ANNO II
FEVEREIRO DE 1936
N.° 2
BIOLOGICO
ORGÃO DE APPROXI MAÇÃO DOS TECHNICOS DO INSTITUTO
BIOLOGICO DE S. PAULO COM OS CRIADORES E LAVRADORES
Publicação mensal
Redactores: J. R. MEYER e A.A. BITANCOURT
Secretario: J. G. CARNEIRO Thesourelro: A. REIS
Summario
V. Carneiro : A luta contra a tuberculose bovina.
J. P. Fonseca: A broca da bananeira.
R. v. Ihering: As possibilidades da piscicultura em Minas Geraes.
NOTAS E INFORMAÇÕES: As doenças dos Citrus no herbário A.
Puttemans — Podridão do figo — Caramujos do cafeeiro —
Combate ás formigas caseiras — O curuquerê.
CONSULTAS DO INSTITUTO BIOLOGICO.
NOTICIAS DO INSTITUTO BIOLOGICO.
Preço avulso 1S000 rs. Assignatura annuaí 10S000
REDACÇÃO
CAIXA POSTAL 2821
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INSTITUTO BIOLOGICO DE S. PAULO
Director Superintendente: H. DA ROCHA LIMA
Administração
Sub-Director: arthtjr reis
Thesoureiro : b. soares
DIVISÃO VEGETAL
Sub-Director: a. a. bitancourt
Assistentes
Phytopathologia: A. A. Bitancourt, R. Drummond Gonçalves, J. G. Carneiro, S.
C. Arruda.
Entomologia: A. Hempel, E. J. Hambleton, J. P. da Fonseca, M. Autuori, R. L.
Araújo.
Physiologia Vegetal: K. Silberschmidt, M. Kramer.
Chimica: G. Giemsa, J. Arié, D. A. Souza, F. A. Machado.
Botanica: F. C. Hoehne, W. Hoehne.
Vigilância Sanitaria Vegetal: C. Godoy, J. F. Amaral, H. S. Lepage (Santos).
A. O. Martins, J. C. Moraes Sampaio, M. Piza (Capital); R. L. Figueiredo, F. P.
Mello (Santos); D. Moraes Sampaio (Itararé).
DEFESA SANITARIA VEGETAL
(Broca do Café )
Inspector geral: C. de Moraes
Inspectores: J. Oliveira, J. B. A. Telles, J. Cintra, A. P. Lima, X. P. Morais (Campinas)
S. Beltramelli (Amparo) J. T. Coelho (Araraquara) J. N. Cezar (Araras) D. B. Ju-
nior (Barra Bonita) J. M. de Mello (Baurú) J. A. Marques (Braganç-a) E. V. Leite
(Casa Branca) A. F. Camargo (Espirito Santo do Pinhal) J. L. Oliveira (Itú) J.
R. Frjltas (Jahú) E. Schtvebel (Laranjal) W. C. Rozo (Mattão) J. Breglio (Mogy-
mlrim) J. N. Santos (Monte Alto) C. Pauperio (Pirassununga) J. G. Gludici (Rio
Claro) D. Ferreira (São Carlos) P. L. Vieira (S. José dos Campos) S. Moraes (São
Pedro) M. Albuquerque (São Simão) L. S. Rocha (Taquaritinga) F. N. Camargo
(Taubatê).
DIVISÃO ANIMAL
Sub-Director: J. R. meter
Assistentes
Anatomia Pathologica: J. R. Meyer, J. Saborldo.
Microblologla: C. Rodrigqies.
Doenças das Aves: J. Reis, P. Nobrega.
Sorotberapia: O. Bier, N. Planet.
Physiologia: P. E. Galvão, D. Cardoso, C. Florence.
Epizootias: A. M. Penha, V. Carneiro.
Zoologia: R. v. Ihering (em missão), Z. Vaz, C. Pereira.
DEFESA SANITARIA ANIMAL
Veterinario-Chefe: Luiz Picollo
Veterinários: G. T. Carvalho, M. J. Mello, M. Rios, (Osasco); J. M. Fonseca (Capital);
J. M. Xavier (Campinas); E. Ricclardi Jr. (Barretos); C. Xavier (Ribeirão Preto);
M. J. Gomes (Cruzeiro); D. O. Brandão (Taubatê): F. D. Dordal (P. Prudente);
A. Ribeiro (Faxina); J. O. Barreto (Campinas); J. B. F. Camargo (Barretos):
J. B. Aquino (S. Paulo); A. Spagnolo (Araraquara); W. H. Cardim (Itapeti-
ninga); P. Campos (Conchas); Mario d'Apice (Botucatú); Osorio de Freitas
(Baurú); Rolando Cury (Casa Branca) e Washington Belleza (Guaratínguetã).
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INSECTICIDAS E FUNGICIDAS
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Uspuiun-Secco: Para tratamentos a secco das sementes de
milho, trigo, arroz, cevada, centeio, aveia e de todas as
hortaliças.
Uspulun-Soluvel: Para o tratamento de batatinha para se-
mente, pontas de canna, mudas de abacaxi, e sementei-
ras em geral, pelo processo húmido.
PÓ Bordalez Bayer: Substituto da calda Bordaleza: para o
combate a Plasmopara da uva, Phytophthora da bata-
tinha e do tomate, “verrugose”, “melanose” e “leprose”
dos citrus, e doenças das arvores frutíferas em geral.
Solbar: Substituto da calda sulfo-calcica : especifico contra a
“ferrugem” dos citrus, “anthrachnose” e “acarinose”
das uvas. E’ o fungicida e insecticida ideal para ci-
tricultura.
Oleo 101: Oleo solúvel em agua para combater aos “cocci-
deos” em citricultura e íructicultura, e “aphideos” nas
laranjeiras, arvores íructiferas em geral e horticultura.
Calcid: Para fumigação em citricultura; o processo mais mo-
derno e aperfeiçoado, para combater, principalmete, ao
Chrysomphalus. Serviço de fumigação por empreitadas.
Arseniato de chumbo: em pó. “Bayer” 30/32 %, o insupe-
rável insecticida para a lavoura algodoeira.
Pulverizadores de todos os typos: a motor para citricultura
e cultura do algodão; em carrinho para citricultura e
cultura do algodão, batatinha, videiras e horticultura.
Remedios veterinários e instrumentos para uso veterinário.
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Anno ii
Fevereiro — 1936
N. 2
O BIOLOGICO
A luía contra a íuberculose
bovina
Em nosso artigo anterior, passámos em revista os pontos de
maior interesse pratico relativos á doença. Tivemos o objetivo de mos-
trar quais são as suas fôrmas comuns e de que modo elas se apresen-
tam. Estudámos os casos em que o contagio é mais facil, explicando
os meios pelos quais a moléstia penetra e se propaga nas criações.
Resta-nos agora, examinar os meios de luta contra a doença.
Impressionados os técnicos com a alarmante disseminação da
tuberculose do gado, nos centros de creação mais valorisada, — desde
muitos anos, meios eficazes de luta têm sido largamente aplicados.
Em dous sentidos diferentes a luta tem sido tentada.
Nos laboratorios, os especialistas têm investigado a preparação
de vacinas. Na pratica, os veterinários têm experimentado os meios
mais eficientes de eliminar a tuberculose, ou pelo menos, diminuir a
sua propagação crescente.
Vamos tratar separadamente, essas duas questões.
racina contra a tuberculose — Não existe tratamento curativo
para a tuberculose dos animais. As vacinas mortas e os produtos acon-
selhados como possuindo ação curativa, não podem ser aceitos como
tais. Só existe uma vacina preventiva — o B C G.
Considerando que a infeção se realisa no estábulo, durante o
primeiro ano de contacto de uma vaca doente com o bezerro são, —
tem sido aplicada a vacinação preventiva dos bezerros. A vacina é
preparada por meio de germens modificados, por processos especiais;
é conhecida sob o nome de B CG — bacilo Calmette-Guérin, denomi-
nação que se refere aos nomes dos sábios que a descobriram.
A vacinação deve ser feita logo nos primeiros dias de vida do
Revista mensal
V. Carneiro
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* (IIILI0TKC1 %
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O BIOL O G I C O
bezerro. E' necessário que ele fique isolado dos animais infectados, du-
rante um mez.
Até agora, mais de 60 mil vacinações já foram realisadas contra
a tuberculose do gado e cerca de um milhão de creanças foram prote-
gidas em diversos paizes. No Brasil. 20 mil creanças já foram vaci-
nadas.
Não acreditamos no entanto, que para o gado, a premunição pela
vacina possa prestar grandes serviços no Brasil. Como mostraram
trabalhos feitos por comissões especiais, o B C G é indicado nas erea-
ções muito valorisadas e muito infectadas, em que o numero de ani-
mais atacados atinge 25 a 30 % pelo menos. E’ o que se verifica em
numerosos paises da Europa. A vacinação exige além disso, para ser
eficaz, uma medida de realisação di ficai na maioria das criações —
o isolamento de todos os bezerros vacinados durante o primeiro mez
de vida. Essa dificuldade limita a generalisação do processo em ve-
terinária.
PROCESSOS DE ERRADICAÇÃO
Os estábulos húmidos c sujos, sem ar e sem luz, a reunião de
numerosos animais dentro de um mesmo local, durante longos mezes,
ou durante todo o ano, nos climas frios da Europa, o desconhecimen-
to de muitas noções praticas de higiene, a ignorância ou o descaso dos
creadores, — um conjunto de causas portanto, vem no curso dos anos,
transformando as regiões pastoris mais importantes e mais ricas, em
fócos de tuberculose bovina.
Tipu de um estábulo condenado. Todas as vacas atjui guardadas eram tu
beruulosas. Reprodução de uma fotografia de Wíght.
Desenho de J. P. Campos
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0 B I O I. O G I C O
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A esta regra não escaparam, infelizmente, os centros pastoris em
que se formaram as raças de gado mais aperfeiçoadas na produção de
leite, ou mesmo de carne.
A lição desses fatos nos deve servir de exemplo, por duas razões
principaes :
1 ) porque continuamos a importar, para melhoramento do nos-
so gado, animais puros, procedentes daquelas regiões.
2 ) porque depois de muito disseminada a doença, a luta, con-
tra ela oferece dificuldades consideráveis e torna-se muito mais cara.
Ahi está um problema serio para a nossa pecuaria. O Brasil está
em fase de desenvolvimento de sua industria pastoril; numerosos in-
teressados querem ter a iniciativa de realisar creações novas, ou de
melhorar e ampliar antigos empreendimentos. Dahi a necessidade de
refletir e de realisar contra o mal uma defesa preventiva. Dahi igual-
ente, decorre a necessidade de um completo conhecimento das condi-
ções em que o contagio se processa e dos meios seguros de defesa e
de luta contra a afecção.
Os processos de erradicação executados ha longs anos na Eu-
ropa, têm dado resultados satisfatórios, mas incompletos quando não
rigorosamente seguidos. Eles parecem de aplicação difícil, principal-
mente no nosso meio. São dons os principais processos; o de Bang e
o de Ostertag. Daremos apenas uma idea do modo de proceder, se-
guido em cada um deles.
O processo dc Bang, executado primeiramente na Dinamarca, se
baseia nos seguintes pontos essenciais :
1) separação e sacrifício dos bovinos de tuberculose clinicamen-
le verificada.
2) tuberculinisação do gado restante, de modo a separal-o em
dous grupos, infectados e sãos. Separação pessoal de serviço.
3 ) tuberculinisação dos animais sãos e dos novamente com-
prados, uma vez por ano, pelo menos.
4) creação feita separadamente, dos bezerros de vacas que te-
nham reagido á tuberculina; a separação é feita desde o 2." dia de
vida do bezerro, que precisa ser creado com leite de vacas sãs, ou
leite esterilisado.
Processo de Ostertag — As medidas postas em execução na Ale-
manha se baseiam nas instruções ideadas por Siedamgrotzky, amplia-
das por Ostertag. Em resumo, o método consiste: no sacrifício dos
animais com tuberculose aberta; na desinfecção dos estábulos e na es-
terilisação do leite a 85°C. ; no exame bacteriológico do leite; no exa-
me prévio dos novos animais adquiridos; na alimentação dos bezerros
desde o 2." dia com leite levado a 85 ,J C. e no seu isolamento; na tuber-
culinisação periódica desses bezerros isolados, e no pagamento de sub-
venções, por meio das camaras agrícolas.
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0 B I O L O C. I C O
O método tem sido igualmente, largamente aplicado, sobretudo
em diversas regiões da Alemanha. Ele se separa do sistema de Bang
num ponto principal ; considera e elimina apenas os animaes portado-
res de lesões contagiantes, verificadas por exames clínicos e exames
bacteriológicos de produtos eliminados, como as secreções pulmona-
res e o leite.
Em realidade, o inconveniente do processo reside na necessidade
de exames repetidos. E’ dificil prever quando um animal tido como
portador de lesões fechadas, se transforma em comagiante. E’ um
processo eficaz, sem duvida, mas aplicavel em paizes nos quais os ser-
viços veterinários estão largamente disseminados, com grande densi-
dade de população, facilidades de comunicação, distancias reduzidas
e onde os exames podem ser repetidos varias vezes no ano.
Para sua aplicação no Brasil, em regimen de criação extensiva,
esses processos oferecem reaes dificuldades. Para o nosso caso, afn-
bos têm os seus inconvenientes: o de Bang exige separação dos doen-
tes e sãos, o que praticamente é de realisação pouco comoda; o de Os-
tertag elimina só os casos de tuberculose aberta e basta portanto,
que os exames repetidos sejam interrompidos, ou que os casos con-
tagiantes passem ignorados, para comprometer os resultados.
A solução ideal em matéria de tuberculose, para o nosso caso, tem
que consistir em realisar o que os paizes menos infectados vêm fazen-
do e o que não se póde empreender nos velhos centros pastoris da
Europa, porque ai a doença está muito disseminada. Essa solução
se. baseará nos seguintes pontos:
1 J Submeter todos os animais de uma creação, de uma zona,
de um município, á prova de tuberculina. A injeção de tuberculina,
a apreciação dos seus resultados e a separação dos animais devem
ser confiadas a um técnico.
2) Encaminhar para o matadouro todos os animais que rea-
gem á prova da tuberculina, ou os que se mostram clinicamente
doentes.
3) Criar os animais verificados sãos ao abrigo do contagio,
pelas desinfeções, pelas provas de tuberculina periódicas, ao menos
uma vez por ano.
4) Proceder completa desinfeção dos estábulos e currais em
que viviam animais doentes. Póde-se usar o desinfetante cuja formu-
la indicamos, ou uma solução de cresol, ou de acido fenico, ou sim-
plesmente uma lavagem com agua quente, ou a caiação completa do
estábulo. A escolha do desinfetante ê menos importante do que o cui-
dado que se deve exigir na execução; ela deve atingir todo local con-
taminado, sói o, paredes, coxo, mangedouras.
