Skip to main content

Full text of "Iheringia"

See other formats


ia 


EA 


Mir 


are 


Sal 


tief 


PEN 


é sb sit ani st 


ae, 


a 


a 


E» 
x 
E 
% 


ar 


ut À 


i 


nes SEE 


dei pas atrtags 


Er Er AT) s.hil)äe» 


1 
a 


SI14VE 
INSTITUT 
INSTITUT 
saliyva 


LIBRARIES SMITHSONIAN 


INSTITUT 
s31uvYy 


INSTITUTION NOILNLILSNI NVINOSHLINS S31UWV 


= 2 z EB - 2 
> ar > er BI z = 
O E O E 47 O L 
- Õ TO NN GS Vs, "2 Ö 
E z E NS GM a 
= > Ne = > 
NOILNLILSNI_ NVINOSHLINS S31U vu DIENEN INSTITU 
o : = sd 
Li 5 Lui ” wu E e 
e A po = Em dm à 
= car Dh I 
< pa ‚x Cc < AA Cc 
[6 [= & A er 
- E É E radio 
= = nr = er 2 
LIBRARIES SMITHSONIAN INSTITUTION NOILNLILSNI NYINOSHLIWS S31UV 
[00] Ea “W —s [06] O 
a” Em E Eau = 2 Li 
> fo > ai N 2 
20 F- 7 A) E >) = 
É z E z dh E 
r NOILNLILSNI E I4V4g Li B RAR | ES ,SMITHSONIAN  INSTITL 
zZ = na N = < N, 
E a: E Ê 
> / > Ê = Ma = 
> = (99) N 177) 
SrIERNEBES — INSTITUTION NOILNLILSNI 
= 7) 
7 = A o tus = u 
= o dE o + = 
E: X o Es X E 
I: = er = 
o = o o o 2 
zZ Er 6 zZ ar | z a 
NOILNLILSNI NYINOSHLINS SIISVIGIT LIBRARIES 
E EN = E = ia 
= = E = E z 
E > E > = :> 
= ir = E E = 
7) ee \ 2) ET O * ém 
- N - a E 0 q 
a B RARI ES cpSMITHSONIAN INSTITUTION NOILNLILSNI NVINOSHLINS Sal UvVê 
z Z u = di < = DD 
z E zZ x 3 is, E a 
oO sa O N LT ZIEL O 7% 
n 27] DON db Am SD 7) 
pe oO T NN 6 di 2 O 
= > = > & = = 
77) z 77) Be Kae 77) ao 
X —NVINOSHLINS S31UVUAIT_ LIBRARIES SMITHSONIAN 
Ly o Li = me 2 
= air u ber E a 
[8 a [6 — & > E 
<< E » << az X Aal =| 
[004 = CE G X co 
à = j e = er 2 
LIBRARIES SMITHSONIAN INSTITUTION NOILNLILSNI NVINOSHLINS S31UV 
E Erro = AB Re LE BADER Er pita => 


> IR i = > = „> E Nez 
. SE in Es = NUS) — 
> m ka N I =“ m pd m INOSAD, o 
ARIES SMITHSONIAN INSTITUTION NOILNLLLSNI NVINOSHIINS S31UVY@ 17 u 
| 2 au = x < = dy < 
23 > N ur WIE Ed cl , La 
Eu 5 NS = GL) I GBR O 
nm O RE 09 di WERT 0 PD 
fe) En IN o HM, I oO DB dis Ee 
= E N 2, = =, = 
E Ea ; = ; 
— NVINOSHLINS 53 I4vVy4g Et BRARI ES SMITHSONIAN INSTITUTION Rs 
A “wu = us AN: us 
q = É - Jin, ; 
Aa 
E j = am 5 A É Ih: GE 3 
= co Ra Mm es, co 
O Ê = i O Dan O Es? 
= = “e A | Z e) 
SMITHSONIAN INSTITUTION NOIINJIISNI s31yvy4gIı7 L 
5 ia = Mi = 4 
oO \ oJ Q [98] 
u Wo > EA >: > „> 
= E A su a e 
zZ ds z a e a 
S S314V44d1I1 LIBRARIES SMITHSONIAN 
zZ (02) <. ba (2 > dp) 
zZ q e fim Zoo SR 4 = =] 
e E Dil o: N a 5 
É o ES: - 2 
n > = 2 = N 
SMITHSONIAN INSTITUTION NOILNLILSNI NVINOSHLINS S31IUVYEITI_ 
q z ED z 
E a = au > E 
< *; = < 3 SS < a 
Men = von = N O — 
A = O E O Ret A O 
{ I Ea pe 2 a az 
ILSNI S31IU3V4911 
Er E 2 E 2 5 
o _ aD gun (80) — 
o 5 2 = „m 5 
ia - = E a > 
ARIES SMITHSONIAN INSTITUTION NOILNLILSNI NVYINOSHLIAS S314Y4A17 
\ Lu) RU > (04) en [9 a 
| = N = v7 < = = 
nur > pr AE = 2 
z 5 = ; ZN; 5 z O 
8 E 38,98: 2 2 
E E Me = 2. = 
> 7 z a = 2 
1SNI_NVINOSHLINS — ol BRARI ES SMITHSONIAN_INSTITUTION E 
A. 
a E = : Da: = 
E < o < AUS dê A < 
a ee! } [an PO a 
= po a e Phi = = 
oO i qua O BE O vs 
= sas Z sol z el 
TES SMITHSONIAN INSTITUTION NOILNLILSNI NVINOSHLINS SIIHVITIT 
> BUTTER z L 
en pen HEUTE TV Pt TEN Kin Ro da > 


en, 


NN 
| 


Ea _ 


Mm RAL IR 


RS a E RO DP NA qr FENS VL, ke. 
me ZM ks ç. er 4 tt / fra 


INGIA 


SÉRIES CIENTÍFICAS. 
DO 


DR EN A — 17 DE FEVEREIRO DE 1957 


CATÁLOGO DOS MOLUSCOS 
DO MUSEU RIO-GR ANDENSE 
DE CIÊNCIAS NATURAIS 


LUDWIG BUCKUP 
ERICA HELENA BUCKUP 


If irá = E 
| 0CT8 1958) 
W 


w fo 

| SYUBRAR) 
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA 
DIVISÃO DE CULTURA 


é DIRETORIA DE CIÊNCIAS 


Tôda correspondência referente à | 
“"IJHERINGIA” | 
deve ser enviada ao 


MUSEU RIO-GRANDENSE DE CIÊNCIAS 
NATURAIS 


Rua Coronel Vicente, 430 — Pôrto Alegre 
Estado do Rio Grande do Sul 
Brasil. 


= 


LUDWIG BUCKUP 
ERICA H. BUCKUP 


CATÁLOGO DOS MOLUSCOS 
DO MUSEU RIO-GRANDENSE 
DE CIÊNCIAS NATURAIS 


Pôrto Alegre 
Oficinas Gráficas da Imprensa Oficial 


e e rs 


INTRODUÇÃO 


Desde há alguns anos vimos coletando material malacológico 
no Rio Grande do Sul e também em outros Estados meridionais do 
Brasil. Quando passamos a integrar o corpo de técnicos do Museu 
Rio-Grandense de Ciências Naturais, instituição de pesquiza que se 
criava em outubro de 1955, resolvemos depositar alí oc material por 
nós coligido; desde então procuramos intensificar a coleta de mo- 
luscos em. todo o Estado, e as peças obtidas, anexadas às que nos 
foram remetidas, ou por doação, ou por permuta, passaram a cons- 
tituir a coleção malacológica do citado Museu. A medida que pro- 
cediamos a determinação dos moluscos, íamos constatando que a: 
maioria das localidades e regiões por nós anotadas para as diferen- 
tes espécies, ainda não tinham encontrado registro na bibliografia 
sôbre c assunto. Resolvemos, pois, elaborar êste pequeno catálogo, 
com o fito de divulgar os dados por nós recolhidos, e assim podermos 
contribuir para o melhor conhecimento dêste importante grupo de 
animais. 

Na nomenclatura das diferentes categorias sistemáticas, in- 
cluidas no presente catálogo, procuramos seguir em linhas gerais 
o sistema adotado por Lange de Morretes em seu “Ensaio de Ca- 
tálogo dos Moluscos do Brasil”, Arquivos do Museu Paranaense, 
1949, vol. 7, p. 3-216, e “Adenda e Corrigenda ao Ensaio de Catá- 
logc dos Moluscos do Brasil”, Arquivos do Museu Paranaense, 1953, 
vol. 10, 1.º Parte, p. 37-76, sem pretendermos entrar no mérito do 
mesmo, visando com isto uma maior uniformização da literatura 
brasileira sôbre os animais em questão. 


Queremos deixar consignados aqui, os nossos sinceros agrade- 
cimentos ao Professor Doutor Eliseu Duarte, do Museu de His- 
tória Natural de Montevideo, que não evitou esforços no sentido de 
tornar possível esta publicação, tendo determinado a maioria do 
material que aqui arrolamos e fornecendo-nos preciosas informações 
söbre assuntos bibliográficos. INão menos gratos estamos a todos 
aqueles que com a sua colaboração e o seu estímulo contribuiram 
no recolhimento de dados para a elaboração dêste catálogo. 


Pôrto Alegre, outubro de 1956. 


Os Autores 


CLASSE BIVALVIA 
Ordem Taxodonta 
Subordem Nuculoidea 
Familia NUCULIDAE 


Gênero Nucula Lamarck, 1799. 
Nucula puelcha d'Orbigny, 1842 
Localidade — Litoral do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. 


Subordem Arcoidea 
Familia ARCIDAE 


Gênero Arca Linné, 1758 


Arca umbonata Lamarck, 1819. 


Localidade — Praia do Camboriú, Estado de Santa Catarina, 
Brasil. 


Gênero Barbatia Gray, 1847. 


Barbatia barbata Linné, 1758. 


Localidade — Praia do Camboriú, Estado de Santa Catari- 
na, Brasil. 


CATÁLOGO DOS MOLUSCOS DO MUSEU, Etc. 


Gênero Noetia Gray, 1847 H. & A. Adams, 1857. 


Noetia bisculata (Lamarck, 1819). 

Localidade — Praia de Törres, Estado do Rio Grande do Sul, 
Brasil. Praia do Imbé, Estado do Rio Grande 
do Sul, Brasil. 


Genero Anadara Gray, 1847. 
Subgênero Cunearca Dall, 1898. 


Anadaro (Cunearca) brasiliana (Lamarck, 1819). 
Localidade — Vila Bela, Ilha de São Sebastião, Estado de 
Säo-Paulo, Brasil. 


Anandara (Cunearca) chemnitzi (Philippi, 1851). 

Lccalidades — Praia do Camboriú, Estado de Santa Catari- 
na, Brasil; Praia de Törres, Estado do Rio 
Grande do Sul, Brasil; Praia de: Atlântida, 
Estado do Rio Gránde do Sul, Brasil; Praia 
do Imbé, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil; 
Praia de Cidreira, Estado do Rio Grande do 
Sul, Brasil; Praia do Cassino, Mun. de Rio 
Grande, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. 


Ordem Anisomyaria 
Subordem uid Es 
al MYTILIDAE 
Genero Braehyodonte é Swainson, 1840. 
Subgênero Hormomya Morch, 1853. 
Brachyodontes (Hormemya) darwinianus (d’Orbigny, 1846). 


' Localidade — Distrito Federal,. Estado do Rio de !aneiro, 
Brasil. 


IMERINGIA — ZOOLOGIA N.º 1 9 


8. Brachyodontes (Hormomya) rodriguezi (d'Orbigny, 1846). 
Localidade — Molhe Oeste da Barra do Rio Grande, Estado 
do Rio Grande do Sul, Brasil. 


Gênero Mytilus Linné, 1758. 
Subgenero Chloromya Morch, 1758. 
9. Mytilus (Chloromys) achatinus Lamarck, 1818. 
Localidades — Praia de Törres, Estado do Rio Grande do 
Sul, Brasil. Sarita, Rio Grande, Estado do 


Rio Grande do Sul, Brasil. 


107 Mytilus platensis d'Orbigny, 1846. 
| Localidade — Chuí, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. 


Subordem Pteroidea 
“Família PTERIIDAE 
Gêncro Pt é pita Scopoli, 1777. 
11. Preria colymbus (Bolten) Röding, 1798. 


Localidade -— Litoral do Estado do Rio Grande do Sul, Bra- 


sia 


Subordem Pectinoidea 
- Familia PLICATULIDAE 
Gênero Plicatula Lamarck, 1801. 


12. - Plicatula apondyloidea (Meuscher, 1781). 
Localidade — Chuí, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. 


CATÁLOGO DOS MOLUSCOS DO MUSEU, Etc. 


13: 


19. 


16. 


Familia PECTINIDAE 
Subfamilia Pectininae 
Genero Pec t en Osbeck, 1765. 
Subgênero Chlamys (Bolten) Röding, 1798. 


Pecten (Chlamys) tehuelchus d’Orbigny, 1846. 
Localidade — Praia de Sarita, Rio Grande, Estado do Rio 
Grande do Sul, Brasil. 


Subgênero Pecten s. s. 


Pecten (Pecten) ziczac (Linne, 1758). 
Localidade — Vila Bela, Ilha de São Sebastião, Estado de 
São Paulo, Brasil. 


Pecten patrice D. Jurado, 1918. 
Localidade — Litoral do Rio Grande do Sul, Brasil. 


Ordem Eulamellibranchiata 
Subordem Unionoidea 
Família PRISODONTIDAE 
Subfamilia Diplodontinae 

Gênero Diplodon Spix, 1827. 
Subgênero Diplodon s. ss. 


Diplodon (Diplodsn) parallelipipepon (Lea, 1834). 

Localidades — Rio Guaiba, Ponta Grossa, Municipio de Pör- 
to Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, Bra- 
sil; Rio Guaiba, Ipanema, Pörto Alegre, 
Estado do Rio Grande do Sul, Brasil; Rio 
Guaiba, Flörida, Municipio de Guaiba, Esta- 
do do Rio Grande do Sul, Brasil; Rio Ne- 
gro, Sto. Tacuarembó, Uruguai, 


KZ, 


18. 


20. 


2). 


22. 


23, 


IMERINGIA — ZOOLOGIA N.º 1 , 11 


Diplodon (Diplodon) charruanus (d'Orbigny, 1835). 
Localidade — Rio Guaiba, Ponta Grassa, Pörto Alegre, Es- 
tado do Rio Grande do Sul, Brasil. 


Diplodon (Diplodon) gratus (Lea, 1860). 
Localidade — Rio Guaiba, Ponta Grossa, Pörto Alegre, Es- 
tado do Rio Grande do Sul, Brasil. 


Diplodon (Diplodon) deceptus (Simpson, 1914). 
Localidade — Rio Guaiba, Ipanema, Pôrto Alegre, Estado 
do Rio Grande do Sul, Brasil. 


Subgênero Rhipidodonta Mörch, 1853 


Diplodon (Rhipidodonta) paranaensis (Lea, 1834). 
Localidade — Bahia de Colonia, Uruguai. 


Familia MONOCONDYLAEIDAE 


Subfamília Anodontitinae 
Gênero Anodontites Bruguiere, 1792 
Subgênero Anodontites s. s. 


Anodontites (Anodontites) tenebricosa (Lea, 1834). 
Localidade — Arroio Sacra, Paisandú, Uruguai. 


Subgênero Pachyanodon Martens, 1900. 


Anodontites (Pachianodon) trapesialis trapesialis Lamarck, 
1819. 


Localidade — Rio Guaiba, Ipanema, Pörto Alegre, Estado 
do Rio Grande do Sul, Brasil. 


Anodontites (Pachyanodon) riograndensis (lhering, 1890). 
Localidade — Rio Guaiba, Pôrto Alegre, Estado do Rio 
Grande do Sul, Brasil, 


24. 


20% 


CATALOGO DOS MOLUSCOS DO MUSEU, Eic. 


Subfamília Leilinae 
Gênero Leila Gray, 1840 
Leila blainvilleana riograndensis (lhering, 1890). 
Localidade — RioGuaiba, Itapoan, Municipio de Viamão, 
Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. 
Subfamília Mycetopodinae 
Gênero Mycetopoda dOrbigny, 1835 
Mycetopoda legumen (Martens, 1888). 
Localidade — Viamão, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. 
Subordem Sphaerioidea u 
Familia CORBICULIDAE 


ar Subfamília Corbiculinae ' 


Gênero Corbicula Megerle von Mühlfeld, 1811. 


Subgênero Cyanocyclas Blainville1818. | 


Corbicula (Cyanocycias) obsoleta Deshayes, 1845. 
Localidade — Rio Guaiba, Flórida, Mun. de Guaiba, Estado 
do Rio Grande do Sul, Brasil. 


Corbicula (Cyanocyclas )limosa (Maton, 1809). 
Localidade —- Rio Guaiba, Itapcan, Mun. de Viamão, Esta- 
do do Rio Grande do Sul, Brasil. 


Corbicula (Cyanocyclas) guahybensis W. B. Marshall, 1927. 
Localidade — Rio Guaiba, Ipanema, Pörto Alegre, Estado 
do Rio. Grande do Sul, Brasil, 


IMERINGIA — ZOOLOGIA N.º 1º: Es vs 


29. Corbicula delicata Marshall, 1924. 
Localidade — -Rio Guaiba, Ponta Grossa, Pôrto Alegre, Es- 
tado do Rio Grande do Sul, Brasil. 


Subordem Gaimardioidea 
Família GAIMARDIIDAE 
Gênero Gai ma rdia Gould, 1852. 


30. Gaimardia el nl (d’Orbigny, 1846). 
Localidade — Chui, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. 


' Subordem 'Lucinoidea 
Familia LUCINIDAE 
Genero Lucina (Bruguiere, 1797), Lamarck, 1799. 


31. Lucina jamaicensis (Chemnitz, 1784). 
Localidade — Praia do Camboriú, Estado de Santa Catari- 
na, Brasil. | 


Gênero Divaricelia Martens, 1880. 


32. Divaricella quadrisulcata (d’Orbigny, 1846). 

Localidades — Praia da Coröa Grande, Estado do Rio de Ja- 
neiro, Brasil; Praia do Camboriú, Estado 
de Santa Catarina, Brasil; Törres, Estado 
do Rio Grande do Sul, Brasil. 


Subordem Cardioidea 
Família CARDIIDAE 
Subfamília Trachycardiinae 
Gênero Trach ycardi um Morch, 1853 
Subgênero Dallocardia Stewart, 1930. 


33. Trachycardium (Dallocardia) muricatum (Linné, 1758). 
Localidades — Praia da Corôa Grande, Estado do Rio de Ja- 


34. 


So 


36, 


CATÁLOGO DOS MOLUSCOS DO MUSEU, Etc. 


neiro, Brasil; Vila Bela, Ilha São Sebastião, 
Estado de São Paulo, Brasil; Törres, Esta- 
do do Rio Grande do Sul, Brasil; Sarita, Rio 
Grande, Estado do Rio Grande do Sul, Bra- 
sil. 


Subordem Veneroidea 


Família MERETRICIDAE 
Subfamília Pitarinae 
Gênero Pitar Romer, 1857 
Subgênero Pitar s. s. 


Pitar (Pitar) rostratum (Koch, 1844). 

Localidades — Törres, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil; 
Cassino, Município de Rio Grande, Estado 
do Rio Grande do Sul, Brasil. 


Gênero Amiantis Carpenter, 1863. 


Amiantis purpurata (Lamarck, 1818). 

Lccalidades — Törres, Estado da Rio Grande do Sul, Brasil; 
Atlântida, Estado do Rio Grande do Sul, Bra- 
sil; Imbé, Estado do Rio Grande do Sul, 
Brasil; Tramandaí, Estado do Rio Grande 
do Sul, Brasil; Cidreira, Estado do Rio 

. Grande do Sul, Brasil; Cassino, Município 
de Rio Grande, Estado do Rio Grande do 
Sul, Brasil. 


Gênero Macrocallista Meeck, 1876. 


Macrocallista maculata (Linné, 1758). 

Localidade — Vila Bela, Ilha São Sebastião, Estado de São. 
Paulo, Brasil; - Praia do Camboriú, Estado de 
Santa Catarina, Brasil. 


IXERINGIA — ZOOLOGIA N.º 1 15 


37. 


38. 


39. 


40. 


Subfamilia Meretricinae 
Genero Tivela Link, 1807. 


Tivela ventricosa Gray, 1838. 

Localidades — Törres, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil; 
Santa Terezinha, Estado do Rio Grande do 
Sul, Brasil; Imbe, Estado do Rio Grande do 
Sul, Brasil; Tramandaı, Estado do Rio 
Grande do Sul, Brasil; Cidreira, Estado do 
Rio Grande do Sul, Brasil; La Coronilha, 
Rocha, Uruguai; Sarita, Rio Grande, Esta- 
do do Rio Grande do Sul, Brasil. 


Gênero Eutivela Dall, 1891. 


Eutivela isabelleana (d'Orbigni, 1846). 
Localidade — Punta del Este, Maldonado, Uruguai. 


Família DOSINIIDAE 
Subfamilia Desini de 
Gênero Dosinia Scopoli, 1777. | 
Subgênero Dosinidia Dal, 1902. 


Dosinia (Dosinidia) concentrica (Born, 1780). 
Localidade — Praia do Camboriú, Santa Catarina, Brasil. 


Família CHIONIDAE 
Gênero Chione Megerle von Mühlfeld, 1811. 
Chione pubera Valenciennes, 1827. 


Localidade — Vila Bela, Ilha São Sebastião, Estado de São 
Paulo, Brasil. 


16 CATÁLOGO DOS MOLUSCOS DO MUSEU, Etc. 


Gênero Lyrophora Conrad, 1864. 


41. Lyrophora paphia (Linné, 1767). 

_ocalidades — Praia da Coröa Grande, Estado do Rio de 
Janeiro, Brasil; Törres, Estado do Rio 
Grande do Sul, Brasil; Imbé, Estado do 
Rio Grande do Sul, Brasil. | 


Gênero Anemalocardia Schumacher, 1817. 


42. - Anomalocardia brasiliana (Gmelin, 1792). 

Localidades — Praia da Coröa Grande, Estado do Rio de Ja- 
a neiro, Brasil; Vila Bela, Ilha São Sebastião, 
Estado de São Paulo, Brasil; Praia do Cam- 
boriú, Estado de Santa Catarina, Brasil; 
Tórres, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil; 
Tramandaí, Estado do Rio Grande do Sul, 
Brasil; Cidreira, Estado do Rio. Grande do 

Sul, Brasil. 


Família PETRICOLIDAE 
Gênero Petricola Lamarck, 1801. 
Subgênero Petricolaria Stoliczka, 1970. 


43. Petricola (Petricolaria) pholadiformis Lamarck, 1818. 
Localidades — Punta del Este, Maldonado, Uruguai; Praia 
de Tôrres, Estado do Rio Grande do Sul, Bra- 
sil; Chuí, Estado do Rio Grande do Sul, Bra- 
sil. 
Subordem Mactroidea 
Família MESODESMATIDAE 
Gênero Mesodesma Deshayes, 1830. 
Subgênero Taria Gray, 1853. 


44. Mesodesma (Taria) mactroides Deshayes, 1854. 
Localidades — Törres, Estado d oRio Grande do Sul, Brasil; 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 1 


30 


Imbe, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil; 
Cidreira, Estado do Rio Grande do Sul, Bra- 


sil, La Coronilla, Rocha, Uruguai; Praia 
de Sarita, Rio Grande, Rio Grande do Sul, 
Brasil. 


Familia MACTRIDAE 
Gênero Mactra Linné, 1767. 
Subgênero Mactra s. s. 


45. Mactra (Mactra) isabelleana d'Orbigny, 1846. 
Localidades — -Tôrres, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil; 
Tramandaí, Estado do Rio Grande do Sul, 
Brasil; Cidreira, Estado do Rio Grande do 
Sul, Brasil; Cassino, Município de Rio Gran- 
de, Rio Grande do Sul, Brasil. ° 


46. Mactra marplatensis D. Jurado, 1918. 


Lecalidade — Praia do Cassino, Rio Grande, Estado do Rio 
Grande do Sul, Brasil. 


Gênero Mactrellona Marcks, 1951. 
47. Mactrellona alata (Spengler, 1802). 
Localidade — Vila Bela, Ilha São Sebastião, Estado de São 
Paulo, Brasil. 
Subordem Tellinoidea 
Família DONACIDAE 


Gênero Donax Linné, 1758. 


48. Donax hanleyanus Philippi, 1845. . 
Localidades — Praia da Corôa, Estado do Rio de Janeiro, 
Brasil; Törres, Estado do Rio Grande do 


18 CATÁLOGO DOS MOLUSCOS DO MUSEU, Etc. 


. Sul, Brasil; Atlântida, Estado do Rio Gran- 
de do Sul, Brasil; Imbé, Estado do Rio 
Grande do Sul, Brasil; Tramandaí, Esta- 
do do Rio Grande do Sul, Brasil; Cidreira, 
Estado do Rio Grande do Sul, Brasil; Por- 
tezuelo, Maldonado, Uruguai; Praia do 
Cassino, Rio Grande, Estado do Rio Grande 
do Sul, Brasil. 


Genero Iphigenia Schumacher, 1817. 


49. Iphigenia brasiliana (Lamarck, 1818). 
Lccalidade — Vila Bela, Ilha São Sebastião, Estado de São 
Paulo, Brasil. 


Família SANGUINOLARIIDAE 
Gênero Sanguinciaria Lamarck, 1799. 


Subgênero Psammotella (Blainville, 1826) Herrmannsen, 1852. 


50. Sanguinclaria (Psammotella) operculata operculata (Gmelin, 
1292). | 
Localidades — Vila Bela, Ilha São Sebastião, Estado de São 
Paulo, Brasil; Praia do Camboriú, Estado 
de Santa Catarina, Brasil. 


Gênero Tagelus Gray, 1847. | 


Sugenerc Tagelus s. s. 


51. Tagelus (Tagelus) gibbus (Spengler, 1794). 
Localidade — Praia do Cassino, Municipio de Rio Grande, 
Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. 


Familia TELLINIDAE 
Gênero Strigilla Turton, 1822. 


52. Strigilla carnaria (Linné, 1758). 
Localidade — Praia do Cassino, Rio Grande, Estado do Rio 
Grande do Sul, Brasil, 


IMERINGIA — ZOOLOGIA N.º 1 


19 


Gênero Eurytellina Fischer, 1887. 


53. Eurytellina angulosa (Gmelin, 1792). 
Localidades — Vila Bela, Ilha Sao Sebastião, Estado de São 
| Paulo, Brasil; Praia do Camboriú, Estado 
de Santa Catarina, Brasil; Cassino, Muni- 
cípio de Rio Grande, Estado do Rio Grande 
do: Sul, "Brasil. 


Subordem Solen»idea 
Família SOLENIDAE 
Gênero Solen Linné, 1758. 


54. Solen techuelchus d'Orbigny, 1843. 
Localidade — Litoral do Estado do Rio Grande do Sul, Bra- 
sil. 


Subordem Myoidea 


Família ALOIDIDAE 
Gênero Erodona (Daudin) Bosc, 1802. 


55. Eredona mactroides Daudin, 1802. 
Localidades — Jantiago Vasquez, San José, Uruguai; Rio 
Santa Rita, Dto. San José, Uruguai. 


Subordem Adesmoidea 
Família PHOLADIDAE 
Subfamília Pholadinae 


Gênero Cyrtopleura Tryon, 1862. 
Subgênero Scobinopholas Grant & Gale, 1931. 


56. Cyrtopleura (Scobinopholas), costata (Linné, 1758). 
Localidade — Praia da Coröa Grande, Estado do Rio de Ja- 
neiro, Brasil. 


CATÁLOGO DOS MOLUSCOS DO MUSEU, Etc. 


57: 


58. 


IR, 


60. 


Cyrtopleura (Scobinopholas) lanceolata (d’Orbigny, 1846). 
Localidade. — Chuí, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. 
Brasil. 
CLASSE GASTEROPODA 
SUBCLASSE PROSOBRANCHIA 
Ordem Archaeogastropoda 
Subordem Zeugobranchia 
Família FISSURELLIDAE 
Subfamília Emarginulinae 


Gênero Diodora Gray, 1821. 


Diodora patagonica (d'Orbigny, 1841). 


- Localidade — Törres, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. 


Gênero Lucapinelloa Piisbry, 1890. 


L.ucepinella henseli Martens, 1900. 
Localidade — Rio Grande do Sul, Brasil. 


Subordem Patellacea - Docoglossa 
Família ACMAEIDAE 
Subfamília Acmaeinae 
Gênero Acmaea Eschscholtz, 1833. 


Acmaea subrugosa d’Orbigny, 1846. 

Localidades — Törres, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil; 
Tramandai, Estado do Rio Grande do Sul, 
Brasil; Molhe Oeste da Barra do Rio Gran- 
de, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. 


INERINGIA — ZOOLOGIA N.º 1 


21 


Subordem Trochoidea 

Família TROCHIDAE 

Subfamília Trochinae 
Gênero Tegula Lesson, 1835. 


Subgênero Omphalius Philippi, 1847. 


61. Tegula (Omphalius) viridula (Gmelin, 1790). 
Localidades — Praia da Corda Grande, Estado do Rio de Ja- 
neiro, Brasil; Vila Bela, Ilha São Sebastião, 
Estado de São Paulo, Brasil; Praia do Cam- 
boriú, Estado de Santa Catarina, Brasil. 
62. 


Tegula patagonica (d'Orbigny, 1846). 
Localidade — Chuí, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. 


Família TURBINIDAE 


Gênero Astraea (Bolten) Röding, 1798. 


63.  Astraea latispina (Philippi, 1844). 

Localidades — Vila Bela, Ilha São Sebastião, São Paulo, 
Brasil; Praia do Camboriú, Estado de San- 
ta Catarina, Brasil. 

64. Astraea olfersi “Troschel” Philippi, 1846. 
Localidade — Vila Bela, Ilha São Sebastião, Estado de São 
Paulo, Brasil. 
Subordem Neritoidea 
Família NERITIDAE 
Gênero Neritina Lamarck, 1809. 
83, 


Neritina virginea Linné 1758). 


Localidades — Praia da Coröa Grande, Estado do Rio de Ja- 


neiro, Brasil; Vila Bela, Ilha de São Sebas- 
tião, Estado de São Paulo, Brasil. 


dy 
vw 


66. 


87. 


68. 


69. 


70: 


CATÁLOGO DOS MOLUSCOS DO MUSEU, Etc. 


Ordem Mesogastropoda 
Subordem Architaenioglossa 
Família AMPULLARIIDAE 
Gênero Asolene d'Orbigny, 1837. 


Asolene megastoma (Sowerby, 1825). 
Localidade — Salto Grande do Rio Uruguai, Uruguai. 


Subordem Littorinoidea 
Familia LITTORINIDAE 
Gênero Littorina Ferussac, 1821. 


Littorina zig-zag Dillwin, 1817. 

Localidades — Tôrres, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil; 
Molhe Oeste, Município de Rio Grande, Es- 
tado do Rio Grande do Sul, Brasil. 


Subgênero Littoraria J. E. Gray, 1934. 


Littorina (Littoraria) angulifera (Lamarck, 1822). 
Localidade — Vila Bela, Ilha São Sebastião, Estado de São 
Paulo, Brasil. 


Subordem Rissoidea 
Família AMNICOLIDAE 
Gênero Littoridina Souleyet, 1852. 


Littoridina australis (d'Orbigny, 1835). 
Localidade — Saco da Mangueira, Rio Grande, Estado do 
Rio Grande do Sul. | 


Littoridina piccium (d’Orbigny, 1835). 
Localidade — Playa Carrasco, Montevideo, Uruguai. 


IMERINGIA — ZOOLOGIA N.º 1 23 


mt. 


72. 


23. 


74. 


Subordem Certihioidea 
Família CERITHIIDAE 
Genero Cerithium Bruguiere, 1889. 


Cerithium atratum (Born, 1780). 
elle — Praia da Coröa Grande, Estado do Rio de Ja- 
neiro, Brasil: Vila Bela, Ilha São Sebastião, 
Estado de São Paulo, Brasil. 
 Subordem Ptenoglossa 
Familia EPITONIIDAE 
Genero Epitonium Röding, 1798. 


Subgênero Epitonium s. s. 


Epitonium (Epitonium) georgettina (Kiener, 1839). 

Localidades —- Sarita, Rio Grande, Estado do Rio Grande do 
Sul, Brasil; Chuí, Estado do Rio Grande 
do Sul, Brasil. 


Família JANTHINIDAE 
Gênero Janthina (Bolten) Röding, 1798. 


Janthina janthina Linné, 1767. 
Localidade — Praia do Cassino, Rio Grande, Estado do Rio 
Grande do Sul, Brasil. 


Subordem Calyptraeoidea 
Família CREPIDULIDAE 


“Gênero Crepidula Lamarck, 1799. 


Crepidula aculeata (Gmelin, 1792). 

Localidades — Törres, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil; 
Praia do Cassino, Rio Grande, Estado do Rio 
Grande do Sul, Brasil, 


| mw 


#3. 


70: 


IT. ; 


ZB: 


79: 


CATÁLOGO DOS MOLUSCOS DO MUSEU, Etc. 


Crepidula protea d'Orbigny, 1835. 
Localidade — Litoral do Estado do Rio Grande do Sul, Bra- 
sil. 


Subordem Stromboidea 
Família APORRHAIDAE 
Gênero Aporrhais Da Costa, 1778. 


Aporrhais pespelecani (Linné, 1758). 
Localidade — Praia da Corröa Grande, Estado do Rio de Ja- 
neiro, Brasil. 


Família STROMBIDAE 
Gênero Strombus Linné, 1758. 
Subgênero Strombus s. s. 


Strombus (Strombus) pugilis pugilis Linné, 1758. 

Localidades — Vila Bela, Ilha São Sebastião, Estado de São 
Paulo, Brasil; Praia do Camboriú, Estado 
de Santa Catarina, Brasil. 


Subordem Naticoidea 
Família NATICIDAE 
Gênero Polinices Montfort, 1810. 


Polinices brunneus (Link, 1807). 

Localidades — Praia da Coröa Grande, Estado do Rio de Ja- 
neiro, Brasil; Praia do Camboriú, Estado 
de Santa Catarina, Brasil. 


Polinices lactea Guilding, 1834. 
Localidade — Vila Bela, Ilha São Sebastião, Estado de São 
Paulo, Brasil, 


IMERINGIA — ZOOLOGIA N.º 1 25 


Gênero Natica Scopoli, 1777. 
Subgênero Natica s.s. 


Natica (Natica) isabelleana d’Orbigny, 1840. 


a Localidade — Praia da Coröa Grande, Estado do Rio de + a- 
neiro, Brasil. 
Subordem Cypraeoidea 
Família CYPRAEIDAE 
Subfamilia Cypraeinae 
Gênero Eypraea Linné, 1758. 
Subgênero Macrocypraea Schilder, 1930. 
81. Cypraea (Macrocypraea) exanthema exanthema Linné, 1767. 


Localidade — Vila Bela, Ilha de São Sebastião, Estado de 
São Paulo, Brasil. 


Subfamília Trivinae. 


Gênero Trivia Gray, 1832. 


82. Trivia pediculus (Linné, 1767). 
Localidade — Praia da Coröa Grande, Estado do Rio de Ja- 


neiro, Brasil. 
Familia AMPHIPERASIDAE 


Gênero Cyphoma (Bolten) Röding, 1798 


‚83. Cyphoma gibbosa (Linné, 1758). 
| Localidade — Praia da Corôa Grande, Estado do Rio de Ja- 


neiro, Brasil. 


84. 


83. 


86. 


87. 


88. 


CATÁLOGO DOS MOLUSCOS DO MUSEU, Etc. 


Subordem Tonnoidea 
Família CASSIDIDAE 
Gênero Phalium Link, 1807. 
Subgênero Semicassis Mörch, 1852. 


Phalium (Semicassis) granulatum Born, 1780. 

Localidades — Praia de Tórres, Estado do Rio Grande do 
Sul, Brasil; Praia de Sarita, Rio Grande, 
Estado do Rio Grande do Sul, Brasil; 


Gênero Cassis Scopoli, 1777. 


Cassis achatinus Lamarck, .... | 
Localidade — Sarita, Rio Grande, Estado do Rio Grande do 
Sul, Brasil. 


Família CYMATIIDAE 
Gênero Cymathium (Bolten) Röding, 1798. 


Cymatium felipponei lhering, 1907. 
Localidade — La coronilla, Rocha, Uruguai. 


Subgênero Cabestana (Bolten) Röding, 1798. 


Cymatium (Cabestana) costatum (Born, 1780). 

Localidades — Praia da Coröa Grande, Estado do Rio deJ a- 
neiro, Brasil; Vila Bela, Ilha de São Se- 
bastião, Estado de São Paulo, Brasil; Lito- 
ral do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. 


Familia TONNIDAE 
Genero Tonna Brünnich, 1772. 


Tonna galea brasiliana Mörch, 1877. 

Localidades — Törres, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil; 
Litoral do Estado do Rio Grande do Sul, Bra- 
sil. 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 1 21 


Ordem Stenoglossa 
Subordem Muricoidea 
Família MURICIDAE 
Subfamília Muricinae 
Gênero Murex Linné, 1758. 
Subgênero Siratus Jousseaume, 1880. 
89.  Murex (Siratus) senegalensis senegalensis Gmelin, 1790. 
Localidades — Vila Bela, Ilha de São Sebastião, Estado de 


São Paulo, Brasil; Praia do Camboriú, Es- 
tado de Santa Catarina, Brasil. 


Gênero Urosalpinx Stimpson, 1865. 


90.  Urosalpinx rushii Pilsbry, 1897. 
Localidade — Törres, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. 


Gênero Tritonalia Fleming, 1828. 


91. Tritonalia cala Pilsbry, 1897. 
Localidade — La Paloma, Rocha, Uruguai. 


Família THAISIDAE 
Gênero Thais (Bolten) Röding, 1798. 
Subgênero Mancinella Link, 1807. 
92. Thais (Mancinella) consul (Lamarck, 1822). 
Localidades — Praia da Corôa Grande, Estado do Rio de 


Janeiro, Brasil; Yiia Bela, Ilha de São Se- 
bastião, Estado de São Paulo, Brasil; Praia 


28 


> 


94. 


as 


28. 


97. 


CATÁLOGO DOS MOLUSCOS DO MUSEU, Etc. 


do Camboriú, Estado de Santa Catarina, 
Brasil; Törres, Estado do Rio Grande do 
Sul, Brasil. 


Thais (Mancinella) deitoidea (Lamarck, 1822). 
Localidade — Vila Bela, Ilha de São Sebastião, Estado de 
Sao Paulo, Brasil. 
Subgênero Stramonita Schumacher, 1817. 
Thais (Stramonita) haemastoma Linné, 1767. 
Localidade — Cassino, Municipio de Rio Grande, Estado dc 
Rio Grande do Sul, Brasil. 
Gênero Drupa (Bolten) Röding, 1898. 
Drupa nodulosa (C. B. Adams, 1845). 
Localidade — Praia da Coröa Grande, Estado do Rio de Ja- 
neiro, Brasil. 
Subordem Buccinoidea 


Família PYRENIDAE 


Gênero Pyrene (Bolten) Röding, 1798. 


Pyrene rusticoides (Heilprin, 1887). 


Localidade — Praia da Coröa Grande, Estado do Rio de .a- 
neiro, Brasil. 


Familia BUCCINIDAE 


Gênero Pisania Bivona, 1832. 


Pisania pusio (Linne, 1758). 

Localidades — Praia da Corröa Grande, Estado do Rio de. 
Janeiro, Brasil; Praia do Camboriú, Esta- 
dode Santa Catarina, Brasil; Törres, Esta- 
do do Rio Grande do Sul, Brasil. 


IMERINGIA — ZOOLOGIA N.º 1 29 


Gênero Buccinanops D'Orbigny 


98.  Buccinanops gradatum Deshayes in Lamarck, 1844. 
Localidades — Tôrres, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil; 
Tramandaí, Estado do Rio Grande do Sul, Bra- 
sil; Cassino, Município de Rio Grande, Es- 

tado do Rio Grande do Sul, Brasil. 


99.  Buccinanops deformis King, 1831. 
Localidade — Punta del Este, Maldonado, Uruguay. 


100. Buceinanops uruguayensis (Pilsbry, 1897). 
Localidades — Tôrres, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil; 
Tramandaí, Estado do Rio Grande do Sul, 
Brasil; Cidreira, Estado do Rio Grande do 


Sul, Brasil; Chuí, Estado do Rio Grande do 
Sul, Brasil. 


Gênero Dorsanum 


101. Dorsanum moniliferum Valenciennes, 1834. 
Localidades — Praia do Leblon, Rio de Janeiro, Estado do 
Rio de Janeiro, Brasil; Törres, Estado do 


Rio Grande do Sul, Brasil; Punta del Este, 
Maldonado, Uruguay; Cassino, Rio Gran- 
de, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. 


Família GALEODIDAE 


Gênero Semifusus Swainson, 1840. 


102. Semifusus morio (Linné, 1758). 
Localidade — Vila Bela, Ilha de São Sebastião, Estado de 


. São Paulo, Brasil. 
Família FASCIOLARIIDAE 
Gênero Leucozonia Gray, 1847. 


103. Leucozonia cingulifera (Lamarck, 1816). 


Localidade — Vila Bela, Ilha de São Sebastião, Estado - de 
São Paulo, Brasil, 


104. 


r09, 


106. 


CATÁLOGO DOS MOLUSCOS DO MUSEU, Etc. 


Família FUSINIDAE 
Gênero Fusinus Refinesque, 1815. 


Fusinus marmoratus (Philippi, 1846). 
Localidade — Vila Bela, Ilha de São Sebastião, Estado de 
São Paulo, Brasil. 


Subordem Volutoidea 
Família OLIVIDAE 
Gênero Olivancillaria d'Orbigny, 1839. 


Olivancillaria brasiliana (Chemnitz, 1788). 

Localidades — Praia da Corôa Grande, Estado do Rio de 
Janeiro, Brasil; Vila Bela, Ilha de São Se- 
bastião, Estado de São Paulo, Brasil; Praia 
do Camboriú, Estado de Santa Catarina, 
Brasil; Törres, Estado do Rio Grande do 
Sul, Brasil; Atlântida, Estado do Rio Gran- 
de do Sul, Brasil; Cidreira, Estado do Rio 
Grande do Sul, Brasil; Cassino, Município 
de Rio Grande, Estado do Rio Grande do Sul, 
Brasil. | 


Olivancillaria auricularia (Lamarck, 1810). 

Localidades — Vila Bela, Ilha de São Sebastião, Estado de 
São Paulo, Brasil; Törres, Estado do Rio 
Grande do Sul, Brasil; Atlântida, Estado 
do Rio Grande do Sul, Brasil; Imbé, Esta- 
do do Rio Grande do Sul, Brasil; Traman- 
daí, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil; 
Cidreira, Estado do Rio Grande do Sul, Bra- 
sil; La Coronilla, Rocha, Uruguai; Sarita, 
Rio, Grande, Estado do Rio Grande do Sul, 
Brasil, 


107. 


108. 


109. 


RIO. 


E12. 


IMERINGIA — ZOOLOGIA N. 1 31 


Olivancillaria deshayesiana (Ducros, 1857). 

Localidades — Törres, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil; 
Capao da Canöa, Estado do Rio Grande do 
Sul, Brasil; Cassino, Municipio de Rio 
Grande, Estado do Rio Grande do Sul, Bra- 
sil; Punta del Este, Maldonado, Uruguai. 


Olivancillaria contortuplicata Reeve, 1850. 

Localidades — Törres, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil; 
Capão da Canöa, Estado do Rio Grande do 
Sul, Brasil; Cidreira, Estado do Rio Grande 
do Sul, Brasil; La Coronilla, Rocha, Uru- 
guai; Sarita, Rio Grande, Estado do Rio 
Grande do Sul. 


Gênero A garonia Gray, 1839. 
Agaronia travassosi Lange de Morretes, 1938. 
Localidade — Capão da Canöa, Estado do Rio Grande do 


Sul, Brasil. 


Agaronia testacea Lamarck, 1801. 
Localidade — Punta del Este, Maldonado, Uruguai. 


Gênero Oliva Bruguiere, 1789. 
Oliva sayana sayana Revenel, 1834. 
Localidade — Praia da Corôa Grande, Estado do Rio de Ja- 
neiro, Brasil. 


Gênero Olivella Swainson, 1831. 


Olivella puelcheana (d'Orbigny, 1841). 
Localidade — Punta del Este, Maldonado, Uruguai, 


42) 
vw 


| 


CATÁLOGO DOS MOLUSCOS DO MUSEU, Etc. 


Família VOLUTIDAE 
Subfamília Scaphelinae 
Gênero Cymbiola Swainson, 1831. 


Subgênero Pachycymbiola lhering, 1907. 
113. Cymbiola (Pachycymbiola) brasiliana (Solander, 1786). 
Localidades — Tôrres, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil; 
Atlântida, Estado do Rio Grande do Sul, 
Brasil; Tramandaí, Estado do Rio Grande 
do Sul, Brasil; Cassino, Município de Rio 
Grande, Estado do Rio Grande do Sul, Bra- 
sil; Punta del Este, Maldonado, Uruguai. 


Subgênero Cymbiola s. s. 


114. Cymbiola (Cymbiola) beckii (Broderip, 1836). 


Localidade — Ilha dos Lobos, Uruguai. 


Cênero Zidona HE Pc ves 


115. Zidona angulata (Swainson, 1821). 
Localidades — Törres, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil; 
Atlântida, Estado do Rio Grande do Sul, Bra- 

sil; Cassino, Municipio de Rio Grande, Es- 

tado do Rio Grande do Sul, Brasil; 


Punta 
del Este, Maldonado, Uruguai. 


Família MARGINELLIDAE 


En Marginella Lamarck, 1801. 
Subgenero Closia Gray, 1857. 


116. Marginella (Closia) largillieri Kiener, 1841. 
Localidade — Praia da Corôa Grande, Estado 


do Ria de „a 
- neiro, Brasil, Ei: 


IMERINGIA — ZOOLOGIA N.º 1 


33 


Subordem Toxoglossa 
Família TEREBRIDAE 
Gênero Hastula H. & A. Adams, 1853. 
117. Hastula cinerea (Born, 1780). 
Localidades — Vila Bela, Ilha de São Sebastião, Estado de 


São Paulo, Brasil; 


Praia Grande, Santos, 
Estado de São Paulo, Brasil; Praia do 
Camboriú, Estado de Santa Catarina, Bra- 
sil. 


Subclasse OPISTOBRANCHIA 


Ordem Tectibranchia (PLEUROCOELA) 


Subordem Cephalaspidea 
Família BULLIDAE 


Gênero Bullus Monfort, 1810 
18. 


Bullus strietus (Bruguiere, 1792). 


Localidade — Vila Bela, Ilha de São Sebastião, Estado de 
São Paulo, Brasil. 


Subclasse PULMONATA 
Ordem Basommatophora 
Subordem Hygrophila 
Família CHILINIDAE 
Género Chili na Gray, 1828. 
o. 


Chilina fluminea fluminea (d’Orbigny, 1835). 


Localidade — Ponta Grossa, Pörto Alegre, Estado do Rio 
Grande do Sul, Brasil (Rio Guaíba). 


34 CATÁLOGO DOS MOLUSCOS DO MUSEU, Etc. 


120. Chilina rushii Pilsbry, 1896. 
Localidade — Rio Guaíba, Florida, Município de Guaíba, 
Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. 
Família PHYSIDAE 
Gênero Physa Dradarnaud, 1801. 
121. Physa rivalis Sowberby, 1822. 


Localidade — Rio Guaíba, Pörto Alegre, Estado do Rio 
Grande do Sul, Brasil. 


Subordem Acavoidea 
Família STROPHOCHEILIDAE 
Gênero Strophocheilus Spix, 1827. 


122. Strophocheilus oblongus haemastomus (Scopoli, 1786). 
Localidade — Viamão, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. 


123. Strophocheilus globosus (v. Martens, 1876). 
Localidade — Rio Grande do Sul, Brasil. 


124. Strophocheilus felipponei lhering, 1928. 
Localidade — Pörto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, 
Brasil. 


Subordem Bulimuloidea 
Familia BULIMULIDAE 
Gênero Bulimulus Leach, 1815. . 
125. Bulimulus vesicalis Pfeiffer, 1853. 


Localidade — Itapoan, Municipio de Viamäo, Estado do 
Rio Grande do Sul, Brasil. 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 1 35 


Subordem Helicoidea 
Família HELICIDAE 
Subfamília Helicinae 
Gênero Helix Linné, 1758. 
Subgênero Cryptomphalus Agassiz, 1837. 


126. Helix (Cryptomphalus) aspersa Müller, 1774. 
Localidades — Pórto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, 
Brasil; Ipanema, Pôrto Alegre, Estado do 
Rio Grande do Sul, Brasil. 


CLASSE CEPHALOPODA 
Subclasse DIBRANCHIATA 
Ordem Decapoda (=Decacera) 
Subordem Loliginoidea 
Família LOLIGINIDAE 
Gênero Loligo Lamarck, 1798. 


127. Loligo brasiliensis Blainville, 1823. 
Localidade — Sarita, Rio Grande, Estado do Rio Grande do 
Sul, Brasil. 


Subordem Octopodoidea 
Família OCTOPODIDAE 


Subfamília Octopodinae 
Gênero Octopus Lamarck, 1798. 


128. Octopus tehuelchus d’Orbigny, 1835. 
Localidade — Litoral do Rio Grande do Sul, Brasil. 


a ea ssialaados 208 E 
Be pes a Santo k 


Acmea subrugosa . 
Agaronia testacea 
travassosi 
Amiantis purpurata 
Anadara brasiliana 
chemnitzi 


INDICE 


sw el a oi je, fe, “a Jo) 0) Grim jo» cor 0 0, lie (6) a .e,® GO) TO) wi O] 6) ei, da el 0) ui TO 
mylios eee, 8) a ei ei :0/' 01 6, 0 Jah tul Val ay aj (o Sd Copel! ei, aj o cio 9 O ia qd Ono 
Ss elo lo me oo o 6º 0 q o 0 8 O 0 0 0 dd 0 0 10) 0, 6 5; le o! é 
suyelel e eb) tarja fal sein 6 “o el o) ana, qo cm) eshe, falle) JO Josue ep 0,0 mio je, 16 
visao do aco! m (em nem my Paim Do car so) io) = 67 al Co e;e Da Mio) ut arten 


Bene wen een eo ola) dor ias 6 O, Je mr (6 JO) BD) Ol ada) q a o 


RRRERRo riograndensis .. .. 2... 22.22.22 20. tan. 


tenebri 


ESEL Ms 


Kepsesialis trapesialis... ..... .sessalasisllanın a 
era Brasiliand. .... :..2...3:2.2 ras anne. 


Aporrhais pespelica 
Arca umbonata ... 
Asolene megastoma 
Astraea latispina . 

RolTersi ..... 
Barbatia barbata .. 


2 E PS RPE ER 


gls ev oro o vil io 0. ollLlelzenler ie ie) (07 K6 16) :6U Gli To! (0 O nal ol ter OW 0] su Dt of (é 
o lol Jo) ea, ve mural Quim Mn me ef, WM 6) wre, 10 0 0! JU) werte 
Bine al oi o Colo) Jor Mo vei yo aW TR cu mo: “60 0.6 vo te nisi) ico, por le “9 o sina 
Do Ma a) múlio. Vo or, WE ET Re er calo cy O er a ar SL Sa a 6 0) (AU JU op dO ia O 


or of qd Po cu é toco, 0. ;-0 0) “ONO era, io! jo! or TB es) Beta enisio 


Res ontes darwinianus.. icccccisccc caem rega 
Ste ee 

Brreineaneps deformis .. ...... en ie age 
Be ae. Sn ak ee 
BREI ER ee a adro ka rar» Are 


Bulimulus vesicalis 
Bullus striatus .... 


