ACÁ 0112 '?>e,w^\\^5,^ HARVARD UNIVERSITY LIBRARY OF THE MUSEXXM OF COMPARATIVE ZOOLOGY ^ \&a SEP 28 1927 \%i' MEMOKIAS DE LA ■. I, ' J ¡ I REAL ACADEMIA DE CIExN6IAS EXACTAS, FÍSICAS Y NATURALES nis MADRID TOMO XVIII. -Parte I. F. GOMES TEIXEIRA.— Sobre o Desenvolvimento das Func?oes em Serie. ^^.i MADRID Calle lie Poiitejos, 8. 1897 ^ SEP 28 1927 ME\40RIAS DE LA REAL ACADEMIA DE CIENCIAS EXACTAS físicas y naturalbs DE MADRID Tomo XVIII. SOBRE DESEPOLVipiEHTO DUS FO)IG(0ES EM SERIE PROFESSOR NA ACADEMIA POLVTECHNICA DO PORTO, ANTIGO PROFESSOR NA UNIVERSIDADE DE COIMERA, SOCIO CORRESPONDENTE DA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS DE MADRID, ETC. MEMORIA PREMIADA, FUERA DE CONCURSO, y publicada por la REAL ACADEMIA DE CIENCIAS EXACTAS, físicas y naturales de MADRID (Tomo XVIII. - Parte I.l MADRID IMPRENTA DE D. LUIS AGUADO Calle de Hontejos, S. 1897 INTRODUCCAO Versa esta Memoria sobre o assunipto do thema segiiínte, proposto pela Academia Real das Sciencias de Madrid: <^ Exposición raxonada y metódica de los desarrollos en ^-ie de las fun- ciones matemáticas. Teoría general de los mismos. Significación de las llamadas series divei'gentes. Investigación de una serie típica, de la cual, á ser posible, se deriven como casos particulares las series de magor im- portancia g uso en análisis, como las de Taglor, Lagrange g cualquiera otra análoga. » O desenvolvimeuto das fnncjóes em serie tem sido empregado pelos geómetras urnas vezes com o fim de calcular os valores numéricos que to- mam estas func9oes para valores determinados das variavcis, outras vezes para estudar as propriedades das mesmas func55es. Quer se empreguem para um, quer para outro fim, é conveniente variar quanto possivel a forma d'estes deaenvolvimentos, já para obter s(5ries mais rápidamente conver- gentes, quando se destinan! ao primeiro fim, j;í porque ha propriedades que se manifestam nos desenvolvimentos de urna fóraia e ficam ocultas nos deaenvolvimentos de outra forma. O problema geral do desenvolvimeuto das func^oes em serie consiste em procurar, dadas as funcfóes /"(x), 'i,{x), ^.,(x),..., as condiyóes para que seja f(x) = A, H, (X) + A, O, (x) + ... + A„ 0„ (.r) + ..., A , A,... representando quantidades constantes, e determinar estas cons- tantes. Na impossibilidade de resolver este problema com toda a genera- lidade, tíem os geómetras considerado os casos particulares que, ou por stia simplicidade ou por sua importancia ñas applicacoes da Analyse á Geo- metría, d Mecánica e á Physica, teciu merecido preferencia. Assim foi considerado o caso de í), (:<), &,, (x),... representarem potencias inteiras de urna funcjao, o caso de estas funceocs serem os senos ou os cosenos de múltiplos successivos do arco .t, o caso de estas funcvoes representarem potencias inteiras, positivas ou negativas, de muitos binomios da forma X — a, X — b..., etc. Cada urna d 'estas questóes exige bastante espafo para ser tratada de unía maneira completa; porisso aqui limitar-nos-hemos a tra- tar da primeira, isto é, do desenvolvimento das func9oes em serie ordena- da segundo as violencias inteiras de uma funcyao dada. Principiando pelo caso mais simples, consideraremos primeiramente os dcsenvolvimentos ordenados segundo as potencias inteiras e positivas de uma variavel independente, tanto no caso d'esta variavel ser real como no caso de ser imaginaria, expondo os differentes methodos empregados pelos geómetras para resolver esta questao. Assim estudarenios primeiramente o methodo, appresentado por J. Bernoulli e Taylor e completado por Lagran- ge e Cauchy, para o desenvolvimento das funccoes de variaveis reaes; de- pois a extensño d'este methodo, esboeada por Cauchy e completada por Darboux, ao caso das fuucyóes de variaveis imaginarias. Em seguida, con- tinuando o estudo de desenvolvimento das funcjoes das variaveis imagi- narias e considerando a questao n'um ponto de vista menos elementar, ex- poremos o methodo de Cauchy, fundado na theoria dos integraes curvilí- neos, o methodo de Riemann, fundado na theoria das funccoes harmóni- cas, e finalmente o methodo de Weierstrass, fundado na theoria das series inteiras. Cada um d 'estes methodos éo objecto principal de um dos pri- meiros cinco capítulos. O desenvolvimento das fuuc55es em serie ordenada segundo as poten- cias inteiras, positivas e negativas, é tambem considerado. A formula dada, para achar estes desenvolvimentos, por Ijaurent é demonstrada no capitulo terceiro pelo nietliodo de Caucliy e no capilulo cpiiiito pelo methodo de AVcierstrass e Mittag-LefUer. A bella denionstra<;ao que Mittag-Leffler deu d'esta formula ñas Acta Mathematica , foi apresentada pelo eminente geó- metra de urna niancira bastante resumida; a• = 0. Analysando esta demonstracao, vé-se que a conclusao tirada pelo cele- bre geómetra 6 demasiadamente lata, e que o que se pode af firmar é qne este desenvolvimento teiu logar todas as vezes que a quantidade (— l)"-i \..-2...(n — l)J ^ ''^'' tende para zero, quando a tende para o infinito. Assim modificada, é esta demonstracao ainda hoje empregada. 3. A serie de Bernoulli, que vimos de considerar, nao está ordenada segundo as potencias da variavel. O primeiro geómetra que apresentou uma formula, que dá immediatamente o desenvolvimento das funcgoes em — 7 — serie ordenada segundo as potencias da variavcl, foi Taylor, que, no sen Mctl/odiis incrcinaüornin, puljlicado ein 1715, den para este fim a formula /•(.c+/,) =/•(.,■) +/./•'(.*•) 4- •••+j7|^ru-)+-. seni todavia fazer conhecer as condi(,'oes para que este desenvolvimento seja convergente. O methodo em[)regado por Taylor, para chegar a esta formula, é fun- dado na theoria das differen^as tínitas. Esbozado pelo sen author na obra citada, foi depois desenvolvidamente exposto por Euler ñas suas Institu- tiones calculi differentialis. Eis resumidamente em que consiste este me- thodo. Sejam \ ?j, \- y, A= y ... as different;as da funcefio ¡j = f(.r), correspon- dentes á differen^a constante A x da variavel independente ./;. Teremos, como se ve por induc^'ao fácil de completar, r,. + <.y,, = , + /,-.,,+ ^Ví^A-, + MiiMpai,,+..., onde /.■ representa um numero inteiro positivo, e onde o numero de ter- mos que entram no segundo membro ó igual a /l -f- 1 ; e, pondo k A .i: = h, Fazendo tender A x para zcro, ou /,■ para o infinito, vem a formula pedida A- + "l = /W + "g- + |"'-S- Esta demostragáo é evidentemente viciosa. Tcm, entre outros inconve- oientes, o de se fundar em que o limite para que tende unía somma de parcellas é igual á somma dos limites para que tendem as parcellas , theo- — 8 — roma que é vcrdadeiro quando as parcellas sao em numero finito, mas que nem seniprc (cm logar quando, como no caso actual, o numero k-\-l das parcellas tende para o infinito. A formula de Taylor nao difiero cssencialuicnte da formula de Bernoul- li , da qual resulta por urna mudanca de nota^ao. Mudando, com cffeito, na formula de Bernoulii prinieiramente F(.r) cm /' (J/ — jc), e depois .r em 1/ e // oni .r-\-Ji, vem a formula de Taylor. Porisso J. Bernoulii, depois da pubiicai/ao da obra de Taylor, reclamou para si a prioridade da descoberta da formula precedente. (Opera omnia, 1. ii, p. 584.) 4. Maelaurin, no seu Trcatise of Fluxions, publicado em 1742, apre- sentou outra demonstra^áo da formula de Taylor. Adraittindo que toda a funceao que teni derivadas de todas as ordens é susceptivel de ser desen- volvida em serie ordenada segundo as potencias de x: f [x] = A^-\-A,x-\- A^x- -\- ... determinou os coeffi cientos Ag, A¡, A, ... por meio das igualdades se- guintes: /'(.r)=J, + 2.4,.r+3 4,.c^ + ..., r(.r) = 2.U+2.3.43.c + ..., que dao A, = f(0), J, = /"(0), A,^= I f"(0),. Achou assim a formula /"W = /'(O) + xf (0) + \- x-f" (0) + , ainda hoje conhecida polo nnme de formula de Maelaurin. Da formula de Taylor passa-sc para esta pondo primciraincnte .x = O e depois mudando li em x. D'esta passa-se para a de Taylor mudando primeiramcnte /' (,r) em /' (./■ -|- //) e depois trocando li por x. — 9 — A demonstra^-ao que jncccde teni, entre outros inconvenientes, o de n'ella se suppñr estabelecida antecipadameute a possibilidade de a fiinc- jao ser desenvolvida em serie ordenada segundo as potencias inteiras e po- sitivas da varia vel. 5. O inconveniente que vimos de notar na deiuonstra^ao de Maclaurin tem-o tambem a demonslrayao que Lagrange deu da formula de Taylor n'uma memoria apresentada em 1772 á Academia das Sciencias de Berlin (Oeuvres, t. iii, p. 441). Parte, com effeito, da igualdade fi.r + h) = f{x) + A/i + Blr + Clr + ..., A, B, C, ... representando fnncyoes de .r que pretende determinar, e, para isso, muda n'estc desenvolvimento x em x -\-l e. h em h-\-l, o que o leva a dois desenvolvimentos, que devem ser idénticos, e que dao, pelo methodo dos coefficientes indeterminados, as quantidades B, C, ... Achad'este modo que, pondo por dcfinijáo A = f (x), vem B^ — /" "(.r), C= ~ — — f"'(x),etc. Foi porém este grande geómetra o primeiro que recouheceu o papel fundamental da formula de Taylor na Analyse, e o que deu os primeiros passos para o estudo das condigóes para o desenvolvimento das func96es pela serie de Taylor, apresentando na sua Tliéorie des fonctions analyti- ques, publicada em 1797, a formula seguinte: (1) /•(.r+^)=/-(.r)+/^r(x)+...+ ^J'^^^^^^ r-'w+i?,,, onde é (2) ^"=T£r^"^-'+^^^''' 9 representando uma func9áo desconhecida de n, cajo valor está compre- hendido entre ü e 1. Quando i?„ tende para O, para n ^ 03, a serie de Taylor tem logar; no caso contrario nao tem logar. 6. Para demonstrar a formula anterior apresentou Lagrange dous me- — 10 — thodos, dos quaes vamos dar urna ideia succinta, empregando, para simpli- ficar a exposii;áo do primeiro, as iiotayóes do Calculo integral. O primeiro methodo foi publicado na Théorie des fonctions analyti- ques (Oiivres, t. ix, p. 69). Pondo f{x + h) = f(x -i-h- /^í) -f- /n /•' (X + /; - Irx) esta iguaklade determina urna funcyáo Pdc ,r e x, que é nulla quando ^ ^ 0. Derivando os seus dous membros relativamente a x, vem o que dá 1 . 2 ... (n - 1) r x''~'r(.r-J¡-h—hx)dx. Pondo agora x = 1, obtem-se a formula (1) com a seguinte expressao do resto i?,,: Temos assim urna expressao do resto da serie de Taylor por meio de um integral definido. Para d'esta expressao de i¿„ tirar a formula (2), demonstra Lagrange um thcorenia que coincide no fundo com um caso particular do theorema hoje conhecido pelo nóme áe primeiro theorema dos valores medios dos in- tegraes definidos. Applicando-o ao integral que entra na expressao de i2„, suppondo para isso que a funcyáo /"" (.r -\- h — h \)é continua no intervallo de X = O a ;. = 1 , vem / ^''- ' f" [x 4- h — hx)dx = — /■" (X -\-h — h'h), — 11 — V representando urna quantidade comprehendida entre O e 1. Pondo agora 1 — ^' =0, temos finalmente ^A.= 1 o" ,. /•"(-'■ + ^^^^)> se a func^ao /'" (.r) fór continna no iutervallo (./•, .r-\-li). 7. A segunda demonstrayáo dada por Lagrange das formulas (1) e (_') foi publicada ñas suas Lcrons sur le calcul des fonctions (Oeuvres, t. x, p. 85). Esta demonstrayáo, mais simples e directa do (jue a anterior, é fun- dada no theorema de Calculo differencial , segundo o qual as funcyóes cres- cem com as variaveis, quando as suas derivadas de prinieira ordem sao positivas, c decrescem, quando estas derivadas sao negativas. Consideremos a serie de expressóes f-ix-{-h')-L, f—'(x-]-h') — r-'{-r) — Lh', p-'-^.r: + /,') _ /•"-^ (x) - /•"-' (X) h' - L -^, t\x+h')-f{x)-f'{x)h'-...-r-H.r: ''"^ 1.2...