Uma grande parte dos resultados obtidos na Dinamarca, na Sué-
cia, corre por conta da remodelação de construções rurais e instalação
de estábulos bem aparelhados, de acordo com as regras de higiene.
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0 BIOLOGICO
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5 ) Finalmente, para evitar urna reinfeção possível, tuberculini-
sar e controlar pelo. exame clinico todo animal adquirido antes de per-
mitir a sua introdução definitiva no estábulo. Sem esse cuidado, o
creador correria o risco de vêr reinfecções se processarem, atravéz de
tais elementos.
Como se vê, por essa analise rapida, a luta contra a tuberculose
é um problema sanitário que esbarra em dificuldades na sua reali-
sação pratica. Além disso, é preciso insistir num ponto fundamental :
ela tem que variar na sua execução, quando si considera o local em
que ela deve agir: na Europa as dificuldades são bem maiores, por-
que a infeção é mais intensa.
No Brasil felizmente, o problema oferece um aspecto menos se-
rio e mais animador : emquanto nos núcleos de gado de leite a doença
começa a se propagar, atingindo em media, 15-20% e as vezes mais,
dos animais, no nosso gado de campo ela é muito mais rara e não
alcança 1 %, como mostram as estatísticas dos matadouros.
O problema tem que ser atacado portanto, eliminando aos poucos
os animais doentes e diminuindo as fontes de contagio. Uma grande
parte desse trabalho deve caber á iniciativa dos serviços oficiais,
creando indenisações pára o sacrifício dos animais infectados: esse
ponto foge do nosso objetivo. Dele nos ocupámos em outra publicação.
Mas, ura grande resultado póde ser alcançado pelo criador par-
ticular, zeloso dos seus interesses sanitários e economicos e conscien-
te da valorisação que trará para o seu rebanho, a eliminação da afec-
ção. Ele póde agir isolado e por isso mesmo, deve ser esclarecido so-
bre esses pontos, para se defender e para auxiliar e compreender a
iniciativa oficial, quando ela existe.
Nos estábulos bem instalados, nas criações modelares de gado de
leite, nos rebanhos constituídos de raças nobres, nas granjas modelo
o problema da tuberculose bovina tem que ser encarado de inicio para
se evitarem os seus prejuízos certos, permanentes e crescentes.
Nas granjas destinadas á produção de leite infantil, o problema
deve ser mais serio ainda e nestas, a eliminação rigorosa de todo gado
tuberculoso é fundamental, como um ponto de interesse sanitario, so-
bre o qual não se devem admitir nem a tolerância, nem as meias me-
didas.
Foi-se o tempo em que a criação de animais era realisada de modo
empírico, trabalhada por séculos de rotina, com alicerces no passado,
cheio de erros técnicos.
Nos dias que correm, o problema da criação está intimamente en-
trelaçado com o problema da saúde do gado; o aspeto puramente zoo-
técnico tem que obedecer á feição sanitaria que o problema encerra.
A luta contra a tuberculose nos Estados Unjdos. — O exemplo
nesse sentido nos vem dos Estados Unidos e do Canadá. Em ambos
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O BIOLOGICO
esses paizes o governo vem sustentando o trabalho de luta contra a
doença e o numero de casos de tuberculose de bovinos e suinos vem des-
crescendo de modo considerável.
A realisação de uma empresa nos moldes do sistema americano é
da esfera dos serviços oficiais, pelo que não nos parece oportuno ana-
lisal-o longamente aqui, num escripto de divulgação.
Entre nós, serviços guiados por esse exemplo vêm sendo planeja-
dos pela Industria Animal do Estado e a Prefeitura do Rio de Janeiro
já realisou o sacrificio de numerosas rezes doentes.
0 sistema americano se baseia essencialmente nos seguintes pontos :
1 — tuberculinisação sistemática de todo o gado do Paiz, reali-
sada por areas, por zonas, por municipios e afinal por estados.
2 — sacrificio imediato de todo o gado tuberculoso, revelado pela
tuberculina, ou pelo exame clinico.
3 — indemnisação paga pelo governo, por cabeça de gado aba-
tido, correspondente a uma parte apenas, do seu valor.
4 — desinfeção rigorosa dos locais contaminados, nos quais o
trabalho é realisado.
A’ medida que o serviço de tuberculinisação e de sacrificio dos
animais é empreendido, que as indemnisações são pagas e que a liber-
tação dos estábulos é alcançada, as areas livres são classificadas como
zonas certificadas. Anualmente novas provas de tuberculina são reali-
sadas e uma zona só é considerada como livre, quando a extensão da
infecção, sempre controlada pela tuberculina. não ultrapassa um indice
de 0,5 p. 100.
Além disso, para que um rebanho seja considerado como total-
mente indene, é preciso que, em duas provas sucessivas de tuberculina,
nenhum caso positivo seja verificado.
O trabalho de erradicação alcança ao mesmo tempo, a tubercu-
lose dos suinos e das aves. Nos Estados Unidos, como em outros paizes,
a tuberculose aviaria serve com frequência de fonte de infecção ás
creações de porcos. Entre nós, a tuberculose aviaria é rara, mas a tu-
berculose porcina é frequente.
Os serviços americanos têm procurado ultimamente, valorisar e
tornar conhecidos, por uma propaganda inteligente, os rebanhos certi-
ficados, que são colocados numa lista de honra e recebem um do-
cumento estadoal e federal, de seu otimo estado sanitario. Livre tran-
sito é garantido a esses animais, em território dos Estados Unidos.
Ai está um exemplo a imitar.
Alguns dados estatisticos, para terminar, darão uma idéa do vulto
da empresa e dos resultados dessa obra sanitaria, unica no mundo.
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O li I O L O ('. I C O
aa
O serviço americano foi planejado em 1917, quando uma primei-
ra prova geral de tuberculina. em alta escala, foi empreendida. Daí
por diante, ele tem sido intensificado progressivamente. A sua dire-
ção está confiada á Divisão de Tuberculose 1 — do Bureau de Indus-
tria Animal dos Estados Unidos.
Ha atualmente, 1815 zonas certinficadas em 13 estados diversos,
considerados com idenes do mal. Nessas zonas livres, contam-se ....
3.700.000 creações de gado com um total de 32.800.000 cabeças con-
troladas pelos serviços oficiaçs, o que representa quasi que toda a po-
pulação bovina do Brasil!
Durante o ano de trabalho que findou em 30 de junho de 1934, o
seguinte resultado foi obtido:
Numero total de rebanhos examinados
” animais ”
” ” ” ” tuberculosos
Percentagem de animais tuberculosos
1.256.039
14.887.746
232.150
1,6 %
O numero de casos de tuberculose bovina e porcina vem baixando
rapidamente, conforme atestam as estatisticas dos grandes matadou-
vos-frigorificos, sob fiscalisação.
O exemplo vale pelo tempo de sua aplicação, em um paiz de orien-
tação decisiva e pratica, e pelos resultados alcançados.
A orientação moderna, em matéria de creação, não visa como se
poderia ainda supor, cuidar apenas da beleza e do rendimento dos ani-
mais, nem conservar produtos de alta linhagem, mas doentes.
A tuberculose desvalorisa os rebanhos e se propaga de modo rá-
pido. Lutar contra ela, é um dever que se impõe.
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56
O BIOLOGICO
A broca da bananeira
J. P. da Fonseca
A “broca da bananeira’’ — a larva ou “coró” do “moleque”, pe-
queno besouro scienti ficamente denominado Cosmopohtcs sórdidas
— constitue, entre nós a mais seria praga das bananeiras.
O “moleque” é um insecto vastamente distribuído por todas as re-
giões da terra, onde haja culturas de bananeiras.
O Brasil ha vários decennios soffreu a invasão dessa terrível
praga, que já se encontra disseminada em quasi todo o território do
paiz.
A Secção de Entomologia do Instituto Biologico, por meio de ma-
terial recebido para exame e inspecções realizadas por seus technicos,
já registrou a existência da terrível praga em mais de vinte munici-
pios paulistas, sendo nossa convicção existir o “moleque” em todo o
Estado de São Paulo, quando não em maiores núcleos de bananaes,
atacados, em fócos iniciaes onde se conserva em caracter benigno, para
irromper em surtos mais sérios em occasião que lhe sejam favoráveis
as condições mesologicas.
As primeiras manifestações do ataque da praga se caracterisam
externamente pelo aspecto das bananeiras, cujas folhas amarellecem
e pelos cachos que se tornam mirrados. Cortando-se o bulho de uma
bananeira atacada, notam-se nelle vários furos e galerias irregular-
res, geralmente de paredes escuras, percebendo-se no seu interior uns
corózinhos brancos, meio curvados, de cabeça avermelhada, que são
as larvas do “moleque”. Com a progressão da praga, a bananeira
entra em franco definamento, as folhas dobram-se sobre o tronco e,
finalmente, toda a planta secca e morre.
O “moleque”, como a maioria dos insectos, passa pelas phases
— ovo, larva, nympha e adulto.
Os ovos do “moleque” são brancos, cór de leite, de forma eliptica
e medem 2 millimetros de comprimento por 1 millimetro de largura.
São postos em pequenos oriíicios que as íemeas abrem com as
mandíbulas no ponto de inserção da bainha das folhas, junto á coróa
do bulbo da bananeira.
Xão raro, nos casos de ataques mais severos, têm-se também
encontrado ovos do “moleque” em caules de bananeiras cortadas, dei-
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xados no solo, no interior de bulbos já deteriorados etc. A incuba-
ção dos ovos dá-se entre 5 e <S dias. As larvas são as “brocas”, que
apenas dada a eclosão, se põem em movimento, procurando penetrar
no interior da planta, alimentando-se de seus tecidos; vão crescendo
Fig. 1
“BROCA DO BULBO DA BAXANEIRA"
O “Moleque” (Cosmopollles xorillilim)
j Bulbo cortado, com galerias e larvas do “moleque”; 2 • — aspecto de uma bana-
neira muito atacada pelo 'nsecto; 3, 4 e 5 — insecto adulto, nympha e larva do mesmo.
continuadamente e roendo, cavando galerias irregulares e em todas
as direções, atravez do pseudobulbo da bananeira. No periodo final
do seu desenvolvimento medem 12 millimetros de comprimento por
5 de largura; são desprovidas de patas, enrugadas, curvadas no dor-
58
0 BIOLOGICO
£ 3 , ligeiramente adelgaçadas para a extremidade anterior e de còr
branca, com a cabeça e as partes buccaes acastanhadas.
Findo o periodo larval, que varia de 12 a 22 dias, dirigem-se para
a extremidade das galerias que vão ter proximo á superfície externa
do bulbo e. ahi, preparam uma especie de camara ovalada, onde se
immobilisam transformando-se em nymphas.
A nympha. estádio intermediário entre a larva e o insecto adul-
‘o. é de côr inteiramente branca, mede 12 millimetros de comprimen-
to por 6 millimetros de largura e tem um par de appendices chitinosos
sobre a extremidade posterior do nono segmento abdominal. Decorri-
das 7 a 10 dias, da nympha sahe o insecto adulto apto a iniciar novas
desovas em outras bananeiras ou mesmo no proprio bulbo em que
evoluio. Os machos são menores do que as femeas.
O insecto adulto mede cerca de 11 millimetros de comprimento
por 4 millimetros de largura ; e de côr preta uniforme: tem quasi todo
i prothorax. a cabeça, o rostro, as pernas e partes intefiores. finamen-
te pontuados; os elytros são estriados longitudinalmente, notando-sc
em cada estria uma serie de pontuações; tem movimentos lentos, há-
bitos nocturnos, permanecendo abrigado da luz durante o dia, es-
condido nas touceiras, proximo ao solo, entre as bainhas das folhas,
nos rebentos, etc.
O cyclo evolutivo do Cosnwpolitcs sordidus, varia segundo as
condições, de 24 a 40 dias, assim distribuídos:
De ovo a larva, 5 a 8 dias; de larva a nympha. 12 a 22 dias: de
nympha a insecto adulto, 7 a 10 dias.
O “moleque” causa damnos directa e indirectamente á bananeira
que ataca. Destróe os tecidos internos do bulbo, isto é, o núcleo vital
da planta. O calor e a humidade, actuando sobre as partes atacadas
favorecem a acção de micro organismos que, ou são vehiculados pelo
proprio insecto, ou ganham entrada pelos caminhos abertos pela “bro-
ca". O “mal de Panamá” ( Fusarium cubcnsc ) é uma terrivel molés-
tia que pôde ser facilmente vehiculada pelo Cosmopolitas sordidus.
Meios dc combate: — Encontrando-se o “moleque” em todas as
phases de seu desenvolvimento, abrigado no interior do bulbo da ba-
naneira, em galerias que, geralmente, se acham em parte obstruídas
por accumulação de matérias feccaes. de consistência lamacenta, torna-
se impraticável tentar o emprego de quaesquer substancias chimicas.
quer liquidas ou gazosas, para o seu combate na planta viva.
Não ha variedades resistentes ou mesmo menos susceptíveis aos
ataques desta praga. O clima e a natureza da terra provavelmente
também pouco ou nada influem na sua multiplicação.
Sómente, pela pratica de medidas prophylacticas preventivas, con-
seguir-se-á, de maneira economica e racional, combater esta praga
com certa efficacia.
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Essas medidas devem constar do seguinte:
1. " — Arrancar as bananeiras atacadas com toda as raizes; cor-
tar em pequenos pedaços o bulbo com as raizes e a parte
basal do tronco, porquanto a parte aérea da planta não
está sujeita aos ataques da broca. O material cortado
deve ser enterrado de modo a ficar coberto sob uma
camada de 2 a 3 palmos de terra soccada. As cóvas
provenientes do arrancamento das bananeiras prague-
jadas, devem ficar abertas por algum tempo, enchen-
do-as depois com terra soccada. Nos bananaes pouco in-
festados convem enterrar, longe da plantação, os bulbos
arrancados e, preferivelmente, cm lugar húmido.
2 . " — Nos bananaes infestados, depois da colheita dos cachos,
cortam-se os pés rente ao chão e applica-se, sobre a super-
fície cortada dos tócos que não foram arrancados, uma
camada de um mingau de farinha de trigo e verde paris
(6 partes de farinha de trigo e 1 parte de verde paris) .
3. " — O lavrador previdente deevrá inspeccionar amiudadamen-
te o seu bananal, recolhendo e destruindo os besouros que
ficam escondidos por entre os rebentos, nas bainhas de
folhas e em outras partes da planta. As bananeiras que
forem cortadas é mister que sejam inspeccionadas com
cuidado, pois muitas vezes o insecto se localisa nas partes
cortadas e ahi deposita seus ovos. Descobrindo-se a pra-
ga no começo de sua invasão, é facil dominal-a; ao passo
que, deixando-a alastrar-se, torna-se difficil o seu com-
bate.