Cerithium atratum 


Nee era m, re, er ehe e io sd GDS ui 


I me ei a ia io] = nojo” is ce Ba Old 6) 6 ao um 6 a e q te 


euere 0 mp a q o ovo 8 mio cu» Die e q Os SR A nen 


SE ro Fed a e Sa an o) el ol q are e lv é o. Go &7 05. 67 Ce vo ul sas 


RR rliımineea tuminca 2000 ee crian Raiva 


RUSit o. ... 
Chione pubera .... 
Corbicula delicata 


wu ROM TO mn er Ci He de ae, 6 6 0 are ie 16 18, «6, Eee 


38 CATÁLOGO DOS MOLUSCOS DO MUSEU, Etc. 


guaybansls . capas I PR rp a a O 

HOSE... 2 ra RR CAR CORRA SU 

OBEBIERE rr N N 

Crépidula aeuleeta ... sl O a 5 
DEGEGO «so boas so ceia A PÃO Lo EE Sp A NE 
Cymatium ‚eastetum -.:..0... ee nee 
TelpBanei „2... Me a 

Eyrnbiola. Beekkti .... 2... „un. a de ee ne N 
Drasiliemna RR ee a e 

Gyphoma aıbBössa . a... en. a 
Cypraea exhähtema exhantema ::.:. .... „2.2. Dee 
„Cyriopleure Bostatae ci pirar sr Elsa N a os Ur 
tanceolgta...; Hu. ande en ne re O 

Diiedora. Patagoeniea ; + cascas san a! E a E 
Dipladon. aharrusnus «sr ss vise o se a a dra WON 
deceptus ss. 2 20 ser Ee A A RO 

go e ee o is os 
parallelipipedon +. ..+ 50 os A SE 
paranaensis RP BLA ECA A A É RARO dv a Re 
Divaricélia. quadrisuleate: ... :....22..22.2..%. RB 
Denax Hanleyants css ssas dores pra esa 2 E 
Desinid.-Goneentrieca ERR e 


DEBDE nodulaso lmss se ssa IADE SEA dE REA So 
EBftorliuum - geargettina : : 2: 2.22 22 an sus a a Se 
Erodena mactroides + sapeca ss ara. SEN 
Eutivela: ‚isabelleana 2.2.2.2. 8222222 a ee se Do 
Eürytelling' angulesa: 22.2..:.2.2.222 2 222 Der SS AE 
Fsinkis manmaratus: tis 2 222 bri ELE N 
Getimardia Ratasemica e. send N Ne 
Mastula.einerea sr. REN 
Plelix. OSperse una Er RAR A A 
Iphigenia- brasilian@ »223z2.2.2.3 DD 22.2 EN 
Janthina anime tra REIT RE N N 
Leila blainvilleane risgrandensis >... 2. E 
Leucozönia alter EN TE 
L.irtoriding' deals ar Eee 9 O 

BISERIN A a rea ca Ra  E R , 


12 
t2 
12 
23 
24 
26 
26 
32 
32 
23 
23 
19 
20 
20 


u 


m 
N 
10 
11 
13 
WA 
15 
29 
28 
23 
IS 
19 
19 
30 
13 
33 
35 
18 
23 
12 
29 
22 
22 


IMERINGIA — ZOOLOGIA N.º 1 


RIR OREUERO o sd e e e INE 
N DA A A Ar 

o agestlsio sis AM Sa RR DD 
RE REICo MENSEM o. e asa lesen 
MR CESSA EE 
RED een a 
RE RS ISto maculata.......... 200 e DEE a Ea 
REDE coro css NL a ai ea a 
CorolÃe o) (ei 6 RAND Er Due 
RE meet e E a a NS 
Re o lorgulierio ss a PEDE 
ELOS ESimiomante(e go! (e (= AMARRADOS RA 
Murex senegalensis senegalensis .........ccccccccc. 
Beeenlequmen 2... near. 
Cr Gate Nee N N 
ER NL en 

Bar obelleand scr euere nern) 
REN ee REN EL a a 
a BISSL Sn spp POLE pa gra à 
RES Ge SS LE RE ae 
RE NDCICNUS lisa Lea vs Loss 
RR Ene sayancı... 4. u. ven se eb asi. 
Ren ario aurieularia *.. 2.2.02... en nen doa 
| DEE a Ba a NT O 
Eonterkirdliedter o ms ns a re 

Bechayesianen 22... o een SPP 

Calle E elfo ly (0) 2... 200.0 wenn tn 
Se er SR 
Be a N RE 
N ee 

cons Copo laio) fee | pe Lo o | ERR RR PR RN 
RSS ss us estica le 
RE SS sda O a 
ESTO aca ERON RR DR 

cod tiara Cdofg O Nah O q q PRADO RR RR 
Cd SDS E SORA DD PR 
DR npondyioldeg Lisias 2:22 
Falmices brunneus ,. says. E RD o EEE > 


tes Co N 
a np E A AI FR 
ben 3 a N ee, EN 


CATÁLOGO DOS MOLUSCOS DO MUSE 


RREO IV IRL „u. 22 5 o E TRI 
Bee PUSLICONDES ". si 1. masse 
Sanguinolaria operculata operculata 
Beslgsus Mario. ....ssicscscena 
Solen tehuelchus 
Brimilla carnaria ........ 
Pstrombus pugilis pugilis........ 
Strophocheilus felipponei ..... 
| globosus | 
| oblongos haemastomus .. 
Tagelus gibbus | 
Tegula patagonica 
viridula 

mais consul .. 

deltoidea 

haemastoma 
Tivela ventricosa 
Tonna galea brasiliana 
Trachycardium muricatum 
Tritonalia cala 
Trivia pediculos 
Urosalpinx rushii 
Zidona angulata 


EU RIO-GRANDEN ceu CIENCIAS NATURAIS 
NOTAS QUELONOLÓGICAS 
| - ATUALIZAÇÃO DA NOMENCLATURA 
— DOS QUELÖNIOS BRASILEIROS | 


- OSCAR MIRANDA FRÕES 


SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA 
DIVISÃO DE CULTURA 
DIRETORIA DE CIÊNCIAS 


re 
fd 


Sy En , a a 
? A Ng roda > x À 
E + 
“Sã 
F 
4 és 
o 3 x = 
» 
Eca 
E e 
ME, 3 
x Ff 
Ki E: ' 
\ 
“ 
EM v 
% = 
ö 2 
£ q x +. 
i 
vn 
x 
q 
“3 
Ei E ; 
o E - f 
\ 
o 1 
x 
f DIE rt 
a LER a, KA + 
Ed. TF 
x * 
b 
I 2% : ' 
a vo! 
] ie 


Oscar Miranda Fróes 


NOTAS QUELONOLÓGICAS 


| — ATUALIZAÇÃO DA NOMENCLATURA DOS QUELÔNIOS 


BRASILEIROS 


Pôrto Alegre 
Oficinas Gráficas da Imprensa Oficlal 


1.397 


FRUTA É 
e led Vans AR LT g 


NOTAS QUELONOLÓGICAS 


| — ATUALIZAÇÃO DA NOMENCLATURA DOS QUELÔNIOS 
BRASILEIROS. 


Oscar Miranda Fróes (*) 


Não obstante ter LINDHOLM (in Zool. Anz., 81 (11,12):275- 
295;1929) revisto a nomenclatura empregada por SIEBENROCK em 
sua “Synopsis der Rezenten Schildkröten” (in Zool. Jahrb., Suppl. 10 
(3): 427-618;1909, é ainda nêsse último autor e no “Catalogue of the 
Chelonians, Rhynchocephalians and Crocodiles in the British Mu- 
seum” de BOULENGER (1889) que se baseiam muitos autores ao 
nomearem as formas ocorrentes no nosso país, o que me levou a re- 
digir a presente nota. Grupos considerados por LINDHOLM como 
de valor subgenérico elevo aqui a categoria de gênero, seguindo o 
critério taxionômico aceito pela maioria dos especialistas para as 
outras órdens de répteis. 

Não disponho ainda no momento de dados que me permitam 
concluir sôbre a validez ou invalidez das várias formas aqui regista- 
das. Sigo nêste particular a SIEBENROCK (loc. cit.) e LUEDER- 
WALDT (Rev. Mus. Paul., 14:405-437;1926). . 


Ao ilustre herpetólogo patrício e membro da Comissão Inter- 
nacional de Nomenclatura Zoológica, Prof. Dr. AFRÂNIO DO AMA- 
RAL, agradeço os esclarecimentos prestados. 


* * * 


(*) — Assistente do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais. 


\ 
| = 
"6 iR keiten ATOM 
Í DET Ei lach A, 4 E Ni ) 6 E a o er É É 
| "o RORBMMANA: a 
RR LENN IR. ai MOHN u 

o , mm e W4 LA Ea 3! E ie ‚x er 163 5 era ed) 

EN a E A sds À 3 EN Re E x + é \ | Ei 

q f q Fu Er 4 {Mm I ar ds bi) a fá diga entes al xoh 


dê BR N NIE E were 
r 11 
4 ie ] i | 7 
IDA ie O bern: ph rio 


E EMT aeddui a a no ui Ki “A6B1) 
N ARC e ei 


Ag 


e Ka Kern ie ri, Em 
TR A Ka ACH.) a oh BT EN 
De do ee ar vb ari pa po. rei © 

PR org dt wi uy Hape. er Nana aa 
art url. gr plenos 
a 
19. a BEE É 
pr "ef Rea sho 
RR en! or eai rio Et and | 
En. | AMA SO DIMARRK, st DAS k 


+ 


de May 


E 


of We: e 


RIGIUU 


; 
1 1 ” 
Erustotbt 
ur + 
3 . ' 
€ 
A 
E Ri 
PRA Ed E — 
Ma o, 
har 
Ba 


O nome Testudinata Oppel, 1811 vem sendo empregado para 
essa órdem pela grande maioria dos autores, muito embora caiba a 
prioridade à Chelcnia Brongniart, 1799 (Chelonii). Apesar das Re- 
gras de Nomenclatura Zoológica silenciarem quanto à aplicação da 
Lei da prioridade aos grupos ordinais, tal emprego é aconselhável e 
tem sido seguido por muitos zoólogos, principalmente quando: se tra- 
ta de nomes de uso corrente como é o caso de Chelonia. Pelas mes- 
mas razões os herpetólogos vem preferindo o emprego do nome li- 
neano Serpentes ao de Ophidia de Brongniart, e assim também, Che- 
lonia Brongniart, 1799 deve ter preferência a Testudinata Oppel, 
1811. 

A divisao dos Chelonia em subordens tais como Coriacea e La- 
minifera (Hemprich, 1820), Athecae e Thecophora (Dollo, 1886 e 
Boulenger, 1889), Athecae, Lamnifera e Chilotae (Stejneger, 1907) 
não é adotada pelos autores modernos. 


Isto posto, os Chelonia ocorrentes no Brasil devem obedecer à 
seguinte disposição sistemática : 


Superfamilia TESTUDINOIDEA Lindholm, 1929 
(= Cryptodira) 


A — Fam. KINOSTERNIDAE Siebenrock, 1907 
| (Cinosternidae) 


Subfamilia KINOSTERNINAE Siebenrock, 1907 
(Cinosterninae) 


| —- Gen. Kinosternon Spix 
in Spec. Nov. Testud. ,17:1824 
tipo: seorpioides (= longicaudatum) 


|. — Kinosternon scorpioides integrum Leconte, 1854 


Kinosternum integrum Leconte — Proc. Acad. Philadelphia, :183;1854 
Cinosternum scorpioides Boulenger — Cat. Chel. edge Croc. Brit. 
Mus., :41;1339 (pro parte) 


8 IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 2 


Cinosternum integrum Boulenger — Cat. Chel. Rhynchoc. Croc. Brit. 
Mus.:42;1889 


Cinosternum scorpioides Goeldi — Bol. Mus. Goeldi, 4:709;1904-1906 
(pro parte) 

Cinosternum scorpioides integrum Siebenrock — Denkschr, Akad. Wiss. 
Wien, 76:4;1904 e Zool. Jahrb., Suppl. 10(3):445;1909. 

Cinosternum scorpioides var. integrum Luederwaldt — Rev. Mus. Paul., 
14:410-411;1926 


Espécie registada para a região setentrional, ocorrendo ainda na 
Bolívia, Colômbia e México. 


Nomes vulgares: Mucuan, jurara (Maranhão). 


B — Fam. TESTUDINIDAE Boulenger, 1889 
Subfamília EMYDINAE Siebenrock, 1909 
|| — Gen. Pseudemys Gray 
in Cat. Shield Rept., |; 33; 1855 


tipo: concinna 


2. — Pseudemys dorbignyi (Dum. & Bibr., 1835) 


Emys Dorbignyi Duméril et Bibron — Erp. Gen,, 2:272:1835 

Clemmys Dorbignyi Boulenger — Ann. & Mag. Nat. Hist. (5), 18:424;1886 

Chrysemys dorbignyi Boulenger — Cat. Chel. Rhynchoc. Croc. Brit. Mus. 
:30;1889 

Chrysemys dorbignyi Siebenrock — Zool. Jahrb., Suppl. 10 (3):465;1909 

Chrysemys Dorbignyi Luederwaldt — Rev. Mus. Paul., 14:411-412:1926 

Chrysemys d'orbignyi Freiberg — Mem. Mus. Entre Rios (9):10;1938 


Espécie comum no Brasil meridional e paises vizinhos. 
Nome vulgar : tartaruga. 
Nota : À luz dos dados fornecidos pela bio-geografia, é provável que 


estudos futuros indiquem a necessidade do desmembramento dessa espé- 
cie do gênero Pseudemys. 


NOTAS QUELONOLÓGICAS — I — ATUALIZAÇÃO DA, Etc. 9 
III — Gen. Rhinoclemmys Fitzinger 


in Ann. Wien Mus., | (1):115;1835 


tipo: punctularia (= dorsata) 
3. — Rhinoclemmys punctularia punctularia (Daudin, 1802) 


Testudo punctularia Daudin — Rept., 2:249; 1802 

Nicoria punctularia punctularia Boulenger — Cat. Chel. Rhynchoc. Croc. 
Brit. Mus. :123;1889 

Nicoria punctularia Goeldi — Bol. Mus. Goeldi, 4:711;1904-1906 

Nicoria punctularia Siebenrock — Denkschr. Akad. Wiss. Wien, 76:5;1904 

Geoemyda punctularia punctularia Siebenrock — Zool. Jahrb., Suppl. 
10(3):497;1909 

Gecmyda punctularia Luederwaldt — Rev. Mus. Paul., 14:412-414;1926 


Forma registada para a região amazônica. 


Nomes vulgares: pitiü, aperema, jaboti-aperema. 


Subfamília TESTUDININAE Siebenrock, 1909 


IV — Gen. Chelonoidis Fitzinger 
in Ann. Wien. Mus., 1 (1):108, 112,122;1835 
tipo: denticulata (= boiei) (monotípico) 
4. — Chelonoidis denticulata (L., 1766) 


Testudo denticulata Linné — Syst. Nat., 2:352;1766 

Testudo tabulata Walbaum — Chelonogr. :122:1782 

Testudo tabulata Boulenger — Cat. Chel. Rhynchoc. Croc. Brit. Mus. 
:157;1889 

Testudo carbonaria Strauch — Mém. Acad. Sc. St. Pêtersbourg (7),38 (2) 
:49;1890 

Testudo denticulata Stejneger — Proc. U. S. Nat. Mus., 24:192;1902 

Testudo tabulata Ihering — Rev. Mus. Paul., 6:453;1904 

Testudo tabulata Goeldi — Bol. Mus. Goeldi, 4:712;1904-1906 

Testudo tabulata Siebenrock — Denkschr, Akad. Wiss. Wien, 76:6;1904 
e Zool. Jahrb., Suppl. 10(3):518;1909 

Testudo tabulata Luederwaldt — Rev. Mus. Paul., 14:414;1926 


10 IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 2 


Testudo tabulata var. carbonaria Luederwaldt — Rev. Mus Paul., 14; 
415;1926 

Testudo carbonaria Bertoni — Rev. Soc. Cien. Paraguay, 2(1):71;1926 

Testudo denticulata Freiberg — Mem. Mus. Entre Rios, (9):11-12;1938 

Testudo denticulata Hoge — Mem. Inst. But., 24(2):173;1952 


Espécie comum nas regiões equatorial e tropical. 


Nomes vulgares: jaboti, jabotá (fêmea), carumbe, jaboti-carumbe, 
jaboti-piranga, jaboti-tinga. 


Nota : O nome Testudo tabulata Walbaum, 1782 deve passar para 
a sinonímia de Testudo denticulata L., 1766 como verificou Andersson em 
seu estudo dos tipos lineanos (in Bih. Vet. Akad. Handl. (4), 26 (1) :25; 
1900). Por outro lado, o gênero Testudo na acepção de Boulenger repre- 
senta um composto, razão pela qual deve ser desdobrado segundo já mos- 
trou Lindholm (loc. cit., pgs. 284-286), devendo a espécie em questão ser 
colocada no gênero Chelonoidis de Fitzinger. 


Superfamília CHELONOIDEA Wieland, 1902 
(Chelonioidea) 


C — Fam. CHELONIIDAE Cope, 1882 


V — Gen. Chelonia Latreille 
in Hist. nat. Rept. 1:22;1802 


tipo: mydas (= viridis) (monotipico) 
5. — Chelonia mydas (L., 1766) 


Testudo mydas Linné — Syst. Nat., 1:350;1766 

Testudo japonica Thunberg — Svensk. Vet. Acad. Nya Handl., 8:178 
(nl: VII; “fig. 1) 51787 

Chelonia japonica Schweigger — Prodr. Mon. Chelon. :21;1814 

Chelonia virgata Schweigger — Prodr. Mon. Chelon. :21;1814 

Caretta thunbergii Merrem — Syst. Amph. :19;1820 

Chelona mydas Burmeister — Handbuch d. Naturgesch II abt. Zool. 
18121837 

Mydas mydas Cocteau — in Sagra, Hist. Fis. Pol. Nat. Cuba, IV, Rept. 
:22:1838 

Mydasea mydas Gervais — Dict. d'Hist. Nat., 3:457;1843 

Euchelonia mydas Tschudi — Fauna Peruana, :22:1845 

Euchelys macropus Girard — Herpet. U. S. Expl. Exped. :447;1858 


NOTAS QUELONOLÓGICAS — I — ATUALIZAÇÃO DA, Etc. 11 


Chelone mydas Boulenger — Cat. Chel. Rhynchoc. Croce. Brit. Mus. 
:180;1889 

Chelonia mydas Ives — Proc. Acad. nat. Sc. Philadelphia, :458;1891 

Chelonia agassizi Van Denburg — Proc. California Acad., 5(2):83;1895- 
1896 


Chelone mydas Goeidi — Bol. Mus. Goeldi, 4:717:1904-1906 
Chelone viridis Gadow — Proc. Zool. Soc. London, (2):210;1905 


Chelonia depressa Garman — Bull. Mus. comp. Zool. Harvard, 52(1):9 
;1908 


Natator tessellatus McCulloch — Rec. Austral. Mus., 7:126 (tab. 26-27) 
‚1908 


Cheionia mydas Siebenrock — Zool. Jahrb,, Suppl. 10(3):545;1909 
Chelonia mydas Luederwaldt — Rev. Mus. Paul., 14:416-417;1926 
Chelonia mydas Freiberg — Mem. Mus. Entre Rios (9):14-15;1938 


Encontrada em todos os mares tropicais e subtropicais. 


Nomes vulgares : tartaruga, tartaruga do mar. 


VI — Gen. Eretmochelys Fitzinger 
in Syst. Rept., 1:30;1843 


tipo: imbricata (monotipico) 
6. — Eretmochelys imbricata (L., 1766) 


Testudo imbrieata Linné — Syst. Nat., 1:350;1766 

Chelone imbricata Boulenger — Cat. Chel. Rhynchoc. Croce. Brit. Mus 
:183;1889 

Caretta imbricata Baur — Amer. Naturalist., 24:486;1890 

Eretmochelys imbrieata Loennberg — Proc. U. S. Nat. Mus., 17:317;1894 

Chelone imbricata Goeldi — Bol. Mus. Goeldi, 4:718;1904-1906 

Eretmochelys squamosa Stejneger — Smithson. Inst. U. S. nat. Mus., Bull. 
58:511;1907 Q 

Chelonia imbricata Siebenrock — Zool. Jahrb., Suppl. 10(3):547;1909 

Chelonia imbricata Luederwaldt — Rev. Mus. Paul., 14:417;1926 


Forma ocorrente nos mares tropicais e subtropicais. Aqui no Brasil 
tem sido registada da costa baiana para o norte. 


Nomes vulgares : tartaruga, tartaruga do mar, tartaruga verdadei- 
ra, tataruga de pente. 


12 IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 2 


VII — Gen. Caretta Rafinesque 
in Specchio Sci. (Palermo), 2(9):66;1814 
tipo: caretta (= nasuta) 
7. — Caretta caretta (L. 1766) 


Testudo caretta Linné — Syst. Nat., 1:351;1766 

Caouana cephalo Cocteau — in Sagra — Hist. Fis. Pol. Nat. Cuba, IV, 
Rept. :31;1838 

Thalassochelys caouana Fitzinger — Syst. Rept., 1:30;1843 

Halichelys atra Fitzinger — Syst. Rept., 1:30;1843 

Thalassochelys caretta Boulenger — Cat. Chel. Rhynchoc. Croc. Brit. 
Mus. :184:1889 e Ann. & Mag. Nat. Hist. (5), 18:425;1886 

Chelonia caretta Minä-Palumbo — Nat. Sicil., 9:93;1890 

Chelonia caouanna Doumergue — Erpét. de VOranie, :57;1901 

Caretta caretta Stejneger — Rep. U. S. nat. Mus. :715 (fig. 187-190):1902 

Thalassochelys caretta Goeldi — Bol. Mus. Goeldi, 4:719;1904-1906 

Caretta caretta Siebenrock —- Zool. Jahrb., Suppl. 10(3):549;1909 

Caretta caretta Luederwaldt — Rev. Mus. Paul., 14:417-418;1926 

Caretta caretta Freiberg — Mem. Mus. Entre Rios en 


Espécie relativamente comum em todos os mares tropicais e subtro- 
picais. 


Nomes vulgares: tartaruga, tartaruga do mar. 


D — Fam. DERMOCHELYDIDAE Wieland, 1902 
VHI — Gen. Dermschelys Blainville 


in Bull. Soc. Philom. Paris :119:1816 
tipo: coriacea (monotípico) 
8. — Dermochelys coriacea (L. 1766) 


Testudo ceriacea Linné — Syst. Nat., 1:350;1766 

Sphargis coriacea Merrem — Tent. Syst. Amphib. :19;1820 

Coriudo coriacea Fleming — Philos. Zoology, 2:271;1822 

Dermatochelys coriacea Wagler — Nat. Syst. Amphib., :133;1830 

Chelyra coriacea Rafinesque — Atlantic. Journ., 1(2):64;1832 

Sphargis mercurialis Temminck & Schlegel — Fauna Japon., Rept. :10, 
76, 139 (Pl. I-II-III; fig. 3-5) ;1835 


NOTAS QUELONOLÓGICAS — I — ATUALIZAÇÃO DA, Etc. 13 


Sphargis schlegelii Garman — Bull. U. S. nat. Mus., 25:295;1884 
Dermochelys coriacea Boulenger — Cat. Chel. Rhynchoc. Croc. Brit. Mus. 
:10;1889 
Sphargis angusta Philippi — An. Univ. Chile, 102-104(1):730;1899 
Dermochelys coriacea Goeldi — Bol. Mus. Goeldi, 4:706;1904-1906 
Dermochelys coriacea Siebenrock — Zool. Jahrb., Suppl. 10(3):553;1909 
Dermochelys coriacea Luederwaldt — Rev. Mus. Paul., 14:418;1926 
Dermochelys coriacea Freiberg — Mem. Mus. Entre Rios (9):17;1938 


Espécie cosmopolita, como todos os Chelonoidea, consignada em to- 
dos os mares tropicais e subtropicais. E a maior espécie conhecida en- 
tre os Chelonia recentes, podendo atingir a 2 metros de comprimento. 


Nomes vulgares : tartaruga, tartaruga do mar, tartaruga de couro. 


Superfamilia CHELOIDEA nom. nov., nec Chelyoidea Baur, 1893 
(= Pleurodira) 


Lindholm (loc. cit., pg. 288) designa essa superfamilia sob o no- 
me de Pelomedusoidea (nec Pelomedusoidea Baur, 1893). Entretan- 
to, a prioridade da indicação do gênero tipo cabe a Strauch (in Mém. 
Acad. Sc. St. Pétersbourg (7),38(2):26;1890) ao reunir as famílias 
Chelidae e Pelomedusidae sob o nome de Chelyda, opinião abraçada 
por Vaillant in Ann. Sc. Nat. (7), Zool., 16:341;1894, que as desig- 
na sob o nome de Chelydina. Assim sendo, Pelomedusoidea Lin- 
dholm, 1929 deve ser substituido por Cheloidea nom nov. 


E — Fam. PELOMEDUSIDAE Boulenger, 1889 
| IX — Gen. Podocnemis Wagler 
in Nat. Syst. Amphib. :135;1830 
tipo : expansa 
9. — Podocnemis cayennensis (Schweigger, 1814) 


Emys cayennensis Schweigger — Prodr. Chelon. :29;1814 


Chelonemys dumeriliana Gray (nec Sch.) — Proc. Zool. Soc. London, 
:134:1864 

Podocnemis dumeriliana Boulenger (nec Sch.) — Cat. Chel. Rhynchoc. 
Croc. Brit. Mus., :202;1889 

Podocnemis dumeriliana Strauch (nec. Sch.) — Mém.Acad. Sc. St. Pet. 


(7), 38(2):95;1890 (pro parte) 


) 


14 IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 2 


Podecnemis cayennensis Siebenrock — S. B. Akad. Wiss. Wien, 111:162 
(tab. fig. 2):1902 

Podocnemis dumeriliana Goeldi (nee Sch.) — Bol. Mus. Goeldi, 
4:726;1904-1906 

Podocnemis cayennensis Siebenrock — Zool. Jahrb., Suppl., 10(3):563 
:1909 

Podocnemis cayennensis Luederwaldt — Rev. Mus. Paul., 14:420;1926 


Espécie registada para o Brasil setentrional. 


Nome vulgar : tracajá. 


10. — Podocnemis expansa (Schweigger, 1814) 


Emys expansa Schweigger — Prodr. Chelon., :30;1814 

Podocnemis expansa Boulenger — Cat. Chel. Rhynchoc. Croc. Brit. Mus,, 
:204;1889 

Podocnemis expansa H. Ihering — Rev. Mus. Paul., 6:453;1905 

Podocnemis expansa Goeldi — Bol. Mus. Goeldi, 4:724;1904-1906 

Podocnemis expansa Siebenrock — Denkschr. Akad. Wiss. Wien, 76:10 
‚1904 e Zool. Jahrb., Suppl. 10(3):563;1909 

Podoenemis expansa Luederwaldt — Rev. Mus. Paul., 14:419;1926 

Podocnemis expansa Hoge — Mem. Inst. Butantan, 24(2):174;1952 


Forma comum encontrada na região centro-setentrional. 


Nomes vulgares: tartaruga, tarturuga do Amazonas, jurara-açú (fe- 
mea), capitarí (macho). 


11. — Podocnemis lewyana A. Duméril, 1852 


Podocnemis lewyana A. Duméril — Arch. Mus. Paris, 6:242;1852 

Podocnemis coutinhii Goeldi — Ber. S. Gallen nat. Ges. :279;1884-1885 
e Bol. Mus. Goeldi, 4:729:1904-1906 

Podoenemis lewyana Boulenger — Cat. Chel. Rhynchoc. Croc. Brit. Mus., 
:203;1889 | 

Podocnemis lewyana Siebenrock — Zool. Jahrb., Suppl., 10(3):564;1909 

Podocnemis lewyana Luederwaldt — Rev. Mus. Paul., 14:420;1926 


Registada para a regiäo amazönica. 


Nome vulgar : arapuca. 


NOTAS QUELONOLÓGICAS — I — ATUALIZAÇÃO DA, Etc. 15 


12. — Podocnemis sextuberculata Cornalia, 1849 
Podocnemis sextuberculata Cornalia — Vert. Syn. Mus. Mediolan. 
:13;1849 1 
Bartlettia pitipii Gray — Proc. Zool. Soc. London, :720;1870 
- Podocnemis sextuberculata Boulenger — Cat. Chel. Rhynchoc. Croc. 


Brit. Mus., :206;1889 
Podocnemis sextuberculata H. Ihering — Rev. Mus. Paul., 6:454;1905 
Podocnemis sextuberculata Goeldi — Bol. Mus. Goeldi, 4:728;1904-1906 
Podocnemis sextuberculata Siebenrock — Zool. Jahrb., Suppl. 10 (3) 
:565;1909 
Podocnemis sextuberculata Luederwaldt — Rev. Mus. Paul., 14:421;1926 


Ocorrente na região setentrional. 


Nome vulgar : aiacá. 


13. — Podocnemis unifilis Trosche!, 1848 


Podocnemis unifilis Troschel — in Schomburgk — Reise Brit. Guiana, 
3:647;1848 

Podocnemis unifilis Boulenger — Cat. Chel. Rhynchoc. Croc. Brit. Mus,, 
:203;1889 

Podocnemis unifilis Strauch — Mem. Acad. Sc. St. Pet. (7),38(2):95;1890 

Podocnemis dumeriliana Strauch (nee Sch.) — Mém. Acad. Sc. St. Pét. 
(7),38(2):94;1890 (pro parte) | 

Podocnemis unifilis Siebenrock — Denkschr. Akad. Wiss. Wien, 
76:12;1904 

Podocnemis unifilis H. Ihering — Rev. Mus. Paul., 6:453;1905 

Podocnemis unifilis Goeldi — Bol. Mus. Goeldi, 4:727;1904-1906 

Podocnemis unifilis Siebenrock — Zool. Jahrb., Suppl., 10(3):564;1909 

Podocnemis unifilis Luederwaldt — Rev. Mus. Paul., 14:421;1926 

Podocnemis unifilis Hoge — Mem. Inst. Butantan, 24(2):175;1952 


Forma registada para a região centro-setentrional. 


Nomes vulgares: terecai, tracajá, pitiú (Pará). 


X — Gen. Peltocephalus Dumeril & Bibron 
in Erp. Gen., 11:377;1835 | 
tipo: dumeriliana (= tracaxa) (monotípico; 
14. — Peltocephalus dumeriliana (Schweigger, 1814) 


Emys dumeriliana Schweigger — Prodr. Chelon. :31;1814 


16 IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 2 


Podocnemis tracaxa Boulenger — Cat. Chel. Rynchoc. Croc. Brit. Mus,, 
:206;1889 | 

Podocnemis tracaxa Strauch — Mém. Acad. Sc. St. Pet. (7), 38 (2): 101 
(tab. 2, fig. 1-4, tab. 3, fig. 2);1890 

Peltocephalus tracaxa Baur — Amer. Naturalist, 24:483;1890 

Podocnemis dumeriliana Siebenrock — SB. Akad. Wiss. Wien, 111:169 
(tab., fig. 6);1902 e Denkschr. Akad. Wiss. Wien, 76:15;1904 

Podocnemis tracaxa Goeldi — Bol. Mus. Goeldi, 4:730;1904-1906 

Podocnemis dumeriliana Siebenrock — Zool. Jahrb,, Suppl., 10(3):566 
;1909 

Podocnemis dumeriliana Luederwaldt — Rev. Mus. Paul., 14:421-422 
‚1926 


Espécie comum na ragião setentrional. 
É 


Nomes vulgares : cabejuda, tracajá. 


F — Fam. CHELIDAE Ogilby, 1905 
(Chelyidae) 


XI — Gen. Chelus Duméril 


in Zool. Anal. :76;1806 
Tipo: fimbriatus (monotípico) 


15. — Chelus fimbriatus (Schneider, 1783) 


Testudo fimbriata Schneider — Schildkr. :349;1783 

Matamata fimbriata Merrem — Tent. Syst. Amphib. :21;1820 

Chelys boulengeri Baur — Amer. Naturalist, 24:968;1390 | 

Chelys fimbriata Boulenger — Cat. Chel. Rhynchoc. Croc. Brit. Mus. 
:209;1889 

Chelys fimbriata Goeldi — Bol. Mus. Goeldi, 4:746;1904-1906 

Chelys fimbriata Siebenrock — Zool. Jahrb., Suppl. 10(3):568;1909 

Chelys fimbriata Luederwaldt — Rev. Mus. Paul., 14:425-426;1926 

Chelys fimbriata Hoge — Mem. Inst. Butantan, 24(2):176;1952 


Forma comum na ragião centro-setentrional. 


Nome vulgar: mata-matá. 


NOTAS QUELONOLÓGICAS — I — ATUALIZAÇÃO DA, Etc. 17 


XII — Gen. ei Wagler 
in Nat. Syst. Amphib. :135;1830 
tipo: tectifera (= maximiliani Wagler, nec Mikan) 
16. — Hydromedusa maximiliani (Mikan, 1820) 


Emys maximiliani Mikan — Delect. Flor. et Faun. Bras. ;1820 

Chelomedusa depressa Gray — Ann. & Mag. Nat. Hist. (4),11:303;1873 

Hydromedusa maximiliani Boulenger — Cat. Chel. Rhynchoc. Croc. Brit. 
Mus. :210;1889 

Hydromedusa maximiliani H. Ihering -—- Proc. Acad. nat. Sc. Phil. 
:101;1898 

Hydromedusa maximiliani Goeldi — Bol. Mus. Goeldi, 4:748;1904-1906 

Hydromedusa maximiliani Siebenrock — Zool. Jahrb., Suppl. 10 (3) 
:569;1909 

Hydromedusa Maximiliani Luederwaldt — Rev. Mus. Paul., 14:425:1926 

Hydromedusa maximiliani Freiberg — Mem. Mus. Entre Rios (9):19;1938 


Registado no Brasil para o estado de São Paulo, sendo entretanto 
muito provável que ocorra também nos estados mais meridionais. Na 
Argentina, Freiberg (loc. cit.) aponta a ocorrência dessa espécie para as 
províncias de Corrientes, Misiones e Chaco. 


Nome vulgar : como todos os Chelidae ocorrentes na região meri- 
dional, é designado vulgarmente por cágado. 


17. — Hydromedusa tectifera Cope, 1869 


Hydromedusa tectifera Cope — Proc. Amer. phil. Soc., 2:147;1869 
Chelodina Maximiliani Dum. & Bibr. (nec Mikan) - Erp. Gén., 2:449;1835 
Hydromedusa platanensis Gray — Ann. & Mag. Nat. Hist. (4),11:302;1873 
Hydromedusa wagleri Günther — Ann. & Mag. Nat. Hist. (5),14:423:1884 
Chelodina Maximiliani Hensel (nec Mikan) — Arch. f. Nat. :355;1868 
Hydromedusa tectifera Boulenger — Ann. & Mag. Nat. Hist. (5),18:425 
‚1886 e Cat. Chel. Rhynchoc. Croc. Brit. Mus. :212:1889 

Hydromedusa tectifera Goeldi — Bol. Mus. Goeldi, 4:749;1904-1906 
Hydromedusa tectifera Siebenrock — Zool. Jahrb., Suppl. 10(3):569;1909 
Hydromedusa tectifera Luederwaldt — Rev. Mus. Paul., 14:426-427;1926 
Hydromedusa tectifera Freiberg — Mem. Mus. Entre Rios (9):19-20;1938 


Forma comum na região meridional e paises vizinhos. 


Nome vulgar: cágado. 


18 IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 2 


XII — Gen. Batrachemys Stejneger 
in Proc. Biol. Soc. Washington, 22:216;1909 
tipo: nasuta 
18. — Batrachemys nasuta (Schweigger, 1814) 


Emys nasuta Schweigger — Prodr. Chelon. :29;1814 

Emys stenops Spix — Spec. nov. Test. :12 (tab. 9, fig. 3-4):1824 

Platemys miliusii Duméril & Bibron — Erp. Gén., 2:431:1835 

Rhinemys nasuta Boulenger — Cat. Chel. Rhynchoc. Croc. Brit. Mus,, 
:218;1889 

Rhinemys nasuta Goeldi — Bol. Mus. Goeldi, 4:750;1904-1906 

Rhinemys nasuta Siebenrock — Denkschr. Akad. Wiss. Wien, 76:19;1904 
e Zool. Jahrb., Suppl. 10 (3) :573;1909 


Rhinemys e Luederwaldt — Rev. Mus. Paul., 14:428 487,1926 


Ocorrente na região central e setentrional. 


Nomes vulgares: segundo Siebenrock (Denkschr. Akad. Wiss. 
Wien, 76:28;1904) essa espécie seria conhecida pelos nomes de jaboti- 
aperema e tracajá, nomes que são aplicados respectivamente à Rhino- 
clemmys punctularia punctularia e a algumas espécies de Pelomedusidae. 


19. — Batrachemys tuberculata (Luederwaldt, 1926) 
Ehinemys tuberculata Luederwaldt — Rev. Mus. Paul. 14:428,437;1926 


Espécie registada para a região setentrional e oriental. 


Nome vulgar : desconhecido. 
| Ee RE 


] 
1 
L 


XIV — Gen. Mesoclemmys Gray 
| in Ann. & Mag. Nat. Hist. (4), 11:305;1873 
Eca tipo: gibba (monotípico) 
| 20. — Mesoclemmys gibba (Schweigger, 1814) 
Emys gibba Schweigger — Prodr. Chelon. :30;1814 


Hydraspis gibba Boulenger — Cat. Chel. Rhynchoc. Croc. Brit. Mus., 
:224:1889 


NOTAS QUELONOLÓGICAS — I — ATUALIZAÇÃO DA, Etc. 19 


Hydraspis gibba Goeldi — Bol. Mus. Goeldi, 4:752;1904-1906 

Mesoclemmys gibba Siebenrock — Denkschr. Akad. Wiss. Wien, 76:20 
;1904 e Zool. Jahrb., Suppl. 10 (3) :574;1909 

Mesoclemmys gibba Luederwaldt — Rev. Mus. Paul., 14:428;1926 


Encontrado na região centro-setentrional. 


Nome vulgar : cágado. 


XV — Gen. Phrynops Wagler 
in Nat. Syst. Amphib. :135;1830 
tipo: geoffroyana 
21. — Phrynops geoffroyana (Schweigger, 1812) 


Emys geoffroyana Schweigger — Arch. Königsb., 1:302;1812 

Platemys geoffroyana Dumeril & Bibron — Erp. Gen., 2:418;1835 

Platemys geoffroyana Hensel — Arch. f. Nat. :350;1868 (pro parte) 

Piatemys geoffroyana Boulenger — Ann. & Mag. Nat. Hist. (5) 
18:424;1886 

Hydraspis geoffroyana Boulienger — Cat. Chel. Rhynchoc. Croc. Brit. 
Mus. :223;1889 

? Hydraspis boulengeri Bohls — Zool. Anz., 18:53;1895 

Hydraspis geoffroyana Goeldi — Bol. Mus. Goeldi, 4:751;1904-1906 

Hydraspis geoffroyana Siebenrock — Denkschr. Akad. Wiss. Wien, 
76:23;1904 e Zool. Jahrb., Suppl. 10 (3) :576;1909 

Hydraspis Geoffroyana Luederwaldt — Rev. Mus. Paul., 14:433;1926 

Phrynops geoffroyana Freiberg — Mem. Mus. Entre Rios (9) :22;1938 


Espécie da ampla distribuição geográfica, tendo sido registada sua 
ocorrência nos Estados de Maranhão, Piauí, Bahia, Espírito Santo, São 
Paulo, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, bem como no Paraguai e Ar- 
gentina (Misiones). 


Nome vulgar : cágado. 


22. — Phrynops hilarii (Dumeril & Bibron, 1835) 


Platemys hilarii Dum. & Bibr. — Erp. Gén., 2:428;1835 

Platemys geoffroyana Hensel — Arch. f. Nat. :350;1868 (pro parte) 
Spatulemys lasalae Gray — Ann. & Mag Nat. Hist. (4), 10:463;1870 
Platemys hilairii Boulenger — Ann. &Mag. Nat. Hist. (5), 18:424;1886 


20 IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 2 


Hydraspis hilarii Boulenger — Cat. Chel. Rhynchoc. Croc. Brit. Mus. 
:222:1889 

Hydraspis geoffroyana var. hilarii Siebenrock — Zool. Anz., 29:426;1905 

Hydraspis hilarii Goeldi — Bol. Mus. Goeldi, 4:750;1904-1906 

Hydraspis hilarii Siebenrock — Zool. Jahrb., Suppl. 10 (3) :575;1909 

Hydraspis Geoffroyana var. Hilarii Luederwaldt — Rev. Mus. Paul,, 
14:434;1926 

Phrynops hilarii Freiberg — Mem. Mus Entre Rios (9) :21;1938 


Espécie comum na região meridional, encontrada ainda na Argen- 
tina setentrional e Paraguai. 


Nome vulgar : cágado. 


Nota : a ocorrência simultânea de hilarii e geoffroyana nos mes- 
mos distritos zoogeográficos impede de que se considere o primeiro como 
simples raça geográfica do segundo. 


23. — Phrynops rufipes (Spix, 1824) 


Emys rufipes Spix — Spec. nov. Testud. :7;1824 

Hydraspis rufipes Boulenger — Cat. Chel. Rhynchoc. Croc. Brit. Mus. 
:225;1889 

Hydraspis rufipes Goeidi — Bol. Mus. Goeldi, 4:753;1904-1906 

Hydraspis rufipes Siebenrock — Denkschr. Akad. Wiss. Wien, 76:24;1904 
e Zool. Jahrb., Suppl. 10 (3) :578;1909 

Hydraspis rufipes Luederwaldt — Rev. Mus. Paul., 14:428-429:1926 


Espécie rara, carente de uma revisão que esclareça suas verdadei- 
ras afinidades. Registada para a região setentrional. 


Nome vulgar : . desconhecido. 


24. — Phrynops tuberosa (Peters, 1870) 


Hydraspis tuberosa Peters — Mon. Ber. Acad. Wiss. Berlin :311;1870 

Hydraspis tuberosa Boulenger — Cat. Chel. Rhynchoc. Croc. Brit. Mus. 
:223;1889 

Hydraspis tuberosa Siebenrock — Denkschr. Akad Wiss. Wien, 76:22 
‚1904 e Zool. Jahrb., Suppl. 10 (3) :577;1909 

Hydraspis tuberosa Luederwaldt — Rev. Mus. Paul., 14:430-431;1926 


Espécie rara, registada para as Guianas e bacia do Rio São Francisco. 


Nome vulgar : desconhecido. 


NOTAS QUELONOLÓGICAS — I — ATUALIZAÇÃO DA, Etc. 21 


25. — Phrynops wagleri (Duméril & Bibron, 1835) 

Platemys wagleri Dum. & Bibr. — Erp. Gén., 2:422:1835 

Flatemys wagleri H. lhering -— Proc. Acad. nat. Sc. Philadelphia, 
:101;1898 

Hydraspis wagleri Boulenger — Cat. Chel. Rhynchoc. Croc. Brit. Mus,, 
225:1889 


Hydraspis wagleri Siebenrock — Zool. Jahrb., Suppl. 10 (3) :579;1909 
Hydraspis wagleri Luederwaldt — Rev. Mus. Paul., 14:429-430;1926 


Ocorrência registada para o Estado de São Paulo. 


Nome vulgar : cágado. 


XVI — Gen. Platemys Wagler 
in Nat. Syst. Amphib. :135;1830 
tipo: platycephala (= planiceps) 
26. — Platemys platycephala (Schneider, 1792) 


Testudo platycephala Schneider — Schrift. naturf. Fr. Berlin :259;1792 

Platemys platycephala Boulenger — Cat. Chel. Rhynchoc. Croc. Brit. 
Mus., :227;1889 

Platemys planiceps Strauch — Mem. Acad. Sc. St. Pétersbourg (7), 38 
(2):105;1890 

Platemys platycephala H. Ihering — Rev. Mus. Paul., 6:454;1905 

Platemys platycephala Goeldi — Bol. Mus. Goeldi, 4:754;1904-1906 

Platemys platycephala Siebenrock — Zool. Jahrb., Suppl., 10(3):580;1909 

Platemys platycephala Luederwaldt — Rev. Mus. Paul., 14:434-435:1926 


Espécie comum, própria da região amazônica. 


Nomes vulgares: jaboti-machado, machadinha. 


27. — Platemys quadrisquamosa Luederwaldt, 1926 


Platemys radiolata var. quadrisquamosa Luederwaldt — Rev. Mus. Paul, 
14:436-440;1926 


Forma carente de revisão. Considero-a aquí como espécie distinta 
de radiolata, em virtude de coincidirem, ao menos em parte, suas. áreas 
de distribuição geográfica. Registada para a região oriental. 

* 


Nome vulgar : desconhecido. 


22 IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 2 


28. — Platemys radiolata (Mikan, 1820) 


Emys radiolata Mikan — Delect. Faun. Flor. Bras. ;1820 

Hydraspis radiolata Boulenger — Cat. Chel. Rhynchoc. Croc. Brit. Mus,, 
:225:1889 

Platemys werneri Schnee — Zool. Anz., 23:463;1900 

Hydraspis radiolata Goeldi — Bol. Mus. Goeldi, 4:752;1904-1906 

Platemys radiolata Siebenrock — Anz. Akad. Wiss. Wien, 2:1;1902, 
Denkschr. Akad. Wiss. Wien, 76:26;1904 e Zool. Jahrb., Suppl. 10 
(3):581;1909 

Platemys radiolata Luederwaldt — Rev. Mus. Paul., 14:435-436;1926 


Encontrado nas regiöes tropical e subtropical. 


Nome vulgar : cägado. 


29. — Platemys spixii Dumeril & Bibron, 1835 


Platemys spixii Dum. & Bibr. — Erp. Gen., 2:409;1835 

Platemys spixii Boulenger — Ann. & Mag. Nat. Hist. (5) 18:424:1886 e 
Cat. Chel. Rhynchoc. Croc. Brit. Mus. :227;1889 

Platemys spixii Goeldi — Bol. Mus. Goeldi, 4:754;1904-1906 

Platemys spixii Siebenrock — Zool. Jahrb., Suppl. 10 (3) :580;1909 

Platemys spixii Luederwaldt — Rev. Mus. Paul., 14:435;1926 

Platemys spixi Freiberg — Mem. Mus. Entre Rios (12) :4 (pl.) ;1940 


Espécie comum no Brasil meridional, encontrada também na Ar- 
gentina setentrional. 


Nome vulgar : cágado. 


ÍNDICE ALFABÉTICO 


ra (Chelonia). .........2...: u 
Breasta (Sphargis) .....:.....:..- 13 
RR Era lichelys) ......2:2....2..- 12 
ee ensure 15 
MERCER VS 2... inne 18 
Be Beriido) .....:. nenn 9 
Bonlengeri (Chelys) ..:........... 16 
boulenseri (Hydraspis) ........-.: 19 
EEE SP srs ce nais à 12 
edouana (Thalassochelys) ......:..: TA 
psdouanna (Chelonia) ..........:-- 12 
Erboamarıa (Testudo) .....:.-.- 9, 10 
MEM ss messes 10, 12 
Be CC aretta) .,2.. rennen 12 
cayennensis (Podocnemis) 13, 14 
Beahalor (Caouana) .....:.:....2... 12. 
ER SS aa eai qo ET 
Re ones d.ccisiateers eras aa 17 
ELES Se a EEE 10 
RE Ss ls sreacs Tas 11 
MRE MINS loss ss cdi sun Tee 13 
Bene n......ulelenscıe 10.11.12 
UCS sli een. 9 
RR SS sas areias 16 
RR sa sos im amais as 12 
MR ade uma 16 
RR rsss mes me sina o 8 
Sn 2 Dial) à 4 DO 2 
LIE TEN A Ur 8 
concinna (Pseudemys) ............ 8 
coriacea (Dermochelys) ....... 12,18 
er. 12 
Ronin (Podoenemis) ......:;...- 14 
denticulata (Chelonoidis) ...... 9, 10 
Benressa (Chelonia). .........:.:.. 11 
depressa (Chelomedusa) .......... 17 
ME EREIVS «ceras cesso 12 
Va gio fere a te A (o 2.1.2222... 12. ta 
dorbignyi (Pseudemys) ........... 8 
KEEDYS) PR 9 
dumeriliana (Peltocephalus) 13, 14, 15, 

16 
Be... 6, 19, 14, 15, 17, 18, 19, 20, 22 


Ereimochelys 1 neun 11 
Epecnelonta Po se een na E 10 
Pres Ma ra aa PO ad a 10 
expansa (Podocnemis) ........ 13, 14 
KmBrlatus: (Chelus);. .....:.2...8% 16 
GERNE ae a 9 
geoffroyana (Phrynops) ...... 19, 20 
gibba (Mesoclemmys) ........ 18, 19 
Blaliicheiss. un 2. ee: 12 
Klar KPRFYNEBS): ... sie 19, 20 
Hydaraspis sn „aa. 18; 19; 20, 21; 22 
Hyogromelusı. isso mio A RA 17 
imbricata (Eretmochelys) ........ 11 
integrum (Kinosternon) ....... 1,8 
Tapentea. (Chelonta) sita. 10 
BEINosternan es ns a a re 7 
Kinosernum sa. ee wa 7 
tasalget(Spatlulemys) ;.....2..%2.. 19 
lewyana (Podocnemis).........%:.. 14 
longicaudatum (Kinosternon) ..... N 
macropus (Kuehelys) usage 10 
maximiliani (Hydromedusa) ...... 17 
mereumialis (Sphargis) Luas a 12 
Mesoclemmys. su guess o ga ata A 18, 19 
ns CElatemySs) ba Ts as e nee 18 
IL iÃo (ISA NE RE RÃ 10 
mydas (Chelona) Suissa 1 121 
NEydasear st Gone Se ee 10 
nasıta (Caretta) asus a era ern 12 
nasuta (Batrachemys) ............ 18 
Nata O Bl Bu io dO e A 11: 
PUCCA uk SRP dy a AR 9 
Peltseephalus «occurs rode 13, 16 
PEN DDD CR Sariga do en 19, 20, 21 
pipir CBartletila)  .. ago 19 
planiceps. (Platemys) 2. Nenn: 21 
platanensis (Hydromedusa) ...... 17 
Diatemya ne. Naneae: 18, 1921,22 
platycephala (Platemys) cias 21 
Eado ments u... un 13, 14, Jo, 16 
ESQUECI VS 3. 00.2.0 Se ação ER 8 
punctularia (Rhinoclemmys) ...... 9 
quadrisquamosa (Platemys) ...... 21 


RR SM SS A Da Tre ) 
P E 


radiolata (Platemys) 

Rhinemys 8,5 PCS EMO par 
Rhinoclemmys | ) Thalassochelys . ; 
rufipes (Phrynops) | thunbergii (Caretta) ..... 
schlegelii (Sphargis) tracaxa (Peltocephalus) .... 
scorpioides (Kinosternon) tuberculata (Batrachemys) .. 
sextuberculata (Podocnemis) tuberosa (Phrynops) ; 
Spatulemys ; unifilis (Podocnemis) 
Sphargis virgata (Chelonia) 

spixii (Platemys) ... .  viridis (Chelone) 
squamosa (Eretmochelys) wagleri (Hydromedusa) 
stenops (Emys) wagleri (Phrynops) 

tabulata (Testudo) E werneri (Platemys) 

tectifera (Hidromedusa) 


SÉRIES CIENTÍFICAS 
DO 


— Nº 3 — 17 DE FEVEREIRO DE 1957. 


VON 


SECRETARIA DE EDUCACAO E CULTURA 
DIVISÃO DE CULTURA 
DIRETORIA DE CIÊNCIAS PA 
ZN) 


Aires 


; ] h +. 
a 4 
‚ 
ER 
4 
e _ 
je ; 
a : 
ur % 
' , 
a 
a - 


1 
su I ” 
E UR À 7 - 
F [2 
) 1 
” \ f 
R 
u 
) £ 
A 
+ RAR P 


1 


o RN O o 
ER EN ia aan «= 
A A 20 20 


PROVISORISCHE LISTE DER ALTICIDEN 


VON 


RIO GRANDE DO SUL 


(COL. PHYTOPH. CHRYSOMELOIDEA) 


Von Jan Bechyné, Museu G. Frey (Tutzing, Deutschland). 


PORTO ALEGRE 
Oficinas Gráficas da Imprensa Oficial 


1957 


- 
a 
. 
- 
' 
d - 
. 


é Pr Rar 
eo E 


/ 1 ' 


a = EE a 


Ei 


E o, r 2 É 7 


4 & 


SIT JA nda ME HD? 


> OM: 


COTA MOTAS. 


Y u ' a 
PIN VA NE PRO 
VAGINA 


14 
j 5 
3 
ç : à 
1 
) y 
j ) ao 


Pater Pio Buck, S EI verfügt über die reichste Sammlung der 
Chrysomeliden aus diesem südlichsten brasilianischen Staate und es war 
eine > grosse Freude für mich, ‚dieselben bearbeiten zu dürfen. 


Die frühern sporadischen Angaben in der Literatur, welche ungefähr 
10 Alticiden-Arten aus RGS ungenau betreffen, sind hier weggelassen, 
weil P. P. Buck ein unvergleichbar grösseres, genau etikettiertes Mate- 
rial von weit über 100 Arten in den letzten Jahren sammelte. Nur eine 
einzige, von RGS. beschriebene Art. (Oedionychus morosus Jac.) ist mir 
nicht bekannt. Weitere Alticiden aus RGS bekam ich von Pe. Francısco 
Silverio Pereira CMF (sie befinden sich in der Secretaria da Agricultu- 
ra, Departamento de Zoologia, Sao Paulo) und von Herrn W. Wittmer 
(Museum G. Frey). 

Die Alticiden-Arten, welche in den folgenden Zeilen aufgezählt 
werden, sind zum Teil auch in den benachbarten Gebieten verbreitet, 
jedoch die Individuenzahl scheint dabei verschieden zu sein. Solche 
Arten, die ausserhalb der ganzen atlantischen Küstenregion (von südl. 
Bahia bis Buenos Aires) vorkommen, sind verhältnismässig selten. 


Die literarischen Hinweise sind in Junk-Schenkling’s Catalogus 
Coleopterorum zu finden, partes 166 et 169 (1939-1940). 