(n — 1) 1.2...W Todas estas e.xpressoes sao nullas quando é /?' = O, exceptuando a primei- ra, e cada unía d 'ellas é a derivada da seguinte relativamente a //; appli- cando, pois, o theorema que vimos de recordar, vé-se que, se a primeira tiver um signal constante quando // varia desde O até h, todas as outras téni este mesmo signal quando h é positivo, e o signal contrario quando h é negativo. Representando, pois, por M e N o maior e o menor dos valores que toma f{x -\- li) quando h' varia desde O até h, e dando á L os valores M e ^V, temos as desigualdades 12 quando li é positivo, e as desigualdades coutrarias, quando h é negativo. Em ambos os casos, tira-se d'estas desigualdades a igualdade seguinte: f(x + h) = f(x) + hf'{:r) + ...+ , /'" ' ,//-"-'W ' ^'^'" 1.2... {n - 1) ' '•^' ^1.2... n ' K representando urna quantidade nem superior a M, nem inferior a N. Suppondo agora que a func5ao /■" (,r) é continua no intervallo de o- a x-\-h, deve existir um numero a-,, coniprehendido entre x ex-j-h, tal que esta func5ao toma o valor A' quando x = x^ ('). Como a este numero se pode dar a forma j-j-O/?, O representando urna quantidade comprehendida entre O e 1 , temos K=f"(x-{-H/i). Substituindo este valor de A' na formula anterior, véem as formu- las (1) c (2). 8. Cauchy, no tomo i, pagina 29, dos seus Exerdces de Matkématiqíies, publicados em 1826 (Ocnvres, t. vi da 2." serie), deu urna nova demonstra- §áo das formulas (1) e (2), e partindo de um caso particular d'estas for- mulas, apresentou em seguida luiia nova expressao do resto R,^, mais pro- pria para o estado do desenvolvimento em serie de algumas func9óes. Applicando, com effcito, ¡í func(;ao de x. ? (^) = /'(•'• + h) — f[x) - (X + h -x)f' (í) a formula (') Este principio, considerado por Lagrange como evidente, foi mais tarde demonstrado por Cauchy no seu Cours d'Analyse. — 13 — que resulta das formulas (1) e (2) poudo n' ellas n= 1, e attendendo á ignaldade ' ^ ' í.2...(n — l) ' ^ '' .{,1-1} obtem a formula de Taylor (1) /•(x+/o=A-')+/'/"(')+-+-f7¿^;J^r-'(.r)+A„ com a expressao do resto 9. A expressao do resto, que vimos de achar, foi objecto de urna ob- servagao interessante de Pringsheim (Malhoiiaiische An)ialen, t. 44), Mostrou, com effeito, este geómetra que, apcsar de 9 ser func9ao de n, é condÍ9áo necessaria para que a serie que resulta de (1) pondo « = ce cou- virja para a func^ao f {x), que esta expressao de i?„, considerada como funccclo de duas variareis independentes ^ e n, tenda para O, quando n tende para o infinito e 9 varia entre O e 1. Conclue-se d'aqui que o co- nhecimento da func9ao B nada adiantaria a resolu^áo do problema que tem por fim desenvolver f (jc) em serie. A demoustrayao d'este theorema, que nao será dada aqui, pode vér-se no trabalho de Pringsheim já citado e n'u- ma nota de E. Pascal, publicada na Rivista di Maiematica (Roma, 1895). 10. As expressoes do resto da serie de Taylor de vidas á Lagrange e Cauchy sao casos particulares de urna expressao muito geral, dada por Schlomilch primeiramente no seu Haudbnch der Differentialrechnuncf, publicado em 1847-1848, e em seguida n'um artigo publicado no Journal deLiouville (2.^ serie, t. iii), que obteve por meio da igualdade, devida á Cauchy, A' (x) representando uma funeyáo que nao seja nuUa no intervallo de j? a X + //. — 14 — AppHcando, com effeito, CíBta ignaldade á func^ao considerada no n.° 8 c {X) = f(X + //) - /(>.:) -{x-{-h- ■^) f (X) 1 ir-X-h — xV~' -|(x+/.-.rr(^)— ■-^^■..(/-i) ^""''^'' vem o resultado (1) f[.c+h)=f{x)-\-hr{.r)-\-...+ ^ ,/'_"¡^i) /•"-'(^•)+-R... ^^ ^ ^^" 1.2...(«— 1) • ^'{x+U) ' ^^^'"''• Pondo ii{x) = {x-\-h-xy\ vem para J?„ a expressao •^■"' ^-=1 2.,..ll),/"'^ + '""' a qual, seni ter tido outros usos que nao teuham as formulas de Lagrange e Cauchy, tem todavía a vantagem de as contér a ambas, correspondendo uma a jü = /i e a outra a jj = 1 . A formula (2") foi tambem obtida por Roche, partindo da expressao de i?„ por meio de nm integral definido, anteriormente achada (n.° 6), (Jour- nal de Liourille, 2.^ serie, t. iii). 11. Ñas demonstrajóes das formulas (1) e (2), dadas por Lagrange, suppoz-se que a func^áo /"' {x) é continua no intervallo de a:" a ;r -|- //. A mesma hypothese se é obrigado a fazer na demonstragao das formulas (1) e {2'"), dada no n." anterior, quando se adopta, para estabelecer a igualda- de {'^), a demonstragao que deu Cauchy d'esta formula, pois que n'ella o illustre geómetra suppoe que tp' (;) e <]>' (i) sao func9Óes continuas de x no intervallo de ,r a x-\-h. O. Bonnet porém, dando uma nova demons- trayáo da igualdade (3), que só exige que as funcjoes »'(«) e \' [x) sejam finitas e determinadas no intervallo considerado, permittiu que se esten- dessem as formulas (1) e (2'") ao caso de f" (í) ser discontinua, se toda- — 15 — via for finita e deteí-minada no ¡ntervallo {,v , .r -\- h). Seja F {:) urna fuucvao (lue atlmitte unía derivada 7'" (;) llnita e determinada, no in- tervallo de ; = a a ■. =«-)-/?, e que 6 nnlla nos extremos d'este inter- vailo. Quantlo i varia desde a até a-\-h, a funcíao J'(v) deve principiar por crescer (eui valor absoluto), para depois decrescer; porisso e por ser continua, deve, no intervallo considerado, passar por iim máximo on por um mininio negativo ('). Deve, pois, existir um inimero x, tal que seja F' (í) = O, quando ; =: .r, , e a este numero, que deve estar comprehendido entre .r e .r -\- h, pode dar-se a forma ,r, == .r -(- O h (onde O < O < 1). O theorema que vimos de demonstrar é conhecido pelo nome de iheo- rema de Rolle, por ter sido dado por este geómetra para o caso particular das func9oes inteiras. Para tirar d'elle a formula (3) basta por Fi.) = , (.) - , (.) - [-1 (.) - ^ (.)] |^±|^. A funcyao F {\) é nuUa nos pontos x = x e \=x -\- li; logo temos a igualdade .■.^,,^-,.,,,+,.^,i|g+;¡-|M^,, da (jual se tira a formula (3), quando (]/'(*) é differente de O no intervallo ■X ^ X & x=^x -\- h. 12. Viu-se nos dous números anteriores que a formula de Taylor, com a expressao do resto dada por Schlomilch, pode ser deduzida do theorema de Rolle por intermedio da formula (3). Hommessham Cox, n'um artigo publicado no t. vi do Catiibridí/e and Dublin Malheniatical Journal, tirou-a directamente d'este theorema, applicando-o á func^áo F(x) =-f{x + h)+f(x)^ {X + h-x) r {X) + 1 (- + ^» - ^r- f" (-0 + ... + -'^+'¡;:!;7)' ^"- ' ^^^ o A existencia d'este máximo ou mínimo negativo, que O. Bonnet consl- derava evidente, foi rigorosamente demonstrada por Weierstrass. (Vejase, por exemplo, o t. i do nosso Curso de Analyge). — 16 — que é nulla quando x=x e quando ,'. =x~\-h. Temos, com effeito, a eqiiagáo [/•(i. + h) - f{.T) - ... - i.2^'."„!_i /"~'W] da qual se tira, pondo a;, = ;/" -\- OA, as formulas (1) e (2'"). E 'conveniente observar que a expressao de F{x.), de que se partiu, é a que resulta de substituir na expressao de F{x), dada no numero anterior, a (x) pela expressao dada no num.° 10 e'l(i{z) por (x-\-I/ — z)''. Logo o me- thodo que vimos de expór coincide no fundo com o methodo dado nos nú- meros 10 e 11. 13. Fundados nos mesmos principios podemos dar urna formula mul- to geral, que contem a formula de Taylor { '). Para isso appliquemos a igualdade '^ [x + /^) = o {t) + h 'J (.r + m ú. funcgao c? (O = /-(X) + hf (X) + ... + ^-|-^ f {t) _ n^ - (X +/._., r (.) - ... - \\\-T^^ r -'M - ^F{x) + h F' (r) + ... + -j-|i-^ F'^ (X) f{x + h)-f{x)-hf'(x)-...—^^^f{x) F(x + h)~F [I) -hF'(T)-...- . f , i^í^ (.r ) 1 . éJ ... /L (1) G. Teixeira: .S'íír ¡íwe formule d'Analyse. (Nouvelles Anuales de Mathé- matiqueK, 3." serie, t. v.) — 17 - Teremos, supiiondo // ~T / ^ 1 e /« ^ /.■ -j- 1 c cffcctiiamlo algiius cálculos simples, a igualilade f{x + h) - f(x) - hf {x) - ... - j^-2 7. 1 f' (^^ F{x-^h)-F(i) - hF' (y)-..._ -^_ ir' (j.) ^ 1.2...(¿-{-l) ' ' ' I - I 1.2... (M— 1) 1 . 2 ... (A ■+ 1) '•" I - ^ 1.2...(w — 1) onde O//). " 1.2...(m — 1) 1^^^"!' se o segundo membro d'esta igualdade se conserva diff érente do zero quando 8 varia entre O e 1. Pondo n'esta formula F{i) = ir, k = m — í, l=)i — l, F'"(x)=l.2 ... »t , F"' {X -f' J/^) = 1 . 2 ... iri , obtem-se a formula de Taylor coiu urna expressáo do resto que coincide com a que resulta da formula de Scblijmilch [2'") dando a p um valor in- teiro positivo qualquer. 14. Se a funcyao /"" {x) for continua no ponto x, temos /•»(x + 'J/^) = /-''(r) + c, E representando urna quantidade que tende para O quando h tende para 0. Podemos porisso, substituindo este valor de /"" (./• -f- h h) na expressáo 2 — 18 — do resto dada por Lagrange, escrever a formula de Taylor do ni(^do se- guí nte: /•(x + h) = f(x) + hf (.r) + ... + -j-|^ r (X) + y-|^ e. Esta formula tem mesmo logar, como mostrou Peano, n'um artigo pu- blicado no t. IX do Mathesis, quando f" (x) nao é continua no ponto ,v, se todavía é n'este ponto finita e determinada. Esta extensao da formula an- terior pode ser tirada muito simplesmente da formula demonstrada no nu- mero 13, como vamos ver. Mudemos para isso na referida formula m e n em )i — 1, e ponha-se depois X = tJ, Z = « — 2, k=^ n — 2. Teremos /■ {h) — /■ (0) — /¿ /■' (0) — ... — ~r-J'" — /'"-'( 0) ' ' ^ ' ^ ' 1.2... (n — 2)' ' ' ^ yn>- . ^Q/^j F{h)-F(0)-hr(0)~-...~ ^ J'"~'' -F"-'-(Q) ^""'1'*^" 1.2... (n — 2) Appliquemos agora esta igualdade ás fuDC9oes /■(//) = c (í + //) — -^ (j) - ho' (J) — ... - ^ ^'" ^^ o" (;) J/" F(h) 1.2... n ■ Como é /•(0) = 0, f'(Ú) = 0, ..., /"-M0) = 0, y^ " - ' (//) = -^ « - . I j. ^ /,) — .^ " - ' (X) — h -^ " (X), vem íil» 1 . 2 ... M I hh ~ • ^•^'J- — 19 — Mas, eni virtude da (lefiní^fio de derivada, Icnuis onde £ representa urna nuantidade infinitamente pequeña com h. Logo temos a iguaidade da quai so tira a formula pedida mudando -^ em /". 15. Temos até aqui considerado o descnvolvimento de /"(./■ -\- h) se- gundo as potencias de li. Para acliar agora o descnvolvimento de f [x) se- gundo as potencias de x — a, basta desenvolver f(a-\-h) segundo as po- tencias de // e substituir depois // por x — a. D'este modo tiram-se das formulas (1) e (2'") as seguintes: f(x) = f {a) + (X - a) r (a) + ... + ^I^^^- /■" - " («) + R„ , das quaes se tira o descnvolvimento de f (./■) cm serie ordenada segundo as potencias de ./■ — a, quando, h tendcndo para co, R^^ tende para 0. 16. Terminaremos o que temos a dizer sobre a serie de Taylor, no caso das variaveis reaes, expondo urna observajáo importante, devida á Cauchy. Fez notar este grande geómetra, ñas suas Lecons de Calctd diffé- rentiel, que, sendo uma funcfáo desenvolvida pela serie de Taylor, pode obter-se um resultado convergente e todavía este descnvolvimento nao re- presentar a funcefio que Ihe deu origem. Para dar um cxenqjlo d'este tacto _ 1 apresenta a func9áo e~ -\- c *' que, sendo desenvolvida em serie, díí o resultado. ^ ■^'+1.2' 1 . 2 . 3 "^ ■■■ 20 — 1 — X- - — X- que tende para e~~ e nao para c -\- e ^"" . Só qiiando o resto de urna serie, obtida pela formula de Taylor, tender para O quando n tende para co , d que podemos affirmar ((ue a serie tem para somma a func^áo. Esta circumstancia mostra claramente a necessidade que ha de considerar o resto no deseuvolvimento das func<,'ijes em serie. Os geómetras que prinieiro empregaram a serie de Taylor nao faziam esta discussáo do resto, nem inesmo attendiam, na maior parte das vezas, á questño da convergencia das síries (jue empregavam. Muitos resultados verdadeiros foram mesmo obtidos pela serie de Taylor em circumstancias ein (jue esta serie era divergente. Analysando poréra o methodo empregado para os deduzir, vé-se que o emprcgo que faziam da serie de Taylor equiva- lía ao emprego da formula /■(/ + h) = f(T) + hf (^1 + - + , T „ f" (^) + T^ n em questoes em que nao era necessario conhecer s. 1 7. Por nieio da formula de Taylor, com as expressoes do resto dadas por Lagrange e Caucliy, tem-se adiado o desenvolvimento em serie de algumas funcgoes importantes. A diftlciildade que se encontra porém geral- niente em verificarse o resto ií„ tende ou nao para O, quando n tende para o infinito, limitarla consideravelmente o uso da serie de Taylor, se Cauchy, fundando-se em metliodos de natureza mais elevada, nao tivesse dado o meio de evitar esta discussáo, tirando a possibilidade do desenvolvimento da considerayáo immediata da funcjáo. Vamos deduzir o theorema célebre que Cauchy deu para este fim, empregando para isso primeiramente o me- thodo por elle seguido, depois o methodo proposto por Riemann, e final- mente o methodo empregado por Weierstrass. Porém, antes d'isso, vamos, conservando-nos ainda no ponto de vista elementar, estender ao caso das func95es de variaveis complexas o theorema de Taylor e as expressoes do resto obtidas n'este capitulo. CAPITULO II ESTUDO DA FORMULA DE TAYLOR NO CASO DAS FUNC^OES DE VARIAVEIS COMPLEXAS. METHODO ELEMENTAR 18. A extensao da formula de Taylor ao caso das funcgoes de varia- veis complexas foi feita pela primeiravez por Cauchy, J!