4. ” — Para attrahir os insectos adultos podem-se empregar, como
armadilhas, nas cóvas deixadas pelas bananeiras arranca-
das, pedaços de tronco de bananeiras, cortados ao meio,
collocados com a superfície cortada para baixo, em con-
tacto com a terra.
Visitando diariamente essas armadilhas, recolhem-se
os insectos que forem encontrados em baixo delias, col-
locando-os numa garrafa contendo agua e um pouco de
kerozene.
O material da armadilha, passados uns 20 dias, deve
ser enterrado, da mesma fórma como o foram os bulbos,
c substituído por outro, novo. Podem-se também empre-
gar iscas envenenadas. Cortam-se caules de bananeiras em
quatro ou mais partes, que serão tratados por uma mis-
tura de farinha de trigo e verde paris (6 partes de fari-
nha de trigo, 1 parte de verde paris e agua sufficiente
oara formar mingau) e collocam-se no chão junto ás tou-
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ceiras infestadas pelo “moleque”. Essas iscas devem ser
cobertas com folhas de bananeiras afim de impedir que
sequem rapidamente.
A “broca da bananeira” (Cosmopolitcs sordidiis), é hospede es-
sencial do bulbo da bananeira e só ahi se multiplica causando comple-
to aniquilamento da planta. Propaga-se por invasão, formando novos
íócos por successão. Os adultos emigram indo atacar as plantas vi-
sinhas em pleno vigor.
Todo o perigo de disseminação da praga está. principalmente, na
acquisição de mudas, as quaes, podem levar brocas e mesmo o besou-
ro para bananaes livres da praga.
Para que o combate seja proveitoso a campanha deve ser genera-
lizada: todos os cultivadores de bananeiras deverão pôr em pratica
as medidas indicadas.
ORGANIZAÇÃO DOS BANANAES NAS ZONAS ATACADAS
l.° —
3 .' —
4 .° —
o. —
6 .°
Plantar sómente mudas extrahidas de pés vigorosos, em
plena producçâo. Escolhem-se, de preferencia, as mudas
de folhas lanceoladas, de tronco afilado para a extremi-
dade, conhecidas pela denominação de “ chifre dc veado”.
As mudas “raquíticas”, de folhas largas, tronco franzi-
no e quasi todo de igual grossura em toda a extensão, de-
nominadas “orelhas de burro ”, devem ser regeitadas.
As mudas devem ser dispostas em linha, obdecendo a dis-
tancia nunca inferior a quatro metros, de uma a outra.
O alinhamento tem por fim facilitar os tratos culturaes.
Deve-se adoptar a pratica de manter as touceiras só com
tres pés, um pequeno, um de tamanho medio e outro com
cacho. Este, quando eliminado pela colheita do cacho, de-
verá ser arrancado e substituído por uma muda “chifre
de veado”.
As bananeiras requerem sol na haste. Sendo plantadas
muito juntas, haverá excesso de sombra, o que as preju-
dica e favorece a multiplicação das pragas e doenças.
As touceiras, nas plantações infestadas, devem ser des-
dobradas, reduzidas á tres pés.
MED IDA S P Rü PH V LACTIC AS
— Os terrenos, sendo de varzea, húmidos ou sujeitos a fica-
rem alagados, devem ser convenientemente drenados abrin-
do-se em toda a sua extensão valas mestres, e outras cort-
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vergent.es, de sorte que as aguas afluam para esses canaes
e se escoem.
As valas precisam ser conservadas rigorosamente
limpas.
2. ° — E’ de todo necessário manter os bananaes o mais limpo
possível, por meio de carpas, eliminando todo o matto ao
redor, dos pés.
3. ° — Devem-se igualmente eliminar, as bainhas e folhas seccas,
bem como os brótos rente aos troncos.
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O BIOLOGICO
Possibilidades da pisciculíura
no Bsíado de Minas
Rodolpho von lhering
Apresentaremos neste artigo um resumo das nossas impressões,
apóz a breve excursão a Bello Horizonte e circumvisinhanças, duran-
te a qual procuramos conhecer as possibilidades dessa região para a
piscicultura intensiva.
Não pudemos, por motivos imperiosos, consagrar senão uma se-
mana a essa visita, mas ainda assim examinámos aguas em Juiz de
Fóra, Barbacena, em alguns lugares intermediários, depois em Bello
Horizonte, Lagôa Santa. Pedro Leopoldo e Jaguára. As amostras co-
lhidas serão estudadas em laboratorio, para o conhecimento do teôr
de chloreto e carbonatos e, com relação á microíauna, para a deter-
minação dos microcrustaceos. Desde já podemos adiantar que obtive-
mos varias especies de Diaptomus, algumas provavelmente novas para
a sciencia, que serão descriptas pelo limnologista da C. T. P., (*) Dr.
Stillman Wright.
PARTE ESPECIAL
O consumo dc peixe cm Bello Horizonte — Visitamos o merca-
do de peixe da capital, assistindo ás 6 horas ao desembarque do peixe
vindo pelo nocturno de Pirapóra.
E’ minimo. de todo insignificante, esse commercio. Ainda que
se deva tomar em consideração a posição geographica da capital mi-
neira. não se explica como um hotel moderno e luxuoso como o Gran-
de Hotel da rua Bahia, durante os quatro dias que ahi permanecemos
servisse peixe só uma vez ao almoço, nesse dia o hoteleiro comprára
7 V2 kilos de sorubim. O particular da classe media não póde dar-se
ao luxo de comer peixe, pois o preço — 4$000 o kilo de sorubim — é
por assim dizer prohibitivo. No emtanto, na barranca do S. Francisco
esse peixe custa no máximo 800 réis o kilo e o transporte apenas 250
réis por kilo. o que é realmente barato.
O acondicionamento deixa muito a desejar, tanto que não pude
mandar preparar para a mesa a “corvina d’agua doce” (Pachyurus
(*) Coiumissâo Técnica de Piscicultura.
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francisci) que eu havia comprado para exame. E’ pois um circulo vi-
cioso: a população não compra, por ser a mercadoria cara e má; os
negociantes queixam-se do pequeno movimento.
E’ Bello Horizonte a unica capital do paiz em que tal se dá; a
verdadeira antithese de Belem do Pará onde vimos passar diariamen-
te 6 a 12 mil kilos pela inspecção sanitaria.
Tal conjuncto de circunstancias impõe a solução pela piscicultu-
ra nos arredores da capital, com a vantagem de abrir novas possibi-
lidades de trabalho em terras que não se prestam para outros fins.
Sem nos determos em explanar as razões de ordem economica,
pelas quaes a piscicultura intensiva se impõe como fonte de abasteci-
mento do mercado e como fonte de lucro, principalmente em larga
zona ao redor de Bello Horizonte, passaremos a dar nossa impressão
a respeito das. . .
Condições limnoloyicas — Xão pudemos fazer analyses minu-
ciosas das aguas reprezadas, das quaes colhemos amostras (cerca de
10 açudes e lagoas), mas verificamos, ainda assim, alguns pontos ca-
pitaes, bem interessantes. Assim, por exemplo, tínhamos duvida a
respeito da productividade das aguas calcareas, pois que poderiam
ellas ser safaras, do ponto de vista planctonico. Muito ao contrario,
porém, tivemos provas, tanto na Lagôa Santa como na de Jaguára
( propriedade de Mr. Chalmers) que taes aguas são bastante ricas em
microorganismos essenciaes ao desenvolvimento das larvas dos peixes
e em vegetação aquatica.
Esta sobretudo, consegue grande e mesmo admirável desenvolvi-
mento, graças á grande transparência das aguas, de fórma que, mes-
mo nas regiões com 5 metros de profundidade, a penetração da luz
ainda é sufíiciente para o processo photochlorophylliano. Graças á
abundancia destes dois íactores principaes, plâncton e vegetação, a
productividade, por hectare, póde ser grande, em se tendo o cuidado
de basear a exploração sobre especies de peixes adequados ao am-
biente.
Terras — A ondulação do terreno e a abundancia de aguas cer-
tamente facilitam a construcção de açudes, devendo ser levado em
conta o pouco valor actual dessas terras, que pela piscicultura serão
valorizadas. Deverá, ainda ser estudada a possibilidade de um traba-
lho mixto, de piscicultura e lavoura: consistirá este em reprezar aguas
apenas durante o tempo necessário para o desenvolvimento dos ale-
vinos comprados e em seguida, apóz o da pesca, o fundo do açude,
posto a secco, estará adubado para permittir a cultura de vegetaes,
que nas condições actuaes não prosperam nessas terras.
Peixes reeommendavcis — Falta-nos ainda a documentação bio-
lógica necessária, mas tudo nos leva a crer que uma composição mix-
ta de varias especies de peixes poderá dar alta producção por hecta-
61
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vi'. Em bôas aguas poderão ser obtidos por hectare até 500 kilos de
peixes que se alimentam de Chironomideos : mas nessas mesmas aguas
poderão prosperar também outros tantos peixes que se alimentam de
insectos adultos, da mesma fôrma como crescerão bem ainda outros,
puramente herbívoros. Desta fôrma evitando a mutua concorrência
alimentar das diversas especies a productividade do mesmo hectare
poderá ser elevada a 1.500 kilos — ao passo que o criador de gado
consegue, quando muito. 100 kilos de carne por hectare. Claro está
que esta criação mixta deverá obedecer a um critério que terá por
base a analyse qualitativa e quantitativa do valor nutrhivo das aguas.
Serão evitadas as especies carnívoras e quer nos parecer que o peixe-
rei argentino será chamado a desempenhar papel importante nesta
exploração intensiva.
A opinião publica — Ficamos verdadeiramente surprehendidos
ao verificar como é grande o numero de proprietários de terras e
aguas que em Bello Horizonte está disposto a iniciar trabalhos de
piscicultura, desde que um technico possa orientar-lhes os trabalhos.
Apóz a nossa exposição na Soc. Mineira de Agricultura fomos ins-
tados para visitar uma porção de açudes das redondezas, cujos pro-
prietários desde logo estão dispostos a iniciar os trabalhos de cons-
trucção de açudes e de criação. Xão poucos já começaram a criar car-
pias. pois que é a unica especie em torno da qual se tem feito pro-
paganda; mas também já ha desilludidos, como o Dr. Jair Lins, que
está abandonando esta especie de qualidade inferior e que. com gran-
des dispêndios buscou outra, o “black-bass” norte-americano, para
substituil-a. Uma colonia de japonezes, no sitio do Sr. Longobardo
( Venda Nova) está experimentando os dissabores que acarreta a
criação de carpa, devido ao dispêndio com o arraçoamento — quando
é evidente que todos preferirão a criação do bom peixe nacional, que
não exige despezas de arraçoamento.
Conclusão — De tudo isto conclue-se o seguinte: Torna-se ne-
cessário a presença em Bello Horizonte, de um technico de piscicul-
tura, capaz de orientar os muitos proprietários que tencionam empre-
gar capitaes nestes trabalhos. E’ imprescindível, porem, antes de tudo
formar tal technico, pois que não ha nem ao menos a possibilidade
de contractar no extrangeiro quem conheça as particularidades bio-
lógicas dos nossos peixes.
Os technicos da C. T. P., com os conhecimentos que têm da pis-
cicultura nacional, poderão ser uteis á população mineira, ofíerecendo
os fructos da sua experiencia, adquirida no Nordeste brasileiro, para
que a piscicultura no Brasil se torne racional, por se basear na bio-
logia, e nacional, por se utilizar dos melhores paixes brasileiros e
para que essa nova conquista da sciencia applicada á agricultura te-
nha dif fusão por todo o paiz.
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NOTAS E INFORMAÇÕES
AS DOENÇAS DOS CITRUS NO HERBÁRIO A. PUTTEMANS
Na noite de 23 de Janeiro deste anno, o eminente phytopathologista Dr.
Arsene Puttemans recebeu, para um eordeal jantar em sua residência, no Rio
de Janeiro, quatro membros da Primeira Reunião dos Phytopathologistas do
Brasil: Doutora Anna E. Jenkins, do Departamento da Agricultura dos Estados
Unidos, actualmente trabalhando no Instituto Biologico de São Paulo, Dr. A. A.
Müller, professor de Phytopathologia da Escola Superior de Agricultura e Ve-
terinária de Minas Geraes, em Viçosa, Dr. H. S. V. Grillo, chefe da Secção de
Phytopathologia do Instituto de Biologia Vegetal do Ministério da Agriculta
ra. e o Dr. A. A. Bitancourt, sub-director do Instituto Biologico de São Paulo.
Após o jantar, esta amistosa reunião prolongou-se nos laboratorios particu-
lares do Dr. Arsene Puttemans, onde os convidados tiveram a rara opportunida-
de de examinar a sua preciosa bibliotheca e seu herbário, o qual constitue, tal-
vez, a maior collecção de cspecimens mycologicos e phytopathologicos actual-
mente em existência no nosso paiz.
Os convidados, naturalmente, apenas puderam examinar parte muito pe-
quena do referido herbário, escolhendo para este fim os cspecimens de Citrus
que o Dr. Puttemans tivera a gentileza de separar previamente de suas collec-
ções. Alguns dos cspecimens examinados offereeem tamanha importância histó-
rica para a pathoiogia dos Citrus no Brasil que os presentes autores desejam
tornal-os conhecidos.
Das doenças hoje reconhecidas sobre Citrus no Brasil, — na sua maioria
nssignnladas sómentc nos recentes annos na litteratura, — encontramos, entre
outras, a leprose, a verrugose commum (ou da laranjeira azeda), a aseochytosc
e a mancha areolada.
A leprose está representada num espeeimen (n." 92) de folhas colhidas em
23 de Março de 1900 na Cantareira e outro colhido em 28 de Março de 1900 no
Horto Botânico de São Paulo, e, com datas posteriores, em cspecimens da Can-
tareira (n.“ 338), de Ressaca (n.° 1188) e Piracicaba (sem numero), todos no
Estado de São Paulo.
O mais antigo espeeimen de verrugose commum encontrado, data de Se-
tembro de 1922 e foi colhido em Alcantara, E. do Rio, provavelmente sobre la-
ranjeira azeda. E’ notável que nenhuma colheita anterior fosse feita por A. Put-
temans, o que de certo não teria deixado de fazer este observador arguto se
tivesse encontrado tão conspícua doença. A presença de especimens antigos de
outras doenças menos notáveis, presentes no herbário em apreço, desfaz, aliás,
qualquer duvida que se possa ter a esse rspeito. Notável também é a ausên-
cia da verrugose da laranja doce. Taes factos parecem indicar que a introduc-
ção dessas doenças nas parles do Brasil em que A. Puttemans fez as suas collec-
ções, é relativamente recente.