Alle Belegstücke samt Typen, die sich in der Sammlung P. Pio Buck 
befinden, sind mit der Abkürzung PPB: gekennzeichnet. Die Nummern 
in Klammern, die sich hinter den Artenamen befinden, entsprechen der 
Reihenfolge des 2. Kapitels (Notizen und Neubeschreibungen). 


raca en n. g.(1) 


}.. ph ihona Verticalis curitibensis Bechyné (2) 
1955, Ent. Arb. Mus.-G. Frey 6, p. 94. 
RGS: P. Alegre, X. 1949 et 4. IV. 1951 (PPB); Vila Oliva, 18. II. 
1948 (PPB). 
Paraná, Sta. Catarina : Pinheiral, 29. 1. 1953 (PPB). Die typische 
Art kommt in Rio de Janeiro vor. 


2. Brasilaphthona octavia n. sp. (3) 
RGS: P. Alegre, 15. X. 1936 (PPB). 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 3 


Brasilaphthona amelia olivia n. subsp. (4) 

RGS: Vila Oliva, 5. et 9. II. 1952 (PPB); S. Francisco de Paula, 
II. 1936 (PPB): Taimbezinho, 23. II. 1951 (PPB). 

Sta. Catarina: Pinheiral, 29. I. 1951 (PPB) Die typische Rasse ist 
von Rio de Janeiro bekannt. 


Brasilaphthona dilutiventris umbraticeps n. subsp. (5) 

RGS: Vila Oliva, 15. II. 1951 et 4. II. 1952 (PPB) 

Die erstere Rasse kommt in Sta. Catarina vor. 

Brasilaphthona doria n. sp. (6) 

RGS: Taimbezinho, 23. II. 1951, et 12. II. 1952 (PPB); Vila Oliva, 
II. 1950 (PPB). 


Genaphthona n. gen. (7) 


Genaphthona yasmina n. sp. (8) 
RGS: Vila Oliva, 1. et 19. II. 1952 (PPB). 


Genaphthona jessia laevicollis n. subsp. (9) 
RGS: Vila Oliva, 9. II. 1952 (PPB). 


G. jessia s. str. wurde von Rio de Janeiro beschrieben. 
Sanariana Bechyne. 
1955, Ent. Arb. Mus. G. Frey, 6. p. 75. 


Sanariana rubra Bechyné. 

1955, [e p. 379. 

RGS: Serro Azul, I. 1952 (PPB). 
Von Sta. Catarina beschrieben. 


Varicoxa Bechyné. 
1955: Le D. 81 


Varicoxa apolonia occlusa n. subsp. (10) 

RGS: Vila Oliva, II. 1950, 7., 15. et 18. II. 1951, 18., 19. et 24. II. 
1952; 2. et 16. II. 1954 (PPB). 

Die Stammform : in Sta Catarina, subsp. aperta Bechyné in Rio 
de Janeiro. 


Longitarsus Latreille 1825. 


Longistarsus frontalis Ogloblin 1930 
RGS: P. Algere, 21. IV. et 4. VII. 1951 (PPB). 
Rep. Agentina : Misiones. 


2. 


PROVISORISCHE LISTE DER ALTICIDEN VON RIO GRANDE DO SUL 7 


Longitarsus corumbanus Bechyné 

1955. Ent. Arb. Mus. G. Frey 6. p. 85. 
RGS: São Leopoldo, IV. 1943 (PPB). 
Mato Grosso. 


Heikertingerella Csiki 1940 


(Homophyla Harold 1877 = Euplectroscelis Jacoby 1885) 
Bechyné 1955, Ent. Arb. Mus. G. Frey 6. p. 103. 


Heikertingerella bimaculata Baly 1877 
RGS: São Leopoldo, 5. X. 1927 (PPB) 
São Paulo, Paraná, Sta. Catarina. 


Heikertingerella ferruginea Duvivier 1889 

Bechyné 1955, 1. c. p. 106. 

RGS: Vila Oliva, 11. VII. 1950, 3 et 19. II. 1951 (PPB); Marce- 
lino Ramos, 15. X. 1939 und 15. XI. 1940 (Pe. F. S. Pereira) 

Sta. Catarina, R. Argentina: Misiones. 


Heikertingerelia hybrida nigrita Duvivier 1889. 

Bechyné, 1955, 1. c. p. 110. 

Parecy Novo, IX. 1932 (PPB); S. Francisco de Paula, I. 1937 
(PPB): 

Sta. Catarina. 


Heikertingerella ventralis Bechyné 

Tosa. de p. 112. 

RGS: P. Alegre, 3. VII., 13. VIII. et 12. XI. 1952 (PPB). 
Sta. Catarina. 


Heikertingerella cyphonoides Bechyné 

18355. t./€ pi 112. 

RGS: P. Alegre, 27. IV. et 24. VHI. 1949, 17., 24., 31. X. 1951, 
16. IV. 1952 (PPB); Vila Oliva, II. 1949 (PPB); Novo Ham- 
burgo, Vacaria, 13. I. 1953 (W. Wittmer, Mus. G. Frey) 

Sta. Catarina: Pinheiral, 29. I. 1953 (PPB) 

R. Argentina: Formosa. 


Heikertingerella argentiniensis Bechyné 

1951, Rev. Chil. Ent. 1, p. 106 

RGS: Parecy Novo (PPB); Alto Feliz, II. 1932 (PPB) 
Sta. Catarina, Paraná. — R. Argentina: Misiones. 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 3 


Itapiranga n. gen. (20). 


Itapiranga bicolor n. sp. (12) 
RGS: Serro Azul, XII. 1944 et 1945 (PPB) 


Systena Melsheimer 1847 


Systena s-littera tenuis Bechyné 

1954, Ent. Arb. Mus. G. Frey 5, p. 125 fig. 

RGS: Porto Alegre, 15. XI. 1934, 17. V. 1950, 4. IV. et 30. V. 1951 
et 5. XI. 1952 (PPB); Parecy Novo. VII. 1955 (PPB); Vila 
Oliva, 9. II. 1944, 7. II. 1947, 30. I. et II. 1948, 9., 15., et 
24. II. 1949, 9., 19., 20., 21., et 26. II. 1952, 16., 19., et 24. II. 
1954 (PPB); S. F. Paula, 21. VIII. 1938 (PPB); Serro Azul, 
1944 (PPB); Marcelino Ramos, 15. X. 1939 et 15. XI. 1940 
(P. F. S. Pereira). 

Sta. Catarina: Itapiranga, II. 1934 et X. 1952 (PPB), XI. 1953, 
Pinheiral, 27. I. 1953 (PPB). 

Bahia, Esp. Santo, Minas Geraes, Goiás, Rio de Janeiro, S. Paulo, 

. Paraná, Mato Grosso. — Paraguay. — R. Argentina: Misio- 
nes etc. Weitere peographische Rasse über das ganze tropi- 
sche Süd- und Zentral-Amerika verbreitet. 


. Systena bifasciata Jacoby 1888. | 
RGS: P. Alegre, 1. X. 1948, 5. XI. et 23. VII. 1952 (PPB); Serro 
| Azul, 1944 (PPB). Sta. Catarina. 


Systena 9-maculata Clark 1865. 
RGS: P. Alegre, 25. IV. et 31. X. 1951, 19. III, 30. VII. 1952 
(BPB): | 
Vila Oliva 8. II. 1949, et 5. II. 1952 (PPB); Parecy Novo IV. 1933, 
VI. et VII. 1935, v. 1936, IX. 1944 (PPB); Serro Azul, X. 
1944 (PPB); Farroupilha, 6. XII. 1950; Marcelino Ramos, 
15. XI. 1940 (P. F. S. Pereira). 

Esp. Santo, Rio de Janeiro, Minas Geraes, S. Paulo, Paranä, Sta. 
Catarina, Mato Grosso. — Uruguay. — Paraguay. — Argen- 
tina: Misiones, Entre Rios. — Bolivien. 


Systena brasiliensis Jacoby 1902. 

RGS: Serro Azul, XII. 1942, X. 1943, XII. 1944 et i. 1952 (PPB). 

Esp. Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, S. Paulo, Sta. Catari- 
na. — Paraguay. 


Systena adelpha Bechyne. 

1955. Ent. Arb. Mus. G. Frey 6. p. 113. 
RGS: P. Alegre, 23. XII. 1952 (PPB). 
Von Sta. Catarina beschrieben. 


PROVISORISCHE LISTE DER ALTICIDEN VON RIO GRANDE DO SUL 9 


Agasicles Jacoby 1904 


1. Agasicles connexa Boheman 1859 (13) 
RGS: P. Alegre, 15. XI. 1934 (PPB) 
Von Rio Grande do Norte bis nach Argentinien und Perü ver- 
breitet. 


Heikertingeria Csiki 1939 
( — Pelonia Clark) 


1. Heikertingeria rufotestacea Clark 1865 
RGS: P. Alegre, i5. XI. 1950, 9. v. et 2. IX. 1951 (PPB) . 
Von Rio de Janeiro beschrieben. 


Acanthonycha Jacoby 1891 


1. Acanthonycha adusta n. sp. (14) 
j BGS: Serro Azul, XII. 1942, X. 1944 et 1945 (PPB). 
Sta. Catarina: Itapiranga, IX. 1954 (PPB) 


2. Acanthonycha antennata diabroticina n. subsp. (15) 
RGS: Serro Azul, X. 1944 (PPB) 
Die typische Art ist von S. Paulo bekannt. 


3.  Acanthonycha costatipennis Jacoby 1904. 
RGS: Serro Azul, IX. 1940 (PPB). 
S. Paulo, Sta. Catarina. 


Disonychodes Bechyné 
1955, Bull. Inst. R. Sci. Nat. Belg. 31, p. 15. 


1. Disonychodes exclamationis exclamationis Boheman 1859 

Systena exclamationis Boheman 1859 

Disonycha viridipennis Clark 1869. 

Prasona exclamationis Blake 1951. Proc. Ent. Soc. Wash. 53, p. 
138 et 146, fig. 2 et 3. 

Disonychodes exclamationis exclamationis Bechyné 1955. 1. ec. p. 
15. 

RGS: Serro Azul, IX. 1934, I. 1935, VIII. et IX. 1939, 1944 (PBB). 

Andere Subspecies kommen in Paraguay und Argentinien vor. 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 3 


Disonycha Chevrolat 1844 (15 a) 


Costa Lima 1954, Rev. Bras. Ent. 1. p. 1 — 24. figs. 
Blake 1955, Proc. US. Nat. Mus. 104, no. 3338, p. 1 — 86. figs. 


Disonycha prolixa Harold 1875 

Costa Lima 1954. 1cp.o 8 Gg 

Blake 1955, 1: cp: 66, fig. 75: 

RGS: P. Alegre, v. et VI 1930, 20. v. 1936, 6. VIII. 1947 et 15. 
VII. (PPB). 1948 

Sta. Catarina: Itapiranga, X. et XI. 1953 (PPB). — Bahia, Esp. 

| Santo, Rio de Janeiro. S. Paulo, Mato Grosso. — Paraguay. 
— R. Argentina: Catamarca. 


Disonycha tristis Jacoby 1879. 

Costa Lima 1954, 1. c. p. 10, fig. 4 et 10. 

Disonycha conjuneta Blake, 1. c. p. 64, fig. 52. a 

RGS: P. Alegre, 8. VI. 1933, 20. VIII. et 8. X. 1947, 19. V., a VIL. 
et 6. X. 1948, 9. XI. 1949, 17. v. 1950, 7. et 26. III. 13. et 30. 
V., 17. et 31. X. 1951, 16. IV. et 28. V. 1952 et 2.210953 
(PPB); Vila Oliva, II. 1948, 6. II. 1950, 1. 19. II. 1952 et 
19. II. 1954 (PPB); S. Leopoldo, X. 1947, X. et XII. 1950 
(PPB); Parecy Novo, VIII. 1932, x. 1937, XII. 1948 et 10. I. 
1949 (PPB); S. Fr. Paula, 28. I. 1938 (PPB); Serro Azul, X. 
1937, X. 1938, XX. Xi et XII. 1944, et XII. 1948 (PPB). 
Marcelino Ramos, 15. X. 1939 (Pe. F. S. Pereira). Pelotas - 
(Mus. G. Frey) 

Sta. Catarina: Itapiranga, X. 1952, XI. 1953 (PPB). 

Rio de Janeiro, S. Paulo, Paraná, Sta. Catarina. — R. Argentina: 
Misiones. 


Disonycha argentiniensis Jacoby 1901. 

Costa Lima 1954, 1. c. p. 12, fig. 5 et 6. 

Blake 1955, 1. c. p. “70, fig. 72; 

RGS: P. Alegre, IX. 1927, 20. VIII. 1934 (PPB); S. Leopoldo, IX 
1932, IX. et X. 1933 (PPB); Serro Azul, (PPB). 

Sta. Catarina: Itapiranga, II. 1934 (PPB). 

S. Paulo. — R. Argentina: Misiones, Corrientes, Entre Rios, Bue- 
nos Aires, La Plata (Ciudad Eva Perón), 17 IV. 1905 (C. 
Bruch, Mus. G. Frey). 


Disonycha silvai novoteutoniensis Bechyné 

1955, Ent. Arb. Mus. G. Frey 6, p. 123. 

Sta. Catarina: Itapiranga, X. 1934 et X. 1952 (PPB). 

RGS: Serro Azul, VII. 1934, X. 1944 (PPB). 

Von Sta. Catarina beschrieben. Die typische Form wurde von 


1. 


PROVISORISCHE LISTE DER ALTICIDEN VON RIO GRANDE DO SUL 11 


Prof. A. de Costa Lima (1. c. p. 16, fig. 10 et 18) von Rio 
de Janeiro und Paraná beschrieben. 


Disonycha copulata Germar 1824. 

Costa Lima 1954 dep: 18, fig. 12: 

Blake 1955, 1. c. p. 67, fig. 74. 

RGS: S. Leopoldo, IX. 1930, IX. 1932 (PPB); Serro Azul, 1935 
et VIII. 1939 (PPB). 

Sta. Catarina: Itapiranga, X. 1939 (PPB). 

Paraguay. — R. Argentina: Corrientes. 


Disonycha brasiliensis Costa Lima 

4954, 1.5€c. p::20, fig. 17,723 et 24, 

Disonycha piagifera Blake 1955, 1. c. p. 58, fig. 43. 

RGS: S. Leopoldo, VIII. 1943, (PPB); Serro Azul, 1935, 1., VIII. 
et IX. 1939, XII. 1940, X. 1944 (PPB). 

Sta Catarina: Itapiranga, VIII, et IX. 1934, X. 1952, IX 1953 
PPB): 


Disonycha silvai Costa Lima 1954. 
1954, 1. c. p. 16, fig. 10 et 18. 


Disonycha immaculata Blake 1955, 1. c. p. 13, fig. 7. 


RGS, ohne nähere Fundortangabe (Blake) 
Brasil: Sta. Catarina, Paraná, Rio de “Janeiro, Bahia. 


Nephrica Harold 1877. 


Nephrica maculipennis Jacoby 1902. 
RGS: Serro Azul. (PPB). 
Von RGS ohne nähere Angabe beschrieben 


Nephrica adherens n. sp. (19) 
RGS: Serro Azul, 1935 (PPB). 
Sta. Catarina: Itapiranga, x. 1952 et IX. 1953 (PPB). 


Nephrica zodiaca n. sp. (20) 
RGS: Serro Azul, 1935 (PPB). 
Sta. Catarina: Itapiranga, X. 1952 (PPB). 


Nephrica littoralis Bechyné 

1955, Ent. Arb. Mus. G. Frey 6, p. 126. 

RGS: Serro Azul, VIII. 1939, II. 1943, X. 1945, XI. 1949 (PPB). 
Sta. Catarina: Itapiranga X. et XI, 1952, XI. 1953 (PPB). 
Paraguay. — R. Argentina: Misiones. 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 3 


Nephrica fandanga Bechyné 

1955; Te po 127, 

RGS: Ivoti, 6. VI. 1949 (PPB). E! 
Sta. Catarina: Itapiranga, II, et IX. 1934, IX. 1953 (PPB). 
Von Sta. Catarina (N. Teutonia) beschrieben. 


Cacoscelis Chevrolat 1843. 


Cacoscelis lucens Erichson 1847. 

RGS: Palmeira, I. 1929 (PPB). 

Sta. Catarina: Itapiranga, II. 1951. (PPB). 

Brasil. — Paraguay. — Bolivia. — Perü. — Ecuador. 


Cacoscelis melanoptera Germar 1821. 

Bechyné, 1955, Ent. Arb. Mus. G. EN 6, p. 129 

RGS: Serro Azul (PPB). 

Rio de Janeiro, Minas Gerais, S. Paulo, Paraná, Sta. Catarina. — 
Paraguay. 


Cacoscelis nigripennis Clark 1865. 

Bechyné, 1. c. p. 129. 

RGS: S. Leopoldo, X. 1928 (PPB); Parecy Novo, II. 1935 (PPB); 
Serro Azul, X. et XII. 1944 (PPB). 

Sta. Catarina: Itapiranga, II. 1950 PPB). 

Rio de Janeiro, S. Paulo, Paraná, Mato Grosso. — Paraguay. — 
R. Argentina: Misiones, Entre Rios, Buenos Aires. 


Cacoscelis marginata marginata Fabricius 1775. 

Lordello 1952, Dusenia 3, p. 387 — 393, figs. 

Bechyné 1955, Ent. Arb. Mus. G. Frey 6, p. 130. 

RGS: P. Alegre, 23. X. 1935, 12. XI. 1947 (PPB). 

Paraná, Bahia, Esp. Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, S. Paulo, 


Sta. Catarina, Mato Grosso. — Paraguay. — Subsp. binotata 
Illig. kommt in den übrigen Teilen Südamerikas bis Costarica 
vor. 


Syphraea Baly 1876. 
Bechyné, 1955, Bull. Inst. R. Sci. Nat. Belg. 31, no. 5, p. 16. 


Syphraea alegrensis n. esp. (21) 
RGS: P. Alegre, 4. VII. 1951 (PPB). 


Syphraea novoteutoniensis Bechyné (22) 
1955, 1. E Mar bar, 


PROVISORISCHE LISTE DER ALTICIDEN VON RIO GRANDE DO SUL 13 


RGS: N. Hamburgo, Vacaria, 19. I. 1953 (W. Wittmer, Mus. G. 
Frey). 
Von Sta. Catarina beschrieben. 


3. Syphraea olga n. sp. (22) 
RGS: P. Alegre, 17. VII. 1948 (PPB). 


4. Syphraea nigrita Jacoby. 
Hermaeophaga nigrita Jacoby 1899. 
Syphraea nigrita Bechne 1955, 1. c. p. 20. 
RGS: Vila Oliva, 8. II. 1952 (PPB). 
Sta. Catarina. — Paraguay. 


5. Syphraea plaumanni Bechyné 
2355, esp: 20. 
RGS: P. Alegre, II. IX. 1936 (PPB); Vila Oliva, 22. V. 1952 (PPB). 
Von Sta. Catarina beschrieben. 


6. Syphraea multiimpressa n. sp. (23) 
RGS: P. Alegre, 4.IV. 1948, 26. IV. 1950 et 4. VII. 1951 (PPB); 
Vila Oliva, 2. II. 1954. (PPB). 


Altica Geoffroy 1776. 


1. Altica transversa Germar 1824. 
Altica violacea Harold 1875. 
Altica transversa Bechné 1951, Rev. Chil. Ent. 1, p. 100; 
1955, Ent. Arb. Mus. G. Frey 6, p. 141. 
RGS: Serro Azul, XI. 1944 (PPB) 
S. Argentina: Misiones, Entre Rios, Corrientes, Buenos Aires, For- 
mosa. — Paraguay. 


2. Altica convexicollis Harold 1875. 
RGS: S. F. Paula, 12., 13. et 15. II. 1941 (PPB). 
Eine ohne nähere Fundortangabe (“Brasilia”) beschriebene Art. 
Typus in coll. Ober thur (Mus. Paris). 


3. Altica amethystina habitabilis Bechyné 
2951: Revo Chil. Nat. 1.'p: 100. 
RGS: Parecy Novo, III. et X. 1937, X. 1938 (PPB). 
Rio de Janeiro, S. Paulo. Sta. Catarina. 


4. Altica flavipes Boheman 1859 
Bechyné 1954, Ent. Arb. Mus. G. Frey 5, p. 127. 


14 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 3 


RGS: P. Alegre, 1. V. et 21. VI. 1951 (PPB); São Leopoldo, IV 
1943 (PPB); Vila Oliva, 26. II. 1952 (PPB). 

Mato Grosso. — Paraguay. — Uruguay. — R. Argentina: Misiones, 
Entre Rios, Buenos Aires, Corrientes, Cordoba. 


Altica bohumilae Bechyné 

1954, 1. /€2 po 127: 

RGS: P. Alegre, 25. X. 1939, 16. XI. 1949, 7. XI. 1951 et 3. XI 
1954 (PPB), (an Blüten von Oenothera indecora Camb.); Pa- 
recy Novo X. 1934, XI. 1935, II. et IX. 1944 (PPB; Vila Oliva, 
12. II. 1948 (PPB); Serro Azul, I. 1951 (PPB). 

Sta. Catarina: Pinheiral, 29. I. 1953 (PPB). 

Paraguay. — R. Argentina: Misiones, Entre Rios, Corrientes, Bue- 
nos Aires. 


Monomacra Dejean 1835 
( — Lactica Erichson 1847) 


Monomaera nigriceps Boheman 1859 

Lactica haroldi Jacoby 1888 

RGS: Vila Oliva, 13. II. 1950 et 26. II. 1952 (PPB). 

Sta. Catarina: Pinheiral, 29. I. 1953 (PPB). — Paraguay. — R. 
Argentina: Misiones, Entre Rios. 


Monomacra bucki n. sp. (24) 
RGS: Serro Azul, VIII. 1939 et X. 1944 (PPB). 


Monomacra suzanna n. sp. (25) 
RGS: Parecy Novo (PPB); P. Alegre, 28. XI. 1934 (PPB). 


Monomacra gigia n. sp. (26) 

RGS: P. Alegre, 16. IX. 1932, 1. V., 24: IX. ei DR z1977 18. 
VIII. 1948, 22. VII. 1949, 27. IX. 1950, 4. VII. 1951 et 28. V. 
1952 (PPB); Parecy Novo, 14. II. 1932 (PPB). — Paraguay. 


Monomacra restituta Fabricius 1801. 
RGS: Vila Oliva, 10. II. 1949 (PPB). 
Sta. Catarina. 


Monomacra inermis Klug. 

Haltica inermis Klug 1829. 

Lactica nigricornis Jacoby 1902 

Monomacra inermis Bechyné, 1955, Bull. Inst. R. Sci. Nat. Belg. 
31. n0..5, Pp 21. 

RGS: P. Alegre, 11. VII. 1949 (PPB); Parecy Novo, X. 1939 (PPB); 


PROVISORISCHE LISTE DER ALTICIDEN VON RIO GRANDE DO SUL 15 


SH EsiPaúlanttm0936, 27. [ et 19. VIH. 1938 et 17. II. 1944, 
I. 1955 (PPB); Serro Azul, I. 1930, I. 1931 et XI. 1949 (PPB). 
Sta. Catarina: Itapiranga, X. 1939, IX. et VI. 1953 (PPB). 
R. Argentina: Misiones. — Paraguay. 


Monomacra sensitoria n. sp. (28) 

RGS: P. Alegre, VIII. 1949 (PPB); S. F. Paula, 14. II. 1940 (PPB); 
Vila Oliva, 9. II. 1949, 18. II. 1951, 28. T. et 5. II. 1952 (PPB). 

Sta. Catarina. 


Moromacra yena n. sp. (29) 
RES: S. E. Paula, 29. I. 1934 et I. 1935 (PPB). 


Monomacra leonia n. sp. (29 a) 
RGS: P. Alegre, 20. V. 1931, 28. VII. 1936, 7. VIII. 1949, 9. V. et 
4. VII. 1951, 30. IV. 1953 et 19. V. 1954 (PPB). 


Caeporis Clark 1365. 


Caeporis stigmula Germar 1824 (30) 

RGS: P. Alegre, 16. IX. 1932 (PPB); S. Leopoldo, IX. 1933 (PPB); 
' Parecy Novo, XI. 1944 (PPB); S. F. Paula, 10. I. 1939 (PPB); 
Serro Azul X. et XI. 1938 (PPB). 

Sta. Catarina: Itapiranga, X. 1939 (PPB). 

Paraguay. — R. Argentina: Misiones, Buenos Aires. 


Chlamophora Chevrolat 1843. 


Chlamophora argentiniensis Bechyne 

1951, Rev. Chil. Ent. 1. p. 102. 

RGS: S. F. Paula, II. 1944 (PPB); Serro Azul, IX. 1940 (PPB). 

R. Argentina: Santiago del Estero, Santa Fé, Formosa, Entre Rios, 
Misiones. — Paraguay. — Uruguay. 


Chlamophora costulata Harold 1880. 
RGS: Serro Azul, IX. 1944 (PPB). . 
Sta. Catarina. 


Chlamophora aeneipennis Harold 1880. 
RGS: Vila Oliva, II. 1948 et 20. II. 1952 (PPB). 
Rio de Janeiro, Minas Gerais, S. Paulo. 


Chlamophora meridionalis Bechyne. 

1951. Rev. Chil. Ent. 1. p. 103. 

RGS: Vila Oliva, II. 1948, 2. II. 1949 et 20. II. 1952 (PPB); S. F. 
Paula, 27. I. 1942 et II. 1944 (PPB); . Petrópolis, I. 1922 (PPB). 


16 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 3 


Von RGS beschrieben. — Bei den Exemplaren von Novo Petró- 
polis ist die Futterpflanze angegeben: “Herva mate” (Ilex pa- 
raguaiensis). 


Chlamophora opacicollis Harold 1880. 
RGS: Serro Azul, 1944 (PPB). 
Sta. Catarina. — R. Argentina: Misiones. 


Chlamophora bucki n. sp. (31) 
RGS: S. F. Paula, I. 1937 et 27. VIII. 1939 (PPB); N. Petröpolis, 
T. 1922: (PPB): 


Chlamophora clypeata Clark 1865 (31) 
RGS: N. Petröpolis, I. 1922 (PPB). 
Aus “Brasilia” beschrieben. 


Chlamophora strigulata Harold 1880 
RGS: P. Alegre (Harold). — Sta. Catarina. 
Diese Art befindet sich nicht in der Sammlung PPB. 


Crepidodera Chevrolat 1844. 


Crepidodera flavescens Baly 1876. 
RGS: Vila. Oliva, E. Il. 1952,(PPB). 
Sta. Catarina. 


Crepidodera inflatipes Bechyné 

1955, Ent. Arb. Mus. G. Frey 6, p. 158. 
RGS: Serro Azul, 1935 (PPB). 

Sta. Catarina. 


Crepidodera brasiliensis Baly 1865. 
RGS: Vila Oliva, 29. II. 1954 (PPB). 
Esp. Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, S. Paulo, Sta. Catarina. 


Piobuckia n. gen. (32) 


Piobuckia promecosomoides n. sp. (33) 
RGS: P. Alegre, 24. VI. 1937 (PPB); S. Leopoldo, X. 1933 (PPB). 


Trichaltica Harold 1876. 


Trichaltica micros Bechyné 
1954, Ent. Arb. Mus. G. Frey, 5, 130. 


PROVISORISCHE LISTE DER ALTICIDEN VON RIO GRANDE DO SUL 1% 


RGS: P. Alegre, 2. et 14. IX. 1949, 15. IX. 1950, 4. IV. et 31. * 
1931, 28817 ar, 26. 11,32 VIE, 17. IX. et 28: X;1952 
(PPB); S. Leopoldo (PPB); Vila Oliva, 19. II. 1954 (PPB). 

N. Hamburgo, Vacaria, 13. I. 1953 (W. Wittmer, Mus. G. Frey) 

S. Paulo, Sta. Catarina, Mato Grosso. — Paraguay. — R. Argen- 
tina: Tucumán. 


2. Trichaltica bucki Bechyné 
#953, 1. c. p. 131. 
RGS: P. Alegre, 24. XI. 1942, 30. X. 1944, 30. XI. 1945 et 5. XI 
1952 (PPB). 


Acallepitrix Bechyne (i. 1.) 


1. Acallepitrix coracina Boheman 

Crepidodera coracina Boheman 1359. 

Epitrix subvestita Baly 1376. 

Crepidodera (Dodericrepa) coracina Bechyné 1951, Rev. Chil. Ent. 
Ep. 105. 

RGS: Parecy Novo, VII. et 10. IX. 1944 (PPB); Marcelino Ramos, 
21. IX. et 15. X. 1939 et 15. XI. 1940 (P. F. S. Pereira). 

Rio de Janeiro, S. Paulo, Sta. Catarina. — Paraguay. 


2. Acaliepitrix coeruleata Baly. 
Epitrix coeruleata Baly 1876. 
RGS: Marcelino Ramos, 15. X. 1939 (P. F. S. Pereira). 
Sta. Catarina. 


Epitrix Foudras 1860. 


1. Epitrix argentiniensis Bryant 
1940, Proc. R. Ent. Soc. Lond. (B) 9, p. 54, 
26G>s..P.ıAlegre, 27. IV. 1949 (PPB). 
Sta. Catarina. — R. Argentina: Buenos Aires, Corrientes. 


2. Epitrix nicotianae Bryant 1936. 
Bechyné, 1955, Ent. Arb. Mus. G. Frey 6, p. 165. 
RGS: Vila Oliva, 24. II. 1954 (PPB). 
S. Paulo, Sta. Catarina. 


3. Epitrix puberula Boheman 1859. 
Bechyné 1955, 1. c. p. 165. 
RGS: N. Hamburgo, Vacaria, 13. I. 1953 (W. Wittmer, Mus. G. 
Frey). 
Uruguay. 


18 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 3 


Epitrix aloisia n. sp. (34) 
RGS: P! Alegre, 2., 10,, 12. et'28. 1X./1949 (PPB): 


Epitrix deborah Bechyné 

1955; 1.'c. D. 167. 

RGS: Vila" Oliva, 22: II. 1952 (PPB): 
Sta. Catarina. 


Epitrix miraflora Bechyné 

1955, 1. c. p. 168. 

RGS: Vila Oliva, 28. I. 1952. (PPB). 
Sta. Catarina. 


Diphaulaca Chevrolat 1849 


Diphaulaca nigroapicata Clark 1865 (35) 
RGS: Serro Azul, X. 1944 et I. 1952 (PPB). 
Rio de Janeiro, S. Paulo. 


Diphaulaca fruhstorferi Jacoby 1902 (36). 


'= Männchen: Diphaulaca spiniventris Bechyné 1955, Ent. Arb. Mus. 


G. Frey, 6, p. 174. 

RGS: Parecy Novo, X. 1937 (PPB); Serro Azul, 1944 (PPB); Mar- 
celino Ramos, 15. X. 1939 (P. F. S. Pereira). 

Sta. Catarina: Itapiranga, X. 1952 et IX. 1943 (PPB). 

Von Sta. Catarina beschrieben. 


Diphaulaca columbina Boheman 

Haltica columbina Boheman 1859. 

Diphaulaca angularis Harold 1875. 

Diphaulaca columbina Bechyné, 1955, Ent. Arb. Mus. G. Frey 6, 
D: “176 

RGS: P. Alegre, 13. IX. 1944, 21. VI. et 12. X. 1949, 4. et 18. X. 
1950, 4. IV., 13. VI., 4. VII. et 17. X. 1951, 13. V. et 22 VE 
1953, 20. IX..1954 (PPB); Vila Oliva, 20. et 24. II. 1949, 24. 
II. 1954 (PPB); Serro Azul, I. 1952 (PPB). . 

Sta. Catarina: Itapiranga, X. 1952 (PPB). 

Uruguay. — Paraguay. — R. Argentina: Misiones, Buenos Aires, 
Cordoba. 


Diphaulaca unicostata n. sp. (37) 
RGS: Vila Oliva, II. 1950, 3. et 8. II. 1952 (PPB); Marcelino Ra- 
mos, 15. X. 1939 et 15. XI. 1940 (P. F. S. Pereira). 


PROVISORISCHE LISTE DER ALTICIDEN VON RIO GRANDE DO SUL 19 


Chaetocnema Stephens 1837. 


1. Chaetocnema brasiliensis Baly 1877. 
RGS: P. Alegre, 9. VII. 1947 (PPB). 
Sta. Catarina, Mato Grosso. 


2. Chaetocnema bucki n. sp. (39). 
RGS: Vila Oliva, 29. I. 1952 (PPB). 


Homophoeta Erichson 1847. 


Bechyné 1955, Ent. Arb. Mus. G. Frey, 6, p. 199. 


1. Homophoeta 8-guttata Fabricius 1775. 
RGS: P. Alegre, 1. V. 1951 (PPB); Vila Oliva, 9. II. 1949, II. 1950 
et 5. II. 1952 (PPB); Parecy Novo, VIII. 1932 (PPB); Pal- 
meira, I. 1929 (PPB); Serro Azul, XII. 1948 et XII. 1949 
(PPB). 


Sta. Catarina: Itapiranga, X. 1939, II. 1950, X. 1952 et XI. 1953 
(PPB). 


Paraná: Florestal, XII. 1942 (PPB). 
Bahia, Esp. Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, S. Paulo. 


2. Homophoeta personata Illiger 1807 

Bechyné 1951, Rev. Chil. Ent. 1. p. 109. 

RGS: P. Alegre, 20. V. 1936, 5., 12. VIII et 5. X. 1949, 7. X. 1950 
(PPB); S. Leopoldo, 25. X. 1950 (PPB); Parecy Novo, III. 
1932 (PPB); Vila Oliva, 9. II. 1949 (PPB); Serro Azul, I. 1939, 
X. et XII. 1944, XII. 1948, XI. 1949 (PPB). 

Sta. Catarina: Itapiranga, X. 1939, X. 1952 et XI. 1953 (PPB). 

Bahia, Goiás, Minas Gerais, Esp. Santo, Rio de Janeiro, S. Paulo, 
Paraná, Mato Grosso. — Paraguay. — R. Argentina: Misiones, 
Santiago del Estero. — Bolivien. — Perú. 


3. Homophoeta magniguttis Bechyne. 
1989, Bull. Inst. R. Sei. Nat. Beig: 31. no. 19, p. 5. 


RGS: P. Alegre, 26. IX. 1951 (PPB); S. Leopoldo, 25. X. 1950 
(PPB); Parecy Novo, (PPB); Osörio, 14. IV. 1950 (PPB). 

Sta. Catarina: Itapiranga, X. 1939 et IX. 1953 (PPB). 

Esp. Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, S. Paulo, Paraná. 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 3 


Omophoita Chevrolat 1857. 
(= Asphaera Chevrolat 1843) 
Bechyné 1955, Bull. Inst. R. Sci. Nat. Belg. 31, no. 19, p. 1. 


Omophoita corusca Harold 1877. 
RGS: Serro Azul, IX. 1944 (PPB). 
Uruguay. — R. Argentina: Buenos Aires. 


Omophoita episcopalis Illiger 1807. 
RGS: Palmeira, 1. 1929 (PPB); Serro Azul. 1944 (PPB). 
Bahia, Esp. Santo, Rio de Janeiro, Sta. Catarina. 


Omophoita equestris Fabricius 1787. 
RGS: Serro Azul (PPB). 

ta. Catarina: Itapiranga, VI. 1939 et X. 1952 (PPB). 
S. Paulo, Paraná. — Paraguay. 


Omophoita t-album Harold 1876. 

RGS: P. Alegre, 22. V. 1944, 1. IV. et V. VII. 1950 (PPB); Parecy 
Novo, III. 1932 et III. 1939 (PPB); Pelotas, II. 1955 (PPB). 

Sta. Catarina: Itapiranga, IX. 1953 (PPB). 

Goiás, Mato Grosso. — Paraguay. — Uruguay. — R. Argentina 
Misiones, Entre Rios, Buenos Aires, Cordoba. 


Omophoita hilaris Jacoby 1905. 

RGS: P. Alegre, VII. 1932 et 17. V. 1950 (PPB); Parecy Novo, VIII. 
et IX. 1932, IV. 1933 (PPB); Serro Azul (PPB). 

Sta. Catarina: Itapiranga, II. 1934 et X. 1952 (PPB); Pinheiral, 
27. et 29. I. 1953 (PPB). 

Esp. Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, S. Paulo, Paraná. 


Omophoita decipiens Clark 1865. 

RGS: P. Alegre, 10. XI. 1948 (PPB); Vila Oliva, 4. II. 1948 et II. 
1950 (PPB); S. F. Paula, II. 1936 (PPB); Morro Sapucaia, 8. 
VII. 1948 (PPB); Farroupilha, 6. XII. 1950 (PPB); Serro Azul, 
XI. et XII. 1944 (PPB). 

Sta. Catarina: Itapiranga, II. 1950 (PPB): 

Esp. Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, S. Paulo, Pora 


Paranaita Bechyné. 
(= Oedionychus auct. ex p.) 
Bechyné, Bull. Inst. R. Sci. Nat. Belg. 31, no. 19, p. 23. 


Paranaita opima opima Germar. 


PROVISORISCHE LISTE DER ALTICIDEN VON RIO GRANDE DO SUL 21 


Oedionychus opimus Germar 1824. 

Oedionychus plebejus Klug 1829. 

Oedionychus paraguayensis Jacoby 1905. 

Paranaita opima opima Bechyne, 1955, 1. c. p. 26. 

RGS: P!'Alepre (PPB); S. F. Paula, 7.1. 1939, 7. et 12. II. 1941, 
28. I. 1942 et I. 1944 (PPB); Palmeira, I. 1929 (PPB); Alto 
Feliz, II. 1932 (PPB; Vilo Oliva, 18. II. 1950 (PPB); Serro 
Ami Ts 193171932, 1933 etc. (PPB): 

Sta. Catarina: Itapiranga, IX. 1943, II. 1935, X. 1939 et XI. 1953 
(PPB); Pinheiral, 29. I. 1953 (PPB). 

Paraná: Florestal, XII. 1942 (PPB). 

Esp. Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, S. Paulo. — Paraguay. 
— R. Argentin a:Misiones. — Andere Rassen kommen in Mato 
Grosso, Bolivien und Argentinien vor. 


Alagoasa Bechyné 
= Oedionychus auct. ex p.) 


Bechyné, Bull. Inst. R. Sci. Nat. Belg. 31. no. 19, p. 8. 


1. Alagoasa scissa Germar. 
Oedionychus scissus Germar 1824. 
Dedionychus circumflexus Klug 1829. 
Oedionychus propinquus Klug 1829. 
Oedionychus germari Baly 1878. 
Dedionychus quadriplagiatus Jacoby 1894. 
Oedionychus sordidus Jacoby 1905. 
Dedionychus sordidulus Csiki 1940. 
Alagoasa scissa Bcehyne 1955, 1. c. p. 16, fig. 45 — 53. 
RGS: ohne nähere Angabe (Coll. Heikertinger, Mus. G. Frey). 
Sta. Catarina: Itapiranga, X. 1952 et XI. 1953 (PPB). 
Rio de Janeiro, Minas Gerais, S. Paulo, Paraná. 


2. Alagoasa 10-guttata Fabricius. 
Dedionychus 10-guttatus Fabricius 1801. 
Oedionychus zebratus Illiger 1807. 
Oedionychus semifasciatus Baly 1859. 
'Oedionychus zygogrammicus Harold 1881. 
Oedionychus pardalis Jacoby 1894. ü 
Oedionychus fuscoannulatus Jacoby 1894. 
Alagoasa 10-guttata Bechyné 1955, 1. c. p. 14, fig. 27 — 45. 
RGS: Marcelino Ramos, 15. XI. 1940 (P. F. S. Pereira); Serro Azul, 
I. 1930, I. 1931, II. et XII. 1934, 1935 (PPB). 


vo 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 3 


Sta. Catarina: Itapiranga, II. 1934, X. 1952 et IX. 1953 (PPB). 
Bahia, Esp. Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, S. Paulo, Paraná, 
Mato Grosso. — Paraguay. — R. Argentina: Missiones. 


Alagoasa plaumanni Bechyné 

1955, 1. c. p. 18, fig. 54 — 58. 

RGS: P. Alegre, 17. IX. 1952 (PPB); Parecy Novo, IX. 1932; Serro 
Azul, I. 1930, I. 1934 et IX. 1939 (PPB). 

Rio de Janeiro, Minas Gerais, Sta. Catarina. — Paraguay. 


Alagoasa formosa Harold. 

Oedionychus formosus Harold 1877. 

Oedionychus osculans Jacoby 1894. 

Oedionychus rhodinus Jacoby 1905. 

Alagoasa formosa Bechyné 1955, 1. c. p. 11, fig. 15 — 26. 
RGS: ohne nähere Angabe (Coll. Staudinger, Mus. G. Frey). 
Sta. Catarina: Itapiranga, X. 1952 et IX. 1953 (PPB). 

Esp. Santo, Minas Gerais. — Paraguay. 


Alagoasa januaria meridionalis Bechyné 

1959,71. ei pl: 

RGS: P. Alegre, 15. XI. 1934 et 6. VIII. 1947 (PPB); Parecy Novo, 
1X 10932, 1: 1935,,X.. 1957 (PPB). 

Sta. Catarina: Itapiranga, II. 1934 et IX. 1953 (PPB). 

R. Argentina: Misiones. — Paraguay. — Die typische Form kommt 
in Rio de Janeiro und Minas Gerais vor. 


Alagoasa kiesenwetteri Harold 1877. 

RGS: Vila Oliva, 2. XI. 1946 et 29. I. 1951 (PPB); Serro Azul, I. 
1942 (PPB). 

Sta. Catarina: Itapiranga, IX. 1953 (PPB). 


Alagoasa libentina Germar 1824. 

Oedionychus libentinus Germar 1824. 

Oedionychus tetraspilotus Baly 1859. 

Alagsasa libentina Bechyne, 1955, 1. c. p. 8. 

RGS: Morro Sapucaia, 8. VII. 1948 (PPB). 

Esp. Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, S. Paulo, Paraná, Sta. 
Catarina, Mato Grosso. 


Kuschelina Bechyné 
(= Oedionychus auct. ex Pp.) ' 
1951, Rev. Chil. Ent. 1. p. 110. 


Kuschelina 20-notata Jacoby 1894. 


PROVISORISCHE LISTE DER ALTICIDEN VON RIO GRANDE DO SUL 23 


RGS: P. Alegre, 20. X. 1939 (PPB); Parecy Novo, X. 1935 (PPB); 
Serro Azul, IX. 1940 (PPB). 
Sta. Catarina. 


Kuschelina mathematica Harold 1881. 
RGS: P. Alegre, 7. II. 1933, 7. XI. 1934, 27. II. 1935 (PPB); Parecy 


Novo, 1. X: 1927, VIII: 1930, VII, 1932, 1. 1933, X. 1937 et 
1958 | (PPB); Serro Azul, 1935 (PPB); Alto Feliz, H. 1932 


(PPB): 
Sta. Catarina: Itapiranga, II. 1953 (PPB). 
Minas Gerais, Mato Grosso. — Paraguay. — R. Argentina: San- 


tiago del Estero, Jujuy. 


 Kuschelina rugiceps Baly. 


Oedionychus rugiceps Baly 1878. 

Oedionychus multomaculatus Jacoby 1894. 
RGS: Serro Azul, VIII. 1929 et X. 1944 (PPB). 
Paraná. 


Kuschelina nigrovittata Boheman 1859. 
RGS: Parecy Novo, XI. 1934 (PPB). 
Uruguay. 


Kuschelina laetifica Boheman 1859. 
RGS: P. Alegre (Mus. G. Frey). 
Sta. Catarina: Itapiranga, IX. 1953 (PPB). 


Wanderbiltiana Bechyné 


(= Oedionychus auct. ex p.) 
1955, Ent. Arb. Mus. G. Frey 6, p. 215. 


Wanderbiltiana nitida nitida Fabricius. 

Oedionychus nitidus Fabricius 1801. 

Dedionychus festivus Germar 1824. 

Wanderbiltiana nitida nitida Bechyné, 1. c. p. 216. 

RGS: Serro Azul, VII. 1934, X. 1938, I. et VIII. 1939, III. 1941 
(PB). 

Rio de Janeiro, S. Paulo, Sta. Catarina. 

Eine weitere Rasse ist von Misiones (R. Argentina) und Paraguay 
bekannt. 


Wanderbiltiana iasinia Bechyné 
DADE): 216. 


(9%) 


4, 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 3 


RGS: Serro Azul, VII. 1939 (PPB). 
Sta. Catarina: Itapiranga, IX. 1953 et IX. 1954 (PPB). 
S. Paulo. 


Wanderbiltiana spyria Bechyne 

1955, 1. e jp 217. 

RGS: S. F. Paula (PPB); Parecy Novo, VII. 1932 (PPB); Vila Oliva, 
1. II. 1947, II. 1948, 15. et 23. II. 1950, 4. II. 1952 (PPB); Serro 
Azul 1935 (PPB). 

Sta. Catarina. 


Wanderbiltiana bucki n. sp. (44). 
RGS: S. F. Paula, II. 1936, I. 1937, 11. I. 1938, X. I. 1939 et 20. 
II. 1944 (PPB); Taimbezinho, 15. II. 1952, I. 1955 (PPB). 


Wanderbiltiana novoteutoniensis Bechyné 
7955, re po 278 
RGS: Serro Azul, I. 1930 (PPB). 

Sta. Catarina: Itapiranga, X. 1939 (PPB). 
Von Sta. Catarina beschrieben. 


Walterianella Bechyné 
(= Oedionychus auct. ex p.) 
1955, Bull. Inst. R. Sci. Nat. Belg. 31, no. 19, p. 21. 


Walterianella argentiniensis Jacoby 1905. 
RGS: Serro Azul, I. 1930 (PPB). 
R. Argentina: Buenos Aires, Entre Rios, Misiones. — Paraguay. 


Walterianella platysoma Bechyné 

1955, Ent. Arb. Mus. G. Frey 6, p. 234. 
RGS: Serro Azul, II. 1943 (PPB). 

Sta. Catarina. 


Walterianella bucki n. sp. (46). 
RGS: P. Alegre, 6. V. 1931 et 16. IX, 1932 (PPB); Parecy Novo, 
HI. 1934 (PPB); Serro Azul, 1. 1931 (PPB). 


Walterianella interruptovittata Jacoby 1905. 

RGS: P. Alegre, 14. XI. 1934, 14. XI. 1942, 26. X. 1943, 14. XI. 
1945, 3. X. et 3. XI. 1948, 17. V. et 18. X. 1950, 4 IV 78772 
et 22. VIII, 1951, 24. X. 1954 et 15. II. 1955 (PPB). 

Sta. Catarina: Pinheiral, 27. I. 1953 (PPB). 

Paraná: Florestal, XII. 1942 (PPB). 


PROVISORISCHE LISTE DER ALTICIDEN VON RIO GRANDE DO SUL 25 


5. Walterianella paula n. sp. (47). 
RGS: S. F. Paula, I. 1937 (PPB); Parecy Novo (PPB); Vila Oliva, 
II. 1945 (PPB). 


6. Walterianella fusconotata Jacoby 1879. 
RGS: P. Alegre, 24. VI. 1937, 25. X. 1939, 18., 22. et 30. IX. et 
214 XX 1955/GPPEB): 
Rio de Janeiro, S. Paulo, Sta. Catarina. 


Chloephaga Weise 1899. 
Bechyné, 1955, Ent. Arb. Mus. G. Frey 6, p. 219. 


1. Chloephaga pleuralis n. sp. (48) 
RGS: P. Alegre, 1. X. 1948, 19. X. 1949, X. 1950 et 20. IX. 1954 
(PPB); Vila Oliva, II. 1950 (PPB). 
Sta. Catarina. 


2. Chloephaga bucki n. sp. (49). 
RGS: S. F. Paula, I. 1937, 25. I. 1939, 1. II. 1942 et I. 1955 (PPB); 
Serro Azul (PPB). 
3. Chloêphaga urbana n. sp. (50) 
RGS: Vila Oliva, II. 1949 et 15. II. 1950 (PPB). 


4. Chloephaga clarissa Bechyne 
Bes «be p222. 
"RGS: Serro Azul, VII. 1939 (PPB). 
Von Sta. Catarina beschrieben. 


Monoplatus Clark 1860. 


1. Monoplatus ocularius n. sp. (319% 
RGS: Vila Oliva, 15. II. 1950 et 5. II. 1951 (PPB). 


Rhinotmetus Clark 1860. 


1. Rhinotmetus bucki n. sp. (53). 
RGS: P. Alegre, 7. VI. et 11. X. 1944, 15. X. 1945, 29. X. et 12 
XI. 1947, 5. et 19. X. 1949 (PPB). 


Thrasygoeus Clark 1860. 


1. Thrasygoeus maculicollis Jacoby 1894 (54). 
RGS: S. Leopoldo, IX. 1927 (PPB); Serro Azul, X. 1934 et 1935 
(PPB). 
Sta. Catarina: Itapiranga, IX. 1934 et IX. 1953 (PPB). 


26 IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 3 


Physimerus Clark 1860. 


1. Physimerus rusticus Clark 1860. 
RGS: Vila Oliva, 9. II. 1951 (PPB). 
Von Rio de Janeiro beschrieben. 


Brachyscelis Germar 1834. 


1. Brachyscelis vellerea Germar 1834. 
RGS: P. Alegre, 22. IV. 1935 (PPB). 
Paraguay. — Eine ohne nähere Fundortangabe beschriebene Art. 


Megistops Boheman 1859. 
Blake 1952, Psyche 59, p. 1 — 12 figs. 


1. Megistops vandepolli Duvivier 1839. 
Blake, 1952, 1. c. p. 4. fig. 3. ; 
RGS: P. Alegre (PPB); Parecy Novo, IX. 1932 et VII. 1942 (PPB); 
Serro Azul, VII. 1937, I. 1952 (PPB). 
Sta. Catarina: Itapiranga, II. 1934 (PPB). 
Paraguay. 


Neubeschreibungen und Notizen. 
1. Brasilaphthona n. gen. 


Genotypus: Aphthona veriicalis Baly. 


Die zahlreichen südamerikanischen Arten dieser Gattung wurden 
ursprünglich als Aphthona betrachtet; das letztgenannte Genus schliesst 
jedoch die Arten der alten Welt und der nearktischen Region (nebst 
einigen mexikanischen und westindischen Arten) in sich ein. Beide 
Gattung sind durch die folgenden Merkmale zu unterscheiden: 


Aphthona: 


Kopf klein, im Augenniveau 
schmäler als der Thorax. 


Vertex und Stirn gewölbt, Fron- 
talfurchen hinter dem Augenhin- 
terrand mündend, den Augenin- 
nenrand nicht erreichend. 


Brasilaphthona: 


Kopf gross, im Niveau der gros- 
sen hervorgequollenen Augen 
breiter als das Halsschild. 

Vertex und Stirn flach erschei- 
nend (weil die Augen auch nach 
vorne herausgequollen sind), Fron- 
talfurchen nahe der Mitte des Au- 
geninnenrandes das Auge errei- 
chend. 


PROVISORISCHE LISTE DER ALTICIDEN VON RIO GRANDE DO SUL 21 


Antennen nahe der Mitte zwi- Antennen im Niveau nahe dem 
schen den Augen eingefügt. Augenvorderrande eingefügt. 

Genae lang, ungefähr von der Genae sehr kurz, 1/10 — 1/20 
Länge eines halben Augendurch- der gesammten Augenlänge nicht 
messers. überragend. 


Ich habe eine Übersicht der südbrasilianischen Arten (unter Aph- 
thona) veröffentlicht (Entom. Arb. Mus. G. Frey 6, 1955, p. 90 — 95). 


2. Brasilaphthona verticalis curitibensis Bechyne. 


Das grössere Weibchen dieser Form scheint oberseits konstant dun- 
kel zu sein, während bei den kleineren Männchen der Vorderkörper 
gelbrot ist, sodass die ab. nigroviolacea (dunkle Stücke) überflüssig ist. 


3. Brasilaphthona octavia n. sp. 


Brasil: Est. Rio Grande do Sul: P. Alegre (PPB). 

Long: 3,5 — 4 mm. 

Rotgelb, 7 Endglieder der Antennen schwarz, Tarsen und Spitze 
der Tibien mehr oder weniger angedunkelt, Flügeldecken lebhaft me- 
tallisch blauviolett, Oberseite stark glänzend. 

Auf den ersten Blick gleicht diese Art einer grossen B. amelia 
Bechyne. aber die Antennen sind dick, das Halsschild stark transversal 
mit deutlich abgesetzten und stark gerundeten Seiten und die Elytren 
in unregelmässig verdreifachten bzw. vervierfachten Längsreihen stark 
(Vergrösserung 8 — 10 x) punktiert. 


4. Brasilaphthona amelia olivia n. subsp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: Vila Oliva, S. Francisco de Paula, 
“Taimbezinho (PPB). Est. Sta. Catarina: Pinheiral (PPB). 

Die Stücke von RGS sind unterseits meistens einfarbig hell braun- 
gelb und die Flügeldecken an der Spitze und manchmal auch auf der 
Naht rötlich durchscheinend. Das letzte Abdominalsegment des Männ- 
chen ist bei der Stammform (aus Rio de Janeiro) sehr deutlich punk- 
tiert, bei der Rasse olivia glatt. 