Í por um processo elementar, que aquí vamos expñr, já por um processo de natureza superior, que será exposto no capitulo seguíate. O processo elementar, a que vimos de nos referir, foi publicado pelo célebre geómetra ñas suas Lerons de Cal- cul differentiel, publicadas em 1829. Seja urna funcjáo da variavel complexa a- = p (eos 10 -|- i sen lo) = oc''", e supponhamos que ./•, quando varia, percorre urna recta que passa pela origem das coordenadas e faz um ángulo m com o eixo das abscissas, e que F(x) admitte as derivadas F' {x), ..., F" (j-) finitas e determinadas. Teremos, derivando F{x) ti vezes relativamente a p. _ 00 Supponhamos agora que as derivadas de o (o) e '| (p) até á ordem n — 1 sfio millas (jiiando p = 0. As formulas (1) c (2'") no n.° 10 mostram que é, n'este caso Ycm portanto F(.,)= ^ ., ^¡„|),^ [(1^0,)"-''," (0,p)+/(l - íí _.)»-'' ¿" (f), p)]. Applicando agora esta formula á func<;rio j^- (T) = /-W- [/-(O) + ^7' (") + -+ 1.2IV-1) /'""'"^1' cujas derivadas até á ordem n — 1 sao nulias quando p ^ O, vem a fornui- la pedida: (1) /•u')=/-(0)+a'r(0)+...+ 1 _2!."(J-i) /'""''o)+-^"' ^"^T.2...(»-l)jJ"~'^''""''^"''''^^ + ''^'"''-'"~'''^"^''-' Cauchy punha 7* = 1, mas, como se vé, o seu methodo é applicavel íjualquer que seja j]. 19. A'expressao de 7',,, que vimos de adiar, pode dar-se urna forma mais propria para a sua applicacáo ao desenvolvimento das func^oes em serie. Para isso, basta notar que, por ser F" {.r) z=f'^(x\ temos, repre- sentando por,/', e .i\ os valores de :r cujos módulos sao 'í,p e 0. p, .c» /■« (j-,) = p" c'"'- F" (,r,) = p" [-i» (O, p) -f ?•-!;« (e, p)j, X" f" (xj = p" e" ''^ F" (r,) = p" [*" (fJ, p) -f i'}'' (O, p)]. — 23 — Podemos, pois, escrever a expressáo de R„ da maneira seguinte: 4-/(1— 'U"-í'J¡ j:'7"l.r,) [ I, representando por i?| j;" /■» (j,) | a parte real de x" f" (J,) e por j\ x" f" (i\) \ o coefficiente de i na parte imaginaria de x"' f(x,}. Como porém .r, e ,r, rcpresentam pontos da recta que passa pela orí gem das coordenadas e faz o ángulo m com o eixo das abscissas, temos Logo podemos dar :í expressfxo de i?„ a forma (2') ■"■■■' ''' '- j + / (1 — ^J.) " --'' J ¡ •'•" A" (^'. •'■) I ■ Esta formula foi empregada por ¡Mansión, n'nma memoria publica- da nos Aiinaícs de la Sociétc sc¿entifi(iuc de Brit.rcUes (t. ix, 1885), para achar o desenvolvimento em serie das funcróes elementares e"^, (1 -)-•'')'"' log(] +.'■)> etc. 20. Mudando f{.v) em fi-r-\-h), e trocando k por ,r, pode dar-se ás formulas (1) c (2') a forma f(.r + h) = f(.c) + /./'(.r) + ... 4- ^ ■^^'_"~/_i) f-' (•'■) + K, + / (1 — Oj«-¿' J I /¿« f" (./■ + 0., A) I 21. N'uma memoria importante, publicada em 1871) no Journal de — 24 — Liouville (t. II da 3.'^ serie), apresentou Darboux urna expressáo do resto da serie de Taylor, no caso das funcfoes de variaveis complexas, mais simples do que a precedente e que é a verdadeira extensáo das formulas dadas no capitulo anterior. Para achar esta expressáo fundou-se o eminente geómetra no seguin- te lemma geométrico : Se um ponto M descreve urna recta AB, variando sempre no mesmo sentido, e se um ponto m está ligado com ilf de modo que, quando il/ des- creve esta recta, o ponto m descreve a curva acb, existe pelo menos urna _ ds . . posiyiio d 'estes pontos onde a rasao — — da differencial do comprimeuto do arco da curva para a differencial do comprimento da recta é igual ou , ab maior do que , ,, . AB Se fosso, com effeito, para todas as posÍ9oes dos pontos considerados ds ab < da ^ AB' teriamos, representando por p, e p.^ os valoi'es que toma p nos pontos A e B, P'' ds ^ ab í'^' 7 ií'^<-abJ ^?' e portanto are acb < ab, o que é absurdo. 22. Posto isto, sejam duas funccoes de urna variavel complexa z, continuas em todos os pontos de urna recta que une o ponto correspondente a j ao ponto correspondente a .»■ ~\~/t, c supponhamos que, quando z percorre esta recta, Xt -\- i F, per- — 25 corre tambcni a recta AB, variando seiupre no mesmo sentido, e JY-[-?' Y porcorre o ai'co de curva acb. Por serení a, b, A, B, os pontos correspondentes aos números comple- xos tp (,t),

y {x -\- h) — ip (.r) ']'(.-r + A) -A(.r) y(j;4-fe)--f(.r) ^'(■r,) A (a, 4- A) -¿(/O ¿'(.r-.)' li representando um numero comple- xo, cujo modulo nao pode ser supe- rior á unidade. A esta igualdade podemos ainda dar outra forma. Seja KL a recta des- cripta pelo ponto X, K, Ne L os pon- tos correspondentes aos imaginarios .r, .r, e ■r-\-h, tu o ángulo d'esta recta com o eixo das abscissas, p', r/', R, b as distancias GK, OL, ONe CO. Te- remos Figura 1.1 .,- = 6-(-p'e'% .í--f-/¿ = ¿-|-p"c''^ ,L', = b-\-Re''^, — 26 — e portante h = (p"— p')p'"', .T^—x = {R— p')e'''"; mas i?-p') á £1111053.0 precedente, o que dá Applicando esta formula á funcjao considerada no numero 10, -f W = f (•'■ + /') ~ /■ (í ) - (.'■ + /' - ^ ) /" (O 1.2... (n — 1) vem a formula de Darbou.r [{■r + h)=fi-'-)+l>n-'-)+.:+ i.2!"(ü-l) /""^n.'0 + i?H, "■ = S 2. (ni 1),^" '- + '""' que é a extensao ao caso das variaveis complexas das formulas (1) e (2'") do numero 10. 24. Mansión, na memoria já citada, deu uma demonstrayao puramente analytica do theorema de Darboux. Mais tarde, no seu Resume du Cours d'Analijse, publicado en 1887, deu á expressáo de /r„ uma outra forma, que serve para os mesmos fins que a anterior, da qual nao difiere essen- cialmente, mas cuja demonstra9áo analytica é mais simples e directa. Parte para isso da expressáo de i?,¡ dada no numero 20 , onde póe I . 2 ... (n — 1) p (I fj )n-p — 28 — o que dá R„ = BC eos (¿ -f- r) + BDi sen (6 + f/) = He'", representando por H a quantidade H= [B' C eos' {b + f) -f- i?-' D' sen^ (6 -f í/)] ^ . Suppondo agora C> Z>, temos H- ^2 B- C-e portanto H== a, í? C\/2, onde >. , representa um factor positivo igual ou inferior á unidade. Logo i?„ = >^\/2c'r«-'-'- ou onde I X I ^ 1. E'esta formula que pretendíamos achar. Se for Z> > C, demonstra -se o theorema do mesmo modo, pon- do ^=X, B D p/2. 25. Por meló de qualquer das formulas, que vimos de achar, póde-se obter o desenvolvimento em serie das funcjóes elementares c^, (1 -{-xf, log (1 -(- ,(•) ..., procedendo como no caso das func9oes de variaveis reaes. Aqui vamos considerar sómente a funcf;ño (1 -j- ,r)*, de cujo desenvolvi- mento temos de usar adiante. Temos n'este caso a+.)-=i+-T"- "-''■;"'-' + " „- + /?., a ^ 1 1 . -j ... (í 1.2... (H—1) yi^H.cJ ^^^'■'' • — 29 — 1) Se o modulo p de ,c é menor do que :i unidade, a quantidadc k(k-l)...ik-n-\-l) „ 1.2... (» — 1) ° tende, como é sabido, para O quando ii tende para o infinito. Além d'isso é 1 — 9 1 + 6j- ]_--í = 1—9 ^ \ l-|-9=f- -)-29pcosa) ^ 1 — 9p Logo E,i tende para O quando ii tende para ce, e o binomio conside- rado pode ser desenvolvido em serie ordenada segundo as potencias de x pela formula (i+..)'=i+'r'''^-';-;";° + ".-. (1 = 1 1 . - ... a 2) Se o módulo p é maior do que a unidade, a serie precedente é di- vergente. O estudo do caso em que p é igual á uuidade nao será aqui feito. A respeito d'elle pode consultar-se a memoria de Abel sobre o binomio (Oeuvres, t. i) ou ainda os trabalhos de Mansión anteriormente citados. Deve-se observar que, no caso de k ser um numero fraccionario ou um numero in-acional, a func9áo (I -■)- .r)* tem muitos ramos. A serie ante- rior dá o desenvolvimento do ramo que se reduz á unidade quando ,/■ = 0. Para adiar o desenvolvimento dos outros ramos basta attender a que estáo todos comprehendidos na expressfio l'' il -|-.r)*, onde se deve substi- tuir J* pelos seus diversos valores e 1 1 -f- .n'' pelo desenvolvimento que vimos de achar. CAPITULO III CONTINUA^AO DO ESTUDO DA SERIE DE TAYLOR, NO CASO DAS FUNCfOES DE VARIAVEIS COMPLEXAS. METHODO DE CAUCHY. 26. O niethodo para o estudo da serie de Taylor, que vamos agora expór, é devido a í'aueby e 6 fundado n'uma tlieoria importante, devida a este grande geómetra, da qual elle fez muitas e notaveis applicacOes. Esta theoria, que vamos expúr succintamente, foi publicada em 1825 na sua bella e importante Mómoire sur les inté- grales défitiies prises entre des limites ima- gin aires. Consideremos urna curva composta de muitos arcos (%. 2.'') AB, BC, CD, ... taes que, em cada um, a cada valor de .<• corres- ponda um único valor da ordenada, sejam X a, b, c, d, ... as abscissas dos pontos A, B, C, ... e y,, y.,, y., ... funcyOes de ,r, que represen- taní os valores que toma // respectivamente nos arcos AB, BC, CU, ... Cha- ma-se integral ciirrilineo de f(jL',y) dx tomado ao longo da curva ABCD..., que designaremos por S, e representa-se pela notayáo / f {.v, y) dx a O Fio-, o_a somma: I f(-e,y,)d.c-{-J' f{x,y,)dx-^ j' f{x,y.)d.c -^ ... 31 — D'esta (]efini(;rio resulta immediatatncnte que, se a curva S fAr des- cripta no sentido DCBA, contrario ao precedente, o integral ao longo d'esta curva conserva o mcsmo valor absoluto e muda de signal. Posto isto, vamos demonstrar o theorema fundamental, devido a Cauchy: Se na dira Un/ i finia por urna curra fechada ABO{ñg. 3.") as func- (■<7es (f (.c, y), -L (¿c, y), —7^, —^ foron, continitas B e tircr loaar a coiidicdo —~- = —~- , o integral dy d.v de -i (./', //) dx -f- '} {.v,y) dy, tomado ao huyo da curva considerada, é millo. A demonstracáo que Cauchy den d'este theo- rema é fundada nos principios do Calculo das va- riacOes. Mais tarde Riemann deu outra demons- trayáo do mesmo theorema, fundada n'um theo- rema importante de G. Green, que adiante sera estabelecido. Aqui vamos apresentar uma deuions- tracMO mais directa e que é fundada nos principios mais elementares do Calculo integral. Consideremos primeiramente urna área ABC D (fig. 4.') limitada por uma recta AD parallela ao eixo das or- denadas, pelas rectas AB e, DCparalle- las ao eixo das abscissas e por uma linha recta ou curva BC, e sejam X = /", (s), y = f, (s) Fig. 3.a D Fig. ifl as equacOes da linha ABC {f¡ e f, repre- sentando uma funcyáo ao longo áe AB e outra fune(;áo ao longo de BC,e s representando o comprimento dos ar- cos d'esta linha, contados a partir do ponto ^) e s, o valor que toma s no ponto C. Integrar a expressáo ce (x, y) d x -(- A (x, y) dy ao longo de A BC en- tre os pontos A e C, cujas coordenadas sao {pc„, y„) e {x^, i/,), é procurar — 32 — o valor que toma no ponto a a funC(,'rio u das variaveis x e y que satisfaz á cond¡9ao e que é nulla quaudo s = 0. Para determinar ti, podemos empregar as equacOes dti du , , , que dáo primeiramente n= I ^{x,y)dx-\-^{y), e depois I / s '/" d í'^ , (IM (y) dy ' ou, notando que, s (,*-, //) e —i- sendo, para cada valor de y comprehen- dido entre ¿/„ e //,, funcyoes continuas de ./• e y no intervallo de .r„ a .v, o theorema de Leibnitz relativa a differenciafáo dos integraes é applicavel ao integral que entra n'esta igualdade, Jcr. dy ^ dy dy ' ou ay - rv- ,¡,j - -i (■'■„, y) t- -jf-> vi-^ >w — ^y 7^7 "•' + du ^ ' ^-^ '^^ ~ ''(•'■" ^) "I m e portante Temos pois 'a;,, ' i/o O valor que toma a no ponto (.r, , y/,) é pois igual á quantidade .Vo Analysando esta expressáo, vé-se que a primcira parcella coincide com o resultado que se obtem integrando w (x,y)(hr -\->!