slg ha ever Se RE =“. Sn meape tea CIC Ta arcanes per peter mor ta Sr pars re prepa edt REVISTA ME © De TOMO XII ——— = uta e EE 3— SAO PAULO TYP. DO “DIARIO OFFICIAL” I920 Prefacio Apezar de havermos annunciado, no prefacio do tomo a este antecedente, que reduziriamos o nume- ro de paginas do presente volume a 760, sahe elle com quasi mil. Não nos foi possivel deixar de lhe incorporar um numero avultado de excellentes ar- tigos e memorias, cujos originaes receberamos desde bastante tempo, sob pena de desattenção para com dedicados e eruditos collaboradores. Assim tal ex- - tensão tomou o volume que nem lhe podemos an- nexar a resenha bibliographica já prompta e que no tomo XIII — em adeantada elaboração — tomará lar- go espaço. Entregando ao publico o tomo XII da Revista do Museu Paulista seja-nos permittido endereçar aos nossos bons amigos e optimos collaboradores os nossos muitos agradecimentos pela offerta das con- tribuições com que tanto vieram abrilhantar o pe- riodico do nosso Instituto. Os diccionarios Aainjgang portuguez e Por- tuguez kainjgang, o Supplemento à grammatica Kainjgang da lavra do Rev. Pe. Fr. Mansueto de Val Floriana, constituem dos mais valiosos docu- mentos da philologia brasilica, quer pela auctoridade de quem os assigna, quer pela riqueza dos elementos colligidos. Não menos valiosa, embora menos extensa, a collaboração do Rev. Pe. Fr. Antonio Sala, com o seu Ensaio de grammatica Karapé e Vocabulario. Conhecedor profundo dos idiomas do Brasil Central reservou-nos o Rev. Pe. Sala um dos seus bellos estudos sobre a linguistica brasileira. Em nume- \ ey rosas revistas americanistas, e das mais cotadas do Universo, delle ha bella bagagem scientifica. Muito generosa contribuição traz-nos, ainda agora, o grande amigo do nosso Museu que tem sido o Snr. Prof. Alipio de Miranda Ribeiro, cuja vasta serie de me- morias sobre a fauna brasiliense já constitue um acervo de proporções grandiosas. Honrou-nos com a sua Revisão dos psitiacideos brasileiros e mais sete memorias em que resume as descobertas feitas no exame das nossas collecções de batrachios ; estudos excellentes, visto como, graças a elles, poude á sciencia incorporar numerosas formas novas, e discutir com abundancia de argumentos varios pontos controvertidos e importantes da zoolo- gia brasileira. O nosso dedicado e proficiente naturalista Snr. João Leonardo de Lima concorre ao presente tomo com um artigo em que descreve algumas formas novas. Ao Snr. Prof. Adolpho Hempel devemos quatro trabalhos valiosos. Em dous estuda ss pragas im- portantes do milho e do arroz no Estado de S. Paulo, problemas de grande relevancia; em um ter- ceiro assignala as coccidas que ameaçam a nossa pomicultura e no quarto revela a existencia de nada menos de quatorze formas novas, para a Sciencia, de coccidas, especialidade em que alcançou a mais alta auctoridade. O Snr. Curt Schrottky tem nome feito como hymenopterologo e solida reputação de entomologo. Nas suas bellas memorias não só revela muitas novas formas como em uma dellas faz a revisão de um grupo importante com a maior abundancia de do- cumentação. A estes artigos segue-se mais outra contribuição do nosso dedicado custos, o Snr. Hermann Luederwaldt, sobre Dorilyneos brasileiros, assumpto ventilado com a segurança alcançada pelo digno na- turalista em assumptos da myrmecologia brasileira e neotropica em geral. O Rev. Pe. Longinos Navás, hemipterologo hespanhol de reputação mundial, obsequiou-nos com DA ET see um pequeno artigo o primeiro de uma serie de tra- balhos com que pretende honrar as paginas de nossa Revista, estudando os hemipteros brasileiros. O Snr. Julius Melzer versa ainda umas paginas sobre o seu assumpto predilecto tratando de longi- corneos- novos ou pouco conhecidos do Brasil e sabem os nossos leitores quanto este dedicado amigo do Museu Paulista conhece bem o campo em que com tanto afinco e resultado trabalha. Um artigo do nosso prezado collaborador dr. Alberto Childe, publicado no tomo X da nossa Re- vista inspirou ao Snr. Frederico Sommer erudito amante dos estudos de glottologia comparada uma serie de deducções interessantes no seu Conceito de metal nos nomes proprios dos povos e paizes. Com a devida venia transcrevemos da /n/for- mação Goyana as curiosas e valiosas notas do Snr. Capitão Dr. Antonio Pyreneus de Souza sobre os costumes e a lingua dos nhambiquaras. Vivendo entre estes indios pôde este dedicado civilisador dos nossos sertões — um dos membros proeminentes da Commissão Rondon, — colher numerosos elementos que incorporou, com destaque, à summula dos co- nhecimentos da rossa ethnographia. Completa ao volume o relatorio para o anno de 1919 que tivemos a honra de apresentar ao então Secretario do Interior, o Exmo. Snr. Dr. Oscar Rodrigues Alves, relatorio que traz diversos appensos, como as relações das tres viagens de collecta de material feitas durante o anno pelos naturalistas do Museu, das dadivas recebidas pelo Instituto, das consultas por nós respondidas, permutas realisadas, o relatorio do bibliothecario-tra ductor, um projecto de alargamento do Instituto, attendendo-se à proxima commemoração centenaria de 1922 e afinal os topicos relativos ás reclamações do ex-director Dr. Ihering, sobre livros e periodicos sobre que pretende ter direitos. | Embora já esteja bastante melhorada a parte ilustrada dos nossos textos muito longe se acha ainda do que esperavamos venha a ser. Não nos foi possivel mais fazer dada a extraordinaria carestia SR ES das contribuições das artes graphicas, no momento actual. E, desta vez, ainda, cabe-nos agradecer, pe- nhorados, o zelo e a delicadeza com que no Drario Official foi acompanhada a impressão do presente tomo pelos dignos funccionarios desta repartição. Fiquem aqui consignados os nossos muito especiaes agradecimentos aos Snrs. Horacio de Carvalho e Dr. Bento Lucas Cardoso, D. D. Director e Gerente. O Snr. Rubem Leal, dedicado chefe das officinas, com a sua habitual solicitude intelligente muito serviu ao Museu fazendo o possivel para adeantar a impressão do volume. Assim tambem os seus dedicados auxiliares, Snrs. Paschoal Gonzalez, Albino Gollazzi, e Antonio Corrêa Netto. Quantc ao chefe da encadernação, Snr. Julio Moreira e o pessoal a quem dirige, cabem-lhes os nossos agradecimentos muito sinceros pelo modo com que se houveram na entrega do.tomo XI, grosso livro de quasi mil paginas. S. Paulo 1.º de Novembro de 1920 Arronso D EscrRAGNOLLE TAUNAY Director do Museu Paulista, em commissão. Professor na Escola Polytechnica de S. Paulo. INDICE GERAL à pda ‘i is, ng INDICE GERAL PREFACIO i PRIMEIRA PARTE Fret Mansueto BARCATTA DE VAL FLORIANA: Pgs. Diccionario Kainjgang-Portuguez. . . . 1 Diccionario Portuguez-Kainjgang. . . . 249 Supplemento ao diccionario Kaimjgang . . 309 Supplemento à grammatica Kainjgang. . 367 de TER Saat Me ILO Pe RR PD OU SIDER pee PS RARES 2 CAE! CHEACEMMISTOTICA NOS, OAL ROBISON Aparas catechisticas Kamjgang . . . . 379d Elddenda e rcorrigenda a BSD Frei ANTONIO MARIA SALA : Ensaio de grammatica Kaiapo . . . . 398 Reino nei SE RER eee AS ALIPIO DE MIRANDA RIBEIRO : Revisão dos psittacideos brasileiros . 1 AA Ppendioe nme Pad to. YON sra ee 28 ALIPIO DE MIRANDA RIBEIRO: Triprion, Diaglena, corythomantis, etc., uma sub-secção, de Hylide, com duas BPECles NOVAS pave Fe SKE 83 IT VE ap QUE JoÃo LEONARDO LIMA: Aves colligidas no Estado de S. Paulo, Matto-Grosso e Bahia, com algumas formas novas ADOLPHO HEMPEL: Coccidas que empestam as nossas arvores [ructiferas Apo» Ho HEMPEL : : Pragas e molestias do arroz no Estado de 8. JPaulo eae ES EB CURT ScHROTTKY : Les abeilles du genre « Ancyloscelis » Curt SCHROTTKY : Himenopteros nuevos o poco conocidos sud americanos HERMANN LUEDERWALDT : Chave para determinar Dorylineos brasi- lew'os ALYPIO DE MIRANDA RIBEIRO: O genero Telinatobius ja for constatado no Brasil ? ALIPIO DE MIRANDA RIBEIRO: Os Engystomatideos do Museu Paulista (com um genero e tres especies novas). Azipio DE MIRANDA RIBEIRO: Algumas considerações sobre o genero «Ce- ralophr'ys» e suas especves. Pes. 107: 259 ee See ALIPIO DE MIRANDA RIBEIRO : Os brachycephalideos do Museu Paulista (com tres especies novas) ALIPIO DE MIRANDA RIBEIRO : Algumas considerações sobre « Holoaden Lüdericaldti » € generos correlatos ALIPIO DE MIRANDA RIBEIRO: As Hylas cœlonotas do Museu Paulista . ADOLPHO HEMPEL : Descripcoes de Coccidas novas ou pouco co- nhecidas . ADOLPHO HEMPEL : As pragas importantes do milho no Estado de S. Paulo ANTONIO PyRENEUS DE SOUZA : Sobre os costuines dos indios nhambiquaras. R. P. Loncinos Navas, 8. J.: Algunos insectos del Brasil JuLius MELZER : Longicorneos novos ow pouco conhecidos do Brasil F. SOMMER : O conceito de metal nos nomes proprios, de povos e parzes Relatorio referente ao anno de 1919, apre- sentado ao Dr. Secretario do Interior 321 329 389 411 419 — XI — ANNEXOS AO RELATORIO I Relatorio do traductor bibliothecario Il Viagem do naturalista caçador sr. Hy. Garbe : Viagem do caçador auxiliar sr. J. Pinto da Fonseca IV Viagem do Custos do Museu sr. Luederwaldt Le GER V Dadivas feitas, em 1919, ao Mu. seu. VI Projecto de alargamento do Museu . VIT Consultas respondidas Vill Permutas. ENS EU CI Re IX Reclamações do ex-director Dr. lhering . DS D —— — DICCIONARIOS Kamjgang-Portuguez e Portuguez-Kamgang COMPOSTOS POR Frei Mansueto Barcatta de Val Floriana DA ORDEM DOS MISSIONARIOS CAPUCHINAOS DO ESTADO DE SÃO PAULO nee E al : Neo (Je Hu abs DICCIONARIO KAINJGANG-PORTUGUEZ ABREVIATURAS Subs. : substantivo Tel. : Telemaco Borba Adj.: Adjectivo São Paulo : Diccionario Frei Daniel Imper.: Imperativo Resp.: Resposta Sing. : Singular Adv.: Adverbio Plur.: Plural Posp.: Posposição Ex., P. Ex.: Exemplo, por exemplo Vis.: Visconde de Taunay Vid. App.: Vide Appendice Ch. L.: Padre Francisco Chagas Pol AE | 0 a; à se ‘ Sars É + j ae » * Ths J e ae ~~. à E] 417 Tu Es pe St - = 1 4 “o + = - - i EC at = aà | : k e pa À = sr n w Po ss Ta “i as . ] ir | - 2 AU TANIA x | È E Em v a o E ui x! E ss) PAR cê hp bre à 4 ù , E GC ine ; RE na | Fat xt dti CET TES at, Calaeth HET! (x) THA fa IA À é que De isto TE TR ; E +4 …. RUE HUE A SRE | | LT Rade anand.) ose px A A, áma, an, an, at: Tu-1: Ama: ati-ma: a, para (posp) 2- A hôrike : Como vai você? - a, você - hôrike, como : 3-A’ma: gára fuôre tôn ja? Você não tem mais palhas de milho ? gára, (g nasalado ) milho-fuôre, palhas (para pitar)-tén, não — je, estás com. 4- A’ma hü? Você está bom? - Aü, bom. 5 A’ma hô ni ti van? Você é um homem muito bom? - ti, muito -- van, é. 6 - A’ma tx fi: Eu te dou-ix, eu-fi, dou -- ima,a ti-7- A’ma ori kantin ? Você não vem hoje? - dri: hoje, agora-kantin, vem. 8- Ex ama to hótiti: Eu preciso muito fallar com vocé-ex eu-to, fallar - hútiti: preciso muito, quero muito. 9- Ambré: Junto com você -- am, você — bré, junto. 10-- A’ma niféia ni: Você está fechado - niféia, fechado-ni, está. 11-- Tó cima kupáne: Você tem um pedaço - tô, tem-kupddne, um pedaço. 12 - Exman an déve je: Você está devendo a mim - exmán, para mim-an, você-deve, de- vendo-je, estã. 13 - An pén tan at fut tógmo: Tu estás com os pés levantados - an, pleonasmo - pé tan, com os pés + fu (1) levantado -- tógm», estás agora. A, lettra que se antepõe ás vezes aos vocabulos por harmonia ( prothese ). 1 -- Akékaktin: não entendo -- kikaktin, não entender. Tambem : sou inimigo de alguem. 2- Aín ton- gatô ni ti, jonja : Elle está fora de casa, e fica brabo = in, casa, tônjatô, fóra--ne, está --jôn, brigando - je, está. 3 -- Aningá agn don ge: Elles tiram das mãos as armas - ningá, mão -- agn, elles -- dôn, arma -- ge, tiram. 4-- Aôn ônet vén: um diz mentiras para o outro --aôn, um ao outro--ônet, mentira -- ven, diz (em Kaingáng, se põe ás vezes um só membro do correlativo ). 5- Hix in ra, aix man-hôti ix tingo: Eu vou de bôa vontade 4 minha casa -- éix, minha -- in, casa -- ra, para eu--dix, eu--man--hôti, de boa vontade -- ting, vou -- ge, pretendo. AKTA tin kantin: Trazes a elles todos. Vide App. Aktan vinera : Convida a todos. AFANGRURA (AFAngrôra, afangrüre): Calças. Diz- se tambem degne gôro- fan, pernas -- grôro, cobrir -- dégne. anus. AK : Elles. Vide ag. Por methathese Kan, gen. AKAJITIRI VE: Está fazendo festa--akajíri. Faz festa -- ti, elle -- ve, está. Vide kanjíri. AKANENE: Acabar, de--a, kanéne, acabar: a é con- nectivo. (1) Vide füinera. io, ee AKANKÚTEN: Nascer, sahir, apparecer. Vide kan- küten. 1-- Arán kankúten: O sol levantou-se. 2 -- Kotxt akan- kúten: O filho nasceu. AKOTXÍ: Filho. 1 - Akotxt bre (b de bre, nasalado ) ti nz: Elle está junto com o filho -- bra, junto -- tz, elle — ni, está. AKRITON: Demonio. AFANGRÜRA : Calças. Vide App.. AG : Elles, gente. Feminino fag. Singular masculino ti,' feminino, fi (ella, mulher) 1-- Kan dgn: Todos elles, toda a gente - kan, todos -- 2 -- E” agn: Muitas pessoas-e, muitos homens -- 3 Tito dgn: A gente da comitiva delle -- ti to, com elle -- 4 -- Vei- nkangrá agn : Quatro pessoas--veinkangrá quatro -- 5-- Pirá vei- nkangrá : Quatro peixes-pird, quatro, Xanxi veinkangrá : Qua- tro passarinhos--xanxí, passarinho--5 bis - Agaôn jenjbre núnti: alguns delles são preguiçosos -- ag, delles -- adn, alguns--jenjére, preguiçosos -- 6-- Tag mi ag dra je: Elles estão entrando por ca-tag mi, por cá -- dra, entrando -- je, estão -- 7 -- Ag kmônera : Venha a gente--kamônera, imper. plural de kantin--8--Ag kara: Toda a gente-kdra, tudo - 8 - bis -- Ag kara ta tingex kémo: Quero que toda gente vá lá-ta, lá -- tin, va-kémo, quero agora - 9-In ag ke ná: Estão fazendo uma casa-in, casa-ke, fa- zendo-ná, estão - 10 - Tag mi ag korég tavin ti kamôn: Vem para cá um grande desproposito de gente - tag mi, para cá - koreg, muito - tavin ti, demais - kamôn, plural de kantin - 2 - Jantka ki ag e ag ndnti: A’ porta se acham grandes grupos de gente - jantká ki, à porta-ag repetido, indica varios grupos - e, muitos - 12 - Kan ag hul hóre vüire: Já todo o povo se retirou - kan, tudo - hul, já: indica tempo passado - hore, fóra - viiire, foi-se embora, perfeito de tin - 13 - Ag jéne kôix ni: O camarada delles está comendo - ag jéne, o camarada delles - kóix, comendo - ni, está - 14 - Agma kangämo: Elles agora estão doentes - agmá, elles - kangd, doentes - me, agora 15 - Denum hana agmán hat ton ni: Elles não estarão fazendo nada - denim... ton, nada - hdna, particula para fazer o futuro - agmán, elles - hat, fa- zendo - mi, estão - 15bis- Agmán ix ti aéra kkixno: Eu digo a elles que o prehendão - kéixn eu digo a elles - ti, a elles - xéra, imperat. de xe, prehender - 16 - Agmán ix to han: De certo eu fallo a elles - agmán, a elle-to, fallar - han, de certo - 17 - On tan agmán je: Homem considerado, capitão -ôn tan, aquelle que-ag man - muita gente - je, está com - 18bis - Ag mdn te e: Tem muita gente - te, tem - e, muita. 18 - ter - Agmún min tdi kagôüüve: agente foi matar a onça -tái, matar - kagóiive, foram - kagôuve, plural per- feito de tin - 19 - Ag ôn jenjére: Alguns delles são preguiçosos - 20 - Ag pén ne: E' pegada delles - ag, delles -ne, é-21- Agmá javén: signaes delles - 22 - Enkréja ag mó jen: Elles vão caçar - enkréja, caçar - mójen, vão - 25 - Kaimbára ag mo kémo: Logo elles querem ir em: bora - kaimbdra, logo- mo, ir-kémo, querem agora - 24 - MN Ce Rairánha ag ta: krot krone kéja : elles trabalham, (e) que- rem beber - rairânha - trabalham - dgta, elles - krot krone, be- ber, repetido por serem muitos que trabalham - ke, querem - ja, agora-25. Akta tin kan tan vínera: Convida a todos (imper. ) - dkta, a elles - vínera, dize tu - 26 - Agtot xor jägne géme: Elles querem brigar um com outro - ag tôt, com elles -xér, querem - jágne, mutuamente - géme: querem brigar — 27 - Ti kokénja, ti ténja ag tôn: O estão ferindo (e) não o estão matando - kokén, ferir - ti, a elles - ja, agora - agtôn, elles - 28 - Tx bre ag môjen: Elles vão commigo - bre, junto - 29 - Kuraôn ki agtón ag xíri: Outro dia delles havia poucos — kuraôn ki, outro dia - agtôn, delles - ag, gente - xfr?, poucos - 30 - Ag tôn bre fi kantin: Eila vem junto com elles - fi, ella-31- Agtôn tavin ten ja ti: Elle agora os mata de todo - tavín, de todo - tén, mata - ja, particula, que indica o presente - tavin, de tudo - 32 - Kikján kan ag tégmo: Todos estão chcrando - kikfán, chorando - kan, - todos - tógmo: estão agora - kik, pleonasmo - 33 - E ag tógmo: Elles são muitos - e, muitos - tógmo, estão agora-34- Ag to ix jôn : Ralho com elles - ag to, com elles ix, eu-jon, ralho, fico brabo - 35 - In tag hô had ja ag togmo: Elles estão fabri- cando bem esta casa-in tag, esta casa-hô, bem - had, fa- zem - ja, agora - tógmo, estão - 36 - Pórco ag tan bitkan: Estão carregando os porcos - aktän, elles - bútkan, carregam 37 - Gôio bakanttin : Carregam agua - goio, (g vasalado) agua- bakdntin, trazem dara cá - 38 - Ag tôn ve: E” delles - ve, é - 39 -- Giri ag tovaix: Soltam os meninos -- giri, (g nasalado ) meninos -- tovaix, soltam -- 40 -- Legré ag tin, jagne kak póvo : Os dois viajam (e) se separam -- lengré, dois - tin, viajam -- jagne kak, um do outro - póvo, separam ( páuo ) - 41 - Ag ren- gré: Elles dois - 42 - Prôn xéro véve, hára ôn agn pron javdix : Eu queria casar; mas os outros não queriam que eu casasse — pron, casar - xôro, querendo -- véve, estava, de ve, estar - hára, mas - ôn agn, os outros -- jcvaix, não querem -- 42bis -- Ag ve kAnje ti vére: Até aqui os está vendo --ve, vendo -- känje, esta -- vére, até aqui (lugar e tempo )--43 - Ex ag anguéz x tinge: Agora eu vou visita-los -- angvéi, visitar -- tingo, vou agora- ex, eu--44-- Agn vin: Elles proseião - agn, elles - vin, proseião -- 45 -- Ti to agn: Fallão a elle--ti to: A elle - to, fallão - 46 - Kan agn: Toda a gente-- kan, toda -- 47 -- 48 - One jog tére titomo ? Resposta: Tó agn -- Quem diz que meu pai morreu ? Resposta : o diz o povo -- ône, quem -- jog, pai-- ti, elle -- tére, morre -- tómo, falla, agora -- 49 -- Ag bre ix à ixka (o u se pronuncia nasalado) te kankéi lardte : Ajudei a gente a tirar do matto a canôa -- bre, (b nasalado ) juuto com elles -- üaixkän te, do matto -- laráte, tirar - 5O - Ag dre môixno : A gente vai agora (hoje )-- dre, óri: agora, hoje -- móixno, vão plural de tin -- 41 -- E agtôn mo kémo : Pretendem ir muitos -- e, muitos -- agtôn elles--mo, ir-- kémo, pretendem -- 52 -- Aktán ke kémo, ama kofáti niha kémo? Resposta: Han: ag tan ke a so hé ve? : Sera verdade que você ja vai envelhecendo muito ? -- aktán, elles -- ke, dizem -hó, verdade - mo-agora- kofá ti, muito velho - ni, fica - ha, já -- han, sim - ve, é -- 53 — Ag djex apenitemo: Elles batem em mim -- djex, em mim -- apeníte, batem -- mo, agora -- 53bis -- Ag r ngré jên kantin: Os dois vem comer -- ag rengré, os dois -- jén, comer -- kantin, vem. Vide App. Agéfa: Aguardente. Vide App. AG HAND: Vos ( Aghande ). Agh! Não sei! A’ HANAN? Está bem?--a, você--ha, bom - nan, pleonasmo. A HOMAN ? Esta bem ?-- Hô, bem -- Resposta: Hé ix je: Estou bem je, estou. A HERA? Onde?--14 héra tin? Aonde vai?--2- A héra ti tére? Onde morreu? -ti, elle-3 A héra vüire ? A onde foi ?-- vii. re, perfeito de tin, ir. Vide déto (d nasalado). AIANKA: Assoprar, accender. -- Tambem azénka, dinke. AIANG, ag hAnde, aig, die, dia ag: VOS-1 Aiáng kan kamoje ne: Vos todos estais de viagem-kan, todos-ka- moje. vindo-ne, estais--2-.Aiing akamôntôn ne: Vos ainda não vindes - tôn ainda não - 3 - Azang in te, kren fag tânda ton nAnti: Na vossa casa ha meninas ( familias) pobres - in te, na casa - kren, dvo, criança - tanda ton, pobres-nanti, estão. : A IX: Nos dois-a, tu-ix, eu-I-A dx je: Nos dois estamos. Alke: Accender, soprar. Vide aiénka. AIA’G: Vocês, vos-IAidg men, tang akänti fe: Vosso animal femea está aqui-ajag men.. fi, vosso animal femea-tang, aqui, - känti, está — fi, ella. A’ige. Vide App. AJORO: Auta-I- Ajér t’nin kói: Comer carne de anta - t’nin, carne - koi, comer. AJUTKE: Chegou, quer chegar -de a prothetico, e de jun, chegar. Vide jun. ALENGRE : Dois, segundo, ete. Vide arengré -- I -- Em- pré tag van alengreti kején: Esta estrada será uma vez a segunda -- tag, esta -- kején será uma vez -- Vide App. ALUMIA’: Porungo--de a, prothese -- rwmid, rudid, rud. Vide estes vocabulos. Vide App. A’MA. Vide a: tú, você. AME: Anum ( Passaro ). £N: Tu. Vide a.--I- AN kéke, hômo: O que tu dizes é verdade -- kéke, repetes - hômo, é bom, é a verdade-- me, agora. Vide App. An: Prothese --I-- [x ankéke, hi ve: O que eu digo, é verdade -- kéke, dizer varias vezes, costumar dizer - hô, verdade, bom -- ve, --2-- Hix pija ône: eu não minto -- pija, não -- ône, minto. = o ae Anankúre, gedeti. Vide App. ANATO’E: Os paus para produzir, confricando-os, o fogo. Vide kréie. ANDO’: Arma -I - An dó tôn ra, ti ming tai: Embora sem armas, elle mata as onças--tôn, sem -- ra, ape- zar -- ming, onça -- tai, mata. A’NGE: PRESO, morto; de an, connectivo, e de ge, pegar, matar-I- A’nge ja agn ni: A gente esta presa,- ni, esta - ja. agora. Vide App. ANGA’: Terra-I- Anga tonjami ti: elle está fora da sua terra - ongá, terra; de an, connectivo; e de ga, ter- ra — tônjá, tônjémi, fora - ti, elle. Vide App. Amgat. Vide App. ANGU: Muito - Gireangú ve: Ha um grande bando de meninos -ve, é Angui. Vide App. ANGVE-I: Visitar, passeiar na casa de alguem: Hinde fag angvéi xôrmo: Desejo visitar as vossas mulheres - hânde, vossas - fag, mulheres - aórmo, desejo agora - 2 - Ag hande raingré angvei xórmo: Desejo de visitar a vós dois - raingré, dois - ag hande, vós. ANGE XOGMO: Estou abrindo a bocca - Ange, abrin- do a bocca. - xogmo, estouagoro. Significa tambem bocejar. A’NHA: Tu, você - A’nha veinmd ne: Você esta louco. Tambem: Você está soffrendo - veinmã. louco, dor, molestia - ne, está. Vide App. ANHE: Vide App. ANJARE: SOVACO?-I- Anj ré krénti fi kánti: Cousa que se carrega a tiracollo. ANJ AMEN : Adiante - I- Anjamen tin ti: Elle vai adiante - an, prothese, jamen, adiante. ANJA’: Dente-I- Anja tôn .grat gétke: Ranger com os dentes -tôn, te: com - já, dente. AN: TU-I- Anja veinmäne: Tu estás aborrecido- veinma, aborrecido ne, estás - ja agora. ANJEN: Camarada - [ - Anjén pén jen: Os cama- radas começam a comer - an, connectivo - jen, camarada-pen, começam jen, comer. A'NJE: E, pertence-I- On in anje? De quem é a casa?-ôn, de quem -an, connectivo, je, é.- Resp.: Tx in dnje: E' casa minha-2- Ain ra anje: A casa está perto - in, casa - ra, perto. ANNI: Sentar-I- Annira: Senta-te. ANTXMO: Criar-I- Jóg tôn anhéje kémo: Quero criar um orphão -jog tôn, sem pai - anhéje, criar -- kémo, quero. Vide mim, jeaníxmo. Derivam destes radicaes as seguintes palavras: Anjén, camarada ; antáinhi, criôlo; veän- jen, criôlo. , ; t ANPEN: PÉ? 1-Anpin tan futógmo: Estou com os pés levantados - pén, pé -- tan, com - fu, levantados -- tog, estou -- mo -- agora. SSD Ampengrú. Vide App. ANPRON Mulher - 1 -- Anprôn fag: tuas mulheres-an, prothesi ou tu, teu -- pron, mulher-tag, ellas : (serve para fazer o plural). A'NTA: Aquillo que-- A'nta ke, venbédne: aquillo que diz, é falso-ta, aquillo ke, dizer, venbébn, prosa, falso. ANTE'RE: Bebado ( porque parece morto ) i-- Antére jen kan, akakanjéno: En quanto está bebado, fica preso-jen, esta-kan, emquanto-akakán, preso-jéno, fica--akakan, propria- mente, dentro. ANTÉRE: Morrer (tére). 1-Antére javai la, ti térmo, goifá krot kam’ ton: Elle morre antes do tempo, se não deixa de beber pinga-javáix, antes do tempo-ra, la: apezar- térmo, morrerá -- gôiofá, (g nasalado) agua ardente--krôt, beber -- kamé, temer, deixar -- ton, não. ANTI: Elle 1-- Anti ma to hürikæno? Como fallarei a elle? ma, a--to, fallar -- hérzke, somo -- no, agora. ANTON: Você, tu - 1 -- Antôn grüne veinmá ne: Estou soffrendo por tua culpa -- grône, por culpa -- veinmá, soffrendo, ne, estou. 2-- Antôn grün kéve ti: Elle está fazendo por tna culpa - ke, fazendo - ve, está. 3-- Antôn juniz je : Eu estou brabo com você- jun, brabo --ix, eu--je, estou. 4- Anton pirá xápka: Tu pegaste um peixe -- pirá, peixe - xa- pka, pegaste, de xab. 5- Antôn vanjéne hádno, kixan ti: A comida que fizeste, não tem sal -- vanjéne, comida -- hádno, fazer -- xa, sal -- tôn, sem -- ti, está -- ki, pleonasme. 6 - Antôn jun ij je: Estou brabo com você--an voce -- ton, com -- jun, brabo ij, eu- je, estou. A'NTO, déto Aône. Vide déto (d nasalado ). Antojón. Vide App. Antotóro. Vide App. ANTONINI: Came 1-- Antonini jegangára: Asse varias vezes varias carnes -- jénga, assar, imper., repetido para indicar varias acções. Torrar se traduz com togn -- Ant, bicho (tambem de, com d nasalado ). A ANVÆT: Visitar 1- Tx alengré xanvei tinmo ve: Eu venho visitar meu irmão - ix, meu -- alengré, irmão -- ve, estou, -timno, vindo agora. 2- Ti tan angvei ti, ti. vénke ix: Eu vi aquelle que passeiava --ti tan. aquelle que -- ti, indica a mesma cousa, como primeiro ti - vénke, vi-- ke, desinencia para indicar o tempo passado. ANVIN: Palavra. Vide vin. 1--Ti tan vin ke ix, hé ve: O que disse, é verdade - titan, o que -- vin, palavra -- ke, disse -- hd, verdade - ve, é. AON Quem-1 Agn adn ne? Quem é delles? agn - delles -- aôn, quem (on )-me, é. AON Mentir -- Aôn ne ti: Elle esta mentindo - adn, de a, connectivo, e de ôn, mentira. 2 -- Ono vdix : Não quer mentir ; não mente nunca -- vaix, não quer, nunca. Tambem aor, or. a = | APA’: Jacaré ( hampa ). Apáinke. Vide App. APANT (pani): Costas, espaduas, hombros -- 1 Apani véti ce: Eu viro as costas -- véti, virar. 2- Apaníte kantin : Vir de costas -- ap níte -- de costas -- kantin, vir. 3- Apanite kúten: Cahir de costas -- te, de, kútemn, cahir. Vide App. APÉ (pe): Pé. 1- A é niten: Percutir com os pés - níten, percutir. Apri. Vide App. APON : Chamma. APRON (prôn ): Casar, esposa, mulher. 1 -- Aprôn pejú ja ti ne: Elle está roubando a mulher -- pejú roubando -- ja, agora -- ti, elle -- ne, está. A’RA: Apezar de (ra) 1--Jávar) dra: Apezar de não gostar -- jávaix, não gostar. Vide ra. A’RA: Então: A'ra à) tin xa mo ha: Agora eu já vou para o Salto Grande -- xa, Salto -- ra, para - mo, agora - ha, ja. Ara, ra: Para 1- Aranket Jerônimo dra (ra) viiire. Hontem fui para São Jeronimo -- arankét, hontem -- viiire, fui: 2-- Jantkàä ara ran: entrar pela porta -- jantká, porta -- ran, entrar. Ara: entrar. Vide App. A’RA!: Prouvéra a Deus! 1--Ic ha hô ne ára!: Prouvéra a Deu que tivesse boa saude! - ha, bom- hd, muito - ne, estar. ARÁN: Sol, quente, calor, maduro, tarde 1-- Aran kanka känte: Norte --arán, sol--kanká kante, do lado do vento — kanká, vento. 2-- Arán düro: Eclipse do sol -- diiro, apagar. 3-Ardn júro: Levantar de sol--jun, levantar. 4-- Aranjúro kante: Leste. 5 - Kaixkangó arän pakæin : Eclipse do sol--kaixkangó, nuvem -- pakxim, cobrir. 6- Aran húru pútke: O sol já entrou -- húru, já, indica tempo passado -- pútke, entrou, do verbo pur, mergulhar -- ke, desi: nencia para indicar o tempo passado. 7-- Aran puria kante Occidente. Ja (já) de p riá, significa lugar. 8-- Ardnjun- ti-mo: O sol está entrondo -- ti, elle--mo, agora. 9-- Aran angüt : Muito calor; grande secca -- angüt, muito. 10-- Ara- ka: na secca, no tempo da secca -: ka, no. 11--Arânka kain- kati: No tempo da secca, venta -- kaiká, ventar - ti, muito ou está. 12- Arankäxka: Tarde, de Arán, calor -- kaxka, céu. 13-- Arânke, erdnke: Tarde -- ke, no. 14- Aran inindo káxka: Meio dia. 15-- Arântiti: Muito calor (em S. Paulo), verão. 16-- Arânto angüte, kré totógn: Por causa do muito “calor, as plantas seccam (se torram )--to, por cansa -- krê, as plantas -- totógn, seccam, de tógn, torrar, repetido por serem muitas as plantas. 17 -- Gôio ron: Agua quente -- ran, quente. 18 Aran ti je: Está maduro -- ti, elle -- je, está -- 19 Ti ka- nét aráno ha: A fructa delle ( da arvore ) está madura -- kané- fructa -- aráno está madurecendo agora-- ha, ja-- 20 Aränhe — a == tavin: Quente demais -- éavin ; demais -- 21 Aranka ka: Tarde. Aran kaike kankáno: De tarde venta, ARAN: Febre, Vide App. ARANARAN: Lima, certo instrumento de ferro. ARANK ET: Hontem- 1 Arankét ix kangä : Hontem fiquei doente --2 Arankét kuxän ki: Hontem cedo- ki, non em. V,de App. ARANKÉT ONT KA: Ante hontem--ka, no - ônt, on: outro. ARANKÉTOT ONT KA: Traz antehontem. ARANGRETÁRA : coroa feita de pennas. ARANGRÓ, LANGRO: Feijão-1 Arangró déimo : Cosinho feijão-déi, cosinhar Tambem arangóro, langóro. Aränh. Vide App. ARANJE: Está escrevendo. Melhor arün je-I-Ardn je x kémo: Vou escrever -- je, estou - x, eu - kémo, pretendo. “ ARANTITI: Muito quente, verão. ARARAD: Arrastar. Tambem lardd, rardd. ARATO: Deverás (haráto)-1 Aráto küjô je: Deve- ras está magro-kiiio, magro-je, esta- 2 Aráto tx kutügh - két, ; Eu trabalho tudo o santo dia - kutügh, noite-kéti, tra- balho - 3 -- Arato xiri ton: Deveras uão é pouca cousa-tôn, não- ARE: Campo (ré) 1-- Min krin emprii arê: Campo da estrada da cabeça de onça-ming krin, da cabeça da onga- emprü, estrada--aré, éré: campo--2 Xaxd ré: Campo da cascavel -- xaxd, cascavel--3 Kréie buüngh ré: Campo do pilão grande - kréie, do piläo-rê campo-4 Rê kuran budngh: Campo claro e grande - kurán, claro. ARE: Capim. Hervas mais grossas do que o porte da guanxuma: estas se indicam com o nome de ka, pau-1- Méin arts kokó nanti; Os animaes estão comendo capim - méin, animaes - k kd, comem, 1epetido, por serem muitos os animaes que comem - núnti, estão. Múin, são os animacs domesticos. ARENGRE: Irmão. Tambem lengré, langré; dois, amigo, companheiro; par, junta-1 Arengré bói: Um par, uma junta de bois- 2 Regré kürôn: Irmão moço, novo - 2- Arengré ag tin: Elles vão de dois em dois - tin, vão - 3 - Arangré handes kémn : Vos dois pretendeis ser companhei- ros - hdndes, vos--4 Alegré jé: Estar em companhia - jé, estar - 5 -- Akotxi pére kantin alegré jé: Traz em companhia o filho - pére kantin, trazer carregando. Vida pére. ARIKE: Igual--1 Ix javii alegré jágne arikédni: Os meus dois irmãos são iguaes entre si--javii elengré, dois - jágne, um à autro-- ni, são. Vide hürike,. Es ARIN : Formiga--1. Arin krin buôngh: Formiga ca- beçuda -- krín, cabeça -- 2 Arin in: Formigueiro -- in, casa -- 3 Arin jan: Mandibula da formiga- ja, jan: dente- Arin én kára ran je, on kakute je: As firmigas algumas en- trio, outras sahem -- én, alguma -- kara, dentro -- ran, entrando - kankuten, sahir. ARO: Cançado - 1 Ama arüdn: Tu estas cançado -- 5 Ix arétiti ha: Eu ja estou muito cançado- ha, ja--3 Ix lairânha ix arótiti ha: Eu seu cançadissimo de trabalhar - lairânha, travalhar -- 2 Ix arét æiri ton: Não estou pouco lançado -- pouco, xiri. AROD : Jetra, pintura, marca. Vide réd.1-1 Arüd arédnera. (Imper:) Faça letras: escreve tu. Repetido, por indicar frequencia de acção -- 2 Aródnera: pinta tu, escreve tu ( Imper.;-3 Arôd to kin--vemnrâmen ja ne: Ja está aprendendo a ler--to, pleonasmo -- kinveirämen, aprender - ja, está. Vide App. ARO: Paredão --1 Krin arô: Paredão do monte. ARO: arúng. Vide arú--1. Venharó: Tosquiar, cor- tar ( cabellos, lan )-2 Kainging venhard : Indio Kaingang tesquiado -- 3 Ix gáix aréra: Cortam-me os cabellos -- gäix, (9 nasalado ) cabellos. ARO: HORTA )-1 Aró kaki: Dentro da horta -- aro, cerca, lugar cercado -- kaki, dentro --2 Ard kaki pa: Cultivar a horta -- pa, cultivar. Vide pánktimo, pan: derrubar, cortar. AROPKIMBÉ: Avançador. ARUNG: Cortar - 1 Pin rtngara: Corta lenha. Imper. - 2 Einmá pin rürüng: Elle cortame lenha -- pin, lenha - ring repetido, costuma cortar, corta frequentemente. ARÚ TIN: Ir buscar agua - ru, cabeça -- tin, ir. A-XIN: Espirrar. AT: Tu. Vide a. ATANDE: Qual cousa ? -- 1 Atandé ne kangämo ? Que parte doe ?-- de, qual-- kangámo, doe agora - atandè ne? O O que? ATEKRÉ TI: Livrar. Vide kréti. ATI KANTÍN: Chegar--1 Kaimbára ati cantin pa- trão: Logo chega o patrão -- kaimbára, logo. AUNMA, aon ma: alguem --1 Aúnma nôro ton nikte : Ninguem vive sem dormir --a prothese -- ón, alguem -- nôro tôn, sem dormir -- nikti vive -- ma, pleonasmo. A-UTKE: Pitar, fumar. 1- Anjóg ra a-útkémo- Eu pito agora perto de pai--anjóg, pai-ra, perto - a —- ut- kémo, pretendo pito - kémo, pretendo. AVAKUÁ: Roupa. 1- Avakud kavtn fi: Ella exten- de a roupa -- kavín, extender - fi, ella, a mulher. UE AVAJAREBN : Pentear-se. AVANGRO : Garganta. 1 -- Xavangró: Minha garganta - aa, minha. AVÉI: Visitar. Vide angvéi. 1- Ein tan angréi og kamôn: Elles veem aqui para visitar-nos -- din, a nos - ka- môn, vem -- ag, elles. AvÍN: Palavra. 1- Avin kan ix, hô ve: As pala- vras que digo, são verdadeiras -- ka, digo - hô, verdadeiro -- ve-2- Avin ke na: Está querendo fallar -- ke, querendo -- na está. B BA: (o B nasalado) Apanhar. 1- Krenán kren xoro ma: Apanhei um coelho debaixo do mundéo: krendn, mun- déo -- krén, debaixo - xôro, coelho. BA: Carregar. Pronuncia-se quasi como mba nasalado. 1-- Veinkatá ix ba: Ix kangá kan, ix vetkiiktan je: Eu car- rego remedios: eu me estou curando, porque estou doente -- venkaktá, remedio -- kangá kan, por estar doente -- kan, por -- veinküktän, curando - je, estou-me. 1- Gôio ba ne ti: Está trazendo agua--ne, esta--t7, elle. 3--Igma gôioba nim: krôn hôtiti: Me carregue agua; estou com grande sêde -- igmá, para mim -- nim, peço, dê -- krôn kótiti, estou com muita séde. 4-- A'ma 2x krén mano: Agora trago para você be- ber- dma, para -- krôn, beber -- máno, trago agora -- no, agora. 5 -- Bara, traze tu. 6 -- Kotxí ba fi je : Está carregando um filho, Kotxí, filho -- ba, carregando -- fi, ella -- je, esta. 7 -- Bara mon ou bamonéra : Carregai. Imper. 8-- Dê banje, kaféi ni: O que está carregando, é flôr -- Dé, a cousa que -- banje, esta car- regando -- kaféi, flor--ni, é. 9- Ix kaxôrro batin, mage ti: Elle recebe meu cachorro para carregar -- batin, levar-me, car- regar-me -- je, está recebendo. 10-- Gôio ba ne: está carre- gando agua - ne, esta. 14-- Pejú; karka ma: Roubou; de- pois carregou - kdrka, depois. 12 - Ma ix kaxôrro ma? Ac- ceita de carregar o cachorro ?--ma, acceita-- ma, carregar. 13 -- Dê néni kanjäm ke ve? Resposta: Antin: tande mano : Que carne quer comprar ? Kesposta : Trago daquella qualidade de carne -- dene de que bicho -- ni, carne - kanjam, comprar -- ke, querendo -- ve, está -- ant, animal -- ini -- carne -- tan de, da- quella qualidade -- mdno, trago agora--no, agora. 14 -- Anti ni tande máno ti: Que carne esta trazendo elle ? -- 15 -- Mara: traze tu. BA: Dar 4 luz, parir. 1 - Ankrén ba fi: Ella está dando à luz um filho -- ankrén, krén: filho-- ba, dar a luz-- fi, ella. 2- Prän ki ôn kren ton nik -- fi; prän ôn te akotxin man -- ff: Da uma cria cada dois annos -- prin ki, no anno -- ôn, um--krén, cria, tôn, não - nz, tem - fi, ella -- 6nte, outro ak‘oxi, filho -- man, dá à luz. BA: RECEBER. 1-- Ori patrôn ki ninhéro ba: Hoje recebe dinheiro do patrão -- ki, do. 2 -- Xinco mil réix ba ix, ônoá on ba: Eu recebi cinco mil réis, e outro recebeu ou- tro tanto. 3-- Ti ningé tokfi ba fi: Ella recebe o annel de Fulano de tal -- Ti ningé tokfin, annel delle -- ningé, da mão — tokfin, annel-- ba, recebe -- fi, ella. 4-- Tx kaxôrro ba, ma je ti: Elle carrega o cachorro para eu recebel-o - ba, rece- PAR fe a, ber - ma je, está carregando. 5 -- De ( 4 nasalado ) mat kémo ? Que quer receber ? -- de, cousa -- mat, receber - kémo, queres agora. BAKANTI’N: Trazer - I - Bakantin gagrôra: Trazer barro - grôra, barro ga, terra -2- Pórko gôio bakantin ra: Traga agua para os porcos - ra, voz imperativa — à - Bakan- tin ra ningé: Traga um pouco - ningé, um pouco - 4 — Ba- kantin húri: Já trouxe -- huri, ja; indica o tempo passado- A -Bara kamón, bakamónera: Trazei imper.- 6 - Arroz bakamôn ne. Estão carregando arroz -- ne. estão -- 7 -- Venaéra bakamôn jéve: Estavam carregando um cadaver -- jéve, esta- vam -- ve, desinencia de imperfeito. BAN, be: Sogra, avó. Vide App. BATATA. Vide App. BATIN: Levar. Plural: Camôn: Déja jen batin tin? Porque não traz a comida ? -- déja ? porque ?-- jen comida --2 - Porfírio kren venxáre, venakejéto agn vakangoiiven: A gente levou o cadaver do filho do Porfirio para o cemiterio -- Por- firio kren, do filho do ‘Porfirio, -- venxére, cadaver -- venake- jéto, no cemiterio--to, no --agn, a gente -- bakangüvüen ; trouxeram. BE: Acontecer BE: Cabra. BE, suffixe para indicar perseveranga, costume, habito -I- Kaimldra ti nô:0 be ne: Elle costuma dormir logo (cedo) -noro, dirmir-ne, esta--kaimbara, logo--2--Eix be ne kanigámo kan, lairanha tôn ne: Como estou ordinariamente doente, não estou trabalhando -- béne, ordinariamente -- kan, por -- arajarája, trabalhando -- ton ne não estou--3-- En fé kangán be: Soffremos de estomago de costume - en, nós — fé, estomago -- bé, constantemente -- 4-- En én bed ne ti: Elle costuma enganar-nos -- 6», enganar--bed, por costume -- d, connectivo -- ne, está -- 5 -- Odn be: Enganador -- ôd, mentir. BE: Acontecer--I-- Kején be: Acontece ás vezes — kején, às vezes-- 2 -- Tx jomã venxén be: Acontecia uma vez que eu era malvado -- jomá, malvado -- venxén, uma vez. BE, büigh : Rabo, cauda. BE: Sogra. BEDN, ben, ben: Marido --1-- Ja bedn: Meu marido- ix, meu--2-- Be tôn: Viuva--3--Bén ha hina? Vai bem seu marido ?-- ha, bem, -- húna, vai - 4-- Be tôn- Viuva- ton, sem -- ben, marido. Tambem: Mulher mundana. - BE TON: Viuva--tôn, sem. Significa tambem mu- lher atoa, mundana.--I-- Be ton fi: Mulher sem marido, BEJUJU : Sucury. Tambem beijuji. BEM: Marido, casar (da mulher com o marido) -- I -- Tx kotxi fi ben: Eu casei minha filha -- hotxi ji, filha. BENG: Machado --I-- Beng ja: Córte de machado -- ja: córte, dente -- 3 - Beng pu: Cabo de machado -- 3- Beng tan pó: Pedra lavrada com machado-- tan, com --5-- Pó tan béng: Machado feito de pedra. PEÃO < BERE: Fundo, baixada. BIRURU”: Especie de berne. BE TON: Viuva, mulher atõa--I-- Be tôn fi: Mu- lher sem marido -- fi, mulher. BO; Espiga -I-- Arangóro 66, langro bó: Espiga, vagem de feijão --1-- Gara (g nasalado) bd: Espiga de milha. BOKA’: Espingarda. BOI: Boi, vacca - I - Bói nônje : leite de vacca. : BOGN : Crescer. Tambem bong--I-- Ix b'gn Jatay: Eu me criei em Jatahy--2-- Kré bóng bóng ja ti ne: A roça está crescendo -- kré, plantas -- bóng, repetido, por serem muitas as plantas -- ja, na hora presente -- ne, está. Vide App. BOI: Boi, vaca--I- Bot tanté: Vacca--tantü,\ fêm- mea. BOKA’: Espingarda -- 1 -- Boká do: Espingarda - do, arma -- 2 -- Boká kané: Bago de chumbo para espingarda --3- Boká fun: Polvora para espingarda. BUNG: Crescer, criar-se. BONG. -- I -- hejéje bong: Nervo. BORNIA. Vide App. BRA’: Junto. Vide bré (b de bre nasalado ). BRAKTE: Atravessar --I-- Emprü to brükte kééra he: Veja de não atravessar a estrada --emprii to, na estra- da -- kéêra, veja -- he, não. BRAIA BRA'IA, mraia mráia: Nadar. BRAN: Cipó. BRAN: Surrar. 1--Ti bran bran ag: Surraram a elle. Bran, repetido para significar que o sujeito apanhou mais de uma varada —- t', a elle. 2- A'ma bran kémo: Vou surrar-te. BRARO: Takápe. BRE: Junto. 1--Ti bre jéne ix: Eu como junto com elle; me hospedo junto com elle--ti bre, junto com elle -- jéne, como - 2 —- Jíri (j nasalado) bre kajúno: Agora acaricio o menino- gíri bre, junto com o menino -- kajúno, brinco. 3-- Le prôn bre tin tx: Eu vou junto com minha mulher -- ix pron, minha mulher - tin, vou. 4 -- Pão bre eixman denéni nim: denéni, carne -- den, animal --ni, carne, nim, dá. 5 - Jágne bréne tanke kéve: Estamo-nos ajudando-nos um a outro --jagne bre: Um junto com outro -- tânke, fa- zendo -- ve, estämos -- ke, querendo. 6 - Ambré x tin kémo: Eu quero ir junto com você -- am, vocé-- x, eu. BR@ION: Machuear. BREION: Cipó. Vide bran. BRE'IX (braix): (Quebrar. 1 -- E'ix méin pen, brén- bra ja ti ne: Esta quebrando os pés dos meus animaes - éix méin, meus animaes -- méin, animaes — brenbrá, fazer va- rias quebraduras -- ja, agora -- ti, elle -- ne, está. BRE'NE: Cinza. Tambem bréje. a | as BRERE: Molha tu - 2-- Brére korég ti: Muito hu- mido - korég, demais -- ti, elle. Brére me: Pouco molhado, humido -- me, pouco. 4-- Emprii van brére ti: O caminho está molhado -- emprii, caminho -- van, está. 5 -- Brére me há- nera : kíri bren han he: Humedeça-o; veja de não molhal- o - hdnera, faze tu -- kiri... he, veja de não -- bren han, fazer humido. 6- Brérti: muito molhado. BRYRI: RASGADO 1--Kurú briri; Panno rasgado, trapo. 4 BRO: Partir, quebrar. 1-- Ex fan brô je ti: Elle está partindo minha perna -- fan, perna. 2- Ka brô je: A arvore está cahida, quebrada. 3--Ti pen brô je: Está que- brado o pé delle -- pen, pé. BROGN BRO JE, braiabráia, mrdia-mraia: Nadar. BRON : Veia. BUA’: Mau ( Visc. ). BUDN: Vesgo, olho torto - 1- Jr ki budno: Me olha torto -- Ix ki, em mim -- búdno, me olha agora. BUONGH, biiogn: Grande, demais. Para indicar parte grande de alguma cousa, se traduz como fosse o grande de alguma cousa. 1--Ka buüngh: Pau grande. 2-- Kambé buôngh : Veado grande. 3 -- Kré buôngh: Coxa, a saber parte infe- rior da coxa. 4-- Krin buôngh: Estrella grande. 5-- Kron buôngh gra: Beba muito. 6-- Góio buôngh: Rio Grande. 7 -- Dun buôngh: Tripas--dung, ventre. 8--Jantdbudngh kupri : Urubu rei (nome de passaro )-- kuprí, Ningé féie buüngh : Dedo pollegar - Ningeféie, folha do dedo. 10-- On buongh : Capitão -- ôn, homem, algum que é. 1 BUONGHTITI: A lua esta cheia -- ti, muito. BUICH: RAbo--1-büigh kan, varéja je: No rabo delle ha uma thesoura -- kan, no -- ve, tem -- 2 -- Jong jo büigh : Cauda de gavião - 3-- Xanxi büigh: Cauda de passarinho - Ti biüirgh: Cauda delle. BUITKE: Pitanga--1.-Ixó búitke: Minha pitanga - Iró, minha. BURO : Brotar, brote -- 1 -- Fumo buro : Broto de fumo, planta de fumo -- 2 -- Gara búro: Broto de milho -- 3 — Ti bur- buro: Varias qualidades de plantas ; varias plantas -- 3 -- Bun- búro joa: Esta brotando a barba-- joa, barba-- 5 -- Ti buro: Planta delle--6-- Búrn hô: Plantação boa--7-- Burt ne: Esta brotando. BURRO: O burro (animal )--1-- Búrro kajére agn : A gente amanga o burro -- kajére, amanga. BUTKAN: Carregar-- 1 -- Pórko agtôn bütkan : A gen- te carrega um porco -- dgtôn, a gente. BU TON: Sem rabo, pitôco -- bu, rabo. Nora. — O b com uma linha encima, se pronuncia nasalado, mais ou menos como mb, e tambem em principio de palavra. K KA: Arvore-- pau, baculo, poste -- 1 -- Ka budngh: Pau grande -- 2 -- Nakiiii: Takápe, maça para percutir a gente - 3-- Ka fódn: Atirar um pau - 4- Ka feingrá: Levantar um pau --feingrá, levantar -5-- Ka fuüre: Casca de pau, cor- tiça de arvore - 6-- Ka húti: Aquelle que trabalha em pau - häti, de han, fazer --t', elle--7-- Na jaré: Raiz de pau - 8-- Kan nite: Bater com um pau ou simplesmente bater -- 8bis -- Ka pandó: Pau curvo--9- Ka pen: Pé de pau. E' feito de uma tala de taquara, e serve para mecher nas brazas. E' curvo feito em forma de pinça, forcipe--10 -- Ka rôro : bola ( ru- ro, lúro ), redondo -- 11 -- Ka xin : Pau pequeno, pausinho -- 12 - Kan tan téje; ône horiké je: Este pau é grande: este outro é igual em tamanho - téje, alto -- horike, igual -- je. é -- ône, e outro. -- Hara ontan pantet känje: Mas este outro é mais alto ainda -- pdnte, mais -- 13-- Ka tan xoro tate: Eu mato um coelho com um pau -- tan, com -- xôro, coelho -- táis, mato -- 14 -- Kan tan hi je, ône ti fari je: Este pau é grande, este outro é maior -- hi, grande -- ône ti, este outro -- far, far: maior --je, é-- 15 -- Ka tara: Pau duro--16- Kin tan téje gu je: Esta arvore é muito alta -- gú, muito -- 17 -- Ka téje: Pau cumprido -- 18-- A korég tavinti: Muitissimos paus -- korég, muitos -- tavin, demais -- 19 - Kané han: Toco de pau - 20 -- Ka kané gétimo: Tiro fructas do pau agora -- hané, fructa -- ge, colho -- mo. agora--21.- Vuig ka ti: Elle move o pau - vuüg, move -- ka, pau -- 22-- Dejegrúmt ka éix ka kané : Eu procurei meu pau com a luz de de cera -- déje, cera -- grum, accender ka, com -- kané, procuro - 23 -- Na feingra: Levantar um pau. KA, kan: Dentro, em--1-- Kanké brex ti in ka hani: Elle mora junto com seu irmão na casa delle -- kanké bre, junto com seu irmão--ti in ka: na casa delle -- in, casa -- kanké, irmão mais velho --2- In kara ara: Entrar em casa -- kara, dentro - ara, entrar -- 3 -- Jiirirutka: Dentro do carro -- jürérût, carro --ka, dentro -4-- Venharô ka pan ti: Elle amarra no papel -- venharé, papel -- pan, envolver. KA: ficar -1-- Xa ix jéne: Estou ficando - jéne, estou. Ka: Mosquito da terra--1-- Ka ran: Borrachoudinho do rio - ran, pintado -- 2-- Naxin kupri: mosquito pequeno branco; pernilongo -- xin, pequeno -- kupri, branco. — Ka, KAN: Tudo--1-- Ka ag hul kara, hora: O povo ja foi-se embora--ka ag: Toda a gente -- hul, ja, indica tempo passado ~ hora, sahiu. oo. KAKA: Dentro--1--O puz numa rede: Tanja kakak ti fi--tdnja kaka, numa rede - k, connectivo -- fi, por. KAKA: Logo, em -- 1-- Jong jut kaka, ix am n kan- jamo: No chegar o pai, eu te pago -- jong jut, chegar -- Aman, a você -- kanjamo, pagarei. KAKÁN : Rosto -- 1 -- Kakán korég : Rosto carrancudo - korég, feio. Tambem kakän júno -- juno, de jun, brabo, e de no, esta--2--En kakan kupé je: Estamos lavando o rosto - kupé, lavando -- je estamos - en, nós -- 3 - Kaká ro: Fronte pellada -- ro, tosquiar, aparar - 4 -- Kaká korég togn ne: Esta com cara feia -- tóng ne, está estando. KAKAN: Aguia. KAKANE: Fructa de pau-- kané, fructa- ka, pau -- muitas -- 1 -- kakané e ko ma ix ne: Eu estou comendo fructas de pau muitas -- ko ma, comendo muito -- ne, estou -- 2 -- Nakané ko ha tavintiti: Eu como fructas muito boas -- ha boas -- tavin, de tudo (latino, prorsus ). Vide App. KAKANT : Matta (Tel.) Deriva de ka, pau (varios paus, arvores ). KAKANERE: Armar. Vide App. KAKA RO: FRONTE pellada -- ré, tesquado, aparado. KÂKE, kóke: Estragar - 1- Ex kuró káke ti: Elle es- traga o meu vestuario -- kuró, kurv, vestuario. KAKEN : Vide App. KAKI: Dentro -- 1 -- Vexkakt dinhéro fónd: (tambem fodn ) Por dinheiro dentro ( na algibeira ) -- fond, pôr, atirar - Inkafiididn kaki ix nôro: Eu durmo no quarto -- inkafii- dúnd, immuafiidúdn : Quarto -- nôro durmo. KAKJÚJ : Takápe. KAKO :perto -- Nako ra viiire: Elle andou perto - ra, para -- viiive, perfeito de tin - 2 -- Kako ken móixno: Vamos perto -- k, connectivo -- móixno, vamos agora -- en, nós -- 3 -- Ka- ko te: Na visinhança -- ten, na. KAKRÁN: Sogro -- 1 -- Ix kakra: Meu sogro. - 2 -- Ka- kré : sogro, jóng kakré. KAKRE: Mesa, cama, taboa, girdo. De ka, pau, kre, KAKRE KIN: Tamanduä mirim. KAKRO: Fita, corda--1-. Kakré jokéti; A corda bambeia. KAKTA: Salutar. Adject. Vide veinkata-1-- Kujafá kaktä : Remedio contra os vermes -- kujafa, kajafii: vermes. KAKTU: Silencioso. 1-- Kakti ag ti: Estão silen- ciosos -- ti, estão. Vide kati. KAKUTEN, kankúten: Nascer, apparecer, levantar-se. 1- Niiva kankúte ton ne: A lua ainda não nasceu -- kürd, lua - kankúten, sahiu -- ton, não. KAKUU: Macete para percutir homem ou animal. KADERE, kajére: Liso. KADJUNO, kajuno : Divertir-se. 1-- Kajun emane: Gosta de divertir-se -- ema, gostando -- ne, está. KAÉI: Arara. Especie de papagaio. KAFA’: Pulso ( São Paulo). KAFAJA'TITE: Que gruda. KAFA'N: Além de alguma cousa. 1--Kofan ta (te) ka tije: Esta de lá (do rio)ta, te: De lá - ka, estando -- je, esta. 2--Gôio kafan ir ta ka ix ni: Estou morando além do rio -- gôio, (g nasalado) rio -- kan’, morando -- ix, eu, estou. 3 Goto buüng kafán te: Além do rio grande. 4-- Kafan te langró van: No outro lado ka feijão -- langró, feijão. Vide App. KAFLEI grin: Tabaco, fumo. KAFÉ: Kafé. 1-- Kafé tüdüre: Pó de café. Kafe tüdera : Socca tu o café. 3 - Xafé ti düro xe: Esta sujo de café -- kafé dii ii: De po de café -- xo, sujo. KAF LI, kaféê : Flor, ramo. 1-- An krin ka kaféje ten kanje: Está com uma flôr na cabeça -- krin ka, na cabeça - ten, com--kanje, está estando. 2 -- Xanxi kaféje kakan venpejú kanjen ti: O passarinho se esconde no ramo (na flôr)- æanxi, passarinho -- kakan, dentro -- venpeju, escondido -- kingen fica --ti, elle. Wafeje ga (ge) vüire: Elle foi colher flôres - ga, ge: Colher--viiire, foi, andou. 4-- Kafejete ti tore je: Esta cercado de flores - tore, cercado. 5-- Noféx féje kurän ton ne: Ainda não é tempo de flôrear -- kwrdn, tempo - ton, ne, ainda não é. 6. Fi krin kan, kaféja finne: Na cabeça della estão postas flores -- fi krin. cabeça della -- kan, na -- fi, postas -- ne, estão. Tambem: Ella esta com flôres na cabeca - kaféje fin, cerca de flores, corôa de flores. KAFENJA: Cunha--ka, de páu--já, instrumento - fén, rachar. KAFEXF AJA: Florear. KAFÆTI: Carregar. 1-- Akotxin kafe ti: Carrega o filhinho. KAFINBE NT: Casamento da mulher com o homem: do homem com a mulher é pron. KA’FI NIN: Remendar. 1-- Venxupóix kafi nin: Ella esta remendando um vestido -- venxupóix, vestido -- ka, está — nin, remendando. KAFO, kafé: Pulso. KAGA’N: Pisar. 1--Ix aró had ke; pórceo nifèn je: gira kagan: Eu quero fazer uma cerca; eu fecho os porcos ; pisam meu milho -- aro, cerca -- had, fazer -- ke, quero -- nifen, fechando -- je, estou-- van, meu--gara, milho (g nasalado ) Di - kagán, pisam. 2- Porco gara kokéktimo: Os porcos es- tragam o milho - kóke, estragar - mo, agora - ti, elle. KAGENJO : Resina. KAGBA’: Ponte. 1--Nagbá kre pa je. Está pas- sando debaixo da ponte -- pa, passando -- je, está. KA’GMI: Agarrar com força, tirar-- I-- 7% nanja kr ag kágmi: O tirão a força da cama delle -- tz nángja, cama delle - nan, deitar -- ja : lugar, instrumento -- kr’, acima, em -- ag, elles -- 2 -- One kagmi ag: Elles pegam outro -- ône, outro. KAGN: Agarrar com lorça--I - Kagn ôn ti ma: Elle aperta muito o outro --ma, muito -- 2 -- Nengé hagmo ti: Elle aperta a mão--ningé: mão - 3-- Nágnora: Aperta tu, esfrega tu. ; KAGRA’ IX: Eu como tudo--ka, ko: Como - gra, tudo. Tambem komgrá, kangra. KAGOUVE: Elles fôram para algum lugar. Perf. plur. de tim, ir. Serve para todas as pessoas--I-- Xré ra ag kogóiive: foram para a roça plantada--ra, para- ag, a gene--2--Ag ming táix kagüüve: A gente foi matar a onça -- ming, onça. KA--T': Cbheirar--I-- Ka-ira: Cheira tu. KAJA’: Amargo. ' KAJATU'N :. Esquecer? . (Tel): KAJANKUA’: Verme de criação, bixeira. KAJARE: Raiz de pau--I-- Komin jaré: Raiz de mandioca. -- ka, pau. 3 KAIKA’: Amigo, parente, irmão mais velho, membro da nossa tribu, collega -- 1 -- Jógn kaiká: Tio paterno mais velho - 2 -- Katka pron: Cunhada, e exactamente, a mulher do irmão mais velho -- prôn, esposa -- 3 -- Katka ton: Sem pa- rentes, sem amigos, sem collegas, etc. KAIKA’N: Céu)--I-- kaikan kuti ne: O céu está preto, coberto de nuvens -- kut, obscuro -- ne, esta -- 2 --Xaikän tii: Céu azul--tói, verde, azul, preto -- haikán, céu. KAIKAÏ GÓGN: Nuvem --I-- Kuiká gogn aran paxin ti: Ecclipse do sol -- pakxin, envolver-- ti, elle -- 2-- Kaikän gogn kiixá paxin ti: Ecelipse de lua -- kiixá, lua. KAIKÉ: Trovoada; irmão mais velho. Vide kanké. KA--I: Mastigar, cheirar -- 1.- Ka-ierá: Mastiga tu. KAIERE: Manco; macaco. Vide kajére, kanhére. KAINBA’RA: Logo, logo que-I-- Naimbara ix me wiri, agto ix penoa vüvre: Logo que eu percebi, eu fui pro- cura-los --me, ouvi, percebi -- ágto, a elles -- penoá, procurar -- vitire, fui. KAIMIRA. Imper. de kaimi: pegar--I- Niifé hai- mira: Pega tu na faca. KA'IN : Esquerdo-I- Tx pen káin: Pé, braço es. querdo, pé esquerdo - 2 -- Jakáin : Minha esquerda -- ja, minha. 25 — KA-PN: Cheirar, farejar--I-- Xaïrc : Fareja tu -- 2-- Ajent ka-inti: Elle fareja a comida - jen comida - 6, t, são lettras connectivas. Vide App. KAINK E: Caixa canôa. Vide App. KAINGA NG: Homem, sujeito, Indio Coroado de São Paulo e do Paraná. Tambem Kazegáng, Kajgéng -1 - Kaïxyäng kamé kan, ag uäika (u nasalado) ra mó ton: A gente não vai no matto, de medo dos Indios Kaingang-kamé -- kan, de medo -- ag, a gente -- muditka ra, para o matto-- 2 -- Naixgéng jukremä : Homem ajuizado -- 3 -- Naijgéng hô: Sujeito bom -- 4-- Timá Kaijgáng kéxno: O homem falla agora com elle -- kéxno, falla agora. Vide App. e Xaingüt. KAINPAN: Inchar. 1-- Pen kaïjpa ra ti; Elle está com o pé inchado -- ra, está. : KAIO’: Magro. KAIO E: Periquito ( Visc.) KAIRA’ME: Altivo, soberbo, sabio (kh a-i-rd-me ). KAIRO'NI: Saber. Vide kevenhara, kevanhéra, kive- irinmen. KAIRON: Manco: On jun ne, kairon ni ha: Quem era brabo, agora está manço--ôn jun ne, quem estava brabo - ón, quem -- ne, estava -- nt, esta-- ha, já. KAIXK 4’: Irmão mais velho. 1 - His kaixká kangamo ha: Meu irmão já esta doente -- kangámo, agora está doente. KAIXKANGON. Vide App. KAIXNI: Morar. 1- Kuvara legua piri kadxni: Moro longe uma legua - kwvara, longe. KAIXO’: Aguti: (bixo ). KAIXO'N : Kaixôn. 1--Naixôn kri ni ti: Elle está sentado num caixão -- kri, em cima -- ni esta sentado. KAIU'I: Leve (tambem k ju) ). KAJA’: Amargo. KAJAKUA: Verme: especie de berne. KAJAF A’: Verme. Tambem hujafá. 1-- Nut hkajafá van ne: Está sendo cheio de vermes -- kut, cheio, com, dentro - van, sendo -- ne, está. 2--Ti ni kajafá, jan ne: A carne do tal bixo está bixada--:i ni, a carne do tal bixo --jan ne, está sendo., KAJAN, kanjám : Comprar, pagar -- Eix man kanjam, ranha--rânha ; éix má kanjim tôn, lanha--ránha ton: Se me paga, trabalho; se não me paga não trabalho -- ezrmdn, para mim -- 2 -- Hixmdn kajám ke ton ne: não me quer pagar -- ke, querer -- 3 -- Kajdme ix xíntini: Eu compro muito barato -- cintini, muito barato -- 4-- Kurt kajáme tin: Vou comprar umo fazenda -- tin, ir, -- 5 -- Kajám buôngh titi: Comprar muito caro - buüngh, muito grande,--6-- Kanda kanjam. Eix man tan, kanôa húru kanjám : Aquelle me comprou uma canoa - tan, aquelle - hAúru, particula para fazer o passado - 7 -- Aa- jano vaio titi: Elle não tem nenhuma vontade de pagar -- vdix, não ter vontade--8-- Véri kajdm: Alugar--véri, por pouco tempo -- Ti ranharänha kajdm: Pagar o trabalho de Fulano de tal--ti, de Fulano de tal. KAJARÉ : Vide App. KAJE: Estä--1- Krin kri kaje: Esta: no cimo do monte -- krin kri, no alto do monte - kri, acima -- krin, monte. KAJERE: Manco. Vide kanhére. KAJÍRI: Fazer um festim. Vide kanjíri. KAJÚJ, kajúi : Leve. KAJÚNO : Bricar, divertir-se - 1 - Najtin emäne : Gosta de brincar - emdne, gosta - 2 - Najúnmo ra, jatu jen ti: Em- bora brinque, elle está quieto - ra embora - jatú quieto, pacifico - jen, está - 2 - Kanjúno, kanjiri: Eu me devirto - 3 - Kenjútôn grá: Não te divirtas. Impr. negativo. KAMARON : CIPO imbé. KAMBA: Noticia. Vide Kambé, Kambú, Kambü. KAMBA: Subir. 1- Kambá kanti gére: está subindo vapor — känti, está - gére, ( q nasalado ) vapor, ar. KAMBE: Veado - 1- Kambé buông: Veado grande. 2- Kambé füore: Pelle de veado. 3 - Kembé ningrú: Unha de veado -- mingrú, unha. KAMBE: Noticia: contar, conto. Tambem Kambe- nex, Kabünéx. 1--Ti kambiinex: Noticia delle. 2--Ti kan- bi me ix: Eu ouvi uma noticia--me, ouvi. 3-- On kambô ti: (Quem conta historias -- ôn, cousa falsa--ti, elle. Tam- bem: on, aquelle que -- kambé - conta. KAMBU : Noticia, contar. Vide Nambé. KAMBÚT: Pesar, medir peso. KAMBUT: estar aprumado --i-- Kambut ke ti na: Elle o está fazendo aprumado -- Je, fazendo --ti, elle -- na, esta. KAME': Temer, prohibir, medo. 1-- Ix nerénje kamé ti: Elle me prohibe as laranjas. 2-- 1x kamén e ti togmo: Elle me está temendo muito --e, muito - tógmo, está. 3 -- Antére javaix ra, ti térmo; gôiofá buüngh krôt hamén ton: Morrerä antes do tempo, si não tem medo (não deixa) de beber demais aguardente -- antére javdix ra, embora antes do tempo de morrer -- tére, morrer -- javdix, antes do tempo -- ra, apesar -- ti, elle -- térmo, morrerá -- gôtofá, aguardente -- budngh, demais -- kamén, ter medo, deixar - tôn, não. 4-- Min kamé- nera: (ruarda-te da onça. 5-- An kamét ketônhe: eu não tenho medo de você-- an, você -- ke to à) ne, não estou — ké, quero -- to, não -- 2), estou -- je. 6-- On kamé ton: Um que não tem medo: corajoso. Vide App.. KA'ME: Pegar a fazer. Vide kam/. / : A KAME: Provar, experimentar -- 1 - Kamera: re Ne menta tu. Vide de App. Lu LIBRARY j: KÁMI: Abraçar, pegar, tomar por empreitada - 1 -- x vein lairânha kämé han: Principio o trabalho que tomei por empreitada -- vein lazrdnha trabalho -- han, começo - 2 -- Gôio kami apén kanküten: Emprehender a passar o rio de a pé - pen, de a pé -- kankuten, passer -- 3 -- Goto ka mi lkankúten : passar no rio de a pé- ka mi, por dentro -- ka, dentro, em -- mi, por-- 4-- Prúnja kamix ken: (Quero pegar na vassoura -- prúnja, vassoura -- 5 -- Rairânha kamix ti: Elle trabalha por empreitada -- 6 -- 1-- Jagne lkâmi: Abracar-se um com outro -- jagne, um com outro -- 7-- Vin hamé ke ha: Ja quer começar a fallar -- ke, fallar -- ha. KAML: Buscar: Kavarú kdmèr tin: Eu vou buscar o cavallo - x, eu. KAMON : Eïles veem. Plural de tin por todas as pessoas -- 1 -- Hérike ka lkamôinho? Quando elles vem ? -- hé- rike ka, no quando - ka, no -- kamóinho, vira -- nho, desinencia de futuro -- 2.- Ag veirkadiri han kamône: Elles vem para fazerem uma festa -- veixhadiri, fazer festa - had, fazer -- 3 — Ha jént kamon jént: Venham os camaradas, para comer — ha, voz imperativa -- jent, jen: comer --4-- Kamônera: Ve- nham Imper.-- Namônera kan: Venham todos --5-- Ag ka- monera: Venha a gente -6 -- Kamôn tôn kan agn: Não vem toda a gente -- Gbis - Angvéi kamônve : Vinhamos fazer visita -angvéi, fazer visita -- kamônve, imperfeito -- 7 -- Hen tan agvéix ag kamnôve: Veio gente aqui para fazer-nos vi- sita -- éin, nos -- tan, aqui KAMPA’RA: Ficar inchado - kampädn, inchar -- ra, estar. Significa tambem arrebentar, p. ex.: do sarampo, va- riola, etc. KAMPO’: Pulga. 1- Kampó êrê: Campo da pulga (isto é: do bicho do pé ). KAN (Logar): De. Responde à pergunta: de onde? 1--7% kant húru povo: Se separeu delle--ti ant, delle -- póvo, pduo: separou-se -- húru, ja: indica tempo passado. 2 -- Ain ta ka hóro: Sahe desta casa -- in, casa -- ta, em -- ka, de — hóro, sahir 3--Lengré ag tin; jágne hak póvo: Os dois viajam ; depois se separam -- lengré, dois -- ag, elles - tin, vão -- jadgne kal, um de outro -- póvo, separam. KAN: De (modo: responde à pergunta: De que modo 2). 1-- En pet kan ha mo: Vamos de a pé - en, nos — pet, pé--kan, com, de--ha, voz imper., mo, vamos: plural de tin, ir. ; KAN: Do que (nos comparativos). 1-- 7% kan fore ( fore) hô nz: E muito maior do que elle --¢i han, do que elle - fóro, maior -- Aü, muito - ni, é. KAN: Em - Jiiriirut ka: No carro. 2-- Ro kan kanhe kan: Todos estão presos na cadeia -- kânhe, estão -- kan, to- dos. 3- Xanxi hânde kanki tôn ne: O passarinho não esta ae e. mais na gaiola-hande gaiola - kanki, na - tz, elle - ton, não ne, esta. 4-- Fi krin kan kafènje fin ne: Na cabeça della se acha um ramalhete de flores - fi hrén kan, na cabeça della - fi, della -- kaféjefin - ramalhete de flores - ne, esta. 5 — Ie jogn kanen dôro kan jen kan, ivéiæmo : Meu pai, emquanto está na janella, me esta vendo — jogn, pai - kanendôro, janella -- jen, essä-- kan, emquanto-7, a mim- véixmo, está vendo agora. 6-- Venharüt ka pan ti: Elle embrulha no papel - venharôt ka, no papel - pan, embrulha -- tz, elle. 7-- Burro 2x kan pe nite: o burro deu um coice em mim com o pé - kan, em mim - kan, com o pé -mite, bateu. 8 - Aran karka ka > No calor, na tarde. 9- Orekdn ti hanje: Está atolado no brejo -- orekan, no brejo- ti, elle--ire, preso -- hinje, esta. 10 -- Ti büigh kan, varéja je: Na cauda delle está uma the- soura - 7 büigh kan, na cauda -- vareja, thesoura - je, esta. 11 -- Jantka kan, va fi je: kanen je: Estava na porta, e espe- rava -- jantká, na porta -- kan ( gan )--va, estando -- fi, ella — je, estava -- kanén je, estava esperando. 12--Góio kan mi, apen kanküten ; passar por meio do rio a pé -- goto kan, no rio -- m2, por meio -- kankúten, passar. 13 -- Antere kéka, ti ke. No que ia morrer. elle fallou -- ke, querer - ko, no —- ke, fal- lou -- tz, elle. 14-- Anäix ke ka, veixhatá krone: No que queria deitar, bebeu o remedio -- náix, deitar - veirkatä, re- medio: Arôd veixkatà ; kira nani: Bebo o remedio; depois vou deitar -- krôd, bebo - kara, depois -- na, deitar -- nz, estou. 15 - Anais kék , reza ic kéti: No que quero deitar — Kéti, faço. Kéino, tambem significa fazer. KAN: Em quanto-1-A tin kan, paxké ti: Em- quanto andava, se curvava-atin kan, emquanto andava, no andar - paxkéti, curvar-se - 2 - Akanga lan, tamin tine ke: Emquanto estavas doente, queria, passar por aqui-a, tu — kanga, n9 que, emquanto - ta mim, por aqui - ta, aqui - tine, ir - ke, queria. KAN: Entao-1- Nan kotxin mankantin man he tô ni ha? Então não quer já trazer outra vez o filho? — man- kantin, bakántin : Trazer - mat, mais, outra vez - ke, quer - ni, esta ha, já-2- Kan e fa ix ke tôn nive? Então não devia eu chorar outra vez muito ? - e, muito - fa, chorar - he, devia = ni, estar - ve, desinencia do imperfeito - 3 - Kan xon déje timá ke ton 77: Então porque eu não devia fallar para elle ? - xôn, eu, déje, porque - tima, para elle - ke, devia fallar - 4- Kanxóg, hüritke laird éin mo? Então como devemos tra- balhar ? - hóritke, como - éin, nós - mo, agora KAN: Estar-1- Inindó ka, húru kurânke: E' meio dia: passou a manhã - inindô, meio dia - kurânke : manhã - húru, ja: indica acção passada - 2 - Kan hirw: Já passou — 3- Ninhéro vavá kan emâne: Gosta de pôr fora dinheiro - vava, por fóra - emáne, gosta-4- Ie fé kan tógn tog: Meu coração está batendo - fé, coração - tógn tógn, batendo — han, está-5 HG ix kan éti: Eu estou muito bom - été, muito — 6 - Kan æiri: Está pequeno - xiri, pequeno - 7 - Ot kan, vin Leg: ke nai: está querendo dizer o que é mentira - 6¢, falso - kan, é — vin, fallar - ke, querendo - na, está - 8 - Ix jong bre kanje: Eu fico com meu pai- jong bre ( B. de bré nasalado ): Junto com meu pai- kan je, estou ficando - kn, ficando - 9 - Kan- endôro kanje kan,vevéndn : Emquanto estava na jauella, se apresentava - kanendôro kan, na janella - kanje, estar ficando - vevéndn, se apresentava. 10 - Vin me kan nanti : Estão fallando pouco - vin, fallar - me, pouco - kan nanti, estão. 11 — Ot kanti nänté: Elles estão ficando mentirosos -- ôt, mentiroso -- 12 Kurú kanti na tôn ti: Elle não tinha vestuario -- kuru. vestuario — kanti na tôn, estava com -- ti, elle -- 13 -- Kavaruü dére kanni : Elle está sentado na garupa do cavallo -- dére. parte poste- rior -- nº, sentado -- kan, esta--14-- Jén ti Kkânti tógmo: O almoço está prompto -- jénti, almoço -- kânti tógmo, está es- tando -- 15 -- Ori tan kanive ; hara húru vitre: Hoje esteve aqui; mas foi-se embora -- óri, hoje - tan, aqui - kaníve, es- tava -- hdra, mas -- viiire, foi-se embora. KAN: Fora (em composição )- 1 -- Nanhkúten: Sahir fora, nascer, levantar-se, passar. KAN: Para cá (em composição como prefixo ): Aantin : vir-{èn, ir - kan, para cá. KAN: Por meio-1-- Pédn kan ha mo: Vamos de a pé--pedn, de a pé--ha, voz imper.- m0, vamos -- 2 -- Vaji kan, t» tére: Morreu numa cilada -- vaji kan, numa cilada - ti, elle -- tére, morreu. KAN ; Porque - 1- Kaixgáng kamé kan ag tiáixka (w na- salado) ra kangdiive ton: A gente não foi no matto de medo dos Kaingangs - kamk kan, de medo - k:mk, medo - ag, a gente — vdixka matto - ra, para - kangóiive, foram, perfeito plural de tin - 2- Han fágmo kan, ix man hüti: Eu estou muito contente, por as mulheres estarem melhor - han, melhor - figmo, as mulheres estarem agora — man -- hóti, muito con- tente - 3 -Ij fa krünge kan, tot pútka: Porque minhas pernas não batem (não acham fundo ); afundo outra vez - fa, perna - krénye, bater - kan, por - tót, outra vez - pútke, mer- gulhou, afundo - 4 - Pi kotxi tére kan, Fidénxio mankan- gamo: O Fidencio está muito triste, porque morreu e seu filho - ti kotxi, o filho delle - tére, morreu -- mankangá, triste - e, muito - d, connectivo - nt, está - 5 - Kanga kan, à) kantin ton ne: Por estar doente, eu não venho ainda - 6 - À kangá kan, ij man -hAóti ton: Por estar tu doente, eu não estou contente — a, tu - kangá kan, por estar tu - 7 - 15 jog ton ne kan, à) mankangati: Hu estou triste, porque não tenho pai - tôn ne, não tenho - ne, tenho - mankangáti, triste estou - ti, estou - 8 - Jôntitimo kan, xet xôrmo: De tão brabo que estou, te quero matar (pegar) - jôntiti, muito brabo - ti, estou - xet, pegar, matar. — E” proprio da lingua dos Kain- gangs significar as vezes a acção incipiente p la completa, e a completa pela incipiente. Assim xe, significa propria- mente pegar; e, como pegar é acção incipiente de matar - significa tambem matar. - xôro; querer, desejar - 9 - Ei faix hotiti kan, sog fágmo: Estou chorando, porque desejo muito de chorar - faix, de chorar - hótiti, preciso muito — xog, estou (tog)-fdmo, chorando agora - 10 - Kokire kan, tére: Morre de fome - kokire kan, por estar com fome - tére morre - 11 - Ton jon kan, tére ve: Por estar com raiva com Fulano de tal, está morrendo - {ôn, com Fulano de tal - jôn, estar com raiva - ve, está - 12 — Por estar eu tendo dinheiro, eu sou contente: Ex ninhéro jént kan tógn, ex manhüti- jent, tendo -- togn, estar - man — hóti, sou contente — 13 - Lara- nhiränha kan, kangatiti: Por trabalhar, elle ficou muito doente --14-- Pirá kuka rog kan, ti tére: Morreu por ter engulido um osso de peixe -- kuka, osso - rog, log: engulir -- 15 -- Gôiofà krid kan, ti tére je: Elle esta bebado, porque bebeu pinga -- gôiofá, aguardente -- krôd, bebeu -- tére, bebado — je, está-16-- 4 jôn kemäne kan tog, pron fi ten: Por estar inclinado 4 raiva, matou a mulher -- jon kemane, incli- nado à raiva--togn, estar - prôn fi, a mulher -- ten, matou — i7:--Kréd buüngh kan, togn tógn kémo: por elle beber demais, vai ficar torrado -- buüngh demais -- togn, torrado — togn, ficar -- kémo, vai -- 18-- Ma hadn kan, kuxon ag nänti : Elles estão vermelhos de vergonha --ma hadn, sentem ver- gonha - kuxôn, vermelhos -- nánti, estão. KAN: Quando-1-Antän kekakti kan, ijmân to nes Quando elle não entende, elle está fallando para mim-antán, aquelle ahi-kikaktin, não entender, não saber-ijmá, para, a mim-to, fallando, perguntando-ne, está. 2-Hürike kan jogn kantin, ij man hôti: Quando vier meu pai, serei contente— hürike kan, quando-käntin, vier-man-héti, serei contente. 3-Emprii veg kan, prére ti: Quando apparecia na rua, gri- tava - vey, apparecer - prére, gritar. 4- Xan mdn ninhéro nikti kan, ij man hôti: Quando me deu dinheiro, eu fiquei contente - xenman, para mim - nem, dar - k, connectivo, kan, no, quando. 5-/jman vét kan, timá tibré vembé: Quando se apresentou a mim, eu fallei a elle junto com Sicrano de tal - vét, apresentar - tibre (o B é nasalado ), junto com Si- crano (com elle ) vembé conversei. Vide app. KAN: Tudo: Kamôn kan: Vêm todos - kamon, plural de kantin. 2- Tan déje rog kane ke? Porque quiz engulir tudo aquelle ahi? - tan, aquelle ahi - déje, déja: porque — rog, enguliu - káne, tudo -ke, quiz. 3- Jenjét kan hari: Estão pendurados todos; os penduraram todos - húrí, par- ticula para exprimir o tempo passado. 3 bis - Jj kotæine taktôn je va, hára kan tére: Meus filhos são tres, mas todos morrem — kotwin, filho - va, são - hara, mas - kan, todos - tére, morrem. 4-On tag kanje ma, ij kotne tôn ne; tére ke ton nt: Aquelle que fica, não é meu filho; elle não morre - én tag, aquelle que - kánje, fica-ma, ainda - ke, vai. 5- Kokire kän, kan téremo : Todos morrem de fome - kan téremo, Re re todos morrem. 6-Jn hat kan kren t{ ni ha: Elle ja fez quasi toda a casa - /n hat, fez a casa - kren, quasi - ti, elle — ni, mora, ha, ja. (1) KANA: Estar: 7% tin kurän ha rot käna : Está marcado o dia (tempo, hora) da sahida delle - ti kuran, delle - ha, ja - rôt, marcado - kana, esta. 2? - Noatat ki kana: Esta de bruço — noátat de bruço - ki, no. 5 - Küixma lire kana: Está olhaudo para cima - kúixmá, para cima-lire, olhando. 4- Kana de lagrá na: A cousa está ficando bamba - de, (0 D - é nasalado ), cousa - langrá, bambo - na. 5 - Veinkri ti kana ne: Está“coberto - veinkri, coberto — ti, elle - kana ne, esta sendo - ne, está, KANKA: Dentro. Posp. KANKA: Vento--1-- Kanka ran: Vento quente -- 2 Kanká kuxa: Vento frio - 3-- Kankda fag gáix mon: O vento levanta cs cabellos das mulheres — fag gaix, cabellos das mu- lheres -- fag, mulheres. KANKÉ, kaika ; Irmão mais velho--1-- Kanké bre vi in ka, kane: Elle mora junto com seu irmão mais velho na casa delle -- bre, junto -- tí in ka, na casa delle -- kane, mora - 2 - Akanké kofá je: O irmão mais velho, fica velho -- kofd, velho -- je, fica -- Zx jogn kanké : O meu tio paterno mais velho. KANK FUORE ( fuôre ): Orvalho ( pelle de vento ). KANKÉI: Mesa, canôa, -- 1 -- Nanké kri: na mesa -- kri, acima, em -- 2 - Kankéi kre ni: Está sentado debaixo da mesa -- kre, debaixo -- mt, está--3-- Kankéi rumid, remo da canõa -- 4 -- Kankéi prin: Proa. KANKI: Dentro ( kankä kan)--1--In kanki: Dentro da casa - 2 -- Ande kankt ti ton ne: não esta mais na gaiola -dnie kankt. na gaiola. KANKRÉ : Copo -- 1 -- Kankré tag fürifen, metade deste copo - tag, deste -- fürifen, metade. KANKRO - FUORE : Lambary -- kankrô, pequeno, fudre, pelle -- [.- Kankrô fudre xamb ij: Eu peguei um lam- bary -- «amb, pegar. KANKRO -- FUORE-- RÉRE : Cascudo, mandy - rére, ferrão. Segundo R de rêre, nasal. KANKÚTEN: Desembarcar, nascer, desapparecer, sahir, transportar -- 1 - Hixma kanôa ha bakankúten: traga aqui a canôa para mim -- eismá, para mim -- ha, voz imperativa — b:- kanküten, traga aqui--2-- Azdg tôt kafän ra kankúten: Vos passastes outra vez para la--addg, vos -- tôt, outra vez -- kafänra, para-la -- ra, para--kunkuten, passastes — 3 -- On kankúte vémo : O outro nasce agora primeiro -- ôn, o outro -- kankúte, pri- meiro -- mo, agora -- 4-- 1) jogma to ij kankute tôn: Eu digo (1) Ag kan pager: Todos elles estão passando — ag, elles — pa, passar = jen, estão. ( Vide App, ) a meu pai qre eu não saio -- to, digo -- 5-- Kanküten ve ti: Elle nasce primeiro -- 6 -- Gire tag kanhúte, javai ra konkúten: Este menino nasceu antes do tempo 7 -- Gire tag (o G de gire, nasalado ), este menino -- javái ra, embora antes do tempo -- javáix, antes do tempo. Vide App. KANDIE, krúnge, veixkikánge: Emendar, unir. Vide App. E KANDO: Vallo--1-- Ga kandó: Vallo de terra -- ga, terra. O G de ga, nasalado. Ti kandon na: Esta furado - na, esta. KANDON: Furar. . KANDON NIAFA: Trado -- niafú, instrumento. KANE: E-te vocabulo tem muitos sentidos, que serão explicados separadamente. O sentido geral é: bolhinha. KANE: Bago de espingarda ( tambem kané fá.) KA'NE: Bater. Tambem háni, nite, kanite : percutir, surrar. , < KANE: Cicatriz. KANE: Esperar. Vide kamhém--I- Xan hané ton ra, hárato kantinmo: Embora não esperado, eu venho - xan, eu -- ra, apezar - hárato, contudo - kantinmo, venho agora - 2 - Jantká to ti neanprôn ankanén je: Elle se acha na porta, (e) espera a mulher -- iartká to, va porta - to, na - ti. elle--ni está-anprôn, a mulher -- ar, connectivo -- anka- nén je, espera, está esperando - je, está -- 3 1j kané ag nanti: Elles me estão esperando -- kané, esperando -- 4 Xen kané ve: Elles me estão esperando --xen, a mim - ve, está — DER ja ha: Está esperando -- ja, agora- ha, ja. KANE: Estar. Vide ka, kan, kannz- 1 Ti kré titam pri k né: Elle é melhor do que Fulano de tal-ti ré, acima delle -- tampri, melhor-kané, é -- 2 -- Fi kri atampri kané: Tu es melhor do que ella fi kri, do que ella -- atampri, me- lhor -- a -- connectivo -- 3-- Kangá kan agn kane ?: Todos el- les estão doentes ?.-- Resposta: He (ha): kangá kané - mo Sim; todos estão doentes -- he, ha: sim -- kanémo, estão doen- tes agora --e, connectivo - mo, agora, podese tambem dizer kangaga, para indicar o plural. KANE: Fructo -- 1-- Kané fuüre. (O R. de fuüre na- salado, como tambem o G, de gára): Casca de fructa -- 2 -. Gara kané: Fructo do milho -- 3-- Kané gára: Milho de grão, em grão-- 4 Ka kanémo: A arvore está produzindo fructas -- kanémo, fructifica agora - 5 Tiign buüngh kané: Ba- nana, tiign buüngh, caeté grande -- kané, fructo. 6 -- Bandna kané: Banana. 7-- Kané kupré ( kupré \: Escolher fructas -- 8 -- Gara kané piri: um grão de milho - piri, um. 9 Ka- kané gétimo : Esta colhendo fructas -- ge, colher - ti, elle - mo, agora. 10-- Kané växti je: Esteril-va, váix: Nunca --ti, elle -- je, está com. 11-- Ka buro kané: A fructasahe da ar- vore - ka, da arvore - búro, nascer, sahir. 12- Ti kané ará- Ra no ha: As fructas de Fulano de tal estão madurecendo - aráno, madurecem agora - no, agora. 13 -- Lúnhára kané gére (o g na- salado): Aroma do ananaz -- lanhára, planta do ananaz -- gére, cheiro. -- 14-- Tiig hané: Banana. 15-- Té kané: Lugar de fructas, pomar. KANE: Grão, bago, fructo. Kané géra (o g nasalado) : Grão de milho, milho em grão: 1--Gára van kanémo: O milho esta cachando -- van, esta - kanémo, cachando agora. KANE: Nó.(latino nodus ). KANE: Olhar, ver, enchergar. 1--kané tôn: Não vê, não enxerga, cego. 2-- Núnera: Olha tu. 3 - Kané tôn gra: Não enxergues. Imper. negativo. KANE: Olho. 1-- Kané jokü : Pestanas - jo, guardar -- 2-- Kané dôgn kanni ha: Já está com os olhos furados, cego -- dügn, furado - käni, está--ha. 3- Kané pire: Monoculo -- pire, um. 4-- Ti kané dip ti: Elle está furando os olhos de Fulano de tal. 5--Ti kané vandüve: Elle estava furando os olhas delle. 6 -- Jagne kane’ dé van: Se furam os olhos um a outro -- jágne, um à outro -- van, estão. T--Tj kanén kren: menina dos meus olhos -- Aven: menina, ovo, familia, pupilla. 8-- Kané kan ni: Está no olho-- kan, no--ni, esta. 9--T; kané kri fi: Osulos-- kri, no, sobre -- fi, collocados. 10 -- Nota kané me: Olha pouco alto -- kóix, no alto -- me, pouco. 11 -- 1x kané van raran kémo: Meus olhos vac ficar com verti- gem--— van kémo, vão ficar -- rardn, com vertigem. — 11 (bis )-- Rencd ti kané kri fore: O lenço está posto nos olhos delle -- fóre, está posto -- fóre, de fodn, pôr. 12- Kané rit (lit. ): Olho vivo, vivaz, aberto, de lire: acordar, ter o o olho aberto. 13-- Hijmän to hané jo tx vin ne: Elle falla para mim com as pestanas -- e/jmdn, para mim -- to, pleonas- mo -- kané jo, com as pestanas, pestanejando - vin ne, esta fallando. 14-- Kané fudre: Pestanas - fuôre, pelle. 15 -- Kané tôn : não enxerga, não vê. 16 - Mané nôt: Olhos fechados -- not, de nôro, dormir, estar de olhos fechados. 17.- Kané korég: Quasi cego -- korég: ruim, doente. 18 Kané jum bu- ong: Pestanas-- jum, guardar - buüngh, grande. 19 -- Kané peju ti: Elle cobre os olhos -- pejut, esconder. 20-- Kané ni: olho d'agua. (1) Vide App.. KANE: Perseguir - 1 Ti kdnera: Persegui-o tu. Imper. KANE: Procurar -- Kanén ja: Esta procurando agora -- “ja, agora.. 2-- Aidg kanén ja ij kantin ve: Eu venho pro- curar-vos — azag, vós -- kantin, vindo-ve, estou. Vide App. KANE: Provar, experimentar. Kane KREN: Menina do olho, pupilla-- krén: ovo. criança, filhote -- kané, olho. KANE DORO: Janella -- Vide kanendôro. (1) Tambem : Gôio ni, La] — 9 — KANE FA’: Bagos de chumbo,-- fa em geral signifi- ca meio, instrumento. KANEFUORE: Pestanas -- kané, olho--fuüre, pelle. KANE’ han -- Toco de arvore. Tambem kan hin --kan, arvore -- han, principio. KANE JOKI: Sobrancelhas -- kané, do olho -- joli, guarda - ki, em. Tambem : kané jokii. KANE MA’JE: Gostar, ser inclinado a fazer alguma cousa -- 1 -- Dinheiro vavá, kenemá je: Gosta de botar fora o dinheiro -- vavá, botar fora -- 2-- Kufúru kenemäje : Tem propensão a tussir -3-- De kenama je: Gostar de alguma cousa -- de, cousa. (O D de de nasalado) Diz-se tambem ; ema, emane. KANE'MO: Dar frncto--1-- Na kanémo: A arvore da fructa agora -- mo, agora. KANENDORO : Janella - kanén, para olhar -- dôro, buraco -- 1-- 1j jogn kanendôro lünjen kan jan, ix vegn: Meu pai, emquanto agora esta na janella, elle me ve-- kan- jen, esta -- kan, no momento emquanto -- jan, agora -- ij, a mim vegn, ve. -2- Kanën dôro kanjer kan, vevédn: Emquanto estava na janella, me via-vevedn, forma do imperfeito -3 Aran kanendôro kin erarino: O sol bate na janella - arán, sol - kin, na - erino, arino, bato - 4 Kanendôro hanjen han, kané 2j: Estando ua janella, eu olho - kané, olho. 5 - Na- nén dôro kre ti je:. Elle esta debaixo da janella - kre, de- baixo — ti, elle - je, esta. GOIO KANE NI: Olho de agua 1 -- Gôio kané ni han- gja : Cabeceira do olho d'agua. KANE PANDO: Tumor - pando, torto. KANE TON: Cégo, sem olhos. KAN ENE, kanére: acabar. KANFORO: Maior-1- On tan kanfôro ne: Ele é maicr do que outro - on tan, aquelle lá - ne, é - kan do que - fôro, maior KANGA: Doente ( korég) doença - 1 - Nangagá emá kan ne: Todos os paizes são insalubres - kangaga, doentes. Repetido para fazer o plural - kan, tudo - emd, paiz, cidade, bairro. .2- It hanga re 7j koi: Eu assisto um doente - re, perto - ko’, como. 3- Kangati ne: Elle esta doente. 4- Kangati 1) kotxine: Meu filhinho está doente - kotaine, fi- lhinho - kangd, doente - ti, está, 5- Kangä kemane, Doentio - kemáne, inclinado - kangá, a doença. 5 bis- Ama kangá kan ti ni: Você fica doente - ni, está - kanti, estando. 6- Veinkanga kiiktan: Curar um doente - küktan, curar. 7- Ankanga ra, raira 7j tinmo: Embora doente, eu vou agora trabalhar - an, prothesi-ra, apezar. 8- Kangä ij ma ne: Eu estou muito doente: ma muito. 9- Akotæi fi kanga an- gvéi kantin ti: Elle vem para ver sua filha doente - ahotxi . fi, filha - angvéi, visitar. 10- Ankangâmo éne kan, à) t ema 35 — ra tin ke: emquanto aquelle está doente, eu pretendo ir para o povoado - éne, aquelle - kan, emquanto - ixt, eu-ema ra, para o povoado - ra, para - tin ke, pretendo ir. 11- Eng fé kanga be ne: Estamos sempre scffrendo de estomago - en, nós — be: sempre, habitualmente - fé, estomago - q, connectivo. 12 - Déja fâne? Ij kanga kan, ij fa ne: Porque choras? Eu choro, porque estou doente - déja, porque - fo, chorando - ne, estar - kan, porque. 14- Kangá buüngh, háti mo: Eu estava muito doente, e sarei - hatimo, agora estou bom - mo, agora. 15- KNangá kan agn : Todos elles estão doentes — kan todos. 16- Aze taktôn kang*mo : Vos tres estaes doentes - taktôn, tres. 17 - Ankangan be ti ti: Elle está habitual- mente muito doente - ti, muito. 18- Vaixkatá dun kanga kat’: Este remedio é bom para a dôr de ventre - vaixkatá, remedio - tang, este-du (o Dé nasalado) kanga, dôr de ventre — kata, bom para curar. 19 -- Aie ag taktôn mankangagá kanémo: Vos tres estaes muito doentes (ou tristes ) - aie ag, vós - mankangagá repetido para indicar o plural. 20-- Kanga ij angü titi: Ru estou muito doente ( Ahi! que dôr !). 21 - Kanga veg tog ne: Parece muito doente - veg togn, está parecendo. 22 - Kangá veg ja ne: Parece que agora esteja doente - ja, agora. 23 - Kanga angvéi tinmo: Eu vou agora ver um doente. 24-Fag kangá húru hadn: As mulheres que estavam doentes, ja sararam - fag, mulheres - huru, já, indica acção passada. 25- Ella está doente: Nengáfi ne. — 26 — On kánga tôn ni ha: Nao tem mais doentes - on... tôn, nenhum. 27 - Kangá kan agn: Todos estão doentes. 28 - 1; jogn kanga van ke ton: Meu pai não ficará doente — ke serve para fazer o futuro. 29 Jongjo, kangá ton ni, karaka penói ton: Gavião, se não ficar doente, não ma- tarei ( atirarei ) mais - káraka, depois - penói, atirar, matar" Propriamente significa atirar; em força porém da proprie- dade que tem as vezes o Kaingang, de indicar a acção incipieute por palavras que indicam a acção completa e vice- versa, aqui significa matar. 30- Vexén kanga ij: Ha tempo estive doente — venxén, ha tempo. 31 - Aranha-rdnha kan, ti kanga ti mo: De tanto trabalhar, ficou muito doente - kan, por, porque -kanga ti mo, está doente agóra - ti. muito - mo, agora. 32-- Kanga kan agn? He, kangá kanemo: A gente está doente ? Sim, estão doentes. 33 - Hanya hati húri : O doente já sarou - húri, particula para indicar o tempo passado. Vide App. KANGA KEMA’NE: Doentio -- kemâne, emäne: incli- nado. 1- Ema ta ki kangá emane ag: Neste lugar a gente é inclinada à doença - tag ki, neste - ema, localidade, villa. KANGÁMO : Estar doente agora -- 1 -- Atán de kangâmo : O que é que doe ?-- Dun kangämo: E” o ventre que doe -- atán de, qual cousa ?-- de, cousa (qual parte )-- dun, ventre - 2-- Venxa ( venxé) ti dun kangamo: Uma vez elle soffria de ventre -- venxd, uma vez -- 3 -- Nerénja ko kan, ti dun kan- — 36 — gamo: O ventre delle doe, por ter comido laranjas -- 4 -- Ti kangámo ma ra, kenkét hürikéxno : Embora elle esteja doente muito, elle proseia-- ra, apezar de-- kenkét, fallar muito -- kentkét, compôsto de ke, fallar duplicado, para exprimir mul-- tiplicidade da acção - hórilkésno, da mesma forma -- 5 -- Kan- gamo kan, One kotii te nôro ton: A outra noite não dormi, porque estava doente - ône, a outra -- te, na -- 5 bis -- Hz) kaxkä kangámo : Meu parente, collega esta doente - 6 - Jj jogn van kangdmo: Meu pae agora está doente, vein -- prefix ( van ). KANGÃO: Aperto de mão. Vide ge. KANGATI: Muito doente muito triste -- ti, muito -- 1 -- Tére: ma ha ne kangáti: Morre: elle está muito triste -- ma, muito -- ha, ja -- ne, está -- 2 - Ef) iog tôn ne kan, ip man kan- gat/: Eu estou muito triste, porque não tenho mais meu pai - tôn ne, estão tendo -- tôn, tendo -- tôn, não -- kan, porque. KANGÁ TON: Salubre, sadio - tôn, não. KANGAXI: Um pouco doente, --xí, um pouco--1 - Ontantó kangaxi ha ti can, 77 man- hóti: Eu sou muito contente porque a mulher, que estava algo doente, sarou - éntanté, mulher, -- háti, ficou boa -- kan, porque. KANGO : Vide App. KANGOUVE: Fomos, fostes, foram; plural passado de tin, ir-1-- Vitpkéie kangüuve : Foram pescar. KANGRÁ: Arremedar, imitar, imagem -- 1 - Om vin kangrá kenemane: Gosta de arremedar a voz dos outros - 6n, dos outros -- vin, voz, palavra ---kangra, imitar -- kenemdne, gosta. 2-- Lakangra: relogio, talvez por ser semelhante ao sol -- la, do sol-- kangrá, imagem. É KANGRÁ : Comer tudo - 1 -- Kangra ij: Eu como tudo-- 2-- Pores min kangrá ne; A onça come os porcos -- ming, onça - 3 Tigère van tônjet ke tôn? O cheiro daquella cousa não desapparecerá ? Resposta: Janta kangrät kan, tônjet, kémo: Desapparecerá, quando © corvo tiver comido tudo - ti gére, o cheiro -- tônjet ke ton, não estará mais -- jantá, corvo - kan, quando -- tônjet, estar fora -- van, prefixo. Vide. App. KANGRA : Quatro -- 1 -- Veinkangrá: Uns quatros -- 2 -- Veinkangra agn : Quatro pessoas -- 3 -- Pirá veinkangrá: Quatro peixes -- 4 -- Xanxi veinkangra: Quatro passarinhos -- 5 -- Kan- gra fag: Quatro mulheres - 6 Vein kangräti: (Quatro pes- soas -- 6 bis -- Veinkagrá, veinkangrá én: Oito -- veinkrangrá ôn, outros quatros -- 7 -- Veinkangrá, ôn kofdnte: Cinco - ôn outro -- kafún, além--te, no-8-- Ona veinkangrá venxéra vuttka: Carregavam o cadaver outras quatio pessoas -- ôna, outras -- venxéra, cadaver -- buitka, carregar. KANGRATKO ( Kkangrôóve ): Retrato - 1- Vérex kan- grátko kantin tôn ne; Ainda o retrato não veio -- veret, ate- gôra - kantin, vir. KANGRÉ, kungré: Louça, trens domestico. Te — KANGROVE: Retracto, imagem. Vide kungra, arre- medar -- 1 -- Déne kangréve into nanti: Na parede estão os retractos dos bichos- déne, dos bichos-- into, parede -- núnti estao. A QUE : Extender. Vide kavin--1-- Kangvira: Ex- tende tu -- 2 -- Vexupóia kangvin: Extender o vestuario. KANH ÉM : Esperar, ficar -- 1--1j bre kanhmæi: Fica um pouquinho commigo -- xi, um pouco. KANHERA'M : Amançar, mango (tambem ) kaiére — 1 — Xanxi kanherän tôn ti ne: O passarinho não está ainda amansado -- æanxi, passarinho -- tn ti ne, ainda elle não esta — ti, elle E KANHERE: Macaco ( kajére ). KANHEROI: Conhecer ( vide kiveirnémen etc. ) -- 1 - De kára ti k nherói: elle conhece todas as cousas - de kara, todas as cousas. KANH EMIX: Resina. - KANHU'E: Pulmão--1 -- Fé Eanhúe : Pulmão dos peito -- fé, do peito. KA’NI: Está--1-- Ankré kri fi kdnz: A criança esta nella (nas costas della )--ankré, kré: eriança-- kr? fi, nella. KANIET, kané: No--1--En kaniért ke: EO pre- tendemos fazer um nó - er, nos -- ke, pretendemos - 2 -- Kané hadn : Fazer um nó --hadn, fazer KANT TE, Ones Bater, percurtir -1-- Spora hanite: Tocar com a espora - 2 -- Ka nite: Bater com um pau, dar pauladas -- ka, pau. KA’NJA: Ficar, estar de pé. Vide kan, kane — 1 — Kanja ori akémo: Quero hoje ficar de pé--ori, hoje -- 2 -- Ij arût, kin 77 tan kanja: Eu estou cançado, (e) eu descanço- em pé - arût, cançado - kin, descançar - tan, la-- kanja es- tando de pé. KANJA'M, kajdm; Comprar, custar, pagar e, com o afixo vére, alugar - 1 - Ti horég kanjám ja à) je: Eu estou comprando cousa que não presta - korég: que não presta - ja agora - 2) je--eu estou -- je, estou -2-- T'ampére 7) hanjam 2) krenóje: Eu compro uma enxada: faço a carpa, limpo - _ tampére, enxada - 3 - Vére João kanôa ij kanjäm: Eu alu- guei uma canôa do João - vérex, por algum tempo - 4 - Kan- jam buôngh, hanjám «xin: comprar caro, comprar barato - xin, pouco —- 5 -- Bimán, tan hiro kanda kanjám : Aquelle já comprou uma canôa para mim -- tan, aquelle -- huro, particula adverbial para significar o tempo passado KA’NJE: Emendar, Vide App. KANJE: Estar, fear 1 - Kanendôro kdnjen kan, vednvédn : Estando na janella, se apresentou - kanendôro, janella - kan, emquanto -- vednvédn, apresentar-se --2-- Ex ningé feie, pire on kinje: Os dedos da minha mão, mais um: seis—3- Küixmäne péne viet känje: Esta carregando “o v — os pés para riba: está com os pés levantados -- kürman, para cima -- vúét, carregar -- 4 - Maria kri ti tamprí känje : Elle é melhor do que Maria -- Maria kri, do que Maria -- ti, Fulano de tal -- tampri, melhor, superior KANJTRI, kanjúno: Divertir-se -- 1 -- Akaji ti ri ve: Elle está brincando --ve, está- ti elle-2- Gíre akanjiri: Divertimento de crianças, meninos -- gíre, menino. Vide App. KANJUNO: Brincar, estar brincando -- 1 - Kanjut kemá: Gosta de brincar - kema, ser inclinado -- 2 -- Kanjiré ij jént tan: En estou lá na festa -- jen, estou - tan, lá — 3 — Kanjút kenmane: Está gostando de brincar - 4 - Ha kanjit tin: Va brincar -- ha, particula imperativa - 5 -- On brex kajúno vüire: Foi brincar junto com outro -- ônbré, junto com outro -- bré, junto -- viiire, foi -- 6 -- Veix kandiri: Diver- timento -- 7 -- Veixkandiri kurän ki judn: Elle chegou no dia da festa--kurdn, dia}, no --judn, chegou -- 8 -- Gire kanjin niafá : Brinquedo de meninos -- niafú : objecto, instru- “mento - 9 -- VEIxkandíri kirk: ja, in ki nanti: Agora de- ‘pois da festa, elles estão em casa - hárka, depois -- ja, agora — in ki, em casa -- núnti, estão - 9 -- Bré kanjúti: Elle brinca em companhia. KA'NMI: Pegar; puchar. Vide mi -- 1-- Empriigh kami: Pega, pucha na estrada. Vide ge. KANNANTI: Estão--1 Ga kri ankrin fi kan nanti: Elles estão com as cabeças collocadas na terra-- ga kri, na terra, sobre a terra — ankrin, cabeça -- fi, collocadas -- kannäntf, estão. Tambem -- han, todos nánti, estão. KAN NI: Estar, estando -- 1 -- Ankré fi kré fi kanni: A filhinha está nas costas dellas -- ankré fi, filhinha -- kri fi, posta acima -- fi, posta - lanni, está KANNÍN: Estou sentado -- 1 - Einbré ha kanni mr hadn: Fique sentado um pouco comnosco -- ézn bré, comnosco - ha, voz imperativa -- xi, um pouco -- hain, fazer -- 2 -- Perógn tokfin kännin : O sacco fica amarrado -- perógn, sacco -- tokfin, amarrado -- 5 -- Emén ti kinni: Elle fica quieto. KANNITE. Vide kannite: Bater, percutir, surrar, cotucar -- kiifé re kdnnite: Dar facadas -- kiifé, faca - re, com - 2-- Ti fé kannite ja: O coração delle está batendo -- fé, co- ração -- ja, agora -- 3 -- kannite lengré hadn: Bater duas vezes | - lengré -- duas vezes -- hadn, fazer. KANO’URA: Esfrega tu. KANOA, kankéi: Canôa 1 - Nanda gôio jengura tére: A canôa desceu rio abaixo - jengúra, pelo -- tere, descer -- ka- noa dôn ij: Eu furei a canôa-3-- Vérez kanôa lanjäm ex kémo: Eu pretendo alugar a canôa -- Vére kanjúm, comprar por algum tempo. KANPA'DN: Inchar, arrebentar (da variola, sarampo, ete. )-- 1-- Bexiga kampädn húri: A bexiga já arrebentou - húrt, particula adverbial para indicar o tempo passado. KA'NXE: Nó de pinho, preso ao pau. — 39 KANXON: Então--1-- K.nxôn déje tima ke ton ij? Então, porque eu não devia fallar a elle ?-- déje, porque -- tima, a elle-- ke, fallar -- 2 - Kan xôn hüritket lairá éinmo : Então como trabalhamos agora ? -- hóritket, como -- lairá, tra- balhamos -- éir, nos -- mô, agora. KANXU: Taraquatiá. KANXTRI: Pequeno. Tambem --aíri--1--Garz kan- œiri: Milho pequeno, arréz--2-- Det kanxiri kré: Plantas pequenas de varias qualidades -- det, cousa. KANTARARADN : Apertado -- 1 -- Pentoró kantara- radi: Calçado, botinas apertadas -- pen ord, botinas -- {or6, o que cobre. KANTARERA : Desce. Imper, de kantére-, Tam- bem kanteréra, kantaléra - I kantérejafi jambá: Desce pela escada -- kantérejafd, escada -- jambá, descer. KANTE: Do lado (posp.)— 1-- Aranjüro känte : Oriente — -- júro, sahir -kdnte. do lalo--2-- Aran kanka kánte: Norte (sol do lado do vento )--3 - Aran puria hk nte: Occidente -- puriá, lugar onde o sol mergulha -- pur, mergu- lhar -- ja, id: lugar - 4 Kura kanka känte : Sul-- kuaa. frio -- D-- Are kant: janthii fuire: Labio superior -- jant kii fudre, pelle da bocca, labio-- Jimi Júnte, do lado superior -- 6 -- Gu kiinte jant kit fubre: Labio infarior -- gu, em baixo. KANTE: Dentro--1--Tn kante ti ni: Elle está dentro de casa -- ni, está -- 2 -- Gôio hante tam for e: Sumiu-se na agua — wamfóre : desapparecer, perder-se - 3 - Imafédiidn (inkafidiidn); kdnte à) nôro : Eu durmo no quarto -- nôro, durmo. KANTEGARAJENGO: Azeite -- kdnte, ficar - gára, mi- lho -jérgo, cousa torrada. Não seria o residuo que deixa o milho torrado na panella ? KANTERE: Descer, morrer todos-- 1 -- Góio ki ag kantére: Elles morreram (desceram) na agua -- ki, na- 2 -- Krin to ij hantére: Eu desci do monte -- J:rim to, do monte -- o- Nrin 7) tamprügh: Eu subi no monte -- 4-- Nantére kan kredn : Morreram quasi todos -- kan, todos -- kred, quasi -- 5 -- Kanoa gôio jengúra tére: A canôa desceu rio abaixo -- jen- gira, pelo -- 6 -- T) ke tanki nanté tére ketôn aôrmo: -Não quero que as crias. que estão ahi, morram -- i kre mi- nhas crias -- tan ki, no ahi--nänti, estão -- le ton ni, que não vão morrer -- xôrmo, quero -. 7 -- Ip Jogn Jenga kanje ha: ja estou no lugar em que estava meu pai--jénjo, lugar, cadeira - 8-1; lantére jafa jamba, kantére jafá ti tamprügh: Eu descia da escada e elle subia -- kantére jafá. escada -- jambd, descia -- tampriigh, subia -- 10 - Ha mi kantéremo : Agora elle esta descendo pela mesma estrada - ha, mesma -- mi, pela -- ha, (mesma cousa). | KANTI : Estar -- 1-- Tán kanti ni: elle está ahi -- kanti ni, está estado -- 2-- Ag xapé ij känti ni: Eu estou com o ES ESS chapeu delles -- ag, delles --3 - Noro kaänti mi ti: Elle esta dormindo -- nôro, dormindo. Tambem: Elle está de olhos fechados -- 4 -- Zn te há ti ni ti: Elle está dentro de casa - in casa -- te, em - 5 -- Ni anti: Esta sentado - ni, sentado - 6 -- Veran vog hkânti ti: Uma vez elle estava em movimen- to -- vexán, uma vez -- vog, mover-se -- 7 -- Jagne dé kánti tu ki: Estão aqui um depois do outro -- do, atraz -- jägne, um, outro — take, no aqui --8-- Néntimo ra, getka: embora fique. bas- ta -- ra, ainda que -- yétha, basta -- 8 (bis) -- Namba kánti gére: O vapor sone, e fica alto-- kambá, sobe-- kanti fica, gére, vapor, ar--9-- Anpron tára kan ti fore: Elle é mais forte que tua mulher-an, tua-- tara kan, forte do que -- fore, mais ---10 -- Ontantô kri ungré tara kanti fore: O homem é mais forte do que a mulher -- ôntantô kr2, do que : mu- lher -- ungré, o homem - tara, forte -- fore, mais -- 10 b -- Ungré ve ontanto tára kri känti fore: O homem parece mais for- te do que a mulher - 11 - Veinpeju kánti jéne ti: Elle man- dou que ficasse escondino -- v-inpeju, escondido -- hânti, ficar-- jéne, mandon--12-- Nanti tiix ti: Elle fica verde -- tia, verde -13- Ot kant? nôro: Está dormindo fingidamente — ôt, on: fingidamente- 14-- Tan hánti ij je: Eu estou fi- cando lá --tan, là-—je, estou-- 15 -- In te kánti ninho: Eu agora estou em casa--nínho, estou agora -- 16 -- Jóix hanti: Está girando -- jóix, girar -- 17 -- Janjét kanti: Esta pendura- do-- 18 -- Xe kdnti: Está preso - 19-- Ti vuét kánti, fodn: (O carregava e o jogou fora - vuét, carregando -- kânti, esta- va -- fódn, atirou, jogou fora --20-- Tan kanti rid, nim: Dé a marca que está ahi--tan kánti, que está ahi--7déd, mar- ca-- nim, da tu - 21-- Jénti Ela tógmo ? Elle e tá estando almoçando ? -- jén, almoçar -- ti, elle -- kânti, estando -- tógmo, esta agora -- 22 -- Kurú kanti nénti ton: Nao’ tinha mais panno -- kuru, panno -- nánti, estavam com - 22 bis -- Agtä do ti kanti ne: Elle E atraz daquella gente -- ag, gente -- ta, aquella - do, atraz--23 - Put kre kúnti na: Estava quasi mergulhando -- put, mergulhar-- kanti na, estava estando - kre, quasi--24- Va hüti húri: hé kanti: Ja elle sarou ; elle está bom -- va, prefixo -hati, bom -- húri, ja, indica tempo passado - hô, bom -- kdnti, esta Vide App. KANTIN: Vir. Plural: Namôn, môkan--1- Nar mi agton mokan: De todos os lados vem gente para cá - kara, kar: tudo--mi, por--ag ton Cae gente --2-- Ha kantin, tag, ‘gma nim: venha para cé, (e) me oda isto -- ha, voz imper. - tang, isto -- nim, de -- 3 -- pm te 7) kantin: Eu venho da serra -- te, da-- ri, serra, monte -- 4 -- Ha vére hantin: Venha cá um pouco-- vére, voz imper.--5-- Ag ta dô ti kuntin ne: Elle vem vindo atraz daquella gente -- ag ta, daquella gente - dé, atraz -- 6 -- Akotxi pére lantin alegréje: carrega teu filho em tua companhia -- perekantin, carregar, para ca -- alegréje, em companhia--7--IHa tag mi kantin: Venha para ca- tágmi, por ci--8-- Bakantin ningé: Traga uma mão (traga ainda )--9-- Im te kantin: vir de casa -- 10-- Ajóg kan ti hô- EE 7 q a re, kantin: Elle se separou do pae e vem ajóg, do pai-- kan, do-ti, ele-hóre, sahiu, kantin, elle vem -11- Lengré ag jen kantin: Os dois vêm comer -- lengré ag, os dois- jén, comer-12- José pirá buüngh bakantin — José traz um grande peixe -- 13 -- Ha kôix kantin: Venha comer - kóix, comer -- 14 —- Akantin kevenhéra ij: Eu sabia que voce vinha -- a, voce -- kevenhéra, sabia -- 15 -- Venxé te kantin: Vir de longe -- venxé te. de longe -- te. de — 16 -- Ama óri kantin ? Voce vem hoje? óri, hoje -- 17 -- Ag jo à) kantin: Eu venho adiante delles -- 79, adiante - 18 - One éneki kantin ne? Quem é quem vem la? ône, quem -- éns Iii, lá -- ki, em -- 19 -- Numêra kantin ne: Elle vem vindo de vagar -- nº, está -- 20 -- Naim- bara tot kantin ne: Logo venho outra vez - tot, de novo - 21 -- Ha kamójen: Venham - ha, voz imper.- 22 - Tima to, in tonjaki ha kantinje: Diga a elle que venha fora de casa -- timá, elle --to, falle--in, casa --tônjdki, tora-- ki em - 25 -- Kurän ha tot kantin: Volte de madrugada, de dia -- kwran, dia -- 24 -- Grété ix cantin: Eu volto improvisamente -- 25 -- Veinkangra kuran hat kanje ( kánti): Está já a quatro dias -- hat, ja-- kánje, está -- 26 -- X unguéi kantinoue: Eu vinha visitar-vos -- x, eu -- angvéi, visitar-vos — kantinove, vinha -- 27 - Prin kantin tan, epangh buüngh hádmo: No anno que vem faço uma grande roça -- prin hantin, anno que vem -- fan, neste -- épangh, roça -- budngh. grande -- hadmo, farei -- 28 -- Ag nängja tot kantin jin ne: Estão voltando no lugar, onde costumão deitar -ag ninja, cama delles-- nan, deitar -- ja, lugar -- tót, de novo --29-- Vem vindo para ca esconder-se : Tan ra veinpejt kantin jan ne-tan ra, para cá -- veinpe-jú, esconder-se -- ja, agora -- ne, está -- 30 -- S. Jerénymo tot kon- tin: Voltar de S. Jeronymo - 31 -- Gara in kara bahantin: Trazer o milho em caga-- kira, dentro - bakantin, trazer. 32 -- Anjognbrég ni, à kantin: Eu venho para morar junto com meu pai--bre, junto --mi, morar. 33 — Prdn kentin toki, aj gára korégn tavinti jo: Eu neste anno que vem, guardarei muito millho -- pran kantin t hi, neste anno que vem-taki, neste--hki em --Kkoreg, muito - tavi- tin, demais -- jd, guardo. 34 -- Gire, eèxmän ha hantin: Menino venha para mim -- gire, menino -- eixmám, para mim - ha voz imperativa. 35--Pakti kupéix kantin ti: Elle vem lavar os pratos -- paktii, pratos -kunéix lavar. 36 -- Kan kotxim mat kantin ke tin ui ha: Então o filho não voltará ja outra vez? -- kan, então -- kotxin, filho - mat, outra vez -- ke, querendo --n7, está--ha, ja. 37-- Pôrko butha, aktôn goio bakamôn : Elle carrega os porcos, os cutros trazem agua — agtôn, os outros. 38-- Kaimbara dti kantin patrão: Logo vem para cá o vatrão--áti kantin, vem para cá. Xan angvée kantin: Vem fazer uma visita para mim--xan, a mim - angvéi, visitar. 39-- Fi kantin ton grad: Não venha ella -- ton grá, sufixo para fazer o imperativo negativo. 40 -. Venxa kofa fi, ij ve, à kato fi te kantin: Uma vez veio ao meu encontro uma velha para ver-me -- venxá, uma vez -- kofa fi, — 42 — uma velha-7) ve, para ver-me--7) lato te, me encontrou - fi, (no meio da palavra), ella. 41- Tag miha kantin: Ve- rha por esta estrada -- tag mi, por esta estrada — ha, voz impe- rativa. 41 bis--Jj bre kantin ti: Elle vem junto commigo. 42 -- Timan to, kur kantin kemane : Diga a elle que queira vir depressa --/0, dizer -- wr. voz imperativa --kemane, queira. 43 ~ Ha kantin, tag ijman nim: Venha (e) me dé isto - ha, voz de mando--tey, isso--nim, dê. Tag mi kantin; kirka in ténja ma van ti: Elle vem para cá, depois con- tinua a ficar fora de casa--tag mi, por c&-- karka, depois -- tónja, fora-- van, fica-- #i, elle. 45- Ein gagrora bakantin : Nós carregamos barro -- én, nós - gagrora, barro. 46 -- Lengré ag jen kantin? Resposta: Déja! on jen kara kantin : Vem todos dois comer ? Nao, um vem comer depois -- lengré ag, os dois -- je, comer -- déja, não quero -- dn, um outro — kara, depois. 47-- Kamôn ton kan. ain? Nas vem toda a gente ? 48 -- Janjanjét kantin: Vem cambaleando. 49 - On vex kan- tin, húru vütre: O outro que veio ver-me, foi-se embora -- on, o outro -- ve, ver- x, a mim -- Aúr», já —viiire, foi-se em- bora. 50- Anvéi kontin mo, hurw viiére: Eu venho visital-o ; já se foi embóra -- anvéi, visitar -- ti, elle. . 51--Jj xin, uaix- hate kantin: Eu vim em pequeno matto -- x n, pequeno — ude uaixka, nasalado — waixrha, matto -- te, do -- Æcntin, vir. — 53 -- Ha atikontin:-- Venha até aqui--ha, voz imperativa. 53 -- Akanénja tx kontivve: Eu vim procurar-vos -- a, você -- kanén ja, procurar-vos--ja agora-- kantinve, vinha. 54 -- Gara ningé à) bakantin: Ku trago uma mão de anilho -- mangé, mão —- gara, milho. Vide App. É KANTO: Logo -I - Kanto, jmán ke, kanjámo: Logo que elle me falla, eu pagarei -- ixmán, para mim - ke, falla- “Kkanjamo, vagarei - 2 - Eix venhard kevenhdra kemo? Apren- derei a ler? Resposta: Nurânke kantó: Logo com o tempo venherô, ler - hemo, poderei - kurdn ki com o tempo -- hanto, logo. KANTO’: Papagaio -1-- Engje hk n kanté xá: Com a rede pego o papagaio -- éngje, rede -- kan. com -- xa, pego KANTO: Com o porrete-- ka, porrete -- to, com. KANTON : Vide App. KANTOGN : Então (tambem an)I- Kantôgn ha 2) xe: Então me pegue -- ha, voz imper.-- xe, pegue -- 2 -- Nan- tog 1) xedn tr: Então elle me pega. KANTOGN -- TO'GN: Então está batendo - Ij fé ij kantogn tógn: Eu me bato o coração, o peito-- fé. coração peito -- hanrógm, bato, tógn, estou. kantóje: AnNULAR ( dedo ). KANTOXA’: Uma cousa presa a outra-- xa, preso -- to, a elle - Jan esta. KANVIN: Fxtender (p. e. roupa). Vide / vin. KAP,GAP : Quebrar. Melhor: Æap, ka hke.-I-- Pakti gapti: Elle quebrou um prato -paktii, prato -- ti elle. KAOXIA’: Vide App. “o — o — KAPE’KE ( Telemaco ) : Quebrar. KAPA'RA: Ficar inchado; tirar, arrancar. Vide kam- pádn.--I NWoix ka pára: Destripe -- kóix, tripas - kapära, arranque. KAPE’N: Ramo; pinça feita de uma tala de itáqua- ra curvada sobre si para mexer nas brazas; é trem do co- sinha -- 1 -- Ka pen irá kampáti: Do ramo brota o nó -- irá, no -- kampádn, brota - ti, elle. KAPOTE: Encruzilhada - I - Emprü venkampoie : En- . cruzilhada da rua -- ven kan, um de outro -- kan, de póie, pôvo : separação. KAPORO'N ( Telemaco ), alengré: Companheiro. KAPORO': Preto -- I -- Kaporó ti n2; Esta preto. KAR: O mesmo que kúra com os respectivos sentidos. KA’RA: Acabar - I-- Arén tavin, krôn kara váix : Elle bebe demais, e nunca deixa de beber-- tavin, demais -- hára, deixa vaix, nunca --2 - On vin kdra vdix: (Quem nunca aca- ba de fallar, quem -- vi fallar - 3- Kara à) hind: Estou prom- to, acabei - 4 Kara vaix tógmo : Esta demorando, tógmo, esta 5- Ti kérni kan, enkrét karaväix ne: Elle está triste por- que morreu Fulano de tal -- ti, Fulano de tal--Xer, morrer ni, está - kan, porque - enkrét, pensar - kéra, deixa - väir, nunca. Vide App. KÁRA, kárka: Depois, em segundo logar, dentro, aca- bar. 1- Kara arán hddno: Daqui por diante fará calor — kara, daqui por diante -- arán, calor -- kddno, fará -- no, no fu- turo. 2-- Nárka dma xampé hddno: Farei um chapéu para você -- kärka, particula para exprimir o tempo futuro. 3 - Karka tinmo ha: Irei ja--hdrka tinmo, irei. 4-- Nárka en porko taixno: Iremos matar um porco - em», nós -- {diæno, ma- tar. 5-- Kurdn taktôn kárka: Depois de tres dias -- takton tres. 6 -- Kara 7 tin mano: Depois continúo a viagem -- man, mais, continuar. 7-- Tagmi kantin; karka en te ma tonja, vanti ton ti: passa daqui; depois não quer mais sahir de casa -- tágmi, gor ca--in te, de casa -- ma, mais - tonja, fora -- van, estar --tôn, não -- ti, elle. 8-- Ij gent; har tx tin: eu almoço ; depois vou-me embora-- jet, almoçar. Tore kején ; fésta kärka ij tin: Espero um peuco; depois da festa vou- me embora -- tore, espero -- hején, as vezes. 10-- Fésta har- kan ti dinéro ma hano: Depois da festa, elle receberá ja muito dinheiro -- ma, receberá - ma, muito -- ha, ja -- no, sufixo para exprimir o tempo futuro. 11-. Nafê krôd ; kara ix tin- go: Bebo o café; depois vou-me embora -- kvdd, bebo. 12 Aära kin kamôn ne: Depois elles vêm vindo -- ki, em -- kamôn, vem ; plural - ne, vem. 13-- Nárax tin máno : Depois continuarei a viagem -- tin man, continuar a viagem - x, eu. 14-- Jen; kara in ara tin: Como; depois vou para casa in dra, para casa. 15 -- Kurdn taktôn kar, ti judn : Depois de tres dias, chega -- judn, chegar. 16-- A’ma à) kára um féno: Jogo eu troco para você--ima, para vocé- um, outro - féno, troco. 17 -- Kara hidmo: Logo farei-- mo, suflixo do futuro. 18 -- Nara ij tin múno: Logo vou continuar a viagem. 19-- Karka ij tôt tin mán ne; arankaska venharô timo: Eu quero voltar logo; de tarde vou na escola --tôt tin, voltar -- man, quero - venha- rô, ler -- tinmo, vou -- arankaxka, de tarde. KARA: Entrar, dentro. 1-- Kainké ki kara: Entrar na canôa-- ki, na. 2 -- Venxén ti ro kara kéja: Agora esta dizendo que uma vez entrou na horta -- venrén, uma vez ti ro — horta delle -- keja, está dizendo agora. 3 - Ij ti vin ki kara ne: Eu entrei por ordem delle -- fi vin ki, por ordem delle -- Ji, por -- kdra ne, estive entrando -- ne, estive. 4-- Ha kardra : Entre para dentro, ka, voz imper. — kra, dentro -- ra, ran, entre. 5-- Arin on kára, 6n kanktüen: Das formigas, umas entram, outras sahem - arin, formigas -- ôn, umas -- kira, den- tro -- ran, entram -- kankuten, sahem. 6--In kára rara: En- tra dentro da casa -- rára, imper. de ran. T-- Ha kira. En- tra tu-- ha, voz de mando. 8-- Gdra in kara batin: Levar dentro da casa o milho, Gara, milho -- in kara, dentro da casa. 9-- Muanfé (M de muafé nasalado ) te préje kára ran : Evtia a linha na agulha -- wanfé, linha -- te, com -- préje kara, dentro da agulha - ron, entrar. 10 -- Tnkafódidn kdrka ra: Entra dentro do quarto -- inkafôdiin, quarto. 11 -- Tágmi kara: Entra por aqui. 12 -- Jontká niféiera ; kiri kaxôrro kara hé : Fecha a porta: veja que o cachorro não entre -- nifeiera, fe- cha tu — Kiri, veja he, não. 13 -- Gôio kuxa kára pen ra na: O calcanhar esta dentro da agua fria-- kuxá, fria -- penra calcahar -- na, esta. Küra 2) húri: Estou prompto. 15-- Karka nôro: Dormirei. 16 -- Karka ha: Logo, ja. Vide App. KAXKAKRANJA: Horizonte - kranja, limite, união -- haxka, de céu. ARANKAXKA: Tarde -- Tambem -- háxiva. Arán inindó káxka; meio dia. Vide kdxka. Tnindó meio ? ardn, dia? KAIXKAPNG: Nevoa--kaxkaing krin romke: A ne- voa cobriu as estrelias -- krin, estrella -- róômke, cobriu. KAXKAINGOTI: Nuvemzinha. KAXDIRI, kanjiri: Festa, divertimento, festim. KAXGEN: Vide App. KAXTNE: Ratinho --1-- K xine xan vendiimo ( ven- drümo ): Ratinho me dá prejuizo -- xan, para mim, KAXINE: Vide App. KAXPA'RA : inchar, tumor, leicenço -- 1 -- Ti kaxpára : Tumor de Fuläno de tal. KAT..: Remedio (subs. ), medicinal ( adjec. ) -- 1 -- Indi veinkati: Remedio para a dôr de ventre -indu, du: ventre -- 2-- kanga kati: Medicinal -- kangá, doente -- 3 Vein- kata ba ij: Eu carrego remedio -- ba, trago--4--Ij hanga kan, ijo veinkatá ni e: como estou doente, estou com muitos remedios -- kangd kan, porque estou doente -- 7j0, eu - mi, esa — 45 — tou -- e, muito -- 5-- Aujafa kati: Bom contra os vermes - kujafá, verme ( kajankuá, kajafa ). KATA’. Vender ( Vise. ) KATAMP ERE: Taboa -- ka, pau -- tampére, largo. KATANKO’PKE: Fuzilar. KANTARERA: Desce tu ( imper. ) KATXPN: RATO(haxin) --1-- Katxin buüngk: Ra- tão -- budngh, grande. KATERE, o mesmo que Jantére :descer, morrer todos. KATITO’RA: Vestir--1--Ti jan kotxi katitóra; A mai delle veste o filhinho -- jan, mai -- kotxi, filhinho -- tora, katitóra. vestir cobrir. KATO. Vide App. KATOI: Mosca verde - 1- Xan katiri veixpratiti : Me mordeu muito muito a mosca verde -- ran, a mim -- veix- prá, morder -- titi, muito muito. KARA: Tudo. 1 - Nrôjo kara tinkti: Todo homem vive fraco -- krôjo, fraco-- tin, viver - k, connectivo -- ti, elle. 2 -- En nore kuran kára: Nós dormimos todo o dia--en, nós -- nôro, dormimos --kuran, dia--kdra, inteiro. 3-- War mi ag- tôn kamôn: De toda a parte vem gente--kára mi. de toda a parte. 4--T; ningê féie kara pire on kanje: todos os de- dos da minha mão (e) outro está: seis - mingé féie, dedos -- kara, todos -- piré, um -- ôn, outro - kanje, está. 5-- Ag kara: Toda a gente. 6--76 do kar agn: Toda a gente tem es- pingarda -- tô, tem -- do, espingarda. Vide App. KARAN: Maduro -- Naingáng kardn ha ti: O homem ja está maduro -- kaingáng, homem - ha, já -- ti, elle. KARAN : Mosquito, borrachudinho da beira dos rios. KARAN: Suor, ealor-- Ex kare: O meu suor; eu suo -- 2-- Arankét karaneve: Hontem fazia calor -- arankét, hontem -- karán, calor -- eve, esvava -- ve, desinencia do imper- feito. — Aranké ti kardn kánti ti: hontem fazia muito calor -- kan, era -- titi, muito - 3 - Ij karântiti : Estou suando muito -- titi, muito. KARAN: Passar, acabar -- 1-- Kuaxa karan húri: Ja passou o frio -- kuæd, frio -- hurd, já: indica tempo passado -- 2-- Vajá ôntka japan karamo ha: Depois de amanhã, terei acabado a roça -- vajadntka, depois de amanhã -- vajá, amanhã -- ônt ka, no outro -- japan, minha roça -- kardmo : o mo final siguifica o futuro -- ha, ja. KARARA: Acaba tu. Impr. KARANGU. V. App. KARAV 4’IX : SER DIFFICIL, levar tempo; -- 1 -- Ti kéæ (kré) ni kan, enkré karaväix ne: Eu sinto que elle morreu -- kex, morrer -- ni, estar-- cn, porque -- enkrét, pen- sar -- karavaix ne, esta custando -- 2 -- Vejéne lkaraváix hádno : Ep O almoço demora muito - hddno, se faz agora -- 3 -- karavaix ha tógmo: Já esta demorando -- tógmo, está agora - 4-- Ow pirit epângh hásno, kara vdix hati: Se fazaroça uma pes- soa só, demora muito a fazela--ôn pirit, uma pessoa só — epangh, xoça - hdd ne, está fazendo -- hati, faz - 5 -- haraváis ti tógmo: Elle esta demorando -- tógmo, está -- mo, agora KAXAKT” : Sobrancelhas -- 1 -- Naxakii kren ti evairno: Elle olha debaixo das sobrancelhas : olha para baixo -- kaxalii krén, de baixo das sobrancelhas -- krén, debaixo -- evaixno, olha agora. , KAXKA: Céu. Tambem haiká -- Aran inindd kaxkà : Meio dia --arán, sol--inindd, braço ? - 2 - Kaxká tii je: O céu está azul, verde - tóz, azul - je, esta KATOIXTE: Enconirar- 1-- Ti katóixte ix alengré. O meu amigo encontrou-se com Fulano de tal--ix alengré, o meu amigo -- ti, Fulano de tal--2-- A’ma ti katoite: Elle se encontrou com você -- ima, você -- 3 -- 1j jógn kofá katoite 77: Eu me encontrei rom o velho meu pai -- kofa, velho -- 5 — Akatóste à) ke ve; hérax xa katóite ton ne: Eu queria encontra-lo ; mas não o encontro - ke ve, estou querendo -- ve, estou -- härar, mas -- xa, eu — hatoi ten ne, estou encontrando. KATGRO : Tosquiado -- 1 - Krin katoro: Cabeça tosquiada. KATO'TE: Encontrar. Vide katóixte, -- 1 -- Emprii krid ji ôn hkatóten tôn ne: Não encontrou a ninguem na estrada -- emprit kri, na estrada -- d, connectivo - 72, ao longo-- én tôn, ninguem -- hatóten ne, esta encontrando. KATORO : Limpo -- 1-- In katôro ja ne: Agora a casa está limpa. Katxine : Tenázes. KATO’: Tonto. KAUT’: Costella ( kavui) 1-1j kaui: Minha costella. KAVA’: Especie de mosca -- 1-- Kavd aninhé ki pran- go: Uma mosca está mordendo no nariz -- aninhé ki, no na- riz, -- ki -- no prángo, morde agora. KAVA FU’: Figueira--I- Kava fú krén ag nánti: Elles estão debaixo da figueira -- kren, debaixo -- nânti, estão. KAVARE’: Desatar. KAVARU' Cavalo -- I -- Ankavar! ra; kara vüire: Deixou o cavallo, e se foi embora -- ra, deixar -- kara, depois viiire, foi-se embora -- Ibis -- Navarú kri ni hari: Ja mon- tou a cavallo -- kavarú ri, no cavallo -- mi, sentou -- hurd in- dica o passado - 2 Kavarú kr: ti ni: Elle está montado a cavallo — ni, está -- 3 -- Novarú kri ni, tin: Elle está no ca- vallo (e) viaja--tin, viaja. Vide App. KAVE'I: Sujo--I-- Xôvo ten veixkavéi ja ne: Esta agora sujo de lama xóvo. lama -- ten, com -- veirkavéi, sujo — ja, agora - ne, esta-- 2-- Ningé kavéi: Mão suja--3--on pét kavéi ij je: Wu estou com um pé sujo-- on, um je, estou. Kavin : Dar. Vide App. KAVIDN: Passaro thesoureiro - kav/dn, extender. =a KAVIDN, kanvín: Extender ( kagvin)-I Avakuá ka- gvin fi fi: Ella jùe a extender roupa--avakua, roupa- - fi, poe ji, ella. KAVO": Banha -- Porco kavó: Banha de porco. KAVU: Especie de mosca. Vide App. KAVUZ, kauigh: Costella. 1-1; kattigh: Minha costella. Vide App. KE: Fallar. 1--Há ke: Falle- ha, voz de mando. 2-- Ti man ke kan, vin xínko had ij: Emquanto lhe falo, digo cinco palavras - Ti mn, a elle -- kan, emquanto -- ke, tallo -- vin hadn ij, faço palavras -- hadn faço. 3-- Kuméra ti ke taktóixte: Fallou de vagar tres vezes -- kwméra, de vagar, com respeito -- taktóixte, tres vezes --he, fallou. 4- Eixma ha ko ke ti: Klle me mandou comer -- eixmá, para mim - ha, voz imperativa -- ko, comer -- ke, disse -- ti, elle. 5 -Ixma îj in ra moje ag ke: Me fallaram que elles vão para minha casa -- in ra, para casa -- ra, para - moje, vão indo -- mo, indo - ag, elles -- ke, fallaram. 6 -- Vim me ke nanti: Estão dizendo poucas palavras -- Xe näntin, estão dizendo -- ke, dizendo. 7 - Horitke, a tere kan, ke? Como disse ao morrer? -- hüritke, como --¢ére kan, ao morrer -- kan, ao, emquanta -- ke, disse. Resposta: 17 man ti, hüti tére ke: Respondeu que morria de bôa vontade -- timan, a elle -- ti, elle -- hóti tére, que morria de boa vontade. 8-- An héke hi ne: O que dizes é verdade - an, tu-- kéke, fallar varias vezes --hé bom, verdade, ne, é. 9-- Ex tan ke, hô ve: O que digo é verdade -- ex tan, aquillo que eu- Xe, digo --ve, é. 11- Ex man ag ke: Elles fallam para mim. KE: Fazer. 1--Pão arankét ke ve: Hontem estava fazendo pão -- arankét, hontem - ve, estava. 2 - Japan ij kéve: Estou fazendo minha roça --japámn, minha roça--ve, estou, 3 - Reza ke ti: Elle faz reza. Vide App. KE: Querer (tambem ge), estar para fazer, ser im- minente -- L-- Fua (fá g 7j kémo: Ea quero chorar agora -- Jfud, chorar, g, connectivo kémo, quero agora -- 2 -- Anton {jo joma ne: Você está mal commigo -- anton, você, (jo, commigo o, com ?-- joma, muito bravo - 1, está. -- 2 bis -- Hiamdn dinhéro nimo ke: Elle pretende dar-me dinheiro — nim, dar. 3 -- Naim- bara tag ijman nim kémo: Logo elle pretende dar-me isto -- tag, isto. 4--Venxére ke ton nôro ton ij: Não quero vigiar o defuncto -- venxére, defuncto — ke tôn, nio quero - nôro tôn -- vi- giar -- nôro, dormir -- tôn, não. 5 -- Pergunta: Tigére(o g nasa- lado ) van tonja ke tôn ? Este cheiro desapparecera ? Resposta : Han: van tonjé kémo, jantá kangrat ka: Sim: desapparecerä, quando os corvos tiverem devorado tudo --ti gére, (o g nasala- do) cheiro deste animal ( carniça )--van tônjá, fora daqui ; ke ton, não vai ser - han, sim --kémo, vai -- jantá, corvo -- kan- grat, comer tudo -- ka, quando. 6 -- Ex in te ke tinôro? Ele pretende dormir na minha casa? ex in te, na minha casa -- ke, pretende. 8-- Ex in tin ke ne ha: Já pretendo ir na mi- nha casa. 9- T'ére ke ti na: vai morrer. 10- Aiâng bré tan, SAR -— lairânha ke ij ne: Eu pretendo trabalhar aqui comvosco -- aiing bre, comvosco - bre, com -- tan, aqui -- lairánha, trabalhar -- ke ij ne, estou pretendendo - ke, pretendendo : quero ajudar-vos a trabalhar. 11 -- iv in ra naix tin ke ve: Eu pretendo ir dei- tar em minha casa -- ax, deitar -- ve, estou-/e, querendo. 12 - Tima ij ti nim keve: Eu pretendo dar a elle a tal cousa -- ti md, a elle -- ti, a tal cousa -- nim, dar -- ve, je, estou. 13-- One ker tin--O outro quer ir embora-- one, o outro -x, con- nectivo. 14-- hex enkré tôn nº: Não quer pensar - ke, quer -- x, conuectivo, enkré, pensar. KE: Poder-1-- Mentfu ton, emin hadn ni ke ton: Sem farinha, não se póde fazer pao-- mentfu, farinha -- tôn, sem -- emin, bolo —- hadn ni, estar fazendo -- ke ton, não poder. KE : Dizer. KE: Suffixo para indicar acção imminente -- 1-- Ahantin ke, kevenhira: Eu sabia que você devia vir a qualquer momento -- akantin, vir -- kevenhdra, sabia -- ke, era immi- nente - 2 = Kuranke: Amanhece - kurdn, dia -- ke, é immi- nente -- 5 - Kurán ké ti ne: Esta clareando - kurán, claro -- ke, imminente -- ti, elle--ne, está--4-Jrór kéxno: Já vai enfraquecendo. Vide App. Ke, suffixo para indicar o verbo passado -- 1 - S. Jero- nymo to van ke: Eu estive em S. Jeronymo - to, em — 2 -- Küxa hul lirke: A lua cheia já passou --hul, ja, indica tempo passado ( hüru ) -- Niicá, lua, da lua, hul, redondc--ke, foi. KE KA: No tempo que (latino simulac ) -(1)--1- Antére ke kan, ti ke: Estando para morrer, elle fallou -- antére, morrer -- an, connectivo - kekdn, no tempo que -- ke, sendo imminente -- kan, quando -2-- Andix ke ka, veikata krône : No deitar, bebo remedio -- ndix, deitar -- kréne, bebo -- 2bs -- Krod veixkatà ; kara nan ni: Bebo remedio, depois me sento para deitar -- krod, bebo -- mi, sento --3-- Andix ke ka reza 1) kéti: Autes de deitar, eu faço a reza-- kéti, fazer, Vide App. KÆKE: Fallar muito, ecchichar. Deriva de ke (fallar) repetido, para indicar pluralidade de acção -- 1 -- Neké ti mo: Elle está fallando muito, esta cochichando -- Kek indica tam- bem o cochichar dos irracionaes, como passaros, ete. -- 2 -- Akotx: lardi kéke ti: Elle fallou repetidamente ao filho que trabalhasse -- kotxi, filho -- lardáí, trabalhar -- 3 - 7% kangamo ra, keké titi: Elle apezar de estar doente, falla muito -- ra, apezar -- tita, muito -- 4-- Hex má ag kek; vi hi ne: Elles estão prosiando para mim (e) estão fallando bem -- ag, elles -- vê... ne, estão fallando -- ví, fallando -- hó, bem - 5 -- An kéke hô ve: ej píja ôno: O que digo é verdade: eu não minto -: hd, ver- dade -- ve. é -- pija, não -- ôno, mentira. KEKFUa’: Limpo, lavado --1-- Vexupôix kekfua : Roupa lavada -- vexupóix, vestuario, roupa. Vide mafud. (1) Composto de ke: ser imminente, queres; e ka em ( posposição ), age KEKI’: Pello - 1- Keké fudrä: Pelle com pello- kel:i, de pello -- fuôre, pelle. KEKORA : Apaga tu. (A mancha, p. ex.) Limpar. Vide App. . KEKR/#: Empolado -- 1 -- Gôio kekréve: O rio estava empolado -- ve, está. KEFÆ: Leite ( Thel ). KEJ£JE :: Nervo:--1-- Kejéje buôngh: Nervo gran- de - buôngh, grande. KEFTNI: Balaio. KEIO’: Tatu. KE IRE ou kire, kéra : Acautela-te, acautelai-vos, imper. -1-- Kix lairdnha, kéira é vógmo he: Não me amoles, emquanto eu trabalho -- lairínha, trabalho -- kéira, serve para fazer o imperativo -- vogmo, amolar agora -- he, não. KEIXNO: Trabalhar, tazer agora, de ke, faço - no- agora. Hix potrão vin kir kéino: Veja de fazer o que man- da o meu patrão — vin, ordem, palavra --kir, veja. KEJE'N: A's vezes, no futuro, talvez. 1-- Kején 2) käno : Vou fazer no futuro -- Gire tag venxén hi je ve; hára jon mdje; kején ton jônmo: Este menino uma vez era bom ; mas agora é malvado; e no porvir não será mau --gire (0 g nasalado ) tag, este menino -- jéve, era -- hara, mas -- jonmd, mal- vado -- tôn, não. 2 -- Tore kején; fésta kárka à) tingo: Espero um pouco; depois da festa eu vou-me embora -- tóre, espero -- kején, um pouco. 3-- Kején ixó kangdmo: A's vezes fico doente -- ixó, eu. 4-- Kején ixôn hino: A's vezes eu faço -— hdno, faço. 5-- Kejene xon jon ti: A's vezes elle fica brabo commigo -- xôn, commigo —- ;ôn, biabo. Vide App.. KEMA’: Um que é inclinado a fazer alguma cousa, ou gosta de fazer alguma cousa; que tem o vicio de fazer alguma cousa. 1-- Denúm tavin kemá je: Um que não gosta absolutamente de cousa nenhuma -- dentim, cousa nenhuma -- ta- vin, absolutamente -- ema je, esta gostando. 2-- Kanga kema ne: Doentio, insalubre. 3-- Tj jent kema ne: Eu sou comi- lao - jent, comer. 4- Kajún kema ne ti: Elle gosta de brin- car. 5-- Kema ke tôn ix: Não sou inclinado; tenhe repu- gnancia — ke, não posso, não quero -- tv, não--), eu. 6-- On tan vin kema: Mentiroso -- ôn, mentira -- vir, mentir -- kemá, gosta -- tan. aquelle. KEMA': Pegar. 1-- Ajua kema tógmo: Elle está pe- gando a barba -- togmo, está -- jua, barba, KEMA': Trabalhador, um que faz muita cousa. 1 -- Ontantô kema -- mulher trabalhadeira, sacudida. 2 -- Noné ke- ma: Lingua falladora. 3 - Kema hôtiti: Trabalhador muito muito: muito trabalhador. Deriva de ke. fazer-ma, muito. KE'MO, ke: Quero, quererei. Kója ij kemo: Quero comer, vou comer — ko, comer -- ja, agora. 2-- Kod keton nt: Não quero comer -- ke ton nz, não estou quereudo. 3- 1j ki déve; kanjám ton kamen jex kemo: elle me deve; tenho 50 — medo que não me pague -- 7 ki, para mim -- kamén, ter medo — kanjam ton, não me pague — kém», vou (ter medo ). 4-- Kóix kemo ha: Jávou comer - ha, ja 5 - Ixôn antôn qumá ne kan, fag ex emo: Yu vou chorar, yorque você está brabo com- migo: 7x. commigo - anton, você -- —- jomá ne, esta brabo - jomá, brabo - kan, porque - fa, chorar - g, connectivo, Jémo, vou. KEMA’: Cortar. Vide App. KEN: Tudo. Vide keneke. KEN: Ler. 1 — Nixkéra lengré: Lê duas vezes - lengré, duas vezes. 2-- Vexkén kara ton ne: Não está lendo ainda tudo -- kira, tudo, ton ne, ainda não esta. KEN: Querer. Vide App. KEN 4’: Cortar ( Telemaco). Vide hemd. KENKAT : Vento (em vez de kankd). Vide App. KEN 4’: Vide Xené. KÉNE: Ir. Vide App. KENKI: Cantar--1- Ti kangómo ra, kénki: Em- bora elle esteja doente, elle canta -- ra, apesar. KENKTEREMO. Vide App. ( Suffocar ). KENHÉRA : Vide App. KENTK : Papagaio pequeno -- maracanan -- 1 -- Kéntié- rê kanxire: Campo pequeno do papagaio pequeno -- kanxire, pequeno. KE PEN: (Querer seriamente: = 1 - Tan pia xan he pé: Isto não quero seriamente - Tan, aquilo -- pia, não -- xan, eu KERA, KEREN: Vide App. KÉRA, KIRA: Guarda-te, sejas cauto -- 1 — Kera: pana pra: Acautela-te: a cobra morde —- pan, pana, cobra — pra, morde -- 2-- Ker idmä, veinmá hadn: Vejas de não fazer-me mal -- idmá, para mim - venmã, mal--had, fazer - 3 — Kéra ara tin he: Veja que não entre - ara, dentro -- tn, ar -- he, não (só com kéra ). KERON, kirôn, kürôn: Moço novo, cousa nova (p. e. vestido )-1-- Ankerón kâánti küdne: O moço está des- cançando ~ kánti, está -- küdn, descançar. Vide App. KEX, gex: Tomar, pegar KEX, kreæ : Morrer -- 1-- Néx ni: esta morto -- 2 -- Kex ni. ja: Está morrendo. KEXONG: Aguti ( Kexônge. KERÆK, krü: Ferido, machucado -- On kerék tavinte fi, ha van tan: Aquella que estava muito ferida, está ahi -- on... fi, aquella — favinti, muitissimo -- ha, ja-- tan, lá — van, esta. , KÆTI: Fazer. Vide kéæno, ke, kéino-- 1 - Anáix ke ka, réza ij kéti: No deitar, eu faço a reza — núix, deitar — a, connectivo - ke, ira, no-2--Prdn alengrét ki, fi kren DL ea kéti: Ella dá uma cria cada dois annos- prin alengrét ki, em dois annos -- ki, em -- fi, ella- kren, cria-- keti, faz KETKA: No que, emquanso : Vide kéka. KE TON: Não quero, não posso - 1 - Zn ra ij tin ke ton: Não posso ir para casa-- in ra, para easa-- 7), eu-- 2 -- Laranha ränha ij mat ke tô ij je kotüghte: Não posso mais trabalhar de noite -- mat, mais--ke tô ij je, não estou po- dendo -- 7), eu-- kotiigh te, de noite -- te, de KETI: Morrer. Vide App. KÆVE: Pretendo fazer--1--T; japdn ij ke ve: Eu estou pretendendo fazer minha roça -- japan, minha roça -- ve, estou -- 2 - Kajdm kéve: pretendo comprar, pagar -- 3 -- Xen empriiru hat ke ve: Pretendo fazer um terreiro, uma rua -- xen, eu--emprüru, rua, terreiro — Adt, fazer - 4 -- Id naix tin ke ve ha: pretendo ja ir deitar -- nix, deitar -- tin, ir -- ha ja-5— Arankét pão) hat ke ve: Hontem eu queria pão -- arankét, hontem -- 6 -- Ato grin kéve: Eu estou fazendo por tua culpa -- ato, de ti-- grin, por culpa ( posp. ) (tambem grin). Talves composto de G convectivo-ren, surrar. KEVE: Estar querendo -- 1- Arankét pão hat lréve : Hontem queria fazer pao -- hat, fazer - 2 - Ti kubé lex keéve : Eu estou querendo tomar caldo -- ti, do tal bixo, kube, caldo ? - kex, ge: tomar --3-- Kuvord hô tin kevénve: Eu queria ir muito longe -- lkuvará hd, muito longe -- A6, muito -- kevénve, queria, imperfeito — 4 -- Xéve ton je kafê: Não quero mais ter café -- je, estar com. KEVENHA'RA, kevenhéra, kevanhéra, kinveinrâmen : Conhecer, ser amigo, lembrar-se; aprehender -- 1.- Fong ke- venhára 77: Eu conheço, eu sou amigo dos Brancos -- fông, gente branca. Assim chamaram os Kaingangs a gente de sangue europeu, por ouvirem que estes ultimos, quando davam tiros de espingardas, diziam: Fogo! Vide App. KEVO’: Cego. Tambem vd, küvo. KI: Em, de--1-- Avaxdtke fédn: Por no sal -- xat, sal -- ki, us - fódn, por --2-- Emprüru ki prére ti: Grita na rua -- emprüru, rua -- ki, na-- prére, grita - 3 - Gôio ki ti tére : Morreu na agua; desceu na agua --tére: morrer, descer -- 4 — Emi ki gôio ti je: No pão tem agua - «mí ki. no pão -- je, tem -- 5 -- Ló kaki porko kúten: Tocar os porcos no potreiro — lo, potreiro -- kaki, no — kitten, tocar -- 6 —- One éne ki kanti ne ?: Quem está estando lá ? -- ône, quem — éne ki, no lá -- ene, lá — kánti nº, está estando -- kdnti, estando -- 7 -- Empriiru lei jantiká: Porta da rua -- jantká, porta - 8-- Kurän lengré li ti tére: Morreu em dois dias -- kurán, dia -- léngré ki, em dois -- 9-Ga ki ti nan ti: Elle está deitado no chão--ga ki, no chão -- nan, deitado -- ti, elle -- 10 - Ori 2j patrão ki dinhéro ma: Hoje recebi dinheiro do meu patrão -- óri, hoje -- patrão ki, do patrão -- ma, receber -- 11 Kurdn taktôn ki: em tres dias --taktôn ki, em tres-12-Iantká ki fag e ag-nânti: Na porta ha muitas mulheres (e ) homens -- fag, mulheres -- e, 52 — muitas -- ay, homens -- jantká Jr, na porta -- 13 -- Néafa ki, no dormitorio -- niafá : cama, lugar de dormir, instrumento para dormir -- 14 -- Aaënké ki goio ni: Na canoa ha agua -- engôio agua--ni, he-15- Emá buingh ki ag nanti: Elles estão numa grande povoação -- ag nanti, se acham -- 16 -- Xón ni ki, kaiankua ni: Na minha carne ha vermes -- won, minha - ni, carne -- kaiankuá, verme -- 17--(ra ki euñèx : olhar no chão - ga, terra. (g uasalado ) chão -- euáix, olhar -- 18 - Gôro hi eréin: pular na agua --eréin, pular -- 19 - Aôpo kid gôio ma ne: No copo ha muita agua - ma, muita - ne, ha - 20 - Pin ki jógdno: Atiçar no fogo? - pin, fogo - 21 - Niri lakangrá ga ki küten he: Veja que o relogio não caia no cho - kiri, veja--ga. chão -- húte, cahia-- 22 -. Kavarü péne kangrá je: ônte jo nant: ; on, dó ki nanti: O cavallo tem quatro per- nas: umas adiante, outras atraz -- pene kangrd je, esta com quatro pernas -- je, está com- Ônte, algumas -- 70, adiante — nânti, estão -- do ki, no atraz -- ki, no -- 23 -- Aran kanendoro kin araríno (eraríno ): O sol bate na janella -- kanendôro ki, na jauella - ararino, bate agora - 24-- Larânhe kin gôio ma vê: Nas laranjas ha muita agua (sumo )-- ma, muita-ve, ha -- 25 Engôio kin hiruw judn: Ja chegou na agua (no rio) —húru,, ja -- judn, chegou -- gôio ki: agua, porto -- 26 Engôio kin vák ti: Elle está (corre) no porto -- van, está ( corre - — |, connectivo )-- 27 -- Kurd ôn ki agtô wire nants: Nou- tro dia havia pouca gente - kurán, dia-ôn ki, noutro — airi- pouca --agton, gente -- nánti, havia. Plural .- 28 -- Prim grei- ki kixkangäti : Todo o anno fica mutio doente -- prin, anno - gret, tudo -- contracção de kare, gare: tudo--/7, em --ti, muito -- 29 - Perdgn kia nimmo : Guardo na patrona - perogn ki, na patrona -- nimmo, guardo agora -- 30 -- Aningét ti lerem ki taix : Bater com a mão na cabeça de alguem -- ningé, mão -- ti krin ki, na cabeça delle -- tt, delle -- táix, bater -- 31 -- Gôio ki ren: Pular na agual —- 32 - Kainké ki kara : Entrar no na- vio -- kara, entrar - 33 -- Ama kive ij: Eu olho em você — dma ki, em você -- ve, olho -- 34 --Ij kito lirije : Elle está olhando em mim--2) ki to, em mim --liri je, esta olhando ~ je, esta. KI. Pleonasmo, prefixo. Parece dar às vezes ao verbo uma vaga significação de dentro. 1 -- Kin don ij tingo: Eu vou para traz: recuo -- don, atraz. 2-- hi ag kankéi kan tére: Desceram com a canôa; desceram da canôa —- ki ag, elles -- kanoa kan -- da canôa, com a canôa -- tére, descer. 3 -- Jagne man ki nija ve agn: Elles se mostram um ao outro a ca- deira, o lugar de sentar -- jagne man, um a outro -- nija, lugar de sentar, cadeira. 4-- Kiri goio ra tin he, kin geixno: Veja de não ir na agua, ficarias enroscado -- kiri, veja -- govo ra, para o rio--he, não --ge, enroscar. 5-- Kin ränho: en- tra agôra--ränho, de ran. 6-- Ki prego: Pregar. 7 - Kix enkre: Pensar. 8-- Aix kangáti: Está muito doente. Xix- kéra alengré: Leia duas vezes -- alengré, duas vezes. 9-- A7- æéra: Amarre, pegue. 10-- Kix enkré ton ne: Não está pensando -- enkré, pensar --ne, está. Tambem: ken kré ton ne. 11- Kixnigé: Trabalhar. 12- Kir kangá kané: O olho está doente - kangá, doente. 13-- Ka tan ti krili tai : Bater com o porrete em alguem -- ka, porrete -- tan, com — ti kri, nelle -- táix, bater. 14 - Ki venjéxmo : Como agora. 15 - Kin ägmo ha; eij bre tin ti ha: Elles vão embora ; elle ja vai commigo -- mo, vão - ha, já — etx bre, commizo -- bre, com, junto - tin, ir. 16-- Kidn venharü hi ti ni: EK’ cousa boa aprehender a ler-venharü, aprehender a ler -- hi, bom -- tí, muito -- ni, é. 17-- Ki ag hur náix kara: Elles acabaram de puchar--hwr, ja-- náix, pachar. Kara: Elles acabaram. 18-- Ki ay kankéie naix no ha: Elles ja pucham a canõa -- ha, já. Vide App. KIDVEINRA'MEN. Vide App. KIXKAIRONE : Conhecer, ser amigo. 1 -- Kix kairô fi: Eu sou amigo della, a conheço -- fi, ella. 2-- Kixkairómme : Me lembro. Vide App. KIXKAKTTYT'N: Não entendo, me esqueço, não conheço, tenho odio de alguem. 1-- Ti jame ij kaktin : Eu extranhei o cara delle -- jamé, cara. 2-- An tan kiskantin kan, ix man to ne: Quando tu não entendes, tu me fallas -- an, tu -- kan, quando -- ijmán, a mim -- to, fallas -- ne, estás. 3 -- Ixán kikatin ti ha: Já o esqueci-ij. eu--ti, a elle - ha, já. 4-- Ti ij ki- katin: Eu não o conheço. 5 -- Xemá hikaktin ra, vitire hirike : Embora me fosse desconhecido o lugar, todavia eu fui- x, a mim -- ema, lugar, villa -- vitére, fui -- hórile, todavia, da mesma forma. 6- 1j emprü kikakti ne: Eu não conheço a estrada - emprü, estrada -- kikakti ne, estou desconhecendo. CAJATÚM : Esquecer. KIKI: Pelo. Te kiki: Pello delle. KIKI: Especie de aguardente, cerveja feita com milho torrado, - 1 Aikibe: Cousa que tem sempre pello -- be, hab- tualmente. 2 - Déne kikibe: Pello de animal -- déne, animal. KIKIKOPTI : Desapparecer - 1-- Veingrin kt goto ki- kikôpti: A agua desapparece no pote - veingrin ki, no pote -- verngrin, cousa feita em casa. KIKTANGH, melhor kitktdngh : Curar -- 1 -- Kitktdngh ex kémo : Quero curar -- kémo, quero -- 2 -- Kiiktdinja: Medico. KIENKA: Soprar (no fogo ). Tambem aiénka, hiankd. KIFA : Coração. KIFÉ, kifé: Faca. KIFANTEIE, kiifé teie: Refle, espada — küfé, faca -- teie, cumprida. , KIFA KRE: Cannivete-- kifá, küfé: faca-- kre, pe- quena. à KIFOIA : Verme. Vide App. KIGMA, kóúixmá, küxæmä: arriba, encima, no alto. KIJAKA, kidnka: Fazer fogo, soprar. Tambem aiénka, krenhko, kijénka. Re AR KIJÉRE, kiijére: Liso - 1 -- Pandoói küjére : Monte liso KIJO: Magro--1-- Nijó ja ti ni: Ellejá está magro -- ja, agora - ni esta. KINGRÉ : kiingré: Brigar, fazer guerra ~ 1 -- Giri küngré ne: Os menines brigam -- ne, estão. KINVEINRÁN : Entender. KIVINKE: Fechar com chave. Vide App. KIR, hire. kéra : Guardar-se, acautelar-se -- 1 -- Vin patrão kir kéino: Veja de guardar a ordem do patrão - vin, ordem - Jéino, fazer agora-- 2 - Prün ônte, ker ôn ve hana: Veja que no outro anno seja outro o primeiro -- prin ônte, outro anno -- ônte, no outro -- te, no ôn. outro -- ve, primeiro -- hdna, seja - 3-- Kori lakangrá ga kute he: Veja que o relogio não caia no chão -- lakangrd, relogio -- ga, chão, kúte, caia-- 4 -- Kire kajatún: Veja de não esquecer -- 5 -- Nire práxke he: Veja de não bocejar — préske, bocejar - 6 — Ari ord: Guar- da-te do atoledo -- oró, atoledo--7-- Néra pdna prá: Veja que a cobra não morda-- pina pan: Cobra -- prá, morder - 8 - Kéra tan ra tin ne: Veja que elle não va indo lá--tan, lá -- ra, para tin ne, va indo. Vide App. | KIOGN A'IN : Choupar. Vide App. KIRON, keron kiirôn: Moço, novo ( adjectivo e nome) I- Venharô kirôn: Livro novo-2 Gre(ungré) kürôn : Ho- mem moço. KINVEINRA'N, kinveinrâmen: Ensinar -- T-- Venha- ro linveirämen : Ensinar a ler -- venharô, lettra, livro, cousa escripta. KINVEIRA’MEN: Conhecer, ser amigo, lembrar-se, entender, ensinar 1-- Pedro hinveinrdmen: hara José kinvein- ramen tavin: Amo a Pedro, porém a José amo immensamente- tavin, enormemente -- 2 -- Kaimbára à) ti kinveirâmen: Logo elle me conheceu--3--Ij jog .ij keinveirâmen: Eu amo a meu pai--4-- Venxá jágne linveinrämen ; hara óri jágne ki- kaktin: uma vez eram amigos; mas agora são inimigos — jágne, um a outro -- venxá, uma vez --hára, mas-5-- Kin- veirdmen kdra jen ti: Ele está amando a todos -- hára, a todos -- kiveinrdmen ... jen, está amando a todos. Diz-se tam- bem hevenhéra -- 6 -- Harcto kiveinramen: Na verdade já co- nheço -- hdrato, na verdade - 7 - Ex kit kanherôn ne: Sou amigo - 8 -- Tjánt kikairé : meu amigo -- ijant, meu - 9 -- Ven-- hari, kidvenhéra: Ensinar a ler - 10 - Ændäix hiveinramen : Ensinar a cosinhar -- daíx, cosinhar -- 11 Ninveinramen ij tingo : Eu vou ensinar. KIXKAKTI’N: Não conheço, não gosto, tenho odio. Vide kikaktin. I-- Aikaktan húru ; hara veinrámen ha: Eram inimigos; mas agora são amigos --. Tambem: Me tinha es- quecido ; mas agora me lembrei. KIEVA'IX: Olhar. Vide evdix.. KIXKANHERA'N, kixkairón, kikairó: Conhecer. Vi- de kanherán. Vide App. > KIXENKRE’DN: Pensar. Vide enkrédn.--I-- Ix kot- xi ki enkrédn : Tenho cuidado de meu filho -- kixentrédn, tenho cuidado. KIXFAKRE': Vide App. KIXU'T. Vide App. KITARE : planicie, campo, kit prothese -- aré, campo. KITA'RE, kitéra : he --I- Kitérema, kitára ma: Muito firme -- ma, muito -- 2 -- Ajéma kitáre ma: A cadeira é muito firme -- jénja, cadeira. KITKAJAFA’: Verme. Tambem Jajafá. KITITA’ : Bater --I-- Martello tan ki tita: Bater com o martello — tanki neste, ti elle, -- ta, bate. KITITE'RE. Vide App. KITION : Não esta presente. KITONE : Vide App. KITUDN: Berne - I -- Akitúdn: Teu berne. KIVT : Leicenço. Especie de tumor. KIVO’, kevo, kiivó: Cego. TIKLA’ERA: Cinto. Vide App. KO: FRE -1- Ko xi hadn ij: Coni pouco - xi, pouco -- hadn, fiz - 2 -- Koi n ti: Come muito - #5, muito -- », connectivo -- tz, oe Ij ro kun ki naréje koixno: Eu como agora laranja no meu quintal--ro kanki, dentro do meu quintal -- 4-- Ko korégtiti : Muito ruim para comer -- ti, -- titi, muito muito — 5 -- Ria ke tôn ne: Ainda não vai co- mer, ke, vai-6--Ij) ankó : Eu como -- íjan, eu-- 7 - Ko má- mera: Continua tu a comer -- man, continuar -- 8 - Kói Aúri > Ja comi - tri, ja. Gétka: Basta--9- Kó ke: Vou comer - 1- Koi emúne: Gosto de comer - 2 - On kre hi kóix: Um come mais do que outro -- On kri hd, um mais do que ou- tro -- kóix, come--12- Jambalón kó hô ne tt: O jambalón é muito bom para comer - ne, é — ti, muito -- 13 - Kó tôn éix: Não como ainda -- tôn, ainda. não -- 14 -- Pão hoi ketôn, ni kói ketôn : Não como nem pão nem carne -- Xe tôr, não posso — ni, carne -- 15 -- Ag jéni, à) kói ni: Elles comem, eu como. Tambem não simplesmente - jéne, comem --kóia ni, estou comendo -- 16 -- Arê kó kd mo: Comem herva agora - arê, her- va kókó, comem varios. Repetido para indicar o plural -- mo, agora -- 17 - 1) md ha ko ke ti: Elle me manda comer - ha, voz imper.- ke, diz --ti, elle--18--Ti ha pije kómo: Elle ainda não come--ha, voz imper. -- péje, não. KO: Ao lado. Vide App. KOBRAR: Cobrar. KOKA’ME: Pacca. KOKE: Flauta de itaquara. KOKE: Destruir, comer, estragar -- 1 -- Tn kokéktimo : Elle agora destroôe a casa--in, casa -- 2 --Gára kokéktimo : Agora elle destroe o milho 3 -- Ixjan ro hat ke (kie); pôrko fénje: gára kokéktimo : Eu faço uma cerca; eu fecho os porcos: estragam o milho -- ijan, eu - rd, cerca -- had ke, pre- tendo fazer -- fénje, fecho -- 4 -- E) vexupóir húru koké ti: -— 56 — Estragou o meu vestido -- vexupóix, vestido -húru, ja: in- dica tempo passado. Vide App.. KOKE: Ferir--1-- Ka ti kokét já ne: Está ferido com um pau--ka, pau--ja nº, está agora -- 2 -- Ti kokén ja, ti ténja ag ton: O feriram; não o mataram -- ja, indica passado -- tén, bater, matar -- 3 — Kokékt, kokéltimo : Firo agora. KOKFU’: V espa. Tambem: feindi. KOKIKE: Chamma-1- Pin ten kokike: Chamma feita com o fogo - pin, fogo - ten, com. Vide apôn. KOKIRE : Estou com fome--1- Kokire han ij: Eu sinto fome -- han, padecer -- 2 Kokire kan, lantéremo: Elle morre de fome -- kan, porque --kan téremo, morrem todos -- kan, todos -- 3 -- Iján kokire me: Eu soffro fome -- jan, eu -- me, sinto. Vide App. KOKO: Pedregulho. Nokó KOK--O’: Especie de fructa vermelha ( Xo/--6 ). KOKORA : ( kokré ). Vide App.. Apagar (uma man- cha, p. ex.). Vide Kekonra. KOKOE': Colibri. KOKRE': Tenho nojo, fedor. -- 1 -- Imá kokré: me cau- sa nojo - imá, para mim--2-- Déne kok E Carniça -- déne, animal - kokré, fedorento. KUKRON : kokrén: Panella. KOKRT RE: Geada, frio, inverno, gear. KO”D: Descançar -1 Vaix kid je: Está descançando -- je, está — vaix, prefixo - 2 Venküdne kémo ha: Já quero des- cançar -- kemo, vou -- ha, já -- 3 -- Ij arôt kan, 1x küd tan kánja : Porque estou cançado, eu estou descançando aqui - arôt, can- cado -- kan, porque -- tan, aqui - kánja, estou agora — 4 - Ein küd je: Estamos descançando -- éin, nós. KOFÁ: Velho - 1- Kofá ne váix : Nunca fica velho - váix, nunca - 2 - Tj prôn kofáne: Minha mulher fica velha - pron, mulher - ne, fica - Jj, minha. KOFU: Pesado - 1 - Kofüitete : Muito pesado: tete, titi, étiti, (titi, muito, muito - 2 -- Vetnlaerai kofú má ve: O tra- balho é muito pesado: é porco - ma, muito - vé. Tambem : Veinlairái korég ve: O trabalho é porco, ruim - 3 - Kofi angiititi: Pesadissimo, KOFURO: Estar tussinde - 1- Ij kofúro: estou tus- sindo. KOGN: Salto. V. App. KOGN: Varzea; insultar -- 1 -- 77 hogn nánti: O in- sultam -- núnti, estão. KONFOIA: Bixo ( kifóia ). KONJOORA: Misturar -- 1 - Gôio kan, vinho” -konjo- éra: Eu misturo agua no vinho - kan, no. KO-U: Vento brabo ( Ko-kux ). KOIAMPÉPE: Perdiz. KOIX : Tripas. Re KOTJ, KUI'J, kôúj: Jacú ( Koi ). KOIJGRIN : Encrespado, escolhido - 1 -- Gáix hoijgrí: Cabello encrespado -- 2 - Gdix koëxgri ni: O cabello esta en- crespado — mí, está. G de gaix nasalado. KOIXMÁ, küxma, kéix: No alto, encima -- I -- Adixmd evaix : Olhar para cima - eudix, olhar - 2 -- Ka ti tampriigh kite hômanr ti ne: Elle subiu pelo pau (escada), e está muito alto - kóix hd, muito alto ( Aümad )- ti, elle -- ne, está - ka, pau - tampriigh, subir - 3 - Küzæman ti ma ve: Ele está estando muito alto -- ma, muito -- ve, está -- 4 - Xüzæmuine péne vuét kdnje: Está com os pés virados para cima - péne, pés - vuét, carregar - kánje, está - 5 - Nodt ki kana; küixma lire kdna: Estar de costas; estar de bruços - nodt Ji, de brucos - kána, estar - lire, olhar para cima -- 6 - Kü/jman ti krdn ja: Elle agora planta lá em cima -- Aran, planta -- ja, agora -- 7 — Koijman tt kánje: Esta lá em cima--8-- Táphe hii ná ti: esta de bruço? - tápke kri, acima do... ?- na, deitado- 9 - Kojmá lire kindti: Esta de costas -- kind, deitado - ti, elle - 10 -- Kôixmd 1j veg ton nik ti: 7 kiivóti: Eu não estou vendo a ello em cima: eu su muito cego --veg, ver- ni; estou -- tí, a elle -- kiivd, cego -- ti, muito. KOIXKAPARA: Destripar - kóix, tripas -- kapdra, ar- rancar ? ( inflammar ). KOIJGRIN, koingrin: Encolber se -- 1 -- Ti fina koin- gré nanté: As pernas delle estão encolhidas -- fana, pernas - nanti, estão. KOIXNPNI: Ran pequena -- kóix, alto -- ni, sentado - ni, esta. , KOIXE: Roer. KOIO : Magro Kojo. KOJON: Especie de perdiz. KOJU : Tempestade -- 1 -- Kojú kópke: Relampago da tormenta : repetido para siguificar a repetição dos relampagos, se diz: hkokópka. KOMA : São da mesma idade - 1.- Jágne komd héve: Diz um a outro que são da mesma idade -- jagne, um a on- tro -- ke ve: está dizendo -- ke, dizendo - ve, esta. KOM, ko: Ao lado?-1 Jágne kom kdnti: Um esta ao Jado do outro -- kúnti: um senta ao lado do outro -- kom, ao lado -- jágne, um do outro -- Anti, está. KUMIN: Mandioca. KON, kôót: descançar - 1 -- Kôn ij akamétiti : Eutenho muito medo de descançar -- a, connectivo -- kamé, temo -- titê, muito, muito -- 2-- T; ve vditkin neve; hára x nôro tin kémo ha: Eu queria deitar; mas já não dormirei -- 770, eu -- vaithôn, descançar -- hára, mas -- x, eu -- nôro, dormir -- kémo. não posso - ha, ja. : KON: Ponte --1-- Ga kôn: ponte de barro -- ga, barro. 58 — KONAN: Xingar--1 -- Ti kognänera: Xinga tu; atormenta tu. -- 2-- Deje ix méix vogkoná ne? Porque estaes atormentando a minha criação ? - deje, porque -- méix, animaes, criaçào. . KONKO FEERE: Rocio, Konko, vento -- fééré, pelle. Vide hanka. KONKFO’IA: Verme. Vide App. KONDMA’ (kéixma ). Vide App. KONGE, Trem domestico--1-- Kongé rü: Trem do- mestico pintado. Vide App. "Tambem hungé. KONGOI'N: Herva matte. KONGRA: Coma tudo -- ko, comer -- gra ( kara), tudo. KONGRE : Mandicea domestica. Aumfn, é a man- dioca braba-- 1 -- Kongré jaré: Raiz de mandioca. Tambem hkongjaré: Raiz de mandioca. KONJE: Timbo. KONO’N: Arraucar -- 1 - Kendra po: Arranca a pedra. Vide Kuno. KO’P: Resplandecer - 1 - Aüfé tagn kopkópke ti na: Esta faca está muito resplandecente - kiife tog, esta faca — ti, muito -- na, esta. ; KORAN (kurán ): Claro, dia, tempo. KORE: Durar -.1-- Prän langrét ki kóre: Dura dois annos -- prim, anno -- langrét, dois -- ki, por. KOREG: Difficil-1- Korég tin ti: Elle anda com difficuldade -- tin, anda--2-- Vut Kkorég: Difficil para carre- gar - vut, carregar -- 3-- Nún x korég ti: Muito difficil para arrancar -- ti, muito -- 4 Vedlazrinha korég ve: O trabalho é dificil, ingrato -- ve, é - 5 -- Ninhéro vanhár korég ti: E muito dificil ganhar dinheiro -- 6 -- Kané korégn: Vista, olhos ruins -- 7 -- Korég ton jon kémo: Com dificuldade fica brabo com alguem -- 1ôn, com alguem --7ôn, brabo -- kemo, quer ficar. KORE'G: Estragado, inutil: Benéka korég ve: A boneca está estragada - 2 -- CHapéu tag korég tôn ne: Este chapeu não está ainda estragado -- tôn, ainda não está — 3 — CHapéu tag korég váio ton häna: Este chapeu nunca ficará estragado -- váix, nunca — hán, será, ficará, de certo -- 4 -- Korég ti ne ha: Ja está muito estragado -- ti, muito -- ne, está — ha, ja -- à -- Dét korég : Cousa inutil -- ae, cousa -- t, conneetivo — 6-- Ti horég kanjám: Compro cousa inutil -- kanjám, com- pro-7--Ga korég ve: A terra está estragada - ga, terra -- ve, esta --8-- Ti ni korég je, A carne está estragada- ti ni, a carne do tal animal--9-- Det korég ni: A carne deste bixo atoa -- det. bixo. KORE'G: Doente- 1- Kané korég ne: Está com dor de olhos -- kané, olho --2-- 7j fé koréqg ne: Meu estomago está doente - fé: estomago, coração - 3 -- Nrin korégn : Doente de cabeça, louco -- 4-- Norég tavintr ne: Elle está doente como ninguem -- tavínti, muito demais -- ne, esta. KORE’G: Falso. Vide ôn, ôt, dd, Gdn. -- 1 -- Pandé- re korég ve: Elle é padre falso. KORE’G: Feio--1-- Korég tôn je: Não é feio — 2 — Korég togn ni: Ele é feio -- tógn, sendo - ni, esta -- 3 — Kakan korég togne: Elle esta ficando com cara feia -- /:a- kan, cara-- tog ne, esta estando. KOREG, jon: Mau, ruim. brabo, mal--1- Korégn agn nanti: Elles estão ruins - agn, elles -- 2-7) jan horég ti ni: Minha mai é muito braba -- jan, mãi--ti, muito, ni, é--3-- Ti korégne ke ij vénve: Eu via que elle queria ser ruim -- ke, queria -- vénve, via. KOREG: Inimigo-1--4gmán orég ti ni: Elle esta mal com elles --agmdn, com eiles - 2 -- Timan korég ti: Elle está mal com Fulano de tal. KORE'G: Muito: Prin hantin taki, tj gara korég tavinti jo: Eu neste anno que vem, guardo um grande desproposito de milho -- prin, anno -- kantin, vir -- talkí, nesti-- tavin ti, muito demais -- ¢7, muito -- jo, guardar. KORPO, (hi) Corpo — 1 — Ij kôrpo, 7) hô : meu corpo. KOX: Comer. Vide App. KOTE: Perder--1--1; kuran kote: Eu perdi meu tempo. KOTXT : Filhinho-1- 1; kotixin kangá ti je: Meu filho esta doente - ti, elle -- 2 -- Kotxin fi kotxt: Netto, filho da filha -- Zotxt fi, filha - 3 -- Kotxt prôn: Nora — pron, mulher, esposa -- 4 -- Notowí tantô fin ne: Ella é mulher do filho - ontanté, mulher -- fi, ella - ne, é -- 5 -- Rengré kotxt: Sobrinho -- rengré, do irmão -- 6 -- Sobrinha -- Rengré kotxi fi: Sobrinha: filha de irmão - 7 -- Rengré kotxi tantô fi: Sobri- nha: filha do irmão --tantô fi, femea -9-- Ahotxí jogmán kúnti tínti: O filho trata do pai -- jogmán, pai - kánti tínti, trata-- 10-- 7j kote fi ben ij: Eu casei uma filha -- bén, casei. KÓVEIX, küvé/x: San gue --1-- Aküvéix: Sangue teu--a, teu:-2-- Akiivéix ti tiimátimo : Chupao sangue — ti, elle, bixo -- tiima, chupa -- mo, agora - 3 -- Ta gud van kiivéir : A barba delle esta ensanguentada -- juà, barba - van, está. KOU: Jacú--1-- Koi déiera: Cosinha tu jacú -- déi, cosinhar. Vide kuín. Vide App. KOVO: Cova--1-- Aréx kovo: Cova de defuneto -- krex, de defuncto. KRA: Pau superior, que esfregado com o inferior, produz fogo. Vide kréie. anatóe. KRA'IE: Pequeno pilão. KRAN : Bastar, Vide App. KRAN: Planta- 1-- Ante kran van tôgn: A tua planta não está secea - ante, tua - kran, planta - wan, esta— togn, secca. — 60 — KRAN: Plantar-- 1 - O'rititôn, vaid ti tôn vdinkren- ke: Não se pode plantar nem hoje nem amanhã -- or7, hoje — ti, elle -- vai, amanhã — vaikrán, plantar --2 - Kurd 7) tingo kranja: Amanhã cedo vou e planto -- /wra, amanhã cedo. Vide App. J KRAN : Ter feitio, chegar -- 1 -- Ij hota/ hran känti ne = Meu filho já é homem maduro -- /:ran, tem feitio, maduro-- kant, estando -- nº, está -- ungré, gré : homem. KRANKE: Unir -1.- Aningét veitkrintôn kranke : Unir uma mão acima da outra -- ningé, mão -- t, connectivo = kri, acima -- ôn, outra -- 2 -- Vetthantin, kranke: veirkantin, um vem para outro -- krdnke, (e) se une. KRANHA: Logo? Vide App. KRANJA VEG TOK TI: Onde elle está principiando a limitar -- se -- kranja, unir limite -- vég, principiar -- tóg, esta. KRANJA: Limite, união. KRANGE: Adiar, diferir. KRANGE: Esticar ? -- 1 - Krdnge kinja: Agora está esticado -- kánja, está. KRÁNGE : Parar--1-- Atin gafút ki jut kan, krénge : Ao chegar na ponte, parou --áti,: elle--gofút, ponte -- jut, chegar -- kan, quando. KRANGÉMO : Dar signal ? KRANINIM : Especie de camisa sem manga para homen e para mulher. KRANHE : Parar. Vide App. KRANJA : Limite -- kran, limitar -- ja, lugar -- 1 -- Arèn kran ja: Raiz do monte, união do monte. KRAN JA: Estou plantando. Vide Jran -1-- Nuxa kranja ij tingo: Amanhã cedo vou plantar - ued, amanhã cedo. KRE : Ter inveja ( Krimáje ). Vide App. KRE: BAIXO, em baixo, adject. e adverb. e posp.- 1 - Kangba kre pa: Passar por baixo da ponte -- hangbd, ponte — kre, por baixo -- pa, pdje : está passando. Nangbda hr? pdje: Está passando por cima da ponte, J:rí, por cima -- 2 - Nulirôn kre pin fi: Per lenha debaixo da panella. Tambem: Ave pin fi, com o mesmo sentido -- kukrén, panella - 3 -- Are te kankúten : Sahe do lugar baixo -- te, do -- re, lugar baixo - kanküten, sabe. KRE : Choupana, toca -- 1 -- Okxá kré: Toca do tatétu -- okxá, tatétu (especie de porco ). KRE : Cortar -- 1 -- Ka buüngh kre ij: Eu corto um pau grande -- ka, pau. Vide krii. KRÉ: Coxa da perna, e exactamente a anterior -1 — Kre buüngh: Coxa posterior -- budngh, grande. AOL ae KRE : OVO, filho, criança. KRE: Livrar, escapar do perigo, salvar, salvar-se - 1 - A ti kre ti: Fulano de tal salvou a Sicrano de tal- a, pro- thesi --ti, a elle, a Sicrano de tal--ti, Fulano de tal. Vide App. KRE : Peneira. KRÉ : Planta, plantar; herva, capim, cresciuma. Vide enk ré. } y KRE : Quasi-- 1-- Kan kré: Quasi tudo - kan, todos — 2-- Kantére kan kred ni ha: Morreram quasi todos -- kantére, morreram -- kan, todos -- ni, estão -- ha, ja. Vide App. KRE: Roça - 1 -- Gara kré: Roça de milho, milharal -- 2-- Gira kanxíre kré: Arrozal -- kanxtre, pequeno - 3 -- Are ra ag kagéuve: A gente foi para a roça-ra, para kagóuve, foram, andaram. Nota. Are, japan, significam ambos roça: diferem em que kre, significa roça plantada; ao passo que japén significa só roça derrubada -- de pan, derrubar —- 4- Je &ré: Minha plantação. KRE: Vaso --1-- Kré lanketére: Vaso largo, raso. KRE: Morrer - 1 - Kréndnia vate ra. ij kren: Apezar de ser tempo de não morrer ainda, eu morro -- kre; morrer - d, connectivo -- javáix, antes do tempo - ra, apezar de. KREK : Ensinar. V. App. KREIE: Pau, que esfregado com outro, dá fogo. O superior se chama kra; os dois se chamam anatôe. KREN : Cova-- Okxd kren: Cova do tatétu. KREN : Cresciuma, planta. Com as talas de cresciuma os Kaingang tecem os chapeus--1- Kren kuké: ‘ala de crescuma. KREN : Criança, filho, ôvo, ( kren fi - filha) -- Ix kren, veinrimen hótiti: Eu em criança, aprendi muito muito - veirimen, aprendi - hótiti, muito muito. 2-- Ankre fi, jog núnti: estava a familia e o pai -- kre fi, filha -- jog, pai - nant, estão. 3-- Ajdg in, kren fag tandatôn nánti: Na vossa casa ha familias pobres -- ajdg, vossa -- kren fag, meninas -- tandatôn, pobres. 4- Ankren fi kri ti káni: O menino está nas costas della -- fi kri, emcima della -- ti, elle: serve para indicar o genero de kren; a saber, que neste caso, se deve tomar como masculino. 5- Ankrén kára fágma nánti? Todas as familias são mulheres ? -- kdra, todas -- fagma, ellas, mulheres -- nánti, são. 6-- Bóix kre: Bezerro, bóix: boi, vacca. T-- Priin kri krén fi, pron ôn ki kréx tôn nik fi: Da cria cada dois annos -- prin kri, num anno--krén, cria -- ji, ella-- ôn, outro — ki, em - ni, está - k, conneetivo -- fi, ella. 8-- Akrén jog fi ni? A menina tem pai?--kren ... fi, menina -- jog, pai, ni, está. 9- Garit kren ocê tan, garit kren buôngh kajäm : Com uma gallinha pequena, compro uma gallinha grande -- garit krén, ovo de gallinha, pinto-- tan, com -- ai, pequeno -- kajdm, compro. 10-- Krén fag nánti: As mulheres, as femeas estão dO, em x prenhes, fag, mulheres, femeas - Jk:rón nanti, estão com cria. 11 -- Navarú kren, kre vidn : Dar capim ao poldro -- kre, capim -vidn, dar. 12-- An kre cut kan ni: Esta carregando uma criança -- vútkan, carregando, mi, está -- an, prothesi. KREN : Debaixo. 1-- Kava fá lren: Debaixo da fi- gueira -- kavafu, figueira. 2 - Arendin kren xóro ud a: Eu pe- guei um coelho no mundéu -- krendn kren, debaixo do mundéu -- xóro, coelho -- tia, ba: pegar. 3-- Kren ti lankuten: Cahiu debaixo -- kankúten, cahiu. 4-- Ga kren, debaixo da terra. D Venxupôix kren ti je: Está debaixo do seu vestido -- venxupóix. vestido --je, esta. 6--Eix pen kren: Debaixo de meus pés. 7-- Pin krén pin fi; engôio venuvôre je: Por lenha debaixo do fogo; a ägua ferve-- pin lren, debaixo do fogo -- pin, lenha — fi, por - venuvóre -- fervendo, je - está, Vide App. KREN : Dentro. 1--Nrenin kren xoro tia: Pegar um coelho no mundeu -- krenán ren, no mundeu -- da, ma, ba : pegar. KREN : De frente? 1-- Ti; in kren ti je: A casa delle esta de frente --ti in, a casa delle -- je, está. KREN : Escapar do perigo. KREN: No fundo de alguma cousa. 1--Ga ren : No fundo do meu quintal -- ga, terra, quintal, terreno. KRÉN: Livrar, escapar. 1-- Antére ké mo ra, kren: Embora estivesse perto de morrer, escapei -- antére lémo, vou morrer - ra, perto. 2- Atit krété: Elle livrou a Fulano de de tal--ati, tt: A Fulano de tal -- ré ti, eile livrou. KREN: Morrer. 1-- Venjéne javaix kan, krén: Por que não quero comer, morro -- venjéne, comer -- jávaix, não quero -- kan, porque. Aréx kovo: cova de defuncto -- konvo. kôvo: cova. KREN, krédn: pensar. Vide enkredn. 1-- Kixkré : pensar. 2- Kregmo: Estou com cuidado. 3 - Noxiti ki x krégmo : Tenho cuidado do filho- kz, no--x, eu. 4-- Ongré kréd ni: O homem está pensaudo, esta com cuidado. KREN : Planta, plantar. 1--Ro, On kret, ôn kret ton ti: Da horta, uma parte está plantada; outra parte não -- vó, da horta--6n, uma parte--kret, plantada - ôn, outra - tôn, não. 2--Nrén kre: Planta de cresciuma. 3-- Xren t gn: Planta secca. KREN: Salvar, livrar, escapar. 1- Veinkatd te ti ij krén: Eu o salvei com o ramedio - ve/nkatd, remedio -- te, com--ti, a elle. 2-- Ti krén ti hami: Ele emprehende a salvar x Fulano de tal- ti, a Fulano de tal - himi, empre- hende, começa - ti, elle. 3--1j goi ki tére kre: Me salvou de afogar na agua - goi ki, na agua -- tére, morrer. KREN : Itaquara. KRENDE’NG, krundimg : Capivara-dung, barriga ? Krun, de porco. 63 RAA: RES KRENGH, kréngh: Porco--I-Xrüngh buüngh : Porco do matto-buüngh, graude ; javaly-2-Krôngh kanheroi : Porco domestico-kanherói, manço. KRENO’JE: Carpir limpar a terra, as plantas - I - Tampére kanjdm, venkrendjen kémo : Comprei uma enchada : pretendo carpir - tampére, enchada - kémo, pretendo. KREXKOVO : Cova de defuneto - kréx, defuncto. KRET: Livrar, escapar -I Kret javdixtité: Escapa muito dificilmente -- javdixtiti, com muita dificuldade - tite, uffixo para fazer o superlativo. KRE VAN, kré va: Esta em baixo - van, esta - I - I; ningé veikré tane kréva kri On pire : Deseseis-- 7) ningé, minha mão - verkrí, encima - connectivo - an, - on: outra -- veikré tan, encima de outra —- krévat kris, e a de baixo esta em cima. On peré, mais um. Tambem kre, em baixo -- kri, além, mais uma em baixo. KRE'VA: Empolado, que esta em cima--I --Gézo k-- kre va: A agua esta empolada. KRI: Salvar. Vide App. KRI: Acima, em--l Jj ningé veikritane kri: Minha mão acima da outra -- veikrét dne, veitkrit On, acima do outro, on, outro -- veitkri, acima. Esta locução indica o numero dez 2- 1j ningé veitkritäne kri ij ninha on piré: Deseseis : mi- nha mão acima da outra, e de novo a minha mão em cima, mais um- 7) ninhd,a mão --2) ningé veekrit dne, minha mão posta sobre a outra — kerf 1) ninha dn peré - posta de novo a minha mão - ôn piré, mais um. — No lugar de ôn piré. se ponha on lengre, on taktôn, on veinkangrá; e se terão os numeros dezesete, dezoito, dezenove -- 4-- J) ningé veikrit on keri piré:, Onze. — Em lugar de piré, se ponha alengré, ta- kton, veinkangrá , e teremos os numeros doze, treze, quator- ze -- O -- 1j ningé veikrit ôn rengré: Vinte: minhas mãos pos- tas uma sobre as outras duas vezes. — Substituam-se ao rengré, as palavras taktôn, veikangrá, petkdra (patekrá); e se obterá trinta, quarenta, cincoenta- 6 -- Ka éne fódne emprii kri: Elle colloca aquelle pau na estrada -- Au, pau éne, aquelle -- fodne, colloca--kri, na -7- Krin kra: Acima do monte --Jrín, monte --8--kri fi: Posto em cima- fi, pesto --9-- Nrin krè venman kan, ti tére: Elle morreu de dor de cabeça -- krin kri, na cabeça -venman, soffria, an, porque, por -- tére, morreu -- IO -- Goto kri ti tin ti: Caminha na superficie da agua, caminha na beira do rio -tin ti, ca- minha --Il-- Nrin kri nôro ij kémo: Pretendo dormir no morro -- kémo, pretendo - 12 - Empri kri noromo : Estou dor- miado no caminho -- 13 -- Ti kré ti van: Elle está acima de tal cousa--ti kré, acima de tal cousa--van, está- 14- J} jogma kakré kri nd ni: Meu pae está deitado na taboa, no girão - na, deitado -- ni, estä - 15 - Goto kré lairânha: Praia do rio -- lairänha, areia -- 16 -. Kavarú kri ti ni: elle está no cavallo -- kavarûu kri, no cavallo--ti, elle--ni, está - 17 -- Girt tag kri prin piri ni: Este menino tem um anno -- gi- BUT" TT ri krè, no menino -- tag. este --18-- Emprit kra rénço xa: Peguei um lenço na rua --emprir, rua -- xa, peguei - 19 -- kri- ne romke: A estrella está coberta -- krine, estrella - romké, está coberta -- 20 -- Ti kri, prän hôrike ne? (Quantos annos tem 2--ti kr7, uelle -- pran, annos -- hórike, quantos -- ne, esta 21 -- Ari fi kani, está em cima della -- fi, ella - 22 -- Kavaru kri húru ni: Ja montou (sentou) a cavallo -- húru, particula para indicar o tempo passado — ni, sentar -- 23 -- Kavarú kan- tére húri: Já apeou do cavallo, kavaru te: do cavallo - te, do -- kantére, descer, 24 - Ex gáix ra (rd) ij ni: Eu es- tou cortando os meus cabeilos-- gáix, cabellos ra, krira: cortar -- 2) ni, eu estou -- 25 -- Hkri, aran tógmo: Em mim tem calor (raiva ?)--arán, calor - togmo, tem. — Ga kri kute: Cahe no chão--ga kri, no chão -- kite, cahiu. KRI: Estar mal. Vide krimáje, odiar. KRIPKE : Para cae para lá-- I- Arike hak péte: Voa para cá e para lá - kan, em -k, connectivo - péte, voar -- 2 Krike kan ag kagóuve. A gente'foi para cá e para lá -- ag, gente -- kan, toda -- kagüuve, foram. KRIKFE,: Morcego. Vide kiikfé--1-- Krikféje: E' morcego — je, é KRU, kri: ferido--I-- Arék ij: Eu sou ferido -- 2 Kridna: Está ferido. KRIKOTO : Miolo. KRIKRIJE: Periquito. KRIMA : estar com odio, estar mal com alguem. Tam- bem - krz. 1-- Jot tot kri je: Elle está mal com o pai guga pai — t, connectivo -- to, com -- t, connectivo -- Je, esta -- 2 -- Jæot ti krinmá ne: Elie está mal commigo -- 7xdn, coince connectivo -- ne, esta —- 3 - On kri figmo : Ella está mal com o outro -- én, outro — fi, ella, a mulher - mo, agora. Vide App.. KRIN : Cabeça —- 1 -- Bix krin van kofüéti: minha ca- beça está muito pesada, van, esta--2-- Nangáti 1j krine: Minha cabeça está muito doente - ti, muito--3-Arin gaix tim: Cabeça sem cabell:s-- gáix tôn, sem cabellos -- 4 - Krin péto : Carrapato -: krin, cabeça - pe to, no pé -- to, no 5 -- Krin tampré : Cabeça larga, especie de barata - 6-- Krin kri: Na cabeça, no monte -7-- Krin tdramo: A cabeça agora esta dura. obstinada -- 8 -- Arvin vo éin kémo: Pretendemos mover a cabeça -- vo, mover - éin, nós - kémo, pretendemos. KRIN: Estrella - 1 -- Arvin hé: estrella bonita - 2 -- Krin fiii: As Tres Marias, o Orion -- 3 - Krin aran irója: Via Lactea (Tel.)-- 4 - Nrin-pan : Pleiades - pan, corôa, amar- rar. KRIN : Monte --1-- Xapé krin: copa do chapéu -- 2 -- Krinjijibé: Serra, que não foi alcançada bee aguas do di- luvio no seu cume -- j/j/, nome -- be, perpetuo -- 2 -- I krèn kré nore kémo : Ku pretendo dormir no monte -- Pet pretendo -- kri, no-- 4- Krin tôn ni: Não tem montes - 5- Arin téie : Monte alto, monte comprido -- 6 -- Kyën kri je kan, ij kanga- ti húri: Emquanto eu estive no monte, eu estava muito =e Gat == doeute - je, estava -- kan, emquanto-- húri, particula que in- dica tempo passado--7-- Krin kr: kanje: Está no monte -- 8 Krin te à) kantin: Eu venho do monte -- te, do - 10 -- Ij vaiaka krin ra tingo: Eu amanhã vou para o monte -- vaiaká, no amanhã -- há, no. Vide App.. JANTKU, KRINA. Bigode -- jantkü, becca, kri, enci- ma - na, estas. Poderia tambem ser na (gaix): Cabellos acima da bocca. KRINARO” : Paredão -- ard, cortado ( rü ). KRINKE: Topar--1-- Po tan krinke 1): Topei numa pedra - tan, em — pó, pedra. KRINMA’: kóixmá, krima: Em cima - 1 - Arénma vin näné agn: La em cima estão fallando - vin, fallando nanti, estão - agn, gente. KRIONGH: Ratão. KRIRA'N : Paca. Tambem hokame - ran, pintada - ko- comer — kamé, ter medo. KRINTA’VE: Chapéu - krin ta, na cabeça, ve, esta. Tampa de caldeira, etc. KRIN TEIE REM BUU”GH: Nome de um passaro -- krin, cabeça -- teie, longa, grande -- rem, pintada -- bwiigh, rabo, cauda. KROGN, krüuv, krügn : Cachoeira. KRO"GN, kriign: Porco do matto -1 -'Xrügn vendé éin húri: Nos ja vendemos um porco -- éin, nós -- krügn, porco do matto, e tambem domestico. : KROJO: Especie de barata. Outra variedade se cha- ma tirixi. KROJO : Fraco -1-- Arôjo kara tinta: Todos vivem fracos — kdra, todos -- tint/: vivem. KRONE: Beber. 1 -- Xrôtkrôt hé an éin tógmo : Nos es- tamos bebendo muito -- krôt repetido, significa multiplicidade | de acção -- hd, muito -- «x, connecti\o -- tógmo, estamos. 2 -- Ti- má ha kron ke: Mandar «a alguem que beba: timá. a alguem-- ha, voz demando --ke, dizer. 3 -- Antére javair ra, ti térmo, goio- fa krôtke buüngh kaméngo tôn: Elle morrerá antes do tempo, si não deixar de beber pinga -- javáix ra, apezar de prema- turamente -- juváix, antes do tempo--ra, apezar - ti térmo, elle morre -- goirjá, aguardente - krôt, beber -- ke. querer - buúngh demais -- kamén, temer -- go, agora - ton, não. Króne buüngh : beber demais. 6-- Aron hütiti: Beber muito muito. Desejar muito de beber: ter sede. 7-1) krô hütiti húri: Já passou a minha sede -- húri, indica acção passada. 8- Krôn ix tive; hara x krén man ke ton ne: Eu bebia muito; mas pretendo não beber mais, muito -- ti, muito -- ve, estar - hára, mas, man, muito - ke, pretender -- ne, estou. 9 -- Krod koreg titi: Elle bebe muito demais -- korég, muito -- títi, serve para fazer o superlativo. 10-- Aréd manaera: Beba mais - man, mais -- era, terminação do imperativo - de de mandera, connectivo. 11-- Aréne ke to ij ni ha: Eu não quero ainda OUR beber -- ke, pretendo -- ni, estou--ha, já. 12--Krôd buüngh kan, togn tógn: Porque bebe demais, esta ficando torrado - tôgn, torrado -- togn, esta ficando. 13--Ta krôn tongrá: Não beba isso -- tôn gra, terminação do imperativo negativo. 14 -. Orit veikatã krôn kémo: Hoje pretendo tomar remedio - t de o'rit, connectivo -- veikatá, remedio. 15-- Kafé krôt kenema je: kurarét ki ij krôn: Eu gosto de beber café: eu bebo todo dia -- kenema, gostando -- je, estou -- kurarét ki, cada dia -- kurd, dia -- re, cada -- ki, em. Vide App. KRONHON: Nevoeiro. Ao contrario kaixkangogn, significa nuvem alta. KRON--KRON : Mugido dos porcos, grunhir. KRU, kriigh, kiig, kégmo: Cortar, feridas, cortes -- Xrü- krii: Coriar repetidamente -- 1 -- Kriira: Faça ferida, corta tu. KRUG: Bater. Vide krông -- 1 -- Krông 2 fa ton kan, putke: A minha perna afundou, porque não batia ( no firme ) 7) fa, perna - kan, porque -- pútke, mergulhou, afundou - 2 - Pin krug: Bater fogo. KRUGH GRA MA: Bata com força - gra, desinencia do imper. -- ma, mais. KRÚJO : Variedade de barata. Vide Ierôjo. KRUNDUGH: Capivara. KRUNGH: Porco, principalmente o do matto. Vide. kreng, krüngh, krendengh -- 1 -- Krüngh kanherói: Porco manso, KRUN, krüngh: Cachoeira--1-- Gôio krüngh: Salto. do rio. E KRUURA : Paca (animal ). KRUURA : Corte, fira, faça ferida. Imper. KTURN: Berne-1- Jj kturn: Meu berne. Tambem : Ktudn. KU, ki: Em-1- Kurän taktôn ki judn ti: Elle che- gou em tres dias -- kurán, dia -- judn, chegar. KU: Soecar -- 1 -- Méin kum bre: Os animaes se cho- cam um a outro - méin, animaes -- bre, junto, com. KUÁNKA: Accender. Vide kidnka, kaiénka, aiénka, KUAIN VIN, wäinvin: Um que não pede fallar -- vin, fallar -- váin, não pode. KUANKEPXÍNHA : Tira de panno ? KUARAN, kuvarán git: Muito longe. KUK : Torar, cortar arvores -- 1-- Kuk cgn: Elles fa- bricam tiros de madeiras--agn, elles--2 - Kukug: Acção multiplice de torar. KUK 4°: Osso, queixada de qualquer animal --1-- 77 nid kukd: osso do lombo -- ¢/, do tal animal -- nid, carne -- d, connectivo. KUKE: Tala - 1 -- Xrén kúke: Tala de cresciuma. KUKFE’: Descascar -- 1 -- Kan kufééra: Descasca tudo- - kan, tudo-- kukfééra, imperativo. MESO A KUKFÉ : Morcego --1 Kukfé kürikéixno : Eu sou si- milhante a um morcego -- hórike, como --ij, eu--no, agora, Se diz tambem kukféze. KUKFEN : Descascar. Vide Kukfé: kukféiera: Des- casque o pau -- han, pau. KUKI: Poste, morrão -- i -- Taboa to, xa kuki prégo ij”: Prego um poste a uma taboa--táboa to, a uma taboa -- to com, à -- xa -- unir -- prégo, prego. KUKO'DEN : Não tem tempo? Vide App. KUKRIPRE: GEADA, gear -1 - Kura hukrire : Tre- mer de frio -- kuad, frio. KUKRON: Panella -- 1 -- kukrôn ró: Panella pintada. KUKRIJA: Panella, Vide App. KUKXE: ARRANHAR.--1-- Ningrú kukxé : Arranhar as unhas- ningru, unha KUKX/: Enredado--1-- Ven kukxéjá ti ja ni: Está enredado -- ja, agora -- ti, elle -- ni, esta. VENKUKX EXE: Varias cousas enredadas. A syl- laba axe posta duas vezes, iudica multipiicidade de acção. KUKTA'NG: Curar - 1 - Ijmá pe fóke küktangh : Cu- ra para mim o branco o pé ferido -- 2jma, para mim -- foke; bran- co — küktängh, curar -- 2 - Venkanga kiiktang : Curar um enfer- mo -- Foke, significa Branco, estrangeiro. Vide App. KUKTO'IJNO: Rachar. KUD: Cortar. Vide App. KUD em lugar de kurv: De ligeiro. Serve pare fazer o imperativo com a ideia de pressa- 1 - Kud mora : Rs os olhos de pressa -- nóra, dnrma. feche os olhos - 2 -- Géio ki ti térmo : kud nim, kud nim: ij bre kankúte ni: O Moro na agua: faça-me logo o favor de ajudar-me a sahir - gôio ki, na agua -- térmo, morro agora - kud nim, faça o favor — ij bre, commigo--kankuten, sahir: ajudar-me a sahir. Vide App. KU'DJE: Enleado, no -- 1-- Ti tandéne kudjéjé ? Por- que está amarrado ? -- ti, elle -- tandéne, porque -- kúdje, amar- rado -- je, está. KU’D: Mái. Vide App. KUDMA: Azul, preto --1-- Kaikan kudma: O céu esta preto. Vide tid . * KUDN: Espirrar--1-- Hix ninhé vant kudbédno: Meu nariz espirra por costume -- ninhé, nariz - kudn, espir- ra -- be, por costume -- no, agora. KUDN: "Tocar musica--1-- Ag tan kúdnora: Esta gente toca musica - 2 -- 7% tandéne kudn? Porque elle as- sobia ? — ti, elle -- tandéne, porque. KUDNORORA : Pousa, imper. - kud, kur: de pressa nôrora, durma. KUND: Cortar, descoser -- 1 - Kurán kudn va ti : A cos- tura esta oortada -- Doria. costura -- kudn, cortar -- va, está - ti, ella. — 68 — KUBJA, kujéja: Arranhar --1-- 7j kujéja à): Eu me arranho - 2 - A’ma akuéja: Tu te arranhas. KÜFAN KRE: Faca pequena; ré, pequeno. KUFA'N TÉIE: Espada, refle-- kiifé, espada -- téie, comprido. KU”FE: Faca--1--Kufé kan nite: Pereutir com a espada -- kan, com -- nite, bater-2- Kiifé re ran: Cravar a faca -- re, com-- ran, entrar. KUFE'N, kukfén: Arrancar-1-Ti fudre kukfén: Arrancar a pelle -- ti, da tal cousa. KUFU’RO: Tussir -- 1 - T7 kufuro kenema ne: Está in- clinado a tussir -- tt, elle -- kenema, inclinado. KUGMA'RA: Um bocado ? KUGNA: Errar ?.-1- Emprü kugna ij tôn: Eu erro o caminho. Ki, em — na estão - tôn, não KUTNHE: Cinta de embirra com que as Kaingäng sustentam nas costas as crianças embrulhadas em um manto. A dita embirra é emendada nes cabos; corre adiante pela fronte, e atraz cahe pelas costas prehendendo e envolvendo as crianças pelo assento ds costas da mãe. KUIANFÁ : Verme. Vide kujafà - 1- Kujafa kakta : Vermicida -- kaktá, remedio KUJARE RE: Garfo -- rére, ferrão. KUJATUN: Esquecer--1-- Kire kujatún: Veja de não esquecer -- kire, veja. Tambem -- kajatan. KUJLJE: Arranbar. KUJEJE: Veia. KUJ EN, extender-1-- Kujénera: Extenda. Imper. Tambem -- kavinera, véra. KUJERE: Plano, plaino -- 1 - Emprü kujére : Estrada plaina KUJO': Pardo -- Min kujó: Onça parda. KUJO: Magro --1-- Kujén à): Eu estou magro —- 2 - Kujo ti ne: Elle está magro -- ti, elle - ne, está. KUJO: Moélla das arvores, ou dos ossos dos animaes (tutano )--1-- Ti kujó. TI KUJO’: Moélla da tal consa. KUJU’: Meio--1- Kuju éix ne: Eu estou no meio - éix, eu--2-- Kuju hi pânte vin hadn: Fazer uma palavra do meio para cima -- v/, palavra -- hadn, fazer -- pdnte, do lado - hô, para cima -- 3 -- Kujú dôro ti: Oco no meio -- dôro, fu- rado -- ti, elle -- 4-- Ema kujú mink tinikti: No meio do bairro vive uma onça -- emá kuju, no meio do bairro -- mink, mi, min : onça --t, elle--nikti, vive--5-- Vexupóix kujú ka fi je fi: Ella põe no meio um vestido -- verupdix, vestido - ka, no - fi je, está pondo- fi, ella--6-- Tupén vá xo kujúk: Eu já estou no meio da semana -- Tupén kujuk, meio da semana - FU RES xd, eu va, estou -T -- Ag kujü mi à) vüire: Eu andei pelo meio do povo -- ag kujú, meio do povo -- mi, pelo -- vüsre, fui - ix, eu. KUJU: Pardo-1--Min kuju: Onça parda - min, nça. KUJU': Sobrar- Kuran kujú: Me sobra tempo — kuran, tempo. KUJUJ: Leicenco. KUL em vez de kur, kúri: de ligeiro. KUMAIA’: Podre. KUMEËRA: Vagarosamente, com delicadeza, com respeito, levemente -- 1 — Kumééra d-jafa lan viiire: Foi de vagar na cosinha -- dejafá, cosinha -- (an, para -- vitére, foi -- 2 — Kuméêra hinera: Faça de vagar --hânera, faça. Imper. — 3 - Kumééra vendü : Rir delicadamente, sorrir - vendii, rir -- 4 Kuméêra han tin: Va de vagar - ha, voz de mando - tin, ir - 5 -- Kumééra ij timá ke ha: Ja lhe fallo respeitosamen- te -- timd, a elle -- ke, fallo -- ha, ja KUMTI'N: Mandioca -- 1 -- Kumin jaré: Raiz de man- dioea -- joré, raiz. KUMUIA’: Podre. Vide kumaiá, kokré. KUNBE'DNO : Espirrar--1--1; ninha van ti kwn- bédno : Meu nariz está espirrando -- van, esta -- ti, elle. KUNDU'NO: Socar-.1--Gara kundunera: Soca tu o milho. KUNGRE’: Trens de cosinha. Tambem kungé, gun- gé.—1- Ti kungé ho te van kara ti: “Os trens delle esta- vam bem collocados--hó, bem--va, estar -- ti, elle -- kdra, todos. Vide Aonjé. KUNGR#’: Bater, combater, brigar -- 1 -- One venxá veenkugré: Quem brigou outro dia?--ône, quem -: venxen, outro dia, no tempo passado -- 2 -- (rire kungré ne: O me- nino esta brigando - géré, menino - ne, estã -- 3 — Kungré ag kan je: Elles estão fazendo guerra. Vide App. KUNGRON : Bater -- 1 -- Janthá kungrôn ij: Eu bato a porta - 7), eu. KUNO : Arrancar --I-- Férro kun hore já ne: O ferro esta arrancado, e esta fora — hore, esta fora -- jáne, está agora 2 -- Aveixupoix kino: Agora tiro o vestido --a, connectivo -- veixupoix. vestido. KUPA’DN : Pedaço, pa - I-To kupádne ti: Elle tem um pedaço - to, tem - 2 - Eixmã kupidne nim: Me de um pedaço - nim: dar - 2 - pa jo tê kupara nim hadn: Elle guarda um pedaço para mim - ijmá, para mim - jo nim hadn, guardar - kupára, um pedaço. KUPA’DN : Cortar -1- Pó kupára: corta tu a pedra - pó, pedra. | KUPE’: Adorno - I- Nhatkúá kupé: Adorno do peito. KUPE’: BAPTIZAR-I-- Kupé kuran te karka, ag mon kémo: Depois do dia do baptisado, pretendem ir em- a TP es bora = kurán, dia - te, connectivo - kdrka, depois-- min, vao kémo, pretendem -- 2 - Ti kupéti: Elle é padrinho de Fula- no de tal -- Æupé, baptizou - tí, Fulano de tal - 3 - Nurdn te, kupé ag mônke: Com o tempo pretendem ir bantizar - ku- rán te, com o tempo - ke, pretendem - ag, elles - 4 - Onte 1j kiupégmo : Eu bapuzo outro - ônte, outro - te, connectivo - 5 Tj kotxin ix kupé: Ea baptizo meu filho. Usa-se tambem kepé. KUPE’, kupéia: Lavar, fazer banho - I - Lavar roupa : Mafua - Ibis - Ti ningé féie kupé, ti pen ku é: Lavar os dedos das mãos e os pés de alguem - ningét féie, dedos - pen, pés. PENKUPE’: Ratão. Tambem hkriông. KUPEJAF A’: Escova pira lavar, instrumento qual- quer para lavar - jafá, instrumento -- kupé, lavar. KUPRA’: Vasio: Kupré ag nänti: Elles estão desoc- cupados, vasios - 2--In kupra: Casa desoccupada, tapéra - 3-- Kuprà ti ne: Elle está vasi)-- ti, elle. KUPRI : Branco, alvo. novo --1 = Jantan buüngh ku- pri: Urubü rei --janta, corvo, urubt-- buôngh, grande - ku- pri, branco -- 2 -- Kupri ti ne: Elle esta branco - 3 -- Xuprik- timo, kuprkfimo: Elle está com amarellão, ella está com ama- relläo -- k, connectivo -- ti, elle -- fi, ella - 3 — Kur kupri, panno novo. KUPR7 : 1- Nakám kupri: Cara limpa. KUPRÍ KUXON: Amarello - kuxôn, vermelho -- Au- pri, branco. KUPTE, kúpe: Cortar. Tambem kupá - 1 - Ven kujú kan kuna ti: Elle cortou no meio -- kan, no -- venkugú, meio 2-- Ti duix kupte (fuixte): Cortou o pescoço delle - du x, pescoço (d nasalado )--3-- Ti ningét féie, ti pen kupte: lhe cortou os dedos das mãos e os pés -- ningét feie: Dedos das mãos -- 4 - Ka kúptimo : Corta elle agora um pau. KUR: Falar, cantar de homeus, de passarinhos e de outros animaes -- 1 Nurán te kur kara ti, kotü te kur kara ti: Canta o dia inteiro e a noite inteira -- kuran, dia -- te, por -- kara, tudo - kotiigh, noite - 2 - Kürot On gétha: Falla o outro bastante -- kúro, falla --t, connectivo -- ôn, outro -- gé- tha, basta (g nasalado ) -- 2 -- Gallo popotke kat, kur: O gallo, no que pretenfia bater, cantou -- popótke, bater - ka, emquan- to 3 - Ti kur: Voz de enimal -- 4 -- Nanci kut kur: Os pas- sarinhos cantam -- kwr, repetido para indicar o plural ou re- petição de acção-4--Garit kur: Canto da gallinha - 5 -- Xanxi tandéne kúru kémo? Porque o passaro pretende can- tar? -- tan, aquelle, déne, porque, kúru, cantar — kémo, preten- de-- Ti kur: A voz de tal cousa -- 6 - Nur ti: Elle canta. KUR: De ligeiro. Serve para fazer o imperativo -- 1 -- Kur kôij ni: Senta-te para comer depressa -- ni, sentar -- kóix, comer -- 2 -- Kur ban ni: Esteja trazendo logo - ban, trazen- do - ni, estar - 3 -— Kur ijma nim: iján koje: De para mim, eu como -- nim, dar - iján eu. Tambem: Minha mãe - Iróje, — 71 como -- 5 -- Nur toréra : anda lijeiro -- toréra de tona - 6 =. Nur ij) goto nim: Me dê agua --7-- Aur krôn má ne: Esteja tra- zendo para beber--ma ne, esteja trazendo - 8 - Nur IJrôn alengré : Beba duas vezes - 9 -- Kur gôio ma ne: Esteja logo trazendo agua - 10- Kúri xama kamôjen ; aiâng brek ti ni; ma ara ti: Venham para mim; está comvosco; elle entra mais — xama, para mim - kamojen, elles vem - ajang bre, com- VOSCO -- ajang, vos -- bre, com - k, connectivo, ti, elle -- ni, es- ta--ma, mais - dra,entra -- Lt - Aur nino jengäÿe Shan : Cosinhe bem a carne de ligeiro -- antonini, carne = jengage, cosinhar -- han, bem -- 12 -- Auru igmá nim: Dê para mim, depressa, Vide App. KUR N: Dia, tempo, claro, hora -1-- Kuran tag: Este dia -- 2 - Kurän bongh érê: Campo grande e claro -- éré, campo -- 2 - NKuran kantin : Approximar-se a alva -- kwran, dia, alva - kan! in, vem - 3 — Eij kuran te húru kran: Eu plantei em tempo --kwrán, tempo - húru, particula para indicar o tempo passado - kram, plantar -- 5 -- Eixmán ke kuran kanti : Elle me diz que é tempo de plantar -- ke, diz -- kanti, é - 6- Antére ke ton kuran tôn ki, gôtoft kré tôn: Não tendo che- gado o tempo, elle nãs morrerá, si não beber pinga -- antére ke tôn, não morrerá -- kurán ton ki, não sendo o tempo - gôiofá, pinga - kro tôn, si não bebe - 7 - Nurân ke (ki), de manhã -- 8 Auran ke ton jon kémo: De manhã eu fico brabo com elle -- tonjôn, brabo com elle - kémo, pretendo -- 9 -- Ku- rain te, kotiigh te môro tôn ne: Não estou dormindo nem de dia nem de noite -- nôro . . . me, estou dormindo -- 10 -- Aura te tag fi nôromo : Ella durante este dia dorme - fi, ella -- nô- romo, dorme agora -- 11 -- Kwran ja ti ni: Ja está claro -- ja, agora -- nz, está-- 12 Xurän taktôn kürka: Depois de tres dias -- karka, depois - 13 Kuran kuxa: De madrugada -- zur, frio — 14 -— Akurd kan, éin ti tax : De dia matamos a elle -- a connectivo -- han, durante — é/n, nos --ti, a elle--táix, matar - 15 Kuraônki: Noutro dia -- ôn, outro - ki, em-- 16 -- Véret kuran ti na: Até agora é cedo -- ver t, até agora -- 17 — Nurán taktôn hadn éij, kuran taktôn kár ka, ati in : Eu sarei em tres dias; depois de tres dias voltei --hodn, sarar, trabalhar -- dti kantin, voltar - 18-- Kuradn ki: No futuro - ôn, outro -- ki, em -- 19 Kuran ki, à) tén ton ne: De dia eu não estou viajando -- ki, no -- tin, viajaudo -- ne, estou -- 20 - Nurán, takton hati: Ja são tres dias- ha, jà- ti, elle - 21 - Kurá- rét ki vaikupéje : Elle se esta Javando todo o dia, cada dia -rét, cada-- ki, em-- vaihupé, lavar--je está - 22 -- Aura arengré ki ti tére: Morreu em dois dias - arengré, dois -- 25 Kuran timo ha: ja amanhece -- ha, já -- 24- Ti kuran ki ti térmo : Elle está morrendo agora no seu tempo -- ti kwran ki, eo tempo delle -- térmo, morre -- 25 -- E'ix kikairone ? Nurante éix kilkairône: Aprehenderei ? Com o tempo aprehenderei -- kika/rone, apprehender -- Kura ôn ke känte : No futuro -- kante, do lado -- 27 - Vaia ka kurän korég: Amanhã é dia ruim (dia santo: ruim, porque não se trabalha nem se ganha) - ABS: SRE vaia, amauhã -- ká, no --28-- Naimbára hurd 6n ki, termo: Logo morro no tempo -- 29-- In tan kurá e kárka háno: Eu acabarei esta casa depois de muito tempo --7n tan, esta casa — huri e. muito tempo -- harka, depois -- háno, farei — 30 - Nurán ki ema ra, ij tinve: No tempo passado, eu estive na villa -- ema, villa - ra, para -- tínve, passado de tin, ir - 31 - Kuran li, ae madrugada. Vide App. KURAN: Costurar - 1 - Murdn fi ne: Ella está costu- rando - fi ne, ella--ne, esta--2-- Kurán Judn va ji: Ella esta cortando a costura -- udn va, está cortando -- fi, ella. KURAN: Voltar -1-- Ranhkáxka ix kurdi ne: Eu volto de tarde -- rankdala, de tarde - 2 - Kurdngra ha: Volte ja- ha, ja-- gré, desinencia do imper. -- 3 - Rankáxka 7) hku- ráino: De tarde eu volto--4-- Kurd ij ha kémo: Pretendo voltar ja. | KURE: Limpo, direito - 1 -- Emprü leuré : Caminho limpo -- 2-- Nurídnera: Limpa tu, concerta tu -- 3 -- Tóna em- prii kurdra: Vamos, Jimpemos o caminhe-- téna, vamos - kurdra, imper. Significa propriamente endereitar. KURE : Voz -- 1- Kaxôrro kúre: Voz de cachorro. Vide kur. ) KURI, kur, voz imper.- 1-- Kur ixmá nim: De para mim -- mim, dê. Vide App. KURO, kiiron, keron: Moço, novo--1-- Ont Kerôn: Outro moço -- 2-- Veuharé kiirôn ni: O livro está novo. KURPORO : Isca -- kur, penno-- póro, queimar. KURU : Depressa. Vide App. KURU : Panno --1-- Kuri ton: Um que esta sem vestido, pellado -- tôn, não. E” o nome de uma tibiide Kaingáng que não usa de nenhum vestido--2-- Kurt brérèxi: Trapo pequeno - bríri, rasgado--3-- Kur kiirén: Panno branco, panno novo -4-- Kurt xi : Panninho -- 5 = Kura kiirén : Panno novo-- 6 -- Kuri pé! Oh! panno legitimo ! bom !. Deste exem- plo se deprende que os Kaingáng fazem menor uso das in-- terjecções do que nós--7-- Kurt tang: Este panno novo, tang : este — 5 — Kurt kanjim, comprar novo panno -- 6 -- Tj kur jadjara: Meu panno está rasgado em varios pontos -- jad, ras- gar - ra, está - 7-- Nején kurt tôn âne ti: As vezes elle está com vestido, as vezes nao--kején, às vezes--áne, está-a, prothesi - k, connectivo -- ti, elle -- 8-- Kurt Fü: Roupa boa -9-- Kurt na ix: Eu deito com o manto--na, deito -- 10 -- Kuru tan wampé: Chapeu feito com panno--tan, com -- 11 Kurt xe: Ponche preso, amarrado -- xe, amarrado. -KURUDE: Canastra — kuri, panno - dê, canastra. KURU Xt JANJÉRE: Bandeira, estandarte - janjére pendurado. 1 KURU XI TAN FUORE: Santo do mastro -- kurt xi tan, feito de um panninho -- fuüre, folha. > — 7 — KUXA: Frio--1-- Kuxd men kaxnemäne: Gosto de sentir frio - men, sentir - kaxnemane, kenemane: gosto -- 2 - Ta ki kuxá ne: Aqui faz frio --ta ki, em aqui-- kt, em - ne, esta--3-- Ta ki kuxa na ti je: Aqui eile está deitado no freseo — na, deitado -- ti, elle - je, esta -- 4 -- Gôio kuxän ti ne: A agua está fria muito -- ti. muito --5-- Auxa karan húri: O frio já passou -- húri, particula para indicar o tempo pas- sado -- 6 -- Kuxá kukrire: Tremer de frio. KUXA: Manhã, inverno --1-- Kuxä van jun ha: Ja chega o inverno - van juin, chegar -- ha, jà-- 2-- Kuxá van jun ja: O inverno chega agora. KUXÁTITI: In verno, muito frio. KUXA: Lua, mez-- Kiixá hullirke: Já passou a cheia - hul, húri, ja--lur, ruro, redondo - ke, suffixo para indicar o tempo passado -- 2 -- Kiixá kupira: Quarto de lua -- kupara, cortado - 3 -- Niixa ton: Lua nova --tôn. sem. KUXAN KI, kuxá ki: De madrugada - 1 - Nuxâán à) ninho: Eu me levanto de madrugada - ninho, agora me le- vante --2-- Ori kuxan ki ij lire, hoje me accordei de ma- drugada -- ôre, hoje -- lire, acordar. KUXA : Mez--1-- Ta kúte taktóix küxd: Choveu por tres mezes -- ta, chuva -- taktóix, tres. KUXEKEX : Pegar? -- Kuxékex kemá ne: Elle gosta de agarrar-se. KUXMBE': Lagrimas ( Küxmbé ). KUXON : Vermelho. KUT, kur kud: Correr. Voz imper.- 1- Kutära: En- tre imper.- ára, entra - 2 = Kut tin: Va depressa - tin, ir - 3 - Ku tin ha: vanuvore: Va depressa ja: elle corre - ha, ja -- vanuvóre, está correndo -- vanuvó, corre- re, esta. Vanu- vore sigmfica tambem está fervendo - 4-- Jan, kut tin: va- nuvoremo: Mãe, corra, ja estão fervendo -- jan, mãe. KUTÁRA: Occupado --1-- Nutára 77 je: Eu estou oceupado - je, estou. KUTE: Apparecer-- 1 - Küten ke tôix ni: hanga buôngh hadéixno: Não p sso apparecer: eu me sinto muito doente -- ke, posso - to, não -- kuten... ni, estou apparecendo -- kanga buôngh, muito doente -- had, sentir-se -- 7), eu -- no, agora. Vide kakuten. KUTE: Cahir-1-- Kavallo tic kúten: Eu cahi de cavallo --2 - Ti kúte: O barulho produzido pela queda do alguma cousa. [4 KUTE : Tha. KU'TE, kúten: Nascer - 1 -- Akuüten vaix ra, kankuüten: Nasceu antes do tempo --akúten váix ra, apezar de não ser tempo de nascer ~ vai, antes - kankúten, nasceu -- 2 -- Ahura ton ki. kúten: Apezar de antes do tempo, nasceu -- a, con- nectivo -- kurá tôn. tempo ainda não -- 17, no. KU'TEN : Obseuro. Melhor Æut#, kutüigh (o G H pro- nuncia-se em voz submissa ) KO'TE: Perder - 1 -- kurän kite: Perder o tempo. KUTE, kúten: Tocar--1-- Lo kaki pôrko kuüten: To- car os porcos na horta —- lo, ro: horta, lugar fechado -- kaki, dentro. KUXON: Vermelho. KUT, kur, kud: Correr. Voz imper. — 1 - Xutara : Entre (imper ), entrar-2 — Nut tin: Va depressa - tin, ir - 3- Nu tin ha: vanuvore: Va depressa já: elle corre - ha, já - vanuvóre, está correndo - vanuvó, corre -re, está. Va- nuvóre significa tambem esta fervendo -4- Jan, kut tin: vanuvoremo : Mai, corra: ja está fervendo - Tan, mdi. KUTARA : Oceupado - I Nutára 7) je: Eu estou oc- cupado - je, estou. KÚTE: Apparecer - 1 - Kuten he tôix n°: hanga buôngh had éixno: Não posso apparecer : eu me sinto muito doente ; posso = to, não - hiten... ni, estou apparecendo - hanga buüngh, muito doente - had, sentir-se -1), eu- no. Vide kan- karen. . KUTE: Cahir-1 Kavdllo éix küten: Eu cahi de ca- vallo - 2 - 7% kúte: O barulho produzido pela queda de al- guma consa. KÚTE: Ilha. KUTE, kúten: Nascer -1- Akúten váira, kanküten : Nasceu antes do tempo - akúten vaix ra, apezar de não ser tempo de nascer - va. x, antes - hankuten, nasceu - 2 — Akurá ton hi, kúten: Apesar de antes do tempo, nasceu -- a, conne- ctivo = Jurá ton, tempo ainda não -- kz, no. KÚTE Perder-1-- Kurán kite: Perder o tempo. KUTE, kuten: Tocar -1-Lo kaki pôrko küten: Tocar os porcos na horta- Jo, ro: horta, lugar fechado - kaki, dentro. KOTU : Kutiigh, noite (gh de kutüigh profere-se sub- missamente, obscuro). - 1 - Notúiite mémen hadn : Sentir medo de noite - mómen, temor - te, de — hadn, sentir - 2 - Notwiite tag nôro ton ne: Esta noite não dormi --tog, esta -- ne, estou. Tambem : Esta noite ainda não estou dormindo -- 3 -- Lairánha ij tin: kotü kéti: Eu vou trabalhar, eu trabalho de noite -- kéti, trabalho -- 4 -- Kotuiite 7j kampó me: De noite sinto as pulgas :- kampó pulga-me, sinto as mordeduras - 5 - Koti tag, kampo kanxiri me: Esta noite me judiaram os bixos do pé--kampó kanairi, bixos do pé -- me, soffri -- 6 -- hoth étiti ha: Ja é muito obscuro -- 7 -- Kutiigh xi hi: Meia noite -- 8 -- Larai kut kéti: Elle pretende trabalhar de noite -- ke, pretende - ti, elle. KUTU : Atoa, estultamente -- 1 - Æixmän ut to tí: Elle me ‘alla atoa -- to, falla. Tambem surdo (Thel.) Kut de: E” surdo -- de, ê KUTU’: Obseuro-- 1 -- Eijmán kutuü ti: Para mim é muito obscuro -- ti, te: muito --2 - Kutuken húri:s Ja foi anoitecendo -- ke, querer -- 3 -- Kotiigh hütiti: Obseuro muito muito -- gh, connectivo. | KUTUXZ: De tardinha, a noite avançada -- 1 -- Ko- tuxi ha ne: Ja é tardinha --ha, ja - ne, é. KUTUX/7 HO: Meia noite-- 1 -- Kutüxi hô vitire: Elle sahia a meia noite-2-- Kuti xi hot 77 nôro: Eu durmo a meia noite -- t, de hüt, connectivo -- nôro, duxmo. KUVARA': Distante. Tambem kunrá--1-- Kuvara ka légua ij) ni: Eu moro a distancia de uma legua -- ka, no - nº, moro - Nuvarán qu ka ij ni: Eu moro muito longe -- gii, muito. Tambem kuvara hôti-3- Nuvará hó to éin veg ti: Elle nos ve de muito longe -- to, de - éin, a nós--ve, ve -— À, connectivo -- 4-- Nuvará hô to i) tin ve: Elle me ve, estando muito longe - ti, elle -n, de tin, connectivo -- 5 -- Nuvará- hü to in ve: Ver a e:sa de muito longe --2n, casa. KUVEIX, kovéix: Sangue — I — Kiivéix kid ma ne: Está muito ensanguentado, 5 no — md muito ne, está. KUVO’: Embirra — I — Auvo fé: Corda, fita de em- birra. KUVO’: Cego — I Küvod ij kankúten : Nascí cego — d, connectivo — 2 -— Ij kiivótiti ni: kóix to veg ton ni: Eu sou muito cego: eu não posso ver de cima, no alto - hiivó- titi, cego muito muito - ni estou -- kóix, emeima, - to, de -- ve, ver, -- connectivo — tôn. não. KUUARA’: Longe. Vide Kuvará. D Nota: No principio da palavra, a lettra d é nasal. P. ex: Timotheo, é pronunciado como fosse escripto Ntimotheo. Isso vale tambem rela ivamente às lettras b, p, g, guttural. DA: Animal. DA MONE: Cousa desarrumada -- da, cousa -- mon, le-- vantado. postas em movimento — ne, esta. DA'RA : Fralda - 1 Tindára : Fralda do homem. DATON : Atoa. Vide App. DE : Cousa, armario, caixa. DE: Armario - 1-- Denim: Armario para alguma cou- sa-- um, om, ôn, 6t: alguma cousa -- 2-- Xuru de, armario, caixa de panno. Vide App. DE: Caixa--I- Kurú de: Caixa de panno - kurt: pan- no; mala de couro. DE, da: Cousa, bixo - 1 - Da tôn ki ti tére: Morreu por nenhum motivo, atôa- ki, por? - ti, elle - t, connectivo -- 6», algum - 2 - Denim van ko tôn: Não está comendo nada - denim... ton, noda - veinkó, come - 3 - Det kára: Toda cou- sa - kára, tudo -- 4-- Denúm kara ni jenga agn: Elles assam carne de toda a qualidade de animaes -- denúm. animaes — hára, todos -- nz, carne -- jénga, assam -- 3 -— De ton ijamá nim: Elle não me dá nada -- de tôn, nada-- #jamd, para mim -- nim, dá -5 Den géka: Pegou a cousa -- géka, pegou -- ka, suffixo para fazer o. passado -- 6 -- An tó 30 à) ketô ij je: Não quero estar brigando com você - ánto, com você-to, com - jó, brigar -- ke, pretendo --to, não -- 7) je, eu estou --Y — Ande por dia — kémo? O que queres diariamente - an, tu--de? que cousa ? quanto ? - 8 -- De núm kenema je: Gosta de tudo - denúm, tudo - kenemá, gostando -- je, está - 9 -- Déne ix prá: O biro me morde -- pra, morde -- 16 -- Aningét te déne? -O que está na ‘tua mão ? - «a, tua -- ningé, mão -- t, connectivo - ne, está - 11 -- Denúm ôt ve agn jéne: Elles mandam outro para ver tudo - denúm, tudo -- 6t, outro -- ve, ver - jéne. mandam - 12 -- De- nim, significa tambem outra cousa - ón, outra — 12 bis -- De- nim tavin krimá je: Não esta gostando absolutamente de ninguem, de nenhuma cousa -- tavin, de tudo. absolutamente -- krimá je, está aborrecido -- 13 - Dét koré: Cousa ruim, dia- bo - koré, ruim -- 14- De non ijmá nim: Me dê alguma cousa - nim, de - ôn, alguma -- 15 -- Denúm ton te, kara had kant? : Tudo está feito do nada - denum ton - nada --te, do - had, feito -- káânti, está -- 16 -- Det kára ti kanherói: Ele conhece todas as cousas -- det Kkára. todas as cousas - ti, elle -- 17 -- Dét korég ne: FE’ cousa inutil -- ko, ég, inutil, ruim -- 18 - De tim 77 ve kema: Gosta de ver tudo; é curioso -- kemá, é inclinado - 19 -- Det koré ni ágto kémo: Elles querem carne desta por- caria, deste bixo ruim --n/, carne-agto, elles -- 20 -- Garin kré tan, dene kupré: O branco deste ovo da gallinha -- garin kré, ovo da gallinha -- tan, de -- déne, a cousa -- kuprí, branca 21--In to na ti: Encostarse a casa - in to, à casa -- to, à -- na, encostar-se - ti, elle - 22 - Déne kokré gére: Fedor de carni- ça-déne kokré, de animal podre -- ni, carne - 23 -- Denúm tok tin já ne: Elle está com nada - denúm to, nada -- k, conne- etivo - ja ne, está - 24 - Dene ni kanjam kéve ? -- Que qualida- de de carne quer comprar ?--déne?-- de que animal ?-- ke ve, esta querendo -- ke, pretendendo -- ve, está -- 25 -- An ti ni tan, de bin»? Porque tu trazes agora carne daquella qualidade ? - an. tu--tr ni -- carne do tal bixo --tanr, aquella - de? por- que ? -- báno, trazes agora - 26 -- Ag ta déto móne ? -- Aonde é que vão elles ? - ágta, elles — déto, aonde -- móne, vão: plural de tin-- 27 -- Detan ti tokfi ne ?-- Porque elle está amarra- do ? -- detan, porque tz, elle - tokfin, amarrado -- ne, está -- 28 - An tan deto tinge: Aonde vaes tu ? -- dntan, tu -- déto, aon- de--tin ge, pretendes ir -- ge, pretendes -- 29 -- Déja vin ke? Porque quer fallar ? -- déja, porque -- vin, fallar - 50 -- Léje ti je ti kanémo ? O que está procurando ? -- ti elle - kanémo, vro- cura agora -- 31 - Zxmän ama denum nim ; ixán koje: Me dê alguma cousa: eu como - denúm, alguma -cousa - dma, você - nim, de -- ixdn, eu -- hoje, eu como - 52 - Den hd: Cousa bôa 33 - Den jun ( jon): Bixo brabo: féra - 34 - Denéne tan, bói ve je: Aquelles bixos estão parecendo bois -- tan, lá - je, es- tão -- ve, pareceudo - 35 -- Det kara kóti ti: Elle come muito de tudo -- kótr, come muito -- #, elle -- 36 -- Denén tére: Bixo morto — 37 -- Hijman ti déne to: Elle me disse uma cousa - to, disse -- 38 Tirô tandéne ni?--O que é a letra da tal cousa ? -- ti rd, a letra da tal cousa --tandéne, o que?--ni, é?-39 - De núm de: Armario para alguma cousa -- denúm, para al- guma cousa -- de, armario - 40 -- Hijman deve ne: O que me estás mostrando ?-ve ne, estás mostrando -- 41 -- De háno ? Que estás fazendo agora ?--42-- Déto ti ne: Onde está elle ? -- déto, onde -- ne, está -- 43 -- De xo jon ne: Porque está brabo commigo ?-- xo, commigo - jon, brabo -- 44 - A xo jon ne, taix kémo: Si estás brabo commigo, vou matar-te -- fäix, matar - kémo, pretendo -- 45 Venharô de: Cousa escripta. Vide App.. DE: Estar (ervez de je). Vide App. DE? Porque? Interrogagivo. DE ? Que cousa? que 6? --1-- De ti jama nim? O que é que elie me da?-- jdmd, para mim-- nin, dá tu-2-- Ti tande hat ke? O que é, que pretende fazer ? ti, elle -- tande, o que -- hat, fazer - ke, pretende --3-- Ti ta had ij, ro ni: O que faço eu, é cerca -- ti ta, o que — had, faço - ro, cerca - ni, é. DEGNE : Anus, bunda. DEGNENGORO : Calças - 1 -- Degnengôro to tj, perógn, hat kie: Eu pretendo fazer sacco das calças -- to, com - pe- rôgn, sacco -- hat, fazer -- kie, ke: pretendo - 2 -- Degnengôrc NO küren to kantin ge: Elle pretende vir com calças novas — kiirôn, novo -- ge, pretende -- to, com - 3- Franxíxko degnen- gôro tavin tôn je; veinpefine pire ne: Francisco não tem absolutamente calças; elle anda só de xiripa- tavin absolu- tamente -- je, está com -- veinpefin, xiripá - píri, só -- ne, esta. DEL: Cosinhar--1-- Dejafa, cosinha -- já : instrumento, lu- gar onde se faz alguma cousa -- 4 -- Déiera: Cosinha tu - 3 - 1; prôn arangré dérmo : Minha mulher cosinha agora feijão — 7) pron, minha mulher -- arangró, feijão -- déimo, cosinha agora --4-- Kéii déiera : Cosinha tu jacú -- hóii jacu -- 5 -- Dejafa han fagn húri: Ellas ja arrumaram a cosinha -- fag, ellas -- húri, já : indica tempo passado -- 6 -- Déi tin fi: Ella vai cosinhar. DEIKEMÁ : Avarento -- kemd, gosta--de, de alguma cou- sa ( Tel. ). DEIA, déja : Não quero ; porque -- 1 -- Déia kaxorro tag ti batin ton ke? Porque E não quer levar este cachorro ? - butin, levar -- ke, quer -- 2 - Déja agtôn ti jon? Porque elle está brabo com a gente -- Va tôn, com a gente jen ne, está brabo -- 2 -- Lengré agn jen kantin ? Os dois vêm para comer ? Déja ! On jén kara kantin: Não! não quero! Um vem comer antes, outro depois -- /engré agn, os dois -- jen, comer -- kantin, vem ( kamón ) - On, outro -- jen, para comer -- kara, depois — kantin, vem -3 - Déja! mag ne 77: Não quero! estou com vergonha -- ma, vergonha - q, connectivo -- 7, eu. DEJAFA’: Cosinha. Vide dé/: cosinhar. DEJE: Cera -- Dejegrú : Be de cera - grt. luz, ac-- cender, resplandecer, illuminar -- 2 -- Déje fén jafa: Castiçal -- déje, vela - -fen, fechar - jafú, instrumento -3- Deje grú ra nira: Sente perto da luz -- ra, perto -- mira, senta tu — 4 - Déje grúnera: Accenda a cera. DE'JE Não quero! porque? Vide déia. DEN : Casa do botão ( Ch. L. ) DENE, den: Bixo-I Dene ij prá: Um bixo me morde -- 2 - Dene tan bói véje: aquelle bixo está parecendo boi -- tan, aquelle -- je, está - ve, parecendo -- 3 -- Déne ni: Car- ne de bixo - ni, carne - 4 -- Dét hore tini agton kémo: Elles que- rem carne de bixo ruim -- dét koré, bixo ruim --tíni, carne ág'on, elles -- kémo, querem agora -- 5 -- Déne tére : Bixo mor- to - 6 - “en jun: Bixo brabo -- jun brabo. DENE: Atraz--1- Vog dénera: Vira tu atraz -- vog, mover-se — 2 -- Tan denéra: Vire cambota. DENE: Deixar. Vide App. ( dere ). DE’NE NI: Carne de bicho - ni carne--1- Déne ni jénga agn: Elles assaram carne de bicho --jénga, assaram. Diz-se tambem dané ni. DENMA, denemá, devemna: uruti - denmá : bixo forte, mau - venmá, mal. DENUM : Alguma cousa, tudo -- 1 -- Denúm tok tin ja ne : Elle não tem nata - denim to, nada -- k, connectivo — té elle - n, connectivo - já ne, está agora - já, agora. Vide App. DENPAN: Urutu ( Vise) Vide Den man. DERE: Parte posterior, assento, cauda, banco -- 1 — Kankéi à) dére: Meu assento da canda — kankéi, canda. DERÓTKE: Fundo de alguma cousa (do copo, p. e. ). DERE: Deixar-1 - Dére enkré: Deixar de pensar. DET KORE: Cousa ruim, diabo, bich) ruim - de, cousa, bicho -- t, connectivo. DETO: Aonde--1-- Ti te arankét déto tin ne? A onde ia indo Fulano de tal e Sicrano de tal hontem ? -- tite, elle — arankét, hontem -- tin ne, ia indo--tin, ir - 2 -- Agn déto mo mo ne? A onde vão indo elles ? - mo, repetido, para significar multiplicidade de acção -- 3-- Ag hânde déto nanti? Onde estais vós? -- Ag hdnde, vós. Vide App. DETUM: Tudo--1-- Detúm brija ti: Elle esmigalha tudo - brüja, esmigalha, quebra. : DEVENMÁN: Urutú -- de, bicho -- venmdn, mau. DI (em logar de ti): Elle. Vide App. DIK, ding: Fundo --1 Dik de: Cousa funda -- de, cousa -2- Oré dik (ding) tag dik hô ne: Esta lagôa é muito funda — tag, esta -- hd, muito -- ne, é -- oré, brejo. DID: Costas. Vide App. (lombo ). DJI: Ao longo -- 1 - Emprü dji ôn katóite ton ( katôte ): Ao longo da estrada não se encontrou ninguem - emprü, estra- da--ôn... ton, ninguem -- katóite, encontrou. DING: Profundo. Vide dik. Contrario de palêre, raso. DINHERO : Dinheiro -- 1 - Dinhero tag korég jd ne: Este dinheiro agora não vale mais-- ja, agora -- korég ruim -- ne, está. DIO, em vez de do, espingarda, arma. DITXU’: Lebre. DIU’, ju, jon: Brabo, mau, feio: Kakän diú: Cara feia (jun). DO: Arma, flexa, espingarda--1-- A ningá agn don ge: A gente tira a arma de tuas mãos--a, da tua ninga, mão -- dón, arma -- ge, tiram - 2 - Dó jek fin: Ponta da fle- xa -- jek, corte ?