A aseochytose dos Citrus está representada por um espeeimen de Asrochyta
citri Penzig (n.“ 182) datado de 3 de Março de 1901, sobre laranjeira azeda e
proveniente do Horto Botânico de São Paulo. Nesse material acha-se associado
Phyllosticta hesperidearum (Catt.) Penz.
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O BIOL O G I C O
Outros fungos de importante interesse historico são Septoria aurantii Speg.
(n.“ 37), colhido etn 1900 sobre laranjeira, e Coniothyrium piiulensis P. Henn.
(n.° 549) colhido em Agosto de 1902 sobr Citrus sp. em Eugênio de Mello, E. de
São Paulo.
Existem também, no herbário, velhos especimens de melanose e falsa me-
lanose.
Dos fungos entomogenos estão representados em abundaneia Septobasidium
pseiido-pedicellatum Burt. Podonectria spp. e Telracrium coccicoluin v. Hiihnel.
Os seguintes generos são representados em di.crsos especimens: Colleto-
Irichum, Mycosphaerella, Leplosphaeriu, Phyllosliclu e Stitlnim.
.1. S. Miiller e A. .1. Ililancuurt
PODRIDÃO DO FIGO
A “anthracnose” ou “podridão do figo” é produzida por Collelotrichimi
gloeosporoides, o mesmo fungo responsável pela “anthracnose” dos Cilnis e de
muitas outras arvores fructiferas.
Essa doença da figueira, que os americanos denominam podridão do friiclo
(fruit rot), manifesta-se, principalmente, nos fructos, por meio de manchas de-
primidas, mais ou menos circulares, sobre as quaes se desenvolve uma subs-
tancia esbranquiçada, constituída pelo mycelio do CuUetotrichiun.
Quando as manchas vão ficando mais velhas ou quando se apressa o de-
senvolvimento do parasita, collocando o figo atacado numa camara húmida, por
exemplo, embaixo de um copo emborcado e ao lado de um pedaço de algodão
embebido em agua, as referidas manchas, em poucos dias, ficarão cobertas por
pustulas de côr rósea, bem visíveis, formadas pelas fructificações do Culletn-
trichum.
Em determinadas condições, a “anthracnose” pode causar consideráveis
prejuízos, fazendo apodrecer grande numero de fructos em adeantado estado
de maturação e impedindo o desenvolvimento dos que se acham ainda verdes,
os quaes, pouco a pouco, vão murchando e acabam por ficar mumificados, pre-
sos aos galhos.
Como meios de combate, aconselhamos a colheita e immediata destruição
pelo fogo, para evitar fócos permanentes de novas infecções, de todas as folhas
e fructos manchados, inclusive, dos que ficam, como acima dissemos, mumifi-
cados e presos aos galhos, e que são, quasi sempre, a principal fonte de infec-
ção de um anno para outro.
Para se evitar essa e outras doenças, é também de grande vantagem a pra-
tica, já muito em uso entre nós, de se fazer todos os annos, uma póda comple-
ta das figueiras, que serão cortadas a uma pequena distancia do chão, queiman-
do-se, logo em seguida, as partes eliminadas.
Não se fazendo essa póda completa, deve-se, pelo menos, durante o perío-
do de inverno, muito antes da nova hrotação, pulverizar as figueiras com a
calda bordaleza a 2 °f c .
Logo no inicio, a “anthracnose” põde ainda ser controlada com pulveriza-
ções de calda bordaleza a 1 tendo-se, porém, o cuidado de supprimir sem-
pre, o mais possível, os fócos de novas infecções, antes de empregar esse fun-
gicida, muito efficaz quando bem preparado e applicado.
Na pulverização das figueiras, ha vantagem em se addieionar & calda bor-
daleza o sabão molle preparado, na oecasião, com breu e carbonato de sodio.
de accórdo com as nossas instrucções.
No proximo numero, indicaremos a formula e o modo de se preparar o
sabão. R. 1). Gonçulves
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0 BIOLOGICO
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CARAMUJOS DO CAFEEIRO
Em certas épocas do anno, quasi sempre nos mezes de Novembro a Janei-
ro, apparece em algumas zonas cafeeiras do Estado de S. Paulo grande quanti-
dade de caramujos, que invadem os cafezaes, roendo as cascas e devorando as
folhas novas dos cafeeiros.
Quando elles são muito numerosos constituem verdadeira praga e é preci-
so combatel-os energicamente.
Fig. 1
Caramujo do cafeeiro — Tronco de cafeeiro alojando uma
colonia do caramujo.
As especies mais communs e mais nocivas aos cafeeiros são: Orthalicus pul-
chellus e Orthalicus phlogera, ambas muito semelhante entre si, assignaladas
68
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desde muito como praga dos cafezaes em diversas zonas do Estado de S. Paulo.
Durante o dia, geralmente esses caramujos se escondem nas cavidades de
velhos troncos, entre as pedras amontoadas ou em qualquer outro abrigo aonde
hibernam (fig. 1); á noite porém, abandonam os seus esconderijos e sobem pelo
cafeeiro para lhes devorarem a folhagem nova. Os ovos da especie Orthalicus
phlogera, são de còr branco-suja, de fórma quasi espberica, medindo 7 millime-
tros de comprimento por 5 mm. de largura; são postos quasi sempre na ter-
ra sob a copa do cafeeiro.
Meios de combate: — l.“ Quando forem numerosos, os caramujos, mais
facil será a sua apanha á mão, destrui.ndo-os de qualquer modo, afim de ser evi-
tada a desova.
2". — Póde-se também apanhal-os por meio de armadilhas. Uma bòa ar-
madilha consiste em espalhar pelo cafezal atacado qualquer vasilha, latas, vasos
de barro, porungas, etc. furadas lateralmente e collocadas de bocca para bai-
xo. A parte interna destas vasilhas deve ser untada com um pouco de graxa.
Os caramujos entram pelas aberturas lateraes e no dia seguinte são retirados
da armadilha.
.V — Xa occasião em que os caramujos estão em grande actividade, acon-
selha-se espalhar em volta dos cafeeiros serragem misturada com cal. A serra-
gem constituem serio obstáculo á locomoção desses molluscos e a cal age como
cáustico sobre as formas novas.
4° — Finalmente, como medida preventiva contra os caramujos, também
se aconselha aparar as ramadas baixas rente ao chão, dos cafeeiros, e não
deixar nos cafezaes troncos seccos, com cavidades, montes de pedras etc., tudo
emfirn quanto possa servir de esconderijo aos caramujos durante a estação fria.
J. P. Fonseca
COMBATE A’S FORMIGAS CASEIRAS
Varias são as especies de pequenas formigas que invadem as nossas habi-
tações e penetram nas dispensas, armarios e guarda-eomidas, em busca de co-
mestíveis, sobretudo matérias assucaradas, causando trabalho e abborrecimen-
to ás donas de casas. Constituem estes insectos um verdadeiro tormento, de
modo a aconselhar a procura de um meio de combalel-os.
Seus formigueiros, onde estão as ninhadas, acham-se localizados nos lu-
gares mais variados nos jardins, em baixo das casas, nas frinchas das pare-
nii m.
Fig. 2
Lata porta-isca para formigas caseiras.
des e dos muros, entre a parede e os conductores de agua pluvial, debaixo dos
vasos de flores, e numa infinidade de outros.
Estus formiguinhas, avidas de substancias assucaradas, frequentam também
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O BIOLOGICO
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as plantas infestadas por certas cochonilhas, pulgões e cigarrinhas, secretoras
de inn liquido adocicado que ellas sorvem com avidez. Chegam mesmo a con-
vivência com estes insectos, encerrando-os nas hastes e nas raizes das plantas,
em esconderijos de emparedamento de terra, e dispensando-lhes todos os cui-
dados, inclusive a defesa contra os seus inimigos naturaes. Assim protegidos
multiplicam-se estes insectos livremente, a coberto dos ataques de seus inimi-
gos, e isto constitue mais um maleficio que as formiguinhas causam.
Entre as medidas de combate a estas formiguinhas, não acode melhor ex-
pediente do que procurar os seus ninhos, c applicar-lhes um pouco de sulfu-
reto de carbono (uma quantidade correspondente a duas ou tres colheres das
de sopa, em cada ninho). Despeja-se directamente o ingrediente sobre os ni-
nhos, quando estes se encontrarem localizados no chão, ou injecta-se-lhes o li-
quido por meio de uma seringa de vidro, quando estiverem alojados nas frin-
chas dos muros e noutros lugares em que seja difficil a penetração do liquido
formicida.
Consegue-se, também, combater estas formiguinhas por meio de certas subs-
tancias insecticidas, que as envenenem lentamente e sejam, ao mesmo tempo,
levadas por ellas aos seus ninhos e dadas ás nymphas e rainhas. E' este o prin-
cipal objec.tivo, porquanto de nada valerá matar as operarias, deixando vivas
as rainhas, que são as poedeiras e que continuarão a povoação do formigueiro.
Uma das formulas mais efficazes e preconizadas, para o extermínio dessas
formigas, é a seguinte:
Agua 1 litro
Assucar crystalizado 1 kilo
Benzoato de sodio 2 gtrs.
Acido tartarico 2 ”
Ferve-se tudo lentamente durante meia hora e deixa-se esfriar. Dissolvem-se,
depois, 3 grammus de arseniato de sodio em (il) cc. de agua quente e, depois
de frio, ajunta-se á mistura. Em seguida, ajuntam-se 190 grais, de mel de abelha
e agita-se tudo até a sua completa mistura. Tem-se, então, o preparado prompto
para ser offerecido ás formigags.
Sendo o arseniato de sodio, em certa dosagem, um veneno muito activo
tanto para as pessoas como para os animaes. é necessário ler-se o cuidado de
eollocar o xarope em lugar seguro, somente ao alcance das formigas.
O mais pratico será collocal-o em pequenas latas. Estas dexem ser abertas
dos lados, ao nivel do xarope, dobrando-se-lhes os bordos, sem, comtudo, per-
mittir a sahida do liquido venenoso (fig. 2).
Espalham-se as latinhas pela casa, collocando-as debaixo dos armarios,
guarda-comidas, etc., emfim, nos lugares mais procurados pelas formigas. Estas
logo descobrem o petiscoso xarope e começam leval-o para os ninhos.
Dentro de poucos dias não se notará mais, em casa, a presença de tão im-
portunadores insectos.
J. P. Fonseca.
O CURUQUEBE
Em muitas zonas algodoeiras do Estado, e principalmente nas plantações
atrazadas o “euruquerè”, ainda encontra meios para produzir estragos. E’ pre-
ciso, portanto, por parte do lavrador a maxima vigilância afim de evitar o
alastramento dessa terrível praga.
Convem, no entretanto, notar que entre as pragas do algodoeiro, o “curu-
querê”, quando combatido em tempo, é, a de mais facil controle.
SciELO
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O BIOLOGICO
Num algodoal atacado pela “lagarta rosada”, ou pela "broca da raiz” pou-
cos meios estão ao alcance do lavrador para diminuir os estragos desses in-
sectos. Com o “curuquerê”, entretanto, a diligencia e previdência do lavrador
reduzem os prejuízos enormes que essa praga pode produzir a uma percen-
tagem mínima. Ao lavrador previdente o "curuquerê” não pode causar pre-
juízos. O combate ao “curuquerê”, consiste em envenenar o alimento, nesse
caso as folhas do algodoeiro, ingerido pela lagarta. Os venenos mais efficientes
e usados, são os seguintes: Arseniato de chumbo em pasta, ou em pó, o arse-
niato de cálcio e o verde Paris. Esses venenos são usados em mistura com agua,
nas seguintes proporções:
ou
ou
ou
Arseniato de chumbo em pasta . . . 600 grammas
Agua 100 litros
Arseniato de chumbo em pó ... 300 grammas
Agua 100 litros
Arseniato tle cálcio 300 grammas
Agua . 100 litros
Verde Paris 300 grammas
Agua 100 litros
Cal viva 2000 grammas
Farinha de trigo 200 grammas
Applicando-se o arseniato de chumbo em pó, deve-se proceder do seguinte
modo: toma-se a quantidade necessária de insecticida e empasta-se com um
pouco de agua, e, em seguida junta-se pouco a pouco o restante da agua até
obter-se a quantidade de liquido desejado. A facilidade com que o arseniato
de chumbo em pasta ou arseniato de cálcio se misturam com a agua explica
a preferencia a elles. sobre tudo ao primeiro, dada pelos lavradores. Importante
é evitar-se uma suspensão desigual com encaroçamento de uma parte do in-
secticida.
O verde Paris é sempre usado juntamente com a cal viva afim de se
neutralisar a acção corrosiva deste ingrediente, que, quando usado sosinho em
mistura na agua pode produzir a queima da folhagem. Alem da cal viva, junta-se
um pouco de farinha de trigo, para unir essas substancias e mesmo para obter
maior adherencia do veneno sobre as folhas. Este insecticida é tão bom quanto
os outros, mas exige maiores cautelas no seu emprego.
Os bicos dos pulverisadores devem ser regulados de maneira a permitir
: sabida do liquido em fino burrifo. Não se deve deixar correr o liquido nas
folhas, mas sim distribuil-o em pequenas gottas. O pulverisador deve ser mu-
nido de agitador afim de manter a bôa e igual distribuição do insecticida na
agua.
E’ preciso notar que, para envenenar um “curuquerê”, basta uma pequena
quantidade de veneno, de maneira que o successo de uma pulverisação depende
da boa distribuição do liquido insecticida na planta, e não da quantidade de li-
quido pulverisado.
Uma chuva logo depois de uma pulverisação carrega o liquido pulverisado
e prejudica completamente o exilo da operação. Quando tal succede, ê indis-
pensável recomeçar, pois, o effeito seria nullo.
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Na pagina inferior das folhas, que é mais abrigada das chuvas, a permanên-
cia do veneno é mais garantida, devendo-se por isso procurar sempre attingil-
as pela pulverisação do insecticida.
O apparecimento do “curuquerê”, nos algodoaes dá-se geralmente cerca
de 00 até 90 dias após o pantio. Um combate feito nessa epoca pode reduzir
os estragos dessa terrível praga a iinnr porcentagem minima. Mas para isso é
preciso manter no algodoal, logo que as plantas começam a se desenvolver, pes-
soal habilitado que percorra constantemente a plantação e que ao perceber uma
planta atacada que seja, deve dar o alarme. O ideal no combate ao “curuquerê”,
consiste em atacar os fócos logo no inicio. Esta medida de fiscalisação que
evita o alastramento da praga, deve ser posta em pratica por todo o lavrador.
Mario Autuori.
