Commissáo de Linhas Telegraphicas Estrategicas de Matto Grosso ao Amazonas 2 Jd ~ 3 x jz " P í сон Аппехо N.º 5 Historia Natural Botanica Parte | Bromeliaceas Pontederiaceas Liliaceas : Amaryllidaceas Iridaceas Orchidaceas Aristolochiaceas Droseraceas e Passifloraceas por F. С. HOEHNE — x= — Rio de Janeiro — Dezembro de 1910 ТРТ ЖОШ SUM des a Sir Е Т A СИЕ ee See = EL фа, 23 Hp ub ie, АКИРА beets EN vomo осоо LITE = : ont Е o бт ч ES. = й Aes A Myon Commissäo de Linhas Telegraphicas e Estrategicas de Matto Grosso ao Amazonas Putt. na. 8 Annexo n.º 5 Historia Natural Botanica Parte | Bromeliaceas Pontederiaceas Liliaceas Amaryllidaceas Iridaceas Orchidaceas Aristolochiaceas Droseraceas e Passifloraceas por F. C. HOEHNE — j= 0 Rio de Janeiro — Dezembro de 1910 5 ЗВОМГЦИВТ ЭЭГ ean ЕВВОХМНА. ов Haan) oli ELS A ———— — — p= io mi а tda уе INTRODUCCAO m Maio de 1908 me foi apresentado, pelo Sr. Alipio de Miranda Ribeiro, E auctorisado pelo Tenente-Coronel Dr. Candido Mariano da Silva Rondon, chefe da Commissäo de Linhas Telegraphicas e Estrategicas de Matto Grosso ao Amazonas, o convite para acompanhar, como auxiliar, botanico os trabalhos da mesma Commissáo, afim de colligir material botanico que, depois, seria distribuido á monographos competentes que se encarregariam dos estudos do mesmo. Accedendo a este convite, fui nomeado á 25 d'aquelle mez, em- barcando á 27 de Junho no paquete «Jupiter», em companhia do Sr. Alipio de Miranda Ribeiro, zoologo, e Dr. Cicero de Campos, geologo da Commissão ; á 6 de Julho chegamos á Montevidéo, onde nos transportámos para o «Javary» que nos levou á Corumbá, onde chegamos á 19 do mesmo mez; náo havendo embarcação que nos transportasse a S. Luiz de Caceres que, segundo as ordens do Dr. Rondon, éra o nosso primeiro centro de operagóes, aproveitei os dias da nossa permanencia ahi, fazendo diversas excursões nas circumja- cencias da cidade, sendo as collecções muito animadóras. H O terreno onde está situada a cidade de Corumbá é elevado, pouco accidentado, calcareo, occupado na maior parte por vegetagäo baixa, rachitica, composta de “cerrados e alguns cerradöes; esta vegetacáo. segundo Martius, póde ser classificada como região de campo, apezar de não existirem os campos despidos de arvores ou arbustos, como encontrámos em outras regiöes que cabem na mesma classe; segundo a nova classificação de A. Engler, apresentada no «Botanische Jahr- | bücher für Systematik, Pflanzengeschichte und Pflanzengeographie» do mesmo autor, vol. 41, fasc. V, pag. 366—372, de 1908, para classificagäo das diversas formas e formações da vegetação, esta póde ser classificada como zona sub- xerophila. São abundantes ahi as palmeiras «Bocayuva» (Acrocomia scle- rocarpa Mart.), sendo as familias de plantas mais representadas as Dilleniaceas, Leguminosas, Myrtaceas, Verbenaceas e Compostas r encontra-se pouco mais distante da cidade, grandes areas occupadas pelo «Caranda» (Copernicea cerifera Mart.), a palmeira mais frequente em toda a zona do rio Paraguay, abaixo e pouco acima de Corumbá. А sua estipe é muito applicada nas | construcgóes, por ser muito direita, compondo-se de um tecido fibroso que ETE uu resiste muito tempo. Agarradasä esta palmeira, encontra-se muitas Orchidaceas taes como Cyrtopodium punctatum Lindl, e uma grande variedade de Cataceta, O lado opposto de Corumbá é baixo, muito plano e alagadiço, como toda a parte esquerda do rio que está comprehendida na Grande Lagóa de Xarages ou Grande Pantanal; é na sua totalidade occupado por uma vegetação hydrophila, com- posta na maior parte de plantas paludicolas e aquaticas; toda esta região fica completamente immersa na agua, na estação das chuvas, sendo então o mo- mento de estarem em vigor as plantas aquaticas, entre as quaes se notam, como mais bellas, a Victoria regia, vulgarmente conhecida por «Forno d'Agua» nome este que lhe deram por causa da forma da folha, que se assemelha a um grande tacho de torrar farinha; e a Zichhornia azurea Kunth, vulgarmente conhecida por «Agua-Pé». Esta é tão abundante em todo o rio Paraguay que, deslocada e desenraizada dos remansos onde vive, é levada pela corrente das aguas, for- mando verdadeiras ilhas fluctuantes e offerecendo obstaculos ás pequenas em- barcações. Estas ilhas,á que dão o nome de «Camalotes», já são encontradas fluc- tuando sobre as ondas do ocearo, muito antes de se chegar á fóz do Prata; ás vezes, os camalotes chegam a tomar dimensões respeitaveis e dão serviço mesmo aos commandantes de pequenos vapores. Na estação da secca, as plantas paludicolas infestam tudo e chegam ao seu auge justamente quando começam as primeiras enchentes; entre ellas sobresahem as /pomeas, os Crotons, as Tiphaceas е muitas Convolvulaceas. Em 3 de Agosto, offerecendo-se opportunidade para continuarmos a nossa viagem até Caceres, aproveitamol-a; seguindo neste dia em uma chata rebocada por lancha а vapor, em companhia do Tenente Firmino Portugal que com- mandava um contingente de 102 soldados; estes seguiam em segunda chata, atraz da nossa. Pouco acima de Corumbá o terreno que margea o rio é pantanoso e plano em ambas as margens; porém, pouco antes de receber o S. Lorenço, o terreno da sua direita eleva-se mais, tendo logo em Amolar a serra do mesmo nome que o margea por muito tempo; a esquerda do rio alterna em lugares mais altos, lagõas e charcos, sendo frequentes, ahi, os capões maiores ou menores, de mattas hydrophilas. Em Amolar, onde parámos algumas horas para prover a lancha de lenha e a dispensa de carne, pude fazer uma collecção de algumas Xiridaceas, Alismaceas, Oenotheraceas e Compostas que viviam proximas ао rio; mais afastado deste, já na encosta da serra, encontrei Peireskia bleo D.C. e uma outra Cactea muito commum em todo o Estado, provavelmente Cereus giganteus Enghn. Este attinge dimensões enormes; na fronteira da Bolivia, perto de Co- rumbá, vi exemplares de 15 m. de altura e tronco de 50 cm. de diametro, rami- ficados em forma de candelabro; em S. Luiz de Caceres, па fazenda da Larga, vi um violão. “fabricado da — d'esta Cactea o qual era usado na festa do мөч vulgarmente conhecem esta planta por «Urumbéba». “Со hi tentis. nesta encosta de serra uma Bromelia do genero Dickia, bas- tere: “Pouco para o sul deste porto, encontrei uma lagóa coberta toria = as ee кебе náo estavam em fôr nesta o ан Жб Pouco acima de Amolar comegam а apparecer os campos naturaes dos pantanaes que alternam com as mattas e os morros; estes campos são os que offerecem a melhor pastagem ao gado na estagäo da secca, motivo pelo quala maior parte dos criadores tem sempre duas residencias, uma no pantanal, para onde levam o gado logo depois da vasante e outra no campo alto, para onde se refugia o gado quando o rio invade e cobre os pantanaes. Estes campos compõem-se de diversas especies forrageiras, sendo a maior parte Gramineas, Cyperaceas, Commeliaceas e Convolvulaceas; no meio destas são frequentes as Compostas, Bignoniaceas e Iridaceas. A 9 de Agosto chegavamos á S. Luiz de Caceres, antiga Villa Maria, cidade de mais ou menos 5.000 habitantes, situada n'um plano mais elevado á margem esquerda do rio Paraguay, tendo á tres leguas,á E., a serra do Qui- lombo. O terreno comprehendido entre a serra ea cidade, é a principio plano e irrigado, no tempo das chuvas, por muitas correntes temporarias de aguas; na secca é arido; quanto mais afastado mais accidentado vae se tornando ; é coberto por uma vegetação rachitica de cerrados e cerradões, umas vezes mais e outras vezes menos densos ; todos estes são, annualmente, como quasi todos os campos do Estado, na região dos criadores, devastados pelo fogo, motivo pelo qual a flóra se limita à umas certas especies de plantas que re- sistem á esta prova, sendo as mais representadas a «Lixeira» (Curatelia ameri- cana Lin.), o «Pão Terra» (Qualea parvifiora Mart.) e o «Para-Tudo» (Te- coma aurea D. C.); as Gramineas, Cyperaceas e outras plantas forrageiras bro- tam annualmente, logo após as queimas dos rhizomas subterraneos e forne- cem, então, o melhor pasto para o gado; muitas Verbenaceas, Polygonaceaes e Passifloraceas, bem como algumas Papilionaceas, florescem logo após a queima, “encontrando-se, não poucas vezes, as inflorescencias brotando da terra, sem nenhuma folha; о «Para-Tudo», а «Piuva» e algumas Leguminosas bem como a Tiliacea, «Acoita-Cavallo» nunca se encontram com folhas е flóres ao mesmo tempo, tornando-se, assim, dificil colher um specimen que sirva para estudo; são no emtanto as plantas mais ornamentaes destes campos e já de longe se salientam entre a vegetação, quando estão em flôr. Em 27 de Agosto fui com o sr. Miranda Ribeiro e Dr. Cicero de Campos até а fazenda da Jacobina, onde estivemos até o dia 7 de Setembro, gozando da franca hospitalidade do sr. D. João da Vila, proprietario daquella fazenda, que está situada na encosta de uma serra, á margem direita do rio Jacobina. O terreno d'esta é muito calcareo e recortado por muitas correntes de aguas salobras, muito accidentado e occupado em parte por bôas mattas, bellos cam- pos, cerrados e plantações de milho e canna de assucar ; é muito fertil em al- gumas partes, sendo em outras esteril e quasi despido, composto de «canga» ou lagedos de pedras calcareas; abundam nestas ultimas as Bromeliaceas, (Di- kia dissitiffora Schultz) e (Ananas sativus Schultz) e alguns Cereus e Orchida- ceas. Durante o tempo que estivemos na Jacobina, visitei, em companhia do sr. Miranda Ribeiro a «Lóca da Onça» e a «Gruta do Quilombo» que ficam re- tirados tres leguas deste ponto; colhendo n'estas e muitas outras excursões d'ahi, muitas plantas interessantes; levando, tambem d'ahi, o Oncidium macro- petalum Lindl., uma nova variedade d'este que chamo /uscopetalum e о Epiden- drum Cearense Barb. Rodr. que trouxe vivos para о Rio de Janeiro; a Вела Ro- driguesii Cogn. é frequente na margem d’um afluente do rio Jacobina; vi tambem Pitcairnia Burchell: Mer. que mais tarde encontrei nos rios do Norte ; esta vivia como planta terrestre, nas barrancas do rio. A estrada que conduz de S. Luiz de Caceres á Jacobina, passa por um terreno montanhoso; entre as montanhas existem bellos campos altos, quasi despidos de arvores ou semeados, cá e lá, por uma ou outra; nas gargantas dos morros e n’estes, ao contrario, existe frondosa matta que contem muito boas madeiras para construcgäo e algumas plantas medicinaes; a Callisthene major Mart., Tecoma aurea D. C., Curatelia Americana Lindl., o «Velame» (Apocinacea) o Maquiné (Zamia Brogniarthii Wedd.), são muito frequentes no campo. ис A code Setembro, quando voltei á Caceres, continuei os meus estudos ahi, fazendo ainda em companhia do Sr. Miranda Ribeiro, uma excursáo ás grutas de Pirisal e Fazendinha, onde colhi a nova variedade de Vanilla pla- nifolia Andrw. que chamo gigantea. Encontrei tambem, na estrada, о «Piqui» (Caryocar Brasilieusis Camb.), а «Quina» e a «Cainca» (Chiococca brachiata Ruiz et Pavon) o «Orvalho» (Myrtacea) e a Tillandsia streptocarpa Bach. Em 5 de Outubro deixei novamente Caceres e segui com o Sr Miranda Ribeiro, para o sul da cidade, até ao Paratudal, onde tive occasião de estudar os pantanaes, pois que esta fazenda é justamente uma das temporarias, onde o gado só permanece no tempo da secca, mudando-se depois para .9 campo mais alto; esta fazenda está situada á margem esquerda do rio Paraguay e dista, pela estrada que seguimos, 15 leguas de S. Luiz de Caceres ; é rodeada por uma planicie extensissima, recortada e semeada de lagóas e paués, occupada na estação da secca por plantas forrageiras e coberta á dois metros, pela agua, na estação chuvosa. De volta d'este lugar passamos pelo Morro da Fumaça e Agua Limpa, de onde trouxe um novo Cyrtopodium que chamo orophilus ; encontrei n'este lugar, no meio de pedras, no campo, o Cyrtopoduim vernum Reichb. J. que vivia perfeitamente, apezar da queima que annualmente I o visitava ; tinha os pseudobulbos enterrados á 3/4 de sua altura, estando a parte que ficava fóra do solo completamente carbonisada ; tambem encontrei a Bletia Rodriguesii Cogn. mais adiante, nas mesmas condições. Dahi seguimos para a gruta do Tuchm е Auacurysal, ende, então, muitas vezes, Vanilla palmarum Lindl. sobre os «Auacurys» (Athalea | princeps?) e о Epidendrum Латит Lindl. = Chegando no dia 3 á Caceres, deixava-a te а 24 de Outubro, seguindo gua ao rio Jaurá; descendo pelo rio Paraguay até á barra d'aquelle e o | е ntäo até o seu primeiro salto, voltando depois da indispensavel demora 2 por elle até ao sitio de José Jorge e atravessando, entäo, o triangulo Por esses eee rios. e = «зада, de Matto Grosso, chegamos А que fica : | | ragi 3 q. em frente á S. de сан реше» do Paraguay, é ainda pre indicado erroneamente nos ek E c p mus elle corre de Nornoroeste obliquamente ao rio Paraguay, é geralmente muito mais limpido e mais correntoso que aquelle, tendo mesmo muitas corredeiras e cachoeiras que difficultam a navegagäo. “Nós só conseguimos chegar com a lancha da Commissão até Porto Esperi- diio; passando d'alli á uma prancha que fretámos, ao Sr. José Jorge, fomos por meio de muito esforgo e sacrificio até Pedra Branca, onde disistimos da prancha e marchamos a pé, rompendo a matta n'uma extensão de mais ou menos 10 leguas, até ao primeiro salto do rio. ` A vegetação que margea o rio Jaurú, antes ou abaixo de Barrancão, harmonisa-se com a do Paraguay; porém, dahi para cima, nào só o terreno vae se elevando mais, como tambem a vegetagäo é mais arborescente, appa- recem, ainda, no meio das mattas, campos altos; pouco acima de „Porto Espe- ridião a matta abrange ambas as margens do rio, e, ao que parece, estende-se para o interior. Os campos de Porto Esperidiäo assemelham-se ao de S. Luiz de Ca- ceres; säo, porém, mais accidentados, pedregosos e semeados de cerradóes em grupos maiores ou menores, estendendo-se em varzea alagadiga até a mar- gem do по Aguapehy ; n'elles são frequentes as Cyperaceas, Tiphaceas, Nym- phacas, Funcaceas, Iridaceas у a estas ultimas pertence a nova especie de Zygella que colhi ahi, a que chamo Mooreana ; encontrei tambem nestes campos Cyrto- podium parviflorum Lindl., Galeandra Paraguayensis Cogn. sendo muito commum Holostilis reniformis Duchtre a Aristolochia Warmingii Mart. Acima de Porto Esperidião desapparece por completo, no rio, a Eichhornia azurea Kunth. appare- cendo, tambem cada vez mais rara, a var. minor Kunth. que começa a sub- stituir a especie logo que o rio tem a primeira corredeira, abaixo do Sitio do Victorio, ficando a ultima Zichhornia azurea Kunth. па fóz do Aguapehy. Na margem a Aristolochia Fauruensis Hoehne, substitue as /pomeae e fecha por completo ambas as margens do rio, as palmeiras «Auassü», «Auacury» e «Castical» occupam grandes zonas nas mattas, sendo tambem muito commum n'estas a «Роауа» (Psychotria ipecacuanha Stock). No salto do rio, encontrei pela primeira vez a Sobralia cataractarum Hoehne, e pouco abaixo Plectrophora calcarhamata Hoehne, sendo tambem muito fre- quente n'esta parte, Schomburgkia crispa (?), Epidendrum oncidioides Lindl. e Epidendrum Cearense Barb. Rodr. Na ilha da Zagaya vi muita Vanilla planifolia Ardw. e pouco abaixo da ilha do Castiçal, colhi a Tillandsia Regnellii Mer. e o Oncidium pusil- lum Reichb. Ј. ; abaixo ainda do sitio do José Jorge é muito frequente Bletia ` Rodriguessii Cogn.; no sitio do Prachedes colhi a nova especie de Aristolochia que chamei droseroides, a qual € muito interessante por causa das cerdas glan- duliferas de que é munida a flór. Mais abaixo ainda, no lugar denominado Barrancáo, o Sr. Miranda Ri- beiro me entregou uma Vanilla completamente alva, de labello fimbriado e disco amarello; dediquei esta nova especie ao mesmo Sr. Ribeiro, As Tillandsias geminiflora e Regnellit Mer.,o Epidendrum flavum Lindl. e o Pylobium squalens | Lindl. são encontrados em toda a zona do по Jaurú. š = a ff sj Na grande matta, como disse mais acima, que se extende ao Norte de Porto Esperidiäo, em ambas as margens do rio Jaurü, encontra-se as melhores madeiras, tanto para marcenaria como para carpintaria; a «Arapitanga» uma arvore de crescimento muito direito, de madeira quasi da estructura do cedro, porĉm, mais leve e mais rija que a d'aquelle, € muito commum nesta matta ; é a madeira mais empregada para construcções de batelóes e pranchas. O «Cedro», a «Mulateira», o «Jatóba», o «Jiquitibá» e muitas outras bóas madeiras são abundantes; não faltam tambem as plantas medicinaes, notando-se principalmente o «Balsamo» (Myrospermum erythroxylum), o qual tambem fornece bóa madeira, a «Salga» (Herreria salsa-parilha Mart.) da qual colhi raizes de dois metros de comprimento; a «Cainca» (Chicocca brachiata Ruiz et Pavon), o «Caiapiá», de diversas especies, (Dorstenia), e sobretudo a «Poaya» (Psy- chotria ipecacuanha Stock.). A região que atravessamos depois, por terra, desde José Jorge а Сайан é pouco accidentada, e estava nesta occasião completamente alagada, desde о Pão Secco até ao ultimo local, cobrindo a agua, em alguns logares, a sella dos animaes em que viajavamos. Depois do dia 20 de Dezembro, data em que voltamos á S. Luiz de Ca- ceres, visitei por diversas vezes a Campina, onde colhi bóas Utricutarias, Gale- andra junceoides Barb. Rodr. e muitissimas plantas medicinaes, de que enviei um caixão ao Museu Nacional do Rio de Janeiro. Em Janeiro dei o meu relatorio do anno de 1908 e me transpuz, em companhia do Sr. Miranda Ribeiro, por terra, à Tapirapóan, onde trabalhei de 16 de Fevereiro á 7 de Abril, sepa- rando-se neste intervallo de mim o Sr. Miranda Ribeiro que seguio por outro caminho ao Juruena. Em Tapirapõan fiz vinte desenhos de Orchideas e colhi mais de 500 specimens de plantas. As Orchideas são muito frequentes ahi; descrevi algumas novas especies, das quaes é interessante Cranichis glabricaulis Hoehne ; as mais ornamentaes são a Cattleya violacea var splendens Cogn. e a Catt. nobilior Reichb. J. Os campos e a vegetação, em geral, são de formação subxerophila e hy- drophila e harmonisam-se com os do sul de S. Luiz de Caceres; sendo a matta a continuação da grande matta da Poaya que se estende desde o rio Guaporé, atravez do Jaurü, Cabagal e Sepotuba, até ao Paraguay, com poucas inter- rupções de campos ou cerrados. As palmeiras mais frequentes nesta região são: o «Auassü», o «Auacury», a «Bacaba», o «Assahy», o «Tucum», a «Gua- biróba» e a «Seriba». O «Cajá» é tão frequente, que os porcos domesticos em bandos, procuram a fructa, passando mesmo dias no matto, sem procurarem ^ alimento. nas cevas. ` : “Мо dia 7 de Abril parti com a minha tropa para o Salto da Felicidade, em | R do Juruena, passando por Aldeia Queimada que fica em cima da serra dos en a uns 800 metros sobre o nivel do mar. Contornei ou atravessei rios we а. para, norte e que são tributarios do rio Tapajoz e o topo da serra dos Parecis, até & ag sano = t de extensão, | é ente: npe ax EU Ben quasi plano, tendo apenas leves depressões nas bacias e correntes dos rios, onde existem mattas frondosas, porém, muito circumscriptas; o terreno é árido e muito esteril; os arbustos, que em alguns lugares são muito distantes, não attingem as vezes a um metro de altura. No Ilio-Sê encontrei a Galeandra montana Barb. Rodr. e mais adiante no Mutum, a Aspasia variegata Lindl. Na Barrinha começa outra forma de vegetação; o terreno torna-se are- noso, mais accidentado e cerrados infindos se extendem até além do Juruena, tendo algumas varzeas e pequenas quadras de campos e cerradões entre- meados; n'estes cerrados que são mais espessos que os do sul, encontra-se muitas arvorese arbustos fructiferos e algumas Leguminosas muito ornamentaes; estas ultimas е as Melastomaccas e Myrtaceas, são as que predominam; nas varzeas as Melastomaceas cobrem, por vezes, grandes areas, formando grupos muito circumscriptos. Durante a minha estada em Juruena, pude percorrer toda aquella zona, n'um raio de tres leguas, fazendo boas acquisições de plantas muito interessantes e d'algumas especies novas, como о Kockiophyton caeruleus Hoehne, Haulletia Furuenensis Hoehne, Sobralia Rondonii Hoehne, Mormodes vinaceus Hoehne e Physurus Furuenensis Hoehne; tambem colhi o Catasetum casideum e muitas outras especies de Orchidaceas. Nas proximidades do destacamento existe um pantano com uma matta baixa e fina que é um verdadeiro viveiro de Or- chidaceas, sobre о humus estão alli Sobralia Rondonit Hoehne, Paradisianthi, Zygopetala, Haulletia, Blettilla, Pogonia em profusão, entre as Nidularias, emquanto muitas outras como Bulbophylla, Notylia, Oncidia e Dichaea vivem como epiphytas sobre as arvores e arbustos. Ao redor deste viveiro, muito circumscripto pelo campo, encontra-se lindas Felicineas, principalmente do grupo das Hymnophyllaceas que, por vezes, occupam grandes areas; não faltam n'estes logares humidos e mais descobertos аз Utri- -cularias e Bromeliaceas de que pude trazer bom material. Tendo o Dr. Rondon determinado ao Indio major Libanio que me auxiliasse a obter as plantas que compõem о «Erivi», veneno de que se utilisam os Nhambiquaras, segundo o que affirmou o mesmo Indio, con- segui obter todas ; dando-me o mesmo Indio, depois o nome de cada especie em Parecis. A que elle me indicou como mais toxica, estava, infelizmente, como ainda a maior parte das outras, sem flörese sem fructos; é um 574705 subarboresente, de folhas ovaes, agudas e galhos muito flexiveis, á qual elle dá o nome Parecis «Eriainihin»; á casca ralada d'este, junta-se, segundo suas instrucções, mais as seguintes: «Many-Icolonel» (Apocinacea), «Sôhana» (Li- sianthus virgatus Prog.) fam. das Gentianaceas; «Uhinherön» (Marcgraviacea), «Icúnã» (Sapindacea), «Sehenhen» (Dioscoriacea) ? e «Volacio» (Cassia rugósa Don.), á qual vulgarmente denominam «Infallivel» ; tudo fervido junto e, final- mente, coada e evaporada a agua da cocgäo, applica-se a pasta que se deposita com uma päsinha feita do «Catahólo» (Bauhinia) à ponta da flecha que póde ser empregada. Trouxe além dos specimens preparados de cada especie, uma | bôa quantidade das plantas para experiencias, e que entreguei, a seu pedido, ao Dr. João Baptista de Lacerda, director do Museu Nacional do Rio de Janeiro, para o estudo. „сё = A’ 9 de Junho encetei a minha viagem de volta do Juruena, раз- sando d'esta vez poroutro caminho, o qual me levava atravez da regiäo dos saltos dos rios que tinha contornado, ou atravessado quasi na cabeceira, na minha viagem de ida. Existia, ainda, o pique que marcava o rumo da linha telegraphica; segui-o, até encontrar a ponta da linha que, n'esta осса- siio, estava 4 quatro leguas além do rio Papagaio, continuando depois por esta, com algumas interupções da viagem, até ao rio Agua-Verde. Toda esta região, desde o Juruena ao Agua-Verde, pouco differe da superior; predominam, entretanto, os cerrados, tendo, tambem, as mattas maior extensão e o terreno mais depressões e accidentes. Хо Utiarity, onde está installada a estação telegraphica que, neste momento era a ultimo do sertão, fiz uma parada de alguns dias, visitando о famoso salto do rio Papagayo que deu nome a este local; a vegetação n'esta parte, sob chuva con- tinua, é baixa e composta de especies proprias destes lugares. Abundam as Sphagnaceas e as Felicineas, como tambem algumas poucas especies de Orchidaceas. No Salto Bello estive tambem alguns dias, este é ainda mais bello que o Utiarity,apezar d'aquelle ter 70 metros de altura e estar envolto constantemente pela nuvem da agua pulverisada que se eleva a muitos metros sobre elle ; Salto Bello tem 30 metros de altura, porém a queda da agua é mais graciosa, а “approximação é mais facil e a vegetação, que o envolve, mais variada e rica; as Orchidaceas são muito representadas, havendo principalmente grande abun- dancia de Kochiophyton caeruleum Hoehne e Sobralia Rondonit Hoehne. N'umas ilhas que existem pouco acima da passagem do rio, encontrei muitas Capparidaceas e Ternstromiaceas. n Em Ponte de Pedra parei só um dia. Colhi ahi a Pitcairnia Burchelliz Mer.,uma nova variedade de Habenaria nuda Lindl., a qual chamei pigmea por ser muito menor que a especie typica; são frequentes as Utriculariaceas, Vo- chisiaceas e Tiliaceas. No pequeno bosque, que o Dr. Rondon mandou poupar, quando roçaram o perimetro para o futuro nucleo, encontra-se muitas Orchida- ceas e Sphagnaceas, sendo. frequente Sobralia Rondonii Hoehne, Epidendrum oncidioides Lindl., Vanilla planifolia Andr. e Epidendrum nocturnum Jacy. No rio Agua-Verde deixei a linha telegraphica, entrando e subindo á direita deste rio, prosegui depois por caminho de Parecis, indo dar em algumas “aldeias d'estes; atravessei então o chapadáo divisor das aguas e passei pelas cabeceiras de diversos pequenos rios, que são tributarios do Sepotuba, ganhando depois, outra vez, o chapadão, passei na margem d'este, onde se dá a queda : “abrupta. da serra, de onde se tem uma esplendida vista sobre a grande matta = = 1 5 da Роауа que se estende sobre os rios que sáo affluentes do Paraguay. Ganhando, со finalmente, а estrada que tinha seguido na ida ao Juruena, no Kilometro 50, = = descendo. depois a serra e proseguindo por aquella. estrada, cheguei, em fins de = Julho, | á Sapientes de onde зекті proces dias depo por agua, para S. Luiz de Caceres. Estive em = зах de Caceres 59% о dia 3 de Setembro, visitando, nesta casio, mui os ds ues tinha, visitado. no APER das Beer em Ja- ~A linda | iix Mox 8 1 já Me cR E На PE RAP МЕТР aha ya PSS C SPE: А PR DE q ЭМ IN ЈА " EGO oj E. ML x e Ж an LAO cna m us p rio M Pop aj ET а од SFs MEA ы MAP, Caceres, estava agora reduzida a um terreno secco e poeirento; procurando bem, encontrei ahi algumas capsulas de sementes da mesma que estavam enterradas; colhi algumas e as trouxe para o Museu Nacional do Rio de Janeiro, onde existem hoje ainda alguns poucos exemplares vivos, dos que foram conseguidos d'estas sementes. Assim como esta, estava tambem a granae lagöa da Campina, па qual em Janeiro colhéra as Utricularias. Ahi encon- trei, alguma cousa que me despertou a attenção, — a mesma Oenotheracea, que em Janeiro, nesta lagóa, estava com o caule coberto por uma grossa camada de cortiça, em toda a extensão que ficava immersa ; vivia agora como qualquer congenere do secco, completamente desprovida da cortiça. Partindo á 3 de Setembro para o sul, com destino ao Rio de Janeiro, cheguei á Corumbá á 7 do mesmo mez; tendo que esperar vapor ahi até o dia 1º de Outubro, tive tempo de fazer uma excursão á Bolivia, até pouco além de Porto Suarez, onde notei logo uma modificação da flóra; apparecem ahi diversas especies que não encontrei em Matto Grosso, principalmente. plantas paludicolas e algumas Capparidaceas. Embarcando à 1º de Outubro, em Corumbá, no vapor «Brasil», tive que transbordar, em Corrientes, para o «Ladario» e d'este, em Montevidéo, para o «Florianopolis», que me trouxe а 7 de Novembro ao Rio de Janeiro. | Uma vez revistado e organisado o material que remettêra e trouxera de Matto Grosso, encetei os meus estudos de systematica, distribuindo o materia em grupos e familias para ser estudado por monographos; escrevi á diversos da Allemanha, França e Belgica e nacionaes, que me foram indicados pelo Sr. “Miranda Ribeiro, e obtive pretendentes para todas as plantas; reservando para meu estudo, das Monocotyledoneas: аз Bromeliaceas, as Pontederiaceas, as Li- haceas, as Amaryllidaceas, as lridaceas e as Orchidaceas e, das Dicotyledoneas : as Aristolochiaceas, Droseraceas е Passifloraceas. ; Devido ainda, á intervencäo do Sr. Miranda Ribeiro, foi-me possivel fazer a remessa do material aos especialistas estrangeiros, por intermedio do Minis- terio das Relações Exteriores, no que a Commissäo fica devedora dos melho- res servigos, ao patriotismo e a böa vontade dos Srs. Drs. José Antonio d'Espinheiros e Frederico Affonso de Carvalho, directores daquella Secretaria do Estado. No intuito de illustrar o meu trabalho, resolvi fazer estampas das especies mais interessantes das Orchidaceas e de todas as especies novas, conseguindo afınal, de quasi todas, apezar de muitas vezes ter sido obrigado a executar os croquis numa lancha em movimento, ou sentado na rede, debaixo do mosqui- teiro, por causa das borrascas de mosquitos, frequentes nas regiões visitadas ; visto como a maior parte destes desenhos foi feita durante a viagem. Na descripção das novas especies de Orchidaceas, cingi-me o mais possivel ao systema adoptado pela Flóra Brasiliensis de Martius, ajuntando, bem assim, a cada especie, a chave e o numero onde esta deve ser intercalada n'a- quella. = Rs ; | = Tendo que proseguir em meus estudos no campo e nào dispondo ainda dos dados necessarios para a exposição ecologica da flóra de Matto Grosso, O F o limito-me, nesta parte, a dar esta ligeira narrativa do itinerario e a expla- nação systematica com algumas observações das especies de que pude me occupar. Antes porém, de passarmos para a parte systematica, resta-me, ainda, agradecer aos Srs. Alipio de Miranda Ribeiro, que me auxiliou, encarregando-se da correcção da parte das diagnoses, Alberto José de Sampaio, Assistente da Secgäo de Botanica do Museu Nacional e Cesar Diogo, naturalista viajante do mesmo estabelecimento, que me prestaram serviços relevantes na distribuição dos grupos. SYSTEMATICA Bromeliaceze Bromeliaceze Ananas sativus Schultz. var. microstachys Lind. Flora Brasiliensis de Martius, vol, III, part. III, pag. 294. Vive nos campos cerrados em S. Luiz de Caceres, Porto Esperidiào e Ta- pirapóan,—florecendo em Janeiro. Esta planta é, em alguns lugares, muito frequente, formando por vezes grandes grupos que occupam areas extensas difficultando a passagem; as flores róxas sáo envoltas por grandes bracteas vermelhas. PL m° 1114. Aechmea tinctoria Mez. Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. III, pag. 373. Vive nas mattas do Toscano, em S. Luiz de Caceres e nas das margens do rio Jaurú, acima de Porto Esperidião, —florecendo em Setembro. Planta epiphyta, de crescimento vigoroso; flores amarellas esverdeadas, apoiadas pelas grandes bracteas cobertas de lanugem branca, em uma espiga de 11 cm. de comprimento por 21/2 cm. de diametro, no apice d’um pedunculo de 80 cm. de altura. РІ, ns. 439 e 383. Araeococcus micranthus Brongn. Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. III, pag. 261. Vive nas mattas visinhas do salto Utiarity, no rio Papagaio,—florecendo em Junho. Planta epiphyta, de flores muito pequenas е de côr amarellada, em uma in- florecencia muito ramificada e geniculada. O exemplar que colhi tem flóres e fructos. PL п’ 2026. Pitcairnez Pitcairnia Burchelli Mez. Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. III, pag. 436. Vive nas ribanceiras dos rios Burity, Papagaio, Sacre e Sacuruina; n’este ultimo, apegado 4s pedras visinhas e que formam a sua ponte natural que deu o nome a este local,—florece em Junho e Julho. A planta que colhi, fóge um pouco da diagnose feita na Flora Brasiliensis, pag. e vol. acima indicados, por ter, proximo á base, as folhas distinctamente serrilhadas por espinhos de 2—3 mm. de comprimento; o que, entretanto, me parece ser um engano do auctor por, talvez, ter feito a descripção com um espe- cimem que tivesse sómente as partes inermes das folhas, porque a parte armada de espinhos, nestas, é muito pequena, em relagáo ao seu comprimento; e, por este motivo, nào quero fazer uma nova especie. Geralmente a folha é torcida, tendo as margens longitudinalmente enrolladas para dentro; attinge um com- primento de 100—150 cm.,sendo a sua largura normal de e!/7—2 cm.; as flores que, são de côr branca esverdeada são grandes, tendo a inflorencia toda 100— 120 cm. de comprimento. PL m 2138. Puyeze Dickia dessitiflora Schultz. fil. Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. III, pag. 480. Vive em campos pedregósos, na fazenda da Jacobina em S. Luiz de Caceres —florecendo em Setembro—Outubro. Planta terrestre, subsaxicola. Inflorecencia algo densa, flores amarellas; folhas armadas de pequenos espinhos e terminando em um aculeo agudo. Pl. ns. 575—577. Dickia (Spe nov.?) Vive nos campos seccos e pedregósos, mas encostas da serra do Amolar, entre Corumba e Descalvado,—florecendo em Agosto. ЕЕ п’ 2282. Esta planta, de que colhi somente um exemplar, no lugar acima indicado, me parece uma especie nova; näo me decido a descrevel-a desde já, por falta de dados para este fim. A planta & do crescimento normal do ge- nero, as folhas são armadas de espinhos nas suas margens e terminam em agudo aculeo, sendo todas ellas fortemente recurvadas; os espinhos são de côr castanha e maiores que os da especie precedente, o apice d'estes é virado para baixo, formando, assim, de ambos os lados da folha, uma serie de terriveis “ganchos; a inflorecencia, no exemplar presente, tem 50 cm. de altura é munida de grandes vaginas serrilhadas e obscuramente fimbriadas, mais largas na base Ж depois acuminadas, terminando em aculeo; ellas säo pouco mais curtas que os internos, decrescendo muito para o apice da inflorescencia; as flores limitam-se . muito para o apice da inflorescencia, occupando somente 7 cm. desta, sáo ama- U rellas, tendo cada uma 13 mm. de comprimento; os estames são livres e pouco us ЙҮ | mais longos que as sepalas; as bracteas das flores inferiores são tão compridas ecrescendo gradativamente para o apice da inflorescencia, attin- tima só mais o comprimento do pedicello da flôr. a tratar. desta = че. que obtiver material sufficiente tro o 4 ^de 23 3 28 хаар cx Tillandsiez ; Tillandsia Paraensis Mez. Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. III, pag. 586. Vive nas mattas visinhas ao salto Utiarity do rio Papagaio. 2 PL в. 2032. O exemplar que colhi em Junho estava em botões; as bracteas das flôres são de côr vermelha pallida; as folhas de 30— 32 cm. de comprimento. Epiphyta. Tillandsia Regnelli Mez. Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. III, pag. 592. Epiphyta das mattas que опат o rio Jaurŭ acima de Porto Esperidiáo,— florecendo em Dezembro. Pl. ns. 889, 928—930. As flóres entre bracteas vermelhas—pallidas, sáo róxas. Tillandsia Goyasensis Mez. Botanische Jahrbücher de A. Engler, vol. 30, Beibl. 67, pag. 11. Epiphyta, nas mattas visinhas a S. Luiz de Caceres,—florecendo em Setembro. РІ, и: 556. Tillandsia streptocarpa Bak. Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. III, pag. 606 Vi esta planta sem flores ao lado da estrada que vae de S. Luiz de Caceres ao Pirisal, quando em viagem d'esta para aquella localidade, me attrahio attenção; porque a planta se sostinha só pelas folhas, aos galhos da arvore, tendo en- rolada a ponta d'aquelles, á estes; ao passo que as raizes de algumas, estavam completamente soltas no ar, estavam as de outras só levemente agarradas aos “galhos, tendo assim a planta toda a sua segurança e equilibrio confiados ás folhas, as quaes são todas enroladas para traz e fazem papel de gavinhas. - Pontederiaceze Eichhornia azurea Kunth. Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. I, pag. 90. Vive desde а fóz até a confluencia dos rios das cabeceiras do Paraguay ,— florecendo de Julho—Setembro. PI. ns. 173 е 555. Esta planta que vulgarmente chamam de Agua-Pé, é tão commum em todo o rio Paraguay e Prata que forma, por vezes, verdadeiras ilhas fluctuantes, ás quaes däo os ribeirinhos on ome de camalotes; estes já são encontrados no mar, U muito antes de se chegar a foz do Prata; nos rios, estas plantas cobrem por | completo ambas as margens e näo raras vezes difficultam a mavegacao, no tempo de pouca agua; as lagóas, formadas por estes rios, estão. quasi geral- | mente transformadas em verdadeiros viveiros desta planta, de effeito agradavel | na epocha das flores, fazendo apparecer, entre a verde escura folhagem, milhares de inflorecencias de côr cerulea, | I EM. = Eichhornia azurea Kunth. var. minor Kunth. Flora Brasiliensis de Martius, уо]. Ш. part. I, pag. 90. Vive no rio Jaurú, acima do Barrancio,—florece em Outubro. PLA. 154. Esta planta, em tudo muito menor que Zichh. azurea Kunth., é só en- contrada na parte superior do rio Jaurü, onde as aguas sáo mais correntosas; talvez por isto o rhizoma seja sempre muito mais longo do que o d'aquella especie, porém as flores tambem, alem de serem muito inenores, säo mais ag- glomeradas e de côr pouco mais clara. A planta não é muito frequente e nunca cobre areas tão extensas como Zıchh. azurea. Heteranthera limosa Vahl. Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. I, pag. 89. Vive nas lagóas perto de S. Luiz de Caceres,—florecendo em Janeiro. Pl. ns. 1155—1158. Colhi esta planta em шта lagóa secca, no Lava-Pés em 5. Luiz de Caceres, vivendo e florecendo nesta occasião interamente em secco. As flöres säo alvas. Liliiacese Liliflores Herreria salsaparilha Mart. Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. I, pag. 23. Frequente nas mattas do rio Jaurú, no local chamado Pedra Branca. : Pl. ns. 1073 e 1074. E’ conhecida pelo nome vulgar «баба» e muito empregada pelos naturaes como depurativo, em decocções das succulentas raizes da mesma; colhi algumas d'estas raizes que tinham aproximadamente 2 metros de comprimento e uma grossura de 11/2 cm. ` “Smilax phillobola Mart. (7) Flora Brasiliensis de Martius vol. UI, part. I, pag. 21. Frequente nos cerrados de Porto Esperidião e S. Luiz de Caceres. РІ. nº 1051. Só tendo colhido um е xemplar e este em fructo, é-me impossivel de- terminar a epoca da florecencia. Amaryllidaceze Amaryllideze Amaryllis regine Linn. Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. I, pag. 23. Terrestre e saxatil nas encostas dos morros da fazenda do Facäo, em S. Luiz de Caceres,—florecendo em Setembro. пика UN 21 Pl. ns. 399, 400 е 440. . Vulgarmente conhecida por «Acucena Vermelha». i TE Zephyranthes lactea Spc. Moore. The Transactions of the Linnean Society of London vol. IV, part. III, pag. 495. Frequente nos lugares alagadigos ou humidos no Espinhal em S. Luiz de Caceres, —florecendo em Setembro. Pl. nº 596—598. As flores sáo regulares em tamanho e de cór lactea. Esta planta pres- tarse-hia muito para jardins. Alstroemeriese Bomarea spectabilis Schenk. Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. I, pag. 169. Vive nos cerrados de S. Luiz de Caceres е Tapirapóan,—florecendo em Marco. Pl. ns. 1125, 1591, 2243, 2261, 2265. Iridaceze Ігійеге Sphenostygma gramineum Spc. Moore. The Transactions of the Linnean Society of London, vol. IV, part. III, pag. 493. Vive nos campos e cerrados humidos de S. Luiz de Caceres, Porto Espe- ridião e Tapirapóan,—florecendo em Dezembro. = Pl. ns. 699 e 1071. Flores ceruleas, sendo as partes internas do piriantho maculadas de cas- tanho. Стрита (spc.?)- Planta sub-acaule ; bulbo de 1 cm. de diametro, pouco oval; folhas de 8 cm. de comprimento e 3 mm.de largura ; flör solitaria, de 2e 1/4 cm. de diametro, сетшеа. Estando a flór, do unico exemplar que colhi, muito estragada por insectos, nào me é possivel assegurar a especie. Vive nos campos humidos da margem do rio Paraguay, em Amolar,—flo- rescendo em Agosto. A og Zygella Mooreana, spc. nov. Bulbo ovato-subgloboso, circa 1 cm. longo et 3/4 cm. crasso, ad basin spare radicifero, a tunicis tenuibus, brunneis, in collum supra paulo productis densiuscule obtecto. Folia radicalia majora 7—14 cm. longa, 1—1 1/2 mm. lata. Caulis infra folia caulinia erectus, folia radicalia paulo superans vel sa- tislongior, ad basin foliarum cauliniarum articulatus et geniculatus, demum sim- plex vel 2—3 pedunculatus, interdum biarticulatus (cum pedunculis), circiter 20—28 cim. altus, 1 mm. crassus. Folia caulinia 1 (interdum 2), radicalia omnino aequalis vel paulo- vel satis brevior. Flores in axilla foliarum cauli- narum et ad apicem peduncularum, intra spatham solitarii vel bini vel trini, circiter 22 mm. diam. Perianthum nunc cyaneum, nunc caeruleum, basi dilute lutescenti-viridis ibidem purpureo maculatum. Sepala vel segmenta exteriora spathulata, satis reflexa-patula, marginibus. longitudinaliter revolutis 22—24 mm. jonga, 4—5 mm. lata. Petala vel segmenta interiora erecta-patula, ad medium geniculata abrupte contorta concava, ай apicem supra ge- = 96 = niculum suborbiculata, minute acuminata, paulo reflexa, subconcava, 12—15 mm. longa, ad apicem 4 mm. lata. Filamenta 21/2—3 mm. longa. An- thera 3 mm. longa. Stylus cum ramis ct lamellis 7 mm. longus. Capsula 6 1/2 cm. longa, 4 mm. crassa extra spatham exserta. Semina ovoidea, sub- trigona, brunnea, 1 mm. longa. Habitat in campis graminosis, humidis, seccus Porto Esperidiao —floret Octobri. Pl. ns 836—843 e 698, Tabula n. 58. Bulbo oval, subgloboso, tendo mais ou menos 1 cm. de altura por 3/4 de grossura, na base radicifero, coberto pelas tenues capas castanhas escuras que se prolongam em um collo acima delle. Folhas radicaes maiores, 7—14 cm. de comprimento рог 1—1 1/2 mm. de largura. Саше abaixo da folha caulinar pouco ou muito mais comprido ue as folhas radicaes, geniculado na base da folha caulinar, acima d'esta então simples ou 2—3 pedunculado, ás vezes tam- bem com duas folhas caulinares e duas articulações, tendo junto com os pe- dunculos 20—28 cm. de altura e 1 mm. de diametro. Folha caulinar em tudo igual ás radicaes, as vezes pouco menor que estas. Flóres nas axillas dos pe- dunculos e no apice destes, solitarias, binas ou trinas em cada spatha, de 22 mm. de diametro. Periantho cyaneo ceruleo, na base diffusamente amarel- lado, maculado de vermelho até ao meio dos segmentos. Sepalas ou sejam segmentos exteriores do periantho espathuladas, fortemente reflexo-patulas, com as margens lateraes longitudinalmente revolutas, de 22—24 mm. de compri- mento, 4—5 mm. de largura. Petalas ou sejam segmentos internos do perian- tho, erecto patulas até ao meio, ahi abruptamente contrahidas e geniculadas, concavas, tendo então a outra metade do apice de forma arredondada suborbi- cular, tombada para fóra; o apice é ligeiramente acuminado, de 12—15 cm. de comprimento, sendo a parte superior de 4 mm. de largura. Filamentos de 2 1/2—3 mm. de comprimento. Antheras de 3 mm. de comprimento. Estylos, junto com os ramos e as lamellas, de 7 mm. de comprimento. Capsula de 6 1/2 mm. de comprimento e 4 mm. de grossura, completamente fóra da spatha. Sementes de 1 mm. de comprimento, de forma ovada-sub-trigonada, de côr castanha-escura. Frequente nos campos ME entre gramineas em Porto Esperidiäo, — Florecendo em Outubro. Pls. ns. 836—843 e 698, Estampa п, 58. Esta especie que pertence ao genero creado por Mr. Spencer Le Mar- chant Moore em «The Transactions of the Linnean Society of London, vol. IV part. 3 pag. 493», é em tudo muito proxima á especie Z. grâminea, Sp. Moore, a qual motivou a creagäo do novo genero e que foi colhida pelo mesmo senhor em St. Cruz (provavelmente «As Cruzes», perto da Barra dos Bugres); diffe- rencia-se d'esta especie pricipalmente pela fórma e disposição dos segmentos do periaritho, como se poderá ver, comparando a estampa que fiz, no local, сот а planta viva а mão, com a que o sr. Sp. Moore ajuntou a sua diagnose, no mesmo livro, Pl. 34 fig. 1—13; os segmentos exteriores do petiantho, nesta minha especie, säo bastante fenex oli sendo as internas algo patulos, porém ere- .. tos e tambem de forma muito diversa da dos exteriores, ao passo que na especie _ do sr. + Sp. Moore todos os segmentos do périantho tem forma e plano igual; _ ås demais | partes da planta e flór sáo muito iguaes ás daquella. Dedico a pre- É sente especie ao creador do genero, o sr. ‘Spencer Le Marchant Moore, em _ justa homenagem aos seus serviços que tem ur а A e —— | mente" ao ĉonhecimento da = de Matto Grosso. Wc cA o, Orchidacese Resumo systematico das Orchideas, segundo o systema de Engler & Prantl, vol. 6, part. II, e a Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, partes IV, V e VI. Monandre - Ophrydinae- Habenarieze () 32 Habenaria (Grupo II de Martius) 22 Hab. nuda Lindl var. pigmea var. nov. Ноећпе 81 » pratensis Reichb. J. 95 > ornithoides Barb. Rodr. Monandre - Neottiinz - Vanilleae 85 Epistephium (Grupo VII de Martius) 6 із. Epist. praestans spc. nov. Hoehne 89 Vanilla (Grupo VIII de Martius) 1 Van. planifolia Andr. var. gigantea var. nov. Hoehne 18. » Ribeiro: spc. nov. Hoehne 8 > palmarum Lindl. Monandre - Neottiinæ-Spirantheæ 102 Stenorrhynchus (Grupo X de Martius) 20 Sten. macranthus Cogn. 21 » orchioides Le C. Rich. » » » » » var. luteo-alba Reichb. J. Monandre - Neottiinze- Physureze 107 Physurus | (Grupo XII de Martius) 7 bis. Phys. Furuenensis spc. nov. Hoehne Monandre - Neottiinze- Cranichideze. 133 Cranichis . ^" (Grupo XVI de Martius) 1bi* Cran. glabricaulis spc. nov. Hoehne Monandra - Polystachiyneze 167 Galeandra (Grupo XXIII de Martius) 13 Gal. lacustris Barb. Rodr. 14 ». montana Barb. Rodr. » » » var. albo-rosea var. nov. Hoehne » 155i » Paraguayensis Cogn. > Junceoides Barb. Rodr. 169 Polystacha ` (Grupo XXIV de Martius.) з Polyst. Estrellensis Reichb. J. | * А “eq io dos Res obedece 4 Engler & Prantl, а das especies 4 Flora Brasiliense ај ёл A ger Monandree - Гае Ипге - СаШеуеге (Mart.) Zanıum (Grupo XLIII de Martius) 1 Lanium avicula Benth. 203 Epidendrum (Grupo XLV de Martius) 5 Epid. oncidioides Lindl. 19 » flavum Lindl (?) 39 » variegatum Hook 45 > fragrans Schwartz 54 > patens Schwartz 73 > cearense Barb. Rodr. 82 > zmatophyllum Lindl. 93 > nocturnum Jacq. 131 > sfrobiliferum Reichb. F. Epidendrum ? spc. ? 205 Cattleya (Grupo XLVII de Martius) 2 Сай. nobilior Reichb. J. 22 > violacea Rolfe var. splendens Lem. Monandrz -Sobraliinze 214 5обғайа 1158 Sobr. Rondonii spc. nov. Hoehne 11 f" cataractarum spc. nov. Hoehne Monandree -Phajinee (Mart.) Cyrtopera (Grupo LVI de Martius.) 1 Cyrtop. longifolia Reichb. J. 239 Cyrtopodium (Grupo LVII de Martius) 1 Cyrtopod. punctatum Lindl. — > orophilum spc. nov. Hoehne S... 1 > vernum Reichb. J. 6 > parviflorum Lindl. Monandre - Catasetinze 242 Mormodes (Grupo LXI de Martius} 458 Мотт. vinaceus spc. nov. Hoehne 243 Catasetum (Grupo LXII Martius) (por estudar} 244 Cycnoches (Grupo LXIII de Martius} 4 Cycnoches versicolor Reichb. J. Monandræ-Lycastinæ 248 Xylobium (Grupo LXVI de Martius) - 3 > Chapadense Cogn. var. luteo-album var. nov. Hoehne с MEE 222 Monandree - Gongorinae 257 Coryanthes (Grupo LXXII de Martius) 3 Coryanthes maculata Hook. 264 Houlletia (Grupo LXXVII de Martius) 158 Houlletia Furuenensis spc. nov. Hoehne Monandree - Zygopetalineze Mart. Kochzophyton (Grupo LXXXIIIPis de Martius) 158 Kochiop. caeruleus spc. nov. Hoehne Monandre- Oncidiinae - Notyliz 306 Macradenia (Grupo XCVII de Martius) 6 Macrad. multiflera Cogn. 318 Notyha (Grupo XCIX de Martius) 2 Notyl. bisepala spc. Moore bis » Tapirapóanensis spc. nov. Hoehne 10 > Glaziovii Cogn. 15 » Zyrata Spc. Moore (7) Monandre - Oncidiinae-Jonopsineae 319 Trychocentrum (Grupo С de Martius) 2 Trichoc. ionopthalmum Reichb. J. же s Mattogrossensis spc. nov. Hoehne 321 Rodriguezia (Grupo CI de Martius) 1 Rodr. sccunda Kunth var. sanguinea Schomb. 322 Fonopsis (Grupo СП de Martius) 1 Fonopsis paniculata Lindl. 325 Plectrophora (Grupo CV de Martius) bis Pfect. calcarhamata spc. nov. Hoehne Monandre -Oncidiine - Trichopilieze 338 Нема (Segundo Martius Z7:chopilia, СХШ) bis Trichopilia Brasiliensis Cogn. as 4 Ға" «ате und : O AJ 13%. Е 339 Aspasia (Grupo CXIV de Martius) 2 Asp. variegata Lindl. 24 Monandre- Oncidiinae- Odontoglosseze 352 Oncidium (Grupo CXXVIII de Martius) | macropetalum Lindl. E » var. fuscopetalum var. nov. Hoehne nanum Lindl. thyrsifiorum Barb. Rodr. pusillum Reichb. J. cebolleta Schwartz `. (Grupo CXXX de Martius) (Grupo CXXXVIII de Martius) nthinw-Aeridee 000000 | (Grupo CXXXIX de Martius) MONANDRZE-OPHRYDINZE- HABENARIEZE Habenaria H. nuda Lindl. Var. pygmea Hoehne. Junte-se esta ao numero 22, na Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. IV, pag. 43 Caulis 4-7 dm. altus; flores, 10— 20, satis minores quam JZ. nudae, cir- citer 3/4—1 cm. demetiens; calcar 9 mm. longum; pedicellum 14 mm. longum; bracteae 14 mm. longae; petala partitione antica 12 mm. longa; postica de- midio brevior; sepala 7 mm. longa, laterales paulo longiores; labellum lobis lateralibus yr ur partem anteriorem omnino aequantibus, intermedia 7 mm. longa. Habitat in campis humidis secus fluminem Sacuruina prope Ponte de Pedra. — Floret Juiio. Pl. nº 2146. — Tabula nº 1. Caule 4—7 dm. de altura; flóres 10 á 20, muito menores que as de /7 nuda, cerca de ?j,—1 cm. diametro; esporão 9 mm. de comp.; pedicello 14 mm. de comp.; bracteas 13 á 14 mm de comp.; parte anterior das petalas 12 mm. de comp., posterior metade do comprimento d'esta; sepalas 7 mm. de comp. la- teraes pouco mais compridas; partes lateraes do labello iguaes em tudo ás par- tes anteriores das petalas, intermedia 7 mm de comp. Vive em lugares humidos em campos que margeam o rio Sacuruina em Ponte de Pedra. — Florece em Julho. Pl. n? 2146. — Estampa n* 1. H. pratensis Reichb. J. N? 81 da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. IV, pag. 85. Vive em campos paludosos na companhia de Galeandra junceoides Barb. Rodr., nas proximidades de Tapirapóan. — Florece em Margo. Pl. ns. 1513—1515, 1363, 1368—1375. Estampa n'2. Os exemplares que colhi nào tem o esporäo do labello täo comprido como o descripto ; e quanto á este e á altura do caule, poderiam ser considerados como da variedade parviflora Cogn.; porém, como as demais partes da flór e da planta conferem com a especie propriamente dita, não acho razão para os de- terminar ou considerar como da referida variedade. H. ornithoides Barb. Rodr. N? 95 da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. IV, pag. 97. WO MA a Vive em campos humidos e mesmo seccos nas proximidades do corrego Barreiro, em Tapirapõan. — Florece em Margo. Pl. ns. 1683, 1687, 1688, 1717—1719, 1736. Estampa nº 3. MONANDRZE-NEOTIINZE-VANILLEZE Epistephium . | E. praestans Hoehne (spc. nov.) Intercale-se esta especie entre ns. 6 e 7 na Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. IV, pag. 137. Folia nitida, 5—7 nervata, nervis prominentibus valde reticulatis-ramosis. Labellum late emarginatum et apiculatum, ondulatum, subinfundibuliforme involutum, concavum, columnam adnatum apice involvens, ad medium tantum longe barbatum. — 6018. А. praestans. = Саше robusto, simplice, paulo sygmoideo-flexuoso; foliis coriaceis, elliptico- oblongis, acutis, basi paulo truncatis, rotundatis, “semiamplexicaulis, 5—7 ner- vatis, ad medium caulis magnis, latis, inferne et superne satis minoribus de- crescentibus, nitide viridibus, nervis satis ramosis; racemo terminali, longo, 10—15 floro; bracteis squamiformibus, concavis, anguste ovatis-triangularibus, acutis; ovario multotis breviore; floribus magnis; calyculo brevissime tridenticulato; sepalis subaequilongis, dorsalia anguste-lanceolata, acuta, basi paulo truncata; lateralia dorsalia paulo latiora, ovata-lanceolata, acuta, inferne attenuata; peta- lis sepalis aequilongis vel paulo longioribus et satislatioribus, ovatis-subspathu- latis, obtusis, inferne satis attenuatis; labello sepalis paulo longiore ad colum- nam 3/4 adnato et apice involvente, inferne infundibuliforme involuto, superne latiuscule in limbo ondulato, paulo patulo, apice profunde emarginato producto, disco ad medium cristato retrorsim barbato; columna apice brevissime alata. Radicibus carnosis, fragillibus, ad articula rhyzomatis, albicantibus, 8—10 cm. longis, 2—4 mm. crassis. Caulibus erectis, paulo sulcatis, teretiusculis, inferne paulo purpuratis-viridibus, laxiuscule 2—3 squamatis, superne viridibus, multi- foliatis, 8—15 dm. altis, 4—5 mm. crassis. Folia internodus satis longiora, ultima satis acuminata, acuta; prima elliptica, suborbiculata; nervo mediano inferne crassiusculo subtus satis prominente. Racemus erectus, levissime sulcatus, 10—14 florus, 3!/ dm. longus, 3 mm crassus. Bracteae erectae, levissime nervatae, viridi-albescentes, dorso carinatae, 6—10 mm. longae, 3—4 mm. latae. Flores erecti vel erecti-patuli, albi-lilacinei et carminei. Ovario lineare-fusiforme, obtuso-trigono, recto vel paulo arcuato, 3!/—4 cm. longo, 4—4![ mm. crasso. Sepala erecta-patula, membranacea, pellucida, tenuiter polynervulosa, nervo mediano paulo prominente intensiter colorato; dorsalia 4—5 cm. longa, 4—5 mm. lata; lateralia 4—5 cm. longa, 8—9 mm lata. Pe- tala membranacea, pellucida, polynervulosa, nervo mediano prominente inten. siter colorato, 5 cm. longa, 9—10 mm. lata. Labellum membranaceum, pellu- cidum, polynervulosum; limbo intus ad medium albo, marginibus late carmineis 51/2 cm. longo, circiter 23/4 ст. lato; crista retrorse barbata, lutea. Columna erecta, paulo incurva, semicylindracea, apice brevessime alata, satis incras- | a, 2'/2 cm. longa. Capsula ignota. | = Habitat. campis argilosis ptups Tapirapóan. — Floret Martio. Pl, nº 1324. Ta vole Еж Caule robusto, _ мери, pouco flexuoso, folha coriacea, cabine, ndada, semiamplexicaule, 5—7 nervada, no pe SHE decrescentes ет ta- manho, de colorido verde nitido, nervuras muito ramificadas; racemo terminal, longo, 10—15 floro; bracteas lepidoides, concavas, ovoides-triangulares, estrei- tas, agudas, muito mais curtas que o ovario; flóres grandes; calyculo curto, tridenticulado, sepalas equilongas, dorsal lanceolada, estreita, aguda, na base pouco truncada, lateraes pouco mais largas que a dorsal, ovaes-lanceoladas, agu- das, inferiormente attenuadas; petalas iguaes ou pouco mais compridas que as sepalas e bastante mais largas que estas, ovaes-subspathuladas, obtusas inferior- mente um tanto attenuadas; labello pouco mais comprido que as sepalas, aduato a columna de 3/4, envolvendo o apice desta, inferiormente enrolada, infundibuli- forme, superiormente aberto em limbo largo, ondulado, pouco patulo no apice, profundamente emarginado; disco cristado no meio retrorso barbado; columna brevemente alada no apice. : Raizes carnosas, frageis, em numero de 1 á 2 em cada articulagäo rhyzo- шанса, brancas, 8—10 cm. de comp., 2—4 mm. de grossura. Сашје erecto, pouco sulcado, redondo, inferiormente um tanto purpureo com 2—3 escamas largamente separadas, mais para cima multifolioso, 8—15 dm. dealtura, 4—5 mm. de grossura. Folha bastante mais longa que os entrenós, semi-amplexicaule, verde pallida, quasi plana, de 8—10 cm. de comp., 3—4 cm. de largura; in- ferior e superiormente demenuindo em tamauho, a ultima superior um tanto acuminada e aguda, sendo a primeira, inferior, elliptico-suborbiculada; nervura mediana grossa, engrossando para á base, inferiormente um tanto proeminente. Racemo floral levemente sulcado, erecto, 10 —15 floro, 3!/2dm. de altura e 3 mm. de grossura. Bractea erecta, levemente nervada, verde-albacenta, no dorso cari- nada, 6—10 mm. de comp., 3—4 mm. largura. Flóres erectas as vezes erecto- patulas, coradas de lilas-alvadio e carmin. Ovario linear-fusiforme, obtuso tri- gono, recto ou pouco arqueado, 3!/» —4 cm. de comp. e 4—4'/» mm. de grossura. Sepala erecto-patula, membranacea, pellucida, tenuemente polynervada, nervo mediano pouco proeminente e corado mais intensamente, dorsal 4—5 cm. comp. e 4—5 mm. largura; lateraes 4—5 cm. de comp. e 8—9 mm. largura. Petala membranacea, pellucida, polynervada; nervo mediano um pouco proeminente e c:rado mais intensamente, de 5 cm. de comp. e 9—10 mm. de largura- La- bello membranaceo, pellucido, tenuemente polynervado, limbo internamente albo até ao meio, depois largamente carminio até a margem, de 51/2 cm. de comp. cerca de 23/4 cm. de largura. Crista retrorso barbada, amarella. Columna erecta, pouco incurva, semi-cylindrica, apice pouco alado muito engrossado, 245 cm. de comp. Capsula desconhecida. ive em campos argilosos perto de Tapirapóan,—florece em Março. Pl. n? 1324. Estampa nº 4 Vanilla V. planifolia Апат. Var. nov. gigantea Hoehne. Esta variedade addicionar-se-ha ao nº 1 da Flora Brasiliensis de Martius vol. IH, part. IV, 147. Caulis 115—2 cm. crassus, 15—20 m. altus; foliis planis, non vel brevis- sime petiolatis semiamplexicaulibus, pedunculus 10— 15 flores; flores magni, segmentis valde conniventibus, apice levissime incurvo, 10 cm. longi, segmenta circiter 512—7 cm. ad. apicem patula; sepala valde concava; petala nervo me- diano in dorso late et crasso satis lineare prominente; sepala et petala flava; la- bellum flavum-aurantium, disco intus pallidiore; fructus 25—28 cm. longus. Habitat ad silvis humidis secus flum. Jaurú et Paraguay, —floret Setembri — Octobri. Pl. u. ст — Tabula п.° 5. “ uo WEM Ш Caules de 1!/»—2cm. de grossura е 15—25 m. de comp.; folhas bem verdes, planas, pouco ou nào pecioladas, abragando ao caule com a base; pedunculos com 10—15 flores grandes, segmentos não muito patulos no apice levemente incurvos, de 10 cm. de comprimento com cerca de 5 1/2—7 cm. de diametro de abertura no apice; sepalas muito concavas; petalas com a nervura mediana proeminente larga e grossa по dorso quasi linear; sepalas e petalas amarello- claras, labello amarello-auranciaco, disco internamente mais pallido; fructo 25—28 cm. de comprimento. Vive nas mattas humidas que margeam os rios Jaurú e Paraguay.— Ғіо- rece em Setembro-Outubro. : Pl. n. 972—Estampa n. 5. Differencia-se da especie propriamente dicta, nào só pelo caule e folhas muito maiores, como pelo tamanho e colorido das flóres ; encontrei-a pela pri- meira vez, no sitio da Fazendinha а 3 1/2 leguas de S. Luiz de Caceres, jus- tamente em flör; depois no rio Jaurü na ilha da Zagaia, sem flöres, e por ultimo no rio Sacuruina em Ponte de Pedra, com fructo ; os naturaes a chamam de Vanillão. V. Riberro? Hoehne (spc. nov.) Intercale-se esta especia entre ns. 1 bis e 2 na Flora Brasiliensis de Маг- tius vol. III part. IV pag. 147. Folia ovata-oblonga, basi abrupte retundata, brevissime pe- tiolata, superne paulo attenuata, apice acuto, recurvo. Petala ad dorsum distinte et crasse carinata, apice obtuso. Labelli loba terminalis late rotundata, dense fimbriata et crispa. 1 ter Г. Ribeiro: Hoehne spc. nov. Caule gracile, tereti ; foliis breviter crasseque petiolatis, ovais-oblongis, planis, inferne paulo plicatis, apice acutis, incurvis, ad basin abrupte rotundatis in petiolo brevissime productis; spicis axillaribus vel interdum terminalibus, breviter pedunculatis, rachi crassiuscula ; bracteis carnosis, rigidiusculis, saepius patulis, ovatis, obtusis, rectis; floribus mediocribus; ovario recto vel vix ar- cuato, teretiusculo, apice distincte calyculato ; sepalis petalisque erectis, subcon- cavis anguste oblongis, obtusiusculis, inferne satis attenuatis ; petalis ad dorsum crasse carinatis ; labello sepalis petalisque paulo brevior, inferne columnz ad medium adnato, infundibuliforme convoluto, superne paulo patulo, ambitu ovato- oblongo, .limbo profunde fimbriato, crispo, ondulato, apice obtuso revoluto, disco multinervato ad medium que longitudinaliter multicostato dense piloso; columna longiuscula, paula incurva, antice pilosula. Саше elongato, paulo ramoso, flexuoso, superne 5—6 mm. crasso, viride ad nodum breviter incrassato et saepius radicans. Folia iuternodis aequilonga vel paulo longior, patula vel saepius reflexa, supra intense viridis, subtus paulo pallidior, 12-13 cm. longa, 2 1/4 — 23/4 cm. lata. basi in petiolo crasso pro- funde canaliculate vix 6—8. mm. longo, abrupte rotundata et contracta ; nervis 14-16, in sicco utrinque satis prominentibus, valde clalthratis-ramulosis. Pe- == “dunculus. communis erectus vel patulus, rectus vel paulo flexuosus, teretiusculus, = 5—12 floro, 2 12 3 em. longus. Bracteae satis concavae, plurinervulosae, 6—7 is 2 Pedicello cum ovario paulo arcuato, 21/2 cm. | go. ge. crasso. prem siccitata tenuiter m bapa, $ t sa cm. QE E 4 6 V. longum, 17—20 mm, latum; fimbriis ad apicem 2—4 mm. profundatis ; disco intus satis pilosulo; pilis iutus incurvatis medianis circiter 1 mm. longis. Co- lumna erecta, paulo arcuata, 2 3/4 cm. longa. Flos albus-niveus, cum labelli disco, fimbriis pillisque luteis. Habitat in silvis humidis secus flum. Jaurü prope locum Barrancäo dictum.— Floret Novembri. Pl. n. 997. "Tabula n. 6. Caule delgado, redondo; folhas brevemente pecioladas, ovaes-oblongas, pla- nas, inferiormente pouco plicadas, apice agudo incurvo, base abruptamente re- donda prolongando-se em grosso peciolo; espigas floraes axillares ou, ás vezes terminaes, brevissimamente pedunculadas, ramo grosso ; bracteas carnosas, rigidas, geralmente pouco patulas, ovaes, obtusas, rectas, concavas ; flóres mediocres ; ovario recto, algo arqueado, redondo, no apice calyculado; sepalas petalinas, erectas, subconcavas, estreitamente oblongas, pouco obtusas, inferiormente atte- nuadas ; petalas, no dorso, grossamente carinadas ; labello pouco mais curto que as sepalas petalinas, adnato inferiormente até ao meio da columna e enrolado em funil superiormente, com o limbo pouco patulo e ambito oval-oblongo ; limbo profundamente fimbriado, crespo, ondulado, com o apice obtuso e reflexo ; disco multinervulado e até ao meio longitudinalmente multicostado, densamente piloso ; columna algo longa, incurva, anteriormente com um grupo de pellos. Caule alongado, pouco ramificado, flexuoso, superiormente 5—6 mm. de grossura, base mais fina, verde, nos nós levemente engrossado e geralmente radicifero. Folha tão ou pouco mais longa que os inter-nós, patula e algo re- flexa, em cima verde intensa e embaixo pouco mais pallida, 12—13 cm. de comp., 2/4-2% cm. de largura, a base em peciolo grosso profundamente ca- naliculada, abruptamente contracta, redonda prolongando-se em peciolo de 6—8 mm. de comp. Nervos 14—16, em estado secco todos prominentes, forte- mente reticulados. Pedunculo conmum erecto ou algo patulo, recto ou pouco arqueado, redondo, 5. 12 floro, 2'5—3 cm. de comp. Bractea bastante con- cava, plurinervulada, 6—7 mm. de comp., 5—6 mm. de larg. Pedicello com o ovario pouco arqueado, 2!/2 cm. de comp, 3'/2 mm. de grossura, Sepala, em estado secco, tenuemente membranacea, 4—415 cm. de comp., 13—14 mm. de larg. tenuemente 11—13 nervada. Petala semelhando a sepala porém pouco mais curta e estreita. Labello erecto, em estado secco tenuemente-membranaceo, com 33/; cm. de comp. e 17—20 mm. de larg.; o fimbriado no apice do limbo 2—4 mm. de comp.; disco internamente pilloso; pello curvo para dentro, tendo no meio mais ou menos 1 mm. de comp. Columna erecta, pouco arqueada, 23/,,—3 cm. de comp. | Flores niveas com о fimbriado e o disco pilloso do interior do labello amarellos de chromo. Vive em mattas humidas das margens do rio Jaurü proximo ao Barrancäo. — Florece em Novembro. U Pl. n? 997. Estampa nº 6. O unico exemplar que possuo d'esta nova especie, foi legado pelo meu amigo Sr. Alipio de Miranda Ribeiro,em cuja companhia fazia a viagem ao Jaurü; a elle dedico a especie, sem duvida uma das mais bellas. x V. palmarum. Lindl. маг тг N* 8 da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. IV, ү gs Ie Vive entre as folhas das palmeiras Auagü e Auacury. -- Florece em — Octubro a Margo. = mila 221222 7 отб. LL Encontrei esta planta desde Corumbá аге alem до Juruena e sempre no tope das palmeiras, vivendo no humus depositado entre as grandes vaginas das folhas e o tronco destas. Ahi vive ás vezes n'uma altura de 15—20 m., subindo os ramos pelas folhas ou ficando pendentes; nunca o caule é muito longo, frequentemente, porém, muito mais ramificado do que em qualquer outr a especie. Chamam-n'a de “Baunilha de Auacury’’. Estampa n? 7. Monandree - Neottiine - Spirantheze STENORRHYNCHUS St. macranthus Cogn. N. 20 da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. IV, pag. 176. Vive em campos graminosos, perto de Porto Esperidião. — Florece em Novembro. Pl. ns. 724, 850, 996. — Estampa n.º 8. As flores säo algo aromaticas. Si. orchioides L. C. Rich. N." 21 da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. IV, pag. 177. Vive em campos graminosos, perto de S, Luiz de Caceres. = Florece em Outubro. ' 5 Pl. ns. 614, 652—654, 995. Estampa n? 9. A especie citada pelo Sr. S. Moore (The Transactions of the Linnean Society of London, vol. IV, part. 3) como St. australis é synonima desta. St. orchioides L. C. Rich. var. luteo-alba L. C. Rich. Do п" 21 da Flora Brasiliensis de Martius, vol. Ш, part. IV, pag. 178. Vive em campos graminosos perto de S. Luiz de Caceres em companhia da especie typica. EL ou 992. Monandrz - Neottiinz - Physureze PHYSURUS Ph. Suruenensis Hoehne, spc. nov. Intercale-se esta especie entre os ns. 7 e 8 na Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. IV, pag. 233. Bracteae ovarium aequantes; petala obtusa, ad apicem dis- tincte emarginata, bilobata vel subtrilobata. Sepala obtusa- patula, reflexa. Labellum inferne late cordiforme, longitudina, liter plicatum ad medium satis constrictum, angustum, elongatum; superne abrupte intus curvatum, late ancoriforme vel lunatum. Caules gracilis paucifoliosus. 7bis Physurus Furuenensis Hoehne qu (spc. mor Ri a _ Саше gracili, adscendente, erecto, paucifolioso; foliis mediocribus, oblongis- lanceolatis, acutis, basi in petiolum brevem alatum abrupte attenuatis; nervis satis cS м clathrartis-ramulosis; spica densiuscula, cylindracea, elongata, breviter et den- siuscule pilosa; floribus mediocribus, brevissime pedicellatis; bracteis oblongis, lan- ceolatis, acutis, laevis; ovario cum pedicello subsparse puberulo-pilosulo, subclavi- forme, paulo arcuato ad medium paulo incrassato; sepala laevis, dorsalis ovata satis concava, subgaleata ad apicem obtusa levissime extus reflecta; laterales patule, re- flexe, ablonge, ovate, apice obtuso, rotundato; petala ambitu suspathulata, apice distincte emarginata, bilobata, lobis obtusis, rotundatis, labello ambitu subanco- riforme ad basin late cordiforme, in natura inferue plicato, ad medium satis constricto, superne abrupto transverse plicato, incurvato, cum laciniis antice productis, laciniae longae, productae, latae, cuneatae, subfalcatae, apice obtuso, calcari recto, paulo claviforme, superne incrassato, apice obtuso, rotundato, ovario demidio brevior, columna brevissima, crassa: laciniae rostellares, ova- tae, acutae. Rhizoma repens. Radicibus simplicibus, teretibus, breviuscule denseque albis-puberulis. Caulis teres, laevis, inferne paucivaginatus, 20 cm. altus, 4 mm, crassus. Vaginae alternae, laxiusculae, tenuiter membranaceae, subtriangulares, striatae, !/—1 ст. longae. Folia erecta vel erecto-patula, tenuiter 5—7 nervia, tenuiter viridi-vinosula, utrinque glabra, lougitudinaliter paulo plicata vel sub- plana, 5—8 cm. longa, 15 —18 mm. lata, inferne in petiolum 3—4 mm. late contracta, ad basin in vagina 7—8 mm. longa et 6—7 mm. lata, dilatata. Spica erecta, 10—15 Пого, 4!/—5 cm. longa. Flores erecti-patuli, albi. Pedicellum breve, erectum, cum ovario 8 mm. longum, leviter puberulu pilosulum. Bracteae erectae, tenuiter membranaceae, 8 mm. longae. Sepala dorsali erecta, concava subgaleiforme, 6 mm. longa, 4 mm. lata, laterali patula-reflexa 6 mm. longa, 3 mm. lata. Petala membranaceae, 5'» mm. longa, 3 mm. lata, ad medium longitudinaliter et oblique rubro lineata. Labellum erectum-patulum, inferne valde concavum plicatum, ad naturale 9 mm. longum, artus explanato 6 mm. longum et in laciniis 6 mm. latum. Calcar descendens tenuiter rervulosum, 5 mm. lon- gum et ad apicem 1 mm. crassum. Columna brevissima stipitata, 2— 2/2 mm. longa. Habitat humo in silvis humidis secus flum. Juruena. — Floret Maio. РЕ n.º 1913. — Tabula n.º 10. Caule delgado, ascendente, erecto. pouco folioso ; folhas mediocres, oblongas lanceoladas, agudas, na base attenuadas, prolongadas em curto peciolo leve- mente alado, 5—7 nervadas ; nervos reticulados ; espiga um tanto densa, cyliu- drica, alongada, densamente pilosa, pellos curtos; flóres mediocres de pedicello curtissimo ; bracteas oblongo-lanceoladas, agudas, glabras ; ovario e pedicello cobertos esparsamente de pellos finos, claviforme, pouco arqueado, engrossado um pouco no meio; sepalas glabras, dorsal oval, concava, forma quasi de ca- pacete, apice obtuso pouco reflexo, lateraes patulo-reflexos, oblongo-ovaes, apice obtusamente redondo, uninervadas ; petalas subspathuladas, apice distin- ctamente emarginado bilobado, obtusamente redondo ; labello de ambito ancori- forme, inferiormente cordiforme, em natural na base plicado, no meio estreitado, superiormente, logo antes da dilatação, encurvado para dentro plicado transver- salmente extendendo as partes lateraes para frente; partes longas, largas na base, cuneadas, falcadas e de apice obtuso; esporäo recto, claviforme, apice obtuso redondo, de metade do comprimento do pedicello ; columna curta, grossa ; lados rostellares ovaes, agudos. | ` Rhizoma rasteiro. Raizes simples, redondas, cobertas densamente de pel- los brancos. Саше redondo glabro, inferiormente pouco vaginado, 20 cm. de 4 XT „ltacriiic Separadas. t - ? E 2 = altura, 4 mm. де grossura. Va a о; : x s 200622: = 2. glabras, triaugulares, estriadas, 1/2—1 cm. de comprimento. Folhas erectas ou | MOX у. obliquas, tenuemente 5—7 nervadas membranaceas, coradas de verde-vinoso. inteiramenie glabras, longitudinalmente pouco plicadas ou mesmo planas, 5—8 cm. de comp., 15—18 mm. de largura, contraidas inferiormente, prolon- gadas em peciolo de 3—4 mm. de largura, logo para a base dilatadas em vagina de 7—8 mm. de comprimento, por 6—7 mm. de largura. Espiga erecta, com 10—15 flôres, 4 1/2—5 cm. de comprimento. Flöres erecto-patulas, alvas. Pedicello curto, erecto, com o ovario 8mm. de comprimento levemente piloso. Bractea erecta, tenue, membranacea, 8 mm. de comprimento. Sepala dorsal erecta, 6 mm. de comprimento, 4 mm. de largura, lateraes patulas, re- flexas, 6 mm. de comprimento, 3 mm. de largura. Petalas membranaceas, 51/2 mm. de comprimento, 3 mm. de largura no meio longitudinal e obliqua- mente lineadas de vermelho. Labello. erecto-patulo, inferiormente muito con- cavo, no natural 9 mm. de comprimento aberto explanado, 6 mm. de com- primento por 6 mm. de largura nas partes lateraes. Esporäo descendente tenuemente nervado no apice 1 mm. de grossura. Columna curtamente esti- pitada, 2—2 1/2 mm. de comprimento. Habita o humus das florestas que cercam o rio Juruena no lugar do mesmo nome. Florece em Maio. Pl. n. 1913. Estampa n. 10. Encontrei sómente um exemplar desta planta em flór. E' muitissimo interes- saute observar-se as diversas phases da flór: O labello, como mostra o de- senho, quando está em botäo, é completamente plicado e dobrado sobre si, logo que se abre num plano toma a forma de ancora, a qual, dobrando-se de novo transversalmente, vira para a frente as garras. As petalas säo tambem notaveis por se apresentarem profundamente emarginadas e bilobadas. Monandre - Мео пге - Cranichideze CRANICHIS Cr. glabricaulis Hoehne, spc. nov. Intercale-se esta especie entre ns. l e 2 na Flora Brasiliensis de ца, vol. III, part. IV, pag. 248. Folia distincte petiolata; vaginae санг inferiores ma- jusculae, foliaceae, superiores decrescentes, flores parvi, sepala ovata oblonga, patula-reflexa. 1 bis Cr. glabricaulis. Hoehne sp. nov. Caule glabro, laeve, aphylo vel subaphyllo, vaginis 8—9 distantibus mu- nito; vaginae inferiores majusculae, subfoliaceae, superiores satis decrescentes, foliis 4—6; omnibus radicalibus, rosulatis, breviter petiolatis, late ovatis, acutis “vel obtusis inferne satis attenuatis in petiolo anguste productis; spica densius- cula, multiflora; floribus parvis, patulis, breviter pedicellatis; bracteis lanceo- latis, longe acuminatis, —— e ovario aequilongis vel paulo bre- vioribus; sepalis patulis is, ovatis-oblongis, sub-enervis; dor- salia obtusiuscula, lateralia acuta; puis Овора врани, obtusiusculis, sub-enervis, sepala dorsali paulo breviore; labello erecto-patulo, subsessile bre- _ vissime unguiculato, ерен paulo breviore, concavo, subcymbiforme, inter- |. gerrimo oblongo, apice acutiusculo, marginis lateralibus inferne =”. pu didlezis; basi subcordato, disco intus glabro, intense viridi punctulato. ССИ densiuscule. fasciculatae, elongatae, paulo flexuosae, albescentes, 2 : ~— ed em. кыне Caulis.erectus, leviter i 38 e flexuosus, teretiusculus, pallide-viridis, 25—30 cm. altus, 2—3 mm. crassus, omnino glaber. Folia radicalis (4—6) erecta-patula, mollis, tenuiter membra- nacea, pallide viridis, lucida, sub-plana, tenuiter multinervata, nervo mediano crassiore, supra impresso, subtus satis prominente, 6—10 cm. longa, 2 1/2 cm. lata. Petiolo robusto, semiterete, supra profunde canaliculato, basi satis dila- tato-vaginato, 2 1/4 31/2 cm. longo. Vaginae caulinae erectae, tenuiter mem- , branaceae, inferiores subfoliaceae, amplexicaules, "acutae, apice paulo patulo, superiores satis minores, valde amplexicaules 1—2 cm. longae. Spica erecta, cylindracea vel subconica. Bracteae patulae, leviter concavae, tenuiter meme branaceae, ovario aequilongae, 5 mm, longae, circiter 3/4—1 mm. latae. Flores albi cum labello intus dense viridi punctulato. Ovarium 4 1/2—5 mm. longum. Sepala glabra, tenuiter membranacea, leviter concava, lateralia satis reflexa inferne paulo dilatata, basi abrupte rotundata, dorsalia non tantum reflexa quam lateralia, 3 mm. longa, 11/2 — 13/4 mm. lata. Petala tenuiter mem- branacea, oblonge subspathulata, erecta-patula, subplana, glabra, leviter obli- qua, inferne satis attenuata 23/4 mm. longa, 3/4 mm. lata. Labellum mem- branaceum, enervium, disco intus et extra vivide punctulato, 2 3/4 mm. longum, 2 mm. latum. Columna erecta, crassiuscula, 1 mm. longa. Cr. candida Barb. Rodr. arcte affinis. Habitat locis humidis umbrosisque solo pingui secus flum. “Tarumã prope Tapirapoan.