-- Hixman ix do hádno: Agora estão con- certando a minha espingarda -- cixmán, em meu favor -- hádno- estão concertando agora, de ha, bom-4- Wire pan dó: Guarda-te da arma da cobra -- kíre, guarda-te -- pan, da ser- pente - 5 -- Dó féére: Pennas de flecha -- 6 - Dó réêre : ferrões, dentes da flecha --8-- Do kané fa: Sortimento de bagos para esgingarda--kané fa, bagos - 9 -- Do rúro: a arma cur- ta: garrucha -- 10 - 1; dó: Minha arma -- 11 -- Do téie: Arma comprida : espingarda -- téie, comprido -- 11 -- Dó ten min, ta‘x 77: Eu matei uma onça com a arma -- ten, com -- min, onça — k, ronnectivo -- taza, matar -- ix, eu. DO: Atraz-1-Do ti na ti: Elle está atraz de Fulano de tal-- dó ti, atraz de Fulano de tal-- na, esta -- ti, ES a) — ele--z--Jógn do 7) tin ge: Eu quero ir atráz de meu pai--jógmu do, atraz de meu pai--ge, quero--3-- Kin do ti veinvó: Elle corre atraz -- ki, prothesi -- veanvd, corre. Vi- de App. DO TI KETI: E' mais moço. DO: Raio-1- Ran dó: Raio do sol-rán, ardn: sol. DO: Abrir. Vide dôro. DUDN: Proeminencia, maçà - 1 -- Du didn: Umbigo - du, veutre. | DOGNDO : Furado nos olhos, cego--1-- Dign do ja ne ha: Esta já cou os olhos furados -- 2 -- Dign do ni ha: Já ficas cego. DOGN DO: Triangulo. Tambem: Ti pe dügn do. DON: Abrir. Vide dôro--1-- Donera: Abra. Tam- bem abriu a porta (ellipsi. Ch. L. ). DON, do: Atraz--1-- 12 don venvo ra: Está correndo atraz delle -- ti don, atraz delle -- venvó, correndo -- ra, está -- 2 -- Ti dine tx tinmo ha: Bu já vou atraz delle - tínmo, vou agora -3--7i don ij viiire: Eu fui atraz delle -- viiere, foi -- 4 — Jägnin dine agmo ha: Elles ja vão uns atraz dos outrcs -- jágnin, um a outro-dgmo, elles agora -- 5 -- Andot ké ve: Mais moço -- ke ve, esta feito atraz ? -- Ajut keve: Mais velho - ju. adiante -- t, connectivo - 6 -- Ti dot kaxoro fodn: Atirar o cachorro atraz delle - fódn, atirar, açular -- 7 - Ti dé ti ni: Fulano de tal está atraz de Sicrano de tal -- 8-- Done ágmo : Elles vão atraz -- done, atraz -- e, epenthesi -- mo, vão — 9 - 7% do ti veiva: Elle corre atraz de Fulano de tal - veivá, corre - 10-- Aqu do xóldado jéne ti: Elle manda soldados atraz da gente -- jéne, manda. DORO: Fure, buraco -- 1 -- ningrén dôro: Entradas dos ouvidos - mngrén, orelhas. Tambem : furos dos brincos - 2 -- Perógn tokfin kanin : kire done he: O sacco está amar- rado; veja que não fique aberto -- tokfín, amarrado -- kanin, fica -- kíri, veja -- dóne, abrir -- he, não -- 3 -- Jantka dón ja ti ne ha: A porta já está aberta a esta hora -- jantká, porta - ja... ne, está--ha, já -ti, elle. Tambem: Elle já abriu a porta--4-- Ka côro: Pau turedo, ôco. Tambem: Ka janké - 5 -- Dôro ti: Cousa aberta -- 6-- Préja dóro: Fundo da agulha - 7-- Donera: Abre tu--8-- Dôro ti je: esta aberto - ti je, elle está - 9 - Arankét kainké ij) dôn: Hontem eu abri a canôa -- arankét, hontem - kaénké, caixa, canôa - 11 - Kuji dôro ti: Elle esta ôco no meio - kujú, no meio -- 12 — Ti kanén dip ti: Elle fura os clhos de Fulano -- düp, furar -13-- Ti kanén van dé ve: Os olhos delle estão furados — van dé, furados - ve, estão - 14 - Jägnen kanén di: Se fu- ram os olhos mutuamente -- Jagnen, mutuamente. DA GENS PE DORO: Algibeira - 1- Dôro kaki fodn: Por na algi- beira -- kaki, dentro - fódn, por. Tambem: Veinxkaki fódn : Por na algibeira -- veinxkaki, dentro. DORO, koké non: Coruja. DORO, duro: Apagado. Vide dun. Tambem jun ? DOXE: Doce--1--1j jo dôxe nim hadn: Eu guardo doce para mim - Jo nim hadn, guardar. DU: Palma ou parte inferior de alguma cousa - 1 - Ningé du: Palma da mão -- Ningé pakxim: Costa da mão. DUD: Costas -- 1 -- Dud kuka?: Ossos das costas -- kukd, osso. Dud kuhá, espinhaço. DUIX: Pescoço - 1- Ti dúix fúixte: Cortou o pes- coco delle - ti, delie - 2 -- Duix kxire: Deu risadas de arre- bentar o pescoço -- À, connectivo - xire, arrebentar - Dúix ge zc ne: Eu estou rouco - ge, pegado - 7) ne, eu estou - Duix ka ag ten: Elles b teram no pesenço delle- ka, no- ag, elles -- ten, bateram. Vide App. Significa tambem collarinho da camisa. DUN: Batata. DUNG, dun: Ventre--1--T; dun dôgn: O meu um- bigo -- dügn, proeminencia --2-- Ij dun van kangamo: Meu ventre esta doente -- veinkagámo, esta doente agora -- 3 -- Dun kanga, ti: O ventre está com grande dôr--ti, muito -- 4 -- Nerénj à) ko kan, eix dun kangati: Porque eu comi laranja, o meu ventre esta doente -- ko kan, porque eu comi -- Dung -- buingh: Tripas-- 6 - An dun éin kangâmo: Estamos agora soffrendo de ventre - an, connectivo -- é2n, nós -- 77 Dun uafé : Cos, cintura, cinto das calças. DUR: Pó. Vide App. DURO : Apagar--1 -- Aran duro: Se apaga o sol. DURU: Pó. Vide tudére -- Kafê ti duro xo: Sujeira do po de café - sugn, xo: Sugeira. E E’: muito -- 1 -- Ti kotaxi tére kan, Fidenxio mankanga ed ni: Fidencio está muito triste, porque lhe morreu o filho - ti ko- ti, O filho delle -- tére kan, porque morreu - han, por -- mankan- ga, triste — e, muito -- d, connectivo -- ni, esta --2- E agtôg mo l:émo : pretende ir muita gente -agtó, gente - q, connectivo --mo, ir-3-- Agmán to e: Tem muita gente, ou fallou muito a elles--to, ter, fallar--4-- Xoldádo e ag nanti: Os sol dados são muito — núnti, são — 5 -- Kanendôro ki, og ene: Na janella ha muita gente - kanendôro, janella -- ki, na - n°, tem -6-Gôi ki e kitten ke: Cahiu muito na agua-- kiten, cahir -- ke, sufilxo para indicar o passado -- Dón ag e kamôn: Atraz vem muita gente - don, atraz -- kamôn, plural de kan- tin, vir -- 8 - Norég tavin ag e kamôn : Vem deveras um grande desproposito de gente -- korég, muito -- tavín, deveras -- 8 bis — Nôr ke e ni ha: Elle: quer muito dormir -- nor, nóro: dormir -- ke, querendo - ni, está --ha, ja--9-- To ij edn gara: Eu tenho muito milho -- 10 -- Antére ton ni, e ko: Para não mor- rer, eu como muito — antére... ni, estar morrendo -- ko, como -- 11 -- Jagne ton jônmo é: Elles estão brabos um com outro -- jônmo, estão brabos agora- 12- In tag ti kurän te e hano: Elle faz esta casa em muito tempo -- in, casa -- ti, elle — ku- rán, tempo, ki, em - húno, fará. Tambem: Kurdn ki han et kémo -- et, muito -- t, connectivo - 16 -- In tag e ho je: Esta casa é muito alta -- hô, alta--je, 6-17-- Pin tan ki ed ne: Aqui tem muita lenha --tan ki, no aqui, ki, no. Vide App. E, he: Não. Usa-se com o verbo kire, guarda-te -- 1 - Kiri perógn don ne e (he: Veja que o sacco não fique aberto - perógn --, saceo -- dôn, aberto - ne, fique -- he, não -- 2 -- Kiri goira tin he: kingééxno: Veja de não ir ao rio; do con- trario ficas enroscado nelle -- gôi ra, para o rio - ra, para -- ti ki, nelle -- géixno, te pegaras -- ge, pegar -- 7, connectivo -- no- no futuro. EKTOA’: Perto. Tambem to, tohd-I Tima to ektôn tonjaki hakantin ge: Diga a elle: Queira ir fora da visinhan- ça-tima a elle - to diga, - ékto, perto -- tonjoki, fora da ( vi- sinhança )-- ha kantin, vir ha, voz de mando - ge, ke: queira. EKTONJAKZ’: Fora da visinhança - tônjaki, fora. EKURA’N: Dia, tempo, hora, claro. Vide kurán. E’IX, ix, ig tj, ex, x, xan,: Eu, meu-I - Gonoá me avin tivin ne àj: O sabid é para mim um animal bonito -- gonoá, sabia, me, animal - ain, bonito - tavin, deveras - ne, 6-7), para mim - 2 - Ha ‘ema ix cinhéro nim: Me dê o meu dinaeiro. Ha voz imper, - nm, dè-3- Hix já fi ve, jéx tinmo ha: Eu vou ver minha mai já--jom, mai fi, ella- ve, ver--jéx, eu-- tinmo, vou agora -- ha, já - 4 Kia man ge veiketá : Eu e lho remedios para mim -- ge, colher -- veiketa, remedios -- 5 -- Amd ix ninmo veiketá : Eu dou remedio para você - dma, para você - nínmo, dou agora. EIN: Nós ( Tambem en)-1- Ein ninhé: Nosso nariz (nijé)-2- Ein jomá: Nossa aldeia- ema, aldeia jama, nossa aldeia -- 4 -- Ein hkainkã ton ti: Elle não é nosso irmão, collega, contribulo -- kaënkd, irmão -- 5-- Hin ve kan togmo: Nos estamos vendo tudo -- ve, ver -- kan, tudo - tógmo. esta -- mos agora -- 6-- On cin bre tankéxno : O outro nos está aju- dando -ôn,o outro -- éin bre, com nosco --tankéxno, trabalha agora - 7 — Ein jan dnto jon: A nossa mii fica braba com você - anto, com você - an, tu - 8 - Ein kakan kupé ja: Nos agora lavamos a cara - kakán, cara - kupé, lavar - ja, estamos - 9 — Ein tan ag angvéix kamônve: Elles estão vindo aqui visi- tar-nos — tan, aqui - angvéix, visitar - kamôn, vindo - ve, es- tão -- 10 - Hinman to ôno to: Elle nos conta mentiras -- to- falla -- ônô, mentira -- ti, elle - 11 - E'in arôtiti nanti: Nós es- tamcs muito cançados -- nânti, estamos -- arôtiti, muito cança- dos - 12 - Veindü éinmo : Nos estamos rindo -- mo agora. EINJIN : Canto de casa, angulo da casa. EINRA'N, Einragn: Copo--1-- Einrântog, tog fudn: Este copo esta cheio -- tag, este -- tog, está -- fudn, cheio (fan) EJEN, Jen: Comida, almoço, refeição -- 1 - Ejént kanjan kémo: Eu pretendo pagar a comida -- kanjam, com- prar — kémo, pretendo. EJUVEN, enjuvén: Conselhos --1-- Eij jog tinkte kan, «njuvént hati: Meu pai, quando estava vivo, dava bors conselhos -- tinkti, viver - hati, fazia--2-- Enjuvén ra: Dé bons conselhos. Imper. * EMA: Vide jama: Povoação, cidade, mundo, villa, bairro - 1 -- Emá kara: tudo o mundo, todos os povos-- 2 — Ema vet ka ix ni: Eu estou vendo tudo o mundo -- vet, vejo -- t, connectivo -- ka, tudo -- ni, estou - 3 -- Ema tag korég ne: Este lugar é ruim--tag, este - korég, ruim --4 - Hüri- ken ti ( Tupén) emá kara hat húri: Como fez Elle (Deus) o mundo ?-- hürike, como --ti, elle -- Tupén, Deus -- ema. mundo -- hat húri? Fez: o passado é indicado por húri - 5 —Jamd: Minha terra, meu bairro, minha morada. Terra, bairro, etc. se traduzem com ema, ama--6- Ema ôn te ton fuixfúio ni: Não tem xupim nem em um nem em outro lugar -- emã On te? Noutro lugar--tôn, não -- fuixfuix, chupim (passarinho) -- n7, tem. Em Kasngang basta pôr um membro da correlação para indicar os dois, e assim esta expressão significa: Nem num nem noutro lugar tem chu- pim -7-- Ema ôn te gara ton ne: Nem num nem noutro lugar tem milho -- gára, milho - ne, tem --8-- Ema kara mi: Por todo o mundo -- mi, por--9-- Emãá buünçh: Cidade —- E A o buongh,, grande - 10-- Jama to ij je: Não tenho morada - to, não -- 1) je, estou tendo -- 11 Jama ki judn judn: kura éne ka kamôme: Continuam a chegar na povoação : elles vêm naquelle dia -- ki, na--judn, chegar: a repetição indica plu- ralidade de acção-- éne ka, naquelle dia -- ka, em-- 12 - Emã ta ki kangi emá ne: Este lugar é insalubre, ou: este lugar é pestivo a ficar doente - ki, em - emd, inclinado — ne, está -— 13 -- Kanganga kan ema ndnti: ‘Yodos os lugares são insalubres - kangá, com a repetição no fim, é um dos modos para indicar o plural -- nanti, são. EMA'N: Tempo de secca ( Thelemacô ). EMA: Um que tem inclinação, que gosta, que tem propensão. -— Vide kemá -- 1 - Ema taki kangá ema ne: Este lugar traz doenças: este lugar não é saudavel para elle -- emá ta ki, neste lugar -- ne, está. IMANIE: Obediente ? EMBEKTO’: Um certo modo de pegar os ratos — 1-- Ambektó: Salto, onde se pegam os peixes com o me- thodo de pegar os ratos - xa, salto ( kroun). Tel. EMBRA’: Junto -- Ein bra ko: Elle come comnosco — éin, nós -- bre, junto -- 2 -- Hin bré vin hô ne: Está fallando cousas boas comnosco - vin... ne, está fallando. Vide App.. EME’: Quieto - 1-- Emé ij) kani ni: Eu estou senta- do quieto -- káni, sentando. E-ME': Sacudido -- e, muitu -- mé, forte. EME JUR: Fusil? ( Visc., Vide App.). Parece signi- fique antes: Dé para mim, e--me, para mim--jur, dé. EMIN: Bolo, pão (emin ). EMIN: Caminho, estrada. EMPA'NGH: Roça--1-- Empangh wri: A roça esta feita - pangh, derrubar, fazer roça -- húri, indica tempo passado. EMPRA'N: Em baixo -- Emprán evaix : Olhar em bai- xo -- eväix, olhar - 2 - Ta kane emprane: Está la em baixo -- ta ka, lá -- ka, em -- ne, está ( pran ). EMPRUGH, emprü : Estrada, caminho - 1 -- Min krin emprügh ré: Campo da estrada da cabeça da onça -- min krin, cabeça da onça --rê, arê: campo -- 2 -- Emprügh joro: Estra- da quebrada, que dá voltas - 3 -- Emprii ki (kri): Na estra- da -- 4-- Emprii veinkanpóvo je: Uma estrada se separa da outra - veinkan, da outra --je, está --vein, um do outro, mu- tuamente - kan, de-- povo, separar-se - 5 - Emprügh kanmi: pegar um caminho. (Vide App.). EMPRU KI JANTKA': Porta da ruo -- ki, na. EMPRURU : Terreiro, rua - 1-- Empriiru mi ha nanti : Já se acham na rua - mi, na -- ha, já - nánti, estão - 2 -- Emprü- ru hat kéve: Estou querendo fazer limpar a rua — hat, fazer - ke, querendo - ve, estou -- 3 -- Emprüru mi jantkà : Porta da rua -- mi, na jantká, porta. Póde-se usar tambem empriiru ki--4- Emprüru pri: Varrer a rua. OR Gay Nc 2- Emprü hat kéve: Estou querendo fazer, limpar a rua - hat, fazer - ke, querendo - ve, estou - 3 - emprüru mi jantka: Porta da rua - mi, na - jantká, porta. Pode-se usar tambem empriirw ki - 4-- Empriiru prá: Varrer a rua. EMU: Diligente, sacudido. Vide e - mé. EN: Nós. Vide éin- 1 - Entôn kara in: Casa de nós todos - entôn kara, de nos todos - kára, todos - 2 - En kara vankangámo : Nos todos agora estamos doentes - van- kangamo, estamos doentes agora - 4-- En tére kan, veikupri en hô hóro ti: Quando morrermos, a nossa alma sahe do corpo -- k, connectivo -- kan, quando -- en hé, do nosso corpo - hero ti, elle sahe - ti, elle. No conceito dos Kaingdngs, a alma é de genero masculino -- 5 -- E’nk xf hdtiti: Faz pouco caso de nós-- k, connectivo -- xi, pouco -- hati, elle faz - ti, elle -- 6 -- Enk tan angvéix kamon ne: Elles vem vindo vi- sitar-nos aqui--tan, aqui - angvéix, visitar - kamôn, veem, plural - ne, estão. ENKAGBE’: Cova. ENKFT : Anzol-1-Ænkfi buüngh: Anzol grande - buüngh, grande -- 2 - Enkfi xône: Linha de anzol. ENREDN : Pensar, ter cuidado de alguma cousa - 1 - Kix ix krédn: Eu penso, reflicto - 2 -- Koxit ki x enkrédmo : Eu penso no filho -- ki, no, tenho cuidado do filho -- 3 -- Ungré engré: O homem pensa, é sisudo. Vide App. ENKREJ: Caçar--1-- Enkréx ki kanti nanti: Elles estão estando caçando-enfkré) ki, na caça -agne, elles - käntr, estando -- nânti, estão -- 2 -- Enkréj hütiti: Elle deseja muito de caçar -- hótiti, muito deseja: tem a paixão da caça — 3 - Entré jan: O caçador está caçando agora -- jan, agora 4 - Xanxi enkré je ti: Elle está caçando passarinhos -- xanxi, passarinho. ENKRE: Plantação. Vide kré.-1- Kre van ton ti: Não ha ainda planta -- van, esta -- ti, elle. ENKTON: Nós--k, connectivo. Vide éin, en --t, connectivo -- ôn, outros (nos outros )- 1 -- Enktôn kara kérex kônvo: Cova para todos os cadaveres de nós -- kara, todos— kérex, cadaveres. ENKU'K: Rachar. Vide kuk. ENDE, de: Cousa. ENDEJAFA': Cosinha -- 1 -- Endejafá Iuméra viiire ti: Elle foi de vagar na cosinha -- kuméra, de vagar. ENDENÚM, denúm: Alguma cousa -- 1 - Endenúm kenema je ton: Não gosta de nada, é insupportavel -- ende- num... tôn, nada -- kenema je, . está gostando -- 2 -- Endeniim ve tót agn jén ne: Estão mandando elles outros para ver alguma cousa -- ve, ver--ôt, outro --t, antes de dt, connecti- vo - agn, elles -- je ne, está mandando -- ne, está. NOR ENDORTI: Elle apaga. Vide duno, duro, dórti. O contrario de aénka, accender. ENE: Aquelle lá, lá (adverbio )--1-- Ton éne ra: Vamos para lá --tón, vamos--ra, para -2- On éne ni, fi: Quem está ahi, é mulher --ôn, quem - ni, está --fi: ella, mulher - 3 - E'ne korég je, éne ha hi je: Aquelle é mau; aqueile outro é muito bom -- kurég, ruim - je, é-- ha, bom — hé, muito - 4--Krin éne to tamprügh ti: Elle sobe naquelle alto -- to, em--ti, elle--5-- Nângja kri gire enent fi: Pôr aquelle menino na cama--nängja; cama - nan, deitar — Jr, em cima, na-ja, instrumento. logar - 6 - E'ne fi ni: Ella está ahi -- fi, ella. ENHORIKEMON : Póde ser, talvez. Vide hôrike-1 - Enhüriké mon kantinmo: Talvez eu venho agora -- 2 -- Exhi- rikeno: Por exemplo ? | k NGA’: Piolho. 2 ENGA', ga: Terra --1-- Jj engäto : Na minha terra - to, na-2-1; jama kan, ga ha hô ni: Na minha terra, ba terra boa-jamä, minha terra - Lan, na, ha, boa-hé, muito ni, tem. ENGAJE: Laco--1-- Engáje tan kantó xa: Ficou preso num laço um papagaio -- tan, pum — kantó, papagaio - aa, preso. Tambem: Com um laço pega um papagaio. ENGA'RA: Milho. Tambem gára - 1 -- Gara tôt: Milho verde. A ENGARA xfre, engdra kanæire - gára kanæire : Arrôz - xi-e, kanxire: pequeno - 1 -- Gáraxire kré: Arrôzal-kre, roca plantada - 2-- Gara xi pantfi: Montão de arroz. (G de gára nasalado ). ; ENGARIT : Gallinha -- 1 -- Engarit kur: Falla, canto de gallinha. ENGARIT krén : Ovo, pinto, filho de gallinha. ENGA'XKA : Parte? Gente? (Vis). ENGDEXTIFI’: Cosinheira. Tambem dextifi- dèx, déi: cosinhar -- fi, ella. ENGETKA, gétka: Basta! Chega ! ENGHU’ - 1: Assobiar, assobio ( engu - hi, engu -- i ). EGJAME': Adiante de nós--en, nós -- jamé, face — 1 - Girt engjamé môjen: Os meninos vão adeante de nós - giré, menino -- môjen, vão. ENGJE: aropouca. Vide énje. Diz-se tambem eng- janje--1- Engjanje xa känti : Está preso no laço -- xa, preso kanti, está -- 2 - Engjé to xa nikti: Está preso no laço -- to, no -- n/, está - k, connectivo -- ti, elle. Tambem: Engje to xa tógmo-tógmo, está agora. ENGMA’NJE, ôn ag men je : Capitão, cachique -- 6n, quem - ag, gente -- man, muita-jé, esta. Tambem eng budn- h je-budngh, grande. ENGO-- hu: Capoeira, matto pequeno. Don À ENGOIO, gôio : Agua, rio - 1 -- Gôio tx: Agua verde 2 - Engôio ijma nim: Me dê agua - 7jama, para mim - nim, dê. Ija krône: Eu bebo - ixa,eu3-gôio gu: Agua baixa - 4- Gôio kri : Sobre a agua, a flor da agua, à beira do rio leri, acima - 5 -- Gôio fuüre te: No barranco do rio - te, no - 6 - Gôio kuxan ti: Agua muito fria - ti, muito - 7 -- Gozo xo: Rio Tieté - xo, sujo--8-- Goio buôngh: Rio do Peixe--8 -Gôio kupri : Rio Feio, Rio Aguapehy -- kupri branco -- 10-- Gôio Tacró: Rio Feio-- 11 Goió aränti: Agua muito quente 12 Goto arântim»: A agua está quente agora-- 13 Goro ni: Tem agua, agua parada --14--Gôio hé: Tem agua boa - hi, boa -- 15 Géio kané: Olho de agua (tambem gôio ni). ENGORO, grôra grôro: Barro - 1 Engôro grin: Barro amassado, artefacto de barro -- grin, artefacto caseiro. ENGRA’, gra, gre: Macho, varão. - I - Gire engra: Me- nino macho -- I -- Gra ij ni: Eusou varão - 7), eu - [- A’ma gra ns: Você é varão. ENGRE’KA: Tanga (S. Paulo.) ENGREND4A’: Peneira. ENGRENDT : Debulhar (milho ete. ). ENGRET : Salvarse. Vide kre, kren - 1 - Engrét ja -- väextiti : EK’ n'uito difficil salvar-se -- javäix, contra vontade, difficilmente. ENGRI’N: Festa, festim -- 1- Engrin ke na: Esta querendo fazer festa -- ke. querendo -- n”, está. ENGR!”, grt: Illuminar-1-- Engrá fi ve: Ella esta allumiando -- fi, ella -- ve, esta. ENHORIKE: Mais ou menos, talvez. ENHENDIE: Capitão. Tambem enhuündie. ENINDO : Meio dia — Vide 2nind6 - 1 -- Enindó käxka: O meio dia -- 2 -- Inindó húru kaxka: Ja passou de meio dia - húru, particula para indicar o tempe passado. ENJE'N: Refeição, almoço. — Vide jen -- 1 -- Enjén kokré : Comida podre -- 2 -- Enjén ti kanti togmo: Elle esta comendo — kanti tógmo, esta. ENJENIAFÁ, jeniafa: Lugar de comer; mesa, i’ s- trumento para comer -- niafá : instrumento, lugar. ENJUVE'N: Conselho - Enjuvên hé (ha): Bom con- selho -- 2 - Enjuvên hatiti: Conselho muito bom. Vide App. ENMANJE: Capitão. ENTAJA: Rede. ÉNTO : Aonde. Tambem déto - 1 - déto jog tin: Aon- de vai o pae?-2-Ti xapé déto (4 nasulado ) ni? Onde está o chapéu delle ? ENTON: Vos, vos outros. ENTONGA’: parede. Vide intongá - inton, parede - ga, terra. - 1 -- Entenga dôro: Fresta da parede - dôro, bu- raco, abertura. 8 O rms EPANGH, empógh: Roça-1 - Japanpángh: Minhas roças. Repetido, para indicar o plural. Deriva de pan, derrubar. GH de epangh pronuncia-se aspirado e com voz submissu. EPA'NI: Costas--1-- Epâni te: Nas costas - te, nas. 4 . “ , r ERA, irá: Queixo, protuberancia--1 - 1; irá: Meu queixo - 2 - Ka irá: Nó de pau. ERAKÉ: De tardinha. ERANK FRA: Tarde -- 1 - Arankét erankéra: Hontem de tarde - arankét, hontem. ERE: Fora? Vide App. ERE, arê, rê: Campo - 1 -- Hré buüngh: Campo grande - 2 -- Kampó érê: Campo da pulga - kampo. pulga. ERE: Capim. Tambem arê--1-- Erê bóix hoi húri : Já o boi, a vacca comeu capim - kóij, comeu -- 7, connectivo — húri, particula para indicar o passado. ERÉIN : Pular --1-- Góio kin eréin : Pular na agua— kin, na. ERIN, arin: Formiga--1-- Erin ru kan, pran: A formiga morde com o ferräo-ru kan, com o ferrão - kan, com--pran, morde -2-- Pran e arin: A formiga morde muito -- e, muito. ERIKE, hérike: Como, quanto, qual, igual, seme- lhante, quando --1-- Min ten ag hüriket ni? Como elles estão matando o tigre? -- min, tigre--ten, matando - og, elles -- kiréke, como-t, connectivo -ni, estão -- 2-- Xanxi hóreket ni: De que tamanho é o passaro -- xanxi, passaro — hirike, de que tamanho -- 3 - João hürikex ke je: João esta querendo ser igual -- ke, querendo -- je, está - 4 -- José tara ritke ton ne: Não é forte como José - tára, forte -- ritke, como -- ne, é. EXON: Cousa minha é - ôn, é. Tambem ixôn. ETA'NGH: Paracanjuba ( peixe ). E'TI: Muito - 1 - Jambalôn vankô hi ne ti: O jamba- lon é muito bom para comer - vankó, ve'nk6, para comer - van, prefixo -hô, . . . ti, muito bom, ne, é--2-- Gara étiti : Muitissimo milho -- 3--São Jeronymo tô agn éti ne : Em São Je- ronymo tem muita gente -- tô, em -- agn, gente -- ne, tem -- 4 — Pira étiti: Muitissimo peixe. F FA: Anus. (Vis)--1-- Tifa: Anus do tal sujeito. FA: Chorar--1-- Kuran te fi fan ti, kutiite fi fan: Ella chora muito de dia e de noite--kwrán te, de dia -- te, em~ fi: ella, a mulher -- Jotii, noite. Nota. Em lugar da co- pulativa, se repete a proposição -- 2-- Akangän bé titikan, fi tog fa kémo: Porque está sempre muito doente, ella quer chorar - «, connectivo --kanga, doente -- be, constantemente - titi, muito -- kan, porque -- fi, ella - tóg, está -- kémo, quer -- 3 - Fi fa: Chôro fella -4- ]j fon bé titi: Eu Chou sempre e muito -- be, sempre titi, muito - 5 - Déja fa ne ? Porque está chorando ? -- déja, porque - ne, está. ( Vide App.) FA, fé: Estomago ne kajé, fa kajé: Estomago azedo, nace do estomago - kajé, azedo, azedume. Tam- bem /aja, amargo. FA: Perna. Tambem fuä.-1-1; fá: Minha perna . 2-1) fá rúro : Barriga da minha perna -- rúro, redondo - 3-1; fa krin: Joelho -kren, cabeça -- 4-- Afan grúra, afan- grôra: Calças. Vide App. FA: Sortimanto para alguma cousa, instrumento - I -- Kané fá: Sortimento para espingarda -- kané, bago. Vide niafa, jafa. FAKRIN : Almofada. FA, fon! Quebrar. Vide App. FAKRIN : Joelho --1-- Ty fakrin: Meu joelho. FACTON : Ellas, - ¢- connectivo -- én, outras. FAG: Ellas, as mn RU Fag ven-à ha: Ellas já criam -- ven-a, criar-ha, ja--2-- Fag in la vúire: Foi à casa das mulheres -- lá, rá: para in. casa 3 Fag gáix: Cabellos das mulheres -- 4 -- Jagnen dot tin fag: Ellas vão uma atraz das outras -- jágnen dot, uma atraz da outra - dot, atraz -- t, connectivo -- 5-- Fag to xa: Avental-to, a-- xa, preso -- 6 - Fag veinpefin: Avental -- veinpefin, chiripd. Fag fé veinpe- fim: Xiripa do peito dellas -- fé, peito (avental). HA'Nno fagmá kan, à) manhüti: Eu estou muito contente, porque as mulheres estão boas -- hano, estão boas agora -- fagmd, as mu- lheres, ellas -- ka, porque - manhéti, estou contente. FAGRIN : Presente - I Tima fagrin mavidn: Dar um presente a Fulano de tal - timã, para elle - mavidn, dar -- 2 Fagrin madamôn ne: O presente está largado, desarrumado 2 - damôn, desarrumado. FAG: ferida. Vide Appendice éfoke. FAIA: Lavar roupa. Vide App. FAN: Encher (fón, fór): -- 1 -- Fánera: Encha: Imper. aa eus FAN : Apaubar - 1 - Ta veiekri fan: Apanhar chuva - veinaleri, encima - ta, chuva. Tambem: A chuva molha a cabeça -- ‘veinackri, cabeça — fan, molhar. FAN: Derrubar -1-- E’2j in fan kre ti: Elle quasi derrubou minha casa - in, casa -- kre, quasi - ti, elle. FAN: Quebrar -1 - Japán fan tin: Ir quebrar a minha roça -- japan, minha roça - fan, quebrar, colher -- 2 - Ejapän fan hütéti : lorégti : Eu tenho precisão de colher minha roça; senão fica ruim -- hôteti, preciso muito — korég, ruim — ti, ella. FAN: Encher--1-- Ta fuán: Tempo chuvoso - ta, chu- va --fun, fuan : cheio, molhar. FÂNERA: Enche tu. Tambem fonera, de foro. FANGRIN: Presente. Vide fagrin - 1 -- Fagrin ijmd nimve: Elle me está dando um presente, ou elle me dava um presente--7 ma nimve: me dava, ou me está dando — ve, está; eu senão partícula do imperfeito. -- 2 -- Vimá fagrin mavidn: Dar um presente a Fulano de tal -- mavidn, dar. FANGRURA: Calças. Vide afangriira. FAN TON: Fixo - 1 -- Kané fantón: Olhos fixos - fantón, fixo. FAR, for, foro: Grande, grosso, cheio, maior - 1 -- Ka tagn e hije; ône ti ka fari je: Este pau é alto: o outro é mais alto -- ka, pau-- tog, este--é, muito --hó, alto -- je, é - ône, outro -- ti, o- ka, pau -- far, maior -- 7, connectivo -- je, é. FA'TI, fé: Ponte-1-Ga fati: ponte de terra — ga, terra. PÉ: Coração, peito - 1-- Fé kajé, kaja : coração triste. FE, fe Ella -- 1 -- Fe ningét : Mão della -- ningé, mao -é, connectivo -2-- Fé fa: Choro della -- fa, choro. FE’ : Folha. Tambem féie--1- Fuél: fé: Folha de Rubens - Fuénk féje: O pinheiro está com folha - je, está. Vide App. FE’: Peito, estomago - 1 -- 4g fé :peito deiles -3-. A fé: O teu peito-a, tew-4- 7j fé langa: O meu peito está doente. FE KANH - U'E: pulnäo. FÉÈRE : Penna, aza--1-- Fi féêre kren nonnôron - ti: Estão dormindo debaixo das azas della -- kre, detran nôro, com a syllaba repetida, indica o plural -- tz, estão -- D6 féêre: pennas de flexa - do, flexa - 3 - Pirá féère : wae dana de peixe-4-- Den féére: Pennas azas de bixo -- den, bixo. (R de féêre nasalado ). FEBRE: orla do vestido do panno. FE FÉ: barulho. FÉIE: Folha. Tambem fé-1- Fuék fé je: Os pi uheiros estão com folha -- je, estão. ROC: FÆIE: Dedos-1- Ningét féie: Dedos das mãos — 2-- Te ningét féie küpte : Cortou os dedos das mãos--3-- Ti . ningét téie kiipte; ti pén féie küpte: Cortou os dedos das mãos e dos pés (os artelhos ). FEINGR 4’: Levantar -1--Na fecngra: levantar um pau. FEIRA'NG: Grillo (Jrújo, barata ). FEN: Fechar. Vide nifé. FEN: Levantar-1-- Ti fén ag: Elles o levantam - ag, elle . FEN: Curvo, quebrar - 1 -- Jakrin fen kânti ja ne: Elle agora está estando ajoelhado -- jakrin, joélho -- kânti, sendo - Je, esta. FE'NE: Aza -1-- Ti féne: Aza delle. Vide féêre. FENE -- é: Palma, gissura --1 - Arangro kanni ; arô- nhe länné; fene--é bre: Haia feijão e arrôz com palmito arangró, feijão - arrônhe arrôz -- bre, ( Aqui o bré se poderia traduzir com e conjuncção ). FE'NJA: Sombra, fresco--1-- Na fénja: Sombra de arvore. FENJE: Monjeo - 1 -- Fénje han je kémo: Quero fa- zer um monjôlo -- han, fazer -- jer, eu -- kémo, pretendo. Vide App. Deriva de fen, queb:ar. FENEIN: Tatu ( Tel.) FENJE’N, venjen: Almoço, refeição. FENO, péno : Trocar, vender -1--In unféno: Vendo a casa in -- un, casa uma. Vide App. FEPARO’: Collo-- fé, do peito - paró, o que cobre ? FERRO: Ferro -- 1-- Férro je: E' ferro -- 2 -- Férro grúti na: O ferro resplandece muito ( quando acceso ). FE TO XA: Cousa presa ao peito, à cintura - fé, cin- tura, peito - tó, ao -- xa, preso. FI, fe: Ella mulher, femea de animal qualquer. O plural é fag--1-- Fi féére krén, fi kren nônôronti: O pin- tinho muitas vezes dorme debaixo das azas deila (da gal- linha )-- fi féêre, azas della -- krén, debaixo -- fi krén, filho della - nônôro, dorme frequentemente. O verbo com alguma syl- laba repetida, é frequentativo --2- (rére fi váix togmo: Ella esta respirando com dificuldade -- gére, respirava - váix, com dificuldade - tógmo, esta agora - 3-- Notxi tuntô fi: Nora -- tantô fi, mulher otxi, do filho - 4 -- Notxi fi kotxi fi: Neta, filha da filha - 5 - Rengré kotxi fi: Sobrinha, filha do irmão. Tambm javü kotai fi--ja-vii, irmão -- 6 - Ex vexi fi: Irman- zinha minha - xi, pequeno --ve, irmã-7- Fi kotxi: Filho della, filho da mulher -- 8-- Ki nongúje: Ubre della. Nonje, significa leite-9-- Jan fi jogn: Avô materno - janfi, da mai -jogn, pai--9 bis- Jan fi jan: Avó materno - janfi, mãe - 10 - Ag ton bre fin kantin: Ella vem junto com elles, com os homens - agtôn brê, com elles -- kantin, vem -- 11- Fin bet ke ve: Ella pretende casar - bet, casar - ben, bet, marido - ke, pretendendo - ve, esta--12--Gire tantô fi ni: A criança é mulher, é femea -- gire. - menino - tantô fi, femea- 13 Be 9h cj; 670 -- Ij kotxi fi bén: Meu genro: marido de minha filha -- ben, marido - kotwxi fi, filha - 14 - An kotxi van fine: ella esta gra- vida -- an, connectivo - fi n>, ella esta com -- hotxi filho -- vein, van, prefixon. Tambem Krenfini-15 - Kuran nôro fin ton ne: kotü te noro fin ton ne: Ella não dorme nem de dia nem de noite -- kurán, dia--nôro, dormindo - tôn ne, não está - kutü te, de noite -16-- #7 in janthá piri ne: A casa della está com uma só porta -- fi in, a casa della jantká porta -- ne, está píri, uma só - 17 -- Avakua kavin fi ne: esta extenden- do a roupa lavada -- kavin, extender -- 18 -. Nongje hô fi ne: Ella está com muito leite -- nóngje, leite -- hô, muito -- je, esta com -- 19-- In tonjaté fi: Ella está fora de casa - tonja, fora - tô, em — in, casa -- 20 -- Ontantô, fimá ij ke: Senhora, eu fallei a ella - fimá, a ella -- ke, fallei, fallo -- 21 -- Prin grét ki fi krén kéti: Ella da uma cria cada anno - prin, anno -- kré, gré, ledre, kdra : cada -- ki, em -- krén, cria -- kéti, faz. FI: Dar--1 -- Ijmá fi: Me dê — cjmá, para mim - 2 -- Timá agn do fi: Lbe dão a arma -- timá, elle -- dó, arma -- agn, elles - 3-- Tima ixôn dó fi: Eu lhe dou minha arma, espingarda -- 4- Ama ixôn tj fi: Eu te dou o meu--5-- Eixmá a fi: Tu me das--a, tu--6- Eijmán ti fi: Elle me dá. FI: Por, collocar - 1- Avi fi: Posto em cima -- kri, en- cima --2--W; kri fi: Posto acima della - 3 -- Ti kri ij figmo: Eu ponho encima delle agora - 4 - Gara fuvre xa ki ijmá fi ti: Elle põe palha de milho para mim no salto -- fuére; palba - gára, de milho - xa ki, no salto -- kz, no--7jmd, para mim -5-- Ténja kakak ti fi ti: Fulano pôz a Sicrano na rede -- ténja kaka, na. rede -- kaka, dentro -- k, connectivo - ti, Fulano --6-- Véin dôn agn apén fi: Elles poem pé atraz do outro - veindôn, atraz um do outro - apén, o pé. Fin, uin, vin: Amarrar, fallar. Fin, Coroa. Vide App. FOA’: Perna, caneila. Tambem fa, fuá--1-- 1; fod: minha perna. FOAFU’: Figueira. Vide App. FO’KE: Boneca, Branco. FOKE: Ferida - 1 -- Eixmd ij pént foke küktan : Curar uma ferida do meu pé -- cijmá, para mim -- ij) pént, o meu pé --t, connectivo - fóle, ferida -- kuktän, curar. Tambem: O branco me curou o pé-- foke, branco. Cfr. fúxno, vúxno. FOKFÉIE : Lontra, loudra. FÓD: Fazer mudança-- 1- Ga fód: Fazer mudança de uma terra para outra -- ga, terra. FODN: Mudar, vender. Vide App. FOD : Atirar, pinchar, pôr arrebentar. Vide fón, fodn-1-- Ka fódn: Atirar um pau. Vide App. FOG, vog: Maltratar - 1 -- Kix in méin fog : Maltra -- tar os animaes de minha casa - éix in, de minha casa -- méin- animaes, criação. Vide App. nda RES FOIANNA: Faca. ( Koingangs de S. Paulo). FON, fódn: Expulsar, tocar, atirar -1-- Lo kaki pôr- ko féin: Tocar os porcos dentro do potreiro — lo, potreiro -- kaki, dentro - Ibis - Fód 75: Pinchei--7j, en--2-- Ti ararat agn, rég ti fódn agn: O arrastaram, e o expulsaram fora -- ararát, arrastar -- agn, elles - re, fora -- ti, a elle - 3 - Ka fódn: Atirar um pau--4-- Rénco ti akané kri fore: O Jengo está collocado nos olhos delle -- ti ak né, os olhos delle - J:ri, nos -- fon, collocado -- re, está --5-- Léti ti fon ne: Elle está jo- gando fóra-6--Dó fonera: Joga tu fora a flexa--7-- Ti epin ki foi: Elle atira nas costas de Fulano de tal — epán, costas — ki, nas -- fon, atira - ti, elle - 8-- Ti fodn: Elle mu- da para outro lugar -- 9 -- Vaia ka ij in fone ha: Amanhã já eu mudo de casa -2) in, minha casa ---, connectivo — ha, já. FONXIFT : Menina neo brasileira. Vide App. FON: Vencer- 1-4 fódn éix: Eu te vengo--a, a ti. FONG: Homem branco, fogo. Nota. Esta denomi- nação, dada à raça européa pelos Kaingéngs, tem sua origem nos commandantes dos soldados, que usavam nos commandos a palavra fogo, para mandar aos seus subordinados que dis- parassem as suas armas de fogo - 1 -- Fógn agn: Gente branca -- 2- Fog kangro : Immagem, retracto de branco. FORO: Cheio, grande, maior--1- Kan tag e hõje; ône tag ka far i je: Este pau é alto, este outro é mais alto ainda -- ka, pau - tag, este--é, muito -- hô, alto - je, é - One tag, este outro--far i je, é mais alto- far, maior -., connectivo -- je, é-- 2 -- Féro à) ha: Já estou cheio, farto - 75, eu. Tambem :.F6ro igmo ha, mo, agora - 3 -- Fóro ij ne: Es- tou cheio -- ne, estou - 4-- Ori gôio foro (váre) ja ne: Hoje o rio esta cheio--ja, agora-5--Ti kri tan foro hô ni: Aquelle ahi é muito maior do que Fulano de tal -ti kre, acima de Fulano de tal - tan, aquelle ahi- foro hé, muito maior -- kri, do que -- 6 -- On tan kan foro tine: Elle é maior do que este outro - ôn tan kan, maior do que quem está ahi -- ti, elle- kan (kri), do que. FO, fot: Mudar, largar, fazer mudança - 1 - Ka œanæi fot: O passarinho muda para outro pau, poleiro - ka, pau -- 2- Ex prôn fóte: Eu mudo de mulher -- prôn, mulher (1)-- 3--Ij junmo ra, ix jógn in fóti jati: Estando eu para chegar, meu pai estava passando para outra casa -- júnmo, chego agora -- ra. perto - jd, indica aeção contemporanea -- tê, elle--4-- Ainxi fóti: Mudei para a casa pequena — conne- ctivo -- inxi, casa pequena, nova -- továix, significa largar. FORO: Maior--1-- On tan kan foro ti nº: Este pau é maior — ôntán, est'outro -- kan, pau -- ti, elle - ne, é. (1) Os Kaingáng costumam mudar de mulher muito frequentemente, UT ie FOVE: Torto --1-- Fôve ti pé v2: OG pé delle é torto - tipé, o pé delle - ve, é. FU: Anus ( Visc.) Vide App.. FUA’: Armario--1 - Venjénia fud te nim hat: Guar- da tu comida no armario - venjén, comida-- te, na-- nem... had ; guarda. FUA’: Chorar. Tambem -- fa - 1 -- Fua ma fitimo: Ella está chorando continuamente -- ma, continuamente - ti, muito - mo, agora--2--Ij fuá kára kuti: Eu chóro toda a noite -- kara, toda. FUADN : Temporal, molhar. FUOGN: Pinheiro. FUÔRE, fütre, vüire: Elle andou, foi. Vide viiire. FUIGH : Trança -- 1 -- Xampe fuigh: Trança de cha- peu. Os kaingangs fabricam os chapeus com tranças de ta- las de cresciúma, costuradas entre si. FUIGH : Semente -- 1 -- Ti füigh: Semente da arvore tal -- ti, delle. FUIGH: Galho - 1- Fudngh fugih: Galho de pinheiro. FUI, fu: Levantar - 1 -- Apén ten fúinera: Levanta tu o pé, o braço -- 2 -- Tant füinera: Levanta tu isto -- tan, isto -- t, connectivo - 3 - An pén tang atfutdgmo: Estar com os pés suspensos -- an, connectivo -- tan, -- tan, com -- at, con- nectivo — tôgmo, estar. FU'IRA: Tecer. FUIRE, viizre : Foi, andou -- 1 -- Aro karat à) véi fúire: Eu entrei no horto para ver -- rd, horto = kara, dentro -- vêi, ver. Vide App. FUIX: Cortar -- Ka fúix agn: A gente corta uma arvore -- ka, pau - agn, a gente -- 2 - Médico pén fúix: O medico corta o pé -- 3 -- Porko fuix ti: Elle cora um purco. FUIX: Assobiar. Dahi fuixfúiz, chupim, noto pas- sarinho. FUIXFU IX: Chupim ( passarinho conhecido ). FUN: Polvora de espingarda, FUN : Encher. Vide App.. FUOK, fuüngh: Pinheiro - 1 -- Fubk pé: Pé de pinhei- ro -- 2 -- Fubk fé je: O pinheiro está com folha - fé, folha -- je, está - 4 - Fuük: fé: Folha de pinheiro. Fuüre: Folha. Vide fuire. FUTFORO : Cheio varias vezes -- fut, a syllaba for repetida, para indicar repetição de acção. FU KTIMO : Elle está com ferida. Tambem fóktimo. Vide fóke. FUTRE, fuüre: Pelle, casca, palha - 1 - Arin kánte jantkii fubre: Labio superior -- kré känte, do lado de cima -- känte, do lado -- jantkii, bocea - fuüre, pelle -- ? - Gu kante jantkü fuüre : Labio inferior - qu, de baixo - 3 - Kané fuüre : Casca de fructa - 4 -- 77 fuire vaixkukfén : Descascou a pelle delle, do animal -- vuiwhul:fén, descascar -- 5 -- Fuire tag, gara RO ee fuüre ni: Esta palha é palha de milho - #4, esta -- gára, milho. Vide App. FUURE: fuóre, Terreiro, barranco -- 1 -- Nem van xan fuiire te: O bosque virgem está no meu terreiro -- ném, mat- to virgem - ram, meu - te, no. V de App. FUXNO: Chaga ? - 1 - Venxat fino: Chaga puru- lenta? Vide Appe foke. G - Nota - G em Kainganges se pronuncia às vezes nasa-- . lado, em principio de palavra quasi sempre. Serve as vezes de connectivo. Vide App. GA: Terra, chão, barro. Vide gagrôro I Ga toväiæ ti ne; gafoti: Elle está abandonando a terra ; está passando para outra terra - fovaix, abandonar -- ti, elle-- ne, esta fóti, muda, passa para outra terra -- 2 -- Emá tovaze: Abandonar o bairro — 3 -- Ij ga kren : Debaixo do meu terreno -- kren, debaixo -4- Ga hüd ni: A terra é boa--hô, boa -- d, connectivo — ni, é-5-Ta ki ga hótiti ne: Aqui tem terra muito boa- ta, aqui -- ki, em -- tiii, muito muito -- ne, tem -- 6 -- Ga kri ti nini: Está sentado no chão -- kr7, no — nini, esta sentado -- ni, esta — ni, sentado - 7 - Ga tonjamitité : Está fora da sua terra -- toja- miti, fora — ti, elle -8--T; jamá kan, ga ha hi ne: Na mi- nha terra tem terra boa--jamd kan, na minha terra -- ha, boa hé, muito -- ne, tem. Vide App. GA : Tudo, em vez de kan. GAKON : Vallo, fossa, terra escavada -- I --In pednim gakôn : Vallo, em redor da casa -- im -- casa -- péd, pé -- d, conne- ctivo -- nim, redor -- ga, terra, kôn - escavação. GAKON: Cova: I--Gakôn hadno: Faço agora uma cova -- hádno, faço agora. GAKONBRA’: Buraco. GAKONVO: Sepultura, cova. GAKONDORO : Abertura da cova -- dôro, buraco aber- tura, j : GADORO: Buraco de terra, sepultura. GAFA'TI: Ponte de terra, estiva- fati, ponte. Tam- bem gofuti. GAFUTI : Ponte- 4'ti gafúti ij ki jut kan, kranje: Elle ao chegar na ponte, parou -- ati, elle -- a, connectivo - ki, connectivo - jul, chegar -- kan, quando - krdnje, parou. GAGRT gagrin : Telha - ga, de terra -- grin, artefacto, obra - 1- Ga gringrin tag ij jo: Eu guardo, aproveito estas telhas -- gagringrin, telhas, plural por ser reduplicada a syl- laba tag, estas -- jó, guardo - 2 - gagringrin tag krén: de- baixo destas telha, debaixo deste télhado -- krén, debaixo. GAIN: Fino? Vide App. GAIX, NAIX; Cabellos (à --nhaix À e góix, com n nasalado ). 2 , GAN: Bater, derrubar -- 1 - One kane gan ? Quem esta, batendo ? -- dn, quem -- kdne, esta. Es o Re) GAN: No, em vez de kan. Vide App. GAN: Fstragar, derrubar -- 1 - Inonda gan: Derrubar os esteios --/nonda, esteio, parede — 2 - Te gara gan: Derrubar o milhal- te gara, milhal. Vide App. GAN, kan: Posposição em vez de kan: em, no tempo que. Vide App. GAN: Errar -1-- Emprii gan: Errar o caminho, GAN-GRE: Lagarto. GAP, kap: (Quebrar. GA’RA: Milho. Vide Zara, engára -- 1-- Gara kren tin: Ir plantar milho -- tin, plantar (ii nhära, à -- gára com N na- saludo ). GARIN: Gallinha - 1 - Garin kren: Ovo de gallinha — krén, ovo. GA : Gritar - 1 -- Ayman, to gáti: Elle grita para elles -- agman, to, para elles -- to, para -- ti, elles. GE: Assim--1-- Topén ge hat: Deus faz assim -- hat, fazer. GE: Apanhar, tirar a força, segurar com as mãos, arrojar-se, depor, pegar, tomar, choupar, querer. GE Apanhar--1-- Kafé gékfimo: Ella agora está apanhando café -- k de gékfimo, connectivo - ji, ella -- mo, ago- ra -- 2 -- Kaféje géhjimo: Ella apanha flores agora, -- kaféje, flor - mo, agora -3-- Kafé javaix la ge, kafé ge ti: Elle apanha café, apezar de não ser ainda o tempo de colhêr café - javaix, antes do tempo - la, ra: apezar. GE: Brigar--1-- Jagne ge agn: Elles brigam entre si -- jágne, entre si--agn, elles. Vide App. GE: Choupar - 1 - Kin gôiogeti: Elle choupa agua - kin, prothesi. GE: Entrar com forga-1--Ij in kren ti ge: Elle entra com força debaixo da minha casa - 7) im kren, debaixo da minha casa - kren, debaixo - ij in, da minha casa. Vide App. GE: Pegar, matar - 1 - Nó ge kemane: Estou gos- tando de pegar para comer — iv, comer — kemä ne, estou gostando -- kema, gostando -- ne, estou -- 2 —- Nan get mara: Continua tu a arrastar e pegar — nan, arrastar - ma, conti- nuar -- ra, particula imper. -- 3 - Ta ki van ge: Aqui esta preso -- ta, aqui -- ki, em — van, esta, ou prefixo sem sentido — ge, preso, matado -- 4 - Ge tind ti: Ja o está pegando — na, está -- ge, pegando. GE: (Querer em vez de ke. GE:. Segurar: Venhari ge x kára ij je: Eu estou segurando todos os livros -- venharó, livro -- kára, todos — x, eu-ij je, eu estou -- je, estou. Vide App. GE: Tirar, roubar -1- Aningé agr do ge: Elles tiram a arma das mãos - aningé, mão - agn, a gente — dé, arma — 2 -- Gé ti mo: Elle esta tirando agora -- ti, elle — mo, agora - 3 -- Jengére gimo ( géxmo ) tix: Não tiro, não posso tirar o respiro -- jengére, respiro -- x, eu. — 98 — GE: Tirar, separar uma cousa de outra -- 1 - Kuka to ix Enin gex han: Eu faço separação da carne do osso - kuka to, do osso -- to, do - t'nin, carne -- ge... han, separar - x, eu - han, faço. Vide App. GE: Tomar, tomar por bocea -- 1 - Eix ge ma veiketa : Eu continúo a tomar remedios -- ma, continuo -- veikéta, re- medio - 2 -- TP; kubé he x ke ve: Estou querendo tomar sopa -- ti kubé, sopa - ke, tomar -- kémo, pretendo — x, eu - 3 - Jágnen to ge: Tomam um de outro - jägnen to, um de outro to, de -- 4 -- Nankré fuôre œabm tx; hára agtôn van ge: Eu pego lambary ; mas a gente toma ( rouba ) -- agtôn, a gente -- van ge, toma de. Podia dizer-se tambem só bango, de ba, tomar - go, agora. GEDETI: gostar. GEMO : Depor - 1 - Garin kren gégmo: A gallinha agora põe ovos -- kren, ovos — mo, agora. G&'GO : Assar-1-- Ti nin gégo: Asso carne do tal bixo -- ti, do tal bixo. GENE : Ir embora. Vide App. GERE: Cheiro -- 1-- Gére korégtiti : Cheiro muito ruim -- titi, muito muito -- 2 -- Gére hüti nänti: Elles estão muito cheirosos -- nanti, estão - 3 -- Laranha kané gére: Cheiro da frueta do ananaz -- kané, frueta - 4 -- Den gére hó: Fragrancia de alguma cousa -- den. de alguma cousa. GERE : ran (animal conhecido ). Vide App. GE'TKA : Basta - 1 -- Gétk2z: hurd: Basta; ja passou tudo - ka, kan: tudo, húri, ja, indica tempo passado. GI: Tirar. Vide ge. GYRI: Menino - 1-- Ij) giri ve: Eu sou menino - ve, sou - 2 - Giri tang kuxa ki gmi ti ne: Este menino esta aqui desde cedo - tang, este -- kuxä: frio, manhã -- ki, desde -- J, connectivo -- mi, aqui - ti, elle -- ne, está--3 -- Ti gire (nire) jiji hôrike ti? Qual é o nome do menino de Fulano de tal? - ti gire, menino de Fulano de tal -- jijí, nome — hü- rike ? qual -- ti, elle. Vide níre (ñ-nhire, n - gire, sendo o n nasalado ). GLIKE : Vide App. GNA’VO: Vide gnóvo, góvo. GLAKO’TIMO : está gottejando (S. Paulo). GNO'VO, yovo: Quebrar (gnávo) -- 1 -- Ona paktü gnóvo? (Quem quebrou o prato ? -- dna, quem -- paktü, prato, tijella. GO: Ramo. Vide ngo. GO: Muito. Vide App. GOG, krü: Torar, cortar -- 1 - Pin gigmo: Está agora torando lenha -- mo, agora. GOIO, engôio : Agua, rio -- 1 ~ Goto buüngh : Rio gran- de; agua demais -- buüngh, grande - 2 -- Gôio ain: Rio pe- queno, riacho -- xin, pequeno -- 3 -- Gôio kin eréino: Pulo na agua -- kin, na -- eréin, pular -- no, agora -- 4 -- Gô/ to, veix- kupé ton ni: Está no rio e não se lava -to, no -- vaixkupé, + 00 lavando -- ton, não -- ni, está - 5 - Gôio kupri: agua branca --kupri, brauco. — E” uma especie de cerveja feita de milho com uma fermentação especial, que consiste em préviamente sujeitar o milho á torrefação. Tambem significa o Rio do Peixe, que tem aguas claras - 6 -- Gôio kikré-- Rio Tieté -- kakr6, fedorento (kokré) -- 7 - Gozo xd: Rio Aguapey -- xd, preto -- 8 - Kanda goto kafan ra tin ne: A canôa vai indo para lá do rio -- goto kafän - além do rio - ra, pera - tin, indo -- ne, vai. GOIGA: Pedaco--1-- Ti nin góiga: Pedaço de carne -ti nin, carne do tal bicho -- nin, carne. Vide gig. GONO..: Sabiá -- 1- Gonoá ij ni: Eu estou com um sabia -- ni, estou com. GOPKE: Chover -- 1 - Gôpke váix háti: Demora a chover -- vdéx, demora -- hdti, faz. Vide glakotimo. GORO, grôro, gróra: Barro. Tambem gagrôra -- 1 -- Goro grin ke ve: Está fazendo artefactos de barro -- grin, artefacto -- ke, fazendo -- ve, esta. GOVO: Quebrar—1-- Poktii lanktére góvo: Quebrar um prato -pcktii lantere: Tigella larga, prato. Vide gdvo gnóvo. GRA: Bola. Tambem gro - 1 - Dúix gra: Maçã do pescoço, papo -- dúix, pescoço. GRAKG: Pingar --1--Glako ti mo: Está pingando muito -- #7, muito -- mo, agora. GRE’: Homem, macho. Tambem ungrét. -- Bóix gré: Boi macho -- 2-- Bóix tanti: Boi femea, vacea -- 3 -- Gire tay hirike ti? Tim ôngra je, ti m ontantô je, O que são estes meninos ? O delle é varão, a delle é femea -- hirike ? o que ? -- je, é--m, connectivo, ongrá, varão -- ontantô, femea. GRE, jaré: Raiz--1-- Numin ard gré (jaré): Raiz de mandioca pintada. Tambem: Kumin ard jaré-aré, pintado. GRE : Peneira, em vez de kré. GRE : Rã. GRE en vez de kré: Salvar, livrar, escapar -- 1 -- Gré javäiætiti : Muito difficilmente escapa (se salva ). GRE, kére, kdra: Tudo. Vide grétki - 1 -- Kan grat ka : Quando come tudo - kan, ko, come -- gra, gre: tudo - kan, quando. a, come. GR&KA : Tanga ( São Paulo ). GRÉGN : Arara. Tambem Keag (Martiues e outros). GRE'IN : Doce -- 1 -- On ve ti gréin : E' outro doce -- on, outro - ve, é -- ti, de tal cousa -- gréin, doce. GREN : Baixo em vez de krén-- 1 - Gren te ti kan-- kúten : Elle vem de baixo -- te, de -- ti, elle -- kankuüten, sahe, apparece. | GRENDE : Debulhar. Vide engrénde - 1 - Grénde gate : Peneira de crina para debulhar milho, ete. gáix, ca-- bellos, crinas. GRENKE ( krénke): Unir, traçar o limite. — 100 — GRE'RE : Ariranha; bixo semelhante à phoca. GRETKI, gré, kara: Cada, ki, em -- 1 -- Prin gretki: Todo o anno -- +, connectivo -- gre, todo, cada-- ki, em -- 2 — Kan grát ka: Quando come tudo - kan, ko: Comer -- ka, quando. GRIN : Festa, baile -- 1 - Grin ké je: Está querendo fazer um festim - ke, pretendendo -- je, esta. GRIN : Manufacto, obra --1 - Kaféi grin : Fumo, tabaco - ka, de pau - fé, folha -- 7, connectivo- grin, manufacto — 2 - Ga grin: Telha -- ga, de terra -- grin, obra-- 3 -- Gôrogrin, gróro grin, gróra, grin: Pote. GRIX: Debulhar -1- Xan gara grix ke ve: Estou pretendendo debulhar milho -- xan, eu -- gára, milho -- ke, pre- tendendo -- ve, estou. GRODN: Amassar. Vide App. GRO'GN : Bater: Grógn éix: Eu bato. Vide krug. GRÓN : Tucano. GRO”NE: Por culpa, grin. Vide App. GRORO, Debulhar - 1-- Hin gára grôre: Nós debu- lhamos milho — éin, nós. GROTO : Improvisamente - 1-- Grété ij kantin: Eu venho improvisamente. Gre, pensar-to, sem. GRURO: Iluminar. Vide gru.-1-- Pin grúnmo - O fogo está illuminando agora -- mo, agora -- 2 - Ka, grünmo:" O pau (accendido, se entende) illumina agora - ka, pau — 3- Pin gri: O fogo esclarece - 4 - Grúnera: Esclarece tu, faça luz -- 5 -- Férro gru ti na: O ferro está muito resplande- cente — ti, muito--ne, está — 6 — Vai-ú gru : Accender o cigarro. GRUMTXI: Jaguatirica (especie de jaguar pequeno). GRU’RA, grüro gréra: Cobrir -- 1 -- Afangrúra : Cal- gas - afin, pernas. Tambem se diz degnengôro, degnenrôro-- dégne, nadegas. GU: Baixo, em baixo, parte inferior .- 1 -- Gu kante: Do lado de baixo --2-- Gu känte jantkii fuôre : Labio inferior — jantkii, da boca -- fudre pelle - 3- Pen gu: Sola do pé -- 4 - Gu ve, kdnti tin ti: Elle está em baixo e caminha -- ve, esta -- kantz, está - tin, caminhando -- tz, elle --5 - Kanda jengu ra tére: A canôa desce --jengú ra, para baixo -- tére, desce -ra, para--6-Godio qu ti té je: O rio está muito baixo -- titi, muitissimo - je, está. Vide App. GU: Muito -1-- Tara gu é dni: Elle é muito forte — tara, forte. duro - é, muito -- d, connectivo -- ni, é -- 2 -- Kuti gu étiti ha: Já é muitissimo escuro -- kuti, obseuro -- étiti muitissimo -- ha, já -- 3 -- Aran angiit: Muito quente -- arán, quente -- angiit, muito - 4 - Kofi angüt: Muito pesado + 5 — Ko qu ij kema ne: Eu estou gostando de comer muito — kema, gostando - ne, estou - 5 -- Tar gu é: Muitissimo forte - é, muito - 7 -- Kuvarin qu ij) jama ni: Minha morada está muito longe -- kuvarän, longe -- jam’, minha morada -- ni, está - 8 -- Kan tag téie qu je: Esta arvore é muito alta -- ka, ar- — 101 — vore — tay, esta -- téic, alta -- qu, muito - je, é - 9 - Kania winek ti, hara tok téje qu je: A canôa é muito estreita, mas é muito comprida - xéne, estreita - k, connectivo -- ti, muito -- hárato, mas na verdade - k:, connectivo - je, é - 10 - Ningé güje : E” o dedo indicador - ningé, dedo -- gu, grande - je, é -11- Ko gu kema ne: Elle gosta de comer muito -- ko, co- mer -- kema, gostando -- ne, está. Vide App. GU'I: Caxim. Vide App. ( Variedade de euphorbia ). GUI: Finear -- 1- Gúiera: Finca tu. GUITXU : Candimba (especie de bixo). GUJE: Acostumado -- 1 -- Ixon guje: Eu estou acos- tumado -- ixôn, eu. GU'GE : Trem, utensilios - 1 -- Ti guge va hi kanti: Os utensilios delle estão postos em ordem - gúnge, quüge: Trens - va, estão -- hd, bem -- kânti, estão. Vide honge, kunge. GUORE grin: Pote de barro. Em tempo: Antes de E, I, o G se pronuncia como em Portuguez, antes das outras vogaes. Vide a minha gram- matica. [el Nota. O IT se pronuncia aspirado. As vezes muda-se em M. HA: Bom--1-- Ha hé: muito bom -- hé, muito. Tambem significa: Esta bom?--2- A haman: Você continua bom ? --a, vocé -- ha; bom -- man, mais, continua - 4 - Ha tavin: Bom devéras ! -- tavin, demais, devéras-- 4 bis - Ti kané ko ha ta- vintiti: As fructas delle são devéras boas para comer -- ti kané, as fructas delle - kó, para comer -- tavintiti, optimas -- 5 - Ha had ne: Esta preparando, fazendo bom -- ne, está. Vide App.. 4 HA: Bonito -- 1 -- Ene kurég ne, éne ha hô je: Aquele é feio, aquelle é muito bonito, -- éne, aquelle- ne, é--ha hd, muito bom -- je, é. HA: Estar -- 1 -- Ha hürike jógn?-- Como está o pai? - hürike, como -- jógn, pai. HA: Particula prepositiva que serve para fazer o impe- rativo--1-- Ja kantin: Vem tu -- kantin, vir - 2 - A'ma ha enkréx tin: Você vá caçar - enkréx, caçar -- tin, vá--3-- Ha tin: Va embóra-4- Ha ve dn: Veja cutro, outra cousa -- ve, ver - ôn: outra cousa, outras pessoas -- 5 -- Hat in te ti hore: Saia elle de casa -- t, connectivo -- in te, de casa -- hóre, fora, sahir -- 6 -- Kuméêra an ti mone: elles vão de vagar - kwmé- tra, de vagar - han, voz imper. -- ti, connectivo -- mône, vão T- Ha ve on: veja outro--8-- Timá to ha krôn ke: Mande a elle que beba; diga a elle: Beba -- timá, a elle--to, falla tu--ha ke, queira -- krôn, beber--9-- In tan ha lirino: Este- ja vigiando dentro da casa--in tan, dentro da casa — lírino, vigia agora-- 10-- Ha kara: Entre -- kara, entrar -- 11 -- En pé kan ha mo: Vamos de pé--en, nos--k:n, com - mr, ir- 12-- Ha ke: Diga--ke, faliar--13- Ha kamôn je: Venham — kamôn, vir, plural de tin -- je, estão -- 14 -- Ha tin; antére tx kémo: Va, ( senão) te mato --an, a ti-- tére, mato -- je, eu - 15 - Hla tan ra tin: Vá para la--tan, lá-ra, para - 16 —- Ha kovx kantin: Venha comer -- kóix, comer -- 17 -- Eixmän ha ko, ke ti: Elle me diz: Coma: Elle me manda comer — ke, diz -- ti, elle -- 18-- Ha kanjú ti: Que elle vá brincar - kanju, kanjúno: brincar --19-- On kerék tavin fi, ha van nira: Aquella que está ferida demais, que fique sentada - On... fi; aquella que -- kerék, ferida -- tavin, demais —- van, es- tar -- nz, sentada -- nira, imper. -- 20 -- Ha tá mi kantére: Dega por cá-- tí mi, por cá--tá, cá -- kantére, descer -- 21 - Ha ti ten: Mata-o -- ten, matar-- 22 -- Ila beng: Dê de machado -- bengh, machado - 23 -- Ha cénha: Acceuda -; 24 -- Venhari ha vin: Pronuncie bem a letra escripta -- «enharô, escripto _- vin, fallar. — 103 — HAD: bonito, bom. HA: Ja. Adverbio, que em geral, se põe no fim da proposição ; indica tempo presente, futuro ou contemporanec — 1- Javii vavevéngo ha: Meu irmão ja se apresenta frequen- temente - va, esta - ve, apresentar-se, repetido para indicar plu- ralidade de acção - go, agora- 2 - Tara ij) ne ha: Eu ja es- tou forte -- tara, forte, duro --n2, sou--3-- Ti ha pije komo: Elle não come aiuda -- pije, não - mo, agora --4-- Xan in ra langré ni ha: Elle esteve já duas vezes em minha casa - xan in, minha casa -- ra, para- langré, duas vezes -- ni, es teve--5-- Hix pé pakxin ti ha: Meu pé ja esta me- lhor -- pakxin, melhor -- ti, muito -- 6 -- Kofa 2j je ha: Eu já estou velho - kofa, velho -- je, sou - 7 -- On ha ne ko ?: Quem ja está comendo ? ne, está -- ko, come -- 8 -- Ag tan ke hômo : ama kofa ni ha kémo? Não dizem agora a verdade que você está envelhecendo ? - agtán, elles -- ke, dizem -- hd, a verdade - mo, agora - áma, você - kofa, LIEN ni, estar -- kémo, quer, pretender. — Resposta : Han: Agtan ke hi ve: Sim: é ver- dade -- han, sim - ve, é- 9 - Enhirike mon ta kutéixno ha: Talvez já chova -- enhirike mon, talvez, pode ser -- ta, chuva - kúte, cahir -- ixno, agora - 10- Gara van kanémo ha: O milho está já rachando -- gára, milho - var kanémo, racha agora - 11-- Ag mo ha; einbré ti ni ha: Elles já vão; elle fica comnosco -- mo, vão -- éin brê, comnosco -- ti, elle -- ni, fica - ha, jà - 12 - Kurangréte éin ha: Nos ja voltamos - éin, nós. - Ha kurangréie: Volta tu já-13- Ara ja ag mo ha: Já estão entrando - áran, entrar - ja, presentemente -- mo, vão — ha, ja. HA: Mesmo -1- Aré tag ha van ni: Esta letra esta sendo a mesma — arô, letra -- van, sendo -- ni, está -- 2 — Ha mi cantére : Descer pelo mesmo caminho -- mi, por - ha, mesmo - kantére, descer. Cf. hórike. HA: Sim-1- Ha, Sle, je: Sim esta cosido - ta- näia, cosido, tenro, maduro--2-- Xá tan je? - Ha: hana: E cha este? Com certeza é - xa, cha - je, é-- hana (tambem mana ) é- ha, com certeza. HAD: Fazer a colheita -- 1 - Arroz had: Colher arroz - Ha ti mo: Klle esta colhendo -ti, elle - 3 - Arroz hat kémo: Elle pretende colher arroz - kémo, pretende. HAD, hat, han --1-- Hadera: Faze tu - 2 - Japan han tin: Vou fazer minha roça -- japan, minha roça - 3 -- In had ex kémo: Pretendo agora fazer minha roça -- ex, eu--4 - Jua had ja ti ne: Elle está agora fazendo a barba -- juá À ? barba -- ja, agora -- 4 bis -- Veinketá hadn éix: Eu estou pre- parando um remedio --veinketa, remedio--éix, eu.-- 5 - Ix jentæi hadn ij: Eu como pouco - jentæ{, pouca comida -- 5 b- Ein bré kanhém xi hadn : Espere aqui um pouco comnosco -- ein bre, comnosco -- bre, com - kanhém, esperar -- 6 -- Veinxa ôntanto veinhanne: Uma vez fez de mulher -- vernxá, vein- æé: uma vez- ôntantó, mulher -- vein han, fazendo - ne, QUE esteve -- 7 -- Det kara hodn hat kanti: Está fazendo todas as cousas -- det kara, todas as cousas -- de, cousa -- t, connecti- vo--han hat, repetição para indicar pluralidade de acção -- kanti, esta--8-- Ha hadn: Fazer bem, preparar -- ha, bem — 9 - Nur antonini jengaje han: Vaassar carne -- kur, particula imper. que da a proposição a idéa de pressa -- antonini, car- nes, plural por ser repetida a syllaba--10-- Nangja haté > Fazer a cana -— 11 - Ti to hän de? Que faz elle ? -- ue ? que? -11b- Hat ke na: Está querendo fazer -- ke, querendo -- na, está-- 11c- Dinhéro ma ha ti: Elle faz, ganha muito di- nheiro -- ma, muito -- 11 d-- Ha hadn: Fazer bonito, embel- lezar - ha, bonito, bom -- 12 -- Jengére buüngh had acógmo : Eu estou arfando -- jen,ére, respiro -- buüngh, grande -- cógmo, es- tou agora. -- 12 bis -- Jengére ton gixmo ha: Ainda não pega o respiro -- tôn, não -- gizmo, eu não tiro -- ge, gi,: Puchar -- ha, ja. -- Jengére ton ti ne: Elle ainda não respira -- 13 -- Anti hat in kren kan, in to ni ha: Quando elle tiver quasi feito a casa, ja morará nella --an, prothesi--ti, elle --in, casa -- kren, quasi -- kan, no momento, quando - to, em -- ni, estará - ha, ja--14-Ko xi hadn ij: Eu preparo pouca comida -- hoc, pouca comida -- 15 -- Ama negóxio had: Você faz negocio — 16 - Ono ro täng hadn ? Quem fez esta cerca ? - ônc, quem = ro, lo: cerca--17- Had hi: Bem feito-- hé, bem — 18) -- Hádni ha ton ti ne: Ainda não fez--7, connectivo -- ha, ja - hadn, fazendo = ne, está, esteve - 19 - Emprü hadn: Fazer estradas -- 20 -- Kwran taktôn hadn éix, kuran taktón karka atikantin : "Trabalhei tres dias; depois de tres Mt vim até aqui--kurdn, dia-taktôn, tres -- hadn, trabalhei; káraka, depois -- atikantin, vir para ca -- 21 -- Hadn ij ke ton! Ê Não posso fazer, não quero fazer -- he, querer, poder -- 22 — Hadi hititi je: E' muito facil de fazer -i de hadni, con- nectivo -- hútiti, facilimo -- je, é-. 23 - had manera: Faça mais, continue a fazer - man: continuar, mais:-- era, desinencia do imper. -- 24 -- Dejafá hadn ha húri: Ja fez a cosinha - ha, ja - húri, particula adverbial para indicar o passado do ver- bo -- dejafa, cosinha -- 25 -- Brére me hanera: kiri bran han hé he: Humedeça-o: veja de não molhal-o demais -- brére me, pouco molhado -- me, poneo - Jkíri, veja -- brán, molhado - hô, muito -- he, vão -- 26 - Vaj-ú han je: Está fazendo um cigarro -- vaj-ú. cigarro--je, está--27-- Empri hat ma ti: Contam a: construcção da estrada elle -- ma, continua -- tê, elle--28- 7j man pin hat: Faço fogo para mim -- man, para mim -- pin, fogo -- 29 -- Vuig hat ti: Elle poe em movi- mento -- vudg, por em movimento. Vide App. HADN : Concertar - I -- Hixmän do hadna : Esta con- certando aula espingarda para mim, eixmán do : minha arma, espingarda - 2 - Ij don hat mat ke to ij ni : Não estou mais que- rendo concertar minha espingarda -- mat, mais -- ke -- querendo ni, estou -- 3 - Vérex kangrdtka hadn ton ne: Ainda o re- tracto não está acabado - verex, até agóra -- han, feito -- ton, não, ne, está. CREDO > HAD: Sarar, estar bom de sande--I-- Iládno váix hati : ian a sarar -- vais, difficil -- hdti, sara - hddno, agora esta bom-- 2 - Hand kan fagma, ij man hôti: Eu estou muito satisfeito, porque as mulheres sararam -- hano, estão boas — kan porque -- ij, eu -- manho i, estou satisfeito --3--Veinkatá te hadi ja ne: Com o mec esta sarando -- veinkata, remedio -- te com -- ja, agora -- 4-- hadn ixón húri: Ja sarei --ixôn, eu húri, particula para ar av o passado--5-- Hadn hadi agtôn Elles estão bons -- hadn é repetido para indicar pluralidade -- agtôn: elles-- 6-- Ij häntiti : Eu estou com muita saude -- titi, sufhxo superlativo -- 7 -- Kaimbára hano: Logo fico bom 9 - Hati húri: Ja sarou--8-- Veixkuktan ti kan, had ja ne: Porque me curou, eu ja estou bom -- veixkuktán, curar -- kan: por, porque. Vide App. AD: Sentir, -soffrer - 1 - Kukire hadn: Sentir fome - kokire, sentir fome. HAG : Não sei (agh). Tambem Kgha. HAG ja: Lugar, onde e meça. Vide App. HAHE’? De onde?-1- Hahé kantin? De onde vem ? HA’LA, hdra: Mas - 1-7) jog 7 jén kémo ; halato ij lairänha vaixti: Meu pai pretende mandar-me; mas eu não quero trabalhar - jéne, mandar - kémo, pretende - váixti, sou muito contrario ao trabalho - tz, muito. HAM: De certo - Ki han kéixno: De certo faz agora -- ki, prothesi - kéixno, faz agora. HAME : Começar. HAM: Primeiro, começar - 1 - Hame fag fa: Primeiro ellas choram, começam a chorar — fog, ellas — fa, chorar. Tam- bem: Ellas começam a chorar - 2 - En han tojôn: Nós prin- cipiamos a brigar = en, nos - to, com - jon, jun: ficar brabo, brigar. Vide App. HA'MJA: Cabeça, principio (subs. )- ja, lugar onde começa uma cousa - 1 - Gôio ni hang ja: Cabeceira da agui- nha - gôio ni, aguinha. HAMPA': Jacaré. HAN : Preparar. Vide App. HAN: Certo - 1 - Ti han kéixno: De certo elle agora trabalha — tz, elle. | HAN : Fazer. Vide App. HAN: Sim-1- Han: agmän to ha i: Sim: ja contei para elle - agmán, a elles - to, contei - ha, ja. HAN : Mesmo - : - Ti han ne: Elle é o mesmo - ne, é. HA’NA ? Que 6?-1- Lana jog? Que é do pai: iy - 599; pai - Ib- Djon ve tin; ajavii hina: Não sou eu: é o irmão com certesa ( que fez )- vjôn, ixôn: eu - ve, sou — javii, irmão - häna é - 2 Hana à do? Que é da tua espingarda ? - a, tua, - dó, arma, espingarda. HA'NA ? Que é? Vide App. HA'NA, serve para fazero futuro, propriamente signi- fica de certo.-1- Ta ma hána kutéiæno : Chovera mais - ta, chuva - ma, mais ( continuará a chover ) - küte, cahir - 2 - Ta — 106 — häna kiten: Choverä - 3 - Tami hana jog angvéi ti: Aqui elle visitará o pai-ta, aqui- m?, por - 4 - Ti; tan déja, rog ne hina’ Porque elle engulirá isto ? ti, elle, tan, isto - déja, porque - rogne, está engulindo. HANBE’KTIMO: Costumar de fazer - 1 - Veinmá han bektimo : Elle costuma fazer mal - veinmá, mal. HA'NDE, ag húnde, aiang, die: Vôs - 1 - Ag ititi hânde nanti: Vos sois muitissimos. HAN HON: Flauta com diversos canos. HANJA : Lugar onde começa alguma cousa. Vide App. HA'NTO, deto: Onde - 1 - Hanto ij ti fixmo? Onde ponho a elle agora - fi, por- x, eu- mo, agora. HA'RA, hdla: Mas, porém - 1 - Kanda xine ti: hala- tok téien gu ne: A canoa é estreita, mas é muito comprida - xüne, estreita - k, connectivo - qu, muito - téie, cumprida - ne, 6-2-NX n ra tin ti; hara dni i taki kata ti: Elle vai ao Salto grande; porém eu fico triste - X n ra, para o Salto - ra, para-tin, vai-d, connectivo - nº, fico - katu, triste - ti, muito - 3 - Xan ve ton ra, harato kantinmo: Embora não visto, eu venho agora -- xan, eu - ve ra, apezar de visto - ra, apezar -- harato, todavia. HA'RATO Assim mesmo! Deveras! HA’TI: Faser. Vide App., HAT, had: Sentir, perceber, soffrer - 1 - Fébre had -- éixno: Agora eu soffro de febre - éix, eu, no, agora-2- Kaimbára febre hadn ke ti: Logo vai soffrer de febre - ke, vai -ti, elle-3- Konga budngh hadéixno: Agora padeço grande dôr - kangá, dor - 4- Kotü te kampón e hadéix no: De noite soffro muito as pulgas, kotii te, de noite -te, de- kampó pulga. HA’TI: Ir embora - 1 - Ix in nôro háti ha: Eu ja vou dormir em minha casa - in, casa - ha, ja. HA - HURA : Inteiro ( ha-hiira ). HAU háu: Cão. Vide App. HE: Não, com kíre-- 1 -- Kiri perógn din he: Veja de não abrir o sacco - perógn, sacco - dôn, abrir - 2 - Niri gôio ra tin he: ti kin géixno: Veja de não ir ao rio; ( senão ) ficas enroscado nelle - gééo ra, para o rio-ra, para-ti hi, nelle, ge, pegar. HE: Sim. Tambem het, han, ha-1- Ti veixkarü jo kéira nim. He: ajo nimmo: Veja de guardar um pedaço para mim — Resposta: Sim o guardo - ti veixkarú, um pe- daço de tal cousa - jo... mim, guarda, (para mim), ajo .. nim guardo para ti-a,a ti-2- Ijmá jo ti kupára nim had: Elle guarda um pedaço para mim -7jma. para mim - é, elle - kupára, um pedaço (de kupan, cortar ). NEGO, jénga: Assado-1- 7% nin hégo: Carne as- sada de tal qualidade, do tal animal - #/, do tal animal -- nin, carne. . E HEHE: De onde--1-- Iléhe ti kantin?: De onde vem elle ? Rn HEN! Ahi!-1-Hen kuxátiti: Ai! faz muito frio! Ai! que frio! HEN, hénto, déto: Onde - 1-1) xampé hénto ni: Onde se achao men chapeu ?- ni, esta -- 2 - Hénto ajama ne: Oade se ach: minha morada?--a connectivo -- Jama, morada ne, esta. HENHORIKE MON: Talvez; mais ou menos -- I -- He- nkéreke mon kantimo : Talvez eu venho agora -- kantimo, ve- nho agora -- 2 -- Henhdrike mon tj jogn Xa ra tingo: Talvez meu pai va para o Salto Grande--jogn, pai-- Xa, Salto Grande - ra, para - fingo, vai sgora - 3 -- Henhôrike mon ijma if déve deix mil reis : Me deve mais on menos dez mil réis ijma, para min -- vi, elle. HE’RA: Aonde-I- Héra móix aiäng? Aonde ides vos ? móix, ir -- aiding, vos. HO’RIKE, Hôrika : Como, quanto, quando, qual -- seme- lhante, igual - 1 - à) jan koréke ne? Como vai minha mii ? jan, ne. é. Tambem: Jj jan ha hórike? Minha mii está boa ? - ha, mai boa. = /1ü fi ne: Ella esta boa -- hd, boa - fi ella - ne, esta — 2--- 1j jogn hérike: Como vai meu pai. Tambem: Hórike jogn ? -- 3 - Hórike ka en vex kamôn ne? Q ando virão ver- nos ?-ka quando - en, nos-7e, ver - ne, esta ~ kamôn, vindo 4- Ti hórike je kotxi ? Quantos filhos tem? -Jje, estar com, possuir, ter — kotxi filhos -- 5 -- 77 jururut horike ne: Elle é semelhante a um carro-ne, é ti, elle-6- Grre tag agn, timongra je hor kéti, timôn tanto je hôriketi ? Destas crian- ças, quantos são os meninos de fulano de tal, e quantas são as meuinas de sicrano de tal, -- gire tag, destes meninos - ag, elles, serve para formar o plurar--ti, de fuäno de tal -- m, connectivo -- ongrá, varão -- ôntantô, femlea - 7 - Kaféi hortke ? Que flôr é ? - 8 - Nuxá hôrike nº prán ki tan? Quantos mezes tem neste anno ? prán ki, no anno - tan, este 9-1; javu alengré jagne hôriked ni: Os meus dois irmãos são semelhantes um com outro--javú, irmao-- jágne, um a outro - 10 -- Xanxi hôritke? De -que tamanho é o passari- nho?-11-- Aanjam horiked je: Quanto custa? -- kanjäm, comprar - jé é--hórike, quanto-12-- Nire jiji hóriketi ? Qual é nome do menino? 7/5, nome--13-- Aran ke hôreke ne ? Como se deve plantar ?-- ke se deve - 14 - Hôriket kan- tére, kémo ? Como pret ndem de morrer todos? kan, todos tere, morrer -- kémo, pretendem -- 15 - Hürikétka jógn kantin ni? (Quando é que vem vindo o pai ?-- ka, quando -- ni, vem está -- 16 —- One hirike hadn: Fazer de um modo di- verso -- ône, diverso -- hadn fazer -- 17-- Hérike eman hat tó- gmo ? Como está fazendo o mundo ? -- eman : mundo, villa -- hat, fazendo -- tógmo, está agora-- 18 -- Jagne hôrile en ne: Nós so- mos iguazs -- jágne, um a outro. O ô de hüriske deve sempre carregar o trema (ô). HEVE'T, hevéi: Veia. HI !: Oh!--I- Hi! hé té One kaixká ra tan! Oh! como é feliz quem vai para o céu! hd, feliz-- ti, muito - — 108 — kaixká, ceu--ra, para - tin, vai. Hü deve sempre carregar o trema (6). HIJE RE: Planicie. Tambem kijére, kiijere. HIX : Tatu. HO”: Todas as syllabas HO que seguem até HOM inclusive se pronunciam HO””: Agradavel - I -- 7) ma ho hadn : Faz uma cousa agradavel para mim -- hadn, fazer -- 2 - Kuxa ki ni hit: E agradavel levantar cedo - kuxá cedo -- ki, em - ni, levantar. HO’: Alto-T--In tage hó je: Esta casa é muito alta — in, casa é, muito — hô, alta - je, é. Vide App. HO : Forte, alto. Vide App. HO : Novo. Vide App. HO: Amigo -- 1 -- Hô ij jen ti: Elle é meu amigo; é amavel para mim —jen, é--ti, elle-- 2 - Hô ti jen ti: Elle é amavel com fulano de tal--ti, fulano de tal-3-- Himá ti ho je: elle está bom commigo. HO: Bem--1- Mot ij ni: Eu estou bom--t, conne- ctivo -- ni, estou. HO: Bom--1--Hô hadn ha ij: Eu já fiz bom negocio - hadn, fazer - ha, já —- 2 -- Ixôn nangja hot hanera: Prepare minha cama --ixôn, meu--nänja, cama --hôt hanera: prepa- re - 2 bs- Jambalôn can ko hôn eti: O jambalon é muito bom para comer -- van, sendo -- kd, comer - hd, bom — ne, está -ti, elle -3--Jj fa tin hô: Minhas pernas são boas, ser: vem para viajar - tin, viajar - servem - 4 -- Larânha hô nanti: São muito bonus para trabalhar - hó : bom, sacudido — 5 -- A’ma hot ni? Você está bom ?--6- HG ij je: Eu estou bom -- je, estou --T-- Bijmán ti hd je: Elle está bom commigo - 7 -- Hô à) kan eté: Ku estou muito bom -- kan, estou -- éti, muito -- 8.- Venxén hid ni ktive; harato óri joma ne: uma vez era bom, mas agora é ruim -- venxén, venxin: uma vez- hd, bom -- k, connectivo -- ti, elle -- ve, era - jomä, malvado -- 9 - Kakané tag jéne hé ne: Esta fructa é boa para comer - kakané, fructa de arvoro--ka, pau, arvore--jéne, comer - 10 - Ex kurä on ki, hôd ni: Eu outro dia estava bom -- ex, eu -- kwra, dia -- 6n, outro --11-- H6 ti ne; hô fi ne: Elle está bom; ella está boa - fi, ella-12-- Arangro pr hüti ne: Tambem só feijão é muito bom -- arangró, feijão -- pir, só -- ne, é -- 13 -- Ha hô man: Está muito bom - man, muito -- 14 -- Kitveinran hôdnt: E' bom para ensinar -- 15 -- On hô. E” bom -- ôn, é -- 15 b--Kren ti campé hé ne: O chapéu de cresciúma é bom -- ti xampé, o chapéu delle -- krén, resciuma - 16 -. Padre hé ij je : Eu sou padre bom - 17 -- Ko hô ne: E' bom para comer -- 18 - Kix hô hadn ja: Eu agora preparo, preparei já, --k, prothesi--ij, eu--hadn ho, preparar -- ja, agora ou já. Indicar o passado tambem - 19 -- Ig jogma hé tinkti: Meu pai vive muito bem --jog, pai -- tinkti, vive--20 -- Denhü: Cousa boa--den, cousa - 21 - Pi nin go hd: Carne boa para comer- tz nin, carne do tal bicho, da tal qualidade--ko, go: para comer - ho, boa - 22.- Aixmä vi hi ne agn kéke: A gente diz palavras que — 109 — são boas para mim--aiæma, para mim- vi, palavras -- hd ne, que são boas -- agn, a gente -- héle, fallam: repetido para in- dicar o plural. Significa me querem bem. HO: Bonito -- 1 -- Kaxka hi ne: A tarde é bonita -- ka- aka, taxde- ne, é--2-- Pa (po) hi: pedra bonita --3 -- On hi: E” bonito -- én, é--4-- On hô fi: Ella é bonita - fi, ella -5- À hô ni: Tu és bonito - a, tu - 6 -- Bandaawhé Carlito ! Que linda banana, Carlito! - 6 - Nhatiká hóti nz: O enfeite do peito é muito bom - nhatikà, enfeite do peito -- húti, muito bom -- nhatilá, nhatka: adorno do peito em forma de rosario ou de outra cousa-7-- Ningrü hin hanera: Corte as unhas - ningrú, unhas - hin, bonitas -- hánero, de han: faze tu--8 - Kaxká van hód ne: O céu está bonito - kaxká, céu (katka) -- van, estando -- ne, esta. HO”: © rpo-1--T; hi: Meu corpo - 2-- Ti ho korég ne: O corpo delle é feio -- korég: feio, ruim -- gi seu, delle -- 3-1; hô kangã ti ha: Meu corpo já esta doente = kangé, doente -- ti, muito - ha, ja. HOT HAN: Preparar -t, connectivo - hô, bom -- han, fazer. HO: Engraçado - 1 -- On hô ve: O outro é engraçado - ôn, outro, pessoa — ve, é. HO: Feliz--1-- Hô had ij: Fiz bem; fui feliz no ne- gocio -- had, fazer. HO: Facil. HO: Grande--1-- Kan tag hô je: Este pau é grande - ka, pau -- n, connectivo -- tag, este -- je, 6-- hd: grande, grosso. HO: Mais - 1- Veixkatá ee. e hije: Este remedio é muito mais--e, muito--je, é--2- Kupri hd: Mais branco - Kuprí ve: Menos branco -- ve, menos--3-- Ka e hô je: O pau é muito maior - 4 - Ka tang e hô je; ôns ti ka fari je: Este pau é grande; o outro é maior--ône ti, > outro - ka, pau -- far, maior -- 7, connectivo -- je, é. HO: Muito-1-Krin kri je kdn, tami hé pandôi véltimo : Quando está no alto do monte, verá muito de longe um espigão--kri, encima, posp.-je, está--kan, quando .- tami, ao longe, por lá--pandói, espigão -- véktimo, vê agora, verá - 2 -- Veikatá hi je kan, kténo; xin kan, krone, kiéno ton: O remedio, sendo muito; mata: bebendo pou- co, não mata -- vezketá, remedio-je kan, quando é -- kténo. mata -- xin, pouco - krone, bebe -3--Linhero hô ti ne: Elle está com muito dinheiro --ti ne, elle esta com --ti, elle--4- Jaktára hé! Muito miseravel! Oh! miseravel - 5- Taréja jaktára hó!: Aquelie sujeito miserabilissimo, está morrendo -- ja, está em acto --tére. de morrer - 6 - Kutii aci hót, ix nôromo: A’ tarde muito avançada, à meia noite, eu domirei -- kutu, noite -- xi, pequena -- nôro, durmo -- 7 - 7% hô ti kri tampri kane: Elle é muito melhor do que fu- lano de tal--ti hô... tampri, elle é muito melhor - ti kere — 110 — do que elle-8- Ti ant foro hô ne: Elle é muito maior do que fulano de tal-- 7% kant, mais do que elle - kan, do que elle--t, connectivo - fóro, maior - hd, muito - ne, é — 9-- Nôngje ho fi ne: Ella está com muito leite - nóngje, leite -- hd... ne, está com muito-- fi, ella- 10- Jama hárato n:: O meu bairro está muito perto --jamá, meu bairro - re, perto -- hárato. deveras -- 10-b -- Rejar hé to ij kâni : Eu sou muito acostumado a rezar --t , acostumado -- kdnz, estou - 11 - Hálato laranhard ij hiti: Deveras eu trabalho muitissimo - hälato, deveras -- húti, muitissimo. HO: Quero - 1 -- Joi hé ij: Quero urinar - 2 - Noro hôütiti: Estou com muito somno, quero muito dormir -- 3 -- Jj krôn hôtiti húri: Já passou a minha séde-- húri, particula para indicar o passado. Vide App. HO: Verdade -- 1 -- 7j hô vin ke: tj pija dno: Eu digo a verdade: eu não digo mentire - hd vin, palavra verdadeira — ke, digo -- pija, não--ôno, falso--2-- Agtán hé vin ke kéma ne: Elles gostam de dizer a verdade --agtân, elles -- kema, gostam. Vide App. 4): Verdade. Vide App. HO: De boa mente, de boa vondade - 1- Pirã œamb hôti tin ti; jógn jen Dot kênti: Elle vai de boa vontade caçar peixes; o pai janta de muito boa vontade = pira, peixe - æamb, pegar - hiti, de muito boa vontade - tin, ir--jen, jan- tando - kánti, está-2-ljmá hd han: Para mim o faz de boa vontade - ijmá, para mim - han, faz. HO, hid: Capaz. Vide App. HOM: Pular--1-- Hémkera: Pula tu-2--Gôio órit hémke kémo: Hoje pretendo pular na ‘agua -- órit, hoje - kémo, pretendo. HÓRE: Fora (posp.), separar, sahir -- 1 -- En tére kan. veikuprin 7) hô horo tí: Quando morrermos-- no momento (de nos morrer) da alma se separar do meu corpo — en, nós — tére, morre -- kan, no, quando, -- veikuprin, alma -- 77, meu -— hé, corpo -- tí, elle. -- Alma em Kaingáng é masculino -- 2 -- An jog lean! hore: Esta separado do pai- an, connectivo -- kant, do --3 -- Hat in te hore: Ja esta fora de casa -- ha, ja -- t, connectivo. HO”RIKE: Qual, quanto, ete. Vide hérike. - 1 - Kaféi hórile? Que fôr 6?-2--7% kangdmo ra, kenk hôrikéxno : Embora esteja elle doente, com tudo elle qrer prosear -- kan- gámo, doente agora - ra, apezar -- kenk, fallar muito, cantar. E a red uplicação de ke, fallar para indicar intensidade de acção - hérike, igualmente -- x, connectivo - no, agora esta. HO’RO: em vez de huru, Ja, fora. HOT: Onde. Vide App. HOTITI: Desejar muito, precisar - 1 - Kron hôtiti àj: Eu preciso muito de beber: tenho muita sede -- krôn, beber Se fi ques -2 - Xan kamixa kun hôtiti: Preciso muito de tirar a ca- misa -- van, eu -- kun, tirar HO’BO, hóvo, h6obo : Lobo. HUKE! Soprar. Vide aike, aiénka. HUIK: Cabo de caldeira, arco de caldeira ou de ou- tra cousa -- ti Aik: Cabo da tal cousa. Vide pu. HU: Apitar. HUIK KRIN: Especie de aranha -- krin, cabeça, HUIX: Sopro--1-- Ti hüx : Sopro delle. Vide azénka. HU"OU: Sapo. Tambem bi (Sao Paulo ). HUPO’NERE: Tocha. - Pónera: Queima tu. HURI: HURO, hur, hul: particula adverbial para significar acção passada do verbo que modifica - 1 - Autú ken hurt: Ja passou o obscuro, a noite-- kutú, noite -- ken, connectivo — 2 - Venjén hat hut: O almoço esta feito -- hat, feito -- 3--T) krén hüôtiti húri : Ja passou a seae-- krén, be- ber -- hütité, ter precisão - 4 -- Ij kokire húru hadn : Não sotfro mais fome - kokire, fome --hadn, sentir- 5-- Kron ij huri: Ja bebi--6- Jan, hur kara venjén? Mai, a comida esta prompta ? -- kara, acabar -- venjén, comida--7-- In hur kara: Acabou a casa -- in, casa--8-- On ag jamen (ju) húru viiire: Elle foi adiante dos outros-dn ag, dos outros -- jamén, adiante -- viizre, andou--9-- Agn jamén tin ti: Elle vai adiante dos outros-— tin, ir--10--Fagn kanga haru hadn: As mulheres que estavam doentes, ja sararam ~ fagn, mulhe- res - kanga,, coentes -- hadn, sarar, estar boas. HURO’MKE: Cobrir - 1 -- Kaix kangón krid hurómke : A nuvem (nevoa) cobriu o monte -- kr{d, monte. Vide romke. IAMPRT : Limpo, puro. Vide App. IX, IJ, éix, ej, ex, aix — can, je: Eu, meu: pronome pessoal E possessivo — 1 — 1j kafi Significa tambem, sala: Meu pulso -2-- 1) je, ix ne: Eu sou, estou com, possúo, tenho algu- ma cousa -- 3 - Krin te id kantin: Eu venho da serra — it, eu --te, da-- kantin, vir-- krin: serra, monte--4-- Jj) ambre tin: Eu vou com você -- ambré, com você - am, você--5 - Ix ôn: E' meu-ôn, é- 6-1) jógn kanyáti: Meu pai esta muito doente -- ti, esta -- 7 -- Tampére kanjam, ix veinkréno je: Eu compro uma enxada, eu estou carpindo -- tampére, enxada — lxnjäm, compro - ixó, eu - krendje, estou carpindo -- 8 - O'ri in hadn ij: Agora eu faço uma casa — 677, hoje -- hadn, faço -9- Ga grin ij jo: Eu guardo as telhas - ga grin, telhas — 70, guar- do - 10 -- Ij gama te piju ma ti: No meu bairro elle continua roubar -- jamá, hairro-te, no-piju, roubar - ma -- continua 11- 1) anti kekaird: Eu amo a elle-an, connectivo-- ti, a elle -- kilairé, amo --12--1) in ra ix tin ke: Eu pretendo ir na minha casa -- ix in, minha easa--ra, para — ke, pretendo 13--Je vaju grú: Eu accendo o meu cigarro -- je, meu -- vajú - cigarro - 14 -- E'ix men vog konána agtógmo: Elles estão jadiando dos meus aniinaes -- men, animaes -- vog, vogkonana, RE - ag, elles - tógmo, estão -- 15 - Ij erá (irá ): Meu queixo -- 16 -- 1) ningé féie ado : Dedo indicador - ningé féie, dedo -- 16 bis -- B ning xi: Dedo pequeno - ningé. mão -- 17-Ixôn ij kóij : Eu como o que é meu -- kóij: como - 18 -- [jon avangró: A minha garganta -- 1º -- Tjôn pu, vel: ton ti ne: Eu escondo (e) elle não me vê -- pejú, escondo -- ve, vendo -- k, connectivo -- ne, está. — Tambem eu roubo, e elle não me vê--20--T; hadn veijmá; ag kid nanti: Eu soffro doença; elles estão descançando -- hedn, soffrer -- veiamá, doença, mal -- kid, kün: deseangando -- nánti, estão --21-- Ixó to joma: E' malvado commigo -- to, com -- jomá, malvado -- jôr, brabo - 22 -- Ixô ton, ag ton ve: Não é nem meu nem delles -- ve, é - ag, delles -- to, não -- 23 -- Ixôn hô hô hanera: Prepara tu o meu corpo -- hó, corpo -- hi han, preparar -- 24 -- 1j jógn ja- mu ve je: E' meu tio paterno mais moco-jogn javü, irmão de meu pai--ve, menor--je, 6--25--Jj langré ve: Minha cunhada -- Jangré, do irmão -- ve, irmã, mulher -- 26 -- Tx prén fi javú: Meu cunhado -- 7) prôn fi, de minha mulher -- javu, irmão -- 27 -- Ix kotaxi fi kotwi: Meu netto- kvtxifi, da filha -- 28 -- Ij jenma: Hombros -- jen, costa - ba, ma, grande-- 29 -- Ij kikairé fi: Minha amiga -- kikairó: amo, conheço — 30 -- Jj pron javaiix ra, ij jan pron te acórmo: Embóra eu não queira — 115 — casar, minha mai quer que eu case--prôn, casar - javáix, não queira--ij jonminha mãi-xórmo, quer que eu case--ra, apesar-31--1) Ki eréino (erén) ag xormo: Elles desejam pular em mim--7) ki, em mim- ki, em--32- Eijma de ve ne?--O que é que me apresen- ta?-dé, que cousa--ve, apresentando -- ne, está--33 - Ix a ij japan ra tin ne: Eu estou indo para a minha roça --a, connectivo-- japan, minha roça--ra, para--ne, estou -- 34 -- Tin ven ix: Eu vou primeiro — ven, primeiro - 35 -- Ix veindii javáia ra, veindii: Apesar que não queria rir, eu ri veindü, rir- 36--1) a hürike van tôn ti: Elle não está como eu--a, connectivo - hôrike, como --van, esta --tôn, não -- ti, elle--37 -- Ij alengré angvéix tinove: Eu ia visitar meu ir- mão, companheiro, amigo - alengré, amigo, ete. -- angvéix, vi- sitar -- tínove, ia 38- Tx kitdún : O berne que estä em mim — kétdún, berne - 39 — Tj hô kaugati ha: O meu corpo já está doente - Ad, corpo - kangäti, muito doente - ha, já -- 40 — E; ankomo kan, javii ti penót ten: Emquanto eu como, o irmão vai procural-o -- an, connectivo -- kómo, como agora -- A em- quanto — pene, buscar, matar, pegar -- 41 -- Ninhé à) kujé : O meu nariz é direito -- Æujé, direito. — Torto, se diz pando, te, ve-- 41 bis Ninhé te à je: Eu estou com o nariz torto -- 7, eu -42--Ij jognma hô tinkti: Meu pai vive feliz tinkti, vive - 43 -- Eijm os fuinfúi. x v6g ti mo: Elle agora toca o chu- pim para mim --fuixfúix, choupin, 2specie do passarinho damninho -- vog, toca — ti, elle - mo, agora — 44 -- Níre fi, eix- man ha kantin: Menina, venha para mim -- nire a menina -- ha, voz de mando - 45 -- Gire fi, eixmän paktü lanktére kupé hakantin : Menina, venha para lavar meus pratos -- pakti, pa- nella — lanktére, largo -- kupé, lavar -- 46 - Ij vin pije (rija) hô je: À sine palavra não é boa-—win, palavra -- pije, não - je, é-47-- Tx an kokire me ra, lairânha ve: Eu, embóra soffra fome, trabalho -- kokire, fóme -- ra, apesar — 48 — Txan on mua hô man ex kémo: Para mim tudo servirá -- tocam, para mim--on mua, (o m se prouuncia nasalado ) qualquer cousa 2--hó, bom -- man, muito — ex-connectivo -- kémo, vai ser ~49--Laranharanha, ij an kó je: Eu trabalho e estou comendo -- kóje, estou comendo — 50 -- Exa hi ne ara! Oh! si tivesse saúde! -- ho ne, estar bom -- ne, estar — ara, interjecção de desejo -- 51 —- E'ix káxka kan- gamo: Eu des tarde fico doente-- kä:: ka, de tarde -- 52 - Tj da ti tin: Elle vai perto de mim -- la, perto -53-- Kin don 4) tin ge: Eu quero ir atraz -- ki, p othesi--don, atraz — ge, pretendo -- 54 -- Fód ij : Pinchei, atirei, colloquei -- 55 -- Ij prôn veixkuranti kiveinrämen : Minha mulher aprende a costurar — veixkuranti, costurar - kiveinramen, aprender. -- Minha mu- lher sabe costurar: Jj pron veixkuränti kevenhéra -- 56 — Ij Jógn bre ix vivre: Eu fui junto com meu pai -- jog brê, com o pai — viiire, fui - 57 -- Veixküdje ij: Eu estou descançando — je, estou — kon, kod: descançar -- 58 -- Tj jon: Eu brigo; eu estou brabo - 59 -- Ti katóite ix aleng gré: O meu amigo o en- — 114 — controu -- hatóite, encontrou - 60 -- Ir hivotiti han, ta to ig veg ton ti ni: Como eu sou muito cégo, eu não estou enxergando lá -- kiivd, kivo: cégo - kan, porque -- ta to, no la-- ta, Já - ve, ver -- g, connectivo - ni, estou-- 61-- 1) pén jakän kante: A minha esquerda -- 7) pén, do meu pé-jakän esquerda, kante,. do lado -- 62 -- Iv arütitr : Eu estou muito cançado - titi, muito 63 -- Timé tampére judn: Me dê a enxada~idma, para mim -- tampére, enxada -- judn, dê, me chegue- 64-- 1) hô: Meu corpo -- 65 -- ( ningé, ininhá, ut, pire, ete., vide App.) Jogma min tag tan (ten) ja ve: Meu pai esti matando esta onça — jogmã, pai -- min, onça -- ja, agora -- ve, esta — 66 -- Ij langré kotæi : filho de meu irmão, meu sobrinho -- langré, irmão -- 66 bis -- Eiama emin nin: Me dê um bolo, um pão -- n/m, dê -- 67 Hé ix ne: Eu estou bom--hô, bom -- 68-- Tx jan bre jogn: Meu pai junto com minha mii -- jan bre. junto com minha mai -- 69 -- Zj jan küfé küpti: A faca de minha mãi corta — kiifé, faca - küpti, kiipti: corta -- 70 -- Tx jénja : Minha mesa de comer -- (x, minha -- jen, de comer -- ja, logar, instrumente - 71 -- Jx din: Meu ventre -- 72 - Ix dúin: Meu pescoço -- 72 bis -- Emprü ki ix kúte: Eu cahi na estrada, ki, na -- 73 - Iv kauigh: A minha costella -- 74 -- Du kanga kata: Reme- dio para a dor de barriga -- du, ventre — kanga, doente, dôr -- kata, salutar -- 75 - Ti tang timan ke ve ix: Eu vejo aquelle que falla a Fulano --ti tang, aquelle que -- man, Fulano -- ke, falla -- ve, vejo -- 76 -- Ij bre jiji: Aquelie que tem o meu nome: xará, tocaiu -- 2j bre, junto commigo - jiji, nome -- 17 - Ix be: Minha avo -- 78 -- Kôix to ix veg ton ni kti: Eu não vejo muito em cima — kúix, cima -- to, em -- veg, vendo -- ni, estou -- ti, muito -- 79 -- De à) jo: Eu guardo a cousa -- de, cousa -- jo, jo nim, jo nim had: eu guardo -- 80 - Ga grin ix jo: Eu guardo as telhas ~ ga grin, artefacto de terra, te- has -- 81 — Ix je: Eu sou. IN . Casa - 1-Inempran kuúte : Cohim no chão da casa -- in empran, chão = prán, Bante baixa - kite, cahiu -- 1-b-- E'ix in: Minha casa --2-- Ag in: A casa delle--3-- Ori in ix hadn: Hoje eu faço uma casa -- óri, agora -- 4 -- In ton ve ix ha viiire: Ainda eu não fui ver a casa--ha, já -- viiire, fui --ton, não - 4-b -- Int anguéi ha ti vüire: Elle ja foi ver a casa -t, con- nectivo- ha, ja--angvéi, ver--viiire, foi-5- If tn ti hur tra: Já elle acabou a minha casa - hur, particula adver- bial para indicar o passado do verbo - kara, acabar -- 6 -- In tonjá ra hüru vüire: Já sahiu para fora da casa -- tonja, fora -- ra, para--7--In xi: Rancho, casa pequena, choça - 8 - Im dn han mánera: Faça mais outra casa -- ôn, outra -- md- nera, mais -- era, terminação para indicar o imperativo -- 9 - In on ne: E' outra casa -- ôn, outra - ne, é-- 10 - Xan xi in: Gaiola, casa de passarinho - 11 -- dx jama te tan, denim pejú ma: Elle no meu bairro rouba tudo -- jamá, meu bairro -- te, no -- tan, aquelle -- denim, tudo -- pejú, roubar -- ma, continua - tí, muito -- 12 -- Aiáng in: Vossa casa -- 13 -- Ag in te nórumo: Está dormindo agora na casa delles -- te, na -- 15 -- Ainkafé -- / — 115 — düdn kara ra ix: Eu entrei no quarto -- a, connectivo, inhka- fédiidn, quarto -- kúra, dentro - ra, ran: entrar -- 16 -- Inka- fodiidn kdra ne: Está dentro do quarto - 17 - Onn te ne? (Quem está dentro da casa?-ôn, quem--ne, está -- 18 -— In ton hat kren, ni ha: Ainda não fez quasi a cisa (e), e ja mora nella--tôn, ainda não - hat, fez--krén, quasi-ni, habita - ha, ja-19-In in: Varias casas - 20 - A jog in te ti ni: O pai se acha em casa-in te, em casa -- 20-b -- In tagn tx já vénve; haraori kton ve: Esta casa era minha - mas agora não é mais -- tagn, esta — ij - minha, (já, particula para indicar o passado )-- vénve, era - óre, agora. hoje -- ki, connectivo -- ôn, de outros --vé, 6 - 21 - Kix iju in kantin : Eu venho a minha a -- ÉiX, eu — ju, minha -- 22 -- In in hadn : Fazer casas--23-- In ka me prin: Varrer um pouco dentro da casa -- ka, dentro -- me, um pouco - prin, varrer -- 24 -- Inprüru : Terreiro, rua da casa - priirw rua. INKAFODUDN, imafôdüdn (O M de imafódudn é na- salado ): Quarto da casa -- in, casa - ka, dentro -- fod, atirar -- dudn, maçã, protuberancia. Kafó, sala. ÍNERE: Sovaco. INIVA: Sentar ( Visc. ). IN-HUÍ, eng-huí : Assobiar, assobio. ININDO : Meio dia -- 1 -- Inindó kan, xa: Esta no meio dia -- kan, no - xá, esta -- 2 -- Inindó kaxka: Meio dia -- 3 -, Aran inindó káxka: Meio dia - aran, sol-- 4 -- Aran inindoó känti xa: O sol está preso no meio dia-- kantz, está -- xa ; preso - 5 -- Innindo to: No meio dia - to, em -- dó, raio. INIRIL : Hombro ( Vis. ). INJÚJO : Papagaio. Tambem kanté. INPRU : Terreiro. IPE’DN: A direita. - Jakan, jakdin: A’ esquerda. IRA’: Queixo, no:-1-- Ka pe irá (era) hampa ti: Do galho erompe o no -- kapé, galho - kampa, brotar - tz, elle, -2-- Ix irá (era): Meu queixo. INTO: Parede de casa - 1 -- Into na ti: Elle se encosta à parede -- na, encostar-se -- 2 -- Déne kangréve into nänti : Na parede sa acham retractos de bichos -- déne, bichos, cousas -- kangrôve, retractos -- nânti, estão. PNTO fóro: Fuligem. INTON GA: Barrear, pôr barro na parede -- 1-- Intôn ga ti: Elle põe barro na parede. IXION : Calças ( Vis. ). PTITI: Muitissimo -- 1 -- Veilairá kof ítiti: Trabalho pesadissimo -- vcilairá, trabalho -- kof, pesado -- 2 -- ’titd aiág : Vo sois muitissimos -- aidg, vos. PTITI: Mais de vinte (muitos ). J Nota 1. Suffixo para indicar que faz alguma cousa, Vide App. Nota 2. O J pode-se pronunciar como em Portuguez um pouco nasalado, ou senão como o Y Espanhol um tanto nasalado. Os Kaingang que não podem, por defeito physico, falar fanhosamente, o pronunciam como o J portuguez. JA: Bico--1-- Janón : Bico torto. JA: Corte (jan )--1-- Béngh já: Corte do machado. JA: Eu. Vide App. JAN, ja: Dente--1- Jan uamfore: (U se pronuncia nasalado). Perder os dentas--2-- Ajan jejét kéma ne: Gosta de ranger os dentes -- a, connectivo -- jejét, ranger -- kema, gosta --3-~Japo: pedra do dente -- po, pedra -- 4 —- Ja pando: Dente torto. — Tambem ja nôn--on, torto--5--Ja joxke: Dente podre, 6co--6-- An jan kupé jafa: Escova para lavar os dentes, instrumento para lavar os dentes - an, connectivo -- kupé ; lavar -- jafá, instrumento -- 7 - Jan tôn: Quem é sem dentes -- tôn, não -- 8-- Buromo ha jan : Ja brota o dente- bú- . romo, brota agora. JA: Estar. Tambem je, ne, ni, na--1-- Tx alengré véi tin ja ix: Eu vou visitar meu irmão -tin... ja, vou indo — véi, ver. JA: Suffixo para indicar instrumento - 1 - Tokfin ja: liame - togfin, amarrar - ja, instrumento -- 2 - Jafa: Instru- mento. JA : Particula adverbial para significar acção presente ou contemporanea a outra ou passada, ou simplesmente acção passada -- I -- Venxan ti ró kara kéja : Outrhora eu queria entrar na horta delle - venxân, uma vez-ti ro, horta delle -- ro, cerca, lugar fechado, horta - kara, entrar -- ke, queria — 2 — To ti vinki, kara ran je ja : Eu estou entrando com licença delle -- ti vin, ordem delle -- kz, por - kara, dentro — ran, entrar - je, estou -- ja, agora -- 3 - Ti nin kajafà ja ne: A carne do tal animal está bixada--ti nin, a carne -- kajafá, bixo - jane: Está agora com -- 4 - Ix ve ja ti känti : Elle agora me está vendo--ve, ver -- kanti, está-- 5-- Noro ti ten ja ne ha: Eile ja vai dormir--nôro, dormir -tin, vai-ja, ne, esta agora -- 6 - A jan jog junmo kan, porko ati ta ja agn: Quan- do chegavá vosso pai, elles matavam os porcos - ajáng, vosso - júnmo kan, quando chegava -- kan, quando -- atita, matavam, de tain -- ja, então -- agn, elles -- 7 -- Gire van tére fati: O me- nino então estava morrendo -- tére, morrendo--ja, então-- ti, ome Fy aoe elle --8--In tag ix vénve ja; hava ori agtôn ve: Esta casa era minha; mas agora é de outra gente - ix minha - vénve, era -- ja, então —- ori, agora -- agtôn, dos outros -- ne, é-- 9 -- Ti nindó xe ja agr: A gente então lhe amarra os braços - ti, nindó, o braço, os braços delle -- xe, amarrava - ja, então - agn, a gente -- 10- Akajúno ra, jatu jenti : Embora agora brinque, esti quieto, pacifico, não é barulhento - ra, apezar jatú, quieto -- jen, está. Vide App. JA: Lugar -I--Tg jénja : Meu lugar de comer, meza jen, comer. JA, jan: Mäi-I- 7) jan fi javu ve: E meu tio ma- terno; meu tio materno menor -- fi, della -- ve, é, menor — 2 — Tx jampé fi ave: Ella é minha mii legitima -- pé, verdadeiro, bom, legitimo -- ave, é--a, connectivo - 3-- ama jan hi ni: Tua mii está boa-ama, tua--hd, esta-4-- A jan hôrike ? Como está tua mai ? -- a, tua-- hórike, como -- 5 -- Fid mahüni : Ella esta muito boa; ella continua muito boa-- fi, ella--d connectivo. Vide App. OA’ : Old :! Serve para chamar pessoas do sexo mas- culino; para chamar pessoas do sexo feminino, precisa usar a voz ja! JAK: Roca. Vide App. JAKA’: Em caza, lar. Vide App. JAKA'IN, jakän : Esquerda -- Ipédn, direita. Vide App. JARXUNDE: Assar (Sao Paulo). : JAKFE’: Ninho -- I - Déto jakfé ni? -- Takan kowcmá : Onde está o ninho ?-- Lá encima -- déto, onde -- ni, estã -- tá, lá — kan, no, em -- kiexma, em cima. JA KRrén: Eu planto--ja, eu--kran, kren, planto: JAKRIN, fakrin: Joelho - krin, monte -- fa, perna Tambem significa junta dos dedos, pulso, munhéca, nó -- 1 - Ix ningé féie jakrin: A junta do meu dedo - 2 - Jakrin ti je: Elle está de joelho --te, elle- je, está-3- Ka ki tan ajakrin fen kánjen ti: Neste pau elle se ajoelha -- ka, pau - ki, em fén, torto -- kánjen, esta-- ti, elle -- 4 -- Jakrin tanje: Está de joélho - tan, com -- 5 -- Akan tagn jakrinkrin na: Este pau está com nós- a, connectivo -- kan, pau — jakrinkrin, nó: a repetição da syllaba indica o plural ou multiplicidade de oração, porém feita em lugar e tempo proxima uma da outra --na, está -- 6 - Ningé jakrin: Mu- nhéca, pulso - 7 - Jakrin tan, tin: Andar de joelho. Vide App. JAKTA’RA: Miseravel, coitado, compaixão -- 1 -- Ex man tog jaktära je: Para mim é um coitado -- tog, a, para --je, é. Tambem: Tenho dó do coitado. JAKUÁ : Sugeira, cabellos JAKUA' TUG TÉIE. É uma ou mais tribus de Kain- gangs que andava de cabellos compridos. Deriva de jakud, cabellos, sujeira, vermes ( porque entre os selvagens que não - 118 — dispõem dos recursos que nós temos, o uso dos cabellos é in- separavel da sujeira! )- tug, estar com-- téie, cumprido. O nome seria dado por escarneo? Vide App. São cs'Kain- gang de São Paulo e do Rio dos Cinzas. JADJA’RA: Que está rasgado em varias partes — ra, está. Rasgado em uma parte só, se diz jara--1--Id kur jadjára: Meu manto esta rasgado em varias partes -- 2 - Jj kur já ti: Meu manto rasgado -- kur, panno -- ti, elle — 3 - Veixupóix jad já ne: O vestido está rasgado -- 4 - Ij rénxo jadjänera : Rasga tu o meu lenço. JAFA': Instrumento, lugar, trem, escada, utensilio - 1-T; kantére jafá jamba tere kan, j fa ti tamprügh: Em quanto eu descia pela escada, elle subia -- kantére, descia — jamba, pela - tampriigh, subir, tére, descer - 2-- Noro jafan te: No lugar de dormir -- te, em, JAGME, jakxúnde: Assar--1-- Atri, kren pn fi: antonini jdgme: Ponha lenha debsixo: a carne está assada -- kurz, voz imper. tendo annexa a idéa de pressa -- krén, de- baixo (do fogo)- fi, pôr -- pin, lenha --antonini, carne. Nota. Os Kaingangs assam a carve sobre a lenha ou no espeto. - Han, toco de lenha. JA'GNE: Um a outro--1-- Jagne bre ag mo: Elles vão junto uns com outros -2-- Jagne véra: Olhai-vos um a outro. - 3-- Jágne bre lairânhamo: Nós trabalhamos junto um com outro -- bre, junto -- 4 - Jágne kungré agn: Elles bri- cam, guerreiam-se um a outro--kungré, brigam ete. - agn, elles --5-- Jagne gémo: O mesmo sentido, como o antece- dente -- ge, pegar, brigar 5 b -- Jágne ton bra ke vüire: Não quizeram ir junto uns com outros --tôn, não --ke, querer -- vüire, foi-- 6 -- Jagne dot tin fag: Ellas vão uma atraz da outra --dó, atraz--tin, vão--t, connectivo- fag, ellas -- 7 — Jagne ge: Elles se agarram um com outro -- 8-- Jágne kom kanti: São da mesma idade; estão sentado um ao lado do outro -- 9 -- Jagn hirike nek ti: Um é do tamanho do outro -- hórike, igual--ne, é--lk, connectivo -- ti, elle -- 10 - Jagn ningé: Pegar-se, brigar -- ningé, mão, pegar, tambem - 11-- Paraguay jagn ningé ij: Eu combati no Paraguay -- ge, combater -- 12 -- Jagnin to agn gêmo: Elles combatem, estão brigando um com outro -- to, com -- 12 b- Jagnin done ágmo ha: Elles ja vão um atraz do outro -- dó, dón, don’: atraz - ag, elles -- mo, väo- ha, ja--13--Jagne ran je agn: Elles estão uns perto dos outros -- nânti, estão. — Nota: No nu- mero antecedente, são só dois que estão um perto do outro; no presente são mais de dois--15--Jágne agn déne bano: kiré ju he: Elles carregam as cousas um de outro: veja que não guardem (alguma cousa)--máno, bdno: carregar - déne, cousa -- kiri, veja -- ju, jo: guardar -- he, não - 16 -- Jag- nin to jon: Elles ficam brabos (brigam) uns com outros -- to, com -- jon, brabo -- 17 -- Jagnen ton ge ha: Ja brigam um com outro -- ge, brigar--tôn, com-18- Jägnen bre nänti: Elles estão junto um com outro -- 19 —- Jágne kevenhara ni: — 119 — Elle se conhecem um a outro - #7, estão —- kevenhara, conhe- cendo -- 20 -- Jágne kanti ta ki: Um está com outro lã -- kan, com --ti, elle-ta, lá -- ki, no--21-Jdgne kiveinrämen agn ra, jagne ti jôn: Embora sejam amigos, elles brigam entre si- kive/nramen, ser amigo - ra, apezar -- ti, elle - 22 -- Jagne to tangrénke ( tangranke, tankrénke ): Se unem um a outro com -- 23 -- Jágne kan póvo ha: Já se separam um de vutro — kan, de -- róvo, separar-se -- 24 -- Jágne hôrile ton nänti : Elles não são iguaes um a outro -- hórike, igual -- nânti, são -- 25 - Jägne ra na agnagn: Elles estão deitados perto uns de outros em grupos - jágne ra, perto uns de outros -- na, deitar -- agn agn : elles, elles -- 26 -- Jágne to jon kemá agn agn : Elles gos- tam de brigar um com oatro em grupos — hema, gostam -- 27 -- Jágnema cn verkaridn : Elles se dividem entre si alguma cou- sa - ôn, alguma cousa -- 28 -- Porko ting alengré jagne rath je : Estes dois porcos são iguaes entre si--alenyré, dois -- je, são -- tang, estes -- 29 -- Jagn hiritke je ton: Não são iguaes, não são a mesma cousa. Vide App. JAGOT: Pendurado - 1- Jagüt kan, x2: Está preso e pendurado -- kan, esta. JAJA’N: Armar- Ténja jajanera: Arma tu a rêde - téja, réde — jajanera, extende tu. JAJA’RA: Rasgado em varias partes, de jad -- 1 -- Ix- kur jadjára: Meu vestuario esta rasgado - va, esta. JAM, ham: Primeiramente, principiar - 1 -- Jam jen yra; karka rexéi ; ix do ranharânha viúire: Primeiro levan- tei; depois rezei; afinal fui trabalhar - jengra, levantar - kárka, depois -- dó, atraz, afinal -- viitre, fui --2-- Emprü tag van heja (kején) ja ki: Esta rua será a primeira -- van ke- Jén, será -- kején, uma vez (serve para fazer o futuro )-- ju primeira -- ki, na. JAMA: Minha terra de ja, minha -- ema, terra, bairro - 2-- An jamä anfóti: Tu mudas de bairro --an, tu --jóti, mudas -- 3 -- Déto jamá ue? Onde está o bairro ? -- déto, onde. Vide App. JAMBA: Por--1-- Gôio jamba ti tére: E desceu agua abaixo, rio abaixo -- jambd, pelo -- tére, desceu -- 2 -- Gôio jamba ti tamprügh : Elle subiu agua acima, rio acima - DA pelo. Vide App. JAMBO, jambé: Sogra de minha mii, avo -- jam, mai. JAMBRE: Cunhado, genro - jam, mai-- bre, junto - 1 - Jambré kotxin: Filho do cunhado -- 2-- Jambré bre tin: Ir junto vom o cunhado -- bre, junto -- tin, ir. JAMBRE JOG: Meu pai e minha mai. Vide App: JAME: Face, adiante-1-- Ag jamé: adiante delle - jamé, adiante. JAMJÉT: Sentir (Tel. ). — 120 — JAM’, AJAME : Adiante — 1 - Franxico jôrürut jami tin ti: Francisco vai adiante do carro -- jürürué, carro — ti, elle. — José dó tin ti: José vai atraz -- do, atraz. JAMPRI : Limpo, puro, -- 1 -- Empri dai ga Rua limpa, boa. - Jamprü, significa tambem a minha rua -- 2 - Mentfú jam- pri: Farinha pura, limpa. JAN: Dente. Vide ja. Tambem bico - 1 - Jan pandó : Dente, bivo torto. JAN: Mai--1—Jan fi jan: Mai da mii, avó -- fi, ella, mulher. JANKA’, jantha : Porta -- 1 - Jantha ta ran: Entrar dentro da porta -- ara, ra: para — ran, entrar — 2 -- Jantha dôro ve ix: Eu vejo a porta aberta -- dôro, aberta -- ve, vejo. Tam- bem vejo a abertura da porta - dôro, abertura, buraco. Vide App. E J'ANKE: Oco- Ka janke: Pau ôco. Tambem ka dôro - ka, pau. JANK ERA: Tarde: jankéra jex krén: Plantei de tarde -- jer, eu. Vide eränkéra. JANKODI'T: Costella (Sao Paulo ). JANGJANJE'T: Cambalear - 1 - Jagnjanjét kanti: Elle está cambaleando. JA'NJA: Rasgar - 1 - Venharô janja agn : Elles rasgam um livro - vanharô, livro - 2 - Venharü jadjára : Livro rasgado. JANJA: Misturar -- 1- Arrdz langro tan, jánja ge = Mistura arroz com feijão -- langró, feijão -- tan, com -- 7e, esta -jénja, misturando--2-- Vinho tan janja je ti: Elle está misturando com vinho -- tz, elle. JANJA'JET : Cambalear - Janjajet kanti: Está cam- baleando -- hânti; esta. JANJE: pendurar - 1 -- Janjénera : Pendura tu. JANTA”: Corvo. Tambem ihantá -- 1 - Nhanta buüngh : Urubú rei -- buingh, grande. Jantá; aba de chapeu -- 1 -- Cha-_ peu jantá : Aba de chapéu. “JATKA': Porta. Vide janka — 1 -- Jantká nifé ja: Ins- trumento pare abrir a porta: chave -- nifé, fechar -- ja, ins- trumento -- 2 - Jantha ki, fagn e, agn núánti: Na porta ha muitas ANT MER e homens -- kz, na -- fagn, mulheres -- e, muitas. -- «gn, homens. . JANTKU”: Boca -- 1 -- fantkü néféira: Fecha a boca tu -- 2 —- Jontkii ka na: Está na boca, freio - ka, na -- na, está - 3 - tte it kri gdix: Cabellos acima da boca: bigodes -- kr?, encima -- 4 - Kriz kante jantkii fudre: Labio superior — kri kânte, do lado de cima -- kúnte, do lado - 4 — Gu kánte jantkié fuvre : Labio, inferior -- gu, inferior. Vide App. JAPA’NGH: Minha roça. — Roça simplesmente: epangh, de púngh, derrubar -- Ix japan (ane Eu quebro aroga, colho a roca-- fan, quebrar. JARA’: Saliva, euspo - 1- Zr jará: Minha saliva -- 2 - Jara kokré: Cuspo fedorento, gamba. Vid. App. — 121 — JARA’ KOKRE : Raposa, gamba. Não é a raposa da familia dos cães; senão a dos marsupiaes. JARE': Raiz-- Kumin jaré: Raiz de mandioca -- 2! -- Kumin jaré mentfa: Farinha de raiz de mandioca -- 3 -- Az jaré: Raiz de pau--4-- Ka jaré ko je: Está comendo raiz de píu -- je, esta. JATU’: Pacifico, quieto, silencioso, socegado - 1 -- Aka- juno mo ra,jat* jen ti: Embora elle esteja brincando, elle é quieto -a, connectivo — kajunm, brincando agora -- jen, esta --2-- Jatu agn nänti ha: Elles já estão socegados — ha, já -- nanti, estão -3-- E jatü ra, tog xon jon ne: Apezar que eu sou pacifico, comtudo com elle estou muito brabo -- e, muito -- tog, com elle - xon, eu--jon, brabo --ne, estou. JATITI: Um pouco cantando ? JAVA'IX: Não gostar, não poder, ser difhcil, ter repug- nancia, antes do tempo. Tambem se diz váix -- 1- Pejú tan déto ve javáio ke: Escondeu aquelle onde era dificil achar -- peju, escondeu -- tar, daquelle, déto onde -- ve, achar -- sufixo para indicar o passado - 2 - lj inva javäæ ra, 1j tin ge: Eu preten- do deir para casa contra meu gosto -- javáix ra, contra meu gosto -- ra, contra -- ge, ke, quero — 3 — Antére javáix ra, ti tér- mo ; goiofá krôt kamé je ton: Se elle não está com medo (se não larga) de beber pinga, elle morrerá, apezar de não ser ainda tempo ( antes do tempo ) -- antére javäix, antes do tempo de morrer -- wa, apezar -- ti térmo, elle morrerá -- goiofá, aguar- dente — hrot, kron : beber - kamén, temer, deixar -- je, esta -- tôn, não -- 4 — Javaexrtiti: Muito difheil. JAU’UE: Irmão menor -- ve, menor. Tambem jaüigh. JAVE’, jaué: Cuia, colher. JA VE: Tia materna -- jan, mãi-- vé, irmã--I--T; ja ve ori juno: Hoje chega minha tia- JAVE AN: Signaes?-1- Agmo já ve an: Siguaes delles -- gino, delles. JAU, javú: Irmão. - Tambem jaüigh-1- 1x prôn fi javú: Irmão de minha mulher, conhado -- prôn, pron fi mu- lher, esposa -- fi, ella -- 2 -- Javu fi: Mulher do irmão - fi, mulher -3-- Javu ve : Irmão menor -- ve, menor. JAVU'XI: Irmãosinho - x7, pequeno - I -- Tx jan gpavúxi Ori jut húri: Hoje chegou o irmão menor de minha mãi (o tio materno mais moço )-- jut, jun: Chegou -- hurd, ja. JAU'E, javu ve: O irmão mais moço -- ué ve,: Menor I-- Ix jôgn javú ve : O meu tio paterno mais moço -- jogn javú, irmão de meu pai. : JEANTXXMO. Vide jenaníxmo: Criar. Jen, comer — nixmo, dou. JE: Estar--I--Jéro tôn ti je : Elle não tem dinheiro jéro, dinheiro -- 2 - Pin buôngh hadn je: Está fazendo um grande fogo - pin, fogo -- hadn je: Está fazendo -- 3 -- Kaim- bara ag kofá je: Logo a gente fica velha -- ag, gente sofa, velho -- je, fica -- ag, gente -4-- Javú lengré ix je : Eu tenho dois irmãos -- lengré, dois -- /j je, estou com -- 5 - Ka jovú ix je: 122 Eu tenho um galho de arvore -- jovu, galho — 6 -- Kavarû péne kangra je: O cavallo está com quatro pés -- péne, pé- je, es- ta com - 7 — Ahotaifi kangajan tôn ve kantin je : Vem ver a filha que nao esta mais doente -- re doente agora -- ton, não mais kantin je vem vindo -- 8 - Nore jex kémo ha: Eu pretendo dormir já --jex, eu -- a pretendo - ha, ja--9 Jamá ton ix je: Eu não tenho morada - jamá, minha morada - 10 - Déne kan, ni je: Eu tenho carne de todo animal, de toda qualidade — déne, animal - kan, tudo - ni, carne -- IT - Tz ni kajafa ja ne: Agora a carne do tai bixo, está bixada — ti, do tal bixo — ni, carne -- ja ne, agora esta, então estava -- 12 -- Lengré agt je : Elles são dois -- lengré, dois -- 13 -- Ene veiæ- má buingh je: Aquelle ahi me esta fazendo grande mal - éne, aquelle ahi -- vaixmá mal -- hadn, fezendo -- je, está -- 14 - Gire tag venxén hüjeve: Este menino uma vez era bom -— - tag, este, venxén, uwa vez -- hi, bom -- jéve, era -- 15 - Ka- kan kupé je: Está lavando a cara - kupé je, está lavando — 16-I-- Ir dijéro je kan, ix man hôti: Eu sou muito conten- porque tenho dinheiro -- je, estou com, tenho -- kan, por- que -- x manhüti : Eu estou muito contente - 17 - Ta kaix ja ne: Agora estou aqui--ta, aqui --ka, em--ja, agora-ne, je: estou-18--T/ agn vava je: A gente delle é vagabun- da -- vavai, vagabundo. Vide ne,--19-- Tx jen je: Eu estou comendo. JE: Comer. Vide jen--1-- Xan jéne hütiti: Eu até agora estou com fome. JE: Eu. Je kré: Eu planto, minha plantação. JE!: Qual! Não é verdade! Interrupção de desap- provação. JEA'N, jenan, veän: Criar -- 1 -- Mavaru je dn ti: Elle cria um cavallo. | JEKE, chamar: --I--X ag jéke ke ve: Eu estou querendo chamar a minha gente -- 11-#, -- minha ag, a elles - je, eu ke, querendo -- ve - estou, JEKE: Passo. Subs. --1-- Jéke alengré: Dois passos -- 2- Tx jek ke ni: Eu estou fazendo passos -- ke, fazendo - na, estou - 3 -- Jek -- jénkera : Ande. Repetido para indicar que os passos são muitos. JED: largo--1-- Emprii 9 jét man ag: Elles fazem a estrada mais larga - man, mais. Tambem jedn jedn. J@J: Urina, verter urina. TAME JEJ: Fel-- tamé, de figado -- jéj, urina. JE'N: Comer, almoçar - 1 -- Ajén me kóir, tínti: Elle vive comendo pouco -- a, connectivo -- me, pouco -- tinti, vive — 2 Venjén väix kan, ix tére: Por eu não querer comer, eu morro -- váix, não quero -- por -- tére (kren :) morro -- 3 -- Jén je ha ti ve: le hire ti : Elle está almoçando : elle esta com fome -- je, está -- ha, | ja-- ve, esta--4-- Ha jent : Almoga tu, janta tu -- ha, voz imper. -- E conneetivo - 5 -- Tj jén javáio : Eu não gosto de comer -- jávair, não gostar - 6 -- Ha kamon jént: x Dre Venham comer --kamon, plural de tin, ir,-7-- Ti jen gémo. Tomo o almoço delle (tiro a força )-- 8. ÂMA HU'RI JEN. Você ja comeu -- húri, particula para indicar o tempo pas- sado -- 9-- Jen tôn ne: Ainda não estou comen o --10-- Ta ka tx jéno ha: Eu aoe aqui ja-- taka, termo composto de ta, aqui e de ka, ld,em-11 Jénja agn ha: Elles estão co- mendo -- ja, estão--12-- Véri jen ton ne: Ainda não estor comendo -- véri, até agora--13-- Abré ix jen: Eu almoço com vocé--an bré, com você-an, você —-14- Yan vére jen hütiti: Eu estou até agora com muita fome -- xan, eu - hôtiti, tenho muita precisão -- 15 -- Ninjén ti mo: Elle está comendo -- kin, prothese -- 16 - Pôrco jénera: Come tu o porco -17 -- Jen ton hótiti: Não ter muita precisãe —- 18 -- Vetxkanga na, húru jen: O doente, que estava deitado, ja comeu -- hüru, particula para indicar o passado - na, deitado 19) -. Áma Iniru jen: Vocêja comeu -- 20 -- Kavarú jen nânti: Os cavallos estão comendo — nânti, estão. Vide App. JEAN: Criar--1-- Agire je anixmo: Eu crio uma criança -- ix, eu - mo, agora -- 2 -- Porko jein ix mo: Eu agora crio um porco--- Jennán gire kémo: pretendo criar um menino. JEN: Paträo-1-7x jen ti vin ki, karára ve: Eu estou entrando per ordem do meu patrão: --jénti vin ki, por ordem do patrão -- ki, por--kdra, dentro -- «ra, entrar -- 2 -- Jenfi: patrôa. JEN, jéne: Mandar, ordem, mando -- 1 -- Reu ln? Jéne: Manda que fique escondido -- kanti, fique -- 2 -- Xan jéne me vaia: Não me quer obedecer -- xan jéne, minha orden — me, ouvir, guardar — víix, não quer --3-- Girejénera: Manda ta o menino -4-- Hj vin jéne ix: Eu mando a minha pa- lavra, a cousa — vin, -- palavra, cousa, mandamento -- 6 -- Tg tan jén liri: Eu guardo o mandamento daquelle -- {an jen, ordem daquelle —- /íri, guardo --7-- Denúm ve tôt agn jéne: Eles mandam outra vez para ver os animaes -- dem, animaes -- ve, ver -8-- Aga do ti xoldado jéne jáne: Fulano de tal manda soldados atraz delles - agn do, atraz da gente - ti, elle —- jéne, mandando-,j4 ne, está agora-- 9- Xan jene me váiati ti: Elle não quer tender a ordem -- me, ouvir, atten- der -10-- Tx man jen ti liri: Elle guarda o meu manda- mento -- liri, guardar, Cn ne -- ixmün jen, a minha ordem. JEN: Encima. Vide jengitd. JEN: Camarada, trabalhador -- 1 -- Ha ix jent kamó je jen: Venham para comer os meus camaradas - ha, voz imper., -- kamójen, venham vindo -- jen, para comer -- 2 -- Ix jogn ix jen kémo; halato lânh: ranha vaixti no: Meu pai quer que eu me empregue; mas eu não quero trabalhar -- kémo, pretende--halato, mas na verdade -- váixtino, não quero agora. JENK : Ponta de osso-1--Do jenk: Ponta de osso da flexa - dó, flexa. a NE Si JENE: Ficur. Vide App. JE'NE; Comer. Vide App. JENGA: Assar-1--Ti ni jénga je: Está assando carne do tal bixo--ti ni, carne do tal bixo--je, está -- 2 — Antonini jengagira: Assa tu as carnes do tal bixo -- antont- ni, carnes -- jénga, repetido para indicar pluralidade de aeção — 3-. Ti jénga je: Elle está torrando. Vide App. JENGBA’: Ao longo-1-- Gôio jengbä: Ao longo do rio, pelo rio. JENGE'RE: Respirar, ar--1-- Jengére kémo ra, ve — aman ti: Embora queira respirar, soffre -- kémo, queira - ra, embora -- vexmän tz, elle soffre -- veixmdn, soffrer, dor -- 2 - Ie jengére: Eu respiro, meu respiro --3 -- Jengère kuxä : ar frio. JENGI, jengú: Encima, no alto. Tambem se diz koix, hoixmá--1--Gôio jengii ta: kantin: A agua vem de cima -- ta, de -- 2 -- Jengót, mais alto-- hd, mais. Vide Jengü. JÉNGJA: Cadeira -- 1 -- Ag jéngja tira ma ki: Na cadeira muito forte delles -- ki, na -- ma, muito -- táro, forte — Jógn jénja: assento do pai. JENGJA : Mesa. Vide jénja. JENGRA’: Levantar-se - 1 - Ix ham jengrá, kara réxéi, do ranharanhz vüire: Primeiro levantei; depois rezei; afinal fui trabalhar -- kara, depois — do, atraz, afinal -- vire, fui. JENGRA’: Resto da comida? Almoça tu. JENGU’: jengi: Em cima -- Kanda jengu tére: A ca- nôa desce de cima-- tc, de-- 2 - Ungré jengii te kantin: O homem vem de cima - ungré, homem -- te, de. JENINBAI (Thel); Hombros. Tambem jenma, jen, costa - bai, grande. JENJA : Mesa, corte --1-- Beng ti jénja: Corte feito com machado -- beng, machado. — Ja, dente. JENJERE: Preguiçoso, vadio. JENGMIRA: Expremer. JENMO’JEN : Mascar. JENMA’: Hombros. Vide jenimbai. JENVENIA, enquvénia: Conselhos. Vide enjuvén - I -- Jenvénia me je ti: elle está attendendo os conselhos -- me, ouvir, attender -- je, esta -- ti, elle. JENTKT: Em pé? JENTA'IN : Gostar - 1 - Kanjiri ix jentain: Eu gosto de festar -- kanjri, festar. Tambem se diz kema, emia. JETKE: Bacia. Vide App. JIJT : Nome --I Tijigi hórike ti: Qual é o nome delle ? - hirike, qual-- tí, elle-- 2 -- Jiji tôn: Não tem ainda nome -- tôn, não - 3--Imbre jiji: Tocaio, xará --ím bre, commigo -- jiji, nome: que tem o mesmo nome como eu. JÍRE. gire, níre: Menino. Vide este vocabulos (ii — nhire. . —— ET qo E — 125 — JÍRI: Festa, divertimento, brinquedo. Tambem kan- jtri, kanjuno. JO’: Antes, adiante -- 1 -- Jó ix kantin: Eu venho adiante -- hantíin, vir.-2 - Ti kotxine j6gn jo, tére : O filho de Fulano de tal morreu antes do pai -tí, delle, de Fulano de tal -- kotaine, filho - jógn jo, antes do pai - 3 - Ag jo ix kanti: Eu estou adiante delles - 4 Kavart péne kangra je: dn te jo nanti: O cavallo esta com, (tem) quatro pés: dois adiante, dois atraz — péne, pés -kingra, quatro - je, está -- ôn te, uns - te, o ad - jó, diante -- nánti, estão -- do, atraz - lei, no — 5-- Ajut kéve: Mais velho — jut, adiante - 6 - Ti jó veiva : Elle corre adiante -- veivá, corre -- 7 -- Jo ix tin ve: Eu vou indo adiante; eu ia adiante Ses ae pode ser presente e imperfeito, conforme a traducçäo -- 8 -- Jo ti ke ti ni: Elle é mais velho. Vide App. JO, jon, gun: Brabo. JO, jo nim, jo nim hadn guardár (alguma cousa ) 1 - Ix jo ti emt kupara nim hadn : Elle me guarda um pedaço de pão -- (x, tama — para mim -- ti, elle -- emin, bolo -- 2 -- Ix jó nim veæupôiæ : Eu guardo o vestido -- vexupóix, o vestido — 3 -- Te veixpeju, jó nim: Eu escondi e guardei -4- Ti tan jo nim hat ké ve: Elle pretende guardar esta cousa — tí, elle -- tang, esta cousa — kéve, esta pretendendo - 5 -- Gara jo in: paiol de milho -- gára, milho - jo im, casa de guardar — in, casa -- 6 -- Eixmän vin to ne kané jo: Elle me falla com as pestanas -- eixmän, para mim, vin, palavra -- to, diz-- kané jo ki: com as pestanas--jo, guardar - 7- Topé jo in kofá: A Egreja velha -- topé, Santos - jo in, deposito -- .Jó venjén jafuà te nim had: Guardar a comida no armario -- venjén, comida —- jafuá, armario --te, no. JO: Meu. Tambem ix.—1--In tag jo vénve, hara óri agtôn ve: Esta casa era minha, mas agora é delles -- in tag, esta casa -- hára, mas -- 6r/, agora -- agtôn, delles. JO: Urina---- 2x jo hé: Eu tenho precisão de urinar -- hd, tenho precisão. JO TI KE TI NI: É mais velho -- jó, adiante. JOA: Barba--1-- Joá (jud) téte: Barba cumprida - 2 -- Joá búro: A barba desponta, brota - 3 -- Judá kuxôn : Barba vermelha. JOARI’A: Thesoura. Tambem vezkuré ja - ja, instru- mento. Tambem varéja -- joa, barba -- ard, cortar - ja, instru- mento. JOKE; o - 1- Kakré joké ti: A cama, a taboa bambeia. ; JOKI’, jo Kii -kii, em cima: O que guarda ?--1- Kané joki: O que guarda os olhos: pestanas. | JOKIXNINGE: Especie de minhoca - ningé, mão - jokix, guardar. JOKRIN : Lombriga -- jo, guardar —- krin, cabeça. — 126 — JOD: Cinta--1-- Perógn jô!: Cinta do sacco, do sur- rio, da patrona. Vide ven dd. JODJORO: Angulo: JOHI: Mijar, verter urina. Tambem jon. — 1 -- Jonei hôtiti: Tenho muita precisão de verter urina. , JÓGN: Pai--1-- Jégn kakré: Sogro do pai; por con- seguinte avô materno. Jogne kakré significa conhado do pai, e por conseguinte tio materno - kokré, irmão mais velho -- 3 — Jogn arengré: Tio paterno -- alengré, irmão — 4 -- Ungré jogn: Pai do homem --ungré, ongré, homem -- 4-b-- Jogne ve: Tia paterna — ve, irmã - 5 - Jógn jógn: Pai do pai: avd - 6 - Jógn hailké: Irmão paterno mais velho: tio paterno mais velho -- 6-b - Anjóg lan a -- útke mo: Eu agora pito perto do pai- an, connectivo -- lu, perto --a--útke. pitar- mo, agora --7 ~- Janfi jégn: Pai da mai: avô materno - Jan, mãi--fi, ella - 7-b — Jogn jan: Mai do pai: avó paterna --8-- Ix jogn javü ve: O meu tio paterno mais moço - ve, menor -- 9 - Jogn tôn : Sem pai, orphão -- 10 -- Jj Jogmá ix jan bre hangâmo : Meus pais estão doentes -- 1) jogma ix jam bré, meu pai junto com a minha mai - jam bré, com minha mai (e minha mai) -- 11-1) jogn kanga buigh, han»: Meu pai, (que estava) muito doente, agora está bom --hangd buüngh, que estava muito doente -- hino, agcra esta bom - no, esta--12--Jég v , ve: E' o pai -ve, va: é-13-Ix jógn jen kan, ta kd kanje ha: Eu es- tou aqui por ordem do meu pai - jen, ordem, mandar — kan; por, porque -- ta ka, aqui--ha, já--13--Tx jog ton ne kan, ix mankangati: Eu estou muito triste, porque não tenho pai -- ne, estou — kan, porque -- mankangaté, estou muito triste -- tr, muito -- 14 -- Jógn jutke kan, ix aman kanjámo: Logo que chegue o pai, eu te pago —- jut, chegar - ke, estar immi- nente alguma acção -- kan, quando --ama. ti--hkanjam, pa- gar -- 15-- Karka ix jogkaiké bre ix ni. Daqui por diante, (no futuro) eu moro com o tio paterno mais velho -- karka, depois -- kaiké, irmão mais velho -- bre, junto com -- ni, estou. Vide App. JOIXKE: Girar, mover-se em reder de si, por em mc- vimento rotatcrio alguma cousa, moer. -- 1 -- Gé7o tan joixke : E” tocado, pesto em movimento à agua -- gôio tan, a agua. JOIXNI: Torto - Jo/wni ti känti na: Elle está ficando torto -- kanta, ficando -- na, esta. Acid : Moer, moinho -- Jóia hkantín : Elle vem para moer - 2 - Joix jinera: Moe tu — 3 - Joixni je: Está moendo ~ je, esti-4-Ja joixke, pedaço de dente. Vide App. - JOM 4’ TI NE: E' corajoso. JOIX NIN AREL: Rodar. Vide, App. JON: Brabo, brigar, ralhar. Tambem jun, jo - 1 -- Ti to jon je: Está brabo com elle -- ti to, com elle - je,esta — 2 - On jon má ne: Quem é muito brabo -- én... ne, quem é - jonma, malvado, brabo --3-- Den jun: Animal brabo - den, EO animal--4-- Jó váix: Não gostade ser brabo: é paciente. manço -- váix, não quer-4b--Jováix tavin ti ne: Elle não está brabo de modo nenhum -- tavin, absolutamente, de modo nenhum -- 5 — Ti pid jun t{ : Elle nao é brabo -- pia, não - 6 — Júnti -- mo: Elle agora está brabo -- mo, agora -- 1 - Ungré jun- mo: O homen está brabo agora - 9 - Jon kema : Inclinado a ira — ema, inclinado, que gosta--10-- Jun ne ti: Elle esta comraiva - 11 -- Kején ti jun buüngh : As vezes, no futuro elle ( é) muito brabo -- kején : ás vezes, no futuro -- buüngh, muito = 12 Agtôn à) jôn ton je: Eu não estou brabo com elles - ag, elles tôn, com - 13-- Ti jon ve: Elle está brabo -- ve, está -14--76n jon: Vamos brigar -- tóna, vamos - 15 -- Jon venxén be: Uma vez elle era habitualmente brabo -- venrén, uma vez -- be, habitualmente -- jormá : brabo, malvado -- 16 -- Jun ton gra; Não te embrabeças ! - 17 — Bói jon venma xóro ti: O boi brabo quer fazer mal - venmä, mal--góro, quer -- ti, elle - 18-- Ajôn kemane kan togn, pron fi ten: De tão brabo que era,matou a mulher - kemáne, gostava, era inclinado- kan, porque -- tôgn, estava -- prôn, mulher -- fi ella -- ten, matou- 19 - Fag ex kémo ; an tog ixó jon mane : Eu quero chorar : eu estou brabo com você--fa, chorar -g, connectivo, ex eu-- antôg, com você -- am, você -- tog, com — jonma, muito brabo, ne, estou -- 20 - Junmá ti ne: Elle está muito brabo -- 21 -- Ti to jonmá ne: Está muito brabo com elle -- ti to, com elle -- 21-b - Fi to jonmd ne: Está muito brabo com ella -- 23 -- Kejéne xôn jon ti: As vezes elle fica brabo commigo -- kejéne, às vezes -- von, commigo -- 24 -- Kurän te ton jon ti: Com o tempo fica brabo com os outros - -tôn, com os outros - kuran, tempo - te, com -- 25 -- E jatu ra, tog xin jonne : Embóra eu seja muito pacifico, estou brabo com elle, e muito -- jatú, pacifico -- ra, em- bora -- tól:, com elle --k, connectivo -- xôn, eu - 26 -- Gire tag venxén his je ve ; hára jonm je; kején jonmo ton: Este menino uma vez era bom; mas agora é malvado; no futuro não será brabo -- gire tag, este menino -- venxén, uma vez--hé, bom -- géve, era -- hára, mas -- jonmd, malvado-- kején, no futuro -- 27 -- Agton ix jon: Eu ralhei com elle --agtôn, com elle -- 28 -- Jo vaix titi: Elle é muito paciente - 90, ficar brabo - váix, não quer. JONGJO’ : Gavião - 1 - Jongjô biiigh: Cauda de ga vião -- 2 -- Jongjó kangá ton ne; kárka panó ton: Gavião, si não ficar doente, eu não matarei mais depois -- hangá, doerte - ton, não--ne, ficar -- kdrka, karaka, depois -- panó, peno: atirarei, matarei. JOGN JOGN: Axô, pai do pai-1-- On tôn ène ni? De quem é quem está ahi? -Jogn jógn én éne ni: EB do avô quem está ahi -- dn ? de quem ? -- tôn, quem -- t, connectivo, ahi -- ni, está -- éne, aquélle. JON: Urina. Vide jej-1-Ix jon hütiti: Eu preciso muito de verter urina. JONJE: Especia de abelha de côr preta -- jon, braba -- je, é. A = JONJO'N: Tremer. JONJOJO": Riscado de cima para baixo - 1 Venharô tag jonjojó ni: Este livro esta riscado de cima para baixo - venharô, livro. JONJO'N : Uma especie de verme. JONJO'NG: Tremer. JONJORO ; gonjúro : Tremor, calafrio, febre -- I -- Jon- jóro kan, kuxantimo: Por causa da febre, estou com frio - kan, por causa -- kuxá, frio. JONPRA'DIT : Preguiçoso ( São Paulo ). JOPE’: Antebraço-- Jopén diidn, cotovello - dudn maçã, protuberança — jo, antes - ro, esta. JO'RO: Rasgado, cortado - I - Emprü joro: Caminho cortado, caminho que dá voltas. JO”RU” RU’: Carro. Vide jürüru. JO’RO : Torto, que dá voltas. Vide App. JOXLIRE : Ter inveja - jo, brabo - lire, olhar. JOTI: Tamanduá bandeira. JO'TITI : Tamanduá, esquilo, serelepi. JAVE’: Barba. Vide App. JOVUTJE : Galho pequeno -- I- Ka jovuije: Pequeno galho de nma arvore. JUJO: Adiante- 1- Jantká nifeie ju, jo: Adiante do portão -- nifeie, fechado -— jantka, porta - 2 -- ajut kéve: E' mais velho. Tambem: Ajutké je. JU’: Barba. Tambem joá--1 Kürôn tan jod ton ne: Aquelle moço não está ainda com barba — kiiron, moço -- tan la -- ne, está. JUKE: Dar coices - Kavarú ti tan kri jutke ne: O cavallo da coices naquelle homem -- ti tan kri, naquelle -- 2 An kri ti jukéixno: Elle dá coices em você-an, vecê-- kri, em —- 3 — Juké ti: Elle dá coices. Segundo Thelemaco, significa tambem afiar. Vide App. JUKREM 4’: Sisudo - 1 - Kaixgang jukremä : Homem ajuizado. JUKFUT : Sentar em carreira - 1- Xanæi julkfuigti : Os passarinhos sentavam em carreira. JUDN, juno, juro: Chegar, apagar a luz, p.eu--1 - Judn judn edn ag Chega muita gente -- judn, repetido para signifi- car multiplicidade de acção -- e, muita -- dn, connectivo -— agn, gente -2- Ti judn: Elle chega-- 3 -- Veixkandiri kurän ki judn: Veio no dia da festa -- veixkandiri, festim -- kurán ki, no dia - 4- 7% judn judn : Os cabos da linha do fio -- ti, delle. Vide App. JUDN: Dar-1--7Jxmà tampére judn: Me dê a en- chada -- tampére, enchada -- 2 -- Kavaru jankii kan na judn : Dê o freio do cavallo - jantkii, bocca- ka na, o que está — 3-- Kur igmá judn: Me dê de pressa - kur, voz imper. para indicar pressa -- igmá, para mim -4-- Ti judn, igmán kami: Eu pego o que elle me deu -- kâmi, pego. Vide App. JUKRA'IX : Gengiva. | an — KANÉ JUGVE: Tumor ? JUINPYRE: Pulso. (São Paulo). KANE JUMBI’: Pestana-- kané, dos olhos -- ju, guar- dar -- bi, buüngh: grande ( São Paulo ). Vide kané jokt, kané jokit. JUN: Chegar. Vide judn--1-- Arankét Antonio juno hüri: Antonio chegou hontem -- arankét, hontem -- húri, par- ticula adverbial para indicar o passado-- Rio da Xinxa jute Juri: Chegou ao Rio da Cinza- ti, elle. — Tambem: Rio da Xinxa ten húru katampriigh: Chegou o pau no Rio da Cinza -- ka, pau ( canôa)-- ten, em -- tampriigh, subju -- 3 -- Juri: Chega tu--4-- Tx junmo ra, jogn in fot ja ti: Perto de eu chegar, meu pai estava mudando para outra casa -- ra, perto - in fot, mudar para outra casa - in, casa. JUN: ee brabo. Vide jon.--1-- Kakan jun (diu): Cara braba -- 2 - To jun ne: Esta brabo com alguem - to, com alguem -- ne, ta -3--Junma ti ne: Elle é malvado -— junmä, malvado. Vide App. JURA’NA: Ponta--1-- Ka jurina: Ponta de pau. JURO, júno: Levantar-se, sahir, nn chegar -- 1 Kuxa juro tôn: A lua não aoe tae ainda -- 2- Jura: Le- vanta tu-3-- Nid, (nijá) jut ke: A fumaça vai ade -- ke, pretende, vai-- 4 --Gdzo ten jut kehúri: Ja soe da agua - tan, da--ke, suffixo para indicar .o passado -- 5 -- A’ran jut ke kan, ix vütre: No levantar do sol, eu fui embora -- arán, sol -- ke, queria-- kan, no que — O contrario de júro é pur, mergulhar, entrar, afundar. Vide App. JURURU: Carro. Vide jériiré -1-- Jiiriirikré hiru kantére: Ja desceu do carro -- J:ri, no -- huru, particula para indicar o passado -- 2 -- Jiiriiru tétite, bdi van je reréii: Pas- sava o carro; os bois estavam puxando - tétite, passava - van, estando -- je, estavam -- reréti, eraréti: puxando - 3 — Jürüruüt hôritke ne: JF semelhante a um carro -- ne, é. JÚXKE, jôiæke: Cambalear.- 1 - Júxke tog ti ni: Elle está cambaleando -- tog, estando -- ti, elle -- ni, esta. JUVA’, joa, jua: Barba -1-Juvd kid: Bigode, kii kru, de cima -2- A’ma kevanhéra juválii: Você sabe o que é bigode —- ima,você -- kevenhéra, sabe. JUTKE: Está subindo, apparecendo. Vide App. L Nota. — Os kaingangs indifferentemente usam nas iniciaes, e muitas vezes tambem no corpo das palavras, J por r, @ viceversa; e, por esta razão, se registram aqui poucas iniciaes com /: muitas serão registradas sob a letra r. LA: Deixar. Tambem ra, re-1-- Ir nôro la; ix liri: Eu deixo de dormir: eu acórdo -- liri, acordar do somno. ter os olhos abertos. LA: Pára. Vide ra. LA: Perto. Vide ra. LA: Sol. Vide aran. LAKANGRA’: Relogio -- kangrá, retracto - lan, do sol. LAI: Trabalhar Vide rairânha - 1 - Ix lai javáixtiti : Tenho muita repugnancia de trabalhar -- javaixtiti, tenho muita repugnancia. LAN: Entrar. Vide ran. LAN: Rasgar--1- Ix fuüre lânera: Rasgue minha pelle -- fuüre, pelle. LANGRA’: Bambo--1-- Jantkii kana langra ni: O freio esta bambo -- jantkii, da bovea--hdna, o que esta -- nú, esta. LANKTE’RE: Largo - 1 - Patkü lanktére ni: panella larga prato. uANGEN DO’ KAXA’: Meio dia, lan, sol. Vide arán kaka. LANGRE’, lengré, rengré : Duas vezes -- 1 - Elle esteve duas vezes ua minha casa: Xan in ra ti langré vüire- xan in ra- para minha casa - xan, minha--ra, para -- viiire, elle foi--2-- Ki ten lengré: Bater com o pau duas vezes -~ ka, pau ten -- com. LANHARA’NHA: Areia-I-- Lanharánha ka mi ix tin: Eu vou pela areia -- ka mi, pela. LANHARA'NHA: Trabalhar. Tambem lairânha, rai- rânha, lara --I-- Larânha -- rânha kan ti, kangäti ti: Por que elle trabalha, fica muito doente -- kan, porque ti, elle — kangáti, muito doente. LE, la: Fora--I-- Le ke kaféi vavâmo tr: Elle esta atirando, jogando fora flores -- 7, em -- vavämo, atira agora. Repetido para indicar pluralidade de acção -2-- Ha le ra kite: Toque para fóra -- ha, voz imperativa - kúte, tocar- ra, para - 3-- Le ti fore: Elle joga fora. LENGRE': langré, rengré: Dois, duas vezes - I -- Ka ten lengré: Bater duas vezes com o pau - ka, pau -- 2 -- Lan- — 131 — gré ki, kara langré ki : De dois em dois; ki, em -- kira, de- pois ( primeiro em dos, depois em dois ). LANGRO’: Imagem —-I-- Fog langrô : Imagem de branco ; boneca -- fog, branco, estrangeiro de sangue europeu, langró, retrato. LIKE: Depressa (Sao Paulo ) -- I -- Tona like: Vamos de ligeiro. Este vocubulo o dou como incerto. LI'RI : Abrir os olhos, accordar do somno, ter vivaci- dade, gouvernar ‘vijiar, estar vivo-I-- Lire ke ti: ha- rax káraxi nôro : Elle vai accordar ; mas pouco depois dorme -- ke, vai --hára, mas -- káro, depois -- xi, pouco -- nôro, dorme - 2 -- Jógn fagn lirt ne: O pai está governando a ellas - fagn, as mulheres -- ne, está -- 3 .- An pron jantha to lire ne: tua mulher está vigiando na porta -- an, tua -- jantká, porta to, na-4-Wix te lire kémo: Elle pretende de olhar em mim --’e, em - 5 —- Ori kuxan ki lire: Hoje acordei cedo -- kusxán, cedo -- lire, acordar -- ki, em -- 6 -- Aran lire ne: O sol está apparecendo -7 -- Kavariú kané lire ne: Os olhos do do cavallo são vivazes -- kané, olhos - 8 - Tx nóro la; ix lire: Eu largo do somno; eu acordo -- la, largar -- 9 -- Lire ne ti: Elle está vivo. LO”, em vez de rü: Escrever, marcar, pintar -- 1 -- Lünera : Escreve tu. LO, em vez de do. Vide App. LORO: Cousa redonda. Vide App. LU, ru, rudia, rumiä: Cabaça, porungo - 1 - Lu ti viizre: Foi buscar agua. Tambem rumia, rudia viiire--lu ... tin; ir com a cabaça: ir aguar -- viiire, foi - M Nora. — Muitas vezes se permutam mas palavras as letras m e b. Principalmente no começo da palavra o B se pronuncia mb. MA: A, para. — Vide tambem man --1-- Irmä nim: Dê para mim - nim, de-2 Ix ma vin ton: Não falla- win, fallar -- 3 -- Ivamak to: Falla para mim -- k, connectivo -- to, fallar - 4-- Enmã vin hô to: Para nós falla uma conversa béa - en md, para nós —- vin hd, conversa boa --to, falleu -- Enmá to, vin hé hadn : Fallou para nós e fez uma conversa bôa -- hadn, fazer - 5 - Eix dma tox hótiti: Eu preciso fallar muito com você -- Ama, para você -- to, fallar -- x, eu - hütiti, preciso muito - 6 -- Hixman xa tan kajám : javäix, exman dinhéro kajám : Me pode pagar com sal ou com dinheiro. Propriamente : Me podem pagar com sal; sifnäo querem, com dinheiro -- xa, sal - tan, com -- javain, si não quer- 7-- A’ma ix krôn mano: Agora eu te carrego de beber --múno, bino: Carrego agora --8-- A’ma denúm mäno? Agora eu te levo (te devo levar) alguma cousa ? denúm, alguma cousa - de, cousa -- n, connectivo -- um, alguma -- 8 -- Denúm man ke toi ne: Eu não quero cousa alguma - ke, querendo -- tói) ne, eu não estou - 9 -- Agman te vin ke: Elle falou ao povo --agman, ao povo -- vin ke: dizer palavras -- 11 - Bijám tan húri kanjäm: Elle ja pagou para mim -- tan, aquelle--huro, ja, indica tempo passado -- 12 -- Timano veixmän ti hat: Fuiano de tal fez mal a Sicrano de tal - timán, Sicrano de tal -- o, connectivo -- hat, fez -- veizmán, mal, hat, fazer -- 13-- An kren kara fágma ninti ? Todos seus filhos são mulheres? en, seus-- kren, filhos -- fay, mulheres -- nanti, são - 14 -- Xanman nim javäix ra, ix ma nim: Apezar que lhe repugne de dar para mim, elle dä--xa man, para mim -- javaix, repugnar- ra, apezar -- 15-- Eixmá to kan, ix fa: Quando elle falla para mim, eu choro-- to, falla-- kan, quaudo -- fa, chorar -- 16 -- Kixma pin nim: Me dê fogo -- pin, fogo -- 17 - E'ixma pin hit: Faz fogo para mim - hat, faz — 18 - Eixma to kaka, ix fa: No que elle fallou, eu chorei -- kaka, no momento de--19-- Timá tora kotxifi továix: Diga para ella que solte a filha -- tora, diga -- kotxi ft, tlha--t véia: largue -- 20 -- A’mak to ti: Elle falla para você -- a, você - ma, para - k, connectivo -- 21-- Timd to tan ra tin: Diga a elle que va para lá -- tan, lá - ra, para -- 22 -- Jágne ma ag vin: Elles fallam um a outro -- jdégne man, um a outro - vin falam -- 23 -- Fagn ixmakto: As mulheres me dizem -- fag, as mulheres -- k, connectivo -- Fagn ixmäkto vin mo ne: Estas mulheres — 135 — me dizem que vão conversar - vin, falar - mo, vão -- ne, es- tão - 24-- To mandera?: Continue a falar -- mandera, conti- nua tu. MA: Apanhar — 1 - Krenän kré aóro ma: Apanhar um coelho num mundéo--krendn, mundéo -- kre, debaixo - aóro, coelho. MA: Capim--1-- Makri: Canna -- krz, mais alto -- ma, do que o capim. MA: Carregar--1-- Ma je (ba je), ix kaxôrro ba: Eu recebo o meu cachorro para carregal-o -- Ma je, estou rece- bendo -- ba, carregar -- 2 -- Gôio ba ne: Esta carregando agua -- ne, esta--2-- Veinkatá ba ti: ix kanga kan, ixó veinkata ni: Elle traz remedio: por eu estar doente, eu estou com re- medio -- kan, porque ~ 2x6, eu -- veinkata, remedio -- 3 -- Bara: Carrega tu--4-- Peju ; karka magvüire : Roubou, depois car- regou -- pejti, roubou -- magviitre, bagriiire: carregou. Tempo presente bdatin - 5-- Ama ix kaxôrro matin? Você carrega o meu cachorro ? -- 6 -- Déne ni kanján ke ve? — Resposta: Antini tande mano (denteni)? Que carne quer comprar? Resposta: Carregue carne daquelle bicho -- déne, animal -- ni, carne -- kajám, comprar -- keve, está querendo -- dntidene: Do bicho -- ni, carne -- tan, daquelle - de, cousa -- máno, carrego agora. Vide App. MA: Jaboticaba, guaiaba. MA: Mais, muito -- Ix jan irma tag man nim: Minha mai me da mais daquillo - jun, mãi -- tag, daquillo -- nim, da - 2-- Min kantin mr, ta ka ja ni ni: A onça tornou a vir: ella está de séde aqui- min, onça- hantin, vem --ma, mais outra vez--ja, agora -ni ni, está estando -3-- Tin ma: Va (mais ligeiro )--4-- Kantin man ton: Não vem mais -- outra vez -- 5 -- São Jernymo to ix vin ke; mara ix tin ton ne: Eu pretendo ir até São Jeronymo; mais ( adiante ) não vou indo — to, em -- van, ir — ke, pretendo - ma, mais -- 6-- Ix ki evaix ; kara kulrôn ve; do rairanha mátimo: Olhou em mim; de- pois olhou a panella (0 tacho), afinal continuou o trabalho -ix ki, em mim -- eváix, olhar -- kara, depois - kukroén, tacho - ve, olhou --do, afinal- ma, mais, continua - ti, elle -- Mo, agora -- 10 - Ta kute ma ti: Chove mais; continua a chover - kúte, cahir--ti, elle (impessoal) --11 -- Veinvó manera: Corra mais -- manera, mais. Imper.--12 - Ta man ha khú- teixno: De certo chovera mais - ha, de certo -- 13 -- Man tin ho: KH’ melhor ir outra vez — tin, ir - 14 - Kijmanim man: Dê outra vez para mim --ki, prothesi -nim, dê-- 15 -- Man hô hano: Está agora muito melhor -- man... ha, se sente me- lhor -- hô, muito -- 16 -- Lairânha mat ke tô ix ne: Eu não quero mais continuar a trabalhar - to, não; querendo -- ke, querendo -: ne, estou - 17 -- Denúm mat ke tôij ne: Eu não quero mais nada -- denúm... ton, nada-18-- To mandera: Continua a fallar-- d, mandera, connectivo. MA: Muito -- 1 -- Karka ti dinhéro ma hanno: Logo elle terá muito dinheiro kdrka, depois-hänno, fará--2--Fuá mat fimo : : — 134 — agora ella chora muito -- fut, fa : chora -- fi, ella -- mo, agora -5-- Anjan ma hi nl: Tua mai está muito bôa -- an, tua -- jan, mai - hi, boa -- ni, está -- 4 - Kakané ko ma ix ne: Eu estou co- mendo muitas fructas de arvore -- ka kané, fructas de arvores — ka, arvore -- ko, comer - 5 -- Laranja ki gôio ma ve: Nas la- ranjas tem muito sumo -- ki, na -- gôio : sumo, caldo, agua — ve, é, tem -- 6-- Nángja to ti me xe ma ti ni: No lugar onde costumam deitar, esta elle pegando muitos animaes. Ti, Fulano de tal - nángja, séde, lugar de deitar - nan, deitar - ja, lugar -- to, no — men, animaes -- xe... ni, esta pegando -- 7 -- Ninhéro ma ha ti. Elle faz, recebe muito dinheiro -- 8 -- Féve ma ti ne: Está com muitas folhas -- 9 -- Intan ma had já ne: Aquella casa se faz com muita pressa - in, casa -- tan, aquella -- ma, com muita pressa -- had,... ni, se está fazendo -- ja, agora -- 10 -- Ti kotxine tére kan, Fidènxio mankangamo: Fidencio está muito triste, porque o seu filho morreu -- tére, morreu -- kan, porque -- man, muito -- kangdmo, está triste agora — 11 -- Ma hé: Muito bom --12-- Arennãn vanuvóremo: De baixo (da panel- la) ferve muito agora -- 13 - Jonjúro kan, kuxán témo: Por cau- sa da maleita, está com muito frio -jonjúro, maleita -- kan, porque -- ti, elle -- 14 -- Gire tag enkréj xóromatógn je: Este menino esta tendo muito desejo de caçar -- enkréj., caçar — xóro, vontade -- tógn, tendo -- je, esta. MA: Para. Vide ma: a. MA: Parir, dar à luz. Vide ba -- 1 -- Priin ki kren ton nik fi, prin ôn te akotxin man fi: Um anno não da cria, outro anno da-- prdn, anno -- ki, no --ton, nàâo-- nt... fi, ella está. com -- k, connectivo -- on te, noutro -- akotxin, filho -- man da à luz. MA: Pleonasmo -- 1 -- Jogma, pai - 2 -- Nren ma venu- vóre: Debaixo ferve -- kren, de baixo (da panella), na la- reira. MA: Promto -- 1 -- Venjén ma hut : O almoço está promto venjén, almoço -- hut, particula adverbial para indicar o pas- sado. Tambem, hur kara. MA: Receber--1-- Ori patrón ki ninhéro ma: Hoje recebo dinheiro do patrão -- ki, do-2-- Ma ton ix: Não re- cebo. Vide Ba. MA: Vergonha - 1-- Irma ma hat: Me faz vergonha - ijma, para mim -- hat, faz, causa -- 2 -- Tx ma hadn: vergonha, soffro vergonha -- ma, - 3-- Fix ma hati ti: Eu soffro muita vergonha. MAKRI’: Canna, bambu-- md, capim--kri, acima m,--a (m nasalado ). MAKURE : Busina; (M, nasalado). MAFE’: Linha, trança, corda, ortiga, fio - 1 - Mafé hadn : Fabricar linha. m de m--a fé, nasalado. MAFUIGH: Trança. M, nasalado. MA" (M, nasaladc): Bosque, matto. Vide mditka - 1 -- Xumai: Meu bosque -- x, meu --u, connectivo -- 2 -- Mai van | | — 135 — ee ore te: O bosque está no terreiro -- van, esta -- ran, meu jiore, terreiro, extremidade de qualquer cousa -- te, no. M’AL: Nunca, faz muito tempo -- 1 - Tére máix : Nunca morre, é immortal -- tére, morre. (M, nasalado). MA’IXKA, maika : (m, nasalado) matto, bosque -- Vide mais — 1 -- Maixka ra mójen : Vão indo para o matto - ra, para -- mo,indo -- Jen, vão 2 2 Maixkan te: No sertão, no matto -- 3 -- Mai- jika man vúire: Andou pelo matto -- mi, pelo -- n, connectivo -- viiire, foi. Perfeito de tin -4- Mazjkan te ka kane: Fru- ctas das arvores do matto -- te, no - 5-- Múixkan te muan: (m anasalado). Canna do matto -- 6- Mazjka ji pejú: Se escon- deu no matto- peju, escondeu-se - ji, pelo. MAN: A, para. Vide ma, para, a--I-- Eixmão tive: Elle me está respondendo, fallando -¢:, fallando -- ve, esta -- 2--Eixman to ti ha: Elle me responde ja-t, elle--ha, ja - to, falla, responde -- 3 -- Hj man ti ke: Elle me falla -- ke, fallar - 4 -- Agmán ke tngrá: Não falle para elle -- tongrá, terminação do imper. negativo - 5 - Timán to ton: Não fal- le para elle -- 6 — Kumééra iman ke: Me falla com respeito kumééra, com respeito, de vagar -- 7 -- Timdn x he kan, cinco de ix hid: Emquanto falla a elle, eu fiz cinco cousas - x, eu -- kan, emquanto -- de, cousas -- 8 -- Birman to hóti tin ti: Elle precisa muito ce fallar commigo -- hótiti, precisa muito de fallar --9 - Ya jogma vin x ke ve : Estou querendo fallar com meu pai - va, meu - vin, fallar -- x, eu -- 10 -- Timan to kani: Diga a elle que fique -- kind, ficar -- ‘11— Eix man, akané joix vin ne: Commigo falla com as pestanas ( pestanejando ) -- kané -- jóix, pestanas - vin ne, está fallando -- ne, está -- 12 - Eixmán ôn» to: Para nós diz mentiras -- en, nós -- ôno. men- tira - 13 - To manera: Falle mais -14- Ant n kik: ktin kan, iæmän ton ne: Quando tu não entendes, perguntas para mim -- anton, tu -- kikaktin, não entendes -- kan, quando -- jéman, para mim--to, fallas--15-- Ti tanman ke ve ix: Eu pretendo fallar para elle ahi--ti tanmán, a elle ahi-- 16 - Enmän to, vin hé hadn: Elle falla para nós. (e) conversa bem -- enmdn, para nôs--vin hd, conversa boa--hadn, faz - 17 - Eixmún ti nengé to: Elle falia a mim com a mão -- ningé, mão -- 18 -- Gara pórkoma vidn -- Dar milho aos porcos -- vidn, dar - 19 - Timän vembé to: Elle diz uma conversa para elle -- vembé, conversa. MAN: Mais. Vide ma, mais -- 1 - Nin mdne kémo: Vou sentar mais — nim, sentar - man, mais--e, connectivo -- kémo, vou - 2 -- Kix nim man: Dê mais para mim -- Jk, pro- these -- x, eu - 3 - Denum man ke to je: Eu não tenho mais nada - denúm... to, nada — ke, vou -- je, estou com. MAN: Muito -- 1 -- fio foie man aro: Horta de JUS flores -- kaféje, flores -- ar6, ró: horta, logar fechado -- 2 -- Ku- vará man je ni: Eu moro muito longe. Tombem: Pare gu ix ni kuvard, longe. Vide ma, muito - 3 — Man hô hüno : Me sinto muito bom -- hino me sinto -- hd, bom. MAN: Receber. Vide ma, receler! — 156 — MAMFORE : Perder, desapparecer, ter prejuizo. Pri- meiro M, nasalado. MANG : Abelha, mel. MAN ne Alegre, contente - 1 -- Bigmám hôti : Bw sou contente -- 2 -- É cmd hotiti: Eu sou muito contente. MAHO isto - 1-- Man ho hino? — Resposta: Mán- tin hô: Está melhor ?: hano, sentir-se -- man, mais -- hô, bom -- ti, elle -- n, connectivo - 2 Hino fagmã kan, ix man hott: Eu sou muito contente, por estarem melhor as mulheres -- häno, estão boas -- fagmá, as mulheres -- kan, porque -- maw hóti, estar contente, satisfeito. MA'NO. ba, ma, man: Carregar- 1-- An tini tande mano : ape carne trazes agora ?-- am, tu-- tind, carne -- tan, de que--2-- Mara: Traze tu. MA’ ‘NO : M. uasalado. Canna, bambú - 1-- Máixkan te mudno: Canna, bambu do matto -- te, no. MÃO: Em redor. MARAMBRÁTA, barambráia: Nadar. MARÉIA; besouro (São Paulo ). MAT: Mais. Vide ma, man -- 1 - Larânha mat ke toix ne: Não quero mais trabalhar -- ke, quero -- laránha ... ne, estou trabalhando - to ix, eu não -- 2 -- Denúm mat ke tô ix ne: Eu não quero mais nada -- denúm... to, nada. MAT: Molho ?--1- Mátka ix ko: Eu come com mo- lho -- ka, com MAT: Receber. Vide ma, receber — 1 -- De mat kémo ? O que é que quer receber ?-- lémo, quer--2 - Laranja mat kémo: Quero receber laranja -- de, que cousa. MA’TIMO: Estar pendurado -- 1 -- Apén ten mátimo : Elle esta com os braços pendurado - pen, braços —- ten, com. ME, méin: Ouvir, perceber - 1 - In kafididn kaki, veexprére me: Ouço um barulho dentro do quarto -- inka- fôdudn, quarto -- kaki, dentro -- veixprére, grito - 2 - Ti pen, ti ningé méin ton ti: Elle não percebe nada nos pés e nas mãos -- ti pén, os pés delle -- ringé mão -- 3 - Wi) amé Kaka, tax fa: Logo que eu ouvi, eu chorei -- a de mé, connectivo -- kaka, logo -- fa, chorar -- 4 -- Kutt te tag, ix kampó me, (had ): Esta noite percebi (e soffri) as pulgas -- te, em -- kampó, pulga - had, soffri -- 5 - Agn vin me ix: Eu ouvi a conversa deles -- vin, conversa -- 6 -- A’ma vin me väix : Você não quer ouvir a palavra (não quer estar attento, obedecer) -- váix, não querer -7- E amé ha, ix fa: Logo que eu ouvi, chorei - ka, no mo- mento de-- me, ouvir--fa, chorar-8 -- Veixpré me ix: Eu ouvi um clamor -- 9 -- Ti kambu me ix: Eu ouvi noticia delle -- kambú, noticia. Vide App. MEN, me: Animal, bixo --1 - Gonoû men xin tavin me: O sabiá é um animal deveras bonito - xin, pequeno,. bonito -- tavin, deveras --ne, 6-2--Hixman ti mén xi ne: ey || ee Para mim o animal delle é bonito -- t2 men, bixo delle -- 3 -- Amèin re; kdra uiizre: Deixou o animal, (e) depois foi-se embora - a, connectivo--méin, animal--re, largar -- kira, depois -- 4 -- Déje «x méin vog kunâne: Porque está judiando dos meus animaes ? - deje, porque -- ne, está -- 5 -- Ti méix had ja ti ni: O animal delle está sarando--¢/ méix, o animal delle -- had, sarando -- ja... ni, esta agora - 6 -- Eix mén : Meus animaes, minha criação -- 7 -- Men konan ix: Eu judio da criação, nos animaes--8-- Ex men pau kémo: Elle agora pretende roubar meus anima-s -- pzju, roubar - 9 - Aiáng méin ax ra ton: Eu não abandonei os vossos animaes -- aiang, de vós - ra, abandonar - 10 - Min ti me kangrá: A onça comeu todos os meus animaes-- min, onça--ti me, animaes delle - kangra, comer tudo -- 11 -- Méin humbré: Socar de animaes -- cocar-se -- 12 -- En mén venma hi ti: Elle faz mal aos nossos animaes -- venma, mal -- hat/, faz. ME: Morada-- Tx me (jama) kuvaran qu ni: A mi- nha morada é muito longe -- qu, muito -- ni, esta. ME: Ouvir, perceber -- 1 -- A’ma vin me väix : Você não gosta de ouvir a palavra, as ordens, é desobediente — 2 -- Auxa me ix kenema ne: Eu estou gostando de sentir o frio -- huxá, frio -- kenemá, gostando -- ne, estou. ME: Pouco - 1 -- Brére me nimera: Guarda-o humido — brére me, pouco molhado -- nimera, guarda-o - 2 -- Tord mé ix ne: Eu estou esperando um pouco -- tóri, esperando. Vide App. M*MBRE’, memberé: Borboleta (São Paulo). ME'IA : Meia. MEN: Baixo, torto -- 1 - Dui mén xa: O pescoço esta torto -- duin, diz, pescoço -- xa, preso. MENFU’, mentfu: Faricha. MÉN : Animal. MI: Pelo meio. Vide App. MI: Aqui-1-- Kuxá ki tag mi ti ne: Está aqui desde cedo -- hwxa hi, desde cedo - ki, em -- tag, este - mi, aqui -- ti, elle. MI: Por, em-1-- Emprig mi móijen: Elles vão pela estrada -- moijem, vão-2-- Tag mi ha kantin: Ve- nha ca, venha por cá--ha, voz de mando - 3 - In mit kantin : Vir em casa - in, casa - 4--Gôio ka mi apén kan- kúten . Passar pelo rio de a pé - ka, no - mi, pelo -- apén, de a pé — kankuüten, passar - 5 - Engo huxi ka mi mójen: Estão passando na e pela capoeirasinha - engo-hüxi, capoeirasinha - xi, pequena — ka, em - mi, pela - mójén, vão, plural de tin, ir--6-Ta mi ve, hüti ni: Olhar para lá, é bonito - ta, lá - ve, ver, olhar -- hóti, muito bem -- Ema kara ay tag mi ka- môn : Vem por cá gente de todo mundo - ema kara, de todo mundo -- ay, gente - kamôn, vem: plural de kantin, vir -- 5 -- Ta mi ag korég tavin ti ne: Aqui se acha um povão - ag, korég, muito -- tavin, extraordinario. ee BR MIK XIN: Onça pequena, gato. Vide o subsequente termo. MIN: Lugar. Vide App. MI, min mink: Onça, jaguär-1- Min kujo: Onça parda - 3 - Min tin ja ni ha: A onça já está-se retirando -- tin, já vai embora agora-- 4-- Emã kuju mi ti nik ti: No meio do bairro, vive, esta uma onça -- ema, bairro — kwju, meio - mi, onça -- ni, esta-- ti, elle--4-- Mm kogéré: Onca pintada 5 Min vu: Onça preta-- 6 - Min kiixôn: Onça amarella, vermelha, loura--7- Min krin emprü aré: Campo da es- trada da cabeça da onça -- min kren, cabeça da onça — emprii aré, campo da estrada -- 8 -- Mink táix: Matar uma onça — 9- Mink tdi kagóuve: Foram matar a onça. Vide App., MITIN sabão: Ensaboar ? MO, terminação dos verbos para indicar o tempo pre- sente ou o futuro-1--Góio kin eréimo (eréino ): Pulo agora na agua -- ki, na--créin, pular. MO, plural de tin: Ir. Tambem moi, moje: Haka- mo jen: Venham vindo --ha, voz imper. — kainôn, vem -- 2 - Aix kamonja kuran kan, 1x kran: Porque agora vem os dias (de plantar), eu planto--áix, para mim -ja, agora -- kwran, dias - kran, planto -- 3-- Mon kan kre: Sahem quasi todos -- kan, todos - kre, quasi-4- Aiâng kuvara lairdnha mono: Vocês vão longe para trabalhar -- aiâng, vocês -- ku- vara, longe -- 5 - Enkréja mó kan já ne: Vão indo agora todos caçar — enkréja, caçar -- jd ne, estão agora -- 6 -- Ag mon kran : Elles vão plantar - 7 -- Mo kinânti: Vão indo -- ki, connecti- vo - nanti, estão, plur. de né--8-- Eng mo ja kuvarangu : Já estamos em caminho para uma longa viagem - en, nós - g, connectivo - ja, agora -- kuvarangu ; muito longe -- gu, mui- to -- 9 Vaiak aiâng airanha mon ne: Amanhã vos ides tra- balhar - vaiaka, amanhã - rairânha, trabalhar -- mon ne, vais indo - 10 - Mon venxén, kärka kamojen: Vão por algum tempo; depois vem - venxén, por algum tempo --hárka, de- pois -- À môn, vem - 11 -- Emprüru mi og mojen: Elles estão viajando pela rua--emprüru, rua-- m2, pela-mu jen: vão indo - 12 -- Venxén mon, venxén kamon: Ora vão, ora vêm - 15 - Mó kara hüru: Todos já foram embóra -- kára, todos - hûru, já indica tempo passado -- 15 — Batata bakantin, mo: mora ag pepije ay kémo: Traga as batatas; a gente vai perto; a gente vai roubar -- bakantin, trazer -- ra, perto -- pejt) -- roubar -- kémo, vai -- Ein venbédn, ém mon: Nós con- versamos; nós viajamos -- venbédn, conversar-- éin, nós -- 16 - Ti jaré tamén mojen: As raizes da tal arvore vão longe - ti, da tal arvore -- tamén, longe -- mójen, vão -- 17 - E’in ve nharô miafá ra mógen: Nós vamos para a escola - venha- ro, letra, livros -- livros -- néafa, logar, instrumento -- ra, para -- 18 -- E77 man ke ij in ra mó ke agn: Eles me fal- laram que querem ir para minha casa -- ke, fallaram - in ra, para minha casa -- he, pretendo ir--19-- Janka nifé ag mo — 139 — ke: Pretendem passar o portão -- janká nifé, portão, ke - pre- tendem -- nifé, fechado -- 20 -- Lairânha ag mó ha: Elles ja vão trabalhar -- lairânha, trabalhar - ha, já -- 21 -- Mon, karka kamoje: V:0, depois vêm -- karka, depois -- 22 - Mon ipédn ; kárka jakain: Vão à direita; depois à esquerda - ipédn, di- reita -- karka, depois -- jakáin, esquerda. Vide App. MO, suffixo de presente. Vide App. MOKE': Garrucha (S. Paulo). Deriva de boka: es- piugarda, garrucha. MO'MEN : Temer, deixar de fazer alguma cousa por medo, prohibição, ser cobarde --1-- Mómen kankutin: Sahiu (de alguma cousa ) de medo -- 2 -- Kutú tag mômen had: Esta noite sinto medo -- kwtu, noite - tag, esta -- had, sentir, soffrer - 3-- Mômen airi kan: Medroso - xiri kan, por causa leve - æiri, pequeno - 4 - Je momentiti: Eu estou muito assustado — 5 - Momen ix had: Eu fiquei assustado - 6 Xavarû momen kema: Cavallo passarinheiro -- kema, inclinado. MON: Levantar --1-- Veg món:' Levanta primeiro -- veg, primeiro - 2 - Kanka fag gaix mon: O vento levanta os cabellos dellas, das mulheres - kanká, vento -fag, das mu- lheres - gáix, cabellos. MON: 1.- Enhirike món: Pode ser. — Serve tambem para fazer o futuro. MONKO’PO: Alampada (S. Paulo }. MONTXI: Fino. Tambem torije. MBARAMBRAIA: Nadar. Vide barambraca. MRAN, mran: Surrar (bran ). MRENE, bréne: Cinza. Vide bréne. MRÉION : Machucar, surrar. MUA: Trazer. MUAITTRA: Matto. MUANFÉ: Trançar. Vide App. MUA'N: Itaquarai - 1 - Muän ki nanti: Estão no itaquaral - ki, no - nänti, estão. MUANFK: Trança; caxim de espinho. N NA: Deitar-1- Aix na kanti je: Eu estou deitado - kânti, estando - je, estou-a, prothese - 2 - Na ix ke kan, réza ia kéti: No momento de eu deitar, eu faço a reza— ke, pretender - kan, no momento de -kéti, faço - 3 - Kuxá tag ki na ti je: Elle está deitado nesta fresca — kuxd, frio — ki, em-4-Nôro na ix ke ne ha: Eu estou querendo já deitar - ke ne, estou querendo - 5 - Le (re) krin na ix: Eu deito no capim - le ri, no capim, le, capi - 6 Kurúg na ix: Eu deito com o kurt kurt, lençol, manto - g, connectivo - 6- Anta ra kaxôrro hi nákti: O cachorro quer deitar perto de você - duta, de você - ra, perto - hd, quer - na, dei- tar - k, connectivo - ti, elle. NA, ja, je ne, ni, de: Ser ficar. Vide estas palavras — 1-Ona giri tag pejú je: Quem destes meninos está rou- bando ? -ôna, quem - giri meninos - pejt, roubando - je, está -2- On pejú tag jén: Quem roubou, é este - ta, este — jen, é-3- Kutiixi hd na: Já é meia noite, é já noite avan- cada - kuti xi hd, meia noite, etc.-4- Brüje ti na: Elle está quebrado - brüje, quebrado - tí, elle - 5 - Kadére, kajére ti na: Elle está liso - 6 - Ti fa, koingrin: As pernas delle estão encolhidas - fa, perna - ne, estão. NA: Eu. NA: Mai. NAFU : nofwii: Chuva de pedra. NAG: Puchar - 1 - Kanda magnara: Pucha tu a ca- nôa - 2 - Ningréin nag hi titimo: Elle está com muita von- tade de puchar as orelhas -- ningréin, orelhas -- hüti, tem pre- cisão, tem vontade -- 3 -- Nagnäg: puchar varias cousas, puchar repetidas vezes. NAGNINGE: Picapau (Sao Paulo ). NA'IX, gáix, ngáix: Cabells--1--Gaix téie ti ne fag güix hürikeri : Elle tem cabellos compridos como aquel- les das mulheres -- téie, compridos -- fag, mulheres -- hürike, como -- ti «lle--2-- Gaze kuxôn: Cabellos louros -- 3 - Géix téta (téle) ag päni kri ti nanti: Os cabellos compridos es- tão nas costas delies--ag pani, costas delles -- kr, acima - nänti, estão -- 4 -- Gate ij) je: Eu estou com cabellos -- je, estou - 5 - Bj géie nagnána ti: Elles estão puchando repe- tidas vezes os meus cabellos -- nagna, puchar repetidas vezes — 6 - Jantkú ri gate: Cabellos acima da bocca: bigodes — = eae — 141 jantki, bocca - 7 - Gaix kupri: Cabellos brancos -- 8 -- Gäix koiagrin : Cabellos crespos, encarapinhados. Vide App. NAÂIX : Puchar--1-- Elles já estão puchando: Kiig näixno ha:-ki, connectivo--no, agora- ha, ja -- 2 -- Kidg hüru ndie hára: Já acabaram de puchar -- kara, acabar - húru, particula para indicar o passado. NA'IX : Paineira ( arvore ). NAM: Arrombar, puchar. Vide nag - 1 - Jantká nam: Arrombar a porta - 2 Nanera: Empurra tu -3-- Ix gaix nd- nera: Pucha tu pelos meus cabellos. NAN: Deitar-- 1- Nóro nan ix: Eu deito para dor- mir--2-- Tx jogma kakré kri nd ni: Meu pai está deitado ua cama-kakrê, taboa, mesa, cama, girdo - kri, na-- na, deitado - nz, está --3-- Krôt; kara nambra: Beba; depois deita -- númbra, imper. NANIKOVAIX : Laranja azeda (2)-- ko, comer - váiz, não querer, repugnar. NA'NGA: Puchar--1-- Tx gaix nängnera : Pucha tu meus cabelos. NA'NGJA: Cama--ndng, de deitar --ja, lugar--1- Nängja kri gire énent fi fi: Ella põe aquella criança para dormir -- kri, na, acima--ênent, aquella -t, connectivo -- fi, poe - fi, ella -- 2 -- Nangja kri ti van ne: Elle está na cama - van ne: Está estando. NA'NTI: Estamos, aaa estão -- 1 -- Pir ag nanti: Elles são poucos -- pir, poucos - ag, elles--2-- Jam bré ag ndnti: Elles estão junto com a mii -- jam, mai - bre, junto - - Ix kanén nänti agn: Eles me estão esperando -- kanén, esperando -- 4 Maika te nanté agn: Elles moram no matto - muaitka, matto -- te, no. NARA’N: Tecer ? - 1 - Engjénuarán ken ja ti: Elle agora está tecendo um laço -- engjén, laço -- k n, pretendendo — ja, agora. NAX: Cabellos--1-- Nax teis tine: Elle está com cabellos cumpridos. Vide App. } NDE, de; Cousa.-- Interrogativo: Que cousa? o que é?-1- Dé ti te arankét hat tin ja ne: O que é que foi fazer hontem ? ti te, elle - te, connectivo -- arankét, hontem - de, que cousa- tin, ir-- ne, estar. Vide App. NDEI, déi: Cosinhar -- 1 -- Déiera: Cosinha tu. NDEJEN: Cera. -- Melhor déie--1- Déjen gru ra ni ti: Ella senta perto da luz de cera -- gru, luz--ra, perto — ni, senta -- ti, elle. NDENON: Outra cousa-- 1 - Denôn to xa; Uma cousa presa a outra --t», a-- xa, presa --ôn, um a outro. NDENUM: 'Tado, de -- de, cousa -- n, connectivo -- um, én: um, algum - 1 - Nnenum peju kenema ne: Quer roubar tudo -- peju, roubar - kenema, gostando -- ne, está. ie ee NDETO: Aonde. Tambem déto--1-- Ndéto mó ne: Aonde vão indo ?-- mó, indo. NDING, ding: Profundo -- 1 - Oré ding (dik): Lagoa profunda, brejo profundo, pogo. NDO: Atraz. NDOGN: Cego. Vide App. NDON, dón: Furado, furar--1-- Kanda don ix: Eu furo uma canôa. NDUDN: Caramujo. NDU'1: Pescoço. Tambem dui, Vide App. NOLURU: A agar. NE, je, ni, na de: Ser, estar com alguma cousa. ter alguma cousa. Vide estes ns Ninhéro tôn ti je: Elle não tem dinheiro --ti, elle--2-- Pm buôngh had ne: Está fazendo um grande fogo -- pin, RAE grande - had, fazendo --3 -- Kaimbära ag kofa ne: Logo a gente fica velha -- kaimbára, logo -- agn, a gente -- kofa, vel 10. Tambem : Logo se fica velho -. 4 -- Javii lengré ne ix: Eu estou com dois irmãos, tenho dois irmãos - javii, irmão. NENGEKA? Como é que foi? NENGRA', jengrá: Levanta -- te tu. NEIAXPM, nija vim: Banquinho -- ni, sentar -- ja, ins— trumento. NEM, nen: Matta virgem -- 1 - Nen van xan fuüre te: O matto está no meu terreiro -- van, está -- can, meu -- fudre, terreiro -- te, no - 2 — Nen buüngh ti na: Elle esta com exten- sas mattas - buüngh, grande-3- Nen pänktim:: Elle esta fazendo derrubada - pan, cortar, fazer roça. Ngé: COMO? - Ngé ka? Como foi?-kan, foi, esta. NÉNI, ndéni: Animaes, alguma cousa: Déne kankrôve into núnti: Os retratos dos animaes estão nas paredes - déne, retractos dos animaes, das cousas - hangrôve, retractos ínto, parede. NENMA”, denma: Bicho mau, urutú. Tambem denema ~ 1-kire pij neumd: guarda-te do urutú escondido - pi), pijú, escondido. k NENTÁIN, jentäin : Gostar - 1 - Kanjtri tx mentäin : Eu gosto de brincar. NEN UM : Qualquer cousa, de - de, coisa -- n connectivo -ôn, um: algum - 1-- Denum Ko javäixtit': Lhe repugna toda a comida - ko, comer -- javairteti, não gosta. NERE'NJE: Laranjas. NE'TEL: Saci: Supposto animal supersticioso. NGAN: Derrubar. Tambem gan-1-Gau hütiti ti nho: Agora é facillimo derrubar - hé, facil - t? à, muito - nho, agora. NGANDORO : Canôa (Sao Paulo ) ga, ka: pau - dôro, furado. Significa tambem arvore ôca. — 145 — NGA’RA: Milho, mais - 1 - Gára tagn: Este milho - 2-- Gára togn: Milho secco -- 3 -- Gira toi: Milho verde (7 - nhára ). NGDO, do: Furado - 1- Arangró do ni: O feijão esta furado -- nº, esta. NGERE: Cheiroso - Denúm yére hi: Alguma cousa de bom cheiro -- denúm, alguma cousa, hô- bom -- gére, cheiro - 2 - Gére kokré: Cheiro fedorento -- kokré, fedorento. NGTRE : Menino. Vide gire--1--Gire ki ti tére: O menino morreu -- ):7, connectivo — tére, morrer -- 2 -- Gire into ag nänti: Os meninos estão em casa --to, em -- núnti, estão -3- Give fi: Menina. — Gire fay, meninas - 4 -- Ene gire fag: Aquellas meninas --5--Gire fag ta ki nant‘: As meninas estão aqui--ta, aqui - ki, em-6-Gire ba fi je: Ella esta carregando a criança - ba, carregando - fl, ella — je, esta. GIREXT : Criancinha. NGOIO, gôio: Agua. — Vide gô/0 - i - Gôio ni: Agua parada. NGO: Ramo de arvore -1 - Gonoa go ki ti ne: O sabia esta no ramo = 7, no - tí, elle. NGOP: Chover - 1 - Ngôp ke vaic hati: Custa a cho- ver - váix, difficil - ke, querer - had, fazer, NGORNOA : Pennas de ave. NGRE: Macho, varão. Vide gra, gre. Ngre: RAn. — Vide gré. NGREN: Doce. Vide gren: Doce, gostoso, adoçar - 1 - - On ve ti ngré: Parece doce de outra qualidade - 6%, outro ve, parece - ti, elle - 2 - Tin yréra: Adoce-o tu. NGREN : JAgutirica. Pequena onça. NGRENKA: Jagutirica de São Paulo. NGRO : Tucano (Sao Paulo ). NGRORO : Debulhar - 1 - Gara ngrôro: Debulhar milho. Vide grôro. Ngrú: Accendido. NHA: Bico (de passarinho ) Vide ja, dente - Xanxi ja: Bico de passarinho. NHA: Corte. Vide ja-1- Kiifé nha: Córte da faca - kiifé, faca. : NHAPA: Foice. Vide App. NHA: Dente. Vide ja. NHA: Deitar. Vide na--1--Nhá agmän nz: Elles estão deitados -- ni, estão -- 2 -- Noro ja: Deito para dormir -- 3- Nha ag nanti: Elles estão deitados -- núnti, estão - ag. elles. NHA: Mãe. Vide ja, jan --1.- Jamanhé ni?: A mãe está bôa ? - ma, pleonasmo -- hd, bôa -- ni, esta - 2 - A nha hü- rike? Tua mãe como está ?--«, tua -- hórike, como -- 3 -- Vid ma hô ni: Ella está bôa- fi, ella -- d, connectivo -- 4 - Nham nhà ne: E” a avó materna, a mãe da mãe. -— 144 — NHA# A’: Instrumento, escremento, esterco, lugar, Vide Jafae. NHAMNHAMA: Estreitar (ao peito, por exemplo ). NHANTA: Corvo. Vide janiá -1-- Nhanta kupri buüngh: Urubu rei - kupri, branco - bnôngh, grande. NHA’RA: Milho, pipoca. Vide gára--1 - Nhda kané: Grão de milho--kane, grão, fructo--2 Nhära pen: Pé de milko --3-- Nava kran tin: Ir plantar milho -- kran, kre: plantar --4-- Gara fuóre: Folhas, palhas de milho -- 5 - Ama gára fuóre ton ja? Você não tem palha de milho ? -- je, esta com, tem. NHARA KANXTRE: Milho pequeno, arroz -- kanxire xire: pequeno. NHATK A4, jantka: Porta- Nhatká ra je: Está perto da norta--ra, perto. NHATIK 4, nhantka: Adorno do peito, que consiste em geral de rosarios de contas, missangas. Tambem nhatká ku pé. NHATIKAMBU"T: Rico--hambút, dinheiro, peso, prumo. NHEKFIN: Ponta de osso -- Dó nhekfin: Ponta de osso da flexa-- do, flexa ( jekhfen ). NHEMOJEN : Lagarto grande: um pequeno se chama lungro. NHMOJEN : Mascar. NHEGA’RA: Levantar-se. Impr. Tambem e melhor jengára, jengra. NHERE : Aquelle. NHENHUM : Aza do vaso. NHETIKARANHE: Parte do vestido que cobre o hombro. NHIN : Em redor - 1 -- Vehinhin tin: Ir em redor. NHIRJRE: Costado. NHO: Afiar--1-- Pânho: Pedra de afiar. NHON, jôn : Brabo -- Nhon ti ni: Elle esta brabo — 2 - Nhôn be: Habitualmente brabo -- be, constantemente -- 3 Nhon be ti ni: Elle está habitualmente brabo. NHORO, somno, dormir Vide nôro. NHORO : Maleita ( S. Paulo). NHOU: Cabeça de arvore-I- Tól mhoû : Cabeça de coqueiro — tói, coqueiro (nho - % ). NI: Carne-I- Pérco ni: Carne de porco - 2 - Xon ni li, von kajanguá: Na minha carne tem bichos - xôn, mi- nba -- ki na van, está - kajankudá, bicho, bixeira - 3 - Ni tói: Carne crua, verde - 4 - Ni déi: Carne cosida -- dei, coser — 5 Ti ni t' ni: carne do tal bicho -- ti dotal bixo. Vide App. NI: Estar, ter- alguma cousa, morar, ficar--I -- Aitt ti tôn ni: Elle não está - ki, connectivo -- ti, elle-2- Ta ka ti ni: Aqui mora alguem--ta, aqui - ka, em -3- Gôio ni hangjd kuvarangi e dni: As cabeceiras do riacho estão muitissimo longe -- goioni, riacho -- hangjd, lugar onde come- ça - hang, começar -- já, lugar -- kuvara, longe--gu, muito — e, — 145 — muito -- d, connectivo — ne, estiio--4--Jatohy to tx ni: Eu mo- ro no Jataby-to, no-- 5- Xux ti ni: Elle está sujo - 6 Kakan korég ix tog ne: Eu estou com cara feia-kakan, cara - korég, feia - tóg, ficando, nz, estou —- 7 - Kofá ix ni: Eu estou ficando velhe --kofa, velho--8- Nor ke ni é ha: Elle já está com muita vontade de dormir -- nor, dormir -- ke querendo -- é, muito --ha, ja-9-- Méxa ra ti ni: Elie está perto da mesa- ra, 10 Venxán hid ntktivi ; hárato jomá ne ori: Uma vez era bom; mas agora é malvado — renan, uma vez - hd, bom -- nik., ve, era-- i: connectivo - óri, agora, hoje jomd, malvado - ne, é--to, de harato, certamente -- 11 Gonoa ix ni : Eu estou, tenho um sabiá -- gonod, sabia - 12 -- Kan- ga kan, veixmä fi ne: Por estar doente, elle está com dor- kan, por -- veixæmd, dor -- fi, esta -- ne, ella -- 13. -- Ti bre ix ni- nho: Eu agora moro com elle-- tz bre, com elle - bre junto 14-- Ta ix kurän taktôn ni: Eu morei ahi tres dias - ta, ahi - kiran, dias --taktôn, tres. ; NI: Dar em vez de nim. Vide App. NI: Sentar--1-- Kaxôn ré ni: Sentar no caixão - lré, no--2--Nira: Senta tu--3-- Nz mane kémo : Quero sen- tar mais -- mcéne, mais - kémo, pretendo - 4-- Méxa krén ni: Estar sentado debaixo da mesa - Jrén, debaixo 5 Emprii la ni: Estar sentado na rua- ka, na. NIA’: Fumaça. Tambem nijá--1- Nia nin (veinin ): Em redor da fumaça. NIA’. nijá: Ninho--I-- Xanæi nijá ve ix: Eu achei um ninho, melhor um pouso de passarinhos, ni, ter séde - jd, lugar -- ve, descobrir. NIAKUK 4A’: Sabugo de milho - kwka, osso- NIAF A’: Instrumento, lugar, meio, escremento. Diz- se tambem niafud, nhafa--1 Venbédn niafd ; lugar de prosa, conversa, locutorio - 2 - Kron néafa govo: O vaso para be- ber está quebrado -- krdn, beber-- góvo, quebrado - 3 -- Venha- ró niafá ra mo jen: Elles vão indo na escola -- venharü- livros -- ra, para -- mo, indo -- jen, vão -- 4 -- Xanxi ag nai nia- fa: Poleiros dos passarinhos - canxi ag, os passarinhos -- ag, elles: se põe para indicar o plural --naz, deitar -- niafá, lu- gar, instrumento -- 5 -- Ka don niafd : Trado -- ka, pau, -- don, furar -- 6 -- Noro niafan te: Lugar de dormir--te, no - néro, dormir ( dormitorio ). Propriamente : No lugar de dormir. NIK 4’: Chifre. NIKRE’ : Ler, contar ( dinheiro ). Tambem veinkré - 1- Nikré ti is Elle agora esta fazendo contas --ti, elle - mo, agora -- 2 - Ningé féie nekré ti: Conta os dedos - ti, elle — 3 - Veinrô us ti: Elle lê as cartas — veinrô, livro, carta, papel eseripto - 4-- Nikrén to tógmo: Não estou prompto para ler -- to, prompto ? - tógmo, estou agôra- 5 -- Ix veinran nileren hótiti: Eu tenho grande paixão de aprender a ler— veinrän, avrender -- Aétiti, tenho muita paixão. V. App. NIKTI: Viver:--1- Venæän niktive: Uma vez vivia — venxän, uma vez ve, terminação do imperfeito. Vid. App. — 146 — NIKTE: Engatinhar - 1-- Nikténo ha: Já engatinha --ha, já -- 2 Ti nk ‘ite: O engatinhar delle - 3 -- Nikte ti: Elle engatiuha - 4 -- Ti nikte; O engatinhar delle. NIDKUKA’: Lombo --ni, da carne--d, connectivo -- hukad, osso -- 1 -- Ti nidkukd: Lombo do tal animal. NIFE’: Fechar, fechado. - 1 -- Janka nifé je: A porta está fechada -- je, está. -- Jantha niféje ti je: Elle esta fe- chando a porta -- ti, elle -- je, está -- niféje, fechando - 2 - Gôio nifé: Agua parada, fechada, tanque, açude -- Jantka nitéiera: kirè kaxórro he kara: Fecha a porta: veja que não entre o cachorro -- jantka, porta - niférera, fecha tu-- kara, entrar - he, não-4- Ti nifé: cousa fechada delle; a cousa enfiada (na agulha) delle; a tampa da panella ou de outra cousa - 5- Topé jo in ix nifèx no: Agora eu fecho a Egreja- Topé. Santos - jo, guardar - in, casa -- 6 -- Jantká nifé: Por- tão -- 7 - Nifêja: Chave -- ja, instrumento. Vide App. NYJA: Lugar, pouso - nº, sentar - ja, lugar. Significa tambem .cadeira - 1 - Jayne man déne kadnija ve: Eles se indicam um a outro o lugar onde pousam os bixos + jágne, um a outro - déne, animaes — kid, connectivo - ve, indicam. NIM, anixmo: Criar-1- Ti kején kren nimmo: Eu criarei uma familha delle - kején, particula para fazer o fu- turo = kré, familha - nímmo, vou criar. NIGUJA: Dedo indicador -- ni, mão ?- qu, grande. NIJA, nia: Fumaça -- 1 Nija ve ix : Eu vejo a fumaça. NIJT : Nome. Vide App. NIM: Dar,-1-- Vére nim: Dar por algum tempo, em- prestar gratuitamente -- 2 -- Nifá krin vére nim had tx: Eu emprestei por algum tempo o travesseiro -- vére, por algum tempo -- 3 - Evxma emim nim: Me de pão -- enim, bolo —- 4- - A’ma veixkatà ix nimmo: Eu te dou, te darei remedio -- ama para você - veixkata, remedios -- 5-- Tima veirupóio nim: Elles lhe dão vestido -- tima, lhe -- 6 -- Eixmá dinheiro nim ke: Elle pretende de dar-me dinheiro - ke, pretende --7 Xanmán dinheiro nimkti kan, ix man hóti: Porque me deram di- nheiro, eu estou contente -- canman, para mim -- kan, porque - nikti, k, eonnectivo -- kan, porque -- manhüt’, contente-8 - Jo- gmá ti húru dinhéiro nim: Ja deu dinteiro ao pai-húru, particúla para exprimir o passado. Vide App. NIM: Emendar, por ex. um vestido: - 1 - Veinæupôix ka fi, nim nim: Emendar um vestido - vein upóim, vestido -- Ji, ella -- ka, no. NIM: Guardar. Tambem: Jo nim-1-Ix jo dóxe nim hed: Eu guardo o doce--tjó, eu - 2 - Venjén niafua te nim hat: Guardo no armario da comida -- niafá, lugar -- venjén,, comida--te, no- Timá ke: Venjén nim hânera : Diga a elle: Guarda tu a comida -- tima, a elle -- ke, dizer -- hänera, imper.- 3 - Inman fakré nim han ti: Elle me guar- da o meu travesseiro. — 147 — NIM: Ordenhar - 1 -- Vacca léite nim nim ton ne: Ainda não tirou o ro das vaccas--leite, nongje,: leite, nim, repetido para significar pluralidade de actcs. NIM: Pedir -- 1 Goio ki térmo : kud nim! Kud mim! im bre kankiten: Eu afundo na agua- rogo acuda ! acuda ! ajuda-me a sahir - goio ki, na agua -- térmo, afundo agora -- kur, kud ; corre tu - nim, te rogo- in bre kankuten, sahir com- migo: ajuda-me a sahir - 2 - Ermé te grafà no te nim: Eu te rogo de capar o tal animal para mim-exmaä, para mim — tz grafü, a parte do corpo que deve sar tirada para capar um animal de genero masculino -- 20, arrancar -- nim, te rogo. NIM, ni: Carne. NIN : Estar -- 1-- Pexpeje ti ni je: Elle está sendo fraco -- pexpé je, fraco -- ti, elle- mi je, está sendo. Vide je, ni, nane. NIN: Em log:r de ningé, mão. Vide App. NIN: Em redor--1-- Pin nin: Em redor do fogo - pin, fogo-2--Péd nin: Em redor do pé-3- In péd nin: Em redor dos alicerces da casa - d, connectivo - 4 - Péd nin: Tartaruga. NIN: Sentar, vide ni- 1 - Kir pit ag nin: Veja que elles sentem em poucos - kir, veja - pit, pir, poucos — ag, el- les - 2 - Nini venkokot an húri: Já nós sentämos para des- cançar - ni ni, estamos sentados - venküt, descançar, Rapetido para significar pluralidade de acção - an, en, éin nos -- : húri, particula para indicar o passado do verbo. NINAF A’: Munheca, pulso. NINKA': Chifre. Tambem niki - 1 - Bóix ninka: Chifre de boi - 2 - Bóix ninká legré ti ne: O boi está com dois chifres - t;, elle - ne, esta. NINKFE'IX: Fechar. Vide nifé, nifé je - 1 - Kanda ninkfé ix: Eu obturo a canôa. NINDO': Braço - 1 -- Anindó tokfin kan je fi: Ella esta com o brago amerrado - a, connectivo -tokfin, amarra- do - kánje, está - fi, ella-2- Nindô kin et: Amarrado no braço - ki, no-n, connective - xe, amarrado - t, connectivo - 3-- Nindó tokfin téje ni: O liame de amarrar o braço é comprido. Vide App. NINDO’: Meio dia-1--4rán inindó kaxka: Meio dia — aransol -- káxká, céo. NINDONI’VE: Verti e-1- Krin nindônive: Vertice da cabeça -- 2 - Nindó nive katóro: Vertice da cabeça tos- quiado. NINDUIX, dúix: Pescoço - 1 - Duëx men xa: é uma fórmula de juramento, que mais ou menos significa: Fique eu amarrado pelo pescoço, seja eu enforcado. NINCA’M: Fazer signal - Eixmán ti tin ningám: Elle me faz signal de ir embóra - ezrman, para mim. NINGL’: Mão -- x - Ningé du: palma da mio - du, palma, parte inferior -2- Ningé petkara: cinco -3 - Ningé ônta on: sete-4- coe veitkritôva : dez-5- Hix ningé — 148 — feie kira pire onkanje: seis - 6-- Ningé pire: Uma mão - 7 — Ningé rengré: Duas mãos-- 8 - Hix ningé kamira: Péga minha mão -- 9 - Akané ningé te pejú ti: Elle cobre os olhos com as mãos-a, connectivo - kané, olhos --te, com -- 10 -- “Ningé wu ti ni: Elle esta com as mãos pretas de fuligem; esta com mãos sujas --ss- Ninjé pan je: Está com a mão coberta ; esta com luvas — pan, coberto - 12 - Ningé pan: Cos- tas da mão -- pan, costas - 13 -- Ningé jakrina?: Pulso, mu- nheea-- jakrin, pulso - 14 - Ningé kagmo ti: Ele aperta: a mão — ti, elle - 15 - Nin ti tinje: Elle está esfregando a mão - tin, esfregar. — Explicação dos exemplos 2, 3, 4, 5. Ningé pet kdra-pet, uma - ningé, mão - kdra, inteira, a saber, todos os dedos de uma mão - Ningé veitkritóva, uma mão está aci- ma da outra--veikri, acima — t, connectivo--6, outro--va, esta a saber, os dedos das duas mãos - ningé, cinco dedes — ônte, com um -- ôn, outro um- ra, depois-- pire, um --ôn, outro -- kanje, está. NINGE’: Tambem. --1-- Hoó fi ningé: Ella tambem: é boa--fi, ella. Vide App. NINGFEIE, niféie, nifége, nifé: Fechar. NINGE’ FE'IE : Dedo.--1-Ix ningé féie, kara piré on kanje: seis.- 2 .- Tx ningé féie kára, todos os dedos da minha mão -- ôn kanje, esta outro -- pire, um -- 3 -- Ningé féie buôngh: Dedo pollegar - buüngh, grande--4-- Ningé gija, dedo indicador - gu, grande --ja, que é? - 5 -- Ningexin kan- tóje: Anullar -- xin, pequeno -- kantoje, que esta ao lado? -- to, perto -- je, está -- kan, estando -- 6 -- Ningé xin: Dedo mi- nimo. NINGNIE : Sentar. V. App. NINGRE'N: Orelha, ouvido -- 1 -- Ningréin buôngh: Lobis-homem -- buüngh, grande. Nome de um ser supersti- cioso -- 2 -- Ningrèin dôro: Entrada da orelha--dôro, furo, buraco -- 3 -- Ningréin nak: Puchar as orelhas. NINGREINTOX : Brinees-to. aoxa, preso. | NINGRU’: Unha- 1- Te ningru je: E' minha unha. NINHA'M, nam: Puchar. Tambem mnijám. NINGU'IA : Dedo indicador, ponta do dedo. Vide App. NINHE': Nariz -- 1 -- Ninhóé koke: Flauta para ser tocada com o nariz. -- 2 -- Ix ninhé: Narizes, ventas. NINHE: Está. Vide App. NINHE’RO: Dinheiro - 1 -- Nenhéro tag hürike ta ké ni? Como este dinheiro está ahi? -- tag, este - hiréke, Como? --ta, abi-- ki, no -- ni, esta -- 2 —- Ninhéro vavai kenema je: Gosta de botar fóra. dinheiro -- vava, botar fora, jogar fora-- kencmá, gostando - ne, está -- 3 -- Ninhéro ton ti ne: Elle não tem dinheiro - Ninhéro man húri: Elle recebeu dinheiro -- man, receber - húri, particula para indicar o passado. NINHO: Eu agora estou; eu agora sento - 1- Am- bré ix ninho: Eu agora moro junto com Você --an, você. Tambem: Eu agora me sento junto com Vocé- bre, junto. — 149 — NINHO: Levantar-1--Kuxrä ki ix minho: Eu me levanto cedo - kuxd, frio - ki, em, de. -NTNHO, terminação do verbo, para indicar tempo presente ou futuro. TININTVI; Ponto no escripto. NINJA: Cadeira -- nin, sentar --ja, lugar ou instru- mento para sentar -- 1 - Ninja hat ti: Elle arruma a cadeira - hat, faz --ti, elle--Ixôn ninja kri ni ix ke ve: Estou pre- tendendo ir sentar na minha cadeira -- ke ve, estou preten- dendo -- 2 -- Giri ninja: Cadeira de menino -- gíri, menino -- 4 Ninja kri gire «xi fi: Por a criança na cadeira -- iri, na - girexi, meninosinho -- fi, por. NINJA: Fumaça. Tambem #24, nija, NINTORNI VE: Coroa da cabeça, feita cortando os cabellos à uso franciscano -- tóro, tosquiar. NIO'RO : Quebrado, rasgado --1 - Kurt Rionidro ( jo- jóro ): Panno com varios rasgos. Vide App. NIRA: Senta tu--1--Anira jéngve: Levantar-se da cadeira -- jéngve, levantar-se. NIRE: Menino. O N se pronuncia 2--g ou w--nh nasalada e fanbozamente. Vide gíre, ñhire, jire--1-- Gire ix in kamti ed ni: Tem muitos meninos em minha casa - ní kan, em casa -- ti, connectivo -- e. muitos -- d, connectivo -- ni, estão -- 2 - Gíre bakantin fi: Ella traz o menino -- fi, ella - 3 - Nire tantô fi ne: Ela é menina - tantô, femmea -- 4 -- Gi- reman jiji ne: O menino tem nome --jijí, nome -- 5 - Gire jigi ton ne: O menino ' não tem nome ainda--tôn, ainda não --6-- Gire tag ankankúten, javdie ra kankuten: Este “menino nasceu antes do tempo - hankúten, nasceu -- javáiz, antes - ra, apesar - 7 -- Kire gire fag tan goira kamôn he: Veja que aquellas meninas não venham na agua, no rio -- kire, veja — gíre fag, meninas - gôi, agua - ra, para - he, não --8-- Giri ag tay en jamé mójen: Estes meninos vão adiante de nós -- giri ag, meninos -- tag, estes --en, de nós- jamé, jami : adiante -- mójem, vão--10-- Giri ki ti tére: A criança morreu — X/, pleonasmo -- ti, elle. Pôde-se pronunciar h-ihiri. NITE: Bater, percutir - 1- Ka bengh nite: Bater com o machado no pau--béngh, machado -- 2 -- Titin níti kan, ti ton ge: Porque o bateu, com elle briga - ti tan, aqueile lá -- kan, porque -- ti to, com elle -- ge, briga. NIX: Sentar. Vide App. NO: Mostrar -1- Irma no jan kangrüve : Elle me mostrou o retrato da mãi -- jxmá, paro mim -- jan da mai. - NOATOT: Costas-1 -- Noatüt he na, kóixma lire: Estar deitado de costas e olhar para cima -- ki, em -- na, deita- do -- Xüéxma, para cima -- lire, olhar. NOIX : Tirar, arrancar. Vide App. NOIO: Orla do vestido -- nóio: Orla do vestido delle. — 150 — NONDU”GN: Umbigo, corda umbilical. NONE’: Lingua -I-- Noné krumd: Cortar a lingua. NONGUJE: Peito, seio, ubre --I-- Tanti nongüje krin: Bico do ubre. Vide App. da mulher - ¢anté, da mu- her, da femea - krin, cabeço -- 2 - Finé mongú je: Ubre da mulher - fi, della - 3 - Nongúje kotæi: Filho de peito -- hotxi, filho. NONGJE : Leite ( nonje ) - I- Langrá nongjé : Aquen- ta o leite - 2 - Vacca nonje nin nin tôn ne: Ainda não foi tirado o leite da vacca- nim, ordenar, tirar o leite. Aqui a repetição da syllaba indica pluralidade de acção. NONJO’RO: Amontoado-I- Arrox panfi nongóro : Feixes de arroz amontoado -- panfi, feixes. NHONNO'N, jonjón : Minhoca. NORO: Fechar os olhos, dormir - I - Noro ix tinmo : Eu vou dormir -- tinmo, vou agora - 2 - Noro kémo: Preten- do ir dormir- 3 - Eix noro hütiti: Eu tenho muita precisão de dcrmir- hüt{ti, estou com precisão - 4 - Máitkan te ti nóro to: Elle não dorme no matto - maitka, matto -— te. no - to, nio--5- Venxére to ke nóro to: (Quero vigiar o de- funto - venxere, defunto - to, perto -- ke, pretendo - 6 -- No- ro xór -- mo, cochilar - xormo, quero, desejo - 7 - Nórora: Fe- cha tu os olhos 8- Aané not känti : Esta de olhos fechados - kané, olhos - kdnti, esta. Vide App. NO'TI: Tirar, arrancar --I- Pentoró mnóti: Tirar as botinas -- pentoró, botina--tord, coberta--2 - Ti grafu nóti : Capar um macho -- grafú, membro .viril-3 - Ti jua not: Arrancar a barba de alguem -- ti, de alguem. O O: Com -I -- De xo jon ne ? Porque esta brabo com- migo ? de, porque - x, eu,-- 0, com — jôn, brabo. OA’! OLA’ oh! senhor Fulano. Se é mulher que se chama, se diz Ji-I- Od! déto tin kemá ne: Aonde gosta de ir ? dêto, aonde, - kema, gostando -- ne está. V. App. OAKA’: Amanhã. OAIX : Nunca. Vide App. OAT : Taquara. OINKANTIN : Tabre. Vide App. OAKTKE : Instrumento de musica vocal de bambú ou de chifre de boi - oa (u-ain), bambu - Awré voz, falla tolice. OA'KTIMO: Apodrecer. OKX 4’: Tatetu, especie de porco - 1 -- Ora kré: Cova do tatetu. Vide App. ODN: Mentiroso ( Ot on), falso, mentira - I-- 77 ode kangá ve: Elle é doente fingido -- vé, é. ODNBE'DN, odnbé: Mentiroso por habito - T- Ærmä ddne bédne ne: Elle me passa a perna - coxmá, para mim - ne, está. Oenbédn. Vide App. OJO'RO : Anta, tapyr. OMQUIETI: Pula. Vide App. ON : QUEM, aquelle cujo, aquelle que - I - On vin hé ve : Aquelle ja conversa é boa -- Gn, de quem - vin, win: conversa -- ve, é. Vide App. ON: Algum - On ven húri: Appareceu alguem -- ven, apparecer -- húri, particula para exprimir o passado. Vide App. À ON: Aquelle que--1 - On tan giri fag nants: Aquellas ahi são femeas ( aquelles meninos ahi são femeas )-- on tan aquelles ahi -- giri, meninos -- fag, mulheres, femeas --nänte, são. ON: Outro, um, algum - 1 -- Onma: a, para alguem -- ma, para -- 2 -- On veg to ix ni: Não estou vendo ninguem - én. . . tô, ninguem -- veg, vejo - ni, estou -- 3 -- On ve ti gren : E” outro doce --on, outro --ve, é -gren, doce - 4 - On pire: Um só--pire, s0--5- On ay mó: Alguns delles vão -- mó, vão -- 6 -- Onte kavarú kri né ti, On te kite: Um que estava no cavallo, ficou; outro cahiu--ônte, um-- te, connectivo -- kri, no -- ni, ficar - ti, elle --Irúte, cahiu -7 - Onve váix: Me repugna de ver outro -- ôn, outro -- váix, me repugua -- 8 - On ton ve vaix: Nunca vejo alguem -ôn tô, nenhum - var, nunca -- 8-b -. On hü: Algum homem bom -- kd, bom -- 9 - On hi fi: Alguma mulher bôa- on... fi, alguma mulher - 10 -- Aon ma no ro tôn: Ninguem dormiu--a, conuectivo - ma pleo— nasmo -- nôro, dormindo - ne, ficou -- aônma. . . ton, ninguem 11- Aon ônet vin: Um diz mentira para outro - ônet, men- tira -- vin, falla. Em hkaingâng às vezes se exprime um só membro do correlativo, sendo o outro subentendido -- 12 -- On bré juno viiire: Foi brincar com outro - bré, junto - júno, brincar -- viiire, foi -- 13 Ag aon jenjére nänti: Alguns delles são preguiçosos - ag, delles -- adn, alguns -- jenjére, preguiçoso -- nânti, são -- On tantôü : Alguma mulher, outra mulher, mu- lheres simplesmente -- 15 -- On buôngh: Um homem grande, um capitão. Tambem: On ag buôngh ve: Um que está com muita gente, um grande AN -- 16- Maria otanti bre nôro : Maria dorme com uma mulher -- 17 -- Nonguje ontxin : Criação de peito --nongúje, peito, ubre-ont, homem, algum -- xn, pequeno -- 18 -- On tag ti kri tampri kane: Este outro é me- lhor do que elle (do que Fulano de tal) -- on tag, este outro - ti kri, do que elle -- tampri, melhor -- kane, é - On tô ix vin väix ne: Eu não quero fallar com outro - to, com -- vin, fallar - vai, repugnando - ne, está --20-- On ve váix ag ne: À gente repugna de ver alguom -- 21 - On kuxôn: Uma cousa vermelha -- Æuxôn, vermelho -- 22-- On kuxôn je: E” uma cousa vermelha -- 23 -- On koix hé ne: Uma coisa que é bôa para comer -- kóix, comer -- ôn, uma cousa —- ne, esta — 24 -- Rd: én kret, On kret tôn ti: Elle planta uma horta, outra não planta-- ro, horta--kré, plantar --25-- On tiie Uma cousa verde -- 26 -- On kanga tôn ni ha: Não ha mais doente -- ôn ton, ninguem -- ni, tem — ha, já - 27 - Veinkangra ôn kafán te: Cinco -- veinkangra, quatro -- 6n, outro - kafén, alem -- te, no — 28-— On kara vin vate: Um que não acaba nunca de fallar, que não pôde fallar, gago -- kara, acabar -- váix, munca, não- póde -- vin, fallar -- 29 -- Ontento: ti, ontento vegmo; Teste- munhas ? -- 30 -- On Je kré ni ma ix to no: Dou parte ao juiz--onjekéni, juiz-- ma, ao--to, digo-- ix, eu -- no, ago- ra-31-- Venkanjiré ôn had mn ne: Elle está fazendo. mais uma festa — venkanyjiri, festa - On, outra -- had, fazendo -- man, mais -- ne, está -- 32 -- A’ma pirma kantin: ondgn ka- mon ton jane: Vem você sósinho: os outros ainda não vêm -- pirma, só -- amo, você -- partícula para indicar o ver— bo passado --ôn agn, os outros --kamôn, vem --ja, estão -- à3 -- Ontanté finma tx ke: Eu tallo para a mulher -- on tanti- ji, mulher: usa-se o pronome para indicar o singular - ma, a,*para -- ke, fallo -- 34- On tin ti: Uma cousa toca a outra - On, um a cutro-35-- On tag? Quem esta la? -- 36-- Aôn ône vin: Dizem mentira um & outro--côn, um a outro-a, connectivo -- dnc, mentira -- vin, aizem -- 36 b -- On ag man je: Que tem muita gente -- ôn, quem -- ag, gente--je, tem, está com — 37 -- On hürike hadn to: Elle faz como o outro -- ôn, outro -- hiréke, como -- hadn, faz --ti, elle - 38 -- On kri timi: Quem está acima delle -- kri, acima —- nz, esta -- 39 -- On pirit empangh had ne, kara väix hati: Se alguem está fazendo a roça sósinho, demóra muito a fazel-a - empángh, roça - dn, PC > MRE + A algnem - pirit, sósinho --empangh, roça -- kara, acabar - vaix, demóra — hati, faz — 40 -- Ontantd hi fi ni: Alguma mulher é boa -- ôn, alguma -- tanté, mulher -- hi, boa -- fi, ella - 41 - Ema ontke togn fuir. fuix ni e mo: Nem um mem outro logar, agora não tem muito xupim -tog. não, de tô com on conpeetivo -- ema, bairto, logar -- ônte, num e noutro -- te, em - fuix fúix, cupim (especie de passarinho )-- ni, tem —e, muito -- mo, agora -- 42 - One ve váix: Algum desconhecido — ve, ver-- ône, algum -- ve, que visto - váix, nunca -- 45 — One kan foro ne: Um é maior do que outro -- ône, um outro - kan, do que -- foro, maior -- ne, é — 44 -- On tag kan foro ne: O ou- tro é maior do que este -- tay kan, do que aste--on, 0 outro - 45 -- One kangämo kan, kôtü te nore tôn: Outro, porque esta doente, não dormiu de noite - kangämo, estar doente agora — kan, porque -- kutii, noite -- te, de -- 46 — One vin hi ve: O outro está fallando bem -- ôno, o outro -- vin, fallando -- Jó. bem -- ve, está —- 47 -- Aprôn xóro ix véve, hira ônag ix pron javèix : Eu queria casar, mas os outros não queriam - q, con- nectivo -- pron, casar -- coro ix, quero, desejo -- véve, estava -- hára, mas--6n ag, os outros -- javáix, não gostam -- 48 — On kujó: Um macillento -- 49 -- Ont hi: Sujeito bom -- dn, um - 50 -- Vaid ka ôntka: Depois de amanhã - vaiaka, amavha — Ont ka, no outro - ka, em --51-- On jo: Sujeito furioso — jd, : jon: brabo -- 52 b-- Ono luro : Sujeito baixo--lúro, ruro : baixo, redondo -- 52 - Ono ve ha: Algum já vê-- 53 - On tan: Aquel- le que -- 54 -- Onmän tankéixno: Algum faz aquillo -- ônman, algum -- tan, aquillo -- kéixno, faz agora -- 55 - On ve: E' dif ferente -- ôn, difterente - ve, é —- 56 — Ongré ontüi : Um homem preto -- tôz, preto -57-- On ven húri: Ja descobriu c outro -- ven, descobrir -- húri, particula para indicar o passado do verbo -- 58 -- Ont xin: Criança -- vin, pequeno -- 59 -- One vin vaio: Mudo, sujeito que não póde fallar -- ôno : algum, sujei- to -váix, não poder -- 60 -- On ja batin kanje: Está agora car- regando algum -- ja batin kânje : está -- 61 -- On ben tére ja fi: Viuva-- on, de quem - be, marido -- ja, agora -- fi, ella, mulher : 62 - On ven hari: Appareceu algum - ven, apparecer 63 - Ti tan kri péin on: O outro atira naquelle ahi - kr, em - péin, atirar -- 64 - Vin kri tôn, vein kri tan: Um acima do outro - vein kri, acima - On, outro -- 65 —- Aningét vaikri tan kánge: Umo mão está acima da outra - tar, ton: outra, de t. con- -nectivo, e de an-on--66-- On tan éne ni? Quem é que está sentado ahi?- On, quem-tan, lá--éne, aquelle -- ni. sentado -- 67 -- On ag nänti? Quem são elles? On, quem - 68 -- On tan venharô kikairôn ne: Um que conhece letras - én tan, aquelle que - venharô, letras -- hilkairôn, conhece -- 69 -ôn... ton: Ninguem - tôn, não--70-- On vin tin váix: Mudo -- vin, falar -- tôn, não -- váix, não póde-- 71 -- Pejú dn ve gaváio ke: Escondeu o que não se podia descobrir - jo- váix, não poder -- 72-- One éne ni, fin ni: Aquela ahi, é mulher -- éne ni, está ahi-- fi, mulher - nº, ¢- 73 -- On kupri : Homem branco - én, homem - 74 -- On tauit piri: seis. — A — 154 — explicaçäo deste numeral e de outro se deve procurar na grammatice.--75-- On tanuit alengré: sete— 76 - On tanuit taktôn : oito 77 - On tanuit kangra: nove -- 78 -- Ningé on tauit veinkangra: quaterze-- on, outra mão. T'auf: unica- meute, só ( Cfretavin ) - on, outro, ON: Quem: Interrogativo, afirmativo, relativo - 1 -- On dre kajúno viiire: Com quem foi brincar ? -bré, com - kajúno, brincar -- vüire, foi -- 2--One éne kikanti ne ix: Eu não sei quem é aquele -- éne, aquelle -- kékaktin, não sei--ne, estou -- 3 -- One jog tére ti togmn?: Quem é que está dizendo que meu pai murreu ?--ti, elle - to, fallar - m», agora. Res - posta: To agr: O diz o povo --agn, povo-to, o diz- 4 — On in an je: De quem é a casa--an, connectivo — je, pertence 5- Icôn: E minha--6-- On tan ni ni: Quem que está sen- tado ahi?-- ton, ahi--mi ni, está sentado - 7 -- Jógn jógn On tan ni ni: E’ o avô quem está sentado ahi--8- Ona giri tag peju ? Quem é que roubou este menino ?-- peju, roubou -giri, menino --tag, este-9--On ga na ni: A quem está pertencendo o terreno ?- ya, terra -— na, pertencendo ~ nz, está - 10-- On agn ne: Quem são elles - agn, elles - ne, são - 11 - One tére?: Quem msrreu?--12--One goiofá tira ne: De quem é « pinga forte?--tára, forte--ne, é, goiofá, aguar- dente -- 12 - Ona paktii gnân? (Quem quebrou o póte, a ti- jella ? — 14 - Ou ay buüngh ve: Quem está com muita gente: grande capitão -- ve, está -- buüngh, muita. ON, óne: Falso--1-- On váix be: Homem veridico - on. falsidade -- vai. não gosta -- be, por habito - 2 - On ven «óro: Quer dizer nma mentira - ve, dizer - wéro, gosta de- seja - 3-- Einmán ot ti vin: Elle nos diz uma mentira - e/- man, para nos-- dt, mentira--vin diz - 4 - Onbed ne: E mentiroso, d connectivo -- 5 -- Ad ne: Está mentindo, a, con- nectivoo - 6-- Vein on ve: E' mentira -- vezmôn, mentira — 7 Oti kánti jan: A mii é falsa -- hânti, está- 8--Ot Kkânti noro: Finge de dormir -- nôr>, dormir-- 9 - Zæman fay on to ne: Para mim ellas estão fallando mentiras - fay, ellas -- to, di- zendo — ün, mentiras -- ne, estão -- 10 -- Jan On kânti na: Ella é mai falsa - na, é. ON: Ser?-I- Had ix Gn húri: Ja estou bom -- had, bom -- on, estou ?-- húri particula para indicar o passado ( já sarei)-2-Titôn: E delle ôn, é (2), cousa(?)- On éne fi: Aquella é mulher -- ôn, é ? - éne aquella -- fi, mulher, ella. Vide App. OOKE : Rumor, barulho. OOKIRE: Busina (uan küre )-m - ain, bambú -- kiire ; falla. ‘ E OPA: Gafanhoto. ORA, oró: Atolar--1-- Kiri oró he: Veja de nãa ato- lar - he, não. ORE, ora: Brejo -- 1 - Oré dik ( ding ): Brejo profundo : Poço, lagoa -- 2 -- Ord titi: Muito brejento - 3 -- Oré tan : Mar- 155 — reca -- tan, no (que esta no brejo )--4-- Oré kógn: Salto da lagoa. E ORI, ore: Hoje, agora -- 1- Or; Trpé ne: Hoje é dia santo -- Topé, Deus, cousa religiosa -- ne, é.-- Ori kuran korég ne: Hoje é dia ruim, é dia santo (ruin, porque não se ganha nada) -- 2-Or/ timán veixmd ne: Hoje para elle é ruim -- timan, para elle -- vetwmd, mal -- ne, é--3 — Ori ti tôn, vaicka ti ton vainkrén ke tôn ne: Nem um nem outro não : lantam nem hoje nem amanhã--ti to--um —- vaiaká, amanhã -- vainkrén, plantar - ke tôn ne: Não preteude - 4 -- Ori moi ketôn, vaiaká moi ke: Não pretende ir hoje, mas amanhã -- mdz, elles vão - ke; pretender. ORE: Banhar-se. ORÓ, ora: Atolar, atoledo -- 1 - En 6r6 kan tére: Atolamos na lama -- ex, Aa -- kan, no -- tére, afundar. ŒRO : O que cobre - 1 - Pent óro: O que cobre o pé, botinas -- pent, pé-2- Depuengina: : Calças -- dégne, trazeivo -- 9, connectivo -- óro, cobre -- 3 -- Afrangroro: O que cobre as pernas: calças-- fa, perna - a, connectivo. - OT, én: Falso-1 -- Ot venbéd ne: Elle está ordinaria- mente mentindo -- ven, fallar - be, ordinariamente -- ne, esta. OT: Algum, outro. Vide ôn.- 1 —- Ningé ôt pire: Seis - ningé, cinco, com os numeros superiores a cinco -- ot, outro — pire, um -- 2 -- Ningé Ot, rengré: Sete. OT : Cinco ( nos numeros super.oresa cinco ). Vide App. OTORE'RE: Instrumento musico, feito de itaquara, encabado num porungo. OVO’ Corredeira. P PA: Embrulhar -1-- Ti kuká pa: Embrulhar o tal osso, o osso da tel cousa -- kuká, osso. Vide pan. PA: Passar - 1- Pa korég ti mo: Elle agora passa com dificuldade -- korég, difficil -- ti, elle -- mo, agora -. 2 -- Rake ton ja ne: Não pretende passar agora - ke, pretender -- ja, agora - 3 -- Kagba kri paje: Esta passando na (sobre) ponte 4-- Pa jen fag hari: As mulheres já passaram — fag, mulheres -- huri, particula para indicar o passado -- 5- Pan ti ton gra: Não passe elle lá --t ngrá, terminação do imperativo nega- tivo — 6 - Pajen: Está passando - 7 -- Kan pa jen: estão pas- sando todos. PA: Pedra. Vid. App. PANKXI'M: Passar bem -1- Dinhéro tag to, kren pakæinti: Com este dinheiro mal se passa, apenas se passa — to, com -- kren. com dificuldade, quasi. PATRON : Vide App. PAKXIN : Coberto. Vide paxim. PAKX7M: Costas -- 1- Ningé pakxim: Costas das mãos. Vide ponim. PAKTU”: Panella, prato, tigella. PAKTU” LANKTE'RE: Prato- lankiére, largo -1 — Paktii lanktére buingh kupén kan ti ne: Elle está lavando o prato grande -- kupé, lavar -- känti, estando -- ne, está. PAFA': Ama, mammar. PAFYM: Saia- pa, pe: pé--fin, amarrar -1- [x pafin : Minha saia. PAHT: homem, chefe da tribu,-1- Pai buingh: Capitão .mór, governo. Significa tambem homem ?. PAHI FRE: Firanha ( peixe ). PA'IXKE : Curvar-se -- 1 - Páixikéra : Curva-te tu — 2-- A tin kan, páixkéte ti: Emquanto andava se curvava-- a, connectivo -- tin, anda - kan, emquanto -- paíxkéte, curvou. PAIXI’M : Menino. PAINPA’RO: Piolho. Vide App. PAN: Amarrar -- 1 - Veixkantin pan: Amarrar 0 sur- rio -- veixkantin, patrona--2--Ix kvrin pam: Eu amarro a cabeça; Pénara: Embrulha tu--3-- Ti pan krin tan vopke : Aquelle descobriu a cabeça amarrada delle --ti, delle - tan, aquelle. PAN: Atraz-1- Emprii buüngh krin pan tétiti: A estrada grande passa atraz do monte -- emprii, estrada -- buüngh, grande -- krin pan, atraz do monte - téti. passa -- ti, elle. E E E E NT E o DO O E dn - di met nd dote ne e A à dt Éd -— 157 — PAN-: Cobra --1-- Pan óiaprá: Mordedura de cobra - pra, morde -- 2 Pant fuüre : Pelle de cobra ( casca ). Vide App. PAN: Cortar, derrubar. Vide App. PAN: Pedra. Vide pó--1-- Pan buéngh: Pedra gren- de--2-- Pan kupri: Pedra branca--kupri,, branco -- 3 -- Pan ten pin: Pedra para fazer fogs -- ter, com -- pin, fogo -- 4 - Pinho: pedra de afiar -- nho, afiar. PANDFRE: Padre (do Portuguez ). PANDO’; pandórx : Corcunda, monte, espigão, costa eurva--1-- Fa pandó: perna torta-2- Kané pandó: Olho torto, tumor --3 -- Ka pandó: Pau torto, porrete torto - 4 -- Ja pando: Dente torto, bico torto. PANKRINHERA ; Cobre tu. PAGXINTI: Melhor. Vide pakxinté-- 1 - Arankét pankxint?: Hontem passava melhor -- 3 - Panxinti ha: Ja estou melhor -- ha, ja. PANDO'IX : Espigão -- torto, morro, monte -- 1 -- Pan- doix hi: Espigão bonito. PANGH: Cultivar, derrubar, fazer roçe -- 1 --4rô kaki pan: Trabalhar na horta .- ró, horta -- kaki, dentro - 2 -- Nem pantimo: Elle agora faz roga--nem: Matto virgem - pan, derruba — ti, elle - mo, agora. PANI'M: Parte poster.or, costas, de traz-- 1-- Ningé panim : Costas, parte posterior das mãos. -- Ningé du: Palma da mão. Tambem pani. PANO’, panói: Atirar, flexar - 1 -- Jonjo, kanga ton ni karaka panó ix iôn: O gavião, se eu sarar depois não fle- xarei mais -- jongjô gavião - kangd, doente -- nº, ficar -- kd- raka, depois -- ka, no. PANOA. Guabiroba. PANPAN : Sandalha. Repetido para indicar que a sandalha é feita de varios liames - pan, amarrar. PANTAHO”: Caninhana -- pan, serpente -- hd, grande. PA'NTE: Do lado- 1 - Kujo hô pante vin hadn : Fa- zer à palavra do meio para cima — Æw0, meio -- hd, acima — vin, palavra -- hadn, fazer ( escrever ). PANTE : Mais-1--Ka tan téie ni: hára ôn tan tê pante kinje: Esta arvore é alta, mas estoutra é mais alta ainda -- ka, pau -- téie, alta - ôn tan, est'outra ( tambem outra lá) ~ ôn, outra -- ti, elle känje, mais. PANTHIE: Passaro cachique - 1 - Pantéie buiiigh ve: Amareilo, como o rabo do passaro cachique -- biiigh, rabo -- ve, como ( tem rabo amarello ). PAN TEN: Passar lá ( pan, passar - ten, lá )--1 -- Pan tenra: Passa tu para lá - ra, terminação imperativa — 2 -- Pa _ tentôn gra: Não passe para lá--tôn gra, terminação imper. negativa. Vide App. PANT: Pedra--t, connectivo--1- Ti kri pant fo ti: _ Elle atira uma p dra em Fulano de tal--ti kri, em Fulano “de tal.-fódn, atirar. — 158 — PANLFT: Montäo--1-- Arróz pantfi nonjoro : Montão de arroz amontoado -- 2 -- Pó pantfi: Montão de pedra. PARA': Premer. PARANDORO : Caverna -- dôrn, buraco. PARE’RE, palére: Baixo, raso. PARE VÍRI: Jararaca ( Vise. ). PARY: Pary. logar no rio em que se caçam cs pei- xes, feito artificialuente de pedras. PAXI’M: Coberto. Vide pakæim -- 1 - Kuikangó kiixa pakxim: Lua coberta de nuvens, eclinse de Jua -- haik ng6, nuvem -- 2 -- Nakano aran pakxim: Sol coberto de nuvem, eclipse de sol-arún, sol--3-- Ningé pakxim: Dorso da mão, costas da mão. PAKXIM, pakæin : Costas -- Ningé pakwxim : Costas das mãos. PAT: Olhar fixo - 1 -- Tx hit pat ke ton: Não pode olhar fixo em mim --2x kit, em mim —t, connectivo -- ke, poder. PAKTU”, patkü : Prato, panela, tigela ~ 1 -- Paktü lan- ktére: Prato lanktére, lergo. PATEKLI: Monte de alguma cousa. — Vide pantfi - 1-- Pin panifi: Monte de lenha. PATFÍ: Aranha. Vide App. PAUO, póvo: Separar--1-- Ti kdnt húru pauo: Se separou delle -- kan, de -- ti, elle -- húru, partícula para indi- car o passado -- 2 - Emprii véikan póvo: Logar onde se se- param as estradas -- vé/n, prefixo que serve para substantivar as palavras. | PE’: Braço, pé. Tambem pén--1-- Pé buüngh: Bra- ço posterior -- buüngh, grande ( omoplata ). PE’, pén: pé-1 - Kafé ti pén: Pé de café --t', delle -2- Eix pén pakxinti: Meu pé esta melhor --3-- Ti pén proéja ne: O pé delle está com uw callo agora --nº, está - pr'éja -- callo -- 4 -- Pé panim: Parte superior do pé, costas do pé--5-- Pé du: Sola do pé, parte inferior do pé - 6 -- Pén ra: Caléanhar, talão -- 7 Pén féie: Artelho, dedo do pé -- 8-- Pén ningrii: Unha do pá de homem e de animal -.9-- Pén pan: Sandalha -- pan, o que cobre -- 10-- Pén ord: Botinas do pé ~ dro, o que cobre - 11 -- Penoró tôn: Sem botinas -- 12 -- Pén tan kur: Marreco -tan, no -- kur, panno. — Vide oré tan -- 13- Ex pén ten, hoxin táre: Com um meu pé matei um rato -- ten, com - katxin, ratinho -- 14 -- On pén kavéia: Um dos pés está sujo -- dn, um dos- 15-- Pén kit férro je: Esta com o ferro no pé--hit, no--je, está- 16- An pén kanti: Estar de pé - 17-- Pént hur, pénti kurú: marreco- 18 -- Pént kur kanriri: Marreco pequeno -- 19 - Hix pén krén (kran) : Debaixo dos meus pés - 20 -- Fag péne xegaé nánti: Os pés dellas estão presos -- fay, das mulheres -- xe, presos. Repetido para siguificar repetição de acção -- nänti, estão -- 21 —- Kavaru péne kangra je: ônte jo nanti; ônte do ki nânti: O cavallo — 159 — tem quatro pés: uns adiante, outros atras -- péne, pés - kan- gra, quatro -- je, tem -- ônte, uns -- jo, adiante -- do, atraz - ki, no -- nanti, estão. PE’: pé de arvore--1-- Fuénk pé: Pé de pinheiro, de araucária. PE’: Verdadeiro, legitimo, bom-1- 7x jama pé: A minha verdadeira morada - jamà, morada -- 2 - Kurt pé! Oh! fazenda boa! - kum, panno, fazenda -- 3 -- Ter pé: Morre de- véras--4-- Ha tin: ante péx kémo: Va exabora, senão te mato devéras!-- ha, voz de mando -- tin, ir-- an, a ti-- te, ma- tar -- kémo, pretendo--5-- Ter pen ha ti: Morreu ja devéras ho, ja. ; PEDNBEN : Marreco--1-- Pednbén kanxiri : Marreco pe- quenc. PE’DNBUONGH!: Pato grande. PEDNÍM : Tartaruga, kágado. PÉDNIM : Em redor do pé, do alicerce -- nim, em re- dor - 1-- In pèdnim ga kôn: Vallo em redor da casa ga- kôn, vallo. PÉDNO, péno, pano: Acertar, atirar--1-- Po ten pé- dno: atiro uma pedra, dou uma pedrada -- pó, pedra --tén. com --2-- Pó ten pedn gra: Apedreja tu. Vide App. PED-O: Batata. PEDPURE: Urú PEFÍN, pofin: Xiripá, perizoma, tanga - pé, perna, PE-HU: Ababora. PEIN: Jacú. — Tambem, pedkuün, kuiin, küin. PHIN: Tiros - 1- Agpéin hôrike n°: Quantos são os tiros delles ? - hórike, quantos ? - ne, são - 2 - Péink to 2x ne: Não estou com nenhum tiro - |, connectivo - tu. não - ne, estou com -- 3-- Alengré éix pén nanti: Os meus tiros são dois - ndnti, são. PEIMBANG: Mutum, passaro -- péim, né -- bang, buingh, grande. Vide App. PÉINKUPÉ KRIÔNG: Ratão. PEJU’: Roubar, esconder, enterrar, sepultar. cobrir. PEJU’: Cobrir - 1 - Kané pejú ti: Elle cobre os olhos - 2 -- Ningé ten akané pejuxti: Elle cobriu os olhos com as mãos -- ten, com. PEJU : Enterrar, sepultar - 1 -- 7% peju kuno ti: Elle arranca a cousa enterrada -- ti, a cousa — kúno, arranca agora - 2-Tx jógn pejú ix tin: Eu vou enterrar meu pai- tin, ir- — Ti peju ag hari: Já o enterraram- ag, a gente. PEJU: Esconder - 1 -- Pejú o tin: Eu vou esconder - æ, eu--2-- Pepi ôn ta ve jováixke: Esconder alguma cousa onde não se podia achar -- ta, onde -- ve, achar .- javáís, não 214060 = poder, não querer- 3-- Tivo peji veg ton ti ne: Elle não me esta vendo, quando o escondo -- ixó, eu — veg, ver -- q, connectivo. PEJÚ: Roubar -- 1- Pejuá: Ladrão - 2-- Pejú korég- titi: Roubar é cousa muito ruim -- 3 -- Pejú ti: Elle rouba - 4- Peju denúm be: Ladrão habitual de toda cousa - denúm, toda cousa - be, habitualmente -- 5 -- Det pejú ag: Eles rou- bam tudo. Vide App. PEJUA': Ladrão - pejúja. PEN: Arrebatar. PEN: Pé. Vide pé. PEN: Braço-1- Pen buôngh: A parte posterior do braço, omoplata -- 2 - Pen kandiidn, pendiidn: Cotovello -- didn bola-3- Pen ja: Braço direito, mão direita -- 4 -- Pen | kain: Braço esquerdo -- 5 -- Pen ton: Sem braços -- 6 -- Ex pén van hid ne: Meus braços estão bons--hô, hom--d, conne- ctivo -- me, estão -- 7- Nindó : Ante braco -- 8 -- Ex pén brabra hü iæ ne: Eu estou melhor do braço quebrado -- bra, quebrado -- Ad, bom - d, connectivo -- ne, estou - # —- Pen grüra: Mangas. Vide App. PEN , pan, péno pano: Atirar, dar tiros = 1-- Pó ten péngra: Dê pedradas você -- pó, pedra- ten, com --g, conne- tivo - ra, terminação do imper. (apedreja tu )-- 2- Hix dót tan pén, kamé: Tenho medo de atirar com a minha arma — do, arma -- tan, com -- kamé, tenho medo -- 3 -- Kix do pen ag kami: Elles pegam atirar com a minha arma -- kami, pegam - 4- Ti tot pén: Elle atira em Fulano de tal- ti to, em Fu- lano de tal--to, em--5 - Pen hô ve; hara ke tôn ne: Ati- rava bem; mas agora não sou capaz -- 1d, bem -- ve, sou, era - hdrat, mas- ke... ni, estou podendo -- tôn, não. PEN, PENI: Costas. PEN: Comegar. Vide App. PENKUPE: Ratão. PENINJA: A direita. PENI BRADN: Curvar-se. PÉNJA: A direita- 1-- Ki Pa kénte: Do meu lado direito -- kúnte, do lado. PENJE: Começar -- 1 -- Kix pénge, ae pénje: Eu co- mego, elle começa--2- An jen lairânha pénjen ha: Os ca- maradas já começam a trabalhar - an, connectivo --jen, ca- maradas. PENO, féno: Trocar, comprar-- 1 -- A’ma ix kára um féno: Ein troca depois te dou outro -- dma, para você -- kára, depois - um, 6n, Onv: outro ( compar. ). PENOA’. Buszar, procurar. PENOA’: Guabiroba, fructa. - PENOÍ: Dar tiros em alguem, matal-o -- 1- Xangi Cale ot | pet ne TO de ES fee à à — 161 — “penot x ke: Ea pretendo matar o passarinho -- x, eu -- ke, pretendo - 2 -- Gôgn pendix: Matar um bujio. PENOI: Procurar - 1-- Navarú penói tin ti: Ele vai procurar um cavallo -tin, vai-- 2 -- Ajógn ti penói tin ke ha: Meu pai já pretende ir procura'-0 -- ke, pretende. PENRA': Caleanhar, taläo--1 -- Goto kuxá penrá kara ne: O calcanhar se acha dentro da agua fria --Jkuxá, frio - ne, esta— kdra. dentro. PÆNTAN KUR: Marreco. Vide App, PENTKUU: Pombo, jacú, jacutinga. PETFANG: Saracura ( Thel). PENTFUA'N: Periquito -- fudn, cheio, quebrado, curvo. PEPA'N: Pavão. PÆPO: Sapo-1-- Pépo tóix : Sapo verde. PERA’ NMA: Serpente venenosa. PÆRE: Prefixo, que dá aos verbos o sentido de car- regar. Vide ba, bakantin- 1 -- Jog péreix kantin: Eu trago meu pai -- jog, pai - perekantin, trazer- 2-- Tx in javáisx ra ic ting?, ix in ag ix père mojem: Apezar que eu vou de ma vontade para casa, elles me carregam em casa -- in, casa -- javaix, de ma vontade -- ra, apezar -- tingo. vou agora -- pere- môjem : Carregam--3-- Ain ra ti tx pereviire: Eu o car- reguei para casa -- a, connectivo -- vü/re, perfeito de tin, ir. Vide Ap». LA PERET: Bater palmas--1-- Péret--perét ke ti: Elle pretende bater varias vezes as palmas -- ke, pretender -- péret perét, bater palmas. PERGEIN: Esfregar. PERO'GN : Surräo, sacco, bolso, patrona. PERORO: Camisa de mulher. PEXPEJE: Fraco-1-- Pexpéjetiti: Muito fraco. PETKA’RA: Cinco, está acabado -- pé, uma ( mão )- kara, inteira (os cinco dedos). "Tambem géfka: está acaba- do, basta. PETKUIN: Pombo, jacu--1--Petküin ni kd tx: Eu como carne de jacu-- ni, carne. PHTE: Correr, voar. Vide veinvo - 1-- Kavará ki- “kekál: péte: O cavallo corre para cá e para lá -Jíke, ea e Já -- kak, em vez de kr, em--2 — Ti do péien me: O animal corre atraz delle -- do, atraz -- me, animal -- 3 — Kaxkango pé- ten: A nuvem voa, corre - ka xkangó, nuvem. PETPUERE. Uru. ú PIA’, pié pij: Não. Vide tôn-1--Tx pid ranha- ränha : Ew não trabalho -2-- Nrôd pir ix kémo; e2x pt) krôn langréno: Eu pretendo beber uma vez; não bebo duas vezes -- pir, uma vez -langréno, duas vezes agora--no de langréno, agora --3-- An pije eix vin to hé je: Voce nao = — 162 — está fallando bem a minha lingua --amn, você -- vin, lingua - to, fallar-- hd, bem -je, estas--4-- Jx anke hé ve: éix pige dno: Eu digo a verdade: eu não minto --úínke, digo -- an, connectivo -- ôno, mentir - 5 -- Pije timbré ve hô ne: Eu não me dou com elle -- tvmbré, com elle -- hd, bem -- ve, fallar -- ne,’ estou -- hd, de boa vontade -- 6 -- One nénjéro ni, hára man- kangáti; pie hé ti: Quem tem dinheiro, mas está doente ; não é feliz--ône, quem -ni, tem--hára, mas -- mankangáti, muito doente, triste -- hd, feliz. PIANXO’: Brazas. PIY'JA: Não. Vide App. PIN: Fogo, leuaa--1- Eixman pin ix perekantin: Eu trago a lenha para mim-2- Pinmän vé/n ix: Eu estou em redor do fogo -- man, pleonasmo -- vé/n, em redor -- 3 -- Pin ra húri ni: Ja sentei perto do fego-- ra, perto -- nz, sentei - húri, particula para indicar o passado--4-- Pan ten pin: Pedra para fazer fogo-- pan, pedra -- tén, com -- 5 -- Pinmant ag van ra, kéke na: Elles estavam perto de fogo (e) pro- siavam -- van, wan: estar--ra, perto--kéke, deriva de ke, fallar: aqui é repetida a syllaba para significar multiplici- dade de accao--6-- Pin tug togn agm, pin ag tug togmo: Elles estão em redor do fogo —{ug, em redor -- tógn, estar - ägmo, elles agora -- mo, agora. PINFE: Fogueira grande (nas festas ) -- 1 -- Pin gr : Fogo que esclarece. Vide gru-2 - Pin tokfin: Archote, feixe de Jenha--3-- Pen joije tckfin: Weixes de ramos miu- dos de lenha -- pin, lenha, PINGO'GN : Cinza. PINNTNJA : Fumaça, fuligem de fogo -- ninja, fuligem. PINJPRE, pinkanjire: Divertimento do fogo --jire, kanjire, festim, divertimeuto. Este jogo consiste em comba- ter contra uns suppcstos inimigos, atirando contra elles paus, cobertos com cêra de abeihas do matto, accendidos. PINXO’: Braza. PINTOKFPN: Feixe de lenha. PIPIRÆTITI: Pouquissinos, deriva de pire, com uma sillaba repetida para indicar pluralidade de acção, de cousa -- 1 -- Na piretiti: Pouquissimos paus. PIR, pire, pit, pet: Um só, pouco--1-- Ka pipirititi: Pouquissimas arvores- ka, pau -2-- K1 korég tavinti: Um desproposito de paus = korég, muito - tavin, deveras -- 2-bis — On piré: um só, um homem, algum só-3-- Piri ag nânti: Elles são poucos -- nint?, são -- 3-bis -- Eig pirmá xtimo ha: Eu agora estou já sosinho -- pirmá, sosinho -- ma, suflixo sem sentido - 4: E'ix pir in te ni: Eu estou sosinho em casa - in te, em casa--te, em--5-- Vin pire: Falla pouco -- 6 - Farinha ón pit: Um pouco de farinha PIRÁ: Peixe -1- Pirá biiigh: Rabo de peixe- 2 - Pira kulá : Osso, espinha de peixe, costra de peixe - kuká : osso -- 3 -- Pird kuká rog kan, ti tére: Elle morreu, porque — 163 — enguliu um osso de peixe -- rog, enguliu -- kan, porque - tére, morreu — 4 -- Pira buüngh: Peixe grande -5-- Piré pó: Pedra do peixe -- pó, pedra, rochedo -- 6-- Pirá fuÿüre : Casca, esca- ma de peixe. PIRAJU’: Peixe. E tambem palavra Guarany. bem como a anterior. PIX’: Milho moido. PITEN KO’K: Chamma de fogo. PITPU”RE: Uru ( passaro ). PLAN: Anno. Vide App. PIRMA’: Sosinho--1-- Pirma lairänha : Eu trabalho sosinho. PO’: Pedra--1-- Pó ten bengh: Machado de pedra - ten, de (latim ex )-- 2 -- Bengh tan po: Pedra lavrada com machado -- bengh, machado -- 3 -- P6 ta krinke (kranke ): Tapar, unir com pedra - kránke, unir. Pó significa tambem penhasco, penha. Vide App. PO'N : Atirar ( pono, peno A - 1-- Pónera : Atira tu -- 2 - Pon hô vénve (véve), hara ke ton ni ha: Era bom atirador : mas agora não pode mais -- hô, bom vénre, era -- hára, mas - ketôn, não podendo - ni, esta -- ha, ja. PO'N: Queimar. Vide por --1- Pónerá: Queima tu. POP: Bater-1--Eix ningét ten odes Vou bater palmas -- néngé, mão -- ten, com -- ke, vou -- 2 -- Popte ka, gailo kur: No que batia, o gallo cantava -- ka, no momento -- kur, cantar, de homens ou de animaes -- 3 - Jágne ki poptke: Batia um noutro -- jagné, um outro -- ki, em -- ke, suffixo do passado. Vide Apr. PORO : PATES Vide pon — 1 -- Kur poro : Isca -- kur, panno--2--Tx in poró pin ha: O fogo ja queimou a minha casa -- pin, fogo. : POT: Mais. Vide App. POVEJE: Samambaia. PO'VO, páuo: Separar -- 1 -- Jagne kana póvo ha: Elles ja se separam um do outro - j gne kan, um de outro - a, con- nectivo. PRA: Morder--1--Kéra: pana pra: Acautela-te : a cobra morde -- pan, serpente -- a, connectivo (1) -- 2--Pra ti ne Je : Está estando mordendo -- tz, elle-- ne je, esta estando - 3 -- Jágni pran ‘fagmo: Elias estão mordendo-se uma a outra a as mulheres -- mo, estão -- 4 -- Panoia ix pra: A cobra me morde - o, connectivo -- 5 -- Pra buügh : Comilao--budngh, muito — 6 -- XZ in pra: O pernilongo me morde -- xz. pernilongo -- in, a mim. PRAKA'NI: Bocejar, gemer, espreguigar-se -- praka ni: | Querer gemer. PRa’KTIMO: Elle esta gemendo, de pra, gemer -- k, connectivo -- 119, agora -- 1. — Veinprá mén: O animal geme “-mén, animal. = a (1) Tambem: Veja que não te morda sc cobra, — 164 — à PRA'IXKE : Escorregar - 1- Kavarú praixke: O ca- vallo escerrega. PRA’MXOKA’ TE: Senhor ?. PRAN : Anno--1--Krintave print ed ni: O chapeu é de muitos annos- kríntáue, chapéu --t, connectivo — e, muitos -- d, connectivo -- ni, é (0 chapéu é de muitos )-2-- Gíri tag prin kré ti ni: Este menino tem um anno completo - tag, este - prin, anno--kri, acima--12, elle -ni, está --3 — Prän kantin tan, epangh budngh hadmo: Neste anno que vem, farei uma grande roça -- kantin, vir-- tan, este -- epangh, roca - háimo, vou fazer - 4 -- Priin rengré jo, ix taki ton ni: Eu antes de dois annos. não estava aqui — jo, antes -- rengré, dois - taki, aqui--5-- Prin tin ven monte: O primeiro anno que vem -- tin, vir -- venmón, primeiro agora -- mon, agora — te, em -- 6 -- Prän énete: Naquelie anno -- éne, aquelle -- te, em — 7 -- Prün ônte, outro auno--8 - Prän gret ki kixkangáti: Todo o anno fico muito doente -- gre; todo -- t, connectivo -- ki, em — k, connectivo -kanga, doente --ti, muito --9-- Prän ki kren ti, prin ki kren ti :ôn: Um anno planta, outro não planta -- lren, plantar --10-- Giri tag prin piri ni ha: Este menino ja está com um anno — giri, menino. PRAN: Baixo. Vide App. Tambem, emprán. PREGO: Prego. PREJA: Agulha, ferrão (préje) Tambem 7é-- 1- Uafän te préje kara rän: Entiar com a linha na agulha - mafän, linha. O M se pronuncia nasal. — te, com - dra, den- tro-- ran, entrar--2-- 1% préja: Ferrão do tal bicho (p. ex. da vespa ). PREN : Bradar -- 1 -- Prénera : Brada tu -2- On veinma, ras Um louco está gritando -- dn veinmá, um louco -- dn, um --3-- Jágnen bre pre préra: Gritam juntos um para outro ge um a outro- bre, junto—prére com syllaba repe- tida significa multiplicidade de acção — 4 -- Plénera: Grita tu. PRENFPN: Tornezelos. PRERE, préle: Gritar, clamar. Vide prén. PREXPR#’ JE: Cacar, obrar. PRI: Encima?