^(x.y) dy ao longo de yí D, e que a segunda parcella coincide com o resultado que se obtem integrando a mesma expressáo ao longo de DC. Logo temos, represen- tando por (^BO, {ABO, etc., os integraes da expressáo considerada, tomados respectivamente ao longo de ABC, ADC, etc. (ABC) = {ADC) = — [CDA), e portante {ABCDA)=0. Consideremos agora uma área limitada por um contorno qualquer S. Decompondo-a, por meio de rectas auxiliares, parallelas aos eixos coorde- nados, em áreas parciaes limitadas por contornos /S', , 5, , ... , Sf,, que este- jam ñas condicóes que vimos de considerar, temos / [? (oCil/) d.r + ¿ (.r , ?/) dy] = 2 / [» {■r,y) dx + i {x,y) dy]. Com effeito, no segundo membro d'esta igualdade eutram os integraes 3 — 34 — relativos a todos os lados das figuras em que se dccompoz á área dada. Os integraes que correspondem ás rectas auxiliares sfio dous a dous iguaes e de sigua! contrario, por ser cada recta descripta duas vezes, cada uiua em seu sentido, quando (a?, 2/) descreve os contornos de duas figuras adjacea- tcs reunidas pela recta considerada; e os integraes correspondentes as linhas que fazem parte do contorno S dño urna sonima igual ao primeiro membro d'esta igualdade, por ser S a somma d'estas linhas. Basta agora attender a que os integraes que cntram no segundo mem- bro sao todos nullos para concluir que é 'S O theorema que vimos de demonstrar tem applicayOes importantes em Analyse e em Physica matliematica. Aqui vamos inmediatamente appli- cal o á demoustrayüo de uní theorema relativo ás funcyOes de variaveis complexas, por meio do qual Cauchy deduziu a formula de Taylor. 27. Consideremos urna funci,'rio da variavcl complexa z ^ j; -\- i>j fix) = u-\-iv, onde u e ;• representam f uncyOes de x e //, e supponhamos que esta func^fio admitte derivada. Sabe-se que n'este caso u e v satisfazem ás equayoes . dti dv du dv dy dx ' dx dy ' e que, reciprocamente, se u e v satisfazem a estas equa^oes, ?< -j- / v ad- mitte derivada. Sabe-se tambem que esta derivada é dada pela formula ., du . . dv As funcyóes que satisfazem a estas condÍ95es sao as únicas que ha inte- resse em estudar, e dá-se-lhes o nome de f uncyoes monogeneas ou anali/ticas. — ñó — A funci/fio [[:) pode tcr imi só valor pai'ii cada valor de z ou miiitos. No primeiro d "estes casos a funcQfio diz-se uiiiformr ou monodroiiia. No segundo caso, se cousiderarmos, para doteriniíiar coiiipletamento a funcyño, um dos valores que f{z) toma no ponto (fig. 5.") /> como valür inicial, o valor que a func^ño toma n'iiin ponto qualquer D da área A, limitada pelo contorno MNP, quando z descreve a curva B<'D, deve ser determinado pela condiyáo de f(z) variar de urna maneira con- tinua quando z descreve esta curva. Se este valor é sempre o mesmo, qualquer cjue scja a linlia des- cripta pelo ponto z, quando vae de -B a 7J sem sair da área A, a func5rio diz-se ainda uniforme ou monodi'oma na área considerada. No caso con- trario diz-se multiforme ou polydroma. Se a func9áo f{z) é monogenea, uniforme e continua em todos os pontos de urna área A e, além d'isso, as derivadas parciaes de u e v relativamente sl .r e ij sao funcgóes continuas d 'estas va- riaveis, diremos, cora Qauchy, que a funcfáo f(zi é sijnecticn na área A. 28. Posto isto, temos por defínicao. representando por 5 o contorno da área A, I f{x) dx= I lu -\- ir) 1 d.r -\- idy = / ijírf.c — vdiji-\-i I ivd.r -\-udy]. - Fig. 5.a Se a funccáo f^zi é synectica na área A, temos tambem, em virtude do theorema demonstrado no numero anterior e das formulas i A i, / ívdy — tidj:) = 0, I \ udy -\- vdx¡ 0; e portan to — 36 — Podemos pois ennimciur o theorema seguinte: Se a funcrao f(z) fúr synectica na área A, limitada por itina curva fechada, o intec/ral de fix) dx, tomado no longo do contorno da área, é nidio. Este theorema, publicado por Caiichy em 1825 na sua Memoria céle- bre sobre os integraes tomados entre limites imaginarios, atraz citada, é a base dos trabalhos d'este eminente geómetra sobre a theoria das funccóes de variaveis complexas. Entre os corollarios que d'elle se deduzem nota- remos os seguintes, de que teremos de fazer uso: 1.° Se a funcrao fix) fúr synectica na área limitada por ama curra c.rfcrior S e pelas curvas interiores c,,c^, ... , temos r fix)dx= I' f,,ul:-{- /' f(x}dx-\-... '-^S '-'c, •''c, os contornos S, c , , c^ ,... sendo descripios iodos no mcsmo sentido. Com effeito, o contorno fechado ifig. 6.") ELGDEBAHABFE li- mita urna área na qual a funccño é sy- nectica; logo o theorema precedente é applicavel, e temos, representando por \f {El)), (DGD), etc., os integraes de f(i)dx tomados ao longo de ED, D GD, etc. Fig. 6." {ED)-^(D6D)-}-{DE)-\-{EB)-^{BA) + {AHA) + lAB) + )BFE) = 0. Mas {ED)=—(DE), (BA) (AB). T^ogo temos {DGD) -f {EB) + {AHA) + {BEE) = O, ou {EFBE) = {T)GD)-\-{A HA). u que deniouslra o theorema eunuuciado. — 37 — 2.° Se f{z) for synectica na dren limitada por i/ni iniiro contorno S e se a representar uin ponto do interior d'rsla área, scni f^^-é,.i:m Temos, com effeito, representando por r luna circumferencia de raio p, cujo centro seja o ponto representado por a e que esteja collocada no in- terior da curva S, I' f{^)dK _ /' f{x)d: — a Mas, pondo z — ^ « ^ p e"^, vem ''c ^ "' ''o Logo, pondo £ = /■(« -|- p e"") — f(n), temos Por ser continua a funcjño /"(■.), : tende para O quando p tende para O, e temos portanto a formula procurada 2~ í lSlLɱ = ¿ f f{a)d.o = 2ir.f{a). 3.° Se a funcfíño f(x) fór synectica na área limitada por ion contorno exterior S e por um contorno interior S', e se a representar um ponto do interior d'esta área, é 1 /• fix)dx, . — 38 — E'o que resulta dos dous corollarios precedentes, que dáo /' f{x)dz _ r f(x)dz . r f(z)d% .Ir. % — a . /. „ X — a ,_l % — a ' ^"■*=w./ 1 /"• n-.M c a 20. 'S'f a fimcruo f[\ i é synectica na arca limitada pela curva S, te- mes, n ' iiui ponto qualqiier a do interior d' esta ái'ea, a iyualdade 1.2...n r f(%)d% que dá as derivadas de f\a i. Temos, com effeito, por dcfinii;áo f'ia) = \\m I J^ ■ j |rf;; ' ft=o./^ h \ x — a — h % — a_\ mas logo ' +^^ + h- — a — h z — a '^ (x — a)' {z — a)' (;x — a — h) ' „ , r f(z)dz . ,. p hfiz) dz (z — a)' (z — a — h) ' Basta attender agora a que temos, i-epresentando por M o maior valor que toma {z—ay (z — a — li) (piando z descreve a curva ^ iz — a — li) MS, 39 — para concluir (iiie a segunda das parcellas qno cntraní na exprc'ssfio de f [a) tende para O quando h tcnde para O, e ipic portanto temos ^'"" = 17.-./ ' f \z\ dz ^ [z — a)' Do mesmo modo se acham as derivadas seguintes: 30. Habilitados com os theoremas que vimos de demonstrar, podemos agora estender, seguindo Cauchy, a formula de Taylor ao caso das func- 5oes de variaveis complexas. Seja /"(./■) uma funcyño synectica da variavel complexa x na íírea limi- tada por iim contorno S, sejam a e ./■ dous números representados por dous pontos do interior da mesma área e í nm numero representado por nm pon- to do contorno. A identidade (- — x) dá, substituindo x por x — a q x. por ;; — a, X — a I 1^ i.i' — a)"—^ I {X — a)"' ;— .r x--a~ (i-aí- ~"'^ {x—aT ~ (x — a)" (z — x) ' e depois, multiplicando ambos os membros por f(i) dz e integrando ao longo do contorno S, P f{x)dx ^ I' f{x)dx r f{x)dx , , „-, r f(^)dz I „ P f(x)dz - 40 Temos porérn (números 28 e 29) Logo é fuv> = fm) + ,.,• -«I /•',«, + ... + ^I:^=g^/'«-i ,«, + i».,, onde _ (x — a)» Z' f\z)dz ' " ~~ 2 ^^^ ,./¿, (.2 — «)" (2; — «) ■ Temos assim a fonmila de Taylor com urna expressáo do resto da qual Cauchy deduziii, na sua importante Mémoire sur le Calcul des residuo d le Calcul (les liniiles ('), apresentada em 1831 á Academia de Turin, o seguinte theorema, que constitue uma das suas mais bellas descobertas: Se a fimcrao f(z) é sijnectica na área limitada por urna circiunferen- cia, cajo centro c o ponto correspondente aa,e se x representa um ponto qualquer do interior d'esta área, tem logar o desenvolvimento em serie f(x) = f[a) + {X — a) f'(a) + ... + \'' ^^ "^" f»- (a) + , Snpponliamos, com effeito, que S representa uma circumferencia cujo centro é o ponto correspondente a a. Para todos os pontos z do contorno e para todos os pontos x do interior, tem u'este caso logar a desigualdade I ^ — « I < I -z — a\. (') Exercices d'AHahjse et de r/iijsique niathématique, t. ii . p. 50. 41 — Por outra parte, da desigualdade seguinte, que resulta iuuncdiatairiente da no(,'ao de integral definido, = 1 < 9t- X .i' — a z — a f{Z) Z — X dz deduz-se, notando ([ue é \dz\^\/ d,r¡' -\- di/,^ = ds (pondo z = .i\-^iy,) fíz) e representando por 31 o maior valor que toma ~ , quando z des- creve a circumfercncia .S", e por c, o valor que toma z no ponto de S mais próximo do correspondente a a, B„ < S3I 2t. a- — a " Basta attender agora a que é | .r — a | < | 2:, — a\ para concluir que I B„ I tende para O quando )i tende para o infinito, e portanto que f(x) pode ser desenvolvida pela serie de Taylor. 31. Nao nos occuparemos aqui a deduzir as consequencias importan- tes que se tiram d'cste theorema neiii a mostrar o papel fundamental que elle representa na theoria geral das funcyoes ( ' ). Faremos sómente excep- gáo para o principio seguinte, porque teremos de fazer d'elle uso adiante. Seja f{.r) ama func5áo synectica na área ^4 limitada por um contorno S, e procuremos o numero de raizes que a equajáo /"(./■) = O tem no interior d'este contorno. Sejam a, b, c, ... estas raizes e m, n, ... os seus graos de multiplicida- de, e rcprescntem-se por iS', S" , etc. circuniferencias cujos centros sejam os pontos correspondentes a a, h,... e cujos raios sejam táo pequeños que ellas nao cortem o contorno S e cada uma contenha no interior só urna raíz. (') Para um estudo desenvolvido da theoria geral das funcgoes'moiioge- neas pode consultar-se , entre outras obras , a seguinte : A. R. Forsyth , Theo- ry of Fiinctions of a complex variable , London, 18i>3. — 42 - Teremos (n." 28 — 1.°) f f'{z)Az _ i f^zfd^ /• f^z,dz e, em virtude do theorema anterior, f{x\ = u- — ai'" P.^.r — a), /■| .!■ I = I ./• — b )" P, I .r — a) , P, (.r — a), P., (./■ — a), ... representando series ordenadas respectivamente segundo as ¡)otencias de .r — a, ./■ — b, ..., e a primeira igualdade tendo logar na área limitada pelo contorno .6", a segunda na área limitada pelo contorno iS", etc. Das igualdades anteriores tira-se f'.ix) m , F\ {X — a) .r — ({ - " 1 ' P, (.r — a) ' P'..i.V—b, fi.^) x-b 1 P,U--6) ' 6 portanto (n.° 28) 1 P f\z>dz _ m P dz _ 2'^ Js' f^^> ~ 2í7T .7^„ z — a ~"'' 1 /' f (z) dz _ n P dz _ 2 ¿71 ._/^,„ fiz) -'2i^ J^. z-b -"' Temos pois '"' f iz) dz m +■• + -^1 s f"- — 43 — Esta formula d¡í o numero de raizes da equayño / (.r) = O, contidas no interior do contorno S, expresso por mcio de um integral curvilíneo toma- do ao longo do contorno. 32. Passando agora a considerar os desenvolvimentos ordenados se- gundo as potencias inteiras, positivas e negativas, da variavel, seja f{x) urna funcyáo synectica na área annular limitada por duas circuraferencias concéntricas de raio ReR',e sejam ./• um ponto qualquer do interior d' esta iírea e a o centro das circuraferencias. Temos n'este caso (n.° 1'8 — 3.°) 1 /" fizidz 1 / ■ f izidz ft.ri — ' ' _ 1 /' fizidz 1 /• Z X representando por S e S' as circuraferencias de raio B e B' consideradas. Applicando ao priraeiro integral a analyse desenvolvida no n." 30, vera P f{z)dz /' fizjdz . P f{z)dz Jg z — .r ~J^ z—a '"'■' "',_/^, (z — a)* ,g [z — a) Para achar o segundo integral partiremos da igualdade r 1 I z — a , . iz — rt)"-^ [z — aY "i |_.r — a "•" f.r — ar ' "■ ' {.r—af- '" (.r — af (.r — z) J' Z — .1 que dá ■- ... : / íz — rt i"-i f (Vi d.r -\- E' ,, '-',d.rdy= I '^ 'Ja ' 'a f{x,y)dx, Fig. 7.» onde .r, = íl, (i/), .i\_ = 9^ (¿/) sao as equa- yOes (fig. 7.