CONSULTAS DO I. BIOLOGICO
Aves e pequenos animaes
Paulo G. Martins — George Otterer — Coccidiose das AVES — A ave en-
viada para exame se achava atacada de coccidiose cujo combate deve ser feito
de accôrdo com as instrucções contidas no folheto enviado.
P. Nobrega
Estuer Fonseca Pereira — fíarra do Pirahg — Material enviado para
exame baeteriologico: Por ter vindo em formol, o exame baeteriologico ficou
completamenle prejudicado. O formol deve ser usado quando se tem em vista
fazer o exame dos orgãos e não a pesquiza de microbios. Neste ultimo caso o
melhor será enviar os orgãos recentemente colhidos em um frasco de bocca
larga ou melhor ainda uma ave doente ainda viva.
P. Nobrega
Arnaldo Bianchini — Sorocaba. — Espirochetose das AVES: O exame
procedido na ave resultou negativo. E’ possível, entretanto, que se trate de es-
pirochetose, doença nem sempre possível de se diagnosticar no cadaver. Neste
caso sómente o exame de um animal doente permitte seguramente affirmar si
se trata ou não desta moléstia. A presença de carrapatos nos gallinheiros será
um bom indicio a favor da espirochetose.
P. Nobrega
José Neves — Vbearba — A proposlto da vneoinação contra bouba das
GALL1NHAS: A’ sua observação sobre a vaccina contra bouba, temos a dizer
o seguinte: quando a vaccina não produz reacçáo em nenhuma das aves vac-
cinadas, isto significa que o producto está de facto inactivo. Entretanto, si a
vaccina péga em alguns animaes e em outros não péga, nem porisso se poderá
dizer que ella está fraca ou inactiva. E’ mais razoavel admittir que ou a vacci-
na não foi applicada correctamente, ou que os animaes que não reagiram se
acham espontaneamente immunes contra a bouba. Acresce ainda que a vacci-
nação é negativa quando feita em animaes tendo bouba no periodo de incuba-
ção da doença. Ficaremos satisfeitos se nos communicar os resultados obtidos
com a ultima remessa de vaccina liquida.
P. Nobrega
Robetto Vilmar — Rio — Exame prejudicado por mau acondicionamento do
material: A putrefaeção adiantada em que chegou o animal não permittiu se
fizesse o exame baeteriologico. Nas fezes não foram encontrados indícios de
coccidiose. Quanto ao fígado, os exames também resultaram negativos.
P. Nobrega
Bovinos
Durval V. Martins — Sarandy — Acondicionamento de material para exame
anatomo-pathologieo: Todo o material para exame deve ser colhido e enviado
nas seguintes condições:
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O BIOLOGICO
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Aberto o animal, morto de poucas horas, retiram-se os orgãos. Procuram-
se nestes as regiões que pareçam doentes e nestas zonas cortam-se pequenas
fatias de 1 centímetro quadrodo mais ou menos e de 1/2 centímetro de espes-
sura. Estas falias são collocadas em um vidro com solução de formalina a 20 %
ou então com álcool. Quando não houver nenhum ponto que pareça lesado
retiram-se fatias de diversas regiões dos orgãos, pois frequentemente o exame
ao microscopio revela lesões que não eram visíveis a olho nú. Enviamos-lhe
em separado um numero da revista “O BIOLOGICO” o qual contem um artigo
sobre a technica de colheita de material para exame. Melhor, porém do que a
remessa de material será o senhor telegraphar ao Instituto apenas tenha um
animal doente: assim irá á sua fazenda um veterinário que verificará ahi a
natureza da moléstia, e colherá o material que achar conveniente. Em vista da
impossibilidade de se fazer um diagnostico com o material enviado, fica pre-
judicado no momento o seu pedido de vaccinas.
João Baptista df, Caiivaj.ho - Caíanduva — Pneunio enterite dos BEZER-
ROS: Parece-me tratar-se de pneumo-enteritè, pois, a diarrhéa quasi. sempre
precede á pneumonia. Dahi a razão de, quando tenta curar a diarrhéa e esta
dá a impressão de ceder, apparecemos symptomas alarmantes da pneumonia
que, accommettendo um animal já depauperado pela primeira doença, age de
uma forma rapida e quasi sempre mortal. Para que não fique demorada a pro-
videncia a tomar nesses casos de pneumo-enterite, recommendo a execução das
medidas indicadas no folheto sobre “pneunio enterite ou curso branco dos
bezerros”, enviado.
Além dessas medidas deve, no dia do nascimento dos bezerros, cobrir-lhes
o umbigo ainda novo com a seguinte pomada:
Caso não obtenha os resultados desejados convem telegraphar ao Instituto
Biolovico, rua Marquez de Itú, 71 — S. Paulo, logo que apparecer um animal
doente, para que seja providenciada a ida de um veterinário a sua propriedade.
Walter Petrof — i>e — l.° Doença cie BEZERROS novos:
1° Doença dos bezerros novos: A doença que mais victimas faz entre os
bezerros novos é o curso branco ou pneumo-enterite. Infelizmente o material
enviado não chegou em condições de se prestar a um exame. Para isso os peda-
ços devem ser cortados em fatias de meio centímetro de espessura e collocados
em cerca de 10 vezes o seu volume de uma solução de formol a 10 %. A este
respeito recommendo a leitura de um artigo publicado no n.” 7 pagina 223 da
revista “O BIOLOGICO” que poderá ser obtido neste Instituto. Quanto ao modo
de tratar e evitar o curso branco as instrucções necessárias se acham contidas
no folheto enviado.
2. " “Tumores” com puz em bezerros novos: Esses tumores geralmente são
consequentes a doença acima referida que nesses casos é conhecida também
com o nome de peste dos polmões. O tratamento é o mesmo indicado no folheto.
3. " Apparecimento de verrugas em bovinos: A doença em questão chama-
se papillomatose ou verrugose. A causa que a provoca não é bem conhecida. O
J. Saborido
Uso ext.
Iodoformio . . . .
Iodo
Oleo de Algodão
Banha
1 gramma
4 grammas
lll centímetros cúbicos
85 grs.
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O BIOLOGICO
tratamento consiste em injectar uma vaccina preparada com material retirado
das próprias verrugas, conforme o processo indicado na pagina 330 (n.° 9) da
mesma revista. Como se trata de uma doença que muito nos interessa, seria
conveniente que nos enviasse um animal atacado para estudo.
J. R. Meyer
Mauro Guimarães — Caconde — Peste <le coçar: A doença a que se refer
sua carta é realmente conhecida pelo nome commum de “peste de coçar”, pela
coceira intensa que provoca em certas regiões do corpo dos animaes atacados.
E' ainda chamada pseudo-raiva, ou paralysia liulbar infecciosa.
Não existe infelizmente, vaccina ou qualquer tratamento aconselhável, sen-
do portanto, a affecção considerada incurável.
Algumas medidas de hygiene podem ser applicadas: remover o gado para
pasto limpo, de preferencia longe de mattas. As rezes que morrem atacadas de-
vem ser enterradas profundamente, de preferencia com cal e o local em que
cilas permaneceram doentes, desinfectado pois o virus é resistente á dessaca-
ção, fóra do organismo do animal.
Além do gado bovino, o porco póde ter a doença sem manifestar symptomas
Ião impressionantes quanto as rezes e desse modo, facilitar a transmissão do
mal ás outras especies. üs ratos são considerados também como transmissores,
em certas regiões. O cachorro e o gato podem ter a doença. E’ conveniente pois
cuidar de evital-os. A doença não tem tendencia a generalisar-se. Dá em algu-
mas rezes e em geral desapparece.
V. Carneiro
Alexandre André da Fonseca — Fernâo Dias — A proposito «Io “amolle-
rimento” e quetla tios dentes em BOVINOS: O amolecimento e queda tios dentes
nos bovinos, póde ser attribuida a uma arthrite peri alveolar consequente a uma
inflammação. O desenvolvimento dessa tloença é mais ou menos o seguinte: de-
vido a acção de certos alimentos (duros, quentes ou toxicos) póde haver feri-
mentos na bocca, contaminação desses ferimentos por certos microbios e em
seguitla uma reacção afim de combater esses microbios e refazer as partes des-
truídas. E’ a estomatite. Além dos microbios communs e dos factores referidos,
certos fungos tios quaes o principal é um denominado “oidium albicans” póde
ser a causa desse processo. Este fungo penetra na bocca do animal com os ve-
getaes usados na alimentação e ahi augmenta abundantemente, desde que en-
contre um meio favoravel como é a saliva tios animaes enfraquecidos que é
pouco alcalina ou então acida. Quando a mucosa não consegue impedir o pro-
gresso tia infecção, esta se propaga para os alvéolos dentários e determina o
amollecimento e a queda dos dentes. Para combater a marcha do doença deve
ser empregado o seguinte medicamento:
Uso ext.
Salicylato de methyla
Tintura de iodo
aná 30 centímetros cúbicos
Para pincellar ao redor tios dentes amollecidos, uma vez por dia.
E’ absolutamente necessário que se proceda a uma poderosa desinfecção
nos bebedouros e mangedouras.
Agora, chamo sua attençáo para um ponto muito importante: normalmente
os bovinos têm os dentes incisivos mollcs. E’ preciso, pois, examinar minucio-
samente a arcada dentaria.
Na arthrite peri-alveolar, ha a inflammação tia mucosa, elevação tle tem-
em 1
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O BIOLOGICO
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peratura, excessivo máu cheiro. Abrindo-se a bocca do animal, percebe-se na
parte anterior da gengiva superior que é desprovida de dentes, diversas depres-
sões deixadas pelos dentes da arcada dentaria inferior.
M. ./. de Mello
Heitob Moraes Salt.es — Pi ndamonhangaba — Suspeita de rarbnnciilo:
Não se trata de carbúnculo hematíco ou symptomatico.
V. Carneiro
Alcino de Andrade Lemos ('urso de Sangue dos BEZERROS: A doença
ê conhecida com o nome de coccidiose ou eimeriose. A doença deve ser com-
batida isolando os animaes doentes e procedendo a limpeza rigorosa dos pon-
tos frequentados por elles, com agua fervente, para destruição dos parasitos que
se eliminam com as fezes. As camas devem ser queimadas. A agua, fornecida em
vasilhas separadas para evitar a contaminação de bebedouros por outros be-
zerros. Como tratamento recommenda-se dar a seguinte formula:
Uso int.
Oleo vegetal (de oliva ou de gergelin) 20 cent. cúbicos
Creolina Pearson 3 cent. .cúbicos
Póde-se também administrar duas vezes ao dia um quarto de gramma de
“Ichtargan” (obtido em qualquer pharmacia local) dissolvido em um litro
de agua.
J. R. Meyer
Martin ico Nogueira — Marilia — Febre aphtosa: Além da presença do
microbio denominado “Corynebacterium pyogenes” que é o agente secundário
da mammite, o animal demonstrou ao exame clinico uma endocardite chroni-
ca resultante da febre aphtosa. Tratando-se de duas affecções por assim dizer
incuráveis, deixamos de referir o tratamento, mormente no caso em apreço em
que as affecções assumiram caracter chronico. Para evitar a repetição de taes
casos, convém examinar todo o gado recem-adquirido, e evitar a introducção
de animaes portadores de moléstias, no rebanho.
L. Picollo
Galdino de Almeida — Marilia — 1.” Enterite dos animaes novos: Os exa-
mes procedidos no material trazido pelo veterinário do Instituto não permitti-
ram encontrar nenhum germen capaz de ser considerado como causador de
morte. Isto permitte excluir a possibilidade de um doença contagiosa. Trata-se
de uma perturbação cuja causa reside exejusivamente no excesso de alimenta-
ção, sendo denominada “enterite dos animaes novos”.
2." Caus» do aborto das vaccas: Quanto ás vaccas que abortaram, será pre-
ciso enviar uns dez centímetros de sangue obtidos em sangria, para o exame
devido. Esse sangue deve ser posto num tubo esteril o qual se juntam duas got-
las de formol. O tubo deve ser fechado com uma rolha e essa rolha coberta
com uma camada de cêra ou de parafina derretida. O acondicionamento deve
ser feito numa pequena caixa protegida com algodão ou serragem e a caixa di-
rigida pelo correio a rua Marquez de Itú, 71 — S. Paulo.
L. Picollo
Renato Maia — Capital — Infecção pelo B. abortivo: A prova a que foi
submettido o sangue de uma vacca de sua propriedade, deu resultado franca-
mente positivo, tratando-se portanto de um caso de infecção por B. abortus.
A. M. Penha
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O BIOLOGICO
José Augusto Vieira — Giiaratinguetá — O enxofre na alimentação de
BOVINOS: As dragas indicadas na sna carta não são próprias para os fins
referidos, ü arsênico geralmente é usado para melhorar a alimentação de ani-
niacs debilitados por moléstias. Entretanto não é indicado aos bovinos.
O enxofre poderá ser dado na dóse bisemanal de 20 grammas por cabeça.
A melhor formnla para engorda de animaes é a bôa alimentação. Para isso os
animaes devem permanecer em invernadas onde haja hòas aguadas.
IV. Belleza
Durval Vaz de Lima — Estação Lobo — Pneumo-enterite dos BEZERROS:
A doença que mais frequentemente mala os bezerros novos é o “curso branco”
ou “pneumo-enterite”. O combate a doença deve ser feito observando cuidatlos
hygienicos, com a vaccina vendida pelo Instituto Biologico de S. Paulo e com
a administração aos bezerros recem-nascidos, de colostro (primeiro leite que
se forma nas vaccas que pariram). No folheto enviado encontram-se explica-
ções detalhadas a proposito dessa doença e do seu tratamento.
./. R. Meyer
Durval V. Martins — Sarandy — Pulmão «le BEZERROS com lesões da
pneumo-enterite: O exame procedido no material enviado, revlou tratar-se de
pneumo-enterite. A doença lambem conhecida com o nome de curso branco é
uma das maiores causas de mortalidade dos bezerros novos. Seu .combate se
fez pela vaccina e por medidas cuja explicação encontrará no folheto enviado.
J. R. Meyer
Cães
Antonio José de Carvalho Junior — Rariry — Bronehite dos CÃES: O
cão enviado para diagnostico está atacado de bronehite sendo porisso submet-
tido ao tratamento conveniente. Quanto ao outro cão que ahi ficou, para a mes-
ma doença poderá ser administrada a seguinte formula:
Uso int.
Elixir de terpina
Xarope de codeina ....
Infuso de Athéa
Infuso tle polygal
Bromoformio VI gottas .
anã 20 grammas
áá 100 grammas
Dar uma colher das de sobremesa, cada 2 horas.