-1-- Pri ni: Esta encima - nº, esta. PRIN: Prôa-1- Tr kanké prin: Proa da minha canôa. PRINBRE’K ; Lavrar, fabricar -- 1 -- Prinbrék ti mo: Ella Javra-- 2 - Ka prinbrék ti mo: Elle está lavrando um pau--ka, pau-5- x dó ka prin brék ti mo: Elle lavra o pau ( corunha) da minha espingada -- ao, arma. Vide App. PRINE: Casal, um par-- 1 -- Pentküün prine: Um casal de pombos--2- Ajay jo prin tin: Vai adiante de vos um casal -ojáng, vos--j0, adiante. Tambem: Vão adiante de vos de dois em dois, em casal. PRIRI: Colla, grude--1-. Priri kan tó te: Elle gruda com a colla a tal cousa -- kan, com--to, a alguma cousa. PROEJA: Callo. PRO’IX: Carvão, brasa--1-- Próix perógn: Sacco de carvão. > E x yet > ; — 165 — PRON: Cas r do homem com a mulher, mulher, es- posa. — Fin bet é o casar da mulher com o homem -- 1 -- 77 proxke: Elle preteude casar, é noivo -- ke, pretender -- 2 -- Kaika prôn : Cunhada -- kailá, o irmão mais velho -- 3 -- Kota pron: Nora -- kotxí, filho--4 Ix prôn kotxi ne: Meu enteadoi -5- An prôn jamé tinkti: Vai adiante da mulher - an, con- nectivo — jamé, adiante -- k, connectivo — 6 -- Ir pron j vaixtiti, tx j6gn ix prôn xoro kéma: Eu não gosto de casar; meu pai deseja que queira eu casar -javívx, não querer -- para fazer o superlativo -- 6r0, querer, desejar -- hémo, quer -- t:ti, terminação para fazer o superlativo --T-- Prôn ton: Sem mulher, solteiro --tôn, sem. Vide App. PRUNJA’, prundja : Vassoura -- prún, varrer - ja, ins- trumento — 1 - Prunja kâmix ke: Pretende pegar na vassoura -- kâmi, pegar - ke, quer--2- Prudjá pu: Cabo de vassoura -3- Aix prudjà ve: E' minha varsoura-- a, connectivo. PRU, prun: Varrer, limpar com vassoura -- 1 -- Em- prüru mi prúnera: Limpe o terreiro, a frente da casa -- m2 pelo -- 2- Eix prut ke: Eu pretendo limpar. PRURU : Frente da casa ( Tel). PRURU, emprüru: Terreiro, quintal-1-7rüru fa Lixo do t-rreiro. PXO : Mongango, mogango. ( Vise.). PUGN : Amarrado. PUO"RE: Ortiga--1- Puôre fé: Linha de ortiga. PUR: Mergulhar, afundar, descer, entrar ( do sol)-1 - Fin ki dó pútke: Merguliou nella a espada - fin ki, nella - ke, sufixo do passado - 2 -- Arán purjá känte: Occidente — arán, sol- ja, lugar -- kân'e, do lado --3-- Aran putke : O sol entrou --4-- Aran purú já ne: O sol está estando entrando - ja ne, está estando —- 5 -- Put ke jc: Está querendo entrar - “ke ja, está querendo. Tambem, entrou.-- 6 -- Aran put Ie kan: No momento de o sol querer entrar -- kan, no momento -- ke, querer - 7 -Putkára : Mergulha tu -- 8 -- Aran húru pútke : O sol ja entrou- húru, particula para indicar o passado — 9 - Pútke krén:kanti nânti: Estavam quasi todos mergulhados -- krén, quasi - kánti nänti, estão estando. PUT: Mergulhar. Vide o antecedente. Vide App. PUTPORE, putpüre : Uri. Talvez porque se abaixa frequentemente. FR Nora. — As letras L e R, especialmente quando são iniciaes, se substituem frequentemente umas às outras. RA: Apezar de, embora, sem embargo de; vermelho ; para; perto; abandonar. Vide App. RA: Apezar, embora, sem embargo -- 1 -- Ti tére ton ra, pejú. agn: Embora não tenha ainda morrido, o enterraram — tére, morrido -- tôn, ainda não -- pejú, enterrar --agn, a gente -2- Ie injaváixratin, ix tin ge: Apezar que eu vou para minha casa de ma vontade, eu pretendo ir-- vou -- javáíx, de ma vontade -- ge, pretendo - 3 -- 77 tin javáix: Elle não quer ir -- 4 -- Erankéra ra, ix kran: Apezar de ser tarde, eu planto - erankéra, tarde-- ra, apezar -- kran, planto -- 5 - Kajän buüngh ra, ix kajim: Apezar que seja caro, eu compro -- kajam buüngh, caro -- ra, apezar -- 6 — Jénti javaix ra, in ra tin xoro: Apezar que o patrão não queira, eu vou para casa — jen, patrão - 20/0, quero, desejo --7-- Ix qudn ja ra, ix kanga: Apezar que cu esteja chegando, eu soffro dôr. Melhor: Estando certo de eu chegar, scffro dôr-- judn, chegando - ja, estar — ra: apezar no momento -- 8-- Ag méntôn ra enkréje : Embora sem animaes ( cachorros ), elles caçam -- ay, elles -- mén, ani- maes -- tôn, sem — ra, apezar -9-- An ti térera,peju ton: Nem que elle morra, não roubo -- an, connectivo -- peju, roubar -- 10 Xan hkanén tôn ra, kantin ti mo: Embora eu não o espere, elle vem agora -- ran, eu-- kanén, esperar -- mo, agora — 11 -- Gôio kuxa ra, kara na penra: Embora a agua seja fria, O calcanhar está dentro -- kuxá, fria -- ra, apezar - kara, dentro --na, está --penrá, calcanhar -- 12 - Kajám buôngh ra, «xa, rangró kajim lé ve: Eu pretendo comprar feijão, embora seja caro - xa, eu -- rangró, feijão - ke ve, estou pretendendo - 13 -Veiketa krônmo ra, ti térmo : Embora elle tome remedios, elle morre -- veniketä, remedio -- krénmo, bebe agora -- 14 — Jengéra ra, veixmanti hadn : Embora elle respire, soffre dôr - jengére, respirar - ra embora — veinamã, dor -- had, soffre - 15 - Ix tére ra, peju ton: Nem que eu morra, eu não roubo. Vide App. RA,: Largar, abandonar - I- Ankavarú ra: kara vüi- re: Largou o cavailo, depois foi-se embora - kdra, depois - 2 Ajäng mêin ton ra ix: Eu não abandono os vossos animaes - ajáng, vossos. RA: Para-1 - Nairgán tin kan, ix vaixka ra tin ke ton ne: Porque viaja o Kaingang, eu não quero ir para o matto - ka, porque - ketone: estou querendo - müuä/rka, matto - ra, para--2- Nré à te viúire: Elle foi para a lavoura plaa- | -- 167 — tada - ré, terreno plantado - 3 - Zx in ra ix tin: Eu vou para casa — in, casa --4- À in ra ix pére viiire ti : Elle me carregou eim casa -a, connective -- peretin, carregar - 5 - Xa väixtka ra ix tin ke ve: Eu estou querendo ir para o matto xa, eu —- keve, estou querend» - ke querendo - 6 - Arankét to, ic in ra kantién : Eu vinha em casa hontem - t»,, no. - Vol- tar: Tot kantin -7-- Tx jénti vin ki kara ve: Eu estou entrando por ordem do patrão — jênti, do patrão -- vin, ordem ki, por - kira dentro - ra, para - ve, estar -. 8 -- Lo kara ra tin ra: Entra tu no logar cercado - lo, logar cercado, horta - tin ra : Entra tu --9-- Ha ta latin: Va p ra lä- ha, voz im- per. -ta, tan: la. RA: Perto - 1 - Pin ra ti nôro: Ele dorme perto do fogo -- pin, fogo-nôro, dorme -- 2 -- Jagne ra en nai, vin en nán- ti: Estamos deitados um perto do outro,e conversamosn- jd- gne ra, um merto do outro - ra, perto na’, deitar - en, nos - vin, fallar - 3 -- Méxa ra ti ni: Elle está perto da mesa -- 4 - An tin kémo ra, ti tére: Perto de elie ir embora, elle morre -- An connectivo - kémo, querer - 5 - Ix jun mo ra, ix jogn-in fóti ja ti: Perto de eu chegar, meu pai estava mudando de casa - junmo, chego agora -- ra, perto - fóti, já está mudando 6 -- Jagneran je: Um está perto do outro - je, está - 7 - Ix jun ja ra, ix kangáti: Perto, pouco antes de eu chegar, eu estava muito doente -- jun ja, estar chegando -- ti, muito — 8- Tag vúitha je ra, ti tére : Estando perto de carregal-o, morreu -- tag, este -- viiitka. carregando -- je, estava - 9 — E'ix in ra van ni: Minha casa está perto - van nº, esta estando RA: SOL. Vide arán-- I-- Kotügta kaxdíri ra van ne: Está ficaudo a se divertir até o romper do dia ( toda noite). a dançar - kotüg ta, de noite - kaxdiri, divertir-se - ra, até o sol -- va ne, esta ficando -- haxdire, dançar. RA: Vermelho - I - Gara ra : Milho vermelho. RA, sufixo para exprimir o estado de uma cousa. Põe-se depois dos verbos. Assim do meu vestido que se está rasgando, digo: Ix kur jadjäne ; ao contrario do habito ja rasgado, digo: Ix kur jadjára-jad, rasgado -- ja ne, está fi- cando -- ja ficando - ja ra, está sendo. RAKFUU” : Gancho de anzol. RAINGRE-: Dois - I- Raingré hände : Vos dois. RAN: Entrar. Vide ranho-I-- Lan vüire ti: Elle entrou -- /am, dentro - 2 -- T; jantkii ran: utrou na bocca delle - 3 - Zx janka ran: Eu entro pela porta -- janká, porta. Vide App. RAN :: Môrno, quente. Vide arán, calor -- I -- Gôi ran: Agua morna. RAN: Rasgar -1 -- Ix fuüre lanara: Rasga tu o meu couro, a minha pelle. RAN: Sol, dia-I-- Ran púru hiri : O sol ja entrou - húri, particula para indicar o passado --2-- Ran kuti: Um dia (e) uma noite --3-- Ran kara: Um dia inteiro - 4 - Ran dó: Raio do sol. — 168 — RAN: Dia--I-- Ren grétiti: Cada dia -- 2 - Lan lan- grétite : Cada dois dias -- langré, dois. LAN : Calor-I--Lan ka: No tempo do calor - ka, em. LANKANGRE’: Relojo -- lan, do sol ~ kdngrë, imagem, retrato. LANKA’XKA: Tarde -- lan, calor -- kaxka, ceu. LANKTE’RE: Raso, largo -- I -- Paktii lanktére : Prato largo. RA'NE, rine, rén: Escrever. pintar, marcar. Vide rÿ.. Desta palavra deriva a palavra venharo escriptura, livro. carta. LA'NHA: Areia--I- Ranha perógn: Saeco de areia. Vide raranha, larânha. | LA'NHA: Trabalhar. Vide ránha ranha, leirânha, larái. LANHA’RA: Annanaz--1-- Lanhära kané gére : Chei- ro da fructa do annanaz -- kané, frueta -- gére : cheiro. RA’NHO: Estou entr:ndo -- 1 -- Kanôa kara ix ranho: Eu entro dentro da carôa -- kara, dentro. sd raräg: Arrastar--1-- Larág ne: Usta arras- tando -- 2 -- Ka lurag-larag: Arrastar um pau. Repetido para sean be pluralidade de acgao--3-- Ti rorag: Arrastar a elle --4-- Ag bre ix waixka te kanôa laráte: Eu junto com elles arrastei a cauôa do matto: Eu ajudei a elles a arras- tar a canôa do matto--ag bre, com eiles-- waixka te, do matto -- te, do. U de wartka, nasalado. ; RARANJÉRA : Laranjeira. RARAN : Ficar torto - 1 -- Ir lané rarän kémo: Meus olhos vão fisando tortos - kémo, vão. LARÁNHA : Areia - 1 -- Gôio laränha : Praia (do mar, do rio, etc. )--2-- Ranha rainha: praia. Repetido para si- gnificar multiplicidade de cousas. LANHARANHA: Trabalhar. Tambem lanha, raira ad lara’, ranharanha, larénha. -- 1 -- Lanharanhamo pir nan i Se à poucos que trabalham -- mo, agora -- pir, poucos -- nant? são -- 2 -- Lanharanha kk weg ti ns: tile nao presta para tra- bahar -korég, ruim-ne, é-3- Ti rari kajim: Pagar o trabalho de alguem - kajäm, pagar. comprar -4--Tx larái javáistiti ha: Eu já nada gosto de tr-balher — titi, termina- ção do superletivo — javadr, não gosto, não quero - 5 — Laira- nharânha hôó: Sa-udido para travalbar -- hô, bom, sacudido - 6 -- Veinlarrar kami: Tomar um trabalho por empreitada -- kämi, empreitar, pegar. RE: Abandonar - 1 -- Amé n ré; kara vüire: Abando- nou o animal; depois foi-se embôra - mé n, animal--a, con- nectivo -- kdra. depois. RE: Cada - 1 - Kurd rét ki: Cada dia - kura, dia- ki, em. RE: Caw pr Vide &è aê-1-Rê tuüngh: Campo grande --2-- Numpó vê: Campo da pulga - kampó, pulga (bixo do pé ). ondes. (his >< VE a ae E £ ee PO eee TE FOR + . y — 169 — RE: Cortado -- 1 - Je ré je: Ew estou cortado -- je. eu - je, estou. RE: Grama, capim - 1-- Re kri ti nd ti: Elle se deita no capim -- kri, scima, em -- na, deitar -- 2 -- Léi œéra: Amar ra tu o capim -- 2, connectivo -- xéra, amarra tu - 3 — Ii kré: Capinzal -- kré, plantação. RE: Penta, ferrão - 1-- Niúfé re kan nite: Bater com a ponta da faca -- kan, com - nite! bater, percutir. RO, re: Escrever, vintar, marcar. Vide ra so. -1- Kongé ré: Trem, utensilio pintado -- 2 -- Kul:rôn rù : Panela piniada -- Arônera: Pinta tu, escreve tu. REN: Vesgo. Vide App. REN : Casa de botão. ( Visc. ). REN : Pular. Vide App. RE: Estar --1-- Kuruxi jenjér e: A bandeira esta ex- tensa - kuruxi, bandeira - 2-- Jadjá ra: Que está rasgado — jadjád, . varios rasgos- 3-- Venuvó re: Que es à fervendo. Tambem veinvóre, venvóre: RE’: Fora--1-- Le ki kaféi vavâmo ti: Elle esta ati- - rando fora as flores - ki, em - kaféi, flores -- va, atirar. Re- petido para significar repetição de acção. REM: Pintar. Vide ra, 76, re, rôn. Significa tam- bem escrever, marcar -- 1-- Ten kuran rem ti húri: Ja mar- cou o dia de partir -- tin, de partir - kurán, dia-- ti, elle-- huri, partícula para exprimir o passado - 2 -- Arénera: Pinta tu. a-- connectivo -- 3 -- Krin téie rem buiigh: Cauda do ca beça cumprida pintada: Provavelmente nome de algum pas- saro ou ave--téie, comprida -- buiigh, cauda. REN: Pular. Vide erén, eréin- 1 -- Tx kri rén: Pula em mim -- J:ri, em. RENGRE : Dois, irmão, amigo, companheiro, col- lega. Tambem lengré, alengré, langré--1-- Aiãg lengré: Vos dois -- 2 - Rengré kotxim : Sobrinho -- rengré, do irmão - koxim, filho - 3 - Ag renyré: Os dois - ag, elles -- 4 -- Kengré kotat tantü fi: Sobrinha -- kotxi taniü fi, filho mulher — tanéi fi, mulher, femea-5- 7x langré: Meu companheiro — 6 - Ti k tóixte ix lengré: O meu companheiro se «ncontrou “com Fulano de tal--t;, Fulano de tal--7-- A'ma rénço ren- gré nim ix: Eu te dou dois lenços -- nin, dou. RENTI: Surrar--1 -- Ako'xine rénti: Surrar o filho 2- Langro rénti-ma: Continua a bater 0 feijão - ma, conti- nua. Tambem: Bräntr, mränti, mrére. RERE: Ferrões, de re: ferrão, ponta -- 1 - Nankrô fudre rêre: mandy —- kankrô fubre, alambary -- rêre, ferrões -2- Lo rére: Ferrões da flexa -- dó, flexa. LETITI: Liquido ? RIKETI: Como. Vide App. RIAVOT: Viver ( Thelemaco) ( ?) RINDIA’: Fronte. — 170 — RING: Cupim, termita. LIRI, riri: Estar de olhos abertos, acordar do dor- mir, olhar, fazer a guarda, ter vivacidade, esperteza -- 1 -- Fag jong lire jo: O pai dellas esta acordado, está de olhos aber- tos, vijia -- fag, dellas - je, está-- 2-- Ix leito lire je: : Elle esta olhando em mim - ki, em — to, connectivo -- 3 - Tx ôn ag man je ta liri: Eu observo este capi itão -- 6m agman je quem tem muita gente -- On, quem - agmän, muita gente -- je, tem, esta com. RIRIRINGIi: Rachar -- 1 -- Pin réréringh : Rachar lenha. RITKE, hórike: Come-- Ze José tara ritke tôn ne: Eu não sou forte como José-- tara, forte --2-- Te rikéd ni: E’ como elle em quantidade e qualidade -- d, connectivo -- nº, é RO: Cerca, sebz, horto, lugar fechado, prisão. Vide ló :. -- 1 -- Nós fazemos uma cerca: Lo hin en h dn, fazemos -- en, nós -2- Ro had ne: Está fazendo uma cerca -- 3 -- Ro mféiera: 6 Fecla tu a cerca- 4 - Ró ka je: Está na cadeia -- ku, na - 5 — Ró ka xe je: Está preso na cadeia — re, preso -- 6 -- Ti tan dê han ne: O que esta fazendo elle ahi? Resposta; Ti tan ard hadn ve: Elle ahi esta fazendo uma cerca - ti tan, aquelle ahi -- de, que cousa -- han, fazendo nº, está -- ard, ro :cerca — ne, esta - 7-- Ló dôro: Abertura da cerca-8 - Ló dôro toväix : Deixar uma abertura na cerea -- 9 - Ono aró tang hadn ? Quem faz esta cerca? - ôno, quem - tang, esta -- 10 -- Tx ro kanki anarénje kóixno: Eu como agora laranjas no meu horto - kanki, dentro -- kó?, como -- x, eu — no, agora -- 11 - Ro kanki ovelha bakangóuve : Carregaram a ovelha dentro da mangueira -- rd, mangueira -- balangôuve, plural de bakantin, perfeito -- 12 -- Ló kaki pôrko küten: Tocar dentro do potreiro os porcos -- 13 - Ló kaki kren nanti: Na horta ha plantas, plantações - kren, plantas - 14- Ló kara ti ran: Elle entra no lugar fechado -- kára, dentro -- ran, entra. Vide App RO’: Estar. Se usa como sufixo para significar es- tado. Exemplo: De dôn, furar; se faz dôro, que significa buraco cu uma cousa que está aberta - 1 - Emprii jodjôro : A estrada tortuosa, que está torta. RO: Marca, escrever, pintar --1-- Venharü : Cousa es- cripta, livro, p ntura, carta - 2 -- Rô ne: Está escrevendo = 3 Lünera : Escreve tu, marca tu--4- Ta anti rid nim: Da tu a marca que está ahi--ta kánti, que esta ahi -- rôd, marea nim, da tu--5-- Tin kura rôd kinti ha: Já está marcado o dia de partir - tin, de partir Æurän, dia -- kânti, esta hr, ja. Vide App. RO’G. log, lóng, rôk: Engulir, engasgar -- 1 - Lóngara lógera: Engcle tu--2-- Ti tan deja rog ne kane ke : Por- que elle ahi pretende engulir tudo? -ti tan, squelle ahi -- déja, porque rogne. engulir káne, tudo -- ke, pretende-- 3 -- Agn on kuka rog kan, kantére : Alguns delles morrem, por- que enguliram ossos - 6n, alguns- kan, porque --4-- Lokte: TAN Enguliu - 5 -- Titin deja rógne hana ?: Porque elle ja está engulindo ? ti tan. aquelle la - ha, ja -- na, está. Vide App. RO'I : Cortar--1-- Krin vói korég : Cabeça cortada mal, cabelios mal cortados -- krin, cabeça. Vide rüg, rün. ROMBA'RA: Remar. E” palavra Guarany. RO’MKE, tarômke: Cobrir. RON: Redondo ( Thelemaco ). ROUPRA’ Formiga - pran, morder. Tambem arin, erin, «ring. ROVA’: Cara ( Th. ). RU: Trinca, corte, parte, de riing. cortar -1-- Kiixá; ti vii; Da lua um pedaço della (meia lua ).- kiixá, lua - ti, della (masculino )--2-- Kira prin rü ni: O mez é uma parte do anno -- pran, do anno- ni, é. RUD: abreviação de rudiá, cabeça, porúngo — 1 -- Rudiá tag to gôio hô váix ti ne: Neste porung» não pode ter muita agua -- to, no -- tag, este --hô, muita - vii, não póde -- ti. elle (agua )- ne, ter, estar. RUMERURO : Serra. ( Visc ). RUMIA’: Cabaça-1- Ru tin: Ir buscar agua (ir com a cabaça )- 2 - Arumia ti vüire: Elle foi buscar agua, foi com a cabaça RUNG: Cortar--1-- To rü: Um córte, um pedaco da tal cousa --ti, da tal cousa. Vide arüng, RUPRIN: Formiga. Vide App. RU RO: Redondo, curto, baixo, pequeno - 1 -- Kiixá muro: Lua redonda, cheia- 2- Niixá iúro heilké: Quarto e-escente -- 3 -- Ona lúr.: Homem pequeno --ônra, quem é - 4-Rúro ti na: Elle é pequeno --na, é. Vide App. RÚRO: Camisa curta. RURIA: Via lactea ( Thelemaco ). RURÚJA: Luctar ( Vise ). a x Nota. Em geral os Kaingáugs pronunciam os chiante como ch em chegar. Por isso em vez de o $, nós ado- ptamos o X. XA:. Aguentar. Vide App, XA, x, ze: Eu, meu--1-On xa tara rike je: Eu sou forte como o autro -- ôn, outro -- rike, como -- je, sou -- 2 — Xangvéi kantin : Venho para passeiar - x, eu -- angvé?, visi- tar, passeiar--3-- Xa méix tôn ti ne: Elle não me está ouvindo -- mééx, méin : ouvir -- ne, esta -- 4 -- Xa arangro kajám ke ve: Eu estou pretendendo comprar feijão -- kajám, com- prar — ke, que endo -- ve, estou. - 5 - Pi hajám buôngh ra, ix kajam ke ve: Embora custe caro, quero compral-o -- kajam buüngh, caro -- ra, apezar - 6 -- Xa kran mat ke ve: Eu estou pretendendo plantar mais, estou pretendendc continuar a plantar -- kran, plantar -- mat, continuar -T-- Xa tan la tin langré ni hr: Eu ja estou andando duas vezes para lá -- tan, lá -- ra, para -- langaré, langré: duas vezes -- 8-- Kanga can gu ti ne: Eu estou muito doeute -- gúti. muito -- kanga, doente --9 -- Xanové? kantino ve: Eu estou vindo para pas- seiar, fazer visitas -- O de kantino, connectivo -- ve, estou -- 10 - - Nan tan keke kant, ex kéxno: Porque me falla aquelle, eu faço (a cousa)-- tan, aquelle -- kéke, falla muito, de - ke fallar -- kant, porque --kéano, fago--i1-- Xav.ngro: Minha garganta--12-- Xa véno : Eu agora sou 6 primeiro -- ven, primeiro - 729, agora -- 13 Xa gara ton ti ne kan, porko ven- dér kémo : Porque não tenho mais milho, quero vender os porcos — gára, milho -- ti, connectivo - kan, purque. XA: Estar--1-- Vavar xd. Está jogado fora -- vava Jogar fora, correr --2-- Janjét ken xa: Está pendurado -- 3 — Xux ti va: Esta sujo-- ti, é elle-4--Akrindne pin gógn aa: Está com cinza na cxbeça -- krin, cabeça -- ane, conneti- vos -- pin gogn, cinza de lenha -- pin, lenha -- 6 -- Jenjét kan wa: Está desfraldado tudo -- kan, tudo --7-- Enjáje kan, xa kantó: O papagaio esta preso no laço -- engjaje, laço - kan no -- kantó, papagaio. XA: Grudar--1- To ti va: Gruda a elle alguma cousa= to, a elle -- ti, o homen. XA: Estar preso--1-- Akrin pin gogn xa: Na cabeça está presa cinza - pingógn, cinza - pin, fogo. XA: Pegar--1-- Empri kri lénxo xa: Na estrada pe- guei um lenço - kri: na, sobre. XA: Sal-1- Eixmá xo tan kajám; javdix taxman ninhéro tam kanjam: Me pagam com sal ou com dinheiro. Propriamente: Me pagam com sal; não gostam, me pagam com dinheiro -- kanjim, pagar - eixmá, para mim - tan, com - Javaix, não gostam. XA: Salto do rio. — O Salto dos ribeirões se chama krôwngn. XAKRI’N : Gafanhôto. ( Vis. ). XAKKINGO’: Picapau - go, eome. XAKXO’: Gralha branca. XA'IG: Preto. ( Vis. ). XA IX: Amarrar. Vide App. XEN : rte Vide App. XANXO": Gralha. Vide App. XAB, sent samb: Pegar, caçar alguma cousa - 1 - Anton pira xabka: Tu pre petes um peixe -- anton, tu -- ke, ka: suffixo do passado --2--Pira xable ha: Já esta pegando um peixe - ha, ja--3- nr fudre xamb ix; hara agtôn banmo: Eu pego lambary ; mas o povo carrega (tira ) - hára, mas -- dgton, a gente - binmo, carregam agora--4--Pira ix xamb e hima’, Agora vou caçar muitos peixes -- e, muitos — tinmo, vou agora--5-- O'ri pirá ix xabmmo: Hoje eu pego um peixe. X A'IX : Bater - 1 - Ix xaix ti; hára kuran ke eirmän kajäm : Elle bateu em mim; mas com o tempo elle me paga -kuran ke, com o tempo -- ke, ki: com - kajdm, pagar. XAM: Pegar. Vide xab. XAN: Eu-1- Xan gara tôn ne: Nao tenho milho, - ton ne, não tenho -- kémo, pretendo. XAN: Pisar--1-- Gara i pen xan: Eu piso o milho com o pé--7, meu-- pen, pé-- 2 -- Arrôz tit à wan fa ne: Eu estou pisando ae verde com o pé--tóz, verde - jane, estou agora. XANX 4’: Vectra (cobra )-- 1 -- Xanxa aré: Campo do cascavel -- erê, campo ( érê ). XANXT': Passarinho -- 1 - Xanxi( xeaxi ) buüngh : Pas- sarinho grande -- 2 -- Xanxi tét/ hurd: O passarinho ja passou voando -- Auré, particula para fazer o passado do verbo. XATKETI: Boiar - 1-- Xatkéti ka: O pau boia ~ ha, pau. XARA'MPO: Sarampo--1-- Xarampo húru kampádn : O sarampo ja arcebentou -- kampand, artebentar -- húru, ja. XA’VE: Chave--1-- Xave korég: Chave ruim, chave falsa -- 2 -- Xave hii je: A chave é boa - ve, é -- hi, boa. XAVANGRO": Garganta. Vide App. XE: Quatí, bicho de especie dos ursos. XE : Preto. Vide App. XE: Pegar, prender. Vide xa-1--Ti xe: Preso, captivo delle-2- Xe agn: O prendem --agn, a gente — 5 — Ti nindó van xe je: O braço delle está preso -- nendó, braço - van, está -- je, está --4-- Ti xe ha: Elle já está preso — ha, — 174 — ja--5--Kantogn a ha à xe: Então pega-me tu - kantógn, então --a, tu--2, a mim--o-- KZ xéra: Amarra tu -- ki, pro- thesi -- { - Agma ix ti xe ra kéixno: Eu quero que o deixem preso -- kéixno, quero -- agmá, elles - ra, deixar -- 8 -- Ge, xedn: Pega (e) mata--9-- 77 xe ix, gex kémo : Pretendo prendel-o e amarral-o —- gex, pegar, matar. Este verbo propriamente faliando significa pegar, porém como em Kainging as vezes as palavras que significam o principio de uma acção, signi- ficam tambem a execução do escopo porque ella se faz e vice-versa; por isso gex significa pegar e tambem matar — 11 - Vetxkuk æéixtémo : A linha está amarrada -- veixkuk, a linha - 12-- Ágmo ix te xéra kéixno: Eu quero que o deixem preso - ra, deixar. Vide App. XE: Peroba. X ENE: Linha, corda - 1 -- Enkfi xéne (xine): Linha de anzol -- 2 - Ujje xine: Linha do arco de atirar flexa -- udje, arco para atirar flexa XHRE: Pesado — i - Noro æéro : Somno pesado -- nôro dormir. , | XHRE: Cadaver. Vide tére, morrer-- 1 -- Xére ton à, lairänha-ranha ix: Eu não sou cadaver, eu não estou mor- 7 rendo : eu trabalho -- 2 -- Laranharânha ix ha: xére tôn je ha: Eu trabalho: eu ainda não estou morrendo. XI: Instrumento musical, eu--1-- Xi gara tôn je: Eu não tenho milho -- je, tenho -- gara, milho. XI, xin: Pequeno, bonito -- 1 -- Méix mantxi à) je: Eu tenho animaes muito bonitos -- mééx, méix: animal -- mantxi, muto bonito -- man, muito. XT: Pernilongo -- 1.- Xi win, pra: Os pernilongos zunem (e) mordem - win, zanem--pra, mordem--2-- Xin kupri: peruilongo branco. XIP: Maracá. Instrumento musical. | XIN: Criança -- 1-- Ag ain kafé ti: Fulano de tal ca- “4 rega a criança delles - knfé, carrega- ti, elle. XIN: Ir (São Paulo). Ex xin kéne ha: Eu já estou | 4 querendo ir embora-- ke, querendo--ne, estou-- ha, já --xin | À. em vez de fem. VA XIN: Pequeno. Tambem me. Vide xci--1 -- Perog xi mantkatin: Trazer a malinha -- peróg, sacco -- xi, pequeno -- matkontin, takantin: trazer --2-- Küxa xin: Quarto min- guonte (lua pequena )-3--Gonoa me avin tavin ne: O sabia é um animalzinho deveras bonito -- gonoa, sabia - me, animal tavin, deveras -- ne, 6 = 4 - Gôio xin: Ribeirãozinho -- 5 - Niúxa cin ti ni: A lua estã no quarto minguante --t;, elle - mi, está -- 6 - Ix xin maztha te kantin: Ku vim pequeno do matto métthka, matto - te, do - kantin, vim=-T-- Le fa win ti nt: Minha perna está muito pequena - fa, perra--ti, muito --S =. Küxä xin: A lna diminue - in, diminuir -- 9 -- Mixin : Onça pequena, gato - 10-- Min xin œu: Pequena onça preta - xu, preta. cate Urey pd XIN KUPRT: Pernilongo branco. XI'NTKA: De pouco em pouco-- ka, com-#, con- nectivo. XPO: De vagar. XPRE: Pequeno. Vide kanxire--1 - Ti xire, jog tére: O pai delle morreu, quando elle era moço -- ti xire, quando elle era moço - j6g, pai--2-- Ag xíri: Pouca gente. DIXKXTRE: Dar gargalhadas, arrebentar de tanto rir -- dix, pescoço ? - k, conneetivo — xire, arrebentar. XPRI: Pouco depois -- Hat xiri, ix lairanha viúire: Pouco depois. eu fui trabalhar -- 2 - Zx-me xir?, ag to ix virire: Logo que eu subi, eu fui contal-o a elles - me, ouvir -- to, contar. XIX A’ KANXTRI: Beijú, mistura de farinha cosida. XO: Commigo - 1- Ama xo jôn ne: Você esta brabo commigo - xo, de x, eu--o, com -- jon, brabo. XO, x01, xu: Preto--1-- Kaixká van xüdn ne: O céo esta preto - kaíxká, céo - van ne, está sendo - van, sendo - 2- Totó xo: Borboleta preta. XO, ruido que é produzido pela lenha, quando se apaga ya agua. XÓ pin: A-lenha faz ruido. XOG : Então, estar -- 1 - Lx fáin hititi kan, xóg fágmo : Porque eu tenho muita vontade de chorar, por isso eu choro - fain, chorar - kan, porque--fágmo, choro agora -- hütiti, de- sejo muito -- 2 -- Tx kré tan ki nanti kantére ke xogmo: Os meus filhos. que estão ahi, estão pretendendo morrer -- kré, filho, ôvo, familia -- tan nant’, que estão ahi-- tan, ahi -- ki, em -- ke, querer - xógmo, estão agore. XOGN :-1-- Kré xógn: Clara de ôvo--kré, ôvo--2 - Garin kre xógn: Clara de ôvo de gallinha. XOGN: Agitar? Vide App. XO'T: Espinho -- X6/ gw: Muito espinhoso -- gw, muito. - Diz-se também «xo/t. XO'IN : Mosca. Vide App. XON: Chocar da gallinha--1-- Xón gu ja fi ne: Ella ja esta chocando muito -- gu, muito--j1 ne, está agora -- fi, ella. XONE: Estricto, estreito -- 1 - Kanôa xônek ti; hárato téje angu je: A cauda é estreita; porém é muito comprida -- k, connectivo -- ti elle -- hárato, porém. Vide tara. XO’RO: Cheio--1- Fuink xor ve: Está cheio de pinheiro -- fudnk, pinheiro -- ve, está -- 2 - Fuünk kara: Dentro dos pinheiros; tudo pinheiros -- kara: tudo, dentro. XORO: Coelho-1-- Ka tan xóro tate: Eu mato um coelho com um cacete -- ka, cacete -- tan, com - taix, bater, matar -- 2 -- Xóro kré: Cóva de coelho - 3 -- Krenan kre xoro — 116 — jz ma: Eu apanho um coelho no murdéu-/renär, mun- déu — J:rén, debaixo - ma pego. XYRO: Desejar, querer, gostar. -- O contrario de váix, eg --1-- Dinhéro mat xormo: Agora deseja mais dinheiro — 2 Aian jog angvéi fay «wormo: Ellas agora desejam vi- sitar vosso pai —- angvéí, visitar- fag, ellas, as mulheres — 3 — Veixinän xórmo: Quer fazsr mal -- ve/eman, mal, loucuras, . Jouco -- 4 -- Gire tag enkréj mat æxoro ton je: Este menino não quer mais continuar a caçar -- gire, menino -- tag, este -- enkréj. enkréi: caçar - mat, continuar - je, estar - 5 -- Aiâng raingré angoëéi corms: Ea desejo ver o vosso irmão -- raingré, irmão -- anvei, visitar - 6 - Ama rairánha xórmo: Você quer trabalhar -- dma, você -- 7 -- Kúten xóro tâmo: Está com geito de chover -- kuten, cahir -- ta, chuva -- mo, agora. XORE: Sapé. Vide App. X9 VO: Sujo, lamacento. XU : Aquecer. Vide xut. XU: Negro, preto. Vide xô, xüd-- 1-- Min xu: Onça preta -- min, onça--2 -- Xu ti ne: EK’ mulato, é preto -- ti, elle. DITXU : Lebre. det, det: bixo-- xu, preto. XUPTN : A LENHA Se apaga - au; ruido da lenha. que se apaga -- pin, lenha--I-- Pin cw: O ruido da lenha que se apaga -- pin, da lenha. . XU: Maracá. Iustrumento musico. XUG : Saliva, escarro, cuspir. Confére jára, baba- 1 Xugna : Cospe tu-2- Xug féin : Jogar fora (da bocca) a sa iliva -- fodn: jogar fora, atirar - 5 - Tx kw faro,cugn: Eu msso (e) escarro. ; NUMPRT: Roda de moinho. XUPO'IX : Camisa. Vide app. ae Sujar--I-- Gôio xux ti xa: A agua esta suja za, esta--2--Xux ti. Elle suja--3-- Xux ti ni: Elle esta sujo. XUT: Aquecer, esquentar --I-- Ningé xu ti: Elle esquenta a mão -- ningé, mão. e Oda Se a. eee ae IT tee Car! nd LE oi a T usa-se muito como connectivo. Exemplo: Ungrét agn, em vez de ungré agr: Os homens. TA: Lugar. Vide App. Vide te. TA: Aqui, la--1-- Ta ra ti viire: Elle foi para lá - ra, para --viiiré, foi -2- Ta ti ni ti: Elle esta sentado lá — ni, sentado - ti, está — 3 — Ta ka ti rô ni: Elle esta marcando la--ka, no -- rô, marcando - Ta ka ti rôm nim: Faça o fa- vor elle de marcar aqui -- nin, faça o favor - 3-b- Ta ra vein- peu kantin ja ne : Elles agora vem para cá afim de rou-- bar -- veinpejú esconder, roubar — kantin, vir -- já ne, estão vin- do-4- Ta ka né, kuprá ni: Esta aqui (e) está desoccupado ne, esta - kwpra, vasio - 5 — Ori tan ka nive; hára húru viiire: Elle esteve aqui; mas agora foi-se embora -- 677, agora, hoje nive, imperfeito de mi, estar --hára. mas--húru, particula para fazer o passado -- 6 - Min tay ix jogn táix ja ve: Meu pai está matando esta onça -- min, onça -- tag, esta (tan) --ja ve: está agora- 7 - Taerén húri: Ja pulou aqui - erén, pu- lou-8- Ta e ra ix tinmo: Eu agora vou mvito para lá -- e, muito -- ra, para - 9 - Tag mê kantin Vir aqui, vir por cá -- mi, por - g, connectivo - 10 — Tag mi kantin ti, karak xin mi ton ha van tr: Veio por cá: depois ja não estava mais - kdra, depois -- xin, pouco -- ma, continuar - ha, ja-van, estar - 11 Arô tan há van ni: Esta letra é à mesma--arü, letra - tan, esta -- ha, mesma -- van ni, esta sendo - 12 -- Tag mi ag ara je: A gente entra por ed-- mi por -- ara, entrando -- je, esta--15- Tag mi ag tére je: A gente está descendo aqui mi, em-- tére, descer - 14-- Tag mi karára: Entra tu por cá, kara, entrar - 15 - Ta ki ix kankit-n: Eu nasei aqui - ki, em - 16 - Ta ki wanxvi man je: Aqui esta pegando pas- sarinhos -- min, pegando -- je, está -- 17 - Ta ka ni e ve: Esteve aqui muito tempo -- ni, ve, esteve -- e, muito ka, kan: em — 18 - Tu kó ti ni: Elle esta ahi comendo - ko comendo --19- Emá van ta ki: Aqui ha uma povoação -- ema, povoação - van, ha-- 20 - Tak te ix kantin ne: Eu venho vindo de lá -- |), de tál:te, connectivo -- te, de - ne, venho - kan- tin, vindo -- 21 -- Ta kante: Do lado de lá = kánte, do lado - - 22- Ama Korod ta ki kikairôn ni: Você aqui está apren= dendo o Coroado -- kikairôni, aprender -- 25 -- Ta ki xi ed ne: Aqui tem muitos pernilongos - xi, pernilongo --e, muito -d: connectivo - ne, tem -- 24 -.Xan ra tn, nara dni e ta ki ka- iu ti: Se eu vou para Salto Grande, com certeza aqui fica- ra muito triste-- Yan, Salto-7ra, para--tin, ir-hára, mas — 178 — porem, com certeza -- dni, conaectivo - katü ti, elle triste -- ti, elle--25-- Ta ki ni ke ve: Eu estou pretendendo morar aqui ke v , estou pretendendo -- ve, estou --ni, morar - 26 - Ema ta ki kangà kemá ne: neste lugar é (elle) inclinado a doeu- ca -- ema: localidade, bairro -- ki, em -- kemá, inclinado - ne, esta. Tambem: Este lugar é insalubre --27-- Ta ki fénja had ne: Aqui está fazendo sombra -- fenja sombra - hadn, fa- zer -- 28 - Ta mi ag koréy tavinti ne: Aqui ha muita gente de mais - mi, em = korég, muita -- tavin, demais - ti. termina- cho do superlativo --29-- Tag mi ha na, angvéig ti: Elle já esta aqui( e) passeia-- ha, ja -- na, está -- angvéi, passeia -- ti elle -- 30 - Ta mi euair, kanémo: Eu estou olhando por lá (e) esperando -- éuäix. olhar -- kanémo, espero - 31 - Tan tét kantin : Voltar de lä- tt, de novo vir -- kanti, vir -- 32 -- Ta ki mana ken ne: File esta querendo continuar aqui -- mana, continuar -- ke, querendo --ne está--23- Ta On inrá mo agn: Elles vão Ja na casa de outros. TA: Chuva-1- 7% fan: Tempo chuvoso -- fan, mo- Jha--2 - Ta tôn ti mo: Agora não chove - m6, agora-3- Ta kiten ke ton: Nao quer chover- Jkúten, cahir -- k>, que- rer-- 4 Ta na kie: Está querendo chover - na, está — ki - e, ke: querendo. Vide App. TA: De ( preposição que indica relação de materia ) - 1-- Kur ta in: Casa de panno, barraca --hkur, pauno-- in, casa. TA: Bater, matar - 1 - Tanhera: Bata, mate. Vide tas. TAKE: Fazer-1- Tê vin ki tankéixno: Eu agora faço conforme a ordem delle -- vin, palavra,- ordem -- kz, con- forme -- tankéixno, faço agora. Vide tanke. TA, preposição indicante relação de tempo e de lugar -1- Kotü te: De noite. TAKE: Pancada. TAKTON: Tres--1-- Taktôn, taktôn: Seis. Tombem taktôn, taktdixts - -- Emprüru tag van kején taktônti: Esta rua será uma vez a terceira -- emprurii, rua-- tag, esta -- van kején, será uma vez-- kején, particula para fazer o futuro - 3-- Ankané hadn ix kuran taktôn: Eu estou esperando ha tres dias- an, conuectivo -- kané, esperando -- hadn, fazer -- kuran, dia--4-- Ag taktôn hande: Vos tres-- ag...hande vos -- 5-- vraktôn ag: Elles tres. TA'DO: Relampago -- ta, de chuva -- dó, raio. TAG: Cahir. é TAG: Este, esta 1 - Tag liri: Este vijia -- 2 - Ku- ran tag: Este dia --3-- Tag gára fuüre ni: Esta é a palha de milho --gára fuôre. palha de milho -- fuire, palha - ni, 6--4-- Emi tag korég ne: Este lugar é perigoso - ema: villa, cidade, lugar -- korég, perigoso, mau -- 5 - Ti vin ki, tag kétx- no: Eu agora faço isto por ordem delle - ti, de Fulano de tal - vin, ordem -: his. por ---kézano, faço - 5 —- Ard tag ha van ni: Esta letra é a mesma -- a, connectivo - ha, mesma — vin ni, esta sendo -- 6 - Auxàä t.g ki: Neste fresco. eee RE O E thèses dé a, — 179 — TA'I, tain, t', ten, ta: Bater, matar, golpear, ferir. Tambem tiix-1-:De xo jôn? Axo jon ne, taix kémo - Porque estás brabo commigo ? Se te embrabeces commigo, eu te bato -- de, porque — vo, commigo -- jôn, brabo —- n2, ficas - a, você -- x), commigo -- x, eu--o, com -- kémo, quero — taire, bater-2-- A táix kémo: Pretendo bater — te, matar --te —- 3 - Ti táix ti ka ten: Elle bate Fulano de tal com um cacete - ka, cacete -- ten, com --4-- Ka tag taixktáino: Eu dou uma porção de porretada com este cacete -- taixht táino, repetida a syllaba, para significar multiplicidade de acção - 5 — Tt táin- ra: Bata tu à elle. TAIN: Jaríva Especie do palma, Tambem táion. TAIN: Cantar--1-- Tainra, tanh2ra : Canta tu -- 2 — Taintänhera : Canta tu, repetidamente. TAIN, THIE: Cumprido--1--Táin gu: Muito cum- prido. TAINTA'NIA: Instrumento de musica. Vide App, TAJA: Laçar- 1- Kambé tája One: Alguem laçou um veado -- kambé, veado -- ône, alguem. TAM: Com. Tambem te, ta -- 1 -- Béng tamp pó: Pedra lavrada com machado -- beng, machado -- pó, pedra -2 -- Pó tam béng : Machado de pedra. TAME: Figado -- 1 -- Tamé je) : Fel - 2 - Ti tamé : Bago do tal animal. TAME: Lonje--1-- Ti joré tamé mo Jen : As raizes da tal arvure vão page --t/, da tal (arvore )--jaré, raiz-- mo, indo —- jen, estão - 2 -- Tamé jejénkimo: Estão esparramados. TAMPERE: Enchada -- 1 -- Jama tampére judn: Me dê a enchada -- judn, dê. TAMPÆRE: Largo -- Küæma ti ne, to tampére ve: Elle esta encima e vê 1658? - küixma, em cima--ti, elle - ne, está --ve, vê, enxerga -- 2 - Kren tampére: Cabeça largas TAMPRI' : : Bom, ae. mais, superior -- 1 -- Arangró kotéti tampri kine: O rae é muito bom para comer -- ko, comer -- titz, muito -- kane, é -- 2 - Detôn kri, ti tampri kane: O tal animal é melhor do que a outra cousa para comer — de, cousa -- ôn, outra--kri, do que--tampri, melhor -- kani, é 3 -- Exôn kof: van ton kre tampri : : O meu é mais pesado para carregar do que o do outro -- exôn, meu -- Je fu, pesado -— ban, carregar — tôn kri, do que o outro -- tôn, o outro -- tampr i, mais 4 Ungré ontanté tara kri tampri kánti: O homen é mais forte do que a mulher - ungré, homem -- ôntantô, mulher -- tára, forte -- kri, do que -- tamprí, mais- känti, é--5--Ti hô tê kri tampri kän2: Fulano de tal é melhor do que Sisrano de tal -t;, Fulano de tal -hé, bom --ti, Sicrano de tal -- kr, do que -- tamprí, mais--6-- 77 kri ti tampri kane: Elle é melhor do que Fulano de tal kane, káni: 6-- 7 -- Exon küfé va ton kri tampri : A minha faca é superior a do outro -- küfé, faca - va, é —- tôn, a outra -- kri, do que -- 8 -- An pron tara — 180 — kri kanti fo e: Tu és mais forte do que a mulher- an, tu - fore, mais--9-- Ka kané kri, ti tâmpri kane: Aquillo é melhor do que a fructa da arvore — ka, da arvore ~ kané, fructa. TAMPRIN: Subir--1- Avine ti tamprin: Elle sóbe no morro -- 2-- Ka tampri: Sobe na arvore. Vide tampriigh. TAMPRUGH: Subir—1-- Ka ti tamprügh: Elie sobe na arvore —- ti elle --2-- Kantére jafa ti tampriigh: Elle sóbe pela escada -- kantére jafa, escada--kantére, descer — jafa, instrumento -- 3 -- Rio da Xinxa ten, ka tampriigh: O pau (a canôa) sóbe até o Rio da Cinza -- ten, em, no -- ka, canéa, pau--4-- T'amprüra: Sobe tu (imper. ). TAN: A, preposição de meio -- 1 - Gôio tan joixke: E” tocade a agua -gôio tan, a agua --jóixke, gira, põe-se em movimento rotatorio. TAN: Aquelle -- 1 - Van krot ra, jen tí : Embora aquelle não beba, elle come--tan, aquelle -- krôt, kron, beba - jen, come --2-- rma tan nim: Me dê aquillo - nim, da tu — 3 — Tan kéra: Faze tu aquillo -- ke, fazer - 4-- On van tankéiæno : Alguem está fazendo aquillo:-ôn, alguem -- van, está - tan, aquillo -- kéixno, fazendo agora -- 5 - Ti tan foro: O que está cheio -- ti tan, aquillo que-- Tan ra ix ting ge: Eu pretendo de ir perto daquelle, tan, aquelle -- g, conuectivo — ra, perto -- ge, ke, pretendo -- 7 - Tan vére via ke ve: Está querendo emprestar aquillo -- tan, véra ban, vére vui, vére nim: em- prestar — vére, por algum tempo -- vid, ba, carregar -- nim, dar - 8-- Antán déto tin ge?: Aonde quer elle ir ? -- antän, aquelle — QN, connectivo -- ge. quer. TAN: Com-1- Kiifé ten tx arino: Eu corto com a faca -- küfé, faca - arino, corto — 2 - On tan akujanja: Mistu - rar uma cousa com a outra - ôn tan, uma cousa com a outra -3--Hixma xa tin kajám ; javaix, ercmã dinhéiro tan kan- jam: Tu me pagas com sal ou com dinheiro - xa, sal - tan, com -- kanjäm, pagas - javáix, não gostas (se não gostas ) — 4-- Vinho tan janjan je: Está misturado com vinho -- je, está - 5 Langró arróz tan jajan je: Está misturando feijão com arroz -- 6 -- Nurú tan ix nija: Aecampamento de barracas de panno -- kurv, panno-- in in, casas. Repetida a syllaba para indicar o plural -- nija, sede--7-- An pent tan atfi tógmo: Está levantando os braces, esta com os br gos levantados - pén, braços -- at, connectivo — fut, levantar -- tógmo, estou -- 8 - Uafé tan tokfin: Amarrado com linha -- mafé, linha — tokfin, amarrarado, feixe - 9-- An pén tan fúínera: Levanta os bra- ços- 10 Aur tan fun: Levantar por meio de um panno - kur, panno -- tan, com-- fun, levantar. Talvez em lugar de fun, se diga tanfún, levantar. TAN: Em--1.- Jatahy tan ogn: A gente de Jatahy - ang, gente -2-- Oré tan: Marreco (o que está na agua )- oré, brejo - 3 -- Fesndú tan kren nänti: Na vespa tem ovos feindú, vespa--tan, em krén, óvos — nânti, estão -- 4 -- Jama tan denim pejú nanti tan: Lá na minha villa aquelles rou- — 181 — bam tudo—)äma, meu, bairro, minha terra -- tan, em -- denúm, tudo — peju, roubando -- nánti, estão -- tan, aquelles. TAN: Com elle-1- Tan jon kan, tére ve: Porque esta brabo com elle, está morrendo -- kan, porque -- ve, está. TAN: Lá--1- Tan tôt kantin: Elle volta de lá - tôt, de novo — kantin, vir- 2-- Tan tô ti ni: Elle sta lá--tô, em - 3 Ie xampé déto ti ni? O meu chapeo onde está? — Resposta: Tan té ti ni: Elle está lá--4-- Tang On te kantin i: Elle vem de lá, do outro lugar — tan, de lá -- g, connectivo - ôn te, de outro --5-—- Tan juru ke: Esta chegando de lá - ke, quer — 6-- Tan ki: Alli -- ki, em -7- Tan té ni: Está alli - tô, em--8-- Tan de brujéja ti: Alli elle está esmigalhando as cousas -- de, cousas -- bruje, esmigalhar -— ja, está -- ti, elle, TAN: Ter--1- Tan de tôn, tända ton: Que não tem nada, pobre -- de, cunsa — tôn, não. TANAIA: Molle, cosido, maduro - 1 -- Tânciatiti : Muito molle — 2 — Arangró tanäia : Feijão cosido. TA’NKE: Trabalhar, fazer --1 —- Jágnen bre tante : Ajudar-se um a outro — bre tanke, trabalhar junto, ajudar - jagne, um a outro -- 2 — Ti bre tânkét kantin ix : Eu vim para ajudal-o — kantin, vim -- 3 -- Jágnen bré t tânke eve: Elles es- tão pretendendo ajudar-se um a outro -- ke, pretendendo -- ve, estão - 4- Empri hadn tim bre tankéêra: Ajuda a elle a fazer a estrada -hadn, fazer--bre tankééra, ajuda tu - 5 — On ix bre tankéixno: Outro trabalha commigo -- ôn, outro (me ajuda )- TANKE: Estar em pé? Vide App. TANKRANKE: Largar - 1- Lairänha tankränke : Deixar, largar de trabalhar, TANGR'ANGE: Unir. Tambem tankranke. TANKUJESA: Misturar. TANKURIKI: Linha recta, direita. TÁNDA TON: Pobre--tan, ter da, cousa -- tôn, não, nada. £ TANÆ: Raio (tade, tado, tate: raio ). TANDENE: Este o que é --tan, este -- de, o que -- ne, é--1- Xanxí tan de ne kiirw kémo ? Este passaro que quer cantar, de que qualidade é 2 - xanxi, passaro — tan, este, aquel- le -- kuru, canta — kémo, quer. TANDO": Arco-iris, arco da velha -ta, chuva - dó, raio. TANG: Gordo -- T; tang: Gordura do tal animal, do tal sujeito -2-- Tang ja ti ni: Elle agora está gordo -- 3 - Tangara: Engraxa tu-5- Tangiäno ag: Elles engordam. Repetido para significar multiplicidade de acção. TANG: Novo-1--Kurú t ng: Panno novo. Tam- bem: Kurt küron-küron, novo, moço. TANGRENKE, tangranke, tankränke : Unir --1 - Jägnen tangrénke : Se unem uma cousa com outra - AE — 182 — um a outro-tan, com-grénke, unir-- 2 - Anfáte venxôn tangrénke, kó kánti: Elle está com as pernas unidas uma à outra, (e) está comendo -- anfáte, com as pernas — te, com - fa, perna - ar, connectivo-venxôn, uma com outra -- tan- grénke, unidas — kd, comer. TANKITA’NHERA: Canta tu. TA'NDAON: Alguma cousa. ( Vide App.) TANDA'N: Morjélo. ( Vise. ). ; TANDANTINO: Elle socca. TANDENE: Rico. TANDENE: O que é. ( Vide App.) TANDL'TO? Onde? (Vide App.). TA'NG: LA’: (Vide App. ). TANIA: Matar( Vide App.) TANG: Gordo, ( Vide App. ). TA'NJA, ténja: Réde. TANPRI’. Vide tampri: bom, superior, mais, melhor. -1-F% kri ti tanpri kane: Elle é melhor do que a mulher - fi kri, do que a mulher - kane, é. TANTA: letra do alphabeto --1-- Tanta D buüngh, küxà ve xa: A letra grande D é parecida com a lua -- kiixa, lua -- ve, parecendo -- xa, esta. TANTO: Mulher, femea--1--On tantü fi ni: Ella é mulher de outro - ôn, de outro -- fi, ella -- 2 -- Gire tantô: Me- nina -- gire, menino - 3-- Tanti nongüje krin: Bico dos pei- tos da mulher — nanguje, ubre -- krin, cabeça ~ 4 -- Tanti kofa: Mulher velha--5-- Tantô jógn: Pai da mulher - 6 -- Tanté jan: Mai da mulher --7 -- Bói, moi tanti: Vacca. Tambem boi fi--fi, ella. TA’PKE: De costas--1-- Tapke kri nati: Elle esta deitado de costas -- tapke kr: Sobre as costas -- na, deitado -- ti, está--2-- Tapke kri na ti, koijman ti liri: Elle está deitado de costas e olha para cima - kd? man, para cima - ti, elle -lir?, olha :° TARA: Forte, força, coragem, valente, duro, aperta” do, estreito --1-- Tara ma ti ne: Elle esta muito forte -- ma, muito -- 2 -- Tara mati mo: Agora elle esta muito forte, ago- ra continua muito forte -- 3 -- Tara titi: Muito duro - 4 - Tar- tino ag: Elles são fortes egora. Repetido para significar multiplicidade de acção,de cousa - 5 -- Tara gud ni: Está muito duro -- gu, muito -- d, connectivo — nz, esta -- 6 -- Tara tonti ne: Não está duro -- ti, elle --7-- Tárax ni ha: Eu ja estou forte - x, eu--ha, ja-- 8-- Tara jax ni ha: Eu ja estou ficando forte -- ja... ni, estar ficando --9-- J'éra ma: Muito forte, venenoso -- Pana tara ma: Cobra braba--10-- Turumáni ti raméni: Aquelle que é muito forte, o capitão. Vide tújo. TA’RAMA: Venenoso, brabo -- 1 - Tárama xanxa: Cas- cavel venenosa. q TARE'RA, kantaréra: Desce tu. ———— ll ". TALPRI, tariri: Vijiar - ta, là --lir’, olher, abrir os olhos. TARO’MKE: A chuva cobre, fecha -- 1- Kren kri ta rômke: A chuva cohriu emcima da estrella - krin kri, acima da estrella--ta, a chuva — 1ômke, cobriu. TARO’RO, tortro: Trovão -- ta, chuva -- rôro, trovoar. TARURO : Trovão. cheio -1.- Kuxá tarúro: Lua cheia -- 2-- Kiixá tulurke: A lua-pretende ficar cheia, está proxima da cheia. TARANE: Conservar (Vide App.) TARREN ke titini: trovão. ( vis.) TANJA : Fino. TATE KOKOPTKE : Relampago (v) TATENAKE: A chuva gutteja. TA’TIRE: Rebanho -- Porko tätire : Rebanho de porcos. TAVA'N: Esquina - 1 - Emprüru ta van kején pira ki ni : Será aquella a primeira esquina da rua - kején, no tuturo - pira, primeira -- ki, connectivo -- ni, ser --2 - Empriiru ta van alengré ti: E' a segunda esquina da rua - 3 - Emprüru ta van taktóixti: E” a terceira esquina da rua. TAVIN: Unicamente, de tudo, devéras (é empha tico ), absolutamente --1-- Món kan kret tavin: Quasi todos vão embóra -- món, vão -- kan, todos —- krét, quasi -- tavin, mes- mo--2--Gonoa mé xin tavin: O sabia é devéras um bixo bonito - y noa, sabia -- mé, animal - xin, pequeno, bonito - 3 - Joc kotxæi piri tavin ti ne: Meu filho esta de todo sósinho -- kotai, filho -- pirz, sósinho -- tavin ti ne: Está de todo sósi- nho -- 4-- Kura v-inkangrá tavin ti ri: Elle só fica quatro dies, nem mais nem menos- kurá, dia -- tavin, nem mais nem menos -- 5 - Kura tó veinkangra tavin judn: Chega só no quarto dia--to, no-- judn, chega. Diz-se tambem tauin, tauit- TE: Aquelle. Tambem tan, ta--I--Ti te aranké, déto tin ne: Aonde ia indo aquelle ahi hontem ? - ti te- aquelle ahi -- déto, aonde -- arankét, hontem -- tin ne, ia indo. TE: Com*-I -Ix jogma tx ka kuptimo : ti te in hadn je: Eu corto um pau para meu pai: com elle faz uma casa-- ma, para-ka, pau--kuptimo, eu corto kup, cortar - ti, elle -- mo, agora. TE: De Prep. de lugar -I--Nrin te ix kantin: Eu venho do monte--krin, monte-2- Ta: te ix kantin: Eu venho de la--ta, lá k, connectivo -- 3 -- O'ri in te judno : Hoje elle chega de casa--7n te, de casa--oré, hoje. TE: Dentro, em--I-- Tégtan in te käni: A moça está em casa -- tigtan, moça - kâni, está--2- Tx prôn in te ni: Minha mulher está em casa-- pron, mulher-- ni, esta--3 - Maitkan te nôro : Eu durmo no matto -- muáitha, matto -- 4 Epan te ix ni: Eu moro na roça -- epangh .roca - n/; moro — D - Kurän te, k tii h te: De dia (e) de noite. TE: Elle(¢i)-I- Te xéra: Prende-o tu. — 184 — TO, te: Lugar- I-- Te kané: pcmar-2- Ti ten gara: Milhal delle--gára, milho --3-- Ten ema ton ti : Deserto -- emá, povoação. Vide App. TE: ten: Bater, matar. Vide ta, táix - I-- Ti ten agn: Elles o mataram -- agn, elles -- 2 -- Ha tin: ante jex kémo: Va embora, senão te matto -- ha, voz imper.--tin, ir a ti jex, eu --te matar -- kémo, pretendo. Tambem: Tingrá : ja an tan kémo: Va: eu prerendo matar-te - j, eu --an, a ti-- tan, ma- | | | tar -- 3 -- Ka ten lengré: Bater duas vezes com o porrete -- ka, porrete -- lengré, duas vezes -4-- Ka ten ti fa ten: Bate a perna com o pau duas vezes -- ka, porrete — ten com — tí fa, a perna delle. TE: Ter.-I-Te «xan kupádn: Eu tenho um pedaço - can, eu--kupadne, um pedaço -- 2- Te gire hérikd ni ? q (Quantos meninos tem ? -- géré, meninos — hôrike, quantos -- d, | connectivo -- 22, tem — te, elle - 3 - Amate venharó: Voce tem 1 livros. 4 TE: Torto -- Ninhé te ix je: Eu estou tendo o nariz torto -- ninhé, nariz — ix je, estou tendo. TEKUXIA’: Matto virgem. Vide nem. --I-- Jex pan tekuaxia: Eu derrubo o matto virgem -- jex, eu -- pan, derrubar. 24 5 Je, : TEIA : Camisa comprida. (Chl. ) 1 TEIA: Alto, comprido, largo - I -- Tan ti téie he: Elle faz longo aquilo - tan, aquillo - #, elle -- he, faz -- 2 -- ka teie : Arvore alta -- 2 -- Ninhé téie: Nariz comprido -- 4 - Téze qu ton je: Não está muito alto - gu, muito - 5 - Emprú teje gu: Estra- 4 da muito larga. Tambem; lanktére, largo. 7 TEERE: Morto, bebado-I-- Téicra ti na: Elle esta E morto, bebado -- na. ! Ws) TEIN : Jacutinga ? | 2 À M TÆMO, especie de palmito. / S| TEN: Voar--1-- Téntenmónk ti: Elle.esta esvoaçando à agora--ten, vepetido, indica multiplicidade de acção — món, : agora -- ti, elle--2-- T'en xi had ti: Elle faz pequenos vôos à --tenxi, vôo pequeno -- had, faz -- ai, pequeno -- 3 - Ténxi hat: | Elle vôz pouco, faz pequeno vôo. 4 TEN: Bater, percutir, matar--1-- Pó ten xaxi ten: . Matar um passarinho com uma pedra-- pó, pedra - xanæi, passarinho -- 2 -- Guarany ix ten: Eu mato um Guarany -- 3 - Min tan ten hirike ti? Como elle matou aquella onça ? -- min onça -- tan, aquella -- hürike, como - 4 -- Ti taix ti: Elle matou --5- Na ten ti táio: Elle bate com um páu--ka, pau- ten, com--6-- A ten ix kémo: Eu pretendo matar -- kémo, pre- tendo --a, connectivo. Tambem: Tére ix kémo -- tére, matar --7- la tin: an ten jex kémo : Va embora; ( senão) te mato - ha, vóz imper.-an, você--jex, eu-8-- Odn bedn tenra: Mata tu o mentiroso -- ôódnbédn, mentiroso -- 9 -- Ir patrão ix t xno: Meu patrão me bate -- te, bate -- x, a mim -- no, agora. Vide App. — 185 — TEN: Com -- 1 - Pó ten xanxi tén : Matar um passarinhe com uma pedra -- xanxi ten, matar um passarinho - 2? Pó ten pengra: Atirar pedras -- pó ten, com pedras --3 Na ten t ix taie : Eu mato com um porrete -- ka, porrete--táix, matar, THEN: significa a materia LE que é frita uma cousa - 1-- Po ten mesa: Mesa de pedra - 2 -- Pó ten beng: Machace feito de pedra. TEN: De. Vide App. TEN: Em-1--KRo da Xinxa ten kanõa tamprigh: A canôa subio no Rio da Cinza -- ten, no - tampriigh, subir. - Na jut? hurt: À canoa já chegou - Ary, parueula para designar o passado e verbo -- ju chegar, de jun. TEN: Roga--1 -- T° ten gara : Milharal de Fulano de tal. TEN: Ter -- ra de tôn: Pobre, que não tem nada - de, cousa -- tôn, vão -- 2 - Denúm ton ti ten: Elle não tem nada - denúm. . . ron, ias TEN: Voar--1-- Xanxi ten ten món: O passarinho esta esvcaçando -- ten, repetido, para significar repetição de acção --món, agora. Vide depois de témo palmito — 2 - Tenxi ha ti te: Aqueile lá ja vôa pouco -- tenxi, voar pouco - ti te, aque!le là. TEN: Ir (tin) Vide App. TENJA: Rede para pescar e para deitar nella. TERE: Descer, afundar--1--Gôi pó hri ti tére: A agua desce acima das pedras -- po ri, acima das pedras -- 2 - Gôio kara ra, tamprügh tére ti: A agua entra dentro, sóbe (e) desce--ra, entra - kara, deutro--tompriigh, sobe -- 3-- Kanûa jengú ta tére: A canôa desce de cima -- jengii, ne alto -- ta. ae -- 4 - Julio goto ma tére ke: Julio pretende descer para buscar agua -- ma, carregar -4-- Veixvál: ti tére: Elle desce correndo - vexva, veixvo, vo, correr -- k, connectivo — 5 - Ningrén tére : Orelha cahida - 5-- Aran tére: O sol entra. Tambem: Aran putke : O sol está para entrar. TE'RE: Morrer -- 1 -- Téreketiná: Elle esta para mor- rer -- ke, vai, quor -- na, está -- 2 -- Ti tére : Cadaver -- 3 -- Tére “vaix ha ti: Elle ja custa para morrer — cáix, dificil — ha. ja - 3- Ti tére tôn ra, ag ti pejú: Apezar de ainda nao. estar morto. a gente o enterrou -- ra, apezar - reju, enterrar -- 5 — Tére ix jógn: Meu pai morreu -- 6 -- 7% kotxine ti tére: O filho delle morreu -7- Enk tére, veinkupri en hd hóro ti: (Quando morremos, a nossa alma sahe do corpo -- em, nos -- k, connectivo -- veinkupri, alma -- hd, corpo — hóro, sahe -- ti, elle - 8- Tére ti, tére fi: O morto, a morta-9-- Ter pé: Morta deveras - pé, verdadeiramente ( não apparentemente oa 19 - Antére ke kurdn tin ki, ti tére goio fá kro kamén je ton: Embora antes do tempo, morrerá; si não temer de be beber pinga ( largar de beber pinga) an, connectivo -- ke, querer - kurän, tempo -- tôn, não -- ki, no -- gdiofa, . aguardente -- kro, beber -- kKamén, temer, deixar :- je, estar--11-- Tére váix té- — 186 — Elle custa morrer - váix, custa--12- F2 kotwine fi tére: A filha della morreu--13-- Antère ke mo ra ti krén: O filho delle está para morrer --ra, perto - kémo, pretendo — kren, menino, filho, familha 14 -- Tére ke ti ne ha: Elle ja esta para morrer -- ke, querer, estar, proximo — La, ja — 15 - Antére kémo ra, ti kren, significa tambem : Embora eu estivesse preximo a morrer, elle me Jivrou -- émo, estar proximo - ra, embora - kren, livrar - 16 - Larânharânha ha: ix xére (tére) tôn je ha: Eu ja trabalho: eu ainda não morro - ha, ja -- xére, mor- rer — aére je, estcu morrendo — 17 -- Tére ti húri : Elle ja mor- reu -- húri, ja- 18-- Tére tógn ha: Ja está morrendo -- tógn, está -- 19 -- Veixketá kronmo ra, térmo: Embora beba remedio, elle morrerá -- veixketá, remedio -- krônmo, bebe agora — ru, embora -- mo, terminação por indicar o presente e o futuro - 20 - Kurän ki ti térmo: Durante o dia elle morre -- kurdn, dia -- ki, no -- 21 Denúm tére: Animal morto, carniça — denúm, auimal -- 22 - Tipéne tére je: Os pes delles estão ficando es- quecidos -- tére je, estão morrendo —- 23 -- Kura rengré ki ti tére: Elle morre em dois dias--/, em — rengré, dois - 24- Ti tére kan, man hôt : Elle está satisfeito, porque morre -- man hóti, ser contente - 25 -:Tére váix Não gosta de morrer, não murre nunca -- váix, não gostar, nunca. Vide App. THRE: Bebado. TETA'N, tógtan tetang,: Menina, moça -- 1 -- Tügtän ki péin ôn: O outro atira na moça -- ki, na--péin, atira - on, o outro. THTI: Voar, passar correndo -- 1 -- Emprü buôngh krin pa téti ti: A estrada grande passa atraz do monte -- pa, | atraz --ti, elle. Vide App. TÆVI: Oliacto. TI: Elle, homem. o tal animal, a tal cousa. — F%, ella; ag, elles, a gente, o povo; fag, ellas, as mulheres, as femeas ~ fi, a femea - 1 - Kaktu titi: Elle está maito silencioso -- tit?, muito--muito--2- Titan vernxvd, timbra hadnje: Aquelle lá corre e ajuda a Fulano de tal -- ti tan, aquelle lá - veinxva, corre (veinavó )--timbra hadn, trabalhar junto com alguem, ajudar alguem -- je. estä -- 3-- Ti ta rire (lire): Aquelle ahi guarda, faz a guarda --líre, fazer a guarda, abrir os olhos — A-- Ti tan de hi vida hadn kénti nánti: As cousas da- quelle ahi estão bem distribuidas -- de, cousas -hô. bem - vidn, distribuir, dar--hadn, fazer-- kânti, sendo -- nânti, es- tho--5-- Ti xe ho: Ele já está preso -- 6 -- 1% makangátimo : Elle está muito triste -- t; mo, elle agora -- mankanga, triste — 7- Timä tó tôn: Não conte para elle--to, conte--timá, a elle --8-- Ti féére: Aza do do animal tal --9-- T7 tan e hôti ni; ôn ti tan hanxíri ti ni: Aquelle ahi é muito grande ; aquelle outro ahi é pequeno --e, muito -- hó, grande - ti, elle - ni, é - ôn, outro -- kanæiri, pequeno -- 10-- Timá tin ti: Fu- lano vai para Sicrano--timá, para elle--11- Ti tan joixke je: Aquele lá está peneirando -- jóixlke, caminhar em roda, — 187 — peneirar — 12 -- On ten ti ti: A tal cousa vai para outra -- 13 - Ti kó: A comida delle-- ko, comida-- 14-- 77 vuétka, ti fodn: Lhe deu um empurrão - vudtha, carregou -- ti, elle -- fódn, atirar, jogar -- 15 - Rezar tóix ta ti ne: Aquelle ahi está acostumado a rezar -- tóix, acostumado -- ta, aquelle -- ti, elle -- 16 -- Rezar hi toix kdnni: Elle está muito acostumado a rezar -- hô, muito -- 17 -- Tigére me agn: A gente percebe o cheiro do tal animal -- gére, cheiro - me, percebe -- 18 — 7? pantfi: Montão da tal cousa - 19 -- Ti rü: Letra, marca, pintura da tal cousa - 20 -- Ti tan ix jogn ne: Aquelle ahi é meu pai-- ne, é-21-- Kix men pen brexbra ja ti ni: Os pés do meu animal estão quebrado -- én, animal -- brexbra, quebrado em varios lugares -- 22 -- Denúm tóg tin ja ne: Elle vai ficar com alguma cousa -- denim, alguma cousa -- tog, fi- ear -- ti, elle --n, connectivo -- ja ne, está agora - 23 -- Ti keré é Peneira delle .- 24.- Krenóje: Carpir--25-- Ajoro tnin ko, kémo: Pretendo comer carne de anta - «jôro, de anta -- E nin: earne -- kóí, comer -- 26 -- Uaitká im Enin koi kémo: Amanhã pretendo comer carne -- vaika, amanhà -- 27 -- 1% ix bre: Elle junto commigo --bre, junto-- 28-77 rü: Letra, linha geo- metrica. — Vide ari - 29 - Kiiva ti rii: Meia lua--ti, delle - rü, corte — kiixá, lua. Tambem hiixá kupara-kupara, corte de Æupädn, cortar --30-- Ti jo vaxi (vaji): Cilada delle, que está adiante - jó adiante- 31-77 jara: Saliva delle -- 32 — Potrão, ti jén: Camarada do patrão - Putrão fi, patrôa — jen, camarada - 33 -- Kanén dôro kré ix je: Eu estou de- baixo da janella-- kré, debaixo --je. estou--34-- Ti gôvo. Caco de tal cousa -- gôvo, quebrar -- 35 - Ti küfé: Faca del- Je -- 36 -- Ti fubre: Pelle de alguma cousa casca -- 37 - Ti füro: Orla do vestuario de alguem - 38-- Ti prôn ke (prox ke): Elle pretence casar-se -- 39 - Ti prôn ke ve: Elle está pretendendo casar-se .- ke ve, está querendo -- 40 -- Ti korég ne: Elle é mau-- ne é-41-- Ti to agn: A gente que esta com ello--to, com -- agr, gente --42-- Ti tó ix vin korégn hat: Eu com elle fiz um discurso ruim --tó, com -- vin h t, fazer uma conversa — korég, ruim -- 43 - Ti tére : Elle desce. elle merre-- 44 -- Veinxaré ti tinkti: Elle vive desoc- cupado -- veinxaré. desoccupado -- tinkti, vive — 45 -- Jenjére tog ni: Elle está sendo preguiçoso -- jenéjre, preguiçoso -- mi, esta - tóy, sendo -- 46 -- 77 kambu jofá (n afã): Balança. -- ti kam- bu, do peso delle jafs, instrumento -- 47 -- Ti kambuno: Ni- . vel, instrumento para nivelar, linha para nivelar -- 48 -- Ti bre x tanke: ajudar alguem. ti bre, junto com alguem - », tânke, trabalhar -- 49 - Tz kubé: Stpa-50- Ti tan kri pó ia fód: Eu atiro pedra naquelle ahi--ti tan kri, naquelle ahi -- pó, pedra - fódn. lançar --5l .-óri ti ni hot ix: Hoje eu como carne do tal bixo, da tal qualidade-- óri, hoje -- ti, do tal bixo -- Æd/, como - 52 = Vaed ka ti ni kôi ix: Amanhã comerei carne do tal bixo --vaií, amanhã--ka, em--ti ni, carne do tal bixo -- 53 -- 77 tan kur me: Aquelle ahi perce- — 188 — be a voz--kur, vóz - me, percebe -- 54 Ti done ix tinmo: Eu vou atraz delle -- dón, atraz - e, connectivo -- 55 -- Ti tan krê: A planta daquelle ahi — ré, planta - 56 - Ti to kúten: Tran- sportar. Vide. App. TI: Estar - 1 - Manga ti: Esta doente - kanga, doente, TI, serve para fazer, como sufixo o superlativo - 1 — Ix jógn man ho titi tinkti: Meu pai vive muito feliz - man hót:, contente -- {/, muito -- tin, vive, vai - k, connectivo -- ti, elle. É TIA’RA: Buraco. TIK?: Tala de cresciuma ou de outra cousa. TIKIT’: Collarinho da camisa. Vide App. TIGRIN: Voltas-- 1 -- Xapé tag ti grin petekra ni: Este chapeu tem cinco voltas —ti, elle-- petekra, petkara: cinco -- wi, tem. A saber: é feito com uma ou mais tranças que dão cinco voltas para costuradas uma com outra formar um chapéo. TIFUORE: Pelle delle--1-- Pirá fuüre: Costra de peixe. TIN: Esfregar- 1 -- Nin tintin je: Está esfregando a mão - nin, ningé: mao-- tin, repetido para designar multi- plicidade de acção. À TIN: Ir-1-- Tin ix kémo ha: Eu pretendo ir em- bora ja - ja, ha--2-- Ag ta tin kan tan vinera: Convida tu toda a gente -- ag, gente, = tin, ir -- tan, la. - vinera, falla tu--3- Tin korég: Caminha mal--4-- Ti hubé. ti kubü : Pello, crina, sopa. Kavaru ta ten ti: Elle vai de a cavalo -- ta, com -- 5 -- Ag karatag tin géx kémo: Toda esta gente pretonde ir embora -- kara, toda — kémo, pretende — 6 - lc in ara tin: Vai em minha 'casa--áre, ra; para--in, casa -- 7 -. Kuxá ix tingo, ija krén je: Eu vou amanhã: eu estou plantando- kwaa, amanhã cedo --ijá, eu--je, estou - 8-- Prán tin ja ne éki: O anno passado — prin, anno -- én», aquelle -- kz, em-9-7x Xan ra, karka ra ix tin ke ve: Eu pretendo daqui a pouco ir para o Salto Grande - Xan ra, para o Salto Grande -- ra, para -- karka ra, pouco depeis - ra, perto -- ke ve, pretendo ir--ve, estou -- 10 -- Kafé ix krôd ; ‘kara ix tingo: Eu bebo café; depois eu vou-me embora- kród, bebo - 11 - Kaixgâng tin kan, ix waixka ya tin ke ton ne: Eu não vou indo para o matto, por o Kaingdng ir -- máithka, matto -- ra, para - ke, querendo -- ne, estou -- 12 - Kuvarangú tin ix kevénve: Eu queria ir longe -- kuvaranguü, muito longe -- gu, muito -- vénve, estava. O plural de tin é mó, món. O perfeito singular é vüire, o plural é kagúuve. | TIN: Prompto - 1 - Ten tôn: Não estar prompto. TIN: Tocar-1--On tin tinti: Uma cousa toca a outra -- tin, é repetido para significar multiplicidade de acção - On, um a outro. ’ TIN: Passar, viver-1-- Anprôn tonjá mi ti tink ti Elle vive separado da mulher -- an, connectivo -- tonjá, fora - mi, aqui --ti, elle - tin, vive -- k, connectivo -- ti, elle - — 189 — 2-- Te jógn man hóti tink ti: Meu pai vive contente - jogn, pai- man hôüti, contente — 3 -- Kaféie na totogn tink ti: A borboletta vive deitar nas fores -- kaféie, flor- na, dei- tada -- totógn, borboleta -- 4.- Tx kokire me tin kan, laira- nharânha ve: Porque eu vivia soffrendo fome, eu estou tra- balhando - kokire, fome -- me, sentir, soffrer -- kan, porque -- ve, estou -- 5 -- Ajóg bre tin ix: Eu vivo junto com meu pai -- a: connectivo -- bré, juuto-- 6 - Tére je ti tin; vére ti tinkti: Ainda não esta morrendo; vive ainda--tére, orrendo -- je, está -- vére, até esta hora. TINDARA': Fralda. TTRE : Carrapato (tíri)- 1 - Tiré kanxiri: Carrapato pequeno — 2 - Tir? maimantike: Carrapato grande. TITA'N: Galho. Outras palavras. Vide App. TITA'N: Aquelle ahi, aquelle Já. TITIGA'RA: Roça de milho. Melhor: Tô gara. TÍTIRE, o acto de a roda rodar. TITE, sufixo do superlativo. Vide App TO: Com, junto-1-- Tó ti na ti: Elle está pegado a alguma cousa--to, a--ti, elle, na, está-- 2-- To tangrénke: Esta unilo a elle-- {angrénke. unido- 3 - To ti wa: Está preso a elle--xa, preso - 4 - Ti tô agn: A gente ( que está ) com elle--agn, gente-5-- Ti ton krima je: Está mal com elle x, connectivo-- je, está -- 6 — An ton juin ne ix: Eu estou brabo com elle - am, connectivo - jun, brabo - ne, está -- 7 - Kaféi tan, toro je in: A casa está cercada com aquella at -- lafér, flor - tan, aquella -- tóro cercada — je, esta -- 8 -- To : Sal com aquella cousa --to, com aquella cousa - 9 -- 77 ia jon ne ix: Eu estou mal com elle, estou brabo com elle -- jon, brabo -- 10 -- Degnengôro to ix perógn hat ie: Eu pre- tendo com as calças fazer sacco -- degnengôro, as calças - perógn, de saeco kie, ke: pretendo -- hat, fazer --11-- Xon ton jaräixtiti: Não quer ficar brabo commigo -- xôn to, commigo -- javdix, não querer-- ti, terminação do superlativo. Vid. App. TO’: Atraz, em lugar de do. TO: De-1-- Krin to ix kantére: Eu desci do monte — kerin, descer -- 2 — Kaimbara tôt kantin ne: Logo volta aqui - kantin, vir--tôt, de novo - 3-- Kuvará to hô éin vek ti Elle nos ve de longe — hé, muito. To: Acostumado-- 1 -- Rejár hô to ix känni: Eu estou muito acostumado a rezar -- hd, muito -- kannz, estou. TO: Certamente, de certo--1-- Hala to: Certamente, porém. TO: Dizer, explicar - 1 -- Timant» to: Não diga a elle, não explique -- to, não - 2 - To manera: Falla tu mais, con- tinua tu a fallar -- man, mais, continuar -- era, particula impér. - 3-- One jog tére ti tomo? ( Resposta) To agn (ag kara): (Quem falla que meu pai morreu? Resposta: O povo --ôn, quem - jóy, o pai - tére, morreu -- tomo, diz agora -- ag, povo — ag kara, toda a gente -4-- Exxma tog hott: Elle quer muito fallar para mim -- 4, connectivo — Aüf, mort muito -- ti, elle — 190 — -5-- Akoxi jiji to te Antonio: Elle chamou o filho de An- tonio -- a, connectivo -- kotri, filno -- jiji, nome -- to, disse -- te, elle --6-- Ex ama to ti hótiti: Eu teuho muita vontade de de fallar para você--ám”, para você, ti, connectivo -- hútiti, quero muito -- 7 -- Aman to ixô húri: Eu já fallei para você -ixó, eu--húri, já -8 = Toréra: Falla tu --9 -- Tongra: Não diga. Imperativo negativo. Vide App. TO: Em--1--Gô% to vaixkupé ton ni: Não se está la- vando no rio -- gôio to, na agua -- vaixkupé, lavar-se - ni, estar 2. Kuvara hi to ix ni: Eu moro muito longe - kuvara, longe -- hd, muito -- to, em -- nz, morar —- 2 -- Arankét to ix tot kantin in ra: Huntem voltei em casa--arankét, hontem - to--no -tót, de novo -in, casa--ra, para--3- Ag in to ix nôromo: Agora eu durmo na casa deiles -- in, casa -- nôromo, durmo -- 4 -- In tonjatü in jénno: Agora eu como fora de casa -- tonjaté, fora -- jénno, como agora --5-- Ti to ti pén: Fulano atira em Sicrano--¢ to, nelle--ti pé», elle atira -- pén, atira - 6-- Ex into ix jégn ix ve: Eu vejo meu pai em casa - ex into, em minha casa -- ve, vejo - 7 -- Verexi to nognóro je: Elle dorme frequentemente no pouso -- verexi, pouso -- nôro, repetido para significar repetição dos actos --je, está -- 8— Hénto aiag mnánti? ( Resposta) Jatahy to éin nanti: Nós moramos em Jatahy - hénto, onde --aiag, vôs--éin, nos - 9 - Venxére tan;ag, Por firio veixkéje to bakangôuve ( vakangoii- ve): O povo levou aquelle defuncto no cemiterio do Porfírio | -- venxéra -- cadaver, tan - aquelle, ag --o povo -- veixkéje, ce- miterio -- to, no -- bak mgéuve: Carregaram, de bakanté -- 10 — Emprü to brakééra: Atravessa a estrada tu - empri, estrada -11- 8. Jerónymo to te van ke. Má ra ix tin ke tun ne: Eu pretendo ir até S. Jeronymo: não quero ir mais adiante -- to, em- van, estar -- ke, pretendo -- ma, mais -- ra, para — ke ne, estou querendo -- tin, ir --12-- Jama hô ra tôn ne: O meu bairro está muito perto -- jamá, o meu bairro -- hd, muito -- ra, perto -- tôn, no --ne, está - 13 - Ka to pén: Atirar, acertar ne pau -- ka, pau - 14-- O'r7 2n to júdno: Hoje chegarei em casa -- ri, hoje - jüdno, chegarei - no, terminação do presente e do futur) - 15 -- Ti toh ta ti feindu, p. e.: Elle bateu no ou- tro. ( Por ex.: a vespa. quando finca o aculeo, aguilão na gente que fere com seu veneno )-- ti tok, nelle -- k, conne- ctivo -- ta, bater, percutir. Tambem ten. TO: Lugar Vide te-I- To éin vear kangiuve: Nos fomos ver o lugar--éin, nos -- 2 -- Tótigára: O milhal delle - gara, milho - 3 -- Tó kre: Lugar baixo - 4- Tô miga ve w: Eu vejo a fumaça do lugar - nija, fumaça. TO: Não, em vez de tôn por harmonia - I Laranhará- nha kotii te mat ke to ix ne: Eu não estou mais querendo trabalhar de noite - kotii, noite -- mat, mais- ke, querendo — nz, estou = 2 Pao kó ke tó ix ni, ti nin ko ke to tx ni: Eu não quero comer nem pão nem garne - ko, comer — tinin, car- une -- 3 Anto jôn tog ne ix: Eu não estou brabo com Você - “ — 191 — ânto, com você - jon, brabo - g, connectivo- nº, estou -- ar eu. Vide App. TO: Para- 1 - Ti ton veinva, timbrá ha je: Ele corre para Fulano de tal: elle trabalha com Fulano de tal - Ti ton, para elle--ve/nva, corre -- timbrá, com elle - had je, está fazende - 2 -- Agmaän ti ga tr: Elle clama para a gente - agmán to, para a gente -— ay, elles -- ga, gritar -- ti, elle. TO, ton: Ter--1--T6 gara to ix ne: Eu não tenho milho -- gára. milho -- tô, ter -- to, não -- ix, eu- ne estou — 2 - Tô agn éti: Tem muita gente -- agn, elles, gente -- e, muito - ti, serve para fazer o superlativo -- 3 —- Tô aa: Tem sal - 4 - Ágma tô e: Tem muita gente - ¢, muita -- 5 -- São Jeronymo tô agn éti: Em São Jeronvmo tem muita gente -- 6 -- Fari- nha ton ti tô ti: Elle não tem farinha -- ton, não -- ti, elle. Vide App. TO: De lado. Vide App. TOA’; Perto--1--In toa ix ne: Eu estou perto de casa - in, casa--2- Ti toa ix ve kama ne: Eu estou gos- tando de velo perto-- ve, ver-- kema, gosto -- ne, estou--5- Pin totogn tod mi: Torra no fogo: está perto-- pin, fogo - totógn. torrar - ni, esta--4-- Min toa ve ix: Eu vejo uma onça perto-- min, onça. Vide ektua. TOK (tog): Amarrar--1- Tokira: Amarra tu. TOKE: Em (posp.) de to, em: e de ke, connectivo ou paragogico -1-- Afé ti tok tair täic kémo: Elle quer bater varias vezes no peito - a, prothese — fé, peiro -- ti, elle - tazx repetido, bater varias vezes -- kémo, vai. Serve para fazer o futuro. TOK: Ficar, estar - 1 -- Kofa ra tok ti mo, lanha ra- nha ti tinkti: Embora esteja velho, comtudo vive traba- lhando -- kofa, velho - ra, apesar — tóltimo, agora esta. fica — lanharânha, trabalha --tinkti elle vive, vai--2-- Juxke tok ti ni: Elle vai cambaleando -- jiixcke, rodeando -- tz, elle -- nz, esta -- 3 -- H6 tok ti: Elle vai bem --hô, bem--4-- Xâma di, nhéro nim ti kon, tokt ixmän hóti: Eu sou contente, por- que elle me deu dinheiro -- nim, dar--xäma, para mim -- kt- connectivo -- kan, porque -- 7x, eu--man héti, contente -- tok: fico, estou.. TOK: Não--1--Denúm tok tin jane: Elle não tem mais naia-- de, cousa -- n, connectivo -- um, alguma -- tok, não, de ton e de k. paragegico. LOK, tog: Secco-1- T'ni tok kd faria to: Como carne secca com farinha-- ?ni, carne de tal qualidade -- ti, de tal animal, qualidade -- kó, como - to, com. TOKFI’N: Fita de chapeu, e tudo que serve de liame. TOFIN, togfin: Atar, ligar -- 1 — Perógn tokfin känni: O sacco esta amarrado -- kanni, está -- 2 —- Pin togfin: Feixe de leuha -- 3 -- Dúitogfin : Gravata -- dud, pescoço -- 4 - Anindd 192 — bokfin kan je fi: Ella está com braçalete no braço -- anindó, aindó: braço --kon, estando --je, esta-- fi, ella - 5 -- Detun tan ti tok fi ne? Com que cousa elle está amarrado ? - detún, cousa -- tan, com, ne. está. TOKFZNE: Ludra, loudra ( mammifero aquatico ) da classe dos roedores. PORFIY'NJA: Arco, liame de aiguma cousa - tokfin, amarrar — ja, instrumento, correia para cingir 0 corpo. TOKUT (tok fiu): Feixe--1--Pin to kui: Feixe de lenha TORTENO: Cosinhar. Vid. App. TOKUTEN : Transportar --1-- 77 toktúen: O trans- porte delle. TOFINE, tofine, tokfine: O annel -- 1 -- Ningé tokfine: O anel da mao, do dedo. À TOG: Bater-1-=-Tx fé ix kintogn-tôgn : Eu bato no coração -- fé, coração -- kan, no -- tógn repetido, bato mais de ama vez, frequ entemente. TOG: Estar - 1-- Kanga ve tóg ne: Parece que está ‘ doente -- kanga, aoente- ve, parece -- ne, esta -- 2 -. Jênti kanté tógmo: O almoço está prompto -- jen, almoço — kanti, está - togmo, esta prompto — 3-- Veinxaré ti tinkté: Jenjére tógmo : Está desoccupado: é preguiçoso - veinxaré, desoccupado — binkt?, vive — je jére, ocioso -- tógmo, está agora - 4-- Jon kema ne kar tógn pron fi tén: Porque elle é brabo, matou a mu- Mer; de tão brabo que é, matou a mulher -- jôn, brabo - kema, inclinado -- ne, estando - pronfi, mulher -- fi, ella - 5 - Niiema dirt kan tógn na ni: Ele está olhando para cima ; está deitado -- kuxms, para cima -- liré, olhando -- kan -tógn, esta estando — na, deitado -- ni, esta -- 6 — Korég tog ni: Está feio, mau, ruim - ni, esta -- 7 - Ix di- nhóiro je kan toy, ix man hõi: Eu estou contente, porque tenho dinheiro - man hóti, contente ( lê-se man héti -8- 7/16 tog ti: Elle esta bom - ho, bom - 9 - Ti vog tog ti ja nº: Elle está judiando -- vog, judiar-- 10 - Eix jatu va, tog, æ jon já ne: Embora eu esteja quieto, comtudo estou brabo -- jutu, quieto -- ra, embora --x, eu--11-- Xan déne ni. ko, tére tin ti: Porque comi carne de animal estou mor- rendo, ni, carne--tére, morrer--12-- Japân arengré niafa tôgni : Eu estou tendo roça em dois lugares - japan, minha roça -- crengré, dois -- niafa, lugares--13-- Ti vog konana tógmot ti: Fulano está judiando de Sicrano -- vogkonana, judiar -- 14 — Karaváio ha tógmo : Ja está demorando — kara, demoram -- ha, já --15-- Ajuá kemá tógmo: Está pegando. a barba — kemá, pegar --juá, barba -- 16 - Kanga ve tog nº: Parece doente -- ve, parecendo -- ne, está -- 17 -- Binrá tag tog fuan: Este cópo parece cheio -- tag, este - tog, esta -- 18 - Tegtonja: Frigiteira-- tog, frigir -- ja, lugar, instrumento de frigir. L TOG: Falla, fallar, dizer: de to, fallar; e de g, con- nectivo -- 1 -- On jog tére ti tógmo?: Quem é que está di- — 193 — zendo que o pai morreu? To agn: O povo diz--agn, povo — ón, quem - jog, pai--tére, morreu--ti, elle -- tógmo, esta fallando agora. TOG: Secco -- 1 -- Arangró tog : Feijão secco - 2 -- Krod budngh tog kan, togn togn kémo: Porque bebe demais, fica torrado -- buôngh, demais. TOG: Torrado. Vide o antecedente - 1 - Tugtógnja : Frigideira. TOHA’, toha, ektoa, toháixr: Perto - In toha ix lai- ranha : Eu trabalho perto de casa — in, casa — lairânha, tra- balho — 2 - Ei in tohá ix tin ge: Eu pretendo ir perto de casa --éix, minha -- ge, ke: pretendo. Vide App TOL: Verde --1-- Tói korég: Azul-- korég : ruim, feio —2- Toi éti je: E' muito azul — “ti, muito --9e, 6-3 -- Tite ti ne: Está verde --4-- Tüix ti nanti: Estão muito verdes - ti, muito -- nant, estão. Vide App. TOI: Cru, verde-1-- Ni tóix ti na: A carne esta verde, crua — ni, carne -- na, esta. TOI: Faca de pedra ( de crystal, quartzo, ete. ). TO: Coqueiro -- 1 -- Tói féie: Folha de coqueiro. TO'IJ : Acostumado (toixtan)-1--Tóixta kix kafé krone kwrarét ki: Sou acostumado a beber café todos os dias - kix, eu -- k, prothesi - cura, dia -- rétki, cada. TON, to: Elle-1-- Ton ra ix ting ge: Eu pretendo ir perto delle -- ge, pretendo -- ra, perto -2- Ir jan ton ju ne: Miuha mai está braba com elle, ralha com elle -- jan, mãi -- jun, braba. TONA: Vamos - 1 - Tona empri kuru je: Vamos pelo caminho direito, pelo caminho concertado, limpo -- emprii, caminho -- 2 -- Kur toréra : Anda ligeiro -- kwr, ligeiro -- toréra, imper. -- 3 - Ton énera: Vai tu para lá --éne, la-ra, para. TON: Junto - 1- Véinkangra ve ôn kafânte: São cin- co -- veinkangrä, quatro -- ve, são --ôn. outro -- kafânte, além. TON: Nao-1--Anto jon tôn ne ix: Eu não estou brabo com você-- an, você -- to, com -- jôn, brabo- tôn, não - ne, estou -- 2 - Tôn fi ni: Ella não está -- fi, ella -- 3 - Be ton ji: Solteira; viuva, mulher da rua -- be, marido -- fi, ella -- 4 - Tonk ton ti ni: Não tem mais - ton, ter -- k, connectivo -- nº, está -- 5 -- Venjén ma tonk tôn: Não tem mais comida - ven- jén, comida -6- Kuxa tôn: Novilunnio -- kwxa, lua -7- Kaika ton ne: Não é nosso irmão, parente, contribulo, socio, conterraneo -- 8 -- Ton ti tén: Nao bate mais - tén, bate -- ti, elle (não mata )--9-- Ankurán tôn ki kankuten: Nasceu antes do tempo -an, connectivo - lkurán, dia- ki, em- kankuten, nasceu -- 10 -- Paxke ton ja ne: Não está passando, não pode passar -- pa, passar -- ke, querer, poder - ja, agora - me, está -- 11 - Pax korégtimo: Elle passa com difficuldade - pa, passa- korég, difficilmente -- ti, elle - mó, agora -- 12 - Góio pa je ti: Elle está passando o rio -- gôio, agua, rio — je, está -- 13 - Laranha van ton ni: Não tem mais laranja - van, — 194 — estando -- 14- Agman ke tôn ti: Elle não fala para a gente - ke, falla--15-- Jagne vütre ton bra: Um não foi junto com outro -- jágne, um outro -- bram, junto -- viizre, foi. TON: Ter. Vide to, 16:--1- Tôn tavinti ti: Elle tem muitissimo, de tudo -- tavin, de tudo, demais. TO'NG: Andar. Vide App. TONJA’: Fora--1- 1x jama tônjá ra vüire: Sahiu do meu bairro-ra, para--jamá, meu bairro -- ema, bairro simplesmente -- 2 - Tima to in tônja ki ha kantin ge: Diga a elle que queira vir fóra de casa-to, diga -- ki, em -ge, queira - kantin, vir--ha, voz imper.--3--Gôi tonjaki pirá ve: Eu vejo um peixe fora da agua -- gôi. agua --pirá, pei- xe--ve, vejo-4--In tonjami ti ne: Elle está fóra da agua - in, casa -- 5 -Angá tonjamitite: Elle esta fora da terra -- angá, terra - 6 -- Anprôn tonjamitéti: Está separado da mulher -- an, prothesi -- prôn, mulher -- 7 -- Fi tonjatô ti: O homem está separado da mulher -- fi, da mulher--ti, homem - 8 -- In tonjatô ha kantin: Venha fora de casa - ha, voz imperativa - kantin, venha--9-- In tonjutô io jen: Eu sou hospedado, empregado fora de casa -- jen, hospedado, empregado -- 10 -- Ain tonjatô ne; ti jon ja ne: Elle está fora de casa: está brabo - jon, brabo -- ne; está -- ja, agora 11 --Gôi tonjatü : Fora da agua ( gôi kúnte, dentro da agua). Vide App. TONJU’N : Brabo com elle, ralha - I-- Ix jan ton jun ne: Minha mai esta braba com elle- jan, mai (briga). TONiO’: Vomitar - 1 - Tontó van ti: Elle esta vo- mitando -- van, esta. TOO: Par) Vide ste, on TOPEN, kampidn: Arrebentar - I -- Kakané topén: Arrebentou da arvore uma fructa -- ka, arvore - kané, fructa- TOPE'N : Santo, dia santo, Deus, objecto religioso, semana -- I - O'ri topén ne: Hoje é dia santo-ne, 6-2 - Topé jan : Mai de Deus - jan, mãi - 3-- Topé join: Egreja - join, deposito - topé, de Santos -- jo, guardar - in, casa -- 4 - Topé méin: Andorinha -- mein, animal -5 -- Topén kujt ki: No meio da semana -- kujú semana -- ki, em. TO'RE : Esperar - I - Tore, méix ne: Espere e esteja ouvindo -- méix, ouvir -- ne, estar - 2 -- Tori ai: Espera um pouco -- xi, pouco - 3-- Tore kején féxta karkd ix tin ge: Espero um pouco; depois da festa pretendo ir embora -- ke- jen, serve para fazer o futuro -- kárka, depois. TORERA : Trovejar ( Vise. ) TORI, montxi: Fino (mantoi ). TORO’: Vestir-I- Pentoró: Botinas -- pén, pé-2 - Ti jan kotxi katitora: A mai de Fulano de tal veste o filhinha -- jan, mai = kori, filhinho - 3 -- In toró--a--barote - b - quintal. TORO’: Tosquiar, aparar cabellos, lan, ete. TORORE: Trovão ( Vise ). TORO’RO: Tambor ( Vise ). TORO: Vestido. Vide App. TORURU : Trovejar, "Trovão. — 195 — TOXA': Uma cousa unida a outra, de to, ae XO presa -- 1 -- Nengrén toxaa: Brinco -- ningrén, orelha -- 2 - Táboa to xa ka kipréix: Eu prego a uma tabva um pau - ka, pau, -- préix, prego. TOXA’: Carne seccada ao sol - 1 - Ti toxa farix tan bre ko: Elle come carne secca com esta farinha -- ti, elle -- toxa, xarque -- tan, esta — bre, junto. Vide App. TOXON: Socar. TOT: Atraz--1- Tót koxôrro fódn : Acular o cachorro atraz (de alguem )-- fédn: atirar, açular. TOT: Com--1-- Tot krimaje: Esta mal com alguem -- krima, mal--je, esta. TOT: De novo- 1- E’in, ag kanfà ra kanküten : Nos (e) elles He paro la -- éin, nós -- kafan, além — ra, para kankúten, passar -- 2-- Tot kantin: Voltar - kantin, vir -- 3 - Tot tin: Ir outra vez-4-- Xa jan tot tin ke ve: Minha mãe pretende ir outra vez -- xa, minha -- jan. mãe -- ke, pretendendo -- ve, esta -- 5 -- Alankaxka ix tôt tin kiveinrétimo: De tarde vou de novo e apprendo a lêr- alankäxka, de tarde -- ki- veinrótimo, apprendo a lêr, leio -- 6 -- Dére loin vüire: Re- cuou -- dére, atraz. TOT: Não. Vide tôn- 1 - Denuúm tot agn venjéne : Elles não comem nada--denum tof, nada -- venjéne, estão comendo -- ne, estão. TOTO’: Mariposa, horboleta -- 1 -- Toto kámi : Pego uma borboleta -- 2 -- Totóg xu: Borboleta preta --3 - Totóg kupri: Borboleta branca. TOTTAMPRE, tottampriigh : Subir -- 1 -- Küirman tot- tamprügh : Elle esta subindo lá encima -- küiæmdän, em cima -- ne, esta. TOTOGN: Derreter, torrar, fritar - 1 -- Mentfu totóg- nera: Frita tu a farinha--mentfu, farinha -- totognera, im- per.--2-- Ti toto ré: Esta derretendo -- ré, esta. Tambem: Van tóy: Derreter -- vein, prefixo - 3 -- Totó ré : Está derretido. Vide tógn tóg. TOTOGMA BUONGH: Forno. TOTOT VAN: Assucar -- van, canna --totot, torrada. V de van, ( nasalado ). TOVA'IX: Soltar, abandonar -- 1 -- In tovaixväix : Aban- donam a casa. HK’ repetida a ultima syllaba para significar pluralidade de pessoas que fazem a acção -- 2 -- Xanæi toráiz : Soltar o passarinho -- 3 - Goirfá tovade húri: Já largou da pinga -- húri, ja: indica tempo pssado. TOU: Cedro. (V 2 TOVAJT : De vagar--1-- Tovajil: tin: Ir de vagar - k, connectivo. TU: Carregar:-1-- Tug korég ti Gee : Esta carregando com dificuldade -- korég, com dificuldade -- 2-- Jahkua tug téie : que usa cabellos compridos adiante das a -- jakua, cabel- los -- tug, trazer -- téic, comprido. Nome que Kaingávg tos- — 196 — quiados dão às tribus do Kaingáng não tosquiados, por escar- neo--3-- De tu ix: Eu carrego uma cousa - de, uma cousa --4--Ti tan gara tug: Aquelle lá carrega milho ou: Quem carrega milho -- ti tan, aquelle que - gára, milho -- 5 - Xapén türa: Va de chapéu. Imper. TUA'IN: Soltar. Vide App. TU, tôn: Não-1--Tu ra: Apezar de não. TUDE: Gordura. TUDN : Berne. TUDN : Pisar -- 1 - Gara túdera: Pisa tu o milho-- 2 -- Kafé túdera: Soque o café--53 -- Nafé tudére, po de café, TUG: Redor--1-- Pin tug ton agmo: Elles vão em redor do fogo -- pin, fogo - ton, em — ag, elles -- mó, vão - 2 - Pint ag tug tog mô : Vão em redor do fogo -- t, counectivo - ag, elles. TU”GN : Caieté - 1 -- Tiign buôngh : Caieté grande, ba- naneira -- 2 -- Tiing buôngh kané: Banana -- kané, fructa. TUGND: Taquara - 1 -- Gringréin tugnd: Taquara para tocar musica na dança -- gringrém, dança. TUJO, túru, tara, tivo: Duro ( túra), forte, estreito. TURU, tara: Duro - 1- Tarátiti, turátiti: Durissimo -2-Turw ma ni: Que é muito duro - ma, muito -- 7, é. Si- guifica valente, capitão. Se 4 U Nota. U seguido de vogal que não seja U, permuta-se com V, e viceversa. U connectivo -- 1 -- Hix in uakantin: Eu trago à minha casa -- éèr, minha — in, ca a-- wakantin, bakantin, trazer. UA’: Bosque (uát). O U, é ( nasalado ). ee Estar: Bra in ra ud: Minha casa está perto - ra, perto - 2 — Eix in a in ra ud: Minha casa está perto da tua a, tua — E - On udn tankéixno : Alguem trabalha, ou está trabalhando -- ôn, alguem -- uän: está ou prefixo -- 4 -- Hix in va in ra je: Minha casa está perto da tua -- je, está. UAKRI’: Canna de assucar, taquara, Vide vakri. * UAKRO’: Taquara para fabricar flechas (vide vakró). * UAFA': Lavar roupa. Vide muafa. UAFL, mafé, vafè: Fio, linha. * UA'I, vaza: Nuuca, faz muito tempo. UAI, vái: Amanhã-1- Uaëz ka: No amanba, ama- nhã cedo. UA'IN: Matta. Vide main. * UAINKRIV &’DNIA: Guarda sol, guarda chuva. UAIU: Pitar-1- Tóna vaiú: Vamos pitar. U 4’IX : Não querer. ser contra a vontade de alguem - 1 -- Antére vaix ra, tére ti: Embora antes do tempo, morre - váix, não querer, antes do tempo. UA’M: Matto. * UA'NGE: Perigoso, matar. Vide App. UANXA’: Noutro tempo. UE: Irmã. Vide App. tambem outras palavras. UA'N: Taquara, canna. Vide Apn. * UEKANTIN : Trazer. Vide bakantin, vakantin --1 — Bakantin pirá büungh: Carrega um grande peixe -- pirá, peixe. Vide App. UTJE : Arco para atirar flexas -- 1 -- Ix uije: Meu arco -2-- Uije xône: Linha de arco. UWE’, melhor, jiji: Nome--1-- Imbré jiji: Tocäio, xará -- in, meu -- bré, junto. UPN vin: Palavra, fallar, amarrar -. 1 -- Uin vaix: Mudo -- vazx. não pode -- vin. fallar --2-- Uin kikaktin: Não sabe fallar -- kikaktin, não saber ( tartamudo ). Significa tam- bem EU. Vide App UM, én: Algum, outro -- 1 - Moéda um: Alguma moeda - 2- Um ag budngh ve, um bubngh ve: Capitão -- buôngh, * O Ué (nasalado ). LAB EE muita -- eg, gente -- ve, está com -- 3 -- On tan venharô kikairôn e: Um que sabe ler -- likairôn, saber -- 4 - On xex je: Um que esta preso -- xé, prender - je, está- 5 - On agn: Os ou- tros, elles UM, Gn: Quem (interrogativo e correlativo )-- 1 -- On pen agr tag ne: le quem é esta pégada, este pé?--tag, esta -- 2-- On budngh qu ve: Quem é muito grande -- ve, é - gu, muito. UMA, ama: tu, você. UMAG: Os outros? Vide App. UNGRE, nesgas: (Vide App.) Homem, varão - dn, algum -- gré, varão Coppeste de femea ), homem - 1 — Ongré jogn: Pae ‘do homem - 2 - Ongré jan: Mai do homem -- 3 - Ungré anprôn kânti fóren: O homem é superior à mulher - an, prothesi - prôn (ontantô ), mulher -- fóren, superior -- 4 - Ongré ôntanto tara kri tampri kanti: O homem é mais forte do que a mulher tara ré, mais forte. Vide umgrat app. Um ag: Os outros. Vide App. UMUAK À : Bosque. Vide App. UM buüng ve: Capitão. Vide App. UO. Macuco ( passaro ). UOAXI’M: Nhambu. ( Visc). UÔ: Não, não quero. UOG: Tocar. Vide vog--1-- Krégn epangh te ró uóg : Tcear os porcos da roça fechada -- krôgn, porcos -- epangh te, da roça -- ró, fechado -- wég, tocar. UO’O: Corredeira, rapido (nos rios). Tambem wo. nos a Correr (vó), ferver - 1-- Uó re: Esta fervendo - re, esta--2-- Kur wore a: Corra depressa. Vide venwvora venuora. URMÔNO: Fumaça ( São Paulo). URUGURÚ: Lança. UM, ôn, ôt, ut: Outro, algum -- 1 -- Ix ninga ut pire Minha mão (e) um outro: seis. A saber: Os dedos de uma mão, mais outro dedo. UUA: Estar, em lugar de vuá, va. Vide. App. | | V Nora. V antes de vogal se nronuncia como o nosso V on como o W inglez. Ex.: Vó pronuncia-se como vó e como wd. V counectivo --1-- Jan vaix tag nim: Minha mii me da isto -v, connectivo -- dix, para mim -- tag, isto (tambem diz-se uäix, para mim ). VA, ba: Carregar - 1 - Akotxi va fi ne: Ella esta car- regando um filhinho -- nata filhinho -- fi, ella -- ne, está - 2 - Venxére tag agn, Porfirio venkéjeto bakangouve: A gente levou este cadaver para o cimiterio do Porfirio ~ venxére, aefuncto -- tag, este -- agn, gente -- venkéje, cimiterio -- to, ao - bakangôuve, carregou, perfeito plural de bakantin -- 3 -- Eixma kanoa bakankuten: Elle me faz passar a canôa para cá - eiaman, para mim -- bakankuten, carregar para cá. VA: Correr. Vide vó-1-Gôi ki vá ke: Pretende eorrer na agua —qôi ki, na agua- ke, pretende. Vavángo Vide App. VABRA: Esparramar, transbordar, jogar fora -- 1 - Ti kuka vovábra: Joga fora os ossos dos taes bichos -- kuka, ossos. A repetição das syllabas va. indica pluralidade de cousas ou de acções. Vide vam. VAEKA: Amanhã. Vide App. VAGUA’ Coxo, manco--1-- Vacca vagua fi mo: A vacca agora está mancando - fi, ella - mo, está agora. Vide App. É VAGUO: Coxo--1-- Tanda tôn vagui ti ni: O pobre anda coxo -- ti, elle. VAT: Prefixo que ás vezes não altera o sentido da palavra, e às vezes a transforma em substantivo. Ex: kuw- pri, branco ; com © prefixo vad, significa alma. Pronuncia- se tambem váix, váin, vêin, véix, véi, vén, oa, oi, Ex: Vai- kukfén, Morcego - kukfén, descascar. VAIAK A’: Amanhã - vaiá, amanhã -- ka, no - 2 -- Vai- éntka: Depois de amanhã -- én, outro -- ka, em --3-- Vaiaká, arankaxka : Amanhã de tarde -- 4 - Vaiaká rairânha ton ti : Ele amanbã não trabalha - rairânha, trabalha - 5 - Vaike- ran káxika : Amanhã de tarde. ( Vaikerankaxka) Vide App. VAI - Rodear -1-- Vai ninja: Rodear a fumaça. VAIKENE : Embirra. Vaikokenfi ( Vise): Dança Vailkréti: Perder ( vise ). — 200 — VAINGRIN : Festim caseiro. Tambem vaikoké fu. Ambos significam baile -I- Ix jógn ti in, veingrm han ne: Meu pai faz festa em sua casa -- 2x, meu -- ti in, na casa del- le --han, fazendo - ne, esta. VAIL” : Cigarro, charuto --I-- Vatu koi ix: Eu pito um cigarro -- kói, como--2--Vaiu gru: Accender um cigarro. VAIJU'DN: Chegar, de vái e de jun. VEINCANGRA’ : Quatro --1-- Péin veinchangra : Quatro pés. VEIKAT 4: : Remedios -- kata, salutar, medicinal. Vi- de veinketd, vainketá, VAIS EIE, vexkéje: Cimiterio - I -- Venxére tag agn Porfirio veixkeje to bakangóuve: A gente levou para o cemi- terio do Porfirio este cadaver - venxére tag, este cadaver - agn, a gente -- bakangüuve levaram, plural perfeito de ba-- kantin -- venxkéje cemiterio -- to, para. VAIKOKEFU’: Dança. Vide vaigrin. VAINKRIVE'DNIA ( VEINKRIVE'DNIA ): Guarda- chuva -- J:r?, acima -- ve, proteger, apresentar -- ja, instrumento. VEINKRA'N: Plantar, bastar - 1 -- Ore ti tôn, vaia ti tôn vainkran ti ke ti tôn ne: Elle não planta nem hoje nem amanhã --óre, hoje --ti, elle--tôn, não. (Tambem nao basta nem para hoje nem para amanhã. ) - VEIKRI FI: Uma cousa posta acima da cutra -- Ji, acima -- fi, pôr- 1 - An ngé vaikri fi: Pôr uma mão acima da outra - 2-- Vain done apéin fé: Pôr um pé atraz do outro -- - apén, pé -- fé, pôr. VAIXKUPEN : Lavarse -- 1 - Kurarétki vaixkupéx ke: Pretende lavar-se todos dias - kupén, lavar -- kwran, dia -- rátki, cada ( réthi ). VAIKUPRIN, veikuprin, vaikupri: Alma--va, prefi- xo - kupri, branco. VE KUREJA: Pente. VAINDU”: Rir- Vaindi vaix ne: Não gosta de rir -- váix, não gostar -- ne, esta. VAINPRA’: Gemer, gritar - 1 - Veixpraktimo: Estou gemendo - 2-- Veixpran man ti: Elle continua a gemer - man: mais, continuar. VAINLO’: Ler. Vide App. VAINMANTITI: Responder. VEINVO’: Correr. Vide vo, uôd--1 - Kavarú vainvo: O cavallo corre (petén): corre depressa. VAIONTKA: Depois de amanhã -- vaia, amanhã -- ôn, outro -- ka, em. Vide vata. VAINPEF7N: Tanga, perizoma, xiripá, saia. . VAINRO’: Livro. Vide App. : VA IX: Não gostar, não querer, ser dificil, nunca, ser impossivel.) - Vin vaix t/ té ni: Não pode falar, é mudo - vin, falar -- ti, elle - 2 -- Anjan vair tini: Nav gosta de brincar -- kajúm, brincar - 3 - Hat ne váix: Faz com dificuldade -- had, fazer -- 4 -- Vin kidv eramen váix: Eu aprehendi a falar com ad — 201 — dificuldade -- vin, falar -- kidvezramen, aprehender - 5 -- Tére vaix: Nunca morre -- 6 - On jaktara váix : Alguem, que nunca é miseravel -- jaktara, miseravel -- 7 -- One vin kara váix : Tar- tamudo -- kara, acaba - vin, fallar--vaix, nunca--8 - One vin vaio: Taciturno — vä/x, não gosta -- 9 - Ninhéro vanhã (x ke æôro váix ti ne: Eu não gosto de ganhar dinheiro -- ke, quero - x0 0, desejo -- 10 -- Denim kajame váix ti ne: Elle não quer comprar nada - kajáme, comprar -- 11 - Tére váix tog nt: Não gosta de morrer — tére, morrer -- váix, não gosta - tógn, está — 12 —- Kova vdix tógn ni: Elle não gosta de comer - k6/, comer - 13 - Luix laranha vaix hadno: A Luiz repugna agora o trabalho -- hadno, faz -- 14-- Nan lirá- nha vdie tégn: Eu gosto de trabalhar -- xan, eu - togn, estou - 15 -- Kané vaix tije : Não quer dar fructas, & esteril --kané, fruc- tas — ti, elle -- je, está -— 16 - Gôix ki tére váia had: Foi difheil livrar-me da morte na agua (de escapar de ser afogado) - ki, dentro -- tére, m rrer--váix had. difficil a fazer -- 17 -- On pirit epangh hdd ne, kara vais hati: Fazer uma roça um só homem, é cousa que nunca se acaba--ôn, um - pirit, só - pángh, roça - kdra, acabar -- had, fazer -- 13 - Ixá kiv inrá- men javaix titi: Elle me entende com dificuldade -- kivein rdmen, entender, comprehender -- 19 -- Hadno vaix hati: Difficil a fazer -- 20 - One vin váix: Não quer mentir, quer ser veridico - ôno, mentir -- vin, falar--21 -- Venbéno vaix ti ni: Elle não é enredador - venbéno, enredar agora -- vad ti ni, não gosta (venbéd ne). Vide App. VA IX: Amanhã, no tempo futuro. VA'IX : Difficil, não poder-- 1-- Aréd nia váix ra, ix krén: Apezar de ser difficil salvar-me, eu me salvei -- kré, salvar - d, connectivo -javaéx ra, apezar de ser difücil - 2 - Ama vin vdix ix: Eu não te posso falar -- amd, para você -- vin, falar -- vdix, posso. VAIX: Ha muito tempo--1-- Lx jogn tere ti váix hüri: Meu pai morreu ha muito tempo - húri, particula para indicar o tempo passado -- ix, meu. Vdixkdni VE: Está de cabeça baixa - 1 -- Krin váix kâni ve: Esta de cabeça baixa. VAIU’ Cigarro. Vide App. VAIV ÉIE : Espelho. VAJI’ Cilada. VAM: Jogar fora-1-- Ti ni vavamba: Jogar fora a carne do tal animal--2-- Lé ki kaféi vavéimba: Atirar fora as flores, esparramar as flôres no capim -- lé, fora, capim. VAN: Estar, prefixo em lugar de véin - 1-- Kura vanjuno: Chega o inverno --kuxd: frio, inverno — júno, che- ga agora - 2-- Ta ag vanjuno: Aquella gente ahi, chega - ta, lá -- 3-- Ti nindó vanxe je: O braço delle está preso -- nindó, braço -- ve nxé, preso - je, esta-4-- Eix pé van hid ne: Mea pé está -melhor - hôd, melhor -- d, connectivo -- ne, ” = 902 = está- 5 - Ama hô ne ti van: Você é muito bom- 6 -- Kurán van ton ti: Elle não tem tempo -- kurán, tempo - 7 —- Gôio ki van ke: Vai estar no porto -- góio ki, na agua, no porto - ke, vai--8-- Ta vankúte taktóixti: Chove tres vezes - ta, chuva - veínkúte, cahe- faktôirti, tres vezes -- 9 -- Vanfuüre tog núnti: As folhas estão seccas -- vanfudre, fudre: folhas - tógn, seccas -- nanté, estão .- 10 - Éix fé vankangámo: Me dóe o estomago -- fé, estamago -- veinkangâmo, está doente agora--11-- Ta van ki judn: A chuva está chegando -- judn, chegar -12-- Venharô van judn: O correio vai chegando - venharó: Livro, cartas, cousa escripta - 13 - Ninhéro van húri : Teve dinheiro no passado -- 14 -- To venharé van nánti: Elles vão tendo livros -- to, ter -- 15 - Exôn küfé vat ôn kri tampri kané: A minha faca é melhor do que a outra - exôn, minha -- kiifé, faca -- ôn, outra -- kri, do que — tampri, melhor - kane, é-- 16 - Ti géra van ton jatô ke ton? Resp.: Tonjan (tônjen) kémo, jantan kangrat ka: O cheiro delle não des- apparecerä ? Resposta: Affastar-se-ha, quando o corvo tiver comido tudo -- gére, cheiro -- v2), estar -- tónja, fóra -- ke, vai: serve para fazer o futuro -- tôn, não -- tônjen, esta fora -- kémo, serve para fazer o futuro - jantá, corvo -- lan, comer -- grat, tudo - ka, quando-17- Jantka van dôro ja ix: Eu vejo que a porta esta aberta - jantká, porta -- van, esta -- dôro, aberto - /x, eu-- ve, vejo-19-On kerét tavin fi, ha nira: Aquella que está demais ferida, fique sentada -- ôn, fi, aquel- la que -- kerét, ferida - tavin, demais -- ha, voz imper. -- nira, fique sentada - 20 - Kiixá pirá van ton ni ha: Não faz ainda um mez -- kiixá, lua, mez - pirá, um -- van está, faz -- ha, já. 21 -- Horténxio vankanga ra, rairânha tin mó: Hortencio, apesar de estar donte, vai trabalhar -- kangá, doente - ra, apesar -- tinmo: vai agora - 22 - Kamét veinkata veingémo : Tem medo de tomar o remedio - kamé, ter medo - t, conne- ctivo - gémo, tomo agora. Vide App. VAN, em vez de fodn: Atirar. VAN: Rapaziada, rapaz, -- 1-- Ki hadra van! Oh! ra- paziada ! trabalhai ! -- hádra, imper. de hadn, fazer. | VANKÜRE: Variedade de moscas -- kiire, falar, voz. VANDON: Atraz. — ane dôn -1-- Vandône evatx: Olhar atraz -- coiái, olhar -- 2 -- Franxixko joriirut jami ti tin, Joxé va-dô ti tin: tis vai adiante do carro. José atraz - jóriimút, carro - jami adiante - ti, elle. VANFO’RE: Perder. V, (nasalado ). VANGRO’: Garganta. VANHA’: Ganhar -- 1 - Ninhéro venhi ix ke x6ro váio ti ne: Eu não quero ganhar muito dinheiro -- ke, quero, vou - xóro, desejar -- váix, não gostar. VANXO":--1-- Vanxó Topén kujike: No meio da se- mana -- kujuke, meio. AO pt eS VENUVO’: rerver- 1-- Kuk:rôn venúvóre: A panella esta fervendo -- re, esta -- 2 — Krén (1) venuvoremo : No fundo esta fervendo -- kren, krenman: No fundo-3- Kafé vanu- vóremo: O Café esta fervendo. — Significa tambem correr. VARA: Circulo - 1-- Vára hátimo: Elle está fazendo um circulo -- hati, fazer - 2 - Ori gozo vara juno: Hoje chega um rego de agua - 3 —- Ex in man varant nänti: Em redor de minhas casas tem um fosso - 2, casa -- man, redor — nanti, tem. VARANTA’TA: Fazer roda com o corpo, ir em roda -- 1- Varantate fagmo: Ellas correm em roda--2--E’ix in man varantate he kant agn: Elles estão rodeando a minha casa- ma, em redor -- kana, estão - agn, elles. Varan: Circulo -- tata -- correr. VÁRE: Cheio em vez de fóre, maior -- 1 - Ori, goio vare jane, está: Hoje o rio está cheio (é maior ). VA'RE: Pouso--1-- Vare je kuran ha: Ja é hora de ir no pouso-- je, é-ha, ja--2-- Varexi te nognorje: Estão deitados no pouso para dormir -- varexi, pouso pequeno -- te, no -- nan, deitado -- q, -- connectivo - nôr je, esta ( dormindo ). VAREJA: Thesoura--1- Ti buügh kan varéja je: No rabo delle tem uma thesoura -- ti, delle -- buügh, cauda - kan, na -- je, esta. VAVA'I: Vagabundo -1- Ti agn vavai je: A gente delle é vagabunda. VAVA’: Botar fora, transbordar. Vide vam -- 1 -- Ni- nhéro vava kenema je: Gosta de botar fora dinheiro - kenema je; esta gostando--2-- Ti nz vavamdra: Joga tu fora a carne do tal bixo--t/ nz, carne do tal bixo-3- Ti Luka vavambra: Joga fora o osso de tal bixo--4--Lé ko kaféi vav-mo: Atirar fora as flores, esparamar as flores no cam- po -- lé, fora, campo, capim -- kafé?, flor - 5 -- Gôio vavar xa: O rio está transbordando, está empolado, faz vanzeiro -- 6 - Gôio kri vavakte goio: A agua vai transbordar no porto -- goto kri, porto. Vide App. VAXT': Cilada. Vide waji. VEVA'NGO: Correr muito, correr varias vezes. Vi- de App. VE: Achar--1-- Xan kané, ix ve: Procurando, achei -- wan, eu-- kané, procurar --2-- Peju dn tan ve javäix ke: Escondeu onde não se podia achar - pejit, esconder -- ôntan, onde -- ve, desecbrir -- javáixke, não se podia. Vide App. VE: Virar. Vide App. VE: Torto. Vide App. VE--1-- Ono ve ha: Antigo. VE: Apresentar - 1 - T; ve ix: Eu apresentei a elle - 2- Ixan ti ve kan, ti bré vembé ix: Quando elle se apre- (1) Kren significa tambem vaso, — 204 — sentou, prosiei com elle - #rdn, a mim-- kan, quando - bré - com -- vembé, conversar. VE: Como, semelhante, parece -- 1 - Pantéie bwiigh ve : Parece-se com a cauda do passaro cachique ( amarella ) - buügh, cauda - 2 -- Aran ve: semelhante ao sol - 3 -- Tanta D, kixá ve: A letra D, é semelhante à lua -- Jiixá, lua -- tanta, letra. VE: Fallar-1- Tx pije ti bre ve hi ne: Não me dou com elle --píje, não--bre, com--ve, palavra --hô, boa — ne, está. VE: Descobrir -1-- Ama kix ve: Eu descubro, para Você - k, connectivo -- ix, eu -- dma, você -- 2 -- Tive agn húri : Elles o descobriram -- hurd, particula que indica o passado -3- Ajôro ve agn húri: Elles descobriram uma anta - ajoro, anta. VE: Menos-- 1 -- Kupri ve: Menos branco - 2 -- Javú ve: Irmão menor. VE: Ser, estar - 1 -- Kupri ve: E” branco - 2 -- Antôjo ve: E' Antonio--3- T; têre ve: Esta morto -- têre, morto — 4 -- Gire tag venxén hi je ve: hára ori, jomma ne; kején tonjonmo: Este menino uma vez era bom; mas agora é malvado; no futuro não será mau -- gire, menino -- t7g, este - venxén, uma vez -- hd, bom — jéve, era -- hara, mas -- Óri, agora — jonma, malvado- je, é--kején, no futuro — tôn, não - jônmo, será brabo -- 5-- Navarü ton ve: agn v2: Nao é cavallo: é gente - 6 -- Veiôtn ve: KE historia!- 04, falso, mentira -- 7 -- Kofa fi ve: Ella esta velha -- kofá, velha. VE: Extender-1- Ningé véra: Extende tu a mão. VE: Ganhar-1-- Emi ve ix: Ganhei um pão, um bolo -- emi, pão. VE: Irma--1-- Ve waz: Irmã primogenita - 2-- Ve tô- gtang: Irmã moça - 3-- 1x veg: Minha irma -- 5 -- Ix jog ve: Minha tia paterna -- 6 -- Zx ve fi: Minha irma - 7 -- Vexi:, Irmanzinha -- xi, pequeno - 8 -- Ilangré ve: Mulher do ineu ir- mão, cunhada -- 9 - Tx pron fi javii: Irmão de minha mulher, cunhado -- pron, mulher -- 10- Ve: Prima. VE: Mostrar--1-- Hicmán de ve ne: Elle me esta mostrando uma cousa-- de, cousa-- ne, esta. Vide vevénd. — 2-- Jagne man ag den nija ve: Hiles mostram um a outro o logar onde estaciona o bicho -- jagne man, um a outro - déne, o bicho -- nija, logar, morada. VE: Parecer--1--Ungré ve ontantô tara kri tampri kánti: (O homem parece ser mais forte do que mulber -- ungré, homem -- ve, parece--tára, forte--kri, do que --tampri, me- lhor, superior -- känti, está--2-- Ve ti hari hi känti: Parece que já ficou melhor -- húri, ja: indica o tempo passado -- hd, bom -- kanti, esta. VE: Primeiro, principiar --1-- Veg mén: Quem le- vanta primeiro -- mon, levantar -- 2 -- On kankúte vémo: Quem nasce primeiro -- kanküte, nascer -- vémo, agora primeiro - 3 - ee ee ee eS ee ee Xa vémo: Eu agora sou o primeiro -- xa, eu -4-- Vejéne: Primeira refeição, refeição, almoço. Vide App. VE: E. VE: Ver, cuidar - 1-- Véra: Vetu. Imper.- 2-- Tantká dôro véra: Ve tu si a porta esta aberta -- iantkä, porta — adro, esta aberto -- 3-- Véra: Cuida tu (p. ex.: do serviço )--4- Xanxi veg ti je ne: Elle está olhando o passarinho -- xanxi, passarinho -- vég, olhando -- ne, esta -- 5 -- Tantká van dôro véra : Ve tu se a porta está aberta -- van, está -- 6 -- Agn ve tôn ix kantin : Eu venho sem ver-vos - agn, vos -- ve, ver - tôn, não -7-- Angringe vex ting ge: Eu pretendo ir ver o baile -- angringe, baile -- x, eu--tin, ir-- ge, pretendo -- 8 - Kanga ve ix tin ge: Eu pretendo ir ver um doente - kanga, doente -- 9--Éim ve ti: Elle nos ve-#, elle 10 -- Empriiri to veg kan, prére ti: Ao velo na rua, gritou - Emprüri, rua -- te, na -- veg, ver -- kan, emquanto -- prére, gritou -- 11 - Ve ton, ix tot kantin: Eu volto sem ser visto--12-- 77 momen ve ix: Eu o vi atropellado, com medo -- ti, a elle -- 15 -- Ix kin evaix ; karana kukrôn ve; rairânha man fimo ha: Olhou para mim ; depois viu a panella; agora continua a trahalhar - ix kin, em mim -- karana, depois -- kukrén, panella -- ve, olhou -- rai- ranha, trabalhar - man. continuou -- fi, ella --mô, agora -- 14 - Ve gôio kenemä ne (je): Gosta de ver agua -- kanemá je, esta gostando -- 15 -- Ti tan ke ve ix: Eu vi aquelle que fala- va--ti tan, aquelle que - ke, falava. Vide veg. Vide App. VE: Virar--1-- Apâni ve ti: Elle virou as costas -- a, prothesi -- pani, costas. VE, Desinencia do imperfeito. Vide App. . VE’AN: Criôlo--1-- Veanfi: Criôla - 2- En veanfi: Nossa criôla -- 3 -- Pórco veaniæmo, jeanixmo: Crio um porco. Vide jeanixmo, anixmo. Vide App. VEKE: Presente -1-- Véke ixma nim: Me dê um presente -- nim, da tu. VEG: Ver-1-Ix jogn kanendôro kanjen. kan, ix veon: Eu vi meu pai, estando na janella -- kanendôro, ja- nella-- kan, na-2--Xanxi veg ti ja ne: Está vendo um passarinho -- xanxi, passarinho -- já ne, esta. Vide App. VEG : Primeiro. VEDN, em vez de vini. Fallar. VEI: Apparecer --1-- Ta ki véi pandére: Appareceu aqui um sacerdote -- ta kz, aqui -- pandére, sacerdote. VEL: Ganhar, receber -- 1 -- Emin véi: Ganhar um pão, um bolo. VEI: Ver--1-- Kaiká ix véi kantin: Eu venho visitar os parentes - k«ikä, parentes, contribulos, socios -- 2 -- [xo ti véix hôti: Eu tenho saudade de velo - ixôn, eu-- tz, a elle - hôti, quero muito -- 3 -- São Jerónimo féxia véio kangôuve : Elles foram ver a festa em São Jeronimo -- kangóiúve, plural de tin, perfeito. QGICA7 N S (Qu da Ha € a Ÿ se aoa ee LI LIBRARY) pe em > 6 “Sy, / Bs / eo he a D: AE ‘fp ABS 2 OG oe VEIKETAI: Remedio. VEINKRIT: Uma cousa acima da outra - 1 - Apéin veinxkri fi ti: Elle poz um pé acima do outro -- fi, por - 2 - Veinkri pan fin ti: Elle amara uma cousa acima da outra -- pan, amarrar -- fi, ligar. VEINKAKTIM : Não sabe, é bobo. VEINKANGRA'JE on kafänte : Cinco. Nota. Os seguintes nomes, etc. podem-se escrever com as sillabas iniciaes veix ( nasal), ven; dando a mesma pronuncia, como quando se pronuncia j ou » nasalados, á | ultima letra. Por isso nós escrevemos as palavras seguintes indifferentemente com uma ou outra sillaba. Póde-se escre- ver tambem veinx, ben, béinx, van. VEIN: Em redôr--1-- Pin man véin ix tin: Eu vou em redor do fogo. VEINA'E: Prisioneiro, criôlo, escravo -- véin, um -- de, anixmo, criar. VEINKAKT: Dentro -1-- Veinkaki dinheiro fódn : Por dentro, pôr no bolso dinheiro -- kaki, deutre -- fodn,. pôr -- 2- Andôro veixkaki fódn: Ponha no bolso -- dôro, buraco, bolso. VEIKAT 4’ veinkata: Remedio -- 1-- Veinhoktân ge, veinkiiktan je: Está curando -- 2 -- Veinkakta korégn: Reme- dio que não presta, ruim, atôa -- 3 -- Ono veinkaktá ( veinketá ) krôno ti kuxa: Elle bebe frio o outro remedio -- dn, outro -- krôn, bebe -- o, connectivo. -- Aran krôn ké ton: Não o pode beber quente -- arän, quente -- ke, pode-- 4 - Veixkakta korégn krô ti: Elle bebe o remedio ruim -- korégn, ruim — 5 -- Vein- kata ho je, k'éno ; xin, krone: Si o remedio é muito, mata, si é pouco, se pode beber -- 6 -- Vernkaktá dun kanga kata: Remedio que cura a dor de ventre--dun, ventre - kanga, doente -- kata, salutar -- 7 - Veinkat&a ko ja fi ni: Ella esta tomando remedio -- ko, comendu -- jc, agora -- fi, ella-- ni, está -8-- Veinkata koja kan, tonjara mo: Porque tomaram reme- dio, sahiram para fora - kan, porque .- tônja, fora-- ra, para - mo, vão, plural de tin, ir--9-- Veinkatá hi: Remedio bom -- hé, bom. VEIKAKTI’ : (veikakti ) : Tolice -- 1 - Onu veikaktin : Outro louco -- ôno, outro -- 2 -- Veikakti hati: Elle faz de bobo a Fulano de tal -- hat, faz -- ti, a elle. VEINKANE: Olho de agua -- kané, olho. VEINKA'NE: Bolso -- 1 -- Veinkané to ningé känje: A mão esta no bolso -- to, no - ningé, mão - 1 - kanje, esta. VEINKANGA’: Doente -- 1-- 7% veinkanga küktäng : Curar um doente -- kiiktin, curar. VEINKANGRA’: (Quatre -- 1 -- Veinkangra én kafante Cinco -- On, ontro -- kafan, alem -- te, em -- 2 -- Veinkangra ti (Quatro pess: as. | VEINKANJT'RI: Festa. =< SCT — 207 — VEINKANPO'VO : Eneruzilhada -- 1 -- Emprü veinkan- pov»: Encruzilhada da rua--póro, pawo, separar -- emprii, estrada. VEINK A’NTEN : Um a outro -- 1 -- Veinkanten kränje: Está unido um a outro -- kranje, unido. VEINK A’NTI: Ser -- 1 - Niixã veinkânti prin ru: Um mez é ama parte do anno - kiixá : mez, lua — prin, anno - ru, corte, parte. VEINKARTDN : Repartir no meio -- 1 -- Ti veixkaridn: Metade de alguma cousa. Vide App. VEINKARU’: O resto de alguma cousa - 1 -- Ti vein- kara je nim: Me guarde o resto daquillo -- je nim, guarda tu. VEINXKARA’: Polo. Vide App. VEINK &’ JE, uankéi : Cemiterio -- kéje, defuncto ? — 1 — Veinkéje to: No cemiterio -- to, no. VEINKRE'ME, veinkrâme: Em baixo -- 1 - Veinkréme eoûtx : Olhar em baixo. VEINKENEMA' NE: Que gosta. -- 1 - Veinrô veinkene- ma ne: Que gosta de letras, estudioso - veinrô, livro, letra. VEINK? : Matto.--1- Vein ki dij vein pejú: Escon- deu-se no matto -- dij, no -- veixpejú, escondeu. VEIKANJA, veinkranja: Unir, emendar ( veinkranja, veinki kränja ). VEINKIJU'DN: Lugar de chegada -- 1 - Gozo veinki- judn: Lugar de chegada da agua -- júdn, chegar. VEINKLIVEDNIA : Guarda-chuva. Vide App. VEINKODJE: Descançar - 1 -- Venixküti: Elle des- cança -- ti, elle. VEINXKRBE : Para baixo - 1 -- Veenxkré eovaix : Olhar “para baixo -- cováix, olhar--2-- Veinxkré to ve: Está em baixo -- to, em -- ve, está -- 3 -- Veinkrénti codi jen ti: Elle está olhando em baixo -- jén está., VEINKRE'N : Familha, criança. VEINKE, veznkré: Ler, contar, fazer contas -- 1 - Veinkré kara ton ne: Ainda não está lendo tudo. Tambem : Não acabar de ler ~ kara, acabar tôn, ainda não. VEIKRE’N, vemmkrédn : Pensar. VEINKRE'NOIX : Carpir. VEINKRI’: Encima--1- Veinkri fi fa ti: Elle põe uma perna acima da outra -- fi, collocar -- fa, perna -- 2 -- Apéin veinkri fi: Pôr um pé acima do outro -- a, connectixo -- péin, pé-3- Ti pén veinkri fi kin ne: Um pé delle está posto encima do outro pé -- kane, está - 4 -- Anpén ti veinkri fi kan ni: Está com os pés postos encima dos pés do outro -- tê, delle --5-- Veinkri tan ne: Aquelle esta posto encima do. outro -- fan,aquelle -- 6 -- Aningé veinkritôn, kranke: Uma mão posta encima da outra (e unidas ) -- tôn, outro ~kranke, uni- das -- 7 — Veinkri tôn: um posto encima do outro VEINKRI: Coberto-1-- Veinkrí ti kané ne: Está ficando coberto - kané ficando -- ne, esta, a JOB = VEINKRIVE DNIA, veinkliuédnia: Guarda chuva, taxo ( Vise ). VEINKUK: Linha--1-- Vethukextimo: A linha esta presa agora—e presa - x, connectivo -- ti, elle -- mo, agora, ONVEIKUKTA'NJE: O medico. Vide App. VEINKUPE’VE: Sou padrinho. Vide App. VEINKUKXE’X: Enleado -- 1 -- Vekúkxéxe: muito enleado. VEINKUJE’NTIMO: Elle esta derramando, derramar. VEINKUPE’: Fazer banho -- 1 -- Veinkupéktimo: Elle agora toma banho -- 2 -- Kwrarékte (kuraräkti) -veinkupétimo : Yoma banho todo o dia--kwra, dia -- rátki, rétki, cada—-3- Veinkupé ve: E' meu atilhado — ve. é. VEINKURA'N: Costurar, costura - 1 -- Veinkurän tí kiveirämen : Aprehende a costurar, sabe costurar. VEINKUREJA: Pente VEINMA'NE: Mai. Vide App. VEIXMAN : Cousa. Vide App. VEIXPORO, aran : Febre. VE'IX : Não gostar. Vide App. VEINDER: Vender -- 1 -- Eix vendér: Eu vendo. VEINDON 4’: Um atraz do outro -- Véindona apéin fe (fi): Por um pé atraz do outro -- fe, por. VEINDU: Rir--1-- Veindú vaix ti ne: Não gosta de rir -- ti, elle - ne, esá-—- váix, não gostar - 2 -- Veindü javaiæ ra, 2x veindü: Apezar de eu não gostar de rir, eu ri-- ra, apezar -- javáix, não gostar. Diz-se tambem veinjii, rir. Vide App. VEINDUMO, vendriimo: Causar prejuizo -- 1 - Katxine kan, veindriimo: Por causa do rato, eu estou com prejuizo - kan, por causa. VEINGRIN, veingrére: Baile, dança - 1 -- Veingrin je hadex kémo: (Quero dançar -- fazer -- x, eu -- kémo, pretendo - 2-- Agringe ve jex tinmo: Eu agora vou ver o baile - an, prothesi — ve, vêr -- jex, eu -- tinmo, vou agora. VEINGRIN : Brinco (veingrine, veingreiin) Melhor: Veingrin ningréin to xa-veingrin, artefacto -- ningréin, orelha - to xa, preso à (orelha )--to, a - xa, preso. VEINGRIN : Enleado -- 1 -- Pan veingrin: Cobra en- leada — pan, evbra. . VEINGRIN: Gratuitamente, sem ganhar. VEINGRIN : Moringa, artefacto qualquer -- 1 -- Veingrin govo külti: A agua da moringa esta secca -- kélti, secco — 2 - Veingrin ki goto hékti: A agua no pote esta secca — ki, no. VEINKANJIRI: Festa - 1-- Vetnkanjire karka in ki mo nânti: Depois da festa, elles estão casa -- aria, depois - in, casa -- kt, em-- mo, indo -- nânti, estão. VEINMA'N: Não gostar. VEIXM4A’: Mal. Vide App. V£EINPEJU’: Roubar. Vide App. | | | | | | | | | or si 7" - = ao = VEIRAI: Duas vezes. Vide App., tambem outras pa- lavras. VENHARO: Escrever. aprehender a lêr, lêr — 1 -- Kar- kax tôt tin man alankáska venharütimo : Logo de tarde elle volta na escola para continuar a aprehender - kárka. logo depois -- tôt tin, voltar -- man, mais - alankaxka, de tarde -- ti elle - 2 - Venharô timo: Elle esta escrevendo -- vétr, prefixo arô, letra -- mo, agora -- 3 -- Venharô ti ni ni: Elle está sen- tado para escrever -- ni, sentado -- ni, está -- 4 - On tan venharô kikairôone : (Quem sabe ler, mestre -- ôn tan, aquelle que - kz- kairôn, sabendo, ne, esta -- 5 -- Ixman vaiaka venharü : Eïle me escreve amanhã -- ixmãm, para mim -- vaiá, manhã -- ka, em —- 6- Venharô had dix: Eu escrevo cartas - had, faço -- 7 - Venharô niafa: Tinta para escrever --jafã: meio, instru- mento, materia para fazer uma cousa - 8 — Veinrô venkma je: Um que gosta de estudar - venkmá, que gosta. VENHARO: Cousa escripta, livro, carta, papel es-- cripto, pintado. VENHARO DE: Cousa escripta-- de, cousa-- 2 - Ve-- nharô van jédn: Esta chegando o correio ~ veinjudn, che-- gar. VENHARO: O Rio Tibagy. Talvez por ser a di- visa do territorio dos Kaingangs tosquiados. VENHARO: Tosquiado -- I - Kaingang venharó: Kaingang de cabellos cortados. — Os que tem cabellos cum- pridos, são appellidados de Jaquá tug téie. Veja esta voz. Jakuë: porearia, lagarta. VENHARO” BEN : Pentear. VENHAROT PU: O cabo do pente -- pu, cabo. VENHON: Falso -- ven, prefixo ôn, falso ( veinôn ). VENXU JAKUA’: Ferrugem, sujeira, de alguma cousa. VENHARO: Pelle, tosquiado (venlé)--I -- Venharü grant tógmo : Estou raspando a pelle -- gran, raspar -- tó- gmo, estou. , VEJENE: Venjéne. Refeição - I -- Venjéne, kara “váix: A refeição demora. — Ao contrario: Venjéne hur kara: O almoço esta prompto — vái uunca-- kára acaba -- hur, ja - 2-- Venjéne : Primeira refeição -- ve primeira -- 3 — Ven- jen hat: Preparar o almoço -- hat, preparar -- 4 -- Venjén hátimo : Estou preparando o almoço -- 5-- Venjén kanjám ti : Compra mantimentos -- kanjam, comprar -- 6 - An tan ven- jére hadmo, ki xan tôn ti: A comida que está preparando, esta sem sal — antán, a que -- venjén, comida -- ki, pleo-- nasmo -- xan, sal - tôn, não -- ti elle -- 7 - Venjén ma hut: A comida esta feita - hut, ja. Vide App. VENJENMTRA: Estreitar ao peito. VtNJO”’DN: Faixa de casca de goivira de que se servem as Kaingangs para carregar as crianças nas costas Eee (ij fazendo--a passar adiante pela frente, e atraz deixando-a cahir pelas costas unida pelos seus cabos, onde, atraz das costas, seguram pelo assento a criança envolvida num Jençôl. VENJOMA'TIMO: Esta brabo -- vein, prefixo -- jôn, brabo -- ma, muito — ti, elle -- mo, agora, VENJU: Rir. Vide App. VENJUTFUIT: Fileiras .- 1 - Venjutifuit fag ti fag: Ellas faziam duas fileiras -- fay, ellas. VEINLAIRA'NHA, veinlairáia: Trabalhar -- I -- Ve- inlairái kofú ma ve: O trabalho é muito pesado -- kofu pesado - ma. muito -- vei, é. VEINMA’: Aberrecido -- I — Ixma veinlairânha vein- ma: Para mim o trabalho é aborrecido -- eixmá, para mim 2 -— Venma vin je ne: Está aborrecido de fallar -- vin, fallar -- jéne, esta -- 3 -- Veinmáântimo : Elle esta aborrecido. VEINMA’N: Ajuntamento - I - Ta ka veinman ti ne: Aqui tem um ajuntamento -- ta ka, em aqui - 2 — Ve- Zeman agn: Elles se ajuntam — agn, elles -- 3 - Pósko ve- zxmi: Ajuntamento de porcos, manadas de porcos -- 4 -, Agn veixma : Ajuntamento de gente — 5 -- Pombá veixmä- veirmo: Ajuntamento de nombos - 6 - Veirma agn nânti: Elles estão em bando -- 7 E'ix méix veixmä batin ti ne: Elle está carregando o mem rebanho -- méix, animaes -- ba- tin, carregar - ne, está. ‘ VENMA'N ( venmin) Doença -- I - Krü Jrii ven- : man: Lepra -- krú krú. varias feridas, repetido, para indi- car pluralidade de feridas - 2 -- Krii krü venman hat kan, ti tére : Elle morreu de lepra - hot, sottrer -- kan, porque tére, morreu -- 3 -- Veixmã kan ti tére : Elle morreu de molestia -- veixmã kan, por estar doente. a VEIXMA’: Soffrer -- 1 -- Vezxma fi ne: Ella está doente, esta softrendo -- 2 -- Anton grône veinma ne ix: Eu estou sof- frendo por tua culpa-antôn,de ti--grône, culpa-3-- Ag grône veinma ne ti: Elle soffre por causa dos taes sujeitos. VEIXMA'N: Louco--1-- Veinman timo: Elle esta louco -- 2 -- Ti veinmá : Loucura delle - 3 - A’nha veinma ne : Você esta louco -cnha, você --4- Ag veinmá hat xóro: (Querem fazel-o louco, querem enganal-o - 5 -- Ti weixmü hat: Fazer de louco alguem enganal-o -- 6 -- Veixmã ti ne: Elle esta louco, exquisito -- 7 -- Veixmá kan, góio ti tére afogou, porque era louco — kan, porque - tére, morreu. VEIXMA' Mal--1-Ix méix veerma hat ti ne: Elle está fazendo mal acs meus auimaes -- méix, animal-- hati, faz -- ti, elle -- 2 - Eixmã veinma hat ag mo: Elles vão fazer mal para mim. VEXMA': Presente -- 1-- Tx jan veixma: Presente de minha mãi--ja, mii. V .IN-NINGREIN-TO'XA: Brincos-- vein ningréin, orelhas -- to, a -- xa, preso. VEIXPA'NTE: Atraz das costas-- 1-- Veixpânte ki evaio : Olhar atraz das costas -- 7, em -- eváix, olhar. a O Sato ir VEIXPEFPN: Tanga, saia, perizoma, xiripa - 1 - Franxixko degnengôro ton je ton: veinpefin tavin ton je: Francisco não está com calças: só está com perizoma -- ton, com -- tôr, não. VEINPEJU : Esconder, fugir - 1 - Um agno veinpejú kan: Toda outra gente se escondeu -- wm, outra - ayn, gente -- 0, connectivo -- kan, todos -- 2 -- Veixcpegúd ix: Eu escondi - d, connectivo. VEIXPEJU’: Roubar. VEIXPE'TI: Sonhar -- 1 -- 2x veixpéti kején enkréxti : Eu sonhei que ia cacar--kején, particula para fazer o futu- ro -- enkréxti, caçar -- ti, elle. VEINPO’RO: Febre -- poro, queimar. VEINPREN: Gritar, clamar - Veinprére ti: Elle deu um grito-2-- Veinprére mé ix: Eu oiço um grito -me, ou vir-3-- Veinpréktimo: Grito, dou gemidos --4 - Veinprán : Gemer. VEINPRON: Casamento: Veinprôn hur kara: O ca- samento está acabado, está feito -- hwr, particula para indica- o passado. VEIPFUGRIN : Coberto -- 1 -- Veinpugréra : Cobre-te tu. VEINRON, venharô : Aprender -1- Tx veinrôn ni- krén hôótiti: Eu tenho muita vontade de aprehender a ler -3-- Kickantin húru; hara kiveinrämen ha: Tinha-me es- quecido ; mas já me lembrei -- kékuktin, esquecer -- hiveinrá- men, lembrar — 3 -- Veinlô kenemá je: (rosto muito de estu- dar — kenemä, gosto -- 4 -- Kiveinra «x tinge: Eu pretendo ir estudar, ensinar -- ge, pretendo. VEIXVINE: E' verdade - vin, palavra - ve, é. VEIXVO'G: Correr - 1 -- Veixvóg ti tére:. Elle desce correndo — tére, desce. VENBE'NO: Enredar, enganar - 1 -- Vendéno väir ti ni: Não quer enredar -- váix, não quer. VENXA': Uma vez, ha muito tempo -- 1 -- Venxán ix jog tére: Meu pai morreu ha muito tempo--jég, pai -- tére, morreu -- 2 -- Venwat kénvd: Uma vez fez força ? - kenva, fa- zer força? -- 3-- Venxät ti ró kara ja: Uma vez entrei na horta de Fulano de tal--tz, de Fulano de tal--ró, horta - kara, entrei --ke, queria - ja, eu -4- Venrá ix ve ti: Uma vez elle me viu-- ve, ver - 5 -- Venxát ke ve: Está fa- zendo ha muito tempo -- ke ve, está fazendo - 6 -- One veinkun- gré ne veinxé: Aquelle que brigou outro dia--ôn , aquelle que -- veinkungré, brigou --ne, estava -- 7 -- Venxat te tag mo viiire: Passou ha muito tempo por cá -- tag, aqui -- mi, por, aqui — vügre, foi, perfeito de tin, ir- 8-- Venxá ix kofá fi ve: Uma vez me vin uma velha. - Ix kato fi te: Elia me encontrou — fá fi, velha — ve, ver - kató... te, me encontrou - 9 - Ver é réix ti: Outro dia elle surrou - réix, surrou - 10 — Venré kangá ix: Outro dia eu fiquei doente - kangä, doente - 11 - 1 — 212° — Venxat dntanti had ja ne: Outro dia se fingiu mulher - ôntanto, mulher -- rat, fazer. VENXARE’: Desvecupad»--1-- Venxaré ti tink ti: Vive desoceupado ~ 2 -- Jenjére tng ni: EK pregaiçoso - tinkti, vive -- jenjére, preguiçoso — tógn, #stamdo - ni, esta. VENXAT KENVA: Fazer força ? VENXA'NTI VUNO: Chaga purulenta. V. App. VENXE: Uma vez. Vide venxá. VENXEN KATI’NTI: Puxa contra o geito. VENX ERE: Defuneto -- 1 -- Venxére ko tôn nôro ton ni: Não quero vigiar o defuneto- nôro ton, vigiar -- leo, ao lado -- tôn, não quero -- 27, estar. VEIXENBURU FE: Ortiga de cipó -- búru, nascer — fé: fita, linha. VEINX KARU mi ne kânje: Por a mão no holso - ne, mão. Vide App.. VEIXKA'NTE KRA'NJE: Unido um ao outro -- hranje, unido. VEINXT?: Ha pouco tempo - 1 - Veinxiâma ko je: Você está comendo ha pouco tempo - ám”, você. VEIXO’: Um a outro—1-- Veixo ag ra ninti: Eiles moram uns perto dvs outros -- ra, perto - nin ti, estão - 2 — Anton grin (grône) veinxo réix ne: Por tua culpa batem um no outro - grin, culpa - réix ne, surram-se- veinró, um a outro -- 3 -- Anfate veinxó tangranke kantin: Vem com as. pernas unidas uma à outra -- tangrânke, unida -- hantin, vem. VEINXOGFINJA, veintogfinga : Cinto, correia, cintura - fin, amarrar -- ja, instrumento. VEINXUPOIX : Vestimento, vestuario - 1 - Veinzupóix porn: (Queimar a roupa -- porn, queimar -- 2 - Ti venixupôiæ jakuá: Sujeira do vestido delle -3-- Aix veixxupóir erin éiæno : Estou vestido de vestuario — erin, coberto -- éixno, sou --4-- Veixupoix janjáti: O vestido está rasgado -- ti elle - D -- Veixatupôix kurég ne: O vestudo esta ruim -- korég, ruim — ne, está - 6 —- Aveixrupwx kúno ti: Eile despe o vestido, roupa -- a, connectivo -- kúno, tirar, arrancar. VEINVIN : Conversar — vin, fallar. palavra -- vein, pre- fixo--1-- Vein vin kiveirâmen: Um que sabe falar, inter prete, lingua - kinveirâmen, que conhece--2-- Véix vin ve: E' palavra, é verdade. VEINVO, venuvé : Correr, médica er--1-- Veinvóg ti tére : Desceu correndo -- tére, desceu --2-- Veinvó ma tí je: Elle continua a correr - ma, mais, eontinnar — je, está --3-- Ti jon veinvé: Elle corre adeaute de Fulano de tal - jo, adeante - ti, de Fulano de tal -4 -- Ix vevo vüire: Eu fui-me embora correndo -- viré, fui - me, embera. VEINVOTI: Elle corre-- 6 - Kavorú veinvó: O ca vallo corre - 7 -- Ve/vog tére, desce correndo -- k, connectivo. — 215 — Tambem veivak tére-3- Te javu hãor veinvig: O mesmo meu irmão (de que falamos) corre -- javú, irmão -- hava, mesmo -9- Nut tin: venvora: Va depressa: ferve - kut, voz imper. - tin, ir -- venvora, ferve. VEINVO: Fazer qualquer barulho, ferver--1- Veru- vore: Está fervendo -- re, esta: Pode-se tambem dizer: ve- NUO, venuvo, venuvóra. VEJENE: Refeição - 1 —- Venjéne kara vaic: O al- moço demora. Vide veijéne, váix. não gosta - kara, de ser prompto. VEMBZÆ: Conversar, contar, enredar -- 1 -- Einbré ven- bédn hat xéro emane: Grasta de conversar comnosco — einbré, comnosen — .córn, desejar -- emane, gosta — hat, fazer - 2 - Ven- bédn niafa: Logar de conversa - néafa, logar - 3 -- Timan to vembé ti: Fulano de tal conversa com Sicrano de tal - timän, a elle-- to, falar -- 4 -- Ajágne enkréxhe to renbédne : Conversavam um com outro sobre a caça -- jágnen, um a outro — enkréx, caça — 5 -- Ivan ti ve te kan, timhré x vembé : Quando eu o vi, eu conversei com elle-ixán, eu--ve. vi- kan, quando (no momento ) de vel-o timbré, com elle -- 6 -- Eixman venbédn : Elle conversa commigo — 7 -- On vembédn ag tc: Elle conta historias a gente - ôn, falso — venbédn, conta - ágio, a gente-8- On kamhét venbéd ne: Um que está contando historias - 6n, falso, um - kambét, noticia - 9 - Venbéne váix ti ni: Elle não gosta de enredar — váix, não gostar — ti, elle - ni, está — 10 — Venbét kenemá ne: Está gostanto de enredar - kenema, gosta. VEMPRE: Poeira. VEM: Mostrar. VENDER: Vender. VENDUNO: vendriimo: Estragar. dar prejuizo, apa- gar-1- Katxine xan vendüno: O ratinho agora me dá prejuizo - katxine, rato - xan, a mim. VEN-A: Criar-!--Fag ven-á: As mulheres criam - fay, ellas - 2 - Vená dn: Um eridlo. VENGRIRT : De graça — 1 - Vengriri ranharânha : Trabalho de graça. VENHARO Pelle- 1 - Venhard gran tógmo: Está ras- pando a pelle - gran, raspar - tógmo, estou. VENO VE: E falso-ren, prefixo - ôn, falso - ve, é (E historia! Ora isso!) VENXA’ Uma vez. — Vide weinxä. VENX FE: Uma vez, outrora. Vide veinxó. VENXÉ... VENXÉ: Ora... óra: já... já-1- Venxé kamôn, venxé kakamón je: Ora vão, oura vem - ha món, elles vem de -- kantin, vir - 2 - Varantá te fagmo: Ellas correm fazendo rodas, circulos - mo, agora. VENX!7 : Ha noaco tempo. — Vide veixi. ETA VENXKI’: Um a outro-1- Venxki kranje: Unir um a outro, emendar. VENXO’: Uma outro-1- Venxd kid ren ved: Uma surra ao outro (e) mata-o - ki, em, d, paragoge - rén, sur- ruar - xed, bater, matar. VÉRA: Extende tu. Vide App VÉRA: Aqui. VERE: Um pouco. VERE: Até agora. Vide App. tambem cutras pa- lavras. VEVÉDN: Apresentar - 1 - Kanendôro kanje kan, ven- cédn: Ele se apresentou, estando na janella - kanendôro, janella - kan, na - känje, estar. VENVE, véve: Terminação do imperfeito do verbo ve, ser, estar -- 1 -- Ti agi ke vénve : Elle queria ser ruim - korég, ruim -- ke, querer - 2 - Hat airi vénve kn, l'iränha vitire: Logo depois que sarou, foi de novo trabalhar -- hati, estar bom-xiri, pouco depois, logo que-- kan, quando -- lai- ranha, trabalhar - viiire, foi -- vénve, estava 32 Ta horég vénve : Elle era ruim -- vénve, era -- 4-- Prôn xoro ix vénve ; hara On prôn javaix ágno: Eu queria casar; mas a gente não quer que eu case -- prôn, casar -- coro, quero -- hára, mas — én agn, mas a gente javäix, não quer --5-- Pén hô ti vén- e; hara ke tin nz ha: Atirava elle bem; mas agora não vóde mais- pén, atirava-- hd, bem--ke tôn, não póde -- 6 - Kizkaktin vénve; hárat hüru kiveinramen: Eu me tinha esquecido; mas agora me lembro -- kivkaktin, esquecer -- huru, ja: indica tempo passado - kinveinrâmen, me lembro. VERE: Até esta hora, até aqui (tempo e lugar )- 1- Ha vére kantin: Venha até aqui -- ha, voz imper. -- kantin, vir--2 - Vére kuxà ki ke na: Ainda está querendo amanhe- cer -kz, em--ke, pretender, querer--kwra, cedo--3-- Véri jen tôn ne: Ainda não tem almoço, refeição -- jén, almoço -- ton, não--4-- Vére x kürôn ne: Eu estou ainda moço--2, eu--kiirôn, moço ( kerôn), novo -- ne, estou -- 5 -- Pergunta : Jan, hur kára venjén? Resposta: Vére kara hádn ton ne. Per- gunta: Mai, o almoço esta prompto? Resp.: Ainda não acabei de preparal-o --jan, mii -- hur, particula adverbial, para indicar o tempo passado -- kara, acabar -- venjén, almoço - hadn, fazer -- ton, ainda não -- no, está -- 6 -- Vérex kangratka kára ton ne: Ainda o retrato não está acabado -- kangratka, retrato -- ara, acabar. Tambem: Ainda não acabou de comer tudo -- 7 -- Vér-x São Paulo ama ra tin ton ne? Ainda você não vai para São Paulo ?-- dma, você--ra, para-- tin, vei ton, não--8-- Vére ti tara je: Elle ainda esta forte -- tara, forte. VERE: por algum tempo, não por sempre -- 1 - Ha vére kantin: Venha para ca um pouco -- ha, voz imper.- | te hf li. à nd = as o, eS à. e — 215 — kantin, vir - 2 - Vére nim: Empresta-me -- nim, da-- vére, por algum tempo - 3-- Véréx akanoa kanjám ex kémo: Quero alugar ( comprar por algum tempo) a canda--4-- Vére me kanõa kanjám ix: Eu preteudo alugar por pouco tempo a canôa- me, pouco--5-- Kur ixmän vére nim: Empreste- me -- kur, de pressa, voz imper.-- 6 -- Vere tora: Guarda tu por algum tempo -- tora, guarda, imper. VERI: Um pouco--1- Véri kupéra: Lavate um pouco -- 2 -- Véri ranharânha ai: Trabalha um pouco - ai, um pouco. VERE: Primeiramente - 1 -- Ixdn vére jen kütiti: Te nho muita vontade de almoçar primeiro - je, almoçar -- hôtiti, tenho muita vontade, VETKA'N Uma cousa unida à outra-1- Anengét ve- tkan: Uma mão unida a outra--a, prothese - ningé, mão -- t, paragoge -- 2 -- Aningét vetkan tr jénti: Um que está de mãos postas -- jen, está. VEXA': Parecer --1-- Tanta D, küxa ve xa: A letra D parece-se com a lua -- tanta, letra -- Jriicá, lua -- xa, esta. VEXA'N: longe --1-- Vexaän kanti fódn: esta posta longe -- fodn, atirar, pôr --2-- On vexän kanti tin: Viaja affastado do outro -- ôn, cutro. VEXA': Uma vez--( Vide venxa, venxé)--1-- Venxá mi hüti ix ne: Eu aqui era muito bom uma vez -- mz, aqui - hôti, muito bom. VEXA: Irmã primogenita. VEXKURU JA, vexkuréja: Pente. VEXÉN: Uma vez—1--In pen du ki, kané vexén kénve: Uma vez queria elle procurar alguma cousa uo canto da casa -- impendó, canto da casa--ín, casa--pén, pé-- do, canto -- kané, procurar -- ti, elle -- kénve, queria. VEXF LJE, fexféje: Florescer -- 1 -- Kafê vexféje mo: O café está florecendo. VENXKRÆDN : Combinar, pensar. Vide enkrédn. VEXUPO'IX : Vestido -- 1 -- Vexupóir jadnjadn: Ves- tido rasgado em varias partes - )1dn, repetido para significar pluralidade de rasgos. VE TI NE: E' menor. Vide ve. VETOIXTO: Improvisamente. Vide App. VEVE: Era. Vide vénve. VI: Palavra, falar (vide vin). Nandameto VIDNBEDN : Conversação. Vide védnbedn -- 1 -- Vidn- bédn éimo: Estamos agora em conversação -- éimo, nós agora. - 2 - Vidnbédn, mo éin: Nos conversamos (e) caminhamos - mó, caminhar. VIDN : Dar, distribuir, fornecer, guardar -- 1 -- Kavaru kré vida: Dar herva ao cavallo -- ré, herva - 2 -- Farinha zema vidn : Dá tu farinha para mim —- 3 -- Vidn hat ix húri: Já distribui -- Aúri, já: indica o passado do verbo. Vide App. — 216 — VIERI'N : Volta ? VIN: Falar, mandamento, ordem, recado - 1 - Vin ki ti, mi ta? viiire ix: Eu fui matar uma onça por ordem delle _- vin, ordem — ki, por —- mi, onça — tái, matar -- viiire, foi--2 - Vin jéne ix: Eu mandei recado - jéne, mandei -- 3 - Fagn iamak to vin veixmá ne: Ellas dizem para mim palavras atôas -- fagn, ellas -- iama, para mim --k, connectivo — to, fal- lam -- veixmá, ruim, atoa, louco -- 4 -- Eimá vin ti kémo: Elle quer falar commigo -- kémo, quero -- 5 — Eirma ti vin hô je: Está bom commigo -- eixmá, para mim --hô, bom -- je -- esta - 6-- Vin váix ti ni ha: Não pode mais falar - váix, não pode -ha, ji-7-- To to ix vin korég hat : Eu disse uma pala- vra ruim para elle-- to, fallar- hat, fazer--S--Ir vin: Eu falo --9- Vin váix ti ni: Não quer falar - váix, não quer — ti ni, elle está - 10 -- Vin kamém kémo ha: Ja elle de medo pretende de deixar de fallar -- kamém, deixar de mado -- kémo, pretender - ha, já - 11 -- Ti vin konana: Elle escarnece - vin, palavra -- konäna : atormenta, judia - 12 -- Xa jogmá ix ke ve: Eu pretendo falar a meu pai - xa, eu-- jog, pai-- ma, a — ke, querendo -- ve, estou -- 13 - Vi hé ti nik ti: Elle está dizendo palavras boas, é manço — hüti, muito bom -- x, connectivo -14 -- Jágne ra nai vin ti nanti: Estão deitados um perto de outro (e) proseiam -- jágne ra, um perto do outro -- nad, deitar — nánti, estão-15 -- Eixmá vin tôn : Não me falou — tôn, não -- 16 -- Xa jogma vi x ké ve: Eu pretendo falar a meu pai--xa, meu - ke, querendo -- ve, estou --x, eu--17--Vin tôngra: Nao fale - 18-- Vin pire: Fala pouco- pire, pouco -- 19 -- Vin hé ti ne: Elle está falando bem -- hô, bem — 20 -- Pi vin ki, tag kérxno : Eu faço isto por ordem, com licença delle -- ti, delle — ki, por — kéixno, faço agora - 21 -- Eixmäno vin kémo tin: Elle quer fallar para mim -- eéxmän, para mim — 0, connectivo -- 22 - An pije vin to hô je: Tu não estas falando bem - an, tu -- pije, não — vin to, dizer palavras -- je, estas - 23 -- Déne ve kaniin vine ti: Elle me convidou para ver o bicho -- dé ne, aéne, bicho -- kantin vine, dizer que venha. convidar - ve, ver -- 24- Eimanto akané joer vin ne: Elle me fala pestanejando com os olhos -- eixman, para mim -- akané jodx, pestanas -- vin ne ; esta falando -- 25 - Einbré vin hô ne ti: Elle está bom com- nosco -- einbré, comnosco - vin, falando -- hd, bem -- ne, esta — 26 -- Akta ha tin kan tan vinera: Diga a todos que andem lá, convide a todos -- akta, a elles-- ha, voz impr. -- tin, ir — tan, la-- vinera, dize tu-- 27 -- Eixma ti vin kémo ton: Elle está mal commigo--eixmä, para mim-- vin, falar - hémo, : pretendo -- tôn, não. Vide krémä je — 28 -- Ix jogn tink ti kan, enjuvén hati: Meu pai, quando estava vivo, dava bons con— selhos — tinkti, vivo -- kan. quando -- tinkti kan, quaudo vivia - enjuvén, conselhos -- húti, fazer, dar -- 29 -- Xa jegmá vi a ké ve: Eu pretendo falar a meu pai. Já explicado. Vê tam-— bem sob a palavra seguinte. Vide App. VIN KARA VA'IX : Tartamudo, nunca acaba de falar - váix, dificilmente -- 1 -- Vin korég ti je: Está falando mal, dis fa ii e PSS id e dd Do 4 , balbueiante (On vin korég ti je, balbuciante )-- 2 — Vin hema: Prosiador -- kema, que gosta--3-- Vin korég ti je: E' maroto -4- Vin kuair: Caládo, taciturno -k, counectivo -- uia, vai, não gostar. Tambem Vin vaix -- 5 - On to dx vin vaix i Com outro eu estou mudo, caladao — ôn, outro -- ni, estou - & - Agtôn mim to vm jéne: Elles estavam falando sobre uma onça — agtôn, elles -- mim to, sobre uma onça -- vin, falando - jéne, estavam -- 7 - Vinton: Silencioso -- 8--Gôio vin ton : Agua parada, silenciosa. VIN: Amarrar. Vide App. VITPK BIB: 1-Pesear -- Vitpkéie kangóiúve: Elles fo- ram pescar -- hangiiive, foram: perfeito plural de tin. VIRI’N: Virar-1- Kavaru kri ninja virit ke: Virou o arreio do cavallo - kr7, do - ninja, arreio — 2 -- Kankéi viri, ke: Virou a canõa--3-- Vérit kara: Virar de tudo - karat tudo -- 4-- Virin ti: Vira elle. VIVT : Solidéo, berrete. VO, ve: Imã --1-- Tx ve fi: Minha irmã, minha prima - fi, ella. VO: Correr. Vide veinvó. Tambem significa fazer bulha, ferver -- 1 -- Vora: Corre tu. Tambem wora -- 2 - Uo ton gra: Não corras tu: fiques quieto, não te movas-- 3 -- Gozo ki vorókte: Corria frequentemente no porto --gõio ki, no porto - ke, suffixo para indicar o passado. VOHN: Falar. Vide App. VOG : Amolar, judiar. VOG: Corredeira dos rios-1--Gôi vog ki judn: Chegar na corredeira do rio - ki, na -- judn, chegar. VOG : Judiar, amolar, atormentar - 1 -- Ix vog tôngrá : Não me amoles - 2 -- Déja tr vôg ?: Porque atormentas a elle -3- Ie pia ti vog: Eu não faço mal a elle - pia, não — 4 - Tx lairanharânha kéira ix vog ma he: Não me amoles, em- quanto eu trabalho -- kira, veja: serve para fazer o impera- tivo. Vide App. VOG: Mover--1-- Vóg dénera: Vire para traz -- déne dére, para traz. VOG KONA'NA: Judiar--1 -- Déje ix méix vog ko- nana? Porque judias dos meus animaes ? -- déje, porque - méix, animées. VOG : Expulsar, tocar -- 1 - Vognera: Toca fora. Imp. - 1- Bixmn füir-fü/x vognera : Tota tu o xupim para mim - füix-füiæ, xupim, passarinho conhec do, de côr preta — 2 - Ti vôg ti: Fulano de tal (elle ) toca a Sicrano de tal - 3 - Xanri vógn ja ix tin ge: Eu pretendo ir afugentar os passarinhos - xanxi, passarinho. VÓPKE: Tirar -1-- Ti krin pan vóp ke ti: Fulano de tal pretende tirar o lenço, liame da cabeça de Sicrano de tal. VORA: Traspassar. Vide App. — 218 — VORE: Correr, ferver, fazer bulha, mover -- 1 -- Veín- fuire tógn kainká ti keti: O vento faz mover as folhas seccas - veinfuore, folhas -- tógn, seccas — vóre, mover -- kéti, faz. VU: Empinado - Vu éne te ni : Lá está empinado - vu, empinado, éne, lá — te, no. VUA’ vué vué: Carregar -- I -- Kankrô fuôre «amb ; hára agtôn vuámo: Eu pego alambary; mas o povo car- rega (tira a saber ) - kankrô fuôre, alambary -- ide sa ix, eu-hára mas - agtôn, a gente - vuámo, carrega -- 2 -- Em- bra vuü ne: Estão nos ajudando a carregar - en, nos bra, junto — ne, está - 3 -- Ixôn kaxorro vuüd ja ne: Ja está carregando o meu cachorro -- ixôn, meu- jane, está agora - 4 - Ti anguéi œuôn ke ix: Eu pretendo trazel-o para pas-- sear - anguéi, passei - ke, pretendo - 5 - Onw veinkangra dgn venxére vúitha : Traziam o defunto quatro pessoas - ôn, algum -- venxére, defundo -- 6 -- Gire vidtkan fi ne: Ella esta carregando o menino -- gire, criança -- 7 -- Ti viitka kan, xére : Emquanto o carregavam, morreu - kan, no momento - xére, morreu - 8 -- Vuüt kan ja ti: Elle esta carregando -- 9 Vuüt ke tôn kara ix ne: Eu não estou sendo capaz de car- regar tudo - ke ton, não posso -- kara, tudo, acabar - 10 -. Ti vutkje ra,ti tere: Apezar de elle carregal-o, elle morreu -- ti elle -- je esta ra, apezar - 11 - Vuô corég: Difficil para carre- gar - korég, dificil -- 12 -- Vudt kan ti : Elle carrega. Vide App. VUO’G: Mover (vuég)-1--vuég vuoeg: Varias movimentos -- 2-- Vuég haté: Fazer movimento -- 3 -- Ti vuét kinti fodn : Deu-lhe um empurrão -- fôd atirar -- 4 -- Vuét ti jéne : Elle se move — jéne, está. VUO"T: Virado -- 1 - Néixmd péne vudt kanje: Está com os pés virados para cima -- küirmän, para cima -- péne, pes -- kanje, está-- 2 -- Hix ki lire vuüd ne: Estou virado olhando para cima-- ki. em - lirz, olhar. Vide App. VU" IRE: Fui, foste, foi. Perfeito de tin, ir, singular -- 1- Arót kára anvéi vüvre: Entrei na horta para passear -- q de ard, prothese -- 7), horta -- kara, entrar dentro -- 2 -- Ti bré viiire ix: Eu fui junto com elle-- bré, junto -3-- Lx jógn angvéi viiire: Met pae foi, passeiar--4-- Vüère ti húri: Ja foi-se embora - ti, elle -- húri, já : indica tempo: passado -- 5 - A’ma São Paulo la hiro viiire tôn ne? Você ainda não foi para São Paulo -- ama, você -- la, ra, para? - hurd, ja. serve para fazer o tempo passado -- tôn, não - né esteve (foi indo ). PERE TIN: Prazer, levar para algum logar -- 1 -- Intonjá -- ra pére viiire ix: Eu o carreguei fóra da casa -- in, casa — tonjá, fóra -- ra, para. TOTNVÜIRE : Voltou ( voltei voltaste ) -- 1-- mera totn- vivre: Voltou atraz -- dére, atraz. | ‘ E | | L L L . F DICCIONARIO Portuguez-Kainjgang hy t ha À: 2 dl Ê ao Pant 1 Oty ADS: a. A A’ prep., para indicar o complemento de meio, ins- trumento. Ex: Moinho movido a agua; exprimese o A com tan, ta-1--Gôio ta joixke: E” movido, é tocado, mo- ve-se em gyic, tocado à agua --2-- Pótan de han: Fazer uma cousa com uma pedra - de: consa -- han, fazer. A: a, para, compiemento de termo: traduz-se, com ma, ou sem elle, pondo o nome ou pronome ou complemento de termo antes do verbo: Elle me da dinheiro: Eixmã dínheiro ti nim -- ti, elle. -- nim dá. ABA (p. ex.: do chapéu ): Janta. ABANDONAR: Ré, továix, ra - 1-- Men ré : Aban- donar o animal - mén, animal - 2 - Ga tovaix : Abandonar a terra. ABELHA : Mang: é o nome geral da especie. Jónje é uma variedade. ABERTURA: Doro -1 -- Abertura da cova, gakôn dôro — ga, terra -- kox, cova - dôro, buraco abertura. ABOBORA : Pe- Au, Pakon ( Vise ). ABORRECIDO : Venmá. ABRAÇAR : K Anmi. ABRIR : Dô, dôro, dôn -- 1 -- Abrir a porta: Don ( Ch. L.).-2-- Jenjére (p. ex., os braços ) -- 3 -- Abrir os olhos: Beithe, mbriinke ? ABSOLUTAMENTE: Tavín. ACABAR: Kénere, kanéne, kara, kardn -- 1--Kanénera : Acaba tu -- 2 -- Petkára, acabar. ACHAR, descobrir: Ve. ACAUTELAR-SE: Kéra, kira, kéira, kére, kéêra, (o cave latino ). ACCENDER: Azénka, aianka, kiénka, lIeáka, kiânka ( soprar ), kuanka. ACERTAR: Pén--1-- Ti ti pén, acerta em Fulano de tal -- elle, tz, Fulano de tal -- pén, acertar. ACIMA: Kétxma ( adverbio ) küæmu. ACIMA ( Posp.): Kri--1-- Véi kri fi känti : Está posto um cima do outro —- véi, prefixo que serve muitas vezes para reduzir o nome outra palavra -ji, posto. Tambem veikri, veckriton servem para fazer o correlativo ou reciproco — Jeri, acima -- t, connectivo — ôn, outro. — 222 — ACONTECER: Be--1-- Acontece às vezes: Néjen be - kejen, as vezes. ACORDAR: Liri (do somno). Significa tambem abrir os olhos, como, nôro, dormir, siguifica fechar os olhos. ACOSTUMADO: Toi, to, guje, toéxtan. AÇUDE: Gôio nafé - góin, agua -- nifé, fechada. AÇULAR (o cachorro ): Fódn. ACUSAR. Vide dar parte ao juiz. ADIANTE (tempo e lugar): Jo, ju, jamé. jami, jut -1-- Anjamé tin: Ir adiante (anjomén tin ). ADOCAR: Gren -- 1 -- Adoça tu: Grénra. ADORNO: Kupé--1-- Adorno de peito: Nhatka (ro- sario), ete. ADULTO: Karan. AFFASTAR: Vexen kanti fôdn -- vexén, longe - fódn, atirar. y AFILHADO : Venkupé -- kupé, lavar, baptizar. AFINCAR: Gui. AFOGAR (morrer na agua): Gôio ki tére, engdio rog kan, kantére -- ki, na -- tére, morrer. AFUNDAR: Putke, pur. AGARRAR, pegar, matar: Ge. Agarrar com força, hagmi. AGRADAVEL: Hô. AGUA: Gôio- 1 -Gôio ni hângja: Cabeceira da agua parada -- nº, parada -- hingja, lugar onde uma cousa começa, de han, começar - jo, lugar - 2 -- Ir buscar agua: Aru tin - aru, cabaça--tin, ir—3- Agua baixa: Gôio gu - 4-- Gôio nifé : Agua fechada -- 5 -- Gôio ni: Agua parada. AGUAR (ir aguar): Arútin. alú tin. aru tin — ru, ca- baca--tin, ir. Ru, rumiá, rudia: Cabaça. Os Kaigang não tem outro vaso para ir aguar, a não ser a cabaça. AGUARDENTE: Gôio fá. Uma variedade della se chama kiki (é feita de milho ou de pinhão ). AGUIA: Ave de rapina: Kakán. AGULHA : préja, : AGUTZ : Bixo conhecido: Kaixo. ; AH! (interjecção ): Hen ! AINDA: Vére (até este tempo, até este lugar, até aqui )--1-- Vére x küron ne: Sou ainda moço - kiiron, moço - 2-- Ainda não -- ton, ainda -- ningé. AJUDAR, traduz-se com bré e com a palavra que exprime aacção com que se ajuda alguem -- 1 -- Embrá vud ne: Está ajudando a carregar -- vue, carregar - 2-- Jagne bre kéte: Ajudar-se um a outro -- júgne, um a outro -- két/, fazer--3 - Jágne bre ix muaitka te kankéi larái: Ajudo a elle a ar. DR" ?. rastar a canoa fora do matto - ag, a elles -- ix, eu -- m--uäitka, matto -- te, do - kankéi, canôa- laräi, rarai: arrastar -- 4 - Ti bra denim hadn: Ajudar alguem a fazer tudo -- hadn, fazer - denúm, tudo -5- Ajuda-me tu a sahir da agua: Ix bré gôio kan he kankiiten-kon, na -- ha, voz de mando -- kankúten, sahir -- 6 -- Jagne bré tanke: Ajudar-se um a outro - tanke, fazer. AJUIZADO : Jukremá. AJUNTAMENTO: Veixmá ( manada de porcos p. e.) -1- Giri veirmi: Ajuntamento de meninos -- 2 -- Agn verx- ma : Ajuntamento de geute. AJUNTAR: Bakant/n -- 1 -- Arroz bakamonera (arroz bdra kamó ): Ajuntai vos arroz. -- 2 -- Ajuntar 0 povo: -- Agn tong vajeto keka (?) ALAMPADA: Monkópo ( São Paulo ). ALLARGAR : Jedn- jedn (p. e. a estrada ). ALEGRE: Man - hô, mahó. ALE'M: Bré: Além de pão, me deu carne :Pão bre lemân denéni nim -- ixmán, para mim -- pão, pão -- déne, de bixo -- 27, carne -- nim, deu. ALE’M: Kafán - 1-- Além do rio: Gôio kafan te-te, em-2--Gôio kafan ra tin: Ir além do rio -- ra, para (indica movimento para lugar ). ALGIBEIRA : Déro, kakí. (dentro )--1 - Pôr alguma cousa na algibeira: Veixkaki fódn--fódn, por, atirar, lançar - veixkaki, dentro. ALGUM: On, ônt-ôt, um. On, ete. significa tambem outro, e tambem um e outro. Neste ultimo sentido, se es- creve ás vezes uma vez só, visto ser uso dos Kaingáng de usar, porém não sempre, um só membro da correlação. Al- gum se traduz tambem com cunmá composto de a prothese - um, algum —- ma, paragoge. -- Traduz-se tambem com ut--1 - Alguma cousa, tudo: Denúm -- de, cousa -- n, connectivo — um, algum. ALGUMA COUSA: Tánda, tanda on. ALMA: Veikuprí ( cousa branca ). ALMOÇO : Jen, venjén, fenjén - 1 -- Aimoga tu : Jéngra. ALMOFADA: Fakrín - krin, cabeça -- fa, instrumento ALTIVO: Kairdme. ALTO: Koixmá (em cima), téie, téje, ( cumprido ), téi, tai, kri, hé - 1 — Koi ( küx ) kané mé : Olhou pouco alto - me, pouco -- 2 -- Mais alto. Vide mais. ALVO: Titankare ja vo ve (?). Vide App. 224 — ALLUMIAR: Gru (resplandecer ). ALUGAR: Vére kanjém-vére, por algam tempo - kan- jam, comprar. AMA: Pafá, (mulher de criar crianças, ama de leite ). AMANÇAR: Kairónhi, kanherdn, kajére, kanhére. AMANHA: Váix, vajá, vai kd; vae kd, oa ka, vae- ka, vai -- 1-- No amanhã: Veia ka-ka, em — 2 -- Amanhã de tarde: Vaia hd aran káxka-arán, sol, calor-- kdxka, ceu. Tambem se diz vaka, uaika, waia -3-- Vaikéra kâxka : Amanhã de tarde. AMAR: Kikairone, kevenhéra, kevenbéra -- 1 - Em kikairône te: Elle nos ama--en, nos. Tambem se diz kivein- ramen. AMARGO : Fa, fod, fud, kaj, kajé. Fa, propriamente significa azedo. AMARELLO: Kuprí kuxóa (branco-vermelho ) - 1 - Pan téie buiigh ve: Como a cauda (amarella) do passaro cachique -- pantéie, passaro cacique--p n, amarrado -- téie, cumprido — buügh, cauda, rabo - ve: é. como. AMARELLÃO - 1-- Está com amarellão Kupriktimo, de Æupri, branco -- mo, agora. — AMARRADO, feixe: Toku/ntokf/m. AMARRAR: Xe, tog, pugn, pan, kixé--1-- Tokira: Amarra tu-- 2 -- Xe-- a, um preso -- 3 -- Kixéra: Pega tu - 4 - Krin pan: Fita para amarrar a cabeça -- kren, cabeça — 5 — Vein krin pm fin ti: Elle amarra uma cousa acima da outra -- ti, elle. AMASSAR: Ngrvudn. AMIGO: Jágne kiveinrémen — jágné, um a outro — ki- veinrimen: conhece-se, ama-se -- 1 -- Venxán jagne k.veinra- men; Ori kikaktin jagne: Uma vez eram amigos, agora são inimigos -- venxén, uma vez -- vri, agora. hoje - kékaktin: não se conhecer, ser inimigos. Diz-se tambem: Jágne kikaióne, - Amigo simplesmente se traduz com as palavras alengré. rengré, hd, kitkanherône, kaika ( este é substantivo )-- 1 — Kairé fi, kixkatrofi: Amiga --fi, ella. AMOLAR (alguem) bulir com alguem: Vog. AMONTOADO: Nonjéro. ANANAZ : Lanhára. ANDORINHA: Topé méin - Topé, de Deus - méin, animal : ANGULO : Dógn dó, pen dô, jodjóro. ANIMAL: Mé, méin (animal domestico ): de, da: ani mal domestico e selvagem -- 1-- Animal brabo: Dén jun- Tambem se diz mén, déne. a a RUE ANNEL: Tokfine - 1 -- Ningé tokfine: Annel (do dedo) da mão - ningé, mão. ANNO: Prim, plan -- O auno passado: Priin tin ja éne ki-- éne, aquelle - ki, no -- 2 -- Cada anno: Prin grét ki - 3 - Um anno completo: Prim kri ti ni -4-O anno que vem: Prän kantin -5 - Prin ont ki... Prin Ont ki 1ôn: Um anno sim, outro não -- ki, em -- t -- connectivo. ANTA: Ojôro, ajôro. ANTEBRAÇO: Nindó jopé (de jo, adiante) -- pé braço (3. Paulo). ANTES, adiante: Jo, jamé, jami ( posposição ), ka (esta propriamente significa no tempo que)--1--Ir adiante da gente: Ag jo tin -- ag, elles -- 2 - Pouco antes: RA (perto), -- 3- Pouco antes de chegar: Jut ra-jut, chegar -- 4 -- Antes de deitar: Anáix ke ka--a, prothese, náix, deitar -- ke, que- rer -- ka, no--5 — Antes de um anno: Präân jo--prin, anno -- 6 -- Antes do tempo: Kuran ton (tempo não) - 7 -- Antére ke kan ke, ti ke: No que morria, fallava -- an, de antére, pro- these -- ke, querer -- ti, elle -- ke, fallava. ANTES DO TEMPO: Kurän ton javarx - 1 - Anku- ran ton, ki kankúten: Nasceu antes do tempo -- ki, no -- kan- kúten, nasceu, appareceu - 2 -- Antére javaix ti tére: Elle morreu antes do tempo: — ti, elle. ANTIGO : Onove ka. ANUM: Amé (passaro). ANUS: Tafa. ANZOL: Enkfi. AONDE: Déto, énto, héra. APAGAR: Kekóra (1), dun, dur, dôr, dúru, - 1 - Dor ti: Elle apaga--2-- Pin duro: Apagaro fogo - pin, apagar. APANHAR, RECEBER: Ma, ba - 1 - Apanbar chuva: Ta váin krimá--ta, chuva. Tambem ta fan--fan, apanhar. APERTAR: Kagn. venjenmira - 1 -- Calçado apertado (estreito): Pentoró kantararadn. APERTADO ( estreito ): Tara. APERTO : Kangão. APITAR: Kudn, in húi, eng--hui--in, eu-- eng, nós. APEZAR DE: Ra ( posposição ), ara. APODRECER: Oäktimo - 1 -- Podre, kokré. APPARECER, (vir) Vem.: Do sol, jud, jun APPARECER: Ve (ter apparencia ), liri, vei, kanku- ten, kuten, akankúten -- 1-- Aran liri: O sol apparece ( lir/, _ propriamente acordar do somno, abrir os olhos) -- 2 - Kankuten propriamente sahir ). APPARENCIA: 1- Ter apparencia: ve, véi. APPARECIDO, semelhante: ve, véi APPETITE: 1- Não tem appetite: Jent kamé. APPRENDER: Veinrämen, veinran, kiveinran - 1 ~ Eix veinrán nikrén hôtiti: Eu desejo muito apprender a ler, (1) Kekóra, kekónra : apagar ( p. e, a tinta ) limpar, E 990 a fazer contas -- nilern, fazer contas -- hútiti, desejar muito — 9 - Endäix kiveinramen: Apprender a cosinhar -- däix, cosi- phar -- 3 -- Venharé: Ler, appreuder a ler--aré, letra -- 4- Kikairéne: apprender -- 5 - Apprender a escrever: Venha- ri -- 6 - Ontán venharé timo: aqnelle que apprende a ler ou escrever: discipulo. ; APPRAZER: 1-- Appraza a Deus: Ara! APRESENTAR: Ve-1-- Vevédn ( sendo varias as ve- zes em que se apresentam as cousas ). APRUMAR: Kambúno, kambudne. AQUECER: Xut (a mao), xu; aran. AQUELLE: E'ne, tan, Néhne - On éne fi: aquella é mulher -- dn, é-- fi, ella. AQUI: Taka, tag, ta, dti, mé--1- Tágmi: por aqui -- mi, por. AR, RESPIRO: Jengére. ARANHA; Hukrin (é uma variedade), patekle, pa- tekri. ARAPONGA: Aügn. ARARA: Crogn, kaéi. ARCO, KRECHA: Uije-1-- Arco da caldeira: Hugh, vue. ARCO-IRIS: Tandé (raio da chuva)- fan, chuva-- dó, raio, espada. Tambem significa relampago. ARCO DA PANELLA, DO CALDEIRÃO : Telefinjas de tokfin, amarrar, e de ja, instrumento ( huigh ). AREIA: Lanharanha ( ranharanha )-- 1 - Praia do rio: gôio lanharânha. ARIRANHA : Grére. ARMA: Do, andó--1 -- Arma curta: do ruro. ARMAR (EXTENDER): Jajan, ka kané (?). ARMARIO: Fua, kurt de - kuru, panno -- de, ar- mario, jénde: armario de mantimentos. ARAPUCA: E'ngje. ARKANCAR: Konôn, imperativo -- konônera - 1 -- Kuk- féra: arrancar (a pelle) imper. de Julifén, kufén, küns, nôti, ( arrancar as botinas ). ARRANHAR: Kuéja, kudjéja, kulxé. ARRASTAR: Laräg, ararád (a canôa do matto ). ARREBENTAR: Topên, kaxpan -- 1 -- Arrebentar a cerca: Ro fodn. ARREMEDAR : Kangrá. ARRIBA: Kügmd. kiiemd, küixmd (no alto, em cima). ARROJARSE: ge. ARROMBAR: Nam. ARROZ: Gara kanxire, ou gara xire-xire, kanæire, pequeno -- gára, milho. ARROZAL: Arroz kre, gara kanxire kre, tô gara kanxire, kre, planta -- tô, logar. ARRUMAR: Häti--1- Ninja hati: arrumar a cadeira. o ii di co ti is Ai it dd Dc dd dd a ESS MOY E ARTELHO : Penféie -- féie, dedo, pén, pé. ARVORE: Ka-1-- Arvore grande: Kan téie - téie alto, grande. ASSAR: Jagmé, jenga. ASSADO : Jéngo, tógn. ASSAR: Jéngo, jángo, tógn. ASSENTO : Dére, nija. ASSIM : Ge. ASSISTIR: (Um doente): Manga re ix koi -- kanga, doente - ra, perto -- kói, comer. Vide trabalhar, ajudar. ASSOPRAR : Hui, hu. ASSOBIAR: Fix, hui. ASSOBIO : Enghui. ASSUAR : Kunbédne, kud. ASSUCAR : Toto van. ATAR : Tokfin. ATE AQUI (lugar e tempo ): Vére. ATE AGORA: Vére--1-- Até agora não: Tôn-2-- Ainda não: tôn. ATICAR (a lenha): Jod, jodno. ATIRAR (no sentido de dar tiros ): Pén, penó:, péne, pén, péne, panno ATIRAR NO SENTIDO DE PINUHAR: Fédn--1 - Léti fodn- le, fora ii--elle--2-- Pó fonera: Atire pedras - fónera, imper.. Tambem létiti fóre-3-- Vavá: atirar fora - 4 - Vavarxa: Atirar fora. ATOLAR: Ora. oré. ATOLEDO : Oro, oré, ora. ATORMENTAR: Xonäneru ( imper- ), vog. ATRAVESSAR: Bran--1-- Emprii tan bran kééra: Tenha cautela em atravessar a estrada--emprii tan, ha estrada -- kééra, veja ( imper. ). TRAZ das costas: Apani te, de a prothesi -- pani, costas -- te, em--1-- Veixpänti eoâèx : Olhar atraz das costas -2-- Krin pin: Atraz do monte -- krin, monte. Xrin pan siguifica tambem : Correia das estrellas ( as tres estrellas do Orion ( Tel). ATRAZ: Dére, do, ndo, to -- 1 -- Voltar atraz : Dére viiire -- viiire, foi, perfeito de tin-2-- Vira atraz: Vog dénera ( imper. )-- vdg, mover - ra, de denera, terminação do imper. Tambem se diz: vdég dônera. ATRAZ: TO'T, dót, do, dén--1-- Vog donera: Volte atraz -- 2-- Van dor: Atraz -- van, prefixo. Tot significa tam- bem de novo. Ex.: tot-kantin, voltar -- k: mtín, vir. ATROPELADO : ( confuso pelo temor ): momen (te- mer, estar espantado ). ATTENDER O PEDIDO: Atan kéx, hat kike. ATOA: Denun ton (tok), kutú: bobo, atoa, -- korég : mau, atoa. ? — 228 — AUSENTE: Está ausente: Tonjamititi--tonjá, ausente fora-ti, está AVARENTO : Deikemä ( Tel.) de, cousa -- kémá, gosta. - AVENTAL: Toxä--1- Fé toxá: avental de peito - fé, peito - 3 - Fag veinpefin: Avental das mulheres -- veinpe- fin, avental ou xiripá -- fag, dellas. AVO’ (a avó): Jog-jan (avó paterna )--jog, de pai - jan, mai--2-- Janján (janfijän), avé materna, mai da mai - i, ella. : AVO: Ben, bon--1-- Avô paterno: Jognjogn -- 2 -- Avó materno: Jan jogn-jan, mai. AZA: Féére - 1-- Debaixo das azas: Féêre krén-- 2 - Dénféére: Aza de bicho ( passaro )-- 3 -- Diz-se tambem fééne. AZA DO VASO -(e tambem de passaro): Jenbung (genjung ?). kajé. AZEITE: Konte gara jéngo ( milho, que esta assado ?). AZUL: Toi koreg (toi, verde -- korég, feio), küdna. ZEDO, amargo. Laranja azeda : Núáni kovaix, kajá, B BABA : Jara. BACO: Tamé (tambem figado ). BACULO : Ka. BAGO: ( fructo): Kané. BAGO (DE CHUMBO PARA A ESPINGARDA ): Kané fa; boka kané fa; dé kané fa-- boka, espingarda - dó, arma. é BAILE: GRINGE : veingrin, veingrire, veingrére, kren, gren. BAIRRO : Ema (villa, povoação, cidade ) - 1 - Meu bairro : Jamá. 4 BAIXADA : BERE. BAIXAR: Gu. "BAIXO, curto, pequeno: Ruro, lúro, pran, emprán, ren -- 1 - Homem pequeno: Ungré lúro, ônô luro. BAIXO: Krén, kré--1-- Em baixo: Ven krén, enkran - 2-- Está em baixo: Ave va-va, van, está -- 3 -- Para baixo: Veixkré - 4 - Veinxkré ve: Elle olha em baixo. Diz-se tam- bem gre. Olhar para baixo: Vein kréno eváix, veinprán eväiæ. : BAIXO (opposto de em cima): Gu--1--Gu kante: Lado de baixo -- kante, do lado ( pospos. ) -- 2 -- Gu fi ti xa ha: Já está ella muito funda -- gu, fundo -- fi, ella -- ti, muito -- ca, está -- ha, ja. © BAIXO. RASO: Paiére, parêre-.1- Rio que não é profundo : Goio palêre. BALAIO: Keëni. BALANÇA: Ti kambú jafá-kambú, peso --ti, da tal cousa -- jofá, instrumento. BAMBEAR: Joké -- 1 -- bambo: langra. BAMBU": Tugnd uakró (esta ultima é uma variedade que serve para fazer flexas). U de wakrd, nasalado. BANANA: Banana, Tiign buông kané -- tiign, caeté -- budng, grande -- kané, fructa. BANANEIRA : Tügn buông. BANCO, CADEIRA: Ninja, ninjafà -- nn, sentar -- ja, instrumento, logar, jafa, instrumento BANDEIRA : Auruxi-kurt, panno, xi, pequeno. BANDO, ajuntamento: Veixma. BANHA : Kavo. BANHAR--SE: Ore. BANHO : Kupé, kupéia ( lavar-se ). BANQUINHO: Nin xin-nin, sentar -- xi, pequeno. BAPTIZAR : Nupé (lavar ). BB EE BARATO: Kanjam xm-hkanjam, compra -- xin, pouco — 1- Kanjim wintin: Comprar muito barato — t7, muito. BARATA: Nrôjo, krmújo, ( uma variedade ) tirixi. BARBA: JUA”, Joá--1-- Barba de pau (raiz): Ka jare. : BARRANCO DO RIC: Gozo fudre. BARREAR : Intongá -- ga, barro -- 1 -- In tonga ti: Elle barreia. BARRIL: Gôio fd de. BARRIGA DUN, du -- 1 -- Barriga da perna: vide perna. BARRO: Ga, engá ( terra )-- 1 - Goro, grôro, grôra -- 2 - Groro grin: Artefacto de barro ( artefacto caseiro ). BARROTE DA CASA: Intoró, de into, parede -: ro, cerca. Into, deriva de in, casa--to, parede --ou de in, casa — tóro, veste, o que encobre. BARULHO: Oéke--1-- Barulho de uma cousa que cahe; Ti kute--ti, de tal cousa - kúte queda --2- Fazer ba- rulho qualquer: Veinvó -- 3 -- Fefé-- 4 - Não faz barulho : Vin ton - vin, polavra -- tôn, não. BASTA : Gétka. BASTAR: Aran. Vide dar. BATATA: Ped-é, dun. BATER: tain, táix, ten (percutir matar), nite--1 - Ka nite: Bater com porrete -- 2 -- A vespa bate em alguem: Titó kiti ta feindú -ti to, em alguem -- feinduú, vespa. Ki, em, ta, bater. Significa isto, que a vespa bate com a parte posterior do corpo em alguem, enfiando-lhe dentro o ferrão (rere, ferrão ). BATER: Kréngn, grôngn--1-- Tantha krügn: Bater na porta -- iantká, porta--2-- Kriing’ gra ma: Bata mais - kriingrd, imperativo (tambem Æüngré ). BATER (pisar): Gan. BATER: Póp-1--O passarinho bate as azas : Xanæi féêra pop - xanxi, passarinho -- fééra, aza -- pop, bate. Ba (de coração ): Tügn. Esta batendo : Kamtogre - kan, está -- 2 -- Bater repetido: Togn togn. BEBADO : Tére--1-- Tére ti: Esta bebado. Tambem o bebado - 2 - Tére fi: A bebada--f, ella. Tambem téêre. BEIJU : Mistura de farinha com cousas doces: Xixá kaxire. BEM: Ho”, ho” t, pakxin,- 1- Pakxinti: Elle está bom -- 2 -- Ha hé man: Passe bem - ha, voz imper. -- man, con- tinue. BERGANHAR, VENDER: Péno, féno -- Un péno: Troco outro - wn, outro. BERNE: Kturn, hutúdn - 1 -- Tx kitúdn: O berne que está em mim -- 7x, meu. Especie de berne bikurt, bekuru. BARRETE, solideu: Vivú. BESOURO : Maréia (S. Paulo ). BICO: Ja, jan (dente )--1-- Bieo de passarinho : Xan ai ja. Gé mit ln ots db BIGODE: Jantkit kri gaix (da boca em cima cabel- los). Tambem: Jantkü kri ndix. BICHEIRA : Kaiankuá. Bicho (animal): Me ( cavallo, sabia ).. Ka, de mosca -- iakua, lagarta. BICHO : Den -- 1 -- Den jun : bicho bravo -- 2 -- Déne tan: Aquelle bicho. Tambem: Déne éne-éne, lá - 3 - Den ne ni: Carne de bicho -- de, bicho. Diz-se tambem de, déne -- 4 -- De- num: Algum bicho, outro bicho -- 5 -. Verme: Najafa, kaian- hua, konfoia, kifoia - ka, mosca. BOCA: Juntki”, jenthii. BOCADO: Kugmára, krugmara. BOCEJAR : A’nge -- 1 - Ange xogmo: Estou bocejan- do -- 2 - Angémo, o mesmo sentido. BOIAR: Xat. BOLA : Gra, gro, jakrin. PAT BOLO : Emin ( pão ). AR: BOLSA : Perógn ( patrona, sacco ). Ee a ie BOLSO: Veinkané. Le LIBR . BOM: Ha-1--Ha tavin: Bom de tudo -- 2 - Ha hé tal vinti ti: Muito bem de tudo. ene : BOM (melhor: ) Tampri ( superior ). BOM: Hé--1-- Man ho”: Muito bom -- man, muito. BOM (que tem serventia para alguma cousa ): Hé -- 1 Ko ho” ti: Muito bom para comer -- ko, comer - ti, muito - 2 Lairânha hone ti: Elle é muito bom para trabalhar - lazra- nha, trabalhar -- ti, elle. BOM (estar bom, ficar bom de saude) Had, pakxin, ho” - 1 - Had, sarar, ficar bom --’’ - 2 Pakxin : Ficar bom. me- lhor -- 3-- Está bom ? : Ma hé pa, mais; cin, bom. BONITO: Ha, xin, hé -1-- Ha tavin (xin tavin): Devéras bonito!--2- Casa bonita: In xin-in, casa - xi, xin, bonito. BONECA : Foke, fou. BORBOLETA : Totógn. Outras variedades : mebüré, membré -- 1 -- Borboleta preta: Totó aw. BORRACHUDINHO : Kran, karan. BOSQUE: Ua, úáitka, dai. (1) Vide matta. BOTAO: Den. BOTAR FORA: Le fore, vava -- Léti ti fóre: -- elle jo- ga fora -- le, fora -- ti, elle -- fódn, atirar - 2 -- Vavárxa: Esta botado fora -- xa, está. BOTINA : Pentoró ( vestido do pé )-toró, vestir. BRABO : Korég, diun, jun, jon, - 1 - Bixo brabo. Vide bixo -- 1 -- Estar brabo : junne -- ne, estar. Diz-se tambem jo, ju. BRAÇALETE : Nendo tokfin BRAÇO: Pen, jen -- 1-- Braço posterior: Pé buo’’ngh -- bnôngh, grande -- 2 -- Braço esquerdo : Pe káin -- 3 - Braço ante- rior: Jó pé - jo, anterior. Braço tambem se traduz com nindo. (1) U nasalado, Sat FBO! 2 BRADAR: Pran, prén, préra, préle. BRANCO: Kupri--1- Homem branco: Fong (deriva da palavra fogo, portugueza ) -- 2 -- Branco de ovo: Garin kré, déne kupri-—gqurin, gallinha, kré, ôvo -- dene, cousa - kupri, branco. BRAZA: Pianxo, pro"ix ngrii, prove. BREJO: Oré. Vide lagôa. BRIGAR: Kungré, ge--1-- Brigar um com outro: Ja- gne ge. jagne kungré, jagne ton ge--ton, com -- t, conenctivo. BRINCAR: Kajuno, kanjúno. BRINCOS: Ningréin toxá -- ningréin, ouvido - to, a al- guma cousa - xa, preso. Tambem. Veinnigréin toxá. BRINQUEDO: Kanjun niafá -- niafá, instrumento -- kanjún, brincar. BROTAR: Búro -- 1 -- Broto de fumo: Fimo buro. BRUCO, de bruço: Tapke. BUGIO: Gogn. BULHA: Vó (fazer bulha ). BULIR COM ALGUEM: Vog. BUNDA: Dégne. BURACO : Dôro -- 1 -- Entrada da orelha: Ningréin dô- ro-ningréin. orelha -- dôro, entrada, buraco -- 2 - Buraco na terra. Gakom -- bra--de ga, terra e kom, buraco -- bra, que- brado. Tambem se diz: Gadôro. BURRO ( jumento ): Burro. BUSCAR: Penoá. kané, penói -1-- Ir buscar: Pen? tin; kané tin-2--Ir buscar agua: Vide ir aguar. Kämi significa pegar. Busina : Ma(1) (oa, vdin, uain) kéire-vain, itaquara — kiire, busina. (1) M, V, U, nasalados, | | C CA (aqui) : Tag, taki, mi-I-Para cá : verá: Vexá kan- tin: vir para cá-l - Kikeká vó : Correr para cá e para lá - ka, em = vó, correr -- kike -- para cá e para lá. CABAÇA: Lu, ru, vrudiá, rumia--1- Ru tin: Ir bus- car agua com a cabaça, ou simplesmente: IR buscar agua. CABEÇA: Krin--1 -- Cabeça de arvore (copa): Nhoú -- 2 -- Uma cabeça a cima da outra: Arin vaixkritôve -- krin, . cabeça -- vaixkri, acima -- t, connectivo-o, outro -- ve, está — 3 -- Nindo nive: Vertice da cabeça. CABECEIRA : (do rio): Gôto hangja, de han, começar - q connectivo - ja, lugar. L be CABELLOS: Gdix, Jakua, Vide Appe, Nax. --1- Cabellos cortados : Krin rô (jeri) -- krin, cabeça ri, cortada. CABO: (da linha): TIJUD died CABO: Pu-1--da espada: Dó pu--2- Cabo de pen- ' te: Venharô pu. CABRA: Cabra, be. CACAR (exonerar o corpo): Prexpréje. CAÇAR: Enkréje, enkré). CACHAR: Kanémo (a acção de certas plentas emittir o cacho). Cachím (variedade de Euphorbiacea) : Gui (Vise). Cachim de espinho : Uamfé (vise.) CADA: Gré - 1-- Prin grétki: Cada anno - prin, anno -— ki, em-2- Aura grétki ou kura rét ki: Todo dia - 3-- Kura langgra rétki: Cada dois dias. CADAVER: XERE, ti téra, venxére ( defuncto ) - ti- tére, de ti, elle, tere, morto. CADEIA : Ró (cercado) - 1-- Livrar da cadeia: Venx- kanjam (comprar, remir alguem) CADEIRA : Jenja, nija, ninja. CAFE: Kcfè. CAGADO : Pednín. CACHO : Kané -- 1 - Cacho de banana; Banana hané, tügnbügn kané-tügnbüghn, caeté grande. CACHOEIRA : Krógn. CADEIRA : Jénjr, nija. CACHORRO : Hogn-hóg. CAHIR: XKúte, taq--1--Cahir por detraz: Apanitô kuten, apaníte ou panitó, de costas-- 2 -- Apanitô tagne: Cahir de costas. CAIXA: De, kainké (canôa). CAIXÃO : Kairão. CAIETE: Tügn. CALCANHAR: Penra. . CALÇAS: Afangrôro, afangrüro, degnengóro, ixion -- fin, perna-dégne, bunda. CALLO : Praéja. CALOR: Arán - 1 -- Teuho calor: Avi aran togmo- kri, encima-tógmo, estou. Diz-se tambem lan. CAMA: Nänja de nan, deitar - ja, logar ou instru- mento. Tambem se diz kakré. CAMARADA: Jen, ajén. CAMBALEAR : JUXKE (jéérké), girar, janjet. CAMINHO: Emprü, emin. Concertar o caminho. Em- prii hat hadn. CAMISA CURTA: Roro. Camisa: Xupoin. Camisa comprida, téie. CAMPO : E'rê, ré, arê. CANASTRA : Kurt de- kurt, panno - de, caixa. CANÇADO : Aré. CANELLA (perna): Foá, fá. CANINANA: Panta hé-panta, cobra--hé grande ou bonita. CANNA (bambu): Uäno -- Canna de assucar : Makri. (1) CANIVETE: Küfà kré, kiifekré-kiifé, faca. Tambem- havankré. CANOA (S Paulo) Kagndóro -- de ka, pau - dôro, buraco - Ka tamprü: A canôa sóbe. Tamkem, kainké. CANTAR: Táinra (imper.); kur, canto dos homens e de passarinhos; kenk/ -- 1 -- Taintânhera Canta tu. CANTO (angulo da casa): Ge -- 1-- Ingé: Angulo da casa. CAO: Vide cachorro ): Hau-háu. CAPAR: Gratá nóti--grafú, testiculo -- nóti, tirar -- gra, macho. CAPAZ: Hé--1-- Ix kiveinrâmen vaix titi: Eu não sou capaz de aprehender -- váixtiti, não ser capaz -- 2 -- Hô- ton: Não ser capaz. CAPIM: Kre, arê, éré. Planta, como a guanchuma por ser algo lenhosa, se chamam ka, pau. Tambem se diz, ud -- 1 -- Uakrin : Canna. CAPINZAL: Rei kré-réi, planta -- kre, plantação. CAPITAO ( cachique ): Ontan ag man je-ôn quem - ag, gente -tem--je, está. Tambem turumán -- ni -- turú forte (tara) -- man, muito = nt, é. Tambem : On buüngh ve: Aquelle que é grande -- on, quem -- ve. Tambem: On ag man je. enhundie, engmanhe. CAPIVARA: Krü ndii ngh, krondéngh. CAPOEIRA (MATTO ): engo--hu. ( 1) M, nasalado — a” EE ec dé | É — 235 — CARA: Kakan, rova, gakan, jamé ( faces ). CARAMUJO: Dudn. Dudn, significa pretuberancia. Talvez se nomeie assim o caramujo, por causa da casa que carrega comsigo. CARNE: NY, ti nz, carne delle - 1 -- Dé mi, dene ni, antoni ni, daneni : Carne de animal, de bicho -- 2 -- Carne crua: Ni tói (verde )--3-- Ni dei ! Carne cosida -- 4 - Car-- ne secca: Ni toxá, tog, secco -- xd. está -- 5 -- Déne kan ni: Carne de todos os bichos -- Nan, todos. CARO: Kajam buôngh - kajám, comprar -- buüngh, caro. CARPIR: KRENOJEN, veinkrendjen, veinkrenóin. CARRAPATO: Tiré, tiri, Tirt kaxine -- 1 -- Carra- pato grande: Tiri mainmáânti ke. CARREGAR: Ma, ba, bu, butkan ( carregar e mover- se). batin, matin, van, vuän, vué, ve, vuétkan, vu, tug, viet vüat; -- 1 - Matin: carregar.-- 2-- Mano, bano: estou carre- gando --3-- Vuét kan ni: Está cargando-nz, está -- 4 -- Vu ix: Eu carrego --5-- TU, tug -- Perfeito singular de batin, é ba- vüire ; plural é bakangüuve- 6 - Carregar para cá: Ba- kantin. Plural, bakamojen -- 7 - Vuetkantin : Trazer (vetkan- tin) - 8 -- Bara, bare: Carregue. Imper. -- 9 -- Akotxin vuet kan feti: Carrega um filho no collo -- akotxin, filho -- fé, collo - tí, elle - 10-- Pego alambary, mas o povo leva (rouba) : Kankrifuére xabm ix hara ag vué-xabm, pegar -- kankro fuére, aiambary-hara, mas -- ag, elles--vué, tiram -- 11 -- Pere tin: Carregar. PERFEITO : Péreviiire, carreguei; perekangduve carregamos, carregastes, etc. CARREIRA: Jukfui CARRO: Jürürut, jüréru. CARVAO: Prüix. CASA: In--1 - Hix in hkóke ti: Elle destroe a mi- nha casa- éix, minha-kôke, destruir -- 2 -- Casa de botão: Ren. CASACA : Casaca --1-- Casaca tug: Ir de casaca-tug, carregar. CASAL: Prine. CASAMENTO : Veinprôn ( de hemem com a mulher ), kafinbét (da mulher com o homem). CASO: Faz pouco caso de nós: Enkwxin. Vide acon- tecer. CASAR: (do homem com a mulher): Prôn.- Da mu- lher com o homem: Finbét l:éve-fin ella-bént, marido ke, es-- ta querendo -- ve, esta. CASCA : Fuóre (pelle) -1 - Ka fuére: Casca de pau: ka, pau. CASCAVEL: Xanxá, xaxá. CASINHA : Inxi. CASCUDO : Kankrüfuôrére. Nankrô», pequeno peixe -- fuüre, pelle (para significar que é peixe que não tem es- pinho), rére, ferrão. CASTICAL: Déje fen jafi--déje, cera-jafá, instru-- mento-fen, fechar. CASO: 1-- Fez pouco caso de nós: Einxi. Vide acon- tecer. CAVALLO: Kavaru. CAVERNA : Parandôro. CEDRO : Tou. CEGO: Dégn dé, küvo, kané tôn, ndôgu. CERA : Déja, déje-- 1-- Dejgrú: Luz de cera. CERCA: Ló, ro, aró. (a, prothesi). - Tambem signi- fica lugar fechado, prisão, CERCADO: Toró. -- 1-- A casa está cercada de flores: Kaféi in tord je-kaféi, flor-in, casa-je, esta CEREBRO: KOJO, krixkóio. CERTO: Han, hana - 1 -- E’ certo, é verdade: Ma hé --2 - Com certeza, sem duvida: Harato, hara - 3-- Ta hana kite: De certo chove-tz, chuva ute, cahe -4- De certo faço: Athan kéixno-kéirno, faço. CEU: Kaixka, kaika. CHAMAR: Ke -- 1-- Eu chamo: Je ke, de je, eu-ke, chamo --2-- Keke: Chamar varias vezes -- Chamam varias vezes a comer: Ko kék . CHAMMA : Apon, pôn - queimar, pin ten kóp-ké. CHÃO : Ga, enga. CHAPÉU : Krintave, klintáve, xampé.- Voltas do cha- péu: Krintawegrin. Nota. Os Kaingang fabricam chapéus com tranças de cresciuma. CHEGA ! (basta !): Gétka ! CHAVE: Niféja-nifé, fechar-ja, instrumento -- 1 -- Cha- ve falsa: Niféja korég -- Chave verdadeira: xave hô. CHEFE: Pu-i (parece palavra portugueza ). CHEGAR: Judn, júro, juno -- 1 -- Chegam varios um de- pois do outro: Judn judn. A repetição indica multiplicida- de de acção -- 2 -- Esta rua chega até aqui: Emprii tag taki kränje-emprü, estrada - tag esta — krdnje, chega - 3 -- Chegou : Jütke - 4-- Está chegando: Van juno-jino, chega - van véin, prefixo. CHEIO: Fotfóro-futfóro ( repetido para significar varias cousas cheias ) váre, fur, foro, for, xóro -- 1-- O rio está cheio hoje: Ori gôio váre-- ori, hoje -- gto, rio. CHEIRAR: Kain, -- Kainra : imperat. -- 1 -- Na káin : Eu cheiro. CHEIRO : Géré(1)- 1 - Gére hô: Bom cheiro -- 2 - Gére kôleré : Mau cheiro, kokré, podre. CHEIROSO : Gére. CHIFRE: Nika, Ninka. CHOÇA: In xi - in, casa - xi, pequena CHOCAR: Xôn ( das gallinhas ): CHORAR: Fa, fua, foa. CHUPAR: Xiœut ( Vise), náix ( puchar ). CHOVER : Ta kite-ta, chuva, cahir -- kite -- Güp, gopeke. CHOUPANA (toca): Kré. (1) G, nasalado, -1 bo [oo] CHUPAR: Ge (1). CHUPIM: ( passaro) Füixfüéæ -- fúix, assobiar Repe- tide, para significar o frequente assobiar do chupim. HUVA: Ta--1--Chuva de pedra: Nafu --2 -- Tem- poral: Ta fan-fan, cheio. CICATRIZ: Kané. CIDADE : Ema budngh -- ema, povoação buüngh, grande. CIGARRO: Vai-ù -- 1 -- Pitar cigarro: Vari kói-kói, comer. CILADA: Vaji. CIMA: Pânte--1-- Para cima: Pänte- 2.- Do meio para cima; Kujú hd. CIN O: Patekra, patekdra, petkara, veinkangra ôn ka - fante--veinkangra, quatro - ôn, outro -- kafän, além-te, em — 2 -- Ot (com os numeros acima de cinco ): CIN-OENTA: Vide grammatica. CINTA (correia, cintura ): Jéd, dung muafé-dung, ventre, mafé, correia. klaera ( Vise. ). CINZA: Bréne, mréne, pingógn. CIPO: Mréion, bréion, bran -- 1 -- Cipo imbé: Na- maron. CLARO: Kuran. Adj. (dia claro, tempo claro ). COBARDE : Mômen haan-mómen, temor -- hand, sentir. COBERTO : Pakxin ( coberto pouco ) veingrin, vein- krim - 1 - Pakxin, de pan, coberto-xim, pouco -- 2 -- O céo está coberto: Naxka venxkud ne--kaxká, ceu - vexkw'd, coberto -- ne, está. Venxkud sigaifica propriamente preto, azul ( VEN- XO, venxu D, connectivo cobrir: Pugn. COBRA: Pan--1-- Pan fuüre: Pelle de cobra. COBRA CORAL: Pan kongarü ( comgeré ). COBRAR: Ix kajám ke ti: Elle quér que eu pague : me quer cobrar. COBRIR: Rémke, tarómke, veinpu, grúro tóró, pon, orô - 1 -- Kaiká taromke: Ceo coberto -- 2 -- Veinpú grin: Ca- beça coberta -- grin, caboça -- 3- Kané peju: Olho coberto - kané, olho -- 4-- Afangrura, afangróra : Calças -- fan, perna - 5 -- Pentoro: Botina -- pen, pé--toró, cobrir - 6 -- Hurômpke. COCHIÇAR ( palrar): Kéke--de ke, fallar, repetido por ser frequente a palavra no cochichar. COCHILAR: Noro xórmo--nôro, dormir -- órmo, desejo. COXO ( mancn ): Vaguá, vaguü. COELHO : Xóro. COETANEO: Jágne koma (comé) -- jogne, um a outro -- ko, ao lado. | COLHER: Had (fazer a colheita). Cuia ( colber ), juué, javé, jaué. COLIBRI: Kakóe. COLLA ( grude ): priré. COLLARINHO DE CAMISA: Tindúi (1) G, nasalado, 238 — COLLO: Fé paro -- fé, coração. COM, prep. que indica instrumento : Tan -- 1 -- Beng tam pó: Pedra lavrada com machado -- beng, machado -- tam, com, COM: ( posp. de companhia, logar, contra ): To, bra, bré, ten, ta, ton.--1--Ix to jim ne ti: Elle se brabo commigo -- jun, brabo --ito, commigo-ne, esta -- 2 -- Ixbré tin ti: Elle vai commigo -- tin, vai -- ixbré, Coming -- 3- De xo ama jun ne? porque está brabo commigo -- de, porque - xo, commigo -- ima, você -- juno, está brabo -4:- Ka tan in hádno: Com pau faço uma casa-- ka, pau--tan, com -- in, casa ( instrumento ). COM (instrumento ): Re--1-- Küfé re tan: Matar com faca -- Life, faca -- re, com -- tan, matar. COM : Materia, ten, tan --1-- Pó ten méza : Meza de pedra. COMA (imper.) XKongra, haco, kangrai--ha co, de ha, voz imper. e de ko, comer. -- 1 -- Coma mais: komanera -- ma, mais. COMBATER: Niingré, gé. COMBINAR: Vewxenkrédn, de vex e de krédn, pensar. COMEÇAR: Kami, han, pén. COMER: Jo, kó a - 1 -- Exon komo: Eu estou comendo -m>- de como, agora -- 2 - Comer tudo: Kangra, de ka, ko, comer -- gra, mem DAE e venjén, kevenjén: Comer, tomar a refeição -- 4 - Como um pouco: Jentxi. COMIDA: Venjén -- 1 -- Pouca comida: Ko xi. COMILAO: Pra buéngh-budngh, muito. COMMIGO: Xo. COMO: Déja, hürike ? -- 1 - Déja rog ne ha? Como ja esta engulindo? og, engulir--ha, ja--2-- Tx Joxé hürtke tara: Eu sou forte como José:)-- Como esta o pai? Hu hô- “vike jogn ? -- ha, bom-- hórike, como - 3 -- Hürike : Semelhante — 4 -- Como está elle: Haman ti ? COMPANHEIRO : Arengré, rengré, langré, kaporon ( Telamaco ). COMPANHIA: Brincar em companhia: Bré kanju, ti-kan- ju, brincar -- ti, elle-bre, junto --1- Vamos em companhia: Alen- gré tôna -- aléngré, dois -- tóna, ir. COMPRAR: Kanjam, kajam. COMPRIDO : Téie - 1 - Camisa comprida: Teie. Tam- bem tai. : CONCERTAR : H dn. ha hadn - hadn, fazer -- ha, bom 1-- Dó hadn: Concertar a espingarda -- dó, espingarda CONHADA : /avuñi-f, ella, mulher. Katka pron: Mulher do irmão -- prôn, mulher -- kaiká, irmão mais velho - 1 -- Ilangré ve: Irmã do meu irmão -- ve, irmà-- À, meu, langré irmão. CONHADO : Jambré, ilanivré --1-- Tx pron javú; ix pron fi gavú - pron, mulher - fi ella -- javú, irmão. CONHECER: Kevenhara, kinveinramen, kanheroë, ke- venhar a. ” ee a a ee € PA CN | 4 Ee tes CONNECTIVOS: 1-- Mankanga ed ni: Está muito doente -- e, muito - d, connectivo - nz, está -- 2 - Veinpejud ix : Eu me escondo -- d, convectivo -- 3 - Æïx in ui kantin : Venho para minha casa -- ui, eu -- 4 - Ungré grét agn: Gente mas- culina -- t, connectivo -- 4 -- Hiinz em vez de hôni: Está bom - d, connectivo. CONSECUTIVO: (prep.) Se traduz com kan, por- que. Exemplo: E’ tão bom, que deu tudo de esmola; se traduz nesta forma: Porque é muito bcm, deu tudo em esmola CONSERVAR: Véle titaráne. CONSELHO : Enjuvén. : CONSIDERADO : ( Homem considerado) On tan ag man je-on tag: aquelle que- ag, gente -- man, muita — je, está. CONTAR: Nikré (fazer contas ). CONTAR (narrar): Vambé, to. CONTAS: Nikré CONTENTE: Mahüti : - 1 - Ix mahôti ; eu estou muito satisfeito. COMTINUAR : Ma--1-- Continuar a comer: Human, imper. manera CONTRIBULO: Kaka. Esta palavra tambem signi- fica irmão, gente de meu parentesco, da mesma liga, ami- os. CONVERSAR: Veinvin, vembé. vimbé, venbé, vembédn, vimbédn - oinbédn - 1 -- Vi je ne: Está conversaudo - vin, conversar -- jéne, estar sendo. CONVIDAR:--1-- Akta tin kantan vinera: Convida- os todos -- vinera, falla tu -- ag, elles - ta, aqui - kan, todos - tin, vir-2- Ag kara ta ting ex kémo: Quero que todos venham para cá -- kara, todos -- kémo, quero. COPO: Kankré, einran -- 1 -- Eirdn fuän: Cepo cheio. Tambem einragn: E COQUEIRO : Tó. CORAÇÃO : Fé, kifé, kifd, fé. CORDA: Kuinhe. E' uma tira de embira com os cabos atados que passa na fronte das mulheres com a qual as mais Kaigang seguram nas costas pelo assento as crian- gas. -- 1 -- Uafé, mafé, fe, xine (linha de anzól). CORAGEM: Tara, kamé ton - kamé, medo -- ton, não. CORAJOSO: Jom tine. COROA :--1--Corda de penuss: Arangretára -- 2 -- Corôa feita com o córte dos cabellos como aquella de padres franciscanos: Nindó nive. COROADO: Kaingâng (significa tambem homem) -1 -- Jaquatugtézé : uma tribu de kaingang, que deixa crescer os cabellos nas fontes da cabeça -- jaquä, cabello (1) -- tug, car- regam --téie, compridos. (1) Propriamente porcarias, vermes, — 240 — CORPO: Hü-1-Meu corpo: Zx hi. 2-Pintar o corpo: Rô, ard. CORREDEIRA: Ovô, ud, uôg, vó, veixvo. - 1 -- Gôio vó ki judnti: Elle chegou na corredeira -- ti, elle. CORREIA: Venjódn. As Kaingang com estas cor- reias de goivira apoiadas adiante da fronte e amarradas atraz das costas, carregam atraz das costas as crianças embrulha- das num lençol, fazendo sentar a criança sobre esta embira -- 2-- Togfinja: Correia, civto para amarrar as calças, a saia ao corpo. Diz-se tambem: veintokfinja, veinrogkfinja. CORREIO : - Chega o correio : Venharü van judn - ve- nharô, carta, van -- judn, chegam. Van, vein: prefixo. CORRELATIVO: On: um e outro. CORRER: Veinvó, ud, vo, veivól:, uai, vó, petén, veinva. CORRER FORA, TRANSBORDAR: Vava-- 1-0 rio está transbordando : Goio vavária. CORTAR: Fiix (a cabeça), pan, kema - 1 -- Kemán - 2 -- Krit (ferida) krü -krü, varias feridas - 3 -- Ariing ou rüng -- 4 -- Ariino -- 5 - Krü, - 6 - Nre, --7-- Niúpte (o pau) -- 8--Cortar | (os cabellos ): Ro, rói-- 9 -- Corta tu: Kriira - 10 -- Cortar matto, fazer roca; pan. Pan tekuxiá: Cortar o matto virgem -- - 11 -- Cortar: Nupára. Imper. -- 12 -- Cortar os cabellos -- Gaix ri ro- gatx, cabello -- kri, acima. CORTADO:--1-- Kurán küdn: A costura está corta- da - kúdna, de kur, cortar -- na, esta. CORTE: Já ( dente )-- 1-- Beng ja: Corte do machado. CORTIÇA : Ka fuôre -- ka, pau - fuôre casca. CORUJA: Dôro kenon: orelha puchada, arrancada. CORVO: Jantá -- 1-- Jantá buôngh: Urubu rei. COSIDO : ( cosinhado ): Tanáia ( molle ). COSINHA : Déja fa-fa: instrumento, lugar COSINHAR: Déi. ih COSINHEIRA : Déixti fi-fi, mulher -- ti, connectivo. COSTAS: Panim, pani, epâni ( espaduas ), apáni (par- te posterior de qualquer cousa) -- 1 -- Estar de costas : Noa- tot -- 2 -- Costas das mãos: Ningé pakxim-pakaxim, de pan, cos- tas--xin, pequenas. Tambem: Ningé pan, ningépanim - 3 - Osso das costas ( do lombo ); indid kuka. COSTELLA: Kavüi, jankád-ot (S. Paulo), kauigh. COSTRA DE PEIXE: Pirá kuká -- pirá, peixe -- kuka, osso. COSTUME: Be. Propôe-se a palavra que indica a cou- sa que se costuma fazer -- 1 -- Noro be ti: Elle costuma dor- mir -- ti, elle. COSTURAR : Veinkw dn, vainkurán, kurdn. COTOVELLO : Jopén düdn-jopén, braço anterior -- didn, protuberancia, maçan. Tambem nindô dúdn-nindo, | braço. £ RR TES Ts ERES — 241 — COURO: Fuüre (pelle )--1--Couro de veado: Kam- bé fudre. À COUSA : De -1-- Outra cousa : Denum - denim, on, algum. Significa tambem tudo --2 -- Dé koré (korég): Cou- 9 sa ruim (o diabo) -3-- Ti det k.rég: Cousa ruim delle. COUSA: Veixmá--1 -- Ti jan veixmä tag eixmä fi: A mãe delle me dá esta cousa - jan, mãe - tag, esta - fi, da. COVA: gakônvo -- 1 -- Okxa kré: Cova de taté- tu --2-- Kréx kovo: Cova de defuncto - kréx, defuncto. COXA: Are -1-- Parte inferior da coxa: Kre buô- ngüh--buüngh, grande. CRAVAR (a faca.) : Küfé re ran-küfé, faca-re, com - ran, entrar, küfé kan nite: Bater com a faca- kiifé; faca, kanite, bater. Tambem: Kan, com-nite bater. CRESCER : Bógn (de plantas e pessõas). CRESPO : (encarapinhado): Koingrin (torto). - CRIA: --1-- Dar cria: Kren ke ti-kren, cria-ke, fazer- ti, elle. CRIAR: - 1 - Jeanixmo, jen anixmo (criar um menino, um animal) -- 2 -- Criar-se, crescer: Bógn. Exemplo: Eu me criei em Jatahi: [x Jatahy bôgn--3- Anhe ge (criar um menino ou um animal)-- 4 -- Venäe: Criôlo --5 - Ven - a: criar. CRIANÇA: Girexi, gire, menino-xi, pequeno. Xin: pequeno, criança. - Hrén (ovo, familha, criança). -- Veen- kren. Nongüjè ontxt: Criança de peito - nonguje, peito - ont.ri, criança. - Ontxí. - Ven kren. CRIAR: Anhe. CRINA : Niibé, rére-rére, ferrão - Ti kube (kubé): Crina delle. CRIOLO : Veän, venãi -- 1-- Vena on: Um criôlo -- um, on -- 2 -- Criôla; Veanfi. CRU’: Tüix (verde)--1-- Ni tô” Carne verde -- ni, carne -- tó?, verde. CUIA : Javé, jaué. CUIDAR: Ve - 1 -- Estar com cuidado : Xrêgmo pensar. Enkrégmo. . CULPA: Grin, gréne--1-- Por tua culpa: Antén grin, anton grône, aton grône--2 - Anton grin kéve: Fiz por tua culpa - fiz, kéve. CULTIVAR: P. ng, pan -- 1 -- ; an, epdng ( propriamente, derrubar ). CUMPRIDO: Téie -- 1 -- Muito comprido: Téie qu, taie gu, táon gu-gu, muito. Téie, téi; significa tambem alto, fallando-se de arveres em pé. Tambem tai. CUNHA: K fénja-fen, quebrar - ka, pau- ja, instru- mento. CUPIM: Arin (especie de formiga), rin. CURIOSO: Detun ve kemá -- detun, tudo -- ve, ver -- kema, ser inclinado, gostar. \ — 242 — CURAR: Kiiktang (um doente ). CURCUNDA: Pando ( curvo ). CURTO: Ruro. CURVAR-SE: Páixke, Apainke, bradn -- 1 - Panim (pan) bráin: Curvar as costas. CURVO: Fen --1 -- Jakrin fen: Curvar o joelho. CUSPO : Xug ( escarro), jara (saliva, baba ). CUSPIR: Engondra ? CUSTAR, SER DIFFICIL: Vaix háti--háti, fazer -- vaiax, difheil. EP a” , jae po D DANÇA: Veingrin, grin, réin (pular). vaikokefu (Visc.). DAQUI POR DIANTE: XKára--1--daqui a pouco: kara, kar, karaxi -- xi, pouco. DAR: Nim, judn, vidn, mavidn -- 1 -- Não me dou com elle: Pije ti bre ve hô ne- pije, não -ti bre, com elle - ve, fallo -- hô, de boa vontade -- ne, estou - 2 - Dar coice : Juke - 3-- Dar capim (herva) ao cavallo; HKovarú kre vidn-kre, herva -- vidn, dar -- 4 - Dar presents: Fi. Em sentido de bas- tar -- kran. Dar, se traduz tambem com kur, jur, kaxidn, moteke. (Visc.) DE ( proposição ): Kan ( separação ) -- 2 - Ki (origem ). Recebi pão do patrão: Patron ki emi ma--emi, pão - ma, recebi -- ‘5 -- Jagne kan povo : Separou-se um de outre -- jagne, um de outro-pôvo, separar - 4 - Te, ten, partida de lugar. Krinte ix kantin: Venho do monte -- krin, monte - te. do -- kantin, vir - 5 -- Kan, causa. -- Morre de fome: kokire kan, tére -- kan, por -- tére, morrer -- 6 -- Tan, em (lugar). Jatahy t n agn: O povo de jatahy -- agn, povo - tan, ne--7-- Ta: com (materia). -- Casa de pau: Ka tan (te) in-ka, pau -- fe, tan de -- in, casa - 8-- Kan -- de, (com: modo). Pé kan tin: Ir de a pé-9-- Te, ta (tempo): Kotii te: De noite — kotii, noite - 10 - Te, de (Lugar): Venho do monte: Nrinte kantingo. DE BAIXO: Arén, kran ; pran. DEBULHAR : Grénde (milho p. ex.), grüro, grij, gréndi. DEDO : Féie, ningé féie - 1 -- Dedo annular: Ningé- féie kantégé-ningé, mão. Tambem: Ningé xin kantéje-xin, pequeno -- 2 - Dedo indicador: Ninguúja - 3 -- Dedo mediano : Ningé féie güje- qu, grande--je, está -4-- Dedo minimo : Ningé xm--xin, pequeno -- 6 -- Ningé féie buüngh: Dedo pollegar - buôngh, grande ( Telemaco ). DEFUNCTO: Krex, venxére, tére. DEIXAR: La, ra, re, dére--1-- Deixar o cavalo, e ir embora: Me re, kara viiire-- me, mén, animal ( cavallo ) -- kara, depois -- vüzre, foi embora -- 2 - Lairânha tangréke vais : Não gosta de deixar de trsbalhar : larrânha, trabalhar - tan- grénke, deixar -- váix, não gostar. -- 3 -- Deixar de fazer algu- ma cousa por medo: kamé -- 4-- Tr kéxni enkrét kara väix ne : Não deixo de pensar na morte delle -- Ti kéxæni, morte delle --enkrét, pensar -- karaväix, deixando --ne, estou (sinto a morte delle. DEITAR: Na (na cama, p. ex.). Imper.: Námbra -- 1--Deitar agua (deixar cahir agua). Ton-á, MCE MERS DELICADEZA : Auméra ( kumééra ). DEMAIS: E hô. DEMONIO: Det koré--dét, cousa -- koré, ruim. Tam- bem akr/tôn. DEMORAR: KARAVA4'IX (nunca acabar, demorar, custar acabar ) -- kara, acabar -- váix, dificilmente, nunca, DE NOVO: Tot--1-- Ein tot konfá ra kankuüten : Nos passamos de novo para lá -- én, nós — kanfän, além - ra, para - kon, em -- kúten. passar -- 2 -- Tót kantin: Vir de novo, vol- tar para cá. DENTE: Ja, jan, anja (an, prothese) -- 1 -- Toco de den- te: Jajóxike - ja, dente — jóixke, toco. DENTRO: LAN, kanki, k1kà, kara, veixkaki, ka, kan, kon, te, ta; kren--1- In kanki: Dentro de casa - in, casa --In kanka. -- 2 - In kara vüire: Foi em casa — viiire, perfeito de tin--4-- Veixkaki fódn: Por dentro ( no bolso ) - 5--In kanti kanje: Está em. casa-- ti, elle - kanje, está -- 6 -- Esta em casa: In te kan ni- kan, estando - nt, esta -- 7 — Dentro da gaiola: Xanxi in kren-xanæi, passarinho -- zn, casa. gaiola -- £ren, dentro. DUNUNCIAR: Vide dar parte. DE PE’ NO CHAO: Pentoró tôn - pentoró, botina — tôn, sem. DEPENNAR: huúgnóre. POUCO DEPOIS: Kara, xiri, kar, karka -- 1 - Kaim- bara xiri: Pouco depois -- 2 -- Festa kirka: Depois da festa — 3 -- Kara ki: No depois -- ki, no - 4-- Dó: Depois (logar e tem- po)-5- Xiri: Logo depois -- Háti xíri: Logo depois que sarou -- hati, sarou - 6 -- Vaiônt ka: Depois de amanhã -- va7- amanhã -- ôn, outro -- ka ( noutro amanhã ). DEPOR: Ge, gégmo (a gallinha pôs ovos ). DERRAMAR: Veznkujén. DERRETER : Tógn (assar )-- 1 -- Está derretido : Totó re--totó. repetido para indicar multiplicidade de acção -- re, está. Totót, totógn, toto, indicam multiplicidade de acção. Está derretido : Toto ré -- re, esta. DERRUBAR; Gan, pan, fan--1-- Derrubar a casa; In fan -- 2 -- Derrubar o matto - Nem pânktimo -- nem, matto - pânktimo, derrubado agora. Dahi a palavra epän, roça, DESAPPARECER (perder). Mamfore, tonjet kémo (de tonjet, estar fora-. kémo, quero agora ) -- Desappareceu a agua do pote: Góio kikiküp -- ti. DESARRUMADO: Damo -- da, cousa. DESATAR (soltar o cavallo): Ra. DESCANCAR: Vensküje, vekidje, kin. DESCASCAR: Veixkukfén, kukfén, kuldé. DESCER; Tére, kantére, katére, jambá-- 1 -Imper.: Taréra (teréra, kantaréra-- 2 -- Kankéie ki ag tére: Elles descem da canõa; desembarcam - ki, da - ag, elles -- tére - descem. BH) Ts 2e DESCOBRIR: Ve--1- Descobrir uma anta: ojóro ve - 2 - Descobrir o chapéu: Krintâue vopke. DESCONHECIDO : One ve vais -- dre, um -- ve, visto -- váix, nunca. DESCUIDADO : ÆXïliriton -- liri, acordado -- tôn, não. DESEJAR: Xóro, kexoro. DESEMBARCAR: Kampäje, kankiten, kampáje : To- dos passam -- pa, passar. DESERTO : Emi tôn- em. povooção -- ton, sem -- 1 -- Ten emátôn: logar sem povoação -- 2 -- Min ema ton ti -- Mim, gente --ema ton ti, ema ton, sem morada. DESENTERRAR: Peju, kuno--peju, roubar - kuno, arrancar -- peju, escondido. DEZESEIS: Vide grammatica. Vide App.. DEZENOVE. Vide grammatica. DEZESETE. Vide grammatica. DESCOSER, DESCOSTURAR: Kudnvati, kugvânti. DEZOITO. Vide grammatica. DESLIZAR: Tére-1- Pó kri goto tére: A agua des- liza sobre as pedras - pô, pedra — kri, acima. DESOCCUPADO : Veinxaré (sem trabalho ). VASIO : Kuprá--1 -- A casa está desoccupada: In van kupra- van, está. DESPICHAR: Tankränje. DESTRUIR: Wokék - 1 - Nokéktimo: Destruo agora - 2 - Destruir a casa - In kokéktimo. Significa tambem estragar. DESTRIPAR: Kóix kaixpára, kôix kapara. DE TARDE: Jankéra. DEUS: Topén. DEVAGAR: Xio, kuméra ( melhor kumééra ). DEVER. Me deve dinheiro: Jama dinheiro déve. DEVERAS : Zlälato, härato ( certamente, na verdade ) Tavin, tauit - 1 - Hatavin: Deveras bonito! - ha, bonito. DEZ. ( Vide grammatica } - 1 - Ningé veikrit on: Uma mão acima da outra. DIA: Kura, koran (tempo claro), mais raro arán (sol), ou lan, ran - 1 - Outro dia no tempo passado : Venxar -2- Dia Santo: Topén, kurän korég-kuran, dia -- korég, ruim (assim consideram os Kaingäng o dia santo, porque nelles näo ganham nada)-3--Um dia e uma noite. Vide noite. DIABO: Det koré-de, bixo-t, connectivo -- koré, feio. Vide demonio. F DIFFERENTE : Onve--ôn, outro -- ve, é DIF ICIL: Väir,.korég, kara váix -kára, acabar - väéx, dificil -- 2 -- Difficil de carregar: Tug vdix--tug, carregar -- 3 - Difficil de passar: Pa korégtir.o-pa, passar -- korégtimo, dif- ficil agora -- 4 -- Javáir : Difheil. DINHEIRO : Jéro, nhinhero, nhatikambu. — 246 — DIREITA :--1--A' direita: Pénja känte-pénja, di-. reita -- tante, de lado--2-- A direita: Ipédn-i, meu -- pedn, direita. Tambem peninja DIREITO : Nuré, jejét, jet, kujé- 1 - Estrada direita : Emprit kuré -- 3 -- Fazer a estrada direita: Emprii jetjét ké ve-ke, fazendo = ve, está -- 3 -- Nariz direito: Ninhé kujé - ni- nhé, nariz -- kujé, direito. DISCIPULO : On tan venharó ti-venharü, ler, es- crever; apprender a ler. DISPARAR (espingarda ): Pen, pedn. DISTANTE: Kivará, kucrà -- 1 -- Muito distante: Mu- varan gu, kuvara ho. DISTRIBUIR: Mavidn, vidn. Significa tambem dar simplesmente. DIVERTIR-SE: Najúno, kanjuno, kadjúno, kadjiri kanjiré, kaxdiri - 1- Pinjiri: Divertimento do fogo. DIVIDIR: Veix haridn. DIZER: Tó, ke, vin, ven, ven bédn, win -- 1 -- Cochi- char: Néke--2-- Imperativo de to, é toréra- 3 -- Ti korégn ex kéixno vénve: Eu digo que elle era ruim -- ti, elle -- ko- rég. rum -- ex, eu -- héixno, digo agora -- vénve, era. DO’ ( compaixão ): Me causa dó: Ex man tóg jaktara je-exman, para mim -- jaktára, miseravel -- je, é. DOCE: Doce ( subst.), (adj. ) grén, gréin. DOENÇA: Veinmá,--1-- Veixmäfi ne: Ella está doen- te -- fi, ella -- ne, esta com. DOENTE: Kanga (adj.), veinkanga, korég - 1 -- Va- rios doentes: Kangagá -- 2 -- Kangáti : Esta doente -- ti, esta. DOENTIO: Kangambé (‘sempre doente ) - be, sempre. DOIS: Lengré, raingré, alengré, arengré, alengré, langrê--1-- Vôos dois: Aiang lengré-aiáng, vos. Tambem: Ag raingré hande-ag... hände, vós. DOM, presente, donativo: Fagrin. DONO: To non poko: Dono do porco. DORMIR: Noro, nôt -- 1 -- Logar de dormir: Nôr ja--ja, logar -- 2 -- Dormitorio : Nôro niafa--niafa: logar, objecto que serve para fazer uma cousa, instrumento. DORSO DA MÃO: Ningé pakæin. Vide costas da mão. DOUTO: On tan venhrô kilairóne-ôn tan, aquelle que sabe lettras -- venharô, lettras -- lizkairône, sabe. DOZE. Vide grammatica. DURAR (ser dem muito tempo): Este chapéu dura um anno: Krintave tag prin ed ni--lkrintávetag, este chapéu -- tag, este -- priin, anno -- ¢, muito -- d, connectivo -- ni. é. Tam- bem se diz koré. DURMO: Noro. -- Norora. kudnôrora. Imper. DURO: Tara, tiju, two, tira, thru -1 ~- Tartâno, tan- gtano: Ser forte, ficar duro. DUVIDA :--1--Sem duvida ( certamente ): //arato. E E, conjuncção, não ha em Kaingang. A’s vezes se suppre com kdra, depois Ex.: Trabalho e durmo : Lairânha, kara norômo. A's vezes se repete a prosposição. Canta de dia e qe noite; se traduz como fosse escripto: Canta de dia, canta de noite: Auran kiir ti, kotü te kur ti--kurán, dia - kur, cantar -- kutii, noite. As vezes se traduz com a posposição embre, bre, quando é possivel. Ex.: Meu pai e minha mai. Ix jogn, ix janbré, meu pai junto com minha mai. E', verbo do verbo ser: O--1-- Tit dn: E' delle - ti, delle -- ¢, connectivo - 6, ôn: é--2--Ixôn: E' meu - 3 - Ag ton: EK’ delles- ag, delles -- t, connectivo -- 4 -- Hana, é - 5 - Vénve, era--6-- Ve: E” ( presente ). ECCLIPSE: -- 1-- Ecelipse de lua: Katkango kiixa pakxim-kaixkangé nuvem -- kiixa, lua -- pakaim, cobrir -- 2 - Ecclipse de sol: Kaixkangó aran pakxin-aran, sol--3 - Arän dúro - arán, sol - dúro, se apaga. EGREJA: Topé -- join, -- topé, dos Santos -- join, casa de guardar; de jo, guardar, e de in, casa. ELLA: Fi (femea, mulher ). ELLAS: Fag ( femeas, mulheres), fagtôn. ELLE: Ti; - 1 -- Com elle, to. | ELLES : Ag, ( gente ), agtôn -- 1 - Elles deis : Ag rengré. - 2 - Com prothesi : - 1 - Kiág to: Com elles--X/, prothesi - to, com. EM: Kan. ki, ka, tan, te, to, tog, ta, te, to, gan, gri; kri.--1-- Kan, iudica tempo. Ex.: No dizer isto, motreu ( emquanto disse isto, morreu): Tag to kan, ti tére--tag, isto - to, dizer -- ti, elle -- tére, morreu. Diz-se tambem gan - 2- Ki: Prazo de tempo em que se faz uma cousa. Ex.: Kuran takton ki judn: Chegar em tres dias -- kurán, dia - taktôn, tres - judn, chegar (no prazo )- 3 - Ka, kan: tempo e lugar. Ex.: Responde ás perguntas: Onde? quando ? -- 4 - Tan: Em (lugar). Responde à pergunta: Onde ?--5 - TE: para onde? onde? de onde ?. Vai em casa, vem de casa, esta em casa: In te tinti, in te kánni, in te kantin--känni, esta -- kantin, vem -- 6 -- Te, indica quietude. Ex.: Gio te ni: Está no rio-- ni, está. Outro: Ag in to nänti: A gente esta em casa -- ndnti, estio--ag, gente. Se diz tambem tóg -- 7 - Kafan ta (te): Além de alguma cousa. Ex.: Gôio kafânte : Além do rio --8 -- Krinto ix tempriig: Eu subo no monte. — 218 — EMBAIXO: Veinkrán te-te, em - veinkrán, embaixo : veinprän, empra. EMBIRRA: Avvo, vaibéne ( Vise ). EMBORA. Apezar de: Ra ( Posp. ) EMBRULHAR: Pa, pan. EMENDAR: Nándie, véixki kran je; (unir uma cousa com outra ). Kanye. EMPINADO: Vu ve-vu, empinado -- ve, é. | EMPOLADO : Kréva, kriva (que corre acima )- kre, kri : acima--va, corre - 1 -- Gôio kekréva: A agua está em. polada. Repetido para significar multiplicidade de acção. EMPREGADO : Jén. EMPRESTAR: Vére nim --vére, por algum tempo - nim, dar. EMPURRAR: Nam. EMQUANTO: Kan (posp.). Ex.: Emquanto comia, morreu: Ko kan, tére ti-ko kan, no comer - tére, morreu -- ti, elle. KA’ML: Tomar por empreitada. ENCHADA : Tampére. ENCHER : Fan, fuan, for, tokfuan, van, var. Imper.: Fanera, fonera. ENCHUTO: Kagná. ENCIMA: Veinkri, jengi ta, küixma. krinma.-1- Jengi ta: De cima-jen gu, acima - ta, em--2- Aüixma : No alto. ENCOLHIDO, torto, encarapinhado ( pernas, cabellos): Koingrin: ENCONTRAR: Natóite, ka... tóte (o pronome se põe no meio entre kato e to)-1 - Nato fi te ij: Eu encon- trei a ella --fi. ella. ENCOSTAR-SE, deitar: Na --1-- Encostar-se à pare- de: Into na--into, parede. ENGRAXAR: Tang. ENCRESPADO : Koingrin. ENDIREITAR: Kuridnera ( Imperativo ). ENCRUZILHADA : Veinkanpóvo, veinkanpauo, pauo, póuo ENDURECER: TARTA'NO, DE TARA’, duro. ENGANAR: Ti veinmá háti-ti, a elle -- venma: lou- co -- had, fazer -- ti, Fulano de tal-- 1 - Onbédn : Enganar. ENGATINHAR ; Nikte. ENGANADOR: Odnbé - 1 -- Odnbéd ne : E” enganador - ne, 6--d, connectivo. ENGRAXAR: Tang. Imper.: Tangara. ENGULIR: Log, reg, log, god. ENLEADO: Veixkukæxé, veingrin, kukæxé, kulrxéxe, quando são varias as cousas enleadas, ou se repete varias vezes a acção de enlear. ENLOUQUECER: Veinmáã ne -- ne, está. ENREDAR, enganar: Vembé. Ss RD 2 eS med E EE — 249 — ENROSCAR, ficar enroscado: Xéixno. ENSABOAR: Mitin sabão (?). ENSINAR: Kénveiramen, Kikairän -- 1 -- Ensinar a ler : Veinarô kinveiramen. ENTÃO: Kan, kanton, ara--1-- Então eu: Nog. ENTEADO: Ix prôn kotxi; ix bén kotxi - ix prôn, de minha mulher -- kotxi, filho -- ix bén, de meu marido. ENTERRAR ( defunctos ): Peju. ENTRAR (penetrar): Ran, lan; kara, ara, gen - 1 - Ränho : Entro agora --2--O sol já entrou: Aran (lan) húru pura - arän, sól-- Ahúru, já - purú, entrou --3-- Aran purja : O sól entrou--ja, particula para indicar acção passada - 4- Ran ten: Entrar. ENTRADA DO OUVIDO. Vide ouvido. ENXERGAR: Kané. ERA : Vénve, do verbo ser. ERRAR (o caminho ): kugn, gan. ESCADA: kantérejafa, tamprü jafa -- kantére, descer - jafà, instrumento -- tamprii, subir. ESCAPAR, (salvar-se ): kre, kret ( livrar-se do perigo). ESCOLA : Venharô niafa ( jafa ) - riafa, lugar -- venha- rô, lêr. | ESCONDER: Pejú (escondido), péj, pej, vainpaju, veinpeju. — ESCORREGAR: Paixke ( significa tambem curvar-se ). ESCOVA : Kupé jafa -- kupé, lavar -- jafá, instrumento -1-- Aján kupé jafa: Escova de dentes -- jan, dente - a, ai, connectivo. ESCRAVO : Antãij, änjen (antainhi), ve há —- ( eriolo ). ESCREMENTO : Nhafä. ESCREVER: Venharë, ri, ra, arû, lü - 1- Rb ne: Esta escrevendo -- ne, está -- 2 -- Rô, significa tambem pintar, marcar —- 3- Arônge : Está escrevendo -- 4 - Cousa escripta: Ve- nharô -- 5 -- Escrever uma carta: Venharô had 7) -- had, faço -- tx, eu -- 6 -- Aprender a escrever: Venharô kiveinrâmen. ESFREGAR: kanoiira, pergéin, tin tin ti. ESPADA : Dó -- 1 -- Cabo da espada: Dó pu -- 2 - Espada, refe: Nifé téic--kufé, faca--téie, comprida, grande -- dó, arma. ( Kiúfantéie ). ESPARRAMANO ( Aqui e acolá): Tamé janjénkimo - tamé, aqui e acolá, longe. ESPELHO : Vaivéie. ESPERAR: Tore--1 -- Esperar um pouco: Nanén x2 - kanén, esperar -- xi, pouco -- 2 -- Hannhóa ( Vis. )- 3 -- Uanha- wanha ? ESPETO : Jenga gré. ESPIAR: Kikokan ( Vis. ). ESPIGA: Bo. — 250 — ESPINGARDA : Boká, boké. Significa tambem este vocabulo, garrucha; dótéie-- dó, arma --téie, comprida, dió (São Paulo moké ). ESPINHA DORSAL: Gitka. ESPINHO : X02, «ot. ESPIRRAR : A-xim. ESPOSA : aprôn -- a, connectivo -- prôn, mulher. ESQUECER: Kikaktin, kajatún, kixkaktin, akikaktin 1-- Veixketá kajatún : Esquecer o remedio -- verxketa, remedio. ESQUECIDO : Membro insensivel do corpo ( esque- cido) Méin ton. ESQUENTAR: Aran, togn--1-- Pin to agn togn, to ini: Se esquentam ao fogo, e estão perto -- pin, fogo -- to, ao - «gn, elles - to, perto -- dnz, estão. ESQUERDA : Kain -- 1 -- Minha esquerda : Jakdin -- ja, minha. Direita é 2pédn. ESQUILO ( serelépe ): Jótiti. ESQUINA (da rua): Tavan. ESTA (adj. indicativo): Tagfi-tag, esta-- fi, ella, mulher. mh ne ESTAR: Je, ne, ve, na, ja, ni (plural, nanti ) kanje, kénje, kan, kana, ként, kane; ha, re ( resultado de uma acção ) tog, tógmo (significa tambem ter); van, wan, mó (é desi= nencia ds verbos): significa acção no tempo presente ou futuro; aa (signfica resultado de uma acção ); kánti--1 - Está bom ?: Ha hôóne?