulo. —An no I, n. 1. Trabalhos recebidos no mez de maio : O Cornmercio e a Industria do Leite, da Manteiga e do Queijo na Suissa, por J. de Oliveira Murinelly. Paris, 1908. Este trabalho, fructo da op3rosidade e com- petência do segundo secretario da legação brasileira em Paris, foi apresentado como relatório á Secretaria de Estado das Relações Exteriores, e agora publicado em brochura para distribuição gratuita. A obra comprehende quatro partes que tratam respectivamente do leite, da manteiga, do queijo o das queijarias. Na pri- meira parte mostra o autor o pap9l importantíssimo que tem a industria dos lacti- cnios na vida económica da Suissa. Ainda nessa parte vêem estudos sobre os Leites Concentrados, Farinhas Lácteas, Koumiss e Kefir. A falsificação do leite é tratada com cuidado. Na segunda parte occupi-se o autor com o fabrico da manteiga, escolha de machinismos que a observação própria lhe demonstrou serem os mais convenientes. Termima esta parte com um estudo sobre as Condições da boa manteiga. Defeitos e Fraudes. Na quarta parte estuda as Queijarias e o aprendizado dos lacticínios, na Suissa. A descripção do leite normal com todos os seus caracteres physicos, meios de reconhecel-o, das differentes raças e sua excellencia produetiva, foi por parte do autor objecto de cuidadoso exame. F,' uma obra, portanto, cuja leitura muito se recommenda, acerescendo ainda ser de fácil acquisição. A industria de lacticínios no Estado do Rio de Janeiro, pelo Dr. Eduardo Cotrim ; Propaganda do Estado do Rio — A Lavoura do Café; estado octual deste produeto, pelo Dr. João Alves de Mattos Pitombo ; Sobre a Propaganda e Collovação de Alguns Productos da Industria Agrícola Brazileira nos mercados Inglezes por Fran- cisco Alves Vieira; O Canal de Macahc a Campos e as Industrias Agrícolas do Muni- cipio de Macahé pelo coronel José Julião Carneiro da Silva. Todas estas conferencias realizadas no Museu Commercial do Rio de Janeiro foram publicadas em folheto, dos quaes recebemos exemplares. Procés-verbal de la Sèance da Congrès d' Horticulture ouvert d Paris par la Société Nationale d' Eorticulture de Franoe. 238 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Relatório da Companhia Usina S. João apresentado á assombléa gorai ordi- nária de 31 de maio de 1908, pelo seu presidente coronel Ernesto de Campos Lima. Erposifão Nacional de 1908. Relatório apresentado ao Exmo. Sr. Monsenhor Walfredo Leil, por occasião da exposição previa em 2 de abril de 190S. Relatório apresentado ao Governa lor do Estalo de Pernambuco polo secre- tario geral Elpidio de Abreu e Lima Figueiredo, em 31 de janeiro de 1908. Mensagem apresentada ao Conselho Municipal de Passo Fundo pelo intondente Pedro Lopes do Oliveira, em 1 de novembro de 19J7. Relatório de 1907, apresentado pela Directoria d i Associação Commercial do Maranhão. La Pesca en La Republica Argentina, parte primeira, pelo Dr. F. Lahille. Buenos Aires, 1906. Feria Exposicion de Ganaderia (1902 — 1903). Informes de Ia División de Gana- deria. Buenos Aires, 1905. Estas duas ultimas obras foram oflferecidas á Bibliotheca desta Sociedade pelo Sr. Director Dr. Heitor de Sá. CATÁLOGOS Domingo Basso. Catalogo geral n. 58. Arvores fructiferas, florestaes, arbusto3, plantas ornamentaes, sementes e utensílios de jardineiro. Catalogo do Leilão dos Animaes do Posto Zootechnico Central de S. Paulo. Estes animaes foram postos à venda após a Exposição preparatória realizada em 20 de abril de 1908. Foumitures Hortieoles. Catalogo de 1908. Ch. Hitté, rue des Bourdonnais, Paris. Cari HagenbecWs Tierpark. Catalogo de animaes domésticos. Secção I. Bovinos. São representantes desta casa, no Rio de Janeiro, os Srs. Herm. Stoltz &Comp., Avenida Central 66—74. Aequisicões da Bibliotheca : Microbiologie Agricole por Edmond Kayser. Paris. Eds. J. B. Baillière et Fils. 1 volume. Agricullure Générale. Les Sernailles et les Récoltes por Paul Diffloth. Eds. J. B. Baillière et Fils. Paris, 1907. 1 volume. Zootechnie. Races Bovines por P. Diffloth. "Eds. J. B. Baillière et Fils. 1908. 1 volume. Pathologie Gènerale des Animaux Domestiques por C. Cadéac. 2» edição. Eds: J. B. Baillière et Fils, Paris, 1904. 1 volume. Thérapeutique Vélérinaire Appliquêe por H. J. Gobert. Eds. J. B. Baillière et Fils, Paris, 1005. 1 volume. Notiotis d' Agricullure et d'Sorlicu!txre d 1'usage du cours moyen et du court superieur des êcoles primaires et des écoles primaires supérieures por E. Pamart. 5» edição. Eds. Masson & Comp., Paris. I volume. A LAVOURA Les Théories et les Applications Nouvelles de la Greffe polo Dr. Albert Gautié eds.: Masson et C. Paris, 1 volume. Culture :le la Pomme de Terre Polagère, Fourragère et Industrielle por L. Mal- peaux. Eds. Masson et C, Paris, 1 volume. Les Levures por E. Kayser. Eds.: Masson etC, Paris, 1 volume. VIndustrie Oléicole por J. Dugast. Eds. Masson et C, Paris, 1 volume. Prairies et Plantes fourragères. E' o titulo da ultima brochura que acabamos de receber da livraria J. B. Baillièro et FUs. Damos o prospecto dessa obra para, orientação dos nossos leitores. « Prairies ei Plantes fourragères », par C. V. Garola, professeur départemental d'agriculture à Chartres, 2a edition revue et augmentée, 1 vol. in-18 de 50U p-iges. avec 150 figures, brociu- : 5 ir.; cartonné: 6 fr. (Encyclopedie agrícola; Librairie J. B. Bailliere et fils, 19, rue Hautefeuille, Paris Les plantes fourragères jouent en économie rurale un role chaque annôe plus important. Dans 1'étuJe que leur consacre M, Garola, il a envisagé les plantes fourragères non seulement au point de vue de la production proprement dite, mais aussi au point de vue de leur emploi dans la nourriture du bétail. II a donc donné una place important à la determination de la valeur alimentaire des dif- ferentes plantes. Le cultivateur y trouvera non seulement les notions nécessaires pour arriver à produire beaucoup de fourrages, mais encore les renseignements les plus utiles pour tirer de leur traasformation par le bétail les résultats les plus avantageux. Yoici un aperçu des matières traitées : Prairies naturelles: Graminées ; légumineuses ; composition et valeur alimen- taire ; exigences et fumures des prairies et des pâturages ; eréation des prairies naturelles ; préparation du sol ; ensemencement ; exécution du semis ; organisation entretien et exploitation de- herbages; eotretien des prairies fauchées; plantes à détruire. Prairies temporaires : Prairies artiflcielles ; luzerne ; composition et valeur nutritivo ; climat et sol ; rendement et durée des luzernières ; plantes parasites et animaux nuisibles ; cultures; trèflo violet ; trôfle blanc ; tròfle liybride ; sainfoin ; lupuline. Lourrages annuels : Trèfle incarnai; vesce; pois de champs; moutarde Manche ; navetto et colza ; côréales ; fourrages ; seigle ; avoin j ; sarrasin ; mais ; millet. Récolte des fourrages : Fenaison ; époque de la fauchaison ; coupe des four- rages ; dessiccation ; transport et rentréa ; conservation et préparation des foins ; comprossion des fourrages ; ensilage des fourrages verts. Plantes sarclées fourragères: Belterave ; emploi et composition ; climat; sol ; production de la betterave fourragère ; culture ; action de la variété et de 1'espa- cement ; rendements par hectare ; expérieuces d'alimentation et de digestibilité des betteraves ; pommes de terre ; exigences climatériques et géologiques ; sélection et variótés ; emploi de la pomme de terre dans ralimentatioa des chevaux de trait ot des betes à cornos ; préparation du sol ; plantation ; espacement ; influenco SOCIEDADE NACIONAL DE AORlcni/TURA de la fragmentation des tubercules et de la profonrtcur ; pratique de Ia plantation ; façoDs d'entretien ; maladies ; suppression des tigos ; récolte et consorvation. Carotle; composition et valeur alinientairo ; culture ; plaee dans 1'assolement ; prúparation du sol ; semailles ; enti etien ; récolte ; conservation ; panais ; navet ; chou-navet ; chou-rave ou col-rave ; choux-fourragers : topinambour, ramilles et feuilles. Ce volume a étó courunné d'uoe médaille d'or par la Société NatioDale d'Agriculture. II fait partie de V Encyclopedie Agricole k laquelle cette même société vient d'aoeorder Io Grand Prix Heuzé. Le catalogue détaillé et illusti-é de V Enct/clopédie Agricole est adréssó grátis et franco à toute parsonoe qui en fait la demande à MM. J-B. Baillière et Fils, 19 rue Hautefeuille, à Paris. 4403 — Rio ds Janeiro — Imprensa Nacional — 1908 ESTATUTOS CAPITULO (I Art. 8.° A socideade admitte as seguintes categorias de sócios : Sócios effectivos, correspondentes, honorários, beneméritos e associados. § i.° Serão sócios effectivos todas as pessoas residentes no paiz que forem devidamente propostas e contribuírem com a jóia de 15$ e a annuidade de 2o$ooo. § 2.° Serão sócios correspondentes as pessoas ou associações, com residência ou si\lr no estrangeiro, que forem escolhidas pela Directoria, em reconhecimento dos seus méritos e dos serviços que possam ou queiram prestar á sociedade. i? 3.0 Serão sócios honorários e beneméritos as pessoas que, por sua dedicação e relevantes serviços, se tenham tornado beneméritos á lavoura. § 4.0 Serão associadas as corporações de caracter official e as associações agrícolas, filiadas ou confederadas, que contribuirem com a jóia de 30$ e a annuidade de"5o$ooo. § 5.0 Os sócios effectivos e os associados pi k lerão se remir nas condições que torem preceituadas no regulamento, não devendo, porém, a contribuição fixada para esse fim ser inferior a dez (10) annuidades. Art. g.° Os associados deverão declarar o seu desejo de comparticipar dos tra- balhos da sociedade. 1 >s demais sócios deverão ser propostos por indicação de qualquer sócio e apresentação de dois membros da Directoria e ser acceitos por unanimidade. Art. 10. Os sócios, qualquer que seja a categoria, poderão assistir a todas as reuniões sociaes, discutindo e propondo o que julgarem conveniente; terão direito a todas as publicações da sociedade e a todos os serviços que a mesma estiver habilitada a prestar, independentemente de qualquer contribuição especial. á, 1." Os associados, por seu caracter de coílectividade, terão preferencia para os referidos serviços e receberão das publicações da sociedade o maior numero de exem- plares de que esta puder dispor. § 2.0 < ) direito de votar e ser votado é extensivo a todos os sócios ; é limitado, '01 <-m, para os associados e sócios correspondentes, os quaes não poderão receber votos para os cargos de administração. íj 3.0 Os sócios perderão' somente seus direitos em virtude de expontânea renuncia ou quando a assembléa geral resolver a sua exclusão por proposta da Directoria. REGULAMENTO CAPITldJ) VI DOS SÓCIOS Art. 18. A sociedade prestara seus serviços de preferencia aos sócios e associados quando estiverem quites com ella. Art. iq. A jóia deverá ser paga dentro dos primeiros três mezes após a sua icceita :ão. Art. 20. As annuidades poderão ser pagas por prestações semestraes. Art. 21. Os sócios e os associados se poderão remir mediante o pagamento das quantias de 200$ e 500$, respectivamente, feito de uma só vez c independente da jóia, |ue leverão pagar em qualquer caso. Art. 22. Os sócios e associados não poderão votar, nem receber o diploma, sem terem pago a respectiva jóia. § i.° O sócio que tiver pago a jóia e uma annuidade, poderá remir-se mediante a apresentação de 20 sócios, desde que estes tenham igualmente satisfeito aquellas contribuições. s, 2." Para esse etfeito o sócio deverá requerer á Directoria, provando seus direitos .10 . i.-i mos do paragrapho anterior. í, 3." Serão considerados beneméritos os sócios que fizerem donativos á sociedade, a partir da quantia de um conto de réis. Art. 23. Para que os sócios atrazados de duas annuidades possam ser considerados resignatarios, nos termos dos Estatutos, é preciso que suas contribuições lhes tenham sido solicitadas por escripto, até três mezes antes, cabendo-lhes ainda assim o recurso para o conselho superior e para a assembléa geral. Anno XII — N. 6 Rio de Janeirc Junho de 190« ®>QU , ím âgpíeuMíípa GADO CARACU* PAULISTA fefe&s-s^g^s-frss^sa. ^^yyyl VI RI BUS UNiTIS j(4»^»4»<»€« CAPITAL FEDEFAL SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Fundada em 16 de janeiro de 1897 Caua-postal, 1245 Seda: Ruas da Alfandega o. 109 Endereço Telegraphico, AGRICULTURA e Qeneral Camará n. 105 Telephone a. 1416 bio n« j»nriro DIBBOTOKIA Presidente — Dr. Wencesláo Alves Leite de Oliveira Bailo. i° Vice-presidente — Vago. 2o Vice-presidente — Dr. Sylvio Ferreira Rangel. . 3° Vice-presidente — Dr. Domingos Seugio de Carvalho. Secretario Geral — Dr. Heitor de Sá. i° Secretario — Dr. Francisco Tito de Souza Reis. 2° Secretario — Dr. Benedicto Raymundo da Silva. 3o Secretario — Dr. José Ribeiro Monteiro da Silva. 4" Secretario — Alberto de Araújo Ferreira Jacobina. i° Thesoureiro — Dr. João Pedreira do Couto Ferraz Júnior. 2° Thesoureiro — Carlos Raulino. Directores das Secções Fazenda de Santa Mónica Dr. Sylvio Rangel. Applicaçôes do Álcool e Museu Dr. Benedicto Raymundo. Secção Technica e Bibliotheca Dr. Heitor de Sá. Plantas e sementes e Horto da Penha . . Dr. Monteiro da Silva. Propaganda e estatística Alberto Jacobina e Carlos Raulino. Secretaria Dr. Souza Reis. Thesouraria Dr. Pedreira Júnior. Oollaboração Serão considerados collaboradores não só os sócios como todos que quizerem ser- vir-se destas columnas para a propaganda da agricultura, o que a redacção muito agradece. A lista dos collaboradores será publicada annualmente com o resumo dos trabalhos. A redacção não se responsabilisa pelas opiniões emittidas em artigos assignados, e que serão publicados sob a exclusiva responsabilidade dos autores. Os onginaes não serão restituídos. As communicações e correspondências devem ser dirigidas á Redacção d' A LA- VOURA na sede da Sociedade Nacional de Agricultura. A LAVOURA não acceita assinaturas. E' distribuída gratuitamente aos sócios da Sociedade Nacional de Agricultura. Coiidlçfies . Assim, facilidade no levantamento dos grandes capitães com que lidava, somente lhe servia de alimento á illusão de prosperidade em que vivia como vivem todos os que se acham em tal condição. *• Trabalhou por conseguinte a vida inteira, como poucos imaginam que se possa trabalhar ; e ao fim, está provado que o fez com dois únicos resultados: i° alimentar-se, bem como á familia ; 2a pagar juros ao ca- pital daquelles que nelle confiavam. Se, portanto, neste* caso tão promissor, foram baldados os esforços de uma vida inteira para equilibrar a situação financeira da exploração que se acaba de paralyzar, o que diremos do maior numero dos casos que quasi constitue regra geral no meio agrícola do Brasil ? A illusão é inútil ; e a verdade é clara : a industria agrícola, se tem sobre a manufactura e o commercio, grande vantagem para o bem estar, a tranquilidade, a independência e a economia domestica de quem a explora não pode (entretanto e é a justa compensação) com nenhum dos dois com- petir cm rendimento pecuniário. Assim se nestas duas carreiras pode o em- presário arrojado fazer facilmente o serviço de juro e amortização do capital alheio com que inicia a sua empresa, naquella esse duplo serviço é quasi impossível, dada a extensão do tempo necessária para concluir-se. A lavoura remunera sem duvida o capital independente, que a ella se consagra; mas não pode, no decurso de uma existência humana, pro- duzir este juro e mais outro capital egual ao primeiro. Eis a utopia do la- vrador brasileiro! Eis a transgressão que elle commette por desgraça própria ha mais de 20 annos no Brasil contra a mais clara das leis da economia rural, tão brilhantemente expressa na formula sabia deLecouteux: // rty a pas de Bonne situation agricole sans une bonne situation economique. E1 o sangue dos martyres que solidifica o alicerce em que assentam os ideaes que elles defendem; e o fracasso rendoso da empresa, que pela morte prematura de seu tenaz director acaba de baquear em Campinas, imprime nesse defunto o caracter de exemplo para os que vierem caminhar sobre os passos resolutos com que elle pisou no caminho de sua carreira la- boriosa . E' nesse caracter que A Lavoura presta hoje homenagem á sua memoria. SOCIEDADE NACIONAL DS AGRICULTURA Dr, Germano Yert A Lavoura estampa com orgulho no presente numero a eftigie do seu antigo redactor chefe, cuja existência preciosa acaba de finar-se em Pira- cicaba onde occupava o logar de lente de agronomia da escola de agri- cultura d^ssa cidade . O imprevisto de sua morte, as circumstancias de que ella se cercou foram causa da nossa demora, que a nossa insistência não poude vencer, para obtenção desta honra . Resta, portanto, á Lavoura, como homenagem sentida ao seu antigo director, a lembrança do que elie foi nesta casa, e do que com eloquência attestam os números da revista que o nosso archivo agasalha e que, orga- A LAVOURA nisados sob suas vistas, formam uma das partes mais brilhantes da nossa collecção. Germano Yert, podemos dizel-o sem suspeição, foi durante a vida uma synthese da honradez e do trabalho. Era um temperamento extremado, no qual estas duas qualidades se manifestavam com a violência de verdadeiras paixões. Por isso, todos os que lhe assistiam a existência movimentada, sem perscrutar-lhe as impressões intimas, extasiavam-se ante aquella operosi- dade incrível e aquella independência extra-humana. A fraqueza do orga- nismo humano, entretanto, e as condições precárias da vida social, são os maiores obstáculos para o êxito de taes individualidades na lueta pela vida. O trabalho excessivo corroeu-lhe o organismo outrora robusto; e as ditliculdades, talvez, que lhe creava a intolerância dos homens, e contra as quaes já não podia luetar, abreviaram-lhe a existência utilissima e pro- missora. Era um medico illustradissimo; mas o seu temperamento investiga- dor o afastava das preoceupações materiaes da clinica para approximal-o das investigações mais novas e menos procuradas da sciencia agronómica; e nesse theatro em que desenvolveu a sua acção o seu exemplo foi fecundo, e foi visível o sulco que deixou na sua passagem pela vida agrícola do nosso paiz e principalmente pela direcção da Sociedade Nacional de Agri- cultura. E por isso a redacção da Lavoura lamenta saudosa o desappare- cimento de^te brilhante espirito. COLLABORAÇÃO As nossas imotas Quando não tiveres que lazer planta uma arvore, porque emquanto estiveres dormindo ellairá fruetificando. ( Provérbio chinez Na porta de minha cazinha, os galhos entrando quasi pela janella, tenho uma colossal caramboleira com phenomenal carga de fruetos ma- duríssimos. Um pouco além, cambucazeiros, jaboticabeiras, abacateiros e outras arvores dão-me um tom sylvestre á minha humilde choupana. 5070 2 SOCIEDADE NACIONAL DE AQUICULTURA As fructeiras, que no anno findo pouco ou mesmo nada produziram, mostram-se proliferas neste começo de 1908. Neste momento temos aqui cámbucás, jaboticabas, carambolas, romans, cajus, araçás, não fallando em laranjas e goiabas. Não me surprehendem carambolase romans que durante o anno todo existem no pé. Não me consta, porém, quecombucás, jaboti- cabas, cajus e araçás sejam fructa de abril. Umas extemporâneas, como as jaboticabas, outras serôdias como cámbucás, cajus e araçás, certamente existem actualmente estas fructas porque o estado meteorológico é exce- pcional . A excessiva chuva no começo de 1907, prejudicou o advento das fructas cujas arvores floresceram na segunda metade do anno. A carestia de chuva que tem havido desde novembro próximo passado tem, a meu ver, concorrido para a fructificação de fins de 1907 e começo de 1908. Assim, no seu tempo próprio, que é outubro, minha única jaboticabeira adulta que tenho ao pé da cozinha, não deu nenhum fructo. Neste começo de anno deu duas pequenas camadas extemporâneas. O cambucazeiro deu pheno- menal carga no tempo próprio, em fins de janeiro ; e depois disso tem ha- vido fructa até este momento. Uns araçazeiros de fructo roxo, que ha annos não fructificam, este anno deram muito araçá . Um cajueiro de fructo gigante, na beira da estrada, que dá apenas cajus para os viajantes, este anno deu tanto que chegou para meus pe- quenos e para fazer presentes. As figueiras carregaram como ha muito não vejo. Tem sido, pois, fructifero este primeiro quartel de 1908. A meninada mostra-se jubilosa! Minhas fructeiras distantes nunca ostentam fructos maduros . Empregados, passageiros, caçadores e vadios não deixam ama- durecer . As poucas que existem ao redor da vivenda ostentam fructos tão ma- duros que chegam quasi ao apodrecimento . E1 que meus filhinhos não tocam em fructa alguma sem ordem dos pães, e nós só consideramos ma- dura a fructa oito a doze dias depois de tomar a ultima côr. Ha dez dias estão vermelhos os cámbucás ; desde ante-hontem poderiam ser comidos, mas dissemos aos pequenos que esperassem a irmanzinha, e como o melhor da festa é esperar, elles aguardaram contentes. Do colle- gio chegou hontem minha filha que vem gozar da semana sacra as férias promettidas. Foi um delírio, não por comerem uma fructa vulgar, mas por gozarem o sabor de um pomo tão maduro como mais é impossivel. O cambucá mal sazonado, isto é, simplesmente amarello, é casca e caroço. A LAVOURA Ficando no pé dez dias após o amarellecimento da casca, toma uma côr vermelho-roxeada e então é fructo delicioso. A casca fica tão fina como um cartão e o caroço de facto não diminue, mas desprendendo-se completa- mente da polpa, parece menos volumoso. Não ha vinho generoso, não ha licor exquisito, não ha doce fino que se compare comum pomo desta ordem. Todo; comem jaboticaba, mas ha- verá muita gente que a coma deliciosa? Eu duvido. A jaboticaba só é uma delicia oito a doze dias depois de tomar a côr preta. Como todos a comem, ella é apenas casca, semente e pequeníssima fracção de polpa. Dez dias após a transformação da côr a polpa desprendendo-se da casca e do caroço, torna-se volumosa, e casca e semente desapparecem quasi. Muitas pessoas desdenham fallar em frueta, como si isso fosse cousa indigna, própria só de crianças. Os três entes mais poéticos, mais puros, mais bem inten- cionados do mundo — mulher, creança e passarinho — são os maiores amigos de fruetas. Eu admitto que um beberrão, um alcoólico não en- contre prazer em uma frueta ; mas um homem morigerado só não gostará de frueta por não ter comido uma bem madura. Geralmente se diz que as únicas fruetas boas no Brasil são bananas e laranjas. Pro- palasse isso porque são as duas únicas fruetas ordinariamente consu- midas em estado maduro. Devido á grande abundância, estas fruetas amadurecem e apodrecem no pé e todos comem-na em bom estado. Si as pessoas que desdenham as fruetas comerem uns cambucás, umas jaboticabas apanhadas no pé no momento do consumo e isso dez dias após a transformação da còr verde da frueta, não dirão com certeza que frueta só é própria de creança. Si comerem umas uvas moscatéis ou dedo de dama, de videiras plantadas em lugar alto, secco, soalheiro e pedre- goso, dez dias após a transformação da côr, comidas no acto da colheita, gozando o paladar e o olfato as emanações ethereas do bago esmagado, com certesa dirão que acima do fiambre, do Champagne e dos manjares feitos pelo homem está o néctar fabricado pela mãos da natureza. Meu leitor já comeu um figo bem maduro? Talvez não. Muitas pessoas tomam por maduro o figo rachado. A fenda que no- tamos no olho do figo é devida ao viço da arvore ou ao tempo invernoso, ou mesmo á combinação dos dois factores. Um figo está maduro quando não tem mais uma gotta de leite. Pega-se então no pedúnculo do fructo, e com o prazer da abelha libando o néctar dos bosques, o homem sorve absorto o primor fabricado por mãos divinas. Todo o leite da frueta trans- forma-se em assucar, e sugando aquelle favo, nos dedos fica-nos apenas o cabo da frueta. Quem come um ligo maduro poderá dizer que frueta é cousa indigna de um ente barbado? snciKOADK NACIONAL DE AGRICULTURA E1 sabido que a maior attracção das fruais está no desprendimento dos etheres que o nosso olfato sente ao trincarmos nos dentes a polpa divina. Não é o aroma exterior da frueta que embriaga o nosso olfacto ao esma- garmos na bocca o bago appetitoso. Uma uva dedo de dama, ou uma moscatel, não das produzidas nos baixios do Rio de Janeiro, mas nascida de videira de sitio enxuto, elevado, castigado pelo sol, cheio de pedregulhos, não desprende do cacho aroma algum, mas trincada no dente, deixa sentir um perfume delicioso a que os francezes chamam bouquel . A frueta só é boa quando é madura. Mas não é só isso. A frueta para ser boa necessita ainda ter o pé plan- tado em terreno apropriado e ser o produeto consumido no dia c no lugar da colheita. Todas as fruetas polpoxis, sem excepção alguma, mais que o vidro, precisam de cuidado no transporte. Uma banana contundida, uma laranja machucada, uma manga pisada, é frueta imprestável. Uma laranja apanhada com pau e caindo brutalmente no solo e rachando-se não tem o gosto de uma colhida com a mão. Fruetas carregadas em balaios, umas em outras se roçando ao trote de cavalgaduras, perdem o gosto aprimorado, fermentam e apodrecem logo. Assim, todas as fruetas polposas devem ser consumidas no logar da colheita, ou então conduzidas com o máximo cuidado. Quasi todas as fruetas devem ser comidas no dia da colheita. Al- gumas são tão boas no dia como depois. Outras melhoram com a espera. Entre as fruetas que melhoram sendo guardadas, lembro-me momentanea- mente da manga, do abacaxi e da banana. Comida no dia da colheita, a manga de caro:o, a manga de pé franco tem um sabor terebenthinado que desapparecc na frueta guardada . Comido no pé, o abacaxi tem um gosto picante que augrpenta lavando- se abjeca. Dias depois de colhido desapparece ou diminue este caracte- rístico do abacaxi. Todos sabem que banana amadurecida no pé ou cortada muito de ve\, tem a carne dura, e algumas, como a maçã, ficam pedrentas. Em suas Monograpbias Agrícolas, o Dr. J. Travassos diz que a pedra da banana maçã indica falta de cal no terreno, opinião esta confirmada pelo Dr. Barbosa Rodrigues, em palestra commigo. Em minha pratica agraria, tenho observado que na mesma touca e observando sempre a mesma pra- tica na colheita, ha cachos com bananas pedrentas e outros em perfeito estado, o que talvez seja devido a elleitos meteorológicos na emissão ou na colheita do cacho. Igualmente tenho observado que banana colhida ao amadurecer só tem a carne dura quando o pé é o primeiro ou dos primeiros da touca, quando tem muito viço. Bananeira de touca velha, de terra exgot- A LAVOURA 2i7 tada, de pouco viço, dá banana de polpa tenra, mesmo colhida ao ama- durecer. Eu disse que manga comida no dia da colheita tem gosto terebenthi- nado. Cada escriptor refere o que tem visto, o que tem observado. Já comi esplendidas mangas de enxerto, colhidas no momento do consumo. E1 possivel que o gosto terebenthinado que aqui noto seja devido ao terreno ou á falta de educação da arvore. Com referencia ao abacaxi, ha uns que comidos no abacaxial tem mui pouco sabor picante, ao passo que outros não perdem o característico mesmo guardados . Entre paren- thesis direi que a sensação desagradável que o abacaxi deixa na lingua augmenta bebendo-se agua ou lavando-se a bocca. O terreno é um grande factor em tudo isso. Não conheço o kaki, fructa da moda ; dizem que não pôde ser tragada no dia da colheita, mesmo colhida madura. Ha frucias, como a laranja, que são tão boas frescas como guardadas. Algumas, como uvas, cambucás, jaboticabas, carambolas, pecegos, ameixas etc, perdem o sabor quando guardados. A jaboticaba, estando maduríssima, absolutamente não pôde ser guardada, sob pena de fermentar-se e perder-se, mesmo sem viajar, sem machucar-se. E1 o typo da fructa que, para ser apreciada, deve ser comida no pé. A fructa para ser boa depende ainda do terreno em que está a arvore. Ha fructeiras que indifferentemente fructificam em morro ou varsea, em lugar secco ou húmido. Ha outras que só produzem em terranos húmidos e adubados. Fructeira em varsea, em terra humosa e molhada, é mais frondosa, mais taluda, seus fructos são desenvolvidos e mais bonitos, porém, aguados, chocos, desenxabidos. Fructos de arvores de lugar alto, secco, batido pelo sol, são mais doces. A figueira plantada ao pé de um córrego, com as raizes banhadas pela agua, dá figos grandes, porém, ao amadu- recerem, commummente racham-se e não são tão doces como os de fi- gueira de lugar secco. Laranjeira plantada em lugar baixo, enxarcado, dá fructo acido, ao passo que a plantada nas encostas invariavelmente dá laranja doce. Em geral, arvores com raizes em lençol d^gua, dão fructos péssimos. Dizem que a figueira para dar muito quer ter os pés n^gua e a cabeça no sol . E' exacto isso, mas é preciso não confundir pés nagua com raizes atoladas em lençol d'agua. Jambeiro plantado junto a uma banqueta de rego d'agua, de modo a haver um derrame d'agua humidecendo sempre as raizes, dá muito jambo. Mas si plantarmos o jambeiro em terreno pouco profundo, não temos fructo. Por uma má observação commetti um erro ao abrir meu SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA sitio. Na fazenda de meu avô materno havia diversos jambeiros que pro- duziam. O que dava fruetos mais abundantes e gostosos, estava atraz do moinho, em pequena elevação, e tinha as raizes cobertas d'agua espar- zida pelo rodízio do moinho. Ao abrir meu sitio plantei uns 20 pés de jambo na beira de um córrego, logar baixo, alagadiço. Quasi todos mor- reram de impaludismo e três que ainda vivem nada produzem. Na occasião da florescência, a jaboticabeira quer um banho d'agua, mas plantada em logar em que as raizes toquem em lençol d'agua, não fruetitica. Igualmente commetti erro em plantar algumas dezenas de pés de jaboticaba na beira do mesmo córrego. Os que vingaram, nada pro- duzem, com 22 annos de idade. Aprendi á minha custa, por isso só mais tarde pude fazer nova plan- tação em bom logar. Por causa do erro, até hoje só tenho uma jabotica- beira que produz. Pude observar que a jaboticabeira só exige agua no pé na época da florescência. Nessa epoeba ella soffre uma febre physiologica, tem muita sede, e si não houver chuva bastante ou banho d'agua nas raizes, não vinga nenhum frueto. Somos levados a acreditar que toda planta tem mais sede e necessita de mais agua na época da florescência . O tempo secco antes da florescência, parece indicio de abundância de tlores; mas chegada essa época, o exgottamento de humidade nas raizes faz abortar a florescência. Duas plantas de meu conhecimento, a jaboticabeira e o feijoeiro, fazem máxima questão d^gua no tempo da florescência. Fallando em agua na raiz, lembro-me do genipapeiro. Passei minha infância em um arraial onde havia genipapeiros nas capoeiras. Nunca vi um pé que não estivesse em pequena depressão do terreno, em logar onde formasse ephemera e pequenissima lagoa, extincta logo após as chuvas. Assim, nos mezes de calor, na época da grande forca vital, cada genipa- peiro oceupa o centro de pequena bacia, em cuja agua banha suas raizes. Observamos que o sabor da frueta depende do terreno onde viceja a frueteira. Composição chimica do terreno, maior ou menor quantidade de agua e de húmus, maior ou menor quantidade de raios solares, etc, são factores a contar na boa ou má qualidade da frueta. O clima também muito inllue nisso. Na zona em que moro não ha abacaxi que preste. No Rio de Janeiro comem-se explendidos abacaxis vindos de Guaxindiba, mas pessoas que conhecem Pernambuco, dizem que alli existem os melhores do mundo. Todos concordam que as melhores mangas do Brasil, são as de Itaparica e Itamaracá. Nos Estados do Rio, Minas e S. Paulo, acima de 5oo metros, não ha laranja que preste, ao passo que onde moro todas são boas, á e\- A LAVOURA cepção apenas das produzidas nos brejos. A romã é fructa medíocre entre nós ; entretanto, affirma-nos o Dr. T. Peckolt, em Caracas ella é digna da meza de um B. Savarin. Em Friburgo nunca pude comer uma banana maçã, que alli é inodora e cheia de pedra c travo. Nas bai- xadas do Estado do Rio ella é aromática e appetitosa. Masquem nunca comeu uma banana maçã da Bahia, de polpa tenríssima e etherizada, não conhece a melhor obra de mãos divinas, dizem as pessoas que por alli pas- saram. Abril de 1908. A. C. Ferreira Paula. Cereaes Europeus Foi fundado na mais robusta esperança de chamar para o facto a at- tenção dos interessados que resolvi expor, em uma vitrine de uma das casas commerciaes mais prosperas desta cidade, amostras dos chamados cereaes europeus, produzidos na Estação Agronómica a meu cargo. Em meio o desenvolvimento desses vegelaes, fiz á benemérita Socie- dade Nacional de Agricultura, com sede no Rio, uma exposição das con- dições dos ensaios de culturas neste estabelecimento. E tão útil julgou aquella Sociedade o conhecimento dos factos apontados naquella exposição, que entendeu fazer a publicação respectiva em dous diários da Capital da Republica e na sua brilhante Revista. De ha muito comprchendi a necessidade de experimentarmos intro- duzir em nosso meio cultural a exploração de cereaes, cuja vegetação fosse possível, dadas as nossas condições thennicas. Além da vantagem de augmentannos uma fonte de renda, afastaría- mos da importação a sobrecarga pesadíssima de um producto, que é, talvez, o primeiro elemento da alimentação. Asomma enorme de 40 mil contos é todos os annos, desviada da for- tuna publica para a bolsa extrangeira, e por essa cifra pagamos o cereal, que brota vigoroso em nossas terras — o trigo, o symbolo da alimentação hu- mana : o — pão. Ha em geral uma apathia contristadora pelos negócios da agricultura, uma inditfcrença irónica por isso, que em verdade são os músculos, o sangue e a cerebração de todos os entes que se julgam eminentemente superiores. Tem-se em geral, a agricultura como uma oceupação servil ; os produetos que brotam da terra generosa, como coisas somenos, cuja oc- eupação só á creaturas humílimas pertence. E no entanto, é á carência de mK/.IKL>\DK nacional ok agricultuha espirito pratico, que não possuímos, absorvidos por um resto de idealismo pueril, que ainda não penetramos na verdade dessas cousas. Accrescente- se a falta de comprehensão de como devem ser dirimidas as primeiras ne- cessidades do paiz ; eis tudo. Assis Brasil cuja autoridade em agricultura só pôde ser sobrepujada pela elevação de seu patriotismo, aconselha empregarmos todos os esfor- ços para a introducção da cultura do trigo em o nosso paiz e são palavras delle: « Penso e com toda a convicção ecom iodas as veras que não ha obra vais digna do patriotismo inteligente, ucm mais urgente dever da publica administração, que a tentativa methodica, tena^e constante ale esgotar os úl- timos -recursos da sciencia e da experimentação, para dar d nossa terra essa condição especial da independência, a base da alimentação — o pão. » Temos um campo vastíssimo para experiências, procurando qual a variedade de trigo que melhor se adapte ás nossas condições thermicas. Ha variedades que requerem uma somma de temperatura, que vae de. . . 1.500" até 3.3oo° comprehendcndoa germinação e a fruetificação. Com um trigo, cujo cyclo vegetativo seja de três mezes, como o trimenia e o algeria- no e dada a nossa média thermica no inverno, para esse tempo, temos em funeção uma somma de 1 . Noo°, temperatura invejável para tal producçao. Recue-se ou avance-se a época da sementeira, para evitar que a floração seja apanhada pela temporada chuvosa ; dé-se ao solo as condições de mo- bilidade precisa e de fertilidade ; faça-se a selecção e a cura dos grãos, te- nha-se o cuidado necessário durante a vegetação — e eis o problema re- solvido. Ha espíritos tão avessa e systematicamente contrários a tudo quanto elles não comprehendem, que se aventuram a dizer sentenciosamente : o isso não se dá em nosso clima, não forcemos a natureza » . E no en- tanto, se perguntássemos a taes pessoas, que experiências fizeram, que livros compulsaram, emfim, quaes os longos e pacientes -estudos e ob- servações feitas para assim se abalançarem a sentenças, que julgam lu- minosas... nada diriam; mas vão matando a iniciativa alheia e implan- tando o desanimo onde se devia destruir o espirito de rotina, de que inconscientemente, esses senhores são os primeiros arautos. E1 verdade que, com as experiências realisadas na Estação Agro- nómica, não obtivemos para o trigo uma proporção para a produecão como a obtém a Inglaterra — 27,7 ; a Bélgica 25,1 ; a França 1 5,4 ; mas, a Argentina vae somente até 11, e Portugal 6 e 7 e entre estas duas quotas ficamos perfeitamente . Concedamos mesmo que o grão descaia do louro para o castanho ; que não tenha uma estruetura uniforme, apre- sentando partes rugosas e encarquilhadas. Mas, convenhamos também, A LAVOURA que dada a exiguidade de tempo, não ti vemos um solo preparado con- venientemente, siderado, como se diz em linguagem profissional, e o que foi obtido, quer quanto a producção, quer quanto ao peso e ta- manho do grão, é, como resultado, fundamente animador. Accrescente-se a quasi impropriedade da época da sementeira — meiados de setembro —- com uma elevada media thermica e tem-se de sobejo motivos para acreditarmos em fructuosas experiências, que serão depois melhormente conduzidas. E ainda que não produzamos nunca o trigo como os centros eu- ropeus, devemos por isso largar mão do recurso que temos de liber- tarmos-nos do dominio da importação? A Allemanha não produz carvão como Cardiff e nem por isso deixa de alimentar as suas industrias com o seu próprio. Não tem o mesmo poder de colorido, nem mais betume e matérias extranhas; submette-o a lavagens, expurga-o das matérias terrosas e escorias outras, ajunta-lhe breu, comprime aquillo tudo e eis os briqueís arfrontando no commercio á concurrencia ingleza. Assim nós, se devido á inconstância de clima, e a causas outras, não podermos fixar a época de plantio e a variedade, salvando as flo- radas e produzindo em abundância para a exportação, teremos seguro porém o juizo, — de que o faremos bastante para as nossas necessidades, guardando as nossas economias, que ao envez de irem locupletar o ex- trangeiro, ficarão no paiz, distribuídas em applicações úteis e provei- tosas . Jacintho de Mattos Director da Estacão Agronómica de Florianopolit. EXPEDIENTE Secretaria Correspondência Expedida em junho : Cartas e circulares 2.177 Registrados 87 Offlcios 61 Telegrammas . . • 80 5076 2r,2 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA «A Lavoura» 0.351 Annaes do Congresso , . . . 249 Inquérito do Gado 2 Recebida no mesmo mez Requerimentos 194 Cartas 210 Officios 40 Telegrammas ■ 37 Memoranda 4 Circulares 5 Visita, — Deu-nos o prazer de sua visita o distincto Dr. Emílio Vlieberg, professor de economia rural da Universidade de Louvain, que veio tomar parte om nosso paiz, não só uo Congresso Catholico, como no Congresso Agricola, sendo para este ultimo convidado pelo Dr. W. Bello, quando em viagem pela Europa ultimamente. O emérito professor foi também recebido, em sua chegada, pela directoria desta Sociedade. Fará conferencia publica nesta cidade e om outras sobre as- sumptos diversos. Muito gratos ficamos pela vinda de tão illustre estrangeiro para cooperar na solução dos problemas que vão ser discutidos. Horto da Penha Api-enciiy.aclo Agricola Elementar-A Sociedade está orga- nizando no Horto Fructicola da Penha um aprendizado agricola elementar c pratico. Para esse fim já possue ne-se estabelecimento um pomar com grande varie- dade de arvores frutíferas, viveiros, culturas de plantas industriaes o horti- culas, cocheira, pocilga, estrumeira o apiario bem montado e boa collecção de instrumentos aratorios. Iniciando agora o aprendizado, o estabelecimento fica á disposição de quem quizer receber o ensino pratico, que será gratuito. O ensino do manejo dos diversos instrumentos aratorios, para o preparo me- cânico da terra e o tratamento das culturas, será permanente o ministrado em qualquer época do anno, bem como o proparo e distribuição de adubos, o uso de insecticidas o pulverizadores e principaes operações de cultura. Os trabalhos os- peciaes de poda e enxertia serão ensinados nas épocas próprias. As pessoas que quizerem receber o aprendizado registrarão seus nomes no livro de visitas, consignando as impressões recebidas e os resultados que houve- rem obtido. Será facultado um certificado de habilitação aos que quizerem prestar prova de aptidão perante uma commissão da directoria e que forem julgados suffici- entemento adestrados nos trabalhos que houverem cursado. Actualmente está-se fazendo ;i-;ibalhos de adubação e de enxertia de videiras e de laranjeiras. Secção Tecímica Fumo Brasileiro no Japão Do Cônsul brasileh-o no Japão recebemos a seguinte carta: CONSULADO DOS ESTADOS UNIDOS DO BRAZIL EM YOKOHAMA Sr. Presidente— Tenho a honra de remetter a V. S. a inclusa carta que me dirigio o Sr. Fioravanto Chimcns, negociante nesta jraça, a propósito da impor- tação do fumo brazileiro no Japão, assumpto este que parece digno da attenção da Sociedade que V. S. preside. O consumo do fumo neste paiz tomou um grande incremento, depois que o Go- verno decidio monopolizar a sua venda. O povo Japonez é de natureza propenso ao uso e mesmo ao abuso deste artigo e facilmente começa a abandonar o conhe- cido e popular cachimbo « kaseru », cujo pequeno fornilho só permitte a aspiração de duas ou três fumaças, pelo cigarro ou charuto. Este abandono foi, em parte, favorecido pela direcção do Monopólio, que, por intermédio dos seus for- necedores, se tem dedicado a uma feliz propaganda do fumo sob as suas variadas formas. Até hoje os produetos das Ilhas Filipinas têm gozado de geral aceitação, graças ao seu apurado feitio e a sua barateza. Os charutos de Havana, de Ham- burgo e de outras procedências, e os cigarros Egypcioa s-ão bastantemente apre- ciados ; porém, de todas estas marcas, as qualidades inferiores e portanto, ba- ratas, são as mais procuradas. A esto offleio junto dois catálogos dos preços o dos typos de charutos adoptados pela Companhia Geral de Tabacos de Filipinas, e que poderão servir de modelos aos nossos fabricantes que desejarem encetar negócios com o Japão. Todas estas marcas são, mais ou menos, conhecidas dos consumidores Japouezes, sobresahindo, entretanto, as que estão traçadas com tinta vermelha . O fumo que se empregar deve ser de côr clara, e naturalmente fraco. Os cha- rutos devem ser bem feitos e ter-se-ha muito cuidado na escolha da capa. A feição exterior, o aspecto geral do artigo para exportação deve ser bonito, porque no Japão mais do que em outra parte do mundo, a clientela ê sempre attrabida pela apparencia seduetora do género que se lhe offereco. A parto interior, a buxa, poderá ser de qualquer fumo, contanto que seja fraco maduro e bem socco, afim do evitar um ligeiro amargor que se nota nos nossos charutos ordinários. As caixas devem ser bem confeccionadas e agradáveis ao mirar. Quanto aos preços, penso que se pode tomar como base os da Companhia de Tabaco das Filipinas. (£ 1-00-00 corresponde a 10 pesos filipinos) Creio que se po- deria fazer um pequeno sacrifleio nas primeiras remessas e vendel-as mais barato do que as da Companhia Filipinas. Mais tarde, quando se tiver obtido a confiança do Monopólio o a preferencia do consumidor, então se poderá pouco a pouco esta- belecer preços correntes largamente compensadores. Nessas batalhas económicas, como em toda lueta, a vantagem de um dos contendores está no conhecimento que elle tem das partes fracas e fortes do seu adversário. SOCIHDADE NACIONAL DK AGRICULTUIiA Como qualidade o uosso fumo é muito superior ao das Filipinas, que não tem perfumo nêm sabor e cujo preparo deixa muito a desejar. No emtanto as Filipinas, tendo fácil transporte, poderão sempre fornecer mais barato do que nós, sobretudo se os fabricantes dahi quizorem sustentar a concurrencia. Convém pois imitar ou crear desde já marcas, que mesmo fabricadas com fumo inferior, sejam pelos co- nhecedores preferidas ás marcas Filipinas, a má qualidade do fumo seu sendo favo- rável aos nossos charutos. Assim se poderá, em momento dado, affrontar folgada- mente os baixos preços dos nossos rivaes. Bem sei que tudo isto parecerá a primeira vista de realização difflcil, mas V. S. deve conhecer melhor do que eu, a situação da nossa agricultura e a ne- cessidade que temos de verder os seus productos, que, pela fertilidade de nossas terras podemos sempre oíferecel-os bons e baratos. E\ entretanto, necessário um pouco de trabalho e muitas vezes, ura pequeno esforço é sufflciente para dar prodigioso desenvolvimento a projectos, que jamais se realizarão se demorarmos eternamente na nossa prejudicial quiotude. Ja lá vai o tempo em que o consumidor era obrigado a fazer a corte ao productor. Hoje os papeis estão trocados e o futuro pertence ao mais activo e persistente. Senhor Cônsul do Brazil. — Yokohama O monopólio dos tabacos do Ooverno Imperial Japonez enearregou-me de obter os preços correntes e amostras de charutos extrangeiros, para saber quaes são as marcas que poderão ser importadas entre as já existentes. Penso que no Brazil deverá haver fabricantes de charutos que poderão ven- del-osâ preços favoráveis. Muito grato vos ficaria, Sr. Cônsul, quizesseis escrever para o Brazil, afim do que fizessem enviar uma pequena quantidade do amostras de charutos e cigarros, que me esforçarei o mais possível para introduzilos no paiz. A importação dos charutos se desenvolve dia á dia, e os mais vendáveis são os de Manilha, Havana, Bélgica, Hollanda, Allemanha. Estou persuadido que os preços dos charutos fabricados no Brazil poderão lutar contra a concurrencia dos extran- geiros e no caso affirmativo, estou certo, poderei fazer grandes encommendas ás fabricas que me enviarem amostras. A ci Companhia Geral de Tabacos de Filipinas » teve ha alguns dias uma ordem no valor de Yens 70.000 equivalente á Frs. ouro, 180.000 (cerca de 120:0O0$000) e semelhantes ordens as recebem a Insular e a Oriente, fabricas de Manilha. Eu mesmo ha um moz fiz uma pequena ordem de charutos do Havana no valor de 6.500 Yens. Faço notar estes algarismos, afim de que os fabricantes do Brazil vejam que ainda ha uraa praça onde poderão, como disse acima, fornecer bja mercadoria à preços vantajosos. No primeiro anno dever-se-ha fazer me desconto um pouco mais elevado, sobre os pregos corrente, afim de permittir o (reclame) que é, como sabeis, a alma do commercio. Levei cinco annos a fazer a propaganda de meus charutos Egypcianos de minha fabricação, porem, tenho o prazer de ver que são hoje os miis vendavei3 e daqui A LAVOURA 255 ha um aano oitou parsuadido que a venda será augmentada e mesmo dobrada, o augmentará sempre. Pediado-vos bom explicar o que acabo de expor, quando escreverdes para o Brazil, rjcebei. Sr. Cônsul, rainhas sauda;ões as miis sinceras.— Fioracante Chimens. Na nossa sede social, temos á disposição dos interessados, o catalogo dos charutos mais acceitos no lapão, assim como podemos prestar as informações, que a respeito nos Ibrom dirigidas. Esperamos que os fabricantes de charutos não deixem perder a occasião que so apresenta de conquistar este novo mercado. Damos á publicidade com pr.izer a seguinte carta recebida pelos Srs. Arens & Coinp., que publicam anuuncio em nossa revista: Leopoldina, 26 de maio de 1908 limos. Snrs. Arens & Cia. Rio de Janeiro. Como um do3 proprietários do engenho de beneficiar arroz, deuominado «San- ta Adelaide» installado nesta cidade, com as p^rleiçoadas machinas, importa- das pela acreditada casa de VV. SS., das «Odicine Moccaniche — Fonderie H. Tor- chetti & Cia.— Verselli, Giá Lecarni Giusoppe», tenho a honra de communicar-lhes que hontom realizou-se a in uiguração solomno dos referidos machinismos, perante enorme assembléa de homens de letras, industriaes, commerciantes e lavradores estando presentes as altas autoridades judiciarias o administrativas. O resultado apresentado pelo engenho de beneficiar arroz foi excellente, agradando a todas as pessoas presentes, o que coostitue mais um eloquente attestado da grande com- petência do dijtincto mechanico da casa de VV. SS.,Sr. Frederico Engert, cava- lheiro de tino trato social, encarregado por VV. SS. do montar as machinas im- portadas da Europa. Levando esta noticia ao conhecimento de VV. SS., cumpre-me agradecer-lhes a cooperação efflcaz para o bom êxito do Engenho do «Santa Adelaide». Cumprimenta-os, com todo apreço. Do VV. SS. Amo. Att e Obo. IUndolpiio Fernandes das Chagas. -£S£:H}É«€€3- SOCIKDADE NACIONAL DK AGRICULTURA NOTICIÁRIO O Café — Do S. Paulo extrahimos a seguinte noticia da rounião dos lavra- dores realizada na Capital do vizinho Kstado : < Na Sociedade Paulista de Agricultura realizou-se domingo a annunciada reunião de lavradores para tratar dos cafés baixos. Aberta a sessão usou, da palavra o Sr. Dr. Raphael de Abreu Sampaio Vidal que fundamentando os fins da reunião, disse que hoje uma reunião da lavoura era sempre presidida pela certeza e confiança de que seus reclamos encontram ecos nas altas regiões governamentaes. A politica económica, iniciada polo Dr. Jorge Tibiriçá, e continuada pelo Dr. Albuquerque Lins, representa uma segurança de que hoje a lavoura pau- lista tem por supremo advogado o próprio magistrado que preside aos nossos destinos. Lançadas as bases e organizado o plano desta politica fecunda, cumpre a este quatriennio pôr em execução a série de medidas que hão de assegurar o triumpho completo de nossa campanha em prol do café. Entre essas medidas, avulta a magna questão dos cafés baixos. A exportação de taes typos constituo o eterno tuema para dar moralização aos cafés braziieiros no extrangoiro, 6 uma das armas de guerra sempre ma- nejada contra nós. A todo o transe precisamos arrancar esse instrumento das mãos dos nossos inimigos. Precisamos, uma vez por todas resolver essa questão dos cafés baixos. Temos lei a respeito, mas que ainda não foi posta cm execução. O íim principal desta reunião 6 exactamente pedir ao governo que a regulamente o sem demora a execute ainda esto auno. Precisamos agir promptamento. Muitos estudos, muitos trabalhos já têm sido apresentados neste sentido. Até agora, porém, não entramos ainda no terreno pratico. Estuda as diversas formas apresentadas para a eliminação desses cafés, mos- trando a impraticabilidade de algumas, sobretudo a cobrança do imposto do in- terior. Sustenta que esse imposto deve ser cobrado em espécie, em Santos, por occasião da exportação. Depois de justificar detidamente a sua opinião, apresenta o projecto abaixo que consubstancia as idéas que lhe parecem mais praticas e correntes a respeito. Em seguida, o Sr. Dr. Sampaio Vidal apresenta a seguinte proposta, para que se peça ao governo : I. Que regulamente e execute, ainda esta anno, a lei que taxa os cafés baixos. II. Que a cobrança desse imposto seja feita em Santos, em espécie, por occa- sião da exportação. III. Que promova junto das estradas de ferro a reducção do suas tarifas em proporção do imposto que for cobrado em espécie. IV. Que o café recebido com o imposto seja effectiva e immediatamente eli- minado ou destruído, quer por combustão, quer por trituração, transformando-se em adubo para os cafezaes. A LAVOURA 257 V. Que uma vez fixado o typo que o governo recebei' como imposto, as qualidades inferiores a esse sejam rigorosamente taxadas com o máximo da percentagem legal (20 por cento), de modo a tornar impraticáveis a entrada ao mercado e a exportação dessas qualidades infei Além do Dr. Raphael de Abreu Sampaio Vidal, assignaram essa proposta, dentre os presentes á reunião, os Srs. Dr. Randolpho Margarido da Silva, Eu- génio do Lacerda Franco, Dr. Arthur Nicolão de Vergueiro, Dr. Carlos Car- neiro de Barros Azevedo, Bento Queiroz de Barros, Dr. Caetano Duarte Nunes, Francisco José Leite, Salvador de Toledo Piza, João Ribeiro de Barros, coronel José Ferreira de Figueiredo, Dr. Joaquim de Salles, António Augusto Mendes Borges, Alberto Archanjo da Cruz, Dr. Luiz António de Souza Queiroz, Hermes Alves de Lima, Dr. Fábio Uchôa, José de Sallos Leme, Cornelio Schmidt, Al- fredo Alberto Fortes, Dr. Augusto Ramos, Paulino Carlos Filho, António J. Ri- beiro (la Silva e coronel Arthur Diedericshen. Logo em seguidi, o sr. dr. Arthur Vergueiro prttpoz, como alditivo, podir ao governo que continue na sua acção interventora, regularizando a offerta nos mercados, de accordo com as avaliações das safras. Postas em discussão as duas propostas, o úr. Sérgio Meira, pedindo a palavra, pondera que se deveria convocar nova reunião para estudar o projecto mais de- moradamente, discutindo-o mais amplamente, que se devia fixar o typo a elimi- nar ; que lia sempre o inconveniente dos outros Estados não acompanharem, o fazendo outras considerações. Toma de novo a palavrão dr. R. Sampaio Vi lai e, contestando, faz sentir que a questão dos cafés baixos foi já objecto de uma lei votada pelos representantes do Estado, em sua sabedoria. Não são os lavradores aqui reunidos quj vão deliberar sobro o caso. A lavoura, hoje unanime em valorizar o seu producto, apenas vem pedir que o governo execute uma medida que já 6 lei. Adiai', crear novas discussões, será uma protelação inútil. Precisamos agir. Lembra que durante muitos annos levá- mos a discutir planos e programmas, mas para que a defesa da lavoura fosse uma realidade viva e palpitante foi preciso que dois homens de acção, da tempera de Jorge Tibiriçá e Albuquerque Lins tomassem a causa a peito e lhe dessem a re- alidade. O que preeisamos, pois, ó do agir sem demora. A eliminação dos cafés baixos, que nos desmoralizam, é uma questão vencida. Quanto á escolha do typo a eliminar deixamos este detalhe ao elevado cri- tério do governo. Em relação aos outros Estados, já estamos acostumados a levar avante impul- sos maiores, mesmo que nos abandonem no caminho. Termina opinando pelo pedido feito ao governo na for. na do seu projecto. Posto este a votos foi unanimemente approvado, com additivo do dr. Vergueiro. Foi encerrada a sessão, ficando a mesa encarregada de levar ao governo o resultado das deliberações da assemblóa. Comprindo essas deliberações, pela directoria da Sociedade de Agricultura foi dirigida ao sr, presidente do Estado a seguinte representação: < Exmo sr. dr. presidente do Estado de S. Paulo. Os lavradores de café, que em grande numero se reuniram no dia 30 do cor- rente, na « Sociedade de Agricultura», desti capital, resolveram dirigir-se a mh;!K1>\I>K NACIONAL DK AiUílCULTUKA v. «xc. por intermédio do presidente da m srai r(;união, c pjdir ao governo do Estado o seguinte: Considerando a necessidade de eliminação dos cafés baixos que tão profunda- mente depreciam o nosso proilucto no estrangeiro, servindo de elemento perni- cioso para a campanha diffamatoria movida contra o «Café Santos» ; Considerando que a idéa de til eliminação, como me lida valorizadora, além de ser já objecto de uma lei do Estado, é incontestavelmente umi idéa vencedora entro os interessados pelo nosso café, Pedem : I. Que o governo regulamente e executo ainda este anno a lei que taxa os cafés baixos. II. Que a cobrança, desse imposto seja feita em Santos, «em esp cie» por occa- sião da exportação. III. Que promova junto das ostradas de ferro a reducção de suas tarifas na proporção do imposto que for cobrado em ospecic. IV. Que o café recebido como imposto s<\ja ellectiva e immediatamente olimina- do ou destruído, quer por combustão, quer por trituração, transformando-se em adubo para os cafesaes. V. Que uma vez fixado o typo que o governo deve receber como imposto, as qualidades inferiores a esse typo sejam rigorosamente taxadas cimo máximo da porcentagem ( 20 % ) de modo a tornar impraticxvois a entrada no mercado e a exportação dessas qualidades Ínfimas ; Pedem mais: Que o governo do Estado continue na sua acção interventora, lançando mão do medidas tendeutes a regularizar a offorta do café nos mercados, tendo em vista a avaliação das colheitas. São estas as idéas que os lavradores respeitosamente apresentara ;i apreciação do elevado critério do v. exc. S. Paulo, Sala da Assembléa, no Eiitlcio da Sociedade de Agricultura, aos 2 de junho de 1903. — 0 presidente, Luiz António de Sousa Queiroz.— O Secretario, Raphael A. Sampaio Vidal.» Colónia, Francisco Salles — Na conferencia ultimimente reali- zada, em Bello Horizonte, entro o Governador do Estado e o Padre Domingos Albanello, director da colónia Francisco Sal les, em Pouso Alegro, ficou resolvida a realização de diversos melhoramentos nesta colónia, dentre os quaes se destacam: Divisão do3 terrenos ultimamente ai. paridos em lotos iguaes aos anteriores ; O estudo d'agua para o abastecimento de cada um desses lotes; A medição do perímetro daquelles terrenos e o levantamento da respectiva planta ; O estudo e o preparo da estrada para automóvel, ontre esta cidade e a sede da colónia. Destes serviços está encarregado o capitão Júlio de Barros, agrimensor pratico do governo. Uma vez preparada a estiada, o governo dotará a colónia com um automóvel de cargas. A LAVOURA 259 A.ratlo Mineiro— 0 Sr. José Abdo, residente em Queluz, esteve na capital mineira, onlo foi apresentar ao director da secretaria da agricultura, br. Carlos Prates, um arado de sua invenção, ao qual denominou de «Queluziano Mineiro». A exporiencia, realizada no parque, deu muito bom resultado: o arado « Queluziano » offerece mais resistência do que o « Reversível », especialmente no corte de raizes. Em 10 horas de trabalho lavra 6.360 metros. O Sr. Abdo foi muito cumprimentado pelo seu invento. O Ci»oclito A-g-ricola, rio Paraná — Pelo Presidente do Estado do Paraná foi sanccioná lo o decreto que autoriza o Poder Executivo a garantir o juro annual de 6% por 10 annos, sobre o capital de 200:000$, que fòr utilizado por sociedaies cooperativas de credito agrícola que se organizem no Estado, com as formalidades legaes, pelo systema Raiffeisen. Pecuária em Minas — No dia 9 de maio effectuou-se no Cáes Pharoux o desembarque de onze reproductores do gado bovino, dá, raça Lincoln Red bairy Shorthorn, vindos da Inglatsrra para criadores do Estado do Rio. Alem de outras pessoas estiveram presente ao desembarque os Srs. Drs. Weneesláo Bello, Sylvio Rangel e Souza Reis, directores desta Socielade. — No dia 16 desembarcaram dous touros também da raça Lincoln Red bairy Shorthorn . Tèm ambos um anno de idade, sondo um filho de um touro que ganhou diversos prémios e custou 12 contos de réis; o outro é filho de um touro que ganhou os pri- meiros prémios de 1906 o 1907. Nessa remessa vinha também um touro de raça Hereford. Esses reproductores deslinam-se ao Estado de Minas. — Itohen Robin Hood é o nome de um outro touro importado pelo Dr. Carlos Pereira de Sá Fortes, criador mineiro. Este touro tem uma genealogia illustre; é filho de Royal Governor of Etiennerie, campeão da ilha de Guernesy. Foi criado por Sir H. b. Tickdowne, um dos maiores especialistas desta raça na Inglaterra. A importação foi feita por intermédio da casa H opkins, Causer & Hopkins. — beve ter seguido, no dia 18 para a America do Norte, o Dr. Donato de An- drade, criador no município de Oliveira, em Minas, que vae estudar nos grandes estabelecimentos pastoris do Kentucky e do Illinois os mais modernos processos de criação e acclimatação de raças estrangeiras, pretendendo fundar logo que regresse, um grande estabelecimento no seu Estado Natal, modelado pelos americanos. Ao producto de raça cavallar apresentado pelo Dr. Donato de Andrade coube o pri- meiro premio na Exposição Pecuária de Bello Horizonte. Novo trig-o — Lemos no Republica, que se publica em Curitiba: «A boa nova que nos vem da Argentina, do resultado da analyse a que foi sujeita a farinha de trigo brazileira no Laboratório Chimico de Buenos Aires, de- monstrando a superioridade desta sobro a similar platina, devo servir de estimulo aos Estados do sul e principalmente ao Paraná na fomentação de uma cultura que promette farta compensação aos que, aproveitando a fertilidade e as condições cli- matológicas do nosso Estado onde outr'ora floresceram os trigaes, tentem concorrer para um dos maiores factores da nossa completa e futura independência económica. Diz o telogramma ter siio a dita analyse procedida em farinha procedente do Rio Grande, um dos grandes celleiros de trigo do Brazil no começo do século pas- sos 4 SOCIEDADK NACIONAL DK AGRICULTURA sado, a que mais tarde, desanimado ante a invasão da «ferrugem», anniquilando as searas, abandonou as plantações para somente dedicar- se á industria pastoril. O mesmo desalento empolgou pjr essa época os plantadores do planalto ouritibano a ponto de não se cuidar mais da producção de um cereal de tanta importância alimentícia, dando-nos o pão que, no dizor do emérito escriptor, é a hóstia consa- grada no altar da civilisaçâo, por ser o seu uso um attributo dos povos mais adi- antados. De facto o trigo só começa a servir de alimento ao homem depois que este aban" dona os domínios da barbaria : é incontoste que só os povos civilisados comem pão. E se a simples circumstancia de nutrirem-se do trigo lhes confere tão alto pre- dicado, mais consideração devem merecer os que produzem o grão precioso e o ma- nipulam para sustento próprio e para vendel-o a troco de ouro a outros povos menos previdentes, como nós, infelizmente, que embora possuidores de um solo fértil e adequado a essa cultura abandonámola, preferindo a suzerania económica da Argentina o dos Estados Unidos. A ninguém deve ter surprehendido o triuinpho alcançado pelo trigo brazi- leiro, na analyse confrontativa com o proiucto argentino ; é que as nossas terras meridionaes são mais apropriadas a esse íim, graças ao clima temperado e á óptima situação geographica a coberto das inclemências atmosphericas, que devastam as planícies transplatinas. Era excellente a farinha daqui enviada para abastecer a capital colonial e outras praças do paiz ; de Curitiba ia o trigo destinado á régia e numerosa comitiva, que em 1808, aportou ao Rio de Janeiro com D. João VI, con- forme o testemunho de documentos do nosso archivo municipal. Mais ainda: nos tempos coloaiaes (que doloroso contraste !) sahia de Paranaguá muita farinha de trigo para alimentar a guarnição e soccorrer a população esfo- meada da praça do Sacramento, no Rio da Prata! O nosso mal foi o desalento ajudado pela rotina. Se em vez de se quedarem, vencidos pela «ferrugem», os cultivadores, sacu- dindo o espirito rotineiro, appellassem à ignorância em que nos conservamos, á falta de um confronto, da superioridade do trigo brazileiro. O plantio que ora se inicia neste Estado, equivale a verdadeira rosurreição, cujos effeitos não tardarão a se fazer sentir na economia nacional e no progresso paranaense.» A. cultura, tio arroz e a tem produzido resultados muito sa- Usíae tórios.» O a,ssu.ea,i' Ibrazileiro 110 Japão OFFICIO DO CON3UL BRASILEIRO NO JAPÃO Consulado dos Estados Unidos do Brasil — Yokouama, 30 de Agosto de 1907 — 3» Secção.— N. 15. Sr. Ministro — Em aditamento ao meu offlcio n. 8, do 3 de julho próximo pas. sado, tenho a honra de rometter a V. Ex., om separado, uma pequena caixa contendo duas amostras de assucires.— A amostra n. 1, representa pjueo mais ou menos, o typo do .lava 14, quo 6 o assucar geralmente empregado nas refinarias japonezas. O seu pre;o varia entro 13 e 11 shilliogs, por picul ou 60 kilos. Outras qualidades procedentes das Philipinas, da Allemanha, da Áustria, etc, ete, são também usadas aqui, mas, em menor quantidade. Os rofinadores de Tukio queixamse bastante do typo 14 dj Java, cujo rendi- mento não é o mesmo de ha alguns annos atraz. Demais o enfardei xmento, que é feito em grosseiros saceos de palhi entrançaia, deixa muito a desejar. No dizer dessas mosmos refinadores, em igualdade de circumstancia, cllos preferirão sjmpre o assucar de uma pulverização mais grossa, e acondicionado em uma embalagem mais cuidadosa. As outras amostras são de assucar do Perii, para aqui expor- tado a titulo do experiência, que, infelizraent;, não deu bom resultado. Esses assacares, além de não serem limpos, deião um rendimento muito inferior aos de igual typo de Java; o o cheiro desagradável que nelles S3 nota, se conserva mesmo depois de refina lo. Os nosios fabricantes nãj devora perdor de vista esto exemplo e para quo ellos se orientem sobre este ponto, é que remetto a V. Ex. as refe- ridas amostras. II. A industria de refinação de assuc ir tem tido n »s últimos tempos, um notável desenvolvimento, graças ao patriotismo o a sabedoria do Governo Japouez, que não cessado prodigalizar-lhe uma protecção continua e benéfica. Es;e justo apoio, reu- nido aos pacientes esforços dos industriíes japjnezes, tem d*do resultados verda- deiramente satisfactorios. O Japão do hoje, nascido das suas próprias forças, elevado a categoria do grande o poder.jsa nação, sinto necessidade dj viver sobre si mesmo, de croscor e de impor-sj ao Occidenie pela extensão e pelo progresso das suas industrias e pela grandeza do seu commercio, como impoz-sj ao respeito o á admiração universal, pela táctica e pela bravura dos seus soldados. E para isto, nada lhe falta, nem a iniciativa, nem energia e nem liabili lade. Graules refinarias estão em via do for- mação e outras, já em plena actividade o florescência, são coLsideradas como emprezas de brilhante futuro. Dentre ellas, a mais importante ê a «Dai Nepoo Sugar Reflnery, O limited», que gira com um capital, do 11 milhões de yens ou £ 1.100. COO.— Essa companhia, que está eslabelecila om Tokio, á margem de sOCIHDAnrc NACIONAL 1>E AGRICULTURA um dos braços do Iuraida, emprega nas suas oficinas os melhores e mais aperfei- çoados apparolhos, produzindo todas as qualidades do assucar refinado necessárias ao consumo interior e preferidas pelos paizes importadores. Não se pode precisar a cifra da produeção dessa refinaria, porque a sua installação não está ainda completamente terminada. Entretanto, desde o primeiro anno em que as suas ma- chinas começaram a funccionar, que ella distribuo 20 % de dividendo aos seus accionistas. Das possessões japonezas, somente a Ilha Formosa produz assucar em grande escala. O Governo tem procurado fomentar o cultivo da canna no sul do Japão, mas os resultados obtidos têm sido, relativamente, pequenos. III. A importação do assucar no correr do anno de 1903 se elevou a yens : 23.725.000, oquivalentes a £2,372.503. Em tão elevada cifra as índias Hollan- dezas figuram com yens: 19.993.000, vindo em seguida a Allemanha, que exportou yens: 1.904.400. Se comparamos a importarão de 1900 com a de 1905, que attingiu a yens: 13.706.000 verificaremos um lisongeiro augmento, que em grande parte deve ser attribuido ás isenções e privilégios de que ._roza a industria de refinação de assucar a qual, como já disse, o Governo dispensa uma constante e proveitosa solicitude . Emquanto a importação de assucar bruto alcança elevados algarismos, as on- tradas de assucar refinado diminuem dia a dia, e dentro em breve desapparecerão totalmente das estatísticas offlciaes. O Japão que durante longos annos foi tributário das refinarias estrangeiras, tornou-so hoje um grande exportador de assucar refinado, tendo conquistado, depois do uma bella lucta com os seus concurrentes de Hongkong e outros logares, alguns dos mais importantes mercados da China, sem contar a Coréa e a Mandchuria, que offerecem um fácil campo de acção ao seu commercio e a sua industria. Em 1903, a exportação de assucar refinado foi de yens: 70.UOO, e em 1S06, ella se elevou a yons : 1.560.000. IV. A tarifa aduaneira do Japão soffVeu uma modificação quasi radical depois da ultima guerra. Pela nova tarifa, que consta de 538 artigos divididos em 19 grupos, a renda annual das Alfandegas do Império é avaliada em mais de 40 milhões de yens. Os direitos de entrada, por 60 kilos de assucar, são: para os mascavos e raascavinhos, de yens: 1.65 e yens 2. ^5, e para os brancos, de yens 3.25 e do yens 3.50. Os assucares classificados abaixo do typo 15 da escala hollandeza gozam de uma baixa especial, quando são destinados as refinarias do paiz, e que reduz o imposto aduan liro, a menos da metade do estabelecido na respectiva tarifa. A elevação gemi dos direitos não attiugo o< productos das nações que gozam aqui de tarifas preferenciaes. Não obstante, a Allemanha, a Inglaterra e a França, apezar de estarem na lista dos paizes mais favorecidos, concluíram accordos com o .lapão, nos quaes as duas primeiras obtiveram para os seus assucares as seguintes baixas : Typj de .lava 15 a 20 Jens 0,748 por 60 kilos. » .. » acima do n. 20 — 0,827. O elevado i -oposto de consumo instituído durante a guerra, foi prorogado por tempo indeterminado, visto combinarem as necessidades orçamentarias. Esto imposto é o seguinte : Ia categoria (por 60 kilos) Yens : 1 mascavos e mascavinhos. A LAVOURA 3» categoria (por 60 kilos) Yens 1,60 mascaves e mascavinhos. 3« » » 2,20 brancos. p » 2,80 V. São estas, Sr. Ministro, as informações que me parecem de natureza a in- teressarem os nossos fabricantes de assucar. Se mais tarde for iniciado um serviço regular de navegação entre o Brazil e este paiz, empregarei todos os meus esforços, que espero serão secundados pelos agricultores de Campos e do Norte, para crear no Japão um vasto e lucrativo mercado de assucar o outros prodnctos brasileiros. As minhas esperanças se apresentam sob os melhores auspicios. Já o Con- gresso Nacional votou uma subvenção para uma linha de vapores directos, e os refinadores japonezos mostram-so animados da melhor bôa vontade a nosso respeito. Além disto o consumo tende a augmentar de anno a anno, e com elle a expor- tação de assucar refinado. Convém, todavia, antes de realizar qualquer negocio, agir com grande prudência, afim ae evitar o caso suecedido aos assucares pe ruanos. Os lavradores brasileiros deverão enviar a este Consulado, ou directa- mente ás refinarias, amostras de todos os typos de assucares susceptíveis de serem exportados, e, em quantidade suficiente, para quô se possa proceder a experiências de rendimento, de côr, de perfume, etc. Os assucares brancos deverão ser incluídos nessas remessas, porque, estou certo, os refinadores daqui farão justiça a sua superioridade. E que lava, a te- mível concurrente, em vez de ser considerada como um obstáculo á realisação dos nossos projectos, seja, pelo contrario, francamente admittida como um incentivo, como um estimulo para o desenvolvimento de um trabalho methodico e persis- tente, única fonte de onde poderemos auferir uma larga e duradoura prosperi- dade. Antes de concluir, cumpre-me informar a V. Exa. que o Yen corresponde a 1.000 réis, ao cambio de 15 dinheiros. Tenho a honra de reiterar a V. Ex. os protestos da minha respeitosa consi- deração.— Alcino Santos Silva. Exm. Sr. Barão do Rio-Branco, Ministro de Estado dai Relações Exteriores. O Estado Moderno e sx Aji.i-iciiltu.x-a, — Começámos a pu- blicar o annuncio sobre este interessante livro no numero passado, chamando para o mesmo a attenção dos leitores. Abóbora gxg^ante — Foi produzida na fazenda « Mourão», município de Joazoiro, Bahia, de propriedade do major Enéas Ferreira Muuiz, negociauto abastado daquella praça e fazendeiro do município, .uma abóbora pesando 20 kilos ou 20.000 grammas. O major Enéas, proprietário da referida abóbora, expól-a em o balcão de sua casa commercial ás vistas do publico, tendo sido muito apreciada e tendo recebido essa semente do Rio de Janeiro, por intermédio da Sociedade Nacional de Agri- cultura, da qual é sócio. Fazemos votos para que o major Eneas continue a tirar proveito de seus esforços. SOCIKDADF. NACIONAL DF, AORICULTURA PARTE COMMERCIAL Junho de 1908 Café Venderam-se 110.000 saccas contra 131.000 no mez anterior. Entraram 143.611 saccas contra 136.003 saccas no mez anterior. Não houve entrada em transito. Os embarques foram : 134 043 saccas contra 157.046 no mez anterior. As entradas do Rio de Janeiro, retalhadamente, foram : Saccas Estrada de Ferro Central do Brazil 54.663 Cabotagem 5.862 Barra dentro 84.987 Total 145.511 Em Nova York, o typo 7, disponivel, do Rio cotou-se a 6 3/8 c. por libra até o dia 5, a 6 5/16 c. em 6 a a G l/4 c. durante o resto da quinzena e mesmo consor- vou-se duranto o mez. Na Bolsa heuve as cotações: 6 c. até o dia 4, 5.90 c. de 5 a 8 e de 11 a 13; 5.95c. em 7 e 10 e 5.85 c. em 15 e 17 a 24; 5.90 c. cm 16, 26 e 27; 5.95 c. em 29 e 6 c. em 30. Os extremos das cotações foram : í* quinzena Por arroba Por 10 kilos Typo n. 6 5$600 3$813 » » 7 5$300 3.;608 » » 8 5$000 3$404 > » 9 4$700 3.4200 2» quinxena Por arroba Por 10 kllos Typo n. 6 5$500 a 5$700 3^744 a 3$881 » » 7 3$200 » 5$400 3$560 » 3$676 » » 8 5$000 » 5$100 3$404 > 3$472 » > 9 4$700 » 4$800 3$200 » 3J268 Géneros importados Qualidade Quantidade Preços Banha americana ... 400 barris $600 a $670 a libra Farinha de trii:o . . . 19.090 barricas .... — i* quinzena Americana (barrica) Não ha » (secca) Não ha Rio da Prata: por 2 saccas Primeira qualidade 23$50O Segunda » 22$500 Terceira » ãl$500 Moinho Inglez: Nacional • 24$000 Brazileira 23$200 Buda-Nacional 25$200 Moinho Fluminense: S. Leopoldo 24$000 O. O ... • 23$000 Sa quinzena Americana (barrica) Não ha » (secca) Não ha Rio da Prata: por 2 saccas Primeira qualidade 23$500 Segunda » 22$500 Terceira > 21$õ00 Moinho Inglez,: Nacional 23$500 Brazileira 22$700 Buda-Nacional 24$700 Moinho Fluminense: S. Leopoldo 23$500 a 24$000 O. O 22$50O » 23$000 /» quinzena Manteiga — 1 . 105 caixas : Demagny, Isigny (latos sortidas) 2$460 a 2$480 Brétel Frères (latas sortidas) 2$200 » 2$220 Lepelletier 2$450 > 2$460 Modesto Qallone (sortidas) 1$850 » 1$900 266 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA. Esbousen Não ha L. Brtim 2$500 a 2$520 Buske Juniur 2$400 » 2$450 Marclet 2$I80 » 2$200 Outras marcas 1$800 > 2$000 A nacional vendeu-se: a de Minas de 3#i00 a 3$800 e a do Sul do 2$400 a 2$G00. 2a quinzena Demagny, Isigny (latas sortidas) 2$430 a 2$460 Brètel Fròres (latas sortidas) 2$200 » 2$2ãíJ Lepellotier 2$440 » 2$450 Modesto Gallone (sortidas) 1$850 » 1$90Ú Esbousen s . Não ha L. Brum Não ha Buske Júnior 2$400 a 2$420 Marclet 2$200 > 2$220 Outras raarcas 1$80J » 2$000 A nacional vendeu-se: a do Minas de 3$200a 3$500 e a do Sul de 2$200 a 2$600. Géneros nacionaes A.g ua.irden.te Os supprimentos recebidos no principio du mez foram pequenos, conservan- do-sa o mercado firme. Na ultima quinzena o movimento foi sem importância, conservando-se as cotações sustentadas. Preços por pipa de 480 litros, base do 20 grãos: ía quinzena Preços Campos 165$000 a 170$000 Angra 175$O0O > 180$Q00 Paraty 180$000 » 185$000 Maceió 170$000 » 175$000 Aracaju 170$000 » 175$O0O Pernambuco 170$000 > 175$000 Bahia 170$000 > 175$000 Parahyba 170$000 > 175$000 Laguna 165$000 » 170$000 Itajahy • . . . 165$000 » 170$000 Mangaratiba 175$0J0 » 1X0$000 Paranaguá 165$000 > 170$000 AJcool As entradas na primoira quinzena declinaram sensivelmente, conservando-se assim durante o mez. I* quinzena As cotações foram as seguintes, por pipa, sem casco: 40 gráos 260$000 a 2Ô5$000 38 > 245$000 > 250$000 36 > 235$000 > 240$000 .AJg-odão em. rania O mercado deste género esteve na ultima quinzena do mez influenciado pela especulação, que etfectuou vendas para entregas futuras a preços baixos. I3- quinzena Preços : Pernambuco 12$500 a 13$300 Ceará 12$500 » 13$000 Rio Grande do Norte 12$200 » 13$000 Parahyba 12$300 » 12$S00 Penedo (Nominal) Sergipe ..... 12$000 » 12$400 2a quinzena Preços : Pernambuco 1 1$600 a 12$400 Rio Grande do Norte 11$800 » 12$400 Ceará 11$800 > 12$400 Parahyba 11$600 » 12$000 Penedo (Nominal) Sergipe (Nominal) Assiuoar Na primeira quinzena do mez reduziu o stock e uma cifra que ha alguns annos não se registra e era de esperar que as cotações melhoi'assem, sendo que, depois do dia 15, os negócios em mascavos e os lances conservaram se sustentados. PRIMEIRA QUINZENA. Os preços regulam como se segue : Pernambuco : Branco usina s520 a $540 Dito crystal $500 > $510 Dito 3* sorte $500 » $510 Crystal amarello $420 » $450 5076 5 — 18 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Mascavinho $380 a $420 Somenos $410 » $430 Mascavo bom $350 » $360 Dito regular $340 » $345 Dito baixo $330 » $335 Sergipe : Branco crystal $500 a $510 Mascavinho $380 » $460 Mascavo bom $350 » $360 Dito regular $340 » $345 Dito baixo $325 » $330 Campos : Branco crystal $510 a $520 Dito 2° jacto $480 » $490 Crystal amarello $460 > $480 Bahia : Branco crystal $510 a $520 Dito 2° jacto $480 > $490 Crystal amarello — — Outras procedências: Mascavinho $360 a $380 SEGUNDA QUINZENA Os preços regularam como se segue : Pernambuco : Branco usina $500 a $510 Dito crystal $480 > $490 Dito 3a sorte $480 > $490 Crystal amarello $430 » $440 Mascavinho $370 » $420 Somenos $400 > $420 Mascavo bom $345 » $350 Dito regular $330 » $340 Dito baixo $320 > $325 Sergipe : Branco crystal $470 a $480 Mascavinho $400 » $430 Mascavo bom $345 » $350 Dito regular $330 > $340 Dito baixo $320 » $325 Campos : Branco crystal • . . . $480 a $500 Dito 2° jacto $460 » $470 Crystal amarello $430 » $440 A LAVOURA Rranoo crystal $490 a $500 Dito 2» jacto $470 » $480 Crystal amarello $420 » $400 Cereaes PRIMEIRA. QUINZENA Saccos Feijão preto de Porto Alegre, novo . . . 14$000 a 15$000 Dito idetn da Terra ll$000 » 12$000 Dito idem de Santa Catharina 13$000 » 14$000 Dito do Paraná — 13$000 Dito mulatinho — 14$000 Dito manteiga — 14$000 Dito enxofre — 14$000 Dito de cores, nacional 8$000 » 10$000 Dito branco, estrangeiro 18$500 » 19$000 Dito amendoim, idem 18$000 » 18$500 Farinha de mandioca, especial 9$000 » 9$500 Dita idem fina 8$500 > 8$800 Dita idem peneirada 8$000 » 8$460 Dita idem do Norte — — Dita idem grossa, Laguna 6$80O » 7$000 Dita idem idem, Porto Alegre Não ha Arroz nacional 22$000 a 24$000 Dito inferior 14$000 » 18$000 Milho amarello do Norto Não ba Dito idem da terra 7$500 a 7$S0O Dito misturado idem Não ha Amendoim em casca 0$500 a 7$000 Cangica 10$000 » 18$000 Favas 9$000 » 0$500 Kilogramma Alpiste $360 a $380 Batatas nacionaes $140 » $?00 Dita estrangeira Nominal Fubá de milho $140 a $200 Matte em folha $400 > $500 Tapioca $500 » $520 Polvilho $100 » 200$ Carne de porco $660 » $700 Línguas do Rio Grande (uma) $800 »" 1$000 Cebollas do Rio Grande (cento) 2$200 » 2$400 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA SEGUNDA QUINZENA Preços Feijão prato de Porto Alegre, novo . . . Nominal Dito idem da Terra Nova 10$000 a 10$50o Dito idem de Santa Catharina 13$000 » 14$000 Dito do Paraná — » 15$000 Dito mulatinho 10$000 » 14$000 Dito manteiga 12$000 » 14$000 Dito enxofre — > 12$000 Dito de cores, nacional . 6$000 » 8$000 Dito branco, estrangeiro 18$500 » 19$000 Dito amendoim, idem 17$000 » 18^00 Farinha de mandioca, especial 9$000 » 9$500 Dita idem, flna 8$500 » 8$800 Dita idem, peneirada 7$800 » 8$200 Dita idem, do Norte — — Dita idem, grossa, Laguna 6$400 » 7$0OO Dita idem idem, Porto Alegre Não ha Arroz nacional 23$000 a 26$000 Dito inferior 16$000 > 20$000 Milho amarello do Norte Não ha Dito idem da terra 6$800 a 7$200 Dito misturado, idem — > 6$500 Amendoim em casca fi$500 » 7$000 Cangica 1G&000 > 17$000 Favas 7$500 > 8$000 Kilogramma Alpiste $360 a $380 Batatas nacionaes $180 » $200 Dita estrangeira Nominal Fubá de milho . $120 a $200 Matte em folha $440 > $540 Tapioca $440 » $540 Polvilho $440 » $540 Carne de porco $640 » $700 Línguas do Rio Grande (uma) $700» 1$000 Cebollas do Rio Grande (cento) 2$300 > 2$400 Fumo em rolo Manteve-se estável este morcado havendo muita procura. i» quinzena As cotações foram : Preços De Minas, especial 1$600 Dito superior 1$600 Dito 2» 1$400 A LAVOURA Dito ordinário 1$000 Goyano, superior 2$400 Dito 2» 1$700 Baixo Nom. Rio Novo, superior 2$400 Dito 2» 1$300 Dito baixo 1$200 Pomba, superior 1$(500 Dito 2» 1$200 Dito baixo Nom. Carangola 1$500 Picú, especial 2$800 Dito 1» 2$000 Dito 2» 1$200 Bahia 1$100 Pernambuco Não ha Entraram 4.551.390 kilos por cabotagem, do nacional, que se cotou de 2$ a 2$100 por 40 litros. Mercado monetário A existência do. ouro, na Caixa do Conversão, em 15 de junho, ora : Libras esterlinas 5.478.844—10 Francos 10.462.040 Marcos 470 Dollars 126.107,50 Liras 140 Pesos argentinos 2.710 Ouro nacional 139:400$000 SEGUNDA QUINZENA e a 30 de junho era: Libras esterlinas 5.464.229—10 Francos 10.453.980 Dollars 120.637—50 Liras 2^0 Pesos argentinos 2.710 Pesetas hespanholas 25 Ouro nacional 138:830$000 A importância de notas conversíveis em circulação era a seguinte : 189.618:760$000. O preço de soberanos, fora da Bolsa, foi de 16$025. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA CAMBIO As taxas offlciaos continuaram a manter-so inalteradas, a 15 1/8 d. sobre Londres nos bancos estrangeiros e 15 3/16 d. no Banco do Brasil. As transacções bancarias fizeram-se a esses extremos e as do outro papel de 15 5/32 a 15 3/16 d., não e registrando movimento digno de nota. Os extremos das cotações offlciaes foram : Londres, 90 d/v 15 1/8 e 15 3/16 d. Paris, 90 d/v $629 a $632 Hamburgo, 90 d/ v $776 » $779 Portugal, 3 d/v 316 » 325 % Itália, 3 d/v $633 » $639 Nova York, á vista. ...... 3$288 » 3$310 Vales, ouro — 1$793 O valor offlcial de mil rt5is foi do 560 a 563 réis, ouro, e o da libra de 15$£03 a 15$868. Ágio de ouro 77,77 a 78, 51 % . — £8^»35N€«€ BIBLIOGRAPHIA Temos a registrar o recebimento de mais as seguintes publicações periódicas: Eslaciôn Central Agronómica de Cuba. — Boletim n. 10. La Revista Verde, órgão do Instituto Internacional de Agricultura, de Roma. — Anno IV, n. 5. L' Economista Italiano, de Génova. — Anno XII, n. 23. Réoue Intemalionale du Caoutchoua, de la Gulta-Percha et le Pneumo-Journal. — N. de 18 de maio de 1908. Les Marques Inlernalionalcs, de Berna.— Anno XVI, tomo III, n. 180. The Southern Planter, de liichmond (Virgínia). — Vol. 69, u. 5. Brazilian Enyeenering and Mining Remexa.— Vol. V, ns. 1 e 2. Revista da Associação Commercial do Maranhão. — Anno I, n. 1. Revista Trimensal do Instituto do Ceará.— Tomo XXII, anno XXII, lg e 2° tri- mestres de 1908. Secção Meteorológica, da Directoria de Agricultura do Estado de S. Pauli. — Outomno de 1907. Serie 2a, n. 2. Pelo Sr. Dr. Heitor de Sá, director desta Sociedade, foram offerecidas á Bibli otheca as seguintes obras : Sobre el Cultivo dei Maiz, por Juan Francisco Baldassare.— Buenos Aires, 1907 La Aradura a Vapor, por Hugo Miatello.— Buenos Aires, 1907. A LAVOURA Contribución ai Esludio de las Frutas (Matizarias). Variedades recommendables por Júlio J. Bjlla.— Bueno Aires, 1907. ElOlito, por José Cilley Vernet. — Buenos Aires, 1904. La Agricultura en la Provinda de Corrientes, pelo engeulieiro agrónomo Ro- berto Campioletti . — Buenos Aires, 1906. Procedimentos Químicos para Combalir las Enfermedades de las Plantas, por Otto Appel.— Buenos Aires, 1906. Experiência sobre el Cultivo dei Algodon, por Adolfo C. Tounelier. — Buenos Aires, 1906. Experiências sobre el 'Cultivo de las Remol achas Porrajeras y su Conservación, por Adolfo C, T^nnelier.— Buenos Aires, 1906. Experiências sobre el Cultivo dei Tárt igo Rojo y dei Tabaco, por Adolfo C. Tonnelier. — Buenos Aires, 1903. Digesto de Leyes, Decretas y Resolucimies relativos a Tierras Publicas, Coloni- zacion, Immigracion, Agricultura y Comercio. 1810—1909. Publicarão feita sobre os auspícios do Ministério de Agricultura.— Buenos Aires, 1901. Proyecto de Ley Orgânica presentado ai Ministro de Agricultura, D. Ezequiel Ramos Mexia, por la Comision Asesora de Ensenanza Agrícola. — Buenos Aires, 1907. Proyecto de Ley Orgauica para la Eusunauza Agrícola . Ministério de Agricul- tura.—Buenos Aires, 1901. Ley n. lti. Cey de Patentes de Invención, Ministério de Agricultura.— Buenos Aires, 1907. Ley n. 31)73. Marcas de Fabrica, Comercio y Agricultura. Ministério de Agricultura.— Buenos Aires, 1900. Ley de Tierras y Decreto Reglamentario de S de Noviembre de 1906. Ministério de Agricultura.— Buenos Aires, 1906. Ley de Inmigracion y Regiamente de Desembargo de Inmigranles. Ministério do Agricultura.— Buenos Aires, 1907. Receberam-se ainda as seguintes publicações cuja remessa agradecemos : Inlerpretacion de los Analisis de la Semilla de Alfalfa, por Juan Ramón Chavez. Publicação da Revista «Córdoba Agrícola». — Bell-Ville, 1908. Exploração do Rio Ribeira de Iguape, da Commissão Geograpkica e Geológica do Estadode S. Paulo.— S. Paulo, 1908. O Cavallo Nacional, por George Plantade.— S. Paulo, 1908. As Raças Limousinae Garonneza, pelo Dr. Paul Maugé.— S. Paulo, 1908. A Raça Normanda, pelo Dr. Paul Maugé.— S; Paulo, 1908. A. B C. of LimeCultivalion. Publicação do Imperial Department of Agrieul- ture forthe West Indies, 1908. Seedling and Olher Canes in lhe Leetoard Islands. Publicação do mesmo Depar- tamento. Relatório da Sociedade Brasileira pira Animação da Agricultura, para 1906 —1907. Avsocixção Commercial do Porto. Relatório da Direcção no anno de 1907. Conslructions Rurales, por J. Danguy. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Acabamos do receber a 2a edição desta obra quo a casaJ. B. Baillière et Fila, teve a gentileza de nos remetter. Como temos feito para outras publicações da mesma casa, inserimos nesta secção a seguinte noticia bibliographica para orien- tação dos leitores d'«A Lavoura». Construclions rurales, par J. Danguy, directeur dos études de l'E'cole nationale d'Agriculture de Grignon. 