=") dos arcos MQP e MNP da. curva, que limita A, e a, b sao as ordena- das dos pontos J\I e P, onde as ordenadas sao miuima e máxima; e seja I fi.r,yHl.r = F{.r,y>-\-C, C representando urna constante arbitaria. Teremos / / í>-r,ytd.vdy= I F(.i\_,y)dy— I Fix^,y)dy. ( ' ) Grundlagen für eine aUgemeine Theorie der Functionen einer veriinder- lichen coniplexen Grosse, 1851. (-) Para um estudo mais completo das fnnccSes liavmonicas vejase Pi- caro, Traite d' Anali/xe , t. ii, 1892. — 17 — Por outra parto, reprcsciitaiulo por s' a mirva i|iio Hinita .4 o altcndcii do á dcfiniti-áo de integral ciirviliiicii -X'-(""-"-f"-> D'esta igualdade e da anterior resulta a seguinte: queda, pondo U^ 1, visto que 1 é nma solucao da equagáo (2), X(^"-f"-)=»- 50 - Se a área A fór limitada por iim contorno exterior C (fig. 8.") e por um contorno interior c, teremos, applicando a formu- la (3) ao contorno único BCBBAFEAB, e re- presentando por (BCDB), (BA), etc. os inte- graes da func9ao que entra em (3), tomados res- pectivamente ao longo de BCDB, BA, etc., {BCDB) + {BA) + (AFEA) -j- (AB) = O, ou, por ser {BA) == — (AB), (BCDB)-\-(AFEA) = (i, {BCDB) = {AEFA). Fig. 8.« OU Porisso, suppondo que os contornos C e c sao descriptos no sentido indi- cado pelas flechas , podemos escrever a igualdade dy É fácil verificar que a func(,u"io U=\og z, onde z = \/ {x — ay + (2/ — hf , satisfaz á equajáo (2), e portanto que a funccáo log z é harmónica. A for- mula anterior dá porisso, suppondo que o ponto (a, b) está no interior da curva c, (5) — 51 — 37. Tomemos agora para contóniü interior c urna circumferencia de raio f. e centro («, //), o siipponliauíos (]iie a funcyáo Fe suas derivadas parciacs de primeira ordem sfio funcyoes continuas de x e v. Teremos, pondo .t; = rt -j-p eos/, ;y = i -)- o sení, e attendendo íí formula (4), = í Vdt= r Va .2- 'dt. o Tornando explicitas as variaveis x ey que entrara en V, podemos subs- tituir F por V{ji',y) e temos, applicando o primeiro theorema dos medios valores dos integraes definidos, f Vdt = f V{a + p eos í , ^; + p senií) = 2tzF(« -f- ? cosí, , i -(- p sen/,) dt, t , representando um numero comprehendido entre O e 2 ti. A igualdade an- terior dá portanto / 1 ( — j^dij T^^rfii') =27iF(a 4-pcosí,, & + psení,), e, fazendo tender p para zero, P -.^ / d\o^z , rflogjs , \ „ -r^ , ,, — 52 D'esta igualdade e das igualdades (5) e (6) tira-se finalmente a formula seguinte : (7) J Via, h) = —^ 1^ I log . (^ dy - -^ d.) d\ogz ^_ d\ogz ^^\n ■''^^'^'y- dy que dá os valores da funccao harmónica V expressos por meio de um in- tegral definido e que representa no methodo de Riemann o mesmo papel que a igualdade {B) do n.° 28 representa no methodo do Cauchy. 38. Para dar um segundo passo para a resolu9áo da questáo que esta- mos considerando, vamos tirar d'esta formula outra que dé os valores de V expressos por um integral definido ordinario. Para isso vamos poréni pri- meiramente demonstrar um lemma de que teremos de fazer uso. Consideremos um circulo de cen- tro O e raio R (fig. 9."), e seja A um ponto colloeado no interior d'este cir- culo, cujas coordenadas sao a e ¿. Vejamos se existe um ponto B, ex- terior ao circulo, tal que seja constan- te, para todos os pontos da circunfe- AM rencia, a razao BM' Fig. B.a Representando por a e j3 as coor- denadas do ponto B, por x e y as do ponto M e por c" uma constante , te- remos AM mi" {x-aY-\-{y-br {X- ^■r + iy e poi-tanto, sendo O a origem das coordenadas. R' — 2ax — 2 hy -j- a' + Ir = e'- {R' — 2 a;* — 2 ¡3^ + a= + fi"), — 53 — ou, pondo a= p eos ti, b = ^senz,, a = p,coscp,, ¡j = p, sen (jj,, R- — 2p.rcos» — 2p,í/sen(e-f-p-=c' [R' — 2p,a;cos!p, — 2p,seno,-)-p,-]. Satisfaz-se a esta igualdade pondo (8) P, R' o ^ CD, Ji' r-ri> como é faeil verifiear, e ve-se que é p, ;;> R. D' estas igualdades conclue-se o lemnia seguinte: Dado inn circulo de raio R e iim ponto A no interior, existe outro ponto B, exterior ao mesino circulo e situado sobre a recta que une o pri- meiro ponto ao centro do circulo, tal que a razao geométrica das distan- cias AM e BM (í constante, qualquer que seja M. A distancia do ponto B ao centro do circulo é dada pela primeira das formulas (8) e o valor da constante é dado pela segunda. 39. Posto isto, tomemos para contorno da integra§ño na igualdade (7) a circumferencia a que vimos de nos referir, e notemos que a igualdade (3) dá, pondo U= — log \(x — y.f + (// — í^)'] = log - , e attendendo a que log V, e V sao fuuc<;Oes continuas de x e g no interior da área A, C e a que a igualdade (4) dá, por ser — constante, 1 /• z (dV . dV \ :^— I log — I -^ — di/ -, — dx) = 0. 2 TI ./ ¿1 V dx ■' dy ) Sommando membro a membro estas igualdades e a igualdade (7), vem 1 /^T-F^logs, , rflogs, , C ^ -^ dy d\o3:z , , rf log2 , dx dy — 54 ou ^ («>«>) = - 4- f V [^íi-^ da - lP ax x — a I .'/ — '' j 1 ou, por ser e = -j^ = -^, — (,T — a) dy -\- di — /)) dx I — (ap' — aR') dy + (Pp' — hR') dx], ou, attendendo ás igualdades °'^' ' ' a h p p- ' Pondo n'esta formula x^Rco^'l, y^RsQn<\ e attendendo á igualdade z* ^^(x — af -\- {¡j — h)' = (R eos ti* — p costf)- -|- (R sen']> — p sencf.f = /?" -j- p- — 2i2pcos (-^ sen ^) (fí- — p-) d¿ *"' '' "■ 27. 7o /" - 2Rp eos (^ — c) + p= ' ' — or-> — que determina, por meio de uní int(\í;r;il definido, os valores que a func9áo harmónica !'(«, b) toma no interior do contorno C. 40. Partindo d'esta integral, vamos exprimir os valores da funcjáo harmónica por meio de mu dcseuvolvimento em serie. E' fácil de ver que é jR'--f B I R_ ü;^ — 2iepcos(4/— o)+p"- "^ i2_peiOi-r) ^ i2_pe-¿0^-!--«) E' — 2 ñp eos (']> — 'f) + p" ' m = 1 A'" p" 2 [/?p eos (n + 1) (I — tt) — p' eos 71 (^ — o)] "I ^ ■ ü^ — 2i?p eos (i — o) + :r Logo n V(a,h)= 2 P™ («m eos m (js -)-?>,„ sen m cp) «1=0 1 p"+' P'^'' V [R eos (?» + !) ('i^ — g) — p eos n (>j> — cp)] + TT /r , A i?-^ — 2i2p eos (A — tp) + p' ' '^' onde • ^-Jo V(Rcos'!^,Bsen'í¿)d-\i, "m = —5¡ír I V(R eos <]>, Rson ■ » , . Mas os termos da serie 00 (C) 2 l>t('m ?'" ' ^^''^ '"'f! «1 = 1 (pie é formada pelas derivadas relativamente a [¡ dos termos da priineira das series (a), sao inferiores em valor absoluto aos termos corresponden- tes da serie [b], quando é p -< p,, qualquer que seja ;:. Logo temos a des- igualdade I 2 «m «¿p"'~' eos /MCp 1 -< S, m = n para w> )í,, a qual mostra que a serie (c) é uniformemente convergente para todos os valores de s e p correspondentes aos pontos do circulo de raio p,. Basta agora applicar um theorema bem conhecido, relativo áderivayao das series, para ver que tem logar a igualdade dF * ,„_, — ^— ^ 2 «m»«P COSHÍtp. rfp m = l Do mesmo modo se demonstra a igualdade (IJ^ í m n._l — ; — = — >, a mo ' sen m-i. do ,„ = i A segunda das series (n) pode ser considerada do mesmo modo e ob- téem-se resultados análogos. — 58 — 42. Posto isto, vamos agora vOr como a fonmila (9) conduz com a maior facilidade á resolu9áo da questao que se pertende resolver. Seja /•(.) = ,, + iv a func9áo proposta, que suppomos synectica no circulo de raio R, e seja (X, y) um ponto (até agora representado por (a, b)) do interior d'este circulo. As fimcfóes u e ;■ satisfazem, por hypothese, ¡í equacáo (2), e temos portante, em virtude da formula (9), M :^ 2 p'" («CT eos ;rt!í -|- 6,„ sen wío), m = 0 QO V = 2 f '" {'^m eos m o -\- p„, sen m o). m = 0 Mas, por ser a; ^ p eos a, ¿/ = p sen -i, temos rfu sentí (/p rfp f/o eos 'j • , -J^^coscp, -^ = sencp, -^ = dx p dy ' ay di/ p e portanto JHir — " '' :^ ;»3"'~' eos (»< — 1)», íZ(p"'cosm*) „,_, H íj_ . 111 ^" ' ■■ jwp'""' sen (m — 1) 's, á (p'" sen wíti) dx (10) í?(p"' eos wts) „, , -it — ^ = _w,p"'-i sen h; — 1)», É/(p"'sen?«o) ,„_, , ,. — t — ^ !_ ^ ¡ji 3 '« 1 eos [m — 1) o. dy Substituindo agora na igualdade du dv dx dy — 59 — os desenvolvimcntos de u c v anteriormente escriptos, e attendendo ás igualdades anteriores, vcm 00 2 «íp'"~ ' [rt,„ eos (m — 1) r -)- /'m sen (m — 1) -j] m = l = y, ?«p'"~' [— a,„sen(w — l)s-(-¡3,„cos(w — 1) tp], ni=:l Pondo n'esta equa5áo .; = O, vem a seguinte: m = l )ii = l que, dcvcndo ter logar para todos os valores de i, na vesinhanr-a de p ^ O, mostra que é A mesma equagáo dá depois a seguinte: 00 00 S h„, ni p '" ~ ' sen (m — 1) '-f = — 2 o^m "' p '" ~ ' sen {m — 1) n>0). Temos pois a igualdade f(z) = u-^iv = a^-i-ici^ OD H~ 2 ?'" [C'm eos m ci -|- ?),„ sen m ^ — ih,^ eos ??« c. -|- /a,„ sen m o] , ou OD /'(s) = a„ + '^-o+ 2 ?"■(«,„ — ¿7íJ (eos ;«s 4- ¿sen m-i), ou finalmente /'(2) = «o + í='o+ 2 («m — '^m)2" m = l — 60 — Temos pois o theorema de Cauchy já demonstrado no n." 30: A funccóo f (z) c siisceptivcl de ser desenvolvida em serie ordenada se- gimdo as potencias inteiras e positivas de z, quando z representa um ponto qualíjuer do interior do circulo de raio E. no qual é synectica. 43. Para completar esta questao, resta ainda determinar, seguindo o mesmo methodo, os coefficientes do desenvolvimento precedente. Para isso, vamos considerar as series da forma f\{z)^=ii^-\- iv^= V a,„p'" (eos >M!i -[~ ' sen í«'i), oo ¡\. [z) = «., -\-Jv., = — i 2 !'„,?'" (eos m-f-\- /sen ni's), m = 1 que cstao ñas condicóes das series que entrain na formula anterior, isto é que sao convergentes para todos os valores de i e p que sao coordenadas polares dos pontos de um circulo de raio B. Temos, attendendo ás formulas (10) do n.° anterior, du ^ _ — -i-= y /;m„,p"'-'cos(/« — l)tp, U X ¡n = 1 dv '^ —j-^^ S ?«a„,p"'~' sen (?« — 1) '^, CtX in = 1 dit ^■ — r-^ = — 2 "í«mp'" 'seu(in — 1) o, a !j m ~ 1 dv '^■' -—-!-= V nia,„ñ"' ' eos (■/« — 1) 'i. dij „, = i Vé-se pois que as igualdades (1) sao satisfeitas pela func5áo u, -\- ir,, e portanto que esta func^áo é monogenea. A sua derivada relativamente a. z é pois dada (n.° 27) pela formula d.r di = 2 IX (I ,,1?'" '[cos(m — l)tt-|-/sen(//i — l)'f]^ 2 nta„,z"' '; 7a = 1 m~i - fil - o qiio inostra iiup so obtcni esta derivada derivando cada termo da serie 111 = 1 Como a derivada de f, (x) está tambein ordenada segundo as potencias inteiras e positivas de x, conclue se do niesmo mudo que é nionogenea e que admitte urna derivada. . f/'(z)= i «/(w-l) «,„.-"' -^ dada por uma serie cujos termos se formam derivando os termos do desen- volvimento de f^' (í). Continuando do mesmo modo temos a formula geral f," (-') = 2 w ('» - 1) - ('" — " + 1) «,„2"'"", í;i = n que, pondo v ^ O, dá 1.2... n Considerando do mesmo modo a func^ao f, (í), vé-se que é 1.2...» Temos pois finalmente ., /,"(0) + /'/(0) _ r(0) (tn - ^0« — 1 . 2 ... n 1.2 ... ?i ' o que dá a formula de Maclaurin f(z)=f{0)+ S -jV^-^"- Mi = 1 J- • ^ ••• >>■ — 62 — Pondo f(x) = F(\ -\- a), deduz-se d'esta formula a de Taylor '^ F'" (n) m = 1 í . ¿ ... m 011, mudando x em í — a, F{z) = F{a)-\- S .\ ^ ' (z — a)" ™ = i 1.2... )n que tem logar quando é | v — a | <; i?. CAPÍTULO V CONTINUAQÁO DO ESTUDO DAS SERIES DE TAYLOR E DE LAURENT NO CASO DAS FUNClJOES DE VARIAVEIS COMPLEXAS. METHODO DE WEIERSTRASS E M I T T A G - L E F F L E R 44. Se, para os valores de x visinhos de uin valor a, ti ver logar o desenvolvimento (1) f{x) = rt„ + rt, {x — «) + a, i.v — riY- + ... a funccño f{x) diz-se regular na vesinhanja do ponto a. Se esta proprie- dade tiver logai- para todos os valores de a representados pelos pontos de urna área A, a func9á,o f{x) diz-se regular na área A. Viu-se no Capitulo III que as funcjóes analyticas sao regulares ñas áreas em que sao synecticas. A theoria d' estas func9óes coincide portauto com a theoria das func95es regulares n'uma certa área, e pode porisso ser feita, sem a intervenecáo da theoria dos integraes curvilíneos, por meio das propriedades das series da fdrma (1). Este modo de expor a theoria considerada, cuja primeira ideia remonta a Lagrange, tem sido empregado principalmente por Weierstrass e Mittag-Leffler nos seus bellos e impor- tantes trabalhos sobre as func95es analyticas. O presente capitulo é desti- nado a estudar por este methodo os theoremas de Taylor e de Laurent. Para isso principiaremos por recordar algumas propriedades das series da forma (1), de que teremos de fazer uso. — 64 — 45. A área que representa os calores de x para os qaaes é conver- gente a serie (1) é limitada por urna circumfer encía, cuja centro é o ponto que representa a, e esta serie é ahsohitamefnte convergente no interior da circumferencia considerada. Com effeito, seja x, um valor de x para o qual a serie seja convergente. Os modules \aA^ l«i li^i — «|,-> I«,JI-«, — a r, - devem ser todos inferiores a um numero B, visto que | a,, 1 1 x, — a. " tende para zero quando n tende para x ; e portante temos, qualquer que seja n, \a„ i \x,-a\" -jjr- Logo a serie considerada só é convergente quando é i? >• ^f-^ e, n'este caso, a área que representa os valores de x, para os quaes ella é conver- gente, é limitada porduas ponto correspondente a a. gente, é limitada por duas circumferencias de raio R e —¡rf com o centro no R — 66 — 47. Se urna serie ", + "= + '«-. + •••' cujos termos sao funcjoes de urna variavel x, é convergente para todos os valores de x representados pelos pontos de nma área A, para cada valor de a; o resto -"'/I = ^' « + 1 1 ^' ¡i + - ~r ••• tende para zero quando n tende para o infinito. A cada valor que se dé á qiiantidade positiva o corresponde pois um numero «, tal que é | i?