— Floret Martio. Pl. n. 1650, 1651.— Tabula n. 11. Caule glabro, aphyllo, munido de 8—9 vaginas distantes, vaginas infe- riores grandes subfoliacias, superiores gradualmente decrescentes, folhas 4—6, radicaes em roseta, brevissimamente pecioladas, ovaes, largas, agudas ou obtusas inferiormente algo attenuadas estreitadas em peciolo; espiga densa, multiflora, flores pequenas, patulas, brevissimamente pedicelladas; bracteas lanceoladas, longa- mente acuminadas, uninervadas, glabras táo longas como o ovario ou pouco mais curtas sepalas patulas; reflexas e iguaes em comprimento, ovo-oblongas sem nervuras, a dorsal obtusa, lateraes agudas; Petalas espatuladas-oblongas, obtusas, sem nervuras, pouco mais curtas que as sepalas dorsaes; labello inclinado, subsessil brevissimamente unguiculado, pouco mais curto que as sepalas, concavo, subcymbiforme, integro, arredondado, oblongo de apice agudo, margens lateraes inferiormente pouco deflexas, base subcordiforme; disco gla- bro pontuado de verde intenso. Raizes densamente fasciculadas, alongadas, pouco flexuosas, albicantes, glabras, simples de 2 mm. de grossura e 3—9 cm. de comprimento. Caule erecto levemente flexuoso, cylindrico, verde pallido, 25—30 cm. de altura, 2—3 mm. de grossura, inteiramente glabro. Folha radical, patula, molle, tenue- mente membranacea, verde pallida, lucida, subplana tenuemente multinervada, nervura central mais grossa, impressa na pagina superior e na inferior promi- nente, 6 А 10 cm. de comprimento, 2 1/2 cm.de largura. Peciolo robusto semi- cylindrico, na extremidade superior profundamente canaliculado, na base dilatado em vagina, 21/2—31/2 cm. de саарга, Жа ит do caule erectas, te- bf 1 ‚agudas, com nuemente membranaceas, as inferiores, apice pouco patulo, as superiores, decrescendo, fortemente amplexicaules, 1—2 cm. de comp. Espiga erecta, c cylindracea subconica. Bractea patente, levemente concava, membranacea, de 5 mm. de comp. ou seja täo longa como o ovario e de 3,—1 mm, de largura. Flor alba, com o labello maculado ou pontuado de verde intenso. Sepala glabra, tenuemente membranacea, levemente con- cava; lateraes muito reflexas na base pouco — e eran arredon- = = d Vds c dadas, dorsal não tanto reflexa quanto as lateraes, 3 mm. de comp. 1!/—1?/, mm, de largura. Petala tenuemente membranacea, subplana, glabra, levemente obli- qua, inferiormente algo attenuada, 2?/ mm. de comp. e ?/, mm. de largura. Labello membranaceo, disco pontuado, por dentro e por fóra, de verde intenso, 23/4mm. de comp., 2 mm. de largura. Columna erecta, grossa del mm. de comp. : Aproxima-se muito da Cr. candida de Barb. Rodr. differenciando-se dent principalmente, por ter caule glabro e mais rico em vaginas. Vive em logares humidos e humbrosos de solo barrento, proximo ao rio Tarumã em Тарігарбап. — Florece em Março. Pl. nº 1650 e 1651. — Estampa nº 11. Monandre - Polystachyinae GALEANDRA С. lacustris Barb. Rodr. Nº 13, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. IV, pag. 304. Vive como epephyta sobre troncos de palmeiras «guabiróba» em Таріга- póan.—Florecendo de Janeiro até Junho. Pl. n.º 1644. — Estampa n.º 12. Tendo-me sido possivel trazer a planta viva, pude observal-a mais minu- ciosamente, chegando a conclusão que a divisão: «B. Hysteranthae» onde se lê: «Caulis florifer denudatus», na Flora Brasiliensis de Martius, no Conspectus Specierum Brasiliensium, náo tem razäo de ser, pois que, tanto o caule com as folhas, como os sem as folhas florecem, e o que é mais interessante, nào só uma vez, mas repetidas, como pude observar de Janeiro á Abril de 1910, seis floragöes repetidas no mesmo pedunculo, dando-se repetigoes as vezes durante 2 à 3 annos ainda num só pedunculo. Nos exemlares colhidos as vaginas das folhas são pintalgadas como as da G. villosa Barb. Rodr. G. montana Barb. Rodr. N.º 14, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. IV, pag. 305. Vive em campos arenosos do Chapadào dos Parecis, até Juruena. — Florece de Abril а Maio. Pl. n? 1861 e 2005. — Estampa n? 13. Todos os exemplares que colhi estavam com as folhas seccas, que jaziam no solo, estando o pedunculo erecto. G. montana Barb. Rodr. var. albo-rosea (var. nov.) - | Floribus typo subaequalibus, labellum marginibus et apice pallide roseo colo- tatum, intus album. . Flores iguaes ao typo de especie, labello com as margens е o apice pal- lido roseo (em vez de rouxo-vinoso) e pelo lado de dentro branco. 3 Vive conjuntamente com a especie typica. o 2557 x Pl. n* 2006, As X шш G. Paraguayensis Cong. N? 15bis, da Flora Brasiliensis de Martius. Supplemento do vol. III, part. IV, pag. 551. Vive nos campos baixos e humidos nas proximidades de Porto Esperidiäo e na Campina em S. Luiz de Caceres. — Florece desde Novembro até Janeiro. Pl. ns. 870, 871, 720 e 999, — Estampa n? 14. G. junceoides Barb. Rodr. N! 16, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. IV, pag. 307. Vive em campos graminosos e humidos, na Campina proximo á S. Luiz de Caceres e Tapirapóan. — Florece de Novembro á Margo. Pl. ns. 1516—1518, 1129 e 1367. — “Estampa nº 15, O numero de flóres em cada inflorecencia nem sempre se limita á 2—5, como afirma Barb. Rodrigues, mas póde elevar-se até 7 ou 8, como tive oc- casiäo de observar. Polystachia P. Estrellensis Reichb. J. (7) Nº 3, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. IV, pag. 314. Epiphyta, em troncos de arvores ou sobre os galhos das mesmas nas flo- restas sombrias que margeam o rio Tarumã em Tapirapõan, — Florece em Margo e Abril. Pl. ns. 1632, 1648, 2242. — Estampa n? 16. Monandree - Laeliine - Cattleyeze LANIUM ^ ` ‘ L. avicula Benth. N. 1, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. V, pag. 26. Vive como epiphyta sobre as arvores nas mattas visinhas do rio Sepotuba, em Tapirapõan. — Florece em Abril. Pl. n.º 2175. — Estampa n.º 17. Esta planta foi encontrada só uma vez por mim, quando justamente em botões, sendo transportada commigo até que desabrochassem as flores, Epidendrum E. oncidioides Lindl, N.º 5, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. V, pag. 47. Epephyta em mattas taca, nas proximidades de S. Luiz de Caceres, Tapirapóan, Porto кечине. e Ponte de Pedra. — Florece de Julho até Outubro. | x Pl. ns. 633, 673, 632, 989, 2142, — ёо n 18... As plantas que colhi sáo maiores, e em uma dellas as Потез tem 32 cm. se diametro. Flores muito odoriferas. | ав с E. flavum Lindl. (?) Nº 19, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. V. Epephyta do cerrado e cerradäo, logares seccos, perto de S. Luiz de Ca- ceres e até acima de Porto Esperidião e em Ponte de Pedra. — Florece em No- vembro. Pl: 35:574, 95k, 979, 935, 937. — Estampa n. 19. E. variegatum Hook. N. 39, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. V. Epephyta das margens do Paraguay em S. Luiz de Caceres, atĉ mo alto dos rios Jaurŭ e Sepotuba.— Florece em Setembro. PT. n. 990; E. fragrans Shwartz. N. 45, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. V, pag. 83. Epephyta, nas mattas proximas aos rios Jaurü, Paraguay e Sepotuba, desde a barra do primeiro. — Florece em Margo. Pl. n. 1433, 1434, 1438 e 1519. — Estampa n. 20. E. Cearense Barb. Rodr. N. 73, da Flora Brasiliensis de Martius, vol III, part. V, pag. 112. Epephyta em mattas frescas da margem dos rios Jaurü e Paraguay.— Florece em Setembro. Pl. n. 445, 978, 2218, 2221.— Estampa n. 21. E. tmatophyllum Lindl. N. 82, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. V, pag. 123. Epephyta, encontrado nas margens do rio Sepotuba, desde a sua barra até acima das cachoeiras.— Florece em Setembro. Pl. n. 436, 437, 977.— Estampa n. 22. E” realmente facto e muito interessante, o de viver o E. imatophyllum sempre associado a uma certa especie de formigas amarellas, em cujos quarteis estão enterradas as suas raizes е, ás vezes, todo o rhizoma e uma parte dos cau- les. O Sr. Spencer Le Marchant Moore, nas «Transactions of the Linnean Society of London, vol IV, part. 3, pag. 477», chamando a attenção para este facto tão curioso, allega, que as formigas procuram a planta para aproveitarem “os vãos formados pelos caules e vaginas desta, para alli instalarem o seu quar- tel, que tem а forma de um ninho de cupins. Isso, entretanto, me pa- rece duvidoso, porque, quando colleccionava em Tapirapoan, encontrei um dia um bellissimo specimen desta planta, n’um destes ninhos de formi- gas, tendo por cima outro de maribondos, na margem do rio Ta- rumã; conseguindo tiral-o, tive a curiosidade de desfazer o quartel das formigas, chegando então a ver que eram tres plantas distinctas que for- mavam este bello specimen, o que logo me fez suspeitar a affirmação do Sr. : Sp. Moore, porque me pareceu impossivel terem estas plantas existido antes - 37 — do formigueiro, e, de mais а mais, estas não estavam senão seguras e suppor- tadas por aquelle, o que, portanto, era um motivo para eu crér que a planta é que vem ao formigueiro e não aquelle á esta; confirmou-se esta mi- nha suspeita, quando, logo depois, encontrei outros ninhos de formigas perto do primeiro, que estavam cobertos de pequenas mudas muito tenras do mesmo Epi- dendrum. Fiquei convencido que a razão desta associação está na formiga fornecer com seu ninho o melhor terreno para a sementeira do E. imatophillum. Além destas formigas encontrei, como no primeiro exemplar, quasi geralmente um ni- nho de maribondos por cima do E. imatophyllum, o que me parece mais curioso ainda. E. nocturnum Jack N. 93, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. V, pag. 134. Vive nas mattas da margem dos rios Juruena e Papagaio. — Florece em Abril, flores branco-amarelladas. Pl. ns. 1902, 2009.— Estampa n. 23. Е. strobiliferum Reichb. J. N. 131, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. V, pag. 174. Vive nas mattas proximas aos rios Juruena e Sepotuba, no Salto.— Flo- rece em Margo. O crescimento desta planta é sempre pendente. Pl. n. 1609.— Estampa n. 24. Epidendrum (Sp.?) Vive nas mattas da fazenda denominada Facäo, onde só encontrei exem- plares sem flores, e como me fosse impossivel transportar a planta viva, é-me impossivel determinar a especie. FL s. 955. CATTLEYA E. nobilior Reichb. J. N. 2, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. V, pag. 193. Vive nos cerradóes seccos, em logares altos, nas circumvisinhangas de S. Luiz de Caceres e Tapirapóan.— Florece е em Setembro até Novembro, | Pi. n. 981.— Estampa n. 25. O numero de flóres em cada inflorecencia, geralmente é muito superior ao wisdo por base. Eu observei, tanto em cultura em S. Luiz de Caceres, como nas mattas, exemplares que ostentavam quatro a cinco inflorescencias com 5 e 7 flóres em cada uma. Esta especie é uma das orchideas mais ornamentaes que encontrei no Mat- to Grosso. E. vzolacea Rolfe var. splendens hem. N. 22, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. У, pag 216. Vive proximo aos rios Tarumä e Sepotuba e é frequentemente | encon- = 38 == trada em toda a zona, desde As Cruzes até na raiz da Serra dos Parecis. — Florece em Margo. Pl. n. 1586, 1587, 1072. — Estampa n. 26. O Dr. A. Cogniaux põe esta variedade entre as hortenses, o que talvez fizesse por estar mal informado, ou então, a presente sera uma identica produ- zida naturalmente; ĉ porem de notar que a mesma planta é commum no Gua- роге e Cabagal de onde ше foram apresentadas; o que assim leva a crér que toda esta zona é occupada exclusivamente. por esta variedade e que portanto jà nào deveria ser considerada como tal, mas sim uma especie definida. MONANDRZE SOBRALIIN Ж Sobralia S. Rondonii spc. nov. Intercale-se esta especie entre os ns. 11 e 12 da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. V, pag. 344. Planta glaberrima; folia Dis oblongo-lanciolata longe acuminata, 5-7 nervata ; bracteis bifariis;sepala ad basin distincte breviterque connata, apice paulo patula ; label- lum apice rotundatum, margine ad apicemlevissime frim- briata. : 11 bis S. Rondonii (sp. nov.) Glaberrima; caulis robustus, altus, teretiusculus, inferne paulo denudatus, superne alterne foliosus; foliis magnis, oblongis-lanciolatis, longiuscule acumi- natis, inferne paulo attenuatis; inferiores satis minores; bracteis bifariis, im- bricatis, inaequilongis, lanciolatis-triangularibus, anguste acuminatis; floribus terminalibus, magnis, patulis; sepalis aequilongis, inferne in tubum brevissime connatis, ovatis-oblongis, subspathulatis; lateralis non tantum acutis quam dorsualiae, paulo obliquis, superne satis patulis; petalis subspathulatis, latis, superne apice abrupte acutis, sepalis paulo brevioribus et latioribus; labello sepalis lateralis aequilongo, infundibuliforme, columna envolvente involuto, tubo paulo gibboso, limbo ambitu obovato, apice tenuiter fimbriato crispulo; columna la- bellum satis brevior, semiclaviformis, clinandrii dente postico ~~ lateraliter subtriangulare paulo falcato incurvo. Pl, caespitosa, Caules plurimi, erecti, leviter flexuosi, teretuisculi, vides. 8-15 dm. alti, 5 mm. crassi. Folia erecta vel erecta-patula, plana vel paulo convexa, 5-7 nervia; nervis secundariis satis numerosis, paulo distinctis, 20 cm. longa, 4 1/2 cm. lata, inferiora 5 cm. longa, 1 1/2 cm. lata. Vaginae tubi. formes, caulem amplexentes, 5-7 cm. longua. Bracteae erectae, rigidiusculae, concavae: minores 1 1/2 cm. majores 3 cm. longae 3/4 cm. latae. Flores satis patuli, albonivei; labellum intus et ad apicem satis lutei diffusum. Ovario lineare- oblongo, obtuso, trigono, leviter 6-sulcato, leviter incurvo, 2-2 1/2 cm. longo. Sepala dorsualia paulo concava, inferne attenuata, 7 1/2 cm. longa, 1 1/4 lata; lateralia paulo obliqua, dorsualia aequantia vel paulo latiora. Petala superne paulo ondulata 6 1/2 cm. longs. 1 = 2 cm. lata. Labem inferne erectum, ad medium extus gibbosum, paulo e deflexum, fimbriatum crispulum; disco intus satis luteo venuloso, diffuse luteo circundatum, 7 1/2 cm. longum, a 1/4 < сш. latum; venis satis — Columna erecta, kiĝi Sem ну intus albo : teo circumdata, 4 бсш. | inferne satis incurvata. s i Lt Habitat truncis in silvis paludosis secus fluminem Juruena, truucis que arborum cataractarum fluviorum Sacre et Sacuriuinasa— Floret Maio Juni. Pl. n. 1851, 1868, 1870, 2002, 2003. Tabula n. 27. Planta glaberrima ; caules robustos, altos, redondos, inferiormente pouco despidas, superiormente alterno foliosos; folhas grandes, oblongo-lanceoladas, longamente acuminadas. inferiormente pouco attenuadas, inferiores, menores que as demais; bracteas oppostas, imbricadas, diversas no comprimento, trian- gulares-lanceoladas, acuminadas; flóres terminaes, grandes patulas; sepalas eguaes em comprimento, inferiormente connatas num tubo, ovo-oblongas espatuladas, lateraes nào täo agudas, como a dorsal, pouco obliquas, superiormente algo patentes; petalas espatuladas, largas, no apice agudas, pouco mais curtas e mais largas que as sepalas; labello tão longo como as sepalas lateraes, enro- lado em forma de funil envolvendo completamente a columna, tubo formado pouco gibboso no meio; limbo no seu ambito oboval; apice tenuemente fim- briado crespo, columna mais curta que o labello, semiclaviforme, dentes do clynandrio ligeiramente obtusos, lateralmente triangulares, pouco falcados, incurvos. Pl. cespitosa, Caules numerosos, erectos, levemente flexuosos, redondos, verdes, 8-15 dm. de altura, 5 mm. de grossura. Folha erecta ou obliqua, plana ou pouco convexa, 5-7 nervada, nervos secundarios numerosos, pouco distinctos. 20 cm. de comprimento, 5 1/2 cm. de largura; inferior 5 cm. de comprimento, 1 1/2 cm. de largura. Vaginas tubiformes, amplexicaules, 5-7 cm. de compri- mento. Bractea erecta, rigida, concava; menor 1 1/2 cm. de comprimento ; maior 3 cm. de comprimento, 3/4 cm. de largura. Flóres erectas pouco incli- nadas, albo-niveas com o labello interiormente e по apice amarello chromo. Ovario oblongo-linear, obtusamente trigono, levemente 6-sulcado, um pouco incurvo 2-2 1/2 cm. de comprimento. Sepalas, dorsal pouco concava, inferior- mente attenuada, 7 1/2 cm. de comprimento, 1 1/4 cm. de largura ; lateraes pouco obliquas, täo longas e pouco mais largas que a dorsal. Petalas no apice levemente onduladas, 6 1/2 cm. de comprimento e 1 1/2 cm. de largura. La- bello na base erecto depois no meio gibboso, para fóra pouco cochlear, supe- riormente então deflexo e fimbriado crespo ; disco internamente venulado, ama- tello e diffusamente circumdado de amarello mais pallido; no apice o fimbriado é igualmente amarello, 7 1/2 cm. de comprimento; os venulos são muito ramifi- cados no apice. Columna erecta, semiclaviforme com uma faxa branca elevada no abdomen circumdada de amarello, 4 cm, de comprimento, na base bastante incurva. Vive nas mattas paludosas, perto dos rios Juruena, Papagaio, Saere e Sacuruinaza, sobre humus ou sobre pedras е 45 vezes como epiphyta, pro- ximo ás cachoeiras e quedas dos rios.—Florece em Abril e Junho. Pl. ns. 1851, 1868, 1870, 2002, 2003 — Estampa 27. S, cataractarum spc. nov. ` Intercale-se esta especie entre os ns. 11 bis e 12 da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. V, pag. 344. Caules simplices, teretiusculis; folia ovata, acuta vel longius- cule acuminata, 5-7 nervata; sepala basi connata. fere usque ad apicem erecta connivens, ad apicem brevissime patula ; Labellum obovatum, apice rotundatum, sepalis lateralibus longior | 11 ter. 5. cataractarum spc. nov = 4 = Pl. caespitosa ;- caules robusti, simplices, teretuisculi, multistriati, superne alet bilateraliter multifoliati; foliis majusculis, rigidiusculis, valde flexuosis, late ovatis, acutis vel longiuscule acuminatis, basi breviter acuminatis vel sobrutundatis in apicem vaginae articulatis, 7 interdum 5 nervatis ; bracteis imbricatis, oppositis, satis inaequilongis, anguste triangularibus, plicatis, mul- tistriatis, foliaceis ; floribus terminalibus, sessilibus, majusculis, segmentis fere usque ad apicem conniventibus, ad apicem leviter patulis; sepalis aequilongis, inferne longiusculum іп tubum connatis, lanceolatis, acutis; lateralibus satis obliquis, marginis superne ad medium satis intu-plicatis, 9 nervatis, nerviis satis ramosis ; petaiis subspathulato-oblongis, superne paulo dilatatis subabrupte attenuatis, brevissime acuminatis, marginis satis ondulatis, tenuiter nervatis ; labello sepalis lateralibus longiore, ad basin marginibus columnae brevissime adnato, columnam involvente, limbo aperto obovato-oblongo, marginibussuperne plicato-ondulato, disco striato ; columna elongata, robusta, subclavata, dentibus clynandri prominentibus, productis, acutis lateraliter falcato incurvis. Caules. plurimi, erecti, stricti, paulo flexuosi, teretuisculi, laete virides, 10-20 dm. alti, 5 mm. crassi. Folia erecta vel erecta patula, rigidiuscula, plana vel interdum leviter recurva, supra nitida intense viridis, subtus paulo pallidior, 17-22 cm. longa, 4-7. cm. lata, nervis supra leviter impressis, subtus satis prominentibus, nervulis secundariis numerosis paulo distinctis. Vaginae tubi- formae, arcte adpressae, apice paulo dilatatae profundissime emmarginatae; dorso paulo carinatae, strictae, longistriatae, virides, 2-6 cm. longae, Bracteae erectae, oppositae, imbricatae, satis inaequilongae, 2-3 1/2 cm. longae, acutae strictae, rigidiusculae, longistriatae, plicatae, dorso acuto-subcarinato, virides. Flores patuli vel paulo nutantes, intense rubro lilacinei, extus paulo pallidio- res; segmentis 5 cm. longis et ad apicem cerciter 2 1/2 cm. diametro divari- catis. Ovarium, lineari-subclavatum 2 1/2 cm. longum. Sepala tenuiter multi- nervulosa, iuferne leviter attenuata, 6 cm. longa, 8-9 mm. lata, Petala tenuiter multinervulosa, iuferne satis attenuata, 6. сш. longa, 14 mm. lata. Labellum erectum, ad medium paulo saccatum, apice satis recurvum, columna involvens tenuiter multinervulosum, intus diffuso luteo colloratum, limbo aperto 6 1/2 cm. longo, 3 cm. lato. Columna erecta vel leviter incurva, sub-semiclavata, alba, ad apicem et dentibus clynandrii intense lilacineo vel lilacineo-carmineo colo- rata, 3 1/2 cm. longa, ad apicem 5 mm. crassa. . Habitat.secus cataractarum fluviorum Jaurá, Sepotuba, Tarumã et Ju- ruena; in truncis vel rupibus.— Floret Martio — Aprili. Pl. n. 1686 et 1823. Tabula n..28. Pl. cespitosa; caules robustos, alongados, simples, cylindricos, multistria- dos, superiormente, bilateralmente alternos, multifoliosos; folhas grandes, rigi- das, flexuosas, ovaes, agudas, ou ás vezes longamente acuminadas, na base le- vemente attenuadas ou abruptamente arredondadas, articuladas com o apice das vaginas, geralmente 7 ou ás vezes 5 nervadas; bracteas imbricadas, oppostas muito desiguaes no comprimento, estreitas sub-trianguladas, plicadas, multis- triadas, foliaceas; flores terminaes, sesseis, grandes, segmentos conniventes até quasi ao apice, no apice então levemente divaricados, pouco patulos; sepalas equilongas, connatas inferiormente, com as petalas em um tubo longo, lanceo- ladas, agudas; lateraes algo obliquas;. petalas sub-spathuladas, oblongas, no apice attenuadas de modo abrupto, e levemente acuminadas, nas margens on- . duladas, tenuemente nervuladas ; labello mais comprido que as sepalas lateraes -na base aduato ás margeus da columna, envolvendo-a completamente, limbo 2 : — ores ее p о au onduladas e plicadas, disco estria- 455213 Les do; columma longa, robusta, sub-semiclaviforme, dentes do clynandrio proemi, nentes, lateralmente sub-falcados, incurvos, agudos no apice. Caules numerosos, erectos, rigidos, levemente flexuosos, verde-escuros, 10-20 dm. de altura, 5 mm. de grossura. Folha erecta ou erecta-patente, rigi- da, plana, raramente pouco recurva, pagina superior nitida, verde-escura, a in- ferior mais pallida, 17-22 cm. de comprimento, 4-7 cm. de largura; nervuras no parte superior levemente impressas, na inferior bastante proeminentes, ner- vuras secundarias numerosas, porém, pouco distictas. Vagina em forma de tubo, amplexicaules, verdes, 2-6 cm. de comprimento Bractea erecta de 2-3 1/2 cm, de comprimento, aguda, rigida, longitudinalmente estriada, plicada, agudamente carenada no dorso, verde pallida. Flór patula ou ás vezes um tanto muta, de côr rubro-lilaz, na parte externa mais pallida; segmentos muito conniventes, sendo só no apice um pouco recurvos, tendo assim a flór 6 1/2 cm. de compri- mento (sem ovario) e cerca de 2 1/2 cm. em diametro de abertura no apice. Ovario linear-clavado, 2 1/2 cm. de comprimento. Sepala tenuemente multi- nervulada, na parte inferior attenuada, 6 cm. de comprimento, 8-9 mm. де lar- gura. Petala tenuemente multinervulada, na parte inferior bastante attenuada, 6 cm. de comprimento, 14 mm. de largura. Labello erecto, no meio algo con- cavo sub-marsupiforme, no apice pouco recurvo sub-reflexo, tenuemente multi- nervulado, interiormente colorido de amarello diffuso; limbo estendido com 6 1/2 cm. de comprimento por 3 cm. de largura. Columa erecta pouco incurva, semi-clavada, alva no apice; e os dentes do clynandrio de cór de lilás carregado ou quasi lilás carmineo, 3 1/2 cm. de comprimento, tendo o apice 1/2 cm. de grossura, Vive perto das quedas e cachoeiras dos rios Jaurü, Sepotuba, Tarumä e Juruena, agarrada aos troncos de arvores, ás pedras ou mesmo no humus irrigado pela agua volatilisada pelas quedas dos rios.—Florece de Marco a Abril. Pl. n. 1686 e 1823. — Estampa n. 28. T O mais característico nesta planta é a fórma da flór, que, por não se abrir de todo, differe do typo das Sodralias em geral, sendo ainda muito salientada a concavidade do labello, quanto ás fórmas dos segmentos destacados e a plan- ta, ella approxima-se mais da S. Jauperiensis de Barboza Rodrigues, da qual seja talvez uma variedade (?) MONANRZE-PHAJINZE Bletia | B. Rodriguezii Cogn. N. 2, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. V, pag. 351. Frequente nos campos graminosos, ao sul de S. Luiz de Caceres e nas margens do rio Jaurú.— Florece em Outubro e Novembro. FL 85 317, 318, 069, 800, 802, 980. Flores róxo-escuras, muito ornamentaes, porém de difficil cultura. MONANDRZE-CYRTOPOINZE ' Сугїорега | хэ | | C. longifolia Reichb. J. N. 1. da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. У. pag. 354. "Vive nos lugares humidos na margem do Rio Tarumä, em Tapirapdan.— Florece em Março. Pl. ns. 1633 e 16332. — Estampa n. 20. Cyrtopodium C. punctatum Lindl. N. 1, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. V, Frequente nos cerrados, desde Corumba até Tapirapóan.— Flotecé de Se- tembro a Outubro. Pi. ns. 2219, 2220, 2222. — Estampa n. 30. Encontra-se esta planta quasi geralmente como epephyta sobre palmeiras, que estáo nos lugares mais seccos e altos. C. orophilum (spc. nov.) Intercale-se esta entre os numeros 2 e 3 da Flora Brasiliensis de Mar- tius, vol III, part. V, pag. 357. 1 Pedunculus #0115 longior; bracteae ondulatae, maculatae; | sepala petalaque paulo ondulatae; labello lobis lateralibus obovatis apice acuto; terminale sub-reniforme orbiculato non emarginato. | C. orophilum Ноеһпе (spc. nov.) Pseudobulbis robustis, brevibus, conico-linearibus, acutis polyarticulatis, junioribus vaginis foliorum vetustarum persistentibus vestitis polyphyllis, đe- mum denudatis; foliis elongatis rigidiusculis, lineari-lanceolatis, acutis, triner- vis, apice longissime acuminatis, basi satis attenuatis; scapo robusto foliis satis longiore, inferne vaginis brevibus remotissime vestito, superne satis ramoso; panicula majuscula, late piramidata, multiflora; bracteis tenuiter menbranaceis, magnis, oblongo-lanciolatis, acuminatis acutis, marginis leviter undulatis; flo- ribus magnis, brevissime pedicellatis, patulis vel patulis-nutantis, maculatis; sepalis oblongis, subellipticis, apice leviter acutis, membranaceis, marginibus le- viter undulatis, irregulariter maculatis; petalis oblongis-ovatis, apice rotundatis, latis, marginibus leviter undulatis, irregulariter maculatis; labello trilobato, sepalis lateralibus paulo breviore, ambitu paulo latior quam longo, angusteque ungui- culato, lobis lateralibus ovatis, apice abrupte acutis, erectis vel paulo incurvis, non undulatis, marginibus integerrimis; loba terminale sub-alquilonga, sub-reni- formeorbiculata, margine integerrima, undulata, crassa, recurvata; disco inter lobas laterales calloso, crenulato, albo; columna brevi, clavata incurva. Radicibus longis, albicentibus, 20-60 cm. longis, 1-3 mm. crassis. Pseudobulbi gregati, numerosi, robusti, ascendenti, conici-lineares, acuti, teretiusculi vel paulo compressi, viscosi-carnosi, viridi-albecentes, 25 cin. alti, 3 1/2-4 1/2 cm. crassi, inferne paulo attenuati. Foliis 6-8, rigidiusculis, erectis, paulo pa- tulis, inferne attenuatis, paulo recurvis, supra saturate viridis, subtus pallidio- ribus, 20-50 cm. longis, 3-4 cm. latis. Pedenculus longus, erectus, paulo flexuo- sus, superne ramulosus, 80-100 cm. altus, 1-1 1/2 cm. crassus. Vaginae mem- branaceae, pedunculo inferne 5-10 cm. distantes-amplexentes, pallide-virides, te- nuiter multistriatae; apice obliquo-truncato, 2-5 cm. longae, 1-2 cm. latae. Rami alternati, longi, erecti-patuli, paulo arcuati, 20-30 cm. longi, 15-22 flori. Bra- cteae erecte-patulae, margine undulatae, lute cinamomeo-fusco irregulariter et sparse maculatae, multistriatae; ramales 3-4 cm. longae, 1-2 1/2 cm. latae; flow rales satis minores. Flores patuli, segmentes patuli, 3 1/2 cm. diametri. Pedi. cellum patulum, paulo arcuatum inferne attenuatum subclavatum, 3 1 [2 cm. longum. Sepala tenuiter 9-11 nervata, basi satis attenuata, apice acuta, paulo concava, pallide lutea et sparse vel dense cynamomeo-fusco maculata, 18-20 cm. longa, 10-11 mm. lata; laterales parce obliqua et minores; nervi paulo ramu- + — 43 — losi. Petala membranosa, paulo obliqua, apice rotundata, lutea et cynamomeo- fusco maculata, 9 nervata; nervi paulo ramulosi, 16-18 mm. longa, 13-15 mm, lata. Labellum carnosum, rigidiusculum, patulum, lobis lateralis erectis, luteis et cynamomeo-fusco sparse maculatis, apice abrupte acutis, 6 mm. longis, 5 mm. latis; terminale sub-reniforme orbiculato, luteo cum 5-8 maculis cynamomeo- fusco ad basin, 7 mm. longo, 9-10 mm. lato. Disco inter lobas laterales crenu- lato, calloso, albo cum apice fusco. Columma brevi, subclavata, incurva, lutea. albicante, 7-8 mm. longa. Habitat campis altis inter gramineaes ad Morro da Funds prope S. Luiz de Caceres.— Floret Septembri e Octobri. Pl. n. 565.— Tabula n. 31. Pseudobulbos robustos, curtos, conico-lineares, agudos, poly-articulados, quando jovens, envoltos pelas grandes vaginas persistentes das folhas e poly- phyllas, mais tarde despidos; folhas alongadas, rigidas, lineares, lanceoladas, agudas, trinervadas, na base um pouco attenuadas; haste floral robusta, bas- tante mais longa que as folhas, inferiormente vestida cá e lá por vaginas, su- periormente ramificadas; ramos grandes, largos, pyramidados, multifloros; bra- cteas tenues membranaceas, grandes, oblongo-lanceoladas, agudas, nas margens levemente onduladas; flóres grandes, reunidas de um curto pedicello, patulas sub-nutas, maculadas ; sepalas membranaceas, elliptico-oblongas, de apice agudo, margens levemente onduladas, maculadas irregularmente; petalas oblongo-ovaes, apice arredondado, largo, de margens onduladas, maculadas irregularmente; la- bello trilobado, pouco mais curto do que as sepalas lateraes, ambito mais largo que longo, estreitamente unguiculado, lóbos lateraes ovaes, mo apice abrupta- mente acuminados, erectos, pouco incurvos, nào ondulados, margens integras; lobo terminal, tio longo como os lateraes, sub-reniforme orbiculado, margens integras, onduladas, recurvadas e grossas; disco entre os lóbos lateraes calloso e · crenulado; columna curta, clavada, incurva. Raizes longas, albicantes, 20-60 cm. de comprimento, 1-3 mm. de gros- sura. Pseudobulbos aggregados, numerosos, robustos, ascendentes, as vezes pouco comprimidos lateralmente, carnosos-viscosos, verde-albicantes, 20-25 cm. de comprimento, 3 1/2-4 1/2 cm. de grossura, inferiormente pouco attenuados e no apice acuminados. Folhas 6-8, rigidas, erectas, pouco patulas, verde-es. curas em cima e em baixo mais pallidas, 20-50 cm. de comprimento, 3-4 cm. de largura. Haste floral longa, erecta, аз vezes pouco flexuosa, ramificada, 80-100 cm. de altura, 1-1 1/2 cm. de grossura. Vaginas membranaceis, de 5-10 cm. distantes, na parte inferior da haste, pallidas, tenuemente multistriadas, no apice obliquamente truncadas, 2-5 cm. de comprimonto e 1-2 de largura. Ramos alternos, longos. pouco arqueados 20-30 cm. de comprimento, ostentan- do de 15-22 flores. Bractea erecta patente, amarellas, maculadas irregular e es- parsamente, de eynamomeo fusco; ramaes de 3—4 cm. de comprimento e 1—2 1/2 cm. de largura; floraes pouco até muito menores. Flöres patulas, segmentos patulos, 3 1/2 cm. de diametro. Pedicello patulo, sub-clavado de 3 1/2 cm. de comprimento. Sepalas tenuemente 9—11 nervuladas, pouco con- cavas, de côr amarella-pallida, exparsamente maculadas de cynamomeo-fusco, 18—20 cm. de comprimento e 10—11 cm. de largura; lateraes pouco obliquas e menores que a dorsal. Petalas membranaceas, pouco obliquas, 9 nervuladas, amarellas, maculadas como as sepalas, 16—18 mm. de comprimento e 13—15 mm. de largura. Labello carnoso, rigido, patulo, trilobado; lóbos lateraes ere- ctos, amarellos, maculados mui esparsamente de cynamomeo-fusco, no apice abruptamente agudos, 6 mm. de comprimento e 5 mm. de largura; terminal disc O amarello com 5—8 maculas pequenas na base, 7 mm. de comprimento, 9—10 mm.'de largura. Disco albo, com o apice do callo fusco. Columna sub-clavada, amarella-albicanta de 7—8 mm. de comprimento. Colhida no lugar chamado Morro da Fumaça, vivendo entre gramineas em lugar alto e secco.—Florece em Setembro, Pl. n. 665.—Estampa n. 31. C, vernum Reichb. J. N. 5, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. V, pag. 365. Frequente na fazenda de Agua Limpa, como saxicola ou entre gramineas nos campos baixos.—Florece em Outubro. Pl. ns. 666, 668, 988, 991.—Estampa n. 32. Os exemplares que encontrei estavam com 3/4 dos pseudo-bulbos enterra- dos no solo, entre pedras e gramineas, em campos que annualmente sào devas- tados pelo fogo; de que tambem testemunham os pseudo-bulbos velhos, que estäo todos com 1/4 do apice para baixo carbonisados; e se portanto a planta se näo abrigasse no solo, seria impossivel a sua existencia nestes lugares. C. parvifforum Lindl. N. 6, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. V, pag 365. Vive na Campina perto de S. Luiz de Caceres em campos humidos e mesmo alagadigos.—Florece em Janeiro. Pl. n. 1195.—Estampa n. 33. Pseudobulbos enterrados até ao meio da altura. MONANDRAE-—CATASETINAE Mormodes JM. vinaceus (spc. nov.) Depois do n. 4 da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. V, pag. 386 ajunte-se esta. ; Pseudobulbi parvi: pedunculo densiusculo pseudobulbo satis logiore; foliis magnis, paulo angustis pedunculo di- midio vel subdimidio longioribus, —M. vinaceus (spc. nov.) Hoehne. Pseudobulbi mediocres, oblongi-elliptici, levissime compressi, pluriarticu- lati, apice 5 foliis, primum vaginis membranaceis arcte adpressis vestiti, de- mum denudatis; foliis majusculis, angustis, oblongo-lanceolatis, 7 nervis lon- giuscule acuminatis, basi satis attenuatis; pedunculo communi, densiusculo, pseudobulbis triplice longiore, ascendente, ereto vel paulo arcuato quam foliis satis breviore, inferne 4—6 vaginato, vaginis deusiusculis, post3—4 cm.nudo, et ex medio ad apicem densiuscule multifloro ; bracteis parvis, oblongo-ovatis, acuminatis, quam ovario multotis brevioribus; floribus mediocribus, longiuscule pedicellatis, segmentis valde patulis ; sepalis patulo-reflexis, marginibus longi- tudinaliter revolutis, arcuate incurvis, apertis, oblongis-lanceolatis, acutis, late- ralibus paulo longioribus; petalis oblongo-lanceolatis, marginibus longitudinaliter = revolutis, — = тиш. поп сани paulo arcuatis, incurvis, sepalo c ^E. ыг dorsale sub-aquantibus ; labello sepalis lateralibus paulo breviore, infero, ads- cendente, satis incurvo, marginibus satis revoluto, aperto, profunde trilobato, ambitu late ovato-subrotundato, basi subtruncato, latiuscule breviterque un- guiculato, lobis lateralibus obtusis reflexis cum marginibus revolutis, intermedia ovata, apice abrupto reflexo, acutiusculo : disco laeve. Radices satis numerosae, breviusculae, satis graciles, simplices, leviter flexuosae. Pseudobulbi erecti, recti, acuti 4—6 cm.alti, 2—3 cm.crassi. Vaginae arcte adpressae latissime triangulares-ovatae, distincte multinervulosae, 1 —1/22 cm. longae, 2 1/2—3 cm. latae. Folia erecta vel erecto patula, piana vel paulo arcuata, margine satis ondulata, 20—22 cm. longa, 2—3 cm. lata. Pedunculus communis erectus vel paulo arcuatus, teretiusculus, laevis. 17-19 cm. altus. Vaginae pedunculares arcte adpressae, 4—5 ad basin pedunculo latiusculae im- bricatae, 5—6 mm.longae. Pedicelli erecti vel erecti patuli, arcuati, robustius- culi, plurisulcati, contorti, cum ovario 2 cm. longi. Bracteae membranaceae, paulo patulae vel subadpressae, leviter concavae, 5—6 mm. longae, 3—3 1/2 mm. latae. Flores erecti; segmentis subcoriacei-carnosis, intense vinaceis vernicósis. Sepala tenuier 5—7 nervata, dorsalia 19 mm. longa, 3 mm. lata; lateralia levi- ter obliqua 20 mm. longa, 3 mm. lata. Petala plus minusve patula, 5 nervu- losa, 19 mm. longa, 4 mm. lata. Labellum subcoriaceum carnosum, distincte multinervulosum, petalis aequilongum, convexum 24 mm. longum et ad medium cum laciniis lateralibus 24 mm. latum; laciniis lateralibus 5 mm. longis et ad basin fere totidem latis; terminale 11 mm. longa et fere totidem lata ad basin; unguiculo 2 3/4 mm. lato. Columna erecta satis incurva et contorta sub-semiclavata, crassiuscula, inferne satis attenuata, acute trigona, apice atte- nuata obtusiuscula, violacea vinacea, 15 mm. longa, ad medium abdominis 5 mm. lata et 2 1/2—3 mm. crassa. Stigma majuscula, alba. Anthera pallida. Arcte affini M. sinuatum Reichb. J. Habitat silvis humidis secus fluminem Juruena.