--ha, bom - hô, muito -- ne, está - 2 -- Rúru te na: Está pequeno (baixo )-- tz, eile--3-- Ha hi? Está bom ?-- 4 -- Kurd ai jadjà re (ra): O lenço está estra- gado -- kuriai, lenço -- jadjá, estragado -- 5 -- Xéixtimo: Está preso -- xe, preso -- x, connectivo -- ti, elle -- 6 -- Xua ti xa: Está sujo -- xu, sujo--x, connectivo = 7 -- Vavarxa: Está jogado tora - 8-- Jan Ôt kanti na: A mãe está falsa -- jan, mãe -- ot, falsa - kántina, está. Tambem uán. Como está elle? Hanan ? (que é delle?) À ESTE, esta, pronome demonstrativo e adject. demonstra- tivo: Teg, tag fi-fi, ella. ! ESTEIO : Inondá -- 1 - Derrubar o esteio: Inondá gan. ESTICAR: Kranje. ESTOMAGO : Fé, fa. ESTRADA: Emprii. ESTRAGADO : Korég, kóke. ESTRAGAR : Kokéktimo (elle estraga ) - kóke, estraga - #7, elle -- mo, agora ou no futuro. ESTRELLA : Krin. ESTREITAR: Namñhäna. ESTREITO : Tára ( estreitado, apertado ). O contrario de largo ( xéne, veinxrüne : estreito ). ESTUDAR: Veinlá, veinlé, veinran. ESTUDIOSO : Veinrá kenemá je -- kenema, gosta -- je, esta. . i | | 1 - É — 251 — EU : 4%, éix, ga. je, tc, ex, æ, ju, 27d, œdn.æu, me, xo, na, nan --1-- Xôn, irôn: E' meu --on, é --2-- Ja kran: Eu planto - kran, planto. Tambem: Nakrdn, na, eu. EXEMPLO -- 1 -. Por exemplo: Enhiréke mon. EXPERIMENTAR: Kami (a espingarda ). EXPLICAR (dizer): To. | EXPREMER : Jenmira (imper.). EXPERIMENTAR: Kame. EXPULSAR : Kuten, vuóg. ESQUINA (da rua}: Taván EXQUISITO (louco ): Veixman -- 1 -- Veixman ti ne: Esta louco -- ti, elle - ne, esta. EXTENDER: Kavin; janjan, kavin, kanvi; kujé; ve — 1 - Extender roupa: Vetrupoixr kanvin --2-- Janján: Está extendido, largo, pendente -- 3 -- Kujénera : Extende tu (im- per. )-- 4-- Néndo véra : Extende o braço -- » ra, imper. - nando, braço. | EXTENDIDO ( deitado ): Na na-- na, extendido - na, está = 1 - Está extendida (a bandeira): Janjanjét. EXTRANHAR (não conhecer ): Ti jamé ix kikaktin — ti jamé, a face delle - kikaktin, desconhecer. E FABRICAR: Prin breg. FACA: Kiifé-- 1-- Faca de pedra: Toi. Faca; Foiána (S. Paulo ). FACADA: Küfé jénga -- jénga, golpe. FACES (as faces da cara ): Jamé. FACIL: Hô. FALLAR: Vin, ven, voén, kur, to, ke, tog - 1 - Kané joie vin ne: Está falando com as pestanas -- kanéjoix, pestanas -- vin, fallar -ne, esta--2- Kur, falla dos homens e dos animaes - 3 -- To: Dizer, explicar, contar. O mesmo se diga de tóg - 4 -- Kéke : fallar repetidamente, cochichar -- 5 — Kéve : está fallando -- ve, esta. FALSO: On, ôdn, ôt, kambhé, veinôn-- 1 -- Aôn net * Está mentindo -- a, connectivo -- on, falso --ne, está --t, con- nectivo - “-- 4ór ne: Diz mentira - or, em vez de or, men- tira - veinó ven: Diz o falso -- ven, diz - veinôn, falso, falsi- dade -- 3-- Veinône, veinôn ve: E' falso--ne, ve--4-- Ot jan ne: E mãe falsa -- jan, mãe. FALTAR - 1-- Ton tavinti ti: Aacabou com tudo. FAMILIA (criança): Veinkrén, krén (filho, menino, ôvo )-- Krén má: muita familha (filhos ). FARINHA : Mentfu. FAVOR (faça 0 favor): Nim--1-- Eisman ti grafú no ix nim: Eu te rogo (faça o favor de) que me capes a elle (o animal )-- eixmän, para mim --ti, do tal animal — grafü, as partes sexuaes de macho (de grá, gre: macho -- fu, a parte sexual )-- no, arrancar -- nim, faça o favor. FEBRE: Veixpõro - 1 -- Estou doente de febre: Febre hadéixno - had, soffcer - éix, eu--no, agora. Tambem: Aran. FAZER: Hadn, hâte; tanke, take; kéti. ke, ge--1 - Reza ke ti: Elle faz reza -- ti, elle - 2 - Kéæno : Estou fazendo x, eu--mo, agora. Tambem, kéino-- 3 - Fazer festa: Kangiri -4--Fazer banho: Veijkupé -- 5-- Está fazendo um póte: Goro grin kéve - ve, fazendo, ve, está - gôrogrin, obra de barro, FECHAR: Ninféie, nikféie, nengféie, nifé - 1 - Lugar fechado, cercado, murrado : Lo, ró, -- 2 -- Fechar os olhos: Kané not (de nóro, dormir ) --3-- Abrir os olhos: Nané liri, liri, acordar, abrir os olhos--4-- Fecha os olhos: Norora -- 5 -- Fechar com chave: Kinvinké (?) Fechar a porta: Nifé (Ob E) FEDOR. Vide mau cheiro. FEIJAO: Alangró, arangró rangrô, langr6. langoro. « 4 | | a : 4 | SR - . = o PTD TE E E E DD PN ee o né din Ed me E o si MO ot ét te > ré ee D E A de. Lt AO cl FEIO: Aorég, diu (?)--1- Rio Feio: ( Aguapey) Goio Kupri: agua branca, -- 2 -- Esta feio: Norég tog ni-tóg, estando -- ni, está. FEITIO: Ve, kranke--1--O filho ja tem o feitio do pae: Jogma kotxi kranke - jogmá, pae - kotæi, filho -- kranke, é semelhante. FEIXE: Panfin, - | -- Molho de arroz: Arroz panfin. Tambem - to--kvim, to kuën, tokfin. FEL: Tumé jéj-tamé, figado ~ jé, fel, urina : FELIZ: Hô. FEMEA : Tantô, ôntantô -- ôn, algum. FERA, animal bravio: De--1-- Féra braba; De jun. FERIDA: Ari, foke--1- Krii krü veixma : Lepra -- veemd, molestia, doença -- kriikrii, chagas, repetição para in- dicar o plural. Tambem fokta. FERIDO : Arü -- 1 - Esta ferido: Krüd na - krii, ferido - d, connectivo -- na, esta. FERIR: XKukén, tai, krüt, fut (cortar), kerét, ten, koke -- 1-- Kukenja : Está ferindo, está querendo ferir -- kwk, ferir -- ke querendo -- já, está -- 3-- Táix : Bater, matar -- 4 — Krüra: Fere tu ( Imper.)--5-- On keréki: Um ferido -- on, um, algum. FERRO: Ferro. FERR:0 : Préja( aguilhão ), rére, ru - 1-- Rére: Fer rio do garfo--2-- Préje ou préja: Ferrão das vespas -- 3 -- Ferrão da formiga: Ru. | FERRUGEM (sujeira): Jakua--1-- Ti venxu jakuá : Ferrugem do tal objecto preto - ti, do objecto tal-- venxu, preto. FERVER: U6, vó, veinvo -- 1 -- Vénvo re: Esta ferven- do, rê, está Tambem venuvo ra, venuora. FESTA: Veinkanjiri ( divertimento ): veingrin (baile), veinkókefin (baile), veingrin, jiri, gran, kanjun -- 1 -- Elle fazia festa: Akoju ti nive -- ti, elle -- nive, terminação do im-- perfaito, de ni, estar - a, prothese. FICAR: Ka, kanja, tógmo, tog, kanje, nz, jéne, ne - 1 - Elle fica brabo: Jun tógmo-- jun, brabo -- tógmo. esta agora - 2-- Kujo ja ti ni: Elle fica magro -- kujó, magro -- ja, agora - ti, elle -- ni, fica. FIGADO, baço: Tamé. FIGO: Fod, fukané. FIGUEIRA: Kava fu (figueira). FILEIRA: Venjútfuit - 1 - Em fileira: Pré (?) FILHO: Kotxi, kren (ovo), kotxin, akotxi--1 -- Kotxinfi: Filha -- fi, ella. FINCAR: gui. Impr.: qui-era ( um moräo. um poste). FINGIR : On. Vide falso, mentira -- ddn, dt -- 1 - Ven- xan tandatôn had ja ne: Uma vez se fingiu pobre -- tanda- tôn, pobre -- venxan, uma vez. Tambem kangranove. — 954 — FINO, bonito: Montxi -- 1 - Panno fino: Kuru gain- kurú, panno. Tambem tarijá. FIRME: Tara, kitara, kitare -- 1 -- Muito firme: Kita- ra ma-ma, muito. FITA, linha, corda: Kakrô, muafé. FIXO :-1- Kané fantôn: Olhos fixo -- kané, olhos. FLAUTA: Kóke--1 - Flauta para ser tocada com o nariz: Ninhé kôke- 2-- Flauta com varios tubos: Kan hon. FLEXA: D6--1- Ponta de osso da flexa: Dó jénk.-- jénk, ponta de osso. Osso simplesme te se traduz com kuka — 2- Ferrão da flexa: Do rêre. FLOR: Kafexféje, fexféje vexféje. FOGO: Pin (significa tambem lenha )-- 1 -- Fogueira grande: Pin fé, pin grà--grû, accend'do, que illumina. -- 2 -- Kren pin fi ti: Elle põe lenha no fogo.--3-- Kren pin fi: Por lenha debaixo da pannella -- kren, debaixo - fi, por. FUI: foste, foi: Viiire, üere, itire, perfeito singular do verbo tin ir. Vide fomos, foram, foste, Usa-se tambem fiiire -- 1- Foi meu irmão que fez isto: Tag ix javu hadn hâna-tag. isto -- javú, irmão -- hadn, fazer -- hana, com certeza. FOICE: Nhcpa. FOLHA: Fe, féie féx --1-- Folha de pinheiro: Tara TO Nay es). | FOME: Kokire--1-- Ter fome: Kokire -- 2 -- Soffrer fo- me: Kokire me-me, soffrer. Tambem : Kokire had -- 3 -- Tenho muita vontade de comer: Jx jen hütéti-- jen, comer -- hétiti, desejo muito. FOMOS, fostes foram (vide foi): Kagüuve. (O o se pronuncia fechado ou estreito ) kangüuve. FORA: Tonja, tonje ( posp.)--1 - Tonja tô: Em fora -- ton, em -- 2 -- Tonjaki : e mesmo sentido - ki? em - 3 - Tonja- mi: Por fora -- mz, por ( vosp.), aqui. FORA: Lé, ré, hore, ére, horo--1-- Léra fodn: Pu- char para fora - ra, fóra -- fodn, pinchar, atirar. -- 2 -- Hore: Ir para fora, sahir; fora (adv.) --3-- Le ra ti küten : Tocar pa- ra fora alguem -- kuten, tocar - 4-- In ere: Fora de casa. FORÇA: Tára--1-- Fazer força: Nenvá -- 2-- Entrar por força: Ge ( significa tambem apanhar, brigar, matar, pe- gar alguem a força ). FORMA. De formas que. Vide consecutivos. FORMIGA: Ru, arin, erin--1-- A formiga morde : Arin rupran-rupran, morde -- 3-- Formiga cabeçuda: Arin krin buvengh-krin cabeça, buôngh, grande. Tambem ruprin. FORNECER: Vida, mavidn. FORNO: Totognia buông. FORTE : Tára, túru, tur, tar. FRALDA: Tindara ( Vise. ). FRACO: Krójo-- 1-- Esta fraco: Pexpéje. FREIO : Jantkii kan na--jantkü, boca-kan, estando-na, esta. FRENTE: De frente: Aven (?). E 4 e. : ‘ sb o es ee FRESCO: Kuxá ( frio, inverno ). FRESTA da parede: intongá dóro, intongá, parede -- dôro, abertura, buraco -- intonga, de intôn parede -- ga, terra. FRIO: Auxä, kukrüre (este ultimo significa tambem gear ). FRIGIDEIRA : Toton ja--tuton, torrar--ja, instrumento, lugar. FRIGIR “assar ): Totógn, jegme. FRONTE : Rindiá, kakan--1-- Kaka rô--rù, pellado, tosquiar. FRUCTIFICAR: Kakanémo, kanémo, kakané, kane. FRUCTA: Kané, kakané -- ka, pau-- 1 -- Kok -- 6, espe- cie de fructa vermelha. FUGIR: Pejú, veinpeju. FULIGEM : Intufóro, peninja. FUMAÇA: Ninja, nija, niiá (S. Paulo, wrnüno ur- muno ). FUNDO (adij.): Dik, ding-- 1 - Oré ding: Lagôa funda -- 2 - Fundo do quintal: Ro krén-ro, quintal--krén, em baixo - 3 -- Fundo da agulha: Préja dôro-dôro buraco -- 4 - Fundo de alguma cousa: Duritke. FUNDO : Bére ( subst. ). FURADO: Dén--1- O olho delle está furato : Ti ka né van düpti-- ti kané: Olho delle -- van, esta. Diz-se tam bem dign, dügn, kandon ( furado), -- Dign dó: Bolbo do olho furado. FUTURO, Se faz accrescentando a syllaba mo ao ver- bo, e assim tambem se faz o presente. Pode-se fazer o futu- ro com a particula enhürike mon, e tambem accrescentando ao verbo um adverbio do tempo futuro, como: kurdn, dia; kurá opki, noutro dia; vaiaká, amanhã; kején, kárka, depois. Ex.: Karka krintaue hadno: Logo farei um chapeu -- hádno, farei. FUZILAR: Natankôpke ( resplandecer ). G GAFANHOTO: Opa, Xukrin GANCHO : de anzol: Rakfuii. GALLÃO, fita de chapéu: Tokfin. GALLINHA : Garit (engarít). GALHO : Fuigh, jovuije, ramo miudo--1 - Galho de café: Nafé ti pe-pén, pé-2-- (Galho secco: Titan tara (Vide). ; GAMBA : JARA (cuspo). GANHAR: Vanha, véi. GARFO : Kuja rére-rére, ferrão. GARGALHADA: Ti dut diira-ti, delle, düi, pescoço- doira, arrebenta. Tambem: Ti dui ire. GARRUCHA: Dó múro, do, arma-ruro, curto. S. Paulo: Moke. GARGANTA: Avangró, vangró, kado -- 2 - Minha gar- ganta: Xavangró- x, minha. GASTAR: -1-- Gastar atôa: Vava. GATO: Mini, minkæi; de min: onça, jagudr-æ{, pe- queno. GAVIÃO : Jongjó. GEADA: Kokriire (tambem inverno). GENGIVA: ju kráix (?). GEITO : Está com geito de chover: Ta kúten sxóro- ta, chuva-kuten, cahir-góro, deseja. GEMER: Prá, veinprá. GENTE : Ag (elles). Serv para indicar homens e mu- lheres. quando estão misturados -- 1 - Gente delle : Tito agn, ti to: Com elle-agn, gente --2 - Tem muita gente: Ag gu ve-gu, muita-ve, tem. GERIVA : Táion (Vide). GIRÃO : kakré. GIRAR : (mover em giro): Júxke, j6ixke. GISSURA : (especie de palma): Fénê-é. GOIÁBA : Ma. GOLPE: Jénja - 1 -- eins de machado (ra patates Beny jénja - 2 - Golpe de faca:. Küfé jénja (facada). GOLPEAR : Täix (bater, matar). GORDO : Tang. GORDURA: Tide tide. É GOSTAR: Emá, hema, kenema, venkenema, kenmá, jentáim --1-- Kenemá ne: Está a nao ne, está. Tambem nentdin, gedé ti. PP PETER POA opt GOSTAR. Não gostar: Váix, javáix, wier, jauaix. Estas palavras significam tambem nao querer, ter repug-- nancia. GOSTOSO : Grent (doce) -- 1 -- Gostosissimo para co- mer: Ko ha tavin-ko, comer -- ha, bom-tavin, de tudo -- Não gostar: Xrimäje. GOTEJAR: Glakó ti mo, nató ti mo, tate, náke. GOUVERNAR: Líri. Significa tambem accordar, es- tar de olhos abertos. GRALHA branca: Xakxó, Xanxó. GRAMMA: Rê, érê. GRANAR, CACHAR: Kené, kanémo. GRANDE: Buüngh -1- Maior: Foro, for, fare, hé --2-- Muito grande, demais: E hô. GRO : Kané--1- Grão de milho: Gara kané. GRAVATA : / ud tokfin-düin, pescoço tokfin, liame. GRAVIDA: Ankotxi van fi ne: Ella esta com filho - tan, sendo-fi, -- fi, ella-ne, esta. Tambem kren. GRILLO : Feirâng. GRAÇA. Trabalhar de graça: Veingrin lairânha-lai- ranha, trabalhar. GRITAR: Veimprá, pra, pre, préle, veinpréin. Imper. : Prénera, prélera, prérera GROSSO : Fór. GRUDAR: Xa; to tangrénke-to, a elle - tangranke, unir. GRUDE: Priri, kafa ja ti. GRUPO --1- Grupo de gente: Agnagn -- 2 -- Vão em grupos: Ag nó mó-mo, ir, repetido para significar mul- tiplicidade de acção, plural. GUABIROBA : Pano-á. GUARDA: Fazer guarda: Lire. GUARDA (depositario) : Jo, jo, nim -- 1 -- Me dê pão e guarda-o para mim: Emin jo nim-emin, pão - nim, guardar - 2- Nim hat: Elle guarda a cousa. GUARDAR: Vidn had. GUARDAR: Kire, kéra, kéira, kamén (temer) -- 1 ~ Guardar a ordem: Tin vin hadn. GUARDA-CHUVA: Vaixkrivédnia, venkrivédnia, uain- klivédnia-ja, ia, instrumento. GUELLA : Xavangro. GUERRA: Küngré - 1 - Guerrear-se, brigar um com outro: Jagne küngré. H HA (do verbo haver): Ni. Em sentido de ter: To--1 Outro dia: Kura ôn ki-kura, dia-ôn, outro-ki, em. HABIL (para alguma cousa) : Jó. HERVA: Kré, arê, ré -1- Herva mate: Hongóin. HISTORIA. - 1 -- Contar historias (mentiras) Vezôtn ve-veidt, veiôn : historias! - ve, conta -- 2-- Historia : kambet, kambút (noticia) 3- Ot kambét: Conta historias. AGORA : Ori, hoje. HOMBROS : Jenimbai (Telemaco) Peinbuüng. (Vide.) pani, epani, veixpäni, jenmän, iniril (Visc.). HOMEM : Gré, ungré, ongré, on, kaixgang, kaingang, kaingôó - 1 - Homem baixo: Ono lúro (rúro) - ôno, algum rúro : baixo, redondo -- 2 -- Homem de um só olho (monó- culo): Kané pire ni-kané, olho-pire, um, nz. está com - 3 — Os homens: Ag; as mulheres, fag--4-- Homem corcunda : ungré pando - pandó, curvo - 5- Homem preto: On tó. Tambem pa-i. HONTEM : Arankét. HORA -- 1 - Na hora de morrer: Ti kuran ki termo -ti. delle -- kuwran, hora-ki, na-termo, esta morrendo agora. HORIZONTE: Karka kränja-kaikan, ceu-kranja, li- Oie,. " HORTA: Ar6, (cerca), ro, lo. HOTEL: Enjenniafá. HUMIDO : Brére me-brére, molhado-me, um pouco. IDADE: -- 1- Da mesma idade: Jagne kômo-jägne, um a outro - ko, ao lado -- 2-- Mais moço de idade: Andot kéve-dot, atraz -- 3 -- Mais velho : Anjut keve - an, connectivo -- jut, jot, adiante. INCHAR: Kamp.idn. IGNORAR: Kixkaktin. IGUAL: Hórike, hérike. ILHA: Kute. ILLUMINAR: Gru. IMAGEM: Langré--1-- Fog langré: Imagem de bran- co -- fog, branco. IMMORTAL: Tére váix--tére, morre--váix, nunca. IMPERATIVO: Sefaz: - 1 -- Accrescentando ra, era, ao verbo. O imperativo negativo se faz pondo depois do ver- bo a negação tôn, a syllaba ra -- 2 -- Se faz pondo adiante do verbo a particula ha-- 3-- Prepõe-se a particula kur, dan- do ao verbo seguinte, além da significação imperativa, a de que a cousa imperada seja feita com pressa. Além de kur, se usa Æut, kul, lkúri. -- Exemplos -- 1 -- Hako: Come tu. IMPOSSIVEL: Váix, koréy, javáix-- 1 -- Impossivel dormir: Nôro ke tôn-- nôro, dormir, ketôn, não poder. IMPROVISAMENTE: Grito, vetóixto ( improvisa- mente). INDICAR ( fallar ): To. INFERNO: Det koré jamä-det koré, demonio - jamá, casa, bairro, morada. INFLAMMADO : Kaënpän, kainpara (inchado. ) INIMIGO: Kikaktin; katka tôn-kaikà, da nossa tribu, liga. Vide amigo. INSALUBRE: Kanga kema ne--kanga, doença - kema, que gosta -- ne, esta. INSECTO. Uma variedade: Toniôn. INSTRUMENTO: Jafà, já. Significam tambem lo- gar - 1 -- Instrumento musical; Oakire, otorére ; xi, xii - 2 — Instrumento do canto: Taintânia. INSULTO : Kagn. INTERJECÇÃO - 1 -- Ara! Apraza a Deus!--2-- Hi! Oh! Indicam desejo. Além destas, quasi não ha interjecção em Kaingäg, a não ser alguma monosyllaba para exprimir a dôr. Suppre-se dando às palavras, em pronunciando-as, a expressão do af- — 260 — fecto que aliás se exprimiria pela interjecção. Ex.: Kurú pé! Ob! panno bom! -- kurt, panno -- pé, legitimo. INTEIRO: Ha-úra. INTERPRETE, lingua: Veinvin kiveinrâmen-vein- vin, lingua, falla -- kiveinrâmen, conhece -- vin, palavra. INTRACTAVEL: Juma ti ne-ju, jo: brabo - ma, muito - ti, elle -- ne, é. INUTIL: Korég -- 1 -- Dét korég: Cousa inutil - det, cousa -- korég, inutil, ruim. INVERNO: Kuxá, kokrüre (gelo): kuxântiti (S. Paulo ). INVEJA:--1--Titon ix krimaje: "Tenho inveja delle. IR: Tin, singular; mó, món, móij mot. mojen, plural do presente ( Mu.) Perfeito: U singular, vüire, fúire; plu- ral: Kangôuve; Imperfeito tinve -- 1 -- Tona: Vamos. Imper. : Toréra -- 2- Kur toréra: Vamos de pressa - kur, de pressa - 3- Ton énera: Vamos para lá--éne, la--ra, para - 4-- Ir embora: Tin-5-Ix in kén: ha: Ja quer ir embora em casa -- in, casa-- ke, vou - ne, estou-- ha, ja--5-- Ix in ra nôro ha tin ha: Va ja para minha casa dormir -- ix in, mi- nha casa--ra, para-- ha, voz imperativa -- ha, ja —- 7 -- Como vai meu pai? Ix jog hôrike? -- jog, pai - hórike, como vai - 8 -- Hô tok ti? Vai bem ?-- hi, bem -- tog, está -- ti, elle -9 - Kéne: Ir--10 - Iô tong ti: A cousa vai bem. Tambem ha. Ha hô rike? Como vai? Hatin: Vai embora. IRASCIVEL: Jom kema - jom, bravo - kema, gosta. IRMA: Ve, vô, veg--1-- Véfi: irmai- fi, ella - 2 - Ve titany ; Irmã moça -- tótang, moça -- 2 -- primogenita : Veacái - 3 - Irmã de irmão: Javü ve-javü, irmão. Tambem ve. IRMANZINHA : Vexi, váxi fi - fi, ella. IRMÃO : Javü, arengré, rengré, langré ; kainké, irmão mais velho. Tambem Janké, kaiká, que tambem tem o sen- tido de parentes, da mesma tribu--1-- Javii--ve: Irmão mais novo -- vc, menor -- 2 -- Irmãosinho : Javuxi -- xi, pequeno (jauve : irmão menor. Tambem, javüich ). ISCA: Kur póro -- kur, panno -- póro, queimado. ITAQUARAL: Muän (1). r (1). OM, é nasalado, | | ; | | J JA (adv.): Ha, húri, - Ha, significa uma acção que nao demora para effectuar-se. Ex.: Teu pai vem amanhã? Não: elle vem já: An jóg vaidka kantin? Resp.: Ud: dri kantin ti ha--an, teu -- jog, pai -- vajaka, amanhã -- kantin, vem. Húri, indica o passado da acção. Ex.: Kangã hati húri: O doente ja sarou -- hati, sarou - húri, ja. JABOTICABA : Ma. JACARE : Apd, hampd. JACU: Pen, koiin, küüy, koi, peintkúin, pei. JACUTINGA. Se traduz como jacu. JAGUAR, onça: Min, mink, mi. JAGUATIRICA: Grouuntxi. Em S. Paulo, grénha. JANELLA: Kanén dôro-kané, olho-dôro, buraco, aber- tura. JARARACA: Pareviri. JARDIM: Kaféje ro. (V.) JARIVA: Tain (especie de palma). JOELHO : Jakrin, fakrin - 1 -- Curvar o joelho: Ja- krin fan - 2 -- Estar de joelho: Jakrin tan je-jakrin, joelho-- tan, com--je, esta -- 3-- Fakrin - fa, perna-krin, cabeça ( joe- lho ). JOGAR FORA: Va, vava, vavâmbra ( Imper.), vimba-- 1-- Vavár xa: Está jogando fora, wa -- esta. JUDIAR : Vog, vogkonáne, konána - 1 -- Veinmá had - veinmá, mal - had, fazer. JUDIACÇAO : Kogn, konána. JUIZ: Onje kreni--1-- Dou parte ao juiz: Onje kré- ni mato ix--ma, ao -- to, fallo-z, eu. JUNTA, PAR: ( casal): Arengré (dois), prine, -1 - Junta de bois: Boixprine. JUNTA DOS DEDOS: Ningé féie jakrin. JUNTO: Bra, bre--1-- Junto commigo: Ixbre. ; KAGADO: Pednim. : | eee — KAINGA'NG: Kuingäng, kaingi, kaingit, \ we EL LA: Ene, tan-1- Ta kan. Naquelle logar - kan, em -2- Eneki: Naquelle logar - ki, em -- 3 -- Para cá, para la: Krinke - 4 - Ta ra vütre: Ir para lá- ra, para. LABIO : - 1 - Labio inferior: Gu kânté iantkü fudre- qu, haixo -- kante, lado -- jantkii, bocca -- fuüre, pelle - 2 Arix kante jantkii fudre, labio superior - kri, acima. LAÇO: Énje, éngje ; taja (laço, laçar ). LADO :-1- Do lado de cima: Av? kante-kri, acima — 2 - Do outro Jado do rio (além do rio): Gozo kafän te-gõio, agua - kafan, de lá -- te, em -- 3-- Passar para o outro lado do rio: Gôio kafan ra kanküten-ra, para -- gôio, rio - kankúten, desembarcar -- 4-- Ao lado do rio: Gôio kri--5- Ao lado de alguem: ro. DE TODO LADO: (de toda parte): Kármi-kar, tudo — mi, por- 6 - Tamin eváix : Olhar por todos os lados - ta- min, por todos os lados, longe. LADRÃO : Péju - à -- a, final, serve para mudar o ver- bo em nome. — Outro exemplo: Tixe-á, um preso -- 2 -- De- num pejú: Rouba tudo -- denim, tudo. LAGARTO : Jenmojen (nhemmójen ); gangré. LAGO (1): Oré dingh (dig) --oré, brejo -- ding, pro- fundo. LAGOA: Oré ding; ord ding -- ding, profundo -- ora, brejo. LAMBER: Tuma-- Pan küveix tumati mo -- Aquelle esta lambendo sangue. LANÇA: Rugurt, urugura. ! LANÇAR: Vangémo - 1 -- hamét kata vangémo : Teme de lançar o remedio -- kamét, temer -- kata, remedio. LAGRIMA : Kiúxbé. LAMACENTO : Xôvo. LARGO: Lanktére (ranktére)- 1 -- Estrada larga Emprú téie -- emprú, estrada. LAMBARY : Kankrü fuére (o estreito ). LARANJA: Nerénje. LARANJEIRA: Larangéira. LARGAR: La, ra, re; tovaix -- 1 -- Largar do somno : Ie noro ra-nóro, dormir --2 --In továix vain agn : A gente largou a casa uns depois dos outros - in, casa--tovain, re-- (1) Kapen, lago ( Martins). — 264 — petido, ae indicar multiplicidade de acção -- Ayn, elles, a gente - 2-- Largar do trabalho Tanke kranke - tanke, trabalho krânie, limniter: Fangrimada mone -- Esta tudo largado, des- arrumado. a LARGO: Tampére, lanktére : Estrada larga: Emprú téie, téie, enmprido. LAVAR: Kupé, kupén, kupéia, veinkupén; kekfua, Suan, faia - 1 - Lavar ropa: Muafuäiten. LAVRAR (paus): Prin breg - 1 - Elle lavra paus: Ka prinbréktimo -- ka, pau -- ti elle - k, connectivo -- mo, agora. LEBRE: Ditxu, de dén, bicho - xt, preto. LEGITIMO : Pé, pospostivo--1-- Kurúpé! Panno le- gitimo ! bom ! LEICENÇO : Kujuj. LEITE: Nônje -1- Bo nonje: Leite de vacca -- bo, boi, vacca ( nônhe )-- 2 -- Tirar leite osdenhar: Min. LETRA: Aro, tanda. LEMBRAR: Kinveinrämen -- 1 -- Lembrar-se; Kinvein- ramen. LENHA: Pin, --1-- Ruido de lenha que se apaga (ac- cendida ): Xó. LEPRA: Krii kri veinmán -- krii krii, feridas -- venma, doença. LER: Venharÿ ; kin, veikén, ken ; nikrén ( contar, ler), venharo. LEVANTAR: Fén ; Jengr ; fii; feng; mon; jur: kankuten -- 1 -- On ani na, jengra : Quem esta sentado, levan- te -- on, quem -- nº, sentado — na, está — jengrá ( imper:), levan- te --2-- Fuinera: Levanta tu (alguma cousa), activo -- 3 -- Fengra, feingrá: Levanta tu. Imper. -4-- Se diz fut, em vez de fun-- 5 -- Veg môn: Se levanta primeiro -- vég, pri- meiro -- 6 -- Kiixd júro: A lua se levanta -- kiixá, lua -- jur, levanta -- o, agora - 7 -- Níjá jutke: Vae levantar-se a fuma- ça -- nijá, fumaça -- ke, vai -- 8 - Küxd jútke (kankúten): A lua se levanta -- kankuten, apparecer, sahir -- 9 -- Mon. LEVAR: Ud, ué, va, ve, ba- 1 -- Batin : Carregar trans- portando. Plural: Bamón baratin: Transporta tu (sngu- lar): bdra: móne: transportai ( plural ). LEVE: Kajuj. LEVEMENTE : Kumééra. LIAME: Tokfin. LIGAR: Tokfin. LIGEIRO: 1--De ligeiro : Kur, hud, kul, serve esta pala- vra para fazer o imperativo, accrescentando a idéa de presteza. LIMA (instrumento para limar o ferro, etc. ): Aranarän. LIMITE: XKránje-- 1 -- Limite, raiz do monte: XKrin kranja -- krin, monte. (1) Fagrinma, objecto, da, tudo - mon, largado - ne, esta, ni etats do Ennio Eee je me dé Sd dû nr du ea CIS ETR q — 265 — LIMPAR: Kupé (lavar)--1-- In katóro jéne ha: A casa ja esta limpa -- in, casa -- katóro, limpo -- jéne, este -- ha, ja -- 2 -- Kuré: Limpo, direito. LIMPO: Kupri, katoro, kuré, iampri, kekônra. LINGUA: Noné. Em sentido de linguagem, vin--1 -- Lingua de serpente: Pando -- pan, serpente -- dó, arma. LINGUAGEM : Vin (fallar ). LINGUA: ( interprete) Vei vin kinveirämen -- kivein- ramen, saber. LINHA: (fio para costurar ) Uafé, vafé, veixkúk -- 1 - Mafé nifé: Linha enfiada na agulha --nifé, fechado -- 2 - Cabo delinha: Ti judnjudn -- judn, chegar -- ti, delle — 3 - Linha de anzól: Enkfi xüne--xün, linha -- 4 -- Linha do arco de atirar flechas: Uij aúne -- wij, arco - 5 -- Linha recta: Tan- kurike -- tan, lá -- kuri, direito -- ke, no. LIQUIDO : Létiti (2). LISO : Kadére, kadndére, kajére, kiijére, kijére. LISTRADO (pintado): ÆKongarü. Panno listrado: Kurt kongaro. LIVRAR: kré (escapar do perigo ), hrén. LIVRO: Vanharü, vairi. LIXO: Fá-1-Lixo do quintal: Pruru fa-prüru, quintal, ( empriirw ). LOBISHOMEM: Ningréin buüngh-ningréin, orelha - buongh, grande. LOCUTORIO : Venbednniafa-venbédn, conversar - nia- fa, lugar, instrumento. LOGO, logo que: Kaimbara, karaxi, kanti. LOGO DEPOIS: Xiri, krânhe ( kara ). LOMBO: Nidkuka-kukd, osso. LONBRIGA : Jokrin ( cabeça adiante ). LONGE: Auvarä - 1 - Muito longe: Kuvaran qu, kuvará hô - ? - Ao longe (do rio, da estrada): Dji ( posp. )- 3 - Emprü dji: Ao longo da estrada - 4 - Ao longo do matto : Maitka dji - 5 - Extenso: Tamé - 6 - Kuvarangu. LOUCO: Vexkaktim, veikaktim: véixmaän - 1 - Onu veinkaktin : Um louco. | LOUDRA : Animal roedor aquatico: Tokféie, tokfine. LUA: Kiixa-1- Lua cheia: Xüxà rúro-rúro. re- dondo ( taruro ). Tambem: Niixá talurke ; küxà buônghtiti- titi, muito - buüngh, grande - 2 - Meia lua: Kiixá ti ru-tirú, corte -- 3 - (Quarto minguante, vide Ap.: Quarto cres- cente. LUCTAR: Rurúja. LUGAR: Jafa, niafá: ja, nia; to, te, ta; ema; ti- 1- N/jà: Lugar para sentar, cadeira, banco -- 2 - Lugar de dormir: Noro niafá -- 3 -- Lugar de deitar: Nanjo - 4 -- Lugar de fructas: Tô kané - 5 - Lugar pestivo: To kangá -- 6 - Roca de milho: Tó gára - 7 - Lugar da chegada: Vankijudn-judn, — 266 — chegar - 8-- On ta: No lugar em que--9 - No bancs de meu pai: Ix jog jén ja, jog - pai. - 10 - Lugar de comer: Jér ja - jen, comer — 11 - Neste lugar: Taki. LUGAR ONDE COMEÇA UMA COUSA: Hängja- hang, principio. LUGAR BAIXO: Tó hren--kren, baixo - tô, lugar. LUVA: Ningé pa-pa, amarrar -- ningé, mão. LUZ: Gru-1- Luz de cêra: Déje gru, deje, cêra - 2 - Dar a luz, parir: Ba. ma. M MAÇà (bola, proeminencia) - 1-- Maçã de pescoço: Duin diidn-dúin, pescoço - diidn, bola. . MACACO: Kajére, kanhare, haiére. MACETE: (para bater nos homens e nos animaes ): Kakjuÿ, kakuü, kakii. MACHADADA : Bengh jénja--jénja : corte, golpe. MACHADO: Seng - 1 -- Machado feito com pedra: Pó tan beng-pó tan, de pedra - 2 - Béng tan pó: Pedra lavrada com machado - tan. com. MACHO: Gré ( varão ); engré, gré : homem. MACHUCAR (surrar ). Bréion, mréion, de bran cipó. MACUCO: Uo. MADRUGADA: Kurän kuxra-kuran, dia -- huxá, frio - 1 - De madrugada: Kuran kuxá kan--kan, em. Tambem: Kuna ki--ki, em -- kuxa, frio. MADURO (molle, cosido) : Tanaäia ; karan - 1 - Homem maduro: Kaxgang karan-kaixgáng, homem - karán, maduro. MAGRO : Kiijó, kojó, kato. MAI: Jan, ñhan, fia. MAIOR: For, fóre, kantfore, kanfore (kant, esta); fore, vara. fare. MAIS: Man, mat, ningé; pante, pot, kri-- 1 -- O homem é mais forte do que a mulher; Ontantô kri ungré tara fore kanti- ôntantü kri, do que - ungré, homem -- tara, forte - kânti fore, mais esta -- 2 - Mais ou menos: Enhôrike mon ( cinco mais ou menos ) -- 3 -- Melhor: Tampri -- 4 - Mais alto: Púnte téte-téie, alto. Ka tan téie ni; hara, dn tan, pant kanje: Aquelle pau é alto; mas aquelle outro está mais alto ainda -- ka, pau -- tan, aquelle -- ni, esta-- hara, mas - ôntân, aquelle outro --kánje, está -5-- Veinvó madera: Corra mais -- venvo, correr--ma, mais-- d, connectivo -- ra, desinencia do imperativo. MAL: Veinma (doença e qualquer mal), veinmá -- 1 -- Está mal commigo: ( tem odio de mim): Jama krima je (tema kri je)--erma, commigo -- kr, krimá: mal --je, es- ta --2- Kixkaktin: Está mal, é inimigo. Tambem: Pijá kairon ne: Não me conhece, é meu inimigo -- pijá, não — ne, é MALLEOLO DO PE: Pre fi. MALEITA : Nhoro, nôro ( durmo ). MALTRATAR : Vóg, konane, fog. MALVADO: Jonma, jôn kema--jon, brabo (jun) - ma, muito -- kema, gosta. SUS MANADA -- 1 -- Manada de porcos: Porco veinma ; por- co tatire. MANCO ( coxo): Vagua, vaguÿ, tin koré. MANSO: Jo vair --jo, brabo, - váix, não quer, nho vaixti ne. MANSO (não selvagem ): Kanherói, kanhére, kajére. MANDAMENTO : Jen, vin. MANDAR: Jéne, jen, vin -1--Ti vin ti tin: Elle o mandou ir embora-- tin, ir embora -- 2 - Elle me mandou comer: Eixmá ha ko ke ti:-eixma, para mim- ha, voz im- perativa -- kd, comer -- ke, disse -- ti, elle. MANDY (peixe): Kankré fuore rére - kankrô, peixe pequeno -- fuire, pelle (sem espinho)--rére, ferrão. Vide cascudo. MANDIBULA: Ja (dente)--1-- Arin ja: Mamdibula da formiga -- arin, formiga. MANDIOCA :-- 1 -- Kumin. MANGAS DO VESTUARIO : Apengrüra ( Vis.); anindó to kfim ; anindó grüra. MANHÃ: Kuxá ( frio) MANTIMENTOS: Venjéne, vejéne--1-- Te (ti) jen -- Mantimentos delle. MANTOS DOS KAINGANGS: Kurt ( é semelhante a um lençol ). MANUFACTO : Grin. MAO: Ningé, aninga, ningam, nin, ne, négi -- 1 -- Nin- gé pire: Uma mão - pire, uma --2-- Palma da mão: Ningé du -- 3-- Ningé petkdra : Toda a mão. MARACÁ ( instrumento de musica): Xi, xu ( Vise. ) MARACANAM : ( pequeno papagaio ): Kentkeré. MARCA: Aro, rô. MARRECO : 1 -- Pentan kur -- pentan, no pé -- kur, pan- no -- 2 -- Marreco pequeno: Pedn ben kanxiri -- kanxiri, pe- queno. Tambem se traduz a palavra marreco com as pala- vras pélnben, pent kwr, oretan — 3 -- Pent kur hanwir/ : Mar- reco pequeno. MARIDO: Ben, bedn, bem. MARIPOSA ( Borboleta ); Totógn. MAROTO: Vin korég ti je-vin, fallando-korég, mal- ti, elle-je, está. MAS ( conj.): Hara, hala. MASCAR: Nhemojen, jenmojen-jen, comer. MASTIGAR : Kaiéra. MASTRO (Santo do mastro ): Kuruxi tan fuire-ku- . ruxi, pannozinho-tan, de-fuire, folha. MATAR (bater): Taix, te, ten, tan, penói ; ge; xe ; té- re ; udnge. Deprehender-se-ha do que aqui dissemos, que muitas vezes, em Kaingäng,a palavra que exprime acção in- cipiente, tem sentido tambem de acção acabada ; e a acabada de incipiente. Ex.: Nôro, significa dormir, e tambem fechar dis ee HO r EP O dd bte 7 | S969) os olhos — 1 — Táixra : Mata - imper.: bate — 2 — Te, ten: Bater, matar — 3 — Penói, propriamente, dar um tiro de fle- xa ou de outra arma; matar — 4 — Ge: Brigar e matar — 5 — Xe, prender e matar. MATTO : Véix, váix, tan, müar, muaitha; te lkuxiá ; nem; wasn — 1 Váix ki: No matto-ki, no - 2 - Tekuxid : Mat- to virgem, e bem assim nem. MAU: koréy, bua ( Vise. ) MEDICINAL: Kata, kaktá (bom para tal ou tal in- commodo ). MEDICO: Ontan küktän j2, ônküktan je-0n tan, aquel- le que-küktän, curar-je, está. Tambem vezkiiktdn je. MEDIDA: Kambut. MEDIO (o dedo grande): Ningtya. “MEDO: Momen (temer) — 1 — Momen hadn: Soffrer médo - hadn, soffrer. MEDROSO: Momen ti xiri-ti, elle-xiri, pouco. MEIA: Fa pan-fa, perna-pan. o que enleia. MEIA (adj. feminino de meio) — 1 — Meia noite: Kutuxi hi-kuti, noite-xi pequeno-hé, meio. Vide meio. MEIO: #6; kujá — 1 — Hô pante: de meio para ci- ma — pante, para cima — 2 — Aran inindd káxca: Meio dia — arán, sol — kdxka, ceu — inindo, ( 1) braço. Tambem nindó, enindó — 3 — Kujú hi: Do meio para cima — hi, para cima. MEIO ( instrumento ): Niafa — 1 — Kantére niafá : Es- cada para descer. MEIO (POSP.): De, com ( Complemento de meio ): Kan — 1 —Ir de a pé: Pe kan, tin - pé, pe-kan, de -'tin, ir - 2 — Ir por meio da cidade: Ema kara mi tin. MELHOR: Tampri — 1 — Está melhor? Resposta: Sim: está melhor: Man hi hana? Resposta: Han: man hi hano-man muito-hi, mais-han, estar bom-no, agora-han, sim — 2 — Elle está melhor de saude: Had ti-had, está bom— ti, elle — 3 — Muito melhor: E hi je-e, muito - hi, melhor- je, está— 4 — Pankxin ti: Elle está melhor de saude. Tam- bem se usa pakaí. MENINA : Gire fi-gire, menino - fi, ella — 1 — Meni- nas: Gire fag-fag, ellas — 4 — Menina: Gire tanti-tanti, fêmmea — 5 —Fongæifi ( pequena branca ). MENINO : Gire, giri; paixin, niri— 1 — Menino de peito: Nongüje giri-nangúje, peito (n-nhgiri ). MENOR: Ve; ke ti ne; — i — Elle é menor: Ve ti ne-ne, esta — 2 — Irmão menor: Javii ve. MENOS: Kéti, ve ( vide anterior ). — 1 — Mais ou me- nos: Enhôürike mon. MENTIR: On, ôt, aôt, adn, onbédn ; venbéd, ônet - 1 — Ot venbédne: Falla mentira-ôn, mentira venbédn, fallar sempre-no, agora — 2 — Está mentindo: Aôn ne-a, conne-. ctivo — on, mentira — ne, está — 3 — One ven: Diz mentiras. (4) ou coroa, de nh-gain, cabellos - do, abertura (no vestice da cabeça). — 210 — MENTIRA : On veiôtn ven -- 1 -- Veiôtn ven--veiôt. cousa falsa--ven, diz--2-- Venôn ve: Falla mentira - ve, falla. MENTIROSO: ODN BEN, odnbé. MERGULHAR: Put, pur; vetkambúno - 1 -- Fin te dû pútke: Mergulhou a espada nella -- fin te, nella -- dó, es- pada -- putxie; mergulhou, enterrou. MESA: Jénja, jen néafa, kankéi, kakré - 1 -- jenja, de jen, comer -- ja, lugar, instrumento -- 2 -- Kakré: Taboa -3 -. Mesa de pedra: kHóten, mesa — pó, pedra. MESMO : Ha, han -- 1 -- Pelo mesmo caminho: Ha mi - mi, posp.--2-- Ti ha ve: K' delle mesmo -- ti, delle -- vé, é (ué ). E MESTRE: On tan venharô kikairone -- on tan, aquelle que -- venharô, ler, escrever -- kikairone, sabe. MEU, minha: Tx, éix, xa, ja, id, jo - 1 -- Ixôn : E meu--ôn, é--2 -- Jo ve: Minha irmã - ve, irmã. MEZ : Kiúxá (lua ). MILHAL: Tô gára: (Roça de milho), gára kre--tü, logar -- kré, plantação. MILHO: Gara, engara - 1 -- Milho moido; Pixi-: Milho torrado: Antotóro. MINHA: Vide meu -- 1 -- Cousa minha: Ix de-de, cousa - 2-- Minha roca: Japän-ja, meu - pan, epdn : roça ( derru- bada ) -- 3 - Meu bairro, minha eidade : Jama -- ema, povoação, roça, cidade, bairro. MIJAR: Jó, jón, joéi--1 - Ter precisão de mijar: Nai joéi hé - nai, eu. MINHOCA: Nhonhôn. Uma variedade: Jokix ningé (mãos no armario ). MIOLO: Krixkóio, koio. MISERAVEL: Jaktara -- 1 -- Me faz compaxão, me causa dó: Ix má jaktára ti je-ixmä, para mim - ti, elle -- jaktára, compaixão - ti, elle -- je, é. MISSANGA : Nhatiká, jatká adorno do peito : em geral é um rosario de capiá. MISTURAR: Janjan; tankujéja, akujanja, kanjanja -1--Akujanja je ti: Elle esta misturando -- a, connectivo — Je, esta. MOÇA: Tütang, tetang, tigtan. MOCO: Niirón, kerón, ( significa tambem cousa nova ) - 1-- Mais moço: Andôt kéve - a, connectivo- do, atraz -- t, connectivo -- ke ve--2-- Dóti ti ke ti ni: E’ mais moço elle - ti, elle. DE MODO QUE: A proposição consecutiva se exprime em Kaingáng com um complemento causativo. Ex.: Chovia de modo, que se não podia mover ; exprime-se assim : Por cho- — 271 — ver muito, não se moviam: Ta kiite buongh kan, vue ke, ton ti -- takute, cahia chuva -- buüngh, demais -- kan ( porque) - vud ke, poder mover-se -- té7, não -- ti, elle. MODO: --1-- De que modo ? Hürike ? MOELLA (Dos ossos, das arvores). Auju ( meio, centro). | . MOER : Jóix, jóixke ; fénje joixjinera. -MONGANGO : Pxô. ( Especie de abobora ) MOINHO: Joixnim--1-- Moinho a agua: Gôi tan jotxke — gôi, agua -- tan, com -- joixke, se move, em giro, ro- d ndo. MOLHADO: Brêre. MOLHO : Mat (?). MOLESTIA : ( doença) Veinma, veixma. MOLLE: Tanafa. MONJO’LO: Fénje( 1); Tandán ( Vise). (1) MONO’CULO: Kané piré -- kané, olho. MONTÃO: Pantfi -- patfi. MONTE: Ærin -- 1 -- Acervo de alguma cousa: Pantfi ; krid (monte). MOSTRAR: Ve. MORADA: Me, ma, emá-- 1 -- Minha morada: Jama - ja, minha. MORAR: Núixni, ni, nanti-- 1 - Ninho: Estou mo- rando -- nho, agora. MORCEGC : Kükfé, vaikükfé, vein kukfé, vakükfé ( descascador ), krikfé. MORDER: Pra. Morder das vespas. Vide bater. MORINGA : Vèéngrin -- véin, cousa -- grin, artefacto. MORNO: Ran, arän ( quente, sol ). MORRER: Tére, kalére, kantéere ; krén ; kex - 1 -- Cadaver: Kréx; kititére : morre elle. MORRER afogado: kitére. MORTA, defunta: Tére fi- fi, ella. MORTO, cadaver : Xére subst.) ; téere, téera - 1 - Morto devéras: Tér pé-pé, devéras -- 2 -- Somno de morto: Noro xére ( somno pesado ). MOSCA: Ka--1 - Mosca verde: Aa tói-tói, verde - 2 -- Borrachudinho do rio: Karan-ran, pintado ?-- 3 -- Variedade de mosca: Vankiire -- 4-- Mosquito da terra: Ka --5-- Xóin. MOVER: Vuüg, vudre, vog, vueg, kéti ? -- 1 -- Mover-se em roda: Jóixke -- 2 -- Immovel: Vúoton--tôn, não - 3 - Vuig kanti g020 tan joixke : E” posto em movimento pela agua, e se move - tan, pela -- vuüg, é posto em movimento - jóiscke, se move. MUDANÇA: Ti fódn (o mudar delle )-ti, delle - fodn, mudar. MUDAR (mudar de casa, de mulher): Fod, fon, fot -- 1 -- Mudar para outra terra: Ga fódn--ga, terra. Nota. — Os Kaingâng são polygamos. (1) Os dois vocabulos significam : lugar de quebrar. — 272 — MUDO: Kuáin vin, vai vin, uäix win, win vax - váir, não poder -- vin, fallar--1-- Ven kikaktin-vin, fallar -- kika- ktin, não saber -2- Um mudo: One vin váix —- ône, um. MUGIDO de porco: Arôn--krôn. MUITO: HG, é, ma, éti, titi (estes dois ultimos se pospõem ao adjectivo para fazer o superlativo ); gu, man ; angu, angutiti (este ultimo é superlativo )--1--Tára gu: Muito forte -- 2 -- Aran angütiti: muito quente -- 3-- Gire gu ve: Tem muitos meninos -- gire meninos -- ve, está com, tem — 4-- Muito: uma quantidade muito grande: Korég - 5 - De mais: Buôngh -- 6 -- Kron buôngh tôn gra: Não beba demais -- kro, beber -- tôn, não --g, connectivo -- ra, desinencia do im- per. -- 7 -- Muito mais: E hd. MULHER: Tanté, ôntanto ( femea tambem do animal ), fi (ella), fag (ellas) fágma, ellas -- 1 -- Mulher do filho do meu irmão (sobrinho fraterno ): Rengré kotxi tantô fi - ko- tê, filho -- rengré, dois, irmãos -- tontô, esposa - fi, ella -- 2 — Mulher mundana: Be tôn -- be: marido, tôn: não, sem. MULTIDÃO : Agmonagmôn. MUNDO: Ema kára-emá, povoacio-kara, toda. MUNHECA: Nindo jakrin,-nindo, braço - jakrin, joelho. Tambem nina faem S. Paulo, juin pire.. MURCHAR: UA’, m--ua. MURO de pedra: Paro, porc. MUTÚM: Péin buüngh. N NADA: De tôn, denim ton de -- cousa - tôn, não - 1 - Denúm - de, cousa- n, connectivo -- um -- algum. NADAR: Braia-brdia, breg -- bréje, mbraia -- mraia- mraia, marambráia. NAO: Ton; pia, pijá; vós pie. tóg, tot, tó, pè = 1 - Ton ra: Apezar de não. Com o verbo kire usa se he. NARIZ: Ninhé. NASCENTE (oriente): Ardy júru kante-aran, sol - juru, levantar -- kante, do lado. NASCER: Auten, kankuten (apparecer), kakuten, akúten, akankuten; born, bogn. NEM em sentido de ainda que: Ra-1- Nem que deva morrer, não roubo: 1x têre ra, ix peju tôn-ix, eu-tére, morra -- peju, roubo. NEM - NEM: Para se traduzir esta comjuncção, se repete a proposição. Ex.: Não come pão nem carne ; se traduz : Não come pão, não come carne: Emim ko ton, nº kói ton -- pio, emin--come, kót -- carne, ni. NENHUM: On tôn-ôn, algum ton, não. NERVO: Keiéie -- 1-- Kejéje buôngh: nervo grande. NESGAS : Tungré. ( Vise. ) NETTA: Kotxifi--kotxifi (filha da filha), filha-Jotoifí. NETTO: (filho da filha) Kotaifé kotre. NEVOA: Kaxká ing--kaixká, céu. NHAMBU’ Oaxim. NINGUEM : On tôn--on, alguem -- 1 -- Não esta ninguem: On ua ton -- ua, está. NINHO Jakfé;. nia. NO’: Kudjé kané - 1 -- No de pau: Ira --2-- Ka pé irá, kampáti: Do galho do pau, arrebenta um nó: -ka pé, pé do pau----kampadn, arrebentar, nascer -- 3-- No de pau: Jakrin (curva, joêlho ) - 4 - Fazer um no: Kaniét, kanét hadn. NOITE : Kotiigh, kotu, kuti -1-- Um dia e um noite ; Ardn, kutú; ran, kutú -- 2 -- Meia noite: Kutt xz hô -- 3 -- Quer trabalhar de dia e de noite: Lairai kutii ké ti -- lairái, tra- balhar, - kutii noite - ke, quer - ti, elle. NOIVO:- 1--Ser noivo: ti prôæke- pron, casar -- ke, quer -- ti, elle. NOJO : - 1 -- Cousa que faz n6jo : De kokré -- de, cousa. NOME :Jiji, uiji, “ai. NORA: Kotxin pron, kotxi tdntô fi -- prôn, esposa. kotxi, do filho NORTE: Aran kanka kante-kante, do lado -- kanka,. vento -- aran, sol. NOS ( Pronome pess. ) Ein, en -- 1-- Entôn, enke ton - i: - connectivo -- ôn, é, pertence - 2 - Nós dois; (eu e tu): A ix -- a, tu-ix, eu -5- Emo: Nós agora. NOSSO: Ein, en, entôn. NOTICIAS: Kambét, kambut; kambé, kambu. Estas palavras tem tambem sentido de fabula, invencionice. NOVE: Ontauit veenkangrd. Vide grammatica. NOVO: Tang, kürôn (panno novo), hé — 1 — Irmão mais novo: Javü ve — ve, menor. Tambem javii dó--dó, atraz — 2 — Irmão novo: javu kürôn — 3 — Irmão menor: Javit ke ti ne--ke, menor-ti, elle--ne, é. NOVILUNIO: Kiixatôn--kiúxa, lua — ton, não. NU: Vide pellado: Kurt ton-kurú, panno -- tôn, sem. NUNCA: Vaix, uäzr, vad — 1 — Nunca comerei: /a- raka kótx tôn--káraka, em seguida — kôix, comerei — to, ton: não. NUVEM: Kaixkan--gôgn--kaixkän, do ceu -- cogn, véu ? NUVEMZINHA : Kaixrkaingoti, kaixkangógn ai-mxi, pequeno. O OBEDIENTE : Vin liri kemane; xanjéne kemdne-vin, ordem -- (iri, observar -- kemane, gostar, -- xan, meu -- jéne, man- damento. OBRA, manufactura: Grin. OBRAR, evacuar o ventre: Prexpréje. OBSCURO: Kuti, kotii (noite) OBSERVAR (a lei): Vin liri--vin, preceito = liri, ob- servar, por em pratica. OBTURAR: Ninféie, ninkféie ( fechar ). OCCIDENTE: Aran puriá kante-puria, lugar do sol pôr (de pur, mergulhar -- ia, logar ), kante, do lado. OCCUPADO : Kutára. OCIOSO : Venxaré. OCO : Jonke ; kujó dôro-kujó, no meio -- dôro, furado, — tê, elle. OCULOS: Kané kr: fi-kané, dos olhos -- kri, acima - fi, collocado. ODIAR: Krima, kri--1 - Krima je: Esta brabo; esta com odio — je, esta. OH! (affecto, admiração ): Hi! OH! (desejo): A’ra (prouvéra a Deus! ). OH! (compaixão ): Jaktara ! ( pobresinho !). OITO: Veinkangra, vetnkangra ; veinkangra, On vein- kangrã; ontauit taktôn- venkangrá, quatro - ontauit, (1) cinco — taktôn, tres. OLA: Od (quando se chama homem ); já ( quando se chama mulher ). OLFATO : Tevi. OLHAR: Ve; eváix, kievaix; liri (estar de olhos abertos ): kané; eudi, evái— 1 — A mulher na porta esta olhando: Ontantô jantká kan, liri-ontantô, mulher -- jantká, porta--kan, na -- liri, olha — 2 — Olhar fixo: Pat — 3 — Elle nos olha: Ein kané (ve ). OLHAR, no sentido de ter cuidado de alguma cousa : Liri. OLHO: Kané — 1 — Olho d'agua: Goto ni -- ni, tem. Tambem gôio kané--gôio, agua. Tambem gôio veinkané — 2 — Abrir os olhos: Liri — 3 — Olho quasi cego: Kané ko- rég--korég, ruim — 4 — Fechar os olhos: Nôro ( durmo ), ka- (1) On, uma ( subentendida mão ), tauit, tavin; só unicamente. LOT. = né not — 5 — Olho furado: Kané düpti — 6 — Menina dos olhos: Kané kren-kren: ovo, criança. Tanbem kané kré — 7 — Olhos vivazes: Kané lire. ONÇA: Mink, min, mi--1- Onça pequena: Mik xin - 1-- Onça pequena preta: Mink vin xú--xu, preto, ONDE: Déto, éntó; tandétó; hanto, ténto, hit - 1 -- De onde: He hi --2-- Para onde: Ahéra. OU... o, disjunctivo. Se traduz trausformando a pro- posição conforme o exemplo seguinte: Me pague com di- nheiro: si não queres, paga-me com sal: Dinhéro tan ha kajäm : javäix, xa tan ha kajametan, com - kajam, pagar — javäix, não queres --xa, sal. (Me pague com dinheiro ou com sal). ONZE: Ix ningé on tauit píre. Vide grammatica. I ningé vei kritôn kr pire. OPTIMO : Iotiti. ORA!-1- Ora! não devia eu fazer assim? Kanxôn' déje ge ix han tan ?--kanxôn, ora, então - déje, porque - ge’ assim - han, fazer - tan, isto. Ora... ora: kara; venxé' Se constrôe como fosse: Faço isso, depois faço isso. ORDENHAR: Mim, min ( Tirar o leite da ubre das vaccas ). ORDEM, mandamento: Jen, vin.-- 1 - Estou aqui por ordem do pai-- Ix jógn jen kan, t1 ki kanje-kan, por ( por- que )- jen, mandar - taki, aqui -- kánje, estou. ORELHA: Níngréin - 1 - Orelha cahida: Nengréin tére. ORLA de vestido: Féêre, nóio. ORPHAO: Jóg ton--jog, pai-- tôn, sem. ORTIGA : Muafé (tambem linha para coser )- 1 - Or- tiga de cipó: Venxénhúru--búru, brotar. Tambem ; pudre fé (ortiga de cipó ). ORVALHO: Kankfuôre. OH! Si (interjecçäo de desejo ): Ara-1-Oh! si ti- vesse saude ! Ir a hô ne ara! -- ixa, eu - hô, estivesse bem - ara, prouvera a Deus! OSSO: Kuka. OUTRO: Ut, dt, ôn, 6m, ôn, ton, um - 1 - On: Algum, outro - 2 -- On ma: Para algum — para -- ma (posp.) - 3 - Ou- tra cousa: De non, dentin, denûm - de, cousa - 7, convectivo - ôm, outro-- 4 - Outro dia: Kura On ki--kurán, dia - ôn, outro -- ki, em -- 5 -- E’ outro: on uá-uá (van), é - 6 - Em sen- tido correlativo, se põe muitas vezes, uma vez só, ex.: Um foi ferido, outro não; se traduz como fosse: Outro foi ferido -7-Um a outro - Venx6. Ex.: Venxó kid ren: Um pulou no outro -- kz, no - d, connectivo -- rem, pular -- 8 -- Veinxó ag rad nanti: Moram um perto do outro -- ag, elles -- ra, perto - d, connectivo -- nanti, moram --9-- On, ut: Um e outro - 10- On kan to xa: Uma cousa presa a outra-- xa, presa - to, a- kan, está - 11 -- Os outros: Ona agn (latino cacteri ) - 12 - Jagnemán déne nija ve: Mostram-se um a outro o posto do bixo -- jagnemän, um a outro -- déne, bixo -- nija, posto - ve, mostram - 3-- Um a outro: Jagnin - 4- Um ágno: Todos os outros. Uanxi: Noutro tempo. OUVIR, perceber: Mé, méin, auguë ( Vise. ). OVO: Kren--1 -- Clara de ôvo: Xôgn. P PACA: Krüra, kriran (Tel): kamé( que tem medo ) ; ko kamé (que tem medo de comer) - ko, comer. PACIENCIA: Tenha paciencia um pouco: Vere me kejéne. PACIFICO ( quiéto ): Jatt. PAGAR: Kajam, kanjam (significa tambem comprar ). PAI: Jogn, jog, jong--1--Ix jogn, ix jambré: Meu pai e minha mai -- jan, mii -- bré, junto (meus paes). Tam- bem: Ir jambré jogn: O pai junto com minha mii ( os paes ). PAINEIRA: Náix. PAIOL: Juin, de j», guardar--in casa--1-- Gara join : Paiól de milho. PALAVRA: Vin, win, vi--1-- Palavra atõa: Vin vei- ama -- veixma, louco -- 2 -- Palavra ruim: Vin veixma -- veixmä, ruim -- 3 -- Palavra: Veívin. PALMA da mão: DU. Tambem significa planta do pé - 1-- Ningé du - mão, ningé -- 2 -- Bater palma: pret--prét ké ti. PALMA (variedades) Témo; féne--é, táin. PANCADA : Dar pancadas: Popekéra. Pancada: Take. PANELLA : Patkü, kukrôn -- 1 -- Patkii lanktére : Prato — lanktére, largo - 2 -- Kukrija ( Vis. ). MEN: PANNO : Aur“ (fazenda) - 1 -- Panno grosso: Júrubre ( Visc ). PÃO: Ka--1-- Pãos que se esfregam um a outro para fazer fogo: Anatõe ( Tel.) PAPAGAIO: Kantó, angúio ( Vis.)(1)--1-- Variedade que mora no campo: Kentl: érê kanæire -- kentk, papagaio -- érê, campo -- kanxire, pequeno ( maracänà ). PAPEL ( Especialmente escripto ): Venharü. PAPO : Dúix gra -. dúix, pescoço -- grd, bola. PAR: Prine, alengré: (dois), casal. PARA ( Posp.): Man; to--1--Ir para casa: In ra ix tingo -- in, casa -- ra, para -- tingo, vou agora. PARACANJUBA: (especie de peixe ): Efängh. Angh de etängh, pronuncia-se com som metallico. PARAR: Kranje --1-- Anti gafut ki judn, kranje: quando chegou na ponte, parou -- anti, elle (an, prothesi ) gafút, ponte de terra ( estiva ) --k/, na -- kan, quando -- kranje :parar, parou. PARDO: Kuju, kujó -- Onça parda: Min kujo. PARECER: Ve--1-- Parece que está melhor: Játi húri ve-- hati, sarar, húri, particula para fazer o passado. (1) E” o mesmo que jongjó. Kantó, papagaio domesticado, de kan, pau-to, gavião, ne, Jonjó, papagaio selvagem, corvo, | diet e PAREDÃO: Ari, krin ari -- lerin, monte. PAREDE: Pendó; entonya; intôn. PARENTES: Kaiká ( contribalos, consocios ). PARIR: Ma, ba; kren k-ti; kren, cria -- ke, fazer -- ti, elle. PARTE: Egarka, kupádn ( pedaço ), rii, riid (corte ) - 1 Que parte está doendo ? (o que está doendo? ): fan- déne Kangâmo? --tandéne, o que--kangámo, está doendo agora - 2-- Rii, parte, de rüng, cortar-3-A parte baixa da casa: In pé--pe, pé-- 4- Dou parte ao juiz: Onjekrenma to temo - onjekréni, juiz- ma, para, ao-- to, fallo -- 7x, eu -- mo agora -- 5 -- Parte posterior : Panim. Ex. Ningé panim ( pan Je Costas da mão. Pé panim (pan): parte superior do pé -- 6 — Kiicã prän vii ni: O mez é uma parte do anno -- hiixa, mez -- prin, anno - rü, pe -n/, é--7-- Olha longe: Tamin evaix - tamin, longe--8- Atan déne kangâmo?. Que parte doe ? PARTIR: Quebrar: Brüéx. PARIS Par: PASSAR: Pa, paxke, paje; kanküten; kurän-1 - Passar o rio: Gôio are kankuten -- gio, rio -- kafan, outro lado -- ra, para -- 2 -- Fazer passar : canôa : Xankéi ba- hankuten -- 3 -- Passar E e Téti--4-- O carro passou: Jurürut tetite - 5 — Passar ( viver ): Tia. PASSARINHO: Nani. PASSARO : Xanxi-- 1 -- passaro cachique: Pantéie - 2 -- Passaro grande de cabeça grande e pintada; Arin téie rô buüngh- krin cabeça --téie, alta-- rd, pintada -- buôngh, grande. PASSEIAR (fazer visita para alguem ): Angvé?,,an- quéi. PATO GRANDE: Pedn buingh -- pedn, ph buongh, grande. PATRAO: Jénti, patrão (Jem mandar ) -- ti, elle. PATRIA: Jama -ja, minha - ema, terra, povoação, — 2 -- Hix engd : (minha terra) PATROA : Jenfi-fi ella -- jen manda. PATRONA: Perógn (sacco )-- 1 -- A tiracollo: Anharé Jeren -- anharé, sovaco--krén, debaixo. Tambem: Anharé kren tin. _ PAU (arvore, madeira): Ka. PAVAO: l'epän--pan, coberto -- pé, pé. PE: Pé, anpé, pén, apé--1-- Pé de arvore: Pé--2- De pé no chão. Vide descalço -- 3-- Estar de pé: Anpén kânti-- 4 -- Pegada de gente: Pén. PE’: Suffixo para indicar que uma cousa é boa, legi- tima--1-- Kurt pé: Panno legitimo, bom. PEDAÇO: Kupädn ; góiga; veixkarmá ; lkupára. PEDIR, se traduz com o verbo judn, ete. - 1 -- Lema nim: Dé para mim--2--Temá jidn: Dê para mim. Tam- bem: Ixmá jure. à — 280 — PEDRA: Pá, pan, pó--1-- Pedra de afiar: Pänh6 - 2 - Pedra de fogo: Pan ten pin-ten, com---- pin, fogo - 3 -- Pedra lavrada com machado: Beng tan pó-beng -- machado - tan, com -- 4 -- Machado lavrado com pedra: Pó tan beng - 5 Pó ten pénd: Deu tiros de pedra -- pénd, atirar, matar com tiros. PEDREGULHO: Kokü. PEGAR, começar, agarrar: Mami, kânmi. Imper. kaë- mira -- 1 -- Pegar a fallar: Vin kame ke ha-vin, fallar -- ke querer, pretender. Pegar, prender: Xe (fazer prisioneiro matar ). PEGAR, no sentido de tocar: Kénera, kuxé. PEGAR, no sentido de brigar, colher flôres, etc.: Ge -1--Jágne ge--jágne, um a outro -- ge, pegar ( brigar ). PEGAR, carregar: Ua, ba, ma. PEGAR, no sentido de prender caça, etc. : xabm, xam PEGADAS : Péne. PEITO: Fé. No sentido de ubre, nongiye, nonguue. PEIXE: Pirá, péraju -- 1 -- Casca de peixe: Pirá fudre - 2 - Rio do Peixe (em S. Paulo: ) Gôio buongh ( rio grande ). PELLADO. ( Cabeça pellada ): Ro. PELLADO (Nu): Kurútôn-hkurú, vestuario - ton, não sem. PELLE: Ffuüre; venharü -- 1-- Pelle de cobra: Pam fuüre -- 2 -- Raspar a pelle: Venharé grantogmo-grant, raspar - toy, estar -- mo, agora. PELLO : Kiki, keki 1 -- Kiki be: Tem sempre pello -- be, habitualmente. PENDURADO : Jaróje. PENDURADO : Jagét. PENEIRA : Kre, grendá -- 1 -- Grendé gaix : Crinas de peneira -- gáix, cabellos (ñ-nhjaëx ). PENETRAR: (entrar): Ranho, ran. PENHA: Po. PENHASCO : Po. PENNAS (de passaro): Féére - 1 -- Pennas da flexa : Do Féêre; Ngornoa. ° PENSAR: Krédn, enkrén, veinkrédn, kienkré, kexkré, kred, kixenkrédn ; tore. ( Vise. ). PENTE: Vaikuréja, veixkuréja-kuré, limpar - ja, ins trumento. PENTEAR-SE: Venharébn, avenharébn. PEQUENO : Xi, xin, wire, ( re, estã), wird, kan.riri ; me. PERCEBER ( sentir ): Had, me. PERCUTIR: Nite; ten -- 1 -- Percutir com um pau: Ka nite-- ka, pau. PERDER: Mamfore, vamfore, vanfóre; hutén, kote - 1-Ix kuran ix kote: Eu perco meu tempo - ix kuran, meu tempo --2- Kokéktimo :: Perde agora -- ti, elle -- koke, perder, estragar. Tamhem vaikréti. ( Vise. ). — 281 — PERDIZ : Kojon, koiómpépe. PERIGOSO (que mata): uänge, adnge. PERIQUITO : Krikrije, pént fuan -- fuän, perna. Tam- bem kaio-é. ( Vise. ). PERIZOMA, saia, xiripá: Pe fin-fin, cobrir. PERNA: Fa, fua, foá,--1-- Barriga da perna: Fa rúru -- rúro, redondo. PERNILONGO ( variedades ): Naxin kupri, xin ku- pri -- ka, mosca -- xin, pequeno -- kupri: branco. PERSEGUIR : Kané. PERTENCER: A’nje, na ni; ôn je-- on, de alguem - je, é. PERTO: Ektoá, to- 4 (adverbio ): ra (posp.). Ra, indica relação de logar e de tempo (está perto de morrer ). Em vez de ra, se diz tambem re; e em vez de to - a, se diz tambem kaké; to-hi; ektonjaki (ki, em), kak--ka. Tambem to -- hdix. PESAR: Kambut -- 1 -- Pesado, kofu. PESCAR: Vitpkéie, vipkéie. PESCOÇO: Duin. PES‘): Kambut. PESSOA: Ti, fi (elle, ella) -- 1--Quatro pessoas : Veinkangrá djn--agn, homens. Sendo muiheres, se diz fagn. PESTANA : Kané jo--kané, olho--jo, o que guarda (o olho). Tambem: kané joki, kanéjum buüngh -- jum, que guarda -- budngh. grande: Tambem : kané fudre -- fudr , pelle. PESTANEJAR ( fallar pestanejando ): Æzxmä to kané jo vin ne: Elle me falla com as pestanas -- eicmä, para mim - to, a-— vin, fallando -- ne, estã -- kané jo, pestanas. PICAPAU: Xankringô, nagningé. PILAO: Kraze ( pequeno pilão ). PINÇA PARA APANHAR as brazas: Ka pen--ka, de pau--pen, pé. PINGA, aguardente: Goiofá, agefa ( Vise. ) PINGAR: Glakótimo--glakô, pinga --ti, elle -- ma, ago- ra. Tambem nakótimo. PINHAL: Fuügn te, te fuiink. PINHAO: Fuügn. PINHEIRO: Fuék, fuôek, fuénk. PINTAR: Aré, r6 — 1 — Cousa pintada; Venharô — 2 — Kungé ari: Trem de cosinha, etc. pintado -- kungé, trem. PINTURA : Aro. PIOLHO: Engd, ti krin pan paro (? ). PIPOCA: Gára (milho), nh-gára. PIRANHA ( Peixe ): Pazére, pa-iére. PISAR: Kagan, xan, tud, — 1 — Kagan : Pisar (a ro- ça p. ex. )— 2 — Kafé tud: Pisar o café no pilão para re- duzil-o em po — 3 — Pó ce café; Kafé túdere. PITANGA: Búit-e. — 282 — PITAR: Aútke — 1 — Pitar cigarro: Vatu ho-vaiú, cigarro-ko, comer. PITOCO (sem rabo): Bu ton--bu, rabo--ton, não ( buü- gh, raho ). PLANICIE ; Kitaré. kujére. PLANO: Nugére. PLANTA: Kré— 1 — Planta do pé: Pe du-du, par- te inferior. à PLANTAÇÃO: Kré — 1 — Plantação pequena: Búru hô-buru, brotar — 2 — Minha plantação : Je kre (Ja kran -- Je, ja: eu. PLANTAR: Kre, kren, vetnkré, veinkrán, kran, krank. PLEONASMO: Ma, (em jogma) : ki, em kikéra (leia) : e outros. : PO: Vembré — 1 — Nafé diirw: Pó de café. Tambem Kafé túdere, kafé tudúre, kafé dúru. Vide pisar. POBRE: Tanda tôn-tan, ter-da, cousa-tôn, sem. PODER: -1- Javáix, vaix : Não poder - 2 - Não se pode fazer: Hat ketôn-had, fazer - ke, poder - tov, não. PODRE: Kokré, kumia, kokrd - 1 - Fedor de um bi- cho morto: Déne kokré gére-gére, cheiro. POEIRA: Vembré. POLEIRO : Xanxi agn nan niafá-xanxi, passarinho - ayn, elles (serve para fazer o plural de passarinho ) - nan, deitar - jafa: logar, instrumento. POLLEGAR : (dedo pollegar): Ningé féie buingh-nin- geféie, dedo - buüngh, grande. POLVORA : ( para espingarda) Fun, boká fun-boka, espingarda. POMAR: Te kané - lugar - kané, fructas ( fructas não colhidas ). POMBA : Petküin, penkiiin. - POMBO: Pethiiin. PONTA: Juräna - 1 - Ponta de pau: Ka juräna = 2 - Ponta de flecha: Dó jekfin -3 - Ponta de osso da flecha: Do jek (nhék) fin--fin, amarrar - 5 - Dar um ponta-pé: Pe. nite-nite, percutir, bater-pé, com o pé. PONTA DO DEDO: Ningúja. PONTO (na escripta ): Ninive. POPA (da nau, séde do pilôto ): Nanhéi deré-kankéi, ndo-dére : assento, parte posterior POR ( posp. ) - 1 - Elle passa por aqui: Tag mi tin-tag, aqui - mi, por - tin, ir. POR ( posp.): Jamba (ao longo de alguma cousa ). POR (posp.): ( Kri )--1-- Passar pela ponte: Nágm- ba kri tin -- kagmbá, ponte -- kri, acima -- tin, ir. POR (verbo, atirar ): Fódn, fóre--1-- Rênco ti kané kri fore: Pôr o lenço (atiral-o) nos olhos de Fulano de tal --kané, olhos--kri, acima--2-- Xa ki fódn: Atirar no sal -- ki, no -- 3 - Van. POR, collocar : Fi, fé. — 283 — PORCO: Krôgn, kriúign--1 - Porco manso: Króúgn kajére ( kajéror ). PORCARIA: Déne kokré - déne, bixo -- kokré, podre, PORISSO: TO'GN, kantogn--1-- Togn togn kémo: Por isso quero assar -- togn, por isso -- togn, assar -- kémo : quere, pretendo. PORQUE: De, detún, detan ; kan, kantogn -- 1 -- Ma- tou a mulher, porque era raivosa : Jun Ji kan togn, ti prôn tén--jun, braba - fi, ella -- tógn, era - tí prôn, a mulher delle - tén, matou. PORQUE. Se resolvem com porque as proposições consecutivas. Exemplo. Era tão raivosa, que a matou: as sim se transforma: Porque era muito raivosa, a matou: Jon fi kan, fi ten--jón, braba -- fi, ella --kan, por ( porque } - ti, elle -- ten, matou. PORQUE ? (interrogativo ): Déje,? dê? -1-- De xo jôn ne? Porque esta brabo commigo ?-- 29, commigo, eu -- jon, brabo -- ne, estás. PORTA: Jantká ( Nhantkä), janká - 1 -- Porta da rua: Emprü ki jantká - emprü, rua - ki, na - jantkà, porta. PORTÃO: Jantkä niféia-niféia, fechado -- 1 - Janthá nifé 9 I, (gm ) je: Está adiante do portão -- jo, adiante -- je, esta RTO: Gôio ki-gõio, rio -- ki, no. RR Rudia, alumia, rumia, ru. POSTE: Ná ( pau), kuki. POSTERIOR: ( parte posterior ): Panim. POTE DE BARRO: Guüre grin. POTREIRO : Lo, ro-lo, ro: lugar fechado. POUCO: Pir, pire; me; xire - 1 -- De pouco em pouco : Xin kan-kan, com - 2 - Pouquissimo: Pipirétiti-- 3 -— Pit :, pouco -- 4 -- Lava um pouco: Vér2 lkupéra-véri, pouco -- ku- péra, lava tu ( imper. ). POUSO: Vére--1-- Pouso pequeno: Varét wri. POVO: Agn (elles)--1--Ag kara: Todo o povo- kara, todo--2-- To dgn: A comitiva delle -- to, com elle (o povo). (1) POVOAÇÃO : ema (villa, bairro, cidade ) - 1 - Jama : Minha povoação - ja, minha. PRATO: Paktii lanktére, largo. PRECISO: Hótiti- 1 - Japan fana hôtiti : E’ preciso co- lher a roga- japan, roça - fan: colher, quebrar - 2 -- Preciso urinar : Jon hótiti. PREGO : Prégo. PREGUIÇOSO : Jénje -- 1 -- Está preguiçoso : Jenjére- re, está -- 1 -- Jén pridit. PREJUIZO: --1-- Ter prejuizo: Uanfore -- 2 -- Causar prejuizo: Vendúmo, vendrümo. PREMER: Par-a. PRENDER : Xe (tambem matar ). (1) Kan ag, povo do matto. ro ge PREPARAR: Han hadn--han, bom -- hadn, fazer -- 1 - Hé han--hô, bem - han, fazer. PRESENTE: (estar presente ): Nititon ( Vise. ). PRESENTE, donativo: Véke, fágrin (1) -- 1 -- Déne fi: Dar alguma cousa -- dére, cousa -- fi, dar--2-- Ir jan ixmã veixma tay mim: Minha mai me deu este presente -- jan, mai - veixma, presente (1)-- tag, este - nim, deu. PRESO : Xe--1-- Preso a um pau: Han xe--kan, pau - xe, preso - 2-- Preso, captivo: Ti xe-á-3-- Estar preso: Xe, xa -- 4-- Um que está preso: Tixe ra-ra, está - ti, elle - 5 - Captivo, escravo: Xéja. PRESSA ; Kur, kúri, kud - 1 -- Correr de pressa : Kutin vanuvôre--kut, de pressa -- venuvó, correndo -- re, esta - 2 - Kud. PRESTAR: Cousa que não presta: Vide cousa. ruim. PRETO: Xu, x6, xôd; kaporo, kiidma (azul), xáig (Misc) ed ter PRIM A IRMA: Ve, ve ji. PRIMEIRAMENTE : han--han: começar. PRIMEIRO : Ham: jam, ja ki; ve, vére, vémo, veg - 1 - Tin vén ix: Eu vou primeiro -- tin, ir- ven ; primeiro. PRIMOGENITO : Kaiké --1-- Irma primogenita- Vexäi. PRINCIPIAR: Jam, han, ve, kâmi ( pegar ) -- 1 - Tx ham: Eu começo. PRINCIPIO : Lugar onde começa alguma cousa: Häng- ja-ja, lugar -- hängh, principio. Vide lugar. PRISà O ( Lugar fechado ): Ro, lo. PROA : Kankéi prin--kankéi, não. PROCURAR: Penói, kané, péno — 1 — Xan kané kan, ix ve: Achei, porque procurei - xan, eu - kan, por ( porque ) - ve, achar. PRODUZIR : Kanémo ( fructificar, cachar ). PROEMINENCIA: Diidn, didn ( Maçã, bola) — 1 — Umbigo: Dun diidn. PROFUNDO: Dik, ding — 1 — Lagoa profunda : Oré ding. PROHIBIR : Kamét ( causar temor para que alguem não faça uma cousa ). PROMETTER: kejemora (?). PROMPTO: 1 — Está prompto o almoço? Jénti kan- ti tógmo? jen, almoço -- kanti tógmo, prompto — 2 — Ma- hut: Está prompto - Aut, ja significa acção passada — 3 — Kara ix húri: Ja estou prompto-- kara, acabado - húrz : indica passado. PROPENSO : Kemdäne, kenemâáne, emâne ; hútiti, PROSEAR: Kenkét, repetição de ket, fallar para indi- car repetição da acção. PROTHESI. Em principio de periodo se accrescenta d palavra, a letra a ou outra, para suavizar a pronuncia. Exem- plo: Ain--a, prothesi -- in, casa. (1) Significa antes objecto, — 285 — PROVAR, experimentar uma cousa: kané, kamé. PRUMO: Kambut — 1 — Aprumar: Kambúdno. PUCHAR: Ninham, nam, nham, nanga, nag. PUNHO : Inzndo. ( Vis.) PULAR: Ren, eréin — 1 — Pula tu: Hómkera, hom- ge ( Visc.) PULGA: Nampó. PULMÃO: Kanhüe, fe kanhãe ( fé, peito ). PULSO: Kaji, kafúi, kafa, ninafá ; jakrin ( munheca ). PUNHO : Pu (cabo de faca, etc.) PURO: Jampri. PURULENTO — 1 — Chaga purulenta: Vúxno, fúa- no (2) Q QUAL ( Interjecção de reprovação ): Je! — 1 — Tem dinheiro elle? Resposta: Qual! Je! QUAL: Hórike. je; tandéne — 1 — Qual é o passaro que canta de noite ? Xanrai tandéne kotit kur ? xanai, passa- ro -- tandéne, qual, kotü, de noite, kur, canta — 3 — (Qual cou- sa: Atandé ne ? QUALIDADE: Det-t, connectivo — 1 — Det kanxirè kre: Planta pequena de varias qualidades -- kanæiri, pequeno -- kré, planta — 2 — De que qualidade é isto ? Tandéne ? — 3 — Carne de toda a qualidade: De num ni-ni, carne - de- núm, de todo animal. QUALQUER COUSA: NENHUM, denúm. QUALQUER: On muän, algum -- mua, ma, pleonasmo. QUANDO: Posposiçäo : Kan, hôrike, hórike kan. As ve- zes se traduz sem particula nenhuma -1-- Ixó peju, vék ton ti ne: Elle não me viu, quando me escondi -- ixo, eu -- pejú, escondi -- ve, viu -- k, connectivo - tôn não -- ti, elle-- ne, es- tava. QUANTO : Hürike, de -- 1 - Quanto ganha por dia? De ganha kurarékt: ? rékti, cada -- 2 -- Quantos annos tem? Ti kr prin hórike?--ti kri, sobre eile -- prân, annos - 3 -- Quanto custa esta cousa? Tag kanjam hürike je? - kanjám, custa, compra -- tag, isto -- je, está. QUARENTA: Vide grammatica. QUARTO (sala ) de uma casa: Inkafidudn ( imuafo- dudn ). QUARTO de lua -- 1 -- Quarto crescente de lua: Kiúrá rúro keiké -- küxä, lua - ruro, redonda -- kezké, vai ser ? ( Tel) - 3-- Quarto de lua; Xüxa kupádn--kupádn, pedaço, cortar-- 4-- Quarto min guante: Kixá xin--xin, pequeno. QUASI: Kré, kred--1-- Put kré: Quasi mergulhou, afogou-se - put, mergulbar. QUATI: Xé. QUATORZE : Vide grammatica. QUATRO : Veinkangrá, kangra -- 1 -- Quatro pessoas : Vein kangra ti. QUE ( Pronome relat.) --1-- Um que (algum que): On tan --2-- A criança que está ahi: Ire tan ki van-kré, criança -- tan, que estão ahi -- van, está -- ti, elle -- 3-- O que: Ti ta. -- Aquelle que viste, é meu irmão: Titan, dma véi, tx javü ni--âma, você -- véi, ver -- javú, irmão - nz, e-- 4-- Ot kan, vin ke na: Está dizendo o que é falso-- dt kan, o que é fal. DPS ou E — 287 — so -- vin ke, quer fallar ( ke, quer )- na, está -- 5-- Tx jog kan- gam buôngh, hino: Meu pai, que estava muito doente, esta sarando -- kangá, doente -- buôngh, muito -- hat, sara -- no, ago- ra- 6-- Aquelle que esta preso: On tan xe je--ôntán, um que -- xe, preso -- je, está -- 7 -- Aquelle que: Ti tan --8 -- One éne kantin : Aquelle que vem lá -éne, lá — kantin vir -- 9 -- De ban je, kaféi ni: O que carrega, é flor - de, o que -- ban, carregando -- je, esta -- hkaféi, flor- ni, é--10-- Ti tan péin ôn: Aquelle em que outro atira -- ti tan, aquelle em quem -- péin, atira -- on, algum que. QUE? que cousa? De? Hüna ? QUE E'?: Hórike? atandéne? de? hana?--1 -- Que flor é esta? Kaféi tag hirike ? -- tag. esta -- 2 -- Qual é a parte que doe? Atandéne kangâmo hürike ? tandéne ? o que ?-- kan- gämn,dée agora -- 3 -- Que carne está trazendo ? Anti ni bak:an- tin ne ? -- anti? de que bicho ?--nz, carne -- bakantin, trazer -- ne, está -- 4 -- (Que esta fazendo elle? Titânde han ne? -- ti, elle -- tânde, qual cousa - han, fazendo -- ne, está -- 5 -- Que estas fa- zendo ? De hana ?- de? que cousa ? - 6 - Que ganha ( quanto ganha)? Ande ganha -- an, connectivo--7--O que? Déje ? Tandéne ? -- 8 -- Que letra é esta? Tiriôtandéne ni?-- Ti ri, letra de tal cousa - 9 -- Que queres por dia? Ande, por dia kémo ? - ânde, quanto -- kémo, queres -- 10 -- Aktan ka ke ix -- Eu quero o pau delles : agian, delles -- ka, pau - ke, quero -- 11 - Anton venjéne hadno, ki xan ton ti: A comida que fizeste, não tem sal -- venjéne, comida -- hádno, fizeste -- ki, pleonasmo -- xan, sal -- ton. sem - ti, esta -- antän, a que - 12 -- Que é do pai? Hana jogn? - jógn, pai -- 13 -- Iórike tag ve? Que é isto ? -- ve, é. QUEBRAR: Fan, gap, gapke, gapki, brod; gnovo, gnavo, gnan ; gôva ; bré, bréi - Estragar (roupa): jara, jad -- jara (este ultimo, quando ha muitas rasgaduras). QUEIMAR : Pôn, poro. QUEIXO: Ira, era. QUEM : Om, an, im - Quem é delles ? Agn adn ne? agn, delles -- adn, quem (a connectivo ) -- ne, é -- 2 -- On agn ne: Quem são elles -- ôx, quem. QUENTE : Ran, aran. QUERER: Xóró; ke, kémo; kemane (ser inclinado, gostar ), ge; hé- 1 - Queria (imperfeito ): Kevénve--2 ~ (Querer sériamente: Ke pén - pén, devéras -- 3 -- Está queren- do: Ke ne -- ne, está - 4 -- Não quero! Déjá, ud (não) - 5- Kéve : Estou querendo - ve, estou - 6 - Ot kan, vin hema: Gosta de dizer o que é mentira -- 6¢ kan, o que é mentira - vin, fallar -- kemá, gosta - 7 -- Ke tógmo: Estou querendo -- tog, estar -- ke, querer ( tambem ke xégm) ) -- 8 -- Não querer : Váix, véix. QUIETO : Katu; emé; jatu - Elle está quieto: Emé kan ni- kan ni, está estando -- 2 -- Kitône ( Vise. ). . — 288 — QUINTAL: In to ro a da casa -- to, dent | cerca ): émprüru; emprüru. QUINZE: Ix ningé on tauit petkara: vas grame matica. Tambem: ningé veikritâne kri petkära, ry R RABO: Bü, bügh, büëgh, bü. RACHAR: Riring, rürüngh ; kuktoixno, kuktoino ; apri ( Vise.). RACHADO : Féra ? RAIO (do sol): randó--ran, do sol--d», raio, setta. RAIO (relampago ): Ta né- ta, chuva.( 1) RAIZ: Jaré - 1 -- Raiz de mandioca: Nwmin jaré - 2 -- Raiz de pau: Ka járé -- 5 -- Raiz (Tel. ): Gre — 4 - Raiz do monte: Krin kranja - krin, do monte - kranja, limite união. RAIVA: Jôn -- 1 -- Estar com raiva: Tonhú ne-to, com elle - nhu, ju, jo, nhô: brabo - ne, estar. RAMO: Pen; go, jovi -- Ka jovi: Ramo de arvore - 2-. Ka pén: ramo de arvore -- à -- Jovuige: Ramo pequeno. RAN: Gre - Ran pequena: Koixnin. RAPADO: XKatôro -- 1 -- Cabeça rapada: Nrin katôro. RAPAZ: Niiron -- Rapaziada: Van. RAPIDO ( corredeira do rio): Uo. RAPOSA (gamba): Jara. RASGADO : Jadjara, jara; briri. RASGAR : Ran, Jan, lan, jad. RASPAR (a pelle): Gran. RASO : Palére, parére ( pouco profundo ); lanktére, largo. RATAO : Pen kupé, kriông. RATINHO : Kaxin, katxin. REBANHO : Tatzre. RECADO, ordem, mando: Vin, jen - 1 - Vin jen ne ix: Eu mando um recado -- jen, mandando -- nº, estou. RECEBER: Ba, ma, man, ban, véi, mat ( t, connectivo ). PRONOME RECIPROCO: Vide um, outre. RECUAR: Dére tit tin - dére, atraz — tit, de novo - t/n, ir. REDE para caçar passarinhos e peixes: ténja, entânja taja. : REDONDO: Ruro, lóro, roro. REDOR: Tug; mão, nèm--1- Pin nim: Em redor do fogo -- 2 - In ped nin: Em redor do pé da casa - in, da casa -- pé, alicerce. _ REFEIÇÃO :Fjén, jin, vejéne, venjéne. REFLE (Espada) Wiité téie-- kiifé, faca--téie, com- prida. REGO: vara, varat. (1) Tambem: tade, tadó - Ne de ta me, é o mesmo que dó : mudou-se © demn,eooeme, — 290 — RELAMPAGO: Kopke --1-- Nokópke: relampagos: Tad6 -- ta, chuva--do, setta. "Tambem: Tate hohkópke - te, ( do) raio ( parece que significa tambem arco iris ). RELIGIOSO. Objecto religioso: Topén. RELOGIO: Lankangrá -- lan, sol -- kangra, retracto ? Tambem lakanyri. Tambem sd la, lan. REMEDIO: Veikatá veinkata -- Medicinal ( adject. ) kata. Tambem se diz: venkata, veinhalkta, veiketa. REMENDAR: Kanim, nim nim. REMO: Natampére. REPARTIR, dividir: Veinkaridn. REPETIÇÃO “e acção. Indica-se duplicando a pa-- lavra ou syllaba de palavra. Ex.: Judn judn ayn: Chegam varios grupos de gente -- jud, chegam - agn, gente. REPUGNAR: Väsx. RESINA : Na jénjo -- ka, páu; déve, hambmic. RESPEITO : Aumétra (de vaga ). RESPIRAR, respiro: Jengére. RESPLANDECER: X6p--1- Fuziiar do raio: Vado kokópke -- tádo, raio. RESPONDER: To, veinman ? mcto. RESTO: Veinkaru. RETRATO: Kangrüve, langrü, hangrátha, kangra, kangretkô, vereskangrat. REMIR (resgatar): Venakanjâm -- kanjäm, comprar. RIBEIRÃOSINHO : Goioxim -- xin, pequeno. RICO: Nhatikambút ni--ni, está com -- nhatekambut, dinheiro; tandéne, ( Visc ). RINS: Ti hanxkra-- ti, delle. RIO: Gôrm--1--Ir para lá do rio: Goto kafän ra tim - kafán, além--ra, para--2-- Morar para lá do rio: Gôto kafan te ni--te, em- ni, morar. RIR: Veindi, vaindü, vendi, venjü, vendüt. RISCADO : Jónje--1-- Papel que está riscado: Ve- nharô jonje je -- je, está. ROÇA: Epängh ; te; kre--1-- Minha reça: Ja pangh - 94, minha -2- Fazer roça: Nem panktimo -- nem, matto virgem -- pan, derrubar -- tí, elle -- mo, agora — 3 -- Né, propria- mente plantação -- 4-- Te gára. Roça de milho - 5 = 77 ten- gara ou titógára: Roça de milho delle. ROCHA ( pedra): Pó. RODA: Xumiri-- 1 -- Fazer giros em roda com o corpo: Varantáte -- 2 -- Rodar, descer: Téêre -- 3 -- Rodear alguma cousa: Vahi--4-- Rúru ke: Rodar -- ke, ir. RODAR: Tére, joixninarei ( Vise. ). RODEAR (alguma cousa) : Vahi. ROER : Aire. ROCIO (orvalho ): Aonk6 féére. ROGAR: Nim. Vide dar. sel b MT nn ht E “o — 291 — ROSTO: Kakan. ROUCO: Duigéia ( Vise. ). ROUBAR: Peju, ge (tirar), gen. ROUPA: Venxupóir, vexupôir, avakua - 1 -- Lavar roupa: Wucfuäite. RUIDO do fôgo que apaga ( na agua): Xúpim - pin, lenha - xw, ruido. RUIM, mau dificil: Norég, jôn, jun - 1 -- Brabo: Jon, jin -- 2 -- Difficil para carregar: Vut hkorég. S SABÃO: M-uanfáia ( Vise. ). SABER: Kevenhéra, kiveinramen, hevenhara, k{xkar — róne-- 1-- Não saber. Não sei! Hagh! agh! Desconhecer : Kixkaktin ; veixkikaktin; pre katrone -- pie, não. SABIA": Gonoá. SABOREAR: Nankané; gedéti. SABOROSO (bom para comer ): Ho. SABUGO: Nin kuká -- kukd, osso. SACERDOTE: Pandére. SACCO : Perogn. SACUDIDO : Emé -- 1 -- Sacudido (bom para traba- lhar): Hô. SAHIR : Kankúten ; horo, hore; akankúte-1--O sol sahe: Aran kankuten (juno ). SAIA, æœéripi, perizoma: Pafin, pefin. SAL: Xa. SALIVA (cuspo): Jara, œug ( escarro ). SALTO (do rio): Xa. SALUBRE: Kanga tôn - kanga, doente -- tôn, não. SALVAR (de um perigo) Gre. kre, gret, kret--1- Javaix ra, tx krén: Embora com difficuldade, eu escapei -- javärx, com dificuldade -- krén: me salvei, escapei. SAMAMBÁIA : Povéje. SANDALHAS : Panpan ( cousa amarrada ). SANGUE: Küvéix, kôüvéix, aküvéix. SANTO : Topén. Vide dia. SAPE’ : Xóro. SAPO: Pépo--1--Sapo verde: Pépo tóix -- tóix, ver- de -- 2 -- Hiidii. SARACURA : Pet fang. SARAIVA: (Chuva de pedra) Nafuüi (as proprias pedras da saraiva ). SARAMPO : Sarämpo. SARAR: Had Vide ficar bom. SASSI’: NETEL. SAUDADE--1--Tenho saudade. Ix hé vetamdngo -- hd, quero - vetrmdngo, eu fico louco (de querer ). SAUDE - 1 -- Tenho saúde: Hü ix je-- Ho, bom - ge, estou. SE : pronome impessoal da terceira pessoa indefinito : Ag (elles), fag (ellas )--1-- Kaimbara ag kofá je: Logo se Sh velho -- kaimbira, logo--ag, a gente -- kofá, velho - je, ca. | SEBE : Ro, lo ( cerca, lugar fechado ). SECCA : Arankà, - 1 - Tempo da secca: Emd(?) SECCAR: Tógn, tóg, tok. SECCO: Aran, ko (2), tógn - 1 - Fôlhas seccas de ar- vores: Ka féje togn -- ka, arvore -- féje, folhas - 2 - Kren tógn : Planta secca. SEDE , cadeira, assento: Nija. SEDE: Krén hititi-krén, beber-httiti, precisar muito. SEGUNDO ( NUMERO ORDINAL ): Alengréti-ti, elle. - lengréti, lengrélei. SEGUNDO (ao longo, posposição ): Jénga. SEGURAR (com as mãos ): Ge. SEIO (peito) Nongúje. SEIS: -1- Ix ningé féie, kara pire on kanje - Ix ninge fêie, os dedos da minha mão - kara, depois - pire, um -kanje, esta-2- Ix ningé ut pire-ut, outro, pire, um -3- Taktôn, taktôix-taktôn, tres - 4 - Ix ningé, kara on piri. Tambem: Zx ningé pire on kanje-5- On tduit piré - dn tauit, cinco - piri, (e) um-6- Ix ningé fére, kara on pir — ningé féie, dedos da minha mão - 7 - Ic ningé pet kara -- peti um - ningé, cinco, kara, depois-8- Ix ningé, kdra on pir, -9- Ninhä ut pire. SERELEPI, esquilo: Jótiti. SEM: Tén-1-- Kané ton: Sem olhos. SEMANA: Topén - 1 - Meio da semana: Topén venxd kujuke -- topén, cousa santa - kujuke, meio. SEMELHANTE. Vide como: Hérike; ve ( parece-se com )--1-- Arán ve: Como o sol--ve, se parece -- arán, sol. SEMENTE: Fuzgh, fuügh. : SEMPRE: Be ( pospostivo ); váix - 1 - Jaktára vain: sempre miseravel, SENHOR: Prainxikite. SENHORA : Ontanto. * SENAO--1-- Va; senão já te mato: Ha tin: ten kémo - ha, voz imperativa -- tin, ir -- tén, matar -- kémo, quero ( senão, não se traduz ). SENTADO: Kanim--l:an, está - ni, sentado. SENTAR: Nim, ni--1 - Senta -te: Anira-a, prothesi = nira, imper. Tambem inira ( Vise. ). SENTIR: Had, me; jangé ti (Tel.)- Estar sentido, triste - Enhtrét : Kára vaix ne (não pode deixar de pensar) - encrét. pensar -- kara váix, não pode acabar. "SEPARAR: Povo, páuo -- 1 -- Separar de alguem: On kak povo--onkak, de alguem -- 2 -- Está separado da mulher : Fi kak póvo-fi kak, della, da mulher. Tambem: Fi tonjatü ti--tonjatô, fora - fi, della. SEPULTURA: Gadôro, gakônvo - 1 - Vexkexkéx had ne prin ka tag: Estou fazendo varias sepulturas este anno - Vexkerkéx, sepultura (e) sepulturas -- had, fazer - prdnka, no anno. = HOU SER: Na, ne, ni; ja; on, tog; hana; ve--1-- Onje: E' de alguem -- dn, de alguem -- je, é--2 - To á ni: Estas tendo -tó, ter--a, tu--ni, estas - 3 - Hana bet ? (Que é do marido ? - hána, que é-- bet, marido -- 4 -- De, em vez de je. SERPENTE: Pan, pina -- 1 - Serpente venenosa: Pe- ránma. SERRA: Rumeroro. SERVIR para alguma cousa, ter serventia: Jó (ser bom ). SETE: Ningé dn ta dn; ningé ôn dn; Ningeféie ônôn. Vide seis. Otalengré. SI, conj neção: Kan, posposto. SIGNAES : Véen - 1 -- Dar signal: Krangémo; mnin- gam, jave an. SILENCIO: Vinton - vin, palavra -- tôn, sem. Tambem : kakta, jatu, hkatu. SIM: He! ha! han! SITIO: Æpangh - 1- Epáângh to ix ni ( anga terra): Moro no sitio -- to, no - ni, moro. SO’: Pir (um só), pirma; tavin (só de tudo )--1 - Ka pipirititi: Poquissimos paus--ka, pau--2-- Anda só de calças: Dégne gôro tavin ti ne: dégne - gôro, calças -- ti, elle - ne, esta. SOBRA: (de sobrar de alguma cousa): Tóke, tike. SOBRANCELHAS: Naxakii. SOBRAR: Aujü -- 1-- Sobra tempo: Xurän kuju. SOBRINHO : Rengré kotxi -- rengré, irmão -- kotæi, filho - 2- Sobrinha fraterna: Rengré kotxi tantô fi--tantó fi, mulher. SOCAR: Kundúro ; ‘oxén; kumbré--1-Os animaes se chocam: Mézn kumbré--méin, animaes - 2 -- Tandan ( Vise. ) SOFFRER: Veixma ; me (sentir ). | SOGRA: Ban, be, jambé, bengám -- jam, mãe - ben, marido. SOGRO: Nokrá, kakran. SOL: Aidn, ran, lan, ra- 1 - Entra o sol: Arad tére. SOLIDEU : Vivú. SOLTAR: Toväix - Soltar um passarinho: Xanæi to- vite -- ranxi, passarinho - 2 -- Käuëén ( Vise.)- Tuáin. SOLTEIRA: Be ton-tôn, sem-be, marido. Tambem beton fi--fi, ella. SOLTEIRO : Prôn ton-prôn, mulher -- tôn, sem. SOMBRA : Fénja - 1-- Sombra de arvore: Ka fénja. SOMNO : Nôro. SOMOS, sois, são: Nanti. SONHO : Veixpéti. SONHAR: Veixpéti. SOPA: Ti kubé. SOPRAR: Adénka, alinha, húke, kuënka (accender o fogo soprando ). | sde ds né à né M ee a" ‘ tire à 14995 E. SOPRO: Zitix. Tambem fux SORRIR: Auiméêra vendü - kumécra docemente -- ven- dit. rir. SOSINHO : Pirma, pérema. SOVACO: Inére. SUBIR: Tampri, tampriigh, tutampré, tampré: jut, Jur. SUBIR do vapor: Kamba. SUCURY : Bejuji. SUFFIXO para indicar o passado do verbo, ou futuro imminente : Ne. SUFFIXO para indicar o estado de uma cousa: Ra - 1-- Te kur jadjà ra: Meu vestido está rasgado -- kur, vestido - jadjád, varias rasgaduras - ra, está. SUFFOCAR: Nantéremo, SUJAR: Xuy. SUJEIRA : Jokuá--1-- Ti veixupoix jakua: Sujeira do vestido delle -- verxupóix, vestido--ti, delle--2-- Jakua tug téie: Os que estão com sujeira - jakuá, sujeira ( cabel- los) tug, com - téie, comprido. SUJEITO: On--1 -- Sujeito bom: Ont hé -- 2 - Sujeito furioso : On jon, on jo -jôr, brabo -- 3 - Sujeito bom: Nar- gon hô -- kaxgôn, homem. SUJO: Xux; kavéi, kuti -- 1 -- Cousa suja: Det xdvo -- xóvo, sujo -- det, cousa. SUOR: Narán ( significa tambem calor )-- 1 -- Tx karan : Meu suor-- 2-- Eu suo muito: Ir haratiti. SUPERLATIVO, se faz accrescentando é, ti, titi, étiti, gu, aos adjectivos como suffixos. SURRAR: Rénti, brénti, bréion, mbérion, bran, mran. É & TABACO: Naféi, grin. TABOA: ha tampére--ha, päu-1- Kakré: Taboa ( girão ). TAKA'PE: KAakukü. Macete para bater e matar a gente. Tambem brarü. TACITURNO: One vin vaix : vin kuáin ; vinkuáir, vinvaix -- ône, quem -- vin, fallar -- vai, não póde -- k, conne- Ômvinkuäix -- váix, não pode. TALA: Kukë - 1-- Tala de cresciuma ; Kré kuké. Serve para fazer os chapéus. Tambem Juli. TALVEZ: Enerikemôn, enérike, enhürilee. TAMANDU A’ BANDEIRA : Joti - 1 - Tamanduá mi- rim: kakré kin. TAMBEM: Ningá, ningé. TAMBOR: Toróro. TAMPA (da panella, etc.): Ti nifé-nifé, fechar — ti kritava. TANGA: Veinpefin, vainpefin, veixpefin ; gréla. TANQUE: Gôio nifé (agua parada )-- nifé, fechado. TAPAR : Krinke. TAPIR: Ojôro. TAQUARA: Tugnd - 1 Instrumento musical de taquara para tocar nas dancas : Gringréin tuynd-gringréin dança ( grin, divertimento )- 7, connectivo -- réin, pular. TAQUARA: Arén; odt, muat, wan. TAQUARAL: m--uáitho v-uan. TARAQUATIÁ : Konaú. TARDE: Arankäxka ; erankéra; lankäæka ; jankéra (opposto de manhã): erenké. TARTARUGA: Pednim. TARTAMUDO: Vin kekaktin ; 6n vin kara váir. on vin korégtzje -- win fallar -- kikäl:tèn, não saber -- karavaia, não aca- bar nunca ou nao poder acabar - One com difficuldade -- je, esta. TATETU:.Okra: TATU: Ke, fene -- éin, hix. TAXO (caldeira) Veinkrindéia (Vise.), kukrôn. TECER : Varan; fúira. TELHA : Ga grin -- ga, de terra--grin, artefacto. ee gri.) TEVER: Kamét : momen. TEMPESTADE: XKoju. dt dis oy a» ee ee ES ee ee ee ee ee ee eS A à E dá Mb ES re TEMPO: Kurän- 1-- Antes do tempo. Vide antes. «- 2-- Tempo chuvoso; Ta fan (fudn)--ta, chuva- fan, cheio -- 3 -- Ha muito tempo: Vaix--4--Ha tempo: Venxá (uma vez), veinxi, venai--5-- Por algum tempo (não para sempre ); Vére. Vére kanjám : Comprar por algum tempo: alugar. TEMPORAL: Ta fan (fuän)-ta, chuva -- fan, cheio. Tambem fuadn ( Visc. ). TENAZES : Katxine. TER: Tóg--1--Jenjére tog ni: Esta com preguiça - jenjére, preguiçoso -- nz, esta - 2 - Gara tóg ni: Tem milho - . gara, milho --3 - Nokire tug ni: Estou com fome - kokire, ter fome -- 4 -- Parece que esteja doente: Kanga véi tog ni- kanga, doente -- véi, parece -- tog ni, estar sendo doente — 5 - Korég tog ni: Estou tendo fealdade. TER (possuir): Te, to, ton-1- Ton gira tavinti : Ter um desproposito de milho -- gára, milho -- tavin, demais - 2 - Imper.: Tóra, tore. -- Vére tora: Tenha por algum tem- po--vére, por algum tempo--3-- Vocé tem: To a ni-a, você — ni, tem. TERRA: Ga, angá ---1 -- Minha terra: Jama - ja, mi- nha - ema, villa. TERREIRO : Fuüre; impriru; priv. TERMINAÇÃO PARA No O TEMPO PRE- SENTE E O FUTURO: Mo--1-- Kémo : Quero agora, ou quererei. TESTEMUNHA : Ontentóti ; ontenvégmo. . TETA DO UBRE: Nonguje krin-- nongúje, ubre -- krin, cabeça. PEU, TUA: An. THESOURA : Varéja, joaria ('Tel.) -- joa, barba - ro, cortar -- ja, instrumento. TIA (materna): Ja ve--ja, mai-- ve, irmã. Tambem jan ne. TIBAGY (rio): Venharü. TIETE” (rio): Goio x6 : -- xo, preto, sujo. TIGRE (rio): Goto ialeró. TIMEO: Konjé. TIGELLA : Faktii (prato ). TINTA: Venharô nzafa- niafá, instrumento -- venhari, de escrever ( materia de escrever ). TIA ( paterna): Jógn ve--ve, irmã. TIO (paterno): Jógn alengré -- alengrè, irmão -- j0gn, pai--1 - Tio paterno mais Mr Ta jogn kanke ( kaiké ) -- kanké, irmão mais velho --2- Jogn java ve; Tio paterno mais moço -- ve, menor. TIRA (de panno): Awanké xin ha. TIRAR: Ge, gi; nóti ( Arrancar, p. e. um prego ); vó- pke--1-- Ti krinpan vopke: Tirou-lhe o lenço de cobrir a cabeça -- kren pan, embrulho da cabeça -- pan, envolver. TIRO (de espingarda, de flexa, etc. ): Péin. — 298 — TOCAR (musica): Nudnora. TOCAR, expulsar: Aute, kitn: vogn; fodn - 1 -- To- car os porcos no potreiro : ro kaki, poreo vogn -- Ro, lagar fe- chado - kaki, dentro. TOCAR, estar em contacto: Tin. TOXA: Hupónere-pon, queimar. POCO de pau: (toro) Wanehcn. TODAVIA: Hara (mas), ärato-1- Xan koné tonra, harato kantinmo: Embora não esperado, eu venho -- ran, eu- kanén, esperar - ton, não - kantin, vir -- mo, agora. TOIXINHO : # ang. TOLICE : Veixkaktin, oinkikaktin ( Vise. ). TOMAR: To; gé-1-- Toma tu: Tora -- 2-- Tomar agua: Gôio ge, gôio krône--krône, beber -- 2-- Veixkatá hro- ne: Bebo remedios ( veixkata gémo ) TORAR (cortar toros ): Nuk. TORMENTA: Koju. TORO (de pau ): Kané han. TORQUEZ (pinça, tanazes ) da cosinha para pegar as brazas: Na pen--ka, de pan -- pén. pé, TORRADO: Tog--1-- Jénti kanti tógmo: O almoço está torrado agora -- kant?, está -- tógmo, torrado agora. Tor- rado se traduz tambem com oq. TORTO: Men; ve; jóiwni; te; rarän -1- Dui mén: Pescoço torto - 2 -- Ninhé te: Nariz torto -- 3 -- Kané raran : Olhos tortos -- 4-- Pé torto: Penve, fove. -- Fove, perna torta. TOSQUIADO : Venhari, ari, aru, katoro - 1 -- Krin katóro : Cabeça tosquiada. TRABALHAR: Lairânha ; rairanha, lenharânha, ra- nharänha ; kixningé ; lanha, ranha, veinlairan, lairán, rai- - ran, larái, lai; take, tânke --1-- Trabalhar por empreitada : Véi lairai kâmi-kâmi, emprehender --2- Trabalhar gratui- tamente : Véin grin lairái. TRABALHADOR, sacudido; Kema --1-- Ontantü ke- ma: Mulher trabalhadeira, sacudida. TRABALHO, Pagar o trabalho de alguem: Tê vein: lairái kajam--ti, delle -- kajam, pagar TRADO: Kandôn niafá - don, furar - ka, pau - niafa, instrum ento. TRANÇA: Uafé, wafüigh - 1 -- Trança de tala de cresciúma para tecer chapéus: Wiiigh. TRANSBORDAR: Vavárxa. TRASPASSAR: Vore. TRASPORTAR: Bakantin - 1 - Bakamônera: Tran sportai aqui, imper., plural de bakantin, que significa pro- priamente trazer aqui; transportar simplesmente, se exprime pela palavra batin - 2 -- Bara mone: transpertai vós. De- riva de bamone, plural de batin. Transportar se traduz tam- bem com o verbo tolkúten. TRAVESSEIRO : Nuakré. O te: 399 — TRAZ: 1- De traz: Panim -- 2-- Do. TRAZER: Uakantin, bakantin, vakantin, makantin, vuetkantin, bakankuten -- 1 - Eixmã kanûôa bokankuüten : Elle me traz a canôa - esemám, para mim - 2 - Plural bakamon - 3 - Por abreviação: ma, ba - 4 - Bara: Traga -- 5 -- Bara mone: Trazei -- 6 -- Praz a todos:-Agtat in känti ne. TREM de cosinha: Guje, kúnge, konje, kúnge. TREMER: Wokrir: (tremer de frio), kulrire; jong jong, jonjoro, junjuro, junjôn -— 1--Elle treme de febre: Kuxântimo - kwxá, tremer — ti, elle -- mo, agora -- kuxá, frio. TRES: Toktôn - 1 - Ajany taktôn : Vós trés - ajang, vós - 2 - Ag taktôn hande: Vos tres - ag... hande, vos --3 - Elles tres, os tres: Ay taktôn. TREZE: Vide doze e grammatica. TRIPA, intestino: | 07). TRINTA: Vide grammatica. TRIPAS: Dung buingh - dung, ventre - buüngh, grande. TRIANGULO: Ti pé dign do. TRINCA : Ru. TRISTE: Veinmaä, katu, monkanga tr. TROCAR: Péno, umpén:, féno, win féno (vender ). TROVÃO: Tarúro. tórere ( Vise ). TROVOADA: Nainka, hankd. TROVEJAR: Tarúro, toréra. TU: A (você), ama; ane; ati; antôn--1-- A ne: Tu és (a nz). TUCANO: Grogn. gro. TUDO: Kan, ga, kára, ka, ken, denut, “eae denúm - 1- Detúm broéja ‘te Eee esmigalhando todas as cousas - boéja, esmigalha -- ti, elle -- 2 -- Det dra kevenhrára: Conhece tudo -- ares ND TUMOR: kané, kané pando. TURVO: Kaoxiá. TUSSIR: Aufire. 17 UBRE : Nongúje. UM: Pire, pir, pit, piri, pirit- 1-On pire: Um só --2--Um e outro. Vide outro--3- Jágne: um e outro ( mu- tuamente ). Tambem jágnin. UMBIGO: Dung dügn--dung, ventre -- dügn, pretu- berancia, cousa furada ? UNHA: Ningru. UNIR: Kranke, veinkekranja, veinkikanja, veinkikandie, veënkilänje, krinke, tagrénke, granke, tangrake -- 1 -- Ningé vet kan: Uma mão unida à outra -- 2 -- 77 veinkânti : um está unido á outro --3-- Aningét veit kritôn kranke: uma mão acima da outra ( pode -se assim exprimir o numero dez ) -- 4 -- Tok tan- grénke: O que une, gruda - 5-- Vei kánti kranje, verxhanten- kranje, verkikranje: Se unem. se ligam um a outro. URINA: Je), jon (je). significa fél), jo, 762. URU: ( Passaro): Pedpiire, pudpüre, pudpüre, pidpüre, pitpüre. URUBU’ rei: Jantá buüngh kupri--jantä, corvo- buüngh, grande -- kupri, branco. | URUTU’: Denmi, denema, nenma -- den, animal -- ma, mau ( Confr. tardma ). venenoso. Tambem denpän. UTENSILIO : Jafá (instrumento ). UTIMAM (prouvera à Deus): A'ra! E: V VACCA: Boi tantü (tantô, femea) --1 -- Leite de vacca : Boi nônje- 2 -- Ubre de vacca : Boi nongüje (mondnje, bononguje . Boi fi: Vacea. M eae Vavaje--1--A gente delle é vaga- bunda: Ti ayn v vadaxje. VAGAROSAMENTE (com delicadeza) AMuméèra - Ir vagarosamente : tovaji tin-- tin, ir- tovrji, sem fazer bulha. VAGAR: Vide: Vagarosamente. VAGEM: Bi - Vagem de teijão: Arungró bü. VALENTAO: Jonmá -- jon, brabo -- ma, muito. VALENTE: Tára. VALLO: Nandó (fossa), gakôn -- ga, terra. VAMOS: Môiæno (indicativo), ides, vão - 1 - Imper, Tona. — VAI-1- Elle vai bem: Hi tcg ti -- tog, está -- ti, elle VARRER: Prun. VARZEA: Kügn. Oré kügn --oré, lagoa. VASIO desocupado: Aupra. VASO: Aré--1- Kré lanktére: Vaso largo VASSOURA: Pr únja, prúnja - ja, instrumento -- 1 -- E' a minha vassoura: A “in prunja ve - a, connectivo -- ve, é. VEADO : Nambé. VEIA: Aevéi, brôn, kujèje. kevét. Küveëx, significa sangue. VEJA (que não te succeda isto ): Wirz he, kéra he -- he, não. VELHO: Nofa--1 - Mais a Jo ti kéti ne -- jo, adiante -- ke, fazer -- ti, elle--ne, está --2-- Ajút kéve: Está mais velho -- a, connectivo -- jut, eita ei beta Ajôt heve. Vide do, ko: atraz, ao lado. VELHACO : Vemma hôti : VEM, de vir: Xamôn. Todas as pessôas do presente indi- cativo plural. VENCER: Fodn ( propriamente atirar, jogar longe ). VENDER: Péno, féno (trocar ), fudn, fot, kata ( Vis. ). VENENOSO: Tara ma--tára, forte -- ma, mau. VERMELHO : Kuxûôn -- Vermelho do ovo: Garin kren Aewxon, VENTAR: Kenké, kankati - 1 -- Kankamo: Venta agora - 2-- Arankaxka kanki: Venta de tarde -- arankaxka, de tarde. VENTAS (do nariz ): Nénhé. VENTO: Aanka- 1 -- Vento brabo: Aoû. ho -- hix. VERÃO: Aräntiti (S. Paulo }: VERDE: Tôóir. Significa tambem não maduro, azul - 1-- Naxka tóix: Céu azul -- 2 - Verde. não maduro: Naja, VERDADE: Hô -1--E' verdade: Hô ve--ve, é-2- Elles dizem a verdade: Altán ke, hô ve-- aktan, elles -- ke, dizem - hô ve, o que é verdade --3--O que digo, é verdade Ex anke, hi ve- ex, eu -- an, connectivo -- ke, digo -- hd, ver- dade -- ve, é - 5-- Na verdade, ja sabe: Jarato hiveinramen - harato, na verdade. VERDADEIRO, bom, legitimo: Pe, pospositivo -- 1 — Kurû pe: panno legitimo -- kuru, panno. VERGONHA: Ma--1--Sem vergonha: ma vaix. VERME: Nujafa, hajafa, kifóia. kitkajafa. Significa tambem bixeira- 1 Verme da criação: Najankud -- jakud, sujeira, ha, de mosca. VERME, insecto: Konfoia, kifoia. VERMELHO: Ra, kurôn. VERTICE da cabeça: Nindo. (1) VERTIGEM -- 1-- E-tou com vertigem: Vanraran ix - 2-- Vou ter vertigem -- Vanraran kémo. VESGO : Budno ( que tem os olhos tortos ), ren ( Vise. ). VESPA: Feindú - 1-- Uma variedade: Nokfu-- 2 -- Xo niôn -- co}. mosca -- jon, braba. VESTIDO: Vexuwnóix - 1- Pa te do vestido que cobre o hombro: Nhetikarânke --2-- Estar vestido: Erineixno. Tambem, toró--3-- Está rasgado o vestido della: Fi tóin jati -- to n, vestido ? VESTIR: Nititóra, hkatitóra, tora -1-- Vestir um me- nino: (rire kititóra. VESTUARIO : Vexupóis. VEZ, uma vez: Venxén, venxa, venxat - 1 -- Duas vezes: Lungréno, alengré, alengréni -- 2-- A’s vezes: Kenjén. (significa tambem no futuro ) -- 3 -- Ir outra vez: Tot tm -- tôt, outra vez, de novo -- 4 -- Duas vezes: Alengréti -- Tres vezes : Taktôixti. VIA LACTEA: Ruria | Tel. ). VICIO, se traduz com ema, ser inclinado a alguma cousa. VIGIAR: Nôro tôn -- nôro, durmo -- tôn, não. Tambem com liri, vigiar, taliri, tariri. VILLA: Ema. VINTE. Vide grammatica - 1-- Mais de vinte: Tiit; ( Muitissimos ). + VINTE E UM. Vide grammatica. Tambem : ningé vei - kritôn rengré, kripire. VIRADO: Venhaôn ( viatico para comer na viagem). VIR: Nantin, okantin. Plural komon -- Perfeito singu- lar hanviiire -- plural khagiuve -- 1 -- Vir até aqui: Atikakagüuve -2-- Vem tu: Nantingrá, ha kantin. (1) Tambem nindôni ve, de nh-gdix, cabellos -- do, abertura. | | : nn de AA ce VIRAR: Virin, vôg, ve, vudt -- Virar atraz: Vog dénera- déne, dére: atraz -- ra, sufixo do imperativo -- 2 -- Apani vé ti: Vira as costas. Tambem writ. VISITAR: Angvé, avéi, anvéi, angvéz. VIUVA: Beton fi -- betôn, sem marido -- fi, ella. Beton fi significa tambem mulher atõa -- 1-- Viuva: On ben tére ja fifi: ella, mulher -- ôn ben, cujo marido -- teréja, agora está morto. : VIVER: Tin--1- Não mor:eu : agora vive ainda; Te- réja ti tôn: vére ti tin ti-ti, elle -- vére, ainda ete. aqui. VIVO: Riavoi (Tel. ) -- 1 - Olho vive, vivaz: Kané lit- lit-- acordado, vivaz, de liré, acordar -- 2 -- Vivo ( contrario de morto ): lire. VOAR: Peté, petén; téte, ten-1-- Tenxi: Voar pouco - 2 -- Broe ( Vise. ). VOCATIVO. Interjecção para chamar um homem: oa / Para chamar uma mulher: ja / VOCE: Anha, ama; umá--1 -- Você está louco; Anhä veenma ne-veinmá, louco - ne, esta. VOLTA: Pierin, kuran--1-- Emprü góro: O caminho dá uma volta -- emprii, caminho -- jor, da volta - 2 -- Nionióro, jojóro: varias voltas. à VOLTAR:--1-- Voltar para cà- Tot kantin -- tot, de novo -- kantin, vir --2-- Voltar: agraje (significa tambem : Ellles entram ). VOMITAR : Tonto. VONTADE -- 1 -- De boa vontade: Hü -- 2 -- De ma von- tade : Javaix, vain. VOO --1-- Vôo pequeno: Tenæi. VO'S (Segunda pessôa do pronome pessoal): JIáânde, die, aiag, aiang, ag... hande aiag, ata, ag, VOZ (falla dos homens ou dos animaes): Niir, küre, ke-- 1 -- Kéke : Fallar repetido. XARA’ (tocaio): émbré jiji --imbra, commigo 2 J jé nome (que tem 6 mesmo nome que eu tenho). Tel. XARQUE: Toxá, de toy, torrar - xa, esta. i’ vie MA ict { LOMBAR fom, dog, Em — APPENDICE — | Supplemento ao Diccionario Kainigang | Supplemento à Grammatica Kainigang Ill Notas NUS As | Supplemento ao diccionario Kaingang NOTA. Este supplemento demonstra de modo espe- cial a flexibilidade do dialecto kaingáng do Tibagy. (1 ) A, em vez de ha, voz de mando; ja-1-Krôn tén nia; Ainda não come. A, prothese - 1 - Aningé pite fari aixmd vidn: Me dê um punhado de farinha — 2 - Ainxi : casinha (2)-3-- Ajur ke ve: É mais moço, velho - jut, adiante. A: você--1-- Fi kri a tamprí kine: Voce é melhot do que Fulana de tal - fi kri, do que ella. AKRITON : demônio. ANTA: povo ~1-- A’kta tin kantin vinera: Convida todo o povo; vinera, falla tu --2-- Akt én tavinti: Elles acabam com tudo, destroem tudo — tôn, destruir, matar. ADN : fazer, em lugar de hadn. AFANCRURA : calças. AG: elles -1-- Ag táin tavinti: Elles os matam de tudo -- fin, matar. AGEFA’: agua ardente, em vez de gôiofa. Vise. AGH! Nao sei! AG LENGRE: os dois. AG NA’NGJA: morada delles, séde delles - nangja, lugar de deitar. | A’GTO: com elles -1- Agto jo tôn je: Eu não estou brabo com elles. | A’GTAN: povo-1- Ag ta kantin vinera: Convida ao povo -2- Agta tin tin: O pôvo vem de um lado e de outro AG TON: Elles destroem, acabam - 1 - Ag ton tavin ja ti: Elles ja destruiram tudo. AI GE: Ea pego.eu mato ---Ti ai ge: Eu pego, mato a elle - A. connectivo. AI AMA’NKE: Eu pergunte de você - 1 - Az amanke héra tin. Eu pergunto de você para onde vai ? - héra, para onde — ra, para. | AI KORAN: Eu costuro. AJUDAR: traduz-se com bre e com o verbo que sig- nifica a qualidade da acção em que se ajuda - 1 - Imbre tânke : ( 1) Esta flexibilidade lhe é emprestada pelo uso frequente das figuras de dicção, e pelas liberdades orthoepicas. (©) Casa bonita. — 310 — ajudar a trabalhar - 2 - Vuet kantin bre; Ajudar a carregar - vuet, carregar -- kantin, vir.--Tambam só vuel kantin, e embré vuet kantin. AJURU': agudo. ALENKÉIRE : rispo. AMA’: você. -1- Te xama emin kupádne: Tome um pedaço de pão de mim - x, eu - te, toma tu - kupad, pedaço. AMPRI : caminho ( emprü, ) depois do pronome J, eu -1- Jampri: caminho de mim. ALENGRE’: em companhia ---- En alengré tôna: Vamos em companhia - tôna, vamos, ALU'DN: ir buscar agua --1-- Jona alidn: Vamos buscar agua. AN, ON: aquillo que -1-- Ex anke, hi ve: O que digo, é verdade - ke, digo -- hó verdade -- 2 -- Atan ke x, hat ke ve: Disse que fazia o que eu dizia-ke, dizer- hat, fa- zer -- ve, indica tempo passado. ANA: de certo, em vez de hana--1-- Taki ana tog enkréx, di hi ni: De certo aqui está caçando bem -- tog, está — enkréx, cacar -- hôni, bem - nz, está -- di (ti), elle. ANAKU’RE, gedétr: gostar. ANKIXKAIRO'N NE: sou amigo. ANKO'KE NE: E coetaneo -- ko, lado -- ne, esta. ANKÜVEIX : sangue —--- Anküvéix ti tumátimo: O bixo lambe muito sangue -- ti, elle. ANDA: porque ----- A’nda kangra ke? Porque quer comer tudo ? ANDO'T KE’VE, ajut kéve: E’ mais moço, é mais idoso -- do, atraz -- jut, adiante - ank6 ke ve : E’ coetaneo -- ko, ao lado. ANGA’: sitio. terra. ANGA'T: passar pitos em alguem. Aº'NGE UA'NGE: perigoso. Propriamente, matam. ANGUI: ouvir. Vide me. ANGUIA'MEN : adiante. Vide jamé. -- - -- Anguiâmen húru vüire : Foi adiante. ANHA-A'NHA : Esperar. Vide uânha-uânha.- Visc: anhoa. A'NHA : você ----- Anka veinam’: Você está aborrecido. ANHANGU’T: muito -- -- -- Aran to anhangút, kre togn togn : Com o muito sol ( calor ), as plantas seccam -- kre, plantas. N'NHE: criar -- 1 - Anhe anti jog ton kémo: Elle quer eriar um orphão -- anti, elle. A’NI: aquele (éne) - 1-- On dni kânje: aquelle que está ahi. ANJA'NJA: FILEIRA. Tambem: fui - 1 - Anjanja (pri): Em fileira. ANJUVE'N: sabio, conselho, aconselhar com tino. Tam- bem enjuvén. APANGH: roça. Tambem epangh. — 511 — ANPTE: Você não --1-- Anpie kairôone : Você não sabe nada -- pie, não. APENGRU’RA: mangas dos braços -- pé, braços. ANTOJO’G : brigar ------ Antojóg tog ne: Não briga -- tog, não. ANXT : pequeno------ Anxi ra, tog téie: Apezar de pequeno, está comprido. ANTA'INHE : escravo, criôlo, de únhe, criar. ANTERE: morrer -- 1 - JJüritke antére kena? Como quer morrer ? ANTOJO'N : brigar, ralhar. ANTO’ NI: carne de bicho -- ánto, de: animal. ANTO’RO: milho torrado. AOMA’: verdade. Em lugar de ha hi ma. AO’RNE: mentir. Tambem ône. AO'TKE, auútke: pitar. APANITO: de costas-- 1 -- Apanito kanti: Está vira do de costas. APRI’: rachar. ARA! oh!--1-- An ha hône ara! Oh! si tivesse saude ! ha hô, melhor. ARA: entrar--1-- Kainké ka ton, po kit ara: A ca- noa entrou com o pau na pedra. - ka, pao--ton, com-pó kJ, na pedra. -2- Ama in ra ara kémo: (Quero entrar em tua casa -- Ama, tua - 3 -- Aranh agmo ha: O povo ja entra -- ag, povo ARA'N: (oré) brejo -- 1--A ran ding: lagôa. ARANKA'I: de tarde -- 1 -- Arankat éin kirdino: Vol- tamos de tarde -- éin nós. ARANKA'IKA, arankärkü : no calor do dia, na tarde. ARA'N, veinpõro : febre - 1 - Arano : Eu estou com febre. A’RAN KE: no calor------ Aran ke tavin: No maxi- mo do calor ARANGRA’: companheiro - 1 - Arangra kirkairônhe : Eu amo o meu companheiro. ARANH: entrar -- ---- Aranh agmo ha; O povo ja en- tra -- ha, já. ARIKE: como, igual--1-- Na tan táje qu je, ont tag arike je: Aquella arvore é muito alta, esta outra é ignal- mente alta -- táje, alta -- gu, muito -- on, outra. ARO: penhasco, paredão. AXMAN : para mim.-- I-- Aaman ton ha: Ja diz para mim -- 67. dizer. | t ATEN: Elle -. Aten kiirôn ra, kédne: Apezar de mo- ço, elle morre - Ate in xet Ikéve. Me quer matar -- kéve, quer - Atet kré ti: Fulano de tal salvou a Sicrano de tal-- dre, salvar. ATI: preparar, lavrar ( háti)-- K2 ag átimo: Os ho- mens preparam o pau. ATITI: precisar mnito, desejar - Ir japan fan átati : Eu muito preciso de colher a roça. Mais commum, hótiti. B BA: carregar - 1-- Akantin ba nim: Te rogo “venhas carregar -- nim, TOO. BA: dar a luz--1-- Akoxin ba fi: Ella dá à luz uma criança. BA : roubar --1-- Pejt, kar tit On ba; ba vüire: Es- condeu ; depois, o que roubou, levou - tit, elle ---ultimo, ba, carregou -- 2 -- Ti ningé tokfin ja ba te: Elle roubou o annel de Fulano de “tal - ningé togfinja, snnel. BAKANTTN : trazer, convidar -1- Agta ti bakantin e: Elle convida o povo. BAN : scgra ---Jn ban: Minha sogra. BATATA : --1-- Batata ba ti ne: ag mo ra, pejú : Esta carregando as batatas - a gente vai perto e rouba : - ag, a gente -- mo, vão- ra perto, -- pejú, roubam. BANGH, bak, ban, buüngh : grande -- 1 -- Pirá mbang : Grande ee BE: sogra. BE: Acme sempre, habitualmente. -- Posto depois dos verbos «de acção, significa profissão, officio--- 1 -- Veinmdt kan, tére be: Por estar doente, ‘as vezes desmaia -- 2 -- Kuté ne ketó ix ne: kangán be hadéix no: Não saio: me sinto habitualmente doente -- ute, sahir--Jketo, não -- had: sentir, soffrer -- 2 -- Tx be: Estou acostumado--- 4 -- Kuran be ve; cos- tureiro-- Nour, costurar --5 -- Joma verén be ve: Uma vez eu cestava sempre brabo. BEKIKI: Lan -- be, ovelha — kiki, pello. BK, ‘posposto a han, significa fabricar, fazer -- 1 -- Tie veixmã hambréktimo ( béktimo ) : Eu faço mal. BEIKTE (MBÉIKTE ), mrinkéti vabrir os olhos. Vise. BEIN-BE'IN : apalpar - 1-- Mbein béin, in ra: Entrei apalpando. BO : habitualmente --'1 -- Déne kiki bo: Animal péllu- do -- déne, animal. BOG, vuog: fazer mal --1-- Jog tére toni, à mato in bog 6: Meu pai, quando estava vivo, me dizia que não qui- zesse fazer mal -- tére ton, vivo - mato, dizia -- oi, não querer vaio ). 'BORNIA : nascer, crescer. Tambem bogn --1 ---Taki bor. nea : Nasci caqui. BRE: junto --1-- Nengé brex, kanjuti: Elle briga e brinca. BREKTIVO (Vibe béktimo ) : fabricar - 1 - Kame nibréletimo : “Prepara, lavra pau. ‘BUA: mau, Visc. ” . ee cn O SR D dd E nn sr es À du id K Nota. Nas palavras portuguezas, usamos o C. KA: comer - Kakane kema ix ne: Au sou amante de comer ‘frugtas — kama, leemcd : amante. KA: porque -- Anprôn pejú ka, brane ne: O está sur- rando, porque roubcu a mulher. KA: Em-1- Ti vut kaje ra, tére: Morreu, embora estivesse no collo -- je, estar -- ra, apezar. KA : quando --1 - Er amé ka, ix fa: Logo que ouvi, chorei -- ka, em -- me, ouvir --2 - Véra ka. hadn ton ne: Até agora não fez. + KA AG: o povo-- ka, matto - 1 - Na ag hul hore viiire (fúire): O povo ja se retirou -- hal, huru : particula para in- dicar o passado -- hóro, fora -- 2 -- Venjén ka agn hat: O po- vo prepara a comida --3-- Na ag ten: O povo o mata. KAKEN : dentro - Lo kakén porko fodn : Tocaro por- co no potreiro. KAKNA FOI: figueira. KAKRE : travesseiro, girão - ka, pau-- kre, em baixo KADN : pau -- 1 -- Kadn kadére: Pau liso. KAERA: cinto. Vide klaera, kulaerc. KAFAJATITI: gruda muito. KAFAN : para la--1-- Okada dôro kafán ra, ara: Pas- sa além do buraco do tatétiú=dôro, caverna. KAFU : sala. Tambem: Jemfi, muafi--1- Kafu va hul vüsra : Ja foi para sala -- In kafú: Sala de casa. KAGAN: dentro, debaixo. Tambem kakan--1 -- Ti vei- xupsix kagän, jén ti: Esta debaixo do vestuario delle -- jen, esta — ti, elle. KAGMBA: pinguela, ponte: KAGNA : enxuto ? KAGON : aterro -- ga, terra - gon, mexida. KAIKAN: amigo. Vide kaka. KAIGOT : homem--1 -- Naigót tan ham bôgen : Aquel- le homem nasceu primeiro -- ham, am: primeiro. KAJU'D : brincar - À -- Kajúd kenemá ne: Elle gosta de brincar. à | KATN: cheirar- 1-- Na hain: Eu cheiro -- na, eu. Bd KAIN : comprar. Tambem kajäm--1- Ama káin, lai- ranha: Se me pagas, trabalho, - 2-- Kaim big: Comprar ca- ro -- 3-- Kain ton: Comprar barato. KAINGOT ( Kaënjgäng ); homem,-- 1 - Kaingit kar ix kairóte: Todos os Kaingang me querem bem - Jar, todos- kairôte, kikazrote, amar. KAIO-E': periquito. KAION: pagar - Azma kaidn, lairânha: Se me paga, trakalho -- Kain ton: Não pagar. KAIXGANG: homem--1- Kaïjgang korég: Homem mau. . KAIXKANGOG: nuvem- 1-- Kaixkangog kri ; Nu- vens aitas - kri, em cima. KA JAFÁ: larva de mosca. porcaria -- ka, mosca. KA JARÉ: barba de pau, raiz de pau. KAJUD: brinear--1-- Kajúd kenema ne: Gosta de brincar. E KAMAXMARA ( kaimbára ): logo. KAMEN: temer, guardar-se, deixar de fazer, prohibir. KAMBU’RO: prumo. KAMUN, hkamôn : vem elles. Plural de kantin--1 -- Kamun ge agn: Elles vem agora. KAN: comer. Tambem kó--1-- Ti nin kan gra: Co- mer toda a carne de tal bicho -- gra, tudo - 2 -- Kan gra ix: eu como tudo. KAN: em, quando ( posp. ) --1- Inindó kan: No meio dia --2-- Anti ket kan, ti alengré kané: No partir procura o seu companheiro. KAN: para, fim--1-- Tx ko ton, tere kan, ix ko: Por eu, si não comer, morrer; eu como (visto eu dever morrer, si não como; por isso eu como )- ix ko ton, se eu não como. KAN: por isso. Vide kan xog. KAN : porque- 1 - Ko kan, ti tére ton: Por elle co- mer, não morre ainda--2-- Veixma kan, ti tére: Morreu de doença -- tére, morreu. KaN: tudo--1-- Kan han gütka ton: Nem todos bas- tam para fazer -- gé‘ka, bastar -- 2 -- Kan da mo húri: Todos os bichos foram embora -- da, bichos- mo, ir. Os bichos do watto foram embora -- ka, do matto. KANKTE’REMO : suffocar, afogar. KA'NDE : estar, envez de kanje. KA'NDIE : emendar, unir. Tambem kranje. KANDO?’: valla. KANE’: estar bom de saude ? -- Hex kané ti: Eu estou muito bem de saude. KANÉ : gaardar-se -- 1-- Min kanera: Guarda-te da onça. KANE TON: morcego, que não enxerga. Tambem kulfén. 1 Pur id ane sol big ee dc TO EEE Se LS à os dt nt PN O de PN E KANGA'NGA : doentes -- 1 -- Xunganga hütèti : Elles es- tão mu to doentes - 2 -- Kanganga han ainmo: ‘Yodos esta- mos doentes. KANGA TON: sarar. Tambem não estar doente. KANGO : homem -- 1 -- Kongi ve ga tan bóg: O pri. meiro homem nasceu da terra -- ve, primeiro - ga tan, da terra- KANGRA : fingir -- Titan kangra: Aquelle ahi finge. KANGRA’T KA; Comer tudo. KANGRPN: dançar. KANHAMBÉT : noticia. Tambem kambut. KANHERODN : Aprender. KANHEM: estar --1-- Ine ône kanhém, ônta tan ka- nhém: Das casas, umas estão la, outras estão acolá. KANIÉTI: estar de pé. KANJA : acabar -- Kanja ori kémo: Quero acabar hoje. KA'NJE: emendar ( kräje, kränja ). KANJTRI: brincar. KA'NME: Experimentar, saborear ( kamé ) - 1 -- Naren- je känmi: saborear laranjas. Hx aniot tan pen kanmi : Ex- perimenta atirar com esta minha expingarda -- do, espingar- da - pén, atirar. KANXKRA': rins. KANXO’G, kan: porisso-- 1-- Kane fa ix ketôn ve: Não é porisso que chore - ix, eu-- je, é. KANTKTÉREMO : sufocar, afogar na agua. Tambem kantéremo - kan, em. à KA'NTE: debaixo, dentro --1 - Engôio kánte kite: Cahiu dentro da agua —- kúte, cahiu. KA'NTI: estar -- 1- Tx œampé dgta kdänti ne: Elles estão com o meu chapeu. KANTPN: vir-1-- Vaxkä te ti kantin: Elle vem do matto--2-- Hantingrá: Vem tu. KANTON: entäo-1- Kantôn ka ix xe ag: Então elles me amaram a um pau--xe, amarram - ka, pau. KAOXIA’: Turvo -- Goto Kaoxii: Rio Turvo. KAPO’: pulga --1- Kapó kanxíre: pulga pequena ( pulga de pé). KAR, kdra: depois -- 1-- Kar à jen, in ra tin: Depois da comida, eu vou para casa-- jen, comida --2-- Karâne à kexógmo: Depois eu farei -- ke, fazendo -- x6gmo, estou - 3 — Kar igmá nim: Depois dê para mim --4-- Kar à dma xapé háanns: Depois eu farei um chapeu para vocé--5-- Kar à hádn» hana: Depois eu sararei com certeza -- 6 -- Kar igmá ba ne: Depois traz para mim -- ne, está - 7 -- Nar igmá nim mané : Depois te peço que dês para mim mais. KARA: logo--1-- Kara à kanhambet, tanket kantin : Logo que soube, vim ajudar. 316 — KA'RA: livrar (kre)-1--Ix kava: Eu livro, eu es- capo (do perrgo ). KA’RA: acabar--1-- Narat húri lairdnha ketôn: O serviço não esta ainda acabado --2-- Vére kdra tôn ne: Não está ainda acrbado. não esta prompto -- 3-- Fagrin vuet Ietôn ne kira in ne: Qualquer não carrega o objecto. KA’RA: tudo — 1 - Kára ti kanherói : Elle conhece tudo - kanheró», conhece. KARA'NE: plantar (kre ). KAX AG: o povo--kax, matto?-1- Kox ag mi tin e: O povo está aqui - ti, artigo. KA'XKA: elaro- 1- Aran kaxka: Dia elaro, sol claro -2- Kaxk: hi ne: E” mais claro -- hi, mais. KAXGON ( kainigäng) : Homem, sujeito — 1 - Kaxgôn ho: Homem bom; sujeito bom. KAXT'NI: carrapato. KATA’: vender ( Visc. ). KATITORA: vestir-- 1 - Ti na kotitéra: A mãe o veste - na, mai. KATO’: mosquito -- 1 -- Xan ható veixpré ti: O mos- quito me morde -- ti, artigo -- xan, a mim. KAVA’: mosca ~ 1 -- Navá len: A mosca pula -- ren, len: ula. à KAVEN: soltar. Vise.--1--Ti kavéntimo: O solta agora. KAVIDN : virar -1-- Kaënké kavidn ke: A canoa virou. KAVIN: dar-1-- Eemd emin kavin: Me dê um bolo —2- Imd fari aningét pite kavin: Me dê um punhado de farinha -- aningét. um punhado. KE, prefixo, -1-- Dinhéro ganhá kexéro vaix ti ne: Elle não quer ganhar dinheiro - xóro, querer. KE, suffixo, que serve para indicar o passado e o fu- turo: neste ultimo sentido se traduz com querer, ir. Ex.: quero deitar, vou deitar - 1 - Pird xabm ke ha ti: Elle ja vai pegar peixes -- xabm, pegar -- ha, ja--2-- Anta ot ke vended : Tu vais dizer mentiras -- venhéd, diz:r. KE: dizer--1- Antan ke x, ha, ti kek te: Elle falla que fuläno de tal faz o que eu digo —- ke, digo- ha, faz - ti, elle--te, elle--2- Tima ix ni ke ja: Eu disse a elle que dava —- timá, a elle -- ja, particula para indicar o passado -- 3 - Atan ke, hänera: Faze tu o que elle fallar. | KE: ir, querer, pretender -- 1 -- Ixô veixmá ke ndnti: Elles me querem fazer mal -- ixó, a mim -- 2 - Ant in ket kan, . ti alengré kané:No acto de partir, procurava um companheiro - adengré, companheiro. KE. in (kan, posp.)- Ti krin ke táix: Bate na ca- beça delle -- fix, bater. : KE: particula para indicar o Pasian -1--Aran ke tavin : Passou de tudo o calor. KEKA’: no momento que queria -- 1 - Entája mon de-. néni ke kan, jatu je ti: No momento de levantar o bixo da ia ty ‘ ” — 317 — à rede, estava quieto - entája, rede, laço - mon, lavantar -- 2 - A jen ke kan, temd vi hô ne: Em quanto quer almoçar, me diz palavras boas: é bom commigo -- 3 - Agntôn va je ti kéka, rére: No momento de ajuntar o povo, grita — va, ba: trazer. KEKO’RA, kekônra: limpar, apagar, por ex, a tinta. KE’KA: dizer--1-- A jént kéka: Elle manda de comer -a (ha), voz de mando -- jent, comer. KEKRE'N (kúngre, brigar )-- 1 -- Jagne kekrén: Bri- gar junto. KEFE': leite. Vise. KEPXNI: estou querendo - 1 - Emdán ve ké ix nt: Es- tou querendo ver o mundo -- emin, mundo. KEMA': cortar. KEMA’: gostar -- 1 -- Kúna tin kemane : Todos gostam de ir embora --2 - Ranha-ranha kema: Ter inclinação a tra- balhar, ser muito trabalhador -- 3 -- Arót kemd: Ser sujeito à canceira. KENKA'T : vento - 1 — Fan gáix kenkdt vuôti : O vento agita os cabellos das mulheres ( kanká )--ti, artigo - gdix, mulheres, ellas. KENDA’: querer estar, de ke, querer - da, na: estar -1-In te ag nôro ken da: Elles querem dormir em casa, KEN: em, quando --1-- Antin ken, alengré kané: Na hora de partir, procurava um companheirc. KE'NE, o mesmo que kdra: acabar. KE'NE : ir--1-- Inin kéne ha kéti Elle diz que ja quer ir para casa -- ha, ja -- ke, diz -2--Ix kéne kémo: Quero ir embora. KE’NE: estar querendo, de ke, estar querendo, e de ne, estar -- 1-- Kuvará hé na tin kéne: Pretende fazer longa via- gem --2-- Tati ke ne: Está querendo chover. KENHE'RA : acostumado. KE'NHO : quero agora - 1 -- Koi ti nin kénho: Quero comer carne de tal qualidade. KENTKERÉ : campo que canta. Tambem maracanã, KENTKERE KANXIVREs maracanã. KEPE': lavar. Tambem kupé KER: depois - 1-- Ker ara tin: Entra tu logo -- tin, ir. KER: guarda-te, ve de não fazer - 1- Ker idma hat: Ve tu de não fazer para mim. KERA’: dia-1-- 72 kerá ti kren: Chegou o tempo delle. O segundo ti, é o artigo. KE'RA : entrar, embarcar. KE'RA : guarda-te, veja de não fazer, ponha sentido “que não aconteça. - Nes dois ultimos sentidos, afim de que o verbo exprima a negação, deve ser seguido da particula he. KE’RE: conta tu - 1 - Kére ton: Não contes. KE’RE: depois - Ti lo, kére tr la: Primeiro entra um ; depois outro ( Fuláno de tal, depois Sicrano de tal ). CRE KE’REN, o mesmo que kiren : tenha cuidado, guarda- te -1 - Relójo kéren kite he: Veja que não cahia o relogio - he, não - 2 - Kéren ixmá veinma hadn: Veja de não me fa- zer mal - veijmá, mal - had, fazer. KEXA’N: lua. Tambem heixa, lixa. KE’XNO: morro agora - 1 - Xan ton ke vaix, kéxno: Si não quero comer, agora morro. KE’XNO: morro, quero agora - 1 - A’man kara kéxno: Voce quer que eu entre agora - hava, entrar. KETA'N, kúktán : curar - 1 - Ati ketánagn : O curam. KE'TI: mover, agitar - 1 - Fang nh-gaiax kankat kéti : O vento agita os cabellos das mulheres - gáix, cabellos - faq, dellas. KEºTI: fazer - 1 - A'tan kex, ha kéti: Faze tu o que queres - a, tu -- an, aquillo que. KETON : não - Xe, affixo - 1 - Fangrin vuet k ton ne: Não carrega o objecto. KEVE: disse-2- Tima ¢ nit kéve: Eu disse, promet- ti que dava a elle, KE’VE: fui, foste, foi -1- Hat kéve: Fui trabalhar - 2- Ta kéve: Foi lá. KEVE'IX (húveix ): sangue. KEVO": cego. KI: aqui-1-- Ni ti ton ni: Não está aqui. KI: em (pos.) -1-- Jágni ki pran fagmo: Ellas se mordiam uma com outra -- mo, agora - 2- Do kin xet : Amar- rar atraz -- xet, amarrar — do, atraz. KI: por-- 1-- Ti vink ti mi tai viiére: Elle foi matar onças por ordem de Fulano de tal -- vin, ordem -- tã?, matar. KI: prefixo-- 1-- KZ nim man: Dê mais. KIKE : fallar, dizer -- 1-- Antan kex, hat kike: Elle fallou que fazia o que queria. Pelo contrario: Antan kex, ha hat hike, significa: Faze o que queres. KIKOKAN : espiar ( Vise. ). KIKTAN : curar. KIDVENHERA'N : ensinar KIFA’: coração. Tambem : fé. KIFO'TA : bixo -- 1-- Txôn win kifoia ne: A nossa car ne está bixada-- nin, carne--2-- Van kifoia nin hadno: A carne cria bixo -- van, prefixe. Tambem honféza. KIFU HO (kihw hi): soprar. KIGMBE”: lagrimas. Tambem fiigmbé. KINORA : brejo - 1 -- Kinorá putke : Afundou no brejo. KINVPNKE: fechar com chave -- 1 - Kinvivikte : Fe- chou varias cousas com chave. KIOGNA’INGE: choupar. KIR : guarda-te -- 1-- Kir ag pit vin: Veja de fallar pouco a elles -- pit, pouco. KIXE’RA: amarra tu. KIXFAKRE’: travesseiro - 1 -- Nixfakré had ir: Eu guardo o travesseiro. = » . TPE ed ses Éotitiéhite E, ne lt ot die aci Dear A ad e ee NT a VTT À é o di A ee ii ee à KIXU’TI: ckoupar. KIXVENHERA'NGO : ensinar KITKAIRO'JE, Avtkanherdje : ser amigo. KITITE’RE: morre afogado. KITITONE : não está presente. KLAERA, hulãera : cinto, cintura. KO: comer --1-- Venjenma ko vaer kren: Quasi não quero comer o alimento -- váix, não quero -- kren, quasi -- ven- jenma, alimento. KO: ao lado - 1 -- Jágne ko kant; : Esta ao lado um de outro -- känti, está. -- 2 - Are ko fay, ko a fag nânti: As vaccas comem capim, e estão ao lado uma aa outra -- fag, ellas -- nânti, estão. -- 3 -- Kangáti ko ic ni: Eu estou ao lado do doente: o assisto --4 -- Jágne kó nänti: São da mesma idade. KANJA’M: comprar, pagar--1-- Eixmán kanjám ke- ton ne: Não me cobra. KOKE’, kokét : perder, destruir, estragar -- 1 -- In koket : Destruir a casa-- 2-- Kurän koke: Perder o tempo. KOKE’RE: estar com fome--1-- Kokerétiti: Elle esta com muita fome. KOKO’: gemer. KOKRE': podre -- 1 -- Endéne kokré: Carne podre. KOGFUORE, kankafuvre: orvalho. KOGN : saito -- 1-- Oré kogn: Salto do brejo. Fu, pa- rece que significa tronco KOGNAFU’I : figueira. KOHU’X: vento brabo, Tambem Av fi. KOINGRIN: crespo, encrespado -- 1 -- Näix koingrin : Cabellos encrespados. COMPANHIA -- 1-- Em companhia: bre. COMPARAÇAO. Exemplo de comparação -1-- Exûx kofú vatôn kri ti tampri kine: O meu é mais pesado do que o outro -- vctôn, outro -- kofu, pesado. KODNMA’: para cime. Tambem kiixma. KONFO'IA: verme. KONGARO : pintado. KONGERE': Pintado. CONNECTIVOS. Exemplos. -- 1 --Venjenmät tonk tôn : Não tem comida. -- Serve o k para distinguir aqui uma pa- lavra da outra. CONVIDAR: Exemplos -- 1 - Tin kan vinera tán ke: Dê ordem tu para que venham -- ke, disse -- tin, ir -- kan, todos - tan, lá .-ken, fallou -- 2 -- Ag ta tin agr : Convidar a todos. COPUL ATIVOS. Vê tambem os Copulativos do Sup- plemento grammatical: Exemplos de proposições copulativas. - 1 -- Kengrex bre kanji ti: Briga e brinca -- kengré, brigar - bré, junto, e -- kanji ti, brincar -- 2 - Dénum háno vdix tavin, tinge vaix tavin: Não quer absolutamente fazer nada, e não quer andar -- denúm, alguma cousa --hdn, fazer -- váix, não quer; tavin, absolutamente - 3 -- Iv jogn, ix jamtré ha ti to HAT é ge tinge: Meu pai e minha mai me mandaram de ir com elle -- ha, voz de mando -- to, com -- tinge, ir agora-- 4-- Ex ningé kupé, kan ex pé kupé: Lavo as mãoseos pés lan, depois:-- 5 -- Kanoa engôio kafän ra ten ja, ne: A canôa.passou o rio; e fica - kofdn, além-- ra, para-ne, fica-ja, particula. para indicar o passado -- 6- Ex néngé, ex pé bré kupé: Lavo minhas mãos e meus pés. KORA’ ; claro, dia. KORE'G: feio, ruim, mau--1- Ixó vin korég hat ja ne: Ja fallow mal de mim -- vin, palavra- hat, fazer: KOX : comer-- 1-. Kox ti ne: Elle está comendo: KOXOG: vermelho. Tambem ku.con. KOTU”: obscuro -- 1-- Vein kutñte: Vista ruim -- véin, vista. ig KOTUIGH: noite--i-- Mord, hotiigh: dia e noite. 2 Kara kotüsgh: toda a noite. Tambem tarde e noite. KOVOFE’: cabo--1-- Novo fé to xa grenti: Dança. estando na corda de embirrato, na--xa, estou - Kagrin, dança -- ti, elle. - KOU: jacú - 1- Koti déiera: Cosinha tu jacú. KRA: Depois. Tambem ra -- 1 - Kranhe wapé hddno : Depois faço um chapéu. KRA'INHE, krénóje: carpir. KRAN, gren: homem--1- Aran ka ja ti: O homem está aqui-- ka, aqui -- ti, está. KRAN : plantar --1-- Kra à nhe: Eu planto agora, nhe, + estou. KRAN : chegar --1-- Ti kurdn te kran: Chegou no tempo delle -- te, no. KRAN : ser sufficiente -- 1 -- Enjén ti hrdn ti tônje: A comida não dá, não basta para nós; enjén, comida -- tôn, não. | KRANHA, karanhe: logo- 1- Xränha xapé hádno: Logo faço um chapéu. KRA’NJA: limite, de kran, chegar, e de ja, logar - 1 - Kaxkankranja: horizonte. KRA'NHE : parar--1--Laranha tan kranke vdix : Aquel- le não quer parar de trabalhar - tan, aquelle.-- vdéx; não querer. KRE : livrar, escapar. KRE, kára: tudo inteiro - 1 -- Antan kiran te kre ha, xæéiæno : Si o não o fizer a até o fim do dia, mato-o. KRE : cresciuma:-- 1 - Kren kre: Planta de cresciuma, KRE : filho, familha-- L- Ave ton ne kan, mankangá ti: Sou triste, porque: não tenho filhos -- kan, porque -- 2 - On hé kre, ti koré kre: A familhado outro é boa, a delle é ruim. KREN : debaixo, em baixo -— 1 -- Engôio l:ren ( kante ) ; kite: cahiw na agua - 2. - Veixkren te ve; veixkrvin leanénge : Ve em baixo; olha para cima. KREN : no fogo--1--Kur antôni kren, jagme ha: Ponha a carne no fogo depressa para coser -- 2.-- Kren ka pin fi: venuvóre: Ponha lenha no fogo: ferve - ka, nopin, lenhai- EE AR 3 -- Veixkran te ve; Veixkrin kanén je: Ve em baixo, olha em cima 4-- Kur antóni kren: jagme húru tôn. Põe tu a carne ao fogo: ainda não está assada. KREN : mulher, esposa - 1 -- Ixon kren bré, hädno : Faço eu e minha mulher, KREN : parar, chegar-- 2 -- Lanharánha tan krénje vdix ni: Não quer parar de trabalhar aquelle -- tan, aquelle — váix, nunca. KREN : Estar mal, differente com alguem. Tambem krimáje, kri--1- Ti ton ix krentité: Eu estou muito mal com elle--tôn, com -- 2 -- Ti tan ix kren: Eu tenho inveja delle. KREN : quasi-- 1 -- Ti ni kangra kan kréni ogn: Co- meram quosi toda a carne de tal bixo — kangrá, comer tudo - nin, carne -- 2 -- Kran kred nim: quasi todos pedem -- nim, pedir. KRI: acima--1-- Aningé veikri ten kránhe: Unir as mãos juntas -- krdnke: unir, KRI, kré: Salvar, escapar do perigo. KRPKE: para cá, para la--1-- Krike ag petén : Elles correm para cá, para lá, para todos os lados. KRIKRI-VEINMA’ : lepra. KRIMA’JE: Ter inveja, estar desgostoso - 1 -- Denum tavin krimd je: Não gosta de nada-- denim, tudo -- 2 -- Ti ti krimá ne: Esta desgostoso com fulano de tal. KROD : beber -- 1 -- Krod korégtiti: Bebida muito ruim - 2 -- Krodéra: Bebe tu. KRO’NE: beber -- 1-- Zemd nim arengré krône: Me dê para o meu companheiro beber - 2 -- Krôn tôn ni a: Ainda não bebe -- ha, a: ja. KUAKRE': travesseiro, girdo. KU: Bom. Tambem hô. KUA’NKA : accender. KUARA': longe. KUKFE’RE, kukfén: arrancar, por exemplo, a pelle. KUKRTJA : panella (Vise.). KUKXE”: arranhar, p. ex.: as unhas. KUKTA’NGH: curar -- 1 - Ati kuktang ex kémo: Eu quero curar a elle -- kémo, quero. KUD : cortar -- 1 - Ajuá kud ja tôn ti ni: Não cor- tou ainda a barba -- ja, particula para indicar o passado — juá, barba. KUD : de pressa, em vez de kur -- 1 -- Kud nôra : Durma de pressa, KUD : cahir. KUDN : tocar musica - 1 - Anton kudn: Aquelle toca - 2-- Ngirexi kudn : O meninosinho toca. KU'FA': faca - Kiufá tan: Aquella faca. KUGNA'I: choupar - 1 -- Kugnaz gére : Aspirar ar. KUJEJE: veia. — 322 — KUJU’: metade, resto. - 1-- Kafi kuju je: Está no meio da sala. KULA’ERA: cinto, cintura -- 1 - Ti kuläera: Cinto delle. KUN : soccar - 1 - Engára kun, dúnera: Socea tu o mi- lho, e faze-o em po. KUNGRE : brigar -- 1 - Kungré brex j kanju ti: Bri- ga e brinca -- bre, junto. KUNVA’TI: desmanchar a costura, descoser. KUPRI’: limpo, branco - ku, prefixo. KUR: depressa --1-- Kur tama dinheiro: Me dé dinheiro. KURA’ KUXA’: de madrugada. KURAONKI: noutro tempo--1-- Kura-6n ki et ag nikte tag: Noutro tempo aqui vivia muita gente -- et, muita -- ag, gente. ; KURE': direito. Em sentido derivado, limpo. KURE’TKE: de vez em quando. KURANGARA'JE : voltar. KURI-E’: prompto -- é, muito KU'RU : depressa -- 1 -- Anton: jagme ha: kuru kren pin fi: A carne já esta-se assando: ponha lenha depressa -- antóni, carne -- jagme, assar — fi, por--kren significa tambem vaso. KURUTGH: direito, endereitado, corrigido - 1 -- Empriigh kuriiigh: caminho endereitado. Tambem kuré, kuru. KUXA: mez, lua -- 1 -- Kiixán te xeix han ex kémo: Vou trabalhar seis mezes (seis luas). KUTA'RA : estreito - 1 - Eman kutara: Caminho es- treito. Tambem tára; Ku, de kutara, prefixo. KUTE KU’TE : passar -- 1 - Kafan ra kuüte-kuüte: Pas- sar alem de alguma cousa; tocar para la de alguma cou- sa-2- Ti to kúte: Dar passagem a alguem - to, a. KUTU’: surdo, bobo, atoa - 1-- Kutt de: EK’ surdo - de, je: é KUTUIGH : noite ( kutu ) -- Kutu te: De noite. KUUARAN, kuvarän : longe. KUVEIX, anküvéix : sangue -- 1 Ti küvéix tavin ti ne: O sangue delle é demais - tavin, demais-- ti, artigo, » sp D D. raras vezes se usa por T. Exemplos. -- 1 -- Xüix kan da krin hid ne: La em cima as estrellas são bonitas -- kéix, alto -- kan, em -- da, ta: lá -- hüd, bonito--2-- Tx kokérediti : Eu estou com muita fome. DA, de: animal. DA: estar, em lugar de na -- 1 -- Inte age nôro ken da : Elles pretendem dormir em casa -- ken, pretendem. DA: em, em lugar de te, ta --1 -- Kaikan da krin: Estrellas no céu DAG: este, em vez de tag --1 -- Andag xié, andäg é téia : Este é muito pequeno, este é muito longo, alto - ai é, muito pequeno. DAI, em lugar de nai: deitar--1--Ign dai ke na: Pretendo deitar - ke na, estou querendo. DARA: fralda-- 1-- Tin dara; Fralda de tal causa. DATAN TON: atéa--1-- Da tan ton ki ti tére: Elle morreu atoa -- ki, pleonasmo. DE, do: atraz. Vide dére. DE: bicho. DE: E’ --1- Venharé de: E' livro. DE, em vez de ti, elle -- 1-- De vin méix: Ouvi prosa delle -- me, ouvir. DE: em--1- Kaixkán de krin hôd ma nánti: No céu as estrellas são muito bonitas. DE'GNE, em lugar de iágne: mutuamente - 1 -- Lagré ágte húru dégne kak póvo: Os dois se separaram um de outro -- legré agte, os dois. DE’IA : não querer - 1 -- Ahé déia, afi tônho : Não quer estar boa, quer brigar -- afi, ella -- tônho, briga agora. DEIXAR: Eixmár vin ti ha ti na: Elle me disse de partir -- ha, voz de mando, de permissão. DEN : casa de botão ( Vise. ). LE'NE: atraz --1-- Vog dénera: Empurra tu para traz. DE'NE : bixo -- 1 -- Déne ag: bixos. DENOMINAÇAO : Akoxi jiji to te: Elle disse o nome ao filho: denominou o filho - to, fallar -- te, elle. DENU’M: alguma cousa, tudo -- 1 -- Kin pran dénum : Morde alguma cousa levemente. DENU'M TON: atôa -- 1- Denwm tén tin jo ne: Fica brabo atoa. DE’RE, déire : atraz -1-- Deire na: Está atraz - 2 -- Tin dére kto: Atraz, no fundo -- k, connectivo -- to, em. / ME Oo pedi DESERTO: Min emá ton ti-min, aqui--emd, po- voação -- ton, não--ti, está. Tambem: Enkré van ton ti: Nao ha plantação. Min, não significaria gente ? onça ? DESOBDIENCIA : Ajéne me váix -- jene, mandamento -- me, ouvir--vaix, não quer. Latim: Obaudire. Patrão vin kikaktin: Não conhecer a voz do patrão: não obedecer ao patrão. Na lingua kaingáng, a palavra que indica o prin- cipio da acção, indica ás vezes tambem a acção completa. DET?: que cousa? O que?--1- Det igma nim? O que me dá? DI: cousa. Tambem de-1-- Kan di akémo: Quero tudo -- 2 - On di ke ton: Não quer outra cousa -- ôn, outra cousa -- 3 -- Ex man di ni ketôn: Não me da nada. DI: sentado -1--Ign di kena : Eu não quero estar sentado -- kend, estou querendo. DIN: fundo -- 1 - Engôio din: Agua funda, lagõa. DING: profundo, contrario de palére, raso. DINHEIRO : DIJE’RO--1-- Hix man dijéro nim ke ja: Elle fallou para mim que lhe dê dinheiro -- ke ja, fallou. DIO’: espingarda, em vez de do. DIU’M: brabo, em vez de jun. DO’: espingarda - 1 -- Dó kanén guefa: Bago para es- pingarda. Vide nhafá. DO’, to: fallar - 1-- Jagne do kikaktin : Um não en- tende o outro -- jágne, um a outro. DOG: Estar - 1 -- Akrin küvéix pugn dog: A cabeça está unsanguentada. Tambem tog. DOGN DO: cego. DON JA TI NE: A porta está aberta -- ja, indica o passado -- ti, elle. DO’RE: aberto - 1 -- Dóre ti je: Elle está abrindo. DORMITORIO : noro jafá -- atá, lugar. DUI: collarinho de camisa ( ellipse ). pescoco. DUR: po-1-- Kafé ti dur ja é ni: Elle esta com muito pé de café -ja, particula para indicar o passado -- é, muito -- nz, esta. rm Pe ft dl De né: mi, à» Rà eee E O ee niet + | E E: eu. meu-1-E nái kéne ha: Eu vou deitar - nde deitar -- ha, já - 2-- E bakantin engangróra: Eu trago barro-- bakantin, trazer -3-- E on fan kre ti: Elle quasi derrubou minha casa -- kre, quasi - fan, derrubar. - E”: muito--1-- Agmi é te: Tem muita gente -- te, tem --1-- Korég tan ni é: Aquelle é muito ruim -- tan, aquelle - 2--In tag é hô je: esta casa é muito grande -- hô, grande -- é, muito. EKTOA’: perto ( Pos.)--1-- Ngire ektod ag nánti: Perto dos meninos ha muita gente -- ngène, -- ngire, nh -- giire meninos —- ag, gente. EE: muitos. Tambem II (ii)-- 1 - Kuraôn ks ag ée nikti : Noutro tempo havia muita gente -- ôn, outro -- nik té, havia - ti, artigo. E HO: demais -- In tag e Ad je: Esta casa é grande demais : HG: eu, meu -- 1 -- Hix náin eg náne: Eu pucho pelos meus cabellos -- nine, puchar. EIA'T : eu -- Eiát pirmá in te ninho: Eu estou sósinho em casa -- pirmá, sósinho. EINGRA’N : Copo - 1 -- Eingrán tag fuán : Encher este copo -- fudn, encher. HOTEL: e jen niafá -- jen, comer - niafd, lugar -- Eman buüngh jen niafa: Hotel de uma cidade grande. EMBUONGH : grande -- 1 - Embuongh joá búro: Des- ponta uma grande barba -- búro, brotar. EME JUR: fuzil (Visc.). Talvez signifique: Dé para mim -- jwr, chegue, venha para mim. EMPRA'N: em baixo--1 - Emprán eváix: olhar em baixo. EMPRE’, emprég: estrada, caminho -- 1 - Emprég mi mojen: Vão pela estrada. Vide empri -- 2 - Empre gri nô- romo: Durmo agora na rua, ao lado da rua --gri, kri: em cima, ao lado. ENKRE’: estar com cuidado -- 1 -- Ti enkrén ix: Eu estou com cuidado delle. ENKRE : roça plantada -- 1 -- Enkré ra ti ag bakagóuve: Carregaram para a roça o homem - ra, para. ENDENE... ketôn: Nada:-1 - Endéne emá ketôn jane: Eu não gosto de nada - emá, gostar ENDENIAGO'RO : calças ( degnengôro ) - dégne, tra- zeiro - góro, vestir. PR ua ENDET: animal - 1 Endét kára kre: Toca, caverna, para tudo o animal - kára, tudo. ENE: aquelle - 1 - Jn ené: Aquella casa. E’NE: la-1- E’nera ti vüire: Elle foi para lá - ra, para - ti, elle ENGA'N : todos. Tambem kan.- 1 Engán ônbed ne: Elle está enganando a todos - ne, está. ENGA’XKA: gente - 1 - Kavarú ting ve, engáxka ve: Não são cavallo, são gente. E'NGE: mandar. ENGO’: Subir - 1 - Engó xóro krin: Quero subir o monte -- góro, quero. Tambem: Engú xoro krin. ENGR'EN : adoçar - 1 - Engrén gra: Adoça tu. ENGRE’N: em baixo - 1-- Engrén gu: Muito em baixo. ENGRE'T : salvar-se - 1 - Engrét javdixtiti: E difh- cillimo salvar-se, escapar. ENGU’E: mandar, capitão. ENGUL’: encima Tambem jengu, jengi.-1-- Engui hé: Muito encima. ENGVE’: visitar. Tambem angvéi. ENHA'M: principiar. Tambem ham - 1 - Enham an- tonhoi: Principiam a brigar - antonhoi, brigar. ENHU'NDIE, enmán je: capitão -1 - Enhundie ren je ne: O capitão surra - te, ren: surrar. ENJUVE’N: sabio, sisudo, conselho - 1 - Enjuvén tô ni kan, veiamd tink ti: Por falta de juizo, vive estulto — ni kan, por não ter--tin, vive -- k, connectivo - 2 - On nánti tán, enjuvén je me: Os que estão aqui, ouvem o conselho — on, aquelle que - je, estão - me, ouvem. ENMA’NJE: capitão. ERANHERE' : companheiro, em companhia. Tambem alengré. é ERE’ ( posp.): fora--1-- In eré tin bré vüire: Sahiu fóra de casa junto com elle. ERE’N: pular, matar --1-- Ti erén hurw: ja pulou nelle -- Izon de éremo: Elle me mata -- de, elle. Acção inci- piente, que significa acção completa. ERIKE’TI: Como, igual. Tambem hürikéti. . ERO’: Muro, parede. -- 1 -- Hadn eró: Fazer uma parede. EX: eu-1-Ex in kéne ha: Já quero ir embora. E’TI: muito--1 - Kamé eti tink ti: Elle vive com muito medo - kamé, medo. F Nota. Esta letra, as vezes, muda-se em H. Exemplo : Fi, ella, muda-se em Hi. FA’: anus- Ti fa: Anus do tal sujeito. FA: instrumento, materia, lugar. - Niafa: instrumento de sentar, lugar de sentar. Fa: azedo -- Engôio fa: Agua azeda, vinho, aguardente. Fa: perna- Ti fa ve ne: A perna delle é torta — ve, torto - Ti fana koingrin: Encolher as pernas. FAG: mulheres - Ex fagn : Minhas mulheres. FA'A : lavar roupa ( kupé, fazer banho ). - Kuru faia fi ni: Ella está lavando roupa. FAN: destruir -- 1-- Hix in fan kre ti: Elle quasi des- truiu minha casa - kré, quasi. FANG: ellas, mulheres. FAN: encher - Fánera: Enche tu. Tambem fuän. FAN: quebrar. FANGRIXMONE : está largado, desarrumado. Ya- grin -- objecto, mo, desarrumado -- ne, esta. FE: dar. Tambem fi. FE, fi: folha, grimpa de pinheiro. FEERE: penna--1-- 7% féère: pennas de passarinho. FE'N: sombra, fresco --1-- Vat fénje hadno: Aqui faz sombra, fresco. FEN: quebrar-- Fen je « kémo: Eu quero moer -- 1- Ku kri jakri fen kan, jén ti: Elle está com o joelho quebrado no pau: Está ajoe.hado. FEN: levantar -- 1 -- 1% fen agn: o levantam, o re- colhem. FEN: ramalhete - 1 - Kaféje fen: ramalhete de flores. FE’NO, péno: vender--1 -- Ama kára umfe no: De- pois eu quero vender para você -- dma, para você. FIN: unir, amarrar. Tambem win. FIN : corôa - 1 — Kaféje fin : Corôa de flores. FINVA'IX : mudo, não pode fallar. FIM.. Proposições de fim, se podem fazer com a posp. kan, por motivo de - 1 - Peju tôn, hárato gen xoro kan, tin já ne: Não roubou, mas foi para roubar -- hárato, mas, na verdade -- gen roubar - xóro, queria-kan, por -- tin ja ne, já foi indo - 2 -- Ag anvéi æoro kan, ja ti vúire: Elle foi para visitar as taes pessoas - xóro, desejar (porque queria visitar as taes pessoas, elle foi). — 328 — FO : perna. Tambem fa. -- 1 - FO ve : Perna torta - ve, torto. FOA’ (fu): figueira -- 1 - Fod fu kané: figo. Vide kava fu-fu parece significar tronco FODN : arrebentar, atirar -- 1 -- Ró fon húri: Arre- bentou uma cerca - ro, cerca. FO'DN : mudar, vender - 1 - Ga fodn: Mudar de ter- ra, morada; vender a terra: Fot in huri : Ja vendeu a casa. ' FOG : Branco - 1 - Kix pén fog ta küktan ti ne =: Aquelle branco cura o meu pé -- kiiktan, curar. (1 ) FOG, vog. maltratar - 1 -- Eix in méin afog gna agn : Elles estão maltractando os animaes da minha casa -- gna- estão — méin, criação. FONGXT : Branquinha, menina branca. FOR : atirar - Le fore : Jogar fora. FOT : mudar - 1 - Pron fot ti: Elle muda de mulher. FOT : vender - 1 -- Fot ti : elle vende. FU : Semente. FUA’ : lavar -- 1 - Venxupoéx fudra: Lava tu a roupa - Venxupoix fud : Roupa lavada. FUA'DN : temporal, cheio. FUAMBE’ : chorão. FUEK : pinheiro. FUICH : caroço, semente -- 1 - Tí füigh : Semente da tal cousa. FU” IRE, viiire : fui, fostes, foi. : FUORE : extremidade de alguma cousa, por conse- guinte tambem terreiro - 1 - Máix xan fuôre te: O bosque no meu terreiro, te, em. (2) FU'XNO, vúxno : chaga purulenta. FUTFO’RO : cheio: repetição de acção. FUUIGH : fileira - 1 - Krin fuüigh: O Orion-krin, estrella. (1) Tambem: Elle está curando aquella ferida do meu pé -- fógia, aquella ferida. (2) M de máix, nasalado e fanhoso. oe “SS G G. serve ás vezes de connectivo - 1 - Kofá tx gni ha : Eu ja estou velho - ha, ja-ni, estou. -- 2 -- Empré gmi ha mójen : Audem pelo mesmo caminho -- ha, v6z de man- do -- mi, pelo. GA: entrar 4 força. Tambem ge. GA: terra-1- Nhe ga hüdni: A minha terra é boda, nhe, minha - 2 - Ga kôn dôrô; Abertura da fossa. GA: tudo. Tambem kan - 1- Ko ga ti ru: Come tu- do o pedaço do animal - tz, do animal - ru, pedaço. GAFON: estiva - ga, terra - fôn, quebrada GAGRI'N: telha-1- Ga grin grin tag gino: Pego, aproveito estas telhas — tag, estas. GAIN: fino-1 - Kuru gáin: Panno fino ( vise. ). GAN: derrubar - 1 - Ka gan agn : Elles derrubam uma arvore. GAN: elles. Tambem kan - 1 - Empri ki gan ton: Não estão no caminho, erram o caminho - kz, em. GAN: em. ( Pospos. de tempo ) - 1 - Inindó gan: No “meio dia. GAN: em. ( Posp. de lugar )- 1 - Oré gan, ko: Como no brejo. GAN: quebrar - 1- Ka gan ag: Derrubam a arvore. Tambem : kon, gon, com o mesmo sentido. GANT, garfn: gallinha - 1 - Gani kre: pintinho. GE: brigar, entrar à força, fazer força - 1 - Kare ge jen: Entrar e forçar. GE: pegar, matar. GEDE’TI: gostar. GEN: roubar à torça, usar rapina. GENE: ir embora-1 - Gen kan, ti gene: Foi embo- ra, porque queria roubar. GEJE, gúje: estar acostumado - 2 - Ix angu je: Ha estou acostamado. GERE'RA: pega tu - 1- Méin-méin geréra: Pega tu “os animaes - méin, repetido para fazer o plural. GER - hé: sovaco. GI: pego - 1 - Ga grin grin tag gino: Pego, aproveito estas telhas. . GI: pegar, matar - 1 - Ton vaji gingo : O mato às es- condidas, por ciladas. Tambem kéngo. GIFE : faca - 1- Ti gifé: faca delle. Tambem kiifé. GLIKE, hürike : igual - 1 - Fag gaix gliké ti: Como os cabellos das mulheres - fog, mulheres. — 230 — GNA'IX : cabellos - 1 - Ira gnäix : Cabellos do queixo barba. GNAN, góvo, gnovo, gan, gon: quebrar - 1 - Paktii gnan : Quebrar o prato. GOGN: bujio - 1- Ga ka páno à kan, kit gogn : O bu- gio cahiu, porque foi flexado na arvore - ga, arvore - kan, na- pano, flexar - ix, eu - kan, porque. GO: comer-1- Ti nin go i ga: Quero comer carne do bicho - ga, quero - 1, eu. - 2 - Go gu kemane: Gosto mui- to de comer - gu, muito GO: muito. Tambem gu -1- Engôio ni hangja kuvarán go ti ni: As cabeceiras da aguinha estão muito longe - kuvarä, lonje - ha. principio - ja, lugar - ti, artigo. GOIO-EN, corrupção de goio-cint : rio difficil, suben- tendido, de passar, a váu. GO'NVO : quebrar. GOP : quebrar. GORE'GN : ruim. Tambem korégn - 1 - Kané korégn : Olho ruim, quasi cego. GOXI ( KOTXI ): filho - 2 - Timan óri é goxi fi to- vai: Ella hoje abandonou meu filho a Fulano de tal - ti- man, a Fulano de tal -- fi, ella -- továix, abandonar. GO'VO: quebrar. Tambem fan, góvo, konvo. Significa tambem caco. NIRE GRA: menino macho. Tambem nire tz. GRA: Tudo. Tambem kära - 1 - Kan gra ix: Eu co- mo tudo - kan, como. GRA'O, SEMENTE: fu, füigh GRE’: debaixo. GRE’: peneira. Tambem kre. GRE'N, krén: debaixo - 1 - Engrên ti kankuten : Sahe debaixo. GROTO : sem pensar, improvisamente. GRIN, grôn: por culpa -1- Ato grin ké ve: Fiz por tua culpa - ato, tu. GRODN : amassar - 1 - Engá grodn : amassar a terra. GROIX : sotejar - 1 - Gróix ké no: Vai gotejar. Vide glakótimo. GRONE: por culpa - 1 - Anton grône ix veixmä ne: Eu soffro por tua cuipa. GRU : cortar - Tambem kru - 1 - Pen grónmo: Corto lenha. GRU: pedaço -1-Jen gru: Pedaço de comida. GUET: RANJER - Anjo tan grat, quet quet kéve: Elle quiz ranger com todos os dentes — an, prefixo - tan, com - grat, todo, kéve, quiz. GUI: cachin. E' uma planta euphorbiacea (visc.). GUIAKE’: amanhã. GUI: muito - 1- Ténjen qui: Muito alto. GÔGUO'RE GRIN: pote de bsrro - go guôro ; barro - grin, artefacto. ims H Nota. A’ vezes o F se muda em H.Exemplo: F7. ella: muda-se em Hi. HA: bem - Emprü had hadn: Caminho bem feito. HA: bem -1- Ko ha tavintiti: Muito bom para co- mer — ko, comer. HA, voz imperativa - 1- Tan krot ton mo ro, jent ha, fer: Embora não beba agora, diga-lhe que coma - tan, aquelle - ra, apezar, jent, comer - fen, fallar - krôt ton mo, não beba. Fen por vin. HA : verdade. Tambem Jó. HA: bom de saude - 1 -- Ha hürike : Como vai de sau- de? Está bom ? - hôrike, como ? HA, inclinado. Tambem hi - 1- Enjuvén hi hôtit;: E’ muito inclinado a dar bons conselhos - Enjuvén, conselho. HAD: bem - 1 - Tive hadn ix, ve sx dn mamfére: Olhan- do bem. vi o que perdera. HAD: bonito - 2 - Agtôn had nanti: Elles são bonitos - agtôn, elles. HAD: fazer - 1- De ti had ne? Que faz elle? - de, cousa — ne — está. Resposta: On ti had ni, ro ni: O que elle faz, é cerca. HADN : sarar - 1- Kara ix had ne: Eu sarei - kira, depois: serve para fazer o futuro. HADN : sentir, aperceber. Tambem me. - 1 - Had hôrike ? Como apercebe ? HAG : não sei ( Vise. ). Tambem agh. HA’GJA: Lugar onde começa uma cousa - ha, come- gar - ja, lugar - 1 - Engôio ni hagja : Cabeceira, onde começa a aguasinha. HAMA: começar -1- Hame fag kik fag: Começam a chorar — fa, chorar - kil, prefixo. HAME: começar - 1 - Hóma fag fud: Começaram a chorar - fag. ellas. HAN : beneficiar, fazer bem HAN: certo-1-Ti hon ne: E' certo. HAN: Fazer, concertar - 1 - In Kkofá hánera: Con- certa tu a casa velha-2- Ti vin hdnera: Faze, guarda a ordem delle - vin, ordem. | HAN: ja-1- Ti ve han ix: Ja o achei. HAN: preparar - 1 - Veinketá han ix: Eu preparo um remedio. HANA: certo. Vide hana, verdade. En ABIN HANA: principio, primeiro-1-T hana jengra: Eu levanto primeiro -7, eu HANA? O que é? onde está? - Hana ben? Que é do marido ? Tambem : Onde esta o marido ? - 2 - Bedn hôrike ti Como está o marido ? — ti, esta. Nota. Ha, hána, no principio, siguificam: O que? o que é? no fim, certamente, ja. HANA: verdade, certo - 1 - Agmá ix to häna : Eu con- tei certo para elles - to, contei -2 - Ta hana kite : De certo chove - ta, chuva - 3-- Ankéke, häna : O que dizes, é verda- de--an, ôn: aquillo que--kéke: dizes, repetes; duplicado, para significar multiplicidade de acção -- 4 -- Kar i hädno hina: Depois eu sararei com certeza -- kar, depois. HA'NGJA: lugar onde começa uma cousa. HARA: na verdade--1-- In hára xi ni ton ti: Não é certamente pequeno para mim -- xin, pequeno --ti, elle. _ HA'TI: Fazer--1-- Ve‘xkre ix hati. Eu faço a roça. HAT: ja--1-- In véi hat vüire: Eu ja fui ver a casa. HAT: estar bom--1-- Hix nat hótin ha: Ja estou me- lhor -- hô, mais -- tin, muito -- 2 -- Hix méin eix hat hô tin ha: Eu sinto que estou muito melhor -- méin, perceber -- na, estou. HAT : preparar -- 1 - Venjenma ha ágmo ha: Elles pre- param a comida - Kan, ag hatimo: Elles preparam a ma- deira -- kan, madeira. HATI: depois --1-- Kurdn taktôn háti : Depois de tres dias. | HA’TI: preparar. Veja hatimo. HENA: onde--1-- 4 manke hena ra tin? Pergunto para onde ia.? -- múnke, pergunto. HENAN ? que é?-- 1-- Hénan bet ? que é do marido ? HI: ella. Tambem fi. HO: bom - 1-- Jog tére tôn, mbog hé i: Quando o pai estava vivo, eu crescia bom -- mbog, crescer. HO: capaz - 1 -- Taki enkrédj hidne van ton han: De certo aqui não ha bons caçadores -- enkrédj, caçador - van, estäo -- han, de certo. HO: forte, alto -- 1 -- Jamá hô tora: Falla tu alto para mim.-jamd, para mim. HO : grosso. HO: longe--1-- Tág mi ven hô ti ne: Daqui se avista muito longe -- ven, ver. HO: muito--1- Ti hô kri ti tampri kéne: Este é muito melhor do que aquelle - ti hé kri, acima deste bom - ti, elle -tampri, superior -- kéne, é. HO: onde-1- Hô ti jamá ne? Onde é a morada delle ? - ti, delle - ne, é. HO: querer --1-- Ti gnin hô go: tenho vontade de co- mer carne -- 2 -- Eix hat hôti ha: Ja tenho muita vontade de sarar -- hat, sarar. , NT ———— 7 NIET DUT OR NES DNS ad ee di ii eee ÈS ne ee ns de ee mon à » 4 dé Pe do nt pis A A Se — 333 — HO: sacudido -- 1 -- Laranha-ránha hô agtôn nanti: Elles são sacudidos para trabalhar. HO: verdade -- 1 -- Agtan ke hd, ama kofá ti ne akémo ? A gente falla a verdade que você está envelhecendo ? agtan, a gente, o povo--ke, falla--akémo; vai - kofa, velho -- #5, muito —- ne, fica. — Resposta: Han agtan ke hô ve: Sim: a gente diz a verdade -- han, sim. Tambem ágta ke hima. HO: novo--1-- Kurú hô: Panno novo. HO: querer -- Ka tang hô ktáino: (Querer matar com este pau - ktáino, matar -- 2 -- Ix in ve kan, veirmángo, ha: De eu tanto querer ver minha casa, fico louco -- veixmángo, fico lou- co, porque quero ver minha casa -- 3 - In ha hü vaew : Não quer mais ficar em casa - vaix, querer. HODN: bom, mais--1-- Hédn ha nána: De certo é melhor -- ha, bom -- hédn, mais -- nána, de certo, envez de hana. HORO : fora--1-- Hóro tin: Ir embora--2-- Ti nin hórv ti fodn: Elle joga fora a carne -- nin, carne — fodn, jogar -3--In te ti ni: hóro vaix: Elle fica em casa: elle não quer sahir -- te, em. HORO : ( húri), particala para indicar o passado -- 1- Ka ag h6ro viiire ( fuire): Todo o povo foi-se embora -- ka ag, povo -- ka, do matto ? HOT: onde -- 1-- Hét cjama ne? Onde está a minha morada. ; HU: bom-- 1 -- Veixkatá hud ni: O remedio é bom - 2--Hu hud.nz: Ha muita cousa boa--3-- Huk hud ni: Ha muita cousa boa. HU: assobiar. Tambem fu. HU’ME: assobiar. HUR RAX KE : Ja passou o sol -- hur, particula para indicar o passado -- 7a, -- sol ke, passou. HUR ROM KE: ja cofriu -- rôm, cobrir - ke, particula para indicar o passado - 1 - Kaixkangó krin hur rom ke, A nuvem cobriu a estrella, o monte - krin : estrella, monte, I I: eu, meu-1- Ningruja: E’ minha ponta da unha - G% dente. IAMPRI : limpo, puro - Mentfu iampri: Farinha pura: PNHO: meu, eu-1-inho ué: Minha irmã. PI (ée): muitos-1 - São Jeronymo fog it nänti : Em São Jeronymo ha muitos brancos - nánti, ha - 2 -- Gôio ii: Mar. IN: casa-- Kuru tan in in ja: Acampamento -- kuru tan, de panno - ja. lugar. -- 2-- Int anvéi ti vüire: Elle foi ver as casas. PNKENE: ir embora - 1 -- Ex inkene ha: Eu já vou - me, embora. TNE (jägne): um, outro (correlativo)- 1 - Ine kengré ne: Um briga com outro. INGENE, ingéna: ir embora. INH: meu-1-Inh arengré: Meu irmão. INITAMBUITKE : pitanga. PNHE: eu-1- Karg inhe la tin: Irei para lugar desconhecido -- karg, depois-- la, para. PNI: sentar -Inira: Senta tu. ININHA’ UT PPRE: Seis - ininha, minha mão - ut, outro — pire, um. ININHA’ UT PETKA’RA: dez -- petkára, cinco. ININHA' VEIKRITONE, ininhá kri pire: deseseis - veikritône, encima da outra - ininhã kri, mais uma mão - Tambem : Iningé veikritône, ininha kréva kri pire--ininhã kre va, estando uma mão em baixo. Em lugar de pire, se ponha alengré, tokton, veinkangra: e se obterão os numeros dese- sete, desoito, desenove. ININGE' veikritâne kri petkara: Quinze-- petkara, cinco. Veja-se a explicação antecedente. ININGE’ veikritôn ut pire: onze - veikritôn, um en- cima do outro- ut, outro. — Ponha em lugar de pire, as vozes: alengré, taktôn, veinkangra ; e o leitor terá doze, treze, quatorze. ININGE veikritôn lengré: vinte, ou senão: uma mão posta duas vezes sobre a outra. Substituam-se ao lengré, os vocabulos taktôn, veinkangra, petkára, e se obterão as pala- vras correspondentes a trinta, quarenta, cincoenta. INIRIL: hombro. | INJU'JO : E' o mesmo que jongjó: gavião, corvo, papagaio. Vise. — 335 — IMPRU': terreiro, frente da casa. - 1 - Imprú prúne- ra: Varre tu o terreiro. INTORO': parede da casa. IRA’: queixo-1-Irá gáix: barba -- gáix, cabellos - irá — queixo. IXION: Calças. Vise. IXO': eu, meu. JA (jo): adiante. JA: dente - 1 - Iningrúja: Preto da unha - 27, minha — ia, dente. JA. suflixo para indicar quem faz a acção. — Exem- plo: enkréja, pejuju : caçador, ladrão. JA: eu--1--De te jama nim? O que é que elle da para mim ?--te, elle-- jamá, para--2- Japán tekuxiá: Eu corto matto virgem. JA: particula que indica o passado --1-- Jénia ag: Ja almoçaram -- jen, almoçar -- ag, elles -- 2 -- Nôroga tin ti: Elle já foi dormir -tz, elle.--3-- Kupéja: Se lavou -: 4 — Dijéro tag korég jan ni: Este dinheiro não tem mais va- lor. - 5 -- Vexkajiri kärka ja: in ki nanti: Já possou a festa : elles estão em casa-karka, depois--in ki, em casa. -- 6 -- A'kto ua ja ti kéka: Fallou que elle já ajuntou o povo - kéka, falou --7-- Noro tin ja ni: Já foi dormir. -- 8 - Em pri veinkanpovo ja: Ja passou a encruzilhada —- empriú, es- trada. -- 9 Krôntôn ja: Não bebeu. JAK: roça -- 1-- Jak fan: Colher a roça -- fan; quebrar: JAKA': encostar -- 1 -- Jaki intoná: Encostar à parede- JAK A’IX : braço esquerdo, esquerda. JAKRTN : bola -- 1 -- Xavangró jakrin: Bola da gar- ganta. JAKTA'RA: miseravel, compaixão -1- Jaman ti jaktára je: Me faz compaixão - 2 - Jaktara väir: Alegre — váix, não quer--jaktára, triste--3--Jaktára tére: Morre o. coitado ! JAKUA’: verme, porcaria - 1 - Jakua tug téie: fracção de Indios kaingáng, que andam de cabellos compridos nas fontes da cabeça. — São os de São Paulo e do Rio da Cinza do Paraná = jakuá, bixo - tug, trazer, téie, comprido - 2 - Ka jakua: larva de moscas - ka, mosca. JAD: cortar- 1- Pin jad vüire: Foi cortar lenha. JA'GNE : um outro - 1 - Ajágnin krexké to, agn ven- bédn: Elles conversavam um com outro de caça -- krex, caçar -- to, de -- venbedn, conversar. JAGNTA’RA: miseravel. JAMA’: morada--1- Jr jamá pé: A minha legitima morada - 2- Ix jamän tora viiire: Eu sahi fore da minha morada, da minha terra -torá, fora--3--Jamag hô ke ton: O meu bairro não é bom. — 337 — JAMBA’: descer, para baixo-1-- 7x kantére jafa jambá: Eu dego da escada. - 2 - Engôio jambá ti tere: Des- ceu rio abaixo. TANKEIRA: ponta do dente -jan, dente, corte. Veja alenkéire JANTKA’: porta- 1-- Emprii ki janthá: Porta da rua. JA’NIA: rasgar -- 1- Venharô jänia: Rasgar papel. JARE'RA : Corta-me tu os cabellos. J A’'TI TI: Elle canta. JATONRA’: fóra-l--Emám jatonra viiire: Sahiu do bairro: JAUTGH, jawégh, javá: irmão - 1 - Jauégh ve: irmão menor. JAUU’ MI: irmão menor -- mi, ve: menor: JE, ja: particnla adverbial para indicar o passado — 1 — Xa ag je ke ve: Eu disse 4 minha gente. JE: ir. - Vide jéne. JEKE: passos. Veja: kéne ha. JE'GNEN, jéne: mandar para alguma parte. JEN: assado -- 1 --Ti ni jen à ko: Como carne assada, JEN: braço. Tambem jin. JEN: comer - 1 - Jénja ag ha: Elles já comeram. JENA'N: crioulo; a saber: escravo de casa. — Tam- bem significa criar homem ou animal - 1 - Patrão ti jenän : Escravo do patrão. — Tambem jean. JENTKA': dinheiro. Tambem nhatka. JE'NE: ficar, estar--1--In tonjatô jéne: Eu fico fora de casa - tonjaté, fora JE'NE : Alimento - Jen kamé: Não tem appetite (tem medo de comer) - Ag jéne ko ix ni: Eu estou comendo ali- mentos delles. JENE: ir- Veixpeju kan, ti jen: Elle foi para se esconder — vexpeju kan, para se esconder. JENGA GRE; espeto - jénga, torrar. JENNIANIA AG: Elles cantam. JENGBA': descer, para baixo. -1-E tin ke na jemba: Eu pretendo descer para baixo. JENE: mandar -1- Eix vin jéne ix: Eu mandei meu recado. JENGE’RE: respirar. JENGU’: alto--1--Jen gu je: E” alto. | JENJE’K : estar esparramado -- 1 -- Ta men jenjélimo : Aquelles animaes estão esparramados -- ta, lá. JENJ ENJE : Fazer passos JENMA’: hombros. — Tel.: jenimbái. -- Ti janman ti kami: Elle pega os hombros. JENNIAF4’: hotel. Veja enjenniafa. JÉNO : virar -- 1-- Jéno van ti: Elle vira-se. — 338 — JERE: extender, abrir - 1-- Apéie jére: Abrir os braços. — Tambem nzére. JETK E: bocea. Veja jantkii. JETK É KRINA': labio superior. JEVENIA: conselhos, aconselhar. Tambem enjuvén - 1-- An ti tan jevéma me: Aquelle ouve os conselhos : obe- dece-me, ouve. JINGITA , jengita: no alto. JO: pai--1--Ori jo maixkän te ton ti ne: Hoje o pai não esta no matto -- ti, artigo -- te, no. JO: mais velho--1- Jo ti-ke ti ne: E' mais velho. JOG: pai- 1 - Jog ve: E’ o pai- 2 -- Jog jamé tin ge: Pretende ir adiante de meu pai--jamé, adiante -- 3 - Ix jog, jambré kangämo : Meus pais (meu pai e minha mai) estão doentes -- bre, junto - 4 -- Ix jogn, ix jan junmo kan, porko atita agn: No chegar meu pai e minha mai, a gente matava o porco - 5 - Jogva va, kantin: Meu pai carrega e vem. JOGN : apagar - 1-- Pin jogn: Apagar o fogo. JOIXKE: toco de alguma cousa-1--Jan jóixke: Toco de dente. JOIXKE : girar, moer, quebrar. JOIXJT NE: moer,girar quebrar --1 -- Engara joixjinera : Moe tu milho -- 2 -- Engôio ti joijine: gira tocado 4 agua. JOIXNING E: lesma -- ningé, dedos -- jóix, guardados : allusão aos tentaculos que retrae e esconde na cabeça ? JOIXNINARÉI: rodar. JOM 4’: corajoso. JO’RO: torto, que dá volta--1- Emprü jóro: A es- trada dá voltas. JOX LIRE: ter inveja, jo, brabo -- lire, olhar. JOT: pai--1-- A'ra jot tot krima je: Na verdade não desgosto o pai -- tot, não. JORO : torto. JOVE’: barba. Tambem: java, joa. JU : adiante - 1-- Jantká nifé ju je: Esta adiante do portão -- je, esta. JU: brabo. Tambem: jun, diú - 1 -- Kakán ju: Cara braba -- 2.- Nho vaix ti ne: paciente-- nho, brabo -- váix, não quer -- 3 -- Etxmaän ton june hádmo : Elle já briga commigo - ha, ja-- mo, agora -- 4 -- Ju ne ti: Elle é brabo. JUKE: bambear - 1 - Kakré juke ti: O girão bambeia. JUDN : apagar - 1- Ta van pin judn: A chuva apaga o fogo -- ta, chuva JUDN: chegar, dar -- 1 - Pingógn ixmà judn : Me dê cinza. JUFU’: fileira. Tambem: jukfu-1-Ti jufu tan: Aquella fileira delle. =, a di do de À — 359 — JURA’: agudo (re, ra). JURURUK : ir em redor -- 1 - Tan jiúriirúke : Aquelle gira em redor. JURE: dar--1 - Júre ti: Dé a tal cousa. JUT : apagar. JUT : apparecer -- 1 -- Jútken húri: Appareceu. L, LA : agudo, ponta. Tambem: ra, ja, re. LA: dia, sol, claro, relojo--La kantinge: Eu chego num dia -- 2 -- La, kúten kan: Num dia e numa noite -- 3 - Koti te kaxdiri la van ne: Dançaram até o romper do dia -- kota noite -- Ja van ne, o sol estava -- 4 -- Jul lax ke: O sol pas- sou — hul - particula para indicar o passado -- la, sol -- x, pa- ragoge - k2, particula tambem para indicar o passsado. LA: fora. Tambem: le, re - 1 -- Ta la ti tin: Elle vai para fora-ta la, para. . LA: para - 1 - Ene la ti vütre : Elle foi para la - éne, lá. LA: perto - 1 - Topé la ix in nhe: Minha casa está perto da egreja - topé la, perto da egreja - nhe, está. : LA: relogio - 1 - La rótimo: O relojo marca, LAKANGRO”GH : relojo. LAIARU’: ananaz. LAN: dia-1- Lan jud ix: Cheguei num dia - 2 - Lan kantin ge: Chega num dia. LAN: relogio. LAN: sol - 1- Lan puri: O sol entrou. LANKANGRO’GH : relojo. LAGNERA'NHA : areia. - Tambem : erê, lairânha. LARA’NHA: areia- 1 - Laranha kan, ix tin: Eu via- jo na areia. LEN: bater, surrar - 1 - Ix len ti kémo: Elle quer sur- rar-me. | LPRI: vivo, vivaz. “LO, do: Atraz - Ti lo ti tin: Elle vai atraz de Fu- lano de tal. LO’RO: cousa redonda. Tambem lúro, rúro. LORI, ir: vivo, acordado, etc. Veja lirí. M MA: para - 1 - Engára ta porko ma vidn : Dá tu aquel- le milko aos porcos - vidn, dar. MA. ha : bom — 1 — A'ma ve ix ma hé: Eu vejo que você é muito bom- 2- Féxta ma hi ti: A festa esta muito boa. MA, ha: certamente - 1 - Kofa ma ve: De certo pesa. MA, ha: fazer-1- Venjén ma hut: A comida esta feita -- hut, particula que indica o passado -- ma, fez, -2- Ma hul kiixa lur ke: Passou a lua cheia - lwr, redondo - hal, ja, indica o passado. MA : grande -- 1 -- Kiixa ma hulurke : Passou a lua cheia. MA: maito-1- Féie ma ti: Muitas folhas - 2 - In ja- ma te, dendn piju ma ti: No meu bairro um sujeito roubou muitas cousas - den, cousa - on, um sujeito — pzju, roubou -- ti, elle. MA: para mim-1- Ma fi: Dê para mim. MA: roubar - 1 - Xen ma, xen koja: Roubei e comi - wen, eu. MA, ha: verdade-1- Ma ho: FE’ certo. MAKE’: dizer - 1- Ona hi ma ke: Quem diz a ver- dade - ôna, quem - hô, verdade. MAN, ma: sufixo de pir-1- Arengré kofa apirima in ra viiire: O velho foi duas vezes sósinho em casa - kofa, velho. MAN, ma, ha: bonito - 1 - Mantxine: bonitinho. MAN, ma: buscar. MAN, ma: carregar - 1 - Maran vére: Carrega tu para ca — vére, para ca, MAN : concertar - 1 - Emprü ag man mox kéve. Elles pretendem ir concertar um caminho - mo, ir- x, paragoge. -- Tambem diz-se han. MAN, han: fazer-1 - Kaféje aró man: Faz um jar-- dinzinho - kaféje, de flores -arô, cereado - 1 -- Veixmá ixó man xóro: Elle quer fazer-me mal -- eéxma, mal. MA: muito - 1 -- O'ri ta veixmaä man ti: Hoje a chuva faz mal -- veixma, mal. MAN : HULL tomar -- 1-- Kankrófuôre xabm ix, hara agtôn m-ángo ( 1): Eu pego lambary, mas a gente toma -- xabm, pegar -- hára, mas. MA'NA,hána : de ete -1-Ta mana kutéixno: De certo chove -- idos cal — 2-- DS tére mana: Com cer- teza morre logo -- tére, morre. 1) M. de m-uango, pronuncia-se fanhosamente 342 —- MA’NKE: responder, dizer -- 1 - Az manke: H6 ra tin ? Pergunto: Para onde vão ?--ra, para. MANDAR, se traduz com a voz de mando ha, e com o verbo significando a cousa que se manda fazer. [Exemplo : Antán ke, hat ké ke: Fallou que faça o que quer -- antán ke, o que quer- hat, voz de mando -- ke, fazer -- ke, disse. MANTXI'NE, hantxine : bonitinho. xa hati: fazer --1-- Ninja mati: Arranjar a ca- deira -- 2 -- In don mat ketô i ne: Eu não concerto a minha pra o -- don, espingarda -- ketô, não. MBA: Trazer -- 1 - Mbára mán ne : Traga mais - ne, estar. MBOIN TAIN BE VE: carniceiro -- mbôi, boi - táin, matar -- be, habitualmente -- ve, está ( Vocabulario Bugre ). ME: perceber, ouvir, cheirar - 1 - Ajéne me váix ti ne: Desobediente - ajéne, mandamento -- me, ouvir -- váix, não quer - 2 -- Mééra: Tenha paciencia. ME: pouco -- 1 -- Tx jen me ko, ix tínti : Eu como pouco, eu vivo. , MHI, véi: ver-1-- Xan méi ton nik ti: Elle não esta vendo -- ni, esta. MEN : apercebo, oiço--1.- Ix jogn ix in ha ni men: Eu oiço que meu pai está em casa ja-ha, ja--2- Kuxá men kenemä ne: Eu gosto de sentir o fresco -- kuaa, fresco. MEN : animal - Éÿx men ix mano: Eu trago meu animal. MENE, hana: certamente - 1- Ta méne kutéixno: Chove com certeza. MENFT : farinha. Tambem mentfu. MI: pelo meio--1--Hma kara mi ag kamôn: Vem gente pelo meio da cidade. MIN : gente ? - o -- Veixán min hité tin ti: Uma vez havia muita gente -- 2 -- Min ema tôn ti: deserto -- emá, mo- rada -- ti, tem - 3 -- oes tan hé ti? Esta gente é boa? MINK: onça, jaguar--1- Agtôn mink ven to ix: Eu estou dizendo ao povo que appareceu uma onça -- ven, appa- recer -- to, dizer -- k, connectivo -- ne, estou. M-IRID: virar--1-- On m-irid kankéi: Uma canôa virou --2- Tan m-iritke: Aquella virou. MO, sufixo do presente. — Usa-se tambem com o im- perativo -- 1 --Akanjúnmora : Brinca tu. MOAFU’ (1): fio, linha. MOIA, plural de tin-1-- Pron móia: As mulheres vão. MON : atôa, em desordem, desarrumado -- 1 -- Fog ixmá to vin mon ne: Os Brancos me estão fallando palavras atôæ - vin, palavras -- ne, está -2-- Fagrinmá da mon ne: O ar- tefacto, o objecto está lá desarrumado - da, ta: lá aquelle. MO NO'NJE: leite de vacca. MU, mo: plural de tin -- 1 -- Mu kan da húri : Os ani- maes do matto foram embora -- da, animal. (1) OM, é nasalado, PER a Rr o. MUA"(t): bambu. — Melhor : mua -- 1 -- Tambem vudn. M-U A’: roubar -- 1 - Xen kóia, m-ua : Eu como e roubo -2- M-uángo : Eu roubo. M-UA”: trazer--1--M-ua, kantin ningé: Trazer um pouco -- kantin, vir. M-UAFUIGH : trança. M-UA4'I: nunca -- 1 -- Kanganho m-uéno: Eu nunca fico doente. À M-UANFÆ: Cachim de espinho: especie de euphor- biacea. ; M-UANFUAITE : molhar, lavar. M-UANXA': uma vez. Tambem venxén. M-U &: ganhar, receber -- 1 -- Emi m-ué i: Eu ganhei um pão. (1) OM inicial, nasalado, N NA, ha: certamente -- 1 -- Kwaa taki na haté: Aqui cer- tamente faz fresco -- taki, aqui - 2 - Tx jogn kakré kri nana ni: Meu pai com certeza está deitado no giräo. NA, ta: Chuva--1-- Na kótimo: A chuva goteja -- 2 — Na ke: Vai chover. NA: Estar -- 1-- M-uaixka te na ti: Elle está no matto - 2 - Empri ki nai tôn: Eu não estou no caminho: errei o caminho. NA: eu--1-- Na kran: Eu planto--2-- Nan kanjam: Compro para mim. NA, voz imperativa. Tambem ha - 1- Exan kemo kan, na ti péno atin: Emquanto, eu como, que elle va procurar a Fulano de tal - exán, eu - kan, emquanto - péno, procurar - tin, ir. - 2 Oa, na ka lairanha kantin : Ehi! Fulano de tal, venha cá trabalhar - ka, aqui. NA, ja: Mai-1- Tina pé fi ne; Ella é mai verda- ; deira de Fulano de tal - pé, legitima -2- Ti na eixma fi: A mai de Fulano de tal deu um presente - fi, dar. NA, ja ; particula adverbial para indicar e tempo passado -1- Pénta hórike hadn na? Quanta tiros deu aquelle ? - pen, tiro - ta, aquelle. NA’KTIMO: está chovendo, está molhado. NAFU': chuva de pedra -na, ta: chuva; fu, bago ? bola ? semente ? NA4'I: encostar-se - 1 - Ag ro ix nai: Eu me encosto à parede delles. À NA'IX : algodão, cabellos - 1 - Eix nhgäir nana ne: Elle estä puchando pelos meus cabellos. NANTKAMBU’ : dinheiro - natka, jantka: ornamento do peito em forma, as mais de vezes, de rosario - bu, gran- de -1- Endéia nkatkambüititi, hára kangan be: Não que- ro muitissimo dinheiro, e estar sempre doente - endéia, não quero - tití, muitissimo - hara : mas. NAX : cabelos - 1 - Nax téie ti: Esta elle com cabel- los compridos - ti, elle. NATO'TIMO : pingar - na, chuva - któ, gotejar, pingar. NDEKEKTAKA'RA : insecto ? NDEN MA TON: nada - 1- Nden ma ko tôn ne: Nao está comendo nada. ND#’NE: bicho - 1 - Ndéne van kan ti hi ne: Elle esta comendo muitos bichos - van, está, - ko, ko: comer - hô, mui- to - ne, está (van... ne: está estando). NDE'NE FE’: cordão que se põe atraz. 4 r 4 - 4 | pre”. E AG NDO : atraz. NDOGN : furado - 1 - 7% kané ndign: Os olhos de Fulano de tal são furados : cego. | NDU'LI: apagar - 1 - Nduli ya hadn: Apagaram NDU’RU: apagar - 1 - Ndúru ja ti ne: Elle apagou. NE, éne : aquelle - 1 - 7% ne: Aquelle Fulano. NEDO’: um, cutio?-1- Nedô kikaktin ne: Um não entende ao outro. NEDO: alguem ? - 1 - Nedó pan: Amarrar alguem. NEM: matto - 1 - Nembra vüire: Foi para o matto. NENA'NE: puchar - 1 - Ex nade nenáne: Pucha pe- los meus cabellos. NENDIMA': urutu. Tambem : denman. NH-GAIX : cabellos - 1 - Jantkü nh -- gaix: bigodes - jantkü, bocca. NGERE-HO : cheiroso - hô, bom - 1 - Ngére hô ne ti: Elle é cheiroso. NGO'P: quebrar, arrombar - 1 - Jantka 1 ti: Elle arromba a porta. NGÔRE-HO : cheireso NGORNOA’: penna de ave. NGRE'N : doce, gostoso - 1- Ngrén hi dit: Muito gostoso — di, em lugar de titi. NGRU : accender, accendido - 1 - Prüix ngru: brozas - 2 - Deja ngrúndra : Accende tu a cera. NHAN : cabellos - 1 - Nhan dó: coroa da cabeça, obti- da cortando os cabellos. - do, abertura. - Parece por conseguinte que a expressão: inindó kax ka; significa: que se acha na minha coroa, no vertice da cabeça. - Vide: aran inindó kax- ka: meio dia. - Talvez; O sol estä a prumo da corôa da mi- nha cabeça. NHAP 4’: foice - pa, pedra -nha, dente. NHE: está--1--.Jent ton nhe : Ainda não almoçou. NHENE: aquelle--1-- Nhéne korég, nhéne ha hi: Aquelle é feio, aquelle é muito bonito - ha, bonito -- 26, muito. NHENGR F: levantar. NHETU : bocea -- 1 -- Nhetii gére : REA - "Tambem gantki. NHE : comer - 1 - Am bré à nhen: Eu como com você - am, você. NHO’: estar brabo -- 1 -- Nho vaix: paciente, manso -- vain, não quer. Tambem significa: bom -- 2-- Inhó éne väix : Aquelle esta brabo commigo. NI: dar. NI: parar-1 - Gôio ni: agua parada. NI: viver, estar - 1 - Ema kuju mi ti nik ti: No meio do povoado vive uma ouça - kujú, meio - mí, onça. © NI A: esta querendo--ni, está - a, hd: querer - 1 Aron ton ni a: Não quer beber mais. — 346 — NIA, níja: habitação -- ja, lugar —- ni, de habitação - 1 Xanxi nia: habitação de passarinhos. NIAF 4’: lugor -- 1 -- Néafan te: no lugar NIANIA’N: cantar - 1 - Fog nianiin: Os brancos can- tam, rezam cantando. NIAVA'IX : contra a vontade - 1 - 77 niaváio peremojem ag: Elles o transportam por força, contra a vontade. NIAVA'IX: dificil, impossivel - 1 - Engrét néavaix- titi: KE’ difficilimo salvar-se, elle versa em grave perigo. NIKRE'N: calcular, contar-1- Nikrén ton tógmo: Não está caleulando. N'KTI: viver. Veja ni. NIENIE'RE : abrir, dilatar- 1 - Apén nieniére: Abrir os braços. NIFE': fechar -- 1- Lo ne féicra: Fecha a cerca, a cadeia. NIJI': nome. — Tambem jrji--1-- Kotxi niji hóriké ti: (Qual é o nome do menino ? NPJA: séde, habitação, morada --1 - Te nija ve ix: Eu vejo a habitação delles - n7, habitar -- ja, lugar -- 1-- Jágne man déni nija ve: Um mostra ao outro a séde do bicho. NIN: mão--1-- Nin ton tingé: Pega a mão -- to, em -- tinge, pegar. NINDO": panho - 1 - Tnindo: meu punho - 1 -- Anindó tokfin : mangas. Tambem: Anindó grúra. NINDONE'NI: coroa que se faz na cabeça com o cor- te dos cabellos. Tambem: Nindonive. . NINGE': mais, ainda - 1 - Muakantin ningé: Traga mais. NPGNIA, ninja: banco, NINHZ’: estã-- 1 - Mi tan ninhé: Esta matando uma onça -- ni, esta. nhe, agora. NINGU'JA : o dedo mediano. NIONIO’RO: torto, que dá voltas -- 1 - Emprü nionzo- ro: caminho torto, que dá voltas NIX: sentar--1-- Tag nix ti: Elle senta la. NI’RI, melhor, #h-giri, nh-giiri : menino - 1 -- Nh - gitri tantô : menina. NITE: bater--1-- Aa t/ nite lengré: Bateu com o pau duas vezes- 2-- Ka ti nite han: Deu um golpe com um pau--3-- Ka ti ni te lengré: Deu duas porretadas. NO'I: verter urina-- 1 -- Nót hi: Quero mijar, tenho precisão de mijar. Tambem : 904, jon. NO'IX: tirar, arrancar -- 1 -- Eixman ti ngrafu nóix nim: Faça o favor de me capar o tal bicho -- grafú, parte ge- nital do macho NONGUE, nongúje: Ubre, peito. NORO : dormir - 1 -- Ag nonôrja : Elles dormiram -- 2 — Xanxi ag nonoro jafá: poleiros de passarinhos. NORO : fechar os olhos -- 1 -- Kané not känti ni: Elle está de olhos fechados. NUN: apertar ?--1-- Ti dúix kag nun ir : Bu estran- culo a elle - kag, em -- dúix, pescoço dt nica i O OA’: vocativo para chamar homen --1--Oa, tin kema ne? Olá, gosta de ir embora ? OAK 4’: amanhã. Tambem vaiaka. OAKUA’, avakua: lavar-1-- Mafua avakua: lavar roupa. OAIA’: amanha-- 1 - Oafd ôn: Depois de amanhã. OA’IN. vein: suffixo--1--HW’ix in orinkantin: Vem em minha casa. OA’IX: nunea-1-- Topé tére oair : Deus não morre nunca. Tambem óin. , OAXE, venra: uma vez, outróra, de ionge -- 1 - O'rí en oaxé komôn: Nos hoje viemos de longe - en, nós. OA”T: taquara. — Tambem - wan, m-uänt. ODN: mentir-- 1 - Imá ôdn: Me conta mentiras. OEK 4° : amanhã. - Tambem : vaia ka, vaiaki, vaiantha. OEP, ve: irmã--1-- In oéi: minha irmã. OENBE DN: conversar. OE'NI, vin: fallar. OI: não querer-1--T jon tog ne 6? : Eu não quero ser ruim - jon, ruim - 2 - Laranha-rânha 6, embré tin m-uái : Não quer nem trabalhar nem ir em companhia comnosco — en bre, comnosco. OIA’ (aiáng): vos -- 1- Oiá tin kemá ne! Quereis ir ? OIKATI’N : tolice. — Tambem : veinkaktin. OINKLUBINA, veinkri védnia: guarda chuva. E” um exemplo este dos mais frisantes para demonstrar a grande flexibilidade do Kaingang no que diz respeito 4 mudança de letras. O’IN : nunca - 1 -- Topé ter óin: Deus não morre nunca - tere. morrer. Tambem vdix. OINKANTIN : to'ice. O MGUIE : pular. — Tambem: homke, ómge. ON: algum, uns--1- Ixôn nin ôn du hadno: A minha carne cria algum bixo - hddno, cria - da, bicho -- 2 -- On veix- vin korég agno vair: Elles não gostam da palavra ruim de algurs -- veixvin, palavra -- váix, não gostam. ON: mentira - 1 -- On kambét: Conta mentiras. ON: outro-1-- On pejú ti: Elle roubou de outro. ON: um--1-- On tauit: um só. ON... ON : uns... uzs (correlativo ) -- ne on éne kanhén, én tan kanhén : Das casas, umas estão esparramadas) para la, outras para cá — 1 - kanhén, esparamada - éne, lá - 2 - Fuüre, 348 — ôn kara jagne kúten: As folhas cahem umas depois das ou- tras - On kára, umas depois das outra ONE: mentira - 1 - Aôn ônet ve: Um que diz men- tiras - adn, um - ve, diz. ONE: palavra atoa - 1- Fag iamak to vin one: Fal- laram ellas para mim palavras atoa - to, fallar - vin, palavra.. ONBUONGH VE: capitão. , (.NMA’: todos - 1 - Onma tankéixno : Eu ajudo a todos. ONMA’... ton: ninguem. | ONM - uédn: conversar. ‘ q ONE ..! to: nenhum - 1 - One tantô vek to à ne kafi | je fi:Eu não vejo nenhuma mulher que está na sala -- tanto, 1 mulher — kafi, sala-- je fi, ella está. ONRU’RO: um baixo, homem pequeno. | ONTENTO’TI : testemunha. ONTXT: criança. ORE’: banhar-se. ORNBE': mentiroso. OT: cinco. -- Entra em circumlocução para inidear os numeros superiores a cino. P PA: pedra - 1 - Pa kancæiri : pedra pequena -- 2 -- Pa ró ki ti tére : Desce pelo cercado de pedra -- ki, pelo. PAKON : abobora. PAFU A’: mammar. PAHI’: homem, capitão - 1 -- Paimbang: capitão gran- de, governo - pazxim, menino. PAIN, pan: cobrir, amarrar Dahi pan, cobra, porque se enrola. Tambem xe. PAN: amarrar. PAN: cortar --1-- Japan tekuxia : cortar o matto virgem. PAINPA’RO: piolho. Tambem: ti krin painpäro. Tambem : ga, nh-ga. PAN: mais - 1 - Arankét punkxin ti: Hontem estava melhor -- xin, bom -- pan, mais. PANDO’, pandó: : torto, espigão ( Bug ). PAN: cobra - 1-- Pan konare ( kongarü ): boi coral - 2 - Panepé : cotiara. PANT: pedra -- 1-- Pant xi: pedra pequena. PA'NTE, pot: mais -- 1 -- Pante tôngrá : Não faça mais -2- A'ra ontát ti pante kanje: Na verdade este é mais do que aquelle - ara, na verdade -- ontát, aquelle outro -- ti pante mais do que--3-- Kuju hd pante vi hadn: Escreva o voca- bulo mais alto do que a metade - hô, mais alto -- Kuju, metade. PANXO': braza. PAREVI’RI: jararaca. PATEKLT': aranha. PE”: braço-1 -.Jo pé: braço anterior. PEDNO: acertar - 1-- Ti krintave jog pédno: O pai acertou no chapéu delle -- krintave, chapéu -- 2 -- Pot ti pédno: Elle acerta com as pedras -- te, con. PEIN, pein buôngh: pato: PHIN : jacu. | PEJU’: esconder, roubar -1-- 77% peu; kara ti ma; vüire: O escondeu; depois o carregou, e foi-se embora - ma carregar -- viiire, foi-se embora. PEJU' : sepultar - 1 - Ati tére ti ton la, ag peju: Em- bora estivesse aindo vivo, o enterraram -- tere tôn, vivo --la, apezar. PEN : arrebentar -- 1 - Kakané ti pen: Arrebenta uma fructa. PEN: braço - 1 -- Apén nieniére: abrir os braços -- nie- niére, abrir. Tambem jenjére-- 2 - Ti pen, neji ti méin ktôn — 350 — ti: Os pés e as mãos delle são esquecidos -- néji, mão -- méin, aperceber. PEN: começar - 1-- Ex pen je: Eu estou começando. PEN, péni : costas - Péni brod : quebrar as costas. PEN: dar tiros, bater -- 1 - Aka ix pen: Eu dou por- retadas -- 2 -- Pen tan erikédni? (Juantos tiros deu aquelle ? -- tan, aquelle ? PEN : jacu. PEN, pia: näo-- 1- On pé ti fódn: Ninguem o vence - on pé, ninguem -- fodn, derruba ( vence ) PENOA': procurar - Ix jogn, ha ti penoa tin ke: Meu pai me mandou buscal-o - ha, voz de mando - ke, fallar. PENJEN: começar. PEREMA': trazer- 1- Ex perema, à lairânha: Eu trago, eu trabalho. PENTA'N: marreco - 1-- Pentin gat ko: (O marreco come terra -- ga, terra. PETENKHITA: espantar--1- T2 petenkéita: Ile ficou espantado. PETENK U'R : marreco. PETFA'NG: saracura. PIA’: não-1- Tan pia xan ke pen: Eu não principio fazer aquella cousa -- xan, eu -- ke, fazer. PI'JA, pije: não--1--Pija kofu hit: Não é muito pesado - 2 -- Ti pije kairéne: Elle trata mal, não ama. PINXO’, panxd : biaza. Tombem: pianx6. PIRMA': sosinho -- 1 - Bix pirema lairanha: Eu tra- balho sosinho. PIXI': milho moido. PITENKO’K: chama de fogo. PLA’N: anno--1-- Plan taingu : Anno muito comprido — qu, muito. PLERE: gritar. PO’: pedra - 1 - Jama emprii po é ete: O caminho da minha casa tem muitissimas pedras -- e éte, muitissimas. POD, fod: jogar fora, largar. PONE: pedra -- 1 -- Pone kofiiititi : pedra muito pesada. POPO’KERA: Da pancadas tu. POT: fazer pontaria, acertar -- 1- lx ki pot ketone: Erraram o tiro em mim. POT: afundar -- 1 -- Ken 6ro pot ken; Afundaram no brejo -- oró, brejo. Tambem se diz put, pur. POT : mais - 1 - On tag téje pot kanje: Este é mais alto -- téje, alto. PRAN : abrir a bocca, espreguiçar-se, gritar -- 1 -- Veinprák ti : Elle abre a bôca, geme - 2 - Pran buôngh : Abre a bocca demais, come demais. PRAN : baixo -- 1 -- Ardn pran ti je: O sol está baixo -- ti, o (artigo). ‘ému à go RE EN ee PRAN : morder -- 1 — Kava aninhé ki prango: A mosca morde no nariz -- kava, mosca. -- ki, no. PREJA : folha de sapé - 1 -- Xóro préja ta in: casa de sapé, ta, de. PRENE : gritar. Tambem plére, prére. PRI : branco, bom, bonito. -- Tambem kupri. PRINBRE'G : fabricar - 1 -- Iman do ka prinbrég : Elle me fabrica a coronha da espingarda -- do ka, coronha, pau da espingarda --2 - Emán kara, de prinbrég : Fez as cousas de tudo mundo -- emän kara, de todo o mundo -- de, cousas. PRIMEIRO - 1 -- 7% ra, kére ti ra : Primeiro entrou um, depois outro - kére, depois. PRON : mulher, esposa - 1 -- Une prôn téreja : viu- vo -- teréja, morreu. PRU’ : pentear -- 1 ~ Venharô pru : pentear a ca- beça tosquiada. PRURU : frente da casa. PXO’ : mongango. PUGN : amarrado ? ensanguentado ? - 1 -- Akrin pugn : cabeça ensanguentada -- 1 -- Veixpúgn dog : Está ensanguentado -- dok, tog : esta. PUTKA’RA, putkéira : entrou. - Jutkára : sahiu fora R RA: abandonar - 1 -- Ti man méin ra: abandonar o animal a elle -- man, a. RA: apezar, embora - 1 - À Ad ra, ti téére: Apezar que estivesse bom, morreu. - 2 = Atan kiirôn ra, ti kéd ne ra: Apezar de moço, quasi morre -- tan, aquelle -- ra, quasi, perto. RA: embora --1-- Xemá akiain ra, ix viiire: Embora eu não conheça a povoação, eu fui -- x, eu - ema, povoação, RA: entrar-1--Td kara ra: Eu entro -- 2 -- M-udit- ka ra ra x kéve: Eu pretendia de entrar no matte --ra, para -- kéve, pretendia. RA: fora--1-- Akajuno ra ti jen ti: Elle esta fora do brinquedo - jen ti, elle esta. RA: nerto-1- Mo ra ag: Elles vão perto - 2 -- Janka ra: perto da porta. | RA : pintado - 1 -- Nh-gára ra: Milho pintado. RAN: entrar--1-- Do in rano: Eu entro atraz delle - dó, atraz. RAN: quente-- 1 - Kanká ran: vento quente. RANHERE' : irmão, amigo, companheiro, dois. Tam- bem alengré -- 1 -- Iranheré véi, tin: Eu vou ver meu irmão. RANJENDOK 4’XKA : meio dia. : RE: para-1-Véixka re ti tin: Elle vae para o matto. RE: ferrão. — Plural rére. REM : pular, tombo -- 1 -- Eugôio ke rem: tombo, salto no rio. REN: casa de botão. REN : vesgo--1- Tx ki ren ved ne: Está olhando obli- quamente em mim -- ved ne, esta olhando. RE'RE, liri : accordar -- 1 -- Kotúiigh nha rére : De noite a mãi acorda. RIKE'TI: igual -- 1 - Jagne rékéti kéje: Um é igual ao outro -- 2 -- Tine jiji rikéti? Qual é o nome delle ? RIRE, liri: acordar, fazer guarda, estar de olhos abertos - 1 -- Tv tan rire: Aquelle la faz guarda. RTTKE : igual--1-- Anga rítke ton je: As terras não são iguaes. | RO: muro, cerca -- 1 -- Kaféje ro: jardim. RO: cortar -- 1 - Ti fuüre küfé ro: Cortar a pelle de alguem com a faca. RO: pintar, pintar o corpo-1-Arû ritke ton ne: Não é da mesma côr, não está igualmente pintado, corado. ROG engasgar -1 — Ajéno rog kan, téremo: Morre, “porque ficou engasgado com a comida. K ~ ROG: engulir. ARS a RONG: engasgar. \ RUPR?N : formiga - ru, cortar. RU’RO : camisa curta. - RURU'JA : luctar . Vise. x x XA: assentar- 1 -- Ningé kan to ti «a: Uma mosca assenta no nariz — to, no — ti, elle (a mosca ) -- 2 -- Akrin tan hôd ne pingógn xa: Adheriu muita cinza na cabeça -- tan, lá -- hid, muita. XA: estar--1-- Engôio van gu vu ti xa ha: O rio está ja muito baixo -- vu, baixo ( fi). XAKRIN: gafanhôto. Vise. XA’I: adulto?--1-- Ve vai: irmã mais velha. XA’'IG: preto. Vise. XAM, wan: pisar --1-- Ex pen katxin xan: piso com os meus pés um ratinho. XAMB: pegar-1-- Pirá xamb ix: Eu pego um peixe. XANXO": gralha. XAP: pisar. XAVANINGRO": garganta, guella. XE, xin: bom, bonito, pequeno — 1 -- Xe taui: sacudido - taui, de tudo. XE: prender - 1 -- Ti xéja: preso delle - ja, indica o tempo passado -- 2 -- Eman jatô, ti, ti xe hima ti: Fora da povoação, fulano de tal e sicrano de tal pega muita caça -— gato, fora --hôma ; muita. Tambem hôma significa verdade - 2 Ti xe ha: Já o mata - 3-- Ag œéxe : Prende a elles. Visc. XEM, xemb: pegar--1-- Pirá xemb ke: pegou um peixe. XEN: en-- 1 - Xend alengré véix tin ve: Venho vindo ver o amigo -- véix, ver-- 2 - Xen veg: Eu primeiro. XENXT : passarinho. XE’RE: defuncto. -— Tambem veirére -- 1 -- Veixére ix hati: O faço cadaver, o mato. XEVANGRO': garganta. XO: eu-1-Xo nho: Eu fico brabo -2- Arengré kikairônhe: Eu amo o meu companheiro - 3 -- A'nge xógmo : Eu estou abrindo a bocca. XOGN : agitar-se ? -- 1 -- Avin kan, xogn bre ti: Agi- ta-se, emquanto falla -- kan, emquanto. XO'IN : mosca. XOIN JO'N : vespa, mosca braba. XO’RO: sapé--1- Xóro préja ta in: casa de sapé — préja : agulha, espinho -- ta, de. XU'M -- uai : Meu matto -- udi, matto. XUPO'IX : camisa. di ta) “ud. oe | | | ~ TA: la--1- Ta je tt: Elle esta ahi - 1 -- Oré ndig mi ta rem : Desceram lá no lago-- mi, por qui. TA: lugar--1--Ta taki kangämo: Neste lugar fica doente. TA: aqui--1-- Ta ko tr ni: Neste lugar. ha gente ? - ko, comer. TA: com -1 - ‘Kaféi ta ti toro je: Esta cercado de flores - tôrô, cercado. TAK : bater--1-- Jagne kan ti tak: Elles se batem mutuamente -- 2 -- Ti kri tak tôn ti ne: Elle não bate no outro. TA’ERE: descer — 1 -- Po kri taere : Desce pelas pedras. TAG: Aqui, ali. TAG: este -1-- Xapé tag tan ne: Este chapeu é novo ~ 2-- One tag: Este sujeito. TAIO’N : geriva. TAINTA'NIA : instrumento de canto. TA JEN: comprido--1-- Tajen gu je: Esta muito comprido, alto, se se trata de uma arvore em pé. TA’LA: para fora--1--Ha ta la tim!--ha; voz de comando. TAMBA'NG : bananeira. Tambem: tugn buongh : caeté grande TAME'N : longe -- 1 -- Tamén evaix : olhar longe - 2 - Tamén ve hi ti: Ve muito para lá--3- Krin kri nhe ka, tamé pondôi ve hô ti: é muito facil ver ao longe espigões de cima do monte -- krinkri, acima do monte -- Ad, facil - kan, no-- 4- Ti jaré tamén moje: as raizes de tal arvore vão longe -- ti, pronome masculino. — Isto prova que tudo nome de ser insensivel é de genero masculino. TA'MI: neste mundo -- mi, ema: lugar--1- Tami ag korég tavin ti: Neste mundo tem, ha muita gente demais - korég, muito. TANPRE': subir -1 - Tampréra, tamprira: Sobe tu - 2 -- Krin te tampré : subir no monte. TANE': faisca -- ta, da chuva -- ne, do raio. TANGRA’: para la: Tangra anvéi tin: Vai para lá passeiar, fazer visita. TA'NKE KA’NJE: estar de pé-1- Inharit ki tx tanke kanje: Eu descanço estando em pé -- ki, kin: descançar. TANKTA'NHERA ; canta tu. TA'NDA ON: alguma cousa--1-- Tanda ôn xo je: Tenho alguma cousa. | — 356 — TANDA'N: monjolo. Vise. TANDA’NTIMO: socar. TADE'NE: rico. TANDE'NE ? o que?--1-- Atandéne kangâmo? O que é que dóe? ; TANDETO: onde --1 - Atandéto ne? Onde está. TANG: gordo--1-- Tang ja ti ni na: Elle ficou já gordo. Na por ha, ja. TANG : lá - 1 - Xan tang angvéi ti ne: Elle. me visita la -- anvéi, visitar. TA’NIA : matou, de tan, matar ; , ia particula para fazer o passado. TA'NGE : cahir. TA'NTO : onde -- 1 -- Tantü i ni ? Onde estou eu ? y TARA'NE : conservar - 1 -- Véle ti tard ne: Elle até agora esta forte -- véle, até agora -- ne, está. TARARA'N : trovão. 4 TARTJA : fino. TA’TE : relampago -- 1 - Táte kópke : o relampago resplandece. -- Kokópke, significa a repetição do fuzilar. -- De ta, chuva -- ne, do : raio. (1) TAUTN : absolutamente, unicamente. -- Vide tavin 1 On tauit : cinco -- 2 - Aranké taui : passou de todo o calor. Ke, particula para indicar o passadc. TE, tt: Elle; o, (artigo) -- 1 -- Te nija ve ix ‘ Eu vejo a cadeira delle, TE : lugar plantado de slguma cousa. - 1 - Ten Juôgn : pinhal -- 1 - Ten nh -- gára to ix ne : Eu não te- nho milho na roça, milho não colhido -- 2 - Tekuxiá ; mat- to virgem -- kuaia, frio ? THIN : jacutinga. TEN : de - 1 - Ro ten krôugn vog : tocar os porcos da horta. TEN : matar - 1 -- Ix jogn mink ten: Meu pae ma- ta uma onça -- 2 -- Ti me ten : Elle mata um animal. TEN : ter - 1 - Ten ema ton ti: deserto - ema, villa -- ti, artigo masculino. TE, ti: elle - Ten tuktá ti ( feindüu) martella (a vespa) a elle -- tuktá, martellar. -- Quando a vespa enfia o ferrão, faz como quem bate o martello. TEN: tin: ir-1--Ijéne te, jonmo: Eu vou e estou muito brabo. TEN: voar. — Tambem petén - 1- M-uaixká te téte : Voou do matto--2- Ténten monk ti: Vão voando. THRE: - 1 - Teréja: morreu - 2 -- Ki ag tére: Mor- rem afogados: TETA’N: meninas -- 1 -- Tetan fag: as meninas. TETE: voar - 1-- Xanxi téte húri : O passarinho voou. = TT a | | | 7 (1) No vocabulario Bugre significa bater, ‘ es st) po BLS PU TI: elle, o (artigo). - Usa-se no masculino com .os no” mes de plantas e com os que designam seres inanimados. -- Exemplo. : In ag: As casas -- 1 -- Ti kritave: a tampa de tal cousa -- 2 -- Te in kant ag nanti: Na casa delles tem muita gente -- 3 - Arán ti jutke; O sol sahiu -- ti, artigo -4 — Ka ti kôket jani : Elle já estragou o pau--5-- Arangró ko ti ti tampri kánti: O feijão é melhor para comer do que a tal cousa -- ti kri, mais do que a tal cousa -- tampri: superior, melhor. -- 6 -- Tinh - erá : queixo delle. TIKTZ : martello -- 1 -- Tikti ti rem: elle bate com o martello. TIDU'I : collarinho da camisa. Ch. L. TIN : carregar - 1 - Ag tr tin kan ti ne: Elletraz tudo aqui. TIN : tocar --1-- Nin tinga: Toca as mãos. TIN : viajar --1-- Legré ag tin: Os dois viajam. TIN KORE’G : coxo. TPNDARA : fralda. TITA’N : Galho --1-- Titân tara: galho secco. TITA’N: aquelle que--an, ôn: quem-1-- Titan ka réja, vóve : Aquelle pau que pintaram, corre - re, pintar (1 ) -ja, indica o passado -- vo, correndo -- ve, está -- 2 -- Ti tan jon je: aquelle que é meu pai. TITA'NG: toicinho de tal animal. TPTE, titi: suffixo do superlativo -- 1 - Eixma: Hix kokirétiti, ke: Elle me fallou: Eu estou com muita fome -- 2 - Bix kevotite: Eu estou mnito cego. TITUKTA’TE: martella elle -1- Ton ti tugtá te (feindu) : Ella (a vespa) enfia o veneno em alguem --tón, em algum) -- tugtáte, martella -- ti, ello. TO: ao--1-- Kan to xa: está no pau--kan to, no pau. - 2 Tima to, tin tx: Eu disse a elle o caminho. TO: atraz. Tambem do - 1- To ti na ti: Está atraz. TO: conversar -1 -Ex ama to hütiti: (Quero muito conversar com você -- hútiti : quero muito -- 2 -- Tima tox tin: Fulana de tal fallou a elle. TO: com--1- Ti ni langio to koixno : como carne com feijäo. Tambem: Como carne e feijão - 2 -- Tx tini ko faria to: Eu como carne e farinha -- 3 -- Jágnin to ag juno: elles brigam um com outros. TO: em--1- Apanitô ti tógne: ella cahiu de costas. TO: estar - 1 -- Vexupóir koreg tonho: estou com ves- tido ruim. TO: fallar -- Kuro tôn guitka: falla o que basta -- kuró, voz de mando --2-- Tan jiji tóra: Dize tu o nome daquel- la cousa--3-- Agtán jog tómo éix: Eu agora fallo de al- - guns delles-- 4 -- 4'man tónho: Eu digo para você. -- Tam- bem : Em fico brabo com você. TO : verde--1-- Gran to: milho verde. TO KAMONE, to agmón: o povo. (1) Tambem ré, -— 358 — TOKTENO: assar, frigir, cosinhar -- l-- Langoro tokténo: Cosinho feijäo. TOGN : torrado - 1 - Ti ni togtognera : Torra tu a carne. TOI: azul - 3 - Toi je: E' azul. TOIN: vestido --1-- Fi tóin jati: Elle rasga e vesti- do da mulher. TOJON: brigar - 1-- Fágn jagne tojôn : As mulheres brigam junto. TOJU'N: ralhar, brigar --1-- To ju ne ti: Elle está brigando, TON: aquelle.-- Plural: ag ton. TON: destruir, acabar com esta ou aquella cousa - 1 -- Ema buôngh ki agta tonk ti: Destruiram uma grande cidade - em& buôngh, cidade. Ag ton tavin ja ti: Elle matou toda a gente. TON HA: não querer-- 1- Krôn ton ni ha: Não quer beber. - Tambem ton hi. TONA: ide 1 -- Alengré tona venbédn : Os dois andam e conversam -- 2 -- Tonk te: Vai elle -- te, ti: elle. TON: ter -1-- Ténket húri: Tinha (mas não tem mais). -- 2 -- Ton tavinti ti: Elle tem tudo o que quer: não lhe falta nada. TON : fallar. TONG: estar - 1 -- Xa jéne tong ; kara tog tin já ne: Eu mandei, dei ordem; mas elle não foi. TO'NK TE: andar) - 1 - Hôtonkte: A cousa andou bem. TO’NHO : ralhar, brigar-- 1 - Afi tônho à: Eu ralho com a mulher -: afi, ella, Agtôn tavin ja ti: Elle matou a toda gente. TONHOU: brigar, ralhar = i - Tonhú ne: Está brigan- do, ralhando -- 2 -- Eixmán tonhú vaix hadno: Elle não quer brigar commigo ; quer fazer i pazes commigo. TONJAMPTI: fora -- 1 -- Angá tonjrmiti ti: Elle es- tá fora da terra. TONJARA’: fora -- 1-- Eman tonjara viiire; Sahiu da terra, da villa. à TONJATO : fora-1- In tonjati i je no: Eu estou fora de casa. TONJÔN : brigar --1-- Xan tonjôn nhaváixtiti: Nao quero absolutamente brigar. TON ÔN PORCO: dono do porco. TONVANJI'NGO: chegar de mansinho. TO’RE: pensar. -- Tambem Jredn. TO’RE: ir. Tambem tóna -- 1 -- Kur toréra : Vá deprésio TORO: vestido- 1 - Ti toro à gránti: Eu raspo o. vestido -- ti, artigo que se refere a tóro. TORO'RE : trovão. TOX 4’: carne assada - 1 - Fari toxábre kéra: Come tu farinha e carne assada. , à eme à be ee di o E CN Dr, SP im fie € ee or Dead dns si Cape mi ee ee ee ee a : did da a édtinl da = ON MO CA CE vw — 359 — TO’XTO : improvisamente - 1-- Hix venvo, tóxto i vüire : Eu corri e fui-me embora improvisamente. TOT: em--1- 7% to- pen: Eu atiro nelle ; atirar nelle. TOT: com--1-- Anjó tot kri je: Está mal com o pai - anjo tot, com o pai --j=, está. TOTO'G: der:eter, torrar--1 -- Titang totog fag: As mulheres derretem a banha - titâng, banha - 2 -- Totógnera : Frita tu--3 -- Totog m - wan: assucar. TOTO'GMA, totónja : forno -- ja, instrumento-- 1 -- Totóg- ma buüngh : foruo grande. TOV A’IX : perto-1-- Ti tovaix ti ve kema ne: Elle gosta de vel-o perto. TOVE'J, tovaji: de vagar -- 1 - Tovéj ktin : Ir de vagar TUMA’. tumba: lamber-- 1 Anküvéix tumátimo: Elle lambe sangue -- 2 -- Twmbara: Lambe tu. U UAINKA’ : amanhã. UA'N : canna. Tambem oan. - 1 - Uazkant uän: taquaral. UA’NGE: pegam, matam, perigoso -- 1 - Taki uange: Aqui matam, é perigoso. Tambem ange, ge. UANXA’ venxä : noutro tempo -- 1 -- Uaxa nix ti ve : Antigamente havia o tal sujeito. UAXTN, vaxin: Ha pouco tempo. UE’ : irmã - 1 - Ué fag : As irmãs - 2 -- Inh uéi: Minha irmã. UEINMA' : mal. UENHARB : ler. UENUO'RE : ferver. UBT : parecer -- 1 -- Xend uét ke peju : parece que eu queria roubar. UIN : eu - 1 -- Ex in uin kantin : Eu venho em minha casa. virou. UM : outro-- 1 -- Um ag: Os outros - 2 - Um agno veixpejü kan : Todos os outros fugiram -- kan, todos. UMBE'NG VE : capitão. -- Tambem : umbuôngh ve, umbengu ve. UMBA4’ : lamber - 1 - Ankiiveix umbára : Lambe tu o sangue. UMFE'NO : vender: barganhar -- 1 - Xanxi à um- féno, um batin : vendo um passarinho, e carrego outro — um, outro. UNGRA’T AG : os homens. UX : eu -- 1 - Kur uxmd nim : Dê para mim, ace PO ee NE AP ee UIRTTKE : virar -- 1 -- Uiritke kankéi : A canôa Gt id sea = nd AS ee ee a dé V VA: correr-- 1-- Ti kambé va, O veado corre. VAK : primeiro - 1 -- Xan vak: Eu primeiro. VAKAGOUVE, bakagüüve: carregamos, carregastes, carregavam -- 1 - Enkré ra ti vakagüüve : O carregaram para a roça- ra, para. VAKEXO’GMO: Saber -- 1 -- Enkré tan kinânti, mana kantére ketôn ni, vakexégmo : Não sei si os filhos que ficam, es- tão vivos ainda -- tan, ôn: o que - entré, filho -- mana, certo -- kantére, morrer -- ketôn, não. VAEKE': amanhã, duas vezes. VAFO, kafô, m-uafô: sala. VAGUO: coxo, manco--1-- Ti vagüd kemá: Soffre de manqueira. VA'I: amanhã, duas vezes. VAIAK 4’: amanhã, no futuro. VAIAKE': amanhã, duas vezes, no futuro. VAIK 4’ RAN KAX KA, vainkéra, eranké lan käxka : amanhã de tarde. VAIBE’NE: amarrar, embirra. VAIKRETI: perder. VAIMA'NTI, vainmänti : elle responde. VAINKPE': lavar-se, ser padrinho de baptismo. VAINLO : ler, livro -- 1 — Vainlé kikaktin : não saber ler. VAINTN : em redor. VAIR?7N': livro. VAIRO : livro -- 1 -- Xan vairü ni: Eu estou com livros. VA'IX : ser dificil, impossivel, não gostar, ser contra- a vontade, demorar, nunca — 1 --T jénia váixtíti: Me repug- nava alimentar-me - jénia, comi. - Tambem: Comi com re- pugnancia -- 2 - Väixman ti: Elle não pode fazer - man, han : fazer - 3 - Ix, ôn ve váix, peju : Eu escondi aquillo que era difficil achar--ôn, aquillo que —- ve, achar --4 - Ma váix : sem vergonha. — Facil é hé. VA'IX HA’DNO: custar -- 1 - Nonôro väix hádno: cus- ta para elles dormirem. VA'IXKA : matto. - Tambem m-uáixka - 1 -- Vaixká te en nonôromo : nós dormimos no matto. VAIXMA': mal--1-- Antán man kaxôrro vaixmä: o cachorro faz mal áquelle. VAJI'N : de vagar, sem que se apercebam, armar cila das - 1 - Tônvanjingo : Eu vou sem fazer bulha. VAN : por -- 1 -- Xa ten ki van: por no sal -- ten, com — ki, em (salgar ). - Tambem fodn. VAN, fodn: atirar. VAN: canna de assucar- 1 - Totó van m-wan): as- succar — toto, derretido. VAN: estar-1- On van fudre tógn, vare ti ke: Elle agita as folhas seczas (subentendido o vento) -- 1 -- Ngára van häno ha: o milho principia a ficar bom - hano, bom agora -- ha, ja. VAN: receber -- 1- Ninhéro van (man, ban ): receber dinheiro. VANFO'RE: perder. VANUVO'RA: está fervendo. VA'RA: cireulo--1 - Vara háti huri: ja fez um cir- culo. - Tambem varet. VA'RE: maior. — Tombem fóre. VA’RE: pouso — 1 -- Varéja ha: ja está feito o pouso — ja, indica o passado. VA'XKA. m-uaitka: matto -- 1 -- Vaixká te kantin ti tan: Aquelle vem do matto -- tan, aquelle. VA THRE JA FI: viuva - va, marido ( ba )-- fi, ella -- téreja, morreu. VAVA’: dilator - 1 - Kaixkangógn vava: a nuvem se dilata. VAVA'MBRA, vavâmra: atira tu e carrega. VAVA’NGO: correr --1-- Ir java vavängo : meu irmão corre. VAVA'RÇA: fazer vanzeiro -- vava, atira repetidamen- te- xa, está. VE: achar-1- Ti ve hadn,(1)ôn m-uamfore, ve : Eu olhando bem, achei o que perdera, achar. VE: apresentar -- 1 - Véke imânie: se apresentou ao capitão - ke, particula para indicar o passado. VE: irmã-1-- Hix ve feg: minhas irmãs. VE: primeiro--1-- One ve hr: antigo - ône, aquelle. que-ha, ja-2- Xon ve vek: Eu vi primeiro -- veh, primeiro. VE: principiar -- 1 -- Prax on küron ha ve: ja principia anno novo. VE: ser-1- Ungré ve: E’ homem -- 2 -- Xoldado jo ve: c soldado é mais velho. VE: torto--1 Pen ve: pétorto - 2 - Fo ve: perna torta. VE: ver-1-- Endéne kantin ve te: elle vem ver uma cousa -- endéne, cousa. VE: visitar- 1 - Avang éin ve kamôn ve: viemos vi- sitar-vos - ve, sufixo para indicar o passado -- 2 - Ti evéix ix vé: Eu o vi que olhava -- evéix, olhar. VEG: principiar - 1 -- Xon ve vek : Eu vi primeiro. VED: apresentar, mostrar -- 1 - E’ixman tokfinja ved ne: Elle me apresenta o aunel. VEG: principiar, primeiro -- 1 -- Xend veg: Eu prin- cipiei. : (1) Ti, a elle -- ve, olhar -- hadn, bem -- on, aquillo que -- ve, achei. as PTT ei o VE qe E aço — 363 — VED: apresentar, monstrar : Eicmán togfinja ved ne: Elle me mostra o annel. VEDN: dizer -- 1 -- Lairanha vanha, xa, on vedn : Al- guem disse que eu trabalho para ganhar -- 2 -- Rairanha ni kemá «xan, On ved ne: Alguem disse que eu gostava de estar trabalhando -- ni, estar. VEG: primeiro -- 1 -- Xen veg : Eu primeiro. VE HA: criolo. - Tambem: ve--a.- 1 - Fag veha: es- cravo dellas. VEILENGRE’: um par--1-- Veilengré toxá: Um par de brincos. VE: conversar--1-- Véin nhaváia : Não quer con- versar. VEINKLIVE’DNIA, veinkrivédnia: guarda chuva -- veinkri, cobrir. VEINKRENO'IN : carpir. VEINGRE, veingrire: baile. VEINGRIRA, veingrin: sem salario, como o trabalhar dos escravos, que não se paga--1 - Veingrira lairânha : Tra- balhar de graça. VEINLO : livro -- 1 Veinlô nikré ti: Elle lê o livro, VEINLO: couro de gente, pelle de gente - 1 - Veinli grantógmo : Estou raspando couro. VEINKRE’N: criança, ovo. VEINKRENO'IN : carpir. VEIXKUNGE': trens de cosinha, etc. -- 1 -- Katxin ix veikungé vendiino : Vs ratos estragam os meus trens. VEINMA'N : faz mal - 1 - Ima veinmá ne venjéne : Me faz mal a comida. VEIXKA, UA IXKA, m-udixka : matto -- 1 - Véixka te ti kantin tang: Aquelle ahi vem do matto --ti tan, aquelle ahi. -- 2 -- Véixka re ti tin : Elle vai para o matto -- re, ra : para. VEIXKARPDN: dividir - 1-- Jagne man veixkaridn : Dividir do com outro. VEIXKARU": bolso--1-- Veixkaru mi ne känje: A mão está no bolso -- me, mão. VEIXKE'PEVE : padrinho de baptismo - veixkepé : la- var, baptizar. VEIXKIKRA'N : unir, emendar. -- Tambem kánje, kran- je --1-- Veixkikrä je: Esta emendando. VEIXKRA’NKE: chegar a algum lugar, bastar, ser suficiente. VEIXKUMBRE': esfregar, chocar-se mutuamente, co- mo fazem os cavallos, etc. | VEINKU'KTAN: curar -- 1-- On veikúktan je: Aquel- le que cura, medico --2-- On veikuktan je, ti gre ja: O medico o salvou --ti, o (artigo )-- gre ja, o salvou. VEXT : ha pouco tempo -- 1 -- Veixkandiri karka, vexi ag ga ki, nanti: Logo depois da festa, elles estão na sua ter- ra ( propriedade ). — 364 — VEIXMA’: mal--1-- A’ntan man cachorro véixma : O cachorro fez mal áquelle sujeito -- 2 —- Ixôn veixmaä ag nanti: Elles estão mal commigo. VEIXMA’: cousa --1-- Ti jan veixma ven: A mii del- le mostrou uma cousa, objecto. VEIXMA’: louco --1-- Veixmango hot tin: Tenho tan- ta vontade de ir, que fico louco. VEIXPA’NTE : atraz das costas - 1 -- Veixpan te ki evaix : Olhar atraz das costas — ki, em. VEIXPEJU’ : roubar -- 1 -- Veixpejud ix : Eu roubo. VEIXPO’RO, aran : febre. VEIXVIN: não gostar de fallar - 1 -- Eixmän ti tan véia vinti: Aquelle outro não gosta de fallar commigo. VEMBRE : cisco, poeira. VEN: extender - 1- Ningé vénera: Extende tu a mão. VEN: fallar-1- Ven nhavaix ti ti: Não gosta de fallar. VEN, fi: pôr--1--Tampri jafa into ven: Encosta a escada à parede. (1) VEN-á: criolo-- 1 -- Fag ven-á: criolo ; escravo, criado pelas Fulanas de tal. VENBEDN : conversar -- 1 -- Venbéd nim: Peço con- verses. VENBE'T: enganar --1-- Venbét kema: Um que tem o vicio de enganar. VENKAJA'M: comprar, livrar, remir. VENKRE'N: criança--ovo- 1--Ti; veinkren ké ti: A criança delle falla. VEINKRENO'IN : carpir. VENKUJO’: magro -- 1 - One tang vexkujó je : Aquel- le outro está magro. VEMK UMBRE : chocar-se - 1 - Méin veinkumbré: A criação, os animaes se chocam. VENKURE: especie de mosca -- kiire, falla, canta. VENDUT : rir-- 1 -- Vendüt émo: Rimo-nos agora. VENHA ON: virado, criar. VENHARO : livro--1-- Venharé de: E' livro - de, je: 6. E VENHARO : ler. VENHARO KIVEINRA'MEN : ensinar a ler. VENHA RO : Tibagy. VENJENMA' : alimento -1-- Venjenmá väix kan kren: Não querer quasi comer nada -- kan kren, quasi de tudo -- kan, tudo. VENJU’: rir. Tambem vendu. (1) Ven: primeiro: --1- Tin ven ix: Eu o vi primeiro -- 1 -- Janeiro küxa ven, Dezembro kúxá ndo: ti : Janeiro é o primeiro mez, Desemblo o ultimo. à pi Da a VENJUKFU'IT : fileira. VENXA'N: longe:--1-- Venxán Kantinve: Vir de longe. VENXE'T: morrer - 1 - Veinxkute kan, venxét : Mor- reu, porque cahiu. VENTKIKAKTPN: não saber. VENUVORA: passar correndo -- 1 -- Kaixkangôgn ve- nuvo húri: A nuvem passou correndo. VERA, VEN ERA : extender -- 1 - Ningé véra : Exten- de tua a mão. VERA: aqui - 1-- Ha vira kantin: Venha aqui. Tambem só: ha véra. VERA: um pouco -- 1 -- Véra véinke. VERA: até agora-- 1 - Vére kangratka húru kan tin ne: Ainda não está feito o retrato -- 2 -- Vére kara hadn ton ne: Ainda não está feito -- 3-- Ixán vére jen hôtiti: Eu até agora estou com muita vontade de comer. VERE ME KEJENE: Tenha paciencia; espere um pouco. VERIXM 4’: sem geito, louco --1-- O'nrz ti man ve- rixma te: Hoje elle estava muito sem geito, louco. Tam- bem veirma. VEX: mandar. Tambem vin. VEXKEX: defuneto. VEXKUJU': no meio --1-- Verkuji ka kupèn ; Cor- tar pelo meio - ka, no. VEXE : de longe--1-- Vexé kantinte: Elle vem de longe. VETI: viar-.1-- Apenitôó véti: Virar as costas. VI: palavra, ordem, recado, mandamento - 1 - Ex vin jéne ix: Eu mando o meu recado. VIDN: guardar -1-- Vidn hed ix hari: Eu guardei - vidn had, guardar. VIHOTL, vikóti: amigo. VIN : amarrar. VIN: fallar -- 1 - Tx jan ti vin ki, kára já ne: Minha mai entrou por ordem de Fulano de tal- #7 vin ki: por or- dem de Fulano de tal.--2-- A’ma Kaingáng to vin kikairôn ne? Você conhece o Kaingang ?--3-- Igmá pirt vin väix: Só não quer fallar commigo -- péré, só -- 4 -- Eixmaän vin mank tin ha: Elle já profere a ordem de partir já - mank, fallar - A’ma vin me váix: Você não obedece. VINK: ordem, mandamento, palavra -- 1 -- Vink ti ko- tugh kéæno : Elle me manda de trabalhar de noite. VINKOTI, vinhóti : amigo -- vin, palavra -- hô, boa. VINVA'IX : mudo -- váix, não póde. VIX: fallar - 1 -Tx dma vir kiveinrâmen váix: Eu com difficuldade te sei dizer. | VIRPTKE: virar -- Viritke kankéi: A canôa virou. VO: correr - 1 - Xanæi jingita vô: O passarinho vôa alto. — 366 — VOEJA: vouje, vuije. uije: arco. VOE'N: fallar-- 1 -- Krin voén kémo: Pretendo fallar com a cabeça ( meneando a cabeça ). VOG: judiar--1--77 jen vogmo: Tratar mal o ca- marada -- jen, camarada - 2 -- Ima vcg tôn : Não me amoles — 4 - Ti vog kona togmo: Elle está tratando mal a Fulano de tal. VOG: tocar--1-- Fuix-fix vog: tocar o chupim (co- nhecido passarinho preto ). VORA: traspassar--1-- Ti vora, ti la: transpassa, e entra tu nelle. VOTO'IXTO : improvisamente -- Votóixto kantin: Vir improvisamente. : VU: carregar:-- 1 - Ba tin hi kan, vu ti ne: Por ser facil de carregar, elle carrega. VU: empinado-1- Vu ve: E’ empinado -2- Vu ve éne te: La esta empinado. VUA: esta-1-- Kaxka vua-hé ne ! Oh! como está bo- nito o céu! - hô bonito. VUA'RA: circulo, em redor, ir em redor, fazer rodas andando -1-- Pin vuara: Em redo: do fogo. - 2 -- Ag vuóra (vuära ): Circulo de homens. VUA’RA: lava tu--1-- Verupo.© vuara: Lava tu a roupa. VUE : carregar - 1 -- Embré vué: Elie ajuda a carte- gar --2-- Kainké vué ti ne: Elle agora carrega a canoa. VUE’: é--1-- On vué: E' differente. VUE’: olhar-1- Ex kilén vuédno: Eu olho obli- quamente. VUE’: roubar-- E’ix vué já ne: Eu ja roubei. VUETKANTIN : ajudar a carregar. VUNO, suppurar, chaga purulenta -- 1 -- Venxant ti vino (vüxno ): Uma vez elle tinha uma chaga purulenta. -- Tam- bem fuæno. VUO', vudg: amolar-1- Ja ama vuó tôngra: Tu não me amoles. VUO'RA, vudra: circulo--1-- 4g vudra: circulo de gente. VUORET : circulo. VUOTKANTI’N BRE: ajudar a carregar - vuô, car- regar. To ÿ \ x q 4 ¢ R le) Sle Supplemento a grammatica kainjgang ADJECTIVOS VERBAES. — Constam do verbo de que se occupa o profissional, da palavra be, que significa habitualmente, e da palavra ve: é. Exemplo: — kurán be ve: alfaiate - de kurán, costurar, be, etc. ADVERBIOS. — Xzm, além de pequeno, significa tam- bem bom e bonito. Exemplo : pank xin ti: Ele está melhor - pan, mais - xin, bom - tz, esta ? AFFIRMAÇAO. — A afirmação se exprime tambem com a negação não só do contradictorio, mas tambem do contrario. Exemplo: — kangá tôn, não só significa não es- tar doente, mas tambem estar são, sarar. ARTIGO. — No dialecto kainjgáng do Tibagy. usa-se tambem o artigo determinativo, como o demonstram os exer1- plos seguintas: (O artigo é o mesmo pronome pessoal da terceira pessoa. ) 1-- Ti kotxine ti tére: Morreu o seu filho. O artigo é o ultimo ti. Consulte o meu Ensaio de Grammatica. « Re- vista do Museu Paulista », vol. X, pag. 546, no fim. A mi- nha separata, pag. 8, no fim. 2-- Kiva ti ru: Uma parte do mez — ru, parte. 3 - Gôio œux ti xa: a agua está turva -- aux, sujo - xa, está. 4- Ka ju ti húri: A canôa chegou -- ka: pau, cauôa- ju, chegar - ti, a. 5- Ka kané ti kri ti tam- pri kané: A fructa é melhor do que a outra cousa -- ka kané, fructa, ti kri, do que a outra cousa -- ti, a, artigo. 6 - Pron fi: A mulher - prôn, mulher -- fi, artigo feminino. CONNECTIVOS. — Chamo de connectivos uma ou mais letras, postas entre duas palavras afim de suavisar a aspereza da pronuncia ou para evitar o perigo de conside- rar duas palavras como sendo uma só de differente sentido das duas; emfim, para evitar equivocos. Os grammaticos de- nominam estes accrescimos de epenthese e paragoge. Exem- plos : 1- Ti krin tavink ti jog pédno: O pai acertou o golpe exactamente. O connectivo aqui é o ultimo K. — Se fosse tavínti, seria superlativo de tavin. No primeiro exem- plo, ti é artigo, no segundo suffixo do superlativo. 2- Vink hôti: Amigo - de vin, fallar - húti, muito bem. — O k é o connectivo. 3-Venjem mat tônk tôn: Não ha comida - tôn, tem -- tôn, não. — O k é o connectivo. — 368 — COPULATIVAS. — Vide Notas Varias N.º III e Sup- plemento ao Vocabulario. APHERESI. — Em logar de hórike com H aspirado, póde-se dizer érike, ritke: igual. Exemplo: Jágne ritke: Um egual a outro. — Em logar de hana, póde-se dizer ana, sem aspiração no principio. Assim succede com muitos ou- tros vocabulos que principiam por H, como o demonstra o Supplemento ao Vocabulario deste Appendice. GENERO DOS NOMES. — Os seres inanimados se consideram como masculinos, e se designam, quando é o caso, com pronomes pessoaes masculinos. Exemplos : 1-- Ka ti kóket jin ni: O pau está estragado - ka, pau -- ti, artigo masculino. 2-- Kiixa ti rw: Parte da lua ou do mez- ru, corte - ti, artigo masculino. 3-- Gôio xux ti xa: A agua está suja. 4-- Ka ju ti húri: A canôa chegou. Mudança de letras 1 -- Ai, se põe em vez de vein. Exemplos - 1 -- Aikorán, costurar, em vez de veinkorán -- 2 - Ainkréd, pensar, em vez de veinkréd. 2-- Buôngh, grande, mesmo no dialecto de Tibagy, admitte as seguintes mudanças: ban, buügh, buôgn. 3-0 K, as vezes substitue o M. Exemplo: Kafé, sala; em lugar de muafé. 4- O D, ás vezes substitue o N. Exemplo -- 1 - Da, em logar de na, estar -- 2 -- Venharô de: KE” livro. De em vez de ne -- 3 -- Ign dai: Eu deito, em vez de naz. 5- O D, ás vezes substitue o T. Exemplo: De vin me ix: Eu oiço prosa delle. Aqui é de em lugar de ti, delle. 6--O E, as vezes substitue o I. Exemplos: Ti-ngdix eg náno: Eu pucho os cabellos delle -- eg, em lugar de zg, eu. 7-E, ás vezes substitue Ja. Exemplo: On pé ti fudn: Ninguem o derruba, o vence -- pé, não, em lugar de piá--fodn vencer, atirar derrubar. 8-- E, as vezes substitue o O. Exemplo: De, atraz, em lugar de do. 9-- E, ás vezes substitue o U. Exemplo: Kevó, cego, em lugor de kiivd--kexd, em lugar de kiixá. 10-O H, as vezes substituie o F. Exemplos: Hi, ella, em lugar de fi. Húix, assobiar, em lugar de fia. - Kohüx, tempestade, em lugar de kofúo. 11--O I, às vezes substitue o U. Exemplo: Ndúli, apagou, em vez de dúru. 12--O M, ás vezes substitue o H, aspirado. Exemplos : - 1- Engára ta porco ma vidn: Dá aquelle milho aos por- cos--ta, aquelle -- ma, voz imperativa em lugar de ha -- 2 - Ninja máti: Arranjar a cadeira. Máti, arranjar; em vez de pa f ad = a 4 — 369 — hati -- 3 - Mantxi ni: E” bonitinho, em lugar de han'xi ni- han, bonito -- xin, um pouco. 13--O M, às vezes substitue o V. Exemplos- 1 - M- virid, virar, em lugar de virid-2- Fexrta m-ud hô ti: A festa está boa -- mua, estar, em vez de van--3-- Ambré tin m-ãi : Não quer ir juuto-m-ái, não quer, em logar de vaix.--4- Jauu mi: Irmão menor, em lugar de javw ve--ve, menor. 14 -N, às vezes substitue o G. Exemplo: Nijí, nome, em lugar de 274. 15-- N, as vezes substitue o H. Exemplo: na, em vez de ha. 16- N, as vezes substitue o T. Exemplo: na fu, chuva de pedra; em lugar de ta fu--ta. de chuva-- fu, bola? — Tambem; Naká, em lugar de taká, aqui. 17--N, no fim da palavras às vezes substitue o R. Exemplo: don, abrir; em vez de dor. 18-O O, ás vezes substitue 9 VE, VA, - Exemplos. - 1 - Oikluéima em lugar de veinkrivédnia, guarda chuva - 2 - Ranha -- rânha ói: Não quer trabalhar -- oz, não quer, em vez de váix -- 3 - Oeka em vez de vataka, amanhã. 19-O R, substitue às vezes o N. Exemplo: O'rn be, em vez de ôn be, ódnbe: mentiroso. 20-0 U, ás vezes substitue o O. Exemplo: Munje agn: A gente vai. Munje, em vez de mônje. 21-O U, ás vezes substitue o V. Exemplos - 1 - Uaxd nix ti ve: Antigamente existia Fulano de tal -- uaxa. antigamente, em vez de vaxd, venxd-- 2 -- Udg, atormentar, em vez de vog. 22-0 U, as vezes substitue o I. - Exemplo : Oikluéi- ma, em vez de veinkrivédnia: guarda-chuva. 