Porcinos
L. Picollo
Fernando B. Villela — Franca — Bronehite verminosn dos LEITÕES: A
necropsia do leitão enviado revelou tratar-se tle um caso de bronehite vermino-
sa produzida por metastrongylos, acompanhada tle intenso processo de pneu-
monia. Em vista da nenhuma efficacia dos tratamentos curativos desta doen-
ça, deve adoptar o systema Mac Lean de Sanidade Suina descripto no folheto
enviado.
A. M. Penha
José Razuk & Irmão — Pederneiras — Renicdio contra a batedeira dos
PORCOS: Devido a falta de installações indispensáveis, o Instituto no momento
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O BTOLOGICO
77
não fornece ainda o Sôro que é indicado para tratamento da batedeira. Goza
de bôa reputação entre os criadores o sòro fabricado pelo Instituto Veteriná-
rio de Bello Horizonte, representado em S. Paulo pela firma Barros & Junquei-
ra — Bua Silveira Martins, 23-A Phone 2-6458. Em nossa experiência um
medicamento muito activo é o sòro da casa Bayer Bua Florencio de Abreu,
125 — São Paulo, o qual poderá ser importado dentro de ti semanas.
J. R. Mcger
Doenças das plantas
Estevão Xogy — llury — DOENÇA BACTEBIANA do algodoeiro.
As manchas observadas nas folhas que recebemos, são características da
"doença bacteriana”, sobre a qual publicamos um artigo no vol. I, p. 4-14. desta
Revista.
As doenças observadas cm tomate, batatinha e melancia que se encontram
nas proximidades do algodoal, são, provavelmente, produzidas por outros pa-
rasitas, pois o Bacterium malvacearum, que é o agente da “doença bacteriana”,
ainda não foi encontrado sobre taes plantas.
S. C. Arruda
Salvador Djinichiax Lançado Velho — RH1Z0CT0X1A da batatinha.
No unico tubérculo enviado, lendo as extremidades «los brotos sòccas e
ennegreeidas, observamos a “rhizoctoniose”, doença produzida pelo fungo Rhi-
zoclonia solani, bastante prejudicial á cultura da batatinha, principalmente,
quando ataca, como no presente caso, os tubérculos em germinação.
Tal fungo é facilmente percebido pelos agricultores, devido a formar, sobre
a casca da batata, pequenas incrustações pretas (esclerocios) que, ate certo
ponto, podem ser confundidas com sujeira, mas, lavando-se o tubérculo, nota-se
que ellas não desapparecem, ficando, pelo contrario, muito mais nitidas.
Além disso, por meio de uma bôa lente, chega-se a perceber, ao redor e
nas proximidades dessas incrustações, filamentos de côr violacea, formados
pelo mycelio da Rhizoctonia.
Tubérculos a':sim aífectados não deveriam ser utilizados para o plantio.
Como já tivemos occasião de dizer ao interessado, respondendo á consulta que
nos fez no mez de Outubro p. passado, para combater as doenças mais com-
muns da batatinha, é preciso observar as praticas indicadas na nota organiza-
da pela Secção de Phytopathologia.
A rotação, além de muito util e necessária sob o ponto de vista agrícola,
c lambem um dos meios mais certos para evitar as doenças, pois, os parasitas
permanecem no terreno por muito lempo e, dessa fôrma, contaminam as novas
culturas da mesma planta ou de plantas da mesma familia, não atacando, em
regra gieral, as plantas de outras famílias.
A desinfecção dos tubérculos antes do plantio, é ainda uma outra pratica
muito aconselhável para impedir o apparecünento de um bom numero de
doenças.
R. I). Gonçalves
S. A. Frigorifico Anulo — Pitanyiieiras — EXANTHEMA do pomelo.
O pomelo enviado apresenta uma lesão que offerece, effectivamcnle, uma
certa analogia com o exanthema. Esta doença, entretanto, é muito mais cara-
cterística nas folhas e principalmente nos galhos, de fôrma que as arvores ata-
cadas, caso seja o exanthema, devem apresentar symptomas mais ou menos ty-
picos nos orgãos verdes que permittem uma identificação mais segura do que
78
O B I O L O G I C O
o exemplar enviado. Be accôrdo com minhas observações, o exanthema, no Es-
tado de São Paulo, só tem apparecido em terras arenosas, sendo de interesse
verificar se o pomelo doente é proveniente de arvores plantadas em terras des-
sa natureza.
Devo accrescentar que o pomelo é atacado aqui em São Paulo de uma doen-
ça que se caracteriza pela formação de uma gomma parda no albèdo (parte
branca da casca) e sobre a qual foi publicada uma nota da autoria do Dr. R.
U. Gonçalves na pagina 235, vol. I (1935) da Revista “O Biologico”. E’ bem
possível que a doença do pomelo enviado seja tão sómente uma manifestação
mais intensa da mancha do albèdo anteriormente observada.
, A. Bitancourt
Renato de Paula Avellar — Passa Quatro (Minas) — FERRUGEM do
choupo.
As folhas apresentavam na pagina inferior grande quantidade de pustulas
de uma ferrugem.
Provavelmente esta Uredinale è um membro do genero Melampsora, ao qual
aertencem as ferrugens dessa planta.
Diversas coníferas (Abies, Larix, Tsuga ) são hospedeiros intermediários des-
ses parasitas, isto é, são também atacadas por elles em outra phase de seu cyclo
vle vida. Por essa razão é conveniente, caso o snr. interessado possua arvores
dos referidos generos, não as conservar plantadas perto dos pès de choupo.
As folhas cabidas devem ser queimadas, o que contribue para diminuir os
focos de novas infecções.
S. C. Arruda
Dk. A. M. Alves de Lima — Capital
publicamos nas Xotas e Informações.
PODRIDÃO do figo. — Vèr o que
João Ghaebem Junioii — Capital — PODRIDÃO do kaki.
Xos fruetos ainda verdes, constatamos, de facto, uma podridão peduncular ,
acompanhada do desenvolvimento de Oospora sp. e fíhizopus nigricans.
Julgamos, porém, muito pouco provável que taes fungos tenham appareci-
do nos kakis ainda na arvore, produzindo a sua queda, pois, em regra, elles se
desenvolvem nas lesões existentes em fruetos já destacados da planta, sendo,
aliás, causadores de podridões mollcs que, em pouco tempo, inutilizam todo
o conteúdo de uma caixa.
E, afim de ficarmos melhor orientados, precisamos saber se taes fruetos
foram colhidos quando ainda na arvore ou logo após terem eahido no chão.
A queda dos fruetos do kakiseiro póde ser também um phenomeno natu-
ral, de causa não pathologiea, tendo essa planta uma ac.centuada propensão
para produzir um excesso de fruetos, a ponto do ser necessário escorar os ga-
lhos para que não se quebrem.
Quando uma tal fructificação anormal se verifica, acontece que a planta,
não dispondo da seiva necessária á nutrição de todos os fruetos, vem a perder
grande parte de sua carga. Portanto, nessas condições, o tratamento consisli-
ria, apenas, na suppressão de um bom numero de kakis, de accôrdo com a sua
maior ou menor distribuição pelos diversos galhos, perda que seria bem com-
pensada pelo bom desenvolvimento e completa maturação dos (pie permane-
cessem na arvore.
Entretanto, lesões no caule e nos galhos, contribuindo para difficultar ou
mesmo impedir a circulação da seiva, assim como, alguma doença nas raizes,
cm 1
SciELO
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O BIOLOGICO
79
pódetn ser também causa da queda dos fruclos e, nessa hypothese, será preci-
so um tratamento adequado á doença observada.
Com esses esclarecimentos, aguardamos novas informações cio interessado.
B. D. Gonçalves
F. Tkessoldi — Bananal — FUMAGINA da mangueira confundida com a
a nthracnose.
Respondendo á sua presente consulta e reportando-me á anterior, informo
que, no material enviado constatei, apenas a “fumagina ’, revestimento pre-
to sem importância economica e devido a fungos do genero Capnodium.
Não pôde, portanto, ser attribuida a esse fungo a anomalia das suas man-
gueiras e a “anthracnose” nessa fructeira, caracteriza-se como, disse na consul-
ia acima citada, por uma alteração da inflorescencia que dá a impressão de
queima.
.1. G. Carneiro
Abhahão Ventuhi — Mocôca MÍLDIO do melão.
Folhas de melão — As folhas recebidas apresentavam manchas caracterís-
ticas da doença “mildio” das cucurbitaceas, que é produzida pelo fungo Pero-
noplasmopara cnbensis.
Esse fungo determina a queda das folhas, o que acarreta, em casos graves
de ataque, a producção de fruetos pequenos e de má qualidade.
Para combater essa doença, é aconselhável o emprego de pulverizações com
calda bordaleza, a 1 % , de lõ em lã dias. Como o objectivo das pulverizações
cúpricas é o de prevenir contra a infecção e não o de eliminar o parasita já
existente, deve-se fazer a applicaçáo da calda antes que o fungo se manifeste.
Nas plantas já doentes, as folhas atacadas devem ser colhidas e queimadas.
Folhas de chrysandahlias — Devido ter chegado em xnáu estado de conserva-
ção o material, não pudemos determinar a causa da doença que vem atacan-
do as plantas do snr. interessado.
Solicitamos a remessa de novo material, preparado de accòrdo com as ins-
trucçôes que publicamos no vol. I, p. 204, desta Revista.
S. C. Arruda.
João Masikho — Araraijuara — PÜDRIDÃÜ AMARGA da pereira e da
macieira.
As pêras e maçãs que o snr. e.onsulente diz não attingiirem ao estado com-
pleto de maturação, devido a moléstias, parecem estar atacadas da doença co-
nhecida como “podridão amarga”, que muito prejudica a cultura dessas rosá-
ceas no nosso Estado. O fungo agente da doença produz cancros nos galhos e
podridão dos fruetos. Nestes, as lesões são circulares, deprimidas e coloridas de
pardo. Vêm-se nellas numerosos círculos concêntricos, constituídos de ponti-
nhos escuros (orgáos de reproducção do parasita), que se rompendo dão sahi-
da a um pó roseo — são os esporos do fungo.
Para o combale a esta doença vêr o que publicamos no vol. I, pag. 19, desta
Revista.
S. C. Arruda.
Dovilio Luiz Rono — Guarnlhos — MANCHA DA FOLHA do tomateiro.
Na uni ca planta que recebemos, só observamos a doença conhecida por
“mancha da folha”, da qual o agente é o fungo Septoria lycopersici.
Pista doença, muito commum entre nós, manifesta-se nas folhas pelo appa-
recimento de pequenas manchas irregulares coloridas de pardo nos bordos e de
80
O BIOLOGICO
cinza no centro, com 3 mm. de diâmetro em media. O numero de manchas em
cada folha será tanto maior quanto mais severo fòr o ataque. A infecção dá-se nas
folhas mais próximas do sólo, progredindo depois para cima e tendendo a at-
tingir as partes mais altas da planta.
A mancha das folhas deve ser combalida de accõrdo com as instrucções
que demos no vol. I, pag. 236, desta lievisla.
S. C. Arruda
D. Maria Stknico — Piracicaba — ANTHRACNOSE da videira.
O fungo Sphaceloma uinpelinum, agente da anthracnose da videira, ataca
folhas, ramos e fructos.
Nas folhas, a doença appareee como manchas pardas no centro e mais es-
curas nos bordos, um tanto deprimidas e de contorno irregular.
Nos fructos, as lesões têm mais ou menos o mesmo aspecto, porém, mais
deprimidas e maiores. As bagas atacadas tornam-se duras, rachando-se ás vezes
e deixando expostas as sementes.
As lesões nos galhos são deprimidas, de còr acinzentada no centro e parda
nos bordos.
O combate á anthracnose deve ser feito de accôrdo com as instrucções pu-
blicadas no vol. I, pag. 42, desta Revista.
S. C. Arruda.
Dr. Pedro Arau.to — Amparo — MÍLDIO tia videira.
As folhas enviadas acham-se atacadas pelo “mildio”, tloença que muito
prejudica a cultura da videira e é produzida pela Plasmopara vitícola.
Este fungo produz manchas não muito definidas sobre as folhas, que ob-
servadas na pagina inferior apresentam-se cobertas de uma lanugem branca,
constituída pelas fructificações do parasita.
O “mildio” já foi observado em material enviado pelo consulente e deve
ser tratado de accôrdo com as instrucções publicadas no vol. I, pag. 42, desta
Revista.
S. C. Arruda
Pragas das plantas
Directoria de Estatística — Capital — FORMIGAS CASEIRAS. Vèr o que
publicamos nas Notas e Informações.
Lkoncio da Cunha Vianna — Rio Preto — Combale ao CUPIM.
A especie de "cupim” que está causando prejuízos nos terrenos de cultu-
ra em Tietê e seus arredores, é a de mais difficil combate.
Estes insectos não constroem propriamente ninhos, e acham-se esparsos pelo
terreno a pequena profundidade. Devido á difficuldade de se alcançar com in-
secticidas os insectos, a unica medida de resultado efficaz, consiste na aração,
pouco profunda, do terreno. Esta medida de combate deve ser repetida diver-
sas vezes até a extincção completa da praga.
M. Autuori
Américo Martins Junior — ttapira — VERMES da batatinha.
Nos tubérculos que chegaram a esta Secção constatamos a presença de ne-
matoides (vermes microscopicos), que são os responsáveis pelas nodosidades
observadas na superfície dos mesmos. Notavam-se também pequenos caroços,
como que tubérculos filhos, o que constitue um symptoma de doença de virus.
SciELO
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o mo i. o g i c o
SI
No controle tanto da primeira como da segunda é necessário que se re-
geitem, na medida do possível, todos os tubérculos anormaes, que não servem
para semente.
Quanto aos nematoides é ainda aconselhável a pratica de rotação de cul-
turas, pois o verme fica no solo de um anno para outro.
S. C. Arruda
João Saraiva de Araújo — Jaguariahyva ( Paraná ) — Azevedo Rangel —
Ttibapoan — Extincção de FORMIGUEIROS. — Vèr o que publicamos no vol.
I, p. 21, desta Revista.
Eliseu Laugeni — Pompeia — Combate ás FORMIGAS.
Em resposta á consulta sobre o emprego de sufato de cobre, arseniato de
chumbo e enxofre, para combater a saúva, temos a informar o seguinte:
0 arseniato de chumbo e o sulfato de cobje, pelo facto de não produzirem
gaz que possa actuar efficientemente sobre a saúva, não servem para ser em-
pregado no combate a este insecto.
Dos engredientes mencionados pelo consulente, sómente o enxofre póde
ser aproveitado para o fim, em combinação com o arsênico branco, de accòrdo
com as instrucções que publicamos no vol. I, pag. 21 desta Revista.
Mario Nery de Souza Campos — São Simão — PULGÃO do algodoeiro. —
Vèr o que publicamos no vol. I, p. GO, desta Revista.