5. Brasilaphthona dilutiventris Bechyné (n. comb.). 


Ich betrachtete diese Form als eine geographische Rasse der B. ame- 
lia Bechyné; die letztere ist durch unregelmässig gereihte und spärliche 
Punktierung der Flügeldecken ausgezeichnet, während die Elytralpunk- 
tierung bei B. dilutiventris sehr fein und vollkommen verworren ist. 

B. dilutiventris umbraticeps n. subsp. — Diese Rasse unterscheidet 
sich von der Stammform aus Sta. Catarina durch dunklen Vertex, hrei- 


28 IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 3 


tern Thorax und äusserst fein punktierte Flügeldecken (Punktierung 
unter 20 facher Vergrösserung noch kaum sichtbar). Die Unterseite ist 
dunkel (bei der Stammform ist der Hinterleib hell). — Brasil, Est. Rio 
Grande do Sul: Vila Oliva (PPB). 


6. Brasilaphthona doria n. sp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: Taimbezinho et Vila Oliva (PPB). 

Long. Männchen mehr oder weniger 3 mm, Weibchen mehr oder 
weniger 3,5 mm. 

Rotgelb, Flügeldecken zur Spitze mehr oder weniger angedunkelt, 
Körper langoval, Oberseite glänzend. 

Kopf glatt, Stirn fast doppelt breiter als ein Augendurchmesser. 
Antennalcalli linear, transversal. Clypeallângscarina kurz, tuberkel- 
artig. Fühler die Mitte der Flügeldecken erreichend (Weibchen) oder 
überragend (Männchen), zur Spitze schwach verdickt, das 4. Glied län- 
ser als das 3., aber nicht ganz so lang, wie die beiden vorhergehenden 
Glieder zusammengenommen. 

Thorax 1,5 mal breiter als lang, nahe der Mitte am breitesten, Sei- 
ten merklich gerundet. Vorderwinkel schwach verdickt, stumpf, Hin- 
terwinkel ein Kleines Zähnchen bildend. Oberfläche glatt, Basis vor 
dem Schildchen mit spärlichen gröbern Punkten besetzt. 

Elytren sehr stark (unter 5 facher Vergrösserung gut sichtbar) in 
ziemlich regelmässigen Längsreihen punktiert. Intervalle glatt und 
mehr oder weniger gewölbt (beim Weibchen stärker als beim Männ- 
chen). Basalcallus und postbasale Depression kaum angedeutet. 

Männchen: 1. Glied der 4 vordern Tarsen schwach erweitert, Si- 
nus des 5. Abdominalsegmentes gross. 

Weibchen: Beine zart gebaut, das letzte Abdominalsegment zur 
spitzt. 

An der Färbung und an den fast gefurchten Flügeldecken erkenn- 
bare Art. 


6. Brasilaphthona hortensia Bechyné 


1955, Ent. Arb. Mus. G. Frey 6, p. 95. 
Sta: Catarina: Pinheiral 29. 1. 1953 (PPB). 
Von Rio de Janeiro beschrieben. 


7. Genaphthona n. gen. 


Genotypus: Aphthona jessia Bechyné. 

Diese Gattung hat alie Merkmale des Genus Brasilaphthona, nur 
sind die Genae lang und das Halsschild ist vor der Basis quer einge- 
drückt. 

Die hierher gehörigen Arten wurden von mir als die erste Division 


 PROVISORISCHE LISTE DER ALTICIDEN VON RIO GRANDE DO SUL 29 


in der Tabelle der súdbrasilianischen Arten der Gattung Aphthona be- 
schrieben (Ent. Arb. Mus. G. Frey 6, 1955, p. 90 — 95) und sie schei- 
nen nur auf diese faunistische Region beschränkt zu sein. 


8.. Genaphthona yasmina n. sp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: Vila Oliva (PPB). 

Long. 2,5 — fast 3 mm. 

Schwarz, Beine, Mundorgane und die Basalhalfte der Antennen 
gelb, Oberseite (Seiten des Ciypeus und Labrums schwarz) lebhaft me- 
tallisch bronzegrün, nur mässig glänzend. 

Kopf fein retikuliert (Vergrösserung 40 — 50 x). Stirnfurchen sehr 
flach, am Grunde sehr seicht, runzelig punktiert, Punktierung so seicht, 
dass sie manchmal nur schwer zu erkennen ist. Antennalcalli rundlich, 
gut umgrenzt, stärker als die kurze Clypeallângscarina ausgeprägt. 
Stirn doppelt so breit wie ein Augenquerdurchmesser. . Antennen die 
Mitte der Flügeldecken erreichend, zur Spitze deutlich verdickt. Glie- 
der 2 — 4 annähernd von gleicher Länge, das 2. stark verdickt. 

Thorax fast doppelt breiter als lang, nahe der Mitte am breitesten, 
Seiten regelmässig gerundet. Alle Winkel zahnartig vorspringend, die 
vordern schräg abgestutzt. Basis stark gerandet. Oberfläche vor der 
Basis quer eingedrückt, das dahinter liegende Feld vor dem Scutellum 
in breiterm Umfang wulstartig gewölbt. Punktierung nicht dicht, vorne 


unter 20 facher, hinten schon unter 8 — 10 facher Vergrösserung er- 
kennbar. 

Flügeldecken matter und breiter als der Thorax, verworren, vorne 
dichter und stärker (Vergrösserung 5 — 8 x), hinten schwächer und 


weitläufiger punktiert. Humeralcallus stark glänzend, hochgewölbt. 
Basalcallus nur angedeutet. 

Männchen kleiner, Abdomen hinten abgestutzt, Sinus kaum er- 
kennbar. Das 1. Glied der 4 vördern Tarsen erweitert. 

Weibchen grösser, Abdomen hinten sugespitzt, Beine zart gebaut. 

Diese Art unterscheidet sich von allen übrigen (G. agnes Bech., G. 
wittmeri Bech., G. isabella Bech., G. adalberta Bech. und G. jessia 
Bech.), welche von Esp. Santo, Rio de Janeiro und S. Paulo bekannt 
sind, durch deutliche Retikulierung der Oberseite. 


9... Genaphthona jessia laevicollis n. subsp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: Vila Oliva (PPB). 

Diese Rasse ist kleiner (mehr oder weniger 2,5 mm) als die Stamm- 
form von Rio de Janeiro, der Kopf nahe den Augen ist stärker punk- 
tiert, das Halsschild dagegen ist beinahe glatt, nur nahe der Basis fein 
punktiert (Vergrösserung 50 x). 


KZ 


30 IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 3 


10.. Varicoxa apolonia occlusa n. subsp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: Vila Oliva (PPB). 

Diese Rasse unterscheidet sich von der Stammform (aus Sta. Ca- 
tarina) durch die ganz geschlossenen vordern Gelenkhöhlen, durch den 
meist einfarbig hellbraunen Körper (Fühler- und Hinterfemora-Spitze 
nur manchmal angedunkelt), durch stärkere Punktierung der Elytren, 
welche nur einen sehr schwachen Basalcallus aufweisen. 

Bei der Stammform sind die vordern Gelenkhöhlen hinten richt 
zusammen gewachsen, bei der subsp. aperta Bech. (Rio de Janeiro) 
stehen sie weit offen. 


11.. Itapiranga n. gen. 


Durch die geschlossenen vordern Coxalhöhlen, schmale Intercoxa- 
platte des Prosternums und mit einer Leiste versehenen Tibien ist Jiese 
Gattung mit Oxygona am nächsten verwandt; sie weicht aber durch - 
das Vorhandensein einer mächtigen antebasalen Querfurche auf dem 
Halsschilde und durch eine eigenartige Bildung des Seitenrandes des- 
selben ab. Dieser ist ziemlich breit abgesetzt, hinter den heraustreten- 
den Vorderwinkeln allmählich erweitert und kurz vor der Mitte plötz- 
lich verschmälert, sodass hier eine auffallende Angulation zum Vor- 
schein kommt. 


19. Itapiranga bicolor n. sp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: Serro Azul (PPB). 

Long. 5,5 — 6,5 mm. 

Rotgelb, Palpen, Antennen (die 2 ersten Glieder ausgenommen), 
Spitze der Tibien und Tarsen schwarz, Flügeldecken lebhaft metallisch 
blau mit einem violetten Schimmer. Körper oval, Oberseite stark glän- 
zend. 

Kopf fein punktiert (Vergrösserung 40 — 50 x). Stirn breit, mehr 
als doppelt breiter als ein Augendurchmesser. Antennalcalli hochge- 
wölbt, Clypeallängscarina kurz. Fühler die Mitte der Elytren nicht er- 
reichend, ziemlich robust, die mittlern Glieder dicker als die übrigen, 
das 3. (das längste) Glied doppelt länger als das 2. 

Thorax wenig gewölbt, stark transversal, mehr als 2 x breiter als 
lang, vor der Mitte (im Niveau der Angulation) am breitesten, Ober- 
fläche sehr fein punktiert. Scutellum glatt 

Flügeldecken breiter als das Halsschild, stark (Vergrösserung 
2 — 3 x) in unregelmässigen Doppelreihen punktiert, Intervalle spär- 
lich fein punktuliert. Epipleuren in der Vorderhälfte breit, dann plötz- 
lich auf 1/3 verschmälert. Das 1. Glied der Hintertarsen so lang als 
die folgenden zusammengenommem. 

Alle 3 untersuchten Exemplare sind Weibchen. 


PROVISORISCHE LISTE DER ALTICIDEN VON RIO GRANDE DO SUL 31 


13.. Agasicles connexa Boheman. 


Beim Weibchen dieser Art ist das letzte Abdominalsegment ohne 
Spur einer Depression und die Tarsen sind sehr zart gebaut. 


14. Acanthonycha adusta n. sp. 


Brasil, Est. Sta. Catarina: Nova Teutonia, 10. X. 1936 et 7. X. 1950 
(F. Plaumann, Mus. G. Frey, Typus); Itapiranga, IX. 1954 (PPB). — 
Est. Rio Grande do Sul: Serro Azul (PPB). 

Rotgelb, Tarsen braun, Fühler mit Ausnahme der ersten 3 Glieder 
und das Apicalviertel der Elytren (Seitenrand ausgenommen) schwarz 
bis schwarzblau. Körper länglich, stark glänzend. 

Kopf glatt, Antennalcalli dreieckig, gut umgrenzt, nicht höher als 
die Clypeallängscarina gewölbt, Clypealquercarina an den Seiten scharf, 
leistenförmig. Stirn 3 x breiter als ein Augendurchmesser. Frontalfur- 
chen jederseits in eine Grube transformiert. Antennen die Mitte der 
Flügeldecken überragend, zur Spitze verdickt, das 3. Glied doppelt län- 
ger ais das 4. 

Thorax kaum breiter als lang, schwach herzförmig, vor der Mitte 
am breitesten, Seiten vorne gerundet, hinten gradlinig zur Basis ver- 
engt. Vorderwinkel verdickt, rechteckig, etwas heraustretend, Hinter- 
winkel einen stumpfen Zahn bildend. Oberfläche glatt, vor der Basis 
seicht linienartig quer eingedrückt; diese Linie jederseits von einer 
Grube begrenzt. 

Flügeldecken parallel mit breiten Elytropleuren, vorne fein (Ver- 
grösserung 30 — 40 x), hinten undeutlich punktiert. Basalcallus infolge 
einer seichten dahinterliegenden Querdepression deutlich. Epipleuren 
schräg, von der Seite gut sichtbar. 

Männchen: Alle Basitarsite erweitert, Sinus deutlich. 

Weibchen: Beine zart. Das letzte Bauchsegment leicht zugespitzt. 

Diese Art ist an der Färbung sofort erkennbar und hat eine ab- 
weichende Halsschildform. 


15.. Acanthonycha antennata diabroticina n. subsp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: Serro Azul (PPB). 

Rotgelb, Spitze der Tibien, Tarsen und die 8 letzten Antennite 
pechschwarz. Flügeldecken lebhaft metallisch blauviolett. Epipleuren, 
Seiten- und Apikalrand rot. 

Anders gefärbt als die Stammform (von S. Paulo; bei dieser ist der 
gelbe Seitenrand der metallisch grünen Flügeldecken sehr schmal), viel 
kleiner (3 — 3,5 mm) und die Vorderwinkel des Halsschildes seitlich 
herausspringend (rechteckig bei der Stammform). 


32 IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 3 


15 a. Disonycha Chevrolat. 


Herr Prof. A. da Costa Lima veröffentlichte 1954 eine Revision 
dieser Gattung, Miss D. H. Blake tat dasselbe unabhängig 1955, sodass 
die folgende Synonymie zu verzeichnen ist: 

D. brasiliensis C. Lima = D. plagifera Blake 

D. silvai C. Lima = D. immaculata Blake 

D. paranaensis C. Lima = D. crassicornis Blake 

D. carvalhoi C. Lima, D. monterai C. Lima und D. bosqi C. Lima 
befinden sich nicht in der Miss Blake’s Revision. 


15 b. Disonycha tristis Jacoby (hov. comb.) 


Miss D. H. Blake bekam vom Zool. Museum zu Berlin 3 Exemplare, 
welche angeblich als Type und Paratypen von D. conjuncta Germ. be- 
zeichnet.waren. Dieselben stimmem nicht mit der Beschreibung Ger- 
mar’s überein, auch der Fundort bei einem Exemplare (die andern 2 
waren ohne Fundort) ist “Brasilia” und nicht Buenos Aires, wie es Ger- 
mar angibt. Im Pariser Museum (coll. Allard) habe ich andere Exem- 
plare gesehen, aus Buenos Aires stammend, welche über Klug in diese 
Sammlung kamen. Sie stimmen mit der Beschreibung Germar’s völlig 
überein und sind wohl mit denen identisch, die Miss Blake auf S. 65 
(unten) erwähnt. 

Prof. A. Costa Lima hat die Unterschiede zwischen D. tristis Jac. 
(= D. conjuneta Blake, nec Germar) und D. conjuncta Germar auf S. 
10 und 11 mit Abbildungen hervorgehoben. 


Beide Arten sind in Mus. G. Frey reich vertreten und es zeigt sich, 
dass D. tristis Jac. (ich habe die Type im British Museum gesehen) in 
Süd-Brasil (Paranä, Sta. Catarina, RGS. und Mato Grosso) und in Mi- 
siones (R. Argentina), D. conjuncta dagegen in Buenos Aires, Entre Rios 
und Corrientes verbreitet ist. Bei D. tristis sind die gelben Elytralbin- 
den sehr schmal und die Thoraxscheibe ist nur seltener mit einem 
grossen schwarzen Fleck versehen, bei der oberseits. gsröber punktier- 
ten und glänzendern D. conjuncta ist die Halsschildscheibe konstant 
schwarz und die gelben Binden auf den Flügeldecken sind breiter. Es 
ist möglich, dass es sich um geographische Rassen handelt, weil die 
Struktur des Aedeagus und der sekundäre sexuelle Dimorphismus auf 
eine sehr nahe Verwandtschaft zu schliessen erlauben und die Verbrei- 
tungsareale beider Formen getrennt zu sein scheinen. 


16... Disonycha glabrata meridionalis Costa Lima. 


Brasil, Est. Sta. Catarina: Itapiranga, X. 1939 (PPB). 


PROVISORISCHE LISTE DER ALTICIDEN VON RIO GRANDE DO SUL 33 


17.. Nephrica itapiranga n. sp. 


Brasil, Est. Sta. Catarina: Itapiranga, IX. 1934 et IX. 1953 (PPB). 

Long. 6 — 6,5 mm. 

Rot, Beine (Schenkelbasis ausgenommem) und Kopf schwarz, Füh- 
ler schwarz, nur die 3 ersten Glieder unterseits gelblich, jede Flügel- 
decke mit 5 gelben, breit schwarz-umringelten Makeln (2, 2, 1), Thorax 
zuweilen mit einer schwarzen zackigen Querbinde in der Mitte. 


Kopf glatt und glänzend, nur nahe dem Augenhinterrande mit ei- 
nigen groben Punkten versehen. Antennalcalli zusammenfliessend, 
gross. Clypealcarina T-förmig, lang, vorne scharfkantig. Stirn mehr 
als doppelt so breit wie ein Querdurchmesser der nierenförmigen Au- 
gen. Endglied der Maxillarpalpen robust, kugelig. Fühler das erste 
Drittel der Flügeldecken erreichend, das 3. Glied so lang wie das 4., 
doppelt länger als das 2., die 5 Endglieder kürzer. 


Halsschild fein punktuliert und fein retikuliert (Vergrösserung 
40 — 50 x), vor der Basis quer eingedrückt, fast doppelt breiter als 
lang. Seiten fast gerade, parallel, alle Winkel seitlich zahnartig vor- 
springend. Basis jederseits gegen die Hinterwinkel gerundet. 


Elytren breiter als der Thorax, glänzend, schwächer punktiert, 
ohne postbasale Querdepression. 
Diese Art ist äusserlich ähnlich der Homophoeta argus Jac. 


18.. Nephrica bucki n. sp. 


Brasil, Est. Sta. Catarina: Itapiranga, IX. et XI. 1953 (PPB). 

Long. 6 — 7 mm. N 

Unterseite pechschwarz, Vorderkörper, Schenkel und Oberseite 
gelb, Labrum, Palpen, Antennen, Vertex und eine Längsbinde auf der 
Stirn, welche sich bis auf die Antennalcalli hinunterzieht, schwarz; 
Unterseite der ersten 2 Antennite gelb, die übrigen schwarz. Flügel- 
decken mit einem metallisch goldgrünen Ornament, bestehend aus einer 
sublateralen, hinten abgekürzten schinalen Längsbinde welche am Hu- 
meralcallus und in der Mitte nach innen makelartig erweitert und vor 
der Spitze mit einer gemeinschaftlichen breiten Querbinde verbunden 
ist, ferner aus einem schmalen Basal- und einem breitern Nahtsaum, 
welcher vor der Mitte (gegenüber der Erweiterung der sublateralen 
Querbinde) plötzlich stark verbreitert ist. 

Oberseite glänzend. 

Mit N. masculipennis Jac., sehr nahe verwandt, aber kleiner, an- 
ders gefärbt, durch Mangel der grubenartigen Punkte in der Stirnmitte 
und durch zur Spitze nur schwer verdickten Antennen trennbar. 


34 IM ER EN A ne 


19.. Nephrica adherens n. sp. 


Brasil, Est. Sta. Catarina: Itapiranga (PPB); Est. Rio Grande do 
Sul: Serro Azul (PPB). 

Long. 7 — 7,5 mm. 

Pechschwarz, Abdomen heller, Thorax und Flügeldecken rot, die 
letztern mit je 2 grossen, + dunkel umringelten gelben Flecken, einer 
vorne, bis hinter die Mitte reichend, weder die Basis, noch die Naht oder 
den Seitenrand erreichend, der andere vor der Spitze, kleiner, hinter 
dem vordern liegend. Oberseite glänzend. 

Der N. sanguinolenta Jac. sehr ähnlich, aber anders gefärbt (der 
hintere Fleck auf den Flügeldecken fehlt bei N. sanguinolenta). Cly- 
peus behaart, Thorax mit gerundeten, nach vorne konvergierenden 
Seiten, und Flügeldecken sehr fein (Vergrösserung 40 — 50 x) und sehr 
weitläufig punktiert. 


20.. Nephrica zodiaca n. sp. 


Rostrot, glänzend, Thorax und Flügeldecken hell gelbbraun. 
Diese Art ist mit den 2 folgenden nahe verwandt: 


1 (2) Augen flach nierenförmig, der Querdurchmesser in der Augen- 
mitte ist nur eine Spur geringer als gegen die beiden Enden. 
Oberseite glänzend, ohne Punktierung, Thorax unter 50 facher 
Vergrösserung kaum sichtbar retikuliert. 

Long. 8 mm. — Nephrica zodiaca n. sp. 
Brasil, Est. Rio Grande do Sul: Serro Azul PPB). — Est. Sta. 
Catarina: Itapiranga (PPB). 

(1) Augen tief nierenförmig, der Querdurchmesser in der Augen- 
mitte ist mindestens doppelt kürzer als gegen das untere Au- 
genende. Oberseite seidenglänzend, Retikulierung des Hals- 
schildes unter 20 — 30 facher Vergrösserung sichtbar. Flügel- 
decken, deutlich punktiert. 

Brasil, Est. Sta. Catarina: Nova Teutonia, 29 XI. 1950, Plau- 
mann, (Mus. G. Frey). 

3 (4) Thorax gleichmässig lang, d. h. in der Mitte so lang wie an 

den Seiten. Tibien und Tarsen ganz, die vordern Femora zum 
Teil schwarz. Elytren schon unter 5 facher Vergrösserung 
deutlich nto 

Long. 6,5 — 7 mm. — Nephrica clytroides n. sp. 

Brasil, Est. Sta. Catarina: Nova Teutonia, 29. XI. 1950 (F. Plau- 
man, Mus. G. Frey). 

4 (3) Thorax in der Mitte 1,5 x länger als an den Seiten. Die Aussen- 

kante der 4 vordern Tibien und die Antennite 2 — 11 pech- 
braun. Elytralpunktierung feiner, erst unter 20 facher Ver- 


bo 


PROVISORISCHE LISTE DER ALTICIDEN VON RIO GRANDE DO SUL 35 


grösserung wahrnehmbar. 


Long. 7,5 mm. — Nephrica media n. sp. 
Brasil, Est. S. Paulo: Parque Jabaquira (Ville de S. Paulo), 
I. 1951 (J. Guérin, Mus. G. Frey). 


21. Syphraea alegrensis n. sp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: P. Alegre (PPB). 


Long. 2,2 — 2,5 mm. 


Schwarz, Beine (Hinterschenkel ausgenommen) und Vorderkörper 
rotgelb, die 7 letzten Antennite schwarz. Flügeldecken metallisch bron- 
zegrün, Oberseite stark glänzend, Flügeldecken etwas matter. 

Mit S. modesta Jac. (namentlich deren subsp. translittoralis Bech. 
von Mato Grosso ähnlich) nahe verwandt; sie unterscheidet sich ausser 
der Färbung und geringern Grösse durch die folgenden Hauptmerkmale: 


S. modesta: 


Flügeldecken an der Basis 
gleichmässig gewölbt und nicht 
auffallend punktiert. 


Basalcallus der  gleicnmássig 
fein punktierten Elytren undeut- 
lich. 


S. alegrensis: 


Basis der Flügeldecken leisten- 
artig emporgehoben, die Leiste 
von einer Querreihe gröberer 
Punkte begrenzt. 

Basalcallus der Flügeldecken 
fast vollkommen glatt, hinten von 
einer Querdepression akzentiert. 


22. Syphraea olga n. sp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: P. Alegre (PPB). 
Long. mehr oder weniger 2 mm. 


Rotgelb, Sternum in der Mitte, 


Scutellum und Abdomen pech- 


schwarz, Flügeldecken schwarz, Oberseite stark glänzend. 
| Mit S. novoteutoniensis Bech. nahe verwandt, aber Kleiner, anders 
gefärbt (Beine hell) und durch folgende Merkmale trennbar: 


S. novoteutoniensis: 


Prothorax überall fein und 
gleichmässig punktiert (Vergröss- 
erung 30 — 40 x), Querfurche 
vor der Basis am Grunde glatt. 

Elytren im ersten Drittel am 
breitesten, dann fast parallel (sehr 
leicht nach hinten verschmälert) 
laufend. 


S. olga: 


Prothorax glatt, vorne jeder- 
seits mit einem flach punktierten 
(Vergrösserung 20 — 30 x) Ein- 
druck versehen. Querfurche ein- 
reihig punktiert. 

Flügeldecken an den Seiten re- 
gelmässig gerundet, nahe der Mit- 
te am breitesten. 


36 IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 3 


23. Syphraea multiimpressa n. sp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: P. Alegre, Vila Oliva (PPB). 

Pechbraun bis rotbraun, Beine (Hinterschenkel ausgenommen) und 
Flügelbasis hellbraun, Vertex, Labrum, die 4 letzten Antennite, Scutel- 
lum und Elytrainaht schwarz. Oberseite glänzend, Thorax etwas matter. 

Kopf glatt, Stirn breiter als ein Augendurchmesser, in der Mitte 
zwischen den Frontalfurchen mit einem Tuberkel (einer kielartigen Er- 
habenheit). Clypeallängscarina scharf, lang. Antennalcalli linear, leis- 
tenförmig. Antennen die Mitte der Flügeldecken überragend, zur Spitze 
schwach verdickt, das 3. Glied das längste, die übrigen von + gleicher 
Länge. 

Halsschild fast doppelt breiter als lang, nahe der Basis am breites- 
ten, Seiten schwach gerundet und nach vorne schwach verengt. Vorder- 
winkel breit schräg abgestutzt. Punktierung der Oberfläche fein (Ver- 
grösserung 20 — 30 x) und spärlich; in der Vorderhälfte befindet sich 
jederseits eine grosse Depression, welche dicht und gröber punktiert ist. 
Antebasale Querfurche tief, am Grunde einreihig punktiert. 


Elytren breiter als das Halsschild. Basalcallus deutlich, dahinter 
eine merkliche Querdepression. Punktierung vorne stark (Vergrösse- 
rung 8 — 10 x), hinten schwächer, ziemlich spärlich, in sehr unregel- 
mässigen Längsreihen. Beim Männchen ist das letzte Abdominalsegment 
in der Mitte flach quer eingedrückt. 

Die Art unterscheidet sich von allen andern durch die Struktur des 
Halsschildes und durch die Färbung. 


24. Monomacra bucki n. sp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: P. Alegre (PPB). 

Heli braungelb, Fühler, Palpen, Beine (Trochanteren und Hüften 
ausgenommen) und Flügeldecken schwarz. Oberseite glatt, stark zlän- 
zend, Flügeldecken spärlich punktiert. 

Diese Art ist von der gleichen Färbung wie M. bicolor Duviv. (von 
Rio de Janeiro bis Pernambuco verbreitet); sie ist aber grösser, breiter 
gebaut und durch folgende Merkmale zu trennen: 


M. bicolor: 


Long. mehr oder weniger 5 mm. 

Antennite 2 und 3 von gleicher 
Länge, das 4. fast so lang wie die 
beiden vorhergehenden zusam- 
mengenommen. 


M. bucki: 


Long. 6 mm. 

Antennite 2, 3, und 4 graduell 
an Länge zunehmend, das 4. we- 
sentlich kürzer als die beiden vor- 
hergehenden zusammengenom- 
men. 


PROVISORISCHE LISTE DER ALTICIDEN VON RIO GRANDE DO SUL 37 


Augen lang reniform, Stirn oben 
nur etwas breiter als die Länge 
des Auges. 

Vorderwinkel des Thorax schräg 
abgestutzt. 

Flügeldecken unter 20 facher 
Vergrösserung deutlich punktiert. 


Augen klein, Stirn mindestens 
doppelt so breit wie ein Auge lang 
ist. 

Halsschildvorderwinkel 
rundet, stark verdickt. 

Elytren sehr fein punktuliert 
(Vergrösserung 50 — 100 x). 


abge- 


25. Monomacra suzanna n. sp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: Parecy Novo, P. Alegre (PPB). 

Long. mehr oder weniger 4,5 mm. 

Hellgelb, Oberseite rotgelb, Kopf (das rotbraune Labrum ausge- 
nommen) schwarz, Körper oval, glänzend, Clypeus matt. 

Kopf sehr fein punktuliert, nahe den Augen mit zahlreichen grö- 
bern Punkten besetzt. Antennalcalli länglich, von einander weit ge- 
trennt,parallel laufend. Clypeus matt (Retikulierung unter 20 — 30 
facher Vergrösserung gut erkennbar) lang, in der Mitte mit einer schar- 
fen aber niedrigen Längscarina durchzogen, jederseits plötzlich herab- 
fallend, sodass er bei einer flüchtigen Betrachtung 3 nach vorne diver- 
gierende Carinae aufweist. Augen sehr gross, rundlich, innen kaum 
ausgerandet. Stirn so breit wie ein Auge lang ist (d. h. eine Spur breiter 
als ein Augenauerdurchmesser). Fühler grazil, die Mitte der Flügel- 
decken weit überragend (Männchen), oder nicht überragend (Weib- 
chen), das 3. Glied so lang wie das 4., doppelt so lang wie das 2. 

Halsschild an der Basis am breitesten, mehr als doppelt so breit 
wie lang, Seiten nach vorne verengt. Vorderwinkel sehr schräg abge- 
stutzt, Hinterwinkel verdickt, zahnförmig. Antebasale Querfurche 
seicht, die dahinter liegende Quercallosität in der Mitte unterbrochen. 

Flügeldecken subparallel, mit einem grossen Humeralcallus. Ba- 
salcallus schwach. 

Männchen: Pygidium auffallend gross, ventralwärts gebogen, das 
5. Abdominalsegment halbkreisförmig ausgerandet, ohne Sinus. 1. Glied 
der 4 vordern Tarsen schwach erweitert. 


Weibchen: Abdomen hinten abgestutzt. 


Eine durch die Skulptur und Struktur des Clypeus und durch die 
abweichende Form des Abdomens beim Männchen auffallende Art, die 
an M. fromonti Duviv. 1/ (Rio de Janeiro) durch die Färbung erinnert. 


1/ Das bisher unbekannte Männchen der M. fromonti hat das Pygidium auch auf die 
Ventralseite des Abdomens umgebogen, aber das 5. Sternit besitzt einen deutlichen 
Sinus und einen grossen Tuberkel in der Mitte des Hinterrandes; dieser Tuberkel 
ist jederseits von einem tiefen dreieckigen Eindruck akzentiert. — Brasil, Est. Rio 
de Janeiro: Muri, 1000 m., I. — III. 1952 (.W Wittmer, Mus. G. Frey). 


38 IHERINGIA — ZOOLOGIA N. 3 


26. Monomacra gigia n. sp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: P. Alegre, Parecy Novo (PPB). — 
Paraguay: Independencia (Mus. G. Frey). 

Long. Männchen: 4 — 45 mm., Weibchen: 4,5 — 5 mm. 

Hell braungelb, Kopf in der Mitte, die 8 letzten Antennite, Scheibe 
des Halsschildes, Scutellum und Scheibe jeder Flügeldecke dunkel- 
braun, Körper länglich, glänzend, weniger gewölbt. | 

Kopf nahe den Augen grob und dicht punktiert; diese punktierten 
Flächen sind tiefer gelegen, infolge dessen bildet der Vertex mit der 
Stirne ein glattes gewölbtes Feld, das nach vorne dreieckig verengt ist 
und hinter den matten, gut markierten Antennalcalli in Form einer 
Längscarina hervortritt. Clypeus matt, Clypeallängscarina glänzend 
und hochpewölbt. Fühler ziemlich robust, zur Spitze kaum verdickt, 
die Mitte der Flügeldecken überragend (Männchen), oder kaum errei- 
chend (Weibchen), das 3. Glied kaum kürzer als das 4., doppelt länger 
als das 2. ) 

Thorax fast doppelt so breit wie lang, Seiten sehr schwach gerun- 
det, parallel. Vorderwinkel verdickt, breit abgerundet, an den Seiten 
einen obsoleten Zahn bildend. Oberfläche sehr fein und weitläufig 
punktiert (Vergrösserung 30 — 100 x), vor der Basis tief quer einge- 
drückt; ein flacher Eindruck befindet sich vor jeder Terminalgrube 
dieser Querdepression. 

Elytren vorne fein (Vergrösserung 30 — 50 x), hinten undeutlich 
punktiert, dorsal abgeflacht, hinter der Basis quer eingedrückt, dadurch 
der Basalcallus deutlich heraustretend. Humeralcallus in eine flache 
Längsrippe verlängert. 

Männchen: Das 1. Glied der 4 vordern Tarsen mässig erweitert. 
Pygidium nach unten gebogen. Das 5. Sternit mit einem grossen Tu- 
berkel in der Mitte des Hinterrrandes. Sinus deutlich. 

Weibchen: Abdomen zugespitzt. 

Durch die Färbung, die Bildung des Kopfes und des Abdomens 
beim Männchen ausgezeichnete Art. 


27. Monomacra ophthalmica Bechyné. 


Brasil, Est. Sta. Catarina: Itapiranga, II. 1934 (PPB). 
Bisher von Mato Grosso und Paraguay bekannte Art. 


28. Monomacra sensitoria n. sp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: Vila Oliva, P. Alegre, S. Francisco 
de Paula (PPB). — Est. Sta. Catarina: Nova Teutonia, 21. IV. 1951 (E 
Plaumann, Mus. G. Frey, Typus). 

Gelb, mehr oder weniger rötlich überflogen, Tarsen, Labrum und 


PROVISORISCHE LISTE DER ALTICIDEN VON RIO GRANDE DO SUL 39 


Palpen pechbraun, Tibien, Spitze aller Schenkel und Antennen (das 
erste Glied ausgenommem) schwarz. Körper oval, Oberseite glänzend. 
Kopf giatt mit langem, in der Mitte pewölbtem Clypeus. Anten- 
nalcalli zusammenfliesend, hinter nicht von der Stirn abgetrennt, an 
den Seiten und vorne durch Eindrücke begrenzt. Augen lang, tief nie- 
renförmig, 3 x länger als breit, hinten einander genähert (der Zwi- 
'schenraum hier zwischen beiden Augen beträgt kaum eine Augenlänge), 
im Niveau der Antenneninsertionsstelle von einander weit entfernt, so- 
dass hier die Augenbreite, der Abstand der Fühler von einander und 
von dem proximalen Augenrand gleichlange Entfernungen darsteilen. 
_ Antennen die Mitte der Flügeldecken überragend, zur Spitze nicht ver- 
dickt, 1. Glied larg, so lang wie das 4., dieses so lang wie die beiden 
vorhergehenden zasammengenommen, dabei das 2. kugelig. 


Thorax mehr als 2 x breiter als lang, an der Basis am breitesten, 
Seiten geradlinig nach vorne verengt. Vorderwinkel schräg abgestutzt, 
seitlich in Form eines kleinen Zähnchens ausspringend. Oberfläche 
spärlich punktiert (Vergrösserung 100 x), antebasale Querfurche tief, 
Basis ungerandet. 

Flügeldecken breiter als das Halsschild, spärlich punktiert (Ver- 
srösserung 100 — 200 x), ohne Eindrücke. 1. Glied der Hintertarsen 
so lang wie die 2 folgenden zusammengenommem. 


Männchen: Das 5. Abdominalsegment mit einem deutlichen Sinus. 
Von dem Pygidium ist nur der äusserste Rand von unten sichtbar. Ba- 
sitarsite kaum erweitert. 


Weibchen: Abdomen leicht zugespitzt. 


M. sensitoria ist an der Bildung des Kopfes erkennbar. Die äusser- 
lich sehr ähnliche M. inermis Klug ist grösser, hat kurzovale Augen 
(2 x länger als breit), nicht getrennte Antennalcalli und konkave Sei- 
ten des Halsschildes. M. ophthalmica Bech. ist eine ebenfalls nahe Art, 
aber schon durch die einfarbig gelben Beine zu unterscheiden. 


29. Monomaecra yena n. sp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: S. Francisco de Paula (PPB). 

Long. mehr oder weniger 4,5 mm. Männchen unbekannt. 

Hell braungelb, Tibien, Tarsen und Fühler (das 1. Glied ausgenom- 
men) schwarz, 2. Antennit pechbraun. Oberseite glänzend. 


Der vorhergehenden M. sensitoria sehr ähnlich, aber die Femora 
einfarbig hell, die Augen sehr gross, sodass die Stirn hinten nur so 
breit wie ein Augenquerdurchmesser ist, die Flügelbasis dem nur 
schwach ausgerandeten Augeninnenrande sehr stark genähert und die 
Vorderwinkel des Halsschildes treten seitlich nur schwach heraus. 


40 IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 3 


29 a. Monomacra leonia n. sp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: P. Alegre (PPB). 

Long. 3,6 — 4 mm. 

Rotgelb, Tarsen, Tibien, Spitze aller Schenkel und Fühler schwarz, 
das 1. Antennit rotgelb, das 2. und 3. rotbraun, Palpen und Labrum 
pechbraun. Körper länglich, Oberseite ohne Punktierung, nur mässig 
glänzend. 

Kopf glatt mit einer breiten Clypealcarina, obsoleten Antennalcalli 
und auf ein Grübchen reduzierten Frontalfurchen. Augen innen schwach 
ausgerandet, schräggestellt (von vorne betrachtet gegen den Clypeus 
divergierend). Stirn doppelt breiter als ein Augenquerdurchmesser. 
Antennen die Mitte der Flügeldecken erreichend, 1. Glied lang, so lang 
als das 4. und so lang als das 2. und 3. zusammengenommen (das 2. 
dabei das kürzeste), Glieder 4 — 11 gleich dick. 

Halsschild doppelt breiter als lang, an der Basis am breitesten, 
Seiten geradlinig, leicht nach vorne konvergierend, Vorderwinkel schräg 
abgestutzt, seitlich zahnartig vorspringend. Antebasale Querfurche tief. 
Basis nicht gerandet. 

Flügeldecken breiter als der Thorax, ohne Basalcallus, subparallel 
mit sehr deutlich 'abgesetzten Elytropleuren. 1. Glied der Hintertarsen 
so lang wie die 3 folgenden zusammengenommen. 

Männchen: Basitarsite nur mässig erweitert. 5. Sternit in der Mitte 
abgeflacht. Pygidium von unten gut sichtbar. 

Weibchen: 5. Abdominalsegment hinten geradlinig abgestutzt, Py- 
gidium von unten nicht sichtbar. Beine zarter gebaut. 

Unter den zahlreichen ähnlich gefärbten Arten ist die vorliegende 
an der Stellung und Form der Augen erkennbar. 


30. Caeporis stigmula Germar (nov. comb.) 


Diese Art ist ziemlich variabel in der Färbung und unterliegt einem 


beträchtlichen Sexualdimorphismus in der Grösse (Männchen 4,5 — 5 
mm., Weibchen 5 — 6 mm.); infolge dessen wurde sie unter 3 Namen 
beschrieben: 


1. Beine schwarz, Tibien an der Basis hellbraun: 
a. Thorax mit einer einzigen diskalen schwarzen Makel £. ty- 
pica (1824) 

b. Thorax mit 2 querliegenden schwarzen Diskalmakeln ab. 
maculicollis Boheman (1859) | 
Beine grösstenteils hell braungelb, Schenkel geschwärzt ab. 

marginata Clark (1865). 


DO 


381. Chlamophora bucki n. sp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: Nova Petropolis, S. Francisco de 
Paula (PPB). 


PROVISORISCHE LISTE DER ALTICIDEN VON RIO GRANDE DO SUL 41 


Schwarz, Oberseite mit sehr schwachen metallisch bläulichen Re- 
flexen. 

Elytralskulptur und Färbung wie bei Ch. clypeata Clark, d. h. die 
Flügeldecken sind matt und sehr fein punktiert. Beide Arten unter- 
scheiden sich durch folgende Merkmale: 


Ch. clypeata: Ch. bucki: 
Long. 7 — 8 mm. Long. 6,5 — 7 mm. 
Körper breit elliptisch, Flügel- Körper oval, Flügeldecken im 
decken in der Mitte am breitesten. Apikaldrittel am breitesten. 
Thorax mehr als doppelt so Thorax weniger als doppelt so 
breit wie lang, so matt wie die breit wie lang, viel glänzender als 
Flügeldecken. die Flügeldecken. 


32. Piobuckia n. gen. 


Diese Gattung ist mit Crepidodera verwandt; sie unterscheidet sich 
durch die Form des Halsschildes und der Elytren. Thorax trapezoidal, 
im Niveau der Vorderwinkel am breitesten, Seiten nach hinten stark 
verengt, die antebasale Querfurche erreicht den Hinterwinkel und ist 
vollkommen gerade, infolgedessen tritt das dahinterliegende Feld aus 
der trapezoidalen Form hinaus nach hinten. Die Flügeldecken sind 
vorne abgeflacht, hinten aber sehr! hoch gewölbt, dann unmittelbar vor 
der Spitze senkrecht abfallend. Durch diese unregelmässige Wölbung 
sind die Intervalle der Punktreihen hinten breiter als vorn. Epipleuren 
extrem breit, 3 x breiter als die Metepisternen, das Abdomen zum Teil 
umhüllend. Vordere Coxalhöhlen geschlossen, Proepimeralnaht deut- 
lich, Klauen mit Basalzahn. 


33. Piobuckia promecosomoides n. sp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: P. Alegre, S. Leopoldo (PPB). 

Long. 3,3 — 3,5 mm. Männchen unbekannt. 

Schwarz, 4 vordere Beine, Fühler und Extremitäten der Palpen und 
der Mandibeln pechschwarz, Vorderkörper rotgelb, Flügeldecken leb- 
haft metallisch stahlblau, Oberseite stark glänzend. 

Kopf gross, fein und sehr zerstreut punktiert (Vergrösserung 
50 — 100 x). Stirn ohne Furchen, mehr als doppelt so breit wie ein 
Augenquerdurchmesser. Antennalcalli mit der Stirn eine einzige Fläche 
bildend. Clypeallängscarina breit, schwach gewölbt. Fühler zart, die 
Mitte der Flügeldecken erreichend, das 3. Glied beinahe doppelt länger 
als das 2., so lang wie das 4. 

Halsschild fast doppelt breiter als lang, im Niveau der schräg ab- 
gestutzten Vorderwinkel am breitesten. Seiten geradlinig stark nach 
hinten konvergierend. Hinterwinkel tuberkelförmig. Antebasale Quer- 


4% IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 3 


furche gerade, lateral nicht begrenzt, unmittelbar hinter den Hinterwin- 
kein die Seiten erreichend. Vordere Hälfte mit gröbern Punkten (Ver- 
srösserung 10 — 15 x) spärlich besetzt, Hinterhälfte glatt. 

Elytren viel breiter als das Halsschild, hinter dem Humeralcallus 
am breitesten, vorne flach, postbasale Depression und Basalcallus sehr 
deutlich. Punktierung in regelmässigen Längsreihen geordnet, stark 
(Vergrösserung 2 — 3 x), Intervalle sehr fein punktuliert (Vergrösse- 
rung 100 x), gewölbt, vorne schmäler als hinten. Intercoxalplatte des 
Prosternums 1/3 der Coxalbreite erreichend. 

Die 2 untersuchten Exemplare sind Weibchen. Die Lage der Epi- 
pleuren und die Form der Elytren erinnern lebhaft an die Vertreter der 
zentralamerikanischen Eumolpiden-Gattung Promecosoma. 


34. Epitrix aloisia n. sp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: P. Alegre (PPB). 

Long. mehr oder weniger 2 mm. 

Schwarz bis pechschwarz, Flügeldecken (namentlich an der Basis 
und hinten) etwas heller, Fühler und Beine rotgelb, die letzten Anten- 
nite mehr oder weniger angedunkelt, Schenkel (die hintern in breiterm 
Umfange) geschwärzt. Körper langoval, stark glänzend, Behaarung der 
Flügeldecken lang, spärlich, weisslich. 

Kopf glatt, oberhalb der im stumpfen Winkel zusammenlaufenden 
gut markierten Frontalfurchen mit einzelnen setiferen Punkten besetzt. 
Antennalcalli linear, gut markiert, Clypeallängscarina kurz und hoch. 
Fühler zur Spitze merklich verdickt, die Mitte der Flügeldecken nicht 
erreichend, Glieder 2 — 4 fast von gleicher Länge. 

Thorax doppelt breiter als lang, Seiten fast parallel, sehr schwach 
gerundet, der äusserste Seitenrand mit einer Reihe heraustretender se- 
tiferer Punkte besetzt, dadurch etwas uneben erscheinend. Vorderwin- 
kel schräg abgestutzt, nach aussen zahnförmig ausspringend. Oberfläche 
kräftig punktiert (Vergrösserung 8 — 10 x). Die Punktierung ist auch 
hinter dem seichten antebasalen Quereindruck, welcher seitlich von ei- 
ner tiefen Längsdepression begrenzt ist. 

Flügeldecken vorne sehr stark (Vergrösserung 3 — 5 x), hinten viel 
schwächer punktiert, Intervalle spärlich punktuliert, auf der Scheibe 
flach, an den Seiten gewölbt. Basalcallus schwach, hinten von einer 
sehr seichten Querdepression begrenzt. 

Männchen: 1. Glied der Tarsen kaum merklich erweitert. 5. Sternit 
in der Mitte des Hinterrandes abgeflacht, Sinus klein. 

Weibchen: Fühler nur hinter den Humeralcallus reichend, das letzte 
Abdominalsegment sugespitzt. 

Trotz der in dieser Gattung monotonen Skulptur und Form ist diese 
Art nicht schwer zu erkennen. Sie ist nämlich die einzige unter den 
südamerikanischen Repräsentanten, welche eine in der Mitte unterbro- 
chene Querfurche des Halsschildes aufweist. Ausserdem ist der Sexual- 


PROVISORISCHE LISTE DER ALTICIDEN VON RIO GRANDE DO SUL 43 


dimorphismus in der Bildung der Tarsen und des Abdomens sehr ge- 
ring. Am nächsten ist sie mit E. deborah Bech. verwandt, welche aber 
die üblich tiefe Querfurche am Halsschilde und beim Männchen einen 
Tuberkel auf dem 5. Sternit besitzt. 


35. Diphaulaca nigroapicata Clark. 


Die Originalbeschreibung bezieht sich auf die Weibchen (Flügel- 
decken mit Längsrippen an den Seiten). Das Männchen ist gewöhnlich 
kleiner (mehr oder weniger 4 mm.; Weibchen mehr oder weniger 4,5 
mm.), ohne Rippen auf den Flügeldecken, das 1. Glied der 4 vordern 
Tarsen ist merklich erweitert und das letzte Abdominalsegment besitzt 
in der Mitte einen tiefen Eindruck. 


36. Diphaulaca fruhstorferi Jac. (nov. comb.) 


Das sonderbare Männchen dieser Art beschrieb ich unter dem Na- 
men von D. spiniventris. 


37. Diphaulaca unicostata n. sp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: Vila Oliva (PPB); Marcelino Ra- 
mos (P. F. S. Pereira). 

Long. Männchen 3 mm., Weibchen 3,5 — 3,8 mm. 

Schwarz, Fühler und Beine pechbraun, Antennite 2 — 4 braungelb, 
Oberseite und Hinterfemora metallisch bronzegrün, zuweilen mit einem 
violetten oder kupfrigen Schimmer. Körper oval, Oberseite stark glän- 
zend. 

Kopf glatt, nahe den Augen uneben. Antennalcalli gross, dreieckig, 
sehr gut umgrenzt, mit der Clypeallängscarina 3 gleich starke bewölbte 
Tuberkel bildend. Fühler die Mitte der Flügeldecken erreichend, zur 
Spitze sehr schwach verdickt, das 2. Glied kürzer als die benachbarten. 

Halsschild glatt, doppelt breiter als lang, vor der Mitte am breites- 
ten, Seiten gerundet, Vorderwinkel verdickt und etwas herausragend, 
jedoch nicht zahnförmig heraustretend. Antebasale Querfurche tief und 
jederseits von einem tiefen Grübchen begrenzt. 

Flügeldecken in ziemlich regelmässigen Reihen kräftig punktiert 
(Vergrösserung 2 — 3 x), jederseits mit einer breiten sublateralen 
mächtig gewölbten Rippe. 

Männchen: Alle Basitarsite nur mässig erweitert. Letztes Abdomi- 
nalsegment in der Mitte abgeflacht, Sinus gross. 

Weibchen: Beine zarter gebaut, letztes Abdominalsegment ausge- 
zogen, breit abgerundet. 

Mit D. columbina Boheman verwandt; von allen Arten durch die 
in beiden Geschlechtern vorhandene Elytralrippe abweichend. 


da IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 3 


38. Diphaulaca itapiranga n. sp. 


Brasil, Est. Sta. Catarina: Itapiranga, X. 1952 et IX. 1953 (PPB). 
Long. 3,5 — 4 mm. 


Rotgelb, Antennen (1. Glied ausgenommen), Abdomen, Tibien, Tar- 
sen, Spitze aller Schenkel (die der Hinterschenkel in breiterem Um- 
fange), Labrum und Palpen schwarz bis pechschwarz. Pygidium brau- 
rot, Flügeldecken lebhaft metallisch violett. Oberseite stark glänzend. 


Kopf glatt, nur nahe den Augen unterhalb der tiefen Frontalfur- 
chen punktiert, Vorderrand des Clypeus und Labrum behaart. Stirn 
breit, Antennalcalli niedrig, quer, gut umgrenzt. Clypeallângscarina 
hoch, in Form eines grossen Tuberkels, Quercarina fehlend. Fühler die 
Mitte der Flügeldecken erreichend, ziemlich robust, Glieder 3 — 5 von 
gleicher Länge, jedes der folgenden etwas dicker und kürzer. 


Thorax transversal, doppelt breiter als lang, nahe der Mitte am 
breitesten, Seiten schwach gerundet. Vorderwinkel erweitert und nach 
aussen leicht ausgezogen. Seitenrand ziemlich breit abgesetzt und mit 
einer Reihe kräftiger Punkte besetzt. Oberseite glatt, nur hinter der 
tiefen antebasalen Querfurche sehr weitläufig fein punktiert (Vergrös- 
serung 40 — 50 x); Basis gerandet. 


Elytren breiter als das Halsschild, weitläufig, vorne stark (Ver- 
grösserung 5 — 8 x), hinten schwächer verworren punktiert. Punk- 
tierung an den Seiten etwas gereiht. Intervalle spärlich punktuliert. 
Basalcallus schwach, aber deutlich. Elytropleuren sehr schmal. Abdo- 
men punktiert. 

Männchen: Alle Basitarsite erweitert. Sinus des letzten (flachen) 
Abdominalsegmentes klein. 

Weibchen: Beine zarter gebaut. 

Wegen der verworrenen Elytralpunktierung (welche bei den bei- 
den ähnlich gefärbten Arten D. striata Klug und D. wittmeri Bech. in 
regelmässigen Längsreihen geordnet ist) könnte man diese Art für eine 
Monomacra halten; eine tiefe Prosternalfurche weist aber auf eine Di- 
phaulaca hin. 


39. Chaetocnema bucki n. sp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: Vila Oliva (PPB). 

Long. 2 — 2,2 mm. Männchen unbekannt. 

Schwarz, Fühler und Beine braungelb, Schenkel (namentlich die 
hintern) grösstenteils pechbraun, Oberseite mit einem schwachen me- 
tallisch violetten Schimmer, trotz der feinen Retikulierung des Vorder- 
körpers (Vergrösserung 50 — 100 x) ziemlich stark glänzend. 

Kopf nahe und hinter den Augen mit einigen gröbern Punkten 
versehen, sonst glatt. Clypeallängscarina breit, schwach gewölbt, von 
der übrigen Stirnfläche durch eine seichte, nur in einer gewissen Licht- 


PROVISORISCHE LISTE DER ALTICIDEN VON RIO GRANDE DO SUL 45 


richtung sichtbaren Quervertiefung getrennt. Frontalfurchen scharf, 
weit nach vorne (unterhalb der Fuhlerinsertionssteile) verlangert, die 
obere Hälfte der Clypeaicarina jederseits begrenzend. Stirn doppelt 
breiter als ein Augenqueraurchmesser. Fühler 1/3 der Elytren errei- 
chend, dünn, Glieder 2 — 4 von gleıcher Länge. 

Halsschild an der Basis am breitesten, weniger als doppelt so preit 
wie lang. Seiten schwach gerundet und schwach nach vorne verengt. 
Vorderwinkel abgerundet, Basis gerandet. Oberseite in’der Mitte weit- 
läufig fein punktiert (Vergrosserung 30 — 40 x), an den Seiten glatt 
und schwach wulstförmig abgesetzt. 

Flügeldecken breiter als das Halsschild, ohne Eindrücke, stark 
(Vergrosserung 5 x) in sehr regelmässigen Längsreihen punktiert, In- 
tervalle fein punktuliert, auf der Scheibe flach, an den Seiten gewölbt. 

Diese Art ist an der glänzenden Oberseite, fein punktulierten Tho- 
rax und der Färbung kenntlich. Sie erinnert an Ch. caraguatensis Bech. 
(von Mato Grosso), welche aber tief schwarz ist und eine grundsätzlich 
andere Kopf- und Thoraxskulptur aufweist. , 


40. Paranaita crotchi Blackwelder. 
Brasil, Est. Paraná: Florestal, XII. 1948 (PPB). 
40 a. Alagoasa rotundicollis Jac. 
Brasil, Est. Sta. Catarina: Itapiranga, XI. 1953 (PPB). 
41. Alagoasa hypolysia n. sp. 


Brasil, Est. Sta. Catarina: Nova Teutonia, 8. XI. 1950 (F. Plaumann, 
Mus. G. Frey, Typus); Itapiranga, X. et XI. 1952, IX. 1953, X. 1954 
(PPB). | | 

Long. 6 — 6,5 mm. 

Gelbbraun, Sternum, Beine, Kopf (2 röliche Flecken auf der Schei- 
be ausgenommen) und Fühler mit Ausnahme der Spitzen der 3 ersten 
Antennite schwarz. Schildchen schwarz gerandet. Flügeldecken mit 2 
gemeinschaftlichen metallisch violetten Flecken, welche die Seiten (das 
äussere Viertel) nicht erreichen, einer an der Basis, der andere vor der 
Spitze. Körper oval, Oberseite glänzend. 