23-O V, ás vezes substitue o F. Exemplo: Van, atirar, em vez de fodn. 24-O V, ás vezes substitue o M. Exomplo : -- vafó, em vez de m--afô, sala, que tambem se chama kafo. - OMMISSÃO DE LETRAS. - Diz-se kra ás vezes em vez de kara, depois. POSPOSIÇÕES '- 1- KI, em. Exemplo: Jagne ki pran fágmo: Se mordem mutuamente : uma à outra - 2 - Ki, por. causa: Ti vin ki: Por ordem delle. 23 -- Horo; fora. Exemplo: - Nin à hóroto fodn: Eu jogo fora a carne -- fodn, atirar -- to, em. 24 - Tóra: fora. Exemplo-- Ix jama tora viire ti: Elle sahiu da minha terra -- jáma, minha terra NOTA. — Não seriam em origem os sufixos das de- clinaçôes das linguas classicas e não classicas, posposições 2 ( 1) (1) Cfr, o latino: mecum, tecum, etc, NT: QE PREFIXOS. — As palavras ran, dia; pri, branco; va, vára: longe; tára, estreito: com o prefixo ku, se trans- formam em kurán, kupri, ete. (1) PRONUNCIA. — O GH final pronuncia-sa aspirado como ich em allemão, e submissamente. REPETIÇÃO DE SYLLABAS E PALAVRAS. — A's vezes, repetindo a syllaba e palavra, não só se Indica a plu- ralidade de cousa ou acção, mas tambem proxima distancia de lugar ou de tempo em que se acham e effectuam, deixando- lhes uma certa unidade commum. (2) VERBOS. — A’ vezes, quando o sentido é claro, se ommittem. Exemplo: Aranké ti korég tavin! Hontem foi bem ruim ! O perfeito às vezes parece ter sentido de acção com- pleta como em grego. Exemplo: Tonk húri: Tevi; mas não tem mais -- tok, tevi -- húru, já. — Tambem: Ha ti hiri: Está bom de saúde. Propriamente: Sarou, e por conseguinte agora esta bom -- hdti, sarar. (1) Pronome pessoal da terceira pessoa, No Kaingang, quando a clari- dade da clocuçäo o permitte, usa-se sempre o pronome pessoal de terceira pes- soa em lugar do nome. Exemplo: Buôngh ti ni: lua crescente — buông, gran- de — ti, elle, em vez de lua, que é do genero masculino — ni, fica. (2) Por outra, formando, por assim dizer, um só quadro, Notas I O Kainjgang é uma lingua de orthographia muito fle- xivel. Exemplos : 1. Krénini, krânini : camisa. 2. Kofa ix gni ha: Eu ja estou velho. Em vez de ni ha--gni, estou -- ha, ja. 3. To kamôn : A gente. Em vez de: to agmôn-agn : el” les, gente. 4. Palavras que acabam em U, às vezes depois do u, tomam a sillaba igh. Ex.: bu, biizgh: rabo. Fu, füigh, se- mente - Kavu, kaviiigh, costellas. Javu, javiiigh, irmão. Nes- te caso o u se transforma em ii. PT Exemplos da emmissäo do verbo. Arankéti korég ta. vin : Hontem foi muito ruim. -- Korég, ruim - tavin, de tudo- ET EXEMPLO DE TRADUCÇÃO DA CONJUNCÇÃO E: 1. Ix jambré, jog kangamo : Meu pai e minha mãe estão doentes -- jambré, junto com minha mii. 2. Aran lan, púru : O sol entra e mergulha. 3. Ex ningé, ex pé kupé ix: Eu lavo minhas mãos e meus pés. 4. Kungré bre, kanjúti: Briga e brinca. 5. Expére me, lairanha: Transposto e trabalho -- me, ma, carregar -- pére, prefixo. 6. O sufixo JA pode significar o agente. Ex.: Pejúja, ladrão.- Enkréja. Fes a IV Tamaikaxpe. E’ o nome de uma arvore do Perú que admitte uma traducçäo kainjgang ; a saber: Tama, de muita chuva -- ka, pau - pé, legitimo. Cantiga kainjgang : Bajubét, xoro, muafang, vue, véira von, vai, van, brét, xóro. DESTA CANTIGA entendo os seguintes vocabulos, mas não o sentido complexivo. --ba carregar -- bet, marido — xóro, quero - muafáng, lavar -- vue, carregar -- von, correr -- va, car- rego - 2, eu--va, está -- bret, junto. VI | Uma critica historica Antigo morador do sertão paulista, (1 ) competente aliás em assumptos sertanejos, externcu-me sua opinião certa vez ácerca da epoca em que os Kainjgang Jakuatugtéie acaso hajan invadido a parte do territorio de São Paulo em que hoje tem sua séde. Fora, conforme me dizia, lá pelo anno de 1235 mais ou menos. Dava elle como movel desta tras- migração do territorio do Paraná para o de São Paulo, um conflicto occorrido à margem esquerda do rio Paranapanema, ajusante da barra do Tibagy. A memoria deste facto teria permanecido no nome dado a uma pedra no local onde se desenrolára o acontecimento, e que tambem hoje se chama Pedra do Coroado. — Antes deste conflicto, Kainjgang Ve- nharô 2 Kainjgang Jakuatugtéie formavam, conforme a opi- nião do amigo, uma confederação, habitando identico territorio. Não nego a possibilidade de tal acontecimento, com- tudo acho-lhe dificil explicação na parte que se refere 4 pretendida confederação e cohabitação no mesmo territorio. A razão é, que indios de differentes denominações e, não digo linguas, mas dialectos tambem, habitam ordinariamente em localidades differentes, formando cireumscripgdes com fren- teiras distinctas, que os separam uns de outros. Pois bem, os Kainjgang Venharô se distinguem dos Jakuatugtéie pelo habito destes não cortarem os cabellos, ao passo que elles andam sempre de cabellos aparados. Em geral entre os in- dios de differentes costumes, nascem frequentemente sangren- tos conflictos por causa de injurias mutuas, especialmente de invasões territoriaes. Suas relações diplomaticas quasi nunca são amigaveis. — O nome de Venharô, dado ao Rio Tibagy pelos Kainjgang Venharó, não significaria talvez Rio dos Tos- quiados ? ( Poderia tambem significar « pintado»). E isso talvez pela razão de constituir hoje e no passado, a linha divisoria entre os Jakuatugtéie e os Venharé ?. — Com efeito, os hodiernos Kainjgáng, ainda selvagens do Rio da Cinza, a direita do Tibagy, são Jakuatugtéie. — Conforme verifiquei de visu, odeiam-se de odio inveterado entre si estas duas frac-- ções dos Kainjgág. Conheci homens Venharü de idade de trinta annos ignorando de que os Jakuatugtéie e os Venharü fallam a mesma lingua. — Estes nada sabem da pretendida federação, cousa quasi inexplicavel, a prevalecer a opinião do amigo. — Jckuatugtéie é uma alcunha escarninha, que dão (1) O Rev. P. Serôdio, pe ra ie os Venharé aos seus inimigos. Uns e outros, embora fallem a mesma lingua, a fallam com tantas differenças que consti-- tuem dois dialectos perfeitamente distinctos : outra razäo que não abona a opinião contestada. — Ha em Santa Catharina tribus de Kainjgdng, denominados Kamé, palavra que poderia significar medrosos. São comprehendidos sob a denominação de Jakuatugtéie não só os Kainjgang do Rio da Cinza, mas tambem, como deixei entrever no principio, os de São Paulo VII Goio--en é nome kainjgäng de uma cidade do Rio Graude do Sul, banhada pelo Alto Uruguay. Alguns inter- pretes a querem composta dos dois vocabulos GOTO, agua, : e EN, grande. Contesta porém esta opinião o defuncto Te- lemaco Borba quanto ao vocabulo EN, dizendo que, como o ouvira narrar dos Kainjgáng, deriva de OINT (vdint), que elle diz significar invadavel. — Por minha conta, accrescento que quanto ao sentido, se póde acceitar esta interpretação, mas grammaticalmente, não. Neste ultimo sentido deve-se traduzir dificil ou impossivel, sub-entende-se, a passar. por ser ahi o rio além de caudaloso, muito correntoso, de forma que não dá váu. VII Aparas Catechisticas Kainjgang Extrahidas do Vocabulorio Bugre, fazendo seguir à cada um deiles uma explicação. 1- Deus: Topén. Para evitar equivocos, se usa a pa- lavra portugueza 2 - Homem: kata, kato. Homem bom: Kaiá ke (ho) Homem mau: Kai korém (korég). O homem bom, depois da morte, vai para o céo, 0 mau para o inferno, no fogo; de onde não sahirá mais: Kaio ke tére, kraka kaiké ra tamprü ; kai korém numbé ra, pin kri kote; kara ka kekotim ven. Explicação. Tére, morrer -ke:(hé.), bom - kra ka, no depois -- kra, kara: depois-ka, em - kaiké, céu- ra, para - tamprü, sobe - numbé : fuma, gruta profunda, inferno - ra, para - pen kri, no fogo — kri, em = pin, fogo - kote, cahe - ke- kotim, é, ao que parece. o mesmo como kankuten, sahir - vén, nunca. 3- Céu: Kuiké - 1 - Kaiké tére: descer do céu. - Veinma ( tambem det koré ), diabo. 5 - Cruz: Ka vaikofi, marim (marém)--ka, de páu - vaiko (ko, ka), linha - fi, amarrada - marim, transversalmente. Por conseguinte: Linhas de pét, amarradas transversalmente ou pregadas transversalmente. Vaz, de vaikó; parece prefixo. Katké rem: fazer o signal da Cruz - kaiké, fronte (céu) - rem, traçar, fazer um traço, marcar. Onde morreu Christo? Jesus Christo éna ki tére? Resposta: Pregado na Cruz: Ka vaikó fi marim toe fin. Explicação. E'na. onde - ki, em —- toe fin, pregado na - to, na-e, parece errado, deveria ser k. E’ improvavel que o erro seja do Auctor, que se revela muito versado no Ka-- énjgang; deve ser erro de segunda mão, como ha varios outros neste trabalho. Opiuo que o copiador tomou o C do Auctor por É, talvez por achal-o um pouco semelhante ao E. No mais, parece-se este trabalho á uma musica classica reproduzida num phonographo, de onde sempre sahe defei- tuosa; a saber: o transcriptor deste trabalho commetteu varios erros. 6.-- Cousas do primeiro mandamento da lei de Deus. Adorar: kamé tin-- kamé; respeitar, temer. -- Adorar um so Deus grande: Topé piri on banc kamé tin -- piri on um só -- banc, grande. mA TA Cousas do sexto mandamento da lei de Deus. Oikó ton ban (tambem oinkoton, onko tôn) : casto. Explicação. Oikó, parece composto do prefixo 67 (ven, vein) e de ka, ko, que significa o acto conjugal, quando fei- to entre marido e mulher; fornicação, ete., noutros casos -- ban: grandementa. fora da regra. Pro tôn ni ou kauën, ban tôn ni ou kauen: Não sendo casada. não conheças homem ; não sendo casado, não conheças mulher. Explicação. prôn, mulher casada, nº, é (verbo) - ton. nao - ou kauen: não podes conhecer. -- On kauen, parece-me erra- do: deveria ser onka uen--onka (o mesmo como oika, oiko) : não commettas o acto deshonesto, ne coeos. em latim--ko,. coire, em latim -- uén : não queiras, vão podes, não te é Jicito. Forniear: Oikn ban. Vide explicação em casto. -- Tam- bem: bra nan ti: elle deita junto - bra, junto - nan, deita - tí, elle. Baptismo, designa-se pelas palavras: Topén goto kupé - topén, bento - góio, agua - kupé, lavado. Você foi baptizado ? A’ma topén gôio kupé ke. Se po- deria tambem traduzir: Você quer baptizar-se ? O segundo sentido liga melhor com a resposta que é a seguinte Ketetim (hôtitim), que significa: Quero muito. ; IX Alguns reparos ainda Seja-me permittido aqui um exame de tres trabalhos sobre cousas kaingang. A elles sou devedor de não poucos conhecimentos linguisticos desta raça de indios. Não posso porém occultar o facto, que nelles se me depararam, a meu ver inexactidões ou, mesmo, erros. EE’ escusado lembrar que o erro é obscurantista: não favorece o progresso, impede-o ; só a verdade é progressista. Ninguem portanto, espero, ser- me-ha mais grato, do que os Auctores citados, visto como os seus estudos, unicamente visaram o progresso da sciencia em geral, e da linguistica em particular. Fallemos primeiro do trabalho do meu amigo Dr. Af- fonso A. de Freitas, dignissimo 1.º secretario do Instituto Historico de São Paulo; depois, por ordem chronologica de outro do Dr. Ermellino de Leão, ex-director do Museu Pa- randense; e afinal sobre um terceiro da lavra do illustrissi- mo dr. Geraldo H. de Paula Sousa. X O illmo. dr. Affonso A. de Freitas, num folheto inti- tulado «O Guayanaz de Piratininga » ( Typographia Laein- mert & Comp., São Paulo, 1910), em que defende com pro- ficiencia, these contraria a do saudoso Dr. João Mendes de Almeida, que Tupys-Guaranys, e não Tapuyas eram, nos primordios da oceupação portuguesa, os habitantes de Pira- tininga, teve que recorrer á lexicologia kaingang para pro- var mais cabalmente a sua these. ‘Ao lado de observações muito criteriosas, fructo do seu engenho, lhe cahiram da penna algumas apreciações, a meu ver, pouco exactas; e outras que, em sentido universal, não são acceitaveis. Seria de admirar, si a cousa tivesse succedido diversamente, si se considera que o Auctor se serviu de trabalhos directos alheios, aliás muito incompletos. Sustenta, baseando-se na auctoridade de um dicciona- rio colligido pelo saudoso Antonio Goncalves, que os Kain- gang de São Paulo chamam a si Vaicha gan (vaichä, do matto -- gan, gente ); sendo esta denominação privativa des- tes indios, e não commum aos Kaingang do resto do Brasil e de outros paizes da America do Sul; e que vaicha é vo- cabulo usado por elles exclusivamente. Principalmente esta ultima observação não corresponde 4 verdade, porquanto este So aye ex vocabulo é usado por todas as tribus kaingang dentro e fora do Brasil. Em Tibagy, usa-se a palavra v--waitka, m-uäitka ; e no Vocabulario Bugre, váiken. Mas então será pelo menos peculiar a estes indios a denominação de Vacha gan (deve ser Vakagan), dirá al- guem. Ponho em duvida a certesa e a verdade desta affir- mação. Noto, por incidencia, de ter ouvido dizer em ‘Pen- napolis, que tambem os indios do Rio Feio, e por conse- guinte de Säo Paulo em geral, se intitulam a si mesmos de Kaingang. Ha, porém, outra consideraçäo a fazer, e é, que não é absurdo identificar o vocabulo vaika gan com kaën- gang. Com effeito, no Supplemento Grammatical deste Ap- pendice, e no meu Diccionario, se pode verificar que nesta lingua, ás vezes o V. e o M. se mudam em K. Exemplo :, — vuafô (muafé): sala; póde mudar-se em kafü; então m-uáitka se pode transformar em káika. Cumpre notar que além de m-uaitka, usa-se tambem o vocabulo v-uáin (vem no trabalho do Dr. Geraldo H. de P. Sousa, que citarei abaixo ), para designar o matto. Dahi então, sem recorrer- mos aos esforços acrobaticos de Heckel, teriamos a transfor- mação de váin em káin; por conseguinte, tambem de Vailk: gan em kaingán. Portanto, creio, não se póde geralmente affirmar que vaikagän é denominação privativa dos Coroados de S. Paulo. Affirma ainda o Auctor, que os vocabulos : ojoro, goto, aim, tindôro (buraco delle), tindu (barriga delle), ikrin (minha cabeça), tiniká (chifre delle), inoné (minha lingua ), kanhére, goto, ni, inaprôn, kotwin, che ( xe), gôio, buüngh, ingá (terra), mi (onça). grôn: são privati- vas dos Kaingáng de São Paulo; mas é erro; pois lhes são communs aos Venharô do Tibagy (1). E aqui cahe a proposito ventilar o assumpto sobre o qual fallei outra vez ( veja-se o meu Ensaio de Grammatica Kaingáng, na minha separata á pag. 48, no vol. X da « Re- vista do Museu Paulista », pag. 576) a saber, si a palavra kaingang significaria: gente do matto, ou não. No predicto trabalho, seguindo a opinião a que pare- ce inclinar-se o douto Dr. Hermann von Ihering ( Vol. VI da « Revista » citada, pag. 25 e segs. ), impugnei a parte affir- mativa; porém, com o progresso dos estudos, me convenci que convinha tambem defendel-a. Na realidade, lendo uma parte da minha collecçäo de phrases tomadas da bocea dos indios (não me tinha aproveitado dellas na organisação do meu Diccionario por suspeital-as no principio, mas não em seguida, pouco exactas ) deparei que as expressões: ka agn, kan agn, foram traduzidas tambem com as palavras: « gente. do matto » pelo indio de quem as ouvira. Pois, assim sen- do, está provada, a meu ver, a probabilidade da afirmativa. No meu Diecionario, ao lado de kaingang, encontra-se tam- bem: kaxgen, kaxgan, kangan. Mais: como em logar de 4 pie dido PRES NET IT SP EE D OO UT Te (1) Tambem kré: casa, toca. — 319 ko (comer), posso dizer Kkoix; assim em vez de kan agn, posso dizer kaixging. Temos pois toda inteira a palavra kaixgang itentica à de kan agn, mudaudo-se por metathese agn em gang. A mais forte dificuldade que se poderia op- pôr, seria talvez que, tambem no singular, esta palavra si- gnifica homem Nao é ella comtudo insoluvel, se se consi- dera a grande força transformativa que tem nas linguas, os traslados. — Notamos por incidencia, que, como arê significa grama e gramal ou campo onde ella cresce; da mesma tór- ma ka, sigaificaria arvore, e arvoredo ou matto. Mais con- soante, porém, com a expressão que kaxgan, como dissemos, significa homem, seria fazel-a derivar kaz (kata), que con. forme o Vocabulario Bugre, significa homem; e gang, elles ou melhor os ( artigo ). Afirma ainda o mesmo Auctor, que gééo, não signifi- ca rio, mas o significa, si a este vocabulo se accrescenta um adjectivo que se possa traduzir como « grande ». Diz mais que os Kaingang do Paraná indicam a palavra rio com gôio-en. Ensinaram-me pelo contrario os indios, como se pode ver em varias phrases do meu Diccionario, que gôio simplesmente significa agua e tambem rio; que gõio buôngh significa rio grande, e gôio xin, significa rio pequeno. — Emquanto a gôio-en, veja-se o que disse nestas notas sob o numero...... XI Passemos agora ao exame do trabalho do Dr. Erme- lindo de Leão. Encontra-se este douto trabalho no Vol. XV da « Revista do Instituto Historico de São Paulo», à pag. 243 e seguintes. Não trata só de linguistica, mas tambem de questões archeologicas, ete. Eu me limito a fallar sobre a parte linguistica. Elle ensina que esta lingua é syllabica e agglutinante. Para proval-o, basta analysar a palavra kaxin (rato). Ka, na lingua Æixod, fallada no Perú, significa animal; em ka- ingäng porém, isolada, nada significa; então em kaingang, é agglutinante. — Xin, pelo contrario, em kaingang, signi- fiea pequ no; então é syllabica. — Em kambé ( veado ), kan, em kixoá, significa animal -- be, em kaingang significa grande. A mesma conclusão. — O mesmo se poderia provar com mzi- tos outros exemplos. Ao lado porém destas doutissimas ob- servações, accrescenta evidentes erros, aliás desculpaveis em quem, como elle diz, fez só estudos de gabinete, louvando- se unicamente em fontes alheias, às vezes viciosas. Diz portanto em primeiro logar que pandói significa planicie, e que é contrario de pando, torto. I final seria para elle negação agglutinante. O Auctor sem duvida foi enganado pela leitura dos trabalhos do saudoso Telemaco Morosini Borba; porém faço aqui salientar que pando ?, pandoix, não siguifica planicie: mas espigão, outeiro, ou, — 380 — conforme o Bugre, coxilha. A ser verdade o que diz o Au- ctor. tambem koz, koix, seriam negações de ko, comer e si- gnificariam : não comer, o que é falso. Opina tambem que existe nesta lingua o exogenismo. Tenta proval-o com um exemplo que de nenhum modo abo- na a sua opinião. Para elle, o sexo feminino designaria a mulher com a palavra fag, e o sexo masculino com a pala- vra tante. Observo que fag, no sentido primitivo, é artigo determinativo e pronome pessoal plural. Significa: «as, el- las ». — Ontantô fag traduziam os meus indios com a ex- pressão: «< As mulheres». Conforme o Auctor, precisaria traduzil a : mulher, mulheres. Isto é simplesmente um contra- senso. Fra um indio que me traduzia este periodo: Estou muito satisfeito, porque as mulheres sararam, com estas pa- lavras: Hadn fag húri kan, eix man--hôti -hadn, estão boas-- húri, particula para indicar o passado--kan, porque-eix, eu. Usa-se tambem do pronome fag, para designar, pronominal- mente, as vaccas (veja-se o Supplemento primeiro deste Appendice sobre a palavra: ko, ao lado. Tambem a nota marginal do Supplemento Grammaiical, sob o titulo : Prefixos.) A’ pag. 343, diz que não existe em kaingang, formu- lario para designar o sexo, numero ou grão. Não se póde, em sentido universal, admittir semelhante doutrina. O pro- prio Anctor à pag. 348, escreve que filho é kKotxi, filha é kotæifu. Veja o meu Ensaio, acima citado, e o Supplemento Grammatical deste Appendice (1). XII Demos agora, só no que diz respeito à linguistica, um relance ao trabalho do Illmo. Dr. Geraldo H. de Sousa. E” parte integrante de Vol. X da « Revista do Museu Pau- lista ». Consta de vocabulos tomados da bocca dos Kain- gang de Pennapolis, no Estado de São Paulo. Estes indios indicam o relogio com os vocabulos rex txin ( xin), que significam: ren, sol--xin, pequeno. Coin- cidencia notavel com os do Paraná -- Tibagy, que o indicum com os vocabulos ran ou lan, que significam sol! Para o nosso Auctor, iapurú, significa molhar. Esta traducção. em sentido derivado, é exacta; em sentido ori- ginal só póde traduzir-se com as palavras mergulhar, afun- dar, etc. Revela-nos este trabalho, que tambem os Kaingang de São Paulo tratam a nós brancos de fog, fong, fogn. Con- clio deste facto, que somos assim denominados vor todas as tribus de Kaingang dentro e fóra do Brasil. Veja-se a ex- plicação no Diccionario. Deprehende-se dahi que nenhum outro vocabulo é tão apropriado como este, para conservar (1) Diz que na de nára (milho) vem de na, dente: Porém na, (dente), se deve escrever ja, e pronunciar o j nasalado ; na, ra, se deve escrever e pro- nunciar nh, - ga ra, « então»... ee Mae A, E O AN, 4 we eae eee ee ee ee ee el ee ee ds a ee oe PE DES UT PE os 1 a o — 381 — viva a memoria dos antigos resentimentos, e para alimentar a inimizade secular e o odio contra os brancos. Por inci- dencia, noto que o cavallo é chamado, segundo o Auctor, por estes indios, de men buüngh, que significa: animal grande. XIII Aran inindélax ka: a meu ver, esta proposição deve ser traduzida assim: O sol está na corôa da minha cabeça. Este é o seutido literal: aliás significa: meio-dia. Deve ser composta dos vocabulos; arän, sol-- 2, minha -- nindo, corôa -- kax, no -- ka, esta. Nindó, por sua vez, parece ser composto de nh--gáix, nos cabellos--de, abertura. O voca- bulario Bugre diz que deriva de ngan, cabellos - don, aber- tura e de vi, que não explica. Não projecta por acaso esta denominação uma restea de luz que explique talvez o mo- tivo porque estes indios abrem a corôa na cabeça? Não se- ria esta corôa imagem do sol, a quem elles no tempo pas- sado. ou mesmo talvez no presente, prestavam, ou ainda prestam culto? Creio que, embora fraca seja esta escóra sobre a qual pousa esta supposição, não se possa comtudo rejeitar sem justo motivo. XIV O dr. Hermann von Ihering, no trabalho acima cita- do, reprehende a Hensel de ter ter usado o vocabulo ngôi em vez de gôio (agua); porém injustamente, como pode verificar quem compulsar o meu Ensaio, acima citado, e o meu Diccionario. AV O celebre Martius, no seu ¢ Glossarium linguarum bra- siliensium », deixou consiguada uma nota em allemão, que eu só transcrevo em parte na traducção portugueza. « Estes Kames, escreve o dito Auctor, conhecido entre os colonos de São Paulo, sob a denominação de Bugres ou de indios do matto, se denominam de kaingáng, e, caso elles se esta- beleçam como mansos entre os brancos, se chamam kazki ». Até aqui o Auctor citado. Entendo que kazki é a mesma paiavra kaika, que significa: amigo, alliado, ete. No Vo- cabulario Bugre, porém, burro kaikí, significa burro manso. FIM % of 4 ¥ DA ee a Sa ee VA a Le Pag. » » d 0 O AR) ADDENDA E CORRIGENDA Diz linha 14 kupdne. » 17 Kmonera cael IME à » 37 prehender. » { geme at ee dors : » 52 kémo SOU IN EMA Mc wy 25 ind ti)». DRM Cam Qu IE "A SR) TEA » 43 angute. . » 11 lançadc. » -a0. cabeça . > d+ goiobai,. —. » DRC Gti ioe ie > 20 bakangóiivuen » 2 piraru .. een, Bea > 28 buónghtiti : > MPR PTE e alhures linha 11 kcni, morar linha; UM xe, .: a ur énE >, - a pain dois =» 21 ka ix ni, mora » 2h mingrú. . my pba came) 270 e alhures linha 10 manhôti ‘linha 47 kotne . . » 3 Jerrão . | » 39 transportar » kG kamhén. . » 36 buongh . > 44 inclinado . > 9) spretine') six. » 13 kiveirnamen » 14 penoró. . . Leia . kupádne Kamónera mo . prender . gémo . pára . hémo . mo . ki xan tôn ti . cómo 0 | Xa ra . anangúte . cançado . cabaça . gôio ba . hôtiti . bakangüüven . bikurá depois de nim, se acerescente : Me dê carne . buônghtiti - pôr . ka, em-ix, eu-ni, moro 2160 . gente . pakxín . ka, em-ix, eu-ni, moro . ningrú DE . man-hóti . kotxine . ferrões - transportar, passar . kanhém . buôngh . inclinado, sujeito - prefixo . kiveinrdmen . pentoré Pag. 42 linha 49 Ne 6 curvada sobre'si. 43 » » > » e alhures, linha 38 ketôn: não posso, não quero . linha 16 e 19 sles nectivo E 5 linha 27 mutio » 18 pana, pan. » 21 koin. à » 36 Tambem não. » 47 kokux . » 44 ix ve vaikén neve. » 8 kondma. i » 38 e 39 Kow, kum. » à rômke . ; » 6 jantkü, kriná » 3 demando » 23 estrangeiro » 87 “kud mars » 14 na, estão . » 21 kuprkfimo. >» DO da a 6 » 35 venharo » 25 panno novo » 1D ea ane: » 20 huten » AB e A » 2 Dé nasale » 42 esguingarda . » 5 Doro, kokonôn . » 23 kanga, ti. » 38 egjame. > + AT iguen + e alhures linha 28 canada linha 24 fon. » 2 — 386 — Diz kake. 10 kan, de poie. 18 quem 26 kadno . 50 queres . 50 ka em’. 36 insalubre . 19 Ôôno to. 7 fica doente 40 da, desar rumado. 41 efoke Leia . kápke . curvada em forma de pinça . kan, de-póie . On, quem . hádno . querer . ka, em . insalubre, sujeito a doença, são Con- . quer/a fazer. Connec- tivo . muito . pdna, pan . kótin . Tambem jéu . ko-h#x ix jo vaikéno no ve . kéndmd . Koi, kiién . romke . jantkiikrind . de mando . estrangeiro, ferida . kudmái . na, estao . kuprékfimo . ki ti tére . venharô . panno (novo) Jan . küten . gu . D e T são nasaes . espingarda . Doro koko nôn . kangá ti . Ono ti . Neste lugar, o pôvo é sujeito a doença . engjdme . quem en-hérike . fan . da, tudo-mén, de- sarrumado . fóke Pag. yo y ÿ MONO ME MC UM ME M — 387 — Diz Leia 93 linha 11 foi. se PAU Lodi, “ti 96 » 39 N e gaix. com na- salado . . Ne G de nh-gdix, na- salados ae 7 errou o caminho . no caminho-ki, no-na, esta 97 » 16 e 17 agman, to. . agmán to 100 » 24 ka, grummo. . ka grúmmo 102 » 2 aspirado . . aspirado, fora o caso que seja precedido de N : então se pro- nuncia como em portuguez 104 > 46 hadna. . hddno. 105 » 16 kgha!. . kagh ! 105 » 20 manda-me . empregar 107 » ty Ra o, “Jan ha 107 » 46 hóriske . hórike JOS, > GF cho . bd 108 » 46 indicar M7 imdica 110 » 33 da alma se separar. a alma se separa Mao is 4 Significa tambem sala . . (significa tambem sala ) RP AQ” Jem, costas . jen, parte posterior do braço 113,» 24 | Eixmos . Exmá PES > 4 Onn te ne . On in te ne Pipe! M22. Enya o . Iníra fae) ». 29º Ingújo . Jongjó: gavião, pa- pagaio, corvo LEGS + 2 que . queria ie. mun al tere, fa . teré ja Pie To horike:. . hürike Tih. > > 138 oráção:. al a ACÇÃO 120 e albures linha 32 Janta buongh ERES ae . Janta buông kuprí 121 linha 18 daquele . . aquelle RE rade ve, . ué, vé 122 » 50 por. . kan, por 123 » 13º precisão . precisäo de comer 124 » 17 jengüt. . Jenghot 124 » 42 Bacia. . boca 266 3 8 kokré . sat kakKré 127 » 40 não fica doente. . sarar 1290 = 12 no, está ~ . 14 voltas-ro, esta TIS ART UE. oy. ETA quilo 1298473002 kuxa . küxd, lua. Tambem alhures. 133 » 1 vão conversar . . palavras atoa vo yr ÿ . [a ji bed bed co RR o ce jud . a O O 34 linha 39 35 1 Betto E 5 » 46 58 » 40 39 > 1 39 » 3 39 » a2 39 » 33 140 » 2 14h =» 9 148 » (32 WA » 44 TAR sow USE 142 on Za 1490 5 aa 1420» 35 149 #, 42 143 > 6 TAGS = ES 143 > 45 144 » 1 144 » 3 144 > 7 144 » 8 JA >» 12 AZ (uti MI 144 » 44 AA >: ara 144 » 48 145 » 8 145) > HO PAS pt Ronee VAG) vo ee 148 » ao 49 07 150 » 5 150 >» 30 151 » 9 151: vom Wal QUE LOT oa ak 192 » 33 1550 » UM 155 » 1 ss" dar BE 156 » £36 257 » 2 157. au COR 158 e alhures — 388 — Diz hadn : vergonha Erxmae . . KRaïeïje Lu ui bakantin, mo . kankútin . M-uaitra . Muan . Muanfé . . magnára . . hara BOLO Us esd Nnenun Nduru: a gar. kankrüve. neuma. mentain gau. e 28 yére fl Jamanhôni ee jamid . . Nhaa. . Nhahra Jekhfiu Tol nhou . ki na van Ti ni tri Kititi . ntktivi ; Dale AV qa as nn éin nós ninçam son ningreintox, aoxa mi kan . ; cabeço...mongúje ordenar . « . BO re Leia . 40 ma, vergonha . Eixmá to . Kaféje bakantínmo . kankúten . M-uditka . M-udn . M-uanfé . nagnára . kara . téie . Ndenúm . Ndúru: apagar . kangróve . nenmá . jentdin . gan . gére pit . Jamdn hô ni . jafd . jantd . Nh-géra . Nh-gára . jekfin . Toi-nhoú . ki: em, na, em a-van, está Dk mai, ting Se fegal . niktíve . niktíve . éin, nos ningdm ningréin toxd...toxd . in kan . cabega... nongúje . ordenhar . Tolíce kure voz, falla tolice IN sie de tae kô, bom de Onjekéni. . . traxbire "x «10! da Afrangrôro . . lankiére . « . ROT a Pan oiapra. . LOD, deu linha 36 pen ôró kúre: voz, falla cuja hé, bom, onjekréni trazéiro Afrangrôro lanktére: krin pandia pra ton pentôró Pag. 163 linha 40 > > 163 165 165 169 170 170 170 Lee 173 > » 49 8 EN 11 15 49 44 15 29 31 32 18 39 22" O ee Diz mulheres. . + se cobra . Leia . gallinhas . as cobras kéma . ‘ . kémo kren : kanti. . kren kánti piniada . pintada en ham , ; . ên-han kinti . kaänti rog. - rog cabeça . cabaça kémo . . porco vendér kémo fane . já ne milho . . arroz xéro . xére mantkatin . matkantin depois . . pouco depois Téo us hd tan. . . tan, aquillo Re ES EE + in, in tankitanbera . tanktdnhera turuma ni taramani e alhures linha 7 kuxa, lua. linha 11 » Bevwpevyryvyvvveyy Y Ÿ 40 tarren . turumá ni, tardmani küxd, lua . tarardn prep. . . posp. ir . ir, ante quor . quer krei . kre jenjre . . jengjére ja ne eki - jan éneki hott . héti Br te tele te ae OTR Aa! aban hacks had kama . . kemá fiu . . fin kuxma . kiixmd ko . . ho bram . ; . bra (, DREGE, rer . (jon, briga ) it Pe sa bounh," +. . buôngh vaikokenfi . vaikokefú e 46 vainlo . . . vainlô CUT sina LUE EC. jane, esta . . . jdme vevang . vavdngo ontan, onde. . . 6n tan, aquelle que veiketai . veiketá porque tomaram re- medio . . afim detomar remedio VOIRE ys. ss veinkliuvédnia. . . veinkré veinkrivédnia 208 209 » 210 210 » JL 1a > DAS RUE Bi! id 215 » 26 a» PA UGS 2 KEINE 218) 1 DAME DD e Do Ao Pops NO 2202 a> PP dE 226 “> DOM > BUM io 298 > 23 » Piola): >. Dal > Do 5 les 5 236 » 236 » Don eS 237 » 208: » 298 0 06 239 » 239 » 250, ee 240 » 240 » PAO » 241 > 241 . >» 248 » 240.2 244 DAA. tas 244 » 47 15 q 23 37 45 — 390 — Diz e. 208 linha 3 veinkukéxtimo. estão . . o e 16 venkmáje. venjutifuit . . mem kara . ora vem . k6titi . vexa . Toto mado Em o RR tira a saber. cima Ou SIR Estad tokuin tokfin kikaione . nindó jopé onoveka . Nehne pannos + —. fora ti. amargo Ei, em! à: bem Rs Ma hô pa buscar, kané jexke . kek. Nain, VEIN.) 4 ds taromke, cobrir. come posp. kanju, ti. Vambé COPO apo shale JOM Ro ENS Dôro kenon. jankad-üt Propõe-se. . . buünhüh . kube, réére. . kaxidn kantéje . + « kúgnóra . Gio. 5. any da, cousa. a Leia . veinkukxéxtimo vão indo . venkemdje venjutfui - meu . kara kéja ora väo todos, vem todos hótiti ora . vexdi Shri ito) . medo . Eixmán . (tira, a saber ) . encima 1 . toku/n, tokfin . kikairóne . nindd, jopé . ônove ha . Nhéne . páno, pédno . fora-ti . amargo: kajd, kajé . ki, prefixo . bom . Ma hô-pa . kané, näo tem este sentido . Jóixke . kéke . vdin, véin . ta, chuva-rómke, co- bre . kómo . prep. . kanjú ti . Vembé . copo . jon . Dôro konôn . jaukadôüt . Pospõe-se . budngh . kübü réêre kavidn . kantóje kúgnora Veingrín ki gôio da, tudo ÿ VV A RE TMC br -W 245 246 249 250 252 253 254 VV Y VE yw 6 . 244 linha 44 — 391 — Diz kukde. oe kankute, kanpa je. arengré, alengre tin tin ti. veinlo. em vez de or . foa, fu kané ti, ir jouije, ramo miudo Leia kukxé kankúte. Kampdje . alengré, alegré . tin, tin ti . veinlü . em vez de 6n . foafú kané . tin, ir jouíje (ramo miudo ) Tude tide . Túde, tíde tan. . van jo, nim . jo ním liOie . limite langré. . langrô Quer UA DRE RR . quero Tambem ve. . Tambem ué fan . . fen AGA . Arû venharo . venharó Bamôn, bara tin veinma hana vestice. kanjänja . kudjé kané . enke Oni. 7.0 anguid to, gavião . . Bamôn. Baratin . ueinmá . háno . vertice . konjánja . kudjé, kané . enk ava OU . jongujo . corvo, gavião, papa- gaio Onjekrenmá. . Onjekréni ma kren tin . . kren ti aange . . odnge fuür . fudre largo . lanktére, largo gova : gôvo an . . on Fera . Féro Fjén . Ején tamé MEANS" o tané péti - pét Kaféi, grin. . Kaféi grin Kakükü . . Kakütü ne. ue boéja . . broéja Nhetikanhe . kkgüüve . Ajur moço . Nhetikardne . kagóiive . Ajút . ommittido Diz Leia Pag. 311 linha 50 Kkôtiti . . . » bôtiti » 320 » 15 Hkotusch . » kotäigh » 320 » 20 Roney erro > 32 49 no pin e «MO, Bin 2», 321 13 Comeram . . . Comeram todos: > Dove ND Brel, O UN LEE BATE » 336. » . LS possou. . . '. passou » 352 » MG dakisin.. .. se. akkakin a aD. 2»: 28 do maio |. . dó. raio >» 861 » 22 vainkpé . 1. .! .wvaimküpé >. SOS DP dO, Com 4 . um do A SE) END bE sy E SECTE DO DOD DA ANR TIR ats RER > (911: » 20, Kaïinvang. . E. Grãau. - Formam-se os diminuitivos accrescentan- do-se ao substantivo o suffixo re Ex.: diunu, pae, diwnure, paesinho. Acrescentam tambem depo's de certos nomes os suffi- xos a, e. Ex.: diunua, neri. mãe; dimune, niriua, mãesinha. Formam-se os augmentativos accrescentando-se o sufh- xo ti. Ex.: kra, cabeça; irati, cabeção. 2.º — O ARTIGO Propriamente fallando não existe artigo em kaiapó. Comtudo, quando se quer determinar uma cousa, um facto, uma pessoa emprega-se a palavra tu. Seria mais razoavel, talvez classifical-o como uma especie de adjectivo demons- trativo. Ex.: O menino de quem fallâmos, que estaes vendo | tu meoprire. As vezes tambem faz o papel do artigo esperanto la. 8.º — O ADJECTIVO A... Qualificativo. — Não concorda com o nome, nem em genero, nem em numero. Pode-se distinguir qualifica- tivos simples e qualificativos compostos. Exemplos de qualificativos simples : met, bom, bonito | juakini, ladrão oùt, forte kubeget, velho kane, doente eni, mentiroso prik, grande Exemplos de qualificativos compostos : kabe krok, gago krat kut, coxo no ngru, cego nibum tu, corcunda noi kie ngru, zarolho | kra keket, louco pa-i addu, maneta kabe ket, mudo iamakre ket, surdo — 400 — B... Grão. — Para indicar o comparativo, os Kaiapós empregam uma periphrase Tu és maior que eu ga (n) ga prik, buban ne ba à pri. Ao pé da lettra: Tu grande, porém eu pequeno. O superlativo forma-se pelo acerescimo do adverbio acue : met, bom; acue met, optimo. Quando querem dar mais força ao superlativo, repetem o adjectivo. Ex.: acue met met, excessivamente bello. O... Possessivos ino juje, meu arco ano kikre, tua casa ano kurua, sua flécha guaiabano ko, nosso cacete guaiabano rop--pre, vosso cachorro arino kilri, suas casas. D... Não empregam adjectivos demonstrativos. Ser- vem-se da particula tu, para determinarem mais especial- mente um objecto. E... Adjectivos indefinitos. kunz, tudo ; kumet, muito; om quo, outro ; ngrire, pouco. F... Adjectivos numeraes. Só existem os cardinaes pudi, um amaikrut, dois amaikrut-à keket, tres amaikrut amazkrut, quatro amaikrut amaikrut-2 keket, cinco amaikrut amaikrut amaikrut, seis Não sabem contar dahi para deante. Os Karajás, seus visinhos contam até vinte. 4º —O PRONOME A.... Pronome pessoal Eu. (ba) kane, eu estou doente acue (à) met, eu sou muito bonito. Tu (ga) prire, tu és pequeno acue (a) prik, tu és muito grande. Bille. ella (amu) kane, elle ou ella está doente. 7 { (ama) punu, elle ou ella é feia. Nés 14 guiaba) kane ou (amguaiba ) kane, nós es- 3 { tamos doentes. — 401 — Vos { (amura, ire, vos sois magros. Elles, ellas (ari) jua, elles estão se banhando. Como acima se notou ha duas ífórmas de pronomes pessoaes. Parece que a euphonia só é a regra a seguir-se no emprego destas formas. B. . . Pronomes demonstrativos: tam ia, este, esta | tan ia, aquelle, aquella No plural os pronomes conservam-se tambem invariaveis. O. . . Pronomes possessivos : Ba-noia, o meu guiaba noia, o nosso bu noia, o teu joara-noia, o vosso bw tania, noia, o seu Joara-noia, o seu No plural estes pronomes ficam tambem invariaveis. D. . . Pronomes indefinitos, relativos, interrogativos : Kuni, todo, todos kati, nada tu mo?, que cousa ? tu nium?, quem’ de quem ? tu ma?, quanto ? para quem ? nuna ?, quanto ? Exemplos : tu nium kra?, de quem é filho ? nuna à à kurua?, quantas flexas tem elle? nuna poi ?, Quanto custa isso ? tu nia & ia krare?, Quantos filhos tendes ? 5.º — O VERBO Só existem tres modos e tres tempos; o infinito, o in- dicativo e o imperativo; o presente, o passado e o futuro, Os modos A... -Ocinímito : Kuma, temer nabi, subir tu, morrer emt, cobrir amin, enfeitar-se amju, esconder-se onua, ferir “po, partir amua, seguir apto, escarrar omu, vêr kak, tossir muite, fugir eni, mentir amikakrure pentear-se ikoaie, vestir-se qua, descer kakie, rachar Le AOD B. .. O indicativo: O verbo fica invariavel no indicativo ; só se distinguem as pessoas pelo emprego dos pronomes pessoaes. Existe uma forma do indicativo. presente que corresponde ä forma por- tugueza « estou fazendo » : ne-bam kum kra ike oja, estou cortando os cabellos. tw moina ga oja?, que estás fazendo ? ( actual- mente no momento em que fallo ). Esta forma é caracterisada pelo accrescimo da palavra oja. O... O imperativo tem duas formas: a) a forma familiar que é nem mais nem menos o in— finito e que se distingue na conversação, pela simples into-" nação da voz. b) a forma regular que se compõe do verbo e da pa- lavra amu. Exemples: amuabi, sóbe; amu apto, escarra; amar miute, fóge. Os tempos D... O presente se designa pela fórma ordinaria de verbo. E... O passado se reconhece pelo emprego da for— mula a rum na que no estylo familiar é abreviado ora em arum ora em na. Dahi tres fórmas ha para indicar o passado : a rum na— arum — na ~ Ex.: arum na juje amikuin, o arco’ quebrou-se. F... O futuro emprega a formula gota. Ex.: bo jujé goia kwin, eu quebrei o arco. 6.0 — ADVERBIO A. ++ De lugar: jai, aqui niari,. la koi ma, rio acima apari-ma, rio abaixo. kan, dentro kapot kan, fora uarema, deante kateri, atraz taumaia, perto onia, longe B.:.. De tempo: krura, hoje akaatélée, amanhã one, agora pruro, cedo anubeit, depressa — 403 — C. .. De quantidade : aite, mais aie jd, chega kumet, muito ngrige, pouco D. .. De affirmação: tua, sim (1) kati, nada no, não arambri, certamente ket, nada Notam-se tres adverbios de negação — no, é a negação simples; ket se emprega quasi sempre com outra palavra. Ex.: Não ha peixe, {ep ket — peixe, não. O modo de negação mais energico é esse; nom et, de nenhum modo. 7.0 — PREPOSIÇÃO A principal preposição, é a preposição kam que signi- fica: em, sobre, por, em casa de, para; colloca-se depois do complemento. Ex.: Xikre kan na casa. Ha excepções a esta regra, exigidas em particular pe- las regras da euphonia. Ex.: Vou ao Pará ( Belem ) ba ham, Pará mo. 8.º — CONJUNCÇÃO A principal conjuneçäo é me, colloca-se tambem de- pois do nome que ella deve ligar a outro. Ex.. dot éuruti me kuoro me batatas e bananas e mandioca. 9.º — INTERJEIÇÃO As principaes interjeições são gok, pok; bok ; exprimem ora a admiração, c desejo, o prazer, ora a aversão, etc. . de- pende da intonação da voz. (1) As mulheres pronunciam «uã». Porque? Será por indolencia ? Habito já adquirido e conservado por tradição? Nao achamos entre os Kaia pós mma lingua feminina particular, como julgaram achar entre os Carajás. Um modo differente de pronunciar não constitue uma lingua. HI— SYINTAXE (1) 1.º O complemento determinativo do nome põe-se sem- pre depois do nome. Ex: mi kra, a cabeça do jacaré ( mi, jacaré, kra cabeça): rob jua o dente da onça. (rob onça, qua dente ). 2.º O adjectivo se colloca sempre depois do nome que elle qualifica. 3.º O objecto de uma acção se põe sempre antes do sejeito e verbo: kukrizt meo kubi o homem matou a anta (kukriit anta, meo homem, kubi matar ); amu kukrizt uabi mata esta anta. ( Julriit anta, amuabi mata. ) 4.º Regras de euphonia. (2) Entre certas palavras que se chocam e torna dura a elocução colloca-se uma vogal ou uma consoante que torna a pronuncia mais suave. Parece que não ha regra fixa para o emprego de tal ou tal vogal, de tal ou tal consoante. Vogaes euphonicas 7, o, u. Consoantes euphonicas m, n, p, 0. Podem-se ver exemplos nas phrases Kaiapos que citamos no fim deste opusculo. 5.° Algumas considerações geraes. ~ Na conversação os Kaiapós supprimem as syllabas. E o que augmenta a difficuldade de entendel-os. Acontece as vezes que n'uma phrase de dez palavras, cinco são truncadas. Encontram-se poucos nomes extrangeiros. Da lingua Carajá só encontramos uarukoko (3) cachimbo, ibim, mau. Da lingua guarany encontramos atorore especie de jahà (crypturus sui ). (1) Um excellente meio de interar-se das regras da syntaxe kaiapó é escutar os Indios fallarem o portuguez. As palavras são portuguezas, a syntaxe é caiapó, Não dizem elles? O gamo comeu a onça, O capim pastou o veado, etc, (2) Essas regras são rigorosameute observadas, Os Kaiapós, chamam por zombaria de “Carajás"' os extrangeiros que não ás observam. . (3) A respeito desse nome não se pode saber bem se é de origem Carajá ou Kaiapó. | 1 | VOCABULARIO PORTUGUEZ Partes do corpo Lingua Bocca Labio superior Labio inferior Dente Nariz Narinas . Olho Orelha Agulheiro da ore- lha Orificio do auditivo Fronte Cabeça Craneo Cabello Sobrancelhas Pestanas Barbas Bochecha Hombro Braço superior Antebraço Cotovello Mão Dorso da mão Palma da mão Dedo Dedo pollegar Dedo mediano Dedo annular Dedo minimo Unha Perna Parte superior da coxa ducto FRANCEZ Parties du corps Langue Bouche Lèvre sapérieure Lèvre inférieure Dent Nez Narines Oeil Oreille Trou de l'oreille Orifice du canal auditif Front Tête Crâne Cheveux Sourcils Cils Barbe Joue Epaule Bras Avant-bras Coude Main Dos de la main Paume de la main Doigt Pouce Doigt du milieu Doigt annulaire Petit doigt Ongle Jambe Cuisse KAIAPÓ inoto iaikua ikruot ko iako ijua niakre niakrekre inno iamak borijua iamakrekre inine inikrei ipakrat ipanot ipanop inikra irkraibum ikrakrat nikra ikrã ikratekumokra ikraatona ikratano-o nikop aa no ikie PORTUGUEZ Partes do corpo Joelho Pé Dorso do pé Planta do pé Calcanhar Dedo do pé Unha do pé Unha do cervo Corpo Cadaver Colo Pescoço Garganta Axilla Omoplata Costelletas Peito Mamelão Teta Seio ( mulher ) Ubre ( de animal) Ventre *Umbigo Cordäo umbilical Espaduas Pelle Pelle ( vellosa ) Osso Sangue Veia Pulso Carne Coraçäo Figado Pulmäo Estomago Tripa Saliva Urina Suor Lagrima Excremento Halito Bico — 406 — FRANCEZ Parties du corps Genou Pied Dos du pied Plant e du pied Talon Orteil Ongle du pied Sabot du cerf Corps Cadavre Col Cou Gorge Aisselle Omoplate Côtes Poitrine Mamelon Mamelle » Pis ( femme ) Ventre Nombril Cordon ombilical Epaules Fesses Peau Peau DE ( poilue ) Sang. Veine Pouls Chair Coeur Foie Poumon Estomac Boyau Saliv e Urine Sueur Larme Excrément Haleine Bec KAIAPÓ ikokra pari iparibum iparinopkre iparikrat iparikra iparikop niajono ini natu inokré-nu imut inokré-ni ierakre ijukeit inokua inokot inomekra iko inomiekrã kokã-o inin inot not inikre-i itokreni hi 0 i kamro ikujek itotok ini inanoro iagot ima iborikaikrut itu ikrajo apto ho iago no kãgo ni baako akruotu Le) ae PORTUGUEZ FRANCEZ Elementos e natureza Éléments et nature Agua Eau Rio Fleuve Ribeiro Rivière Fogo Feu Fumo Fumée Cinza ‘Cendre Chuva Pluie Nuvem Nuage ‘Orvalho Rosée Vento Vent “Tempestade Tempête Relampago Eclair “Trovão Tonnerre Arco-iris Arc-en-ciel Sol E Soleil Sombra (de gente) ‘Ombre (des gens) Sombra (das cou- sas ) Sol nascente Sol de meio dia Ombre (des choses) Soleil levant | Soleil du midi Sol poente Soleil couchant Norte Nord Sul Sud Leste Lest Oeste ‘Ouest Estaçäo das chu- vas Saison des pluies Estação da secca Saison aride Dia Jour Noite Nuit Manhã Matin Lua Lune Lua nova Nouvelle lune Lua cheia Pleine lune Eclipse de lune Eclipse da lua Eclipse de soleil Eclipse do sol Estrella Etoile Pleiades (as sete cabrinhas ) Pléiades Estrada ou carrei- ‘Chemin de S. Ja- ro de Santiago cques Solo Sol Terra Terre A Campo ‘Champ KAIAPO uo pari pakreti kuo kuo-kum kakrä attoro kokre kok jabere toid nanajie-ne nanakrikri Juo oiti mut ikaro amukra mut kato arumna kaikua po- kri mut arumna mu kriin kaikua iamak kaikua iamak mut apuijo mut niejo no naipokri ameipokri arumna kati arumna kamo arumna kaikua kam- bri mutturu o mutturug nu mutturug ti arumna mutturuô tu arumna muttuu kanieti (pequena) umaioroti (grande) ngrot moigro puka puka kapot PORTUGUEZ Elementos e natureza Planicie Caminho Picada Selva, matto Morro pelado Carrascal Outeiro Pedrisco Serra Morrcte Caverna Ilha Thota Praia, costa Areia Pedra Ferro Ouro ( não tem no- me ) Prata Cobre Casas, utensilios, al- deia Casa Cumieira Porta Parede Almofada Banquinho Maca, rêde de al- godão Maca, réde de fi- bras Panno Forquilha Travessa Caibro Fuso Fio Cesta para viveres Peneira para a fa- rinha Isca — 408 — FRANCEZ Eléments et nature Plaine Chemin Sentier Forêt Mont pelé Fourré Monticule Petits cailloux Chaine Petit mont Caverne Ile Dôt Plage, rivage Sable Pierre Fer KAIAPO: ipokri kapot: ikiekei e borikopti ikeine ko no krãi krã iagot: inpuore apeiti apeit pukatingrü: pukati ke koit Or (n’a pas de nom) Argent Cuivre Maison, ustensiles, ha- meau Maison Faite Porte Mur Coussin Petit bane Hamae de coton Hamac de fibres Étoffe Fourche Traverse Chevron Fuseau Fil Corbeille pour vi- vres Tamis Amorce mekurujo koit Kribé kikre ikokokot kkre ie kukekre: Ó kren aparijo krijo kajoni beputui ujeje beputu, kajot pari kiinorojo. pi-ie kurua-no. kajot kaitkok juükapijo, roro PORTUGUEZ Casas, utensilios, al- deia Cesto (para guar- dar milho, man- dioca) Cesto (para guar- dar comida) Cesto (para trans- portar os obje- ctos de viagem) Patrona Cesto (para guar- dar pennas) Esteira (de palha de bacaba) Esteira de palha de burity Pãos para produ- zir fogo a) Pão superior b) Pão inferior Folle Cabaça para beber Cabaça para botar Ossos Pennasmiudas, Cabaça para pen- nugem Panella Cuité Cabacinha Cuia Colher Machado Folha do machado Machado de pedra Enxada Cavador Faca Instrumento para furar (espinho de tucum ) Instrumento para cortar ( dente de piranha ) Pedra de afiar — 409 — FRANCEZ Maison, ustensiles, ha- meau Corbeille (pour mettre du mais, du manioc) Corbeille (seule- ment pour gar- : der de quoi man- ger Corbeille ( pour por- ter les objets de voyage ) Giberne Corbeille ( pour con- KAIAPO Kribé kaigre kaitkok kait kum (e) net rara server des plumes ) rere kopro Natte ( de paille de bacaba ) Natte de paille de burity Bois pour produire le feu a) Bois supérieur b) Bois inférieur Souflet Calebasse pour boire Calebasse pour mettre des os de petites plumes, Calebasse pour du- vet Poêle Sorte de calebasse Petite calebasse Fruit de callebas- sier ( sec et vidé) Cuillère Hache Lame de la hache Hache de pierre Houe Pioche Couteau Instrument perfo- rant (épine de tucum ) Instrument tran- chant (dent de piranha ) Pierre 4 aiguiser kupip kokti kupip kumenet roro put-ore rore kumakaribe uokon uokon nikat jo uo jo nuoi uotoid ongrejo kurüjo omono kurüjo kra me) na jua kot jua purure kikrékrejo kotuagri roikokreñi gop ken kokrajie PORTUGUEZ Barcos e armas 3arco de cortiça ( uba ) Barco de madeira ( canôa ) Montaria Vapor Remo Leme Arco Corda do arco Frecha Frecha com ponta de taquara Frecha com ponta de osso Lança Anzol Espingarda Espoleta Vestidos Pente Mascara Maraca Baile Canto Festim Boneca Familia etc, Homem Gente Marido Pae Sogro ( pae do ma- rido ) Sogro pae da mu- lher ) Mãe Homem que tem filhos Rapaz Sogra (mãe do ma- rido ) Sogra (mãe da mu- lher ) — 410 — FRANCEZ Barques et armes Barque d'écorce Canot Embarcation Bateau à vapeur Rame Gouvernail Are Corde de Varc Fléche Fléche avec pointe de taquara Fléche a pointe d'os Lance Hameçon Fusil Capsule Hakits Peigne Masque Maracá Bal Chant Festin Poupée Famille etc, Homme Gens Mari Pére Beau-pére ( pére du mari ) Beau-pére ( pére de la femme ) Mére Homme qui a des enfants Jeune homme Belle-mére ( du ma- ri) Belle-mére (de la femme ) KAIAPÓ ko ko ko kamo kuô kopore kokratei kam o ka- kejo Juje Juje-je Kurua po Kurua fi kop ropi tep arijo katogre katégre amak pijoare kumarina otoid metoro ngrere meôdkukre nud mekarû arabatoid mco amiei abam parmareñiet imônet Jui mekrare meroroni pamerenet poponet ni. PORTUGUEZ Familia ete. Criança Genro - Neto Irmão Irmão primogenito Caçula Cunhado Irmã Irmã primogenita Cunhada Mulher Esposa Moça Filha Nora Neta Viuva Tio paterno Tio materno Compadre Comadre Tia paterna Tia materna Sobrinho Sobrinha Velho Velha Primo Avô paterno Avô materno Avó paterna Avó materna Casa dos bailes Chefe Branco Negro Indio Medicina, religião Medico Remedio Doença Tabaco — 411 — FRANCEZ Pamille ete, Enfant Geudre Petit-fils Frère Frère aîné Dernier né Beau-frére Soeur Soeur aînée Belle-soeur Femme E’pouse Jeune fille Fille Bru Petite fille Veuve Oncle paternel Oncle maternel Compère Commère Tante paternelle Tante maternelle Neveu Nièce Vieux Vieille Cousin Aieul (père du pè- re ) Aieul ( pére de la mère ) Aieule (mére du père ) Aieule ( mère de la mère ) Maison des bals Chef Blanc Nègre Indien Médecine, religion Médecin Reméde Maladie Tabac KAIAPÓ meprire krotko itomjuo tom kateua kutapure ikrotko aoit kuteua popoi ni prô kurerere kra krañure tonjuo bicangri diunua kam o niriua kam o kromjuô kromñet diunua kanikuoi niriua kanikuoi kranno kranure mekbeñet mekbeinet itonjuô kuatui anakuatui inet nirinã urukuamkam kute meô kokajo kotuk mekoket uaiiga pijo kane kariño PORTUGUEZ Medicina, religião SAMI FRANCEZ Médicine, religion Cachimbo Charuto Rapé Phantasma Sombra Nome Imagem Palavra Somno Numeros Um Dois Tres Quatro Cinco Seis Muito Pronomes Ella Nos dois Nós tres Vós dois Vos tres Todos Este Aquelle Outros Adejectivos Grande Pequeno Alto Fundo Longo Gordo Magro Pipe Cigarre Tabac à priser Fantôme Ombre Nom Image Parole Sommeil Nombres Un Deux Trois Quatre Cinq Six Beaucoup Pronoms Je Tu Il Elle Nous deux Nous trois Vous deux Vous trois Tous Celui-ci Celui-la Autres Adjectifs Grand Petit Haut Profond Long Gras Maigre KAIAPO uarikoko kariño ipeit karino bei nominomaikure ikarô ii karo mekabe inonjua putire amaikrut ikieket amaikrukt amai- krukt amaikrukt amai- krukt ikieket amaikrukt amai- krukt amaikrukt atue kumet ba ga temua tamio tu guaiba tu guaiba ga me tamia me ga me tamia me tamnia me arakuni tamnia tamuia ari O juo atue rat amgrire prik ubom prik rat ire PORTUGUEZ Adjectivos Ligeiro Velho Feio Quente Secco Podre Doente Morto Cego Mudo Coxo Gravida Bom Tonto Mão Valente Cobarde Cores Branco Preto Escuro Sujo Vermelho Azul Tempo Hontem Ante-hontem Amanhã Depois d'amanhã Hoje Sempre Agora ~ Logo Lugar A” direita A’ esquerda Cá, aqui Proximo Longe, ao longe Para lá Para cá Adeante AND ve FRANCEZ Adjectifs Agile Vieux Laid Chaud Sec Pourri Malade Mort Aveugle Muet Boiteux Enceinte Bon E'tourdi Mauvais Vaillant Lâche Couleurs Blane Noir Sombre Sale Rouge Bleu Temps Hier Avant hier Demain Aprés-demain Aujourd'hui Toujours Mainterant Bientôt Lieu À droite -- gauche Ici Près de Au loin Au delà En deçã En avant KAIAPÓ amibeit kubenguet punu kagro amet kro kane arum na tu nojgro Kaben ket te ket arumna on met bibaj okri okri mare aka tuk kotuk tuk kambrik gragra a akati à amu akati à akatibe amuia à hia kam à kuni à one one ubok iu nia) tamnaia onia onia amu am (e) re ma PORTUGUEZ Lugar Para traz Arriba Sobre Debaixo Fóra Dentro Sim Não Talvez Verbos Trabalhar Respirar Levantar-se Atar Ficar (Queimar Trazer Pensar Comer Cahir Voar Correr Temer Bocejar Dar Parir Agarrar, tomar Bater Ouvir Ter fome Tossir Defecar Mascar Rastear Rir Pintar Costurar Espirrar Ourinar Cheirar Remar Chamar Vêr Estar sentado — 414 — FRANCEZ Lieu En arrière En haut Sur En bas Dehors Dedans Oui Non Peut-être Verbes Travailler Respirer Se lever Attacher Rester Brúler Porter Penser Manger Tomber Voler Courir Craindre Bailler Donner Accoucher Prendre Battre Entendre Avoir faim Tousser E'vacuer les excre- ments Macher Suivre à la piste Rire Peindre Coûdre E'ternuer Uriner Flairer Ramer Appeler Voir Etre assis KAIAPÓ oniabum koima ibu krakri katou kajuo jkam tuã no tukon goia peit ijakoro kaimoja kubäto uaija cere amoro go pajum kukre tu to pron iman akiere amu ruô amoitu amutak kuma inore kari ikuo kamña pore kekei krori kai avi itu kro mo ure makia omu ho PORTUGUEZ Verbos Dormir Afiar Tatuar Matar Estar triste Beber Espreitar Crescer Tecer Chorar Deitar Contar Mostrar Vamos ! PORTUGUEZ Mammiferos Macaco prego Macaco de cheiro Cuxiú Macacão Macaco da noite Sahuim branco Guariba de mão branca Morcegos Onça preta Onça pintada Onça vermelha Cão Raposa Guará Coati de bando Lontra Coandú A is) re FRANCEZ KAIAPÓ Verbes Dormir ngre Aiguiser nägri Tatuer kiori Tuer kubi Etre triste jumari Boire ikon Filer kajot kigre Croitre prik ane Tissser kajot ipei oja Pleurer amui Coucher no Compter abenakre Montrer kumakre Allons! guai on mr NOMES x , FRANCEZ SCIENTIFICOS KAIAPO Mammiféres Singe Cebus libidinosus Kukoi Chauve- souris Jaguar Chien Renard Loup du Brésil Coati Loutre Saimiris sciurea. L. Kukoi pa Pithecia satanas Aotus trivirgatus ( Humboldt. ) Callithrix mela- nura, E. Geoffr Alouata belzebub Felis onssa (var preta L.) Felis onssa L. Felis concolor L. Canis Canis Canis jubatus Desm. Nasua narica L. Lutra paranensis Rungg. Cercolabes pre- hensilis gore iek kuben ku- koit niakon kukoi akare kubut niep rop tuk rop krori rop kambrik rop re joti bu uakon ne ngroi — 416 — NOMES PORTUGUEZ FRANCEZ SCIENTIFICOS KAIAPO Mammiferos Mammiféres Capivara Cabiai Hydrochoerus hy- kunnu drochoerus L. Paca Agouti paca L. ngra Preá Cavia aper-ia Erxl. kro Cutia vermelha Agouti Dasyprocta agu- kuk@i LA DT Preguiça grande Ai, pares: Bradypus tridac- pot kok seux tylus Preguiça peque- Bradipus marmo- pot kokre na ratus Gray. Tatú verdadeiro Tatou Tatus novencinc- tôti tus Tatu peba Dasypus setosus apiet Tatu canastra Priodontes gigon- apieti teus E. Geoffr. Tatú de rabo Cabassou gymnu- apiet kôi rot molle rus Ill. Tatu bola Tyropeutes conu- gnure rus Zambu fedorento angre ka ok Tatu china rare Tamandua ban- Myrmecophaga tri- pot deira Tamanoir dactyla L. Anta Tapir Tapirusterres kukrit tris L. Caitetü Pécari Tajaçi tajaçú agrure Queixada Tajagu albirostris agro Sussuapara Doreclaphus di- moti chotomus G uassú-apara Odocelus swas- ajoti suapara Galheiro Catingueiro Mazama simplici- niajô cornis Matteiro Mazama america- karikrat ne Lil. kuno Campeiro Dorcelaphus be- mo i aka zoaticus L. Aves Oiseaux Urubú commum Catharista atra- noi tus ( Bp. ) Urubu rei Gypagus papa (L) kukrut Pinhé uagogo Gavião de peixe E’pervier uokro , d'eau PORTUGUEZ Aves Koam Cara- cara Repina miudo Caburé — 417 — Papagaio perroquet Curica Periquito estrella Periquito verde Papagaio peque- no de rabo cur- to Camboata Ararinha de rabo vermelho Arara vermelha Arara azul Arara canindé Tucanos Picapão do cam- po Picapão grande Picapão pequeno Cabeça vermelha Alma de gato Assu commum Pombo Rola Mutum Mutum verdadei- ro Mutum castanho NOMES E , FRANCEZ SCIENTIFICOS KAIAPO Oiseaux guuoi Milvago chima- kré krep chima ( Vieill ) Falco albigulares kririre Daud. Glaucidium bra- bare ztlianum (Gm.) Amozona brazili kroiti ensis (L.) kréti Perrache Brotogerys versi- krere coloris: (| PL, S. Mill) Brotogerys tirica kete ( Gm.) Perroquet oire ke Pyrrhura vittota mo-gnure Ara rou- Ara chloroptera mé kambuk ge Ara bleu Ara canin- dé Toucans Pivert Colombe Tourte- relle Gray Anodorhynchus hyacinthinus ( Lath ) Ara arauna (L) Colaptes camptris- ( Vieill) Campephilus ro- bustus ( Licht ) Piaya cayana Crotophaga ani Columba livia Olaravis pretiosa Crax sclateri Crax blumenba- chi Spix. Cras sclateri ( fe- mea ) ? mo kotukti mo aroire ngrôti cot-cot noiti uauati noi kranko kambrik pekore borire tutti tutte tutti kanoroti krut kambrik PORTUGUEZ Aves Jaci Jaho Turury Azulona Ema Jacamim Seriema Colhereiro Jabiru Garça Patos Mergulhão Gaivota Tico-tico Thesoura Curiango Andorinha João Congo Mãe da lua Anum preto Especie de car- deal Beija-flôr Nambé Sabiá Gralha — 418 — a NOMES A TA ES FRANCEZ SCIENTIFICOS KATAPO) Oiseaux Pénélope Penelope (crista- muteik ta?) surpecili- aris ? Cripturus notiva- muteikre. gus (wied. ) Crypturus soui atorore ( Herm ) atoroti Nandou Rhea americana moti ( Linn ) Psophius crepi- múro-moro: tans Lim. Cariama crista-- múrek tus (L) Ajajd ajaja kambri kam- ( Linn. ) brikre Marabout Mycteria micteria kambrikti Héron Pilherodins pi- leatus ( Bodd.) kanbriktukre: Canards nokajotti Plongeon Sula lencogastra ( Bodd. ) bori Mouette Sterma maxima ( Bodd ) boi-boi Brachyspiza ca-- pensis kra noire. Mucivora tyran-- nus kagote Caprinulgus ce- poro pottà riceocaulatus- ( Cass. ) Hirou- Diplochelidocia- delle noleucus ( Vieill) iporore Caprimulgidae ? piore al Pyrocephalus ru- binou ? gnua Crotophaga ani borire Paroaria ? me kamrure- Colibri Trochilidae ini Myópiza manin- bé Licht krã top nuúkre Corne- ille Cyanocorax krata PORTUGUEZ Reptis Jabotis Jaboti assú Mata-mata Casca de junta Lagartos Cameleão Jacaré ( amarel- lo ) Giboia Jararaca Cascavel Cobra azul Cobra major Peixes Tucunaré Curimata Cruvina Jaraquy Aruana Cachorra Surubim Pintado Bicuda Piranha Piranha verme- lha Piaba Piaba comprida Pirarucú Mandi Pacú Trahyra — 419 — FRANCEZ Reptiles Lézards Camé- léon Crocodile (jaune) Boa Jararaca Serpent a sopnettes Serpent- bleu Poissons NOMES Testudo tabulata Chelis fimbriata Tupinambis Enyalius bilinea- tus Caiman latiros- tris Daud, Constrictor cons- trictor Bothrops lens éndo- Crotalus Boa constrictor Cichla temensis Prochilódus ? Sciena ? Osteoglossum ? Platystoma ? Platyetoma ? Serrasalmo Tetragonopterus ? Arapaima gigas Pimelodus ? Myletes rhomboi- dalis ? Hoplias malaba- ricus, SCIENTIFICOS KAIAPÓ kaprã kaprã kotti konire kobi kei uet kometi konkinü mi kanüti puka itéka- moro abat kamóútukti ikoti Eep tep i kot ngroti krã iti tep paritikre kopoti tep na tire konron tep ibire tep krutu tatutti kuka bik tep proro tep ua muriarotire kroro kam- tep o kru üt — ADD PORTUGUEZ Peixes Poissons Yu Mandubé Poraquê Poison- torpil- le Acará Piau Mandi Sardinha Pataca Sardine Acara-boi Cara Avoadeira Bicuda pequena Pirarara Barbado Piau de pinta Cuyú-cuyú Cuyú-cuyú pin- tado Mandi Pataquinha Cari Cará Sabão Pacú prata Pacú vermelho Chipita Trahyra preta Cangiran Arraia Raie Raie Gr a nde- raie Arraia pintada Arraia grande Insectos Insectes Insectes Cigale Insectos Cigarra FRANCEZ NOMES SCIENTIFICOS Erythrinus ? Electrophorus- electricus Geophagus Leporinus Phractocephalus- hemiliopterus Oxydores ? Oxydoras ? Mileus ? Ellipesurus Ellipesurus Ellipesurus KAJAPO Eep kunap tep parikua. po mokokti kraïn noia ikarürü okrétu krain amu noti kura-kura kraintekre- apari tep agot tep krutu- katiet ñiapokti kameron ka ok tepua noia kru ikoti rop kroire kruppi papa oi mutkrã pari mut diororotti tep ua ko- nokti kriri-kriri krué tuk ~ tep noket mientet mientet kro ri nuoi krit moi-go kokot PORTUGUEZ Insectos Grillo Barata Barata grande Barata de casa Borboleta azul grande Vespa amarella Mar:bondo de sur- rão Maribondo de casa branca Maribondo vaquei- ro Maribondo tatú Maribondo de cha- péo Maribondo pinta- dinho Maribondo de car- ne Besovro Abelhas Tiuba Tatahira Bora Beijoin Chupé Bocca de vidro Mambuquinha Jatahy Abelha de macaco Arapuá preto Olho azul Abelha de cupim Abelha pequena Bocca de barro Limão Mandaçaia Arapuä verdadeiro Tubi bravo EAD ee FRANCEZ Insectes Grillon Blatte grande- blatte blatte- domesti- tique Grand papillen- bleu Guépe- jaune scarabée Abeilles abeille de singe Petite abeille KAIAPO irekate kopoti moro veve notti kräñere krã eti noiborore Turu kaprere apieti tei iaka amiu poire pi kre kam amiu Ku-ngô gnoire ka (g) drô ikvit ko immoreti krã iti muure noroti mukrü úte on i kukra ire nururai jo mejt mamã kukoi kuka ton mu uojihu tukti he kambnk immorére PORTUGUEZ Insectos Tubi de fogo Enxu Miruiré Uruçú boi Tubi manso Mel Sambora Céra Formigas Formiga preta de rabo Formiga de por- co Cupim macho Formigão Corta folha Correição Formiga de fogo Formiguinha Formigueiro (c-aa) Cupim vermelho Cupim de casa Ninho no páu duro ( Campo ) verme- lho ( Campo) ninho com ponta fina (matto) ninho no pão Morissoca Mosquito polvo- ra Muruim Mucuim Mosquito Mosca Pulga Bicho de pé Piolho ce NOMES FRANCEZ sorENTIFICOS Insectes Miel Cire Fourmis Fourmi noire Fourmi de pore Grande Formica hercula- fourmi nea Pe titre fourmi Fourmili- ére Psocus domes- ticus Acaridea (do ge- nero) trombidium Moustique Mouche Puce Pulex irritans Chique Pulex penetrans Pou Sarcopilla KAIAPO immóreno kambrik amiuti mej ko mej uti immôreti me} mei nu me) 6 ruru murum not murum joa- tukti murum kriri mururiti murum krâti murum krore murum ore murum kru re murum ae roro roro ts roro toiate roro kre roro iamak roro tukre pure putukre pukrure te kumbri- kre kob (e) re kob (e) re tep noti tep nore nuore 49 PORTUGUEZ FRANCEZ Arachnideos, etc. Arachnides ‘Carrapato (redo- Tique leiro) Carrapatinho vermelho ‘Carrapato miudi- nho _ Lacraia Scorpion Aranha Araignée Carangueijo Ecrevisse Escolopendro Scolopen- dre Minhoca Ver de ter- re ‘Caracol pequeno Petit li- maçon Caracol grande Grand li- maçon Caracol d'agua Limaçon d'eau NOMES SCIENTIFICOS Todes Astacus fluviati- lis Scolopendra KAIAPÓ teti te kambri- kre tep ore makre ei na aijo mürükreruti tep prã jo nu on ne nu 6k nop Flora Kaiapó PORTUGUEZ Piassaba Coco Paty Paty Burity Burityrana Burityrana grande Macahuba Naja Bacaba Assahy Tucum Joary Tamareira Bananeiras branquinha comprida verde roxa goyana comprida NOMES SCIENTIFICOS Palmeiras ( Attalea funifera M.) ( Cocos nucifera, M a Cocos botryopho- ra M.) ( Mauritia vinife- ra M.) (Mauritia aculeata) (Mauritia)... ? ( Acrocomia sclero- carpa M.) ( Maximiliana re- gia M.) ( Oenocarpus disti- chus ) ( Euterpe oleracea L. ( Astrocaryum tu- cuma M.) ( Phenix deutylife- ra ) Bananeiras ( Musa violacea L. ) KAIAPÓ ronne rôtire uoti uore ngroa ngroarore ngroarüre kaük ngroin rikre kam (e) re kam (e)re kokre roire roiti ro ka 6k turuti tukaiagot abieti iüetti toka kambrik toka kokuk kreti kaimaure ee PORTUGUEZ Bananeiras, etc. naja bananeira do ma- tto cacho Batatas Cara Batata roxa Batata vermelha Batata de leite Mandivca Macaxeira Arroz Milho Milho branco Espiga Boneca Flores ( fleurs ) Palha Colmo ( chaume ) Abobora Girimú — 425 — NOMES SCIENTIFICOS ( Heliconia ) -paco- va — ( Convolvulus bata- ta ) ( Dioscorea batata D. C.) Manihot utilis- simas Oryza sativa Zea mais Cucurbita maxima KAIAPO tukre turure o po iot lot abieti kambrikre kotoid krererekti koiroid okti iot kre okati iot gran gran iot tukre iot kre tukre kuürü nobere kuürüjoi kuürô kambrik kuürü kre akare ñiroire agragrati kéti amu imot tukre aiakati bauñure bai oka katorogrere notuktire kamrekti baé gra gra bad prire te aboro iu pro kako katere kate) potti PORTUGUEZ Meläo Melancia Mamões Barriguda Baru Jatoba Aroeira Sambaiba Landim Pao Brazil . Bruto Pao doce Pao d’arco Pão d'arco rôxo Capitão do campo Angico Taipoca Mamoim Embaúba Cuturuba Oity Piquizeiro Caja Cajueiro Louro — 426 — NOMES SCIENTIFICOS Cucumis melo, 1. Citrullus vulga- TES, Ty. Caricapapa- ya L. Bombax ventricosa Dipterix ptero- pus M. Hymenea strigono- carpa, Hayne L. Schinus terebinthi- folius Raddi Cecropia concolor ( embauba ) Callophillum bras. Coesalpinia echi- nata Lam. Araticum ( Ano- na sp. ) Vochysia rum Tecoma ipé Tecoma impetigi- nosa Nectandra myrian- tha meison tucano- Piptadenia rigida Benth. | Cecropia Moquilea tomento- tosa Benth. Caryocar brasi- liensis Spondias lutea Anacardium occi- dentale Cordia Cham. alliodora KAIAPÓ kate] inure katej tom kuru kate} ieti orokubereke kate) katejbori pititi krep moid praógrare krare boijum pi kambrik mejmrot rurók cukrã tukrã po romgre rom romti romtoid krute ture boriimpre atuorôó kamok prin é prin boi rerekre akruét pim kam grêgrêre =a EL UL LULU mr PORTUGUEZ Sapucaia Gamelleira branca Cagaita Canduru Canduru de fructo Goiaba ( da beira do rio) Goiaba do matto Pitanga Coité Cipós ( Cipó de tingui- imbé Bauhinia sarmen- tosa Cipé de escada Sambahibinha-ci- po d'agua Cipó de amarrar Unha de gato Cipó de sapo pe- queno Cipó vermelho Cipó de leite Cipó de sapo Maracujá Malpighiacea ME" D AS NOMES SCIENT: FICOS Lecytys ornigera Ficus olearia Myrtus dysente - rica Psidiumguayava Stenocalyx sulcata Cresentia cujete Philodendron imbé Bauhinia Davilla rugosa Adenocalyum bra- teata Mimosa unguiscati Davilla rugosa ? Merechites sulfurea Arauja sericifera Passiflora sp. KAIAPÓ pim ii te kreti omie kan-o kaprã nore kuben-mi pi kambrikti kô nd ko nei gro pj jo katoid uotoid ou parecidos com cipó ) akrure kukrut mut kujek m(e) nam krare kro akro ka iaka rojm ni komñi tekacotti brire akro ko kambrik akro o kre bri akro jo akro bj gri Gramineas, arvores, ete. Barba de bode Capim Capim gordura Pé de gallinha Carrapicho Fedegoso Cedro Aristidea pallens Melinis minutif lo- ra Panicum sangui- nale Acanthos permum brasilium Cassia occidenta- lose Cedrela fissilis Vel. noi mut bo bo kujure bo prire pi pa met pi o gra gra éukru po PORTUGUEZ — 428 — NOMES SCIENTIFICOS KAIAPO Gramineas, arvores, etc. Genipapo Chicha Pao de cheiro Pau duro Marmelada Marmel:da (fruit à écorce rugueuse ) Casca dura Pinhäo Mandacerú Bruto (anona) Muricy (byrso- nima ) Murciy do campo ( campestris ) Urucú Algodoeiro Amendoim Castanha do Pará Mamona Mangaba Bambús; leguminosas, plantas diversas 4 Taboca Taboca grande Taboca pequena (serve para ras- par o cabello ) Taboca do matto Pimenta mala- gueta Pimenta de cheiro Pimenta de cheiro Pimenta do reino Musgo Cansanção Ortiga Genipa ameri- cana L. Sterculia chicha m (e) rotti akrare putotti mono auorire ku kra itti rejo pin kok tukre ro) krati motu uage murure-i Jatropha curcas L. pin okre Rubiacea Epiphillum trun- mekard no kop catum ôgrere kute (i) kute (i) ka 6k Bixa orellana L. pi Gossipium kajotni Arachis hypogea karire Bertholettia ex: celsa H. B.. K, pim ore Ricinus communis kroroti Hancornia spe- ciosa bejñ Bambusia po-e po-ti po-re po-uto po katokre Capsicum bacatum boriü Capsicum odori- borikrati ferum 7 boriujojne bori tukre m (e) ram preit preit ka ok Piper nigrum PORTUGUEZ Nymphacea (va- riété Borracha Feijão Andú Fava Feijão comprido Amendui man- dubi Inhames Inhame comprido a0 a NOMES SCIENTIFICOS Hevea discolor Phaseolus com- munis Cajanus indicus Vicea Arachis hypogea Alocasia KAIAPO tet tekre pi ok motkrut motkrut bori motkrut tekopotti motkrut kum (e) net Kaureô mob mob kam (e) rotti mob jhiero mob itto mob ja üi mob jo mob tukre Os Cayapós plantam só: mandioca, milho, banana, inhame, batata, mamão. Ananaz Abacaxi Feto Cogumelo Arum (diversos ) Ananas sativus Ananas sativus muruñi jo akrani jo pikoire pi amak kro patti ve > ALIPIO DE MIRANDA RIBEIRO REVISÃO DOS PSITTACIDEOS BRASILEIROS TE Fr 4) LE =>)\ >) = = = 4 Seas A Sy dir did vs a Si Unt et a? ae VAMIE AN aki Revisão dos Psittacideos hrasileiros (RESULTADOS DE ESTUDOS DAS COLLECÇÕES Ronpon, Do Museu NACIONAL E DO MUSEU PAULISTA) Na conferencia por nós realizada no dia 3 de Maio no Museu Nacional, resumimos, para orien- tar o auditorio, sobre os Psittacideos brasileiros, os dous systemas de taxonomia mais em voga para o grupo das aves — o de Gadow e o de Zittel e con- stantes dos compendios de zoologia geral — o que nos permitte deixar de repetil-os aqui. Como para uso proprio empreguemos systema diverso, cujos motivos em tempo serão dados mas que são obvios da comparação que se queira realizar, démos tam- bem publicidade de tal systema que aqui reprodu- zimos : Scansores ( Cuculiformes >, Passeres ( Passeres, Coraciitcr- / Gophilae mes) | Cutinares ( Rasores, Tinamifor- mes, Falconifor- mes ). niiformes Chara- driiformes ). Natatores ( Anseriformes, Lari- dae). / Ornithurae \, Hydtophilae'< Tubinares ( Procellarifermes ), { (Lucas) Impennes aay Podicepi- didse, Sphenisci- | Eupteryges “ Fu (Gruiformes, Cico- formes ), AVES. a 4 Ichthyornythes \ Jasiopteryges . . . . Cursores Saururae e . + « Gryphosauri (Gryphosaurus). (Haeckel) Saururae ou aves com cauda de lagarto, en- cerrando até hoje’ uma unica forma conhecida e CSS "TS e representada por Gryphosauros lithographicus ( Meyer ). Todas as outras aves admittimol-as, com Lucas, sob o nome de Ornithura. Neornithes e Archeornithes não são admissiveis, porque todas as aves prehistoricas são archeornithes ; e não é possi- vel chamar uma /chthyornis d'outro módo. As Ornithuras acceitamol-as divididas tambem em Eupteryges e Lasiopteryges, estas encerrando as avestruzes e seus proximos parentes, aquellas subdivididas em dous grupos: Geophilae e Hydro- philae, segundo a affinidade psychica respectivamente demonstrada como vemos na chave acima. Como se vê, os Escansores occupam o alto do schema e entre os Escansores estão justamente os Psittacideos ou aves em forma de Psittacus — o papagaio, genero atè hcje attribuido ao Jacho africano. São aves cosmopolitas, ausentes comtudo das zonas frias. São conhecidas 980 especies das quaes competem ao Brasil 73. Não andam os zoologos muito de accôrdo de como devam classificar os papagaios — termo aqui empregado no sentido geral. Assim, Gadow considera- -os uma sub-ordem dos Cucos, dividida em duas familias — Trychoglosst- dae e Psittacidae ; ao passo que Reichnow conside- ra-os como ordem especial — Fibulatores com 8 fa- milias. Ao nosso ver continuamos a considerar os Psi- ttacideos como constituintes duina familia, divididos em varias sub-familias, de que nos interessam as formas brasileiras que poderão ser divididas em Conurinae, Pioninae, Urochrominae e Triclariinae, o que apenas esboçamos, para verificar depois que me- lhores estudos permittirem uma afirmativa cathe- gorica. A chave mais em voga — para este grupo — e constante do Catalogo do Museu Britanuico, ba- seia-se principalmente na côr. Assim, pois, preferi- mos propôr para as fórmas brasileiras. uma chave mais em accôrdo com a morphologia, contornando o RENE Gee mais pcssivel o emprego do colorido como caracter differencial. A origem dos Papagaios e Aráras do Brasil é attribuida por Goeldi ao Grupo dos Cacatuinae aus- tralianos, uma vez que elle pretende filiar as formas Deroptyus e consequentemente Triclaria às Caca- tuas. A sua opinião baseia-se no cocär de pennas erecteis da cervix de Deroptyus. Essa referencia se nos afigura erronea; o topete das cacatüas é frontal e tem a respectiva musculatura em funcção de uma crista mediana, inexistente em De- roptyus. O cocar de Deroplyus é, ao contrario, per- feitamente comparavel ao de Amazona vinacea. Se pretendermos procurar ligações faunisticas, devemos antes olhar para a ornis africana, onde en- contramos em Agapornis fórmas muito semelhantes às nossas Urochromas e Poeocephalus ao de Sal- vatoria e Pionus e F'ionites por um lado, emquanto Chalcopsittacus faz lembrar perfeitamente todo o grupo Conurinae. | Se insistirmos em buscar as fórmas mais affins de Deroplyus em Gôrris exotica, então scriamos le- vados a contemplar os Platycercos e sobretudo os Nestores da Oceania. Mas isto nadatem de extraordinario, porque os Nes- tores são effectivamente os Psittacideos mais antigos. Entrando na apreciação da parte systematica propriamente dita, temos à dizer. Salvadori enumera 17 generos de Psittacideos brasileiros ( Cat. Birds in the British Museum, vol. XX -- 1891) que, segundo as corrigendas de Hell- mayr, Berlepsch e as adopções de lhering, são os seguintes : 10 — Graydidasculus 11 — Pionus 12 — Deroptyus 1 — Anodorhynchus 2 — Cyanopsittacus 3 — Ara 4 — Conurus 5 — Pyrrhura 6 — Myopsittacus 7 — Psittacula 8 — Brotogeris 9 — Amazona 13 — Treclaria 14 — Pionopsittacus 15 — Gypopsittacus 16 — Crochrema 17 — Pionites ns nues none RENE Comquanto nada se conheça da anatomia in- terna dos psittacideos brasileiros e a morphologia externa seja o unico criterio admittido, por isso mesmo, pelos tratadistas, essa mesma morphologia não deixa em paz semelhante grupamento, confor- me vamos ver. Psittacus O genero Ara de Cuvier, (1) para as Aráras propriamente ditas, encerra actualmente, não só as especies deste typo mas, varias outras formas que nelle não podemos incluir. Aliás, já Bonaparte retirou-lhe as fórmas que se devem grupar em torno de A. auricollis dos auctores, sob o nome de Premolius ( 2) eda Ara- rauna sob o de Ararauna. (3) O typo de Guvier é Ara macão, synonymo de Pszttacus inacdo de Linneu, perfeitamente caracterisado pela diagnose restrictiva das tectrizes das azas, de côr amarella de ouro. A Arára macão de Linneu é a Arára acanga dos tapuias. Sua cabeça grande e deprimi- da, a posição lateral superior dos olhos, a direcção do bico quasi em angulo recto com o plano do vertice, a face núa desprovida de séries de pennas em semicirculos concentricos dos olhos, marcam-lhe posição perfeitamente à parte do que os auctores consideram Ara. Salvadori restringiu para o Jacho africano o genero Psittacus de Linneu, baseado na edição de 1766; antes desta, porém, já a edição X, de 1798, dava Psiltacus encabeçado pela Ardra macdo. Por isso, no nosso entender, Psittacus tem por typo Ard inacüo dos auctores. As demais formas desse typo, com a parte nua da cara recobertas de pennas, ficam restringidas à que denomino aqui Ardara, viz A. chloroptera empregando a designa- ção de Spix, conforme já foi adoptado por Schlegel. (1) Index Ornithologieus, I, pag. 84, n. 5, 1790. (2) Comptes rendus de Acad. Sci., XLIV, pg. 596, 1857. (3) Rev. et Mag. Zoolog., pags. 149 - 1854. Pete ate Araraúna Fundado por Bonaparte e tendo como typo 4. araraiúna, comprehende aquelas formas que os au- ctores chamaram de Ara araraina, A. canindé, de craneo deprimido e olhos altos, como em Psettacus, mas tendo a região núa da face percorrida por cir- culos concentricos de pennas, como em Ardara, mas o mento nu. E” possivel que as especies que lhe- ring repete como A. severa, À. maracanã, A. au- ricollis, A. manilata, A. nobilis e A. hahni, devam ser referidas à quatro generos diversos, tanto quanto o induzem os caractéres exteriores. O primeiro sob o nome de Hemipsittacus com o cranes não deprimido, o bico menor que a cabeça, narinas parcialmente cobertas com o ramo superior fortemente entalhado, os olhos nc plano do hiato, as faces percorridas por circulos concentricos e a coloração fundamental verde; tendo por typo A. severa de Linneu. Primolius de Bonaparte é o segundo, tendo por typo P. au- ricollis e das demais especies acima enumeradas P. manilatus. Encerrando ainda formas heterogeneas é caratérisado pela moderada depressão do craneo, face, lóros e narinas nuas. Subdividimol-o em dous, um com o bico normal e outro com mandibula mais dilatada que a maxilla. Estes grupos condu- zem aos generos Conuros e Brotogerys por C. no- bilis e à Pyrr hura por P. auricollis e P. mani- latus. Assim, restringida a forma Primolius para P. auricollis e P. late auctorum, verificamos ainda dever dividil-o em outro mais com caratéres que 0 jus- tificam ; Proconurus — para P. nobilis e P. hahni e Propyrrhura, nobis - com os caractères de Primolius, porém com as na- rinas recobertas. Typo — Prop. maracanã. Er le Conurus de Kuhl (1) é outro grupamento heterogeno que não póde subsistir como se acha e deve ser subdi- vidido. O typo de Kuhi é Conwros leucophthalmus. a nossa maracanã commum, ae que Hellmayr dá a seguinte «N. B.: €. leucopthalmus mostra, na dis- tribuição das cores wma interessante semelhança com a Ara nobilis (L.) (= Proconurus nobilis, no- bis), de que se separa facilmente pela orla fechada dos lóros, a falta da coloração azul da fronte e a coloração amarella viva das pennas tectrizes inferiores maiores das azas, etc. ». Ha, além disso a conformação do bico, cuja mandibula temo desenvolvimento caractéristico para, com as demais peculariaridades, isolar esta forma num grupo especial, intermediario entre Premolius e as demais especies de Conuri dos auctores; ex- ceptuadas as seguintes que devem ficar adstrictas, além de C. leucophtalinus ao genero Conurus pro- priamente dito: ©. acuticaudatus, C. haemorrhous e C. guarouba. Nendayus bp. (2) Talvez seja ainda um grupo heterogeneo, se o considerarmos como constituídos deN. nenday (Vieill.) (typo de Bonaparte). JV. solstitialis, N. jendaya, N. auricapillus, em nos occuvando sómente de especies brasileiras. Os caractères são: Forma geral de Conurus tendo porém o bico alongado, a mandibula não di- latada e incluida na maxilla; circulo nú perioph- thalmico largo, evidente; rectrizes gradativas equis- distantemente. Conurus cacloruin, aeruginosus, aureus be- delli, dos auctores formam dous outros grupos distin- ctos, um já assignalado por Bonaparte sob o nome de Hupsittula (3) ou melhor dito : (1) Conspectus Psittacorum pg. 4. — 1820. (2) Rev. & Mag. Zool. pg. 150 — 1854. (3) Comptes Rend. Acad. Sci. Paris, pg. 807. - 1853. PAR E is Eupsittacula tendo por typo E. canicularis (1) irmã gemea de É. aurea, com os caratéres apparentes de Nenday e mais as seguintes differenciaes : Circulo nú perio- phthalmico indistincto, recoberto de pennas; as re- ctrizes desegualmente gradativas. E outro Gymnopsittacus nobis (2) com aquelles caratéres, porém com a cauda desegual, o bico elevado, espesso e fórte, tomia grande- mente entalhada ; tarsos curtos, menores que o pol- legar (excl. a unha). — Especie typica: G. wed- delli, co-typo O. cactoruin. Myopsittacus de Bonaparte conduz à Tirica de Bonaparte, ge- nero que deve ser dissociado de DBrotogeris. Brotogeris e Psittacula como os comprehendemos aqui, ficarão perfeitamente naturaes. Com relativa razão Wagler incluiu em Psitracula o Periquito-Rey, do genero Pronopsittacus de Bonaparte; e grupado de modo ante-natural por Salvadori. Pionopsittacus deve ficar em connexão com os Conurus propriamente ditos, por Psztiacula e Amazona, como adiante veremos, e jamais ligado aos Hucimetes e outros como o fez Salvadori. bao Pyrrhura de Bonaparte, (3) cujo typo é a nossa tiriba, Pyrrhura vittata, é outro grupo muito natural e caractérisado pela cauda longa, cerumen nú, narinas expostas, 4.º primaria não attenuada, annel orbital completo e furcula presente. A região periophtalmica é nia como em Gymnopsittacus; e a coloração profusamente variegada de sépia, verde e vermelho mais ou menos ferugineo. Pyrrhura parece retomar posição ao lado de Conurus e par- . (1) Do Mexico e da Am. Central. (2) Gymos, nú, ops — olhos psittacus, periquito. (3) Naumannia. — 1856. po RAMO) pen tindo de Primolius, conforme já foi dito; e P. rho- dogaster, sezuindo o typo principal, parece, no em- tretanto, se afastar para um outro typo de cauda menos longa e coloração mais viva. LR td Gyposittacus, Eucinetes (Pro- nites ), Urochroma, Graydidascalus, Pionus e Ama- zona, são outros tantos grupos naturaes perfeita- mente definidos, porêm encerrando todas as formas que lhe attribue Salvadori. As fórmas peculiares de Pionopsittacus barrabandi e P. histrio não per- tencem à tal genero e não podem permanecer Jun- tas, tanto mais quanto esta ultima é um meio termo para Gypopsitlacus. Por sua vez Amazona não pode conter A. sxanthops; esta forma é perfeita- mente alliada de Graydidascalus e, como tal deve ir se allojar ao lado de Urochroma. Volvendo à Pronopsittacus, ja Ridgway (Proc. Biol, Soc. Wash., pg. 100 — 1912 e Chapman, Bird Life in Columbie, Bull. Amer. Mus. Nat. History. cg. 244 — 1917), frizaram o facto de ser tal ge- nero monoty pico. Comtudo, Mucineles, não pôde conter a forma barrabandr, de que fazemos typo do genero Cha- pmania ao lado de Pronites. A fórma da cauda, lembrada para as sub-fa- milias Conurine e Pionince, não corresponde à uma observação exacta, embora o pareça à primeira vista. Com effeito, não só essa forma não é exclusiva da nossa Ornis, o que já demonstra uma dialvse ante- natural, como, ainda a graduação é perfeita entre os dous grupos. Considerando-a sob o conjuncto quando fechada, a cauda tanto é conica em Ano- dorhynchus como em Brotogeris como em Prono- psillacus. Aberta, o seu contorno posterior póde se filiar à dous typos: Bitruncado — Anodorhynehus, Arara, Conurus, Psittacula, Graydidascalus, Amazona ete. Curvo — Tricluria, Deroptyus. GENEROS : A chave junta demonstra as relações de todos os generos aqui comprehendidos. Rectrizes attenuando-se “gradativamente para a ponta, sendo a sua férma sub-triangular , Rectrizes de fórma es- patulada, quando muito Ogival na ponta das medianas 4 | Cauda bi-truncada, egual © ao comprimento que vae da curva da aza à ponta das tectrizes pecundasias, ou mais curta , Cauda fechada subqua- / drangular, aberta de contorno posterior re- % Cauda eau nds + conica . . + Quasi egual ou menor que o com- primento do corpo e cabeça con- siderados juntamente . 5 fe Cara emplumada “42 prima- ria atte- nuada Cara ves- Cauda sub-conica , ( curva à ponta das tectrizes secun- | darias, Sexos dissemelhantes i : 4.º prima- ria nor- , mal F nho menor . i cara despro- à vida de linha | de pennas . Culmen E mia sem entalhe, compris À Lóros nús; tomin férte- à | mente entalhada. —. Culmen subgloboso, pete ay 7 andibula , Cireuto pe- Tarso maior \ mais larga EN UR que o pol= que o cul- 2 eee . Sos aS di _ | Bico normal. 4 Tarso menor que o pollegar, Y Culmen nor- mal; nari- | Circulo periophthalmico em- | “Lóros nús ; : “tomia enta- | “ada, o, Lóros emplumados ; ri to- mia sem entalhe, . Parte núa da cara percorr da por linhas de pennas. | a | EN E | ay é aaa de éros semirecobertos; tas plumado © reduzido a es- | io SXPos | treita fimbria; rectrizes Culmen na indistinctamente gradati- MRC IHS é ; \ vers P 4 narinas oc- cultas © Narinas villosas, Fa denegrido, regia periophthalmica nia a +) Narinas núas, bico alvadio, região ‘perio- phthalmica vestida . “ . | Egual ao comprimento que yae da curva da mão à ponta da primeira secundaria, Egual ao comprimento que vae dessa | Lóros vestidos. . | Cauda de transição, Lóros nús ; * canutilho | normal ; tamanho maior A Sexos semelhantes Rectrizes com a ponta do canutilho saliente ; ; tama- Bico kd Dn coma eae ponta do culmen muito Sato do plano do hiato e do entalhe lateral da tomia, não cochlear Rectrizes redondas, normaes ; Circulo periophthalmico médiocre. Cauda maior que 1/2 da aza; sub-caudaes concolores do corpo a « | Circulo periophthalmico nú maior; cauda egual a 1/2 da aza; sub-caudaes ornadas de rubro . Rectrizes chanfradas internamente ¢ mais ou menos ponteagudas externamente : Toda a cabeça recoberta de pennugem , . . Cabeça em- f Fronte e lóros recobertos de pennugens ; gonis da base excavada 4 x plumada . { Fronte e lóros normaes : Tonia francamente entalhada ; gonis de base excavada . A à k Tonia normal, gonis de base truncada à . a 2 Bico subgloboso alongado; ponta cochlear, hiato e entalhe da tomia mais ou menos no mesmo plano que a ponta ; i tectrizes \ laternes subtruncadas ; rectrizes medianas de ponta ogival : Região periophthalmica mais ou menos núa em torno das palpebras . : “ . « . . { Região periophthalmica e a anterior aos olhos e a base do bico mias Rectrizes medianas truncadas ; região periophthalmica vestida, Pennas cervicaes grandes, subtruncadas e erecteis dondo, egualando. ao | comprimento que vae | da articulação do carpo à ponta das remiges + secundarias. = ( Pennas cervicaes normaes , a a q . : 30 rats “a { ago 4 Propyrrhura oa Primolius ’ Proconurus é - Conurus Nendayus ' i Sea Eupsittacula Myopsittacus Pyrrhura Tirica Brotogerys Psittacula Pionopsittacus Amazona Pionus Gypopsittacus Eueinetee Chapmania Pionites Salvatoria Graydidascalus Urochroma Deroptyus Triclaria “ DIAGNOSES Psittacus Linnaeus Syst. Nat., pag. 96 — 1758 Forma grande. Pennas em geral grandes, (especialmente as escapulares) rijas, arrumando-se mal sobre o corpo: cara completamente despida de pen- nas e tendo sómente cerdas finas e irregularmente esparsas. Bico muito desenvolvido. Gonis muito grande e dilatado para traz, negro. Todo o bico é maior que o resto do craneo, cujos ossos superio- res são deprimidos e sub-planos, quasi em angulo recto com o culmen. O annel orbital é completo e a furcula presente. As azas são menores que a cauda que é maior que o corpo e a cabeça consi-: derados juntamente. Fôrma brasileira : 1 — Psittacus MACAO, Linnaeus Arira Piranga; Ardara Macão; Ardara Acan- ga dos brasileiros (incl. tapuias ). Tem a ponta do bico denegrida como os lados e a gonis. A cara como o resto do culmen carneos, os pés cinéreos e as unhas negras. Iris sulfurea. A cor fundamental da plumagem é escarlate viva. As coberturas médias, maiores e as pennas escapulares maiores são amarellas de enxofre com o rebordo superior e terminal verde. Corpos supte., remiges, região sacro-coccygeana, coberturas superiores e inferiores da cauda e ponta das rectrizes medianas e maior parte das lateraes, tambem o canutilho no lado superior de todas as rectrizes de côr azul cada vez mais extensa para as lateraes. De AN po a O azul do carpo é tambem mais vivo, bem como o rubro da pagina inferior da cauda e das azas tem cambiante de ouro. Dimensões : Bico 0m,047 4 0m,052 ; aza Om,359 à Om,390 ; cauda 0m,428 à Om,592 ; tarso 0.n,054 à Om,040 ; ovos 48 e 55 mm. Distrib. geogr.: Desde o Mexico, pela Ame- rica Central até Bolivia, Guyanna e Valle do Ama- zonas. Costumes: Segundo Euler (1) (2) a Arara- macão põe 2 ovos brancos de 48 e 52 mm. de comprimento e 33 à 30 de largura. Arara, Spix Av. Bras., IT, pg. 27 -- 1824 Forma e typo como no genero anterior, tendo à mais a região núa da cara percorrida por circu- los concentricos de pennas. Especie brasileira : 2 — ARÁRA CHLOROPTERA (Gray) Arára- Vermelha Arára-Piranga, com os ca- ractères de côr egualmente semelhantes 30s de Psittacus macdo ligeiramente mais escura; as pen nas tectrizes medianas e escapulares veraes em vez de amarellas. Dimensões; Bico Om,056 à ‘Om,071; aza )m,398 à Om,420 ; cauda um,475 4 Um,990; tar- so Om,034 à Um,041. Distrib. Geogr.: «De Guatemala as Guyanas, Bolivia e Paragnay e Argentina, Valles do Ama- zonas, Paraguay e Paraná. Costumes: Diz Bertoni que esta ave parece que dorme no terit. argentino para comer diaria- mente no Paraguay, ondo se nutre especialmente de Esembechia guatambi. Põe dous ovos brancos em buracos de arvores isoladas. (1) Rev. Mus. Paulista, pg. 85 ex Schomburgk. , / f eee. idée res » di it nb té ét die: Dé ‘he de un té: + nd Sin mm © fee Éd 6 ae dt ER eee Araraúna, bp. Rev. Magasin de Zoologie, pg. 149 — 1854 Genero identico à Ardra com a base do gonis muito dilatada e desprovida de pennas em toda extensão da mandibula. Região nia da cara além das pennas em linhas parallelas fortemente pigmen- tada de brenco. Bico unicolor, disposto não em angulo recto com a cabeça, mas seguindo-lhe a curva. Coloração fundamental azul e amarella. Especies brasileiras : Maior, com uma cinta negra, trans- era na Ardant A eos! Lt 1 À. araraúna. Menor, com uma cinta azul, trans- versa ua Farganta, so qse a 2 À. canindeé. 3 — ARARAUNA ARARAÚNA (L. ) Ardra-Una ; Canindé Bico negro, pés cinéreos; pelle da região nüa da cara e da base do gonis pigmentada de branvo. Iris amarella-sulfurea. Plumazem verde clara na fronte, passando à azul celeste no vertex; esta cor se estende por toda a parte superior do pescoço ao corpo, das azas e da cauda. Linhas de penras da cara e pennas da base do gonis, sobre a garganta, de côr negra ou negra esverdeada. Toda a parte inferior do corpo, desde a região auricular, ama- rella de chromo. A pagina inferior das remiges e rectrizes mais olivacea. Dimensões : Bico Om,037 à Om,050; aza Om,362 à 0Om,415; cauda 0m,430 à Om,580; tar- so Um,036 à Jm,041. Distrib. geogr.: « America tropical do Panama à Batavia é Guyana, valle do Amazonas ». Costumes: Euler (1) diz que esta arára põe (1) Rev. Mus. Paulista — IV, pg. 86. Ihering tran- sereve Nehikora (pg. 175) dizendo serem as dimensões 90 X 35 mm. EEE fo En ovos brancos de 60 mm. no maior diametro Iloehne encontrou ninhos cavados no estipe dos Buritys, con- forme o croquis junto. 4 — ARARAUNA CANINDE ( Wagl. ) De cores semelhantes à precedente da qual differe por ter a fronte do azul geral do corpo e a gola verde. A região núa da cara é menos ex- tensa e suas pennas verdes mais cla- ras. Distrib. geogr. : Brasil central e meridional; Paraguay. Cyanopsittacus Bp. Rev. et Mag. de Zool., py. 149 — 1854 Ninho de Araraúna , epee 5 E' um genero de transição cujo cavado no tronco de bu- bico de culmen maior que o dobro " sssundo Hoehne. da altura, tem um fórte entalhe salientando um den- te lateral. Lados da cara (queixo) recobertos. Remiges 1 e 5 eguaes, 2, 3 e 4 idem. Especie unica. 9 — CYANOPSITTACUS sPIxII ( Wagl. ) Dimensões : Comprimento total bico aza cauda tarso 0,"650 0,"022 | 0,"235 | 0,"362 | 0,023 Coloração : Azul claro cinereo para a cabeça e pescoço; algumas das pennas do dorso com a mar- gem terminal negra; bem como a margem externa das retrizes do braço; canutilhos e pagina interior das pennas da cauda fuliginosos, pagina inferior das re- ctrizes e coberturas secundarias inferiores das azas, cinéreas, coberturas inferiores das primarias da côr azul do thorax e abdomen. Bico e pés negros, Às re- 4 im bal = geet OG ES te EG CE BE - ' = — ee eee ee ee) Ce PRE nd. ee ey op ado Miranda - Ribeiro — PSITTACIDEOS DO BRASIL — Est.l REV. DO MUS. PAULISTA, VOL. XI! acer ma, | et Dia a q. Araraúna araraúna Anodorhynchus hyacinthinus Mir. Rib. del. ad. nat. SET ME) res miges tem o centro de azul mais escnro e a margem interna denegrida. As rectrizes lateraes tem o meio azul e a margem interna denegrida. Habitat: Parece circumscripta ao Estado da Bahia. Anodorhynchus, Spix Av. Bras. I, pg. 47 e est. XI- 1824 Este genero fundado por Spix à pg. 47 das « Avium species novæ» etc., como intermediario entre as Araras e Araratingas, baseia-se especial. mente sobra o annel orbital incompleto e os lóros emplumados, sendo o bico completamente sem entalhe no ramo superior, onde ha apenas sinuosidades que apparecem com a edade do animal. A coloração tende ao typo uniforme constante; a pelle da base do gonis nua. O annel nú, periophtalmico não se estende por toda a face e o bico é muito robusto tendo a face trituratoria bastante longa. Pouco se conhece do costume das aves deste genero que são raras e não foram observadas em Natureza. Ha tres especies que se distinguem pelo tamanho e, colorido confórme a chave junta. 1 Comp. total 1m,115, côr azul co- balto uniforme . . . . . 1 A. hyacinthinus 2 Compr. total 0,"770, garganta ; e peito pardacentos , . . 2 À. glaucus Compr. total 0,"600, garganta e partes inferiores esverdeados 3 A. learz [jo] 6. — ANODORHYNCHUS HYACINTHINUS ( Lath. ) Ardra-Una ; Arára-Preta; Ardra-Azul E' a maior das aráras; são as seguintes as suas dimensões; bico 0,069 4 0,080 e 0,095; aza 0,403 à 0,442; cauda 0,490 à 0,607; tarso 0,037 4 0,047; total: 1,080 à 1,135. ERA Er puts Coloração: bico, iris, tarsos, pés e palpebras negros; região periophthalmica e base da mandi- bula amarellos chromo; pagina externa de toda a plu- magem azul cobalto, ligeiramente mais clara na ca- beça, pescoço e no peito; base das pennas cinérea ; pagina interior das pennas maiores e margem do lado interno das remiges, negra sépiacea. Costumes : Encontrei Anodorhynchus hyacin- thinus no Estado de Matto Grosso, alimentando-se da polpa do côco de burily. Distrb. geogr.: Pará, Matto Grosso, Minas e São Pauio. 7. — ANODORYNCHUS GLAUCUS ( Vieill ) D mensões : Total 0,770; aza 0,"380 ; cauda 0,"400 ; bico 0,"069 ; tarso 0,"050. Côr : I azul esverdeada; cabeça, pescoço bo- chechas cinéraceos; garganta e peito com laivos pardacentos ; partes inferiores, coberturas alares in- feriores mais verdes — no mais, como a especie pre- cedente. (Salvadori). Narinas amarellas ( Reichn ). Distrib geogr.: Brasil, Paraguay, Uruguay e Argentina. S — ANODORYNCIIUS LEARI bp. Dimensões : Compr. total 0,"60; aza 0,"36; cauda 0,742 ; “bico :0,° 078 5 tarso 07035. Cor: Differe da precedente por ter o pescogo e as partes inferiores azues esverdeados; as pennas dorsaes- e escapulares e coberturas com estreita margem mais pallida e as do abdomen distincta- mente marginadas de azul esverdeado. Pés dene- eridos. Não conheço esta arára sendo os dados acima fornecidos por Salvadori de um exemplar adulto, macho, da collecçäo Sclatter, Pensa-se que a sua patria seja o Brasil. ( Compil. ) Hemipsittacus, gen. nov. Craneo sub-deprimido, curto, porém maior que o bico; este elevado, com a tomia fórtemente enta- « § | E 4 b a Se BT as lhada; gonis de tomia sinuosa e base nua. Narinas semi-occultas entre cerdas. Cara e mento nus e aquella percorrida por linhas parallelas de pennas con- centricas aos olhos que ficam no plano do hiato. Pen- mas escapulares mediocres. Typo: Petlacus severus. 9 — HemipsiTTACUS SEVERUS (L. ) Maracand-Aci ; Anacan Bico e pés negros; pelle nua de cara pigmen- tada de branco. Plumagem: Coloração geral verde com reflexos amarellados ou pardos, as pennas com a base cinérea sépiacea. Linhas de pennas da região nua da cara, negra. Pennas e cerdas da fronte e base do culmen e uma fimbria dos lados da cara, entre 0 bico e o ouvido, cor de terra de Sienne, tirando ao sarguineo na base do culmen; alto da cabeça e nuca, bem como os lados do pescoço e meio do peito e coberturas inferiores da cauda, lavados de azul. Articulação carpal e as coberturas inferiores menores da aza, de côr rubra sanguinea, com al- gumas pennas verdes junto da base das remiges ex- ternas. Coberturas inferiores maiores olivaceas ru- bescentes. Remiges primarias azues com o canutilho e a margem interna da barba interna e ponta negros, na pagina superior; remiges secundarias dessa côr com a barba externa do verde geral; remiges tercia- rias escapulares desse verde. Pagina inferior de todas as remiges cuprea, sendo os canutilhos e o bordo externo e ponta das primarias enfumado e a ponta das secundarias amarellado ; terciarias dessa ultima côr. Rectrizes com o canutilho côr de terra de Sienne; a parte basilar d’essa cor cambiando ao ferrugineo e depois para o azal nas pontas e barbas externas. Calgdes. Região perianal e pagina in- ferior da cauda vermelhas com cambiantes de cobre. Dimensões : Bico 0,"031 ; aza 0,241; cauda 072095; tarso 0,7024. | Nehrkorn obteve ovos que medem 34 X 27 mm. Distrib. geogr. «Valle do Amazonas até Bo- livia, Guyana, Colombia, Panama, Perú e Equador. “E ARY Prophyrrhura, gen. nov. Forma geral de Hemipsittacus do qual differe pela restricção do espaço nú da cara que não é re- coberta de filas parallelas de pennas. Bico fórte, muito elevado e com a tomia sem entalhe. Gouis dilatado posteriormente. Especie brasleira. 10 — PROPHYRRHURA MARACANAN ( Vieill. ) Ararinha Bico negro, pelle nua em torno do bico e lados da cara carneos. Pés amarellos com as unhas negras. Plumagem. Coloração fundamental verde mais ama- relladas para a base da cauda. Uma nódoa na base do culmen, entre as narinas, de côr escarlate viva, abaixo das narinas negras; cabeça azul passando gradativa- mente para o verde sobre o pescoço ; uma larga nódoa sobre a região sacral de cor escarlate viva e formada por fachas dessa côr existente na metade terminal das pennas ; outra nódoa escarlate muito menor sobre o meio do abdomen, entra as coxas. Pennas do corpo, tectrizes médias da mão, remiges primarias e se- cundarias azues cum a margem externa mais clara, os canutilhos pretos, a margem interna fusca e a órla terminal preta; remiges terciarias da côr das escapulares, um pouco mais olivaceas. Rectrizes me- dianas com a base ferruginea-olivacea e a ponta azulada denegrida ; as immediatas tem o ferrugineo e o azul mais vivo. Esta ultima côr vae invadindo as pennas do centro para os lados de modo à oceu- par toda a margem externa da ultima lateral; a mudança do azul para o ferrugineo, dá-se por inter- medio do verde. Pagina inferior, remiges e tectri- zes de côr amarella olivacea com brilho metallico. O bordo destas pennas é escuro e as coberturas in- feriores, menores, são azuladas. Dimensões : Bico, Om, 025 à Om, 026; aza Om, 207 à Om,-217; cauda Om, 212 4 Om, 224; tarso Om, 021, 4 Om, 023. #1 randa - Ribeiro — PSITTACIDEOS DO BRASIL — Est. Il REV. DO MUS. PAULISTA, VOL. XII 2— Primolius auricollis 1 — Hemipsittacus severus 5 - Propyrrhura maracanan 4-Proconurus nobilis e r. Rib. del. ad nat. PE ONE Nehrkorn dá para o ovo as seguintes dimensões 86, 9X 29 mm. Distrib. geogr.: Brasil ( Rio Grande do Sul) e Paraguay. Primolius. Bp. Comptes Rendus de V Acad. des Sciences de Paris, XLIV pq. 596-1857 Bico elevado, mais alto do que longo, gonis mais largo do que o culmen cuja t>mia é entalhada e cujo contorno segue o perfil do craneo, moderada- mente curvo e não muito deprimido. Base de todo o bico, lóros e cara nús. Coloração fundamental verde. Especies brasileiras dispostas da seguinte forma : Culmen comprimido e tomia fértemente enta- lhada. Um annel amarello sobre o pescoço abdomen de côr geral, . . . 1 P. auricollis Pescoço sem anne) amarello abdo- men vermelho bis o 2 Bo manelatus 11 — PriMoLIUS AURICOLLIS ( Cass.) Bico denegrido na base e alvadio na ponta e nas regiões salientes do gonis. Lado nú da cara amarello denegrido; pês amarellos, miniaceos. Pluma- gem. Fronte, vertex e lados do queixo denegridos cambiando para o verde garrafa. Garganta com lai- vos ferrugineos. Coloração geral verde garrafa. Uma nódoa crescentiforme, transversa, de cor ama- rella de chromo, com algumas pennas miniaceas, sobre a base do pescoço. Pennas superiores do carpo azues. Paginas superiores das remiges azues, a primeira tendo o centro, as demais primarias e secundarias anteriores tendo o canutilho e o bordo interno negros ou denegridos. Secundarias poste- riores e terciarias com o bordo externo mais ou menos largamente verde garrafa. Paginas superio- res das remiges centraes tendo os 3/5 da base fer- rugineos, e os 2/5 terminaes azues; as dnas late- raes são azues, lavadas de ferrugineo na base e RAL ys oe Ge nas barbas internas, sendo a gradaçäo perfeita de umas para as outras; e todas ellas tem o canutilho negro. A pagina interna, das remiges e das rectrizes amarella de ouro; e as pontas e canutilhos denegri- dos. As pennas perianaes são lavadas de ferrugineo e as subcaudaes de azul. Dimensões : Bico Om, 021 à Om, 026; aza Om, 195 4 Om, 215; cauda Om, 171 4 Om, 220; tarso Om, 020 à Om, 0233. Distreb. geogr.: Brasil — Matto-Grosso, Boli- via, Paraguay e Argentina, Costumes : Encontrei e colleccionei esta especie nas margens do Rio Jaurú ( Matto-Grosso ) nas ar- vores altas do campo, aos casaes. Não se lhe .co- nhece o ovo, nem a nidificação. 12 — PRIMOLIUS MANILATUS ( Bodd. ) Ararinha Bico completamente giabro e lustroso, negro sé- piaceo na base com a parte dorsal do culmen e duas estrias no angulo do gonis de côr pardacenta al- vadia. Narinas, lóros, lados da cara e base do bico totalmente nús de côr carnea amarellada. Pês par- dos, unhas da mesma côr. Plurragem : Lado supe- rior de coloração geral verde olivacea, o canutilho das pennas denegrido, o meio com ligeiros reflexos azu- lados e as margens amarelladas ou sépiaceas ; urupigio mais amarellado. Lado inferior mais um pouco azu- lado na cobertura dos ouvidos. Algumas pequeninas pennas da garganta avermelhadas ; abdomen e região perianal rubro-sanguineos. As tectrizes alares e prin- cipalmente as remiges, tem o azul do meio da penna muito mais intenso e largamente espalhados do que occorre no corpo, onde esta côr só se salienta em certas incidencias. No lado inferior das azas e pa- gina inferior da cauda domina o amarellado oliva- ceo, em certas incidencias dourado. Algumas pennas do lado inferior do corpo tem o centro azul indis- tincto emquanto a hase de todas as pennas é cine- racea lilacinea. O bordo posterior das remiges é é enfumado. ET fa Dimensões: Bico Om, 020 à Om, 022 ; aza Om, 23 à Om, 269; cauda Dm, 205 4 Om, 254; tarso Om, 023 à Om, 030. Distrib. geogr.: Valle do Amazonas, até Equa- dor e Perú. Proconurus, nob. Bico mais elevado e sub-globoso, com a ponta muito attenuada em estylete ; entalhe da tomia baixo, gonis largo e espheroidal, de base semiescavada. Olhos quasi no perfil do osso cephalico. Alto do craneo muito deprimido, em angulo recto com o culmen; narinas lóros e lados da cara e base do gonis nús. 4.º remige de ponta chanfrada. Culmen branco carneo. 1 P.nobilis ESPECIES BRASILEIRAS Culmen negro, 4... 3-2) Phalna 13 — Proconorus NOBILIS (L. ) Maracana Culmen branco carneo com a ponta denegrida ; gonis denegrido ; pelle nua da cara e da base do bico amarellada. Pés e unhas denegridos. Plumagem : Cor geral verde, mais amarellada do lado. inferior. Fronte azul até sobre os olhos; a primeira tectriz média e a primeira sempre têm a barba externa azul, pagina inferior de todas as remiges e rectrizes amareila olivacea com brilho metallico. Articulação do carpo e tectrizes inferiores e marginaes da mão dum escarlate vivo; pennas perianaes avermelhadas. Dimensões : Bico Om, 022 Om, 026; aza Om, 179 à Om, 195; cauda Om, 162 à Om, 185; tarso Om, 018 à Om, 022. Distrib. geogr.: Brasil. De São Paulo para o Norte e Oeste. Costumes : À maracanã vive em grandes bandos, nos logares copertos de mattas. E' provavel que ni- difique em pãos ôcos; sua postura não é conhecida. 14 — PROCONURUS HAHNI ( Souancé ) Differe da precedente em ter o culmen da côr do gonis. E menor. SOUDE RES Dimensões . Bico, Om, 023 ; aza Om, 172 ; cau- da Om, 135; tarso Om; O18. Distrib. geogr.: Rio Branco e Guiana. Costumes : — Nada se conhece à respeito. Conurus Kubl. Conspectus psittacorum, pg. 4-- 1820 Bico elevado sub-globoso, com uma calha me- diana superior no culmen, cuja tomia é entalhada ou como em Proconurus, de ponta styliforme. Go- nis, de base sub-excavada. Narinas semi-occultas nas pennas dos lóros, como tambem o fica o cerumen, muito pouco evidente. Olhos circumdados por uma area periophihalmica rugosa, núa, 4.º primaria atte- nuada. Coloração geral verde ou amarella com or- natus rubros azues ou amarellos. a — Ponta do culmen normal: : os \Fronte verde como o corpo. . . . 1. leucophtalmus Especies brasileiras /Fronte amarella como o corpo, . . 2 C. guarouba b — Ponta do culmen stylliforme Frontea zul, bico branco, retrizes ru- bescentes na barba interna , . . 3 C. haemorrhous 15 — Conurus LEUCOPHTHALMUS ( Mull. ) Maracanã, Araguahy Bico, região nua periophthalmica cárneos alva- dios; pés mais escuros com as unhas denegridas. Côr geral verde; coberturas menores inferiores escar- lates como as vezes O são as pennas do extremo das tibias e algumas outras esparsas da cabeça. Pagina interior das remiges e rectrizes amarella aurea. Um exemplar das culleeções do Museu Nacio- nal é quasi totalmente escarlate sanguineo. Dimensões: Bico Om, 020 à Om, 023 ; aza Om, 160 4 Om, 175; cauda Om, 144 4 Om, 198 tar: so Om, 020 à Om, 022. D strib. geogr.: Costumes: Vive ao bandos e nidifica em tócas ou grutas de pedras. Em Matto-Grosso encontrei-as nidificando nas grutas calcareas de Jacobina, em Se- tembro de 1908. DS [6 — Gonurus GuAROUBA (Gm. ) Guaruba, Guarajuba, Tanajuba Bico, região periophtlialmica de côr carnea ama- relada ; pés pardacentes, unhas denegridas. Pluma- gem amarela de ouro, uniforme na curva da aza e nos calções. Remiges verdes na pagina superior, amarellas le ponta enfumada na inferior. Dimensões: Bico Om, 031; aza Om, 200; cau- da Om, 160; tarso Om. 021. Distrid. geogr.: N. F. do Brasil. Costwines : Apezar da sua belleza esta ave não tem ainda conhecidos os seus costumes. 17 — CONURUS HAEMORRHOUS ( Spix. ) Bico e pés carneos miniaceos, região periophtal- mica mais clara. Plnmagem geral verde. Ironte azul clara, algumas pennas da curva da aza com laivos dessa cor. Canutilhos azues denegridos ; orla posterior das remiges denegridos, barba interna das rectrizes, até perto da ponta e nas duas paginas, excluidas as duas medianas, vermelha. Pagina inferiur das remiges amarellada cinerea clara; extremo e orlas dessas pennas enfumados. Algumas vezes as coberturas in- feriores méd as das azas com órla vermelha. Dim.nsões: Bico Om, 023 à Om, 025; .aza Omet7O 4 Om, 193); cauda Om, 191a Om; 174; ars - Um, 019: 4 Om, 021: Distrib. geogr.: Matto-Grosso à Bahia. Nendayus bp. Rv. et Mag. de Zoologie, pg. 150 -- 1854 Bico mais longo do que alto, de cerumem evi- dente e base do gonis nti: e sob- excavada. Tomia do culmem forremente entalhada. Um circulo pe- riophtbalmico largo recoberto de cerdas e plumulas rijas e delgadas; só as palpebras verdadeiramente nuas. 4.º remige attenuada. Rectrizes equidistan- tes, graduadas do meio para tráz. Cabeça negra . . 1 N. nenday Thorax, ventre e Cabeça amarella sacrum amarellos US pe ae EN Naa, NT SOLBLELOG LCS ou rubescete Thorax, ventre e f Toda a cabeça amarella 3 N. jendaya sacrum miniaceos | Só a fronte amarella , 4 N [auricapillus AP fea 18 — Nexpayus NENDAY ( Vieill. ) Maracanã, Nenday Bico e região periophtalmica negros. Base do gonis e pés, carneos amarellados ; unhas pardas. Plu- magem. Cor geral verde mais amarellada para o tho- rax, coberturas inferiores das azas, região lombar e abdomen. (Cabeça negra até a nuca ( onde passa pa- ra o verde geral por uma zona intermediaria fer- ruginosa) e até as coberturas auriculares ( exclu- sivas ) e base do gonis; lado inferior deste leve- mente azulado. As pennas do pescoço accentuada- mente desta ultima côr numa larga nódoa sobre o. papo. Coberturas superiores maiores das remiges primarias azues, denegridas para o centro. As mé- dias tem o centro e a barba interna azues e as pe- quenas da oria carpal são amarellas. Remiges pri- marias, a primeira com a barba externa azul, o ca- nutilho e o lado interno negro com reflexos azues. As outras tem a metade basilar da barba externa verde cambiando para o azul para o centro e para a ponta, com a barba interna denegrida com cam- biantes azues. Remiges secundarias ; as duas anteri- ores azues com o canutilho e a barba interna negros. as demais vão augmentando o verde da barba exter- na até as tres ultimas que são totalmente desta cor. Pennas da metade inferior das tibias e da região perianal escarlates. Cauda superiormente verde oli- vacea na base e no centro cambiando para o azul na ponia e nos lados. Ganutilhos negros. Pagina in- ferior das azas e da cauda ardesiacos. Dimensões: Bico Om, 02! à Gm, 022; aza Om, 175 à Om, 177; cauda Om, 171 à Om, 178; tarso Om, 19 à Om. 020. Distrib. geogr.: Matto-Grosso e Paraguay. 19 — NENDAYIUS SOLSTITIALIS (L.) Jandaya, Guaruba Bico, pés e região periophthalmica amarelos. carneos. Plumagem : Cor geral amarella de chromo.. tirando ao miniaceo nos lados dos da cara, thorax. PNR SEA LE ventre e lombo. A metade basilar das grandes tectri- zes e barba externa das remiges e da metade sub- terminal das rectrizes de côr verde «ue cambia pa- ra o azul na metade terminal e meio da penna nas remiges ; e, além disso cambia para o amarello azei- tonado na metade basilar das rectrizes. Barba in- terna das rectrizes, na pagina inferior e ponta, ama- rella sobre o fundo sépiacco de toda a penna. Aza bastarda e barba externa da primeira remige azues. Dimensões : Bico Om, 019; aza Om, 160 ; cau- da Om, 161; tarso Om, 019. Distr. Geogr.: Guyanas — Rio Branco. NENDAYUS JENDAYA (Gm. ) Jandaia Bico, região periophthalmica e pés negros; pal- pebras branca com as órlas negras. Pluiiagem : Fron- te, lóros. pennas em torno do circulo ocular e co- berturas aariculares, toda a garganta e regiões in- feriores do corpo, flancos e sacrum e tectrizes sub- alares médias miniaceos. Pennas das coxas com a base verde azeitona e v extremo livre miniaceo. Dor- so, desde o pescoço, cobertura das azas, bordo ex- terno das remiges verdes; coberturas inferiores e su- periores das rectrizes verde um pouco mais claro. Lado interno das bastardas, externo e mediano das remiges secundarias da primeira primária e meio das demais, azues ; tectrizes sub-alares medianas mi- niaceas ; pagina inferior das remiges e das rectrizes schistecea. Rectrizes de base olivacea depois se trans- formando em verde e depois em azul e extremida- de denegrida, como o é o bordo interno de todas as remiges. Canutilhos azues. Dimensões : Bico Om,19 à Om,020 ; aza Om,150 à Om,160 ; cauda Om,139 à Om,149 ; tarso Om,016 à Om, 020. | Distr. Geogr. : Piauhy, Ceará e Pernambuco. 21 — NENDAYUS AURICAPILLUS ( Kuhl.) Bico, região nua periophthalmica, pés carneos denegridos, cineraceos. Plumagem : Fronte e lóros AR QU sanguineos; para o alto da cabeça essa côr se tor- na amarellada viva e para baixo dos olhos e região auricular se reduz, mesclando-se ao verde geral do corpo; na garganta reapparece esbatida na órla das pennas das bochechas e muito mais evidente, com- quanto tendendo ao vinaceo sobre o peito, abdomen e calções das tibias. O verde é a côr dominante da nuca, bochechas, pescoço, região dorsal superior e coberturas das azas e parte basilar da barba exter- na das remiges maiores. Na parte dorsc-lombar reap- parece diffusamente o vermelho vinaceo na região sacral; e nas coxas cede terreno ao verde geral — ahi mais olivaceos. A aza bastarda as tectrizes inaio- res da mão, o meio e órla tarminal externo das re- miges, azul escuro, tendo aliás, todas as plumas o canutilho e uma ampla órla interna e a ponta ne- gros. A cauda tem as duas pennas medianas amarel- ladas com o canutilho e a ponta azues, havendo a necessaria transição verde de uma côr para outra. Nas outras rectrizes lateraes o amarellado foge pa- ra a barba interna e desapparece nas ultimas, subs- tituindo pelo verde que reapparece na barba exter- na das penultimas e pelo azul que quasi as occupa em toda a extensão. Inferiormente a curva da aza é verde, havendo azul só no meio das pennas menores ; as coberturas médias e menores são es- carlates, com alguns laivos amarellos; as maiores são cinzentas, côr que occupa a pagina inferior das remiges, onde ha um tom sulfureo na barba interna. O exemplar que servio à presente descripção procede de Goyaz. | Habitat: Brasil — da Bahia ao Paraná, S. Pau- lo e Goyaz. Gymnopsittacus gen, nov. Férma parecida com a do anterior tendo o bi- co muito mais forte e muito mais alto do que lon- go; culmen com a tomia entalhada. Tarso muito curto. Narinas descobertas, bem como a base de to- do o bico. Região periophthalmica largamente nua, ‘yeu pe “jop “ql IN fiepuau snflepuay | I]BPppaM snaeyisdouwfin \ snujpujuydoona| sninuog . Ear Mer sendo a pelle rugosa. 4.º remige menos attenuada que as duas anteriores. Coloração geral verde. Especies brasileiras : Bico claro, tectrizes Pennas da cober- | auriculares verdes . . . 1 G. cactorum tura inferior da cau- da verdes amarella- das. Thorax ama- Bico denegrido, trectri- rellado . . . .. | zes auriculares sépiaceas 2 G. aerugino- sus Pennas da cobertura inferior da cauda com o centro azul, thorax verde . . . . «3 G. weddelli 22 — GYMNOPSITTACUS CACTORUM ( Wied. ) Bico e região periophthalmica cor de carne, pés mais cinéreos, unhas denegridas. Plumagem : Alto da cabeça, coberturas auriculares parte superior do corpo dum matiz olivaceo que é amarellado nos lados do papo, no peito eno ventre; cobertura inferior da cau- da verde amarellada. Calções verdes com o bordo interno e uma órla sub-marginal denegridos; essa órla é debruada por uma estreita fimbria branca ; a pagina inferior das remiges schistacea. Rectrizes verdes com o centro aznlado e a orla da barba in- terna das lateraes amarellada ; pagina inferior schis- tacea dourada. Os exemplares do Museu offerecem dous coloridos que pódem ser indicadores da edade ; ou a fronte é verde, ou sépiaceaa zulada, em todo o caso as coberturas auriculares são sempre verdes. Dimensões: Bico Om, 015 à Om, O17 ; aza Om, 132 4 Om, 142; cauda Om, 112 à Om, 123 ; tarso Oni, 014 à Om, 015. Distr. :Geogr.: De Venezuella até Bahia. 23 — GYMNOPISTTACUS AERUGINOSUS (L.) Esta especie quasi se confunde com a anterior da qual différe, apenas, pela cor do bico e pelo sépia- ceo da parte anterior da garganta que invade todas as pennas da cobertura auricuiar. CN: ee Distr. Geogr.: Venezuela e Guyanas; N. do Amazonas. 24 — GYMNOPSITTACUS WEDDELL ( Deville) Bico e pés sépiaceo denegridos; base do bico e cir- culo periophthalmico côr de carne. Plumageim: Cabeça parda cinérea, mais sépiacea para a3 coberturas au- riculares; as pennas do vertice vão ganhando em verde para a nuca onde apenas ha laivos cinéreos. A côr geral é a verde amarellado claro para o ab- domen e cobertures inferiores maiores das azas. Car- po verde com poucas pennas azues. O azul encon- tra-se depois nas duas tectrizes anteriores médias e nas maiores do metacarpo centro e extremo das remiges e rectrizes e meio das pennas sub-caudaes. Da se- gunda remige primaria em diante o bordo externo e da côr verde geral e o interno enfumado. As rectrizes tem esse verde nos lados da base para o vertice, sendo que a barba inlerna das maiores, cen- traes, é sépiacea. Pagina inferior das remiges e re- ctrizes denegrida. Dimensões : Bico Om, 017 à Om, 019; aza Om, 131 4 Om, 147; cauda Om, 105 à Om, 124; tarso Om, 015 à Om, 017. Distrib. geogr. : Equador, Perú, Bolivia; M. Grosso, Pernambuco e Amazonas. Costumes : Encontrei este periquito sempre em pequenos bandos nas lixeiras das catingas, em Mat- to-Grosso — chapadão parecis. A's vezes está em companhia de Æupsititacula aurea. EK confiante, dei- xando-se approximar facilmente. Eupsittacula, Bp. Comptes Rendus de V Acd. Sciences de Paris—pg. 807-1853. Bico fraco, mais alto do qne longo; culmen de tomia fortemente entalhada. Região periophthal- mica revestida de pennas ficando descoberta uma es- treita Órla em torno das palpebras. 4. remige mui- Da AA to attenuada. Cauda gradativa do 3.º quinto para traz. Fôrma brasileira. 25 — EUPSITTACULA AUREA ( Gm.) Bico sépiaceo, parte núa do circulo periophthal- mico rubescente; pés e unhas denegridos. Pluma- gem : Gor geral verde mais amarellado para a pa- gina inferior das azas e da cauda, thorax e abdomen. Fronte amarella de chromo, mais intenso perto da base do culmen; região periophthalmica amarella mais clara; dos lóros para o vertice vae uma facha azul que se esbate para a nuca; e das bochechas ao thorax se transforma em olivaceo pardacento. Corpo amarello esverdeado. As coberturas médias e maio- res das remiges primarias com o canutilho negro e a ponta azulada. O azul se diffunde da ponta das primarias anteriores pela barba externa, occupa as secundarias que tem uma Orla interna olivacea e se apaga, depois, até as tres ultimas que são verdes. To- das essas pennas, bem como as da cauda, têm o canu- tilho negro. Tambem as remiges medianas tem a ponta lavada de azul. Dimensões : Bico Om, O14 à Om, O16 ; aza Om, 139 à Om, 157; cauda Om, 106 à Um, 146; tarso Om, 013 4 Om, O16. — Distrib. geogr.: Do Paraguay e Bolivia, ao Rio Grande do Sul, M. Grosso, 3. Paulo, Minas, Ba- hia até o N. do Brasil e Guyanas. Costumes : Vi e collecionei esta ave nos cerra- dos de Matto-Grosso onde andava aos pares sobre as lixeiras, deixando-se aproximar com facilidade. Myopsittacus, Bp. Rev. et Mag. de Zool, pg. 150 — 1854 Bico espesso, entumecido, glabro, culmen de pon- ta curta e tomia entalhada, gonis de bordo sinuoso. Cerumen largo, descoberto e narinas, região peri- ophthalmica e base do gonis recobertos. Primarias 1, 2 e 3 eguaes, as demais gradativas e não attenuadas. Especie brasileira : SOU VE 26 — Myopsirracus MONACHUS ( Bodd. ) Catorrita Bico amarello carneo, pês cinéreos, unhas par- das. Pluinagem : Fronte, lóros, bochechas, garganta e papo cinéreos, as pennas da garganta e do papo com uma tarja mais clara e terminal. Peito cinéreo sulfurino uniforme. Cabeça, coberturas superiores e inferiores menores das azas, região lombococcygea- na, abdomen e coberturas e base da cauda, verdes ; região interescapular olivacea. Azas bastardas, bar- ba externa e meio das remiges, meio das rectrizes azul. Coberturas das primarias denegridas com a fronte basilar das barbas externas azulada olivacea. Canutilhos negros, barba interna e ponta das remi- ges sépiacea, estas penras são, além disso, finamen- te fimbriadas de branco na órla interna. Pagina in- ferior das remiges schistacea junto 30 canutilho que é a alvadio e schistaceo glauca na margem livre da barba interna; vonta das rectrizes lateraes verde amarellado. Dimensões : Bico Om, O18 à Om, 019; aza Om, 143 à Om, 151; cauda Om, 126 à Om, 120, tarso Om, 017 à Om, 019. Habitat : Brasil — Rio Grande do Sul e Matto Grosso, Republica Argentina, Paraguay e Bolivia. Pyrrhura, Bp. Naumannia, Consp. Psittucorum, gen. 14-1856 Fórma apparente de Gymnopsittacus tendo o bico mais fórte, mais elevado e as narinas expostas sobre o cerumen que se projecta sobre a base do culmen. Gonis geralmente com uma carena media- na. Anel orbital completo e furcala presente. Re- gião periophthalmica francamente núa, rugosa. 4.º pri- masia não attecuada ( caracter que nem sempre é constante ). O caracter fundamental da coloração resi- de no escamado do collo e coberturas auriculares cujas pennas tem c centro denegrido ou, pelo me- nos a orla posterior clara e no ferrugineo rubescen- te da pagina superior da cauda, do lombo e do ventre. vyjyuexodAy "cd SF * d E E z *— ojpirur uswopqy VBA “do JE * * DP194 XOZIDA | | > IPA 77 5 * o1q bee eee) “nã aqua RR Pra DEN eee | -LUJUapIoou yout "= OF uidos XIII A / os os10q 111940q “d 6 3 * 2P19A XOJ19 A 5 * O929BUIA OU[RUADA 9p Op : ë -2USI 2PI2A NO | | op104 uowopqy ' 5 BIQUI EZE / — vpejiod ‘4 8 ° * vidos X9}19A ' Bp BAND ae ) owigd “gq Lo: o * Sepu[NZU OPA S91U[N9IINE sein Iago) q "eooeu | | : IA BU[2UI2A eopou eum ap opindos ‘opeloesue1} IUVIOBI Cd 9 * q . PPA UZE BP BAAN : : souaw no : pas ‘ep SIBUL O30BA Onaga | ; -neo E Jeqnd WO PIPA OWS \ no opa à y= SRIPEATE “Bose OS “je 02981490 no Ssroueiq -21 Bp ‘o1q x9J10A op syoonay “gd € * vidos X9J19 A ) : BIQUI | Ssao1efnorine | -nxoquoweo seuuad sep UZBBP BAINT | SB¥INnjJIIqGOD , -UUIF OSIO( | ego o vo | : ‘ -nu ep sopey / ‘ sonze wid cd Ÿ ‘ + o130u xoygoA \ E PACE TS de | 7 | serivutid | JajseSopoys ‘qd € . . . E . A . A : . OOUTULIvD NO JWAOJIUN PIVA Oya / soStuou sep ('! “HAS v}e}U9n19 ‘d à ke q o : 8 ; a SOSOVINIM SOT[IIVUIe XOJI2A OP SEUUId SEP IIo 2 BONU Bp SOPET / SBIN}12q0) | BANUBIIW “Gq ft à 5 4 : J 2 . E ’ : SPI9BIUIUL SE[[PIEUE SEIIBWIIA SIS SEP SP1NJ19q07 , EEN PA 27. PYRRHURA MELANURA ( Spix ) Bico carneo, região nüa periophthalmica um tanto amarellada, pés mais escuros. Plumagem. Gôr geral verde. Alio da cabeça e nuca tendo o centro e a base das pennas sépiacea com a orla verde- azulada; as do lado da cara, supercilio e cobertu- ras auriculares verdes. Garganta e papo, lados do pescoço d'um cinéreo glauco com tarjas transversaes sépiaceas. Cobertura das primarias miniacea lutea ; as pennas tem o centro e a bass da primeira, a ponta e a orla da segunda côr e o canutilho branco. À primeira remige e à pagina superior das rectri- zes do meio da base para a ponta, negras; as de- mais remiges primarias tem o meio da barba ex- terna de côr azul e, como as demais, a orla interna e a ponta negros. Pagina inferior das remiges schistacea, das rectrizes sepiacea. Dimensões : Bico Om,019 ; aza Om,124; cauda Om,120 ; tarso Om,016. Habitat: Pebas. Alto Amazonas, Rios Negro e Tocantins. 28. — PYRRHURA CRUENTATA ( Wied. ) Bico alaranjado; circulo nú periophthalmico denegrido e palpebra laranja; pés schistaceos. Plu- magem. Coe geral verde. Alto da cabeça negro, tendo as pennas estreita fimbria laranja que se alarga para as dos lados da nuca e fórma nódoa amarella nos lados do alto do pescoço. Da fronte parte uma estria alaranjada por detraz do cerumen, e se muda em vermeliio vinaceo nos lóros, passando depois por baixo dos olhos, cobertura auricular. Pennas da garganta, na base do gonis alaranjada, alvadias ; dahi parte um colorido azul de aço que se extende por todo o papo e atravessa o pescoço em collar, intromettendo-se entre as duas maculas amarellas que ficam atraz das coberturas auriculares; curva da aza escarlate vivo. Barba externa das primarias “azul, ligeiramente fimbriada de verde; na primeira o azul se confunde com o sépiaceo denogrido que vem da barba interna; mas tambem nesta, como MR Pat nas outras a margem interna é lutescente, do schis- taceo luteo que vem dessa barba da pagina inferior. No dorso como em todo o medio e baixo thorax ha o vermelho vinaceo commum das aves deste ge- nero; as pennas do dorso, porém, apresentam uma nodoa esquamulada com essa côr. Pagina superior das rectrizes olivacea bronzea, pagina inferior rubra metallica; os canutilhos são negros, tanto aqui como nas remiges, sendo a Orla posterior dessas pennas desta ultima cor. Dimensões: Pode-se dizer que esta forma é a maior do genero, entre as especies brasileiras. Bico Om,018 à Om,019; aza Om,143 à Om,159; cauda Om,132 à Om,147; tarso Um,016 à 0m,0t8. Habitat. : Estados littoraneos, da Bahia para o Sul até S. Paulo. 29 — PYRRHURA RHODOGASTER ( Natt. - Sclat.) Bico, cerumen, região periophthalmica, iris, pés e unhas negros, Plumagem. Cabeça, na face do culmen azul, alto e nuca cambiando em azul de aço puro e tendo às pennas uma tarja subterminal sépiacea, logo seguida d'outra terminal alvadia. Um colar azul segue-se 4 este escamado e se dirige à base do cuimen, por baixo da região auricular que é sépiacea, bochechas verdes olivaceas; collo cine- reo glauco com laivos transversaes ochraceos. Manto verde olivaceo. Tectrizes e remiges, flancos, tibias e coberturas superiores e inferiores da cauda azues. As secundarias medianas tem a margem externa verde olivacea. Aza bastarda com a penna maior violeta. Tectrizes inferiores menores, thorax e ven- tre carmineos, côr que apparece externamente no carpo ; tectrizes inferiores maiores, pagina inferior das remiges e das rectrizes ardeziaca denegrida. “Estas ultimas pennas têm a pagina superior sau- guinea denegrida, com o meio da base e a ponta azues e uma nodoa lateral verde junto do azul da base. Canutilhos negros. Dimensões : Bico Om,016 4 Om,017 ; aza Om,135 à Om,142 ; cauda Om,109 à Om.,144 ; tarso Om.015.. aay ELA Distrib. geogr.: Amazonas ( Borba) Matto- Grosso ( À. Jauri). Maranhão. Costumes : Encontrei esta bella tiriba duas vezes nas margens do Alto Jaurú (acima do Salto Alegre ). 30. — P. prota ( Müll. ) ( Exempls. do Museu Paulista ) 2 exemplares da Guiana Ingleza, comprados ao sr. Rosemberg e um de Santarém, colleccionado pelo sr. Garbe e determinado pelo sr. Hellmayr, têm o bico preto ou corneo-denegrido, a região peri- ocular denegrida, a fronte azul bem como um li- geiro collar nos lados da parte posterior do pesco- co; o espaço do alto da cabeça, comprehendido en- tre estas duas zonas azues, é negro schistaceo. As bochechas e pennas que circumdam o espaço ocu- lar nú, são côr de sangue denegrido e os lados do queixo seguidos d'uma tarja azul. Pennas auricula- res brancas, as da garganta e peito com o centro ne- gro schistaceo e a orla branca isabel; a base do gonis e as penuas do papo com a parte clara ama- rella snlfurea. Curva da aza rubra até junto do inicio do patagium alar. Do rubro da curva à barba ex- terna das remiges primarias, as pennas são azues; nestas vem depois a ponta o:lada de negro, como o canutilho. Pagina inferior das reuiges cinerea sulfurescente. Remiges com o lado interno ou o meio e a ponta ( pagina superior ), bem como uma nódoa dorsal e outra abdominal d'um sanguineo-fer- rugineo. Sub-caudaes com o centro azulado. Re- ctries com pagina inferior externa e terminal- mente sépiaceas, depois avermelhadas com laivos de cobre e, finalmente, a base das 8 medianas, ama- rella olivacea. Um exemplar de Obidos tem algu- mas pennas rubras em torno dos olhos. | Dimensões: Bico, Om,015 ; aza, 0,112: cau- da, 0.114 à 0,116; tarso, U,010. 31 — PyrrHURA Leucotis ( Licht. ) Bico sepiaceo alvadio ; região periophthalmica e pés denegridos. Plunagerr. Fronte começando por OR us uma estreita fimbria vinacea escura que se dilata para os ióros e ganha as bochechas, estreito super- cilio e facha sub-ocular. Alto da cabeça sépiacso pardacento que se cambia para azul esverdeado na nuca. Esta ultima côr atravessa em collar o pes- coço, vindo esmaecer na garganta, onde uma facha ou lusula transversal branca, seguida d'outra facha sépiacea denegrida terminal atravessa as pennas. O branco puro nota-se melhor na cobertura das orelhas, emquanto que o azul metallico da gola passa do preto parao verde; esta é a côr geral. A curva da aza é escarlate viva; vermelhas vinaceas são duas manchas longitudinaes do dorso e do ventre; a primeira ganha o meio da cauda que depois invade até a ponta, vindo da região escapular ; a segunda abrange tcdo o meio do peito. Cobertura das primarias azues, com fina órla externa verde e larga interna e ierminal dene- gerida ou negra como os canutilhos. Pagina inferior das remiges schistacea co « a Órla interna amarellada sulphurea. Pagina inferior das rectrizes vermelha cobreada. Dimensões : Bico 0," 014 40,7016; aza 0,7115 CRT) cauda OA 200 119; tarso Om O13, á 0,” 015. Distrib geogr.: Estados littoranos, do Ceara para o sul até São Paulo. 32 — PYRRHURA LUCIANI ( Deville) Bico e unhas cinereo-carneos, cerumen, região periophthalmita e pés denegridos, Plumagem : Alto da cabeça e nuca sépiaceo-denegridos tendo as pennas ligeira órla clara nos lados da cabeça, em torno dos olhos, de côr castanha intensa; lóros azulados, bem como as peras das bochechas que, às vezes são negras e descrevem tres estrias verticaes na base do gonis. Coberturas suriculares achraceas; essa cor que é suja torna se mais pardacenta para as pennas do pescoço e esverdeada para as do peito, sendo tanto aquellas como estas de centro largamente denegrido e tendo, depois, uma fimbria inarginal d’essa côr. ee MR Curva do braço escarlate, tanto externa como inter- namente; uma larga facha dorso-coccygeana e outra thoraco-anal de um vermelho sanguinec escuro. Um collar diffuso sobre o pescoço, azas bastardas, remiges primarias, o meio das secundarias anteriores de côr azul, todas estas pennas de canutilho e orla interna e terminal negros; o verde geral do corpo invade as outras secundarias que, às vezes tem uma órla terminal azul. Caudaes rubro-denegridas, para a ponta sómente, nas duas centr2es, cuja base é verde com c centro azul; as lateraes tem apenas as barbas lateraes junto a base verdes. Pequenas rectrizes inferiores verdes, as grandes e pagina inferior das remiges argyreo-amarelladas. Dimensões : Bico 0,"014 à 0,"016 ; aza OMIA& à 0,2119: cauda 0,401 à 0,7118; 1arsa 0720134 0," 015. Distrib. geogr.: Bacias do Paraguay ( Matto- Grosso ) e do Amazonas ( Pert ). 33 — PYRRHURA PFRIMERI, Mir. Rib. Bico, região periophtalmica nia e pés denegri- dos. Plumagem. Fronte e alto da cabeça dum azul cinéreo com laivos indistictos evermelhados. Lôtos supercilio, bochechas e coberturas auriculares de côr vermelha sanguinea, escura; o az"l da cabeça passa. pelos lados por detraz do vermelho das bochechas e se estende sobre o papo e garganta d'onde se dif- funde para o verde do alto do peito; estas pennas trancadas tem uma fimbria transversal branca se- guindo de ontra negra, indistincta. Uma larga facha toraco abdominal e outra dorso-coccygeana “de cor vermelha sanguinea ferruginosa mais clara que nas bochechas, Parte superior do pescoço, coberturas superiores das azas e remiges, lados do thorax e do hypochondrio e coxas e coberturas inferiores da cauda de côr verde azeitonada ; coberturas infe- riores da mão d'essa mesma côr com algumas pen- nas rubescentes na base da 1.º remige ; curva da aza e articulação carpeana rubros. Remiges primarias azues com a margem interna e a ponta fimbriadas | L 1 ‘ ‘ pi i ade ated de sépia; ha um pouco de verde nas ultimas pennas deste grupo. Rectrizes superiormente dum rubro escuro ferrugineo com as barbas externas da base verdes ; inferiormente rubro-escuro uniforme com os canutilhos negros, o que tambem tem as remiges. A pagina inferior da aza é ardeziaca sulfuracea. Trazido de Santa Maria de Taguatinga — Goyaz, pelo sr. Rudolph Pfrimer. Medidas : Total 250 mm.; aza 120; bico 13; tarso 13; cauda 110. 34 — PYRRHURA PERLATA (Spix) Bico e pès denegridos ; região periophthalmica pardacenta. Plumagein. Bochechas, manto e lados do abdomen verdes. Alio da cabeça sepiacea, do pescoço pardo castanho ; lados mais claros, bem como a cobertura dos ouvidos. Estreita fimbria frontal, um collar do pescoço ao peito que é transfaciado de pardo, cinereo e denegrido; coberturas supe- riores e inferiores da cauda azues cinereos. Remiges do lado externo azul e interno denegrido, sendo in- teiramente dessa ultima côr a primeira; as secun- darias tem verde no bordo externo; rectrizes de pagina superior vermelha e inferior avermelhada e denegrida. Curva do carpo e coberturas inferiores pequenas rubras. Peito com a mancha vermelha ferruginosa mais ou menos diffusa. Habitat. : Estado do Para. 39 — PYRRHURA BORELLI, Salvadori Différe de P. vittata por ter a curva da aza rubra. Superiormente verde uniforme até o uropygio, com uma tarja frontal castanha intensa; garganta verde, tectrizes auriculares fusco-griseas; collo e alto do peito olivaceo pardo, as pennas transfacia- das de escuro na margem e tendo outra estria cin- zenta alvadia suja sub-apical; as manchas dos lados do pescoço mais pallidas. Resto do abdomen verde, “a nodoa do meio do abdomen rubro-brunnea, as azas verdes com a margem radial e carpal rubra; as remiges primarias azu?s claras subtilinente margina- das de verde; as remiges cinzentas inferiormente apenas tinctas de olivaceo; a cauda superiormente verde olivacea em baixo rubro-brunnea ; o bico e os pés fusco-cinereos e iris castanha. Dimensões : Total 280; aza 136; cauda 140; bico (culmen ) 0,019: tarso 0,015. ( Salvadori). Habitat. : Alto Paraguay — Rio Apa. 36 — PYRRIURA MOLINE (Mass. & Souancé ) Cara-Suja Bico, pés e unha sépiaceos ; região nüa perio- patbalmica amarella, órla ocular negra. Plumagem : Uma estreita fimbria frontal e lóros negros com al-. gumas pennas verdes; alto da cabeça e nuca negros, supercilio e bochechas verdes ; um collar cervical in- distincto e em angulo, azul; algumas pennas da parte inferior das bochechas dessa côr; coberturas auricu- lares ochraceo-sepiaceas ; pennas da garganta, collo e lados do pescoço e papo sépiaceos, com uma facha sub-terminal alvadia e depois ochraceas e finalmente olivaceas (ao passo que se encaminha para o peito ) e outra terminal denegrida, formando barras trans- versaes; manto, coberturas superiores da cauda, inferiores menores das azas, lados do abdomen e tho- rax, vermelhos; no meio do tEorax, verde; ahi o verde forma barras indistinctas, entremeadas com o amarello olivaceo e no meio do ventre torna- se rubescente ferrugineo. Tibias e coberturas in- feriores da cauda lavadas de azul. Azas bastardas, tectrizes maiores e remiges azues com o canutilho, uma Orla marginal interna e outra terminal negros; as ultimas rectrizes secundarias tem a margem ex- terna verde e finalmente se tornam de todo dessa côr conservando apenas uma estreita fimbria e à ponta do canutilho azues. Pagina inferior das tectrizes alares inferiores e remiges cinerea-schistacea. Cauda rubescente ferruginea com os canutilhos negros ; no jado superior as pennas medianas tem uma curta base verde com o centro azulado. EE. Bogie) E Dimensões : Bico Om, 015 à Om, 016 ; aza Om, 132 à Om, 135; cauda Om, 135 à Om, 193; tarso Om, 014 à Om, OL6. Distrib. geogr.: Matto Grosso, Bolivia e Ar. gentina. 37 — PyRRHURA VITTATA (Shaw) Tiriba Bico e pês de cor pardacenta ; região nua peri- ophthalmica carnea alvadia. Plumagem. Uma tarja, post-nasal, transversa, rubescente ferruginea; alto da cabeça e bochechas verdes, tendo as pennas uma nódoa ind'stincta, olivacea, terminal; cobertu- ras auriculares sépiaceas; pernas da garganta, papo e lados do pescoço, olivaceas com a base sépiacea e uma tarja terminal denegrida; nos lados do pes- coço o olivaceo cede logar ao alvadio. As remiges primarias têm o centro azulado e as rectrizes me- dianas o meio e a ponta rubescente olivaceo e as lateraes a barba interna dessa cor. A pagina in- ferior das remiges é schistacea com a barba inter- na sulfurea. O peito, a pagina inferior das rectri- zes e às vezes algumas pennas dorsaes, vermelho vinaceo ou acobreado. . Nas rectrizes porém, ha lai- vos olivaceos para a ponta. O resto da plumagem é verde. - As pelles que tenho obtido em “Therezopolis, quasi sempre têm as pennas do dorso sem o ver- melho caracteristico. Em Quebra-Frascos obtive um -albinoide que tem o bico branco com a ponta negra ; olhos rubros, cabeça até a nuca e coberturas auri- culares vermeihas; rectrizes tornando-se dessa côr para a ponta; abdomen e parte lombar vermelhos. Côr geral amarella de chromo; remiges brancas onde na fórma commum se encontra o azul. Dimensões : Bico Om,015 à 0,017; aza 0,123 à 139; cauda 0,027 à 145; tarso 0,014 à 0,017. Distr. geogr.: Do Rio Grande do Sul, e N. Matto Grosso à Minas e Rio de Janeiro. 9 1 Ne 38 — PYRRHURA HYPOXANTHA Salv. « Superiormente verde, alto da cabeça fusco, cervix lavado de azul, queixo verde, margem das pennas mas ou menos amarellada ; margem das do urupygio amarella, supracaudaes verdes com a mar- gem interna amarella lavada de rubro e extremo lavada de cyaneo; garganta e collo anterior bran- cos este com laivos roseos e gradativamente pas- sando ao amarello no papo e no peito, abdomen até as tibias; a macula mediana do abdomen rubra viva : as pennas anteriores da garganta com a linha do canutilho manchada de fusco e as do peito, abdo- men e tibias marginadas de verde. Sub-caudaes cyaneas de base amarellada. Azas verdes, remiges primarias e resp. tectrizes ceruleas, scapular e limbo apical nigrescente; barba externa das remiges pri- marias brancas na base; sub-alares amarellas com a margem carpal verde. (Cauda rubro-brunnea, mas a base das rectrizes rosea ou corallina-pallida ; bico e pés dum cinzento-obscuro ; iris castanha e palpe- hras brancas. Dimensões: Total 280 mm.; aza 135; cauda 140; culmen 19; tarso 11. Habitat.: Urucum—Matto Grosso » (Salvadori). Tirica, Bp. Rev. et Mag. Zool. pag. 151 — 1854 Bico fraco, alvadio,.de tomia entalhada e ponta proporcional; região periopbthalmica vestida. Re- miges 1 à 3 sub-eguaes 4 não attenuada. Rectri- zes graduadas, como em Nendayus, as medianas attingindo o triplo do comprimento da cabeça. Es- pecies : / Remiges secundarias e tectrizes coloridas de verde e azul , 1 T. tirica Rectrizes francamente DIS AR NATE graduadas medianas /Kemiges secun- Tina 9 T. chiriri attingindo o triplo do darias e tec- a PAR eon ER compr, da cabeça. trizes amarel- p hd É E Aza bastarda, las ou bran- ; ( remiges secun- son fe ROE à KE darias e resp, tectrizes bran- cas. « . 3 T. versicolos nis eer 39 — TiIRICA TIRICA (Gm. ) Periquito; Turin Bico e pés carneos. Plumagem : Verde, ama- rellada nas axillas e lados do thorax, bronzeada na região brachial, azul na cobertura das primarias e no meio das primarias, cujo bordo externo é ver- de e barba interna denegrida; a pagina inferior dessas pennas é verde schistacea. As duas remiges medianas tem o centro azul. Iris negra. Dimensões; Bico Om,016 à Om,0lT; aza Um is a Um Zi cauda, Om, 112: a? Om tose star so Om,014 à Om,015. Costumes: O Tuim vive em bandos, sendo muito sociavel. Emitte um grito de reclamo estri- dente e recortado que se póde reproduzir pelo ter- mo «criu ». Gosta muito da polpa da’ semente do ingá e encontra-se com frequencia nas florestas elevadas em proximidade dos rios. Distgib. geogr.: Minas, Bahia até Santa Ca- tharina pelo littoral; S. Paulo e Rio de Janeiro. 40 — Tirica cmrirti ( Vieill. ) Bico e palpebras carneos, pês carneos, parda- centos. Plumagem: Verde clara com incidencias azues grisecentes, especialmente no abdomen; a garganta ligeiramente amarellada de enxofre bem como as tectrizes sub-alares e a pagina inferior das rectrizes. Azas bastardas e as tectrizes maiores das azas, al- gumas pennas da órla inferior do carpo e uma es- treita fimbria da barba interna das 3 primeiras remiges, de côr amarelia de enxofre tirando à chro- mo. Em certas incidencias essa cor delimita o bordo: externo das remiges primarias. As coberturas das primarias com a parte terminal azulada denegrida ; azul cinerea é a pagina inferior das remiges cuja metade externa é denegrida. Canutilhos negros. Dimensões: Bico Ov,013 4 Om,0l5; aza Cm,109 à Om,117; cauda Om,080 à Om,102; tar- se Om,011 à Om.018. Habiiat.: Brasil — de Matto-Grosso ao Ama- zonas, Bahia e Bolivia. LA RES LD ~ 41 — TrricA vERSICOLORIS ( Miill. ) Periquito-da-Campina Bico e pés carneos, amgrellados. Plumagem verde. A fronte e a parte anterior da cabeça azu- lada. Cobertura das primarias azul. Primarias com o canutilho e a metade basilar e margem livre da barba interna sépiaceas, o meio azul e a órla da barba externa verdes. Aza bastarda e secundarias brancas ou com laivos amarellos indistinctos. Num individuo da ilha de Marajó vi essas pennas com o canutilho e órla marginal pretas, bem como as co- berturas maiores das secundarias, amarellas. Dimensões: Bico Om, 15; aza Om,119 à Om, 122 ; cauda Om,098 ; tarso Om, O14 à 1 Um, 015. Habitat : Bacia do Amazonas, Guy anas — Valle do S. Francisco. Brotogeris Vigors Zool. Journ., vol. IL, pag. 400 — 1825 Bico fraco, de tomia entalhada e ponta propor- cional. Cerumen nú, e núas as narinas. Região periophthalmica recoberta. Remiges 1-3 sub-eguaes ; a 4.º não attenuada. Cauda não graduada. Rectrizes tania curtas, pou excedendo as lateraes. Es- pecies : * Só a fronte, ou quando muito tambem em tor- | no e atraz dos olhos de côr amarella . , 1 B. tui / Sóa fronte e a garganta ama- rellos de chromo . . ... 2 B. diville A fronte, o queixo e as vezesasazas | com placas ' Azas bastardas verdes 3 B. chrysosema amarellas ou | Coberturas pri- marias et alaranjadas. Azas bastardas côr das co- i berturas . . 4 B. tuipara miniaceo, 42 — BROTOGERYS TUI ( Gm.) Bico e pés carneos. Plumagem : verde, a das ametades posterior e inferior do corpo mais ama- rellada. Fronte amarella ; esta côr tambem apparece num circulo periophthalmico enuma estria post-ocular. A barba interna das remiges é enfumada, na pa- Le IE hs gina superior e na metade externa na inferior; a metade interna desta pagina é verde azulada. Pa- gina inferior das rectrizes amarellada. Dimensões : Bico Om,014 ; aza Om,110 ; cauda Om,33 ; tarso Om,015. Habitat. : Brasil occidental, septentrional, Equa- dor e Perú oriental. 43 — BROTOGERYS DEVILLEI ( Gray.) Exemplares do Museu Paulista. — Bico forte, culmen longo, regularmente curvo, com a ponta mui evidente, egualando 1/2 do comprimento do resto do bico que ê todo côr de carne-amarellado, como a orla periophthulmica. Pés dum amarello mais miniaceo. Plumagem : Fronte amarella citri- na, em facha larga que vai de olho à olho, pelos lóros. Pogonio de côr amarella mais miniacea. Ver- tex verde azulado claro. Parte superior verde oli- vacea e inferior verd: amarellada, especialmente para as tectrizes inferiores da cauda. Bastardas e _tectrizes maiores das primarias, com a barba exter- na azul de cobalto que passa para o schistaceo na interna. Remiges, com o centro azul de cobalto intenso, marginadas do verde geral e posteriormente de schistaceo (des:a cor é a orla posterior das se- cundarias ). Rectrizes nas mesmas condições, tendo as pennas lateraes muito pouco azul. Na pagina in- ferior das azas e da cauda, as tectrizes são de um verde intenso, as maiores dis primarias de um ci- nereo-glauco. As rectrizes tem a maior parte verde e a parte interna da base azulada. No & o bordo da aza é finamente amarello. Dimensões : Total, 0,170 à 0,180; culmen, 0,015; .aza, 0,110 2 0,120; cauda, 0,060; tarso, OOF 40,012. Distr. geogr. : Alto Juruá, Alto R. Negro e Alto - Amazonas. 44 — BROTOGERYS CHRYSOSEMA ( Scl. ) Bico, palpebras e pés carneos, aqueïlas mais ou menos roseas, em vida. Plumagem : Verde ligeira- BOSSY 1 hu mente azeitonada no lado dorsal. Fronte, junto à base do culmen e pescoço com laivos de azul celes- te; esta côr reapparece pura nas coberturas maiores da pagina inferior das azas e na metade interra das remiges; a metade externa destas é enfumada e uma estreita fimbria amarella esverdeada margina as tres primeiras remiges pelo lado externo e a quarta e quinta pelo interno. Na pagina superior da aza as tectrizes maiores são de um amarello de chromo menos intenso que o da base do bicc; e todas as remiges, verdes, tem o centro azul dene- grido. As rectrizes medianas tem o centro azulada e todas tem uma fimbria interna e a pagina infe- rior amarelladas. Dimensões: Bico Om,016 à Om,017; aza Om,111 à 01,122; cauda Om,663 à Om.073; tar- so Om,012 à Om,014. Habitat. : Rio Madeira e Valle do Amazonas — S. João do Aripuanan. 45 — BROTOGERIS TUIPARA (Gm. ) Bico e pés carneos. Plumagem : verde olivacea ; barras transversaes sobre a base do bico, atraz das narinas e atraz do gonis ferruginea. Fronte e alto da cabeça azulados. Algumas pennas da aza bas- tarda e de coberturas das remiges primarias, ama- rellas miniaceas ; Orla interna das rectrizes lateraes amarellada. As 7 primeiras remiges com a base da barba, externa e interna azul escura ea margem livre da barba interna denegrida. Pagina inferior das remiges e tectrizes maiores inferiores das re- miges, dum azul schistaceo esverdeado na metade livre da barba interna, schistacea pura na base dessa barba e em toda a barba externa. Canutilhos bran- cos. Rectrizes medianas na pagina inferior azula- das, mais intensamente que as outras. Dimensões : Tot.: 200; culmen, 0,017; aza, 0,115 rcanda,: 0,072: tarso, 0.012. Distrib. geogr.: Bacia do Amazonas, PE Ma a Psittacula Cuv. fine Illiger Prodromus, py. 200 — 1811 Forma pequena, de bico ligeiramente mais longo do que alto, entumecido e glabro com o gonis de base truncada e tomia fracamente entalhada. Remiges 1 à 3 eguaes, as demais gradativas. Rectrizes de ponta at- tenuada e canutilho excedente do limbo e rijo. À cauda egual a 1/2 da aza e de contorno posterior moderadamente arredondado; as remiges, porém, jamais a encobrem quando a ave está em repouso. Especies : Culnem idenesmdon a Ure UT a PT dest Região sacro-lombar azul deanvilno d esmeraldino na q 2 P. passerina Culmen e gonis brancos « à Região sacro-lombar [verde esmeralda no o e concolor na o) 3 P. quianens!s Savadori, Hellmayr e Ihering attribuem ao pre- sente genero P. greggaria de Spix; lendo a dia: gnose desta especie, cujos typos são dados como perdidos, por Hellmayr, encontra-se a afirmativa, por parte de Spix de « Cauda dlis sublongror » ; Ora, como se vê acima, as especies deste genero têm a cauda egualando 4 1/2 do comprimento da aza. O proprio Spix lembra o genero ou a espe- cie à que devam ser referidos os exemplares de greg- garia, sem duvida nenhuma jovens de Terica terica. 45 — PsITTACULA MODESTA Cab. Différe de P. passerinãa por ter o culmen de- negrido, as palpebras e os pés côr de laranja. Dimensões : Segundo Salvadori; Bico Om,010 ; aza Om,0x3: cauda Om,040 ; tarso Om,008. Costumes : Desconhecidos. Distrib. geogr.: Amazonas (R. Javary ) Equa- dor e Columbia. 47 — PsITTACULA PASSERINA ( L. ) Periquitinho Bico e unhas carneo-alvadios. Pés cinereaceos. Plumagem : verde, mais clara em toda a parte in- DRE ferior. O macho tem as tectrizes alares da pagina superior como as da inferior da aza, a barba interna das remiges primarias e quasi todas as secundarias, uma placa radio-humeral e uma larga mancha tri- angular sobre o sacrum, de um bello azul de anil. Essa côr é mais fraca no joven e falta na femea. Em ambos os sexos as remiges tem uma fimbria interna denegrida, na pagina superior; a metade externa schistacea e a interna azul schistacea na inferior. Dimensões: Bico Om,011 à Om,012; aza Om,081 4 0m,083; cauda Om,040 à Om,042; tar- so Om,01! à Om,012. Costumes: Este bello periquito vive em gran- des bandos, sendo muito sociavel; comtudo, pela epocha dos amores, separa-se aos casaes, cavando ninhos esphericos nos troncos podres das arvores mortas ou mesmo aproveitando os ninhos do João- de-Barro — Furnarins rufus. Emitte um grito estridente e dessilabico que pode ser imitado por « pur ». Distrib. geogr.: Brasil littoral, do Ceara até Rio Grande do Sul — S. Paulo e Minas, no interior. 48 — PsITTACULA GUIANENSIS ( Swainson ) Bico e pés brancos roseos, unhas schistaceas. Plumagem : verde, ligeiramente pulverulenta sobre a cabeça e regiões superiores, no macho. Bordo anterior do braço, dragonas humeraes e tectrizes alares maiores azues de turqueza; tectrizes maiores das primarias, algumas pennas da aza hastada e meio da barba externa das secundarias azues. Todas as remi- ges finamente fimbriadas de negro (e com o caru- tilho dessa côr ) no bordo posterior e interno. Re- giao sacro-lombar verde esmeralda. Coberturas inferiores menores das azas azues; as maiores e a metade interna das remiges, dum verde azulado schis- taceo, claro; a metade externa schistacea ; iris cas- tanha. A femea tem a fronte amarellada bem como a parte inferior. Dimensoes: Bico (mm.) 11; aza 80; cauda 98 ; árso 12. CN hes Costuines : Pouco se sabe dos costumes desta especie; o seu grito differe do de P. passerina, sendo menos fórte e não definido. Distrib. geogr.: Valle do Amazonas, Guyanas, Rio Branco, Venezuela e Columbia. Pionopsittacus Bp. tev. € Mag. Zool. pg. 152 — 1854 Bico forte, entumecido, glabro, mais longo do que alto. de tomia entalhada, gonis de base truncada ; cerumen sinuoso e revestido de pennnngem quasi imperceptivel à olhos nús; lóros quasi totalmente nus, região periophthalmica mediocremente nüa. Re- miges 2e3 as maiores e todas normaes. Rectrizes com a base mais larga, attenuando-se gradativa- mente para a ponta, as medianas muito mais largas que as lateraes e o seu comprimento pouco maior que a metade do comprimento da ava. Especie unica : 49 — PIONOPSITTACUS PILEATUS ( Scop. ) Periquito-Rer ; Cuiir-Cuiis Bico e pés carneo-pardacentos, bem como a região nua periophthalmica; com a edade os pésea base do bico ec cerumen tornam-se mais denegridos, emquanto que a ponta fica amarellada ligeiramente miniacea. Plumagem : verde ligeiramente olivacea no lado dorsal, o alto da cabeça, até uma inha que vem do angulo do hiato às coberturas auriculares e transversalmente as liga por detráz dos olhos, de côr miniacea sanguinea no macho adulto ; na femea e no jovem, a fronte, desde o sinciput e os super- cilios são azues e as coberturas auriculares verdes mescladas de sépiaceo. Curva da aza, na pagi- na superior, aza bastarda, coberturas das remi- ges primarias, base da barba externa das primarias, excluida a primeira, remiges secundarias em toda a barba externa, atê perto da ponta e.meio das se- cundarias anteriores, de um azul de cobalto que vae desapparecendo para as ultimas secundarias que são totalmente verdes como as escapulares ; prime.ra re- ERVAS É Lt mige com a barba externa e todas as demais re- miges, com a gradação acima notada para o azul que apparece no meio das rectrizes, diminuindo da 4.» para a central e para as lateraes; canutilhos negros; a pagina inferior das azas tem a mescla de azul nas tectrizes menores, cor que forma uma tarja junto ao bordo; tectrizes maiores e órla da barba interna, azul claro schistaceo ; resto da pennas chis- tacea ; pagina inferior das rectrizes verde amarellada. Dimensões : Bico 0,"016 à 0,"0 8; aza 0," 139 à 0,147; cauda 0,078 à 0,"082 ; tarso O,”014 à DR ONF. Habitat: Littoral. do sul da Bahia ao Rio Grande do Sul. Campos do Jordão, em São Paulo. Amazona Less. | Traitê d Ornithol. pg. 189 — 1831 Bico normal, sub-comprimido, de comprimento e altura correspondentes, a linha dorsal do culmen saliente em carena por dous sulcos lateraes que partem das narinas; a ponta do culmen muito abaixo do plano do hiato e o entalhe lateral da tomia muito forte e evidente. ace trituratoria da ponta sub- plana, não cochlear. Gonis entalhado na base. Ge- rumen curto, sub-villoso; narinas distinctas. Re ctrizes 2, 3 e 4 sub-eguaes. Remiges de bordos parallelos e ponta redonda on espatulada. Coloração dominante: Verde, amarello, escarlate e azul. Este genero encerra as fórmas mais intelligentes do grupo e que mais facilmente apprendem a re- produzir a palavra humana com perfeição jamais attingida por qualquer outro animal. Os papagaios — pois assim são geralmente cliamados — vivem in- differentemente em bandos ou em casaes. Conservam, entretanto, a lembrança dos logares preferidos e.embo- re se afastem por semanas e mezes, voltamquasi sem- pre ao ponto onde nidificaram uma vez. Nidificam em buracos que cavam em arvores mortas e velhas. Os aibinoides apparecem com frequencia, sendo deste caso o colorido fundamental armarello. Especies brasileiras : BOLINHA PJeuscuI ESOULIB] PILUOZEUIR PAIJSIL e[24d9301190 11949781 ByyALOIOpOYA SISU9IJISEIq BiloPIP 1917940 *esoprAnp 91994S4 (1) o189U [Nze ap sovs19ASüC1} Se[Iv) WO9 9 [19919 Ie]JOO OPUEUTIOF ‘sepeount] (SOPUBIS SIPIIAIDO SEUUI * [99819 IBI[O09 ovu 9 SHJU2PIAD INU seisou sonze seliey WAS S2B91A199 SEUUIA | Vv Che: e bd . ? ° ‘Vy Ir” ’ : {;) 9p154 coros f 1018 ) \ > ‘seisou seursod { seouriq seiqadjed 9 porupeyyqdolrad VOL : = * æefuezej-opporeme vorio | ovise1 ‘esourief woSewunjd {sepeoun.y ‘Sa1oreu 0509s2d op seuuag y6 ° x * SoPIUIUI oyjedss 9 ZE up BAIND ye OJ[S Ier ap SOPIIO[09 ys ° C * 2JB[183S9 ICO EP SOPE[ so WOqUET oujodso 9 ze ep BAIND VAL é : Oopejrai : À SIMA: E UE 9PIJA in D ie o 9 ojpIeur o opueu E FETE o . ; -IWO ‘ehoqeo E Ç Foro antonio sal soa ee E vo” ? ° * ope] ) opuenb vioqeo ep ojparuy jo mt AY ZB 9PI9A IOICJUI OPET, ’ÿ G ‘orqni oyjedsa troo ezy | ea i à 2 b * OdUTIBTI[ UE a * oyjedsa was Bz no O[[aIvUI-OCOUINSURS SOIO[ 2 ajuol Il : : E * vorueqydorisd 'Y E ‘BATA ajrjIvoso aquamos À vu ovI891 o se1qod{ed -usnbaajy 18quO] OgIZII sep 109 E uiod OPUE} “odio? op Ss1o[o9u09 -SEIJUO9 Opu seuesod oSoosed op se ‘r91out9 {epeuojioze no esol aseq ap vonu a , * e59qu9 -SNE 2p19A woseund gpa Ate Sd * nze foatsnpour | q RES ane 3 I ee = eu oaojuos -| {sepelopou no seuanb 3 ‘ SeTIPIULIA sastuo. se | ‘Va 4 * Seoul EC q : 7 -o1d oad -ad ooosod op seuuad | £ Bored: aye odagorjour op ‘ezy fe epelorssuvty 0309sad : -WaS 94P| [o “erp ase -1B9S9 109 ioe dant EE cuits RE ES e! + P d, -UES sol . Ê s -O[ 9 9JUOI ‘VI 2 : É : 8 seIqni 21 Mora SEIIBUIIId SPP S91IOIEU SOzLIOM SE oye Jeje opIog opuemlor 4 a E Ep ER Le 50 — AMAZONA PRETREI ( Temm.) Chorão Bico e região núa periophthalmica e cerumen, côr de carne rubescente ou mesmo escarlate na base do primeiro. Pés e unhas carneos alvadios. Piumagem: verde, todas as pennas transversalmente truncadas e marginadas de negro. As coberturas superiores e inferiores da cauda amarelladas, bem como a metade terminal das remiges. Ironte, lóros região periophthalmica, bordo radio-metacarpal, azas bastardas e tectrizes maiores das primarias de côr. escarlate viva; pennas da artizulação, tibio-tarsal formando calção escarlate ou amarello de chromo — uma nódoa nessas condições na barba interna da base das rectrizes. Primeira remige schistacea; as, demais tendo a barba externa verde, tornando-se azu) para depois terminar em sépia: a barba interna schistacea-sépiacea. Dimensões : Bico 0,7027; aza 07212: cauda Ove 12.5 tarsoc0 025, Habitat : Rio Grande do Sul e São Paulo. 51 — Amazona DIADEMA ( Spix ) Cavacué Bico, região nua periophthaimica e pés carneos. Plumagem verde. Uma larga faixa das narinas ao circulo nú periophtalmico, de côr rubra sangainea. As pennas do aito da cabeça, da fronte à nuca, com a base amarella esverdeada, uma nódoa subterminal azul violacea, e uma tarja amarellada terminal. Nos lados das bochechas o verde é azulado, côr que se estende pela garganta e se diffunde sobre o papo. Na garganta, junto à base do gonis, esse azul se mistura com um roseo desmaiado, produzindo ahi uma nódoa indistincta lilás. Na parte inferior do pescoço o verde geral se torna cineraceo, dominando essa cor para o eentro das pennas. Azas bastardas d'um verde mais intenso que o geral e tendo uma ligeira órla azul escura, na ponta. Aza coma orla carpal amarellada, espelho escarlate nas seis pri- meiras remiges secundarias, o escarlate sendo mar- ‘ ET RE ginado de amarello pelo lado de dentro — no mais como em A. amasonica. A cauda tem nas tres rectri- zes lateraes uma nódoa escarlate na base e um pouco de azul escuro na orla externa -. ainda no lado basilar; à excepção das duas pennas medianas, as demais tem co terço apical amarellado, o que, na pagina inferior só se percebe em certas incidencias Distrib. geogr. : Este papagaio passa por ser um dos mais raros do valle do Amazonas. Dimensões : Bico 6,2031 40,7032; aza 0,"204 à 0,=252 ; cauda 0,7123 à 07135; tarso 0,2026 4 Pal A Pl O2 — AMAZONA FESTIVA (L.) Tavua, Papa Cacäu Bico carneo verdoengo para a base, alvadio na base da carena do culmen; região nua periophtnal- mica, bem como a pelle dos lóros, cerumen e Orla palpebrar, denegridos; uma nódoa carnea nas duas palpebras, occupando-lhes a extensão ; pês schistaceos. Plumagem : verde; uma tarja ferrugino-sanguinea, transversa, sobre a fronte, até os olhos, donde se- gue um supercilio azul que se diftunde no alto da cabeça e sobre a nuca; esse azul occupa o bordo das pennas, formando um escamado reguir e appa- rece tambem na garganta, donde se diffunde para baixo até meio pescoço. As pennas das bcchechas e das coberturas auriculares têm o meio da base sé- piaceo e as do pescoço o bordo denegrido. Azas bas- tardas, grandes tectrizes das remiges primarias e remiges primarias, negras pelo lado interno e ponta e com a parte exposta azul escura; a primeira re- mige é toda negra; as secundarias têm azul na bar- ba externa, na base e na ponta da penna; a barba interna e o canutilho são respectivamente schistacea e negro. As 4 ultimas remiges são de um verde mais claro, sendo todes as secundarias fimbriadas de amarello na barba externa. Esta càr torna-se mais viva na articulação tibio-tarsal e lado interno das tibias, havendo, às vezes, manchas escarlates. Tam- bem amarellada é estreita fimbria posterior das re- ctrizes; as ultimas externas tem o bordo externo PT Te azul. A nota dominante do colorido d'esta ave é uma extensa nódoa rubra viva que vae da região esca- pular ao urupygio e que às vezes falta. Estas pen- nas escarlates têm a base amarela, Dimensões: Bico Om, 050; aza Om, 213 ; cau- da Om, 120 ; tarso Om, 027. Habitat: Rios Juruá, Rio Branco e Amazonas. 53 — AMAZONA BRASILIENSIS (L.) Fórma semelhante à 4. rhodocorytha, de que différe por ter as coberturas auriculares cyaneas e as bochechas vinaceas; Orla metacarpal escarlate, as remiges secundarias sem o espelho mineaceo-es- carlate e a bassa das rectrizes de um rubro vina- ceo escuro na pagina inferior. Dimensões: Bico Om, 030 ; aza Om, 215; cau- da Om, 416; tarso Om, O15. Habitat: Do Rio Grande do Sul ao Estado de S. Paulo. 94 — AMAZONA RHODOCORYTHA ( Salv. ) Jaud Bico de base sanguinea e ponta córnea; ceru- - men denegrido e pés olivaceos. Plumagem : verde. Fronte e vertex miniaceos. Lóros, na parte inferior, supercilio, lados da cara e mentos amarellos ; depois vem um matiz azul que se diffunde para os lados das bochechas e garganta. Pennas do vertex, por traz da linha interocular, marginadas de rubro purpureo ; mais para traz até a base do pecoço, sobre o dor- so essa fimbria se torna denegrida. Ha laivos de azul marginando as pennas do thorax e abdomen, bem como as da órla carpal e azas bastardas. As 3 primeiras remiges secundarias são imineaceas or- ladas de amarello. Orla carpal marellada. Primei- ra remige negra; as demais primarias d'essa côr com a barba externa na metade basilar verde; as outras, exceptuada a ultima secundaria, têm a bar- ba interna negra ou schistacea e, exceptuadas as duas ultimas, a ponta azul. Na pagina inferior, a aza é verde veronez para as tectrizes maiores e remiges, diminuindo de extensão ao passo que se caminha para ‘ u - Dit je DA ee as ultimas remiges; essas pennas têm a ponta ne- gra. Rectrizes na pagina superior verde ligeiramen- te amarellada na ponta, se encaramos as pernas me- dianas ; as lateraes além do verde, têm a ponta ama- rellada; depois vem uma nódoa rubra sanguinea, or- lada de amarello pelo lado interno e seguida de uma barra sépiacea que, pela barba interna, vae até qua- si a base da penna que é amarella; a ultima remi- ge têm a orla externa fimbriada de azul. Pela pa- gina inferior a cauda é verde amarellada com laivos de amarello sanguineo pela barba interna e pel omeio da penna; do ponto donde as tectrizes inferiores attingem as rectrizes para base, a barba interna des- tas é verde. As tectrizes caudaes superiores são do verde geral do corpo e as inferiores mais amarella- das, com laivos azues pelo centro. O canutilho é negro. Dimensões : Bico Om, 029: aza Om, 220 ; cau- da Om, 133; tarso Om, 024. Habitat : Da Bahia ao Rio de Janeiro. 99 — AMAZONA NATTERERI ( Finsch. ) Segundo Finsch esta especie, descripta por Nat- terer de exenplares mortos no rio Mamoré em M. Gross», é alliada de A. farinosa, da qual diffère pela coréa amarella, pelo azul da parte anterior da fronte. dos lóros e da região periophthalmica, e pelo vermelho da base das pennas lateraes da cauda. Hellmayr dá-lhe a seguinte differencial : Base das rectrizes, espelho e encontro alar coloridos de vermelho vivo; orla da aza verde : a) lados da cabeça mais ou menos me ies oa Wer, bia? es bi, ao MES ear) Ae, CESTA b) lados da cabeça sem amarello : _a’) Estreita órla frontal e lados da cabeça verde puro, ganganta verde, lado inferior verde amarellado . . . . . . A. ochrocephala b') Larga órla frontal, região ocn- ‘ lar e facial azulada garganta e lado in- forior verde azulado . oa as ares Às nattarerê Base das rectrizes verde, espelho alar vermelho vivo, curva da aza verde, órla alar vermelho roseo . . . . . . À. farinosae À. f. inornata Provavelmente, diz elle, 4. aesliva, A. ochro- cephala e A nallereri devem constituir apenas tres sub-especies. Pelas contradições supra e falta de material, é-me impossivel de julgar do assumpto do módo de- finitivo que só bôas séries o permittirão. Dimensões: Segundo Natterer, Salvadori dá para dimensões, aza cerca de Om, 224 e cauda Om, 140. Distrib. geogr.: Estado de Matto-Grosso, Rio Mamoré e Amazonas. O0 — AMAZONA OCHROCEPHALA (Gm. ) Ahôlo ; Papagaio-Caïnperro Bico e cerumen negros ou schistaceos com os lados da base do culmen e do gonis alvadios ama- reliados ; meio do curva do gonis egualmente alva- dio. Região periophtalmica nua, carnea ; pés e unhas denegridos. Plumagem . verde. O cerumen com cerdas negras. Alto da cabeça amarello, tendo anterior- mente uma facha de verde azulado na fronte pendendo para os lóros e supercilios. As pennas dos lados do pescoço são mais claramente fimbriadas de negro, emquanto que as da parte dorsal d'essa região não têm tal fimbria, as do queixo e garganta com a base vinacea. Orla cubital, curva daaza e os 34 da barba externa das cinco secundarias anterio- res, escarlate vivo; bordo carpal amarellado com algumas nódoas sanguineas escuras. (O vermelho reappare no terço basilar onde vae sendo substituido pelo amarello, dos lados para o meio, até a 4. Nas pennas da parte inferior do corpo o verde se torna amarellado, havendo manchas e tarjas vinaceas, trans- versacs. Egualinente amarellos, manchados de es- carlate são os calções tibio-tarsaes. O terço termi- nal das cinco rectrizes lateraes é amarello, mais in- tenso na barba interna das pennas ; nas medianas essa côr só apparece indistinctamente, bem como no la- do das coberturas superiores e inferiores das rectri- yes e na Orla externa das ultimas remiges. Todas a ey: Ces as remiges aliás, na sua pagina inferior, são colori- das como em À. aestiva, sem a fimbria rosea que occasionalmente ahi apparece. D.mensoes : Bico Om,030 ; aza Oin,226 ; cau- da Om, 145; tarso Om, 027. Distrib. geogr. : Perú, Equador, Columbia, Ve- nezuela, Amazonas e M. Grosso. Costumes : Não parece constituir bandos e d'el- les vi um par nas catingas da cabeceira do Lam- bary, M. Grosso, à 22 de VI de 909. Os parecis chamam-r'o Aholo. OS — AMAZONA ÆsTIVA (L. ) Aiur, Papagaio, Curdo, Papagaio-Grego Bict, palpebras e pês denegridos; circulo nú periophthalmico côr de carne. Plumagem : Sinciput e fronte de côr azul esverdeada ou celeste, confórme a edade; alto da cabeça, lados da cara e bochechas dum ainarello de ouro que desce mais ou menos so- bre a garganta. Orla do metacarpo dum amarello mais ou menos intenso, b:m como os calções das tibias, as coberturas superiores das rectrizes e uma larga tarja marginal destas ultimas pennas Bordo cubital da aza e articulação carpal, o espelho na barba ex- terna do terço medio das cinco primeiras remiges secundarias de côr escarlate viva, havendo na arti- culação carpal algumas pennas amarellas. Remiges, pagina superior, a primeira negra uniforme, nas de- mais o negro occupa a barba interna emquanto a barba externa, nos dous terços basilares, ê comple- tamente verde e negro azulado purpureo no termi- nal. Esta côr se extende um pouco para dentro, nas remiges secundarias, logo depois do espelho escar- late, sendo apenas vestigiaria, em certas incidencias, nas seis ultimas, onde domina o verde. A pagina inferior das remiges é negra schistacea na metade externa e do meio para a ponta, nas primarias e verde esmeralda no resto; as secundarias tem o de- “negrido apparecendo mesclado com o azul, no ex- tremo livre e, às vezes, no bordo livre das que tem — 96 — a macula escarlate, estreitamente fimbriada de ré- seo, côr que transparece tambem na pagina inferior da barba externa, vinda do escarlate vivo do espe- lho. Rectrizes medianas quasi totalmente verdes, ha- vendo laivos de amarello apenas na ponta livre; as lateraes têm o lado interno da base escarlate, o ex- terno verde um pouco azulado na órla até o terço médio, onde esse verde se extende para o lado in- terno, formando uma tarja transversa, em contraste com o amarello esverdeado do terço terminal. Ca- nutilhos negros ; uma estreita franja d'essa côr, li- mita as pennas do pescoço e da região dorsal. Iris miniacea. Esta ave é muito sujeita à um tropismo, para as cores fundamentaes ficando, neste caso, o colorido permanente reduzido ao amarello para côr geral e escarlate para as marcas d'esta côr dos indi- viduos normaes. Dimensões > Bico Om, 025 à Om, 031; aza Om, 194° 4 Om, 224: cauda 0m,115 4 Om, tooe far so Om, 020 4 Om, 028. Distrib. geoyr. : Brasil; de Pernambuco ao Rio. Grande do Sul, Matto-Grosso e Amazonas, Republi- ca Argentina, Paraguay e Bolivia. OS — AMAZONA AMAZONICA (L. ) Curica ; Aruru-Curuca; Papagaio-do-Mangue ; Papagaro-Poayeiro Bico de ponta denegrida base e lados do cul- men, base e centro do gonis de côr amarella om amarello laranja. Gerumen, pés e nnhas negros ; re- giao periophthalmica da mesma côr. Plumagem + Sinciput e alto da cabeça, até o limite posterior da érla nua ocular, amarella ; uma linha que vem das narinas, passa pelos olhos e se diffunde no verde dos lados da nuca, de côr azul violaceo farinoso; ame- tade inferior dos lóros e bochechas amarellos de chro- mo; nas pennas do mento reapparecem as órlas vio- laceas. o que às vezes tambem occorre nas da nuca,. finamente órladas de negro. Bordo do carpo ama- rello ou laranja. Um largo espelho miniaceo. consti- + Miranda - Ribeiro — PSITTACIDEOS DO BRASIL — Est. IV REV. DO MUS. PAULISTA, VOL. XH ot Eh î Mi Amazona amazonica ie : tuido por nódoas dessa côr no terço mediano da barba externa das 5 primeiras remiges secundarias ; o extremo terminal das secundarias, lado externo, de côr azul intensa denegrida. Todo o terço terminal e a barba interna das primarias de côr negra relin- ta. Na pagina inferior, o lado externo e o terço ter- minal e uma tarja central que acompanha o canutilho de côr negra avermelhada; a tarja que acompanha o canutilho é, além disso, marginada por uma es- treita tarja branca em ambos os lados. Rectrizes la- teraes miniaceas no centro, esmaecidos no terço ter- minal que se torna amarello-esverdeado claro. Toda a cauda transfaciada por um losangulo verde retinto que occupa maior extensão nas duas rectrizes cen- traes, onde falta o miniaceo; e produz uma nódoa circular no meio da barba interna das ultimas late- raes. A barba externa d'essas pennas tem uma tarja externa verde-negra, parallela 30 canutilho e que se estende até a parte verde amarellada, termiral, da . penna. Todo o resto da plumagem da ave é verde, mais intenso no lado dorsal que no ventral e mais claro nas tectrizes alares maiores, nas ultimas remi- ges e nas tectrizes superiores e inferiores da cauda. Dimensões : Bico Om, 025 à Om, 029 ; aza Om, 198 à Om, 220 ; cauda Om, 102 à Om, 115; tarso Om, 025 à Om, 026. Habitat. : Matto-Grosso até Coxim, Perú, Ve- nezuela, Columbia, Valle do Amazonas e Trindade. 59 — AMAZONA FARINOSA ( Bodd. ) Moleiro, Juru-Açi Bico, pés e região nua periophthalm'ca de côr . branca farinosa, unhas schistaceas. Cerumen negro. Plumagem verde, como que recoberta de pulveru- “Jencia branca. As pennas do alto da cabeça e. do pescoço, até os lados, com a base amarellada sub- marginada de um laivo azulado e largamente mar- ginadas de purpureo ou de negro, côr que se en- contra nas pestanas formando um debrum que con- 105 trasta muito vivamente com o branco da região nua“. periophthalmica. Bordo carpal amarello-vermelho, as pennas finemente fimbriadas de verde. Primeira re- mige na pagina superior negra; as demais prima- ER tendo a barba externa no terço terminal azul escuro e a barba interna de todas as demais, excep- tuadas as 4 ultimas, de côr negra schistacea; as 5 primeiras secundarias tendo a barba externa nos 5/9 medianos da penna de côr escarlate vivo; o quinto basilar é verde e o terminal em principio verde depois azul escuro, côr que occupa a ponta das quatro re miges seguintes para depois dar logar ao verde ge- ral nas demais. As rectrizes externas tem uta tar- ja marginal azul, na barba externa, tarja que vae até perto da ponta da penna. O canutilho é negro azu- lado e o terço terminal das lateraes é de um verde mais amarellado que o das tectrizes inferiores da cauda. O verde sub-alar pouco différe do geral; as tectrizes maiores tem a ponta amarelada e o lado externo das remiges desde a metade da penna e di- minuindo a medida que se caminha para as ultimas secundarias, de côr negra schistacea. As pennas do abdomen são fracamente marginadas de negro. Ha exemplares com pennas amarellas e às ve- ges marginadas de rubro no alto da cabeça; bem assim vi um, da fóz do Castanha, com as pennas da cauda vermelhas na base. Dimensões : Bico Om, 033 4 Om, 039 ; aza Om, 229 à Om, 2583 cauda Om, 134 à Om, 160; tarso Om; “025,4. 0m, O31. Distrib. geogr.: Do Valle do Amazonas ao Rio Doce e Matto-Grosso, di Paraná — S. João da Ser- ra do Norte. 60 — AMAZINA INORNATA ( Salv. ) Moleiro Salvadori creou para as formas de farinosa sem amarello no vertex a designação supra. Diz elle serem os seus representantes maiores. Traia-se uma questão duvidosa que merece melhor estudo. AME ES 61 — Amazona viNACEA ( Kuhl. ) Aruruéba ; Corraleiro ; Peito-Roxo Bico escarlate vivo na base e amarellado na ponta. Região núa periophthalmica rubra; pés ama- rellos alvadios. Pluwimagem verde. Uma barra trans- versal, estreita, por detraz das narinas e se estendendo até os olhos, de côr escarlate sanguinea ; a base das pennas das bochechas vermelha-roxa-vinacea; d’ahi para a garganta essa côr vae se tornando viva e mes ro escarlate, ao passo que para o peito ella se torna um tanto cinérea, para depois dar logar à um azulado indistincto que mais se define para o abdo- men. Sobre a garganta, lados do pescoço, papo e peito o arroxeado invade a penna quasi toda, ficando a orla sómente de côr diversa — o negro, formando um escamado indistincto que vae até o baixo ventre. As pennas da nuca e alto do pescoço, grandes e formande uma golla analoga a de Deroptuus, têm uma tarja transversa vinacea, depois outra azul al- bicante e a terminal negra. As pennas da órla carpal são amarellas na base e escarlates na ponta. As 4 primeiras secundarias têm um largo espelho escarlate vivo na barba externa. A barba externa das cinco primeiras remiges, parte terminal e dimi- nuindo da primeira para a ultima, uzul claro; lado interno negro schistaceo. Na pagina inferior as co- berturas maiores e a barba interna das remiges, em sua maior extensão, de côr verde intensa ; nas pri- marias e secondarias, atê a ultima de espelho, o meio da penna e barba externa, a ponta e etreita fimbria marginal que caminha para cima, denegri- dos; nas demais o denegrido & marginal da ponta. Tectrizes inferiores, lateraes e superiores proximas das rectrizes amarelladas, hem como as pennas das tibias que formam calção d'essa côr. Base das rec- trizes miniacea tornando-se amarella para a órla in- terna; ponta amarellada. Das pennas do corpo só as tectrizes caudaes não são marginadas de negro. . Dimensões: Bico Om,027 ; aza Om,214; cauda Om,123 ; tarso Gm,022. ET ue Habitat: Da Bahia ao Rio Grande do Sul; Missões e Argentina Pionus ( Wagl.) Monogr. Psitt., py. 497 — 1532 Aspecto geral de Amazona com o gonis de base menos entalhada, a cauda egual ou menor que 1/2 da aza, subtruncada e tendo a ponta das pen- nas medianas ogival e das lateraes de contorno obli- quo na barba interna. A constante do seu colorido se encontra nas sub-caudaes sempre vermelhas, As maitacas são menores que os papagaios, muito so- ciaveis, vivendo em grandes bandos nas mattas de toda a America do Sul, desde o isthmo de Panamá atè a Argentina. Frequentam zonas e arvores predi- lectas, que visitam todas as manhãs, hora geral da refeição das aves. As especies brasileiras dividem-se da seguinte forma : Corpc verde olivaceo rea; bico de base negra . 1 Pionus maximi- Cabeça verde-negra purpu- liani Cabeça azul de cobalto ; co- berturas auriculares negras ; bico de base escarlate . , 2 Pionus mens- \ truus Corpo sépiacéo-purpureo : . 4 . . = 3d Pionus fuscus 62 — Proxus MAXIMILIANI ( Kuhl. ) Martaca Bico com a ponta amarella e a base negra; pés denegridos. Plumagem verde olivacea, as pennas fimbriadas de negro. As pennas da fronte e dos lóros fortemente marginadas de purpureo-denegrido que diminue de extensão para as partes superior, lateraes e posteriores da cabeça e do pescoço. Na garganta torna-se vinaceo. occupando maior exten- são da penna e no papo forma uma ampla zona vio- lacea. Na pagina superior a ametade interna da barba interna das remiges é negra. Na pagina in- ferior da aza verde veronez; e negra a ametade externa e uma fimbria circumdando a parte poste- rior de cada remige. As sub-caudaes são rubras, E q um ER o (gee com o canutilho negro; e tem estreita fimbria terminal verde amarellado as que ficam junto das rectrizes, cuja pagina superior é verde até as duas externas de cada lado, sendo que as barbas externas destas são lar- gamente terminadas de azul. Na pagina inferior essas pennas são de um verde mais brilhante na parte terminal seguido duma facha escura e depois, na Orla interna e para a base das cinco lateraes, intensamente coradas de carmin. As centraes são uniformes. P. imaximiliant melanoblepharus. Exempla- res procedentes de Therezopolis têm e verde geral menos olivaceo, a fronte mais negra a garganta mais liläz e o bico menos amarello. A região núa pe- riophatalmica é negra em vez de carnea. Dimensões: Bico Om,021 à Om,024 ; aza Om,185 à Om,200 ; cauda 0m,094 à Om,108 ; tarso Om,020 à Om,021. Dim. var. melanoblephara ; Bico Om,023 4 Om,025 ; aza Nm,179 à Om,182; cauda Om,094 4 Om,099 ; tarso Om,018. Disirib. geogr.: Do Piauhy à Argentina, Pa- raguay e Matto-Grosso. 64 — Prosus MENSTRUUS ( L. ) Martaca Bico de ponta cornea e base escarlate, cerumen negros; pès denegridos. Plumagei verde olivacea. Cabeça azul de cobalto, a região núa periophtal- mica e a cobertura dos ouvidos negros. Na nuca o meio das pennas é verde. Na garganta ha uma facha interrompida e de côr carminea logo depois da facha terminal azul e no papo esse carmineo se diffunde num purpureo que depois se torna olivaseo- furrugineo. As remiges, na pagina inferior différem das de P. maximiliani por terem uma fimbria verde mais ou menos accentuada pelo lado externo. Todas as remiges têm azul que se estende de fora para dentro até a ponta de cada penna e, nas duas me- dianas sómente existe na ponta e de modo diffuso ; depois na barba interna ha uma tarja obliqua sé- NOR piacea que se cambia para o carmineo indo até a base da penna; isso na pagina superior, na inferior não se nota O sépiaceo de tranziçäo. As sub-cau- daes, escarlates, têm uma estreita linha verde azu- lada pelo canutilho e a órla verde amarelhada. O joven tem uma facha carminea sobre a fronte e 0 azul da cabeça menos accentuado. ° Dimensões: Bico Om,020 à Om,024; aza Om,178 à Om,193; cauda Om,079 à Om,088 ; tar- so Om,019 à Um,022 Hab tat.: Desde Costa Rica e Trinidad, pela America do Sul até Matto-Grosso, Columbia, Equa- dor e Boltvia. 64 — Pronus ruscus (Mill. ) Parauä-y, Papagainho Rôxo Ponta do bico negra, base carnea, lóros dene- gridos bem como os pés. Alto da cabeça, desde a fronte e coberturas auriculares negras. Uma tarja nos lóros escarlate. Pennas da parte dorsal sépia- ceas cum Orla cinérea na cabeça e avermelhada no corpo; pennas da parte inferior avermelhadas com Orla grisescente na gargante e a base sépiacea no peito e abdomen. Sub-caudaes carmineas, as pennas com o canuulho negro e um sombreado sobre o lado interno. As remigos têm o lado externo pur- pureo e as azas a pagina inferior violacea ; as re- miges têm o lado externo dessa pagina negro e as da Rr a barba externa sépiacea purpurea, na tarja terminal dessa côr e o resto carmineo — as duas medianas são unicolores sépiaceas — purpureas. Os jovens têm os lados da base das pennas ariculares alvadics amarellados, a região perioph- thalmica mais clara, os lóros fuscos e a cabeça azulada, Dimensões : Bico Om,021 ; aza Om,167 ; es Om,079 ; tarso Om,017. Habitat: Guyanas e Valle do Amazonas, Pará, Amazonas e Venezuela. 7, PI; MADER jue Gypopsittacus Bp. Naumania, 1856 Iérma mediccre, robusta. Bico forte, de altura e comprimento correspondentes, tomia entalhada e ponta plana na face trituratoria. Cabeça na parte anterior villosa, não emplumada, no mais como em Eucinetes. Especie conhecida: 65 — GYPOPSITTACUS VULTURINUS (Ill.) Urubü-Faragud, Piri-Piri, Periquito-d' Anta « Adulto: Verde, abdomen com laivos azula- dos; cabeça núa, ou antes, coberta de cabellos ; pelle nüa da cabeça negra, excepto na parte ante- rior e nos lóros onde ella é clara, talvez alvadia ; os pellos são negros na pelle negra e brancos na parte anterior da cabeça e nos ióros; à núa cabeça circumdada posteriormente por uma larga facha for- mada de pennas amarellas terminando em negro; nuca denegrida, papo amarello-olivaceo com as pen- nas marginadas de negro; coxas amarellas com lavios vermelhos; coberturas alares superiores me- nores auranciacas, as mais internas, a margem carpal e toda a cobertura inferior da aza vermelha; na curva da aza as penas auranciacas são lavadas de vermelho ; algumas das coberturas medianas superiores externas e maiores da aza azues, marginadas de verde; aza bastarda, coberturas primarias e primarias negras com a barba externa azul escura; secundarias negras com as barbas externas verdes passando ao azul para a ponta ; barba interna das remiges em baixo verde; cauda verde; com a ponta azul superiormente e verde in- feriormente; barba irterna das rectrizes e pennas da cauda, excepto a ponta, amarella; bico cinéreo- corneo, mais esuro na ponta e ao longo do culmen ; cerumen alvadio; pés pardos. Comprimento total Rd ara OEA? = cauda: 0070: bico Os O18 ; tarso 0,7 012. Joven : Cabeça nua na parte anterior e lóros, o resto com pennas curtas verdes e de base ama- rella ; pennas eguaes na parte posterior do pescoço que não é negro; a facha auranciaca ao longo da margem do braço e tambem a vermelha carpal, em parte verdes; tectrizes maiores da parte inferior da aza verdes » ( Salvadori). Habitat. : Valle do Amazonas, Pará a Vene- zuela. Eucinetes, Reichn. Jorn. f. Ornith. pg. 393--1881 Fôrma mediocre. Bico de ponta su-plana na fa- ce, trituratoria tomia entalhada e gonis excavado. Ge- rumen alongado buscando o hiato e villoso. Pennas dos lóros e da parte antorpital reduzidas e de aspe- cto villoso. Remiges 2 e 3 eguaes. Rectrizes chan- fradas internamente e mais ou menos ponteagudas externamente, estreitas e curtas, a cauda muito me- nor que 1/2 da aza. Côr dominante verde. Especie brasileira : 66 — Eucinerus CAICA (Lath.) Bico e pés alvadios amarellados ; região núa pe- riophthalmica e pello dos lóros negros, as palpebras alvadias com as pestanas negras. Plumagem verde ; a cabeça toda negra, até o queixo e a nuca, dahi segue-se um collar amarello alaranjado no lado pos- terior do pescoço 6 olivaceo no lado gular. As te- ctrizes alares menores têm o lado inferior azul; azues são as azas bastardas com o centro negro e bem assim as tectrizes maiores das primarias; azuladas são as sub-alares menores e as pennas do peito e as da articulação tibio tarsal, onde ha um lavo cinéreo e pennas auranciacas. Sub-caudaes aruarelladas com o canutilho negro e o bordo verde azulado. Primeira remige negra com brilho azul purpureo, as demais têm a barba externa verde sub-marginada de azul purpureo in- distincto e dominante junto a ponta dessas pennas. Na pagina inferior ellas são de um verde veronez que só não existe nas partes externas, mediana e terminal, onde tal côr é como geralmente, substituida pelo Rd e a its DS me ml PE a à — ee, 2° a a pe negro sépiaceo. Rectrizes com uma barra terminal azul, uma fimbria dessa côr na barba externa das lateraes e o resto amarello citrino dourado, só au- sente nas duas medianas. A base das pennas do corpo é cinêrea. Dimensões : Bico O,"O1R ; aza 0,7 146; cauda 0,2048 ; tarso 0,"017. Habitat. : Guyana Ingleza, Rio jamary e Rio Branco. Chapmania, nobis Forma geral de Bucinetes, tendo a fronte e os lóros emplumados normalmente, a região perioph- thalmica francamente nua, o cerumen estendendo-se até o hiato. a tomia fracamente entalhada, o gonis de base excavada, remiges 1.º, 2.º e 3.º eguaes. Fispecie brasileira : 67 — CHAPMANIA BARRABANDI ( Kuhl. ) Curica Bico corneo denegrido, ligeiramente amarellado ou miniaceo no gonis; região nua periophthalmica côr de carne, pês schistaceos. Plumagem geral verde olivacea. Cabeça negra, pestanas idem, bo- chechas até a base do gonis de um amarello mi- niaceo, papo e um estreito collar que passa logo atráz do negro da cabeça, olivaceos. Bordo alar junto da articulação humeral sanguineo, continuando dahi amarello de chromo pelas tectrizes menores e se estreitandc para as articulações carpaes e meta: carpaes ; d'ahi até as tectrizes maiores das primarias substituido pelo sanguineo ou a elle misturado. Aza bastarda negra com brilho azul escuro e fimbria mui fina verde, todas as tectrizes maiores e remi- ges secundarias assim; nas secundarias o azul é mais definido e intenso e o verde, mais amplo, é o unico que apparece quando a aza está fechada; só a ultima é totalmente verde. A primeira primaria é negra com a metade interna schistacea, a segun- da tem a fimbria marginal amarella, a 3.ºe 4.º ver- des e as demais azues; essa fimbria amarella appa- La — 66 — rece às vezes na ponta da 2.º à 5.º. Pelo lado in- ferior todas as coberturas alares de um escarlate: vivo, as remiges têm a metade da barba interna verde-mate até perto da ponta e o resto schista- ceo. A plumagem da parte inferior do tronco é lavada de azul, os calções são de um amarello mi- niaceo e as sub-caudaes amarelladas. As rectrizes têm uma barra terminal azul schistaceo que se es- ~ tende pela barba externa das duas lateraes exterio- res; as medianas e a barba externa das latsraes verdes e resto de um amarello ligeiramente oli- vaceo. Dimensões: Bico Om,019 à Cm,020; aza Om,162 à Om,170 ; cauda Om,077 à Um,ONO ; tar- so Om,019 à Om,020. Habitat. : Valle do Amazonas. até o Equador. Matto-Grosso ( Gy-Paraná ). Pionites, Heine Nomencl. Mus. Hein, Orn. pg. 231 — 1890 Forma geral de Chapmania, com o bico fór- temente entalhado na tomia e o gonis de base: truncada. A ponta é sub-cochlear e o cerumen attinge o hiato. As narinas nuas, bem como o am- plo circulo periophthalmico. As remiges 1, 2, 3: e À graaativas, esta a maior. Rectrizes ogivaes, as medianas maiores, excedendo as demais. A nóta dominante da plumagem é dada pela côr isabel quasi branca que apparece sobre o thorax. À plu- magem dos jovens não está bem conhecida. Especies brasileiras : Cabeça e pés negros; estria de sob os olhos ao hiato, verde. . . . 1 P. melanocephalus. / Do abdomen as co- | xas e pennas sub- caudaes a côr é eca ochraceo- ta ; Cabeç armarella uniforme 2 P. xanthomerus furrugento, pés carmineos. Car Só as pennas do baixo ventre e sub- caudaes amarellas, pennas das coxas , verdes, . . . 3P. leucogaster ‘yeu pe ‘ep “qu JW Polpa Sajaulony—¢ enjeudadouejau! sajjuolg —Z ipueqesieg prueudeyo-) £ \ ( = \ xr à NX “TOA ‘¥LSITOVd * OT e 68. — PIONITES MELANOCEPHALUS ( L. ) Maipure; Periquito de Cabeça Preta Bico, pès e região nua perivphthalmica negros. Gerumen idem. Pluinagem : Alto da cabeça, da base do bico à nuca, negro; as pennas rijas, bri- lhantes e tendo o meio fuscescente. De sob as na- rinas, por trás do hiato, parte uma estria verde que vae, as vezes, até a parte posterior dos olhos, marginando o espaço nú pelo lado de baixo. Bo- chechas e garganta amarello sulfureo, mais vivo para baixo. Lados e parte posterior do pescoço de côr ochracea-miniacea. Papo, peito e abdomen, até as sub-caudaes e por entre as coxas, isabel. Axil- lares salmoneas; ancas. coxas, pernas e sub-caudaes salmoneos-mesclados de amarello vivo Manto verde vivo, junto ao pescoço azulado, as pennas com o ca- nutilho negro e a base branco-cinérea. Remiges negras, as primarias com a barba externa azul fim- briada de verde, as secundarias com brilho metal- lico azul e a barba externa verde. Orla carpal ama- rella. Coberturas da pagina inferior menores, do verde do manto; tectrizes alares maiores e >emi- ges plumbagineas, mais negras junto ao: canutilho. Remiges sordidamente auromicantes, na pagina in- ferior. Dimensões : Bico, Om,023 ; aza, Om,135; cau- da, Om,072 ; tarso, Om,022. Habitat: Alto Amazcnas, Rios Negro e Bran- co. Guyanas até Venezuela. 69. — PIONITES XANTHOMERUS ( Gr.) Bico, região nua periophthalmica e pés carneos. Cabeça e cervix, da fronte ao dorso ochraceo-mi- niaceo, as pennas com a base denegrida. Bochechas, garganta, coberturas auriculares e lados do pescoço amarello sulfureo. Papo, thorax e abdomen, atê o baixo ventre, isabel. Ilancos, coxas, baixo ventre ba: e sub-caudaes e uma tarja terminal transversa das remiges de côr amarella mais viva que a da gola. Bordo alar, da curva ao carpo, denegrido. Axilla- res amarellas-miniaceas. Remiges negras, as prima- rias com a barba externa azul e uma estreita fim- bria verde, as secundarias com a barba externa verde. Tectrizes sub-alares menores verdes com laivos azues e mescladas de amarello de permeio ; tectrizes maiores, como as remiges, sépiaceas de brilho olivaceo. O resto do celorido verde uniforme. Dimensões : Bico, Om,022 ; aza, Om,132; cau- ‘da, Om,073; tarso, 0,014. Habitat: Alto Amazonas, Rio Juruá e Javary. 70. — PIONITES LEUCOGASTER ( ll.) Marianninha ; Periquito d Anta Différe do precedente por ter os flancos, as coxas e pernas verdes e as rectrizes sem a tarja marginal amarella. Um exemplar do Museu tem as pennas na cabeça mescladas de ochraceo e negro, algum verde do bico as auriculares por sob os olhos; o amarello da gola estende-se pelos flancos do thorax e axillares, as sub-caudaes estão lavadas de verde para o sépiaceo. A pagina inferior das remiges é cinérea e as tectrizes menores são verdes. Dimensões : Bicu, Om,022: aza, Om,133 ; cau- da, Om,073; tarso, Om,014. Habitat: Baixo Amazonas e Pará. Salvatoria, nobis Bico sub-globoso, de ponta cochlear e tomia não entalhada. Gonis fortemente entalhado. Cerumen curto, sub-villoso. Região periophthalmica nia. Re- miges attenuadas no terço apical, as tres primeiras sub-eguaes. Rectrizes curtas, sub-truncadas. Especie unica: “eu pe op “qua ‘AIN “Snunfiyoeag snjeosepipheug — sdoujuex PIJOJPAJPÇ — & S-1 RS: o a 11. — SALVATORIA XANTHOPS ( Spix ) Papagaro-Goiada Bico alvadio, denegrido de junto as narinas até o meio; abaixo da macula assim formada outra amarella. Cerumen denegrido. Região periophthal- mica côr ne carne. Pés e unkas de côr schistacea- laranja. Plumagem: verde. O alto da cabeça e la- dos da cara de côr amarella, ds vezes laranja na regido auricular. Axillas miniaceas, cambiando para amarello de ouro para o ventre, ahi formando uma tarja transversa e larga. As rectrizes lateraes tém uma tarja miniacea na metade basilar, o resto das pennas bem como a cobertura superior da cauda verde claro amarellada. Essa côr margêa as ulti- mas remiges e mais olivacea forma a base das pen- nas verde da cabeça no pescoço e no papo, ahi pro- duzindo um escamado regular, com o verde dene- grido ou em certos cambiantes azulado da margem. As tectrizes maiores das primarias com um véo marginal azulado. Margem interna. canutilhos e la- dos do canutilho de côr negra. Pagina inferior lado interno das remiges esverdeado farinoso a metade externa, obliquando da base para o bordo interno no terço terminal de côr schistacea. Ponta das pri- marias e das secundarias anteriores orlada de branco. Dimensões : ; Bico, Om,024 4 Om,027; aza, Om,184 à Om,197; cauda, Om,091 à Um,095: tar- so, Om,021 à Om,023. Habitat: Cabeceira do Arinos, Estivado, Mat- to Grosso, S. Paulo e Minas. Graydidascalus, Bp. Rev. Marg. Zooôl., pg. 142 — 1854 Culmen de ponta curta, cochlear e tomia in- distinctamente entalhada ; o bico é sub-globoso, gla- bro, quasi tão alto quanto longo. Cerumen curto, base do bico descoberto bem como uma estreita faixa antocular. Remiges graduadas e deseguaes. Remiges curtas de extremo arredondada, não attin- gindo a metade «o comprimento da aza. Especie unica. — 70 — 72. — (GRAYDIDASCALUS BRACHYURUS (Temm. & Kuhl. ) Curica Pequena Bico verde — sépiaceo lustroso. Cerumen e base do bico, região nua dos lóros e em torno dos olhos sépiaceos palpebras carneas ; pés e unhas denegridos. Plamagem geral verde com laivos de azul, indis- tinctos sobre a cabeça e de amarello sobre a parte inferior de todo o corpo, Orla das tectrizes e remi- ges, pagina superior da cauda e urupygio. Região cubital sépiacea-ferruginea. Canutilhos e lado in- terno das remiges denegrido sépiaceo e pagina infe- rior das remiges ametade interna esverdeado schis- taceos externa schistacea. Rectrizes lateraes com uma larga tarja vinacea na ametade basilar. Dimensões : Bico 0m,022; aza Om,146 ; cauda Om,060 ; tarso Om,017. Habitat : Alto Amazonas, Rios Madeira e Negro. Urochroma, Pp. Naumannia — - 1856 Bico sub-globoso, glabro, de tomia mediocre- mente entalhada. Narinas descobertas. Lóros ves- tidos; região periophthalmica pouco nua. Remiges normaes, graduadas, as 3 primeiras eguaes, tendo um encurvamento extrorso. Rectrizes truncadas egua- lando ou pouco maiores que metade das azas; co- berturas superiores e inferiores da cauda muito des- envolvidas, ás vezes passando a ponta das rectrizes. Cores dominantes verde e negro. Tamanho mediocre. Especies : Dordo SEDIA sie Mel 6 SE ca ES Cd ie or A RENTE E ACT LO REC Bordo carpal verde , 2 U, surda. ( Urop. verde , ? | Bordo carpal escarlate 3 U. hueti, Dorso verde, o | Uropygio Agus os mi poeme tr At U po UA AAA 73. — UrocHRoMA wiept, ( Allen) Base do bico e pés denegridos, ponta do bico e unhas alvadios. Plumagem geral verde grisescente para o papo e lados do peito, região sub-alar e la- dos das coberturas inferiores da canda. Pennas da nuca com a metade basilar sépiacea cinérea ; as do dorso sépiceas com a base cinéra. Regiões humero- radial e lombo sacral negras. Carpo com o bordo indefinidamente rubescente; aza bastarda com a maior parte das pennas, para o lado interno dene- eridas; tectrizes das primarias e as primarias, ex- ceptuando-se estreita fimbria. externa, verdes, as se- cundarias exceptuadas as 3 ultimas e o bordo ex- terno das duas que a estas são anteriores, denegridas. Rectrizes miniaceas, com estreita fimbria negra na barba externa, e larga tarja terminal desta côr. Dimensões : Bico Gm,012 à Om,018; aza Om,110 à Om,112; cauda Om,045 à 0m,052; tarso Om,012 à Om,013. Distrib. geogr.: Littoral, desde o estado da Bahia até o de S. Paulo — Serra dos Orgãos — The- rezopolis. 74. -— UrocHROMA SURDA (Ill ) Base do bico e pés denegridos ; ponta do bico amarellada com a tsmia denegrida; região nua em torno dos olhos carnea. Plumagem verde brilhante indistinctamente azulada no bordo da curva da aza junto ao carpo e na região sub-ocular mais ou me- nos intensamente olivaceo-amarellada; as pennas da cabeça e nuca mais ou menos esquamuladas pela coloração do bordo das pennas que é mais verde, ao passo que o corpo das mesmas fica ligeiramente olivaceo. Pennas humero-escapulares sépiaceas-oli- vaceas ; tectrizes médias das secundarias e maiores bem como a aza bastarda ( exceptuado o bordo an- terior que é verde) e todas as tectrizes das prima- rias é remiges (exceptuada estreita fimbria verde do bordo externo) negras; barba interna junto à ponta das ultimas rectrizes e uma tarja transversa terminal das rectrizes, de côr negra absoleta; esta tarja se alarga ao passo que marcha para o meio da cauda; meio e base das rectrizes, nas duas pa- ginas, d’uta amarello dourado fosco. veo Se Disnensoes : Bico Om,013 à Om,015 ; aza Om,122 à Om,125 ; cauda Om,055 à Om,057 ; tarso Om,012 à Om, O14. Habitat. : Da Bahia ao estado de S. Paulo até Goyaz para o interior. Serra do Orgãos — The- rezopolis. 79. — UROCHROMA HUETI ( Temm. ) Bico e região periophthalmica côr de carne. Sinciput e lóros azues denegridos, bochechas azula- das, alto da cabeça e do dorso e auriculares ligei- ramente sépiaceos, taes como as remiges primarias ; curva da aza até perto das remiges e axilla escar- late sanguineo ; logo depois as tectrizes dessa região têm o colorido azul de cohalto. Rectrizes de ponta. verde e sub-marginadas de negro; as lateraes vermelhas purpureas no & e verdes na Q, com as immediatas às duas centraes tendo uma tarja lon- gitudinal sépiacea. Demais colorido verde. (Com- pilado ). Habitat. : Guianas, Venezuela, Peru e Para. 70. — UROCHROMA PURPURATA (Gm. ) « Adulto -- Verde, parte inferior mais clara; alto da cabeça pardo-olivaceo, coberturas auriculares com laivos pardacentos ; região lombar azul; lados dessa região, flancos e coberturas superiores da cauda verde brilhante; escapulares negras parda- centas; lados do corpo verde amarellados; azas bastardas, cobertura das primarias e canutilhos de- negridos, com a margem externa marginada de verde; Orla meiacarpal marginada de azul purpureo ; coberturas alares inferiores maiores e margem in- terna das primarias inferiormente esverdeado sujo ; as duas rectrizes caudaes medianas verdes margina- das de negro, as lateraes rubras-purpureas margi- nadas de negro na ponta e na margem exterior ; bico côr de chumbo, amarello para a ponta; pés cinzentas. A femea é semelhante ao macho do qual. différe pcr ter as escapulares pardas mais pallidas e uma larga tarja verde na ponta das rectrizes la: a oy (oy = teraes ; Ória negra das mesmas pennas confinada à ponta e faltandc na magem externa» (Salvadori). Dimensões : Bico Om.014 ; aza Om,113 ; cauda Om,048 ; tarso Om,009. Habitat. : Rio Capim, Parä-N. E. do Brasil e Guianas Franceza e Irgleza. Deroptyus ( Wagler ) Monogr. Psittacorum, pg. 492 — 1832 Bico elevado de gonis incluido; culmen com dous entalhes, delimitando uma saliencia lateral na tomia, gonis de base truncada. Narinas e cerumen nús; circulo periophthalmico nu. Pennas das bo- chechas e auriculares alongadas maiores; as da região cervical formam um collar erectil. Remiges 1.º e 5.º sub-eguaes, as quatro intermediarias eguaes. Azas longas, do carpo à ponta, maiores que o corpo. Tarso muito curto, menor que o pollegar, excluida a unha. Cauda longa. quando fechada, de bordos lateraes parallelos e extremidades posterior subtrun- cada, rectrizes subgraduadas de 1.