„ | < S, quando n > ll^. Se este numero é o mesmo para todos os valores de x con- siderados, a serie diz-se uniformemente convergente na área A. Posto isto, temos o theorema seguinte: Se a serie «ü + », " + «o w' + - + ff„ "" + -. onde u representa urna funcf-uo de x, fúr convergente quando I u | < R, esta serie é imiformemente convergente na área A que representa os valo- res de X que tornain | u | <; p, f representando qualquer numero positivo inferior a R. Com effeito, por ser a serie proposta absolutamente convergente quan- do ' í¿ ] ^ p (n.° 45), a cada valor da quantidadc positiva o corresponde um numero n^ tal que é l«»+.lp"+'+l««^-Jp"^^ + - »,. Temos porém, para todos os valores de x representados pelos pontos da área A, |i?„ 1 = 1 «,..,«" + ' + «„..,«"+"- + ... I ^ l«,.+ . I I «!'"''+ I «n^. |híi" + ^ + ... — 67 — IjOgo, para toilos os pontos da área A, temos | i2„ | << S quando » > n,, o ((lio mostra (iiic a scñ-io proposta ó uiiitoniiciucnte convergente na área ^. 4S. Se a serie F(.r)= "i:'" a„.v." fo)' convergente n'ian anncl circular dado c se, em todos pontos do inte- rior d'esffí annel que tcein o inesino ¡nodulo o, o módulo de F (x) fór me- nor do que uma quantidade positiva L, o módulo de cada termo da serie será lambem menor do que L. Con effeito, multiplicando a serie proposta por x~"' , vem /•'(,r)= S a„.v"-"' + a„ n. = ííí -)- 1 ,f = l- n = ?n + 1 72 representando luna (piantidade que tende para zero quando /,■ tende para o infinito. Mas, como por hypothese é ! x-'"F{x) ' A', , temos ou x-"'F{x) — R I Lp-"'+0, podia dar-se a a um valor tao grande que fosse B Lp-"'+5, ou á fortiori «m + B >Lp-"' + S, visto ser ^1 i I I ^' > \a„ Da desigualdade (a) tira-se o theorema enunciado; porque, se fosse I a„ 1 > Lp~"', podia dar-se a 5 um valor tao pequeño que fosse |«„|>Lp-"'+o. O theorema que vimos de demonstrar é devido a Cauchy. Aqui serve como lemma para a demonstra9íío do theorema seguinte. 49. Se urna funcrao i [x) for susceptivel de ser desenvolvida na serie uniformemente convergente dentro de um annel, comprehendido entre duas circumfereneias de redo R e R' eom o centro na origem das coordenadas: (1) f(x) = /■„ (X) + /•, [x) + ... + /;, (X) + ..., e se as functues f„ (x), f, (x),... forem susceptivcis de ser desenvolvidas em — 70 — series ordenadas segundo as potencias inieiras de x, convergentes dentro do mesmo annel: j /•„ ix) = A.!"' 4- A /"' .V + .4;"' x^- + ... + aJ"^ X"- + ... (2) ) -^Aj"\r~'-^Aj"^x-^^...^A_. i"! -m I , ,/ -p ... a fnnccao f (x) será tatnbem snsceptivel de ser desenvolvida eni serie orde- nada segundo as potencias de x: j f(x) = A„ + A^ X + .L .r^- + ... + A,„ x"' + ... (3J e será ÍA„. = Aj°' + Af' + ...-^A„r + ... (4) j Este theorema representa um papel importante na theoria das funcfoes analyticas. E' devido a Weierstrass, assim como a demonstrajáo que vamos dar d'elle ('). Seja p urna quantidade positiva tal que J2' ■< p •< 2?; por ser unifor- memente convergente a serie (1) na circumferencia de raio p, a cada valor da quantidade positiva 3, por mais pequeño que seja, corresponderá um numero h, tal que as desigualdades l/'»4-.(-^)+/n..(íí^) + - I ). Logo, em \nrtude do theorema demonstrado no n." precedente, temos a desigualdade da qual se conclue a convergencia das series (4), applicando para isso o criterio fundamental de convergencia e divergencia que se deve a Cauchy. Considerando agora outro numero positivo o, tal que seja i? > p, > ñ', podemos dar a ??, um valor tal que seja tambem I ^J"+^' + ^„'"+^^+... + ^,;"+^' I n^, por maior que seja p; e portanto Pondo para brevidade o que dá .4,„ = 4'„, + .4"„„ 1^"„, I <5p.-"' vem, para os valores de x cujo módulo z é inferior a p,, a desigualdade \A\\ + \A\.x\+.-+\A',.x'\+.. <4i+^+...+(t)"+...] p,, > R\ vé-se do mes- mo modo que temos a desigualdade I A"_, ..- I + I A'^_.^ .,- I +...+ I A'L,., .r-" I +... , (./• — a) + Ik (x — af + ...; e d'estas igualdades tiram-se, eni virtude de theoremas bem conhecidos relativos ás opera9óes sobre series, as igualdades seguintes: f{.r)-^F(.T) = a,.±h„-\-{a,±l>j(-'-~")-\-(a.±h,){.>- — ar-]-... f(.r)F(.r) = a„b„-\-{aJ),~\-a,b^,)(.i- — a)-\-(aJ),-\-a,b^-{-a,b,){x — af-\-... que téem logar para os mesmos valores de | ^ — « |. 2." A func(ao [f (.r)]'^ e tatnbem regular na vesinlianfa do ponto a, qualquer que seja o valor de i [a], no caso de k ser inteiro e positivo, c quando i {a) é differente de xero, nos outros casos. O caso de k representar um numero inteiro positivo já foi considerado, visto que n'este caso f/ (x)]'"' representa um producto de factores. Nos outros casos temos, suppondo a„ = f(a) differente de zero, [f(xrf = «„ [i + -^ (-r - «) + ""; (^' - aY + •••]' = «„[l+P(.r-<, — 74 — representantlo por P (x — ff) o desenvolvimento P (.r - a) = (.r -a)\^+^ (.r - a) + ...]. Dando a | ./; — a \ valores tao pequeños que seja i P(X — tt) I <1, podemos desenvolver | f{.i:)f em serie ordenada segundo as potencias x — a por meio da formula de Newton (n." 25), e teremos [/•(x)]'' = a„ [l + hP(x - «) + ^^— ^ P (■'■ - af + •••]• Esta serie é uniformemente convergente na vesinhanea do ponto a (n." 47), assim como os desenvolvimentos de P{x —a), \P{x — a)]-,...; logo a func9ao [f{x)f é susceptivel de ser desenvolvida (n.° 49) em serie ordenada segundo as potencias de a; — a, na vesinhanca do ponto a. 3° G quociente ^ ;\ é regular na vesinhanrxi do ponto a, se i (a) fór i (x) differentc de xero. Este principio é urna consequencia dos dous anteriores, visto que po- demos escrever a expressao considerada debaixo da forma F (x) \ f (x)\~ ' . 4." Se F (y) for regular na vesinhanra do ponto y = b e se y ^ f (x) fór regular na vesintuinca do ponto a, a que corresponde y = b, F [f (s|| e regular na vesinhanra do ponto a. Temos, por hypothese, F{j/) = h.. + /-, (// — h] -f- />, (// — bY + ..., _y _ /, = a, (,r — a) -f a, (./• — a)' -\- ... Substituindo na primeira serie g — b pelo seu desenvolvimento e or- denando o resultado segundo as potencias de {x — a) vem (n." 49) um re- — /D — .siiltiido da forma A + A , (.r - rt) + .1, {x - af + ..., o que demoDstra o theorcma enunciado. 51. Postas estas proposifoes relativas ás series inteiras, vamos agora deduzir a serie de Taijlor e demonstrar o thcorema de CdKclnj relativo ao raio de convergencia d'esta serie. Se a serie 1 1 1 /•{•?•) = «„ \- ", (■'• - (') + o. (./■ — ar + ... + n„ (./• - «)" + - for convergente no interior de urna circuniferenda de centi'o a e raio R, isto r qiiatido | x — a | . c R, e .se x„ representar um ponto do interior d'esta circianferencia, a funcrüo f (x) admitte nina derivada finita no ponto x^ e esta derivada é dada pela serie f '(■'■„)= i «a„(.r„ -«)"-', n = l cajos termos se forma»/ derivando os termos da serie proposta. Em segundo logar temos f(-r) = f(.v„) + {X - .r„) r i-rj + ... + -yf^^ f" (-^..l + - e este desenvohimoito tcm logar para todos os valores de x qite satisfaxein á condi(do I -^M — « \-\-\ x — x„\ a„ (■>■„ — ar, n = l Pondo agora h = x — a;„, vem com a condigno \x„ — ff ] + | ./; — x„ i << E. Para d'estas formulas tirar o theorema enunciado, basta notar que a ultima dá, passando /'(.f„) para o primeiro membro, dividindo depois os dons membros por .r — .r„ e fazeudo finalmente tender x — x„ para zero, /i (■'''.i) = /' (-í^ii)' Basta em seguida notar que cada urna das funcjoes se deduz da anterior como f {x„) se deduz de /'(.r„), para ver (pie é /;(^J =/"(.'■„), fAx.) = f"'[-r.„),... 52. Se a funcrcio f (x) for reyular no interior de ama circúmferencia de centro a, o desenvolvimento f(.r) = fia) + (.r — a) f (rr) + ^ {-v — af f" (a) + ... — 77 tem logar para todos os valores de x representados pelos pontos do inte rior d 'esta circumferencia. Esta proposicao coincide com o theo- rema de Cauchy, demoustrado no n.° 30, e pode ser demonstrada do modo seguinte. (Fig. 10.) Seja (c) a circumferencia considerada. Por ser regular a funccao /' (.r) na vesi- nhanca do ponto a (ao qual corresponde o centro A da circumferencia) existe uma Fig. lo. circumferencia (c,), de ralo i,, tal que é, em toda a área que ella limita, (1) f(x) = fia) + (.V — a) f [a) + -y (.r - af f" [á) + ... Por ser tambem regular a mesma funccao na vesinhanca do valor h de X, correspondente ao ponto B interior a (c,), existe uma circumferen- cia (<*,), de centro B e raio p, , tal que é, em toda a área que ella limita, x' representando um ponto qualquer d'esta área, f[^') = /V') + (-i-' - b] /■' ib) +\{x'- br f" (h) + ... Representando porém por L o máximo val6r de | f(x') | na circumfe- rencia de raio igual a | x' — b \ e centro b, temos, applicando o theorema demonstrado no n.° 48, 1 1.2... tu r(b) x' — b I'" < L. Notando que é e applicando outra vez o theorema do n.° 48 á f unc9áo ^ n{n-l)...(n-m + l] ^^ __ ^^„_,„ ^^, _ ^^,„ ^^^.^^ ■^ 1 .2 ...n Xl -2 ... ni 78 cujo múdulo é inferior a L, vem n [n — 1) ... {» — m -\- 1) 1 .2...MX 1.2 ...m h — a |"-''« I oc' — h i'» I f" (a) \ < L, ou n (?í — 1) .,. (« — m -\- 1) 1 . 2 ... ?z X 1 . 2 ... íH ¿/ — « I" ¿c' — h f" (^) I < L b — a e portanto, sommando todas as desigualdades correspondentes aos valores m = 0, 1, 2, 3, ...,«, \f"(a)\\h-n\- / 1.2...» I y.' /} I \** ííl— H ^^^ — ) <^' 2 ,-', I / OT---0 A — rt 011 ou I /•» (ff) 1 1 J- — ft I" 1 .2...;/ / = -^ (x) n'esta equai;-áo, temos o theorema seguinte: A igualdade /•(.r)='^s"V,[-í(^)]ír'^ f = 0 é satisfeita por todos os valores de x representados pelos pontos da. área A. As futicróes de y representadas por F„, F, , ..., que entram n'esta igualdade, sao regulares na área B. Dev&-se observar que, para establecer esta igualdade, excluiram-se os - 87 — valores de x correspondentes a // = 1 e a // = — 1. Basta i)()rt'ni attender a que os seus dous raeuibros adniittein (n." 51) derivadas finitas n'estes pontos, e a que portanto sao continuas, para concluir que ella ainda tem logar para estes valores de x. 55. Fundado ñas proposiyóes que vimos de demonstrar nos dois nú- meros anteriores, obteve Mittag-Leffler o theorema de T^aurent do modo seguinte. Supponhamos que f{x) representa urna funcyao monogenea, uniforme e regular na .-írea limitada por duas eircumferencias de raio R' e R" e seja R \\m numero compreliendido entre R' e R". Representando por 1/ urna qiiantidade positiva arbitraria, podemos dar a p um vali">r tao pequeño c depois a n lun valür tao grande que seja R{l+f)R-, Vin-se no n." anterior que as func^oes F„ (y), I\ (y), ..., F,„_ ^ (>j) sao regulares na área B, correspondente aos valores de x representados pelos pontos do annel compreheudido entre as eircumferencias de raio i? (1 -)- o) D 6 -z — I — , com os centros na origeni das coordenadas. Como pordm o pri- meiro membro da ultima desigualdade representa o minimo valor da dis- tancia dos pontos da curva, que limita B, á origem das coordenadas, vé-se que esta área contcm no interior o circulo de raio 1 -\- h. Logo temos, para os valores de y representados pelos pontos d'este circulo (n." 52), FAii) = A,r + Ary + A.ry^ + ... Por outra parte, dando a z um valor positivo sufficicntcmente pequeño para que seja i[(i+."