1 vol. in-16 de 50 pages, avec 300 flg., brocho: 5 ír.; cartonné; 6 fr. (Encyclopédie agricole). Libraira .1. B. Baillière et fils. 19 rua Hauteíeuille, a Paris). Attaché, pendant de nornbreuses annés, á la chaire do Génie rural de l'E'cole de Grignon M. Da.nguy a pu reunir des notes três completes sur les construo tions rurales, qui présentont un intérèt tout spécial pour los agriculteurs. II a divise son livre en deux parties: Ia première relative aux princips génèraux de la construction, appliqués aus bâtiments ruraux; la seconde ayant pour object la description de chacune des construclions de la ferme. II a suivi 1'ordre des travaux, en commençant par les terrassemenls, puis il est passe à la maçonnerie, aux charpentes en bois ou métalliqnes, puis il a termine cette première série de travaux, qu'il agroupés sous le nom de gros ceuvre, par les couvertures. Sous la rubrique Pelil ceuvre, il donne les régies relativos à la confection des enduits, des carrelages et des pamges ; il indique on quoi consistont les travaux de menuiserie (parquets, escaliers, portes, fenêtres, etc), de serrurerie, de peintureet de vilrerie. La deuxôine partie traite dei constructions rurales suivant leur alTectation. M. Danguy s'occupe de la disposition des bâtimints et indique Ia placa qu'ils doivent occuper sur le domaine. II étudie ensuite 1'habitation des ouvriers et de 1'exploi- tant, en donnantles types d installatinos les plus commodes. Pour les bâtiments reserves aux animaux (écuries, ótables, etc), il montre quelles sont les conditions qu'ils doivent remplir et donne les dispo3itions qu'il faut préférer ; il a fait de raêmepour ceux affectês aux rócoltes (granges, hangars, greniers, fenils et silos) . il donne les conditions d'établissement des rernises du matériel, des plales-formes et des fosses á fumier, ainsique des citernes d purin. Les citernes et rêservoirs des- tines ;i recueillir et a conserver les eaux potables, les clotures et les chemins sont étudiésá part ; il termine son ouvrage par un aperçu sur les devis. A propôs des terrassements, il a donné les rèidís relatives ã leur cubature et au mouvement des terres ; ã propôs de devis, il indique comment on peut faire exécuter les trauvaux de construction . Ce volume a été couronné par la Société Nationale d'Agrictilture d'une médaille d'or. 11 fait partie de 1' Encyclopédie agricole, à laquelle cette même société vient d'accorder le Grand Pri.t Heuzé . Le catalogue détaillé et illustré de V Encyclopédie agricole est adressé grátis et franco à tout personne qui en fait Ia demande à MM. J. B. Baillière et fils. 19, rue Hautefeuille, à Paris. Rio de Janeiro — Imprensa Nacional — 1908 ESTATUTOS CAPITULO IÍ DOS SÓCIOS Art. 8." A socideade admitte as seguintes categorias de sócios : Sócios eITectivos, correspondentes, honorários, beneméritos e associados. § i ." Serão sócios eITectivos todas as pessoas residentes no paiz que forem devidamente propostas e contribuírem com a jóia de 15$ e a annuidade de 20$ooo. § 2.° Serão sócios correspondentes as pessoas ou associações, com residência ou sede no estrangeiro, que forem escolhidas pela Directoria, em reconhecimento dos seus méritos e dos serviços que possam ou queiram prestar á sociedade. § 3.0 Serão sócios honorários e beneméritos as pessoas que, por sua dedicação e relevantes serviços, se tenham tornado beneméritos á lavoura. § 4.0 Serão associadas as corporações de caracter official e as associações agrícolas, filiadas ou confederadas, que contribuírem com a jóia de 30$ e a annuidade de 5o$ooo. § 5.0 Os sócios eITectivos e os associa los poderão se remir nas condições que orem preceituadas no regulamento, não devendo, porém, a contribuição fixada para esse lim ser \nferior a dez (10) annuidades. Art. 9.° Os associados deverão declarar o seu desejo de comparticipar dos tra- balhos da sociedade. Os demais sócios deverão ser propostos por indicação \ie qualquer sócio e apresentação de dois membros da Directoria e ser acceitos por unanimidade. Art. 10. Os sócios, qualquer que seja a categoria, poderão assistir a todas as reuniões sociaes, discutindo e propondo o que julgarem conveniente; terão direito a todas as publicações da sociedade e a todos os serviços que a mesma estiver habilitada a prestar, independentemente de qualquer contribuição especial. § i.° Os associados, por seu caracter de collectividade, terão preferencia para os referidos serviços e receberão das publicações da socieJale o maior numero de exem- plares de que esta puder dispor. § 2.0 O direito de votar e ser votado é extensivo a todos os sócios; é limitado, porém, para os associados e sócios correspondentes, os quaes não poderão receber votos para os cargos de administração. § 3." Os sócios perderão somente seus direitos em virtude de expontânea renuncia ou quando a assembléa geral resolver a sua exclusão por proposta da Directoria. jR,J=3GTJIJ^^jVi:J=]JNrTO CAPITULO VI dos sócios Art. 18. A sociedade prestará seus serviços de preferencia aos sócios e associados quando estiverem quites com ella. Art. iq. A jóia' deverá ser paga dentro dos primeiros três mezes após a sua accei tacão. Art. 20. As annuidades poderão ser pagas por prestações semestraes. Art. 21. Os sócios e os associados se poderão remir mediante o pagamento das quantias de 200$ e 500$, respectivamente, feito de uma só vez e independente da jóia, que deverão pagar em qualquer caso. Art. 22. Os sócios e associados não poderão votar, nem receber o diploma, sem terem pag-o a respectiva jóia. § i.° O sócio que tiver pago a jóia e uma annuidade, poderá remir-se mediante a apresentação de 20 sócios, desde que estes tenham igualmente satisfeito aquellas contribuições. 5 2.0 Para asse effeito o sócio deverá requerer á Directoria, provando seus direitos nos termos do paragrapho anterior. § 3.0 Serão considerados beneméritos os sócios que fizerem donativos á sociedade, a partir da quantia de um conto de réis. Art. 23. Para que os sócios atrazados de duas annuidades possam ser considerados resignatarios, nos termos dos Estatutos, é preciso que suas contribuições lhes tenham sido solicitadas por escripto, até três mezes antes, cabendodhes ain la assim o recurso para o conselho superior e para a assembléa geral. FAZENDA HARITOFF NO ESTADO DO RIO .. •' >*? • 4Í % \.. a* PLANTAÇÃO DF CAFÉ F MANIÇOBA Anno XII— N. 7 Rio de Janeiro Julho di 1908 SSyiil |«IB1EÍ1IÉÍ mhmmtupc FAZENDA NOVO HORIZONTE -MINAS " li.t l$M Capital Federal Arados de discos em acção ^VIRIBUS UNITIS |^»^»^^«€ SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Fundada em 16 de janeiro de 1897 Caixa-postal, 1245 Sede: Ruas da Alfandega n. 102 Endereço Telegraphico, AGRICULTURA e General Camará n. 10b Telephone n. 1416 rio »« janriko DUIBOTOKIA Presidente — Dr, Wencesláo Alves Leite de Oliveira Bello. i° Vice-presidente — Vago. 2o Vice-presidente — Dr. Sylvio Ferreira Rangel. 3o Vice-presidente — Dr. Domingos Sérgio de Carvalho. Secretario Geral — Dr. Heitor de Sá. i° Secretario — Dr. Francisco Tito de Souza Reis. 2o Secretario — Dr. Benedicto Raymundo da Silva. 3o Secretario — Dr. José Ribeiro Monteiro da Silva. 4" Secretario — Alberto de Araújo Ferreira Jacobina. i° Thesoureiro — Dr. João Pedreira do Couto Ferraz Júnior. 2o Thesoureiro — Carlos Raulino. Fazenda de Santa Mónica Dr. Sylvio Rancei. ApplicaçÕes do Álcool e Museu Dr. Benedicto Ravmundo. Secção Technica e Bibliotheca Dr. Heitor de Sá." Plantas e sementes e Horto da Penha . . Dr. Monteiro da Silva. Propaganda e estatística Alberto Jacobina e Carlos Raulino. Secretaria Dr. Souza Reis. Thesouraria Dr. Pedreira Júnior. Oollaboração Serão considerados collaboradores não só os sócios como todos que quizerem ser- vi r-se destas columnas para a propaganlà da agricultura, o que a redacção muito agradece. A lista dos collaboradores será publicada annualmente com o resumo dos trabalhos. A redacção não se responsabilisa pelas opiniões emittidas em artigos assignados, e que serão publicados sob a exclusiva responsabilidade dos autores. Os onginaes não serão restituídos. As communicações e correspondências devem ser dirigidas á Redacção d' A LA- VOURA na sede da Sociedade Nacional de Agricultura. A LAVOURA não acceita assignaturas. E' distribuída gratuitamente aos sócios da Sociedade Nacional de Agricultura. < :<>!i, as orchideas re- presentam o gozo e o prazer. Depois de árduos esforços, o encanto das orchideas minora o cansaço physico, enlevando a alma que, extasiada, observa tanta bel- leza natural, o colorido vivo e extraordinário de flores que parecem antes presentes divinos do que filhas das florestas. Nos domingos, o agricultor vae passeiar na selva ; e sobre os troncos cascudos da cangerana e do jequítibá elle observa as epiphytas tão radiantes de alegria, desabrochando suas vistosas flores. Elias procuram um pouso tão elevado com receio da mão rapace do homem em colher de um golpe os encantos das florestas. Pois, si os madeiros consentem a moradia sobre sua carne, teem a compensação do aformoseamento de suas superfícies por plantas elegantes, aromáticas e de um esplendor divino. Tão mimosas, todos os vegetaes tratam-nas com carinho e desvelo, ellas que representam o bello e o extraordinário. Do mesmo modo que a sociedade distingue as gentis senhoritas, a floresta acaricia a orchidea que é o seu genuíno reino do amor. O seu néctar, o seu perfume inebriante alimentam innumeros co- leopteros e colibris, que de longe são attrahidos pela sua fragrância. Os agricultores que gostam de festas plantam-nas sobre as arvores, onde ellas vivem satisfeitas, sem nenhum trato, somente com a frescura da noite e a pureza do ar. Todos os annos inflorescem; e seu esplendor serve de alimento ao espirito do lavrador que se eleva até o Olympo na contemplação de uma natureza brilhante. Em vez do jogo que corrompe a alma, é melhor cuidar de plantas que nos transmutem virtudes, tão necessárias á pureza de nossos sen- timentos. Um homem maligno torna-se o mais cordeiro ao lado de flores tão mimosas, como ligadas aos anjos do céo em suas bemfazejas intenções. Gomo é deliciosa a vida do campo, tão cheia de attractivos ! Junto a uma natureza pródiga de encantos está a terra feraz que faz brotar com viço os grãos que se atiram em seu seio. Tudo pro- spera, tudo progride. 6480 1 soniKnvnR nacional nu aoiuc.ui,tur.\ O lavrador na rabiça da charrua vae lavrando a terra e cantaro- lando alegre e satisfeito comaquella fé na farta colheita. Não ha motivo para esse êxodo d.> interior para as cidades. \ verdadeira felicidade reside no campo, e possue-na quem faz a agricultura, que é o dom mais precioso que Deus nos doou, dando-nos a torra para cultival-a. Quem possuir um sitio de bom terreno, de allitude elevada, com agua abundante e potável; próximo n>>s mercados, clima superior e um boa collecçãode orchideaa, é o homem mais feliz do mundo. A vida agraria é aquella que proporciona a mór messe de bem-estar e felicidade. Esses labyrinthos infectos das cidades só promovem desillusões e revezes. A concurrencjfa ê tal que o mérito, o trabalho e as boas acções são palavras vãs, que os imbecis e os incapazes nulliflcam por um golpe de audácia. Quem não quizer ter as orchideas perto de casa vae aos domingos ás florestas admirar a exposição natural de bellas flores, muito superior a estes certamensuniversaes, em que o ar confinado desbota a pureza virginal de setinosas pétalas. Si os estrangeiros amam tanto as epiphytas, que mandam agentes collectal-asem paizes longínquos, por que motivo, nós que as possuímos, não podemos admiral-as e tel-as bem perto de nossos olhos para nã, perdermos o especial gozo de vel-as e cortejal-as todos os momentos de lazer? Habitante de n >sso clima não precisa estufas custosas para pro- tejel-as de invernos rigorosos. Em um cesto, em um vaso, em um fra gmento de madeira roliça, cora um pouco desphagnum, ella cresce e vive vigorosa. <>s nossos jardins públicos não possuem uma collecção de orchideas! Gozando de fama mundial de paiz das flores, brancas como o mar. fim e de belleza descommunal, o estrangeiro procura em vão um exem- plar de parasita e não encontra. No eratanto na própria Europa elle pôde vêr a flora epiphyta do Brazil. A Cattleya Warneri, considerada a rainha das florestas, infloresce de outubro a novembro. Percorrer as mattas do Espirito Santo nessa época é o prazer maior que se pode gozar, para quem ama as flores, porque ha muita gente que não tem este eleva lo predicado de gostar do bello. A Lsellia Grandis Tenebrosa, outra deidade natural, que floresce de novembro a dezembro. Vive nos altos das montanhas, sobre os palmitos, osipés e cedros. E muitas vezes sobre a rocha, em promis- cuidade cora outras plantas. A LA ÓUB í A Gattleya Schilleriana, a princeza das selvas, é tõo bella em seu conjuncto que nos assombra. Procurada como uma jóia florestal, é bem escáí »na vege- tativa. 0 mez de agosto é o tempo de sua florescência, que marca a data festiva para os colibris que se deliciam, osculando o seu labello de um carmin como ardentes lábios. De. J. R. Moktbiko da Silva. Exposição Preparatória do Estado de S. Paulo No dia 1 ne maio ultimo inaugurou-se ern S. Paulo a Exposição Preparatório para a Exposição Nacional de 1908. Foi urna bella festa a que concorreram todas a-, classes sociaes da adeantada capital pau- listana. Aquelle certamen do trabalho foi rnais urna prova viva do grande adeanlamento do Estado de S. Paulo nos rnais variados r da actividade humana. O dia foi de triumpho para ;i agricultura, industrias e bellas artes ; mas dentre tudo quanto nos prendeu a attenção destacaremos o que se refere a agricultura e industrias relatas. O Governo do Estado fez-se representar brilhantemente por varias repartições dependente- das suas Secretarias. Teve maior destaque o mostuario apresentado pela Secretaria da Agricultura, Gommercio e Obras Publica-. Foi esta a que mais se distinguiu, porque expoz todos os anuaes dos seus vários serviço, dosquaes se pode inferir o progressivo desenvolvi- mento dos que são confiados a cada secção. Bello, o Mappa Geral da Viação Férrea e Fluvial; importantíssimos os diagrammas relativos a estatística eommercial, isto é, das importa- ções e exportações «pelo porto de Santos» e o da almmigração p >r nacionalidades nos anãos de 18-it e 19/7— d o qual se deduzia ■■• predomi- nancia do elemento italiano; interessante o mappa dos núcleos coloniaes a ainda sob a administração do Estado. » O Mappa Geral das Culturas, isto é, a Estatística Agrícola do Estado relativa ao anno de 1901-5 e o diagramraa em saccos referentes á exportação do café durante o anno de 1903-7, são trabalhos muito syntheticos e indispensáveis para conhecer as condições do paiz. 278 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Os quatro Mappas em que foram delimitadas as respectivas zonas de producçãodo café, arroz, algodão, canna, e o outro mappa grande, mostrando a cultura especial do arroz e o modo de o conservar em manipulos, são muito, mas muito instructivos. São curiosas e satisfizeram um sentimento de legitimo orgulho dos paulistanos «as plantas desta cidade, mostrando o seu desenvolvimento» —correspondentes aos seguintes periodos 1810 — 1840—1831—1907. Suggestivas são as photographias da Commissão Geographica de Exploração, relativas ao novo sertão explorado, e dignos de toda a attenção os mappas geographicos do Estado sem relevo». Tudo o que se relacionava com o importantíssimo serviço de agua e exgottos alli se podia estudar, estando traçados em mappas especiaes as redes respectivas, e havendo os relativos modelos em madeira, cimento, barro, gesso, e as taboas e photographias demonstrativas de toda a engrenagem technica das obras correspondentes, a qual pode ufanar-se da installação do hydrometro do italiano Venturi, a única do género existente no Brasil. E sobrepujando muitas outras coisas, que nos passaram des- percebidas ou não recordamos, apraz-nos pòr em destaque o relatório que, pela mão do seu director, Sr. .1. N. Belfort Mattos, a Secção me- teorológica publicou sobre o serviço meteorológico e sobre o clima de S. Paulo, figurando na exposição um mappa climatologico do anuo normal e quatro mappas meteorológicos correspondentes ás quatro Trata-se de um trabalho scientifico importantíssimo. Certas obser- vações contam já trinta annos seguros, e a afflrmação que S. Paulo goza dum clima mais temperado que outras localidades situadas mais longe do Equador, como, por exemplo, na Itália, Syracusa e Palermo, é bem digna da mais alta consideração, pois ê a prova demonstrada das condições privilegiadas em que se encontra S. Paulo quanto á vida e ás culturas . O relatório que citamos é rico de quadros, minucioso em porme- nores climatológicos dos mêzes mais quentes e mais frios das 16 estações principaes do Estado e das médias normaes de não menos de 66 estações, que se vêm espalhadas no território estadual. Os es- tudiosos podem assim fazer comparações scientiflcas e os homens da vida pratica adquirir a prova de que S. Paulo se acha em esplendidas condições climatológicas. Ao lado do mostruário da Secretaria da Agricultura figura gar- bosamente a do Interior, expondo, entre muitas outras cousas, varias culturas bactericas, bem como grandes collecções de preparados anatomo-pathologicos de doenças referentes a vários animaes e insectos transmissores de moléstia. Vêm em seguida os opúsculos expostos de vários trabalhos scienti- ficos executados e que muitíssimo interessam á classe medica. E tudo isso do Instituto Bacteriológico do Estado. O Instituto Serumlherapico de Butantah expòz os soros contra o envenenamento das serpentes, e ainda cobras venenosas vivas e mortas, bem como dentes e peçonhas dessas serpentes. Viam-se além disso bellas photographias sobre o processo dos soros. POSTO ZOOTECHNICO DE S. PAULO PRODUCTO DE nHREFORD S CAUACÚ Finalmente, o Instituto Vaccinogenico do Estado apresentou as photographias do estabelecimento e dos processos para a vaccinação ou para a obtenção do pus e conservação desses productos scientificos. A juizo de prolissionaes, este Estado, nesse campo scientiflco, mostra ter sabido acompanhar os progressos dos tempos. As exposições em geral têm justamente o escopo de pôr em relevo os progressos de todos os serviços públicos, e é mesmo da historia das ultimas exposições que se deprehende como é cada vez mais manifesta a tendência para facilitar o estudo e generalizar o conhecimento de quanto nos cerca, de quanto constitue a nossa vida quotidiana intel- lectual. Forçoso foi notar uma lacuna, e grande, quanto â instrucção pri- maria, cuja importância ninguém ous iria discutir, pois que na exposição não se viu organisada uma estatística, que pudesse mostrar o seu desen- volvimento, quando é sabido que o Estado de S. Paulo gasta na in- strucção publica precisamente o dobro do despendido pelo Districto SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Federal, que vem immediatamente depois deste Estado. Esta despesa representa 20 °/o de todo o orçamento, e disto só se pôde vangloriar o Estado do Rio Grande do Sul, chegando tambam quasi a essa porcen- tagem o Pará. Iríamos demasiadamente longe si tentássemos o que de apurado e grande apresentou a possante industria paulista. Falemos apenas de algumas machinas de beneficiar café, pois que grave lacuna seria delle não nos occuparmos, como régia personagem que é. Comecemos pela machina Amaral, que foi, de entre as machinas de café, a que maior interesse despertou aos visitantes. Da uma só peça, essa machina beneficia por completo o café, rece- bendo-o em coco e entregando-o nos saccos separados, isto em qualquer numero de typos, de 4 a 13. Lavradores que foram á exposição admiraram a simplicidade e a accessibilidade das peças da machina Amaral, que dá typos perfeitos de café, funcciona admiravelmente tanto com o café em secco como com o café melado e se desmonta completamente em poucos minutos. Outra machina que funccionou com geral satisfacção foi a «Paulo Telles», que empregou no seu funccionamento café melado. Com esta machina, ao lado, trabalhou o catador Nicola, excellente peça, bem como a machina de beneficiar café «Camargo Santos». Ha ainda a mencionar as machinas do Sr. Dr. Milita, com três peneiradores automáticos de café cereja, que attrahiram a curiosidade dos visitantes. Mas ao mesmo tempo que experimentámos vivo prazer ao admirar os progressos e observar a variedade das industrias, que se occupam de manufacturar os productos do solo, de fabricar o que é mais neces- sário ao paiz e á vida quotidiana, certas grandes industrias fizeram- nos pensar nos trabalhadores, a favor dos quaes não vimos estudo, projecto algum para a instituição de mutualidades, de cooperativas de consumo, para a construcção de casas operarias, para a fundação de escolas populares de artes e offlcios, para a previdência contra a ve- lhice ea incapacidade physica e contra os desastres no trabalho, tudo, em summa, que se estuda e se prepara para a vasta e útil phalange dos trabalhadores, pois é sabido que. no interesse directo das próprias industrias, de necessidade moral e material se tornaram certas provi- dencias e previdências. Todavia a exposição da Avenida Tiradentes foi um simples ensaio, ura primeiro arranjo destinado a anteceder e preparar a outra defini- tiva que ha de figurar agora entre nos. E' de esperar que o mostruário paulista seja completo e grandioso como o nome de S. Paulo o requer. A LAVOURA Instituto Internacional ds Agricultura Na reunião havida em Roma para a constituição das commissões e varias secções do Instituto Internacional de Agricultura, couberam ao Brazil, México, Argentina e Chile logares distinctos naquella sábia instituição. Segundo se disse por occasião da reunião dos delegados em Roma, a culta Europa, esquecendo-se de que faziam parte da conferencia agrícola umas longínquas nações de ultra oceano, não lhes deu logar nas commissões do Instituto Internacional. O nosso delegado — Dr. Vieira Souto— soube protestar em tempo contra tão estranho esque- cimento e só então a culta Europa, dando pelo seu involuntário olvido, incluiu os delegados das nações neo-latinas nas commissões do alto congresso da agricultura mundial. Ainda bem ! O que seja esse Instituto e o fim que collima dil-o com exactidão o ex-Ministro da Agricultura do Reino da Itália — II Onorevole Luiggi Rava — em seu discurso inaugural: «O Instituto Internacional de Agricultura, poderá ser o Observa- tório do movimento universal do pensamento e do trabalho, dedicados á arte de cultivar a terra. Elle indicará para cada Estado, para cada região, como previa Virgílio : «Quid quaeque ferat régio, quid ferre recuset». E assim poupará aos colonos, aos emigrantes, aos industriaes, as tentativas que, fatalmente, devem transformar-se em dolorosos fracassos . Pesará com a precisão dos mecânicos, indicará como balança au- tomática, como sobre um diagramma preparado por determinações scientificas, a quantidade da producçãoedo consumo, o numero dos trabalhadores e dos desoccupados, a zona de esterilidade e da carestia, e da uberdade e da abundância, e, depois de ter rapidamente ava- liado a força deste poderoso organismo, encontrará e enunciará, como boa nova, a lei do equilíbrio. Fará penetrar na consciência dos povos o principio de que é crime social não impedir o contagio das moléstias que atacam a terra, os animaes e as plantas. O Instituto exercerá a missão de estudar, investigar e denunciar, no intuito de as reprimir, as falsificações que, offerecendo nos mer- cados matérias primas, se esforçam por impedir que a agricultura colha 2S2 SOCIEDADE NACIONAL ^DE AGRICULTURA a recompensa e o pão conquistados com o trabalho honesto, e, de tal moio, concorram para a destruição da lei moral e para a per- turbação da pacifica e ordenada evolução social. Tornando mais certa e remuneradora a recompensa de todo aquelle que peça á justiça da terra o premio da applicação e do trabalho ; unindo os fracos; ensinando a distribuir os riscos sobre mais larga base de acção, poderá, se não eliminar, pelo menos, tornar mais suave a antithese entre as forças que geram a riqueza agrícola. E, de tal modo, conseguirá, talvez, encontrar o principio, a lei, a for- mula de amor e das mais altas e fecundas harmonias sociaes. O Instituto não terá e nem deseja ter ás suas ordens a espada da coerção. EUe dará livremente noticias, conselhos e cifras estatísticas e, com serenidade scientifica, indicará leis e reformas úteis aos homens e aos governos de boa vontade. Será, portanto, a sede natural dos convénios e dos accôrdos entre os Estados, captando a confiança, á proporção que as idéas conquistarem terreno sobre a opinião publica. Uma das consequências mais generosas desta acção estatística, jurídica, económica, será o conhecimento mais rápido e preciso das varias aptidões dos povos. Do estudo das differenças e das tendên- cias de integração gerar-se-ha o respeito reciproco e deste será fácil, então, a passagem a communitas gentium». Já antes do Ministro Rava, o culto e intelligente monarcha, que é Vittorio Emanuel III, dissera em uma corta memorável ao Presidente do Conselho de Ministros da Itália, o honrado Giolitti: «Caro Presidente — Um cidadão dos Estados Unidos da America, o Sr. David Lubin, expoz-me, com aquelle calor próprio das sinceras convicções, uma idéa que me parece acertada e boa, pelo que a re- commendo á attenção do meu Governo. As classes agrícolas, geral- mente as mais numerosas e que têm por toda a parte uma grande influencia sobre a sorte das Nações, não podem, vivendo desunidas, prover sufflcientemente, nem melhorar e distribuir, segundo as razões do consumo, ás differentes culturas, nem tutelar os próprios interesses sobre o mercado, que, para a maioria dos productos da terra, se vae tornando, cada vez mais, mundial. De notável utilidade poderia ser um Instituto Internacional, que, extranho a qualquer fim politico, se propuzesse a estudar as condições da Agricultura nos vários paizes do mundo, assignalando, periodica- mente, a quantidade e qualidade das colheitas, de modo que se facili- tasse, assim, a producção, ficando menos despendioso e mais expedito o seu commercio, e conseguindo-se uma determinação de preços mais conveniente . Este Instituto, procedendo de concerto com as repartições nacionaes já creadas para tal fim, forneceria também noticias precisas sobre as A LAVOURA 28 1 condições da mão do obra agrícola nos differentes logares, de modo que os emigrantes tivessem, sobra íssj, uma guia segura e útil ; pro- moveria accòrdos para a defeza commum contra as moléstias das plantas e dos animaes, para o que seria menos efficaz a defeza parcial; exerceria, finalmente, uma acção oppor tuna sobre o desenvolvimento da cooperação rural, sobre o seguro e o credito agrários. De um tal Instituto, órgão de solidariedade entre todos os agri- cultores e, por isso mesmo, elemento poderoso de paz, os benéficos effeitos seguramente se multiplicariam. Ser-lhe-hia digna sede a cidade de Roma, para onde deveriam convergir os representantes dos Estados adherentes e os das mais importantes associações interessadas no as- sumpto, de modo que ahi agissem concordes — a autoridade dos Go- vernos e a livre energia dos cultivadores da terra. Tenbo fé que a elevação do fim fará superar as difficuldades da em preza.» O Instituto Internacional de Agricultura, nascido sob tão boa es- trella e apadrinhado por mãos de extremo carinho, é desde hoje um facto de incommensuravel alcance para a agricultura universal. COLLABORACÃO A cultura da banana em Santos De todas as plantas introduzidas pelos portuguezes em nosso paiz a que mais se adaptou ao clima e terras do município de Santos foi incontestavelmente a bananeira. E' verdade que em todos os antigos sí- tios que formaram a nossa prospera lavoura até meiados do século passado, encontram-ss vestígios de cultura de café, mandioca, canna e sabe-se que o arroz produziu extraordinariamente, notando-se no sitio «Coqueirinho» restos de importante cultura de chá ; mas a bana- neira radicou-se de tal forma ao nosso solo, que as espécies denominadas «branca» o «prata» se encontram produzindo bem em capoeirões. Verificada essa prodigiosa adaptação e sendo a banana uma fructa deliciosa e muito alimentícia, os nossos mercados sempre tiveram re- 0480 2 28i SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA guiar procura para esse produclo e mesmo depois que a nossa lavoura desappareceu completamente pelo extraordinário desenvolvimento com- mercial do porto de Santos, que absorveu todos os braços empregados na lavoura, pagando salários incompatíveis com qualquer espécie de cultura, algumas famílias viviam e vivem explorando a industria do fabrico de doce de banana, producto obtido com a banana «branca» e a «prata» e muito apreciado na Europa. Ha 20 annos mais ou menos um negociante emprehendedor que tinha relações commerciaes com as praças de Montevideo e Buenos Aires, começou a remetter pequenas partidas de bananas para esses mercados. Joaquim de Andrade, vulgo Joaquim do Branco, viu em pouco tempo a sua tentativa prosperar e então começou a aconsel bai- os moradores do Cubatão a empregarem sua actividade nessa cultura. Dentro de 10 annos a lavoura de banana começou aaugmentar regu- larmente e o consumo era sempre superior, de forma que o preço de dúzia de cachos de banana que era em 1885, de 1$500 a 2$, passou a ser de 30$ a 35$, e a producção, que era insignificante em 1885, foi em 1895 de cerca de 100 mil cachos. Convém notar que a exportação para os mercados do Prata desap- pareceu completamente com o augmento da população da capital de S. Paulo, notadamente dns operários italianos, que fizeram da banana a base de sua alimentação, especialmente para o repasto da manhã, no próprio logar onde trabalham. Nestes últimos cinco annos, com a paralisação da corrente irami- gratoria de origem italiana, o consumo ena S. Paulo diminuiu de cerca de um milhão de cachos, para seiscentos, approximadamente. As culturas novas, quasi todas de bananeira anã, tinham tomado um desenvolvimento extraordinário e era, portanto, preciso encaminhar a producção novamente para Buenos Aires e Montevideo, que se abas- teciam de bananas em Santa Catharina, Paranaguá e Rio de Janeiro. Facílimo foi reencetar o commercio de bananas comesses mercados e os nossos enormes cachos de banana anã foram acolhidos com verda- deiro enthusiasmo, de forma que a exportação no anno passado attingiu ao valor official de 470: 930$, mas realmente foram exportados 801.600 cachos no valor de 1.122:240$000. Si o Governo Federal interviesse junto ás Docas de Santos de forma a serem diminuídas as despezas de capatazias, transporte dos vagões do pateo da Ingleza para o cães, atracação dos vapores das casas de Buenos Aires, que vêm exclusivamente carregar bananas, a exportação seria ainda maior. A LAVOURA 285 O preço da frncta que com o declínio da im migração italiana baixou a 5$ a dúzia de cachos, com o incremento de exportação subiu imme- diatamente, tendo estes últimos três annos oscillado entre 10$ e 15$0(X>, preço bastante remunerador. Dissemos que as culturas novas eram em grande numero e para demonstrar essa asserção basta constatar que actualmente existem no município de Santos mais de dois milhões de touceiras de banana anãe que a producção neste annodeveattingir a mais de dois milhões de cachos, devendo ser o duplo nestas dois annos . Parece que uma cultura dessa natureza deve ser olhada com attenção pelos Governos Federal eEstadoal, porque o seu maior desenvolvimento está dependente, exclusivamente, da facilidade e baratesa de transporte. Cubatão, 26 de julho de 1(J08. António AuoUjTo Bastos. Cultivai as amoreiras I O MELHOR CONSELHO PARA FAVORECER A SERICICULTURA NO BRAZIL Todos aquelles que no nosso paiz têm escripto algumas palavras sobre a sericicultura, são quasi accordes em afflrmar que, se existe uma producção capaz de auxiliar os nossos esforços no intuito de garantir a prosperidade do Brazil, esta é sem duvida alguma a da seda. Foram até creadas leis federaes ( decreto n. 6519, de 13 de junho de 1907), e estadoaes ( lei n. 733, de 26 de outubro de 1902, do Es- tada de Minas'); para conceder prémios de animação aos sericicultores. Foram creadas escolas de sericicultura ( Escola de sericicultura de AgUa Branca, subsidiada pelo conde Asdrúbal do Nascimento, vice-prefeito de S. Paulo), e colónias quasi exclusivamente dedicadas ao desen. volvimento da sericicultura (colónia Rodrigo Silva, em Barbacena— Minas ). Apezar disso as estatísticas aflirmam que não existe producção sericicola no Brazil. E não obstante, a criação dos bichos da seda é fácil, não requer esforço algum, a ponto que delia se podem occupar mulheres e crian- ças, e é uma das industrias subsidiarias por excellencia, capaz de 286 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA estabelecimento subsidiado pelo governo, que tenha chamado a si o auxiliar 05 pequenos lavradores, fornecendo-lhes uma renda liquida sufficiente para tentarem futuras emprezas mais importantes. Também foram numerosas as tentativas que se fizeram para vulgarizar a industria do bicho da seda; nenhuma delias conseguiu, porém, um resultado definitivo, nem como empreza individual, nem como exemplo para os outros . A única causado pouco incremento que tem tido entre nós a seri- cicultura, deve ser attribuida principalmente e quasi exclusivamente á falta de amoreiras. Nem se diga que entre nós a amoreira é de difficil cultivo. A amoreira branca (Morus alba Lin.) cresce e desenvolve-se no Brazil com maior facilidade do que em qualquer outra parte do velho continente, onde necessita de grande cuidado; aqui a sua plantação é facílima e é sufflciente pôr na terra um simples galho ! Qualquer terreno serve no Brazil para a cultura da amoreira branca. Todos concordam em constatar que a diffusão da sericicultura deve ser consequente á diffusão da amoreira e este thema é tão importante, que na Europa julgou-se necessário crear uma sciencia que se deno- mina na Itália gelsicolúura, e que, salvo melhor opinião, se poderia chamar em portuguez moreaciculturçt . Mas os esforços tendentes a diffundir o cultivo da amoreira têm sido quasi sempre inúteis. O cultivo da amoreira no Districto Federal é pouco ou nenhum, não obstante a activa propaganda do Sr. António A. Pereira da Fonseca, que fornece, gratuitamente, mudas de amoreira a quem as deseja. No Estado de S. Paulo foram compiladas estatísticas para o anno agrícola de 1904 - 1905, nas quaes foram também enumeradas as plantas de amoreiras existentes nos differentes municípios do Estado. Bem poucas são ellas ! Que se deverá dizer quando num território, como o do muni- cípio do Amparo, cuja extensão é de 23 .453,25 alqueires, existem apenas 25 pés de amoreira ? E 20 pós no município de Piracicaba, que é de 45.000 alqueires. E' necessário que os poderes públicos attendam de preferencia á diffusão da cultura da amoreira, em vez da sericicultura. E os auxílios devem ser dados antes aquelies que plantam amoreiras, do que aos que criam bichos de seda. Excluindo a colónia de Barbacena, já mencionada, não existem, que se saiba, institutos agrícolas ou agronómicos, ou hortos ou outro A LAVOURA encargo de distribuir aos milhares ou aos centos de milhares as mudas de amoreira, apezar de todos esíes estabelecimentos poderem estar ou estarem realmente em condições de o fazer. Somente quando todos os Estados tiverem sido invadidos pela amoreira, então é que os fazendeiros cuidarão de utilizar a folha da amoreira, dirigindo-se espontaneamente aos respectivos governos e até mesmo á industria particular, para adquirirem sementes seleccionadas de bichos da seda para criar o bombix e vender os casulos . Existem actualmente no Brazil muitas tecelagens de seda; rece- bem ellas os fios da Itália ou da França, exportando capitães locaes. Estes industriaes teriam maiores vantagens fornecendo-se aqui mesmo, e poderiam assim obter os typos especiaes de fios de que necessitam para as differentes teceduras. Esses mesmos particulares, como o conde Asdrúbal do Nascimento, que fundou no Estado de S. Paulo uma pequena factor y para a criação, do bicho da seda, com relativa plantação de 5.000 pés de amo- reira, que está actualmente em pleno desenvolvimento, poderiam offe- recer-se para comprar os casulos produzidos por centena de pequenos fazendeiros ou criadores de bichos da seda em todos os municípios do mesmo Estado e nos dos Estados limitrophes e tomariam até a reso- lução de distribuírem elles próprios e gratuitamente a semente seleccio- nada de boas raças de sirgos . E assim procederiam, porque a grande producção e a relativa colheita de casulos lhes permittiriam a instal- lação e manutenção de mecanismo de fiação que os habilitaria a for- necer a matéria prima ás tecelagens locaes. Tudo isto, porém, só se poderá realizar quando no Brazil a amo* reira tiver a diffusão que actualmente não tem. Vejamos como procedeu a China, que é a pátria do sirgo. Entre aquelles povos de raça amarella, tanto hoje como nos tempos mais remotos, a attençâo dos governos esteve sempre voltada para a diffusão do cultivo da amoreira, de preferencia á da criação do bicho da seda, e isto simplesmente pelo facto que a propaganda de um envolve a da outra. Remonta ao tempo de Tchin-in, governador do districto de Kien-ti, algumas centenas de annos antes da nossa éra, o primeiro edito, que visava favorecer a industria da seda, como sendo a que deveria enri- quecer o paiz, pois que as colheitas estavam sujeitas a serem destruídas pelas enchentes dos rios ; pois bem, elle impunha por lei, que «cada homem do povo devesse plantar, mesmo por pequeno que fosse o seu pedaço de terra, quinse amoreiras !! » 28S SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA O procedimento deste sábio governador foi sempre imitado pelos seus successores . Ainda mais: o imperador da dynastia dos Wei deu a cada homem apto para o trabalho vinte geiras de terras, com a única condição de plantar nellas cincoenta pés de amoreira. Assim, também, um outro sábio imperador, Hien-Tsong, que é o mais recente, — e que apezar disso subiu ao throno na dynastia dos Thong, no anno de 806 ! — ordenou que todos o? habitantes dos campos plantassem dois pés de amoreira em cada geira de terra que possuíssem accrescentando que, se entre a população de lavradores se encontrassem homens que amainhassem terras incultas para plantar nellas grandes quantidades de amoreiras, não se devia exigir desses súbditos do celeste império nenhum pagamento de imposto ! Todos sabem que a primeira criadora de bichos da seda é a imperatriz ; é menos conhecido talvez o facto de ser o próprio Es- tado, quem com especial cerimonia planta as amoreiras que deverão servir exclusivamente para a pessoa da imperatriz, a qual attende com escrupuloso cuidado á criação dos sirgos. Assim se diffunde o exemplo e até as raparigas mais pobres dedi- cam-se em casa á criação do bicho da seda, « indo todas as manhãs com o elegante cesto, por caminhos distantes, colher as folhas da amo-* rei ra, com as quaes alimentarão os pequenos lagartos». A ode popular que está muito diffundida na China, tem este titulo: « Respeitai as amoreiras ! » Nós, aqui no Brazil, ainda não podemos imitar esse grito sabia- mente patriótico, que admitte vastas e diffusas plantações de amoreiras: devemos substituil-o com o que serve de titulo a estas poucas linhas sem pretençâo: Cultivai as amoreiras ! Concluiremos com as judiciosas palavras do Dr. Climaco Bar- bosa, com as quaes também elle concluiu um seu resumido trabalho sobre a sericicultura, apresentado no primeiro Congresso Nacional de Agricultura, no Rio de Janeiro: «Um alqueire de terreno comporta uma plantação de 1 .000 pés de amoreira, os quaes ficando distanciados entre si quatro metros em todas as direcções, ainda permittem a seu lado quaesquer culturas intercalares, de onde vê-se que o amoreiral não demanda de um terreno especialmente dedicado a si. Pôde esta plan- A LAVOURA tacão fazer-se como ensombramento de caminhos, divisões de áreas para outras culturas, e até para embellezamenlo de ruas, quando os nossos edis assim o entenderem — Por semente, galho ou alporca aérea, ou subterrânea, faz-se esta cultura, que muito daria se fosse substituir os velhos e improductivos cafezaes. A divulgação deste plantio seria de grandes vantagens para este paiz ; a sua animação por todos os modos é obrigação que compete aos poderes públicos e que a ella não se devem furtar, pois lhes resulta dahi uma fonte de renda. Plantem todos os que têm terreno, porque mesmo sem cuidados, dentro de três annos, estaremos preparados para a criação deste sirgo, que por sua vez estatuirá entre nós as diversas industrias que delle podem emanar». S. Paulo. (D'0 Pois.) IRBIET LINI. EXPEDIENTE Secretaria Correspondência Expedida: Cartas 550 Telegrammas 619 Offieios 17 «A Lavoura» 4.950 Registrados 137 Publicações sobre gafanhotos 669 Recebida: Offieios 60 Cartas 210 Pedidos 140 Telegrammas 94 Circulares 3 Memorandos 11 Prospecto 1 SOCiKIi.WiK NACIONAL DE AGRICULTURA Foruecumento tle a,i-a,iiie No corrente mez foram despachados 46 polidos de sócios, solicitando arame na extensão de 467.89) metros, tendo importado em 16:102$500. Essa mesma quantidade de arame adquirido no mercado teria custado 19:720$000, o que determinou para os Srs. sócios uma economia do 3:617$500. Secção de plantas e sementes DISTRIBUIÇÃO DE PLANTAS E SEMENTES FEITA PELA S KTEDADE NACIONAL DE AGRI- CULTURA DURANTH O 1° SEMESTRE DE 1908 ESPÉCIE 1 NIDADES PKSO VOLCME3 1.974 1.166^,000 1.900", 500 719", 200 50 3", 200 530t,400 16", 000 3.647*,970 166", 120 1. 430" ,400 358", 356 Arroz da Carolina Milhos 438 Outros ccreaes e leguminosas • . . . 293 16 144 512 Sementes diversas 959 1.974 10.447", 146 5.530 Foram recebidos 1.010 pedidos de plantas e sementes. Foram satisfeitos 1.095 pedidos de plantas e sementes. Secção Technica Relatório i". Q. Lix-Ivlett — A imprensa platina oocupa-se sempre cora elogiosas referencias dos informes enviados ao Governo Argentino pelo nosso illustrado consócio, Dr. C. Lix-Klett, cônsul geral da visinha Republica no Rio de Janeiro. Temos sobre a mesa a Revista de la Union Industrial Uruguaya, cuj \ paginado honra se illustra com um bem lançado artigo sobre esse nosso amigo e consócio. Os trabalhos sabidos da luminosa penna do Dr. Lix-Klett merecem meditada loitura, pois, além da segurança com que os relige, o autor iaspira-se invariavel- mente em sentimentos bons, visando increme.itar e robustecer a obra altamente benemérita dx paz e harmonia entre as jovens nações do nosso continente. Os publicistas dessa bna escjla, sim, é qua são bons patriotas ; são patriotas beneméritos, não só da nação feliz que se honra do os possuir, siaão de todo um vasto e ubérrimo continente, que só da paz e concórdia esDera a mais. esplendorosa e incalculável grandeza. E' assim que soube ser patriota o iramortal Bartholomeu Mitra ; é assim também que o sabem ser o general Júlio Argentino Roca, Elihu Root e Rio Branco. O nosso digno consócio, Dr. Lix-Klett, embora em esphera mais modesta, é um incansável obreiro dessa obra boa e grande, que é— A Confrctemidade Americana. NOTICIÁRIO Banco Ç!entx*al Agrícola — Damos a seguir o regulamento appro- vado pelo governo, para execução da lei n. 1782, de 28 de novembro de 1907, pela qual foi o mosmo autorizado a promover a fundação de um Banco Central Agrícola : TITULO I DENOMINAÇÃO, PRASO E SEDE Art. l.° O Banco de que trata a lei n. 1782, de 23 de novembro de 1907, func- cionará sob denominação de Banjo Central Agrícola do Brasil. Art. 2.° O praso de sua duração será de 30 annos, contados da data do doe eto que definitivamente approvar os estatutos. Art. 3.° A sede social será estabelecida na cidade do Rio de Janeiro. TITULO 11 CAPITAL Art. 4.° O capital do Banco será de 30.000*000$ (trinta mil contos), dividido em 150.000 acções de duzentos mil réis cada uma. Desse capital o governo, se assim julgar conveniente, subscreverá uma parte. 6480 3 292 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Art. 5.° A importância das acções será realizada ora prestações de 10 porcento do seu valor nominal, com o iutervallo nunca menor de 30 dias, precedendo sempre annuncios com antecipação de Iõ dias, publicados nos jornaes da maior circulação, com excepção da primeira prestação, que será da 20 por cento no acto da subscri- pção. Art. 6." As acções são transferíveis desie quo tenham realizado 20 por cento de seu valor. A transferencia se fará no livro competente e por termo assignado pelo cedente e cessionário, ou procuradores cora poderes especiaes para o acto. Art. T.° Os accionistas que não efectuarem o pagamento na época fixada pela administração ficarão sujeitos ás penas cominadas pela lei das sociedades ano- nyraas. ■ § 1.° Exceptuam-se os casos em que occorrerem circumstancias extraordinárias devidamente justificadas peranta a directoria, dentro de 30 dias contados do ultimo annuncio para realização de qualquer prestação, sujeitando-se neste caso o accio- nista á multa de 50 por cento sobre o valor da entrada em mora. § 2.° As acções cahidas em comisso serão reemittidas. § 3.° O producto das multas e ágio das acções reemittidas serão levadas ao fundo de reserva. Art. 8o As acções serão indivisiveis com relação ao Banco, que não reconhecerá mais de um proprietário para cada acção. OPERAÇÕES Art. 9." As operações do Banco serão limitadas. § 1.° A adquirir as letras hyp othecarias dos bancos estadoaes emittidas depois, da constituição do Banco Central, pela cotação da praça e em moeda corrente, veri- ficadas preliminarmente as condições do credito e solvabilidade do banco emissor: - Io, as letras hypotheearias dos bancos estadoaes deverão gozar da garantia de juros de 7 por cento por parto dos respectivos Estados ; 2o, para que obtenham os favores deste paragrapho os bancos estadoaes se sujeitarão á fiscalização permanente do Banco Central, occorrendo ás respe- ctivas despezas, assim como publicarão mensalmente os seus balancetes no Diário Official. § 2." A descontar os papeis de credito emittidos pelos bancos estadoaes ou pelas cooperativas de credito agrícola de responsabilidade illimitada com garantia da- quelles bancos e provenientes das seguintes operações : a) empréstimos sobre penhor agrícola, por prazo nunca>xcedente a um anno ; b) desconto de letras de terra à ord^m com o prazo máximo de um anno, ga- rantidas por duas firmas solvaveis. sendo uma de lavrador ou industrial, além da responsabilidade solidaria do banco estadoal ; c) desconto de loarrants, letras e bilhetes de mercadorias, emittidas de accordo com a legislação em vigor. § 3.° A empréstimos por meio de contas correntes ou por letras a prazo infe- rior a dous annos aos syndicatos e cooperativas de credito agrícola de responsabi- lidade illimitada. A LAVOURA § 4.° A comprar letras hypotheearias ou outros títulos, por conta de terceiros, mediante commissão. § 5;° A receber depósitos em conta corrente de movimento ou letras a prazo, operando, neste caso, cjnio banco de depósitos e descontos. § 6." A receber em deposito quaesquer valores, percebendo uma commissão ra- zoável. • Art. 10. O Banco, sempre que julgar conveniente, poderá realizar directamente as operações do que trata o artigo antecedente. Será, entretanto, obrigado para este fim a manter agencias próprias em todos os Estados onde não houver bancos garantidos, excepção feita do Estado do Rio do Janeiro. Art. 11. O Banco poderá receber pequenos depósitos em conta corrente, abo- nando juro superior á taxa fixada ás contas correntes communs. • § 1.° Os depósitos desta nataroza e sua applicação constituirão objecto de uma secção especial, com contabilidade dissiucta, inteiramente independente das outras operações bancarias. ■ § ã.° O Banco eraittirá uma caderneta especial para esse fim, denominada — popular, — onde serão notadas as entradas e retiradas do capital. § 3." Na caderneta serão exaradas as condições de abertura e encerramento da conta, máximo para cada deposito, prazo para as retiradas e épocas de capitali- zação de juros. §4.° As quantias assim recebidas serão applicadas na aompra de títulos da di- vida publica federal, estadoal e do Districto Federal, letras hypothecarias do pró- prio banco e no desconto de effeitos commerciaes de primeira ordem, letras aceitas pelas cooperativas de responsabilidade illimitada, com a garantia solidaria do banco local, warranls, letras e bilhetes de mercadorias a prazo não excedente de 90 dias. Art. 12. As importâncias recolhidas pelo Thesouro, dos saldos das caixas eco- nómicas, até 30.000:000$ (trinta mil contos) vencerão os juros annuaes de 2 por centro, pagos semestralmente. LETRAS HYPOTHECARIAS Art. 13. O Banco emittirá, nos termos da lei n. 1782, de 28 de novembro de 1907, letras hypothecarias do valor nominal de 100$ (cem mil réis) cada uma, ven- cendo juros de 5 por cento annuaes, pagos semestralmente. Art. 14. A emissão das letras hypothecarias não poderá exceder á importância das letras hypothecarias estadoaes em carteira e nem o quintuplo do valor do ca- pital social effectivamente realizado. Art. 15. A emissão das letras hypothecarias será feita por séries autorizadas polo Ministro da Fazonia, de forma a nã) niver emissão sem prévia autorização do governo. Art. 16. A's letras hypothecarias eraittidas nos termos dos artigos antece- dentes concederá o Governo da União uma garantia de juros de 5 por cento. Art. 17. As letras hypothecarias serão nominativas ou ao portador e terão a numeração de ordem correspondente a cada série emittida. Serão assignadas pelo presidente e um director do banco e levarão o sello de sociedade. 294 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Art. 40. Compete ao presidente : § 1.° Superintender todos os negócios do Banco. § 2.° Fiscalizar a stricta observância deste regulamento e dos estatutos. § 3.° Convocar a assembléa geral ordinária ou extraordinária. § 4.° Nomear e demittir o pessoal do Banco, marcar-lhes os vencimentos e fi- anças, quando julgar necessárias. § 5.° Apresentar relatório annual ao Ministro da Fazenda e á assembléa geral. § 6.° Assignar os balanços e balancetes e toda a correspondência do Banco. Art. 18, A simples tradição é sudicionte para transferencia das letras ao por- tador. As nominativas se transferirão por endosso, cujo effoito ó apenas o da cessão civil. Art. 19. Opagamento de juros das letras hypothocariasfar-se-ha por semestres vencidos e começará nos cinco primeiros dias de abril o outubro, de cada anno. Art. 20. O pagamento das letras hypotliecarias se fará, por meio do sorteio annual, no mez de Março do cada anno. Art. 21. Será destinada ao resgate das letras a importância recebida aos ban- cos estadoaes, pelo resgate das letras sorteadas. Paragrapho único. O Banco fentral verificará, pelos meios convenientos, até pelo exame dos próprios livros das bancos estadoaes, a natureza das operações que deram logar á emissão daí letras, assim como a applicação ao resgate das quotas destinadas á amortização e aos pagamentos por antecipações feitas em dinheiro, na forma da lei. Art. 22. Nos estatutos do Banco ficará estabelecido o modo de proceder-se ao sorteio, para resgate, das letras hypotliecarias. Art. 23. Desde o dia annunciado para o pagamento cessam os juros das letras sorteadas. Art. 24. Os juros das letras hypotliecarias, tempo o modo de pagamento devem constar dos próprios titules. Art. 25. As letras hypothecai-ias têm por garantia: Io, o fundo social ; 2o, o fundo de reserva ; 3o, as letras hyp Checarias dos bincos estadoaes emittidas de accordo com a le- gislação em vigor. Art. 26. As letras hypotliecarias resgatadas serão incineradas, lavrando-se do acto um termo assignado pela directoria e conselho fiscal do Banco. Art. 27. As letras e sua transferencia e o capital social estão isentos do sello proporcional. Art. 28. As letras hypotliecarias emittidas pelo Banco Central gozarão dos favores, garantias e privilégios concedidos pela legislação hypotheearia. TITULO V ADMINISTRAÇÃO Art. 29. O Banco Central será administrado por três directores, sendo um eleito pelos accionistas e dous de nomeação e demissão livre do governo. Art. 30. O presidente será desij nado pelo governo dentre os dous directores que nomear. A LAVOURA 295 Art. 31. O manda toda diroctoria durará quatro annos. Art. 32. O director eleito pelos accionistas será o secretario da directoria o o terceiro o vice-presidente. Art. 33. O vice-presidente substituirá o presidente e o secretario o vice-presi- dente nas suas faltas e impedimentos temporários, Art. 31. O director eleito pelos accionist is poderá ser reeleito o, quando o não seja, servirá até que se apresente o novo eleito. Paragrapho único. São inelegíveis para o cirgo de director os impedidos legal- mente de negociar, considerando-so nullos na apuração do escrutínio os votos que porventura forem dados aos que estiverem nestas circumstancias. Art. 35. Não podem exercer conjuutamente o cargo de director os parentes consanguíneos e afflns até ao 2o gráo e os sócios da mesma firma commercial. Art. 3G. O director eleito, antes de entrar em exercício, é obrigado a garantir a responsabilidade de sua gestão com o psnh jr de 200 acções do Banco, as quaes fi- carão inalienáveis até seis mezes depois de cessar o exercício. A caução far-se-ha por termo no livro de registro. Art. 37. No caso de impedimento temporário do director eleito, por mais do 90 dias, ou falleci mento, será convidado pela directoria, ouvido o conselho fiscal, um accionista com as precisas qualidades pira preencher a vaga. Paragrapho único. Se o impedido fòr o presidente ou o vice-presidente, o Mi- nistro da Fazenda designará quem o deva substituir. Art. 38. O presidente tora os honorário? de 2:500$ mensaes e os directores 2:000$ também mensaes. Art. 39. Compete á directoria : § 1." Deliberar sobre as condições goraes dos contractos, admissão dos podidos de empréstimos, emissão e amortização do letras hypothecarhs. § 2." Determinar a taxa dos depósitos e dos empréstimos, bem como o prazo destas operações. § 3.c Assignar as acções e letras hypotb.eca.rias. § 4.° Fixar a época das entradas a realizar. § 5.° Determinar os dividendos semestraes. § G.° Resolver sobre o comício das acções. § 7.° Exercer livre o geral administração, para o que será investida dos poderes precisos, inclusive para praticar os actos mencionados no art. 102, do decreto de 4 de Julho de 1891. § 8.° Crear filiaes o agencias. § 9.° Confeccionar o regimento interno das secções. § 7.° Representar o Banco nas suas relações com terceiros ou era juizo, compe- tindo-lhe a outorga de poderes a mandatários que designar. § 8.° Remettor ao Ministro da Fazenda e publicar até o dia 10 de cada mez os balancetes do Banco. TITULO VI CONSELHO FISCAL Art. 41. A asserabléa geral elegerá anuualmente três fiscaes e outros tantos supplentes. 296 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Art. 42. Incumbe ao Conselho Fiscal : 1.° Apresentar com autecelencia S3u parecei- sobre as operações do auno para ser lido na assombléa geral ; â.° Denunciar os erros, faltas e fraudes que encontrar no exame dos livros o contas ; 3.° Examinar os livros, verilicar o estado da caixa no ultimo dia do semestre e a existência dos títulos pertencentes ao fundo de reserva. Art. 43. Cala membro do conselho fiscal percebirá 3:600$ annualmente. TITULO VII ASSEMBLÉA GERAL Art. 44. A assembléa tem poler para resolver tolos os negócios do banco e po- derá deliberar quando acharem-se reunidos accionistas que representarem no mí- nimo um quarto do capital social. Art. 45. Constituída a assembléa pela forma prescripta no artigo antecedente, poderá resolver sobre tudo o que fôr de sua competência, excepto sobre reformas de estatutos, liquidação, dissolução e augmento de capital, para o que é necessário acharem-se reunidos accionistas que representam 2/3 do capital. Paragrapho único. Quaesquer alterações dos estatutos não terão vigor sem a approvação expressa do Governo. Art. 46. No caso de não haver numero legal para constituir-se a assembléa geral observar-se-ha o disposto na lei n. 434, de 4 de Julho de 1891. Art. 47. Todo3 os accionistas, ainda sem direito de voto, poderão assistir aos trabalhos da assembléa e discutir o objecto sujeito á deliberação. Art. 48. Todos os annos, no mez de Agosto e no dia prjviamente marcado, so reunirá a assembléa geral ordinária para lhe ser apresentado o relatório annual acompanhado do balanço, conta de lucros e perdas e parecer do conselho fiscal. Art. 49. Nas assembléas tanto ordinárias como extraordinárias, o numero de 10 acções dá direito a um voto e assim progressivamente. Art. 50. Serão admitidos a votos nas assembléas geraes ; 1.° O tutor pelo tutelado e o curador pelo curatelado ; 2.° O marido pela mulher e os pais pelos filhos menores ; 3.° O sócio da firma social pela mesma ; 4.° O representante da administração de sociedade anonyma ou corporação ; 5.° O inventariante pelo acervo pro indiviso ; 6.° Os syndicos pelas massas fallidas. Art. 51. Nas reuniões ordinárias é permittido tratarse de todos os assumptos que possam interessar o Banco ; nas extraordinárias só se tratará do objecto para que fôr convocada. Art. 52. Os donos das acções ao portador e transferidas por endosso sãj obri- gados a deposital-as na caixa do Banco pelo menos sjís dias antes da assembléa, sob pena de não tomarem parte nas discussões e deliberações. TITULO VIII FUNDO DE RESERVA E DIVIDENDO Art. 53. Dos lucros líquidos semestraes, provenientes de operações completa- mente ultimadas, se deduzirá a quota do 10 % para ser constituído o fundo de re- serva destinado a fazer face ás perdas do capital social e à garantia de que trata o art. 24. A LAVOURA 297 Art. 54. O fundo de reserva será constituído era apólices do divida publica fe- deral ou letras hypothecarias do pronrio Banco. Os juros dos títulos do fundo de re- serva pertencerão ao mesmo fundo. Art. 53. Deduzida a quota do fuado de reserva, o liquido será distribuído em dividendo aos accionistas até o limita de 10 por cento ao anno. Art. 51. Havendo excesjo de luoros, além do divi londo fixaío no artigo ante- rior, metade constituirá um dividendo supplementar a juizo da directoria e outra metade será escripturada sob o titulo de fuulo especial, destinado a uniformizai" os dividendos. Art. 57. Os dividendos não reclamados até cinco annos da data do annuncio para seu pagamento, prescreverão em favor do Banco, salvo se fôr provada a au- sência em parte incerta do accionista respectivo. Art. 58. Os dividendos do Banco são isentos de impostos. TITULO IX DISPOSIÇÕES GERA.ES E TRANSITÓRIAS Art. 59. Para os effeitos do art. 14 da lei n. 782, de 28 de Novembro de 1907, a directoria, tomando por base o valor de cento e cincoenta mil contos como total máximo das operações a realizar nos differentes Estados, fixará a somma das ope- rações a fazer em cada Estado na proporção da população de cada um. A tabeliã assim organizada será sujeita á approvação do Governo. Art. 60. Os bens que o banco obtiver em solução de dividas deverão ser ven didos no mais curto prazo, a juizo da directoria. Art. 61 . O Banco poderá crear succursaes e agencias dentro ou fora do paiz, se julgar conveniente aos seus interesses. Art. 62. O banco solicitará dos Governos estadoaes, como condição para operar nas respectivas cir.mmscripções territoriaes, que não só facilitem por legislação adequada a cobrança de seus créditos, a execução das garantias offerecidas pelos mutuários, como isentem do imposto o Banco, suas operações e a cobrança dos seus créditos. Art. 63. O anno bancário coincidirá com o civil. Art. 64. Verificada a impontualidede do Banco no serviço de juros de letras, o Governo occorrerá ao respectivo pagamento, promovendo a liquidação amigável ou judicial do iastituto e assumindo a responsabilidade das letras hypothecariasem circulação. No caso de liquidação judicial os liquidantes serão nomeados pelo Go- verno . Art. 65. Nos casos omissos observar-se-ha o disposto na lei de 4 de Julho do 1891 e legislação hypothecaria. Art. 66. Revogam-se as disposições em contrario.— Rio de Janeiro, 9 de Julho de 1908. Centenário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro — Com a presença do Sr. Presidente da Republica, Ministros de Estado e altas autoridades civis e militares, foi, a 13 de junho ultimo, condignamente comme- m orado o centenário do Jardim Botânico. Como homenagem a D. João VI, fundador do Jardim, foi alli solemnemente inaugurado o seu busto, 298 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA O monumento dá frente para a «palmeira mater», origem de todas as pal- meiras reaes existentes no Brasil. Sobre uma pequena base de terra em quadrilátero, cuidadosamente ajardinada, ergue-se um vistoso pedestal de granito com dous metros e oitenta centímetros de altura ; em cima está collocado um granie busto de D. João VI, em bronze, tra- balho do esculptor Sr. Rodolplio Bernardelli. Em torno desse pedestal estão representadas, por exemplares naturaes e já bastante desenvolvidas, as plantas introduzidas no Brasil por D. João VI, entre ellas as arvores: da noz-moscada, da camphora, do cravo, da pimenta do reino, do chá, da flor do imperador, da canella e da magnólia. Na face principal do monumento destaca-se um escudo de mármore negro com os dizeres: «A D. João VI— o fundador tlrsle jardim » Nos festejos tomaram parte: o Collegio Militar, Instituto Profissional Mascu- lino, Internato do Gymnasio Nacional o outros estabelecimentos de ensino. Em vários pontos do jardim tocaram bandas de musica militares. A execução do programma começou ás 2 horas da tarde com a chegada «lo Sr. Presidente da Republica, que foi convidado pelo Sr. Dr. Barbosa Rodrigues para retirar as bandeiras nacionaes que velavam o busto de D. João VI. Em seguida fez-se a distribuição da Memoria, escripta pelo Sr. Director do Jardim Botânico. Esse trabalho forma um bonito álbum o está dividido em quatro partes: Brasil- Reino, Primeiro Império, Segun !o Império e Governo da Republica. Stock K NAr.loNAl, DE A'".R I CULTURA ferença do qualidade o quantidade; a tendência do consumo ó a favor dos cafés brazileiros ; o alargamento do consumo depende, em primeiro logar, de proços baixos e depois da introducção do café na Rússia e do.augmento do consumo na In- glaterra. As da Ilollanda responderam que a móJia do consumo é de seto kilos c 200 ^rammas por cabeça, sendo quatro kilos e 680 grammas do Brazil o dous kilos e 523 grammas de outras procedências ; o café é vendido cru e torrado ; não ha mis- turas ; é impossível dar a média do freto por sacca de 60 kilos por kilometro. Esto systerna é adoptado no Brazil, mas não na Hollanda. O frete depende do destino e principalmente da quantidade despachada. O frete de Rotterdam a um logar dis- tante 142 kilometros é, ao cambio de 15, por estrada de ferro 240 réis por sacca, por canal 173 réis por sicca ; a um outro logar, distante 230 kilometros, o frete é, por estrada de ferro 24') réis p ir sacca o por canal 240 róis pr>r sacca. Estes dados demonstram a impossibililade que ha em dar uma média d 3 frete, porque, quanto mais longa for a disíancia e maior a quantidade, tanto mmor é a tarifa. O preço médio no varejo, para as classes operarias, é de 533 róis mais ou menos, por meio kilo ; nos grandes centros operários tomam café de qualidado correspondente, mais ou menos ao typo sete americano. No interior, porém, os trabalhadores tomam café melhor ; o Exercito usi café do Brazil e de outras proce- dências ; devido a concurrencia, não se pode aíBrmar quo os njgotdantes tenham, ultimamente, auferido resultados lucrativos ; a principal cama da differença de preços entre os cafés brazileiros e o de outras procodenciís é devida a differença em qualidade. Estes últimos regulam ser no geral, do fava maior, torração melhor e de gosto mais agradável, devido em parte a sjr de arvore differente e om parte a receber um preparo mais cuidadoso. Alguns fazendeiros do S. Paulo, en- tretanto, já produzem e preparam cafés excel lentes. Se ollc3 exportassem seus cafés com os nomes das fazendas impressos na sacca ria, como fazem os lavradores de Java, fariam com certeza uma propaganda módica e lucrativa ; como ficou dito acima, ha preferencia pelos cafés de outras procedências, devido â qualidade ser melhor ; o meio mais effleaz para conduzir ao augmento de consumo é produzir cafés de bom gosto, a preços módicos e que estejam também ao alcance das chsses operarias. As da Bélgica responderam que o consumo pjr habitante, tem seguido a se- guinte progressão: 1895, Ires o meio kilos ; 1900, quatro kilos; 1005, seis e meio kilos ; 1006, sete e meio kilos ; vende-se crú e torrado ; a raiz do chicorea torrada (importante producto de cultura om Flandres) é quasi a única mistura de café, de que augmenta a côr e o gosto o que o povo reputa hygienica pelas suas quali- dades especiaes ; a lei não pó Je cohibir a mistura que o consumidor faz por si e a seu gosto; ha uma lei contra as falsificações e applicam-n'a contra os que procuram na tinta e na coloração esconder os estragos muito pronunciados ; o frete pela tarifa de mercadoria é,nas linhas ferreis, do francos 0,00666 (?) por saccx-kilometro, sendo um pouco menor no transporte fluvial ; o preço pago pelos fornecedores do povo ô de francos 0,50 a 0,85, mas o? rjtalhistas duplicam quasi e3se preço p3lo risc i, perdas e despezas do artigo e ainda pelo lucro que auferem ; quanto ã quali- dade, é um café, in st i le bom e oriiaario, ou superior misturado de cafés inferiores ; o Exercito recebe 10 grammas de café por cab9ça e por dia ; a qualidade depeude dos fornecedores osjus intermediários ; o commercio de iinpjrtação tom sido muito A LAVOURA 30) precário, desvantajoso mesmo ; dahi os grandes carregamentos e a rude con- corrência, sendo carto que a maior pirte dos negociantes Bzeram-se torrefactores e trabalham com a froguezia inferior ; ó o aspecto dos caf :>s do Brazil, sempre mistu- rados desordenadamente na região da origem ou no armazém dos expedidores, a causa da differença dos preços; se o caf) fosso mais cuidadosamente preparado e mais agradável ao paladar, alcançaria maior preço ; a tendência ú favorável aos cafés doces do Brazil, porque os preços são mais accessiveis ao povo ; a resposta pôde ser encontrada no conjunto do questionário. E' preciso café bom e a preço módico para augmontar o consumo entre as classes operarias inferiores ; e é preciso mais cuidado no boneficiamento e no aspecto das qualidades superiores para lutar contra as bellas o excellentes quali- dades da America Central, S. Salvador, México e Guatemala. Esta gravura representa um cebolal plantai] Euclydes de Castro, no Estado de Santa Cathari mezes de idade. tratado pessoalmente pelo Tenente 0 cebolal aqui figurado tom dois Disse Elisée Reclus que nenhuma região no mundo offerece condições para o cultivo do café como o Brazil, na zona comprehíndlla entre os parallelos 15° e 16°. E' efectivamente urna planta que cala dia mais se torna e-iclu-iivamsnte ameri. cana, a proporção que o sou cultivo vae diminuin lo alhuros. Ceylão estí esgotada ; Java só em limitadas zonas produz b;3m o café ; o Congo Francez e o Congo Belga e ainda a enorme região que se estende desle Victoria Nyanziaté ás nascentes do Zambeze, sob o domínio iuglez, nãj poderão jamais nos assustar, p^la infario- ridade do produeto, de que temos exemplo no café Libéria ; o México ó obrigado 302 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA a im trabalho tãi p?noso e tão caro, qm tora da abinlonar essa cultura om breve tempo; a Anaerica Ceitral não píderã ir além d) p:>ueD que, com o Haiti, for- nece ao commercio do mundo A sua cultura abrange a zona comprehendida desde as Antilhas e o Panamá até o Paraná e o Piraguay. Era nenhuma outra parte do globo elle se pólo desenvolver cora a facilidade o exuberância cora que cresce na America do Sul e especialmente no Brazil. Em 1875 a média da proiuccão do Brazil era de 3 milhões de saccas ; hoje é de 12 milhões e meio de saccas e até mais. Os primeiros pés de café chegados ao Brazil vieram para o Convento do .Santo António, no Rio do Janeiro ; ura delles foi min lado para Taubaté e foi deste ca- feeiro que so espalharam mudas para S. Paulo e Sul de Minas. Do julho do 1'j05 e janeiro de 1906, o México exportou fibras de piteira no valor de 17.413.3i5 pesos mexicanos ou ap proxi madame n te 2 '>. 000:000$ em moeda brasrileira. >ío Estado de Minas e em muitos outros pontos do Brazil, a piteira (ayave) 6 nativa e dá unia excellente fibra ou estopa. Em Bello Horizonte, por exemplo, as toupeiras nativas de pita cressem e de- d isonvolvem-se extraordinariamenta paios peioros terrenos da cidade e jaz intei- ramente desxprovoilalaa matéria prima de tão útil vegetil. « Segundo os boatos que circulara em Manchester duas grandes quebras tèm actuado sobre o commercio do algolão: a quebra de um fabricante dos arredores de Boston e a de um negocianto do Manchester, grande comprador de peças tecidas. Os negócios dos tecidos vão tão mal, que receia-se vêr as casas menos solidas sue- cumbir em consequência da baixa nos preços. As estatísticas do Board ofTrade, que acabam de ser publicadas, indicam uma diminuição das exportações de algodão om peças, aliás menos importante do que se poderia presumir. As exportações de tecidos manténn-se em cifras satisfact irias, sobretudo com destino ao continente.» Os principaes paizes exportadores de milho para a Inglaterra tèm sido até agora os Estado Unidos e a Argentina. Segundo The Standard, de Londres, o valor das amostras de milho do Indostão, q'ie se apreS3ntaram ao mercado do Londres, faz esperar grande dejenvolvimonto nas plantações daquelle paiz, de modo a poder exportar pira a Inglaterra o n grande esjila. A cultura indiana de milho tem ad- quirido ultimamente grande importância. Na província de Bengala as plantações de milho abrangem uma área de 1 .826.000 acres (737 hecteres) e no resto da, índia abrangem 1.200.000 acre3 (485.000 hectares), distribuídas em diversas regiões. A península toda possue 9.000.00) de hectares plantados de milho. Calcula-se o seu rendimento era 26.000.000 de hectolitros. A nós que com tanta imprevidência destruímos as mattas e que por isso sof- fremos seccas periódicas, calha perfeitaraentj a censura que so desprende dos se- A LAVOURA 303 quintas conceitos, inspirados a um jornalista do Madrid pelo espectáculo das inun- dações de que foi victima um i parte do solo hespanhol: «As forças da natureza não querem sor escr tvis;das, nem desdenhadas. Querem que as amem e animem, não com o culto suporsticioso e estoril dos antigos, mas com o cultivo inteligente, esforçado, que onsinam a sjienoia e a experiência. Ha poucos mezes perecia de sede a mota lo do solo liespinhol. Já se faziam preces, implorando chuva, ao passo que a agua corria com os rios para o mar, di- zendo com irónico murmúrio: Por que me pelos com tanto afan ao c éo, tendo-mo tão á mão aqui na terra ? Agora metade da Hospinha se afoga entro aguaceiros violentos e torrentes devastadoras. Não lancois inúteis e pueris maldições contra as aguas desoncadeiadas. Nenhuma força natural é má de per si. Se esse amor vi- gilante da natureza se transforma em estrago e extermínio, lancem os humanos a culpa á sua imprevidência, á sua desidia, á sua cobiça ruim. Se ilerrubaes as ruattas, quo goram a nuvem benéfica, porque clamaes contra a ausência da nuvem ? Chega por fim a nuvem negra, que vem dos mares, o se não encontra nos montes u arvoredo amoroso, que lhe dotem as aguas e as leva, lentas e fecundas, para o seio da terra, porque praguejaes, ao vêl-as precipitar-se com cega impetuosidada pelos cerros, ladeiras e barrancos, arrastando quanto encontra era suacu-reira vertiginosa? Sem piedade haveis arrebatado á irmã agua sua irmã arvore e a agua vinga-sa sem piedade. Reeonhecoi nesses testemunhos do vindicta, que a agua e um S3r iutel- ligente, parecendo ser feita a vossa imagem e semelhança, que também on certas occasiões tão deshumanamente vos portaes. Entrantanto ella, a bôa, a previdente, a maternal, sabondo talvez de que sem ella seria impossível a vida no mundo, quor portar-se sempre bem, sempre gene- rosa e fecunda, com a condição porém de que proourem-na com afinco, tratem-na cora esmero, aproveitem-na com amor, som maldizel-a em suas forçadas ausências e em seus forçados transbordamentos, culpa ás mais das vezes da imprevidência e quiçá da perversidade humana.» «Aqui no Uryguay, diz El Siglo, e nós dizemos Umbam aqui no Brazil, conspi- ramos todos para que succala o me3mo que a Hespanha hoje deplora. As ilhis e as margens dos rios, outr'ora ricas de exuberante vejetaçlo arbórea, achim-se hoje nuas e despovoadas; aponas uma ou outra vez plantam-se algumas arvores, à titulo do offorenda symbolica a Natureza. Entretanto na Allemanha leva-se o culto da arvore até ao ponto, de que os arvoredos plantados á beira do caminho são objecto de solicito esmero da parte dos proprietários visinhos, obrigados pela municipalidade a volar pela sua conservação e tratamento.» O deseccamento dos pântanos dos Estados Unidos permittiria tornar productiva uma superfície capaz de alimentar a 12 milhões de indivíduos, danlo a cada um para cultivar 16 hectares de terreno pelo menos. Resultaria dahi um augmento de valor equivalente a cerca de 25 bilhões de franco3. Os trabalhos exigiriam uma despesa de 10 milhões de francos. A questão está sendo estudada o acredita-se que o Congresso votará os fundos necessários. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA. CONGRESSO DOS FAZENDEIROS PARAENSES .ingresso, reunido na capilal do Estado do Pará, foi o ponto de partida do movimente agrophilico que de tempos a esta parto se vai operando no opulento Estado do extremo norte. A photographia representa a sessão solemna presidida pelo Dr. Augusto Montenegro, Governador do Estado, tendo á sua direita o prestimoso Intendente do Belém. Senador António Lemos. Sentado entre a mo;a da presidência e a tribuna onde o Dr. Lyra Castro lê o discurso inaugural, está o Dr. Jos.i Ferreira Teixeira, alma e braço do movimento agrário do Pará. As arvoras, diz um distincto hygionista, deseccam o solo, diminuindo a humi- dade dos terrenos e todos sabem que a humidade 6 um factor principal entre os que mais predispõem o homem á enfermidade. As arvores refrescam a atmosphera, moderam a velocidade e a acção dos vento? insalubres; fixam grandes massas de poeiras astmosphericas, isto 6, subtrahcmnas ao contacto immediato com o homem e é bem sabido. o papel infectuoso do pó das cidades, carregado em geral de micro-oi'ganismos, mormente quando e directamente levantado de solos conta- minados. Attenuam as arvoras o excesso de insolação das ruas e das habitações, regula- rizando a temperatura a contribuindo assim directamente para manter a salubri- dade thermica urbana. As arvorese as plantas em geral augmentam a permeabili- dade do solo, facilitando a penetração do oxygeno e activando concurrentemente a deseccação dos terrenos, dando em resultado, dentro da unidade de tempo e de e ■= a '3 c_ g A LAVOURA 305 superfície, a oxydações orgânicas completas, isto 6, á distribuição dos resíduos e immundicies que o homem fatalmente arremessa ao sido. Possuem as arvores muitas outras maravilhosas propriedades salutiferas, porám, o que mni? as caracteriza como preciosíssimos agentes da saúdo publica, 6 que são poderosas e ineasgotaveis fornecedoras do oxygcno e modificadoras do acido carbónico, em consequência da acção da chlorophylla das plantas, matéria que, sob a acção da luz, decompõe o acido carbónico, assimilando o carbono e pondo em liberdade o oxygeno. « Sem a chlorophylla e sem o sol, disso Jules Courmont, a atmosphera tornar-se-ia em breve irrespirável.» A existência nas aglomerações urbanas de jardins o parques, o plantio de arvores nas ruas não constituem fomente um elemento do. ornamentação e de bom gosto, são indispensáveis pira a salubridade urbana e para a hygiene publica em gorai. Nunca se recommendará assas a multiplicação c a conservação das arvores em todos pontos em que fôr possível plantal-as. B' um dos melhores systemas do saneamento e uma fonte inesgotável de oxygeno. As habitações humanas deveriam estar sempre rodeadas de arvores e de plantas. PARTE COMMERCIAL Julho ds 1903 Ca, fó Venderam-so 140.000 saccas contra 129.000 no mez anterior. Entraram 192.229 saccas contra 153.724 no mez anterior. Embarques— 181.219 saccas contra 302.468 no mez anterior. Existência em 15 — 281.974 saccas. Existência em 31 — 280.804 saccas. Na Ia quinzena em New- York o typo n. 7, disponível, do Rio, foi cotado a 6 1/4 c. por libra em 1, 14 e 15, a 5 1/16 c. em 11 e 13 e a 6 3/8 c. nos outios dias. O de Santos cotou-se a 7 5/8 c. em 1 o a 7 9/16 c. durante todo o resto da quinzena. Xa Bolsa registraram-se os seguintes preços para a opção mais próxima: 6 c. om 8 e 11 ; 6.05 c. em 1, 7, 9, 13 e 14; 0.10 c. em 15 e 6.15 c. em 2 e 6. Na 2^—0 typo n. 7, disponível, do Rio, foi cotado a 6 1/4 c. por libra até o dia 29 e a 55/10 c. em 30 e 31. Também o de Santos a 79/16 c. até 29 e a 75/10 c. nos dous últimos dias da quinzena. Os extremos das cotações na Bolsa: 0.10 c. em 16 e 5.00 c. em 31, tendo vigorado nos outros dias as seguintes: 0.05 c. em 17.0 c. de 18 a 21 ; 5.85 c. em 25; 5.80 c. em 24 e 27; 5.75 c. em 22; 5.70 em 23 e 29; 5.65 c. em S8 e 30. i SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Extremos dns cotições: P quinzena Por arroba Por 10 kilos Typo n. C 5$390 a 5$903 &$813 a 4$017 » » 7 5|300 » 5<500 3$608 » 3$744 » » 8 4*900 » 5 SI 00 3Ç336 » 3$472 » » 9 4>600 » 4 #800 3$138 » 3$218 Por an-o&a Por dO kilos Typo n. 6 5$630 a 5$900 3$813 a 4$017 » » 7 5$2)0 » 5$590 3$549 » 3-744 » » 8 4$900 » 5$ 100 3S336 » 3*472 » » 9 4$600 » 4$8O0 3$ 132 » 3$2C8 As entradas ilo Rio, retalhadamente, luram: P quir>sena Saccae Estrada de Ferro Central do Brazil 25.453 Cabotagem 8.640 Barra dentro 42.319 Total 76.417 2* quinzena Estrada de Ferro Central do Brazil 44.4'U Cabotagem 4.360 Harra dentro 06.982 Total 115.812 Géneros importados Banha americana 2)0 birris 000 a 070 a libra Farinha do trigo 0.475 barricas .... — — P quinzena Americana (barrica) • . . . . Não ha Dita (sacco) Não ha A LAVOURA Por 2 soccas Rio da Prata : Ia qualidade 23,500 2» dita 22$500 3* dita 21*590 Moinho ingloz : Nacional 23*500 Iírazileira 22J700 Buda-Nacional 24$700 Moinlio Fluminenso : S. Leopoldo 24$000 G. 0 23$000 2' quinzena Americana (barrica) Não ha Dita (sacco) Não ha Por 2 saccos Rio da Prata : Ia qualidade 23$500 23 dita 22J500 3a dita 21$500 Moinho Inglez : Nacional 23,i500 Brazileira 22$700 Buda-Nacional 24$700 Moinho Fluminense : S. Leopoldo 24$000 G. 0 23$000 !*■ quinzena Manteiga — 530 caixas : Demagny, Isigny (latas sortidas) 2$450 a 2$460 Brétel Frères (latas sortidas) 2$200 » 2s250 Lepelletier 2$440 » 2*450 Modesto Gallone (sortidas) 1$8 )0 » 1$900 Esbousen Não ha L. Brum Não ha Buske Júnior 2*357 a 2$400 Marclet 2?200 » 2.^220 Outras marcas 1$8.)0 » 2?000 A nacional vendeu-se : a de Minas, de 3$ n 3*400, e a do Sul, de 2$200 a 2*600. 6480 5 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA 2" quinzena Domagny, Isigny (latis sortidas) 8f4í0 a 2$460 Brotei Freros (latas sortidas) ãj2Ó0 » 2$?20 Lepelletier 2=430 » 2$410 Modesto Gallonc (sortidas) 1$850 » 1$900 Esbouson Não ha I-. Brum Não ha Buske Júnior 2$350 a â$360 Marolet 2J180 » 2$ââ0 Outras marcas 1 $300 » S$000 A nacional vendeu-so : a de Minas, di' : -.' i0 n - :".i. Géneros nacionaes .Vs,iia.i- 170$000 Sul 160$000 » I65$000 2a quinzena Paraty 190$000 a 200$000 Angra 180$000 » 190$000 Campos 170$000 » 175$000 Maceió 170$000 » 175*000 Bihia 170$000 » 175$000 Pernambuco 170$000 » 175^000 Aracaju 170$000 » 175$Q00 Sul 170$000 » 175$000 A LAVOURA Álcool Na primeira quinzenio mercado apresentou alta franqueza nas cotações, continuando muito firme, melhorando ainda m%is para o fim do rnez, não ob3tanto as entra Ias terom sid > regulares. '' 7 -ena 40 -rios 870$000 a 580.J000 ÍS.8 » 2i5j000 » 260|ooo 3,5 » 215{000 » 25Q$000 4 I gràos 290.JOOO a 300|000 3S » S70$f!00 » 28O.Ç000 :;.; >, go l?00 i » 870$ 00 Als"om rama Duvanto tolo o moz Inuve pouia animação no-s negócios desto produeto. O movimento gorai do mercado foi o soguinto : F.-u-dos Existência no dia 30 de junho 17.791) Entradas : Pernambuco 3.033 Parahyba 2.071 Ceará 1.779 Mosíopó 1.313 Natal 1.100 Sergipe 600 Maceió 400 Maranhão 205 10.506 28.305 Sabidas dos trapiches 6.792 Existência no dia 15 de julho 21.513 Preços : Pernambuco I l.f 500 a l2$0OO Rio (irande do Norte U$500 » !ã$000 Ceará 1 1$500 » I2$000 Parahyba 1 l.-âOO » ll$500 Maranhão llsáJO » ii$500 Ponedo Nominal Sergipe Nominal SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Exigência no dia 15 cio julho 21.513 Entradas : Pornambueo 2.415 Assú 902 Parahyba 524 Maranhão 504 Coará 301 Mossoró 300 Sergipe 300 5.24 5 26.759 Sahidas dos trapiches 7.499 Existência no dia 31 do julho 19.260 Preços : Pernambuco 11 $300 a 11$500 Rio Grande do Norte 10$900 » 11$300 Ceará 10$900 » 11$300 Penedo Nominal Sergipe Nominal Maranhão • . Nominal Assucar Durante a primeira quinzena de julho o mercado deste artigo esteve sempre movimentado e as sahidas foram tão boas quanto inesperadas, sen lo digno de nota terem os embarques para o Sul compensado as entradas do Campos. Na segunda quinzena occorroram factos que desorgaoisaram por completo o mercado, que ficou indeciso e com cotações nominaes para os crystaes. Pernambuco Ia quiri Branco resina Dita crystal . Dito 3a sorte . Crystal amarello Mascavinho . Somenos . . Mascavo bom. Dito regular . Dito baixo. . $529 a ,$550 $490 » ÍS00 S490 » $500 $440 » $450 $':*> >■ $450 $400 » S420 $340 » $350 $330 >» $340 $320 » $323 A LAVOURA Si rgip i Branco crystal $480 » $490 Mascavinho $400 » $-100 Mascavo bom $340 » $350 Dito regular $330 » §340 Dito baixo $320 » $325 Campos : Branco crystal $500 a $510 Dito do 2° jacto $460 » $480 Crystal amarello $450 » $460 Mascavinho $400 » $460 Bahia : Branco crystal $500 a $510 Dito 2" jacto — — Mascavinho — Outras procedências : 2* quinzena Os preços regularam como so segue : Pernainbueo : Branco resiua $530 a $540 Dito crystal $530 » $540 1 >ito 3;' sorte . . . . • $520 » $530 Crystal amarello $470 » $4C0 Mascavinho $420 » $460 Somenos — — Mascavo bom $350 » $355 Dito regular $340 » $345 Dito baixo $330 » $335 Sergipe : Branco crystal $520 a $530 Mascavinho $450 » $480 Mascavo bom «350 » $360 Dito regular $340 > $345 Dito baixo $330 » $335 Cnmpos : Branco crystal $540 a $550 Dito 2o jacto $510 » $520 Crystal amarello $480 » $490 Mascavinho $460 » $480 Mir.lKDADK NACIONAL DF, AGRICULTURA Bahia : Branco crystal 4530 a $550 Dito 2" jacto — Mascavinho Outras procedenc Mascavinho < ereacs /" quinzena. s,u-r, is Feijão preto de Porto Alegre, novo .... Nominal Dito idem da terra 10$000 a lOfãOO Dito idem de Santa Catharina Nominal Dito do Paraná Nominal Dito mulatinha — 10$000 Dito manteiga I2$000 a 13$000 Dito enxofre — 12$000 Dito de cores, nacioiril 7$030 a 10$000 Dito branco, extrangeiro I7$500 » 19$000 Dito amendoim, ide a 17$500 » 18$50J Farinha de mandioca especial 9$500 » lOfOOO Ditiidem, liaa 8$500 » 8^800 Dita idem peneirada 7$800 » 8$200 Dita idem, do Norte — — Dita idem, grossa, Laguna 6|800 » 7$000 Dita idem, idem, Porto Alegre C$200 6$l00 Arroz nacional 23$J00 » 26$000 Dito inferior 16$00) » 20$000 Milho amarello do Norte . Não ha Dito idem da terra 6$800 a 7$200 Dito misturado, idem — 6$500 Amendoim em casca 6$500 » 7$000 Cangica 16$000 » 18$000 Favas 7$'100 » 8g000 Kilogrammas Alpiste S360 a $380 batatas naciunaes si 80 » $200 Dita estrangeira Nominal Fubá de milho , . $130 a $209 Mate em folha $140 » $540 Tapioca $100 >» $520 Polvilho $160 » $200 Carne do porco $640 > $700 Línguas do Rio Grande (uma) $800» 1$100 Cebolas do Rio Grande (cento) ã$300 » XJ.slU0 A LAVOURA 2a quinzena Saccos Feijão preto de Porto Alegre, novo .... Nominal Dito idem da terra 10$000 » 10$500 Dito idem de Santa Catharina Nominal Ditj do Paraná Nominal Dito mulatinho — 1OÇ00O Dito maiiteiga 17$000 a 18^000 Dito enxofro 12$000 » 13$000 Dito de cores, nacional 7$000 » 10$000 Dito branco, extrangeiro , 18$5O0 » 19$000 Dito amendoim, idem ISsõOO » 19$000 Farinha de mandioca, especial. ÍO.^OOO » 10$j00 Dita idem, fina 9$000 » $500 Dita idem, peneirada 8$500 » 9$000 Dita idem, do Norte — — Dita idem, grossa, Laguna fS^OO » 7$000 Dita idem, idorn, Porto Alegre ^ Cs 10o » 6$600 Arroz nacional 23$ 00 » 26$000 Dito inferior I6$000 » 20$000 Milho amarello do Norte Não ha Dito idem da terra 7$2O0 a 7$400 Dito misturado, idem 6$500 » 6$800 Amendoim em casca Gs*n .. 7$030 Cangica 15$103 » 16$0J0 Favas 7s"nn » 8$000 Kilogramma Alpiste $330 a $180 Batatas nacionaes $180 > $203 Dita extrangeira . Nominal Fubá de milho $130 a $200 Matte em folha $440 » $540 Tapioca . , s40 1 » $480 Polvilho $160 » sino Carne de porco $700» $800 Línguas do Rio Grande (uma) $900» 1$100 Cebolas do RioGrande (canto) 3$400 » 3$800 Fumo o m x*olo O morcado deste pro Uieto conservou-se inalterável durante o mez: As cotações foram : Preços De Minas, especial 1$800 Dito superior 1$600 Dito 2" 1$400 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Dita ordinário 1$000 Goyano, superior 2$400 Dito 8» 1$700 Baixo Nom. Rio Novo, suporior 2$400 Dito 2» ]$800 Dito baixo 1$200 Pomba, superior 1$600 Dito 2a 1$200 Dito baixo Nom. Carangola ]$500 Picú, especial 2J800 Dito Ia 2$000 Dito 2» 1$200 Bahia 1$100 Pernambuco Não ha Entraram 7.867.913 kilos por cabotagem do nacional, que se cotou 2$100 40 litros. Mercado monetário A existência de ouro ua Caixa de Conversão a 15 de. julho era: Libras esterlinas 5.435.093 Francos 10.433.260 Dollars 126.450 Liras 300 Pesos argentinos 2.735 Ouro nacional 144:580$ Em 31 de julho era: Libras esterlinas 5.425.615 Francos 10.408.320 Marcos 70 Dollars 127.870 Liras 220 Pesos argentinos 2.7Í0 Ouro nacional 142:370$ A importância de notas em circulação era: a 15 de julho 94.260: 180$000 a 31 de julho 94.114:490$000 O preço dos soberanos fora da Bolsa foi de 16.025. A LAVOUBA As taxas cfflciaes continuaram a manter-se inalteradas, a 15 '/s d. sobre Londres nos bancrs exlrangeiros e 15 3/í6 d. no Banco do Brszil. ^s transacções bancarias fizeram-se a esses extremos e ao i>o outro papel de 15 5/3S a I53/ied., não se registrando movimento digno de nota. Os extremos das cotações officiafs foram: Londres, 90 d/v 15 1/8 e 15 3/16 d. Paris, 0 d/v $629 a $632 Hamburgo. E0 d/v $776 » $779 Portugal, 3 d/v 318 » 325 % Itilia, 3 d/v $638 » $639 Nova- York, á vista 3$?88 » 3; 310 Vales, ouro — » 1§793 O valor official de mil réis foi de 5f 0 a 563 réis, ouro. e o da libra de IE$£03 a 15$868. Ágio do ouro "7,77 a 78,51 % . £££*•}£«*££ BIBLIOGRAPHIA Temos recebido mais as seguintes publicações periódicas : The Amtralian Official JournalofTro.de Marfís. — Vol. 3,11. 23. Revista de la Unión Industrial Uruguoya, de Montevideo. — Anno IX, n. 152. Boletin Industrial, de Buenos ^ires.— Anno XIX, vol. LX, n. 741. L' Itália Económica, de Roma.— Anno VII, n. 8. II lustra zione Genovese—Anno I, n. 8. O Universo, de S. Paulo.— Anno III, ns. 19 e 20. Revista Social, da Capital.