Andrelixo Vieira — São Carlos — BICHO DA FRUCTA das anonacejrs.
O bicho que entre nós, ataca as anonaceas, é a lagarta da mariposa Steno-
ma anonella, conhecida pela denominação popular de “Bicho da fructa de
Conde”.
A mariposa é de cór branco-acinzentada, com reflexo prateado, medindo 26
mm. de envergadura. As azas são pardo-acinzentadas, com manchas e linhas
transversaes da mesma cór, um pouco mais vivas, trazendo no bordo externo
uma serie de pontos de um castanho-acinzentado.
A lagarta é de colorido branco-rosado, tornando-se, porém, verde ou verde
escura quando se alimenta de fructa apodrecida. Sobre os segmentos do corpo,
notam-se vários tubérculos pardos formando uma serie de pontos bem dis-
linctos. Sobre o primeiro segmento thoraxico e ultimo segmento abdominal
observa-se, em cada um, uma placa de cór acastanhada, sendo a primeira inter-
rompida no centro por uma linha clara.
A mariposa apparece, geralmente, nos mezes de Julho a Setembro. Procu-
ra, durante a noite, os fructos para nelles affectuar a deposição dos ovos. A
sua postura consta de 50 ovos, mais ou menos, distribuídos em diversos fructos.
Os ovos são postos na superficie do fructo, qualquer que seja o estado de
desenvolvimento deste. As larvas lo.qo ao nascerem, procuram penetrar no in-
terior do fructo, onde se desenvolvem occasionando o seu apodrecimento.
Os fructos atacados em geral seccnm, tornam-se enegrecidos e, finalmen-
te cahem.
Uma vez terminado o seu cyc.lo evolutivo, a lagarta tece um casulo em que
se enchrysalida, ficando o casulo com a metade no interior do fructo.
Meios de combate: — A pratica da caiação dos fructos bichados e a sua
destruição, constituem as medidas mais acertadas para debellar a praga.
No inicio da infestação, quando se notarem os primeiros signaes do ataque
da praga, pódem ser empregadas pulverizações de arseniato de chumbo em
pó, na proporção de 300 grms. para 100 litros de agua.
J. P. da Fonseca
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O B 1 O I. O G I C 0
Moacyr de Andrade — Batirú • — Combate ás PRAGAS da batatinha.
A batatinha é atacada por diversos insectos, sendo cada qual combatido de
accòrdo com seu modo de vida, de alimentação, etc., não existindo, actualmente,
uma publicação sobre os meios geraes de combate aos mesmos.
Aconselhamos, entretanto, ao consulente, quando realizar sua cultura de
batatinha, ficar sempre de sobreaviso e, se apparecer na mesma, qualquer in-
secto causando depredações, pedimos que nos sejam remettidos alguns exempla-
res, afim de indicarmos os meios de combate.
./. P. da Fonseca
Abhahão Vente ri — Mocóca — INSECTO que ataca a beringela.
As folhas de “beringela” achavam-se atacadas pelo hetniptero Corylhaica
planaris (Tinyitidae ) .
Para combater este insecto, empregam-se pulverizações de calda de fumo
e sabão, preparada e applicada Me accòrdo com a formula inclusa.
Para exterminar a praga bastam duas ou tres pulverizações com intervalo
de 15 em lã dias.
J. P. da Fonseca
Dr. Luiz Nougues — Garça — CARAMUJOS do cafeeiro. — Vèr o que pu-
blicamos nas Notas e Informações.
Abílio Frim Junior — Villa Malhilde — PULGÃO PRETO da laranjeira.
— Vèr o que publicamos no vol. I, p. 218 e 419, desta Revista.
Antonio Luiz G. de Almeida Campos — Jahá — Combate ás COCHONI-
LHAS e ao PULGÃO BRANCO.
O insecticida mais aconselhado no combate ás “eochonilhas” dos generos
Chrysomphalus e Lepidosaphes, é a emulsão de sabão e oleo. preparada e ap-
plicada de accòrdo com as instrucções que publicamos no vol. I, pag. 309, desta
Revista.
Quanto ao pedido de remessa de “Joaninha”, para combater a Icerya pur-
chasi, solicitamos remetter-nos material abundante de Icerya, afim de se tentar
aqui infestal-o com “Joaninhas” ou com a mosca Synenra infraposita, (outro
efficaz inimigo do “pulgão branco”).
Caso conseguir-mos, apezar da epoca imprópria, exemplares de um dos pa-
rasitas acima mencionados, devolveremos opportunamente o material parasita-
do, afim de ser o mesmo, disseminado entre as plantas atacadas.
M. Auluori
Antonio Luiz G. de Almeida Campos — Jahá — CQCHONILHA CABEÇA
DE PREGO e pulgão branco da laranjeira.
As folhas de laranjeiras remettidas, achavam-se atacadas pela cochonilha
“cabeça de prego”, Chrysomphalus aonidum, e não pelo “pulgão branco”, Ice-
rya purchusi.
Estas duas eochonilhas differem muito uma da outra, e são inconfundíveis.
A cochonilha “cabeça de prego”, acha-se protegida por uma pequena es-
cama em forma de escudo, de contorno perfeitamente circular, levemente con-
vexa lembrando o formato de cabeça de prego de còr violaceo-escura. Méde
cerca de 2 millimetros de diâmetro. Ataca as folhas e os fruetos cítricos. Nas
tolhas, localiza-se de preferencia na pagina superior.
O “pulgão branco” Icerya purchasi, é muito maior, forma numerosas co-
lônias na planta que invade. Observando-se essa especie com attenção distin-
SciELO
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0 B I O L O G I C O
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guem-se sobre a planta numerosos casulos brancos, floecosos, produzidos pelo
proprio pulgão, sendo este um dos característicos que tornam essa especie dis-
lincta de qualquer outra cochonilha.
Como meio de combater a cochonilha “cabeça de prego”, pode ser empre-
gado o Citrol, na proporção de 2 litros para 100 litros de agua.
Sobre a quantidade calculada do Citrol, vae-se addicionando agua aos pou-
cos, revolvendo sempre sem interrupção, até se obter um liquido leitoso. A esse
liquido addiciona-se então o restante da agua, da quantidade requerida, obten-
do-se finalmente o producto prompto para ser applicado. \ applicação deve
sei feita de manhã ou á tardinha e por meio de um apparelho pulverizador
doptado de agitador interno.
J. P. da Fonseca
Instituto Auhonomico — Campinas — GAFANHOTO (“Esperança”) que
roe as laranjas.
Sobre as hastes de Citras enviadas para exame, verificamos a presença de
ovos de “esperança” (Orthoptero, da familia Tettigonidae).
Os adultos destas especies roem os fructos ainda verdes e as folhas das
plantas. Pòem os ovos sob a casca das hastes produzindo ã planta, sérios pre-
juízos, porquanto os insectos antes de iniciar a desova praticam nas hastes,
innumeros pequenos córtes, afim de provocar o dessecamento do meio que as-
sim se torna mais propicio para o bom desenvolvimento dos ovos.
A póda e queima das partes em que os insectos desovaram, representa um
bom me '0 de combate. Em casos de infestação intensa de adultos, as plantas
pódem ser pulverizadas com arseniato de chumbo em pasta ou em pó na se-
guinte proporção:
Arseniato de chumbo em pasta . . . 600 grms.
Agua 100 litros
ou :
Arseniato de chumbo em pó .... 300 grms.
Agua 100 litros
Jlf. Aatuori
Dr. Enéas de Carvalho — Bauru — SERRADOR do euealypto.
Verificamos ser o insecto que ataca os eucalyptos, um “serrador” (Ceram-
bycidae) que esperamos criar e classificar.
E’ de muito difficil combate. Os únicos meios para attenuar o ataque são:
cortar os galhos atacados, juntar os que já foram quebrados, incinerar tudo e
fazer inspecções nocturnas afim de apanhar os insectos no momento do ataque.
Os tenebrionideos encontrados sobre as arvores não são os responsáveis
pelo estrago.
Quanto aos pulgões da laranjeira (Toxoptera anranlii ) recommendamos
pulverizações de sabão e extracto de fumo.
Em aditamento á consulta anterior, sobre os insectos capturados sobre Eu-
calyptus, temos a informar-lhe que se trata de Compsosoma chabrillaci (Coleo-
ptera — Lamiidae).
E’ bem de se crêr seja este o ins'ecio responsável pelos estragos observados,
dada a relativa abundancia de indivíduos colhidos nas arvores damnificadas.
O material por nós colhido quando ahi estivemos em visita, acha-se em ob-
servação, já tendo as larvas começado a perfurar os galhos. De sua completa
evolução depende uma informação mais precisa sobre o assumpto.
84
ü B I O L O G I C O
Quanto aos meios fie combater esta praga, nada temos a accrescentar ao
que já indicamos.
li. L. Araújo
Jonas de Campos Pacheco — Sunlu Anil ré — PULGÃO do pecegueiro e da
ameixeira e COCHONILHA da lunwijeira.
Pelo exame feito nos ramos de ameixeira, pecegueiros e laranjeiras, veri-
ficamos a presença dos seguintes insectos:
Sobre pecegueiro e ameixeira: — Exemplares do "pulgão” Annraphis prti-
nicola.
Sobre laranjeira: — Exemplares de “cochonilha” (Coceidae) Lepidosaphes
pinnaeformis.
Annraphis prunicola, pôde ser facilmente combatido com pulverizações de
calda de fumo e sabão.
A “cochonilha” que está atacando as laranjeiras, deve ser combatida com
emulsão de sabão e oleo.
Junto, enviamos as formulas para o preparo da calda de fumo e da emulsão
de oleo.
.1/. Aiituori
Diversos
Mario Bastos — Pompeia — Infecção indo Coryne kacterium pyogenes: Após
acurado exame do material colhido pelo veterinário enviado, resultou o isola-
mento de um germem denominado Corynebacterium pdogenes nesvanecendo-
se assim a possibilidade de que se tratasse de uma infecção carbunculosa. No
que se refere á prophrlaxia suggerimos a desinfecção scstematica de todas as
feridas e combate aos bernes e bicheiras.
Mario L) 'Apice.
Thf.odoro P. Carvalho — Marilia — A propasito de um caso suspeito de
adenite: O exame do material não revelou a presença de germem capaz de ex-
plicar a adenite. Ponderamos a conveniência de mandar examinar todos os ani-
maes de aequisição nova, para evitar a penetração de animaes “portadores” em
seu estábulo, isto é, animaes doentes, mas, sãos na apparencia. Além disso é
necessário observar uma hygiene mais rigorosa, não só em relação aos animaes
como em relação ao estábulo.
Mario 1)' Apice.
J. Hazuk & Irmão — Pederneiras — Remedio para a Manqueira: Para
combater a manqueira ou carbúnculo symptomatico deverá usar preventivamen-
te a aggressina ou vaecina contra essa doença preparada e vendida pelo Ins-
tituto Biologico de S. Paulo.
J. H. Meyer
Cia. União Fabril — Pelotas — Mwterial de COELHO enviado para exame:
O exame do fígado enviado, foi negativo quanto a existência de coccidiose he-
pática. Sob o ponto de vista bacteriológico os resultados foram completamente
prejudicados devido á putrefacção adiantada. Um diagnostico exacto só seria
possível mediante o exame em animal doente. A simples descripção de sym-
ptomas não permitte juizo seguro.
P. Sob rega
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SciELO
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O BIOLOGICO
85
José Oswaldo Matte — Curityba — A proposito de consultas feitas ao Ins-
tituto Biologico: Cumpre-nos communicar o seguinte:
1. O Instituto Biologico presta gratuitamente todas as informações sobre
doenças de aves.
2. Quanto a criação propriamente dita, raças e preços de aves, são ques-
tões da alçada da Directoria de Industria Animal, com séde a Aveni-
da Agua Branca, nesta Capital.
3. Sobre doenças mais communs de aves e meios de as combater envia-
mos folhetos com as informações desejadas.
P. Nobrega
NOTICIAS DO I. BIOLOGICO
PRIMEIRA REUNIÃO DOS PHYTOPATHOLOGISTAS DO BRASIL
Na semana de 20 a 25 de Janeiro p. p. reuniram-se no Rio de Janeiro pela
primeira vez os phytopathologistas do Brasil. A esta reunião, devida á inicia-
tiva do Dr. Heitor V. da Silveira Grillo, Assistente Chefe da Secção de Phyto-
pathologia do Instituto de Biologia Vegetal do Ministério da Agricultura no Rio
de Janeiro, compareceu a maioria dos technicos que, no Brasil, dedicam-se ao
estudo das doenças das plantas ou á applicação dos meios para prevenir a sua
introducção em differentcs regiões do paiz, ou ainda dos meios para combatel-as.
Eoi eleito presidente da reunião, o Dr. Agesilau A. Bitaneourt, sub-director de
Biologia Vegetal do nosso Instituto.
Entre os scientistas presentes convem destacar o Rev. Padre Rick, o emi-
nente mycologo, residente no Rio Grande do Sul, o Dr. Arsenio Puttemans, do
Ministério da Agricultura, um dos pioneiros da phytopathologia no Brasil, que
longos annos trabalhou em São Paulo, no inicio de sua carreira, o prof. Rawits-
cher, da Faculdade de Sciencias e Philosophia da Universidade de São Paulo, a
Dra. G. v. Ubitsch, do Instituto de Butantan, a Dra. Anna E. Jenkins, a eminen-
te phytopathologista do Departamento da Agricultura dos Estados Unidos e o
Dr. Karl Silberschmidt que está exercendo as funcções de chefe da Secção de
Physiologia Vegetal deste Instituto. Os dois últimos scientistas, juntamente com
o Dr. A. A. Bitaneourt e o Dr. J. G. Carneiro, assistente da secção de Phytopa-
thologia, constituiram a delegação do Instituto Biologico á primeira Reunião
dos Phytopathologistas do Brasil, onde apresentaram as seguintes contribuições:
Dra. Anna E. Jenkins: Doenças das plantas produzidas por Elsinoe e Spha-
celoma no Brasil.
Dr. K. Silberschmidt: A importância do methodo de enxertia em immuno-
logia vegetal.
Dr. A. A. Bitaneourt: Organisação da Defeza Sanitaria Vegetal nos princi-
paes paizes do mundo.
Dr. .1. G. Carneiro: Nomenclatura mycologíca e phytopalhologica brasileira.
VIAGENS
Rio de Janeiro: A Dra. Anna E. Jenkins, os Drs. A. A. Bitaneourt, K. Sil-
berschmidt e J. G. Carneiro compareceram ás sessões da Primeira Reunião dos
Phytopathologistas do Brasil que se realisaram de 20 a 25 de Janeiro.