+(rT7)-]<'+'' — 88 — e notando (jue o primeiro membro d'esta desigual Jade representa o má- ximo valor da distancia da origem das coordenadas aos pontos da curva que limita a área B, , correspondente ao annel ^4, , limitado pelas circumfe- rencias de raio i? (1 -)- -) e . — , com o centro na origem das coordena- das, vé-se que os módulos das quantidades representadas pelos pontos da área i?, sao menores do que 1 -j- h. A serie 4:<'^-T:i>,-[(x)"+(4)"r é portante (n.° 47) uniformemente convergente na área A¡, e temos, para os valores de x representados pelos pontos d'esta área (n.° 49), Vl — OD Sommando agora todos os desenvolvimentos d'esta fórraa que corres- ponden! aos diversos termos da somma r=2i! — 1 /■(-r)= 2 FAy)x'' !=0 obtem-se um resultado da forma 1/1 = 00 (6) f{x)= 2 ^m-^'", «l = — 00 que tem logar para todos os valores de x representados pelos pontos da área A^. Basta agora fazer variar R desde R' até i?" para concluir que a formula (G) ton logar para todos os valores de x representados pelos pon- tos da área limitada jielas circumfercncias de raio R' e R", com o centro na origem das coordenadas. A formula (6) é a fornuda de Laarcnt, que pretendíamos obter. — 89 — Applicaiulí» a fonmila (G) :í fiinc(;rio f{x-\-a) e nuuUiiulo no resultado X eni .r — a, obtcm-se o descnvolvimcnto /"(•'■)= 2 A,„{x-ay", m= — 00 que tem logar para todos os valores de x representados pelos pontos do anael coiuprehendido entre as circumferencias de raio R' e R", com o cen- tro no ponto correspondente a a. oG. O methodo que vimos de dar nao é proprio para o calculo dos coef- ficientes do desenvolvimento. Estabelecida porém a possibilidade d-i desen- volvimento, é fácil obter a expressño, por meio de integraes definidos, dos coefficientes. Multiplicando, com effeito, os dous membros da igualdade anterior por (x — a)~" , obtem-se um resultado da forma (.i. _ a)- V(.r) = A„+1 A^ (x - a)'", onde m é differente de n. Pondo agora x — a= Re. , R representando urna quantidade qualquer comprehendida entre R' e R", e integrando os dous membros da igualdade entre os limites O e 2-, vem a formula 2- i^\ — niñ ,,, e ) e dn, já obtida no n.° 32. CAPITULO VI SERIE DE BURMANN. SERIE DE LAGRANGE. GENERALIZAgAO DA SERIE DE BURMANN 57. Passemos agora a tratar do desenvolvimcnto do /'(.r) ein serie or- denada segundo as potencias inteiras e positivas de urna f unc9áo dada 9 (x), isto é, em serie da forma .4,, -j-A^'l (.<•) + -4, 'r- {,■) + ... + A„ H" (.,•) + ..., procurando as condi^oes para que este desenvolvimcnto teniía logar e o valor dos coefficientes A,,, A^, A.,,... Supponhamos que as funcyOes /"(í) e O (■. ) sao sytiecticas na ííreii A li- mitada por um único contorno fechado 5, que O (;) admitte um único zero no interior d'este contorno e que, designando por :r um valor representado por um ponto do interior da área A e por a o valor que torna nulla esta funcjao e pondo O (x) = (x, — a) © [x], a desigualdade \Ha-)\ <|9(z) I ou x — a\\@(jc)\<\z-a\\S{z) — 91 — é satisfeita por todos os valores ele ; «jiic correspondcm aos pontos do contorno 5. N'este caso a eqiia<;ao 9 (2) — O (x) = O tem iiina única raiz ■. = x no interior do contorno iS. Com effeito, o nu- mero d'estas raizes é dado pelo integral (n." 31) 1_ /• V{z)dz "~ 2¡T. ./^, (j (.) _ ij (.,.) ' ou, descnvolveudo-o em feérie, 1 r rv(z)(íz r^'{z)dz 1. mas o prini<íiro termo d'esta serie 6 igual á unidade, visto representar as raizes da e'quayño O (•.) = O comprehendidas na área A, e os ontros sfio nullos, por ser, pondo ; ^ s e ntj r ■- > logo é « = 1. Posto isto, consideremos o integral ^,_ . , f(z)H'(z)dz — f 2¿7t J^ fj(z)_f)(,r) Como o denominador da f uncyáo integrada é nullo quando x.=x e este zero é o único que este denominador tem na íírea A, temos (n." 2S — 1.°), — 92 — representando por C urna circumferencia cujo centro seja o ponto x e ciijo raio seja igual ao raio do circulo de convergencia da serie e (z) - 9 (.r) = [z - X) e' (x) + y (2 - x) 6" (.r) + ..., U = 1 " 22;- Je (2 f{¿)^'{z)dz -a-)[6'(.r)+4-(2-a-)9' '(X) + ...]■ mas (n/ "28- -2.°) U = 1 2ÍT. -í- f(z)^'{z)dz M + 4-(2-.r)fj"(.r) + .. 2 X - = /■(.'■); logo fi-r)- 1 /-' /-(z) 5' [z) dz 2ir. Jg Hz)~H(x)- Se attendermos agora a que, por ser ¡ 8 (,r) | < | 9 (í) |, tem logar o des- envolvimento em serie 1 , 0|.r) , I e"{j) ^ e (2) — 9 (a-) ~ 9 (2) ^ 9' (2) I - I 9»+ ■ (2) vé-se que é Para determinar os integraes que entrara n'este desenvolvimento, no- temos que a integragáo por partes dá, quando ?? > O, f f(z)^'{z)dz __ f(z) . 1 P f (z) dz _ J 9» +'(2) ~~ tiH" [z) ~^ n J 9" (21 ' — 93 — e portante temos r f(z) 6' (z) dz _ 1 P f (z) dz _j^ f f'iz^dz J^ fi"-^'í{z) ~ n Jg O» (3) « J^ (2 — a)" 6" (2) da"-' [«"(«I I 1.2... n da' Logo temos a formula , 6" (x) qiiando ', des- creve o contorno S, esta formula dá o desenvolvimento em serie, ordenada segundo as potencias de t, da funcjáo f (x) da única raiz d'esta equa9rio que, como vimos no principio do n." 57, existe no interior de S. 59. A formula de Burmann contem como caso particular a formula de Taylor. Pondo, com effeito, n'ella 6 (x)^x — a e tomando para o con- torno S da integracáo uma circumferencia de raio R e centro a, limitando urna área na qual a func^áo f(x) seja synectica, temos, para todos os pon- tos X do interior da área e todos os pontos x da circumferencia que a limi- ta, | .c — ff I «< I * — a\; s. formula de Burmann é pois applicavel e dá f{x) = fía) -\- (x — a) f (a) -\- — (x — a)* f" (a) -|- ... — 94 — 00. Pondo na formula de Biiimann (2) z — a 0(2) ' cp (j) representando unía fune9rio synectica na área A e tal que seja, jiara todos os pontos x do contorno d'esta área, ,r — a tp(a;) < z — a 'f C^J vcni a formula de Lagrange I , 1 í.c — ai" rf"-' [/" (g) g." (a)] "^■■■'1.2...» z.''{x) da"-'' "!■•• Pondo n'esta formula X — a o [x) vem a seguinte: /( jj = fia) 4- if (a) 'i (a) + ^ ¡^ — '-' ^ / ' ^ '-' '2 í/« , j 1_ ■„ ^" -'[/•'(«) y" («)] I ' ■■■ "^ 1.2...ÍZ í/«''-' I •■■' que determina a funcfao /"(.t) da raiz x da equa9áo X = a-\-iz (x), 95 — que existe no interior do contorno .^, qiiundo par;i todos os pontos •. do contorno teni logar a desigiialdade t\ < ?(2) No que precede tirou-se a formula de Lagrange da formula de Bur- mann. Esta ultima formula nfio é todavia mais geral do que a primeira. Pondo, com effeito, o (2) : 0(5 na formula de Lagrange vem immediatamente a de liurmann. A formula de Lagrange foi pela primeira vez publicada pelo grande geómetra n'nnia memoria appresentada á Academia das Sciencias de l^er- lin (Nouvelle méthode poiir resondre les équations literales par le moi/en des series, 1770; Oeuvres, t. iii) a qual fo! pouco tempo dcpois seguida d'outra sobre a applicacjáo d'csta formula á rísoluyfio de algumas equa(;oes (pie apparecem em Mecánica celeste. A demonstra9áo de Lagrange é fun- dada em considerajóes algébricas e nos desenvolvimentos em serie d'al- gumas funcyoes elementares. Laplace na sua Mecánica celeste obtem esta formula de urna maneira mais simples dednzindo-a directamente da serie de Maclaurin. Nenhum d'esto geómetras deu todavia as condicjóes para que a serie seja applicavel. O primeiro geómetra que estudou a questño da convergencia da serie de Lagrange foi Cauchy, que applicou a esta serie os mesmos methodos que táo bom resultado Ihe tinham dado quando ap- plicados á serie de Taylor. Os resultados a que chegou dáo logar a deffi- culdades; abriram todavia a Ronché o caminho para a resolugilo definitiva d'esta questilo (Journal de l'Ecole Polytecknique de París, cad. 39), o qual coincide, á parte as nota5óes, com o que foi empregado no n." 57 para de- duzir a serie de Burmann. 61. Para terminar o que temos a dizer sobre a formula de Burmann, vamos fazer applicafáo d'esta formula ao desenvolvimento das funcyoes em serie ordenada segundo as potencias de sen x. — 96 — Temos de por n'este caso f¡ (.r) = sen x e de procurar um contorno tal que seja, para todos os valores de x representados por pontos do interior d^este contorno, I sen íc I <; I sen z | , X representando um ponto qualquer do contorno. Para resolver esta questño, vamos estudar as curvas definidas pela equayao I sen 3 I = c, c representando urna constante, oii, pondo \ = x■^-\- ii/^, (1) -j- v/ sen" d\ cos" /y, — eos" .r, sen' ¿y, = e, onde sen' //y, e eos- i y, sao quantidades reaes dadas pelas formulas sen- t,j, = — ^ j , cos^ ?.y, = ^ ^ j . Como o valor do primeiro membro d'esta equagao nao muda quando se muda .r, em .t, -)- ~, vé-se que y, é urna funcgfio periódica de x, cujo periodo é igual a -; basta portanto considerar o ramo da curva que corres- ponde aos valores de x-, comprehendidos entre ^ e -)- -^. Vtí-se tambem que a curva é symetrica relativamente aos eixos das co- ordenadas; podemos portanto considerar sómente, para a discussao da curva, os valores de x^ e are sen c. Para cada valor de a;,, inferior a are sen c, a mesma igualdade d;( para í/, dous valores reaes e dous valores imaginarios. Dos dons valores reaes deve-se approveitar aquelie que, para x\ = O, d;í 2/. = log (c + v/ C -)- 1), isto é o valor (-) .'/i = log [y/ c- -|- eos- .r, -]- \/ c- — sen- íc, ]; o outro corresponde á equa9ao — V^ sen' j\ eos' ¡i/^ — eos' x, sen" i y, = c. Obtém-se por mcio da igualdade (2) todos os pontos da curva eompre- 7 - 98 — hendidos entre os pontos en jas abscissas süo O e aro sen c, e vé-se que ?/, cresce desde O até log (c ~{-\/ c' -\- l) qiiando .r, diminue desde are sen c até 0. A equa9áo sen 2x, y ¿sen 2?' i/, dá as tangentes á curva e faz ver que as tangentes ñas extremidades dos eixos sao perpendiculares a estes eixos. Para tirar esta conclnsáo de ve -se observar que a quantidade /sen 2iy, é real. A eliminayño de y^ entre a eqnajáo eos 2rí/, =20" -|-cos 2,r,, que resulta de (1), e a equajao sen- 2;r, eos 2///, = eos 2.r, sen" 2/_y, que resulta de formar í/," e por dcpois ?//' = O, leva ú equagao eos 2.r, = — c"- ±\/ c^ — 1 , a qual mostra que nao ha pontos de inflexño quando c < 1. Ve-se pois que cada urna das curvas representadas pela equagao I sen x\= c é coniposta, quando e ^ 1, de um numero infinito de ovaes iguaes cujos centros sao as raizes da equayfio sen a- = O e cujos eixos sao iguaes a 2 are sen c e 2 log {c -\- \/ c' -\- l) , o primeiro eixo coincidindo com o eixo das abscissas e o segundo sendo parallelo ao eixo das ordenadas. Vé-se fácilmente que, se for e > 1 , as curvas representadas pela equa- gao I sen z\= c nao cortara o eixo das abscissas e nao podem porisso dar logar íí contornos fechados contendo no interior os pontos que correspon- dem ás raizes da equagao sen x ^= 0. Quando c varia desde 1 até O, as ovaes representadas pela equagao I sen ; I = c variam de tal modo que aquella que corresponde a menor va- — 99 — I6r de P é interior jíquclla que corrospondo a iiiaior valor de c e (limiiiiu'iii continuamente até se rednzireni a iiin ponto. Kstas curvas resolvem a ques- tfio proposta, isto 6, cada unía d'ollas limita uma ¡írea tal que I senx I -< I sen z \, ■X representando nm ponto qualqiier do contorno e .r uin ]>oiito qiialqner do interior. Seja pois /"(;) uma funccao syncctiea na ¡(rea A limitada i)i)r uma oval cuja equafáo seja [ sea v | = e. A formula de ]!iii inann é ueste caso appli- cavcl e temos /•(.,■) = /-(O) -j- vi, sen X -(- A, sen" x -\- ... onde A,,A^,... sño quautidadcs constantes, que podcm ser dctermiuadas por mcio dos integraes ^ _1_ r f(z) eos zdz ^ I P f (,-) dz " 2ÍT. J^ sen« + ia: 2ni- J^ sen" s ' ou por meio da expressáo " 1.2...n d.v"-' L senVr J' onde, depois de effectuadas as deriva^oes indicadas, se dcve substituir .r por aquella a das raizes da equa9ao seu a; = O que corresponde ao centro da oval considerada. 