—Floret Maio. Pl. n. 1903. Tabula 34. Pseudobulbos mediocres, oblongo-ellipticos, levemente compressos, pluri- articulados, apice 4—5 folioso, quando jovens vestidos pelas apertadas vaginas das folhas, logo mais despidas ou com pequenos fragmentos côr de prata das vaginas; folhas grandes, estreitas oblongamente lanceoladas, 7 nerva- das, acuminadas para o apice e attenuadas para a base; pedunculo denso com tres vezes o comprimento dos pseudobulbos, erecto ou um pouco arqueado e mais curto que as folhas, na base com 4—5 vaginas imbricadas, curtas e membranaceas, depois numaexten são de 3—4 cm. com- pletamente despido e logo do meio para o apice então, densamente multifloro ; bra- cteas pequenas, oblongo-ovaes, acuminadas muitas vezes mais curtas do que o ovario; sepalas patentes reflexas, com as margens longitndinalmente revoltas, arqueadas, incurvas, quando estendidas oblongo-lanceoladas de apice agudo, as lateraes pouco mais compridas; petalas oblongo-lanceoladas com as margens longitudinalmente revoltas, erectas, não tão reflexas como as sepalas antes um pouco incurvas e arqueadas, iguaes em forma a sepala dorsal; labello pouco mais curto que as sepalas lateraes, infero ascendente, muito incurvo com as margens bastante revoltas, quando estendido profundamente trilobado ; ambito largamente oval orbiculado na base brevemente unguiculado, lobos lateraes obtusos, reflexos de margens revoltas, intermedio oval apice Vido deae: re- Вехо sub-plicado, agudo; disco nú. Raizes numerosas, curtas, bastante delgadas, simples, levemente flexuosas. Pseudobulbos erectos, rectos, attenuados para o apice, agudos, 4—5 cm. de Wi. uu altura e 2—3 cm. de grossura. Vaginas erectas, fortemente amplexicaules, lar- guissimamente triangulares-ovoides, distinctamente multinervuladas, 1 1/2—2 cm, de comprimento e 2 1/2—3 cm. de largura. Folhas erectas ou erecto-patulas, planas ou pouco arqueadas, de margens onduladas, com 20—22 cm. de com- primento, 2—3 cm. de largura. Pedunculo commum erecto cylindrico, glabro de 17—19 cm. de comprimento. Vaginas pedunculares fortemente amplexentes de 4—5 bilateralmente imbricadas na base do pedunculo de 5—6 mm. de comprimento. Pedicello erecto ou ereto patulo, arqueado. robusto, plurisulcado e contorcido, de 2 cm, de comprimento (com o ovario). Bracteas membranaceas pouco patulas algo concavas de 5—6 mm. de comprimento e 3—3 1/2 mm. de largura. Flores erectas; segmentos coriaceo-carnosos, viuosos vernicosos. Se. palas tenuemente 5—7 nervuladas; dorsal de 19 mm. de comprimento e 3 mm.de largura; lateraes pouco obliquas, de 20 mm, de comprimento e 3 mm. de largura. Petalas patulas porém não reflexas, 5—nervuladas, de 19 mm. de comprimento e 4 mm. de largura. Labello subcoriaceo-carnoso, distintamente multinervulado tio incurvo como as petalas, de 24 mm. de comprimento e de igual largura no meio; partes lateraes salientes a 5 mm. e de igual largura na sua base; parte terminal com 11 mm. de comprimento e 11 mm. de largura na base; unguiculo 2 3/4 mm. de largura. Columna curta, muito incurva, contorcida, semiclavada, grossa, inferiormente attenuada, trigona, apice attenuado obtuso, violaceo-vinosa, 15 mm. de comprimento, tendo mo meio o abdomem 5 mm. de largura e uma grossura de 2 1/2—3 mm. Estigma grande. Anthera pallida. Approxima-se mais do M. sinuatum Reichb. J. Vive nas mattas proximas ao rio Juruena.—Florece em Maio. Pl. n. 1903. — Estampa n. 34. Cicnoches C. versicolor Richb. J. N. 4, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. V, pag. 451. Encontrado nas mattas de Tapirapóan.— Florece em Margo. Pl. n. 1348.— Estampa n. 35. Flóres do sexo masculino. ; MONANDRAE LYCASTINAE Xylobium X. sgualens Lindl. var. Та ти NE l, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. V, pag. Frequente nas mattas do rio Jaurü c Sepotuba.— Florece em Margo. PL u. 1608. X. Chapadense Cogn. var. luteo-albo (var. nov.) x ` Ajunte-se esta variedade ao n. 3 da Flora Brasiliensis de Martius, vol III, part. V, pag. 470. — . Floribus 10—15; labello disco м satis lutei diffuso; foliis 35 cm. а 8 em. datis. 5 uu 247 a Flóres em numero de 10—15; labello calloso, com o disco amarello dif- fuso; folhas de 25 cm. de comprimento e 8 cm. de largura. Encontrado nas mattas que margeam o rio Sepotuba em Tapirapóan.— Florece em Margo. : Pl. n. 1700 e 2263.— Estampa n. 36. MONANDRIAE-GONGORINAE Coryanthes C. maculata Hook. var splendens Cogn. N. 3, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part V, pag 511. Vive nas mattas proximas ao rio Juruena.— Florece em Maio. Pl. n. 2012.— Estampa n. 37. Este exemplar que-colhi vivia em um formigueiro, sobre uma ramagem que se estendia sobre o rio. As formigas säo das mesmas que se associam fre- quentemente ao Epidendrum imatophyllum Lindl. Houlletia А. Furuenensis (spc. nov.) Intercale-se esta entre os ns. 1 e 2 da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. V, pag. 538. Bracteae oblonge-lanciolatae, sub-obtusae; sepala elliptica, lata, lateralia, cum pede columnae brevissime connata; petala sepala dorsalia paulo angustiora, elliptica-oblonga, ad medium paulo dilatata sublobata; labelli mesidium sub- ancoriformes; epichilium subtriangulare indistincte trilo- bulatum, rotundatum, ondulatum. H. Furuenensis Hoehne (sp. nov.) Pseeudo-bulbo ovato, brevi, multistriato, juniore vaginis multotis majo- ribus membranaceis acutis vestito, demum denudato, superne attenuato, apice monophilllo; folia magna, lata, elliptica-lanceolata, acuta, 7 nervata, inferne attenuata in petiolo longissimé producta; petiolo paulo flexuoso, teretiuscule multisulcato, superne profundiuscule canaliculato; pedunculo simplice, robusto, erecto, foliis aequilongo vel paulo breviore, inferne laxiuscule vaginato, superne 4—6 floro; bracteae ovate-lanceolotae, concavae, ovario subdemidio breviorae; floribus patulis vel nutantibus semi-campanulatis, segmentis patulis, superne paulo incurvis; sepalis sub-aequilongis, elliptico-oblongis; dorsalia concava, apice revoluto brevissime apiculato; lateralia dorsalia paulo breviora et latiora pede columnae adnata ; petala sub-spathulata, angulata, apice rotundata, mar- ginibus lateralibus brevissime lobulata, basi satis attenuata, sepala dorsalia paulo breviora, tenuiter 11— nervata; labello carnosulo, rigido, ad basin et medium, contracto sub-articulato, sepalis lateralibus paulo breviore; mesidium latum ad basin, superne attenuatum, apice abruptedilatatum cum pleuridiis erectis, sub-ancoriforme; epichilium triangulare-rotundatum, levissime triloba- tum, marginibus undulatis, convexe-recurvis; pleuridiis erectis, sub-subulatis, flexuosis, longissime acuminatis, paulo falcatis. Radicibus numerosis, gracillibus, longiusculis, albescentibus, 30—50 cm. longis, circiter 1 mm. crassis, satis ramulosis. Pseudobulbi erecti vel erecto- ШОНГ nas patuli, superne longuiscule attenuati, virides, 3 1/2— 4 cm. alti, 2— 3 cm. crassi; apice monophyllo. Vaginis erectis, multinervulosis, anguste-triangula- ribus, longis, junioribus purpureo-viride, demum luteo-fusco coloratis, 5 — 15 cm. longis. Folia erecta, solitaria, longissimé petiolata, recurva, convexa, supra viridis, snbtus paulo pallidior, 45—50 cm. longa, 8—10 cm. lata. Petiolo robusto, erecto, limbo subaequilongo vel paulo longiore. Pedunculo communi, teretiunsculo, erecto, intense purpureo-viride colorato, 40—60 cm. alto, 5 mm. crasso. Pedicello patulo, robusto, teretiusculo, contorto, arcuato, purpureo viride, cum ovario 6 costato, 3 1/2 cm. longo. Bracteae membrana- ceae, purpureo-viride coloratae, 1 1/2—2 cm. longae, 3/4—1 cm. latae. Flöres patuli, albo-lutescentes intense minutissimeque purpureo-violaceo punctulati, limbo labelli albo Sepala dorsalia 3 3/4—4 cm. longa, 2—2 1/4 cm. lata; la- teralia 3 1/2—3 3/4 cm. louga, 2 1/4—2 1/2 cm. lata, polynervata. Petala paulo undulata 3 1/2— 3 3/4 cm. longa, 1 3/4 cm. lata. Labellum patulum;|mesidium supra albo-vernicosum, sbbtus purpureo-carmineo late striatum, 2 cm. longum, ad basin 3/4 cm. et medium 1/2 cm. latum; epichilium ad pars inferne mesi- dio adnatum, albo-vernicosum, marginibus undulatis, convexo-recurvum, 1 3/4 cm. longum, 2 cm. latum; pleuridium erecto-recurvum, 2—2 1/4 cm. longum, ad basin circiter 1 cm. latum et 1/2 mm, crassum, longitudinaliter purpureo- carmineo late striatum; striis superne acuminatis. Columna semiclavata, incurva, alba, superne intenso nitide purpureo-violaceo punctulata, 2 1/2 cm. longa, ad apicem 3/4 cm. crassa. Polliniis stipitatis, binis. Habitat humis silvarum paludosarum prope Juruena.— Floret Maio (?) Pl n. 2004. — Tabula 38. Pseudobulbos curtos, ovaes, multisulcados, vestidos pelas vaginas muito maiores das folhas, quando jovens, mais tarde completamente nüs, attenuados superiormente, sendo o apice monophyllo; folhas grandes, largas, elliptico lan- ceoladas, agudas, 7 venuladas, attenuadas inferiormente e prolongadas em peciolo longuissimo, este pouco flexuoso, cylindrico, multisulcado e canalicu- lado profundamente na parte superior; pedunculo simples, robusto, erecto, táo longo ou pouco mais curto do que as folhas, em baixo frouxamente vaginado, mais no apice com 4—6 flöres; bractea-ovo-lanceolada, concava, da metade do comprimento do ovario; flóres patulas ou nutas semicampanuladas, segmentos patulos, superiormente algo incurvos; sepalas quasi iguaes no comprimento, ellyptico-oblongas, a dorsal concava, no apice levemente apiculada e revoluta, as lateraes pouco mais curtas que a dorsal e mais largas que aquella, addatas ao pé da columna; petalas subspatuladas, . pouco angulosas, apice arredondado, mas margens lateraes obscuramente lobuladas, attenuadas na base, pouco mais curtas que a sepala dorsal, tenuemente 11 nervuladas; labello carnoso, rigido, pouco mais curto que as sepalas lateraes ; o mesidium largo na base, em cima onde partem os pleuridios abruptamente dilatados, tendo com estes a forma de aucora, de garras muito longas; epichilium triangular, angulos arredondados, um Petco lobulados, convexo-recurvos, sendo as margens pouco onduladas; pleu- ridios erecto-recurvos, sub-subulados, flexuosos, acuminados, pouco falciformes. Raixes numerosas. delgadas, longas, albacentes, de 30—50 cm. de com- primento e 1 mm. de grossura, ramificadas, Pseudodulbos aggregados, erectos on, pouco. enclinados, | verde, de 3 184 cm. de altura e 2—3 cm. de grossura. |o Vaginas grandes, erectas, multinervadas, estreitamente trianguladas, longas. 2 хэхэ? novas. PI eru минь amaselladas m. com 5—15 cm. de ~ SL 728 22 45--50 cm. de comprimento e 8—10 cm. de largura. Peciolo robusto, erecto, flexuoso, multicostado, cyliudrico, tào ou mais longo que o limbo da folha. Pedunculo commum, cylindrico, erecto, purpureo-verde, de 40—60 cm. de altura e 5 mm. de grossura. Pedicello patulo, robusto, cvlindrico, contorcido. pouco recurvo. purpureo-verde, com o ovario 6—costado, 31/2 cm. de comprimento, Bractea membranacea da cór do pedicello, 1 1/2—2 cm. comprimento e 3/4— 1 cm. de largura. Flores patulas, albo-amarelladas, minusculamente pontuadas de porpureo-violeta intenso, sendo o limbo do labello alvo. Sepala dorsal 3 3/4 —4 cm. de comprimento e 2—2 1/4 cm. de largura ; lateraes 3 1/2 —3 3/4 cm. de comprimento e 2 1/4—2 1/2 cm. de largura, todas polynervadas. Peta- las levemente onduladas de 3 1/2— 3 3/4 cm. de comprimento e 1 3/4 cm. de largura, ll-nervadas. Labello patulo; mesidium na parte superior albo-bri- lhante, em baixo estriado com largos tragos de purpureo-carmineo, 2 cm. de comprimento e na base 3/4 cm. e no meio 1/2 cm. de largura; epichilium soldado а parte de baixo do mesidium convexo-recurvo, inteiramente albo- . brilhante, de 1 3/4 cm. de comprimento e 2 cm. de largura; pleuri- dios de 2—2 1/4 cm. de altura, tendo na base 1 cm. de largura e 1/2 mm. de grossura, longitudinalmente estriados de purpureo-carmineo, estrias acumi- nadas no apice. Columna incurva, semiclavada, alba superiormente pontuada de purpureo-violeta nitido, 2 1/2 cm. de comprimento e no apice 3/4 cm. de grossura 2 pollinvas estipitadas. Vive no humus das mattas palludosas perto do Juruena—Florece em Maio (?) Pl. n. 2004.— Estampa n. 38. Tendo eucontrado entre centenas de exemplares, que viviam associados com .Sobralia Rondonii (sp. nov.) Hoehne e Paradisianthus. só um unico em flör, parece-me que a epoca de floração não é em Maio mas sim antes. MONANDR&-ZYGOPETALINE Kochiophyton К. coruleus (spc. nov.) Intercalle-se esta especie logo depois do n. 1 da Flora Brasiliensis de Martius vol. III, part. VI, (addenda) pag. 574. hizoma longum, repens vel ad truncos arborum erecte adherens. K. caeruleus Hoehne (sp. nov.) Rhizoma repens vel ad truncos arborum adherens, pauper radicorum, erectum repens, longum, multiarticulatum cum vaginis membranaceis subimbricatis deuse vestitum ; radix brevis, sub-amplexicaulis ; pseudobulbis oblongis- ovatis, paulo compressis, inter se 8—20 cm. distantibus, vaginis magnis ves- titis, apice monophyllo; vaginis triangulare-ovatis, acuminatis, saepius 2—3 pseudobulbum involventibus ; foliis tenuiter membranaceis oblongis-subovatis, inferne satis attenuatis in petiolo longiuscule productis, apice acuto, 3-nervatis ; pendunculo adscendente, paulo flexuoso, teretiusculo, non ramuloso, gracili, folis aequilongo vel paulo longiore, inferne vaginis remote vestito, superne 3—7 —floro; bracteae parvae. ovatae-triangulares, acutae, ovario satis breviorae; = flores erecti-patuli; sepala membranacea, pellucida; dorsalia apice revuluta, satis convexa, ovata, obtusa, basi abrupte truncata, 7—9 пегуайа ; lateralia paulo obliqua, marginibus paulo undulatis, ovata, obtusa, 7—9-nervata ; petala wc M э tenuiter membranacea, pellucida obovata-suborbiculata, apice abrupte obtuso, apiculato, 7—9 nervata; labello sepala aequilongo, inferne longiüscule. ungui- culato, crassiuscule carnoso, caloso, limbo late subcordiforme, magis latiore quam longo, concavo, marginibus erectis satis undulatis, apice brevissime emarginato; columna erecta, alata; alae longae, apice rotundatae, marginibus integerrimis, ambitu subspathulatae. Rhizoma longum, simplex vel paulo ramulosum, humum primum demum per truncis arborum erecte repeus multiarticulatum, 1 1/2—3 m. longum, 1 cm. crassum. Vaginae rHizomatis numerosae, membranacae, bilateraliter imbricatae, caulem involventes, ovatoe-triangulares, 1—5 cm, longae, 3/4 ст. latae, lutece- fuscescentes. Radicibus parcis, 2—5 ad basin pseudobulborum, flexuosis, albe- scentibus, 5—20 cm. longis, 1—1 1/2 mm. crassis. Pseudobulbis ad rhizomatam sparsiusculis 8—20 cm. distantibus erectis, ovatis-linearibus, 9—17 cm. longis, 1—1 1/2 cm. crassis, superne longiuscule attenuatis, subteretiusculis longitu- dinaliter plurisulcatis. Vaginae pseudobulbi longae, paulo envolutae, pseudo- bulbum involventes, 10—15 cm. longae, 2 cm. latae, lutece-fuscescentae, inferiores satis minores quam superiores circiter 2—3 cm. longae et 1 1/2cm. latae. Folia solitaria, erecta, plana vel paulo convexa, inferne attenuata et supra profunde canaliculata, subtus carinata, 3 nervis; nervis satis prominentibus, secundariis 5— valde indistinctis; 15—35 cm. longa. 3—5 cm. lata. viridis, nitida. Pe- tiolo 2—4 cm. longo. Pedunculus solitarius, simplicibus, teretiusculus, inferne annulatus, superne 3—7 florus, 15—40 cm. longus, 2—4 mm. crassus. Vaginae pedunculares satis adpressae, tenuiter membranaceae, lutece-fuscescentes, 1 1/2 —2 cm. longae. Pedicelli patuli, subclavati, cum ovario paulo arcuati 2 1/2 cm. longi. Bracteae parvae, ovatoe-triangulares, paulo patulae, concavae, virides-oliva- сеге, 10—12mm.longae. Flores mediocres, patuli, caerulentes; segmentis patulis subaequilongis, 4 1/2—5 cm. diam. Sepala dorsalia concava, apice revoluto, tenuiter membranacea, 3 cm. longa. 1 1/4 cm. lata; lateralia paulo obliqua, patula, dorsalia aequilonga. Petala membranacea, pellucida, patula, saturate caerulea, apice satis revoluto, quam sepalis lateralis paulo breviora. Labellum erectum, patulum, 2 cm. longum, 3 3/4 cm. latum; unguiculo ligulato, car- noso, satis arcuato 10 mm. longo, 3 mm. lato, 6—7 lutei venato ; limbo lato, subcordiforme, satis concavo, marginibus undulato, apice brevissime emargi- nato, satis pallidiore cum 9 venis saturate caeruleis ; callo 3 mm. longo, 3 mm. alto et ad apicen 3 mm. lato, luteo-diffuso colorato. Columna clavata 1 1/4 cm. longa, ad basin 3 mm. crassa; alis longis, subspathulatis ad apicem abrupto rotundatis, 1 cm. longis, 3'4 cm. latis. Anthera alba, distincte caudicnlata. Differt а Ж. negrense Schlechter erhizomata inflorescentiaque аа, pseudobulbis monophyllis. : Habitat silvis paludosis seccus flum. Juruena et Sacre, prope Salto Bello. —Floret Junio. „Kl. 2085, 2087, 2014, 2108.— - Tabula n. 39. с видни rasteiro ou crescendo verticalmente agarrado com as raizes semi- amplexicanles nos troncos das arvores, muito comprido, multiarticulado, vestido pelas vaginas membranaceas ; pseudobulbos pouco comprimidos de 8—20 cm. “distantes um do outro, vestidos pelas. vaginas muito maiores e de apice mono- phyllo; vaginas 2—3 em cada pseudobulbo envolvendo este, de forma trian- gular-oval e acuminadas; folhas flexiveis, membranaceas, ovo-oblongas, atte- nuadas inferiormente e prolongadas em longo peciolo, apice agndo, 3-nervadas ; pedunculo ascendente, pouco flexuoso, cylindrico, não ramificado, delgado, tão “ou pouco mais longo que as folhas, inferiormente vestido cá e lá por vaginas, 1661 superiormente,.3—7 Його; bractea pequena, ovo-triangular, aguda, muito, mais curta que о ovario; flores erecto-patulas; sepalas membranaceas, pellucidas ;. dorsal de apice revoluto, bem convexa, oval-obtusa, de base abruptamente, truncada, 7—9-tervada ; lateraes pouco obliquas, de margens algo onduladas; oval-obtusa, 7—9 nervadas; tenuemente membranacea, pellucida, ovaes suborbiculadas, de apice obtuso, levemente apiculado, 7—9:nervadas ; labello tio longo como as sepalas lateraes, inferiormente- unguiculado; unguiculo longo, grosso, carnoso e calloso; limbo largo, subcordiforme, mais largo do que longo, concavo subcochlleariforme, de margens muito onduladas é de apice levemente emmarginado; columina erecta, alada ; azas i-i arredondadas no apice, de margens integras, de ambito subspathulado. . Rhizoma muito longo, simples- ou 'pouco ramificado, estendido sobre o humus ou lagarrado com as raizes perpendicularmente aos troncos das arvores ou ainda em рё completamente sem apoio, multiarticulado, de 1 1/2—3 m. de comprimento, 1 cm. de grossura, Articulações: muito juntas, munidas de vaginas. Vaginas do” rhizoma membranaceas, ‚ovo-triangulares, bilateralmente alternas e imbricadas vestindo todo o rhizoma, de 1—5 cm. de comprimento. por 3/4 cm. de largura, de côr amarellada-fusca. Raizes em pequeno numero: na ‘base dos pseudobulbos, geralmente 2—5, flexuosas, albicantes, de 5—20 ст. de» comprimento, - 1—1 1/2 mm. de grossura. Pseudobulbos muito afastados,; geralmente: com :8—20 cm, de espaço: entre: si, erectos ou pouco inclinados, longos, ovo-lineares, attenuadas по apice, longitudinalmente plurisulcados,. 9—17 cm. de comprimento, 1 1/2 cm. de grossura, Vaginas dos pseudobulbos longas, pouco enroladas envolvendo o pseudobulbo, quando joveu, por com- pleto, tendo a maior 10—15 cm., e a menor 2—3 cm. de comprimento por 1 1/2—2 cm. de largura. Folha erecta, soltiaria, plana ou pouco convexa, inferiormente attenuada е canalisada па “pagina superior, sendo а in- ferior ahi um pouco carenada, сот. tres nervuras bem proeminentes е e 5—7 secundarias, de 15—35 cm. de comprimento por 3-5 cm. de larguta ; cór verde brilhante. Peciolo 2—4 cm. de comprimento. Pedunculo floral soli- tario, simples, cylindrico, annellado na parte inferior, com 3—7 flores na supe- rior de 15—40 cm. de comprimento por 2—4 mm. de grossura. Vaginas .do pedunculo amplexicaules, tenuemente-membranaceas, de cór amarellada-fusca, de 1 1/2—2 cm. de comprimento. Pedicello patulo, tendo com o ovario 2 1/2 cm. de comprimento. Bractea ovo-triangular, pouco patula, concava. de 10—12 mm. de comprimento, de côr verde-oliva. Flores ceruleas; segmentos patulos ' iguaes em comprimento, com 4 1/2—5 cm. de diametro. Sepala dorsal concava, de apice revoluto, tenuemente membranacea ; lateraes pouco obliquas, bem patulas, 3 cm. de comprimento por 1 3/4 de largura. Petalas membranaceas, pellucidas, patulas, saturadamente ceruleas, de apice fortemente revolto, um pouco mais curtas que as sepalas: lateraes е tão largas como estas. Labello erecto-patulo ; unguiculo - ligulado, grosso, «bastante atqueadó, com 6—7 veias amarellas, de 10 mm. де comprimento por:3 mm. de largura, limbo largo, subcordiforme, bem concavo, subcochleariforme incurvo, de marges ónduladas e apice leve- mente emmargiñado, mais pallido que as demais partes da flór, com 9 veias de ceruleo intenso, de 2 cm. de comprimento e 3 1/4 ст. де largura ; callo ash de amarello, com 3 mm. de comprimento por 3 mm. de altura e,3 m.: de largura- no. apice, tendo assim a forma, de um triangulo em relevo. сана clavada,..de 1 1/4 ст. de “comprimento ‘por .3 mm. de grossura, azas, longas, subspathuladas, de. apice arredondado, . de 1 cm.: de RIEMEN | Anthera аа, distintamente caudiculada. Differe do K. negrensis Schlechter, nee vida ENTER mono- = 84 = phyllo e rhizoma longo, como ainda peló habito em geral e inflorencia solitaria. — Vive nas mattas paludosas do rio Juruena, Sacre e Papagaio, tendo-a encontrado com mais frequencia na proximidade do Salto Bello. Florece em Junho. Pl. ns. 2085, 2087, 2014 e 2108. —Estampa n. 39. MONANDRZE.ONCIDIINZE-NOTYLINEZE Macradenia | M. multiffora Cogn. © М. 6, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. ПІ, part. VI, pag. 115. Vive nas mattas humidas, agarrado aos troncos das arvores, nas margens do rio Turumã em 'Tapirapoàn.—Florece em Março. Pl. ns. 1398, 1399, 1436, 1437, 1520,-1522, 1567.— Estampa п. 40. Tendo-me sido possivel trazer a planta viva para o Rio de Janeiro e observar e estudar a flôr ainda fresca, estou propenso a crêr que as especies М. Paraensis Barb. Rodr. e a de Cogniaux sejam uma unica e mesma especie, pois que a pequena differença que as separa, póde ser facilmente equivocada, mormente quando o estudo é feito numa planta secca; não quero entretanto emittir senão a minha suspeita sobre a especie, porque não posso ir além, por não ter em mão material para comparação. que é o unico meio de se resolver isto. Notylia N. bisepála Spc. Moore (?) The Transactions of the Linnean, Society of London, vol. IV, part III, pag. 478. Vive em Tupirapóan e “nas -mattas do rio Jaurú. — Florecendo ‚em: De- zembro. | Pl..n. 998. N. Спати Cogn. N, 10 da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. VI, pag. Vive em S. Luiz de Caceres.— Florece em Janeiro, Т PL m. 1217: N. Tapirapóanensis (spc. nov.) Intercale-se esta especie depois do n. 7, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. VI, pag. 121. | Folia oblonga, abrupte obtusa; . petala acuta, arcuata, fal- cata; labellum longe unguiculatum; limbo. basi truncato, lobis basilaribus obtuse deflexis, lobis, terminalis acutis deflexis. a ia N. Tapirapoanensis Hzehne (sp. nov.) Pseudobulbis mediocribus, Sy meet aço paulo compressis longitudi- maliter multistriatis et sulcatis, primum ad basim vaginis parvis submembrana- _ сев, multistriatis, triangularibus, acutiúsculis, concavis, vistitis, demum denu- datis, basi rarius 1—2 foliolatis, apice saepius monophyllis; foliis coriaceis, uni- же, servi lateralibus satis numerosis valde indistinctibus viridis; basi- . laris:sati: pus late-oblomgis, apice abrupte-rotundatis, basi abrupte atte- A A = nuatis brevissime plicatis in vagina articulatis, caducis; pedunculo communi, erecto-patulo, gracillimo, foliis aequilongo vel paulo longiore, inferne vaginis 2—3 ıriangularibus membranaceis acutis remotisque vestito, superne recurvato fere usque ad basin dense multifloro; bracteis auguste longiuscule acuminatis, pedicello cum ovario aequilongo; flores patuli, satis retropedicellati, segmentis patulis albecentes; sepalis concavis, paulo carnosis, dersalia concava, superne extus geniculata, apice uncinato; lateralibus inferne subdimidio connatis, su- perne patulis, satis revolutis; petalis liniaribus-spathulatis, paulo falcatis, arcuatis, apice abrupte-acuto; labello membranaceo, limbo sublyrato-lanceolato, inferne longiuscule unguiculato, ecarinatum ecallosumque, marginis retroflexis in lobo basali deflexis denique erectis et ad apicem deflexis, satis albiore quam sepali et petali; culumna labellum breviore, erecta teretiuscula, superne intus genicu- lata, apice acuto brevissime incurvato. Radicibus longiusculis, teretiusculis, simplicibus, albicantibus 1 mm. cras. sis, cerciter 20—40 cm. longis. Pseudobulbis anguste oblongis, paulo com- pressis, satis aggregatis; 2—4 cm. longis, 3/4 cm. crassis, Folia basiliaris 5—10: em. longa, 2—3 1/2 cm. lata, im basin super vagina articulata, satis pli- cata, superne plena et valde recurva; apicalis erecta vel ereto-patula prope ba- sin brevissime plicata petiolata, denique plana 11—13 cm. longa, 3—3 1/2 ст, lata. viridis. Vaginis ovatis-subtriangularibus, membranaceis, albecentibus, sub- tiliter multistriatis 1 1/2—2 1/2 cm. longis, basin apertis 1 1/2--2 cm, latis. Pedunculo nutante, multifloro teretiusculo, ad basin castaneo. et superne. viridi- albecente colorato, 25 cm. longo, 3 mm. crasso. Vaginis peduncularibus 2—3 remotis satis amplexicaulibus ınferne pedunculo, albicantibus, 1 cm. longis. Flo- res patuli, satis retropedicellati, albecentes, 8 mm. diam. Pedicello filiforme cum “evaro 1/2:cm. longo. Bracteae anguste-filiformae, .acutissimae, 1/2 cm. longae. Sepala. dorsalia 6 mm. longa, 1 1/2 mm. lata; lateralia connata, ad basin 2 1/2 mm. lata, 5 1/2 mm. longa, fidis satis revolutis. Petala subfalcata, arcuata, membranacea, 5 1/2 mm. longa, superne 1 mm. lata inferne paulo attenuata. Labellum erectum, paulo carmosum, 4 mm. longum, ad basin 2 1/2 mm. la- tum; unguiculo 1 mm. longo. Columna. teretiuscula. 3: mm, longa, Habitat im silvis supra arboribus secus fluminem Sepotuba prope Tapira- póan. — Floret et Martio. Pi. n. 2256.— "Tabula n. 41. Pseudobulbos mediocres, estreitos, oblongos, pouco compressos, longitu- dinalmente multistriados e sulcados, vestidos quando jovens pelas pequenas va- gitas menbranaceas, multistriadas de forma triangular aguda, concávas, na sua base, depois despidas; raramente com 1 ou 2 folhas na base, sendo o apice, entretanto, sempre monophyllo; folhas coriaceas, uminervadas, é muitos nervos secundarios, porém, indistinctos, de cor verde: folhas basilares, menores que a do apice, largas, oblongas, de'apice arredondado e base abruptamente attenua- da e pouco: plicada, articuladas nas vaginas е caducas; pendunteñlo commum, erecto-recurvado, delgado, táo ou pouco mais cumprido que as folhas, com 2—3 vaginas triangulares agudas na base, superiormente depois até quasi а base, densamente multifloro, bracteas estreitas, acuminadas, táo longas como o pedicello junto com o ovario; flores patulas, —Ĵ segmentos pa- tulos, albicantes; sendo o labello albo; sepalas concavas, um ponto carnosas, dorsal concava, superiormente geniculada, de apice uncinado, lateraes connatas inferiormente até no Эсэн: sendo ав pontas depois bem patulas e revolutas; pe- ёс сн, e talas las, pouco falcados e arqueadas, de apice abrupta- mente agucado; labello. membranaceo: limbo lanciolado-sub-lyriforme, umguicu- — ад lado na base, desprovido de callo e carena, margens retrorsas, nos lóbos basi- lares deflexos, depois, eréctos e no'apice deílexos, mais albo que os demais seg- mentos da flór, columtia erecta, cylindrica, superiormente nio im ede apice agudo e incurvo, não tão comprido como o labello. Raizes longas, cylindricas, simples, albecentes, de 1 mm. de grossura,: 20—40 cm. de comprimento. Pseudobulbos oblongos, pouco compressos, 2—4: cm. de altura, 3/4—1 cm. de grossura. Folhas basilares 5—19 cm. de com- primento, 2—3 1/2 cm. de largura, do apice do pseudobulbo erecta, ou pouco: curva, plicada nà base 1 cm. depois plana, de 11—13 cm. de comprimento, 3—3 1/2 cm. де largura, de côr verde. Vaginas ovo-triangulares, membrana- ceas, albicantes, 1 1/2—2 1/2 cm. de comprimento, na base, quando estendidas,' 1 1/2—2 cm de largura. Pedunculo nuto, multifloro, cylindrico,' na base, cas- tanho, superiormente verde- albicante, 25 cm. de comprimento, 3 mm. de gros- sura. Vaginas do pendunculo 2—3, cá e lá, na parte inferior déste, albecentes, de 1 cm. de comprimento. Flores retropedicelladas, patulas albecentes com o labello mais alvo, 8 mm. de diametro. Pedicello filiforme, de 1/2 ст. de corn- primento junto com o ovario. Bracteas estreitas sub-filiformes, agudissimas, de 1/2 cm. de coniprimento. Sepala dorsal 6 mm. de comprimento, 1 1/2 cm. de largura; lateraes connatas na base, tendo assim uma largura total de 2 1/2 mm. e 5 1/2 mm. de comprimento, sendo as'pontes bem revolutas. Petalas sub-spa- tubuladas, arqueadas, membranaceas, 5:1/2 cm. de comprimento, tendo no api- ce 1 mm. de largura. Labello erecto, levemente - arqueado, membraraceó-car- noso, de 4 mm. de 'comprimento, tendo o limbo 2:1/2-mm. de largura em sua base; o unguiculo dé 1 mm. de Comprimento. Columna cylindrica, de 3 mm. de comprimento. Vive como epephita agarrado aos troncos e galhos das arvores tas — tas do rio Sepotuba em "Tapirapóan. — Florecendo em = I SUPE mi 2256.— Estampa n. 41. A “presente especie differe da JV. bisepala 5. lao principalmente nas ѕе= palas lateraes, que nesta são Cönnatas até ao meio de seu” comprimento, “sendo as partes desligadas révoltas e enroladas para traz, ao passo que naquella, se- gundo a diagnose do auctor, são apenas levemente bifidas, parecendo assim a flór ter somente duas sepalas, o que levou ao descriptor appellidal-a com o nome acima; no mais, -а especie assemelha-se muito aquella, tendo tambem sido encontrada na mesma zona. N. lyrata S. Moore Q). ЭЭГ үа! ni Hina Т "The Transaction of the; Тавдеач Society | of он | eth. IV; part. Ш, pag. ATTE on sea“ aj Vive nas mattas do rio Лашй.- j rad em ое ы, n. 973. “мон АМ DRAE. ONCIDIINAE-IONOPSIDAE . ы id “Trichocentrum | о 3 Tr. zonopthalmum Reich. 3: тэгнэ a E 2, da: Flora кады Бан. de Martis, vol III, piri. VI, сай. 140. | Vive como EN me nas mattas | humidas, em верна. "Flotecendo Margo. 2-5 1223 » Pi. n. 1435.— - Estampa n. 42: : ` Encontrei só um m desta er a qual nesta occasiäo estava em vj даба ган ја = ока Ч 1 1 ў P Е E 7 лак ас botão, levando-a para o meu rancho, floreceu 15 dias depois; € um specimen muito pequeno, e deu só uma flör, a qual entretanto era muito grande em re- lação à planta. ; | Trichocentrum Mattogrossensis spc. nov. Intercale-se esta especie logo depois do n. 11, da Flora Brasiliensis de Martius, vol III, part. VI, pag. 139. Petala ovata, apice abrupte acuto; labellum obovato-oblon- gum ad medium paulo contractum, marginibus undulatis in- tegerrimis; disco inferne distincto 4 carenato; calcar lon- go, apice uncinato; columnae ala obovata, apice abrupte truncata, brevissime denticulata. 11 bis Trích. Mattogrossensis Hoehne. Pseudobulbis parvis, ovatis, apice abrupte truncatis; folia sessilis, magna, coriacea-carmosa, oblonga vel oblongo-lanceolata, apice abrupte acuto, hasi paulo attenuato, nervo prope basin subtus prominente subcarinata, supra profundi- uscule canaliculata; pedunculo breve, robusto, patulo vel patulo-nutante, paulo flexuoso, 2--4--Пого, 2—3 bracteato ; bracteae-parvae, triangulares-acutae, am- plexicaules; flores succedanei, mediocres, sub-pendules; sepala membranacea, dor- salia ovata, basi attenuata, apice abrupte acuta; lateralia obovata-oblonga, paulo obliqua, superne paulo falcata, apice acuto, dorsalia paulo longiores, marginibus paulo reflexis; petala ovata-semifalcata, basi attenuata, 5 nervata, sepala dor- salia aequilonga, parce patula, inferne paulo conniventes ad apicem 13 mm. dis- tantes patula; labello carnoso, sepalum dorsale subdimidium longiore, late oblongo inferne 4 carinato, paulo maculato, ad medium paulo contracto, marginibus in- tergerrimis, undulatis, superne paulo revolutis, apice obtuso, deflexo, non emar- ginato; calcar longo, flexuosum, apice uncinatum, ovarium cum pedicello sub- alquilongum; columna brevi, crassa; alae erectae, latae, longiusculae, apice abrupte truncatae levissime denticulatae, tenuiter punctulatae, marginibus late- ralibus integerrimis. 3 Radices numerose, breves, albecentes, 10—30 cm. longe, 1 1/2 mm. cras- se. Pseudobulbis aggregatis, parvis, glabris, saturate viridibus, apice monophyllo, .2—4 mm. altis, 2—3 mm. crassis. Folia plana, magna, coriacea-carnosa, ра- tula, univervata, nervo subtus crassiuscule prominente, supra valde impresso; inferne profundiuscule canaliculata, 10—12 cm. longa, 3—4 lata. Pedunculo ad basin pseudobulbi, teretiusculo, flexuoso, saturate viride, inferne 3 vagi- nato, superne 2—4 floro, 3—4 cm. longo, prope apicem 4 mm. crasso, inferne paulo attenuato. Pedicello robusto, purpureo-viride, cum ovario subclavato, breviterque trigono, 18 mm. longo, ad apicem 2 mm. crasso. Vaginae subam- plexicaules, 4 mm. longae, ad basi 4 mm. latae. Bracteae triangulares, virides 7 mm. longae, 4 mm. latae, laxiusculae. Flores pendules, segmentis paulo'con- niventis. Sepala dorsalia obovata, lata, basi satis attenuata, paulo concava, 5 nervata, brunea-fusca, 13 mm. longa, 4 mm lata; lateralia brunea-fusca, 13 1/2 longa, 3 1/2 lata. Petala 5 nervata, brunea-fusca. 13 mm. longa. Labellum paulo flexuosum, marginubus undulatis, apice reflexo, album, disco inferue cir- citer 1/1 longitudinem crassiuscule 4— carinato, carinis crenulatis ad apicem et circumjecta irregulariter vinoso maculatis et punctulatis, luteo infusis, superne album, 13 cm. longum, 8 mm. latum (sine unguiculo) cum unguiculo 17 cm. longum. Calcar angusto, subteretiuscule, flexuoso, apice uncinato acuto, bruneo-fusco, 18 mm. longo, ad basin 2 mm. crasso. Columna brevi, crassa, alba, 5 mm. longa (cum alae 8 mm. longa) ad basin 2 mm. crassa. Alae SCIT ш 4 mm. longae, 2 mm. latae, albae, tenuiter purpureo-vinoso punctulatae, apice brevissime denticulato. Habitat silvis humidis, supra arboribus secus fluminem Paraguay ad S. Luiz de Caceres.— Floret Januario. Pl. n.— Tabula n. 43. Pseudobülbos pequenos, ovaes, de apice abruptamente truncados, folhas sesseis, grandes, coriaceas-carnosas, oblongas ou oblongo-lancioladas, apice abru- ptamente agudo, base levemente attenuada, nervo na parte inferior da folha e proximo а base proeminete, carinado, estando profundamente canaliculada a parte superior ; pedunculo curto, robusto, patulo ou pendente, pouco flexuoso, 2——4 floro, com 2—3 bracteas na parte inferior ; bracteas pequenas, triangulares agudas e fortemente amplexicaules ; flöres successivas, mediocres, pendentes; sepalas membranaceas, dorsal, oval, attenuada na base e abruptamente aguda no apice, lateraes obovaes oblongadas, pouco obliquas, um pouco falcadas proximo ao apice, este agudo, pouco mais compridas que a dorsal, margens pouco reflexas; petalas vbovaes sub-falcadas, attenuadas na base, 5—nervadas, tão compridas quanto a sepala dorsal; labello carnoso, obovato-oblongo, com 4 carenas no disco, no meio pouco estreitado, margens inteiras, porém muito onduladas е superiormente pouco revolutas, apice obtuso deflexo e não emmarginado, tão longo e mais a metade do comprimento da sepala dorsal; esporão longo, fle- xuoso, de apice agudo e uncinado, tão longo quanto o ovario junto com o pedicello; columna curta, grossa, de azas erectas, largas, longas, de apice abruptamente truncadas e levemente denticuladas, sendo as margens lateraes integras. Anthera convexa, subtilmente papillosa. Raizes numerosas, curtas, albicantes, de 10—30 cm. de comprimento e A 1/2 mm. de grossura. Pseudobulbos aggregados, pequenos, glabros, saturadas de verde brilhante, de apice monophyllo, de 2—4 mm. de altura, 2—3 mm. de grossura. Folha plana grande, coriacea-carnosa, patula, uninervia, pouco canaliculada na parte basal, de 10—12 cm. de comprimento, por 3—4 cm. de largura. Pedunculo floral na base do pseudobulbo, cylindrico ou pouco ` cla- vado, flexuoso. saturado de verde, inferiurmente 3—4 vaginado e superiormente 3—4 floro. de 3—4 cm. de comprimento. tendo no apice 4 mm. de grossura. Pedicello robusto verde-purpureo tendo junto com o ovario a forma clavada e 18 mm. de comprimento e 2 mm. de grossura no apice. Vaginas fortemente amplexicaules muito juntas na base, de fórma triangular, de 4 mm. de com- primento por 4 mm. de largura na base. Bracteas triangulares, frouxas, de 7 mm. de comprimento por 4 mm. de largura na base. Flores pendentes, seg- mentos muito pouco patulos. Sepala dorsal oboval, larga, na base fortemente attenuada. pouco concava, 5 nervada, bronzeada-fusca, 13 mm. de comprimento, 4 mm: de largura ; lateraes da mesma cor, de 13 1/2 mm. de comprimento _ рог 3 1/2 mm. de largura. Petalas da mesma côr das sepalas, de 13 mm. de comprimento e 3 1/2 mm. de largura, 5 nervadas. Labello flexuoso, de mar- “gens onduladas, apice deflexo, disco albo, 4 carinado até а 1/4 de comprimento total ; carinas crenuladas, no apice e nas circumjacencias maculadas e pontu- ladas de purpureo-vinoso em fundo amarello; comprimento total do limbo com o unguiculo 17 mm. sem o unguiculo 13 mm. e 8 mm. de largura. Esporão „kio, levemente conico-subcylindrico, fluxuoso, de apice agudo e uncindo bron- ado-fusco, de 18 mm. de comprimento por 2 mm. de grossura ma base. nna curta, grossa, alva, tendo sem as azas 5 mm. e com estas 8 mm. de à rimento e 2 mm. de grossura. Azas de 4 mm. de comprimento por 2 mm. de iere a no pad кеши denticuladas e tendemente — de e AN II Vive sobre arvores, nas florestas sombrias e humidas, em S. Luiz de Caceres.