— Anno 1, n. 2. ' Revista da Associação Ccmmerciol do Amazonas. — Annol, n. 1. Boletim Official do 4° Corgresso Medico Latino- Americano e da Exposição In- ternacional de Bijgiene Annexa. — JuDho de 1908, n. 1. Temos ainda a accusar o recebimento dos seguintes trabalhos cuja remessa agradecemos : | , Manual do Agricultor Brasileiro por C. A. Tannay. Rio de Janeiro, 1839, typ. Imperial e Constitucional de J. Villcneuve & Comp., 1 vol. broch. Dissertação sobre as Plantas do Brazil por Manuel Arruda da Camará. Rio de Janeiro, 1810, Imprensa Regia, 1 vol. broch. i!4S0 6 - 3lfi SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Estas duas obras foram offerecidas á Bibliotheea pelo Sr. Dr. João Raptista de Castro. Relatório apr 'sentado ao Dr. João Pinheiro da Silva, Presidente do Estado de Minas Geraes, pelo Br. Manoel Thomaz de Carvalho Britto, Secretario interino das Finanças, em 1908. Leis do Eur permettre d'y obtenir le niaximura d'e(Tet des engrais. Puis il passe en revue le fumier de ferme, en mettant en relief son role foudamental comparativeraent á celui das engrais de commerce, les engrais organiques divers, les engrais de commerce azotes, les engrais phosphalês et les engrais potassiques. M. Garola donae da nombreuses preuves experimentales de 1'efflcacité des divers engrais dans los sois et pour les cultures auxquels ils con- viennent. II abord alors la rêglementalion du commerce des engrais, rendue si nécessaire par les fraudes auxquelles la cultivateur a étá penlant trop longtamps en but. II insiste sur l'utilité des syndicats agricoles pour 1'achat des engrais en commun aux meilleures conditions de prix et pour assurer aux cultivateurs toute garantie sur la qualité des produits achetôs. Enân il aborde la partia techniqua de Ij. questiou: Vemploi des engrais pour les différentes cultures (céréales, plantes sarclôes, lógumineuses, prairies, etc.) dans les diversos natures de sois et suivant la rotation, en s'appuyant sur ses re- cherches personn^Iles relativea aux basoins Jes plantes en élémeots nutritifs, ã la marcho de 1'absorption de ces príncipes alimentaires pendaut la durée de la végé- tation et à 1'énorgie du travail radiculaira aux diverses phasos de la vie des plantes. En partant de ces données physiologiques fondamentales, il a fait com. prendre aux cultivateurs qu'elle doit être la nature des fumures à employer et leurs doses économiques, dans les cas si divars que presente la pratique agricole. ESTATUTOS CAPITULO II DOS SÓCIOS Art. 8.° A sociedade admitte as seguintes categorias de sócios : Sócios effectivos, correspondentes, honorários, beneméritos e associados. § 1 ." Serão sócios effectivos todas as pessoas residentes no paiz que forem devidamente propostas e contribuírem com a jóia de 15$ e a annuidade de 2o$ooo. § 2.0 Serão sócios correspondentes as pessoas ou associações, com residência ou sede no estrang-eiro, que forem escolhidas pela Directoria, em reconhecimento dos seus méritos e dos serviços que possam ou queiram prestar á sociedade. § 3.0 Serão sócios honorários e beneméritos as pessoas que, por sua dedicação e relevantes serviços, se tenham tornado beneméritos á lavoura. § 4.0 Serão associadas as corporações de caracter offlcial e as associações agrícolas, filiadas ou confederadas, que contribuírem com a jóia de 30$ e a annuidade de 5o$ooo. § 5.0 Os sócios effectivos e os associados poderão se remir nas condições que lorem preceituadas no regulamento, não devendo, porém, a contribuição fixada para esse fim sei inferior a dez (10) annuidades. Art. g." Os associados deverão declarar o seu desejo de comparticipar dos tra- balhos da sociedade. Os demais sócios deverão ser propostos por indicação de qualquer sócio e apresentação de dois membros da Directoria e ser acceitos por unanimidade. Art. 10. Os sócios, qualquer que seja a categoria, poderão assistir a todas as reuniões sociaes, discutindo e propondo o que julgarem conveniente; terão direito a todas xis publicações da sociedade e a todos os serviços que a mesma estiver habilitada a prestar, independentemente de qualquer contribuição especial. § [." Os associados, por seu caracter de conectividade, terão preferencia para os referidos serviços e receberão das publicações da sociedade o maior numero de exem- plares de que esta puder dispor. § 2.0 O direito de votar e ser votado é extensivo a todos os sócios ; é limitado, porém, para os associados e sócios correspondentes, os quaes não poderão receber votos para os cargos de administração. § 3." 1 »s sócios perderão somente seus direitos em virtude de expontânea renuncia ou quando a assembléa geral resolver a sua exclusão por proposta da Directoria. IFLTEGTTLAZIVEEISrjTO CAPITULO VI DOS SÓCIOS Art. 18. A sociedade prestará seus serviços de preferencia aos sócios e associados quando estiverem quites com ella. Art. iq. A jóia deverá ser paga dentro dos primeiros três mezes após a sua accei tacão. Art. 20. As annuidades poderão ser pagas por prestações semestraes. Art. 21. Os sócios e os associados se poderão remir mediante o pagamento das quantias de 200$ e 500$, respectivamente, feito de uma só vez e independente da jóia, que deverão pagar em qualquer caso. Art. 22. Os sócios e associados não poderão votar, nem receber o diploma, sem terem pago a respectiva jóia. § i.° O sócio que tiver pago a jóia e uma annuidade, poderá remir-se mediante a apresentação de 20 sócios, desde que estes tenham igualmente satisfeito aquellas contribuições. § 2.0 Para esse effeito o sócio deverá requerer á Directoria, provando seus direitos nos termos do paragrapho anterior. § 3.0 Serão considerados beneméritos os sócios que fizerem donativos á sociedade, a partir da quantia de um conto de réis. Art. 23. Para que os sócios atrazados de duas annuidades possam ser considerados resignatarios, nos termos dos Estatutos, é preciso que suas contribuições lhes tenham sido solicitadas por escripto, até três mezes antes, cabendo-lhes ainda assim o recurso para o conselho superior e para a assembléa geral. W TÊ ai m^ JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO ^M Rio de Jankiho Agosto os 1908 ^OUETJAl DA . 0 pi™ AiFiiir mil k ffliirraíf asa asa de ■ Agpieulsbupa. XI'. (SIÇÃI • NACI INAL DE 190» Capital Federal ss VIRIBUS UNITIS €€ SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA FlJNUADA EM |6 DE JANEIRO DE l'v)~ Caixa-postal, 1245 Sede: Ruas da Alfandega d. Endereço Telegraphico, AGRICULTORA e General Camará n. 127 Telephone n. 1416 bio n« janeiro DIRECTORIA Presidente — Dr. Wencesláo Alves Leite de Oliveira Bello. i° Vice-presidente — Vago. 2o Vice-presidente — Dr. Sylvio Ferreira Rangei.. 3° Vice-presidente — Dr. Domingos Sérgio de Carvalho. Secretario Geral — Dr. Heitor de Sá. i° Secretario — Dr. Francisco Tiro de Souza Reis. 2° Secretario — Dr. Benedicto Raymundo da Silva. 3o Secretario — Dr. José Ribeiro Monteiro da Silva. I Secretario — Alberto de Araújo Ferreira Jacobina. i° Thesoureiro — Dr. João Pedreira do Couro Ferraz Jun 2° Thesoureiro — Carlos Raui.ino. Directores «las Secções Fazenda de Santa Mónica Dr. Sylvio Rangel. Applicaçôes do Álcool e Museu Dr. Benedicto Kavmundo. Secção Technica e Bibliotheca Dr. Heitor de Sá. Plantas e sementes e Horto da Penha . . Dr. Monteiro da Silva. Propaganda e estatística Alberto Jacobina e Carlos Raulino. Societária Dr. Souza Reis. Thesouraria Dr. Pedreira lunior. Serão considerados collaboradores não só os sócios como todos que quizerem ser- vir-se destas columnas para a propaganda da agricultura, o que a redacção muito agradece. A lista dos collaboradores será publicada annualmente com o resumo dos trabalhos. A redacção não se responsabiliza pelas opiniões emittidas em artigos assigaados, e que serão publicados sob a exclusiva responsabilida le dos autores. Os originaes não serão restituídos. As communicações e correspondências devem ser dirigidas a Redacção d' A LA- VOURA na sede da Sociedade Nacional de Agricultura. A LAVOURA não aceeila assi^nateras. E' distribuída gratuitamente aos sócios da Sociedade Nacional de Agricultura. Condlçõe» «la publicação •* iiniiiiiicUis VEZES Ml IA PAGINA UMA PAGINA 1 I2$000 2O$0OO 3 30$ooo 5o$ooo ') 90$ooo 12 go$ooo i70$ooo Os annuncios são pagos adearitadamente. Tiragem 5.000 exemplares SU MM A RIO PAGS. \r\oies de sombra :' ( oiieresM) Nacional de Agricultura .\I>J'. \ACH)\AI. DK ,\r,l;!(',m,TURA A Bougaínvillea Speciosa é uma trepadeira que se presta para arvores de sombra . Basta amarral-a em um supporte até que tome a configuração de um arbusto, copado e interessante. Durante três mezes, de julho a outubro, fica dorida, produzindo um effeito encantador. A Mírindilia, que é uma arvore bonita e com elegante copa, existe em quantidade no Trapicheiro e Tijuca . Citamos também a sapucaia e o ipê tabaco, que dão lindas flores cor de ouro. Vêem depois as palmeiras nossas, como o palmito, o gariroba, opaly, a brcjaítba e outras de um porte gracioso e muito interessante. Em vez das plantas exóticas que estão apparecendo no Rio de Janeiro, devemos procurar as plantas indígenas de muito maior belleza, elegância e durabilidade . Além disso teem maior desenvolvimento e crescimento rápido . E para mostrar que o resultado produzido já foi notado é que as ruas como Uruguayana, Assembléa e Carioca são mais apreciadas que a Avenida Central, porque esta não tem arbòrisação con- veniente. E quereryio fazer comparações basta citar o que de visa obser- vámos na fallada Avenida de Mayo de Buenos Aires. Esta só tem de melhor que a nossa a arbòrisação, que é de duas lindas filas de plátanos nos passeios, e que a custo são tratadas, pois durante dois mezes do anno seccam com os rigores do inverno. E' incrivel dizer isso, pois debaixo da constância do calor em que vivemos, mais facil- mente e com mais vantagem para o povo, nós deviamos possuir arbòrisação nas ruas e praças. Lá é abundante a arbòrisação publica. E assim é que deve ser. Fazemos votos para que sirva de incentivo o exemplo citado em beneficio geral. Não é preciso encarecer esta necessidade, pois ella é palpitante. No Congresso de Agricultura, agora realisado, foram votadas conclusões por indicação da nossa commissão sobre este assumpto, as quaes aqui repetimos. « 7» — QUe os Governos municipaes devem promover a realização de festas das arvores, por intermédio dos alumnos das escolas, como foi feito em S. Paulo pelo serviço agronómico do Estado, por ser um bello exemplo aos particulares e interessados.» i 8a — Que os Governos municipaes procurem executar a purificação e deseccamento dos sitios pantanosos e valles húmidos por uma plan- tação de boas espécies, como de eucalyptus, para a salubridade de suas terras.» A LAVOURA 321 d 9a — Que os Governos municipaes procurem plantar arbustos já copados nas ruas largas e nas praças das cidades, para mitigar os ardores do sol, e beneficiar o ar, tendo viveiros para esse fim . » « ion — Que nos jardins não predominem os gramados e sim arvo- res e arbustos, para serem francamente úteis aos habitantes, que assim podem ter parques no centro das cidades, muito justificáveis sob o sol da zona tórrida e mais consentâneos como clima.» Chamando a attenção dos leitores para uma noticia sobre esta propaganda publicada por nossa revista em o numero passado, aqui transcrevemos outra d'0 Pat\, em que abundam considerações favoráveis sobre o beneficio que prestam as arvores e as flo- restas : « As arvores são talvez o produeto mais bello da natureza ; deve-se á sua presença o aspecto mais variado que tomam as planícies e é graças a ellas que as montanhas adquirem os seus principaes caracteres de belleza. As arvores, porém, não representam unicamente uma das bellezas infinitas da natureza, são também um elemento essencial de salubridade, de prosperidade, de vida. Num artigo da Bibliothcque Universelle, E. Tallichet previne-nos dos perigos que resultam da desarborização imprudente, que destróe esses elementos benéficos em tantos paizes. i Algumas regiões da Hespanha, da Africa do Norte, da Ásia Menor, antigo berço da humanidade, que foi durante muito tempo um jardim, estão hoje e em grande parte desoladas e estéreis, graças á obra desastrosa da desarborização. A industria das mattas racionalmente explorada, com o fito de conseguir um melhoramento continuo, pôde ser tão remuneradora como qualquer outro cultivo. Está se experimentando hoje em dia um systema novo, pelo qual não se cortam sinão as arvores adultas, para as substituir immedia- tamente por plantações novas, e isto com o intento de dar ás plantas a quantidade de ar e de luz de que precisam para prosperar. As arvores respiram como os homens, por meio do tronco, dos ramos e sobretudo das folhas. As florestas constituem a reserva de agua potável, sem a qual uma região está condemnada á esterilidade e ao despovoamento. Não ha nascentes onde não ha arvores ; e nestes casos a agua em vez de ser o principal factor da vegetação torna-se o seu mais temível rlagello. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTCRA Por causa da seccura da atmosphera as chuvas tornam-se raras e irregulares e caem geralmente por forma violentíssima : alagando o terreno sem o penetrar ; reunem-se em torrentes devastadoras, fazem entumecer os rios que transbordam, semeando a destruição e a morte. Nos Estados Unidos da America do Norte, onde se arrazaram enormes florestas para dar espaço a novas culturas, o mal tornou-se irremediável, e oxalá que esta lição sirva para outras terras, que ainda teem a felicidade de conservar intactas muitas das suas preciosas mattas. O ar privado quasi totalmente de humidade produziu nos habi- tantes aquella magreza c aquella nervosidade exageradas que os dis- tinguem. Os ventos, que as florestas já não reprimem, teem lá uma impe- tuosidade sem exemplo, e os cyclones varrem o continente, causando enormes damnos. As differenças de temperatura são excessivas, podem verificar-se num só dia desequilíbrio de mais de 40 gráos. As tempestades violentas que se desencadeiam do outro lado do Atlântico, teem muitas vezes uma repercussão funesta na Europa ; de modo que também nós soílremos pela imprevidência americana. Os montes são os verdadeiros depósitos de agua que alimentam a planicie e os habitantes desta ultima deveriam preoccupar-se mais de que não fiquem estéreis e nus, e de que os valles não se encham de destroços arrastados pela força das aguas pluviaes. Também não convém esquecer que a electricidade se emprega hoje como força motriz; a agua destinada a produzil-a por baixo preço torna cada vez mais valiosas as montanhas, pois que o descer delias adquire a força que se emprega na producção da energia eléctrica . Para isso é necessário que as correntes sejam tão regulares quanto possivel, sem alternativas de seccagem e de cheias; comprehende-se, pois, como uma desarborização imprudente pôde prejudicar irremedia- velmente a regularidade destas correntes de agua e por conseguinte a producção normal da força eléctrica, fonte moderníssima de immensa riqueza.» O papel da arvore no mundo é, pois, um papel regulador e har- monizador dos elementos propensos á desordem e á violência. E ainda por este lado são úteis ao homem, dando -lhe um exemplo moral que elle deveria comprehendcr c imitar mais intelligentemente do que o faz na generalidade . » Nós temos ainda frondosas arvores nas ruas, que nos prestam abrigos agradáveis, como por exemplo a alameda de Fiais Benjamina o Religiosa, A LAVOURA 323 em S. Luzia. O mais natural porém é a plantação de arbustos, já copados, havendo porém um viveiro de mudas de todo o tamanho para as substi- tuições precisas nos casos de morte de algum individuo. Não devemos todavia desprezar as grandes arvores existentes como as palmeiras do Canal do Mangue dispostas em quatro renques de bello effeito. Os nossos jardins offereciam mais vantagens com sua maior quan- tidade de arbustos do que com os gramados por que foram substituídos em pane. Estes são mais adequados aos climas frios, como nos jardins inglezes, e não num clima como o nosso, onde sobejam os arbustos. E1 natural e agradável que se tenha no centro da cidade os pequenos bosques para aquelles que não podem ir ás florestas procurar abrigo e allivio para o calor. Para abonar proficientemente as palavras ditas em favor da arbo- risação das ruas, transcrevemos em seguida trechos do artigo do Dr. Ennes de Souza publicado ha cerca de seis annos : « Entre as regiões que mais carecem, pelo seu clima ardente, ser mitigadas, em bem da hygiene e do bem estar das populações, pela pro- tecção das arvi ires, acha-se com certeza uma grande — a maior — do nosso paiz . Entretanto poucos são os logares, entre nós, em que se pôde gozar da frescura das sombras proporcionada por uma racional e bem desenvol- vida plantação de arvores, escolhidas dentre as muitas que se podem prestar a esse grande beneficio. E de uma maneira geral mesmo se pôde affirmar que, sendo o Brasil o paiz onde crescem as mais bellas e copadas arvores de sombra, é elle exactamente aquelle talvez em que menos proveito se tira de tal circumstancia . Entretanto tudo convida-nos procurar a protecção das arvores e por conseguinte plantal-as e tratal-as de modo a nos favorecerem o mais possível. Nossas praças, nossos quintaes, nossos terrenos, as encostas de nossos morros carecem de plantações arborescentes, já pelo seu embellezamento, já em vista de sua incontestável utilidade. Não seria portanto dos menores serviços que a administração muni- cipal prestaria á população, que se move atravez de suas estradas e ruas principaes, esse de plantar e conservar de distancia em distancia arvores de sombra, bem escolhidas a principio pela sua rápida expansão fo- lheai, etc. SonKOADK NACMXAI. 1)K AiiRlGTJI/TURA Sobretudo nas praças destinadas a estações de vehiculos, junto ás estações da Estrada de Ferro e nos logradouros públicos destinados a mer- cados e feiras é que a arborisação para sombra deve ser a mais densa, bem plantada c bem cuidada ou conservada. O terreno vasio deve ser plantado em horta, jardim, vergel ou pas- tagem, si de uso particular ; arborisado, si logradouro publico. Expnsto aos raios solares sem cultura alguma num clima abrazador como o do Rio de Janeiro, baixada do Estado do Rio c Norte da Republica é que nem é agradável, nem razoável nem útil.» Hkitor ce SÁ, T Congresso Nacional ds Agricultura Ainda mais uma vez a Sociedade Nacional de Agricultura, com o apoio dos poderes públicos e o concurso evidente dos interessados, con- seguiu levar a effeito um Congresso Nacional de Agricultura, o segundo que se tem realisado nesta capital, e, como o primeiro, para tratar dos palpitantes problemas que gravitam em torno da lavoura e das industrias que lhe são connexas. A respectiva commissão organizadora do 2° Congresso Nacional de Agricultura, sob a presidência do Dr. Wencesláo Bello e secretariada pelo Dr. João de Carvalho Borges Júnior, realisou, no dia 7 de agosto do cor- rente anno, no Palácio Mõnroe, uma sessão preparatória, tendo por objecti- vo a eleição da Mesa que deveria dirigir os mibalhos do alludido Con- gresso. De feito, aberta a sessão á qual concorreu grande numero de congres- sistas, foram eleitos : para presidente honorário o Exm. Sr. Dr. Miguel Calmon du Pin e Almeida— Secretario da Industria e Viação \ e vice-pre- sidentes honorários os Srs. Drs. Igna cio Tosta e Wencesláo Bello. A Mesa effectiva do Congresso ficou assim constituída : Presidente — Dr . Lauro Severiano Míiller ; i° Vice-Presidente — Dr. Christino Cruz; i" Vice-Presidente — Dr. Álvaro Nunes Pereira; i° Secretario — Dr. Sylvio Ferreira Rangel ; 20 Secretario — Dr. Ber- nardo Pinto Monteiro; 3o Secretario — Dr. Ildefonso Simões Lopes; 4o Secretario — Manoel António dos Santos Dias Filho. No dia 9, ainda do mesmo mez, teve logar então a sessão solemne de installação do referido Congresso, sob a presidência do Sr. Dr. Miguel Calmon, ecom a assistência dos Exms. Srs. Dr. AffonsoPenna, Presidente A LAVOURA 395 da Republica e Conde de Selir, Ministro de Portugal, e grande numero de senhoras, representantes das duas casas do Congresso, da lavoura e classes affins, e jornalistas. O Sr. Ministro da Industria usando da palavra, pronunciou sub- stancioso discurso, memorando quanto se havia feito no i° Congresso, quan- to se tinha conseguido, sendo o balanço posto em evidencia por S. Exa. bastante favorável aos grandes interesses da lavoura. Terminou dando como encetados os trabalhos do %° Congresso Nacional de Agricultura. Tomaram parte neste, 33o congressistas, sendo : do Amazonas i ; Ala- goas 18 ; Bahia 7 ; Ceará 5 ; Districto Federal 80 ; Espirito Santo 10 ; Goyaz 4; Matto Grosso 4 ; Maranhão 3 ; Minas Geraes 2 1 ; Pará 6 ; Piauhy 6 ; Parahyba 10; Pernambuco 71 ; Paraná 8 ; Rio de Janeiro 28; Rio Grande do Sul 24 ; S. Paulo 10 ; Sergipe 4 ; Santa Catharina 10. O Congresso effectuou sele sessões plenas, durante as quaes foram approvadas e discutidas 278 conclusões, apresentadas pelas 12 com- missões especiaes. Estas funccionaratn regularmente, tendo em algumas delias sido feitas substituições por não terem podido os Srs. congressistas eleitos exercerem, por força maior, os seus cargos, excusando-se por cartas e telegrammas. O movimento das commissões foi o seguinte : i.a Café. Reuniu-se quatro vezes e apresentou ir conclusões. 2.a Caiina. (3a Conferencia Assucaretra). Reuniu-se nove vezes e apresentou 51 conclusões, tendo approvado as instrucções para a 4a Conferencia Assucareira a feãlisàf-se em S. Paulo, a 2 de julho de 1909. 3.a Algodão c outras fibras textis. Reuniu-se sete vezes e offereceu cinco conclusões. 4 a Fumo. Effectuou cinco sessões, dando 13 conclusões. 5.a Fructicullura. Em cinco sessões, redigiu 1 3 conclusões. 6.a Mate e Pinho. Nas três sessões realisadas, apurou 1 5 conclusões. 7." Borracha e Cacáo. Reuniu-se cinco vezes e ultimou 14 con- clusões. 8." Diversas culturas e industrias ruraes. Nas três sessões que rea- lisou, redigiu 40 conclusões. 9-a Industria Pastoril. Em quatro dias de sessões, organizou 45 conclusões. io.a Ensino agrícola. Effectuou seis sessões e apresentou 20 con- clusões. 1 1 .a União, previdência e credito agrícola. Reuniu-se nove vezes, redigindo 21 conclusões. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA 12. * Factores económicos. Trabalhou nove vezes, e ultimou 28 conclusões. Durante a elíectividade do Congresso, foram realisadas diversas con- ferencias sempre muito concorridas : i.a «Sociedades Agrícolas da Bélgica »— pelo professor Emilio Wlieberg ; 2.:i « Raças vaccuns convenientes ao Brazil » — pelo Dr. Assis Brasil. 3." « Acção dos Governos no augmento da riqueza pastoril » —pelo Dr. Carlos Botelho. q.a « Organização Commercial da Industria Assucareira »— pelo Dr. Corrêa de Brito. 5.a « O cavallo militar » — pelo Dr. Assis Brasil. 6.a 4 Os importantes resultados da vaccina anticarbunculosa » — pelo Dr. J. B. de Lacerda. 7.a 4 Causas permanentes da crise da lavoura de canna » — pelo Dr. Leite e Oiticica. 8.a « Da intervenção do Governo Federal da Suissa em favor do desenvolvimento e da prosperidade da agricultura» — pelo Dr. Pedro L. Soares de Souza. « 1. ' « Cooperativas alcoólicas da Bahia » — pelo Dr. Alfredo Cabussú. io.a « O problema agrícola » — pelo Dr. Christino Cruz. A Mesa do Congresso, conforme deliberação do mesmo, nomeou, para a redacção final das conduções approvadas a seguinte com missão : Drs. Wencesláo Bello, Ignacio Tosta, Sylvio Rangel, Christino Cruz, José Lobo, Estacio Coimbra e Álvaro Pereira. O 2o Congresso Nacional de Agricultura encerrou os seus trabalhos, em sessão solemne effectuada a 3o de agosto, tendo a ella comparecido os Exms. Srs. Presidente da Republica e Secretario da Industria e Viação. O Pavilhão da Sociedade na Exposição Nacional ds 1908 A inauguração official do nosso Pavilhão effectuou-sc no dia 26 de agosto, ás 2 horas da tarde, com a presença do Sr. Presidente da Republica, acompanhado pelos Srs. Dr. Miguel Calmon, Ministro da Industria e Viação, General Feliciano Mendes de Moraes e Coronel Alvares da Fonseca, chefes das casas militar e civil da presidência e seus ajudantes de ordens. Aguardavam os Srs. Presidente e Ministro os Srs. Drs. António Olyntho, Getulio das Neves, Conde Cândido Mendes e general Thau- maturgo de Azevedo, membros do Directório Executivo, Drs. Wen- cesláo Bello, Sylvio Rangel e Souza Reis, Benedicto Raymundo, Monteiro da Silva, Senador Lauro Miiller e general Jacques Ourique. A banda do 2° de artilharia do Exercito executava diversos trechos de musica no Pavilhão. Entrada do Presidente da Republica e comitiva no Pavilhão O Sr. Presidente da Republica e mais membros da commissão começaram sua inspecção pelo primeiro andar, demorando-se no exa- me da collecção de cannas de assucar e varias fructas do paiz e accli- matadas. Passaram á secção de fibras de varias plantas textis da nossa flora, á dos muitos cereaes ahi expostos de todas as zonas do paiz e ao museu zoológico. Nesta occasião foi servida uma chávena de matte á S. Ex. e á sua co- mitiva. Depois de amistosa palestra com os presentes subiu S. Ex. ao pavi- S. Ex. examinando os Mappas de Geographia Agrícola mento superior, onde, sentado, examinou detidamente os álbuns, nos quaes 32* SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA se acham os mappas agrícolas de todos os Estados, com a designação da producção de cada zona, mostrando-se satisfeito com esse tra- balho e dizendo ser de grande interesse agrícola para nosso paiz, sendo também a primeira iniciativa a esse respeito. Dirigindo-se depois S. Ex. para o andar térreo, onde está insta 1- lada a secção de apparelhos a£ 'álcool, machinas agrícolas e machi- Ç. Ex. é convida-lo a dirigir-se ao jardim das plantas iudustriaaá nismos para a fabricação de queijos e manteiga, visitou também o jardim, onde se encontra uma bella e variada collecção de plantas ornamentaes, industríaes e indígenas. O pavilhão da Sociedade é de aspecto simples, guardando em suas linhas geraes o da ordem corynthia que deu origem á sua architectura, em todo o corpo principal do edifício, o qual abrange os dois primeiros pavimentos. O terceiro pavimento é constituído por um terraço, tendo ao centro um torreão, que supporta a cupola, e onde existe um salão de forma octogonal regular com área de cerca de 6o metros quadrados. O terraço que circumda esta sala tem uma área approximada- mente de cerca de 160 metros quadrados. Encimando a cupola nota- se uma esphera, sobre a qual descança a estatua de Ceres, trabalho de esculptura do artista hespanhol Sr. F. Basols. A LAVOURA 389 O segundo pavimento compõe-se de um grande salão octogonal, tendo i3'",6o de vão livre, o que muito favorece a impressão dos vi- sitantes, permittindo bonita installaçao. Este salão tem oito columnas, nos vértices do octogono, as quaes sustentam um entablamento, ornamentado com modilhões e ovolus, obedecendo ao mesmo estylo da ornamentação externa. E1 inteiramente branco-marfim, tendo oito metros de pé direito, sendo a sua decora- ção com ligeiros toques de ouro. Em torno do salão existem quatro salas, também inteiramente pin- tadas de branco-marfim. O primeiro pavimento tem a divisão exacta do segundo, notando-se, porém, no salão central quatro columnas verdes, tendo os capiteis ligeiramente dourados. A pintura deste pa- vimento é toda verde claro e a do terceiro verde mar. O accesso ao primeiro pavimento é dado pela escadaria exterior de cimento armado, e pela escada interna, collocada numa das salas lateraes. Externamente o pavilhão apresenta a cor pérola, notando-se nos cor- pos salientes que o circumdam quatro frontões, sustentados por duas columnas cada um e nos quaes vêm-se em claro escuro as telas pintadas por Mário Costa, allegoricas aos quatro problemas vitaes da nossa agri- cultura: o ensino agrícola, a união agrícola, a lavoura e a zootechnia. tiva do Pavilh;i Na porta de entrada principal do edifício, no segundo pavimento, no tympano do frontão que a encima, lê-se em uma fita, que enlaça os ramos de café e fumo, a divisa víribus imitis, adoptada pela socie- dade, desde a sua fundação. A altura total do edifício é de 32 metros, tendo uma área útil de 66o metros quadrados. SOCIEDADE NACIONAL DE AfiRICULTURA O pavilhão é circumdado por um jardim de plantas ornamentaes, onde, em bem desenhados canteiros, todos gramados, surgem lindos grupos de flores de variados matizes. Ainda como predominante attracção, é justo salientar os trabalhos de mosaicultura existentes, figurando entre elles dous lindos jarros, tendo im,6o de comprimento, uma pyramide de 2 metros e ainda uma linda corbeille em forma de barco, situada na parte em frente ao Theatro da Exposição. Este jardim é illuminado pela própria luz eléctrica do Pavilhão A Pecuária na Exposição Nacional de 1908 Io TURNO A secção de pecuária da Exposição Nacional de 1908 veio provar por meio de suas amostras quanto andamos transviados na rota económica que vamos trilhando ; porquanto o que parece ter fi- cado patente do nosso certamen nacional é que somos um paiz com tendência para o industrialismo e pouco pendor pela agricultura em seus múltiplos departamentos. A secção pecuária foi mais um reforço a esta these. Era de esperar que um vasto paiz como o nosso, onde se desdobram e exuberam extensas e gordas campinas naturaes, apresentasse abundantes e bellos espé- cimens de animaes domésticos; porém assim não foi. Em vez de gados finos e variados, formados pela selecção consciente, o que vimos foi um mostruário pequeno com os typos differentes entre si, mostrando não estar ainda disseminada a verdadeira orientação. Todavia já é tempo de termos idéa assentada, sinão sobre os problemas de toda a zootechnia nacional, pelo menos sobre o que melhor possa convir a certas e determinadas zonas deste immenso paiz. Vimos ao lado do Hereford o Zebú de ditferentes variedades, o Turino figurando ao pé do Buffalo, o Durham, o Simmenthal, o Jersey, o Caracú e outros mais. Entre todos esses gados, uns eram importados, outros filhos de productores extrangeiros e criados em condições especiacs de trato, mui afastadas das normas propriamente industriaes. Nossos, propriamente nossos eram os Caracús, e é bom que se repita, havendo destes alguns espécimens dignos de honrosa menção. Porque seja ainda pouco conhecido entre nós vamos dizer algumas palavras sobre o gado Simmenthal, representado na Exposição por um lote de reproductores importados ultimamente pelo Coronel Durish para cedel-os aos Srs. criadores, após alguns mezes de acclimação. A LAVOURA O touro Dragão, aqui figurado, tem 24 mezes de idade e possue todos os característicos da raça Simmenthal, a que pertence E1 de Gruyère — Suissa — filho de pães premiados e importado por Durisch & C. E1 um bello animal, muito carnudo, bem conformado, pintado de branco-damasco e amarello-claro . A raça Simmenthal ( raça do valle do rio Simmen ) começou a ser seleccionada desde 18Õ9 ; « sua reputação é universal e tende a se acclimar em toda a parte na Europa, onde a producção da carne alhada á de creaçáo láctea constitue principal escopo do criador.» André Sanson. Sua pellagem é constituída pelas cores branca e amarella, formando malhas mais ou menos extensas, chifres curtos e claros, tem anca larga, peito amplo, membros locomotores curtos. A raça Simmenthal produz excellentes bois carreiros, rústicos e forçosos, de engorda fácil e excellente carne, o que muito os recommenda para o açougue . No estado de engorda completa, os bois de Simmenthal pesam 1.000 a 1.200 kilos, peso vivo. As vaccas desta raça são boas leiteiras, porquanto dão em média, no correr do anno, 2.000 a 3. 000 litros de leite, com uma riqueza butyrica variável de 3,3 a 5 °/0, isto é, são precisos 20 a 3o litros de leite para 1 kilo de manteiga, conforme, bem entendido, a estação do anno, qualidade das rações e idade da cria. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Depois de alguns annos de observação, sobre a alta inspecção da Federação Suissa dos Syndicatos de Criação da Raça Simmenthal, estabeleceu-se uma interessante tabeliã, em que figuram numerica- mente : i°, o numero das vaccas leiteiras submetlidas á observação; 2°, numero de dias de lactação ; 3o, numero de dias de um parto a outro ; 4o, quantidade em kilos de leite ordenhado durante o tempo da lactação ; 5o, quantidade em kilogrammas do leite ordenhado por dia ; õ°, quantidade em kilogrammas de manteiga por ioo litros de leite ; 7o, quantidade em kilos de matéria secca ou caseifera. As observações alli registradas referem-se a 88 vaccas leiteiras, pesando cada uma em média 687 kilos, a duração média da lactação foi de 359 dias, espaço médio de uma cria a outra 418 dias; a pro- ducção de leite por cabeça durante o período de lactação foi de 4.1 23 kilos de leite, a producção diária de cada vacca foi em média de 1 1 kilos e 460 grammas de leite ; a producção total de manteiga para cada vacca subiu a 162 kilos ; a producção total de matéria solida de cada vacca durante a lactação foi de 537 kilos. Estes dados são interessantes, pois photograpbam, por assim dizer, o valor económico da raça Simmenthal, em boa hora introduzida entre nós, primeiramente pelo governo de Minas e agora pelo Sr. coronel Durish Piro — Fazenda Coronel' João Francisco — Rio Grande do Sul O cavallo aqui representado por esta gravura pertence á raça dos pequenos percherons, os quaes servem para tiro rápido e para sella . A LAVOURA 333 Os percherons são animaes originários da região franceza, deno- minada Perche ; são de cor russa manchada de pequenas malhas mais escuras do que a pellagem geral ; são vivos e nervoscs, tendo em média a altura de im,5o na variedade pequena. O typo aqui figurado é um bello animal. A secção canina, embora restricta, é pouco variada ; apresentou bello espécimens da raça dinamarqueza. A gravura supra representa um casal de galgos. Algumas madeiras e vegetaes úteis do Brazil (Continuação) FAMÍLIA das meliaceas Canjerana Cabralea cangerana, Sald. Gam. Synonimia: — Açafroa (nome que dão mais frequentemente a uma meliacea de outro género, a Guarea trichilioides Cav., bem como á bixacea Bixa orellana L., á composta Girthamus tinctoria L. e á zingiberacea Curcuma longa L.)— Caierana (de certo erro de graphia ou de imprensa) SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA — Cajarana, no Ceará (onde, parece, dão o mesmo nome á balanopho- racea Lophophytum mirabile Schott. e Endl.)— Calumba-brasileira (não Caluna, nem Calunga) — Canarana (não se confunda com uma gramínea amazonense de egual nome)— Cangerana, nos Estados do Rio, S. Paulo e Paraná — Cangerana-assii — Cangera• Monographia n. 48 — Amostra n. 123. FAMÍLIA DAS MYRSINACEAS Capororoca- ussú Cybianthus Regnelli Mez ? Synonimia — Capororoca grande . (Vide a da espécie antecedente). Habitação — Encosta oriental da serra do Mar, no Estado de S. Paulo, faltando-nos informações sobre os demais Estados do Brasil. Vegeta apenas em terras argilosas, de qualidade regular, seccas ou húmidas. DescripçÃo — Arvore magestosa, de caule recto, até 16,00 de altura e 0,43 de diâmetro ; casca vermelha até 1 2 m/m de espessura, muito adstringente, com epiderme fina, branca-esverdeada e farinosa ; ramos crassos, com as cicatrizes das folhas cahidas ; folhas inteiras, simples, penninervias, longamente pecioladas, peciolo até 25 m/m, folhas até 295 m/m de comprimento e 122 m/m de largura mais ou menos, de base cuneiforme, nervura central saliente, coriaceas ; inflorescencia lateral ; flores pedicelladas ; fructo bacciforme, com fragmentos do estylete no ápice. A LAVOURA 337 Madeira — Alburno cor de rosa-avermelhado e cerne rosa-des- maiado ; fibras grossas e irregulares, apresentando um trançado lin- díssimo, idêntico ao dos carvalhos e com bonitos veios. Dócil ao cepilho e á serra, mas só deve utilizar-se depois de bem murcha, porque racha facilmente quando verde. Applicaçóes — Madeira especial para mobílias, graças á sua belleza, e também para vigas, esteios, caibros, taboado de soalho e outras obras internas e externas ; contém tannino, talvez em porcentagem elevada, fornece varas altas para cercas de gado e óptimo carvão. As cascas são muito ricas em tannino, próprias para a industria do corturne, posto esteja elle associado a matéria corante de cor rubra ; empregam-nas também em banhos contra as affecções cutâneas. Variedades — Si este vegetal não é o Cybianthus Regnelli Mez, será evidentemente uma sua variedade, o que pretendemos verificar quando dispusermos do material necessário. Observações — O caule da Capororoca-ussú apresenta a singulari- dade de ter o alburno mais duro que o cerne, posto que um e outro sejam bem fortes. E' além disso um dos raros vegetaes cujo caule talvez possa fornecer tannino em quantidade apreciável industrialmente. Monographia n. 49 — Amostra n. 73. FAMÍLIA DAS MYRSINACEAS Capororoca vermelha Rapanea umbellata M Synonimia — oA\eitona do mato (?), no Rio de Janeiro (não con- fundir com a verbenacea Vitex montevidensis Cham., duas lythraceas do género Cuphea e uma myrtacea, que teem todas o mesmo nome vulgar) — Canelon, na Republica do Uruguay — Capororoca de folha larga, em diversos logares. (Vide as duas espécies precedentes e não se esqueça que ha diversas « Gapororocas » desta mesma família e da das Vinteraceas, as quaes teem synonimia bastante complicada) . Habitação — Em todo o sul do Brasil, desde o Estado do Rio de Janeiro, e também na Republica do Uruguay. Não se encontra em terras de primeira qualidade, mas sim nas regulares e até nas ordinárias, mesmo quando fortemente silicosas . Os indivíduos que vegetam nas terras seccas do littoral, desenvolvem-se muito mais do que os que vegetam no interior. Descripção — Arvore de caule recto, até 10,00 de altura e 0,45 de diâmetro ; casca até 1 5 m/m de espessura, vermelha, cheiro e gosto de SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA kerozene, adstringente, epiderme regular, suberosa, fendida, quasi palhete ; ramos crassos ; folhas simples, inteiras, coriaceas, geralmente alternas, pecioladas, oblongas, mais ou menos 1 1 o '"/,„ de comprimento e 45 m/m de largura ; intiorescencia lateral, formada na axilla dos ra- minhos verrucosos ; flores abundantes, pequenas, violáceas ; fructo indehiscente, globuloso, violáceo ao amadurecer. Madeira — Côr rósea com lindas veias vermelhas e marcheta- mentos oblíquos, pelo que muitos a confundem com a de um carvalho (proteacea). Dócil ao cepilho e á serra. Peso especifico — 0,829 (Rio Grande do Sul) . Applicaç5es — Madeira para obras internas, taboado, vigas, ripas, etc, exigindo ser secca antes de desdobrada, porque empena muito ; dá bôa lenha. As cascas conteem bôa porcentagem de tannino e são já em- pregadas como tannante de primeira qualidade . Observações — Esta e as demais «Gapororocasn teem a particula- ridade de empenar e rachar muito, o que é lastimável, porque as madeiras, devido á disposição irregularissima das fibras, apresentam um marcheta- mento que lhes daria importante logar na marcenaria de luxo. Suppomos que em alguns logares dão ás aCapororocas» em geral, ou pelo menos a esta espécie, o nome de «Sobro», allusivo á suberosidade da casca. Ha, porém, outros vegetaes, de diversas famílias, com o mesmo nome vulgar. Continua COLLABORAÇÃO A cabra A cabra é uma bemfeitora da humanidade e é o que vamos provar. Um dos melhores alimentos indispensáveis á vida humana, e sem contestação, é o leite. E' com effeito indispensável, tanto ás crianças, como ás pessoas enfraquecidas pelas enfermidades ou pela velhice. A preoccupação de achar um bom leite, nos leva a aconselhar o leite de cabra, a leiteira das crianças e das pessoas de saúde delicada . Hoje, que a tuberculose faz tantas victimas, devemos ter todo o cuidado possível, principalmente sabendo que o leite das vaccas tuberculosas torna-se em muitos casos o principal factor desta terrível moléstia. Além disto, a vacca também é portadora ás vezes de outras doenças, não menos perigosas para a humanidade como a peste, febre typhoide, aphtosa, e também a escarlatina. Por isso deve-se fazer uso sempre que for possível do leite de cabra, pois este animal, além de ser completamente refractário á tuberculose, o é, igualmente, para as outras moléstias communs ao gado bovino, e as creanças alimentadas com elle resistirão melhor a essas terriveis mo- léstias ; este leite tem também a propriedade de ser muito nutritivo e de fácil digestão, e é o que mais se assemelha ao leite humano pela sua composição. Para se dar um exemplo do quanto este leite é usado e apreciado na Itália, affirma-se que o finado papa Leão XIII não fazia uso senão de leite de cabra, tirado e bebido quente do calor animal, e a isto em grande parte se attribuia o vigor de sua saúde e o seu espirito lúcido em tão avançada idade . Emquanto aos defeitos que algumas pessoas lhe apontam de ser este leite quente e de fazer com que as crianças alimentadas com elle sejam nervosas e traquinas são considerações que, além de não ter senso commum, só se propalam por pessoas ignorantes, pois a maioria dos médicos illustres daqui e da Europa recommenda este leite como um dos melhores e nunca faliam nestes inconvenientes . Este animal tão útil, tanto pelo seu leite, como pela sua carne, etc, deve ser cuidado e estimado muito mais do que tem sido até agora, pois as suas vantagens o torna precioso principalmente para os proletários; além disto sendo bem tratado acostuma-se a estar preso em um logar acanhado, comtanlo que não seja húmido e tenha um bom telheiro para se abrigar da chuva. O chão deste deve ser de pedra ou cimento ; nestas condições gosarão saúde, se bem que sempre que pu- derem estar soltos darão mais leite e os filhos se criarão com maior facilidade, ficando mais fortes e robustos . Emquanto á alimentação, este animal é um dos mais fáceis de sustentar, pois come quasi toda quali- dade de hervas, galhos de arvores, principalmente de jaqueiras, videiras e mangueiras, folhas de bananeiras, pão, farello, milho, feijão cosido, etc, emfim quasi toda a comida de casa, comtanto que seja sempre collocada em vasilhas bem limpas e, se fòr dado em feixes o capim, deve ser amar- rado e pendurado para não se sujar nem ser pizado por elles, porque, se não houver este cuidado não o come. Para terminar diremos que deve-se generalizar a creação deste tão útil animal, pois, além das vantagens acima enumeradas, se não immuniza completamente contra a tuberculose a pessoa sustentada com o seu leite 340 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA todavia ficará mais forte e também menos apta a contrahil-a. Por isto a « Liga Contra a Tuberculose » deve sempre recommendar e acon- selhar o uso deste leite, pelos meios que estiverem ao seu alcance, e com isto prestará um relevante serviço á humanidade soffredora, para ajuda-la a combater um dos seus peiores flagellos : A — Tuberculose. Empresa Vinícola do Brasil Do Correio de Maceió de 12 de maio do corrente, transcre- vemos o seguinte a respeito deste importante estabelecimento in- dustrial : « Ante-hontem, domingo, S. Ex. o Sr. Dr. Euclides Malta rea- lizou uma excursão ao engenho Satuba, propriedade agricola do Sr. co- ronel Pedro de Araújo Lima, afim de ver as amostras que manda para a Esposição Nacional a Empresa Vinícola do Brasil alli estabe- lecida . A visita foi particular; S. Ex. desejava além do mostruário, ver a fabrica de vinhos e licores extrahidos do caldo de canna e de outras fructas nacionaes, funccionando ; queria detidamente, sem as pragmá- ticas do oflicialismo, estudar esse grande melhoramento do nosso Estado, e, acompanhado apenas por quatro amigos, tomou o trem de subúrbios em direcção áquella fabrica. Recebido com a maior cordia- lidade pelos sócios da Empresa Vinícola do Brasil, S. Ex. e seus companheiros de excursão apeiaram-se em casa do illustre Sr . Dr. João Valle, onde se devia servir o almoço e, depois de se ler servido o café, seguiram todos para o edifício da fabrica precedidos do distincto industrial, fabricante do Néctar do Brasil e de todos os productos da mesma fabrica, incontestavelmente a única e a primeira no género neste vasto paiz. O Sr. commendador Brandão, mestre na industria a que se dedica, consciente de seu valor, a todos explicou minucio- samente e com clareza todo o funccionamento das diversas peças e apparelhos alli, naquelle grande edifício, por elle collocados e mon- tados na melhor ordem possível, com toda a segurança e mesmo laxo de installação, pois foi elle o Sr. Brandão quem pessoalmente dirigiu toda a montagem dessa vasta officina do trabalho e do progresso , com todo o esmero, trabalho esse digno do todos os encómios que ao distincto industrial não faltaram de todas as pessoas presentes . A LAVOURA 341 Excedeu em muito á expectativa dos illustres visitantes tudo o que alli viram, subindo de ponto a satisfação geral quando tiveram de provar o que alli actualmente se fabrica e vae para a exposição, e que não é tudo Vista geral da fabrica ainda que podem' produzir os conhecimentos profissionaes do Sr. com- mendador Brandão . Lá estavam os dous typos de vinho de canna — Néctar do Brasil — o typo — Particular — e o Moscatel, e em licores o — Chartreuse — Cacáo — Anisette, — a aguardente desinfectada e pura, os xaropes — de Grozelha e Gomma — e o vinho de genipapo, claro, límpido, de sabor delicado, o que de melhor temos visto. A exiguidade do tempo não permittiu ao illustre homem do trabalho que mais desenvolvesse seus co- nhecimentos no fabrico de outros productos, que prometteu nos dar depois. A impressão recebida de tudo que alli ha, do trabalho que alli se faz, da perseverança desse homem que não poupou esforços para levar a bom termo essa obra magnifica, foi a melhor possivel . E' como elle mesmo o diz : i A organização dessa fabrica era para mim uma questão de prin- cipio ; quiz demonstrar que os capitães aqui empregados não foram postos fora, o Estado das Alagoas foi dotado de um estabelecimento modelo e único no género, nós não perdemos nosso tempo, e respondemos assim^aos que' tanto nos malsinaram . » SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Serviu-se o almoço de delicadas iguarias, ao meio dia, havendo ao champagne diversos brindes, destacando-se o de S Ex . o Sr. governador, ao Sr. coronel Pedro Lima, sócio commanditario da empresa pelo seu espirito emprehendedor, digno de imitação e de applausos pelo muito valor que traz á iniciativa particular neste Estado, e ao Sr. commen- dador Francisco Pinto Brandão pelos seus grandes conhecimentos profissionaes e pela sua tenacidade no trabalho. Lembrou-se então a ideia de dar como inaugurados os serviços da fabrica, desde que está ella em bom funccionamento, e passando-se nova- mente ao escriptorio da Empresa Vinícola do Brasil foi ahi lavrada a respe- ctiva acta que abaixo transcrevemos. Visitaram-se depois as diversas dependências da fabrica, a caixa de agua, a fonte que fornece agua para todo o necessário, os apparelhos heaíer-waset para os operários, e que communicam com fossas inodoras construídas pelo systema do Dr. Valle, os encanamentos de esgotos de aguas servidas, tudo deixando a melhor impressão. BTH ^HJ">' W Wê 5S«I Ff f'hm ffl ffir LJ^K JB M \'( ff. li lã H ».jffr IlEJi Im i\» íiiliTinr rta talu Ao entrar no edifício que tem 7Õ metros de comprido por 23 de largo, nota-se á esquerda o escriptorio e a elle annexo o labora- tório em que trabalha o Sr. commendador Brandão, e á direita um vasto salão para expedição dos productos ; entra-se na fabrica própria- A LAVOURA 343 mente e veem-se alinhadas, — i 8 de cada lado, — 36 dornas, sendo seis grandes com a capacidade de 30 pipas cada uma e 3o menores com a capacidade de 1 o pipas cada qual . Todas ellas são ligadas por cima e por baixo por encanamento de cobre estanhado a estanho fino por dentro e por fora, communicando-se entre si e com duas bombas que para qualquer delias pôde conduzir o caldo da canna vindo das moendas. Ha mais dois filtros de grande capacidade, um grande alambique a fogo nú, e um menor, a banho-maria, para a prepara- ção dos perfumes. Ao entrar-se descobre-se toda a vasta installação produ- zindo um magnifico elíeito, e de qualquer ponto do edificio póde-se fisca- lizar todo o serviço. Toda a communicação dos líquidos entre as dornas e os diversos apparelhos é feita por meio de torneiras e pelas bombas, o que facilita grandemente o trabalho com grande economia de pessoal. A1 tarde pelo trem das cinco horas voltaram todos os visitantes satis- feitos e bem impressionados pelo que viram. ACTA DA INAUGURAÇÃO DA FABRICA DA EMPREZA VINÍCOLA DO BRAZIL « Aos dez dias do mez de maio de mil novecentos e oito, no enge- nho Satuba, propriedade agrícola do Sr. coronel Pedro de Araújo Lima, município de Santa Luzia do Norte, Estado de Alagoas, presentes, ás onze e meia horas do dia, o Exm. Sr. Dr. Euclides Vieira Malta, governador do Estado ; Dr. Demócrito Brandão Gracindo, coronel Ja- cintho de Medeiros, (senador estadoal), coronel Pedro de Araújo Lima, Dr. Luiz Joaquim da Costa Leite, commendador Francisco Pinto Brandão, engenheiro João Pinto da Silva Valle, Srs. João Carlos Leite Júnior, Beraldo Caldas, José Vicente de Araújo Tatá, Pharma- ceutico Álvaro de Aquino Braga, Luiz da Rosa Machado, e eu, Joa- quim Goulart de Andrade, primeiro secretario da Camará dos Depu- tados Estadoaes ; percorrido o grande edificio da fabrica da Empreza Vinícola do Brazil, soba firma Brandão, Costa & C ., depois de exami- nados os differentes productos industriaes da mesma fabrica, que são vinhos e licores, todos derivados da canna de assucar, notadamente o chamado Néctar do Brazil, em seus vários typos de vinhos, foi dado por inaugurado pelo Exm. Sr. Dr. Euclides Malta o mesmo importante núcleo agricola-industrial. E para memoria, eu, Joaquim Goulart de Andrade, lavrei a presente que assigno com os presentes. Satuba, 10 de maio de 1898. — Euclides Vieira Malta, Pedro de Araújo Lima, Francisco Pinto Brandão, T)r. Lm\ Joaquim da Costa seCIEDADB NACIONAL DH AGRICULTURA Leite, Demócrito Brandão Gracinda, Jacintho Medeiros, João Carlos L . Júnior, Beraldo Caldas, Álvaro Aquino Braga , José Vicente Tatá, João Pinto da Silva Vallc, Joaquim Goulart de Andrade, Lui\ da Rosa Macha- do, Júlio da Rocha Uns . » Damos a seguir as analyses seguintes que muito abonam os produ- ctos da empreza de Satuba : « Dr. Luiz de Carvalho e Mello, lente cathedratico de chimica mi- neral e analytica da Escola Polytechnica do Rio de Janeiro — Boletim n. 128 — Analyses de duas amostras do producto NÉCTAR DO BRA- ZIL, pertencentes aos typos Moscatel e Particular : A TV jVLYSJES s Tendo procedido ás analyses do Néctar do Brazil, typos «Moscatel» e «Particular», de que fomos encarregados pelo Sr. Fran- cisco Pinto Brandão, chegamos a conclusão de tratar-se de productos obtidos do caldo da canna de assucar cuja fermentação foi suspensa por processos puramente physicos. A amostra typo « Particular 1 otferece riqueza alcoólica de 17o, deixa um extracto secco a 100o C. de 8, 4 %, constituindo, em sua quasi totalidade, por saccharose e traços deglycose e contem apenas gr. 0,08o °/0 de sulphato de potássio. A amostra typo «Moscatéis, de i3° de riqueza alcoólica com um extracto secco a 100o C. de 12,2 %, também consti- tuido, quasi totalmente, por saccharose e traços de glycose, encerra gr. 0,087 7o de sulphato de potássio. As bebidas analysadas, que apresentam côr ambreada, de tonalida- des different es, obtidas pelo caramello, revelaram absoluta ausência de álcoois superiores, agentes conservadores e outras substancias nocivas á saúde. O fino aroma e agradável sabor, ao lado da média riqueza alcoólica, e absoluta ausência de corpos nocivos, tornam o typo « Particular t do INeetar d.o Braail, recommendavel como excellente bebida de mesa. O typo « Moscatel » igualmente puro e de suave aroma, porém mais adocicado e menos rico em álcool, constitue uma boa bebida para paladares delicados. DR. LUIZ DE CARVALHO E MELLO. — ZELI- NO ANTÓNIO PINTO DE MIRANDA. - DR. OCTÁVIO SEVERO. — Rio de Janeiro, 23 de junho de 1906. Laboratório Municipal de Analyses. — Visto — DR. PAIVA COELHO. — Director. Analyse n. i3. —Examinando o producto Ne- A LAVOURA 345 ctar ao Tti-thxil (typo Moscatel) remettido pelo Sr. Francisco Pinto Brandão ao Laboratório Municipal de Analvses, verifiquei pela analyse a que procedi : ser uma bebida natural produzida pela fermentação do sueco da canna de assucar, não contendo substancias nocivas á saúde c sendo o álcool empregado de boa qualidade . Rio de Janeiro, [5 de junho de 1906. — OChimico, Pharmaceutico DÁRIO FERREIRA PINTO. Laboratório Municipal de Analyses. — Analyse n. 14. — Ari*to. — DR. PAIVA COELHO. — Director. — A analyse a que submetti o produeto denominado iNectin- tio Bx-aasil (typo Particular), envia- do por Francisco Pinto Brandão a este Laboratório, revelou tratar-se de uma bebida natural produzida pela fermentação de sueco da canna, em que não ha metaes tóxicos, oriundos da fabricação ou manipulação, bem como substancias conservadoras nocivas á saúde. O álcool empre- gado é de boa qualidade. — Rio de Janeiro, i5de junho de 1906. — O Chimico auxiliar, Pharmaceutico — J. M. DA SILVA CASTOR. » EXPEDIENTE Secretaria Correspondência recebida : Cartas 375 Officios 56 Telegrauimas 51 Circulares 6 Correspondência expedida : Cartas 34ò Officios 33 Telegrammas 154 Circularas 4. 185 Noticias 68 Boletim « A Lavoura » 784 Foi-necimeuto cie :n-a,me Foram satisfeitos 28 pedidos de arame farpado, feitos pelos senhores soeios, com a extensão de 289. 31)5 metros, tendo importado em 9:86^$500. Igual quantidade se fosse adquirida no mercado teriacustado 13:333$ o que produziu uma economia para os sócios, que se utilizaram da Sociedade Nacional de Agricultura, de 3:523$500. 345 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Visittis — Visitaram a sede desta Sociedade e deixaram consignadas suas impressões no respectivo livro de visitas, os Srs.: Dr. Francisco Isidoro Rodrigues da Costa, redactor da Revista Agrícola da Sociedade de Agricultura Alagoana, e Fernando Augusto de Albuquerque Sarmento, representante da Sociodade Ala- goana de Agricultura. Secção Technica Correspondência e Circular tio Si*. Mig-uel F. tio Monte, solbi-e o tilg^oclfio — « Brazil— Mossoró, 12 de fevereiro de 1908 — Mm. Sr. Presidente da Sociedade Nacional de Agricultura — Rio do Janeiro. Respeitável Senhor —Confirmando a minha ultima a V. Ex. volto a as- sumptos de interesses dessa tão útil quão humanitária sociodade. Por intermédio da Companhia Commercio e Navogação, dessa, remetto um encapado com lettroiro a essa sociodade contendo amostrx do algodão, frueto de semente mandada vir do Egypto e distribuída por minha lirma commercial M. F. do Monte & Cia, conforme circulares quo distribuímos em fevereiro do anno passado . Queira mandar procurar no escriptorio daquella companhia. Reputo um produeto sinão genuíno quasi genuíno, o peço submetter tal amos- tra a exame de entendido de fibra de algodão do Kgypto, dignanio-se dar-nos a sua classificação. Devido a falta de inverno regular a producção dessa semente distribuída foi rara, porque muitos não plantaram receando perdel-a. Essa amostra 6 produeto do trechos de açudes. Não ha duvida que esta se- mente germina e produz em nossa região com muito proveito, e penso que será cultivada em larga escala tanto mais porque julgamo-n >s com boa disposição para continuar na propaganda do cultivo do algodão em geral iutroduzindo-lhe as mo- dificações e methodos práticos que alcançar de rainhas observações experimentaes. Incluo uma circular quo acabamos de distribuir ao nosso povo. Nella já demos alguma orientação das observações praticas que tenho ensaiado. Peço para ella a valiosa attençíio de V. Ex. Temos trabalhado na propaganda do melhorar o acondicionamento, descaroça- geni e plantio, o com prazer já registramos notavol melhora a todo respeito. A qualidade de algodão sujo, do caroço, viciado, tem diminuído, augmontando o de boa qualidade. A producção no geral tem augmentado, e todos os agricultores já conservam o zelam melhor os seus algodoaes. Plantei observando as regras da circular inclusa, 40.0)0 covas de caroço, semente escolhida da melhor qualidade «Sealsland». Nasceu muito bem, mas a estiada prolongada já matou muito. Se tivesse poços artezianos servidos por moinhos de vento que é regular e certo aqui nada perderia porque estou convicto por ensaios que tenho feito, que o algodão prospera perfeitamente bem com irrigação, mesmo sem chuva alguma, nasce bem, cresce e produz vantajosamente. Tenho prova pratica disto. A LAVOURA 347 Julgo mui pratico o estabelecimento de poços nesta região ate 20 léguas distante do littoral, nos valles dos rios, que denunciam abundância d'agua no sub-solo. Com elles flcaria resolvido para aqui o problema das soccas, como ficou a . superabundância de sal depois das montagens dos moinhos a vento. Seria do grande conveniência o Governo mandar abrir um poço para uma estação ex- perimental. Eu cederia o terreno, e tomava parte grátis na direcção de serviço, plantio, e irrigação. Com uma estação experimental já .so podia iniciar reproductores de gado de molhor raça, ao contrario tudo será frustrado por falta de forragem certa e apropriada. Essa tão humanitária quão útil Sociedade, que prova tanta dedicação pela felicidade do paiz e que já tom colhido tantos fructos, prestaria um acto de ca- ridade e patriotismo se conseguisse do Governo a abertura por proftssiona.es com- petentes de um poço em qualquer parte apropriada do Norte, para uma estação experimental. Não precizaria grandes poços— pequenos com capacidade para irrigar área re- gular. Isto desbravado, particulares se moviam a introduzir em suas terras alguns poços. Conto, essa Sociedade so voltará para o Norte, que possuindo terras ubér- rimas, vantagens naturaes que nenhuma outra, o gente invencível pelo trabalho, força de vontade, de Índole dirigível o de fácil assimilação ao ensinamento, verá em pouco tempo terminada tanta calamidade do seccas convertendo-se em larga producção e prosperidade a seus habitantes. Com a minha estima e consideração subscrevo-me. De V. Ex. Amigo e Obr. — Miguel Faustino do Monte.» Circular — M. F. do Monte & C. lllui. Sr.— Nosso ultimo trabalho foi em pequenos avulsos que fizemos dis- tribuir, e recommooda-vos : « Plantae algodão no secco. Cobri vossas terras de algodoeiros, que vós e vossos gados tereis abundância ». Não foi intuito nosso dar palpite sobre probabilidades de chuvas ; foi apenas lembrar aquillo que vós mesmos já tendes praticado om pequena escala. Vieram chuvas em janeiro ; aquelles que plantaram no secco não estão longe de lucrar o trabalho. Conheceis bera o algodão. Foi proveitosa aquolla lembrança? Avaliae vós mesmos. E assim é que quando todas as vossas terras, mesmo essas capoeiras que consideraes cansadas, estiverem cobertas de algodoeiros, o que estes nos campos suppram a densidade do matto que derrubastes, tereis algodão em abundância, e vossos gados encontrarão abundante forragem da melhor qualidade para resis- tirem a seccas e a repiquetes. Por experiência própria estamos habilitados a assegurar-vos que o algodão ú a planta adequada e fadada para enriquecer nossa tórrida região. Temos plantado algodão « quebrado-preto », «Mocó» ou «sedinha» e algodão de caroço granle, pelludo-esverdeado. Esto, pensamos ser o de «Oeste» ou « New-Orleans » e aquelle o « Sea-Island », de Nova York. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA O do caroço esverdeado rceommendamos que seja semeado dos campos e capoeira?, para os gados. E' ello de fibra longa o forte, e resisto mais que todos aos rigores da secca, conservando verde folhagem, e dando fruetos pelo verão, mesmo em terrenos duros, seccos, escalvados. O « quebrado-preto » é também resistente, mas, a sua flb:'a é curta, além de que, produz menos durante o verão ; e sendo esta a semente mais antiga entre nós, desle annos cultivada sem o menor cuidado na escolha, o por isso já de péssima qualidade, é forçoso quo seja substituído pelo «Mocó» uu « se- dinlia », cuja fibra ó longa, gorda, se lusa ; e, além disso, é clle o mais valorisado nos mercados consumidores. E' mais resistente do quo aquelle ; produz mais durante o verão; durante quatro ou cinco annos dá boa producção, e ha quem affirme produzir durante 10 a 20 annos. Reeommondamos, pois, o « Mocó» ou «seJinha» como a qualidade preferível a tolos os respeitos. E' indispensável prestar attenção á semente; a somente má, sem o necessário desenvolvimento, chocha, colhida antes de tempo, não podo dar um arbusto vigoroso, capaz do boa producção. A nossa attenção e nosso esforço devom preparar o largo cultivo do algodão. Paizes onde a cultura do algodão reclama maiores dispêndios, e mais aturados cuidados, auferem enorme lucro dessa industria. Quanto despendemos em adubos, estrumes para nossas terras? Nada. Só esse facto dá-nos grande vantagem para a victoriosa competência. Nosso solo é ubér- rimo e ainda dispensa certas despezas de cultura. E' preciso, entretanto, outros cuidados e methodo.s adaptados ao clima e ás suas particularidades. Sob esse ponto de vista o nosso descuido principia desde o abrir a cova para a semente. Si quem deseja edificar uma casa esmera-se em cuidar do alicerce. é também indispensável que em se tratando de plantar cuide-so da base para a planta; e esse alicerce é a cova. Devemos abrir uma cova larga, em certa pro- fundidade, aterrando-a depois, até quasi meia, com terra frouxa, sem torrões; lançar então a semente sobro essa cova o acabar de cobril-a. Esso systema é de clara vantagem, porque proporciona á planta om seus primeiros dias de tenra germinação um solo arejado e frouxo. Accresce ainda a vantagem de guardar a agua das chuvas em maior abundância, e esta circunstancia só por si é de toda importância, pois serão menos destruidores os o Afeitos dos constantes ve- rões o períodos de estiagem : a planta poderá esperar mais. A cova larga afasta mais o matto da planta, que assim ainia poderá es- perar mais pela limpa. Esta limpa nunca deverá ser feita paca «escalvar» a terra. A terra escalvada fica sujeita aos fjrtes ardores do sol, que rapidamente extrahe lhe tola húmida lo. E além disso a terra da superfície é cheia do detritos, paues, etc, si for arredada pela limpa para o meio das carreiras, tornar-se á a terra mais estéril. Não arrumeis o mitto em carreiras, em leirões: espalhao-o. Si for possível cobrir a torra com palhas, capim secco, folhas, mais abrigada ficará cila dos raios solares o mais adubada estará. E' preciso acabar com o per- nicioso systema de cDivaras. Esses resíduos seccos que são queimados, capins, hervas, resto das plantas anteriores não farão mal á nova planta: são lorças do producção; a terra vegetal é óptima para a prosperidade da lavoura. Quando muito, queimeis o matto secco mais posado que possa difficultar as limpas. A LAVOURA 349 As limpas devem ser foitas antes que o matto cresça e ao redor da cova do algodão, ficando os espaços das carreiras com o matto ; a terra ficará abrigada e não sjrá destruída preciosa forragem. Essas palavras, que tomamos a liberdade de vos dirigir, não tem por fim vos ensinar regra em vossa profissão. Observae, reparae, sede cuidadosos em es- tudai- vo. » » (raiz) SOC.IKDADB NACIONAL DE AGRICULTURA 17. Bacopary. 62. Caujuja vermelha. 18. Baguassú. 63. Cedro grande. 19. Batata. 64. » (raiz). 20. Uatitõ-pequeno. 65. Crindiúva. 21. Iiotarú branco. 66 . Cuayrana. ai . \. Botarú branco ( outra amostra). 67. Cubatan branco. 2i. Bucuhuva grande. 68. » vermelho da arêa. 23. Caandapuva grande. 69. » » do barro. 24. » pequena. 70. Capiuva branca. 25. Cabreúva parda. 71. Espinho de judeu. 26. Cabreúva vermelha. 71 A. Espinho do judeu ( outra amos- 27. » » (cerne I. tra). 28. Cae-e-levanta. 72. Estopa. 29. Cafeeiro. 73. Figueira grande. 30. Canuna bi*anca. 74. Gracuhy do Grande. 31. » roxa. 75. Grão de gallo. 32. Caixeta branca. 76. Guabirobado matto. 33. » vermelha. 77. » domestica. 34. Cambará Guassú. 78. Guacá de onda. 35. Cambuhy amarello. 79. Guachichin. 36. » preto . 80. Guajupiroca da arêa. 37. Canella amarella da arêa. 81. » de folha grande. 38. » » do barro. 82. Guajuruvá. 39. » anhuiba amarella. 83. i.uanandy-carvalho. 40. » catinguda. 84. » cedro. 41. » de veado. 85. » piolho. 4i. » nhojirara. 86. Guapeba vermelha. 43. » nhopissuma. 87. Guaraparin. 41. » nhumirim branca. 88. Guaricica branca. 45. » » vermelha. 89. » vermelha. 46. » nhunguvira branca. 90. Guatambú da arêa. 47. » Paulo Teixeira. 91. » do barro. 48. » sassafraz amarella da arêa 92. Guayraua amarella. 49. » » » áo bar- 93. » branca. ro. 94. Guriatan vermelho da arêa. 50. Cangerana. 94 A. » > do barro. 51. Capororoca pequona. 95. Guruguva. 52. > ussú . 96. Ilerva cidreira. 53. » vermelha. 97. Imbirussú vermelho. 54. Caquera femer. 98. Ingá branco. 55. Caroba branca. 99. Ipé tabaco. 56. » roxa. 100. » » 57. Carvalho branco. 101. » » 58. » vermelho. 102. Ipeuva. 59. Cataya vermelha. 103. .laboticabeira. 60. Catiguá 104. Jacarandá branco. 61, Caujuja branca. 105. » pytanga. A LAVOURA 351 106. Jacarandá py tanga, (cerne). 136. Picherica-ussú. 107. » rosa. 137. Pimentinha. 108. » roxo. 138. Pindaúva parda da arêa. 109. » una. 139. » » do barro. 110. Jacarépirana branoo. 140. » vermelha. 111. » vermelho. 141. Pinho vermelho. 112. Jaeatahuva. 142. Pitaguará amarello. 113. Jacatirão de flor. 143. » branco. 114. Limãosinho. 141. Seriuva grande. 115. Majaruvoca vermelha. 145. Simbiuvâ. 116. Mamãosinho. 146. Tabueuhuva branca. 117. Mandaguahu pardo. 147. » vermelha. 118. Maudiparana. 148. Tajuba do morro. 119. Mangue manso. L49. » » » 120. Manguerana. 150. » » sambaqui. 121. Maria molle. 151. Taruman da arêa. 122. Maricá. 152. » do barro. 123. Marmeleiro do matto. 153. Timbouva poça. 124. Massaranduba grando. 154. Urucurana branca. 125. » pequena. 155. » pequena. 126. Mochita vermelha. 156. Uvalha. 187. Murta. 157. Uvatinga. 128. Nogueiro. 158. Vamirim branco. 1^9. Úleo branco. 159. » ferro . 130. Olho de cabra. 160. » vermelho. 131. Paipuna grande. 161. Vapuronga. 132. Papagueia vermelho da arêa. 162. Vuape branco. 133. Paratudo. 163. » do morro. 134. Páo David. 164. » vermelho. 134 A. Pão sangue. 165. Vuapericica. 135. Peroba rosa. *§&HQfr€€€€- NOTICIÁRIO Cu.ltu.va, tio tvigro — Pelo Sr. Homero Baptista foi apresentado a Camará dos Deputados o seguinta projecto que visa fomentar em nosso paiz a cultura do trigo : O Congresso Nacional decreta : Art. l.° E' concedida a qualquer synlieato ou cooperativa agrícola que cul- tivar o trigj asubveação annual de 15:000s (iiuiuze contos de réis). Art. 2.° Essa subvenção será paga em prestações trimostraes, duraute o praso de cinco annos. 805á 5 352 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Art. 3.° Somente gosará dos favores desta lei o syndicato ou cooperativa agrícola que provar : a) achar-so organizada de conformidade com a legislação vigente ; 6) abranger a plantação de trigo uma área superior a 200 hectares ; c) manter na direcção da cultura de trigo um teehnico do reconhecida compe- tência e pratica comprovada. Art. -1." Quando se reunirem cinco ou mais syndicatos ou cooperativas, que satisfaçam as condiçõas desta lei, para o fim especial de estabelecerem campos de experiências e laboratórios apparelhados para o estudo de entomologia, phyto- patkologia, microbiologia, pbysica, chimica e meteorologia agrícolas, perceberão conjunctamente, e por espaço de cinco annos, a subvenção annual de 30 contos. Art. 5.° Ficam isentos de impostos aduaneiros as machinas e instrumentos agrícolas apropriados ao arroteamento e amanho da terra e á colheita e benefi- ciamento dos respectivos produetos ; os adubos e insecticidas, as machinas e appa- relhos destinados á purificação e á preparação de massas alimentícias e outros produetos do trigo ; as machinas e apparelhos destinados aos laboratórios, postos meteorológicos e campos de experiência e demais instrumentos necessários ao mesmo fim — quando importados para uso exclusivo dos syndicatos e cooperativas. Paragrapho único. Os importadores retirarão esses objectos mediante simples requerimentos aos inspectores das alfandegas e administradores das mesas de rendas. Art. 6.° Um anno depois de posta em execução esta lei, pi'ovidenciará o governo para que, nos Estados onde existam syndicatos ou cooperativas para cultura do trigo, sejam os seus produetos preferidos nas concurrencias publicas federaes. Art. 7.» O governo promoverá accordo com as estradas de ferro, emprezas de navegação e outros meios de transportes para a reducção dos fretes dos produetos de trigo. Art. s.° As associações subvencionadas em virtude desta lei são obrigadas : a) a prestar á Directoria Geral de Estatística e aos Ministérios da, Agricultura e da Fazenda as informações que lhes forem requisitadas ; b) a apresentar annualmente o relatório dos trabalhos executados durante o anno com minuciosas informações dos estudos realizados, das observações feitas e dos resultados colhidos ; c) a facilitar aos agricultores, que o solicitarem, a visita dos seus campos do cultura e laboratórios, prestanlodlies as informações e facultando-lhes os meios de adquirirem conhecimentos práticos sobre cultura do trigo. Art. 9.° O governo, no respectivo regulamento, estabelecerá as regras para a fiscalização das associações subvencionadas por força desta lei. Art. 10. São revogadas aí disposições em contrario. Sala das sessões, 10 de junho de 19J8. — Homero Baptista. — Diogo Fortuna. — J. Simeão Lopes. — João Abbott. A. estatística, da producção «los cereaes no mundo — Trigo — : í . 1 60 milhões de alqueires, correspondendo a 86 milhões de toneladas métricas : o alqueire vale litros 30,6 e pesa kilos 27,2. Três paizes produzem a metade dessa cifra : os Estados Unidos, 600 milhões de alqueires ; a Rússia, 541 ; a França, 328. Os demais paizes são, por ordem : índia, A LAVOURA 353 286; Itália, 159; Allemanha, 128 ; Hungria, 120; Hespanha, 115 ; Argentina, 101 milhões do alqueires. Milho — 2.896 milhões do alqueires ou 73.500.007 toneladas métricas. Só os Estados Unidos produzem 2.286 milhões de alqueires. Aveia — 3.371 milhões de alqueires ou 49 milhões de toneladas métricas : Es- tados Unidos, 871 milhões de alqueires ; Rússia, 825 ; Allemanha, 494 ; França, 208 ; Canadá, 204; Austria-Hungrii, 190. Conteio — Mais da metade e produzida pela Rússia : 890 milhões de alqueires ; Allemanha, 372. Cevada— Rússia, 197 milhões de alqueires; Allemanha, 145 ; Estados Unidos, 114; Japão, 80. Arroz— China, 24.500.000 toneladas metr.cas; índia, 21.700.000. A producção mundial é quasi igual a do trigo. Alpiste — índia, 542 milhões de alqueires ; China, cere i de 500 milhões ; Rús- sia da Europa, 78 ; Rússia da Ásia, 45 ; .lapão, 12 ; Estados Unido?, 5 milhões de alqueires. Segundo uma recente communicação apresentada a Sociedade Nacional de Agricultura da França, vende-se em Vienna o leite puro por 20 cêntimos o litro. Em Paris, compram no por 20 cêntimos o litro os vendedores á retalho e dão-no ao consumo por um preço que varia do 25 a 40 cêntimos. Em Berlim, o preço inva- riável ó de 20 cêntimos o litro. O exemplo que oíferece Londres é ainda mais sur- prehendente. Nessa cidade, com uma população de cerca de 6.000.000 de habitan- tes e onde se dá actualmente uma crise de leite, originada não por escassez, mas por não quererem os retalhistas pagar alguns cêntimos mais exigidos poios proprie- tários de estábulos, ha grandes difflculdades do abastecimento ; mas ainda assim retalha-se o artigo na razão de 40 cêntimos o litro, preço este alli considerado exorbitante ! Aqui, no Rio de Janeiro, o litro de leite custa 600 réis e mais !. . . Empregando os cactos para alimentação do gado, transformaram os americanos esse ílagello de suas planícies em um precioso recurso. Diz o Journal » 7 5$100 » 5J200 3$472 > 3*540 » » 8 4$800 » 5$900 3$268 » 3$336 » > 9 4$500 » 4$600 3$064 > 3$132 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA 2* quinzena Por arroba Por 10 kllos Typo n. 6 5$500 a 5$700 3$744 a 3$881 » » 7 5$ 100 > 5$300 3$472 » 3$608 » » 8 4$800 » 5$000 3$268 > 3$404 » » 9 4$500 » 4$700 3$064 » 3$200 Em Nova York, o typo 7, disponível, foi cotado a 5 "/18 c. por libra, e o da Santos a 7 5/16 c- durante todo o niez. Na Bolsa os seguintes preços registraram-se: 5.05 c. em 1, 11, 12 ln, 20 o 31 ; 5.60c. em 3, 6, 7, 8, 10, 13, 14, 15, 17, 18, 21, 22 e 29 ; 5.55 c. em 4, 27 e 38; 5.50 c. em 5, 24e26. Entradas no Rio de Janeiro, detalhadamente : !"■ quinzena Saooas Estrada de Ferro Central do Brazil 52.26N Cabotagem 4.141 Barra dentro 69.539 Total 125.949 2' quinzena. Saooas Estrada de Ferro Central do Brazil 56.336 Cabotagem 5.728 Barra Dentro 99.274 Total 161.338 Géneros importados Qualidade Carne secca Quantidade 28.832 fardos: ia quinzena Rio Grande (systema antigo) Não ha Dita (systema platino) nova $660 a $720 Rio da Prata, nova, patos o mantas $660 » $760 Ditas idem, manta só $700 » $800 2& quinzena Rio Grande (systema antigo) Não ha Dita (systema platino) nova $660 » $720 Rio da Prata, nova, patos o mantas $680 » $740 Ditas idem, manta só $760 » $820 Farinha de trigo . . . 19.800 barricas .... — ía quinzena Americana (barrica) Não ha > (secca) » » Rio da Prata: Por 2 saccas Primeira qualidade 23$5oO Segunda » 22$õ00 Terceira » 21$500 Moinho Ingloz: Nacional 23$500 Brazileira 22$700 Buda-Nacional 24$700 Moinho Fluminense: S. Leopoldo 24$000 O. O ... • 23$000 2» quinzena Americana (barrica) Não ha » (secca) » » Rio da Prata: I>or 2 saccas Primeira qualidade 24$000 Segunda » 23$000 Terceira » 22$000 Moinho Inglez: Nacional 23$500 Brazileira 22$700 Buda-Nacional 24$700 Moinho Fluminense: S. Leopoldo 24$000 a 24$500 O. O 23.$O0O > 23$500 í* quinzena Manteiga — 517 caixas : Demagny, Isigny (latns sortidas) 2,$500 a 2$550 Brétel Frère3 (latas sortidas) 2$200 > 2$240 Lepelletier 2$470 > 2$480 Modesto Qallone (sortidas) 1$850 > 1$950 Esbousen Não ha L. Brum 2$500 a 2$550 Buske Juniur 2$350 » 2$360 Marclet 2$200 > 2$220 Outras maroas 1$800 > 2$000 A nacional vendeu-se: a de Minas, de 3$2O0 a 3$500 e a do Sul, de 2$400 a2$700. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA 2* quinzena Demagny, Isigny (latas sortidas) 2$540 a 2$550 Brétel Frères (latas sortidas) 2$220 » 2$250 Lepelletier 2$470 > 2$480 Modesto Gallono (sortidas) 1$850 » 1$950 Esbousen 2$500 » 2$5?0 L. Brum 2$340 » 2$550 Buske Júnior 2$350 » 2$360 Marclet 2$200 > 2$220 Outras marcas 1$80) » 2$000 A nacional vendou-so: a do Minas, de 3$000 a 3$400 e a do Sul, de 2$400 a 2$700. Géneros nacionaes Aguardente Houve grandes as entradas da quinzena, pjis reflectiram muito na segunda, registrando grande baixa nos preços. /» quinzena As cotações por pipa de 480 litros, base de 20 grãos, regularam as seguintes: Preços Paraty 190$000 a 198$000 Angra 180$000 > 185$000 Campos 165$000 » 170$000 Maceió K '«$000 » 170$000 Bahia 165$000 > I70$000 Pernambuco 105 $000 > 170$000 Aracaju lfõ$000 » 170$000 Sul 165J000 » 170$000 2' quinzena Paraty 165$000 a 175J000 Angra 155&000 » I60$000 Campos 145ÍO00 » I50&000 Maceió 1459000» 150$000 Bahia 145$000 » 150?000 Pernambuco 145$d00 » 150$000 Aracaju 145|000 » 150j000 Sul 145-;O0O » 150$000 A LAVOURA ^Vlcool No principio do mez o ra srcado o iservou-se Armo, tendo sido regulares as en- tradas, fechando frouxo para o 8m do mez, como abaixo damo?: í» quinzena P cecos 40 gráos 290$000 a 300$000 » 280$000 3 260|000 > 270$000 -'" •!•■•> 40 ;ráos 230$000 a S90j > 260$000 9 270ÍOOO •■ 25OJO00 » 26 i$000 A.ls,o 11$0 0 Penedo Nominal Sorgipe Nominal Maranhão Nominal Assucar Nullos foram os negócios o os compradores do todo o me/, conservando-sc estes quasi que numa posição do espectativa diante das volumosas entradas do Campos, sendo o preçj do quisi tod-is as quilidades fixado na 2a quinzena. Primeira quinzena Os preços regulam como se segue : Pernambuco : Branco usina — — Dito crystal $500 a §520 D,to 3' sjrta $500 » $520 Crystal amarello $440 » $450 Mascavinho $400 » $450 Somenos $420 » $430 Mascavo loi: $345 » $350 Dito regular $340 ^ $345 Dito baixo $3:% » $335 Sergipe : Branco crystal $500 a $520 Mascavinho $420 » $450 Mascavo bom $345 » $350 Dit) regular $340 » $345 Dito baixo $330 > $335 Cimpot : Branco crystal $520 a $540 Dito 2» jacto $500 » $510 Crystal amarello $400 » $470 Mascavinho $420 » $4f,o Bahia : Branco crystal $510 a$520 Dito 2" acto — — Mascavinho — — Ouir is procedências: Maícavinho — — A LAVOUKA Segunda quinzena Os preços regularam como so seguo : Pernambuco : Branco usina — — Dito crystal $500 a $520 Dito 3a sorte $-.00 » $520 Crystal amarello $420 > $440 Mascavinho $410 » $440 Somenos , $420 » $430 Mascavo bom $340 » $350 Dito regular $330 » $335 Dito baixo — $320 Sergipe : Branjo crystal $500 a $520 Mascavinbo $400 » $450 Mascavo bom $340 » $350 Dito regular $330 > $335 Dito baixo — $320 Campos : Branco crystal $530 a $540 Dito 2" jacto $480 » $500 Crystal amarello $450 » $160 Mascivinno $390 » $400 Dahia : Branco crystal $510 a $530 Dito 2° jacto — — Mascavinbo — — l )utr ■ ;<< oceá Mascavinho — — Cereaes Regularam os preços : Saccos Feijão preto de Porto Alegro, novo . . . Nominal Dito idora da Terra Nova 10$000 a 10$500 Dito idem de Santa Catbarina Nominal Dito do Paraná Nominal Dito mulatinho Nominal Dito manteiga !8$000 a 20$000 Dito enxofro 12sOOO > I3$000 Dito de cores, nacional . 7$00) » KB000 Dito branco, estrangeiro 20$000 > 2I$000 Dito amendoim, ubm 1S$500 » 20.000 Farinha de mandioca, espocial 10$000 » 10$500 Dita idem, fina í>$000 » 9$500 Dita idem, peneirada f$'00 » 9$000 Dita idem, do Norto — — SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Farinha do mandioca, grossa, Laguna . . . 6$600 a 0$800 Dita idem idem, Porto Alegro 6$400 » 6$600 Arroz nacional 23$00i l Dito inferior ]6$000 » 20$000 Milho amarello do Norto Não lia Dito idem da torra 7$300 a 7$500 Dito misturado, idem 6$800 » 7$000 Amendoim em casca 8$0f!0 » 9$000 Cangica 15*000 > 10$000 Favas 8$000 » 8$500 Kilogramma Alpiste $360 a $380 Batatas nacionaes $180 » .$200 Dita estrangeira Nominal Fubá do milho $130 a $200 Matte em folha $4no » $500 Tapioca $360 » $400 Polvilho $180 » $?<)0 Carne do porco $6*0 » $'''40 Línguas do Rio Grande (uma) 1$000 » 1*200 Ce boi las do Rio Grande (cento) 4$000 > 4$200 Fumo em í-ôlo Preços Do Minas, especial [$600 Dito superior ISlOO Dito 2a" 1$200 Dito ordinário ]$000 Goyano, superior "$100 Dito 2» 1$700 Baixo Nom. Rio Novo, superior Dito 2' 1$800 Dito baixo 1$000 Pomba, superior l$'50O Dito 2a 1$200 Dito baixo Nora. Carangola 1$400 Picú, especial 2$000 Dito Ia 2$000 Dito 2* 1$000 Bahia ■ 1$I00 Poma ubuco Não ha Sul Entraram 7.676. 2$400 por 40 litros kilos por cabotagem, do nacional, que se cotou de 2.$200 A LAVOURA Msrcado monetário Existência de ouro na Caixa do Conversão : EM 15 DE AGOSTO Libras esterlinas 5.403.2&5 Francos 10.396.470 Dollars 127.935 Liras 440 Pesos argentinos 2.750 Marcos 10° Ouro nacional 148:870$000 EM 31 DE AGOST > Libra-; esterlinas 5.375.870 Francos 10.378.150 Dollars 128.235 Liras. argentinos 120 2.450 Ouro nacional 150:540$000 A importância do notas conversíveis em circulação era 93.760í420$000. O preço dos soberanos, fura da Bolsa, foi de |6$025. CAMBiO As taxas offlciaes continuaram a manter-so inalteradas, a 15 1/8 d. sobre Londres nos bane )S estrangeiros o 15 3/16 d. no Banco do Brasil . As trafisaci ões bancarias fizeram-se a esses extremos e as do outro papel de 15 5/32 a 15 3/16 d., não .-e registrando movimento digno de notv Os extremos das cotações offlciaes foram : Londres, 90 d/v 15 1/8 e 15 3/16 J. Paris, 90 d/v Hamburgo, 90 d/ v £776 » "'■> Portugal, 3 d/v 318 » 325 Itália, 3 d/v $63á* $039 Nova York, á vista 3$288 » 3$3I0 Vales, ouro — 1$793 O valor official do mil réis foi de 560 a 563 réis, ouro. e. ó da libra do 15$í>03 a 15$868. Ágio de ouro 77,77 a 78, 51 £££*35N««€ SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA BIBLIOGRAPHIA Recebemos mais as seguintes publicações periódicas, com as quaes permu- to Riaista Verde, órgão do Iustituto Internacional de Agricultura, de Roma. —Anno IV, ns. 6 e 7. Iahresbericht der Kãniglichen Lamhoirtschaftlichen líochschule in Berlin.— Anno XVI. Revue de Viticulture.— Anno 15», tomo XXX, n. 764. Universttd Çommerciale Luigi BoccoH. — Annuario do anno escolar 1907— 1908. Bolleltino delia Arboricultura Italiana — Anno IV, I[ trimestre. The Journal of the College o/ Agriculture Tohohu Imperial Unieersity, de Sapporo (Japão).— Vol. 111, part. I. Revista da Acuhmvi <'r irense. — Tomo XIII, 1908. Annaes da Bibliotheca e Archico Publico do Porá.— Tomo sext >. Temos ainda a registrar com os nossas agradecimentos o recebimento dos seguintes trabalhos : O Estalo Moderno e a Agricultura, p;Io Sr. D". A. Gomos Carmo. Rio de Janeiro, 1908. Interesses Económicos da Lavoura pelo Sr. Ur. João do Carvalho Borges Júnior. Rio do Janeiro, 1908. Pequeno Conselheiro Pratico de Horticultura. Publicação do Centro de Expe- riências Agrícolas do Kalisyndikat. Flora Têxtil do Paraná pelo capitão Domingos Nascimento. Curityba, 1908. Exposição Nacional de Í908. Catalogo gerai do EU ido de S. Paulo. Asociaciân Rural dei Uritguay — Reglamtnlo — Programa ds la Expostcion Nacional Anual de Animais à Galpon a cii ibrar-se em Montevi léo em 190S. Manurial Experimenls wit\ Sugar Cant .ithe Leeioard Islands, 1906-1907. — Publicação do Imperial Department of Agricultura for ihe West Indies. Estatística Ag ricofr. e Zootechnica no Anno Agrícola de 1904-1905, do Espirito Sant i do Turvo, Una, Pereira e Boa Vi4i das Pedras. i A rALOGOS Catalogue dei Oaerages sur les Cuítures Coloniales et les Productions des Colonies. Augustin Chillamíl, 17, rui Jacob, Paris, 190?. The Blgmyer Iron Works Company. Muhinas modernas para o serviço geral das fazendas de canna, café e arroz ; installações do motores, eta. Caldeiras de vapor. Catalogo illustrado n. 1.141. São únicos agentes dos fabri- cantes Ruston, Proctor & Comp., limitod, Lincoln, Inglaterra, no Rio do Janeiro, os Srs. Victor Islaender & Comp. Machinas a vapor. Bombas ceotrifugas, elevador ss e cabrestantes a vapor, motores a petróleo « Ruston ». Catalogo illu-traio n. 1.148, da fabrica Ruston, Proctor & Comp., limited, Lincoln. Machinas para plantações, Catalogo illustrado n. 1.1-17, Ruston, Proctor & Comp., Lt., Lincoln. Eaage & Schmidt. Catalogo de Flores, plantas e sementes para 190^. le Janeiro — Imprensa Nacional — 1908 ESTATUTOS CAPITULO II DOS SÓCIOS Art. 8.° A sociedade admitte as seguintes categorias de sócios : -'i ■:-- eifectivos, o >rrespondentes, honorários, beneméritos e associados. § i.° Serão sócios elíectivos todas as pessoas residentes no paiz que forem devidamente propostas e contribuírem com a jóia de 15$ e a annnidade de 2o$ooo. s 2." Serão sócios correspondentes as pessoas ou associações, com residência ou sede n< 1 extrangeiro, que forem escolhidas pela Directoria, em reconhecimento dos seus méritos e dos serviços que possam ou queiram prestar á sociedade. § 3.° Serão sócios honorários e beneméritos as pessoas que, por sua dedicação e relevante- ... - tenham tornado beneméritos i lavoura. § 4.0 Sei io associadas as coi .r.içõe : iracter oflicial e as associações agrícolas, filiadas ou confederadas, jue contribuírem c a jóia le 30$ e a annnidade de 5o$ooo. - 5." < )s socins eifectiviK e 1 >s associados poderão se remir nas condições que forem preceituadas no regulamento, não devendo, porém, a contribuição lixada para esse fim ser inferior a dez (10) annuidades. Art. o.° Os associados deverão declarar o seu desejo de comparticipar dos tra- balhos da sociedade. ( >s demais sócios deverão ser propostos por indicação de qualquer sócio e apresentação de dois membn >s da 1 lirect. iria e ser acceitos por unanimidade. Art. 10. Os sócios, qualquer que seja a categoria, poderão assistir a todas as reuniões sociaes, lisjutmdo e propondo o que julgarem conveniente; terão direito a todas as publicações 1 sociedade e a todos os serviços que a mesma estiver habilitada a prestai-, in;e, cadentemente de qualquer contribuição especial. § [." Os associados, por seu caracter de colectividade, terão preferencia para os referidos serviços e receberão das publicações da sociedade o maior numero de exem- plares de que esta puder dispor. § 2.0 O direito de votar e ser votado é extensivo a todos os sócios; é limitado, porem, para os associados e sócios correspondentes, os quaes não poderão receber votos para os cardos de administração. .5. 3." 1 is sócios perderão somente seus direitos em virtude de expontânea renuncia ou quando a asscmbléa geral resolvei' a sua exclusão por proposta da Directoria. REGTJLAJVTEJMTO CAPITULO VI DOS SÓCIOS Art. 18. A sociedade prestará seus serviços de preferencia aos sócios e associado quando estiverem quites com ella. Art. iq. A jóia deverá ser paga dentro dos primeiros três mezes após a sua acceita :ã 1. Art. 20. As annuidades poderão se pagas por prestações semestraes. Art. 2t. tis sócios e os associados se poderão remir mediante o pagamento das quantias de 200$ e 0$, n sp etivamente, feito de uma só vez e independente da jóia, que devera- pagai e n .i.i!. ■ c iso. Art. 22. 11- sócios e issociados não poderão votar, nem receber o diploma, sem terem pago a respectiva jóia. § i.