Kopf glänzend und glatt, nahe den Augen grob punktiert. Anten- 
nalcalli matt, von einander durch eine feine Doppelleiste getrennt, hin- 
ten von einer tiefen Querfurche begrenzt. Clypeus mit einer scharfen 
T-förmigen Carina. Stirn doppelt breiter als ein Augenquerdurchmes- 
ser. Fühler relativ zart, die Mitte der Flügeldecken nicht erreichend, 
das 4. Glied so lang wie die 2 vorhergehenden zusammengenommen, 
länger als das einfach zur Spitze verdickte 1. Glied. 


46 IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 3 


— meme 


Thorax mehr als doppelt so breit wie lang, an der Basis am brei- 
testen, Seiten nicht abgesetzt, mit einigen grossen Punkten versehen. 
Oberfläche fein punktuliert (Vergrösserung. 40 — 50 x). Vorderwinkel 
verdickt, nach vorne gerichtet. 

Elytren breiter als der Thorax, ohne Basalcallus und ohne postba- 
sale Depression, vorne grob (Vergrösserung 5 x), hinten etwas feiner 
punktiert. Elytropleuren schmal, vor und nahe der Mitte etwas erwei- 
tert, daneben ein ziemlich breiter punktfreier Intervall. Intercoxal- 
platte des Prosternums kielartig gewölbt. Das 1. Glied der Hintertarsen 
etwas länger als das 2. 

Unter den ähnlich gefärbten Arten ist diese die einzige bisher be- 
kannte, bei welcher die Seiten des Thorax nicht abgesetzt sind. 


42. Pyxidaltica n. gen. 


Genotypus: Oedionychus variegatus Jacoby. 

Diese Gattung unterscheidet sich von allen Oedionychinen durch 
claviforme Antennen (die Keule ist von den 4 stark erweiterten End- 
gliedern gebildet). Habituell erinnert sie an Pixis erotyloides. 

Hierher gehört auch Oedionychus miersi Bryant. 


43. Pyxidaltica variegata Jacoby. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: Alto Feliz, II. 1932 (PPB). 
Diese Art ist von Esp. Santo bis nach Sta. Catarina verbreitet 


44. Wanderbiltiana bucki n. sp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: S. Francisco de Paula, Taimbezinho 
(PPB). 

Long. Männchen: 5 — 5,5 mm., Weibchen: 6 — 6,5 mm. 

Rotbraun bis pechbraun, Beine heller, Kopf dunkler, Thorax hell- 
gelb, Elytren dunkel rotbraun, Epipleuren, Seitenrand, eine Apikalma- 
kel (= verbreiteter Apikalrand) und eine Quermakel vor der Mitte, 
welche die Naht nicht erreicht, aber mit dem Seitenrand verbunden ist, 
von gelblicher Farbe. Die hellgelben Teile der Flügeldecken sind dun- 
kel gerandet. | 

Ähnlich der W. spyria Bech., aber grösser, anders gefärbt, die Flü- 
geldecken nicht metallisch, gelb gerandet, viel schwächer punktiert 
(hinten unter 30 — 40 facher Vergrösserung kaum erkennbar), Hume- 
ralcallus von keinem grob punktierten Eindruck getrennt und die Vor- - 
derwinkel des Halsschildes nicht aii vorspringend, sondern ein- 
fach kurz abgerundet. 


PROVISORISCHE LISTE DER ALTICIDEN VON RIO GRANDE DO SUL 47 


45. Wanderbiltiana virginella Baly (nov. comb.) 


Brasil, Est. Sta. Catarina: Itapiranga, II. 1950 (PPB). 

Diese als Oedionychus beschriebene Art gehört der Gattung Wan- 
derbiltiana zu; sie unterscheidet sich von den übrigen Arten durch den 
fast einfarbig hell-braungelben Körper. 


46. Walterianelia bucki n. sp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: P. Alegre, Parecy Novo, Serro Azul 
(PPB). : 

Long. Männchen: 5 — 6 mm., Weibchen: 5,5 — 6,5 mm. 

Hell braungelb, Spitze der Antennen, der Tibien und Tarsen mehr 
oder weniger angedunkelt. Flügeldecken mit je 3 kleinen schwarzen 
punktförmigen Makeln: eine auf dem Humeralcallus, eine hinter der 
Basis nahe der Naht, eine genau in der Mitte. 

Diese Art ist der W. torquata Jac. äusserst ähnlich, aber anders 
gefärbt, Kopf ohne Punktierung mit einer scharfen Clypeallängscarina, 
Elytren unter 50 facher Vergrösserung kaum sichtbar punktiert und 
die Augen sind so gross, dass die Stirn die Hälfte des Durchmessers 
jedes einzelnen kaum erreicht. 


47. Walterianella paula n. sp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: S. Francisco de Paula, Vila Oliva, 
Parecy Novo (PPB). 

Long. Männchen und Weibchen 5—6 mm. 

Hellbraungelb, Sternum, Spitze der Hinterfemora, Fühler zur Spitze 
und Scutellum mehr oder weniger angedunkelt, Flügeldecken mit pech- 
schwarzen Makeln: 3 hinter der Basis, davon die 2 äussern (eine auf 
dem Humeralcallus, die andere dicht dahinter) manchmal in eine kurze 
Längsbinde zusammenfliessend, die innere hinter der Basis, der Naht 
etwas genähert, dann eine grosse Quermakel in der Mitte und eine noch 
grössere vor der Spitze. Diese Makeln berühren weder die Naht noch 
den Seitenrand. Oberseite flach gewölbt, nur mässig glänzend (Reti- 
kulierung unter 50 facher Vergrösserung erkennbar). 

Kopf deutlich punktiert (Vergrösserung 20 — 30 x), Stirn so breit 
wie ein Augenquerdurchmesser, in der Mitte tief quer eingedrückt, 
Augenfurchen sehr deutlich. Antennalcalli gut umgrenzt. Clypeus kurz, 
mit einer T-förmigen Carina; von der Seite betrachtet, mit der Stirn 
einen rechten (Männchen) oder stumpfen (Weibchen) Winkel bildend. 
Antennen zart,‘ die Mitte der Flügeldecken kaum erreichend, 3. Glied 
das längste, doppelt länger als das 2. 

Halsschild 2,5 x breiter als lang, an der Basis am breitesten, Seiten 
gerundet, nach vorne verengt. Vorderwinkel ein kleines nach aussen 


48 IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 3 
gerichtetes Zähnchen bildend. Oberfläche auch unter 50 facher Ver- 
grösserung noch nicht sichtbar punktiert. 

Elytren breiter als der Thorax, vorne stärker (Vergrösserung 15 — 
20 x), hinten schwächer, beim Weibchen durchaus deutlicher als beim 
Männchen punktiert. 1. Glied der Hintertarsen so lang als das 2.. Die 
4 vordern Basitarsite beim Männchen stark erweitert. Intercoxalplatte 
des Prosternums nur mässig erhöht. 

An der Farbe leicht erkennbare Art; Ausserdem besitzen die ver- 
wandten Arten eine vielmehr erhöhte Intercoxelplatte des Prosternums 
und deutlichere Punktierung des Halsschildes. 


48. Chloéphaga pleuralis n. sp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: P. Alegre (Typus), Vila Oliva (PPB). 

Est. Sta. Catarina: Nova Teutonia, 18.1. nn et 2 XI. = RE, 
Plaumann, Mus. F. Frey). 

Long. Männchen mehr oder weniger 4 mm., Weibchen ie oder 
weniger 5 mm. ce 

Gelb (frische Stücke grasgrun uúberflogen), Tarsen angedunkelt, 
Antennite 8 — 11 schwarz. Oberseite stark glänzend. 

Mit Ch. insignita Boheman 1/ verwandt, an gefärbt und durch 
folgende Merkmale zu trennen: 


Ch. insignita: | Ch. pleuralis: 
Elytropleuren so breit wie das Elytropleuren schmäler as das 
1. Antennit lang ist. 2. Antennit (dieses mindestens 
| doppelt kürzer als das 1.) 
Intercoxelplatte des Prosternums Sie ist deutlich gewölbt und 
flach und runzelig. glatt. TR 
Die mittlere Protuberanz des Diese Protuberanz einfach ge- 
männlichen Sinus des 5. Sternits gen das Pygidium herabgebogen, 
mit einem Grübchen versehen. ohne Eindruck. | w 


x 


Beide Arten weichen von der folgenden Ch. bucki durch die nach 
aussen zahnartig vorspringenden Vorderwinkel des Halsschildes ab. 


49. Chloephaga, u n. sp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: S. Francisco de Paula, Serro Azul 
(PPB): 


l/ Chloéphaga insignita Boheman (nov. comb.) — Als Oedionychus beschrieben, aber 
wegen des vor der Basis eingedrückten Halsschildes, der breiten Epipleuren und 
breiten Intercoxalplatte des Prosternums in die Gattung Chloéphaga zu oz — 
Brasil: Est. Rio de Janeiro, Est. Esp. Santo. 


PROVISORISCHE LISTE DER ALTICIDEN VON RIO GRANDE DO SUL 49 


Long. 4 — 4,5 mm. 

Pechbraun, die 4 vordern Beine, Hintertarsen, Fühlerbasis, Mund- 
organe, Labrum, Thorax und Flügeldecken gelbbraun, die letztern mit 
einer dunkelbraunen Zeichnung, bestehend aus einem Basalfleck nahe 
dem Schildchen und einer sublateralen Längsbinde, welche hinter der 
Mitte stark gegen die Naht erweitert ist. Oberseite stark glänzend. 

Kopf glatt, nur nahe dem Innenrande grob punktiert. Antennalcalli 
gross, hinten von einer tiefen Querfurche begrenzt. Clypeus senkrecht 
abfallend, mit deutlichen Carinae. Fühler die Mitte der Elytren errei- 
chend, zur Spitze verdickt, mit länglichen Gliedern; Glied 3 länger als 
Glied 2, aber dünner, so lang als Glied 4. Stirn so breit wie ein Auge 
lang ist. 

Halsschild in der Mitte am breitesten, doppelt breiter als lang, Sei. 
ten breit abgesetzt und gerundet. Vorderwinkel verdickt und abgerun- 
det. Oberseite fein und spárlich punktuliert (Vergrósserung 50 — 
100 x), vor der Basis quer eingedriickt. 

Elytren deutlich punktuliert (Vergrösserung 20 — 30 x), hinten 
fast glatt, mit einem grossen Basalcallus, welcher hinten von einer Quer- 
depression begrenzt ist. Elytropleuren schmal, hinten bewimpert. Inter- 
coxalplatte des Prosternums breit und flach. Beim Männchen sind die 
Basitarsite der 4 vordern Beine erweitert und das 5. Abdominalsegment 
hat einen deutlichen Sinus. 

“Mit Ch. plaumanni Bech. verwandt, anders gefärbt, Kopf nur nahe 
den Augen punktiert und die Seiten des Halsschildes sind regelmässig 
gerundet. 

50. Chloephaga urbana n. sp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: Vila Oliva (PPB). 

Long. 4 — 4,5 mm. 

Rotbraun, Beine zum grössten Teil schwarz. Antennite 4 — 11 
schwarz oder pechschwarz. Oberseite glänzend. 

Der Ch. bucki sehr ähnlich, aber die Stirn ist doppelt breiter als 
ein Augenquerdurchmesser (d. h. 1,5 x breiter als ein Auge lang ist), 
die Seiten des Halsschildes laufen in der Hinterhälfte fast parallel und 
der postbasale Quereindruck der Flügeldecken ist nur angedeutet. 


51. Monoplatus ocularius n. sp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: Vila Oliva (PPB). 

Long. 3,2 — 3,5 mm. Weibchen unbekannt. 

Rotbraun, Oberseite kahl und glänzend. Fühler- und Schenkelspitze 
angedunkelt, Thorax an den Seiten schwärzlich, Vorderhälfte der Ely- 
tren schwarz, Seitenrand, Humeralcallus und eine hinten plötzlich er- 
weiterte Nahtbinde rotbraun, Spitze der Flügeldecken und die Seiten 
des Sternums und des Abdomens mehr oder weniger angedunkelt. 

Kopf glatt, zwischen den Augen in einem. breiten Band kräftig 


50 IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 3 


punktiert (Vergrösserung 10 — 15 x). Stirn halb so breit wie ein Au- 
genquerdurchmesser, Antennalcalli zusammengeschmolzen. Frontalfur- 
chen auf ein längliches Grübchen nahe dem Augeninnenrand reduziert. 
Clypeus kurz, glatt, mit einer scharfen Längscarina. Fühler ziemlich 
dünn, die Mitte der Flügeldecken weit überragend, 1. Glied lang, das 
3. doppelt länger als das 2. 

Halsschild stark transversal, doppelt breiter als lang, vor der Mitte 
am breitesten, Seiten schwach gerundet, nach hinten mehr als nach 
vorne verengt. Vorderwinkel erweitert, Hinterwinkel tuberkelförmig. 
Antebasale Querfurche tief, in der Mitte gewellt, stark punktiert (Ver- 
grösserung 10 x). Oberfläche glatt, nur an den Seiten mit einzelnen 
Punkten versehen. - 

Elytren breiter als das Halsschild, vorne stark (Vergrösserung 
5 x), hinten schwächer in regelmässigen Längsreihen punktiert. Basal- 
callus gross, dahinter eine flache grosse Depression. Hintertibien ge- 
bogen, die äussere Kante sägeartig gezähnelt, Enddorn kräftig, Klauen 
appendikulat, das 1. Glied der 4 vordern Tarsen erweitert, das 5. Ab- 
dominalsegment sehr gross, glatt und abgeflacht, am Hinterrande abge- 
stutzt und jederseits mit einem kleinen Tuberkel versehen, Sinus deut- 
lich. 1. Glied der Hintertarsen so lang wie die 2 folgenden zusammen- 
genommen. | 

Diese Art gehört zu den kleinsten Vertretern des Genus Monopla- 
tus. Sie ist ohne weiteres durch die enorm grossen Augen erkennbar. 


52. Rhinotmetus diversipes n. sp. 


Brasil, Est. Sta. Catarina: Lages, 14. I. 1953 (W. Wittmer, Mus. G. 
Frey). — Est. Paraná: Ponta Grossa, I. et II. 1939 (Camargo, Secreta- 
ria da Agricultura, S. Paula 1/). 

Long. mehr oder weniger 5 mm. 

Rotgelb, Antennite 1 — 3 rotbraun, 4 — 11, Palpen und die 4 vor- . 
dern Beine (Coxen und Trochanteren ausgenommen) schwarz, Elytren 
dunkel metallisch violett. 

Kopf runzelig punktiert, spárlich goldgelb behaart. Antennalcalli 
gross, hinten mit einzelnen groben Punkten besetzt. Clypeus so lang 
wie Vertex und Stirn hinter den Antennalcalli zusammen, sehr spárlich 
punktiert, mit 3 Carinae, die mittlere lang und scharf, die lateralen 
schräg und von der Mitte der Längscarina ausgehend. Fühler die Mitte 
der Flügeldecken kaum erreichend, zur Spitze verdickt, Glieder 7 — 9 
die dicksten. 

Thorax fast quadratisch, Seiten im vordern Viertel verengt. Alle 
Winkel tuberkelförmig. Oberfläche goldgelb behaart, an den Seiten 
und nahe der Basis dichter, die Punktierung (nur setifere Punkte vor- 
handen) entsprechend dazu geteilt. Der zentrale Längseindruck deut- 


1/ Von P. F. S. Pereira erhalten. 


PROVISORISCHE LISTE DER ALTICIDEN VON RIO GRANDE DO SUL sl 


lich, die antebasale Querdepression sehr seicht und breit, Seiten geran- 
det, mit kurzen und dicken schwarzen Borsten bewimpert, Scutellum 
rot und dicht behaart. 

Flügeldecken vorne kräftig (Vergrösserung 5 — 8 x), hinten all- 
mählich schwächer in Längsreihen punktiert, Intervalle punktüliert, 
fein anliegend weisslich behaart, dazwischen mit einer abstehenden 
spärlichen schwarzen Behaarung, welche am Humeralcallus dominiert. 
Unterseite kurz weisslich behaart. Hintertibien mit 2 Leisten auf der 
Oberseite, welche vor der Spitze stark ausgeschnitten sind. Enddorn 
kräftig. 

Diese Art ist an der eigentümlichen Farbenverteilung kenntlich. 


53. Rhinotmetus bucki n. sp. 


Brasil, Est. Rio Grande do Sul: P. Alegre (PPB). 
Long. mehr oder weniger 4 mm. 


Hell braungelb, Sternum zum Teil, Seitenrand des Halsschildes, ein 
länglicher Fleck neben dem Scutellum, ein Querfleck hinter der Mitte, 
Seitenrand neben dem Humeralcallus auf den Flügeldecken wie auch 
die Antennalcalli dunkelbraun bis schwarz. Behaarung der Oberfläche 
dicht, goldgelb, auf den dunklern Stellen der Elytren dunkler. Ist die 
dunkle Zeichnung heller, nimmt auch die Behaarung den hellern Farb- 
ton an und umgekehrt. Oberseite matt, die Grundbehaarung so dicht: 
und anliegend, dass die Grundskulptur nur undeutlich heraustritt. 

Kopf dicht runzelig punktiert, Stirn mehr als doppelt so breit wie 
ein Augenquerdurchmesser. Clypeus kürzer als Vertex und Stirn hinter 
den grossen langen Antennalcalli zusammengenommen, mit einer mes- 
serscharfen Längscarina, von deren Mitte die schwächern Seitencarinae 
ausgehen. Fühler robust, zur Spitze schwach verdickt, das 3. Glied das 
längste, doppelt länger als das 2., das 11. länger als das 10. 


Halsschild quadratisch, schwach glockenförmig, dicht runzelig 
punktiert, Eindrücke sehr schwach. Behaarung quer nach innen lie- 
gend, in der Mittellinie nach hinten, an den Seiten nach vorne gerichtet. 

Elytren mit einem deutlichen Basalcallus und einer schwachen 
Querdepression dahinter, stark (Vergrösserung 8 — 10 x) in regel- 
mässigen Längsreihen punktiert. Grundbehaarung an der Naht ıach 
hinten, auf der Scheibe schräg nach aussen, hinter dem Humeralcallus 
wieder nach hinten, nahe den Epipleuren zum zweitenmal schräg nach 
aussen gerichtet, dazwischen mit in Längsreihen gestellten spärlichen 
absiehenden schwarzen Häärchen gemischt. Ausrandung der Hinter- 
tibien stark, Enddorn kurz und kräftig. Klauen bifid. 

Männchen: 1. Glied der 4 vordern Tarsen sehr stark erweitert. Si- 
nus des letzten, in der Mitte gerade abgestutzten 5. Abdominalsegmentes 
sehr klein. 


52 IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 3 


Weibchen: Beine zarter gebaut, das letzte Sternit breit abgerundet, 

Frische Stücke sind sehr leicht an den verschiedenen Richtungen 
der blendend goldgelben Grundbehaarung kenntlich. Das campanu- 
liforme Halsschild und der verhältnismässig kurze Inh sind weitere 
Hauptmerkmale dieser interessanten Art. 


54. Thrasygoeus maculicollis Jacoby. 
Diese Art hat 2 Formen: eine mit matten, die andere mit glänzen- 


den Flügeldecken, welche bei den beiden Geschlechtern in allen Far- 
bennuancen an gleichen Fundorten vorkommen, 


“Note: „Serro Azul” ist vor Jahren umgetauft worden und heisst 
jetzt: Cêrro Largo (Municip). 


SÉRIES CIENTÍFICAS 
DO. 


- INSETOS CRIADOS 


+. 


-P. PIO BUCK S. J. 
Colégio Anchieta, Pôrto Alegre. . 


SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA 
DIVISÃO DE CULTURA 
DIRETORIA DE CIÊNCIAS 


JUSEU RIO-GRANDENSE DE CIÊNCIAS NATURAIS 


— Nº4 . — 7 DE FEVEREIRO DE 1957 


— EM GALHOS CORTADOS 


LA 
Pr 

a 
2 E y 
3 Sal . 
o A 
- E é 
de 

nte 
a 

« 
ar 

da a 

4 E] 

A o 

od PR 
no 1 Ur A 
x ER 
> 7x4 
t a: 

SA À j a 
. Es > 

va h 

o A Var, 


a 


N 


ee 


P. PIO BUCK 5. ). 


Colégio Anchieta, Pôrto Alegre. 


X 


INSETOS 
CRIADOS EM GALHOS CORTADOS 


1957 
Oficinas Gräficas da Imprensa Oficial 
Pörto Alegre 


|. Em 1950 colhi na chácara do Colégio Anchieta, Pörto Alegre, 
um galho de Acácia negra (Acacia decurrens Willd.). Tinha 6 em de 
diâmetro na extremidade mais grossa. Fóra cortado por um “serrador” 
e apresentou muitas incisões com ovos. Serrei o galho em pedaços e 
meti-os numa grande caixa com paredes de vidro e tela de arame. De 
vês em quando humedeci os galhos expostos ao sol. Marquei a caixa 
e os insetos que sairam dela com o sinal “KT”. | 


Apareceram: CERAMBYCIDAE: CERAMBYCINAE: 


número k meses: 
Temnopis megalocephala Germ. 1824 3 CER 
Eburodacerys sexguttata Lameere 1885 # (HI 91. = 1. 32) 
Compsocerus equestris Guér. 1844 18 (XI. 50 — II. 52) 
Trachyderes thoracicus Ol. 1790 12 (XT250 CH 51): 
LAMIINAE: 
Oncideres saga Dalm. 1823 68 (X. 50 — II. 51) 
Alphus bucki Breuning 1954 11 (X. 50 — I. 51) 
) 
BUPRESTIDAE: 
Chrysobothris generosa Cast. et Gory 1837 2 (XI. 51) 
DERMESTIDAE: 
Attagenus sp. 74 (XI. 50 — I. 51) 


2. Em 26 de marco 51 trouxe 3 galhos cortados de Acäcia negra 
e meti-os em outra caixa, “K IT’. Criaram-se nestes galhos: 


CERAMBYCIDAE: CERAMBYCINAE: 


nümero: meses: 
Achryson surinamum L. 1767 55 (XI. 51 — III. 53) 

= Phormesium quadrinotatum Thoms. 1864 É (XII. 51) 
Compsocerus equestris Guér. 1844 360 (X. 51 == MN BB 
Cyllene acuta Germ. 1821 2 (IX. 51: KE51) 
Neoelytus pusillus Cast et Gory ca. 1840 6 (X. 51. — 1.52) 
Traehyderes thoracicus Ol. 1790 10 (XI. 51 — II. 52) 

LAMIINAE: 

Oncideres saga Dalm 1823 37 (XI. BE 52) 


Alphus bucki Breuning 1954 47 (XI. 51 — XI. 52) 


6 IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 4 


DERMISTIDAE: 

Attagenus sp. 5 (AE mo) 
DIPTERA: 

Neosciara parasita Lengersdorf 1933 2 (XI. 51) 
HYMENOPTERA: 

Vespinhas pretas 12 (XII. 51) 


3. No mesmo dia 26 de março de 51 meti 2 galhos grossos, corta- 
dos, de Angico (Piptadenia rigida Benth.) em “K III”. Sairam dos galhos: 


CERAMBYCIDAE: CERAMBYCINAE: 


nümero: meses: 

Achryson surinamum L. 1767 441 (X. 51 — XI. 54) 

Eburodacrys sexguttata Lameere 1885 6 (XI. 51 e-XL 52) 

Phormesium quadrinotatum Thoms. 1864 70 (XI 512 DM) 

Compsocerus equestris Guér. 1844 5 (XI. 51 — IH. 52) 

Chrysoprasis aurigena Germ. 1824 1 (XI. 51) 

Chrysoprasis sthenias Bates 1870 12 (1.52 = 32) 

Trachyderes thoracicus Ol. 1790 9°. (XI. 510 A 

LAMIINAE: 

Oncideres saga Dalm 1823 3 (XII. 52) 

Alphus bucki Breuning 1954 987 (IX. 51 ZT 
CLERIDAE: 

Axina analis Kirby 1818 22 (XI. 51 — IT. 52) 

Corinthiscus scoparius Klug 1842 12 (XI 51 — E52 
BOSTRYCHIDAE: 

Xylopertha picea Ol. 1790 9 (RX, = RE) 
BUPRESTIDAE: 


) 


Chrysobothris generosa Cast et Gory 1837 3 (XII. 51 e XII. 52) 


DERMESTIDAE: 

Attagenus sp. 14 (III. — XI. 52) 
OSTOMATIDAE: 3 (XII: cad) 
SCOLYTIDAE: 


Hypothenemus hispidulus (Le Conte 1868) 14 (IV 


HYMENOPTERA: 
Vespinhas amarelas 41 (VII. Sb = 52) 
Vespinhas pretas 60 (X. Ri 


INSETOS CRIADOS EM GALHOS CORTADOS 7 


DIPTERA: SCIARIDAE: 
Neosciara parasita Lengersdorf 1933 40 BT) 


4. De Acácia negra dum mato de Acácias perto do Morro de Sa- 
. pucaia sairam: 


CERAMBYCIDAE: CERAMBYCINAE: número meses: 
Compsocerus equestris Guér. 1844 2 (IX. — X. 48) 
Trachyderes dimidiatus var. taeniatus 
Germ. 1824 i (X. 48) 

LAMIINAE: 
Oncideres impluviata Germ. 1824 2a (IR mn As) 


5. Na espata da palmeira Butia eriospatha Becc. criaram-se: 


CERAMBYCIDAE: LAMINAE: número: meses 
Paraprobatius bucki Breuning 1955 76 (XX 52 == Uta) 


6. Do galho de uma pereira cortado sairam: 
CERAMBYCIDAE: LAMINAE: número: meses: 
Oncideres dejeani Thoms. 1868 Bias (XI as) 


71. De “Judasbaum”, Cereis siliquastrum L. apareceram: 
número: meses: 
Oncideres impluviata Germ. 1824 8 (X. — XI 33 


8. Das vigas de Angico (Piptadenia rigida Benth.) no soalho do 
laboratório do Colégio Anchieta, saem, desde muitos anos, em cada de- 
zembro: 


CERAMBYCIDAE: CERAMBYCINAE: 
Macroeme priapica Thoms. 1857 30 — 60. 


NOTA: Hypothenemus hispidulus foi determinado por Prof. Dr. A. da 
Costa Lima. 
Alphus bucki foi publicado, por Breuning, em “Institut royal 
de Sciences naturelles de Belgique, Tome XXX, no. 41, Bru- 
xelles, decembre 1954, pg. 23. 
Paraprobatius bucki, n. g. foi publicado, por Breuning, em 
“Entomologische Arbeiten aus dem Museum G. Frey, Tutzing, 
Band 6, 1955. 
Attagenus sp. determinado por A. Descarpentiers, Paris. 
Neosciara parasita determinado por Lengersdorf. 
Axina analis e Corinthiscus scoparius por J. B. Corporaal, Ams- 
terdam, Hollanda. 


À " od 3 
o a ba 
a 
E 7 
t 4 E ‘ 
E a 2 ga 
é k - 
- diga 
> - Ber 3 
- 
| à f 


SERIES CIENTIFICAS 
SEU RIO-GRANDENSE DE CIENCIAS NATURAIS 


+ . 


Nº 5 — * OUTUBRO DE 1957 


Lá - 


nein a 


THALES DE LEMA + pç A 


SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA 00904440 
DIVISÃO DE CULTURA | | BR. 


DIRETORIA DE CIENCIAS a ade a 


Ri 
E Tôda correspondência referente à 
CC MHERINGIA”. 
e PRA * deve serenviada ao Er 
“MUSEU RIO-GRANDENSE DE CIÊNCIAS 
| a Ag NATURAIS ? | 


2 Rua Coronel Vicente, 430 — Pörto Alegre 
BE N. Estado do Rio Grande do Sul |. 
2A Brasil...) ias | 

ts Pede-se Permuta. ig Please Exchange 


{ i 


Ea 


x Ai 
. 
e 


THALES DE LEMA 


BICEFALIA EM SERPENTES 


Pörto Alegre 
Oficinas Gráficas da Imprensa Oficial 


à CR 


« 


AM SE ERIART O 


4 


BICEFALIA EM SERPENTES — Descrição de um novo caso (8) 
Thales de Lema (SS) 


Chegou-nos às mãos um exemplar bicéfalo da espécie Liophis 
miliaris (L., 1758) var. semiaureus (COPE, 1862), vulgarmente cha- 
mada COBRA-LISA, COBRA-DE-BANHADO e, mais raramente, 
COBRA-DÁGUA. É uma forma muito frequente no Estado do Rio 
Grande do Sul ocorrendo tanto nas zonas altas como nas baixas, 
mas, sempre em zonas onde haja banhado, pois, é nêle que se 
encontra a alimentação predileta dêsse animal (Anfíbios, Peixes, 
etc.). 


O presente exemplar foi legado ao Museu pelo Sr. Prof. João 
G. Seimtz, que o capturou em Itagiba, município de Taquara, Es- 
tado do Rio Grande do Sul, em novembro de 1954 e foi depositado 
nas coleções do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais sob o 
número 57 (MRCN57). Foi encontrado em atividade e foi morto 
por pancada que lhe fraturou a espinha. 


Agradecemos ao Prof. João G. Seimtz a cessão do material, 
aos Drs. IN. & C. Barbpsa pelas radiografias e ao Prof. Eugênio W. 
Grumann, pelas fotografias. 


Descrição — Exemplar recém-nascido do sexo feminino com 
anomalia do tipo bicefálica teratódima deródima em forma de Y. 
A radiografia mostra que a fusão deu-se na 14.º (décima quarta) 
vértebra cervical. Os ângulos formados são os seguintes: o for- 
mado pelos planos sagitais das duas cabeças = 12.º e o formado 
pelos planos sagitais dos dois pescoços = 39º de afastamento. Ex- 
ternamente a fusão; se dá nas faces ventro-laterais internas, início 


(S) — Trabalho apresentado na II Semana Universitária Gaúcha de 
Debates Biológicos em Pórto Alegre a 13 de setembro de 1956. 


(SS) — Assistente-técnico do Museu Rio-Grandense de Ciências Na- 
turais. 


Entregue para publicação em julho de 1957. 


u A ee Me A Be A 


6 o BICEFALIA EM SERPENTES 


das ventrais e na altura das bases das duas cabeças, última supra- 
labial (8.9). Pescocos visíveis externamente e as ventrais, da 1.º até 
a 12.º são muito largas, da 12.º em diante decresce a largura até 


normalizar. 


Lepidose: Dorsais = 17 (nível do têrço anterior com o têrço 
médio do corpo) lisas. Ventrais = 161 (com escudos laterais 
incompletos inclusos entre elas no lado esquerdo); como dissemos 
antes, as primeiras (até 12.9) são alargadas. Anal dividida. Sub- 
caudais 51 pares (a última esquerda forma escudo terminal longo). 
Cabeças iguais: Supra-labiaig = 8 e Infra-labiais = 8 (em ambas 
as cabeças e lados), 4.º e 5.º Supra-labiais em contato com a órbita, 
1.2 e 4.º infra-labiais em contato com a mental anterior, que é 
mais longa do que a posterior. Entrea 2.º e 3.º Infra-labiais do 
lado direito da cabeça direita há um pequeno escudo incluso. Tem- 
porais = | + 1, exceto no lado esquerdo da cabeça direita que 
EO AZ. à 


Coloração típica que apresentam os exemplares recém-nasci- 
dos desta raça, ornamentos um pouco acentuados em detrimento 
do fundo claro, talvez devido à fixação em álcool fraco. 


Medidas — Cabeça direita um pouco mais longa do que a 
esquerda fato, aliás, observado por AMARAL em 1927 (Rev. 
Mus. Paul. XV: 93-101, pl. I-VI) em espécies norte-americanas. 
Distância entre a ponta do focinho e o ponto de fusão externo na 
região gular = 8mm. para a cabeça direita e 7,5 mm. para a es- 
querda. Dêsse ponto ao ponto de fusão vertebral = 7 mm. Dêsse 
ponto à extremidade posterior 138 mm. Cauda = 28 mm. Com- 
piimento total maior = 146 mm. (ESTAMPAS: I — IV). 


SUMMARY 


This work containing a description of a new case of bicephalic 
derodymous snake in the race Liophis miliaris semiaureus (COPE, 
1862). This specimen was collected in Rio Grande do Sul (Brasil) 
at locality Taquara. Examination of the specimen indicated that 
internal fusion existed in the 14th. vertebra and external fusion 
existed at the 8th. upper-labial. This specimen collected is female, 
newborn, and has typical coloration characteristic of its age. The 
size of the heads is different, the right beeing slightly larger than 
the left. The total length of the specimen is 146 mm. It was 
deposited in the collection of Museu Rio-Grandense de Ciências 
Naturais (Pôrto Alegre, Rio Grande do Sul, Br.) under the number 
MRCN57. 


BIBLIOGRAFIA 


AMARAL, A. do — 1927 — Bicefalia em ofídios. Rev. Mus. Pau- 
lista XV: 93-101, pl. | — VI (9, figg.). 


PEREIRA, A. A. — 1944 — Um caso de Bothrops jararacussu bicé- 
falo. Ann. Inst. Pinheiros (S. Paulo) VII (13): 1, 1 est. 


PEREIRA, A. A. — 1950 — Um outro caso de bicefalia em ser- 
pente. Ann. Inst. Pinheiros (S. Paulo) XIII (26): 1-4, 4 figg. 


PRADO, A. — 1943 — Um novo caso de bicefalia em Serpentes. 
Mem. Inst. Butantan XVII: 7-9, 1 pl. 


PRADO, A. — 1946 — Ofídios bicéfalos. Ann. Paul. Med. Cir. 
E 393-6. 


VANZOLINI, P. E. — 1947 — Notas sôbre um deródimo de Cro- 
talus durissus terrificus (LAUR.). Papp. Avulsos do Depto. 
de Zool. E. S. Paulo VIII (24): 273-283, 2 figg. in text. 


Plancha 


Plancha 


Plancha 


Plancha 


ÍNDICE DAS PLANCHAS 


Radiografia do exemplar MRCN57 de Liophis mi- 
liaris semiaureus, vendo-se a fusão das duas co- 
lunas na 14.º vértebra. (Cortesia de N. & C. 
Barbosa, P. Alegre, R. G. S.) 


Vista geral dorsal do exemplar MRCN57. 


Aspecto dorsal da duplicidade do exemplar 
MRCNO957. 


Aspecto ventral da duplicidade do exemplar 


MRCN57. 


lheringia, Zool. 5 (1957) Plancha | 


lheringia, Zool. 5 (1957) 


Plancha 


HI 


Plancha 


‚Zeel. DURAR) 


ingia 


lher 


ET TT. 


Ê 
! 
1 
é 


- & FRE Bl nn: 


derem sperm sp RAN AT 


ine 


vç 


+ 


lheringia, Zool. 5 (1957) 


e Ten rr arco ee 


Plancha 


IV 


Tee Are 


BR SÉRIES CIENTÍFICAS. 
E É o En a DO 
u RIO- -GRANDENSE DE CIENCIAS NATURAIS. 


—  Nº6  — "NOVEMBRO DE 1957 


coa rua “E 


LUDWIG BUCKUP 
do 


o 


Museu Rio-Grandenss de 


Ciências Naturais 


. 


A 


. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA:- 
DIVISÃO DE CULTURA Dê: 


DIRETORIA DE CIÊNCIAS 


a nn 
ei | * Töda correspondência referente à - 
“7 aa | "IHERINGIA” 
| - i deve ser enviada ao er 2 
| MUSEU RIO-GRANDENSE DE CIÊNCIAS 
| | — NATURAIS | en. 
; pos Rua Coronel Vicente, 430 — Pôrto Alegre 
- Estado do Rio Grande do Sul 
A Brasil Ea 
| Pede-se Permuta Please Exchange | 


LUDWIG BUCKUP 


PENTATOMIDEOS NEOTROPICAIS - | 


Sôbre o gênero AGROECUS Dallas, 1851 com a descrição de duas 


espécies novas (Hem.—-Pentatomidae). 


PORTO ALEGRE 
Oficinas Gráficas da Imprensa Oficial 


1957 


má 
o ot Rpg ai A 1 a | 
. $ k { as ; Thy Eh a) Ei 
NO vd j { 8 fi ) R 4 , “ 4 | e 
A ) ; 


INTRODUÇÃO 


O trabalho presente, tendo como conteúdo a descrição de duas 
espécies novas do gênero Agroecus Dallas, 1851, bem como consi- 
derações sôbre as espécies conhecidas do gênero, é o primeiro de 
uma série de contribuições ao conhecimento da taxionomia da fa- 
mília dos Pentatomideos, sôbre a qual procuramos reunir, nestes 
Últimos anos, o máximo de conhecimentos, de informações biblio- 
gráficas e de material de estudo. Seguindo o exemplo do eminente 
entomólogo patrício Dr. José Cândido de Carvalho, do Museu Na- 
cional, que com extenso e meticuloso trabalho conseguiu colocar 
a família dos Mirideos entre as mais bem conhecidas famílias dos 
Hemipteros-Heteropteros neotropicais, resolvemos dar sequência 
aos ncssos artigos como elementos de uma série, a qual, levando a de- 
nominação de Pentatomideos Neotropicais, será constituida, sempre 
que possível, de sucessivas revisões genéricas. Cremos que êste tra- 
balho parcelado, de caráter analítico será, de início, imprescindi- 
vel, a fim de obter resultados que possam servir, posteriormente, 
de base para a solução dos inúmeros prcblemas de ordem taxionô- 
mica e filogenética que ainda envolvem grande parte das catego- 
rias supra-específicas da presente família. 


Resolvemos inserir em nosso trabalho tôdas as descrições ori- 
ginais referentes ao gênero estudado, mantendo a lingua e as for- 
mas de redação com que foram publicadas. Justificamcs nossa inicia- 
tiva pela circunstância de que as citadas descrições se encontram 
em obras editadas, na maior parte, há mais de cem anos, que com 
isto se tornaram inacessíveis aos entomólogos que não trabalham 
junto à grandes bibliotecas, ou que, pela antiguidade, adquiriram 
valor bibliofílico sendo adquiríveis, apenas, por alto preço. Do pon- 
. to de vista metodológico julgamos útil c sistema, pois permite ao 
leitor verificar de imediato em quanto uma redescrição ou uma 
simples citação de um detalhe morfológico contribue para a ca- 
racterização de determinada categoria sistemática, sem ter que 
apelar para os sistemas usuais de colecionamento de diagnoses 
originais, trabalho, que afinal, já foi realizado pelo especialista 
que aborda a revisão de determinado groupo. 


Desejamos expressar os nossos agradecimentos ao Museu Na- 
cional, ac Departamento de Zoologia do Estado de São Paulo, ao 
Instituto Biológico de São Paulo, na pessoa de seus diretores e téc- 


nicos, e aos Drs. Carlos Alberto Campos Seabra, Ricardo von Di- 
ringshofen e ao Padre Pio Buck S. J., que nos facultaram o exame 
do material existente em suas coleções de estudo, ou que nos envia- 
ram exemplares para exame e determinação. 

As instituições e coleções particulares das quais procede par- 
te do material arrolado neste trabalho, são identificadas junto às 
diversas informações de coleta, por meio de um código, que deve 
ser identificado da seguinte maneira: 


MRCN — Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais (P. Ale- 


gre) | 
CA — Colégio Anchieta (P. Alegre) 
DZ — Departamento de Zoologia do Est. de S. Paulo (S. 
- Paulo) 
IB — Instituto Biológico de S. Paulo (S. Paulo) 
Dirings — Col. Ricardo von Diringshofen (S. Paulo) 
Seabra — Col. Carlos Alberto Campos Seabra (Rio de Janeiro) 


As pesquisas que precederam ao presente trabalho foram 
realizadas na Secção de Entomclogia do Museu Rio-Grandense de 
Ciências Naturais, estando os tipos das espécies novas aqui des- 
critas depositados nesta mesma instituição. 


Gênero AGROECUS Dallas, 1851 
Dallas — 1851, List. Hem. 1: 193 e 199 


Stal — 1867, Öfv. Kongl. Vet. — Akad. Förh. 24 
(7): 528 

Stal — 1872, Kongl. — Svenska Vet.-Akad. Handl. 
10(4):23 


Distant — 1890, Biol. Centr. Amer., Het. 1:329 

Lethierry & Severin — 1893, Cat. Hem. 1:126 

Kirkaldy — 1909, Cat. Hem.:xxix e 63 

Jensen-Haarup 1937, Ent. Rundschau 54(15): 
170-171 


‘ Tipo: Agroecus griseus Dallas, 1851 
Descrição de Dallas (l.c. 1851) 


"Agroecus, n. g. 

Head of moderate size, with the apex rounded or slightly 
emarginate; central lobe reaching the apex. Eyes prominent; ocelli 
small, distant, placed a little behind the eyes. Antennae rather 
stout, about half the length of the body, of five joints; basal joint 
stout, reaching cr passing the apex of the head; second longer than 
the first, shorter than the third; third, fourth and fifth joints nearly 
equal. Rostrum reaching the posterior coxae, of four joints; basal 
joint reaching the base of the head, second joint longest, third 
about equal tc the first, fourth shortest. Body broad and flat. Tho- 
rax with the lateral margins rather strongly toothed; lateral angles 
more or less prominent. Scutellum rather short and broad. Mem- 
brane of the elytra with longitudinal nervures, sometimes however 
united by transverse nervures, or partially reticulated. Abdomen 
very convex, unarmed. Legs rather long; tarsi cf three joints; basal 
joint longer than the third.” 


Este gênero foi criado por Dallas (l.c. 1851) para as espécies 
griseus e luridus; o próprio autor considera-o muito próximo de 
Euschistus, do qual se distingue pela forma dc ápice do escutelo, 
fato que Distant (lc. 1890) posteriormente confirma. Kirkaldy 
(l.c. 1909) inclue no gênero a espécie seabricornis H. Schaeffer, 
1844, originalmente descrita no gênero Pentatoma. Recentemen- 
te Jensen-Haarup (l.c. 1937) chamou atenção para a fileira de 


8 PENTATOMIDEOS NEOTROPICAIS — I 


cerdas que ornam a face inferior dos fêmures, sem informar, no 
entanto, se êste caráter foi notado em tôdas as espécies até então 
conhecidas. Caso o carater venha a ser confirmado também em 
luridus, qua se distingue das demais espécies do gênero pela for- 
ma estreitada do ápice do escutelc, haverá uma maneira segura 
de distinguir Agroecus de Euschistus. No mesmo artigo o autor des- 
creve uma nova espécie com a denominação de ecuadoriensis nas 
coleções do Museu de Hamburgo. No presente trabalho descreve- 
mos mais duas espécies novas denominando-as tenebricosus n.sp e 
brevicornis n.sp. 

No texto de seu trabalho, Jensen-Haarup (l.c. 1937) se refe- 
re a duas figuras (Abb. 3 & Abb. 3 b), com as cerdas dos fêmures 
e com a forma dcs ângulos laterais da pronoto de scabricornis e 
ecuadoriensis, que no entanto, não conseguimos localizar, deven- 
do tratar-se de uma omissão dos impressores. 


Chave para a determinação das espécies de AGROECUS 
Dallas, 1851 


I — ÀAngulos laterais do pronotum salientes, 
ponteagudos ou não, mas nunca voltados . 
pará a frente .LKEEE st sh abit 2 


— Ângulos laterais do pronotum salientes, 
ponteagudos cu não, sempre voltados pa- 


Fer ei neinters ad an: at podres sad 4 
2 — Face interna do 1.º segmento antenal ne- 

gro; ângulos laterais do pronoto confor- 

me. Dil: Oni u a he cd a tenebricosus n. sp. 


— Face interna do 1.º segmento antenal da 
mesma coloração que as demais regiões 
da antena; ângulos laterais do pronoto 


ponteagudos ou conforme PI. I, fig. | 3 

3 — Apice do escutelo largo e arredondado; 

ängulcs laterais do pronoto conforme Pl, 
MR ale rp ee griseus 

— Ápice do escutelo estreito; ângulos late- 
rais 'do prorioto” pontedqudaes 4 >! 79. luridus 

4 — AÄngulos laterais do pronoto não pontea- 
gudos 9. EEE. PA DR brevicornis n. sp. 


Ängulos laterais do pronotc ponteagudos 5 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 6 9 


5 — Pronoto com uma calosidade transversal, 
lisa, entre os ângulos laterais ........ scabricornis 
== Pronoto sem esta formação ........... ecuadoriensis 


AGROECUS GRISEUS Dallas, 1851 


(Plancha |, fig. 1 e Plancha II, fig. 1) 


griseus — Dallas, 1851, List. Hem. 1: 199, PI. VII fig. 4 

griseus — Stal, 1872, Kongl. — Svenska. Vet.-Akad. 
Handl. 10(4):23 

griseus — Distant, 1890, Biol. Centr. Amer., Het. 1: 329, 
Plorsdcfig 8 

griseus — Kirkaldy, 1909, Cat. Hem.:xxix e 63 

griseus — Jensen-Haarup, 1937, Ent. Rundschau 54 
(4,5)31702521 


PS No 


Descrição de Dallas (l.c. 1851) 


"A. griseo-testaceus, nigro-punctatus, scutelli apice lato; ab- 
domine fuscescente vel castaneo; pedibus antennisque testaceis. 
Long. lin. 4 1/2 — 5. 


Above greyish testaceous, punctured with black or brown. 
Head finely bi-emarginate at the tip, thickly and finely punctured 
Thorax rather punctured with black, the punctures disposed in ir- 
regular transverse bands; the denticulations cf the lateral margins 
testaceous. Scutellum rather thickly and finely punctured with 
black, with the apex broad and rounded, and a small black fovea 
in each basal angle. Coriaceus portion of the elytra thickly and 
finely puctured with black, with the nervures impunctate; membra- 
ne brownish, semitransparent with brown nervures. Abdomen be- 
neath pale brown, very thickly and finely punctured with black, 
and mottled with black towards the sides, sometimes deep chestnut- 
brown. Breast testaceous, thickly and rather finely punctured with 
black. Legs testacececus or pale brown. Rostrum testaceous, with 
the apical joint black. Antennae testaceous, or pale brown. 


a. Britsh Guiana. Presented by Sir Robert Schomburgk 
b. Brazil. Presented by E. Doubledy. Esq.” 


A descrição de Dallas é boa, o que nos permitiu incluir, nes- 
ta espécie, 17 exemplares do material por nós examinado. Distant 


10 PENTATOMIDEOS NEOTROPICAIS — I 


(l.c. 1890) chama atenção para o caráter esquemático da ilustra- 
ção que Dalas (l.c. 1851) apresenta desta sua espécie, emitindo a 
opinião de que a mesma sômente revela os caracteres do gênero à 
que pertence, não sendo útil para o reconhecimento da espécie. 
Queremos, todavia, salientar que a ilustração de Dallas é o único 
recurso que existe para efetuar a distinção entre as espécies luridus 
e griseus, ambas de Dallas, as quais, sendc muito afins, diferem 
apenas pela forma dos ângulos laterais do pronoto e pela forma do 
ápice do escutelo. 

Dignas de registro são as variações cromáticas apresentadas 
pelos exemplares que examinamos. Nem todos apresentam unifcr- 
memente a coloração griseo-testácea prevista por Dallas para a 
face superior; alguns são visivelmente coloridos de castanho ou de 
testáceo-ferrugineo, cra apenas na região anterior do pronoto e 
sôbre a cabeça, ora por sôbre tôda a face dorsal. O mesmo se nota 
na face ventral, principalmente no abdomem, onde as cöres va- 
riam desde o castanho escuro até o testáceo-ferrugineo, poucas 
vêzes apresentando c marron pálido citado por Dallas. Um exem- 
plar procedente de Itapiranga, Estado de Santa Catarina, Brasil, 
apresenta-se, em ambas as faces, colorido de marron escuro, com 
as patas testáceo-ferrugineas, o rostro castanho escuro e as ante- 
nas castanho claras. As pontuações raramente são negras nas re- 
giões do corpo citadas pelo autor da espécie, predominando as 
pontuações castanho escuras e claras. Além das manchas sôbre os 
urosternitos à que se refere a diagnose original, cumpre que sa- 
lientemos a existência em todo o material estudado, de uma linha 
castanho escura ou preta que se extende geralmente pcr sôbre a 
região mediana do 4.º, 5.º e 6.º urosternitos, aumentando de lar- 
gura em direção ao ápice abdominal. Dallas afirma que o último 
segmento do rostro é negro — em nosscs exemplares a parte negra 
cobre apenas a área apical do citado segmento rostral. As patas e 
as antenas são geralmente testáceas, algumas vêzes, porém, de 
coloração castanho clara. Os demais caracteres, estruturais ou Crc- 
máticos, foram reconhecidos em nosso material. Como manifesta- 
ção de dimorfismo sexual secundário surge nesta espécie uma va- 
riação nas relações métricas entre o 2.º e o 3.º segmentos antenais; 
nos machos o 3.º segmento é igual ou apenas muito pouco maior 
que o 2.º segmento, enquanto que nas fêmeas o 3.º segmento é . 
sempre distintamente maior do que o 2.º segmento. 


Material examinado: machos: Pörto Alegre, Estado do Rio 
Grande do Sul, Brasil, 1 ex. 3/10/51 (CA), 1 ex. 18/2/1953, Bu- 
ckup col. (MRCN), 1 ex. 13/5/1953, Buckup col. (MRCN); 1 ex. 
18/8/1954, Buckup col., (MRCN), 1 ex. 24/10/1956, Buckup col. 
(MRCN); Itapiranga, Estado de Santa Catarina, Brasil, 1 ex, 
1/1954, (MRCN); Mangabeira, Estado de Alagoas, Brasil, 1 ex. 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 6 11 


11/1952, Camargo & Andrade ccl., (DZ); Riacho do Herv. (Rio 
Paraná), Estado de Mato Grosso, Brasil, 1 ex., 12/1952, (Dirings). 
Fêmeas: Pörto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, 1 ex., 
89-1948, (CA), 1 ex. 9/5/1951, Buckup col; (MREN); 1 ex. 
13/8/1952, Buckup col., (MRCN), 1 ex., 24/9/1952, Buckup col., 
(MRCN), 2 exs., 23-12-1952, Buckup col., (MRCN), 1 ex., 18/2/ 
1953, Buckup col., (MRCN); Itapiranga, Estado de Santa Catari- 
na, Brasil, I ex., 1/1952, (MRCN); São Leopcldo, Estado do Rio 
Grande do Sul, Brasil, s. d., (CA). 


AGROECUS LURIDUS Dallas, 1851 


A. luridus — Dallas, 1851, List. Hem. 1: 200 

A. luridus — Stal, 1872, Kongl. — Svenska. Vet.-Akad. 
Handl. 10(4):23 

A. luridus — Kirkaldy, 1909, Cat. Hem.: xxix e 63 

A. luridus — tensen-Haarup, 1937, Ent. Rundschau 54 
(15):1720:17] 


Descrição de Dallas (I.c. 1851) : 


"A. praecedenti valde affinis, sed differt scutelli apice angus- 
tiori, humeris acutis”. 


“a. Brazil. Presented by E. Doubleday, Esq.” 


Em nenhum exemplar do lote por nós examinado encontramos 
o carater reservado por Dallas para a sua espécie. Na coleção do 
Departamento de Zoologia do Estado de São Paulo tivemos opor- 
tunidade de examinar um exemplar procedente de Mangabeira no 
Estado de Alagcas, e que fôra anteriormente determinado por nos- 
so colega Dr. A. Pirán como pertencente à esta espécie; mas o exem- 
plar não possuia justamente a forma do ápice do escutelo estrei- 
tado, como queria Dallas, motivo pelo qual, ccm a permissão do 
ilustre colega argentino, colocamo-lo entre os exemplares da es- 
pécie A. griseus, dos quais dificilmente poderá ser distinguido. 


AGROECUS TENEBRICOSUS n. sp. 
(Plancha |, fig. 2 e Plancha Il, fig. 2) 


Descrição: 


Côr geral castanho escura. De côr negra: as extremidades das 
jugas; os bordos antero-laterais e os ângulcs laterais do pronoto; 


12 PENTATOMIDEOS NEOTROPICAIS — I 


face interna do 1.º segmento antenal; 1.º segmento e extremida- 
de apical do último segmento do rostro; algumas manchas espar- 
sas e irregularmente dispostas sôbre os uroesternitos, sôbre o pro- 
ncto e sôbre a face ventral do tórax; uma linha sôbre a face in- 
ferior dos fêmures anteriores e médios; tôda a face inferior dos fê- 
mures posteriores. De côr testácea: cório dos hemiélitros; os tarscs; 
os últimos quatro segmentos das antenas; porção apical dos denti- 
culos da borda antero-lateral do pronoto. De côr castanho clara: as 
tibias; o segundo e terceiro segmentos do rostro e a porção pro- 
ximal do quarto segmento dc mesmo. As membranas dos hemiéli- 
tros de côr cinza amarelada, com as nervuras de coloração marron. 

Jugas do mesmo comprimento do tilo. As primeiras apresen- 
tam suas extremidades suavemente elevadas, terminando em pe- 
quena ponta; a cabeça, ccm isto, torna-se insensivelmente cônca- 
va na área preapical. Face superior coberta por fortes pontuações 
negras, uniformemente distribuidas por tôda superfície. Olhos ro- 
bustos tocando os ângulos anteriores do prcnoto. Ocelos distancia- 
dos entre si e situados próximos aos olhos. 