— Florecendo em Janeiro. Estampa n. 43. Transportei esta planta viva para o Rio de Janeiro, onde floreceu em Janeiro de 1910, é uma especie de flores muito menores que o Trich. fuscum, com a qual se assemelha muito. Rodriguezía К. secunda Kunth. var. sanguínea Schomb, N. 1 da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. VI pag. 151 Vive como epiphyta, nas mattas que margeam o rio Jaurá, Paraguay e Sepotuba.—Florescendo de Dezembro a Janeiro. Pl. ns. 486, 934, 984.— Estampa п. 44. As plantas que colligi, nào tem os pseudobulbos täo distantes sobre o rhizoma como descreve Kunth, sendo tambem as flores muito maiores, como se poderá vêr na estampa n. 44; não considero, porém, isto um motivo para separal-as como variedade difinida. Ionopsis 7. paniculata Lindl. N. 1, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. VI, pag. 172. Encontrada em todas as mattas humidas na zona dos rios Jaurú, Para- guay, Sepotuba e afluentes.—Florecendo de Janeiro a Margo. Pl. ns. 226, 435, 436, 568, 1275, 1276, 1440, 1649, 1603, 1617, 1724; Estampa n. 45. Esta planta encontra-se geralmente agarrada aos galhos muito finos das arvores ou as lianas, no по Sepotuba; nào .é raro encontrar-se-a, ás vezes em pequenos ramos, quasi ao nivel da agua. As flóres variam desde o róxo muito claro até ao roxo-lilas e säo muitas e grandes em relagäo á planta. Plectrophora : P. calcarhamata spc. nov. Intercale-se esta especie logo depois do п. 1, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. VI, pag. 134. | Pseudobulbi parvi; foliae ad basin numerosae, cum equidis- . tantibus vaginis pseudobulbum envolventibus ; flores magni, lutei; sepala cuneata, acuta; petala ovata-oblonga, base truncata, apice rotundata, brevissime apiculata; calcar pedicelli subdimidium longiore, flexuoso, apice valde hamato. P. calcarhamata Hoehne spc. nov. Planta subflabelliformis ; pseudobulbis parvis, solitariis, suborbicularibus, valie compressis, basi 5—9 foliatis, apice monophyllis; foliis satis inaequilon- gis, paulo inaequalibus, inferioribus minoribus, auguste falcatis, apice acutis; superioribus majoribus, erectis, late falcatis, basi leviter attenuatis; vaginis foliaceis, subquadratis, plicatis pseudobulbum equidistantibus en- volventibus; pedunculo foliis satis breviore, 4—bracteato, unifloro: brac- teae auguste triangulares, membranaceae, multistriatae, laeves, amplexi- dur E со caules ; floribus magnis, luteis, segmentis non valde patulis, tenuiter membra- naceis, multistriatis, eretis; pedicello cum ovario subclaviforme, flexuoso ; sepalis aequilongis, ovatis-cuneatis, acutis, dorso paulo carinatis, subro- tundatis, lateralitibus in calcar tubulosum longissime productis; dorsale lateralis latiore, concava, dorso distincte carinato, apice levissime deflexo ; petalis oblongis, tenuiter membranaceis, basi truncatis, apice paulo deflexis minutissime apiculatis, labellum adpressis; labellum sepala subdemidium lon- giore, Ee selle ош intra multistriatum in tubum gloxinoideum lon- gitudinaliter columnam t lutum, ad medium paulo concavo saccatum, apice undulatum, patulum, аад зааг ad basin cum columnam brevissime connatum, in calcar longissime productum; columna nana, crassa, minutissime biauriculata, apice incurva. Planta parva, subflabelliformis, 10—15 cm. alta. Folia ad basin pseude- bulbi 5—10; superiores erectae ensiformes, tenuiter multistriatae intense virides, 8—10 cm. longae, 1—1/2 cm. latae, basi paulo attenuatae, inferiores ensiformes subfalcatae,2 1/2 cm. longae, 3/4 nm. latae; folia apicalis ultima que basalis omnino aequales. Vaginis equitantibus plicatis, apertis, circiter 1 1/2 cm. longis et 1 1/3 cm. latis. Pseudobulbi solitari, erecti, valde compressi, laeves, nitide albacenti-virides, 1 1/2 cm. altij ad medium fere 2 mm. crassi, marginibus arcuatis. Pedunculo erecto, laeve, viride, 4 bracteato, unifloro, 2 3/4 cm. longo, 2 cm. crasso. Pedicello erecto, 2 cm. longo, ad apicem 3 mm. crasso. Flores erecti, lutei, 7 cm. longi (cum calcari), ad apicem 2 1/2 cm. patuli. Calcar descendens, conicum, flexuosum, apice satis tamatum, pedicello cum ovario di- midio longior, 4 1/4 cm. longum, et prope basin 3 mm. crassum. Sepala erecta, lutea 2 1/2 cm. longa, 3/4 cm. lata; dorsalia lateralia paulo latioribus, satis concavis, apice brevissime deflexo; laterala ad dorsum paulo carinata. Petala erecta, labellum adpressente, lutea, paulo concava, apice brevissime deflexo apiculato, 2 1/2 cm. longa, 1 1/4 cm. lata. Labellum erectum. gloxini- oideum, involutum, apice brevissime deflexo, luteum, intra ferrugineum-aurautia- cum multistriatum, striis superne valde ramulosis; ambitu latiore quam longo, 4 cm. latum, 3 cm. longum. Columna nana, 1 cm. longa, 3 mm. crassa. Habitat in arboribus silvarum secus fluminem Jaurŭ, supra Porto Esperidião. —Floret Decembri. РІ. n. 987. Tabula n. 46. Planta subflabelliforme, de pseudabulbos solitarios, suborbiculares, compri- midos em fórma de lentilhas com 5—9 folhas na sua base e uma no apice , folhas muito desiguaes entre si, as inferiores menores, estreitas, ensiformes ou falcadas, de apice agudo, as superiores maiores, erectas, mais largas, ensifor- mes, na base attenuadas, levemente vaginas d'estas folhas da base do pseudo- bulbo, equitantes e envolvendo por completo o pseudobulbo, quando abertas de forma quadrada; pedunculo mais curto que as folhas, com 4 bracteas e uma flór, bracteas estreitas triangulares, membranaceas, multistriadas. lisas, ample- - xicaules, flór grande, amarella, segmentos näo muito patulos, tenuemente membranaceos, erectos; pedicello junto com o ovario, clavado, cylinurico, fle- xuoso, sepalas iguaes em comprimento, obovaes cuneadas, agudas, no dorso pouco carinadamente-arredondadas, lateraes connatas na base e prolongadas no espo- räo conico, flexuoso; dorsal mais larga que as lateraes e no dorso distintamente carinada, concava, de apice deflexo, petalas oblongas, adpressas ao labello, tenuemente membranaceas, na base levemente truncadas e de apice pouco е apiculado, labello de metade mais longo que as sepalas, reni-suborbicu- lariforme, multistriado na parte interna, longitudinalmente enrolado como uma trombeta, o toda a prao formando uma pequena concavidade no RE EON a: or tibus meio, o apice é ondulado, patulo ou mesmo pouco reflexo, a base é pouco connata com a columna, prolongando-se com as sepalas lateraes no longo esporão; columna pequena, grossa, minusculamente biauriculata, de apice in- curvo. Planta toda 10—15 cm. de altura. Folhas da base do pseudobulbo 5—10, ‚аз superiores erectas, ensiformes, tenuemente multistriadas de verde intenso, de 8—10 cm. de comprimento, 1—1 1/2 cm. de largura, pouco attenuadas na base; inferiores ensiformes-falcadas, 2 1/2 cm. de comprimento por 3/4 cm. de largura, a do apice do pseudobulbo em tudo igual a ultima basal. Vaginas das folhas basaes equitantes no pseudobulbo o envolvendo por completo, quando abertas mais largas que longas ou quadradas de 1 1/2 cm. de comprimento por 1 12—2 cm. de largura. Pseudobulbo solitario, erecto, muito achatado, liso, verde brilhante claro, 1 1/2 cm. de comprimento, 1 cm. de largura, sendo a maior grossura no meio mais ou menos 2 mm.,as margens säo cortantes. Pe- dunculo erecto, liso, verde, com 4 bracteas na parte inferior e 1 flór no apice, de 2 3/4 cm. de comprimento e 2 mm. de grossura. Pedicello erecto, tendo junto com o ovario 2 cm. de comprimento e 3 mm. de grossura no apice. Flôr erecta, amarella, tendo com o esporão 7 cm. de comprimento e 2 1/2 ст. de abertura no apice. Esporäo enclinado para baixo, conico, flexuoso, de apice agudo virado em gancho, tendo o comprimento e mais a metade do pedicello junto com o ovario, de 4 J/2 cm. de comprimento, tendo na base 3 mm. de diametro. Sepalas erectas, amarellas, de 2 1/2 cm. de comprimento, tendo na base 3/4 cm. de largura, dorsal pouco mais larga. Petalas erectas adpressas ao labello, de 2 1/2 cm. de comprimento, 1 1/4 cm. de largura. Labello erecto, amarello multistriado de ferrugineo-auranciaco ; estrias muito ramificadas па parte superior; limbo de 4 cm. de largura por 3 cm. de comprimento. Co- lumna muito pequena, de 1 cm. de comprimento por 3 mm. de grossura ; apice incurvo. Vive sobre arvores das margens do rio Jaurü, acima do Porto Esperidiäo. Florecendo em Dezembro. Pl. n. 987.—Estampa n. 46. De diversos specimens desta planta que encontrei sobre uma arvore, pouco acima da Ilha da Zagaya, no rio Jaurü, só uma estava em flör, a qual desenhei no local; esta planta póde sem exagero ser considerada como uma das mais lindas Orchideas desta zona. O specimen depois de desenhado e des- cripto, foi preparado; porém, infelizmente o caixäo que continha entre muitas outras tambem esta planta, apanhou humidade na viagem do Matto Grosso ao Rio de Janeiro, e assim se estragou quasi que totalmente a remessa, restando apenas fragmentos para testemunhas da planta. E, bid. patens Schwartz. N. 54, da Flora Brasiliensis de Martius. vol. III, part. V, pag. 94. Vive na matta а esquerda do rio Paraguay, em S. Luiz de Caceres. — Florecendo em Outubro. Pl. n. 2284.—Estampa n. 57. Colhi um exemplar desta planta quando estava em viagem para O rio, estando o mesmo sem flöres; cultivando-o entäo no Rio de Janeiro, elle flo- receu em Outubro de 1910. As flóres no exemplar presente säo mais distantes entre si sobre a inflorecencia do que é commum, o que talvez succedesse por causa da mudanga de clima, porquanto, nas inflorecencias findas que o mesmo exemplar apresenta, vé-se “claramente que as flôres não só eram muito mais aggregadas como tambem em numero muito maior. s EM e Јн MONANDRZE-ONCIDIIN E-TRICHOPILIEZE Helcia (Trichopilia seg. Martius.) Trichopilia Brasiliensis Cogn. N. 158. Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. VI, pag. 202. (descripta nas Addenda pag. 580.) Encontrada na margem do rio Tarumã, em Tapirapóan.—Florecendo em Março. Pl. n. 2260. Estampa n. 47. O Dr. Alfredo Cogniaux, recebendo um exemplar desta planta que fóra colhida no Estado de Goyaz pelo Sr. Edwall, descreveu-a com o nome acima; porém, me parece que houve engano, o auctor naturalmente recebendo e estudando a planta secca, não observou ou não pôde conhecer o crescimento da mesma, e por isto descreve-a como ascendente. Encontrando eu alguns spe- cimens muito vigorosos, agarrados a um tronco de arvore, na margem esquerda do rio Tarumã, em Tapirapõan, pude averiguar que o crescimento desta planta é pendente, ficando portanto toda a planta, inclusive as flôres, etc., penduradas, como procurei reproduzir na estampa n. 47; as flôres tambem pódem variar para mais. Segundo o systema de Engler e Prantl ella deve ser considerada do genero Felcia e não Trichopilia como a descreve o Dr. Cogniaux; o genero Trichopilia é principalmente caracterisado pelo labello enrolado em fórma de funil, abraçando e envolvendo toda a columna, ao passo que o genero Helcia, tem o labello aberto ou levemente concavo, abraçando só a base da columna e é justamente o que se dá com a Trichopilia Brasiliensis (Cogn); veja-se a es- tampa n. 120, fig.n. III do vol. III, part. VI,da Flora Brasiliensis e a estampa n. 47 deste. MONANDRZE-ONCIDIINZE-ASPASIZE Aspasia A. variegata Lindl. N. 2, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III part. VI, pag. 205. Frequente em todas as mattas humidas, desde S. Luiz e Caceres até Juruena. — Florecendo em Junho. Pl. ns. 2035, 2039, 2017.— Estampa n. 48. MONANDRZE-ONCIDIINZE-ODONTOGLOSSEZE Oncidium O. macropetalum Lind. N. 7, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. VI, pag. 296. Vive nos cerrados das ribanceiras do rio Jacobina, no lugar do mesmo wes em S. Luiz de Caceres, —Florecendo em Setembro. Pl. n. 982.—Estampa n. 56, fig. n. I. O. macropetalum Lindl. var. fuscopetalum (var. nov.) Addicione-se esta variedade ао п. 7, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. VI, pag. 296. Viv. no mesmo local e ás vszes no mesmo galho, com a especie typica. — Florecendo em Setembro. Pl. n. 2283. — Estampa n. 56, fig. n. II. Petala paulo angustiora, paulo undulata et intense purpurea fuscescentes, Esta planta é em tudo igual á especie typica, só as petalas sáo pouco mais estreitas e de margens onduladas e de cór avermelhada-fusca. Trouxe tanto a especie como esta variedade viva para o Rio de Janeiro, onde floreceram em Setembro de 1910 sendo entäo desenhadas. O. nanum Lindl. N. 71, da Flora Brasiliensis de Martius, vol III, part. VI. Vive nas mattas de Toscano, em S. Luiz de Caceres. — Florecendo em Dezembro. Pl. n. 569. O. thyrsiflorum Barb. Rodr. N. 72, da Flora Brasiliensis de Martius, vol III, part. VI, pag. 376. Epiphyta das mattas das margens dos rios Jaurü, Paraguay e Sepotuba. —Flomcendo em Outubro. Pl. ns. 975 e 567.—Estampa 49. Estas plantas que colligi têm a inflorecencia mais curta do que a descripta. As flöres säo amarellas e salpicadas e maculadas de castanho escuro, as folhas verde-avermelhadas por vezes pintalgadas. O. pussillum Reichb. J. N. 115, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. VI, pag. 430. Epiphyta das mattas das margens do rio Jaurü, acima da ilha do Cas- tiçal e nas margens do rio Tarumã em Tapirapõan. —Florecendo de Dezembro a Março. Pl. ns. 851, 853, 986, 1410, 932. Estampa п. 50. Encontrei esta planta sempre sobre galhos muito finos e até nas folhas de é flabelliforme e tem flóres muito grandes em rela- algumas arvores; a planta são amarellas como a generalidade dos Onci- ção ao seu tamanho, as quaes O. Cebolleta Schwartz. N. 122, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. VI, pag. 438. Frequente nas mattas que margeam os rios Paraguay e Sepotuba e rin- «ipalmente em S. Luiz de Caceres. — Florece de Agosto a Outubro. Pl. ns. 562, 563, 983.— Estampa :n. 51. O exemplar que desenhei e que se vé na estampa, é muito rachitico, а planta desenvolve-se até o triplo ou quadruplo desta. 225 БЖ эь Lockartia L.elegans Hook „№. 1, da Flora Brasiliensis de Martius. vol. III, part. VI, pag. 451. Vive nas mattas da margem до Rio Papagaio no Utiarity — Florecendo de Junho a Julho. Pl. ns. 2063 e 2067.— Estampa mn. 52. Inflorecencias e bracteas alvas quasi lacteas, flóres amarellas com o disco do labello fusco. MONANDRZE-DICHZEIN Ж Пісһгеа D. latifolia Barb. Rodr. N. 5, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. VI, pag. 490 Vive nas mattas humidas e muito sombrias, nas zonas das cachoeiras do rio Juruena.—Floreeendo em Maio Pl. ns. 1935 e 2010.—Estampa n. 53. Na secção B (Dicheastrum) do Conspectus Specierum Brasiliensis das Dicheas, na Flora Brasiliensis de Martius, lê-se: «Folia persistente inferne non articulata». A presente especie cabe em tudo nesta secção e tem, no entanto, as folhas persistentes, porém, perfeitamente articuladas na base, com as vagi- nas, sendo até muito caducas quando a planta está secca; me parece, por isso, que deveria ser : «Folia inferne articulata, limbo persistente». Esta planta tem flóres muito interessantes, as quaes, porém, säo täo pe- quenas, que facilmente escapam á vista; a planta é de crescimento pendente. SARCANTHINZE-AERIDEZE Campylocentrum C. micranthum Rolfe N. 1, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. VI, pag. 506 Frequente nas mattas de Tapirapóan.—Florecendo em Janeiro (?) Pl. 5.570 € 572: Planta geralmente de crescimento pendente, de flóres muito numerosas e pequenas. Os specimens que colhi estão em fructo. C. tenue Rolfe N. 23, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, par. VI, pag. 523 Vive em lugares humidos, sobre galhos finos das arvores mais altas da margem do rio Jaurá e em Tapirapõan, nas margens do rio Tarumã. — Flore- cendo de Dezembro a = | Pl. ns. 994, 1408, 2255. — Езїашра n. 54. Planta muito pequena, aphylla, de flóres microscopicas, vivendo sobre | с finos das arvores. Esta planta é difficilmente encontrada, por ser aphylla e quasi imperceptivel á vista; as suas raizes levemente carregadas de chloro- phylla são muito mai 5 turc den sulcada das arvores, confundindo-se facil- = com esta. | : = C. pachyrrhizum Rolfe. N. 34, da Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. VI, pag 524. Vive sobre arvores em mattas que margeam o rio Jaurü, Tarumã e Se- potuba.—Florecendo em Abril. Pl. ns. 1720, 1647, 2257, 2258.—Estampa 55. Geralmente se encontra esta planta nas mesmas zonas da precedente; esta escolhe, porém, os troncos e os galhos mais grossos das arvores, onde adhe- rem as suas raizes, que tem förma semi-cylindrica, e nào cylindrica como diz a descripgäo; estas raizes säo carregadas de chlorophylla e provavelmente pre- enchem as funcções das folhas que não existem nesta planta. Os pedunculos floraes, destes exemplares que apanhei, não tem mais de 2 cm. de compri- mento e estão muito densamente cobertos de flôres. Será иша nova especie ? — 64 i د‎ MET ads kto қамымды Tabularum explicatio Flós » arte explanatus » sine labello Sepalum posticum Sepala lateralia Calix. » arte explanatus Petalum. Sepalum posticum et petalum Petala et labellum Labellum » arte explanatum » sine calcari Calcar Columna Apendix columnae Labellum et columna Anthera Pollinarium Granulum pollinis Staminodium Ovarium 11$ — Ovarium et columna et labellum » calcar et columna Apex ovarii et calyculus Fructus » » Semens Bracteae Appendices labelli Magnitudo naturalis » aucta Sectio verticalis > horisontalis Pars antice visa i > desuper visa Extus visa Intus visa Pars lateraliter visa > postice visa Subtus visa Apertus Forma naturalis. Explicacäo das Estampas Flör Estendida Sem o labello Sepala posterior ou dorsal Sepalas lateraes Calice » estendido Petala | Sepala dorsol е petalas Petala e labello Labello » muito estendido » Sem o esporão Esporáo Columna Appendices da columna Labellum e collumna Antheras Pollinario Gräos pollinarios Estaminoides Ovario 117 Ovario e columna » » e labello > esporão e columna Apice do ovario e calyculo Fructo (capsula) Sementes Bracteas Appendices do labello Tamanho natural Augmentado Seccáo vertical > horisontal Vista de frente » » € ima я ж fora » » dentro » » lado » » trag » » baixo Aberto Na forma natural ARISTOLOCHIACEZE Holostylis Holostylis reniformis Duchtre 1. c. Flora Brasiliensis de Martius, vol. IV, part. II, pag. 81. Vive nos campos cerrados em Porto Esperidião e em S. Luiz de Caceres. —Florecendo de Novembro а Dezembro. Pl. ns. 683, 684, 691, 693, 694.—Estampa n. 59, Planta sub-fructicosa de folhas grandes, reniformes, e flóres mediocres de cór fusca, sendo a parte interna muito mais escura, de aroma desagradavel, como todas as Aristolochias, das quas porém, a fórma, é muito differente. Aristolochieae Aristolochia Warming? Mart. Flora Brasiliensis de Martius, vol. IV, part. II, pag. 109. Vive nos campos cerrados de Porto Esperidiäo e S. Luiz de Caceres.— Florecendo em Novembro. Pl. ns. 708, 1101, 1161. Vulgarmente chamada Farrinha, Aristolochia stomachoidis spc. nov. Planta glabra, volubilis; foliis coriaceis vel submembranaceis, late ovatis, inferne profunde cordatis, 5—7 nervis; prophylla nulla; floribus solitariis, axillaribus, carnosis, glabrescentibus, ad basin flavis-viridibus, superne purpura- centibus, lucentibus ; periantho omnino ventriculato ad medium refracto subre- niforme, lateraliter paulo compresso stomacho conforme, apice unilabiato ; labio (supero) antice paulo refracto, breve, concavo, ad basin late ovato, prope apicem acuminato, subtriangular-cordato; fauce superne ad locum labii inferi profunde emarginata; labio infero nullo, tubo intermediale obsoleto, subnullo. Rami teretes, graciles. Folia circa 8—10 cm. longa, 4—7 cm. lata, viridi- purpurescens ; lobis longiusculis, rotundatis; apice acuminato subobtuso ; nervis secundariis in disco numerosis, reticulatis. Petiolus valde flexuosus, teretiusculus, 4 cm. longus. Pedunculi solitarii, axillares, recti vel paulo nutantes, petioli vix duplo longiores. Flores (cum labio) 5 1/2—6 cm. longi, glabrescen- tes, ad basin flavi virides, superne fusci-purpurescentes, lucentes. Perianthum extus glabrum, lucens, intus minute et sparce setosum, ad parietem superiorem ad curvam paulo callosum incrassatum. Labio ad basin incurvato, 2 1/2—3 cm. longo, 1 1/2 cm. lato, ovato-acuminato, extus obscure purpureo lineato et venulato, intus inferne subdemidio flavo albecente, densque purpureo punctulato; superne purpurato, apice acuto. Columna campanulata, 6 fida Capsula oblonga sexagona. Habitat in selvis primariis, seccus fluminem Tarumã et Sepotuba prope Tapirapóan.—Floret in Martius. | | Pl. ns. 1441, 1443, 1446, 1449, 1450, 1557, 1534, 1535, 1562.— Tabula n. 60. Planta glabra voluvel; folhas coriaceas sub-membranaceas, ovaes largase nas base profundamente cordiformes, 5—7 nervuladas ; prophylla nulla; flêr, olitarias, axillares, carnosas, glabras, brilhantes, na base amarello-esverdeadass maipe aa e o resto para cima castanho-escuro ; periantho totalmente ventricoso, encur- vado no meio, lateralmente um pouco comprimido lembrando a sua fórma inteira um estomago; o apice é unilabiado ; labio (superior) pouco curvo para a frente, curto, concavo, largo na base, oval, acuminado para o apice, cordiforme-sub- ‘triangular; fauce no lugar do labio inferior, profundamente emmarginada, sendo o labio inferior nullo; tubo intermediario obsoleto ou nullo. Ramos cylindricos, finos, flexuosos. Folha de 8—10 cm. de comprimento e 4—5 cm. de largura, verde-avermelhada, lobos na base arredondados, apice obtusamente acuminado ; nervos secundarios no disco numerosos, reticulados. Peciolo muito flexuoso, cylindrico, de 4 ст. de comprimento. Pedunculo soli- tario, axillar, de duas vezes o comprimento do peciolo, em posigäo horisontal ou pouco cahido, geralmente flexuoso e pouco curvo e mais grosso no apice. Flóres de comprimento total de 5 1/2— 6 cm., glabras. Periantho na parte externa glabro brilhante, na interna revestido esparsamente de cerdas, na parede superior, justamente na curvatura, mais espesso subcalloso. Labio na base ligeiramente incurvo, de 2 1/2—3 cm. de comprimento, tendo proximo á base 1 1/2 cm. de largura, de fórma oval acuminada, a parte externa obscura- mente lineada e venulada de fusco-avermelhado mais escuro, a interna albecente e pontuada de vermelho até ao meio do comprimento, sendo, entäo, a parte superior avermelhada; apice agudo. Columna campanulada, 6 fida. Capsula oblonga, sexagana. Vive nas capoeiras perto da barra do rio Tarumã e Sepotuba.— Flore- cendo em Margo. Pl. ns. 1441, 1443, 1446, 1449, 1450, 1557, 1534, 1535, 1562.— Estampa 60. Das tres secgóes do Conspectus Specierum Brasiliensis, da Flora Brasilien- sis de Martius, esta especie só seria admissivel na segunda (Unilabiatae) e nesta no 8 2 (Ecaudatae), porém, todas as especies incluidas nesta secgäo tem o labio inferior mais ou menos desenvolvido, embora muito pequeno; näo tendo pois a presente especie nem um indicie deste, e além disto a fauce no lugar deste profundamente emmarginada, está claro que nào poderá ser admittida nesta secgäo, apezar de ser a verdadeira unilabiada. Aristolochia Faurüensis spc. nov. Intercale-se a presente especie depois do n. 10 da Flora Brasiliensis de Martius vol. IV, part. II, pag. 93. Planta perennis, volubilis, glabra; foliis ovatis-cordatis, superne glabris, nitidis, subtus venosis-reticulatis, cinerascentibus, apice acutis vel subrotundatis; petiolo quam pedunculo 2/3 brevior; pedunculis axillaribus, elongatis, 1 floris; perianthi tubo basi obovoide-ventricoso, ad medio refracto, denique tubulato et superné sub-labiato; labio infero brevi, lato ; supero late-ligulato, margini- bus undulatis, superne acumiuato iu caudam longissimam producto. Rami teretes, longissimi, juniores virides, glabri, demum cineracentes, satis corticosi. Folia 14—15 cm. longa, 8—9 cm. lata, subcoriacea, pedaiim 7 nervulata ; nervis subtus prominentibus, secundariis, transverse-reticulatis, lobis ad basin profundis, rotundatis. Petiolus 4 cm. longus. Prophylla parva, concava, foliacea, 1 cm. longa. Pedunculi solitarii, 9—10 cm. longi, petiolo vix triplice longior. Flores magni, 60 cm. longi (cum caudä), lutei-viridi, pur- purescente venulati, extus glabri. Perianthi tubus basi ampliatus late obovoi- deus-ventricósus, ad medium tubulatus, superne bilabiatus. Labium superum uninervium, glabrum, paulo contortum in caudam 30—56 cm. longam et _ 3—3 1/2 ст. latam (ad medium) productum ; apice acuto ; nervo satis ramuloso. Labium infero late subdeflexum, breviusculum, 2 1/2 cm. longum, 3 1/2 cm. +. hmc nit ld TOT, in latum ; ambitu triangular sub-semiorbiculato. Columna genitalis circa 1 1/4 cm. longa, subcampanulata, 6 fida. Anthera oblongo-linearis. Capsula hexagona, oblonga. 12 cm. longa. 2 1/2 crassa. Habitat. Juxta ripam fl. Jaurá inter Barrancáo et Pedra Branca. Floret November. Pl. ns. 717 е 719.—' Tabula n. 61. Planta perenne, voluvel, glabra; folhas ovaes, cordiformes, glabras na pagina superior e reticuladas, venosas, cinereas na inferior, apice agudo ou as vezes arredondado ; peciolos de 1/3 do comprimento dos pedunculos das flóres; pedunculos axillares, longos, 1 flóros; periantho na base amplamente ventri- culado sub-obovoideo, refracto no meio e depois abruptamente tubulado, sendo o apice bilabiado; labio inferior mais largo que longo ; superior largo, prolon- gado em uma longa cauda ligulosa, acuminada para o apice, com margens on- duladas. Caules e ramos cylindricos, muito longos, geralmente verde maculadas quando jovens, e cobertos de cortiga de cór cinzenta e sulcados quando velhos, muito voluveis. Folhas de 14—15 cm. de comprimento, 8—9 cm. de largura, subcoriaceas, com 7 nervuras, na base profundamente bilobadas ; lobos arre- dondados ; nervos secundarios e prominentes na pagina inferior da folha. Pe- ciolo de 4 cm. de comprimento, Prophylla pequena, pouco concava, foliacea, de 1 cm. de comprimento. Pedunculos solitarios, de 9—10 cm. de compri- mento, ou sempre tres vezes do comprimento dos peciolos. Flöres grandes, de 60 cm. de comprimento (com a cauda) de cór amarella-esverdeada, venuladas de vermelho-fusco, glabras na parte externa. Periantho na base ampliado em ventre obovoideo, no meio abruptamente contrahido em um tubo intermediario e superiormente uninervo, glabro, longitudinalmente contorcido e prolongado em uma cauda de 50—56 cm. de comprimento, por 3—3 1/2 cm. de largura no meio, acuminando para o apice. Labio inferior mais largo que longo, de am- bito triangular-sub-semi-orbicular, deflexo, de 21/2 cm. de comprimento por 31/2 cm. de largura. Columna genital de 1 1/4 cm. de comprimento, sub-cam panulada, 6 fida. Antheras oblongas, lineares. Capsula hexagona, oblonga, de 12 cm. de comprimento e 2 1/2 cm. de grossura. Frequente nas margens do rio Jaurü desde Barrancão а Pedra Branca. — Florecendo em Novembro (?) Pl. ns. 717 e 719.— Estampa n. 61. Esta Aristolochia que predomina nas margens do rio Jaurü, forman- do verdadeiras barreiras ás margens, é uma das maiores especies que con- . heço; e ao mesmo tempo, segundo pude averiguar, uma das que mais diffi- cilmente florece: em toda a viagem pelo rio Jaurü, que durou mais de um mez, só encontrei 5 flóres e algumas capsulas de sementes, despertando estas a attenção dos que me acompanhavam; os camaradas me affirmavam poucas- vezes terem visto flóres desta planta, que apezar disto é uma, senão a mais, commum das que se vé no по Jaurú. Е’ conhecida pelo nome de Papo de Perú nome este com que denominam quasi todas as Aristolochias de flöres maiores e com que denominam, em Minas Geraes, a 4. Brasiliensis. x Aristolochia droseroidis spc. nov. Planta perennis, dense pilosula ; caules cortice-striato ; foliis reniformis suborbicularibus, utrinque pilosulis, pedatim 5 nervatis; floribus solitariis, axil- laribus, longe pedunculatis, basi subglobularibus ventricosis, denique longe tu bulatis, superne verticaliter bilabiatis (non transverse cum Aristolochiarum ge OE TIKO =. neralitate); labiis omnino aequalibus, semioblongis, subglossiformis, paulo obli- quis, pars supera subdemidio dense setifera, setis lougis, glandulosis ; glandulis satis adherentibus; tubus intus dense retrorso-setosus. Rami tereti, volubilis. Folia magnitudine varia; maxima 11 cm. longa- 12 cm. lata, subcoriacea vel membranacea, pedatim 5 nervia ; nervis subtus prominentibus, satis ramulosis. Petiolus 3 1/2—4 3/4 cm. longus, dense pilo- sulus. Prophylla sub-coriacea-membranacea, subcordiformis, sparsiuscule pilo- sula 2 cm. longa, circiter 11/2 cm. lata, basi auriculata. Pedunculus 8 cm. longus, teretiusculus, dense pilosulus ; pili prope apicem densiores et satis lon- giores. Flores mediocres, circiter 5 1/2 cm. longi, purpurescentes, dense albi- pilosuli. Perianthi tubus ad basin globulosus, circiter 2 1/2 cm. diam.; tubus intermedialus paulo refractis-erectus vel horisontaliter productus 21/2 cm. longus et 1 1/2 cm. diam., intus purpurescens, setis albidis obtectus; labii satis di- varicati, patuli vel subreflexi, 2 1/2 cm. longi, ad basin 2 cm. lati, plani, dense glanduloso setosi; setae satis sensibiles et adhzerentes, erectae, circiter 3 1/2— 5 mm. longae. Columna genitalis, campanulata. Crescit ad Prachedes, marginibus fluminis Jaurü. — Floret November. Pl. ns. 750, 758, 759, 761 — "Tabula n. 62. Planta perenne, densamente coberta de finos pellos; caules quando velhos vestidos de cortica longitudinalmente estriados e sulcados ; folhas reniformes, sub- orbiculares, cobertas de pellos, 5 nervuladas ; flóres solitarias, axillares, munidos de longo pedunculo, ventriculadas subglobosamente na base, no meio longa- mente tubuladas e em cima verticalmente bilabiadas (nào transversalmente como na generalidade das Aristolochias); labios inteiramente iguaes, de forma semi- oblongos subglossiformes, pouco enclinados, na parte interna do meio para o apice munido de longas cerdas glanduliferas, as quaes sáo fortemente adheren- tes; tubo intermediario nas paredes internas coberto de cerdas brancas icli- nadas para dentro. Ramos cylindricos, muito voluveis. Folhas muito variaveis no tamanho, tamanho maior 11 cm. de comprimento (no meio) por 13 cm. de largura, sub- coriaceas ou quasi membranaceas, 5—nervuladas ; nervos proeminentes па pa- gina inferior, e muito ramificados e reticulados. Peciolos de 3 1/2—4 3/4 cm. de comprimento, muito pilosos. Prophylla submembranacea, subcordiforme, esparsamente pilósa, de 2 cm. de comprimento e cerca de 11/2 cm. de lar- gura, na base levemente auriculada. Pedunculos de 8 cm. de comprimento, cylindricos, pouco mais encorpados no apice e mais densamente pilosos, sendo os pellos ahi mais longos. Flóres mediocres, de 5—6 1/2 cm. de comprimento, de cór avermelhada e cobertos de pellos brancos. Tubo do periantho na base dilatado subglobularmente, de 2 1/2 centimetro em diametro ; depois prolon- gado horisontalmente ou pouco erecto em um tubo intermediario de 2 1/2 cm. de comprimento por 11/2 cm. de diametro, o qual se abre em cima perpendi- cularmente em dois labios, iguaes entre si, de fórma semioblonga subglos- soide, de 2 1/2 cm. de comprimento por 2 cm. de largura na base. Tubo inter- mediario avermelhado nas paredes internas e munido de cerdas brancas incur- vadas. Labios cobertos de cerdas finas sendo a metade superior da parte in- terna munida de longas cerdas glanduliferas, sendo estas glandulas adherentes, e as cerdas muito sensiveis erectos de 31/2 mm. de comprimento. Columna geuital campanulada. "Encontrada na fazenda do Prachedes, na margem esquerda do rio Jaurŭ. —Florecendo em Novembro, Pl. ns. 750, 758, 759, 761.— Estampa n. 62. S A E WELLS ои ае — 69 — N As cerdas glanduliferas da flêr, fazem, nesta planta, o mesmo papel que os tentaculos das folhas das Droseras. Pude verificar que a sensibilidade destes orgäos € mesmo mais desenvolvida do que mas Droseras. Encontrei diversos animaculos adheridos ás glandulas muciferas, dos quaes alguns ainda lutavam para se livrar, ficando porém, cada vez mais seguros pelos tentaculos os quaes com o mais leve contacto se curvavam gradativamente sobre elles até que suc- cumbissem ; de muitos que já estavam mortos só restavam ainda poucos fra- gmentos. Na dilatação do periantho, na região da columna, encontrei tambem, como succede geralmente com as Aristolochias, muitos animaculos, que eram prisioneiros da Вог, que lhes impossibilitava a sahida com as cerdas que se acham nas paredes interiores do tubo que vae ter da fauce ao bojo basal; e que estão, em certas horas do dia, mais ou menos inclinadas para dentro, faci- litando assim aos animaculos a entrada e impossibilando-lhes depois a sahida. D'esta forma obriga-os á fecundarem a flôr, nos seus multiplos e derradeiros passeios sobre os orgãos reproductores desta, justamente na zona do in- terior da flôr que tem paredes mais finas e quasi transparentes, e por onde penetra a luz, mais illudindo e desnorteando, por completo, o pobre animal que só procura a sahida por este lado. Não posso ainda dizer nada sobre o papel destas cerdas glanduliferas, más, me parece que existem para reterem os insectos intrusos e inconvenientes а fecundação da flôr, ou talvez mesmo para nutrirem a flôr, o que porém é muito duvidoso. DROSERACE ZE Drosera Drosera sessilifolia St. Hil. Flora Brasiliensis de Martius, vol. XIV, part. II, pag. 389. Vive no Giráo em S. Luiz de Caceres.—Florecendo em Agosto. FI. "m. 1821 e 49. Planta de folhas espathuladas, cór de vinho, sendo o limbo da folha no apice dividido e munido de tentaculos com glandulas muito viscosas e sensi- veis; de inflorecencia tenue, erecta pouco incurva no apice, de 15—25 cm. de altura, ostentando de 8—20 flóres de cór de rosa, que se abrem successiva- mente. Em todos os exemplares que colhi encontram-se animaculos apanhados pelos tentaculos. Esta planta vive de preferencia em lugares humidos ao abrigo das gramineas e outros vegetaes. Drosera montana St. Hil. var. tomentosa St. Hil. L. Diels no « Das Pflanzenreich, 26 Heft (IV 112) pag. 89. Vive nas margens do rio Corrego de Flör.—Florecendo em Julho. Pl. ns. 2124 e 2126. Planta menor que a D. sessilifolia St. Hil., de folhas subspathulares pouco orbiculares na parte superior e munidos densamente de tentaculos glanduliferos, mais vinacea que aquella, com inflorencia de sómente 8—12 cm. de compri- mento muito tenue, tendo no apice, que é mais incurvado, do que na citada, poucas flores e estas muito menores. Vive nas mesmas condições da 7). sessilifolia St. Hil. ou ás vezes mais exposta aos raios solares. sendo entäo todas as folhas muito crispadas e mais vinaceas do que quando abrigadas; estes exemplares expostos aos raios solares crescem geralmente em monticulos, elevando-se estes ás vezes alguns centimetros acima do solo. LT EL ka PASSIFLORACEZE Passiflor& Passiflora tricuspis Mart. var. minor Sp. Moore. Spencer Moore em «The Transactions of the Linnean Society of London, vol, IV, part. 3, рар. 395. > Vive nos campos cerrados da fazenda da Jacobina, em S. Luiz de Cace- res.—Florecendo em Setembro. pl, n. 340. Planta trepadeira de pouco crescimento, com folhas de tres pontas e flores albicantes. Passiflora vespertilio Lindl, Flora Brasiliensis de Martius, vol. XIII, part. I, pag. 588. Vive nos campos cerrados de Porto Esperidiäo.