° O sócio que tiver pago a jóia e uma annnidade, poderá remir-se mediante .1 apresentação de 20 sócios, desde [uc estes tenham igualmente satisfeito aquellas contribuições. § 2.0 Para asse elTeito o sócio devera requerer á Directoria, provando seus direitos nos termos d<> paragrapho anterior. .; 3.0 Serão considerados beneméritos os sócios que fizerem donativos á sociedade, a partir da quantia de um conto de réis. Art. 23. Para que os sócios atrazados le duas annuidades possam ser considerados resignatarios, nos termos dos Estatutos, é preciso que suas contribuições lhes tenham -1 i" --licita ia- poi escripto, ale três me/e- antes, cabendo-lhes ainda assim o recurso para o conselho superior e para a asscmbléa geral. m 9 cioaada como devia ficar entre as collecções separadas e independentes dos diversos Estados. Faltavam-lhe esses elementos de amostras e o meio de as obter, quando a tarefa competia a commissões especiaes e com destino áquellas collecções. A exposição da Sociedade, no emtanto, teria de ser toda no inte- resse da agricultura e, pelo caracter da associação, não podia se limitar a determinada zona, mas sim abranger, quanto possível, esse ramo de actividade em todo o paiz, dando assim uma idéa approximada da pro- ducção agrícola do solo brasileiro. Não querendo desertar do posto de honra a que era chamada, a Sociedade procurou desempenhar-se, augmentando seu museu agrícola, organisando collecções que se approximassem desse objectivo e encetou trabalhos e estudos que interessassem a todo o paiz em sua actividade rural e permittissem conhecel-o nesse factor essencial de sua vida económica. A reunião de seus catálogos dará uma idéa parcial do que foi a sua exposição de productos agrícolas e extractivos. Mas não é tudo. Nossa exposição não foi só de productos, mas também de trabalhos. Entre estes está a collecção de mappas. Todos os paizes bem organisados possuem a sua geographia agrí- cola mais ou menos completa e exacta . Nesse particular o Brasil não tinha nem pouco nem muito, nem bom, nem máo. Entende-se por geographia agrícola o modo de distribuição dos factores que influem sobre esse género de producção, a distribuição das culturas e das espécies industriaes espontâneas, com a indicação das regiões e das áreas que ellas occupam, e, finalmente, a intensidade da producção dessas culturas no todo e nas diversas regiões. Dentre os factores, uns são naturaes, outros são obra humana . Aquelles são a constituição geolugica, a natureza dos terrenos agrícolas, que se formaram com elementos das rochas desaggregadas e, finalmente, o clima. Poder-se-hia capitular entre elles as vias naturaes de communicação e assignaladamente os portos e os rios navegáveis e que são elementos naturaes com que os paizes são mais ou menos favorecidos como escoa- douros necessários á sua producção. São de obra humana os meios estabelecidos para essa circulação dos productos e bem assim os trechos navegados, as vias férreas e de rodagem. Em appendice a estes caberia incluir a densidade de população, como factor da somma de productos, 370 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA a organisaçáo da classe agrícola, pela influencia que tem sobre a den- sidade da producção, a distribuição dos meios de aprendizagem e de ensino, como condições para o esmero e proficuidade no aproveitamento de todo o conjuncto de factores económicos da vida rural. Sobre tudo isso, bem como sobre a distribuição e intensidade das producções, já existiam certamente estudos feitos ; mas, ou não estavam elles systematisados ou ainda não haviam sido devidamente orientados e postos ao alcance dos interessados para o estudo e conhecimento do paiz, sob esse ponto de vista geographico especialíssimo e da mais evidente utilidade. A Sociedade, então, no intuito de fazer os visitantes da Exposição Nacional conhecerem o paiz e a sua agricultura, sob esse importante ponto de vista, emprehendeu systematisar e coordenar tudo que estava conhecido com relação a esse objectivo, e com esses elementos organisou uma collecção de 53 mappas e diagrammas, com a qual inaugurou a sua secção de geographia agrícola. A ella pertencem, além dos referidos mappas e como seu comple- mento, uma collecção dos typos de solos agrícolas e outra de correctivos e adubos. Essa secção é trabalho original, que pela primeira vez se organiza em nosso paiz. E' certamente falha, porque apenas se inicia e por deficiência de estudos systematicos feitos com essa orientação. Tem, talvez, erros, por defeito de informações e por erros, talvez, dos próprios trabalhos por outros feitos e que são as fontes necessárias dos dados para esse em- prehendimento. Não faltaram, porém, esforços para a melhor e mais completa systematisação possível. Grande é a bibliographia onde foram esses dados procurados e ainda houve recurso, e grande, a competentes, que podiam também informar com proficiência. As lacunas serão aos poucos preenchidas. Os erros, si os houver, tornados evidentes e realçados agora pela graphia, mais facilmente serão corrigidos, por nós ou por outrem, do que quando sumidos ou diffun- didos estavam em revistas, relatórios e outros escriptos , Em todo caso ahi se encontram muitas noções da maior impor- tância para o conhecimento da vida económica do paiz, noções que não estavam de nenhum modo vulgarisadas, que muito dirhcilmente pode- riam ser obtidas por uma mesma pessoa e que agora ahi estão reunidas, coordenadas, claras e ao alcance de quem quizer consultar os nossos mappas . Secção de industrias extractivas — .Mostruário de tibi Mostruários de algodão, painas e lios de seda CollecçÕes de libras textis Mostruários de sementes, farinhas e fibras textis Mostruário ele café e mate truario de cereaes Esses mappas não são nem mais incompletos nem mais defeituosos do que todos os mappas geographicos que existem sobre o paiz, e que nem por isso deixam de prestar inestimáveis serviços ao conheci- mento que todos deviamos ter no mais alto gráo de perfeição sobre a nossa nacionalidade. Só uma observação prolongada e attenta poderá dar idéa clara do que são esses mappas e de sua utilidade. Formularemos, no emtanto, uma indicação resumida do modo por que elles se encadeiam, se combinam e se completam, e que permitta conhecer a orientação que á sua organização presidio e a natureza das informações que elles fornecem. Um grupo de mappas representa o Brasil, com indicação dos limites dos Estados, dos principaes rios, montanhas e cidades e nelles estão representadas, num, a constituição geológica com os terrenos indicados por idades ou por períodos, noutro, se representa a distribuição dos terrenos agrícolas, por sua natureza physica ou geotomica, deduzida das rochas de que provieram por decomposição. Assim conhecido o que diz respeito ao solo, dous outros mappas informam a respeito do clima, indicando um as altitudes, pela divisão do paiz em três zonas dilferentes, segundo a alt'tude vae de om a 3oom, de 3oom a iooora ou a mais de iooom. Outro indica as temperaturas, assignalando as regiões em que o thermometro vae de o° a i5°, de 15o a 25° ou a mais de 25°. Em mappa especial é dada a densidade de população, com a in- dicação das zonas em que esse coeficiente por kilometro quadrado é de menos de um habitante, ou se eleva de 1 a. . . ou a mais de. . . Conhecido o terreno, o clima e o coeficiente de população, passa-se ao estudo da distribuição das plantas úteis, espontâneas ou cultivadas. Para isso um grupo de mappas indica, separadamente, a área occupada no paiz pela seringueira, pela maniçoba, pela mangabeira, pelo matte e pelos pinheiraes. Outro grupo mostra as zonas de nossas principaes cul- turas, como as do café, da canna, do algodão e do cacáo. Esta parte, porém, precisando ser mais especialmente estudada, em vista da sua grande importância, é dada em detalhe num grupo de mappas estadoaes. Assim, foi feito um mappa em escala maior para cada Estado com a indicação das zonas occupadas por seus campos de criação e pelas culturas que ahi mais se distinguem, por sua importância, ou por sua especialidade. Esses mappas indicam também os géneros agrícolas que são importa- dos e os exportados em cada Estado. SOCIEDADE NACIONAL DE AORICULTURA Finalmente, como synthese da situação económica de cada pro- ducto de exportação e da agricultura, em geral, do paiz, a collecção de diagrammas representa a estatística da exportação de cada género no período de igoi a 1906, com indicação das quantidades e respectivos valores e, por ultimo, faz o confronto entre a exportação geral do paiz, a sua importação geral, a exportação dos géneros agrícolas e a importação de géneros agrícolas. Completam a serie de informações o confronto da área e da po- pulação do paiz, com os principaes paizes da Europa e da America, e os mappas das vias de communicação : estradas de ferro, de rodagem e rios navegados ; e, por ultimo, a distribuição dos estabelecimentos de ensino e das associações agrícolas. Ao lado desse trabalho de que foi encarregado o Dr. Manoel Paulino Cavalcanti, agrónomo e auxiliar da Sociedade, esta apresentou na Exposi- ção o Herd-Book Nacional . Esse é o registro genealógico dos animaes de raça importados no paiz e que o Sr. Ministro da Industria confiou ao critério e execução da Sociedade, autorisado, como estava, a organisar esse trabalho por disposi- ção orçamentaria. A Sociedade traçou o plano desse registro, de accordo com os pedegrees que os importadores são agora obrigados a apresentar para obter do Governo a indemnisação das despezas de importação, e o completou com todas 'as informações que acompanham os animaes, de modo a garantir, por seu registro, a mais perfeita e completa identifi- cação dos animaes importados. A esse registro, já agora iniciado com algumas inscripções, seguir- se-ão os Stud-Book, Flo':-Book e o Pig-Hook nacionaes, bem como, por iniciativa da Sociedade, os registros ^ootechnicos desses diversos ramos da pecuária nacional, de accôrdo com a indicação apresentada por seu presi- dente ao ultimo Congresso Nacional de Agricultura. Entre os trabalhos organisados, além dos referidos, cumpre assi- gnalar a secção de Zoologia Agrícola, que suppomos ter sido pela primeira vez exhibida^com o seu verdadeiro caracter, que consiste na reunião e estudo dos animaes nocivos á lavoura e dos que lhe são úteis, compre- hendendo as diversas classes e ordens zoológicas ; a dos fructos e pro- ductos diversos conservados, sem perda dos caracteres externos, como convém ás collecçóes permanentes ; varias publicações, como são os «Apontamentos para a Geographia Agrícola» do paiz, a «Noticia sobre as Associações Agrícolas do Brasil em 1908», a collecção de leis que regulam as associações agrícolas, sob o titulo «Syndicatos e Coopera- MiKlniariu t!e truclns o protluctns orne Scc\'ã(i de LlcuiJruliinKt Secção de industrias extractivas - Lado direito Secção de industrias extractivas — Lado esquerdo A ni mães úteis Secção de zooln-ia aurícula — Aniniaes A LAVOURA 373 tivas», e as monographias de propaganda sobre o chá, o café e marte, a exploração da borracha e a exploração de madeiras no paiz ; finalmente um importante trabalho, cuja impressão não poude ainda ser concluída, é a «collecção de leis referentes á agricultura, desde o annode 1808». As collecções constam dos catálogos ; do que porém só as photo- graphias podem dar uma pallida ideia, é a disposição em que foram apresentadas, não pela riqueza das installações que só serve para agradar a vista e distrahir a attenção do valor intrinseco que tem as amostras para estudo, mas pelo modo por que estas foram devidamente offerecidas á observação, com a rotulagem nitida e accessivel, na qual eram indicados o nome vulgar, a classificação scientifica e a procedência. A installação em vitrines que, por sua construcção, permittia o perfeito exame das amostras, como é feito nos melhores e mais modernos museus da Europa, concorria para que se pudesse tirar pelo estudo o maior proveito da exposição feita. Essas collecções abrangeram os productos da grande e da pequena cultura, os diversos de espécies industriaes, espontâneas *e cultivadas ; a referida collecção de zoologia agrícola e um jardim de plantas indus- triaes, onde, a par de grande collecção de arvores de fructa, nacionaes e acclimadas, se viram collecções a outros fins destinadas, taes como textis, gommiferas, forrageiras, oleaginosas, ornamentaes, etc. Não só a variedade de productos deve ter attrahido a attenção dos que sabem ver em exposições. Augmentava o valor das collecções a circumstancia de cada uma delias abranger um numero, por vezes ele- vado de Estados, o que podemos resumir no seguinte quadro : Fumo 17 variedades cultivadas em 7 Estados. Café — d 1 tio» Matte 29 » » » 3 d Gereaes Go » 5 » i3 » Leguminosas .... 141 » » "9 » Farinhas 52 » » » 1 1 » Chá 6 » » » 2 d Sedas e casulos ... — » » » 5 1 Painas 16 » » 16.1 Sementes industriaes. õo » » » [6 » Algodão 32 » » 1 14 i Fibras 65 > » » 7 » Productos extractivos. . — » » » 9 . . » Além dessas collecções a Sociedade exhibiu : a de suas publicações de propaganda, composta de 86 números de seu boletim A Lavoura 8724 2 374 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA c 75 publicações diversas ; a de Revistas Agrícolas que se publicam no Brasil em 1908 ; bibliotheca agricola do Brasil, compreendendo além daquelles trabalhos, 410 obras onde se via, desde a de Frei José Ma- riano da Conceição Velloso, escripta em 1778, sob o titulo «O Fazendeiro do Brazil», até as mais recentes; collecção esta que, se não constitue por si só toda a litteratura agricola do paiz, dá idéa já approximada do pouco que existe escripto sobre essa especialidade, aliás fundamental para a vida nacional. Accresce referir a exposição de apparelhos para as applicaçóes indus- triaes do álcool, que se manterá durante toda a Exposição e que con- tém os mais variados typos para a producção de força, calor e luz; Uma installação completa de leiteria, que funccionou com o melhor êxito, no intuito de demonstrar o fabrico de manteiga ; Uma avicultura mecânica e grande collecção de instrumentos agrí- colas completaram a exposição permanente da Sociedade. Além dessa, porém, será organisada com o maior brilho possível uma exposição de flores durante três dias, e bem assim uma de fructas. A Sociedade organisará os seguintes catálogos : Secção de Agricultura. Secção de Productos Agrícolas conservados. Secção de Dendrologia . Catalogo do Jardim de Plantas Industriaes. Secção Industria Extractiva. Secção de Zoologia Agricola . Secção de Applicaçóes Industriaes do Álcool . Secção de Publicações Agrícolas . Secção de Geographia Agricola . Da Exposição de Flores, fructas, pássaros e productos da pequena lavoura. Não serão elles, porém, simples enumeração das amostras. Antes constituirão resumidos estudos de tudo o que for exposto, em numero de cerca de 3 . 000 espécimens . Elles portanto instruem sobre as collecções que constituirem a exposição da Sociedade. Desse modo conservarão sempre a sua utilidade, tanto mais quanto essas collecções se destinam a ficar em exposição permanente no Musèo de Agricultura e Industrias Con- nexas, que a Sociedade mantém, desde o primeiro Congresso Nacional de Agricultura, em 1 901, com o qual foi inaugurado. Muitas, lisongeiras e honrosas, são as referencias que a imprensa tem teito aos esforços da Sociedade . A Pecuária na Exposição 4 annos e 5 mezes do Snr. C°l. Francisco Leite E1 o mais bello espécimen da raça Caracú que figurou na Expo- sição Nacional. O bello animal chamou a attenção geral pelo seu enorme corpo, verdadeira montanha de carne e gordura. Nenhum bovino lhe levou vantagem em tamanho e peso. Cacique provou de modo material o valor da nossa boa raça Caracú, incontestavelmente vantajosa por ser de nosso paiz. SOCIEDADE NACIONAL DB AGRICULTURA §e» Zebú da raça brahma, de anno e 4 mezes, cria do Sr. Dr. F. Marcondes . E' um bonito novilho no seu género Manso como um cão caseiro, mas tem pernas por 4 caracús. Como zebú é digno de menção Secção de Iacticinii Secção de geographia agrícola — Bibliotheca e informações I^HP ' jii^^H fdMw!^ \ mimmmM?mmm~i uQ^m r^ mf-^ ' v Hil £9k& ^^^■it. Exposição da Sociedade Protectora dos Animaes E1 da raça] 'Nellore e descende do celebre Castor . Foi creado pelo conhecido creador de Zebús, Sr . Dr. Elias António de Moraes, que é incontestavelmente um dos mais acreditados criadores do gado indiano no Brasil. O animal aqui representado foi objecto de conversas as mais contra - dictorias : uns o qualificam de monstro; outrospelo contrario acham-no o Adónis dos bois . Tot Capita .... Seja como fôr, no seu género é um typo notave! SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA (&èL ■ R ' •^k :"X ' \ ■ — — — ""í^HR"' 1 ■ ^.±à£;m ■ ij «4. - «O* - 1 I Jò/a e seu lindo filho, baptisado por Se/e ate Setembro, em lembrança da data gloriosa em que respirou as brandas brisas da Praia Vermelha . Nasceu na Exposição Nacional, sendo seus progenitores dois bonitos bovinos da raça hollandêsa. Pertencem ambos ao Sr. Capitão Carlos Augusto Guimarães. Augu- ramos ao joven Sete de Setembro muitos louros e uma numerosa e forte descendência, para maior prosperidade da nossa industria leiteira . A LAVOURA -«aKEÊSSÕ®»- Este cavallo tem seis annos e meio e já foi premiado na Exposição Pecuária de Bello Horizonte, onde alcançou o 50 premio. E' um bom marchador e pertence ao Sr. José Ribeiro Junqueira. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Vampa é um meio sangue percheron. E1 um bello lypo médio de cavallode sella. Pertence ao conhecido criador Dr. Elias António de Moraes, do Estado do Rio . ~xíir^>oAoAoAoAoAo<«§^~ Estes bellos animaes pertencem ao Dr. João Penido Filho, grande caçador de perdizes e uma das pontarias mais certeiras que se possam desejar. São da raça Perdigueira e acodem da direita para a esquerda, pelos nomes de a Nilo», «Campina», «Duquesa» e «Bangue». C2 .mu, ,.»ii. .Miiii ..iiiii ...iiii x) <~ i||in> i||in> i||iin i||im' i||iii'' XD soi IKDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Algumas madeiras e vegstaes úteis do Brasil N. 54 — CAAQUERA-FEMEA, Cássia dormiens Vell. — Fa- mília das Leguminosas (divisão Caesalpiniacea) . Synonymia: — Alleluia (ha algumas papilionaceas de egual nome, e este é ainda extensivo á composta Mikania drástica) —Caa-chira — Caáker «folha que dorme» — ■ Caqueira — Caquera — Kaà-kjrra (todos synony- mos applicaveis também ás leguminosas Cássia sericea S\v. c índigofera dominguensis Spr. L.)— Camâra. Descripção:— Arbusto-arborescente inerme, de caule recto até t>,oo de altura e 0,45 de diâmetro, com accentuada tendência para curvar-se sobre a agua quando vegete á beira de rios ; ramos com casca bruno- lenticellada; casca amarella, fina, aroma desagradável; folhas caducas, compostas, paripinnadas, até i\ jugas; foliolos inteiros, curto-peciolados, ápice mucronado, mas ou menos 41 m/m de comprimento e 10 m/m de lar- gura, cartaceos, oblongos, penninervios. Mores amarellas, em paniculas abundantes. Applicações: — A madeira, que é de còr branca, muito leve, porosa e assetinada, serve para obras internas, caixoteria e pasta de papel; as cascas são usadas algures como purgativas . Distribuição geographica; — Quasi todo o Brasil. Vegeta somente nas capueiras e de preferencia nas terras ordinárias. Observações: — ■ Ha a «Caaquéra-machot, que se distingue não só por ser armada, como porque 05 fructos (vagens) são maiores, attingindo talvez o,25 de comprimento. Também só vegeta nas capueiras. N. bb — CAROBA GRANDE, Jacarandá semiserrata Cham. — Fa- mília das Bignoniaceas. Synonymia: — Caa-rob folha amarga, do tupy guarany — Caroba branca (não Sparattosperma lithontripticum M., que tem o mesmo nome va\g&r)—Caroba-de-broto-verde, (não «C.-de-flor-verde», que é a Cybistax antisyphilitica M.) — Caroba-dc-jlor-roxa (não «C.-de-broto-roxo», que é a Jacarandá obovata Cham.) Cvuba-do-malto — Carob-ussá, no Rio de Janeiro (no Amazonas o mesmo nome vulgar pertence a Jacarandá copaia Don(?i. — A denominação «Caroba» é extensiva a diversas bignoniaceas e, no Rio Grande do Sul, á samydacea Cascaria sylvestris Sw., que aliás tem outros nomes vulgares. — O nome latino não pertence ás arvores brasileiras (Jacarandás), que embora de diversos géneros, estes são todos da grande família das Leguminosas. Descripção : — Arbusto arborescente de folhas caducas, até <3,oo de altura e 0,3? de diâmetro; casca avermelhada, até o,"1/,,, de espessura, com epiderme brancacenta e renovável ; folhas compostas, imparipinnadas ; loliolos serrados, ovaes, verde-escuros na pagina superior e mais claros na inferior, saliente-nervados sendo as nervuras laieraes obliquas ; tiores roxas em paniculas terminaes ; frueto capsula de cor bruna, lenhosa, de margens onduladas, achatada, 2-valvar ; sementes numerosas, amarellas, membranosas e aladas. Madeira : — ■ Còr branca, tecido linear fino, porosa, assetinada, dócil á serra quando sècca e ao cepilho emquanto verde. Peso especifico. o,6i'5 (Rio Grande do Sul). Appucaçóes: — • Madeira para taboado de forro, caixoteria, pasta de papel, cepas de tamancos, ripas e obras internas; as folhas são empre- gadas como suecedaneas das da «Caroba preta» (vid.) Distribuição geographica : — Estados do sul do Brasil, desde o de Minas Geraes ; e também na Republica Argentina. Prefere as terras ex- clusivamente argilosas. N. 56 — CAROBA PRETA , Jacarandá obovata Cham. — ■ Família das Bignoniaceas. Synonymia: — Caa-rob " folha amarga", dotupi-guarany — Cjroba-dc- broto-roxo 'não "Caroba de flor roxa"1, que é a Jacarandá semiserrata Cham.) — (V. "Caroba branca"). Descripção: — Arvore de folhas caducas, até io,oode altura e 0,45 de diâmetro; casca até 4 m/m de espessura, brancacenta e de epiderme re- novável; folhas compostas, imparipinnadas; foliolos coriaceos, pontuados de negro, saliente-nervados e muito amargos; dores no ápice dos ramos. Madeira: — Madeira de còr branca tornando-se amarella e muito bo- nita com o envernizamento, macia, dócil ao cepilho e á serra. Peso espe- cifico, 0,570. (Rio Grande do Sul . Applicações:— Madeira para taboado de forro, caixoteria, portas e obras internas, pasta de papel ; as folhas conteem o alcalóide "carabina11, o acido carobico e uma resina aromática: graças a esta circumstancia, teem propriedades depurativas, anti-syphiliticas e anti-blenorrhagicas, pelo que são empregadas na therapeutica contra as respectivas enfermidadrs e ainda contra as escrophulas. Distribuição geographica: — Estado do Rio de Janeiro S. Paulo e Paraná , e talvez nos visinhos vegetando em terras húmidas, argilosas, ou silicosas, mas preferindo estas. Obserx^ações: — E evidente que todas as bignoniaceas designadas pelo nome de "Caroba'" teem propriedades medicinaes idênticas, mas não 384 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA na mesma proporção; entretanto, as mais fracas podem legitimamente ser consideradas suecedaneas das outras. Comtudo ainda (e ha bastantes annos que, empírica e arbitrariamente, se dosa a parte usada deste vegetal; não foi feito o estudo botanico-chimico das diversas espécies, pelo qual se chegaria ao único modo racional de estabelecer-se uma dosagem média, porquanto as folhas (foliolos) que são fornecidas aos laboratórios manipula- dores de drogis, quasi sempre, como temos verificado, sÁo de espécies differentes. N. 57 — CARVALHO BRANCO, Rhopala heterophylla Pohl. var. pinnata Meiss.— Família das Proteaceas. Synonymia. — ■ Carne -de-vacca, nos Estado; do Espirito Santo, Rio de Janeiro e Minas Geraes (no Rio Grande do Sul dão o mesmo nome vulgar ás styracaceas Styrax aauminatus Pohl. e S. leprosus Hook e Am.)— Can- xi-cahen — Carvalho, no littoral do Estado de S. Paulo e nos Estados do Paraná, Santa Catharina e Rio Grande do Sul — Calo-cahem, Caxi-cahcu, Coxi-cahen, Cuchi-caheu,C>.duajé, Culucahen, Cutucanhé, Cutucanhen, cor- ruptelas «Coti-cahen, que parece ser a forma perfeita do nome que os abo- rígenes davam a diversas proteaceas arborescentes — Faia no norte do Es- tado do Rio Grande do Sul (o mesmo é dado no Rio de Janeiro a uma cor- diacea do género Cordia) — Faia-grande,n?> Maranhão — Guaxica, no oeste do Estado de S. Paulo — Jerilacaca, (Nome da scrophulariacea Brunsfelsia Hoppeana Dl— Páo-de-palmatoria, no valle do Tietê (Estado de S.Paulo) onde os pescadores chamam «Carvalho» a uma arvore de que extrahem a grossa casca para fazerem bóias de redes (Tucajé Tuca/ihc, outras formas imperfeitas de iCoti-canhê» (Cr. ainda a «Observação» inserta no fimdesta monographia). Descripção — Arvore de pouca copa quando na floresta, mas muito elegantesi ceset; isolada ; caule cylindrico e recto, até 8,00 de altura e 0,45 de diâmetro ; casca amarello-avermelhada, fendida, quebradiça ; folhas compostas, coriaceas, grandes ; foliolos irregulares, pungente-acu- minados, semi-serrados, os jugos superiores sempre maiores e o foliolo ter- minal tendo até 0,28 de comprimento e 0,17 de largura mais ou menos, verde-brilhantes na pagina superior e ferrugineos na inferior ; flores pe- quenas, conchegadas e incompletas, dispostas em racimos avaliares. N. 58— CARVALHO-VERMELHO, Rhopala Gardnerii Meiss — Família das proteaceas. Synonymia: — Carvalho Roxo, na zona de Iguape, Estado de São Paulo— (o nome de «Carvalho-vermelhou, no Rio Grande do Sul, é com- muma uma caesalpiniacea do género Cássia).— Tem logar aqui toda a Synonymia indicada para a espécie precedentemente descripta. A LAVOURA 38 • Descripção : — Arvore de pouca copa quando na floresta, mas bem elegante si cresce isolada ; caule cylindrico recto, até 10, oo de altura e 65 de diâmetro; casca até 8 m/m de espessura, irregularmente fendida e reves- tida de epiderme escura; folhas simples, inteiras discolores, longo peciola- das, saliente-nervadas. pubecentes e ferrugineas na pagina inferior i35m/m de comprimento e 1 20 m/,„ de largura mais ou menos; flores pequenas . Madeira: — Pequeno alburno; madeira de gosto adstringente e côr vermelha a vermelho-escura: em tudo o mais offerece a descripção do Car- valho branco, que lhe é toda applicavcl, sendo todavia este muito superior não só em belleza, graças á coloração, como também em durabilidade. Distribuição geographica: — A mesma da espécie precedente. .Madeira — Grande alburno ; madeira de cor rósea, resistente, com fibras trançadas como as do Carvalho de Europa, deixando ver bem pa- tentes os utriculos dos raios medullares; conforme o corte, apresenta um marchetamento singular lindíssimo, formando um tecido compacto e duro, frequentemente atacado pela broca, dócil ao cepilho e á serra, per- dendo parte de sua belleza com o envernizamento. Pesos especifico; ve- rificados : 0,858 (Rio), 0,960. 0,967 (Rio), 1,045 (Rio Grande do Sul); resistência ao esmagamento, sem determinação da posição da carga, 472 kilogrammas por centímetro quadrado. Appucações — Arvore para ornamentação de ruas e jardins, pela belleza de suas grandes folhas discolores. — Madeira para construcção naval, mastros, antenas e vergas ; marcenaria de luxo, torno ; taboado de soalho, frechaes, obras internas, carpintaria em geral ; de primeira quali- dade para vigamentos, tirantes, esteios e postes. — Varas flexíveis boas para bengalas. Distribuição geographica — Estados marítimos do Brasil, desde o do Maranhão ao do Rio Grande do Sul, vegetando indifferentemente em terras argilosas ou silicosas, mas sempre sêccas ; todavia, parece fora de duvida que a maior densidade (da qual depende em grande parte a bel- leza do tecido fibro-vascular dos indivíduos desta família) é obtida pelos que vegetam em terras silicosas. E1 possível que algures attinja um desen- volvimento maior. Observações. — Os nomes « Carne - de - vacca », « Carvalho» e « Faia o explicam-se do seguinte modo: o primeiro, porque o tecido lembra a carne de rez; o segundo e o terceiro, porque o mesmo tecido se parece com o das duas plantas européas assim chamadas vulgarmente. Os antigos colonos nunca perdiam a occasião de dar denominações portuguezas a plantas que apresentassem qualquer similhança com outras de seu paiz; também em Angola ( Africa occidental) elles deram o nome de « Carvalho » á combre- 385 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA tacea Combretum lepidotum Hochst., lá como aqui despresando os nomes indígenas. Algures, no norte, dão a uma arvore média revestida de casca tão ás- pera que serve de lixa aos tartarugueiros, bem como a uma ochnacea do género Ouratea e a uma espécie de Rhopala, o nome de i Cajueiro-bravo -da-Serra », que cabe melhora dilleniacea Curatella americana L. Esta ultima, além daquelle nome vulgar, tem outros, como sejam « Sobro & e « Sambahyba », nomes estes confusamente attribuidos no Piauhy e Mara- nhão a variedades de Rhopalas ( nos Estados da Bahia e Rio de Janeiro, « Sobro » é apocynacea ). Na Exposição Nacional vè-se uma amostra de Rhopala ( Gardnerii Meiss? ) com o, 3o de diâmetro e a indicação a Sam- bahyba » : quem conhece um pouco a rigorosa propriedade com que os abo- rígenes denominavam as cousas, logo vê que elles não poderiam ter assim chamado a espécie de que nos occupamos ou outra affim. Uma tão deplorável confusão não tende a desapparecer. Em trabalho recente e de caracter official, attribue-se ás florestas do Paraná o Quercus ilex, o celebre « Carvalho », importante na mythologia grega, mas que evi- dentemente não faz parte da flora americana. Em 1818, o Governo reservou-se o privilegio do corte desta arvore e do das suas congéneres, sendo por elle vendida a madeira aos particulares e especialmente aos estaleiros, com o lucro de 20 °/0. Consta existir uma « Canella-Carvalho »: não a conhecemos. COLLABORACÃO O azote Estudo especial do azote. — Origem. — Formas chimicas sob que existe na atraos- phera c no solo. — Absorpção pelas plantas. — Alterações que experimenta o papel que desempenha na nutrição vegetal. — Applicações praticas ás diversas culturas. O azote ''i) é um gaz incolor e insípido, que forma as quatro quintas partes da atmosphera. O seu nome significa corpo sem vida. Tem pro- priedades chimicas negativas ; não é absorvido pelos reagentes ; não se (1) Este importante trabalho sobre o «Azote» constitue um capitulo especial de um livro que em Hespanha está no prelo. combina directamente com os outros corpos, á temperatura c pressão nor- maes ; e manifesta grande tendência para voltar no seu estado primitivo, quando constitue os corpos azotados. Apezar d^is-o, é um dos elementos que mais contribuem para a vida, porque, precisamente cm virtude da sua instabilidade, imprime caracter á complexa molécula quaternária de que forma parte conjunctarnentecom o owgenio, o hydrogenio e o carbonio, cujo rápido dynamismo e elevada atomicidade explicam as intrincadas e vertiginosas mutações chimico- biologicas. As plantas precisam de azote para a sua nutrição e desenvolvimento; contècm-n'o cm proporções variáveis até 4 por cento, e utilisam-nV) como elemento essencial dos princípios immediatos — a chlorophyla, o glúten, a caseína, a legumina e a aleurona, bases do protoplasma, que é a ma- téria prima das cellulas, causa da incessante rcproducção dos tecidos e do desenvolvimento das energias vitaes. Todas as questões que suscita o estudo da origem, estados, evolução, transformação e aproveitamento do azote pelas plantas serão sempre de interesse palpitante para a agricultura. Poderá o agrónomo despreoc- cupar-se dos elementos orgânicos que a natureza tão copiosamente prodi- galisa ; mas, quanto ao azote, nunca deixa de com afan indagar quaes os meios mais úteis e económicos de o poder administrar ás culturas, em virtude da inércia e quasi absoluta inutilidade do immenso caudal de azote que encerra a atmosphera. E, n1esta tarefa scientifico-pratica, é grato consignar que, provada a insubstituível funeção vital do azote — pois sem elle não vegetam as plantas — os agrónomos de todos os paiz?s riva- lisam em obter a solução exacta do problema agricolo-economico, utilí- sando os grandes progressos da sciencias physico-chimicas e biológicas. Evidentemente todo o azote combinado e circulante procede da atmosphera . Nos primeiros períodos geológicos, a capa gazosa do globo terrestre soffreu a acção directa da pyro-espheia, e o azote combinou- se em grande quantidade com o oxigénio, contribuindo com o carbonio c o hydrogenio para a alimentação dos primeiros seres organisados. Pos- teriormente a exuberante vegetação própria do período carbonífero puri- ficou a atmosphera, fixando enormes quantidades de azote que hoje se extrahem da hulha ou restos fosseis d^iquellas plantas . Mais tarde, os restos de myriades de aves marítimas fixaram também um immenso de- posito de azote nas grandes nitreiras do Chile . Na actualidade, são outras as condições. O azote atmospherico tornou- se inerte ; as plantas organisam e assimilam o azote mineral para o cede- rem aos animaes, assim como ao homem que com elles vive n'uma for- SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA cosa relação de dependência; evoluciona o azote das plantas para os animaes e destes novamente para aquellas, mineralisando-se no inter- vallo; perdem-se quantidades importantes de azote durante o cyclo evo- lutivo dos compostos orgânicos ; e o que o solo retém nos seus diverti- culos, se basta para a vegetação espontânea, não satisfaz todavia, ás ne- cessidades cada vez mais imperiosas da cultura forcada. Perante estas circumstancias, o agricultor olha com maior attençao o duplo aspecto, agronómico e economico-rural, da alimentação azotada, utilisa o azote fóssil dos nitratos e do ammoniaco, e também procura tirar proveito do azote livre, servindo-se dos ph?nomenos da nitrificação, que a bacteriologia hoje ensina. Sobre este assumpto, provoca surpresa e admiração tudo quanto se tem escripto desde a brilhante polemica de Boussingault e George Ville, e as conclusões, na apparencia contradictorias, a que chegaram agrónomos illustres, até aos notáveis trabalhos de Bréal, Prazmowsky, Schlcesing, Mazé, Winogradsky e Berthelot, sanccionados pela experi- mentação. Felizmente, após tantas discussões e contra-provas, a questão pôde julgar-se esclarecida, impondo-se a verdade experimental. Pres- cindindo de fazer a chronica de taes controvérsias, limitar-nos-hemos a expor o resumo dos factos demonstrados, cujo exacto conhecimento serve de guia á pratica das culturas. Sob quatro differentes aspectos se mostra o azote natural. Livre, constitue a maior parte da atmosphera ; combinado com o oxygenio, forma os nítricos e os nitratos, denominando-se, então, azote nítrico ; unido ao hydrogenio, origina o ammoniaco e chama-se ammonical ; finalmente, nos compostos hydro-carbonados integra a matéria orgânica e diz- se azote orgânico. AZOTE ATMOSPHERICO A atmosphera contém azote nos seus quatro estados. A grande massa do gaz livre forma a quasi totalidade ; o ammoniaco, os nitratos e o azote orgânico das partículas que fluctuam no ar, existem em proporções mínimas. Desde séculos que se conhecem factos demonstrativos da indis- cutível influencia do azote atmospherico sobre a nutrição das plantas. Kifectivamente, as plantas, sem adubo, encontram mais azote do que aquelle que lhes pôde fornecer a terra por decomposição lenta da matéria orgânica; as florestas, os prados e as plantas espontâneas vegetam vigo- rosa e indefinidamente sem receberem adubos azotados, e até mesmo A LAVOURA 389 as plantas adubadas utilisam maior quantidade de azote do que o exis- tente nos adubos. Diante de taes provas não se pode duvidar, e lógico é admittir, que as plantas utilisam relativa e indirectamente o azote atmospherico. Vejamos como e em que gráo isto se realiza. O azote livre é um elemento passivo, sem aftinidade, e incapaz de se deixar absorver directamente pelos vegetaes superiores. Lawes, Gilbert e Pugh assim o demonstraram, e mais tarde vieram também confirmal-o as experiências de Berthelot. Todavia, nada mais certo do que fixarem as plantas o azote. Até ao penúltimo quinquennio, ignorava-se o meca- nismo deisa fixação, e isso deu causa á controvérsia havida entre Boussingault e G. Ville. Ambos estes sábios tinham razão ; porque, se o primeiro, atendo-se á realidade dos factos, negava em absoluto a absorpção directa do gaz, o segundo, fundando-se nas poderosas razões da insurficiencia do azote orgânico do solo e da do azote ammoniacal e nítrico da atmosphera para a alimentação das plantas não adubadas, deduziu theoricamente que o excesso de azote, ás vezes enorme, como o das leguminosas, só da atmosphera poderia derivar. Com esta opinião o illustre sábio G. Ville, si não logrou demonstrar a sua affirmativa, rastreou ao menos a solução racional do problema, procurando a origem do azote no único manancial que llvo podia ministrar ; não foi exacto na crença da absorpção directa do azote livre, mas os fundamentos da sua doutrina eram racionacs e assentavam noutros factos agrícolas. Mais tarde, o grande Berthelot poz termo á contenda, desvendando o mysterio da fixação do azote . As suas experiências, continuadas por muitos annos com aquella tenacidade que é própria dos sábios, resolvem claramente o assumpto e provam que o azote livre não é absorvido pelas plantas, mas, por diversas maneiras e condições fixa-se na terra, onde as plantas o vão haurir. De começo, as experiências de Berthelot causaram assombro, suscitaram duvidas e provocaram controvérsias. Schliesing oppoz reparos, negou os factos e adduziu experiências pessoaes contra- ditórias. Apesar disso, Berthelot foi aperfeiçoando os seus processos experimentaes na Estação de chimica vegetal de Meudon ; Gautier e Drouiu confirmaram-lhe a descoberta em França, como Frank lha con- firmou na Allemanha. Depois, Hellriegel descobre os micro-organismos das leguminosas ; Winogradsky amplia esses estudos ; e por fim as nascentes idéas são sanccionadas como verdades impostas pela expe- rimentação. A terra não é um conjuncto de corpos inertes, privados de vida; representa mais alguma cousa : na sua massa vive e desenvolve-se uma SOCIEDADE NAI.IONAI, DE AGRICULTURA infinidade de micro-organismos que de continuo lhe modificam a compo- sição e despertam enei-gias, fixando o azote livre da atmosphera. Esta propriedade é commum a todos os solos, tanto os cultivados como os incultos e os desprovidos de vegetação. Quando se esterelisa uma terra, matando-lhe os germens, cessa a fixação do azote ; não se csterelisando a terra, o azote, dentro de certas condições, continua a fixar-se até aos limites naturaes do trabalho microbiano. Numerosos são os minúsculos seres vivos que fixam o azote. Do- tados de diversa Índole, vivem ás vezes subordinados e distinguem-se pelos seus caracteres. Admittem-se hoje os seguintes grupos de micro- organismos fixadores : i." Bactérias ou micróbios extrahidos da terra e cultivados no labo- ratório, taes como o bacillo Megateriwn tio abundante na; aguas e nos solos, os bacillos A, B, C, D, E, F e G de Gaignard, e o bacillo de \Yi- nogradsky . 2." Bactérias que vivem nas raízes das leguminosas. 3.0 Sementes puras de algas microscópicas, como são o Aspergillus niger, a Alternaria tenuis e o Gjmnoascus. 4.0 Algas e fungos associados com micróbios. Excluindo o < lostridium pasteurianum que é anaeróbio, todos os demais germens necessitam de oxygenio livre. Todos fixam o azote, mas em quantidade variável, segundo as espécies e o meio em que vivem. Como lei geral, está provado que, sem substancias hydrocarbonadas ou endothermicas que forneçam energia, não podem os germens exercer a funcçáo fixadora do azote. As substancias saccharinas, glucoses e pentoses' são os hydrocarburetos que no laboratório mais activam a vida destes micróbios, representada pelo a ugmento do azote fixado. Na terra vegetal os resíduos das plantas, sob a acção diastasica dos fermentos, converte-se parcialmente em xyloses, pentoses, arabinoses e outros compostos sus- ceptíveis de serem assimilados pelos germens. Como alimento secundário também elles utilisam as matérias azotadas, demonstrando a experiência viverem melhor em meios ricos de azote combinado. O azote fixa-se no solo e intrega-se no protoplasma dos micróbios no estado de compostos orgânicos complexos, albuminóides ou amidados, solúveis e insolúveis. Deste modo as terras accumulam uma notável quantidade de azote, que, segundo Berthelot, varia entre 35 e 38 kilogrammas por hectare. Neste facto está a explicação dos obscuros phenomenos que tanto pre- oceuparam os agrónomos ; o azote das plantas espontâneas e não adubadas, e o excesso do das fertilisadas provém desta fonte terreo-microbiana. A LAVOURA 391 Para que a fixação do azote se realize regularmente e atttinja o seu maximum, é preciso que as terras tenham uma composição média, sejam argillosas ouhumiferas, mas não acidas, medianamente ricas de matéria hydrocarbonadas e porosas, para permittirem a circulação lenta do ar ; além do que, a sua temperatura interior oscillará entre io° e 40o, e a hu- midade será de 2 a 3 por cento nas terras em cultura, e até 1 3 nas de pousio. Ainda mesmo nestas condiçães, a accumulação tem seus limites ; chega um momento em que as matérias orgânicas diminuem e o phenomeno enfra- quece, ou então sobreveem accidentes que matam os micróbios fixadores. O lavrador deve contar com o azote fixado mas, isso não o dispen- sará do emprego dos adubos. As culturas obrigadas a maior produecão, além de exigirem muito mais azote, também de um modo indispensável o requerem num estado de absorpçáo mais rápida do que aquelle em que se encontra o azote do solo. A alimentação azotada das plantas em vida commum ou symbiose merece estudo especial. Sob o ponto de vista scientitico, tão symbiotica é a associação das bactérias e das algas Nosloc, Sttchococcus e Cysticoccus, estudada por Kossowitch, Schhesinge Bouilhac, como o éa associado das bactérias e das raizesdas leguminosas. Em ambos os casos o micróbio lornece o azote á custa dos hydrocarburetos do vegetal superior. O azote das algas é uma parte da totalidade que o solo tira da at- mosphera ; o das leguminosas excede em muito este ultimo e possue alto valor agrícola que importa estudar detidamente. Desde a publicação, em 1887, da memoria de Hellriegel e Willafarth, até hoje, tèem-se realisado numerosas experiências concernentes á bio- logia, unidade e funeções dos micro-organismos das raizes e ao modo de reagir das differentes leguminosas, experiências que, parece hão de ser fecundas de applicações praticas. Prazmowsky, Beyerink, Laurent, Bréal, Berthelot, Nobbe, Hiltner, Salfeld, Mazè e Naudin confirmam e ampliam os trabalhos das dois agrónomos allemães, adduzindo novos factos e valiosos ensinamentos culturaes. O muito que a tal respeito se encontra escripto p jde resumir-se nas seguintes palavras : 1 .° As leguminosas apresentam nas suas raizes umas nodosidades ou tubérculos de tecido parenchymatoso e muito vascular, produzidos por um micro-organismo ainda mal determinado, o qual para certos auetores seria um fungo schizomyceto, o Rlu-obium leguminosarum ou dadochy- tnum, e para outros seria uma bactéria, o Bacterium radicola Beyerinki. 2.0 Quer estas espécies se considerem como uma só, mas com di- versas variedades para cada leguminosa, quer se considerem como con- stituindo uma única variedade neutra que se adapta ao solo e á planta, é SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA certo que ellas variam consoante as culturas, porque as que vivem sobre o feijão e sobre a acácia não têm acção sobre a serradella, sobre o tre- moceiro, etc. 3.0 Em condições normaes, quando as plantas contém todas as nodosidades que podem supportar, como provam as experiências de Frank e de Berthelot, alimentam-se primeiro do azote do solo até se desenvolverem os tubérculos fixados, começando então a accumular uma grande quantidade de azote livre, que varia de 90 a 500 kilogrammas por hectare, abrangendo o que é absorvido pela cultura e o que é ar- mazenado na terra. 4.0 O azote nitrificado do solo, os nitratos e o ammoniaco são absorvíveis pelas plantas leguminosas e utilisados nos casos em que ellas não teem nodosidades. Se nas culturas ordinárias os adubos azo- tados vêem a mostrar-se inefficazes, provém isso de que a dose de azote livre fixada satisfaz plenamente ao limite máximo exigido pela cultura. 5.° O acto da vida commum ou symbiose das baterias e raízes é uma infecção d'estas ultimas, e por isso se rege segundo as leis geraes da bacteriologia, e assim se explica o facto de que, já por degeneração das baterias, sua desegual repartição no solo, differentes variedades c exgotamento das suas funeções, já pelo maior ou menor grau de resis- tência das leguminosas, nem todas por egual são aplas para produzir tubérculo, ssuecedendo que, na pratica, o numero destes é muito irre- gular, ora abundando, ora escasseando ou faltando mesmo de todo. ó.° Para supprir a deficiência ou faltada funeção fixadora do azote livre, além do uso racional dos adubos azotados, aconselha-se a inocula- ção dos solos com terra de campos em que tenha vegetado luxuriante- mente a leguminosa que se quer explorar, pratica muito mais útil do que o emprego de culturas puras do micróbio especifico denominado Nitro- gina pelo Sr. Nobbe, porque este produeto, nem sempre se adapta ás pro- priedades do solo, resultando frequentemente ticar inefficaz, como se vé do grande numero de insuecessos obtidos. Fundado no estudo da flora microbiana do solo, um agricultor, o Sr. Caron de Kllenbach, isolou um micróbio cujas culturas, applicadas a varias plantas contidas em vasos, produziam 40 por cento mais do que a aveia e 3o por cento mais do que o trigo dos vasos ou talhões não ino- culados. Esse micróbio tem o nome de Bacíllus Ellei;bachii\ c as suas cul- turas chamam-se Alinite. Também estes excellentes ensaios falliram na pratica ; talvez venham a dar resultado mais tarde, quando os processos forem mais perfeitos, porque fundamente suppõe Caron que o referido micróbio, que não é senão o Bacillus Megaterium, tem a'propricdade de desaggregar rapidamente a matéria orgânica azotada do solo, o que é exacto, e, além disso, o micróbio rixa o azote livre, á custa dos hydratos decarbonio. Trata-se de um dos muitos micro-organismos fixadores do azote, e já se disse que, abundando elles nas terras, se não inocularmos grande quantidade de caldos culturaei addicionados das substancias que taes micróbios mais facilmente assimilam, isto é, as matérias xylosas, pen- tosas e saccharinas, pouco augmentarão as proporções d^zote utilisavel. Assim, a alinite, se porventura representa uma esperança, não tem por cmquanto nenhum valor agrícola. A electricidade atmospherica, actuando lenta, silenciosa e continua- mente sobre o azote livre, fixa-o no solo á temperatura c pressão ordi- nárias. Fracas tensões eléctricas de pequeno potencial favorecem a com- binação de exíguas quantidades de azote com as substancias hydrocar- bonadas da terra, originando compostos análogos aos que elaboram os micro-organismos fixadores, conforme se deprehende das numerosas ex- periências feitas por Berthelot nos campos eléctricos de Mendon. Certos corpos orgânicos oxydantes-oxydaveis, que facilmente absor- vem oxygenio e o cedem a outros compostos, para continuarem a absorvel-o e a cedel-o indefinidamente e lentamente, também fixam o azote em me.iores porporções. O ether, a es;enciadc terebenthina, os hvdrocarburetos aromáticos e as aldehydes estão neste caso e, como a terra por vezes os contém, é lógico suppôr que de algum modo elles hão de contribuir para o fixação do azote livre . O azote nítrico existe na atmosphera, onde é gerado intermittente- mente pela acção das fortes tensões eléctricas das nuvens tempestuosas. Graças a estas, o oxygenio combina-se com o azote, formando pequenas quantidades de acido nitroso e acido nitrico, os quaes, com o ammoniaco do ar, dão origem a finas partículas de nitrico e de nitrato ammoniacal que os ventos arrastam e as aguas dissolvem. No parque de Montsouris, o ar contém um a cinco milljgrammas em tempo normal, e até 12 du- rante as grandes tempestades, por cada 100 melros cúbicos. A quantidade de azote nitrico trazido ao solo pelas aguas pluviaes varia segundo as regiões. Na Provença é de 2,80 kilogrammas por anno e por hectare-, em Rothaussted de 4,1 kilogrammas, e em Hespanha é de 2,7 a 3,5 kilogrammas. Seja como for, este azote não é para desprezar e constitue uma das causas da fertilidade natural das terras. O ar contém ammoniaco em proporções mínimas de 1,2 milli- grammas por 100 metros cúbicos nos campos e de 2,2 nas cidades. Este gaz derive certamente das putrefacções orgânicas, e na atmosphera com- bina-se com o acido carbónico, formando bicarbonato. Quer neste estado, 394 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA quer sob a forma de nitratos, as aguas meteóricas dissolvem-r^o e depois o fixam na terra. O ammoniaco fixado durante um anno em cada hectare calcula-se, termo médio, em 2,5 a 5 kilogrammas. O Dr. Warnington, em Rothaussted, recolheu 2,7 kilogrammas. O notável agrónomo Schlcesing é da opinião de que as terras absorvem directamente o ammonico do ar, na quantidade de 1 2 a 20 kilo- grammas, por anno e por hectare, quando estão seccas, e até 5o, quando húmidas. Funda elle esta opinião em experiências relativas á troca de ammoniaco entre a atmosphera e a terra, as quaes experiências parece demonstrarem que a terra tira este gaz da atmosphera, mas não lrfo cede. A lei das tensões dos gazes explica o mechanismo dessa fixação, porque, sendo maior a tensão do ammoniaco atmospherico do que o da terra, é natural que seja fixado por esta até se estabelecer o equilíbrio entre as duas tensões, como succede com as terras seccas que, estando impróprias para a nitrificação, armazenam o ammoniaco e só deixam de absorvel-o, quando têm tensão igual ao da atmosphera ; pelo contrario, os solos húmidos que nitrificam o ammoniaco e o contêm em pequena quantidade e com fraca tensão, não cessam de fixar o da atmosphera. As idéas de Schkesing têm sido combatidas por Berthelot. Estes dous sábios discordam em muitos pontos de chimica e de biologia ; Sehla-sing negou sem fundamento a doutrina da fixação do azote livre pelas terras, doutrina sustentada por Berthelot, o qual por seu turno ataca parcial- mente com êxito a engenhosa theoria da circulação do ammoniaco, tão calorosamente defendida por Schhesing. Demonstrou Berthelot que as terras exhalam ammoniaco e compostos azotados voláteis; que o acido sulfúrico, mais do que qualquer outro corpo, e portanto, mais do que a terra, absorve avidamente o ammoniaco atmospherico; que, generalisando os resultados das suas experiências de Meudon relativas ao ammoniaco fixado numa superfície de 1 1 3 centí- metros quadrados de acido sulfúrico, um hectare coberto pelo referido acido absorveria apenas 5, -i kilogrammas de ammoniaco; que o bicarbonato ammoniacal da atmosphera tem uma tenstlo muito variável que se relaciona e depende do excesso de acido carbónico e do vapor d\agua; que o amoníaco da atmosphera combina-se em parte com certos princípios da terra, diversos daquelles que o emittem ; que a faculdade de as terras emittirem e absorverem ammoniaco dá logar a trocas gazosas entre as terras e o ar, trocas devidas a reacções complexas ainda mal definidas e de caracter physico, chimico e bacteriológico ; e final- mente, que não existe nenhuma relação de reciprocidade entre o ammo- niaco do ar e o da terra . A LAVOURA 393 Sob o ponto de vista das applicações agrícolas, atendo-nos ao cri- tério experimental de Berthelot, julgamos exaggerados os algarismo; de Schhesing relativamente ao ammoniaco retido pelo solo ; c sem negar- mos que a terra o absorve do ar, admittimos, com a maioria dos agró- nomos, que o ammoniaco se fixa na proporção de 2 a 3,5 kilogrammas por hectare . O azote das partículas orgânicas que tluetuam na atmosphera apenas existe nos sítios vizinhos das povoações. Praticamente esse azote não tem importância. ODr. Warnington diz que em Rothaussted as aguas das chuvas trazem annualmente para o solo um kilogramma de azote orgânico. Deriva de três procedências — a atmosphera, a terra e os adubos. O nitrato e o nitrito de ammonio dissolvido nas aguas pluviaes, em contacto com a terra, ou são absorvidos directamente pelas plantas ou reagem sobre os calcareos, formando o azotato de cal que também é absorvido . As matérias orgânicas do solo e dos adubos, b2m como o ammoniaco, em condições adequadas que adiante serão minuciosamente descriptas, quando tratarmos das terras, sollrem certas transformações e convertem-se por fim em nitrato de cal e de potassa. Os nitratos de soda e de potasst, sós ou associados a outros fertili- santes constituindo adubos completos, fornecem á plantas outra fonte de azote nítrico. Os nitratos, graças á sua solubilidade e poier oxydante, são a melhor das formas para a nutrição vegetal. Liebig duvidava da sua efhcacia e suppunha que o ammoniaco era o único composto azotado capaz de pro- porcionar o azote ás plantas. Boussingault, nas suas celebres experiências sobre a cultura do Helianthus, em solos esterilizados a que acerescentou nitrato, poz em evidencia a ai isorpção directa e completa do azote nítrico e o augmento de peso da planta relativamente á quantidade de nitrato empregado. G. Ville, Cloêz, Hellriegel, Grandeau c Pougual confirmaram essas experiências. Está hoje fora de duvida a acção nutritiva preponde- rante dos nitratos. A natureza e os factos provocados pelo homem estão claramente a demonstral-o, porquanto quasi todo o azote utilisado pelas plantas entra sob a forma nítrica e, quando racionalmente se administram nitratos ao solo, é notória a exuberante marcha das culturas e o in- cremento das colheitas. SOCIEDADE NACIONAL DK AGRICULTURA O azote nítrico é sempre absorvido pelas plantas mais rapidamente do que sob qualquer outra forma; mas, ainda mesmo nos raros casos em que directamente são absorvidas quantidades mínimas de azote ammoniacal ou amidado, o phenomeno realisa-se mais lentamente. O estudo do azote nitrico receberá o seu complemento nas seguintes epigraphes, em que fazemos a comparação das diversas formas sob que se nos apresenta o azote. (Continú i EXPEDIENTE Secretaria Confereucia — Kealizou-se no dia lã !e setembro, no salão nobre da Suciedade, a conferencia do Dr. António Carini, professor do Instituto Pastour de S. Paulo, que versou sobre a Febre do Texas ou Tristeza do gadi, sendo essa confe- rencia ouvida por numeroso e selecto auditório e tenlo a cila comparecido todos os membros da directoria. 0 Snr. Professor Carini discorreu sobro o assumpto com a competência que lhe e própria, desfazendo duvidas e controvérsias, c pondo em destaque a etiologia da moléstia, o carrapato como elemento vector e os meios de tratamento. E m tempo opportuno esta Sociedade fará a distribuição om folhetos com gra- vuras da conferencia do illustre homem de sciencia. Correspondência, durante o mez; de setembro Recebida: Cartas 375 Offlcios (íovernos 3 » Particulares 19 Circulares 0 Telegrammas 5 409 Expedida: Cartas 1-16 Offlcios Governos 4 » Particulares 13 Circulares 210 Telegrammas ..." 9 Noticias 95 Boletins « A Lavoura » 4.518 Monographia «moléstias de animaes» 741 5.766 Fornecimento de arame farpado MEZ DE SEtEMBRO DE 1908 MBTMGBM CUSTO PEDIDOS Sociedade mercado Economia realisada pelo lavrador ,99.758 G:Wí}3im 9:220$000 2 313f7O0 Fornecimento de formicida MEZ DE SETEMBRO DE 1908 tATi8 custo TEDIIIOS Fornecido pela Sociedade Ad.j irido no Economia realisada peio lavrador 13 206 S45|S0 1 i:030$000 184$S00 Movimento da secretaria Correspondência recebida 0FI.,C,OS ANN03 Carta. Diversos Governos Circulares Tele- 1900 (de 1 de outubro) 93 355 451 1.370 1.579 2.933 376 210 289 238 i73 lsi 3iS 40 30 12 97 121 114 13S 3 41 13 67 3 15 140 190;! 190S 171 1 16 157 257 1908 (até 30 de setembro) 14.173 2.228 673 301 1.108 SOCIEDADE NACIONAL DF, AGRICULTURA Movimento da secretaria Correspontlencia expedida o„,c,03 Crias Diver os .ovemos Circuiares grampas ÍSJS (do 26 do janeiro) 1S99 229 491 yua 210 33i 413 462 473 1.736 1.878 2.7 ti 62 102 136 71 41 161 ■> .'3 237 59 136 7.1 63 S7 13; 97 103 1.014 4.407 1308 (até 30 de setembro) 9.372 1.354 806 16 5S5 2.1195 Fornecimento tlt» arame íttrpado cu.ro Ped dos Metragem Quando for- Quando adqui- rido 110 mercado Economia r^- alisada 1907 193S (alé 31 do agosto) . . . £79 £93 31S.Ú20 1.96S.163 2. 401.020 7.; ; Sj 0' 83riT3i500 -1:715,0 10 v> !:S89 SOO U7:7..5$õ00 7:i7i$40D 33:324$ ou 32:431*700 6!S 4.720 205 17J:07S:310 24S::61.jOO0 75:«8l;*OJ Fornecimeiito estavam acostumados. Conside- rando-se que estes animaes, com o corpo quasi sem pollo, chegaram da sua pátria quente para encontrar o nosso inverno, não se pode negar que todas estas cousas tiveram uma influencia menos favorável para a producção do leite. E' fora de questão que os animaes uma vez liem acelimados e accostumados com a alimen- tação daqui, possuem todas qualidades para ficarem boas vaceas leiteiras. Ainda que ellas não possam chegar a ser comparadas com as nossas melhores vaceas leiteiras, fica todavia a quantidade menor recompensada pela maior riqueza de gordura, assucar de leito ealbugem, justamente aquellas substancias que dão ao leite o seu valor como alimento, e quo fazem do leite não somente um meio de alimento, mas directamente um alimento humano. Em vista dos exames bacteriológicos do leite sempre terem dado um resultado ne- gativo, isto é, que nunca se tem encontrado no mesmo qualquer bactéria, e mais que o leite do buffalo é muito rico era assucar de leite, parece poder ser utilisado.mistu. rado com 5o % de agua, como alimento do grande valor para crianças pequenas. Leite de buffalo INSllTTTO S<'IEN1IKI'"'I) Leito de manhã Leite ilo ni.uili.i leito do tard« Leite do Urdo 6,8 % 17,57 % 1 ,03C6 0,6 % 17,43 % 1,0370 38,8 % 1,0335 Peso espec. a temi). He 15o C 17,81 % 1,0:135 cm MH": ' .iui;\mi:\"I uv> Peso espec. a tei Agu» Substancias seccas das quites : Gordura Partes de cir Albugem tota oiti de maiiliã Leito .lo Urdo 5,7S 0,74 'ARA COMPARAÇÃO DO LEITE DR SENHORA, DE VACCA E DE JUMENTO (Conforois Prof. Dr. H. Munclc.) loii .'In sonho: a Leito de vacca l.itit.i 'In liiill.i',. Ioitiiir'1 (Médio) Leito do jnmeute Peso esp. á temp. de 15» C. . , . 9,8 3,1 5,0 0,2 1,5 1,026-1,034 $7.4 12,0 3,7 1,8 0,7 1,038-1,034 84,84-82 ,24 16,27-17,76 7,3—5,2 5,4 0,75 4,41 Substancias seccas 0,4 1 Caseína A lbii!/ein total. < (Albumina . . . . 1,7 402 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA O leite do? animaes em questão não apresenta differenças microscópicas com- parado com o leití commum de vacc.x, toroando-se porém notável, como era de suppor por caim da grande quantidade de gordura que demonstra a tabeliã de comparação, o enorme numero de pequenas partes de gordura que contém este leite em comparação com o da vacca. Tanto na acidificação espontânea como na artificial separa-se a caseina, como no leite commum ds vaccas, em flocos. "Curioso e vantajoso para o leite é "assim diz o caimico juramentado em seu Parecer," a sua grande cousistonoia, sem qualquer transformação. Depois deter estado três dias em uma garrafa aborta o leite ainda não tinha (içado azedo.» A LAVOURA Secção ds plantas e sementes Distribuição de plantas e sementes feita na Sociedade Nacional de Agricultura, de setembro de 1902 a sstembro de 190S ESPECIFICAÇÃO UNIDADES «2SSL. rOMJMBS Plantas vivas \rveres fructiferas do paiz — Espécies: aba' aleiro, ableiro. anona, ameixa amarella, ameixa de Madagáscar, ábricó comriM.il, amoreiras, araçá de coroa, bacupary do norte, l.e.jlji, butiá. cabelluda. cacaoeiro, cajaseiro manga, cajueiro, caoelleira, chrysophy.um kaioytum. cid eira, craveiro da índia, cambucá. carambola, cookia aalzata. Iji.i-ii a s^eciosa. fructa pão, tructa de conde, fructa da condessa, guabu-oba de s. Paulo, genipupo, jambo b anco, o, loureiro, mangueira de Itamaracá, mangueiras ir.ei-.as, oityseiro, pimenta do re^no, pimenta da Ja- maica, sapola preta, sapouseiro, sapiirai.-,, tâmara e 12U.342 Arvores fructiferas de clima frio, plantas florestaes o de ornamentação — Esueeies: Amendoeiras, ameixoeiras do .lapa-», azarolciras. asufaifelros, avelanciras, castanhei- ras, cerejeiras, damasquelros, Agueiras, grosoiheiras. takyseiro do Japão, micieiras, niaruie.eirus. moranguei- ros, nogueiras, nespereiras, oliveiras, pecegiien os, pe- reiras, acácias, aylantus, fraxinus, ultnus, mioio juiibrisin, paraizo poante, uuercus, amoreiras varias, catalpas. platanus, buxus, Iraxini. tila, acer campestris, ligustri e 49.039 4sn - 2.SC6 Mrdas fel *.-VF>idt 7 Sementes germinadas — Espécies : Garcinea man^ustana, Isola, mrva ensete, musa fetiche, ervthroxilon coca, ster- culia acuminala, pistache, musa avnoldiana, musa textiiis, lancium dome-ticum (strafic), castilhôa elástica, minst.ca fi-agrans (noz moscada). iodoicL-a sechellarum, strieknos (nux vumica). toluifera balsamnm. i i j o I o ^ de champignon 103 e landolphia Kirku 3 227 — Mudas de Agave Si-alana acamada 2.400 - 12 » » figiíeipas aacionaes ir,. 255 - 387 > » abaff4xi 277.6S3 - 079 Raizes de Consolida do Cáucaso (simphyluui asperrimuni) , . 10 1-0 - 189 Modas de canna da Ilha de Barbados —Variedades: D20!>e L: 117, 1.566, 1.753 e 3.412 5.156 825 Mudas de cnnnas nacionaes — Variedades: sem pello, roxa, liba o outras , 7,8*3 132 Iiacellos de videira — Variedades de uvas de mesa, vinho e porta garfo 41S.8J0 5.790 Knraizados do videira — Variedades de porta earfo :, 098 90 919 023 10.488 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA ESPECIFICAÇÃO UNIDADES KILOOnAMMOS «~ Cereaes e leguminosas Arroz — Variedades: nacionaes: doiiradinho, cattete. pacho- linho e de casca preta ; estrangeiros : Maluyaski. Hir- - 14.. "40, 330 4 .765,350 S. 970,500 4.432.000 3.3 19. 500 105.300 0,800 1.065.1500 Trigo — Variedades : grego de folha larga da Itália, Victo- ria branco, Lniziania. Puro. P.iloma. Argentino, do .lapão. molle, Barbado de Rivet. Dourado, Grécia, Escossia de inverno. No.'-. Kichelle Blanche de Nápoles, do Cabo, Tou- zelle Kouge de Pro vence, Hvbride du Tressor. Kichelle Blanche hativr, S.inare Ilead , ThuniiL-er Dividendum, Ma- iorica, Rieti, Redondo, Largo, Maqui. Wellmans Life, Ruppert, D. Shriff à épi earré, North Allerton, d'Algeria Grece dWntros, Schanstedt, Xerez e da Zelândia . . . . Milho — Variedades: 90 dias, Condado de Chester, de 40 dias, Ferro, assucarado. Cattete. nacional miúdo, Golden Beautv.Country Centleman. Adams, Goldep, Comospobtnn Minnesota, Witlie Corv. Black Mexican. Snow Flake. White Prize, White Èvergrecn, Non Plus Ultra, Mam- mouth, Dacota, Yowa Mine Gold, Leaning e Cbaro- 1.859 Feijão — Variedades: da China, Branco, Bravo do Piauhy, Amendoim do Paraná, de trepar, Amarello, Mulatinho, Chumbo e Chocolate : americanos: Everbearing, Ued Va- lentine, Best of ali, Cow pea Clay, Whippermill, Boston Centeio — Variedades: Saint .Tean, Geftnt de Montagne, Tuflu, Margreves, Nasa de Sued, Blen Alpes, Pethkuser, s>. Diniz, Soja — Variedades: do .lapão, amarella e preta 123 Tremonoa - Variedades: azues, amarellos o brancos . . . . 37.198,780 10.27-. Forragem Capim Jaraguâ 35.148,000 10.916.000 S07.800 28.250 11.000,600 :• 284,850 4.453,301 4. 470 1.330 Alfafa — Variedades: Saliva de Provença, Medicago Media, Aveia — Variedades: Prolífica da Califórnia, Melhorada, Tar- taria. Grande amarella, Polonesa branca, Colômbia, Suécia branca, Milton. \Ye|ca rm\ Sibéria. '1 riiimpho, Branca Cevada — Variedades : petit Oderbruck, da Grécia. Petit Blen da Escossia, da Mandcburia, Imperial, Americana, de inverno, Chevaber noir bative. t.olta de .oiro da Unha. Branca da Grécia, Carne dbivor, Golden Thorpe, Gold meloue, Mouiinouth : de verão Hofb.-au, Hannah o Bava- ria I.and 1.749 A LAY01 HA ESPECIFICAÇÃO UNIDADES PESO FM voli;mis - 633,700 1.488,300 850.530 t 858,320 436,400 136,600 390, 14H 48,500 1 ld. SUO 127.350 79,460 31,560 33,300 15,920 40,000 3.. 000 10.240 9 . 150 .". 000 0,700 Beterraba forrageira — íeis variedades 1 171 73S Sorgho — Variedades: IIaleoensis.de assuc Trevo — Variedades: violeta, encanado, do Japão, Prt a tau 310 32 78 Couve Rutabaga — Variedades: amarella Ray Grass — I.olium itaiicum e lolium per 23 43 -'7 S 1 2 2 13 10 , 2 2 Marjolin, Victor, i '.-, bali, r, Halle, Poussè leu 1'onlders, l'he neen Early, Nen , Puritan-Early, nperator, Delica- br. Maiker, Fin «.320,720 17.027 Vãmente i diversas líatatas — Variedades : Ma^num Iiomi'», Royale, Hell- , de r'..l.leliav. I':, ■» ,- rouge.Quaraolaine. Scli.-iw 1'rni'ç.— ;<■, - Vio ette. Vitelotio. Prince riu liali-s. i ('an'a'.U."i;. i'' v'.Í.1"i"":m L 1::^' li 'il"l'i' debout.Grand Chance ier, < aaTe. Reine York n. •.']"l"Xna''; ''),".' : , „', . l\'í i 1 , |.|\l'. 11.535,0 »i 3.227 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA 3SPlíCIF!O\eÃ0 ~ KILOCRAMMOS VOLUMES Algodão — Variedades : Sea Islnr.d, Cpland A len Improvorl, Big Bali, TurUestan, Gordon Pacliá, Mit-afite, Peterkin, Iwanovitch, Peruviano, Caravouico da Auslralia, .-ca Island aclimado, de Pernambuco o do Maranhão 21. 271, "01 3.477 Maniçoba — Variedades: Ceará. Jequiê (Bahia) e Piauhy. . . - 8.965,650 «.363 Linhaça — Variedades: Alba.de Nápoles, Campaina. Rigver, Comraum e de Erfurt - 805,800 1.193 Cânhamo — Variedades : Grande de Nápoles, Commum. Thu- - 367,200 883,850 Sarraceno _ 90,630 s. Gyra-sol — Variedades: Branco, da Rússia e da Rússia - 185,8)0 126,377 58,100 56" Cebola — Variedades: Maggiola, Mommouth. Bassai o, Mer- Teille, Rainha, 1'anz. 1'ella Roccj Vermelha, Del'a Kocca Café— Varieda dei: Maragogipe, Bourbon, da Arábia e Botocatíi 2 Fumos — Variedades: Flora, Conneclicut, Amerslort, Vir- gínia, Marvland, Havana, Sumatra, Kenlucky, General Graot, Bunanza, [.anea-t-r. ohi.i, Sahnichi, Sterling. Granville. Couutv Yellov/, < lold Leal', Hyce Yellow Pnor. Conqueror. \\ bile st«m. 1 andreth. Porto Rico, Tnrk San- sum, Bafro Spanish, Cuba, Oronoque Bahia e acliraados. 53,250 2.66 _ 19, («Hl 1 _ 18,500 í Abóbora — Variedades : Monstruosa verde, amarella, ver- melha e branca, Nápoles, ];o^t Marreco. Mudère Patê d'Ita.ia, Branca di Maio, Vermelha di China , 25,800 88 - 19,300 18 Linho Pirini - 33,700 5 Tomates — Vari' dades: Perfection, grande vermelho, Ficar- razzi, Rei Humberto, Poderosa, Cereja, Garfiald, Rubi e 27,250 1.03 Melancia -Variedades: Favorita da Florida, TíoIb's Gem, 9,455 15 Melão — Variedades: r-etted Gem., PiVific. Klecley Sweet da Florida, Abundantia, assnear do Tonrs Red di Nápoles Branco di Nápoles, Portugal, Monstruoso Turquia, da 20.010 67 Eucalvptus — Variedades; Globulus, Gignntea, Peperita. Re- sinifera, Amygdnlina, Robn«ta, Obliqua, Rostrata, Vini- 2".,1T5 2.27 ~ 7,',i90 0,456 4 12 Iuulo 4S Salt Bush - 3,850 Cannas (em toletes) — Variedades: Sm pello, Cayana, Porto - 29.1 5$200 3?336 » 3$540 > > 9 4*600 > 4$900 3$132 > 3$336 2a quinzena Por arroba Por 10 kilos Typo n. 6 5$700 a 5$800 3$881 a 3$949 » » 7 5$300 » 5$400 3$008 > 3*676 » » 8 ...... . 5$000 » 5$100 3$404 > 3$472 » » 9 4$700 » 4?800 3*200 » 3$268 Na Ia quinzena em New- York o typo n. 7, disponível, do Rio, foi cotado até o dia 4, a 6 c. por libra e o de Santos a 7 5/16 c. De 8 em diante, o do Rio cotou-se a 6 1/8 c. e o de Santos a 7 7/10 c. Na Bolsa, as cotações subiram de 5.70c. em 1 a 5.80 c. em 2, 3e 4; e a 5.90 c. em 8, 9 e 10. Declinaram depois para 5.85 c. em 11 o 12 e para 5.75, c. era 14 e 15. Vendoram-se 204.000 saccas, contra 484.000 na quinzena precedente. O preço mais baixo registrado na Bolsa do Havro foi de 40 francos por 50 kilos em 1, e o mas alto 42.25 francos em 7, 8 e 10. Nos outros dias regularam os seguintes: 42 francos em 9 ; 41.75, em 11 e 12 ; 41.25, em 5e 14; 41, em 3; 40.75, em2e4; 40.50, em 15. Na 2a— o typo n. 7, disponível, do Rio, foi cotado a 6 1/8 c. por libra durante toda a quinzena. O de Santos cutou-se a 7/16 c. ató o dia 26 e a 1/4 c. nos três últimos dias do mez. s;2* 7 ,lí SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Na Bolsa registraram-se as seguintes cotações : 5.83 c. o. em 17, 18 o 19; 5.75 c. em 16; 5.00 c. era 30 ; 5.55 c. em 29, e 5.50 c. nos demais dias. Venderam-se 253.000 saocis, contra 204.003 na quinzena precedente, eem se- tembro 457.000, contra 678.000 era agosto. O preço mais alto registrado na Bolsa do Havre foi o de 41.75 francos por 50 kilos em 16, 17 18, e o mais baixo o de 38.71 c. em 2o. Nos outros dias vigoraram os seguintes • 40.75 era 16; 40 frs. em 21, 22 o 30 ; 33.50 em 23, 21, 25 e 29 ; 39 frs. em 28. Foram vendidas 216.000 saceas, contra 230.000 na quinzena anterior, ou sejam: 440.000 ora setembro, contra 304.000 em agosto. As entradas do Rio, retalhadamente, foram: ía quinzena Sacras Estrada de Ferro Central do Brazil 68.148 Cabotagem 8.709 Barra dentro 95.383 Total 172.330 2* quinzena Saccas Estrada de Ferro Central do Brazil 75.599 Cabotagem 7.565 Barra dentro 110.094 Total 193.258 Géneros nacionaes A.g- tia rden te Durante o mez todo a posição do mercado foi duvidosa, notando-se, no fim do mez, tendência para maior baixa. Esteve na primeira quinzena muito frouxo. Preços Paraty 160$000 a 170$000 Angra 150|000 » 155$000 Campos 140$000 » 145$000 Maceió 140$000 » 145$000 Bahia 140$000 » 145$000 Pernambuco 140$000 > 145$000 Aracaju 140$000 > 145$000 Sul 140$000 » 145^000 O Estado Moderno e a Agricultura Leiam esse bello, útil e interessante livro de 500 paginas, ampla e nitidamente impresso e illustrado. K' um trabalho, na opinião dos críticos, «de grande fôlego e que deve figurar na estante de todo brazileiro». &leço de venda. 6S000 Em talas as livrarias do RIO, S. PAULO e CAMPINAS. Estabelecimento de Plantas Grande variedade de arvores Iructi- feras nacionaes e extrano-eiras, arvo- res de sombra e ornamentação, por preços baratíssi- mos. CASCADURA Rua Nova k D, Fedro, 37 Especialidade em enxertos de laran- jeiras, tem sem- pre Je 10 a 12 mil pés, e acondicio- namento, despa- cho e plantações para todos os Es- tados do Brazil. Gam|iiiiho, 101 Alfredo da Silva Ribeiro Vi. INDUSTRIAS NUEVAS DE GRAN PORVENIR AVICULTURA — APICULTURA — LECHERIA LA INCUBADORMi.isi.ln recnnoci.li ser el fac- tor principal en Ia Crfa de aves ; la persona que desea adelantar en esta industria, debe tener Incubadoras, . riader >s, aves buenas v un iibri práctico sobre la crianza, etc. Las incubadoras que vndemos, v de (as cuales hay en .is . má de 10.000 en la Repdblici \rgen- tina, todas vendidas por nos tro-, sen aparatos modernos de primeira clase y automáticos que necesitan solo ã minutas de trabajo por dia. ba- ranj mos a empo Aves de raza pura procedentes de nuestro criadern "txcelsior" se consideian mejores. que aquellas que se importait dei exterior, porque estan completamente aclimatadas Teneinns tio razns entre ;00 . aves. Los l.ue os para incubar que vendemos son tan buscados que bny que . edirlos c.in vários dias de anlicipacion. "l.a calidad de los pollos obteni.los de estos buevos se recuerda por mncho mas tiempo que el precio que se habia pagado [.oi- tos huevos. Remitimos luievos frescos de aves de sangre correo á todas las Republicas Suil-ainoricanis, i.iandandonos por carta certiBrada 15..00) reis por docena de huevo^. . postal "La Qjfa dei Avicultor", gran obra en to. mos con HO l páginas de text ■ y más de loujilos traciones, es el mejor libro sobre la crianza de aves, construcción de gatlineros, eníeruiedades- de aves, cria de patos, pavos. gansos, palomas. conejos, abejas y perros ; conliene descripcíones. y vistas «le muchos ciiader..s extranjei-os. etc. . etc. Recomendada por las autor dades dei ramo y los grandes diários de esta República Precio. con franqueo pagido 10.000 reis f picultura Moderna ó El cultivo d» Abejas. Te- para apicultores. Precios y descripciAn en"el libro- mencionado arriba. Letleria. labricación de manteca y quesos. le- cbes pasteiiri/ada. etc Podemns facilitar ã los interesados las mejores máquinas, aparatos y útiles, cuya deacripeión delallada se eucuentra en las dos obras ilustradas v uiblicudas por la casi : Lecheria Moderna y Manual dei Quesero premiadas en la Fxposición de St. Lou-s. Precio. de cada obra 5.000 reis. I,i cas-i de Reinhold es la mas antigua, vasta y mejo • su tida de toda la América dei S.id, esta- blecida desde más de *0 anos. Pidanse los catáloiíos ilustrados ro» prerioa de todn carta certificada á ^fllpyijidia ffLeinkaUl. Calle Belgrano 451, Buenos Aires, República Argentina. (Agencia — La Aurora) 2* quinzena Paraty 150*000 a 1RO$000 Angra 140$000 > 145$000 Campos 130$000 » 135$000 Maceió 130$000 » 135*000 Bahia 130$000 » 135$000 Pernambuco 13fl$000 » 135$000 Aracaju 130$000 » 135*000 Sul 130$000 » 135$000 Álcool No mercado deste género as entradas foram insignificantes ; mesmo assim, o mercado soffreu baixa nos preços, sendo indecisa a sua posição. /• quinzena 40 gráos. . . , 2S0$000 a 285?000 38 > 260$000 » 265$000 36 > 250$000 > 225$000 2* quinzena 40 gráos 270$000 a 275$000 38 » 250$000 > 255$000 36 » 240$000 > 245$000 Algodão em rama Devido á escassez das entradas e melhores noticias de Liverpool, o mercado na Ia quinzena tornou-se mais firmo e os preços tiveram alta. Na 2* quinzena do mez raantove-se estacionário o mercado deste producto, cujos preços acham-so agora de paridade com os de Liverpool. O movimento geral do mercado foi o seguinte : /» quinzena Fardos Existência no dia 31 de agosto 19.144 Entradas : Mossoró 800 Pernambuco 600 Parahyba 322 Assú 204 Ceará 200 Somma 2.126 Total 21.270 Sabidas dos trapiches 5.124 Existência no dia 15 do setembo 16.146 416 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA. Preços : Pernambuco 9.?300 a 95800 Parahyba 9$200 » 9$600 Ceará 9$300 » 9$800 Penedo Nominal Sergipe Nominal Maranhão Nominal 2» quinzena Fardos Existência no dia 15 16.145 Entradas : Parahyba 1.839 Pernambuco 637 Natal 1.750 Ceará 600 4.826 20.972 Sahidas dos trapiches 6.566 Existência no dia 30 14.406 Preços : Pernambuco 9$300 a 9$500 Parahyba 9$000 > 9$230 Mossoró 9$000 .. 9$200 Ceará 9$300 » 9$500 Penedo Nominal Sergipe Nominal Maranhão Nominal Assucar Este marcado esteve na Ia quinzena em situações precárias, continuando assim até o fim do mez, conservando-so as cotações sustentadas, embora não tenha havido movimento melhor, nas remessas para o interior. Neste periodo os supprimentos recebidos constaram de 40.184 saccas, sendo de Pernambuco 2.469, de Sergipe 4.000 e de Campos 33.712; as sahidas dos trapiches foram de 42.001 saccose a existência era orçada, em 207.103 saccas. Os preços regulam como se segue : Pernambuco : Branco resina — — Dita crystal $500 a $520 Dito 3a sorte $500 > $520 A LAVOURA Crystal amarello $410 » $430 Mascavinho $400 » $440 Somenos $410 > $420 Mascavo bom $340 > $350 Dito regular $330 » $335 Dito baixo $300 Sergipe : Branco crystal $490 » $500 Chrystal amarello $400 » $430 Mascavinho $380 » $450 Mascavo bom $340 » $350 Dito regular $330 > $335 Dito baixo $300 Campos : Branco crystal $530 a $540 Dito do 2» jacto $450 » $470 Crystal amarello $450 > $460 Mascavinho $390 » $450 Bahia : Branco crystal $510 a $520 Dito 2o jacto — — Mascavinho — - Outras procedências : Mascavinhos — — 2% quinzena Neste período os supprimentos recebiJes constaram de 62.020 saccas, sendo de Pernambuco 669, de Sergipe 1.248, do Campos 57.463, da Bnhia 400, de Maceió 1.634, da Parahyba 1.634 e de outras procedências 73; as sahidas dos trapichas foram de 4;!. 038 saccas e orçando-se a existência em 228.958 saccas. Os preços regularam como se segue : Pernambuco : Branco resina — — Dito crystal $500 a $520 Dito 3a sorte . . . . • $500 » $520 Crystal amarello $420 » $440 Mascavinho $410 > $440 Somenos $420 » $430 Mascavo bom $340 » $350 Dito regular — — Dito baixo $320 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Sergipe Branco crystal $500 a $520 Crystal amarello — — Mascavinho $400 » $450 Mascavo bom $340 » $350 Dito regular $330 > $335 Dito baixo c $320 Campos Brinco crystal $530 a $540 Dito 2o jacto $480 » $500 Crystal amarello $450 > $460 Mascavinho $390 >$460 Bahia : Branco crystal $510 a $530 Dito 2o jacto — — Mascavinho — — Outras procedências : Mascavinho — — Cereaes í1 quinzena Saccos Arroz nacional 22$000 Dito inferior 16$000 » 20$000 Dito agulha, 1» qualidade 39$500 » 40$000 Dito, 2a qualidade 35f000 » 36$0O0 Dito, 3a qualidade 2S$000 > 30$000 Feijão preto de Porto Alegre Nominal Dito idem da terra 9$000 a 10$000 Dito idem de Santa Catharina, superior. . , Nominal Dito do Paraná Nominal Dito mulatinho Nominal Dito manteiga 18$000 a 20$000 Dito enxofre, nacional 12$000 » 13$000 Dito de cores, nacional 7$000 a 9$000 Farinha de mandioca especial 9$500 » 10$500 Idem flna 8$800 > 9$200 Idem peneirada 8$200 » 8$G00 Idem grossa 6$000 » 6$400 Idem, do Norte (grossa) — — Idem de_Laguna (grossa) 6$400 > 6$600 LAVOURA Milho amarello do Norte Não ha Idem da terra 7$200 a 7$400 Idem, idem misturado 6|500 » 7$000 Cangica 15$000 » 16$000 Favas 8$000 > 8*500 Kilogrammas Alpiste $360 a $400 Fubá de milho $130 a $500 Mate em folha $400 » $500 Tapioca $320 » $360 Polvilho $180 > $200 Carne do porco $580 » $040 Linguas do Rio Grande (uma) 1$000 » 1$200 2a quinzena Saccos Arroz nacional 22$0OO » 24$000 Dito inferior 16$000 » 20$000 Dito agulha, Ia qualidade 38$õ00 » 39$000 Dito, 2' qualidade — 35$000 Dito, 3» qualidade 30$000 > 31 $000 Feijão preto de Porto Alegre Nominal Dito idem da terra 9$000 » 10$000 Dito idem do Santa Catharina, superior. . . Nominal Dito do Paraná Nominal Dito mulatinho Nominal Dito manteiga 18$000 a 20$000 Dito enxofro nacional 12$000 » 13$000 Dito de cores, nacional 7$000 > 9$000 Farinha de mandioca, especial 9$200 » 10$200 Idem, flna 8$600 » 9$000 Idem, peneirada 8$000 > 8$400 Dita idem, do Norte (grossa) — — Dita idem, Laguna (grossa) 6$000 » C$400 Milho amarello do Norte Não ha Idem da terra 8$500 a y$000 Idem, idem misturado 8$J00 » 8$500 Cangica 15$000 » 16$O0O Favas 7$000 > 8$000 Kilogramma Alpiste $330 a $440 Fubá de milho $140 » $150 Matte em folha $400 » $500 Tapioca $320 » $400 Polvilho $180 » $200 Carne de porco $640» $700 Lin?uns do Rio Grande (uma) $900 » 1$200 SOCIEDADE NACIONAL DE AORICULTURA Fumo em rolo Os negócios foram pouco importantes durante todo o mez: /a quinzena Preços De Minas, especial 1$400 Dito superior 1$200 Dito 2a 1$000 Dito ordinário $900 Goyano, superior 2$200 Dito 2» 1$500 Baixo Nom. Rio Novo, superior 2$000 Dito 2» 1$400 Dito baixo $900 Pomba, superior 1$4<>0 Dito 2a 1$200 Dito baixo 1$200 Carangola I$200 Picú, especial 2$400 Dito Ia 1$300 Dito 2» $900 Bahia 1$100 Pernambuco Não ha 21 quinzena Dita de Minas, especial 1$400 Dito superior 1 $200 Dito 2a 1$000 Dito ordinário $900 Goyano superior 2$200 Dito 2* I$õ00 Baixo Nora. Rio Novo superior 2$000 Dito 2a 1$400 Dito baixo $900 Pomba superior 1$400 Dito 2» 1$200 Dito baixo 1$200 Carangola , 1$200 Picú, especial 2$400 Dito 1» 1$800 Dito 2» $900 Bahia 1$I00 Pernambuco Não ha A LAVOURA Sal Entraram 2.935.948 kilos por cabotagem do nacional, que se cotou $803 a I5$868. Ágio do ouro 77,77 a 78,51 % . &&£&$€€€€ — 872Í 8 - sor.lKDADK \ \i ]n\'.\|. DK AGRICULTURA BIBLIOGRAPHIA Recebemos mais as seguintes publicações periódicas, além das que temos registrado mensalmente : Révue Inlernaliomrfe du Caoulchuuc, de la Gutta-Perchu et le P neumo- Journal— ■ Ns. de jullio e agosto do corrente auno. Annual Report of lhe Bureau of Sugar E xper im ml Station, de Brisbano (Queen- sland).-19u7. Annali delia R. Slo.zione Agraria di Forli. — FaSC XXXVI, 1907. Bollellino U/ficiale dei Minisleru d' Ag rico1 tara, Industria e Comnurcio, da Ualia. — Auno Vil, vul. IV, JUs.j. 5. Scienza Prvlica, de Milão.— Vol. II, n. 4. Giornali Yinicolo, ile Casale Monferrato. — Anuo 34, n. 35. Gazela das Aldeias, do Porlo. — Auno 13, D. 661. Anules dei Mu^eo Nacional de Buenos Aires. — Serie 111, Tomo IX. Exportador Americano, de Nova York. — Vol. LX1I, n. 2. Temos ainda a registrar o recebimento dos seguintes trabaluos cuja remessa agradecemos: Relatório de 19)7 aprasent ido á Camará Municipal de S. Paulo pelo Prefeito Di'. Amónio da Silva Prado. Relatório d > Biennio Social de 1905-1906 apresentado á Assembiea Geral dos Associados da Associação Ge. 'ai de Auxílios Mútuos da listrada de Ferro Ceniral do Brasil. Statislica dei Commercio Speiiale di l mporlazione e di Esportastone, referente ao período decjrrido de 1." de janeiro a 30 de junho de I9u7. Publicação do Minis- tério das finanças Ja Itália. Exposilion [ulemalionile dei Iniustries et du Traoail. Programmas o classi- ficação do eonamen que se realizará em Turim de abril a outubro de 1911. Adubação da Canna de Assucar. A cultura no Brasil. Publicação da Delegação Brasileira da Associação de Propaganda Salitreira do Chile. O Frio Industrial. Suas applieações. Discurso pronunciado na Camará dos Deputados pelo capitão di mar o guerra José Carlos de Carvalho. Breve Noticia sobre a Estação Agronómica de Alagoas. Publicação da Sociedade de Agricultura Alagoana. Estatística Agrícola Zooleckniea no Amui Agrícola de Í904-1905 de: Parnaliyba, Lav rinhas da Faxina. S. Miguel Archaujo, Bananal, Treinembé, S. Bento do Sa- pucaby, S. Paulo dos Agudos, Sarapuliy, Guararema c Áreas. Da Sociedade Brasileira para Animação da Agricultura que tem a sua sede em Paris, recebemos as seguintes obras: Le Urêsil . tí uma obra volumosa, magnificamente impressa e ornada de gra- vuras muito nítidas, publicada pola revista France-Brêdl e na qual os interessados a respeito de cousas brasileii as encontrarão grande copia de informações. A LAVOURA 423 La Voche Laúxòra por P. Dechambre. Paris, 1907. Editor Charles Amat. 11, Rue de Mezieres. 1 vol. ene. Les Cultures fruitières de plein vent por H. Latlère. Ed. Charles Amat. Paris, 1905. 1 vol. broca. Le Porcetses Produils. Lard et Jambon por Cyrille de Lamarche. Ed. Li- vraria Bleriot, 55, Quaides GraDds Augustins. Paris. I vol. cart. Les Meilleurs Moyens de Gagner de VArgent aoec les Moutons, por Henry Girard. Ed. Livraria O. Vildior, 8, Boulovard Denain, Paris. 1905. 1 vol. broen. Court d' Agricirftiae por A. Delaignes e E. Palice . Chateauroux. 1 vol. broli. Da Exposição de S. Luiz d Califórnia, ao Colorado e ao Canadá na. America do Norte por F. Ferreira Ramos. Antuérpia, 1907. 1 vol. broch. CATALOOOS Catalogue Generale des Pepinières Crouc et Fih Eurticultnirs au Vai (|bll<-»ç»<> .l..~ iiniiiiiiotos vezes meia pagina uma pagina I • . . I2$000 20|000 3 30$ooo 505000 6 5o$ooo oo$ooo 12 qo$ooo -i70$ooo annuncios são pagos adeantadamente. Tiragem 5.000 exemplares SUMMARIO PAfiS. Exposição de Flores 425 \ Pecuária na Exposição Nacional 43c) Barão de Capanema . . 444 Dr. João Pinheiro 447 Madeiras e vegetaes úteis do Brazil 449 A esterilidade das vaccas e sua cura 454 Factos agrários 457 O azote . . 458 Expediente 471 Noticiário 474 Parte Gmimercial 475 Bihlic igraphia 184 Anno Xlt-N. io Rio de Janeiro Outubro de 1908 EDITORIAL Exposição d° flcrss Não foi de um jacto que levámos a elíeito, no recinto da Exposição Nacional, a idéa da realisação da festa das flores no dia -zò de outubro próximo passado. Quando em 11)07 assignou o governo da Republica o decreto que estabeleceu as bases da organisação de uma Exposição Nacional no Rio de Janeiro, no seio desta sociedade surgiu victorioso o projecto da ex- posição e concurso de flores e fructas no grande certamen, cuja inaugu- ração era naquelle decreto rixada para i5de junho do corrente anno. Nada de positivo existia então, relativamente ao programma da grande festa do trabalho e emquanto outros tratavam da elaboração dos regulamento; das diversas secções da Exposição, na sede desta sociedade era convocada uma reunião de floricultores, que se realisou sob a presi- dência do Dr. Sérgio de Carvalho, 3o vice-presidente da Sociedade, tendo para secretários os engenheiros civis José Américo dos Santos e F. T. de Souza Reis. Nella foi discutido o modo por que seria executada a exposição de flores e dado o aviso aos floricultores que desde então iniciaram traba- lhos especiaes no sentido de serem perfeitamente apparelhados na época precisa. Causas accidentaes afastaram a Sociedade da acção conjuncta com os promotores da grande feira do trabalho, obrigando-a a cuidar mais detalhadamente e de modo exclusivo da sua representação na Exposição, o que acarretou por completo a paralisação da propaganda e organisa- ção da exposição de flores, muito embora a representação do Districto Federal disto cogitasse, de modo porém restricto, cerceado nos limites da sua zona administrativa. Não tinha porém desapparecido do nosso programma o primitivo projecto de estimular por todos os meios o desenvolvimento não só da floricultura como também da fructicultura e horticultura e, animada pelo Exm. Sr. Ministro da Industria, em fins de setembro próximo passado, resolveu a Sociedade levar a elíeito a exposição de flores, para a qual já tinha recebido solicitações de alguns floricultores do Districto Federal. Desejando porém trabalhar de accôrdo com o Directório Executivo e cr, Districto Federal, procurou-os nesta occasião, combinando os meios de cr. execução e chamando a si a incumbência da organisação daquella festa. LlBRARY NEW YORK BOTANICAL CARDEM. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Solicitada pelos floricultores que iam concorrer á exposição, resolveo a Sociedade, ao lado dos prémios do Districto Federal, instituir também três categorias de prémios em cada uma das secções da exposição. Inaugurada em 25 do corrente, no pavimento térreo do pavilhão da Sociedade Nacional de Agricultura, a exposição e concurso de flo- res foi uma valiosa mostra do aperfeiçoamento da floricultura entre nós. Não foi grande o numero de expositores profissionaes e de amado- res que concorreram ao appcllo que, cm nome do Directório Executivo, Districto Federal e Sociedade Nacional de Agricultura lhes foi feito, mas os poucos que trouxeram o seu auxilio a esta festa, primavam pela quan- tidade e qualidade de flores que apresentaram. Variedades as maisbellas, e as de mais difficil cultura, foram tra- zidas para o harmonioso conjuncto da exposição, dando ao salão onde se ostentavam os primorosos productos da floricultura nacional, um as- pecto verdadeiramente fantástico e seductoramente encantador. A festa das flores, como vulgarmente foi denominada, constou da exposição e concurso de flores e plantas assim divididas: Io GRUPO — PROFISSIONAES iil secção — Plantas ornamentaes 2a secção • — Flores cultivadas em vasos 3a secção — Arte floral 2o GRUPO — AMADORES Ia secção — Plantas ornamentaes 2a secção — Flores cultivadas 3a secção — Flores cortadas Para cada uma das secções em cada grupo, instituio a Sociedade Nacional de Agricultura as três categorias seguintes de prémios, sem nu- mero determinado. 1,1,'ANDE PREMIO .Medalha de Ouro Medalha de Prata Além destes, houve também os prémios instituídos pelo Districto Fe- deral para os floricultores do Districto nas secções de Arte Floral e de Flores cultivadas. Ojury designado pela Sociedade Nacional de Agricultura, ficou composto da seguinte forma: A LAVOURA 427 Presidente: Dr. Wenceslao Bei.i.o. Membros : D. Júlia Lopes de Almeida. Sr. Olavo Bilac. Dr. J. R. Monteiro da Silva. Sr . JoÃo da Silva Gandra. ( ) E uno. Sr. Prefeito do Districto Federal nomeou para a distribui- ção dos prémios que olFereceu para os expositores do Districto, o mesmo jury acima, escolhido pela Sociedade. A casa Hortulania dos Srs. Jens Sand & C. instituio também um premio para o amador de floricultura, do Districto Federal, que apre- sentasse melhor collecção de flores annuaes na exposição. Inscreveram-se no concurso, os seguintes floricultores : Casa Flora — Schlick «n: C. — Districto Federal. Viuva Lielze — Districto Federal. Viuva Silva & Filho — Districto Federal. Manoel Pereira da Silva — Districto Federal. António Rodrigues Pinto — Districto Federal. 2a SECÇÃO Casa Flora — Schlick & C— Districto Federal. Casa Hortulania — Jens Sand & C. — Districto Federal. Viuva Silva «Sc Filhos — Districto Federal. .Manoel Pereira da Silva — Districto Federal. António Rodrigues Pinto — Districto Federal. Casa Flora — Schlick «Sc C. — Districto Federal. Casa Hortulania — Jens Sand (Sc C. — Districto Federal. Casa Jardim — Langgaard, Waldemar & C. — Districto Federal. 2o GRUPO — Ia SECÇÃO Dr. Emilio Machado Pereira — Minas. 2a secção Dr. Júlio Zamith — Nova Friburgo. sociedade nacional de agricultura />a SUCÇÃO Dr. Júlio Zamith — Nova Friburgo. Dr. A. Gomes de Mattos — Districto Federal. Dr. Adolpho Hasselmann — Districto Federal. Collegio Anchieta — Nova Friburgo. Dr. Galiano Emilio das Neves — Nova Friburgo . Dr. Sérgio de Carvalho— Palmeiras. Dr. Bernardo Souto— Districto Federal. Família Marques Braga — Nova Friburgo. Oscar Guanabarino— Nictheroy . D. Emília Alves — Districto Federal. 1). Maria Rezende da Silva — Districto Federal. Dos expositores inscriptos, compareceram os seguintes Casa Jardim — Langgaard, Waldemar & C. Casa Flora-Schlick & C. Casa Hortulania— Jens Sand &. C. Viuva Thereza Moser Lietze. Viuva Silva & Filhos. Manoel Pereira da Silva. António Rodrigues Pinto. Todos do Districto Federal. Coronel Galiano Emilio daí Neves Júnior— Nova Friburgo. Familia Marques Braga — Nova Friburgo. Collegio Anchieta — Nova Friburgo. Dr. Júlio Zamith— Nova Friburgo. Dr. Bernardo Souto— Districto Federal. D. Maria Rezende da Silva— Districto Federal. D. Emilia A. Alves— Districto Federal. Oscar Guanabarino Júnior — -Nictheroy. O jury reunido no dia 25 iniciou os trabalhos terminando-os no dia 26, apresentando o seguinte resultado : Prémios instituídos pela Sociedade Nacional de Agricultura : <2 . ^M A LAVOURA 429 PROFISSIONAES — TRABALHOS DE ARTE FLORAL i.