Poú, Cotia, Suzano, Mogy das Cruzes, S. Roque, Vallinhos, Rocinha, Piraci-
caba, Santo Amaro : O Dr. J. F. Amaral inspeccionou e reinspeccionou viveiros
de mudas, propriedades agrícolas e partidas de plantas fructiferas.
Campinas, Pirassunnnga, Limeira, Taubaté, Tremembé: O Dr. M. T. Piza
inspeccionou e reinspeccionou viveiros em diversas propriedades agrícolas.
Campinas: í) Sr. .1. P. Fonseca continuou os seus estudos sobre a biologia
das cochonilhas dos Citrus.
Campinas : O Dr. E. J. Hambleton em quatro demoradas \iagens proseguio
em seus estudos sobre a biologia das pragas do algodão.
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O B I O L O G I C O
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Campinas: O Prof. Rocha Lima, o prof. Giemsa e o Sr. M. Auluori acompa-
nharam experiências sobre o extineção de formigueiros, as quaes foram conti-
nuadas pelo ultimo, em duas outras viagens.
Campinas: Em duas viagens, o Sr. R. 1.. Araújo providenciou sobre o pre-
paro de viveiros de fumo destinados aos estudos que deverá iniciar sobre as
pragas dessa cultura.
Bauru': O Sr. R. L. Araújo colheu material de estudo de uma praga do euca-
lypto.
Araraquara: O Sr. 1). Braz organisou o mostruário do Instituto na exposi-
ção daquclla cidade.
Angatuba e Apparecida do Sal: O veterinário do Inslituto Biologico, Dr.
Walmiro Henrique Cardim, esteve nas propriedades tios srs. João Cyriaco
Ramos e Felipe Ranen, onde prestou assistência a diversos bovinos e ovinos.
Rancharia e Qualá: Nestas localidades prestou serviços veterinários a di-
versos animaes pertencentes respectivamente á Sociedade Votorantim e ao dr.
Leonidas Barreto, o veterinário adjuncto dr. Washington Belleza.
Cotia e São José dos Campos: Em Cotia o veterinário dr. G. T. Carvalho
procedeu a tuherculinização de vários bovinos pertencentes ao sr. .1. P. C. e em
São José dos Campos o mesmo veterinário colheu material de um bovino per-
tencente ao sr. P. Q. para confirmação de diagnostico de carbúnculo sym-
ptomatico.
Marilia: A pedido dos interessados o veterinário adjuncto dr. Mario d’A-
pice, prestou assistência a diversos animaes respectivamente das propriedades
dos srs. Cel. José Braz, dr. Mario Bastos, Coronel Galdino, Martinico Nogueira
e Thedoro P. Carvalho.
Po á, Agua Vermelha e Catanduva : Em cinco viagens differenles o funccio-
nario da Secção de Ornithopathologia, sr. Anadyr França, procedeu a sangria
de 3.830 aves para pesquiza de pullorose e a vaccinação tle 000 frangos contra
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SÃO PAULO
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íi Catanduva, Collina, Conchal, Franca, Ibirá, Itajuhy, Jahú. Leme, Limeira; Piras-
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Publicações do Instituto Biologico
i I
Archivos do Instituto Biologico 1
Publicação de caracter scientifico sobre assumptos de Biologia geral e appli- I
cada, sobretudo relacionados com as doenças e pragas das plantas e dos animaes. I
0 volume V (1934) acaba de ser publicado. f
Preço de cada volume 20S000 i
I I j
Folhetos de Divulgação |
Pequenas publicações de 4 a 200 paginas sobre os assumptos de maior inte- |
resse para o agricultor referentes a pragas e doenças das plantas cultivadas e §
dos animaes domésticos, e aos meios efficientes para o seu combate. Algumas já I
estão esgotadas. Entre as que maior interesse offerecem destacamos : |
Pragas do café — 1 o 21 — Publicações sobre pragas do café e broca do café. f
Doenças e pragas das plantas cultivadas e seu combate.
N." 23
Guia da Secção de Ento-
47
A vespa de Uganda .
$500 |
mologia
1$000
48
O Coruquerê ....
$500 =
26
Princlpaes pragas do café
2S000
53
As Manchas das laranjas
2$000 |
44
A podridão do pé das la-
$500
$300
78
O Pyrethro ....
2$000 1
45
ranjeiras
Instrucções para remessa
de plantas praguejadas
etc
79 Pragas do algodoeiro .
80 Doenças do algodoeiro .
$500 [
$500 I
Doenças
cias aves e seu
combate
E
N." 49
Porque morrem os Pintos
2$000
N.o 64
Favos das Galinhas .
$300 |
52
Coccidiose
$300
65
Desinfecção e desinfecta-
$300 !
54
Coriza
$300
ção dos aviarios .
55
Tifo aviario ....
$300
66
Sarna das aves .
$300 i
56
Entero epatite dos perús
$300
67
Diarréa branca das aves.
$300 =
57
Piolhos das aves .
$300
68
Gôgo e pigarra .
$300 1
58
Cólera
$300
69
Esparavão
$300 I
59
Espiroquetose ....
$309
70
Vermes das galinhas
$300 i
60
Tuberculose das aves
$300
71
Toxoplasmose dos pombos
$300 E
61
Bouba das aves .
$300
72
Peritonite das galinhas .
$300 I
62
Paralisia das aves
$300
73
Empapadas das galinhas
$300 |
63
Raquitismo dos pintos .
$300
74
O Instituto Biologico e a
avicultura paulista .
$300 i
Doenças do gado
s
N.o 3 6
Helmintoses dos porcos .
$300
N.° 40
Curso branco dos bezerros
$300 1
37
Helmintoses dos rumi-
41
Aborto das vaccas
$300 í
nantes
$300
42
Carbúnculo verdadeiro .
$300 I
38
Helmintoses dos equídeos
$300
50
Tétano
$300 =
39
Helmintoses dos carnívoros
$309
51
Manqueira
$300 \
Doenças
dos coelhos
E
N.° 75
76
Eimeriose ou coccidiose
dos coelhos ....
Sarna dos coelhos
$300
$309
N." 77
Pasteurellose e corysa
dos coelhos ....
$300 |
III
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Album das Orcbidaceas Preço 208000
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O Instituto Biologico tem á venda
os seguintes productos:
Aborto bovino, vacina — 20 ec. (10 doses) ....
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” equino, vacina — 2d cc. (10 doses) ....
Bouba e difteria das galinhas, vacina em pó ou liquida — (60 doses)
Carbúnculo verdadeiro, vacina — 20 cc. (10 doses) .
” " sôro — 20 cc
sôro precipítante para diagnostico — Em
pola de 2 cc
Cólera das galinhas, sôro — 2) cc. (10 doses preventivas)
Curso branco ou diarrêa dos bezerros, vacina — 20 cc. (10 doses
” ” ” ” ” ’’ sôro — 20 cc. . . .
Espiroqnetose das aves — 20 cc. (20 doses)
Garrotilho (adenite equina), vacina — - 20 cc. (10 doses) .
sôro — 20 cc
Infecções piogenicas, vacina — (injeções) — 20 cc. (10 doses)
pomada curativa — (antivírus) Pote de 50 c
Maleina-fr. c/ 2 cc. p/ prova oftalmica (10 doses, ou cutanea (4
doses)
Manqueira (carbúnculo sintomático), agressina - 20 cc. (10 doses
” ” ” sôro — 20 cc. .
Paratifo dos porcos, vacina . — 20 cc. (10 doses) .
Pasteureloses, sôro polivalente — 20 cc
Pneumonia dos bezerros, vaccina — 20 cc. (10 doses) .
” ” ” sôro — 20 cc
Poliartrite dos potros, vacina 23 cc. (10 doses) .
” ” ” sôro — 20 cc
Preparado contra o piolho das aves — Lata de 100 grs.
” a difteria e corisa das aves - Fr. de 20 cc. (10 doses
Raiva, vacina — Empola de 5 cc. (1 dose para cão) .
Salmoneloses, sôro polivalente — 20 cc
Tétano, vacina — anatoxina tetanica — 20 cc. (5 animais)
” sôro antitetanico — 20 cc
Tifo aviario, vacina — 20 cc. (13 doses) ....
Tubercullna — fr. c/ 2 cc. p/ prova oftalmica (10 doses) ou cuta
nea (40 doses)
Vacina B. C. G. contra tuberculose — 20 cc. (10 doses)
Vermífugo para aves N. 1 (purgante) — Fr. de 250 cc. (media
para 12 aves)
Vermifugo para aves N. 2 (vermífugo) Fr. de 50 cc. (media para
12 aves)
Vermífugos para bois, carneiros e cabras — Sal 100 grs. (2 do
ses para boi)
Vermífugos para porcos e cães — Liquido 103 grs. (1 dose p/ porco)
” contro o gogo das galinhas-Fr. de 100 cc. (media p/100 gal.)
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pasta 3*500
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Sulfato de cobre .... 1*800
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Arseniato de cálcio . . . 3*500
FRETE: — Nos preços acima está
lnciuido o frete como CARGA até
a ESTAÇÃO do comprador. Nos des-
pachos como ENCOMENDA será co-
brada a taxa de *200 por quilo.
VASILHAME: — E> cobrado a parte
até 20 ou 30 quilos, conforme o in-
grediente.
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SALVAÇAO .
. 17*600
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. 17*500
34*000
JAHtr . . . .
. 20*000
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de 4 quilos
FRETE: Por conta do Governo.
PEDIDOS: — As importâncias correspondentes ás encomendas poderão ser en-
viadas em chéquc- ou vale postal, pagavel em Sáo Paulo ao DR. BENE-
DITO SOARES MONTEIRO, Tesoureiro deste Instituto — Caixa Dupla 2821.
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5*000
2*000
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5*003
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2*000
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2*000
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2*300
5*000
2*000
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2*000
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§
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11 12 13 14 15 16 17
COMO SERVE AO PAIZ
O
INSTITUTO BIDLDGICD
DE SÃO PAULO
Combate ás pragas
e doenças da criação e
da lavoura.
Applica as leis
de deíeza sanitaria ve-
getal e animal em col-
laboração com o gover-
no federal.
Vigia as fronteiras
e estradas para impedir
a difíusão das pragas e
doenças.
Prepara sôros, vaccinas
vermífugos e outros
productos contra as
doenças dos animaes.
Fiscaliaa o commercio
de fungicidas e
insecticidas
Protege contra doenças
a
avicultura.
Promove a destruição
de cafeeiros abandona-
dos e restos da lavoura
de algodão.
Dietribue a vespa da
Uganda
contra a broca do
café.
Expurga saccos
e outros objectos con-
taminados por pragas
e doenças.
Orienta o controla
as medidas contra a
broca do café.
Pesquiza a biologia
dos microbios, pragas,
vermes, fungos nocivos
á lavoura e á
pecuaria.
Estuda as descobertas
que se fazem no resto
do mundo applicaveis á
defesa da agricultira.
Cultiva a investigação
scientifica como base es-
sencial da orientação de
seus trabalhos.
Publica em revista
própria o resultado das
investigações feitas.
Cria especialistas
em doenças de plantas
e de animaes
Adestra technicos
para a defeza sanitaria
animal e vegetal.
Aconselha aos adminis-
tradores
do Estado em assumptos
de defeza agrícola e
animal.
Auxilia como Instituição
complementar o ensino
universitário.
Collabora com institutos
scientificos do paiz e do
extrangeiro em continua
troca de material, col-
, lecções e observações.
Presta anxilio
a todas as instituições
publicas no que diz res-
peito á defeza sanitaria
da lavoura e pecuaria.
Examina plantas
e animaes doentes que
lhe são enviados.
Envia technicos
ás fazendas examinar a
lavoura e criação.
Ensina em cursos
lavradores e criadores
as bases e processos de
defeza da lavoura e da
pecuaria.
Faz exames de sangue
para exclusão dos ani-
mais doentes como focos
de infecção.
Divulga em folhetos
os conhecimentos mais
uteis aos agricultores.
Attende a consultas
sobre doenças de plan-
tas e de animaes.
Instrue os interessados
no tratamento dos
pomares.
Experimenta plantas
toxicas
para os animaes.
Investiga as causas
biológicas
da desvalorisação com-
mercial das nossas ba-
nanas e laranjas.
Organisa museus
sobre as doenças e
pragas da nossa
agricultura.
Instituto Biologico de São Paulo
EXPEDIENTE DAS 12 AS 18 HORAS
AOS SABBADOS DAS 9 ÁS 12 HORAS
HORAS DE AUDIÊNCIA DOS DIRECTORES
Director-Superintendente : Prof. H. da Rocha Lima - das 11 ás 12 horas - Rua
Marqucz de Itú, - das 17 ás 18 horas, Av. Brigadeiro Luiz Antonio, 580.
Sub-Directores:
Divisão Vegetal: A. A. Bitancourt - das 16 ás 18 horas - Avenida Bri-
gadeiro Luiz Antonio, 580.
Divisão Animal: Dr. J. R. Meyer - das 9 ás 11 horas (excepto ás 5.as
feiras) Rua Marquez de Itú, 71
Administração: Arthur Reis - das 14 ás 18 horas - Av. Brigadeiro
Luiz Antonio, 580.
CONSULTAS E CHAMADOS
Por correspondência: CAIXA POSTAL 2821 (preferível a qualquer indicação
de rua)
Para consultas verbaes e chamados urgentes por telegramma ou telephone:
Divisão Vegetal: Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, 580 - Tel. 2-4117.
Divisão Animal: Rua Marquez de Itú, 71 - Telephone 4-7196.
Pára chamada de veterinários e embarque de animaes: Telephone 4-5419.
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COMPRA DE SOROS E VACCINAS
Por carta: Caixa postal 2821.
Pessoalmente: Rua Marquez de Itú, 71 — (Brevemente em todos os postos do
Instituto no Interior).
COMPRA DE FUNGICIDAS E INSECTICIDAS
Por carta: Caixa postal 2821.
Pessoalmente — Capital:
Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, 580.
Campinas:
Rua Ferreira Penteado, 29 - das 8 ás 18 horas.
Baurú :
Rua 13 de Maio.
COMPRA DE PUBLICAÇÕES
Por carta: Caixa postal 2821.
Pessoalmente: Rua Marquez de Itú, 71.
PAGAMENTOS: Todos os pagamentos de soros, vaccinas, fungicidas e insecti-
cidas, e publicações devem ser effectuados adeantadamente por meio de
cheques ou vales postaes pagaveis em São Paulo ao Thesoureiro do Ins-
tituto, Dr. Benedicto Soares. As publicações poderão ser igualmente ad-
quiridas mediante a remessa previa da quantia equivalente em sellos
postaes.
TYP. ROSSOL.IL.LO — Rua Asdrubal do Nascimento, 91 — S. PAUL.C
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