—Florecendo em Novembro. Pi. ns. 619 ё 709. Planta de folhas com fórma de Co e flores albicantes; de pouco crescimento. Passiflora coccinea Алы. Var. minor. Flora Brasiliensis de Martius, vol. XIII, part. I, pag. 105. Vive nos cerrados de Tapirapóan e Juruena. —Florecendo de Maio a Junho. PI. ns. 1966, 1973, 2099 e 2100 Planta muito vigorosa, folhas grandes e flores de cór vermelho coccineo, as quaes já se distinguem de longe. Passiflora vitifolia H. B. K. Flora Brasiliensis de Martius, vol. XIII, part. I, pag. 607. Frequente nos cerrados e mattas proximo de S. Luiz de Caceres e Porto Esperidiio.—Florecendo em Novembro. PL g. ТӘН = x q Passiflora micropetala Mart. (?) = зас сар = Flora Brasiliensis de Martius, vol. XIII, part. I, pag. 585. е AT Vivia nos campos cerrados da Jacobina em S. Luiz de Caceres.—Flore- 72071112 вебдо em Setembro. г | o Pl. n. 393. Estando as folhas desta planta completamente estragadas e comidas por E “lagartas não me permittem reconhecer a sua fórma primitiva, e por isto sou = eni, a er em duvida a. determinagäo desta. Passiflora cincinnata Mart. Var . minor (var, nov.) Foliis et floribus satis. minorib s quam speciebus typicis. | Habitat | in cipis: et шэнэ grope; S. Luiz de Caceres. cet in Ja- “PL n. 1130. Folhas e flores muito menores do que os da especie typica. Frequente nos cerrados e campos de S. Luiz de Caceres.—Florecendo em Janeiro. PL в. 113% Flöres por föra roxo-esverdeadas, por dentro roxo-albicantes. Passiflora longilobis (spc. nov.) Scandens gracilis, flexuosa ; foliis subcoriaceis, glabris, transverse-oblongo- ligulatis, bilobis; lobis satis divaricatis, recti vel subreflexi longe productis, acuminatis, ad medium uninervulatis; nervo intermediale brevissime mucronu- lato producto; petiolo vix 6—8 plo longioribus; coronae filis externis sepalis brevioris. Rami paulo compressi-subtereti, glabri. Folia subpeltata ad medium 3 mm. longa et cum lobae 9—10 cm. lata, subtus irregulariter ferrugineo 4 ocellata; lobis rectis vel subfalcatis, ligulato-oblongis, acuminatis, acutis, 5 cm. longis, 1/2 cm. latis. Petiolus teretiusculus, eglandulosus, 8 mm. longus. Stipulae minutae subcapillare-subulatae vel subnullae. Pedunculus 5—5 3/4 cm. longus, eglandulosus. Bractee parvae, subulatae, dissitae. Flöres albi, stellato-expansi, diametro 3 cm. Tubus brevis, pateriformis. Petala submembranacea, sepalis satis breviora. Gynandrophorum-glabrum. Ovarium ovoideum, stylis crassius- culis, ad apicem clavatis, superatum. Habitat campis et silvulis prope Porto Esperidião. —Fioret November. Pl. n. 687.— Tabula n. 63. Planta trepadeira, delgada, flexuosa; folhas subcoriaceas, glabras, trans- versalmente oblongo-liguladas, bilobadas; lobulos muito divaricados, prolonga- dos em uma recta ou ainda pouco reflexos, sublineares-ligulados, acuminados, uninervuladas; nervo i termediario muito curtinho e pouco saliente mucronado; peciolos curtos, eglandulosos; pedunculos solitarios 6—8 vezes mais longas que os peciolos; corola, filamentos externos mais curtos que as sepalas. Ramos pouco compressos, subcylindricos, sulcados, glabros. Folha sub- peltada, tendo no nervo central só 3 mm. de comprimento e de ponta a ponta dos lobulos 9—10 cm. de largura, com 4 maculas irregularmente dispostas na pagina inferior. Lobulos estendidos em uma recti ou mesmo ainda um pouco falcados, agudos estando o unico nervo pouco saliente mucronado, medindo cada um 5 cm. de comprimento por 1/2 cm. de largura. Peciolo cylindrico, eglauduloso, de 8 mm. de comprimento. Estipula muito pequena, sub-capillari- forme subulada, ás vezes nulla. Pedunculos de 5—5 3/4 cm. de comprimento, eglandulosos. Bracteas do tamanho ou menores que as estipulas, muito distan- tes. Flóres albas, abertas em förma de estrella, com um diametro de 3 cm. Tubo em förma de uma taca, muito razo. Petalas sub-membranaceas, menores que as sepalas. Gynandrophoro glabro. Ovario oval. Estylos grossos е cla- vados no apice, superantes. Vive nos campos cerrados do Porto Esperidiào.— Florece em Novembro. Pl. n. 687.—Estampa n. 63. As folhas desta planta poderiam quasi ser consideradas transversas se nào indicasse o contrario a nervulacäo das mesmas. 4 binae €i ч i = LOJ х 1 4 ° E ; ` v 226 f 4 Г 3 02 a eye Ё ғ ` . RM TAREA ; Eu S Y 30727 Š PINE & 3 Со 3 erm) f zu > 13 3 i = x 4 1 LI $ \ 3 i PS ig. Zi ЕУР „а ; i. 12 pos: kuis = ses БАС сым e ы ғ. Commissáo de Linhas Telegraphicas Estrategicas de Matto Grosso ao Amazonas # 4 / Р Annexo N.º 5 Historia Natural BOTANICA Parte Il Leguminoseas determinadas pelo Dr. H. Harms Organisação e Traducção de F. C. HOEHNE ESKE Rio de Janeiro — Agosto de 1912 ОЧДОГ “рэг Et AE pecu adu. E ri 2 7 47:38 нэг Commissáo de Linhas Telegraphicas Estrategicas de Matto Grosso ao Amazonas 73,66. Tw. 7 Annexo N.º 5 Historia Natural BOTANICA Parte Il Leguminoseas determinadas pelo Dr. H. Harms Organisação e Traducção de F. C. HOEHNE SUE Rio de Janeiro — Agosto de 1912 SEES. тэм = а эг, UU E ae LEGUMINOSEAS Colhidas por F. C. Hoehne em sua primeira viagem ao Matto Grosso, de 1908 a 1909, que foram estudadas e determinadas pelo Professor H. Harms do Museu de Dahlem em Berlin. I Mimosece Ingá affinis, О.С. Ns. 465-468 e 394.396 Colhida na Fazenda da Jacobina em S. Luiz de Caceres. Florescendo em Novembro. Dispersa por quasi todo o Brasil. Nome vulgar Zwgd. Ingá fagilifolia Willd. Ns. 431-433 e 492 Colhida em S. Luiz de Caceres. Florecendo em Novembro. Dispersa por toda a America Meridional. Nome vulgar /ngasinho. Caliandra parviflora, Benth. Ns. 1.539, 688, 690, 1.480 Colhida em Tapirapoan e no Porto Esperidiäo. Florecendo em Margo. Dis- persa por Minas Geraes, Goyaz, Matto Grosso e Bolivia, Acacia Farnesiana, Willd. Na; 558 e: 559 Colhida em S. Luiz de Caceres e em Corumbá. Florecendo em Novembro, Dispersa por toda a America tropical e subtropical. Nome vulgar Esponja. Mimosa aff ао, Benth. Ns. 20, 824, 825, 1.141, 1.142 Colhida em Amolar, Porto Esperidião, Jaurú e S. Luiz de Caceres. Flore- cendo de Novembro a Junho. CB un (N. m.) Creio terem passado despercebidos ao Sr. Professor os espinhos conjugados de que está munido o specimen, e d'ahi a razão, talvez, de elle ter encontrado affinidade deste com a especie neuroloma Benth. que é, segundo Mart. completamente inerme. Mimosa platiphylla, Benth. Ns. 1.309 e 1.318 Colhida em Tapirapoan. Florecendo em Março. Dispersa por todo o Estado de Minas Geraes e Matto Grosso, l Caesalpinioidese Macrolabium aff. hymenzioides, Will, N. 1.915 Colhida em Aldeia Queimada. Florecendo em Abril. Bauhinia aff. cuyabensis, Steud. Ns. 166, 167 e 1.128 Colhida em S. Luiz de Caceres. Florecendo de Janeiro á Agosto. Bauhinia cumanensis H. B. K. Ns. 190, 192, 193, 406 e 509 Colhida em S. Liuz de Caceres. Florecendo em Agosto. Pilger (Englers Botanische Jahrbücher XXX pag. 157 de 1901), cita esta especie de Matto Grosso. Bastante dispersa pelos tropicos da America Meridional. Bauhinia platipetala, Burch. Ns. 1.405, 1.494-1.297 Colhida em Tapirapoan. Florecendo em Margo. - Lindmann (Leg. Austr. — Amer. pag. 30 — de 1898) cita esta especie procedente de Santa Cruz do rio dos Bugres, em Matto Grosso. c ы Cassia alata, L. Ns. 1.645 e 1646 Colhida em Tapirapoan. Florecendo em Margo. Dispersa por todas as regides tropicaes. Cassia Desvauxii, Coll. var. brevipes Benth. Ns. 1.461, 1.463, 1.465, 1466, 1.468 Colhida em Tapirapoan. Florecendo em Margo. A especie é commum em toda a America Tropical, a variedade drevifes Benth. € oriunda do Brasil. Pará Matto Grosso, Pilger a cita em Englers Botanische Jahrbücher XXX — 1901 — 158. Cassia dysophylla Benth. Ns. 1.302, 1.453, 1.305, 1.594, 1.563, 1.558, 1.557 Colhida em Tapirapoan. Florecendo em Margo. Esta especie tem sido colhi- da repetidas vezes no Brasil (principalmente em Goyaz); a sua area de dispersão se extende até ás Guyanas. Cassia occidentalis L. Ns. 1.602 e 1.603 Colhida em S. Luiz de Caceres. Florecendo em Janeiro. (N. m.) O nome vulgar, em Matto Grosso, para esta planta 6 Fedegóso. А raiz e a semente da mesma são muito empregados em decocgöes para combater as sezöes e as febresem geral. Dispersa por toda a America Tropical, Cassia patellaria D. C. Ns. 1.559, 1.697, 1.698 Colhida em Tapirapoan. Florecendo em Março Dispersa por toda a America "Tropical. (N. m.) As folhas desta planta altamente sensitivas, fecham-se ao mais leve contacto e á noite. Cassia rolundifolia Spreng. N. 254 Colhida no Lava-Pes em S. Luiz de Caceres. Florecendo em Agosto. Commum em toda a America Tropical. ros: Cassia rugósa Don. N. 1907 Colhida nos campos de Juruena. Florecendo em Abril. Dispersa por todo o Estado de S. Paulo, Minas Geraes, Piauhy e Matto Grosso. (N. m.) Esta planta, que em Matto Grosso é conhecida pelo sumptuoso nome Infallivel, que lhe deram devido 4 fama curativa de que goza, foi-me indi- cada pelo indio Libanio, da tribu dos Parecis, sob o nome de Volacio, como uma das nove plantas que entram na composição do Eryva, veneno que, segundo elle, os Nhambyquaras empregam em suas flechas de caga ou de guerra. Cassia aff. setósa Vog. | N. 873 Colhida em Porto Esperidiäo. Florecendo em Novembro. Cássia silvestris Vel. Ns. 1.291, 1,334, 1.962 Colhida em 'Tapirapoan e no Jaruena. Florecendo em Margo— Junho. Em Minas Geraes, Goyaz, Matto Grosso e Bolivia. Pilger colheu-a em Cuyabä (En- glers Botanische Jahrbücher XXX — 1991 — 159). Cassia tagera L. N, 022 Colhida по Lava-Pés em S. Luiz de Caceres. Florecendo em Outubro, Dis- persa pela America Tropical. Cassia uniflora Spreng. Ns. 2.075e 2.076 Colhida no Utiarity. Florecendo em Junho. Dispersa pela America Tropical. Cassia aff. desertorum Mart. N. 1.841 Colhida no Juruena. Florecendo em Abril. Esta especie, segundo Bentham, muito variavel ; & conhecida do Goyaz, Minas Geraes, Piauhy e Bahia. Talvez o specimen da collecgäo do Sr. Hoehne constitua uma especie definida, pois varia do typo commum por ter foliolos mais largos que este. i uc Cassia nov. forsan spec. Sectio Nigrieantes. N. 1.957 Colhida no Juruena. Florecendo em Maio. Cesalpinia bracteósa Tul. Ns. 388 e 387 Colhida em S. Luiz de Caceres, na fazenda do Facão. Florecendo em Setem- bro. Dispersa pelos Estados de Ceará e Piauhy, bem como na Bolivia. Cesalpinia pulcherrima Sw. Ns. 185 — 189 Colhida em S. Luiz de Caceres. Florecendo em Agosto. Cultivada em quasi todos os paizes tropicaes. (N. m.) Concordo com o que affirma o Professor Harms, pois que o local onde colhi esta planta apresentava todas as probabilidades de ter sido ella in- troduzido, apezar de náo ter, na occasiáo, mais habitantes alli. Ш Papilionatze a Sophorese Sweetia dasyearpa (Vog.) Benth. Ns. 350 — 360 Colhida em S. Luiz de Caceres, na fazenda do Facão. Florecendo em Se- tembro. Pilger (ob. cit. 159) encontrou a arvore em Cuyabä. Segundo Bentham ( Flo- ra Brasiliensis de Mart. vol. XV part. 2, pag. 6) ella é frequente nos Estados de Minas Geraes e Goyaz, sendo ainda encontrada em Matto Grosso, Piauhy e Ceará. Bowdichia virgilioides H. В. К. Ns. 2.181, 2.182, 2.286, 2231, 2.227 e 2.229 Colhida nos Tres Jacús e em S. Luiz de Caceres. Florecendo em Junho — Agosto. Dispersa pelos tropicos da America Meridional. Pilger (obr. cit. 159,) colheu esta planta no valle do rio Cuyabá. ao E на (N. m.) Esta planta € uma das que primeiro ornamentam os cam- pos depois das grandes queimas que annualmente se procedem nestes, encontra-se nestas occasides na maioria das vezes a arvore coberta de flores sem uma folha sequer. b. Genistese Crotalaria foliósa Benth. N. 1896 Celhida no Juruena. Florecendo em Maio. Nos Estados de S. Paulo, Minas Geraes, etc. Crotalaria mappurensis H. B. K. Ns. 1.240, 1.241, 1.247, 1.319, 1.702 Colhida em Tapirapoan. Florecendo em Margo. Dispersa por toda a America "Tropical. rota ай. vitellina Ker. N. 1.220 Colhida em Tapirapoan. Florece em Fevereiro. c. Galegeze Indigofera lespedezoides H. B. K. Ns. 740, 1.282, 1.283, 1663, 1.621 Colhida em Tapirapoan. Florecendo em Margo. Dispersa por toda a America Meridional, commum nos campos do Brasil. Segundo Pilger (obr. cit. 160) com- mum nas mattas ribanceiras do alto Kulisehú, em Matto Grosso, Nome vulgar Timbö-merim. Tephrosia adunca Bent. N. 680. Colhida em S. Luiz de Caceres. Florecendo em Outubro, Pelos Estados de Goyaz, Minas Geraes, Rio Grande do Sul e nas Guyanas. Tephrosia nitens Benth. N. 2.018 Colhida no Utiarity. Florece em Junho. Dispersa por toda a parte norte da America Meridional. (Venezuela, Colombia e Amazonas.) =” 11 سے‎ Tephrosia Spc ? N. 1.942 Colhida no Juruena. Florecendo em Junho. d. Hedysarasess Aeschynomene racemósa Vogel. Ns. 1.871 — 1.872 Colhida no Ranchäo em Juruena. Florecendo em Maio. Até o presente só era conhecida do Estado de Minhs Geraes. Arachis prostata Benth. Ns. 18,19 e 874 Colhida no Amolar e em Porto Esperidiäo. Florecendo de Agosto á Novem- bro. Dispersa por todo o Brasil. Segundo Pilger em areaes do rio Cuyabá. Desmodium barbatum Benth. Ns, 1.654 — 1.656 Colhida em Тарігароап. Florecendo em Março. Dispersa pelos Tropicos. Desmodium incanüm D. С. Ns. 1.244, 1.506, 1.493, 1.355, 1.322 Colhida em Tapirapoan, Florecendo em Margo. Dispersa pelos Tropicos. Desmodium leiocarpum Don. Ns. 1.376, 1.219 e 1,585 Colhida em Tapirapoan. Florecendo em Margo. Brasil Central e Meridio- Demodium selerophyllum Benth. Ns. 411, 412, 1.622, 1.329 e 1.695 Colhida em S. Luiz de Caceres e em Tapirapoan. Florecendo de Setembro — Margo. Na America Tropical (Brasil, Guyanas e Perá.) Machaerium Bangii Rusby. Ns. 272 e 273. Colhida na Fazenda do Facäo em S. Luiz de Caceres. Florecendo em Agosto. Bolivia e Brasil Oriental. TEN Lg Pterocarpus Rohrii Vahl. Ns. 512 — 516 Colhidos em S. Luiz de Caceres. Florecendo em Setembro. Toda a zona da America "Tropical. f. Vicieso Abrus spc? N. SL Colhida em Corumba. Florecendo em Junho. g. Phassoleze Clitoria densiflora Benth. Ns. 677—679, 649 e 664 Colhida nos campos ao sul de S. Luiz de Caceres. Florecendo em Outubro. Nos Estados de Minas Geraes e Matto Grosso. Clitoria guyanensis Benth. N. 1.637 Colhida em Tapirapoan. Florecendo em Margo. Dispersa pelos Tropicos da America Meridional. Centrosema aff. arenarum Benth. Ns. 2.025, 1.922, 1.923, 817, 624 P Colhida em S. Luiz de Caceres, Juruena e Utiarity. Florecendo de Maio á Agosto. Centrosema forsan nov. spc. N. 1.694 Colhida em Tapirapoan. Florecendo em Março. Centrosema spc. ? М. 779 Colhida em Porto Esperidião. Florecendo em Novembro. As flores alvo- Беби ER Periandra heterophylla Benth. Ns. 1.339, 861, 701, 675, 700, 1.340, 1.336, 674 Colhida em Caceres, Jaruena, Tapirapoan e Porto Esperidião. Florecendo de Novembro — Maio. Em Minas Geraes, Goyaz e Matto Grosso. Segundo Lin- dmann(Leg. Aurot. A m. 1898, 12), frequente entre Cuyabá e Diamantino, Erythrina corallodendron L. №. 111 e 110 Colhida nas mattas de Corumbá, Florecendo em Julho. Galartia glaucescens H. B. K. Ns. 214 e 215 Colhida em S. Luiz de Caceres. Florecendo em Agosto. Dispersa pelos Tropicos da America Meridional. (Brasil e Columbia). Galartia stenophylla У. et. A. Forma calyce subglabro . N. 1.794 Colhida no Juruena. Florecendo em Abril. Brasil Meridional. Cymbosema roseum Benth. Ns. 1.208, 2.250, 2.251 Colhida em S. Luiz de Caceres e em Tapirapoan. Florecendo em Março. Brasil Central e Septentrional. Camptosema nobile Lindmann. Ns. 270, 355, 223,1.777, 275 Colhida em S. Luiz de Caceres no Facáo e na Jacobina enoJuruena. Fio- recendo de Abril á Setembro. Ultimamente descripta de Matto Grosso, por Lin- dmann (obr. cit. 14). Dioclea violaeea Mart: Ns. 1.807, 1.808, 1.886, 1.887, 1.879 Colhida no Juruena. Florecendo de Abrila Maio. No Brasil e em Surinam. (N. m.) E'esta uma das mais bellas e ornamentaes das Leguminoseas do Chapadäo dos Parecis e de todo o planalto central do Estado de Matto Grosso. „sh. Canavalia bonariensis Lindl. N. 1 Colhida na ilha do Corisco no Estado de Santa Catharina. Florecendo em Junho. Brasil Meridional e Uruguay. Segundo Lindmann, (obr. cit. 14) no Es- tado do Rio Grande do Sul. Canavalia lenta Benth. Ns. 1.207, 2.252 Colhida na Campina em S. Luiz de Caceres e em Tapirapoan. Florecendo em Janeiro — Margo. Brasil Central. Eriosema rufum E. Mey. N. 417 Colhida na Aldeia Queimada. Florecendo em Setembro. Brasil, Guyanas e Columbia. Eriosema simplicifolium Wolf. N. 1.467 Colhida em Tapirapoan. Florecendo em Margo. Brasil, Guyanas e Columbia. Phaseolus linearis H. B. K. var. latifolius Benth. N. 656 Colhida no Lava-Pés em S. Luiz de Caceres. Florecendo em Outubro. A forma typica de folhas estreitas, está dispersa por todo o Surinam, Guyanas e Columbia. A variedade /atifolius Benth. (Flora Brasiliensis de Martius vol. XV part. 2, pag 180) é citada primeiro no Estado de Minas Geraes, depois desde о Gran-Chaco, Paraguay até Brasil Meridional. Phaseolus membranaceus Benth. Ns. 287, 657 Colhida na Resacca em S. Luiz de Caceres. Florecende em Outubro. Goyaz, Minas Geraes, Bahia, etc. re Phaseolus aff. longipedunculatus Marth. N. 830 Colhida no Porto Esperidiäo. Florecendo em Novembro. Em todos os tro- picos da America Meridional. Phaseolus spc. ? N. 2.240 Colhida em Tapirapoan. Florecendo em Margo. Rio de Janeiro, em Agosto de 1912. REN ve NS Commissáo de Linhas Telegraphicas Estrategicas de Matto Grosso ao Amazonas . Annexo N.º 5 Historia Natural BOTANICA Parte Ill Melastomataceas, Cucurbitaceas e Orchidaceas estudadas e determinadas pelo Dr. Alíredo Cogniaux — Organisação e Traducção de F. C. HOEHNE == Rio de Janeiro — Agosto de 1912 NE TAL ва Mee pistas Ме Sei Er M ADM, 725 гес o AVE үзсе (8: 2% nan x LL, oa n ae 222 о: USE = шоо доод, = Be © A TN = a 7 > wa t Е aera pore к S ——— UN 54 A CIE sm Ben See о a a meno о 322 : 5 : : “автал um лыс PO a А ^ ; OI Menge que хол : S У таре ; шини um mt б Ser И ot, Ч м: Ge D DI Seo ын E ee nn ы р еу e e Pa; 2 4 p. ос " duse ў S Aia ЊЕНУ ae У Ç FEN “i M Ras = 5 м ae Ce C un = AE se Ka Ne MB ME MW il ij а k 2 о > P ema e 21245. : E ж дох : Цэс ёоо Vien : : : Ух ERO жр ETA e = s o on = ENS Eg Se O sla сү re HAUS SR. 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(Section Eusiphanthera) Herbacea pussilla, tota breviuscule subsparseque glanduloso-puberula ; caule gracillimo, fere usque ad basin trichotome ramosissimo ; foliis minutis bre- vissime petiolatis, ovatis vel ovato-oblongis, apice obtusis vel abrupte acutis, basi acutiusculis, margine obscure denticulatis, subtiliter trinervulosis ; floribus mi- nimis, subsessilibus, ad apices ramulorum laxe glomeratis rarius solitariis ; ca- lycis tubo campanulato, tenuiter 4 — costato, lobis triangularibus, acutissimis, tubo demidio brevioribus ; petalis obovatis, apice oblique subtruncatis ; antheris perfectis ovoideis non vel obcure rostratis, imperfectis anguste linearibus. Caulis erectus vel ascendens, obtuse tetragonus, 6 — 8 cm. longus, 1/2 — 1 mm, crassus, ramis longiusculis, erecto-patulis, filiformibus, satis ramulosis. Folia patula, rigida, 2 — 4 mm. longa, 11/2 — 3 mm. lata. Calycis tubus basi obtusus, 2 mm. longus, apice 11/2 mm. latus ; lobi erecti, 1 mm. longi. Peta- la 2— 21/2 mm. longa. Antherae atropurpureae, apice pallidae. 3/4 mm. (1) Spc. Moore in 7rans. Linn. Soc. of London Ser. 2. Bot, IV p. 360 (1895). — 2 шш longae, connectivo infra loculos 1/4 mm. long. producto, minute biauriculato. Stylus rectus, tenuiter capillaris, superne leviter incrassatus, 3 mm. longus. Capsula ovoidea, compressa, 2 mm. longa. Affinis S. tenerae Phol. Ns. 1.940 e 1.941 Collectus ad Juruena. Floret Juni. Herbacea, pequena, toda glandulosa, curto algo esparsamente villosa ; caule muito tenue, ramosissimo trichotomicamente quasi até a base; de folhas miu- das, mui brevemente pecioladas, ovo ou ovoblongas com a ponta obtusa ou abru- ptamente aguda, a base acuminada e margem fracamente denticuladas, subtil- mente trinervuladas ; de flores pequenissimas, subsesseis, fracamente agglomera- das ou raramente solitarias nas pontas dos ramos ; calyce com o tubo campanu- lado, tenuemente 4 - costado, lobos triangulares, agudissimos, sendo de metade mais curtos que o tubo ; de petalos obovados, obliquamente subtruncados no api- ce; de antheras perfeitas ovoides, quando, muito indistinctamente rostrados, as imperfeitas estreitamente lineares. Caule erecto ou ascendente, obtusamente tetragono, medindo 6 — 8 cm. de comprimento, 1/2 — 1 mm. de espessura, de ramos alongados, verticalmente obliquos, filiformes, bastante ramulosos. Folha obliqua, rigida, medindo 2—4 mm. de comprimento por 11/2 — 3 de largura. Tubo do calyce obtuso na base, me- dindo 2 mm. de comprimento por 11/2 mm. de largura no apice. Lobus erectos, medindo 1mm. de comprimento. Petalos de 2 — 21/2 mm. de comprimento. Antheras purpureas denegridas, pallidas no apice, de 3/4 mm. de comprimento, tendo o connectivo prolongado 1/4 mm. abaixo dos loculos, parcamente biauricula- do. Stylo recto, delgadamente capillar, espessado no lado superior,|medindo ao todo 3 mm. de comprimento. Capsula ovoidea comprimida, de 2 mm. de com- primento. Affim de S. tenera Phol. Ns. 1.940 e 1.941 Colhida em Juruena. Florecendo em Junho. Esta planta vive em campo arenoso em torno do acampamento de Juruena. Desmoeilis villosa Naud. var. stachyoides Cogn. Ns. 260, 203 e 38 Colhida no Amolar e em S. Luiz de Caceres. Florecendo em Agosto de 1908. Macairea rosea Cogn. spc. nov. Ramis obscure tetragonis, junioribus petiolis pedunculis foliisque subtus setulis breviusculis adpressis dense vestitis ; foliis ‚brevissime petiolatis, elliptico- oblongis, basi apiceque rotundatis, apice minute vel obscure apiculatis, 3 — ner- cdi шш viis, supra setulis breviusculis subadpressis basi minute tuberculatis subsparse vestitis ; floribus brevissime pedicellatis, in paniculam multifloram dispositis ; ca- lyce longe dense adpresseque piloso, tubo anguste campanulato, lobis triangulari- subulatis, tubo paulo longioribus ; staminibus satis inaequalibus, filamentis inferne glabris, superne pilis paucis brevissimis glanduliferis vestitis; stylo inferne gla- bro, superne vix perpicue glanduloso-pilosulis. Frutex ramis satis gracilibus, simplicibus, sordide cinereis. Foliorum petio- lus robustiusculus, 5 — 8 mm. longus ; limbus patulus, rigidiusculus, sapra palli- de viridis, subtus cinero-fulvus, 5 — 9 cm. longus, 23 — 42 mm. latus, nervis su- pra paulo impressis, subtus satis prominentibus. Paniculae late pyramidatae, la- xiusculae, 15 — 20 cm. longae. Pedicelli gracilles, 1 — 4 mm. longi. Bracteae tenuiter membranaceae, arcte adpressae, late ovatae, acuminatae, intus glabratae, extus longiuscule denseque pilosae, 3 — 5 mm. longae. Calyx cinereo-fulvus, tubo basi acuto, 4 mm. longo, apice 3 mm. lato, lobis erectis, 5 mm. longis. Petala patula, laete rosea, obovata rotundata, glabra vix ciliata, multinervulosa 9 — 10 mm. longa. Staminum filamenta capillaria, 4 — 5 vel 7 — 8 mm. longa ; anthe- rae paulo incurvae 4 mm. longae, connectivo infra loculos 1 vel 3— 31/2 mm. long. producto, capillari paulo arcuato. Stylus filiformis, paulo flexuosus, 5 — 7 mm. longus. Affinis M. Radulae D. С. Ns, 1.800, 1.801, 1761 e 1.762 Collectus ad Juruena, Floret Aprili. Ramos indistinctamente tetragonos, recobertos densamente nos peciolos, pe- dunculos e folhas novas de villosidades deprimidas e curtas ; folhas curtamente pe- cioladas, elliptico-oblongas, arredondadas na base e na ponta, apice leve e indis- tinctamente apiculado, 3 — nervuladas, cobertas na parte superior esparsamente de villosidades subadpressas de base levemente tuberculadas ; flores de pedicello curto, dispostas em paniculos multiflores ; calyce recoberto bastamente de longos pellos deprimidos, tubo estreitamente campanulado, lobos triangular-assovellados, pouco mais compridos que o tubo; estames muito desiguaes, fillamentos in- feriormente glabros, cobertos na parte superior por alguns pellos curtos e glan- duliferos ; stylo na parte inferior glabro, superiormente, igualmente revestido de algumas glandulas pillosas. Arbusto de ramos delgados, simples, cinereo-sordidos. Peciolos das folhas robustinhos, de 5 — 8 mm. de comprimento; limbos patulos, rigidos, planos- verde pallidos na parte superior, fulvo-cinereos na dorsal ou inferior, de 5—9 cm. de comprimento, de 23 — 42 mm. de largura, nervuras algo impressas na parte superior, na inferior ou dorsal proeminentes. Paniculo amplamente pyramidado, não muito Tagglomerado, de 15 — 20 c/m. de comprimento. Pedicello delgado, de 1 — 4 mm. decomprimento. Bractea tenue membranacea, fortemente adpressa, largamente oval, acuminada, glabra por dentro, por fóra recoberta bastamente de longos pellos, de 3 —5 mm. de comprimento. Calyce fulvo-cinereo, tube de PO нд base aguda, de 4 mm. de comprimento, com o apice de 3 mm. de largura, lo- bos erectos, de 5 mm. de comprimento. Petalos patulos, roseo desbotados, ovo arredondados, glabros, ciliados, multinervulosos, de 9 — 10 mm. de comprimen- to. Filamentos estaminaes capillares, de 4 — 5 ou 7 — 8 mm. de comprimento ; anthera pouco incurva, de 4 mm. de comprimento ; connectivo prolongando-se a 3 — 31/2 mm. abaixo dos loculos, сарШаг, pouco arqueado. Stylos filiformes, pouca flexuosos, de 5 — 7 mm. de comprimento. Affim de M. Radula D. C. Ns. 1.800, 1.801, 1.761 e 1.762 Colhida em Juruena. Florecendo em Abril de 1909. Esta especie occupa grandes areas nos campos baixos que cercam os рап- tanos que circundam o acampamento do Juruena, formando verdadeiros tapetes roseos quando em flor. Maeairea Hoehnei Cogn. spc. nov. Ramis obtuse tetragonis, junioribus petiolis pedunculis calyscibusque bre- vissime denseque glanduloso-hirtellis et pilis patulis longiusculis subsparse ves- titis ; foliis breviuscule!petiolatis, ovato-oblongis, obtusis, basi rotundatis, mar- gine integerrimis, supra breviuscule et densiuscule bullato-strigosis, subtus creberrime foveolatis et subsparse breviterque glanduloso-hirtellis ; floribus bre- vissime pedicellatis, in paniculam majusculam multifloram terminalem disposi- tis; calycis tubo campanulato, lobis triangulari-linearibus, tubo paulo brevio- ribus ; staminum filamentis inferne glabris, apice pilis paucis brevissimis glan- dulosis vestitis ; stylo inferne pilis paucis glandulosis vix perspicuis vestito, stt- perne glabro. Arbor ramis satis gracilibus, ramulosis, cinereo-fuscis. Foliorum petiolis 8 — 10 mm. longus ; limbus rigidus, planus, supra intense viridis, subtus viridi- cinereus, 6 — 8 cm. longus, 21/2 — 4 cm. latus. Paniculae pyramidatae, satis congestae, 8 — 12 cm. longae. Pedicelli subfiliformes, 1 — 4 mm. longi. Bra- cteae tenuiter membranaceae, viscidulae, ovotae vel lanceolatae, pilosulae, longe denseque ciliatae, 5—8 mm. longae. Calycis tubus 3 mm. longus, apice 21/2 mm. latus; lobi 31/2 — 4 mm. longi. Petala patula, obovato-suborbicula- ria, glabra, superne vix ciliata, 6 — 7 mm. longae. Staminum filamenta 3 vel 4 mm. longa; antherae 3 — 31/2 mm. longae, connectivo infra loculos 3/4 vel 11/2 mm. long. producto, basi leviter incrassato. Stylus capillaris, sigmoideo- flexuosus, 6 — 8 mm. longus. Affinis M. foveolatae Cogn. Ns. 2.051, 2.080, 2079 e 2.020 Collectus ad Utiarity. Floret Juni. Ramos obtusamente tetragonos, com os peciolos, pedunculos e calyce quan- do novos, recobertos bastamente de pellos curtos gladulosos e hirtos e de pellos — 7 —. mais compridos e patulos esparsamente ; folhas curtamente pedunculadas, ovo-oblon, gas, obtusas, de base arredondadas, margens integras, cobertas na pagina supe- rior bastamente de estrias de empollas baixas, na inferior ou dorsal cheia de co- vinhas e coberta esparsamente de glandulas pillosas hirtas ; flores curtamente pe- dicelladas, dispostas em grandes paniculos multiflores terminaes ; tubo do calyce campanulado, lobos triangular-lineares, pouco mais curtos que o tubo ; filamentos estaminaes inferiormente glabros, de apice esparsamente coberto de curtos pellos glanduliferos; stylo inferiormente coberto de alguns pellos pouco glandulosos, ape nas pouco visiveis, superiormente glabro. Arvore de ramos algo delgados, ramosa, fusco cinerea. Peciolos das folhas de 5 — 15 mm, de comprimento ; limbo rigido, plano, verde intenso na parte su- perior e verde cinereo na inferior, de 6 —8 cm. de comprimento e de 21/2 — 4 cm. de largura, Paniculo pyramydado de flores amontoadas, де 8 — 12 ст. de comprimento. Pedicello subfiliforme, de 1 — 4 mm. de comprimento. Bractea tenue membranacea, viscosa, oval ou lanceolada, pillosa, longa e bastamente ciliada, de 5 — 8 mm. de comprimento. Tubo do calyce de 3 mm, de comprimento, de apice de 21/2 de largura ; lobulos de 31/2 — 4 mm. de comprimento, Petalos patulos, oboval-suborbiculares, glabros, levemente ciliados na parte superior, de 6 — 7 mm. de comprimento. Filamentos estaminaes de 3— 4 mm. de compri- mento; anthera de 3 — 3 1/2 mm. de comprimento; connectivo prolongado de 3/4 — 11/2 mm. abaixo dos loculos, levemente incrassado na base. Stylos capil- lares, serpenteado-flexuosos, de 6 — 8 mm, de comprimento, Affim de M. foveolata Cogn. Ns. 2.051, 2.020, 2.080 e 2.079 Celhida no Utiarity. Florecendo em Junho. Planta muito ornamental de inflorecencias bastas e agglomeradas, formando grandes ramalhetes. Macairea rotundifolia Cogn. spc. nov. Ramis junioribus petiolisque setis longiusculis adpressisque dense vestitis ; foliis breviuscule petiolatis, ovato-suborbicularibus, basi apiceque rotundatis, mar- gine integerrimis, 5 — plinervis, supra subsparse breviterque bullato-strigosis, subtus ad nervos nervulosque longiuscule adpresse denseque sericeis caetaris den- siuscule breviterque glanduloso-pilosis ; floribus longiuscule pedicellatis, in pa- niculam majusculam multifloram terminalem dispositis ; calyce breviter denseque glanduloso-piloso, tubo campanulato, lobis triangulari-linearibus, tubo satis bre- vioribus ; staminibus valde inaequalibus, filamentis inferne glabris, superne bre- vissime et densiuscule glanduloso-piloso ; stylo glabro. Arbor ramis robustiusculis, subsimplicibus, cinereo-fuscis. Foliorum petiolus robustus, 10 — 14 mm. longus; limbus patalus vel reflexus, rigidus, planus, su- pra intense viridis, subtus viridi-cinereus, 51/2 — 81/2 cm. longus 41/2 — 61/ cm. latus, nervis supra tenuiter impressis, subtus satis prominentibus. Paniculae pyramidatae, satis congestae, inferne foliatae, 2 dm. longae. Pedicelli graciles, dics 4 — 6 mm. longi. Bracteae tenuiter membranaceae triangulari-ovata e vella: ceolatae, longe acuminatae, intus glabratae et visciculae, extus densiuscule lon= geque pilosae, 3 — 6 mm. longae. Calycis tubus basi obtusus, 3 mm. longus, apice 2 mm. latus ; lobi demum reflexi, 2 cm. longi. Petala patula, late ovata, apice oblique rotundata, glabra, 1 cm. longa staminum filamenta filiformia, 4 vel 7 — 8 longa; antherae satis incurvae, 3 vel 4 mm. longae, connectivo infra loculos 11/2 — mm. long. producto, subfiliformi, paulo arcuato, basi satis iucrassato. Stylus satis gracilis, paulo arcutus, 8 — 9 mm. longus. Affinis M. Te- ` resaie Cogn. N. 2.184 Collectus ad Tres Jacûs. Floret Juni. Ramos novos e os peciolos recobertos bastamente de longas cerdas adpres- sas; folhas curtamente pecioladas, ovo-suborbiculares, arredondadas na base e no apice, margens integras, 5 — plinervadas, estriadas na parte superior espar- samente de pequenas empollas, na parte inferior bastamente sedosas inteiramente cobertas de pequenas gladulas pillosas ; flores de pedicello um tanto longo, reunida em grandes paniculos terminaes multiflores; calyce recoberto basta- mente de pellos curtos e glandulosos, tubo campanulado, lobos triangulares linea- res, bastante mais curtos que o tubo; estames muito desiguaes, filamentos infe- riormente glabros, superiormente curta e bastante glanduloso-pillosos ; stylo glabro. Arvore de ramos algo robustos, subsimples, fusco-cinereos. Folhas de peciolo robusto, de 10 — 14 mm. de comprimento ; limbo das folhas patulo ou reflexo rigido, plano, por cima verde intenso, por baixo verde-cinereo, de 51/2— 81/2 cm. de comprimento ; de 41/2 — 6 1/2 mm, de largura ; nervos por cima te- nuemente impressos, por baixo bastante proeminentes. Paniculo pyramidado, de flores amontoadas, de 2 dm. de comprimento, guarnecido inferiormente de folhas. Pedicello delgado, de 4—6 mm, de comprimento. Bractea tenue membranacea, triangular-oval ou lanceolada, longamente acuminada, glabra e viscosa na parte interna, na externa recoberta bastamente de longos pellos, de 3 — 6 mm, de comprimento. Tubo do calyce obtuso na base, de 3 mm. de comprimento, de apice de 2 mm, de largura ; lobos mais tarde reflexos, de 2 mm. de comprimento. Pe- talo patulo, amplamente oval, de apice obliquamente arredondado, glabro, de 1 cm: de comprimento. Filamentos estamines filiformes, 4 оп 7 — 8 mm. de compri- mento; antheras bem incurvas, de 3 á 4 mm. de comprimento, connectivo pro- longado de 11/2 а 4 mm. abaixo dos loculos, subfiliforme pouco arqueado, de base bastante incrassada. Stylos bem delgados, pouco arqueados, de 8 — 9 mm. de comprimento. Affim de M. Therezia Cogn. М. 2.184 Colhida em Tres Јасӣѕ. Florecendo em Junho de 1909. таны Pterolepis pumia Cogn. Ns: 2.247, 1.729 Colhida еш Tapirapoan. Florecendo em Março de 1909. Tibouchina pogonanthera Cogn. Ns. 1.345, 1.263, 1.767, 1.262, 1.258, 1.766, 1.765, 1.427,1.237, 1.311 e 1.314 Colhida em Tapirapoan. Florecendo em Março de 1909. Planta muito ornamental de flores com cores bem carregadas e nitidas. Ha algumas variedades. Comolia Hoehnei. Cogn. spc. nov. (Sec. Tricentrum) Ramis obcure tetragonis, junioribus petiolis pedunculisque setis adpressis glandulosis breviusculis subtiliter plumosis dense vestitis; foliis brevissime petio- latis, coriaceis, anguste ovatis, acutis, basi rotundatis, margine minute denticulatis, 5 — nerviis, supra glabris siccitate leviter rugulosis, subtus ad nervos longiuscule subsparseque glanduloso-setulosis caeteris creberrime reticulato-nervolusis et brevissime glanduloso-pilosulis ; floribus subsessilibus, in paniculam multifloram congestam inferne foliosam dispositis; calyce densiuscule breviterque glanduloso -piloso, tubo campanulato-oblongo, lobis triangulari-subulatis, tubo multo bre- vioribus ; petalis anguste ovatis, acutis ; staminibus satis inaequalibus, connectivo basi postice inappendiculato antice minute biauriculato ; stylo glaberrimo. Arbor ramis robustiusculis, cinereo-fuscis. Foliorum petiolus robustus, 1/4 mm. longus; limbus erecto-patulus, rigidos, planus, supra intense viridis, subtus viridi-cinereus, 4—5 1/2 cm. longus, 19—23 mm. latus, nervis supra profunde impressis, subtus valde prominentibus, Paniculae pyramidatae, 12 cm. longae. Bracteae ovatae, acutae, leviter sparseque pilosae, 3—5 mm. longae. Calyx vi- ridis vel dilute pupureus, tubo basi rotundato, 2—21/2 mm. longo, 11/2 mm. lato, lobis erecto-patulis, 2/3 mm. longis. Petala purpureo-violacea, leviter obliqua, 4—5 mm. longa. Staminum filamenta capillaria, 3 vel 5 mm. longa; antherae purpureo-violaceae, apice pallidae longe attenutae, 21/2 mm. longae, connectivo infra loculos 1/3 vel 11/4 mm. long. producto. Stylus purpureus, capillaris, sig- moideo-flexuosos, 7—10 mm. longus. Affinis C. lanceaeflora Triana. Ns. 1829, 1830 Collectus ad Juruena. Floret ad Maio. Ramos indistinctamente tetragonos, peciolos e pedunculos mais novos reco- bertos de cerdas curtas e deprimidas subtilmente lanuginosas ; folhas curtamente pecioladas, coriaceas, estreitamente ovaes, agudas, de base arredondadas, margens ligeiramente serrilhadas, 5—nervuradas, glabras por cima quando seccas ligeira- mente rugosas, por baixo nas nervuras esparsamente glanduloso-cerdosas inteira- = | EA mente nervuroso-reticuladas cheias de pequemas glandulas curtamente pilosas ; flores subsesseis, amontoadas em um paniculo multiflor revestido inferiormente de folhas ; calyce recoberto bastamente de pellos deprimidos e glandulosos, tubo cam- panulado-oblongo, lobos triangulares assovelladas, muito mais curtas que o tubo; petalos ovaes estreitos, agudos ; estames algo desiguaes, connectivo pelo lado pos- terior inappendiculado ; stylo glaberrissimo. Arvore de ramos regularmente robustos, fusco-cinereos. Folhas de peciolos ro- bustos, de 1—4 mm. de comprimento; limbo erecto-patulo, rigido, plano, verde intenso por cima, verde-cinereos por baixo de 4—51/2 cm. de comprimento, 19— 23 mm. de largura, nervuras impressas profundamente ma parte de cima, na de buixo ou dorsal proeminentes. Paniculo pyramidado, de 12 mm. de comprimento. Bractea oval, aguda exparsamente recoberta de pellos curtos, de 3—5 mm. de comprimento. Calyce verde ou purpureo deluido, tubo arredondado na base de 2— 21/4 mm. de comprimento, de 11/2 de largura. lobos erecto-patulos, de 2/3 mm. de comprimento. Filamentos estaminaes capillares, de 3—5 mm. de comprimento, connectivo prolongado a 1/3 ou 11/4 mm. abaixo dos loculos. Stylo