º à 4. Especies : = ta . — DEROPTYUS ACCIPITRINUS ( L.) Anacá. Papagaio de Colleira Bico, região periophthalmica nua e pés sépia- ceos denegridos. Pluimagem: Pennugem da fronte e dos lóros denegrida passando do sépiaceo para a cabeça e para as bochechas que são percorridas por uma estria ochracea alvadia pelo meio, sobre o ca- nutilho. Pennas da nuca de comprimento egualan- do ao da cabeça (sem o bico) de côr sépia na base, sanguinea em sua maior porção central e azul de cobalto em larga tarja marginal. As pennas da gargenta, papo, peito, ventre e sub-caudaes anterio- res são quasi da mesma cor sendo o vermelho mais olivaceo. Manto, inclusive as sub-caudaes superio- res, sub-caudaes inferiores maiores de um verde intenso de seda. 74 — Azas bastardas, tectrizes maiores: das remiges e remiges primarias negras, Com a barba externa quasi toda azul e depois marginada finamente de verde. As secundarias têm a barba externa verde e um pouco azul na ponta das anteriores. Tectri- zes alares menores da côr do manto, maiores e remiges cinéreas schistaceas. Rectrizes médianas superiormente verdes com a ponta azul; nas outras o azul ganha em extensão para a base na barba ex- terna; na interne o brilho é purpureo. Inferior- mente as rectrizes são schistaceas denegridas, tendo as duas externas uma nodoa alongada pouco per- ceptivel sobre a base da barba interna e de côr purpurea-cinnabria. Uma femea, morta com o maclio acima des- cripto, tem o bico branco e a macula da cauda ainda menos perceptivel que a do macho. Um exemplar das collecções do Museu repro- duz com approximação o colorido dessa femea, tendo à maior o colorido azulado das coberturas menores das azas que se nota no colorido dado por Spix (tab. XXXII) figurando um exemplar colhido em Vila-Nova do Amazonas que Helmayr descreveu como variedade nóva, observando uma suggestão de Salvadori. Parece que nesta questão das variedades suppostas, é Ihering quem está com a razão jul- gando-as apenas como um producto de edades diversas. _ Dimensões : Bico 0.7026 4 0,"028 ; aza 0,"206 à 0,"209; cauda: 0,7460;4, 0.7164 ;. tarso 10/2020; Habitat: Guyanas, até Venezuela; Valle do Amazonas, do Maranhão até Juruena. Triclaria, Wagl. Monogr. Psitt. vg. 499 — 1832 Bico normal com a ponta sub-cochlear e gonis excavado. Cerumen curto, não attingindo o hiato. Região periophtalmica restricta. Remiges sub-gra- dativas. Sexos differentes. Especie conhecida : Rte ‘yeu pe ‘Jap ‘qi ‘JW snulajidioae snfiydoseg = | o 78 — TRICLARIA CYANOGASTER ( Vieill. ) Sabri-Cica. Aracu-Ayava Bico e palpebras brancos; -cerumen e pês de- negridos. Plumagem verde. Remiges com todo o bordo externo azul, mais intenso na primeira e di- iuso nas demais, onde essa côr passa para o meio da barba. Pagina inferior da aza e das coberturas maiores azul perola, nas remiges até o meio da “barba interna sendo o resto da penna cinzenta. Re- ctrizes verdes, as 6 centraes com a ponta azul e as demais tambem com a barba externa; na pagina inferior ellas são de um azul schistaceo uniforme, em contraste com o canutilho sépiaceo cinéreo. O macho adulto tem uma faixa azul purpurea do meio do thorax ds sub-caudaes anteriores. Em captiveiro, depois de alguns annos o sabiá-cica torna-se macu- - lado de amarello. EK’ uma ave muito procurada pela sua vôz aflautada que faz lembrar perfeitamente o canto das Oscisnes. Dimensões : Tot. 260 millimetros ; culmen 20 d azra 150 4 495: cauda; 105; tarso 119. Habitat : Do Espirito Santo à Santa Catharina. eu APPENDICE a Revisão dos Psittacideos brasileiros Do material constante das colleccôes Rondon e do Museu Nacional faltavam, entre outras es- pecies, Pyrrhura picta e Brotogeris divillei que sabiamos existirem nas collecções do Museu Pau- lista, atravez do Catalago elaborado pelo Dr. Hermann von the ing. Aproveitämos, por isso, a opportunidade d'uma visita 4 São Paulo para tambem examinar essas formas, ( uma vez que tambem resolveramos ceder ao Museu Paulista, para publicação, a Revisão aci- ma referida ) e ahi incluil-as; pudemos obervar mais, no correr do trabalho, alguns factos inte- ressantes na serie ornithologica deste Museu o que passamos à relatar. Cumpre-nos porém, antes de tudo agradecer ao actual director do Museu Paulista, dr. Affonso d'E. Taunay, a gentileza de mais este accolhi- mento. PROCONURUS HAHNI ( Souancé ). Além do que ficon dito à pg. 21, um exem- plar procedente da Guiana Ingleza, por intermedio da casa Rosenberg mostra que as palpebras apre- sentam pigmentação avermelhada. Dimensões : Culmen 0,024; aza 0,158: cauda 160 ; tarso 0,015. GYMNOPSITTACUS ABRUGINOSUS ( L. ) Um exemplar procedente da Venezuella tem o amarello periophthalmico bastante evidente e vindo em laivos até o bordo do bico. As pennas das bo- chechas tem o bordo mais escuro, formando um esca- mado muito característico. O azul das pennas do vertex passa directamente ao cinzento da base, sem verde intermediario como em G. caclorum e G. weddelli. MyopsitTacus MONACHUS ( Bodd. 4 exemplares procedentes de Matto-Grcsso, onde foram colhidos em Outubro de 1918, tem o cinzento da fronte e dos lados da carz e da garganta mais puro, de modo a deixar mais mtido o verde da re- gião periophthalmica, O branco da orla das remi- ges secundarias é mais nitido, bem como o amarello ak remiges mais intenso. ' Dimensões : Gulmen 0,015; aza 0,135 à 0,145 cauda 0,123 à 0,135; tarso 0,015. Total 24 426 cm' PiRRHURA LUCIANI ( Deville) P. picra ( Müll je P. ROSEIFRONS. Gray. Parece haver razão para que se considere P. roseifrons, Gray bona species. Os exemplares do Museu Paulista procedentes do Rio Juruá, RIT eee Amazonas, mostram o colorido dessa forma, como se viu pela estampa, bastante differente do que foi descripto com P. luciani — a cuja synonymia ella toi levada. Dos estudos de Hellmayr e do que se póde averiguar pelo confronto: das pelles em se- rie, será antes uma separação do que uma reunião de taes designações, que ha à fazer. Hellmayr tem uma P. prcla amazonum, sem vermelho na curva da aza e o Museu possue uma P. lucianr do Perú tendo pennas azues e rubras na fronte e nos olhos. P. MoLINAE ( Mass. & Souancé ) Os exemplares de Matto-Grosso ( Sul) com- parados com os do Norte ( da descripção a pg. ) por ter o colorido da cabeça e do peito muito mais esmaecidos e uniformes. O rubro do ventre quasi não existe, o escamado do papo, tão evidente naquelles quasi tambem desapparece nos exemplares que pro- cedem de Corumbá pelo Sr. Garbe, ( 1917 ). P. HYPOXANTHA Salv. Um exemplar colligido pelo Sr. Garbe em Co- rumba, Matto-Grosso, dá idéa de um albinoide de P. inoline, : PIONOPSITTACUS PILEATUS (Scop. ) 3 exemplares procedentes de Iguape (1 5) e Campos do Jordão (1 4 1 9), differem da de- scripção dada por terem os machos as coberturas auriculares tambem tinctos de pardo ou vinaceo em vez de rubro puro do alto da cabeça. A femea tem muito pouco azul ahi, apenas uma fimbria na base do bico 44 Total 0,20 — a 0,215; azas 0,140-145; cauda 0,077 - 0,080; tarso 0,010 - 0,013 ; culmen 0,017-0,018. q Total 0,220 —; azas 0,140; cauda 0,080 ; tarso 0,014; culmen 0,017. — DIMENSÕES : QE tel UROCHROMA PURPURATA (Gm. ) 2 exemplares. Um dos exemplares ( procedentes de Demerara ) differe do outro por ter a tarja ter- minal das rectrizes muito largas, como sôe ser nos de procedencia brasileira. * * E” commum attribuir-se ao termo — albinismo — o colorido amarello que de vez em quando irrom- pe nos Psittacideos de coloração verde; e assim ge- ralmente são consideradas as bellas formas citrineo - rubras de À. aestiva bem como as nodoas amarellas que tambem irrompem cá e la nos demais papa- gaios daquella côr. Devemos, entretanto, não nos esquecer de um facto de conhecimento commum dos brasileiros do norte: a modificação voluntaria que dos papagaios verdes fazem os indios, alimentando-os de maneira especial, e attribuida à acção da gordura. Esses pa- pagaios assim tornados amarellos, são ditos contra- feitos. Não é mesmo raro, encontrar-se essas aves com o colorido amarello mais ou menos dominante, depois de um certo numero de annos de captiveiro, o que parece vir dar ganho de causa a alimentação de ba- se gordurosa, ou pelo menos à substituição de alimen- to puramente vegetal, de seu uso, pela alimentação commum do homem, como agente dessa mutação. Convem por isso e aqui notar, não só o facto da coloração da tiriba ( Pyrrhura vitatta, Shaw ) que colligi em Therezopolis e cuja descripção se acha à pag. 40, como tambem referir que o Mu- seu Nacional possue, entre outros, dous exemplares de Amazonia aestiva, completamente amarellos nas regiões do verde e brancos nas do azul, tendo apenas do seu legitimo colorido o vermelho da ca- beça, aza e cauda. Taes aves foram colligidas de um ninho (em duas vezes successivas ) que ficava à mão, na fazenda da Baroneza de Mamanguape, donde foram mandados ao Museu Nacional | Isso HG HE foi o que me informou o Snr. Eduardo Teixeira de Siqueira, naturalista aposentado daquelle Museu. O facto da tiriba de Therezopolis não está iso- lado; outras mais, amarellas, lá foram vistas, se bem que não colligidas. Mas elle indica que essa côr, quando apparece, não depende exclusivamente da ali- mentação do homem. O facto dos papagaios de Mamanguape o comprova, porque o casal que taes filhos dera (morador local e de colorido verde ) tambem éra selvagem. Um facto ainda mais interessante apresentam as colleeções do Museu Paulista, em cujos mos- truarios ha um Tuim ( Pirica tirica ) de colora- ção completamente azul uniforme. Esta apresentação de côr, unica de meu conhe- cimento em aves deste grupo, parece vir provar que se não deve aliribuir ao albinismo, a predominan- cia ou tendencia do apparecimento dessas cores fun- damentaes da composição do colorido dos psitacideos. Parece haver mais, ahi, um certo tropismo bem differente da falta absoluta do pigmento, a fixação ou tendencia, maior de uma ou duas côres funda- mentaes, talvez determinada por qualquer atrophia nervosa como por qualquer hypertrophia da mesma natureza. Seja como for — os papagaios com essa apre- sentação de côres, vieram provar uma pratica, em Natureza, dos verdadeiros processos da trichromia. MIR. RIB. — Appendice aos Psittacideos do Brasil - Est. VIII — Rev. do Museu Paulista vol. XI Ruo.FiscHer,del ad. nat. Pyrrhura molinae (Mass. & Souancé), fig. 1, do Sul de Matto Grosso fig. 2, do Norte do mesmo Estado. Pyrrhura roseifrons, Gray, (fig. 3) procedente do Rio Juruá, MIR. RIB. — Appendice aos Psittacideos do Brasil - Est. IX REV OMIS PAU NO Ruo.FiscHer del. ad. naf. Tirica-tirica (Gm.) Exemplar procedente do Alto da Serra do Cubatäo, S. Paulo; e exhibindo colorido azul uniforme. — Coll, Museu Paulista. ea Triprion, Diaglena, Corythomantis, etc. uma subsecção de HYLIDÆ, com duas especies novas há SE; D ER 7 oy Triprion, Diaglena, Corythomantis, ete., uma subsecção de Hyhide, com duas especies novas No anno de 1891, os Profs. Leonhard Stejneger e Frederick Test publicaram a diagnose do genero Tetraprion, da familia Hylide, cujos caractéres éram especialmente baseados sobre a presença d'uma serie de dentes nos palatinos e na posição horizontal da pupilla: o que permanecia em duvida. A fórma da lingua ficära desconhecida por estar imperfeito o exemplar examinalo, procedente de Guayquil, Equador e que os creadores do genero registaram, no Museu Nacional dos Estados-Unidos, em Washington, sob o numero 12.214 e nome Tetraprion Jordani, em honra do Prof. David Starr Jordan, Presidente da Leland Stanford Junior University, da California. Em Fevereiro do anno de 1900, Guntber re- unio à Triprion, de Cope, o genero dos dois au- tores supra mencionados, pelas seguintes razões : « Nalguns dos specimens os dentes palatinos foram observados, presença que conduzio à separação generica ( Tetraprion). Esses dentes se acham em tal condição rudimentar, e consequentemente tão pouco seguro é o caracter, que esta distincção é apenas justificada. O apparecimento desses odon- toides morphologicamente não se evidencia e não é de valor taxonomico maior do que a classificação do tegumento externo da cabeça. As tres especies de Triprion são, evidentemente, tão proximas allia- das que, n'esta opportunidade, eu não posso ad- mittir nem mesmo a differença de forma da pupilla como valor generico ». (Günther, Fev. 1900. Biol. Centrali-A mericana. — Class. Batrachia, pg. 293). Se dermos razão à Gunther, as especies do ge- nero Triprion ficarão sendo : genial 7. petasatus, Cope, do Mexico ( Yucatan); 7. spaltulatus, Günther, tambem do Mexico, Presidio, e T. jordani, ( Stejneger & Test.) Não obstante, em 1891, (!) Boulenger assim se exprimira sobre o genero de Stejneger & Test: « Diaglena jordani, Stejneger — O vol. XIV, actual- mente em via de publicação, dos « Proceedings of the U. S. National Museum, contem ( pg. 167. est. HI) a descripção de uma nova pereréca, para 4 qual o sr. Stejneger propõe o novo genero Tetraprion, alliado à Triprion e Diaglena, differindo de todos os outros pela presença simultanea de dentes vome- rinos e palatinos. Triprion spatulatus, o typo do genero de Cope — ( Bull. U. S. Nat. Mus., n. 32 — 1887, pg. 12) foi descripto por Günther ( Ann. & Mag. Nat. Hist. 5, X, 1882, pg.’ 279) de exems plares vivos; por isso, a dentição não for examinada, Devo agora attestar que elle tem os dentes palatinos situados como em Tetraprion jordani que, em falta de qualquer outro caracter de importancia generica, deverá permanecer como Diaglena jordani ». Da comparação das datas surge apenas uma surpresa, pois póde-se verificar que as palavras de Günther, dadas à publicidade em Fevereiro de 1900, já deviam denotar conhecimento do que dissera _Boulenger de um modo tão cathegorico. Mas, ainda não é tudo. O mais famoso batra- chologista da actualidade, o proprio Boulenger, de- screveu e figurou nos mesmos Annals & Magasin, (6), vol. 17 — 1896) uma outra pereréca para a qual creou o genero « Corythomantis ( pg. 405, est. XVII, figs. 3, 8-b) — semelhante à Triprion e Diaglena dos quaes differe pela ausencia dos dentes parasphenoides ». Ora, até ahi nada de nove. Mas o extraordi- nario apparece quando nós vamos ver que elle in- cluio e deixou como synonymo do genero Hyla, Trachycephalus de Tschudi e algumas outras formas (1) Annals & Mag. Nat. History, (6) vol. VIII — pg. 455 — 1891. Per da nt evidentemente proximas do grupo de que estamos tratando. Afim de melhor sentir a orientação dada pelos mestres da zoologia systematica. volvemos a trans- crever Giinther quando trata de Pfernohyla ( *) de Boulenger : | « Este genero é intermediario entre as Hylas de - cabeça rija e Triprion ». Evidentemente o melhor seria considerar reu- nidas estas fórmas, em vez de deixal-as em ge- neros cuja significação é mais de familia e que, por isso mesmo não podem subsistir enormes como estão. Estas considerações foram-me suscitadas pelo encontro da fórma seguinte, adquirida do sr. Ehr- hardt, bem conhecido negociante de objectos de his- toria natural — n'uma colleccäo de natrachios do S. E. brasileiro. Pensamol-a à principio constituindo uma sub- secção do genero Diaglena (Tetraprion Stejneger & Test) Cope, de que fomos afastados pela conside- ração de Corythomantis Boulenger. Com effeito, embora representando un Tetra- prion sem dentes parasphenoides, a especie em questão muito se assemelha da forma descripta por Boulen- ger. Mas aqui se levantam os seguintes obices que me parecem de valor, pelo menos sub-generico : A cabeça fica no mesmo plano do corpo, a pu- pilla é transversalmente oblonga, as narinas não se afastam do vertice das cristas rostraes. Isto parece justificar a diagnose : Aparasphenodon Forma geral de Diaglena com o craneo no mesmo plano do corpo, de pupillas horizontalmen- te oblongas, palpebras como em Triprion, lingua escutiforme, adnata, entalhada e livre posteriormente. Narinas exteriores ao canthus rostralis. Mãos (1) Biol. Centr. Am., Batr. pg. 292 — 1900. wats: SOR) ee e pés semipalmados. Dedos e artelhos providos de discos e com a ultima phalange uncinada. Dentes vemerinos e nalatinos como em Diaglena, estes porem firmes e não apenas cutaneos. APARASPHENODON BRUNOI, Sp. NOV. Cabeça distincta do corpo, completamente ossea, com os ossos reunidos entre si por suturas em gin- elyma, os ossos são lamellares, lisos ou radialmen- te estriados ; e formam uma caixa craneana depri- mida e de plano ogival para cujo vertice concorrem duas fortes cristas espiculadas, partindo do angulo supero-anterior da orbita, e duas outras marginaes do angulo antero inferior. Por tal modo ficam a re- gião loreal e a frontal numa depressão que se pro- jecte para traz por entre os orbitaes superiores e con- tinuam nos fronto -paristaes. Pode-se admittir um pseudo-frontal cordiforme, irradialmente estriado antes d'aquelles, emquanto que os premaxillares e nazaes se reunem numa pyramide que é o vertice propriamente dito da ogiva. As na- rinas pequenas, obliquas, e lateraes, ficam no angulo anterior da região loreal, cujo bordo posterior, sa- liente, é tambem espinuloso e constituido pela orla orbital anterior. Os fronto-parietaes se expandem pa- ra traz em laminas franjadas que quasi attingem, nos flancos, os tympanicos, tambem exteriores, em orla aciculada que recobre o tympano, exteriormente circular e de diametro igual à metade da orbita. Os olhos salientes pelas palpebras cyatiformes e obli- quamente dispostas, de modo à continuar a superior a ruga oculo-rostral superior; e a inferior a que forma o contorno do plano cephalico, tem uma am- pla nyctitante, diaphana, porém orlada de preto, emquanto que a córnea estreitamente ligada à iris, com ella se recolhe no alcool, deixando perceber uma abertura oblonga horisontal da pupilla. À bocca tem o diametro antero-posterior egual ao transverso, no hvato. Os primaxillares e dentarios providos de densa e unica ordem de dentes pequenos e conicos, Mir, Rib. Diaglena, Corythomantis etc. Aparasphenodon brunoi, Mir. Rib. Rev. Mus, Paulista, vol, XII Mir, Rib. del ad nat, ficam bem protegides dos choques pela crista ante- ro-lateral espinhosa, tendo de permeio larga área. Os dentes vomerinos numa curva, retrovertidos, ficam entre e ligeiramente posteriores à choanas. Dentes palatinos numa curva S- ( forme), como se observa na figura dada por Stejneger & Test; mas vejo que se não destacam com a facilidade por elle indicada, dos ossos respectivos. Dentes parasphenoides ausentes em absoluto. A lingua é larga, occupando todo o ambito da man- dibula; e tem a forma de um escudo, sendo enta- lhada posteriormente. A pelle é lisa e brilhante em cima, verrucosa no abdomen; e se projecta em es- treita fimbria, nos membros posteriores, para melhor adherencia. As mãos são semipalmadas, tem callos inferiores e comc os pés, discos nas pontas dos dedos, discos maiores que um quarto do diametro ocular. Ha um tuberculo tarsal reduzido e flacido, bem como outro carpal semicircular. Sepiacea superiormente, mais escura na cabeça, numa estria anterior dos lhumeros nos discos digitaes. Parte inferior alvadia-ochracea. Flancos densamente maculados de mais escuro. Algumas nodoas pequenas pelo lado do dorso e meio da face dorsal das pernas. Comprimento ; 68 millimetros. O exemplar é do sexo feminino. Dedico esta especie ao Prof. Bruno Lobo, que adquirio a collecçäo para o Mvseu. CORYTHOMANTIS APICALIS, Sp. nova ou COR. GREENINGI juv? Mui semelhante 4 especie de Boulenger, dif- ferindo pelos dentes vomerinos entre as choanas que são longas, ao passo que as narinas ficam nos lados da ponta do focinhc, proporcionalmente mais curto. Parda irregularmente manchada de mais es- curo; uma estria isabel pela face superior das coxas, atravessando o coccyx e precedida doutra' mais es- cura que a debrua. Do focinho ao coccyx 5 centi- metros. A perna, levada à frente, attinge o bordo anterior da orbita com a articulação tibio-carpal. Proc. : Espirito Santo — Coll. Mus. Paulista. V ANSE UN FAT A Be Mir. Rib, Diaglena, Corythomantis etc. Revista Mus. Paulista, vol, XII Corythomantis apicalis, Mir. Rib. Mir. Rib.o del, ad nat, AVES COLLIGIDAS NO ESTADO DE 5. PAULO, MAT- O-GROSSO e BAHIA, com algumas formas novas eee Joao ear die Lima Naturalista do Mus aulista Aves colisidas nos Estados de São Paulo, Maito Grisso é Dali con almas temas novas Das diversas viagens realizadas ultimamente pelo naturalista viajante do Museu Paulista, sr. Er- nesto Garbe, de que resultou para as nossas colle- cções, rico material ornithologico, conseguiu o sr. Garbe, no Estado de Matto Grosso ( Corunbá e S. Luiz), 241 especimens representando 115 especies já conhecidas e uma subespecie rova, pertencente ao genero Picumnus; e 16 especies conhecidas daquel- le Estado e que ainda não estavam representadas na collecção seriada do Museu. São estas as se- guintes : Crypturus scolopax Bp. Pipile cumanensis natterer: Reichenb. Molybdophanes cœrulescens ( Vieill. ) Pyrrhura inoline ( Mass et Souancé ). Pyrrhura hypoxantha (Salvad. ). Momota momota nattereri Sci. Celeus lugubris Malh. PICUMNUS LEPIDOTUS CORUMBANUS, Subsp. nova. Dysithamnus affinis Pelz, Drymophila atrothorax inelanura ( Meénétr.) Synalluxis gujanensis inornata Pelz. ( =.Mo- tacilla gujanensis Gm. ). * Xphorhynchus guttata dorbigneana ( Puch. & Lafr. ) H. Oberholser — Smith. Miscell. Coll. vol. 48, I., p. 64; diz que Dendrornis Eyton deve ser substituido por Xiphorhynchus Sws. A primeira es- * * * * * * * * * * * Este signal indica novos para a collecção seriada do Museu. pecie blavigaster Sw. descripta sob o nome de Xiphorhynchus pertence a Dendrornis aucto. Xiphocolaples major castaneus Ridgn. (1) Campylorhamphus trochilirostris lafres- nayanus, d'Orb. H. Oberholser; Smith. Miscell. Coll. vols. 47--48, p. 64, 1905, substitue Xypho- rhynchus (que é synonymo de X — Dendrornis ) por Xiphornis Oberh. Heleodytes unicolor Lafr. Tryophilus albipectus minor Pelz. Thriothorus genibarbis intercedens Hellm. + Picunnus lepidotus corumbanus, subsp. Esta subespecie é muito afim à especie typica P. lepidotus ( Cab et Heine), da Guyana e Brasil septentrional. Comparado com um especimen de ?. lepidotus que o Museu possue de Surinam, nota-se a diffe- rença por ser menor e de colorido em gerai mais claro. Pequeno e elegante Pica-pão medindo o com- primento total de 85 m/m; aza, 50; cauda, 32 1/2; bico, 11; dedos sem unhas; ant. ext., 10; ant. int., 7; post. ext., 10 1/2; post. int., © m/m. Descripção: Lado superior, dorso reg. esca- vular e uropygio de côr parda cinzenta, sendo a margem das pennas alvadia-amarellada, com o cen- tro das pennas denegrido; tectrizes superiores das azas de um pardo mais escuro com a margem ama- rellada clara; as remiges primarias e secundarias pardas denegridas, com a margem int rna alvadia ; as secundarias externas alvadias amarelladas mais claras na margem interna; as pennas na base da mandibula superior alvadias aimarelladas, com as pontas denegridas. Alto da cabeça, occiput, nuca e supercilios pretos, as pennas da fronte com ponta escarlate, as restantes com pingos de um branco (1) O genero Campylorhamphus pertence ao sr. Ber toni I, 1901. « Aves do Paraguay», p. 70, Campylorham phus curvirostris Bert. TO ee puro marginados de preto. Pennas do ouvido par- das denegridas. Uma lista branca corre por trás dos olhos e por cima do ouvido; de cada lado do pescoço uma macula larga, branca, a franja das pen- nas preta. Lado superior: pogonio, garganta, papo e thorax brancos, as pennas alongadas e margina- das de preto. As lateraes do peito têm às vezes listras e faixas centraes de um pardo denegrido ; as restantes, do flanco, abdomen e tectrizes inferio res da cauda, de um branco levemente amarellado, com a franja preta; rectrizes pretas excepto as duas superiores ou medianas que têm a barba in- terna branca; as iateraes inferiores têm uma Jarga listra longitudinal branca; tectrizes inferiores das azas brancas amarelladas. Uma nodoa parda escura na base das remiges primarias; bico escuro (côr de chifre), gonis mais claro e com uma manchinha amarellada; tarsos e pés plumbeos; iris parda es- cura. | Habitat : Estado de Matto Grosso, Corumba. E. Garbe leg. XI, 1917. Lista das aves colligidas pelo §. E. Garbe no Est. da Bahia , Ilheos Fazenda Pontal : Itabuna ( Faz. Ditosa) e Belmonte ( Faz, Santiago ) Fam. CoLUMBIDAE Columba speciosa Gm. go . Fam. PERISTERIDAE Geotrigon violacea (Tem. Knip) w. I'am.’ GRYPTURIDAK Crypturus rarvegatus Gm. d d. Fam. RALLIDAE Aramides mangle Spix. Q’¢.¢- Fam. CHARADREIDA Morinella interpres (L) 9.9. Ham. FALCONIDÆ Micrastur gilvicollis ( Vieill) à. Rupornis magnirostr is nattereri Sel. & Salv. 5. Odontriorchir uncinatus ( Tem m.) Falco albigularis Daud. ¢. Fam. BuBoNIDAS Glaucidium brasilianum ( Gm.) 9. Iam. Psrrracipa Brotogeris terica (Gm. 4) ¢. Pyrrhura leucotis ( Kuhl.) 3. 2 Urochroma surda ( Kuhl.) (2 4.) (3 9.) AESA; 3 Fam. ALCEDINIDE Chloroceryte inda ( Linn.) q. (o genero Ce- ryle fica reservado para as esp. Afro in- dianos cf. Miller — Classif. of Kingfishers — Bull. Am. Mus. Nat. Hist. vol. 81 1912 pag. 264.) Fam. Momorip® Baryphthengus ruficapillus ( Vieill) ¢ 02 ¢. Fam. TRroGoNIDa Trogon viridis Linn. &. Trogon curucui Linn. d. Fam. (GucuLIDE Piaya cayana macroura (Cab. et Heine) (P. G. gurania lhering ) 9. Fam. RHAMPHASTIDŒ Rhamphastos arrel Vig. 3 Pteroglossus aracari Linn. &. Selenidera maculirostris gouldü (Natt. 2 Se 1 9.) Dr. Hellmayr Nov. Zool. vol. XVII 1910 p. 400. Reune Selenidera maculirostris Lichteine, com Selenidera gouldi (Gould); diz que os dous especimens obtidos por Pelzeln nas visinhanças de Borba, tem o bico um pouco mais longo, e a ma- cula preta da base da mandibula superior mais restricta do que a typica do Pará. A differença mostrada por material addicional de 8. sn. gouldü, faz lembrar S. m. maculirostris do Amazonas in- ferior. Isto é, o principal caracter consiste na grande e continua macula preta que occupa mais da metade basal da mandibula, emquanto que nos do Sul do Brasil, ellas são variaveis e as maculas transversaes distinctamente separadas. O material que o Museu possue de Selenidera maculirostros DA) À leão >, gouldi: ( Natt.), e proveniente de diversas localida- : des — Est. de S. Paulo; Parana ; Rio Grande do Sul; Espirito Santo; Minas Geraes e Bahia. — E mostra as maculas pretas da mandibula dessa ave distincta- mente separadas. Em um specimen & juv. n. 63%, do Espirito Santo, falta completamente a macuia preta; variando ainda quanto às dimensões das azas e do bico; aza 128--134 m/m., bico 48- 64 m/m. Nos especimens da Bahia—ltabuna—a differença é maior, tanto no bico que mede, no &, 61--64 m/m como na macula preta e na região mediana do dor- so do culmen. A cauda, na face inferior é bem mais escura do que nos especimens do Est. de S. Paulo etc. Fam. BUCCONIDAE Monasa inorpheus (ilahn ti Küst,)2 q e 3 9.) Chelidoptera tenebrosa brasiliensis Sel. Fam. PiciDAE Chloronerpes erylhropsis ( Vieill) 2 d. Melanerpes flavifros ( Spix ). Veniliornis affinis (Swains) 2 d. Celeus flavescens flavescens ( Gm.) (1) Crocomorphus flavus Mill. 3 9. Ceophloens lineatus ( Linn. ) Picumnus minutus ( Linn.) 4 SJ. e 4 9. Fam. CONOPOPHAGIDE Conopophaga melanops perspicillata ( Licht \ Fam. FoRMICARÜDE Taraba major ( Vieill. ) Thamnophilus ambiguus ambiguus Sws. Myrmopagis axillaris luctuosa Pelzeln. (1) Novo para o Est. da Bahia. feio 9 PAR Myrmotherula urosticta Sel. S.d. Formicivora squamata (Licht.) 3 4 el 4. Rhaimphocaenus melanurus melanurus Vieill. erate. Pyriglena leucoptera ( Vieill.) &, ( Papa-formigas ) Formicarius ruficepes Spix. d. ( Gallinha do Matto ) Fam. DEUDROCOLAPTID.E Automolus leucophthalmus ( Wied.) &. Glyphorhynchus cuneatus ( Licht.) &. Deudrocinda turdina ( Licht.) ¢ ¢. SM Sclerurus caudacutus wmbretta ( Licht. ). Xiphorhynchus guttatus (= Dreudornis Ey- ton ).( Licht.) ¢. ¢. * XIPHOCOLAPTES ALBICOLLIS BELMONTENSIS sub. Sp. nov. * Picolaptes fuscus tenuirostris ( Licht.) 5 Nag REA CAMPYLORHAMPHUS TROCHILEROSTRIS INTERME- DIUS subsp. nov. | Deudrocolaptes picumnus Licht. &. 5. Fam. TiRANNIDÆ Rhynchocyclus flavirostris flavirostris ( Wied. } d'. Ge Rhynchocyclus poliocephalus sclateri ( Hellm. ) Sad, GS jax. | Craspidoprion olivaceus Temm. &. g. ( Guaracava ) Elaenia flarogastra Thunb. dd. — 100 — ( Bem-te-vi do bico chato ) Megarynchus pitangua ( Linn. ). Myebius barbatus mastacalis ( Wied.) % . q" Myiarchus tyrannulus bahie Berl. & Leverck: Myiarchus tuberculifer Lafr. et. d'Orb. |. 9° Tyrannulus inelancholicus Vieill. Fam. PipriDÆ Pipra rubrocapilla Temm. 3 q. 2 9. Pipra leucocilla Linn. 2 g. 2 9. Chiroxiphia pareola ( Linn.) «. Chiromachaeris gutturosus ( Desm. ). * Scolothorus turdinus amazonum { Sel. ). I'am. CoTINGIDÆ Tityra brasiliensis ( Swins ). Lathia cinerea ( Wieill.) 2 0%. 1 q. Laniocera hypopyrrha ( Wieill. ). Lipaugus semplex ( Licht.) & ¢. Attila cinereus ( Gm.) ¢. Ampelion melanocephalus (Sw.) d. Xipholena atropurpurea ( Wied.) &. 9. Pyroderus scutatus ( Shaw. ) Fam. TurDIDA “ (1) Turdus fumigatus ( Licht.)2 3 .¢. Turdus rufiventris { Vieill ). " (1) Ciclopsis leucogenys Gab. 3. ¢. Fam. MIMIDAE " Momus lividus ( Licht.) o”. (1) Indica novo para o Estado da Bahia. — 101 — Fam. UNIOTILTIDAE Campsothlypis pibiayumi ( Vieill. ) d. Fam. COEREBIDAE Dacnis cayana ( Linn. ). Chlorophanes spiza (Linn. ) 2 9. Cyanerpes cyaneus ( Linn.) 9.. Fam. TANAGRIDAE Euphonia pectoralis. Kuphonia xanihogaster ( Sund. ) 29. (= &. aurea violaceicollis Cabanis.) Euphona violacea magna ( Berl. ) Tanagrella cyanomelena ( Wied.) 8 & 2 9. Calospiza flava flava ( Gm.) &. Tanagra sayaca (Linn). à. Tanagra palmarum Wied. &. ¢. Rhamphocelus brasilius ( Linn.) 4. @. ( Tié-fogo ) Saltador maximus Mill. Arremon silens ( Bodd. ). Fam. ICTERIDAE ( Japim, Chéchéo) Cacicus cela (Linn.) 4 &. 1 q. ( Guache, Japuira ; Cacicus hemorrhoas aphanes Berl. Xiphocolaptes albicollis belmontensis, subsp. n. Este grande Arapassi, é bem parecido com a especie typica — X. albicollis divirgindo porém desta, por faltarem as fachas denegridas, transver- saes, do abdomen e da cobertura inferior da cauda. Bico menos curvado e mais alto na porção basal. Approxima-se tambem de X. emigrans de Sel, do qual tambem differe pela falta do colorido amarello- canella, na face inferior das azas ; as estrias no meio de cada penna, na cabeça nuca e lados do pescoço, são brancas cinzentas em vez de amarelladas canel- linas claras, como nas especies citadas. Descripção do macho adulto: Lado superior : Cabeça e occiput denegridos, com numerosas estrias alvadias-cinereas no meio de cada penna, do mesmo colorido na nuca e nos lados do pescoço; este pardo- rufescente, as pennas com estrias centraes de um amarellado -canella-claro ; dorso pardo -olivaceo, leve- mente lavado de pardo-avermelhado, que se obscurece gradativamente para o avermelhado-castanho; o uro- pygia e a cobertura da cauda; tectrizes superior das azas, remiges primarias e secundarias da côr do dorso; remiges, da mão e do braço de fundo vermelho- castanho, sendo as barbulas exteriores pardas ama- relladas e a ponta, parda denegrida rectrizes d'um vermelho castanho mais claro na face inferior; a ultima lateral levemente amarellada nas barbulas ex- teriores. Adeante, atraz dos olhos e por baixo do ouvido côr alvadia amarellada com a franja das pen- nas preta; uma listra denegrida na base do gonis. Lado inferior; garganta, branca-amarellada, peito pardo, semelhante ao dorso, com largas estrias alvadias amarelladas no centro de cada penna; abdomen e coberturas infericres da cauda pardas mais claras levemente estriados de pardo amarellado-canella ; — 103 — coberturas inferiores das azas de côr amarella-canella com faixas transversaes denegridas ; bico preto, iris pardo-castanho ( segundo o collector ; Dimensões, m. m.: Comprimento total, 290; aza, 127; cauda, 127; bicc, 44; tarso, 24. m/m. | Habitat : Est. Bahia, Belmonte. Ernesto Garbe, leg VIII 1919. Campylorhamphus (1) trochilirostris in- termedius, subsp. nov. « ARAPASSU DE BICO CURVO » Esta subspecie é intermediaria entre C. tro- chalirotris ( Licht.) e C. falcularius ( Vieill). De colorido em geral mais escuro do que em trochali- rostris ; aproximando-se um tanto de C. falcularvus, porém devergindo deste ultimo, pelo bico pardo-ver- melho claro e pelas estrias de amarellado canella- claro, mais vivo, no peito e na região abdominal. Descripçäo do macho adulto : Comprimento total 220 m/m.; aza 100; cauda 94; bico 60; tarso 19 m/m. Iris pardo escuro. No lado superior, cabeça parda mais escura do que o dorso ; fronte, alto da cabeça, nuca e pescoço listados de amarellado claro no meio das pennas ; inter- escapular pardo-amarellado ; uropygio, cobertura su- perior da cauda, face exterior das remiges do braço, rectrizes d'um vermelho castanho, semelhante ao de C. falcularius. As maiores e menores tectrizes su- (1) O genero Campylorhamphus Bertoni 1801. Aves do Paraguay vol. I., tem sido reconhecido pelos autores an- tigos como pertencente ao genero xiphorhinchus Sw. H. Oberholser, Smith. Miscell. Coll. 1. vol. 48, p. 64, (V. 1905) substitue Xyphorhymbus (que é synonymo de Xiph. — Dendrornis Eyton, por Xiphornis Ober. 1905, e Den- trornis Eyton diz que deve ser substituido por Xyphorhyn- chus pois a 1.º especie flavigaster Sw. descripta sob o nome de Xiphorhynchus pertence a Dentrornis, — 104 — periores das azas pardas avermelhadas, lados do pes- coço alvadio com a franja das pennas denegridas. No lado inferior pagonio, garganta, cinerios-alvadios com a franja das pennas denegrida e levemente ama- rellada ; peito, abdomen, cobertura inferior da cau- da parda-amarellada, com lista amarella-clara; a setta das pennas, ( que gradativamente se vão estrei- tando até attingir a cobertura inferior da cauda) tectrizes inferiores das azas e a margem interior da face inferior das remiges de côr amarella-canella-cla- ra. Bico pardo avermelhado, com a pcrção basal do culmen pardo denegrido. Garbe leg. V. 1919. Est. Bahia llheos. Xiphocolaptes albicollis villadenovae subsp. n. ARAPASSU Esta subspecie distingue-se da especie typica X. albicolis Vieill., pelo collorido em geral mais claro, bico mais curto, menos alto na base e ligei- ramente mais curvo, superciliar melhor desenvolvido ; cobertura do ouvido, alvadio-amarellado em vez de cinzento . branquicento como na especie typica; no lado inferior, no meio do abdomen, as listas transver- saes pardas escuras de cada penna não attirgem a setta como na especie typica. Descripçäo do macho adulto n. 7593. — Lado superior : cabeça parda escura com estrias finas ama- relladas canellinas no centro de cada penna, atuin- gindo, assim estreitas, até a região occipital. Pes- coço, dorso pardo-azeitão com estrias largas amarel- ladas no centro das pennas que são marginadas por uma sombra escura ;' coberturas, primarias e secun- darias das azas pardas com o dorso, levemente la- vadas de castanho na margem superior. Face exte- rior das remiges secuntarias, uropygio, coberturas superiores da cauda dum castanho vermelho; as rectrizes castanhas vermelhas, escuras na face supe- rior, mais clara na inferior; as remiges primarias e — 105 — secundarias castanhas-vermelhas, com o bordo do lado externo parda cinzento; as pontas d'um pardo denegrido . Adeante e etraz dos olhos acima e em baixo do ouvido alvadio amarellado ; uma lista parda de- negrida ( semelhante ao colorido da fronte ) corre na hase do gonis; pogonio, garganta, alvadios-amarellados. Peito e flancos pardos um pouco mais claro do que o dorso; as pennas com largas estrias centraes de amarellado-canella-claro todo o abdomen farta e transversalmente :istado de denegrido. cujas listas não attingem a setta das pennas como se observa na especie typica ( X. albicollis Vieil. ). As coberturas inferiores da cauda listadas igualmente como o ab- domen, porém levemente lavadas de parda amarella- da; as coberturas inferiores das azas, as axillares de um amarello-canella, percorridas por numerosas listas pretas. 4 face inferior das remiges, na parte basal, amarellada-canella-clara. Bicc pardo-cinzento na ponta, avermelhado denegrido na porção basal, tarsos e pés d'um misto de pardo - cinzento e chum- bo; iris parda. Comp. total 290; aza 131 1/2 ; cau- da 130, bico 46; tarsos 23 1/2 m/m. Ernesto Galbe coll. Est. Bahia Villa Nova. Sporoptula sertanicola, sp. nov. Fam FRINGILLIDAE Patativa do sertão Em Agosto de 1906, remettemos por intermedio do então Director do Museu Paulista Sr. Dr. H. von Ihering, ao Dr. C. E. Hellmayr, Tring Herts. Inglaterra, um especimen desta patativa, sob numero 6.598, para o qual se pedia a respectiva classificação. Como não tivessemos obtido a classificação al- ludida julgamos se haja extraviado o passaro. Re- correndo à Bibliotheca do Museu, as obras que se. referem à ornithologia sul-americana, tanto as pu- blicaçües antigas como as recentes, e não encontrando — 106 — descripção que o contenha, resolvemos fazel-a ; ser- servindo co no typo no segundo especimen, obtido no mesmo local do anterior (6.558); isto é, as densas mattas do Alto da Serra de Santos, Descripção. O colorido geral no lado superior, lóros, vervice, nuca, dorso, uropygio (!) e a cobertura superior da cauda verde-azeitão ; coberturas superior das azas, primarias e secundarias de um pardo de- negrido, sendo o bordo exterior das pernas pardo amarellado. Remiges da mão e do braço denegridas “com o .bordo exterior verde-azeitão, interior cinzento alvadio, bem visivel na face inferior, alvadio na na porção basal, formando uma pequena macula branca no lado exterior, macula esta incoberta velas bastardas que são denegridas. Região auricular amarellada sendo a ponta das pennas, preta. Bochechss e coberturas do ouvidu pardacentas--amarelladas. Rectrizes pardas denegridas com o bordo exterior verde-azeitão. Lado inferior, garganta, alvadia-ama- rellada. Nos lados, região gular e peito, francos. Coxas pardas-amarelladas, mais clares as coberturas inferiores da cauda, medio e baixo ventre de um amarello-claro. Coberturas inferiores das azas alva- dias amareiladas, axillares amarellas-claras. Bico, linha commissural angulado, maxillar superior bem mais estreito do que o maxillar inferior, de côr pardo- avermelhado, pequeno sulco pouco visivel descendo da narina até nas proximidades da tomia, linhas onduladas na região mediana do dorso do, culmen, e do gonis; tarso e pés pardos-avermelhados. Iris parda-cinzenta. Dimensões : Comprimento total, 112 m/m. aza P do: cauda 45; tarso 130; bico 110 m/m. Habitat : Alto da Serra do Cubatão São Paulo, ou de Paranepiacaba. (1) Jim um individuo que ainda vive em captiveiro, nota-se uma macula transversal sobre o uropygio de colorido amarello-claro ( sulphureo ). , RUD, FISCHER, DEL, AD, NAT, I. Xiphocolaptes albicollis villanovae Subsp. nov. II. Xiphocolaptes albicollis belmontensis Subsp. nov. + FISCHER, DEL, AD, NAT, I. Campylorhamphus trochilirostris intermedius Subsp. nov. II. Picumnus lepidotus corumbanus Subsp. nov. HI. Sporophila sertanicola sp. nov. ERRATA «Revista DO Museu Pautista», Tomo XII, pag. 14, onde se lê Niphocolaptes albicollis villadenovae, leia-se Xiphocolapies albicollis villa- novae, e à pag. 15, em vez de Sporoptula leia- se Sporophila. y ot ma ot ph é io - F Fée * Re ot, tg mor ia MN + o ” N + . . ' E - is E < e = J . 4 - + _ - b ‘ . a o . ré \ - + 4 e ‘ o \ d nd ‘ k ‘ - à id Le r D ATAAAS - | OMT” wavered eu oa, Arealva Be fo ais ssitwliniadahh hoz sbno HE 9 Eater eco no als Aion ls Hilo 221 020 Casta) alitk(prode. bossy, ie Coceuas que Lntestam as Nossas Arvores Fruetileras EU POR US ADOLPHO HEMPEL Entomologista do Instituto Agronomico do Estadc em commissão no Museu Paulista A actividade actual, evidente em todos os ra- mos de negocios, estendeu-se tambem à agricultura, e mais particularmente à fruticultura, e com razão, pois na medida que a população do nosso Estado se aesenvolva, será necessario ou importar os fructos de outros estados e paizes, ou então produzil-os aqui, pois as terras e o clima paulista adaptam-se mara- vilhosamente para a exploração productiva deste ramo de agricultura. Para conseguir bom exito em esta empreza, o fructicultor deverá não sómente escolher terras e fructos apropriados às nossas condições e mercados, mas deve tambem tratar cuidadosamente o pomar que for estabelecido, afim de conserval-o em estado . viçoso e productivo. Além dos cuidados culturaes que as arvores fructiferas constantemente necessitam, é indispensavel tambem proteger e livral-as dos ini- migos que as atacam e enfraquecem. Os maiores inimigos das arvores fructiferas são encontrados entre os membros da familia Coccidee, uma familia de percevejos dos vegetaes da ordem Hemiptero e da sub-ordem Homoptero. Para ajudar o fructiculior no estudo dos in- sectos nocivos, resolvemos enumerar e descrever as especies mais communs dessa familia que infestam as arvores fructiferas em nosso Estado, com indica- ções sobre os meios mais praticos para debellal-as. — 410 — Hemipteros Os insectos alados d'esta ordem têm, geral- mente, quatro azas; não têm mandibulas, mas as partes boccaes são trasformadas em uma tromba ou rostro, e a sua metamorphose é, geralmente, in- completa. Familia CoccIDAE Nesta familia a femea adulta tem forma diversa podendo ella ser em forma de escudo ou escama, de galha, de larva ou coberta de cêra; nunca tem azas, e muitas vezes tambem perde as pernas e an- tenas, e os olhos. Os machos nunca têm mais do que 1 par de azas, e. em alguns casos as azas faltam completamente. No estudo dos membros da familia Coccide é necessario conhecer os caractéres das femeas adultas, pois quasi toda a classificação é baseada nestes ca- ractéres. E' indispensavel um microscopio para distinguir os caractères dos generos e das especies, devendo os individuos ser convenientemente preparados para este estudo. Todos os membros desta familia são providos de glandulas, grandes ou pequenas, as quaes excrelam céra que obscurecem os seus cara- ctères. Na preparação dos individuos para o mi- croscopio devem eiles ser destacados das folhas ou da casca e fervidos em uma solução de KOH, de potassa caustica, de cerca de 2 por cento. até que a cêra se dissolva e a derme torne-se mais ou menos . transparente. Depois são tirados da solução de po- tassa, lavados em agua por algum tempo, transferidos para o alcool de 35 por cento, e successivamente para outro de concentração maior, até ao alcool abso- luto, e por fim, são postos em oleo de cravo. Do oleo de cravo são elles transferidos para as laminas de vidro e preparados em balsamo de Canada, fazendo se assim uma preparação permanente. Os individuos recem-nascidos e os machos, podem ser preparados directamente, devendo elles M Lei apenas ser postos em oleo de cravo e, depois de transparentes, transferidos para o balsamo de Canadá. Na discussão das especies, damos primeiramente uma descrinçäo do insecto na sua posição natural na planta, seguida por uma descripção dos caractères microscópicos dos diversos orgãos, para aquelles que têm a paciencia e 2 inclinação de aprofundar-se no estudo desta 1amilia importante de insectos. Tedas as medidas dos pellos curtos e das arti- culações das antennas e pernas são feitas em micro- millimetros. Damos tambem chaves para as sub-familias e os generos, pelos quaes a classificação dos insectos torna-se mais facil. Chave das sub-familias O macho: com olhos? compostos Mie tds! ca el O macho com olhos simples . |. by 1.— A femea activa, sendo as pernas bem desenvol- vidas e presentes em todas as phases. Nua ou coberta com secreção cerosa, geralmente com um ov-sacco grande. Annel anal sem pellos. MOoNoPHLEBINA. 2.— A femea coberta com uma secreção empoada ou fechada em um sacco; as pernas e antennas au- sentes ou presentes. DACTILOPIN A. A femea não fechada em um sacco . 3. — À femea com a extremidade do corpo partida; o orificio anal fechado em cima com um par da laminas triangulares. A femea núa ou coberta de secreção. UoccINA. A femea protegida por um escudo o qual é feito, em parte, de pelliculas. O abdomen da femea ter- mina em um segmento composto, designado py- gidium; o orifício anal sem pellos: a femea “adulta sem pernas. DrAsPINA. — 112 — Svb-familia MoNOPHLEBINAE À femea activa, com pernas e antennas bem desenvolvidas, e presentes em todas as phases. Co- berta levemente com uma secreção pulverulenta e mostrando muitos fios vitreos. Ovi-sacco grande, branco, com os lados estriados longitudinalmente. Icerya purchas: Mask var. cetriperda Hempel. As laranjeiras, em muitos pontos do nosso Es- tado, como Barretos, Jahu, Soccorro, Jundiahy, Sorocaba e São Paulo, estão ameaçadas de ser exterminadas pelo «pulgão branco» que foi pri- meramente encontrado em 1916, em galhos de la- ranjeiras enviados de Soccorro. Os galhos e a pagina inferior das folhas perto da nervura mediana, ficam cobertos com este insecto, quasi inteiramente branco, comum ovi-sacco grande, branco, fortemente estriado, nos lados lateraes e superior. A femea adulta, logo antes de secretar o ovi- sacco, tem cerca de 4,25 m.m, de comprimento, 2,50 de largura e 1,10 m.m. de altura. A forma do corpo é ovato, mais largo atravez do abdomen. A côr, no lado ventral, é amarello-aiaranjada, com as pernas e antennas castanhas. O lado dorsal é ge- ralmente coberto por uma fina camada de cêra branca com um tom amarellado-acinzentado. No meio do dorso ha diversos tufos de cera dispostos em sentido longitudinal, e na margem ha numerosos filamentos vitreos, compridos e delgados. O ovi-sacco tem até 9 m.m. de comprimento no lado dorsal e 6 m.m. de comprimento no lado ventral, sendo este lado liso, ao passo que os lados ateraes e dorsal estão fortemente estriados em sentido lon- gitudinal. A femea adulta, fervida em uma solução de KOH, torna-se transparente com a derme molle. Toda a superficie do corpo está guarnecida com pellos compridos, de côr escura, e com pequenas e grandes glandulas redondas e compostas, em grande numero. Na margem lateral do corpo ha cêrca de 24 tufos de pellos compridos e escuros. ' Icerya purchasi var. citriperda Hempel. As antenas têm a côr pardo-clara, compõe-se de 11 articulações, das quaes a ultima é a mais comprida, e têm cerca de 0,882, a 1,017 mm. de comprimento. As respectivas articulações têm os seguintes comprimentos : (1 ) 104-117; (2) 91-110; (3) 91-97; (4) 59-65; (5) 52-65; (6) 71-84; (7) 11-84; (8) 78-84; (9) 71-84 ; (10 ) 71-78 ; (11) 123-143; sendo a formula -approximada 11, Rs (o, Gt MOREL O Bodas as -artil culações têm pellos compridos. Ha, no lado inferior do corpo, perto da base das antennas, dois olhos proemiuentes, de forma conica e de côr pardo-escura. As pernas são compridas, com o tarso muito curvado, tendo as articulações as seguintes dimensões : — 114 — coxa, 162; femur com trochanter, 435; tibia 403; tarso, 208; unha, 56. Os digitulos, tanto do tarso como da unha, sao filiformes. Tratamento. O pulgão branco é o maior ini- migo das larangeiras, e tambem infesta roseiras e outras plantas cultivadas, as quaes mata em pouco tempo. Apparecendo em grande numero em um pomar não ha esperança de salval-o, pois 0 insecto se mostra resistente a todo o tratamento empregado, sendo impossivel o seu exterminio com os insecti- cidas até hoje conhecidos, uma vez que tomou pé em uma localidade. Se for encontrado em uma ou duas plantas apenas, será prudente incinerar estas para evitar a propagação e alastramento do pulgão. Para o tratamento de pe- quenas plantas e poucas em numero, pode-se empre- gar a emulsão de kerosene a 10 /', a qual deve ser applicada por meio de um pulverizador appropriado, devendo o tratamento ser repetido duas ou mais vezes com intervallos de 15 dias. Para poder subjugar este pulgão, e restringir a sua actividade, será necessario importar sem demora, e estabelecer nas regiões infestadas, um pequeno co- leoptero denominado Novius cardinalis, o qual, tanto no estado larval como no estado de adulto, alimenta-se do pulgão branco, atacando e devorando grande quantidade delles. Sô com a importação deste coleoptero beneficial e util, será possivel do- minar este terrivel inimigo das larangeiras, que ameaça exterminar por completo os nossos pomares. — 115 — Sub-familia DACTILOPINAE A femea é coberia por uma secreção empoada, ou fechada em um sacco; as pernas e antennas au- sentes ou presentes. Chave dos generos 1. — A femea secreta um sacco feltrado; as antennas compõe-se de sete articulações, o annel anal com seis pellos. Eriococcus, TARG- 2. — A femea adulta coberta com uma secreção branca ; as antennas compõe-se de nove articulações ; as pernas são bem formadas ; o annel anal sem pellos. Pseudococcus, WESTW. 3. — À femea adulta faz uma galha cu não; as an- tennas compõe-se de 4 a 6 articulações; só o ultimo par das pernas é presente. Capulinia, SIGNORET. Eriococcus perplexus Hempel. Sobre jaboticabeiras No lado inferior das folhas e na casca das ja- boticabeiras encontram-se pequenos saccos feltrados, fusiformes, largos no meio, pontudos, um pouco acha- tados, e de cor branca; e com vestígios de estrias transversaes. Estes saccos feltrados, têm até 11 millimetros de comprimento, 3,9 de largura e 1,75 de altura, e têm um pequeno orifício na extremidade poste- rior. Este sacco é geralmente cheio de ovos ou larvas recem-nascidas, achando- se a femea na extremidade anterior. A femea adulta é de cor amarello-ala- ranjada com uma listra mediana longi- tudinal de côr parda, e mede 4,5 m.m. de comprimento, e 2,75 m.m. de largu- Eriococcus per- ra. Kervida em uma solução de KO H, plexus Hempel. a derme torna-se transparente e molle. O liquido tinge-se de côr amarello-clara. As anten- nas são grossas, variaveis, de sete articulações, e medem 0,275 m.m. de comprimento; sendo o se- guinte o comprimento das articulações: (1) 45; (2)32; (3)58; (4) 39; (5) 26; (6) 26; (7) 32. A formula approximada é 314 (27) (56) ou 3 (14) 27, (0G): As pernas são curtas e reforçadas, tendo as arti- culações do primeiro par o seguinte comprimento : coxa 84; femur e trochanter 253; tibia 120; tarso 120; unha 29. Os digitulos, tanto do tarso como da unha, são compridos e delgados, com a extremi- dade dilatada. O annel do anus tem 6 pellos. O mento se acha anterior ao primeiro par de pernas. Toda a superficie do corpo está coberta com espi- nhos grossos, direitos e curvados, e de pequenas. glandulas circulares; acabando elle por um par de pequenos tuberculos. — 117 — À larva recem-nascida é de côr de laranja, com o corpo piriforme tendo um par de tuberculos ter- minaes, cada um com uma cerda comprida. A su- perficie do dorso está ornamentada com seis car- reiras longitudinaes de espinhos grandes e agudos, e numerosos pequenos tuberculos. As antennas têm seis articulações, sendo a terceira a mais compri- da. Os olhos são pequenos e esphericos. O laço rostral extende-se quasi aiè a extremidade do corpo. Esta especie foi encontrada no Ypiranga, no nosso Estado, e em Bello Horizonte, no Estado de Minas Geraes. Tratamento. Se este insecto apparecer bastante numeroso para fazer prejuizo, pode facilmente ser combatido pela appiicaçäo de emulsão de kerosene. Capulinta, crateraformans Hempel. Sobre jaboticabeiras Na casca do tronco, galhos e ramos da jabo- ticabeira encontram-se, muitas vezes, pequenas gal- has em forma de cratera, as quaes têm cerca de 1,5 m.m. de altura. A galha compõe-se de um annel exterior de 1 a 1,9 mm. de diametro, e uma pe- quena eminencia coniiorme no centro, a qual pode ser facilmente removida. O insecto vive no centro da galha em uma pequena cavidade lisa e forrada de um pó branco, sendo elle pequeno. oval, côr de rosa, coberto de um pó branco. A femea adulta, depois de fervida em uma solução de K O H, torna-se transparente. Ella tem 0,96 m.m. de comprimento e 0,73 m.m. de largu- ra. As antennas são variaveis, pe- quenas, de 9 a 6 articulações, com 0,096 mm. de comprimento. As ar- ticulações medem o seguinte compri- "mento: (MT (2) 13; (5) 353 (4); 13 ; (5), 9. A formula approximada é Capulinia craterafor- (31) (24) 5. A ultima articnlação mans Hempel acaba em um tufo de pellos gros- sos. O primeiro e segundo par de a) augmentado — 118 — pernas faltam ; sendo o terceiro par defeituoso, sem articulação visivel e sem unha. As pernas tem 0,177 mm. de comprimento, e estão collocadas tão perto à extremidade do corpo que a metade do com- primento se extende além da margem posterior. O abdomen é dividido em segmentos, e termina em duas cerdas curtas. A abertura anal é guardada por quatro pequenos espinhos. Na su- perficie dorsal e em roda da mar- gem do corpo, se acham espalha- dos pellos pequenos e aculiformes. Os espiraculos são chitinosos e bem desenvolvidos, e cada um tem de uma a quatro fieiras pequenas e circulares. Esta especie foi encontrada em Campinas, Itatiba e São Paulo, e S. João d'El Rei, Minas. Tratamento. Todos os galhos e ramos já mortos devem ser podados e incinerados. O restante da arvore infectada deve ser tratada com emul- são de kerozene. Capulinia crateraformans Hempel b) tamanho natural. Capulinia jaborcabae v. Thering. Sobre Jaboticabeiras Esta especie 6 maior do que a precedente, e é o maior inimigo das jaboticabeiras entre nós. À femea adulta é de côr amarello-clara, não faz gal- has, mas vive debaixo da casca dos galhos, tronco, e até das raizes. O corpo é oval, achatado e ge- ralmente envolvido em uma massa de secreção lan- osa, cerosa e branca, a qual tambem envolve os ae Te Capulinia jaboticabae v. Ihering ovos. À sua presença nas arvores nota-se pela cas- ca dura e exfoliada, e pela massa branca e floc- cosa que se mostra pelos intersticios da casca. O adulto feminino,fervi- “do em uma solução de K O H, torna-se transparen- te. O corpo tem o com- primento de 2,40 mm. ea largura de 1,25 mm. As antennas têm 0075 nim. de comprimento e compõe-se de 4 a à ar- ticulações, tendo a ul- tima um tufo terminal de pellos. Apenas o ul- timo par de pernas está desenvolvido. Na super- ficie dorsal e nas mar- gens lateraes do corpo ha diversas carreiras de pellos compridos, termi- minando o corpo por dois pequenos tuberculos,cada um com um pello com- prido. Em roda das aberturas externas de cada espiraculo ha um grupo de 18 a 25 pe- quenas glandulas circu- lares. O rostro é grande e está situado perto das antennas. O casulo do macho é elliptico, branco, feltra- do, com uma abertura na ponta posterior, e está geralmente collocado en- tre as camadas da casca. — 120 — O macho é preto, tem antennas compridas, tres pares de pernas, e um par de azas delgadas. As larvas recem-nascidas são pequenas, chatas, ellipticas e de côr amarello-clara. Temos recebido exemplares deste insecto de muitos logares do Estado. como São Paulo, Mogy- Guasst, Capoeira Grande, Campinas, etc., onde tem feito estragos consideraveis. Tratamento. — ‘todos os galhos e ramos mor- tos ou enfraquecidos devem ser podados. As raizes invadidas devem ser descobertas, e raizes, tronco e galhos devem ser raspados com raspadeira ou um ferro conveniente, para tirar toda a casca solta e exfoliada bem como os insectos, devendo este ser- viço ser feito com bastante cuidado para não ferir a arvore. Os galhos podados e a casca e insectos devem ser ajuntados e incinerados. Em seguida de- vem as raizes, 0 tronco e as outras partes infecta- das ser tratadas com caldo de sabão, applicado com uma brocha ou escova. Depois de tratadas, devem as raizes de novo ser cobertas com terra Pseudococcus grandis Hempel Sobre goyabeiras Nas folhas e nos ramos das plantas encontra- se este insecto, o qual tem a forma oval, com o dorso convexo, e a côr iaranjo-escura, a qual está disfarçada por uma secreção branca e pulverulenta disposta em quatro carreiras longitudinaes. Além destas carreiras, as quaes são sub-medianas e sub- lateraes, ha ainda em roda da margem lateral uma guarnição de tufos curtos e brancos, sendo os dois posteriores compridos e acuminados. A secreção branca tem, às vezes, uma tinta de amarello. A femea adulta descança sobre uma massa de sub- stancia branca, felpuda e adherente, a qual contem “JeA ‘U DP19d14J19 ‘18A [[2YS8JA] 2SPy21nd pás] 8 sn99020pnas, (ppdwepH) sypuns LEE — 121 — as larvas. Os exemplares maiores tèm 7,50 mm. de comprimento, 5,00 mm. de largura e 3,00 de altura. Depois de fervida em uma solaçäo de KOH, a derme torna-se transparente. As antennas têm, 0,480 mm. de comprimento, com 8 articulações, sendo a ultima a mais comprida. O comprimento das arti- culações é: (1) 67; (2) 71 ; (3) 49; (4) 36; (5) 53; (6) 47; (7) 49; (8) 98, sendo, porém, estas medi- das variaveis. A formula approximada é 8215 (367) 4. Às pernas são curtas e reforçadas com a unha pequena. Os digitulos são delgados e curtos, chegando os do tarso apenas até a ponta da unha. O annel anal tem seis pellos. Os dois tuber- culos terminaes do corpo não são conspicuos, mas cada um tem diversos pellos, varias giandulas de forma triangular, e cèrca de 15 espinhos curtos, grossos e agudos. Na superficie dorsal do corpo, perto da margem lateral, ha cêrca de 32 grupos de glandulas e espintos, compondo-se cada grupo de 5 a 8 espinho cvrtos e agudos e de 8 a 12 pequenas glandulas ou póros. Na margem lateral ha di- versos pellos curtos. A superficie dorsal contem muitas glandulas triangulares e espinhos curtos e agudos, collocados em fileiras transversaes. A su- perficie ventral contem glandulas e muitos pellos curtos. A larva recem-nascida tem o corpo de fórma elliptica, côr amarelia, com 0,460 mm. de compri- mento. Os olhos são pequenos e conicos, dé côr par- do-escura. As antennas tém 6 articulações, sendo a ultima a mais comprida. Em roda da margem do corpo ha diversos espinhos curtos e agudos, tendo cada um dos ultimos dois segmentos abdominaes dois espinhos de cada lado. » Este insecto não é commum e foi encontrado em S. Paulo e Ypiranga: Tratamento. — À applicação de emulsão de ke- rosene é o tratamento mais recommendavei contra esta especie. Snb-familia COCCINAE A femea com a extremidade do corpo partida : o orificio anal fechado em cima com um par de chapas triangulares. A femea nua ou coberta de secreção. Chave dos generos A femea adulta secreta um ovi-sacco que se alonga para traz, mas que nunca cobre o insecto. Pulvinaria, TarG. A femea adulta sem ovi-saceo; o dorso é coberto com uma secreção vitrea ou -serosa . . . 00 A femea adulta sem ovi-sacco; o dorso é nú ou com uma secreção delgada e pulverulenta, ou com delgadas laminas 'cerosas . . |<’, 5) See 1, — A femea adulta é coberta com cera, às vezes grossas ; despida de cera distingue-se um corno caudal. Cercplastes, Gray. A femea adulta é coberta com uma secreção delgada e vitrea, ou, ao menos quebradiça. . . . 2. — A femea adulta com a casca em fórma de um cone com estrias radiadas ; as antennas e as per- nas bem desenvolvidas. Edwallia, HempeL. A femea adulta com a casca em duas partes, em fórma de um cone duplo ; as antennas e as pernas faltam. Pseudokermes, CKLL. 3. — À femea adulta symetrica; o dose reticulado e nú, ou coberto de delgadas placas de cera Saissetia, DEPLANCHES. A femea adulta asymetrica, com o dorso pouco con vexo, dividido em areas distinctas, e coberta de uma secreção fina, branca e pulverulenta. Stictolecanium, CKLL. A femea adulta asymetrica, o dorso homogeneo, não dividido em areas distinctas, coberta com uma fina secreção cerosa. Mesolecanium CKLL. Pulvinaria eugeniae Hempel. Sobre jaboticabeiras Antes da gestação a femea adulta tem a fór- ma oval ou elliptica com o dorso pouco convexo, finamente encrespado de covinhas glandulcsas, de cor pardo-clara com uma estria longitudinal media- no de côr amarella. O lado ventral tem a côr ama- rella. Os segmentos do corpo são indicados por sul- cos transversaes pouco profundos e por linhas finas de côr pardo-escura. O corpo tem 3a 4,5 min. de comprimento, 2 a 3 mm. de largura e 1 mm. de altura. O insecto neste estado acha-se geralmen- te nos ramos. Depois de formar o ovi-sacco o in- secto fica amarello e enrugado. O ovi-sacco é bran. co, feltrado, direito ou um tanto curvado, com a extremidade distal um pouco alargada, e tem 5 a7, 90 mm. de comprimento, 2 a 2,25 mm. de lar- gura e | mm. de altura, sendo elle quasi invaria- velmente collocado no lado inferior das folhas. Fervida em uma solução de IX O H, o liquido tinge-se de côr amarello-clara, tornando-se a derme delgada e transparente. As antennas têm O, 521 a 9, 395 mm. de comprimento e compõe-se, geral- mente, de 8 articulações com os seguintes compri- mentos : (1) 44-53; (2) 44-57; (3) 66-70; (4) 90 = 55: (0) 80-48; (6) 24-315; (7) 24-31; (8) 44-48. A formula approximada é 3 (21485) (67). A's vezes ha antennas com apenas 7 articulações. As articulações do primeiro par de pernas têm o seguinte comprimento; coxa 110 ; femure trochan- ter 209; tibia 156; tarso 79; unha 26; digitulos da unha 48. Os digitulos tarsaes são compridos com as extremidades pouco dilatadas, sendo os da unha grandes com as extremidades redondas e dilatadas. Ao redor da margem lateral do corpo ha uma fileira de pellos compridos. laminados e frangidos nas ex- tremidades, postos bastante distantes nns dos outros ; — 124 — e dentro desta ha uma segunda fileira de pellos mais curtos e ponteagudos. Cada area estigmal é ca- racterizada por dois espinhos bem curtos, e um com- prido, curvado, e por uma fileira dupla de 30 a 50 glandulas circulares que se extende até os espiraculos. A larva recem-nascida tem o corpo elliptico, amarello-claro, com a margem finamente dentada, com poucos pellos muito curtos, e tem 0,356 mm. de comprimento e O, 244 mm. de largura. Esta especie foi encontrada em S. Paulo. Tratamento. Deve-se empregar a emulsão de kerosene, applicada antes que o insecto alcance o estado adulto. Pulvinaria ficus Hempel. Sobre goyabeiras Nas duas superficies das folhas e na casca dos galhos das goyabeiras encontra-se este insecto; o qual tem o corpo elliptico ou oval, deprimido, de côr pardo-amarellada, com o derme finamente enru- gado perto da margem. Mais tarde a femea secre- ta o ovi-sacco branco, ficando ella collocada na sua extremidade anterior. O insecto tem 5 mm. de com- primento e 2,25 de largura, tendo o ovi-sacco & mm. de comprimento, 3,25 mm. de largura, e 2 mm. de altura. A cera do ovi-sacco é branca, floc- cosa e adherente. As placas anaes são triangulares, de côr pardo-escura. A fissura anal tem 1 mm. de comprimento. Fervida em uma solução de K O H, o liquido tinge-se de cor clara de palha, tornando-se a derme . molle e transparente. As antennas são variaveis, tendo geralmente 8 articulações, mas, às vezes, ha só 7 articulações. O comprimento das antennas é de 0,425 a 0,540 mm. tendo as articulações os se- guintes comprimentos: (1) 48-53; (2) 66-70; (3)97-110;(4)53-70:;(5)53-79;(6)31 -48; (7) 31-41; (8) 48-66. A formula approximada é 3 ( 524 ) 81 (67). As pernas são compridas, com o tarso um tanto cur- vado, e o trochanter guarnecido com um pello muito comprido. As articulações têm os seguintes compri- mentos: coxa 196; troshanter e femur 326; tibia 267; tarso 120; unha 81; digitulos da unha 62. Os digitulos tarsaes são curtos e delgados com as extremidades pouco dilatadas. Ao redor da margem do corpo ha uma fileira de pellos curtos com as bases tuberculadas e as extremidades laminadas, di- latadas e franjadas. O corpo tem aiguns pellos com- pridos em frente das placas anaes e entre as anten- nas; sendo estas ultimas muito compridas e de fór- ma caracteristica. À superficie ventral tem ainda muitas glandulas pequenas e fieiras grandes e arre- dondadas na região anal. Na superficie dorsal ha alguns pellos exiguos e uma fileira sub-marginal de 11 a 12 glandulas pequenas de fôrma conica. Cada uma das areas estigmaes é caracterizada por um grupo de tres espinhos, sendo dois bem curtos, e um comprido e curvado, e por uma fileira dupla de _30 a 35 fieiras pequenas. Este insecto foi encontrado em Campinas e S. Paulo, sobre figueira, goyabeira, mangueira e outras plantas, nas quaes produz bastantes estragcs. Tratamento. Contra este insecto emprega-se a emulsäo de kerosene, que deve ser applicada antes que os individuos tenham alcançado o seu completo desenvolvimento. Ceroplastes campinensis Hempel. Sobre goyabeiras Nos ramos e no lado inferior das folhas da goyabeira encontra-se esta especie de côr amarello- clara, oval, irregular, geralmente, com tres nodosi- dades no dorso, sendo uma na extremidade anterior e duas na posterior. A casca é composta de cera quebradiça e não está dividida em placas, sendo os tuberculos mais distinctos nos exemplares novos do que nos velhos. Ha, porém, outros exemplares que mostram grande numero de nodosidades. Ella tem, — 126 — geralmente, 4 mm. de comprimento, 3 mm. de lar- gura, e 2, 500 mm. de altura, sendo os exempla- res muito velhos de tamanho maior. Fervida em uma solução de K O H, o liquido tinge-se côr de carmine. Despida de cera, a Rise adulta tem o corpo convexo de côr pardo- clara, co o corno caudal muito curto e de côr pardo-escura. O corpo tem 3, 250 mm. de comprimentos, 2, 500 mm. de largura e 2. 250 mm. de altura, com a derme chitinizada e semi-transparente, sem tuberculos; sendo elle mais largo na parte posterior do que na ante- rior. As antennas tem 0,241 a 0,202 mm. de com- primento, e compõe-se de seis articulações, as quaes têm os seguintes comprimentos : (1) 42 ; (2) 59 - 42 ; (3) 84- 08; (4) 17-21: (5) 21-24: (6) 285 35. A formula approximada é 3 (126) (04). As pernas são fracas, tendo as articulações do primeiro par, os seguintes Ca coxa 77; femur e tro- chanter 126; tibia 77; tarso e unha 23. A unha é pequena com os di gitulos de tamanhos desiguaes, sen- do um muito grande, com a extremidade Targamen- te dilatada. Os digitulos tarsaes são delgados com a extremidade pouco dilatada. A margem lateral é identada na região estigmal, tendo aqui uma area circular com 75 a 85 espinhos grandes e pequenos. A casca do macho tem 1, 250 mm. de compri- mento e O, 750 mm. de largura; tem a forma ellip- tica, com o dorso convexo e as extremidades arre- dondadas, e uma pequena franja de pedacinhos de céra na margem lateral. Ella tem a côr amarello- clara, e acha-se geralmente collocada no lado infe- rior das folhas. Esta especie foi encontrada em Campinas e Bo- tucatu, sendo ella e as folhas que infesta, geralmen- te cobertas de fumagina, sendo quasi impossivel en- contrar exemplares velhos em bom estado. Tratamento. Gonve 1 podar e incinerar os ga- lhos fortemente infestados e pulverisar o restan- te da arvore com a emulsão de kerosene. AT | E TRES Ceroplastes grandis Hempel Sobre goiabeiras Como acontece com quasi todos os membros desta familia, a femea é muito mais evidente que o macho. Ella se encontra nos galhos e ramos das arvores, e geralmente fixadas no lado inferior delles. A casca da femea adulta é muito grande, oval, trunca- “da e ligeiramente entalhada na mar- gem posterior, acuminada anterior- mente, com o dorso muito convexo, e convergindo em uma ponta no nu- cleo dorsal. A cera é muito molle, contem muita agua e tem um chei- ro pungente e característico A cas- ca é branca no dorso, mas torna-se côr de rosa cu de salmão ros la- dos e nas margens inferiores, e é distinctamente dividida em placas. Os nucleos têm a côr parda, sendo os lateraes inconspicuos. Ha duas Ceropiastes-grandis linhas brancas, calcareas em cada Hempel. Tam. natural. Jado até os nucleos lateraes. A su- perficie é lustrosa e desigual, sendo deprimida per- to dos nucleos e do corno caudal, e ligeiramente elevada nos outros pontos. Os maiores individuos têm 18 mm. de comprimento, 14 mm. de largura e 11 mm. de altura. Despida de cera é mais ou menos elliptica em forma, de côr vermelho-clara, como o lacre, e tem 9 mm. de comprimento, 6,50 mm. de largura, e 5,00 mm. de altura. O corno caudal é preto, gros- so e conico, com a ponta um pouco elevada, e tem 2 mm. de diametro na base e 2,25 mm. de com- primento. Ao redor da margem lateral ha uma guarnição que é excavada nas areas estigmaes e na extremidade posterior, fermando assim cinco lo- bulos. Ha seis tuberculos situados, um sobre o dorso, um na extremidade anterior e dois lateraes em cada lado. A derme é lustrosa e molle, sendo chitinisa- — 128 — da só perto do corno caudal e das areas estigmaes. Fervida em uma solução de KOH, ella tinge o liquido de côr vermelha. A derme torna-se mol- le e transparente. As antennas têm 0,500 mm. de comprimento, e são compostas de 8 articulações com os seguintes comprimentos: (1) 66; (2) 66; (3) 84-88; (4) 40-44; (5) 84-93; (6) 31-40; (7) 31-40 ; (8) 44-48. A formula approximada é os (12) 84 (67) ou (53) (12) 84 (67). As pernas são regulares, tendo as articulações do primeiro par os seguintes comprimentos: coxa 164; femur e trochanter 280; tibia 182, tarso 106; unha 22. Os digitulos da unha são grandes com a extremi- dade largamente dilatada, e os do tarso são com- pridos, delgados, com a extremidade dilatada. A derme dorsal @ espessamente coberta de cur- tos pellos espiniformes e de glandulas. Ao redor da margem ha uma carreira singela de pequenos pel- los, “cada um dos quaes nasce de um tuberculo. Cada area estigmal é caracterisada por 70 a 73 espinhos curtos de diversos tamanhos, e por mais de cem pequenas glandnlas circulares. A casca masculina é pequena, branca, elliptica, com sete tufos marginaes e dois tufos dorsaes de cêra branca e com alguns filamentos brancos na margem posterior. Despida dos tufos, a casca é chata e muito fina, tendo ella 4,500 mm. de com- primento e 0,800 mm. de largura. As cascas mas- culinas achani-se geralmente collocadas no lado in ferior das folhas. A larva recem-nascida é pequena, elliptica, chata, de cor laranjo-amarellada, com 0,425 mm. de compri- mento e 0,220 mm. de largura. O corpo tem a margem dentada, com uma carreira de pellos finos, e termina em duas cerdas compridas. As areas estigmaes são ca- racterisadas por 3 ou 4 espinhos curtos e obtutos. Este insecto é muito abundante em S. Paulo e Ypiranga em muitas arvores, onde causa grandes prejuizos. e em Iguape. Foi primeiramente encon- trado no jardim da Luz, em uma arvore indigena, e actualmente elle infesta a maior parte das arvo- res de sombra plantadas nas ruas da Capital, dando a preferencia aos platanos. Tratamento. A poda dos galhos enfraquecidos é recommendavel, bem como a raspagem dos ga- lhos restantes quando conveniente, para tirar O maior numero possivel de insectos. Depois empre- ga-se a emulsão de kerosene em pulverizações. Ceroplastes janeirensis Gray Sobre goyabeiras Esta é uma outra especie de côr branca suja, menor que a precedente, que infesta os galhos das goyabeiras. À casca da femea adulta tem a forma geral de um rectangulo com os cantos redondos, a qual tem a margem inferior ligeiramente recur- vada com as duas linhas calcareas que se extendem por cima destas corôas. A cêra é dura e distinctamente divi- dida em sete placas, sendo uma dor- sal, uma anterior. uma posterior, e duas laterses de cada lado. O nucleo dorsal é pequeno, elevado, geralmente de côr branca, mais frequentemente de cor pardo-escura de bolcr e de su- jeira. Os nucleos lateraes são incors- picuos. À superficie da cêra é enru- gada e ligeiramente deprimida ao re- dor dos nucieos e mostra uma porção de anneis concentricos no dorso. A casca tem 9 mm. de comprimento, 8 mm. de largura e 7 mm. de altura. Despida de cêra, a femea adulta tem a cor pardacenta, com o corno caudal reforçado, preto, de cerca de 1,100 mm. de comprimento, e vi- rado directamente para traz. Diver- gindo do corno ha duas fileiras de pequenas cellulas glandulares de côr preta. Ha cinco pequenos tuberculos, Ceroplastes janeirensis sendo um anterior e terminal e dois — 130 — lateraes de cada lado. A derme dorsal é chitinisada, e tem uma guarnição estreita perto da margem ven- tral, a qual tem cinco lobulos correspondentes aos tuberculos do dorso. Fervida em uma solução de KOH, ella turva o liquido e tinge-o de côr pardo-escura. As anten- nas são variaveis, compõem-se de sete articulações, e têm cerca de 0,395 mm. de comprimento. As articulações têm os seguintes comprimentos: (1) 07-66; (2) 58-66; (3) 62-66; (4) 97-110; (5) 26-40; (6) 23-40; (7) 40. A formula approxi- mada é 4 (23) 1765. As pernas são curtas, tendo as articulações do primeiro par os seguintes com- primentos : coxa 120; femur com trochanter 198; tibia 158; tarso 97; unha 22. Os digitulos tarsaes sio compridos com as pontas abotoadas, e os da unha são muito grandes e largos com a extremida- de dilatada. As areas estigmaes são caracterisa- das por muitos espinhos lanceolados. Ao redor da margem lateral ha uma carreira de pequenos pellos. A derme contem numerosas glandulas exiguas. Este insecto foi encontrado no: Rio E Janeiro, S. Paulo e Campinas, mas não em abundancia bas- tante para cansar sérios prejuizos. Tratamento. — As pulverizações com a emul- são de kerosene servirão para combater esta especie. Edwallia rugosa Hempel Sobre jaboticabeira Nos galhos finos das jaboticabeiras encontra-se um pequeno insecto com a casca branca, de forma conica, de cêra dura e quebradiça, enrugada raaial- mente, como a concha de Pecten, e com anneis concentricos e finos que rodeiam a casca parellamente com a base. A casca tem 3 mm. de altura, 1,50 «mm. de largura, e 2,75 mm. de comprimento. A femea, que tem a derme lisa, côr amarella, côr de limão, enche completamente a casca. Edwallia rugosa Hempel — ss DT. — 131 — Ao redor da margem do corpo ha uma carreira de cêrca de 210 pequenos espinhos, de forma conica, e perto da margem, na superficie dorsal, ha uma carreira dupla de ellos pequenos. As areas esti- gmaes são caracterizadas por um grande espisho curvado, o qual tem uma pinta redonda na base, e um grupo de 13 a 19 glandulas redondas. O ori- “ficio anal é cercado de um annel chitinoso, den tro do qual está o annel do anus com 6 pellos compridos. As placas anaes são curvadas, irregu- lares e triangulares, com o lado dorsal mais com- prido do que o ventral. Cada uma das placas tem 19 pellos compridos, sendo 2 direitos e aculiformes e os restantes mais compridos e flexiveis. As antennas têm cerca de 0,120 mm. de com- primento, e compõe-se de cinco articulações com os seguintes comprimentos: (1) 22-26; (2) 13-15; (3) 31-35; (4) 18-20; (5) 22-24 A formula approximada é 31542 ou 3 (51) 42. As vernas são regulares, com os seguintes comprimentos : coxa 62; femur e trochanter 106; tibia &4; tarso 57; unha 9: digitulos da unha 17. Os digitulos tarsaes são muito compridos e delgados com as extremi- “dades dilatadas, tendo os da unha apenas a metade do comprimento destes. A casca do macho tem 1,750 mm. de compri- mento e 0,750 mm. de largura; é branca, delgada, elliptica e pouco convexa, e compõe-se de sete placas ; sendo uma dorsal com um tufo de cera quebra- diça, duas lateraes em cada lado, e uma terminal em cada extremidade. A larva recem-nascida, que tem 0,375 mm. de comprimento e 0,250 inm. de largura, é de côr pardo-amarellada, com o corpo oval, dentado na margem. As areas estigmaes, no pro-thorax e meso-thorax, são caracterizadas por um espinho curto e grosso. As antennas têm, apparentemente, cinco articulações, tendo a quinta e terceira o com- primento quasi egual. A margem do corpo tem uma carreira singela de pellos curtos. — 132 — Esta especie foi unicamente encontrada em S. Paulo, porém, em numero pequeno. Tratamento. Actualmente não ha receio de prejuizos serios occasionados por este insecto. Se, porém, elle apparecer em numero avultado, póde ser facilmente debellado pelas pulverizações com a emul- são de kerosene. Pseuiokermes nitens CkIl. Sobre jaboticabeiras e goyabeiras Nos galhos das jaboticabeiras e goyabeiras en- contra-se, raras vezes, grande numero de pequenos insectos agruvados na casca por uma extensão de 10 à 20 em. e acompanhados por uma pequena for- miga. A escama da femea adulta é lisa, vitrea, del- gada, muito lustrosa e incolor, sub-globosa, em fórma de um cone duplo com os apices divergentes, divi- dida anterior e posteriormente por um entalho raso. A. casca tem 3 mm. de comprimento, 3 mm. de largura e 2,25 mm. de altura, sendo ella marcada por numerosos anneis concentricos e com os apices obtnsos e asperos, com algumas estrias radiadas e convergentes. A femea adulta, de côr pardo-avermelhada, enche completamente a casca, tendo uma linha mediana de cor preta passando entre os dois cones, e a ex- tremidade posterior ligeiramente fendida, com as margens da fenda pretas. Fervida em uma solução de KOH, a derme torna-se molle e transparente. As pernas e antennas faltam. Os espiraculos são pe- quenos e collocados longe um do outro. Ao redor da margem lateral ha uma carreira de espinhos pequenos e curtos e de orificios glandulares. O annel anal tem 6 pellos compridos. As placas anaes são pequenas, sendo ellas parcialmente cercadas ante- riormente com uma meia-lua chitinosa, larga, de côr parda, cuja largura no centro é um pouco maior do que o comprimento das placas. E” viviparo A casca do macho tem 1,250 mm. de compri- mento e 0,500 mm. de largura, é elliptica, convexa, branca, delgada e muito fragil. O dorso e a mar- gem são ornados de diversos pequenos tuberculos, PSEUDOKERMES: NITENS CRLL. — 133 — tendo a ponta posterior curvada para cima onde con- tem, na superficie dorsal, uma pequena placa chata e redonda, que e derribada quando o insecto perfeito sae. A larva recem-nascida tem o corpo oval, com 0,500 mm. de comprimento ¢ 0,270 mm. de largura, de cor amarella, com olhos pequenos e pretos. As anteanas têm 6 articulações, sendo a terceira a mais comprida; cada uma das areas estigmaes é cara- eterizada por um espinho comprido. Na margem do corpo ha uma carreira de cincc nellos. Esta Do foi encontraca em S. Paulo e no Rio Grande do Sul. Quando os individiss forem removidos da casca da arvore, elles deixani uma mancha ova: de cêra branca. Tratamento. Se o insecto apparecer em nu- mero tão grande para causa” vreinizo, póde facil- mente ser exterminado com a poda e incineração dos geluos por elle infestados. Sic'olecarium ornatum Hempel Sobre jaboticabeiras A femea adulta tem o corpo oval, asymetrico, com 4 mm. de comprimento, 3 mm. de largura e 0,750 mm. de altura, de côr pardo-escura com um annel claro na margem. O dorso é pouco convexo. Nos individuos mais UM velhos a derme é dura ERR ees no dorso e traz cerca Tue UN de 24 sulcos radiadas D pet |S perte da margem, e eS ike pe Se haleuns sulcos \irregu- Biers Waves ete lares na area central. Det us Voda ‘a derme é co- sere goer TE Derta de uma secre- wore EUR, Se, E ção fina, branca e pul- grayed: a Set Penetra verulenta. A fissura PE a ee TAS anal Ptem 0,625 10m: de comprimento, com | os lados contiguos. A: Fervida em uma so- js à lução de KOH, o li- Stictolecanium ornatum : E } Hempel, quido tinge-se de cor ASE pardo-clara, ficando a derme transparente nos exemplares mais novos, continuando, porem, parda e dura nas mais velhas. A derme tem carreiras de glandulas, dispostas em grupos especiaes, de forma redonda ou oval, correspondendo aos sulcos, ficando assim o dorso dividido em 24 areas marginaes e 22 a 24 areas centraes. Destes grupos, ha alguns grandes e outros pequenos, © cada um contem 10 a 30 pequenas manchas ellipticas e hyalinas. A derme ventral tem muitas glandulas grandes e tubiformes, e grupos de glandulas simples e circu- lares, especialmente perto da margem. As antennas são variaveis, com cêrca de 0,330 mm. de comprimento, geralmente compostas de 8 articulações com os seguintes comprimentos: (1) 53; (2) 425 (3). 025 49 452045) 965 - (6) 2715400 (8) 45. A formula approximada é 312 (48) 567 ou 31 (248) 967. Ha individuos cujas antennas têm apenas 7 articulações. As pernas são compri- das, tendo as articulações do primeiro par os se- guintes comprimentos: coxa 133; femur com tro- chanter 244; tinia. 187; tarso e unha 124. Os digitulos da unha, tem o duplo do comprimento desta, com as extremidades muito dilatadas, sendo os do tarso delgados, com as extremidades pouco dilatadas. Os espiraculos são muito pequenos. A margem está espessamente ornada de pellos com- pridos e curtos, dispostos em uma carreira dupla ao redor do corpo, cada uma das quaes nasce de um tuberculo. Alguns dos pellos são muito delgados e têm até 133 de comprimento. Este insecto foi encontrado em S. Paulo, no lado inferior das folhas das jaboticabeiras. Tratamento. Esta especie não é muito abun- dante e quasi todos os individuos estam atacados por pequenos parasitas hymenopteros; sendo assim evitado a seu desenvolvimento e augmento. Se, porem, ella for encontrada em grande numero, pode ser debellada pela applicação de caldo de sabão ou emulsão de kerosene. — 135 — Mesolecanium jaboticabæ Hempel Sobre jaboticabeiras A femea tem o corpo asymetrico, sub-circular, com 3 mm. de diametro, chato, de cor verda-clara amarellada, com algumas marcas de cor pardo-clara no dorso, o qual é coberto com uma delgada se- creção cerosa. À fissura anal tem 0,445 mm. de comprimento, com os lados afastados um do outro. Fervida em uma solução de KOH, a derme torna-se molle e transparente. Não é tesselada, nem compusta de placas, mas é homogenea e es- pessamente coberta de pequenas glandulas tubulares, e contem alguns pellos curtos. Ao redor da mar- gem lateral ha uma carreira de pellos curtos, e uma outra de pellos compridos, cada um nascendo de um tuberculo. As areas estigmaes são caracterizadas por tres espinhos grossos e obtusos, sendo dois cur- tos e um comprido, e de cerca de 70 pequenas elandulas circulares, collocadas em diversas carreiras irregulares. Na superficie ventral, a derme tem um risco marginal um pouco chitinoso, e tem ainda muitas glandulas grandes e tubuiares, e outras com- plexas e redoudas. De cada lado da abertura ge- nital ha um grupo de 50 a 55 destas glandnlas. As antennas têm 0.513 mm. de comprimento, e compõe-se de 8 articulações com os seguintes com- primetitos::. (1)/67:> (2) 4203 (3). 98: (14) 58: (5) 98; (6) 27; (7) 27; (8) 98. A formula approxi- mada é 231 (458) (67). As pernas são compridas e finas, tendo as articulações do primeiro para os seguintes comprimentos: coxa 111; femur com trochanter 293: tibia 213; tarso com unha 164. Os digitulos da unha são de tamanho desigual, com as pontas nodosas; sendo os do tarso compridos, delgados e com as pontas dilatadas. O annel anal tem 10 pellos. As placas anaes têm a fórma trian- gular, formando as duas juntas, um diamante. Na superficie dorsal, perto da margem lateral, ha uma carreira de glandulas especiaes de fórma conica. Estas glandulas, em numero de 24, têm cêrca de — 136 — 0,018 mm. de largura, e 0,022 mm. de altura, e formam um annel ao redor do corpo, facilmente distinguindo esta especie de todas as outras deste genero. = Esta especie foi encontrada no Ypiranga, S. Paulo, no tronco da arvore por baixo da casca, sendo ella muito rara. Tratamento. Se este insecto for encontrado em numero bastante para prejudicar seriamente as arvores. pode elle ser combatido, raspando a casca que o abriga, applicando, em seguida, emulsão de kerosene. Saissetia discoides Hempel. Sobre goyabeiras A femea adulta tem o corpo sub-cireular, com 8 mm. de comprimento, 7,2% mm. de largura, e 1,50 mm. de altura, chato, de côr pardo-averme- lhada, e com um pequeno entalho na margem pos- terior. A derme é dura e reticulada, sendo as re- ticulações de côr alaranjada, e as repartições gros- sas e pardas. A fissura anal tem 2,75 min. de comprimento, com os lados contiguos. A su- perficie é pouco lustrosa, e le- vemente enrugada por sulcos “raiados e muito rasos; mos- trando muitos dos exemplares ainda uma ruga mediana longi- tudinal. Os individuos mais no- vos geralmente são adornados Saissetia discotdes de pequenas manchas de cêra Hempel. parda, especialmente na margem, que contem 16 a 20 peças triangulares, desappare- cendo esta cêra nos individuos velhos. Fervida em uma solução de KOH, o liquido tinge-se de côr vermelho-escura, conservando-se a derme grossa e parda. A côr é differenciada em uma serie de anneis concentricos de côr parda, clara e escura. O annel da margem é estreito, de M > — 137 — côr pardo-clara; dertro delle ha um outro estreito, de côr pardo-escura; depois um outro largo, de côr pardo -clara, depois um outro estreito, de côr escura; depois um claro da mesma largura; e finalmente, uma mancha parda central de férma oval. Toda a derme contem grandes glandulas irregulares, com as aberturas perto de um lado. Tres on quatro carreiras das glandulas da margem são menores do que as outras. As pequenas antennas variaveis tem cerca de 0,258 mm. de comprimento, e compõe-se de seis articnlagdes, com os seguintes comprimentos : (1) DOR a LOGS :(4) 27 (O) 275 (Oy iodo DA formula approximada é 31 (26) (45) ou 516 (24) 5. As pernas são curtes, tendo as articulações do pri- meiro par os seguintes comprimentos: coxa 49; femur e trochanter 124; tibia 57; tarso com a unha 84 A unha é pequena e muito curvada, com os digitulos desiguaes, sendo os do tarso compridos e delgados com as extremidades dilatadas. O se- gundo e o terceiro par de pernas são muito juntos. As partes boccaes são pequenas, e são collocadas perto do segundo par de pernas. Os espiraculos são grandes e discoides, com cerca-de 12 pequenas glandulas circulares ao redor do orifício externo. Ao redor da margem lateral do corpo ha uma car- reira singela de pequenos pellos coniformes. Os ovos, de fórma elliptica, são lisos e escuros, de côr amarello-alaranjada. Este insecto foi encontrado no Ypiranga e São Paulo onde se agglomera na casca do tronco das goyabeiras e outras plantas desta ordem. Elle é acompanhado e protegido por uma formiga (Cam- ponotus sp.) a qual frequentemente constroe um abrigo de terra ou de gramma, envolvendo as coc- cidas e protegendo-as das intemperies do tempo e dos ataques dos seus inimigos. Tratamento. Esta especie pode ser facilmente combatida, raspando a casca das arvores por ella invadida, e applicando a emulsão de kerosene as partes infestadas. ANT 2 Saissetia hemisphaerica Targ Sobre govabeiras A femea adulta tem o corpo oval, convexo, hemispherico, com as margens achatadas, e de côr pardo-ciara até pardo-escura, tendo ella cêrca de 3,000 mm. de comprimento, > mm. de largura e 2 mm. de altura. O dorso é liso e lustroso, com a derme chitinizada e reticulada, tendo as cellulas a fórma oval. Fervida em uma solução de KOH, a derme conserva-se dura. As anteanas compõe-se de 8 ar- ticuiações. sendo a terceira a mais comprida. A for- mula approximada é 38 (1245) (67). As pernas são finas e compridas, com os digitulos tarsaes delgados e um pouco dila- tados nas extremidades, serdo os da unha curtos e largos com as extremi- dades muito dilatadas. O annel anal tem & pellos compridos. As areas es- tiginaes são caracteri- zadas por tres espinhos, sendo dois curtos, e um comprido e curvado. Na margem tem uma car- reira de muitos pellos : compridos com a extre- midade dilatada e fran- jada. Esta especie é larga mente espalhada, sendo ella encontrada no Pará, na Bahia e em S. Paulo e (Campinas, infestando as folhas de govabeira e de outras plantas. Tratamento. Este insecto, que póde tornar-se uma praga prejudicial. póde ser combatido pelo em- prego da emulsão de. kerosene. : Saissetia hemisphaerica Targ DR Saissetia oleae Bernard. Sobre goyabeiras A femea adulta tem o corpo quasi hemispheri- co, de côr pardo-escura ou preta, com 4 a 5 mm. de comprimento e 4 mm. de altura. A superficie dorsal é aspera, com pequenas particulas de cêra, e tem ama linha mediana longitudinal e duas trans- versaes, elevadas formando, às vezes, um | proe- minente. Fervida em uma solução de KOH, a derme con- serva-se dura nos individuos velhos, mas’ torna-se molle nos novos. Toda a derme do dorso é reticu- lada com glandulas irregulares, as quaes têm o poro de um lado. As antennas têm cerca de 0,364 mm. de comprimento, e compõe-se de 8 articulações com os seguintes comprimentos: (1) 39; (2) 59: (3) a (Dea to) das (7) 265 (8) do A formula approximada é 354821 (67) ou 3 (45) 8 (12) 67. As perzas são fortes e compridas, tendo as articulações do primeiro par, os seguintes com- primentos : coxa 84; femur e trochanter 182; tibia 124; tarso 84; unha 23. Os digitulos da unha são curtos com as extremidades largamente dilatadas ; sendo os do tarso delgados e compridos, com as extremidades ponco dilatadas. As piacas anaes têm os angulos exteriores arredondados e os lados an- tero-lateraes mais curtos do que os postero-late raes. © annel anal tem 8 pellos compridos. A fissura anal tem 0,500 mm, de comprimento, com os lados contiguos. As areas estigmaes são ca- racterisadas por tres espinhos, sendo um muito com- prido e dois muito curtos. Na margem lateral do corpo ha uma carreira de pellos compridos com a extremidade dilatada e franjada, e ha ainda uina outra carreira sub-marginal de pellos simples e curtos. » Este insecto é quasi cosmopolita, sendo elle en- contrado em Campinas e no spiraega sobre as fo- lhas das goyabeiras. — 140 — Trataivento. A presença desta especie é imu:- tas vezes indicada pelas formigas que a acompanha e pelu cheiro dasagradavel que exhala. Seus ataques são, quasi sempre, prejudiciaes ; mas ella pode ser combatida pelo emprego da emulsäo de kerosene. Sub-familia DIASPINAE A femea protegida por um escudo o qual é feito, em norte, de pelliculas. A femea adulta sem pernas, com o orifício anal sem pelios, e com 0 abdomen terminando em um segmento composto, designado pygidivm. Chave des generos O escudo do macho igual, na fórma e na estructura geral, ao escudo da femea. O escudo da femea é subcireular, com as pelliculas perfeitamente so- prépoRtas Selo! abas ye" 3s on pa RS O escudo da femea é largamente elliptico, com as pel- liculas sobresahidas e collocadas perto da extre— midade anterior. sendo a segunda pellicula grande. Pseudoparlatoria, CKLL. 1.-— À femea com processos chitinosos compridos na base dos lobulos do pygidium, os quaes exten- dem-se anteriormente. Chrysomphalus, ASHMBAD. A femea com os processos chitinosos curtos ou ausentes. Aspidiotus, Boucré. Sub-familia DIASPINAE Aspidiotus cydoniæ Comstock. Sobre goyabeiras O escudo da femea é de côr parda, um tante transparente, pouco convexo, de fórma circular. com cerca de 1,5 mm. de diametro. As pelliculas, de cor parda, estão postas um pouco para um lado do centro. — 141 — A femea adulta é redonda, de côr amarella, tornando-se transparente depois de fervida em uma solução de KOH. O pygidium tem apenas o par mediano de lobos bem desenvolvido, os quaes estão incisos em cada lado. A margen do corpo, em cada lado dos lobos medianos, tem duas incisões largas e profundas, com as margens chitinizadas. Na margem posterior do pygidium ha 5 a 6 placas transparentes, largas e profundamente incisas. Ha quatro grupos de glandulas circumgenitaes, variando, o numero das glandulas em cada grupo de 1 a 5. O escudo do macho é semilhante ao da femea: porém menor. Esta especie foi encontrada em S. Paulo sobre a casca nos troncos das goyabeiras. Tratamento. Por emquanto este insecto causa pouco prejuizo, e pode elle ser combatido pela applicação da emulsão de kerosene. Chrysomphalus personatus Comstock. Sobre jaboticabeiras O escudo da femea é de côr cinzento-escura ou preta, opaco, muito convexo, de forma circular, com cêrca de 1 mm. de diametro. As pelliculas, de côr preta, estão postas no centro do escudo ; sendo a sua posição indicada por uma pequena mancha e um annel concentrico de côr branca. A femea adulta é redonda, enchendo todo o escudo. Fervida em uma solução de KOH, tor- na-se transparente. À marca caracteristica desta es- pecie é uma projecção grande e larga na extremi- dade anterior do corpo. O pygidium tem tres pares de lobos e mais tres pares de projecções em fórma de lobos, em cada lado. Os lobos medianos estam en- talhados na margem lateral, o segundo par é menor que os medianos e está entalhado duas vezes; ao passo que o terceiro par é maior que o mediano e está entalhado tres vezes; o primeiro par de pro- NS jecções é grande e dentado com 4 a 8 dentes ; sendo os dois outros pares menores. Na base dos lobos e entre elles ha 12 ou mais processos chitinosos que se extendem anteriormente, uns mais, outros menos. {ntre os lobos ha diversas placas curtas e delicadas, algumas com a extremidade bifurcada. As glandu- las circumgenitaes faltam. Esta especie foi encontrada em Campinas, nas jaboticabeiras, achando-se ella collocada no lado in- ferior das folhas. Tratamento. Por emquanto é pouco numeroso este insecto e devem as arvores ser tratadas com a emulsão de kerosene, applicada por meio de um pulverizador, para evitar o seu desenvolvimento. Pseudoparlatoria parlatorioides Comstock. Sobre goyabeiras O escudo da feméa é de forma circalar, del- gado, de côr amarello-clara, chato, com cêrca de 1,600 mm. de diametro. As pelliculas, de côr ama- rello-clara com uma tinta parda, são marginaes, grandes, e extendem-se da margem do escudo ao centro. A feméa adulta, de forma sub-circular, torna- se transparente depois de fervida em uma solução de KOH. O pygidium é geralmente guarnecido com tres pares de lobos, sendo o terceiro par, às vezes, obsoleto. Os lobos do par mediano são gran- des e entalhados em cada lado; sendo os do segundo e do terceiro par, profundamente incisos, e freqzen- temente entalhados no lado exterior. Ha um par de placas simples entre o par mediano de lobos; e . entre estes e o segundo par, e entre o segundo e o terceiro par, respectivamente, ha uma placa sim ples. Existem quatro grupos de glandulas circum- | genitaes; variando o numero das antero-lateraes de 9 a 15; e das postero-lateraes de 7 a 10. Esta especie foi encontrada no Estado do Rio de Janeiro, em S. Paulo, Cachveira e no Ypiranga fob Whoa em goyabeiras e outras plantas, cobrindo espessa- mente o lado inferior das folhas. Tratamento. Este insecto póde ser combatido pelo emprego de caldo de sabão ou da emulsão de kerosene. As pragas e molestias do arroz no Estado de São Paulo eC Adolpho Hempel Entomologo do Instituto Agronomico de Campinas em commissão no Museu Paulista AS PRAGAS E MOLESTIAS DO ARROZ ESTADO DE'S. PAULO MOLESTIAS CRYPTOGAMICAS Alternaria tenuis Nees. E” um fungo com o my- celio e os conideos de côr parda, e ataca as espigas, notadamente quando a planta já está enfraquecida pela falta de humidade, tornando- as escuras e chochas. Este fungo é refracta- rio aos fungicidas actualmente conhecidos, e quando um terreno esta inficcionado, pode cau- sar grandes prejuizos, pois ataca muitas plan- tas. O tratamento consiste em empregar semen- tes reconhecidamente boas e isentas de qualquer fungo; e na pratica de afolliamento, evitando-se de fazer uma plantação de arroz em terreno já - inficcionado. Piricularia oryzae Cav., é um fungo encontrado neste Estado em arroz Krancone. Elle produz manchas nas folhas, espigas e nos colmos, tor- nando as plantas inficcionadas improducuvas, com os grãos pequeros e deformados. Para combater este inimigo deve-se seguir a pratica de afolhamento, e plantar semente boa, pesada e isenta de qualquer fu go. INSECTOS NOCIVOS LEPIDOPTEROS Remigia repanda Fab., a lagarta do milharal, é de côr clara, com estrias escuras e longitudinaes no corpo, o qual é liso, com apenas os tres ul- — 148 — timos pares de pernas abdominaes desenvolvi. dos, e attinge o comprimento de 42 mm.. A borboleta tem cerca de 15 mm. de comprimen- to, tem a côr cinzenta e vôa rapidamente quan- do perturbada. Esta lagarta é muito voraz e pode devo- rar um arrozal em poucos dias, se não for im- pedida por um tratamento conveniente, que con- siste em empregar um insecticida feito pela mistura de 500 gr. de verde de Paris, 1 kilo de sabão e 500 litros de agua, devendo a plan- tação infestada pelas lagartas ser pulverisada com esta mistura. (Convém ainda conservar as plantações de arroz bem limpas e isentas de capim, e logo que a lagarta se mostra em qualquer capinzal, deve elle ser conveniente- mente tratado. Ainda ha a larva de uma outra especie de borboleta que vive no interior dos colmos perto do chão. Foi apenas encontrada uma vez, sendo desconhecido o insecto adulto. Os ataques desta lagarta restringem-se qua- si exclusivamente ás plantações temporäs, e acs pés nas beiras dos caminhos, sendo bastante o prejuizo que produz, pois as plantas infestadas produzem muitos grãos chochos. O tratamento consiste em fazer a planta- ção o mais tarde possivel. COTEOPTEROS Eutheola humulis Burm., é um pequeno coleopte- ro escuro, com cerca de 10 mm. de compri- mento, que ataca as plantações de arroz feitas em pastos velhos e terrenos baixos. O besou- ro corta a planta logo em baixo da superficie da terra, fazendo o maior estrago nos mezes de Outubro e Novembro. Não foi observado em terrenos que tinham sido cultivados por diver- sos annos RE a a — 149 — O tratamento, quando exequivel, é facil, pois consiste em inundar o arrozal na épocha quando os adultos apparecem, e em fazer a plantação o mais tarde possivel. Calandra oryzae L., o caruncho produz bastantes estragos no arroz beneficiado, mas como a cas- ca deste cereal é bastante dura e protege O grão contra o ataque do caruncho, o meio de evitar os prejuizos desta praga, consiste em guardar o arroz em casca, pratica aliás com- mummente seguida neste Estado. HYMNOPTEROS Atta sexdens L., a saúva é inimiga feróz de todas as plantações, e póde causar prejuizo avultado ao lavrador que se dedica à cultura de arroz, e deve ser tenazmente perseguida por todas as pessoas que têm interesse no desenvoivimento economico do paiz. As providencias a tomar contra este ini- migo consiste em exterminar todos os formi- gueiros pelo emprego constante e intelligente de formicidas que preenchem bem os seus fins, conforme a pratica tem demonstrado. Acromyrmex sp.,è uma outra formiga cortadeira, me- nor do que a saúva, que tem atacado pertinaz- mente um arrozal plantado em terreno alto de pasto. Esta formiga constrõe pequenos ninhos com a profandidade de 15 a 20 cm. por baixo da superficie da terra apenas, sendo a sua ac- ção especialmente nociva no principio da esta- ção, pois corta e carrega para os seus ninhos as plantas tenras de arroz, deixando o arrozal com grandes manchas aridas. O emprego de formicida contra este ini- migo será "dispendioso, mas a lavra funda do terreno e aração de 20 a 22 cm. de profundi- dade attingirä os seus ninhos, constituir do-se um bom meio de combatel-o. — 150 — ISOPTEROS Ha uma especie de cupim que ataca as raizes de urroz, nas plantações feitas em terras de cam- po e pouco cultivadas, tornando-se as plantas assim infestadas improductivas, pois muitas mor- rem, e as demais não alcançam o seu desen- volvimento. Para combater este insecto devemos lan- car mão do arado e do cultivador, lavrando bem o terreno; e praticar a cultura limpa, cri- ando condições desfavoraveis para o desenvol- vimento deste inimigo da lavoura. MOLESTIAS NÃO PARASITARIAS Condições meteornlogicas, notadamente a falta de chuva, especialmente na épocha da flo- ração, traz grandes prejuizos ao lavrador, pois o arroz pouco desenvolvimento terá, e as espi- gas tornam-se chochas a tal ponto que não vale a pena fazer a colheita. A plantação de arroz em terreno improprio, ou o emprego de semente não adaptada ao terreno, node produ- zir o mesmo effeito, e deve ser evitado. QO tratamento consiste na irrigação, quan- do possivel, na cultura racional, no emprego de adubos especiaes, na escolha cuidadosa do ter- reno, e no emprego de semente adaptada ao « terreno escolhido para a cultura. Les abeilles du genre “ Ancyloscelis ” — PAR — CURT SCHROTTKY TER ES So ELA Ae Su M A à. + a LES ABEILLEN DU GENRE “ANCYLUSCELIS Se HROTT KY Le genre Ancyloscelis na pas toujours été bien compris par les auteurs qui sen sont occupés. Tout au contraire, beaucoup d'espèces ont été dé- crites sous ce nom qui doivent être eliminées et placées avec les genres auxquels elles appartien- nent en réalité. D'autres, auparavant décrites sous un nom divers, prendront ici sa place définitive. Il me faut donc analyser d’abord les travaux de tous ceux qui ont écrit sur ce genre, en même temps et d'une man'ère analogue reviser les genres qu'on a fait entrer dans sa synonymie plus tard. Après avoir éliminé tous les éléments hétérogènes, je don- nerai une énumération de toutes les espèces restan- tes et un essai de placer à leur lieu correspondant les premiers. Enfin je parlerai des espèces trouvées jusqu'ici dans le Brésil. Le genre Ancyloscelis est attribué par F. Suit dans son Catalogue of Hymenopterous Insects in the collection of the British Museum, 1854. p. 361 à LATR&ILLE. Cet auteur, dans Fam. patur. du Rêgne Anim., 1825, p. 463 na pas donné, ce- pendant, de caractéristique ni mentionné aucune es- pèce typique. Seulement en 1836 la première es- pèce d'Ancyloscelis a été décrite par HaLIDAY sous le nom d'A. ursinus ( Trans. Linn. Soc. XVII, p. 320 ). Il faut done considérer wrsinus le type du genre et interprèter celui-ci dans le sens de Hati- DAY. Em 1851 Spinoza a décrit les espèces : orna- ta, lineata et nigripes du Pará, Brésil ( Mem. Accad. Torino, XIII, p. 87 et 88). DuckE a étu- — 154 — dié quelqnes types de Sprnota au Muséum de Tu- rin et a donné les résultats dans Deutsch. entom. Zeitschr., 1910, p. 368. D'après lui, les ornata et lineata sont des Tetrapedia KLuG, la troisième es- pèce, nigripes n'est pas mentionnée par Ducke. Em 1854 apparut le catalogue de Situ cité ci-dessus. Hors d'une espèce nouvelle, A. armatus, Suit se limite à énumérer les autres de IALIDAY et SpiNoLA dont je vient de parler. Il semble que SMITH ait déjà réconnu que quelques espèces de SPINOLA devraient former part du genre Tetrape- dia parce qu'il cite celui-ci dans la synonymie du genre Ancyloscelis avec un point intérrogatif. Pour longtemps aucun auteur ne s’est occupé de notre genre. DALLA Torre dans son Catalogue Hy- muopeterorum, vol. X, 1896, p. 222 a réuni les An- cyloscelis avec le genre Æucera ScopoLr qui com- prenait aussi, selon Dati, ToRRE, les espèces des genres Macrocera, Tetrclonia et Mellisodes. Mais les Æucera wont que deux cellules cubitales dans l'aile antérieure, tandis que toutes les espèces bré- siliennes dont j'ai vu la description en avaient trois. Je les ai réunies alors, toujours en croyant les vues de Datta Torre correctes, sous le nom générique Macrocera Latr. ( ScroTTKY, Ensaio sobre as abe- lhas solitarias do Brasil, Rev. Mus. Paul., V, 1902, p. 9!6-- 525), et donnai comme des caractéristi- ques distinctifs que les antennes des males étaient presqu aussi longues que le corps. C'était, cepen- dant, une erreur dont, je ne m'apercevais pas par- ce qu'aucun Ancyloscelis du Brésil ne m'était alors connu. Ducke mentionne égalément, en 1902 aussi, l'Ancyloscelis armatus Sm. sous le nom d'Bucera — sous -- genre Ancyloscelis — du Pará ( Allgem. Zeitschr. f. Entomol., VII, p. 362). C'était FRIESE qui corrigeait cette erreur ( Zei- tschr. f. Hymen. & Dipter., IV, 1904, p. 20 -- 24). Il plaça Ancyloscelis avec Diadasia PATTON en un groupe spécial entre Æuwcera Scorort et Podalirius LATREILLE. Comme caractères principaux il men- — 155 — tionne trois cellules cubitales, antennes des males courtes, pattes postérieures des mâles grossies et armées, des femelles avec la brosse pollinifère lon- gue et pas dense et le chaperon prononce: Selon FRriese, le genre comprenait les espèces suivantes : 1) armatus Smirx dont il donne pour la première fois une description de la PQ; 2) ecuadorms mn. sp. 2 &; 3) duckei n. sp. &, et 4) gigas n. sp. os Les trois espèces de SPINOLA et la typique de Hazipay sont mises à l’appendice comme appar- tenant peut-être à un genre distinct. Mais FRIESE reconnut lui-même que ce groupement n était gue- re soutenable si l’espèce typique A. ursinus Hal. au- rait été d’un genre différent; parce qu'en tout cas le nom générique ne peut pas être separé de l'es: pêce qui est son type; c'est la raison pour laquel- le il a fondé plus tard le genre Dipedia, restant dans le doute sur l'espèce de HaLIDAY qu'il croyait avec VacHAL voisine de Zhadasra. Il me faut encore citer le travail de Horm- BERG publié en 1903 ( Anal. Mus. Nac. Bs. Aires, IX, p. 377-- 517). Dans cette étude HoLmBerG donne une clef pour la détermination des genres ar- gentins des « Anthophoraria » (p. 429 -- 431 ); An- cyloscelis y est inclus, mais aucune espèce n’en est citée. (est autant plus remarquable comme le gen- re est assez bien placé, même pour les femelles qui alors n'étaient pas connues; j'y reviendrai encore. Quelques années plus tard BRÈTHES a émis l'opinion que ces Ancyloscelis ¢ Hotmpure étaient hypothé- tiques ( Anal. Mus. Nac. Bs. Aires, XIX, 1909, p. 222). Moi, je crois que HoLMBERG reconnut bien VAncyloscelis armatus Sm. que doit exister pres- que partout dans la République Argentine — nous le verrons plus tard — et qu'il a simplement oublié de la citer; parce qu'on peut parfaitement appliquer tous les caractères de la clef, autant pour les a que pour les q à cette espèce. Je vois une confir- mation de ce point de vue dans le fait que Iorm- BERG cite déjà en 1886 ( Bolet. Acad. Nac. Cienc. Córdoba, X, p. 225) Ancyloscelis entre les genres — 196 — d'abeilles argentines en lui donnant pour anteur F. SMITH, et nous avons vu plus haut que Suirx ne connaissait que l'espèce armatus. HotmBerG et FRiese comprenaient donc, à peu près, la même chose sous le nom Ancyloscelis ; () expliquerai plus bas en m'occupant du genre Lep- tergatis Holmbg, le pourquoi de mon terme «à peu près» ). Mais un autre auteur prit pour Ancylos- celis des abeilles tout à fait différentes: Vacnat dé- crivait en 1904 six espèces nouvelles, dans Rev. Entom. Franc., XXIII, p. 16 -- 19 dont une seule, turmalis, parait appartenir à Ancyloscelis. DUCKE Ya déclarée identique avec PA. duche: Wriese 1904 dans Deutsch. Entom. Zeitschr. 1910, p. 367 d'aprês le type de Vacraz au Musée de Paris; une au- tre, fililarsis, fut réunie par VacHaL lui-même avec le genre melitoma LipeLETIBR & SERVILLE en 1909 ( Rev. Entom. Franc., XXVIII, p. 19), tandis que BrbrHEs la déclare identique avec Teleutemnesia distincta Holmbg. (Anal. Mus. Nac. Bs. Aires, XIX, 1909, p. 221). La troisième, girarde, a été, reconnue par BrÉTHES (loc. cit. ) comme synonyme de Leptcmetria bi Holmbg. Je crois que ces denx sont du genre Diadasir PaTTON ainsi que les trois restantes: baeri, humilis et analis. Va- CHAL réunit, en effet, les genres Ancyloscelis et Diadisia dans un seul, sans doute sous l'influence d'AsHMEAD qui les avait déclarés identiques en 1899 ; mais Miadasia et Leptometria ont des affinités si grandes qu'il est bien difficile cu même impossible de les séparer. En 1905 le type, de PA. armatus Sm. fut examiné par COCKERELL au British Museum ; d’après cet auteur qui donne une déscription complémen- taire de l'abeille ( Trans. Amer. Entom. Soc. XXXI, 1905, p. 325) l'identification d’Arcyloscelis avec Diadasia Patt. par AsHMEAD était une méprise. CockeRELL parle encore de la q que Smirn, ce pendant, n'a jamais mentionnée. W. A. Scauzz ( Hymenopt. Stud. 1905, p. 197) n'apporte rien de nouveau, sauf qu'il fait ER nom id. die cc cad Ancyloscelis, use par Hazibay, Sir et FRIESE comme masculin, un féminin. En. 1906 il y a de nouveau une demi-douzaine d'espèces nouvelles d'Ancy'oscelis ; cette fois aucune d'elles n'appartenait à ce genre. FRIESE suivait à VacHAL en croyant Diadasia le même qu’ Ancylos- celis Halid., mais en même temps il croyait celui- ci différent d' Ancylosceiis Smith et proposait le couple générique Dipedia pour remplacer le dernier ( Flora og Fauna, 1906, p. 92— 95). Le nom Ancylos- celis est ici employé pour désigner des abeilles des genres Emphor et Diadasia. Voilà les noms des prétendues nouveautès : tricolor, nigerrima, migri- ceps, clypearis, rufipes et facralis. Toutes ces es- pêces-ci comme «e nouveau genre Dipedia manquent dans le Zoological Record 1906 (et années suivantes). Le genre Dipedia comprenait les memes 4 espèces décrites par FRriese en 1904 ( voir ci-dessus), les 6 Ancyloscelis sont devenues ce que suit: iricolor a été placé dans Melitoma Lep. & Serv., sous-genre Emphor Patt, par VacHaL ( Rev. Entcm. Franc. XXVIII, 1909, p. 24); BrèTHEs considérait Æm- phor synonyme de Plilothrix Sm. el Vappelait en conséquence Ptilothria tricolor ( Anal. Mus. Nac. Bs. Aires, X Xj. 1910, p. 295): Quand à ‘moi, je considère Æmphor et Ptilothrix séparables ; trecolor me parait mieux dans le premier deux. A. mger- rima est, selon JoERGENSEN, la même tricolor dé- crite d'après des exemplaires vieux qui ont déjà perdu les poils cendrés et ferrugineux ( Zool. Jahrb. Abt. f. System. XXXII, 1912, p. 157). JOERGEN- sEN a observé pendant presque trois ans ces abeil- les à Mendoza, République Argentine ; il aura donc raison. À. nigriceps est identique avec la Teleutem- nesta distincta Holmbg, ( BrérHEs, Anal. Mus. Nac. Bs. Aires, XIX, 1909, p. 221) qui, à son tour est une Diadasia. A. clypearis n’est autre ( selon Bri- THES, loc. cit.) que Leptometria pereurae Holmbg. ; A. facialis est la même espèce que Leptometria baraderensis Holmbg. (JomRGENSEN, loc. cit. p. 159) et 4, rufipes, enfin, appartient, comme les — 158 — antérieures, au genre Diadasia dont Leptometria est un simple synonyme. CocKERELL (Trans. Amer. Entom. Soc. XXXII, 1906, p. 105) dit que l’unique espèce d’Ancylos- celis qu'il avait vue était distincte de Diadasta mal- eré l'aflirmation du Dr. AsHMEAD qui les consi- dérait identiques. Il r’a aucun Ancyloscelis dans sa liste. des Anthophoridae de l'Amérique Septen- trionale et Centrale, cependant VA. armatus Smith avait été cité déjà par Friese en 1904 du Mexique. Bientôt de nouvelles localités sont apportées pour cette espèce. En 1907 elle est trouvée par Ducke dans les E'tats brésiliens de Piauhy ( The- rezina ) et Maranhão (Sao Luiz, Codó et Caxias ) ( Rev. Entom. Franc. XXVI, p. 84). En 1908 FRIESE s'occupe du groupe dans ses « Apiden von Argentinien » (Flora og Fauna, p. 51 — 56). Nous y trouvons 8 espèces d’Ancyloscelis et 4 de Dipe- dia. Les premières se composent des 6 espèces pu- bliées par Friesk en 196, de A. turmalis Vach., qui est la même que la Dipedia ducker Friese, comme je Vai déjà dit, et d’une espèce nouvelle, A. minuta Celle-ci est d’après VacHaL identique avec A. humilis Vach. (Rev. Entom. Franc. XXVIII, 1909, p. 22), elle devrait alors prendre sa place : dans le gerre Diadasia Patton. La même synonyme est indiquée par JOERGENSEN (Zool. Jahrb. Abt. f. System. XXXII, 1912, p. 158), et je crois avec raison; mais Duckr en fait un synonyme de sa Ptlothrix riparia ( Deutsch. Entom. Zeitschr. 1910. p. 369), au moins le q. Cela me parait une mé- prise. Ducke ne donne aucune raison pour son point de vue: Les espèces de Dipedia sont les mêmes qu'en 1906. Friese donne une redéscription d'elles et ajoute de nouvelles localités pour D. armata : Rep. Argentine, Prov. Mendoza, Pedregal et pour A. duchei: Rép. Argentine, Buenos Aires. Dès 1908 Ducke abandonne son interprétation d' Ancyloscelis et la change complètement. Dans Rev. Entom, Franc. XXVII p. 33 il réunit sous ce nom — 159 — les genres Dradasia Patton, Phlothria Smith et Entechnia Patton, quelques espèces décrites aupa- paravant par lui comme Podalirius et toutes les An- cylocelis de VacHaL 1904 et MRIESE 1906-1908. Cette réunion ne sert que pour introduire de confusion dans la nomenclature et doit être rejetée absolument. Les différences entre Ancyloscelis et les trois «synonymes» de Ducke d'un côté, et entre ceux-ci de l’autre ont été constatées par BRÈTHES en 1910 et j'y reviendrai plus bas. 11 suffit de dire que les vrais Ancyloscelis sont appellés par DuckE Dipedia. 11 en décrit une espèce nouvelle: 1). frie- seana (Rev. Entom. Franc. XXVII, p. 72) qu'il dit « voisine» de D. armata : la dêscription, cepen- dant, fait penser en une espèce assez éloignée. Dans le même travail la D. armata est mentionnée de plusieurs endroits de l’E’tat de Ceara: Baturité, Serra de Baturité 600 mètres, Quixadá et Humaytá. Des six espèces d’Ancyloscelis mentionnées dans ce travail, deux sont des Ptilothria: la P. plumata Smith et la P. riparia Ducke; les 4 restantes: gri- sescens Ducke, taurea Say, Ipomoeae Ducke et os- maoides Ducke sont d'une position incertaine à cause de leur description insuffisante ;* probablement elles sont toutes des Melitoma Lep. et Serv. En 1909 la confusion arrivait à son comble. VacHaL fait dans Rev. Entom. Franc. XXVIII, p. 19-23 d Ancyloscelis un sous genre de Melitoma LEPELETIER & SERVILLE. I] est absolument sans importance si un auteur désigne avec le nom «gen- re» ou avec l’autre «sous-genre» un groupe dé- terminé d'animavx. C’est un point de vue indivi- duel que je ne veux pas discuter dans cette révision systématique. Ce que je trouve critiquable, c'est le sens que VacHaL donne à son Ancyloscelis. La séparation des «sous genres » Emphor et Melitoma (sensu strictu. ) d’Ancyloscelis me parait tres bien faite, les caractéristiques distinctifs bien choisis. La synonymie des deux premiers, quoique je la considère erronée, nous intéresse seulement pour- quoi Depedia, qu'il fait synonyme partiel de Meli- — 160 — toma, reste separée d’Ancyloscelis. Ce dernier a ua seul synonyme: Dradasta Patt. Cela peut passer si l’on ne connaît pas laftirmation de Cocknr- RELL qui avait assuré deux fois (en 1905 et en 1906) qu'elles étaient différentes. Mais on ne conçoit pas pourquoi l’auteur fait entrer son A. fi- litarsis, qui a tous les caractères de Dradasra, dans Melitoma, tandis que l'espèce A. turmalis, qui est une vraie Dipedia, reste avec Ancyloscelis. Sera-t-il parce qu’il la considère voisine cu identique avec le type du genre, ursinus? Alors il ne devait pas y inclure les Teleutemnesto separata Holmbg., Ancyloscelis humilis Vach., Leptometria pereyrae Holmbg, (le type du genre Leptometria ) et An- thophora chilensis Spin. Toutes celles-ci ont des caractères trop différents pour pouvoir être réunies ainsi étroitement avec wrsinus. Je me suis déjà prononcé sur la position de ces espèces, moins de l’'Anthophora chilensis qui est placée à tort pour ALFKEN (Rev. Chil. VIII, 1904, p 141 et 180) dans le genre Ancyla LEPELETILR; ce genre ne se trouve pas dans la région néotropique ; la forme des antennes « grossissant à partir dn bout du troi- siéme article et formant une massue cylindrique » ( LEPELETIER, Hist. Nat. Hymén. Il, 1841, p. 294) suffit pour le distinguer. RIESE la posait d'abord dans Exomalopsis ( Ann. k. k. Hofmus. Wien, XIV, 1399, p. 266); plus tard également dans Ancylos celis (Zool. Jahrb. Abt. f. System. XXIX, 1910, p. 696). Enfin Ducke lappeliait Meliloma cha- lonsis ( Zool. Jahrb. Abt. f. System. XXXIV, 1912, p. 96 et 112). E'videmment elle ne peut pas res- ter avec aucun des genres cités, mais doit étre mise dans le genre Diadasia avec les deux espèces nouvelles de VacmaL: A. specularis de VArgenti-. ne et À. ruficruris du Chili. Peu de temps après, BRÈTHES publia ses, «No- tas himenopterológicas » dans Anal. Mus. Nac. Bs. Aires, XIX, 1909, p. 219-225. Il accepte le gen- re Ancyloscelis dans le sens de RIESE qui: était à peu près le meme de VacmaL. Les deux genres — 161 — de HormBera, Teleutemnesta et Leptometria en sont déclarés synonymes. Pour les Ancyloscelis dans le sens de FF. Smira et de HoLmBera, il em- ploie le nom Leptergatis Holmbg , avec le synony- me Dipedia Fr.; D. gigas Friese est, selon BRk- THES, identique avec Leplergatis halictordes Holmbg. La découverte de l'auteur est sans doute d'une grande importance. Mais IoLMBERG a les deux genres, dncyloscelis et Leptergatis, à la fois, tant en 1886 comme en 1903. Les a-t-il considérés distincts ? Súrement. Les différences sont, cepen- dant, si petites qu elles ne peuvent pas être regardées comme génériques. On ne peut faire de comparaisons que pour les Q, car HorMBERG re connaissait pas les & de ses Leptergatis. Dans la clef, la seule différence indiquée est «carpus parvus» pour Le- ptergatis et « carpus magnus» pour Ancyloscelis ; dans le premier cas, le «carpus» nest qu'un tiers ou quart de la partie du bord costal occupé par la cellule radiale dans sa part touchant la veine cos- tale; dans le second cette partie est seulement de la double longueur du carpus. Or, il n'est pas três facile de mesurer ces parties de Vaile; le bout du carpus passe peu’à peu dans la veine costale et n’a pas de limite bien visible; de l’autre côté, le point où la veine radiale se sépare de la costale est de même difficile à préciser, et, enfin, la veine cos- tale, n'étant pas droite mais courbée, il faut calcu- ler sa longueur et la partie importante. Si Ion fait cela avec beaucoup d'exemplaires d'une même espèce, on obtient des résultats très surprenants. Tantôt on trouve le carpus presqu'égal à la partie des veines radiales et costale unies, tantôt il est un peu ou beaucoup plus court. C’est à dire, qu'il y a ici des différences individuelles, mais non spécifi- ques et moins encore génériques. Dans I’ Ancylos- ces arinatus, par exemple, j'ai trouvé le carpus = 0,64 mm. et la partie des veines réunies = 0,94 mm. Un autre exemplaire (du Paraguay ) avait 0,5 mm, et 1 mm. respectivement; un troisième 0,6 mm. et 1,2 mm. (En contradiction avec la — 162 — clef on lit dans la description générique de Lepter- gatis, p. 423; «Carpo parve, cellulae radialis par- tem coalitam dimidio quoque longitudine æquante» ). On voit que ces relations ne sont pas constantes. On pourrait, cependant, s'arrêter sur un autre ca- ractere. Pour Ancyloscelis 9 Holmberg indique : «clypeo gibboso-producto », tandis qu'il ne dit rien sur le clypeus de Leptergatis dans la clef; mais dans la description minutieuse du genre il dit éga- lement: «clypeo gibboso ». En appliquant toute la description de Leptergatis à une ¢ d’Ancyloscelis armatus, je ne vois rien qui ne fût pas d'accord, sauf la deuxième nervure recurrente trop près du bout de la troisième cellule cubitale pour en dire: «inter medium et apicem », et la longueur rélative des articles des palpes. Certainement on ne doit pas maintenir des genres distincts basés sur des différences d'une importance si moindre. Quant à l'identification de Dipedia gigas Frie- se avec Leptergatis halictoides Holmbg., je la crois exacte, quoiqu'il y ait des différences dans la couleur des fascies abdominales. On pourrait, peut- ètre, admettre deux sous-espèces, une fois qu'on puisse réunir assez d'exemplaires de provenance di- verse. Les deux autres espèces de Leptergatis sont mesopotamica Holmbg, et romero: Holmbg., cette dernière j'avais à tort synonymisée avec Dipedia gigas Friese Romeroi est beaucoup plus petite, du reste très semblable. Mon opinion, donnée par cor- respondence à STRAND, a été publiée par celui-ci dans Zool. Jahrb. Abt. f. System. XXIX, 1910. p. 459 ; il me faut donc rectifier l'erreur. De Uruguay une seule espèce a été citée par BréTrues : Ancyloscelis armatus Sm. sous le nom de Dipedia ( Anal. Mus. Nac. Buenos Aires, XII, 1909, p. 81); du Paraguay dans cet an cing: par STRAND trois ( Deutsch. entom. Zeitschr. 1909, p. 239) Dipedia gigas qui doit porter le nom Ancy- loscelis halictoides ; Ancyloscelis nigerrimus qui doit être nommê Æmphor tricolor et Ancylosceles rufipes qui n’était ni Ancyloscelis ni rufipes sinon — 163 — identique avec l'espèce suivante. Par moi-mème une espèce nouvelle, Ancyloscelis emetatriao ( Anal. Cient. Argent. LXVII, 1909, p. 223), qui est en réalité, d'après mes recherches ultérieures, une Dia- dasia. Par BRÈTHES encore une espêce nouvelle, Ancyloscelis flebrigi ( Anal. Mus. Nac. Bs. Aires, XII, 1909, p. 255) qui m'est restée inconnue et que je place provisoirement aussi dans le genre Dia- dasia. Dans Zoological Record 1909 et années suivantes l’Ancyloscelis fiebrigi n'est pas cité ; c’est donc bien possible que quelqu'une des espèces dè- crites postérieurement en soit synonyme. En 1910 BrbrHes a débrouillé les gerres mélés jusqu'ici. Son travail «Sur les Ancyloscelis et genres voisins», Paris, Bull. Soc. Entom. p. 211 - 213, a eu la mauvaise chance d’avoir resté inconnu aux auteurs postérieurs. Moi-même, je ne connais- sait pas, et récemment, du à la bonté de M. A. de W. BEeRToNI qui me l'avait prèté, j ai pu me rendre compte de son importance. L'auteur a fait ce qu'on devait avoir fait depuis longtemps, c'est d'envoyer un exemplaire du même sexe que le type de Ha- LIDAY et semblable, au moins apparement, au British Museum pour le faire comparer directement avec l'espèce typique, wrsinus. Le résultat était que F. SmirH et HOLMBERG avaient eu raison avec leur interprétation, et tous les autres auteurs avaient eu tort. En conséquence, les vrais Ancyloscelis sont les insectes nommés par tout le monde Drpedia ou Leptergatis. Nous verrons que personne n'a tiré profit de ce travail. STRAND cite encore 4 espèces du Para- guay (Zcol. Jarb. Abt. f. System. XXIX, 1910, p. O13 et 914): 1) Ancyloscel s armatitarsis n. sp. qui me parait très voisine de l’Ancyloscelis hali- ctoides ou mème identique, 2) À. armatus ( STRAND écrit «armata » ), 3) A. imitatria Schrottky qui est ane Diadasia et 4) A. nigriceps Friese qu'il. devait nommer Dradasia dislincta. BRèTuEs décrit une espèce nouvelle, Ancylos- celis Bonariensis ( Anal Mus. Nac. Bs. Aires, XX A AG C A f > mew Gye o LE LIBRARY) io BAD — 164 — 1910, p. 294) qui paraît être un vrai Ancyloscels. FRiese. s'occupe de 9 espèces dont 7 nouvelles ( Deutsch. Entom. Zeitschr, 1910. p. 704-710). La synonymie du genre donné par FRIESE est três curieuse. La voici: Ptilothria Smita Dadasa Patton, Ænphor Parron, Thygnter | HoLmBeRG, Teleutemnesta HormuBerG et Dipedia Friesx. Je suis le dernier qui nie à un auteur le droit de faire la réunion de plusieurs genres en an seul, surtout s’il apporte des raisons. Précisement dans notre cas il n’y en a aucune. Nous avons appris par BRÈTHES que les Phlothrix, Emphor et part de Teteutemnesta n’ont pas de pulvillus; leur clypeus n'est pas pro- noncé et les pattes des mâles pas armées. On peut donc les séparer aisément du genre Ancyloscelis pourvu que les caractères indiqués soient constants. Quelle est alors lespèce qui les a variables? Je connais plusieurs espèces d'Emphor et Ptilothrix sans y avoir trouvé de variabilité. Les Dradasia ont des pulvillus distincts, mais leurs clypeus n'est pas prononcé, les pattes des mâles pas armées et leur thorax est densément velu comme des Leptometria qui est à peine separable de Diadasia; cependant Leptometria manque dans la synonymie d' Ancyclo- celis établie par FRresE, le même que Leptergatis Holmberg ; il paraît que FRIESE ne connaissait point les travaux de BRÈTHES. Je ne parlerais pas sur la réunion du genre Thygater avec Ancyloscelis, si Mr. FRIESE nett pas chargé la responsabilité sur moi (p. 704). C’est évidemment une méprise, car je ne l’ai jamais affirmé, ni dans mes publications, ni dans ma correspondance. Tout au contraire, j'ai toujours regardé Thygater en «bon» genre, aise- ment séparable de ses voisins Tetralonia, Melissodes et Melissoptila ( Bertoni & ScHroTTKY, Zool. Jahrb. Abt. f. System. XXIX, 1910, p. 564 et 583 ). Quant à la Teleutemnesta j'en ai envoyé à Mr. FRIESE quel- ques exemplaires de l’espèce T. relata Holmbg.. sans me prononcer sur lenr position générique ; ils ont été décrits par FRIESE (1. c. p 705) comme variété nouvelle, nigrescens de Ptilothrix plumata Smith. — 165 — Voyons alors les espèces de FRIESE. Les deux premières. A. plumata Sm. et À. nigrita n. sp. sont du genre Ptilothrix; la troisième A. bombi- formis Patt.. est le type du genre Enphor ; la qua- trième A. fuliginosa n. sp. me paraît également un Æinphor ; la cinquième, A. hersuta n. sp. est comparée avec Diadasia australis ( Cresson ), mais le & a le prototarse dilaté et allongé en lobe. L’es- pèce ne peut donc pas être une Dradasia et comme la description ne mentionne pas les «caractères 1m- portants : la forme du clypeus, les ongles sans ou avec pulvillus, la nervature alaire etc.. sa position générique reste incertaine. La sixième, A. duckei n. sp. est une autre espèce que l’Anciyloscelis duckee Friese de 1904 Ducxe lui donnait un nom nou- veau et l’appelait Melitomu paraensis en 1912. FRIESE la compare avec 4. riparia Ducke, et celle- ci, étant probablement du genre Pt/lothrrx, je place la paraensis dans le même genre. La septième es- pece de FRrrEsE, À. rufogrisea n. sp., nest pas com- parée avec aucune autre. Je dirais quelle sera un vrai Ancyloscelis pcur les caractères de la ¢ ; mais ceux du J s'opposent. C’est encore possible que Friese ait marié deux espèces différentes. Pour le moment elle doit rester entre les espèces douteuses. La huitième, A. latipes, est dite être semblable à D adasia australis; par ies pattes intermédiares du & démesuremént grossies elle n’est pas une Dradasia du tout; elle n'est, d’après la description, un Ancy- loscelis non plus. La dernière, enfin, À. nigra n. sp. est comparée avec À. nigerrima, c'est à dire, avec une espèce du genre Ænphor, mais je la croyais plutôt une Diadasia. La seconde cellule cubitale, cepandent, est dite par JoërGENsEN ( Zool. Jahrb. Abt. f. System. XXXII, 1912. p. 159) tri- angulaire que serait en contradiction avec les cara- ctères de Diadasia. Je n'ai jamais vu une abeille de cette sous-famille avec la deuxième cellule trian- gulaire, alors il m'est impossible de trouver une place pour elle. Du reste FRiese ne dit rien sur la nervation extraordinaire; il est pourtant possible MOD Rea que l'espèce de JoERGENSEN fusse une autre. Une espèce nouvelle de JOERGENSEN, A. hirta, (1. e. p. 153) a tous les caractères d'une Diadasia. Les au- tres citées par cet auteur sous les noms d’Ancylos- celis et Leptergatis sont des espèces déjà traitées plus haut. Ducke reunit tous ‘Tbe genres déclarés par FRIESE (1910) synonymes d Ancyloscelis, excepté Thygater, et encore cing autres sous le nom générique mie ma (Zool. Jahrb. Akt. f. System. XXXIV, 1912, p 95). Tout ce que j'ai dit sur ce sujet de FRIESE vad également pour LuckE; les cing genres complé- mentaires sont: Entechnia Patton, Meliphila Schrot- tky, Ænergoponus Holmbe., Leptometria Holmbg. et Leptergatis Holmbg. Les deux premiers seule- ment sont posés avec raison dans la synonymie de Meliloina. Energoponus équivaut, d'après BRETHES, Ptilothria; Leptometria est, selon moi, identique avec Diadasia et Leptergatis est synonyme d’An- cyloscelis. J'avais déja dit que les Leptometria Holmbg. et les Diadasia Patt. sont à peine séparables, co- CKERELL. au contraire croit que la nervation des ailes postérieures offre un caractère distinctif (Psi- che, xtx, 1912, p. 58). A cet égard je suis a’ac- cord avec BrÈèTaes (Anal. Mus. Nac. Bs. Aires, XIX, 1902, p. 219) que “la distance entre la cellule sub- médiale, et l’origine de la nervure cubitale quelque- fois plus courte quelquefois plus longuz que la veine transverso--submédiale, est un caractère qui varie dans une même espèce”. Si l’on trouve d’autres ca- ractères supplémentaires distincts pour les uns et pour les autres, j'aimerais mieux conserver les deux genres ; en ce cas plusieurs espèces de Diadasia passeront surement à Leptometria. Jusqu'alors je les réunis sous le premier nom, qui a la priorité. CocKERELL nous informe de trois espèces de Leptergatis trouvées à Guatemala, dont une nou- velle, L. wheeleri (Psyche x1x, 1912 p. 109); les deux autres sont L. armata Sm. et L. toluca (Cress). (Ann. & Mag. Nat. Hist. x, 1912, p. 29). La der-. RAT ee nière est encore mentionnée par Madame w. P. co- CKERELL (Canad. Entom. 1912, p. 281) visitant les fleurs de Cordia alba Roem. & Schult. Ge sont de vrais Ancyloscelis. En 1913 apparut un travail que j'avais présenté au Gongrès Scientifique qui avait eu lieu à Buenos Aires en 1910: “La Distribucién Geográfica de los Himenópteros Argentinos”. Alors, comme je Pai dit plus haut, je ne connaissais pas la révision de BRETHES de 1910. Celà explique pourquoi les espèces d’An- cyloscelis y sont énumérées sous le nom de Lep- tergatis et celles de Dradasia sous le nom Bite losceles. (Anal. Gient. Argent. LXXV 1913, p. 254/9 Dans la liste qui suit à la fin, les espèces sont arran- gées de nouveau selon les résultats ultérieurs de mes études. J’ai divisé les Ancyloscelis en trois catégories : A). Species generis Ancyloscelis ; ce sont les espé- ces que je considère membres vrais du genre. B). Species dubia generis Ancyloscelis ; où je place les espèces qui probablement n’y appartiennent pas, mais qui, selon la description, ne peuvent pas être placées mieux avec sûreté. C). Species a genere Ancyloscelis delendae ; ce sont las espèces décrites ou mentionnées à tort sous ce nom générique; j'ai essavé de leur assigner une place dans les genres où elles apparé- ment doivent rester. Dans les trois catégories Je suis l’ordre chronologique de leur publication. A). SPECIES GENERIS Ancyloscelis {. A. wrsinus Haliday -- Brésil: São Paulo. 2. A. armatus Smith -- Brésil. = Kucera (Ancyloscelis) armata Ducke, Allgem. Zeitschr f. Entomol. VII, 1952. p. 362 -- Brésil: Pará (dans les fleurs de Waltheria vescosissima ; Nid). = Ancyloscelis armatus Friese, Zeitschr. f. Hy- menopt. & Dipt IV, 1904, p. 22 -- Brésil: Parä. Mexique. = Ancyloscelis armatus Cockerell, Trans. Amer. Entom. Soc. XXXI, 1905, p. 325 — 168 — — Ancyloscelis armata W. A. Schulz, Hyme- nopt. Stnd. 1905, p. 197 -- Brésil: Pará (Marco da Lagoa). | — Dipedia armataKriese, Flora og Fauna, 1966, p. 92 -- Argentine: Mendoza. = Ancyloscelis armala Ducke, Rev. tntom Caen, 1907, p. 84 - Brésil: Maranhão (São Luiz, Codó, Caxias); Piauhy (Therezina) (dans les fleurs de /pomoea pes-capre). — Dipedia armata Ducke, Rev. Entom. Caen, 1908, p. 33 -- Brésil: Ceara ( Baturité. Serra de Baturitê 600 metres, Quixadá, Humaytá ). = Dipedia armata Friese, Flora og Fauna, 1968, p. 94 —- Argentine: Mendoza (Pedregal). = Dipedia armata Jensen -- Haarup, Flora og Fauna, 1908, p. 105 (Coutüme des mâles). = Dipedia armata Ducke, Rev. Entom. Caen, 1908, pita. = Dipedia armata Brèthes, Anal. Mus. Nac. Bs. * Aires, XII, 1909 p. 81 -- Uruguay. = Dipedia armata Strand, Zool. Jahrb. Abt. f. System. X XIX, 1910, p. 514 -- Paraguay (Assunción). = Leptergatis armata Joergensen, Zool. Jahrb. Abt. f. System. XXXII, 1912, p. 160 (dans les fleurs de Opuntia sulphurea: Nid). — Leptergatis armata Cockere:l, Ann. & Mag. Nat. Hist. X, 1912 p. 29 -- Guatemala (Qui- ragua). (dans les fleurs de Zexmema vir- gulata). = Leptergatis armata Schrottky, Anal. Soc. Cient. Argent. LXXV, 1918, p. 255. 3. A. toluca (Cresson) - Mexique : Basse Californie. = Leptergatis toluca Cockerell, Ann. & Meg. Nat. Hist. X, 1912, p. 29 -- Guatemala (Gualan) (dans les fleurs de Corda alba). 4. A. halictoides (Holmberg) — Argentine: Cha- co-Formosa. — 169 — = Ancyloscelis gigas Friese, Zeitschr. f. Hy- menopt. & Dipt. IV, 1904, p. 24 — Brésil : Para ( Rio Aragallo (1); Säo Paulo (Jun- diahy ), = Dipedia gigas Friese, Flora og Fauna, 1906, po? = Dipedia gigas Friese, Flora og Fauna, 1908, p. 09 = Dipedia gigas Ducke, Rev. Entom. Caen. 1908, p. 33 = Leptergatis halictoides Brèthes, Anal, Mus. Nac. Bs. Aires XIX, 1400, p. 222. = Dipedia gigas Strand, Deutsch. Entom. Zeit- schr. 1909, p. 233 — Paraguay ( San Ber- nardino ). = Leptergatis romero: Strand, Zool. Jahrb. Abt, MST (Ne 4010) py (400. (nec Holmberg ! ). = Melitoma halictoides Ducke, Zool. Jahrb. Abt. ÉSrenn OX REVS 19012 p. 96, — Leptergatis halictoides Schrottky, Anal. Soc. . Cient. Argent. LXXV, 1913, p. 255. — Leptorgatis romero Schrottky, Anal. Soc. Cient. Argent. LXXV, 1913, p. 255 (Part). (o HAN À mesopolamica ( Holmberg ) — Argentine : Buenos Aires ( Las Conchas ). = Lepters ‘gatis mesopotamica Brètes, Anal. Mus. Nac. Bs. Aires XIX, 1909, p. 222. = Leptergatis mesopotamica Schrottky, Anal. Soc. Cient. Argent. LXXV, 1918, p. 255. 6. A. romero: ( Holmberg ) — Argentine: Entre Rios ( Santa Elena ). = Leplergatis romeroi Brèthes, Anal. Mus. Nac. Bs: Aires, XIX, 1909, p. 222. = Leplergatis romero: Schrottky, Anal. Soc. Cient. Argent. LXX V, 1913, p. 255 (parte). 7. A. ecuadorius (Friese)—Ecuador : Guayaquil. = Depedia ecuadorius Friese, Flora og Fauna, 1906, p. 92. (1) Araguaya, talvez (N. da R.). ac — 170 — — Dipedia ecuadoria Friese, Flora og Fauna, 1908, p. 54. — Leptergatis ecuadoriana Brèthes, Anal. Mus. Nac. Bs. Aires, XIX, 1909, p. 222. A. turmalis Vachal — Argentine: Tucuman. = Ancyloscelis ducher Friese, Zeitschr. f. Hyme- nopt. & Dipt. IV, 1904. p. 23 — Brésil : Pará ( Macapá). Argentine: Buenos Aires. — Dipedia duckei Friese, Flora og -auna, 1906, 02: | — Dipadiá duche: Friese, Flora og Fauna, 1908, p. 99. = Dipedia duche; Ducke, Rev. Entom. Caen, 1908, p. 33. — Ancyloscelis turmalis Vachal, Rev. Entom. Caen, 1909, p. 21 — Argentine : Santiago del Estero. = Dipedia duche, Ducke, Deutsch. Entom. Zeit- schr. 1910, p. 367. = Ancyloscelis turmalis Joergensen, Zool. Jahrb. Abt. f. System, XXXII, 1912, p. 158 — Argentine: Mendoza (Chacras de Coria). — Ancyloscelis turmalis Schrottky, Anal. Soc. Cient. Argent. LXXV, 1913, p. 294. = Leptergatis duchei Schrottky, Anal. Soc. Cient. Argent, LXXV, 1913, p. 255. A. frieseana Ducke — Brésil. Ceara ( Qui- xadá ) ( Fleurs d'Eichornia ). A bonariensis Brèthes — Argentine: Buenos Aires. A armatitars's Strand — Paraguay ( Assun- cion ). A. wheeler: (Cockerell — Guatemala (Escuin- tla ). — Leptergatis wheeleri Cockerell, Psyche, XIX, M LL bap ee. LEE A. globulifera ( Gockerell — Venezuela ( Aroa, Lagunita de Aroa ). = Leptergatis globulifera Cockerell, Ann. & — Mag. Nat. Hist, XX, 1917, p. 421. Core Se ot 16 11. VE 13. 14. 15. — 171 — B. SPECIES DUBIAE. A.? hirsuta Friese — Bolivia ( Tarata } ; Pérou ( Cuzco ). A.? rufogr'sea Friese—Paraguay (Villa Rica). A.? lat pes Wriese — Paraguay ( Villa Rica ). A.? nigra Friese — Argentine: Mendoza. C. SPECIES DELENDAE. A. ornata Spinola — Brésil : Para. = Tetrapedia ornata ( Spinola) Ducke. A lineata Spinola — Brésil: Para. = Tetrapedia lineata (Spinola) Ducke. 4. nigripes Spinola — Brésil: Para. = Tetrapedia ? nigripes (Spinola) m. A. filitarsis VacEal — Argentine: Tucuman. = Dradasia d'stincta ( Hoimberg ) m. A. girard: Vachal- - Argentine: Tucuman. = Diadas a pereyrae ( Holmberg ) m. A. baer; Vachal — Argentine: Tucuman. = Diadasia baeri ( Vachal) m. A. humilis Vachal — Argentine: Tucuman. = Diadasia humilis ( Vachal ) m. A. analis Vachai — Argentine : Tncuman. = Diadasia anal s ( Vachal) m. A. tricolor Friese — Argentine: Mendoza : Salta. ; = Emphcr tricolor ( Friese ) Vachal. A. nigerrima Friese — Argentine: Mendoza: Salta. = Emphor tricolor ( Friese) Vachal. A. nigriceps Friese: Argentine: Mendoza ; = D'adasia distincta ( Holmberg ) m. A. clypearis Friese — Argentine: Mendoza ; Salta. = Diadasia pereyrae (Holmberg } m. A. rufipes Friese—Argentine : Mendoza; Salta. = Diadasia rufipes ( Friese) m. A. facialis Friese — Argentine: Mendoza. = Diadasia baraderensis ( Holmberg ) m. A. minuta Friese — Argentine: Salta. = Diadasia humilis ( Vachal) m. 16. A. ripaiva (Ducke) Ducke — Brésil: Maranhão ( Codó, Caxias ). = Ptilothrix riparia Ducke. 17. A. plumata (Smith) Ducke — Brésil, = Plilothria plumala Smith. 18. A. ducher Friese 1. litt. — voir ie numero 38. 19. À. taurea ( Say) Ducke — Brésil : Maranhão ( São Luiz, Caxias ) = Melitoma sp. aff. ipomoeae Schrottky. 20. A. grisescens ( Ducke) Ducke — Brésil: Ma- ranhão ( Godó, Caxias ). = Melitoma (ou Pt lothria?) gresescens (Ducke). 21. A. spomoeae ( Ducke) Ducke — Brésil: Ma- ranhão ( Codó, Caxias ). = Melitoma (ou Ptilothrix ?) ipomoearum ( Ducke). a 22. A. osmioides Ducke — Brêsil: Ceará ( Baturi- té, Quixadá ). = Meliloma (ou Plilothria ?) osmioides ( Du- cke ). 23. A. specularis Vachal — Argentine: Santiago del Estero ( Rio Salado ). = Diadasia specularis ( Vachal) m. 24. A. separata ( Holmberg ) Vachal — Argentine: Chaco. = Diadasia separata ( Holmberg ) m. 29. A. pereyrae ( Holmberg) Vachal — Argentine Santiago del Estero; Tucuman ; Mendoza. = Diadasia pereyrae ( Holmberg ) m. 26. A. chilensis ( Spinola) Vachal — Chili. = Diadasia chilensis ( Spinola ) m. 27. A. ruficruris Vachal — Chili. = lnadasia ruficruris ( Vachal ) m. 28. A. imitatrio Schrottky — Paraguay. = Diadasia rinilatrix ( Schrottky ) Cockerell, 29. A. fiebrige Bréthes — Paraguay. , = Diadasia (2) fiebrigi ( Bréthes ) m. 30. À. nigrila Friese — Bolivia (Tarata ); Ar- gentine :. Salta. = Ptilothria nigrita ( Friese ) m. a it 31. A. bombiforin’s ( Patton ) Friese — Etats Unis: Virginia; Georgia ; Kansas. = Emphor bombiformis (Cresson ) Patton. 32. A. fuliginosa Friese — Mexique ? = Emphor puliginosa (Friese) m. 33. A. duche: Friese — Brésil: Pará. = Ptilothria (2) paraenses ( Ducke) m. 54. A. hirta Joergensen — Argentine: Mendoza. = Diadasia hirta ( Joergensen) m. 35. A. andina (Holmberg) Schrottky — Argentine: Salta. = Diadasia andina ( Holmberg) m. 36. A. baradensis (Holmberg ) Schrottky — Ar- gentine: Buenos Aires; Mendoza. = Diadasia baradensis ( Holmberg ) m. 37. A. distincta ( Holmberg ) Schrottky — Argen- tine: Buenos Aires; Mendoza; Cordoba. Pa- raguay. = Diadasia distincta ( Holmberg ) m. 33. A. fruchfera (Holmberg) Schrottky — Ar- gentine: Buenos Aires. (L'indication « Pa- raguay» dans « Anal. Soc. Cient Argent. LXXV, 1913, p. 254» doit étre supprimée ). = Emphor fructifer ( Holmberg ) m. 39. A lynch ( Brétes ) Schrottky — Argentine: Chaco. = Diadasia lynchi ( Brétes ) m. 40. A. mendozana ( Brèthes ) Schrottky — Argen- tine: Mendoza. : Diadasia mendozana ( Brethes) m. 41. A. patagonica (Brèthes) Schrottky — Argenti- ne: Patagonia; Buenos Aires. Diadasia patagonica. ( Brêthes ) m. 42. A. tucumana ( Brèthes ) Schrottky — Argenti- ne: Tucuman. Diadasia tucumana ( Bréthes ) m. Apès avoir fait toutes les corrections et élimi- nations nécessaires, nous trouvons qu'il n'y a dans le Brésil que cinq espèces du genre Ancyloscelis, à sa- voir: 1) wrsinus, 2) armatus, 3) halictordes, À) — 174 — turmalis, 5) frieseanus. Il faut avouer que, sauf l’armatus, toutes les espèces sont connues três im- parfaitement. C'est surtout par la ressemblance ex- traordinaire des femelles dont, par exemple, CocKE- RELL se prononce ainsi ( Ann. Mag. Nat. Hist., X, 1913, p. 29). C’est presqu'impossible de séparer les femelies de celle-ci ( armatus ) de la toluca, mais les males sont aisément séparés par leurs pattes pos- térieures. La même difficulté existe pour les espèces brésiliennes et l’essai suivant de les classifier n’a d’au-: tre prétension qu'a inciter de nouvelles recherches et comparaisons. Malheureusement j'ai trop peu de matériel pour décider toutes les questions et je suis d'avis qu'on trouvera encore assez de corrections à faire. Table pour séparer les mâles des espe-. ces bresiliennes 1 — Tout le corps couvert avec un duvet, couché ferrugineux ; abdomen sans fascies de poils marquées ; bord antérieur du FE jaunes : re — Tôte et corselet avec un duvet mince gris : abdomen à fascies Me ie de poils blancs eu jaunatres . . 3 2 — Prototarse postérieur avec seulement le moucron apical sans vestige de denticule inférieure (selon BRÉTHES, Bull. Soc. En- tom. France, 1910). 1 A. wrsinus Halid. — Prototarse postérieur avec une dent au mi- lieu d'arête inferieure, av bout prolongé en épine ; tibia grossi, sa face intérieure bianguleuse avec une petite dent au tiers apical ; segment ventral 6 biparti. bord apical du chaperen, le labrum, les mandibules et l’article basal des antennes à sa face anté- rieure jaunes. . . 4 A. turmalis Vach. 3 — Longueur du Re ne dépassant pas 7 1/2 mB. { 5: NN eae) D ee — Longueur du corps 11 mm. Prototarse postérieur courbé, prolongé en épine, sa Table pour séparer les femelles des es- TE ye face intérieure émarginée et au tiers apical avec une petite dent. Tibia postérieur avec deux bords tranchants proiongês au bout en deux denticules. Segments 2 -- 6 à fascies de poils jaunatres. Bord apical du chaperon, labre et la base des mandibules jaunes : près de la base de celles-ci une grosse dent . . 3 . 4. halictodes (Holmbg.) Protatarse postérieur à sa base avec une grosse dent daus sa face intérieure ; cuisses postérieures énormement grossies. Abdomen à fascies de poils blancs sur le bord apical des segments. Bord antérieur du chaperon, labre et base des mandibules jaunes. Les tarses, le bout et la base des tibias ferrugi- HOUR MO RL A mê mat Smith Prototarse postérieur pas denté. Abdomen à fascies de poils ochracés sur le bord api- cal des segments. Dessin du chaperon, du labre et des mandibules d'un jaune saturé. Pattes noiratres; seulement les tarses de la deuxième et troisième paire ferrugineux o. À. freeseanus Ducke. pèces b ésiliennes (la femelle de " A.ursinus Hal. reste encore inconnue) 1 — Corps petit, ne dépassant pas 8 mm — Corps grand, 10-11 mm. Abdomen à fas- cies jaunâtres sur les bords apicaux des segments 2-4, sur celui du segment 5 une tâche de moils jaunátre de chaque coté, au centre et sur le segment suivant avec des poils noirâtres. Brosse pollinifère noiratre dehors, blanche dedans. Tête et corselet à ponctuation rugueuse, couverts avec de courts poils gris. Face et mandibules sans dessin jaune. 3. A. halictoides ( Holmbg ). 2 cp RP DT. LS ATO a Corps couvert avec un duvet ferrugineux. Abdomen sans fascies distinctes de poils, mais couvert uniformement avec un duvet couché. Bord interne de la mandibule à la base avec un liseré jaune. 4 A. turma- lis Vach. Tête et corselet avec un duvet mince gris. Abdomen à fascies de poils distinctes Tête et corselet avec un duvet blanchatre. Antennes ferrugineux. Base des mandi- bules blanche. Segments abdominaux 1-4 à fascies blanches, 5 et 6 à poils noirs. Pattes noirs les tarses ferrugineux vêtus de poils gris-jaunâtres. Brosse pollinifère grande, dehors noire, dedans blanchâtre. E'peron tibial grand, noir. 2 A. armatus Smith. Tête et corselet avec un duvet gris. An. tennes noiratres. Segments abdominaux à fascies plus larges, ochracées. Pattes noires, vêtues de poils blanchâtres. Brosse polli- nifère noire. . D À. frieseanus Ducke. Ww a CURT SCHROTTKY Himenopteros nuevos o poco conocidos sudamericanos ono Himenopterds nuevos 0 poco conoidos Sudamericanos POR C. SCHROTTKY I. VESPOIDEA ELIS ASSUMPTIONES nom. nov. == Plesia paraguayensis R. Turner, Zool. Jahrb. Abt. f. System. & c. XXIX, 10, p. 221. El nombre de TURNER no puede subsistir, por- que Plesia Jur. es sinonimo de Elis Fabr. como ya lo he demonstrado en « Deutsche Entom. Zeitschr. », 1910, p. 19%. En el mismo artículo, p. 202, publiqué una lis paraguayensis y, aúnque ésta ultima debe formar parte del género Scotaena, resultaria homo- nimia; por tanto doy ala especie de TURNER el nuevo nombre. Eis NOTABILIS ( R. Turner) g De Puerto Bertoni. Paraguay. Se conocia previamente sólo de Assunciôn y San Bernardino. Exvis ANDINA ( R. Turner) "== Plesia andina R. Turner, Ann. & Mag. Nat. Est. cl, 1908s pi -o13: — Elis immaculata Schrottky, Deutsch entom. Zeitschr., 1919, p. 203. De Argentina: Mendoza. ELIS PAPYRIFERAE D. Sp. 2 Nigra, luxurie flavo-picta. Flavae sunt: Fa- scia transversalis in medio late interrupta clypei, ma- — 180 — cula supra utramque antennam, orbitae internae su- btus dilatatae, linea parva cum orbitis externes di- vergens, macula parva utriusque margine laterali pronoti, macula, altera utriusque margine laterali mesonoti, postscutellum, Jinea longitudinalis utrius que varte declivi segmenti medii, macula oblonga utriusque ejusdem lateribus, macula parva margine antica coxarum III, linea long tudinalis latere exte- riore tibiarum I, fascia transversalis in medio se- gmenti primi abdominalis quae utroque marginem apicalem versus curvata in maculan magnam ter- minat, maculae duae hamatae aliquandum confluen- tes utrinque in segmento secundo quarum anterior fere in medio sita et posterior pone marginem api- calem, fasciae transversalis ad basin et apicem se- gmentorum 3-9, ea basalis tertii atque ea apica- lis quinti latissimae, ea apicalis tertii atque ea ba- salis quinti in medio interruptae, lateribus segmen- torum utraeque fasciae (id est basalis cum apicali) confluentes ; segmenta ventralia 2 - um et 3 - um utri- usque cum macula flava, segmentum quartum utriusque cum linea parva transversali flava ornata. Mandi- bulae ferrugineae, acuminibus apicalibus nigris. Brunnei sunt: Labrum, antennae subtus et pedes maximam ad partem. Area pygidialis basi nigra, in disco macula magna aurantiaca ornata, apice fusco. Alae parum infuscatae ; cellula cubitalis ta- men atque radialis nigricantes ; venulae brunneae. Caput dense crasseque punctatum; vertex subtilius et sparsius punctatus. Pronotum creberrime, meso- notum,-pleurae scutellumque crassius sed sparsius punctata. Basis segmenti medii carinam longitudi- nalem tenuem habet, latera ejusdem subtiliter tran- sversim striata; pars declivis concava et longitudi- naliter striata. Abdomen sat dense moderate pun- ctatum, segmento primo excepto. Pygidium crasse longitudinaliter striatum. Venter omnino impucta- tus tamen marginibus apicalibus segmentorum crasse punctatis, segmentoque secundo toto parce subtili- terque punctato. Cellula cubitalis secunda ad radia- lem aliquid longior quam tertia. — 181 — Long. 12-- 15 mm.; lat. abdom., 3 mm.. Paraguay, Puerto Bertoni, en flores de Æaisia papyrifera ( Hook.), a principios de Junio de 1919. Se parece por la disposición del dibujo amaril- lo mucho a E. assumptiones, pero es más grande, porta una vequeña carena en el segmento medio y ditiere por la nervatura alar la cual se acerca mas a lh. fiebrige (R. Turner ). He tomado la descripciôn del ejem plar que tien” mas dibujos amarillos. Tengo otros que tienen ta poco amarillo que los tenia por especie distinta, tanto mas como aún no vi formas transitorias. Por la morfologia aparentemente identica — no me ha sido posible hallar diferencias — los describo como «forma» de papyriferae y los denomino forma PAUPERATA f. nov. ¢ Ut E. papyriferae forma principalis sed sine maculis lineisque flavis in: Pronoto, mesono- to, segmento medio tibiisque anticis. Abdomen mi- nus luxurie flavo-ornatum ; adsunt: Macula parva in segmentu primo utriusque, in secundo nihil, in 3.º -- 5.º fasciae basalis ut in forma principalis, sed fasciae apicalis desunt. Venter ut in forma princi- palis. Puerto Bertoni. Paraguay, Enero, 1910. Puede ser que la forma pauperata sea una « forma aestivalis ». SCOTAENA PARAGUAYENSIS ( Schrottky ) = Elis paraguayensis Schrottky, Deutsche en- tom. Zeitschr., 1910, pag. 202, n. 2. — Scotaena impressiceps R. Turner, Zool. Jahrb. Abt. f. System. & c. XXIX, 1910, p. 185. & Puerto Bertoni, Paraguay, en flores de Ha- tsia papyrifera (Hook), Junio de 1919. Se co- nocia tambien de San Bernardino, Paraguay. — 182 —. ELAPHROPTERA WERNERI N. Sp. 2 Nigra, flavo-variegata, mandibulis brunneis apice nigro excepto, antennis, clypeo toto vel par- tim, pedibus, pygidio ventroque brunneis; coxis an- ticis nigris. Flavae sunt: Macula magna supra in- sertionem antennarum, altera macula magna pone oculos quae arcuatim apicem versus prolongata est, margo apicalis scutelli, linea longitudinalis femorum omnium extus, fascia lata segmenti abdominalis primi, utriusque in segmentis 2 -- 5. Mandibulae simplices, falciformes, subtus flavi- do, ad basin albido-ciliatre. Palpi maxillares G-- articulati 1 --3 fortes, 4 et 5 apice incrassau, clavi- formes, 6 tenuis. Clypeus brevis, antice levissime emarginatus subtiliterque crebre punctatus. Oculi parvi. fere rotundi parum longiores quam lati. Ver- tex longitudinaliter sulcatus, sulco antice dilatato, utroque flavescenti-hirtus. Occiput rotundatum, la- tius quam thorax, parum crebre punctatum. Pro- notum antice trilobatum, pars media latior, latera- lis acutiores, sparsius quam occiput punctatum ; margines lateralis leviter emarginatae, retrorsam modice convergentes. Scutellum duplo latius quam longum, punctos singulos ferens. Segmentum me- dium aliquid brevius quam pronotum, postice dila- tatum, paucos punctos crasse rugosum, dimidium basale opacum. Margines apicalis segmentorum 1 -- 1. et 2--i canaliculati. Epypigium semicylindricum, postice oblique truncatum, pars truncata radiatim striata. Hypopygium longius quam latum, basi pro- funde fissa, a basi marginem versus radiatim stria- tum. Dimidium basale segmenti ventralis quinti sub- tiliter transversim rugulosum, dimidium apicali crasse crebreque punctatnm, postice profundi emarginatum. Segmentorum ventralium reliquorum solum dimidium apicale punctatum, densitas punctorum basim abdo- minis versus decrescens. Long. 12 -- 13 mm.. Varia algo en el color, pués el vientre es a, veces más oscuro, casi negro, y el primer segmen- — 183 — to abdominal lleva en algunos ejemplares apenas una mancha amarilla en cada lado, en vez de una faja continua. & Niger. Ferruginei sunt: Tegulae, stigma, tibiae, tarsi et segmentum abdominale septimum. Alae aliauid infuscatae, cellula radialis fusca, venu- lis fere nigris. Flavi sunt: Mandibulae apice ni- gricante excepto, clypeus linea angusta brunnea marginis anticae atque macula parva nigra utrius- que prope basin exceptis, macula magna prope or- bitam internam oculorum (quae macula triangulum rectangulum format: catheta longior ejus est orbi- ta interna, catheta brevior basis clypei, hypothenu- sa supra denticulum parvum flavum fert ), linea lata de margine postica et infera oculorum ad verticem ascendens (aliquandum in dnas maculas oblongas dissoluta ), macula supra insertionem utraeque an- tennae, linea angusta marginis anticae pronoti ( haec aliquandum deest) macula oblonga in propleuris, macula parva in mesopleuris infra alarum insertio- nem (in speciminibus plurimis deest ), macula ma- ena in medio scutelli atque altera parva in angulo antico ejusdem (haec ultima aliquandum deest ), pars integra transversa postscntelli atque macula in ejus appendice angusta ad alam posticam directa, macula major vel minor utriusque in segmento me- dio (in specimine singulo deest ), saacula utriusque in tergitis 1 -- 4 et linea in femoribus extus. (Nora: La descripciôn se refiere al ejemplar que tiene mas disefios amarillos, el cual por lo tanto es el typus; en los demas ejemplares falta una u otra de las manchas y lineas amarillas 6 varias a la vez, enteramente o estan reducidas. Las gue pue- den faltar del todo las he mencicnado expressa- mente ). Mandibulae bidentatae, dens exterior longus acuminatus, dens interior brevis, latus e recte trun- catus. Clypeus antice late emarginatus, utriusque denticulo acuto armatus. Frons carinata; carina mass |) pa haud alta in clypeum prolongata, paulum ante di- midium clypei bifurcata, uterque ramus in denticu- lum dictum marginis anticae clypei terminat; tri- angulus a ramis carinulae et inargine clyper cir- cumscriptus glaber, impunctatus et concavus; cly- peus reliquus subtiliter denseque punctatus. Palpi maxillares 6 -- articulati at in q formati, sed arti- culi singuli multo fortiores ac majores. Caput dense rugose punctatum ; tuberculi supraantennales lati et humiles, inter eos carinula frontalis interrupta est, supra ocellum anticum attingit. Pronotum dense subtiliterque punctatum. Mesonotum crasse crebre- que punctatum. Segmentum medium latius quam longum, postice rotundatum, vix crebrius vel cras- sius punctatum quam scutellum. Abdomen plus quam sesqui majus capite thoraceque unitis, antice posti- ceque attenuatum, sparse punctatum. Segmentum pr'mum longitudinaliter sulcatum, sulco de basi ori- undo dimidium segmenti superante (tamen in spe- cimine singulo dimidium segmenti haud attingente ). Epipygium ad basin crasse rugosum. apicem versus subtiliter longitrorsus striatum, marginibus laterali- bus acutis, avice rotundato. Ilypopygium angustum, plurimum longius quam epipygium, hoc casu pars superans rotundata et concava videtur. Long. 15-- 19 mm.; lat. abdom., 2, 4--2, S mm. Paraguay, Puerto Bertoni. La primera pareja fué observada en copula por WERNER ST. BERTONI en flores de Fatsia pa- pyrifera (Hook. ), el 10 de Junio de 1919; los dias sigwentes cacé en las mismas flores otras pa- rejas y algunos oo aisladcs. La especie es muy relacionada a la E. anesitsi R. Turner, con la cual está de acuerdo en lo que se refiere a la escultura de partes del tórax y del abdomen. Las diferencias principales estan en la forma del clipeo &, en la del hypopygium g, en ambos sexos el colorido di- fiere notablemente. — 189 — B. SPHECOIDEA PRIONONYX SEMISTRIATUS N. Sp. q Niger, segmentis abdominalibus 1-5 to- tis, 4-- O que lateribus rufis. Collum, margines la- terales mesonoti, scutellum postscutellamque tenuiter argenteo-tomentosa Pubescentia sparsissima obscura solum latere infero capitis et thoracis atque coxis tiblisque adest. Alae fere hyalinae, parum flavescen- tes; venulae omnino ferrugineae tamen costalis et radialis fuscae. Caput latius quam thorex, margine postico, superne visum, leviter emarginato. Clypeus convexus, impressione conspicua a margire antico oriunda dimidium clypei attingente ; lateribus extre- mis planis pars media convexa parce haud profun- de punctata; latera plana paulum crassius punctata. Frons supra insertionem antennarum parum impres- sa, opaca, sine scultura conspicua, vestigia tomenti albi ferens ( forsan specimen unicam a me visum vetustum ). Ocellus anticus reliquis major in fossula insertus; laterales minores in tuberculis parvis, in- ter se minus distantes quam ab ocuiis (=2:3) Vertex parum convexus, cpacus, sine sculptura con- spicua. Occiput supra aliquid latius quam dimidium oculorum, infra angustius, parce haud profunde pun- ctatum. Orbitae interzas clypeum versus parum con- vergentes. Articuius secundus funiculi fere eadem longitudine quam tertius e quartus uniti (= 55: 32:33). Mandibulae longae, ferruginae, apice tri- dentato nigro; dens apicalis longus, curvatus, pa- rum acuminatus; intermedius brevis, latus ; basa- lis parem proeeminens; omnes suleis profundis se- parati. Collum angustum, valde inflatum, a meso- noto sulco profundo separatum ; pars antica declivis leviter transversim striata, latera versus fortius obli- que striata: sulciculi ibi eis propleurarum fere paralle- li; infra recidive subtilius transversim striatum. Prosternum parce crasse punctatum. Mesonotum pa- rum convexum, sulco longitudinali bipartitum ; sul- cus tamen apicem mesonoti haud attingens, dense transversim striatulum. Mesopleurae supra crasse obli- — 186 — que striatae (a scutello prosternum versus), infra perfecte transversim striatae. Mesosternum puncta- tum, longitudinaliter sulcatum, in sulco carinulatum. Metapleurae longitudinaliter striatae. Scutellum in medio parum impressum, Opacum, tenuissime dense punctulatum, in impressione media vestigium carinae longitudinalis. Segmentum medium longius quam 1 esonotuw scutellumque unita, crasse crebreque transversim striatuin, supra uniformiter convexum, sine sulco longitudinali. Petiolus brevis, longitudine dimidii articali primi tarsorum IIT vel ea articuli secundi aequalis ( relatio : Petiolus 72; articulus primus tar- sorum III 140 ; articulus secundus 75 ; articulus ter- tius 53). Abdomen convexum, glabrum, parce haud profunde punctulatum ; margines apicalis segmen- torum flavescentes. Apex abdominis sparsim flaves- centi-pilosus. l'egulae nigraé margine fusca. Cellula cubita- lis secunda nervam recurrentem primum magis re- mote ab angulo antico accipiens quam cellula tertia nervum secundum. Calcar tibiarum posticarum 6 pectinatum, dens unus asgustus reliqui lati, dao api- calis breves. Long: 17 my. gla io mk Paraguay, Puerto Bertoni, Abril ce 1909. ( PRION. semistiat. — 2 ) Esta especie es comparable con Pr. johannis ( Fahr.)= Pr. striatus Sm., la cual difiere por la escultura muy diferente y sus alas azules. No cabe confundirla ni con Pr. striatulus ( Bréth.) ni con Pr. subexcisus ( Bréth.), pués de ambas dice: « Thorax pubescentia et maculis ceret»; amas, ninguna de ellas ostenia estrias en el mesonoto. He indicado exactamente la relación entre el peciolo y los artejus tarsales, sin embargo, deho advertir que, en contradicciôn a otros autores, no la con- sidero de importancia porque no es constante. Para cerciorarme del valor del carácter subrayado ge- neralmente en las descripciones, he examinado mu- — 187 — chos ejemplares de una especie común, la Pr. pla- tensis ( Bréth.), por cuyo examen me creo autori- zado para afirmar que esta relaciôn no merece, por lo menos en ciertas especies, un valor absoluto. En cuanto a Pr. plalensis nc estoy del todo convencido que debe ser separado especificamente de Pr. thomae (Fabr.). Segün BRETHES ( Anal. Mus. Nac. Bs. Aires, XVII, 1908/4444) Pp. thomae no existe del todo en Sud-América. No obstante, un autor tan concienzudo como H. T. FERNALD la cita de la República Argentina ( Bull. Mus. Compar. Zool. Harvard College, Vo: L. 1907, p. 264), sin mencionar a muchos otros autores an- tiguos y modernos. Pr. johannis ( abr.) es sin duda alguna la misma especie que Pr. striatus Sm., à pesar de la protesta de BRETHES (1. c. p. 145). Hay que recordar que la especie de FABRICIUS proviene de las Antillas ( « habitat in aoe meridionalis insulis » — Svstem. Piezat., 1804 208 ); ella es obviamente del género Sphew en el ento de KOHL, respectivamente “Chlorion en el sentido de FERNALD. Ahora bien, teniendo en cuenta el color de las alas «alis cyaneis» y el tamaño « Affinis sequenti ejus- demque magnitudinis» (*), no hay más que una sola especie que puede ser tomada en consideración. Es, según mi opinión, de importancia que FABRI- CIUS, contra su costambre, insiste sobre el parien- tezco cou Pr. thomue. C. APOIDEA NEOCHELYNIA gen. nov. ( &4tantum). Statura ut Æpeolus seu Coelio- ays. Caput latius quam thorax. Oculi prominentes, nudi. Ocelli in triangulum obtusum dispositi | late- ralium tangente antica alterum paululum secante ). *) Esta especie siguiente, P. crucis, es en realidad el otro sexo da la P. johannis. La descripción dice « Aff- nis certe P. thomae at duplo major ». — 188 — Antennae robustae, scutellum attingentes; scapo articulis reliquis grossiore, flagelh articulo 2— o perbrev:. Genae nullae. Mandibulae 4—dentatae , dens basalis a mediis remotissimus, duo intermedii approximati, parvi, dens apicalis robustior, longus, curvatus et acumiratus. Clypeus latius quam lon- gus, pilosus. Thorax brevis. Scutellum paulum gibbosum ; pteromata parva, nihilum spinosa. Alae anticae cellulis cubitalibus duabus clausis ; prima paulum majore, secunda ad radialem dimidio coas- tricta, nervos recurrentes ambos accipiente, primum post angulum basalem, secundum paululum ante angulum apicalem. Cellula radialis oblonga, apice obtuse acuminato a costali remoto, haud conspicue appendiculata. _Pedes normales ; calcaribus interme- diis simplicibus; unguiculis bifidis, dente interno breviore ; pulvilli desunt. Abdomen solum 6 segmen- ta ostentat, 7—um perparvum sub crista longissima sexti absconditum ; segmenta basalia apicalibus la- tiora, 6—um longius quam latum, concavum, apice emarginato, 7—um in latere ventrali situm, latius quam longum, duas appendices diminutas parallelas ferens. Typus: Veochelynia paulista n. sp. Propongo este gênero nuevo muy interessante que pueda resultar vecino de Chelynia Provancher, género norte-americano que no concozco sind por referencias. Sin embargo el abdomen parece ser formado de otro modo, las mandibulas tienen un diente más; esto y el tipo de coloraciôn son tan diferentes que no hesito en crear un género nuevo. Entre las abejas sud-americanas se acerca a Pseu- depeclus Holmbg. en tener solo 2 células cubitales cerradas, pero difiere por sus mandíbulas dentadas y la forma singular del abdomen. No puede ser identificado con ninguno de los gêneros sud-ame- ricanos admitidos por DUCKE (1912); una vez conocido el otro sexo será más facil hallar la po: siciôn sistemática exacta. — 189 — NEOCHELYNIA PAULISTA N. Sp. & Nigra, tegulis pedibusque ferrugineis, vulto aureo-piloso, alis subinfuscatis, venulis fuscis, abdo- mine segmentis dorsalibus 1-5 margine a picali albo- ciliatis, ventre ferrugineo. Caput crebre punctatum ; sculptura faciei a pilis aureis densissimis abscondita ; clypei basis translucens crebre et crassius quam ver- tex punctata. Oceli laterales minus quam dimidium diametrum ab antico remoti, a margine postica ca- pitis et ab oculis aeque distantes. Mesonotum subti- liter erebreque punciatum; pleuris sternoque albido- hirtis. Scutellum ut mesonotum punctatum. Postscu- tellum sub scutello absconditum lineam angustam sordide albidopilosam formans. Segmentum medium perbreve, sine parte horizontali, parte verticali ejus- dem nitida, parce punctata atque sparse albido-pilo- sa. Pedes breviter albo-hirti. Abdominis segmentum primum ad basin latissime excavatum, ibidem niti- dum impunctatum, caeterum crebre subtiliterque punctatum. Segmenta 2-5 ut in genere Coelioxys ciliata modiceque punctata. Segmentum sextum ru- gosum, parce nigro-setosum, margibus lateralibus cristatis, acutis, margine apicali emarginata. Venter punctatus, segmentis, 1-4 margine apicali aloo-cilia- tis, segmenta reliqua haud visibilia. Long. 9,5 mm; lat. abdom. 2,4 mm. Brasil: Est. de S. Paulo (Franca, Enero de 1903). Typus en el Museu Paulista. En esta Revista, Tomo V, p. 420-434, la fami- lia Stelididae está representada por 2 géneros: Coelioxes y Odyneropsis. En la sistemática moder- na se considera Coelyoxes representante de una sub- familia dependiente de las Megachilidae, y Odyne- ropsis quedé en la familia Nomadidae. No resta- ron, pués, en la fauna del Brasil especies pertene- cientes a las Stelinidae, ni en todo el resto de Sud- América. Recién en 1919 describe COKERELL una Stelis sud-americana. St alena Ckil. del Paraguay (Canad. Entomol. Vol. LI, p. 27) é insinuaba que el Dianthedium nudum Schrottky podria resultar — 190 — congenérico. La Neochelynia paulista es, pués, la tercera especie de la familia del Continentes ud-ame- ricano y la primera conocida del Brasil. COELIOXYS HOLMBERG MN. Sp. q ( Episcolobos, trans. a Oxyepiptyche). Ni- gra, segmento abdominali primo rufo, interdum se- cundo quoque, vulto dense appresseque albido-piloso. Capite mesonotoque sat crebre punctatis, brevissime fulvescenti-hirtis; scutello in medio levissimo, spar- sim punctato, pilis singularibus fulvescentibus vesti- to, apice IMPUNCTATO, IN ANGULUM OBTUSUM PRODU- CTO, CARINA MEDIALI HUMILI, DIMIDIUM SCUTELLI AT- TINGENTE. Abdomen segmentis 1 -- 5 ciliatis, primo et secundo sparsim punctatis, tertio densius, quarto, quintoque sparsim subtiliterque, sexto pyriformi, sub- tiliter densequ2 punctato, in medio longitrorsus ca- RINATO, CARINA APICEM fere ATTINGENTE ; apice epi- pygil ROTUNDATO TRUNCATO, angusto, fere acuto vel acutiusculo, PILIS ERECTIS DESTITUTO; ventre rufo, sat dense albido-hirto, marginibus apicalibus segmen- torum albido-ciliatis; hypopygio ACUTO, APICEM EPI- PYGII 1 mm. aut magis SUPERANTE, ( superne cum duabus carinis, apicem versus in singulam confluen- tibus; inferne parallele tricarinato. carinulis humi- libus haud valde conspicuis ; aliquando ante apicem levissime emarginato ). (1) Antennae fuscae; anguli pronoti ferrug'nei, te- gulae et pedes rufi, tibilis tarsisque III obscuriori- bus ; virgulae duae margine antica mesonoti, sutu- ra mesonoto-scutellari et pleurae pubescentia flave- scente vestitae; alae subhyalinae, cellula radiali et margine distali anteriorum infuscatis. Long. 11 mm., lat. abdom., 3 mm. Republica Argentina: La Rioja. Clo. Dre. Ed. L. Holmberg amice dicata. (1) Solamente visible cuando el epi y el hypopygio estan en posicion fuertemente divergente. | ADA ore Var. Statura minore (8 1/2 mm.), segmento tertio abdominis haud densius punctato quam reli- qua, in medio obscuro rufo. — forma menor, forma nova Hab. La Rioja, con la forma typica. Ay estudiar el material de Coclioxys acumula- do durante los últimos años, encuentro que una clas- sificaciôn basada en el solorido tiene sus grandes inconvenientes. Sin querer quitar nada del mérito que reconocidamente tiene el trabajo del Dr. Holm- berg ( « Las especies argentinas de Coelioxys », Anal. Mus. Bs. Aires, XXVIII, pag. 541 -- 591), debo confesar que en varias ocasiones su clave me de- sorienté. Citaré algunos ejemplos: De Coelioxys quaerens Holmbg. he visto un & con el mesonoto completamente rojo, sin trazas de negro; seria, pués, del grupo « Erythronotos » | (Holmberg. 1 c., pag. 557 ) sin especies argentinas. Este ejemplar es de Puerto Bertoni, Paraguay, punto separado de la República Argentina por el ancho del Rio Parana, 6 sea 300 metros más 6 menos, distancia que no es obstáculo para que la forma en cuestión no pueda ser hallada en territorio ar- gentino izualmente. Non sé si es constante; pro- visoriamente la llamo var. erythronotos, var. nov. Otro: La Coelioxys alacris Holmbg. está en su Sec- ciôn « Erythrobasis » ; pero un ejemplar que tengo 4 la vista muy bien se hubiera podido buscar en la Secciôn « Melanobasis » porque el rojo dei primer segmento abdominal es tan oscuro, casi negro, sien- do el ejemplar en si aparentemente bien fresco, que la idea de una coloracién no completamente termi- nada surgió en seguida. Sabemos que todos los in- sectos negros son cuando nacen de la crisálide, más 6 menos ferrugineos, algunos hasta casi blan- cos; que paulatinamente el quitina se vue've mas y más oscuro hasta que la coloracién termina en — 192 — negro. Non hay motivo para suponer que las Coe- hoxys adquieran sus colores definitivos de otro mo- do, ni que nacen yá con los colores firmes en ab- soluto, sinó su coloraciôn evolucionarä en el mismo sentido como en los demás. Pasamos revista otros caracteres que puedan servir para hacer una clave segura; pero tambien encontramos dificultades. He pensado en dividir las especies en las con escu- dete punturado y otros con escudete liso; eso es un caracter morfológico, tambien empleado por el Do- ctor Holmberg ; pero resulta que hay especies que aparentemente tienen el escudete bien liso, sin em- bargo se descubren por fin en los extremos ângulos unos puntos minúsculos, asi que el escudete ya no es completamente liso; y de ahi al completamente pun- turado hay todas las transiciones posibles; ; donde cortar ? Lo mismo pasa si se ensaya 4 dividir las especies en las con un dente apical en el escudete y otras sin diente; se encuentrarän de nuevo todas las transicioaes. Lo mismo pasa ensayando « epi- pygio cilado 6 no ciliado, hypopygio tridentado 6 agudo », siempre habrá formas intermediarias. Sin embargo, si bien hay transiciones entre una y otra especie, no las hay en la misma especie, y portanto tienen todos esos caracteres un valor positivo, sien- do dentro de la misma especie constantes, Ic que no se puede decir de los colores. Para subsanar las dificnltades de componer buenas claves, seria, 4 mi modo de ver, preferible incluir lis especies de tal 6 cual caracter no bien definido en ambas dilemas de la clave, à lo de utilisar los colores, porque, si bien uno de sus caracteres morfológicos sea transitorio, no lo serán todos los demas, y creo que la deter- minaciôn de las especies se hará mucho mas facil, y sobre todo, más segura, tomando por base la mor- fologia e no la coloración. CoELIoxYs LATIVALVA Jlolmbg. & (Porrhozampyle). Nondam descriptus - C. fri- eseana Holmbg. simillimo, differt: ocellis posticis ultra duplum diametrum inter se disjunctis et ap. as S oculis remotis, ab antico fere sesquidiametro.. Ca- pite thoraceque crebre punctatis, scutello quoque, humiliter in medio carinato, apicem versus cons- picueet in angulum obtusum marginis posticae ter- minante; segmerto ventrali quarto ad apicem pro- cessis duobus, lamella intermedia coalitis, munito; quinto apice in lamellam membranaceam pallide ochraceam producto; tergitis sternitisque omnibus margive albo-ciliatis; epipygio dense punctato, den- tibus basalibus munito, apice quadrispinoso, agolo a basi remolissimo, processis divergentibus, inferis lon- gioribus et acutioribus. Nigra; capite usque ad ocel- los postices ochraceo--pubescente, mesonoto margi- nibus omnibus ochraceo--ciliato, tergitu primo om- nino, secundo basi lateribusque rufis ; antennis nigris, tegulis pedibusque ferrugineis, tarsis posticis fusces- centibus ; ventre basi obscure rufo, apicem versus nigricante. Long. 11 1/2 mm, lat, abdom. 3 1/2 mm. Tengo à la vista un ejemplar & de Santa Fé (Rosario), Diciembre 1913. Una ¢ de la misma lo- calidad fué cazada en flores de sinantéreas. Ambos sexos se parecen extraordinariamente. La descrip- ciôn de la 9 concuerda en todos los puntos con la descripcion del Dr. Holmberg. COELIOXYS AGILIS Sm. ee ( Palindiestecodonta ) Nigra, segmento abdo- minale primo ima basi lateribusque rutis vel lateri- bus tantum; vulto dense appresseque aureo-villoso ; mesonoto antice posticeque fasciola transversa fulva ornata ; abdomine segmentis omnibus sordide albido- vel flavescenti-ciliatis, ciliae caducae aliquandum de- sunt; ventre obscure rufo vel fere nigro, margini- bus apicalibus segmentorum albidociliatis ; antennis fuscis, subtus vix dilutioribus; tegulis pedibusque ferrugineis vel fusco-f-rrugipeis ; alis paulum infus- catis margine distali obscuriore. Caput, mesonotum scutellumque UBIQUE crasse PUNCTATA, sed intervall inter punctos aliquandum dia- metro eorum aequales, aliquandum minores vel ma- ee eee jores, tamen specimina a me inspecta evidenter conspecifica. Scutellum MARGINE POSTICA ROTUNDATA, in medio lungitrorsus CARINATUM, carina humili, API- cem scutelli attingente atque ibidem aliquid altiore ; processis lateralibus creberrime punctatis, a latere visum obtusis. Abdomen subtiliter sat dense punc- tatum, epipygil eminentia hippocrepidia typo sche- matico n. 17 cli. E. 1. HOLMBERG simili, ramis divergentibus, processis postico-superis latis obtusis- que, postico-inferis multo longioribus, acutis ; dentes basales epipygii parvi, acuti. Segmentum ventrale quartum ad apicem denticulis duoous minimis lameila intermedia coalitis, armatum; lamella aliquandum haud bene conspicua neque denticuli semper promi- nentes. Long. 9-10,5 mm. ; lat. abdom. 2,5-2,8 mm. Por no encontrar caracteres de importancia que se opongan a la identificaciôn, refiero a C. aguis los 3 ejemplares del Museu Paulista que tengo a la vista y que provienen de Santarem, Est. do Para, a pesar de la descripción insuficiente de SMITH y de ser estos ejemplares mas grandes que “7,9 mm, me- dida indicada en la descripción original de êsta es- pecie. Sin embargo doy una nueva descripciôn que considero tanto mds indispensable como que la es- pecie es bastante variable. Ciertamente hubiera sido necesario hacer por cada uno de los 3 ejemplares una descripcion aparte. No obstante, fuera de duda pertenecen todos a la misma especie. Las variacio- nes en el colorido son de escasa importancia; pero aqui se trata de una diferencia morfológica, teniendo un ejemplar los intérvalos entre los puntos de ca- beza y tórax casi reducidos a nada, el outro iguales al diâmetro de los puntos y el tercero aún mas gran- des. En cambio, el aspecto general y la proceden- cia idêntica son argumentos para no separarlos, y más aún, porque tanto el escudete como el último segmento abdominal concuerdan tan bien en los 3 ejemplares que seria un absurdo querer tenerlos por especies distintas. La extenciôn de la pubescencia dorada y las fajas abdominales varian tambien hasta cierto punto, asi las mencione de paso solamente. a be") WT eu — 195 — (2 - Coel. agilis) Comparando C. agilis, primeramente conocida de S. Paulo de Olivença, Est. do Amazonas, con las demäs especies de Amazonia, resultan estas diferen- cias: C zonula Sm., igualmente de Santarem, es mas grande, 13-15 mm, tiene los 3 primeros se- gmentos del abdomen rojos, las fajas sobre el abdo- men son de un blanco pure etc. ; C. laevigata Sm. de Para defiere por el escudete sin punturas y con un dente ancho en el medio; C. rufopicta Sm., sin localidad exacta, igualmente por el escudete sin pun- turas, además por una carena que pasa sobre los primeros 4 segmentos ventrales; C. clypeata Sm. de Tunantins, difiere por el clipeo bilobado ; C. 7qna- va Sm. de Ega pur las suturas toracales con pu- bescencia blanca y el diente mediano del escudete ; C. amazonica Schrottky de Manaos por el escudete trispinoso C. aculeata Schrottky de Manaos por el escudete trispinoso y sin punturas; C. ardescens Ckll. de Porto Velho en el Rio Madeira por el es- cudete sin punturas en el medio y las 4 espinas terminales del último segmento abdominal agudas. Comparando C. agilis con especies extra-brasileñas se llega a ja proximidad de C. vituperabdelis Holmbg. COELIOXYS TABAYENSIS n. SP. Q (Orthocolobos ) Nigra, opaca, sparsim sat grosse punctata, scutello DENSIS-PUNCTATO, E CARI- ‘NATO, apice truncato, aliquid rotundato, EDENTATO ; “abdomen subtiliter sat dense punctatum, apicem ver- sus sparsius; epipygio vix carinulato, post dimidium fortiter depresso, in depressione NIGRO-VELUTINO et sat DENSE FUSCO-PILOSO, ( PILIS ERECTIS ), apice trun- cato; ventre ubique punctato, segmento quinto apice producto, hypopygio opaco, epipygio longiore, post dimidium ampliato, deinde dense fusco-ciliato, apice nudo, spiniformi, teretro. Vultus usque ad ocellos posticos sordide fla- vescenti-pilosus, genae, pleurae, sternumque albido- hirtae, pronotum suturaque scutellaris ochraceo-pi- — 196 — losa, segmenta omnia albido-ciliata ; mandibulae (apice excepto ), articuli duo basales antennarum, tegnlae et pedes ferruginei; tergilum primum ru- fum, reliqua in parte deflexa quoque, venter fer- rugineus. Long. 11 mm; lat. ablom. 3 mm. Argentina : Missiones, prope flumen Alto-Tabay. COELIOXYS PARANENSIS D. Sp. Q( Orthecolobos ). C. tabayensi simillima, den- sius punctata, scutello SPARSIUS punctato, linea me- diali LEVI, IMPUNCTATA, apice OBTUSE ANGULATO ; epi- pygio subtiliter densissime' punctato, opaco, post SECUNDUM TERTIUM depresso, in depressione fusce- scenti-velutino et SPARSIM ALBIDO-piloso ( pilis ere- ctis ), apice truncato, aliquid reflexo, sinuoso; ven- tre sparsiin punctato, magnitudine punctornm api- cem versus decrescenti; hypopygio opaco, ovali, apice acutiusculo, in spinam parvam terminante, epipygio conspicue long:ore, marginibus breviter ci- liatis. Vultus usque ad ocellos posticos flavescenti- pilosus, genae, pleurae sternumque albo-vel albido- hirta, sutura antica posticaque mesonoti ochraceo- hirtae, segmenta abdominalia albo-ciliata. Nigra, mandibulis ( apice fusco excepto ), tegulis pedibusque ferrugineis, tergito primo omnino rufu, 2i-di dimi- dio apicali, et parte deflexa quoque, extensione rufo-co- lorata apicem versus decrescente ; ventre omnino rufo. Long. 11 mm; lat. abdom. 2,75 mm. Paraguay, Puerto Bertoni. COELIOXYS MENTENTOMES n. Sp. 4 (Metentomes}). Nigra, capite thoraceque grosse creberrimeque punctatis, (pone ocellos pos- ticos spatio parvo impunctato ), ocellis posticis ma- gis ab oculos remotis quam inter se, et dimidium diametrum ab antico; capite post oculos pone man- dibulas cum impressione lata unguiformi; scutello ubique CREBERRIME PUNCTATO, in medio conspicue CARINATO, carina altissima, levi; dentibus laterali- — 197 — bus compressis, longis, subhamatis; apice scutelli angulum obtusum formante; segmento medio lon- gitudinaliter carinulato. Abdomine leviter sparsim punctulato, segmentis ciliatis, tergitis 2° - 3º — qne | lateribus transversim cicatricatis ; epipygii eminentia hippocrepidea fere typo schematico n. 7 cli. E. L. Holmberg (p. 950), ramis parallelis, processis pos- tico-superis grossis, acutis, postico-inferis longio- ribus acuuoribusque, aliquandum deorsum versus deflexis; epipygio omnino segmentis anterioribus densius punctulato, fere opaco, punctulis mini nis. Ventre regulariter punctato; sternito 4º in medio emarginato, lateribns emarginationis denticulo mi- nutissimo munitis; 5º in medio depresso. Coxis an- ticis dente robusto armatis. Nigra, articulis duobus antennarum subtus, man- dibulis ( apice excepto ), tegulis pedibusque ferrugi- neis; abdominis tergito primo fere toto (imo apice excepto) 2º et 3° lateribus rufis; ventre obscure rufo. Vulto usqne ad ocellos posticos longe appres- seque pallide ochraceo-villoso, capite infra pilis al- bidis sat dense vestito ( impressione unguiformi ex- cepta); pronoto fascia lata pubescentiæ ochracæ ornato, sutura mesonoto-scutellari quoque, pleuris fasciis duabis transversalibus pubescenciæ albidæ vel alba donatis; segmentis dorsalibus abdominis ful- vescenti, — ventralibus albito-ciliatis. Alis byalinis, apice infnscato, venulis fuscis. Long. 10, 5 mm.; lat. abdom. 3,5 mm. Paraguay: Puerto Bertoni. MeGacHILE ANISITSI Schrottky 1 q en el Museu Paulista, de Franca, Est. de S. Paulo, 1913. 1 & con la misma indicación : Franca, Enero 1913. 2 S 7 de Santarem, Est. de Pará, 1901. Los S&S fueron descritos muy minnciosamente por STRANw en Zool. Jahrb. Abt. f. System. &. Vol. XXIX, 1910, p. 542 bajo el nombre J/. hila- remorpha n. sp. porque el autor dice no existir comprobación alguna de que son los dos sexos de — 198 — de una y la misma especie. No me parece fundada esta duda; pero, aúnque resultasen dos especies dstintos, los dd deberän llevar otro nombre: M, flabellata Vach., publicado en 1909. STRAND los compara con M. hilaris Sm., y efectivamente se puede aplicar la descripciôn de ésta a pesar de existir cicrtas diferencias en el colorido y que la descripciôn de SMITH no menciona los apêndices extranos de los trocanteres I y la forma de las mandibulas. Dejando de lado la sospecha de SMITH de que M. hilaris sea el otro sexo de M. compacta Sm., y admitiendo la posibilidad de que lo sea de M. laeta Sm., tendremos para la especie la seguiente sinonimia, sin perjuício de que talvez algunos de los nombres podrán ser conservados para las subespecies : M. laeta Sm 1853=M. hilaris Sm. 1879 = M. laeta anisitse Schrottky 1908 = M. flabellata Vach. 1909 = M. hilarimorpha Strand 1910. Pero hay que esperar mãs material y hacer comparaciones con los ejemplares tipicos en el Bri- tish Museum, para salir de la duda MEGACHILE ANTHIDIOIDES Rad. 1 ¢ de Rio Grande do Sul ( Neu-Wiirtemberg, Marzo 1915) es un poquito más pequeno que otras del Est. de S. Paulo, pero concuerda en la escultu- ra y el colorido perfectamente. Es la primera indi- cacion para el Estado Rio Grande do Sul. & del Est. de S. Paulo, Alto da Serra, Mayo 1912. Todos en el Museu Paulista. MAG ACHILE FOSSORIS Sm. El Museu Paulista posee varios ejemplares : Oq q de “Brasil” sin otra indicación ; 3 de Manaos, Est. Amazonas, Bicego leg. 1900; 1 de St. Rita de Antas, Est. de Goyaz, 1915. Practicamente no hay diferencia entre MM. /os- soris y M. leucocentra m., salvo que ësta última es un poco más grande (13 contra 11--12 mm). Lo mejor será suprimir el nombre leucocentra. — 199 — MEGACHILE FRIESEI Schrottky En el Museu Paulista 1 q de S. Paulo, Enero 1914. MEGACHILE HELICITARSUS Schrottky 2 & & con la misma indicacién como la pre- cedente: S. Paulo, Enero 1914, en la Coleccion del Museu Paulista parecen confirmar mi sospecha de que sean el otro sexo de M. frieser. MEGACHILE MINUSCULA Schrottky En el Museu Paulista 1 & de S. Paulo, Cida- de, Enero 1910. La especie es nueva para el Es- tado de S. Paulo. MEGACHILE SUARANITICA FERRUGINEIPES Friese 1! q en el Museu Paulista del Est. Amazonas, Manaos es casi idêntica con la forma paraguaya M. guaranitica f. melanopyga m., sólo que el clipeo tiene una puntuaciôn mas fuerte y espesa. Gon mis material ha de ser posible pronunciarse sobre la necesidad de considerar ferrugineipes especie distinta. MEGACHILE GUARANITICA Schrottky Una q de la República Argentina, Provincia de Santa Fé, pertenece a la forma que describi co- mo especie, M. catamarcencis. Segün este hallazgo no cabe duda que las formas consideradas andinas existen lo mismo en las Ilanuras y que, por lo tanto, no deberän tener el rango de subespecies. Amäs de la especie que FRIESE tenia por M. gom- phrenae Holm., inclusive todas sus variedades con exepciôn -- quizás -- de la var. saltensis Friese, debe incluirse en la sinonimia de la M. guaranttica la especie descrita por VACHAL con el nombre JM. marcida. MEGACHILE FUMICOSTA Strand El autor de ésta especie aclaré por correspon- dencia un párrafo de la descripciôn que dejaba lu- — 200 — gar a dudas. Las palabras “Coxen I mit 2... Fort- sitzen” (Coxas primeras con dos espinas) las habia interpretado del modo que cada una de las coxas tenia 2 espinas; pero el sr. STRAND me escrise que queria decir que hay 2 espinas por todo. Lo hago constar para evitar mala inteligencia; la es- pecie descrita por mi con el nombre 37. vernoniae resulta entonces ser sinônimo. 1% de Rincão, Est. de S. Paulo en el Museu Paulista. Es nueva para el Brasil. MAGACHILE PAULISTANA Schrottky Los “do son bastante variables. De 6 ejempla- plares recibidas del Museu Paulista bajo el mismo número (17.677), 3 tienen la cresta del sexto seg- mento abdominal emarginada en el medio del modo que existen 2 pequenos dientes en ella, y 3 ejem- plares la tienen no solamente entera sino en un caso hasta prominente en el medio. Las espinas de las coxas | son tan cortas que es muy dificil verlas de- bajo de los pelos blancos que las escuenden. El to- mento de la sutura entre el mesonoto y el escudete es amarillenta y muy caduca; las fajas del abaomen son igualmente amarillentas tulvas ). La clave de VACHAL (1909) conduce a AZ. acula Vach. en los ejemplares cuya cresta forma 2 dientes y a M. quadrata Vach. en los ejemplares de cresta entera ; ambas son un poco mas grandes v difie- ren en casi todos los detalles. La clave de ERIESE ( Tierreich 1911) conduce a M. xanthura Spin. la cual tiene el escudete truncado en línea recta lo que no es el caso en los ejemplares de S. Paulo. Mi clave en esta Revista, tomo IX, conduce a M. pa- ranensis Schrottky, que difiere solamente por el to- mento de la satura entre el mesonoto y el escudete blanco, y las fajas abdominales que son de un blanco sucio. Esto es probabelmente efecto la viejez de los. ejemplares respectivos y portanto sin importancia de valor específico. ( Auvierto que en mi clave citada hay un er- vor tipográfico : En p. 148 el dilema 20 debe ser — 201 corrigido, pues donde dice « Os metatarsos I pouco dilatados ou sae .... 33» en verdad tiene que leerse «.. 34 ». Para mi no cabe duda de que JM. paranensis sea el otro sexo de M. paulistana; sin embargo, seria bueno comprobarlo, lo que no sera difícil si el nilo descrito por R. von IRERING en esta Revista tomo VI. p. 169, era realmente de esta especie. En el Museu Paulista hay muchos ejemplares de esta Megachile, ambos sexos, del Est. de S. Paulo : de Ypiranga, Febrero de 1908, de Franca, 1902 y Enero de 1903, de Campinas, Enero de 1901; ver tambien los datos publicados anteriormente. MAGACHILE BRASILIENSIS DT. — Megachile denticulata Sm. Cat. Hym. Brit. Mus. !, 1853, p. 185 (nec REICHE {847 ). = Megachile denticulata Schrottky, Rev. Mas.” Paul. 1X, 1915, p. 213 Esta especie representada en el Museu Panlista por 2 4d de Santarem, Est. de Pará, está mal en mi clave de 1913. En el dilema 20 sigue a n. 21 ( Metatarsos 1 muito dilatados) y debera seguir a n. 34 ( Metatarsos 1 pouco dilatados ou simples ). EI abdomen termina en una cresta, a veces mny grande y con 6 dientes mayores (:3 de cada lado) y uno muy pequeño de cada lado, otras veces la cresta es corta y todos los dientes tambien ; la forma re- cuerda a M. melochice Schrotiky, esta Revista, tomo IX, p. 206, fig. 8 G. sólo que el diente exterior esta mas separado de los interiores y más aún el pequeño diente lateral; pero el metatarso I es meno ancho que la tibia 1; las coxas I tienen espinas bien distintas. MEGACHILE TENUITARSIS Nn. Sp. & Nigra, fulvo-hirta; facie densissime aureo pilosa; vertice mesonotoque fusco-hirtis, pleuri- — 20? — sternoque albo-birtis; abdomine segmento apicali rufo, fulvescenti-tomentoso, reliquis fulvo-fasciatis ; pedibus ferrugineo-fuscoque variegatis; alis snbhya- linis, venulis ferrugineis. Mandibulae obscure rufae, apice 4—dentatae ; dentes omnes inter se fere que distantes, acumi- nati; prope basin mandibulae appendice dentiformi, magna, hamata, retrorsus directa armatae. Vertex sat crebre punctatus, mesonotum quoque; sutura inter scutellum et mesonotum fulvescenti-tomentosa. Coxae anticae utraque spinam robustam ferens; femora I albo-pilosa; tibiae | robustae, latiores quam metatarsi 1; articuli 4 basales tarsorum I te- nues,flavidi, apice nodoso. obliquo, intus breviter fulvescenti-hirti, extus laxe albo-pilosi; articulus apicalis niger, ima basi flavida. I'emora Il crassa, laxe albo-pilosa ; tibiae I] prope apicem, dente hama- to, fere ut M. chamacoco sed subtiliore armatae ; tarsi II ferruginei, tenues, longissime sordide albo- pilosi; pedes III ut I! formati sed tibiae sine dente hamato. Tegulae ferrugineae. subtiliter punctatae. Abdomen ante fascias marginales fulvas crebre punctatum; crista analis segmenti sexti profunde semi-circulariter emarginata; dentes lateralis ejus sat longi, acuminati; segmenta 3, 4 et 5 ad basin nigro-setosa. Long. 10 mm; lat. abdom. 3,5 mm. Brasil: Est. de S. Paulo ( Campinas, Enero de 1901). El Typus en el Museu Paulista. Mi clave en esta Revista, tomo IX, conduce a M. jundiana Schrottky y M. chamacoco Schrottky; de la primera se distingue por el diente de la tibia en forma de gancho y las espinas de las coxas I menos anchas; de la segunda por los metatarsos delegados, sin apéndice; de ambas especies difiere por el enorme diente de la base de las mandibulas. Por el conjunto de los caracteres se aproxima más a la primera de ellas. — 203 —. MEGACHILE RIOJANA N. Sp. Del grupo de M. Limae y M. arecha valetae ¢ Nigra; mandibulis subtus flavescenti-ciliatis, ciliis longis ; tegulis brunneo-maculats ; clypeo utri- usque albo-hirto, antice-flavescenti-fimbriato. Pubescentia capitis omnino albida, tamen inter oculos ocellosque spatio nudo; pubescentia in tri- angulo ab ocellis formato fusca. Mesonotum ubique pilis albidis circumscriptum ; sutura mesonoto-scu- tellaris albido-tomentosa ; fasciculi densi pilorum al- borum ante insertionem alarum atque post eam. Mesopleurae fusco-pilosae ; sternum albo-pilosum. Segmentum medium pilis longioribus albis donatum. Pedes aibo et flavescenti-pilosi, metatarsi antici in- termediique antice brunnei-pilosi, nunguam tamen pilos nigros ferentes. Calcaria postica flavescenti- albida. Alae prope marginem paulum infuscatae. Abdomen segmento basali sat longe albo-piloso, se- gmentis 1 -95 margine apicali fascias angustas al- bas ferentibus; basis segmentorum 2--5 tenuiter breviterque nigro-pilosa; segmentum sextuin brevi- ter flavescenti-tomentosum. Scopa albido-tlavida. Mandibulae extus prope basin opacae, rugosae ; pars antica earum prope clypeum fortiter punctata, punctis elongatis, obliquis. Clypeus sat dense pun- ctatus, margine antica leviter emarginata atque in medio denticulo parvo obtuso armata; post margi- nem leviter impressus; scutum nasale eodem modo ul clypeus punctatum, pilis destitutum. Vertex ubi- que densissime punctatus. Mesonotum scutellumque opaca, tamen puncti in mesonoto solum antice den- sissimi, postice et in scutello intervallis distinctis se- parati. Tegulae punctis minimis tamen conspicuis obtectae. Abdomen antice densissime, postice spar- sius sed fortius punctatum. Long. 15 mm.; Jat. abdom., 5 mm. Argentina: La Rioja. La clave de FRIESE ( Apidae Argent. 1908 ) conduce a M. leucografa ; pero ésta es, según la descripción, más pequeña, sin tomento blanco en la 490 sutura entre el mesonoto y el escudete y sn clipeo es gruesamente rugoso. La descripcién de FRIESE no elimina todas las dudas porque es demasiado corta y, por el otro lado, existen en la región an- dina numerosas especies muy parecidas. La clave de JOERGENSEN ( Bienen v Mendoza, 1912) con- duce también a M. leucografu ; este antor no da ninguna descripción de ella. Seguin mi clave en esta Revista. tomo IX, se Ilegaria a M. Leinae. la cual es més pequeña, tiene los costados com pelos ama- rillentos y difiere, en general tanto en la escultura como en la pubescencia. Mas parecida aún es JL arechavaletae ; pero ésta no tiene en la margen anterior del clipeo el psqueno diente ete. la clave de VACHAL, enfin, conduce a it aw ns. 20-- 37 de las cuales unicamente el n. 35, Af. vincla, es comparable; aunque la E ea no menciona la forma de la margen anterior del clipeo, hay otros datos que indican que es diferente; por ejemplo « Scutum nasale et chaperon à ponctnation grosse et confluente, avec une mince ligne lisse sur le milieu » no viene del todo bien a la JL. riojrna. MEGACHILE P*EUDOCŒLIOXYS N. Sp. ¢ Nigra, mandibulis rufis, tegulis pedibusque ferrugineis. Caout dense fulvescenti-pilosum vertice breviter obscurius fulvo-hirto. Thorax omnino etiam fulvesce ti-pilosus, sed mesonotum et scutellum supra nuda. Sutura inter mesonotum et scutellum fulve- scenti-tomeniosa, tomentum tenue caducum. Fe- mora tibiseque laxe breviterque fulvo-hirta, tarsi for- tius ferrugineo-hirsuti. Ale subbyalinse margine apicali infuscata ; ceilula radialis prope venulam cos- talem infuscata. Venulie fusco ferruginese. Abdo- men supra nudam ima basi breviter et parce fulvo- pilosa, segmento apicali breviter nigro-setoso ; scopa sordide alba imo apice nigra atque lateribus se- gmentorum 3-5 paucis pilis nigris intermixtis. Mandibulie late, 4 — dentate, dentibus 2 api- calibus parvis acuminatis, sequente latissimo oktuso, basali parvo rotundato. Clypeus crasse crebreque — 205 — punctatus margine antica dentem minusculum me- dianum ferente utriusque paulum sinuosa. Scutum nasale sat crebre punctatum sed area perparva im- punctata pone clypeum. Caput reliquum creberrime sed subtiliter punctatum. Antenne fuscæ, articulus secundus funiculi perparvus. Mesonotum et scutel- lum subtiliter punctata in medio sparsius, latera ver- sus crebrius. Metatarsus posticus tibiæ fere seque latus, apicem versus attenuatus. Abdomen nitidum, segmentis 1-4 parce punctatis, reliquis densius. Long. 12 amm.; lat. abdom. 4 mm. Brasil: Est. de S. Paulo (Franca, Enero de 1903). Zypus en el Museu Paulista. Mi clave de 1913 conduce a M. ventralis Sm., que debe llamarse, por estar el nombre preoccupado, M. dupla Ritsem.; pero ésta tiene la pubescencia gris amarillenta en el lado superior del tórax. una mancha amarillenta en la célula radial y la scopa mayormente negra, sin mencionar otras diferencias. M. planula Vach., tiene las alas hialinas con las venas negras, el escudete achatado y el cuerpo alar- gado com facua de Osmia, todo lo cual se opone a una identificacién del ejemplar paulistano com ella. M. coelioxifornus Schrotiky, enfin, tiene la célüla radial entera y parte de las cubitales enegrecidas, fajas de pelos blancos en los segmentos abdominales 1-5 y la scopa enteramente, blanca. De todas las espe- cles que me son conocidas se aproxima mas a ésta última; su facha recuerda a una gruesa Coelvoxys. MEGACHILE LAMNULA Vach. 1 4 del Museu Paulista de Estacion, Alto da Serra, Est. de S. Paulo, Enero de 1412, Schwebel leg., reficro a ésta especie a la cual conduce la clave de VACHAL de 1909 y la mia de 1913. El clipeo tiene en el medio un pequeno espacio sin nunturas; las coxas | no uenen espinas pero son densamente pilosas ; el escudete es abultado y tiene en el medio algunos pecos puntos microscópicos. Es nueva para el Estado de S. Paulo. — 206 — MEGACHILE PARKINSONIÆ NM. Sp. ¢ Nigra; tegulis brunneis; calcaribus posticis flavescenti-albis. Clypeus sparsim nigro-setosus; ab ocello antico usque ad basin clypei descendit linea angusta seta- rum nigrarum. Vultus utriusque albo-hirtus ; eodem modo pars capitis pone oculos. Mesonotum scutel- lumque nigro-setosa; margo antica mesonoti parum albo-pilosa ; fasciculi parvi pilorum alborum adsant in angulis anticis mesonoti et pone tegulas, fascicu- lus æqualis tamen aliquid major sub tegulis. Sutura mesonoto-scutellaris albo-tomentosa. Margo postica scutelli breviter, segmentum medium longius albo- pilosa. Pleuræ sternumque nigro-hirta. Pedes omnino pilis brevibus fuscis obtecti, metatarsi pos- tici intus fulvo-ferrugineo-hirti. Iasciae segmento- rem 1-5 angustae, albae, pars basalis eorumdem paucis setis nigris; segmentum sextum griseo-fla- vescenti-pruinosum paucis pilis longioribus nigris intermixtis. Scopa aurantia-rubra. Mandibulae sparse punctatae, punctis prope oculos haud profundis, tamen in parte prope cly- peum elongatis atque profundioribus. Ciypeus late- ribus dense, in medio parum sparsius punctalus ; scutum nasale aliquid levius et sparsius quam cly- peus punctatum ; sutura inter clypeum et scutum nasalem depressa. Vertex et dimidium anticum mesonoti subtiliter densissime punctata, dimidium posticum scutellumque aliquid sparsius. Puncti abdo- minis antice subtiliores et densiores, postice cras- siores atque dispersi. Long. 12 mm; lat. abdom. 4 mm. Argentina, Provincia Santa Fé ( Typus). Di- ciembre en flores de Parkinsonia aculeata 'L.; Prov. La Rioja. Las claves de FRIESE ( 1908) y JOERGEN- SEN (1912) conducen ambas a M. burmeistem Friese. Pero, la descripción de esta especie no me es comprensible pués dice: «Der M. jenseni nah- estehend mit ganzen, weissen Segmentbinden, Me- E” — 207 — tatarsus breiter, von Tibienbreite» ( Vecina a M jensent con enteras fajas blancas sobre los segmen- tos; metatarso más ancho, tan ancho como la tibia ). 7 lineas más adelaute afirma de nuevo; « Metatar- sus viel breiter als bei jensen: und von Tibienbreite» ( metatarso mucho más ancho que en jensen: v del ancho de la tibia ). Ahora bien, en la descripción de M. jenseni dice FRIESE: _« Beine viel breiter | als bei garleppr, Metatarsus etwas breiter als die Tibien » ( Patas mucho mas anchas que en garleppi, metatarso un poco más ancho que la tibia). Final- mente de M. garlepp: dice el mismo autor que el metatarso tiene 2/3 del ancho de la tibia. De estas comparaciones resulta que el metatarso de M. jen- seni ya es mas ancho que la tibia, él de M. bur- meisteri todavia mas ancho que el de jensenr pero solamente tan ancho como la tibia; en consecuencia —y admitiendo cierta lógica en estas descripciónes — la tibia de JM. burmeister: tiene que ser muy ancha, mas que en garleppi y mucha más que en jensent. En los ejemplares que describo como J. parhinsoniæ no es este el caso, al contrario, las tibias no pueden ser llamadas « anchas » de un todo y el metatarso es apenas tan ancho que la tibia. Por eso y porque tampoco nmguna de las descrip- ciônes de VACHAL puede aplicarse a los referidos ejemplares, tengo la especie como inédita. MEGACHILE PULCHRA Sm. 2 Jd de Santarem, Est. Pará, en el Museu Paulista coinciden en todo detalle con la descripción original. Es nueva para el Bajo Amazonas. MEGACHILE PULCHRA CACHORIRENSIS n. subsp. 