Margem antero-lateral do pronotc com mais ou menos 15 
dentículos cônicos. Margem postero-lateral igualmente ornada de 
denticulos, desde os ângulos laterais até o bordo externo do cório 
dos hemiélitros. Margem posterior quasi retilínea, com leve con- 
cavidade posterior. Ängulos laterais salientes, pcrém não pontea- 
gudos. Pronoto coberto de pontuações negras, apresentando-se mui- 
to densas junto à margem antero-lateral e dos ângulos laterais. Sö- 
bre o disco algumas áreas de disposição transversal, sem pontua- 
ções. Escutelo triangular, uniformemente pontuado, com o ápice 
largo e arredondado. Em cada ângulo basal uma fovea negra. A 
área basal do escutelo apresenta-se convexa, formando uma curva 
contínua com a convexidade posterior do pronoto. Na porção média 
do escutelo nota-se uma série de rugosidades transversais, em cur- 
vas de concavidade posterior. A região apical eleva-se em suave 
ccnvexidade. 


Cório dos hemiélitros com forte pontuação negra, nervuras 
bem salientes, estas porém nãc: pontuadas. Sôbre a margem exter- 
na do cório mais ou menos 6 tubérculos, mais salientes na base do 
cório e diminuindo gradativamente de tamanho até um pcuco além 
da metade da porção coriácea das asas. Membrana semi-transpa- 
rente, sem pontuações, com nervuras salientes, longitudinais e 
paralelas em linhas gerais. 

Face ventral do abdomem muito convexa, com pontuações nu- 
merosas, porém muito pouco profundas; superfície de aparência ás- 
pera, micro-granulosa, coberta por minúsculas aciculações dispostas 
radivalmente em tôrno das pontuações; esta textura apresenta-se 
mais nítida nos lados do que na área mediana dos urosternitos. Ba- 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 6 13 
se do abdomem inerme. Genitália externa conforme Plancha Il, fi- 
gura 2. 


Töda a face ventral do tórax e da cabeca ccberta por pontua- 
ções pretas e castanho escuras, e por curtas cerdas amareladas, 
geralmente tão distantes entre si como o comprimento de cada 
uma. Sôbre a porção mediana dos esternitos toráxicos as cerdas são 
mais iongas e muitc mais numerosas. Sôbre o mesoesterno nota-se 
uma carena longitudinal densamente coberta por pilosidade dou- 
rada. 

Os fêmures das patas apresentam na face interna uma dupla 
fileira irregular de cerdas. mais robustas que as demais que cobrem 
as patas, emergindo de uma pequena elevação cônica. Estas cer- 
das são mais robustas nos fêmures anteriores e médios do que nos 
femures posteriores. Tôdas as tíbias apresentam um sulco longitu- 
dinai externo. Tarsos triarticulados, o 1.º segmento mais longo do 
que o 3.º e êste muito mais longo do que o 2.º. 

Rostro atingindo as côxas pcsteriores, o 1.º segmento alcan- 
cando a base da cabeça, o 2.º apresenta-se como o mais longo, o 
3.º eo 4.º iguais em comprimento e ambos menores do que c 1.º 
segmento. Búculas longas, paralelas, quase atingindo a base da 
cabeça. 

Antenas da metade do comprimento do corpo, com 5 seg- 
mentos; o 2.º segmento é maior do que o primeiro, o 3.º é maior 
do que o 2.º, o 4.º é um pouco menor do que o 3.º, o 5.º apresenta- 
se como o mais longo dos segmentos antenais. Medidas da ante- 
Ri 066 mm; |k=--0,93 mm ==) 1,46 mm; IV == 1,33 mm; 
V — 1,86 mm. 

Medidas: comprimento do corpo desde o ápice da cabeça ao 
ápice do abdomem: 10,4 mm. 

Largura ao nível dos ângulos laterais dc pronoto: 7,5 mm. 

Holótipo: (fêmea): 1 ex. Xavantina, Estado de Mato Grosso, 
Brasil, 28/1/1953, M. Alvarenga col., (Tipo no MRCN). 


AGROECUS BREVICORNIS n. sp. 
(Plancha |, fig. 3 e Plancha Il, fig. 3) 


Descrição: 


Côr geral cinza testácea. De côr negra: ápice dos ângulos la- 
terais do pronoto, tanto na face supericr como na inferior; uma 
linha sôbre o centro do sexto uroesternito; algumas manchas es- 
parsas sôbre os uroesternitos próximo às margens laterais; a care- 
na mediana do mesoesternito toráxico; face interna da metade 


14 PENTATOMIDEOS NEOTROPICAIS — I 


apical do último segmento do rostro. De côr testácea: as patas, as 
antenas e o rostro. De côr castanho clara: manchas sôbre os fêmu- 
res, mais nítidas nos posteriores. As membranas dos hemiélitros de 
côr cinza amarelada com as nervuras de côr marron. 

O tilo excede muito pouco a extremidade das jugas, estas 
terminando num piano um pouco superior ao do ápice do tilo. Mar- 
gens laterais da cabeça suavemente elevadas. tilo nitidamente se- 
parado das jugas e apresentando forte convexidade transversal. Fa- 
ce superior da cabeça coberta por fortes pontuações negras e cas- 
tanho escuras, formando linhas longitudinais irregulares. Os olhos, 
robustos, tocam os ânguios anteriores do pronoto. Ocelos distancia- 
dos e tão longe dos olhos quantc a metade da distância entre si. 
Parte da área situada entre cada ôlho e o ocelo mais próximo des- 
provida de pontuações. 


Margem antero-lateral do pronoto, nc exemplar holotípico, 
com mais ou menos 9 dentículos cônicos, livremente emergindo da 
margem. Margem postero-lateral irregularmente crenulada desde 
os ângulos laterais até o bordo externc do cório dos hemiélitros. 
Margem posterior quase retilínea, apenas com leve concavidade 
posterior. Ängulos laterais salientes, levemente dirigidos para ci- 
ma e para a frente, porém com o ápice arredondado: (Plancha |, 
fig. 3). Prcnoto coberto de pontuações negras, muito profundas e 
densas junto aos ângulos laterais e sôbre a faixa que une êstes 
ângulos, onde formam linhas transversais irregulares. Na área an- 
terior do disco do pronoto algumas calosidades lisas, limitadas, pos- 
teriormente, por algumas rugcsidades transversais, e atravessadas 
por fileiras irregulares de pontuações, transversais e obliquas. Es- 
cutelo triangular, uniformemente pontuado, com o ápice largo e 
arredondado. Em cada ângulo basal uma fóvea negra. A área basal 
do escutelo apresenta-se convexa, formando curva continua com 
a convexidade posterior do pronoto; a área restante apresenta-se 
plana. 


Cório dos hemiélitros com pontuações negras e castanho es- 
curas. Nervuras salientes, não pontuadas. Sôbre a margem exter- 
na dc cório nota-se uma série de nodosidades e de crenulações irre- 
gulares, que se extendem até a porição média do mesmo. Membra- 
na semi-transparente, sem pontuações, com nervuras salientes, 
longitudinais e paralelas, em linhas gerais. 


Face ventral do abdomem convexa; pontuações numerosas de 
côr negra, castanho escura e castanho clara; superfície mais ou 
menos de aspecto ásperc, apresentando minúsculas aciculacöes 
que se dispõem radialmente ao redor de cada pontuação; esta tex- 
tura apresenta-se mais nítida nos lados do que na área medianc 
dos uroesternitos. A parte visível do primeiro uroesternito ccberta 
por grandes e profundas pontuações negras, constituindo alí as 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 6 15 


pontuações maiores de todo c corpo do inseto. Genitália externa 
(holótipo fêmea), conforme Plancha Il, fig. 3. 

Face ventral do tórax e da cabeça coberta por pontuações ne- 
gras e castanho escuras. Estas pontuações se apresentam mais den- 
sas na região das própleuras, situadas imediatamente abaixo da 
margem anterc-lateral do pronoto. À carena longitudinal do me- 
soesterno, as regiões correspondentes do pró- e do metaesterno e 
as áreas contíguas, apresentam-se cobertas por pilosidade dourada. 

Os fêmures das patas possuem na face interna uma dupla fi- 
leira irregular de cerdas, mais robustas que as demais que cobrem 
as patas, emergindo de uma pequena elevação cônica; estas cerdas 
são mais robustas nos fêmures anteriores e médios do que nos fê- 
mures posteriores. Tibias com um sulco longitudinal externo. Tar- 
sos tri-articulados, o 1.º mais longo do que o 3.º, e êste muito mais 
longo do que o 2.º. 

Rostro atingindo as côxas posteriores; o 1.º segmento alcan- 
cando a base da cabeça; o 2.º apresenta-se comc o mais longo; o 
3.º eo 4.º são iguais em comprimento, ambos menores do que o 1.º. 

Antenas com 5 segmentos. O 1.º excede de muito pouco o 
ápice da cabeíça; o 2.º mais Icngo do que o 1.º; o 3.º maior do que 
9 2.º: 0 4.º é um pouco maior do que o 3.º e o 5.º segmento apre- 
senta-se como o mais longo. 

Holótipo (fêmea): Curitiba, Estado do Paraná, Brasil, 11/ 
1937, ex. Coll. Col. Claretiano, (do |. B.) (Holótipo no MRCN) — 
Medidas da antena: | — 0,66 mm; II — 0,93 mm; Ill — 1,46 mm; 
IV — 1,33 mm; V — 1,73 mm. Comprimento do corpo desde o 
ápice da cabeça ao ápice do abdomem: 10,5 mm; Largura ao nível 
dos ângulos laterais do prenoto: /mm. 

Alótipo (macho): Rio Negro, Estado do Paraná, Brasil, 1/1929, 
(IB). 

Parátipos: | macho e duas fêmeas, Rio Negro, Estado do Pa- 
raná, Brasil, 1/1929, (IB). 


AGROECUS SCABRICORNIS (H. -Schaeffer, 1844) 

(Plancha |, fig. 4 e Plancha Il,fig. 4) 

Pentatoma scabricorne — Herrich-Schaeffer, 1844, Wanz. 
Ins. 7:98, fig. 762. 


Agroecus scabricernis — Kirkaldy, 1909, Cat. Hem.: 63 
Agroecus scabricornis — Jensen-Haarup, 1937, Ent. Run- 
dschau 54(15):171 
Descrição de H.-Schaeffer (l.c. 1844) 


“Pentatoma scabricorne. 


16 PENTATOMIDEOS NEOTROPICAIS — I 


P. fuscum, obscurum, grosse punctatum, thoracis marginibus 
serratis, angulis longe antrorsum productis acutissimis. 

Dem frueher gelieferten P. triangulator fig. 667 am naechs- 
ten, die Seiten des Thorax schaerfer saegezaehnig, das Schildchen 
breiter, der Hinterleib nach hinten nicht so verschmaelert, die 
Rippen der Decken glatter. Erdbraun, grob eingestochen, schwarz 
punktirt, ueber die Mitte des Thorax mit erhabener glatter Quer- 
leiste und glatten, durch Punkte begrenzte Rippen der Decken. 
Schienen, Tarsen und Fuehler sind mehr rostroethlich. 

Ein weibliches Exemplar von Herrn Prof. Germar; aus Brasi- 
lien”. 

Todos os caracteres morfológicos assinalados por H. Schaef- 
fer (l.c. 1844) foram facilmente reccnhecidos no material exami- 
nado, destacando-se a calosidade transversal do meio do pronoto, 
ocorrente apenas nesta espécie do gênero. A maioria dos exem- 
plares apresentavam as côres citadas na descrição original; possui- 
mos uma fêmea procedente de Itapiranga, Estado de Santa Cata- 
rina, que é töda de côr castanho escura, ccm excessão apenas das 
regiões desprovidas de pontuações, como a calosidade transversal 
do pronoto, patas e antenas, que são castanho claras. O rostro dês- 
te exemplar é quase negro, enquanto que nos demais êste se apre- 
senta cinza testáceo ou testáceo ferrugineo. 

Alótipo: (macho): Herrich-Schaeffer baseou a sua descrição 
em um único exemplar do sexo feminino, pelo qual resta a desig- 
nação do alótipo macho; selecionamos para tal fim um exemplar 
procedente de Joinville, Estado de Santa Catarina, Brasil, 3/1955, 
R. von Diringshofen col. (MRCN). Não notamos nenhuma carater 
importante que revelasse dimorfismo sexual secundário na presente 
espécie. 

Material examinado: | macho, Juquiá, Estado de São Paulo, 
Brasil, 7/1949, F. Lane col. (IB); 1 machc, Represa Rio Grande, 
município de São Bernardo, Estado de São Paulo, Brasil, 12/1951, 
R. von Diringshofen col. (Dirings); 1 fêmea, Joinville, Estado de San- 
ta Catarina, Brasil, 8/1956, R. von Diringshofen col. (Dirings); 2 
fêmeas, Morro das Pedras, Estado de Santa Catarina, Brasil, 17/ 
1/1957 e 3/2/1957, Pe. Pio Buck S. ). col., (CA); 2 meer 
pircnga, Estado de Santa Catarina, Brasil, s/data, (MRCN). 


AGROECUS ECUADORIENSES — Jensen-Haarup, 1937 


A. ecuadoriensis Jensen-Haarup, 1937, Ent. Rundschau, 54 
(15): 217], Abb. Sb; (* indo vista) 


Descrição de Jensen-Haarup (l.c. 1937) 


"Agroecus ecuadoriensis n. sp. (macho e f&mea) Braeunlich oder 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 6 17 


Blassbreunlich, mit feiner, etwas ungleicher dunkler Punktierung. 
Kopf etwas verlaengert, die Wangen deutlich laenger als der Stirnke- 
il, das den Stirnkeil ueberrangende Ende scharf zugespitzt. Pronotum 
mit kraeftigen und spitzen, schraeg nach vorn gerichteten Schul- 
terecken (Abb. 3 b); Seitenraender des Pronotum vor den Schulte- 
recken sehr stark eingebuchtet und scharf gezaehnt; Seitenrand 
aer Ecken unregelmaessig gezaehnt. Vor den Schulterecken ist das 
Pronotum ploetzlich stark geneigt und (wie auch der Kopf) von 
blasserer Farbe; Grundhaelfte des Pronotum (mit dem hoeherem 
Teil der Schultern) viel dunkler. Hinterecken der Abschnitte des 
Connexivum mit vorstehendem Zahn. Fuehler und Beine bleich. Im 
uebrigen aehnelt die neue Art den uebrigen Arten in vieler Hinsicht. 

1 macho und 2 fêmeas aus Ecuador (Santa Inez) gesammelt 
von Rich. Haensch, Typen im Hamburger Museum.” 

Em nenhuma das coleções por nós examinadas encontramos 
representantes desta espécie. 


SUMMARY 


In the present paper the author makes several considerations 
about the Genus Agroecus Dallas, 1851 (Hemiptera — Pentatomi- 
dae), reviewing critically most of the original descriptions. The 
species A. tenebricosus n. sp. and A. brevicornis n. sp. are proved 
to by new to science. The Allotype (male) for A. scabricornis (H.- 
Schaeffer, 1844) is designed. A key for all known species is given; 
also many new locality records, mostly from South Brazil, are re- 
gistered. 


BIBLIOGRAFIA 


Dallas, W. S. — 1851-1852,. List of the Hemipterous Im 
sects in the British Museum. (2 Partes.) 
1.º Parte pp. 12890. 


Distant, W. L. — Biolcgia Centrali-Americana (Heteroptera 
I), 1890. 
Herrich — Schaeffer — 1844, Die Wanzenartigem Inse- 
kten vol. 7 
iensen-Haarup, A. C. — 1937, Einige Neue Pentatomiden- 


Arten aus der Sammlung des Zo- 
ologischen Museums in Hamburg. 
54: 169-171, Fig. 


Kirkaldy, G. W. — 1909, Catalogue of the Hemiptera. Pen- 
tatomidae. pp. 392. Berlin. 


Lethierry & Serville — 1893-1896. Catalogue General d' 
Hémiptéres. 3 vols. pp. 848. Bruxe- 
las. 


Stal, C. — 1867, Bidrag till Hemipterernas Systematik. Oef. 
Kong. Vet.-Ak. Fcerh., 24: 491-560. 


Stal, C. — 1872, Enumeratio Cimicinorum Americae. Kongl. 
Svenska Vetenskaps-Akademiens Handlingar 10 
(4):1-652. 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 6 19 


PRANCHA I 


Fig. 2 


Fig. 3 Fig. 4 


Formas do Pronotum (Metade esquerda) nas espécies do gênero 
Agroecus Dallas, 1851: Fig. 1 — A. griseus (fêmea); Fig. 2 — A. 
tenebricosus n. sp. (holótipo fêmea); Fig. 3 — A. brevicornis (n. sp.) 
(helötipo fêmea); Fig. 4 — A. scabricornis (alótipo macho). 
Desenhos do autor. 


20 PENTATOMIDEOS NEOTROPICAIS — 1 


PRANCHA I 


Genitália externa das fêmeas: (A — vista de trás; B — vista late- 


ral, perfil): Fig. 1 — Agroecus griseus Dallas, "1851, Riem 
Agroecus tenebricosus n. sp. (holötipo fêmea); Fig. 3 — Agroecus 


brevicornis n. sp. (holötipo fêmea); Fig. 4 Agroecus scabricornis 
(H.-Schaeffer, 1844). Desenhos do autor. 


e U 


ERRA 


f 


N 


| ide 
4 


| 
hoo 


RR 


% RI HA | ek 


4 


na 


ls. Ri 
O REV TUA 


er 


Bra | Pi SM a siim PN 


E o Mr a oia 
tar Pein Rs cin. Hran, 
O a ie ER Ya, en 

Ft Shan Ra 


N 


RREO EN TIRICAS 
a 


“Prado, 1934 


ERICA HELENA BUCKUP 
‚do | 


Museu Rio-Grandense dd = 


“SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA 


I 


“DIVISÃO DE CULTURA . 


“DIRETORIA DE CIÊNCIAS 


IA 


Eu RIO- GRANDENSE DE CIÊNCIAS NATURAIS 


= CNO TO |. DEZEMBRO DE la 


po 


“e 
e: 
/ 


» 
4 


Be: Boni 
RE DOTHRIU NUA 


* 


Mi 


ERICA HELENA BUCKUP 


ESTUDO DAS VARIAÇÕES DE BOTHRIURUS 
BONARIENSIS (Koch, 1842) E SÖBRE A IN- 
VALIDEZ DE BOTHRIURUS ASPER Pocock, 
1893 e BOTHRIURUS SEMIELLYPTICUS 
Prado, 1934 


Oficinas Gráficas da Imprensa Oficia] 
Pôrto Alegre 


1957 


ML ; Da nr 
A y N x A A 
TUA | VAR 


um 
y pi + 


Ea 


É ke or 
IHHT ou E 
IM 


INTRODUÇÃO 


Embora a literatura sôbre o gênero Bothriurus Peters, 1861 
indique a espécie Bothriurus bonariensis (Koch, 1842) como a es- 
pécie mais comum de escorpiões no Estado do Rio Grande do Sul, 
encontramos, ao iniciarmos o trabalho de determinação dos escor- 
piões do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais, certa dificul- 
dade em reconhecer a espécie citada, no material de que dispunha- 
mos. Verificamos, posteriormente, que a dificuldade surgia ao nos 
restringirmos ao uso exclusivo da Monografia sôbre os Escorpiões 
Sul-Americanos de Mello-Leitão (1945), cujas chaves e redescri- 
ções nos conduziam às mais diversas espécies, e de forma pouco 
convincente. Quando de nosso estágio no Instituto Butantan em 
princípios dêste ano, resolvemos levar ao Dr. Wolfgang Búcherl o 
nosso problema, o qual nos sugeriu que fizessemos um estudo cui- 
dadoso das variações dos diversos caracteres nos exemplares exis- 
tentes nas coleções que administramos, sem nos preccuparmos, de 
início com a determinação das espécies. Os resultados dêstes es- 
tudos estão contidos no presente trabalho. Chegamos a conclusão 
que todo o lote de 200 escorpiões que examinamos pertence a es- 
pécie já reconhecida por Poccck, Kraepelin e Mello-Leitão, como a 
mais comum no Estado, e que as espécies Bothriurus asper Pocock, 
1893 e Bothriurus semiellypticus Prado, 1934 devem ser conside- 
radas sinônimos de Bothriurus bonariensis, por motivos que apre- 
sentamos adiante. 

Desejamos na presente oportunidade expressar ao Dr. W. Bu- 
cherl, os nossos sinceros agradecimentos pela sua orientação na 
realização dêste trabalho, bem como, pelo seu auxílio na obtenção 
de bibliografia e no exame de material típico depositado nas cole- 
ções do Instituto Butantan. 


Ea 


Mom Ab 


> 
s 


GALLER TUI 
Dar, re o cr storarie o , O 
é VR A Lo san. coringa Dao 
E) 
; re al PET 
3 Sr ROY 2OrrrupiSi ma: 
3. PETI Dr) id 
ooo sósdegas Ex vb 
6 rer “438 EM 


ÃA er IN QI 


Biss SED BT mta lotada ar 


a DENT Dr re 
rd 15 or Miolo ir ais Be. 
WW SU ou vonab. zanterlanst Sin 


wurst ul Ba ou 0. = o. 

| ea tis e Tá dos att sos er : 

nós ormonteinirnn er Be 

Destlisher 20) au bee oh SUSE Ei insteb? 
a} "a Siri OM cobitradiã 
St ACI dá ON GE sodass 0% aa: paiol 


ria sotA. HN ca ob! 

2. ut ade tuo 9 ob Re 
ERR: Erro hi Sê) sr q au zitaylioirmens ® 
vo. stresirunos ruhe ab 


Ke We obige strada on 

ae. ir: rer raso go amaro. 
o RAM LS Oii) onda pus amido 
Tb Sagt. torta ee on 64 
nino. 


- é + 
2” 
É Tê 
Y E a 
es 
o) 
54 + 
- Er E 
wo 7 = á 
DT 
Ra 
bot dó ; ; 


MATERIAL E MÉTODO 


Nas coleções do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais 
existem atualmente cêrca de 350 (trezentos e cinquenta) exem- 
plares de escorpiões do gênero Bothriurus. Deste lote escolhemos 
200 exemplares para servirem de base ao presente trabalho. Des- 
prezamos os demais, ou por se tratar de material mutilado, ou por 
serem animais muito jovens, portanto de porte diminuto, o que di- 
ficultaria a obtenção dos dados métricos desejados. 


A fim de possibilitar um estudo comparativo direto entre todos 
os exemplares examinados, com referência a todos os caracteres 
por nós selecionados, resolvemos reunir todos os dados obtidos em 
uma tabela geral, cujo conteúdo é, posteriormente, analisado e 
discutido por nós, isoladamente para cada um dos dados acima re- 
feridos. 


Söbre os diversos dados contidos na tabela há as seguintes 
considerações a fazer: 


A numeração dos exemplares corresponde aos números do ca- 
tálago de entrada das peças na coleção do Museu. 


Todos os exemplares procedem de localidades situadas no Es- 
tado do Rio Grande do Sul. 


Na coluna reservada para a indicação do sexo dos exemplares 
encontram-se algumas indicações para fêmea acompanhadas do 
sinal *; no capítulo em que discutimos o problema do número de 
dentes nos pentes referimo-nos justamente a êstes exemplares co- 
mo sendo provávelmente machos jovens, por razões que alí expo- 
mos. 


Tôdas as medidas, com excessão das do comprimento do tron- 
co e do comprimento da cauda, foram obtidas com o auxílio de uma 
ocular micrométrica inserida no microscópio estereoscópico binocu- 
lar, e submetidas à necessária correção com relação aos diversos 
aumentos com que trabalhamos. 


O comprimento do pente foi medido ao longo das lâminas ba- 
silares; a largura do pente corresponde à largura máxima da re- 
gião proximal. Ambas as medidas acima citadas foram obtidas nos 
pentes direitos; quando, excepcionalmente, êste pente se achava 
muito retorcido, a medida foi obtida no pente esquerdo. Quando 


8 ESTUDO DAS VARIAÇÕES DE BOTHRIURUS 


ambos os pentes se achavam demasiadamente retorcidos deixamos 
de efetuar as medições desejadas. 


O comprimento do tronco foi medido desde as quelíceras até 
a margem posterior do último tergito. 


O comprimento da cauda foi medido desde a margem anterior 
do primeiro segmento caudal até o ápice da vesícula. Para obter 
uma posição adequada para a vesícula, que costuma ficar em än- 
gulc em relação a cauda, efetuamos estas medidas sob uma lâmina 
de vidro, colocada por cima da cauda. 


O comprimento do 5.º segmento foi medido sôbre o espaço 
compreendido entre um dos ângulos laterais antericres ao ângulo 
correspondente na margem posterior, sempre pela face ventral. A 
largura do 5.º segmento da cauda corresponde à largura máxima do 
mesmo na face ventral, que se encontra aproximadamente nos 2/5 
anteriores. 

O comprimento da mão foi medido desde a base da mesma até 
o ponto de insersão do dedo móvel. A largura da mão corresponde 
a máxima largura da mesma. 


Na coluna destinada à estrutura do 5.º segmento caudal en- 
contramos as letras À, BC, D, E FG, H, |, J, K, e L, que corres- 
pondem às figuras identificáveis pela mesma letra, e que tem seus 
significados analisados no capítulo correspondente. 


A coloração dos exemplares foi: registrada na tabela apenas 
em seus aspectos mais gerais, para constituirem, ' eventualmente, 
pontos de referência para a comparação com os outros caracteres. 
Uma análise mais detalhada é feita no capítulo referente à colo- 
ração. 


POSIÇÃO SISTEMÁTICA DO MATERIAL EXAMINADO 


Todos os exemplares estudadcs pertencem, indiscutivelmente, 
espécie Bothriurus bonariensis (Koch, 1842), representante mais 
comum no Estado do Rio Grande do Sul, dêste gênero. Partimos da 
hipótese de se tratar desta espécie, e vimos confirmadas as nossas 
suposições ac concluirmos os estudos que serviram de base ao pre- 
sente trabalho. 


x 


O exemplar tipico procede de Buenos Aires, Argentina. Po- 
cock (1893:94) afirma tratar-se de uma espécie extremamente 
cbundante no Uruguy e no Rio Grande do Sul. Kraepelin (1894: 
231) registra a espécie para tôda a costa Atlântica do Brasil, desde 
o Rio Grande do Sul ao Ceará no Norte do País. Penther (1912) re- 
gistra sua ocorrência desde Joazeiro no Ceará até o Rio Grande do 
Sul. Mello-Leitão (1931: 83) afirma tratar-se da espécie mais co- 
mum no Rio Grande de Sul, 


OS PENTES 


a) Sôbre o número de dentes nos pentes. 


Em 103 (cento e três) exemplares do lote examinado encontra- 
mos o mesmo número de dentes em ambos os pentes; dêstes, 30 (trin- 
ta) exemplares são machos adultos, (caracterizados pela apófise cô- 
nica situada junto a base dos dedos da mão e pela fosseta da face 
dorsal da vesícula), restando 73 (setenta e três) exemplares do sexo 
feminino, (identificados pela ausência dos caracteres sexuais se- 
cundários referidos para os machos). 


Encontramos assimetria em relação ao número de dentes nos 
pentes em 97 (noventa e sete) exemplares, dos quais 24 (vinte 
quatro) são machos adultos. O número de dentes pode ser maior 
tanto no lado esquerdo como no direito. A diferença mais frequen- 
te é de I (um) dente; a diferença menos frequente é de 2 (dois) 
dentes; registramos um caso obviamente anômalo em um exemplar 
que apresentava a reiação 19-7. 


Os limites mínimos e máximos do número de dentes foram, 
respectivamente 16-16 e 23-23. 


Nos machos adultos o número variou entre 19-19 e 23-23, 
com maior frequência na relação 21-21. (vide gráfico 1). 

Nos demais exemplares o número variou entre 16-16 e 23-23. 
Pelo gráfico 2 notam-se dois pontos da curva correspondentes q 
duas relações de maior frequência, ou seja, 18-18 e 21-21. 


b) Söbre o valor do número de dentes como carater sexual 
secundário, 


Até aqui consideramos como fêmeas todos aqueles exempla- 
que não apresentavam os caracteres sexuais secundários dos ma- 
chos adultos; êstes caracteres sômente foram encontrados em 
exemplares maicres que 35 (trinta e cinco) milímetros. Conclui- 
mos daí que os machos jovens poderiam ser confundidos com as 
fêmeas. 

Considerando a hipótese dos machos jovens (Na tabela f.*) 
possuirem o mesmo número de dentes que os machcs adultos, res- 
taria para as fêmeas um campo de variação limitado pelas rela- 
ções 16-16 e 19-19. A hipótese parece confirmar-se pela presença 
de 2 (dois) pontos culminantes no gráfico 2, onde caberia para as 


10 ESTUDO DAS VARIAÇÕES DE BOTHRIURUS 


fêmeas a frequência máxima 18-18 e para os machos jovens a 
frequência máxima 21-21. 

Assim a frequência verdadeira de machos e fêmeas seria de 
144 (cento e quarenta e quatro) machos para 56 (cinquenta e seis) 
fêmeas. 

Para confirmar a nossa hipótese resolvemos utilizar os dados 
obtidos sôbre o comprimento e sôbre a largura do pente, relacio- 


nados com a frequência do número de dentes nos pentes em ma: 
chos e fêmeas. 


c) Sôbre o valor da combinação: número de dentes x compri- 
mento e largura do pente, como carater sexual secundário. 


Observamos que os dados obtidos para os elementos da combi- 
nação acima, mantém uma certa proporção entre si, quer se trate 
de machos jovens, de machos adultos ou de fêmeas. Por exemplo: 
(fêmeas e m. jovens). 

Nos exemplares de 16-16 à 19-19 dentes nos pentes, a relação 
mais frequente foi de 4,1 mm de comprimento para 1,4 mm de 
largura, enquanto que nos exemplares com mais de 19-19 dentes 
nos pentes, a relação mais frequente foi de 4,1 mm por 1,7 mm de 
largura. Como vemos, nos exemplares com menos de 19-19 dentes 
nos pentes, portanto fêmeas, o pente é mais estreito em relação ao 
mesmo comprimento, enquanto que nos exemplares com mais de 
19-19 dentes nos pentes, portanto machos jovens, o pente é mais 
largo em relação ao mesmo comprimento citado anteriormente. 
Apesar de os exemplares apresentarem variações no comprimento 
e na largura a proproção é sempre observada. 

Os machos adultos apresentam o pente muito mais largo e 
mais comprido do que todos os demais exemplares, como se vê no 
seguinte exemplo: 

5 mm compr. — 2 mm larg. 

Como vemos, os exemplares com mais de 19-19 dentes nos 
pentes, também aqui poderíamos interpretar como sendo machos 
jovens, pois o tamanho de seus pentes é maior do que os pentes nos 
exemplares de menos de 19-19 dentes nos pentes, que corresponde- 
riam às fêmeas, e menor do que o tamanho do pente dos exempla- 
res machos adultos. 


d) Conclusões: 


1) Os machos adultos possuem mais de 19-19 dentes nos 
pentes. 

2) As fêmeas possuem menos de 19-19 dentes nos pentes. 

3) Os machos jovens poderiam possuir mais de 19-19 dentes 
nos pentes. 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 7 11 


4) As conclusões | = 3 são aqui apresentadas sob reserva, 
pois cabem aqui ainda estudos e verificações suplementares para 
um final aclaramento do problema; no entanto, elaboramos es- 
tas hipóteses para a obtenção de um plano de trabalho, e vimo-las 
plenamente confirmadas durante o desenvolvimento dos estudos 
que realizamos. 


A ESTRUTURA DA FACE VENTRAL DO 5.º SEGMENTO 
DA CAUDA 


a) Aspecto Geral. 


Na face ventral do 5.º segmento da cauda verificamos existir 
em todos os 200 (duzentcs) exemplares examinados a mesma es- 
trutura fundamental, constituindo nos dois quintos distais de duas 
cristas laterais de dentículos, que se curvam para a linha mediana 
longitudinal, formando uma área semieliptica posterior. As duas 
cristas referidas, no entanto, não chegam a se encontrar na linha 
mediana. Nctamos a presença de granulações tanto dentro como 
fora da área citada. Em tôrno desta estrutura básica observamos 
uma quantidade imensa de variações, tendo-se tornando difícil en- 
contrar dois exemplares que apresentassem aspectos idênticos nos 
detalhes da granulação. Encontramos esta variabilidade, princi- 
palmente, nas cristas laterais, nas granulações existentes dentro 
da área semieliptica e nas granulações situadas fora desta área. 
Nas figuras À à L fixamos alguns aspectcs da variabilidade referi- 
da; na tabela caracterizamos a estrutura da face ventral do 5.º 
segmento por uma letra, correspondente a uma das figuras citadas; 
isto não sigfica que o exemplar em questão tenha, necessäriamen- 
te, uma estrutura idêntica à que foi fixada na ilustração, mas 
apresenta uma variante próxima a da figura. 

} 

b) As variações das cristas laterais. 
ner 
As cristas podem ser formadas por denticulos grandes (Fig. 
A, BC e D), ou por dentículos menores (Fig. E, F e G), havendo 
tipos intermediários (Fig. H). Num único exemplar do Icte encon- 
tramos uma crista formada por dentículos muitíssimos pequenos, 
que constituíram uma crista imperfeita, mas perfeitamente visi- 
vel. (Fig. |). Em outro exemplar as cristas perdem sua individuali- 
zação na região mediana, transformando-se num amontcado de 
granulações. (Fig. L). Consideramos ambos os exemplares referidos 
variantes do tipo fundamental, pois as outras regiões granulosas 
não fogem do mesmo. Não podemos dar maior valor à esta varia- 
ção extrema, pois nos demais caracteres (coloração, n.º de dentes, 


M ESTUDO DAS VARIAÇÕES DE BOTHRIURUS 


cos pentes, operculo genital etc). há perfeita concordância com os 
demais exemplares. 


c) Às variações na granulação existente no interior da área 
semieliptica. | | 


Granulacöes medianas: 


Sempre maicres do que as granulações laterais, muitas vêzes 
situadas sôbre uma pequena elevação. O número e o tamanho dos 
grânulos varia muitíssimo. Encontramos formas com grânulos gran- 
des e numerosos (Figs. A, Be O); grânulos grandes e pouco nume- 
rosos (Figs. D e G); grânulos pequenos e numerosos (Figs. E, F, H 
e J) e grânulos pequenos e pouco numerosos (Fig. 1). 


Granulasöes laterais: 


Também aqui notamos grande variabilidade. Encontramos 
formas com grânulos grandes e numerosos (Fig. B}; com grânulos 
pequeníssimos e numerosos (Figs. E, G e H); formas intermediárias 
(Fig. A); com grânulos grandes e raros (Fig. D) e com grânulos pe- 
quenos e raros (Fig. Ce F). 


d) Às variações na grenulação existente fora da area semie- 
líptica, 


Encontramos as seguintes variações: os grânulos podem ser 
poucos (Figs. C e |). Podem ser mais numerosas, neste caso situa- 
dos ao longo da linha mediana (Figs. E e F). Podem cobrir töda ou 
quasi tôda a área em questão (A, B, D, G, He J); neste caso podem 
ser minúsculos (Fig. G e J), ou então maiores como em (Fig. A, B, 
De H). 


Em muitos exemplares notamos que as granulações se apre- 
sentam maiores ao longo da linha mediana. 


Em alguns exemplares cbservamos algumas granulações 
maicres junto às margens da face ventral do segmento, no ponto 
em que as cristas laterais iniciam sua curvatura para a linha me- 
diana, sugerindo uma continuação das cristas laterais em direção à 
base do segmento. Não podemos, no entanto, considerar êstes pou- 
cos grânulos laterais como uma continuação verdadeira das cris- 
tas laterais. 


e) A estrutura da face ventral do 5.º segmento caudal nas es- 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º q 13 


pécies B. ASPER Pocock, 1893 e B. SEMIELLYPTICUS Pra- 
do, 1934. 


Pocock, descrevendo B. asper, afirma com relação à estrutura 
da face ventral do 5.º segmento caudal, (1893:97): “face inferior 
com uma quilha mediana obsoleta, a área semielíptica posterior 
não muito claramente definida, as duas séries de granulações obli- 
quas incurvadas para dentro, não coalescentes na linha mediana co- 
mo em B. bonariensis”. A não coalescência das cristas referidas por 
Pocock para asper foi encontrada em todos cs 200 (duzentos) 
exemplares por nós examinados, inclusive naqueles que indiscuti- 
velmente pertencem à espécie bonariensis. Perde, assim, a estrutu- 
ra da face ventral do 5.º segmento, todo o seu valor para a distinção 
das espécies asper e bonariensis, principalmente, considerando as 
variações da estrutura fundamental. 

/ 


Prado (1934:65) e Mello-Leitão (1945:187) ao, descreverem e 
redescreverem, respectivamente, a espécie B. semiellypticus, dão es- 
pecial importância à presença de uma crista mediana completa e 
muito conspícua na face ventra! do 5.º segmento caudal, para dis- 
tinguir esta espécie das demais do gênero. Mellc-Leitäo (l.c.: 137) 
selecioncu êste caráter para a sua chave para as espécies do gêne- 
ro, e apresenta na página 189, uma ilustração (Fig. 74) da face 
ventral do 5.º segmento. Realmente não encontramos entre os nos- 
exemplares algum que apresentasse uma crista tão conspícua co- 
mo a que representa Mello-Leitão em sua figura. Solicitamos, as- 
sim, ao Dr. Wolfgang Bucherl, do Instituto Butantan, instituição 
em que se acha depositado o tipo de Prado, que examinasse o exem- 
plar típico, para confirmar a presença do caráter em questão. Em 
carta de 20.9.1957, informa-nos o seguinte: “A crista mediana 
longitudinal de granulações na face ventral do 5.º segmento ven- 
tral não é nada nítida, e em nada se distingue dos bonariensis do 
Rio Grande do Sul, examinados por mim”. Diante do expösto, so- 
mos forçados à acreditar, que o exemplar em que Prado se baseou 
para criar a espécie semiellypticus, constitui, na estrutura da face 
ventral do 5.º segmento caudal, apenas uma variante da estrutura 
fundamental de B. bonariensis. 


A VESICULA 
a) Nos machos adultos. 
Todos os machos adultos apresentam na fase dorsal uma fos- 


seta grande, subcircular, bastante profunda e fäcilmente visível 
em virtude de sua coloração amarelc-alaranjada. 


14 ESTUDO DAS VARIAÇÕES DE BOTHRIURUS 


Na face ventral a vesícula se apresenta coberta de granula- 
ções com exceção de duas faixas longitudinais que limitam, inter- 
namente, uma faixa granulosa. Esta faixa granulosa central & 
mais cu menos duas vêzes mais larga que as faixas lisas que a limi- 
tam. 


b) Fêmeas e machos jovens 


A ausência da fosseta dorsal é característica para estas for- 
mas. Aliás, Kraepelin (1894:231), já chama a atenção para o fato 
de que nos machos jovens a fosseta é, à vêzes, apenas fracamente 
demarcada na face dorsal da vesícula. Não encontramos em nosso 
material exemplar algum que possuisse uma fosseta nas condições 
descritas por Kraepelin — ou possuem uma fosseta bem nítida, ou 
eram completamente lisos na região correspondente. Acreditamos 
que a formação da fosseta não seja um processo progressivo, no 
sentido dela se formar e ampliar de ecdise em ecdise, mas sim, que 
cla surja por ccasião de uma das últimas ecdises de passagem para 
o estágio adulto. 


Num lote de 80 (oitenta) exemplares coletados no Mörro da 
Polícia, Município de Pôrto Alegre, neste Estado, encontramos um 
animal que apresentava uma vesícula de forma bem mais estreita 
e mais alongada que a dos demais exemplares (Fig. K). Na face 
dcersal esta vesícula apresentava duas pequenas carenas paralelas, 
terminando em ponta posterior, que não encontramos em outros 
exemplares; estas carenas ocuparam apenas o primeiro quarto da 
vesícula. 


c) Bothriurus semiellypticus, Prado 1934 


Prado (I.c.:65), ao caracterizar a sua espécie Bothriurus se- 
miellypticus, refere-se à presença na face ventral da vesícula de 
uma semielipse basilar de granulações grosseiras, reproduzida por 
Mello-Leitäo (l.c.: 189) na figura 74. No material por nós exami- 
nado notamos a presença de algumas granulações maiores na face 
ventral da vesícula, mas que não chegavam a constituir uma zona 
de contornos nitidamente elipticos. Ao indagarmos ao Dr. Wolf- 
gang Biicherl sôbre a natureza dêste detalhe, fomos informados, 
por carta de 16 de julho de 1957, que “esta semiellipse não existe 
na realidade”, após ter o citado especialista examinado o exemplar 
típico. ER 


1! ET 
Ve ie 


COLORACAO 


Encontramos em nosso material um pronunciado dimorfismo. 


IMERINGIA — ZOOLOGIA N.º 7 15 


sexual em relação à coloração; por esta razão somos forçados a 
examinar a coloração dos machos adultos separadamente da das 
fêmeas e dos machos jovens. 


Na tabela já procuramos caracterizar sintéticamente as prin- 
cipais formas de coloração por meio de uma letra, para cada exem- 
plar evaminado. As letras da tabela devem ser interpretadas da 


seguinte maneira: C — côr geral castanha; P — côr geral preta; 
A — côr geral que vinha sendo reservada pelos autores para a es- 
pécie B. asper; C* — côr geral castanha, porém com a vesícula e 


a ponta dos dedos de côr alaranjada. 
a) Nos machos adultos. 


Embora a coloração geral preta tenha sido a mais frequente, 
encontramos tödas as nuances intermediárias que levam ao casta- 
nho avermelhado escuro. O cefalotorax nos exemplares de côr geral 
castanha, pode apresentar manchas irregulares mais claras espa- 
Ihadas por tôda a sua superfície. Os tergitos da região metameri- 
zada do tronco costumam apresentar uma coloração muito homo- 
gênea. As peças bucais, o esterno, coxa, trocanter e préfemur das 
extremidades e algumas vêzes as lâminas dos pentes podem apre- 
sentar-se marmorados de castanho escuro cu negro. Operculo ge- 
nital, dentes dos pentes e esternitos variam de um pardo escuro a 
um pardo claro; êstes últimos apresentam sempre a porção media- 
na mais clara do que as regiões laterais. Nos exemplares de côr 
geral preta os dedos das mãos apresentam-se de côr castanha, en- 
quanto que nos de côr geral castanha escura, os dedos e a própria 
mão são de coloração castanho clara e muito mais avermelhada. 
As extremidades vistas pela face dorsal ora são pretas combinando 
com a côr do tronco, ora são mais claras, com coloração castanho 
escura ou amarelo queimada, com tôdas as variações intermediá- 
rias. À face dorsal da cauda varia do preto ao castanho avermelha- 
do, neste último caso às vêzes com marmorações ou com manchas 
mais claras irregulares. A face ventral da cauda apresenta uma fai- 
xa mediana longitudinal mais clara e avermelhada, que nos exem- 
plares muito escuros torna-se pouco visível, enquanto que nos exem- 
plares castanhos, esta faixa torna-se muito nítida, nunca alcançan- 
do a margem distal do 5.º segmento caudal, e iniciando-se na mar- 
gem proximal do penúltimo esternito abdominal. Encontramos um 
exemplar de coloração tão clara que a região mediana da cauda 
se apresentava limitada apenas por duas linhas longitudi- 
nais mais escuras, enquanto que as demais áreas caudais apresenta- 
vam a mesma coloração da faixa mediana. A coloração da vesícula 
varia desde o castanho escuro ao preto. A fosseta, grande e profun- 


16 ESTUDO DAS VARIAÇÕES DE BOTHRIURUS 


aa, de côr amarelo alaranjada mui característica salienta-se nitida- 
mente pelo contraste que faz com a côr escura da vesicula. Ponta 
do ferrão sempre preta. 


b) Nas fêmeas e nos machos jovens. 


Cör gera: castanha, com variações mais claras que levam até 
o castanho claro alaranjado. O cefalotórax, principalmente nos 
exempiares mais claros, pode apresentar manchas irregulares mais 
claras ainda ou mais escuras, espalhadas em sua superficie. 
Tronco geralmente de côr castanha; às vêzes castanho alaranjado, 
frequentemente com manchas mais escuras. Nas formas mais cla- 
ras, a região dorsal do tronco é atravessada por uma faixa longi- 
tudinal estreita de côr amarela, que nos diversos exemplares pode 
se tornar mais ou menos nitida. Peças bucais, esterno, opérculo ge- 
nital, pentes e esternitos de côr testácea. Mão e penta dos dedos 
sempre mais clarcs do que o resto do corpo de coloração geralmente 
alaranjada. A côr das extremidades, em geral varia desde o 
castanho até o testáceo, sendo esta última coloração a mais co- 
mum. Os segmentos tarsais sempre mais claros do que os demais 
segmentos de cada pata. A côr da face dorsal da cauda varia desde 
o castanho até o castanho alaranjado, sempre com marmorações 
negras cu apresentando manchas irregulares ora mais escuras, ora 
mais claras. Na face ventral sempre presente a faixa mediana lon- 
gitudinai mais clara, que em muitos exemplares apresenta-se de 
côr amarela. Nos exemplares de côr geral muito clara, a faixa 
mediana ventral possui a mesma coloração da face dorsal, e o que 
a torna visível, são duas estreitas linhas laterais mais escuras, que 
atravessam os segmentos caudais; estas linhas apresentam-se mais 
largas na região distal de cada segmento caudal. A vesícula, lisa 
na face dorsal, varia na ccloração desde o castanho ao castanho 
alaranjado, êste Último como o caso mais comum. Encontramos 
algumas fêmeas e machos jovens de côr geral castanha que pos- 
suiam apenas a vesícula e a ponta dos dedos de côr alaranjada. A 
ponta do ferrão sempre preta. 


c) Conclusão. 


1. Os machos apresentam maior constância na coloração do 
que as fêmeas e os machos jovens. 


2. O campo de variações na coloração da espécie aqui es- 
tudada é muitc amplo, notando-se grandes diferenças entre as for- 
mas extremas (preto-castanho alaranjado claro). O preto é iden- 
tificado na tabela pela letra P, e o castanho alaranjado claro cor- 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 7 17 


responde a letra A. No entanto, em 50% dos exemplares por nós 
examinados, encontramcs nuances de coloração de posição inter- 
mediária em relação aos extremos acima referidos; assim, tento 
nas formas intermediárias, como nas formas extremas, dificilmente 
encontrariamos dois exemplares semelhantes, o que nos força a 
excluir completamente a hipótese de estabelecer-se cs limites de 
uma unidade taxionômica com base em dedos de coloração. De- 
ve-se salientar, que embora a variação seia muito ampla, a distri- 
buição fundamental das colorações e das intensidades cromäticas 
é sempre a mesma, como por exemplo: extremidades mais claras 
que c tronco, face ventral da cauda com faixa mediana longitudi- 
nal mais clara etc. 


d) A coloração nas espécies B. ASPER Pocock, 1893 e B. SE- 
MIELLYPTICUS Prado, 1934. 


No material examinado encontramos diversos exemplares que 
apresentavam um conjunto de coloração correspondente à que 
Pocock (1893:96) reservou para sua espécie B. asper. 


Em relação à B. vittatus ( = B. bonariensis), Kraepelin (1894: 
230) já assinala que “...os extremos quase negros e amarelos 
claros, à primeira vista, dificilmente parecem pertencer à mesma 
unidade...” ("Die Extreme der fast sehwarzen und der gelblich weis- 
sen Individuen scheinen auf den ersten Blick kaum zu einander zu 
gehoeren”), fato que comprovamos plenamente, conforme expuse- 
mos no item anterior. No mesmo trabalho, Kraepelin já inclue asper 
na sinonimia de vittatus, acompanhado de uma interrogação. Pos- 
teriormente, o mesmo Kraepelin (1910:89 e 92), considera asper 
uma simples variedade de bensriensis (ex-vittatus). Mello-Leitão 
(1945:148) afirma ter visto B. asper em Pôrto Alegre; provavelmen- 
te êle viu apenas uma destas formas extremas de coloração de 
bonariensis (vide C) 2.). Não conseguimos separar machos e fê- 
meas de asper de machos jovens e fêmeas de bonariensis, tanto 
pelo fator coloração como pelos demais caracteres diferenciais ci- 
tados por Mellc-Leitäo (op. cit.: 147). 


Assim, concordando com as reservas de Kraepelin em relação 
a espécie B. asper, rejeitamos a revalidação desta última espécie 
por Mello-Leitão. 


A coloração atribuida por Prado (1934:5) à sua espécie B. 
semiellypticus nada mais é, indiscutivelmente, do que uma das va- 
riantes de ccloração de B. bonariensis, encontradas em nosso ma- 
terial e assinaladas na tabela pela letra C*. 


18 ESTUDO DAS VARIAÇÕES DE BOTHRIURUS 


COMPRIMENTO DO TRONCO x COMPRIMENTO DA CAUDA 


A relação entre os comprimentos do tronco e da cauda tem 
servido à diversos autores como caráter auxiliar na sistemática 
dos escorpiões, motivo pelo qual resolvemcs analizar também o 
nosso material sob êste ponto de vista. 


Geralmente a cauda é maior do que o tronco, tanto nos ma- 
chos como nas fêmeas. O maior número de excessões, tronco 
maior que a cauda, ocorre entre as fêmeas e os machos jovens. 
Observamos exemplares em que a cauda é relativamente grande 
em relação ao tronco; em outros a cauda é proporcional ao tronco; 
em outros ainda o tronco é maior que a cauda. Em alguns animais, 
que apresentavam o mesmo comprimento no tronco, notamos di- 
versos tipos de cauda: caudas robustas, com segmentos largos e lon- 
gos, e caudas pouco robustas, com segmentos estreitos e curtos, e 
afinal, grande número de formas intermediárias. Devido a esta 
variabilidade, não podemos concordar com os têrmos “muito ro- 
busto” ou “pouco robusto”, usados por muitcs autores em relação à 
cauda, como caráter auxiliar na determinação das espécies, pelo 
menos em relação à espécie B. bonariensis. A relação dos dados 
métricos obtidos, que à seguir apresentamos, mostram claramente 
a grande variabilidade existente em relação ao caráter presente: 


a) Machos adultos 


Maior comprimento total: 59 mm 
Menor comprimento total: 35 mm 


Diferenças entre tronco e cauda 


(Sômente os casos: cauda maior que o trenco) 


Diferença Número de Exemplares 


Exemplar 
Exemplares 


5 


3 
3 
pa 
te ta CO e 3 9 09 TO Cha 


4 
5 
6 
7 
8 
9 
10 mm 
al 
12 
13 
16 


Exemplar 


ERRATA 
b) Fêmeas e machos jovens 
Maior comprimento total: 62 mm 
Diferenças entre tronco e cauda 


(1.º — cauda maior que o tronco) 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 7 19 


b) Fêmeas e machos jovens 


Maior comprimento total: 62 mm 
Diferença entre tronco e cauda 


Diferenças entre tronco e cauda 


Diferença pn | Número de Exemplares 
0,5 mm | 2 Exemplares 
BL oovan 15 4 
2 mm | 23 7 
3 mm 29 2 
4 mm 26 é 
5 mm 15 E 
6 mm | 8 fá 
mm 1 Exemplar 
8 mm 2 Exemplares 
10 mm 4 Exemplares 

1a na 1 Exemplar 

12 mm 1 3 

(2.º — cauda igual ao tronco)) 


Diferença O (zero): 13 Exemplares 


(3.º — cauda menor que o tronco) 


O 
| 


Diferença | Numero de Exemplares 
| 

0,5 mm a a 1 Exemplar 27 

o mm | 4 Exemplares 

%, SEnuam 1 Exemplar 


c) Conclusões 


1) A diferença mais frequente nos machos adultos é de 8 
a 10 mm. 

2) A diferença mais frequente nas fêmeas e machos jovens 
é de 2 à 4 mm. 

3) A diferença mais frequente é maior nos machos adultos 
do que nas fêmeas e machos jovens. 

4) A diferença média, para ambos os sexos, é, pois, nesta 
espécie, de 6 mm, 


ESTUDO DAS VARIAÇÕES DE BOTHRIURUS 


| » 
| O 


A MÃO — Comprimento e largura. Comprimento do dedo 
móvel. 


a) Machos 


A mão mais robusta apresentou as seguintes dimensões: 


comprimento da mão — 6,8 mm 
largura da mão — 6 mm 
comprimento do dedo móvel — 53 mm 


A mão menos robusta apresentou as seguintes dimensões: 


comprimento da mão: — 3,4 mm 
largura da mão — 2,9 mm 
comprimento do dedo móvel — 3,3 mm 


A maioria dos machos apresentam maior comprimento na 
mão do que largura, e maior largura nesta do que comprimento no 
dedo móvel. Em um caso o comprimento do dedo móvel foi igual à 
largura da mão; em outro caso o comprimento do dedo móvel foi 
maior que a largura da mão; e, finalmente, um único caso. em que 
a largura da mão foi maicr que o comprimento da mesma. 


b) Fêmeas e machos jovens. 