° Grande Premio á casa Flora. ■i." Grande Premio á casa Jardim. Medalha de ouro á casa Hortulania. PLANTAS ORNAMENTAIS Grande Premio á viuva Lietze. Medalhas de ouro á casa Flora e á viuva Silva & Filhos. Medalhas de prata: aos Srs. Pereira da Silva e António Rodrigues Pinto. FLORES CUI.TIV \h\s Grande Premio a Casa Flora. Medalha de ouro á Casa Hortulania. Medalhas de prata a casa Viuva Silva & Filhos e aos Srs. Pe- reira da Silva e António Rodrigues Pinto. AMADORES — FLORKS CULTIVADAS Grande Premio ao Dr. Júlio Zamith. FLORES CORTADAS Grandes Prémios : ao Collegio Anchieta, ao Dr. Júlio Zamith e á família Marques Braga. Medalha de ouro aos Srs. Guanabarino Júnior e a Bernardo Souto. Medalhas de prata ás Exmas. Sras. DD. Emilia Alves e Maria Re- zende da Silva. Prémios instituídos pelo Districto Federal : Primeiro Grande Premio: (cartão de ouro) á Casa Flora. Segundo Grande Premio: (cartão de ouro) á Casa Jardim. Cartão de prata, á Casa Hortulania e a casa Viuva Silva & Filhos. Tendo a casa Hortulania instituído um premio, (um canário belga cm gaiola artística) destinado ao amador que apresentasse maior va- riedade de flores annuaes, o jury resolveu conferir esse premio a E\ma. Sra. D. Maria Rezende da Silva. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Deslumbrante era o aspecto que apresentava o salão escolhido para a exposição, todo elle repleto de milhares de flores de variados matizes, impregnada a atmosphera, desde alguns metros de distancia, do deli- cioso aroma que delias emanava, dando-nos a impressão de um pa- raíso encantado, onde algumas horas eram passadas longe do tenebroso rumor da vida. Diante de cada installação, desfilavam centenas de espectadores, que nas súbitas contracenes das faces deixavam ler o enthusiasmo pelo bello espectáculo que se lhes deparava e, ao mesmo tempo, a impresssão do valor encerrado na nossa floricultura, mostrando-lhes, mais uma estrada quasi inexplorada, da nossa riqueza ainda em estado intrín- seco. Muitas das flores e plantas que alli ostentavam toda a sua bel- leza constituem já commercio um tanto regular e em não pequena escala para o estrangeiro, perdendo-se, no emtanto, a quantidade e a espécie das exportadas na rubrica «Plantas vivas», com que são regis- tra-las na nossa estatística commercial. A viuva Lietze, suecessora do seu marido, alcunhado o rei dos calladiuns nos centros de floricultura allemã, mantém ainda hoje re- gular commercio de exportação, para as praças de Hamburgo e New- Vork, commercio este que iniciado pelo velho Lietze, foi sempre o grande estimulo que o fez tornar-se o cultivador incansável dos bellis- simos exemplares, que já conhecidos no estrangeiro eram em quasi maioria desconhecidos no Brazil. O Estado do Espirito Santo, empenha- se no momento actual pela systematisação do commercio das orchideas que parecem ter o seu grande empório nas mattas do visinho Estado. Numa palavra, parece que nasce no Brazil uma corrente impetuosa no sentido de favorecer á floricultura nacional, corrente esta manifestada no commercio para o estrangeiro que apaixonados cultivadores incitam com a propaganda e com actos e na reforma por que passam os nossos costumes, que tem despertado o desenvolvimento do gosto artístico ao mesmo tempo que nos faz valorizar tudo aquillo que ainda hontem nos parecia fútil e banal. Como consequência desta mudança de há- bitos, tem crescido o movimento commercial de flores entre nós, sur- gindo no commercio a lueta, oriunda da procura, e já se notam com- petidores sérios ao; antigos profissionaes que até bem pouco tempo enchiam a rua do Ouvidor, com os ramalhetes de violetas enfiados em chuchus e mamões verdes. Na actual exposição foi de facto digno de nota o esforço hercúleo empregado pelos três principaes profissionaes do Districto Federal que rabalho artístico — Casa Flora Secção de cravos — Dr. Júlio Zamith — Friburgo I . irbeilles de rosas — Paul Neyron — Sr. Bernardo Souto A LAVOURA 431 se inscreveram no concurso, procurando conquistar cada um a palma da victoria. A secção «Arte florais foi uma das mais lindas do certamen, gra- ças ao apurado gosto c delicadeza dos artistas nos primorosos trabalhos expostos, quer nas installações de conjuncto, quer na confecção deta- lhada de cada peca ornamental, apresentando formas as mais exquisitas e originais de corbeilles, cheias de flores raríssimas e de seductora belleza. Na secção de «plantas ornamentaes» salientaram-se as collecções de calladiuns da viuva Moser Lietze e as de begónias da Viuva Silva iSc Filhos, do mesmo modo que nas demais secções, exemplares os mais curiosos foram merecedores de cuidadosa attenção, como se pode con- cluir da descripção detalhada que passamos a fazer de cada uma das installações dos expositores . CASA FLORA Occupando todo um lado do salão com artistica installação de hastes de madeira pintadas de branco, formando um chalet tendo aos lados dois alpendres simétricos em forma de puchado e guarnecidos de pilares, também de madeira, systema privilegiado da casa, e ornamen- tadas as platibandas com decorações do mesmo systema, apresentou-se a Casa Flora no concurso do dia 23, honrando a tradicção do nome já conquistado no Rio como o mais artistico dos nossos estabelecimentos de flores. O conjuncto desta installação era de um maravilhoso eileito artis- tico de extraordinário bom gosto, igualmente revelado nas peças orna- mentaes, que, dispostas em degráos, e arrumadas sem o duro aspecto de symetria e sem a desordem dissymetrica, impressionaram alegremente a vista, prendendo a attenção por tempo indeterminado. \ grande variedade de flores raras, de extraordinária belleza umas, exquisitas outras, davam maravilhosa harmonia na reunião de milhares de flores expostas por esta casa . Ao lado, em uma mesa improvisada, disposta em pequenos vasos de vidro, figurava uma grande collecção de cravos de cores diversas, rajados uns, de uma só còr outros, apresentando uma indefinida colora- ção de todos os matizes, salientando-se pelo tamanho e pela còr os sulferinos e os còr de canna ligeiramente rajados. Cobrindo esta banqueta armava-se um arco sustentado por duas columnas, tendo, á guiza de capitel, ramilhetes de Lilium (Copos de Leite] e Gladiolus, palmas de Santa Rita. SOCIEDADE NACIONAL DK AGRICULTURA Toda a installaçáo da Cisa Flora estava ornamentada com asparagus plumosus matizados de rhodhantes brancos e róseos. A.' direita do grande carramanchel, o primeiro plano era occupado com 20 variedades de Begónia Rex e Lilium longifolium de extraordi- nária belleza ; no segundo plano via-se um grande ramilhete de cravos sulferinos, algumas begónias, clivias e uma pequena corbeille toda feita de cravos brancos, violetas de Parma e angélicas dobradas ; no ter- ceiro plano, em bella disposição artística, figuravam grupos de agapan- thus brancos, gladiolus diversos, chrysanthemos, orchideas, lupinus alba, stephanotes, amaryllis, etc, etc; no ultimo plano, uma grande cesta de forma original toda feita de lilium, agapanthus brancos, ramos de aspargs. Vasos com palmas de Santa Rita de variadas cores, comple- tavam a ornamentação deste plano. Tornara-se ainda digno de nota uma pequena cesta feita com cra- vos pallidamente róseos, Watsonias Stephanotes e angélicas ; uma cor- beille de grande tamanho, ornamentada artisticamente com Oncidiuns amarellos (Oncidium Marshallianum), gladiolus amarellos e roxos, orchideas roxas (Cattleya Warnerii, Harrisonia;, Intermédia, Miltonias, etc.) e chrysanthemos diversos e de muita belleza. Uma harpa, composta de angélicas dobradas, cravos, gladiolus, hor- tênsias cor de rosas e Iberis umbellata, tendo como colorido dominante a còr rósea. Ainda em um vaso via-se um lindo grupo de rosas Frau Carlos Druscky que despertaram a attenção pela brancura de neve das suas pétalas. Azáleas, callas amarellas (novidade) c brancas, ly rios, clivias, begónias e palmeiras mignons, completavam a ornamentação do lance a direita da installaçáo da Flora. No lance esquerdo, sobre o fundo verde da parede destacava-se um espelho, bellamente ornamentado com cravos purpurinos, gladiolus ligei- ramente arroxeados e oncidiuns harmonicamente dispostos sobre mol- dura sulferina. Sete vasos de vidro symetricamente collocados, continham ramos de liliums brancos, lilium aurantium (do Japão) gladiolus roxos, oncidium, angélicas e Watsonias diversas. Bellissimo aspecto, apresentava uma pequena corbeille de rosas «Imperador de Marrocos» artisticamente ornamentada com avencas, asparagus, cravos sulferinos, brancos, rosáceos, vermelhos vivos. Ainda uma pequena cesta de palha cor de violeta, toda ornamentada de chry- santhemos amarellos e cravos americanos cor de canna, despertava a attenção, pelo bom gosto da confecção e contrastes de colorido. Como peça de detalhe artisticamente confeccionada foi digno de nota 'rahalliu artisti Beçonias — Viuva Silva & Filhos A LAVOURA 433 um cysne feitode gladiolus, Watsonias, rosas Paul Neyron, e Purpura d'Orleans. Também artístico e de muito gosto, eram os dous bouquets de noiva, feitos um de angélicas e cravos brancos c outro de cravos cor de rosa, pendendo de ambos fitas de seda branca e de gaze, bordadas nas pontas. Begónias, avencas, asparagus, rhodhantes, centáureas, lilium auran- tium, amaryllis, etc, completavam a ornamentação da primorosa expo- sição da casa Flora. CASA JARDIM Occupando o lado fronteiro á installação da casa Flora, preparou a Casa Jardim a sua installação de arte floral, tendo como motivo principal um carramanchel de canna da índia, chapeado de metal branco, orna- mentado com vasos de calladiums, em todi a peripheria inferior. Ao fundo, na parede, um espelho decorado com ramos de Nympheas áurea, roxas e amarellas e ramos de avencas. Suspensos na armação, um lindo bouquet de noiva, feito de cravos brancos, grupos artísticos de Dhalias Cactus, Palmas de Santa Rita, goivos brancos, cravos, azáleas, rosas, rho- dhantes asparagus,avencase flores de oncidium. Pequeninas cestas com violetas de Parma, cravos rajados, etc, completam a ornamentação do carramanchel. Ao centro, sobre uma meza, uma bella corbeille contendo orchideas: Laelia purpurara. Cateleyas intermédia, labiata e gigantea, rosas diversa >, cravos variados, purpurinos, rajados, róseos, amarellos e brancos, azáleas, goivos, liliuns, angélicas e asparagus. Esparsos do interior, vários vasos contendo dhalias cactus, cravos, rosas e artística palma de rosas Paul Neyron e Fran C. Druscky, Lajlias gigantea, orchideas hybridas Schilleriana, Harrisonia ; vasos com chry- santhemos, rosas Paul-Neyron e Maman Cochet, completam a orna- mentação interna. A direita do carramanchel, sobre uma meza, notava-se uma artística corbeille de rosas Paul-Neyron e outra não menos artística feita de nym- pheas áureas, anthurium Scherzerianos e amaryllis hybridos ; ainda, vasos com crysanthemos, dhalias cactus, rosas, cravos, e angélicas, profusa- mente dispostos, terminavam a installação^da Casa Jardim. CASA HORTULANIA Com modesta installação, mas apresentando flores muito bonitas, fez a casa Hortulania bella exposição, reunindo em vasos e corbeilles, as seguintes flores e plantas: Calladiuns, cravos brancos, róseos, purpurinos, vermelhos e rajados diversos ; cravinas, oncidiuns, calas, orchideas : Ladias diversas, cattleyas variadas. Lyrios, cinerarias, angélicas, sau- 46 2 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA dades roxas c brancas, azáleas, centáureas, chrysanthemos, fuchsias, calladiuns, rhodhantes, hortênsias, asparagus, palmas de Santa Rita, pal- meiras, rosas de diversas variedades, agapanthus brancos e roxos, violetas de Parma e avencas. VIUVA THtíREZA MOSER LIETZE Concorri 11,1. na secção de Plantas ornamentaes, apresentou a se- guinte collecção de calladiums : CALLADIUNS ANTIGOS i vazo com 4 A 55— Sapopemba. i » i 6 A 199— Veiga Cabral. i » » 6 B 1 o3 — Caramurú . í > D 8 C 9— Itaúna. i t 3 D 35— Timbyra. i » > 12 D 53— Brinco. i í 5 D 80 — Mrs. John Laing. i » » 5F 67 - Rio de janeiro . i » » ii F 74- Jurupais-tatá . ! i> » 5 F 80— Hortulania. 1 » » 5 F 96— Iriri. 1 » » 4 K 4 — Azulão. I D 5 K 23— Calabar. 1 0 " 4K 32- Gitirana. CALLADIUNS NOVOS i vazo com 3 n. 1— Ca rei pó i » 5 n. 12— Canhotinho. > 5 n. i3— Bleu.. i » » 6 n. 21— Eduardo Carneiro Leão b n. 38- Almeirim. i » » 3 n. 3y— Macaia. i • i 9 n. 5i— Tibinçá. i » 5 n. 66— Penalva. i • 5 n. 76— Camaragibe. I D p 8 n. 81 — Mendanha. I » i 7 n- 106— Muaná. I i 6 n. 1 1 4 — Saquarema . I » i n. 1 1 5 Diogo Flores. 1 » > 6 n. 124— Pêro Coelho. I t » 5 n. 174— Descalvado. Rosas expostas pelo Sr. (Iscar ( iuanaharino Jn Secção de margaridas do Sr. Pereira da Silva LAVOURA 435 i vazo com 5 ri 187— Nuporanga. i 5 n. 204 — Itaporanga . ULTIMAS NOVIDADES i vazo com 6 n . •285— Pedro Alaria Binot. i i 6 n. 286— Marapatá. i • • 8 n. 286— Mara pata. i » • 6 n. 287 — Juruá. i d 6 n. 288— Macapá. o (3 n. 288 — Macapá. i » 6 n. 289 -Page. í i • 4 n. 290— Soberano. í o 5 n. 294— Jaçanan. i > p 5 n. 294 — Jaçanan . i p 4 n. 3o2 -Carmo. 1 P p 5 n 3o3 — Massiambú . I » 5 n. 304— Javary. I » p 7 n. 3o5— Esmalte. 1 p 5 n. 3o(i — Dr. João Baptista de Castro. I » p b n. 307 — Itamaracá . I » p 5 n* 3o8 — Camacan . 1 » 6 n. 309 — Pepery. 1 « • 4 n. 3i3 — Suassuhy. 1 D » 6 n 314 — Iguaraçú. 1 P p 7 n. 328— Anadia. 1 p 3 n, 304— Plácido de Castro. 1 1 p 4 n. 376— Sumaré. VIUVA SILVA & FILHOS Foram as seguintes as plantas expostas : 'Palmeiras Areca Speciosa . i Areca rubra . •2 Phenix cananense. i Latank rubra . i Kentia Lindnú í Licuala hórrida i Pinang í decora í Lewistonia Sinensis. i » Hoog endroppú. i Seaíorthia elegans. i Areca Lutescens. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Trinax radiata. Areca madagascariense . Hyophorbe Werschafeltii. Athalea funifera. Stevensonia grandifolia . PLANTAS DIVERSAS Dion edule. Zamia villosa. Araucária excelsa. Curculigo, recurvada Pincenecutia, tuberculata . Maranta zebrina. Medinilla magnifica. Asparagus plumosus . Morrissonia tuberculata. Anthurium regalis. Collecçáo de margaridas em 8o vasos. » » cinerarias com i5 variedades. Begónia Rex : 5o variedades á seguir : Emilia. Hertha. Rockertiana. (novidade 1908' General Glyserio. Amaury Fonseca. Nellós Hearte (Novidade 190S) Perigunia. Fé. Bento Leite. Emil Copp. M.m" Halley. Gloirie de lopiaine. Victor Lesse ur Verdi. Talismani. M.'»e Louise Pemot. Tenebrosa . Lavinas Salles. Conforme . Plinio. Diamant. Bouquets de noiva — Casa Flora Corbeille de rosas Paul Neyron Casa Jardir A LAVOURA Lídia Fonseca. Dr. Germano Vert. M.m" Tibot. Aracy . Brasileira. M.'"0 Richard. M.rae Graustemberg. Cabocla . Parisiense . Roi des Rouges. Plutão. General Crone (novidade). Erim. Luiz Dantas (novidade 1908). Hilma (novidade) . Gloire de Montreal. Jayme Silva (novidade 1908). Cecy. Moema . Louise Classon. Oto Foersten. M.">e Amaury Fonseca. Barão de Itacurussã. Dr. Ramos de Azevedo. Inimitável. OSCAR GUANABARINO JÚNIOR Em profusão, arrumadas em uma cesta expôz : Rosas Paul - Neyron . Rosas Captaine Chryste. Rosas Marganil. DR. JÚLIO ZAM1TH Com uma linda collecção de craveiros em flor, em numero de 12 variedades e mais quinhentos cravos soltos, concorreu este expositor, que francos elogios mereceu pela variedade e belleza dos cravos ex- postos . BERNARDO SOUTO Em duas corbeilles, expôz as seguintes variedades de rosas : Príncipe Negro. Bella Maria. SOOIEOAWÍ NACIONAL Itft AORir.ltl.TlIRA Purpur. Vick e Caprice. D. MARIA REZENDE DA SILVA Expoz uma colleçao de amores perfeitos e variedade de lyrios, espirradeiras, papoulas, sempre-vivas, saudades, flores de begónias, dhalias, Ixora coccinea e calliopsis. D. EMÍLIA ALVES Apresentou vinte variedades de rosas, entre as quaes: Paul-Neyron, Souvenir de la Malmaison, Apoteker George Kofer, Perole des Jardins, Captain Chrysty, etc. Quatro variedades de crysanthemos, treze variedades de dhalias cactus, das quaes quatro novidades de 1908. CORONEL GALIANO EMÍLIO DAS NEVES JÚNIOR Expoz bellas rosas de muitas variedades; cravos diversos, sau- dades e azáleas. COLLEGIO ANCHIETA Concorrendo na secção de flores cortadas, apresentou um bello trabalho representando um globo terrestre, todo feito de cravos de muitas variedades, assentando em um taboleiro todo de amores per- feitos, onde se liam as iniciaes do collegio feitas com cravos brancos. FAMÍLIA MARQUES BRAGA Entre as collecçoes de rosas expostas, foi a mais variada a apre- sentada por esta expositora, em numero de trinta e uma, notando-se na collecção os únicos exemplares existentes na Exposição, das rosas murta e de banks. Além das rosas, expoz também grande variedade de cravos, pa- poulas, anthuriuns, myosotis, saudades, agapanthus, lyrios alba, ama- ryllis, oncidiuns, palmas de Santa Rita e goivos. MANUEL PEREIRA DA SILVA Expôz margaridas em numero de 180 vasos e variedades roxas, brancas e vermelhas, begónias, rosas diversas, avencas, cravos, calla- diuns e ainda uma bellissima samambaia de grandes dimensões. JOSÉ DOMINGUES Além de uma grande collecção de margaridas de diversas vari- edades, apresentou também as seguintes variedades de rosas: beille organizada pel< Ur. Souza Reis Cofbeille da Casa Jardim Paul-Nevron, Purpura d'Orleans; F. Carlos Druscki, Bella Maria e Souvenir de la Malmaison. ANTÓNIO RODRIGUES PINTO Com collecções pequenas de margaridas, cravos, asparagus e samambaia, apresentou-se este expositor no certamen das flores. Rio de Janeiro, Outubro de 1908. Eng°. Sousa Reis, lo"secretario. A Pecuária na Exposição Nacional 3o TURNO Lord, touro de três annos e meio de idade. E' da raça suissa, cor de rapoza. Foi importado pelo Estado de Minas. Lorde umjbello espécimen da raça schmti, a qual se recommenda por sua ru^ticidade e como boa leiteira ; também produz bons animaes para trabalho e carne. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Dividem geralmente a raça suissa em três grandes grupos : raça grande, media e pequena. Todos os três grupos distinguem-se pela pe- llugemcor de rapoza, desde a cor de rapoza amarellada até a cor de rapoza quasi negra. O fio do lombo c a barriga do gado schwit\ tem a cor amarellada. O gado sclnvi/; varia em peso vivo desde 400 a 700 kilos, pro- duzindo as leiteiras 2.400 a 3.000 litros de leite por anno. O leite das vaccas suissas contem 3 a 4% de manteiga. O gado schwit^ acclima-se perfeitamente nas regiões montanhosas de Minas e Estado do Rio. E' um excellente gado para se cruzar com o nosso Caracú. Sofía é uma égua de cinco annosde edade, pertencente ao Dr. João Penido Filho. Foi premiada na Exposição Nacional e com justiça, pois é um bello animal. E1 cria de Minas e excellente montaria. Bahia é um animal mestiço de Caracú e zebú ; pesa 750 kilos de peso vivo. Foi boi de carro, mas na época da Exposição já estava apartado para o corte . Mereceu a attenção dos visitantes por sua boa apparencia de animal sadio e nédio. Carneiro cara negra exposto na Exposição Nacio nal de igo8 ; posto que bello, nada oíferecia de extraordinário a não ser seu bom estado de saúde. E' um animal nacional perfeitamente acclimado. SOCÍEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Pellado é procedente do Ceará e distingue-se por ser privado de W^tm \ Iff! FF.' "W G S S.BB jÉL ^sáfc l pello. E' um bom marchador pertencente ao coronel José Pio. Fez figura na Exposição pela sua exquisitice. A LAVOURA l^^Cambucá boi de corte, mestiço de zebú e caracú. Pesa óóo kilo- grammas de peso vivo. Araby é um grande touro zebú pertencente ao coronel Adolpho Ferreira. Um animal monstruoso, com 5 annos de idade. Fez bonita figura ao lado dos Nacional de iqo8. seus congéneres que figuraram na Exposição SOCIEDADE NACIONAL DE AQRICULTURA Barão de Capanema Após prolongados soffrimentos e na dilatada idade de 84 annos, finou-se em 28 de julho do corrente anno, nesta cidade, o Dr. Gui- lherme Schuch de Capanema — Barão de Capanema. Era um nome conhecido e respeitado no Brazil inteiro, senão também fora delle. Toda sua vida, pôde dizer-se, foi inteiramente consagrada ao ser- viço da Pátria, e destaca-se por uma serie ininterrupta e valiosa de árduos trabalhos que perduram e hão de perdurar sempre na memoria de todos os brazileiros que o distinguiam e veneraram com a beneme- rência a que tinha direito. Os cargos elevados que lhe foram confiados, as commissões scien- tificas que lhe couberam, a sua collaboração efficaz em todas as questões agitadas no seio das varias associações scientificas de que era digno membro, aqui e no estrangeiro, deram-lhe um real destaque, um prestigio pouco commum, como o exigiam a sua vasta erudição o? seus múltiplos e profundos conhecimentos nos differentes ramos em que a Sciencia se desdobra. E, por isso, todos os seus trabalhos timbram por um alto valor, que se lhe não contesta, próprio de quem, como elle, era um verdadeiro sciente. Assim é que ao seu estudo e á sua competência se devem, entre outras, as seguintes obras : Dissertação sobre o methodo de divisão de Homer e sua applicação d álgebra. Rio de Janeiro, 1848, in-8.°. Quaes as tradições ou vestígios geológicos que nos levam á cer- teza de ter havido terremotos no Brazil. Memoria lida na sessão do Instituto Histórico, de 24 de novembro de 1 854. Vem na « Revista » trimensal, tomo 22o. pags. 135 a 139. Algumas observações acerca da influencia exercida pelos progres- sos do homem sobre a vegetação e o aspecto physionomico dos paizes que elle habita. Memoria offerecida ao Instituto Histórico, a 21 de setembro de 1848. Trabalhos da commissão scientifica de exploração. Relatório da commissão geológica. Rio de Janeiro, in-4.0. Foi este relatório pu- blicado com o da commissão geológica. (Veja-se Manoel Ferreira Lagos.) Relatório sobre a fabrica de ferro de Ipanema. Rio de Janeiro, 1864, 37 pags., in-fol. Fora o autor encarregado pelo Governo de um exame da dita fabrica, exame com que se restaurava esse estabele- cimento já abandonado. Exame do mappa do Amazonas, levantado pela commissão de demarcação de limites com o Pará. Pará, 1865, in-fol. Assignam tam- bém este trabalho H. L. dos Santos Werneck eM. A. Vital de Oli- veira. Decomposição dos penedos no Brazil . Lição popular, proferida em 25 de junho. Rio de Janeiro, 1866, 32 pags., in-8°. Esta lição foi feita por occasião de achar-se no Brazil o celebre Agassis. Apontamentos geológicos (ao correr da penna.) Rio de Janeiro, 1868, 80 pags. in-8°. Canna de assucar. — Memoria lida na sessão do Imperial Instituto de Agricultura, na noite de 3o de julho de 1867, etc. Rio de Ja- neiro, 1867, sete pags. in-8°. Algumas palavras sobre os telegraphos e Ministério das Obras Publicas no Brazil. Rio de Janeiro, 1869, 42 pags. in-fol. de tresco- iumnas. E' uma reimpressão de artigos já publicados no Jornal do Commercio. Relatório da Inspecção geral dos Telegraphos, no anno de 1869, apresentado ao Sr. Diogo Velho Cavalcanti de Albuquerque, Ministro, etc. Rio de Janeiro, 1870, 54 pags. in-fol. Gomo este, ha vários rela- tórios, correspondentes aos outros annos, publicados nos relatórios do Ministério da Agricultura. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Apontamentos sobre as seccas do Geará. — Rio de Janeiro, 1878, in-40. Ensaios de sciencia por diversos amadores. Rio de Janeiro, 1876 a 1880, três volumes in-40, com este. E' uma publicação periódica, redigida com João Barbosa Rodrigues e B. C. de Almeida Nogueira. O primeiro numero é de marco de 1876 e contém, de Capanema, o artigo « Os sambaquis», de pags. 78 a 89. Em outros números acham-se seus «Estudos botânicos », Observações sobre a origem do barro verme- lho na provincia do Rio de Janeiro, etc. Ultimamente quando se discutia o tratado das missões, celebrado por Q. Bocayuva, escreveu Capanema vários artigos no Jornal do Commercio, que foram reproduzidos com o titulo s longos dias de dezembro e janeiro iò 5 SOCIEDADE NACIONAL DE AORICULTURA prejudicando o desenvolvimento dos grãos; queda de granizo derru- bando os fructos ; tanta cousa poderá ainda comprometter a carga... Si nada houver de anormal, a colheita será grandíssima pois a flo- rescência o prometteu . Miracema, 10 de outubro de 1908. — 2A. C. Ferreira Paula. 0 Azote ( Conclusão ) AZOTE AMMONIACAL A atmosphera, o solo e os adubos são as três fontes que nos for- necem o azote ammoniacal. O bicarbonato ammoniacal do ar fixa-se parcialmente no solo e só em diminutas proporções o absorvem as folhas de certas plantas, sendo as do tabaco, segundo Schlcesing, as que fixam maior quantidade de ammoniaco aéreo. Este experimentador e Miintz, partindo da observação de que uma planta artificial, cujas folhas de amiantho impregnadas de fracas soluções acidas fixam uma quantidade de ammoniaco tal que, applicada a um he- ctare de cultura forraginosa ascenderia a 80 kilogrammas de azote, dão importância exaggerada á absorpção foliacea do ammoniaco, suppondo que este penetra em quantidade apreciável pelos estornas das folhas, dis- solvendo-se nos suecos das mesmas. Comparar as folhas vivas a super- fícies inertes banhadas por um acido é manifestamente um erro, porque nem a parte exterior das primeiras tem nenhum acido, nem os seus suecos são exclusivamente ácidos, e, ainda quando o fossem fracamente, nem assim poderiam condensar o ammoniaco, como querem aquclles dois experimentadores, pois a continua circulação da seiva bastaria a impedil-o. E tanto assim é, que o illustre agrónomo allemão Mayer, de Heidelberg, expondo ao ar livre culturas de sementes em soluções nutritivas isentas de corpos azotados, ao desabrochar das folhas não observou nenhum au- gmento de azote, não achando nas pequeninas plantas mais azote do que o existente nas sementes. Se o ammoniaco da atmosphera tivesse sido utilisado, a analyse do vegetal revelal-o-hia. Podemos, pois, affirmar que o ammoniaco atmospherico não exerce sobre as plantas nenhuma acção directa que possa ser aproveitada na pratica da agricultura. O ammoniaco do solo deriva da decomposição das matérias orgâ- nicas, dos adubos orgânicos e dos saes ammoniacaes. No solo se oxyda ou A LAVOURA 451» nitrifica o ammoniaco, transformando-se em nitrato de cal directamente absorvível. Ma? uma parte do ammoniaco absorve-se também sob a forma de saes, como se prova pelas concludentes experiências de Múntz am- pliadas por Mazé. Mas, se analysamos estes factos de laboratório c os relacionamos com a heterogénea composição da terra lavradia, para tirarmos deducç5es úteis á pratica agrícola, verificamos que, em egual- dade de circumstancias, é sempre maior o poder de absorpção e de nu- trição do azote nítrico. Com elfeito, Mazé, cultivando o milho em caldos nutritivos pre- viamente esterilisados, obteve os resultados seguintes : 1 1 1 1 8„ g |j 3 Coitaras S'ã 1 -a 1 S :1 1 Io 1" i, « — u. •" l 44 i por i.ooo Nada 8 900 232,8 2 3" » 7-425 197- 1 3 45 !> 8.910 261 4 44 Nada i por i .oco 6.225 232.5 5 39 Nada " 5-135 189,3 Demonstram estas experiências que, embora o nitrato contenha iõ,õ°/0 de azote e o sulfato de ammonio 21 °/0, todavia absorve-se com mais rapidez e utiliza-se melhor o azote nítrico do que o ammo- niacal, como se deprehende dos pesos das plantas e do azote durante a experimentação. Nos campos, em virtude da abundância dos germens nitrificadores é impossível realisar estas experiências comparativas. Todavia Pougual praticou-as com êxito. Para isso, em dois vasos, um com terra de la- voura contendo microorganismos e o outro com terra esterilisada e por- tanto sem nenhuma espécie de micróbios, cultivou plantas eguaes, adu- badas com a mesma quantidade de sulfato de ammonio ; finda a expe- riência, observou que as plantas da terra ordinária utilisaram cerca de 20 °/o mais de azote do que as outras, prova evidente de que o ammo- niaco transformado em nitrato se assimila mais rápida e totalmente do que o sulfato ammoniacal em natureza. ( )pinam alguns agrónomos que a absorpção ammoniacal se realisa com muito maior frequência do que se crè. Fundamentam esta opinião no facto da grande profundidade alcançada pelas raizes, pois suppõem que, não se dando a nitrificaçáo além de um metro abaixo da superfície 460 SOCIKDADE NACIONAL DE AGRICULTURA do solo, quando as raises penetrarem a dous e até mesmo a cinco metros de profundidade, á falta de nitratos, háo de forçosamente absorver o azote ammoniacal e o orgânico. Tal opinião é porém errónea e demonstra pre- cisamente o contrario do que se pretende provar, porque os nitratos espalhados na terra e originados pela nitrificação, quando não são absor- vidos na camada activa, escoam-se e descem ao solo inerte ou ainda ao subsolo impermeável, onde constituem uma fonte de alimentação azotada que as plantas utilisam, acontecendo profundarem as raizes ainda mais do que a quantidade normal precisamente em procura dos nitratos, como demonstram as rigorosas experiências de Lawes e Gil- bert em Rothaussted. Na pratica agrícola conta-se com todos os factores capazes de mo- dificarem aterra, e as culturas. Neste caso, geralmente, o azote é absor- vido sob a forma nítrica, salvas poucas excepções em que a nitrificação é insulíiciente ou nulla, dando-se então a assimilação dos saes amoniacaes O azote orgânico abunda nos solos fazendo parte do húmus e dos adubos orgânicos. A terra vegetal contem notáveis quantidades de azoto, variando entre 0,5 e 2 por 1.000,0 que equivale a 5. 000 até 2.000 kilogrammas por hectare. Esse elemento encontra-se sob a forma de princípios orgânicos mal definidos, e quasi inteiramente insolúveis. Até a poucos annos era crença geral a absoluta insolubilidade e a im- possibilidade da absorpção directa do azoto orgânico. As lentas e sueces- sivas transformações das matérias orgânicas em ammoniaco e nitratos, e o facto evidente da insuficiência das grandes doses de azoto orgânico do solo para satisfazer as necessidades das colheitas, pareciam confirmar essa opinião. Esta doutrina foi, em parte, modificada por estudos experimentaes recentes. Dehérain e Petermann demonstraram a penetração lenta de mínimas proporções de húmus dissolvido atravez da membrana do dyalisador, deduzindo d'ahi a possibilidade de o húmus ser também ab- sorvido pelas mais ténues radiculas das plantas. Berthelot e Itoklasa, investigando as transformações que soffre os restos orgânicos em virtude das bactérias dosolo, descobriram a existência de corpos intermediários, verdadeiros elos que fazem a transição entre o azote orgânico e o mi- neral, isto é, asamidase as alcamidas, compostos solúveis que de con- tinuo se estão a formar e de continuo são absorvidos. O conjuncto de A LAVOURA 401 todos elles denomina-sc azote amidadoe solúvel, e a sua proporção na terra e variável, ainda, que sempre exigua, oscillando ordinariamente entre 0,2 eo,6 por 100 de azote orgânico total. Agricolamente permanece de pé a antiga opinião, porque as pequenas quantidades de azote orgânico absorvível nada significam na pratica, in- cluindo-se na totalidade do que existe no solo, sem dispensarem a neces- sária applicacão do azote complementar rapidamente absorvível para forçares rendimentos. Por tanto só a titulo de interesse scientifico se poderá insistir no fraco poder de absorpção do azote orgânico. Absorvidos os nitratos e uma pequena parte dos saes ammonicaes e dos corpos amidados, quaes são as transformações que elles experimentam, que papel desempenham e que energias consomem para se converterem em matérias proteicas destinadas a accumular-se nos fruetos das plantas? Muitas são as experiências executadas pelos chimicos para desvendar o mysterio dessas transformações ; e sendo diíficil pronunciarmo-nos em favor dos resultados obtidos, temos por mais lógico deixar qualquer exclusivismo e, partindo de factos biológicos passados no interior do ve- getal, admittir theorias racionaes que suppram a falta de demonstrações rigorosas. Os nitratos circulam coma seiva e, chegando as folhas, os dous ele- mentos do sal dissociam-se, segundo Bach, reduzindo-se o acido nítrico por intervenção dos raios ultra-violetas, e passando ao estado de acido hyponitroso, o qual, fixando dous átomos de hydrogenio produz a hydro- xilaminn, base que, unida a aldehyde methylica, gera a formiamida, capaz de polymerisar-se e ser ponto de partida ou núcleo inicial das matérias albuminóides. O ammoniaco, quer se oxyde e transforme em nitrato, como pensa Berthelot, André, Heckel e Lu ndstreem, quer se deshydrate, é provável que também origine a formiamida, como faz^m os nitratos. Os corpos amidados são produetos que derivam da oxydação das matérias albuminóides, e por isso logicamente se presume que elles de novo possam regenerar essas matérias, que representam uma organização su- perior á da formiamida . Partindo do núcleo inicial, as mutações suecessivas que elle experi- menta, até á definitiva constituição dos albuminóides são por completo desconhecidas. Efeito que n'esta sériede complicadas transformações se gasta muita energia subministrada pela luz e pela oxydação dos compostos ternários. E assim se explica porque A que as grandes doses de nitrato produzem etfeitos mais rapidamente aprecia\reis, porquanto, ao mesmo passo que o SOCIKOADE NACIONAL DK AGRICULTURA nitrato fornece azote, proporciona também oxvgenio nascente que. vai activar as transformações intra- vegetaes . Organizado o azote, forma parte de corpos muito atómicos e instáveis, constitue oprotoplasma e condensa-se nas cellulas de chorophylla ou choroleucytos do apparellio aéreo nascente. Ahi continua a condensar-se, ahi estimula a funcçao chlorophyliaíiâ e ahi contribue para a fixação da energia solar e sua transformação em trabalho chimico, com as reducçÕes, as syntheses e os desdobramentos ; graças aos quaes se formam a fécula, os assucares, a cellulose, os ácidos orgânicos, as matérias proteicas, etc. Mais tarde sobreveio a deseccação das folhas, enfraquece o poder chloro- phylliano, e o azote dos princípios quaternários emigra dirigindo-se pata os fructos ou órgãos accumuladores que elle tem de integrar constituindo a legumina das leguminosas, o glúten dos cereaes e a aleurona ou grânulos de proteína dos tubérculos. O azote, emquanto desempenha a primeira serie de funcçóes mobiliza-se e circula, sotlre metamorphoses incessantes, exerce enfim uma acção que bem se pôde denominar circulante ; quando se lixa nos fructos ou productos explorados pelo lavrador, immobilisa-se, é um elemento nutritivo essencial de reserva; e manifesta a sua acção integrante, unin- do-se a outros princípios nutritivos. Variadas e múltiplas são as applicações de utilidade immediata para a pratica agrícola usual que podem deduzir-se das experiências e dos princípios agronómicos acima expostos. Pormenorisal-as todas seria tarefa longa e enfadonha: omittil-as equivaleria a deixar sem remate um capitulo tão importante como é o do azote. N'essa hesitação, limitar-nos- hemos agora a expor apenas o resumo synthetico das applicações mais principaes e evidentes que logo á primeira vista se reconhece serem perfeitas demons- trações do grande proveito que o agricultor intelligente pôde tirar dos re- feridos conhecimentos . Inspirada a agricultura na observação e na experiência, é natural que demoremos na serie de factos experimentaes que na segunda metade do século XIX surgiram para investigar conhecimentos dantes ignorados, confirmar os trabalhos de laboratório, esclarecer as duvidas que se le- vantam, quando se applicam e^ses trabalhos d cultura em grande, e de- monstrar a certeza da conclusão económica synthetisada no irrefutável prin- cipio de que a maior quantidade, á mais adequada applicação e ao mais alto poder de absorpção de azote, corresponde a maior remuneração das culturas. As celebres experiências de Vincennes, tão notavelmente executadas por Georges Ville, inclinaram os ânimos dos agricultores práticos a favor A LAVOURA dos chimicos e especialmente do nitrato de sódio. Simultânea e posterior- mente Lawes, Gilbert, Warington, Dehérain, Grandeau, Petermann, Maerker.Dyer, Wagner e muitos outros, nas granjas e estacões agronómicas estrangeiras, os directores das granjas hcspanholas de Valência, Barcelona, Saragoça, Madrid e Xerez, nós e numerosos agricultores práticos que se- cundaram a nossa campanha propagandista dos adubos chimicos coinci- dimos todos em sanecionar de um modo concludente e decisivo a dou- trina de G. Ville. Está hoje fora de duvida a indiscutível efficacia cultural e econó- mica dos adubos azotados. Todas as experiências agrícolas, de labora- tório, das granjas, das estações agronómicas e as realisadas pelos pró- prios agricultores em extensas propriedades e dentro das condições económicas a que se cingem as culturas, confirmam isso absolutamente. Se porventura existem pequenas discrepâncias, em nada ellas se refe- rem aos fundamentos do principio agronómico, e apenas versam sobre os estados do adubo azotado e a época do seu emprego. Os eloquentes ensinamentos dos factos e a innegavel influencia exercida por todos os factores que interveem na vida e no rendi- mento das plantas cultivadas, evidenciam que o azote é mais neces- sário no principio da primavera e que, se durante o outono o espa- lharmos no solo sob qualquer das suas formas, elle se perde em grande quantidade, porque as plantas não o aproveitam, emquanto se não activa o desabrochamento das folhas e emquanto o azote não começa a exercer a sua acção circulante, que termina integrando os fruetos e os demais órgãos explorados pelos agricultores. Como consequência da premissa anterior, deduz-se que o azoto orgânico, pelas lentas metamorphoses e fermentações que experimenta antes de se converter em nítrico, pôde considerar-se como um ma- nancial mediano e perenne de fertilidade, mas insuficiente para as grandes necessidades alimentícias das culturas, ao ponto de que o azote contido no húmus da terra é bem pouco aproveitável, por ficar inerte e immobilisado. O azote dos adubos mixtos ou estrumes é mais activo, mas precisa de sóffrer as fermentações ammoniacal e nítrica, e estas, pela lentidão com que se produzem, não o põem em condições de com- pleta e rápida absorpção para poder satisfazer a todas as exigências nu- tritivas das plantas. O azote dos guanos naturaes, dos resíduos córneos de torrefação, do sangue secco e d'outros produetos orgânicos de decom- posição rápida, embora se nitrifique mais depressa e possa utilisar-se na cultura intensiva, é mais caro do que o dos adubos chimicos e, em maior quantidade, não produz rendimento superior ao destes últimos. Não ob- 46-4 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA stante isso, em determinadas condições culturaes, quando se quer modifi- car as propriedades physicas dos solos, embora se saiba que o azote orgâ- nico soffre grandes perdas e não estimula o curso da vegetação na prima- vera, no emtanto elle presta importantes serviços como fertilisante perió- dico, devendo associar-se-lhe na primavera outro adubo azotado supple- mer.tar, isto é, o nitrato de sódio. Relativamente a absorpção, e aos effeitos subsequentes sobre as plantas, do azote ammoniacal do sulfato de ammonio, e do azote ni- trico do azotato de sódio, pouco temos a acerescentar ao que acima ficou dito. E1 certo que ambas essas formas do azote são directamente absor- vidas ; mas o azote ammoniacal, salvo raras excepções, se nitrifica com bastante rapidez nas terras húmidas e fortes, ao passo qu > nas terras le- ves e seccas se nitrifica lentamente . A acção do sulfato de ammonio nõo se manifesta de prompto ; exige algum tempo para poder ser apreciada pelo agricultor ; mas vem por fim a traduzir-se em excellentes effeitos estimulantes e nutritivos do vegetal. Pelo contrario, o nitrato de sódio absorvido rapidamente, tam- bém rapidamente, desenvolve a sua acção nutritiva imprimindo grande incremento á vegetação, como se vê na frondosidade e na intensa còr verde das folhas. Em resumo, o azote ammoniacal actua em virtude da sua gradual ni- trificação, sendo absorvido só nesse estado ; o azote nitrico, por ser utili- sado directamente, é absorvido mais depressa e em maior quantidade, satisfazendo opportunamente ás grandes doses de azote que as culturas exigem no começo da primavera. Sobre os solos actuam de modo diverso os dois grupos de saes azo- tados. O sulfato de ammonio, nas terras desprovidas de cal, não se desdobra e leva muito tempo a nitrificar-se e a ser absorvido ; nas terras calcareas dá logar a dois saes, o nitrato e sulfato de cal, orig;nando-se an- tes o carbonato de ammonio que é fixado pelo húmus e pela argilla, sob a forma da humatos e silicatos poiybasicos. O nitrato de sódio não soffre modificações apreciáveis; ás vezes, reagindo sobre o carbonato cálcico, transforma-se em nitrato de cal e carbonato de soda ; mas a soda sempre fica no solo, porque as plantas a expellem de novo pelas raizes. O sulfato, na sua evolução, perde 3 por cento de azote ; o nitrato é completamente absorvido, sem perda daquelle elemento. A salubri- dade do nitrato concorre certamente para que este sal se infiltre e es- coe até ás camadas profundas do subsolo; mas também não é menos certo que tal condição, vantajosa em determinados casos, por favorecer o aproveitamento rápido do azote pelos vegetaes, se ás vezes faz per- der uma parte fertilisante, pôde todavia evitar esse inconveniente, logo que deitemos o nitrato por diversas vezes e nas proporções devida a cada cultura. Por ultimo, a humidade atmospherica e a do solo modificam os effei- tos dos referidos saes. O sulfato de ammonio exige agua abundante para reagir e ser absorvido. Se a humidade é pouca, formam-se nos cam- pos efflorescencias de gesso; o carbonato de ammonio, incompletamente retido, vnlatilisa-se e perde-se em parte; c a nitrificação fica impedida ou retardada. O nitrato, corpo muito hygroscopico, absorve grande quantidade de vapor aquoso da atmosphera e lentamente se vae infil- trando atravez das camadas activas do solo, dando aos terrenos um certo frescor que tanto agradecem as culturas, especialmente na penín- sula hispânica e nas regiões meridionaes, onde são escassas as chuvas . O effeito total do sulfato só é comparável ao do nitrato, quando existe humidade excessiva, e ainda neste caso, para quantidades eguaes de azote, o nitrato é superior ao sulfato. Com respeito ao modo de actuar dos dois compostos sobre os fer- tilisantes do solo, tenha-se bem presente que o sulfato de ammonio pulverisa o calcareo, e que o nitrato de sódio, pelo seu alcali põe em liberdade a potassa. Resumindo e generalisando: os saes ammoniaeaes são inferiores ao nitrato de sódio. Prova-o a experiência quasi secular de todos os paiz.es. Já a inducção theorica o tinha presentido ; mas a série de ex- periências realisadas desde Boussingault até hoje demonstra-o plenamente. A' frente de todas as culturas deve figurar a dos cereaes e, sobre- tudo, a do trigo ; e á testa dos ensaios devemos pôr os da granja de Rothamsted, executados pelos il lustres e venerandos agrónomos ingle- zes Lawes e Gilbert durante móis de meio século. Estes dois sábios, num período de 32 annos, desde 1 852 até [883, obtiveram na cultura do trigo os resultados seguintes, referidos ao he- ctare : ADUBO Qi ixi \rs MÉTRICOS Sem adubo. . 8,62 Só o mi adubo m neral lo, o-, Com adubo miner i] mais 4« il ourai nm is dei ZOti amnioniacal . . . 1 6 , 08 » » » » oo » » >> » 2 1 ,83 » » » » M4 » » » » ... 24- 04 » » » 9b * * * » ... 2 5,70 466 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Estes resultados da experimentação demonstram eloquentemente que a um kilogramma de azote ammoniacal corresponde um augmento de colheita de i2,3o kilogrammas, a um kilogramma de azoto nítrico um augmento de iók,3o. Ha portanto em favor do ultimo uma differença de 4 kilogrammas, o que, salvo casos especialíssimos, dã grande superiori- dade ao nitrato de sódio sobre o sulfato de ammonio na cultura do trigo. O dr. Waryngton, comparando as experiências feitas sobre cereaes nas granjas de Rothamsted e de "SYoburn, publicou um artigo pratico, muito bem elaborado, nos Annaes agronómicos francezes, concluindo que, quando se empregaram quantidades relativas de sulfato de ammonio e ni- trato de sódio, contendo a mesma dose de azote, a colheita foi sempre mais abundante nas terras nitratadas; e que, se nestas ultimas represen- tarmos graphicamente por ioo o rendimento obtido, nas adubadas com sulfato de ammoniaco esse rendimento é apenas de 74,08 até "8,04 por cento. Os dois auctorisados chimicos agrónomos francezes Munt/ e Gi- rard, experimentando no campo de Joinville-le-Point com adubos azo- tados chimicos e orgânicos, alcançaram, com egual quantidade de azote os seguintes resultados referidos a um hectare de cultura de milho : flrSo AJubOS Quintaes me- < mu nitrato de sódio '43 d sulfato ammoniacal >4' » sangue secco 130 » cornos torretactos 123 » estrume de carneiro 102 » excrementos humanos 99 D estrume de gado vaccum 93 Nos ensaios realisados no horto de Villatt^a, sob a nossa direcção, obtiveram-se os seguintes resultados por hectare : <3râo Palha Adubos Hectol. Kilog. <'(iiu adubu mineral c 271 kg. de nitrato de sódio 38.79 Com adubo mineral e 200 kg. de sultato de ammonio -4-05 5-OI° Com 21.500 kg. de estrume de curral . . . 12.94 2.476 D. Ignacio Calatayud, no seu campo de Agres, na província de Alicante, com adubo completo no outono, e com 2o5 kilogrammas de nitrato de sódio por hectare na primavera, obteve 48,98 hectolitros de trigo ; com o mesmo adubo mineral, addicionado de 400 kilogrammas de sulfato de ammonio, alcançou 43,18 hectolitros. O distincto tratadista e professor de agricultura, Dr. Rafael Lopez, obteve na cultura de trigo de sequeiro augmentos de 6 a 11 hectolitros, empregando i5o kilogrammas de nitrato de sódio por hectare. Para a cevada e outros cereaes miúdos, também a experiência agrí- cola tem mostrado a vantagem do emprego do nitrato de sódio. Assim, a cevada cultivada em Rothamsted com o nitrato de sódio rendeu, sup- ponhamos, 100 ; com o sulfato de ammonio só rendeu 86,80. Em Woburn o sulfato produziu apenas 75,0c) ; na Mancha, de Hespanha, o nitrato deu ,'ío °/0 mais. Quanto a aveia e centeio, as experiências feitas em Hespanha e noutros paizes accusam 20 °/o de excesso de producçáo em favor do nitrato de sódio, comparativamente com o sulfato de ammonio. Pelo que respeita ao milho, além das experiências já citadas, de Miintz, as nossas de Villatoya, Ornara Agrícola de Valência, Silla, Olleria e Oviedo, accusam na producção um excedente de 25 a 84 °/0 em favor do emprego do nitrato de sódio, comparado com o sulfato ammo- niacal (l). Nos raros casos em que as leguminosas, por falta ou atrophia das nodosidades fixadoras do azote atmospherico, ou por defeito de adaptação d< is micro-organismos fixadores, exijam adubos azotados, utiliza-se van- tajosamente o azoto nítrico, como demonstraram Frank, Berthelot e Naudin, e como comprovam as nossas experiências na cultura do amen- doim, accusando um excesso de 4.300 litros por hectare sobre a parcella testemunha (-). Com tubérculos e raízes, as experiências da granja franceza de Grignon dão por hectare, nas terras nitratadas, uma producçáo de 296 hectolitros de batatas e 34.000 kilos de beterraba melhorada de Vilmorin ao passo que com o sulfato de ammonio a colheita foi, respectivamente, de 25o hectolitros e 29 . 000 kilogrammas . Os nossos ensaios de Bocairente, com a batata Quarantaine de la Halle, mostram que, empregando-se o adubo mineral de 360 kilos de sulfato de ammonio por hectare, se colheram 37 . 728 kilos, e, substituin- do-se o sal ammoniacal por 480 kilos de nitrato de sódio, que conteem (i) V. o opúsculo «Abono dei Maiz» pelo dr. C. Giner. (2) «Los abonos nitrog-enadosen el cultivo de las Leguminosas», pelo dr. C. Giner. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA uma quantidade de azote igual ao adubo precedente, a colheita subiu a 45 . 970 kilos . As experiências de Dyer c Schrivell na Inglaterra, as de Foussat e Grandeau em França, as de Rizoli na Itália, e as nossas em Hespanha, provam mais uma vez a vantajosa c rápida acção fertilizante do nitrato nas culturas horticulas, taes como a couve, a alface, a escarola, a alcachofra, o cardo, o tomate, o melão, o morango, o espargo, a beringela e outras plantas da mesma indole e de prompta vegetação, nas quaes o nitrato de sódio, intelligentemente empregado, dá producções superiores em 35 por cento ás que se obteem com o sulfato ammoniacal. E, por ultimo, nas culturas arbustivas e arbóreas, que consideram permanentes, também o azote nítrico se avantaja ao ammoniacal. Res- pectivamente á vinha são muito demonstrativas as experiências compen- diadas na obra do prestigioso viticultor de Montpellier, o sr. Ed. Zacha- rewicz, o qual preconiza o nitrato de sódio como adubo azotado prefe- rível pelos maiores rendimentos que produziu durante quatro annos de ensaios em diversos terrenos. As nossas experiências, feitas com as variedades de videiras cult ivadas em Hespanha, corroboram os resul- tados cbtidos porMiintz e por outros viticultores franceses, demonstrando que com adubo completo se alcança um augmento de producção que vae até 14 000 kilogrammas de uvas por hectare. As arvores fruetiferas agradecem sempre muito mais o nitrato de sódio applicado methodica e succe5sivamente do que o sulfato de ammonio applicado uma só vez . A laranjeira, arvore muito produetiva na península hispânica, rende mais com o nitrato do que com o sulfato ammoniacal . Uma serie de expe- riências continuadas durante cinco annos consecutivos demonstram a nossa asserção. Em duas parcellas eguaes, de 83, 16 ares cada uma, plan- tadas ambas de laranjal em plena producção, sendo a primeira par- cella adubada com adubo mineral, 2.000 kilos de dejectos humanos (dosando 5o de azote orgânico), e 10S kilos de sulfato de ammonio (dosan- do 22,5o de azote ammoniacal), e a segunda parcella com 32o kilos de nitrato de sódio (dosando 48 de azote nítrico), a producção foi de [8 [.80 kilos de laranjas na primeira parcella e 23 .52o na segunda. Com macieiras, pecegueiros, pereiras, damasqueiros, etc . as nossas experiências nos hortos de Valência, Fuente-Podrida e Villatoya põem em evidencia a notável acção fertilisante do nitrato de sódio ; porque, applicando a cada arvore o, 5 a 1 kilogramma de nitrato, juntamente com adubo mineral, obteve-se um augmento de producção avaliada em 20 a 35 kilogrammas de frueto. A LAVOURA 469 Muitas outras experiências poderíamos citar ; mas abstemo-nos por amor da brevidade e por nos parecer que as que iicam referidas bastam para demonstrar ate á evidencia a vantagem do emprego agrícola do nitrato de sódio, comparado com os outros adubos azotados . Terminaremos por isso, apresentando um quadro synoptico onde vem indicada a quantidade, a epo;a e o modo de applicação do nitrato de sódio. (i) «Experiences sur les engrais appliqués ala culturede Ia vigne». [900. Mont- pellier. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Nitrato de sódio Plantas cultivadas Quantidade por Kilogrammas Época da distribui -ão do nitrat j Modo de emprego do nitrato Tii1' ide regadio Primavera Por duas vezes, a lanço e em partes eguaes, no i° de março e no 1" de abril. Tricô de sequeiro Na primeira lavra ou sacha. Cevada, centeio e aveia de se- ioo a 150... Idem, idem, idem. queiro. Milho regadio 300 » 400. . . No principio do verão. A 1 a porção ao semear ; a 2a no desbaste ; a 3a ao espigar. Milho de sequeiro em climas húmidos. 250 Idem Idem, idem, idem. Leguminosas que accusem falta de azote por enfraquecimento 50 a too... 15 a 30 dias depois Em duas vezes con- de nascidas. secutivas e em partes do poder fixador do azote eguaes com uma sa- atmospherico. cha ligeira . Batatas de regadio 300 n 400. . . Primavera Em duas vezes, metade ao semear e a outra metade na primeira sacha . Batatas de sequeiro 150 » 250... Idem, idem, idem. Beterraba saccharina Primavera e fim Por duas ou três vezes do verão. em linhas, logo de- pois de nascida a planta ena amontoa. Couve, alface e outras hortaliças 300 a 400. . . Depois da trans- Por duas ou três vezes, utilisadas pelas suas folhas, plantação. ao transplantar e 30 caules ou flores. dias depois Pimentão . . , Idem, idem, idem . Tomateiro 350 Idem Liem, idem, idem. Melão 250 a 35..... Uma parte ao semear, e as outras duas 20 a 25 dias depois. Laranjeira 250 » 500. . . í 'rinKi\ era e verã< ' Três vezes : começo de abril, meado de maio e começo de julho . Vinha 1 'rimavcra Março, em linhas. Uma só vez, a lanço, debaixo da copa das Oliveira 100 » 150. . . Fim do inverno e na primavera. arvores, sem tocar nos troncos. Arvores de fructo em geral . . . 200 )> 300... Primavera Uma ou duas vezes, começando em feve- reiro, quando des- perta a seiva. A LAVOURA EXPEDIENTE Secretaria Correspondência Expedida em outubro : Cartas 135 Offlcios 15 Circulares . . 351 Telegrammas 250 «A Lavoura» 4.908 Monographia sobre moléstias de animais 3.069 Recebida em outubro : Cartas 255 Requerimentos 191 Offlcios 21 Telegrammas 34 Circulares 5 Memoranda 12 — Em 17 de outubro realizou-sc na sede de?ta sociodale a conferencia do Di\ Eduardo Torres Cotrim, sobre a « Febre do Texas », á qual compareceu grande numero de lavradores, achando-se presentes todos os membros da Directoria. (Foi publicada no Jom ti do Commercio e vae ser distribuída em folhetos.) — O Dr. Wencesláo Bello, presidenta da Sociedade Nacional de Agricultura, recebeu do Sr. Franco Vaz, director da Esc da Correccional Quinze de Novembro o seguinte offlcio em 30 de outubro de 1008 ; «Exm. Sr. Dr. Wencesláo Bello, Presidente da Saciedade Nacional de Agricultura. Visitando hoje. em companhia do horticultor desta escola, o Horto Fructicola da Penha, sob a competente administração do Sr. engenheiro Paulino Cavalcanti' tive occasião de verificar o cnthusiasmo o a dedicação com que o mesmo cuida daquelle fnturoso instituí; agrícola, que está falado a prestar muito bons ensi- namentos áquelles que em nosso paiz se dedicam á cultura do solo e ás industrias correlativas. Como seja meu intuito dessnvolver também grandoimnte as nossas plantações aqui na escola e como esteja em meu espirito accentuando a tendência para cuidar com maior empenho da pomicultura, informei-me com aquelle engenheiro relativamente ás fructeiras que o Horto mais facilmente poderia ceder, por inter- médio dessa benemérita sociedade, ficando, assim, bastante esclarecido, para poder solicitar-vos a concessão, em favor desta escola, das seguintes espécies fructiferas : mangueiras, 200; geuipapeiros, 200; abieiros, 100; fructeiras do conde, 200; cam- bucazeiros, 100; oitys, 100; jaqueiras, 100; jabotieabeiras, 50. Saudações. » SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Secção Technica Formigas cuyulbitiiiis — No intuito do prestar aos nossos sócios esclarecimentos positivos e fidedignos acercadas qualidades attribuidas a estas formigas, como destruidoras das saúvas, quern-quens e outros insectos nocivos á lavoura, continua a Sociedade Nacional de Agricultura a franquear as columnas do seu jornal á inserção de quaesquer contribuições, experiências o attestados, que lhe sejam endereçados e se destinem a comprovar a utilidade e valor económico das mesmas formigas. Abrimos hoje espaço, e o fazemos com prazer as communicacões e attestados que recebemos do nosso consócio o collaborador, membro do Conselho Superior da Sociedade, Di . Carvalho Borges Júnior, applaudindo o osforço e a tenacidade com que esse amigo da lavoura ss tem dedicado á propaganda do género e espécie de «Cuyabanas», que cultiva em larga escala nos terrenos de sua propriedade em Valença. Estado do Rio de Janeiro, e das quaes se iem incessantemente oceupado em artigos publicados n' A Lavoura e no Jornal do Commereio desta capital. Começamos pela communieação feita ao Jornal do Commercio pelo nosso con- sócio Dr. Ernesto Ribeiro de Souza Rezende, 1" Secretario da Assembléa Legis- lativa do Estado fluminense (varias de 26 de novembro de 1906): « Mais uma descoberta, que reputo importantíssima, acabo de fazer relativa- mente ás formigas cuyabanas, o que será de grande vantagem, não só para nós brazileiros como também para os uossos visinlios do Prata. Deu-se da seguinte maneira: Possuo na Fazenda das Coroas uma lavoura nova denominada « S. João» e que oceupa uma área de 10 alqueires, mais ou menos; desta área nove alqueires possuem lormiyas cuyabanas e o restante não. Esta lavoura foi invadida pelos gafanhotos. Tendo-so de fazer a capina do milho nesto mez, verificou-se que não havia um só ovo no terreno oceupado pelas cuyabanas, o contrario justamente que sedava no alqueire restante, mas foi vista grande quantidade de ovos e de pe- quenos gafanhotos. Deduz-se d'ahi que ã formiga cuyabana presta-nos mais esse relevantíssimo serviço, qual o de extinguir também os gafanhotos. Sem mais assumpto, etc.» (Esta carta, datada de 24 do novembro de 1906, está assignada pelo Dr. Ernesto Ribeiro de Souza Uezcnde, proprietário da fazenda das Coroas do Município de Valença). 1" attestado: ■ Exposição Nacional de 1908 — Rio, 23 de agosto de 1908. lllm. Exm. Sr. Dr. Carvalho Horgcs Júnior — Pela presente declaração feita e assignada por meu próprio punho, afflrmo que as formigas cuyabanas, (A Pre- nolops fulva) são do um grande valor económico para as Dossas varias espécies de cultura. A minha afTirmaçao firma-se no que se tem passado na capital do Estado da Parahyba do Norte, onde existem as ditas formigas prestando os melhores serviços na destruição das terríveis saúvas (atta bosonata). A LAVOURA 473 Os largos e praças arborisadas, bera como muitos terrenos das chácaras dos arrabaldes da Capital, ostentam hoje uma vegetação admirável, graças aos serviços prestados pelas importantes cuyabánas. E, note-se bem, esses benefícios ainda são incompletos por causa do pouc i tempo de existência das euyábanas alli. Elias foram importadas por mim. ha uns dous ou três auncs apena sido fornecidas por três vezes pela Sociedade Nacional do Agricultura desta Capital. Notei que as ditas formigas são de moradas inconstantes, fixando-so ora em ura, ora em outros pontos ilos terrenos. Em falta do alimentação carnivora, como seja. a realizada pela destruição que faz Das suas naturaes inimigas — as saúvas — , ell as procuram o assucar. Isso, poréra, não prejudica de fornia alguma a sua adopção, porque só comerão o dito assucar si for encontrado em vasos abertos e nunca roendo ou furando saccos o outros depósitos do mesmo assucar. Não vi nunca essas formigas atacarem os pequenos animaes, a não serem as larvas de insectos e parasitas, que se desenvolvem nas arvores, como nas da fa- mília das aurentiaceas (larangeiras). Muito poderia dizer ainda aqui a favor de taes formigas, mas, deante da minha palavra de honra e do caracter oílicial de quo me acho revestido por parte do governo da Parahyba, termino dizondo: felizes os lavradores que adoptarem em suas propriedades a criação em grande escala das legitimas formigas cuyabánas. Pôde o Sr. Dr. Carvalho Borges Júnior fazer desta minha declaração o uso que lhe convier. Rio, 23 de agosto de 1908.— O presidente da Commissão agrícola Parahybana e representante do r.overno do Estado da Parahyba no 2o Congresso do Agricultura o Exposição Nacional. Dr. José Manoel Pereira Pacheco.-» Propaganda Agrícola — Sob esta rubrica, tem a Secção Techuica da Sociedade Nacio lai de Agricultura dado a lume, pouco a pouco, differentes trabalhos instruetores acerca de assumptos pertinentes á lavoura nacional. Assim é que, depois de haver publicado oito monographias com os titulos(I) Ih Cultura do Lúpulo, (IH Cultura da Cevada, (IV) Cultura \lida, (V) Cultura da Alfafa, (VI) Quatro Importantes Leguminosas Forra- lo Solo, (VII) Plantas Productoras de Borracha (VIII) i ao Districto Federal, tevo de reeditar este ultimo trabalho por se haver exgotado a primeira edição, estando agora fazendo não só a distribuição deste como lambem do de numero IX da mesma serie com o titulo — Moléstias de I imeira dessas duas ultimas publicações, vem largamente descripto tudo quanto esta Sociedade pouie fazer, por determinação do Sr. Ministro da Viação, para extracção c m ileta La praga do gafanhotos no Districto Federal. Os meios de que. ella lançou mão para rebater com segurança a calamidade que ameaçava á lavoura do mesmo Districto e de outras zonas foram coroados do mais completo êxito. Os interessados encontrarão no folheto em questão tudo quanto se torna preciso saber para exterminar inimigos dessa ordem. 46 7 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Na, segunda, a que tem por titulo Moléstias dos Animo es, vêem condensados o processo da inoculação da vaccina .mti-carbunculosa do Dr. J. B. de Lacerda ; a inoculação pelo systema Pasteur Chamberland ; informações sobre as raol -»tias observadas no Brazil em animaes domésticos ; zoonoses observadas no Brazil — «) causados par parasitis vegetaes, 6) por parasitas animaes, c) de causa obscura e um appcudice ; febre aphtosa ou peste de bocca e pé (dos antigos) do Dr. J. .1 . Duarte Guimarães ; e, finalmente, estudo e observações sobro o quebrabunda, ou paste de cadeiras — do Dr. Adolpho Lutz. Esse trabalho traz differentes phofcogravuras que muito esclarecem a techaioa da inoculação da vaccina auti-carbunculosa. Desfarte, vai a Sociedade Nacional de Agricultura cumprindo ã risca o que se contém nas lettras B o C do art. 2o das Disposições Regulamentares que regem a Secção Technica, approvadas em sessão de directoria de i3 de maio de 1907. NOTICIÁRIO Movimento cooperativo — Organi/.ou-se em S. Pedro do Pequiry, município de Mar de Hespanha, uma cooperativa agrícola, cuja directoria tiecu asssim constituída : presidente, coronel António Olyntho Ribeiro; secretario, Dr. Luiz Bonifácio de Araújo; thesoureiro. coronel Virgilio Viauna. —Ainda no mesmo Estado de Minas acabam de sor organizadas três coopera- tivas agrícolas, das quaes uma na cidade de Leopoldina e duas nos districtos de Santa Izabel e Providencia, pertencentes ao mesmo município. Impox-taeãu de animaes — Foram importados pela casa Hopkins, Causer & Causeros seguintes animaes destinados a diversas fazendeiros e criadores: Dom IHnero, jumento nogro, da raça «Large Black», adquirido na Inglaterra para o Sr. losé Soares Pereira Júnior, criador no município de Valença, Estado do Rio. Três lanígeros da raça « Southdown » e um casal de suinos da raça «Large Black», adquiridos também na Inglaterra para o Sr. Dr. Christino Cruz. « Dutch Belted», touro de raça hollandeza, quo alcançou o primeiro premio na Exposição de Loug Brancu, para o Sr. João Barbosa da Silva. Finalmente, 33 galliulias da raça « Partridge Wyaudotte », destinadas a um criador do Estado de Minas. Cultura tia cevada — O Sr. Carlos Becker, engenheiro technico da cervejaria Germânia, de Juiz de Kóra, tendo feito ha tempos, com resultados favo- ráveis, uma pequena plantação de cevada em terrenos contíguos áquelle estabe- lecimento, trata agora de levar uma cultura em larga escala em terrenos do município de Barbacena, mais apropriados para esse mister, graç is á sua tempe- ratura mais fria. Fazenda modelo — Em Oliveira, Minas, trata-se da fundação de uma fazenda modelo, tendo para esse fim o Sr. Francisco Fernandes de Andrade e silva ofterecido magnifico terreno ao Governo do Estado. A LAVOURA 475 Estação agronómica de Porto Alegre — Esta estação que relevantes serviços tem prestado á agricultura rio-grandense, vae iniciar era larga escala a distribuição de arvores fructi foras, alem da vinha. Unsaios cuidadosos teem sido feitos nc>ta estação com relação á plantas forra- geiras, sendo feito a selecção das semont is com o maior capricho. Oposto agronómico de Guaporé, que é uma succursal desta estação, possue um pomar de 5000 metros quadrados, contendo 200 arvores fructiferas e um par- reiral com 3000 pés das castas cultivadas na capital. Para os seus serviços possue a estação um pequeno observatório meteorológico. PARTE C0MMERCIAL Outubro de 1908 Café Vcnderam-se 2o7.000 saccas contra ,'01.000 110 mez anterior. Kntrarara 310 356 saccas contra 351.265 saccas no mez anterior. Os embarques foram: 3J4 7Ò7 saccas contra 2>9.612 no mez anterior. Existência em 15 deoutubro: 357.667 saccas; em31 de outubro: 2-9.612 saccas. Os extremos das cotações foram : Em Nova York, o typo 7. disponível, foi cotado a 6 ;/10 c. por libra e nos dias 1, 2 e 3, e o de Santos a 7 l/t c. Do dia 5 era diante o do Rio cotou-se a 6 > 7 5$100 » 5|400 3$472 » 3$6?6 » > 8 4$800 » 5$100 ?$268 » :$472 » > 9 4$590 » 4$800 3$064 » 3$268 2" quhtttina Por arroba Por 10 kllos Typo n. 6 5$400 a 5$700 3.;'176 a 3$881 » » 7 5$0:J0 > 5$300 3$4o4 » 3$608 » » 8 4$700 » 5$000 3$200 » 3$404 » ,9 4$400 » 4$700 2$996 » 3J2O0 476 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA As entradas do Rio detalhadamente foram: 1* quinzena Sacca* Estrada de Ferro Central do Brazil 52.679 Cabotagem 1 1.179 Birra dentro 94.149 Total 158.007 2' quinsena Estrada de Ferro Central do Brazil 55.112 Cabotagem 9.985 Barra Dentro ST. 252 Total 152.349 Géneros importados Qualidade Quantidade Preços Banha americana. . . — a do barril s670 e $680 .i de libra e a ite lata 1*020 a 1S040 Farinha de trigo . . . I4.M00 barricas. ... — í* quinzena Americana (barrica) Não ha > (sacca) » » Rio da Prata: Por 2 saccí Primeira qualidade 255500 Segunda » 24?000 Terceira » 23$000 Moinho Inglez: Nacional ■ 24$000 Brazilcira 83J200 Buda-Nacional ' 25$200 Moinho Flumiuunse: S. Leopoldo 24$500 O. O ... • 23.^500 A LAV01 RA 2» quinzena Americana (barrica) Não lia > (svcca) » » Rio da Prata: Por 2 saccas Primeira qualidade i5$500 Segunda » 24$500 Terceira > 23$500 Moinho Inglez: Nacional 24$000 Brazileira 23$200 Buda-Nacional 25$200 Moinho Fluminense: S. Leopoldo 24$500 O. O 23$õ00 ih quinzena Manteiga — ,'50 caixas : Demagny, Isiguy (latos sortidas) 2$500 a 2$5á0 Brétel Frôres (latas sortidas) 2$220 » 2$240 Lepelletier 2$420 > 2$430 Modesto Gallone (sortidas) 1$850 » 1$900 Esbousen Não ha L. Brum 2$õ40 a 2$550 Buske Júnior 2$350 » 2$380 Marclet Não ha Outras marcas 1$S00 a 2$000 A nacional vendeu-se: a de Minas, do 4$ a 4$20O e a do Sul, de 2$400 a 2$C00. 2l quinzena Demagny, Isigny (latas sortidas) 2$500 a 2$540 Brétel Frères (latas sortidas) 2$200 » 2$240 Lepelletier 2$420 » 2$440 Modesto Gallone (sortidas) 1$850 » 1$950 Ksbousen Não ha L. Brum 2$550 a 2$560 Buske Júnior 2$350 » 2$380 Marclet • Não ha Outras marcas 1$80:} a 2$000 A nacional vendeu-se: a de Mina?, de 3:J800 a 3$200 e a do Sul, de 2$500 a 2$8 10. SiiCIKDADK WCIONAL DE ACRIOULTURA Géneros nacionaes Aguardente O mercado esteve frouxo e em baixa durante a 1 quinzena melhorando do situação para o fim do mez. í» quinzena As cotações por pipa do 450 litros, base di' ^0 gráos, regalaram as seguintes: Preços Paraty 135$000 a 140$000 Angra > . . . 125$000 > 130$000 Campos 1I5$000 » 120$000 Maceió 115$000 » 120$000 Bahia 115$000 » 120$000 Pernambuco 115&000 » 120$000 Aracaju 115$000> 120$000 Sul 115$000 » 120$000 ■2' quinsena Paraty 140x000 a 150,s000 Angra 130$000 » 1^5$000 Campos 120$000 » 125$000 Maceió 120$000 » 12")$000 Bailia 120$000 » 125Ç000 Pernambuco 120$000 » 125$000 Aracaju Iã0$000 » 125JJOO0 Sul 120*000 » IS5$000 Álcool As offertas baixas feitas por Pernambuco fizeram com que abaixa mais so accentuasse sendo todo de incerteza a posição do mercado. Apresentou o mercado mais firmeza depois do dia 15, havendo esperanças de melhoras. /a quinzena 40 gráos 230$000 a 240*000 38 » 210$000 > 2ã0$000 36 > 200$000 > 210$000 3* quinzena 40 gráos 235$000 a 240$000 38 » 215$000 » 2201000 36 » 2,0$000 » 210$000 AJgOClíiO em r;un:i Foram improfícuos todos os esforços para baixar os pregos que estão firmes por terom attingido a paridade do de Liverpool ; apezar di-^so os interessados na baixa venderam aqui lotes por preços iuferioros aos dos mercado* europeus. Primeira quinzena Existência no dia 30 de setembro 1 4 . 4< »t ; Entradas : Pernambuco 2.590 Parahyba 1.646 Natal 1.35H Ceará 733 6.319 20.725 Sabidas dos trapiches 8.650 Existência no dia 15 de outubro 12.075 Preços : Pernambuco !>$000 a 9$300 Parahyba 8$500 » 95000 Ceará 9$000 » 9$200 Mossoró 8$800 » 9$200 Penedo ' Nominal Sergipe Nominal Maranhão Nominal Seijunda quinzena Existência no dia 15 12.075 Entradas : Parahyba 2.286 Pernambuco 1.871 Natal 1.161 Assú !-061 Ceará :,(|" Ki o descarga: Pernambuco 1.550 Parahyba 711 Cear., 400 9.570 21.645 Sabidas dos trapiches 9.169 Existência no dia 31 12.476 SOCIKDADK NACIONAL DE AGRICULTURA Preços : Pernambuco 8$300 a 9$000 Parahyba 8$300 » 8$800 Rio Grande do Norte 8$300 > 9$000 Ceará Nominal Penedo Nominal Maranhão Nominal Sergipe Nominal Assucar Durante a Ia quinzena os supprimentos recebidos foram inferiores ás sahidas tendo havido melhora nos preços para algumas qulidades. Nos últimos dias da 2* quinzena os compradores retiahiram-se nas compras e continuando fortes entradas, principalmente de Campos, os vendedores fizeram differença nos preços ficando o mercado em completa paralisação. Primeira quh Os preços regulam como se segue : Pernambuco : Branco usina Não ha Dito crystal Nominal Dito 3' sorte $500 a s520 Crystal amarello $380 » $390 Mascavinho $300 » $420 Somenos Nominal Mascavo bom $320 a $330 Dito regular — $310 Dito baixo $290 a $300 Sergipe : Branco crystal $480 a $500 Crystal amarello Não ha Mascavinho $390 a $420 Mascavo bom — $330 Dito regular — $320 Dito baixo - $300 Campos : Branco crystal $50 J a $530 Dito 2o jacto $460 » $490 Crystal amarello $400 » Sito Mascavinho $390 » $410 Bahia : Branco crystal Nomiu il Dito 2o jacto — — Mascavinho — — A LAVOURA Outras procedências: Mascavinlio $360 a $400 Dito bom $320 » $330 Segunda quinzena Os preços regulavam como se seguo : Pernambuco : Branco usina Não ha Dito crystal $480 a $490 Dito 3a sorte Não lia Crystal amarello $330 a $370 Mascavinho $380 » $400 Somenos $390 » $400 Mascavo bom — $320 Dito regular — $300 Dito baixo $200 » $280 Sergipe : Branco crystal $470 a $495 Crystal amarello Não ha Mascavinho $360 a $420 Mascavo bom $310 » $320 Dito regular — $300 Dito baixo $260 » $280 Campos : Branco crystal — a $500 Dito 2» jacto $440 » $460 Crystal amarello $420 » $430 Mascavinho $360 » $400 Oereaes 1* quinzena Regularam os preços : Arroz nacional 22$000 a 24$000 Dito, inferior 16$000 » 20$000 Dito, agulha, Ia qualidade 38$500 » 39$000 Dito, 8» qualidade 36$000 » 36$500 Dito, 3a qualidade 28$000 » 3O$0OO Feijão preto de Porto Alegro, novo . . . Nominal Dito idem da terra 9$000 a I0$0Ú0 Dito idem de Santa Catharina, superior . . 9$000 » 10|000 Dito do Paraná Nominal Dito mulatinho Nominal 46 3 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Dito manteiga 22$000 a 24$000 Dito enxofre, nacional 14$000 > 16$00O Dito de cores, nacional 8$000 » lO.yOOO Farinha de mandioca, especial S$200 » 10$200 Idem, fina 8$600 » 9$000 Idem, peneirada 8$000 > 8$400 Idem, grossa 6$000 » 6$400 Idem, do Norte (grossa) — — Idem, de Laguna (grossa) 6&000 a 6$400 Milho amarello do Norto Não lia Idem idem da terra 9$200 a 9$500 Idom idem misturado 8(800 » 9$000 Cangica 15$000 > 17$000 Favas 7$000 » 8$000 Kilogi-amma Alpiste $360 a $400 Fubá de milho $160 > $220 Matte em folha $400 > $500 Tapioca $300 > $360 Polvilho $180 » $200 Carne de porco $640 > $700 Línguas do Rio Grande (uma) 1$000 » 1$200 2* quinzena Arroz nacional 22$000 > 24$000 Dito inferior 16$000 > 20$000 Dito agulha, Ia qualidade 38$00.) » :!9$000 Dito, 2a qualidade 35$000 > 38$000 Dito, 3a qualidade 28$000 » 29$000 Feijão preto de Porto Alegre 10$000 » U$000 Dito idem, da terra 10$000 » 11 $000 Dito de Santa Catharina, superior .... 9$000 » 10$000 Dito do Paraná Nominal Dito mulatinho 8$500 a U$000 Dito manteiga 24$000 » 26.S000 Dito enxofre, nacional 13$000 » 15$000 Dito de cores, nacional 10$000 » 14$000 Favinha de mandioca especial 9$ -00 » 10$500 Idem fina 8$600 » 9$200 Idem peneirada «$000 > 8$400 Idem grossa 6$000 » C$400 Idem do Norte (grossa) Idem de Laguna (grossa) 6$000 » 6$400 Milho amarello do Norte — 8$500 Idem da terra 8$500 » 8$600 idem idem misturado 8$000 » 8$20i Cangica I5$000 » 16$0OO Favas Nominal A LAVOURA $380 a $400 $160 > $800 $400 » $500 $300 » $360 $180 » $300 $ '.00 » $700 1$000 » i$aoo Alpiste Fubá da milho Mato em folha Tapioca • . Polvilho Carne de porco Liniíiias do Rio (irande (uma) .... Fumo em rolo Os negócios neste mez continuaram a carecer de interesse, tenJo-se operado baixa quasi geral, fechando calmo o mercado. As cotações foram : Preços Do Minas, especial 1$200 Dito superior 1$100 Dito 2» 1$200 Dito ordinário $800 Goyano, superior 2$200 Baixo Nom. Rio Novo, superior 1$800 Dito 2a $800 Dito baixo $800 Pomba, superior 1$200 Dito 2» 1$000 Dito biixo $900 Carangola 1$100 Picú, especial 2$200 Dito 1» 1$600 Dito 2» $800 Bahia l$100 Pernambuco Não ha Entraram 6.020.730 kilos por cabotagem do nacional, que se cotou de 2$ 2$200 por 40 litros. Mercado monetário Existência de. ouro na Caixa de Conversão : EM 15 DR OUTUBRO Libras esterlinas õ. 265. 464 Francos 10.365.000 Marcos 130 íSí SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Dollars 129.090 Liras 1G0 Pesos argentinos 2.510 Pesetas hespanholas 100 Ouro nacional 162:100$000 EM 31 DE OUTUBR I Libras esterlinas 5.239. 3'í Francos 30.365.110 Marcos 320 Dollars 129.030 Liras 40 Pesos argentinos 2.615 Pesetas hespanholas . . , 100 Ouro nacional 159:393$000 A importância das notas conversíveis em circulação era 9i.l38:870$000. O preço dos soberanos, fora da Bolsa, foi de 16$050. CAMBIO As taxas offlciaes continuaram-so a manter inalteradas, a 15 1/8 d. sobre Londres nos bancos estrangeiros e 15 3/16 d. no Banco do Brasil. As transacções bancarias flzeram-se a esses extremos e as do outro papel de 15 11/04 a 15 7/32 d. não ,-e registrando movimento digno de nota. Os extremos das cotações offlciaes foram : Londres, 90 d/v 15 1/8 e 15 3/16 d. Paris, 90 d/v $629 a $632 Hamburgo, 90 d/ v $776 » $779 Portugal, 3 d/v 310 » 320 % Itália, 3 d/v $638 » $639 Nova York, a vista 3$288 » 3$295 Vales, ouro — 1$793 O valor offlcial de mil réis foi de 560 a 563 réis, ouro, e o da libra de 15$b03 a 15$868. Ágio de ouro 77,77 a 78, 51 % . BIBLIOGRAPHIA Recebemos mais a.; eniintes publicações periódicas, com as quaes permu- taremos: The New Zealcnd Varmer, de Âuekland (Nova Zelândia). — Vol. XXIX, no. 9. The Agricultural Experimenl Stalion of ths Colorado Ayricullural College, — Boletim no. 126. A LAVOURA The Bulletin of the Norlh Carolina ~Departme.nl of Agriculture. — Vol. 29. nos. 0 e 7. América, revista mensal illustrada, que se publica em Bullalo (Estados Unidos)- — Tomo 1. no. 2. Contribi tions from lhe United States National Herbarium. — Vol. XII, parte I. — Catalogue of the Botânica 1 Library uf John Donnell Smith present,ed in 1905 to the Smithsonian Institution. Parr,. 11 — The lecythidaceM of Costa Rica, por 11. Pittier de Fábrega» Tonduzia, a new genus of apocynaoeae from Central Ame- rica por H. Pittier de Fábrega. A collection ofplants from the viciuity of La Guayra, Venezuela por J. R. Johnston. Part. Ill — Studies of Tropical American Ferns por William R. Maxon. .1 nales d la Sociètè A .ademiqu ■ Nantes. — Vol. 8o, da $ e 51x1$, respectivamente, feito de uma só vez e independente da jóia, que deverão pagar em qualquer caso. Art. 22. Os sócios e associados não poderão votar, nem receber o diploma, sem terem pago a respectiva jóia. § 1 .° O sócio que tiver pago a jóia e uma annuidade, poderá remir-se mediante a apresentação de 20 sócios, desde que estes tenham igualmente satisfeito aquellas contribuições. § 2.0 Para esse effeito o sócio devera requerer á Directoria, provando seus direitos nps termos do paragrapho anterior. § 3.0 Serão considerados beneméritos os sócios que fizerem donativos á sociedade, a partir da quantia de um conto de réis. Art. 23. Para que os sócios atrazados de duas annuidades possam ser considerados resignatarios, nos termos dos Estatutos, é preciso que suas contribuições lhes tenham sido solicitadas por escripto, até três mezes antes, cabendo-lhes ainda assim o recurso para o conselho superior e para a assembléa geral. . , í % EXPOSIÇÃO DE FLORES unbambaia exposta pelo Sr. J. Pereira da Silva V Anno XII — N. 11 Ri" be Janeiro NciVK.UBKO DK 1908 HãvõurS ÇQUETíAj DA ^■=^: #iBK/k de A^pieuískupa EXPOSIÇÃO DE FRUCTAS Capital Federal Aspecto de um canto do salão ss VIRIBUS UNITIS í€ BRAZIL i MM) SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Caixa- postal, 1245 Sede: Ruas da ilfandeça Endereço Telegraphioo, AGRICULTURA e General Camará n. Telephone n. 1416 mo n« janribo l>Ilt BOTORIA Presidente — Dr. Wencesláo Alves Leite de Oliveira Bello. i° Vice-presidente Vago. 2" Vice-presidente l)n. Sylvio Feureiua Rangel. 3° Vice-presidente Dr, Domingos Sérgio de Carvalho. Secretario Oeral - Dr. Heitor de Sá. i" Secretario — Dr. Francisco Trio de Souza Reis. ■■ Secretario Dr. Benedicto Raymundo da Silva. V Secretario Dr. José Ribeiro Monteiro da Silva. I Secretario - Alberto de Araújo Ferreira Jacobina. i° Thesoureiro Dr. João Pedreira do Couto Ferr az J ■" I hesonreiro ( Iari.os Raulino. Dlrnotoroí $< i( ii ) Oi i$( ioo I 71 $000 ião pagos adeantadamente. Tiragem 5.000 exemplares SUMMARIO Exposição de Frnctas 487 \ Agricultura na I Aposição Nacional. . 503 A pecuária na Imposição Nacional .... coo Da < rincão no Lirazil 511 O trig-o . 5,6 !<.... 520 Noticiário ':■> = ,ph, Anno XII — N. n Rio de Novembro de iç EDITORIAL L1BRARY NEW YORK BOTANICAL QARDEN. Exposição de fructas, verduras e pássaros Era sua exposição a Sociedade apresenta uma colleccão de fructas dopaiz eaclimadas. Não foi completa, mas não foi também pequena. Eram porem fructos conservados em frascos. Como colleccão de muzeu el la satisfizera bem o seu intuito, pois que a persistência dos caracte- res externos dos espécimens permittia dar uma ideia da fructicultura dopaiz. Por mais perfeita, porém, que fosse a conservação das fructas, sentia-se bem que alguma cousa lhes faltava que diminuía a sua bel- leza e os seus encantos. . . era a liberdade, era a vida, era a fragrância, era todo esse conjuncto de predicados, que se não descreve e que as' fazem appetecidas, seduzindn-nos lodosos sentidos. .. eaté induzindo ao furto travesso, talvez innocente. Não bastava a exhibição que fizéramos, nem a grande colleccão de plantas fructiferas de nosso jardim de plantas industriaes. Havia sempre urna lacuna e só uma exposição de fructas poderia preenchel-a, mas de fructas livres, vivas, comestíveis... Estávamos nos últimos dias de outubro ; a Exposição Nacional de- via se fechar impreterivelmente a 15 de novembro. Acabávamos de fazer a exposição de flores. Antes não havia sido possível reali7al-a taes e tantos haviam sido os trabalhose fadigas acarretados pelos mos- truários que enchiam o pavilhão. Escasseava pois o tempo sem se poder appellar para maior prazo. A época era má, era a peiordo anno para exposição de fructos. Mas era preciso preencher a lacuna da Ex- posição.. . e portanto não havia a discutir : era preciso que a Sociedade fizesse essa exposição, a despeito de tudo. A Sociedade resolveu fazel-aeem 15 dias preparou e inaugurou a exposição de fructas em seu pavilhão no dia 12 de novembro. A Sociedade também havia mantido uma exhibição de prodUctos da pequena lavoura, .pie se renovavam a breves íntervallos. o espaço porém, era acanhado, não havia portanto uma verdadeira exposição de verduras. Era outra lacuna que precisava ser preenchida e por 'isso a Sociedade resolveu associal-a á sua exposição de fructas. Seria mesmo um meio das duas exposições encobrirem as sua, deficiências poisque cr SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA a época era também a peior possível para a exhibiçãode productos hor- tícolas. Outra deficiência da Exposição era a de pássaros nacionaes. A Sociedade apresantava alguns em sua collecção de Zoologia Agrí- cola; mas eram mortos e conservados. Alguns outros se viam ainda por essa forma em vários mostruários. O Districto Federal, é certo, exhibira um viveiro, grande e elegante com algumas espécies de suas matas. Mas era só ; era tudo. Aornithologia brasileira não fora represen- tada. Não se viam os bellos cantores, tão decantados, de norte ao sul dopaiz . Em meio dessa exhibiçãq geral dos productos do paiz, dir-se-ia que esses pássaros, esses deliciosos cantores das matas, os sabiás, as graúnas, as patativas. . . eram phantasias dos poetas e viajantes... ouso estes os sabiam apreciar, sem que se tivesse ainda educado na população o gosto por esses esplendores da natureza, sem que houvesse ainda amadores que os cultivassem e col leccionassem. Resolveu por isso a Sociedade reunir ainda os pássaros nacionaes á ultima de suas exposições, no grande certamen da Praia Vermelha. Eis a génese da exposição de fructas, verduras e pássaros na- cionaes, que se realizou de 12 até 15 de novembro, encerrando-se com a própria Exposição Nacional. O que foi ella ? Concorreram 23 expositores de fructas, 37 de verduras e 13 de pássaros. A installação dos mostruários foi feita pela Sociedade no andar térreo de seu pavilhão, onde occupava o salão central e suas dependên- cias. Extrema simplicidade presidira á sua organização, para maior realce do que era exposto. Mas um carramanehão collocado ao cen- tro do salão, dominando alguns mostruários e de onde pendiam gaio- las de pássaros em grande numero; duas grandes cornucopias de vime de onde emergiam numerosos e variados productos hortícolas, e as flores e folhagens que entrelaçavam os mostradores, combinando seus tons, formas e aromas formavam com a profusão de productos um conjuncto do mais agradável effeito, a que os pássaros variegados, saltitantes e sonoros em seus cantares, davam uma nota alegre de vida. Muitos milhares de pessoas em constante romaria, durante quatro dias e noites encheram o recinto, e taes foram as manifestações, tão expressivas eram as physionomias dos visitantes, que não duvidamos afflrmar que a exposição satisfez plenamente á curiosidade geral, dan- do boa ideia do queo paiz produz nessas especialidades, a despeito das grandes difflculdades que fora mister vencer. A LAVOURA 489 Temos prazer em transcrever aqui as palavras de Olavo Bilac, pu- blicadas no «Jornal da Exposição» na véspera da abertura da exposição de pássaros, legumes e fructas, agradecendo as delicadas referencias ás iniciativas desta Sociedade: «Convém insistir sobre a importância da exposição de pássaros, legumes e fructas, que a Sociedade Nacional de Agricultura realiza amanhã no interior do seu lindo pavilhão. E' a segunda iniciativa louvável da sociedade, este anno, para en- corajar e estimular os pequenos agricultores do Districto Federal. A primeira, — a exposição de flores, — foi uma das notas mais seduetoras da Exposição Nacional; dentro da linda sala do pavilhão, em que havia um perfume entontecedor, apinhou-se durante três dias e três noites a multidão, deliciando-se com o mais formoso espectáculo que pode ser dado a olhos humanos: uma completa anthologia viva, — não no sentido figurado, mas no sentido preciso do vocábulo, — umacollecção animada, palpitante, maravilhosa das mais bellas flores que produz a nossa terra. A segunda iniciativa da Sociedade Nacional de Agricultura não é menos louvável, nem menos poética . Também os legumes e as fructas têm a sua poesia. Os antigos, que adoravam Flora, também adoravam Vertumno e Pomona, casal benéfico de deuses, — ambos protectores dos pomares e das hortas. Vertumno tinha o seu templo em Roma, perto do Grande Mercado da Urbs ; e Pomona, que favorecia com o seu amor e com o seu amparo todas as arvores fruetiferas, era de todas as nymphas a mais venerada pelos romanos. Annexando á sua exposição de legumes e fructas uma exposição de pássaros, a Sociedade de Agricultura lhe acerescenta um mérito novo. Fica assim prestada uma homenagem completa a todos os elementos que dão alegria e seducção á vida rural : ás flores, que deliciam os olhos, aos produetos alimentares da terra, que são uma riqueza ao al- cance de todas as mãos, e aos pássaros, que devem ser protegidos da fúria cruelmente devastadora dos caçadores, porque, se alguns delles podem causar damnos ás lavouras, muitos lhes prestam, ao contrarie, extraordinários serviços, exterminando os insectos nocivos. Mas não se trata apenas de uma homenagem poética, prestada a flores, fructas e pássaros. Trata-se de uma animação efficaz, dada aos pequenos lavradores da cidade, e do desenvolvimento de uma providente fonte de trabalho e de fortuna para muita gente. E' por isso que a Socie- dade Nacional de Agricultura merece francos e enthusiasticos louvores. SOCIEDADE N \.C10NAL DE AGRICULTURA Se ha no Rio de Janeiro tanta gente pobre e sem occupação, que outra arena de actividade se abre hoje para toda essa gente ? nenhuma... Entretanto, no dia em que a pequena lavoura tiver nos subúrbios do Rio o incremento que deve ter —só não terão trabalho produclivo os amigos da ociosidade e da malandragem; porque estes férteis campos, que cingem com o seu immenso estemma verde a ca- pital da Republica, podem dar uma verdadeira riqueza, solida e magni- fica, a mais de um milhão de lavradores. A Sociedade Nacional de Agricultura nem parece uma sociedade brasileira : prefere os factos aos discursos e a acção fecunda aos re- latórios estéreis. . .» Só a Sociedade se prompti ficara a dar prémios aos expositores. Para esse fim, a exposição foi dividida em três secções, que esta- vam, aliás, naturalmente indicadas, pois que, de facto, se realizavam ahi três exposições : A de fruetas A de verduras A de pássaros nacionaes. Para cada secção a Sociedade instiluio as seguintes cathegorias com numero illimitado de prémios: grande premio — medalha de ouro — medalha de prata — medalha de bronze. A commissâo julgadora foi composta dos Srs. : Dr. Wencesláo Bel lo — presidente. D. Júlia Lopes de Almeida. Olavo Bilac. Dr. Benedicto Raymundoda Silva. Dr. José Ribeiro Monteiro da Silva. No dia lí, feito o julgamento, foi apurado o seguinte resultado : SECÇÃO DE PÁSSAROS NACIOXAES Grande premio : ao Sr. Henrique Suckow Joppert (Districto fe- deral) . Medalha de ouro: aos Srs. Pereira de Brito (Districto Federal); Dr. Jay me Abreu (Districto Federal) ; Dr. J. Carvalho Borges Júnior (Valença), Estado do Rio. Mcdoiha de prata : aos Srs. Martinelli Felice (Barbaeena) ; Leo- vigildo Pires Simões (Capital Federal); Sr. João Lopes (Barbaeena). Medalha de bronze : aos Srs. Joaquim D. de Paula Corrêa (Ma- tinas Barbosa), Minas ; Joaquim Claro (Barbaeena); José Cândido A LAVOURA Pereira (Bar) aceno); Tu lio Sponda (Barbacena) ; Santos Berganini (Barbacena). SF.CCAO DF. FRUCTAS Grande premio : Governo do Estado da Bahia ; Viuva Silva & Fi- lhos (Districto Federal); Manoel Gonçalves Corrêa (Districto Federal). Medalha de ouro: Coronel Gervásio Monteiro da Silva (Espirito Santo); Dr. Aristóteles Ambrosino Gomes Calaça (Capital Federal). Medalha de prata : Bernardo & Sobrinho (Capital Federal); Do- mingos Baroni (Barbacena) ; Conde de Villela (Capital Federal). Medalha de bronze : Joaquim Serrado P. da Silva (S. Gonçalo), Estado do Rio; Sebastião José Trez (Friburgo), Estado do Rio; Vito Pentagna, (Valença), Estado do Rio ; Martha Reichers (Districto Federal) ; António José .Mendes (Friburgo). SECÇÃO DF HORTICULTURA Grande premio : Srs. Ambrósio Porret (Pelotas), Rio Grande do Sul ; Luiz Freire de Aguiar (Tinguá), Estado do Rio. Medalha de ouro : Coronel Gervásio Monteiro da Silva (Mimoso), Espirito Santo. Medalha de prata : Srs. Dr. Francisco de Castro (Districto Fe- deral) ; Humberto Boratto (Barbacena) ; Narciso (Ilha do Governador) ; António José Mendes (Friburgo); Augusto M. Braga (Friburgo). Medalha de bronze : Srs. Zi lie Daniel (Barbacena); Alfredo Oví- dio (Barbacena) ; Amílcar Savassi (Barbacena); José Joaquim Miranda (Ilha do Governador); Colónia Rodrigo Silva (Barbacena); José Luiz (Ilha do Governador); Manoel Gonçalves Corrêa (Districto Federal); Costa & Comp. (Realengo), Districto Federal. Damos a seguir a relação dos expositores com uma breve noticia dos produetos que exhibiram, dividindo-os nas três classes a que cor- responderam os prémios. EXPOSITORES DE FRUCTAS ESTADO DA BAHIA Produetos expostos : Mamões de Ca yen a. Cacáos. Atas. Fructas de Conde. Mamões de Tonkin. Beritá da Ilha da Madeira. Melancia. Bananas — sote veriodades 492 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Goiabas. Prata. Genipapos. Ouro. Tairarindos. S. Thomé. Ga j ús. Cayana. Groselha branca . Da terra . Sapotys. Maçã. Sapotas. Uvas — alguns caixos de Izabella. líomãs. Laranjas — Selecta de umbigo — grande profusão da legitima laranja da Bahia. Brutamonte. Tojará do Japão — uma miniatura muito interessante e curiosa, com toda a appa- rencia de laranja, mas apenas do tamanho de uma pequena ameixa, das chama- das do Japão. Limão azedo. Laranja da China. Limão Gallego. Laranja da terra. Laranja lima. Tangerinas. Laranja- tangerina. Abacaxis — grande profusão do maior formato e explendido aspecto. Ananaz. Ananaz bravo. Cocos de dendú — grande numero de cachos completos, das duas variedades de fruetos, alongados e globulosos. (ocos da Bahia — grande numero de duas variedades verde e pardo. Côeo piassava — vários cachos. Abacate roxo. Maracujás. Mangabas . Bernardo Sobrinho — Estado do Rio. Producfos expostos : Melancias. Mamões. Jaca manteiga. Jaca dura. Jaca molle. Laranja natal. Abacaxis. Viol Celeste — Barbacena — Estado de Minas. Producto exposto : Pecego. António José Mendes — Friburgo — Estado do Rio. Productos expostos: Lima da Pérsia. Cidra. Limão doce. Limão gallego. Viuva Silva & Filhos — Districto Federal Productos expostos: Fructa-pão. Romã. Jaca-jasmim. Figo. Secção ác jenipapos, groselhas, tam A LAVOURA 493 Sapoty . Morango. Panrlano. Goiaba. Cacáo. Monstera deliciosa. Ctarysophylum kaynito. Limão de Jardim. Manga. Ingá. Ficas parceli. Jambo branco. Côeo da Bahia. Kugenia speciosa. Maracujá. Fructa de c.jndessa. Pitanga uvaia. Pêra. Cambuhy. Pecogo. Araçá. Laranja azeda. Grumixama. » serra d'agua. Abricó. » Natal. Cabelluda. Lima da Pérsia. Guabiroba. Limão doce. Cidra. Coronel Gervásio Monteiro : xv Silva — Mimoso — Estado do Espirito Santo. Productos expostos : Fructa-pão. Lima de umbigo. Cacáo. Limão- tangerina. Fructa de condo enxertada. » azedo. Monstera deliciosa. » doce. Bergamota de umbigo. Banana (oito variedades). Martiia Reichers — Capital Federal. Productos expostos : Baunilha (planta). Baunilha (fava). Joaquim he Paula Correia — Mathias Barbosa. Productos expostos : Jaboticaba miúda. VlTO Pemta gna — Valença — Estado do Rio. Productos expostos : Jaboticabas grandes : Luiz Freire de Aguiar — Estado do Rio. Productos expostos : Laranja pêra. Fernando José Rodrigues — Guaratiba — Estado do Rio. Productos expostos : Laranja pêra. PENHA Productos expostos : Banana ouro. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Domingos Bauoni — Tijuca — Districto Foderal. Productos expostos : Morangos. João Sille —Ilha do Governador. Productos expostos : Caju. F. Loco Júnior — Penha — Districto Federal. Productos expostos : Jaboticaba miúda. António Telles Bittencourt — Mirity. Productos expostos : Laranja pêra. Sebastião José Trez — Friburgo — Estado do Rio. Productos expostos : Laranja. Cidra do umbigo Turanja. Joaquim Serrado P. da Silva — S. Gonçalo — Estado do Rio. Productos expostos : Abacaxi. Laranja da Bahia. Conde de Villela — Capital Federal. Productos expostos : M;içã. Manoel Gonçalves Correia — Capital Federal Productos expostos : Uvas — 12 variedades de enxertos do viti-vinifera, ramas e cachos, a saber: Moscatel preta Alexandria. Mistress Pearson branca. Santa Maria do Alcântara, preta. Moscatel, roxa. Cyria, branca. Korintho, sangue vivo. Almeria, branca. Moscatel Roza. Fernando do Le?seps, branca. Isabel melhorada, preta. Malvasia, branca. Chasselas doré. Dr. Aristotei.es a. Gomes Calaça. Productos expostos : Uvas — 2 variedades de uvas (cachos) e uma rama com cachos. Eparsc. Balavri. A LAVOURA EXPOSITORES DE LEGUMES Governo do Estado da Bahia Productos expostos : Abóboras diversas. Inhamo. Coroa. Cará. zille Daniel— Barbacena— Estado de Minas Productos expostos : Repolho. Tomate Garfield. Abóbora. Viol Celeste— Barbacena— Estado do Minas Producto exposto : Repolho. Augusto M. Braga— Friburgo— Estado do Rio Productos expostos : Repolho. Batata ingleza. Beterraba roxa. Alcaxofra. Firmino— Ilha do Governador— Districto Federal Productos exposto^ : Abóbora. Couve. Losi ih Felice.— Barbacena— Estado de Minas Producto exposto : Abóbora. António José Mendeí— Friburgo— Estado do Rio Productos expostos : Batata ingleza. Peruvian Carot. Batata doce. Aipim. Manoel Fernandes Figueira— Districto Federal Producto exposto : Coroa preto Clsta & CoMr.— Realengo— Districto Federal Productos oxpostos : Abóbora. Pepino. Beringela. Maxixe. ,1, SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Manoel Luiz Folia'— Friburgo— Estado do Rio Productos expostos : Abobora-morango. Alfredo Oliyio— Barbacena— Kstado de Minas Productos expostos : Batata ingleza. Cebola. Narciso- -Ilha do Governador — I Productos expostos : Batata doce. Maxixe. Tomate Garfield. Ervilha. PimeDtão. Vagem. Amílcar Savassi— Barbacena— Estado de Minas Productos expostos : Cebola . Umberto Boratto— Barbacena — Estado de Minas Productos expostos : Cebola. - Alcaxofra. José Joaquim Miranda— Ilha do Governador— Districto Federal Productos expostos : Maxixe. Ervilha. Tomate perinha. Vagem. Pimentão. Colónia Rodrioo Silva— Barbacena— Estado de Minas Productos expostos : Repolho. Alho. Alface. Acorci .Tosé — Barbacena — Estado de Minas Productos expostos : Couve. Cenoura. João B. Cantarutti — Barbacena — Estado de Minas Producto exposto : Repolho. Viuva Silva & Filhos— Districto Federal Productos expostos : Pimenta do Reino. Coroa. ipía de Coronel Gervásio Monteiro da Silva— Estado do Espirito Santo Productos expostos : Alface. Palmito dooo. Couve. Oariroba. Aipim. Paty. lnhame-rosa. Urucrt. Marta Reichers— Districto Federal Producto exposto : Pimenta do Reino. Joaquim Paula Corrêa— Mathias Barbosa Producto exposto : Abóbora. Luiz Freire de Aguiar— Estado do Rio Productos expostos : lnhame-rosa, pesando GO kilos. Cará. Espargos. Araruta. Alcaxofra. João Pacheco— Friburgo — Estado do Rio Producto exposto : Inhame. João Orestes Tiiurler— Friburgo— Estado do Rio Producto exposto : Repolho. Dr. Francisco de Castro — Capital Federal Producto exposto : Couve. Leopoldo Capanema — Ilha do Governador — Districto Federal Producto exposto : Tomate- perinha. José Luiz — Ilha do Governador — Districto Federal Productos expostos : Tomate-perinha. Abóbora d' agua. Vagens. Ervilha. António Telles Bittencourt — Mirity Producto exposto : Repolho. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Alexandre M. Leal — Friburgo — Estado do Rio Prudiielos expostos: Tomates Garfield. Tomates Mikado. João Dai.e — Distri<-t,r > l-vderal Productos expostos Abóbora. M. Abreu & Comp. — Capital Federal Froducto exposto : Abóbora . Manoel Gonçalves Corrêa — Capital Federal Producto exposto Alho Porros. Producto exposto Aipim. Ilha do Governador urdo Sobrinho — Capital Federal Productos expostos : Quingombôs. Aipo. Pimentões doces. Rabanete róseo. Beterraba. Fava Mangalô. Tomate Garfield. Chuchu. Funcho. Nabos. Ambrósio Perret — Pelotas — Rio Grande do Sul Productos expostos : Alcaxofras. Espargos. Fiiburgo — Estado do Rio Productos expostos : Abóbora branca para dose. Pimenta chifro de veado. Pimenta de cheiro (duas variedades). Pimentão. Pimenta malagueta. Repolho. EXPOSITORES DE PÁSSAROS Henrique Joppert — Districto Federal Pássaros expostos : Mutum pinima (Crax pinima, Pelz.) Casal — Procedência: Pari. Macueo (Tinamus solitarius, Vieill.) — Procedência : Rio de Janeiro. Jaó (Crypturus noctivagus, Wied.) — Procedência -Rio de Janeiro. Inhambúassú (Crypturus absoletus, Temm.) —Procedência: Rio do Janeiro. A LAVOURA 499 Inhambú codorna ( Tinamus guttatus, Pelz. ) — Procedência: Rio de Janeiro. Inhambú tururí ( Crypturus souí, Ilerm. ) — procedência: Districto Federal. Inhambú chororó ( Crypturus parvirostris, Wagler. ) Procedência : Districto Fe- deral . Inhambú do campo ( Crypturus sp. ) — Procedência : Minas. Perdiz ( Ruinchotus rufe-cens, Temra. ) — Procadencia : S. Paulo. Codorna buraqueira (Taoniscus nanus, Temra. ) — Procedência : S. Paulo. Capueira ( Odontophorus capueira, Spix. ) — Procedência: Districto Federal. Pomba iro?al ( Columbi speciosa, Gm. ) — Procedência : Norte. Pomba Jurity ( Lept otila reichonbachi, Pelz. ) Pi-ocedoacu : Rio de Janeiro. Pomba espelho ( Uropelia geoflroyi, Tomm. et Knip. ) — Procedência : Districto Federal. Pomba cinzenta ( Claravia pretiosa, Ferrari Peroz. ) — Procedência : Districto Federal . Pomba rola vermelha (Columbigallina talpacoti, Temm. et Knip. ) Casal — Pro- cedência : Districto Federal. Pomba rola cinzenta ( Columbigallina passeriua grisseoU, Spix ) Casal — Proce- dência : Districto Federal. Pomba cascavel ( Scardafella squamosa, Temm. ) Casal — Procedência : Minas. Aza branca ( Columba picazuro, Temm.) Procedência : Bahia. Pomba picui ( Columbula picui, Temm. ) Casal — Procedência : Bahia. Pomba mineira ( sp. ) — Procedência : Minas. Pomba Jurity vermelha ( Geotrygon montana, Linn.) — Procedência : Districto Federal . Sanan ( Creciscus albicollis, Vieill. ) — Procedência : Kio de Janeiro. Araponga (Chasmarhynchus nudicollis, Vieill.)— Procedência : Rio de Janeiro. Cotinga ( Cotingacotinga, Linn. ) —Procedência : Pará. Sabiá-una ( Platycichla flavipes, Vieill. ) — Procedência : Districto Federal. Maitaca ( Pionus maximiliani, Kiihl. ) — Procedência : Norte. Maitaca do Amazonas ( Pionus menstruas, Linn. ) — Procedência: Amazonas. Periquito de aza amarella ( Brotojeris chiriri, Vieill. ) Casal — Procedência : Minas. Periquito tuim ( Brotogeris tirica, cm. ) Casal — Procedência: Districto Federal . Periquito tapado ( Psittacula passerina, Linn. ) Casal — Procedência : Districto Federal. Arara vermelha ( Ara chloroptera, Gray ) — Procedência : Norte. Arara Caninde ( Ara araúua, Linn. ) — Procedência : Norte. Virabosta, Chopim ( Aaptus Chopi, Vieill. ( — Procedência: Rio de Janeiro. Bicudo ( Oryzoborus maximiliani, Cab. ) — Procedência : Norte. Avinhado ( Oryzoborus angolensis, Linn. ) — Procedência : Rio de Janeiro. Colleiro do brejo ( Sporophila coitaria, Bodd. ) Casal — Procedência : Rio de Janeiro. Colleiro papa-capim (Sporophila caoruloscens, Bonn. et Vieill ) Casal — Proce- dência : Rio de Janeiro. Colleiro da serra ( Sporophila gutturalis, Licht. ) Casal — Procedência : Rio de Janeiro. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Patativa ( Sporophila plúmbea, Wied.) — Procedência : Parahyba do Norte. Caboclinho vermelho ( Sporophila nigroarantiã, Bjdd.) -Procedência: Norte. Caboclinlio branco ( Sporophila pilo.Ua, Sol.?) —Procedência: S. Paulo. Caboclinho bico de ferro ( Sporophila sp.) — Procedência : Districto Federal. Cigarra ( Sporophila flavirostris ?) — Procedência : Rio de Janeiro. Chorão (Sporophila leucopetera hypoleuca, Licht.) — Procedência : Norte. Brejal | Sporophila albogularis, Spix.) — Procedência Norte. Chanchão ( Sporophila superciliaris, Pelz.) — Procedência: Rio de Janeiro. Serra-serra ( Volatinia Jacarini, Linn.) Casal — Procedência : Districto Fe- deral. Canário da terra ( Sicalis llaveola, Linn.) Casal — Procedência : Districto Fe- deral . Tupy, Typio (Sicalis arvensis, Kiill.) — Procedência : Rio de Janeiro. Tico-tieo ( Brachyspiza caponsis Miill.) Casal — Procedência : Districto Federal. Xexéo ( Cassicus persieus, Linn.) — Procedência : Norte. Gallo da Serra ( Coryphosspingus pileatus, Wied.) Casal — Procedência : Rio de Janeiro. Pintasilgo ( Spinus ictericus, Licht.) Casal — Procedência : Rio de Janeiro. Azulão ( Cyanocompsa cyanea, Linn.) — Procedência : Rio de Janeiro. Corrupião ( Xanthornus Jamacai, Gm.) — Procedência : Pará. Sanhassú do coqueiro ( Tanagra palmarum, Wied.) Casal — Procodencia : Rio do Janeiro. Sanhasú roxo cu de encontroj ( Tanagra oruata, Sparm) Casal — Procedência : Rio de J.ineiro. Sanhasú azul ( Tanagra episeopus, Linn. ) Casal — Procedência : Rio de Janeiro. Trinca-ferro (Sxltator maximus, Miill. ) — Proccdeneia: Rio de Janeiro. Tié-sangue (Rhamphocelus brasilius, Linn.) Casal — Procedência: Rio do Janeiro. Tié-preto (Tachyphonus coronatus, Vieill.) Casal — Procedência : Rio de Janeiro. Gau lerio, Virabosta ( Molothurus bonariensis sericeus, Licht. ) — Procedência : Rio de Janeiro. Quelé ( Caryothraustos canadensis brasilensis, Cab. ) — Procodencia : Rio de Ja- neiro. Bico de lacre ( Estrelda astrild. ) — Procodencia : Rio de Janeiro. Sahyra sete cores ( Calospyza tricolor, Gm. ) Casal —Procedência: Districto Fe- deral. Sahy amarello ou Sahy havana ( Calospyza flava, Gm. ) Casal — Procedência : Districto Federal. Sahyra roxa ( Calospyza brasiliensis, Linn. ) Casal— Procedência : Districto Fe- deral. Sahy da serra, Sahy andorinha ( Procnias tersa, Linn. ) Casal —Procedência : Districto Federal. Sahy-papagaio, Sahy verde ( Calospyza thoracica, Temm. ) Casal — Procedência : Rio de Janeiro. Sahy bicudo ( Dacnis cayaua, Linn. ) Casal — Procedência : Rio do Janeiro. Sahy-beija flor (sp. ) Casal — Procedência : Rio de Janeiro. Gaturamo verde ( Chlorophonia viridis, Viell. ) Casal — Procedência : Rio de Janeiro. H.Suckow Joppert A LAVOURA 501 Gaturamo filó (sp. ) Casal — Procedência : Rio de Janeiro. Gaturamo fim-fim ( Euphonia xanthogastra, SuqJ. ) Casal — Procedência: Rio de Janeiro. Gaturamo paulista (Euphonia pueturalis. Lith. ) Casal — Procedência: S. Paulo. Gaturamo ipi (sp.) Casal — Procedência : S. Paulo, (iuará (Eudocimus ruber, Linn.) — Procedência: Pará. Iriré (Uendrocygna viduata, Linn.) — Procedência: Norte. Marreca de cara branca (Aaas puna?) — Procedência : Districto Federal. Marreca espelho (Nettium brasiliense, Gm.) — Procedência : Rio de Janeiro. Marreca bico vermelho (Dendrocygna discolor, Scl. et Sal v.) — Procedência: Norte. Marreca amarei la (Uendrocygna fulva. Gm.) — Procedência : Norte. Gralha do campo (Uroleuca cyanoleuca, Wied.) — Procedência : Minas. Gallo de campina (Paroaria gularis, Linn.) — Procedoncia : Norte. Garibaldi (sp.) — Procedência : Rio de Janeiro. Canção (Cyanocorax cyanopogon, Wied.) — Procedência : Norte. Papagaio do mangue (Amazona amazonica, Linn.) Casal — Procedência : Minas. Jacu do norte (Penélope pileata, Waglor.) — Procedência : Norte. Mutum cavallo (Mitu mitu, Linn.) Casal — Procedência : Noite. Du. João de Carvalho Borges — Valença Sabiá da matta (Turdus albicolíis, Vieil.) — Procedência : Rio de Janeiro. Jayme Abreu — Pará Corrupião (Xauthornus Jamacai, Gm.) — Procedência : Pará. Gallo do campina (Paroaria gularis, Linn.) — Procedência : Pará. (Domes- ticados.) Pereira de Britto Japu (Gymnostinops bifasciatus, Spix.) — Procedência : Maranhão. Japú-assú (Ostinops decumanus, Pall.) — Proceiencia : Maranhão. Graúna (Aaptm Cnopi, Vieill.) — Procedência : Maranhão. Leovegjldo Pires Simões — Districto Federal Sabiá da praia (Mimus lividus, Licht.) — Procedência : Districto Federal. Virabosta (Aaptus Cuopi, Vieill.) — Prjcedencia : Minas. Avinhado ou curió (Orizoborus angolensis, Linn.) — Procedência : Rio do Janeiro. Canário da terra (Sicalis flaveola, Linn.) — Procedência : Rio de Jaueiro. Caboelinho (Sporophila nigrourantia, Bodd.) — Procedência : Norte. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Colleiro papa- capim (Sporophila caenilescens, Bona. et. Vieill.) deneia : Rio de Janeiro. João Lopes — Barbacena Bicudo (Orizoborus maximiliani, Cab.) — Procedência : Norte. Colleiro do brejo (Sporophila collaria, Bodd.) — Procedência : Minas. Avinhado, Curió (Orizoborus angolensis, Linn.) — Procedência : Rio de Janeiro. Pintasilgo (Spinus ictericus, Licht.) -- Procedência : Rio de Janeiro. Patativa (Sporophila plúmbea, Wied.) — Procedência : Norte. Martinelli Félix — Barbacena Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris, Vieill.) — Procedência : Miuas. Sabiá-cica (Tricalaria cyanogaster, Vieill.) — Procedência : Minas. Bicudo (Orizoborus maximiliani, Cab.) — Procedenc:a : Minas. Joaquim D. Paula Corrêa — Matinas Barbosa Bicudo (Orizoborus maximiliani, Cab.) — Procedência : Minas. Virabosta (Maluthrus bonariensis sericeus, Licht.) — Procedência: Minas. Pintasilgo {■■!) (Spinus ictericus, Licht.) — Procedência : Minas. Canários belgas (2). Joaquim Claro — Barbacena Curió (Orizoborus angolensis, Linn.) — Procedência : Minas. Gaudorio, Virabosta (Malothrus bonariensis sericeus, Licht.) — Procedei Minas. Azulão (Cyano campsacyanea, Linn.) Procedência : Minas. Canário da terra (Sicalisflaveola, Linn.) — Procedência : Minas. Papa-capim (5) (Sporophila caeruleícons, Bonn. et Vieill) — Procedência : iV José Cândido Peueir.v — Barbacena Azulão (Cyanocampsa cyanea, Linn.) — Procodencia : Rio de Janeiro. Fradinho (Spjrophila nigrourantia, Bodd.) — Procedência : Norte. Curió (Orizoborus angolensis, Linn.) — Procedência : Norte. Canário da terra (Siealis ilaveola, Linn.) — Procedência: Rio de Janeiro. Pomba Jurity (Leptotila reicheubachi, Pelz.) — Procedência : Rio do Janeiro. A LAVOURA Rómulo Stefe — Barbacena Canário belga. Túlio Sponda — Barbacena Inlian.bú chororó (Crypturua parvitostris, Wagl.) — Procedência : Minaf. Santos Bergamini — Barbacena Papagaio Juruassú (Amazona farinofa, Boldu.) — Procedência : Minas. Novembro de 1908. Dr. Wencasldo BeUo. A agricultara na Exposição Hacional de 1908 no Sio de Janeiro As gravuras que damos a seguir fixam alguns aspectos da agri- cultura dos Estados na Exposição Nacional . A exposição de S. Paulo foi, como de razão, o triumpho do café ; mas ao lado deste destacavam-se muitos outros productos agrícolas dignos de menção pelo papel que estão chamados a representar na economia do adeantado Estado da Federação . Por exemplo, o arroz, que ainda ha pouco tempo constituía um sorvedouro de dinheiros paulistas, por isso que vinha todo elle do exterior, figurou na Exposição Nacional sob as mais variadas formas e em quantidade avultada. Alli viam-se photographias representando os campos experimen- taes de Moreira César, amostras de arroz em rama, de arroz em casca, arroz pilado de vários typos, sendo alguns tratados pelos mesmos processos por que passa o arroz mais fino que nos vem do estran- geiro. Outros productos interessantes, sob o ponto de vista da economia nacional, eram as forragens alli representadas pela alfafa e derivados do milho. O milho occupou lugar proeminente na Exposição de S. Paulo. Pelas paredes e em vários pontos dos differentes edifícios em que se expunham os productos paulistas, viam-se nitidas photographias 714 3 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA representando os institutos mantidos pelo governo paulista era bene- ficio da agricultura. Um trecho da exposição paulista em que se vèm amostras de café e muitas photographias mostrando fazendas e culturas experimentaes. Outra bel la secção foi, sem duvida, aquella em que figuravam in- strumentos e machinismos agrícolas. Sem termos a intenção de omittir os nomes de outros concor- rentes á Exposição Nacional, damos a seguir uma gravura de pagina, que mostra quanto foi grande e completa a exposição feita pelos Srs. Arens & C. Na exposição de Minas, sob o ponto de vista agrícola, o que mais chamou a attenção dos visitantes foram a secção sericicola e a do fabrico da manteiga. O publico affluiu para alli em ondas volumosas a admirar o tra- balho do Bombyx mon, o beneficiamento e tecelagem da seda e bem assim o manipular do leite, transformado, ante a curiosidade do pu- blico, em appetitosa manteiga. A r.AvoninA Os Srs. Hopkins Causer and Hopkins tiveram a boa idéa de ex- hibir os seus machinismos, e andaram bem, pois obtiveram completo tnumpho, que lhes redundará em altos e valiosos negócios. Secção do Pavilhão de Minas que íigur;m os apparelhos — Alía-Laval — distinados fabrico da manteiga Incontestavelmente a exposição do Estado do Rio Grande do Sul foi a mais completa de todas quantas observámos na nossa festa de trabalho. Alli figuraram com uma bella arrumação, em que presidia a mais segura systematização, não só productos industriaes, fabricados com material nosso, como um opulento mostruário de productos agrícolas, representado por cereaes vários, carnes, etc, etc. A gravura seguinte representa a agricultura sustentando o mundo na mão esquerda. A' direita da figura allegorica vê-se uma ruma de saccos de farinha de trigo, e á esquerda, varias conservas, lãs e outros muitos productos agrícolas. O bicho de sedae a abelha alli também figuraram com saliente destaque, e nenhum outro Estado apresentou tão completa secção apícola quanto a do Rio [ Grande do Sul. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Basta ver a gravura abaixo exposta para se ter uma mui pallida do valor de tal secção. A apicultura na secção do Rio Grande do bui na Kiposição Nacional de 1908 A LAVOURA 507 O Estado de Santa Catharina, em relação ao quanturnáe sua popu- lação, foi incontestavelmente o que fez mais bella figura na Exposição Nacional . A variedade e boa ordem com que se exhibiu impressionaram enormemente. Santa Catharina trouxe para a Praia Vermelha cereaes, tabaco, productos suinos, productos bovinos, muita matéria prima e muitos productos industriaes. Foi uma verdadeira revelação. Um canto da secção de Santa Catharina O Estado do Paraná é um dos Estados de maior futuro do Brasil . Clima ameníssimo, terras férteis, de óptima topograph ia, aguas abun- dantes, rios caudalosos, em grande parte navegáveis, riquezas naturaes ainda por explorar . Com estes dons naturaes o Estado do Paraná ha de crescer grandemente, é certo. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Sua exposição foi das mais completas, merecendo muita atten- ção um sem-numero de productos industriaes com matéria prima sua. O que, porém, mais agradou, foi o rico mostruário de ma- deiras preciosas, tal como mostra perfeitamente a illustração aqw Mostruário de madeiras do Estailo do Paran Uma feliz idéa foi a de permittir que as fabricas estrangeiras expuzessem os seus productos fora de concurso. Isto permittiu que muitos representantes de fabricas estrangeiras mostrassem na nossa Exposição alguns machinismos de alta valia para a lavoura nacional . A importante casa commercial dos Srs. Herm Stoltz&C, desta cidade, concorreu á Exposição com muitos machinismos e instrumentos agrícolas, que attrahiram a attenção geral do nosso publico. A illustração seguinte, de pagina, mostra alguns objectos do bello mostruário daquelles adeantados commerciantes. Mostruário da Casa Herm Stollz & Comp. Machinismo destinado ao preparo (descaseamento) do algodão, oxposto pelos Sr3 . Schill e Comp., desta Capital. A Pecuária na Exposição GADO EXPOSTO PELO SR. MANOEL BERNARDEZ Das notas fornecidas pelo expositor, extrahimos, as seguintes, relativas} aos principaes animaes que figuraram neste raez, illus- trando-as com as photographias : Cap Ortegal, puro sangue, variedade Postier, nascido no Rio da Prata no dia 25 de setembro de 1905. Reproductor para obter, com éguas creoulas, cavallos fortes para guerra, para sella, para tracção urbana e agrícola. O cruzamento reúne força, resistência, agilidade e helleza. Rubim de S. Paulo, novilho de raça Devon, nascido no Rio da Prata em novembro de 1907. Rosa de Uberaba, novilha da raça Flamenga (variedade de grande tamanho), nascida no Rio da Prata (Cabana Plomer) em novembro de 1907. SlO SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Rubim de Alagoas, novilho de raça Devon, nascido no Rio da Prata era dezembro de 1907. Rubim do Rio Grande do Norte, novilho de raça Devon, nascido no Rio da Prata em dezembro de 1907. Ouro Preto, novilho da raça Flamenga (variedade de grande tamanho) nascido no Rio da Prata (Cabana Plomer) em 4 de setem- bro de 1907. Importados para demonstração por Manoel Bernardez. DESCRIPÇÃO EXTRAHIDA DO CARTAZ QUE ACOMPANHA OS BOVINOS DA RAÇA DEVON « A melhor raça para reformar por cruzamento o vaccum bra- zileiro. Bom leiteiro. A melhor carne bovina do mundo. A raça de mais rápida engorda e de mais fácil nutrição. A de menos osso e mais carne em proporção. Onde o Durham, o Hereford, o Hollandez, o Lincoln-Shorthorn e outras raças degeneram ou morrem, ella se mantém e progride. Não exige cuidado. Mantém-se perfeitamente com os capins brazileiros. Quando não tem pastos, vive de folhas e cascas de arvores. E' bom animal de trabalho. Raça natural e forte, impõe seu typo no primeiro cruzamento. Com o Caracâ dará um producto que fará o Brazil um grande paiz criador e productor da melhor carne. Póde-se comprar no Prata por um terço menos do preço da Europa e aclimado, com só quatro dias de viagem e com a quarta parte das despezas. Importado para demonstração por Manoel Bernardez . » DESCRIPÇÃO EXTRAHIDA DO CARTAZ QUE ACOMPANHA OS BOVINOS DA RAÇA FLAMENGA « Raça especial para granja e leiterias perto das grandes cidades. Possue superior qualidade leiteira. Dá tanto leite como a Hollandeza, porém com alta porcentagem de manteiga. Rústica, precoce e mansa. Engorda bem. Bom para talho e trabalho. Entre três e quatro an nos o boi gordo attinge de 900 a 1.200 kilos. Insuperável como melho- radora para fins especiaes de leiteria. Esta raça chegou no Rio da Prata á sua mais alta perfeição, sendo difflcil encontrar exemplares semelhantes no paiz de origem. ). Mllln m ~ ^ | M"A í A LAVOURA 511 Pòde-se comprar pelo preço da Europa ou menos, em cinco dias de viagem e com sexta parte dos gastos. Importado para demonstração por Manoal Bernardez.» &$$& jQt$€€3 COLLABORACÂO Da criação no Brazil Considerações sobre a Exposição — Apenas alguns dias são de- corridos ; as portas da Exposição fecharam-se sobre todas aquellas bellas manifestações do progresso que nos foi dado admirar, eem breve sub- sistirá somente a saudade das cousas que já não mais existem e ás quaes devemos a recordação de horas cheias de encanto e de grande interesse. Não direi que ella constituiu para nós, estrangeiros, objecto de grande admiração, pois sabíamos qvie o povo brazileiro, habitando um paiz cheio de grandeza e formosura, possuía, no mais alto grão, o gosto natural das cousas bellas. Não nos podia elle reservar uma desilusão, fazendo desfilar diante de nossos olhos as múltiplas riquezas que deve á prodigalidade de uma Natureza generosa, e mostrando como soubera adaptal-as ás necessi- dades de uma Civilisação raffinêe. Fica-nos seguramente a impressão geral de que este paiz, que é por suas bellezas naturaes o mais pittoresco do mundo, tornar-se-á também um dos mais importantes, no dia em que explorar de um modo completo os magníficos thesouros que encerra em seu seio. Todavia o Brazil, verdadeiro celleiro de abundância, não poderá realmente reivindicar o titulo tão desejável de «paiz agrícola» senão quando tiver aperfeiçoado as raças que vivem em parte do seu im- menso território. E tendo-se-me pedido ajuntarás minhas impressões pessoaes, al- gumas indicações sol ire este assumpto tão digno da emulação dos cria- dores, direi que o primeiro esforço deve ser orientado, com vistas a applicação deste principio fundamental, em criação mais do que em qualquer outra cousa: a qualidade deve prevalecer sobre a quantidade ou antes marchar parai lelamente com ella. 714 4 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Infelizmente este preceito tem sido com frequência infringido e tive muitas vezes occasião de constatar que para muitos fazendeiros era um ponto de honra ignorar o effectivo de seus rebanhos, primeiro erro que torna mais difficeis as tentativas de mel hora do gado, quando se reconhece a necessidade de recorrer a ellas. Comtudo esforços efficazes, cumpre reconhecel-o, têm sido envidados nestes últimos annos, e a secção de animaes que pudemos estudar e muitas vezes admirar na Exposição do Rio, revela um esforço real que, si não soffrer solução de continuidade, dará aoBrazil o primeiro logar que elle e chamado a occupar entre os paizes agrícolas da America do Sul. Sem entrar em detalhes scientificos, nem procurar tirar conclusões geraes de experiências ainda restrietas, esforçar-me-ei, sobretudo, num exame — à vol d'oiseau — si assim me posso exprimir, para tirar, em poucas palavras, do facto a licção que elle comporia, com as melhore? esperanças para o futuro. Uma falta commum a todos aquelles que pretendem aproran- dar-se na tão delicada sciencia da criação, é acreditar que o aperfei- çoamento de raças só pode ser obtida por meio das mais expeditas importações de gado estrangeiro. Não ha duvida que este gado com o correr dos tempos poderá contribuir para o real progresso da criação, por meio de cruzamentos bem dirigidos, isto é, pela fusão opportuna de suas qualidades supe- riores com as d0.'"\ Distancia entre as linhas 0.40. Foi colhido em 1 ■< de agosto, tendo produzido 10,5 litros. Semente empregada 0,' 320. Trigo Trimenia — Plantado em 16 de abril. Área 50m2. Distan- cia entre as linhas 0.40. Atlingiu aO.DO de altura. Foi colhido em 15 de agosto, tendo produzido 10 litros de grãos. Trigo Trimenia — Plantado a 16 de maio. Área. 50, '"\ Semente empregada 0/440. Distancia entre as linhas 0.44. Foi colhido em 15 de outubro, tendo produzido 10 litros de grãos. Trigo Barleto — Plantado em 1(5 de maio. Área 50'"3. Linhas espaçadas de 0.44. Attingiu altura média de 1 metro. Foi' colhido em 1 de outubro, tendo prcduzido 12 litros de grãos. Semente empregada 0', 340. Iritjo Farro — Plantado em 10 de maio. Área 50'"-. Distancia entre as linhas 0"',44. Attingiu a 0"',60. Foi colhido em 15 de outubro, tendo produzido 11 litros de grãos, semente empregada 0,440. Trigo Majorca — Plantado em 16 de maio. Área 50"'\ Distan- cia entre as linhas 0,44. Foi colhido em 10 de outubro, tendo pro- duzido 9,5 litros. Semente empregada, 0',440. Trigo Trimenia — Plantado em 13 do junho. Área— 100 m\ Linhas espaçadas, de 0"\30. Semente empregada 0l, 750. Attingiu a 0m,50 de altura. Foi ceifado em 20 de outubro, tendo produzido 1 4 litros de grãos. Trigo Majorca — Plantado em 13 de junho. Semente empre- gada O',600. Distancia entre as linhas 0,30. Attingiu a 0a,70 de altura. Foi colhido em 20 de outubro, tendo produzido 25 litros. Trigo Farro — Plantado em 13 de junho. Área — 100",2. Distancia entre as linhas, 0,30. Semente empregada, 0,750. Foi colhido em 2 de novembro, tendo produzido 12,5 litros de grãos. Pesos de 100 litros de cada uma das variedades de trigo colhidos no campo: k Trigo Trimenia 78,5 » Farro 73,0 » Barleto 76,5 » Majorca 76,5 Média 76,1 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Quuili-o resumindo s»« experiências (P.ira 1 00m?) VARIEDADES MEZE3 H g § o ta Fevereiro Março Abril Maio JUDhO X 11,5 X 8,0 X 20,0 X 20,0 X 14,0 1 X 15,0 X 14,0 X 20,0 X 22,0 X 12,5 ••: 17,0 X 21,0 X 21,0 X 19,0 X 25,0 X 24,5 X 24,0 X 10,0 Médias 14,7 16,7 20,0 24,2 16,0 Média das médias — 18,4 Do Minas Geraes. -&$&HfiM3$€- EXPEDIENTE Secretaria Oori-espoiídoiicia, diiiTvnte o incz cie íiovemlbro Expedida : Circulares 336 Telegrammas 100 Cartas 96 Registrados 10 Oíflcios . 6 Monographia da « moléstia dos animaes » 331 «A Lavoura» 3.850 A LAVOURA 521 Recebida : Ollicios 25 Requerimentos 111 Cartas 235 Telegrammas 40 Circulares 5 Memoranda 6 Boletim 1 Representação 1 Fornecimento tle arame (arpado Pedidos satisfeitos 37 Extensão dos rolos ( metros ) 310.852 Custo dos mesmos, fornecido pela Sociedade . . . 9:6ti8$600 Custo adquirido no mercado 13:130$000 Economia realizada pelo agricultor 3:4G1$100 Agradecemos á Directoria do Grémio Polymathico «Manoel Xavier», de Petrolina, a gentileza da participação de ter sido empossada a nova Directoria que deve gerir os seus destinos no período annual de 1908 a 1909. Carta honrosa — Bambuhy, 20 de outubro de 1908. «Exm. Sr. Presidente da Sociedade Na uonal de Agricultura. Tive hontem a agradável communicação de ter sido admittido como mem- bro da Sociedade Nacional do Agricultura. Ilonra-mo sobremaneira esse Tacto. Oxalá que possa eu contribuir de algum modo para o engrandecimento dessa patriotici aggremiação, que visa impulsio- nar a mais valente fonte de riqueza quo possue o Paiz. Sim, eu creio que nenhuma outra a esta poderá se igualar, uma vea que soja nacionalmente explorada, e creio mais, que não são os nossos productos mais compensadores os mais explorados. Muitíssimas riquezas existem, que são ainda pouco conhecidas e outras intei- ramente desconhecidas, especialmente na fecundíssima fonte de fortuna, cuja exploração faz objecto dessa bem orientada sociedade. Estou plenamente con- vencido de que o esforço individual será impotente para abrir lastro commer- cial e industrial ás novas descobertas de nossa pujante, fecunda e variada flora. Só o esforço collectivo será capaz de resultados satisfactorios. Só nelle eu creio como elemento vivificante das forças amortecidas pela descrença do lavra- dor, cansado pelos roàneiros processos legados por noísos maiores ; só nelle espero como força capaz de operar reaes metamorphoses que vão libertando o lavrador da penúria a quo estava condemnado pelos prejuízos de educação facilitando-lhe o traballio, triplicando-lbo a producção e remunerando-lhe muito mais fartamente o seu afan, hoje novo. Esse esforço collectivo está [ perfeita- mente synthetisado hoje na Sociedade Nacional de Agricultura, além dos syn- dicatos agrícolas. Tanto a fortuna particular, como a publica, augmentam suavemente. 522 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA A Sociedade Nacional de Agricultura, pois, si não são excessivamente optimistas as minhas previsões, esta fadada a operar a resurreição da riqujza publica pelo augmento da paiticular, que já vae operando. Julgar-niG-kei muito foliz, si conseguir concorrer com qualquer contiQgen to para essa obra gigantesca. Agradeço, pois, sinceramente reconhecido a acceitação, como lambem a proposta de meu nome. Para o bom desempenho do meus devores, preciso bem conhecer os estatutos da sociedade, e peço a V. Ex. remetter -me um exemplar, e bem assim avi- sar do qualquer contribuição pecuniária que cumpra fazer agora, afim de que eu a satisfaça som demora alguma. Grato a V. Ex. pela sua gentileza para commigo, subscrevo-me com ver- dadeira estima e real consideração O consócio e amigo, Antero Torres, CíhCê — O Sr. Dr. "Wonceslão Bello, Presidente da Sociedade Nacional de Agricultura, recebeu do Sr. João Ferreira da Rosa, lavrador de café" em Bata- taes, Estado de S. Paulo, a seguinte cirta : « Saudações — Tenho o prazer de participar-lhe que os lavradores deste município, em reunião hoje, tomaram a resolução de não colherem a safra de café pendente de 1 '. »08 a 1909, alini de valorisar rapidamente, convidan- do pelos jornaes da capital, aos outros municípios no Estado a adherir ao movimento para o qual já se acha convocado um Congresso de Lavradores em .lalai ou s. Manoel. E' uma medida justa e necessária e não importa om muito para uma classe que se acha habituada a solTrer e ser sempre desam- parada e deixada á selecção natural, aggravada sempre, e em todas os tempos, por impjstos desarazoados e tarifas monstruosas. E, por cumulo do caiporismo, nem escolas, nem leis que a protejam existem, a não ser uma ou duas, quanto a escolas. Parece que a maldição de Deus cahio sobre esta raça latina, que invadindo a America do Sul e parte da do Norte, as conquistaram a canhão e strichinina, expurgando seus legítimos donos e apossanJose de seus bens. Poço-lhe dar publicidade na A Lavouro, a noticia da reunião dos lavra- dores aqui, onde tomei parte, e pedi aos collegas fluminenses, mineiros e espiritosantenses suas adhesões a esta nossa resolução, levados pelo desespero. E' perder muito pouco, pois muito mais perderam com a abolição e muito temos perdido nestes últimos annos, que o café mal tem nos dado para custear as lavouras e nossa subsistência e educação dos filhos, perecidos ou levados com a maior economia possível. Entretanto as estradas de forro prosperara e dão dividendos enormes. O Estado locupleta-se desapieda lamente, as alfan- degas cobram oxorbitancias e o clamor é geral o justo. Assim Deus nos proporcione melhores dias e razoável credito, pois com justa razão estamos desacreditados no estrangeiro, porque vivem os Gover- nos deste paiz gastando o alheio e peiindo-o sempre emprestado, sem nunca so lembrar de pigar o que ha tantos annos emprestaram-lhe. E' com toda a estima e consideração do sócio e criado amigo, João Ferreira cia Rosa. » Secção Tschnica Expôs içtlo A^rioola om Fribiu-go — Começam a se mani- festar os effeitos de incitamento devidos ã Exposição Nacional e que se hão de contar entre os maiores benefícios que cila ha do produzir. Vau t:r a prioridade o município de Friburgo, que animado com os brilhantes resulta^ los obtidos por seus representantes nas exposições de flore \ fructas e legumes, que a Sociedade Nacional de Agricultura realizou ao grande certamen da Praia Vermelha, pretende agora realizar por si uma exposição do mesmo género na bella cidade de Friburgo. Essa iniciativa dos membros da Camará Municipal, com o intolligente e dedi- cado concurso do Dr. Júlio V. Zamith, distincto amador da cultura das llores, vae ser realizado em princípios de fevereiro próximo, tendo silo convidado para abrir a exposição o presidente da Socieladc Nacional de Agricultura, que não podia deixa? do accoitar tão honrosa distincção. A Camará instituirá premio?, constantes do apparelhos agrícolas, taescomo: arados, capi nadei ras, apparelhos para tratamento ds arvores fructiferas, etc. A Sociedade Nacional de Agricultura, por sua vez, pretende olTerecer prémios de animação. Ao fazer publica e3la notuia, a Sociedade Nacional de Agricultura não pôde deixar de manifestar seu applauso A Camará M inicipal de Friburgo por sua uti- líssima iniciativa, apontando-a como oxe nplo digno de ser imitado pelas outras municipalidades do Estado. Será assim, substituindo as lutas e rivalidades estéreis e atrophiantes da poli- ticagem por essas pugnas do trabalho agrícola era festas de emulação, tão cheias do encantos, quanto de proveitos, que se ha de a lavoura redimir de suas crises, fazondo-se respeitar e estimar c ensinando assim como S3 fundam as bases para a prosperidade sua e do paiz. >Ia,iitlioca, — Tem o Brasil uma grande riqueza na facilidade e abundância com que produz a mandioca e essa riqueza é partilhada pelo maior numero de nossos Estados. No emtanto, abstrahindo do partido que tiram dessa planta para a alimentação local, quasi nullo é o interesse apurado. Da mandioca só exportamos a farinha dosso nome e são bem fracos os algarismos que representam tal commercio, que muito a custo vai aug-mentando de modo pouco apreciável ; ura pouco de polvilho que também vai ao estrangeiro, o eis todo o modesto contiagente com que essa utilíssima plauta concorre para a vida económica do paiz. Diz-se que a farinha 6 alimento para pobres, imprópria para mesas aristocrá- ticas o paladar civilizado. Sob essa forma, é certo, a mandioca encontra difflcul- dade de abrir mercados e dahi remita a falta de desenvolvimento de seu com- mercio. No emtanto, o polvilho o a tapioca são verdadeira? preciosidades que a man- dioca eucerra ; já são conhecidos e procurados em todo o mundo e tem assim mercado já feito e ganntido. O Brasil não os explora senão em escala insignifí- SOCNínAHK NACIONAL DE AGRICULTORA cante, talvez porque já constituem industria fabril o nós estamos ainda bem mal preparados para industrias que não sejam agrícolas, as quaes só vivem por efteito da protecção, qus tanto se tem exaggerado o que tão dilílcil está tornando a vida s •m nenhuma vantagem económica para o paiz. Acreditamos que a própria farinha de mandioca encontrará mercados no estrangoiro quando já pudermos colher os resulta los de uma bem orientada e persistente propaganda de nossos productos. Mas, ainda mesmo sem isso e sem a industria do polvilho o da tapioca, a mandioca podo se constituir objecto de grande commercio externo, sendo exportada em espécie. Soubemos em Antuérpia que a nossa commissão de expansão económica tem recebido pedidos importantes desS3 producto. .lá antes nos fora coramunicado que o Museu Commercial desta capital recebera pedido de algumas toneladas para inicio de commercio. Nada se tem adiantado, no emtanto, de positivo, nessa questão, cuja impor- tância, aliás, 6 ovidente, pois que o valor real de uma nação ó afferido hoje pelo valor de seu commercio externo. A difficuldade inicial do problema 6 que a mandioca não pôde ser exportada no estado em que a terra a produz, pelo risco, que corre, do se deteriorar no porão dos navios durante a viagem, não podendo tampouco supportar os ónus do trans- porte em camarás frigorificas, como se faz com as fruetas e as carnes, por isso que precisa ser producto barato, em sua qualidade de matéria prima. Para que o preço que se consiga encontrar nos mercados estrangeiros possa ser remunerador, sorá preciso a desoccar com esmero. Esse é o problema que cumpre resolver, obtendo o producto por buxo preço, para adquirir assim mais um bom género de exportação, que virá beneficiar á lavoura de muitos Estados, pois é sabido quanto e barata a cultura da mandioca entre nós. Acreditamos que, resolvido esse problema, o êxito é certo, pois não faltará mercado consumidor e é de esperar que nossos homens de governo, sabendo com- prehender o seu dever em face das exigência-; da expansão económica do paiz, providenciarão de modo ellicaz para que os fretes e os impostos não impossibilitem esse commercio matando em seu nascedouro a producção agricola que precisamos, podemos e devemos crear. A Sociedade Nacional do Agricultura, em sua ultima reunião de directoria, resolveu chamar a attonção dos interessados para esse importante problema, e, no intuito de estimular as pessoas capazes de achar a desejada solução, instituiu três prémios, sendo o 1°, de 1:000$, o 2», de 600$ e o 3° de 400$000. Para isso a Sociedade exige dos concurrentes: Io, a descripção detalhada e clara do processo empregado ; 2o, a demonstração do custo de producção do preparo industrial ; 3o, a apresentação do producto na quantidade minima de cinco (5) to- neladas, em e3tado de ser embarcado e remettido para a Europa, como experiência, até 31 de maio próximo futuro. São condições de preferencia para o premio : Io, o maior preço alcançado na praça de Antuérpia, com margem para lucro ; 3o, menor custo do preparo indus- trial ; 3o, a maior quantidade de producto apresentado. A Sociedade se promptitica a auxiliar a exportação e a venda, por conta dos productores. NOTICIÁRIO Crelito ^«•-riool» em Mimis — Publicamos ora seguida o de- creto n. 230i, qu3 trata da instituição do Crelito Agrícola no Estido de Minas Geraes: « 0 Vice-1'residente do Estado do Minas Geraes, para execução do disposto na Li n. 400, de 13 de setembro de 1905, derreta: Art. 1 .» E' autoriz ido o Secretario de Estado djs Negócios das Finaaçxs a ce- lebrar, de accordo com o Bane ) de Uredito Real de Minas Geraos, para instituição do credito agrícola, mediante as seguintes condiçõos : § 1.» O Banco se obrigará a fazer: a) desconto de lettras, bilhetes de mercadorias e warrants emittidos de accordo com a legislação em vigor ; b) descontos de letras, notas promissórias acceitas por lavradores e indus- triaes ou exportadores de produetos da lavoura e industria, com garantia de duas firmas reconhecidamente solvaveis ; c) descontos de ordens sacadas por lavradores ou industriaes residentes no Estado a prazo máximo de quatro mezes ; d) empréstimos sob garantia de penhor agrícola ; e) empréstimos a lavradores ou industriaes sob garantia pignoratícia de apó- lices da divi.la publica federal ou d ) Esta lo, de produetos industriaes ou agrícolas, ouro, prata e pedras preciosas ; 0 empréstimos sobrj primeira hypotheca de immoveis ruraes ; g) abertura de credito em conta corrente de movimento sob garantia hypothe- caria ou pignoratícia para custeio das lavouras, acquisição de machinas agrí- colas, machinismos aperfeiçoados de b.»ieflciamento dos produetos ag/ieolas ou para reforma e melhoria de machinismos já existentes ; h) empréstimos ás cooperativas agrícolas do responsabilidade illiraitada, me- diante as garantias convenientes; ;■) recebimento de depósitos em conta corrente ou a prazo fixo. §2.° Os empréstimos feitos pira o fim especial de constituição de lavouras aperfeiçoadas com garantia pignoratícia de instrumentos agrícolas addicionada á hypotheciria de irnraoveis, serão limitados ú quantia que for fixada no con- tracto. § 3.° Os empréstimos hypothecarios que forem feitos pela nova carteira de credito agrícola serão subordinados a ostas condições: 1 não p jderão exceder a um terço do valor venal dos bens, tendo-se em vista o que serviu de baso para o imposto territorial ; II terão o prazo máximo do dous annos. § 4.° Os empréstimos hypothecarios a prazo maior continuarão a ser feitos pela actual carteira hypothecaria do Banco de Credito Real do Minas Geraes, na forma do contracto existen.e e de accordo com a legislação em vigor. §5." Os empréstimos destina los a custeio das lavouras e em geral os que forem feitos sob garantia de penhor agrícola terão o prazo de um anno, e não po- 526 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA derão exceder ao valor de metade da producção provável, aUendendo-se além do calculo da colheita pendente á média das quatro anteriores. § 6.° A taxa máxima de juros e descontos da nova carteira de credito agrí- cola será de 8 °/0 ao auno. § 7.° Krnquanto se fizer a cobrança da sobretaxa do 3 francos pjr sacca de café, o Governo poderá determinar a reducção da taxa de juros e descontos até 6 °/0 annuaes para as operações puramente agrícolas, reduzindo na mesma proporção os juros cobrados ao banco pelas quantias effecti vãmente empregadas em taes ope- rações. § 8.° Serão estabelecidas agoncias do I lanço nos muuieipius em que a directoria, de accordo com o r.overno, julgar necessário. § 9." Mediante garantias espr>ciaes e com assontimeuto prévio do Governo, po- derá o barco lazer empréstimos a emprezas de construcções ruraes quo so propo- nham a montar, por conta de agricultores, fazendas mo lelos, praparan lo terrenos destinados a culturas intensivas e installando machiDismos de boneficiamento de produetos agrícolas. § 10. Nas mesmas condições poderão ser leitos empréstimos ás Camarás Muuici- pães que se proponham a funiar usinas de electricidade aproveitando força hydrau- lica para illuminação publica e cessão de força motriz a industrias manufactoras. § 11. No contracto que for celebrado para creação da carteira de crelito agrí- cola serão estabelecidas clausulas garantidoras dos interesses do Estado ligados aos do estabelecimento bancário, ficando expressamente estipulado que as opera- ções feitas furadas bases determinadas correrão sob a responsabilidade pessoal do Director que as tiver ordenado. Art. 2.° O Governo depositará no banco, a titulo de empréstimo para as opera- ções de que trata este decreto, até a quantia de dez mil contos de réis. § 1." As quantias depositadas vencerão o juro annual de 5 %. pago semestral- mente. §2.° O emprostimo será amortizado em 20annos, a contar de 1" de janeiro de 1913. Art. 3.° O banco terá o mesmo capital com que está constituído. Art. 4.° O Governo intervirá na administração do banco nomeando um di- roctor, que sorá o Presidenta e ao qual caberá o direito de vetar as deliberações da directoria que lhe parecerem contrarias aos interesses do Governo, havendo desse veto recurso para o Secretario das Finanças. Paragrapho unieo. Os estatutos do banco e as reformas que nelles forem feitas serão submettiJas à approvação do Governo do Estado. Art. 5.°Revogam-se as disposições em contrario. Palácio da Presidência do Estado de Minas Geraes em BjIIo Horizonte, 21 de novembro de 1908.— Júlio Bueno Brandão. — Juscelino Barbosa.» I3aiico de Custeio Rural — Xo Thesouro do Estado do S. Paulo foi assignado o coutracto para constituição do Banco de Custeio Rural do Itapira, ficando o mesmo nestas condições habilitado a receber 50:000$ em apólices especiaes de auxilio agrícola. Ensino A.g-1-ieola e Commercial — O Sr. Dunshee de Abranches, deputado pelo Estudo do Maranhão, apresentou á Camará dos Deputado3 o seguinte projecto do lei : A LAVOURA 527 « O Congresso Nacional decrota : Art. I.° Na Alfandega do Maranhão será cobrada por espaço de dozannosa taxa de 1 % sobre o total de cada nota de despacho do importação, sendo a respe- ctiva importância mensalmente entregue á Associação Commercial daquelle Estado. Art. 2° Em virtude deste favor, essa Associação se obrigará a dar As quantias, que receber, a seguinte applicação : a) Organizar e manter cursos theoricos o práticos de commercio e agricultura, ssndo o; cursos práticos de agronomia localizados fora da capital, onde fõr julgado mais conveniente ; 5) Construir edifícios adeqmdos a essas instituições ; c) Publicar um boletim semestral, dando conta .i lavoura de todos os progressos da agricultura e da situação economico-fínanceira da Republica, peraute os merca- dos estrangeiros ; d) Distribuir sementes e plantas novas, que possim ser com vantagem accli- roadas no paiz; c) Facilitar, por todos os meios ao seu alcance, o povoamento do solo mara- nhense, estabelecendo um serviço completo de informações sobre clima, produeção, riquezas naturaes, meios do transporte, preços de géneros e sua collocação, e terras devolutas nas diversas zonas do Estado ; f) Crear o serviço de estatística commercial do Maranhão ; g) Emprehender todos os melhoramentos tendentes a desenvolver os conheci- mentos commerciaes o agrícolas. Art. 3o. A Associação Commercial do Maranhão, para executar os serviços comprehcndidos no artigo anterior, poderá dar como garantia de qualquer emprés- timo os recursos que lhe são concedidos na prosente lei. Art. 4". Uevogam-se as disposições cm contrario .» O CíiPé do Brasil iiíi Exposição tio ^Vsti .— Ao café brasi- leiro foi conferida a distineção máxima no certamen do Asti. Obteve o diploma da taça de honra. Ins»t it«toTiitei'naeioniil cie -\.e-i'ieiilt uva,— Inaugurou as suas sessões no dia 27 deste mez este Instituto, cuja sede é, cimo se sabe, em Roma. A sessão foi presidida pelo Sr. famillo Barròre, embaixador de França junto ao Quirinal, achando-se presentes tolos os delegados nacionaes e estrangeiros. Importação de aniiiines .— O Governo de Minas adquiriu os seguin- tes aniniaes, importados do Rio da Prati o que figuraram na exposição feita por occasião da Exposição Nacional, pelo Sr. Manoel Bernardez : Cap Ortcgal, cavallo reproduetor, da raça Percheron Posticr ; Ouro Preto e Rosa de Uberaba, casal de raça flamenga, de grande tamanho e excellcntes qualidades leiteiras. Casal de lanígeros, cara negra, de raça Oxford-Shire-Dcwn ; Destes animaes foi também adquirida pelo Dr. Carvalho Brito uma cordeira cara negra, para a sua fazenda do Pedro Leopoldo. — Destinados ao Sr. Mário de Oliveira Barboza, fazendeiro e criador, ciiegaram pelo vapor Terence cinco exemplares da raça suissa I arge Black Essex, adquiridos na Inglaterra. Estes animaes descendem directamente de animaes que obtiveram diversos primeiros prémios e dous campeonatos, tendo sido um delles o campeão do 1908. 714 6 558 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Kxi>osição Agrícola. — A Sociedade Pastoril, Agrícola o Industrial do Jaguarâo pretende levar a effeito em 1S09, uma exposição agriojla, tendo para esse fim convocado os seus membros para uma assembléa geral, em que se dis- cutirão as bases do futuro certamen e para confecção do respectivo programma. Posto Zooteclinieo em Perntimlbiíeo. —Pela Directoria da Contabilidade do Thesouro Federal foi concedido o credito de 100:000$ á Delegacia Fiscal de Pernambuco, para ser posto á disposição do Presidente da União dos Syn- dicatos Agrícolas, para a fundação de uma estação agrícola e pjsto zootechnico na cidade do Recife. PARTE C0MMERCIAL Novembro de 1908 Café Yenderam-so 160.000 saccas contra 201.000 no mez anterior. Entraram 220. 4S8 saccas contra 253.383 no mez anterior. Os embarques foram de 371.321 saccas contra 353.425 no mez anterior. Existência no dia 15 — 252.625 saccas contra 289.612 no dia 31 de outubro. Existência no dia 30 — 270.766 saccas contra 252.625 no dia 15. Os extremos das cotações foram: ía quinzena Por arroba Por 10 hilos Typo n. 6 5$600 a 5$800 S$813 a 3$949 » » 7 5,$200 » 5.^400 3$540 » 3$67ò > » 8 4$900 » 5$1U0 3$336 » 3$472 > >9 4$600 » 4$N00 3$132 > 3$368 2a quinzena Por arroba Por 10 hilos Typo n. 6 5$Õ00 a 5$800 3$744 a 3$949 > » 7 5$200 » 5$")00 3$540 > 3j744 > »8 4$900 » 5$200 3$336 > 3$540 » > 9 4$600 » 4$900 3$132 » 3$336 O typo n. 7, disponível, do Rio cotou-se em New- York a 6 1/2 c. por libra e o de Sautos a 7 5/16 c. Na Bolsa os preços foram: 4.45 c. em 2; 5.40 c. em 4 e 9; 5.35c. em7 e 10; 5.30c. em 5 e 6e 11; a 5. 25 c. em 12; 5.20c. em 13; 5.10 c. em 14; 5.05 c. em 16, 17, 20, 21, 27, 38 e 30; 5 cem 18, 19 e 25; o 4.95 cem 23e24. As entradas do Rio, detalhadamente, foram : A LAVOURA í» quinzena tíaccau listrada dj Ferro Central do Brazil 39.653 Cabotagem 4. 709 Barra dentro 56.612 Total 101.034 2» quinzena Saccas Estrada de Ferro Central do Brazil 42.454 Cabotagem 10. 5*14 Barra dentro 66.430 Total 119.454 Géneros importados Qualidade Quantidade Preços Carne secea (do Rio da Prata) 17.430 fardos Durante o mez : Rio Grande (systema antigo) Não ha Dita (systema platino) nova $630 a $760 Rio Grande, Fronteira, patos e mantas $720 > $800 Rio da Prata, manta só S740 » $900 Farinha de trigo 12.200 barricas 4a quinzena Americana (barrica) Não ha Dita (sacco) Não ba l'or 2 saccas Rio da Prata : 1» qualidade 25.s000 2» dita 24$000 3" dita 23$000 Moinho Inglez : Nacional 24$000 Brazileira 23$200 Buda-Nacional 25$200 Moinho Fluminense : S. Leopoldo 24$500 O. 0 23$500 2' quinzena Americana (barrica) Não ha Dita (sacco) Não ha Por 2 saccas 530 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Rio da Prata : Ia qualidade 2a dita 3a dita Moinho Inglez : Nacional Brazileira Buda-Nacional Moinho Fluniiuense : S. Leopoldo O. O 25$50U 24$500 23$500 24*500 23$7ti0 25$700 24$500 23$590 ía quinzena Manteiga — G00 caixas : Deraagny, Isigny (latas sortidas) 2^520 a 2$540 Brétel Frôres (latas sortidas) 2$200" » 2-^240 Lopelletier 2$430 » 2$4"í0 Modesto Gallone (sortidas) l $850 » 1$950 Esbousen Não ha L. Brura 2$550 a 2$560 Buskc Júnior 2$350 » 2$380 Marclet Não ha Outras marcas 1$8 J0 a 2?000 A nacional vendeu-se : a de Minas, de 3$400 a 3$600 ; a do Sul, de 2$500 2a quinze Domagny, Isigny (latas sortidas) 2$520 a 2$540 Brotei Frercs (latas sortidas) 2{200 » 2$240 Lepelletier 25440 > 2$4f'>0 Modesto Gallone (sortidas) 1$S50 » 1$950 Esbouscn Não ha L. Bram 2$">50 a 2$560 Buske Júnior 2$350 » 2$360 Marclet Não ha Outras marcas 1$800 a 2$000 A nacional vondeu-so : a do Minas, de 3$400 a 3$C00 ; a do Sul de 2£400 a 2,$800. Géneros nacionaes Aguardente Durante a Ia quinzena o mercado, si bem que com pmeo movimonto, so con- servou estável e sem alteração de preços; na 21 quínz3na o mercado tornou-so frouxo e os preços soffreram baixa. Por pipa sem o casco : ia quinzena Preços Paraty 140$000 a 150$000 Angra 130$000 » 133$000 Campos 120$000 » I25$000 Macjió 12)$000 » 125$000 Bahia 120.J030 » 125$000 Pernambuco 121$ 100 » 12x$000 Aracaju 120$000 » I25$000 Sul 120$000 » 125$00Q 2* quinzena Paraty 125$000 » 1 40$000 Angra 125$000 > 130$000 Campos 115$000 > 120$000 Macoió US$000 » 120.10C0 Bihia 115$000 » 180|000 Pernambuco 115$000 » 120^000 Aracaju 115$000 » 120$000 Sul , . . . U5$000 » 120$000 jVlcool Na Ia quinzena do mez o mercado esteve com pjuca procura, tendo sido maiores as entradas, que constaram de 4">3 volumes de diversos centros produetores. Du- rante a 2' quinzena o mercado esteve frouxo devido a insistentes offertas do Norte, /* quinzena 40 gráos . . , 220$000 a 230$000 Íi8 > 230$000 » 210$000 38 > 190$000 » 200$000 Por pipa som o casco : 2' quinzena 40 gráos 170$000 a 180$000 38 » 1(10$000 > 1701000 30 > 150ÍO00 » 160$000 SOCIEDADE NACIONAL DK AGRICULTURA Algodão em i-;i mu Atoo dia 15 manteve-so inalterado tanto nos mercados productores do Norto como no estrangeiro ; do dia 16 em doante o mercado esteve regular, bem susten- tado, conservando-se os preços sem mudança. /* quinzena Fardos Existência no dia 31 de outubro 12.476 Entradas : Natal 4.301 Parahyba 2.235 Pernambuco 1.425 Ceará 643 Assa 512 9.116 21.592 Sabidas dos trapiches 8.926 Existência no dia 14 12.666 Preços : Pernambuco 8$6C0 a 9?000 Rio Grande do Norte 8$300 » 9$000 Parahyba 8?600 > 8$800 Ceará 8$600 » 9$000 Sergipe Nominal Penedo Nominal Maranhão Nominal 2* quinzena Fardos Existência no dia 15 12.966 Entradas : Pernambuco 7.060 Parahyba 3.148 Ceará 1.100 Natal 500 Assú 231 Maceió 200 12.245 25.211 Sahidas dos trapiches 8.686 Existência no dia 30 16.525 Preços : Pernambuco 8$600 a 9$000 Parahyba 8$600 » 8$800 Rio Grande do Norte 8$400 » 8$600 Sergipe 8$200 > 8$600 Ceará Nominal Penedo Nominal Maranhão Nominal Assucar No principio do mez os compradores deste género conservaram-se na especta- tiva, aguardando a abertura dos preçosda eoliigação, sendo, pois, quasi nullos os negócios feitos. No fim do mez fizoram-se alguns negócios de vulto em brancos, crystaes e mascavinhos; mas, infelizmente, o mercado não melhorou. I3 quinzena Pernambuco : Branco usina Não ha Dito crystal Não ha Dito 3a sorte $450 a $460 Crystal amarello $340 > $170 Mascavinho $333 > $330 Somenos $380 > $390 Mascavo bom $280 » $293 Dito regular $260 » $370 Dito baixo $240 » $250 Sergipe : Branco crystal $450 » $470 Chrystal amarello Não ha Mascavinho Não ha Mascavo bom $280 » $290 Dito regular — $270 Dito baixo $240 a $250 Campos : Branco crystal $470 » $480 Dito do 2» jacto $420 » $450 Crystal amarello $400 » $420 Mascavinho $360 » $380 Bahia : Branco crystal , — — Outras procedências : Mascavinho — — Mascavo bom — — 2a quinzena Pernambuco : Branco usina Não ha Dito crystal $415 a $430 Dito 3a sorte $400 » $420 Crystal amarello $360 » $380 Mascavinho $340 > $410 Somenos $320 » $310 Mascavo bom $200 » $280 Dito regular — $260 Dito baixo — $240 li SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Sergipe : Branco crystal $400 a $110 Crystal amarei Io Não ha Mascavinho $300 a $300 Mascavo bom - $270 Dito regular — $270 Dito baixo — $240 Campo t : Branco crystal $430 a $440 Dito 2o jacto $370 » $410 Crystal amarello $310 > $3S0 Maseavinho ; $3L0 > $370 Maceió : Branco crystal $415 a $420 Crystal amarello $3< >0 » $380 Mascavinho s340 » $360 Mascavo bom $270 » £280 Dito regular — .s260 lh quinzena Suecos Arroz nacional 24$C00 a 2<>|000 Dito inferior 18?000 » 22JG00 Dito agulha, 1» qualidade — 39$000 Dito, 2a qualidade — 36i;000 Dito, 3» qualidade 2 '.$000 » 28$000 Feijão preto de Porto Alegre 10$000 » 12$000 Dito idem da terra 12$000 » 13$000 Dito idem de Santa Catharina, superior. . . . 10$000 » 12$300 Dito do Paraná Nominal Dito mulatinho 8|500 a lOsOOõ Dito manteiga 22$000 » 24$000 Dito enxofre, nacional 14$000 » 16$000 Dito do cores, nacional 11*000 » 14$000 Farinha de mandioca especial 9$500 » 10$000 Idem fina 8$G0O > 9$200 Idem peneirada 8$000 » 8$400 Liem grossa 6$200 » 6$500 Idem do Norte (grossa) — — Idem de Laguna (grossa) 6$000 » 6$S00 Milho amarello do Norte 8$000 » 8$300 Idem da terra 8£000 » 8$300 A LAVOURA Idem idem misturado 7*500 » 8$O0O Canglca 15$000 » 16$000 Favas 7$000 » 8$000 Kilogrammas Alpiste $380 a $4C0 Fubá de milho $140 » $200 Matte era folha $"100 > $500 Tapioca $::00 > $360 Polvilho $170 » $200 Carne do porco $000 > $?0o Línguas do Rio Grande (uma) 1$U00 > 1$200 2" quinzena Saccos Arroz nacional 24$C00 a 25$000 Dito inferior 18$000 » 2 1 $000 Dito agulha, Ia qualidade — 38$000 Dito, 2a qualidade 34s000 » 35$000 Dito, 3" qualidade — 26$000 Feijão preto de Porto Alegre IOsuOO >> 12$000 Dito idem da terra 12$000 » 13$000 Dito idem de Santa Catharina, superior. . . . 10$000 » 12$n00 Dito do Paraná Nominal Dito mulatinho 8$500 a 11$000 Dito manteiga 26$000 » 28$000 Dito enxofre nacional 14$000 » 16$000 Dito de cores, nacional 11 $000 » 14$000 Farinha de mandioca, especial 9$500 > 10$200 Idem, fina 8$600 » 9$200 Idem, peneirada 8$000 > 8$400 idem, grossa 6$200 » 6s590 Dita idem, do Norto (grossa) — — Dita idem. Laguna (grossa) C$000 » 6$200 Milho amarello do Norte 8$G00 » 8$800 Idem da terra 8$300 » 9$000 Idem idem misturado "$800 > 8$200 Cangica 15$000 > 16$0^0 Favas 8$000 > 12$000 Kilogramma Alpiste $380 a $400 Fubá de milho $140 » $200 Matte em folha $400 » $500 Tapioca $300 » $360 Polvilho $170 » $200 Carne do porco $600 » $700 Línguas do Rio Orande (uma) 1$000 » 1$200 4 7 ■ SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA I-1 n m o em rolo Os negócios foram, pouco importantes durante todo o mez. 1* quinzena Preeo3 De Minas, especial 1$200 Dito superior 1$100 Dito 2" 1$000 Dito ordinário $800 Ooyano, superior 2$200 Baixo Nom. Rio Novo superior 1$800 Dito 2» 1$030 Dito baixo $800 Pomba superior 1$200 Dito 2a 1$000 Dito baixo $900 Carangola 1$100 Picú, especial 2$200 Dito Ia 1$600 Dito 2» 1$200 Bahia 1$100 Pernambuco Não ha 2a quinzena Dito de Minas, especial 1$100 Dito superior 1$400 Dito &» 1$000 Dito ordinário $800 Goyano superior 24000 Baixo Nom. Rio Novo superior 1$600 Dito 2a 1$000 Dito baixo $800 Pomba, superior 1$200 Dito 2» l$000 Dito baixo $900 Carangola 1$100 Picú especial 2$200 Dito Ia l$r>00 Dito 2» 1$200 Bahia 1$100 Pernambuco Não ha Sal Entraram 6.820.429 kilos por cabotagem, que se cotou de 2$ a 8$200 por 40 litros. \ LAVOURA 537 Mercado monetário Existência do ouro na Caixa ilo Conversão : EM 15 DE NOVEMBRO Librab esterlinas 5 211.381 Francos 10.307.110 Marcos 2.000 Dollars 129.785 Liras 60 Pesos argentinos 2.080 Ouro nacional 166:040$ EM 30 DE NOVEMBRO Libras esterlinas 5.186.517 Francos 10.370.180 Marcos 3.840 Dollars 130.585 Liras 280 Pesos argentinos 2.270 Pesetas hespanholas 50 Ouro nacional 165:210$ A importância ile notas conversíveis em circulação ora de 90.704:850$000. Preço dos soberanos fora da Bolsa— 1P$050. CAMBIO As taxas offlciaes continuaram a manter-se inalteradas, a 15 1/8 d. sobre Lon- dres nos bancos estrangeiros e 15 3/16 d. no Banco do Brazil. As transacções b»n- carias fizeram se a esses extremos e as do outro papel de 15 13/16 a 157/32 d., não se registrando movimento digno denota. Os extremos das cotações offlciaes furam : Londes, 90 d/v 15 1/8 e 15 3/16 d. Pariz, 90d/v $629 a $632 Hamburgo, 90 d/ v $776 a $779 Portugal, 3 d/v 300 a 305 •/„ Itália, 3 d/v $537 a $638 Nova York, á vista 3s288 a 3$295 Vales, ouro 1.793 O valor offlcial de 1$ foi de $500 a $563 ouro e o da libra de 15$803 a 15$868. Ágio do ouro 77,77 a 78,51 %• -$§&3>jQt$€€3 -nniIÍDADE NACIONAL DK Af.RlCUI.TURA BIBLIOGRAPHIA PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS Recebamos mais as seguintes: Memoirs of lho Department of Agricultnre of Índia — Vol. I, n. 1, part. II. The Agricultura! Journal of In)." ' >s associados deverão declarar o seu desejo de comparticipar dos tra- balhos la soeie ia le. 1 is temais sócios deverão ser propostos por indicação de qualquer sócio e apresentação le dois membros da Directoria e ser acceitos por unanimidade. Art. io. ( is sócios, qualquer que seja a categoria, poderão assistir a todas as reuniões sociaes, discutindo e propondo o que julgarem conveniente; terão direito a publicações da sociedade e a todos os serviços que a mesma estiver habilitada a prestar, independentemente de qualquer contribuição especial. 51. Os associados, por seu caracter de coílectividade, terão preferencia para os referidos serviços e receberão das publicações da sociedade o maior numero de exem- plares de que esta puder dispor. § 2.» 1 1 direito de votar e ser votado é extensivo a tojos os sócios; é limitado, porém, para os associados e sócios correspondentes, os quaes não poderão receber votos para os cardos de administração. § 3.0 1 >s sócios perderão somente seus direitos em virtude de expontânea renuncia ou quando a assembléa geral resolver a sua exclusão por proposta da Directoria. 3=ldBC3-TTT_,JA.JVEJ31srTO dos sonos Art. 18. A sociedade prestará seus serviços de preferencia aos sócios e associa lo |n;in lo estiverem quites com ella. Art. 19. A jóia devera ser paga dentro dos primeiros três mezes após a sua accei tacão. Art. 20. As annuidades poderão ser payas por prestações semestraes. Art. 21. Os sócios e os ass, , ciados se poderão remir mediante o pagamento das quantias le 200$ e 500$, respectivamente, feito de uma só vez e independente da jóia, ■rão pairar em qualquer caso. Art. 22. Os sócios e associa los não poderão votar, nem receber o diploma, sem terem pairo a respectiva jóia. ' sócio que tiver pago a jóia e uma annuidade, poderá remir-se mediante a apresentação te :o sócios, desde que estes tenham igualmente satisfeito aquellas contribuições. § 2.0 Para esse effeito o sócio devera requerer á Directoria, provando seus direitos nos termos do paragrapho anterior. ; ;v" Serão considera los beneméritos os sócios que tízerem donativos á sociedade, a partir da quantia le um conto de réis. Art. 23. Para que os sócios atrazados de duas annuidades possam ser considerados resignatarios, nos termos los Estatutos, é preciso que suas contribuições lhes tenham sido solicitadas por escripto, até três mezes antes, cabendo-lhes ainda assim o recurso tonselho superior e para a assembléa >reral. ^a \ EXPOSIÇÃO DE FRUCTAS Secção de fructas diversas Governo da Bahia Anno XII — N. li Rio DK JaNKIRO Dezembuo dk 1908 © J yJBSBUL de Ac[pieulskupai HORTO HA PENHA Capital Federal PREPARO im SOI.O ^ VIRIBUS UNITIS €« BRAZIL SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Fundada em it> de janeiro de 1807 Caka-postal, 1245 Sede: Ruas da Alfandega n. 108 Endereço Teleçraphico, AGRICULTURA 9 General Camará n. 127 Telephone n. 1416 bio nu jjnriuo DIUBCTOKIA Presidente — Dr. Wencesláo Alves Leite de Oliveira Bello. i° Vice-presidente — Vago. 2" Vice-presidente — Dr. Sylvio Ferreira Rangel. 3° Vice-presidente — Dr. Domingos Sérgio de Carvalho. Secretario Geral — Dr. Heitor de Sá. i° Secretario — Dr. Francisco Tito de Souza Reis. 2" Secretario — Dr. Benedicto Raymundo da Silva. 3° Secretario — Dr. José Ribeiro Monteiro da Silva. 4 Secretario — Alberto de Araújo Ferreira Jacobina. i° Thesoureiro — Dr. João Pedreira do Couto Ferraz Júnior. 2o Thesoureiro — Carlos Raulino. r>l roetoi-os das Socíõe§ Horto da Penha Dr. Wencesláo Bello Fazenda de Santa .Mónica Dr. Sylvio Rangel. Secretaria, Álcool c Museu Dr. Benedicto Raymundo. Secção Technica e Bibliotheca Dr. Heitor de Sá. Plantas e sementes Dr. Monteiro da Silva. Propaganda e estatística Alberto [acobina. Tliesouraria Carlos Raulino. Oolln boração Serão considerados collaboradóres não só os sócios como todos que quizerem ser- vir-se destas columnas paia a propaganda da agricultura, o que a redacção muito agradece. A lista dos collaboradóres será publicada annualmente com o resumo dos trabalhos. A redacção não se responsabilisa pelas opiniões emittidas em artigos assignados, e que serão publicados sob a exclusiva responsabilidade dos autores. Os originaes não serão restituídos. As communicações e correspondências devem ser dirigidas á Redacção d'A LA- VOURA na sede da Socieda.le Nacional de Agricultura. A LAVOURA não acceita assignaturas. E' distribuída gratuitamente aos sócios da Sociedade Nacional de Agricultura. Condições publlcnção «los nnnuncioa vezes meia pagina uma pagina I 12$ 20$000 3 30$ooo 5o$ooo 6 5o$ooo oo$ooo 12 9 $1 OO 17' >$< » IO Os annuncios são pagos aJe mudamente. Tiragem 5.000 exemplares SU MM AR IO Criação de Carneiros 541 A defesa da Sociedade na Camará 544 Escola agrícola de Goyana 550 Fixação do azoto pelos micro-organismos 569 Extincção da Formiga Saúva 574 Expediente 579 Noticiário 582 Parte Commercial \q,, Bibliographia 599 Anno XII - N. 12 Rio de Janeiro Dezembro de 1008 EDITORIAL Criação de carneiros Ainda pouco desenvolvida entrenós, a criação de carneiros é no emlanto uma das mais remuneradoras fumas da exploração da indus- tria pastoril. Os Estados do Rio Grande do Sul, Minas e S. Paulo, começam jà a cuidar attentamente no desenvolvimento da criação de lanígeros, mormente o Rio Grande do Sul, onde são encontrados rebanhos des- destinados á producção de lã, consumida nas suas fabricas de tecidos e em algumas fabricas de chapéos no Estado de S. Paulo. A quantidade porém, ainda insuficiente, não basta nem mesmo para o consumo do próprio Estado que recorre aos mercados platinos, principalmente das fronteiras para o fornecimento da lã, necessária ás suas fabricas. Nos Estados do Norte, a criação dos ovídeos quasique se resume no gado caprino, sendo de modo quasi geral, dominante o systema extensivo, e visada commercial mente a exportação dos courinhos. Até então, a attenção dos nossos criadores está por assim dizer vol- tada somente para o gado vaccum, cujo aperfeiçoamento vae se accentuando pelo cruzamento com animaes de caracteres ethnicos bem definidos. E' já notável o desenvolvimento que vae tendo entrenós a im- portação dos bovideos puro-sangue que, ao lado da selecção no nosso pró- prio gado, levará aos nossos campos uma população bovina composta de indivíduos sadios, satisfazendo perfeitamente ás condições exigidas para a carne, leite e trabalho, uma vez que os princípios fundamentaes da re- producção, ensinados pela zootechnia moderna não sejam desprezados e que os criadores escolham de preferencia para reproductores animaes de boas raças, abandonando a tendência infelizmente notada de infestar as nossas campinas com o gado adquirido no littoral da índia. A lei de importação de animaes reproductores, facilita do mesmo modo, a entrada de indivíduos das varias espécies da industria pas- toril, devendo o nosso criador aproveitar-se das vantagens que ella lhe offerece, procurando desde já introduzir indivíduos das melhores raças LIBRAPV NEW WUK UaKUBN. SOCÍEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA ), quer lanígeros, caprinos, suínos ou equídeo, simultaneamente com o vaccum . Os ovídeos, como os bovideos, produzem a carne e o leite, sendo ainda explorados para a produção de lã, pelles e sebo, aliás mais rico em stearina que o dos bovideos, e por isso o mais procurado para a fabricação das vellas. O consumo universal da carne de carneiro é considerável, havendo mesmo paizes que a consomem mais do que a do gado vaccum. A criação dos lanígeros na Austrália tez a riqueza desta região e na Europa inteira as lãs australianas tem sempre a preferencia dos mercados. Nas Republicas do Prata, o desenvolvimento da producção la- nígera tem sido grande, representando avultada riqueza. O Brazil presta-se perfeitamente ao desenvolvimento da criação de carneiros, estando, porém, neste ponto ainda bastante atrazado, sem ter tirado o proveito das boas condições com que a natureza o doutou. Cumpre, pois, que, os nossos criadores, voltem as suas vistas para este ramo de industria pastoril, aproveitando as vantagens que o actual regulamento de importação de animaesde raça lhes proporciona, não es- morecendo no movimento que parece ter se iniciado para desenvolver entre nós a criação dos lanígeros, como julgamos, pelos pedidos de in- formações sobre as melhores raças de ovídeos, que nos tem chegado na Secretaria da Sociedade Nacional de Agricultura. Quanto aos reproductores lanígeros a introduzir, convém lembrar que não nos devemos limitar a determinadas raças, sob o falso pretexto de se prestar esta á lã, aquella á carne, provado como está pela sciencia zootechnica a inexactidão do antagonismo physiologico entre as duas producções e poder um mesmo individuo produzir simultaneamente carne e lã . Além disto, os dois productos, são igualmente apreciados podendo o mjunctamente dar lucro ao criador, uma vez queeste adopte os modernos processos hoje empregados na Europa e que consistem, em traços geraes, na manutenção de um mesmo numero de cabeças em um rebanho, sendo o commercio feito com o numero excedente, o que tem permittido aos criadores, cobrir todas as despezas com o producto da venda da carne, obtendo como lucro liquido o resultado auferido com o com- mercio da lã. Um outro ponto ainda, que deve preoccupar os nossos criadores na importação dos lanígeros de raça éa direcção da corrente económica no A LAVOURA 543 momento, á qual devem seguir estrictamente, de modo a entregar para o consumo, productos de primeira qualidade, de fácil venda e remu- neradora. O productor deve ter sempre bem presente, a lei da offerta e da pro- cura, determinante das condições económicas da produeção, orien- tando esta deaccordo com o gosto e necessidade de momento, de modo a satisfazer ao mercado consumidor. Orientar a produeção de carneiros no sentido do commercio ae lã, não deve ser exclusivamente a doutrina adoptada tendo em vista o baixo preço desse produeto em virtude da sua affluencia nos mercados, de- vida ás producções da Austrália e da Republica Argentina. Desde cerca 30 annos passados, manifesta-se a crise na Europa pela concurrencia das lãs cólon iaese platinas, que chegaram mesmo a dominar os mercados. Xo em tanto, na Republica Argentina o commercio das lãs tem di- minuído, baixando aexportação de 237.110 toneladas em 1900 a 168.599 em 1904, sem que nenhuma epizootia tivesse grassado nesta época, sendo a baixa tão somente explicada pela depreciação dos preços nos últimos annos. As condições económicas da produeção da lã e da carne, aconselham no momento actual aos criadores, seguir uma orientação tal de modo a preparar-se para o commercio de ambas não esquecendo que os mercados para carne tendem a desenvolver-se pelo augmento de consumo sempre continuo, que se observa actualmente. Os criadores argentinos, a medida que sentem a diminuição no commercio das lãs, vão sendo remunerados com o augmemto que lhes prop u-ciona a exportação de carneiros, quer em pé, quer congelados e que elevou-se de 2.485.949 cabeças em 1889 á perto de 5.000.000 em 1904. Mas, se augmenta o consumo de carne, o de lã tende também a au- gmentar, diante da necessidade que naturalmente se impõe no uso de roupas de lã, não havendo, portanto, nenhuma justificação para o aban- dono de uma das producçõas. O productor, porém, sujeitando-se ás leis económicas, deve obe- decer a corrente que se manifesta no momento, satisfazendo ás exigên- cias dos mercados consumidores. No momento actual, o productor deve ter em vista que a lã deve ser considerada como um produeto accessorio ecujo valore proporcional ao do produeto essenck-1 que é a carne, salvo casos excepcionaes, da falta de mercado ou de outra em que possa haver interesse relativo na produeção da lã. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Na França, a criação de carneiros tem tido a orientação que dizemos acima e nas fazendas mais próximas aos grandes mercados onde a toa qualidade da carne é a principal exigência do consumidor, os criadores têmquasi queexclusivamen te se dedicado aos carneiros de peso médio de 45 kilogrammasou um peso liquido de 20 kilogrammas de carne. A maior despeza que esta criação possa acarretar, pelo facto de ser mais despendiosa a criação dos pequenos animaes, em proporção ao seu peso, será compensada pela facilidade da venda do producto e maior preço que attingir a sua carne. A raça Charmoise proveniente de Loir et Gliair-França, na fazenda de Charmoise foi obtida pela mestiçagem com as raças kent, berrichone, tourangelle e merino, e depois pela selecção e consanguineidade foram, por Malingiéem 1843, firmados os caracteres da variedade. (*) Os caracteres desta raça, são: ta lhe e peso médios, cabeça curta e larga na fronte, perfil rectilinio, peito largo, lã branca, sem manchas, grossura média, e comprimento de 0,m15. E' rústico ede fácil engorda, sendo na França considerado o carneiro tanto das regiões ricas como das regiões pobres. Rio, 1908 setembro. Sousa Reis, Engenheiro Civil A defesa da Sociedade na Camará Trasladando para as columnas do nosso boletim o discurso pro- ferido pelo Dr. Henrique Borges Monteiro em sessão da Gamara dos Srs. Deputados, de 2 de dezembro actual, não nos move a vaidade de pôr em relevo quanto de honroso e elevado para a Sociedade N. de Agricultura se encontra no alludido discurso, mas tão somente o dever de, ainda uma vez, pôr os nossos consócios e todos os quecojitam da agricultura do paiz ao corrente dos esforços despendidos por esta sociedade em prol da santa causada lavoura, tão esquecida de uns, tão malsinada por outros. Accresce ainda que á Sociedade não ficava bem calar o longo e substancioso discurso do illustre deputado Dr. Henrique Borges, em (") La race da la Charmoise— P. 'le la Chamberlière. A LAVOURA defesa ás accusações levantadas na mesma casa do parlamento bra- zileiropor um dos seus mais dignos membros, accusações essaá de todo infundadas e injustas, como soem ser as que não têm por base a evidencia de factos eloquentes e incontestáveis. Agradecendo de publico ao distincto deputado Dr. Henrique Borges a espontaneidade e sinceridade da brilhante defesa com que nos hon- rou, passamos a transcrever o discurso em questão: O Sr. Henrique Borges - Sr. Presidente, a hora adiantada em que hontera foi iniciada a discussão do parecer sobre as omendas ao orçamento da Viação, lè/.-me suppor que ella continuaria hoje e assim proporcionar-niu-hia ensejo do adduzir algumas considerações om defesa da Sociedade Nacional de Agricultura contra as accusações formuladas pelo illustre deputado Sr. Calogeras, cujo nome peço permissão para declinar, como também das emendas que formulei com outros collegas de bancada. Tendo sido, porôin, hontem mesmo, encerrada a discussão, prevaleço-mc desta hora, para supprir a omissão afim de que, a par das necusações, figure nos annaes desta casa a defosa da benemérita sociedade com os dados estatísticos que farei publicar em seguida ás minhas palavras. Para que a defesa pudesse ser completa, em face da grande autoridade moral do que merecidamente gosa o honrado deputado polo Kstado de Minas, pelo seu talento, pela sua vasta illustracão, extraordinária capacidade de trabalho e pela elevação com que encara os assumptos sujeitos ao seu estudo, entendi preferível trazer escriptas as minhas observações. As accusações feitas á Sociedade Nacional de Agricultura são tanto mais injustas quanto mais visam apoucar os serviços de uma corporação já reconhecida benemérita pelos órgãos autorizados da lavoura, da administração publica e do próprio Congresso, onde não são poucos os membros que conhecem e têm, com justiça, apreciado a sua decisiva influencia na evolução agrícola que se vae ope- rando no paiz. Disse o illustre deputado em seu discurso proferido na sessão de 30 de outubro : As incumbências commetlidas d Sociedade Nacional de Agricultura mais pare- cem de ordem litteraria do que pratica, si a julgarmos pelo boletim, incomprehensivel para a maioria dos nossos lavradores, e pelos discursos que se celebram nas sessões periódicas daquella associação . A Sociedade Nacional de Agricultura é, como todos sabem, uma associação de propaganda ; e esta, como é natural, se exerce pela palavra oral e escripta. A contrariar, sem duvida, o modo de ver, a respeito, polo honrado deputado, estão as estatísticas que constam de quadros publicados pela operosa associação, e pelos quaes se verifica o desenvolvimento crescente de sua correspondência para toda parte do paiz e do estrangeiro, onde a sua influencia chega por meio desses discursos, desses boletins e de grande numero de monographias distribuídas annualmente sobre varias culturas e outros assumptos práticos, além de publica- çõos interessantes e opportunas pelos jornaes desta capital. Das referidas estatísticas so verifica que, somente nos nove primeiros mezes SOCIEDADIO NACIONAL DE AQUICULTURA deste anno, recebeu a sociedade 2 935 cartas, 274 officios diversos e mais 138 do Governo da UDião e dos Estados, 8.000 circulares e 582 tolegrammas. Que a sua acção não é simplesmente theorica e litteraria estão ahi a provar os factos que se reproduzem todos os dias e que não escapara, por certo, aos que se interessam sinceramente pela lavoura nacional. Já em 1899, quando foi denunciada a introducção da philoxera em Minas, por videiras importadas, coube á Sociedade Nacional de Agricultura dar o alarme, verilicar o facto e providenciar para a destruição das plantas portadoras do peri- goso inimigo, conseguindo com esta providencia o mais completo êxito. Quando a pneumo-enterite se manifestou, em Minas e no Rio de Janeiro, cau- sando grandes devastações nos suinos, foi ainda ella que tomou a iniciativa de mandar um profissional estudar a moléstia e que vulgarisou instrucções sobre a sua prophilaxia. Em 1906 teve ainda a sociedade opportunidade de prestar reaes serviços de caracter inteiramente pratico, como se verifica pela leitura do seguinte trecho da mensagem de 1907, do eminente Sr. Presidente da Republica: « Os gafanhotos causaram lambem sorios daranos em al_runs Estados e, com especialidade, no Rio de Janeiro, S. Paulo e Districto Federal. Como (experiência e no propósito de attender á solicitação dos pequenos lavra- dores na visinhança desta capital, incumbi a Sociedade Nacional de Agricultura de emprehender, segundo instrucções approvadas pelo Governo, a extincção desta praga na areado Districto Federal. As providencias adoptadas não podiam provar melhor, pois em pouco mais de três mezes se concluíam os trabalhos com o mais brilhante êxito.» Ainda no anno passado, ao annnnciar-se o apparecimento da febre aphtosa, quando os poderes públicos, desarmados, nenhuma providencia tomaram, ella fez publicar pela imprensa da Capital instrucções interessantes e utilíssimas, que reproduzidas pela imprensa do interior e distribuídas em circulares, foram as únicas providencias levadas em auxilio da nossa industria pastoril. Recentemente conhecida a invasão de nuvens de gafanhotos nos Estados pró- ximos, praga que por falta de providencias adequadas por parte dos poderes públicos ameaça tornar-se endémica nesta região, a única providencia que se sabe ter sido contra ella tomada, consta de publicações da Sociedade pela imprensa da Capital e larga distribuição de avulsos com minuciosas instrucções para combater o temeroso mal. Por sua exclusiva iniciativa e a expensas suas, tem ella feito estudar no estrangeiro diversos productos nacionaes, entre os quaes lembrarei algumas varie- dades das nossas painas que estudadas na Hollanda foram reconhecidas, algumas iguaes o outras superiores ao Kapoh, producto similar procedente da índia e das Antilhas e que tem franco consumo na Europa. O seu boletim dá conta de todos estes trabalhos, como de muiios outros ainda não menos importantes, taes como o commercio de fructas para o estrangeiro, os precessosde acondicionamento experimentados em varias remessas, etc. O grande numero de associações agrícolas, já superior a 150, existentes no puze que vão invadindo as paragens longínquas do Amazonas, Matto Grosso e Goyaz, em sua quasi totalidade filhas da propaganda da Sociedade, a ella ligadas e acceitando as suas inspirações, é a melhor prova dos reaes serviços desta associa- A LAVOURA 547 ção em uru paiz cuja riqueza e prosperidade estão precisamente no desenvolvimento da agricultura e onde o único órgão conhecido, que solicitamente pugna sem deseanço por estes interesses ô a benemérita Sociedade. Si em seu começo, a sua propaganda tinha um caracter theorico, com o fim de preparar os espíritos e, portanto, o terreno em que tinha de operar, ninguém ignora que logo que ella reconhecou o meio propicio, enveredou resoluta pelo caminho da pratica. Nesta ordem de idéas cumpre destacar em primeiro logar os dois notáveis congressos r acionaes de agricultura, projectados e realizados por exclusiva inicia- tiva da Sociedade, sob os auspícios do Governo da União e nos quaes se fizeram representar officialmente osgovernos do todos os Estados, assim como agricultores de todo o paiz, entre os quaes muitos membros do Congresso Nacional. i)o primeiro destes congressos, não ha negal-o, parte a benéfica transformação que se vae operando na lavoura nacional, quer no tocante á sua união e congra- çamento para a defesa de seus legítimos interesses, que» relativa ás modifica- ções dos velhos processos agrícolas e adopção gradual dos consagrados pela sciencia moderna. Ainda nesse memorável congresso tiveram seu berço todas as reformas e providencias legislativas tendentes a auxiliarem o desenvolvimento da agricultura» entre os quaes convém notar o Ministério da Agricultura, as leis dos syndicatos e das cooperativas, a distribuição gratuita de plantas e sementes, o auxilio para a introducção de naproductores e muitas outras. Além destes dois congressos organizou ainda a sociedade o Congreso das Applicações Industriaes do Álcool, em que tomou brilhante parte o illustre depu- tado Sr. Calogeras, a primeira Conferencia Assucareira da Bahia, de que resulta- ram a 2a e 3a e resultará em breve a 4a, a reunir-se em S. Paulo. Destes certamens, é preciso ser-se cego para se não ver os benefícios colhidos pela lavoura da canna, que nelles estudou e preparou a sua actual organização. Ainda do ponto de vista da propaganda pela demonstração pratica, é preciso citar a bella exposição de uvas por ella realizada no edifício da Prefeitura desta capital e que auxiliada pelos ensinamentos proficientes do Dr. Pereira Barreto, deu verdadeiro impulso á viticultura entre nós, podendo hoje considerar-se viti- cultores os Estados de Minas, S. Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Pouco antes havia ella feito uma exposição agrícola em um dos prados desta capital, e deve estar ainda na memoria de todos a bellissima exposição de appa- relhos destinados ás applicações industriaes do álcool, também aqui realizada, eas que se seguiram as de Porto Alegre, Pelotas, Formiga, Florianópolis e ouiras, cuja utilidade pratica ninguém poderá contestar. Uma visita ao pavilhão da sociedade, na Kxposição Nacional, bastaria para mostrar a orientação e o espirito pratico que preside á sua propaganda. Deixando de parte as collecçSes propriamente agrícolas, as bellas collecções de fibras tcxtis, di madeiras, a secção de zoologia agrícola e outras, os catálogos explicativos e instructivos, ctc, basta entrar-se na sua secção de informações para admirar-se, ã par da vasta collecção de trabalhos de propaganda, quer refe- rentes á agricultura propriamente, quer á questões económicas de real interesse para o paiz, os mappas agrícolas organizados em conjuncto e em detalhes, por Estado;, mostrando sua composição geoologica, a natureza de seus terrenos, seu 54S S0CIEDADI5 NACIONAL DH AGRICULTURA clima, a distribuição de suas diversas cultura;, suas vias de communicacão, seu commercio do importação e exportação, etc. Alóm destes ainda alli se encontram outros, assim como diagrammas, mos trandoa superfície e a população dos Estados, as zonas occupadas no paiz por cada umadas nossas principaes culturas e industrias extractivas do origem vegetal eo movimento económico de nossa producção agrícola. Estes trabalhos, que ropresentara adrniravol osforç >, mereceram unanimes applausos dos competentes que o examinaram o, si, como ó natural, não repre- sentam uma obra perfeita, são certamente um inicio bera orientado para ser com- pletado, com inestimáveis vantagens para o estudo do paiz e de sua propaganda do ponto de vista agrícola. Em relação ao serviço de distribuição do plantas e sementes, que a sociedade tem feito por conta do governo, e cujas contas são prestadas perante o Thesouro, de quem tem sempre recebido as quitações, si ha queixas contra esto serviço, n5o faltara, mesmo aqui na Camará, quem dè testemunho da solicitude cora que a sociedade procura desempenhar-se delle. A distribuição de plantas e sementes é feita naturalmente de accordo eom as verbas decretadas para o serviço. A sociedade convida no principio do anno os interessados a fazerem seus pedidos e desde que reconhece que estes tem attingido ao numero que as respecti- vas verbas podem comportar, declara pela imprensa estar encerrada a inscripçâo dos pedidos, que, entretanto, não se suspendem. Este anno, por exemplo, dada a redueção considerável da verba, desde maio a sociedade declarou não poder mais attender a pedido de plantas vivas para o corrente anno, entretanto, até agora estáarecebel-os. Naturalmente, taos pedidos não poderão ser attendidos e dahi não raras as queixas. A sociedade tem tido reclamações, poucas é certo, referentes a plantas chega- das a seu destino em máo estado. Faz o que lho cumpre, levando a reclamação ao conhecimento de quem fez o transporte. O que pôde mais fazer? Que responsa- bilidade lhe pôde caber no transporte de plantas vivas, com demoras o baldoações, sem terem cuidados culturaes por muitos dias ? O quadro da distribuição de plantas e sementes pela sociedade até setembro ultimo demonstra a necessidade de ser augmentada a verba para este serviço, que, sem duvida, tem concorrido efflcazmente para o desenvolvimento da fructicultura e da polycultura, em geral, entre nós. Pelo referido quadro se vê quede 18.083 pedidos feitos á sociedade, somente 15.798 puderam ser attendidos, resultando uma difforença de 2.285, no numero dos quaes se acharão provavelmente muitos daquelles a que se referiu o honrado Sr. Calogeras. S. Ex. responsabiliza, cora grande injustiça, a Sociedade Nacional de Agricul- tura pela carestia do álcool, que certamente impede o desejável desenvolviraent > da propaganda industrial deste producto. Mas o que pôde fazer a Sociedade Nacio nal, para diminuir o preço do álcool, anão ser pela propaganda oral e escripta, pelos constantes appellos que faz aos poderes públicos no sentido de serem postos â disposição da lavoura as estações agronómicas, os campos do demonstração e experiências para o flm do se habilitarem os lavrador.s a produzirem bastante, bom o barato? A LAVOURA ai'1 Não seria mais justo responsabilizarmo-nosa nós mesmos, que em vez de alo- ptarmos esta simples politica, nos temos deixado arrastar por preconceitos de um exaggerado proteccionismo, querendo ver nos altos preços e na carestia vantagens reaes para a industria, sem prestarmos attoacão aos int Tessos da massa geral dos consumidores, como se fez ainda ha pouco com relação aoassucar ? A sociedade, como todos sabemos, recebe unicamente dos cofres públicos, a titulo de subvenção, a exigua quantia de 20:000$, que, reunida á renda pro- veniente das annuidades dos soeios, constitue os recursos de que ella dispõe para attonder aos trabalhos de propaganda e do informações, de que se pôde fazer idéa pela estatística de sua correspondência, a que acima rr.o referi e, ainda mais, ao desenvolvimento de seus importantes museu e bibliotheca. Sua direotoria é composta do prestimosos cidadãos que, com admirável de- dicação e louvável patriotismo, lho dedicam todo o tempo que lhes deixam livres as profissões do que vivem. Em consecutivos rei itorios, que circulam impressos, a directoria tem afflr- mado a impossibilidade em que está a sociedade de manter, sem os recursos necessários, a fazenda de Santa Mónica em condições de poder prestar á sua propaganda pratica os serviços que julga necessários. Seus directores, todos oceupados com os trabalhos de que tiram a subsistência, não podem se entregar ;i administração regular de um serviço que exige, além de competência technica, cuidados permanentes o ininterruptos. Por isto, a directoria tem empenhado esforços, já com as administrações passadas, já com a actual, no sentido de ser aproveitada aquella fazenda para a installação de uma estação agronómica e posto zootechnico. obtendo finalmonto, do actual Sr. Ministro da Industria a promessa de que isso se fará. Como se vè, a sociedade nenhum recurso recebo para custear a fazenda ; entretanto, ainda que com grandes sacrifícios, alli mantém um aprendizado agrí- cola, onde muitos proprietários rui'aes foram pessoalmente aprendor o manejo e applicação das machinas agrícolas o flzeram-se experiências, entre outras, do applicações de adubos chimicos cujos resultados se acham descriptos em seu boletim e expostos na Exposição Nacional. Mas, si não é possível á sociedade sub-dividir os seus esforços com os min- guados recursos de que dispõe nem por isto tem deixado do oceupar-se com a propagando pratica. Concentrando neste particular, todas as suas attenções pira o Horto da Penha, mantém alli um aprendizado, tem iniciado serviços para transformar esto estabelecimento em uma Kstação Agronómica, tendo já no cor- rente anno, distribuído mais do 12.000 plantas vivas. O fornecimento de aramo, formicidas, iustrumentos agrários etc, a seus sócios, é ainda a demonstração cabal do espirito pratico que domina a So- ciedade Nacional de Agricultura. Querendo demonstrar a seus sócios as vantagens dos syndicatos e coopera- tivas no tocante á acquisição de produetos necessários ao custeio das lavouras, resolveu fazer a applicação em relação áquelles produetos. Ella somente os fornece aos seus sócios, quando quites de suas contribuições annuaes e que remettam-lhe a respectiva importância ou autorizem o pagamento no Rio, á vista do respectivo conhecimento. 1410 2 SOCIEDADE NACIONAL DR AGRICULTURA Como se trata do propaganda ella não retira commissão alguma, como fazem os syndicatos e cooperativas para o custeio do serviço. Em publicação recente pela imprensa. mos'.rou a sociedade que uào dis- pondo de capital para importar directamente e ter o necessário deposito para attender aos pedido-; de arame, é obrigada a contractar annualmente, mediante concurrencia, com casas commerciaes que se incumbem de mandar vir o artigo, armazenal-o e fazer as remessas, á medida que chegam os pedidos. E natural que o contractante tenha lucros compensadores para o empate de seu capital, despezas de armazenagem o serviço de expedição da mercadoria e si o honrado Sr. Deputado Calogeras quizesse ser justj para com a sociedade teria um bom ensejo em tace da explicação clara e cabal ora fornecida sobre o assumpto. Certamente a cifra do arame farpado fornecido pela sociedade a seus sócios é bem insignificante em relação ao total do arame de todas as qualidade-; importado no paiz, mas nem por isto é menos instruetiva. para o lavrador, a demonstra- ção que se lhe pretendeu lazer. Com effeito, pelas estatísticas publicadas pela benemérita sociedade se vo- ritica que ella tem já attendido a 62-i pedidos no total de 4.720.205 metros de arame, importado para os seus sócios em 173:078$300. A mesma porção de arame comprado no mercado custaria 208:360$. Resulta dahi que os sócios da socie- dade fizeram uma economia de 7ó:281$400, pequena, é certo, em relação a todo o arame importado no paiz, mas bastante para demonstrar aos lavradores que, unidos em syndicatos ou cooperativas, elles conseguirão realizar economia na acquisição de artigos para o custeio de suas propriedades e que, em relação ao arame farpado, taes economias se elevarão a 30, 31 %. Do exposto resalta a injustiça com que o honrado Sr. Calogeras julgou a Sociedade Nacional de Agricultura que, pelas suas tradicções, pelos inestimáveis serviços que vem prestando á lavoura nacional, se torna ca la dia mais merece- dora da estima e consideração publica e inc.~nte-tavelmente credora da pro- tecção ilos poderes públicos de quem tem sido um auxiliar efflcaz. Passarei agora, Sr. Presidente, a uma ligeira analyso do parecer da honrada Commissão de Finanças sobre algumas das emendas que tive a honra de for- mular. Direi desde logo que não comprehondo, nem me parece justificável, o superior desdém, permif ta-me a expressão, com que ella fulmina grande parte das emendas como de interesse puramente local. O que é o interesse nacional senão o eonjuncto dos interesses locaes? 0 quo somos aqui senão representantes de interesses regionaes? A emenda n. 212, referente á desobstrucção dos rios que desaguam na bahia do Rio de Janeiro, não attende a uma conveniência puramente estadual, pois que esse serviço, cuja despeza annual é limitada a 100:000$ pela sub-emenda do Sr. Deputado Balthazar Bernardino, interessa ao saneamento desta cidado. ás obras do seu porto: são o seu complemento. A emenda n. 170, consignando a verba a verba de 200:000$ para a limpeza e rectificação dos rios SantAnna, Guandu, s. Po .Iro e Cara mijo, interessa imme- diatamente, directamente, á conservação do leito das Estradas Central e Auxiliar, que são próprios federaes . \ LAVOURA 0 orçamento deste serviço, foi por ordem do ex-ministro da viação Dr. Lauro Miiller, feito por intermédio da Estrada Contrai, que já tem feito trabalhos parciaos no interesse da conservação do leito de suas linhas. Quanto á limpeza do canal de Mossoró, na lagoa Araruama e ao seu prolonga- mento, despeza quo não excederá de trinta contos e de que trata a emenda n. 244, também interessa a união. Da limpeza e prolongara 'nto desse canal depende a continuação da producção dosai em salinas que rendem annualrmnte pira a União cerca de noventa contos de réis, como se vê no quadro que publicará em seguida a este. Exactamente quando sopra o nordeste, que tanto favorece, na região, a pro- ducção do sal, as aguas fogem do canal, impeliu 'o a prolucção, o que não se dará uma vez prolongado este até o outro extremo, pois as aguas, desobstruído o canal, circularão desembaraçadamente. A despeza está orçada em menos de trinta contos de réi- o feita a objca, a renda da União duplicará de modo que em um exercício ella resarcirã com va 1- tagem a importância despendida. A despeza 6, pois, de natureza rcproductiva. A nudaque a União aufere actualmente e de quasi !X)U00$ annuaes o com a obra, orçada em menos de 30:000$, crescerá, na misroa proporção, ao augmento da producção do sal. Estou corto do que, ao votar as emendas, a ("amara tomará em consideração o que venho de expor [Muito bem ; muito bem.) quadros estatísticos demonstrativos a que se referiu o sr. deputado Henrique Borges Sociedade Nacional de Agricultura — Movimento da secretaria: Correspoi denciu recebida — Ofjícios AN NOS CARTAS DIVERSOS COVE' Kfi| [RCULARES TKI.K- CRAMM»! 1900 (do 1 de outubro) 93 355 451 1.553 1 370 1.579 1.855 3d 2S'.l 238 1S2 30 42 83 97 12! 114 4! 3S 301 3 140 167 1903 190: 1906 1907 171 136 1908 (até 30 de setembro) . . . 2.035 257 li. 175 2.228 673 1.10S MiCIKDADK \\i:l.).\L D1C \OniCHr,TIJH A Correspondência expedida — Officios ANNOS CARTAS DIVERSOS — CIRCULARES TELE- GRAMMAS 1898 (de 26 do janeiro) 1899. ... 229 491 360 210 33? 413 462 478 1.796 62 136 44 164 223 237 36 3!) 13(5 79 33 »1 132 io: 1.044 2.50S 4.407 8.006 4 3!) 1DS 119 204 227 339 473 1908 (até 30 de setemb ■o). . . . 2.723 . 5S2 9.372 1.354 806 16.565 2 095 DISTRIBUIÇÃO DE PLANTAS E SEMENTES DE SETEMBRO DE 1902 A SETEMBRO DE 1908 Plantas vivas : frucliferas do pai; Especificado Espécies: Abacateiro, abieiro, anona, ameixa amarella, ameixa de Madagáscar, abricó comraura, amoreiras, araçá de coroa, bacupary do norte, boribá, butiá, cabel- luda, cacaueiro, cajazeiro, manga, ca- jueiro, canelleira, chrysophilum kainy- tum, carambola, cookia anizata, eugenia cidreira, craveiro da índia, cambucá, speciosa, fructa pão, fructa do conde, fructa da condessa, guabiroba de S.Paulo, genipapo, jambo branco, jambo rosa, jaboticaba, jaqueira, laranjeiras diversas, lixia da Inlia, limoeiro azedo, limoeiro doce, limoeiro gallego, loureiro, mangueira do Uamaracá, mangueiras diversas, oitiseiro, pimenta do reino, A LAVOURA ò:3 Pes» gspcelloicSo Unidade cm kllosrannius Mama pimenta da Jamaica, sapota preta, sapo- tyseiro, sapucaia, tâmara e tamarin- deiro 123.342 Arvores fruetiferas da clima frio, plantas florestaes e de ornamentação Espécie: Ameodoeiras, ameixeiras, da Eu- ropa, ameixeiras do Japão, azaroloiras. azufaifeiros, avolaneiras, castanheiras, cerejeiras, damasqueiros, figueiras, gro- selheiras, kakyseiros do Japão, maciei- ras, marmelleiros, morangueiros, no- gueiras, nespereiras, oliveiras, peceguei- ros, pereiras, acácias, aylaotus, fraxinus ulmus, mimosa julibrisin, paraíso gi- gante, quercus, amoreiras varias, ca- talpas, platanus, buxus, fraxini, tilia, acer carapestris, ligustri, robina . . . 49.039 — 2.896 Mudas de agave rígida 480 — 7 Sementes germinadas Espécies: Garcinea mangustana, kola, musa ensete, mu*a fetiche, erythroxilon coca, sterculea acuminata, pistache, musa arnoldiana, musa textilis, lansium domes- ticura, (stratific), castilhôa elástica, my- ristica fragans (noz-moscada), lodoicea snchellarum, stricknos (oux-vomica), toluifera balsamum, tijolos de cham- pignon e landolpha Kirku 3.825 — 103 Mu las do Agave Sisalana aceliraada . . . 2.400 — 12 Mudas de figueiras nacionaes 15.255 385 Mudas de abacaxi 277.083 — 679 Raizes de consolida do Cáucaso (simpbytum asperrimum) 10.130 — 169 Mudas de canoa da ilha de Barbados, va- riedades: B208 e B 147, 1.566, 1.753 e 3.412 5.656 — 225 Mudas do canoas nacionaes, variedades: sem pello, roxa, Ubá e outras 7.885 — 138 Bacellos de videira, variedades de uvas de mesa, vinho e porta garfo .... 418.890 — 5.790 Enraizados de videiras, variedades porta garfo 5.098 — 90 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Cereaes e leguminosas Arroz, variedades: nacionaes: douradinho, cattete; pacholinho, de casca preta. . — — Estrangeiros : Matuyaski, Birmânia, Ca- rolina e Piemonte 14.540.330 3.738 rrigo, variedades: grego de folha larga, da Itilin, Vietoria branco, Luziania, Duro, Polónia, Argentino, do Japão, molle, Bar- bado de Rivet, Dourado, Grécia, Escócia de inverno, Noé, Richelle Blanche de Nápoles, do Cabo, Touzelle Rouge de Pro- vence, Hyliride de Tresor, Richelle Blan- che hative, Square Head, Tliuringer Di- videndura, Majorica, Riet, Redondo, Largo, Maqui, Wollmans Life, Rupp;rt, D. Shriffá épi carré, North Allerton, d'Algeria, Grece d'Antros, Schlan ted, Xerez, da Zelândia 4.765.350 1.859 Milho, variedades: 90 dias. Condado deClies» ter. de 40 dias, Ferro, assucarado. Cat- tete, nacional miúdo, Golden Beauty, Country, Gentleman, Adams, Goldel. Cosmopolitan, Minnesotta, White, Cury, Black Mexican, Suow Flack. White, Prize, White Ever^reen.Non Pias Ultra, Mimmouth, Dacota, Vnwa Mine Gold, Leming, Champignon 8.970.500 2.373 Feijão, varie lades: da China, branco, Bravo do Piauhy, Amendoim do Paraná, de trepar. AmaMio. Mulatinho, Chumbo, Chocolate. Americanos: Everbearing, Red Valou ti ue, Best of ali; Uwi' pea cLy, Whippermiil, Boston, Sraall Beans 4.43Í.00O 770 Centeio, varie lades: Saint Jean. Geaut de Montagne, Tuffu, Margroves, Nasa de Sued, Bleu Alpes, Pethkuser, S. Diniz. Schlanstedt, Geant d'hiver 3.319.500 1.075 Soja, variedades: do lapão, amarella, preta .... 105.300 183 Lentilha 0.200 1 Tremocos, variedades: azues, amarellos e brancos 1.065.600 735 37.198.780 10.374 EspociHc»ç5o UnHul cu kilognnmas Volumes Forragens Capim .Taraguá 35.148.000 4.470 Capim gordura roxo 10. 91b. 000 1.330 Grarama de pernambuco 807. 800 209 Capim Guinéa AS. 250 53 Alfaia, variedades: Sativa de Provence, Me- dicago, Media, Carré d'hiver, de Poitou, Precoce 11.600.600 3.177 Aveia, variedades: Prolífica da Califórnia, Melhorada. Tart ria, Grande amarella. Polonesa branca, Columbia, Suécia branca, Milton, Welcame, Sibéria, Tri- umpho, Branca de Canadá, de Aeines, Si- ciliuna, de Ligorno, Columbus, Strubes e Dollar 3.284.250 i.047 Cevada, variedades: Petit Odorbruck, da da Grécia, Petit Bleu la Escócia, da Mm- dchuria. Imperial, Americana, de in- verno, Chevalier noir hative, Gotta de ouro da Itália, Branca da Grécia, Carrier dhiver, Gjlden Thorpe, Golde raelone. Ma ramo utti.de verão, Hofbrau. llinnah, Bavaria, Land 4.453.300 1.749 Sulla de ilespanha C33.700 160 Betirriba firrageira: seis variedades. 1.482.300 1.171 Cenoura forrageira: quatro variedales 8)0.030 738 Nabo forrageiro: cinco variedales l.ã')8.820 939 Teosiutho 436.400 151 Sorgho, variedades: Halepeusis, de assucar ou Saccharatum 436.600 310 Trevo, variedades: Violeta, encarnado do Japão, Pratonse e do Egyptn 390.140 317 71.726.190 15.K81 Ervilhaça de Aveia — — Viscia Sativa — 48.5)0 .32 Couve Rutahaga, variedades: amarella e branca — 119.800 78 Ray (írass lolium italicum e lolium pe- rene — 127.350 63 Dactylis: Glomerata e P.dotense .... — 79.460 26 Acelga forrageira — 31.560 23 Lathyrus Sylvestris — 30.2 10 43 Aufhoxantum Odoratum — 15.920 27 556 SOCIEDADE NACIONAL Utà AGRICULTURA KspociGcação 1'niil.iJcs Pcsi cm kiltgranimas folumj Esppucelta — 40.000 2 Avena Elnlioi- — ZOA 0 8 SO.OjO IO. 500 . Beta vulgaris Festuca amudiaacea e Hoteropliilla . . — IO. Í40 2 13 10 Pôa trivialis _ 9:150 5.000 0.700 Checharo — Sementes diversas Batatas, variedades: MangnumBoDum, Mar- jolin, Victor Royale, Belle, de Fontenay, Early rose, Excelcior, Longue rouge, Quarantaine, Schal Princesse, Suttons, Flouball, Violette, Vitellote, Prince de Galles, Gigante, Richters Imperator, La Bretonne, Athenes, BleueRiesen, Simson, Canadá, Perle von Erfurt, Klau Buther, Halle, Pouse de bout, Grand Chancelier, Chave, Reine des Poulders, The Dootor, Phoenix, Omega, Nieren, May Queen Early, Neworn. 2, Remarkable, Gold- ball, Idaho, Puritan-Early, Gloire, La Cza.rine, De six semaines, Imperator, De- licatescs Alpha, Erfurt Gold Florke, Prof. Dr. Maiker, Finde Siècle . . . Algodão, variedades: Sea Island, Uplaud Alien Improved, Big Bali, Turkestan, Gordon Pachá, Mit-aflfe, Peterkin, Iwa- noviteli, Peruviano, Caravonico da Aus- trália, Sea Island aclimado, de Pernam- buco e do Maranhão Maniçobas, variedades: Ceará. Jequié, (Ba- hia) e Piauhy. . , Linhaça, variedades: Alba de Nápoles, Cana- paina, Rigver, Commuru e de Erfurt. . Cânhamo, variedades: Grandj de Nápoles, Commum, Thuringer, Goant Piemont . Sarraceno Serradella Gvra-sol, variedades: Branco da Rússia e da Rússia aclimado 21.271,500 3.477 2.965,650 1.362 805.800 1.198 367.250 342 223.250 163 90.550 83 53,250 2.668 19,000 16 18.500 — A LAVOURA i: citado UiUtadí Cebolla, variedades: Magiola, Mamraouth, Bassano, Merveille, Rainha, Pariz, Delia Roca Vermelha, Delia Roca Branca, Ma- dère di Maio — Café' variedades: Maragogipe, Bourbon da Arábia, Botucatú — Fumos, variedades: Florida, Couecticut, Amerisfort, Virgínia, Maryland, Havana, Sumatra, Kentncky, General Grant, Bo- nanza, Lancaster, Ohio, Salon^hi, Ster- Iing, Granville, Country Yellow, Gold loaf, Hyce Yellon Prior, Conqueror, White Stem, Landreth, Porto Rico, Turk Sansum, Bafra Spanish, Cuba, Oro- noko Bahia e aclimados — Mamona de Zanzibar — Castanha do Pará — Abóbora, variedades: Monstruosa, Verde, Amarella, Vermelha e Branca, Nápoles, Boston Marroco, Madére Plate d'Italia, Branca, di Maio, Vermelha da China. . — 25,800" 88 Quiabo, variedades: Chifre de voado. . . — 19,300 182 Linho Perini — 36,700 54 Tomate, variedades: Perfection, grande ver- melho, Ficarrazi, Rei Humberto, Pon- deross, Cereja, Garfield, Ruby e Mi- kado — 27,250 1.039 Melancia, variedades: Favorita da Florida, Kelbs Gem, Monstruosa Branca, Ho- mero — 9,455 152 Molão, variedades Nettei de Gem, Proliflo, Klecley, Sweet, da Florida abundantia, assucar de Tours, Red di Xapoles, Branco . , ■ . di Nápoles, Portugal, Monstruoso, Tur- quia da Hespanha, Cantaloupe Ale- gria — 20,010 678 Eucaliptus, variedades: Glóbulos, Gigantoa Piperita, Resinifera, Amygdalina, Ro- busta, Obliqua, R os trata, Viminalis, Collosea, Marginata, Gumu .... — Amoreira, variedades: Branca e Preta. . — Juta — Lúpulo — Salt Bush — Cannas (em tuletes) variedades: sem pello, Cayena, porto Macáo, Ubá o outras. . — U10 25,175 2,272 7,390 44 18,000 12 6,456 183 3,850 6 1.124,000- 150 SOCIEDADE NACIONAL DE AORICULTURA 194,750 6,000 especificação Ramas de mandioca, varie iade3: artpim de Bangú Rosa, Casca de Carvalho e Sutin- ga roxa Somentes, de fructas, nacionaea arvorss de sombra, madeiras de lei e plantas me- dicinaes Holcus Lunatus Outras sementes, vai-iolvdcs: desm)Jiura Tortuosum, Eriodendron Anfractuosum, Stitingia Sebifera, Chirimoy a, Erithrina Umbrosa, Santalum Álbum, Quassia amara e chá da China Gengibre (Tubérculos) Totaes geraes .... Numero de pedidos na secção de distribuição de plantas e sementes, durante o mesmo período. Recebidos — 18.083. Satisfeitos — 15.798. Fornecimento de arame farpado — Custo - 1.950 8,000 68.326.463 17.845.963 21.751 019.03o 59.540 ANNOS 1 MBTRAGM QUA>DO FOR- NECIDO PELA SOCIEDADE QUANDO AD- QUIKIDO NO MERCADO ECONOMIA REALIZADA 1906 (da julho) 1907 1908 (até 31 de agosto) . . . - 51 279 348.020 1.968.165 2.404.020 14:439$Ô00 73:365$200 85:273$500 21:71õ$000 108:889*500 tl7:755|500 7:275$400 35:524$300 32:4S1$700 628 4". 720. 205 173:073$30Ô 248:360$000 75:281$400 Fornecimento de formicida —Custo - LATA S QUANDO FOR- NECIDO PELA SOCIEDADE QUANDO AD- QU-IRIDO NO MERCADO ECONOMIA REALIZADA 1906 (do março) 2.449 2.906 10:285*800 12:205$200 12:2451000 14:530$000 8:100$ 1 1:959$200 2:324$800 1908 (até agosto) 1.620 6:804$000 l:29*5$800 6.975 29:295$000 34:875$000 5:580$>>00 COLLABORAÇÀO Escola Agrícola de Goyanna CULTURA DO FUMO NO ANNO DE 1908 Experiências de culturas Fumo — Esta importantíssima solanacea, que da America se estendeu por todo o mundo, foi cultivada em pequena escala e por systemas differentes, seja com referencia á natureza do terreno e á sua fertilidade, para se observar o desenvolvimento, o aroma e a qualidade das folhas, para as diversas manipulações. Considerando que as con- dições climatéricas locaes, se não são superiores, não são em nada inferiores ás do Estado da Bahia, e que neste Estado pôde-se perfeita- mente produzir o mesmo fumo e as mesmas folhas para especiaes qualidades de charutos e concorrer com o fumo havano no mercado, foi com tal intuito e ao mesmo tempo para ensino dos alumnos que se procedeu á sua cultivação. Para tal fim foi arado o terreno, parte deste adubado com estrume de curral e a outra parte sem estrume. No dia 1 de maio foram feitas as sementeiras das seguintes variedades de fumo : Petiço, Jorge Grande, Gigante, Guchaboe, Havana, Maryland, Kentucky e Lingua de Vaeca. Foi boa a germinação das sementes Petiço, Jorge Grande, Gigante e Lingua de Vacca ; má as das variedades Guchaboe e Havana. Nada se conseguiu das variedades Maryland e Kentucky . Do fumo Havana só cinco pés. Do Guchaboe uns 100 pés. No dia 16 de junho foram transplantadas em quadros separados as mudas de fumo petiço, Jorge Grande e Gigante. No dia 23 de junho as mudas do fumo Guachaboe. No dia 7 de julho as mudas du fumo Lingua de Vacca. O terreno é de natureza arenosa. Foram adubados de modo diverso os diversos quadros para se veri- ficar a sua importância sobre o desenvolvimento e producção. m SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Tenho a notar que pessoas do logar passando pelo caminho e ao contemplarem a plantação do fumo feita em tal terreno, puzeram-se a rir; diziam que se tinham tempo e dinheiro a perder, mas este dito transformou-se nelles em admirarão, quando viram o desenvol- vimento do fumo, as dimensões das folhas e em grande numero accorreram para examinar a cultura. As diversas qualidades de fumo foram durante o seu cyclo vege- tativo alimentadas com adubos chimicos, applicados por processos differentes. No mez de julho observou-se que as variedades de fumo Jorge Grande e Petiço estavam se desenvolvendo com certo vigor. Cresciam com menos energia os fumos Gigante, Guchaboe eLingua de Vacca. No dia 3 de agosto foram applicados ao fumo os adubos chimicos, que a titulo de experiência, foram enviados gratuitamente a esta Escola pelo director do Centro de experiências Agrícolas do Kalisyndikat, do Rio de Janeiro. Os adubos foram distribuídos na seguinte proporção por hectare: Kilogrs. Salitre do Chile 150 Superphosphato 240 Sulfato de potassa 150 Deve-se notar que a applicação do superphosphato e da potassa, devia ter sido feita antes da plantara'», mas assim não poude ser por terem os adubos chimicos chegado na época da plantação. Apezar disso, no fim do mez de agosto notava-se uma differença sensível no fumo ; este, depois da applicação dos adubos, desenvolveu-se vigoro- samente com folhas grandes, tanto na largura como no comprimento, attingindo diversos pés uma altura de um metro e 40 centímetros. Ao mesmo tempo notou-se que a acção dos adubos chimicos fez-se sentir com mais intensidade no terreno que recebera previamente adubo de cocheira ; neste o fumo desenvolveu-se mais precocemente, chegou a uma maior altura, fornecendo maior producção de folhas. No terreno sem estrume de curral a actividade fertilizante isolada dos adubos chimicos demonstrou uma differença traduzida em uma demora de vinte dias. Este facto vem confirmar mais uma vez as experiências do illustre agrónomo P. Wagner e do illustre chimico de Darmstadt, e a importância da applicação simultânea do adubo chimico com o estrume de curral. A LAVOURA 561 No dia 9 de setembro o fumo dos quadros ns. 1 e 2 estava no seu máximo desenvolvimento, apresentando-se os pés de uma altura variando entre l'\30 e 1ra,60, com folhas de 70 centímetros de com- primento e 32 de largura para as maiores; de 50X25 as médias e 35X20 as menores. Foi este mesmo dia aproveitado para se tirarem as photograph ias que mostram as differenças e acção dos adubos chimicos. Como termo de prova da fertilidade do terreno foram cultivados os feijões macassar, os quaes, como se observa na respectiva photogra- phia, não se desenvolveram, tendo mesmo morrido a maior parte dos pés, tornando-se assim nulla a producção. Apresentamos, para maiores detalhes, em quadros synopticos as producções respectivas, as datas das respectivas colheitas, a sua dimi- nuição em seccagem etc. Os quadros ns. 3, í- e 5 foram de regular desenvolvimento. - S0CIKDAD15 NACIONAL DE AGRICULTURA O ã « I S 6 I w o £ Q ' | != § 1 " f. I í ! 1 o g 0. g Z Í5 i 3 o £ os .•« < ' cr 8 Terreno preparado com adubos chimicos líquidos. Produccão (Kilogrammas) Folhas verdes . 35 » seccas . 4,666 Produccão por hectare: Folhas verdes . 3.723,404 » seccas . 495, SOS t> ■" ■- a o £ D o a g FUMO GUCHABOE Terreno preparado cora adubos chimicos líquidos. Produccão (Kilogrammas) Folhas verdes . 68 seccas . 9,066 Produccão por hectare: Folhas verdes . 6.533,461 » seccas . 871,730 5 ™ H FUMO GIGANTE Terreno preparado com adubo* chimicos sólidos e líquidos Produccão (Kilogrammas) Folhas verdes . 117 » seccas . 15,600 Produccão por hectare: Folhas verdes . 4.775,510 » seccas . 632,653 o £ S?7 «i ^ o g FUMO JORGE GRANDE Terreno preparado com es- trume de curral e adubos chimicos sólidos. Produccão (Kilogrammas) Folhas verdes . 363 % » seccas . 48,400 Produccão por hectare: Folhas verdes . 7.270 » seccas . 968 s.l o 1 •? ■< 1 o g H FUMO PETIÇO Terreno preparado com es- trune de curral e adubos chimicos sólidos e líqui- dos. Produccão (Kilogrammas) Folhas verdes . 373 - seccas . 49,773 Produccão por hectare: Folhas verdes . 7.313,735 » seccas . 975,156 A LAVOURA Quadro n. 1 — Fumo Petiço Agosto . Setembro Do pi IMl.MIÇUl EM K1LO-* POR 8,3.1 p r 8,a ... . 4» ... . 5a ... De arei i . . . . Do meio . . . . De cima . . . Total . . . . 7 9 10 por 1 7,60 » 1 0,40 » 1 0,70 » 1 6,90 » 1 35 A LAVOURA 565 Na serragem foi verificado que a média geral é de 7,5 kilogrammas de folhas verdes por 1 kilogrammas de folhas seccas. Na fabricação dos charutos foi verificado que 1 kilo de folhas seccas dá para fabricar 200 charutos, no valor de 100 réis cada um. Nos cálculos de costuração das folhas de fumo para seccagem ficou verificado que, em média, um trabalhador em uma hora pôde costurar kgr. 4,030 de folhas de fumo, ou pares 115, ou folhas 230 . A titulo de experiência foi no dia 20 de julho feita mais uma plantação de fumo em quatro quadros, de uma área cada um de 100m3, em terreno de certa fertilidade e de natureza argi lo- arenosa. As qualidades de fumo foram : Petiço, no de n.Ie Jorge Grande, Gigante e Petiço no de n. II. No de n. I foram enterrados, antes da plantação, ramos verdes de feijão da Florida . O terreno de n. II foi plantado nas mesmas condições em que se achava . Admirável foi o desenvolvimento do fumo Petiço no terreno de n. I, pois obtiveram-se pés de lm,70 de altura, tendo as folhas 90 cen- tímetros de comprimento e de largura 35 centímetros. Diversos visi- tantes levaram folhas, cheios de admiração. No terreno de n. II as plantas desenvolveram irregularmente e diversos pés morreram por causa da humidade do terreno. Os resultados da producção etc, vêem demonstrados no quadro junto. N. 1 — Quadro I — Fumo Petiço DIMINUI' AO EM KILOS POR FOLHAS SECCAS 10 por 10 » 6,90 6,90 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA N. 1 - QUADRO I N. 2 — QUADROS II, III E IV ÁHEl 100m8 (TERRENO AROl o-arenoso) ÁREA 300m3 (TERRENO ARC.I .o arenoso) Fiimo Petiço Fumos Gii/antc. Jorge Gra ide c Petiço Terreno — Enterramento das ramas e folhas de feijão da Florida, plantadas no dia 11 de dezembro de I90i c enterradas no dia 16 de julho de 1908. Terreno — Sem adubação, de diçies em que se a?hav húmido, causa da mo.'te de ti do nas con- i. Cm pouco muitos pés. PRODUCÇÃO producçXo (Kilogrammas) (Kilogramma-0 Folhas verdes 84 Folhas verdes S2 » seccas 11,600 » s;ceas 10,933 Producçãopor hectare: Pro.lucção por hectare : Folhas verdes 84.000 Folhas verdes . 2.733,333 » seccas 1.160 » Beccas . . . . . 361,433 N. 2 —Quadros II, III e IV— Fumos Gigante, Jorge Grande e Petiço DIMINUIÇÃO EM Kl 0? < MEZE9 COLHEITAS FOLHAS Kl. OGR.S. TOR FOLHAS SEi C S 11 Setembro . . 1» . . . . De ar. ia . . . . 3,5 10 por 1 24 ,» . . 2* . . . . » » . . . . 9 7, 6 » 1 5 Outubro . . 3» . . . . Do mio . . . . 5 6,40 » 1 13 » . . 4» . . . . » » .... 33 6,70 » 1 2? » . . r,a . . . . De cima . . . . 2õ,5 6.90 » 1 3 Novembro. . 6» ... . » » . . . . 6 6,90 » 1 Total . . . . 82,0 Além das supra mencionadas experiências, no dia 5 de agosto, com as ultimas mudas de fumo que ficaram, foram tomados cinco quadros, cada um de 100me e adubados do seguinte modo, para com- provar, mais uma vez, a utilidade dos adubos chimicos. A LAVOURA 5(37 Em todos os cinco quadros foi posta uma camada de estrume de .•urrai e em seguida prccedeu-se do seguinte modo : Quadro n. 1 — Sem adubos. Quadro n. 2 — Salitre do Chile, superphosphafo e sulfato de potássio . Quadro n. 3 — Salitre do Chile e superphosphato . Quadro n. 4 — Salitre do Chile e sulfato de potássio. Quadro n. 5 — Superphosphato e sulfato de potássio. Os adubos foram applicados nas seguintes proporções por Hec : Kilogrs. Sulphato de potássio 150 Salitre do Chile 150 Superphosphato 250 Sendo por 100ma : Sulfato de potássio 11/2 Sulfato do Chile 11/2 Superphosphato 2 1/2 Durante o desenvolvimento, os quadros ns. 2, 3 e 4 apresenta- ram-sede uma côr mais verdes, com folhas e pés maiores. O quadro n. 4 apresentou-se sempre com folhas mais amarei las e de menor desenvolvimento. O quadro n. 1 com demorado desenvolvimento. Para maiores indicações juntamos em quadro as datas de colheita, os dados relativos a producção etc. : SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA I 4 1 & 1 -1 o* » ° ^ • • ' 2 ' " ^ 3 S . . . o " O " r/J W H * * * (s. h 1 Salitre do Chile, 1 Já kilogr. Sulfato de potássio, 1 Já kilogr. COLHEITAS DO FUMO (Kilogrammas) Em 8 de outubro . . 11 » 14 » » . . 18 » 28 - » . . 14 » 7 o novembro . — Folhas verdes. ... 43 seccas . . . 5,733 Por hectare . Folhas verdes . . . 4.300 » seccas . . . 573,3 I Salitre do Chile, 1 % kilogr. Superphosphato, 2 Já » COLHEITAS DO FUMO (Kilogrammas) Em B de outubro . . S » 14 » * . . 13 » 28 » . . 9 Folhas verdes. ... 34 > seccas. • . • 4,533 Por hectare : Folhas verdes . . . 3. 400 » seccas . . . 4:3,3 1 Salitre do Chile, 1 1/2 kilogr. Sulfato de potássio, 1 Já kilogr. Superphosphato, 2 Já kilogrs. COLHEITAS DO FUMO (Kilogrammas) Em S de outubro . . 12 » 14 » » . . 13 » 28 » » . . 17 » 7 » novembro. . 15 Folhas verdes. ... 57 seccas . . . 7,603 Por hectare : Folhas verdes . . . 5.700 seccas. . . 760 1 Sem adubos COLHEITAS DO FUMO (Kilogrammas) Em 8 de outubro . . 4, 5 » 14 » » . . S » 7 » novembro . 6 Folhas verdes ... 23, 5 «. seccas . . . 3,133 Por hectare : Folhas verdes . . . 2.350 » seccas. . . 313,300 A LAVOURA 5tíy Dos dados expostos conclue-se : a) que está claramente demonstrada a utilidade da applicação dos adubos chimicos juntamente com o estrume de curral ; b) que o azoto dos adubos chimicos exerce uma actividade potentíssima sobre as transformações dos elementos nutritivos dos vogetaos ; c) que a actividade desnitrificante do azoto é mais activa em pre- sença de substancias amylaceas ; d) que o azoto contido na massa dos vegetaes verdes enterrados teem acção mais rápida do que aquelle contido no estrume de curral ; e) que o estrume de curral, appl içado nas devidas condições eco- nómicas, é insuficiente para o fornecimento de todas as substancias úteis necessárias ás plantas ; f) que para se obter uma boa producçãoé indispensável a appli- cação dos adubos chimicos conjunclamente com o estrume de curral . Escola Agrícola de Goyanna, 15 de fevereiro de 1909. — Domingos Gèooanetti, director. Fixação do azoto gazoso pslos microorganismos INOCULAÇÃO BACTERIANA DO SOLO O solo não é, como se acreditou por muito tempo, um meio absolutamente inerte onde a planta vae buscar aquillo de que ella tem necessidade para a sua existência : é elle sede de reacções in- cessantes — physicas, chimicas e biológicas ;a terra tem, como disse Berthelot, qualquer cousa de ser vivo. E' um meio onde pullulam innumeros microorganismos, vivendo isolados ou em symbiose com os vegetaes superiores, e onde se passam continuas transformações de desaggregação e de synthese. Certos agentes são para nós auxiliares, por assim dizer, indispensáveis ; por exemplo, os que transformam a matéria orgânica complexa em matéria mais simples; outros são antes prejudiciaes, taes os desnitrificadores. Sua existência e, por con- sequência, seu modo de acção, depende das condições do meio no qual elles se acham ; dahi se conclue que o lavor do solo e sua mobilisação. de que dependem sua humidade, aeração, exercem grande influencia sobre estes seres infinitamente pequenos ; a composição da terra, seu calor especifico, sua cor, seu poder absorvente para as soluções nutritivas constituem igualmente factores que não se devem desprezar. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Dentre todos estes micróbios insistiremos particularmente sobre uma categoria : a daquelles que contribuem para retirar da atmosphera o azoto no estado gazoso e a transformal-o em substancias assimiláveis para os vegetaes superiores, dos quaes a agricultura aufere benefícios. Constituem elles espécies diversas e as suas condições de vida são differentes, como vamos ver; com elles têm -se mesmo procedido a inoculações bacterianas do solo, muitíssimo interessantes. Aos antigos physiologistas causou estranheza o facto das florestas experimentarem continuas perdas de azoto, sem receberem nenhuma compensação ; as pastagens elevadas das montanhas, das quaes se retiram matérias azotadas sob a forma de leite, queijo, carne e lã, a única adubação que recebiam era a fornecida pelas dejecções ani mães e, não obstante, a sua fertilidade não diminuía. Estes factos levaram a suspeitar a intervenção do azoto como reparador destas perdas. Boussingault, em 1850, concluiu de suas experiências que não havia nenhum ganho devido a esta causa; Georges vi lie, pouco mais ou menos na mesma época, chegou a um resultado opposto, sem todavia, explicar o mecanismo do phenomeno; Lawes e Gilbert, em Rothamstedt, obtiveram resultados análogos aos de Boussingault. Procurou-se verificar si não seriam as aguas pluviaes as porta- doras do azoto: sabe-se, com efíeito, segundo a experiência de Ca- vendish, que o azoto e o oxygenio se unem soba acção da scentelha eléctrica, formando o acido azotico ; além disso, a putrefacção das ma- térias animaes introduz ammonea na atmosphera. Dosagens feitas por Boussingault e em Rothamstedt demonstraram que não era despre- zível a contribuição dessa fonte, mas a quantidade fixada nestas con- dições não compensava as perdas. Pesquizas foram feitas no sentido de verifícar-se si o solo podia absorver directamente a ammonea; as expe- riências de Georges Ville e, posteriormente, as de Sachs e de Schlcesing, permittem responder aífirmativamente ; mas, como mostraram Ber- thelot e André, este composto azotado quasi não existe no ar e, quando existe, é em proporção insignificante. Em 1885, Berthelot demonstrou que as terras aráveis fixam o azoto do ar directamente sob a influencia de micróbios, propriedade que ellas perdem quando aquecidas a uma temperatura de 120 grãos. Estes resultados foram confirmados pelas experiências de Gauthier e Drouin, assim como pelas de Pagnoul. Em Grignon, Dehérain constata igualmente em uma pastagem um ganho em azoto que não podia ter outra explicação. A LAVOURA 571 Finalmente, Winogradsky consegue isolar o agente desta trans- formação, o elostridium pasteurianum, micróbio anaeróbio, que em um meio artificial hydrocarbonado fixa o azoto. Posteriormente, Beijernick isolou igualmente dois outros fer- mentos, o cuotobacter chroococcum e o azotobacter agiUs apresentando as mesmas propriedades physiologicas. Prelendeu-se também que as algas fossem capazes de effectuar esta transformação, tomando por base as constatações de Schlcesing Fils e Laurent ; mas differentes autores, entre os quaes Kossorvitsch, Bouillac, Stoklasa, Sehneidewindee Cbarpentier mostraram que as algas isoladas não podiam desempenhar essa funcção; cumpria que ellas se asso- ciassem a bactérias. O modo de fixação do azoto gazoso que acabamos de indicar pela intervenção de bactérias especificas não é o único ; ha um outro, talvez mais interessante, porque os agricultores tiram proveito delle ha já muito tempo : basea-se na introducção, por occasião do afolhamento, de leguminosas denominadas plantas ferti lidadoras. Tinha-se observado, com effeito, que a olheita de cereaes, após uma cultura de trevo, por exemplo, era muito mais rendosa do que a dos mesmos, após uma cultura de beterrabas, apezar de não ser dado ao solo adubação azotada. Estas leguminosas, não obstante o seu considerável consumo de azoto, deixavam um solo muito rico deste elemento, mesmo depois de diversos annos de cultura . Já vimos que GeorgesVille suspeitara o phenomenj, mas somente em 18S6 é que se teve delle explicação. Foi nesta data, no Congresso dos Naturalistas de Berlim, que Hellriegel fez conhecer a existência, sobre as raizes destas plantas, de nodosidadcs no interior das quaes se encontravam bactérias fixadoras de azoto . Este autor cultivava, em um solo sem azoto, uma leguminosa e, depois de ter pu 1 ver isado sobre este solo terra na qual vegetara uma planta da mesma família, obtinha um desenvolvimento inteiramente normal . Uma vez retirada a planta verificava augmento bem sensível na quantidade deste elemento. Novas experiências feitas com a collaboração de Wilfasth coníii-maram os primeiros resultados. Breal, em 1388, conseguiu inocular estas bactérias em raizes de tremoços, picando-as com o liquido proveniente de nodosidades da alfafa. Schlcesing' Fils e Laurent demonstraram, de um modo rigoroso, a fixação do azoto gazoso, tendo verificado o desapparecimento de 30 cen- SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA timetros cúbicos deste gaz em uma atmosphera confinada e encon- trando-os fixados na planta. Mazé, cultivando estes microorganismos em um meio artificial, formado decaído de feijão, addicionado de assucar, poz em evidencia a fixação do azoto que marchava de par com a destruição do assucar. Havia, portanto, symbiose entre a leguminosa e a bactéria, for- necendo uma matéria hydrocarbonada, a outra, a matéria azotada. Estes ensaios de laboratório confirmaram os dados da pratica: em 1888, com effeito, Salfeld semeara terrenos turfosos com ervilhacas, ervilha e milho; este solo tinha recebido cal e escorias e, além disso, 40 kilo- grammas por are de terra sobre a qual vegetara no anno ervilhaca. O beneficio foi considerável. A existência destas nodosidades não era ignorada, mas o seu papel era completamente desconhecido ; attribuia-se a sua presença a um phenomeno physiologico ou pathologico. Estas excrescências apre- sentam-se sobre a raiz principal assim como sobre as radicellas ; podem attingir a quatro ou cinco millimetros de diâmetro e não passam de radicellas abortadas. Encontram-se nas cellulas do parenchyma pequenos corpúsculos unicellulares em forma de baquetas de tambor rectas ou curvas, de Y ou de U. A bactéria recebeu o nome de B. radicicola, a forma sob a qual ella é mais particularmente útil, sendo antes designada sob o nome de Bacteroide . São estes microorganismos específicos da planta na qual vivem"? Assim pareceu a NobbeeaHiltner ; com tudo, certas experiências, notadamente as de Breal, provam que esta especificidade não é absoluta. Uma vez adquiridos estes dados, alguns sábios esforçaram-se por melhorar as colheitas por meio da inoculação bacteriana do solo. Fizeram-se tentativas no sentido de cultivar-se uma bactéria iso- lada porCaron d'Ellenbach, denominada B. Elleribachensis , bactéria que Stotklosa identificou com o B. megatherium, micróbio aerobio ; estas culturas foram vendidas sob o nome de alinite. Os resultados não corresponderam á espectativa e parece mais provável que este fermento torna mais solúveis e, portanto, mais assimiláveis os princípios azo- tados do solo. Com o azobacter os ensaios não foram mais felizes, de forma tal que, actualmente, não se cogita mais de semelhante tentativa. Tem-se procurado cultivar as bactérias das leguminosas em meio artificial; os ensaios neste sentido foram levados a effeito por Nobbe e A LAVOURA ™ Hiltner, que fizeram preparados semeando micróbios em uma geléa vegetal, preparado este a que deram o nome de nitragina. No momento de ser este preparado utilizado, é elle diluído em agua e rega-se a terra e as sementes. A principio os resultados foram muito variáveis. Schribaux conseguiu melhorar terras calcareas de Fontainebleau e constatou que as terras leves, pobres em azoto e em bactérias, poderiam colher desta operação benefícios consideráveis. Diekson e Malpeaux, era Pas do Calais, fizeram constatações aná- logas. Hiltner atlri buiu os insuccessos observados a uma applicação irra- cional da nitragina e affirmou que as secreções das sementes em ger- minação eram nocivas a estas bactérias ; aconselhou que se fizesse a injecção depois de tel-as deixado se intumescer. Procurou igualmente auxiliar o desenvolvimento dos micróbios, addicionando ao meio de cultura assucar, peptona ou leite. Alguns annos mais tarde, a questão foi retomada por Moore, nos Estados Unidos, que constatou que a bactéria preferia o azoto combinado equea sua actividade se attenuava, quando forçada, a assimilar o azoto gazoso. Lançou-se então mão do algodão para regal-o com culturas liquidas ; após a deseccação, tinha-se assim um meio fácil de transportar a cultura. Entre os ensaios feitos em 1903-1904, 75 a 80 % foram favoráveis. Em 1905, fizeram-se numerosas tentativas na Inglaterra com culturas microbianas americanas e allemãs, tendo sido mãos os resul- tados ; attribuiu-se o insuccesso ao facto dos microorganismos mor- rerem no fim de dois mezes de deseccação no algodão. Na America voltou-se para as culturas liquidas em frascos e na Inglaterra (no King's College), emprega-se um pó que conserva a sua actividade durante mais de dois annos. Desta vez os resultados favorá- veis subiram, em 1906-1907, a 80%. Consecutivamente a estes estudos, foram formulados alguns prin- cípios práticos para o emprego destas culturas bacterianas, os quaes não se podem infringir, sob pena de insuccesso. A temperatura não deve se afastar de 25 gráos. Cumpre humedecer as sementes e fazel-as seccar á sombra ; póde-se também semeal-as sobre terra que se espalha em seguida, como si se tratasse de adubos. Os terrenos áridos constituem um mão meio de cultura para estes micróbios ; é preciso mais que a planta tenha a seu alcance, em quantidade sufficiente, os diversos princípios nutritivos de que ella 141U 5 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA tem necessidade, além do azoto ; si o solo contém azoto nítrico as nodo- sidades não se formam. A escolha cuidadosa das sementes não deve ceder o passo aos cuidados culturaes. Entre os benefícios proporcionados por estas operações têm-se uma renda maior para uma despeza insignificante, augmento dos resíduos deixados no solo pelas colheitas, melhora na qualidade do producto e em muitas uma precocidade mais accentuada. Ma Noruega, como fizera Schultze em Lupitz, procurou-se valorizar os terrenos turfosos, semeando leguminosas, após prévia inoculação do solo por nitragina transportada em terra de leguminosas, enterrando em seguida estas plantas como si se tratasse de adubos verdes. A expe- riência deu grandes esperanças. Em França, Lauvray assignala duas tentativas feitas na Nor- mandia, uma em terreno argiloso com alfafa, outra em terra marno- argilosa esilicosa com ervilhacas ; os resultados foram bastante ani- madores. Após 50 annos de estudos, parece desta maneira termos, finalmente, dados mais precisos sobre o problema, e devemos notar que os nossos conhecimentos sobre este assumpto alargaram-se mais depois que os methodos de estudos se fizeram sentir com mais energia e ao mesmo tempo mais rigor; porque podemos dizer, com o Dr. Hall, que a agricul- tura é de todas as artes a mais antiga e a mais espalhada e apezar disso só mui recentemente é que nella foi introduzido o methodo scientifico. H. Gkrcelet. Da llevvc de Viticulture , A Extincção da Formiga Saúva O MELHOR FORMICIDA ATE' HOJE CONHECIDO — UMA EXPERIÊNCIA CONVINCENTE Todos sabem que o poder legislativo brasileiro recompensou o Sr. de Capanema, com a somma decincoenta mil francos (cerca de 30 contos), por haver applicado, pela primeira vez, uma droga venenosa o «sulfureto de carbono», no extermínio da formiga saúva, e com ellas ovas, larvas e nymphas. Depois dessa longínqua experiência, que fez ga- nhar bom cabedal ao introductoraqui no paiz duma droga bem conhecida no estrangeiro, muitos foram os commerciantes que fabricaram insecti- A LAVOURA cidas e formicida com a mes:na base do sulfureto de carbono, mas os fazendeiros e lavra iores affirmam que nenhum desses insecticidas cor- respondeu ao seu intuito, e que nenhum delles se pôde p -econizar como o meio mais pratico e racional para a completa extincçãoádas formigas. E hoje, apesar de todos os inventos, mais do que nunca, a saúva não dá tréguas aos cultores de chacaras,quintaes ou pomares. Na nossa cidade em todo o interior do Estado e em quasi t- doo Brasil, a nossa heroina inspira terror, desenvolvendo todos os artifícios, innovando expediente de absoluto dominio do solo, provando dispor da faculdade de «prever para prover» , nãosomenteem relação á vida presente como também em relação á perpetuidade da espécie . Não obstante a guerra encarniçada que lhes move o homem, as sa- úvas são o que são, continuam a apostrophar todos os elementos in- fensos. Para dar uma idéa de sua diffusão, diremos que o numero de cidadellas, no minimo, na zona comprehendida pela curva do rio Para- hyba, pôde ser avaliada em cincoenta mil. Cincoenta mil saúveiros, com cincoenta mil habitantes, na media, dão dois mil e quinhentos milhões de indivíduos ! Si compararmos o quadrado de novecentas léguas, que foi o numero que serviu de base para este calculo, e o aproximarmos da 576 SOCIKDADIÍ NACIONAL DE AGRICULTURA superfície geral que a saúva habita, o Cacto subirá de valor de um modo estupendo. (1). Em consequência, portanto da diffusão da saúva e dos estragos ter- ríveis que ellas produzem á agricultura, os fazendeiros brasileiros dari- am, de bom grado, duzentos ou quinhentos mil coutos a quem inven- tasse ou descobrisse um meio seguro, rápido, simples e económico de eliminar os saúveiros. O «Entomologista Brasileiro», a única revista editada no Brasil, dedicada aos insectos, sejam elles prejudiciaes, sejam Pliot. n. 2- Interior de um velho formigueiro elles úteis, deseja estudar o assumpto da saúva no intuito de suggerir ai is agricultores, se não o remédio infallivel, pelo menos um meio para diminuir o liagello das formigas, este terrível cancro da lavoura bra- sileira. Mas sendo muitos os preparados deste género lançados pelos indus- triaes aos mercados, o fazendeiro acha-se embaraçado na escolha, visto como todos oscommerciantes enaltecem interesseiramente os seus pro- d netos comos mais bel los encómios. O agricultor intelligente só deve (1) — A. G. de Azevedo Sampaio formigas. S. Paulo, 1894. Manhii-nára. Monographia sobre as comprar os productos quejâ tenham dado bons resultados e cujo cre- dito já esteja firmado pelo bom êxito das experiências feitas pelos scien- tistas, isto é, pelos entomologistas e pelos agrónomos. Para tal effeito, os fabricantes de formicidas deviam sempre expe- rimentar seus preparados em presença das autoridades agrícolas com- petentes, no intuito de demonstrar, com provas verídicas, a efficacia do formicida preconizado. Desejando chamar a nós a tarefa delicada de trazer á luz da publi- cidade os resultados das experiências desse género, só visando os inter- esses dos agricultores e da lavoura, temos hoje o prazer de noticiar a applicação dum formicida para cuja experiência foi convidado o redactor desta revista, juntamente com o representante dos poderes públicos, o dr. António de Milita, digno inspector de agricultura. Tendo o sr. Viriato Bastos, sócio representante da casa Scho- maker e Comp. officiado, ao Ulmo. sr. Dr. secretario da agricultura para fazer uma experiência offlcial e publica, afim de demonstrara effi- cacia do preparado, formicida «Sehomaker», o Dr. António de Milita, inspector de agricultura, foi pela secretaria encarregado de effectuar as experiências para dar um relatório detalhado. Os formigueiros escolhidos pelo Dr. António de Milita para a ex- periência com o formicida «Sehomaker», fabricado pelos srs. Schc- maker e Comp., do Rio de Janeiro, e representado nesta praça pelos srs. Guerra e Comp., rua José Bonifácio, 17, foram dois velhos saú vei- ros existentes num dos campos devolutos, que se acham no alto do Ypi- ranga. Escolhidos como acabamos de escrever, os velhos formigueiros, no alto do Ypiranga, saúveiros duma extensão extraordinária, velhos, paio menos de 15 annos, osr. A. de Milita, inspector de agricultura, no dia 27 de Junho, fez applicação offlcial do formicida. Os leitores da nossa revista podem avaliar, pela photographia n. 1, as dimensões de um dos saúveiros. Tem 100 metros quadrados. Eis como se procedeu á applicação do formicida. Osnr. Viriato Bastos, sócio representante de Sehomaker e Comp., a uma botija do formicida Sehomaker addicionou 14 litros de agua, produzindo assim cerca de 16 litros de formicida, depois de bem agitada com uma varinha a mistura da agua e do formicida. Sendo conhecido que tanto melhores serão os resultados de um hom formicida, quanto mais liem feita fora sua applicaçõo, o inspector de agricultura teve muito cuidado em tapar todos os olheiros, no intuito de que não pudessem sair os gazes tóxicos. Porque o representante do formicida Sehomaker não se esqueceu de dizer ao Dr. António de Mi- SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Tçá já aem ; onde 1 litaqueesse formicida é o único que apôs sua applicação, trabalha por si, produzindo gazes tóxicos em extraordinária abundância, muito pesados e de grande densidade, em producção continua e pro- longada por mais de 60 dias, sendo natural e espontânea a dita producção de gazes, isto é, sem provocação artificial . No dia 25 de julho, isto é, 25 dias depois da applicação do for- micida «Schomaker», o inspe- ctor, sr. Milita, um photographo e os representantes dos srs. Scho- maker e C. foram ao formigueiro para observar os effeitos do in- secticida . Nessa occasião foi con- vidado o redactor do «Entomolo- gista Brasileiro», para offerecer aos leitores uma relação do as sumpto que tanto interessa aos agricultores e fazendeiros. Quatro camaradas, de enxada e picareta, sob a direcção do inspector de agricultura, atacaram o velho saúveiro, cortando-o na sua metade, no intuito de fazer uma acção, a mais perfeita possível, para a clara ap- parição do formigueiro, de suas panellas e galerias. O trabalho foi penoso e difficil. Depois de 2 horas de excavação, começaram a apparecer as primeiras panellas. A's cinco horas da tarde, i#to é, depois de cinco horas de excavação, a profundidade attingida era de mais de um metro. Nesta hora, os trabalhos foram suspensos. No dia seguinte, á uma hora da tarde, as pessoas já nomeadas foram novamente ao velho for- migueiro^ os trabalhadores continuaram a sua árdua tarefa. A's três horas, as panellas mais fundas eram attingidas, todo o saúveiro estava descoberto, monstrando a mais bella e perfeita visão de panellas que é possível obter-se. Os leitores podem julgar das nossas palavras na linda photographia que temos o prazer de reproduzir, e que foi mostrada ao sr . secretario da agricultura, tendo aquelle illustre fazendeiro e lavrador occasião de louval-acom calorosas phrases de encómio. Os presentes ficaram muito satisfeitos com o resultado obtido na applicação do formicida. zas na construcção rio canal a ninho sm loirar a primeira postura, ou inicio do Sauv-iro. A LAVOURA 579 As massas de alimentação de que estavam cheias as panellasdo fundo do saúveiro, eram uma massa compacta de formigas mortas. Nem uma formiga, do antiquíssimo formigueiro, poude escapar á destruirão no vasto palácio subterrâneo, que o formicida « Sc homaker» reduziu ao terrível palácio da morte. O dr. A. de Milita traz comsigo uma grande massa esponjosa cheia de cadáveres de içá de obreiras mesmo o redactor da nossa revista importou grande quantidada de massa de alimentação coberta de cadáveres de formigas. Numa das galerias, foi encontrada morta a içá, a rainha do saú- veiro. Com isto se evidencia que a destruição feita pelo formicida «Scho- maker» foi completa, e que a experiência realizada perante os poderes públicos e a imprensa especialista foi muitíssimo satisfactoria e por de- mais convincente. Osr. A. de Milita, illustre inspector de agricultura, aílnmou-nos que vae escrever no seu relatório os mais altos elogios ao formicida «Sehomaker» e nós, do «Entomologista Brasileiro», imita- mol-o porque as palavras de louvor que temos escripto correspondem perfeitamente á verdade. Gastou-se nessa experiência, na extinção dos dois formigueiros, 20.$000 de formicida «Sehomaker», cerca de 1 c, havendo ainda espes- sos desprendimentos de gazes. Aapplicação, — eé só "o que tem de fazer os srs. agricultores e fa- zendeiros—, como já se disse, foi facílima, o mais fácil que se pode imaginar, o que é de extrema vantagem para a lavoura. D'0 Entomologista Brasileiro. EXPEDIENTE Secretaria Correspondência expedida Cartas ....... Circulares Telegramma3 Officios Governo. . . . 580 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTUBA Offlcios particulares 2 Proposta fornecimento de aramo. ... 6 Boletim A Lavoura 3.409 Monographia Moléstia dos animaes ... 88 3 Correspondência recebida : Cartas 272 Circulares 4 Telegrammas 7 Offlcios Governo 5 Offlcios particulares 13 Fornecimento de arame farpado : Pedidos satisfeitos 52 Numero de rolos de 40 kiljs 761 Numero de rolos de 25 kilos 811 Metragem 435.682 metros Custo fornecido pela sociedade I5:838$300 Custo adquirido no mercado 20:847$000 Economia realisada pelo agricultor. . . 5:008$700 Cooperativa Ag-i-ieola, elheiros, João Tibiriçá, Afrodisio S. Coelho, Robarto Hottinger, Al- berto Martin? do Siqueira, Luiz Misson e N. Athanassof. Seccadouro Moreira — Na fundição do Braz, em S. Paulo, foram, com o melhor êxito, feitas experiências deste novo apparelho para seccar café, ce reaes, fructos, missas, assucar, etc. Este seccadouro é uma machina simples e pratica, composta de uma caixa cylindrica do madeira ou tijolos que reveste onze taboleiros, também ey)indricos, onde é collocado o café ou cereal; rodas mecânicas para seu revolvimento com meiode entradae sabida ; conductores de calor de canos de ferro fundido, que partem de uma fornalha, circulando dentro da caixa e ter- minando om forma de chaminé ; e, finalmente, dons extractores do humidade por moio de evaporação que saem do soccador, também em forma do chaminé. Na experiência a que alludimos foram collocados no apparelho 55 alqueires de café, que vinto e quatro horas depois foram retirados compbtamente seccos, promptos para o beneficio. O « Seccador Moreira », além da economia de tempo, offerece ainda vantagens como a de conservar a côrdo café despolpado, não perder este o seu peso, como se dá com o seccado nos terreiros. A despeza de com- bustível é pequena, bastando meio metro cubico de lenha para seccar 55 alqueires do café. Fazendas-modelo em Minas Geraes — Ha actualmente no Estado do Minas as seguintes: «Gamelleira», no município da capital ; «Fabrica», no do Serro; «Retiro do Recreio», no de Santa Barbara ; « Diniz», no de Itape- cerica; « Bairro Alto », no de Campanha. Além destas fazendas ha os campos de demonstração seguintes: «Ayuruoca», no município do mosmo nomo; «Nova Baden », « Francisco Sal les» e « Itambacury », annexas ás respectivas colónias. — O relatório preliminar do Ceusus Buraau sobre o consumo do algodão nos Estados Unidos, no poriodo que terminou a 31 do agosto de 1908, indica que as fa- bricas do sul consumiram 2.250.613 balas contra 2.410.993 em 1906-1907, ou uma diminuição de 154.380 balas; ao passo que os estabelecimentos do norte registraram uma reducção de 255. 118 balas ou 9, 9% . Algumas cifras darão uma idéa dos progressos realizados pela industria algo- doeira nos Estados Unidos duranto os trinta últimos annos. Relativamente ás fabricas do sul, o consumo por semana, que era, em 1877-1878, inferior a 3.000 balas, elevou-se em 1907-1908 a perto de 50.000 balas. Relativamente às fabricas do norte, o consumo, posto que tão forte actualmente como o das fabricas do sul, progrediu, mas lentamente, passando de 28.500 balas, em 1S77-1878, a 50.000 balas em 1906-1907. A cifra para 1907-1908 é pouco inferior a 41 .000 balas. A LAVOURA 589 — Em uma interessante brochura, recentemente publicada, tr.it indo da ex- pansão do cmiimercio francez, esoreveu o Sr. Perieresta pagina suggestiva: € Nos tempos que correra, uma campanha commeroial devo ser organizada como uma campanha militar. Antes de lançaras mercadorias, cumpre primeiro que tudo explorar e reconhecer bera o terreno. A' maneira dos oíHciaes de uni ser- viço geographico, os cônsules da França podem e devem dar o plano das praças a conquistar. E' tão encarniçada a cDncurremia etão áspera a luta, que, para fazer negócios, é mister empregar, por assim dizer, meios scientiflcos: E' preciso dizer aos nossos eamponezos a razão porquo a exportação dos nossos productos agrícolas é muito inferior ã cifra que deveria attingir ; a razão por que tende a descroscer, ao passo que progride a dos nossos coucurrentes dinamarquezes, belgas e hollan- dezes. Deve-se-lhesossknalar os defeitos da sua fabricação, a insufflciencia da qua- lidade, a carestia excessiva. A cooperativa agrícola só, e tomaudo por modelo os agrupamentos dinamar- quozes, permitte orgauizar, por despezas communs reduzidas, não só a producção industrial intensiva, como a venda commeroial remuneradora.» — Segundo uma publicação in.,'leza, a D'ornbusch's Li*t, eis as cifras da pro- ducção de trigo no mundo, em 1908, comparadas com as do 1907. As cifras são em milhares de quarters, equivalente cada quarter a libras 290,78. Total da Europa 202.500 207.300 America 128.500 118.950 Ásia 35.600 42.200 Africa 5.500 0.800 Austrália 16.000 7.000 Total mundial 388 100 382.250 — Segundo um chimico irancez, a banana é tão nutritiva quanto a carne em peso igual. E' mister, porém, comprehender essa equivalência. Esta só existe no ponto de vista « calorias e energia», porque a carne dá poucas calorias e o assucar eo amido dão muitas. Entretanto a banana não poderia substituir a carne na ração alimentícia, mormente na das creanças, que se achando no período do crescimento precisam de alimentos azotidos para o fabrico dos tecidos. Seria preferível á carno para os indivíduos adultos, que recebem por outros meios bastante azoto e que dispendom forças physicas. Para estes tem ella o valor do assucar: é um alimento enérgico. — O ultimo recenseamento do gado, na Suissa, nos dá a conhecer que asse paiz conta 1 .408. 144 cabeças de gado bovino, ou seja 500.000 mais do que tinha ha qua- renta annos. A proporção é de 429 por 1.000 habitantes, omquanto que na França é de 365, na Allemanha de 323, na Itália de 170. A producção do leite é, na média, de 2.000 litros por vacca e por anno, representando, ao preço de 13 cêntimos o litro, um valor do 338 francos o para toda a Suissa um rendimento annual de mais do 208 milhões de francos. O numero das cabras ê ali i de 302.117. São necessárias quatro cabras para darem a mesma quantidade de leito de uma vacca. O seu rendimento annual é 10.608.300 francos. 1410 7 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA — Os mais perigosos ia imigos do homem são os insectos. Basta lançar um olhar sobre a estatística dos desastres que causam â agricultura, para sa ter uma idéa do poder desses infinitamente paquenos. Os estragos que annual monte os in- sectos causam nas colheitas e na criação do gado, diz o Sr. Van Norman, repre- sentam para os habitantes dos Estados Unidos uma sornmi superior ao total das despesas publicas. O Sr. Marlat calcula em 3.500.000.000 o prejuízo que os insectos dão aos agri- cultores nos Estados Uuidos o esta cifra, sagundo os cálculos do Sr. Vau Norman, é inferior á realidade. Nas estatísticas offlciaes, os estragos que esses inimigos, em geral invisíveis, causam ás mattas, elevam-se a 500.000.000 por anno e as perdas dos criadores de gado, ocasionadas pelas moléstias produzidas pelos insectos, são cílculadas era 875.000.000. Si se reunir a estas cifras, por assim dizer, perma- nentes, os daranos variáveis que soffrem os cereaes, o algodão e as arvores fructi- feras, exaggerado não pareço um totol de 3.500.001.000 a 4.000.000.000. Não percamos de vista, conclue o jornal de onde extractamos estes dados, que, na época em que a agricultura ainda não conhecia os meios do lutar contra os dois insectos um quo ataca a raiz e o outro a haste do trigo, os lavradores americanos soffriam, só neste caso, um prejuízo que, segundo os annos, variava de 500.000.000 a 1.000.000.000. Foi-micitla, Schomaker — Chamamos a attenção dos nossos lei- tores para oannuncio que os Srs. Schomaker & Comp. vêem fazendo no nosso bo- letim, sobre o formicida Schomaker, e mais ainda, para as experiências realisadas em S. Paulo, com o mesmo producto, condensadas num artigo sob o titulo— A ex- lincção das fur migas saitoas, que publicamos na nossi sojção de collaboração. -&S#&jjf€€€€- 'ARTE C0MMERCIAL Dezembro de 1908 Venderam-se 174.000 saccas contra 100.000. Entraram 835.004 saccas contra 249.833. Os embarques foram: 291 .737 saccas contra 243.039. A existência em 15 dedszembro era: 251.309 saccas contra 233.779. A existência em 31 de dezembro era: 172.046 saccas. contra 254.30;». Os extremos das cotações foram : 1* quinzena Por arroba Por 10 kilos Typo D. 6 5*600 a 5$800 3$813 a 3-949 » » 7 5$300 » 5.f500 3$608 » 3$744 » » 8 5$000 ■» 5$200 f$404 » .'$540 » » 9 : 4$700 » 4*900 3$200 » 3$336 2" quinzena Por arroba Por 10 Mios Typo d. 6 5$r00 a 5$000 3|813 a 4$017 > » 7 5*300 > 5*600 3$008 » 3$813 » > 8 5$000 > 5$300 3$404 > 3*608 » » 9 4$700 » 5$000 2|200 » 3*404 Em Nova York, o typo 7, disponível do Rio, foi cotado na Ia quinzena a 6 u c. por libra e o de Santos a 7 5/ie c- Na 2a quinzena, subiu 7* cens. por jii,ra nesta quinzena tendo-se cotado a 6 l/8 c. até o dia 22, a 6 17/32 c. em 23 e 24, a 5/„ c. em 28 o 29, e a 6 3/4 c. em 30 o 31 . O de Santos cotou-sc a 6 ~/s c. até o dia 22 a de 7 '/» c. em 23 e 24 e a 7 ' s c. nos quatro últimos dias. Na Bolsa registrarara-se apeDas três cotações na Ia quinzena: 5 c. em 7, 8 e 9; 5.05 c. em 4 e 5, o 5.10 c. em todos os outros dias. Ha 2l quinzena as cotações da Bolsa também estiveram em alta, vigorando a de 5.05 c. em 16 e 17; 5.15 c. om 18 e 10} 5.30 c. em 22 o 23 ; 5.35 c. em 21 e 24; 5,40 c. em 2^ ; 5.50 c. em 29 ; 5.55 c. em 30 e 5.60 c. om 31. 1- quinzena Saccas Estrada de Ferro Central do Brazii 43.768 Cabotagem 16.092 Barra dentro 71.519 Total 130.379 2' quinzena Saccas Estrada de Ferro Central do Brazil 38.984 Cabotagem 11.002 Barra Dentro 54. '.39 Total 104.625 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Géneros importados Qualidade Quantidade Preços Carne secca. . . . , . 14.947 fardos. . . — 1" quinzena Rio Grande (systeiaa antigo) Não ha Dita (systema platino) nova $680 a $740 Rio Grande, Fronteira, patos e manta. .... $700 > $780 Rio da Prata, mantas só $820» $900 2a quinzena Os preços regularam como se segue : Rio Grande, systema platino s760 a .^840 Dita, idem nova $700 » $800 Rio Grande, Fronteira, patos e mintas .... $760 » $860 Rio da Prata, mantas só $860 » $900 Farinha de trigo .... 8.757 barricas. . — ía quinzena Americana (barrica) Não lia > (sacca) » » Rio da Prata: Por 2 saca Primeira qualidade 26$000 Segunda > 25$000 Terceira » 24$000 Moinho Inglez: Nacional 24$500 Brazileira 23$700 Buda-Nacional 25$700 Moinho Fluminense: S. Leopoldo , 24$500 O. 0 23$500 2* quinzena Americana (barrica) Não ha > (sacca) » » Rio da Prata: l*or 2 sacca Primeira qualidade 25$500 Segunda > 24$500 Terceira » 23$500 A LAVOURA Moinho Inglez: Nacional 24$500 Brazileira 23$700 Buda-Nacional 25$700 Moinho Fluminense: S. Leopoldo 24$500 O. O /» quinzena Manteiga — 1.540 caixas: Demagny, Isigny (latos sortidas) 2$520 a 2$550 Brétel Frères (latas sortidas) 2$200 » 2$220 Lepelletier 2$420 » 2$450 Modesto Gallone (sortidas) Não ha Esbousen Não ha L. Briim Não ha Buske Júnior 2$350 > 2$360 Marclet Não ha Outras marcas 2$200 a 2$250 A nacional vendeu-se: a de Minas, de 3$ a 3$400 e a do Sul, de 1$600 a 2$200. 2a quinzena Demagny, Isigny (latas sortidas) 2$520 a 2$540 Brétel Frères (latas sortidas) 2$200 » 2$240 Lepelletier 2$440 * 2$460 Modesto Gallone (sortidas) , . 1$850 » 1$950 Esbousen Não ha L. Brum 2$550 a 2-$560 Buske Júnior 2$350 » 2$360 Marclet Não ha Outras marcas 1$800 a 2$000 A nacional vendeu-se: a de Minas, de 3$ a 3$400 e a do Sul, de 2$200 a 2$<30O. Géneros nacionaes Aguardente Na primeira quinzena a despeito da pequenez das entradas, o mercado conti- nuou em baixii, não sendo firmes os preces que damos abaixo. Foram pequenos os supprimentos recebidos durante a quinzana que começou no dia 15, as quaes constaram de 245 pipas que accumulando-se algumas entregas e novas compras o mercado toroou-se firme e fechou em perspectiva de alta. SOCIEDADE NACIONAL DE AORICULTURA ía quinzena Paraty 125$000 a 130$000 Angra 115$O0O > 120$000 Campos 110&000 » 115$000 Maceió 110$000 » 115$000 Bahia I10$000 > 115$000 Pernambuco UOJOOO » 115J000 Aracaju 110$000 » 115$000 Sul 110.^000 » 115$000 2' quinzena Paraty 140$000 a 150$000 Angra 110$000 » 120$000 Campos 1C5Í000 » 1 15$000 Maceió 105$000 » US$000 Bahia 105$000 » 115?000 Pernambuco 105$000 » 1 15$000 Aracaju 105&000 » 1!5:000 Sul 105$0C0 » 1 15^000 Álcool O mercado esteve frouxo e com baixa nos preços na 1* quinzena do mez, na 2a quinzena houve procura com negócios regulares realizados e o mercado conser- vou-se firme, sendo bem pronunciada a tendência para a alta. 4a quinzena Preços 40 gráos 150$000 a 160$000 38 > 140$000 » 150$000 36 > 130$000 > 140$000 2' quinzena 40 gráos 14õ$000 a 150^000 38 » 135$000 » 140|000 3(3 » 125$000 » 130$000 Algodão em rama, Foram muito restrictos os negócios realizados na Ia quinzena do mez tendo os preços soffrido ligeira baixa, continuando nló o fira do msz a faltade offerta por parte dos mercados pi oductores onde as entradas teera escasseado, não sendo pos- sível comprar ao máximo das cotações infra. Primeira quinzena Fardos Existência no dia 30 do novombro 16.525 A LAVOURA Entradas : Natal 4.800 Pernambuco 2.370 Parahyba 1.989 Ceará 515 Mossoró , . . . 500 Maceió 100 10.274 26.799 Sahidas dos trapiches 8.867 Existência no dia 15 do dezembro 17 932 Preços : Pernambuco 8$400 a 8$700 Rio Grande do Sul 8$400 > 8$600 Parahyba 8$2!0 » 8$500 Ceará Nominal Sergipe Nominal Segunda quinzena Fardos Existência no dia 16 17.932 Entradas : Pernambuco 1.847 Parahyba 1.110 Natal 1.634 Ceará 200 Sergipe 200 4.991 22.923 Sahidas dos trapiches 10.493 Existência no dia 31 12.430 Preços : Pernambuco 8$400 a 8$700 Rio Grando do Norte 8$200 » 8$600 Parahyba 8$?00 » 8$600 Sergipe 8$000 » 8*400 Ceará Nominal Assucar As sahidas até o dia 15, contra aespectativa geral, foram pequenas e areducção de negócios par.i u interior motivou o enfraquecimento dos preços. O mercado fechou com os interessados ora uma posição quasi que de espectativa devido á in- certeza do futuro. Na 2a quinzeoa do mez findo, os compradores mostraram-se activos, realizando, muitos nogocios o que melhorou as cotações ficando o mercado muito firme e cora tendência a subida de preços. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Ia quinzena Pernambuco i Bronco usina Não ha Branco crystal $3K0 a $390 Dito 3a sorte $4I0 » $420 Crystal araarello $300 » $340 Mascavinho $300 » $360 Somenos Não ha Mascavo bom $250 a $360 Dito regular _ $049 Dito baixo _ $220 Sergipe : Branco crystal $370 a $380 Crystal amarello $320 » $330 Mascavinho $300 » $340 Mascavo bom $250 » $360 Dito regular — $240 Dito baixo $200 » $220 Campos : Branco crystal $330 » $390 Dito 3° jacto $330 » $340 Crystal amarrllo $320 » $330 Mascavinho $280 » $340 Mtceiô- Branco crystal $370 > $380 Crystal amarello $320 » $330 Mascavinho $300 » $340 Mosca vo bom $250 » $260 Dito regular " Não ba Bahia : Branco crystal — $410 Segunda quinzena Pernambuco : Branco usina Não ha Dito crystal $38) a $403 Dito 3» sorte $400 » $410 Crystal amarello $310 •>> $340 Mascavinho $290 » $340 Somenos $290 > $300 Mascavo bom §ã"0 » $280 Dito regular $250 » $260 Dito baixo — $240 A LAVOURA Sergipe : Branco crystal $380 a $400 Crystal amarello $310 » $340 Mascavinho $290 » $340 Mascavo bom $560 » $270 Dito regular — $250 Dito baixo $230 > $240 Campo» : Branco crystal $390 » $400 Dito 2» jacto $340 » $350 Crystal amarello $340 » $360 Mascavinho $310 > $320 Maceió : Branco crystal $380 » $400 í» quinzena Sacco Arroz nacional 24$000 a 25$000 Dito, inferior 18$000 » 21$000 Dito, agulha, 1» qualidade 38$0J0 » 39$000 Dito, 2' qualidade 34$000 > 35$000 Dito. 3a qualidade — 2C$000 Feijão preto de Porto Alegre, novo .... 10$000 » 12$000 Dito idem da terra 12$000 » 13$000 Dito idem de Santa Catharina, superior . . 10$000 > 12$000 Dito do Paraná Nominal Dito mulatinho 8$500 a 11$000 Dito manteiga 27$000 » 29$000 Dito enxofre, nacional 15$000 > 17$000 Dito de cores, nacional 1 1 $000 » 14>;000 Farinha de mandioca, especial 9$500 » 10$0C0 Idem, fina 8$ii00 > 9$200 Idem, peneirada 8$000 » 8$400 Idem, grossa 6$200 » 6$500 Idem, do Norte (grossa) — — Idm, de Laguna (grossa) 6J000 » 6$200 Milho amarello do Norte 9$500 » 9$600 Idem idem da terra 9$í00 > 8$0t0 Idem idem misturado 8(500 » 9$000 Cangica 15$000 » 16{000 Favas 7$500 > 8$500 líii SeCIEDAllK NACIONAL DK AGRICULTURA Kilogramma Alpista $380 a $400 Fubá de milho $140 » $200 Matte em folha $400 > $500 Tapioca $300 > $360 Polvilho $170 » $2D0 Carne de porco $580 > $620 Lioguas do Rio Grande (uma) 1$000 » 1$200 Fumo eiu rolo Trecos Do Minas, especial 1$200 Dito superior 1$I00 Dito 2» 1$000 Dito ordinário $800 Goyano, superior 2$000 Baixo Nom. Rio Novo, superior 1$600 Dito â* 1$000 Dito baixo $800 Pomba, superior 1$200 Dito 2» 1$000 Dito baixo $900 Carangola 1$100 Picú, espeeial 2$200 Dito 1» 1$600 Dito 2» 1$200 Bahia 1$100 Pernambuco . Não ha Entraram 310.620 kilos por cabotagem do nacional, que se cotou de 2$ a 2$200 por 40 litros. Mercado monetário Existência de ouro na Caixa de Conversão : EM 15 DE DEZEMBRO Libras esterlinas 5.162.790 Francos 10.389.420 Marcos 4.080 Dollars 130.605 LAVOURA Liras 1.460 Pesos argentinos 2.720 Pesetas hespanholas 75 Ouro nacional 153:270$000 A importância das notas conversíveis em circulação era de 89.940:470$000. O preço dos soberanos, fora da Bolsa, foi de 16$025 a 16$050. CAMBIO As taxas offlciaes continuaram a manter-so inalteralas, a 15 1/8 d. sobre Londres nos bancos estrangeiros e 15 3/16 d. no Banco do Brasil. As transacções bancarias flzeram-se a esses extremos e as do outro papel de 15 13/ lo a 15 7/32 d. não e registrando movimento digno de nota. Os extremos das cotaçôos offlciaes foram : Londres, 90 d/v 15 1/8 e 15 3/16 d. Paris, 90 d/v $630 a $632 Hamburgo, 90 d/ v $776 > $779 Portugal, 3 d/v 300 » 305 % Itália, 3 d/v $637 » $638 Nova York, á vista 3$288 » 3$295 Vales, ouro — 1$793 O valor offlcial de mil réis foi de 560 a 563 réis, ouro, e o da libra de 15$803 a 168. Ágio de ouro 77,77 a 78, 51 % . BIBLIOGRAPHIA Temos recebido mais as seguintes publicações com as quaes de bom grado entrotoremos permuta : Vlialia Moderna, de Roma.— Anno VI, vol. II, fases. 5 e 6. Bulletin Trimestriel de la Société Arnicale des Ingdnieurs de VBTcole Supèrieure d'Eleclricitè, de Paris.— N. 15, novembro de 1908. Bblelin Mensual de la Comisión de Defensa Agrícola. Publicação do Ministério da Agricultura da Republica Argentina.— N. 14, setembro de 1908. The Agricultural Ledger, de Calcutá.— N. 7 de 1907 e 1 de 1908. Agricultura Transmontana, qiin se publica era Mirandella (Portugal). — 1» anno, n. 10. Boletim Periódico, da «Companhia dos Fazendeiros doS. Paulo». — Anno I, n. 1. Boletim das Observações Meteorológicas da Superintendência de Navegação do Mi" nisterio da Marinha.— Anno XII, ns. 6 e 7. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Boletim da Intendência Municipal do Rio de Janeiro. Anno XLVI, julho a se- tembro de 1908. PUBLICAÇÕES DIVERSAS Accusamos com os nossos agradecimentos o recebimento das seguintes : O Ensino Agrícola nos Estados Unidos e em alguns dos prineipaes paizes da Eu- ropa, por Gustavo R. P. d'Utra. S. Paulo, 1908. La Industria de la Lecheria en la Republica Argentina, pelo Dr. Enrique Fynn. Buenos Aires, 1908. Pela Sociedade Nacional do Agricultura de S. José da Costa Rica foram-nos remettidos os seguintes trabalhos em espanhol : Informe presentado por el Consejo Administrativo de la Sociedad Nacional de Agricultura a la Asamblea de 1908. S. José, 1908. La Anguilostomiase y la Agricultura, pelo Dr. Mauro Fernandez. S. José, 1907. El Cansando, pelo Dr. Mauro Fernandez. S. José, 1907. Industria Pecuária. Provecto de Código Rural. Secretaria de Gobernacion, S. José da Costa Rica, 1907. La Fumagina nel Cafeto, por Adolfo Tonduz. S. José (Costa Rica), 1897. El Bmano. Conferencia feita pelo general Rafael Uribe Uribe na Sociedailo dos Agricultores da Colômbia. S. Jo3ó, 1908. Adubação dos Cacaoeiros, por A. Couturier. Publicação do Centro de Experi- ências Agrícolas do Kalisyndik.it que tem o sou eseriptorio no Rio de Janeiro á Avenida Central n . 117. Homenagem aos fundadores da Casa Araújo Maia & Comp. Estatística Agrícola e Zoolechnica no anno agrícola de 1904-1905 das seguintes localidades de S. Paulo: Rib3irão Branco, Conceição dos Guarulhos, Xirirk-a e Campo Largo de Sorocaba. Relatório apresentado ao Presidente do Estado do Rio Grande do Sul pelo major Euelydes B. de Moura, commissario offlcíal de Propaganda do mesmo Estado. Porto Alegre, 1908. O Municipio do Passo Fundo na Exposição Nacional de 1908, por Francisco An- tónio Xavier e Oliveirai Porto Alegre, 1908. Relatório apresentado ao Conselho do Município de Victoria (E. de Pernam- buco) pelo capitão António de Mello Vercosa, em 15 de novembro de 190^. Corporação Operaria de Camaragibe. 11" Rotatório apresentado á A.ssembléa Geral de 18 de outubro de 1908. CATALOOOS D. Landreth Seed Compang (Bristol, Pensylvania). 125° catalogo annual (1909). Blain I• .— Gado expOíto i elo Sr. Manoel Bernardez. 509 Socielade (A) Nacional de Agricultura na Exposição Nacional de 1908 . . 3e 368 » Nacional de Agricultura —Resumo histórico — Heitor de Sá. . . 147 EXPEDIENTE : 7/or-to da Penha 580 Aprendizado agrícola oh- nlar 252 Museu : Madeiras de Cananéa. 349 Secção de Plantas e Sementes: Boletim cia expedição em maio de 1908 216 Distribuição nos mezes de janeiro e fevereiro de 1908 33 » de setembro de 1902 a setembro de 1908 403 » durante o 1° semestre de IDOS 290 Movimento da secção 33, 216 e 290 Secção do Álcool : Director 215 Movimento da propaganda de 1903 (outubro) até 1908 (inaio) 215 Secção Technica : Búfalo leiteiro da índia 399 Correspondência e circular do Sr. Miguel F. do Monte sobre o algodão. 346 Descascador Engelberg 349 Director . . . . , 213 Estatística geral 214 Exposição Agrícola em Friburgo 523 Formigas cuyabanas Í72 Fumo brasileiro no Japão 253 Gravuras (As) das capas. . 32 Grevy Lebra (A) 30 ÍNDICE b05 Pag». Informações . 29 Luminosas forrageiras 213 Macliiuismos para mandioca 349 Mandioca 523 Propaganda agrícola 31 e 47? Relatório do Dr. C. Lix-Klett 291 Secretaria : Café— Carta do Sr. João F. da Rosa 522 Carta honrosa 521 Conferencia 390 Cooperativa agrícola de Juiz de Fora 580 Correspondência. ... 27, 105, 106, 210, 251, 288, 345, 396, 471, 580 e 079 Experiência de S3 mentes 104 Fornecimento do arame 290, 345, 397, 398 e 521 » » formicida 397 e 398 Gafanhotos 28 Movimento da Secretaria — Correspondência de 1° de outubro de 1900 até 30 de setembro de 1908 397 1'arecer elaborado pelo Ur. João Baplisla de Castro a uma consulta do Museu Comniercial 106 Sessões de directoria, 103 e 210 Syndicato Agrícola Alegrense 27 Visitas, 252 e 346 Thesouraria : Balanço geral 211 NOTICIÁRIO : Abjbora gigante 263 Agricultura (A) em Minas 218 » » no Para 580 Arado mineiro 2Õ9 Assucar (Oj brasileiro no Japão 2til Banco Central Agrícola (regula.nento) 291 » de Custeio Rural 520 Batata (Uma) de respeito 218 Blyuiyer (1'hej Iron Works 39 Café (O) ' 25(j » » do Brasil na Exposição de A- li 527 Centenário do Jardim Batauico do Rio de Janeiro , 297 Centro agronómico 587 Colónia Francisco Salles 258 Commercio de café 298 Conferencia nu Museu Coniniereial do Kio de Janeiro 217 Congresso dos fazendeiros paraenses 304 Contra a secca uSO Cooperativas agrícolas em Minas (regulamento) 110 Credito agrícola em Minas °-° » » no Paraná 259 Cultura da cevada *7* » (A) do arroz a do trigo no Brasil 200 1410 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Pags. Cullura do trigo.— Projecto H. Baptista 351 Ensino agricola e commercial 52fi Estação agronómica de Porto-Alegre 475 Estado de Pernambuco.— Organização do servi.o agronómico 407 «Estado (O) Moderno e a Agricultura» 863 Estatística da producção de cereaes no mundo 352 do commercio exterior do Brasil (1905, 1906 e 1907) 41 Exportação de fumo pelo Estado do Rio Grande do Norte 123 Exposição agrícola 528 Fazenda-modelo , . , . . 410 e 474 Fazendas-modelo em Minas Geraes 5S8 Hopkins, Causer & Hopkins • 40 Importação de animaes 474 e. 527 Instituto Internacional de Agricultura 410 e 527 Introducção de gado nos Estados Unidos 582 Manufactura (A) do fumo na Bahia 123 Marmelada de cavallo 40 Movimento cooperativo 474 Novo trigo 259 Pecuária (A) em Minas 259 Posto Zootechnico em Pernambuco 528 Publicações sobre a Sociedade 585 Rebenefíciamento do café 410 Saloxo s 355 Seccadouro Moreira 588 Stock de café 298 Syndicatog agrícolas 409 » » (lei e regulamento) ■ ■ 34 Torrador de café 586 Valorisação do assacar 410 PARTE COMMERCIAL 43, 125, 220, 264, 305. 355,411, 475, 528 e 590 Collaboradores d'A LAVOURA no anno de 1908 A. Barbiellini. - A. C. Ferreira Paula. — Dr. Achille Rigodanzo — António Augusto Bastos. — Domingos Giovanette. — Ernst Mager. — G. Rossi. — Gustave Métral. — H. Cercelet. — H. Racquet. — Jacyntho de Mattos. — Joáo Dale. — Oriental. - Dr. Vincenzo Grossi. 1410 — Rio es agrícolas, filiadas ou confederadas, que contribuírem com a jóia de 30$ e a annui la § 5.0 Os sócios efectivos e os associados poderão se remir nas con 5 qu 1 im preceituadas no regulamento, não devendo, porém, a contribuição lixada para esse fim ser inferior a dez (10) annuidades. Art. o." Os associados deverão declarar o seu desejo de comparticipar dos tra- balhos da sociedade. Os demais sócios deverão ser propostos por indicação de qualquer sócio e apresentação de dois membros da Directoria e ser acceitos por unanimi 'a le. Ait. 10. Os sócios, qualquer que seja a categoria, poderão assi-tir a to as as reuniões sociaes, discutindo e propondo o que julgarem conveniente; terão direito a todas as publicações da sociedade e a todos os serviços que a mesma estiver habilita la a prestar, independentemente de qualquer contribuição especial. § 1." Os associados, por seu caracter de collectividade, terão preferencia para os referidos serviços e receberão das publicações da sociedade o maior numero de exem- plares de que esta puder dispor. § 2° * > direito de votar e ser votado é extensivo a todos os sócios; é limitado, porém, para os associados e sócios correspondentes, os quaes não poderão receber votos para os cargos de administração. ; ,V ' 's sócios perderão somente seus direitos em virtude de expontânea renuncia ou quando a assembléa geral resolver a sua exclusão por proposta da Directoria. REOITLAMENTO CAPITULO VI DOS SÓCIOS Art. 18. A sociedade prestara seus serviços de preferencia aos sócios e associado quando estiverem quites com ella. Art. 10. A jóia devera ser paga dentro dos primeiros três mezes após a sua accei tacão. Art. 2<). As annuidades poderão ser pagas por prestações semestraes. Art. 21. Os sócios e os associados se poderão remir mediante o pagamento das quantias de 2130$ e 500$, respectivamente, feito de uma só vez e independente da jóia, que deverão pagar em qualquer caso. Art. 22. Os sócios e associados não poderão votar, nem receber o diploma, sem terem pago a respectiva jóia. § 1 ." O sócio que tiver pago a jóia e uma annuidade, poderá remir-se mediante a apresentação de 20 sócios, desde que estes tenham igualmente satisfeito aquellas contribuições. § 2.0 Para esse effeito o sócio deverá requerer á Directoria, provando seus direitos nos termos do para^rapho anterior. § 3.0 Serão considerados beneméritos os sócios que fizerem donativos á sociedade, a partir da quantia de um conto de réis. Art. 23. Para que os sócios atrazados de duas annuidades possam ser considerados resignatarios, nos termos dos Estatutos, é preciso que suas contribuições lhes tenham sido solicitadas por escripto, até três mezes antes, cabendo-lhes ainda assim o recurso para o conselho superior e para a assembléa g-eral. ^ \ / V , - HOPKIHS, CAUSER & HOPKINS IMPORTADORES DA CELEBRE RAÇA DE GADO 1NGLEZ „BED SUO RTHOB > ' « Mactinismos para o fabrico óe Manteiga, Queijo, Gelo e Latas DESNATADEIRAS „ALFA-LAVAL" MODELO 1908 Arados 2 Mschinas para a Lavoura 77, Rua Theophilo Ottoni, 77 20, Rua Moreira Cezar, 20 RIO DE JANEIRO S. JOÃO D'EL-REY The Blymyer Iron Works Co. 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Paulo, onde supplantou todas as marcas que concorreram a essa experiência e demonstrou praticamente ser o formicida „ PASCHOAL " o mais enérgico destruidor das formigas e mais económico 100% conforme o re- latório publicado por ordem do obteve primeiro logar governo do mesmo Estado. NAS EXPERIÊNCIAS EFFECTUADAS EM S. PAULO Paschoal Vas Otero communica aos Srs. Laoradores que, de regresso da Europa, acaba de montar novos apparelhos e que melhorou ainda mais o seu formicida que tão bons serviços tem prestado á Lavoura. A Sociedade Nacional de Agricultura poderá bem attestar a boa qualidade do formicida pelo grande numero de latas que tem comprado para os seus associados, assim como communica aos Srs. consumidores que tem todo o escrúpulo no enlatamento e que assume também inteira responsabilidade na medida das latas (quatro litros). Paschoal Vaz Otero ESCRIPTORIO 63, RUA DO HOSPÍCIO, 63 1*10 BI arAETEERQ Henry Rogers, Sons & G, Limited EMiEMIEIRIIS li flOTRACTAIinRES HE PARA QUALQUER INDUSTRIA Oí ASRIffLTUKH Casa especial de instrumentos e machinas para a lavoura ARADOS e CULTIVADORES dos melhores fabricantes inglezes e americanos ©li!T4T4BIimâ,i „ESTRELLA" „BALTIC" e mais machinas ds fazer manteiga e pasteurizar o leite ESPECIALISTAS EM FIAÇÃO E TECELAUEM Únicos vendedores das cordas e fiação de HOWARD & BULLOUGH Teares e tecelagem de Henry Livesey Teares e tecelagem automáticos de Northrop ORÇAMENTOS, PLANTAS E TODAS AS INFORMAÇÕES RUA VISCONDE DE INHAÚMA, 39 17 A, RUA DA QUITANDA, 17 A RIO DE JANEIRO Descascadorss de Arroz e Café * x *r * * * * MGELBERG AMERICANO Estas machinas para arroz e café, fabricadas ha 1 9 annos nos Estados da America do Norte, em Syracuse, New-York, pelos fabricantes The Engelberg Huller Co. já são sobejamente conhecidas no mundo inteiro onde se planta arroz e em todos os Estados do Brazil, por conseguinte, não são machinas que se vão experimentar. 