62. Consideremos, por exemplo, a funcoao f{.v) = sen kx, ¿representando um numero qualquer, real ou imaginario, e ponha-se « = 0. Teremos k í' eos k zdz " 2nnz J„ sen" 2 0). — 100 — Mas /eos Uzdz f eos lizdz P eos hz eos- zdz ^^"^ ^ .1 sen" + '-z ~ J sen" + '2 e, integrando por partes o ultimo termo do segundo membro, y' eos kzdz í' eos kzdz _. eos /, .; eos z sen" 2 "" , / sen" ^=2 ■ (m + 1) sen"+' z k /' sen /.'z eos 2f/3 _. 1 /' co?. hz sen zdz ' "77+T,/ sen"-*-'z ' « + 1 , / sen"^'.: ' ou, integrando por partes o penúltimo termo do segundo membro, eos kzdz . eos kz eos z /' eos kzdz /' eos kzdz . eos kz eos z sen" 2 ./ sen" + ^2 "+" (« + l)sen"^'z /,■ sen A-2 |_ F P eo&kzdz .__\__ P eos kzdz n-\-l ' n sen" z ^ n(n-\-l) J sen" 2 "•" ?i -f- 1 ._/ sen" z Portante P coskzdz P eos kzdz j^ F P eos kz J ^sen" z ^ ._/„ sen" + ^2 ' n {n + 1) ^/o sen" zdz z "' eos /r2rf2 5 _JL_ / /í -)- 1 , / „ sen" 2 ' ou P eos /i-2íZ2 «* — k^ P eos /^zdz ./„ sen""*"" 2 n{n-\-l) ,/„ sen" 2 Temos pois a igualdade / ^ A 11* — k (« + l)(n + 2) »• — 101 — A analj'se que precede nao tein logar (|iiaiulo 6 ii = 0. Vamos poriím mostrar que a foruuila a que cliegiímos ainda toui logar ii'cste caso. Por ser 1 f sen/,- „ sen z eos zdz > /sen /cz eos zí?2 cosA'ZCOs^í 1 P eos kzdz sen z k sen z I: , / sen' z ' temos, com effeito, . _ ^ f eos kzdz 2_ " TH^ ,1^ sen^ z — ~" r ^^' e portantü ^í — TT A,- 9 Posto isto, da igiialdade (a) tira-se, quando n é par, notando que ¿4„ é igual a zero, Por ser (n." 28 — 2.°) k P eos kzdz k P eos kzdz ^. = -;p- / =^7-- / ^ = 'm ¿m ^ „ sen z ¿nz ,J 'S 2(1 ^ 1.2 a mesma igualdade dá, quando n é impar, _ in^-k'){(n-2r - ^■') ... (1 - a , "^^ 1.2...(;í + 2) — 102 — Logo, se X representar um ponto da oval cujo centro é a origeni das coordenadas e cuja equaeao é | sen ;í. | = 1 , temos sen Icr = k I sen ./■ ; — - — - sen ,r -{ ; — ; — - — ; — z — sen .r + ... I. L 1.2.d ' 1.2.. 3. 4. o 'J Do mesnio modo se acha, no caso da fnnccao eos Icx, Ir Ir {Ir ">-) eos /.-.r =1 ^- sen' .r -j — - — - — - — ¡- sen* .r Estas formulas sao devidas a Eider. 63. Os coefficientes do desenvolvimento da funcyao f{x) em serie or- denada segundo as potencias de urna f unc^áo 8 (.r) podem ser expressos ainda por meio de determinantes, como fer ver Wronski. Seja f(x) = ^(a) + .4 , f) (.r) + A, h'^ (,■) + ... + AJ" (x) + ... e 9 (x) = (x — á) 0 (x). Teremos, derivando esta serie, pondo depois x = a e notando que as derivadas de ordem n das potencias de B (x), superiores a n, sao nullas quando x = a, Estas formulas dáo A^, A,^, A., ... expressos por meio de determinantes que nos dispensamos de escrever. — 103 — Wronski considcrou mcsmo a questño do desenvolvimciito das fiinc^ocs cni si^rio da fcuTiia 0, {X),0, (X), ... sondo func^Oes dadas. O resultado a que, a esta respeito, chegou foi modernamente demonstrado por Ch. Lagrange, astrónomo do Observatorio de Bruxellas, I 9 (2) |. A equagao O (;) — 9 (,r) = O tem uma só raiz v = .r no interior do con- torno 5 e o theorenia de Cauchy demonstrado no n." 28 dá r f(z) 9' (z) dz ^ P f(z)k'(z)dz f f(z)(i'(z)dz Jo 9 iz) — 9 (X) J 9(2,-9 ix) + ,/ fj(z) — Hx)' c representando uma circumfcrencia descripta do ponto x como centro com um raio sufficientemente pequeño para ficar no interior do annel. — 105 — Temos porém (n.» 28 — 2.°) 1 r f(z)^-(¿)dz __ 1 P f(z)^'(z)dz ., ^ 2i- I ()(') — Oír) "" "íTT / i —IW- Logo ' ^""^ 2 i - I . /^ O (2) — e (a;) , 7^ 9 (2) — 9 (a;) J" O primeiro integral já foi considerado no n.° 57 e dá ^1 r m^'{¿)dz _ 1 r rm^íd^,., , rm^íz^dz + ... + 9«rr, r A^) Q' (^) dz j -'5 Para desenvolver o segundo integral era serie, notemos que, por ser, em todos os pontos % da curva s, o módulo de 9 (í) menor que o módulo de 9 (.r), temos 1 ^ J_ri I 1^ I I ^"'^) I 1. 9(zj — 9(.r) 9(£c) L I" 9(,r) ' '""^ 9»(j) i~"'J' e portanto Logo temos a formula f{x) = A„ + A, 9 fa^) + ^,9' [x) + ... + A, y (.r) + ... 9(.t) ' 9-(£cj ^■■•1 (j"(^^ 106 onde 2ÍT. J^^ 0» + '(2) ' ^. = - ^ ífy^) ^''-' (2) &' (2) ÍÍ2 Esta formula contem a formula de Burmaim, que corresponde ao caso de a funcfáo /"(í) ser synectica na .'írca limitada por s. N'este caso, com effeito, o integral que entra na expressáo de i>„ é (n." 28) nuUo. Pondo f) (2) = 2 — rt e tomando para contornos S e s duas circumferencias de raios Rere de centro a,é\x — rt| <. \ x — a| para todos os pontos x. da circumferen- cia interior, e \x — a|> \ x — a\ para todos os pontos z da circumfe- rencia exterior. A formula anterior é pois applicavel e dá a seguinte: f (x) = .4,, + ^ , (X -a)-\-...-\-A„ (.r - a)» + ... , B. , B. , , B„ X — a ' {X — af [X — a) ^ + -' onde A.. B.. 1 /"• f\z)d¿ !íTT J 2ir. J [z — a)""^' ' ^ — / f 0. Por ser (l {x) = (x — a) 0 (x), vé-se que a ultima das parcellas que en- tra na expressao de A,^ é igual a (n.° 29) 1 r ^"-' / f (.0 w 1.2... («—1) n Lííx-"-' V0"(^) )\'^^a quando a nao coincide com um dos pontos b^,h.^, ..'., ij., e que se decompóe, procedendo como se fez a respeito das anteriores, em parcellas da forma 1 r tiz 2 ni- J^ e»(z)(2 — rt)"+P' cujo valor é 1 r rf^+í^-^ / 1 \i 1 . 2 ... („, + ,3 -\)n L,/,,.n+p-l I fc)« (.,.) jjj^^ quando a coincide com algum dos pontos 6,, b., ..., 6j.. Para os coefficientes i?,^ temos do mesmo modo e os integraes que entrara no segundo membro reduzem-se, como no caso anterior, a integraes da forma 1 /' fJ" (z) dz •2nir. ,1^^^ (z-hjy — loó- os qiiaes sao millos quando p ^ O e igiiaes a 1 rdP-H"(.iO| 1.2...(fi-l)n L dx^'-^ J' quando p >■ 0. Para determinar os coefficientes do desenvolvimento (A) (ou, o que é o mesmo , os integraes de que elles dependem segundo a formula de Lau- rent), quando o numero de parcellas fraccionarias que n'elle entram é in- finito, nao existe regra geral. No caso (o mais importante ñas applica<;oes) de o numero d' estas parcellas ser finito, isto é, no caso de ser /•(.-■) = i/„ + ii/, (x - «) + J/, (.r -ay--{- ... N N TV _J -^^i I th L I ^^n x — a {x — a)- '" (,t. _rt)'' podem calcular-se estes coefficientes desenvolvendo em serie por meio da formula de Taylor. Reconhece-se que a func9áo está n' estas circunstancias procurando se existe um numero fi tal que o producto (x — (•^- - ^) + •••' — lio — e portanto f (•'■) = - -J^rhn^ + ^^. + -'^^. í'^' - '') + - Podemos pois determinar A., por meio da formula "'^ -ZniT-. J^ H" (z) ^■Ini-J^ 6» (2) ' que dií , l__ r dz 1_ r f {z) dz 2nÍT. J (i"{z){z — by- ^ 2ni- J O" (2) c, c 1 rrf9-"(.r)-i L^\J^l^(l_!£lJ\] ~ ni d.r i^^j/ 1.-'...// Lf/.r"-' V (-)"(./•) }\^^ _ O' (h) 1 r d"-' / eos (.r — h) \^ ~ 'W+^'ih) 1.2... n Idx"-' V, sen= (.r — b) h" {.c) )\ _ Para calcular 5,, temos a formula 2ni- .1' 2nir. J (z — h)- que dá Temos pois o desenvolviniento 2 sen(.r — ?)) „ti <)» (.r) I „t o ) 9" ^ ' ('') 1 • '-^ - n L rf.r" - ' V sen"- (.r — /;) W" (.r) 7^^^ ( ^' '' ISTota- a.o r:L." SI. Depois (le appresentar a memoria precedente ¡í Academia, occiij);ímos- nos especialmente do desenvolvimento das funcyües em serie ordenada se- gundo as potencias de sen x em uma memoria publicada no Jornal de Crcl- le (Berlín, tomo 116, p. 14), onde appresentíímos uma formula, para oh- ter este desenvolvimento, de applicacao mais fácil do que a que resulta da formula de Burmann. Seja /■(.r) = .4,, -f- .4, sen T + ... -f- A„ sen " x -f- ... Derivando esta igualdade e pondo depois .c ^ O, vem /■(0) = A„ r(0) = .4„ r(0) = -.4. + 6.1„ /■"(0) = — 8^, + 24.4,, /v(0) = .4, — 60.4,4-120/1,, /•VI (0) = 32 A, — 480 J . + 720 A, , — 112 — e portanto A, -/"(O), A=/"(0), ^.=|[r(0)+/"(0)], ' ^^ ^ w f^' ^*^' + ^^ ^"' ' - ^ + ^ ^' *^*]' ^^ = w [^" ^^* + -^ ^"' ^*^^ + "^^ f" ^^']' Em geral, podemos escrever A.,, = K[p-) (0) + A p--^ (0) + ... + L /" (0)j, *^^ ' ^.. „ + . = A" [/<^'»+" (0) + A' /•(2«-i) (0) + ... + L' f (0)], onde K, K' ,A, A' ,..., L,L' representara quantidades constantes, que va- mos determinar. Consideremos para isso a funcfao sen kx, ciijo desenvolvimento segundo as potencias de sen x é dado pela formula sen hx = k sen x — k — ^ — ^ sen^ x -\- ... +i-irt'^'-'-"^;-;;;¡;;!^'^"-'».en^....+... Applicando a segunda das formulas (1) a esta funejáo, vem A^,^^^ = (— 1)« A-' [/.•2«+i — A' A-2»-i 4- ... ± L' k]. — 118 — Comparando este resultado ao segiiintc , _ (J- - ] '') (/,•' - 2') ... (/,■' - (2n - 1)-) 'l.n^i— (• ^) '' 1.2...(2w + l) e representando por s'"'^s„ + , a somma das combinayóes dos números 1%3%5%...,(2«-1)% tomados in a lu , temos pois 7.-' 1 yl'=s<" B'—s^^^ L' = s"'^ 1.2...(2« + 1) ' * 2;H-1' — 2n + l'-' "^ * 2h + 1- Podemos pois escrever '''' ^ — '— 1.2...(2« + 1.) Esta formula pode ser escripia symbolicamente do modo seguinte: /-lO) [f ,0) + V] \r- (Oi + 3-J ... [f (0) + (2n - 1)-] (^dj ^.„^.— 1.2...(2/i+l) onde se devem substituir, depois de effectuar as mult¡plica55es indicadas, as potencias do /'lOj pelas derivadas de ordem igual ao expoente da po- tencia. Para determinar os coeffieientes K, A, B, ..., L da primeira das formu- las (li, podemos considerar a func^ño eos Z.?:, cujo desenvolvimento se- gundo as potencias de sen x é dado pela formula eos kx =1 ^ sen x ~\ — - — - — ¡— sen' x , , ,„/.■'( k' — 2' I ... (Ir — (2 n~2 1') - ... -f (- 1 ." \.2...2n '^'^ "" + - — 114 — Comparando o valor do coefficieute de sen-"x n'esta formula com o valor dado pela formula A,„ = (- 1)" K [k-^" - .4¿-2(«-i) + ... ± Lk'} e representando por 5 ''g^^ a somma das combinagoes dos Humeros 2% 4% 6% ...,(2 «-2/ tomados m a m, vem 1.2... 2?i K= , / ,„ > ^^5%„. i?='S^%„, Z = 5^ „, Podemos pois escrever a formula geral seguinte (*^ '■^-'= 172:727^ ' cu symbolicamente f (O, ir- 1 01 + 2-] [f (0) +4-] ... [r (0) + i2n - 2i'] <-^^ '^^"— 1.2...2n ■ Para fazer uma applicaoao das formulas precedentes vamos desenvol- ver a func9áo m representando um numero inteiro positivo. Temos n'este caso quando é « ■< ?w, e portanto ^„ = 0,.4, = 0,...,.4,_,=0. - 115 — Temos depois 1.2...2m ~ ' ^ * á »l ^ ■i 1.2... (2 ;« 4-2) (2m+l)(2»« + 2) ' •'^s m 4-« ^^^^ .CÍ2) f^m /^^ ^"-'' (0) + - + ^""2„+i f (0) = '^' temos tambem .4, =.4. ==/!, = ... = 0. Temos pois a formula l .r2»' = sen'^'" .r f 1 + — \ L (2;«- (6) \ ' (2w + l)...(2/« + 4) ""■ '- ' (2?w + l)...(2w + 6) Do mesmo modo se acha a formula i .r^'" = sen'^'" .r 1 1 + ,^ i .w"/' i 9^ sen' x ^ L {2m-f-l) {2m-\-2) Cj(2) o(3) j " 2m + 4 , I '^ 2m + 6 b _|_ 1 ^ (2w + l)...(2/« + 4) '''" -'"^ (2«í + l)...(2m + 6) '^'' -^^-J 1 j2. + i = sen2'" + i j 1 1 + —— ^-j£i¡Ü±^^ sen» X j L (2 w + 2) (2 m -\- 3) r^ (2m + 2)...(2»2+5) '*'" '^^ (27w + 2)...(27n+7) '^° •^^^-J N'um artigo publicado ñas Xouvelles Animles (4." serie, t. ii), apprc- sentámos oiitra demonstra?;!© d' estas formulas. — 11(1 — A formula (6), pondo ni ^ 1 e notando que é s^'\ = 2'-, 5<% = 2^4^ s'% = 2^4•^6^..., dá a formula conhecida 2 1 2 4 1 •r' = sen' x -\- ^ . -^ sen' x -f- -^^ . — sen'' .;• -|- ... Do mesmo modo a formula (7), pondo ??; ^ O e notando que é dá a formula conhecida a; :^ sen x -j- -;^ — ^ sen ,r -|- — sen .r -f- , índice PAgB. Inti'oducí.ao 1 Capitulo primeiro. — Estudo da serie de Taylor no caso das funovOes de variaveis reaes ... 5 Capitulo II. — Estudo da formula de Taylor no caso das funcíjOes de variaveis complexas. — Methodo elementar 21 Capiti'lo III. — Continuacfüo do estudo da serie de Taylor no caso das funcfOes de variaveis complexas. — Methodo de Cauchy 80 Capitulo IV. — Continuacífto do estudo da serie de Taylor no caso das funcvoes de variaveis complexas. ^Methodo de Riemann 45 Capitulo V. — Continuac9áo do estudo das series de Taylor e de Lau- rent no caso das func<;5es des variaveis complexas. — Methodo de Weierstrass e Mittag-Leffler 63 Capitulo VI. — Serie de Burmann, serie de Lagrange. — Generaliza^ao da serie de Burmann ''O Notaaon."ei 111 3 2044 093 250 512 "fflsí