A mão mais, robusta apresentou as seguintes dimensões: 


comprimento da mão — 49 mm 
largura da mão — 3,7 mm 
comprimento do dedo mövel — 4,4 mm 


A maioria dos exemplares apresentou c comprimento da mäo 
maior do que a largura e esta menor do que o comprimento do 
dedo móvel. Houve 13 (treze) casos em que o comprimento da mão 
foi igual ao comprimento do dedo móvel; em 16 (dezesseis) 
casos o comprimento da mão foi menor do que o comprimento do 
dedo móvel; e notamos um único caso em que oc comprimento da 
mão foi maior do que o comprimento do dedo móvel, e neste mes- 
mo exemplar o comprimento do dedo móvel foi maior do que a lar- 
gura da mão. 


Como podemos notar no exposto acima, estamos novamente 
diante de um fator extremamente variável, pelo que deixamos de 
atribuir importância ao mesmo, pelo menos isoladamente, como 
coráter de diferenciação taxonômica, 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 7 21 


SÓBRE BOTHRIURUS ASPER Pocock, 1893 | 


Babe a E 

Em capítulos anteriores já nos referimos à presente ee 
expressando a nossa opiniao de que a estrutura da face ventral 
do 5.º segmento caudal e a coloração reservadas pelos autores 
para B. asper, cabiam perfeitamente entre as variações dêstes ca- 
racteres por nós assinaladas para B. bonariensis. À estas observa- 
ções devemos acrescentar ainda: 

Que Pocock (|. c.:97), ao descrever a .espécie B. asper, baseou- 
se num exemplar que definiu como sendo um macho jovem, e que 
portanto não poderia apresentar a fosseta característica dos ma- 
chos adultos. Mello-Leitão (1.c.,:147), no entanto, afirma de forma 
genérica: ”... Vesícula de Face dorsal plana, sem fosseta nos dois 
sexos. ..”, atribuindo assim também aos machos adultos um ca- 
ráter que Pocock apenas assinalou num exemplar jovem. Achamos 
esta generalização um tanto apressada, pois em relação à presen- 
ça ou ausência da fosseta (afinal o único caráter diferencial que 
restou), não é possível distinguir machos jovens de B. bonariensis 
de B. asper. 


Pelo acima exposto, somos da opinião que B. asper deve ser 
incluido na sinonimia de B. bonariensis. 


SÓBRE BOTHRIURUS SEMIELLYPTICUS Prado, 1934 
! 
Esta espécie foi criada e diferenciada das demais espécies do 
gênero, por Prado, (|.c.:65), com base nos seguintes caracteres: 
a) Coloração 
b) Forma da crista mediana longitudinal na face ventral do 
5.º segmento caudal. 
c) Presença de um semielipse basilar na face ventral da vesi- 
cula, caráter donde se origina o nome da espécie. 
Os três caracteres foram por nós analizados, e sucessivamente 
anulados. Diante disso somos da cpinião que também esta espécie 
deve ser incluida na sinonímia de B. bonariensis. 


SUMMARY 


An analytical study is made of variations in colour, biometri- 
cal data, number of Pectinal Teeth, shape and structure of Ce- 
phalothorax, Abdomen, Tail, Palpi and Legs, and other structural, 
morphological and chromatical characters in the scorpion species 
Bothriurus bonariensis (Koch, 1842). Bothriurus asper Pocock,1893 
and Bothriurus semiellypticus Prado, 1934 are considered syno- 
nyms of Bothriurus bonariensis; comparison with type material of 
Bothrirus semiellypticus was made by correspondense. 


22 


ESTUDO DAS VARIAÇÕES DE BOTHRIURUS 


BIBLIOGRAFIA 


Kraepelin, K. 


Mello-Campos, O. 


Mello-Leitão, C. 


Mello-Leitão & A. Feio 


Pessöa, Samuel, B. 


Pocock, R. I, 


Mitt. Mus. Hamburg, 11 (222:234). 
1894. | 


Scorpiones und Pedipaldi, Das Tier- 
reich 8, 1899. 

Neue Beiträge zur Systematik der 
Gliederspinnen. !ahrb. Hamb. Viss. 
Ant. 28(59-107), 1910. | 


Os Escorpiöes Brasileircs. Mem. Inst. 
Osw. Cruz, 17, fasc;.. 2 (237.363) 
1924. 


Notas sôbre os Bothriuridas Sul-A- . 
mericanos. Arg. Mus. Nac. 33(75: . 
118, As | 
Notas sôbre os Escorpiões Sul-Ame- 
ricanos. Arg. Mus. Nac. 34(9-46), 
1932. 

Um novo Bothriurus do Nordeste do 
Brasil, :.An. Acad. Bras «Cr Ga 
Nor, 1992, 


Dois Escorpiöes Sul-Americanos. An. 
Acad. Bras. Ci. 9, nº, 2 22 7825 
1937. | 
Escorpiões Sul-Americanos. Arg. 
Mus. Nac. 40, 1945, 

Três Novas Espécies de Bothriurus | 
do Paraná e Santa Catarina. Bol. 
Mus: Nac nº 75, 192 


Notas sôbre Pequena Coleção de 
Aracnideos do Perú. Bol. Mus. Pa- 
raense E. Goeldi 10, 1948. 


Nota sôbre alguns Escorpiões do Gê- 
nero Tytius e Bothriurus. Ann. Paul. 


Med. Citurg. "291935 


— A Conttribution to the Study of 


Neotropical Scorpions. Ann. Mag. 
Nat. Hist: 12, n.º" 68) U7 
1893. 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 7 


Prado, A. — 


Werner a 


23 


Uma Nova Espécie de Escorpião do 
Gênero Bothriurus, Peters. Mem. 
Inst. But. 8(147-148), 1934. 


Ainda uma nova espécie de escorpião 
do gênero Bothriurus. Rev. Biol. Hig. 
5 (65-66), 1934. 


Ueber einige Skorpione und Glie- 
derspinnen des Natur-historichen Mu- 
seuns in Wiesbaden. Wiesb. Jarhb. 
Ver. Nath. 69(92-93), 1916. 

Neu Eingänge von Skorpionen in 
Zoologischen Museum in Hamburg. 
Festsch. Prof. E. Strand, 5(351-360), 
1932. 


Ms 


4 
, ” 
+ 
P FREIEN AAN, 
,r x , % 
FEN ER E AM NN, IR 
i ; IBAN, ui Ah 
| 5 ' 4 F 
. 1 « 
| 
. 
“ 
e 
be y N 
“+ r b 
h f 
% ' “ 
N 
o 
y h = poe add 
, vs 
y ji I N 
3 q | 
$ f 
N / 
1) 
É P 
+ vs ab 
1% KO e mm Ae" CA En) Mh h 
N . . ' \ We 
at À 
VENENO ros rendas NA rear ur m 
er [Er “ A 3 aê y 
f N É k all Ku dh ed ! 4 * 
ú ta En RT DE DURA É o UI 
MR TRI I y AL: 
h I. Rh HM AR AA 
ENS VA 
Po 
x 
“ 
“ 
f 
pe! 
a 
ai sc Pr) 
67 n 
’ 
t a 
' \ 
hi f 
A 
É a { did 
Mi f x f pi ) 
j { | 
N ' | 
, : ' 
, " | 
f d F ! RE ! A 2 
' ls 
4 ? 
q | 
a | 4 
] \ 
, | ' | 
bi y u 1 
) 
Hr \} 
, f 
f Wr 
hm 
17 fi 
| ” Á 
4 
. 
Pr 
À ih 
f o, a 
' gba 


RS 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 7 


PRANCHA 


o SEGMENTO CAUDAL. (Face ventral) 


ESTRUTURA DO 5 


LG 
cc 


« 
« 


dy 


ço 


(u 


Get 


Fig. H 


Fig. D 


DE E 


+ N 
1 4 
E y 
; \ 
“ 
N E 
Ed 
. 
> 
gs 
% 
u 
RD 
/ 
j \ 
ji - 
ns 
| 
f 1) - 
pd 
ia De 
} , 
y 
r 2 
Vo 
‘ 
$ 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 7 27 


PRANCHA II 


ESTRUTURA DO 5.° SEGMENTO CAUDAL (Face ventral) 


Big: G Eiger) 


Fig. E 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 7 29 


PRANCHA lil 
ESTRUTURA DO 5.º SEGMENTO CAUDAL (Face ventral) 


ae 


+ 
x Os 
eu 
PRC 
GL Ve ts 
à O 
a [ral w 
A) gia es 
u es 
VER afã Sm 
em il Es 
Eça Es Ee 
a Ste! 
ir at en 
pas N 
ne a: 
a He 
TE ES 
OR Pão 
. N, 


EEG 
N 
ah. NS, 


Big. | Figo R 


o a por RR rt ii E 
5 | MR. FW, Kae Fr Ei 


Mr A Ho M dd a 


Ee 


id 
6 
a 
E, 
| RSA 
4 \ 
f 
4 o 
f | 
j } 
Un E 
La 
ve y 
J 
4 
4 
$ 
' 
1 
k 
| 
kr 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 7 31 


PRANCHA IV 


>> 
Fig. Vesicula. 
Face dorsal 


Bothriurus 
N.º de Exs. bonariensis 


25 


and 


wa 


19-19 20-20 2-21] 22-22 2323 Nilce 
dentes nos 
pentes 


aan... 


Mire, ee 


= 
1 

w 
ÇA 


\ 
er 
) 
€. 


eso ty 


mr 
Ka 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 7 33 


N.º de Exs. PRANCHA V 


leo 17.12 jels 1919 20:90 PDA 2222 Ba 
Gráfico 2 N.º de dentes nos pente 


Hr 


Ê 
) 
N 
, 
q 
E, 
N 
4 4 
N 
f 
# 
#s 
í 
t 


sa 


“A Dc ad nen BE Rn 
» à 
d : : 


Be RO) ine od 


JOVDOVOAOLUVUVOVALALUVUVUULUOVAU 


| 
| 


Ro | Coloração 


| 


m —— mm me 2 em 2 e e em e e e TT mn 


50 
O 
nn 
„'MMRUMSERMHMAH<SHSHERRHHHEHR» 
18 
3 
-R- 
ans 
Fed 
| FIOLADONOCOSDD m O EmA 
pa IJ DINOHIDLONPANFTAFHIDCIOTPLANDNGINIO MID 
fl mad 
oo 
Br > 
ES 
SE annocanonHSoamiçdiqdidaadaa 
DO US Di q 
= 
ao 
Es 
o O 00 00 
O dd CAOMIMI-HO HCO HH - Ot 00 0 


ENS N Te SN EN O NN er SN 


O wo o TO O HH O 00 CO <H 00 QN 090 QN E- 


Largura 
Vesícula 


x 


er 
ça 
E 
N 
E 
h 
: Ee t 
i ] 
t 
Y [A 
5 
“ 


MD ooo ee our buv ora o sou opa deus <uBu wur bb du svoppuo do ben o dopessouauadalados soros Do von subo sdunusinodo ndo Dad | 
< ke RO DUVUSCUUULULUOUUU<S<SUULVOLUUUUULUSOUCULARARERODEASEEEUR 


! 
| 
| 
I 
| 


seg. 


EEE LOMBA Mp RCA ARO CHO<ARHO C COR ARO ORU CHANEL ANEORAR A OMR mA 
É - rEBkRar as amd Zon EZnANU<< nm <SAAA<LKUMA<LUUN EUR <LZO Amo Or An 
ran<akamm 


DOAnLUHUMBRNDEUN<EURAMERED 


bo 


Estrutura | Coloração 


il 


E 
Es 
ge | É 
DÊ |oooe+nsaesanneranınan names 2 warwanee tram TETE NATO eq ti 00 0 On O HO 9 IO GO DO 9 CO O UE + 
= EIER ee OT GO AÍ OT OT AT AV O AN ON ON 05 mf MI ON mta Teto E 2 aa o lo \orne-msrnsrsenerrann «rrenan 
= == = = — SEO = —— — g E ão 65 5 e 65 05 GU EN 03 05 GU EI GM ra OU OI OR ra 5 CU OM Ci NS IES AM mA E SS 0 js CÃO 
Ban 
sz 
Ei 
32 
STE CO DIRALDAL IAM HO 
> SGT af 05 09 09 09 05 09 09 0 09 05 09 09 66 1 TR a, m AaAAeeereneaNgteantan cem WHariak m or ae 
—— SOSSVSMBNDENESES O > et et SEA SS SS SA a a o pao 0 OU 5 OU OU O 2 CN 03 65 05 1 a a a a a o e 1 a 
| És 
EE E q 
ES is an Hanna gene „„ 2grene nezenneeeen ci o ın srerarer nEtrIAneo nur mom Gate = a 
|| DS tolo a a a OU 0 0 ts O aà Tt 6 a e SO ON O EEE 05 0 NR CS 6 69 SU TI een 
E en 
Pi 
Ec E 
BS E 
| RE 
ES |nouoa za cnonsssyrasananvocasaria axo q sonses © DRE RECESSO ern Cosas DOR) c Soda 
| Sc IS erteilen a 9 elica Sis na US Re RR E ERICO) a Leo O Le EN ces 9 e 05 2 = 3 annananemast Ar Nmenarreert won mass 
= EEE RIERESLCEESEECHELEEOEE ca id FBES emma aci 69 6X OU GN 0 6 09 TON OU py 0 09 CN pg 9 ON Ni EN ON ça O) st cê 1 0 0 02 q º 3 anna eangeenntneitmteinsniet 
Ben: 
I Ea 2 
Es 
ES [au „eonnenm EEE Hnaaanntar co © dassro vávrara nano SovOrpADEnADN DIDO DINDA oo un a cn Mona 
“a > co a ep ia carr ines O Got seno EE no o Hagarn SHaramea Do _ _ansernaaarnanznseener oro cat o an Sora 
25 BE Be EEE nH 09] 09 PEN ON ni I ESEL 09 69 09/00 09 sales 05 cu ANS O A ES ES 63 31 e E 09 03 3 ci 0 3 SN ON à à ie sim e Sana q TCS 
van — oo — — — — 
as E 
BS E 
IN BERREBEERRERTERTREREIEEEE SR Nb Edo Des ola drAnncos o Som © Mean orornbarauDiomiar aros ciriminiciareos ageaneemnsun exreean|ı ar à a jsenenda am vam o ak n Sianamenım een o ea Berner 
ouanNonanangaDas 22232293333223333232.5223735022202992.851540350 30305-303332. SUInGSIEISaSaT 33833-350388 ice modcdasecass  oticdes ettecentrl DO nado | poses wnaida | dar | daria arrnertosn nisi 
Em E 
ES E 
= en 
Se DONA DONA VOLAGOAALS HI ATIVO DO VANS DAN ADORO marco onerar COST SS Kantonen socnnnitovonboa Hainnan2raunatiir Neeonaer+en ennrarıen Sg aan Tawnaere an - “e escoa odor mona se 
VOSSO tino a JOD OS Aa Ano asa oo cn ecos EEE no ADD ECo GSE Cdo no EVobS vo ET EEE es ans ri dans cod BEE Eee Ssoworsrrren RAS NO É CO US UÉ OO US LO MN NG US VÊ e +HanF-SEerRPSsrSswarresrenen 
zer | E 
EEE E 
83º | EDU ES RO q UM qr É AD OD UU et a e e AO Ac F+oscon mada rotonconpmma ca meo arrın © vseoannsantne® “ 
E) cl Es Go en NDA Og o rá co LO GIO O O IAC en E] e US NS 6 5 E o en Dia do a ee 
>> SS = 25022.20322333232233332313853.3303333333. 0533332835053 0897E 252 BEaBen de reremm iii 
' 
“a 
ES 
EE 
35 cangazeçal 
Es Sasasadas| 
“s 
3 
= 
ZE 
Ss 
o 
| 
Ee 
Es 
ne 
fo | mir mise om ando ADIDAS JTTSDSDLE ACO SDEE nein 
As ee O SO === Toto oo 
ass ren ea. Dre TET, ia ee ah INT oo re 
Le 
EE 
EE eua ENVRRO agaa aU ausa nas As sanada 22.02.2020 cce 
SEA ie ao) ea [so o) pes ee ne e cosmo foro a cirtio asim rimar) rio to OO ae nosaaenrene não SESSSEnS | o qe çies OCO ER SIS GSE Sa dae as 
SS Eee TE E SD OU DS A rã ee Por ee | St 03 6 0 ELITE TIERE nt lo NO ERS SEHE LI rio 


> 
| 
E 
| 
| 
| 
| 
| 
| 
| 


de | 


8 
ne nonno 
ZE É Essa 
Ee mono 
= saaan 
= 
é SEGEE 
EA Fasass 
Ian | : Pe ve a oo = a5 
sooo = 2 121 - 
n paro EE E ee Denen manciscstccc cc 
ERR e RIR E GE E PE DA SE Nee 
] aa E Es sesnrs2Aa 3 : 
Bere dede co: ze dna: so Eee Den É 
en ii Es ARE a Er = = 
Sé do s S E) SR Be 
= dE Be SE Sc SE EEE = 
3 res er eisen: ee an = = A 2 
EN: & 
= 9 5 
2 E 8 Mer 
2 E 2828 E £ 
2 a BEER ERRO uy 8: 
3 ss s 8. 383 2 CIP . EE ias a se 
é | 3 à FÉ BEE SÊ e SE a SS é Rd ane: = 
z = Ea E. to. TE HER no = OR: 
3 | à So Aus Bigmı fee: Eee 225 Sela ERBE Seen = 
2 o o og 2288 = 3 ei 8 = E Ea RE É 
2 Z3s Be BE nos Coast 5 < Ei Ze o BEE N Bea. Bes. é 
5 ehe DE past el o o Se Ser: BISHER É dEda 
LuE-ME 2:22: E. Rus. MGuERE E. .- 2 Ho Es QE 2222222020 Ss: 5525 En 
EIER DAER isa er re o Sc = RS EE FESE Du Qua Oo 
Enm um à End nana ba Eh ma Lou e 
ANNA GorsocndnaRUreconaGaREL GOA INADONEconNDALOLEOnISELSSSSTAR 
OHamA Cro conanIno nao STILL BRESREESo SSOScvosNHE 
A 
Ca 


SÉRIES CIENTÍFICAS 
SEU RIO-GRANDENSE DE CIÊNCIAS NATURAIS 


N? 8 — DEZEMBRO DE 1957 . 


Ill Y 
N N OSWALDO BAUCKE | Be: 
= E E a | 4 ER \ Lo) © 
5: OC E: 1958 Eng. Agr. 
S/B RA RN E 
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA a 
DIVISAO DE CULTURA 
DIRETORIA DE CIÊNCIAS | ES 


OSWALDO BAUCKE 
Eng.º Agr.º 


CERAMBICIDEOS DO RIO GRANDE DO SUL 


III 


Oficinas Gráficas da Imprensa Oficial 
Pörto Alegre 


1957 


OA O ehe NS 
ah Yan UA 


CERAMBICÍDEOS DO RIO GRANDE DO SUL —- III (*) 
Oswaldo Baucke, Eng.º Agr. (*) 


INTRODUÇÃO 


Com êste trabalho continuamos a nominata e descrição su- 
mária das espécies de Cerambycidae encontradas no Rio Grande do 
Sul, e que figuram na coleção de insetos do Serviço de Entcmolo- 
gia da Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio. O estudo 
e descrição dos longicórnios do Estado começou com um primeiro 
“Catálcgo”, publicado na “Agronomia Sulriograndense”, Boletim 
Técnico da Diretoria da Produção Vegetal da Secretaria da Agri- 
cultura, Indústria e Comércio, 2(1):50-87, 1955. O referido tra- 
balho saiu ainda como o “Boletim n.º 1” do Serviço de Entomologia, 
da Secção de Defesa Sanitária Vegetal daquela Diretcria. Relacio- 
na a setenta e duas (72) espécies de cerambicideos, das quais se- 
te (7) pertencem à sub-familia Prioninae, quarenta (40) a Ceram- 
bycinae e vinte e cinco (25) a Lamiinae. 

O estudo em tôrno a êste grupo de insetos continuou com o 
trabalho “Cerambicídeos do Rio Grande do Sul”, publicado na “Re- 
vista de Museu Júlio de Castilhos e Arquivo Histórico do Rio Gran- 
de do Sul”, vol. 7:20-31,1957. Inclui a vinte e cinco (25) espécies 
mais de Cerambycidae, das quais dezesseis (16) pertencem a Ce- 
rambycinae e nove (9) a Lamiinae. 

Com êste publicamos mais uma relação dos referidos insetos, ao 
todo vinte e duas (22) espécies, sendo uma (1) para Prioninae, oito 
(8) para Cerambycinae e treze (13) para Lamiinae. 

A literatura indicada para o “Catálogo” e “Cerambicídeos” 
serve também para a presente lista; neste trabalho, em “Literatura 
citada”, repetimos os artigos que se referem especialmente às espé- 
cies que ora são mencionadas; em “Bibliografia para Cerambycidae” 
acrescentamos muitos outros, que ainda não tínhamos tido a opor- 
tunidade para compulsar, com c que pretendemos também comple- 
tar, tanto quanto possível, o quadro biblicgráfico com referência 
aos longicórnios do Rio Grande do Sul e também da fauna neo-tro- 
pical. 

Para a maioria das espécies enriquecemos as referências de 
distribuição geográfica com cs dados obtidos nas coleções do Co- 
légio Anchieta, relacionando-as sob o título: “outras procedências”. 
Isto o conseguimos, graças à gentileza do Pe. Pio Buck S. J., o qual 
também identificcu grande parte das nossas espécies de longicór- 
nios. Aproveitamos aqui a oportunidade para expressarmos, ao re- 
ferido entomólogo, os nossos sinceros agradecimentos, e os torna- 


(*) — Trabalho entregue para publicação em 17-6-57. 
(**) — Do Serviço de Entomologia da Secretaria de Agricultura, Indústria e 
Comércio. 


AMT! ORAL. qc e 


6 CERAMBICÍDEOS DO RIO GRANDE DO SUL 


mos extensivos ao Dr. Ludwig Buckup, do Museu Rio-Grandense de 
Ciências Naturais, que cfertou ao Serviço de Entomologia mais 
de metade das espécies relacionadas neste trabalho. 

Com relação ainda à procedência dos insetos, anotamos aque- 
las que se referem a Itapiranga, localidade fronteira a Cerro Lar- 
go (ex-Serro Azul), e localizada em Santa Catarina, devido a que 
as faunas de ambos os lugares muito se assemelham, uma práti- 
camente repetindo a outra. 

Com excepção das espécies de MELZER: Aerenea sulcicollis 
Melz., 1932 (Rev. de Ent. 2, 1932, p. 219, est. 4, fig. 13) e Lophopo- 
eum virescens Melz, 1931 (Arg. Inst. Biol. 4, 1931 p. 64, est. 13, fig. 
18), cujas diagnoses foram vistas no original, tôdas as demais es- 
pécies relacionadas no presente trabalho foram redescritas a par- 
tir dos exemplares existentes na coleção do Serviço de Entomolo- 
gia, determinados pelo Pe. Pio Buck e pelo Autor, por compara- 
ção com os longicórnios do Museu do Colégio Anchieta. 


CATÁLOGO 
PRIONINAE 


Tribu CALLIPOGONINI 
Gênero Stictosomus Serv., 1832 
(Anacanthus Serv., 1832) 


1. S. reticulatus (Dalm., 1817). Sin.: S. costatus (Serv., 1832). 
Pe. Pio Buck det. Assinalada para o Rio de Janeiro, larva em tronco 
cortado de jacaretão branco (1). Coloração uniforme castanhc- 
avermelhado; corpo, pela parte superior, glabro, opaco e escure- 
cido; pela parte inferior, glabro e lustroso. Cabeça pontuada, com 
sulco longitudinal mediano. Pronoto amplo, trapezoidal, esparsa- 
mente pontuado; ângulos superiores elevados, inferiores deprimi- 
dos. Escutelo não pontuado. Umeros levemente salientes. Elitros 
alongados, inermes, fracamente pontuados; tri-carenados, carenas 
coalescendo para a região ante-apical. Fêmures do primeiro par de 
patas fortemente rugosos; tíbias do primeiro par de patas pontua- 
das. 

Exemplar proveniente de Bento Gonçalves: 11.55 (E. Viana 
leg.). Comprimento: 30 mm; largura: 8 mm. Outras procedências: 
2 Eco. de Paula: 11.38; 11.41; 1, II, V11.42; Caxias do Sul (Vila Oliva): 
11.51; 11.54; Cerro Largo: X.44; Nova Petrópolis: 1.28, S. Leo- 
poldo: 1.28. | 


CERAMBYCINAE 
Tribu EBURIINI 


Gênero Eburia Serv., 1834 


2. E. sordida Burm., 1865. Pe. Pio Buck det. Para a Argenti- 
na (2) e o Uruguai (6). Para o Paraguai, e para o Alto Paraná, on- 
de é broca de Citrus (in BOSQ:4). Ferrugineo-opaco, corpo densa- 
mente pubescente. Olhos grossamente granulados. Antenas pubes- 
centes, muito longas, ultrapassando o comprimento do corpo. Pro- 
noto cilíndrico, mais estreito do que os élitros na base; espinhoso 


8 CERAMBICÍDEOS DO RIO GRANDE DO SUL 


nas margens laterais, bi-tuberculado no disco. Escutelo coberto de 
grossa pubescência sulfúrea. Élitros alongados, pubescentes, ar- 
mados de um curto espinho apical; são singularmente decorados com 
duas manchas ebúrneas, alongadas, longitudinais, situadas na por- 
ção mediana, a externa maior e pouco mais para cima da interna, e 
outras duas manchas, em idêntica disposição, e menores do que 
as anteriores: a primeira junto ao Umero, e a segunda a igual dis- 
tância daquela e do escutelo. Pernas longas, pubescentes. 
Exemplar proveniente de Bento Gonçalves: 1.54 (L. Buckup 
leg.) Comprimento: 15 mm; largura: 3,5 mm. Exemplar provenien- 
te de Viamão: 1.55 (A. Nunes leg.). Comprimento: 27 mm; lar- 
gura: 6,5 mm. Outras procedências: Caí (Parecy Novo): X1.32. 


Tribu PHORACANTHINI 
Gênero Elaphidion Serv., 1834 


3. E. elegans Chevr., 1861. Pe. Pio Buck det. Para a Argenti- 
na (2). Para o Brasil: Estado do Rio de Janeiro e Minas Gerais (15). 
Castanho-avermelhado, escurecido para a parte inferior do corpo, 
cabeça e pronoto. Artículos antenais 3-5 decorados com um curto 
espinho apical externo. Cabeça e pronoto cerradamente pontuados. 
Pronoto apresentando duas linhas longitudinais amarelas, situadas 
próximo às bordas; estas linhas acompanham as margens basal e api- 
cal, e se afastam para o centro e para fora, à forma de um losan- 
go. Escutelo coberto por densa pubescência amarela. Élitros gros- 
samente pontuados até dois terços do comprimento, recobertos de- 
suniformemente por longos pelos amarelo-claro; apresentam dois 
espinhos apicais, o externo alongado, o interno vestigial. Élitros 
deccrados com manchas testáceas apical e mediana, esta irregular 
e bordada de preto superiormente. Entre as manchas uma zcna es- 
curecida, deixando uma porção castanho-avermelhado para a su- 
tura, e que se repete para as regiões basal e ante-mediana. Fê- 
mures, em especial os dos pares de patas anterior e médio, engros- 
sados para o ápice. 

Exemplares provenientes de S. Fcc. de Paula: 1.55 (L. Buckup 
leg.). Comprimento: 10-12 mm; largura: 2-2,5 mm. Outras proce- 
dências: S. Fco. de Paula: 1.37; 1.38; 1.39; 1.42; S. Leopelde 7 u 
27: X.32; 1.37; 11.44; Caxias do Sul (Vila Oliva): 11.46; Cai XParcer 
Novo): X1.35; Nova Petrópolis: 1.28; Pôrto Alegre, s/data. 


Gênero Phoracantha Newman, 1840 


4. P. semipunctata (Fabr., 1775). O. Baucke det. Inseto crigi- 
nário da Austrália, onde é conhecido pela denominação vulgar de 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 8 REN 9 


“firewood beetle”; no sul da África, para onde foi transladada a 
espécie, é conhecida por “Phoracantha beetle” e "Phoracantha 
borer”. Posteriormente, foi introduzido o inseto, provávelmente 
ccm o comércio de mudas de Eucalyptus, desde a Argentina (3,4) 
até o Uruguai (13,6,14) e o Brasil: Rio Grande do Sul. Na Arqgenti- 
na, em razão do seu monofagismo para com aquela mirtácea (que 
é broqueada pela forma larval do inseto), é dita a praga “taladro 
del eucalipto”. Excelente descrição da espécie, biologia e fases 
post-embrionárias em DE SANTIS (7). Castanho-escuro para a ca- 
beca, artículos antenais 1-2, pronoto, élitros e a parte inferior do 
corpo; artículos antenais 3-11 e patas castanho-avermelhado. To- 
nalidade mais acentuada para o pronoto e as reaiões basal e ante- 
mediana elitrais, que revelam bastante brilho. Antenas longas, ul- 
trepassando o comprimento do corpo. Primeiro artículo antenal le- 
vemente pontuado; artículos 5-10 dotados de curto espinho apical 
interno; artículos 3-10 com longo espinho apical externo, cujo com- 
primento vai diminuindo gradativamente para os segmentos fi- 
nais. Pronoto sub-cilindrico, fortemente rugoso; apresenta forma- 
ções tuberculares lisas e brilhantes: duas anteriores sub-laterais 
sub-circulares e uma pela região mediana, longitudinalmente, 
alargada para a base e com o ápice para cima, à semelhanca de 
um triângulo isósceles. Pronoto com forte espinho lateral. Escu- 
telo curto, sub-triangular, coberto de pubescência amarelada. Éli- 
tros cerradamente pontuados da base até a região mediana; meta- 
de posterior com pontuacão fracamente assinalada. Apresentam 
dois espinhos apicais, o externo um pouco maior do que o interno, 
Élitros decorados com manchas amareladas: uma irregular ante- 
mediana sub-lateral até próximo à sutura; outra, bem mencr do 
que a primeira, junto à margem, pouco abaixo daquela; uma ter- 
ceira transversal mediana, ampla, da margem à sutura, sinuosa 
tuperiormente e sub-reta pela parte inferior; uma quarta reduzida, 
sub-elíptica, apical. O final da mancha mediana marca a passa- 
gem da pontuação cerrada e profunda para a pontuação esparsa e 
débil. | | 

Um exemolar cacado à luz, em Pörto Aleare: 22.X11.56 (O 
Baucke leg.). Comprimento: 25 mm; largura: 6,5 mm. Constituem 
dimensões excepcionais para a espécie, em confronto com as in- 
dicadas por DE SANTIS (7): comprimento: 21,5 mm; laraura: 5,5 
mm, e as encontradas para 9 exemplar que possuimos, provenien- 
te de Buenos Aires (XI1.40) e determinado por J. M. BOSO: com- 
primento: 18,5 mm; largura: 4,5 mm. Outras procedências: S. Leo- 
poldo: X. 50. 

Tribu IBIDIONINI 


Gênero Gnomidolon Thoms., 1864 
5. G. elegantulum Lameere,, 1885. Pe. Pio Buck det. Para a 


10 CERAMBICÍDEOS DO RIO GRANDE DO SUL 
————e. |] 


Argentina (2). Para o Brasil: Estado do Rio (15). Testáceo; cabeça, 
artículos antenais 1-2, pronoto, fêmures posteriores (em parte), 
tíbias medianas (em parte) e tíbias posteriores preto. Antenas Icn- 
gas, ultrapassando o comprimento do corpo. Pronoto cilíndrico, 
alongado. Escutelo coberto de pubescência esbranquiçada. Élitros 
truncados, pontuados; apresentam longo espinho apical externo, e 
são decorados com mancha preta basal, mediana, alargada, que 
progride pela sutura, estreitando-se um pouco até a região mediana, 
onde se torna transversal, tomando a direção da margem, para fo- 
ra e para baixo. Pernas e corpo apresentam longas cerdas esbran- 
quiçadas, esparsas. Fêmures posteriores com longo espinho apical 
externo. 

Exemplar proveniente de Pôrto Alegre (Ponta Grossa): [11.55 
(L. Buckup leg.). Comprimento: 7 mm; largura: 1 mm. Ou- 
tras procedências: Cerro Largo: 1.31; X.44; Pörto Alegre: XI1.31; 
XH.52; Caí (Alta Feliz): 11.32; Caí (Parecy Novo): X1.27. 


Gênero Octoplon Thoms., 1864 


6. O.lineaticolle Thoms., 1865. Pe. Pio Buck det. Para o Brasil: 
Estado do Rio (15). Gênero muito próximo a Gnomidolon Thoms. 
Ferrugineo-escuro; antenas (em especial do terceiro artículo em 
diante), fêmures e tórax (meso e metatórax), castanho-escuro. Tu- 
berculos anteniferos espinhosos nos machos; antenas longas, ultra- 
passando o comprimento do corpo. Pronoto cilíndrico, alongado, ir- 
reaularmente tuberculado. Élitros truncados, ornados de longo es- 
pinho apical externo; ferrugíneos, metade basal castanho. Man- 
cha castanha prolongando-se em lista, a partir da sutura, para 
baixo e para fora, em curva suave, até a região post-mediana, ter- 
minando antes da sutura; estreita lista ferrugineo avançando pela 
porção castanha, longitudinalmente, para cima, próxima à sutura, 
da região mediana até a post-basal. Fêmures anteriores levemente 
clavados. 

Exemplar proveniente de Bento Gonçalves: 1.54 (L. Buckup 
leg.). Comprimento: 12 mm; largura: 2 mm. Outras procedências: 
Itapiranga: X11.55; Cerro Largo: X.44; Pôrto Alegre: X.45; IV.51; 
1.53. 


Tribu RHINOTRAGINI 
Genero Odontocera Serv., 1833 
7.0. flavicauda Bates, 1873. Pe. Pio Buck det. Para a Argen- 


tina (5) e o Uruguai (6). Para o Brasil: Minas Gerais (15) e Rio 
Grande do Sul (Caxias do Sul), onde é broca da cangerana — Ca- 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 8 11 


bralea cangerana (seg. J. HYGINO DE CARVALHO, in Costa Li- 
ma: 10.) Espécie muito comum em flores de caraguatá do campo 
(gravatá do campo): Eryngium eburneum Decne, Umbelliferae. 
Coloração geral sanguíneo; artículos antenais 1-5, cabeça e pernas 
preto. Cabeça alongada na frente dos olhos; olhos grandes, arre- 
dondados. Antenas curtas, atingindo até os élitros em sua porção 
mediana; artículos antenais 6-11 testáceo. Pronoto cilíndrico, qua- 
dri-tuberculado no disco. Escutelo quadrangular, coberto de pubes- 
cência branca. Élitos truncados, inermes, estreitos, plancs na re- 
gião superior, de aspeto vidrado no disco; afastados entre si da re- 
gião ante-mediana para o ápice, apresentam estreita margeação 
preta e pequena mancha irregular apical amarelo-laranjado. Per- 
nas posteriores compridas; fêmures (em especial os anteriores e me- 
dianos), engrossados para o ápice. Últimos segmentos abdominais 
visíveis por cima. 

Exemplares provenientes de Caí: X1.56 (O. Baucke leg.) 
Comprimento: 11-15 mm; largura: 1,5-2,5 mm. Outras procedên- 
cias: Nova Petrópolis: 1.28; S. Leopoldo: X11.33; Itapiranga: 
RR Cerro Largo: 1.30; 1.31; X11.42; Cai (Parecy Novo): XII. 
Br 36: Porto Alegre: XI1.30; IV, XI.31; IX.32. 


Tribu COMPSOCERINI 
Gênero Chariergus Thoms., 1860 


8. C. tabidus Klug, 1925. Pe. Pio Buck det. Para o Brasil: 
Estado do Rio e Minas Gerais (15). Encontrada sôbre galhos abati- 
dos de acácia negra; provávelmente é inimigo secundário desta 
leguminosa. Ferrugineo-opaco. Cabeça, pronoto e élitros finamen- 
te granulados. Antenas e patas escurecido. Pronoto alcngado, sub- 
cilíndrico, levemente alargado para o meio. Élitros alongados, iner- 
mes, finamente pubescentes. 

Exemplar proveniente de S. Leopoldo: X.56 (O. Baucke leg.). 
Comprimento: 10 mm; largura: 1,5 mm. Outras procedências: 
Else: X.30: X.37; -1X.32; 1X.33; XI.35; X.47; IX.92; 
IX. 54. 

Tribu CLYTINI 


Gênero Megacyllene Casey, 1912 
(Cyllene Newm., 1840) 


9. M. proxima (Cast. & Gory, 1835); elongata Chevr., 1861. 
O. Baucke det. Para a Venezuela e a Argentina (2). Para o Brasil: 
Minas Gerais (15). Castanho-escuro, coberto de pubescência es- 
cura; antenas e patas castanho-avermelhado. Antenas curtas, não 


12 CERAMBICÍDEOS DO RIO GRANDE DO SUL 


ultrapassando a extremidade do corpc; artículos antenais, a partir 
do segundo, dotados, pela região ante-apical, de espinho externo, 
mais desenvolvido para o segundo segmento e diminuindo para cs 
demais. Cabeça sulcada entre as antenas. Olhos bordados de es- 
pessoa pubescência sulfúrea. Pronoto ovalado, coberto de pubescên- 
cia escura, ccm três finas faixas regulares, formadas de pubescên- 
cia sulfúrea: transversais, paralelas, a primeira ante-mediana, a 
segunda discoidal e a terceira basal. Estas faixas, pela parte infe- 
rior, coalescem, apresentando-se o prosterno uniformemente re- 
coberto de pubescência sulfúrea. Escutelo transversal, pubescência 
escura para a primeira metade e sulfúrea para a segunda. Élitros 
acuminados, carenados na segunda metade, espinhosos no ápice; 
cobertos de pubescência escura e sulfúrea, esta última sob a forma 
de pontos e listas: lista transversal sub-basal post-escutelar, em 
forma de curva suave, abertura dirigida para cima, nascendo pró- 
ximo à sutura, não atingindo a margem; pela região ante-mediana 
outra lista, semelhante à primeira. Entre ambas, pela sutura, man- 
cha irregular alcngada, e que se repete, entre as carenas, pelas re- 
giões mediana, post-mediana e ante-apical, mantendo distâncias 
aproximadas entre si. Em correspondência com estas manchas, um 
tanto abaixo para as duas últimas, pontos sulfúreos irregulares, 
situados junto à margem. Grande mancha sulfúrea sub-triangular 
visível pela parte superior do último segmento do abdcme. Mesos- 
terno e metasterno cobertos de pubescência sulfúrea, ausente na 
porção mediana do epimero metatoráxico. Primeiros segmentos ab- 
dominais ccbertos de espessa pubescência sulfúrea para a margem, 
restrita à parte inferior dos mesmos, mais abundante para o pri- 
meiro e ausente nos dois últimos. Tíbias medianas e posteriores 
dotadas de duplo esporão apical, maiores nestas do que naquelas. 
Primeiro artículo tarsal, em cada par de patas, maior que os outros 
dois reunidos. 

Exemplar proveniente de Pórto Alegre: IV.56 (L. Buckup 
leg.). Comprimento: 16 mm; largura: 4 mm. Outras procedências: 
S. Fco..de Paula: 1,37; Caxias do Sul (Vila Oliva): II. 48; Pörto Alegre: 
Mods 295 UM Ds, 2: 53; Itapiranga: IX. 53; 1.54: 


LAMIINAE 
Tribu ATAXIINI 


Gênero Aletretia Bates, 1866 


10. A. inscripta Bates, 1866. Pe. Pio Buck det. Ferrugineo, 
coberto irregularmente de pubescência sulfúrea. Antenas ornadas 
de longcs pelos escurecidos, esparsos, pelo lado externo; primeiro 
artículo antenal robusto. Cabeça pontuada. Pronoto cilíndrico, 


E... 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 8 13 


pontuado. Escutelo sub-triangular, pubescente. Élitros esparsamen- 
te pontuados; truncados, armados de curto espinho apical exter- 
no. Pubescência sulfúrea elitral em linhas longitudinais e parale- 
las, da base até a região post-mediana: uma pela margem, duas 
discoidais e uma quarta próximo à sutura, um tanto deficiente para 
a região basal. As linhas mantém distâncias aproximadas entre si; 
as duas discoidais terminam pela região mediana. Pela região post- 
mediana larga faixa irregular transversal, unindo a linha próxima 
à sutura à outra que percorre a margem, e indo de baixo para ci- 
ma, daquela para esta. Estas duas linhas continuam após a faixa, 
unindo-se no espinho apical. Pela região ante-apical, nascendo na 
linha que percorre a margem, para cima e para a sutura (sem al- 
cançá-la), faixa irregular, com prolongamentos lineares longitudi- 
nais para cima, ccmo se fôra a continuação daquelas outras duas 
linhas (as discoidais), e emitindo, na altura do primeiro terço, para 
baixo, curto prolongamento que coalesce no ápice com as linhas 
marginal e sutural. 


Exemplar proveniente de Bento Gonçalves: 1.54 (L. Buckup 
leg.). Comprimento: 6 mm.; largura: 1,5 mm. Outras prccedências: 
Caxias do Sul (Vila Oliva) 11.45; 11.49; Esteio: X1.45; S. Leopoldo: XI. 
Bento Alegre: | 11, X.33; V.35; VIII.47; X.48; ||, IX.49; 
RR AX %.52; 11,58. 


Tribu DESMIPHORINI 
Gênero Desmiphora Serv., 1835 


Il. D. lateralis Thoms., 1868. Pe. Pio Buck det. Castanho-es- 
curo, coberto desuniformemente por espessa pubescência ferrugi- 
neo e esbranquiçado. Antenas do comprimento do corpo; pubes- 
centes, apresentam, externamente, numerosos pelos longos, sedo- 
sos e escurecidos. Pronoto cilíndrico, pontuado, com um forte espi- 
nho lateral; pubescente, decorado com tufos de espessa pubescên- 


“cia ferrugineo pela parte anterior, dois sub-laterais e um mediano, 


este à frente dos demais, compondo um triângulo equilátero, dis- 
pondo-se os tufos em fila curta longitudinal de pelos. Escutelo qua- 
drangular. Élitros escurecidos, pontuados, inermes, planos no dis- 
co e abruptamente inclinados para as margens e para o ápice; co- 
bertos de espessa pubescência ferrugineo esbranquicado, diminui- 
da para os úmeros e inexistente para a região mediana até a ante- 
apical, na porção junto à margem, deixando a descoberto a super- 
fície escura elitral, limitada do resto por uma curva suave, e fa- 
zendo contraste com a pubescência. Esta linha de demarcação 
nasce junto à margem, pela região ante-mediana, e dirige-se para 
baixo, atingindo o disco na porção mediana, mantendo-se paralela 
à sutura até a região post-mediana. Dois tufos de espesea pubes- 


14 CERAMBICIDEOS DO RIO GRANDE DO SUL 


cencia sulfürea situados söbre esta linha, o primeiro quando a mes- 
ma atinge o disco e o segundo ao seu fim. Um outro tufo de idên- 
tica pubescência no disco, pela região post-basal, e um quarto, de 
pubescência branca, no disco, pela região ante-apical, a partir do 
qual, para a margem e para a região- post-mediana, apresenta-se 
esbranquiçada a superfície pubescente elitral, com alguns pelos 
maicres e esparsos. Pubescência branca, em duas linhas finas, 
dispostas em ângulo, com o vértice dirigido para cima, avançando, 
desde aquela porção post-mediana esbranquiçada, até adiante do 
último tufo de pubescência ferruginea, para dentro da zona pu- 
bescente, formando também marcante contraste. Corpc, visto por 
baixo, coberto por espessa pubescência esbranquiçada; epimeros 
meso e metatoráxico com fina pubescência escurecida; patas (em 
especial tíbias e tarsos), com longos filamentos esparsos e esbran- 
quiçados. 


Exemplar proveniente de Pôrto Alegre: 11.55 (L. Buckup leg.). 
Comprimento: 8 mm; largura: 3 mm. Outras procedências: Cerro 
Lurgo: 1.31; Osório: 1.50; S. Fco. de Paula: 1.37; Caxias do Sul (Vila 
Oliva): 11.32; 11.49: 1,50; 11.52; Pörto Alegre: IX.327 MD 72 
E 


Gênero Falsischnolea Breuning, 1940 


12. F. intonsa (Germ., 1824). Pe. Buck det. Para a Argentina 
(2). Para o Brasil: Santa Catarina (Florianópolis, 1.53). Castanho 
uniforme, um pouco escurecido para o primeiro artículo antenal, 
pronoto, região basal elitral e porção inferior do corpo. Pubescente, 
recoberto por longos pelos cinzentos, raros para a parte inferior e 
abundantes para as antenas, pronoto, élitros e patas. Antenas 
curtas. Pronoto cilíndrico, pontuado. Élitros grossamente pontua- 
dos, inermes, planos no disco e abruptamente inclinados para as 
margens laterais e para o ápice, formando carena longitudinal in- 
distinta, do ângulo umeral ao ápice, aproximando-se gradual- 
mente da sutura. 


Exemplar proveniente de Viamão: IV.56 (L. Buckp leg.). 
Comprimento: 8 mm; largura: 2 mm. Outras precedências: Osó- 
rio: 1.50; S. Leopoldo: XI1.27; Caxias do Sul (Vila Oliva): 11.46; 11.51; 
1-11.52;,Pórto »AlegreoM. 34; Vi; 495 X 50; VB 2 


Tribu ESTOLINI 
Gênero Malthonea Thoms., 1864 


13. M. tigrinata Thoms., 1864. Pe. Pio Buck det. Para o Bra- 
sil: Minas Gerais e Estado do Rio (15). Preto, ccberta de pubescên- 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 8 15 


cia acinzentada. Olhos entalhados, finamente granulados. Ante- 
nas longas, ornadas, externamente, de fios escurecidos, lon- 
gos e esparsos. Pronoto cilíndrico, fortemente tuberculado lateral- 
mente. Escutelo quadrangular. Élitros pontuados, truncados, es- 
treitados para o ápice e ornados com longo espcrão apical externo. 
Pubescência acinzentada elitral deixando porções escuras a desco- 
berto, as quais são arredondadas e irregularmente dispostas. Per- 
nas curtas, fêmures alaranjados. 

Exemplar proveniente de Tôrres (praia da Figueirinha): 11.57 
(O. Baucke leg.). Comprimento: 7 mm; largura: 1,5 mm. Outras 
procedências: Cerro Largo: VIl.39; Caí (Alta Feliz): 11.32. 


Tribu AERENEINI 
Gênero Aerenea Thoms., 1857 


14. A. sulcicollis Melz., 1932. Pe. Pio Bucke det. Para o Bra- 
sil: São Paulo e Minas Gerais (16, 12, 15). Marron-escuro opaco. 
Cabeça côncava entre as antenas; olhos entalhados, grossamente 
granulados. Antenas, nos machos, ultrapassando o comprimento 
do corpo; nas fêmeas, atingindo até o ápice elitral. Último artículo 
antenal arqueado. Pronoto com pubescência acinzentada; trans- 
verso, com forte espinho lateral, fracamente bi-tuberculado no dis- 
co e com um sulco mediano longitudinal. Escutelo quadrangular, 
com densa pubescência acinzentada. Élitros amplos, truncados, 
grossamente pontuados, pontuação esparsa; tubérculos irregula- 
res, poeminentes, dispersos pela superfície elitral. Pernas medio- 
cres, fêmures fortemente clavados. 

Exmplar proveniente de S. Fco. de Paula: 1.55 (L. Buckup 
leg.). Comprimento: 7,5 mm; largura: 3 mm. Outras procedências. 
Guianuba (Morro de Sapucaia): V11.48; Caxias do Sul (Vila Oliva): Il. 
moro Alegre: 1X.47; VIII.49; VI.51;. MH, VII.52; 1X.55; 
Tr JO. 


Tribu ONCIDERINI 
Gênero Trestonia Buquet, 1859 


15. T. capreola (Germ., 1824). Sin.: Saperda capreola Ger- 
mar, 1824. Pe. Pio Buck det. Para a Argentina (2). Para o Brasil: 
Minas Gerais e Estado do Rio (15); São Paulo e Santa Catarina (8). 
Ferrugineo, coberto de pubescência esbranquiçada, disposta irre- 
gularmente; três últimos segmentos abdominais e a fronte com es- 
pessa pubescência branca. Pela fronte, mancha ferruginea central, 
transversal, de contôrno não definido. Tubérculos anteniferos ele- 
vados nos machos, na forma de um esporão, e reduzidos nas fê- 


16 CERAMBICÍDEOS DO RIO GRANDE DO SUL 


meas, à semelhança de um dente curto. Antenas ultrapassando © 
comprimento do corpo ncs machos e igualando-o nas fêmeas. Ter- 
ceiro artículo antenal arqueado; nos machos, o 11.º segmento é 
arqueado também, e ultrapassa ao terceiro em comprimento. Prono- 
to levemente transverso, rugoso no disco, com um pequeno tubérculo 
lateral post-mediano. Escutelo quadrangular, lados obliquos, dpi 
ce arredondado, subtruncado. Élitros alongados, inermes, forte- 
mente pontuados na região basal. Umeros fracamente salientes. 
Superfície elitral marmorizada de pubescência ferruginea e es- 
branquiçada, esta mais abundante para a margem, pela região 
mediana; pela região post-mediana até ante-pical, mancha oval 
castanho-escuro, aureolada de branco, longitudinal, indo próximo 
a margem e à sutura: contraste mais nítido pela parte superior; 
- pela parte inferior, na região ante-apical, pubescência branca for- 
mando nítida mancha de contôrno indefinido. Pernas curtas, fê-. 
mures clavados. 

Exemplares provenientes de Bento Gonçalves: 1.54 (L. Bu- 


ckup leg.). Comprimento do macho: 14 mm; largura: 45 mm. 
Comprimento da fêmea: 12 mm; largura: 4 mm. Outras procedên-. 


cias: Cerro, Largo» do SB: 
Tribu ACANTHODERINI 


Gênero Oreodera Serv., 1835 


16. O. quinquetuberculata (Drapiez, 1820); trinodosa (Germ., 
1824). Pe. Pio Buck det. Para a Argentina (2). Para o Brasil: Minas 
Gerais e Estado do Rio (15); sul do País (9). Em Guaratiba (Distrito 
Federal), a larva é broca dos galhos e troncos do pessegueiro: Pru- 
nus persica Sieb. & Zucc. (|). Espécie próxima a O. glauca: (Linn., 
1758). Castanho-escuro, ccberta de pubescência esbranquiçada e 
ferruginea, aquela atingindo mais especialmente a porção media- 
na elitral; ápice dos fêmures escurecido. Pronoto transversal, quin- 
quetuberculado: três tubérculos discoidais e dois laterais; nítida 
linha de pontos escurecidos ao Icngo da margem apical. Escutelo 
grande, sub-triangular, ápice arredondado. Elitros obliquamente 
truncados, inermes; tubérculos lisos pela região umera! e peri-es- 
cutelar e pontos escurecidos disseminados pela superfície elitral. 
Pubescência esbranquiçada desde a região pcst-basal até a post- 
mediana, formando mancha limitada, pela parte superior, em li- 
nha, desde o úmero até a sutura, de cima para baixo, terminando 
em ponto irregular castanhc-escuro; pela parte inferior, em linha, 
desde a margem até a sutura, de baixo para cima, destacando-se 
pontos irregulares castanhc-escuro substituidos, em O. glauca 
(Linn.), por faixa transversal, nem sempre totalmente visível. 
Mancha lateral castanho-escuro destacada, do ümero até a região 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 8 17 


mediana, nesta altura penetrando mais para o disco, em forma de 
curva suave. Pubescência ferruginea pelo resto da superfície eli- 
tral. | 

Exemplar proveniente de Pörto Alegre: XI1.29 (Pe. Pic Buck 
leg.). Comprimento: 13 mm; largura: 5 mm. Outras procedências: 
Caí (Parecy Novo): 11.32; S. Fco. de Paula: 1.39. 


17. O. quinguetuberculata (Drapiez, 1820) var. Melzer. Pe. 
Pio Buck det. Segundo MELZER, trata-se de uma variedade da for- 
ma típica. Para o Brasil: Santa Catarina (Morro das Pedras): 11.56. 
Como a precedente, mas com o tubérculo lateral do pronoto bem 
mais desenvolvido; linha de pontos escurecidos também nitidamen- 
te visível ao longo da margem basal. Último artículo antenal do- 
tado de pelos reduzidos ante-apicais e inclinado abruptamente pa- 
ra dentro no extremo apical. Pubescência esbranquiçada sôbre 
quase tôda a superfície dos élitros. Mancha irregular castanho-es- 
curo situada junto à sutura bastante reduzida. Manchas castanho- 
escuro post-medianas ainda mais diminuidas. Mancha castanho- 
escuro lateral aumentada no ccmprimento, interessando até a re- 
gião ante-apical, formando ainda curva suave para o disco pela região 
post-mediana. Pubescência elitral ferruginea reduzida a mancha 
oval irregular, desde a base até a região post-escutelar, não atin- 
gindo a margem nem a sutura. 