purpureo, ca- pillar, flexuoso-serpenteado, de 7—10 mm. de comprimento. Affim de C. lanceae flora Triana. Ns. 1829, 1830 Colhida em Juruena. Florecendo em Maio de 1909. E” uma das,plantas mais frequentes nos campos baixos que circundam о acam pamento do Juruena. Meriania urceolata Triana Ns. 2137, 2164, 3166 Colhida em Ponte de Pedra. Florecendo em Junho de 1909. Miconia speudo-aplostachya Cogn. Ns, 1908, 1911 Colhida em Juruena. Florecendo em Maio. Miconia chamissois Naud. Ns. 2156, 2157, 2163 Colhida em Ponte de Pedra, Florecendo em Junho. Miconia pteropoda Benth. Ns. 2083,2082 e 2116 Colhida no Rio Sacre. Florecendo em Junho de 1909. = 11 — Miconia pseudo-nervosa Cogn. Ns. 1857, 1860 Colhida em Juruena. Florecendo em Maio de 1909, Tococa formicaria Mart. Ns. 1989, 1985 Colhida em Juruena. Florecendo em Maio de 1909. CUCURBITACEAE Momordica Charantia L. var. abbreviata Ser. N*, 529 Colhida em S. Luiz de Caceres. Florecendo em Setembro de 1908. Nome vulgar «Melào de S. Caetano». Melothria fluminensis Gardn. N. 1705 Colhida em Tapirapoan. Florecendo em Margo de 1909. Nome vulgar Meläo de Morcego. ORCHIDACEAE Pleurothallis lobiserata Cogn. Ns. 1751, 1752 Colhida em Aldeia Queimada. Florecendo em Abril de 1909. (N. m.) Estes exemplares chegaram, infelizmente, bastante avariados, mo- tivo este porque, o Dr. Cogniaux deixa a especie em duvida. Polycyenis barbata Reichb. f. N. 2120 Colhida no Utiaritity ao lado do salto do mesmo nome. Florecendo em Julho de 1909, é — 12 — (N. m.) Esta planta colhida sobre as pedras que cercam o grande salto estava nesta occasião completamente despida de folhas, e só dois exemplares estavam com pequenas inflorescencias. Zygopetalum paludosum Cogn. spc. nov. (Sect. Pseudobulbosae) Pseudobulbis paulo distinctis, junioribus vaginis pluribus scariosis majusculis vestitis ; foliis majusculis, subcoriaceis, longe-ligulatis, acutissimis, inferne in pe- tiolum longissime angustatis, trinerviis, pedunculo communi erecto, robustiusculo, simplice, elongato, apice densiuscule 15—20 floro ; bracteis rigidis, late-triangu- lari-ovatis, acutis, ovario multo brevioribus : floribus mediocribus, breviter pedicel- latis, segmentis membranaceis petentissimis ; sepalis ovatis, subabrupte acutius- culis, lateralibus paulo brevioribus satis obliquis; petalis ovatis, acutis, paulo obli- quis, sepalo dorsali aequilongis; labello carnosulo, sepalis satis breviore, subsessili, late ovato-suborbiculari, margine integerrimo, apice late rotundato et menutis- sime apiculato, base truncato-hastato, lobis basilaribus minutis, triaugularibus, acutis, disco subtiliter puberulo; calo subsemi circulari, tumido, brevi, adpresso, indeviso, veruculoso ; columna brevissima, crassa, glabra, apice alis magnis patulis carnosulis obtuse quadrangulis aucta. Pseudobulbi aggregati. Folia erecta, laete viridia, usque 1 m. longa, 3—4 cm. lata, nervis crassiusculis, subtus, valde prominentibus, nervulis secundaris numerosis gracilimis, Pedunculis communis teretiusculis. laevis, strictus, ultra 5 dm. longuset 4 mm. crassus. Pedicelli patuli, graciles, cum ovario 12—15 mm. longi, satis concavae, 3—5 mm. longae. Flores patuli, albi. Sepala mul- tinervulosa, basi breviter angustata, dorsale 15 mm. longum et 8 mm. latum, la- teralia 13 mm. longa et 9 mm. lata. Petala 7—nervulosa, inferne longe an- gustata, 14—15 mm. longa, 7 mm. lata. Labellum leviter convexum, 9 —ner- vulosum nervulis satis ramosis, ad medium macula lutea ornatum, 1 cm, longum latumque. Columna 4 mm. longa, alis 2—21/2 mm. longis latisque. Affins Z. ve- musti Ridley. Ns. 2000, 2013 Collectum ad Juruena, Floret ad Maio. Pseudobulbos pouco distinctos, quando novas envolvida por uumerosas grandes vaginas escariosas ; folhas grandes subcoriaceas, longas liguladas, agu- dissimas, estreitadas para a base em um longo peciolo, trinervuladas ; pedun- culo commum erecto, bastante robusto, simples alongado, ostentando no apice basta inflorescencia de 15—20 flores; bracteas rigidas, largamente triangular- -ovaes, agudas, muito mais curtas que o ovario; flores mediocres, curtamente pedi- celladas, segmentos membranaceos, patentissimos ; sepalos ovaes, subabrupta- mente agugados, lateraes pouco mais curtos bastante obliquos ; petalos ovaes, agudos, pouco obliquos, do mesmo comprimento do sepalo dorsal; labello carnöso bastante mais curto que os sepalos, subsessil, amplamente oboval-suborbicular, margens integras, apice largamente arredondado e levemente apiculado, base — P >> truncado-lanceiado, lóbos basilares insignificantes, triangulares, agudos disco sub- tilmente pubescente ; calo subsemicircular, tumido, curto, adpresso, nào dividido, verrugóso; columna curta, grossa, glabra, augmentada no apice com duas azas carnosas de forma obtusamente quadrangulares. Pseudodulbos aggregados. Folha erecta, verde-vivo, até 1 m. de compri- mento de 3—4 cm. de largura, nervuras salientes, em baixo muito proeminentes, nervuras secundarias numerosas e muito mais apagadas, Pedunculo commum ro- ligo, lizo, ascendente, com mais de 50 cm. de altura e4 mm. de grossura. Pe- dicello patulo, delgado, tendo com o ovario de 12-15 mm. de comprimento. Bra- ctea patula, bastante concava, de 3—5 mm. de comprimento. Flores patulas, alvas, Sepalos multinervulados, levemente estreitados na base, o dorsal de 15 mm. de comprimento e 8 mm. de largura, leteraes de 13 mm. de comprimento e 9 mm, de largura. Petalos 7—nervulados, estreitados na base, де 14—15 mm. de compri- mento e 7 mm. de largura. Labello levemente convexo, de 9 nervuras bastante ramificadas, ornada no centro com uma macula amarella ; de 1 cm. de compri- mento. Columna de 4 mm. de comprimento, com as azas de 2—21/2 mm. em quadro. Affim de Z. venusti Ridley. Ns. 2000, 2013 Colhida поз brejos do Juruena. Florecendo em Maio. Notylia lyrata Spc. Moore N. 931 Colhida em Tapirapoan. Florecendo em Margo de 1908. Trizeuxis faleata Lindl. N.993 Colhida em S. Luiz de Caceres. Florecendo em Outubro. Leochillus mattogrossensis Cogu. spc. nov. Pseudobulbis satis parvis, valde compressis ancipitibusque, basi vaginis plu- tibus interioribus foliaceis vestitis ; foliis, parvis, subcoriaceis, oblongo-ligulatis, acutis, inferne conduplicatis satis angustatis; pedunculo communi subnuctante, gracili, simplici, foliis satis longiore, inferne subnudo, superne densiuscule plu rifloro ; bracteis scariosis, patentissimis, lineari-lanceolatis, acuminatis, ovario paulo brevioribus ; floribus parvis, breviuscule pedicelatis, segmentis membra- caceis, patentissimis, 5—nervulosis ; sepalis subaequilongis, cuneato-oblongis, abrupte acutes, lateralibus usque ad basin liberis; petalis oblongo spathulatis, apice rotundatis et minute apiculatis, sepalo dorsali paulo brevioribus ; labello se- palis satis breviore ; longe ungiculato, limbo transverse oblongo-subreniformi, in- 72 келе; < diviso, basi truncato, apici lato rotundato, margine integerrimo, ungiculato li- neari-ligulato, in disco bialato, alis latis, tenuiter membranaceis, dentatis et bre- vissimo ciliatis; columna longiuscula, gracili, glabra, auriculis anticis, longiusculis, glabris, subquadrangulis, antice inferne obtusis superne productis acutisque, cli- nandrio postice in membranam elongatam producto; anthera convexa, glabro, su- perne profundo sulcata, antice in membranam elongatam recurvam apice biden- tatam producta. Pseudobulbi recti, inferne longe attenuati, apice truncati, 11/2—2 cm. longi, apice 7 mm. lati. Folia patula, laete viridia, in sicco utrinque tenuissimo multis- triata, 5—6 cm. longa, 10—12 mm. lata. Pedunculis communis leviter flexuosos vel arcuatus, paulo compressus, 9—11 cm. longus pedicelli patentissimi, filiformes, cum ovario 11—13 mm. longi. Bracteae palidae, 3—5—nervulosae, 6—8 mm. longae. Flores flavescentes, fusco zonati. Sepala Subplana, 9—10 mm. longa su- perne 3 mm. lata. Petala subfalcata ; 8—9 mm. longa, 31/2 mm. lata. Labellum flavum, 7—8 mm. longum, limbo plano, 31/2 mm. longo, 6 mm. lato. Columna paulo incurva, 4 mm. longa. Habitat in prov. Matto Grosso supra arbores ad ripas flum. Sepotuba prope Tapirapoan : Е. С. Hoehne. Floret Januari et Martio. Pseudobulbos muito pequenos, bastante comprimidos de lados agugados, re- vestidas na base por vaginas das quaes as internas foliaceis ; folhas pequenas, subcorciaceis, oblongo-liguladas, agudas, inferiormente conduplicadas e bastante estreitadas; pedunculo commum subnutante, delgado, simples, bastante mais comprido que as folhas, inferiormecte quasi despido, superiormente bastamente multiflor; bracteas escariosas, patentissimas, linear-lanceoladas, acuminadas, pouco mais curtas que o ovario; flores pequenas curtamente pedicelladas, segmen- tos membranaceos, patentissimos, 5—nervulados ; sepalos quasi iguaes em com- primento, cunhado-oblongos, abruptamente agugados, lateraes livres até a base ; petalos oblongo-espathulares, de apice arredondados, e levemente apiculados, pouco mais curtos que o sepalo dorsal; labello bastante mais curto que os sepalos, de unguicolo comprido, limbo transversalmente oblongo-subreniforme, näo devido, de base truncado, de apice largamente arredondado, margens integras, ungui- culo linear-ligulado, bialado no disco, azas largas, tenue membranaceas, denticula- das e curtamente ciliadas ; columna um tanto comprida e delgada, glabra, auri- culada na frente; auriculos tanto compridos, glabros, subquadrados, na frente inferiormente obtusos superiormente prolongados e agugados, clinandrio posposto prolongado em uma membrana denticulada ; anthera convexa, glabra, superior- mente profundamente sulcada, prolongada na frente em uma membrana alongada e recurva de apice bidenticulada. Pseudobulbos direitos, attenuados de longe na parte inferior, de apice trun- cados, 11/2—2 сш, de comprimento, apice de 7 mm, de largura. Folhas patulas, de cor verde festivo, quando seccas inteiramente tenuemente multristriadas, de base articuladas, de 5—6 cm, de comprimento e de 10—12 mm. de largura, Pe- dunculo commum levemente flexuoso ou arqueado, levemente comprimido, de 9— PERES | 5 11 cm. de comprimento ; pedicello patentissimo, filiforme, medindo com o ovario 11—13 mm. de comprimento. Bractea pallida, com 3—5 narvuras, tendo 6—8 mm, de comprimento. Flores amarellescentas fachadas transversalmente de fusco. Sepalos subplanos, de 9—10 mm. de comprimento, de apice de 3 mm. de largura. Petalos subfalcados, de 8—9 mm. de comprimento e 31/2 mm. de lar- gura. Labello amarello, de 7—8 mm. de comprimento, limbo plano, de 31/2 mm. de comprimento e de 6 mm. de largura. Columna pouco incurva, de 4 mm. де comprimento. Vive como epephyta nas mattas que margeam o rio Sepotuba perto de Ta- pírapoan, estado de Mtto Grosso. Florecendo de Janeiro a Margo de 1910. (N. m.) Esta interessante especie trouxe-a viva das mattas do rio Sepotuba na minha primeira viagem ao estado de Matto Grosso, cultivei-a aqui no Rio de Janeiro e em Janeiro de 1910 floreceu ella a primeira vez, florecendo ainda outra vez em Margo do mesmo anno, nesta occasiäo mandei entäo um exemplar ao Dr. A. Cogniaux que o descreve. Em 1911, estando eu novamente fazendo collecções em Matto Grosso, perdeu-se, por infelicidade esta planta da minha collecção, fi- cando eu desta forma, sem uma testemunha desta especie. Compylocentrum Sellowii Rolfe N. 2259 Colhida em Tapirapoan. Florecendo em Março de 1909. Nº 65 Leochilus Mattogrossensis Cogn. Do nat. por Hoehne Escl. 3/4 Commissáo de Linhas Telegraphicas Estrategicas de Matto Grosso ao Amazonas Annexo N.º 5 Historia Natural BOTANICA Parte IV Alismataceas, Butomaceas, Hydrocharitaceas, Pontederiaceas, Orchidaceas е Nymphaaceas por F. C. HOEHNE Rio de Janeiro—Agosto de 1912 Commissáo de Linhas Telegraphicas Estrategicas de Matto Grosso ao Amazonas Annexo N.º 5 Historia Natural BOTANICA Parte IV Alismataceas, Butomaceas, Hydrocharitaceas, Pontederiaceas, Orchidaceas e Nymphaeaceas por F. C. HOEHNE Rio de Janeiro—Agosto de 1912 Helobiae (Fluviales) Alismatinese Alismataceae Echinodorus tenellus (Mart) Buchenau. (Das Pflanzenreich, fac. 16 pag. 27) (Alisma tenellum, Mart. — Seub. na Fl. Br. de Mart., vol. III, part. I pag. 105) Ns. 3.893 e 3.894 Colhida no Coxim. Florecendo em Maio. Plantasinha de folhas lineares, agugadas ; de inflorecencia de 5 а 10 cm. de altura, excedendo um pouco as folhas ; flores em umbella, alvas, longamente pe- dicelladas, Esta planta reveste, ás vezes, grandes áreas de campos humidos, os quaes matiza, de Maio á Junho, com as suas bellas flores. Echinodorus grandiflorus (Camb. et Schl.) Micheli. (Das Pflanzenreich, fac. 16, pag. 33) (Alisma grandiflorum, Camb. et Schlecht., ua Fl. Br. de Mart., vol. Ш part. I, pag. 108) N. 3.892 Colhida no Coxipó da Ponte. Florecendo em Margo. Esta especie é muito commum em todo o Estado, vive geralmente nas lagóas perennes, nas ribanceiras dos rios, nas bahias formadas por estes e, ás vezes, nas lagõas temporarias e nos campos pantanosos. Lophotocarpus guyanensis Smith. var. echinocarpus Buchenau (?) (Das Pflanzenreich, fac. 16, pag. 36) (Alisma echinocarpum, Seub., па Fl. Br. de Mart. ,vol. III part. I, pag. 105) Ns. 4.484 e 4.485 Colhida em S. Luiz de Caceres, florecendo em Setembro. Gu am Os specimens que colhi, näo tém o tamanho commum á esta variedade, säo um pouco menores, talvez rachiticos; penso porém, que, tomando em consideragäo, a época da colheita e o lugar em que foram colhidos, poderá se attribuir isto uni- camente á estes factores. A lagõa de Lava-Pés, onde os colhi, no tempo das aguas tem nada menos de um metro de agua, ao passo que na occasião em que colhi a planta, a lagóa estava completamente secca, vivendo assim uma planta aqua- tica completamente no secco. Lophotocarpus Seubertianus (Mart.) Buchenau (Das Pflanzenreich, fac. 16, pag. 36) (Sagittaria Seubertianus, Mart. na Fl. Br. de Mart., vol. III, part. I, pag. 110) Ns. 3.885 e 3.886 Colhida no Coxipó da Ponte. Florecendo em Margo. Planta commum nos lagos e bahias по sul do Estado, vivendo quasi com- pletamente immersa, as flores e folhas fluctuam sobre a tona da agua. As fo- Ihas sáo planas, de forma suboval ou cordiformes ; as flores grandes e alvas. Nas lagõas temporarias da Campina, perto de S. Luiz de Caceres, tive occasião de observar que os peixes pequenos d'uma certa especie se utilisam muitas vezes destas folhas fluctuantes ; saltando fóra d'agua, elles se deixam cahir sobre ellas, per- manecendo alli por muito tempo; talvez façam isto para se exporem aos raios solares ; tive occasião de apanhar, desta forma, alguns exemplares que estavam já completamente seccos e de escamas recurvadas, os quaes entreguei ao zoologo Sr. Miranda Ribeiro, que nesta occasião estava tambem em Caceres, Na occasião em que observei isto, a temperatura da agua estava bastante elevada, devido ao calor que fazia. š Sagittaria pugioniformis L. Diss (Das Pflanzenreich de A. Eng., fac. 16, pag. 42) Ns. 3.890 e 3,891 Colhida no Coxim. Florecendo em Junho. Planta lacustre, vivendo completa ou parcialmente immersa ; flores sobre a tona da agua. Sagittaria aff. montevidensis, Camb. et Schlecht. Ns. 3.887 -3.889. Colhida em Corumbá. Fructificando de Fevereiro à Margo, As descripgöes desta especie säo bastante deficientes, nem o Sr. Buchenau nem outros monographos offerecemzdados seguros sobre a forma e dimensões das folhas, por esta razäo, vejo-me obrigado á deixar em duvida esta determinagäo. = É > Os exemplares que colhi na lagóa que fica ao lado da cidade de Corumbá são muito robustos, a altura destes varia de 60—100 сш. ; as folhas são longamente pecioladas e tém o limbo plano subreniforme, as vezes orbicular, de 13—17 cm. de comprimento е 18—20 cm. de largura, com cerca de 20 nervuras ; pedunculo floral muito rubusto, excedendo um pouco ás folhas na altura ; flores? em baixo, 1-2 em cada articulação, occupando sempre a primeira e ás vezes a segunda ar- ticulação ; flores Y mais para o apice da inflorecencia, em numero de 10-20; bracteas grandes, tres em cada articulagäo; capsula grande, envolvida em parte pelos sepalos, de 4-5 cm. de diametro, levemente comprimida, com muitas sementes ; sementes grandes, levemente falcadas, rostradas, de 5—6 mm, de comprimento. Tendo colligido sementes perfeitas, estou em condicções de talvez em breve poder estudar a planta viva e então firmar definitivamente o meu juizo sobre esta especie. Butomataceae Limnocharis flava (L.) Buchenau (Das Pflanzenreich de A. Eng. fac. 16, pag. 9) N. 4.649 Colhida em Coxipó da Ponte. Florecendo em Margo. Planta lacustre, de flores em umbellas, de côr amarella. Quasi sempre em lagos, onde vive meio immersa, ficando as folhas e a inflorecencia sobre a toria da agua ; é frequente em quasi todo o Brasil. Hydrocharitaceae Hydromystria stolonifera, G. F. W. Mey Ns. 3.903 — 3.907. Colhida em Corumbä e em Porto Suarez, na lagoa de Caceres, florecendo em Julho, Е’ interessante não ter nenhum dos exemplares colhidos flores р quando esta mesma planta, segundo affirmações de botanicos competentes, em culturas na Europa só dá flores р. Em dois exemplares encontrei capsulas maduras. As folhas desta planta são munidas, no dorso, de uma grossa camada de tecido es- ponjoso que dá ás mesmas forma de um ovo partido longitudinalmente ao meio, ficando a parte convexa e esponjosa para baixo, não se vê nada desta interes- sante forma quando a planta está na agua, porque de cima só se vê o limbo plano e asperamente pilloso da folha. UNE я Na grande lagoa de Caceres, a qual tem algumas leguas de extensäo, esta planta é muito commum, associada ahi com а Eichhornia azurea Kunth., Eichh. crassipes Solm., Eichh. subovata Seub., Pontederia cordifolia Mart., Nymphaeas, Salvineás, Azollas, Polygonaceas, Amarantaceas e outras plantas aquaticas fluctuantes, ella transforma, em certas épocas do anno, toda esta lagoa em um verdadeiro campo fluctuante, ao qual afflue o gado na época da secca, en- trando até á grande distancia pelalagoa dentro, ficando por vezes ainda sömente com a cabeça emergida, Pontederiaceae Eichhornia azurea Kunth. (PL Br. de Mart., vol. ІП, part. I. pag. 90) Ns. 3,897, 3.901, 4.555 | Colhida em Coxipó da Ponte e em Correntes, florecendo де Maio а Junho. O rhizoma desta planta está quasi geralmente enraizado nas margens e partes mais baixas das lagõas e rios, o caule que é muito comprido e geniculoso, gera raizes nos nós, ramifica-se muito e fluctua sobre a tona d'agua. As flores desta especie são ceruleas e pouco menores que as da Zichh. crassipes Solms. Eichhornia subovata Seub. (Fl. Br. de Mart. vol. III, part. I, pag. 91) N. 3.902 Colhida em Correntes, florecendo em Maio. Esta especie cujo crescimento muito se parece com о da Ez. azurea Kun- th., tem folhas menores, peciolos levemente incurvados e limbo suboval; inflo- rescencia mais longa que as folhas ; flores ceruleas claras, com uma mancha ama- rella no segmento maior da corola e o calyce recoberto, na parte externa, de lon- gos pellos sedosos e alvos ; é com a primeira, muito frequente nas bahias e lagoas no sul do Estado. Eichornia crassipes (Mart.) Solms, (Fl. Br. de Mar., vol. III, part. I. pag. 92 como Eichhornia speciosa Kunth.) е (Engler Pranth. Pflanzen System. Vol. II, part. IV, pag. 73, como Ez. erassipes Solms.) Ns. 4.850, 4.838, 4.869 Colhida em Corumbá, florecendo em Fevereiro, Esta bella planta que hoje está espalhada em quasi todas as partes do Bra- sil e mesmo no estrangeiro devido ao seu facil cultivo e ornamento, é tambem ER. 9805 commum em todas as lagoas e bahias do Estado de Matto Grosso, ella associa-se ainda, não poucas vezes, nos rios, а Eicch. azurea Kunth. Zichh. subovata Seub, entre os ramos ou caules das quaes ella se segura, formando nas grandes en- chentes, cujas correntes as deslocam, as grandes ilhas fluctuantes que väo ter ao oceano. Ella é facilmente distinguida destas especies por ter o caule curto, pe- ciolos muito ventricósos, muito maiores e espathula vaginante bivalva. Pontederia ovalis Mart. (Fl. Br. de Mart., vol. III, part. I., pag. 95) Ns. 4.640, 4.641, 4.642 Colhida em em Coxipó da Ponte, florecendo, em Margo. Pontederia ovalis, Mart., var. (Fi. Br. de Mart., vol. III. part. I., pag, 95) Ns. 4.395 e 4.396 Colhida em Coxipó da Ponte, florecendo em Margo. Esta variedade que differe da especie typica pelas folhas mais alongadas, flo- res alvas e caule geralmente um pouco arroxeado ; tem a espiga floral muito me- nor e flores bastante aggregadas. Tanto a especie como a variedade são communs numa lagoa entre Coxipó da Ponte e Cuyabá; o rhizoma está geralmente enraiza- do no fundo e os caules fluctuam sobre a tona d'agua. Pontederia cordifolia, Mart, (Fl. Br. de Mart. vol. III, part. I., pag. 95) Ns. 4.828 e 4.866 Colhida em Corumbä, florecendo em Fevereiro. Muito parecida com а Eichh. azurea Kunth., da qual se differencia pelas fio- res muito menores e claras, as quaes têm uma grande macula amarella no centro do segmento maior da corola e por ter apenas uma semente em cada capsula ; as inflorecencias tambem sáo muito menores. Orchidaceae MONANDRE — OPHRYDINJE — HABENARLE Habenaria Habenaria pratensis Reichb. f. (Fl. Br. de Mart., vol. III, part. IV, pag. 85) N. 4.103 Colhida em Conceição do Aricá, florecendo em Março. Nun e Na minha primeira viagem colhi esta especie em Tapirapoan, na zona do rio Sepotuba, nesta segunda, agora, trouxe-a das margens de um pequeno tribu- tario do rio Aricá, affluente da esquerda do rio Cuyabá. Habenaria ornithoides Barb. Rodr. (Fl. Br. de Mart., vol. III, part. IV, pag. 97) Ns. 4.950 е 4.951 Colhida em Coxipó da Ponte perto de Cuyabá. Florecendo em Margo. Na primeira viagem colhi-a junto com a Hab. pratensis Reichb. f. em Tapirapoan, onde vivia como aqui em terreno barrento e bastante secco. Habenaria Allemanii Barb. Rodr. (Fl. Br. de Mart., vol. III, part. IV, pag. 38; e em Kräntz. Orch. Gen. et. Spec. vol. I, pag. 455) N. 5.566 Colhida no pouso do Lambary, pouco além de Campos Novos, florecendo em Novembro, As flores desta plantinha säo completamente alvas. Segundo pude observar . em outros specimens esta planta nem sempre é de flores solitarias, como diz Co- gniaux em sua descripção, baseado na de Barb. Rodr., encontrei exemplares com duas flores. O Dr. Kräntzelin já põe duvida nesta affirmação. Habenaria heptadactyla Reichb. f. (Fl. Br. de Mart., vol. ПІ, part. IV, pag. 47 e em Krantz, Orch. Gen. et. Spec., vol. I, pag. 257). Ns, 4.104 e 4,105 Colhida em terreno humido sobre lages de pedra na Casa da Pedra, perto do Rio Manso, florecendo, em Abril. Plantasinha de folhas estreitas, aciculares ; flores pequenas, amarello-esverde- adas em um pedunculo muito comprido e bastaute aggregado. MONANDRE — NEOTTINE — POGONLE Pogonia (Cleistes segundo A. Engler & Pranth.) Pogonia rosea Reichb. f. (Fl. Br. de Mart., vol. III, part. IV, pag. 128) & Üs. 5.328 — 5.330 e 5.583 — 5.584 Colhida no Juruena, florecendo em Dezembro. Зи Mos Planta que vive nos pantanos que circumdam o acampamento do Juruena. As flores sáo roxo-claras e tém uma grande macula amarella no disco do labello. Pogonia rosea Reichb. f. var. augusta, Hoehne var. nov. (Addicione-se esta variedade а especie) Caulis paulo robustioribus quam in speciebus typicis. Flores magni, albi, cum disco labelli roseo-purpureo intense purpureo venuloso. — Floret Januario et Februario. Nos. 5352-5353. Planta tanto mais robusta que a especie typica. Flores grandes, alvas, com o disco do labello roseo-purpureo venulado de purureo mais carregado. Colhida no Salto Augusto em campos graminosos e humidos, florecendo de Janeiro a Fevereiro. Ns. 5.352 e 5.353 Pogonia paludosa, Reichb. f. (Fl. Br. de Mart., vol. III., part. IV, pag. 129) No. 5591— Estampa no. 66 Colhida no Juruena. Florecendo em Dezembro. Esta especie vivia junto com a Рог. rosea Reichb. f., tem flores muito me- nores e os segmentos destas sombreados ligeiramento de carmim. Epistephiurn Epistephium sclerophyllum, Lindl. (Fl. Br. de Mart., vol. III, part. IV, pag. 138) Nos. 4106, 4107, 4109 e 5565. Colhida em Conceigäo do rio Aricá e no Lambary, perto de Campos Novos, florecendo em Margo. Epistephium sclerophyllum, Lindl. var. album, Hoehne (Addicione-se esta variedadeá especie) E Flores albi, labello roseo-pallido. No. 4108. Colhida em Conceição no rio Aricá, florecendo em Margo. = I Este unico exemplar, que trouxe desta nova variedade, colhi no mesmo lo- gar onde encontrei os da especie typica, a qual ĉ muito frequente neste logar. Epistephyum parviflorum, Lindl. (Fl. Br. de Mart., vol. III., part. IV, pag. 143) Nos. 5571, 5578, 5579. Estampa n. 67 Colhida no Juruena, florecendo em Dezembro. A diagnose desta planta, conforme está na Flora Brasiliensis, não é bas- tante explicita no que diz respeito ao caule da planta, não dá, senão aproximado, “о comprimento deste e não cogita na forma do mesmo. Todos os exemplares desta planta de que colhi material e quasi todos os que tenho observado, são muito robustos, subfruticosos, muito ramificados, vivendo quasi sempre entre ar- bustos nos pantanos, entre os quaes estendem os seus ramos, elevando-se quasi sempre mais que estes; os ramos são multiflores, o caule attinge em sua base uma grossura de mais de 1-2 cm. de diametro, as flores são roxo-escuras. Epistephyum parviflorum, Lindl. var. album, Hoehne (Addicione-se esta varredade á especie) N. 5580 Colhida no Mutum Cavallo, perto de Campos Novos. Florecendo em Se- tembro З А planta ё inteiramente igual а da especie typica, as flores sáo completa- mente alvas e um pouco mais abertas. Vanilla Vanilla Spc. поу.? N. 5324 Colhida по rio Juruena no pouso do Gavião Preto, frutificando em Janeiro. Na expedigáo pelo rio Juruena, encontrei esta planta muitas vezes, porem, nunca em flor. A planta é bastante ramificada, quase sempre amontoada ao lado de alguma arvore em cujo tronco sobe, adherinho com as curtas raizes á um ou outro ramo; os caules sáo muito ramificados e radiciferos, delgados, de cor ver- de escura e quasi completamente aphyllos, com pequenas escamas de distancia em distancia onde faltam as folhas; as folhas säo pequenas, verde escuras e quasi ro- ligas; as inflorecencias curtas de 1-2 cm. de comprimento com 4-5 flores; as bra- cteas são muito pequenas, triangulares, com 2-3 mm. de comprimento e largura ; os fructos são roliços, attenuados para os extremos e têm de 4-6 cm. de compri- mento e 3/4 cm. de diametro no meio. = 4 = MONANDRE — NEOTTIINE — SPIRANTHEJE Spiranthes Spiranthes camposnovense spc. nov. (Intercalle-se esta especie entre os ns, 29 e 30 do Fl. Br. de Mart., vol., III part. VI., pag. 209.) Vaginae caulinz distantes ; bracteae flori- bus saepius breviorae ; sepalum dorsale uniner-, vum ; petala oblongo subligulata, univervata ob- tusa, cum sepalo dorsale subapicem connata et paulo breviora. Spir. camposnovense, Hoehne. Caule longiusculo, gracillimo, aphyllo, vaginis saepius distantibus tenuiter membranaceis paulo attenuatis, sabacuminatis, villosulis vestito, basi ad apicem densiuscule tomentoso villoso ; spica longiuscula, laxa, vel densiuscula multiflora, floribus sablaxiusculis ; bracteis oblongo acuminatis, acutissimis, intus et extus leviter tomentoso villosulis, floribus subdimidio brevioribus ; ovario interdum bre- vissime pedicellato, oblongo-subclavato, puberulo tomentoso; sepalis oblongo-lan- celatis, acutis, univerviis, extus tomentosis praecipue ad basin, lateralibus satis longioribus; petalis lineari-ligulatis, apice erecto, sepalo dorsali paulo brevioribus uninerviis; labello erecto, sepalis lateraribus subaequilongo, glabrato, ad basin sublineare, ad medium obovato dilatado, post dimidium abrupte constricto sub- trilobato, lobo terminale, oblongo, subovato, apice obtuso efformannte ; columna breviuscula, gracilli, glabra. Tuberideae 2-3, cylindro-subfusiforme, ad apicem longe attenuata, apice Obtuso, basi abrupte attenuata, densiuscule pubescentis, 2-4 cm. longa, 5-7 mm. crassa, Caulis erectus, interdum paulo flexuosus, teres, 2-3 1/2 dm. altus, 1-1 1/2 mm. crassus. Vaginae caulinae erectae, adpressae, interdum laxiusculae apice vix patulae, tenuiter plurinervatae, 2-3 cm, longae. Spica erecta, 5-12 cm. longa. Bra- cteae erecto-patulae, membranaceae, concavae, 5-nervatae, 10-15 mm. longae 2-4 mm. latae. Flores parvi, erecto-patuli 20-23 mm. longi, albi cum segmentis ad medium longitudinaliter viridi-cypri lineatis. Ovarium 11 mm. longum, erectum. Sepala tenuiter membranacea ; dorsale erectum, valde et profundiuscule conca- vum cum petalis galeam altiusculam efformans, apice obtusum, leviter recur- vum, 12 mm. longum, 31/2 mm. latum; lateralia patula vel reflexo-patula, acuta, satis acuminata, 14 mm. longa, 11/2 mm. lata, Petala cum sepalo dorsali ad 2/3 connata, apice libera et paulo recurva, quam sepalo dorsali paulo breviora, ligulata, obtusa 1-11/2 mm. lata. Labellum album inferne cum 5 liniis viridi cyprii ornatum; lobo terminali abrupte recurvo, reflexo, ad medium viridi striato; sepala lateralia paulo breviora, 4 mm. lata ; lobo terminali 2 mm. lato et 4 1/2 mm. longo. Columna vix 4 mm. longa. a N. 5.567. Tab. 68 Habitat in campis graminosis ad Campos Novos da Serra do Norte. Caule algo longo, aphyllo, distantemente vestido pelas tenues membranaceas vaginas acuminadas e villosas, da base ao apice bastamente villoso-tomentoso : espiga floral bastante longa, frouxa ou bastamente multiflor, flores não muito im- bricadas; bracteas oblongo-ocuminadas, agugadas, tanto por dentro como por föra levemente villoso-tomentosas, attingindo só o meio da flör ; ovario por vezes le- vemente pedicellado, oblougo-subclavado, tomentoso-pubescente ; sepalos oblongo- *lanceolados, agudos, uninervulados, tomentoso-villosos na parte externa, sobre- tudo inferiormente, lateraes bastante mais compridos ; petalos lineo-ligulados apice erecto, pouco mais curtos que o sepalo dorsal, uninervulados; labello erecto quasi täo comprido quanto os sepalos lateraes, glabro, na base linear, no meio di- latado obovalmente, depois do meio abruptamente contraido, quasi trilobulado, formando um prolongamento como lobulo terminal de forma suboval alongada apice obtuso; columua curta, fragil e glabra. Tuberculos 2-3, cylindrico-subfusiformes, attenuados gradualmente, apice obtuso, na base abruptamente attenuados, bastamente pubescentes, de 2-4 cm. de comprimento e 5-7 mm. de diametro. Caule erecto, por vezes flexuoso, roligo, de 2-3 3 dm. de altura e 1-1 1/2 mm. de espessura. Vaginas caulinares erectas ample- cicaules, as vezes um pouco mais frouxas tendo o apice afastado e livre, inteira e levemente multinervuladas, de 2-3 cm. de comprimento. Espiga floral erecta de 5-12 cm. de comprimento. Bractea erecto-patula, membranacea, concava, S-ner- vulada, de 10-15 mm. de comprimento, 2-4 mm, de largura. Flores pequenas, ere- cto-patulas, de 20-23 mm. de comprimento (com o ovario), alvas com um trago longitudinal de cor verde azinhavre em cada segmento. Ovario de 11 mm. de comprimento, erecto. Sepalo tenue, membranaceo; dorsal erecto, profundamente concavo, formando com os petalos um alto capacete, apice obtuso, levemente recurvo, de 12 mm. de comprimento e 3!/, mm. de largura; lateraes patulos até reflexos, agudos muito acuminados, de 14 mm. de comprimento, de 1!/,-2 mm, de largura. Petalos connatos á 2/3 com o sepalo dorsal, apice livre e pouco recurvo, com um trago longitudinal mediano de verde azinhavre, näo attingindo o sepalo dorsal, ligulados, de apice obtuso, de 1-1 1); mm. de largura, Labello alvo, com 5 tragos de verde azinhavre na parte inferior e um no lobulo terminal' um pouquinho mais curto que os sepalos lateraes ; lobulo terminal abruptamente recurvo e геЦехо; na parte inferior, na parte mais larga com 4 mm. de largura, no lobulo terminal 4 mm. de comprimento e 2 mm. de largura. Columna de quasi 4 mm. de comprimento, N. 5.567 Estam. nº 68 Colhida em campos graminósos de Campos Novos da Serra do Norte, florecendo em Novembro. — wm MONANDR/E — LIPARIDINE Liparis Liparis elata, Lindl. var. aff. rufina, Rid. (Fl. Br. de Mart., vol. IIL, part. IV., pag. 287) Ns, 5.572 — 5.574 — Est. 69 Colhida em Campos Novos, florecendo em Novembro. Nas mattas de Campos Novos, esta planta é muito frequente, porém, na occa" sião em que lá estive, não tinham ainda abertas as flores, e só com os botões é-me impossivel chegar a um resultado melhor. А planta tem ao todo 2-3 dm. де а!- tura, forma na base um pseudobulbo de 6-10 cm. de altura por 11/2-3 cm. de espessura, no apice do qual se eleva a delgada inflorecencia angulosa e alada ; as folhas são largas, tem forma sub-oval e apice agudo; as flores são muito pe- quenas e tem о labello vermelho roxeado. As vezes os caules e as vaginas das folhas são sombreadas de vermelho. Esta planta vive quasi sempre sobre as fo= lhas seccas das arvores que estão amontoadas debaixo destas, nas mattas som- brias. MONANDR/E — POLYSTACHYN/E Galeandra Galeandra lacustris Barb. Rodr. (Fl. Br. de Mart., vol. III., part. IV., pag. 304) Ns. 5.569, 4.117 e 4.118 Colhida em Commemoragäo de Floriano, em Sant'Anna da Chapada e na Serra dos Coroados, florecendo de Abril а Novembro. Na primeira parte do meu trabalho de 1910, faço uma observação a respeito da Secção Hysterantherae, de que foi causadora a presente especie descripta por Barbosa Rodrigues; reitero aqui esta minha observagäo, acrescentando ainda, estar muito inclinado a стег, que esta especie, seja a mesma Gal. niveali Hort., da qual não posso distinguil-a bem, visto ser obrigado a dar menos valor ao numero das flores e tamanho destas, do que geralmente se dá, pois vejo que estas podem variar a cada passo, não só por influencia da robustez e do clima e lugar, como ainda pela época da florescencia, pois que florescem quasi durante todo o anno. Mesmo a forma e o tamanho dos caules ou pseudabulbos, va- riam de lugar para lugar e nesta collecção quasi de exemplar para exemplar ; vu. 14 para exemplo: tenho n’esta collecção tres specimena desta especie, os quaes foram colhidos nos lugares acima citados; o de numero 5.569, foi colhido em Commemoragáo de Floriano, mais ou menos nas cabeceiras do rio Iké, tem seis flores, pseudobulbos muito curtos e grossos, de apenas 10 cm. de comprimento, por 2 1/2 de diametro, 6 folhas com a media de 22 cm, de comprimento e 11/2 сш. de largura; o n. 4.117, colhido na Serra dos Coroados perto do rio S. Lou- rengo, tem tres pseudobulbos de 6-11 cm. de comprimento por 1-11/2 cm. de diametro, folhas de na media 23 cm. de comprimento e 1-1/4 cm. de largura, 8 flores, em inflorecencia muito ramificada (florações repetidas muitas vezes na mes- ma inflorecencia) ; o numero 4.118, colhido no planalto de Sant'Anna da Cha- - рада, na cabeceira do rio Taquara-ussá, tem 1 pseudobulbo de 5 cm, de compri- mento, por 23 mm. de diametro, (forma obovoida), tres folhas de 10-15 cm. de comprimento e de 12 mm. de largura, inflorecencia bastante ramificada com tres flores abertas e um botão ainda muito novo. Todos estes specimens tem as folhas bastante invaginadas e pintalgadas nesta parte ; as flores são mais ou menos iguaes na forma, variam entretanto muito nas dimensões, quanto á forma e mes- mo tamanho, estão conforme a diagnoee de Barbosa Rodrigues; porém, nenhum destes tem flores em caules despidos de folhas, ao passo que o exemplar de que tratei no meu trabalho em 1910, floreceu repetidas vezes em caules já despidos das folhas e em inflorecencia que havia já florido. Além disto, ainda, quero cha- mar a attenção para as estampas destas duas especies dadas na Flora Brasilien- sis; a estampa n. 71, fig. I não está de accordo com o exposto na diagnose e no Conspectus Specierum, pois, que, tanto esta como a Gal. villosa Barb. Rodr., es- tampa n. 70, poderiam desta forma ser consideradas ou não cabiveis na secção Hysterantherae, pois ambas apresentam flores em pseudobulbos com folhas como em pseudobulbos despidos destas. Não disponho, infelizmente, de material para sanar de uma vez esta duvida e sou obrigado desta forma a me limitar ainda & esta observação. Galeandra montana Barb. Rodr. (Fl. Br. de Mart., vol. III., part. IV., pag. 305) Ns. 4.116, 5.350 e 5,351 Colhida na cabeceira do rio Taquara-ussú e по salto Augusto do rio Jurue- na, florecendo de Fevereiro á Margo. Conseguindo colher, nesta viagem, diversos specimens de lugares diversos, vejo que, justamente o exemplar que colhi na viagem passada, que me serviu de modelo para a estampa que juntei á primeira parte, 6 uma variedade da especie typica, pois que tem os sepalos e petalos muito mais escuros, crespos e ondula- dos do que esta. As folhas de todos os specimens que eu colhi sáo rijas e multies- triadas tal como os da Ga/. paraguayensis Cong. DUE Lu. Galeandra juncea, Lindl. (Fl. Br. de Mart., vol. III., part. IV., pag. 307) N. 4114 Colhida nos campos do rio Aricá, perto de Cuyabá, florecendo em Margo. Galeandra Bayrichii, Reichb. f. (Fl. Br. de Mart., vol. III., part. IV., pag. 308) N, 4.115 Colhida no Maribondo em S. Lourenço, florecendo em Abril. Caule escamosamente invaginado ; vaginas decrescentes transformando-se as superiores em bracteas; inflorecencia terminal de 20 cm. de comprimento, com 17 flores, que desabrocham successivamente de baixo para o apice. As flores säo me- diocres de cór verde-amarellescenta, tem o labello mais claro e bastamente pillo- so pelo lado interno, e quatro elevagóes no disco. Colhi esta planta em um ta- quaral entre S. Lourengo e Itiquyra. Galeandra coxinnensis, spc. nov. (Intercalle-se esta especie entre os numeros 18 е 19 da Fl. Br. de Mart. vol. III., part. IV., pag. 309) Petala oblongo-subspathulata, 3 vel indistincte 5 nervia; labellum intus a basi usque ad apicem densiusculo lanatum, cristis pubescentibus ; colum- na ad apicem brevissime puberula. Gal coxinnensis, Hoehne. Caule elongato, altissimo, robusto, aphyllo, paulo flexuoso, viginis pluri- bus majusculis amplexicaulibus adpressis, longe acuminatis, imbricatis, dense ves- tito; vaginis rigidiusculis, longis, multinervatis, apice interdum paulo patulis bracteis scariosis, oblongo-acutis vel interdum breviter acuminatis, plerumque ovario satis brevioribus; floribus mediocribus, numerosis, longiuscule pedicella- tis; sepalis subaequilongis, acutis, dorsale subspathulato acuminato; 3 vel obcure 5-nervato, lateralia paulo obliqua, inferne sublineare, superne dilatada subspathu- lata, breviter acuminata, 5 vel obcure 7-nervata ; petalis oblongo-subspathulatis abrupte acutis, sepalo dorsale paulo brevioribus; labello sepalis lateralibus paulo breviore, ambitu late suborbiculari, obcure trilobato, intus a base usque ad api- cem densiusculo breviterque lanato chetarum superne denseque sparse puberulo,an - ticemargine crispo et leviter apiculato, disco ad medium cristis 2 crassis conti- guis apice incrassatis et leviter puberulis ornato; calcari brevi, conico, antice incurvo, apice obtusiusculo; columna breviuscula, crassa, paulo arcuata, apice == $ 6 <= Sparse et breviterque lanato brevissime alata; anthera apice in rostrum crassum obtusumque producta. Herba terrestris, unicaulis 12-15 dm: alta. Caules erectus, flexuosus, teres. albicans pallide viridis, 11/2-2 cm. crassus. Vaginae caulinae 10-15, scariosae rigidiusculae, albicantes, 8-16 cm. longae, 11/2-3 cm. latae, superiores in bractea decrescentes. Recemus erectus, interdum paulo flexuosus, 36 cm. longus, 30-40 florus. Pedicelli patuli, paulo arcuati, pallide virides, 11/2-2 cm. longi. Bracteae scarioseae, patulae vel reflexo-patulae, paulo concavae, 7 nervatae, 1 1/2-7 cm. lon- gae, 3-8 mm. latae, ad apicem recemi satis congestae valde breviorae. Ova- rium lineare-obovoideum, rectum, distincte 6-sulcatum, 1 cm.jlongum. Perigonium viride luteum ; labello pallide viride albicanti, margine pallide purpurascenti, intus cum lineolis purpureislangitudinaliter ornato, Sepala plus minusve patula, mem- branacea ; lateralia sub-plana vel leviter obliquata, inferne sublinearia paulo atte- nuata, superne acuminata, acuta, 2 1/2 cm. longa, 6 mm. lata, dorsale paulo an- gustiora. Petala membranacea, erecto-patula, plana, 3 vel obcure 5-nervia, in- ferne paulo attenuata, 23 mm. longa, ad medium 5 mm. lata. Labellum membra- naceum, tenuiter plurinervium, 23 mm. latum, 23 mm. longum ; calcar 11 mm. longum, basi fere totidem latum, Columna erecta, superne leviter incrassata, sub- semiclavata ? mm. longa. Capsula oblongo-ovoidea, ad medium cerciter 2 cm. crassa. Affinis Ga/. Beyrichii Reichb, f. №. 