5 Differt a M. pulchra typica scopa ventral ; haec in segmentis 2-4 solum flavescenti-albida, ta- men in 5-º 6-º que nigra. Log. 12 mm. Brasil: list. Espirito Santo, Porto Cachoeira, Abril, 1912. a (li Tel Los 6 ejemplares del Museu Paulista no diffe- rem entre si. Em cambio, la forma tipica tiene, según su autor, las patas a veces « ferruginous » sin manchas oscuras, y otras veces con manchas negras. . La nueva subspecie tiene manchas oscuras, no pre- cisamente negras, sobre las tibias anteriores y todos los metatarsos. Los metatarsos posteriores portan además en su cara exterior pelos casi negros. El clipeo es densamente punturado y su margen ante- rior e marginada. | MEGACHILE PROSERPINA Schrottky El Museu Paulista tiene, fuera de los mencio- nados anteriormente, nuevos ejemplares dei Est. S. Panio: ltatiba, Abril 1910; Ypiranga, Febrero 1917. t q tambem del Est. Amazonas: Manaos, Bizego leg. 1900. MEGACHILE FIEBRIGI Schrottky A esta especie debo referir una q de Manaos, Est. Amazonas, en la Collección del Museu Paulista. Por más que la proveniencia nie sorprende, una con- paraciôn minuciosa no ha revelado diferencias en- tre el ejempiar referido y otros del Est. de S. Pau- lo. Es nueva para Amazonia. MEGACHILE ANOMALA Schrottky 4 && de Campinas é Ypiranga, Est. de São Paulo. tienen la pubescencia del vértice ferruginea ; 2 de Manaos, Est. de Amazonas, lo tienen con pube- scencia fusca. Otras diferencias parecen no existir. Por tan enorme distribuciôn es licito suponer que la especie habra sido conocida a uno de los autores antigüos. Sospecho que la AZ. susurrans Hal, puede referirse a esta epécie, lo que será dificil confirmar porque la descripcién de HALIDAY, del año 1836, es demasiado breve y aplicable a media docena de especies a la vez. Los ejemplares arriba mencionados estân en el Museu Paulista. PR CES AMC, LE MAGACHILE STRENUA Sm. 1 de Santarem, Est. de Pará, en e Museu Paulista coincide con la descripción original en to- dos los detalles, menos que las patas IL y III ten- gan manchas oscuras; en el ejemplar referido son uniformemente ferrugineas. Estoy convencido que la ausencia de estas manchas no tiene mayor impor- tancia. En mi clave, Vol. IX de esta Revista, se llega derecho a esta especie; no asi en la clave de FRIESE en « Das Tierreich, 1911 » que desvia desde el principio, pués está mal en el dilema : último seg- mento abdominal entero. Las coxas | estan armadas ; cada una lleva una espina bastante grande que termina bruscamente en una punta. El último segmento abdominal esta cur-, vado hacia adelante y termina en dos pequefios dien- tes que son partes de una carena transversal que se ensancha hacia el medio. Los dos dientes aparecen como tales porque la carena tiene,bien en el medio, una impresión profunda casi semicircular, Las Ubias Il llevan en su lado interior largos pelos amarillen- tos, pero no tienen ni diente ni espolones. Las man dibulas tienen la mitad apical, con excepción de las puntas, ferrugineas y tienen cerca de su base, abajo, una enorme dilataciôn redondeada. MEGACHILE GOMPHRENOIDES Vach. ¢ Argentina, Prov. Santa Fé (es la primera localidad exacta para esta especie fácil de reconocer ). | MEGACHILE SUBINFIMA N. SP. ¢ Parva, nigra; tegulis brunneis; unguiculis ferragineis ; calcaribus posticis albidis. Mandibula: extus griseo-flavescenti-tomentosa, subtus paucis pilis longis flavescentibus. Alae vix infuscatæ, nervulis brunneis. Vultus albido-pilosus ; clypeus et scutum nasale fere nudi paucis setis bre- vibus nigris ; occiput albc-hirtum. Mesonotum an- tice, pleuræ, sternum, segmentum medium et pedes albido-hirta, mesonotum tamen etiam setas breves — Sid nigras erectas ferens, atque scutellum pilos nigros longiores ante incurvatos. Abdomen segmento primo pilis dispersis erectis albis sat longis obtecto, seg. mentis 1-5 margine ciliatis, cilise segmenti primi brevissimæ, 2i aliquid longiores, ceter:e apicem ver- - sus crescentes, segmenti primi fere albæ, 2i albi- dae, 31 albido-tlavescentes, 4i et Oi tlavescentes. Cae- terum seginenta omnia nigro-setosa, sextum tamen griseo-flavescenti-pruirosum. Scopa flavescens. Clypeus crasse crebreque punctatus margini an- tico crenulato ; scutum nasale fere tam crebre cras- seque punctatum quam clypeus. Vertex et mesono- tum densissime sed subtiliter punctati. Tegulae fere nitidae. Abdomen subtiliter sat dense punctatum. Metatarsus Il aliquid angustior quam tibia. Long. 8,5 mm; lat. abdom. 2,5 mm. Argentina, Prov. Santa Fe. La clave de FRIESE (1903) conduce a M. simillima Sm. la de JOERGENSEN (1912) a M. infima Vach. y la de VACHAL (1909) a M. en- fina 6 M. pamperella. Sin embargo ésta ultima difere por ser enteramente cubierta con pelos gri- ses é infima tiene el clipeo formado de outro modo. Estas dos deseripciónes, entretanto, son tam breves y poco concisas que es poco menos que impossible interpretarla debidamente. La M. simillima de FRIE- SE es probabelmente una especie collectiva que abarca las especies 2nfima, subinfima, pamperella y parson- sie. La M. simillima de SMITH, al contrario no tiene que ver con ninguna de las que acabo de ci- tar; su procedencia es el Bajo Amazonas. DIANTHIDIUM ITAPUENSE nom. nov. = Diantidium zebratum Schrottky, Anal. Cient: Parag., Série I, N. 4, 1905, p. 7 (nec Creson 1872). Segun DUCKE ( Zool. Jahrb. Abt f. System & Vol. XXXIV, 1912, p. 99) el género Dianthidium Ckll. deberia entrar en la sinonimia de Anthidium Fabr. De modo que el Dianthidium sebratum m. y e! Anthidium zebratum Cresson resultarian homóni- RTE yates mos. Pero la opinion de DUCKE, en este caso, es bien aislada, pués todos los demas autores separan los dos géneros mencionados. Un cambio no hu- biera sido necessario. Pero en ura revisión de las especies norte-americanas hecha por MYRON H. SWENK ( Univ. Stud. Lincoln, Vol. XIV, 1914, p. 39 ) el Anthidium zebratum Cress. es transportado al género Dianthidium resultando necessario que mi zebratum de 1905 reciba un nombre nuevo. Habiendo sido encontrado por primera vez en En- carnaciôn, llamado antiguamente « Itapua », llamo mi especie itapuense. DIANIHIDIUM ANISITSI Schrottky A la sinonimia de esta especie débese agregar : Anthidium olympinum Strand. CERATINA VERNONIÆ N. Sp. q. Nigro-viridis ; flavo-variegata. Caput nigro- viride, clypeo orbitisque hic illic purpureo-micanti- bus, praecipue orbitis internis oculorum. Thorax fere niger. Abdomen obscure olivaceo-viride. Flavæ sunt: Macula in medio marginis anticæ clypei, al- tera major inter clypeum et partem inferam oculorum, stria longitudinalis pone oculos cum eis divergens, cuneiformis, apice medium oculorum fere tangente. Ferruginea sunt: Truncum articulique tres sequentes funiculi antennarum atque tegulæ. Fusci sunt: ar- ticuli reliqui antennarum, calli humerales, venulæ alarum pedesque. Ale sat infuscat:e. Pubescentia corporis sparsa, sordide alba. Caput supra crebre punctatum, pars infera ejus tamen paucis punctis grossis. Clypeus minus dense punctatus quam partes adjacentes, sulco longitudinali mediano partitus, sulcus etiam maculam flavam mar- ginalem partit. Mesonotum crassius punctatum quam caput sed spatio impunctacto post dimidium. Scu- tellum subtilius tamen sat crasse punctatum, post- scutellum opacum, indistincte rugosum. Segmentum medium truncatione subtiliter punctata, area basali opaca margine antica subtiliter rugosa. Mesopleur:e — 212 — grassae punctatæ. Abdominis segmenta 3 prima sat crasse punctata, reliqua crasse rugosa. Pygidium in acumen obtusum apice aliquid incrassato terminans. Venter regulariter punctatus. Long. 82 — 8,8 mm; Lat. abdom. 2,7 mm. Paraguay, Puerto Bertoni, en el mes de Abril. en las flores de Vernonia sp. El dibujo de la cara y la escultura son más 6 menos como en C. foveiclypeata Strand y C. aspera Schrottky ; se distingue de ambas muy facilmente por el clypeo partido en dos longitudinalmente. TETRAPEDIA PERNIGRA Nl. Sp. é Nigra, nigro-hirta ; mandibulis flavescentibus vel rufescentibus; calcaribus brunneis; unguiculis ferrugineis. Ale nigricantes, venulis fuscis. Mar- gines apicales segmentorum ventralium ciliis longis- simis erectis .vestitæ, ut Megachile cilæ singula tamen longiores qram in hoc genere. Sculptura a pubscentia densissima obtecta; hac causa puncti singuli non distingendi sunt et partes translucentes capitis, ut videtur, perfecte impunctatæ, Area basalis segmenti medii etiam breviter densissi- meque hirta, hac causa opaca tamen impunctata. Abdomen a basi visum marginibus apicalibus seg- mentorum glabris nitidisque, oblique a latere visu n abdomen ubique appresse pilosum videtur, pili sin- guli tamen antice tenuissimi, apicem versus fortiores, longiores et densiores. Pedes cum scopa complete nigro-hirti calcar posticum multi-pectinatum, denti- cmi plus minusve 50. Unguiculi fissi, denticulus interior brevior quam exterior ; pulvilli parvi, minus quam dimidium longitudinis unguiculorum. Tegulæ fuscæ, glabræ nitideeque. Cellula cubitalis prima parum Jongior quam secanda (in venula cubitali ) secunda in venula radiali plus minusve dimidio ejus longitudinis in venula cubitali, nervum recurrentem primum fere in angulum apicalem accipiens. Long 10 mm; lat. ahlom. 4 mm. Paraguay, Puerto Bertoni. EE La descripciôn de 7. nigerrima m. en Anal. Soc. Cient. Argent. LXXVII, 1909, p. 225, se re- fiere a un &; la indicaciôn «Q » es un error ti- pográfico. Por más que sea mas grande, 12 mm.. y tenga en las tibias posteriores una pubescencia mezclada de negro y blanco es possible que 7° per- nigra fuere el otro sexo de 7° negerrima. En todo caso ambas especies son mui parecidas. Al compa: rar varias especies del gênero en el sentido res- tringido, esto es, las con el cälcar pectinado, he ob- servado que pueden ser subdivididos en dos grupos. Pués las unas tienen distintos pulvill: entre las uñas y las otras no tienen traza de ellos ; lo que se deberá tener en cuenta al describir las especies. CAENOMADA MELANOXANTHA ( Holmbg. } El nombre genérico tiene que ser Caenomada _Ashm. y no Chacoana Holmbg. a pesar de VacHAL ( Rev. entom, Caen, 1909, p. 32 ) y de Duoxe ( Zool. Jabrb. Abt. f. System. &c. XXXIV, 1912, p. 92). Las razones aducidas por estos autores para justifi- car el cambio nomenclatórico revelan arbitrariedad y poco respecto a la ley de prioridad; puès As- MHEAD propuso su género ya en 1899 y la descri- pcion de Chacoana apareció recien en 1903 si bien el nombre ya fue publicado en 1887 (6? 1889) 2 Bol. Acad. Nac. Cordoba, X, p. 225. En cuanto al reproche de que AsMHEAD colocó su género erroneamente en la familia Nomadidae hay que admitir que este error es pequeño en com- paraciôn con los cometidos por DuckE qve clasificé por ejemplo abejas como Pasiphae y Protomelitur- ga con la familia Panurgidae. Amäs, una óbra tan gigantesca como la de AsMHEAD no debe ser cen- surada con tanto rigor, porque la tarea de clasificar todos los himenópteros de la tierra en forma de cla- ves dicotômicas hasta la categoria de sub-géneros tiene que contener forzosamente uno que otro error. La posiciôn sistemática de Caenomada ccmo la in- dican VacHaL y Ducke, cerca de Tetrapedia, no — 214 — esta bien tampoco. Sind debe colocarse, junto con Pachycentris, Friese en la immediata pro ximidad de Hemisia Klug. En cambio debese alejar los géneros Tetraloma Spin. y Nectarodiaeta Holmbg. coloca- dos por DuckxE en este grupo, pués ni siquiera per- tenecen a la misma subfamilia que he denominado Epicharinae, sino a la bien distinta subfamilia Eucerinae. NEOSCIRTETICA ANTARCTICA ( Ilolmbg. ) La sinonimia completa de ésta especie cs la siguiente : Scirtetica antarctica Holmbg, Anal. Mus. Nac. Bs., Aires; (93.16, -1903, p: 9394 Nor. 23. Tetralonia antarctica Bréthes, Anal. Mus. Nac. Bs. Aires, (3) XII, 1909, p. 221. Neoscirtetica antarctica Schrottky, Anal. Soc. Cient. Argent. LXXV, 1913, p. 296. Holmbergiapis antarctica Cockerell, Trans. Amer. entom. Soc. XLIV, 1918, p. 46. Patagonia : Santa Cruz. THALESTRIA SPINOSA ( Fabr.) FABRICIUS describié en 1804 ( Systema Pie- zatarum ) una Huglossa spinosa que desde entonces aparentemente no fué reconocida. La detallada des- cripciôn del escudete prueba que se trata de una abeja parasita. Solo dos géneros sudmericanos hay con el escudete armado en los lados con fuertes es- pinas: Thalestria y Odyneropsis. ( Coelioxys y Epeolus, que lo tienen tambien, no son confundibles con Euglossa ). El colorido verde, las manchas blan- cas en varias partes del cuerpo corresponden, sin embargo, unicamente al genéro Thalestria y apli- cando la descripciôn à las dos unicas especies de Thalestria, se vê claramente que el insecto de Fa- bricius era idêntica à la especie bautizada por Fre- derick Smith 50 años mas tarde, ddr — 215 — . THALESTRIA SMARAGDINA Se trata, pués de un simples sinónimo. LEIOPODUS BIFASCIATUS 1. Sp. 9 Parvus, tomentosus ; labro piloso, transverso ; clypeo brevi, inflato, apice recte truncato, dense punctulato ; genis nullis; fronte inter antennas mo- dice carinata ; dense punctata; palpis maxillaribus 4-articulatis ; ocelli in triangulo obtuso dispositi, pos- tico ab oculis et ab anterioribus aequedistantis ; an- tennarum articulo primo flagelli sat longo, fere ut tertius, secundo iongitudine tertii quartique reunito- rum. Pronoto brevissimo, fere invis:bili; mesonoto dense tomentoso, snb pubescencia sat dense puncta- to; scutello dense panctato, in medio longitudinali- ter sulcato, sulco pubescente ; postscutello perparvo ; segmento medio ruguloso, inflato, lateribus longe pubescentibus. Abdomine tomentoso, sub pubescen- cia microscopice punctulato, segmento sexto apice semicirculariter emarginato, cilato ; pedibus crassis. Alarum cellulis cubitalibus prima tertiaque aeque- longis, secunda minore, prima rhomboidali, secunda tertiaque ad radialem angustatis; nervo recurrente primo cum nervo transversi-cubitali secundo inters- titiali, nervo recurrente secundo ante apicem cellulae cubitalis tertiae inserto. Niger; ferruginea sunt: antennarum articuli 3 basales, tegulae, calli humerales, scutellum, pedes antici ( coxis, trochanteribus apiceque femorum ex- ceptis ), pedes intermedii usque ultra dimidium fe- morum ; ferruginea et auromaculata sunt femora, tibiae et metatarsi pedum posticorum. Tomentum capitis album, maculis duabus ver- ticis fuscis; mesonoti album maculis plurimis fuscis variegatum : macula parva utriusque antice, lineae 2 longitudinales cum macula magna postica coali- tae; suturae inter mesonotum et scutellum album, sulci scutellaris quoque ; abdominis fuscum fasciis duabus flavescentibus, fascia antica basim tergiti pri- mi occupante deinde sinuose et partim dilatata mar- Rs qe ginem postico-lateralem attingente secunda in se- gmenti 2i basi lateres versus latiore. Giliae segmen- ti analis fusci; tomentum sterni pleurarumque al- bum macula sub callo humerali fusca. Alae subhya- linae, venulis stigmateque fuscis. Long. 8,5 mm; lat. abdom. 2,8 mm. Argentina: Prov, Santa Fé ( Alberdi ). El ejemplar tipico fué cazado delante de una colonia de Diadasia distincta ( Holmbg.) de la cual talvez sea paräsita (20 Nov. 1911.) RHATIHYMUS SCOLIAEFORMIS d Magnus, robustus; labro lato, rima elevata circumdato, in medio impresso, lateribus sparse gros- seque punctatis; mandibulis gracilibus, falcatis, ima basi bituberculatis ; genis angustissimis parum infla- tis; clypeo gibboso, dense punctusato ; scuto nasali valdo elevato, in medio longitrorsum carinato; an- tennis ex fossa profunda oriundis, scapo robusto, fla- gelli articulo primo brevissimo, 2° dimidium tertii vix superante, 3° ad 42º subeequalibus, ultimo api- ce compresso ; ocellis in linea curvata dispositis, ab oculis remotissimis sed inter se haud disjunctis. Me- sonoto sat dense punctato, in medio longitrorsum ca- rinato, breviter piloso; tegulis nitidis, tenuissime punc- tulatis; scutello levi, punctis minimis vix conspi- cuis obtecto, apice emarginato, parte perpendiculari fortius punctata breviterqae pilosa; sterno nitido spar- se punstato, inter coxas posticas in laminam conca- vam in medio carinulatam producto. Abdomine te- ntiissimo denseque punctulato, microscopice - piloso ;, tergito 7° conico basi inflata, apice breviter bi- dentato ; sternitis 4 - 5° -- que apice conspicue cilia- tis, 9--0 marginibus lateralibus fortius, ciliis peni- cillum distinctum formantibus. Niger ; labro obscure rufo, margine antica fer- vugineo-ciliata ; lateribus faciei albido-pilosis ; verti- ce fusco, mesonoto fulvescenti-pilosis, maculis dua- bus parum conspicuis in sutura mesonoto-scutellari ornato ; segmentum medio pallide piioso ; cilliis ster- — 217 — nitorum 4i Si -- que fuscis ; pedibus fusco-hirtis. Alis flavescenti-hyalinis, venulis fuscis. Long. 26 mm; lat. abdom. 6 mm. Colombia, Sosomoco, 900 metros ( Fassl leg.) Esta especie es vecina do Rh. imechaelis Frie- se; su aspecto recuerda à la Scolia hyalina Sauss. RHATHYMUS BERTONH N. Sp. & Parvus; labre in medio depresso basi bitu- berculato, in medio impunctato, lateribus sparse sed grosse punctato ; mandibulis falcatis ima basi sat den- se punctulatis; genis nullis ; clypeo convexo, dense punctulato brevissimeque piloso ; scuto nasali aliquid magis convexo quam clypeus, eodem modo sculptu- rato; antennis ex fossa haud valde profunda oriun- dis, scapo brevi et robusto, flagelli articulo primo brevissimo, 2º dimidium tertii haud attingente, 3º longiore quam Aus, reliquiis subaequalibus, ultimo apice compresso ; ocellis ut in Rh. scohaeformi dis- positis ; mesonoto opaco, densissime punctato, anti- ce in medio linea longitudinal impressa ; tegulis ni- tidis, microscopice puactulatis ; scutello subtiliter pun- ctulato, gibbosso, gibbis robustis, latis, subacutis ; postscutello angusto sed bene distinguendo ; segmen- to medio opaco, area basali subtriangulari nuda, mar- ginibus pilis longis vestito; mesosterno apice emar- ginato ; abdomine haud sculpturato, pilis brevissimis obtecto, tergito TO obtuso; sternitis 5°, 4° et 5° apice ciliatis, sexto elongato, apice emarginato, an- te apicem longitrorsum carinulato. Citrinus, mandibularum apice nigro; antennis supra fuscis, subtus apiceque ferrugineis, scapo ci- trino; vertice nigro. Mesonotum strigis duabus lon- gitudinalibus cum altera transversali apicali unitis n1- gris, abbdomen tergitis 3° - 7º atris margineapicali 31 ( reliquorumque aliquandum queque ) flava vel flaves- centi; sternitis codem modo coloratis, sede fasciis api- calibus segmentorum Sii et 4i latioribus. Pili corpo- ris toti fulvescentes. Long. 16,5 mm; lat. abd. 3,5 mm. Paraguay ( Puerto Bertoni ). — 28 — RIHATHYMUS PARAGUAYENSIS N Sp. Q Ut Rh. bicolor, tamen thorace toto vel mag- nam ad partem rufo differt; labro fere pentagonali, concavo, area mediana inpunctata ; clypeo producto, punctato; geris nullis ; fronte carinata, carina inter antennas io tuberculum elevata; ocellis haud dis- junctis. Mesonoto punctato, intervallis interpunctos e- jus diametro aequalibus aut meajoribus; scutello bi- gibboso, gibbis apice rotundato, levi: segmento me- dio opaco, rugulosim punctulato et irregulariter prn- ctato. Abdomine subtiliter tomentoso, tergito 2-0 ante apicem utriusque calloso ; epipygio acuto, lon- g'tudinaliter carinulato. Obscure ferrugineus ; flagello antennarum piceo; mandibulis apice et macula mediali nigris. Alis ni- gris, splendide aeneo-micantibus. Caput infra et pos- tice, sutura pronotalis, segmentum medium et ma- cula subalaris albo-hirta ; corpus reliquum nigro-hir- tum; abdomen fulvescenti-tomentosum ; pedes fer- rugineo fuscoque-hirti. Long. 22--25 mm; lat. abd. 6 mm. Var. : Capite supra, mesothorace toto vel fere toto, postscutelloquer nigris..: do cee forma dorsalis nov. forma. Hab. ( Forma típica y forma dorsalis ): Para- guay ( Puerto Bertoni ). Puede resultar que paraguayensis fuera solo subespecie de bicolor Lep., aútque su color, à lo me- nos en la forma tipica, concuerde mas bien con la descripciôn de R. unicolor Sm.; esta ultima está insufi- cientemente descrita; sin embargo el tamaño menor (17 mm), la pubescencia dorada de la cara y del vértice, y las piernas de color mäs pálido que el cuerpo la separan suficientemente de paraguayensas. ODYNEROPSIS COLUMBIANA N. Sp. Q Parva; labro fere rectangulari, paullum trans- verso, hirto; clypeo densissime punctulato, apice marpinato, in medio subtiliter carinato ; fronte eodem modo punctulata, ante ocellum anticum area parva — 219 — impuctata, inter antennas acute carinata ; ocellis in- ter se parum disjunctis, ab oculis sesquidiametrum ocelli ; flagelli articulo primo secundoque velutinis, primo perparvo, secundo aliqaid longiore, tertio lon- gitudinem primi secundique reunitorum superante. Mesonoto et scutello densissime reguloso-punctatis, scutello apice leviter emarginato, dentibus laterali- bus scutellum conspicue superantibus ; segmento me- dio fere perpendiculari, sericeo, longitrorsum subti- liter carinato ; pleuris densissime punctatis. Abdomine subsessili, basi depressa, omnino dense punctulato, tergito 9-o basi foveolato apice bipartito, 6 - o par- vo semicirculari; ventre apice ciliato. Tota nigra, mandibilis ferrugineis, apice cly- pei pedibusque obscure ferrugineis; corpus, praeci- pue segmentum medinm et coxa posticæ pilis bre- vibus aibis obtecta. Ale tertio basali hyalinae, cae- terum infuscatae, luce reflecta aeneo-micantes, ve- nulis fuscis. Long. 10 mm; lat. abdom. 2,8 mm. Colombia : Sosomoco ( 900 metros ). NoMADA COSTARICENSIS N. Sp. & Nigra, flavo-picta : labro transversali, piloso ; clypeo levi, sparse punctato, in medio impunctato ; genis perangustis, longitudine articuli primi flagelli ; facie crasse puuctata parte flava excepta; vertice haud dense punctato; ocellis posticis magis ab ocu- lis quam inter se remotis. Pronoto levi, impuncta- to ; mesonoto crebre grosseque punctato ; scutello in medio impresso, omnino haud dense punctato ; post- scutello punctulato; segmento medio cpaco, basi in medio foveolata ; pleuris grosse punctatis, brevi- ter hirtis. Abdomine tergitis primo secundoque opa- is, densissime subtiliter punctactis, reliquis sparsita punctulatis breviterque hirtis, septimo marginibus apicem versus subtiliter convergentibus, apice trun- cato, in medio emarginato, toto hirto ; ventre hirto ; pedibus sat dense pilosis. Ornamenta flava: Clypeos (marginibus pasticis exeptis), gens, orbitæ internæ, pronotum, calli hu- — 220 — merales, macula pleuralis, seutellum, postscatellum, fasciae latae transversales ante apicem tergitorum los et secundi, fasciae angustae tergitorum Ai et , linea transversalis in margine laterali tergiti 3h at “angulus coxarum posticarum ; ferruginea : Scapus, articuli basales antennarum, articuli reliqui infra et pedes omnino; fusca: Articalt apicales antennarum supra. Pili corporis toti albescentes. Alae infuscatae, apice anali excepto; stigmate ferrugineo, venulis fuscatris. 3 Long. 9 mm; lat. abdom. 2, 5 mm. Gentro-America : Costa Rica (San José). Las coxas posteriores de esta especie son inu- sualmente angulosas, casi carenadas. MESOPLIA SIMILLIMA ND. Sp. & Robusta, labro rugoso, dense hirto, margine apicali inflata; clypeo densissimo punctato, dense pabescente; genis nullis; vertice punctulacto ; oce- llis in linea-fere recta dispositis, ab oculis diame- tram, inter se 1/9 diametrum disjunctis. Vulto et occipi:e longe pilosis; antennarum artículo 2.º ( flagelh- primo ) brevi, secundo paullo longiore, tertio longi- tudinis primi secundique reunitorum. Proportio: 1 = 10, 2 = 15, 3 = 25. Mesonoto punctis spar- sis regularibus, intervallis microscopice punctulatis, linea longitudinali mediana scutellum haud attingen- ti impressa, antice hirto; scutello biggiboso, gibbis mammaeformibus, inter eas pubescente, postice pi- loso. Pedibus intermediis calcare marginibus denti- culatis, apice bifurcato, lamina interna dentibus 4 magnis et imo apice 2 minusculis armata ; femori- bus posticis simplicibus, angulosis, sine spina cha- racteristica Mesopliae biprontis. Pleuris dense pure- tatis, hirtis. Abdomine lepidoto-sericeo, segmento sexto apice breviter ciliato, septimo bipartito. Versicolor : Caput nigrum ; mesonotum nigrum, luce reflecta viridicyaneo et purpureo micans, scu- tellum magis cyaneo micans. Abdomen cyaneo-viri- di-lepidotum, segmentorum margines lateralis primi linea longitudinali, 2i - 6i macula parva albo-lepido- FL TANT ta ornatae. Sternum, venter, pedesque fusca ; anten- nae fnscae, flagellum subtus ferrugeneum, calli hu- merales tegulaeque ferruginei; labrum ‘obscure fer- rugeneum ; mandibulae ferrugineae apice testaceae. Pili capitis pallide flavescentes, postice fere albi; mesonoti fusci albique variegati, scutelli omnino al- bidi; calli humerales pilis albis circumdati ; pleurae fusco--pilosae ; sternum albo--pilosum. Ciliae ventri fuscae. Tibiae posticae apice metatarsique postici cy- aneo-viridi-micantes ; pedes omnino fusco-pilosi. Alae hyalinae, imo apice ultra cellulam radialem infus- catae; venulae fuscae. Long. 17 mm; lat. abdom. 6, 5 mm. Puerto Bertoni -- Paraguay. Esta especie se parece extraordinariamette 4 la L. bifrons ( Fabr.); pero se distingue pronto por los femores III que carecen del diente caracteristico de ésta. Svimellzma es de mayor tamano y difiere en el color del vientre, de las piernas etc. El sefior DUCKE insinuó pri nero que la “Cen- tris b frons” de Fabricius pueda ser el mismo in secto que la Mesoplia azurea de Lepeletier y la M. rufipes de Perty. Seguramente pertenecen los tres nombres à la misma especie, como tambien ia Melissa charruana de Holmberg ; pero quien lea las respectivas descripciones, notará pequeñas dife- rencias, y eso no es estraño en vista de que los ejemplares respectivos provinieron de localidades tan distintas. No tengo material snficiente para fallar definitivamente; he obbservado en los del Paraguay mucha constancia en todos los caracteres inclusive el colorido. Si en las otras regiones pasa lo misino, se tendra que aceptar 4 subespecies, à lo menos: 1) Mesoplia bifrons brfrons (Fabr.) de la Guaya- na: (? y de la Amazonia ) 2) Mesoplia bifrons azurea Lep. de las Antillas 3) Mesoplia bifrons rufipes ( Perty) del Centro del Brasil, y del Paraguay y de las Misionis Ar- gentinas. 4) Mesoplia bifrons charruana (Holmberg) del Uruguay. LT O ONE ——~ La M. bifrons rufipes es bastante común en Puerto Bertoni; en la colecciôn que estudio hay va- rios ejemplares de ambos sexos que concuerdan per- fectamente con la descripción de Perty. PSEUDAGAPOSTEMON SANTAFECINUS DN. SP. q Cyaneo-viridis. Nigra sunt: Margo anticus clypei, scapus antennarum marginesque apicales se- gmentorum abdominaiium 1 -- 4. Fusci sunt: Man- dibulae, funiculus antennarum, pedes cum trochan- teribus ( neque coxae virides ), dimidium apicale se- ementi abdominalis quinti et venter. Fulvae sunt: Tegulae, venulae alarum et calcaria. Clypeus antice pilis longis aureis ciliatus; pu- bescentia reliqua alba in facie, thorace tergitisque ; partim tamen flavescens in vertice, pedibus ventro- que Clypeus prominens, margine nigro pauperrime punctato atque in medio impresso; basi viridi se- ricea impunctata. Genae absunt. Scutum nasale le-: viter convexum, in medio nitidius quam lateribus. Oculi sinuosi, e go facies latissima paulum supra antennarum insertionem. Facies et mesonotum mi- croscopice rugosa. Scutellum disperse tenuiter pun- ctatum. Area basalis segmenti medii magna, opaca, tenuissime granuloso-rugosa, aliquid longius quam scutellum. Sculptura abdominis haud conspicua. Dentes 3 calcaris postici fortes longique. Unguicoli fissi ; pulvilli magni. Cellula cubitalis prima mini- me eadem longitudine quam reliquae unitae; ner- vus recurrers primus a cellula securda ante apicem accipitur, secundus a cellula tertia inter medium et apicera. Long. 3 mm.; lat. abdom., 2 ram. & Dilute viridis. Flavi sunt: Mandibulae, ma- cula mgra prope basin et acuminibus ferrugineis exceptis, labrum, margo anticus clypei in medio ali- quid latius quam lateribus. scapus antennarun: ma- cula parva fusca pone apicem excepta, articuli duo primi funiculi antice, pedes antici toti linea fusca — 223 — longitudinali supra apicem femoris et basin tibiae excepta, pedes intermedii idem sed linea supra fe- mur totum et tibiam totam excepta, pedes intermedit idem sed linea supra femur totum et tibiam totam excepta, pedes postici ut intermedii coxis viridibus exceptis. Fulvi sunt: Articuli 3-- 13 antennarum antice, tegulae, venulae alarum, margines apicales segmentorum abdominalium 1-- 6, tres primi in me- dio dilatati, segmentum 7-- um totum et venter. Fusci sunt: Articuli 2 -- 13 antennarum postice. Pu- bescentia sparsa corporis toti flavescens. Clypeus in margine antico depressione magna semicirculari donatus. Sculptura faciei a pubescen- tia abscondita, hee pone orbita interna oculorum densissima. Sculptura verticis, mesonoti, et areae basalis segmenti medii inconspicua, opaca, tenuissi- me granulosa. Scuteilum nitidus sculptura indistin- cta. Pars reliqua segmenti medii atque pleuræ ali- quid fortius granulosæ ; scultura abdominis in parti- bus viridibus cadem thoracis nequalis, tenuissime granulosa ; tergitum 7--um tamem glaberrimum, nitidum, postice truncatum, marginibus, lateralibus acutis apicem versu s convergentibus ; sternitum 7-- um ad basin utriusque denticulo minusculo armatum. Unguiculi et pulvilli ut in ¢. Pons, 1,9 mm; lat abdom:,4,7 mm. Argentina, Prov. de Santa Fé. Se distingue facilmente de todas las demas es- pecies del género por sit abdomen que ostenta tajas transversales sobre la margen apical de los segmen- tos. Sin embargo, considerando la diferencia extra- ordinaria de los sexos, queda la posibilidad de que se trate de dos especies en vez de una. En tal caso el nombre santafecinus deberä quedar a la ¢. PANURGINUS ARGENTINUS N. Sp. & Niger, abdomine fusco, mandibulis labro mar- gineque antica clypei flavis; funiculo, tegulis, venu- lis pedibusque magnam ad partem rufo-flavescentibus. Pubescentia brevissima, sparsa, alba. RR joe Caput latum sparse subtiliterque punctatum ; prope orbitam internam oculorum superne fossula elongata adest. Antennæ dimidium mesonoti attin- gentes; articulus primus funiculi fere eadem longi- tudina quam secundus atque longior quam quivis reliquus. Mesonotum sparse subtiliter punctatum li- nea longitudinali impressa parapsidiisque conspicuis. Scutellum aliquid crassius et densius punctatum ; postscutellum rogosum. Area basalis segmenti medii longitudinaliter plicata, tamen plicæ param nume- rosæ neque profundæ. Abdomen apice tenuiter pi- losum, omnino sparsim tenuissime punctulatum mar- ginibus apicalibus segmentorum depressis multo densius punctatis. Femora postica extus irregula- riter denticulata; tibiæ omnes aliquid incrassate ; unguiculi profunde fissi, denticulus interior fere eadem longitudine quam exterior; pulvilli sat ma- gni. Ale hyaline; cellula cubitalis prima conspicue major quam secunda nervos recurrentes fere æque ab angulos antico e postico distantes accipiens ; ap- pendix vera cellule radialis brevissima in lineam fuscam transiens. Long. 5 mm.; iat. abdom., 1.4 mm. Argentina, Prev. de Santa Fé: Rosario. Parecida a P. brunneicornis Strand y P, so- lant, Ducke; se distingue de aquél por el mesono- to no opaco y por los pliegues longitudinales del segmento medio. Se distingue de P. soluni por la escultura y la nervadura~ anaranjada de las alas. El P. cagabundes Ckll. que proviene de la misma región difiere por el labro negro y las mandibulas rojas del d. PASIPHÆ FASCIATA N. Sp. ¢ Nigra; antennis subtus, dimidio apicali man- dibularum, tegulis pedibusque fuscis, unguiculis di- lutioribus acuminibus fere nigris; ventre fusco; alis parum infuscatis stigmate venulisque fuscis. Pubescentia faciei sordide alba, ea labri tulva. Man- dibulæ subtus flavescente-ciliatæ. Pars capitis post oculos albido, post ocelios fulvo-hirta. Pubescentia “= ci. E dors — 225 — thoracis supra fulva, longior densissimeque in scu- tello et callis humeralibus. Pleuræ, sternum e fe- mora omnino albido-pilose. tibia: et tarsi tamen tulvo- pilosi. Abdcmen segmentis 1-4 conspicue fulvo-fa- sciatis, fascia segmenti primi laxa brevior quam reliquorum. Caeterum segmenta 1-4 etiam basi fulvo- hirta, pili singuli segmenti primi longiores, reliquorum breviores, tegmentum haud obtegentes ; illi segmenti quinti multo densiores, fusci, solum lateribus flavis, ubique tegmentum obtegentes. Area pygidialis nuda, lateribus breviter fusco-hirta. Segmenta ventralia solum marginibus apicalibus laxe longeque flavescenti- fulvo-ciliata. Clypeus atque pars capitis post ocellos sita distincte punctata caeterum, ut videtur, caput im- punctatum, Mesonotum antice longitudinaliter sulca- tum in disco punctos singulos ferens. In scutello sculptura a pubescentia obtecta non visibile. Area basalis segmenti medii haud punctata neque abdominis tergita; venter tamen subtiliter disperse punctatus ex punctis singulis pili oriundi. Area pygidialis tenuiter transverse striata. Unguiculi conspicue fissi, denticulus interior brevicr quam exterior ; pul- villi magni dimidium longitudinis unguiculorum su- perantes. Calcar posticum multo-pectinatuin, denticuli plures quam 10, paralleli, tenues. Nervus secundus recurrens propior angulum apicalem cellulæ cubi- talis secundæ quam n.r. primus angulum basalem ; cellula radialis apice a margine alæ aliquid remoto in nodalum incrassato, sine appendice vera. Long. 9 mm.; lat. abdom., 2,5 mm. & Differt præcipue fasciis abdominalibus minus conspicuis, margines apicales segmentorum etiam ciliati sed subtilius et a pubescentia reliqua vix dis- tinguendi. Caterum pubescentia ut in 9 tamen di- luticr ; ea segmentorum 5-i-7-i albido flavescens. Pedes pallide flavescenti-hirti ; unguiculorum I-um et Ilum dens interior exteriore fere sequalis, Il-um paulum brevior; tibiæ III parum incrassat#, me- tatarsi III longi et tenues. — 226 — Long. 9 mm; lat. abdom. 2,2 mm. Argentina, Prov. Santa Fé. Muy parecida a P. wagner: Vach., la cua tambien tiene fajas de pelos sobre los segmentos 2-4; pero estas fajas son de un blanco-gris como tambien el resto de la pubescencia, los calcares son hialiros, la nervatura de las alas casi negra. El & de wagner: tiene los tracanteres posteriores alarga- dos hacia atras en forma de cono agudo, todo eso la distingue facilmente de P. fasciata. PASIPHAE BASIRUFA N. Sp. S Nigra, antennis ab articulo quinto antice fulvis, mandibulis apice fuscis; tarsis calcaribusque brunneis ; abdomine tergitis tribus basalibus rubris, marginibus apicalibus segmentorum 1-i-4-j fulvis. Pubescentia alba, densa in vulto, occipite, scutella, pleuris, sterno, segmento medio, marginibus latera- libus tergitorum atque sternitis. Pedes breviter al- bo-hirti. Margine apicales tergitorum 1-i-6-i tenui- ter breviterque alco-pilosi: segmentum 6-um et 7- um tota longius albo-hirta. Caput latius quam torax. Vertex sat crebre punctatus; inter ocellus laterales et oculos spatium impunctatum habet. Mesonotum disperse tamen crasse punctatum. Area basalis segmenti medii ni- tidissima foveola profunda pone postscutellum ins- tructa ; segmentum medium caeterum conspicue at- que sat dense punctatum. Abdomen impunctatum neque etiam venter punctatus. Scapus antennarum duplo crassior quam funiculus, rugosissime punctatus. Alæ hyalinæ venulis brunneis; apex cellulæ radialis a margine antico alee remotus cum appendice brevi. Cæterum ut in P. fasciata; unguiculi et pulvilli ut MP jascrata a: Long. 10 mm.; lat. abdom. 5. mm. Argentina: Prov. Santa Fé. Hasta ahora se conocia solo una especie de Pa- siphae con abdomen rojo, la P. rufiventris Spin. Solo se conoce la ¢, portanto una comparaciôn es — 227 — impraticable. Pero el tamano menor, el colorido del abdomen que es rojo sobre todos los segmentos, las venas alares negras, la proveniencia « Chile » la alejan de la P. basirufa. DUCKE ( Zool. Jahrb. Abt. f. System &c. vol. XXXIV, 1912, p. 77-79) enumera todas las es- pecies conocidas de Pasiphae en número de 24. Omitié sin embargo, la P. cheringi m. que habia e en Entom. Rundschau Vol. XXII, 1910 09 y cuya biologia fué descripta por H. LUE- DERWAL DT en el mismo año en Zeitschr. f. wis- sench. Insektenbiol. Vol VI, p. 297. En cambio, la P cestri Ducke de la obra mencionada, p. 77, se ha omittido em Zoological Record del ano 1912, por mas que todas las otras descripciones del ale-’ gado articulo estan correctamente citadas en él. En cuanto a P, cameron: Baker que DUCKE no sabia colocar, observo que su posiciôn genérica fué acla- rada por COCKEREL en Ann. Mag. Nat. Hist., Vol. V. 1910, p. 367 inclueyéndola en el género Pseudopanurqus Ckll. Esa transposicién está cor- rectamente citada en Zoological Record, año 1910, p. 270. No obstante en los géneros de abejas sud- americanas por DUCKE no figura Pseudopanurqus del todo. vou i E t À | Ê Dt , BY + M JA ‘ | #1 (QE i Vi ast lo NUE É o - jo Ê A Ai > E Té! lin j ama COL LT TAN Pad Uai! é PRO a perd Ve E . | d | 7 ' ‘ar J An is E e E E b . | HERMANN LUEDERWALDT Custos do MUSEU PAULISTA Chave para determinar os Dorylineos === brasileiros === ’ É . LE oft Rs TRE 20 aniihatad Bibi 5H) cer MM il tacae ea Chave para determinar os Dorylneos brasileiros Neste trabalho de classificação devem ser em- pregados de preferencia as formas maiores das for- migas. Fôra da indicação especial, os caracteres indicados se referem a essas formas. Nem sempre me foi possivel estabelecer dia- gnoses mais completas, por falta de literatura e material. Pelo mesmo motivo pude descrever ape- nas um numero restricto de Sd. Quanto à literatura refiro-me a Emery « Hy- mnoptera, Fam. Formicidæ, Subfam. Dorylinæ » em « Genera Insectorum », 1909, fasc. 102, pag. 15 etc., onde se encontra “completa. Neste trabalho ci- tei apenas bibliographia mais recente. Com referencia às localidades veja-se: II. Lue- derwaldt, « Notas myrmecologicas », na « Revista do Museu Paulista », 1918, pag. 4. frmiculo | f pe sMooudibula 5 N a _€lipeo capo \ WV xs qe CE cAreafrontal O: aN ——pirles frontal LE, L = paftog ira. eQnako as) tm Mesenato __ Metro . è DONA ar Petiate AOTILE TI Le dp es I CHAVE PARA AS SUBFAMILIAS DAS FORMIGAS BRASILEIRAS, ÿ E WL 1 Petiolo com um articulo. 3. 2—com dois articulos. Com ferrão, que apenas certos Myrmicineos empregam para a defesa. Nympha sem cocon. 7. 3 Abdomen entre o primeiro e o segundo se- gmento, não restricto. Petiolo geralmente squa- miforme. Sem ferrão ou se existe, rudimentar então. 9. 4 — aqui quasi sempre restricto; se não ou indis- tinctamente restricto, então as mandibulas in- sertas no meio do bordo anterior da cabeça, muito proximas, extraordinariamente compri- das ( Odontomachini ). Antennas com 12 arti- culos. Petiolo geralmente squamiforme. Especies monomorphas ou quasi monomorphas- Com ferrão. Nympha com cocon : 1. Subfam.: Ponerinæ o. Abdomen (visto de cima) sômente com 4 se- gmentos. Abertura cloacal fendiforme, sem co- roa de cabellos, ventralmente situada. Anten- nas com 12 articulos. Especies monomorphas ou um pouco dimorphas ( Azteca). Nympha sem cocon : 4 Subfam. Dolychoderinæ 6 — com 9 segmentos. Abertura cloacal rotunda- da, guarnecida com corôa de pellos, situada à ponta do ultimo segmento. Antennas com 9 até 12 articulos. Especies geralmente dimor- phas. Nympha geralmente com cocon: O. Subfam. Camponotinæ 7. Laminas frontaes bem juntas, soldadas com o clypeo e curvando-se, anterior e lateralmente em volta do fosso antennal. Olhos rudimentares, quando não faltam. Antennas com 12 articulos, — 233 —- geralmente filiformes ; sua base não coberta pelas laminas frontaes. Mandibulas do & tri- angulares. Sutura do promesonoto ausente ou indistincta. Corpo desarmado ou sómente com um espinho pequeno em cada lado atrás do epinoto, (não metanoto, como diz erroneamente a figura pag. 231, e no occiput ). Especies mais ou menos dimorphas. Nympha com cocon: 2. Subfam. Doryline S. — frontaes mais ou menos distantes; quando bem proximas, então os olhos muito grandes, occu- pando pelo menos a metade do lado da cabeça. Olhos geralmente bem desenvolvidos. Anten- nas com O até 12 artículos, muitas vezes com clava; a base coberta das laminas frontaes. Corpo frequentemente muito espinhoso. Espe- cies monomorphas ou dimorphas. Nymphas sem cocon : 3. Subfam. Myrmicinae Subfam : DORYLINÆ «CoRREIÇÃO OU GUERREIRO)» São insectos de rapina, sem recusar inteira- mente os vegetaes. Caçam principalmente todos os insectos mais fracos ou a sua criação, a saber nym- phas de outras formigas, cupins, aranhas, baratas etc. Pegam na presa com as mandibulas, arrastan- do-a pendurada por baixo do corpo, repartindo exemplares maiores. São de utilidade, destruindo muitos insectos no- civos, tambem nas habitações, de onde afugentam ratos e rãs, como me aisseram pessoas de credito. De vez em quando atacam e expoliam cclmeias. Vagam em columnas quer maiores, quer pequenas, especialmente em tempo de trovoada. Labidus praedator e coecum e provavelmente tambem as outras especies deste subgenero possuem ninhos permanentes, subterraneos. Provavelmente tambem Kciton. — 234 — Acamatus porém vive em columnas migrato- rias, em que os $ & transportam a 2 (Torel). Das especies brasileiras conhecemos sómente a 9 de Labidus caecum e predator. A ultima cf. A. Lue- erwaldt « Notas myrmecologicas », Rev. Mus. Pan- lista; 1916; pag: 20. II CHAVE PARA DETERMINAR OS SUBGENEROS DOS DORYLINEOS BRASILEIROS, 9 E 2 1. Unhas simples. Laminas frontaes não alarga- das. Kpinoto atrás sem espinhos. Os olhos faltam ou são muito pequenos. Sem %. Es- pecies pequenas e pouco dimorphas : 3. Acamatus to — com um pequeno dente por dentro no meio, raramente com dois. Laminas front. entre as antennas bem alargadas. Epinoto atrás simples ou bilateralmente com um pequeno espinho. Es- pecies fortes dimorphas, regulares e maiores. 3. 3. Epinoto em cima da parte basal ( a parte anterior, mais ou menos horizontal do mesmo ( bilateral mente com uma carena longitudinal, que se termina atrás por uma espinha ou um dente. Olhos pequenos, porém distinctos. Occiput, pelo menos nas formas maiores, atráz de cada lado, com um espinho. Antennas em maior (— nos maiores exemplares ) esbeltas, todos os articulos do funiculo, excepto talvez o primeiro, mais compridos ou muito mais compridos, que grossos; em minor ( sempre excepto o ultimo articulo ) tão compridos, quanto grossos ou mais grossos. Especies com 2%2% de cabeças muito grossas, cujas mandibulas são extraordinaria- mente compridas ( muito mais que a cabeça ), da fórma de tesoura, cylindricas e na ponta, recurvadas para dentro. (cf. Emery, Bull. Soc. mt Mal, SE, 26, 4 ays — 235 — {> Betton s. str. 4. — Posterior mais ou menos arredondado, sem carenas longitudinaes, desarmado on ( em cras- sicorne ) visto de lado, com uma saliencia den- tiforme. Occiput sem espinhos. Sem 2424 com mandibulas alongadas : 2. Labidus III CHAVE PARA A DETERMINAÇÃO DAS ESPECIES DOS DORYLINBOS tam À. BRASILEIROS 2% E Ÿ 1. Subgen. ECITON LATR. s. str. ( Oito especies americanas; as duas, que fal- no Brasil, são do Yucatan e do Perú). Epincto (visto lateralmente) atráz de cada lade com um espinho delgado e agudo; ambos os espinhos completamente separados. Bordo masticatorio das mandibulas denticulado. Quan- do muito, com excepção do abdomen e das mandibulas, inteiramente ou quasi inteiramente opaco. Primeiro nodo do petiolo ( visto de cima ) sempre muito mais comprido que largo 8. — aqui dispõe de um dente curto triangular, ge- ralmente obtuso ou arredondado. Carenas do epinoto (visto de cima) rectas ou quasi re- ctas, para tráz mais ou menos convergentes. Quasi inteiramente opaco ou c abdomen bri- lhante. Mandibulas, no bordo masticatoric, em certa distancia da ponta, com um denticulo dis- tincto. à. Mandibulas no bordo masticatorio inteiramente lisas, sómente com o referido denticulo ; ao lado exterior não estriadas, sómente pontuadas. Ca- renas do epinoto (visto de frente) para tráz muito pouco convergentes. Primeiro nodo do petiolo, pelo menos na maior, com sulco lon- gitudinal bem distincto; o primeiro ( visto do lado ) nas formas maiores, quasi sempre tão com- 8G prido quanto alto; no bordo anterior muito mais baixo, que no bordo posterior. Cor da maior parda ou vermelho-parda ou ambas as cores misturadas, cabeça muitas vezes amarello- parda; em menor (== os exemplares menores ) parda, muitas vezes com o abdomen e os mem- bros mais claros. 3 — 11 mm.. Soldado: Prelominantemente da cor fer- rugineo amarellz ; cabeça e thorax amarellos, antennas e manaibulas mais ou menos verme- lho pardas. Do Mexico até o Uruguay e Paraguay: Ke. Burchelli Westw. 4 — no bordo masticatorio distinctamente denticula- das. Carenas do epinoto muito convergentes para tráz. Primeiro nodo do petivlo na maior e na menor ( vista de lado ) distinctamente mais comprido que alto. 9. 9. Primeiro nodo do petiolo (visto do lado) no bordo anterior muito mais alto, que no bordo posterior; ( visto de cima) em maior um pou- co mais que uma vez e meia tão comprido quanto largo; sem o minimo vestigio de um sulco longitudinal, bem como o segundo. Man- dibuias estriadas e pontuadas. Parte dental do epincto mais ou menos cicatrisada, mas não alongada, nem restricta na base. Cor quasi in- teiramente amarello-vermelha ; antennas, man- dibulas e tarsos pardos. 8-- 11 mm. Soldado : (Cabeça forte brilhante ( nas ou- tras especies opaca). Cor geral amarella; ti- bias, femures, tarsos e antennas ferrugineo- amarellas. Do Mexico ao Amazonas: Ee. hamatum F. 6 — nodo do petiolo no bordo anterior e posterior (vis- to de lado) quasi igual na altura ou em maior an- teriormente sómente um pouco mais baixo, com ne ee sulco longitudinal distincto. Carenas do epinoto menos convergentes que no typo. Cor mais es- cura que a do hamatum. 9.5--10 mm., 7 exemplares. E. Garbe leg. Besouro do campo. S. Luiz de Caceres ( Matto Grosso ): Ec. hamatum var. mattogrossensis, nn. var. (No. 19.608.) — — nodo do petiolo no bordo anterior muito mais baixo, que no posterior; (v. de cima) pelo menos em maior, cerca de duas vezes 0 com- primento da largura; com sulco longitudinal bem distincto, igualmente no segundo nodo. Mandibulas estriadas em maior, pontuadas em menor. Parte dental aträz no epinoto inteira- mente cicatrisada em forma de lamella; em maior, na base restricta. Thorax muito menos restricto entre meso—e epinoto, de qie em am- bas as especies anteriores. Primeiro articulo do funiculo (rectangular no scapo ) sobresa- liente ‘entre as especies de Hciton s. str. só- mente ainda em vagans ). Pardo-vermelha, com pernas mais claras, mandibulas pretas e abdo- men amarello -- pardo. A menor às vezes in- teiramente amarello -- vermelha, mandibulas par- das. 9--8 mm.. Soldado : claro -- ferrugineo ; mandibulas e antennas pardas. Muito pequeno : incl. das mandibulas sómente 12 mm. ( Emery ). Do Mexico a Minas, Paraguay. Est. de Minas : Pirapora (No. 18.457). E. Garbe leg. Sem 2% 2% : Ec. roger: D. T. 8. Thorax entre meso—e epinoto (a saber na base das carenas) não restricto, por conse- guinte, o perfil dorsal quasi rectilinear. Pri- meiro articulo do funiculo ( rectangular no sca- po) quasi sempre bem distinctamente sobresa- liente. Espinhas do occiput curtas e obtusas. 10. — 238 — Carenas do epincto rectas e parallelas. Ambos os nodos do petiolo, pelo menos em maior, com distincto sulco longitudinal. Abdomen bem bri- lhante Mais claro ou escuro -- parda, uni- color ou com abdomen mais claro; muitas ve- zes inteiramente ferruginea. 3-- 10 mm. Soldado : cor inteiramente ferruginea. 15 mm.. Do Mexico até São Paulo. Est. de São Paulo: Franca (15.884). Est. de Matto Gros- so: S. Luiz de Cáceres (19.599, 19.618). E. Garbe leg. Besouro do matto : Ec. vagans Ol. aqui distinctamente restricto. Primeiro articulo do funiculo não ou quasi não sobresaliente. Espinhos do occiput compridos e agudos. 10. Carenas do epinoto quasi rectas e parallelas. Primeiro nodo do petiolo e o segundo, pelo menos em maior, com sulco longitudinal em cima. Primeiro segmento do abdomen comple- tamente opaco. (Cor variavel: inteiramente fer- ruginea, com abdomen mais claro e mandibu- las negrejantes ; ou abdomen e pernas ferru- gineas, o resto vermelho -- pardo; ou preto -- parda, com pernas vermelho -- pardas e abdo- men amarello. Maior que vagans. Soldado : desconhecido. Amazonas : Ec. rapax Fr. Sm. 11 — do mesmo lateralmente mais ou menos cur- 12: vadas para fóra ou rectas, mas sempre bem dis- tinctamente convergentes para tráz. 12. Abdomen na pagina dorsal no primeiro se- gmento opaco. Carenas do epinoto lateralmente pelo menos em maior bem curvadas para fora, antes dos espinhos fortemente restrictos. Geral- mente ambos os nodos do petiolo, em todas as formas, em cima com sulco forte, longitudinal ; — 239 — o primeiro nodo, pelo menos em maior, atraz somente pouco estreitado, pediculiforme. Cor quasi inteiramente preta ou, porém, mais raras vezes, parda; ponta abdominal, tarsos e funi- culo em baixo geralmente vermelho -- parda. 6-- 10 mm.. Soldado : Cor predominantemente verme- lhe -- parda; mandibulas, antennas, petiolo, ab- domen (excepto a ponta mais clara) e pernas ( excepto os tarsos mais claros ) pretas ou bem escuro -- pardas. Da Bahia ao Rio Grande do Sul: Ec. quadriglume Hal. 13 — aqui distinctamente brilhante. Carenas do epi- noto lateralmente menos curvadas, que em qua- driglume ou mesmo rectas; antes dos espinhos terminaes não ou menos restrictas; espinhos mais curtos. Primeiro nodo do petiolo sem sulco longitudinal ou indistincto ; atráz com de- clividade mais forte, que em quadriglume e pelo menos em maior mais forte estreitado, pedicu- liforme. Occiput, entre ambos os espinhos, com bordo agudo, distinctamente saliente ( Forel ). Geralmente parda, com cabeça (incl. as man- dibulas ) mais escuras; abdomen, funiculo, pe- tiolo e pernas mais claras; muitas vezes intei- ramente ferruginea. No resto é semeihante a quadrigl. 4--10 mm. Soldado: Cor semelhante a do %, parda t cabeça etc. não vermelho -- parda, como em quadrigl. 2%. Espinhos occiputaes bem desen- velvidos. Mandibulas no bordo interior, antes do meio, com um dente ou uma saliencia ac- cusadamente variavel (falta sómente em um ex. ); às vezes um segundo dente antes da ponta encurvada; a pontuação mais fraca, que em quadriglume. Cabeça menos grossa. 10 mm., 7 exemplares. Um % tem a cor intei- ramente ferruginea, só os articulos do funiculo LE QUA cur são no fim annulados mais escuros, 11 mm.. Espinhos occiputaes bem desenvolvidos. Num especimen de meio-soldado (14.207), que possuimos, são as mandibulas tambem mais compridas que a cabeça, o bordo interior den- ticulado, sem dente antes do meio; lateral- mente pouco curvadas, mas o fim para tráz, a ponta mesma encurvada um pouco para den- tro; antes da parte encurvada, com um den- ticulo um pouco maior. Espinhos ccciputaes tambem bem desenvolvidos. Estado da Bahia: Villa Nova ( 14.207), Est. de Minas: Pirapora (18.440, 18.467), Est. de S. Paulo: Ituverava (16.192), Franca (15.768). Est. do Rio Gr. do Sul: Neu Wiir- temberg (19.100, 19.101); Est. de Matto Grosso: S. Luiz de Caceres (19.612). E. Garbe leg. ; Misiones ( Argent. ): Ec. quadriglume Lal. subsp, dulcius For. Forel, Extr. Ann. Soc. Ent. Belg. T. LVI, 1912 pag. 42; == francanum Ihg. ( No. 15.76€) Entomolog. Mitr. B. I Noy. 8, 1912 pag. 229. Nao foi descripto. Segundo Forel, lc., differe do quadri- glume pela falta dos espinhos do occiput. Em nossos exemplares ( 40 e tantos) o mesmo no. 14.207, do qual Forel recebeu material do Mus. Paulista e nelle se baseou para crear dulcius, . não acho confirmada essa informação. ( Santschi Extr. Ann. Soc. Entomol. France Vol. LXXXIV, 1915 (1916) pag. 510, cujo trabalho recebi só mais tarde, confirma a minha observação ). A meu ver tem dulcius de subsistir como especie. 2. Subgen. LABIDUS JUR. (São conhecidas 7 especies americanas, incl. 2 da Costa Rica). Unhas tendo no meio dois denticulos. Mandibulas lisas e brilhantes, com 3 dentes. Cabeça trian- as) |, ao cular, tão comprida quanto larga em maior, distinctamente mais comprida que larga em menor. O scapo alcança apenas a metade da cabeça. Faltam os olhos. Articulos 3 até 9 do funiculo em maior uma vez e meia mais largos que compridos; em menor duas vezes. Thorax em cima aplanado (em contraste do se- melhante Labidus coecum com as costas abo- badadas ; ) meso-epinoto profendamente restricto. - Ambos os nodos do petiolo mais compridos que largos. Liso e brilhante. Cor, em geral, pardo vermelha. 2.3-4.4 mm. (Gearä : Lab. mars For. (Extr. Ann. Soc. Ent. Belg. LVI, 1912 pag. 44). 2 — aqui com um denticulo. Mandibulas estriadas, Meso-epincto distinctamente restricto. 3. 3. Parte basal do epinoto sobresahe à declividade em forma de chapa, que é no bordo posterior, pelo menos em maior, mais ou menos emar- ginado. Occiput atraz bilateralmente com um angulo distincto. Antennas curtas e grossas ; a maior parte dos articulos do funiculo (o ul- timo articulo sempre exceptuado ) em todas as formas, muito mais largos, que compridos. Ca- beça, além da finissima esculptura dedaliforme, pontuada grossa, mas plena e espaçosa. Ambos os nodos do petiolo e o thorax, pelo menos no epinoto, longitudinalmente rugoso-estriados. Cor geral mais claro ou escuro-parda, antennas e mandibulas muito mais escuras; raras vezes . inteiramente ferruginea. Abdomen brilhante, além disto gerelmente opaco. Sem 2%. 7-9,5 mm. De Mexico até o Rio Grande do Sul e o Paraguay : Lab. crassicorne Fr. Sm. 4 — basal do mesmo differente, arredondada ou an- gulada. Occiput (excepto schlechtendal: ) sem angulos distinctos, arredondado. 5. 242 — Primeiro art:culo do funiculo sobresahe distin- ctamente o scapo em posição rectangular ( quasi a metade). Antennas esbeltas, todos os arti- culos do funiculo mais compridos, do que gros- sos em maior; tão compridos, quanto grossos ou mesmo mais grossos em menor ( tambem nas formas pequenissimas ). Brilhante, pouco esculpi- do. Cor predominante preta ou tambem escuro- pardacom membros mais claros ; raras vezes in- teiramente da côr d'azeitona em minor. Com % bem cabeçudos. 3. 5-8. D ram. or Do Mexico até o Rio Grande do Sul e Pa- raguay; Misiones ( Argent. ) : Lab. praedator Fr. Sin. 6 — nodo do mesmo não sobrepuja o scapo. 7. 7. O segundo nodo do petiolo não está assentado “ao abdomen com a sua parte inteira posterior ; ambos os nodos, pelo menos nos individuos maiores, atraz rectangularmente declive. 4 maio- ria dos articulos do funiculo em maior, tão com- pridos ou um pouco mais compridos do que grossos; o contrario em minor. Faltam ge- ralmente os olhos. Cabeça atrás sem o minimo vestigio de angulo. Cabeça, abdomen e petiolo lisos, com pontuação espaçada e fina; thorax um pouco rugosc e com esculptura densa e dedaliforme. Notavelmente brilhante; thorax opaco ou quasi opaco. Cor mais claro ou mais escuro-vermelho-parda ; petiolo, abdomen e per- nas ainda mais claros; mandibulas em maior pretas. 3. 59-10 mm. Soldado: Cabeça desproporcionadamente vo- lumosa, muito mais, que em qualquer outra es- pecie: esta formiga por isto lembra Pheidole 2%. Mandibulas na base do bordo interior com um forte dente triangular. 16 mm. Do Texas até o Rio da Prata; Paraguay, Misiones ( Arg. ) : — 243 — Lab. coecum Latr. (== grassator For., Deut. Ent. Zeitschr. 1911 pag. 288) 8 — nodo do petiolo assentado ao abdomen com a sua parte inteira posterior, primeiro nodo de- clinando obliquamente atraz em maior ou, em menor arredondado. A maior parte dos arti- culos do funiculo muito mais larga, que com- prida. Olhos presentes tambem nos individuos minimos. Occiput atraz com angulo bem fraco, mas sómente na maior. Cabeça, thorax, petiolo, além da pontuação finissima e dedaliforme, com pontas grossas e espaçosas. Maior: Opaca ou quasi opaca, pernas e mandibulas brilhantes ; menor: quasi inteiramente brilhante. Cor ver- melho-parda ; mandibulas pretas e abdomen mais claro. Os individuos mais pequenos às vezes ferrugineus. 2.5-8 mm. SAP aloe cida( 2090172578, Para ; Paraguay : Lab. Schlechtendali Mayr. 3. Sub gen. ACAMATUS EM. ( Especies americanas 33, ertre ellas 6 da Argentina e Uruguay e 3 do Paraguay ; as outras ex-brasileiras do outro lado dos Andes, da America Central e do Norte). 1. Thorax entre meso — e epinoto mais ou menos restricto mas nem o meso — nem o epinoto gibiforme. Cabeça entre os olhos sem proemi- nencia lisa e distincta. Scapo o occiput não alcançando. 5. 2. — aqui muito fundamente restricto, de modo que, pelo menos o mesonoto eleva-se bem alto. Ca- beça pelo menos atraz e thorax esculpidos e por conseguinte opacos. (Cabeça com 2 pe- quenas proeminencias distinctas e lisas, entre os olhos e um pouco atraz, de modo que, pa- recem existir 4 olhos. O scapo sobrepuja o occiput mais ou menos ou pelo menos alcança-o. a pa Pronoto no bordo anterior com uma pequena carena transversal, antes da parte collariforme. Pelo menos o primeiro nodo do petiolo muito mais comprido, que largo (sempre visto de cima). Segundo nodo do petiolo e abdomen brilhantes. Mandibulas estriadas. 3. Cabeça densamente pontuada dedaliforme, não estriada. Parte basal do epinoto (visto do lado ) pelo menos tão comprida quanto a me- tade do promesonoto em menor, mais comprida em maior. Sómente o mesonoto fortemente gibiforme. Todos os articulos do funiculo di- stinctamente ou muito mais compridos que grossos; em maior a maior parte dos articulcs têm quasi duas vezes da largura, o segundo duas vezes e meia. Em minor os articulos são pro- porcionalmente mais curtos. rente e vertice, o primeiro nodo do petiolo e o thorax, espe- cialmente em cima no meso-epinoto, com nu- merosas gibinhas; em menor tudo isto em miniatura. Primeiro nodo do petiolo sub-opaco. Maior vermelho-parda, thorax mais escuro, mandibulas pretas; minor, muitas vezes, intei- ramente amarello-vermelha. à-5.5 mm. Est. de S. Paulo: Franca (15.881). Minas : Pirapora (18.447), Rep. Argentina : Ac. pseudops For. var. garbei For. ( Extr. Ann. Soc. Ent. Belg. 1912 pag. 47). O typo, conhecido do Paraguay, tem antes de tudo, articulos funiculares mais curtos : todos são quasi eguaes, um pouco mais compridos, que Jargos. 4 — na frente e vertice com estrias longitudinaes distinctas. Parte basal do epinoto, quando muito, tão comprida, quanto a metade do pro mesonoto. Meso-e epinoto elevados em forma de giba bem alta. Articulos do funiculo só- mente um pouco mais compridos, que grossos. Cabeça etc. sem gibas pequenas; ambas as proe- — 245 — - minencias muito mais fracas, que em pseudops- garbei. Primeiro nodo do petiolo tambem brilhante. Thorax fortemente rugoso. Verme- lho-parda, com petioio, abdomen e pernas mais claras. 3-5 mm. Do Pará até o Rio Gr. do Sul: Ac. legionis Fr. Sm. 9. Pronoto simples no bordo anterior. Cor fer- ruginea ou vermelho-parda ; petiolo, abdomen, pernas mais claras. Mandibulas estriadas, par- das, com 3 fortes dentes. Articulos fun'culares medianos, quando muito, tão compridos, quanto largos. Scapo muito curto, não, ou quasi não, sobrepuja a metade da cabeça. Thorex em cima denso e fortemente pontuado e por con- seguinte sub-opaco, Sutura meso-epinotal bem distincta, a do pro-mesonoto rasa e indistincta. A parte basal do epinoto tem sómente um terço do pro-mesonoto. Pro-mesonoto muito pouco abaulado. Primeiro nodo do petiolo opaco, ou bri- lhante, o segundo transversal. Brilhante, cabeça com pontuação fina. Corpo muito abundante- mente provido de pellos; robusto. 4.5-6 mm. Pará, Rio; St. Catharina : Itajahy (15.974), Rio Gr. do Sul: St. Maria (19.078). E. Gar- be leg. : Ac. punctaticeps Em. 6. — aqui com carenicula transversal, distincto ge- ralmente tambem nos pequenos individuos; se é indistincto, então a côr geral preta. Cabeça brilhante, mais ou menos pontuada. 7. 7. Pro-mesonoto egualmente forte-abaulado, muito mais forte, que nas outras especies. Cér con- stantemente preta ou muito pardo-escura ; do funiculo e dos tarsos mais clara. Meso-epinoto fortemente restricto. Primeiro nodo do petiolo mais comprido, que largo; o segundo, quando muito, tão comprido, quanto largo. Todos os artículos funiculares, pelo menos em maior, Ss) — 246 — distinctamente mais compridos do que grossos, Mandibuias estriadas. Em geral lisa e brilhan- te, sómente o epinoto, pelo menos lateralmente, denso-rugoso. Abundantemente vestida de ca- bellos brancos e eriçados. 2.5 mm. Do Mexico até o Rio Gr. do Sul e Pa- raguay : : Ac. pilosum Fr. Sm. 8. — fracamente abaulada. Cor vermelho parda, ferruginea, amarellada. 9 Comprimento da cabeça, em maior, uma vez e meia da largura, em minor duas vezes e por isto differente de todas as outras especies ; na maior adiante distinctamente mais larga, que atraz, na minor egual. Mandibulas lisas e pontuadas, sem dentes. A largura dos articulos 6-10 do funiculo é egual à grossura, ou um pouco mais grossa. Meso-epinoto pouco restricto. Primeiro nodo do petiolo duas vezes mais com- prido do que largo; o segundo uma vez e meia, um pouco mais largo, que o primeiro. Em geral lisa e brilhante. 3,7-4.8 mm. Bahia : Ac. góldii For. 10 — muito mais curta. Mandibulas estriadas, pelo 14; menos em maior. 11. Cabeça em baixo, no bordo anterior, com dois dentinhos agudos; lateralmente, para o terço anterior, com saliencia forte; pouco mais com- prida que larga. Mandibulas com tres dentes no bordo masticatorio (o dente mediano situa- do no meio). Scapo para o fim accentuada- mente alargado. Articulos 3-- 10 do tuniculo muito mais largos que compridos. Primeiro nodo do pet:olo mais comprido, que largo ; se- gundo mais largo que o primeiro, um ponco mais largo que comprido. Meso-epinoto restric- Lape to. Geralmente liso e brilhante. Amarello- vermelha. 4 mm. Pará : Ac. paraense For. ( Extr. Ann. Soc. Ent. Belg. T. LVI, 1912, pag. 45) 12 — aqui simples. 13. 15. Articulos funiculares em maior muito nais com- pridos que largos; em minor tão compridos, quanto largos, mas geralmente mais compri- dos. Scapo delgado. Pro-mesonoto abau'ado. Parte basal do epinoto (visto do lado) tem dois terços do comprimento do promesonoto. Meso -epinoto, em maior, muito distincta — em minor muito fracamente restricto. Primei- ro nodo do petiolo muito mais comprido, que largo; segundo tão comprido quanto largo no bordo posterior em maior, mais comprido em minor. Lisa e brilhante; sómente o metanoto na parte maior opaca, em consequencia da es- culptura rugosa. Vermelho-amarella, pernas, pe- tiolo e abdomen mais claras. 2.9-4. 5 mm. Ituverava (Est. de S. Paulo 16.196) E. Garbe leg. Ac. diana For. Mém. Soc. Ent. Belg. XX, 1912, pag. 31 É pag 14— do faniculo, excepto o ultimo e talvez o pri- meiro, o decimo e o nono articulo, quando muito tão compridos, quanto largos. Primeiro nodo do petiolo (sempre visto de cima) distincta- mente mais comprido, que largo; o segundo liso e brilhante. 15. Segundo: nodo do petiolo em cima muito mais comprido, que largo. distictamente mais estreito que o primeiro. O primeiro opaco. Pro-meso- noto fracamente abaulado. Parte basal do epi- noto, guando muito, tão comprido, quanto a metade do pro-mesoncto. Meso-epinoto em maior, distinctamente, em menor não restricto. Tho- rax grossamente esculpido. Pro-mesonoto me- diocremente brilhante, epinoto cpaco. Inteira- mente amarello-vermelha ou cabeça e thorax parda. Scapo alargando-se sómente um pouco para a extremidade. 1. 5-5. 5 mm. Rio Grande do Sul e Paraguay : Ac. angustinode Em. 16 — nodo do mesmo em cima tão comprido, quanto. 117. largo ou sômente um pouquinho mais comprido ; não mais estreito, que o primeiro. Corpo farta- mente vestido de pellos compridos e eriçados. 17. Segundo nodo do petiolo em cima quasi qua- drado. O ultimo articulo do funiculo um pouco mais, que duas vezes tão comprido, quanto o. decimo e o nono juntos. P'ro-mesonoto na parte maior polida; epinoto mais ou menos es- culpido, sem brilho em maior, com brilho em minor. Primeiro nodo do petiolo brilhante e quasi liso em menor, parcialmente esculpido em maior. Amarello-vermelha. Scapo fortemente engrossado para a ponta. 2. 5-4 mm. ( Segundo. Mayr, Wien. Ent Zeitschr. 1886 pags. 33 e 120). Palmas, Sta. Catharina no antigo contes- tado. A. hetschkoi Mayr. 18 — nodo do petiolo não quadrado, adiante distin- ctamente mais estreito, que nas outras partes ; mais largo, que o primeiro. (Cabeça com an- gulos obtuso-agudos. O ultimo articulo do fu- niculo, quando muito, tão comprido, quanto o decimo e o nono juntos. Mandibulas no bordo- masticatorio com 2 ou 3 pequenos dentinhos. norax emcima inteira — e fórtemente escul- pido ; pro-mesonoto pelo menos em menor bri- lhante. Epinoto em maior sempre, em mener. — 249 — geralmente opaco. ( Em menor o pro-mesonoto as vezes quesi liso). Primeiro nodo do petiolo mais ou menos esculpido e mais ou menos opaco. Meso-epinoto em maior distinctamente, em menor fracamente restricto. Pro-mesonoto fracamente abaulado. O comprimento da parte basal do epinoto tem mais ou menos a metade do pro-mesonoto em maior, muito mais compri- do em ino. Cor, em maior, pardo-vermelha, em minor amarellada. 2.3-4 mm. São Paulo: Ypiranga (10.031, 19.704): Ac. raptans For. (Bull Soc. Vaud. Se: Nat. Vol. XLIX, 1913 pag. 11 = raptor For. Deut. Ent. Zeitschr. 1911 pag. 289 — abstinens Ihg. Ent. Mitt. B. I, 1912 pag. 232.) IV CHAVE PARA DETERMINAR DIV. Ÿ d (Os caracteres, aqui mencionados, refe- rem-se especialmente äs especies descriptas, nesta chave. ) Especimens proporcional nente bem gran- des, da forma distincta, geralmente vestidos com cabellos extraordinariamente compridos, de côr pardacenta, pesados, mais ou menos de 1-2 cm. de ccmprimento, que na sua apparen- cia sO se assemelham muito pouco aos & 4 de outras formigas. Azas geralmente amarelladas. Antennas com 13 artículos. Capturam-se quasi exclusivamente à luz electrica e aqui frequentemente. Todavia forão varios exemplares tambem observados nas co- lumnas migratorias dos ÿ 9. 1. Mandibulas consideravelmente mais compridas, que o bordo anterior da cabeça, para a ponta distinctamente encurvadas para dentro, em geral, porém, sómente pouco curvadas. Linha basal do triangulo dos ocellos muito mais curta, de que a distancia entre os olhos e o ocello mais 195i) as proximo. Face ( lugar entre olho e a base man- dibular ) distincta. À frente passa paulatinamente para a vertice, estando por conseguinte, os ocellos num plano. Petiolo fortemente transversal, no meio excavado, os angulos anteriores fortemente arredondados; bordo lateral puxado aliforme para tráz: os angulos posteriores obtuso-agudos. Es- culptura (excepto burchelli ) pelo menos encima do thorax, compõe-se de pontos ralos e bas- tante grossos. Quasi inteiramente opaco. Pu- bescencia, pelo menos no abdomen, muito rica, brilhante como a seda: Subg. ECITON S. STR. 5. 2 — quando muito, tão compridas, quanto a margem anterior da cabeça ou sómente um pouco mais compridas; geralmente fortemente curvadas em forma de foice. Linha basal do triangulo ocellar sempre consideravel ou muito mais comprida, de que a distancia entre o olho e o ocel- lo maisp roximo. Falta a face ou é muito curta. 3. 3. Frente e vertice semelhante a Eciton : Os olhos num plano e os lados da cabeça não occupados inteiramente. Distancia, entre o olho e o ocello mais proximo, pelo menos tão comprida, quanto a largura do scapo. Mandibulas relativamente quasi tão compridas, quanto o bordo anterior da cabeça. Thorax mediocre grossamente pon- tuado : Subg. LABIDUS. 11. + — separada do vertice, directamente atráz dos olhos e dos dois ocellos trazeiros e para tráz for- temente declinada. Os olhos occupam os lados da cabeça inteira. Linha basal do triangulo ocellar muito comprida; a distancia entre O olho e o proximo ocello mais estreita, que a largura do scapo. Mandibulas distinctamente mais curtas, que o bordo anterior da cabeça : np. ee Subg. ACAMATUS. 17. 5. Mandibulas muito estreitas. angulo antes do meio do bordo interior, às vezes, indistincto. Face pelo menos täo comprida, quanto o scapo na sua parte mais larga. A parte emarginada atraz da cabeça, com dois angulas distinctos. Scutello sem sulco longitudinal. Cabeça na vi- zinhança dos ocellos, mandibulas e antennas pelo menos no scapo, ( scutello ), epinoto, o ultimo segmento abdominal encima na sua parte maior, os lados dos outros segmentos e o petiolo lateralmente, bem como as pernas, com cabello eri- cados e amarellados. Thorax muito denso e muito fino granulado, sem pontos mais grossos; com manchas e a 4 desenhos pretos. Cabeça, thorax, co- xas, femores e antennas geralmente pardas ; petiolo, abdomen, tarsos e tibias par- cialmente amarello-parios. 17 mm.: (As figuras das mandibulas segundo Emery e Santschi ). Ec. burchelli Westiv. (= foreli Mayr. $X%) 6 — largas, no bordo interior com 1 ou 2 angulos fortes. 7. 7. Mandibulas aqui com dois angul.s. Cabeça tão larga, quanto o thorax. Petiolo nos angulos anteriores arredondado; atráz menos alongado, de que nas especies aparentadas; sem cabellos eriçados. Cor claro-vermelho-parda, costa do ab- domen e scutello muito escuros. 14 mm: Ec.? hamatum Fabr. é À Comprimento apenas 14 mm. não falia a favor de Hc. hamatum, considerando que os dd, do burchell e quadriglume, cujos $ & egualam por mais ou menos no comprimento aos do hamatum, tem um comprimento de 16 -- 18 mm. 252 — 8 —aqui sómente com um angulo. 9. 9. “Este angulo antes do meio do bordo interior. Face muito mais estreita que o scapo na sua parte mais larga. A parte emarginada atráz da cabeça sem angulo. Scutello no meio com sulco longitudinal fundo e largo e por conseguinte com duas gi- bas. Petiolo no bordo auterior emargi- nado bem fundo. Thorax, além dos pontos grossos. com pontuação densa, a + dedaliforme. Cabellos eriçados semelhan- tes aos de burchelli, mas da cor cin- zenta. Thorax e o ultimo segmento do abdo- men encima inteiramente cobertos e o penul- timo no meio trazeiro de cabellos eriçados; o petivlo só lateralmente. Cor inteiramente preta, sômente a do funiculo, dos tarsos e da ponta do abdomen amarello-parda. O abdo- men apparece pela pubescencia ama- rellada um pouco menos escuro. 16-18 mm. N Ec. quadriglume Halid. a ; Somente um 4 (N. 19.686 ) de S. Paulo, cidade. 16 — angulo aträz do meio do bordo interior. Scu- tello sem sulco longitudinal. Petiolo antes for- temente estreitado, com angulos anteriores bem distinctos, no meio fundamente impresso, Thorax, além dos pontos grossos, com pontuação fina e densa; rectilineo no scutello. forte, mas não verticalmente declive. Cabellos eriçados curtos no pro- mesonoto, mais compridos nas outras partes do thorax, bem como no scapo 4 e nas pernas. Abdomen encima só- mente no pygidio com cabellos eriçados. Cabeça, thorax, petiolo, mandibulas e antennas muito escuro-pardo-vermelhas ; pernas, abdomen e tarsos mais claros. 15 mm.: = 150) — Ee. dubitatum Em. Segundo Emery e Ihering, dubitatum & pertence a vagans ou rogert &. 11. Quasi inteiramente brilhante, quando muito, o abdomen parcialmente opaco ou subopaco. 13. 12. — inteiramente opaco, sómente os bordos poste- riores dos segmentos do abdomen e o ultimo segmento do mesmo brilhante. 15. 13. Scapo mais curto que os quatro primeiros ar- ticulos do funiculo. Therax muito menos que duas vezes mais largo, que a cabeça. Mandi- bulas simeles. Petiolo forte transversal, seme- lhante ao de Æciton s. str., com bordo lateral producto em forma de azas para tráz, mas com angulos anteriores completamente arredondados de maneira que, existem sómente dois bordos : o anterior ( junto com os lateraes ) e o posterior. Ga- beça e mandibulas, thorax, petiolo (excepto a me- tade posterior impressionada ) e o primeiro se- gmento do abdomen, pelo menos nos seus lados, o ultimo e penultimo tambem em cima, segmen- to 2 atê 4 no meio, bem como as coxas, com cabellos compridos e eriçados. Pernas e scapos com cabellos mais curtos e mais appressos. Brilhante; do segundo ao quarto segmento ab- dominal com pontuação densa e por’ conse- seguinte subopacos. Cor claro-vermelho-parda, cabeca parda ou preta. 20--22 mm. : Lab. cœccum Latr. (Com as var. jurinei Shuck e servillei Westw. ) 14 — tão comprido quanto os cinco primeiros arti- culos do funicuo. Thorax quasi duas vezes mais largo, que a cabeça. Mandibulas nos pri- meiros dois terços do comprimento, com 3 es- trias longitudinaes. Petiolo quatro vezes mais largo, que comprido, em cima mediocremente aplanado. Vestilura de cabellos semelhante à — 294 — do coecum, mas a cabeça no meio pelluda. Epinoto, petiolo e abdomen pubescente de cor amarello -- vermelha; o ultimo muito finamente pontuado e brilhante. O resto da cor é muito semelhante a do coecum. 20 mm.: Lab. praedator Fr. Sm. Apesar da frequencia do $,0 & até agora não foi encontrado em roda da cidade de S. Paulo. 15. Parte basal do epinoto no hordo posterior arredondado, no meio sem ou sómente com uma impressão fraca. Petiolo largo -- quadra- do, com uma largura mais de duas vezes su- perior ao comprimento; antes um pouco mais estreito, que atraz; angulos anteriores e pos- teriores arredondados, angulos posteriores não aliforme, no bordo anterior um pouco encolhido, em cima convexo. Laminas (1) frontaes comple- tamente arredondadas. Cabeça, incl. mandibu- las, metanoto atráz, petiolo e o primeiro se- gmento abdominal nos lados, o ultimo e o pe- nultimo em cima inteiramente revestidos com cabellos muito compridos, muito densos e eri- cados. Tambem o resto do abdomen na pagi- na superior com cabellos compridos, mas de maneira a deixar uma zona média e lateral do segundo segmento até o quarto, ingredindo um pouco tambem o quinto. Cabeilos do tho- rax mais curtos. Pernas e antennas com cabel- los compridos e eriçados. Inteiramente vermelho parda, com cabellos amarellados. 17 -- 18 mm.. Lab. hartigo Westw. (Segundo Ihering hartigi = verosimilmente schlechten- dali Magr. 9 ) A opinião de Ihering é muito verosimil, considerando as proporções do & de schlech- (1) Não áreas, tendali e crassicorne. Este é indubitavelmente o maior. Forel descreve mais um & de S. Paulo, que receveu do Museu Paulista, de hartigz : 17 mm. Menor que o typo. Parte basal do epinoto convexa e não concava no bordo posterior (sómente no meio), angulos la- teraes não agudos, mas obtusos, no meio tão comprida, quanto nos lados ( muito mais com- prida nos lados do typo), quatro vezes mais larga, que comprida. Petiolo muito mais estrei- to, de que o metanoto e que o 1.º segmento abdominal ( apenas em hartigi typo), em cima convexo e totalmente arredondado, nos seus angulos posteriores, que são agudos. Membros somente fracamente pubescenies, sem cabellos eri- çados. Cabellos compridos vermelho-amarelados, como no typo, mas inteiramente apressos nas cos- tas, eriçados para tráz, só no ultimo segmento : Lab. hartigi Westro. sub-sp. hansi For. 9 i ( Extr. Ann. Soc. Ent. Belg. Vol. LVI, pag. 43 ). . Todos os nossos exemplares, uns vinte, e tambem do mesmo lugar, estão pouco mais ou menos de accordo com esta descripção, até os cabellos abdominaes, que são em todos os seg- mentos eriçados. Este material foi determinado por Emery e Waldo por Lab. hartigr Westw: 16. — basal do metanoto ali rectilineo, no meio com uma impressão forte. Petiolo muito mais largo, que em schlechtendal: ; no bordo poste- rior cerca de duas vezes e meia tão largo, quan- to comprido no meio; com angulos posteriores aliformes, no bordo anterior fortemente encolhi- do, em cima um pouco achatado. Laminas fron- taes (visto do lado) adiante com um distincto angulo obtuso. Cabeça, incl. mandibulas e sca- po, thorax e pernas com cabellos ericados ; epinoto atráz tambem, os cabellos porém, são (1) Não áreas. et — 256 — muito mais comprides. Petiolo nos angulos pos- teriores, segmentos 2 até 6 do abdomen em- baixo nos lados, do primeiro ao quarto tam- bem em cima lateralmente com um pincel de cabellos muito comprido e eriçado; segmento cinco até seis em cima bilateralmente com uma fileira ininterrupta de cabellos muito densos e do mesmo comprimento, que se acha abreviada adiante no segmento cinco. Pardo-vermelha, incl. cabellos, 18--20 mm. : Lab. Æsenbecki Westw. Segundo Ihering esenbeski q! == crassicorne (6) Fr. Sm. $) Petiolo nos angulos posteriores muito forte, arredondados, não escondidos por cabellos. Man- dibulas fracamente curvadas. Espáço entre olho e ocello mais proximo. apenas tão largo, que o meio diametro do ultimo. Petiolo quasi duas vezes mais largo, de que comprido, bordos la- teraes quasi parallelos. Abdomen para tráz dis- tinctamente avolumado. Orgão sexual: atrás só- mente com duas pontas fortes sobresahidas. Brilhante, finamente pontuada. Cabeça, mandi- oulas, thorax, petiolo e coxas com cabellos com- pridos e eriçados, como tambem o abdomen, pelo menos lateralmente e em cima no ultimo segmento. De resto pubescente. Vermelho-parda, cabeça mais escura. 16-17 mm.. Os seguintes caracteres são os mesmos entre luederwaldti, halidayi e iheringi : escapo não relevantemente alargado, não ou apenas alcan- cando o ocello lateral. Scutello em cima sem sulco ou impressão. Epinoto atráz vertical. Petiolo em cima mais ou menos convexo. S. Paulo: Ypiranga (15.7484, 19.688). Ac. luederwaldti Em. ( Extr. Ann. Soc. Ent. Belg. LV, 1911 pag. 220) ARR nee & desconhecido (talvez raplans ). 18. — Nos angulos posteriores bem troncados, es- condidos pelos cabellos densos. Mandibulas fortemente curvadas em forma de foice. Espaço entre olho e ocello muito estreito. Petiolo forte transversal, mais largo atráz, de que adeante. Abdomen cylindrico. Orgão sexual atráz com duas pontas compridas e entre ellas com duas pontas curtas. Brilhante, finamente ponctuada. Pubescente : cabellos mais compridos e eriçados na cabeça, mandibulas, nos bordos do thorax e petiolo, como tambem lateralmente no abdomen e em cima do ultimo segmento. Ferrugineo-parda, cabeça quasi inteiramente preta. 15-16 mm. Do Mexico ao Brasil, Paraguay : Ac. halidayi Shuck 19. — Com argulos posteriores fortemente agudo- dentiformes, sómente um pouco mais largo, que comprido. quadrado. Mandibulas forte cur- vadas. Espaço entre olho e ocello apenas tão largo, que a metade do diametro do ultimo. Orgão sexual aträz com duas pontas compridas ‘e no meio com uma ponta mais curta. Thorax, petiolo, abdomen em cima, com cabellos curtos, mediocremente inclinados ; cabeça, pernas, sca- po com muitos cabellos, mas não compridos e eriçados. Amarello-vermelha, cabeça, em sua parte maior, pardo-preta. 9 mm. Rio Gr. do Sul: Ac. theringe For. | i | } A APSRRAD pd; ia | é ot Por cine CP asian AE nine Or us bat et Pe Ce we 447 te lo A oie re uf As A 7, ET BAR E ! LUN TE ON al ; | ttes avian a FL y | i | NÉ iJ 1} LU Mae o tidas RT, O A | Tr UBB EE, TRY THA RQ E Tit ey ek PSS à ib) wl Abit \h | teh Vth : Lit ta i (ahi E Wahi AMEL CNT IEEE" HN i) RAN. To baer a ih | ho M | wig Rite bee GE Oe USER NE HG) | ol or À Mate fava iy ph, LU MAN AN BONNE di tu TENTA el PONTS ME en | É PL LR a [AVE] CRI AS! (¥ th PIN f ua TT tie A ace hii Be AMEL on Ty hi hal (PY, CM ia A ih CORD AN! ei Wa) Ge Gana ike | OR roça ha TA ay au nr. A : if) Uy) ayn AMP É a’ CAO PONT IEA da LES OPEN ACL TL INTRO UNE tite LA mt etant Moi let os tt PRP at a Nai NE BAT PE: HEV) RTO de . cj it AN ee ech ine Vee? Dre ee a (AL o tt sto! Te Pot Pai ONT A | “hat Qu rot Pos br CE O ink À ib Peer tod A A De NE no PA a R (HN tall 1 LL vi o Che eo whl ALIPIO DE MIRANDA-RIBEIRO O genero Telmatohius já foi consta- tado no Brasil? == “pianos at emos ova 8 is Sims Lait: On ORE 02 TE * : y 7 à k p AA Ti MA Po to J À I Ê i A 7 \ | À iy iG À 7) A A OR 7 Pn aan > RR. be ANSE à Co DONNE | , He PUR i AIR ful» © NS Er) i : ah Cs ae mary > i ‘ Q 0 genero Telmatobius já for constatado no Brasil Na sua «Contribuição Batrachologica » publi- cada em 1864 nos «Verhandlungen der k. k. Zool.» — bot. Gesellschaft in Wien, pg. 282, deu Stein- dachner a seguinte noticia de um batrachio, levado para o Museu de Vienna por João Natterer do Brasil, « provavelmente dos arredores do Rio de Janeiro ». Eis litteralmente os termos de Steindachner : « Telmatobius brasiliensis, nov. sp., Est. XVI, figs. 3, 3a--3c. O dr. A. F. Wiegmann não deixa perceber, na sua bella obra herpetologica « Beiträge zur Zool. gesammelt auf einer Reise um die Erde von Dr. T. J. F. Meyen, Amphibien », publicada no 17 vol, pt. I das Nov. Acta Acad. Caes. Leopold. Carol (1835), pg, 263 — se os dentes vomerinos do genero Telmatobius estão presentes ou faltam. Segundo os exemplares que se encontram no Museu, de uma segunda especie nova, creio eu, de Telmatobius, ha no referido genero dentes vomeri- nos. Estes estão em Telmatobius brasiliensis em pequeno numero (6 à 7 em cada lado) sobre pe- quenas elevações vomerinas semicirculares que ficam em linha recta, interrompida no meio, atraz das choanas. Os dedos são além disso totalmente livres, não reunidos por qualquer membrana, como tam bem o dr. Wiegmann formalmente observa; tão pouco acreditou o dr. Gunther corrigir ou privar do ge- nero Zelmalob'us os rudimentos de membranas na- tatorias entre os dedos (vide o Cat. of the Batr. Sal. do dr. Günther, pag. 42). Tetmatobius brast- liensis m. é mui proximo alliado de T. peruvianus de que differe principalmente pela pelle lisa das ex- tremidades, além disso, na supposição de que o con- torno de todo o corpo no desenho dado por Wie- gmann esteja direito e exacto, pelo comprimento da cabeça e pelo comprimento, relativamente mais curto das patas anteriores. Além disso ao passo que os dedos em Telm. peruvianus sejam totalmente livres, os artelhos são totalmente providos de membrana ( não semi - (?) palmados como em 7. peruvianus ). Uma fraca prega glandulosa da pelle, reune o an- gulo posterior dos olhos à origem das patas ante- riores, o que parece faltar em Telm. peruvianus. 2 Toda a pelle do corpo é recoberta de pequenas ver- rugas obtusamente conicas que, porém, nao tem a ponta endurecida e cornea. Eu não attribuo comtu- do, à isso, especial importancia, porque essa parti- cularidade mui provavelmente deve apparecer no ma- cho, só na épocha dos amores, assim como tambem sem duvida alguma, o pollegar do macho só na- quella épocha, em poucas rãs e sapos é armado do esporão que sempre falta 4 femea. A cabeça da es- pecie aqui descripta é curta, indistinctamente mais comprida do que larga, ellipticamente arredondada na frente, com o focinho mais curto e algo mais retrahido para traz, de modo que cahe em rampa arqueada para o bordo da bocca. As pequenas na- rinas exteriores estão um pouco mais separadas do angulo anterior dos olhos do que uma da outra, as aberturas nasaes internas distinctamente mais sepa- radas ( digamos ainda, de passagem, o dobro maio- res) do que as externas. Os dentes supra maxilla- res são moderadamente fortes, porém curtos, assim como os vomerinos. A orla mandibular mostra no seu meio um forte processo ponteagudo. A lingua é grande e espessa, papillosa, redonda, do mesmo comprimento que largura, estreitada anteriormente (v. a est. XVI, fig. 3.º). Os grandes olhos esphe roidaes se salietam fortemente para cima e são pro- tegidos por espessa palpebra superior que, como a pelle da fronte, é densadamente provida de verrugas. — 263 — As aberturas das trompas de Eustachio são peque- nas, egualam em contorno às narinas exteriores. Os processos transversos das vertebras sacraes são totalmente chatos, estreitos e sOmente muito ponco augmentam de largura para fóra. A extremidade anterior, distendida para traz, passa de pouco o póro anal; a posterior mede 1 1/2 vezes o comprimento do corpo; os artelhos são to- talmente envolvidos por uma membrana natatoria ( veja-se a est. XVI, fig. 3 e.) os dedos são livres. As pontas dos dedos e artelhos são cylindricamente espessadas; sob a articulação dos primciros ha cal- los arredondados, de tamanho moderado, entre os ultimos nota-se, ainda, algumas pequenas verrugas. Os callos articulares dos artelhos são algo mais fra- camente desenvolvidos do que os dos dedos. Na base do metatarso do primeiro artelho ha um tu- berculo maior, fortemente alongado, e no quinto artelho outro um pouco menor. Os artelhos au- gmentam distinctamente do primeiro ao quarto; 0 quinto é do comprimento do terceiro. Uma grande callosidade alongada jaz na base do pollegar, outra um tanto menor e fortemente deprimida sobre a superficie palmar (veja a tab. XVI, fig. 3--b.) Uma pelle rugosa, laxa, envolve o corpo e as extremidades e é geralmente, com ex- cepção das extremidades, providas de verrugas ( mes- mo na região frenal) que, nos lados do tronco são mais fortemente, na garganta e no peito mais fra- camente desenvolvidas. A pelle nas extremidades é lisa e delgada, apenas o lado posterior e inferior das coxas, para junto do póro anal, providos de grandes verrugas. O lado superior do corpo avermelhado, o inferior pardo matte amarellado. A parte anterior do dorso com pequenos pontos ou manchas dum pardo escuro, na metade posterior espaçadamente manchado de nodoas maiores. A parte lateral da cabeça indefinidamente tranfacida de pardo claro e escuro. Todo lado superior das extremidades até as pontas dos dedos e los artelhos, mostrando fachas transversaes pardas que são mais claras no meio do — 264 — que nas orlas debradas de pardo denegrido. Pa- tria Brasil ( provavelmente nos arrederes do Rio de Janeiro ). (Comprimento do corpo do exemplar descripto, 28 mm.; da ext. ant. 15 linhas, da pos- terior 42 linhas. No Museu Imp. por Joh. Natte- rer » ( Steindachner ). + % A’ pag. 190 do seu «Catalogo» Boulenger apenas citou, em nota, a especie de. Steindachner, talvez por duvidar da sua exacta collocação no ge- nero. Mas, em 1907, no n. 19 da 2.º série dos An- nals & Mag. of Nat. History, pag. 394, elle dá a seguinte noticia : « XLVII — Descripção de uma nova rã do ge- nero Telmatobius do Brasil. Telmatobius asper. Dentes vomerinos em dois grupos redondos por traz: do nivel das choanas. (Cabeça um pouco mais larga do que longa; focinho redondo, mais comprido que os olhos; não ha cantho rostral; narinas mais pro: ximas da ponta do focinho do que dos olhos; es- paço interorbital um pouco mais largo do que a palpebra superior; tympanos ausentes. Dedos mo- derados, com as pontas ligeiramente intumecidas, o. primeiro não indo tão longe quanto o segundo; ar- telhos com as pontas intumescidas, quasi inteira- mente palmados ; tuberculos sub-articulares bem des- envolvidos, chatos; um tuberculo interno oval e outro redondo externo no metatarso. A articulação tibio tarsal attinge os olhos. Pel- le das partes superiores densamente providas de pe- quenas verrugas, cada uma com um tuberculo cor- neo margaritoide. Partes inferiores lizas. Pardo. denegrido em cima com ou sem grandes manchas amarellas nas costas e uma barra transversa entre as palpebras superiores; membros com barras trans- versas amarelladas ; partes inferiores pardas. Ma- cho com um sacco interno vocal. Do focinho ao anus 90 mm. Therezopolis, St. Catharina — 4 exem- plares ». Assim, as differenças entre as duas fórmas são : — 265 — Telm. brasiliensis Cabeça indistinctamente mais comprida do que larga. Focinho mais curto que os olhos (na estampa ). Canthus rostralis negado na descripçäo e dada na es- tampa. Palpebras superiores maiores que o espaço interorbital (es- tampa ). Artelhos dos. À articulação tibio tarsal passa os olhos. Verrugas sem tuberculos mar- garitoides. Só a pelle do thorax liza. totalmente palma- Telm. asper Cabeça um pouco mais larga do que longa. Focinho mais comprido que os olhos. Não ha canthus rostralis. Espaço interorbital um pouco mais longo que a palpebra superior. Artelhos quasi palmados. A articulação tibio-tarsal at- tinge os olhos. Verrugas com tuberculos mar- garitoides. | Pelle inferiormente lisa. inteiramente O Museu Paulista possue sete exemplares de batrachios que indubitavelmente pôdem ser referi- dos à forma descripta por Steindachner. Junto à taes exemplares há as seguintes indicações : E Procedencia | Data | Collector | & É Mm = a | E 42 || Alto da Serra — S. Paulo, 1901 | Wacket Q 1 0,055 317 ee) » » » X1-1908 | Luderwaldt | (| 1 | 0,037 318 DNS Ed > » » » » 0 | 2 | 0,018 0,02 320! » » » Sax |» » » @ |1 | 0,050 647 || Ilha de S. Sebastião - S, Paulo 1909 | Pinder et 1 0,058 754 || Alto da Serra — S. Paulo. 1902 | Bicego S|1 | 0,036 Na 1 O n. 12 é de coloração parda, com uma facha branca posteriormente debruada de escuro, no espaço interorbital; as manchas do corpo são diffusas in- distinctas de modo à parecer à primeira vista unir, forme. Entre os olhos e as narinas, corre outra estria denegrida com um debrum inferior claro, que = topo simula um canthus rostralis. As fachas transversaes dos membros säo mais escuras nos bordos e depois debruadas de claro. No individuo 317 as verrugas são cobertas de tuberculos margaritoides muito pe- quenos ; as côres são o pardo e o amarello de creme quasi branco que avparece na estria inter-orbital, n'outra post-ocular, obliqua para traz até as espa- duas, n'um ponto mediano da nuca, n'outro do meio do dorso, em duas faixas que partem dos flancos em combinações com outras transversaes das pernas e com o pardo mais escuro. Nos exemplares 318 ha mais accentuadas ainda as manchas claras, repe- tindo porém os desenhos do n.º anterior. N.º 320 o pardo geral se obscurece para o de- negrido e as manchas brancas se dividem em pon- tos muitos pequenos. No de numero 647 a côr geral é o negro re- tinto — os desenhos são marmoragens brancas, muito nitidas na facha interorbital e nas barras das qua- tro extremidades. A superficie inferior é parda- centa. Finalmente o exemplar 754 reproduz com al- guma aproximação o colorido dos ns. 317 e 318. Assim, baseando-nos na côr, vemos ahi duas variações — a — parda-chocolate, querendo ser uni- forme, (para os individuos maiores) — desenhando uma grande cruz no lado superior, nos individuos menores (exemplos 12 4 318 e 754 ). b) — denegrida manchada de pontos e riscos alvadios (nos 320 e 647). Baseando-nos na tórma somos immediatamente levados à censiderar a descripção de Steindachner, do seu Telinatobius brasiliensis. Mas duas objecções surgem logo: O genero Telmatobius, tem sido attribuido 4 familia dos Cystignathida pelos mes- tres da batrachologia moderna; assim, embora exi- tante, collocou Steindachner o seu Telmatobius brasiliensis ; assim o referio Boulenger no seu Catalago e ainda o parece confirmar com a noticia sobre a Telmat. asper. a ogy E os Telmatobii tem as larvas grandes, de corpo quasi egual aos das imagens. Acabamos de ver o numero 318 com 2 exem- plares (imagos ) medindo respectivamente 18 e 22 millimetros, quando, o exemplar maior da série mede 58 milimetros. O exame dos detalhes anato- micos revela os exemplares do Museu Paulista um arciferos de familia junta aos generos Acris ou Gry- piscus. D'ahi portanto a necessidade da creação duma diagnose generica (1) para seu perfeito estabeleci- mento no quadro dos Batrachios brasileiros, neces- sidade que se incrementa à vista dos exemplares do sexo masculino, d'essa fórma, apresentarem orgam que não é encontrado nos Telinatobw — à saber, um amplo disco, perfeitamente glabro e si- tuado justamente na prega iliaca e cuja funcção desconhecemos por completo. D'ahi o genero : à lliodiscus Diagnose: Arciferos com o omosternum cartilaginoso e o esterno ovoide, coracoide presente e diapophyse sacral plana e um pouco dilatada. Dentes ma- xillares presentes vomerinos em uma serie e ele- vação em cada lado interno posterior das choanas. Estas reduzidas Trompas de Eustachio de abertura isolada e pequena. Lingua sub-ovoide. Pupillas horizontaes, a iris provida dum menisco contractil superior. Dedos livres; artelhos palmados, com as articulações providas de callos e a ultima phalange não uncinada e sim dilatada. O macho provido de um forte disco lateral na região itiaca. (Fig. 2) Agora as especies. Conforme já dissemos não exitamos em collocar o exemplar da primeira sob a designação especifica dada por Steindachner e (1) Veja-se a transcripção de Cycloramphus unico genero onde poderia ser incluida a fórma em questão, no fim desta nota. — 268 — iriamos mesmo à ponto de reunir-lhe à synonimia T. asper de Boulenger. Mas quem uma vez tra- balhou com os batrachios, sabe-lhe as possibilidades tanto de mimetismo como de variação. Por outro lado o valor dos dois batrachologis- tas supramenciorados deixam-nos completamente irresolutos sobre o assumpto que só elles dois, 4 face do aqui exposto e do material de que dispõem poderão resolver de maneira cathegorica. Assim deixamos. Telmatobius brasiliensis Steind. e Telmatobius asper, Boul. 1 — livodiscus dubius, sp. nova Fôrma aproximada de Acris grillus da Am. do Norte e conservando um aspecto accentuadamente hylaemorpho. (Fig, 3) Pelle rugosa, laxa, às vezes de aspecto escamoso, às vezes recoberta de verrugas maiores, Ora simples, ra providas ainda de coucre- ções margaritoides externas, em toda a face superior ou as vezes deixando lizas as extremidades. Na inferior óra é lizo só o meio do peito, braços e côxas, Ora tambem o são as extremidades como todo esse lado inferior, desde o papo. Bocca ampla de diametro antero-posterior pouco maior que 1/2 do transverso, começando o hiato por detraz da orbita. (Fig. 4) A lingua não occupa toda a ex- tensão da mandibula, é subovoide, imperceptivelmente entalhada ro bordo posterior. As narinas ficam numa intumescencia pouco mais proximas do bordo rostral do que da orbita; e esta se contem apenas de uma vez ou de pouco é excedida pelo comprimento do focinho. Não ha canthus rostralis sendo cava a região loreal. E do angulo posterior dos olhos parte uma prega cutanea que se dirige, como diz Steindach- ner para 7. brasiliensis, para a base do braço. O dia- metro ocular eguala ao interorbital, sendo contido 3 vezes e muito pouco no diametro transverso do hiato. A ruga da pelle post-ocular parece marcar a região tympanica, liza, por elle occulta porêm não distincta. Extremidades totalmente livres. As mãos tem os — 269 — dedos terminados em pequeninas pelotas discoides, um callo circular em cada articulação e dois carpaes, um interno alongado na base do pollegar e outro cordiforme, sobre o 3.ºe 4.º dedos. Os pés tem os discos terminaes dos artelhos dando origem à mem- brana palmar para os lados, os callos articulares alongados, um tuberculo metatarsal interno, estreito e pequeno, na base do primeiro artelho e outro mediocre na do 4.º. Colorido pardo castanho, mas claro e amarellado inferiormente, punctulado de branco ou creme-claro, formando as manchas uma especie de cruz sobre a parte dcrsal, nos individuos de meia idade ou adultos. Habitat : Alto da Serra (S. Paulo ). 2 -— I. PINDERI, sp. nov. Differe do precedente por ter o canthus ros- tralis quasi pronunciado, a lingua bitruncad« poste- riormente e o colorido negro indistinctamente pun- ctuladae transfaciada de branco. As constantes da forma anterior são o traço interocular e as barras transversaes das patas. A nyctitante é orlada de negro. Habitat : Ilha de S. Sebastião, S. Paulo. Typo: exemplar n. 647. Ainda a mesma colleção possue 44 outros ba- trachivs referiveis ao mesmo genero. 3 — ILIODISCUS SEMIPALMATUS, Sp. NOV. S — Asperamente granuloso como 1. dubious, anteriormente descripto, em todo o lado superior e na parte posterior das coxas, rugosa na face abdo- minal. Narinas equidistantes da ponta do focinho o do angulo orbital anterior. Diametro ocular 5/7 de focinho, maior que o espaço interocular que corres- ponde à 4/6 desse diametro. O menisco da iris mui- to pequeno. Bocca de diametro antero posterior cer- ca de 15/18 do transverso. Lingua imperfeitamente ellipsoidal, entalhada em livre posteriormente. Vo- merinos em dois pequenos grupos posteriores às choa- nas e contiguos. Dedos livres, porem cora uma pre- ga cutanea muito fina em torno de sua extensão. Crescem na seguinte ordem: 1, 2, 4, 3. A pata posterior levada à frente attinge as narinas com a articulação tarsal, os artelhos são fimbriados e cur- tamente sub-palmados. Os tuberculos subarticulares são fracos tanto nas mãos como nos pés. Os meta- carpaes internos são ovaes, e os externos subcordi- formes ; o metatarsal interno é oblongo, e o externo circular. O disco illiaco é egual ao diametro or- bitario. Cor parda uniforme (I), uma tarja amphiocu- lar e ama nodoa no meio do dorso em barras trans- versas nas maxillas mais claras. No extremo dos membros anteriores e parie superior dos posteriores, fachas transversas mais escuras; face abdominal marmorada de claro. Dimensões : Corpo 49 mm; per- nas 62 ; dois outros exemplares, menores deixam per- ceber o colorido mais nitidamente. Exempls, Data | Numeros Procedencia | Collector 737 | Campo Grande—S.Paulo oe VII-1902 1 317 | Alto da Serra—S. Paulo |Luderwald| XI-1908 2 ae 4 — ILIODISCUS ELEUTHERODACTYLUS sp. nova d — Além dos caractères abaixo dados para a femea, tem o disco concavo e grande, maior do que os olhos. q — Differe do macho por ter o granulado da pelle quasi imperceptivel; entretanto assim mesmo às vezes elle forma uma linha longitudinal rachidia- na ou duas linhas ramosas, sobre cada flanco entre os olhos e a apophyse transversa. Os dentes vome- rinos são menos contiguos. Os artelhos não deixam perceber sequer vestigios de membranas. O colorido I) Ind.” conservado no alcool e expesto à luz. é violaceo denegrido com pintas e barras brancas, na parte superior, formando uma tarja anphiocular, outras transversas sobre as maxillas e lado supe- rior das extremidades. As pintas que sobre o tron- co se :eunem, delimitam um À que vem da cabeça e cujos ramos caem sobre os lados do thorax; as vezes ha linhas brancas sobre a região sacral ou ahi formando ocellos. No lado inferior o colorido é sepiaceo violeta, pintado de branco. Como se poderá avaliar esse co- lorido é fórtemente semelhante ao de Hylodes un- deriwoodi, Günther. Dimensões : Corpo, 48 mm; perna, 43. a | I 1 Procedencia Data (Collector Exempls. 24| Alto da Serra — São Paulo 1901 | Wacket 20 | Alto da Serra — São Paulo 1901 | Wacket 835 | Rio Grande — São Paulo VI-1902 | Wacket 572 | Rio Grande — São Paulo VIII-1902| Wacket 816 | Alto da Serra — São Paulo | VI-1903| Wacket Transcripção de Dumeril et Bibron Vol. VII Batraciens Anoures XE GENRE. CYCLORAMPHE. — CYCLORAMPHUS (1). Tschudi. Caractères. Langue entiére, disco-ovalaire, li- bre à son bord postérieur. Deux groupes ou deux rangs de dents palatines, situés entre les arrière- narines ou au niveau de leur bord postérieur. Tym- pan cachê; trompes d'Eustachi de médiocre gran- deur ou excessivement petites. Quatre doigts libres; pas de rudiment de pouce extérieurement. Orteils réunis par une membrane plus ou moins courte; premier os cunéiforme faisant une saillie faible et non tranchante. Apophyses transverses de la vertè- bre sacrée non dilatées en palettes, Les espèces de ce genre n'ont ni la tête pro- tègée par un bouclier osseux, ni le tympan visible, ni les articulations des phalanges dépourvues de pe- tits renflements à leur face inférieure, trois caracté- res qui les distinguent éminemment des Calyptocé- phales, avec lesquels elles offrent d'ailieurs les plus grands rapports : elles leur ressemblent effectivement par leur tête courte, très-aplatie et fortement arron- die en avant; par lenr bouche largement fendue, dont le plafond cependant a une surface parfaite- ment plane; par la forme presque circulaire de leur langue, par l'absence de rudiment de pouce, par la palmure médiocrement dévelopée de leurs pieds, par (1) De (cyclos), arrondi, et de ( rhamphes ), bec. la conformation des pièces composant la colonre vertébrale ei le bassin, en un mot, par l’ensemble de leur organisations externe et interne. La tête des Cycloramphes, quant à sa structu- re, rentre dans la règle générale, c’est-à-dire que parmi les os qui la composent, il n’en est point qui offrent cette expansion considérable par suite de la- quelle, chez les Calyptocéphales et les Pélobates, le dessus et les côtés du crane semblent ne plus for- mer qu'une seule et même pièce, une sorte de bou- clier rugueux, revêtu d'un tissu cutané si mince et qui y adhère tellement qu'on [en croirait tout à fait dépourvu : ici, comme chez la plupart des Batraciens Raniformes, elle est recouverte d'une peau sembla- ble à celle du corps, et sous laquelle on trouve de grandes orbites et des fosses temporales tout à dé- couvert. Les dents vomériennes tantôt sont réunies en deux très-petits groupes positivement entre les narines inférieures, tantôt disposées sur deux rangs en chevron et un peu plus en arrière. Les conduits gutturany des oreilles sont ou d’une moyenne gran- deur, ou si petits qu'on a de la peine à les aper- cevoir; mais la membrane du tympan ne se voit jamais extérienrement au travers de la peau. Les deux premiers doigts sont les plus courts, le qua- trième l’est un peu moins qu'eux, et le troisième est le plus long de tous ; les orteils vont en augmen- tant de longueur depuis le premier jusqu'au pénul- tiéme, et le dernier n'est pas tout à fait aussi long que le troisième; leur membrane natatoire est plus ou moins développée. Il y a une petite pelote sous chaque articulation des phalanges. Une des deux espèces qui appartiennent à ce genre a une glande sur chaque flanc, l’autre n’en offre sur aucune par- tie du corps; les males de celle ci manquent de sacs vocaux, mais ceux de celle-là en sont pourvus. Les apophyses transverses de la neuvième ver - tèbre ne sont nullement dilatées en palettes ou en ailes, comme chez les Bombinatores; elles sont même plus courtes et plus renflées à leur extrêmité que celles des Grenounilles. — 274 — Nous avons conservé à ce genre le nom de Cy- cloramphus, sous lequel M. Tschudi la indiqué dans sa classification des Batracins, sans dire que c’est dans notre collection qu'il a observé la seule espèce qu'il v rapporte et que nous avions d’ailleurs déjà désignée comme étant le type d'un genre particulier. TABLEAU SYMOPTIQUE DES ESPÉCES DU GENRE CYCLORAMPHE Portant chacun une glande , , , 1, C, FULIGINEUX Flancs : | U sang SIBNGGS ty! nage ates psa 2, C, MARBRE 1. LE CYCLORAMPHE FULIGINEUX. Cyclo- ramphus fuliginosus. Nobis (Voyez Plisy, fig; 59 CARACTERES. Dents vomériennes formant un fort chevron dont la base touche au bord pos- térieur de lentre-deux des arriére-narines. Ouvertu- res des trompes d’Eustachi d'une moyenne grandeur. Une glande sur chaque flanc. Orteils réunis par une membrane dans les deux tiers de leur longueur ; un petit renflement lenticulaire sous le métatarse ; deux gros renflements de même forme à la face palmaire. SYNONYMIE. Pithecopsis fuliginosos. Nob. M. S. S. (1) Cycloramphus fuliginosos. Tschudi. Classif. Ba- trach. Mém. societ. scienc. nat. Neuch. tom. 2, pag. 81. Description FORMES. La phrase caractéristique qui précé- de suffirait seule pour faire reconnaitre cette espèce (1) Ce qui signifierait : visage de singe. — 275 — de Cyclorampbe; cependant nous ajouteruns, que hors la glande circulaire et aplatie q'uelle porte sur chaque flanc, sa peau est partout parfaitement lisse, que ses membres antérieurs offrent la même lon- gueur que le tronc, que les postérieurs ont un peu plus du double de cette étendue, et que de chaque côté de la langue des mâles il existe une grande fente longitudinale communiquant avec un sac vocal, qui est tout à fait interne COLORATION. Un brun fuligineux est répan- du sur toutes les parties supérieures et inférieures, et celles-ci sont comme piquetées ou finement tache- tées de blanc grisatre. DIMENSIONS. Téte. Long. 2”. Tronc. Long. 3.” 5” Memb. antér. Long. 3” 2”- Memb. postér. nes Big ° ee PATRIE. Cette espèce est originaire du Brésil; les deux sujets que nous possédons y ont été re- cueiliis par feu Delalande. * * * Estavam já escriptas as linhas acima e entre- gues para a impressão, quando o Dr. A. de Taunay me trouxe 9 numero 8 do volume LXIII do Bulle- tin of the Museum of Comparative Zoology em que se lê o bom trabalho de lhomas Barbour e G. K. Nohle sobre « Alguns amphibios do N. O. do Peru, com uma revisão dos generos TELMATOBIUS e PHYLLOBATES, cujas conclusões, em tratando do primeiro n'este genero, assim deixam a questão : TELMATOBIUS, Wiegmann. O estado do ge- nero Telmatobius não foi comprehendido. Suas ver- dadeiras relações não podem ser determinadas até que a estructura interna do typo, 7. peruvianos seja descripta e as conclusões de Cope (Bull 34-U. S. Nat. Mus. 1889, pag. 312) confirmadas. Presente- mente referiremos seu genero Cophaeus à syrony- mia de Zelmatobrus. Telmatobius, tem sido confundido tambem com Cycloramphus. Não ha especimens deste genero disponiveis para estudos, porém, julgando das des- cripções publicadas, o genero está bem definido. Elle se distingue de Telmatobius pela presença de fortes dentes vomerinos dispostos em duas longas series atraz (e não entre) das choanas. Estão presentes glandulas inguinaes em trez das quatro especies des- criptas, porém não estão mencionadas em C. bra- stliensis ( Steinaachner ). Em Zelmatobrus, nem uma unica especie é assim provida. Os machos do ulti- mo genero, ao contrario do primeiro, são providos de densas asperezas na epocha da reproducção, so- bre o peito, ante-braço e pollegar. Boulenger ( Cat. Batr-Sal. British Museum, 1882, pg. 184) aistingue Cycloramphus de Telmatobius, pela separação dos metatarsos externos. Este caracter não é mencionado em muitas descripções; e até que os especimens possam ser examinados, parece prudente usar o caracter dos dentes para distinguir Cycloramphus de Talmatobius. Assim fazendo, vemos que nós temos duas associações naturaes, Telmatobius con- finado aos Andes e Chaco boliviano, e Cycloram- phus aos planaltos brasileiros. Depois de referir Tel- matobius brasiliensis, Steindachner e T. dusenr, Anderson, à Cycloramphus, e collocar T. asper, Boulenger, na synonymia de C. asper Werner, temos nós 4 especies de Cycloramphus que podem ser separados pela seguinte chave Dedos palmados atê menos do meio . . . . . . . . dusen: ( Anderson) Dedos palmados até mais do meio . SEE Pelle ‘liza. .). .... «o fuhomosus Tin Pelle verrucosa e provida de tuberculos corneos : Pelle do corpo solta e encar- quilhada, artelhos com- pletamente palmados ... brasilrensis (Stein- dachner ) Pelle adherente no dorso, artelhos semi-palmados . . asper Werner. # lie Ora, ha umas tantas considerações à fazer antes de acceitar por completo as conclusões dos batra- chologistas norte-americanos que viéram, afinal, em confirmação do que eu supponbo. Em primeiro lugar Telmatobius duseni, An- derson, esteve em mãos de Boulenger que o julgou especificamente distincto de Telmtobius asper ( An- derson, Arkiv. for Zool. Bd. 9 — Helfis | — pg. 3 — 1914). Em segundo lugar o proprio Boulenger informa que Telmatobius asper, como Telmatobius duseni têm o macho provido de glandulas inguinaes emquan- to não as ha na femea ( Anderson, loc. cit. ); e nem por isso julgou se no dever de reconsiderar as suas descripções e referil-as ao genero Cycloraimphus. E verdade que Berg conduz atê certo ponto à estas ultimas conclusões dos auctores americanos, pela sua afirmativa de que Cycloramphus, (escripto Cyclo- rhamphus ), seja em parte synonimo de Telmatobius (Anal. Mus. B. Ayres, tomo V, ser.2.º, tomo Il pag. 103 — 1896-97 ). Mas a diagnose de Cycloraimphus, cujo typo é C. fuliginosus (Tschudi Class. Batr. in Mém. Soc. Sciences Naturelle New chatel, Il, pg. & — 1838 ) têm além do que já vimos, na transcripção de Du- meril e Bribon, referidos por Gunther e Boulenger : « Dedos livres, artelhos palmados, o primeiro cuneiforme formando uma ligeira proeminencia re- donda. Pele liza, com uma grande glandula em cada lado. Dentes vomerinos em duas serves obli- quas ; lingua inteira, livre atraz, oval; trompa de Eustachio moderada, tympano occulto. Macho com um sacco vocal interno ». ( Günther, pg. 22, 1858). « Pupilla horizontal? Lingua oval inteira e li- vre atraz. Dentes vomerinos. Tympano occulto. Dedos livres, artelhos palmados, as pontas não di- latadas Metatarsaes externos separados. Omosterno cartilaginoso, esterno uma placa cartilaginosa. Pha- lange terminal simples». ( Boulenger, Cat. 159 — 1882 ). RULES Assim, os vomerinos posteriores às choanas e da grande glandula em cada lado não bastam para que seja definitivamente fixado o genero Cycloram- phus, cuja especie para maior confusão foi vaga- mente indicado: «do Brasil », por Dumeril e « da India» por lschudi, loc. cit. pg. 81. Aliás, porque tambem não referir ao caso © genero Grypiscus de Cope? | Por esse motivo não risquei a diagnose de ILIODISCUS, que me parece perfeitamente admissivel até que auciores dispondo de melhores meios possam resolver em definitivo o assumpto, revendo mesmo as especies para melhor elucidação. Par Mir. Rib. — O genero Telmatobius, etc. Rev, Mus. Paulista, vol. XII. de Iliodiscus dubius. Figs. 1 esterno; 2 olho mostrando o menisco; 3 desenho do dorso; 4 b Diapophyse sacral, c Ultima phalange de um dedo. Mir, Rib. del ad nat. “qua “UA - SMANA SNOSIGOITI IX ONOL - VISITNVA SNN “AaH ‘913 'SNISOLVINTIL OHINID O - “qlH “JIN Mir. Rib. - O GENERO TELMATOBIUS, ETC. REV. MUS. PAULISTA - TOMO XII |. DUBIUS ILIODISCUS PINDERI |. DUBIUS |. SEMIPALMATUS Mir. Rib.— O genero Telmatobius, etc. Iliodiscus pindert Figs, b bocca, d mão, e pé e c disco iliaco Rev. Mus, Paulista, vol. XII, Mir. Fib, del. aa, Au f a it Te Vly e 4 o — VE ud a than x à La 4 Th + a Parts jr 4 Mir. Rib. - O GENERO TELMATOBIUS, ETC. REV. MUS. PAULISTA - TOMO XII ILIODISCUS SEMIPALMATUS - Mir. Rib. ILIODISCUS PINDERI - Mir. Rib. ILIODISCUS ELEUTHERODACTYLUS - Mir. Rib. (Lado Ventral ) ‘IH JUN - SALVINTVAIINAIS SNOSIGOIT “qa JIN - SATALOVAOHIHINITAI SNOSIAOITI HX OWOL - VISITNVA ‘SNW “AIH ‘OLS 'SNISOLVINTIL OHINAD O -“qly IN Al pio de Mi anda-Ribeiró 0S ENGYSTOMATIDEOS DO MUSEU PAULISTA (com um genero e tres especies novos ) Sin do matic LV! ÿ! FE ATLAS RUN Gt 264d EAN Te RE CN CSIR CM LOUE IR, 100) LES Ds Encrgstomatideos do Museu Paulista (com um genero e tres especies novos) ENGYSTOMA, Fitzinger Neue Clasification der Reptilien, pg. 65 — 1826) « Pupilla erecta. Lingua elliptica, inteira, livre posteriormente. Dentes vomerinos nullos. Uma prega cutanea atravez do paladar (1), entre as choanas e uma outra em frente do cesophago. Tympano oc- culto. Dedos e artelhos livres, obtusos ou dilatados na ponta. Metatarsaes externos unidos. Coracoides unidos por uma cartilagem unica; precoracoides nullos; omosterno idem. Wsterno car- tilaginoso. Diapophyse da vertebra sacral modera- damente dilatada. Phalanges terminaes simples ». ( Boulenger ). Além d’esses caractères pode-se mais ajuntar : Forma sub-depremida, apresentando uma ligeira ap- parencia com as Hydrocorideos do gerero Neppa‘ se olhados de cima; como tambem de uma tartaruga se os encaramos de lado, pela formaçäo de um re- bordo cutaneo que procede de uma prega cervical e percorre os flancos até as coxas. A pelle é liza, sem rugas no corpo e nos membros. O focinho sempre proeminente sobre a mandibula e a cabeça tão pequena, que se contêm umas 8 vezes no corpo. À coloração tem sempre um matiz leitoso, Das descripções dadas pelos auctores, para formas encontradas no Brasil, póde-se concluir a seguinte chave : (1) Caracter negado por Peracca no OB qa hos 1/4 do comprimento do focinho. — Coxas unitormemente colo- rides 2a 1% Me MORO: Wom, (EEE Olhos 1/2 do comprimento do focinho. — Coxas estriadas , osterior-- mente de branco, Artieulaçäo tarso-metatarsal não attinge a espadua E. ovale. Schn. Articulação tarso-metatarsal attinge os olhos. . E. leucostictus. Blgr. Olhos eguaes ao compri- mento do focinho . E. aibopunctatum. Boett. O Museu Paulista possue Æ. ovale, com algumas varieuades e uma outra especie que considero nova. Dumeril e Bibron, Steindachner e Boulenger, dão-lhe duas variedades. A primeira figurada por Valenciennes 7n Guerin de Meneville, Est. 27 da sua Inconographia do Reino Animal (Figs. 2 e 29) e a segunda redescripta e figurada por Steindachner na sua Gontribuição Batrachologica (Pg. 285, e Est. AVN es e 06 POE XIV aoe Verhandl. d. Zool. Bot Gesells. in Wien 1864). Boulenger, embora englobando as variedades e fazendo a diagnose da especie conforme adiante se ve, varias vezes, entretanto, demostrou respeitar as variedades referidas, pelas citações que em notas di- versas e ulteriores do seu valioso “Catalago” fez de cada uma d'ellas. A descripção de Boulenger é a seguinte, con- vindo que se note que os exemplares do Museu Bri- tannico que lhe sarviram de base, procedem de “Bo- gota e da America”, ao passo que a segunda va- reedade, redescripta e figurada por Steindachner procede de Mattu-Grosso, “onde fora trazida por Natterer. « Focinho pontudo, proeminente, cerca de duas vezes o diametro ocular. Membro anterior curto. mais comprido do que sua distancia da ponta do focinho; dedos curtos, o primeiro mais curto do que — 283 — o segundo. 6 membro posterior esticado para a fren- te ao longo da corpo, a articulação tibio tarsal não attinge às espaduas ; dedos inteiramente livres, com as pontas obtusas e tuberculos sub-articulares dis- tinctos; um tuberculo meta arsal interno muito pe- queno ; tuberculo externo ausente; pelle perfeitamen- te liza; uma prega atravez da cabeça, por traz dos olhos. Pardo em cima, lado inferior mais claro marmorado de pardo; uma risca alvadia ao longo do lado posterior das coxas. Macho com um sacco vocal sub-gular e a garganta negra.» (Boulenger.) Consideradas em separado cada uma das variedades d'essa especie, teriamos a seguinte chave. Parte superior atê uma linha que vae, em recta, da ponta do focinho ao maior artelho, passando por cima da articulação do braço e todo o lado externo d'este, de cor parda unifor ne e finamente punctula- da e vermiculada de mais escuro. o resto do corpo LEE o ARE) Een en ie enr E.-0.-bicolor (Val.) Pardo escuro cineraceo, mui finamente nunc ulado de pardo amarellado; as manchas maiores nos ex- tremidades. Lado superior das coxas, parte posterior do humero e braço, indistinctamente maculados de miniaceo. Lado inferior inclusive palmas e plantas, cinzento violaceo, com punctulações alvadias, sujas. O RAN US SR RS PRES E. o. ovale (Schn.) Das collecções do Museu Paulista constam exa- ctamente dois exemplares da primeira variedade, trazidos de Itaqui, E. do Rio Grande do Sul, pelo sr. Garbe, e dois outros do mesmo Estado que fi- guram de ha muito em exposição. Todos os demais se aproximam da segunda variedade, sem comtudo, mostrarem o miniaceo de de que falla Natterer, talvez por sua permanencia no alcool, nem o ponstuado que se vê na parte dorsal ‘da figura dada por Steindachner. Poderá ser cha- mado de E. - o-cesarii Iher. (!? (Fig. 8). O co- (1) Em um dos frascos da série da sala de expos'ção “ao publico, havia um exemplar com o seguinte rotulo à ma- — 284 — lorido geral dos exemplares é o denegrido pureureo para o dorso, com occelios ou manchas brancas na junta anterior da coxa e parte infericr, que têm por côr fundamental o pardo, havendo sempre, embora, as vezes interrompida, a linha posterior branca, das pernas e coxas. A mancha denegrida do queixo do macho apparece aqui, como tambem a observo no exemplar da var. bicolor. E de manchas brancas no dorso, ha-as esparsas na verdade, mais tão pequenas que nem são visiveis à olho nú ‘Isso nos exemplares magros, pois que este animal engorda muito. E nas referidas collecções ha-os verdadeira- mente sub-globoides e de coloração parda no lado dorsal e apenas mais clara no Jado ventral. Esta variedade pôde ser chamada concolor. Neste ulti- mo caso, a cabeça como que sahe d'uma prega cutanea, que a circumda tanto por baixo como por cima. Finalmente, outras ha, ainda, em que reappa- rece a linha rachidiana tão commum em outros re- presentantes da familia, uma finissima linha escura que ven das narinas ac orifício anal. Este cara- eter poderá designar a var. lineata. Os individuos são : Ea = + | Numeros do 4 | = (gi =| | Procedencia | ren q | Collector ES | A 4 || FB. - o - cesarii Piquete: 264 e 529| X[-1896) Zech. 6 | E.-0- cesarii Os Perús 36| X-1896) Bicego 1 E.-o-crsarii Alto:da Serra — 715] 1896| Bicego S. Paulo 2 | Æ.- 0 - lineatum | R. da Serra 2! 1896) Bicego 3 | ÆE.-0o-cesarii | Cubatao--Santos 37| 1897| Bicego | china: Engystoma cesarii, Iher.; em baixo do fresco, collado ao fundo, em manuscripto desconhecido: Lngystuna cesarie motte, Iher. 5. Paulo. | | à] | «| Numeros do = | Procedencia | © | Collector = | Museu 4 = | | | A ES | | | fm = = = - | Belem (E, S. 2 11 RG > 1 | Paulo ) 38 I 1898 NCego 2 | | Ypiranga 33 | 11-1900! Hémpel 2 E. - 0 - concolor | Ypiranga 41 1906| Luderwaldt 2 | Æ.-o-cesarii | Ypiranga | 42 | X--1907 Dr : | 1 : & Hemper 2 | E.-0- bicolor Itaqui, Rio 108 | 1914! Garbe | | G. do Sul | Sua distribuição geographica vae das Guyanas à Rep. Argentina, Matto-Grosso e Paraguay. ENGYSTOMA SUB-NIGRUM, Sp. nOVa Olhos 1/3 do focinho, que eguala em compri- mento ao espaço interocular e se projecta de pou- co sobre a mandibula, curvando-se para baixo. Nos lados do focinho e sobre a ponta da mandibula fi- cam as narinas punctiformes. A prega dermica ce- phalica desce até os lados do queixo, emquanto o cordão lateral, tão evidente em Æ. ovale, apenas ap- parece sobre a articulação do praço. Este curto, mal attingindo o plano transversso da ponta do focinho. Membro posterior distendido para frente attingindo a espadua coin a articulação tibio-tarsal. Mãos e pés como em E. ovale. Snperiormente plumbeo denegri- do, inferiorinente marmorado de isabel; callos das pontas dos dedos desta côr, bem como uma nodoa nc joelho. Pernas e pês superiormente transfaciados de negro, inferiormente da côr do abdomen. Saeco vocal disticcto exteriormente. Typo 37 mm. 2 exemplares do Estado do Rio. Serra de Macahé ; Coll. Garbe. CHIASMOCLEIS; Méhely Precoracoides presentes porém articulados ao coracoide e anteriormente apenas ao seu opposto por ligamentos conjunctivos que tambem substituem o omosterno. Esterno cartilaginoso, xyploide, amplo. Pupilla redonda. Palatino sem prega dermica. Ma- xillares e vomer enúentulos. Tympano indistincto. Dedos livres artelhos indistinctamente sub-palmados. Membros livres. CHIASMOCLEIS BICEGOI, Sp. nova ( Figs. 1 200 3°) Olhos 1 e 1/2 no focinho cujo canthus rostra- jis é evidente e desenha um angulo agudo per- feito; palpebras convexas, salientes. Uma prega tym- panica até a articulação do humerus. Mão como em Atelopus, os dedos ligeiramente sub-globosos na pon- ta e na seguinte orde n de crescimento: 1, 2, 4 e 3; humeras mais longo que o radius. Perna levada à frente não attinge o tympano com a articulação tibio-tarsal; tuberculos sub-articulares indistinctos ; Pelle liza ; callos metatarsaes indistinctos ; cervix sem prega cutanea transversa ; côr parda de folha secca, cineracea no lado superior; iris negra; fla cos e la- do inferior vermiculados de isabel. Uma linha bran- ca rostro dorsal, encontrando-se no coccyx com ou- tra iransverssa que percorre o lado posterior das coxas. Comprimento: Corpo 16 mm., perna, 20. Exem plar 1; N. 595 — Os Perús, S. Paulo, Coll. Bice- go — 1895. EMVDOPS, gen. novo Corpo de contorno obvoide, deprimido, com a pelle muito liza e esticada, não deixando perceber a conformação interna. Cabeça deprimida, moderada, Nar'nas anteriores. Bocca moderada. Hyato proce- dente debaixo do angulo orbital posterior, Pupilla horizontal, linga ovoide, inteira, porém concava no meio do extremo posterior que é livre. Uma ruga ossea, edentula como os maxillares superiores, por detraz das choanas, uma ontra anterior ao cesóphago, e antes destes numa região oval, correspondente à — Lee ce depressão da lingua; os parasvhenoides nus; (1) Tympano occuito. Cintura escapular elevada salien- te sobre o thorax. Membros anteriores podendo-se incluir n’uma prega axillar, sem quebrar o contorno da projeccão superior do corpo Membros posteriores deprimidos, as pernas recolhendo-se na depressão posterior das coxas e da parte posterior do corpo. Mãos e pês sem membranas; um tuberculo carpal interno, e ou- tro mediano; um tuberculo metatarsal interno. EMYDOPS HYPOMELAS, Sp. NOVA. Figs. 4,5 e 6 Contorno superior em ogiva oblonga. A man- dibula incluida, tem uma pequena saliencia na sym- physe mandibular, constituida por duas depressões lateraes d'essa articulação dos ossos da mandibula qae se encaixam em depressões correspondentes da . maxilla. Hiato de largura egual à 1/2 do diametro antero posterior do queixo. Uma ruga da pelle por detraz dos clhos, sobre a nuca. Mãos e pês com pe- quenos tuberculos nas articulações dos dedos, plan- tas lizas. 1.º, 2.º e 4.º dedos sub-eguaes. Superiormente cinereo-claro com estrias negras interrompidas e no sentido longitudinal do corpo; sobre cada olho ha uma longa estria sinuosa que vem do nariz à nuca. Membros marmorados. Uma estria muito fina e branca vem do meio das narinas ao orifício anal, cruzando-se acima desse com outra egual, que vae de metatarso à metatarso, ao longo das pernas. La- dos da cara até a região post-tympanica e todo o lado inferior do corpo, desde o mento até a ponta dos artelhos, negra. Uma estria branca, identica a do dorso pela linha mediana, cruzando-se sobre o peito com outra transversal que vae a base do pri- meiro dedo de mão a mão, percorrendo o ante bra- co pelo lado posterior e braço pelo inferior. (1) Não pude verificar se este facto corresponde a ma conservação da mucosa. — 288 — Comprimento antero-posterior (corpo) 45 mm., comprimento da perna, da articulação à ponta do maior dedo 58 mm., comprimento do braço, (da cintura ao maior dedo 25 mm. Procedencia: Espirito-Santo, Porto Cachoeiro — Colligido pelo Snr. Garbe em 1916. Rd ae. “Gly ITA unsgiu-gns pwojshgus "TEX “JOA ‘eysyn¥g "SNA "Ada “end ‘SON 22pHewoys {Bu “ghar ‘HA “Jeu pe "Jap ‘gray “HN JIDS29-2]D(00 wojsisuy — @_‘wniSjuqns puojsásu] — | “spjawodáy sdophwy — q ‘¢ ‘p ‘1082919 sjajoowsDjys) — E CZ IX "JOA ‘ESHNEA “SH, ‘AP az YASH “SP 2epyewosá4Bug og "JN Alipio de Miranda-Ribeiro ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O GENERO CERATOPHAYS E SUAS ESPÉCIES Aloumas considerações sobre 0 genero CERATOPHRYS E SUAS ESBEGIES Numa das divisões da fam. Cystignathide que Berg com dobrada razão lembra dever ser dita Leptodactylidæ, Boulenger, no seu memoravel Ca- talogo enumera dez especies de Ceralophrys, do Brasil e fora delle, comprehendendo englobadamente sob este titulo Odontophrynus, Reinh. & Lutken ou Pyxicephalus de Günther. As razões do batrachiologista belga são as se- guintes: «O desenvolvimento da palpebra superior em um appendice ceratoide, foi considerado como um dos principaes caractéres do genero Cerato- phrys. Porém, C. ornula tem-n'o tão pouco assi- gnalado que deveria evidentemente apenas ser usado como caracter especifico. » | Em posiçäo diametralmente opposta collocou-se Cope que, não só reconhece em Pyxicophalus a validade de Odontiphrynus de R. & Lutken, como é mesmo de opinião de que os grupamentos de Boulenger não representam a apresentação natural dos factos, os quaes defendem a validade da fami- lia Ceratophrydide. Não pretendemos discutir este ultimo thema que exige detalhes que o tempo agora não permitte ; mas so os de opinião de que Odontophrynus re- presenta bem uma forma áparte de Ceratophrys, onde esta presente, embora em caracter elementar, um apparelho glandular parotoide. Eu €. biggibo- sa ha uma modificação craneana ainda não estuda- da. Isto no que se refere aos generos; no que toca ás especies um exame das que contém o Museu Paulista, mostra bem a conveniencia de se reformar o juizo até agora constituido à respeito. A primeira constante de Ceratophrys appare- “ce numa linha saliente da pelle, que corre de pal- SE es pebra à palpebra e dahi se dirige pelos lados do corpo até o coccyx, desenhando sobre a face dor- sal do batrachio uma ponta de flexa muito alonga- da e retrovertida. Quando não seja 4 primeira vista evidente, lá deixa ella entretanto os vestigios. Uma segunda diferenciação apparece no tamanho, sendo que um grupo maior gira em torno de C. cornu. ta com 3 ou 4 especies emquanto que a menor de- corre de C. boëei, com um maior numero de espe- cies. Aqui encontramos não só uma grande muta- bilidade nos detalhes das especies conhecidas, como nos parecem existir outras ainda não citadas. Co- meçaremos pois por esse sub grupo, com o estudo do material do Museu Paulista, que é tambem il lustrativo no que se refere à distribuição geogra- phica. | —Ceraroparys sorrel, Wied. “owen DO == = ] | MUSEU Collector E | | Is || Se: Paulo ssl us pa 806 M. Beron 1 Panla(Puacicshn) a 284 |N. Bueno 1 | Espirito Santo (Porto Cachoerio) 161 | Garbe 1 | Parana ( Piraquara) . . . . 254 | Bicego 1 | Hamonie (S. Catharina). . . 73 Liiderwaldt 11 || Joinville. Coll. Hansa. S. Cath. . 800 | Ehrhardt 4 » » » > » 783 » 1 | Pignete, 5-1: Panlos sa Ta da 807 |J. Zech 21 Os vinte e um exemplares supra, mostram ama grande variedade de colorido em que se nota, desde um matiz mas claro que o reproduzido por Wan- dolleck e mesmo por Wied, até un denegrido in- tenso em que, nas zonas claras, tambem se encon- tram laivos de carmin. Esta ultima variedade se apresenta nos exemplares de ns. 800 e 783, todos procedentes de S. Catharina, Joinville. E” tambem notavel o facto de que o menor destes exemplares messa um centimetro em todo o — 293 — corpo, estacdo com os appendices oculares e a li- nha dorsal bem desenvolvida e não mais mostrando vestigio da cauda larval. Esta forma, em apparencia identica à ulterior, tem entretanto os tuberculos que se encontram na parte superior do corpo conicos e não comprimidos. Os que ficam dentro da zona limitada pela ruga oculo-dorsal às vezes constituem duas linhas paral- lelas da cervix ao sacrum. O colorido variando da mesma forma, tem entretanto quasi se npre constan- te o debrum escuro da linha cculo-dorsal. O papo e o queixo raramente são denegridos e nunca apre- sentam a intensidade do colorido encontrado em C. appendiculata. O abdomen, ao contrario, é rara- mente uniforme, apresentando a maculação negra, nitida e desenvolvida. Das raias escuras sub-ocula- res, a anterior é ligeiramente esverdeada. Em exem- plares de Hansa ( Joinville ), encontrei o mais intenso colorido. As raias escuras negras e as claras cinereas, havendo-os mesmos em que dessas zonas não estava ausente o carmin; pollegar egual ao indicador. O maior exemplar medido tem 65 millimetros. Vi ou- tros de 1 centimetro, já inteiramente desprovidos da cauda larval. Reproduz-se em Novembro. Distribui- ção geographica: Bahia, Espirito Santo, Rio de Ja- neiro, S. Paulo, Minas Geraes ( Lagôa Santa ), Para- na e Santa Catharina. 2 — CERATOPHRYS APPENDICULATA, Günther = NUMEROS 00 = | A | NUSEU Collector ES dei D Nr ARE a) AMI 17 LS LS 806 M. Beron 11 S.0Panio, Alto da Sema 10: 799 Schuebel V-09 7 | Serra de Macahé, E. do Rio. . TO Garbe 1 | Franca, Sa ISERE O 612 | Dreher ‘| Campo Grande...» > & 0, 798 |M. Wacket 2 | Santos, Cubatão >» » . . . 483 | Bicego 1 | Campo do Jordão » » . . .| 8058 | Liiderwaldt. 14 Pre As mesmas differenças de colorido da especie anterior, encontrando-se nos 14 exemplares aqui ci- tados, sendo que o de colorido mais intenso e com laivos carmineos, procedem dos Campos do Jordão. Nenhum exemplar joven do tamanho do menor anteriormente citado. Em contraposição uma femea (n. 799), apanhada em Junho, estava com ovos a termo, medindo o diametro destes cerca de 1 e 1/2 millimetros. Este exemplar tem uma forte macula branca no meio da depressão frontal. Esta especie muito se assemelha à anterior, não só quanto a forma come quanto ao colorido; e eu pensei mesmo que não passasse de uma sua variedade. Comtudo, a apresentaçäo dos seus cara- cteres é bastante firme, e para maior precisão na taxonomia, podemos admittil-a como valida. A linha dorso lombar é completa e constitue uma ruga continua da pelle, ligeiramente crenulada no corpo e denticulada no appendice palpebral. No meio d'esta figura só ha outra linha nos appendices palpebraes e na sua parte livre os tuberculos são pouco frequentes; e quando succeda o contrario, nunca elles formam linhas longitudinaes, dispondo- se antes em grupos nas regiões mais largas cervi- cal e lombo-sacral. Por fóra do perimetro que aquella linha delimita, ao contrario, são elles mui communs e formam linhas pouco divergentes que se dirigem para os lados e para traz, terminando nos lados da face dorso-lombar, junto da axilla da superficie de applicação dos membros prosteriores. Estes como os anteriores são grandemente verru- cosos, distribuindo-se os tuberculos ou verrugas em linhas obliquas sobre a sua face externa e fóra da superficie de applicação, no dobrar dos membros. No ponto de articulação dos maxillares ha uma projeção dermica anterior, do labio; e d'ahi parte uma linha de verrugas que vae morrer no canto da bocca, tendo passado em arco sobre os lados de cara em tangente à orla inferior dos olhos. Nos cantos da bocca e lados do corpo os tuberculos são achatados e triangulares. ÆE todo o lado superior, comquanto irregularmente granuloso, apresenta um aspecto vellutino devido a um fino e denso recobri- mento de escamas espiculadas, apenas vizivel à lente e que nos pontes mais salientes aparecem como pequeninos espinhos coloridos de escuro. Todo o lado inferior & coberto de uma granulação muito regular em que as escamas se deixam ver mais amplas e obtusas e às vezes mesmo sub-esphericas. Os olhos são contidos 8 vezes na largura da bocca, tomada externamente do angulo à angulo e 1 vez e 1/2 no comprimento do appendice palpebral. Os dentes maxillares são curtos sub eguaes em uma fila, sendo a sua forma conica, curta e obtuza. O primeiro maior que o segundo dedo. O individuo de maior tamanho de meu conhecimento & uma femea e mede 65 mm. do appendice rostral ao coccyx. A nota dominante do colorido desta pequena intanha são as zebruras pardas ou denegridas transversaes sobre o lado externo e dos membros ambulatorios, uma tarja alvadia transversa na préga amphiocular seguida e precedida de uma pequena barra e de uma nodoa negra; por fóra da linha dorso-lombar ha um debrum irregular dessa ultima cor e uma a tres barras sub-oculares, obliquas de diante para traz. No lado superior esse colorido varia do mais claro ao mais escuro, conforme o meio e com manchas cinzen- tas irregulares; o aspecto, à primeira vista, do con- juncto é lichenoso e perfeitamente mimetico com as folhas seccas. A's vezes ha uma nodoa argyrea entre as narinas e a linha amphiocular, o que occor- re nos individuos claros. A's vezes, ao contrario, ahi predomina o escuro. No lado inferior o colorido é amarello ou cinzento, mais ou menos maculado de negro. côr que se ex- tende para o papo e região gular que occupa in- teiramente. _ Esta intanha reproduz-se em Setembro. A sua distribuição geographica vem de Macahë, nc Estado do Rio, até Cubatão em Santos, — S. Paulo. — 296 — 3 — CERATOPHRYS RENALIS, Sp. NOV. Forma semelhante à C. friy. Contorno cepha- lico perfeitamente ellipsoidal, sem tuberculos mar- gimaes dos premaxillares e maxillares, porém densa- mente hispido ; hiato 3:2. Canto da mandibula salien- te, largo e tuberculado. Dentes vomerinos em dois grupos, entre as choanas e um pouco obliquos. Lingua grande, entalhada tambem anteriormente. Dentes como em Ceratophrys boier, porém meno- res. Olhos 1/5 do hiato ou pouco maiores. 1/2 do espaço interorbital que é sub-plano anteriormente pouco concavo. Tuberculos dermicos conicos, for- mando rugas incompletas no contorno superior que vem das narinas ao canto palpebral anterior, numa linha amphipaipebral e noutra posterior que termina sobre a nuca, ahi curvando-se para dentro, e en- contrando-se com a do lado opposto. Depois os tuberculos só apparecem fracamente unidos em 4 estrias convergentes sobre a região ilio-coccygea- na e em duas placas lateraes da região liume- ral. Essas linhas são muito perceptiveis n'um indi- viduo joven, onde apresentam a fórma das de C. boier comquanto interrompidas. Outra linha mais curta percorre a palpebra, ao lado da linha amphi- ocular e tuberculos maiores occupam o canto do. maxillar inferior. Sobre o extremo distal da apo- physe sacral, a pelle se espessa em um callo ver- rucoso e saliente, donde partem duas rugas para frente e para baixo, que ficam em symetria mime- tica com os olhos do animal. Coloração negra com fachos mais claros de laivos rubescentes, sobre as pernas, parte posterior e mãos. Palpebra inferior clara. Um estreito risco branco antes da prega amphipalpebral. Placas intensamente negras vellu- tineas sobre o focinho, sob e entre os olhos, e em duas placas pequenas sobre os flancos. Lado infe- rior cinereo rubescente marmorado de negro. Comprimento do exemplar maior, ( 9) 60 mm. Collecionado pelo sr. Garbe em Itabúna, Bahia, em meiados deste arno Vive em mattas de vegetação densa. Não deixa de ser curiosa a forma mimetica eo — apresentada por essa intanha que em repouso e com os membros encolhidos, parece reproduzir uma pe- uena ra encolhida, cujos olhos seriam representados pelos callos renaes, sendo assim a cabeça represen- tada pela parte posterior do seu corpo. Um tal mimetismo é duplamente util, pois não só permitte a aproximação da victima como a illude de modo a se apresentar à intanha com segurança maior para esta. Um exemplar menor e da mesma procedencia reproduz quasi perfeitamente €. borei; a linha occulo-dorsal é porém interrompida e fracamente indicada. 4 ) — CERATOPHRYS DORSATA, Wied [ | = Procedencia NUMEROS | Collector = | DO MUSEU a | | 1 | Rio Grande — São Panlo. . | 775 Wacket 1 | Piquete — Säo: Paulo 179 Zech 2 | Hansa, Joinville — St.* Cath.º 784 Ehrhardt 1 780 Garbe Rio Doce — Espirito Santo Exemplares mediocres ro tamanho. O de n. Tio tem ovos à termo, não se sabendo ao certo o mez da captura. Evidentemente desta especie é o exemplar n. 165 collecionado por Garbe em Porto Cachoeiro, Espirito Santo. Não obstante os appen- dices das palpebras muito reduzidos e tambem as placas dorsaes e nodoas escuras de modo a deixar um campo claro muito maior. Æ° um joven de pouco mais de pollegada. Nome vulgar: Intanha. A ca- beça perfaz por si só 1/3 do corpo, sendo o contorno oval paraboloide e a mandibula incluindo se por al- tura equivalente a 1/2 da sua altura no mandibular. Os dentes são conicos porêm finos e longos, curvos para dentro e os do meio da maxilla maiores que os lateraes; por sua vez, estes tem a ponta algo lanceolada. Os dentes vomerinos occupam uma linha no bordo anterior das choanas e são muito pequenos. — 298 — As mandibulas emittem um processo vertical, na symphyse que, atravessando a mucosa e sendo cortante, constitue como uma sorte de bico que se vai encaixar nos intermaxillares e concorre gran- demente a prehensão. A larga lingua, duplamente codiforme e esponjosa, mostra as papillas isoladas e pedicelladas. As pequenas narinas ficam muito mais proximas dos olhos que da ponta do focinho e os olhos salientes occupam 2/3 do espaço interorbital anterior ou igualam a distancia que medeia entre as duas orbitas, sobre o craneo. O meio da cabeça, das narinas à nuca é osseo, nú e dahi para traz a cervix e o «dorso são reco- bertos de finissima epiderme numa zona em cruz, cujo eixo fosse duas vezes mais largo que os bra- ços. Por traz das orbitas, sobre os tympanos ex- postos, ha outra zona ossea, exposta, finamente gra- nular: Os lados da area central nua do focinho, até essa ultima zona ossea, são occupados por uma pelle densamente rugosa e endnrecida que se ex- pande até os bordos do maxillar, sendo interrom- pida por uma prega ossea sub ocular e sub paral- lela à faixa rostral nua que assim delimita os bra- ços duma cruz de Malta, envolvendo os olhos. So- bre o dorso, nos lados da cervix e do lombo, outra vez apparece este espessamento em placas clavifor- mes que ahi são percorridas por linhas de elevações em cone, de aspecto prismatico ou estrellado. Outra placa analoga sobrepujada por uma ruga saliente, vae des tympanos aos flancos no abdomen, e todo o resto da parte superior do corpo é gra- nuloso, mais ou menos esparsamente provido de es- tellações espessas da pelle. Para o lado inferior, ao contrario, esta disfarça as verrugas e se aliza; e as superficies de applicação dos membros, dorso e as plantas dos pés, são notavelmente lizas, quasi como a pelle das rãs, sendo as suas callosidades revesti- das de epiderme. O tuberculo metatarsal é forte e, elevado e os artelhos densamente palmados. pri- meiro dedo da mão é maior que o segundo. A intanha varia pouce de colorido. As partes unde a 24290 pelle & mais espessa são de côr denegrida ou cas- tanha, fimbriadas de branco; as zonas intermedia- rias ochraceas e as patas interfasciadas de pardo rubescente e de verde. A superficie abdominai, desde a garganta e parte inferior das pernas, de cor ochra- cea uniforme. Uma linha dermica que abrange os dois olhos, desde a ponta dos appendices palpebraes e passa, pelo meio da cabeça, bem como a metade anterior do lado inferior desses appendices, de côr denegrida ou sepiacea. Olhos esverdeados. Tenho visto exemplares deste batrachio medindo cerca de 22 à 23 cm. da ponta do focinho à do coccyx. São destemidos e reagem à qualquer attaque, correndo de bocca aberta atraz de seus perseguido- res; e emittem nesta occasião um grito algo pa recido com o choro de uma creança. Apanham tudo quanto lhes cae ao alcance e que se mova; não desprezando mesmo os pintos ainda quasi do volu- me do seu proprio corpo. Distribuição geographica : Espirito Santo, Rio de Janeiro, S. Paulo, Santa Ca- tharina e Rio Grande do Sul. ODONTOPHRYNUS AMERICANUS Dum. & Bibr. E | | En COLLECCIONADOR = | 1 | Rio Gmnderdo Qui cats ol ie 815 | Dr. H. vou Ihering pio Grande do Suliu ys) agile % 813 side res 1 | Montevideo, Uruguay. . . . 817 Bicego 5 | Campos do Jordão, S. Paulo. . 821 |Luderwaldt (XII-05) , O tacto mais interessante à notar a respeito, desta especie, rezide no encontro, pelo Sr. Liider- waldt, de uma serie de 5 exemplares nos Campos do Jordão, a zona mais septentrional do seu appa- recimento no Brasil. Felizmente, nos exemplares trazidos, pôde-se constatar até o mesmo colorido que mostra o exemplar de Montevidéo, colligido por —1300 — Bicego, menos o denegrido do papo, frequente em todos os demais exemplares das collecções do Museu Paulista. Muitas variações nóta-se nos outros exemplares dos Campos do Jordão, no que se refere ao colo- rido, e quanto à robustez maior e maior gordura. Egualmente o callo do braço é algo mais desen- volvido n'estes exemplares, bem como a pelle é mais fortemente granulosa. Nunca, porém na intumes- cencia que representa o parotoide, vae esse desenvol- vimento ao de P. cullripés. Hiato moderadamente amplo, sendo a proporção do comprimento rostral para a sua largura de 2:3. Dentes vomerinos em dois grupos elevados entre as choanas, os quaes por serem muito elevados e de direcção posterior, parecem ficar posteriores äquellas. Dentes pequenos e cerrados para dentro. A cabeça é mediocre na proporção de 1:9 no com- primento do corpo. Toda a parte superior grande- mente granulada-tuberculada. Os tuberculos às ve- zes dispondo-se em ordem, de modo à formarem fi- guras regulares; ou se apresentam alongados como rugas curtas. ; Duas são constantes atraz dos olhos, à guiza de parotoides sobre os tympanos e outros se enfilei- ram às vezes entre as palpebras, como que for mando cristas inter-palpebraes. Os processos ou callos do metatarso são duplos, sendo o segundo elevado precedido de uma carena à parte da articulação e vae zo 1.º artelho pelo lado de fora. Toda a planta dos pés e das mãos densamente tuberculadas, em- quanto que o punhe mostra um callo externo alon- gado que occupa a metade do comprimento dos cu- bitos. A pelle dos flancos é flacida e das regiões lateraes inguinaes e a posterior da articulação fe- muro-tibiana, forma uma especie de patagium del- gado que prende os membros posteriores dos flan- cos aos joelhos e do meio das coxas ao calcanhar. O abdomen é todo regularmente granuloso; as granulações não são, porém, aciculadas e sim porozas. E ND, ==— A coloração varia de padrões claros manchados de escuro em nodcas circulares ou oblongas, que envolvam as protuberancias da pelle no lado superior, sendo uniformemente amarellados no lado inferior, ao negro azulado ou ardeziaco no superior, com tres listas amarellas de ocre ou creme; uma pelo rachis e outra sobre os flancos, havendo uma nodoa d'es- sa côr em cada extremidade anterior dos iliacos e maculas pelos flancos e lado inferior, onde ha um verdadeiro marmorado para o qual concorrem as verrugas abdominaes. N'uns e n'outros sempre per- manece a linha dorsal clara, que vem do labio su- perior, sendo interrompida entre os olhos por outra transversa e que vae de palpebra a palpebra. Em alguns exemplares o negro inferior ê mais accen- tuado e diffuso sobre o queixo. Comprimento dor- sal 54 mm. Distribuição geographica : E. de S. Paulo (Cam- pos de Jordäo), Rio Grande do Sul, Matto-Grosso, Republica do Urugay, Argentina, Mexico. x * * Como se vê, apenas 6 formas contem as collec- ções do Museu Paulista Ficam pois sendo seus de- siderata O. cornuta. C. fryi €. cristiceps, Odon- tophrynus cultripes e C. biggibosa. (1) Analysando em conjuncto todas as formas bra- sileiras, esta ultima especie deve constituir uma di- visão à parte: PROCERATOPHR YS, caracteriza- da pela dilatação ossea post-tympanica e pela palpe- bra espiculada, sem apeudice ceratoide unico. Assim, poderiamos tentar comprehender todas essas especies ae um modo summario numa chave, tanto especifica como generica : 1 — Cerntophrys ohausi, Wand. Precisa ser compa- rada com C. cristiceps, Müll, para que seja constatada a sua diversidade. ]— REGIÃO OTICA SUPRA-OCULAR N9IRMAL, CUTA- A — q? — apt NEA : Craneo normal sem os- sificação exterior; pal- pebra superior provida de appendice ceratoide, cutaneo, singular ou multiplo rudimentar. Lado dorsal percorrido por um cordão cutaneo, reunindo os apendices ceratoides e se encamin- hando depois para o coccyx. Appendice ce- ratoide presente, singu- lar: Contorno rostral nor- mal; garganta e thorax fasecs quando muito o ultimo punctulado de ne- RL rainy TON B Um appendice dermico na articulação mediana des maxillares ; gargan- ta e thorax negros par daicentos, mo pg Cordão oculo-dorsal pre- sente apenas entre os olhos ou vestigiario no resto do dorso : Região renal normal Região renal provida de um callo dermico papil- loso, donde partem duas rugas antevertidas Appendice ceratoide au- sente, substituido por papillas multiplas. STOMBUS, Boie 1 S. borer 2 S. appendiculatus 3 S. frye 4 §. renalis D S. cristiceps — 503 — B — Craneo grande, elevado. ossificado externamente; palpebra superior provi- da de appendices cera- toides singulares ou mul- tiplos. Dorso tubercula- do mais ou menos in- tensamente, nunca porém provido da linha de tu- berculos oculo-dorsal, que é substituida pelas Cores i a CPR ATOS, Wied a — Appendices palpebras presentes, desenvolvidos e condiformes. A. dese- nhos rostro-cephalico perfazendo uma cruz de malta que envolve os olhos com os braços; artelhos exteriores li- REGS acu RIR OR O: dons b’ — Coloração superior obs- cura, garganta negra; artelhos exteriores pal- DHALOS 0e a a UR COP MULE b — Appendice palpebral re- duzido à curto tubercu- lo. Dorso mais ou me- nos recoberto de placas duras intensamente va- riegadas de verde e de MEG TOR Mao pp os GOT RAL II — RegiÃo OTICA-SUPRA-OCULAR INTUMESCIDA : Appendices palpebraes papillares, multiplos. PROCERATOPHRYS Dorso normal. . ... 9 P. biggrosa — 304 — VI — ReGIAO POST-TYMPANICA COM VESTIGIO DE PA- ROTOIDE ODONTOPHRYNUS : … R&L Paratoide evidente, co- loração uniforme . . . 10 0. cultripés Paratoide vestigiaria co- loração variegada. . . 11 0. americanus *joyd 'oyjr sojurg sop sang8urwo *( ({yied ap esstA) “qny “HJA] 'syjpuas snquojç IY "JOA ‘eyszneg ‘SNA “Ay ‘232 ‘sduydojpsa> 032U93 O 21q0S S205P12PISUOT) ‘JA “AFIT À A L Mi TI By æ rar NN ONE 7 q eS , UN sR CE Fe (D A Va . ' A Mir, Rib.9 Consideracôes sobre o gen, Ceratophrys Rev, Mus Paulista vol. XI Stombus renalis, Mir. Rib. (Vista abdominal) J. Domingues dos Santos Filho, phot, ” < lg Py AR ; 1 ede bs ‘ Mir Ríb.o Considerações sobre o gen.o Ceratophrys, etc, Revista Mus, Paulista, vol. XII Stombus renalis. Mir. Rib, (Vista dorsal) J, Domingues dos Santos Filho phot. ar > o \ ae m6 OS 6 | ini À 4 (ogpJop op sodweg ep se}uapesoid selejduexz) 1q14 ? ‘WNQ - SANVIOIHINYV SNNAHHIOLNOGO IX ONOL - VISITNVI SAN “AIN SAYHAOLWYSS “NSD O 3890S "SNOD - IH IA (oepior op sodwed ep se}uepesoid seJejdwexa) ‘1918 ? “WNQ - SNNVOIYANY SNNAYHdDOLNOGO IX OWOL - VLSITNVd SAN “AIM SAYH401VH29 'NID O 3#80S “SNOO - IH “JIN Alipio de Miranda-Ribeiro 0S BRACHYCEPHALIDEOS do Museu Paulista (Com tres especies novas) . x o x # = ! ; “ ‘nti fsbo’ alo cry ti | A? : Pr — il Rea À AR ws En 70 4 RONA NIVA ARA E 0ù 0 beeven CS 3eess BON 41-02 2 i Os Brachycephalideos do Museu Paulista (com tres especies novas | ATELOPUS MOREIRÆ, Sp. nova Forma regular, e muito parecida com a de A stelaneri, sendo os membros de comprimento proporcional ao corpo, de modo a conservar-lhe per- feita apparencia bufoniforme. Cabeça pequena, cerca de 1/3 do comprimento do corpo, deprimida e plana superiormente, tendo os lados sub-verticaes, excepto no focinho que é mais obliquo para traz. A bocca tem o angulo posterior quasi sob o angulo posterior da orbita e de hiato maior que o diametro antero posterior. O diametro ocular 1/3 do hiato. Tympano indistincto. Todo o corpo pro- vido de verrugas mamellonadas, sobrepujadas por pequeno cone, de aspecto corneo e baixo como se fora otra verruga de forma regular; na face ab- dominal apenas permanece nu estas; uma zona fe- mural de placas polygonaes baixas. Plantas das mãos e dos pès de pelle ampla e glabra, occultan- do os callos que assim são pouco evidentes. Colo- ração, no alcool, sepiacea denegrida, uma nodoa oc- cipital, às vezes uma linha rachidiana, uma zona dorso-lombar em cada flanco, o lado posterior do braço, garganta, lado do thorax na base do braço, lado inferior deste e do terço articular do ante- braço, abdomen e planias dos pés e das mãos de côr amarella de chromo. Região femoral infero- nterna miniacea. As verrugas corneas são amarel- adas. O sr. Carlos Moreira, determinära este Atelo- Pus, como stelznert. Conhecendo os exemplares c 1- lgidos por esse meu amigo para o Museu Nacio- — 308 — nal, exemplares que examinei pouco antes de redi- gir este artigo, como os que o sr. Lüderwaldt col- ligiu no Itatiaya, verifico não sómente a constancia do colorido expresso na diagnose por mim acima dada, como o encurtamento dos espiculos das ver- rugas da pelle, alisamento das plantas dos membros ambulatorics e proporções differentes para o Atelo- pus daquella procedencia. Assim é elle pelo menos uma variedade local, sendo que mesmo os jovens não apresentam nem o revestimento de espiculos nem o colorido typico da fórma do Sul. A pedido do mesmo meu amigo eu tambem estivera no Itatiaya, onde vira o peque- nino batrachio em questão, em quantidade tal que se não podia andar sem esmagar alguns sob os pés. Nessa épocha ( Novembro ) estavam elles em amor. O congresso sexual se effectüa longe da agua; e muitos machos perseguem uma só femea. Em Ou- tubro o sr. Luderwaidt do Museu Paulista colligiu exemplares perfeitos de 7 mm., tendo a coloração negra dominante e o colorido das regiões claras es- boçado. As verrugas nem mostram vestigios das pontas corneas. 29 mm. é a dimensão linear antero-posterior de Atelopus morerrre. ATELOPUS ATRO-LUTEUS, Sp. nova ( Atelopus stelzneri?) Forma alongada, continuando-se os lados da ca- beça na mesma linha recta para traz, pelos flancos, sem permittir a sua distincçäo do corpo que só é mais largo na região abdominal; assim, anterior- mente, a cabeça desenharia com o seu plano, um pentagono irregular se desprezassemos o lado occu- pado pelo corpo; ella representa 1/4 do compriinen- to que vai das narinas ao coccyx. Narinas obliquan- do para baixo, algo salientes. Olhos grandes 5/12 do hiato, que perfaz egualmente o diametro antero posterior da bocca. Angulo d'esta, ligeiramente an- terior ao do posterior dos olhos. Parte superior 00 a flancos e baixo ventre verrucosos, as rugas provi- das de espinhos curtos. Do mento ao baixo ventre a pelle é finamente granulosa, porém, sem verrugas nem espinhos. As plantas das quatro patas verruco- sas, tendo as anteriores um, e as anteriores 2 cal- los nas articulações. Levada a perna para a frente o tubercnlo ou callo interno do pé, passa o angulo posterior dos olhos. Cor (no alcool): Negro retinto de pez, os espinhos albicantes ; sobre a cabeça, onde não ha espinhos, uma fina punctuação albicante ; uma pequena nódoa sobre o bordo da mandibula e juncto a articulação, as plantas das quatro patas, tres nodoas sobre cada lado do peito, na base do braço, uma fina estria no lado dorsal d'este e outra no seu lado abdominal, bem como uma dupla pon- ctuação n'um lado do ante-braço, uma facha trans- versa no meio do abdomen quasi interrompida no meio e todo o lado infero-interno das coxas, de um branco crême nitido. Bocca internamente negra retinta. À lingua lon- ga e estreita tem a mucosa negra leitosa. Dois exem- plares (nº 814) medindo 21 mm. e procedentes do Estado do Rio Grande do Sul (Itaqui) onde fo- ram colleccionados pelo Snr. Ernesto Garbe em 1914. E” possivel que tenhamos aqui, com estes especimens, genuinos representantes de Atelopus stelzner ; en- tretanto não sei se esta especie tem a mucosa ne- era; como tambem A. atro-luteus não tem os acu- leos corneos da especie de Weyenbergh. ATELOPUS PACHYRHYNUS, sp. nova Cabeça perfeitamente destacada do corpo, sendo o angulo da bocca um tanto anterior ao posterior da orbita. Diametro antero-posterior da bocca 1/2 do hiato; olhos 3 e 1/3 neste. Palpebras salientes ; o espaço comprehendido entre ellas e as narinas oc- cupado por um intumescimento que assim forma um rehordo supero-anterior que se extende até a linha interocular mediana. Toda a pelle densamente verrucosa e espinula- da como em Bufo tuberosus Giinther; essas aspe- — 810 — rezas existem até mesmo na pelle da garganta e de | todo o ventre. Palmas das mãos e dos pés, gran- demente verrucosas, havendo nm forte tuberculo na articulação d'aquelles e dois nas dos pés. A articu- lação tarsal não attinge os olhos. Cor geral negra. Uma nodoa na symphise e outra no canto da bocca. focinho até os olhos, região parotoide, uma estria anterior ao braço desde o peito passando para o lado posterior do ante-braço, palmas e plantas pon- tos esparsos sobre o ventre e zona interna-inferior das coxas de cor amarella olivacea. Tres outras manchas menores dessa cor dispostas em triangulo sobre o dorso, por traz da cintura escapular ( fun- didas n'um dos exemplares). Anus amarello. À arti- culação tibio-tarsal idem; pelo lado de traz. Bocca negra internamente com a lingua alvadia. Dois exemplares medindo 30 mm. procedem do Rio Granie do Sul ( 752-H. von Ihering coll. 1890 ) e 756 — São Lourenço, S. Paulo (Chr. Euler coll. 1905 ). ÁTELOPUS IMITATOR, Sp. Nova Fórma alongada, sendo o humero mais curto do que o diametro transverso da nuca. Focinho comprimido e deprimido com as narinas lateraes e proximas da ponta, canthus rostralis evidente, dei- xando a região loreal concava e continuando da pal- pebra superior. Perna levada à frente attingindo quasi o angulo occular posterior com a articulação tarsal. Dedos como em A. cruciger ; artelhos idem, isto é, conjugados por uma membrana rudimentar ; entre os primeiros a ordem em extensão é: 1, pen 4 e 3; e entre os segundos 1, 2,3. 5 e 4. Corpo mais granuloso nos individuos maiores, mais lizo nos menores. (or parda cinerea ou amarellada. Uma tarja Jarga transversal entre os olhos ; e do vertice do triangulo que é posterior sahem dois braços, di vergentes para traz, um ou dois mais para traz; uma tarja escura, pelos flancos, partindo do focinho e morrendo na articulação iliaca, marginada de branco nos lados; membros transfasciados. A’s vezes uma estreita tinha rachidiana, albicante. Lado abdominal marmorado de escuro. Corpo 23 mm., perna 28. Esta forma muito se approxima de A. cruciger, Martens, conforme a estampa dada por Günther, mas com o colorido semelhante ao de um joven de Bufo crucifer. Embora lembrando Phryniscus ol- fersi Meyen, pelo tamanho do humeros e pela tarja lateral, e Phryniscus proboscideus de Blgr. pelos outros caractéres, separa-se d’aguelle por ter a pelle granulosa em todo o lado superior, quando Ph. oifersi é liso e de Ph. proboscideus, por ter as mãos e pês conformados como em Phr. cruciger, e pela forma do focinho. | E a | 3 S PROCEDENCIA COLLECTOR DATA = 2 E Zt [ea 477 | Santos, Cubatão, São Paulo. . . . | Bicego XII — 1897 1 485 | Santos, Cubatão, Estado de São Paulo. | Bicego XII — 1897 Sim RAltO da Serra, 2! o Ce =) || Bicego — 1899 1 835 | Rio Grande, Estado de São Paulo, . | Wacket VII — 1902 1 639 | Campo Grande, Estado de São Paulo, | Wacket V — 1902 1 BRaCHYCEPHALUS, Fitzinger. Neue Classification der Reptilien. Wien. pg. 39 — 1826 Spix descreveu em 1829 ( Anim. sive Species, nove Testudinidum et Ranarum ) um pequeno sapo que figurou com as côres correspondentes, e até hoje permanece como uma fórma perfeitamente de- finida, segundo os caracteres por elle dados, mais o que todos os austores, inclusive Boulenger puderam reconhecer. A procedencia que lhe tem sido assignalada, vem da Guyana ao Rio de Janeiro — porquanto, ao passo que a forma typica procede da Bahia, donde a descreveu Spix; outros exemplares foram con- — 312 — statados por Cocteau em 1#35 do Rio de Janeiro; e 32 — refere a procedencia de Guyana, naturalmente baseado (2) na referencia de Girard. Na obra citada, Fitzinger, formára para a descripção de Spix, o genero Br achycephalus. To- dos os animaes encontrados foram referidos à espe- cie typo que Spix disséra: « Cœrulescente--ochra- cœus, capite supra dorsoque medio magro fasciatis, maxillis oculisque nigro-marginatis ; tympanum nigro ». Levado por esta descripçäo, Cocteau, chamara os exemplares por elle obtidos - Br. aurantiacus. isto é, julgára especie nova os exemplares unifor- memente coloridos do amarello chromo, das colle- cções do Museu de Paris. Aliás Günther, (Cat. 1858, pg. 46) que o des- creve « Dull yellowish, some times with a large black dorsal spot», cita Cocteau mas não reune ar; ephippiun, Dr. aurantiacus que Girard to- mou 4 sério ; esta tarefa ficou para Boulenger que, nao obstante, insiste — Yellowish, bony parts dark. Girard, naturalmente obedece ao criterio re- gional. E a descripçäo carregada de Spix, deve ter contribuido para isto. Uma boa série possue do pequeno batrachio em questão o Museu Paulista, sob os seguintes numeros e que me suggeriram as linhas ulteriores : = S = PROCEDENCIA COLLECTOR | DATA | = = | = = a. | Oe E | cs 534 || Piquete, S. Paulo, =) ee || Zech 1896 ( Nov.) 31 29 | -Piquete, "Ss Paulo q q poi) Zech 1897 (Jan.°) 17 507 || Jundiahy, S, Paulo . , . || Schrotky 1899 (Sept.) 2 544 || Rio de Janeiro, . . . . i? 1900 1 809 || Serra Cantareira, S. Paulo. || S. P. Hamer 1902 (Mar. ) 4 8407 Piquete"; 2 20 a QUI Zech 1909 (Nov.) 15 811 | Serra de Macahé , . . . || Garbe 1909 ( Nov.) 6 76 — 315 — Examinando o exemplar 544, guardado em alcool à luz, desde 1900, verifica-se sem esforço a figura e o colorido dados por Spix. Fóra deste exemplar, nenhum mais exhibe se- melhante coloração, nem mesmo os de n. 32 que são 17. O criterio regional falha ahi d'uma vez para deixar o zoologo completamente só. Tem elle de pensar na acção de qualquer agente photo-chimico exterior ao tempo de vida do animal e admittir que Spix tenha feito sua descripção d'um animal con- servado em alcool e a acção d'este para o colorido escuro attestado pelos auctores mais modernos. Na verdade conheço este interessante sapinho do vivo, das mattas de Therezopolis — e nunca o vi, senão intensamente colorido de amarello aureo uniforme. A anatomia externa é a mesma desenhada por Spix e depois repetida por Cocteau. Mas o extra- ordinario & que nos exemplares conservados no Museu Paulista é justamente a morphologia externa que varia a ponto de justificar uma nova especie se apanhada a apresentação sosinha. Com effeito, são as modificações exteriores apresentadas e se realizara : I — No desapparecimento completo dos escudos dorsaes e do revestimen'o cephalico. com uma substituição concommittante de ver- rugas salientes sobre a pelle, numa varie- dade perfeitamente atelopoide. Esta varie- dade apparece isolada entre os exemplares de Piquete, colligidos em Novembro pelo Sr. Zech. Um unico individuo entre 30 que reproduzem Br. ephippium de maneira completa. Convem notar que, entre estes encontrei femeas com ovos maduros, Uma serie de doze ovos grandes (Ca. 2 à 3 mm.) dispostos em semi-circulos por cima dos intestinos e constituídos, apenas de massa de vitellus. Por ahi se verificará, não só a epocha, como o limitte de numeros te ovos da postura. — 314 — I — De quatro exemplares colhidos em Serra Can- tareira, S. Paulo, um apresentando a forma anterior, tem à mais algumas das verrugas maiores, alongadas como que ossificadas, pela parte superior, aos pares — esta va- riedade nodoterga, como a anterior, apa- rece em individuo não totalmente desen- volvido ( 15 mm. ). Os demais representam perfeitamente Br. epluppruin. HI — Uma terceira variedade apparece em 3 exem- plares de 6 mm. colhidos pelo Snr. Garbe na Serra de Macahé, E. do Rio. Differe da forma principal pela modificação das placas ossificadas externas que säo carena- das. As da cabeça mostram duas cristas na região tympanica a exterior como que figurando, por traz dos olhos uma glandula parotoide. Esta variedade que designo pelo nome de garbeana, mostra apparencia com o gene- ro Bufo pela ossiflcaçäo post-ocular; tem ainda todo o corpo perfeitamente recober- to de grandes verrugas porózas como tu- do se vê reproduzido na figura. IV — Finalmente os dois ultimos exemplares desta procedencia conservando a cabeça da var. gurbeana, não tem os escudos dorsaes, sendo todo o corpo coberto sômente de verrugas prózas da pelle. A’ esta ultima variedade será reservado o nome de bu- fonoides. Considero variedades apenas 2 não especies es- sas formas, porque encontro nos demais exemplares próvas da sua inconstancia; nos exemplares de Pi- quete vejo modificadas as ossificações do escudo e do revestimento da cabeça, bem como dentre as exemplares de Macahé, um reproduz perfeitamente Br. ephippiuin. As formas evidenciadas pelas Var. garbeana e bufonoides, viriam dar grande força à theorica da — 315 — influencia de meio; com effzito, Br. ephippium vive em geral entre as folhas seccas e humidas das flo- restas densas, ao passo que os exemplares de Ma- cahé foram todos colligidos em Bromelias epiphitas. Mas entre elles, là esti um legitimo representante da especie de Spix, collocando a questão no devido ponto. . | j F TM ) ‘A "a si À | ’ 1 | od Ht ‘ a . q gi i i M A i re FE + LIVRE ” Ta . “| q i ré RAT de (7 A+ A . vi * id ¥ > ‘ped rei’, do ITA aa (ta + ye.) ivy 19,194 Lyf k i , " a " As Ay O me AB AMA, A ¥ or: bia tied RAE RM ale LU. { 4h Poe ire. NT ER OA a as tom HAE O ds A di Ne. Dar eus Mer it Meio COTTON TA APP DUR | EURO O ee PL TDR! b » PAR 1 be ; y 1 ; a À M nl Py 1 q “ i Li L À 4 Ne + À q: à Vi | 4 ao RUI, q! | Lu AOC +4 ’ À + Fa. i wa y ‘ - \ ie o Po Pian AR» alo a a Poeta cae TO + 3 AR e dio + aA (aera eae Ai E ‘4 i oe ee. a meo ae , - da Vali i Ue hs vai mr 5 NA a PTS LAN ar ae RL RAR p A vita a ‘diy “AMA - SnuAysAyoedg sndoja}y IX ONOL - VLSIINVd "SNI “AIH ARS Mir, Rib, Os Brachycephalídeos do Mus, Paulista BRACHYCEPHALUS EPHIPPIUM (Spix) Rev Mus Paulista vol XI Mir, Rib, del ad nat, | | j | e | + Mir. Rib, Os Brachycephalideos, do Mus, Paulista Rev. Mus. Paulista, vol, XII i , : Pts à : 5 DE Ne gy cf Brachycephalus ephippium (Spix) var. garbeana, Mir. Rib. Mir, Rib.o del ad nat. Le Py SCORE ALÍPIO DE MIRANDA-RIBEIRO Algumas consideraçôes sobre HOLOADEN LUDERWALDTI e generos correlatos SS — — DATE RC A LST INT AT OIT é DR ho ut a ana 241fil SOTA RAL GRO ION “EL AI A Lee te 4 joyd ou; 'S sop sangusuog -( ‘jeu "pe “PP oq ‘HN ‘ooue]} 2P OJSIA JeuIue - J * oBuejeuyd eunpn - o tod op equeyd ‘P ‘ oeu ep euped -2 + BDD0q = (| ‘ OUI9]ST - B “q CIN ‘HPIPTLPN] uappojor] IIX ‘JOA ‘eysspneg ‘Sn op “A2ayq ILQIVMAHANT NHQYOTOH — o*gra “AHA o Algumas considerações sobre Holoaden luderwaldti e generos correlatos HoLOADEN, gen. novo Cabeça deprimida, porêm grande, cerca de 1/2 do tronco. Focinho circular, narinas antevertidas ; vomnerinós em dois grupos posteriores às chcanas ; dentes no maxilla superior presentes. Lingua cordi- forme ; abertura das trompas de Eustachio mediocre ; tympano occulto. Pupilla circular, iris inteira ; olhos antevertidos. Omosterno e externo cartilaginosos, coracoides curtos e espessos; diapophyse imperce- ptivelmente dilatada. Dedos e artelhos livres; tu- berculos metatarsaes quasi indistinctos. Pelle muito glandulosa em todo o corpo, especialmente na região post-tympanica onde as glandulas affectam à forma de grandes parotoides. HOLOADEN LUDERWALDTI, Sp. nova Aspecto geral de Hyla, com a cabeça depri- mida, volumosa, de contorno anterior redondo ; dentes na maxilla superior, vomerinos presentes, em dois grupos totalmente posterioras ás cioanas. Aberturas da trompa de Eustachio muito posteri: res e mediocres. Lingua cordiforme, larga. Narinas lateraes, mas an- tevertidas ; canthus rostralis pouco evidente. Olhos antevertidos, iris circular sem menisco; tympano oceulto ; a região tympanica occupada por uma prega formada por ampla dilatação parotoide. Omoster- num cartilaginoso, esterno idem, lamellar ; coracoides curtos e espessos. Dedos livres, o primeiro egual ou ligeiramente maior do que o segundo, e o ter- ceiro pouco maior que o quarto. Tuberculos sub- articulares poucu evidentes ; callos palmares presentes, esterno oval, maior que o interno. A perna levada a frente mal attinge a região parotoide. Artelhos — 320 — livres com os dedos terminando em uma ligeira di- lataçäo mais perceptivel que naquelles ; callos meta- tarsaes de forma semelhante e o exterior quasi do tamanho do interno. Nenhum catlo tarsal. Pelle totalmente glandulosa, com excepção da orla rostral, papo, membros anteriores e parte anterior das coxas. As glandulas do abdomen mui pequenas; a pelle ahi é mais propriamente rugosa no sentido transversal. Coloração: denegrido plumbeo uniforme, no lado superior, abdomen mais claro, carneo ou violaceo. Dimensões : Corpo 4 mm., perna 50. Dois exem- plares de Campos do Jordão, colleccionados pelo sr. Luderwaldt. Esta forma é muito proxima das que foram descriptas no genero ILIODISCUS ( Cyclo- ramphus?) que eu considerei affim ao genero Acris. Os auctores, seguindo Boulenger, tem deixado Acris entre as Hyias emquanto, para seguir a regra Jio- discus, Telmatobius e Holoaden devem ser rele- gados para Leptodactylide. Julgo que talvez fosse mais acertado reunir em uma familia todos esses generos aqui citados que, com os sens caractéres seriam considerados TELMATOBIIDAS. Seria um grupo natural, perfeitamente intermediario entre Lep- todactylide e Hylide. Alipio de Miranda-Ribeiro As Hylas coelonotas do Museu Paulista Meh his) 1 En 1 EME Le is Pra ne sá a PAT 3 raat PS TS à bah RN Mar E OAR: om + oa | pla A ‘ o As Hylas celonotas do Museu Paulista Gastrotheca ernestot, sp. nova Contorno rostral redondo, projecção lateral an- terior do focinho perfeitamente vertical. Canthus rostralis evidente. Narinas lateraes, proximas da ponta do focinho. Diametro ocular 6/7 do focinho, egual a distancia que separa o angulo ocular ante- rior das narinas e egual a 1/2 da distancia que separa esse mesmo angulo do seu opposto. Tympano evidente, seu diametro 1/2 do ocular; região tym- panica reentrante, o que torna a cabeça mais cir- cular. Bocca de perfil lateral curvo; seu diametro antero-posterior 1/2 do transverso. Vomerinos sa- lientes em dois grupos contiguos e entre as choanas ; a sua orla terminal imperceptivelmente posterior a orla posterior destas. Lingua larga cordiforme. Membro anterior quasi não chegando ao coccyx, dedos semi-fimbriados e na seguinte ordem de cres- cimento: 2,1, 4 e 3; tuberculos sub-articulares sa- lientes; callo carpal interno grande alongado ; externo inexistente. Membro posterior levado a frente attingindo os olhos com a articulação tibio- tarsal. Artelhos fimbriados, na seguinte ordem 1, 2, 3,9 e 4; a fimbria dc segundo artelho passa sobre o primeiro de modo vestigiario e percorre o lado interno do tarsc. Tuberculos sub-articulares evidentes, o callo metatarsal interno evidente, porèm pequeno e oblongo, o externo vestigiario. Pelle do craneo solta; toda a parte superior liza, com algu- mas verrugas pouco evidentes na região peri-ostial do imarsupium ; papo finamente rugoso, abdomen e lado inferior das coxas granulosos. Cor de café ( descorado no alcool para isabel), ornada de negro: n'uma ellipse com o centro punctulado sobre as palpebras e n'outra sobre cada espadua ; n'uma dupla — 324 — estria mediana na região sacral e n'uma série de pequenos ocellos que vão das ellipses das espaduas ao ostium do marsupio onde há um X-negro cujos dois breços superiores ( anteriores ) são externos e os inferiores ( posteriores ) internos ao ostium. Sobre o coccyx outro ocello interrompido. segnido de uma larga tarja transversa. Uma estreita linha rostro- pleural, vindo da ponta do focinho pelas narinas e margem das palpebras emittindo debrum para os tympanos ; para traz, curva-se para baixo, de modo à attingir os lados do abdomen; nesse trecho oculo-abdominal o ornato se alarga numa franja re- gular de muito bello effeito; outra linha negra margeia o lado inferior do maxillar superior. Mem- bro anterior fimbriado externamente d'uma grega negra até o dedo externo; membro posterior trans- faciado na parte superior das coxas e das pernas e depois fimbriado doutra grega analoga à do braço, até os aois artelhos externos. Corpo: 79; perna 105 mm. Um exemplar ©, procedente de Macahé, Estado do Rio, pelo Sr. Ernesto Garbe. Tem a bolsa cheia por cerca de 24 ovos de 8 mm. no maior diametro. Coclonotus fissilis ( Ihering ? ) Com a determinação Notrotema fissilis, sem as- signatura nem nome de auctor, encontrei eu um ro- tulo com lettra manuscripta do Snr. Luderwaldt que me referio, copiara-o de outro rotulo de cujo ma- nuscripto não se recordava. Le modo que fico sem saber se tal designação é effectivamente de Ihering, se de Boulenger que foi por muito tempo quem determinou os batrachios para o Dr. lhering. Em todo o caso, como não conheço a descripção de Nototrema alguma sob o nome espe- cifico acima, quer de Ihering quer de Boulenger, e mesmo não a exista em portuguez, aqui a faço, dos exemplares com que estava o rotulo. ¢ —- Focinho redondo com o canthus rostralis evidente terminando em um angulo bastante agudo e deixando a região loreal sub-concava; narinas — 325 — punctiformes, proximas da ponta do focinho e mes- mo sobre o canthus rostralis, à um diametro orbi- tal do angulo anterior dos olhos; estes salientes, 1 e 1/2 no rostro. Choanas circulares, pequenas; os dentes vome- rinos ficam-lhe posteriores embora nascendo do seu lado interno. Lingua inteira com o bordo posterior adelgaçado no meio, porem não entalhado. Membro anterior muito curto, mal attingindo a axila ingui- nal. Dedos livres com o disco maior que o tyimpa- no cujo diametro é contido 3 e f/2 vezes no dia- metro orbitario. Ordem de crescimento dos dedos : 2, 1. 4 e 3. Palmas grandemente verrucosas, uma serie de verrugas na linha mediana inferior dos de. dos, além dos tuberculos subarticulares; callos car- paes confundidos com as verrugas. Membro poste- rior levado a frente attingindo os olhos com a ar- ticulação tibio-tarsal ; artelhos subpalmados, os de numero 3 à 5 mais que os outros; ordem de cres- cimento : 1, 2, 3, 5 e 4; tuberculos sub-articulares evidentes, as plantas sômente verrucosas; uma se- rie indisticta de verrugas, posterior ao tarso; cal- lo metatarsal externo ausente. Pelle liza no lado su- perior, solta desde o focinho; verrucosa desde o quei- xo até ao lado infero-posterior das coxas, sobre a face abdominal. [ma prega cutanea evidente do hu- merus ao COCCYX. Cor de palha (no alcool); duas estrias escuras e discontinuas partem dos olhos convergindo para o meio do dorso, sobre as espaduas, e d'ahi seguem parallelas para traz; barras estreitas transversas sobre as mãos e sobre as pernas. Focinho, punho e discos violaceo-fuscos. Iris negra. Comprimento: corpo 32, perna 43 mm. q — Differe do macho por ter os olho, ligeiramente menores e a coloração mais fraca. Doi exemplares desse sexo trazem o sacco dorsal respe ctivamente com 13 e 9 ovos de 5 mm. de diametro: O sacco dorsal envolve completamente os ovos, é porêm transparente de modo a deixal-os ver distin- — 326 — ctamente. À sua sutura é ampla, mediana vindo das espaduas ao coccyx, de modo à abrir-se justamente como em WV. pygmaeum, Bugr. Corpo 32, perna 45 mm. O omosterno e q esterno são menores do que em G. ernetoi; o se- gundo posteriormente entalhado. 3 exemplares, (n. 30) da Serra do Macahé, Estado do Rio. O genero NOTOTREMA, não póde evidente- mente conter estas duas especies conjunctamente, como tambem não póde considerar as N. sensu strictu, N. fissilis e a especie de Boettger. Em primeiro logar é preciso respeitar a diagnose antecedente de Fitzinger ( Class. Rep. pg. 30, 1826— Gartrotheca ). Por seu lado parece-me ante-natural deixar no genero Hyla o que Boulenger veio a chamar. de Hyla goeldi. Por isso prefiro reuil-as do seguinte modo : Pupilia horizontal; dentes vo- merinos em grupos dis tinctos entre ou ligeira- mente posteriores às cho- anas. Palatinos ausentes. Lingua inteira, ou ape- nas de bordo posterior reentrante. Dedos e ar- telhos mais ou menos palmados e com pelotas terminaes. Omosterno cartilaginoso, breve e claviforme, esterno largo e tendinoso. Diapophyse sacral moderadamente di- latada. Femeas providas de um sacco ovifero dorsal exterior do es- muleta rt wen Casino ( Hyle coonote ). A — Pelle da cabeça livre do craneo : a ) sacco dorsal incompleto, apenas mar- ginando os ovos sem os cobrir de todo (Esp. F. goeldi, F. hohausi ) Fritzia (1) az, Sacco dorsal completo abrindo-se na linha me- diana uma sutura longi- tudinal . 1)— «I cannot lay claim to the first discovery of the breeding habits of the above mentioned Hyla. On looking through some old papers left by dr. Fritz Miiller, I recen- tly came across some notes and a photograph which evi- dently refer to the same facts. Mr. Boulenger, to whom I sub- mitted these documents, infor- ms me that dr. Fritz Miiller's observations communicated by him to Darwin, were publys- hed in 1879 in the journal « Nature » (Vol. XIX, p. 462). with a figure which is now re- preduced by kind permission of the proprietors, together with the original note. «If I remember well I have already told you to the curious fau- na which is to be met with between the leaves of our Bromeliae. Lately I found in a large Bromelia, a little frog ( Hylodes ? ) bearing its eggs on the back. The eggs were very large so that nine of them covered the whole back, from the shoulder to the hind end, as you will see in the pho- tograh » Góldi. — Pr. Zool. Soc. London, pgs. 95, 96, 1895. Cœlonotus Eu não posso pretender a pri- meira (sic) descoberta dos actos de creação da supra menciona- da Hyla. Vendovelhos papeis deixados pelo dr. Fritz Miiller, recentemente encontrei algu- mas notas e uma photographia, que evidentemente se referem aos mesmos factos. O Sr. Bou- lengerá quem eu submetti estes documentos informou-me que as observações do dr. Fritz Miiller, communicadas por elle à Darwin, havião sido publi- cadas em 1879, no jornal «Na- tura» (Vol. XIX, pg. 462) com a figura que presentemente é reproduzida, devido a gentil permissão dos proprietarios, junctamente com a nota ori- ginal. « Se bem me lembro, eu já lhe fallei sobre a curiosa fauna que se encontra de permeio folhas das nossas Bromeliae. Ultimamente, achei numa larga Bromelia, a pequena Rã (Hy- lodes) trazendo ovos sobre as costas; ovos esses muto gran- des pois nove d'elles cobriam todo o dorso desde os hombros até o extremo posterior, como o Sr. verá na photographia». Goeldi. — Pr. Zool. Soc. London, pgs. 95--96, 1895. — 528 — (Esp. Colonotus fissilis, C. pygmaeus ) a, Sacco dorsal completo, espesso, abrindo-se por um poro posterior amplo. Gartrotheca, Fitz. ( G. marupiata, G. plumbea, G. testudinea, G. longipés e G. microdiscus ). B — Pelle da cabeça intima- mente ligada ao craneo. Mandibula edentula . . Opistodelphis, Ginth. ( O. ovifera, O. fissipés ) Mandibula dentada. . . . Amphygnatodon, Blgr. (A. gunthera ) As especies por nós acima descriptas são as unicas que o Museu Paulista possue de procedencia brasileira. A Heseripedes de Coceidas Novas é Poco Conhecidas — POR — ADOLPH HEMPEL PRESAS o do Instituto Agronomico do Estado, em commissao no Museu Paulista x É | ti |] pala é } uM { 7; Ao Li 4 (1 0 ny d'u us \ a wit) HT CIA "a 14 | Us j ) a hy van eee Een CARO OS ol la Descripções de coccidas novas e pouco conhecidas Sub-familia MoNOPHLEBINAE Mononhlebus niveus n. sp. A femea adulta tem o corpo de fórma oval, com a maior largura atravez do abdomen As di- visões do thorax e do abdomen são distinctamente demarcadas com sulcos transversaes de côr pardo- escura, sendo o restante do corpo de côr vermelho- clara. No dorso ha quatro sulcos longitudinaes e muitos pellos compridos; e todo o corpo é geral- mente empoado com pô branco, e às vezes, o in- secto fica inteiramente envolto em uma massa de fios finissimos de côr branca. O corpo tem 9,500 mm. de comprimento, 5 mm. de largura e 2 mm. de altura. Não foram observados fios vitreos. Fervida em uma solução de KOH, a derme torna-se molle e transparente, ficando o liquido ape- nas levemente tingido de côr vermelha. As antennas, as pernas e os olhos têm a côr pardo-escura. As an- tennas têm de 1,700 mm. a 1,810 mm. de comprimento e compõem-se de 11 articulações, todas as quaes estão providas com numerosos pellos. As diversas articula- ções têm os seguintes comprimentos : (1), 232; (2), 201--216: (3), 170--186; (4), 124--139; (9), 124-- Roo Uae out js Lae e te toe (OM 124. (10), 108--124 ; (11), 201; sendo a formula appro- Sada ee dito, (o spas (O on 1, (2, 11) 3, (6,7,8) (4,5,9) 10. As pernas são relativa- mente compridas, tendo as articulações do primeiro par os seguintes comprimentos : coxa, 341; femur e tronchanter, 961; tibia, 812; tarso, 363; unha, Todas as medidas de articulações de antennas e pernas, pellos, glandulas e outros orgãos, são em micromillimetros. ART ea 108. Os digitulos da nnha são delgados e filifor- mes, os do tarso apparentemente faltam. Os dois olhos são pequenos, de forma conica e estão situa- dos perto da base das antennas. Toda a superficie da derme esta provida de numerosos pellos curtos e outros, compridos, de côr pardo-clara ; e todos têm a sua origem em um tuberculo. Na derme ha tam- bem innumeras glandulas compostas, de forma cir- cular, com cêrca de 12 | de diametro. Estas glan- dulas têm a fórma mais ou menos hemispherica, com um orifício e um pequeno cano no centro e pelo mencs 18 orificios na peripheria. Os ovulos têm a fórma oval, com cêrca de 700 » de diametro longitudinal e 450 » de diametro transversal. A superficie é lisa e luzente; e no prin- cipio, tem a côr amarello-clara, mudando-se em ver- melha, mais tarde. O macho é grande, com o corpo de côr ver- melha de laranja e preta, e as antennas e as per- nas tambem pretas. O corpo tem cêrca de 3,500 mm. de comprimento, sem os processos posteriores. As antennas tèm cérca de 3,900 mm. de compri- mento e compõem-se de 10 articulações, das quaes a terceira é a smais comprida. As antennas são guarnecidas com numerosos pellos compridos, dis- postos em tres ou mais rosetas. As pernas estão delgadas e compridas e estão guarnecidas por mui- tos espinhos curtos e tambem por pellos. Na ex- tremidade posterior do corpo ha dois pares de ap- pendices fusiformes, guarnecidos com muitos pellos compridos, tendo o par mediano cêrca de 0,976 mm. de comprimento, e o par exterior 0,827 mm. de comprimento. As azas são de côr de fumaça e têm cêrca de 4 mm. de comprimento e, além das duas nervuras caracteristicas desta familia, ellas têm mais duas nervuras falsas indicadas por linhas trans- parentes Os halteres são grandes, tendo cada um tres ganchos fortes na extremidade distal. A en- vergadura das azas é, cêrca de 8 mm. Em vida o individuo é ligeiramente empoado de branco. Foi observado a copula destes insectos, a qual Sd sed — 333 — se realiza quando a femea jà tem attingido todo o seu desenvolvimento, e um ou dois dias antes da postura dos ovos quando as femeas estavam descen- do dos galhos das arvores para esconder-se nos in- tersticios da casca do tronco. Hab. São Paulo, Cantareira e Campinas, sobre uma planta sylvestre, nas raizes de mandioca doce e na Grevillea robusta plantada como: arvore de sombra na rua da Consolação, sendo elle primeira- mente encontrado pelo sr. Ernesto Schwebel, em Se- tembro de 1919, e depois em 1 de Novembro de 1919 e Janeiro de 1920, pelo autor. O typo está incorporado nas collecções do Museu Paulista sob o numero 20.069. Icerya chilensis n. sp. Uma especie pequena, tendo a femea immatura um comprimento de cêrca de 2,500 mm. e a largura de 1,500 mm, com o corpo oval, coberto com uma tennissima camada de cêra de côr amarello-clara. As antennas são de nove articulações, e têm de 0,480 mm. a 0,516 mm. de comprimento. As arti- culações têm os seguintes comprimentos: (1), TT; (2), 93; (3), 62; (4), 31; (5), 46; (6), 38; (7), 38; (8), 38; (9), 93. A fórmula approximada é (2,9), 1,9,9 (6,7,8) 4. As pernas são curtas. Os 2 olhos são muito pequenos. Toda a derme está guar- necida com innumeros pequenos espinhos obtusos, alguns direitos, outros um pouco curvados, de 22 a 25 y de comprimento, e algumas glandulas co impostas. A femea adulta é maior, sendo as antennas de 0,891 mm. a 6,873 mm. de comprimento, com 11 articulaçõs, as quaes têm os seguintes comprimen- Fas (LOS (2) 1240 (5) Ma S4 (4), 625 (0), Doo Mod TE Ch). 62 aah 62: (0)5025 (10), 62; (11), 108. A fórmula approximada é 2 (1,11) O LS 10) on 2 GUI) (5,0) (4,9,7,8,9,10). Todas as articulações têm bastantes pellos. As per- nas sãc relativamente compridas e delgadas; tendo as articulações do primeiro par os seguintes ccm- primentos : coxa 124; femur e trochanter 387-456; — 334 — tibia 356 a 402; tarso 170; unha 46. Os dig‘tu- los são curtos e delgados. Fervida em uma solução de KOH, a derme torna-se molle e transparente. Toda a superficie está guarnecida com pellos delgados, uns curtos € outros compridos. Entre os pellos ha pequenas glan- dulas compostas, de fórma circular, de cerca de 11 u de diametro, com a peripheria mais espessa, e com tres pequenos orifícios na parte central. Hab. Chile central. Colleccionada pelo autor em Janeiro de 1909, sobre folhas de uma arvore sylvestre. Typo incorporado nas collecções do Mu- seu Paulista, como preparação microscopica sob o n. 20084. E' possivel que, depois de ser conhecido o ma- cho, esta especie deva ser collocada em ontro ge- nero. Icerya fluva n. sp. A femea adulta junta com o ovisacco, tem até 16 mm. de comprimento, 7 mm. de largura e 8,5 mm. de altura. O dorso está coberto de cêra amarella dis- posta em uma carreira longitudinal, mediana, com um tufo grande e um ou dois pequenos, uma carreira sub-marpginal, longitudinal em cada lado, com cêrca de 3 tufos ds cêra amarella, e uma carreira mar- ginal em cada lado com cerca de 9 tufos grossos de cêra amarella, havendo ainda um tufo grande nas extremidades anterior e posterior do corpo. As areas entre os tufos estão tambem cobertas de se- creção amarella. Os lados e o dorso do ovisacco tambem são amarellos e estriados longitudinalmente. O lado inferior, porém, é liso e amarello misturado com branco, sendo a sua extremidade posterior truncada. Não foram observados fios vitreos. O corpo, despido de cêra, tem a cór vermelha e a forma oval, com a maior largura atravez do abdomen, tendo elle cêrca de 8 mm. de comprimento, 6 mm. de largura e 3 mm. de altura. — 339 — Fervida em uma solução de KOH, a derme torna-se molle, e o liquido fica apenas um pouco tingido de côr vermelha. As antennas têm cêrca de 1 mm. de comprimento, são compostas de 11 articulações e têm a côr pardo-escura. Os compri- mentos das articulações são os seguintes: (1), 124; (290 108; (5), 108; (4), 1057 (9) 02; (6), ER ) 705 408), Ti; E GIO), 95; (11), 155, sendo a formula approximada 11,1 (2,3) 10 (8,9) (47) (5,6). | Todas “as. “articulacoes estão providas de pellos, sendo cs da ultima mais numerosos e compridos. As pernas são curtas, de côr pardo-clara, tendo as articulações do primeiro par os seguintes comprimentos: coxa, 186; femur, EM UD, JOS tarso, 219, unha, 77: - Os digiz tulos da unha são curtos e filiformes; os do tarso não foram observados. Ha pelo menos dois pares de espiraculos abdominaes e talvez tres pares. Toda a superficie do corpo estã ornamentada com nume- rosos pellos escuros, uns muito compridos, outros mais curtos, e com innumeras glandulas compostas, de fórma circular, chatas na face exterior 2 con- vexas na face interior, com nove orifícios na peri- pheria e 3 na parte central. Os dois olhos são pe- quenos, conicos, de côr pardo-escura e collocados perto da base das antennas. Os ovos têm a forma elliptica e a côr vermelha, com a superficie lisa. O diametro longitudinal é de 0,837 mm. e o transversal é de 0,434 mm. mais ou menos. As larvas recera-nascilas. Os ovos, observados no laboratorio, levaram 32 dias até a eclosão, dando elles origem a larvas activas de côr vermelha. No segundo dia de vida as larvas já têm, na superficie dorsal do thorax e do abdomen, pequenos tufos de céra de côr de crême, sendo o tufo do abdomen inteiro, mas os dois tufos do thorax são divididos longitudinalmente, mas só parcialmente, sendo o tufo do meta-thorax mais largo do que os demais tufos. As antennas têm 0,512 mm. de comprimento, e compõem-se de seis articulações, das quaes a ultima — 396 — é a mais comprida. Todas as articulações estão pro- vidas de pellos, tendo a quarta e a quinta cada uma um pello comprido, e a sexta sete pellos muito com- pridos, além de outros mais curtos. Na margem do corpo anterior, entre as antennas, ha um par de pellos compridos, no thorax ha um pello comprido em cada lado, e na extremidade posterior do abdo- men ha seis pellos muito compridos. Os dois pe- quenos olhos escuros e conicos são bem visiveis perto da base das antennas. Hab. Cantareira, perto de São Paulo. Na casca de cambará preta e sucará. Colleccionado pelo Snr. Ernesto Schwebel. O typo está incorporado nas col- lecções do Museu Paulista, sob o n. 20068. Icerya paulista n. sp. A femea é inteiramente coberta por uma secre- ção de cêra branca, com um tom acinzentado, espe- cialmente no dorso. No lado ventral, a cera é fina e lisa, e no lado dorsal ella é disposta em cinco carreiras duplas, longitudinaes, de tufos grossos, conicos, curvados para cima e na direcção da extre- midade anterior do corpo. Os tufos parecem todos do mesmo tamanho e têm cerca de 2 mm. de com- primento. Não foram observados fios vitreos. Despido de cêra, o corpo da femea é eiliptico, com as duas extremidades arredondadas e os segmen- tos do abdomen bem marcados, de côr amarella, com as antennas e as pernas de côr pardo-escura. O corpo tem 10 mm. de comprimento, 5,250 mm. de largura e 3,500 mm. de altura. Fervida em uma solução de KOH, o corpo fica com a derme molle e transparente, tingindo-se o lquido de côr amarella. As antennas têm a côr pardo-escura, têm 2,088 mm. de comprimento e são compostas de 11 articulações. as quaes têm os se- guintes comprimentos : (1), 315; (2), 245; (3), 227; (dor (0), 140s. (6), tote (To), dove E (9), 157; (10), 140; (11), 201. A formula approxi- mada é 1,2,3,11,8, (4,6,7,9), (5,10). Todas as arti- cuiações estão abundantemente providas de pellos. As — 337 — pernas são compridas e robustas de cor pardo-escura, tendo as articulações do primeiro par os seguintes com- primenios : coxa, 907; trochanter e femur, 1,172; tibia, 805 ; tarso, 390 ; anha, 87. Os digitulos, tanto do tarso como da unha, são curtos e filiformes. Toda a superficie do corpo é coberta com irnume- ros pellos, alguns compridos, outros mais curtos, todos com a base dilatada. Entre os pellos existem numerosas glandulas compostas, circulares e de fórma discoidea. Estas glandulas têm cêrca de 15 » de diametro e têm o desenho de uma estreila de seis pontas na parte central dentro do circulo, a qual tem um pequeno orifício no centro. No thorax ha dois pares de pequenos espiraculos, e no abdomen ha, pelo menos, mais sete pares de espiraculos. Perto da base das antennas ha um par de pequenos olhos escuros. | Hab. Caniareira, perto de São Paulo. Colligido em Abril de 1912, sobre os espinhos do taquaruçu pelos Snrs. Rodolpho v. Ihering e H. Luederwaldt. O typo está incorporado nas collecções do Museu Baulista, sob-on; 16770; Icerya purchast Maskell var. citriperda n. var. A femea adulta, quando começa de secretar o ovi-sacco, ten cérca de 4,250 mm. de comprimento 2,900 mm. de largura e 1,100 de altura. A fórma do corpo é ovato, sendo mais largo atravez do ab- domen. A côr, no lado ventral, é amarello-alaran- jada, com as pernas e antennas castanhas. O lado dorsal é, geralmente, coberto por uma fina camada de cêra cinzenta ou amarellada. No meio do dorso ha diversos tufos de cêra dispostos em uma carreira longitudinal, e na margem ha numerosos filamentos vitreos, compridos e delgados. O ovi-sacco é branco, de forma conica, furte- mente estriado no sentido longitudinal nos lados lateraes e dorsal, mas liso no lado ventral, alcan- cando até 9 mm. de comprimento, no lado dorsal, e 6 mm. de comprimento no lado ventral, é de 5 a 6 mm. de largura e outro tanto de altura. Em — 338 — roda da margem do thorax ha uma franja feita de tufos de cêra branca, medindo cada tufo cêrca de 2,750 mm. a 4 mm. de comprimento, sendo elles di- rigidos para a extremidade posterior. Toda a superficie do corpo está guarnecida com pellos compridos de côr bruno-escura ou preta, e em roda da margem lateral ha cêrca de 24 tufos destes pellos, tendo cada tufo cérca de 90 a 100 pellos, ou mais ainda. A femea adulta, fervida em uma solução de KOH, torna se transparente, com a derme molle. As antennas, de côr pardo-clara, compõem-se de 11 articulações, das quaes a ultima é a mais comprida, e tem de 0,882 a 1,017 mm. de comprimento. As respectivas articulações têm os seguintes compri- mentos: (1), 104-117; (2), 91-110; (3), 91-97; (4), 59-65; (5), 52-65; (6), 71-84; (1), 71-84; (8), 72-84 ; (9), 71-84; (10), 71-78 ; (11), 123-143 ; sendo a formula approximada 11, 1, 2, 3, (8, 6, 7, 9, 10) (4, 5). Todas as articulações têm pellos compridos. No lado inferior do corpo, perto da base das antennas. ha dois olhos proeminentes, de forma conica e de côr pardo-escura. As pernas são compridas, com o tarso muito curvado, tendo as articulações os seguintes compri- mentos : coxa, 162; femur com trochanter, 435; ti- bia, 403; tarso, 208; unha, 56. Os digitulos, tanto do tarso como da unha, são filiformes. Toda a su- perficie do corpo está guarnecida de pellos escuros, alguns curtos, outros mais compridos, e de numero- sas glandulas compostas, tambem escuras, de forma redonda mas, ás vezes, não perfeitamente circulares, com 12 » de diametro transversal e 15 » de dia- metro longitudinal, com 8 a 10 orifícios na periphe- ra e um orifício elliptico na parte central. Ha ainda, perto da margem lateral, outras glandulas compostas, da mesma conformação e côr das prece- dentes, mas maiores, tendo até 19 p de diametro e com o orifício central tambem de forma circular. Esta variedade differe da especie typica, na côr do dorso, no tamanho maior, especialmente do ovi- — 339 — sacco, e no numero de pellos escuros em cada tufo na margem lateral do corpo. Hab. Primeiramente encontrada em Soccorro, Estado de S. Paulo, em 1916, e actualmente en- contrad2 em muitos logares do Estado, como Jun- diahy, Campinas, Jahu, Sorocaba, Barretos e nos pomares da Capital, atacando iarangeiras, roseiras e outras plantas. O typo está incorporado nas col- lecções do Museu Paulista sob o n. 20088. Em outubro p.p. publiquei um pequeno artigo em O Estado de S. Paulo, chamando a attenção dos fazendeiros para esta nova praga, já tão nociva para as larangeiras, apontando-o como um parasita provavel do caféeiro, e aconselhando a importação do besouro, Novus cardinalis, um inimigo natural desta praga, para, com o auxilio deste, dar combate efficaz ao «pulgão branco», antes que elle fosse esta- belecido em todo o Estado. No mez de Novembro p. p. já recebemos folhas de caféeiro infestado por esta praga. Havia uma queixa geral que os estabelecimentos de floricultura da Capital, que despachavam mudas para o interior do Estado, com estas mudas espa- lhavam o «pulgão branco ». Em 20 de Fevereiro visitei tres dos maiores estabelecimentos que negoceiam com mudas na Capital. Verifiquei que as queixas levantadas contra estes estabelecimentos eram procedentes, pois em duas das chacaras visitadas encontrei a referida praga em grande numero infestando as mudas e outras plantas, e na outra chacara, encontrei vesti- gios da mesma praga. E” de admirar que os poderes competentes não fiscalizem estes estabelecimentos para impedir a dis- seminação desta praga por todo o nosso Estado. Icerya Schroitky: Hempel. Aos caracteres já publicados em a « Revista do Museu Paulista, » vol. IV, pags. 373-379, podemos accrescentar os seguintes: A femea adulta está to- talmente occulta debaixo de uma secreção de fios = CNS brancos, muito grossos e encrespados ou ondeados. No dorso ha quatro tufos altos e grossos, dos quaes dous ou tres são inclinados para a extremidade an- terior e os outros para a extremidade posterior. O ovi-sacco é muito grande e mais largo do que o corpo do insecto. E’ elle composto de fios finos, brancos, luzentes e lanudos, ornamentado no seu exterior por uma camada de fios muito grossos, brancos e ondeados. Muitos individuos velhos tém a secreção no lado dorsal suja ou escura. Os indi- viduos destacados ou isolados têm a forma mais ou menos pyramidal ou conica, cujo diametro longitu- dinal, incluindo o ovisacco, é de 20 mm., o diame: tro transversal 14 mm. e a altura 9 mm. O corpo da femea adulta, despido de cêra, tem a fórma oval, um pouco mais largo perto da ex- tremidade posterior, e alcança 8.5 mm. de compri- mento, 6 mm. de largura e 4 mm. de altura. A côr é amarella no exterior e avermelhada no interior, com as pernas e as antenas pardo-escuras ou pretas. Além de pellos compridos e curtos, a derme tem innumeras glandulas compostas, circulares e hemis- phericas. Estas glandulas têm cerca de 16 p de diametro, e compõem-se de uma parte peripLerica de 9 a 11 pequenos orifícios redondos, e a parte cen- tral, quadrangular, com um pegueno orifício redondo no centro. Estas glandulas têm a côr pardo-escura e são mais ou menos constantes em tamanho, porém o numero de orifícios na peripheria varia de 9 a 11; e a parte central é, às vezes. triangular ou pentangular, sendo porém a forma quadrangular a mais abundante e commum. Encontrada novamente na Cantareira, perto de S. Paulo em «canella poca », «cipó», « Jacaran- di», (Legumenose ), e Alchornæ sidaefolia ( Eu- phorbiacese ). Icerya taunay? n. sp. A femea nova e immatura, tem o corpo oval, de côr pardo-escura no lado superior e vermelha no lado inferior. As antennas e pernas tambem são de côr vermelha. Ao redor da margem ha uma Me CU NE carreira de pequenos tufos brancos, e no dorso ha uma carreira longitudinal, mediana e mais tres car- reiras entre a mediana e a margem lateral de pe- quenos tufos mais ou menos circulares. O corpo attinge 9 mm. de comprimento, 5,5 mm. de largura e 4 mm. de altura; sendo mais alto no thorax do que no abdomen. Fervida em uma solução de KOH, a derme tor- na-se molle e transparente, turvando-se o liquido, e decantado, tem este a côr amarello-escura. As an- tennas, neste estado, têm avenas oito articulações e tem de 0,885 mm. a 0,970 mm. de comprimento, tendo as articulações os seguintes comprimentos : (1), 216; (2), 108; (3), 124; (4), 62; (5), REDE CO ANR MD (62160 A formula approximada é (81) 32 (56) 74. As pernas sic curtas e reforçadas, tendo as articulações do pri- meiro par os seguintes comprimentos: coxa, 310; femur com trochanter, 883; tibia, 402; tarso, 294 ; unha 124. ‘Os digitulos são curtos e filiformes. A tibia tem cérca de 16 pequenos espinhos grossos na borda posterior, e o tarso tem cêrca de quatro destes espinhos. Olhos não foram observados. Toda a superficie da derme, tanto no lado ven- tral como no dorsal, está guarnecida por espinhos fortes, geralmente um pouco curvados, havendo porém, alguns direitos. A maioria destes espinhos tem cerca de 50 |. de comprimento, mas existem outros menores, e alguns, perto da margem do cor- po, são mais compridos. Entre os espinhos ha pe- quenas glandulas compostas de 12,5 » de diametro de forma circular com a margem espessa, e 0 ori- ficio central de fórma elliptica. Ha outras glandulas maiores, até 17 x de diametro, inteiramente cir- culares, com a margem espessa e a borda interna crenulada, e com o orifício central em forma de uma cruz grega, tendo esta, às vezes, cinco pontas em vez de quatro. Hab. Bosque da Saude, perto de São Paulo. Encontrado em 22 de Novembro de 1919, pelo Sr. Julius Melzer, na casca dos galhos de uma planta sylvestre. Não foi possivel encontrar exemplares adultos, pois todos os individuos estavam infeccio- nados por um fungo, morrendo todos antes de chegar ao estado de adultos. E” com muita satisfação que dedico esta espe- cie ao sr. dr. Affonso d'E. Taunay, activo e dedi- cado director do Museu Paulista. O typo está in- corporado nas collecções do Museu Paulista, sob o n. 20087. Depois de conhecidos os adultos dos dois sexos, é provavel que esta especie deva ser collocada em um outro genero. Sub-familia ORTHEZIINAE. Orthezia grandis n. sp. A femea adulta é grande, tendo o corpo cêrca de 11,500 m. m. de comprimento e 5,750 mm. de largura. O dorso tem uma carreira dupla, longitu- dinal e mediana, de tufos curtos de cêra cinzenta, e ha tambem uma carreira marginal de tufos triangu- lares de cêra cinzenta. Estes tufos marginaes são muito curtos na extremidade posterior, e mais com- pridos nas margens lateraes. O lado ventral é co- berto por uma camada delgada de cêra cinzenta, ha- vendo no lado dorsal, entre os tufos, uma camada delgada de cêra cinzenta. O ovi-sacco é grande, de côr branca ou cinzen- to-clara, liso no lado ventral, mas finamente estria- do em sentido longitudinal e tambem transversal, no lado superior, tem a férma quasi cylindrica e tem a extremidade posterior virada para cima. O ovi-sacco tem, geralmente, 4 a 5 m. m. de compri- mento, mas ha individuos com o ovi-sacco que me- de 20 m. m. de comprimento. O corpo, despido de cêra, tem a côr parda, com as antennas e as pernas mais escuras. Não era pos- sivel designar as articulações das antennas, por se- rem estas quebradas. Os ovos tem a forma oval, de 0,660 mm. de comprimento e 0,300 mm. de diametro transversal, e têm a côr pardo-clara. — 343 — A larva recem-nascida é pequena, de côr pardo- clara ou amarellada, com as pernas e antennas da mesma côr, sendo estas ultimas mais escuras na ex- tremidade, e tem, no lado dorsal, cèrca de 20 peque- nos tufos de cêra branca, arranjados como no adnl- to, em duas carreiras longitudinaes, medianas e uma marginal em cada lado, tendo a margem um tufo na extremidade posterior, outro na extremidade an- terior, e cêrca de 4 tufos em cada lado. A fórma do corpo é ovata, tendo elle cérca ds 0,465 mm. de diametro transversal e 0,540 mm. de diametro lon- gitudinal. As pernas e antennas são muito compri- das, tendo estas seis articulações, das quaes a ulti- ma é a mais comprida, a qua: tem, na ponta, um espinho grosso terminal. As unhas são grandes, com a margem interior dentada, geralmente com tres dentes, dos quaes aquelie mais proximo à ponta é o mais saliente. Os digitulos das unhas são curtos e acoliformes. Na margem do corpo, e apparentemen- te tambem no lado dorsal, ha numerosos pequenos espinhos, grossos e obtusos. As antennas têm cêrca de 0,650 mm. de com- primento, e o primeiro par de pernas tem 0,883 mm. de comprimento. Os olhos não foram obser- vados. Estas larvas, com os corpos quasi circulares e as pernas compridas, mais parecem ser carrapatos ou aranhas do que coccidas. Hab. Cantareira, perto de São Paulo. Encontra- da em Maio de 1912 pelos Snrs. R. v. lhering e H. Luederwaldt, no exterior de Taquarussi, onde existe isoladamente, em baixo das bainhas das fo- has. O typo esta incorporado na collecçäo do Mu- seu Paulista, sob o n. 16767. Orthezia longipes n. sp. O corpo da femea adulta tem a côr pardo-clara, vom as pernas e as antennas mais claras, com a ex- tremidade distal do ultimo segmento das antennas quasi preta. O Jado dorsal do corpo está coberto com pequenos tufos de cêra branca, disposta em uma car- — 344 — reira dupla, mediana, longitudinal, na qual os dois ultimos tufos são os mais compridos, e uma carrei- ra marginal em cada ladc. O corpo tem 2 mm. de comprimento, 1,290 mm. de largura e cêrca de 0,900 mm. de altura. O ovi-sacco é fusiforme, branco, com o diame- tro da extremidade posterior só um pouco menor do que o da base, e tem até 9 mm. de comprimen- to. O lado inferior é geralmente liso e o superior, finamente estriado no sentido longitudinal, sendo elle um pouco curvado para cima. Fervida em uma solução de KOH, o liquido fi- ca apenas levemente tingido de côr parda. A derme torna se transparente e as pernas e antennas pardo- claras. As antennas tem 8 articulações e variam de 1,913 mm. a 4,618 mm. de comprimento. As arti- culações tem os seguintes comprimentos: (1), 193- 170; (2), 108--124 ; (3), 248--263 ; (4), 186--201 ; (9), 201--209: (6). 