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Empório de machinas para a LAVOURA Rua do Commercio Ns, 44, 46 e 48 ^ SÃO PAULO Avenida Central, 18 — RIO DE JANEIRO N. B. - Em nosso escriptorio, tanto era S. Paulo como no Rio de Janeiro, acham-se funccionando, a qualquer hora, os raachinismos de café e arroz. '& m & & & £ «» «ws» «» <» & & & & & PREMIADO COM MEDALHA NA EXPOSIÇÃO DE FLORES DE 1903 ESPECIALIDADE SM ROSEIRAS, CAMÉLIAS, ETC, Grande sortimento de plantas nacionaes e extrangeiras, arvores fructiferas e de ornamento. Encaixotam-se e embarcam por expor- tação para todos os Estados, interior e exterior. Confeccionam ramos, corbeilles, palmas, coroas e bouquets para noivas, etc. POR PREÇOS RAZOÁVEIS VIUVA SILVA & FILHOS Fornecedores da Sociedade Nacional de Agricultara Mwmzm<& mm «pi 1 1. 19, Rua General Camará, 21 Importadores em grande escala de Louças de ferro, Ferragens, tintas, óleos, cimento, Canos de ferro e de chumbo para agua e gaz, Telhas zincadas, arame farpado a liso, Drogas para industria, material para estradas de ferro, artigos para lavoura, etc. DEPÓSITOS Rua do Cotovello n. 16 — Travessa do Paço n* 26 Travessa da Fidalga m 3 — Largo de Santa Rita n« 24 ESPECIALISTAS EM MATERIAL PARA CANALISAÇÃO DE AGOA DEPOSITÁRIOS DOS SECANTES PSODtfCTOS CONHECIDOS Formicida Pestana (purificado) : Dynamite "Estygia" Dito Capanema Dito Paschoal Creolina Freire de Aguiar Coalho marca Estrella Enxadas "Radiante especial' Cimento "Pedreiro" Dito "S. Jorge" Commlssarios d* Café e mala géneros do Fali, garantam as melhoies contas de venda enjos líquidos são pagos Immedlatamente. A nossa firma foi premiada com medalha de ouro na Exposição de S. Luiz (E. U. da America) pelas excellentes qualidades de Café recebido de seus committentes que expuzerarn. Rio do Janeiro wcowôooooooooooí Sortimento completo xxaxoooooooooocoí de Ferragens, Drogas, Tintas, etc. etc. Grande Empório de Machinas * * * »**•****** para a lavoura lj Arado Reversiva! 3 alavancas Óleos lubrificantes, Correias de couro e "Gutalata «orno»! as melhores do mundo mmwxxwmm» » « & » s> & s> IBACHINISMOS DE VARIAS ESPÉCIES « « « « « Vai ores, Arame farpado, Telhas de zinco. etc. etc. Nunca esquecer que o emprego de adubos na cultura das terras ó absolutamente necessário, afim de conseguir-se um resultado verdadeira- mente remunerador do esforço e do capital empregado pelo agricultor. Adubos artificiaes de todas as qualidades para a adu- bação das terras produetoras do café, algodão, canna de as- sucar, fumo, de todos os cereaes, de todas as leguminosas, de todas as arvores fruetiferas, emfim, de todas as culturas . Os adubos são fornecidos, cada elemento nutritivo em sepa- rado ou em diversas misturas, podendo estas ultimas ser de qualquer proporção, havendo toda a garantia de serem mis- turas rigorosamente exactas quanto á sua composição. Recom- mendam-se especialmente : Chlorureto de potássio de 50 "/„ de potássio (Kali) Sulphato de potássio . . de 50 °/„ de > » Sal de potássio de 30 °/0 de » » Superphosphatos de 20 °/0 de acido phosphorico solúvel em agua. Escorias de Thomaz ... de 1 6 0/o de acido phosphorico solúvel em acido cítrico. Sulphato de ammoniaco de 20, 5 °/0 de azoto. Salitre do Chile de 17 "/, de azoto . Guano com porcentagem garantida . Fornecem-se aos agricultores, gratuitamente, informa- ções e conselhos sobre a qualidade e quantidade dos adubos a usar, tendo em vista a propriedade do solo e a cultura que se pretende beneficiar. Estas informações e conselhos serão fornecidos in loco por um profissional e scientista, que se acha no Brasil para este fim. Fornecem-se, gratuitamente, livros e folhetos, em qual- quer idioma, referentes a qualquer cultura. As encommendas de adubos devem ser feitas com ante- cedência, afim de poderem vir da Europa a tempo para a sua applicação adequada, que começa approximadamente em Agosto ou Fevereiro. ÚNICOS RECEBEDORES DOS ADUBOS DO " KALISYNDIKAT DE STASSFURT " (Allemanha) BRÍJGQEMAM, PEREIRA & CL 93, Rua da Alfandega, 93 CAIXA. DO CORREIO N. 5G6 — ENDEREÇO TELEGRAPH1C0: "3EBI90I" i ÊTOOtÀ^S * §t MPORTADORES '0m """"««o --Pleto de fe,rageme»rmarinh<> 35. RUA GENERAL CAMARÁ, RIO DE JANEIRO Arame farpado „ Eléctrica" de qua/fdade Insuperável Sem rival Peso liquido 38 Mos Comprimento 402 melros Garantidos Preço sem competência Enxada „Sol" Fabricada do melhor aço inglez. Superior a qualquer outra marca pela excellente qualidade Quem usar uma vez é freguez para sempre ** v r Casa especial trabalhos de flores naturaes artisticamente executados Coroas para enterros, ie todos os preços e feitios Ornamentações de salões, mesas, etc, para casamentos, bailes, etc, etc. Sementes afiançadas de hortaliças e flores* • CULTURA DE FLORES Rua Senador Nabuco n. 21, Villa Izabe! (Orchideas) Fonseca — Nithcroy (Flores diversas) CHÁCARA FLORA Alto da Serra — Petrópolis (Flores e Plantas) Schlick & Comp, Rua do Ouvidor n. 31 ^ TELEPHONE N. 1281 J GfôASO E/IO IDEJ J-AOSnEIIIRO CASA ESPECIAL DE HORTICULTURA 4=5, Bua d_o 0-ULTrid_or, 4=5 RIO DE JANEIRO grande sortimento áe sementes novas de hortaliça, de flores, de plantas para agricultura, eto. GRANDE SORTIMENTO DE FERRAGENS, UTENSÍLIOS E OBJECTOS PARA TODOS OS MISTERES DE JARDINAGEM Saloias, alimento para pássaros, pó da Ferala • chá ia índia (Bam Lal'i) GRANDE OFFICINA DE TRABALHOS EM FLORES NATURAES Cestas, ramos e grinaldas faltas oom apurado gosto para casamentos, bailes, festas, enterros, finados, ato. enearregam-se de ornamentações para mesas de Jantar, festas, salões, oanqnetes, mas, eto. CHÁCARAS DE CULTURA DE PLANTAS Rua Theodoro da Silva, 56 A Rua Haddock Lobo, 122 Kua Barão de Petrópolis. 3 (Orchideas e plantas floaa; CULTURA DE FLORES B ET IR O— PETRÓPOLIS DEPÓSITOS OEBAES DE PLANTAS IRTT.A- SE2STAI30R IDA.nsrT.AJS, 31 E 61 AS CAIXAS ECONÓMICAS E O Cr e dito Agrícola PELO DR. ALFREDO ROCHA ■«gl PREÇO 10S000 | i ! 4 A' venda em todas as livrarias do RIO DE JANEIRO e S. PAULO ,* FORMICIDA CAPANEMA O mais antigo e effieaz dos seus congéneres no radical extermínio das forni igas COMPANHIA FORMICIDA CAPANEMA 41 A, Ena da Candelária, 41 i SOBRADO RIO IDE JANEIRO GRANDE DEPOSITO DE PLANTAS -Tf- * — r^-.' Variado sortimento de plantas de todas as qualidades, para POMARES E JARDINS f *$ * Luiz António Gomes %&& Apromptam se bouquets para baptisados e casamentos, com a máxima brevidade e por preços baratíssimos — 41 - RUA DR. BULHÕES - 41 ^^ ENGENHO DE DENTRO AMÉNS & C0Ã4P. 89, AVENIDA CENTRAL, 89 ri< > de íam:ir com a representação das mais importantes fabricas echnico habilitadi PEÇAM FOLH IPTIVO The Gourock Ropework Export Company Limited ESTABELECIDA EM 1736 Únicos fabricantes da lona impsrmeavel marca „BIRKHYRB'S*S usada pslos Srs, fazendeiros em encerados para lavoura, com os mais valiosos attestados Caixa do Correio, 1081 CÓDIGOS : „BBEB0« Sth. Edition A. B. C. A I Eidereço Tdanitto : „sassolino' TELEPHONE N. 304 1 Barraca typo — „Ferro Carril-' Fornecedores de ENGKRADOS para wagons e BARRACAS para todas as estradas de ferro Confeccionamos encerados e barracas de qualquer t-wianho CABOS E CORDAS DE PRIMEIRA QUALIDADE Cairo, alcatroado, linho, merlim, corda de Nova Zelândia para carne secca Lona da linho de diversis qualidade pira velas Lona de algodão de qualquer largura Fio de vela de varias qualidades para coser saccos, velas e lonas Temos em deposito m IV CERADO?-» e Tí ARR AÇAS de vários tamanb >» 89, Rua Primeiro de Março, 89 RIO DE JANEIRO HOPKfflS, CAUSER k HOPKINS IMPORTADORES DA CELEBRE RAÇA DE GADO 1NGLEZ „RED SHORTHORN" Macliinisfflos para o fabrico le Manteiga, Qneijo, Gelo e latas DESNATADEIRAS „ALFA-LAVAL" MODELO 1908 Arados c Machinas para a Lavoura 77, Rua Theophilo Ottoni, 77 20, Rua Moreira Cezar, 20 RIO DE JANEIRO S. JOÃO D'EL-REY The Blyrayer Iron Works Co. Cincinnati, Ohio, Estados Unidos da America ENGENHEIROS, FUNDIDORES E MECHANICOS JOGOS COMPLETOS DE MACHINAS DE QUALQUER CAPACIDADE Fabricantes de maclimas modernas para Fazenda de Canna de Assncar, Café e Arroz O EMPREGO DE NOSSAS MACHINAS CONSTITUE, SO „TL.UZiOP>í" celebre machina de G^x>C" W É o maior amigo da lavoura e único que tem prestado importantes serviços na extin- cção dos formigueiros o o único que apresentou roaes resultados nas experiências effectuadas por ordem do governo do Estado de S. Paulo, onde supplantou todas as marcas que concorreram a essa experiência o demonstrou praticamente ser o formicida „ PASCHOAL " o mais enérgico destruidor das formigas e mais económico 100% conforme o re- latório publicado por ordem do obteve primeiro logar governo do mesmo Estado. NAS EXPERIÊNCIAS EFFECTUADAS EM S. PAULO Paschoal Vaz Otero communica aos Srs. Lavradores que, de regresso da Europa, acaba de montar novos apparelhos e que melhorou ainda mais o seu formicida que tão bons serviços tem prestado á Lavoura. A Sociedade Nacional de Agricultura poderá bem attestar a boa qualidade do formicida pelo grande numero de latas que tem comprado para os seus associados, assim como communica aos Srs. consumidores que tem todo o escrúpulo no enlatamento e que assume também inteira responsabilidade na medida das latas (quatro litros). Paschoal Vaz Otero ESCRIPTORIO 63, RUA DO HOSPÍCIO, 63 rio de SJÊMJKtMÒ 5 Henry Rogers, Sons & C, Limited EMiKMItllWS KoY!!,'; ■ ' KlCBLfUR» 1 Casa especial de instrumentos e machinas para a lavoura ARADOS e (CULTIVADORES dos melhores fabricantes inglezes e americanos BlSlATADliaAS „ESTBELLA" „BALTIC" e mais machinas de fazer manteiga e pasteurizar o leite ESPECIALISTAS EM FIAÇÃO E TECELAGEM Únicos vendedores das cordas e liação de HOWAKD & BULLOUGH Teares e tecelagem de Henry Livesey Teares e tecelagem automáticos de Northn. -v,:% ORÇAMENTOS, PLANTAS E TODAS AS INFORMAÇÕES RUA VISCONDE BE INHAÚMA, 39 17 A, RUA DA QUITANDA, 17 A RIO DE JANEIRO Descascadores de Arroz e Café * * * x * «■ » EHGBLBEEG AMERICAHO Estas machinas para arroz e café, fabricadas ha 19 annos nos Estados da America do Norte, em Syracuse, New-York, pelos fabricantes The Engelberg Huller Co. sobejamente conhecidas no mundo inteiro onde se planta arroz e em todos os Estados do Brazil, por conseguinte, não são machinas que se vão experimentar. Eestituimos o dinheiro se não derem o resultado que garantimos Chamamos a attenção dos senhores lavradores para a MARCA REGISTRADA acima e para não confundi- rem estas MACHINAS, feitas nos Estados Unidos, com as imitações ordinárias, que apparecem com annuncios e reclames pomposos, que no final não dão resultado algum e só servem para lograr os senhores compra- dores. As nossas machinas, pela sua SUPERIORIDADE, impuzeram-se de tal forma, que_ todos estão procurando imital-as, mas estas imitações sao sempre, como todos sabem _. UAIA IMITAÇAOI Os nossos DESCASCABOEES DE CAFÉ n. 2 descascam, ventilam, esbrugam e brunem (caso queí- N. 5 ram) tudo em uma só operação. Detoaaoador da café N. 0 para 500 arrobas por dia Fornecemos amostras de CAFÉ e ARROZ beneficiados nos DESCASCADO- RES que temos funecionando em nosso escnptorio. Peçam os novos catálogos illustrados e mais informações a p. ^pt©^ ê§ ©. Empório de machinas para a LAVOURA Rua do Commercio Ns. 44, 46 e 48 -•*- SÃO PAULO Avenida Central, 13 — RIO DE JAHSIRQ N. B, Em nosso escriptorio, tanto em S. Paulo como no Rio de Janeiro, acham-se íunecionando, a qualquer hora, os machinismos de café e arroz. ? l_ PREMIADO COM MEDALHA NA EXPOSIÇÃO DE FLORES DE 1903 ESPECIALIDADE EM ROSEIRAS, CAMÉLIAS, ETC, Guando sortimento de plantas nacionaes e extrangeiras, arvores fructiferas e de ornamento. Encaixotam-se e embarcam por expor- tação para todos os Estados, interior e exterior. Confeccionam ramos, corbeilles, palmas, coroas e bouquets para noivas, etc. POR PREÇOS RAZOÁVEIS VIUVA SILVA & FILHOS Fornecedores da Sociedade Nacional de Agricultura ^y.Q \í-^J^^ QnòÃk Rua Conde te Bomfim, 123 \Wf$ml M Conde de Bomflm, 123 portXo vermelho ^Sylí.wlíMr PORTÃO vermelho ms© ©^ ar^HT^imo liii Sllill i 6. 19, Rua General Gamara, 21 Importadores em grande escala de Louças de ferro, Ferragens, tintas, óleos, cimento, * Canos de ferro e de chumbo para agua e gaz, Telhas zincadas, arame farpado e liso, Drogas para industria, material para estradas de ferro, artigos para lavoura, etc. DEPÓSITOS Rua do Cotovsllo n. 16 — Travessa do Paço n. 26 Travessa da Fidalga n, 3 — Largo de Santa Rita iu 24 ESPECIALISTAS EM MATERIAL PARA GANALISAÇÃO DE AGUA DEP0SITABI0S DOS SEGUINTES PB0DUCT03 CONHECIDOS Formicida Pestana (purificado) ) Dynamite "Estygia" Dito Capanema ) Enxadas " Radiante especial" Oito Paschoal j Cimento " Pedreiro" Creolina Freire de Aguiar \ Dito "S. Jorge" Coalho marca Bstrella N ( Commlssarlos is Café < mais géneros do Pai», garantem as melhores sontas de venda cujos líquidos são pagos lmmedlatamente. A nossa firma foi premiada com medalha de ouro na Exposição de S. Luiz (E. U. da America) pelas excellentes qualidades de Café recebido de seus committentes que expuzeram. Rio de Janeiro v:,-',v ,'.À>.n'..v.AX> xxxxxxxxxxxxxxxxxx Sortimento completo de Ferragens, 1 drogas, Tintas, etc. etc. Cirande Empório ds Machinas * ♦ * jj» ».»***.»*• . para a lavoura 1 Arado Reversível 3 alavancas I Óleos lubrificantes, Correias de couro e "Gutalata" xloooooojoaxyxjooMooooa as melhores do mundo mooooooooooooooooooooo» » » » » » IHACHINISMOS DE VARIAS ESPÉCIES « € Siíperphosphatos de 20 °/0 de acido phosphorico solúvel em agua. Escorias de Thomaz ... de 1 6 °/0 de acido phosphorico solúvel em acido citrico. Sulphato de ammoniaco de 20, 5 0/ode azoto. Salitre do Chile...... de 17 "/„ de azoto. Guano com porcentagem garantida. Fornecem-se aos agricultores, gratuitamente, informa- ções e conselhos sobre a qualidade e quantidade dos adubos a usar, tendo em vista a propriedade do solo e a cultura que • se pretende beneficiar. Estas informações e conselhos serão fornecidos in loco por um profissional e scientista, que se acha no Brasil para este fim. Fornecem-sc, gratuitamente, livros e folhetos, em qual- quer idioma, referentes a qualquer cultura. As encommerrdas de adubos devem ser feitas com ante- cedência, afim de poderem vir da Europa a tempo para a sua applicação adequada, que começa approximadamente em Agosto ou Fevereiro. ÚNICOS RECEBEDORES DOS ADUBOS DO " KALISYND1KAT DE STASSFURT " (Allemanhaj BRUGQEMAM, PEREIRA & 0. 93, Rua da Alfandega, 93 CAIXA DO CORREIO N. 566 — ENDEREÇO TELEGRAPHICO: "SSBHQT" BJLVS VA 9 IMPORTADORES >m sortimento completo de ferragem e armarinho Eléctrica 35, RUA GENERAL CAMARÁ, 35 RIO DE JANEIRO Arame farpado „ Eléctrica" *€0 % de qualidade Insuperável Sem rival Peso liquido SMdlos Comprimento 402 metros Garantidos Preço sem competência Enxada „Sol" Fabricada do melhor aço ing-lez. Superior a qualquer outra marca pela excellente qualidade. Quem usar uma vez é freguez para sempre CASA ESPECIAL DE HORTICULTURA -£5, 13-clsl do O-O-Trid-or, 4:5 RIO DE JANEIRO grande sortimento de sementes novas do hortaliça, de floies, de plantas para agricultura, ect. GRANDE SORTIMENTO DE FERRAGENS, UTENSÍLIOS E OBJECTOS PARA TODOS OS MISTERES DE JARDINAGEM Gaiolas, alimento para pássaros, pó da Pérsia e chá ia índia (Rim Ial's) GRANDE OFFICINA DE TRABALHOS EM FLORES NATURAES Cestas, ramos a grinaldas feitas com apurado gosto para casamentos, bailes, festas, enterros, fitados, etc. encarregam-se da ornamentações jara meras íe Jantar, festas, salces, banqnetes, roas, etc. CHÁCARAS DE CULTURA DE PLANTAS Rua Theodoro da Silva, 56 A Rua Haddock Lobo, 122 Rua Barão de Petrópolis, 3 (Orchideas e plantas finas) CULTURA DE FLORES RETIRO — PETRÓPOLIS DEPÓSITOS 3EEAES DE PLANTAS BUA SENADOK JDA.3STT-A.S, 31 jE 51 ISW» I t ©ASA WEzOWLÁJ Casa especial trabalhos de flores naturaes artisticamente executados Coroas para enterros, de todos os preços e feitios Ornamentações de salões, mesas, etc, para casamentos, bailes, etc, etc; Sementes afiançadas de hortaliças e flores CULTURA DE FLORES Rua Senador Nabuco n. 21, Villa Izabel (Orchideas) Fonseca — Nitheroy (Flores diversas) CHÁCARA FLORA Alto da Serra — Petrópolis (Flores e Plantas) Schlick & Domp. i Rua do Ouvidor n. 31 ^ TELEPHONE N. 1281J G£A20 RJO DB J^ft-IÈTIEIIIRO J. Nicola & Irmãos MOCÓCA (ESTADI ' DE SAO PAUD ) - BRAZIL) Fabricantes de afamados MAOHJNISjios para café e arroz — como sejam : Descascador UNIVERSAL, privilegiado Catador COMPENSADOR, privilegiado Ventilador PATENTACQ, de duplo effeito e mais todos os pertences para installações completas ou avulsas, o de construcçao solida e elegante, de que se garante o bom resultado e perfeito funccionamento. Melhorado sempre o café "beneficiado em nossos machinismos, de um a dois typos para construcções perfeitas de qualquer machinisi no para uso da lavoura e industria Com limitada commissão, eucarregamo-nos de mandar vir da' Europa ou da America do Norte, qualquer producto concernente a esta arte. ÚNICOS AGENTES da importante fabrica do vapores e turbinas, de James Leffel «fc Co., de Springfield — Ohio, U. S. A. Estabelecimento de Plantas Grande variedade de arvores fructi- feras nacionaes e ornamentação por preços baratíssi- mos. Especialidade em enxertos de laran- jeiras, tem sem- pre de io a 12 mil pés, e acondicio- namento, despa- cho e plantações para todos os Es- tados do Brazil. CASCADURA fflMrWÊKK CASCâDURA Rua Nova de D, Pedro, 11 ':i^^^^^ Rua do Ilíieáo; da giba Ribeiro AS CAIXAS ECONÓMICAS O Credito Agrícola DR. ALFREDO ROCHA ■*S§ PREÇO 10S000 h* A' venda em todas as livrarias do RIO DE JANEIRO e S. PAULO GRANDE DEPOSITO DE PLANTAS Variado sortimento de plantas de todas as qualidades, para POMARES E JARDINS s*[# Luiz António Gomes Apromptam-se bouquets para baptisados e casamentos, com a máxima brevidade e por preços baratíssimos = 41 - RUA DR. BULHÕES - 41 = ENGENHO DE DENTRO 16 ARBNS & COãfP. 89, AVENIDA CENTRAL, 89 RK) Dl JANEIRO MACHINA PARA BENEFICIAR ARROZ PAULISTA PRIVILEGIADA PELA PATENTE N. 4887 A gravura acima representa nossa machina de beneficiar arroz de recente invenção privilegiada, que a pratica consagrou como unia das mais perfeitas no género. Solidamente construída com madeiras de lei do paiz e material metálico de primeira qualidade, ella reúne em um feliz conjuncto : 1 Descascador cónico com regulador automático, sensível. 1 Polidor cylindrico. 1 Aspirador de duplo effeito. 1 Peneira mechanica para separação do quebradinho que beneficiando satisfectoria-* mente o arroz dão ao mesmo um typo mais ou menos homogéneo que lhe augmenta o valor mercantil. A capacidade oscilla entre 25 e 40 saccos, conforme a qualidade e gráo de preparo do arroz. A força motriz necessária é de seis cavallos nominaes. Fornecemos também : Ventiladores para arroz em casca, proporcionaes a machina ,, Paulista". Separadores de marinheiro, idem. Instrumentos agrai ios especiaes para a cultura do arroz, como sejam arados errades, semeadores, ceifadeiras, debulhadores etc. Encarregamo-nos de mandar vir e assentar : Machinismo completo para beneficiar arroz, em grande escala, para o que estamos apparelhad* com a representação das mais importantes fabricas europease dispomos de pessoal technico habilitadíssimo. PEÇAM FOLHETO DESCRIPTIVO The Gourock Ropework Export Companj Limited ESTABELECIDA EM 1736 Únicos fabricantes da lona impermeável marca „BIRKMYRE'S", usada pelos Srs. fazendeiros em encerados para lavoura, com os mais valiosos attestados Caixa do Correio, 1081 CÓDIGOS: „BIBEIB0" Sth. Edition A. B. C. A. I. Eidereço Telesraptiico: JASSOLINO' TELEPHONE N. 204 I arraca typo — ,, Ferro Carril" Fornecedores de ENCERADOS para wagons e BARRACAS para todas as estradas de ferro Confeccionamos encerados e barracas de qualquer tamanho CABOS E CORDAS DE PRIMEIRA QUALIDADE Cairo, alcatroado, linho, merlim, corda de Nova Zelândia para carne secca Lona de linho de diversas qualidades para velas Lona de algodão de qualquer largura Fio de vela de varias qualidades para coser saccos, velas e lonas Temos em deposito ENCERADOS e BARRACAS sr w É o maior amigo da lavoura e único que tem prestado importantes serviços na extin- ^ cção dos formigueiros e o único que apresentou reaes resultados nas experiências effectuadas por ordem do governo do Estado de S. Paulo, onde suppkntou todas as marcas que concorreram a essa experiência e demonstrou praticamente ser o formicida „ PASCHOAL " o mais enérgico destruidor das formigas e mais económico 100% conforme o re- latório publicado por ordem do obteve primeiro logar governo do mesmo Estado. NAS EXPERIÊNCIAS EFFECTUADAS EM S. PAULO Paschoal Vaz Otero communica aos Srs. Lavradores que, de regresso da Europa, acaba de montar nooos apparelhos e que melhorou ainda mais o seu formicida que ião bons serviços tem prestado á Lavoura. A Sociedade Nacional de Agricultura poderá bem attestar a boa qualidade do formicida pelo grande numero de latas que tem comprado para os seus associados, assim como communica aos Srs. consumidores que tem todo o escr-upulo no enlatamento e que assume também inteira responsabilidade na medida das latas (quatro litros). Paschoal Vaz Otero ESCRIPTORIO 63, RUA DO HOSPÍCIO, 63 mi© mm ^Mmmim© Henry Rogers, Sons & C, Limited ENUENBE1B08 E C0NTRACTàD0RE8 DE IA.CHISIBIOB PARA HDALíllER WDOSTBU 08 AGRICULTURA Casa especial de instrumentos e machinas para a lavoura ARADOS e CULTIVADORES dos melhores fabricantes inglezes e americanos „ESTRELLA" „BALTIC" e mais machinas de fazer manteiga e pasteurizar o leite ESPECIALISTAS EM FIAÇÃO E TECELAGEM Únicos vendedores das cordas e fiação de HOWARD & BULLOUGH Teares e tecelagem de Henry Livesey Teares e tecelagem automáticos de Northrop ORÇAMENTOS, PLANTAS E TODAS AS INFORMAÇÕES 39, RUA VISCONDE DE INHAÚMA, 39 17 A, RUA DA QUITANDA, 17 A RIO DE JANEIRO Descascadores de Arroz e Café * * * * * *• v ÍHQBLBSRB AMERICMO Estas machinas para arroz e café, fabricadas ha 19 annos nos Estados da America do Norte, em Syracuse, New- York, pelos fabricantes The Engelberg Huller Co. já são sobejamente conhecidas no mundo inteiro onde se planta arroz e^ em todos os Estados do Brazil, por conseguinte, não são machinas que se vão experimentar. Desoascador de arroi Sestituimoa o dinheiro ss não derom o roânltaào que garantimos Chamamos a attenção dos senhores lavradores para a MARCA REGISTRADA acima e para não confundi- rem estas MACHINAS, feitas nos Estados Unidos, com mm as imitações ordinárias, que apparecem com annuncios k^l e íeclames pomposos, que no final não dão resultado tjJN a'gum e só servem para lograr os senhores compro- dt íes. As nossas machinas, pela sua SUPERIORIDADE, irrpuzeram-se de tal forma, que todos estão procurando im tal-as, mas estas imitações são sempre, como todos sabem UMA. IMITAÇAOl Os nossos Oosoasoador de café EESCASCADOBES DE CAFÉ ■descascam, ventilam, esbrugam e brunem (caso quei rara) tudo em uma só operação . N. 2 N. 5 Fornecemo, amostras de CAFÉ e ARROZ beneficiados no> DESCASCADO- RES que temos funccionando em nosso escriptorio. Peçam os novos catálogos illustrados e mais informações a w. t&wtqn & o. Empório de machinas para a LAVOURA Rua do Commercio Ns. 44, 46 e 48 -**- SÃO PAULO Avenida Central, 18 — RIO DE JANEIRO N. B. Em nosso escriptorio, tanto em S. Paulo como no Rio de Janeiro, acham-se funccionando, a qualquer hora, os machinismos de café e arroz. &&&&&&&&&&&&&&&£ PREMIADO COM MEDALHA NA EXPOSIÇÃO DE FLORES DE 1903 ESPECIALIDADE EM ROSEIRAS, CAMÉLIAS, ETC, Grande sortimento de plantas nacionaes e extrangeiras, arvores fructiferas e de ornamento. Encaixotam-se e embarcam por expor- tação para todos os Estados, interior e exterior. 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Jorge" Coalho marca Estrella < CommisBarlos da Café a mais géneros do Fali, garantam as melhoies contai da venda anjos líquidos são pagos lmmedlatamente. A nossa firma foi premiada com medalha de ouro na Exposição de S. Luiz (E. U. da America) pelas excellentes qualidades de Café recebido de seus committentes que expuzeram. Rio do Janeiro XWOOOOOOOOOOOOOOCX SortimentO COmpletO XX/JOOCCCCOO^ de Ferragens, Drogas, Tintas, etc. etc. * * • Qrands Empório de Machinas »«••••»*** para a lavoura || Arado Revarsivel 3 alavanca» Óleos lubrificantes, Correias de couro e "Gutalata mmmxmmmm as melhores do mundo n í íooooocooococoooaoooooooí » s e- » » MACH1N1SM0S DE VARIAS ESPÉCIES « « « « « Vapores, Arame farpado, Telhas de zinco, etc. etc. Nunca esquecer que o emprego de adubos na cultura das terras é absolutamente necessário, afim de consegui r-se um resultado verdadeira- mente remunerador do esforço e do capital empregado pelo agricultor. Adubos artificiaes de todas as qualidades para a adu- bação das terras productoras do café, algodão, canna de as- sucar, fumo, de todos os ccreaes, de todas as leguminosas, de todas as arvores fructiferas, emfim, de todas as culturas. Os adubos são fornecidos, cada elemento nutritivo em sepa- rado ou em diversas misturas, podendo estas ultimas ser de qualquer proporção, havendo toda a garantia de serem mis- turas rigorosamente exactas quanto à sua composição. Recom- mendam-se especialmente ; Chlorureto de potássio de 50 °/0 de potássio (Kali) Sulphato de potássio . . de 50 °/0 de » » Sal de potássio de 30 % de > > Superphosphatos de 20 °/0 de acido phosphorico solúvel em agua. Escorias de Thomaz ... de 1 6 °/0 de acido phosphorico solúvel em acido cítrico. Sulphato de ammoniaco de 20, 5 °/ede azoto. Salitre do Chile de 17 %, de azoto. Guano com porcentagem garantida. Fornecem-se aos agricultores, gratuitamente, informa- ções e conselhos sobre a qualidade e quantidade dos adubos a usar, tendo em vista a propriedade do solo e a cultura que se pretende beneficiar. Estas informações e conselhos serão fornecidos in loco por um profissional e scientista, que se acha no Brasil para este fim. Fornecem-se, gratuitamente, livros e folhetos, em qual- quer idioma, referentes a qualquer cultura. As encommendas de adubos devem ser feitas jcom ante- cedência, afim de poderem vir da Europa a tempo para a sua applicação adequada, que começa approximadamente em Agosto ou Fevereiro. ÚNICOS RECEBEDORES DOS ADUBOS DO " KALISYNDIKAT DE STASSFURT " (Allemanha) BRUGGEMAM, PEREIRA & 0. 93, Rua da Alfandega, 93 CAIXA DO CORREIO N. 566 — ENDEREÇO TELEGRAPHICO: "SEBWOT • maço aocsa d-r-^xs^rj^BacEtao IMPORTADORES Com sortimento completo de ferragem e armarinho ^j^ Eléctrica 35, RUA GENERAL CAMARÁ, 35 RIO DE JANEIRO Arame farpado „ Eléctrica" de qualidade Insuperável Sem rival Peso liquido 39 kllos Comprimento 402 metros Garantidos Preço sem competência Enxada „Sol" Fabricada do melhor aço inglez. Superior a qualquer outra marca pela excellente qualidade. Quem usar uma vez é freguez para sempre CASA ESPECIAL DE HORTICULTURA 4=5, 3E3-U.SL do 0-u.T7-id.or, 4=5 RIO DE JANEIRO grande sortimento de sementes novas de hortaliça, de flores, de plantas para agricultura, etc. GRANDE SORTIMENTO DE FERRAGENS, UTENSÍLIOS E OBJECTOS PARA TODOS OS MISTERES DE JARDINAGEM Gai;las, alimento para pássaros, pó da Fersla e chá da índia (Rim lal's) GRANDE OFFICINA DE TRABALHOS EM FLORES NATURAES Cestas, ramos e grinaldas feitas com apurado gosto para casamentos, bailes, festas, enterres, finados, etc. enearregam-se de ornamentações para mesas de Jantar, festas, salões, banquetes, mas, etc. CHÁCARAS DE CULTURA DE PLANTAS Rua Theodoro da Silva, 56 A Rua Haddock Lobo, 122 Rua Barão de Petrópolis, 3 (Orchideas e plantas Suas CULTURA DE FLORES RETIRO— PETRÓPOLIS DEPÓSITOS 32BÁE3 SE PLANTAS ZR.TXA. SEIST^IDOIFl ZD^3KrT.A.S, 31 E 51 wmrnm mãxm m o. 1©ASA »Í1A J Casa especial trabalhos de flores naturaes artisticamente executados Coroas para enterros, de todos os preços e feitios Ornamentações de salões, mesas, etc, para casamentos, bailes, etc, etc Sementes afiançadas de hortaliças e flores CULTURA DE FLORES Rua Senador Nabuco n. 21, Villa Izabel (Orchide;is) Fonseca — Nitheroy (Flores diversas) CHÁCARA FLORA Alto da Serra — Petrópolis (Flores e Plantas) ■ V Schlick & Comp, c: TELEPHONE N. 1281 GRASSO Rua do Ouvidor n. 31 3 RIO IDIB J--A.3STEHIÒO J. Nicola & Irmãos mocócA (ESTADO DE SÃO PAULO — BRAZILi Fabricantes de afamados maohinismos pura CAFÉ e A.Rrto5C — como sejam: Descascador UHIYEESAL, privilegiado Catador COMPENSADOR, privilegiado Ventilador PATEHTACO, ds duplo efeito e mais todos os pertences para installações completas ou avulsas, o de construcção solida e elegante, de que se garante o bom resultado e perfeito funccionamento. Melhorado sempre o café beneficiado em nossos machinismos, de um a dois typs para construcções perfeitas de qualquei machiiiismopara uso da lavoura e industria Com limitada cornmissão, encarregamo-nos do mandar vir da' Europa ou ila America do Norte, qualquer producto concernente a esta arte. ÚNICOS AGENTES da importante fabrica de vapores e turbinas, de .Jtime- Leflfel «fc Co., de Springfield — Obiu, U. s. A. Estabelecimento de Plantas Grande variedade de arvores fructi- feras nacionaes e ornamentação por preços baratíssi- mos. CASCADURA Rua-Kova Je D. Pedro. 37 Especialidade em enxertos de laran- jeiras, tem sem- pre de 10 a 12 mil pés, e acondicio- namento, despa- cho e plantações para tod tados do Brazil. CASCADURA Rua do Alfredo da giba Ribeiro AS CAIXAS ECONÓMICAS O Credito Agrícola DR. ALFREDO ROCHA -«d? PREÇO 10S000 |>- A' venda em todas as livrarias do RIO QE JANEIRO e S. PAULO GRANDE DEPOSITO DE PLANTAS Variado sortimento de plantas de todas as qualidades, para POMARES E JARDINS * Luiz António Gomes Apromptam-se bouquets para baptisados e casamentos, com a máxima brevidade e por preços baratíssimos 41 - RUA DR. BULHÕES - 41 ENGENHO DE DENTRO O Estado Moderno e a Agricultura Leiam esse bello, útil e interessante livro de 500 paginas, ampla e nitidamente impresso e illustrado. K' um trabalho, na opinião dos eritieos, „de grande fôlego e que deve figurar na estante de todo brasileiro". * de venda 6S000 Em todas as livrarias do RIO, S. PAULO e CAMPINAS. ARENS & CQMI\ AVENIDA CENTRAL, 20, AVENIDA CENTRAL, 20 RIO DE JANEIRO MACHINA PARA BENEFICIAR ARROZ PAULISTA PRIVILEGIADA PELA PATENTE N. A gravura acima representa nossa machina de beneficiar arroz de recente invenção privilegiada, que a pratica consagrou como uma das mais perfeitas no género. Solidamente construída com madeiras de lei do paiz e material metallico de primeira qualidade, ella reúne em um feliz conjuncto : i Descascador cónico com regulador automático, sensível; i Polidor cylindrico; i Aspirador de duplo effeito; i Peneira mechanica para separação do quebradinho que, beneficiando satitfactoria- mente o arroz, dá ao mesmo um typo mais ou menos homogéneo, que lhe augmenta o valor mercantil. A capacidade oscilla entre 25 e 40 saccos, conforme a qualidade e gráo de preparo do arroz. A força motriz necessária é de seis cavallos nominaes. Fornecemos também : Ventiladores para arroz em casca, proporcionaes á machina „PauIista"; Separadores de marinheiro, idem; Instrumentos agrai ios especiaes para a cultura do arroz, como sejam arados grades, semeadores, ceifadeiras, debulhadores, etc. Encarregamo-nos de mandar vir e assentar : Machinismo completo para beneficiar arroz, em grande escala, para o que estamos apparelhados com a representação das mais importantes fabricas europeas e dispomos de pessoal technico habilitadíssimo. PEÇAM FOLHETO DESCRIPTIVO The Gourock Bopework Export Company Limited ESTABELECIDA EM 1736 Únicos fabricantes da lona impermeável marca „BIRKHYRB,S,S usada pelos Srs» fazendeiros em encerados para lavoura, com os mais valiosos attestados Caixa do Correio, 1081 CÓDIGOS : Sth. Edition A. B. C. A. I. 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A Sociedade Nacional de Agricultura poderá bem attestar a boa qualidade do formicida pelo grande numero de latas que tem comprado para os seus associados, assim como communica aos Srs. consumidores que tem todo o escrúpulo no enlatamento e que assume também inteira responsabilidade na medida das latas (quatro litros). Paschoal Vaz Otero ESCRIPTORIO 63, RUA DO HOSPÍCIO, 63 mi© ®b ar^iTMim© Henry Rogers, Sons &• G, Limited BUieSNflBlKUS !. COMAi fAÍORI HICtlUUM Casa especial de instrumentos e machinas para a lavoura .A.RA.DOS e CULTIVADORES dos melhores fabricantes inglezes e americanos „ESTRELLA" „BALTIC" e mais machinas de fazer manteiga e pasteurisar o leite ESPECIALISTAS EM FIAÇÃO E TECELAGEM Únicos vendedores das cordas e tiação de HOWARD & BULLOUCI1 Teares e tecelagem de Henry Livesey Teares e tecelagem automáticas de Northrop ORÇAMENTOS. 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Peçam os novos catalo F. ^ffOST dt'CL Empório de machinas para a LAVOURA Rua do Commercio Ko. 44, 46e48-^ SÃO PAULO Avenida Central, 13 - BIO DE JANEIRO N B. Em nosso escriptorio, tanto em S. Paulo como no Rio de Janeiro, acham-se íunccionando, a qualquer hora, os machinisinos de caíé e arroz. s PREMFADo COM MEDALHA NA EXPOSIÇÃO DE FLORES DE 1903 ESPECIALIDADE EM ROSEIRAS, CAMÉLIAS, ETC. Grande sortimento de plantas nacionaes e extrangeiras, arvores fructiferas e de ornamento. Encaixotam-se e embarcam por expor- tação para todos os Estados, interior e exterior. Confeccionam ramos, corbeilles, palmas, coroas e bonqnets para noivas, etc. POR PREÇOS RAZOÁVEIS VIUVA SILVA & FILHOS íorneoedores da Sooiedads Nacional da Agricultara mm iipi 1 t. 19, Rua General Gamara, 21 Importadores em grande escala de Louças de ferro, Ferragens, Tintas, Óleos, Cimento, Canos de ferro e de chumbo para agua e gaz, Telhas zincadas, Arame farpado e liso, Drogas para industria, Material para estradas de ferro Artigos para lavoura, etc. DEPOSITO Rua do Cotovsllo n. 16 — f ravessa. do Paço n* 26 Travessa da Fidalga tu 3 — Largo ds Santa Eita n. 24 ESPECIALISTAS EM MATERIAL PARA CANALISAÇÃO DE AGUA DEPOSITAMOS DOS SEGUTINTOS PEODTTCTOS CONHECIDOS Formicida Pestana (purificado) ) Dynamite " Estygia" Dito Capanema \ enxadas " Radiante especi&i" Dito Paschoal > Cimento "Pedreiro" Creolina Freire de àguiar \ Dito <4S. Jorg?" Coalho marea « Est relia * Commissaríos de Café e mais géneros' do Paiz, garantem as melhores contas de venda, cujes liquides são pagos immedi.atamente A nossa firma foi premiada com medalha ouro na Exposição de S. Luiz (E. U. da America) pelas excellentes qualidades de Café recebido de seus committentes que expuzeram IFLio cio Janeiro XXXXXXXXXXXXXXXXXX Sortimento COmpletO JOOOOOCOOOOOOOOOW de Ferragens, Drogas, Tintas, etc. etc Grande Empório de Machinas * * .«****** para a lavoura 9 Arado Revarsivel 3 alavanca» \ Óleos lubrificantes, Correias de couro e "Gutalata" | )(m > Sal de potássio de 30 °/0 de » > Superphosphatos de 20 0/o de acido phosphorico solúvel em agua Escorias de Thomaz ... de 1 6 °/0 de acido phosphorico solúvel em acido citrico. Sulphato de ammoniaco de 20, 5 °/cde azoto. Salitre do Chile de 17 "/, de azoto . Guano com porcentagem garantida. Fornecem-se aos agricultores, gratuitamente, informa- ções e conselhos sobre a qualidade e quantidade dos adubos a usar, tendo em vista a propriedade do solo e a cultura que se pretende beneficiar. Estas informações e conselhos serão fornecidos in loco por um profissional e scientista, que se acha no Brasil para este fim. Fornecem-se, gratuitamente, livros e folhetos, em qual- quer idioma, referentes a qualquer cultura. As encommendas de adubos devem ser feitas com ante- cedência, afim de poderem vir da Europa a tempo para a sua applicação adequada, que começa approximadamente em Agosto ou Fevereiro. ÚNICOS RECEBEDORES DOS ADUBOS DO " KALISYNDIKAT DE STASSFURT " (AllemanhaJ BRÍÍGGEMAM, PEREIRA k D, 93, Rua da Alfandega, 93 rt%IXA DO CORREIO N. 566 — ENDEREÇO TELEGRAPHICO: "SEBIQOT' IMPORTADOKES Com sortimento completo >ie ferragem e armarinho Eléctrica 35, RUA GENERAL CAMARÁ,^ ^%M RIO DE JANEIRO ^SX^ Arame farpado „ Eléctrica" ^ê''MPl ;V fie qualidade Insuperável Sem rival Peso liquido 38 kllos Comprimento 402 metros Garantidos Preço sem competência Enxada „Sol" Fabricada do melhor aço inglez. Superior a qualquer outra marca pela excellente qualidade. Quem usar uma vez é freguez para sempre CASA ESPECIAL DE HORTICULTURA 4=5, E3-clsi d_o 0-a.T7-id.or, 4=5 RIO DE JANEIRO grande sortimento de sementes novas de hortaliça, de flores, de plantas para agricultura, etc. GRANDE SORTIMENTO DE FERRAGENS, UTENSÍLIOS E OBJECTOS PARA TODOS OS MISTERES DE JARDINAGEM Qaiclas, alimento pata pássaros, pó da Pérsia e chá da índia (Rsm Lil s ■• GRANDE OFFICINA DE TRABALHOS EM FLORES NATURAES Cestas, ramos e grinaldas íeitat eom apnrado gosto para casamentos, bailes, festas, enterros, finados, etc, enearregam-se de ornamentações para mesas de jantar, festas, salões, banquetes, rnaa, eto. CHÁCARAS DE CULTURA DE PLANTAS Rua Theodoro da Silva, 56 A Rua Haddock Lobo, 122 Rua Barão de Petrópolis, 3 (Orchideas e plantas finas] CULTHRA DE FLORES RETIRO— PETRÓPOLIS DEPÓSITOS 3ESAE3 DE PLANTA9 BUA SENADOR IXA-lNTrAS, 31 E 61 mw mêmw m o. Casa especial trabalhos de flores naturaes artisticamente executados Coroas para enterros, de todos os preços e feitios Ornamentações de salões, mesas, etc, para casamentos, bailes, etc, etc. Sementes afiançadas de hortaliças e flores CULTURA DE FLORES Rua Senador Nabuco n. 21, Villa Izabel (Orchideas) Fonseca — Nitheroy (Flores diversas) CHÁCARA FLORA Alto da Serra — Petrópolis (Flores e Plantas) Schlick & Comp. i Rua do Ouvidor n. 31 CTELEPHONE N. 1281 GSASO RIO IDE J^à-ITEIIE/O J. Nicola & Irmãos IfOCÓCA (ESTADO DE SÃO PAULO - BRAZIL) Fabricantes de afamados maOHIMSMOS para 0-A.FMÍ: e AUROZ — como sejam: Descascador UMYERSAL, privilegiado Catador COMPENSADOR, privilegiado Ventilador PATEMAEO,'de duplo effeito e mai* todos os pertences para installações completas ou avulsas, o de construcção solida e elegante, de que se garante o bom resultado e perfeito funccionamento. Melhorado sempre o café beneficiado em nossos machinismos, de um a dois typos para _ construcções perfeitas de qualquer macliinismopara uso da lavoura e industria. 0FFIC1 VSMU Com limitada commissão, encarregamo-nos de mandar vir da"" Europa America do Norte, qualquer producto concernente a esta arte. ÚNICOS AGENTES da importante fabrica de vapores e turbinas, de J LeQV'l «fc Co., de Springfield — Otaio, U. S. A. da Estabelecimento de Plantas Grande variedade de arvores fructi- feras nacionaes e estrangeiras, arvo- res de sombra e ornamentação por preços baratissi- Especialidade em enxertos de laran- jeiras, tem sem- pre de 10 a 12 mil pés, e acondicio- namento, despa- cho e plantações para todos os Es- tados do Brazil. CASCADURA ^ CASCADURA Rua Nova de D. Fedro, 37 ^BhBSP^ Rm do Caoipiulio, 101 Jll&eto da S:lva Ribeiro AS CAIXAS ECONÓMICAS O Credito Agrícola DR. ALFREDO ROCHA -s| PREÇO 10S000 Ib- A' venda em todas as livrarias do RIO DE JANEIRO e S. PAULO GRANDE DEPOSITO DE PLANTAS -Tf- " ~ V Variado sortimento de plantas de todas as qualidades, para POMARES E JARDINS sh£ * Luiz António Gomes Apromptam-se bouquets para baptisados e casamentos, com a máxima brevidade e por preços baratíssimos 41 - RUA DR. BULHÕES - 41 ENGENHO DE DENTRO \ REVUE 5 JJ DE 4 VITICULTURE PUBL1É E SOUS LA D1RECTION DE J P. VI ALA, ^ Inspecteur General de la Viticultura, *^ ^ Professeur de Viliculture á 1'Institut National Agronomique, & \ SERVICES GRATUITS SPÉGIAUX \ £ POUR LES ABONNÉS A V £*€ La REVUE parait tons les JEUDIS et publie de nombreuses figures et planchís en oouleur Ht £ — M* — £ Sí ABONNEMENTS f| ^ UNAN:fr.lK-REC0UVRBAD0MICIIJS:lSfr.«O-UNI0NP0STÁLE:I8 fr. £| DN "NUMERO SPÉCIMEN" EST ENVOYÉ GRATUITEMENT SUR DBMANDE JJ 4a BUREAUX : 1 ,rue Le Goff. PARIS (V*arrl) a. Q Estado Moderno e a Agricultura Leiam esse bello, útil e interessante livro de 500 paginas, ampla e nitidamente impresso e illustrado. E' um trabalho, na opinião dos eritieos, „de grande fôlego e que deve figurar na estante de todo brasileiro". 0*leço de /ue?zcla. Em todas as livrarias do RIO, S. PAULO e CAMPINAS. AftEMS & 20, AVENIDA CENTRAL, 20 RIO DE JANEIRO MACHINA n PARA NEFICIAR ARROZ l PAULISTA CO < z í ■ p i Ci, WÈSSÊà o 1 PRIVILEGIADA PELA PATENTE N. 4887 A gravura acima representa nossa machina de beneficiar arroz de recente invenção privilegiada, que a pratica consagrou como uma das mais perfeitas no género. Solidamente construída com madeiras de lei do paiz e material metallico de primeira qualidade, ella reúne em um feliz conjuncto : 1 Descascador cónico com regulador automático, sensível; 1 Polidor cylindrico; 1 Aspirador de duplo effeito; 1 Peneira mechanica para separação do quehradinho que, beneficiando sat^fectoria- mente o arroz, dá ao mesmo um typo mais ou menos homogéneo, que lhe augmenta o valor mercantil. A capacidade oscilla entre 25 e 40 sacco9, conforme a qualidade e gráo de preparo do arroz. A força motriz necessária é de seis cavallos nominaes. Fornecemos também : Ventiladores para arroz em casca, proporcionaes á machina „PauIista"; Separadores de marinheiro, idem; Instrumentos agrários especiaes para a cultura do arroz, como sejam arados grades, semeadores, ceifadeiras, debulhadores, etc. Encarregamo-nos de mandar vir e assentar : Machinismo completo para beneficiar arroz, em grande escala, para o que estamos apparelhados com a representação das mais importantes fabricas europeas e dispomos de ' technico habilitadíssimo. PEÇAM FOLHETO DESCRIPTIVO The Gourock Ropework Export Company Limited ESTABELECIDA EM 1736 Únicos fabricantes da lona impermeável marca „BIBKMYRE'Stados da America do Norte, em Syracusj, New- York, pelos fabricantes The Engelberg Huller Co. Oosoascador de arroz já são sobejamente conhecidas no mundo inteiro onde se planta arroz e em todos os Estados do Brazil, por conseguinte, não são machinas que se vão experimentar. Sestitulmos o dinheiro 39 não derem o resultado que garantimos de café ibas por dl» Chamamos a attenção dos senhores lavradores para a MARCA REGISTRADA acima e para não confundi- rem estas MACHINAS, feitas nos Estados Unidos, com as imitações ordinárias, que apparecem com annuncios e reclames pomposos, que no final não dão resultado algum e só servem para lograr os senhores compra- dores. As nossas machinas, pela sua SUPERIORIDADE, impuzeram-se de tal forma, que todos estão procurando imital-as, mas estas imitações são sempre, como todos sabem , _ UMA. IMITA.ÇAOI Os nossos N. 1 » 300 - » » DESCASCADOBES DE CAFÉ n. 2 , 150 . descascam, ventilam, esbrugam e brunem (caso quei- N. 5 . 60 . ram) tudo em uma só operação. Fornecemos amostras de CAFÉ e ARROZ beneficiados nos DESCASCADO- RES que temos funecionando em nosso escriptorio. Peçam os novos catálogos illustiados e mais informações ã fB ^ff©I & CL Empório de machinas para a LAVOURA Rua do Commercio Ns. 44, 46 e 48 -^ SÃO PAULO Avenida Central, 13 — RIO DE JANEIRO N. B — Em nosso escriptorio, tanto em S. Paulo como no Rio de Janeiro, acham-se íunecionando, a qualquer hora, os machinismos de café e arroz. 6 PREMIADO COM MEDALHA NA EXPOSIÇÃO DE FLORES DE 1903 ESPECIALIDADE EM ROSEIRAS, CAMÉLIAS, ETC* Grande sortimento de plantas nacionaes e extrangeiras, arvores frnctiferas e de ornamento. Encaixotam-se e embarcam por expor- tação para todos os Estados, interior e exterior. Confeccionam ramos, corbeilles, palmas, coroas e bouquets para noivas, etc. POR PREÇOS RAZOÁVEIS VIUVA SILVA & FILHOS Fornecedores da Sociedade Nacional de Agricultura Ri Conde le Bomflm, 123 ílffl Rua Confie de Bonfim, 123 ^s-T* PORTÃO VERMELHO TíW&íhaAiBr PORTÃO VERMELHO mi© ©b $&mm%m© 7 llil SI«Ki I K 19, Rua General Camará, 21 Importadores em grande escala de Louças de ferro, Ferragens, Tintas, Óleos, Cimento, Canos de ferro e de chumbo para agua e gaz, Telhas zincadas, Arame farpado e liso, Drogas para industria, Material para estradas de ferro. Artigos para lavoura, etc. DEPOSITO Rua do Cotovello iu IS — Travessa do Paço n» 26 Travessa da Fidalga n. 3 — Largo de Santa Rita n. 24 ESPECIALISTAS EM MATERIAL PARA CANALISAÇÃO DE AGUA DEPOSITÁRIOS DOS SEGUINTES PBODUCTOS CONHECIDOS Formicida Pestana (purificado) ) Dynamite "Estygia" Dito Capanema ) Enxadas "Radiante especial' Dito Paschoal ; Cimento "Pedreiro" Creolina Freire de Aguiar s Dito "S. Jorge" Coalho marca « Estrella » ( Commissarios de Café e mais géneros do Paiz, garantem as melhores contas de venda, cujos líquidos são pagos immediatamente A nossa firma foi premiad? com medaiha de ouro na Exposição de S. Luiz (E. U. da America) pelas excellentes qualidades de Café recebido de seus committentes que expuzeram. Rio do iFÊmoiíro xwoooooooooooaxxx Sortimento completo jowooooooooooooooí de Ferragens, Drogas, Tintas, etc. etc Grande Empório ds Machinas * * • »*•••** para a lavoura 3 alavanoa» I Óleos lubrificantes, Correias de couro e "Gutalata" | xxxx»ooooooooo(xxxxx>oo(x as DielllOreS do lHUndo mmmvmiwwmt » » » » » MACHINISMOS DE VARIAS ESPÉCIES « « e « « !Vapores, Arame farpado, Telhas de zinco, etc. etc. -^r -^ Nunca esquecer que o emprego de adubos na cultura das terras é absolutamente necessário, afim de çonseguir-se um resultado verdadeira- mente remunerador do esforço e do capital empregado pelo agricultor. Adubos artificiaes de todas as qualidades para a adu- bação das terras productoras do café, algodão, canna de as- sucar, fumo, de todos os cereaes, de todas as leguminosas, de todas as arvores fructiferas, emfim, de todas as culturas. Os adubos são fornecidos, cada elemento nutritivo em sepa- rado ou em diversas misturas, podendo estas ultimas ser de qualquer proporção, havendo toda a garantia de serem mis- turas rigorosamente exactas quanto à sua composição . Recom- mendam-se especialmente : Chlorureto de potássio de 50 °/0 de potássio (Kali) Sulphato de potássio . . de 50 0/o de > > Sal de potássio de 30 % de » > Superphosphatos de 20 % de acido phosphorico solúvel em agua Escorias de Thomaz ... de 1 6 °/0 de acido phosphorico solúvel em acido cítrico. Sulphato de ammoniaco de 20, 5 °/„ de azoto. Salitre do Chile de 17 % de azoto. Guano com porcentagem garantida. Fornecem-se aos agricultores, gratuitamente, informa- ções e conselhos sobre a qualidade e quantidade dos adubos a usar, tendo em vista a propriedade do solo e a cultura que se pretende beneficiar. Estas informações e conselhos serão fornecidos in loco por um profissional e scientista, que se acha no Brasil para este fim. Fornecem-se, gratuitamente, livros e folhetos, em qual- quer idioma, referentes a qualquer cultura. As encommendas de adubos devem ser feitas com ante- cedência, afim de poderem vir da Europa a tempo para a sua applicação adequada, que começa approximadamente em Agosto ou Fevereiro. 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Nicola & Irmãos IIÕCÓGA (ESTADO DE SAO PAULO — BRAZILi Fabricantes de afamados machimsmos para CA-F-É e abboz — como sejam : Descascador UNIVERSAL, privilegiado Catador COMPENSADOR, privilegiado Ventilador PATENTAEO, de duplo effeito e mais todos os pertences para installações completas ou avulsas, a de construcçfio solida e elegante, de que se garante o bom resultado e perfeito funecionamento. Melhorado sempre o café beneficiado em nossos machinismos, de um a dois typos íHTIPIUn UÍPUHUIPA Para construcÇões perfeitas de qualquer UrNuINA lílCLnAmuft machinismopara usoda lavoura e industria. Com limitada commissão, encarregamo-nos de maadar vir da Europa oa d/l America do Norte, qualquer produeto concerneate a esta arte. ÚNICOS AGENTES da importante fabrica de vapores e turbinas, de James Leffel &. Co., de Springfleld — Ohio, U. S. A. Estabelecimento de Plantas Grande variedade de arvores frueti- feras nacionaes e estrangeiras, arvo- res de sombra e ornamentação por preços baratíssi- mos. vljjp^ Especialidade em enxertos de laran- jeiras, tem sem- pre de 10 a 12 mil pés, e acondicio- namento, despa- cho e plantações para todos os Es- tados do Brazil. #ÇSf-i>' K CASCADURA ^jfc K| CASCADURA ftua Nova, de L. Pedro, 37 ^mSÊF to * CaipiíliD, 1 Alf red@ da Bitoa Bib@ iro GRANDE DEPOSITO DE PLANTAS ~7f- * * "V Variado sortimento de plantas de todas as qualidade para POMARES E JARDINS slT* Luiz António Gomes Apromptam-se bouquets para baptisados e casamentos, com a máxima brevidade e por preços baratíssimos 41 - RUA DR. BULHÕES - 41 ENGENHO DE DENTRO § REVUE § fc DE J | VITICULTURE PUBL1ÉE SOUS LA DIRECTION DE P. VIALA, 4 J? Inspecteur General de !a Viticulture, ^ $ff Profes8eur de Viliculture à 1'Institut National Agrouomique, «$ Í SERVIGES GRATUITS SPÉGIAUX § POUR LES ABONNÉS 5 Sff 3*€ ^ $ff U REVUB piralt tou lea JEUDIS et publi» d« nombreuau figur»s ít plinohes en eonlsor «^ * — »*« — 3 «? ABONNEMENTS $ fef UN AN: fr.lB-RECOUVRÉ A DOMICLCE:lSfr.BO-UNION POSTALE:18 fr. j$ DN " NUMERO SFÉCIMEN " E8T ENVOTÉ GRATOTTEMENT 8DR DEMANDE £ tak BUREAUX : 1, rue Le Goff. PARIS (V»arrl) i» O Estado Moderno e a Agricultura Leiam esse bello, útil e interessante livro de 500 paginas, ampla e nitidamente impresso e illustrado. E' um trabalho, na opinião dos críticos, „de grande fôlego e que deve figurar na estante de todo brasileiro". &ieço> de venda. Era todas as livrarias do RIO, S. PAULO e CAMPINAS. #f §> S> t> §$• Arados de todos os systemas Cultivadores e Instrumentos i% -tf i® i% <$ DOS FABRIC.N DEERE rt C.:A MOLINE, ILL. Desnatadeiras "Mundus" f)e^àtà 40 lilfog de leite (poi' \otli . '-— --^l.?-^ Cripta àjpei\à$ %. 45'rooo! tí' es í§"'0 Pode ser inovida por uma creança. O -MUNDUS" é um separador perfeito em todas as suas minudcncias, seu manejo é simples c a duração é igual á das melhores desnatadeiras até hoje conhecidas. Devido á sua construcção especial, o seu peso importa apenas em 5 kilos. TJnioos represeutantea 110 Brazll : Herm. Stoltz & Cia Kio tle «Janeiro São Paulo 66/74 Avenida Central 66/74 12 Rua Alvares Penteado 12 20, ARENS & COMP. AVENIDA CENTRAL, 20 RIO DE JANEIRO MACHINA k BENEFICIAR ARROZ PAULISTA PRIVILEGIADA PELA PATENTE N. 4887 A gravura acima representa nossa machinade beneficiar arroz, de recente invenção privilegiada, que a pratica consagrou como uma das mais perfeitas no género. Solidamente construída com madeiras de lei do paiz e material metallico de primeira qualidade, ella reúne em um feliz conjuncto : 1 Descaseador cónico com regulador automático, sensível; 1 Polidor cylindrico; 1 Aspirador de duplo effeito; 1 Peneira mechanica para separação do quebradinho que, beneficiando satisfactoria- mente o arroz, dá ao mesmo um typo mais ou menos homogéneo, que lhe auementa o valor mercantil. A capacidade oscilla entre 25 e 40 saccos, conforme a qualidade e gráo de preparo do arroz. A força motriz necessária é de seis cavallos nominaes. Fornecemos também : Ventiladores para arroz em casca, proporcionaes á machina ,, Paulista"; Separadores de marinheiro, idem; Instrumentos airrarios especiaes para a cultura do arroz, como sejam arados grades, semeadores, ceifadeiras, debulhadores, etc. Encarregamo-nos de mandar vir e assentar : Machinisnio completo para beneficiar arroz, em grande escala, para o que estamos apparelhados com a representação das mais importantes fabricas europeas e dispomos de pessoal technico habilitadíssimo. PEÇAM FOLHETO DESCRIPTIVO The Gourock Ropework Export Company Limited ESTABELECIDA EM 1736 Únicos fabricantes da lona impermeável marca „BIRKMYRE'S", usada pslcs Srs. fazendeiros em encerados para lavoura, com os mais valiosos attestados Fornecedores de ENCERADOS para wagons e BARRACAS para todas as estradas de ferro Confeccionamos encerados e barracas de qualquer tamanho CABOS E CORDAS DE PRIMEIRA QUALIDADE Cairo, alcatroado, linho, merlim, corda de Nova Zelândia para carne secca Lona de linho de diversas qualidades para velas Lona de algodão de qualquer largura Fio de vula de varias qualidades para coser saccos, velas e lonas Temos em deposito IÍNCERADOS e BARRACAS :■•■ irado Reversível três alavancas Óleos lubrificantes, Correias de couro e "Gutalata" 4 íoooooocoooocooocmcxx/xx as melhores do UlUndo )(xmmmMmm > Superphosphatos de 20 °/c de acido phosphorico solúvel em agua Escorias de Thomaz... de 16 °/0 de acido phosphorico solúvel em acido cítrico. Sulphato de ammoniaco de 20, 5 °/0 de azoto . Salitre do Chile de 17 °/0 de azoto. Guano com porcentagem garantida. Fornecem-se aos agricultores, gratuitamente, informa- ções e conselhos sobre a qualidade e quantidade dos adubos a usar, tendo em vista a propriedade do solo e a cultura que se pretende beneficiar . Estas informações e conselhos serão fornecidos in loco por um profissional e scientista, que se acha no Brazil para este fim. Fornecem-se, gratuitamente, livros e folhetos, em qual- quer idioma, referentes a qualquer cultura. As encommendas de adubos devem ser feitas com ante- cedência, afim de poderem vir da Europa a tempo para a sua applicação adequada, que começa approximadamente em Agosto ou Fevereiro. ÚNICOS RECEBEDORES DOS ADUBOS DO " KALISYNDIKAT DE STASSFURT " ( Allemanha ) BRÚGGEMAM, PEREIRA k C. 99, Rua da Alfandega, 99 CAIXA DO CORREIO N. 566 — ENDEREÇO TELEGRAPHICO: "SEaiOOT' im ATO I IMPORTADORES Com sortimento completo de ferragem e armarinho _, Eléctrica 67, RUA GENERAL CAMARÁ, Ó7 RIO DE JANEIRO Arame farpado „ Eléctrica" %, n de qualidade Insuperável Sem rival Peso liquido 38 fcllu Comprimento 402 metros Garantidos Preço sem competência Enxada "Sol Fabricada do melhor aço inglez. Superior a qualquer outra marca pela excellente qualidade. Quem usar uma vez é freguez para sempre '1 CASA ESPECIAL DE HORTICULTURA RIO DE JANEIRO í » o grande sortimento de sementes novas de hortaliças, de flores, de plantas para agricultura, etc. GRANDE SORTIMENTO DE FERRAGENS, UTENSÍLIOS E OBJECTOS PARA TODOS OS MISTERES DE JARDINAGEM Gaiclas, alimento para pássaros, pó da Pérsia e chá da índia (Bam LaVs) GRANDE OFFICINA DE TRABALHOS EM FLORES NATURAES Cestas, ramos e grinaldas feitas com apurado gosto, para oasamentos, Bailes, festas, enterros, finados, ate., enearregam-se ie ornamentações para mesas de Jantar, festas, salões, banquetes, mas, ete. CHÁCARAS DE CULTURA DE PLANTAS Rua Theodoro da Silva, 56  Rua Haddock Lobo, 122 Rua Barão de Petrópolis, 3 (Orchideas e plantas finai) CULTURA DE FLORES B ET IRO— PETRÓPOLIS DEPÓSITOS aEBAES DE PLANTAS ■&.TJA. SE3ST^.3DOR 3D-A.3STTA.S, 31 E SI Casa especial trabalhos de flores naturaes artisticamente executados Coroas para enterros, de todos os preços e feitios Ornamentações de salões, mesas, etc, para casamentos, bailes, etc, etc. Sementes afiançadas de hortaliças e flores CULTURA DE FLORES Rua Senador Nabuco n. 21, Villa Izabel (Orchldeas) Fonseca — Nictheroy (Flores diversas) CHÁCARA FLORA Alto da Serra —Petrópolis (Flores e Plantas) Schlick & Domp. c TELEPHONE N. 1281 GSASO Rua do Ouvidor n. 61 3 RIO IDE! CTJLET^IT&O ; CAIXAS ECONÓMICAS O Credito Agrícola PELO DR. ALFREDO ROCHA -*g| PREÇO 10$000 fS- Â' venda em todas as livrarias do RIO DE JANEIRO e S. PAULO GRANDE DEPOSITO DE PONTAS -?r — • * — v Variado sortimento de plantas de todas as qualidades, para POMARES E JARDINS &% * Luiz António Gomes Apromptam-se bouquets para baptisados e casamentos, com a máxima brevidade e por preços baratíssimos ^= 41 - RUA DR. BULHÕES - 41 ==s ENGENHO DE DENTRO í REVIJE \ \ VITICULTURE I PUBLIÉE SOUS LA DIRECTION DE % P. VIALA, A *í Inspecteur General de la Viticultura, 7^ jjf Professeur de Viticultura à 1'Institut National Agronomique, «$ l SERVICES GRATUITS SPÉGIAUX $ te POUR LES ABONNÉS 2 ^ — **«— 2 |» L» RKYUB pirilt tou 1m JEUDIS et publie d* aombreuses figuras et jluioies ea eoileor tj| * — ^jh$ — 5 fc ABONNEMENTS <$ |$ UNAN: fr.IK— RECOLTVBÉADOMIGILErlfiSfr.fiSO-UNIONPOSTALErlS fr. £} *? UH '• NUMERO 8PÉ0IMEN " BST ENTOIÉ 8RAT0ITBMENT SDR DEMANDE ^ ~ &, te BUREAUX : 1, rue La Qoff. PARIS (Varr1) & O Estado Moderno e a Agricultura Leiam esse bello, útil e interessante livro de 500 paginas, ampla e nitidamente impresso e illustrado, E' um trabalho, na opinião dos eritieos, «de grande fôlego e que deve figurar na estante de todo brazileiro». Meç& de vtmda 6S000 Em todas as livrarias do RIO, S. PAULO e CAMPINAS, Estabelecimento de Plantas Grande variedade de arvores frueti- feras nacionaes e extrang-eiras, arvo- res de sombra e ornamentação, por preços baratíssi- mos. CASCADURA Rua Nova de D. Pedro, 37 Especialidade em enxertos de laran- jeiras, tem sem- pre de io a 12 mil pés, e acondicio- namento, despa- cho e plantações para todos os Es- tados do Brazil. CASCADURA Rua do Campinho, 101 Alfredo &a Bilra liMro Importante para os criadores de gado * SALOXO * SAL ESPECIAL PARA GADO Preparado com o sal gemma húngaro puro cora addicionamento de Oxydo do ferro vermelho e pós de losna em pequenas porcentagens, torna-se o SALOXO um artigo do alto interesso para os criadores do gado bovino, lanígero ou cavallar, devido ás suas valiosas qualidades dietéticas, digestivas e purgativas. Adoptado em muitos Postos Zootechnicos Europêos "\7"en.d_e-íse Comprimido em blocos de 5 ou 10 kilos • Moído em saccos de 50 kilos Parecer de um criador mineiro O Sr. A.* A., criador de gado em Curvello, observou que as suas vaccas leiteiras, em numero de 19, ficaram pare- cendo mais alegres, que os carrapatos tinham cabido, que os cabellos ficaram muito lizos e que, por causa do melhor estado de saúde das vaccas, o leite tinha augmentado. (Extracto de uma carta em nosso poder.) Estamos proniptos a enviar amostras ou prospectos a quem no-los pedir. Para encommendas e mais informações com: Rombauer & Comp. Rua Visconde de Inhaúma n. 84 CAIXA. 3C2: EIO IDE «T^USTEIIRO F. UPTON & C Rua Alvares Penteado ns. 44, 46 e 48-S. Paulo AVENIDA CENTRAL N. 18 RIO DE JANEIRO MACHINAS DE ARROZ fabricadas par "THE ENGELBERG HULLER £0.," de Syracuse, lew-York - Devido ao aug-inento na fabricação, para at- tender aos grandes pedidos da CHINA, JAPÃO e ÍNDIA INGLEZA, principalmente deste nltinio paiz, onde são agentes os srs. MARSHALL SONS «fe O. (firma esta bastante conhecida aqni no Brazil), resolveu a fabrica baixar os preços para a íutnra safra, o que levamos ao conhecimen- to das pessoas interessadas na acquisição de Macias ia arroz, preconizadas como as liras pelo mundo inteiro; tanto assim, qne todos estão pro- curando imiatal-as, mas essas imitações são sempre, como todos sabem, SO' UMA IMITAÇÃO. Peçam catálogos, preços e informações. A reducção nos preços das machinas de arroz começa a vigorar desta data em deante. S. Paulo, 16 de Novembro de 1908. $?Mp6m <§ (3. ff ff ff ff ff Arados de todos os systemas Cultivadores e Instrumentos Hê <$ <§ *§ *S DOS FABRICANTES DEERE * C.IA MOLINE^ILL. Desnatadeiras "Mundus" li-;'. . í)e£i\kta. 40 litfo^ de leite çoi' l^ofk fa"£& cg"à C/u^tà àcpei\à^ %. 4á$ooo! ^^ Pôde ser movida por uma creança. 1 1 -'mundus" e um separador perfeito em tolas as suas miniidencias, seu manei" é simples e a duração é igual á das melhores desnatadeiras até hoje conhecidas. 'Devido a sua construcção especial, o seu peso importa apenas em 5 kilos. Unlooa representantes no Srazll: Herm. Stoltz & C.ia rtio de Janeiro São Paulo 65/74 Avenida Central 66/74 12 Rua Alvares Penteado 12 20, ÂRBNIS 3 AVENIDA CENTRAL, RIO DE JANEIRO MACHINA BENEFICIAR ARROZ PAULISTA 20 n ! ■ i PRIVILEGIADA PELA PATENTE N. 4887 A gravura acima representa nossa machinade beneficiar arroz, de recente invenção privilegiada, que a pratica consagrou como uma das mais perfeitas no género. Solidamente construída com madeiras de lei do paiz e material metallico de primeira qualidade, ella reúne em um feliz conjuncto : 1 Descascador cónico com regulador automático, sensível; 1 Polidor cylindrico; 1 Aspirador de duplo effeito; 1 Peneira mechanica para separação do qucbradinho que, beneficiando satisfatoria- mente o arroz, dá ao mesmo um typo mais ou menos homogéneo, que lhe auiimenta o valor mercantil. A capacidade oscilla entre 25 e 40 saccos, conforme a qualidade e gráo de preparo do arroz. A força motriz necessária é de seis cavallos nominaes. Fornecemos também : Ventiladores para arroz em casca, proporcionaes á machina ,, Paulista"; Separadores de marinheiro, idem; Instrumentos agrários especiaes para a cultura do arroz, como sejam arados-grades, semeadores, ccifadeiras, debulhadores, etc. Encarregamo-nos de mandar vir e assentar : Machinismo completo para beneficiar arroz, em grande escala, para o que estamos apparelhados com a representação das mais importantes fabricas européas e dispomos de pessoal technico habilitadíssimo. PEÇAM FOLHETO DESCRIPTIVO 4 The Gourock Ropework Export Company Limited ESTABELECIDA EM 1736 Únicos fabricantes da lona impermeável marca „BIRKMYM»S", usada pelos Srs. fazendeiros em encerados para lavoura, com os mais valiosos attestados Caixa do Correio, 1081 CÓDIGOS : Sth. Edition A. B. C. A. I. Endereço Telcgraphico : , .SASSOLINO' TELEPHONE N. 2O4I Barraca ti/po — „Ferro Carril" Fornecedores de ENCERADOS para wagons e BARRACAS para todas as estradas de ferro Confeccionamos encerados o barracas de qualquer tamanho CABOS E CORDAS DE PRIMEIRA QUALIDADE Cairo, alcatroado, linho, merlim, corda de Nova Zelândia para carne secca Lona de linho de diversas qualidades para velas Lona de algodão de qualquer largura Fio de vela de varias qualidades para coser saccos, velas e lonas Temos em deposito ENCERADOS e BARRACAS tle -vários tamanhos 119, Rua Primeiro de Março, 119 RIO DE JANEIRO 5 HOPKIHS, CAUSER L HOPKIHS IMPORTADORES DA CELEBRE RAÇA DE GADO INGLEZ ,,RED SHORTHOBN" MacMnisfflos para o fabrico ie Manteiga, Qneijo, Gelo e Latas DESNATADEIRAS ..ALFA-LAVAL" MODELO 1908 Arados e Machinas para a Lavoura 96, Rua Theophilo Ottoni,95 RIO DE JANEIRO 20, Rua Moreira César, 20 s. joão d'el-rev Formicida Paschoal - «nportantea servias na extin- CÇa° d0S formigue™ e o único que apresentou reaes resultados na expenencias eíFectuadas por ordem do governo do Estado de a Pau]°' onde «upplantou todas aS marcas q«e concorreram a essa experiência e demonstrou ^idor das i:™ rs económico 100 •/. conforme o re- Iat0rÍ° Public^o por ordem do governo do mesmo Estado. OBTEVE PRIMEIRO LOGAR NAS EXPERIÊNCIAS EFFECTUADAS EM S. PAULO Paschoal Va* Otero cornmunica aos Srs Lanr „ regresso da Europa, acaba de mnnZ Lwradores que, de «, ,aw6m ilteJ^rÍT l PUl° ^ enl^rnento e que touaro litros) ° "«»»«">**>* na medida das latls Paschoal Vaz Otero 7r nTT ESCRIPTORIO 76. RUA DO HOSPÍCIO, 75 Henry Hogers, KStíg8HlllK08 B COS' Sons ir C., Limited K8.DK HiCplSíOS.PiRi (lliMp EK aBOmU l«l àGWCBlTllW de HOWÀKU ^ i^ Livesey 1 RIO DE JOEIRO g S. P1HJW íèí» & & â £ & & £ £ & & ââ PREMIADO COM MEDALHA NA EXPOSIÇÃO DE FLORES DE 1903 ESPECIALIDADE EM ROSEIRAS, CAMÉLIAS, ETC. Grande sortimento de plantas nacionaes e extrai) geiras, arvores fructiferas e de ornamento. Encaixo tam-se e embarcam por expor- tação para todos os Estados, interior e exterior. Confeccionam ramos, corbeilles, palmas, coroas e bouquets para noivas, etc. POR PREÇOS RAZOÁVEIS VIUVA SILVA & FILHOS fornecedores da Sooiedade Naoional de Àgrioaltara P...^S Jjj,..Q M Conde ii Bonifiin, 123 \Mm2 Bua Coufle le Boinflm, PORTÃO VERMELHO ^J&sSaJW PORTÃO VERMELHO as@ ©s ^AEarsimo ilii IIP! i t. 41, Rua General Camará, 43 Importadores em grande escala de Louças de ferro, Ferragens, Tintas, Óleos, Cimento, Canos de ferro e de chumbo para agua e gaz, Telhas zincadas, Arame farpado e liso, Drogas para industria, Material para estradas de ferro, Artigos para lavoura, etc. DEPOSITO Rua do Cotovello n. 18 — Travessa do Paço n. 26 Travessa da Fidalga n» 3 — Largo de Santa Rita n, 24 ESPECIALISTAS EM MATERIAL PARA CANALISAÇÃO DE AGUA DEP0SITÀBI0S SOS SEGUINTES PEODUCTOS CONHECIDOS Formicida Pestana (purificado) ? Dynamite "Estygia" Dito Capanema ) Enxadas " Radiante especial' Dito Paschoal ; Cimento " Pedreiro" Creolina Freire de Agaiar s Dito "S. 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Fornecem-se, gratuitamente, livros e folhetos, em qual- quer idioma, referentes a qualquer cultura. As encommendas de adubos devem ser feitas com ante- cedência, afim de poderem vir da Europa a tempo para a sua applicação adequada, que começa approximadamente em Agosto ou Fevereiro. ÚNICOS RECEBEDORES DOS ADUBOS DO " KALISYNDIKAT DE STASSFURT " (Allemanha) BRÚGQEMAM, PEREIRA & CL 99, Rua da Alfandega, 99 CAIXA DO CORREIO N. 565 — ENDEREÇO TELEGRAPHICO: "SEM&Or' i* IlVEFOIÍ.T.A.IDOIRES Com sortimento completo de ferragem e armarinho ^ Eléctrica 67, RUA GENERAL CAMARÁ, 67 ' RIO DE JANEIRO Arame farpado „ Eléctrica de qualidade Insuperável Sem rival 1 Peso liquido 38 kllos Comprimento 402 metros Garantidos Preço sem competência Enxada "Sol" Fabricada do melhor aço inglez. Superior a qualquer outra marca pela excellente qualidade. Quem usar uma vez é freguez para sempre ^ ._.^.-, ._„ CASA ESPECIAL DE HORTICULTURA TV, K-ULa, do 0-CLT7-Iõ!or, 7V RIO DE JANEIRO ^wWWlIlí h ,5 M Hl S o grande sortimento de sementes novas de hortaliças, de flores, de plantas para agricultura, etc. GRANDE SORTIMENTO DE FERRAGENS, UTENSÍLIOS E OBJECTOS PARA TODOS OS MISTERES DE JARDINAGEM Gaiolas, »! imanto para pássaros, pó da Pérsia e ená da índia (Ram LaVsJ GRANDE OFFICINA DE TRABALHOS EM FLORES NATURAES lestas, ramos e grinaldas feitas c?m aparado goste, para casamentos, bailes, fastas, enterros, finados, ato., enearregam-sa ds ornamentações para morai de Jantar, festas, salões, banqnetos, mas, etc, CHÁCARAS DE CULTURA DE PLANTAS Rua Theodoro da Silva, 56 A Rua Haddock Lobo, 122 Rua Barão de Petrópolis, 3 (Orchideas e plantas Onas) CULTURA DE FLORES RETIRO— PETRÓPOLIS DEPÓSITOS QEBAES DE PLANTAS RUA SENADOR IDANTAS, 31 E 61 wwasm sah» «a o. 1, CASA SXOBA J Casa especial em trabalhos de flores naturaes artisticamente executados Coroas para enterros, todos os preços e feitios Ornamentações de salões, mesas, etc, para casamentos, bailes, etc, etc. Sementes afiançadas de hortaliças e flores A . CULTURA DE FLORES Rua Senador Nabuco n. 21, Villa ízabel (Orchideas) Fonseca — Nictheroy (Flores divers;is) CHÁCARA FLORA Alt) da Serra — Petrópolis (Flores e Plantas) Schlick & Comp. Rua do Ouvidor n. CTELKPHONE N. 1281 GfôÂSQ e,io zdib cr^-isrEaiòo AS CAIXAS ECONÓMICAS E O Cr e dito Agric ola PELO DR. ALFREDO ROCHA PREÇO 10S000 } A' venda em todas as livrarias do RIO OE JANEIRO e S. PAULO Ig^sgs^* -~~*~*~~~-»-^^^ GRANDE DEPOSITO DE PLANTAS -?S~ • * ^T Variado sortimento de plantas de todas as qualidades, para POMARES E JARDINS s* * Luiz António Gomes Apromptam-se bouquets para baptisados e casamentos, com a máxima brevidade e por preços baratíssimos 41 -RUA DR. BULHÕES -41 ENGENHO DE DENTRO The Blymyer Iron Works Oo. Cincinnati, Ohio, Estados Unidos da America ENGENHEIROS, FUNDIDORES E MECHANIC03 JOGOS COMPLETOS DE MACHINAS DE QUALQUER CAPACIDADE Fabricantes de machinas modernas pára Fazenda de Canna de Assucar, Café e Arroz (l KMI'K1 (JO bi: MISSAS MAC! 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A., criador de gado em Curvello. observou que as suas vaecas leiteiras, em numero de 19, Acaram pare- cendo mais alegres, que os carrapatos tinham cabido, que os cabellos ficaram muito lizos e que, por causa do melhor estado de saúde das vaecas, o leite tinha augmentado. (Extracto de uma carta em nosso poder.) Estamos promptos a enviar amostras ou prospectos a quem nol-os peilir. Para encommendas e mais informações com: Rombauer & Comp. Rua Visconde de Inhaúma n. 84 CAIXA 362 RIO IDE «JA.3STEIÍIO F. UPTON & C. Rua Alvares Penteado ns. 44, 46 e 48-S, Paulo AVENIDA CENTRAL N. 18 RIO DE JANEIRO MACHLNAS DE ARROZ fabricadas por «THE ENGELBERG HULLER CO.," de Syracuse, Hew-York Devido ao ang-mento na fabricação, para at- tender aos graudes pedidos da CHINA, JAPÃO e ÍNDIA INGLEZA, principalmente deste ultimo paiz, onde são agentes os srs. MARSHALL SONS «fc O. (firma esta bastante conhecida aqui no Brazil), resolveu a fabrica baixar os preços para a futura safra, o que levamos ao conhecimen- to das pessoas interessadas na acquisição de Macias fle arroz, preconizaflas como as mires pelo mundo inteiro; tanto assim, que todos estão pro- curando imital-as, mas essas imitações são sempre, como todos sabem, SO' UMA IMITAÇÃO. Peçam catálogos, preços e informações. A reducção nos preços das machinas de arroz começa a vigorar desta data em deante. S. Paulo, 16 de Novembro de 1908. §} S> ô> ê> §} Arados de todos os sistemas Cultivadores e Instrumentos i% {§ {§ {$ -fcf ICANTES DEERE A C.lA MOLINE,„L Desnatadeiras "Mundus 40 litros' de leite poi' h,ofa, Cái^tà àpei\a$ ffe. 4g$ooo! w"cè sS'"'* Pôde ser movida por uma creança. O "MUNDOS" é um separador perfeito em todas as suas minudencias, seu manejo é simples e a duração é igual á das melhores desnatadeiras até hoje conhecidas. 'Devido á sua construcção especial, o seu peso importa apenas em 5 kilos. 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Ridereço TelegrapliIco : ,,SASS0LIN0' TELEPHONE N. 204 1 'arraca typo — „ Ferro Carril"' Fornecedores de ENCERADOS para wagons e BARRACAS para todas as estradas de ferro Confeccionamos encerados e barracas de qualquer tamanho CABOS E CORDAS DE PRIMEIRA QUALIDADE Cairo, alcatroado, linho, merlim, corda de Nova Zelândia para carne secca Lona de linho de diversas qualidades para velas Lona de algodão de qualquer largura Fio de vela de varias qualidades para coser saccos, velas e lonas Temo» em deposito ENCERADOS e BARRACAS de vários tamanhos 111), Rua Primeiro de Março, 119 RIO DE JANEIRO HOPKIHS, CAUSER & HOPKIHS IMPORTADORES DA CELEBRE RAÇA DE 6AD0 1NGLEZ „REI> 8HOBTHOBN" Machinismos para o fabrico le Mm, Queijo, Mo e Latas DESNATADEIRAS „ALFA-LAVAL" MODELO 1908 Arados e Machinas para a Lavoura 96, Rua Theophilo Ottoni,95 RIO DE JANEIRO 20, Rua Moreira César, 20 8. JOXO D*EL-RET Formicida Pasehoal Fornecedor da Sociedade Nacional de Agricultura »■% "^XT^^XT" É o maior amigo' da lavoura e único que tem prestado importantes serviços na extin- cção dos formigueiros e o único que apresentou reaes resultados nas experiências effectuadas por ordem do governo do Estado de S. Paulo, onde supplantou todas as marcas que concorreram a essa experiência e demonstrou praticamente ser o formicida „l\A.S(JHOAL" o mais enérgico destruidor das formigas e mais económico 100 "/, conforme o re- latório publicado por ordem do OBTEVE PRIMEIRO LOGAR NAS EXPERIÊNCIAS EFFECTUADAS EM S. PAULO roverno do mesmo Estado. Pasehoal Vaz Otero communica aos Srs. Lavradores que, de regresso da Europa, acaba de montar novos apparelhos e que melhorou ainda mais o seu formicida, que tão bons seroiços tem prestado â Lavoura. A Sociedade Nacional de Agricultura poderá bem attestar a boa qualidade do formicida pelo grande numero de latas que tem comprado para os seus associados; assim como communica aos Srs. consumidores que tem todo o escrúpulo no enlatamento e que assume também inteira responsabilidade na medida das latas (quatro litros). Pasehoal Vaz Otero ESCRIPTORIO 75, EUA DO HOSPÍCIO, 75 M0 I>E JANEIBO Henry Rogers, Sons 1 STK1A Olí ABRIOUtTURA Casa especial de instrumentos e machinas para a lavoura jVl*A.I>Ot-i e CULTIVADORES dos melhores fabricantes inglezes e americanos „ESTEELLA" „BALTIC" • maia macshlnas d» fazer manteiga 9 pasteurlsar o leite ESPECIALISTAS EM FIAÇÃO E TECELAGEM Únicos vendedores das cordas e fiação de HOWARD & BULLOUGH Teares e tecelagem de Henry Livesey Teares e tecelagem automáticos de Northrop ORÇAMENTOS, PLANTAS E TODAS AS INFORMAÇÕES 85, RUA VISCONDE DE INHAÚMA, 85 17 A, RUA DA QUITANDA, 17 A RIO DE JANEIRO GRANDE ESTABELECIMENTO HORTICOLD PREMIADO COM MEDALHA NA EXPOSIÇÃO DE FLORES DE 1903 ESPECIALIDADE EM EOSEIRAS, CAMÉLIAS, ETC. Grande sortimento de plantas nacionaes e extrai ígeiras, arvores fructiferas e de ornamento. Encaixotam-se e embarcam por expor- tação para todos os Estados, interior e exterior. 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Jorge" Coalho marca « Estrella > ( Commlssarlos de Café.e mais géneros do paiz, garantem as melhorei contas de renda, sujos líquidos são pagos immediatament* A nossa firma foi premiada com medalha de ouro na Exposição de S. Luiz (E. U. da America) pelas excellentes qualidades de Café recebido de seus committentes que expuzeram. ULio cio Janeiro p • S. PAUL3 . wxmxxxxxxxxxxxx Sortimento completo xxxxx»wX)OO.Ym & & » & s> MACHINISMOS CE VtFlIAS ESPÉCIES € « € e e Vapores, Arame farpado, Telhas de zinco, etc. rtc. Nunca esquecer que O emprego de adubos na cultura das terras é absolutamente necessário, afim de conseguir-se um resultado verdadeira- mente remunerador do esforço e do capital empregado pelo agricultor. Adubos artificiaes de todas as qualidades para a adu- bação das terras produetoras do café, algodão, canna de as sucar, turno, de todos os cereaes, de todas as leguminosas de todas as arvores fruetiferas, emfim, de todas as culturas. Os aJubos são fornecidos, cada elemento nutritivo em sepa- rado ou em diversas misturas, podendo estas ultimas ser de qualquer proporção, havendo toda a garantia de serem mis- turas rigorosamente exactas quanto à sua composição. Recom- mendam-se especialmente ; Chlorureto de potássio de 50 % de potássio (Kali) Sulphato de potássio . . de 48 % de » > Sal de potássio de 30 % de » > Superphospharos de 14 /■'/„ deacido phosphorico solúvel em agua Escorias de Thomaz... de 16 °/0 de acido phosph -rico solúvel em acido cítrico. Sulphato de ammoniaco de 20,5 °/0 de azoto. Salitre do Chile de 15 % "/, de azoto. Guano com porcentagem garantida. Fornecem-se aos agricultores, gratuitamente, informa- ções e conselhos sobre a qualidade e quantidade dos adubos a usar, tendo em vista a propriedade do solo e a cultura que se pretende beneficiar. Estas informações e conselhos serão fornecidos in loco por um profissional e scientista, que se acha no Brazl para este fim. Fornecem-se, gratuitamente, livros e folhetos, em qual- quer idioma, referentes a qualquer cultura. As encommendas de adubos devem ser feitas com ante- cedência, afim de poderem vir da Europa a tempo para a sua applicação adequada, que começa approximadamente em Agosto ou Fevereiro. ÚNICOS RECEBEDORES DOS ADUBOS DO " KALISYNDIKAT DE STASSFURT " (Allemanha) BRÚGGEMAM, PEREIRA & CL 99, Rua da Alfandega, 99 CAIXA DO CORREIO N. 566 — ENDEREÇO TELEGRAPHICO: "SEBIBOT" Oom sortimento completo de ferragem e armarinho ^^ Eléctrica 67, RUA GENERAL CAMARÁ, 67 RIO DE JANEIRO Arame farpado „ Eléctrica " á/ÉÊS#f: de qualidade Insuperável Sem rival Ê Peso liquido 38 kllos Comprimento (02 metros Garantidos Preço sem competência ■ Enxada "Sol Fabricada do melhor aço inglez. Superior a qualquer outra marca pela excellente qualidade. 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Paulo, 16 de Novembro de 1908. tf $> Sf §} S> Arados de todos os systemas Cultivadores e Instrumentos 4# -Ct -Ct 4# -tf DOS FABRICANTES Desnatadeiras "Mundus" f)e£i\ktà 40 liti'o$ de leite ^^■^Q Òu^tà àf>ei\à$ Pôde ser movida por uma creança. O "MUNDUS" é um separador perfeito em, todas as suas minudencias, seu manejo é simples e a duração é igual á das melhores desnatadeiras até hoje conhecidas. Devido á sua construcção especial, o seu peso importa apenas em 5 kilos. TInloos representantes no Brasil: Herm. Stoltz & C» Rio de Janeiro São Paulo 66/74 Avenida Central 66/74 13 Rua Alvares Penteado 12 The Gourock Bopework Export Company Limite ES7ABELECIDA EM 1736 Únicos faMcantes da lona impermeável marca „BIEKMYRH'S", usada pelos Srs» fazendeiros em encerados para lavoura, com os mais valiosos attestados Caiu do Correio, 1081 „BIBEIB0" 5th. Edition A. B. C. A. I. 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A Sociedade Nacional de Agricultura poderá bem attestar a boa qualidade do formicida pelo grande numero de latas que tem comprado para os seus associados; assim como communica aos Srs. consumidores que tem todo o escrúpulo no enlatamento e que assume também inteira responsabilidade na medida das latas (quatro litros). Paschoal Vaz Otero ESCRIPTORIO 75, RUA DO HOSPÍCIO, 75 Henry Rogers, Sons & C, Limited EMMIEIUOS E (HM ■ • >- : SHUSTRIi OC AilllICUUUEi Casa especial de instrumentos emachinas para a lavoura A.RAJDOSÍ e CULTIVADORES dos melhores fabricantes inglezes e americanos „ESTRELLA" „BALTIC" e mais machlnas de fazer manteiga e pasteurlsar o leite ESPECIALISTAS EM FIAÇÃO E TECELAGEM Únicos vendedores das cordas e fiação de HOWARD & BULLOUGH Teares e tecelagem de Henry Livesey Teares e tecelagem automáticos de Northrop ORÇAMENTOS, PLANTAS E TODAS AS INFORMAÇÕES 85, RUA VISCONDE DE INHAÚMA, 85 17 A, RUA DA QUITANDA. 17 A RIO DE JANEIRO iíAí'Ííii~í £i £ £ S & £ £ PREMIADO COM MEDALHA ' NA EXPOSIÇÃO DE FLORES DE 1903 ESPECIALIDADE EM BOSEIRAS, CAMÉLIAS, ETC, Grande sortimento de plantas nacionaes e extrangeiras, arvores fructiferas e de ornamento. Encaixotam-se e embarcam por expor- tação para todos os Estados, interior e exterior. Confeccionam ramos, corbeilles, palmas, coroas e bouquets para noivas, etc. POR PREÇOS RAZOÁVEIS VIUVA SILVA & FILHOS Fornecedores da Sociedade Nacional de Agrioultura ÇWlCL ^líuP'. Rua Conde ie Boinfim, 123 Lm» J Una Conde de Bonito, PORTÃO VERMELHO ^JiS^Síjlw PORTÃO VERMELHO ai@ mm $&wmzm© illl npl 41, Rua General Camará, 43 Importadores em grande escala de Louças de ferro, Ferragens, Tintas, Óleos, Cimento, Canos de ferro e de chumbo para agua e gaz, Telhas zincadas, Arame farpado e liso, Drogas para industria, Material para estradas de ferro, Artigos para lavoura, etc. DEPOSITO Rua do dotovsllo iu 16 — Travessa do Paço n» 26 Travessa da Fidalga n* 3 — Largo de Santa Rita n. 24 ESPECIALISTAS EM MATERIAL PARA CANALISAÇÃO DE AGOè DEPOSITÁRIOS DOS SBOTINTES PS0DUCT0S CONHECIDOS Formicida Pestana (purificado) ) Dynamite "Estygia" Dito Capanema ) Enxadas "Radiante espeei&l" Dito Paschoal ) Cimento "Pedreiro" Creolina Freire de Aguiar s Dito "S. Jorge" Coalho marca «Estrella» Commlssarlos de Café e mais géneros do palz, garantem as melhorei contas de venda, cujos líquidos são pagos immediatamests A nossa firma hl premiada com medalha de ouro na Exposição de S. Luiz (E. U. da America) pelas excellentes qualidades de Café recebido de seus committentes que expuzeram. Rio cio 3"aL,2a.oix*o woooooooooooooocxx Sortimento completo xxxwoootxxxwooow de Ferragens, Drogas, Tintas, etc, etc. Qrando Empório ds Machinas • »»*••»** para a lavoura trado Reversível três alavancas \ Óleos lubrificantes, Correias de couro e "Gutalata" | II xxxwoDexxxxxwooooooooa as melhores do IllUndo mmmmmmfw & & » » © WfiCHINISWOS DE VARIAS ESPÉCIES « « « « « Vapores, Arame farpado, Telhas de zinco, etc, etc k SXKVSL. Á Nunca esquecer que o emprego de adubos na cultura das terras ó absolutamente necessário, afim de çonseguir-se um resultado verdadeira- mente remunerador do esforço e do capital empregado polo agricultor . Adubos artificiaes de todas as qualidades para a adu- bação das terras productoras do café, algodão, canna de as- sucar, fumo, de todos os cereaes, de todas as leguminosas de todas as arvores fructiferas, emfim, de todas as culturas . Os adubos são fornecidos, cada elemento nutritivo em sepa- rado ou em diversas misturas, podendo estas ultimas ser de qualquer proporção, havendo toda a garantia de serem mis- turas rigorosamente exactas quanto á sua composição . Recom mendam-se especialmente : Chlorureto de potássio de 50 % de potássio (Kali) Sulphato de potássio . . de 48 0/o de > » Sal de potássio de 30 % de j> > Superphosphatos de 14 /'/0 de acido phosphorico solúvel em agua Escorias de Thomaz... de 16 °/0 de acido phosphorico solúvel em acido cítrico. Sulphato de ammoniaco de 20,5 °/0 de azoto. Salitre do Chile de 1 5 % "/, de azoto . Guano com porcentagem garantida. 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SE1ST-A.3DOI4 DANTAS, 31 B SI Casa especial em trabalhos de flores naturaes artisticamente executados Coroas para enterros, de todos os preços e feitios Ornamentações de salões, mesas, etc, para casamentos, bailes, etc, etc. Sementes afiançadas de hortaliças e flores CULTURA DE FLORES Rua Senador Nabuco n. 21, Villa Izabel (Orchldeas) Fonseca — Nictheroy (Flores diversas1* CHÁCARA FLORA Alto da Serra —Petrópolis (Flores e Plantas) Schlick k Comp. 1 Rua do Ouvidor n. 61 C TELEPHONE N. 1281 QSASK) rio idei j\ajn":ej:i::r/0 17 Estabelecimentos de Horticultura DOMINGO BASSO FUNDADOS EM 1863 Escríptorio Central: SARANDI.319 — Montevideo. Endereço telegraphico : BA.SSORUM — Montevideo. ( em Haed, F. G. 0. (Republica Argentina) Ternos para venda durante este inverno mais do um milhão de arvores fructiferas. Como exportamos grande quantidade de arvores para o Brasil, temo-nos dedicado à cultura das variedades que melhor se desenvolvem no dito paiz. Enviamos gratuitamente catálogos explicativos a toda que o solicitar. Nota.— Rogamos ás pessoas que a Casa não conhece ainda, queiram enviar com o pedido a importância do mesmo ou então recommendação para alguma casa de commercio desta praça. Criação de animaes Livro illustrado cora 6 figura r um dos melhores sobre a industria pastoril no I Srazil. ( lapituli is especiaês sobre as aptidões necessárias ai > criadi ir, < 1 si il< >, 1 1 clima, a pro- le era que cada animal deve ser conservado. Ca- vallos para vehi. '.i ■ . !>■ lux.,, corrida e passo. Cavallos desella, saltadores, i n .t adores, corrida e guerra. Cavallos puro sangue, meio sangue, percheron e inglez. Formas de andar, pello, alimentos, pensagens, arreios, eu-;; -. : 'ncao, reproducção, forragens brazileiras. i:\ame. hygiene e criação de jumentos, mula- e burros. Bois de trabalho ira. Idade, reproducção, alimentação, pensarem, en-iim, àoboi. O peso avaliado por melo duma -simples ífta. 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MARSHALL SOIVN «fc C. (firma esta bantante conhecida :«.em, SO'*UMA IMITAÇÃO. Peçam catalogo», preços e informações. A reducção nos preços das machinas de arroz começa a vigorar desta data em deante. S. Paulo, 16 de Novembro de 1908. 9. ãfptcn <§ e ♦> Ô> §f 9* §f Arados de todos os systemas Cultivadores e Instrumentos i% <$ i% {# i% DOS FABRICANTES DEERE it C.IA MOLINE,_LL. Desnatadeiras "Mundus" 40 litros de leite 'eL-REY Formicida Paschoal Fornecedor da Sociedade Nacional de Agricultura 'á ">GF55>>sr" s É o maior amigo da lavoura 0 único que tem prestado importantes serviços na extin- Wp ^ cçã0 dos formigueiros e o único que apresento!) reaes resultados ; I nas experiências effectuadas por " ordem do governo do Estado de S. Paulo, onde supplantou todas as marcas que concorreram a essa experiência e demonstrou praticamente ser o formicida „ PASCHOAL " o mais enérgico destruidor das formigas e mais económico 100% conforme o re- latório publicado por ordem do governo do mesmo Estado. OBTEVE PRLME1RO LOGAR NAS EXPERIÊNCIAS EFFECTUADAS EM S. PAULO Paschoal VazVtero communica aos Srs. Laoradores que, de regresso da Europa, acaba de montar nooos apparelhos e que melhorou ainda mais o seu formicida, que tão bons neroiços tem prestado á Lavoura. A Sociedade Nacional de Agricultura poderá bem attestar a boa qualidade do formicida pelo grande numero de latas que tem comprado para os seus associados; assim como communica aos Srs. consumidores que tem todo o escrúpulo no enlatamento e que assume também inteira responsabilidade na medida das latas (quatro litros). Paschoal Vaz Otero ESCRIPTORIO 75, RUA DO HOSPÍCIO, 75 RIO BI ffAHFSRO Henry Rogers, Sons & C, Limited ENGENHEIROS E C0NTRACTAD0RE8 DE HCD1Í18I08 PARA QUARDBB ÍNUISTRIA 011 AGRICILTLRi Casa especial de instrumentos e machinas para a lavoura ARADOS e CULTIVADORES dos melhores fabricantes inglezes e americanos „ESTRELLA" „BALTIC" t mais masblnas í» fazer manteiga e paslonrlsar o leite ESPECIALISTAS Eli FIAÇÃO E TECELAGEM Únicos vendedores das cordas e fiação de HOWARD & BULLOUGH Teares e tecelagem de Henry Livesey Teares e tecelagem automáticos de Northrop ORÇAMENTOS, PLANTAS E TODAS AS INFORMAÇÕES 5, RUA VISCONDE DE INHAÚMA, 85 17 A, RUA DA QUITANDA, 17 A RIO DE JANEIRO PREMIADO COM MEDALFIA NA EXPOSIÇÃO DE FLORES DE 1903 2S?3:iALIDADE KM E0SSIRA2, CAMÉLIAS, STC. Grande sortimento de plantas nacionaes e extrangeiras, arvores fructiferas e de ornamento. Encaixotam-se e embarcam por expor- tação para todos os Estados, interior e exterior. 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Jorge" Coalho marca « Estrelk » ( Commls3arlcs da Café a cais géneros do pais, garantem as melhorai contas de venda, cujos liquides são pagos immediatamenta A nossa firma foi premiada com medalha de ouro na Exposição de S. Luiz (E. U. da America) pelas excellentes qualidades de Café recebido de seus committentes que expuzeram. Rio cio J£*,:ne;i:ro Nunca esquecer que o emprego de adubos na cultura das terras é absolutamente necessário, afim de çonseguir-se um resultado verdadeira- mente remunerador do esforço e do capital empregado pelo agricultor . Adubos artificlaes de todas as qualidades para a adu- bação das terras produetoras do café, algodão, canna de as- sucar, fumo, de todos os cereaes, de todas as leguminosas de todas as arvores fruetiferas, emfim, de todas as culturas Os adubos são fornecidos, cada elemento nutritivo em sepa- rado ou em diversas misturas, podendo estas ultimas ser de qualquer proporção, havendo toda a garantia de serem mis- turas rigorosamente exactas quanto á sua composição. Recom mendam-se especialmente ; Chlorureto de potássio de 50 °/0 de potássio (Kali) Sulphato de potássio . . de 48 °/0 de > > Sal de potássio de 30 °/0 de » > Superphosphatos de 1 4 '///„ de acido phosphorico solúvel em agua Escorias de Thomaz. . . de 16 °/0 de acido phosphorico solúvel em acido cítrico. Sulphato de ammoniaco de 20,5 °/0 de azoto. Salitre do Chile de 1.5 '/, °/, de azoto . Guano com porcentagem garantida. Fornecem-se aos agricultores, gratuitamente, Informa- ções e conselhos sobre a qualidade e quantidade dos adubos a usar, tendo em vista a propriedade do solo e a cultura que se pretende beneficiar . Estas informações e conselhos serão fornecidos in loco por um profissional e scientista, que se acha ao Brazil para este fim. Fornecem-se, gratuitamente, livros e folhetos, em qual quer idioma, referentes a qualquer cultura. As encommendas de adubos devem ser feitas com ante- cedência, afim de poderem vir da Europa a tempo para a sua applicação adequada, que começa approximadamente em Agosto ou Fevereiro. ÚNICOS RECEBEDORES DOS ADUBOS DO « KALISYNDIKAT DE STASSFURT " (Allemanhaj BRÍJGGEMAM, PEREIRA k D. 99, Rua da Alfandega, 99 CAIXA DO CORREIO N. 563 — ENDEREÇO TELEGRAPHICO: "3EBIQ01" <^5L -X^5 Buas.B2nt3.43 s. c $ s. paul: * s Sortimento completo de Ferragens, Drogas Tintas, etc, etc. Grande Empório ds Machinas * * * * * # # * sara a lavoura lubrificante, Correias de couro e "Gutalata" xxíooococoôoooooooooíxxxx as melhores do mundo » &s ft » © WIACHINISMOS DE VARIAS ESPÉCIES € « « € « Vapores, Arame farpado, Telhas de zinco, etc . etc. yr ^J £ XX GEIE Air S & Q. IMPORTADORES Com sortimento completo iie feri agem e armarinho Eléctrica 67, RUA GENERAL CAMARÁ, 67 ^%C RIO DE JANEIRO ^S^Wx^ Arame farpado „ Eléctrica" fy(^'s3k% ^Mp de qualidade iisuperavel Sem rival à\ , ;1 Peso liquido 38 kiios 1|Í!',\ * CoíTipiimento 402 metros Garantidos x| Preço sem competente Enxada "Sol" Fabricada do melhor aço ing-lez. 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