4113. Tabula n. 70 Habit. solo pingui in sylvis secus fluminem Taquary prope Coxim, floret mensis Majos. Caule alongado, altissimo, robusto, aphyllo, algo sinuoso, recoberto basta- mente pelas multiplas e grandes vaginas amplexicaules, rijas, multinervuladas, acuminadas e de apice levemente patulo ; racimo longo, multiflor ; bracteas esca- riosas, oblongo-agugadas, por vezes algo acuminadas, geralmente mais curtas que o ovario, flores mediocres, abundantes, regularmente pedicelladas ; sepalos quasi iguaes em comprimento, agudos, o dorsal subespathulo;acuminado, 3 ou indis- tinctamente 5-nervulado; petalos oblongo-espathulados, abruptamente agugados, pouco mais curtos que o sepalo dorsal; labello pouco mais curto que os sepa- los lateraes, de ambito largamente suborbicular, levemente trilobado, internamente, desde a base até ao apice, recoberto de lanugem deprimida, a qual, nas approxima- ções do bordo superior, se torna mais basta e quasi pillósa ; esta margem é crespa e o apice levemente apiculado; o disco tem no centro duas elevações parallelas, cujo apice é incrassado e munido de alguma pubescencia , esporão curto, curvo para diante, de apice obtuso ; columna curta, grossa, de apice incrassado e levemente alado, com alguma lanugem no apice, anthera levemente pubcscente, de apice prolongado em um longo, grosso e obtuso rostro. Herva terrestre, unicaule, de 12-15 cm. de altura. Саше erecto, pouco si. nuoso, roliço, albicante ou verde claro, de 11/2-2 cm. de espessura. Vaginas |) caulinares em numero de 10-15, escariosas, algo rijas albicantes, de 16-8 cm. de comprimento e 11/2-3 cm. de largura, decrescendo as superiores gradativamente | et =. em bracteas. Racimo erecto, as vezes um pouco sinuoso, de 36 cm. de compri- mento, ostentando de 30 a 40 flores. Pedicello patulo, pouco arqueado, verde claro, de 11/2-21/2 cm. de comprimento. Bracteas escariosas, patulas até erecto-patulas, algo concavas, 7-nervuladas, de 11/2-7 cm. de comprimento e 3-8 mm. de lar- gura, no apice da inflorecencia aggregadas em um pequeno botäo revestindo-o completamente, estas muito menores que as que sostem as flores. Ovario linear- ovoidal, erecto, distinctamente 6-sulcado, de 1 cm. de comprimento. Perigono verde amarellescente; labello verde claro, albicante com margens sombreadas le- vemente de vermelho e internamente ornado longitudinalmente com tragos de vermelho purpureo. Sepalos mais ou menos patulos, membranaceos, os lateraes pouco obliquados com a parte inferior sublinear um pouco attenuada, a superior mais dilatada e depois acuminada aguda, com 21/2 cm. de comprimento e 6 mm. de largura, o dorsal bastante mais estreito e algo concavo. Petalos membranaceos, erecto-patulos, planos, 3 ou indistinctamente 5-nervulados, inferiormente attenua- dos, superiormente abruptamente acuminados agudos, algo obliquados, de 23 mm. de comprimento por 5 mm. de largura. Labello membranaceo, tenue multinervu- lado, de 23 mm. de comprimento ; esporáo de 11 mm, de comprimento, de base bastante larga. Columna erecta, pouco mais grossa no apice, de forma semi- clavada, de 9 mm. de comprimento. Capsula de forma ovoide de 5 cm. de compri- mento por 2 cm. de maior espessura. Аш de Gal. Beyrichii Reichb. f. N. 4.113. Est. n. 70 Colhida em sólo barrento, nas margens do corrego da Onça, em matta som- bria, perto de Coxim, florecendo em Maio. Esta especie se distingue da Ga/. Beyrichii Reichb. f. pelos caules muito mais altos, pela forma dos segmentos floraes e pelo numero de elevagóes no disco do labello. MONANDRE—L ELIINE—PONERE ЈЕ Scaphyglettis Scaphyglottis prolifera Cogn. (?) (Fl. Br. de Mart., vol. III., part. V., pag. 15) N. 4.150 Cohlida na Casa da Pedra, florecendo em Abril. Este specimen, que foi colhido em uma arvore sobre uma rocha muito ele- vada, em um lugar muito exposto ao sol, é rachitico; tem apenas 10 cm. de altura ` e caules com só uma articulação. No chapadão dos Parecis nas margens das ca- beceiras do rio Burity encontrei esta planta muito mais desenvolvida e em grande quantidade. > — 18 = MONANDR/E—LAELIINZE—CATTLEYEJE Lanlum Lanium avicola Benth. var. longifolia Cogn. (Fi. Br. de Mart., vol., IIL., part. V., pag. 26.) Ns. 4.132 e 4.133 Colhida no Rio Manso, florecendo em Abril. As folhas desta variedade, descripta por A. Cogniaux, são muito compridas, linear-acuminadas e as vaginas superiores igualments foliaceas, de forma que os pseudobulbos sáo em geral 3-5-phyllos ; as inflorecencias, nos exemplares que tenho em mão, são ricas em flores, muitas compridas e bastante ramificadas, tendo de 10-15 cm. de comprimento. Lauium avicola Benth. var. subteretifolia Hoehne (Addicione-se esta variedade а especie) Planta satis robüstior, vaginis pseudobulbi satis longioribus. Folia subtere- tiuscula, acuta, arcuato, 4-7 cm. longa, 2-21/2 mm. crassa, supra profundiuscule canaliculata. Pedunculus communis ramulosus, usque ad 17 cm. longus. Ns. 4.130, 4.131 e 2.175 Hab. ad Sant'Anna da Chapada secus fluminem Tuquara-ussú, floret Martio. Planta muito mais robusta que а especie typico, de pseudobulbos envolvidos por vaginas bastante mais compridas que estas. Folhas quasi roligas, agudas, ar- queadas, de 4-7 cm. de comprimento e de 2-21/2 mm. de espessura, profundamente canaliculadas na pagina superior. Pedunculo floral ramificado, até 17 cm. de comprimento. Ns. 4.130. 4.131 e 3.175 Colhida na Chapada, perto da cabeceira do rio Taquara-ussá, florecendo em Margo. Epidendrum Epidendrum flavum Lindl. (Fl. Br. de Mart., vol. III., part. V., pag. 58.) Ns. 4.517-4,518 Colhida em S. Luiz de Caceres, florecendo em Setembro. Esta planta, que é muito commum em todo o Estado de Matto Grosso, é uma das Epidendreas mais frequentes nos cerrados seccos; nunca se dosenvolve muito, = $ — e facilmente se modifica com a influencia do lugar em que vive, assim é, que, nem sempre osexemplares tem os pseudobulhos normaes e inflorecencias de 3-6 dm. de altura ou folhas de 11/2-2 cm. de largura; eu colhi exemplares (como o que desenheie que dei em estampa na primeira parte) que tinham pouco mais de 1 dm. de altura, e cujas inflorecencias não são ramificadas ; outros exemplares têm folhas de 3/4 cm. de largura e muito mais compridas que as do citado Epidendrum flavum Lindl. var. fuscosepalum Hoehne (Addicione-se esta variedade á especie) Pedunculo communi foliis superanti. Sepalis et petalis fucis; labelli lobi antice albo. М, 5.319 Hab. in sylvis supra arboribus, secus fluminem Juruena, floret Decembri. Paniculo floral erecto, mais comprido que as folhas. Sepalos e petalos fus- cos escuros ; lobulo anterior do labello alvo. и. 5.319 Colhida nas mattas do rio Juruena, onde vive como epiphyta, florescendo em Dezembro. Epidendrum aff. gallopavinum Reichb. f. (Fl. Br. de Mar., vol. III.,, part., V., pag. 61.) №. 5.339 Colhida nas mattas do rio Motum Cavallo, perto de Campos Novos, flore- cendo em Novembro. O specimen que colhi, jà estava no fim da floragäo e tinha ainda só uma Нот, motivo este, porque, não posso ir além na determinação, mesmo porque, а discripção desta especie, tal como ella se acha no Bonplandia vol. III, pag. 219 transcripta tambem para a Flora Brasiliensis de Martius, não offerece dados segu- ros, mormente quando se trata de um caso como este. Epidendrum viviparum Lindl. (forma maior) (Fl. Br. de Mar., vol. III., part. V., pag. 73) N. 5.585—5.590. Est. N. 71 Р Colhida em Juruena proximo 4 cachoeira de um pequeno tributario, pouco abaixo do acampamento e á direita do rio, florecendo em Dezembro. Os spec.mens que colhi, tem dimensões maiores que os da especie typica ; os pseudebulhos sáo muito compridos tem de 15-30 cm. de comprimento, estäo quan- do novos envolvidos pelas grandes vaginas, que depois caem com as folhas; os pe- ~ ЊЕ = dunculos floraes brotam depois де terem floridos, gerando novos exemplares que vivem assim sobre estes, dando raizes e pseudobubos e novos rebentos nas inflo- recencias findas como as que ás suportati, chegando desta maneira a planta formar, muitas vezes, uma corrente de 4-6 plantas superpostas umas ás outras com diversas ramificações. Estas plantas assim formadas seguram-se com as raizes em blócos de pedras ou em galhos que lhes ficam perto; soltando-se finalmente dos suportes, ellas vivem perfeitamente, como as que vieram das sementes. О nu- mero de flores em cada uma destas inflorecencias é de 3-8, são alvas e inodóras ; as folhas são como afirma Lindl. (Bot. Regist. vol. 27 misc. pag. 10) obstusas (não emarginadas.) Nos exemplares que tenho presente, as folhas são até leve- mente apiculadas no apice e ligeiramente viradas, o que, a primeira vista, póde parecer se com uma ешагоіпас̧ӣо. Epidendrum variegatum Hook Fl. Br. de Mart., vol., III., part. V. pag. 77. №. 5.575 . Colhida em Campos Novos da Serra do Norte, florecendo em Novembro. Muito espalhada por todo estado de Matto Grosso e outros estados do Bra- sil, € muito frequente nas pedras e arvores que margeam o rio Nhambiquaras e Juruena, Epidendrum cinnabarinum Salzm.. Fl. Br. de Mart., vol. III., part. V., pag. 119. Ns. 4.123 e 4.124 Colhida em Paranaguä. Florecendo em Dezembro. Os exemplares que colhi nos pantanos perto da cidade de Paranaguá, quan- do por ali passei, em Dezembro, na viagem para Matto Grosso, tem caules muito compridos e attingem com o pedunculo floral 100-120 cm, de altura; as flores são vermelhas e muito ornamentaes. Epidéndrum nocturnum Jacq. (Fl. Br. de Mart., vol. IIL, part. V.,pag. 134. N. 4.122 Colhida na Casa de Pedra, perto do Rio Manso, florecendo em Abril. E” este um dos Epidemdras que mais varia em suas formas e dimensões ; os caules adultos podem variar de 10 á 120 cm. de altura, as flores, que sempre es- tão em proporções com estes ultimos, são as vezes muito maiores e outras vezes muito menores, attingindo as vezes sómente 50%. do diametro descripto. Não é raro se vêr um ou outro exemplar multiplicar-se por meio de novos reben- tos que nascem do topo dos pseudobulhos velhos, criar raizes e formar по fim ME Up e ue Ri EL Cr АЛЫ, = 4% = de algum tempo exemplares tal qual como acontece, com mais frequencia, com o Epid. viviparum Lindl. Epidendrum carnosum Lindl. (Fl. Br. de Mart., vol., III., part. V., pag. 157) Ns. 4.120 e 4.121 Colhida na cabeceira do rio Taquara-ussü na Chapada, florecendo em Feve- reiro. > | Planta terrestre vivendo entre Gramineas nas margens do rio Taquara-ussü, de flores verde amarellescentas muito brilhantes, dispostas em paniculos terminaes muito ramificados. Epidendrum Kuhlmannii spc. nov. (Intercalle-se esta especie entre os Ns, 120 e 121 da Fl. Br. de Mart., vol. IIL, part. V., pag. 161) Caules caespitosus, simplex, teres, elongatus; pa- niculae pauciflorae, foliis satis breviorae, subnu- tantae ; sepala acutiuscula, subspathulata; petala li- nearia-acuta ; labelli lobi laterales subquadrati rotun- dati, terminale subaequale. Epid. Kuhlmannii Hoehne. Caulibus caespitosis, gracilibus, simplicibus, erectis, teretiusculis, inferne plus minusve denudatis, superne multifoliátis ; foliis distichis, submembranaceis, oblongo-acuminatis acutissimis, basi abrupte rotundatis, vaginantibus ; pedunculo communi terminali, paulo et indistincte ramuloso, foliis triplo breviore, satis gracili, paniculam aggregatam paucifloram formante ; bracteis parvis, membra- naceis, triangularibus, ovario multotis brevioribus ; floribus mediocribus, longe pedicellatis ; ovario glabro, laevi; sepalis submembranaceis carnosulis, oblongo- spathulatis, distincte trinerviis, nerviis superne interdum bifurcatis ; apice acutis lateralibus dorsali subaequantibus vel paulo longioribus et levissime obliquatis ; petalis sepalo dorsali subaequilongis, anguste-linearibus spathulatis, acutis, uniner- viis; labello carnosulo, sepalis lateralibus paulo longiore, ambitu late sudsemior- biculare, basi rotundato, superne profunde trilobato, lobis margiñe integerrimis, subquadrato-rotundatis, terminale truncato apice minute apiculato, disco costis tribus elevatis notato, basi crassiuscule bicalloso ; columna elongata subsemicla- vata, crassiuscula. : Caules erecti, stricti, virides, 30-50 cm. longi, 3-6 mm. crassi. Folia erecto- patula, basi articulata, plama vel paulo concava, uninervia et tenuiter pluriner- vulosa, viridis, subtus paulo palidiora, 7-9 cm. longa, 12-18 mm. lata, saépius acutissima, nervo mediano supra levissime impresso subtus non prominente. Vä- ginae membranaceae, tenuiter pluriestriatae, pallide virides, 11/2-4 cm. longae. =L = Na grande cachoeira de 5. João da Barra, pouco acima do salto Augusto e neste, esta Sobralia é tão frequente e abundante que chega a occupar grandes areas, revestindo as pedras soltas e as rochas que circundam estes sitios. Etsa planta vive no sólo, sobre pedras ou nos troncos de arvores. As flôres são muito grandes e ornamentaes, são completamente alvas tendo no labello uma grande mancha amarella, com leves veios da mesma côr ; os segmentos são muito reflexos e o labello muito crespo e ondulado. MONANDRZE— CYRTOPODIINE Cyrtopera Cyrtopera longifolia Reichb. f. var. pachystelidia Reichb. f. (Fl. Br. de Mar., Vol. III., part. V., pag. 355.) Ns. 4.140—4.144 Colhida em Corumbá, florecendo em Fevereiro. Esta variedade distingue-se pela forma dos papillos do lobulo medio do labello, que sáo lineares e as vezes bifurcados, as bracteas säo na maioria mais longos que о ovario e estreitas acuminadas. Cyrtopodiurn Cyrtopodium paludicolum sp. nov. (Intercallar entre os numeros 14 e 15 da Fl. Br. de Mart., vol. IL, part. Ұ., pag. 373.) Flores majusculi, longiuscule pedicellati. Label- lum base plus menusve unguiculatum profunde et late rotundé emarginatum, superne profunde trilo- batum, Sepala ovata, acuta. Petala late obovata, sepalo dorsali aequilonga, apice rotundata obtusa vel abrupte acutiuscula. Cyrtopodium paludicolum Hoehne. Pseudobulbis elongatis, robustis, teretibus, superne attenuatis, junioribus inferne vaginis pluribus coriaceis majusculis acutis dense vestitis, superne pluri- foliatis, vetustioribus denudatis et distincte multiannulatis ; foliis magnis, coria- ceis, rigidis, lineare-lanceolatis, acutissimis, inferne attenuatis conduplicatis pseudo- peciolatis, crasse trinerviis, nervis subtus satis prominentibus, nervulis secunda- | riis numerosis et paulo distinctis ; scapo crassiusculo, simplici, foliis multotis longiore, inferne vaginis paucis brevibus remotissimis vestito, superne laxe ad apice densequer plurifloro ; bracteis membranaceis, ovato-oblongis, acutis, 7-9 nerviis, ovario snbtertio brevioribus ; floribus majusculis, longiuscule pedicellatis ; sepalis membranaceis, aeqailongis, ovato-oblongis, acutis, margine leviter undu- latis, lateraribus paulo obliquis leviter reflexis ; petalis late obovatis apice rotun- datis, obtusis vel abrupre acutiusculis, margine non vel paulo undulatis, sepalo dorsale subaequilongis ; labello sepalis lateralibus subaequilongo, ambitu latior quam longo, ad basin paulo unguiculato et profunde rotundé emarginato, lobis lateralibus erectis, ad basin subunguiculato-ligulatis, superne oblique obovato- rotundatis, marginis non undulatis, lobulo terminali latiore, inferne late ungui- culato superne latiuscule semiorbiculare dilatato, apice rotundato subtruncato margine crenulato-crispo, callo inter lobos basilares amplo crasso-verruculoso mul- tituberculato ; columna semiclavata, breviuscula, incurva, Pseudobulbi numerosi, robusti, erecti, 10-35 cm. longi, 4-6 cm. crassi. Folia erecta, patula, rigida, inferne conduplicata, superne planta vel paulo concava, supra viridis subtus pallidiora, 60-110 cm. longa, 21/2-4 cm. lata ; nervis crassi- usculis. Pedunculus communi erectus, strictus vel paulo flexuosus, teres, pallide viridis vel inferne paulo dilude purpureus, 120-220 cm. altus, inferne 12-15 mm. crassus, Vaginae rigidae, arcte adpressae, tenuiter plurinervulosae, oblongo acumi- natae rotundatae, apice obtusae, 3-5 cm. longae. Pedicelli graciles, patentissimi, paulo flexuosi, cum ovario 21/2-5 cm. longi. Bracteae satis patulae, vel reflexae, concavae, subtiliter plurinervulosae, base apiceque paulo attenuatae, lutei-flaves- centae, 11/2-2 cm. longae, 5-8 mm. latae. Flores patenti, subnutanti, laete- lutei, segmentis patentissimis. Sepala panlo concava, indistincte 7-9 nervia, base paulo attenuata, apice acuminata acuta, 18-19 mm. longa, 8-9 mm, lata. Petala membranacea, obovata-suborbicularia, paulo concava, laete-lutei, 9-nervulosa nervulis superne ramosis, 18-19 mm. longa, 13-14 mm. lato. Labellum triloba- tum, patulum, 18 mm. longum, lobis lateraribus erectis, 11-12 mm. longis ad basin ligulatis 2 mm. superne suborbiculare dilatatis 8-9 mm. latis, rotundatis in- tensiter fuci-guttatis ; lobo terminali leviter convexo, intus paulo plicato, sub-se- miorbiculare, 14-15 mm. longo, inferne 5-6 mm. superne 14-15 mm. lato, mar- ginis undulato-crispulis, laete-lutei. Columna erecta, incurva, apice satis in- crassata, lutei-viridis, 10 mm. longa. Capsula oblongo-obovoidea, 5 cm. longa, 3 cm. crassa. Ns. 4.134-4.138. Tab. n. 75 Habitat iu campis paludosis prope fluminem Itiquira, floret Maio. Pseudobulbos alongados, robustos, roligos, acuminados para o apice, quando novos envolvides por grandes vaginas coriaceas e agudas, em sua base e superior- mente plurifoliosos, depois despidos e multiannulados ; folhas grandes, coriaceas, rigidas, linear-lanceoladas, agudissimas attenuadas e conduplicadas em sua base formando um pseudopeciolo bem comprido, com tres grossas nervuras no centro, nervuras inferiormente algo proeminentes, as secundarias numerosas porém pouco == 4 == visiveis ; haste floral grossa, simples, muito mais comprida que as folhas, revestida inferiormente por algumas esparsadas vaginas e superiormente laxa e para o apice mais bastamente multiflor ; bracteas membranaceas, ovaes-oblon- gas, agudas, 7-9-nervuladas, com um tergo do comprimento do ovario“; flöres grandes, longamente pecioladas ; sepalos patulos, membranaceos, de igual comprimento, ovaes-oblongos, agudos, com as margens levemente ondula- das, os lateraes pouco obliquados e levemente reflexos; petalos largamente obo- vados de apice arredondados, obtusos ou ligeiramente agugados, margens não ou pouco onduladas, mais ou menos do mesmo comprimento que os sepalos late- raes ; labello do comprimento dos sepalos lateraes ou pouco mais curto, de am- bito mals largo que longo, na base um pouco unguiculado e profundamente sub- semicircularmente emarginado, lobulus lateraes erguidos, na base como que ungui- culado-ligulados, superiormente obliquo-obovalmente arredondados, de margens näo onduladas, lobulo terminal mais largo, inferiormente largamente unguiculado e superiormente amplamente dilatado em forma sub-orbicular, apice arredondado ou ligeiramente aparado, margens crenulado-crespas, o grande callo entre os lobu- los lateraes € verruculoso e multitubercular; columna semi-clavada, curta e incurva. Pseudobulbos numerosos, robustos, e rectos, de 10-35 cm. de comprimento e 4-6 cm. de grossura. Folhas erectas patulas, rigidas, conduplicadas inferiormente e superiormente planos ou pouco concavas, verde ;por cima, por baixo um pouco mais pallidas, de 60-120 cm. de comprimento por 21/2-4 cm. de largura; nervu- ras muito grossas. Pedunculo commum erecto, forte, recto ou pouco flexuoso, ro- ligo, verde pallido as vezes inferiormente levemente arroxeado, de 120-220 cm. de altura, inferiormente com 12-15 mm. deespessura. Vagiua rigida, fortemente adpressa, tenuemente plurinervulada, oblongamente acuminada arredondada, de apice obtuso, de 3-5 cm. de comprimento. Pedicello fino, patentissimo, ou pouco reflexo, flexuoso, tendo com o ovario de 21/2-5 cm. de comprimento. Bractea muito patula e até reflexa, concava, levemente plurinervulada, na base e apice pouco attenuada, amarello-clara, de 11/2-2 cm. comprimento e de 5-8 mm. de lar- gura, Flores patentes, sub-nutantes, amarello-claras, de segmentos patentissimos. Sepalos pouco concavos, indistinctamente 7-9 nervulados, base pouco attenuados, de apice acuminado agudos, de 18-1? mm. de comprimento por 8-9 inm. de largura. Petalos membranaceos, obovaes sub-orbiculares, pouco concavos, amarello-claros, 9 nervulados, nervuras superiormente pouco ramificadas, de 18-19 mm. de com- primento e superiormente 13-14 mm. de largura. Labello trilobulado, pa- tulo, de 18 mm. de comprimento ; lobulos lateraes erguidos, de 11-12 mm. de “comprimento, ligulados na base a 2 mm. superiormente alargados orbicular- mente de 8-9 mm, de largura intensamente salpicados de fusco escuro; lobulo terminal levemente convexo, internamente pouco plicado e dobrado, quasi semi- orbicular, de 14-15 mm. de comprimento, medindo inferiormente 5-6 mm. e supe- riormente 14-15 mm. de largura, margens onduladas crispas, amarello claro e nào salpicado. Columna erecta, incurva, de apice muito mais grosso, amarello-esver- deada, de 10 mm. de comprimento. Capsula oblonga-obovoidea, de 5 cm, de com- primento e de 3cm. de espessura. ae сае. Ns. 4.134—4.138. Est. n. 75 Vivendo nos campos paludosos perto do rio Itiquira, florecendo em Maio. Encontrei esta planta repetidas vezes entre os rios Correntes e Itiquira, sempre em pantanos ou campos alagados. As flóres sào grandes e de um amarello muito vistoso. MONANDRE-LYCASTINE Batemania Batemania Beaumontii, Reichb. f. (Fl. Br. de Mart., vol. III., part. V., pag. 476) Ns. 5.596—5.600 Est. n. 76 Colhida nas mattas do rio Juruena, junto ao acampamento do mesmo nome, florecendo em Dezembro. O crescimento desta planta tem muito de commum com o das Zygopetali- neas, porém a flor, cujo lallello ё trilobulado e a inflorecencia, são bastante diver- sas. Nas mattas pantanosas do rio Juruena, esta planta é muito frequente, vive ali sobre o humus no sólo, sobre as pedras e mesmo algumas vezes como epephyta ; as suas flôres são bem grandes, porém de côr pouco vistosa. Bifrenaria Bifrenaria sabulosa, Barb. Rod. (Fl. Br. de Mart. vol. III., part. V., pag. 491) N. 5.326 Colhida nas mattas do rio Juruena, pouco acima da confluencia do rio Arinos. florecendo em Janeiro. MONANDRE-GONGORINZE Polycycnis Polyeyenis barbata, Reichb. f. (Stein! s Orchideenbuch, pag. 556) Ns. 4.127—4.129 Colhida nos abruptos contrafortes do Morro Podre, perto de Cuyabá, flo- recendo em Margo. == 499 = MONANDR/E-ZYGOPETALIN/E Menadenium Menadenium labiosum, Cogn. (Fl. Br. de Mart., vol. III., part. V., pag. 582) Ns. 5.314, 5.315, 5.317 e 5.355 Colhidaem S. Manoel, Estado do Amazonas, florecendo em Margo. Esta planta que, segundo A. Engler (Engler & Pranth. Pflanzensystem- vol. II, part. 6, pag. 161) pertence ao genero Zygosepalum e tem o nsme de Zig. rostradum Reichb, £.; foi descripta em 1792, рог L. C. Richard como Epidendrum labiosum ; &, segundo Cogniaux, commum em todo o Estado do Amazonas e ainda nas Guyanas e muitos outros lugares, Planta muito ornamental, de crescimento quasi igual ao do Kochiophiton ceruleus, Hoehne, porém com pseudobubes muito maiores, inflorecencias de 10-20 cm. de comprimento e 1-2 flóres, nas quaes o la- bello sobresae. MONANDR E-BULBOPHYLLINA Bulbophyllum Bulbophyllum aff. setigerum, Lindl. Fi. Br. de Mart., vol. III., part. V., pag. 624) N. 5,323 Colhida no Juruena, florecendo еш Dezembro. Os petalos desta planta que colhi são muito mais curtos que o sepalo dor- sal, säo estreitamente lineares, agudos e tem proximo á base uma pequena visi- cula pelo lado externo; näo me foi entretanto possivel ver os tres denticulos do apice do labello de que falla o autor, MONANDRJE-MAXILLARIINJE M axillaria Мах ата alba, Lindl. (Fi. Br. de Mart., vol. IIL, part. VI., pag. 67) Ns. 5.316 e 5.325 Colhida no S. Manoel, nas mattas do rio Tapajóz, florecendo em Feve- — o Planta de rhizoma erecto, pseudobulbos eliptico-oblongos muito compridos, envoltos quando novos por multiplas grandes vaginas, de entre аз quaes surgem as niveas flóres em pedunculos uniflores em numero de 2-5. Maxillaria uncata, Lindl. (Fl. Br. de Mart., vol. III., part. VI., pag. 66) Ns. 5.320 e 5.321 Colhida no pouso no Gaviäo Preto, nas margeus do rio Juruena, florecendo em Dezembro. Eulophidiurn Eulophidium maculatum, Pfitz (Fl. Br. de Mart., vol. III., part. VI., pag. 105) Ns. 4.25 e 4.126 Est. n. 77 Colhida no Coxipó da Ponte, perto de Cuyabá, florecendo em Margo. Planta terrestre de folhas maculadas trausversalmente de verde mais escuro, inflorecencia erecta com 6-9 flóres alvo amarelladas ; muito frequente em todo o Brasil, vivendo geralmente nos cerrados arenosos ou argilosos á sombra de arvores pequenas. MONANDRZ-ONCIDIINE-IONOPSIDE£ Plectrophora Plectrophora cultrifolia, Cogn. (Fl. Br. de Mart., vol. III., part. VI., pag. 185) N; 5.354 Colhida nas mattas do rio Tapajóz, perto de S. Manoel, florecendo em Fevereiro. MOAANDR £-ONCIDIINZ-ODONTGLOSS Æ Brasia Brasia Lawisii, Rolf (?) Ft. Br. de Mart. vol. III., part. VI., pag. 261) №. 5.318 Colhida nas mattas do rio Juruena, proxima á barra do rio Papagaio, flore- cendo em Janeiro. c s= Tendo esta planta ficado muito avariada e perdida todas as folhas, devido ao alagamento das canoas e outra humidade que apanhou, não me é possivel deter- minal-a com mais segurança. Oncidium Oncidium macropetalum, Lindl. (Fl. Br. de Mart., vol. III , part. VI., pag. 296.) N. 4.145 Colhida no corrego da Onga, no Coxim, florecendo em Junho. Nas mattas que margeam o rio Taquary e nas do corrego da Onga, pequeno tributario deste ultimo, á duas leguas acima da confluencia do rio Coxim, esta planta é muito commum, encontra-se ali as vezes mais de 50 specimens sobre a mesma arvore. Oucidium nanum, Lindl. (Fl. Br. de Mart., vol. III., part., pag. 375.) N. 4.538 Colhida em S. Luiz de Caceres. Florecendo em Setembro. Oncidium ceboleta, Schwartz. (Fl. Br. de Mart., vol. III., part. VI., pag. 438.) Ns. 4.471-4.472 Colhida em S. Luiz de Caceres, florecendo em Agosto. Conforme já expuz na primeira parte do meu relatorio, na estampa desta especie, os lobulos lateraes do labello sáo muito mais largos que os descriptos por Schwartz, lembrando em forma um pouco os do Опс. Sprucei, Lindl. Oncidium Jonesianum, Reichb. f. (Fl. Br. de Mart., vol. III., part. VI., pag. 442.) Ns. 4.146—4.149 e 4.954—4.956. Est. n. 78 Colhida em Corumbá, florecendo em Fevereiro. Е? este, um dos Oncidiums mais ornamentaes que possuimos ; as suas flóres são grandes, tem um diametro de 4 cm. ; os sepalos e petalos são alvo-amarella- y dos maculados bastamente de castanho escuro, o labello é muito amplo, alvo x Ŝi эн com algumas maculas castanhas no fundo. A planta que muito tem de commum com o Onc. ceboleta, Schwartz., facilmente se distingue deste pelo seu crescimento pendente. Nas mattas de Corumbä esta especie apparece junto com o One. cebole- ta, Schwartz. Lockhartia Lockhartia elegans, Hook, (Fl. Br. de Mart., vol. III., part. VL, pag. 451) * Ns. 4.410 e 4.411 Colhido em Santa Luzia, no rio Piquery, florecendo em Maio. MONANDRE — DICHAEINJE Dichaea Dichaea latifolia, Barb. Rodr. (Fl. Br. de Mart., vol. Ш., part. УГ., pag. 490) Ns. 5.593 e 5.594 Colhida no Juruena, florecendo em Dezembro. Dichaea зрс. 2 N. 5.570 Colhida no Morro до Lyra. Sem flóres. Plantasinha muito interessante de caules cespitosos e muito delgados, fo- lhas membranaceas, linear-acuminadas e muito transparentes. SARCANTHINJE — АЕКШЕЖ Campylocentrum Campylocentrum mieranthum, Rolfe (Fl. Br. de Mart., vol. III., part. VI., pag. 506) М. 4.473 Est. n. 79 Colhida em S. Luiz de Caceres, florecendo em Agosto. Notei algumas pequenas differenças nas partes da flôr, o que entretanto não considero bastante para a separar como uma varisdade definida. N.* 66 Do sat. por Seabee Pogonia paludosa Reichb. f. Escl. 3/4 Nº. 67 Epistephium parviflorum Lindl Do nat. por Hoehne Escl. 3/4 41. + gi N.º 68 1 ^ Spiranthes Camposnovensis Hoehne | nat. por Hoehné Escl. 3/4 | | | | | | | | | | | | | 5 + (i) do у 6 + (e) 6 + (a) $2 y 4 + 3 + 44 М 69 ——— Liparis elata Lindl. var. aff. rufina Ridl. Escl. 3/4 N. 70 Galeandra Coxinensis Hoehne Do nat. por Hoehne Escl. 3/4 NATI Epidendrunl viviparum Lindl., forma maior Hh. Escl. 3/4 N* 72 Epidendrum Kuhlmannü Hoehne М” JI Brassavola Martiana Lindl. Escl. 3/4 Do nat. por Hoehne nat. por Hoehne N.º 74 Sobralia liliastrum Escl. 3/4 forma N: 79 Cyrtopodium palodicolum Hoehne Escl. 3/4 Do nat. por Hoehne М 76 Escl. 3/4 Batemania Beaumontii Reichb. f. nat. por Hoehne — N^ 7I Do nat, por Hoehne Eulophidium maculatum Pfitz. Escl. 3/4 N*. 78 anum Reichb. f. Escl. 3/4 ium jonesi Oncid Do nat, por Hoehne N.º 79 Campylocentrum micranthum Rolf. . 3/4 Do nat. por Hoehne Escl. 3/ inhas Telegraphicas E: . п. 18 onde se oncidioides. · D Onde " > 54 ,” > )» 57 9 > patens Schw. . n. 58 onde se oreana. .n. 58 onde " 9 60 9? ,) chia stomachioides. ^ lê : ЭЭ ERRATA Epidendrum oncidivides léia-se Epidendrum luter РІ. (jovirus) > > Epidendrum potens Schwartz ” Zigella Mooseana Caprula Aristolochia stomachivides lutei. (Pl. joven). Epidendrum Zigella Mo- capsula. Aristolo- Tendo sido necessario, por causa do formato, alterar-se as dimen- söes de uma grande parte das estampas, que tinham sido executadas em tamanho natural, declaro sem valor todas as indicações e signaes que se referem a este, como sejam : (m. n.), 1/2, 1/4, etc., em todas as que fiverem a escala de 1:2; ficando validos em todas as de escala de 1:1. O autor F. C. Hoehne 5° (1X8 2X) 4 (1X3'/2X) 2 (1x3X) Escala 1:1 1 (a. m. n) 9 (X4X) Я emen moe EN жеген лалын аан Vanilla planifolia var. gigantea ON — —.- p... — Escala 1:2 ди: | | | | --xy=-—F—F—=;— THU TRUE ee аса йына дыны а a dia - қый irc, arioj РА жұ? ағ. ig 9º (aX3X) 7 (X2X1) 7 G. m. n) Escala 1:2 No. 9 a Stenorrhynchus orchioides /0 1. (LX4X) 5° (i.X4X) ŝi 5°(plicato Lx4x) 9º (1.Х12Х) 4 е = " 5º (.X4X) Pl. (m. п.) 8. (LX ix n.) 1. (aX2"/2X) — G ~= = 7. 1.х3х) 5. (i.XB3X) 9. (X 6X) 9 Escala 1:1 No. 11 Cranichis glabricaulis (OLEO nj No. 13 РІ. (m. n.) Galeandra montana 2 . . Escala 1 / i". nk ñ) 1. (a.X3X) 1. (.X3X) | 7. (LX5X) ———"——————— N ор QP ge (x10x) 9. X10) Po No. 17 Lanium avicula Escala 1:1 5° (CxO No. 16 Polystachia Estrellensis / fr Í $ (Pl. m. n.) e. 1. (а.х2х) No. 18 Epidendrum oncidivides T. (Lon m) 6. (S.X3X) Escala 1:2 No. 90 Epidendrum fragrans 5° (1.X4X) 1. 1.X3X) 9º (X8X) No. 21 Epidendrum Cearense Escala 1:2 1 (халх) No. 22 PL (m. n.) - Epidendrum imatophyllum Escala 1:2 5" m n) No. 23 (PL m. а) Epidendrum nocturnum Escala 1:2 1. (l.x2'/»X) | 15. (ж/х) > 1. (1.X2'AX) 12 (1.X2'AX) 12° (1.X 1X) No. 24 Escala 1:1 Epidendrum strobiliferum Escala 1:2 Pl. (m. n) No. 95 Cattleya nobilior EX | | i | | | | | | | | | „lnter .. atro-purpureo No. 26 Cattleya violacea var. splendens Escala 1:2 6. (m. n.) ЫГ 2 ЗА 9º (p.X3X) a MI 9º (ахз ie Y 9º (a. x3X) E 6. (a.X3X) Escala 1:2 No. 27 Sobralia Rondonii wy. 4 J {2 VE, у, ARA e Pl. (m. n) No. 28 Sobralia cataractarum X + x 3 © са д wt” No. 39. 7. (L.X1'AX) 5.9 (iX 1/2 X) 1 (a.X'AX) No. 31 7. (XI! AX) 5.º (LXI1'/X) No. 30 Escala 1:1 27 = No. 30 Cyrtopodium punctatum No. 3! C. orophylus (sp. nov.) Ко. 32 С. vernum. Зе 22 t 2! Pl. (m. n) iflorum Cyrtopodium parv No. 34 Mormodes vinaceus = сэ o _ асин не sm tq amet —. BO Xylobium Chapadense var. lut 11. (X5X) 5. (X5X) 2 Escala 1 ensis(spc. nov.) Houlletia Juruen 17. (X4) t^. 92 A NN w Escala 1:2 PL (m. n.) No. 39 Kochiophiton caeruleus (sp. nov.) ж || l KUN ` y ЭЛЧ La ” 4 E Macradenia multiflora =» 6 Ё, m N 7. (1X4 XJ 2 d ж ) 9.5 1.x: «С 1. 1,Х4Х) YN | ( V 9.* (d.X 4X) — i) ах PARA Wa 2 y EN No. 41 Чи! N) r PL (m. n.) Notylia Tapirapoanensis TORS ff ^v, Escala 1:2 | Pl. (m. n.) т 5 8 w $ 22 Escala 1 No. Trichocentrum ionopthalmum 9' e 11 (i) 4 + 50%ж а 151 0) хар 15 (1) = X3x 5, + 50º/0X 2 ү x ~= No. 43 Escala 1:1 Trichocentrum Maitogrossense (sp. nov.) o . secunda var. sanguinea esia Rodri 1. (a. m. n.) РІ. (m. n.) Escala 1:1 — e | Хо. 45 Jonopsis paniculata a = = e E É 8 = “Би Ё ° : m cm & E = PL Escala 1:1 А | n Lo : REKO. i 1 | Р 4 í P. 4 k $ ! N ! | | ) ^ i j | IA хоо | | | 5 1 ! et t 1 5 A y * Oncidium thyrsiflorum 1-2) P Y f = 2 Ea : Хо, 50 Escala 1:1 = : Oncidium pusillum 4 || | | Pl. (m. п.) ' Escala 1:1 Хо. 51 Oncidium cebolleta а 5 “77 » P 3 LÀ | | | S ! NN AN Ç No. 58 1. (.X30X) No. 54 о tenue TAS “47 1. (aX4X) 5. (X6X) su p 1. (.Х4х) MI 11* (X12X) Escala 1:1 No. 55 Campylocentrum pachyrrhizum PAY 4 (m n) -2(mn) 8 mn) ? 2. (m. n.) чу Y 8.(m.n) > (m. n.) = 17 (114) I = Oncidium macropetalum П = var. fuscopetalum Hoehne (var. nov.) Escala 1:2 Z M 7. (114) Escala 1:2 "No. 57 Epidendrum potens Schwartz Caprula Q semente Escala 1:2 (Fl. seccionada 11) Holostylis reniformis. Escala 1:2 кини — Aristolochia stomachivides. Escala 1:2 No. 62 Aristolochia droseroides. * No. 63 Escala 1:1 Passiflora longilobis.