186: (7), 1x0; (8) casa 219. A formula approximada é 8354 (67) 12 ou (83) 5 (467) 12. As pernas são muito compridas e delgadas, tendo as articulações do primeiro par os seguintes comprimentos: coxa, 201; femur e tro- chanter, 837 ; tibia, 837; tarso, 387--410 ; unha 77. As unhas são curvadas e dentadas com dois dentes na margem interior. Os digitulos da unha são pe- quenos, os do tarso não foram observados. Os olhos são pequenos, salientes, e insertos na margem da cabeça quasi na base das antennas. Toda a superfi- cie da derme, tanto o lado dorsai como o ventral, esta guarnecida por innumeros pequenos espinhos os quaes tem cerca de 17 » de comprimento. A pre- sente especie é muito parecida a Orthezia insignis Doug. ; mas pode ser distinguida pelo ovi-sacco, que é muito mais comprido em esta especie nova do que em aquella. Os ovulos são de côr pardo-clara no principio tornando-se mais escuros depois. Elles tem a forma oval, com 0,872 mm. de diametro longitudinal e 0,201 mm. de diametro transversal. — 345 — Hab. Petropolis, Estado do Rio de Janeiro, em ramos de uma planta sylvestre, onde foi colleccio- pada pelo Frei Thomaz Borgmeier. O typo está in- corporado nas collecções do. Museu Paulista sob o n. 20089. Sub-familia DACTYLOPINAE Lachnodiella taquarae n. sp. A femea adulta tem a côr vermelha de tijolo, com toda a superficie do corpo coberta por uma ca- mada delgada de pô branco. O corpo tem a fórma oval, sendo os segmentos do abdomen bem visiveis, e tem 5,000 mm. de comprimento e 4 mm. de lar- gura. Fervida em uma solução de KOH, a derme torna- se molle e transparente. As antennas compõem-se de sete articulações e tem 0,810 mm. de comprimento ; sendo o seguinte o comprimento das joia ar- Rigulações (PSA (2 92: (5) 92; (4732: Wo So (O) Sd (7), 8. A formula approzxi- mada é 7216 (345). As pernas são grossas e tem todas as articulações guarrecidas com pellos. As ar- ticulações do primeiro. par de pernas tem os seguin- tes comprimentos: coxa, 114; femur e trochanter, 279--292 ; tivia, 110--123; tarso, 58--71; unha, 19- 26. Os digitulos do tarso são compridos e delgados, faltando os da unha. Existem quatro pequenos or- gãos. de forma elliptica, sendo um par perto da ex- tremidade anterior do corpo, e o outro par perto da extremidade posterior. O annel anal tem 6 pellos. To- da a superficie da derme é guarnecida de pequenos pellos, e entre estes, dispersas, ha pequenas glandu- las circulares. Na margem posterior ha muitos es- pinhos curtos, e perto da base das antennas ha um par de pequenos olhos circulares e transparentes. Hab. Cantareira, perto de S. Paulo, no interior do taquarussú, com espinhos (Guadua distorta Rupr.), onde foi collecionada pelos snrs. Rodolpho v. lhe- ring e H. Luederwaldt. O typo está incorporado nas collecções do Museu Paulista sob o n. 1€768. Sub-familia COCCINAE Ceroplastes psidii Chavannes , A femea adulta é coberta de cêra branca, tin- sida levemente de crême, com a superficie aspera, desigual, sendo ella, geralmente, deprimida ao redor do nucleo dorsal, nos lados perto das regiões estig- maes e nas duas extremidades; mas ha tambem exemplares nos quaes a superficie ao redor do nu- cleo dorsal é elevada. O nucleo dorsal é bem visivel e de côr branca. À cêra é dura, homogenea, não distinctamente dividida em placas, sendo estas ape- nas vagamente indicadas, e sem linhas concentricas ou raiadas. A margem lateral é um pouco espessa e voltada para cima. Comprimento 6,750 mm. largura 5 mm., al- tura 3,900 mm. Despida de céra, a derme é dura, de côr parda avermelhada com o corno caudal preto, curto, grosso, e ds cêrca de 0,775 mm. de comprimento, dirigido directamente para traz. O corpo com o dorso com nodosidades mal definidas, tem 4,900 mm. de com- primento e 3 mm. de largura, sendo a sua maior largura atraz do meio do corpo. Recebemos exemplares, por intermedio do Snr. Dr. Angelo da Costa Lima, colleccionados pelo Snr. Dr. Diogenes Caldas, no municipio de Santa Luzia do Sabugy, Estado da Parahyba do Norte, e outros de Pernambuco, onde causam serios damnos às goiabeiras. Julgavamos, no principio, que se tra- tava de uma especie nova, por serem os individuos pequenos, achatados, sem placas bem definidas, apezar de serem adultos, mas um estudo ulterior mostrou que devem os referidos exemplares ser considerados como identicos com a presente especie. Mesolecaniwm argaformis n. sp. A femea tem o corpo oval, chato, com 9 mm: de comprimento, 7 mm. de largura e 2,250 mm. de altura. O dorso tem a côr verde azeitona, com um tom de amarello no centro, e a margem é amarello- — 347 — clara. No lade inferior a margem tambem é de côr amarello-clara, com a parte mais central verde-clara. No dorso ha numerosos buracos de pequena profundi- dade, tornando a superficie aspera e desigual. Estes buracos são Jispostos em duas carreiras longitudinaes e em cada lado do centro, e na área entre a margem e a segunda carreira mediana. Perto da margem ha tambem sulcos radiados. As placas anaes são pe- quenas e de cor pardo-escura. A margem posterior é levemente entalhada. A fissura anal tem cêrca te 1,900 mm. de comprimento e tem os lados uni- dos. As listas brancas nas áreas estigmaes são bem destacadas. Hm alguns exemplares a borda mar- ginal é recurvada para cima. Ha esparsos, no dorso, pedacinhos delgados de céra branca. Fervida em uma solução de KOH, a derme torna-se molle e transparente. As antennas são atro- phiadas, compondo-se apparentemente de 4 articu- lacdes, e têm cêrca de 0,094 mm. de comprimento. As pernas tambem são atrophiadas, sendo apenas notado o primeiro par, em fórma de tuberculos, com cérca de 0,094 mm. de comprimento. A margem lateral é pouco identada nas áreas estigmaes, sendo estas caracterizadas por tres espinhos grosses e cur- vados. dos quaes dois são curtos com apenas 44 | de comprimento, e o outro é comprido com 75 p de comprimento. Os espiraculos são muito afastados das margens lateraes ( de 1 a 1,400 mm.) contendo o espaço entre aquelles e a margem, centenas de pe- quenas glandulas circulares, com cérca de 6 p» de diametro. As glandulas dorsaes são alongadas, perto da margem e ovaes na área mais central, com cêrca de 0,056 mm., de diametro longitudinal. Ha es- parsos, perto da margem lateral. alguns pequenos pellos com cêrca de 12 4 de comprimento. A derme ao redor das piacas anaes, é chitinizada e escura. As placas anaes são pequenas, triangulares, escuras, com o lado interior com cêrca de 0,219 mm. de comprimento; a margem antero-lateral com 0,162 mm. de comprimento, e a margem postero-lateral com 0.169 mm. de comprimento. as Hab. Na Cantareira, perto de São Paulo, na casca de canella poca, uma arvore sylvestre, onde foi colleccionada pelo Sr. Ernesto Schwebel. Não é commum nem abundante. O typo é incorporado nas collecções do Museu Paulista sob o n. 20.092. Mesolecanium marmoratum, n. sp. A femea adulta tem o corpo de fórma oval ou irregular, às vezes um pouco asymetrica, com a su- perficie dorsal aspera, com pequenos sulcos radiados. A côr é cinzenta mesclada com pardo-escura, côr de chocolate. Os individuos maiores têm 6,750 mm. de comprimento, 5,500 mm. de largura, e 2 mm. de altura. A fissura anal tem de 1,400 a 1,500 mm. de comprimento, e tem as margens unidas. O dorso está coberto por pepuenas particulas delgadas de cêra branca. Fervida em uma solução de KOH, a derme torna-se transparente, mas conserva-se espessa, sendo ella mais rija nos individuos mais velhos, do que nos mais novos. Às antennas são degeneradas em pequenos tuberculos, apparentemente de 4 a 6 arti- culações, com 0,107 mm. a 0,155 mm. de compri- mento. As pernas tambem são atrophiadas, sendo ellas representadas por pequenos tuberculos, que têm cêrca de 0,186 mm. de comprimento, com as arti- culações indistinctas. Os digitulos da unha são del- gados, com a extremidade distal um pouco dilatada ; os do tarso não foram observados. As áreas esti- gmaes são apenas entalbadas, sendo ellas caracteri- zadas por dois espinhos grossos e curtos, de 35 p de comprimento, e por um outro curvado, de 55 y de comprimento. A margem lateral do corpo é guarnecida por uma carreira dupla de pequenos pellos aculiformes, uns mais compridos, outros mais curtos, tendo os maiores cêrca de 50 4 de comprimento. As placas anaes são pequenas, triangulares, com o angulo exterior arredondado, tendo o lado interior de 0,212 mm. de comprimento, o lado antero-lateral 0,156 mm. de comprimento, e o lado postero-lateral 0,125 mm. de comprimento. Toda a derme dorsal — 349 — é cheia de glandulas de fórma irregular, oval ou quasi circular, com cêrca de 30 » de diametro. Hab. Gantareira, perto de São Paulo. Na casca de canella branca e canella poca, onde foi colleccio- rada em Outubro e Novembro de 1919, pelo Snr. Ernesto Schwebel. O typo está incorporado nas colleeções do Museu Paulista sob o n. 20.098. Mesolecanium wvicola nov. esp. A femea adulta tem o corpo de fórma elliptica, chata de côr pardo-clara, tendo os exemplares um tom de amarello. Fa em cada lado perto da margem na extremidade anterior, uma pequena mancha re- donda, como um olho de côr pardo-escura. A derme está salpicada de pontinhos escuros, tendo tambem no dorso pedacinhos delgados de cêra branca. Os exemplares maiores têm 6,250 mm. de compri- mento, 2,790 mm. ae largura, e 1,250 mm. de altura. Fervida em uma solução de KOH, a derme dorsal conserva-se de uma certa rigidez, tornando- se transparente e quasi incolor. O liquido fica apenas tingido muito levemente de côr amarella. As an- tennas são delgadas, com cêrca de 0,862 mm. de com- primento e apparentemente compõe-se de sete arti- culações, com os seguintes comprimentos: (1 ), 56 ; (2), 44; (3), 69-81; (4), 47; (5), 47-56; (6), 25; (7), 62. A formula approximadaé: 37 (15) 426 ou 371 (54) 26. As pernas tambem são del- gadas e curtas, tendo as articulações do primeiro par os seguintes comprimentos: coxa, 87; femur com trochanter, 144; tibia, 119; tarso, 09; unha, 16. Os digitulos, tanto os do tarso como os da unha, são compridos e delgados, com as extremidades dilatadas. As áreas estigmaes são indicadas por pe- quenas concavidades na margem, guarnecidas por dois espinhos direitos com cérca de 16 & de com- primento, e um outro mais grosso e curvado, com cèrca de 20 » de comprimento. Os póros da derme dorsal têm a forma oval, com o diametro longitu- dinal de cérca de 19 ». Ao redor da margem do corpo ha, esparsos, alguns pellos delgados e simples, — 350 — A fissura anal tem 0,775 mm. de comprimento e tem os lados unidos. As placas anaes são pequenas, de forma triangular, escuras, com o lado interior de cêrca de 0,150 mm. de comprimento, sendo os lados antero-lateraes e postero-lateraes iguaes, com cêrca de 0,106 mm. de comprimento Hab. Tabôas, Estado de Minas Geraes, onde foi encontrado infestando videiras importadas do Chile, sendo os exemplares remettidos pelo dr. Carlos Moreira. (O typo está incorporado nas collecções do Museu Paulista sob o n. 19.951. Mesolecanium ferum n. sp. A femea tem a fórma irregular ou sub-circular com o dorso pouco convexo e as margens espessas. O corpo tem a côr vermelho-escura, não sendo o dorso luzente, mas coberto por uma camada delgada de céra branca. Fervida em uma solução de KOH, o liquido tinge-se de côr castanho-escura, com reflexo verme- lho, tornando-se mais escuro quando frio. A derme torna-se molle e transparente. com uma área chiti- tinizada ao redor do orificio anal, a qual está guar- necida de espinhos curtos. As antennas são rudi- mentares ou atrophiadas sendo ellas representadas por pequenos tuberculos com 0,056 mm. de com- primento. As pernas tambem são atrophiadas. A margem é grossa, sendo ella entalhada e chitinizada, nas áreas estigmaes, onde existe pelo menos um espinho curto e grosso. Ha centenas de pequenas glandulas circulares na área entre a margem e os espiraculos. As trachéas são numero- sas e muito grossas. No dorso ha diversas áreas pe- quenas e irregulares onde a derme está chitinizada. Toda a derme do dorso é ornamentada por grandes, glandulas circulares, com um poro excentrico, de 40 | de diametro, medindo a parte central mais transparente, de 28 a 30 p de diametro, as quaes são, perto da margem, reunidas em grupos ou ro- setas de 2 a 6 glandulas. Espalhadas entre estas, ha ainda outras glandulas de fórma circular e de tama- nho diminuto. A fissura anal tem 1,150 mm. de com- primento com os lados unidos. As placas anaes são quasi hemisphericas em fórma com o lado interior com cêrca de 0.008 mm. de comprimento. Na margem ha uma fileira de pequenos espinhos, grossos e curtos, com cêrca de 9 y de comprimento, cada um nascen- do de um pequeno tuberculo, e lia ainda pequenas glandulas com os póros na margem. Hab. Campinas, Estado de S. Paulo. Na casca de « Capixingui », Croton floribundus Mart., onde foi encontrado peio auctor em Maio de 1912. O typo está incorporado nas collecçôes do Museu Paulista, sob 9 n.º 20091. Eulecanium melzeri n. sp. A femea adulta tem o corpo espherico ou glo- boso, mais largo na parte posterior do meio, dividi- do symetricamente em duas partes, por meio de um sulco pouco profundo, longitudinal e largo, mais pro- nunciado na extremidade posterior. A côr é amarello-clara, com as bordas e uma estria longitudinal mediana de côr verde-escuro de azeitona. Nos individuos mais velhos a côr é uni- formemente pardo-escura. As bordas são espessas e reviradas para cima, havendo na extremidade ante- rior uma pequena depressão, e em cada lado ha mais duas destas depressões. Fervida em uma solução de KOH, o liquido tinge-se de côr pardo-amarellada continuando a der- me de uma consistencia dura. Os exemplares haviam sido atacados por um parasita, e não foi encontrado nenhum individuo com pernas e antennas, sendo bem possivel que estes orgams estejam atrophiados. Na derme, perto da margem laterai, ha numerosas glandulas, algumas redondas, com cérca de 77 E de diametro, e outras de forma elliptica, com cêrca de 124 » de diametro losgitudinal. Estas glandulas são espessas e compostas, contendo ellas, apparentemen- te, muitos orifícios na parte central. Na parte mais central da derme ha outras glandulas simples, de fórma ci cular ou um pouco oval, com cêrca de 25 er ee u de diametro. As placas anaes são relativamente pequenas, com o lado interno de 188 | de compri- mento, e de forma concava; sendo o argulo exte- rior arredondado, e tendo o lado antero-lateral cêr- ca de 90 p de comprimento, e o lado postero-lateral 140 » de comprimento, As áreas estigmaes são mui- to entalhadas, mas não foram observados espinhos nestas regiões. As larvas recem-nascidas têm a côr pardo-cla- ra, amareliada, sendo o corpo chato, de forma elli- ptica, com cérca de 0,465 mm. de comprimento e 0, 232 mm. de largura. Os olhos são pretos. A mar- gem do corpo é finamente crenulada. A extremida- de posterior do corpo e guarnecido por um par de espinhos e um par de cerdas muito compridas. Ha, no lado dorsal do corpo, uma carreira dupla, media- na, longitudinal e outra submarginal em cada lado, de pequenos tuberculos. As áreas estigmaes estão caracterizadas por um espinho forte. As antennas são de fórma usual e guarnecidas por pellos. Hab. Bosque da Saude, São Paulo, em um ar- busto sylvestre, onde foi colleccionado pelo Snr. Ju- lio Melzer, a quem dedico esta especie nova. O typo está incorporado nas collecções do Museu Pau- lista sob o n. 19938. Colloco esta especie provisoriamente neste ge- nero, em quanto não houver disponivel material novo para estudo. Megalecanium n. g. Como Mesolecanium porém muito maior, até 13 mm. de comprimento, o corpo de forma hemis- pherica. e brilhantemente pintado. Typo Megaleca- mum testudinis n. sp. Os ovos são collocados em baixo do individuo em uma secreção lanosa de cêra branca. Megalecaniuin testudinis n. sp. A femea adulta tem a forma irregularmente cir- cular e hemispherica, com o dorso luzente. A côr y geral no dorso é verde-clara, com manchas de par- do-escura e amarella, dispostas em cinco estrias longi- tudinaes, sendo uma mediana e duas lateraes em ca- da lado. ficando as manchas de côr parda e amarel- la collocadas transversal e alternadamente nestas es- trias. As margens são deprimidas e tambem têm algumas manchas de côr pardo-escura. A margem posterior é entalhada. A fissura anal tem cèrca de 1,200 mm. de comprimento com os lados unidos. O lado inferior do corpo tem a côr rosea. Em baixo dos individuos ha uma porção de secreção branca e lanosa que encerra os ovos de côr amarello-clara. Os insectos mais novos têm o corpo mais achatado. Os maiores exemplares tem 13 mm. de compritnen- to, 11,500 mm. de largura e 6,950 mm. de altura. Fervida em uma solução de KOH, o liquido fica tingido de côr de laranja-escura, tornando-se a derme transluzente conservando, porem. a sua rigi- dez e consistencia. As antennas são compridas e delgadas, com 8 articulações, e têm um compri- mento total de 0, 653 a O, 670 mm; tendo as ar- ticulações os seguintes comprimentos: (1), 93; (2), MOD Wo ess (4) 108 31.¢ 5), 93-100:5: (106); 62; (7), 46-55; (8), 93-62. A formula approxi- mada é 134) (12) 56 (78) ou 84 (15) 2 (68) 7. As pernas tambem são delgadas e fracas, tendo as articulações os seguintes comprimentos: coxa, 139; femur com trochanter, 325; tibia, 232; tarso, 162; unha, 31. Os digitulos do tarso são compridos, e delgados, com as extremidades um pouco delicadas tendo elles 69 | de comprimento; os da unha são mais largos, com as extremidades mais dilatadas etêm 38 » de comprimento. A margem lateral é pou- co identada nas regiões estigmaes, sendo estas ca- racterizadas por tres espinhos grossos, dos quaes dois são rectos, com 31 | de comprimento eo ou- tro é curvado, com 62 | de comprimento. Na mar- gem, ao redor do corpo, ha uma carreira simples de pellos os quaes têm cérca de 56 a 62 y de com- primento, e têm a extremidade distal dilatada e fen- dida uma ou duas vezes, sendo mais numerosos os pellos com uma só fenda. A distancia entre os pel- — 354 — los é de 187 a 219 p. As placas anaes são relati- vamente pequenas, de côr pardo-escura, e têm o la- do interior de O, 279 mm. de comprimento. Toda a superficie do dorso é crivada de glandulas grandes, de forma oval ou redonda ou sub-circular e de ta- manhos diversos; tendo os maiores cêrca de O, 112 mm. de diametro. Os ovos são de forma elliptica, com 0,356 a 0,418 mm. de diametro longitudinal e 0,106 a 0,116 mm. de diametro transversal, e têm a côr amarello- clara. Os ovos são muito abundantes, pols uma só femea põe dezenas de milhares delles. As larvas recem-nascidas são pequenas, com o corpo chato e de fórma oval, tendo ellas 0,512 mm. de comprimento e 0,287 mm. de largura, com a cor pardo-amareilada e os olhos pequenos e pretos. . A margem do corpo é crenulada, e tem ao redor 34 pellos, dos quaes os dois medianos na extremi- dade posterior são os mais compridos. As áreas es- tigmaes são caracterizadas por um espinho grosso e obtuso, com cêrca de 31 | de comprimento. Na extremidade posterior ha ainda um par de cerdas delgadas, com cêrca de 0,375 mm. de comprimento. As antennas têm, apparentemente, 6 articulações, com cêrca de 0,129 mm. de comprimento, sendo a ultima articulação guarnecida por diversos pellos lateraes e terminaes, dos quaes um destes ultimos tem 94 p de comprimento. Hab. Cantareira, perto de S. Paulo. Na casca de cambará preto e cambará branco, onde foi col- leccionado pelo Snr. Erneste Schwebel em Setem- bro de 1919. O typo está incorporado nas collec- ções do Museu Paulista sob o n. 20095. São Paulo, 25 de Março de 1920. DESCRIPTIONS OF NEW AND LITTLE KNOWN COCCIDAE Family COCCIDAE Sub-family MONOPHLEBINAE Monophlebus niveus n. sp. The body of the adult female is oval in form» peing widest across the abdomen. The divisions of the thorax and abdomen are distinctly marked by dark brown transverse lines. The remainder of the body is light red in color. The dorsal surface is ornamented by four longitudinal furrows and many long hairs, and the entire body is generally cove- red with a white powder, and sometimes the entire insect is involved in a mass of fine, white threads. The body is 9.560 mm. long, 5.000 mm. wide, and 2.000 mm. high. Glassy rods were not observed. Boiled in a solution of KOH, the derm becomes soft and transparent, and the liquid becomes slight- ly tinged with red. The antennae, legs and eyes are dark brown. The antennae are from 1.700 mm. to 1.810 mm. long, and are composed of 11 joints, all of which are provided with many hairs. The lengths of the joints are: (1), 282; (2), 201-216; (3), 170-186; (4), 124-139; (5), 124-155; (6), Ow je SIC (SA Iodine GO 124%. (40), 108-124; (11). 201. The approximate formula is : Pee eon oso LPS OE cae OP Or iat asa 1") 3 (6, 7, 8) (4, 5, 9) 10. The legs are relatively long, the following being the lenths of the joints of the first pair: coxa, 341; femur with trochanter, All measurements of antennal and leg joints, hairs, glands and other organs are in microns, unless otherwise stated. — 306 — 961; tibia, 822 ; tarsus, 363 ; claw, 108. The di- gitules of the claw are fine and thread-like ; those of the tarsus are apparently wantirg. The two eyes are small, conical in form, and are situated near the base of the antennae. The entire surface of the derm is provided with light brown hairs, some short others long, all of which originate in a tubercle. In the derm there are also innumerable circular, compound glands, about 12 microns in diameter. These glands are more or less hemispherical in form, and are composed of a fine central tube and no less than 18 minute orifices in the marginal portion. The eggs are oval in form, and have a long diameter of about 700 microns and a transverse diameter of about 450 microns. The surface is smooth and glistening, and the color, in the begin- ning, is light yellow, which changes to red later. The male is large with the body black and orange red in color; the antennae and legs also are black. The body is about 3.500 mm. long, without the caudal processes. The antennae are about 3.500 mm. long, and are composed of 10 joint, of which the third joint is the longest. All of the joints are ornamented with numerous long hairs arranged in three or more whorls. The legs are fine and long and are ornamented with many short spines and some hairs. At the posterior extremity of the body there are two pairs of appendices, fusiform, and ornamented with many long hairs; the leng: h of the median pair being about 0.976 mm. and that of the external pair, about 9.837 mm. The wings are smoky in color, are about 4 mm. long, and aside from the two nerves caracteristic of the family, have also two false nerves, indicated by transparent, oblique lines. The halteres are large, each one of which has three strong hooks on the distal extremity. The spread of the wings is about 8mm. When alive the individuals are slightly co- vered with a white powder. Copulation takes place when the females have already attained their full growth, and but one or — 357 — two days before egg laying Legins, as was obsery- ed in a number of instances, when the females were descending the trees, to hide themselves in the interstices of the bark. Hab. São Paulo, Cantareira and Campinas, on an indigenous forest tree, on the roots of cultivat ed cassava ( Manhiot sp. ), and on Grevillea ro- busta, planted as a shade tree in this city. The first specimens were found by Mr. Ernest Schwebel in September 1919, and other specimens were found by the author in November 1919 and January 1920, The type forms part of the collections in the Museu Paulista, and is numbered 20069. Icerya chilensis n. sp. A small species the immature female of which has an oval body about 2.500 mm. long and 1.500 mm. wide, covered with a very thin layer of light yellow wax. The antennae have nine joints and are from 0.480 mm. to 0.516 mm. long. The various joints have the following lengths: { 1), 77; (2), 93; (3), 62; (4), 31; (5), 46; (6), 38; (7), 38 ; (9), 93. The approximate formula is: (2,9) Pi) (Oo ue) 4... The less, are), short. The two eyes are very small. The entire surface of the derm is studded with innumerable short, obtuse spizes, some of which are straight, while others are slightly curved, which are from 22 to 25 microns in length. Interspersed among the spines, there are some small, compound glands. The adult female is larger, with the antenne from 0.851 mm. to 0.873 mm. long, composed of 11 joints, which have the following lengths: (1), LOS te ed: (Sn (eas (4) 625 49),62; 62; (11), 108 The apprcximate formula is 2 CM pont 452956, foe 2.40:). or 2) .(1;, 14) (SO) Qd 5, TA SO) AI of the. joints are ornamented with many hairs. The legs are relatively long and fine. The following are the lengths of the joints of the first pair: Coxa, 124: — 398 — femur and trochanter, 387-456; tibia, 356-402 ; tarsus, 170; claw, 46. The digitules are short and fine. Boiled in a solution of KOH, the derm becomes soft and transparent. The entire surfaces studded with fine hairs, some of which are short, and others long. Interspersed among the hairs, there are many small, circular, compound glands, ahout 11 microns in diameter, that have the margin thick- ened and have three small, round orifices in the central portion. Hab. Central Chile. Collected by the author in January 1909, on the leaves of an indigenous tree. The type is deposited in the collections of the Museu Paulista, as a microscopic slide, with the number 20084. It is possible that after the male is known, this species will have to be trans- ferred to another genus. Icerya flava n. sp. The adult female with the ovisac is 16 mm. long, 7 mm. wide and 8.500 mm. high. The dorsum is covered with yellow wax, arranged in one lon- gitudinal, median line, with one large tuft and one or two smaller ones; one sub-marginal, longitadinal line on each side, with about 8 tufts of yellow wax each; and a marginal line on each side, with 9 thick tufts of yellow wax. At the anterior and posterior extremities there is also one large tuft of wax. The areas between the tufts are also covered with yellow wax. The lateral and the dorsal sur- faces of the ovisac are also yellow, and fluted lon- gitudinally; the ventral surface, however, is smooth, and the yellow color is mixed with white. The posterior extremity of the ovisac is truncated. No glassy rods were observed. The body, freed from wax, is red in color, and oval in form, widest across the abdomen, and is about 8 mm. long, 6 mm. wide and 3mm. high. Boiled in a solution of KOH, the derm be- comes soft, and the liquid is only slightly tinged with red. The antenna are about 1 mm. long, and — 399 — are composed of 41 joints, and are dark brownin color. The joints have the following lengths: (1), 124: (2), 108: (3) OS = (Ana o (5), 62 5. (0h102; O > (he TES OUT Peon Go 5 (41), 1455: The approxi nate formula is: 11,1 (2,3) 10 (8,9) (4, 7) (5, 6). All of the joints are furnished with hairs, those of the last being long and: most numerous. The legs are short and light brown in color. The joints of the first pair have the follow- ing lengths: coxa, 186; femur with trochanter, 973 ; tibia 998; tarsus, QT “Claws, tot e nendigi- tules of the claw are short and filiform; those of the tarsus were not observed. There are at least two pairs of abdominal spiracles present, and possibly there are three pairs. The entire surface of the body is ornamented with innumerable dark hairs, some of which are very long while the others are shorter, and with innumerable small, circular, compound glands, flat on the external surface, and convex on the internal surface, with nine minute orifices in the margin and three in the central portion. The two eyes are small, dark brown in color, conical in shape, and are located near the insertion of the antenne. The eggs are elliptical in form, red in color. and have a smooth surface. The longitudinal diam- eter is about 0.837 mm. and the transverse about 0.434 mm, The newly hatched larvæ are very active and red in color. The eggs observed in the laboratory, hatched in 32 days. On the second day, the larvæ had already secreted three tufts of wax on the dorsum, one entire on the abdomen, and two, longi- tudinally divided, on the thorax. Of these, the tuft on the metathorax, is the widest. The antennie are 0.512 mm. long and are composed of six joints, of which the last is the longest. All of the joints are provided with hairs; the fourth and fifth joints also have one long hair each, and the last joint has seven very long hairs, besides the other shorter hairs. On the margin, between the antenna, there are two — 360 — long hairs, on the thorax there is one long hair on each side, and at the posterior extremity of the ab- domen there are six very long hairs. The two small, conical eyes, dark in color, are very visible near the insertion of antennæ. Hab. Cantareira, near São Paulo. On the bark of cambarä preta and sucará, two indigenous trees. Collected by Mr. Ernesto Schwebel. The type is in the collections of the Museu Paulista with the number 20068. lcerya paulista n. sp. The female is entirely covered by a secretion of white wax with an ashy tint, especially on the dorsal surface. On the ventral surface the wax is thin and smooth, while on the dorsal surface it is disposed in three double, longitudinal rows of thick tufts, curved or curled upward and directed towards the anterior extremity of the body. The tufts appear to be all of the same size, and are about 2 mm. in length. Glassy rods were not observed. Freed from wax, the body of the female is elliptical in form, with the two extremities rounded, and the segments of the abdomen well marked. The color is yellow, with the antennae and the legs dark brown. The body is 10 mm. long, 5.250 mm. wide and 3.500 mra. high. Boiled in a solution of KGH, the derm becomes soft and transparent, and the liquid becomes tinged “with a yellow color. The antennae are dark brown in color, are 2,088 mm. long, and are composed of 11 joints that have the following lengths: (1 ), 315; (23302455 (89), 227 cia MONS dido; 1405 aes ATE 7 ), 1575 8) 1025 40) MB TA (ae (11), 201, The approximate formula is: 1, 2, 3, 11, 8 (4, 6, 7, 9) (9, 140): Allvof “the joinis “ars abundantly provided with hairs. The legs are long and strong, and are dark brown in color. The joints of the first pair have the following lengths: coxa, 007 ; femur with trochanter, 1172; tibia, 805; tar- sus 350; claw, 87. Both the tarsal digitules, as well = "881 — as those of the claw, are short and filiform. The en- tire surface of the body is covered with innumerable hairs, some long, others shorter, but all with the basal portion expanded. Interspersed among the hairs, there are numerous compound, circular glands, discoid in form. These glands are about 15 microns in diameter, with the central portion in the form of a six-pointed star that has a minute orifice im the center. On the thorax there are two pairs of small spiracles, and on the abdomem there are at least seven more pairs of spiracles. Near the inser- tion of the antennac there is situated a pair of small, dark eyes. Hab. Cantareira, near São Paulo. Collected in April 1912, by Messrs. Rodolpho v. Ihering and H. Luederwaldi on the thorns of “taquarassu” The type is in the collections of the Museu Paulista with the number 16770. Icerya purchasi Maskell var. cilreperda n. var. The adult female, when it begins to secrete the ovisac, is about 4.250 mm. long, 2.500 min. wide and 1.400 mm. high. The body is ovate in form, being widest across the abdomen. The color, on the ventral surface, is orange yellow, with the legs and antennae chestnut. The dorsal surface is generally covered with a fine layer of gray or yellowish wax, and is ornamented by a number of tufts of wax, placed in a median, longitudinal row, while on the margin there are numerous long, fine, glassy filaments. The ovisac is white, conical in form, strongly striated longitudinally, on the dorsum and sides, but smooth on the ventral surface, and attains a length of 9 mm. on the dorsal surface, and 6 mm. on the ventral sulface, while the width and height are from 5 to 6 mm. Around the margin of the thorax there is a fringe composed of tufts of white wax directed towards the posterior extremity, each one being from 2.750 mm. to 4 mm. long. The entire surface of the body is furnished with long, dark brown or black hairs, and around — 362 — the lateral margin there are about 24 tufts of these hairs, each tuft being composed of from 90 to 100 hairs or more. The adult female, boiled in a solution of KOH, becomes transparent and the derm becomes soft. The antennae are light brown in color, and are composed of 11 joints, of which the last 1s the long- est, and are from 0.882 to 1.017 mm. in length. The different joints have the following lengths: (1), 104-217 (2), 91-110; (5), 9141-975 (4), 2992695 (5), 52-69; (6), 71-845 (7 ), 71-84 54( 8) 78/88 (9), 71-84; (10), 71-78 ; (11), 123-143 ; the appro- ximate formula being: 11, 1, 2, 348,6, 7, 0048 (4, 5). All of the joints have long hairs. The two prominent eyes, corical in form and of a dark brown color, are situated on the inferior surface near the insertion of the antennae. The legs are long with the tarsus much curved, the following being the lengths of the joints of the first pair: coxa, 162; femur and trochanter, 435; tibia, 403 ; tarsus, 208, claw,96. The digitules, both those of the tarsus as well as those of the claw, are filiform. The entire surface of the body is covered with dark hairs, some short and others longer; and with numerous dark, com- pound glands, round, but sometimes not perfectly circular, in form, with a longitudinal diameter of 13 microns and a transverse diameter of 12 mi- crons, with from 8 to 12 small orifices on the mar- gin and one orifice, elliptical in form, in the cen- tral portion. Near the lateral margin there are other elands of the same shape and color as the former, but larger, having a diameter of 19 microns, and having the central orifice circular in form. This variety differs from the typical form in the color of the dorsum, the larger size, especially of the ovisac, ard in the number of the dark hairs composing the marginal tufts of the body. Hab. First found in Soccorro, State of Sao Paulo, in 1916, it is, at the present time, located in many different sections cf the State, as Jundiahy, ——— — 365 — Campinas, Jahú. Sorocaba, Barretos and many points in the Capital, attacking oranges, roses and a host of other cultivated plants. The type is depos- ited in the collections ot the Museu Paulista, and is numbered 200*3 Icerya schrotthyi Stempel. To the caracters already published in the Re- vista do Museu Paulista. Vol. IV, pags. 373-379, we can now add the following: The adult female is entirely hidden beneath a mass of thick, white, curled ou undulated threads. On the dorsuin there are four tall, thick tufts of white wax, two or three of which are inclined towards the anterior extrem- ity, and the remainder towards the posterior ex- tremity. The ovisac is very large and wider than the body of the insect, and is composed of fine, white, glossy, feited threads, ornamented on the ex- terior by a layer of very thick, white, undulated threads. Many old individuals have the dorsal wax dark ou dirty in color. The isolated individuals have a pyramidal or conical®form, with a longitudinal diameter, including the ovisac, of 20 mm., a trans: verse diameter of 14 mm. and a height of 9 mm. The body of the adult female, freed from wax, is oval in form, a little the widest near the poster- ior extremity, and reaches a length of 8.500 mm., a width of 6 mm., and a height of 4 mm. The color is yellow on the exterior and reddish on the interior, with the antennae and legs dark brown or black. In addition to the long and short hairs, the derm also has innumerable, circular and hemispaer- ica' compound glands, which are about 16 microns in diameter, and are composed of a peripheral portion in which there are from 9 to 11 small, round ori- fices, and a quadrangular central portion with a small, circular orifice in the center. These glands are more or less constant in size, but the number of the orifices in the periphery vary from 9 to 41 ; and the central part may sometimes be triangular or pentangular ; but the form with the central part — 364 — quadrangular is the most abundant and the com- monest. Hab. Found again in the Cantareira, near São Paulo, on « canella poca », «cipó », Jacarandá, ( Le- guminosae ) and Archornae sidaefolia (Euphorbia- ceae ). lcerya taunayt n. sp. The young and immature female has an oval body, dark brown in color on the upper surface and red on the lower surface. The antennae and legs are also red. Around the margin of the' body there is a row of small, white tufts, and on the dorsal surface there is one median row and three other longitudinal rows, between the median and the margin, of small, white tufts, more or less cir- cular in outline. The largest specimens had a length of 9 mm., a width of 5.500 mm., and a height of 4 mm., being higher on the thorax than on the abdomen. Boiled in a solution of KOH, the derm be- comes soft and transparent,eand the liquid becomes turbid, and has a dark yellow color when decanted. The antennæ, in this stage, have only 8 joints, and are from 0.883 mm. to 0.970 mm. long. The dif- ferent joints have the following lengths: (1), 216; (2), 108; (3) 124; (4), 62; (5), 84; (6), 84; (7), 77; (8), 216. The approximate for- mula às: (8,1 ),3, 254005, 6), Te) he) tems are short and strong, the following being the lengths of the first pair: coxa, 310; femur and trochanter, 883; tibia, 402; tarsus, 294; claw, 124. The digitules are short and filiform. The tibia has about 16 short, thick spines on the posterior margin, and the tarsus has about 4 of these spines. The eyes were not observed. The entire surface of the derm, both the dor sal and the ventral surfaces, is covered with strong spines, generally curved, although there are some that are straight. ‘he majority of these spines are about 90 microns long, but there are some — 365 — that are shorter, and some, near the margin of the body, are longer. Interspersed among the spines, are many small, circular, compound glands, about 12,5 microns in diameter, with the margin thickened, and an elliptical central orifice. There are also other, larger glands, entirely circular in outline, 17 microns in diameter, with the margin thickned and the inner border crenulated, and with the cen- tral orifice in the form of a Greek cross, which, sometimes, has five points instead of four. Hab. Bosque de Saúde, near São Paulo. Col- lected on November 22nd, 1919, by Mr. Julius Melzer, on the bark of the limbs of an indigenous plant. It was not possible to find adult specimens, -as all of the individuals, were attacked by a species of fungus which killed all of them before they reached the adult stage. It is with great satisfaction that I dedicate this species to Dr. Affonso d’Escragnolle Taunay, the active and dedicated Director of the Musea Paulista. The type is incorporated in the collections of the Museu Paulista with the number 20087. After the adults of both sexes are known, it is probable that the present species will have to be placed in another genus. Sub-family ORTHEZUNÆ Orthezia grandis n. sp. The adult female is large, with the body about 11.500 mm. long and 5.750 mm. wide. The dor- sal surface has a double, longitudinal, median row of short tufts of gray wax, and also has a mar- ginal row of triangular tufts of gray wax. These marginal tufts are very short on the posterior ex- tremity, and ionger on the lateral margins. The ventral surface is covered by a thin layer of gray wax, and the dorsal surface also has a thin layer of gray wax on the areas between the tufts. The ovisac is very long, white or light gray in color, smooth on the ventral surface, but finely striated longitndinally and transversely, on the der- — 366 — sal surface, and is nearly cylindrical in form with the posterior extremity turned pen The ovisac is generally 4 to 5 mm. in length, but there are individuals in which it is 20 mm. long. The body, freed from wax, is brown in color, Cit the an- tennae and legs darker. It was not possible to study the articulations of the antennae, as these had been broken off. The eggs are oval in torm, light brown in color, and are 0.660 mm. long and 0.500 mm. wide. The newly hatched larvae are very small, light brown or yellowish in color, with the legs and an- tennae of the same color, and these last having their tips black. On the dorsal surface of the body there are about 20 small tufts of white wax, ar- ranged as in the adult, in two longitudinal, median rows, and one marginal row on each side. The margin also has one tuft on the anterior extremity, one on the posterior extremity, and four on each side. The hody is ovate in form, about 0.590 mm. long and 0.465 mm. wide. The legs and antennae are very long, the iatter being composea of six joints, the last of which is the longest, and which has a thick terminal spine. The claws are large with the interior margin dentated, generally with three small teeth, of which the one nearest the distal extremity is the largest. The digitules of the claw are short and spine-like. On the margin of the body, and apparently also on the dorsal sur- face, there are numerous small, thick, obtuse spines, The antenae are about 0.650 mm. long, and the legs of the first pair are 0.883 mm. long. The eyes were not observed. These larvae, with their nearly circular body and long legs. more nearly resemble ticks or sp'ders than coccids. Heb. Cantareira, near São Paulo. . Found in May 1912, by Messrs. R. v. Ihering and IL. Lue- derwaldt, on the exterior of “ Taquarussi ”, ( Gua- dua distorta Rupr.)?, where it exists singly be- neath the leaf sheaths. The type is incorporated — 367 — in the collections of the Museu Paulista with the number 16767. Orthezia longipes n. sp. The body of the adult temale is light brown in color, with the legs and antennae lighter, and the distal extremity of the last joint of the antennae nearly black. The dorsal surface of the body is covered with small tufts of white wax, arranged in a double, longitudinal, median row, in which the two last tufis are the longest, and a marginal row on each side. The bodv is 2 mm. long, 1.250 m. wide and about 0.900 mm. high. The ovisac is fusiform, white, with the dia- meter of the posterior extremity but slightly small- er than that of the base; and can reach a length of 9 mm. The ventral surface of the cvisac is gen- erally smooth, and the dorsal surface is finely striat- ed longitudinally, and las the posterior extremity curved upward. Boiled in a solution of KOH, the liquid be- comes slightly tinged with brown, and the derm be- comes transparent and the legs and antennae light brown. The antennae vary from 1.018 mm. to 1.618 mm. in length, and are composed of 8 joints, which have the following lengths: (1), 155-170 ; (2), 108-124 ; (3), 24%-265 ; (4), 186-201 ; (5), 201- 204; (6), 186; (7), 186; (8), 248-279. The approx- imate formula is: 8,3,5,4 (6,7) 1.2 or (8,3) 9 (4, 6,7) 1,2. The legs are very long and thin, the fol- lowing being the lengths of the joints of the first pair: coxa, 201 ; femur with trochanter, 837; ti- bia, 837 5 tarsus, 387- 410; claw, 77. The claws are curved and dentated on the inner margin with two teeth. The digitules of the claw are small; those of the tarsus were not observed. The eyes are small and bulging, and are situated on the anterior mar- gin near the base ot the antennae. The entire sur- face of the derm, both the dorsal and the ventral surface, is furnished with :nnumerable small spines, about 17 microns in length. — 368 — The present species is very similar to Orthe- sia insignis Doug., but can be readily distinguished from that species by the ovisac, wich is very much longer in this new species. The eggs are light brown in color when fresh- ly laid, becoming darker later on. They are oval in form, and are 0.372 mm. long and 0.201 mm. wide. Hab. Petropolis, State of Rio de Janeiro, on the twigs of an indigenous plant, where it was ob- served and collected by Frei Thomaz Borgmeier. The type is incorporated in the collections of the Museu Paulista with the number 20089. Sub-familia DACTYLOPINAE. Lachnodiella taquarae n. sp. The adult female is brick red in color, with the entire surface of the body covered with a thin layer of white dust. The body is oval in form, with the abdominal segments well marked, and is 5.500 mm. long and 4 mm. wide. Boiled in a solution of KOH, the derm be- comes soft and transparent. The antennae are 0.310 mm. long and are composed of 7 joints, that have the following lengths: (1), 45; (2), 52; (3), 92; (4), 32: (5), J2s (6), 395 (7, TS. The approx mate formula is: 7,2,1,6 (3.4,9). The legs are stout and have all of the joints furnished with hairs. The following are the lengths of the joints of the first pair of legs: coxa, 114; femur and trochan- ter, 279-292; tibia, 110-123 ; tarsus, 58-71; claw, 19-26. The tarsal digitules are long and fine ; those of the claw are wanting. There are four small el- liptical orgãos, one pair of which is located near the anterior extremity of the body, and the other pair near the posterior extremity. The anal ring has 6 hairs. The entire surface of the derm is pro- vided with small hairs, and interspersed among these, there are many small, circular glands. On the posterior margin there are many short spines ; — 369 — and near the insertion of the antennae there is a pair of small, circular, transparent eyes. Hab. Cantareira, near S. Paulo, in the interior. of the spiny Taquarussü, (Gradua distorta Rupr.) ? where it was collected by Messrs. Rodolpho v. Ihering and H, Luederwaldt. The type is incorpo- rated in the collections of the Museu Paulista with the number 16768. Sub-familia CocciNAE Ceroplastes psidir Chavannes The adult female is covered with white wax, usually silghtly tinged with cream, and has the dorsal surface rough and uneven, usually depressed around the dorsal nucleus, on the sides near the stigmal areas and at the two extremities. However there are individuals in which the surface about the dorsal nucleus is elevated. The dorsal nucleus is very visible and pure white in color. The wax is hard, homogeneous, not distinctly divided into plates, fon latter being only vaguely indicated, and without any concentric or radiating lines. The lat- eral margins are a little thickened and recurved. The largest individuals were 6.750 mm. long, 5 mm. wide, and 3.500 mm. high. | Freed from wax, the derm is chitinized and rigid in the older specimens, and is reddish brown in color, With the caudal horn black, short and thick, directed directly backwards, and is about 0.775 mm. long. The body, with the nodosities of the dorsum indefinitely defined, is 4.500 mm. long. and 3 mm. wide, being widest posterior of the mid- dle. We received specimens, through Dr. Angelo da Costa Lima, collected by Mr. Diogenes Caldas. in the Municipality of Santa Lucia do Sabugy, State of Parahyba do Norte, and others from Pernam- buco, where they cause serious harm to the guava trees. At first we believed chat this was a new species, because the individuals were small, flatten- — 370 — ed, and without well defined plates, even in the aduit state; but a more careful study showed that the specimens in question, must be considered as identical with this species. Mesolecaniuin argaformis n. sp. The female has the body oval and flat. 9 mm. long, 7 mm. wide and 2.250 mm. high. The dor- sal surface is olive green in color, tinged with yellow in the central portion, and with the margin light yellow. The ventral surface is also colored light yellow on the margin and light green in the central portion. On the dorsal surface there are num- erous shallow depressions, which make it rough and uneqal. These depressions are arranged in two longitudinal rows on each side of the middle, and in the area between the margin of the body and the second row. Near the margin there are also some radiating furrows. The anal plates are small and dark brown in color. The posterior margin is slightly notched. The anal fissure is about 1.500 mm. long, with the margins contiguous. The white, chalky lines of the stigmal areas are very evident. In some specimens the lateral margin of the body is recurved. On the dorsal surface there are also present small, thin particles of white wax. Boiled in a solution of KOH, the derm be- comes soft and transparent. The antennae are atro- vhied, apparently composed of 4 joints, and are about 94 microns in length. The legs are also atrophied, only the first pair being noted, as small tubercles about 94 microns in length. The lateral margin is but slightly incised at the stigmal areas, these last being caracterized by three thick, curved spines, two of which are short, being but 44 microns in length, and the other is 75 microns in length. The spiracles are greatly removed from the lateral mar- gin, (from 1 to 1.400 mm. ), and the space be- tween these and the margin is furnished with hun- dreds of small, circular glands, about 6 microns in diameter. The dorsal glands are elongate near the — 9311 — lateral margin and oval in the central area, and have a longitudinal diameter of about 56 microns. Near the lateral margin there are dispersed some small hairs which are about 12 microns long. The derm is chitinized around the anal plates, and of a dark color. The anal plates are small, triangular, dark, with the interior margin about 0,219 mm. long, the anterior-lateral margin 0,162 mm. long, and the posterior-lateral margin 0,169 mm. long. The specimens studied were all immature, and it is possible that the adult specimens have the body and organs larger. Hab. Cantareira, near São Paulo, on the bark of canella poca, an indigenous tree, where it was collected by Mr. Ernesto Schwebei. It is neither common ncr abundant. The type is incorporated in the collection of the Museu Pazlista with the number 20092. Mesolecaniuin marimoratum n. sp. The adult female has the body oval or irreg- ular in form, sometimes slightly asymetrical, with the dorsal surface rough and furnished wiih small radiating furrows. The color is gray mixed with dark brown, or chocolate. The largest individuals were 6.750 mm. long, 5.500 mm. wide, and 2 mm. high. The anal fissure is from 1.400 mm. to 1.500 mm. long, with the margins contiguous. The dorsal surface is covered with small, thin particles of white wax. Boiled in a solution of KOH, the derm becomes transparent, but remains thick, being more rigid in the older individuals than in the younger. The an- tennæ are degenerated and represented by small tu- bercies. apparertly composed of from 4 to É joints, and are from 0.107 mm. to 0.155 mm. long. The legs are also atrophied, and are represented by small tubercles about 0.186 mm. in length, with the various joints not dictinctly indicated. The dig- itules of the claw are fine, with the distal extrem- ity but slightly dilated; those of the tarsus were not Sera onserved. The margin of the body is but slightly incised at the stigmal areas, these latter being car- acterized by two short, thick spines, 35 microns long, and by.another curved spine, 55 microns long. The lateral margin of the body is ornamented with a double row of small, spine-like hairs, some longer, others shorter, the longest ones being about 50 mi- crons in length. The anal plates are small and tri- angular in shape, with the external angle rounded ; the interior side being 0.212 mm. long, the anterior- lateral 0.156 mm. and the posterior-lateral 0.125 mm. long The entire surface of the derm, on the dorsum, is full of glands, irregular, oval or nearly circular in from, and about 30 microns in diameter. Hab. Cantareira, near São Paulo, on the bark of canella poca and canella branca, two species of indigenous trees, where it was collected in October and November of 1919, by Mr. Ernest Schwebel. The type is incorporated in the collections of the Museu Paulista with the number 20093. Mesolecaniwn uvicola n. sp. The adult female has the body elliptical in form and flat, light brown in color, with a yellow tinge. At the anterior extremity, near the margin, there is a small, circular, dark brown, eye spot, on each side. The derm is spotted with sinall dark spots, and on the dorsum there also are thin pieces of white ae The largest specimens were 6.250 mm. long, 2.750 mm. wide, and 1.250 mm. high. Boiled in a solution of KOH, the dorsal derm preserves it rigidness, but becomes transpareat and nearly colorless. The liquid becomes but slightly unged with yellow. The antennæ are iine, about 0.362 mm. long, and are apparently composed of seven joints, that have the following lengths: (1), 06; (2), 44; (3), 69-81; (4), 47; (5) 47-06; (6), 25; (7), 62. The approximate formula is: SUA OMR, 6 ior Bd, Ale ea) RER legs also are fine and short, the following being the lengths of the joints of the first pair: coxa, ST; — 373 — femur and trochanter, 144; tibia 119; tarsus, 69; claw, 16. The digitules of the tarsus, as well as those of the claw, are long and fine, with the ex- tremities expanded. The stigmal areas are indicated by shallow incisions on the lateral margin, furnished with two straight spines, 16 microns in length, and another spine, ticker and curved, about 25 microns in length. The pores of the derm on the dorsal surface are oval in form, with a longitudinal dia- meter of 19 microns. Around the lateral margin of the body there are scattered some fine, simple hairs. The anal fissure is 0.775 mm. in length, with the edges contiguous. The anal plates are small, triangular, dark, with the interior margin 0.150 mm. long, and the anterior-lateral and posterior-lateral margins equal, and about 0.106 mm. long. Hab. Tabôas, State of Minas Gerdes. where it was found infesting grape vines that had been im- ported from Chile, the especimens having been re- mitted by Dr. Carlos Moreira. The type is incor- porated in the collections of the Museu Paulista, with the number 19951. Neolecanium ferum n. sp. The adult female is irregular ou sub-circular in form, with the dorsal surface but slightly con- vex and the lateral margins thickened. The body is colored dark red, the dorsum not being shiny, but covered with a thin layer of white wax. Boiled in a solution of KOH, the liquid becomes colored dark chestnut with a red tinge, and becomes darker after it has cooled off. The derm becomes soft and trans- parent, with a chitinized area around the anal ori- fice, ornamented with short spines. The antennae are rudimentary or atrophied, and are represented by small tubercles 56 microns long. The legs also are atrophied. The margin of the body is thick, and is incised and chitinized at the stigmal areas, where there is at least one short, thick spine. There are hundreds of small circular glands in the space be- tween the margin and the spiracles. The tracheae are thick and numerous, The entire dorsal derm is ornamented by large, circular glands, 40 microns in diameter, witb an excentric pore. The central portion of these glands is more transparent and is from 28 to 30 microns in diameter. Near the mar- gin these glands are united in small groups or ro- settes of from 2 to € glands each, and scattered among these glands, there are cther vers small, circular glands. The anal fissure is 1.150 mm. long with the margins contiguous. The anal plates are nearly hemispherical in form, with the interior mar- gin about 68 microns long. Around tbe lateral margin there is a simples row of short, thick spines, each one with a tuberculate base. There are also many small glands present with their pores opening in the margin. Hab. Campinas, State of São Paulo. On the bark of “capixingui”, Croton floribundus Mart., where it was found by the author in May 1912. The type is incorporated in the collections of the Museu Paulista with the number 20094. Eulecanium melzeri n. sp. The adult female has the body spherical or globose in form, widest posterior of the middle, symetrically divided into two parts by a shallow, longitudinal, median furrow, that is wider and more pronounced at the posterior extremity. The color is bright yellow, with the margin and a longitudinal, median stripe, dark olive green. The lateral margins are thick and recurved, and slightly depressed on the anterior extremity. Two more depressions are present on the margin on each side. Boiled in a solution of KOH, the liquid becomes colored brown with a yellow tinge, while the derm retains its hard consistency. All of the specimens had been attacked by parasites, and not one was found with antennae and legs, and it is possible that these organs are atrophied. In the derm, near the lateral margin, there, are numerous glands, some circular, about 77 microns in diameter, and others elliptical in form, with a longitudinal diameter of about 124 microns. These glands are thick and compound, apparently with many orifices in the central portion. In the more central portion of the derm there are other simple glands, circular or oval in form, with a diameter of about 25 microns. The anal plates are relatively small, with the inter- ior margin concave, and 188 «microns in length. The exterior angie is rounded, and the anterior- lateral margin is 90 microns long, and the poste- rior lateral margin is 140 microns long. The stig- mal areas are very deeply incised, but no spines were observed in these regions. The newly hatched larvae have the body flat and elliptical in form, about 0.469 mm. long and 0.232 mm. wide, and of a light brown color with a reddish tinge. The eyes are black. The margin of the body is finely crenulated, with the posterior extremity ornamented with a pair of spines and a pair of very long setae. On the dorsal surface there is a double, median, longitudinal row, and another submarginal row on each side, of small tubercles. The stigmal areas are caracterized hy one stout spine each. ‘he antennae lave the usual form and are furnished with hairs. Hab. Bosque de Saúde, São Paulo, on an in- digenous shrub, where it was collected by Mr. Ju- lins Melzer, to whom this species is dedicated The type is incorporated in the collections of the Museu Paulista with the number 19938. I place this species provisionally in this genus, pending the reception of new and perfect material for further study. Megalecaniwm n. g. As Mesolecanium, but much larger, up to 13 mm. long, body hemispherical in form, and brightly colored. The eggs are placed in a mass of white, woolly secretion, below the individual. Type Me- galecanium testudinis n. sp. sto Megalecanium testudinis n. sp. The adult female has the body hemispherical and irregularly circular in outline, with the dorsal surface very shiny. The general color of the dor- sum is light green, with dark brown and yellow areas, arranged in five longitudinal rows, of which one is median and two lateral on each side; the brown and yellow areas being arranged alternately in these rows. The lateral margins are depressed, and also have some dark brown areas. The pos- terior margin is incised. The anal fissure is about 1.200 mm. long with the margins contiguous. The ventral surface of the body is pink in color. Be- neath the individuals, there is secreted a mass of white, woolly wax, in which the eggs, light yellow in color, are placed The younger individuals have the body flatter. The largest individuals have the body 13 mm. long, 11.500 mm. wide, and 6.600 mm, high. Boiled in a solution of KOH, the liquid he- comes colored dark orange, and the derm becomes translucent, but retains its rigidity and consistency. The antennae are long and slender, from 0.653 mm. to 0.670 mm. long, composed of 8 joints, which have th? following lengths: (1), 93; (2), 81-93; (9), 1085 4 49,:1085 (5) 03-1006 (6-) “025000 46-53 ; (8), 53-62. The approximate formula is: (8, 4) (1; 2% Sp Ot TS ar es ee (6, 8) 7. The legs also are slender and weak, the following being the lengths of the joints of the first pair: coxa, 139; femur and trochanter, 325; tibia, 232; tarsus, 162; claw, 31. The tarsal digi- tules are long and slender, with the extremity but slightly dilated, and are 19 microns in length ; while those of the claw are wider with the extremities more dilated, and are 38 microns long. The later- al margin is but slightly incised at the stigmal areas, which are caracterizised by three thick spines, two of which are straight and 31 microns in length, while the cther js curved, and is 62 microns in length. Around the margin of the body there Se is a simple row of hairs which are from 56 to 62 microns long, and have the distal extremity dilated and with one or two slits; those with but one slit being the most numerous. The distance be- tween the hairs is from 187 to 219 microns. The anal plates are relatively small, and dark brown in color, and have the interior margin 0,279 min. long. The entire dorsal surface is full of large elands, oval, round, or sub-circular in form, and of various sizes; the largest being 11? microns in diameter. P The eggs are elliptical in form, with a longi- tudinal diameter of from 0.356 mm. to 0.418 mm. and a transverse diameter of from 0.100 mm. to 0.116 mm., and are light yellow in color. The eggs are very abundant, as each female, at one time, lays many thousands of them. The newly hatched larvae are small, with the body flat and cval in form, 0.512 mm. Jong and 0.287 mm. wide, yellowish brown in color, with the eyes small and black. The margin of the body is crenulated, and is furnished with a simple row of 34 hairs, of which the two median ones, on the vosterior extremity, are the longest. The stigmal areas are caracterizised by one thick, obtuse spine, about 31 microns in length. At the pcstericr ex- tremity there is also one pair of terminal setae, about 0.275 mm. in length. The antennae appa- rently have six joints, and are about 0.129 mm. in length. All of the joints have hairs, and the last joint has several lateral and terminai hairs, one of these last being 94 microns ‘ong. Hab. Cantareira, near “São Paulo. On the bark of cambará preto and cambará branco, where it was collected by Mr. Ernest Schwebel in September of 1919. The type is incorporated in the col- lections of the Museu Paulista with the number 20095. São Paulo, March .25 th, 1920. did i) Holl 11 A the " leia li neil si ile ' ‘nye ik avi i prea jose ap: ey 4 4 hi te TION q sn sia “od ii À ati if rm KI E wf A " Le re dl i E ath (á à ; j o hy a VE n a. É ae t na, til ah re vi. ALS, a, PAS UE pro En … ela iN id Ue Hs. ADA (RO a Ni 1 “ue: Ra iva EM a 4 uw” AT A 2 « Ir ny à AS pragas importantes do milho no Estado de São Paulo — POR — ADOLPHO HEMPEL Entomologo do Instituto Agronomico de Campinas, em commissäo no Museu Paulista CICS As pragas importantes do milho no Estado de, Paul PRAGAS VEGETAES O carvÃo DO MILHO. Irequentemente encon- tra-se em uma plantação de milho uma espiga com os grãos deformados, enormemente augmentados em volume, de côr pardo-escura ou preta. O pendão tambem pode apresentar phenomenos identicos, sen- do especialmente visivel a côr preta das flores. Es- tes phenomenos são produzidos por uma especie de fungo, o Ustilago zeae ( Beckm.) Ung., que, em annos favoraveis, tambem vegeta no talo e nos te- cidos das folhas, porém menos visivel do que nas espigas e nos pendões. Este fungo ataca a planta nova, entrando nos tecidos por uma fenda qualquer, causada pelo vento ou por insectos, e desenvolve-se grandemente nas plantações que recebem grande quantidade de ester- co animal; pois é propagado por esporos micros- copicos, de côr escura, que conservam a sua vita- lidade por alguns mezes, e são estes esporos, pre- sentes no esterco, que transmittem a molestia às plantas novas. O tratamento é preventivo, sendo util extirpar e iucinerar as plantas atacadas antes que os esporos possam ser espalhados. A pratica de afolhamento é tambem vantajosa para evitar os prejuizos que este fungo possa causar. E, sebretudo, nunca de- vem os animaes e o gado ser alimentados com mi- lho infeccionado, porque os esporos serão dissemi- nados no esterco, e constituirão focos de infecção para as novas piantações. A Ferrugem DO MiLHo. E’ esta uma moles- tia causada por u:n fungo, conhecido pelo nome de C9 82 — Puccinia sorght Schw., que produz manchas oblon- gas ou irregulares nas folhas do milho, causando a morte prematura destas, e impedindo o desenvolvi- mento completo da planta. As manchas desenvol- vem-se rapidamente apparecendo nellas os pequenos esporos, em forma de um pô amarello, que servem para propagar o fungo. Como esta molestia ainda não se manifestou intensivamente, pouco tem sido o esforço feito para combatel-a. Nas regiões onde esta molestia é commum, será de bom aviso plantar sómente semente prove- niente de plantas sans, e se esta pratica for adopta- da, produzirá o seu efeito duplamente vantajoso ; pois será constituida uma variedade de milho isenta ou resistente a este fungo, e será sempre plantada semente san e bem desenvolvida. Além das provi- dencias acima indicadas, devem ser dispensados 4 plantação' de milho os cuidados culturaes essenciaes para que as plantas se desenvolvam regularmente e com rapidez, sendo indispensavel que a plantação seja feita em épocha propria. PRAGAS ANIMAES Entre as pragas animaes lia algumas que annual- mente causam grandes prejuizos pelos estragos que fazem, ou nas plantas ou nos proprios grãos já co- lhidos. Só raras vezes podem ser empregados meios curativos contra estes inimigos, porém a pratica de cultura limpa e os cuidados culturaes ministrados ás plantações, restringem ao minimo os estragos ou os evitam por completo. : LEPIDOPTEROS Ha tres especies de lepidopteros, todas da fa- milia Noctuidæ, que atacam a planta de milho. Um, o Heliothis armiger Hibn., tambem “ataca as ma- cans de algodão, inas dá preferencia ao milho, e alimenta-se das folhas novas e tenras do coração da planta, e tambem das espigas; pois entra nestas pela ponta e vive no seu interior, devorando os grãos novos. — 385 — O emprego de veneno contra estas lagartas da pouco resultado, pois, vivem protegidas pelas folhas das plantas que infestam. KE’ possivel, porém, evi- tar uma grande parte dos seus estragos, fazendo a plantação “do milho o mais cedo possivel, porque a experiencia tem ensinado que as plantações tardias são as mais atacadas. Cortar os talos e arar a terra logo depois de ser colhido o milhc, tambem trará grandes vantagens, porque assim serão des- truidas as crysalidas que, por ventura, existam na plantação. Ha uma outra especie de Noctuidlee, ainda não identificada, que ataca o taio do milho, furando-o perto do chão, guando as plantas ainda estão pe- quenas. O prejuizo causado é grande, mas não ha tratamento curativo a fazer. Os cuidados preventivos a observar consistem em plantar o milho o mais cedo possivel, e em evitar de fazer plautações deste cereal em terrenos de pastos velhos. A terceira espacie desta familia que ataca o milho é a Remigia repanda Fab., conhecida como a «lagarta do milharal », que tambem ataca a canna de assucar e outras gramineas. A lagarta tem cêrca de 40 mm. de compri- mento, sendo o corpo delgado e cylindrico, e or- nado com diversas estrias lonyitudinaes, umas lar- gas e outras mais estreitas, de côr pardo-escura e preta; as quaes se extendem tambem sobre a cabeça. Depois de alcançar o seu desenvolvimento total, a lagarta forma um casulo delgado entre as folhas de capim ou de outras plantas, logo transformando- se em chrysalida, que tem cérca de 16 mm., de comprimento, sendo ella de côr pardo-clara, mais escura no lado dorsal. A borboleta vôa rapiaamente, tem a côr de fu- maça, e quando em repouso, tem ella a fórma trian- gular, sendo o segundo par de azas coberto com- pletamente pelo primeiro par. Esta lagarta é muito voraz, e sendo por ella invadida uma plantação de milho, convem applicar — 384 — äs plantas que lhe servem de alimento um insecti- cida composto de 100 gr. de Verde de Paris mis- turadas com £00 litros de agua, ao qual pode-se ajuatar 1 kilo de sabão, 2 kilos de assucar ou 5 litros de melaço, para facilitar a sua adhesão ds folhas das plantas, devendo o insectecida ser appli- cado com um pulverizador. | Se a plantaçäo tem pouco valor e pôde ser sacrificada com pouco prejuizo, e especialmente de- pois que as lagartas transformaram-se em chrysa- lidas, convem roçar e incineral-a juntamente com as lagartas e chrysalidas, para impedir a propagação das futuras gerações da praga. Convém ainda limitar o ataque das lagartas a uma só plantação, o que póde ser conseguido abrindo sulcos a arado em volta da cultura atacada, cuidan- do-se que o lado perpendicular do sulco fique na parte opposta à plantação, de modo a se offerecer mais difficuldades às lagartas que, ra sua marcha, tentam passar o sulco. Dous ou tres sulcos podem ser feitos parallelamente, havendo entre elles um pequeno espaço. Covas abertas no fundo do sulco, com distancia de 5 metros uma da vutra, servem para prender as lagartas, onde podem ser facilmente mortas. Uma camada de cal em pó ao redor de uma plantação, tambem serve para protegel-a da invasão das lagartas, ou para cercar estas, uma vez que já invadiram a plantação. As lagartas dentro de um milharal avançam rapidamente, e para impedir que invadam toda a plantação, convem cortar 2 ou 3 carreiras de milho em frente à direcção da linha de marcha e abrir um sulco nesta nesga de terra. Existe uma pequena borboleta, côr de creme, membro da familia Crainbidæ conhecida pelo nome Diatraea saccharalis Fab., cuja larva ataca a canna de assucar, broqueando-a e causando grandes pre- juizos. Esta mesma especie tambem ataca os talos de milho, sendo de conveniencia incinerar todas as plantas atacadas para impedir a propagação deste insecto. Para evitar os prejuizos que elle pode REMIGIA REPANDA FAB. a. ADULTO, aspecto dorsal d. CHRYSALIDA, aspecto dorsal b. LAGARTA, aspecto lateral e. CHRYSALIDA, aspecto lateral c. LAGARTA, aspecto dorsal f. CASULOS — 385 — causar, deve-se evitar de fazer uma plantação de milho perto de uma plantação de canna infestada. A Gelechia cerealella Oliv.. pertencente à fa- milia Gelechidow é@ uma pequena traça que preju- dica enormemente o milho, dentro do paiol. O meio pratico de evitar os prejuizos deste lepidoptero, consiste nas desinfecções dos grãos pelo sulfureto de carbono ou pelo calor, como aconse- lhado para os carunchos, e de plantar as variedades de milho com gräos duros, que são mais resistentes aos ataques deste genero de insectos. HYMENOPTEROS Entre todos os insectos que mais damno causam à lavoura, é a formiga sauva o mais terrivel, pelo seu modo de viver, a sua intelligencia, e pelos estragos que produz. Este insecto, conhecido dos cientistas pelo nome de Atta sexdens L., deve ser perseguido até o seu exterminio total: pois já temos bons formi- cidas para este fln. Convem fazer a matança dos formigueiros antes do mez de Outubro de cada anno, para impedir a sahida e disseminação das iças, e o subsequente estabelecimento de novas co- lonias deste insecto nocivo. A sauva não sômente prejudica o milho na plantação, cortando as plantas, mas causa damno quando os grãos estam colhidos e dentro de paicl, pois tira-os do proprio paiol e os carrega para a sua habitação subterranea. COLEOPTEROS Ha duas especies de carunchos, a Calandra oryzae L. e a Calandra granaria L., que são muito nocivos, causando annualmente enormes prejuizos pelos estragos que fazem nos grãos de milho. Elles ja infestam o milho antes de ser elle colhido, e de- pois no paiol, continuam a sua obra de destruição. As variedades de milho com grãos duros re- sistem aos ataques dos carunchos, e o prejuiso cau- sado nestas é muito menos do que nas variedades — 386 — com os grãos mais molles ;:e nas localidades onde os prejuizos causados pelos carunchos são avultados ha conveniencia em explorar variedades de milho com grãos mais duros e resistentes. A desinfecção dos grãos pode ser feita uma vez que estes estejam bem seccos. Elles devem ser collccados em um quarto ou caixão hermeticamante fechados, e sujeitos ao gaz de sulfureto de carbono, sendo empregadas 500 a 700 grs. de sulfureto por 5 metros cubicus de espaço. Este processo mata todos os carunchos e outros insectos existentes nos grãos, e não dá nenhum gosto extranho aos cereaes tratados. O calor secco é um bom desinfectante e pode ser empregado para desinfectar o milho, sendo os grãos a tratar collocados em uma estufa e aqueci- dos a uma temperatura de 63 a 60 graus cent., ficando todos os insectos e os seus ovos mortos e os grãos perfeitamente conservados, sem serem pre- judicadas. RECOMMENDAÇÕES GERAES Os cuidados culturaes feitos em tempo, a cul- tura limpa e a pratica de afolhamento, concorrerão muito para evitar a propagação excessiva das pra- gas e molestias,e o prejuizo que elles possam pro- duzir. Os passaros são cs amigos fieis do lavrador, e os massacres das aves têm determinado o desenvol- vimento extraordinario dos insectos nocivos, nestes ultimos annos. Nenhum lavrador deve consentir na matança das aves sylvestres na sua propriedade ou nas estradas, pois é sabido que mesmo as aves que gostam de comer fructos, alimentam os seus filhotes com insectos, diminuindo sensivelmente O seu numero. O verde de Paris a empregar deve ser desti- nado especialmente para insecticida, com 50 por cento a 50 por cento de arsenico, pois ha no mer- cado diversas marcas de verde de Paris para tinta, as quaes não têm nenhum valor insecticida. — 387 — Os insectos nocivos, além dos prejuizos dire- ctos que causam com os seus estragos, tambem le- vam as molestias cryptogamicas de planta em planta, e pelas feridas que causam nas plantas, promovem um meio facil e efficaz para a entrada das moles- tias nas plantas por elles atacadas ou frequentadas. O melhor meio prophylactico que o lavrador pode empregar contra os insectos nocivos, consiste em proteger os passaros. Notas sohre os costumes SÉ PRO — Major Dr. Antonio Pyreneus de Souza Engenheiro Militar RNA ND RO AR LM sá ~ +) NOTAS SOBRE OS COSTUMES DOS INDIOS NIAMBIQUARAS ( Tomadas pelo 1.0 tenente Pyreneus de Souza, em 191, quando em serviço da Commissão Rondon e acompanhadas de dois breves vocabularios ) As presentes notas foram registadas sobre a perna e aos bocados, aqui e alli, conforme a oppor- tunidade, durante a minha permanencia em Campos Novos, na Serra do Norte, onde estive, de setembro de 1911 a fevereiro de 1912, crganizando a fazenda de Campos Novos e dirigindo o serviço de trans- porte do material da Commissäo de Linhas Telegra- phicas Estrategicas de Matto Grosso ao Amazonas, do Juruena a Vilhena. Publicando-as, agora, conservei o primitivo desalinho geral, como foram tomadas, sem influencia de leitura de trabalhos publicados so- bre os Nhambiquäras, por me parecer que dar-lhes arranjo mais methodico seria prejudicar a impres- são de naturalidade selvatica — que é seu unico valor. A grande e valente nação Nhambiquira tem por habitat extensa zona das serras dos Perecis e do Norte e está muito subdividida em grupos ini- migos entre si. Desses grupos conheci em Campos Novos, os seguintes: Anonzé, Cocozú, Uainedezé, Xaody e Taydpa. O indio Nhambiquára, tem a estatura mediana, o peito largo, o ventre crescido, os dentes grandes e em geral estragados, orelhas curtas e pés peque- nos. Seus cabellos são muitos negros, luzidios, abun- dantes, grossos e lisos, aparados na testa e no hombro e cahindo sobre as orelhas de modo a resguarda-las da chuva. Raramente tem barba e, quando a tem, é pouca e no queixo. São os Nhambiquäras, principalmente as mu- lheres, alegres, de physionomia franca, intelligentes, muito curiosos, hospitaleiros e extremamente amo- rosos dos filhos. Fan Os homens furam o nariz e o labio superior, onde collocam um enfeite ou um pedaço de pão; furam tambem as orelhas, nas quaes collocam brincos. Este enfeite consiste numa taquarinha — de 8 a 18 centimetros de comprimento — tendo engastado em uma das pontas um penacho de pennas de periquito ou uma grande penna de arara. Usam como enfeite, homens e mulheres, collar de côcos, de conchas e de dentes de animaes. Apertam fortemente, os braços e as pernas com ligas de fibras de tucum ou de algodão, ordinariamente tecidas pelas mulheres. Os homens trazem à cintura uma em- bira cujas pontas são compridas e cahem para 3 frente, cobrindo quando novas, as partes pudentas. As mulheres trazem, no mesmo logar, um colar de contas de côco, passado em muitas voltas. Os ho- mens, às vezes usam bonitos diademas de pennas vistosas ou de pelles de onça e raposa. - Não usam nenhuma outra vestimenta tanto os homens como as mulheres. Dormem no chão e de preferencia, na areia, à beira de pequeno foguinho, acceso toda a noite, tendo por travesseiro, uma cabaça ou alguma perna do vizinho ou vizinha mais proximo. Ha sempre, na aldeia, um velho, que passa a noite acordado, à beira do fogo, contando a historia da tribu e suas lendas aos indios mcços, um de cada vez. Estas prelecções são feitas em voz baixa, para näc perturbar o somno dos outros indios e ouvidas sômente pelo indio que está de quarto. . . Este educando presta a maxima attenção e vai afirmando com a cabeça e com um bum! hum! que está en- tendendo ; depois vai dormir e dá logar a outro. E a lenga-lenga do pobre velho continua até de manhã com o patriotico interesse de não deixar desappa- recer as tradições de sua tribu. Emquanto fala, o velho come e fuma com o discipulo e atiça o fo- guinho .... Quando eu pernoitava com os indios, tambem eu dormia no chão, ouvindo historias e registrando estas notas e as palavras cujo signiflcativo entendia. — 393 — Alimentam-se, ordinariamente, de mel, fructas silvestres, milho assado e beiju feito de mandioca ralada; peixe e carne de qualquer animal, bem as- sada e, às vezes, socada ( até cobras, insectos, larvas e cord extrabido do tronco de palmeira pôdre ). Este pitèu — cord — é muito apreciado e pro- curado com grande avidez e por elle desprezam qualquer outro. Tendo levado ao met acampamento, para medicar-se, um menino annonzé, no fim de oito dias, elle fugiu, por não haver eu permittido que comesse um coró trazido por seu pai. Nos dias de fome, que não são poucos. devido à sua imprevidencia, comem terra de formigueiro e terra torrada ( do local onde fizeram fogo ). E, nas horas de lazer, quando as mães catam os filhos, comem os piolhos e lendeas, habilmente caçadas ma, cabeça... 1 Aos homens cabem as caçadas e a extracção do mel. Em procura da caça e mel andam muito, pernoitando, muitas vezes, fora da aldeia. Geral- mente a mulher acompanha ao homem. Nestas excursões a mulher leva tudo que possue a família e mais os filhos menores, que, pela idade, ainda não podem caminhar. E’ a mulher quem pre- para o rancho provisorio da palha que mais houver no local escolhido. Estes ranchos são baixinhos e circulares, ficando a metade de cada um aberta. Os caibros são fincados no chão e as pontas superiores reunem-se em um ponto, dispensando assim o esteio. São cobertos de folhas de bacaba, burity, assahy, guariroba do campo ou qualquer folhagem, quando faltam aquellas palmeiras. Preferem quasi sempre as cabeceiras, não fazendo questão de agua cor- rente. Fazem pequenas cacimbas donde tiram agua com cuia para beber e tomar banho. Estes acampamentos provisurios são formados de tantos ranchos quantas são as familias, que con- stituem o grupo. Cada familia faz o seu rancho e ahi tem toda sua rica mobilia e toda sua fortuna !... Consistem estas no indispensavel samburá com alça, que a ae pe = mulher carrega, passando a alca na testa. Neste samburá acondiciona o machado (outr'ora de pedra), a cabaça de fumo, a d'agua, a do mel, a de contas de enfiar, pãos de tirar fogo, resina, panella de barro, pilão e mão de pilão. E ainda o beijú de mandioca, espigas de milho, as fructas que fôr encontrando e toda a caça que o homem matar em visgem. Com asta pesada carga e mais o filhinho de peito (quando o tem) a tiracollo, a pobre mulher anda o dia in- teiro, muitas vezes, pelo matto ou pelo emmaranhado charravascal; corre e trepa, com admiravel agili- dade, em qualquer arvore. O homem, apenas conduz o arco com suas fle- chas e alguns — os mais gentis — ajudam a carregar os filhos pequeninos, que, pela sua pouca idade, ainda não os pódem acompanhar em suas longas mar- chas, quasi sempre feitas ao trote, porque o indio nhambiquára não tem paciencia de andar de vagar nem procurar caminho. Quer logo chegar onde está a caça, O mel, as fructas:. . Com a acquisição de nossos machados de aço elles derrubam qualquer pão para tirar mel. Já desprezam o machado de pedra que usavam antes Jo convivio com a Commissão e hoje fazem troça delle... Acham-no ridiculo e imprestavel... São habilissimos para descobrir a porta de uma abelha; acompanham, de muito longe, as pequeninas abelhas atè que ellas, incautas, denunciem suas casas. Costumam, em vez de derrubar a arvore que tem o mel, fazcr um girau, para subir até alcançar a porta da colmeia e abrir um tampo na arvore, Jus- tamente, onde se acham os preciosos favos. Outras vezes sóbem por um cipó e abrem a colmeia, ma- nejando o machado com uma das mãos ( direita ou esquerda, pois trabalham habilmente com qualquer mão ) emquanto com a outra abraçam-se à arvore, para não cahir. São processos estes expeditos e muito simples, mas que exigem grande gymnastica e muito des- prezo pelas doridas mordidelas das abelhas, que, bravamente, defendem suas casas ! — 395 — Aproveitam tudo: mel, larvas, samóra e cêra. Não comem geralmente o mel puro; misturam-no com agua ou com pôlpa de côco de burity. O nhambiquára é tambem pescador ; pesca com flechas de tres pontas, desprovidas de pennas. Fica, de tocaia, na barranca do rio com o arco armado. Quando o peixe passa, lança certeira seita e cai nagua para o pegar. Usa tambem cevar o peixe com milho ou fructas e flechál-o, quando elle vem comer a ceva. ( peixe traspassado pela flecha não vai ao fundo; vem à tona d'agua. Por mais de uma vez pesquei com os Anonzés nos rios Nhambiquára e Doze de Outubro — à bomba de dynamite — de que têm muito mêdo. Quando eu atirava a dynanite n'agua elles corriam para longe, só se approximando depois da explosão Ao rebentar a bomba davam gritos de alegria e cahiam n’agua — homens, mulheres e meninos — para apa- nhar o peixe no fundo. Não perdiam nenhum, nem ainda os menores. Nadam e mergulham muito. Não têm médo de mergulhar nos poços mais fundos, enraizados e de aguas escuras. Pesquei tambem com anzões e os ensinei a preparal-os, iscálos e puxar o peixe, mas elles apreciam menos o anzol do que a dynamite. O peixe é moqueado com tripas e escamas. Não soffre nenhum preparo prévio e nada se perde... E' o peixe a comida predilecta dos nhambi- quäras ; preferem-no a qualquer carne, como tive occasião de verificar. Matam o passarinho com flecha especial de ma- deira tendo a ponta redonda e algumas vezes co- berta de palha de milho, para não estragar a victima. Morto o passarinho depenam-no e o enterram no cinzeiro quente com tripa, bico e unhas. E assim o comem, depois de moqueado. Gostam muito de um coró branco, grande, en- contradiço no tronco do burity pôdre. Gomem-no vivo, sem assá-lo. Não deixam escapar uma lagartixa ou um la- garto. Perseguem-nos, tanto no campo como no — 396 — matto ou charravascal, e, quando os bichos entram no buraco, os indios cavam o chão até tirá-los, tão apreciadas são essas caças. Do mesmo modo pegam ratos para comer assados, com tripas. Assam a ca- ça, enterrando-a no borralho e, quando a caça é muito grande — uma anta ou um porco e mesmo um burro da Commissäo — preparam um buraco e ahi fazem fogo, para enterrar a caça com couro e tripas... Não cozinham a carne, preferem-na assada e depois socada no pilão. Cozinham em panella de barro o coco da bacaba. O côco de burity elles o põem dentro d'agua, um ou dois dias, atè amollecer a pôlpa, que comem com mel ou só. Tiram a polpa deste côco com os dentes e depois de amassá-la na mão, fazendo assim um bolo, comem-no ou offere- cem-no, por amabilidade ao hospede, que querem agradar... E para ser amavel, tem-se que comer... Tem sempre no rancho uma grande provisão de beijuú de mandioca e milho. Não comem a man- dioca assada nem cosida e sim ralada, em ralo de madeira, feita polvilho. Plantam na roça mandicca, milho (um milho , de grão roxo e molle); cará, batata doce ( diffe- rente da nossa: é amarella e pouco cresce); fava branca e rôxa, muito grande. Plantam tambem algodão, de que as mulberes fazem fio e meadas, iguaes as que se fazem no sertão de Goyaz, Minas e Matto-Grosso. Com este fio tecem ligas para apertar os braços e pernas as cintas largas (sore- guzé) que as mulheres usam a tiracollo, para nellas conduzirem os filhos de peito, cordas de arcos, de enfiar contas, etc. Cultivam tambem a mamoneira, mas não sei que uso fazem do seu fructo. Para andar à noite, quando precisam de luz, fazem facho ou então accendem um pedaço de resina. Junto das roças estão suas aldeias (xycés dos Anonzês e æycus dos Cocozüs), a que se recolhem depois das grandes caçadas e na época das chuvas. ee cy ae Nunca a aldeia fica sem um homem de guurda, geralmente, um velho. A aldeia se compõe de um ou mais ranchos, grandes, bem cobertos de palha. Não tem divisões no interior; a vida é em commum. Quando um indio quer sanir a passeio, para caçar, pescar, extrahir mel e colher fructas, etc., diz o resto da aldeia o que vai fazer e quanto tem- po demorará. A mesma coisa fazem quando säem em grupos. Quando os indivs de uma aldeia vão visitar os de outra, ao chegar entregam as armas e contam, caminhando de um para outro lado, tudo que elles têm feito nas caçadas, pescarias, as abelhas que ti- raram e si encontraram com outros indios ou ci- vilizados. Depois deste longo discurso, sentam-se e vão comer em commum, falando sempre e fumando mui- tos cigarros seguidos. As mulheres tem grande amor aos filhos, que só depois de homem casam-se e só então se separam. As filhas casam-se muito cedo. Não vi nem um homem casado com duas mu- lheres. São monogamos, parece-me. Conheci mais de uma viuva que, no arranchamen- to provisoria, vivia sO com seus filhos. São muito hospitaleiros: quando eu chegava aos seus ranchos offereciam-me mel com agua e tudo o mais que tinham. Muitas vezes porém, en- contrei-os em completa miseria, famintos. Pobres velhas, já sem dentes, chupando torrão de barro torrado, como se fora doces bonbons!... O bomem nhambiquára é mais forte porque ali- menta-se mais de mel e fructas que encontra em suas caçadas; a mulher fica na aldeia com os filhos, esperando o marido, que,muitas vezes, não traz nala e ainda come as pouc»s fructas colhidas pela mu- lher. .. Comem a qualquer hora, do dia ou da noite. Gostam muito de cachorros que tratam com muita estima ; assim como as gallinhas que recebem de presente, mas, para ellas não fugir, arrancam- lhes as pennas, como fazem aos papagaios, araras e —- 398 — jacutingas. Criam soins e macacos, que comem e dor- mem com elles; nas refeições esses animaesinhos roubam beijus e espigas de milho e sobem para o tecto da wycé a comer e a brincar com os indios, que acham nisso muita graça. Quando algum dos macacos os encomoda muito, elles amaram as duas mãozinhas do pobre animal nas costas e assim ficam quietos. Outras vezes surram os bichinhos que fo- gem para cima das wycés a chorar e depois descem a agradar os indios. Sobem-lhes na cabeça e pôem- se a catá-los... Julgam espalhar a chuva, subindo em um cum- pim ou toco e soprando para o lado em que as nuvens estão mais carregadas. © homem, si está famando, tira a fumaça, que espalha, soprando, ou com a mão E assim acreditam impedir a chuva de cahir ! INDIOS ANONZES — Os Anonzés, tribu Nham- biquára, chegam à fazenda de Campos Novos pelo Norte. São chamados Anonzi pelos Cocozis. Têm todo o caractertstico do seu povo, referido paginas ecima. são inimigos dos Cocoziús e dos Uamedezês. Os Anonzés moram muito distantes de Campos Novos, que procuram mais na época das fructas, isto é na secca. No inverno recolhem-se às aldeias { xycés ), onde têm suas roças. No tempo das fruc- tas elles se approximam, fazendo arranchamentos provisorios nas cabeceiras, e ahi passam seis ou oito dias, tirando mel, nas proximidades, e todas as fruc- tas que encontram : burity, guariroba, ananaz, ba- caba, assahy, gravatä, caju, mangaba e outras. Acabadas as fructas e arrecadado o mel numa cabeceira, mudam-se para outra. Vi nas æycés diversos indios e indias, para se curarem de febres, tomar quina branca, do matto. Tiram a casca da quina, cosinham-na e vão beben- do. emquanto dura o accesso da febre. Não têm nenhum resguardo.: continuam deitados no chão, comem o que encontram e, quando o accesso esta muito forte, tomam banho frio. 248902 Sempre que eu ia à xycé, si tinham doentes, immediatamente, pediam-me remedio. Tomam com a maicr facilidade, estando doentes, qualquer medi- camento, mesmo amargoso. Encontrei em uma æycê de caça um menino doentinho ; era um verdadeiro esqueleto. Pedi ao pai para levar a criança, afim de tratá-la na fa- zenda. O pai, que era muito meu amigo, prompta- mente accedeu, mas a mãe poz-se a chorar e, quan- do tomei o menino na minha garupa, para partir, todas as mulheres começaram a chorar e soltar gri- tos lastimosos. . . Fiste menino ficou na fazenda oito dias, sendo medicado pelo Dr. Espiridiäo Gabinio, nosso medico, no fim dos quaes, estando curado e um pouco mais forte, fugiu, sósinho, a para æycê, a tres leguas de distancia, por haver eu prohibido que elle comesse um bolo de polpa de burity azedo e um coró de pão podre, que lhe trouxera o pai. Na primeira noite que esta criança passou na fazenda chorou muito, não obstante não ter febre e estar em bôa cama. Saudades da æycê / De outra vez encontrei, na mesma æycé, um indio moço, muito meu amigo, Lyra, com o braço enterrado na areia, para cural-o de um profundo corte. que nelle fizera com um machado. Levei-o tambem, para a fazenda, onde ficou até cicatrizar, de todo a ferida. Diversos anonzis sentindc-se doentes nas æycês ou nas caçadas, vinham para a fazenda pedir reme- dio e dirigiam se immediata vente ao Dr. Espiridião. Tinham muita confiança em nossos medicamentos e um verdadeiro respeito pela pharmacia, na qual ad- miravain tudo, sem tocar em nada! G stavam muito de ver o Dr. Espiridião fazer o curativo de uma ferida ou dar injecções Só doente o anonzé toma leite, estando bom, tem nojo; diz que é leite de docê ( mulher ) e que elle não é criança de peito.... O indio anonzé vai ser um bom vaqueiro na fazenda nacional de Campos Novos. Gosta muito — 400 — de montar e é firme a cavallo. E" admiravel rastejador e de muito tino para cortar um rumo, quer no campo, quer na matta ou charravascal. O Anonzê, inimigo, como já se disse, do Co- cozù e do Uwuinedezê, conhece a lingua destes dois inimigos, que receia e evita encontrar. Por mais de uma vez consegui reunir em Campos Novos indios destes grupos adversarios. À principio o Anonzé mandava-me fazer fugo no Cocoziy que, dizia, me flexava e tambem a elle. Eu respondia que não, e procurava fazer os de um bando con- versar com os dos outros. Eram sempre discursos longos, acompanhados de riscos no chão, onde cada um, por sua vez, traçava linhas parallelas, ora, in- dicando caminhos, ora rios, como que mostrando seus dominios e divisas. Nunca falavam dois ao mesmo tempo: emquanto falava um, o outro escu- tava, fumando sempre, e prestando muita attenção, para depois, tomar a palavra. Faziam muitos gestos e mostravam rumos com os braços. Talvez, historias de guerras vassadas ! Presenciei bonita e interessante scena de re- conciliação numa aldeia de Anonzés, cerca de tres legoas ao Norte da fazenda Campos Novos. Estando commigo, na fazenda, tres Anonsés, chegaram, tambem em visita, duis Cocozis, levan- do-me presentes de beiju, polvilho e milho. Acceitei o polvilho e mandei que dêssem o beijú e milho aos Anonzés. Dois destes não estavam satisfeitos, não acceitaram os presentes e me pediam que fizesse fogo nos Cocosis, que, repetiam, flexavam a elles e a mim; mas o outro, um velhinho alegre e bo- nachão, acceitou o milho, offereceu cigarro e come- çou a conversar muito animado. Aproveitando as pazes do velho como Cocos, convidei-os para irmos à aldeia dos Anonzés. Levei commigo dois vaqueiros armados de Winchester (por precanção ) e muitos presentes. Em viagem encontrei muitos indios e indias Anonzís que iam à fazenda, mas encontrando-me e vendo em minha companhia os dois Cocozis volta- — 401 — ram todos para a aycê, ligeiros, quasi a correr, falando muito. As mulheres e alguns indios, man- davam que eu atirasse nos Cocozis, que eram mãos. Eu lhes dizia que eram meus amigos e delles, e para o provar abraçava os dois Cocozus, que não se separavam de mim. Vencemos tres leguas em pouco mais de duas horas e ao chegarmos à aldeia, estavam todas as mulheres reunidas e muito agitadas, falando copio- samente Chamavam-me pelo nome para que eu me ap- proximasse e mandavam que os Cocuziss* voltassem mostrando-lhes o rumo da aldeia delles. Os Cocozis, juntos de mim, não diziam palavra! Estavam com mêdo e agarravam-se a mim cada vez mais. Tambem tive mêdo. .. Distribui missangas às mulheres, as quaes me offereceram mel com agua que eu bebi com os dois Cocoziús para mostrar que eramos todos amigos. Dirigiram-se então, para o pateo central da al- deia e ahi fincoram seis estacas dispostas conforme a figura ao lado, sentando-se os dois (Cycozws entre as estacas C. e D., à sombra de folhas de guariroba, adrede ER. preparadas. À mulher do chefe (este estava ausente ) começou À. B. a falar, andando da estaca À para a estaca B. Ialou mais de uma EC: hora, fazendo muitos gestos | e batendo com a mão na cabeça e nas pernas. Quando ella acabou de discursar, estava com a bocca espumante, e sentou-se junto da estaca E. Levan- tou-se então o Cocozù mais velho, foi para o lugar da mulher e falou muito caminhando sempre e tam- bem batendo na cabeça e nas pernas. Tanto a mu- lher como o indio traçavam linhas parallelas na areia e apontavam para longe. Quando o £ocoz acabou de falar a mulher amarrou-lhe na cintura um collar de contas, que eu lhe tirha dado e offereceu-lhe uma cuia de hydromel. Estava feita a paz!.... — 402 — Queriam que os Cocozws dormissem, para vol- tar no dia seguinte, mas eu temendo que elles esti- vessem tramando ama trahição, levei os Cocozüs e alguns Anonzés, para dormirem na fazenda, onde chegámos à noite e tivemos um grande jantar em commum. Cocoziis e Anonzês, sentados à minha mesa, conversavam amigavelmente ! Tres dias depois chegou a Campos Novos uma outra turma de Cocozis com milho, beiju de man- dioca e mel e couvidou-me para ir com elles à al- deia dos Anonzés a quem já chamavam nenê (amigo). O chefe destes indios Anonzês é um velho, mal encarado, de pouca conversa, marido da india que fez o discnrso de recepção dos dois Cocozüs e pai de um rapaz muito intelligente e muito meu amigo, de nome Auciheze, companheiro inseparavel de Nuleke, outro meu amigo que passou a morar na fazenda de Campos Novos emquanto eu alli estive. Quando me retirei, queriam vir commigo, para vêr a minha æycé. INDIOS COCOZU’S. — Os Anonzés chamam de Cocozis a todos os indios que apparecem na fazen- da de Campos Novos pela linha telegraphica e que habitam além do rio Nhambiquära. Esses indios, porém, dão-se o nome de Cocoziis e chamam, a seu turno, os Anonzês de Anonziis. Os Cocozis, outra tribu da grande nação Nham- biquára, têm muitos ranchos ( xycùs) na matta das Cangas, nas cabeceiras dos rios Gamararézinho, Pri- mavera, Vinte de Setembro e numa e noutra mar- gem dos rios Juina, Formiga e Juruena. Vão os Cocuziis até à estação telegraphica de Utiarity. Visitei duas aldeias (ycirs ) destes indios, sendo uma à margem direita de um ribeirão que desagua no rio Juina, pela margem esquerda deste, acima da passagem da linha telegraphica e a outra numa cabeceira que corre para o dito rio. Esta ultima æycù fica situada à cavalleiro de bonito e extenso chapadão, muito limpo, que se es- tende à margem esquerda do rio Juina, para cima — 403 — da passagem da Linha. Consta de dois ranchos de morada, grandes, de dois esteios e cobertos de pa- lha de burity e de nm outro rancho menor, redon- do, de um esteio só e situado à rectaguarda da- quelles. Nos dois ranchos maiores da frente, mo- ram diversas familias, que obedecem ao chefe, ain- da moço, de nome Acururé. A ayçiy não tem di- visão e só tem uma porta, todo o oitão da frente. Encontrei nesta aldeia muito mel que os indios a toda a hora me offereciam, instando tambem para que comesse milho assado, beiju de mandioca, to- cura torrada e um bolo feito especialmente para mim, ber de mandioca e tal moqueado, com tripas e casco e tudo socado no pilão até serem triturados todos es ossos. O indio que se encarre- gou de fazer este ( para elles ) excellente bôlo ( äa- rú) offereceu-me um e sahiu distribuindo o resto pelas duas casas. Homens, mulheres e creangas co- miam o tal bolo com evidente bom gosto !... Fe- lizmente achei um indio que comesse c meu qui- nbão. O meu companheiro, Paixão, comeu o dari: com mêdo que os indios se melindrassem... Fizeram um optimo cuscis de milho verde, ralado e envolvido em folha de bacaba e depois en- terrado no borraiho. Vi esses indios comerem grillo assado, calange e uma cobra coral!... Felizmente não mos offereceram. Em uma dessas wycits, bavia uma criancinha recem-nascida, filha do indio chefe. Estava comple- tamente núa e já cheia de enfeites. Quando ella sujava, a mãe dava-lhe um banho de agua fria e, depois, aquecia-a ao fogo... Não acceitou uma camisa de lã que eu offereci para en- rolar a criança. A mãe nãc tinha o menor res- guardo : comia tudo que o marido. muito solicito, lhe apresentava e tambem queria que a criancinha comesse com ella... As mulheres ( doçús ) Cocuzis são fortes e to- das muito gordas e mais sadias do que as docês. Ellas nunca chegaram até aos nossos acampamen- tos, ficando escondidas a uma certa distancia. Tive HU — o prazer de ser o primeiro recebido, amistosamente, em uma «ycit de Cocoziis sem que as docis fu- gissem. Atravessam os rios Juina e Juruena, em qual- quer ponto, fazndo jangada de quatro ou cinco ta- Jos da folha de burity. Os homens são muito fortes e de muita resis- tencia para cortar de mackado. Na minba passagem, de regresso à Capital Federal, em 1912, pelo des- tacamento do rio Juina, vi um indio cortar um ca- jueiro grosso, destinado à confecção da canda desse porto, só de um folego, para ganhar o machado, que levou com verdadeira alegria. Quando perce- bem cavalleiro ou gente a pé, em viagem, elles le- vam milho, beiju e mel para trocar por machado, facão, phosphoros, contas de colar, chapéo, calça e camisa. Preferem, sobretudo, machado, contas e phosphoros. INDIOS UAINEDEZES — tribu tambem da grande nação Nhambiquára, que chegam em Cam- pos Novos, pelo Sul. Eram muito desconfiados, fi- cando sempre numerosos indios armados, de arcos e flexas, nos cumes dos morros que cercam, pelo Sui, a fazenda de Campos Novos. Nunca pernoita- ram; tinham sempre pressa de trocar os presentes, para voltar a reunir-se acs outros, que os aguarda- vam nos morros. Mostravam descontentamentos quando encontravam Anonzês ou Cocozüs no meu acampamento. Traziam-me sempre muitos presentes para tro- car por machados, phosphoros e contas — razão por- que a maior parte da minha collecção de artefactos Nhaimbiquiras, feita em Campos Novos e destinada ao Musèo Nacional, pertencia a estes indios. Os Anonzés instavam commigo para lhes dar arcos, flexas e outros objectos que tinham pertencido aos Uainedezés. Talvez, para os mostrar na sua æycê, como tro- phéos de guerra... — 405 — As mulheres Uainedezês nunca foram à fazen- da de Campos Novos e eu não cheguei a vèl-as. INDIOS XAODY E TAYOPAS —- tribus tam- bem Nhambiquáras. Só visitaram-me uma vez e chegaram a Cam- pos Novos, pelo Norte, tendo sahido, marginando o rio Doze de Outubro. Logo que entraram na saia, onde os recebi, separaram-se, voluntariamente, fican- do os Xaody de um Jado e os Taydpas do outro e eomeçaram a explicar com palavras e gestos donde tinham vindo e o que queriam. Comprehendi pelos rumos indicados, ou antes adivinhei que cs Xaody habitam as margens do Doze de Outubro, muito em baixo, ou do outro lado deste rio, muito além, um pouco para Noroëste. Emquanto os Tayópas têm sua aldeia para os lados do rio Nhambiquára, muito em baixo. Todos queriam machados, para tirar mel, e para adquiril-os trouxeram arcos, flexas e muitos collares, que iam me entregando ao receber o de- sejado macliado. Vocabulário UE eas Ah. of pied ile lbs! 2 Ro tune te QUE AAA PEUT AMEL EE MATEO HUE Det EU sti de ALSOUSD a NES Tire PU 71) je d RENTE e DO os Ariticum . Abelha — borá — regina Abelha — mandobreu , Abelha — tata . ; Abelha — mandury sitio Abelha — tibuna Abelha — mandaguary . Eta gro NE NOR ee - Basta, não quero mais. (BR re athe Bebida de Bracelete de contas, . Bracelete de côco . . Braço ( ei DCE RAR Braza. . EDU wid atts Bot hess Sea ie Brineo de cõeo na Goa Bape, 15. ins ker tie) Geena = oie a | 28 MORT NET Li RENE ne CN. é € A @ Es - im, ALGUNOS INSECTOS DEL BRASIL POR EL R. P. bongincs Navas, S. 3. 3.2 SÉRIE — ten Los insectos de que voy a dar noticia los he recibido casi todos del Dr. Affonso d'E. Taunay, Di- rector del Museo de San Pablo, para su estudio, pero con permiso de reservar duplicados para mi colección, o, propriamente, según me decia en la carta de 20 de Agosto de 1919, “os specimens unicos queira restituir-nos e das duplicatas basta que nos mande um exemplar de cada ”. Todos ellos pertenecen al antiguo orden de los Neurópteros, actualmente desmembrado en varios. Y aunque los Odoratos que voy a enumerar son ya my conocidos, conviene empero consignarlos para el mejor conocimiento de la fauna brasileña. PARANEURÓPTEROS ( ODONATOS ) Familia LiBkLÜLipos 1. Erythrodiplax connata, Burm. var. fusca Ramb. Caravelas ( Bahia), E. Garbe leg. Nov. 1908. Erythrodiplax nigricans, Ramb. Theo- philo Ottoni ( Minas), Nov., 1908, E. Garbe leg. 3. Erythrodiplax anomala, Brau. Caravelas ( Bahia) Nov. 1908, E. Garbe leg. Erythrodiplax ochracea, Burm. Cara- velas (Bahia) Nov. 1908, E. Garbe leg. vo is =) 11: 12: Se AE Ervthrodiplax umbrata, L. Caravelas ( Bahia), Nov. 1908, E. Garbe leg. Orthemis ferruginea, Burm. Theophilo Ottoni ( Minas ), Nov. 1908, E. Garbe leg. Perithemis waltheri, Ris. Theophilo Ot- toni (Minas), Nov. 1908, E. Garbe leg. Micrathyria Marcella, Sel. São João da Barra ( Estado do Rio ), 1912, E. Garbe leg. Lepthemis vesiculosa, I. Villa Nova ( Bahia) 1908, E. Garbe leg. Macrothemis marmorata, Ilag. Theo- philo Ottoni ( Minas), Nov. 1908, E. Garbe leg. Familia Esnipos Aeshna bonariensis, Ramb. Theophilo Ottoni ( Minas). Nov. 198, E. Garbe leg. Aeshna confusa Ramb. Theophilo Ottoni ( Minas ), Nov. 1908, E. Garbe leg. 16. 17. Familia AGRIONIDOS Hetaerina rosea, Sel. Villa Nova ( Bahia), Nov. 1908, E. Garbe leg. Lais pruinosa, Ilag. Theophilo Ottoni( Ba- hia), Nov. 1908, E. Garbe leg. Lais pudica, Hag.S. Paulo, Ypiranga, Mayo de 1919, E. Schwebel leg. EFEMERO'PTEROS Familia ErEMÉRIDOS Campsurus dorsalis, Burm. S. Pablo, 1912. Varios ejemplares. Euthyplocia Guntheri, sp. nov. (fig. 1). Similis ancipite Eat. Major. Caput fuscum ; oculis in sicco fuscis; ocellis flavis. — 415 — Prothorax fusco-violaceus. Meso-et metathorax fulvo-flavi. Abdomen irferne fulvo-flavum, superne fusco- violaceum, linea longitudinali media fulva; urodiis seu cercis superioribus longissimis, roseo-vinaceis pal- lidis, ad articulationes albidis; cercis inferioribus seu forcipe fulvo-albidis, elongatis, cylindricis, sen- sim attenuatis, apice obtusis, haud dilatatis, primo articulo brevi, secundo longo, leviter arcuato. Pedes fuscc-vinosi, tersis pallidioribus. Alae hyalinae, reticulatione fusco-ferruginea, densa. Ala anterior membrana parte anteriore fusco- violaceo tincta, obscurius ad basim, distincte in areïs costali, subcostali et radiali, basi usque ad cubitum, retrorsum sensim diluta ; cubito duobus ramis prin- qq SEAS — Cet) Euthyplocia Guntheri Nav. d Parte posterior del ala anterior. ( Mus. de San Pablo ) cipalibus; postcubito (8 Eaton) ramo bis farcato (fig. 1), vennla una interna marginali citra ramum ; venis axillaribus (9 Eaton) 3-4 venulis inter se con- junctis; venulis axillaribus pluribus (fig. 1). Ala postericr fere ut in ancipite Eat. ; area cos- tali angusta, in sexto basilari latiore, mox lineali, in medio apicali paulo latiore, venulis crebris sim- plicibus ; area subcostali triangulari e longata, sim- plice, venulis in tertio basilari densis. Long. corp. & 13 mm. — al. ant. 20 mm. — — post. 84 mm. — urod DD mm. o PD e Patria. Brasil. Un ejemplar rotulado asi: Esta- ção Piassaguéra ( Santos), 1910-- F, Giinther leg. ( Mus. de San Pablo). NEUROPTEROS Familia MIRMELEONIDOS 18. Glenurus brasiliensis sp. nov. (fig. 2). Similis heteropterygidi Gerst. Caput fuscum, vertice et occipite flavo macula- tis; labro antice flavescente; oculis in sicco fusco- cinereis ; palpis nigris, ad articulationis flavis ; arti- culo ultimo labialium fusiformi, incressato ; antennis thorace longioribus, clava gracili elongata, duobus primis articulis fusco-nigris, ceteris ferrugineis. Thorax inferne picens, superne fuscus, fascia media longitadinali fulva ; meso-et metascutello sub- totis fuscis. Prothorax longior quam latior, antror- sum angustatus, pilis lateralibus, fuscis, mediocribus. Abdomen fuscum, fusco breviter pilosum, se- cundo tergito linea media longitudinal fulva, quarto (interdum etiam aliis) basi anguste fulvo. Pedes flavi, fusco punctati et setosi, apice fe- morum, tibiarum et tarsorum fusco ; calcaribus gra- cilibus, rectis, apice arcuatis, duos primos tarsorum articulos «quantibus. Ake hyaline: irideæ, lanceolate, ad stigma di- latatee, fusco maculatæ ; reticulatione subtota fusca, pallido striata; stigmate roseo-albo; membrana ad fascias fuscas apicales aibida, subopaca. Ala anterior membrana leviter plicata ubi linea plicata in aliis generibus adest; area costali venulis plerumque simplicibus ; area apicali lata, venulis vix in duas series gradatas dispositis ; area radiali fere 6- 5 venulis internis, ultima areola fere divisa ; sectore radii fere 14 ramis ; area cubitali interna fere sim- plice. Fascia lata nigro-fasca transversa in tertio apicali, citra sigma a margine costali ad externum, interne et externe fortiter sinuosa, cum limbo api- — AIT — cali conjuncta, ipsum marginem externum sib apicem alee haud attingente et in aream apicalem angustius excurrente. Praeterea stria oblíqua ad anastomosim rami obliqui cubiti, ad marginem posteriorem ; stri- ola fuscæ longitudinales in area subcostali. Venulæ radiales ad radium, intercubitales subtotæ, internæ latius, fusco limbatee. Ala posterior (fig. 2) longior angustiorque ; area apicali sine venulis gradatis; una venula radiali 7 6 (Fig. 2) Glenurus brasiliensis Nav. & Ala posterior ( esquemática ) ( col. m.) interna; sectore radii fere 11-12 ramis. Fascia lata nigro-fusca in tertio apicali a costa ad marginem externum, interne fortiter sinuosa, antice in duas divisa citra et ultra stigma, postice duas grandes areolas liberans et usque ad apicem limbo lato excurrens. Striolae fuscae longitudinales in area subcostali. S Eonge corp,’ 28 mm. 2 mm: — al. ant. 38 » 41/2 > — — post. 402 » D x Patria. Brasil. Tomo por tipo un ejemplar ¢ que tenia en mi coleccion con el nombre de Gle- nurus heteropteryx Gern., procedente de Jaraguá, y otro & de San Pablo recibido reisentemente del Gonde A. Barbiellini, quien me lo envió para mi colección. Se parece mucho al Glenurus heteropteryx Gern., sobre todo en la estructura y pintura del ala posterior; mas en la anteriores muy diverso, pues el heteropteryx carece de la banda obscura apical. Zaragoza 15 de Enero de 1920. 11 Tie ATEN Coe. ah ths DT AR Un AU (UE nl dr cute HE o AUDI: FTA | Ho) e TUT RI QUE EAU His vil a Pie Le THIN | Lits Li ey 1 MEME | ‘4 BN } À 4 o ' | li, E ae ; | DUT AL A UE | FF ARA UM E iy + | A vob | a Ae UN an oe - cool br vite wer TE Hie te Ee | fre (à wit he \% ’ o” LA > NT nh ; ; ii UN a A AR] ut à PATES ' } AM f M suit ja À] A AL ih, i A | y Ê AU on FR + \ + j ANO le } mit { | á x à y E ND ROD pe EAR Ns i oe QUE PAT ms , t = al ity alk OU D LEE UM 1 Í EA Lt ery EM d EA a ioe a al , TOUL dirons RAM 11 A RA MEDIA RREO | —_ i P ; ada ete? RO uP, i ie} a on 4 hy ER E) PL IL VIEN init a fi nt hy Ts Lt Au ei (MORTE f te | ER des RFA CN ANT EURE o | E REA Na hi dh. O LEO Lit rst thy eae ‘Ohta TA TW Ha (A 4 im i ni qu “ul (HQE JA lg | “+ ENA o É RS ui PRINTS a OT. ni RACE" 1 un ER té VA A i 7 Fi ; ry A po | a C yy { AUTRE Lan A i Pr A PT um \ o. RAP PR ES EE e. Ps RON NR TE ni E RAC hele Je 4%: vi o RD = may Wei ae RR, Vu | TNT (al 1 Atle Tr EDR À A DMR A! A RIA 4 so en (aD ; a 1h af Am RA Ja os pie LL ES RR gde dy | | PR 4 | RUE fu 7 É N Wit ob ARE don LE tani ny va U L po Fu oe A tn i : x eu sith Te) A AN JULIUS MELZER Longicorneos novos ou pouco conhecidos do Brasil. Lonelearweas novos ou pouco conhecidos do Brasil TEMNOPIS Serv. An. Soc. Ent. Fr. 1834, p. 90 T. SIGNATICORNIS, n. sp. — ( Estampa t, fig. 3 &, fig. 4 9.) & Hlongata, tenuiter rufo pu- bescens, supra opaca, subtus laevia, nigra, capite, thorace supra, scutello, elytrisque flavo- ferrugi- neis, antennarum articulis S--11 alho flavis ; ca- put subtilissime coriaceum, longitudinaliter sulca- twin, enter antennas concavum, genis mediocribus ; antennae corpore sesqui longiores, subtiliter villo- sae, subtus ciliatae, corvaceae ; thorax latitudine longior, apicem versus paululum attensatus, sub- tillissime coriaceus, das: valde coartatus, dorso longitudinaliter sulcatus, lateraliter ante-medium angulato dilatatus ; scutellum apice rotundatum ; elytraelongata, subparallela, obsolete bicostata, apice singulatim rotundata, sat crebre punctata. ç. Thorax latitudine haud longior, cmnino flavo-ferrugineus, supra necne sulcatus, antennae corpore quarta parte longiores. . Long. 9 3/4— 16 1/2 mm., lat. hum. 1 3/4 — 2 3/4 mm.. Fab. : 2% exemplares Jd e 99 de Passa Quatro, Sul de Minas. Os typos se encontram na collecçäo do sr. J. F. Zikän, ra do Museu Paulista assim como na minha. Preta, cabeça, prothorax na ¢ totalmente, no & sómente em cima e lateralmente, scutello e ely- tros flavo-ferrugineos, os ultimos 4 articulos das an- tennas d'um branco amarellado. Opaco em cima, me- diocremente lustroso (cabeça em baixo fortemente lustrosa excepto) em baixo; o corpo tênue rufo pubescente, as pernas e os primeiros sete articulos das antennas com uma pubescencia curta e preta. Cabeça finamente coriacea em cima, longitudinal- mente sulcada e fortamente concava entre os olhos. Olhos divididos, a granulação subgrossa como em. T. rufothorax, o processo jugular quasi do mesmo tamanho que a parte inferior do olho. Antennas sobrepessando os elytros com os ultimos 5 articu- los no 4, com os ultimos 4 apenas na ©, finamente rugosas (mas não crenadas ), e pubescentes, em baixo fimbriadas; o 1.º articulo antennar obconico e grosso, os articulos 3 até 7 em comprimento qua- si iguaes, os restantes decrescendo proporcional e gradualmente. Prothorax convexo, finamente co. riaceo, no & mais comprido que largo, na ¢ o com- primento é de cerca da largura maxima do mesmo, fortamente restringido na base, as bordas lateraes quasi parallelas, o do 4 no dorso longitudinalmente mas bem rasamente sulcado, sendo o sulco flanquea- do por uma carena obtusa, lateralmente o protho- rax um pouco além da entalha basal está muito li- geiramente dilatado, formando um minutissimo tu- berculo liso e quasi imperceptivel. O prosterno no &, devido a ponctuação e a pubescencia mais densa — formando aquella finissimas rugas transversaes, — é menos lustroso que na 9. Scutello pequeno, arredondado posteriormente. Elytros compridos, quasi parallelos, densa e bastante grossamente ponc- tuados, cada com uma costella apenas distinguivel e com o apice oblongo-arredondado. O metasterno lustroso, os episternos metasternaes finamente coria- veos e subopacos assim como o mesosterno ; o ab- domen bastante sobrepassado pelos elytros, lustroso, fina e mui dispersamente ponctuado e assim pubes- cente. Pernas compridas e comprimidas, finamente coriaceas e pouco lustrosas, com uma pubescencia preta, curta e pouco densa; tarsos mediocres, o primeiro articulo das pernas entremeiadas e poste- riores de cêrca do comprimento dos 2.º e 3.º con- junctos. A côr do prothorax bem como da cabeça às vezes é mais escura que a dos elytros e isto prin- cipalmente em exemplares 4 de tamanho maior. A côr preta do prosterno, que geralmente distingue o & em alguns individuos deste sexo falta comple- tamente e este está tinto portanto como a 9; em outros exemplares. porém a côr preta occupa além do prosterno igualmente quasi toda a parte lateral do protkorax e alem disto tambem a parte lateral da cabeça, na altura da parte inferior dos olhos, formando aqui manchas mais ou menos grandes. Estas manchas pretas na cabeça tambem certos in- dividuos ¢ mostram, e, neste caso, tambem o pro- sterno dellas em contorno da cavidade coxal assim esta tinto. O apice dos elytros, em geral da côr do resto dos elytros, às vezes está ligeiramente en- fuscado e, excepcionalmente, toda a ponta preta. A pubescencia do corpo, pouco densa e bem curta, é dum rufo claro, a das pernas e dos sete primeiros articulos antennares é de côr preta, em- quando a dos articulos & até 11 é tinta como estes articalos, isto é, d'um branco amarellado. Esta especie é bem interessante devido a sua forma delgada e comprida, semelhante a das 7. me- gacephala Germ. e T. nigripes Auriv., e devido a seu processo jugular bem grande, particularidade esta, que se observa tambem na 7. rufithorax Auriv. E” esta a 6.º especie d'este genero, todas bra- sileiras, sobre cujo «habitat» posso participar o seguinte: T. magacephala é-me conhecido da ca- pital do Estado de S. Paulo, de Cotia do mesmo Estado e de Passa Quatro, Sul de Minas; Gounelle. ( Ann, Soc. Ent. Fr. LXXVII, 1908, p. 592) assi- œnala o mesmo de Jatahy, Estado de Goyaz. Os exemplares da capital de São Paulo se collecciona- ram nos mezes de Dezembro e Janeiro, os de Passa Quatro no mez de Novembro. T rufoscapus Auriv.; o Snr. Bondar, então lente da escola agricola «Luiz de Queiroz», me enviou diversos exemplares para serem determinados sendo um o& de minha collecção procedente de Mar — 424 — de Hespanha ( Estado de Minas), colleccionado em 16. XI. 1911 pelo Snr. J. F. Zikán. O typo desta especie era do Estado de Espirito Santo. T. rufithorax Auriv., assignalado pelo avctor de Petropolis, não é alheio tão pouco ao Estado de Espirito Santo. Possuindo eu um 4, procedendo de Alegre, e além disto tenho 3 d'a e uma 1 © colleccionados pelo Snr. Zikän em Passa Quatro, Sul de Minas. Esta ¢ tem os elytros, — a faxa flava excepta, — francamente azulados e a mancha preta-azulala, que orna o pronoto, é consideravel- mente maior que nos oo. As antennas da 9 apenas sobrepassam o apice dos elytros. Conforme o auctor o habitat de T. nigripes Auriv. é Santa Rita (Estado da Bahia) e do 7° cy1- nescens Auriv. o Estado de Espirito Santo. Estas especies infelizmente não conheço. ATENIZUS (2) Bates, Ent. Month. Mag. IV. — 1867, p. 27 Será bem provavel, que para a especie mais além descripta deve ser creado um genero novo, mas, como não podia até hoje estudar em natura o Atenizus laticeps Bates, conhecido do Amazonas, e como os dados de Bates e Lacordaire sobre este genero não permittem de resolver sem hesitação esta questão, limito-me a apresentar os dados seguintes : Palpi mediocres, maaxillares labralibus lon- giores ; caput productum, prothorace latior, inter antennas concavum, inter oculorum lobos superio- res tuberculatum, fronte verticali, plana, longitu- dinaliter sulcata, trapeziforme, tuberculis anten- niferis elevatis, bast contiguis, gens fere nuilis ; oculis magnis, grosse granulatis, emarginatis, supra late separatis: antennae ( g ?) corpore haud longiores, 11 articulatae, graciles, subtiliter villosae, sublus ciliatae, scapo breve, obconico, art. 3.º subaequalt, hoc sequente manifeste breviore, 4—11 subaequalibus ; thorax latitudine longior, supra deplanatus, antice posticeque coartatus, la- — 425 — teribus in medio rotundatis ; scutelluin muinutum, apice rotundatum; elytra elongata, subparallela, apice singulatim oblongo-ovalia ; coxae anticae intermediaeque contiguae, illae conicae extus an- gulatae ; pedes graciles, femora compressa, sub- parallela, tarsorwm art. 1 caeteris valde longiore. Acetabula intermedia paululum extus hiantia. Os palpos säo de tamanho ao menos mediocre, os maxillares quasi do dobro dos labiaes no sen- tido do comprimento; a cabeça é bem saliente e devido à forma globulosa e o volume dos olhos está formando um coll) curto, ficando a mesma tambem mais larga que o prothorax. Entre as antennas a - cabeça é concava e entre as partes superiores dos olhos, existe um tuberculo. A fronte é vertical, trapezitorme, plana e longitudinalmente sulcada, os tuberculos antenniferos na base contiguos, são me- diocremente salientes, o processo jugular é qnasi nullo. A parte inferior dos olhos é bem volumoso emquanto que a parte superior dos mesmos quasi é nulla; os olhos são grossamente granulados e sua borda anterior é sinuosa. As antennas são de 11 articulos e sobrepassam apenas o apice dos ely- tros, filiformes, ligeiramente villosas e em baixo um pouco ciliadas; o scarpo é curto e obconico e de cerca do comprimento do 3.º articulo antennar, este é mais curto que o 4.º os restantes, a contar do 4.º são subeguaes. O vrothorax é mais comprido que largo, eliptico, em cima moderadamente deprimido, anterior e posteriormente gradualmente coarctado. Os elytros são compridos, quasi parallelos, e cada por sim arredondade posteriormente. As coxas an- teriores e entremeiadas são contiguas, bem grandes e aquellas anguladas lateralmente. A cavidade coxal entremeiada é ligeiramente aberta lateralmente. As pernas são delgadas, os femora subparallelos e com- primidos. Os tarsos, particularmente o 1.º articulo, são bem compridos. Como se vê existem bastante affinidades com o genero Atenizus, mas, ha tambem, parece-me, diffe- renças, que justificarão a creação d'um novo genero. a a Si esta supposição se provar, proponho de denomi- nar este genero Ceratoeme. A (2) TAUNAYI, n. sp. Estampa n. 2 Fig. n. 5 e 94 Rufo-testaceus, linearis, tenuiter flavo-pilosus, setisque flavis in elylris serialtim ordinatis spar- sim hirtus, antennarum articulés 2—11 (1—11 base flavo annullatis), apice mandibularum, ely- trorum apice nigris vel fuscis ; caput subopacum, subtulissime punctulatum, inter antennas conca- cum, fronte subliliter sulcata, genis brevissinus, oculorum lobis inferioribus semiglobosis, lobis su- perioribus inter se valde distantibus ; antennae subtiliter flavo villosae, subtus sparsim flavo- cliatae. art. 2-11 opacis. art. 3.º 4.° dimidro breviore; thorax latitudine maxima tertia parte longior, bast apiceque recte truncatus, dorso de- pressus iongitudinaliterque obsolete sulcatus, sub- taliter punctatus et sparsim prlosus, prosterno laevi, glabro ; scutellum parvum, subquadratum, | apice rotundatwm, subtiliter punctatum et pilosum ; ely- tra basi thoracis latitudinem maximam aequantia, thorace quadruplo longiora, subtilius dense punc- tata, dorso subplana, subnitida ; femora postica abdominis segmentum tertiun haud superantibus, tars: postici elongati, art. 1.º caeteris simul sum. ptis duplo longiore; metusternum nitidum, sai dense punclatum parsimque flavo hertum ; abdomen nitidum, subtiliter punctatum. Long. 6-- 7 1/2 mm., lat, hum. 1 1/5--1 1/2 mm. 4 & (?). Hab. 1 exemplar de S. Vicente ( Santos), 1. XI, 1915. 2 exemplares do Bosque da Saude. perto da Capital, de S. Paulo. 28, XI, 1915,\e 28/05 1916. Um exemplar do parque Jabaquára igual- mente perto da Capital de S. Paulo, 22, XII, 1916. Os typos se encontram na minha collecção. Todos exemplares encontrei em galhos seccos, sacudidos com um pau e providenciando, que os insectos nos mesmos agarrados, cahissem num ne — 427 — guarda chuva aberto, collocado por baixo do respe- ctivo galho. Elles são bem ageis e procuram logo de escapar de sorte que, mal dava o tempo de apanhal-os. Estes longicorneos são pequenos e delgados, dum rufo-testaceo, ligeiramente flavo-pubescente, encontrando-se nos elytros cerdas flavas, collocadas em linhas, os articulos 2-11 das antennas (os de 4-1! com a base flavos), o apice das mandibulas assim como o dos elytros pretos ou enfuscados. A cabeça é quasi opaca, com uma pubescencia muito dispersa e muito finamente ponctuada, a frorte é fi- namente sulcada e o tuberculo que se encontra entre as partes superiores dos olhos é bem saliente. A parte inferior dos olhos é quasi semigloboso e em cima os olhos são largamente distantes. As antennas mostram uma pubescencia flava pouco densa e bem curta, sendo em baixo ainda ligeiramente flavo cilia- das, os seus articulos 2-11 são opacos e o 3.º é da me- tade mais curto que o 4.º. O prothorax é 1/3 mais com- prido que largo, na base assim como no apice rectamente truncado, o dorso é deprimido e longi- tudinalmente porém obsoletamente sulcado, sua pon- ctuação é bastante fina e pouco densa, sendo a pu- bescencia bastante dispersa, em baixo o prothorax é liso, glabro e lustroso. O scutellum é pequeno, quasi quadrado e arredondado posteriormente, fina- mente ponctuado e pubescente. Os elytros na base são da mesma largura que o logar mais largo do prothorax e tem quatro vezes c comprimento deste, elles são mediocremente lustrosos e fina e densa- mente ponctuados, sendo o dorso ligeiramente de- primido. Os femoras das pernas posteriores não ou apenas sobrepassam o terceiro segmento abdominal. Os tarsos das pernas entremeiadas e posteriores são bem compridos, sendo seu primeiro articulo do dobro dos outros conjunctamente no sentido do com- primento, o segundo articulo é mais comprido que o terceiro. O metasterno é bem lustroso porém densamente ponctuado, sendo o abdomen da mesma maneira lustroso mas mais dispersamente ponctuado. — 428 — Causa-me especial prazer de poder dedicar esta nova especie ao meritissimo director do Museu Pau- lista o Illmo. Sr. Dr. Affonso d'Escragnolle Taunay. COLEOXESTIA Auriv. Col. Cat. Tunk-Schenkling, pars. 39, 1912, p. 64. Xestia Serv. Ann. Soc. Ent. Fr. III, 1834, p. 16. C. SIMILIS, n. sp. Estampa n. 1, fig. n. 2 S. Subelongata, bruneo-mgra, ntida, elytris — vita suturali retrorsum angustata, macula elon- gata humerali marginibusque bruneo-nigris ex- ceptis — testaceis, femoribus in medio testacers, capite, prothorace, scutello pectorisque lateribus plus minus dense flavo-aureo tomentosis ; caput co- riaceum, grosse punctatum, tuberibus antenniferis obtuse dentato-productis, vertice flavo-aureo tomen- toso, longitudinaliter carinato, carina glabra, love fronte subtiliter flavo-aureo tomentosa, longitudi- naliter sulcata; antenæ corpore tertia parte lon- giores, subtus laxe fimbrialæ, scapo crasso, pun- ctato-rugoso, bast sulcato, art. 3-10 obsolete sulcatis, art. 3-7 apice paullum nodoso, 4.° praecedente et sequente breviore ; thorax latitudine brevior, antice posticeque coarctatus e sulcatus, flavo-aureo pu- bescens, dorso rugis transversis in medio interru- plis aratus, carina media levi necnon gibbis duabus externis, obtusis, levibus mumnto; scutellum flaro- aureo tomentosum, linea media glabra, levi; ely- tra subtillisime punctulata, elongata, parallela apice conjunctim rotundata, angulis suturalibus breniter spinosis ; femora modice clavata, subinermia; pros- terno processus intercoxalis postice abrupte declivis, mesosternt processus planus, antice excavatus ; ab- domen apice setis pr ciliatuin. Long. 19-- 20 1/4 mm., lat. hum. 4 3/4 - 5 mm. Hab. 1 J por mim colleccionado no dia 26 de Novembro de 1914 na Averida Paulista da capital do Estado de São Paulo; 1 æ que faz parte da collecçäo do Museu Paulista (n.º 12831 \ foi collec- cionado pelo Snr. Bicego, em Manäos, Estado do Amazonas. — 429 — Comprida, castanho muito escura ou quasi pre- ta, lustrosa, os femora no meio e os elytros säo testaceos, tendo estes porém um traço na sutura que posteriormente fica gradualmente mais estreito, as bordas lateraes estreitamente e uma mancha elon- gada na parte lateral das espadoas da mesma côr que o resto do corpo; a cabeça, o prothorax, o scu- tello e a parte lateral dos sternos são mais ou me- nos denso flavo-aureo pubescente. A cabeça é grossamente ponctuada, o vertice, flavo-aureo pubescente, mostra uma carena longitu- dinal glabra e lustrosa, a fronte é longitudinalmente e bastante profundamente sulcada e dispersamente pubescente, as mandibulas são grossamente rugosas, ligeiramente pubescentes e mostram algumas cerdas bem compridas e flavas, cerdas identicas circumdam a parte inferior dos olhos posteriormente, os tuber- culos antenniferos são salientes em dente obtuso ; O processo jugular é bem curto, os olhos, grossamen- te granulados, fortemente circumdam em baixo os tuberculos antenniferos, e as partes superiores dos olhos são mediocremente separadas em cima. As an- tennas sobrepassam o apice dos elytros com os 10.º, 11.° e mais a metade do 9.º articulo, ellas são seti- formes e em baixo ligeiramente fimbriadas; o seu “primeiro articulo é curto e grosso, quasi cylindrico e rugosamente ponctuado, mostrando um sulco pou- co desenvolvido na base, os articulos 3--10 são obsoletamente sulcados em cima assim como em baixo e os articulos 3-- 7 tem o apice ligeiramente nodoso, o 4.º é da metade cerca do 3.º no sentido do comprimento, um tomento flavo e muito curto está vestindo os articulos a contar do 5.º. O pro- thorax, um pouco mais largo que comprido, anterior bem como posteriormente é mediocremente coarcta- do e sulcado, a pubescencia é bem densa, ficando glabros e lustrosos um callo comprido longitudinal e mediano e em cada lado pouco distante do mes- mo um tuberculo maior anterior e um outro muito pequeno posteriormente; o dorso é transversal e grossamente rugoso-ponctuado, ornado com poucas Lu ED que cerdas flavas bem compridas e em cada lado mostra um pequenissimo tuberculo glabro e lustroso, exis- tindo um outro e do mesmo tamanho um pouco mais alem; o prosterno é grossamente punctado-rugoso e munido com dois sulcos muito profundos e trans- versaes e destarte formam uma ruga bem grande. O scutello densamente pubescente no meio mostra espaço longitudinal glabro e liso. Os elytros mos- tram uma ponctuação finissima e perceptivel apenas com uma lente bem forte, elles são glabros e lus- trosos, regularmente convexos, parallelos lateralmen- te, conjunctamente arredondados posteriormente e a ponta suturo-apical saliente em espinho curto. Os fe- mora são moderadamente claviformes, muito disper-' sa e finamente ponctuados e a ponta dos enutremei- ados e posteriores não saliente em espinho; as ti- bias, ligeiramente flavo-hirsutas, são inermes na pon- ta externa. O processo prosternal é estreito e abrup- tamente declivo posteriormente, o processo mesos- ternal é plano e ligeiramente concavo na base; o abdomen é lustroso e liso e mostra somente algu- mas cerdas muito dispersas, sendo a ponta do ul- timo segmento cilliada com cerdas flavas, a ponta mesma é ligeiramente sinuosa. Indubitavelmente o «habitus» desta especie é com- pletamente o duma Coleoxestia, mostrando todos os característicos das mesmas, incluindo as cavidades coxaes entremeiadas, que são embora só ligeira- mente fechadas lateralmente, mas o sulco de cima e de baixo no terceiro articulo antennar é uma coisa excepcional para este genero e digno de ser desta- cado devidamente. De resto esta nova especie mostra muitas affinidades com C. pictipes Newm., e C. an- nullipes Buq. Si não se tratar dum engano de rotulo na es- pecie do Museu Paulista, o habitat desta especie seria estendido sobre uma região enorme. C. DENTICOLLIS, nov, sp. Estampa n. 1, fig. n. 1 Elongata nitidissima, bruneo-rufa, capite tho- raceque saturioribus, setis-pallides, et brevissimis — 481 — in elytris hirta, pectoris lateribus leviter argenteo tomentosis ; caput sparsim grosse punctatum, ver- tice inter oculos carinalo, tuberibus antenniferis intus productis; antenne %$ corpore breriores, scapo obconico, opaco, punctato, art. 5-4 apice no- dosis, 5 angulato dentato, 6-70 serratis, 5-11 entus lateraliter sulcatis ; thorax latitudine paulo brevior, antice posticeque valde coarctatus et sul- catus. dorso rugis undulatis, transversis profunde aratus, satis paucis subtus e lateraliter hirtus, la- teraliter utrinque trituberculatus, tuberculo antico obtuso, tuberculo medio obconico, mamato, tuber- culo postice obsolete calloso ; scutellum triangulare, pube-grisea anguste marginatum ; elytra subtillrs- seme punctata et vermiculata, apice quadrispinosa, spinis saturalibus paulo brevioribus, subtillissine griseo-setosa, setis dispersis et brevissumas; femora modice clavata, media et postica subdentata, pro- sternt processus intercoxalis postice paululum di- latatus, abrupte declivis ; mesosternt processus tu- berculatus, antice excavatus, abdonunis segmentum ultinum apice truncatum. Lonz. 32 1/2 mm., lat. hum. 8 1/4 mm. Hab.: Um exemplar de Joinville, Estado de Santa Catharina. Comprida, lustrosa, dum bruneo-rufo, sendo porém a cabeça e o prothorax mais escuros, os ely- tros dispersamente munidos com cabellos claros e muitissimo curtos, os esternos lateralmente são mais ou menos denso-griseo-tomentosos. A cabeça é dis- persamente grosso-ponctuada, os tuberculos antenni- feros são bastante salientes e no vertice, entre as partes superiores dos olhos existe uma carena rela- tivamente curta ; poucas cerdas compridas e flavas, que mais se juntam por traz da parte inferior dos olhos, estão espalhadas sobre a cabeça e os mandi- bulos. As antennas ( ¢ ) sobrepassam ligeiramente o terceiro quarto dos elytros, ellas são ligeiramente ciliadas em baixo, o scapo é obconico, opaco, pon- ctuado, os articulos 3 e 4 tem a ponta nodosa, o 5.º na ponta está saliente em dente e os 6-10 den- — 432 — tados em serra, o 4.º é dum terço sómente do 3.º no sentido do comprimento, os articulos 1-3 são li- geiramente os restantes densa porem mui curta- mente griseo-tomentosos, os articulos 5-11 na borda interna são lateralmente ligeiramente sulcados. O prothorax é um pouco mais largo que comprido, anterior e posteriormente fortemente coarctado e transversalmente sulcado, o dorso mostra bastante rugas grossas e irregularmente transversaes, em cada lado ha tres tuberculos dos quaes um no meio, saliente e obconico, um anterior e meio obtuso e o terceiro posterior, mais grosso e em fórma de callo ; observa-se algumas cerdas compridas e flavas, prin- cipalmente em baixo e lateralmente, sendo no dorso encontrado pubescencia semelhante a avisada nos elytros, porem muito mais escassa. O scutello liso e lustroso é finamente griseo pubescente nas bordas lateraes. Os elytros são compridos, finamente pon- ctuados, cada no apice com dois espinhos compridos sendo o da sutura apenas mais curto que o outro ; a pubescencia é muitissimo curta, as cerdinhas nascem nas pontas, que se vêm espalhadas disper- samente sobre os elytros. Os femora são modera- damente claviformes, os entremeiados e posteriores apenas dentados na ponta, mostrando estes a pube- scencia no canto superior, particular a todas as es- pecies deste genero; as tibias, mas relativamente tambem os femora, são bastante densamente e lon- gamente flavo-hirsutas. O processo prosternal é es treito e abruptamente declivo posteriormente; 0 pro- cesso mesosternal é tuberculado, concavo na base; o tuberculo é pouco desenvolvido. O abdomen mostra sómente muito poucas cerdinhas bem curtas, seu ultimo segmento é truncado e fimbriado com cerdas flavas na ponta. Esta especie parece muito bem caracterisada, mas ella mostra muitas affinidades com a C. Wa- terhouser, e não é fora da probabilidade, de se tratar talvez somente d'uma variedade desta especie de Gounelle. C. Waterhousei não tem o tuberculo me- diano lateral do prothorax assim desenvolvido como =) AS a nova especie, Gounelle nada indica expressamen- ta a respeito da pubescencia dos elytros na sua es- pecie, avisando somente, que ella for « glabra» eo tuberculo do processo menosternal de C. denticollis é menos desenvolvido que na outra. Tomando em consideração, que na C. femorata Gounelle o tuberculo do processo mesosternal esta, como o auctor avisa, — sujeito a variar consideravel- mente, — ( tenho a vista um & de C. femorata, col- leccionado nos Campos do Jordão deste Estado pelo conhecido entomologo, Snr. II. Luederwaldt, cujo processo mesosternal não mostra o tuberculo) — é licito de acreditar, que na nova especie talvez se- melhante phenomeno tambem se observará. A pu- bescencia nos elytros, que no exemplar de C. den- tecollis é assim visivel, mesmo com lente menos for- te. evidentemente pode ser observada, porem menos distinctamente, em C. Waterhousei. Desta especie disponho de tres exemplares, dois dos quaes por mim colleccionados na Capital do Estado de São Paulo e o 3.º recebido de Joinville, e que corres- pondem perfeitamente a diagnose de Gounelle assim como ao exemplar do Museu Paulista, que o auctor pessoalmente determinou. Em todos estes exempla- res alguma pubescencia é indicavel nos elytros, sur- gindo dahi as minhas duvidas para com a nova es- pecie, pois os tuberculos mediano lateraes do pro- thorax somente, — digno porem de ser registrado, — decerto apenas seriam sufficientes de fundir esta especie. Espero, que um material de mais vulto me permittirá, de dizer logo algo definitivo nesta questão. C. CONFUSA LACORD. Esta especie, que, conforme Gahan avisa, da C. vittata differe senão pelas antennas, que são 12 ar- ticuladas, encontra-se em Passa Quatro, Sul de Mi- nas, de onde recebi uma ©, colleccionada em 18. XI, 1917 pelo conhecido naturalista, Snr. J. F. Zi- kán. Seu comprimento é de 35 1/2 mm. por 8 mm. de larg. nas espadoas, e as affinidades com o C. vit- tata, como Gahan já avisa, effectivamente são sur- A ANT ES —~ prehendentes, mas, sendo os elytros em proporção muito compridos, esta especie é mais parentesco ainda a C. longipennis. As rugas transversaes do pronoto da C. confusa em confrontação com C. vit- tata são menos grossas e os respectivos sulcos por conseguinte menos profundos; o prothorax é um pouco mais comprido e antericrmente gradualmente mais coarctado naquella de que nesta. As antennas chegam ao ultimo quarto dos elytros, os articulos 3 e 4 são nodosos na ponta, o quinto é ligeiramente saliente em dente e o 6.º é francamente dentado, os articulos 7-11 são dentados em serra e o 12.º é apenas da metade de 11.º no sentido do comprimen- to. O scutello, liso e lustroso, é finamente griseo. pubescente nas bordas lateraes. Os elytros, finamen- te vermiculados, são menos lustrosos que os de C. vittata, a cor rufa é predominante, e somente na sutura um traço estreito evidentemente é mais en- fuscado, emquanto lateralmente apenas se percebe uma matiz mais escura. O processo prosternal so- brepassa no angulo formado pela abrupta declinação posterior, por um tuberculo as coxas anteriores. O processo mesosternal é plano e apenas concavo na base. O ultimo segmento abdominal é truncado e li- geiramente flavo-fimbriado. NEOCORUS Thoms. System. Ceramb., 1864 p. 220 N. ZIKANI, n. sp. Estampa n. 2 fig. n. 6 Brunneo-niger, capite, antennis, elytrorum humeris et apice, mososterno pedibusque ferrugi- neis, pube argenteo-sericeus vestitus ; caput subti- liter alho pubescens, inter antennas longitudinalr- ter canaliculatum, tuberibus antenniferis paulo productis ; antennae corpore paulo lungiores, scapo leniter clavato, arcuato, art. 3 sequente paulo bre- viore ; thorax latitudine duplo longior, subtiliter argenteo-tomentosus, base constrictus et transversim sulcatus, antice sulco angusto transversim ara- tus, lateraliter punctis minutis impr'essus ; scu- — 435 — tellum argenteo-tomentosum ; elytra ad basim tho- racis latitudinem maximam via superantia, ibique recte truncata, parallela, apice singulatim oblon- go-acuminata, base discretin punctata, pube ar- genteo vestita, macula paulo ante medium fascia- que obliqua post medium albo-sericeis; femora ' valde clavata, apice inermia; art. 1 tarsorum mediorum et postecorum 2º et 3.° simul sumptis longror. Long. 7.mm., lat. hum. 1. 3/4 mm. Hab. 1 exemplar de Passa Quatro, Sul de Mi- nas, colleccionado pelo Sr. J. I’. Zikän, a quem me é um prazer de dedicar esta nova especie. O typo está na minha collecção. Lustroso, escuro, quasi preto, sob dadas condi- ções de retlexos com um lustro ligeiramente oliva- ceo, a cabeça, as antennas os elytros nas espadoas bem como no apice, o metasterno e as pernas, os femora no meio mais ou menos enfuscados, da côr de ferrugem, coberto com um tomento argenteo e sericeo. A cabeça é ligeiramente coberta com o to- mento argenteo, o vertice é canaliculado entre as antennas e os tuberculos antenniferos são apenas salientes, a fronte mostra um sulco longitudinal pouco fundo. As antennas são apenas mais com- pridas que o corpo, o primeiro articulo antennar é li- geiramente claviforme, bastante comprido e arcado, o 3.º é ligeiramente mais curto que o 4.º sendo o 5.º con- sideravelmente mais comprido que cada um d’aquel- les, o 11.º articulo é apendiculado. O comprimento do prothorax é duas vezes de sua largura maxima, posteriormente o prothorax é mui fortemente cons- tringido e transversalmente sulcado, anteriormente elle é ligeira e gradualmente coarctado, mostrando bastante aquem da borda anterior um sulco trans- versal e que especialmente aos lados é pouco fundo ; assim o engrossamento da parte mediana, que em N.ibidionides Serv. devido a constricção excessiva anterior e posterior é tão pasmoso e singular, nesta especie é muito menos distinguivel. O thorax é li- geiramente argenteo tomentoso e lateralmente elle — 436 — mostra uma ponctuação pouco densa. O scutello, arredondado posteriormente, é finamente argenteo- tomentoso. Os elytros, na base apenas mais largos que a largura maxima do prothorax, são parallelos e o apice de cada oblongo oval:a base mostra uma “ponctuação bastante dispersa e o tomento argenteo e sericeo, que todos os elytros, obtecta na sutura um pouco alem do meio forma uma mancha irre- gular e um pouco a quem do meio uma faxa trans- versal ligeiramente obliqua. Ista mancha assim como a faxa porém são nitidas e bem distinguiveis só- mente, si a cabeça do insecto fôr virada para a luz, como aliás é preciso de proceder tambem com ou- tres longicorneos, ornados com uma pubescencia se- ricea ; a mancha ferruginea nas espadoas não é ni- tidamente circumscripta e provavelmente seu tama- nho deve variar consideravelmente como se da igualmente no N°. ibidionides. Os femora são muito fortemente claviformes e particularmente os entre- meados e posteriores mais ou menos enfuscados. O primeiro articulo tarsal das pernas entremeiadas e posteriormente é ligeiramente mais comprido que o 2.º e 3.º conjunctos. A côr desta nova especie é bem semelhante a de N. bidionides a mancha e a faxa sericeas dos elytros não se observa nesta. Além d isto a forma do prothorax permitte de distinguir facilmente esta especie, à qual tambem faltam os callos transver- saes e mais ou menos glabros que se observa nos elytros de N. sbidionides. Não é fora da probabilidade de se tratar da espe- cie, que Lacordaire menciona alem da especie de Serville (Genera 1869, p. 336) e da qual diz de ser igualmente de procedencia brasileira. COMPSOCERUS Serv. Ann. Soc. Ent. Fr. 1834, p. 62 C. CHEVROLATI, Gounelle. Na minha modesta contribuição do tomo X d'es- ta revista tomei em conta a probabilidade, que a côr d'esta especie talvez seja menos sujeita a va- riar que nas outras especies d'este genero, e que 9 nitido-purpureo seria a unica matiz. Esta supposição porem é erronea, pois 0 exem- plar no entretanto recebido de Joinville, Estado de Sta. Catharina, com elytros d'um verde metallico bem vivo demonstra novamente, que a côr dos ce- rambycideos, sendo metallica, está sujeita a variar consideravelmente. O auctor desta especie não podia informar dados certos sobre o habitat desta especie, mencionando somente « Brésil méridional ». Agora sabemos que 2 mesma foi encontrada no Estado de Sta. Ca- tharina. São Paulo, 18 de Abril de 1920. ESTAMPA I 1. Coleoxestia denticollis. 2. Coleoxestia similis, 3d e 49 Temnopis signaticornis. Pe. - 4 — 4 \ ¥ | \ - > 4d f wetter k ik ‘ o . % o . —. Ro ' | * « F = 4 L 4 é . ” - he, AE, ; . y é A E, + a é sig : ly FD see ae oe + TA bios ‘ to F À Le [A 12 Ù 1 Ê à £ > nas + à F 3 Fa e, ribet, ' \ . neath } o rt EN 5 3 es 1 | t L ; E é o me : aie 4 er! ) t «MARA Es pr ee 5 tu E “cê DR ET zy un! i DT e - I Poe + 2 a * É, (54 , ” 4 po N = E pi +: a 4 cf) j | ol . f 14 ‘ ‘ i + à ú ‘ à ' - Y À |] ' i t . 1 - ' | p \ - 7 \ - 4 i A e 4 ‘ 1 i Lad M | , tá i LA q (1 do À | . Le. | q _ 7 + a | à 1 é A i . 7 ? i à s E 6 ç y cs ud As 6 ae re E [= he: | - = y L: ’ | | ‘ < | ra À | VAE PAL. RP TN VEL ire na Fr À es 7 7 ESTAMPA II RUD. FISCHER, DEL. 5, Atenizus Taunayi. 6. Neocorus Zikani. F. SOMMER 0 conceito de metal nos nomes proprios, de povos e paizes $ O conceito de metal nos Nomes proprios, de povos é patzes Os interessantissimos trabalhos do Sr. Dr. Al- berto Childe sobre « Industrias metallurgicas na an- tiguidade », publicados no vol. X da Revista do Museu Paulista, däo-me azo offerecer algumas ob- servações por mim feitas por occasião de estudos sobre a origem e significação dos nomes. Os trabalhos do Sr. Childe poem em evidencia a magna importancia que tinham os metaes, a sua obtenção e preparo, para a vida dos nossos ante- passados, desde os tempos immemoriaes. Segundo aquelle autor, certos povos de eras antigas guarda- ram durante largo espaço de tempo o segredo da manipulação dos metaes e aproveitaram taes conhe- cimentos para auferir vantagens nas suas relações com os outros povos, quer commerciaes, quer de outra ordem. Não é, pois, de admirar que os voca- bulos creados para a designação de metaes e que em seguida serviram de bases para designar instru- mentos e utensilios de metal e mais os homens que com os metaes operavam, tivessem representado 1m- portante papel na formação dos nomes de paizes, de povos e de individuos isoladamente considerados, de modo que o conceito de metal ainda hoje se en- contra com frequencia na nomenclatura de todos os povos civilisados. Isso se da, não sómente quanto aos nomes geographicos, isto é, aos que designam paizes e logares assignalados pela exploração de me- taes, mas tambem quanto a nomes de familia. E certo que, entre estes, constituem uma notavel par- te os nomes de officios, mas aqui só nos occupa- remos com os referentes à metallurgia. Antes dos nomes familiares de officios deriva- dos da metallurgia e que eram adoptados em con- sequencia de exercicio de tal arte na mesma familia LE AA atravez de gerações, houve simples designações de officios, constituídas na maioria dos casos pela com- binação do conceito de pessôa com o de metal. E tão grande o numero de nomes que envol- vem a idéa de pessõa, e tão variadas são as suas formas, que nos absteremos de penetrar com minu- dencia nesse terreno, tentando apenas, por meio de alguns exemplos, mostrar a referencia pessoal em alguns dos termos relativos à metallurgia. latim fab-er portuguez ferr-ezr-o celto gob-han portuguez serr-al-herro slavo kow-al celto cer-dd allemão sch-mi-ed suec. for-ge japonez kaji-ya francez for-ge-ron Os conceitos de pessôa nesses nomes de officios são postos em notavel evidencia. Refira-se ainda que acontece ser eliminada a idéa de pessoa, de modo a se poder encontrar nomes proprios referentes 4 metallurgia nos quaes apenas se depara o de metal. Como palavra originariamente designativa de mineraes, abrangendo indistinctamente metaes e mi- nereos, consideremos a syllaba — ha. Qual a forma primitiva real deste vocabulo não se poderá jamais determinar com segurança. Sua forma variou naturalmente entre os diversos povos e nas varias epocas. Podem-se. entretanto, firmar sem grandes dif- ficuldades as seguintes formas principaes, que é ad- missivel tenham resultado da sua forma originaria pela natural evolução linguistica : ha fa, va, wa, ba, pa, spa, scha, sa, za, ma, na, ka, ga, ja, qua, la, ra ta, sta, da, De todas estas formas principaes resultaram formas accessorias pela inversão, pela adopção de consoantes finaes e pela transformação de vogaes ; evidentemente deu-se tambem em alguns casos a elimi- Se ke eae nação da consoante inicial. Na seguinte enume- ração tentou-se pôr em destaque o conceito de metal em um certo numero de denominações de mineraes, metaes, armas, instrumentos, utensilios e moedas. Ha scha, sa, za ) hasch, has, haz, scha,-sa, za, ) haf, hav, haw ka, ga, ja, qua ) hak, hag, haj, haqu ka, ga, ja, qua ) hab, hap, hasp ta, sta, da ) hat, hast, hatz, had ta, sta, da ) ham, han, hal, har ara ka-yn (forjar ) a. schau-f-el hung. ka-sza ( gavanha ) kaingang ki-f-é (facca) a. ki-es ( cascalho ) afr, e-ku-v.a ( machado sl. ko-sa ( gavanha ) le sa-w afr. go-as ( facca ) amer, toma-ha-w-k inglez co-al EE sä-b-el hespanhol cu-chill-o a hi-p-pe Pp. cu-tell-o a schi-p-pe cig. el-khu-sah ( facca ) a. sze-p-ter tupy i-ta ( pedra ) a, ku-p-fer chinez ta-el ( moeda ) 1. cu-p-rum skr. da-tu ( metal) de ’a-m-boss cig, si-p-ta ( ferro) a ha-m-mer chin. kä-sch atr. ha-m-bura turco ta-sch ( pedra) a. meer-schau-m a, . sa-ch-s Pp. chu-m-bo a, ?a-x-t turc. ka-m-a ( punhal ) 15 sa-x um ture, gu-m-iisch (prata) skr. ka-s-tira ( chumbo ) skr, ga-m-bunada (ouro ) a: ca-ss-is ae tal-ku-m turc. ca-s-an (caldeira ) a han-tel a ke-ss-el a. ha-n-d-schar a ha-ck-e E ’e-n-sis a. ha-k-en a ze-chi-n-o a, *e-g-ge a se-n-se a. sae-g-e a zi-n-n turc, ya-ta-g-an skt ka-n-ysa ( cobre ) Pp. a-da-g-a jap. ka-n-e (ouro, metal) a, de-g-en jap aka-ga-n-e ( cobre ) cig. be-tu-g ( prata) cig. me-ga-n ( ferro) a hii-t-te 1 ar-ge-n-tum a pflug-schei-t jap. ki-n (ouro) jap. te-t-su ( ferro ) chin. ki-n (ferro) gr. s-ta-t-er ( moeda ) grus, r-ki-n-a ( ferro ) ar. ha-di-d ( ferro) grus, ki-n-schal ( punhal ) jap. gi-n ( prata ) hesp. e p. qui-n-tal ( peso ) es qui-n-caill-erie p. es-ta-n-ho 1 es-ta-n-n-um afr. otyi-te-n-da ( ferro ) 1: ti-n a. stei-n Pp. di-n-heir-o turc. de-m-ir (ferro ) de-n-ar a he-l-m a. he-ll-e-barde 1: ori-cha-l-e-um a si-che-l ar ka-l-k gr. cha-l-k-os (mineral, co- bre ) cig. kha-l-ih ( ferro ) p. ca-l-deir-a a. ke-l-le hebr, se-ke-l a. si-l-ber a. ge-l-d D DU D D Ep — Le] o . - a-se-i-ku-l-us ( martello ) gu-l-den go-l-d do-l-ch ha-r-pune bi-gor-na ha-r-n-isch ha-r-ke ho-r-n ( ferro ) *e-r-z ar-m-a qua-r-z pflug-scha-r han-d-scha-r soi-ssa-r-s sche-r-e con-ce-r-t-ar shi-r ( ferro ) te-sou-r-a an-co-r-a ku-r-schun ( chumbo ) (ET fasch, faz, fas, va, fak, fag, faj, faqu wa, fat, fast, fatz, fad ba, faf, fav, faw pa, fab, fap, fasp spa, fam, fan, tal, tar a. s-pi-es Pp. pa d. am-bo-ss os va-s-um d. seh-wei-ss-eu jav. wei-s-i ( ferro ) mal be-s-i ( ferro ) Sp. pe-s-o p- fa-c-c-a P. foi-c-e egyp. baa-k-es (ferro ) turc. ba-k-y (cobre) p. ba-c-a-marte a. be-c-k-en jap. bu-k-i (arma) p. pa t-ac-a a s-pa-t-en do pers pe-t-schaft a fe-d-er-messer a. sau-fe-d-er P. cani-ve-t-e Pp. es-pa-d-a mal. pe--d--sch--rak ( prata ) a, wa-f-f-e Hs p-fa-n-n-e a. hirsch-fa-n-g-er a, p-fe-n-n-ig 1. pe-n-n-y a. p-fu-n-d skr va-n-ga ( chum- bo, estanho ) jap o-ba-n (moeda ) jap ko-ba-n (moeda ) hib, ba-n (cobre ) na masch, maz, mas mak, mag, maj maqu mat, mast, matz, mad maf, mav, maw mab, map, masp mam, man, mal, mar ti-mah (chumbo) mo-ed-a el- ma--as--far { ouro ) to-ma-hawk ni-et-e me-tall-um ma-ch-ad-o ma-ch-et-e (ma- chado ) ma-s ( ouro ) me-ss-er me-ss-ing me-ss-en-dom mei-ss-el me-g-an (ferro) wis-mu-th me--d--schi-die ( moeda ) me-d-e-nice (ba- cia ) na-d-el k-ni-f-e ca-ni-v-et-e na-b-e ( frigi- deira ) na-p-f as-ma-n (pedra) dia-ma-n-t me-n-d-entze ( ba- cia ) he-mi-na(moeda) mi-n-e mii-n-ze lasch, laz, las lak, lag, laj, laqu ra lat, last, latz, lad laf, lav, law lab, lap, lasp lam, lan, lal, lar d, b-lei skr. si-la(pedra, rocha} ar g-ro-sch-en (moeda) ar k-ru-sch (moeda) gu-ru-sch (moeda) hib. le-ch ( pedra ) 1. si-le-x hib, c-lo-ch (pedra) gr. d-ra-ch-me‘moeda ) P. ro-ch-a skr. r-s-ti (cutello) qe b-ra-ss a. ra-S-en-eisen-stein a. k-ri-s-tall gr. side-ro-s (ferro) hind, lo-k-ta a ro-ck a, pf-lu-g Bt sch-la-g-lot Pp. la-t ão russ, Z-la-teaia (ouro) Pp. la-t-a a. sti-le-t ne p-ra-t-a ls g-la-dius i; lea-d p a-ra-d-o Pp. a-ro-b-a — 415 — rum, ba-n-i ( moeda ) p- ma-l-ho a, ru-b-el ¢ moeda ) kain- gang be-n (machado) nord. ma-l-m(mineral) p. la-p-is kain- gang pan ( pedra | cig . nah-l ( ferro ) ae ra-p-p-en (moeda) 4 s-pa-n-ge Pp. ma-r-tell-o hind, ru-p-ie (moeda) aie eruen-s-pa-n a, ma-r-k ( moeda ) 1, cup-ru-m sl pe-n-iazi (moeda) Pe la-m-ina hung, pe-n-ez a, f-la-m-berg Pp. es-pi-n-garda a. p-le-m-pe a, har-pu-n-e Ja p-lu-m-bum bP. pu-n-hal z fe-l-s e av-ru-m z fe-l-d-spath a. g-ra-n-it 2. bei-l pers. k-ra-n (moeda) a schie-fe r Te i-ro-n o fe-r-rum a. b-ro-n-ze ZE sch-we-r-dt an k-ro-n-e (moeda) hesp. pe-r-ro (moeda) Nas palavras all. am-boss, erz e outras per- deu-se evidentemente o h ou k inicial o que não se pode dizer com certeza de palavras como 1. aes, as, p. aço, all. eisen, skr. as-man, cig. hadid-aish (ferro), god-aes (ferro) nas quaes a raiz «as» pode corresponder à raiz « sa», em inversão. Nas combinações retro é de notar a relação entre all. hacke, p. facca, entre os termos all. pfan- ne e becken, entre p. caldeira, t. casan e all. kes- sel, 2ntre all. spaten e p. pá, entre p. pataca e chin. käsch, e entre all. axt, beil e p. machado. Ao proprio leitor ter-se-ão deparado outros pontos de contacto de muitas expressões em linguas diversas. As expressões com idéa de metal adeante enu- meradas encontram-se em combinação com referen- cias pessoaes, locaes ou de paizes, nas expressões indicativas de profissões ou nos nomes historicos ou geographicos, que se seguem, os quaes em parte se contem no já mencionado trabalho do Sr. Dr. Childe : Ha scha,sa za hasch, has, haz scha, sa, za haf, hav, haw ka, ga, ja, qua hak, hag, haj haqu ka, ga, ja, qua hab, hap, hasp ta, sta, da hat, hast, hatz, had ta, sta, da ham, han, hal, har ã. ho-ch-of-en Hai-ph-est-os jap. ka-j-i-ya ( forjador ) ngr. gy-ph-ti-co ( forja ) [TE Ca-ss-i-ter-i-dæ ar. si-ju-f-t ( forjador ) ar. ha-dd-ad ( forjador ) al, ko-w-al ( forjador ) hung. ko-v-ath ( forjador ) He-b-ra-er He-b-ri-da — 446 — Suec-ia fasch, fas, faz, va, fak, fag, faj, faqu wa, fat, fast, fatz, fad ba, faf, fav, faw, pa, fab, fap, fasp, spa, fam, fan fal, far a kur-p-fu-sch-er je of-fi-c-ina Le phi-s-ic-us a. schwer-t-fe-g-er i fi-t-t-er ture, bi-tsch-ak-dschi (cu- teleiro ) a ba-d-er hind, pe-bu-n (metallurgista) Pp. fu-n-i-leir-o a. fah-n-en-sch-mied ba-n-a-us-os ( official ) a, Phé-n-iz-ier gr. s-pe-n-gler A Ba-n-g-ka ( fornecendo estanho ) le His-pa-n-ia Phi-l-ist-er a: fa-r-r-ier Fa-r-sch-weil-er a, schar-we-r-k-er celt, Ho-b-ab gc-b-han ( forjador ) Ka-b-ir-os Ju-p-it-er Ja-p-et SY-P-SY UE er Ae-gy-p-t-en Hi-ku p-ta Ko-p-ten Aeth-io-p-ier Cy-p-rus ( fornecedor de cobre ) ary gro-ko-p-os ( mestre da casa da moeda ) ha-ki-m ( medico ) ross-ka-m-m Bo-chu-m ka-n-a ( forjador ) Quai-n Cai-n-it-er Tel-chi-n-os Zi-geu-n-er Vul-ca-n-us Ce-l-ti Cha-l-y-b-os ka-l-a-dschi ( funileiro ki-l-idschi Bo-cho-l-t quack-sa-l-b-er scha-r-f-rich-t-er car-ras-co Co-r-y-ban-tes s-ra-ko-r-z ( cuteleiro ) jergata-ko-r-z (for - jador ) chi-r-urg-us Ho-r-in wos-go-r-itsch (ou - rives ) gü-r-t-ler ce-r-r-d ( serralheiro ) se-r-r-al-heir-o a-r-z-t masch, mas, maz, mak, mag, maj, maqu, mat, mast, matz, mad maf, mav, maw, mab, map, masp, mam, man, mal, mar turc. egyp. a, maa-den ( mina ) ma-s-niu sch-lo-ss-er Et-ru-s-c-i A-ra-c-o-yaba b-la-ck-s-mith Lau-ch-hamm-er Ma-la-c-ca ma-t-jo ( canteiro ) Se-mi-t-en stein-me-tz ( canteiro me-d-ic-us Aescu-la-p-ius k-le-m-p-n-er Ma-l-m-itz a. han-d-we-r-k-er Pp. fe-r-r-eir-o fre fo-r-ge ron susc. fo-r-ge ( forjador ) F Após estas confrontações poder-se-ão interpre- tar como designações de povos metallurgistas os nomes dos quainitas, philisteus, hebreus, semitas, pheniceos, egypcios, coptas, e ethiopes, e mais O dos ciganos. Tambem o nome dos rasenios ou etrus- “os e ainda o dos celtas denotam serem esses povos metallurgistas. E geralmente sabido que os ciganos exercitaram até os tempos modernos e ainda exer- citam a arte de caldeireiros ambulantes. Tambem os etruscos se celebrisaram na antiguidade pela sua industria metallurgica. Na enumeração notam-se mais, como fornecedores de metaes, as Cassiteridas e as Hebridas, na antiguidade Ebu-dae, assim como a Hespanha, a ilha Bangka e mais outros logares metaliferos. Infere-se tambem que os deuses Japet, Jupiter, Haiphestos e Vulcanus tiverani originariamente at- tribuições analogas. Os nomes legados pelos antigos, dos kabiros, chalybos, corybantos e telchinos, po- dem-se interpretar como sendo de gremios e cor- porações de officios mechanicos. Deve ainda suscitar o nosso interesse que o officio dos antigos metal- lurgistas, certamente de alta consideração naquellas longinquas epocas, parece identificar-se com « arte daquelles que exerceram a medicina entre os pri- mitivos povos. As denominações do ferreiro e do medico da aldeia contem as mesmas raizes. E vasto o campo dos nomes topographicos e outros nomes geographicos que denotam a existen- cia de mineraes ou de metaes ou talvez o estabele- cimento de um ferreiro que serviu de nucleo para o logar que na cercancia do mesmo ia crescendo ; tocou-se apenas de leve nesse ponto pela apresenta- ção de alguns nomes. Só é dado pôr em relevo, tambem, alguns dos numerosos nomes de familia nos quaes persiste o mesmo conceito de metal e delle derivadas as de- signações de officios metallurgicos : scha, sa, za hasch, has, haz ka, ga, ja, qua hak, hag, kaj, haqu ta, sta, da hat, hast, had Ha scha, sa, za ka, ga, ja, qua ta, sta, da haf, hav, haw hab, hap, hasp ham, han, hal, hat Hadd-ad Hack-en-sch-midt Wahn-scha-f-fe Scha-f-r-gotsch Schie-f-f-er-decker Ho-f-f-mann Oel-ha-f-en I10-f-meist-er Pett-en-ko-f-er O’ Kee-f-e Wein-kau-f Ar-co-f-o-rad-o Ays-cou-gh O’-shau-gh-ness-y Cou-gh Ha-v-e-lock Ha-v-en-stein Ho-w-ard Go-w-er Hu-b-sch-mied Man-ga-b-cir-a Ha-b-el Gu-b-al-ke Es-co-b-ed-o Es-co-b-ar Man-ko-p-f Breit-ko-p-f Was-ko-p-f Co-p-a-rell-i Scho-p-en-hau-er Schô-p-p-en-thau S-ko-p-w-er Ca-p-et Ca-b-eça de Vacca Co-p-ley Ku-p-f-er Ha-m-m-er Put-ka-m-er Go-m-es Well-en-ka-m-p Scho-m-p-re Mar-ko-m-b Beau-cha-m-p Ers-ki-n-e Kü-n-erz Ka-n-n-en-giess-er Go-l-d-sch-midt Ho-l-t-ei Ca-l-deir-a Ka-l-t-sch-midt Ko-r-ta Ho-r-ta Cha-r-v-o-lin Sche-r-bau-er Sche-r-kam-p La-ce-r-da Sch-war-ze-r-d Schär-t-lin Kel-tzsch eee fasch, fas, faz va, fak, fag, faj, faqu wa, fat, fast, fatz, fad ba, faf, fav, faw, pa, fab, fap, fasp, spa, fam, fan fal far masch, mas, maz mak, mag, maj, maqu na, mat, mast, matz, mad la, maf, mav, maw ra mab, map; masp mam, man, mal, mar E — ‘Reh-weis-gtith 'P-fe-f-f-er-korn ‘Mittel-vie-f-haus 'Fa-f-e Fa-v-er-o ‘Po-p-ham P-fa-n-n-en-sch-midt Fah-n-en-stock Schimmelp-fe-n-n-ig 'Fo-r-j.az Fa-1-r-en-kopf iFa-r-a day Put-fa-r-k-en Fa-r-qu-har Fu-r-qu-im Fe-r-gu-son 'Fo-r-b-es Ru-sch-e-weyh Arm-st-ru-th-er Esch-st-ru-th Me-ss-torf Me-ss-er-sch-midt Ma-ss-ing-er Thal-me-ss-ing-er Quei-ro-z Lutten-sca-lä-g-er Sied sch-la-g Le-g-er-lotz La-g-er-lüf Me-t-el-er-kam-p Ma-tz-dorf Me-d-al-ha Me-d-eir-os Me-d-e-findt Al-mei-d-a Seria quasi dispensavel referir que nem todos os citados nomes geographicos e historicos e menos ainda os nomes de familia se podem considerar com absoluta certeza como pertencendo à classe dos que encerram um conceito de metal. Este conceito, no seu desenvolvimento. e devi- do à sua antiguidade e extraordinaria diffusão, mes- ‘clou-se com outros, de maneira que os nomes que contem conceito metallurgico permittem em parte outra accepção. Em boa parte, porém, a solução daquelles nomes de familia como sendo antigos no- mes de ferreiros é provada pelos brazões usados por certas familias. Estes brazões contêm symbolos e atributos referentes ao officio metallurgico exer- cido pelas respectivas familias, entre elles cantos, machados, martellos, espadas, chaves, flechas, an- coras, argolas, foices, ferraduras, corações, trifolios, rosas e ramas. Para a significição de ferreiros serviram igual- mente as figuras de carneiros e bodes, pelicanos e pombas como tambem peixes e mais outras marcas, que todas em seu tempo e no seu lugar foram uti- lisadas para significar com as-suas figuras o artista metallurgico nas eras antigas. Ássim é possivel determinar com certa segu- rança muitos nomes provenientes dacuelia impor- tante industria, por sua composição, de modo a desvanecer, em relação a consideravel parte delles, — 450 — as sombras que os envolveram por longos tempos, talvez mais de dois mil annos, furtando-se à expli- cação. S. Paulo. F. Sommer RELATORIO referente ao anno de 1919, apre- sentado, a 28 de Fevereiro de 1920, ao Excellentissimo Se- nhor Secretario do Interior, Doutor Oscar Rodrigues Alves, pelo Director, em Commissão, do Museu Paulista, AFFONSO d'ES- CRAGNOLLE TAUNAY. \ ' a \ 4 . ~ “4 ? pa - 0 a i E CEA 1 [4 À ‘ ft Gry ‘ f K à ny? 4 £ Tr 1 “ [= j f ~ mo “ j d Loi fl 4 : L / À Y x de ] mn Sih. FE : E: | ‘ | he f E 4 | Nu EU TES ENE i sl e 1 mA if \ E 1 i i Eu | Ji DA 138 ‘ 5 Deer: es f | ‘ ‘ ca war 7 ç ’ Flu ' i Li À ' a Ia | P ya + , if A Me À v4 | { j 5 Oy is 5 | ft TOU: TAN JW dre LM a ju ht y: LATE wh pos ' t as 7 À ne Ge. ' y b any elt, f "A ni q E inde) «po AA hati l fe f \ EURE "En", ir EMO, SNR. DR, OSCAR RODRIGUES ALVES, DIGNISSIMO SECRETARIO DOS NEGOCIOS DO INTERIOR, A V. Excia. tenho a honra de apresentar o relatorio das occurrencias principaes do Museu Paulista, referentes ao anno de 1919 em que o Instituto teve os seus serviços func- cionando com toda a regularidade. Directoria Mantive-me sempre à testa do Museu no decorrer do anno, salvo quanto ao periodo de ferias regulamentares go- zadas de 26 de novembro a 13 de dezembro. Pessoal Não houve alteração algnma no quadro dos funccio- narios do Museu nem se registrou pedido algum de licença durante o anno, sendo a assiduidade dos funccionarios optima. Demittindo-se os jardineiros Paradella e Antonio Pedro no- meei para os seus lugares os Surs. Seraphim Brisola e Cae- tano Casa Grande que têm dado boas contas de si Cum a devida venia de V. Excia. tomei para auxiliar o Sur. Luederwaldt pelo periodo de dous mezes o Sur. José Gusmack com o fim de alliviar os pesados encargos daquelle naturalista o tornar mais rapido o arrolamento do grande material ultimamente entrado no Museu devido ás excursões scientificas. Attendendo a um pedido desta Directoria encaminhado e reforçado por V. Excia. permittiu o Exmo. Snr. Dr. Can- dido Motta, Digno Secretario da Agricultura, que viesse tra- balhar em commissäo no Museu, o Sur. Dr. Adolpho Hem- pel, entomologo do Instituto Agronomico de Campinas. Foi uma acquisiçäo valioza para o nosso quadro esta do dis~ tincto entomologo cujos trabalhos sobre coccidas, sua es- pecialidade tem mundial divulgação. Encetando o seu servi- ço em junho tem o Sur. Prof. Hempel não só trabalhado no — 494 — seu ramo especial como respondido a numerosas consultas zoologicas ¢ collaborado largamente na Revista. Com verda- deiro prazer constatamos a sua presença nos nossos labora- torios e os seus serviços relevantes ao Museu no d correr dos sete mezes já aqui passados. secretaria e Archivo O encarregado destes serviços, da Secretaria e Arcki- vo, Snr. Henrique Pinto Cardoso, desempenhou-se cabalinen- te de seus encargos, achando-se #mbos em perfeita ord: m. 'isitantes do Museu reo Teve o Museu uma frequencia de 69.773 visitentes cu sejam mais 1.526 do que em 1918. Nada fiz a Ligt para melhorar o serviço da linha do Ypiranga nem augmentou o numero de bondes, duplicou a via «u a irrigou sequer aos domingos. Sempre a mesma poeira, a mesma demóra, a mes- ma marcha vagarosa dos bondes! Apezar de tudo cresce a frequencia ao Museu, cresce a uttenção do publico pelo nosso estabeleciment”, como que acompanhando o desenvolvimento do Instituto. Posso repetir as palavras do relatorio que em 1918 apresentei a V. Excia. Bibliotheca Continuaram os serviços de catalogação, moros mente, pelo facto de ser escasso o tempo e muito subdivididas as oceupações do trsductor-bibliothecario Sur. Andréa Do e ain- da a exigir o systema decimal uma grande quantidade de indicações. A grande sala da entrada A 3 está por assim diz'r prompta, inteiramente catalogada. Para adeantar o serviço determinei que o amanueuse Snr. Cardoso empregasse sem- pre as suas horas de fulga na Bibliotheca a auxiliar + bi- bliothecario. Este tambem estã bastante carregado de servi- ço assim, com a permissão de V. Excia. contractei com a D. Maria de Faria Cardoso que escrevesse as fichas indisj en- saveis à catalogação, sfim de se ganhar tempo, serviço que pode ser feito fora do Museu. Os nossos armarios já estão com a sua capacidade esgotada. Ha absoluta falta de mobilia na nossa bibliotheca. Quando em 1917 mandou V. Excia, que o Almoxarifado da Secretaria do Iuterior firneresse grau- des armarios à nossa Bibliotheca, determinei que se lhes desse notavel fundo afim de que podessem ser desdobrados. Mandei agora avaliar o serviço a fazer-se para .este deside- ratum Pediram-me um conto e quinhentos mil réis (1:500$000). Pretendo effectuar no futuro exercicio semelhante despesa que virá trazer consideravel folga permittindo a localisação de alguns milhares de livros h je empilhados. Com a cessação da guerra avolumou-se muito a re- messa de livros a nossa Bibliotheca. Durante o anno as compras feitas pela Bibliotheca foram por assim dizer insignificantes, de algumas centenas de mil réis. Occorrendo a liquidação da importante Bibliotheca Eduardo Prado tive o ensejo de adquirir por excellentes preços innumeras obras algumas verdadeiramente preciosas cuja ausencia nas nossas e-tantes e vitrinas era sensivel. Tudo porém subiu a poucas centenas de mil réis como se verá do relatorio do digno Bibliothecario do Museu. Adquiri tambem alguns livros de grande utilidade e constante procura como Genera Insectorum de Wytsman, o Nouv au Larousse Illustré, The Century Dictionary. Antigas salas de exposicao Ultimou-se a reparação dos moveis das salas antigas da exposição, que agora pintados de branco, com as frestas tomadas, cuidados e limpos dão outro aspecto ás colleções. São comtudo os nossos armarios feios, pesados, desgracivsos. Em todo o caso tem agora muito melhor apparencia, sobre- tudo se si attender que, havia vinte annos, sº deterioravam sem a minima pintura interior e exterior. Attenderdo a um pedido meu fez V. Excia. com que o Almoxæifado da Se- cretaria do Interior nos fornecesse tres vitrinas, tres arma- rios para centro de sala uma grande vitrina armario. Foi esta para a sala de entomologia permittindo um enorme reforço das collecções expostas; aquelles para a sala dos peixes e as vitrinas opporiunamente figurarão na nova sala a inau- gurar-se, À 12. A entrada deste mobiliario veio dar outro aspecto às salas B 7 e B 6 despidas c m» ss achavam até então. Ha enorme falta de mobilia para as salas de zoclo- gia. Material possuímos em abundancia, podendo permittir grande reforço das exprsições publicas. Espero, obter, do in- teresse de V. Excia. pelo Museu o mesmo auxilio que nos prestou nos annos anteriores, fazendo com que o Almoxari- fado da Secretaria do Interior nos f rneça o mobiliario. Comportam as salas de passaros, ophidies, peixes, am- phibios, inscetos, mammiferos, ete. encrme augmento das col- lecções se o Museu obtiver armarios e vitrinas em numero suficiente. Assim outra seria a impressão dos visitantes a quem hoje cala desagradavelmente o aspecto nú de taes salas. Precisamos muitc agora de armarios para as salas das aves e dos mammiferos, onde ha consideravel espaço, apro- veitavel ainda. Os Snrs. Garbe, Luederwaldt, Lima e Lima Junior continuaram a cuidar da conservação das colle:ções. O taxi. dermista avolumou o numero de exemplares de aves e ma. miferos expostos, notavelmente, substituindo muitas peças ve_ — 456 — lhas ou estragadas. O Snr. Garbe tambem augmentou muito as collecçèes expostas de peixes, fazendo o Sur. Luederwaldt o mesmo com os insectos, crustaceos, arachnideos, Novas salas de exposição Nao foi possivel inaugurar a sala A 12 como eu pre- tendia, isto por falta de elementos, dada a escassez das vers bas. Continuei porém a reforçar as exposições de cartogra— vhia e autographos e a que recorda o passado da cidade de S. Paulo. Esta ultima colleção tem sido augmentada com novos elementos valiosos e embora esteja ainda longe do que- deverá ser, já causa boa impressão. A seu respeito assim se exprimiu o Sar. Pinheiro Ju- nior no « O Estado de São Paulo». « Vale a pena ir lá, supportar a caminhada aborreci- da, na poeira horrivel do Cambuey para vêr as muitas cousas. interessantes que lá se reuniram naquelle bello palacio. Por hoje só me occuparei, porém, da sala que o actual director Dr. Affonso Taunay consagrou ao passado da cidade de S. Paulo motivo principal da minha « viagem » ao Museu. Tudo alli é interessante e digno de ver-se. Embora iniciada ha pouco tempo, e tendente, portanto, a se accrescer de outros objectos, a collecçäo tem já documentos valiosos. como sejam os « Livros dos termos de Vereança da Camara de Sao Paulo», desde 1575 até 1723, abrangendo assim o. mais remoto periodo da historia paulistana. Além dessa série preciosa, que já tem servido ao laborioso director do Museu para interesantes trabalhos sobre a vida da villa de São Paulo naquelles remotos tempos, pódem-se vêr ahi outros do— cumentos, taes como a planta da nossa cidade ( uma das. quaes data de 1808) e uma nitida reprolucção da carta de. Anchieta ao Provincial da sua Ordem em Portugal, con- tando-lhe a fundação de São Paulo, e datada daquelle mesmo. anno de 1554. Mas o melhor da sala não é nada disso. O que mais interessa e attrde o visitante, são os quadros e: gravuras. Vém-se nas paredes, ao lado de telas e desenhos de Wasth Rodrigues, B. Calisto, A. Dutra, Norfini e outros — numerosas gravuras de Hercules Florence, cor aspectos e scenas da cidade e da provincia entre os annos de 1826 e 1840. Dos trabalhos de Wasth Rodrigues, que são os mais. numerasos, pódem-se destacar: o « Pateo da Sé » em 1840; a rua do Rosario, hoje 15 de Novembro, á noite, em 1862 ;. o Largo do Thesouro em 1858; o Mosteiro de São Bento. em 1830; o Pateo do Collegio em 1840; e a rua de São. Bento em 1866, que os leitores vêm reproduzida aqui ao lado, e que corresponde a esquina da rua José Bonifacio. naquelle tempo chamada ainda de rua do Ouvidor. Por esta. rapida resenha já se vê quanto é interessante a sala consa~ — 457 — grada ao passado de São Paulo no Museu do Estado, e quanto é digua de louvores essa iniciativa do Dr. Taunay ». A collecçäo de cartographia tambem se accresceu de excellentes elementos como sobretudo do curiosissimo Mappa Corographico da Provincia de São Paulo, pelo Marechal Daniel Pedro Muller, hoje summamente raro. Espero poder em 1920 abrir à visita publica a nova sala A-12 com uma nova exposição cuja ausencia se faz sobremodo sentir no Museu: a de iconographia paulista. Visitantes eminentes Durante o anno diversas visitas eminentes contou o Museu. A 5 de julho, ao se inaugurarem as obras para a grande Avenida teve o estabelecimento a honra de ser de- tidamente percorrido pelo Exmo. Sr. Presidente do Estado, acompanhado de V. Excia. e dos Srs Secretario da Fazenda, Dr. Cardoso de Almeida, e da Agricuitura, Dr. Candido Motta. Em sua companhia veio o Exmo. Sr. dr. Washington Luis Pereira de Souza então Prefeito de Sao Paulo. Lon- gamente permaneceram os il'ustres visitautes no Museu tro- cando idéas e aventando suggestões sobre os projectos de embellezamento e conclusões de obras de decoração do edi- ficio, para as festas centenarias. Tivemos ainda a honra e o prazer da visita do Exmo. Sr. Dr. C. F. Mello Leitão, dignis imo director da Escola Superior de Agricultura de Nitheroy e nosso presado colleby- rador, do eminente bacteriologista Prof. Dr. Miyajima do In- tituto Kitasato de Molestias Contagiosas de T kio; os dis- tinctos hygienistas da Fundação ook fallen Drs. Richard M. Pearce, J. Arold Austin a quem acompanhava o Dr. Pal- lister Recebemos ainda os dipiomatas Srs. Wilfrid A. Smi- ther, secretario da legação ingleza, Welden Rosenthal, dele- gado especial ‘do ministerio do commercic dos Estados Unidos ; Lor Colum Crichton Stuart e Dr. J. Martin Stuart, dis- tinctos viajantes inglezes, Frei Antonio M. Sala caridoso missionario da Ordem dos Dominicanos, nosso prezado colla- borador e real auctoridade em materia de glottologia do Brasil Central. Desembargadores Santos Estanisláu da Rocha, do Pará, A. Brito, da Relação do Maranhão, Miss L. E, Elliot distincta ethucloga ingleza, Drs. Max Fleiuss o de- dicadissimo Secretario Perpetuo do Ins'ituto Historico Brasi- leiro e Augusto Barata, Engenheiro Civil, e o academico Henrique Fleiuss. Em novembro estiveram em longa visita ao Museu os membros da commissão enviada á America do Sul, pela Uni- versidade de Cornell, o douto entomologo Prof. J. Chester Bradley e seu auxiliar o Sr. J. Gordon. — 498 — Lucto do Museu Com verdadeira dôr vimos, todos cs que trabalham no Museu, o desapparecimento prematuro e cruel do nosso que- rido e já eminente companheiro de estudos, Dr. João Flo- rencio (Gomes, desapparecido a 29 de maio de 1919. No tomo XI da Revista prestei-lhe as homenagens de gratidão que Jhe devia o Museu. Collecções em série; duplicatas; reservas Durante o anno procedeu-se sempre a substituição de alcool velho das coll-eções em série por aleovl novo. Pouco ha que fazer agora neste sentido para se ultimar tal sub- stitu:ção tão importante. Iufelizmente estamos ja faltos de vidraria e precisamos pensar ein adquiril-a, o que pelos preços actuaes custará elevada somma. A conservação das pelles, courcs de aves é mammiferos esteve a cargo dus Srs. Lima e Lima Junior e do continuo José Barroso. Disso ja a V. Excia frisei no meu relatorio de 1919. Infelizmente muitos numeros de taes collecgdes se deterioram pelo facto de os atacarem as sub-tancias graxas naturaes. Os nossos processos de desengorduramento são falhos; precisariamos adquirir uma machina especial para o caso. Pensei realizal-o no decorrer de 1918, depois no de 1919, desisti ae o fazer porém, 4 vista do orçamento que me apresentaram. Com a maior gene osidade attendeu sempre o Serviço Sanitario aos meus pedido: de productos chimicos, por determinação do Sr. Dr. Arthur Neiva, sempre solicito pelas cousas da sciencia. Assim nos suppriu #lém do al- cool, com ether, bensina, naphtaliua, formoi, acides, ammo- niaco, sulfureto de carbcno, etc. Aqui mais uma vez lhe consigno os agradecimentos desta Directoria e cs mais reco- »h:cidos. O Sr. Dr. Neiva foi nestes tres aunos um amigo dedicado do nosso Instituto. Os Ses. Garbe e Luederwaldt com grande zelo manti- veram em perfeito estado o material em alcool e entomologico. A Revista do Museu Distribuiu-se em fevereiro o tomo X da Revista do Museu Paulista, que nos motivou, de todos os cantos, do mundo, muitos calorosos parabens de scientistas e directores de grandes iustitutos d+ numerosos paizes. O tomo XI esta impresso tendo-se attingido 949 paginas. Devera ser dis- t ibuido em principios de 1920. O numero XII ja tem 500 pagin:s promptas e pretendo fazelo sahir com cerca de cito- centas peginas, em julho proximo, afim de pôr em dia a nossa publicação tantos annos interrompida. No tomo XI apparecem- diversos trabalhos valiosos entre us quaes destacaremos a exc-llente memoria do Sr. Prof. Alipio de Miranda Ribeiro, os Veados do Brasil se- gundo as cullecções Rondon e de varios museus nacionaes e extrangerros, em que, com sua grande auctoridade analysa os pontos coutrovertidos que sobre as questões referentes aos nosso: cervideos existem. E” tambem, um trabalho do Museu Paulista pois do nosso avultado material, manipulado durante uma estada de muitas semanas entre nós, em 1918, serviuse para as suas deduções e conelu:ùes E” o Sr. Julio Melzer — por assim dizer — naturalista honorario do nosso Museu onde, ha longos anuos, estuda, com afi-co e amor o ramo de entomologia em que adquiriu fundos conhecimentos: a coleopterologia. O seu bello estudo vom qne tivemos o prazer de ab ir o volume XI: Os longi- cornios brasileiros da familia Prioninae é igualmente um trabalh» do Museu Paulista. Realisado em grande parte nos nossos Isboratorios e na nossa b bliotheca representa o atu- rado esf.rço do nosso brilhante collaborador de cuja compa- uhia desde muito nos ufanamos e comprazemos. Os Manguezaes de Santos repre entam interessantissimo estudo physico-zoo-botanico de uma região de :spectos do curiosisssmos e tão mal conhecidos como essa dos mangues nos-0 littoral. Levado a cabo com extrema consciencia pelo cistiucto e infantigavel naturalista do Museu, o Sr. H. Lue- deswaldt, é de leitura a mais amena e agradavel e revela uma série de conhecimentos realmente precics s. Verteu-a com extrema fitelidade para um portuguez saboroso, dotado de verdadeiro realce vernaculo e httersric o D-. Edmur de Souza (Queiroz, rerfeito conhecedor da correspondencia dos dois idiomas. Além destas tres volumosas memorias que tomam mais de 400 paginas do tomo, citemos ainda: as duas contribuições do D: J hn T. Nichols, o eminente ichtyolego do American Museum of Natural History, em que nos revela a existencia de um genero e tres especies novas de cascudos brasileiros, descobertos no material do nosso Musen, os tres valiosos ar- tiges de Sr. Luederwaidt sobre es crustaceos do Estado de São Paulo, a « Influencia da geada sobre a flora indigena e estrangeira dos arredores de São Paulo especislmente uo Ypirarga » e sbre a biologia de um lepidoptero. Duas novas especies de coccidas revelou-nos o Snr. Dr. Adolpho Hempel, cuja palavra é tão autorisada no as- sumpto, como sab+m todos. O nosso tão presado quanto erudito collaberador Dr. Mello Leitão, com a competencia que todos the conhecem no assumpto, escreveu uma serie de excellen- tes notas sobre uma collecção do Museu anteriormente mani- pulada pelo eminente arachnologo E Simon A serie de novos trabalhos scientificos liga se o artigo do nosso douto e prezado collaborador Dr. F. C. Hoehne, que descreve uma Alastroemeria nova dos arredores de S. Paulo com a segurança e minucia que lhe são peculiares. — 460 — A’ grande jornada de Neiva e Penna que tantas reve- lações scientificas veio trazer consagrou o siguatario destas, consideracd 5 alguas paginas, desjaudo resumir, para que se lhe dê maior divulgsção, pelo orgão da Revista, o monumen- tal Relotorio dos dous illustres scientistas e patriotas. Completaram esta parte do tomo as homenag-ns pres- tadas as memorias do nosso joven, inesquecivel e eminente colaborador de tantos annos o Dr. João Florencio Gomes, do sabio mineralogista patricio o Dr. Costa Sena, do incança- vel e douto botanico Alberto Loefgren (cuja vida fiel e ex- pressivament» descreveu Julio Conceição ), do notavel paleo- ichtyologo Dr. Charles R. Eastman que durante mezes tra- balhou comnosco. A’ bibliographia relativa aos annos de 1915 a 1919 precisämos dar larga extensão, resolvendo além de tudo fa- zer, dos livros mencionados nos seus diversos artigos um resu- mo orientador dos nossos leitores. (remos com isto prestar real serviço aos que, no n‘sso paiz se occupam de ssiencias naturaes sobretudo pelo facto de lhes apontarmos a existen- cia de obras de que talvez não tivessem conhecimento, não fossem as nossas indicações. N'um paiz como o nosso, immenso, ha a maior disper- sividade. Innumeras são as obras, por vezes valiosas, publi- cadas nas suas diversas reg'0es e que nem siquer frequente- mente chegam aos maiores estabelecimentos para onde na- turalmente deviam ter a primazia do encaminhamento e da natural concentração como a Bibliotheca e o Museu Nacio- nal por exempio. Bem sabemos quanto a nossa bibliographia é lacunosa, mas acreditamos que em todo o caso representa uma contri- ouigao de pequeno valor para a organisação de trabalho iden- tico, effeetuado algum dia em larga escala por especialista que a elle se consagre de corpo e alma.. Já a seara é immen- sa e precisa desde logo ser trabalhada. Para a confecção do nosso modesto ensaio tivemos a valiosa collaboração dos Snr. Drs. Adolpho Hempel, F. C. Hoenhe, H. Luederwaldt e Julio Melzer a quem penhorados agradecemos o excellente auxilio que nos prestaram. À bibliographia segue-se a relação summaria dos do- cumentos pertencentes à doação tão valiosa feita ao Museu pela Exma. Snra. D. Lydia de Souza Rezende. A falta de tempo — nbservamo-lo na introducçäo a tal catalogo, — não pos permittiu fazer o exame dos papeis, de que agora só da- mos o arrrolamento. Completa emfim o volume o relatorio a que tivemos a honra de apresentar a V. Excia. e relativo ao anno de 1918, relatorio que traz em appenso o summario das reclamações feitas a Directoria do Museu pelo antigo Director do Insti- tuto o Dr. Ihering e da solução que tiveram. — 461 — Desejavamos muito poder illustrar a nossa Revista profu- sa e brilhantemente, mas não foi possivel ainda desta vez fa- zelo pela extraordinaria carestia das contribuições das artes graphicas. Penhorados agradecemos aos dignos Snrs. Director e Gerente do « Diario Official», Snr. Horacio de Carvalho e Dr. Bento Lueas Cardoso o serviçalismo com que nos ajuda- ram. Ao Snr. Ruben Leal, zeloso chefe das officinas os nos- sos agradecimentos pelo cuidadoso carinho com que caminhou o trabalho da impressão do presente volume. Assim tambem a seus auxiliares Snrs. P. Gonzalez, José de Castro e An- tonio Correia Netto. E seja-nos ainda permittido cousignar os nossos agradeci- mentos ao digno chefe do serviço de encadernação do “Diario” Snr. Julio Mcreira e ao pessoal a quem dirige, pela preste- za e amabilidade com que fizeram a encadernação do volu- moso tomo X, grosso livro de mais de mil paginas, num lapso de tempo realmente curto, antes do prazo anteriormente fi- xado como indispensavel para a confecção do volume. Neste trabalho desvelou-se o Snr. Moreira em servir ao Museu. Atra- zada e muito, como estava a destribuição da Revista foi-nos a antecipação muito proveitosa pois geaças a ella pudemos dar mais rapidamente aos nossos correspondentes de todo o Universo uma nova de real e forte vitalidade do Museu. A parte material do tomo XJ ( voltamos a tocar neste assumpto ) está euida la com carinho e melhor do que a do tomo X graças as illustragdes mais numerosas, onde se des- taca uma estampa a cores na memoria do Prf. Miranda Ribeiro. Para o tomo XII temos excellente material reunido e promessa de contrihuições valiosas e extensas que pretende- mos logo atacar de modo a dar annualmente um volume da nossa Revista de pelo menos 600 paginas. Trabalhos Scientificos Realisados no Museu Muito animados estiveram os tarbalhos szientificos rea- lizados no Museu durante o anno de 1919. O Snr. Lueder- waldt proseguiu nos seus estudos especiaes sobre formigas, filicineas e crutaceos e organisou a grande « magnifica eol- leeção de biologia de insectos uteis e nocivos, casos de mi- metismo ete, que opulenta hoje a nossa exposição entomolo- gica. Herborisou e colleccionou nes arredores de S. Paulo. O Sur. Julio Melser proseguiu os seus estudos coleoptero- logicos havendo determinado numerosas especies nas nossas colleeções. O Snr. João Leonardo de Lima estudou mammiferos e passaros, determinando especies e sub especies novas de aves que serão descriptas no tomo XII da Revista O D-. Frederico Hoebne estudou o nosso material de melastomace: s fazeudo numerosss determinações. O Dr. Adolpho Hempel es- tudando avultado material de coccidas teve o en ejo de des- cobrir numerosas especies novas que tambem serão descriptas no tomo XII. Até a sua ultima semana incansavelmente es- tudou o Dr. João Florencio Gomes com a d-dicacão e pro- ficiencia que o caracterisavam o nosso material de opbidics. Su- bstituiu-o, igua'mente assicuo e competente o Sur. Dr. Afra- nio do Amaral, assistente do nstituto de Butantan a quem já devia o Museu excelleutes serviços. Em dezembro veio realisar o nosso eminente zcologo patricio Prof Alipio de Miranda Ribeiro o seu antigo plauo de rever a nossa rica colleeção de batrachios; onde já des- cobriu diversas especies novas. Pretende o Prof. Miranda Ri- beiro demorar-se em S. Paulo pelo menos um trimestre, tem- po que reputa indispensavel para a revisão co grupo. Além deste naturalista frequentaram com afinco nos nos os Jaboratorios diversos estudiosos com intenção de se aper- feiçoarem num ou noutro grupo zoologico e botanico como o Dr. Rodolpho Hermann (antas) o R. Pe. D. Francisco de Assis Empting O. S. B. e Irmão Wolfang Kretz, estudiosos da nossa fora eo R. P. Zacharias van der Hoeven (do Gym- nasio de S. Antonio, S. João del Rey, Minas) colecptero- ] go sempre assiduos semanalmente aos seus estudos. Além dos meus estudos especiaes de histor a colonial de S. Paulo, trabalhei com afinco no sentido de realisar um grande resumo bibliograph co brasileiro sobre seiencias natu- raes, no Brazil, de 1913 a 1919 estudos que eendensei em cento e muitos artigos de resumo publicados no tomo XI da Revista. Permuta de Material; Material Determinado Recebemos de diversos scientistas material determina- do, assim do Dr. Curt Schrottky, de Puerto Bertoni, Para- guay ( hymenopteros ); D-. Johu T. Nichols ( American Mus- eum of Natural History) peixes e erutaceos. R. Pe. Lon- gino Navas, de Saragoça, Hespanha, ( Neuropteros ). Dra. Mary Rathbun, da Smithsonian Institution ( Crustsceos e in- vertebrados diversos ). Dr. Lauro Travassos ( helminthos ), Dr. Henrique de Beaurepaire Aragão (Ixodidos }; Dr. Miranda Ribeiro (batrachios }; Dr. Mello Leitão ( arachnideos ); Dr. João Florencio Gomes (ophidios ). As permutas foram insignificantes, apenas com o Sur. José Decker (insectos); Museu Nacional le Buenos Aires. aves: Snr. Julho Melzer, coleopteros; Pe. Miguel W tt , grandes avicularideos. == Ay — O sr. prof. Juan Brethes, de Buenos Aires, devolveu q material de pompilideos, que tinha em mãos, determinado. Ac- tualmente tem o Museu ainda na Európa, com diversos sci- entistas allemäes, material que a guerra fez permanecer lon- gos annos tóra do nosso In tituto e quiçá hoje perdido. Re- clamei por vezes com insistencia, mas inutilmente, e o excel- lente e avultado material de termitos e termitophilos que ha cerca de dez annos está em mãos do prof. Silvestri de Portici ( Napoles ). Consultas Foram innumeras, no decorrer do anno de 1919, scbre- tudo as entomologicas, ornithologicas, historicas, e numis- maticas. Sobre numismatica respondemos às do Dr. Carvalho e Silva, do Ministerio de Agricultura, Gomide Ribeiro dos Santos, João Vaz da Cesta e Emilio Gallo, Francisco Du- rante e Jorge Masabielli, de S. Paulo; Antonio Carlos Cor- rea, Leopoldo F. de Faria Cortes, do Kio de Janeiro etc. Sobre historia de S. Pauio e do Brasil: Surs. Ignacio Tan- tico, de Itapecerica, João Izidro Ferreira, Coimbra dos San- tos, Carlos Gomes de Proença e Antenor Figueira de Mou- ra, de S. Paulo, etc. Sobre entomologia recebem:s maiores copsultes: por intermedio das « Chacaras e Quintaes », sobretudo, umas quarenta talvez. Fornecimento de material Durante o anno pouco material fornecemos ás escolas do Estado; as ncss:s reservas estavam exgotadas com o que haviamos dado a varias escolas normaes, e grupos escolares etc. mas brevemente poderemos attender a um pedido. Alargamento do Museu A este re-peito annexo a este relatorio o projecto que a V. Excia tive a honra de apresentar. O edificio do Museu Está bem conservado e cs reparos foram por assim di- zer nullos, as construcções annexas ao Museu tambem estão bem conservadas a não ser a casa dos jardineiros que pre- cisa de reparos serios no telhado. O parque e os terrenos em frente Executando-se os trabalhos da grande avenida que sé ha de traçar do edificio do Museu à Cidade, deixei de tratar do parque em face do nosso Instituto que está sendo des- truido. O terreno am frente a elle desde muito figura nas plantas como pertencendo ao Estado. Em 1911 o Governo por intermedio do empreteiro José Ferreira Vargas felo cer- car com excellente cerca de monrões pintados em cinco fios de arame. Notando que varios destes mourões estavam cahi- dos e outros haviam sido subtrahidos ordenou o dr. Ihering, dizem-no tudos os empregados do Museu, que se destruisse completamente o resto da cerea ! Esta medida foi absolutamente nefasta pois della se originou uma perdencia que tem altamente prejudicado os interesses do Estado e provocado enorme demora no anda- mento dos trabalhos da Avenida. Dizendo-se dono do terreno o Cel. Constantino Xavier mandou embargar o serviço de desaterro. . Do mesmo Sur. sobre um fungo Erysiphe cichoracearum que infesta as folhas das aboboreiras em S. Sebastião, littoral do Estado. O Snr. Simon Kotzend, de Jundiahy sobre meios de proteger o pomar contra as pragas. —s PD VE O SO I UP VIII Permutas NOTA: — Da Universidade de Cornell, trouxe-nos o Dr. Bradley em permuta avultado material bem conservado e classificado. 58 especies de peixes. qa » de Lacertilios. 11 > de sapos. 10 > de cobras. 4 > de tartarugas. 8 » de lagartos. INSECTOS : 140 especies — 336 exemplares de Hymenopteros. 112 » — 274 « de Hemipteros. 354 > — 601 « le Lepidopteros. 208 > — 835 « de Coleopteros. 28 » — 58 « de Orthopteros. 100 a — 165 « de Dipteros. 942 2 269 IX Reclamações do ex-director Dr. lhering Não renovou Dr. ihering as suas reclamações relativas ao preten-o sonegamento ce livros seus por esta Directora e a indemuisação que advoga devida a prejuizos recebidos com a retenção de objectos que lhe pertencem. Ao mesmo tempo cessaram quasi por completo as re- messas de impressos com o duplo endereço « Dr. Herman von Ihering — Museu Paulista » endereço este pelo ex- director propos'talmente introduzido para facilitar a entrada em sua bibliotheca particular de milhares de volumes desti- nados à livraria do Museu, dando se lhe esta ambiguidade afim de se lhe emprestar mais tarde um titulo documental de posse. Actualmente apenas ha em poder desta Directoria dous impressos por terem vindo com o eudereço ambiguo. Escrevi aos remettentes perguntando-lhes para quem são. Se forem do Dr. Ihering ser-lhes-ào religiosamente remettidos. De todas estas irregularidades graves subsistira em nossa bibliotheca, por longo tempo, qu çá iasanavelmente, o maior inconveniente e motivo de desorganisação: o truncamento das collecções de periodicos, a retirada de varios milhares de livros muitos dos quaes valiosos, muito valiosos cuja perda vivamente deploram os que trabalham no Museu e os que reco rem à sua livraria. E a esta causa de pezar se unem ainda os metivos de justo protesto pois estes seis mil Jivros — em tal numero os computa o nosso Bibliothecario, fune- cionario que ha longos annos trabalha no Museu — foram doados ao patrimonio do Estado de S. Paulo, em retribui- ção da permuta com a Revista do Museu Paulista, publica- ção dispendit sa. Do Mo LES Pude > ir CA ane, à re Ap dl 24 ce PU EP e AR 5 $n PMS E É 4 CRT 4 ¥ A a À a o se a ] Ve a a K à a, a — DO — “TOMO XII ir e lh EO ARE raise SÃO PAULO _ TYP. DO “DIARIO OFFICIAL" 920 # A BL WHOI Library - Serials INT o WHSE O | “seis Pen at Se aa dt moinho MG mee: de es à Les docas pa 2e niet. ea ' tn mana +6 ana e dese ae pe OR pros. PEITOS EME Ne MELON IS tal Se ceeree ed aaa paver ge Seek pee pe > vende 28 eee Spe een oe ca enn mi Pe o sro guita prende rt Led ser den opera à