Exemplar proveniente de Pörto Alegre (praia do Lami): XII. 
56 (D. €. Redaelli leg.). Comprimento: 12 mm; largura: 4,5 mm. 
Outras procedências: S. Fco. de Paula: 1.42. 


Gênero Acanthoderes Serv., 1835 
(Psapharochrus J. Thoms., 1864) 


18. A. cylindrica Bates, 1861. Pe. Pio Buck det. Para o Bra- 
sil: Paraná (Bituruna). Castanho-escuro, pubescente. Antenas e pa- 
tas aneladas de branco. Olhos entalhados, finamente granulados. 
Cabeça e fronte com pcntuacäo escassa. Cabeça com sulco media- 
no longitudinal pouco impresso; pubescente, pubescência branco- 
amarelado interessando a parte posterior e pubescência preta, em 
duas manchas largas, alongadas, partindo próximo dos olhos pela 
parte pcsterior e atingindo até o ápice do pronoto, mantendo-se 
ambas a certa distância do sulco. Pronoto transversal, pontuado; 
carena longitudinal terminando em tubérculo pouco elevado, um 
pouco antes da margem basal; dois tubérculos discoidais prcemi- 
nentes e espinho lateral mediano bem pronunciado. Superfície do 
pronoto marmorizada de pubescência branco-amarelado, ferrugi- 
nea e escurecida, a primeira mais abundante para as margens e 
uniforme para a parte inferior, escassa para o disco do prosterno. 
Escutelo quadrangular, ápice arredondado; bordado de preto, den- 


18 CERAMBICÍDEOS DO RIO GRANDE DO SUL 


samente pubescente de branco. Élitros amplos, truncados, inermes, 
algo deprimidos para a região escutelar e inclinados abruptamen- 
te para as margens. Margem elitral fracamente pontuada, pon- 
tuação decrescendo da base ao ápice; borda externa emarginada, 
percorrida em töda a sua extensão de porções de fina pubescência 
clara e escura, em pequenos segmentos, dispostos alternadamente 
e com certa simetria. Superfície elitral rugosa e tuberculada irre- 
gularmente pela região basal até ante-mediana; pela região media- 
na até o ápice linhas indistintas de pequenos tubérculos escureci- 
dos, dispostas longitudinalmente, e mais fortemente impressos jun- 
to à sutura e pelo disco até a porção post-mediana. Pubescência 
elitral marmorizada de castanho-escuro, ferrugineo e esbranqui- 
cado, esta última mais evidente para a região post-mediana. Éli- 
tros singularmente deccrados de preto: lista irregular inclinada, 
de cima para baixo, da região umeral à sutura, sem alcançá-la; 
lista transversal irregular sub-mediana, em curva suave, abertura 
dirigida para cima, não alcançando a margem nem a sutura e emi- 
tindo, pelo meio, para baixo, curto prolongamento longitudinal; 
ponto irregular ante-apical, próximo à sutura. As listas e ponto 
pretos são mais ou menos evidentes e impressos nos diferentes 
exemplares. Corpo, visto por baixo, coberto de curta pubescência 
branco-amarelado. 

Exemplar proveniente de Farroupilha: XII.56 (O. R. Camar- 
go leg.). Comprimento: 25 mm; largura: 9 mm. Outras procedên- 
cias: Caxias do Sul (Vila Oliva): 1.32, 11.49; 11.50; 11.5]: [54 Sem 
de Paula: 1.37; 11.52, 


Tribu ACANTHOCININI 


Gênero Lophopoeum Bates, 1863 


19. L. virescens Melz., 1931. Pe. Pio Buck det. Para o Bra- 
sil: Sao Paulo (11). Gênero muito próximo a Alcidion Thoms., 1860, 
do qual se distingue pelo espinho lateral do pronoto, o qual é arre- 
dondado para as espécies dêste; além disto, em Lophopoeum Ba- 
tes, o protórax é geralmente liso, enquanto que em Alcidion Thoms. 
a superfície do pronoto comumente se apresenta bastante aciden- 
tada. Castanho-escuro, uniformemente coberto de  pubescência 
amarelo-pardacento. Artículos antenais 3-11 base testáceo. Per- 
nas alaranjadas; fêmures antericres e médios quase que totalmen- 
(e enegrecidos; fêmures posteriores com a porção escurecida, mui- 
tas vêzes, restringida para o ápice. Ápice e base das tíbias ene- 
grecido, restando um anel mediano alaranjado. Cabeça côncava 
entre as antenas, apresentando um sulco mediano longitudinal. 
Olhos entalhados, finamente granulados; lobos superiores pouco 
distantes entre si, lobos inferiores sub-quadrangular. Antenas lon- 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 8 19 


gas, o escapo atingindo até a base dos élitros. Pronoto transversal, 
escassamente pontuado, espinho lateral mediano pronunciado. Pelo 
disco, duas manchas escurecidas, paralelas, alongadas, longitudinais, 
geralmente tarjadas de amarelo nos vários exemplares, pelas bor- 
das laterais externa e posterior. Escutelo sub-triangular, ápice ar- 
redondado e ornado de pubescência amarelada. Élitros alongados, 
inermes, obliguamente truncados, forte e irregularmente pontua- 
dos, pontuação obsoleta para o ápice. Pela região basal, minúscu- 
los tubérculos esparsos, providos de longa cerda preta ereta; aque- 
les desaparecem para o ápice, progressivamente, mantendo-se as 
cerdas. Apresentam cs élitros ainda uma carena lateral pouco ele- 
vada e outra, mais pronunciada, unicamente pela região basal, a 
pequena distância da sutura, coberta de abundantes pelos escuros 
e longos. Mancha preta irregular post-mediana oblíqua, de baixo 
para cima, pelo disco sômente, e ornada de pubescência amarelada 
pela parte superior; mancha preta irregular ante-mediana pela 
carena lateral. Pernas alongadas, fêmures fortemente clavados. 

Exemplar proveniente de S. Fco. de Paula: 1.39 (Pe. Pio Buck 
leg.). Comprimento: 9 mm; largura: 3,5 mm. Outras procedências: 
Caxias do Sul (Vila Oliva): 11.46; 1.47; 11.50; 11.52; S. Fco. de Paula: 
1.38; Esteio: X1.55; Nova Petrópolis: 1.28; Pôrto Alegre: V, IX. 
72233; 1V.46; 11,55. 


Gênero Anisopodus White, 1855 


20. A. phalangodes (Er., 1847). Pe. Pio Buck det. Para o Bra- 
sil; São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e Espírito 
Santo (11); para o Estado do Rio (15). Apontada para o México, 
Guatemala, Nicarágua, Panamá, Guiana Francesa e Peru (2). Se- 
gundo L. TRAVASSOS (in Costa Lima: 10), a larva é broca da cas- 
ca preta — Pera glabrata e da figueira vermelha — Ficus sp., em 
Angra dos Reis (Estado do Rio). Castanho-escuro, finamente pu- 
bescente. Corpo cuneiforme. Antenas longas, o escapo atingindo a 
base dos élitros; escapo e ápice dos artículos antenais escurecidos 
Pronoto sub-transverso, pontuado, com agudo espinho lateral pró- 
ximo da base; coberto de pubescência esverdeada, apresenta duas 
manchas castanho-escuro arredondadas, situadas no disco, pela 
região ante-mediana. Escutelo sub-triangular, ápice arredondado, 
coberto de pubescência esverdeada. Élitrcs pontuados, planos no 
discos e abruptamente inclinados para as margens laterais; acu- 
minados, bi-espinhosos no ápice, espinho externo maior; marmori- 
zados de pubescência esverdeada e esbranquiçada, margens late- 
rais escurecidas, e decorados com manchas castanho-escuro ar- 
redondadas, irregularmente dispostas pela superfície elitral, algu- 
mas alinhadas longitudinalmente. Apresentam ainda mancha cas- 
tanho-escuro irregular post-mediana, nas proximidades da sutura, 


20 CERAMBICÍDEOS DO RIO GRANDE DO SUL 


Corpo, visto por baixo, e pernas, cobertos de fina pubescência es- 
verdeada. Pernas postericres muito compridas: primeiro artículo 
tarsal várias vêzes o comprimento. dos outros dois reunidos. Fêmu- 
res engrossados para o ápice. 

RE A i 

Exemplar proveniente de Bento Gonçalves: 1.54 (L. Buckup 


leg.). Comprimento: 10 mm; largura: 3 mm. Outras procedências: 
Caxias do Sul (Vila Oliva): 11.48; 11.52. 


Genero Trypanidius Thoms., 1860 


21. T. dimidiatus Thoms., 1860; posticus Tasch., 1906. Pe. 
Pio Buck det. Para o Brasil: Minas Gerais e Estado do Rio (15); Sao 
Paulo e Paraná (12). Para a Argentina: “la larva perjudica a veces 
los sauces taladrändolos” (3). Castanho-escuro, coberto de espessa 
pubescência ferrugineo pela parte superior, mais clara e diminuida 
pela parte inferior. Antenas, pronoto, pernas e porção inferior apre- 
sentando pelos esbrangquicadcs, não-eretos, curtos e esparsos. Ba- 
se dos artículos antenais 3-11 testáceo; pernas castanho-escuro, 
tíbias aneladas de pubescência testácea. Escapo alcançando a base 
dos élitros. Pronoto transversal, irregularmente tuberculado no 
disco, cnde apresenta duas manchas escuras, reduzidas e irregu- 
lares; linha de forte pontuação ao longo das margens basal e api- 
cal e espinho lateral pronunciado, situado junto à base, dirigido 
para baixo. Escutelo sub-triangular, ápice arredondado; ferrugineo 
no disco e bordado de pubescência escurecida. Élitros truncados, 
inermes, acuminados, fortemente pontuados, pontuação decrescen- 
te para o ápice; pequena crista basal escurecida, situada a distân- 
cia aprcximadamente igual da margem e da sutura; crista longi- 
tudinal, seguida por tufos reduzidos, formados de pelos curtos e 
escurecidos, e que se dispõem em linha, acompanhando a sutura, 
decrescendo para o ápice. Ao lado desta linha de tufos, para a 
margem, situa-se outra série, paralela à primeira; uma terceira e 
uma quarta séries de tufos, cada vez mencs afirmados e menos 
numerosos, mais próximas à margem; alguns tufos menores situa- 
dos sôbre a margem sutural. Pubescência espessa ferruginea elitral 
interrompida, pela região ante-apical, por uma linha transversal, 
formada de pubescência esbranquiçada, partindo da margem até a 
sutura, um pouco inclinada para baixo, e prolongando-se um tanto 
pela sutura, para cima. Adiante desta linha, para baixo, pubes- 
cência amarelada, abrangendo töda a região apical. Mancha 
castanho-escuro irregular post-mediana pelo disco, sem atingir a 
margem nem a sutura. Pernas curtas, tarsos posteriores reduzidos, 
fêmures clavados. 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 8 21 


Exemplar proveniente de Bento Gonçalves: 1.54 (L. Buckup 
leg). Comprimento: 14 mm; largura: 6 mm. Outras procedencias' 
ers Largo: 1.42; Itapirango: X11.34; 11.50; X1.52; X1.53; Caxias 
do Sul (Vila Oliva): 11.48; 11.50; S. Fco. de Paula; 1.42; 11.44. 


Tribu HEMILOPHINI 
Gênero Isomerida Bates, 1866 


22. 1. picticollis Bates, 1881. Pe. Pio Buck det. Para o Bra- 
sil: Minas Gerais (15). Espécie mimética de Lampyridae, o que é 
frequente para com os representantes de Isemerida Bates, e para 
com outros gêneros de Hemilophini. Preto pubescente; fina pubes- 
cência ferrugineo cobrindo a parte inferior do corpo e as pernas. 
Fronte sub-convexa, coberta por densa pubescência testaceo-fer- 
rugineo, e apresentando estreita faixa longitudinal mediana, for- 
mada de pubescência escurecida, e que se prolonga até a cabeca, 
na união com o pronoto; pela cabeça, esta faixa é ladeada por duas 
manchas alongadas, longitudinais, de pubeseência testácec-ferru- 
gineo, e que nascem junto aos lobos superiores dos olhos, atingindo 
a união com o prenoto, afastando-se levemente uma da outra. 
Olhos grandes, entalhados, finalmente granulados; lobos superio- 
res reduzidos, pouco distantes entre si, inferiores sub-circulares. 
Antenas pretas, curtas, atingindo, no máximc, o comprimento do 
corpo; apresentam, pela parte inferior dos artículos, pelos longos e 
escurcs, mais densos para os segmentos 1-6, faltando ncs três últi- 
mos. Pronoto cilíndrico, fracamente tuberculado nas margens la- 
terais; castanho-avermelhado, esparsamente pontuado, ccberto 
no disco e margens por fraca pubescência sulfúreo; pubescência es- 
curecida interessando a margem apical, em estreita faixa, alon- 
gando-se pelo meio, para baixo, até um terço do comprimento do 
pronoto e surgindo em faixa mais larga ao longo da base, sem atin- 
gir a margem lateral. Élitros alongados, arredondados no ápice, 
abruptamente inclinados para baixo, para as maraens laterais, for- 
mando uma carena aque atinge, do ümero até a região ante-apical. 
Pubescência elitral ferrugineo-escuro uniforme, e larga faixa lon- 
gitudinal testáceo pela carena, marginando-a do lado interno, nas- 
cendo na região basal e extinguindo-se na post-mediana; em todo 
o seu percurso invade gradualmente o lado externo da carena, pou- 
co a ultrapassando. Pernas curtas, segmentos intermediários do ab- 
dome mais curtos que os demais. 


Exemplar proveniente de S. Fco. de Paula: 1.55 (L. Buckup 
lea.). Comprimento: 14 mm: laraura 3,5 mm. Outras procedências: 


Itapiranga: X1.34; IX, X1.53; X1154; Cerro Largo, s/ data. 


Le Eee Ê 2% e 


& ur er I É 
k 
ka h P ; 
m f Na PRADO S0N 
x 4 4 
RA ö 4 e. ns 
p € N + , x ’ + 5 f 
E 

E 8 

e RE E he FR) | A a Hi 


In | vn ns 4 ji "4 Br Aut h vo 2% Ê RES À as ! 
A REN ve U 


4 ú du gas Ane RR ! 
terihi E, Bu ng De ik 
N ea Ê 
! f v A o s 
PRE A N en DR DT SR + pi 
É) wi 43 % h Br; 
ras RR RT er O Bi 
er ER ai ada 4 A a or BR Er 


Fr DS: + pata u re lho E nx pr 


T ' o . | “ 4 

7) ar os EEE RR Pe EN 
I Er “ 

MAUA ds q Bino gds sr + 4 ‚ir 


TECH EE en pad po st tinta o Papi 
BF ia ai 
É OR 4 EVER So F BETA 
A A, pd PRA ro sro ba ER A pah Fa He 


mê 
) a kd Cia Re H u 4; DEP) dé r un A Wer | 
se, Da PANO RR o O E Ge kg a Res Ea" h 
e aee | u Phi E | mer 


a, 
E 
re 

a 

men 

er 


a ta m re 


sb; 4 


pru ih URAN dista) dos ala 
ee N N | Fu a iX er) 

| E E 
inte j 14 Bhd RE ve Marla, e 


f qr RAN 
Pe ee on N. a 


ÍNDICE DAS ESPÉCIES 


PRIONINÃE 


pag. 
Stictosomus reticulatus (Dalm., 1817). ....... 2222222220. 7 
CERAMBYCINAE 
Emamergus tabidus Klug, 1925... 2.2.2. :2 2.22.2200 sr 220 11 
Bde Berm., 1869...2..222232.. 22... 7 
Elaphidion elegans Chevr., 1861.......:..2 2222.22 eeeeenn 8 
Gnomidolon elegantulum Lameere, 1885................. 9 
Megacyllene proxima (Cast. & Gory, 1835). ...... 2.2222... 11 
Octoplon lineaticolle Thoms., 1865 .....: 2222222 10 
Odontocera flavicauda Bates, 1873 .... 22:2 con neeeenen 10 
Phoracantha semipunctata (Fabr., 1775) ... 22222 ccccn 2. 8 
LAMIINÄAE 
Acanthoderes cylindrica Bates, 1861 ........ 222222220. 17 
Aerenea sulcicollis Melz., 1932 ........ cc cu. 15 
Aletretio inscripta Bates, 1866 ......--:2cuncccenusuenn r2 
Anisopodus phalangodes (Er., 1847) ..... 2:2 222 cceceee nn 19 
Desmiphora lateralis Thoms., 1868 ....... 2.222220 cn00.. 13 
Falsischnolea intonsa (Germ., 1824) .......cccccc 14 
Isomerida picticollis Bates, 1881 ...........cccc cc... 21 
Lophopoeum virescens Melz., 1931 ..................... 18 
Malthonea tigrinata Thoms., 1864 ........cccccc o. 14 
Oreodera quinquetuberculata (Drapiez, 1820) ............ 16 
Oreodera quinquetuberculata (Drapiez, 1820) var. Melz.... 17 
Rrestonia capreola (Germ., 1824) ....... 2222222220200 15 


Trypanidius dimidiatus Thoms., 1860 ...: 22222 eereeeen 20 


e, 
Par, 
y x 

ny 

4 

AM. 

A 

4 

u 7% 
Es 


4 u 
“ 
A 
4 
“ 
ER 
“ wo.‘ 
“ * 
“rn iq 


DIRT BAR TR 


“ 
y Th b Peida ig 
th SUR PR, in 

- k 

7! À | 3 q Pi k À 


a DR: EUER ag 1 RO e E ELA OMBLO cio ur 
nen ar DORT Ne 
De RARO, Morou aaa t Dee “is apa 


Piau a ERRA o) Bh SPA en 
AN N ON a 
RR NH en AR obg) 


CR a a io en. dt le 
PEN BRUT, rad Er? 
AM NDA ESA ER e 188%, R y 
I | 
Bin An en 
Ro MB do 


INDICE DE TRIBUS 


PRLONINA E 


pag. 
RR SAS a a a na 7 
CERAMBYCINAE 
RR CCN sc inss a ea: 11 
N a us ah m ee a 11 
BE. o... 5 RR bi a a A? A ee 
a er een 9 
RR a SS da PA E DE NA Da 8 
en tn en a ka 10 
LAMIINAE 

N N I 18 
RR em ER RE EN, ER 16 
N an pars PO 13 
a an dado 12 
LEE O kai A DO a Ga DP 13 
ee el EU 14 
a a a ech na» AR al 


CE AP o a O NE Bann aa Mamas a Be 15 


Pad 


TE TR" 


da, k 

va 

cn 
5 b 
“a “ x N 
2 E LS) dl 
A DRA us 

4 

1 

. » 
K Y “ Y 4 
pa 

\ 


EM A E 


( 


MR: 


HER 


10. 


LITERATURA CITADA 


ARAUJO E SILVA, A. G. DE Alguns insetos com os seus res- 
pectivos hospedeiros. Rio de Janeiro, s. c. p., 1936. p. 21-26 


'BLACKWELDER, RICHARD E. Checklist of the coleopterous 


insects of Mexico, Central America the West Indies, and 
South America. Part. 4. U. S. Nat Mus. Bull. 185:551-627. 
1946. 


BOSQ, J. M. Primera lista de los coleopteros de la Republica 
Argentina daninos a la Agricultura. Bol. Min. Agr. 36(4):336- 
340. 1934. 


— Segunda lista de ccleopteros de la Rep. Argentina 
daninos a la Agricultura. Min. Agric., Div. Zool.: Agric. 80 p. 
1943. 


Anotaciones relativas a una lista de fauna local so- 
bre cerambicidos argentinos. Rev. Soc. Ent. Arg. 14:194-203. 
1949. 


& RUFFINELLI, A. Notas para el catalogo de los ce- 
rambicidos del Uruguay. Com. zoolögicas Mus. Hist. Nat. Mon- 
tevideo 3(62): 32 p. 1951. 


DE SANTIS, L. El taladro de los eucaliptos (Phoracantha semi- 
punctata Fabr.) Ingenieria Agronömica 7:127-138, lam. I-V. 
1945. 


DILLON, LAWRENCE S. & DILLON, ELIZABETH S. The Tri- 
be Onciderini (Coleoptera: Cerambycidae): Part. Il. Read. Pu- 
bl. Mus. Art. Gall. Sci. Publ. 6,1946. p. 278-279, est. XVI, 
na. 7. 


GUÉRIN, J. Coleöpteros do Brasil. São Paulo, Fac. Fil. Ciên- 
cias e Letras, 1953. p.277-335, est. 34-41. 


LIMA, A. DA COSTA Insetos do Brasil. 9.º Tomo: Coleópte- 
ros, 3.º parte. Rio de Janeiro, IBGE, 1955. p.67-143. 


28 


CERAMBICIDEOS DO RIO GRANDE DO SUL 


. MELZER J. Longicorneos americanos, principalmente do Bra- 


sil, novcs ou pouco conhecidos. (Coleoptera, Cerambycidae) 
Ill Arq. Inst. Biol. 4:64, est. 13, fig. 18. 1931. 


—— Vinte espécies novas de Cerambicidecs neotröpicos, 
principalmente do Brasil. Rev. Ent. 2:216-238, est. 3-4. 1932. 


. RUFFINELLI, A. & CARLOS S. CARBONELL. Primera lista sis- 


temätica de insectos relacionados con la Agricultura Nacio- 
nal. Rev. Asociaciön Ing. Agron. 16(1):25. 1944. 


Segundo lista de insectos y otros artropodos de im- 
pcrtancia economica en el Uruguay. Montevideo, Curbelo & 
Cia., 1954. '52p. 


. ZIKAN, J. F. & ZIKAN, WALTER A inseto-fauna do Itatiaia 


e da Mantiqueira. Bol. Min. Agr. 33(8):1-50. 1944. 


. ZIKAN, WALTER & WYGODZINSKY, PETR Catálogo dos ti- 


pos de insetos do Instituto de Ecologia e Experimentação Agri- 


colas. SN. 'P. À. Bol. n.º 4:30-66) 1948: 


BIBLIOGRAFIA PARA CERAMBYCIDAE 


BONDAR, G. O serrador, praga de mangueiras e abacateiros. 
A Fazenda 3(31):2-3,6 fig. 7212; 


Insetos nocivos à Acacia decurrens. Bol. Min. Agr. 
1061):96-99;8 Tig; 1921. 


—- Notas entomológicas da Bahia Ill: Dois cerambyci- 
deos novos da Bahia. Rev. Ent. 9:445-449. 1938. 


A biologia do gênero Oncideres (Col. Ceramb.) e descrição de 
nova especie. Agronomia 12:29-31. 1953. 


BOSQ, J. M. Los “Corta Palo” —- Oncideres spp. (Coleopteros, 
Cerambycidae, Lamiinae). Almanaque Min. Agric, y Gana- 
deria: 405-409. 1950. 


DOZIER, H. L. An Annotated List of Gainesville, Florida. Co- 
leoptera. Ent. News 29:335. 1918. 


. EBELING, W. Subtrcpical Entomology. California, Lithotype 


Process Co., 1950. ix + 747 p. 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 8 | 29 
8. FENTON, F. A. Control of Shade Tree Borers. Okla. Agr. Expt. 
Sta. Crre::64 + 1939. 26 Pp. 


9. FISHER, W. S. New West Indian Cerambycid Beetles. Proc. 
PES. Not. Mus. 80022):1-93. 1932. 


10. FONSECA, J, PINTO DA. Serrador (Oncideres) dos galhos. O 
"Biológico 4:214. 1938. 


E Brocas. Séc. Agric. 'S. Paulo. 1949. 


Combate ao bicho serrador. O Biológico 21:76. 
17535. 


13. FROST, S.W.General Entomology. New York, MacGraw-Hill, 
7722. p, 380. 


14. GIRAULT, A. A. Notes on Oncideres texana Horn in Georgia: 
Oviposition. Ent. News 21:226-228. 1910. 


RS MEMPEL, A. "O Serrador”. Bol. Agric. 10;499-500. 1909. 


16. ———- Notas sôbre os coleopteros serradores. O Fazendei- 
RR 502) :52-54,6 fig. 1912. 

a LAMEERE, A. Précis de Zoologie, Tome V: Les insectes su- 
périeurs. Liege, Desoer, s. d. p.377. 


18. LANE, F. Notas söbre lamiideos neotröpicos (Col. Lamiidae). 
Bol. Biológico (N. 5.)4:473-479, est.- 11-12. 1939. 


ER. Cerambycoidea neotropica nova Ill. Pap. Avulsos 
Dep. Zool. 12:281-296, 1 est. 1955. 
20. —- Breve notícia sôbre um inseto “serrador”. Bol. Fi- 


tossanitärio 2(1):148-151. 1945. 


21. LIMA, A. DA COSTA Segundo Catälogo sistemätico dos inse- 
tos que vivem nas plantas do Brasil e ensaio de bibliografia 
entomológica brasileira. Arq. Esc. Sup. Agr. 8(1-2):69-301. 
1927. » 


22. LINCOLN, C. Fruit-tree borers. Arkansas Agric. Ext. Serv. 
Lire. 439. 1949. 


23. LUTZ, FRANK E. Field Boock of Insects, Tenth Impression. 
New York, G. P. Putnam’s Sons, 1935. p. 354. 


24. McDANIEL, E. I. Wood Borers Attacking Deciduous Trees and 
Shrubs. Michigan Agr. Expt. Sta. Spec. Bull. 238:52p.,46 fig. 
1936, 


30 


29, 


26. 


a1. 


28. 


29, 


30. 


3% 


32; 


33. 


34. 


>, 


36. 


37, 


CERAMBICIDEOS DO RIO GRANDE DO SUL 


MELZER. J. Novos subsidios para o conhecimento dos Ceram- 
bycideos neotröpicos. Rev.Ent..4:70-110. 1934. 


MONTE, O. Os besouros serra-paus. Chácaras e Quintais 53: 
291-292. 1936. 


OSBURN, M. R., PHILLIPS, A. M. & PIERCE, WILLIAM C. In- 
sects and diseases of the pecan and their control. U. S. Dept. 
Agric. Farmer's Bull. 1829: 21. 1954. 


PARSEVAL, MAXIMILIANO VON. Elementos de Fitopatolo- 
gia, 2.º edição. Pôrto Alegre, Serv. Inf. Publ. Agrícola, 1945. 
Bol. 48:95. 


PHILLIPS, A. M., COLE, JOHN R. & LARGE, JOHN RR. Insects 
and diseases of the pecan in Florida. Florida Agr. Expt. Sta. 
Bull. 499% 76 p., 54 tia 1932. 


PIO BUCK, S. J. Insetos criados em galhos cortados. Iherin- 
gia, série zoologia, 4:7p. 1957. 


PROSEN, ALBERTO F. & LANE, FREDERICO. O gênero Myoxo- 
morpha White, 1855, e descrição de uma nova espécie. Pap. 
Avulsos Dep. Zool. 12:133-139. 1955. 


RANDOLPH, NEAL M. & FULLER Jr., F. M. Guide for Con- 
trolling Insects on Ornamental Plants in Texas — 1955. Texas 
Agr. Ext. Serv. L-199. 1953. 


RONNA, E. Os insetos do Brasil. S. Paulo, Chácaras e Quin- 
tais, 1928. p.61-62. 


— Pragas e molestias do arvoredo frutifero. Esc. 
Agron. e Vet. “Eliseu Maciel”, Bol. 7:10. 1934. 


TRUJILLO PELUFFO, A. Insectos y otros parasitos de la agri- 
cultura y sus productos en el Uruguay. Montevideo, Alfa, 1942. 
P.. 127-128, 


WILLE, JOHANNES E. Entomologia Agricola del Peru . Lima, 
Est. Exp. Agric. de la Molina, 1943. vii + 468p. 


-——— 


Principales insectos de las plantas cultivadas em 
el Peru. Est. Exp. Agric. de “La Molina”, Bol. 55. 1954. 


E SERIES CIENTIFICAS: 
SEU RIO-GRANDENSE DE CIÊNCIAS NATURAIS. 


% 


a = 


| DREIER MOPINAE Alo 


RA mr bo a a 


“ . 2 


Beitrag zur Kenntnis der Hispinae (Coleopt. Chrysomelidae) 


x ” 


e Nº 
“SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA 


0... DIVISÃO DE CULTURA 


DIRETORIA DE CIÊNCIAS 


Tôda correspondência. referente a 
"IHERINGIA” 
deve “ser enviada ao 


MUSEU RIO-GRANDENSE DE CIÊNCIAS 
NATURAIS 


- N 


“Rua Coronel Vicente, 430 — Pórto Alegre 


Rio Grande do Sul - at Brasil. 


as estabelecer permuta, 
“Desejamos estabelecer el cambio. 
| We wish to establish exchange. 
“Wir wünschen Austausch. 

E “On desire établir Vechange. 
 Desideriamo il cambio. 


NOSKREISE DREIER WISPINAR 


: 


ea Renntadr der Mapinao (Cet 


- 


- ; 
. 

ke 

€ >! “7 

1 7 y 
Né Ta 
a : 

FR 
“ e 
' , 
A A “toy A Ay da, Wai, Ss 


ERICH UHMANN 


FARBUNGSKREISE DREIER HISPINAE AUS 
SUDBRASILIEN 


191. Beitrag zur Kenntnis der Hispinae (Coleopt. Chrysomelidae) 


1958 
Oficinas Gráficas da Imprensa Oficial 


Pörto Alegre 


+. 
k 1 
% 
, 
\ 
HHAMHU HOST 
F d ‘ 2 
u. 
- e Sn to 
1 
x 
’ 
\ N 
4 + 
} 
4 


e 


SUA BAVIISIA AMIANA MEIAS 
 VaLIRAgaGÕ 


(ssbilamoeyıdd AgosloD) sarigeiH 186 zitat um; 


FÄRBUNGSKREISE DREIER HISPINAE AUS SUDBRASILIEN (=) 
191. Beitrag zur Kenntnis der Hispinae (Coleopt. Chrysomelidae) 
Erich Uhmann  (*) 
Mit 4 Abbildungen ' 


Bekanntlich gibt es unter den Chrysomelidae, also auch unter 
den Hispinae, Arten, die in ihrer Zeichnung stark abändern. Man 
glaubte durch Benennung dieser Formen als Varietäten, Aberratio- 
nen oder besser Chromationen die Forbabweichungen vom Typus 
kennzeichnen zu müssen. Es hat sich bald gezeigt, dass die Farb- 
abänderungen damit noch nicht alle bezeichnet werden konnten. 
Es war nur ein Ballast von Namen entstanden. Aber andererseits 
geht es ohne Benennung einiger Chromationen doch nicht ab. Viel- 
leicht kommt man durch Aufstellung von "Färbungskreisen” dem 
Problem der Umgrenzung der Chromationen etwas näher. Der Ter- 
minus "Färbungskreis” gehört nicht zu den nomenklatorischen Ka- 
tegorien. Er ist durchaus elastisch. Aus folgendem kann man 
ersehen, nach welchen Richtlinien die Aufstellung dieser Kreise 
vorgenommen wurde. 


So kann man von einem Färbungskreis sprechen, wenn eine 
Art in der Färbung recht veränderlich ist, diese Aenderungen aber 
so beschaffen sind, dass Chromationen aufzustellen nicht tunlich 
ist (Halsschild der Coraliomela quadrimaculata). Wenn zu einer 
Art schon Chromationen (Varietäten, Aberrationen usw.) aufge- 
stellt wurden, so gehören diese im weiteren Sinne zum Färbungskreis 
der Art. Man kann aber bei starken Farbabänderungen der Chro- 
mationen auch von einem Färbungskreis einzelner Chromationen 
sprechen (Chalepus marginiventris). Der Färbungskreis ist der 
Helligkeitsstufe, Färbungsstufe usw. übergeordnet. | 

In früheren Arbeiten habe ich in Färbungsstufen usw. die 
Veränderlichkeit einzelner Arten erläutert: 


77. Beitrag, Festschr. Strand, 5, 1939, p. 342, Hellig- 
keitsstufe von Pentispa fairmairei Chap. | 


(*) Trabalho entregue para publicacäo em 12/5/1958. k 
(**) Adresse: Lessingstrasse 15 — Stollberg — Erzgebirge — Deutschland. 


6 E. UHMANN — FARBUNGSKREISE DREIER HISPINAE AUS SUDBRASILIEN 


93. Beitrag, Arb. morphol. taxon. Ent, 8, 1941, p. 136 — 
138. Färbungsstufen der Paradecatelia pallipes Ws. 

94. Beitrag, in Titschack, Beitr. Fauna Perus, Il, 1942 und 
1953, p. 54-56, fig. 1-5. Aberrationen von Xenecha- 
lepus guerini Chap. 

164. Beitrag, Tijdschr. Ent. 98, 1955, p. 145 —, fig. 8- 15. 
Färbungsstufen der Gonophora xanthomela Wiedem. 

179. Beitrag, Ent. Arb. Mus. Frey, 7, 1956, p. 561. Bemer- 
kungen über Arescus-Chromationen. 


|) Alurnus quadrimaculatus Guer. chr. silbermannı Guér. 
Rev. zool. Paris, 1840, p. 330. Gehört jetzt zu Coraliomela. 
"Schwarz, Decken rötlich, Halsschild ganz schwarz”. Also ohne röt- 
liche Ecken. 

Mir liegt vor 1 Stück, Brasilien: Rio Grande do Sul, Serro Azul 
(jetzt Cêrro Largo, Municip), |. 1935 (Pe. Buck leg.). Decken gelb- 
braun, Halsschiid schwarz mit einem sehr kleinen, rötlichen Fleck- 
chen in jeder Ecke. Dieses Stück glich zunächst ganz der umstrit- 
tenen chr. silbermanni, denn sein Halsschild war ganz schwarz. Als 
ich aber zur Vorsicht die Ecken mit Alkohol behandelt hatte, wurde 
an jeder ein kleines rötliches Fleckchen sichtbar. Unser Stück ist 
noch nicht ausgefärbt. Vom gleichen Fundort und auch im Januar 
(1932) hatte Buck ein Stück von €. 4 - maculata chr. bimeculeta 
erbeutet. Auch dieses Stück hat die gleichen gelbbraunen Decken, 
deren runzelige Beschaffenheit zeigt, dass es noch nicht ganz aus- 
gereift ist. Wenn es celänge, das Stück Guérin's in der coll. 
Chevrolat noch aufzufinden, so könnte man dessen Halsschild-Ecken 
untersuchen und vielleicht finden, dass unser Stück ganz dem von 
Chevrolat, dem Typus, gleicht. 

Die chr. silbermanni wird im Schrifttum einige Male erwähnt. 
Fischer, 1935, p. 285 hat darüber berichtet. Er erwähnt einen Satz 
ven Baly, 1858, p. 27: “| believe it vories with the thorax entirely 
black, but have not seen any specimens”. Das “it” bezieht sich 
aber auf die Nominatform. Fischer meint, Jacobsen, 1899, p. 253 
habe sich bei der Deutung der silbermanni geirrt, eine Varietät der 
4 - maculata mit ganz roten Decken wäre noch nicht gefunden 
worden. Dass eine solche vorkommt, beweist unser Stück. Fischer 
stellt die var. silbermanni als Synonym zur Nominatform. Uhmann, 
1957, Coleopt. Cat. Suppl.. Pars 35,:.Bosc..-1,-p:.48, ist. ihm dern 
gefolgt. 

Nun liegt uns dieses Stück mit den einfarbigen Decken vor. 
Ob man. die kleinen Fleckchen auf dem Halsschild auch am völlig 
ausgefärbten Tiere noch hätte bemerken können? Wohin soll nun 
das Stück gestellt werden? Die kleinen Fleckchen berechtigen nicht 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 9 — MAIO DE 1958 7 


zur Aufstellung einer Chromation. Sie dürfen aber auch nicht 
übersehen werden. Da Guérin aber ausdrücklich sagt: “Corselet 
sans traces de rouge aux bords”, so kann es zunächst nicht ohne 
weiteres unter die chr. silbermanni gestellt werden. Es steht nun 
fest, dass quadrimaculata in der Färbung abändert, dass man also 
sagen kann, quadrimaculata habe einen Färbungskreis. Sie än- 
dert selbst in der Ausbildung und Grösse der vier Deckenflecken 
ab; chr. bimaculata ist eine andere gut kenntliche Chromation, die 
beim allmählichen Schwinden der beiden Flecken der chr. silber- 
manni sehr nahe kommt. Ich habe ein Stuck der chr. bimaculata, 
bei dem beide Flecke im Verschwinden sind; die Ecken des Hals- 
schildes deutlich mit rötlichen Fleckchen. Funddaten wie bei un- 
serem Stück, vielleicht aus derselben Ausbeute. 

Wegen der roten Fleckchen habe ich mein Material durchge- 
sehen. Darin habe ich zwei Stück der Nominatform, beide von 
Porto Alegre, eines ohne Angabe des Sammlers, das andere 1933 
von P, Pio Buck erbeutet.. Beider Haisschild ist mit blossem Auge 
betrachtet ganz schwarz, erst bei 10x sind die rötlichen Fleckchen 
wenigstens in den Vorderecken des Buck’-schen Stückes bei grosser 
Aufmerksamkeit sichtbar, aber erst nach Behandlung mit Alkohol. 
Die in den Hinterecken sind trotz Alkohol gerade noch wahrnehm- 
bar. Bei dem Stück ohne Sammler bleiben die Ecken trotz Behand- 
lung bei 10x und 50x schwarz. 

Diese Untersuchungen zeigen, dass die genannten Fleckchen 
nicht art-oder*chromationbestimmend sein können. Ich halte daher 
“mich für berechtigt, unser Stück zur chr. silbermanni zu stellen. 

Auswirkung auf den Hispinen-Katalog von 1957, Col. Cat. 
Suppl. Pars 35,1. Die beiden Abschnitte auf p. 48 quadrimaculata 
var. A Guér. und quadrimaculata ab. Silbermanni Jacobs., in denen 
ich nur referiert habe, sind zu vereinigen zu einem Abschnitt qua- 
drimaculata chr. Silbermanni Guér. Rev. Zcol. Paris, 1840, p. 330 
[Alurnus var. A] - Jacobs. Annu. Mus. Ac. Sci. Petersbg. IV, 1899, 
p. (253), (?), ex Guér. [Mec. (Cor)] - Ws. Dtsch. Ent. Z. 1905, p. 
336 (erit.); 1911, Col. Cat. p. 14 et Gen. Ins. p. 21 [Mec. (Cor.) 
ab.] — Fischer, Rev. Ent. Rio, V. 1935 p. 285 (hist.), [quadrima- 
culatal. — Uhmann, Zitat dieser Arbeit. 

Ueber diese Studien schrieb ich Herrn Pater P. Buck, der mir 
darauf hilfsbereit 17 Stück der Nominatform aus seiner Sammlung 
zur Untersuchung schickte. Von diesen Stücken haben 10 rötliche 
Ecken des Halsschildes, bald sind die Fleckchen ganz deutlich, bald 
nur angedeutet, bei 2 Stücken sind nur die Hinterecken und bei 2 
anderen nur die Vorderecken rötlich. 3 St. haben ganz schwarzen 
Halsschild. | 

Alle schwarzen Ecken habe ich gesäubert, mit Alkohol behan- 


INSTITUTION 


SMITHSONIAN gay 5 1968 


8 E. UHMANN — FÄRBUNGSKREISE DREIER HISPINAE AUS SUDBRASILIEN 


delt und bei 22x eingehend betrachtet. Es war keine Aufhellung 
festzustellen. Die rötliche Färbung beruht sicher auf einer weniger 
kräftigen Chitinisierung, sodass die Ecken mehr oder weniger licht- 
durchlässig geblieben sind. Unter den Stücken mit 4 rötlichen 
Ecken gibt es welche, bei denen man bei gewöhnlicher Betrachtung 
die rötliche Stelle entweder nicht bernerkt, oder bei denen man 
zweifelhaft sein kann, ob man die Ecken als ganz schwarz oder ge- 
rade noch ein wenig ‚rötlich bezeichnen soll. Ich habe mich ent- 
schieden, bei dem geringsten rötlichen Schimmer die Ecken als 
rötlich zu bezeichnen. Es ist auch noch zu berücksichtigen, dass 
das Binokular Aufhellungen leichter anzeigt, als es die gewöhnliche 
Lupe tut. Auch sind wir bei den genannten Studien einer subjek- 
tiven Auffassung unterworfen. 

Es wäre also völlig falsch, wollte man hier Chromationen auf- 
stellen. Diese Farbabweichungen gehören zum Färbungskreis der 
C. quadrimeculata. 

Buck teilte mir noch mit, dass in seiner Sammlung 15 St. mit 
und 7 ohne rötliche Fleckchen stecken. 


2) Xenochalepus trilineatus Chap. chr. n. utraque (Abb. 1). 

Die Nominatform dieser auf den Decken farbveränderlichen 
Art hat schwarze Decken mit gelbbraunem, länglich dreieckigem 
Fleck auf den Schultern. Konstant bleiben bei den Chromationen 
die gelbbraune Basis der Vorderschenkel und der Basalring der an- 
deren, ferner die zwei schwarzen, vorn zuweilen (Nominatform, 
Abb. 1) abgekürzten Mittelbinden des Halsschildes nebst seinen 
Seiten. 

Der Nominatform sehr ähnlich ist die chr. subaenea Chap., 
deren Typus Weise vorgelegen hat. Er schreibt in seinem Hand- 
stuck der Arbeit von Chapuis unter anderem: “Flúgeldecken 
schwarz, ohne Metallschimmer, ein Seitenstreifen bis an das letzte 
Drittel rot.” Es hat sich also der Schulterfleck nach hinten ver- 
längert. Ich habe ncch keine Stücke gesehen. Monrös & Viana, 
An. Mus. Cienc. Natr. 42, 1947, p. 232 erwähnen ein Stück aus 
Argentinien. | 

chr. volxemi Chap. hat gelbbraune Decken mit schwarzem 
Spitzenfleck; der sich nach der Basis zu verschmälert ausdehnt. Ich 
habe diese chr. noch nicht gesehen. Monrös & Viana erwähnen 
loc. cit. 6 St. aus Argentinien. Chapuis schreibt: “elytris bicostatis”, 
Weise sah den Typus und bemerkt in seinem Handstück: “Bei der 
Type ist die 3. Rippe kaum, die 4. deutlich bemerkbar und stärker 
wie bei subaenea und postica.” 

chr. postica Chap. (Abb. 1). Der Autor schreibt uber . die 
Färbung der Decken: “Flavo-rufis cum. macula apicis nigra, in dis- 
cum rotundato-extensa.” Monrós & Viana erwähnen loc. cit. p. 233 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 9 — MAIO DE 1958 9 


zwei Stuck aus Argentinien. Meine beiden Stücke aus Brasilien: 
Nova Teutonia (Plaumann) und Bahia (Bondar) sind ums Schildchen 
etwas geschwärzt und haben einen schmalen Subhumeralstreif. 

chr. n. utraque (Abb. 1). Diese neue Chromation ist gewisser- 
massen aus der chr. postica dadurch hervorgegangen, dass die 
Schwärzung ums Schildchen sich zu einem grösseren Fleck aus- 
dehnt, der die Basis der 1. Rippe überschreitet und sich bis zur 2. 
Rippe erstreckt (beim Allotypoid, Weibchen), oder sich über sie hin- 
aus ausdehnt (beim Holotypus, Männchen). Gleichzeitig vergrössert 
sich der schwache Subhumeralstrich bis an oder über die Basis der 
4. Rippe. Beide schwarze Flecke bedecken bei den beiden Typen 
cas Basalviertel und sind durch die helle Färbung der 3. Rippe und 
ihrer beiden Nachbarpunktreihen unterbrochen. 

Färbungskreis. Die beiden Basalflecke können sich auf jeder 
Decke ausbreiten seitlich oder auch nach hinten bis sie das Basal- 
drittel bedecken. Sie bleiben aber mehr oder weniger auf der 3. 
Rippe unterbrochen. Der Spitzenfleck ändert sich wenig. Schild- 
chen braun oder schwarz. 

Holotypus, Männchen, und Allotypoid, Weibchen, in meiner 
Sammlung (Nova Teutonia, Plaumann leg.). 2 Paratypoide in mei- 
ner Sammlung und eins in coll. Plaumann (ebendaher). 1 Paraty- 
poid aus Rio Grande ao Sul, Itapiranga, in meiner Sammlung. 
(Buck leg.) | 

Männchen: Vorderschienen mit spitzem Zahn zu Beginn der 
starken Erweiterung an der Spitze. 

Weibchen: Vorderschienen einfach. 


3. Chalepus marginiventris Chap (Abb. 2 - 4). 

Ueber diese farbveränderliche Art habe ich schon 1936 ge- 
schrieben. (Festschr. Strand: |, 1936, p. 616 - 618). An Chrcma- 
tionen [Aberrationen] habe ich dort aufgeführt sternalis Chap und 
strandi Uh. (neu). Meine Ausführungen von damals gelten auch 
heute noch. 

Es wäre verfehlt, wollte man alle dort erwähnten Chromatio- 
nen benennen. Wenn aber die Farbänderung so bedeutend ist, dass 
sie dem Käfer ein anderes Aussehen gibt, sodass man glaubt, eine 
andere Art vor sich zu haben, dann ist eine Benennung nötig. Auch 
die Extreme der Farbverteilung bedürfen einer Benennung. Dieser 
Fall liegt hier vor. 1) chr. Strandi hat einen fast ganz schwarzen 
Halsschild. 2) Aus Brasilien: Porto Alegre und Umgebung erhalte 
ich immer wieder Stücke, die gelbbraune Decken mit geringfügig 
geschwärzter Spitze haben und die ich zur neuen Chromation 
barberi stelle (Abb. 4.) Diesen Spitzenfleck kann man als Rest des 
grossen Deckenfleckes der chr. sternalis ansehen. An Material aus 
Brasilien: Nova Teutonia, kann man eine allmähliche Abnahme des 


10 E. UHMANN — FÄRBUNGSKREISE DREIER HISPINAE AUS SÜDBRASILIEN 


schwarzen Spitzenfleckes und das Verschwinden des Schildchen- 
fleckes studieren. Schliesslich bleibt nur ein mehr oder weniger 
breiter Spitzenfleck auf der Deckenabwölbung übrig, der sich bei 
einigen Stücken bis zu einer geringen Schwärzung vermindert, wobei 
noch die Spitzenrandzähne gelbbreun werden. Ein schmaler 
Subhumeralstrich bleibt immer schwarz. Ein Stück aus Porto Ale- 
gre, 19. IV. 1936 (Buck leg.) hat bis auf den Subhumeralstrich ganz 
gelbbraune Decken. Extrem! Material mit oder ohne gelbbraunen 
Fleck an den Vorderschenkeln. Diesen geschilderten "Färbungs- 
kreis” rechne ich chr. barberi zu. Holotypus: Schwarz sind oben 
Kopf, Fühler, Seiten des Halsschildes sehr schmal, ein vorn ab- 
gekürzter Mittelfleck vorm Schildchen, dieses selbst, auf den Decken 
eine kleine, schmale Querbinde auf der Abwölbung, weiche die 
Spitzenrandzähne frei lässt, der Subhumeralstrich auf dem Seiten- 
rande. Uhnterseits schwarz, mit gelbbrauner Mittelbinde auf der 
ganzen Brust. Beine mit den Hüften ganz schwarz. Brasilien: Rio 
Grande do Sul, Porto Alegre, 23. VIl. 1952 (P. Buck leg.). Meiner 
Sammlung freundlichst überlassen. Paratypoide meiner Sammlung: 
1, Porto Alegre, 9.1X.53. Zähne und die ganze Abwölbung schwarz 
(Buck leg. 3118). 1, Sapucaia, (zwischen Porto Alegre und São Leo- 
poldo), 8. VII. 48. Zähne gelbbraun. Abwölbung weniger aus- 
gedehnt schwarz (Buck leg. 3173). 1, Itapiranga, 1934. Zähne 
gelbbraun. Abwölbung schwach geschwärzt. (coll. Borgmeier). 1, 
São Leopoldo, 29.º 30'B., 50° 52'L., 30. X. 1937 (Plaumann leg.). 
Zähne ohne den der Naht am nächsten gelegenen gelbbraun, Ab- 
wölbung schmal schwarz. 1, São Leopoldo, 22. X. 33. Der 
schwarze Spitzenfleck ziemlich gross, die Abwölbung etwas über- 
schreitend (Plaumann leg-). Dürfte die Grenzfärbung gegen chr.: 
sternalis sein. | 


In coll. Buck finden sich: 1, Porto Alegre, 26. I. 33. Zähne 
gelbbraun, an der Basis schwarz. Abwölbung schmal schwarz. (Buck 
leg.). 1. Porto Alegre, 19. IV. 33. Spitzenfleck fehlt (id.). 1, Rio 
Grande do Sul, Ponta Grossa, (P. Alegre), I. 55 (L. & E. Buckup). 
Mit Spitzenfleck. 

Alle diese Stücke stammen aus dem súdlichsten Staate Bra- 
siliens Rio Grande do Sul. Es bleibt abzuwarten, ob die chr. barberi 
auch aus anderen Gegenden Brasiliens, z. B. S. Catarina, bekannt 
WEG, ei Ar 
Ich benenne diese Chromation zu Ehren meines Freundes 
Herbert Spencer Barber vom U. 5. National Museum, Washington, 
der mich, den ihm völlig Unbekannten in der Not der Nachkriegszeit 
tatkräftig unterstützt hat, ideell und materiell. Es ist zu beklagen, 
dass er mitten aus seinem Schaffen (1950) scheiden musste. Siehe 
Nachruf Ent. Soc. Wash. 52, 1950 p. 259 — 269. . | 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 9 — MAIO DE 1958 ı su 


Färbungskreise des Ch. marginiventris Chap. 
Die Art hat schlanke Zähnchen am Hinterrande der Decken. 


1 (6) Halsschild gelbbraun, mit schmalen, schwarzen Seitenbinden 
und mit breiter schwarzer Mittelbinde. Letztere kann sich 
vorn verkürzen oder bis auf einen kleinen Fleck vorm Schild- 
chen rückbilden. Beine ganz schwarz oder Schenkel mit 
gelbbraunem Basalfleck. Kopf, Fühler, Schildchen und Sub- 
humeralstrich immer schwarz. 

2 (5) Enddrittel der Decken mehr oder weniger N 

3 (4) Seitenrand der gelbbraunen Decken in der ganzen Aus- 
dehnung schwarz, ihr Spitzendrittel schwarz (Abb. 2). Beine 
ganz schwarz. Typische Färbung der chr. marginiventris 
Chap., ändert ab: 


1.) durch Auftreten eines Scutellarfleckes (Monrös & Viana, 
19347, €. 13. fig. 48); 

2.) durch gelbbraunen Basalfleck aller Schenkel; 

3.) durch Schwinden der schwarzen Färbung auf dem Sei- 
tenrand bis auf die äusserste Kante (Brasilien: Santos); 

4.) durch zunehmende Schwärzung der Decken bis zuletzt 
nur eine helle Schulter-Streifenzeichnung übrig bleibt 
(Brasilien: Est. do Rio); S. Paulo: Boraceia (die gelb-. 
braunen Binden des Halsschildes nur schmal). 


Diese Stücke erinnern sehr an Chr. porosus Germ., bei dem 
aber die 5. — 8. Punktreihe hinter der Schulter ganz oder 
teilweise ineinandergeschoben ist. 
4 (3) Seitenrand der Decken mehr cder weniger gelbbraun, Subhu- 
 meralstrich auf dem Seitenrande mehr oder weniger aus- 
gedehnt. Typische Färbung: Decken gelbbraun, jede mit 
vorn konvexem Spitzenfleck. Mittelbinde des Halsschildes 
vorn abgekürzt. Schenkel mit gelbbraunem Basalfleck (Ty- 
pus aus Santa Catarina), (Abb. 3). 


chr. sternalis Chap. 
ändert ab: 


1.) Mittelbinde auf dem Halsschild vollständig; 

2.) Spitzenfleck nach vorn vergrössert; 

3.) 1. Rippe hinterm Schildchen strichförmig geschwärzt, 
schliesslich zum Scutellarfleck sich entwickelnd; 

4.) Schenkel ganz schwarz. 


12 E. UHMANN — FARBUNGSKREISE DREIER HISPINAE AUS SÜDBRASILIEN 


5 (2) Auf den Decken weniger als das Enddrittel schwarz, das heisst, 
auf der Abwölbung der Decken eine kleine schwarze Quer- 
binde, Zähne des Spitzenrandes gelbbraun. Die schwarze 
Mittelbinde des Halsschildes zu einem kleinen Fleck rück- 
gebildet. Schenkel des Holotypus ganz schwarz (Abb. 4). 
Brasilien: Rio Grande do Sul. 


chr. n. barberi 
ändert ab: 


1.) Spitzenrandzähne schwarz; 
2.) Basis der Vorderschenkel mit gelbbraunem Fleck; 
3) 


Querbinde etwas breiter, die Grenze der Abwölbung 
erreichend; 


4.) Spitzenfleck kaum noch angedeutet oder fehlend. 


6 (1) Halsschild ganz schwarz, nur in den Vorderecken mit win- 
zigem, hellem Fleck. Spitzenhälfte der Decken oder etwas 
weniger schwarz. Scutellarfleck und Subhumeralstrich 
schwarz. Basis aller Schenkel gelbbraun. Holotypus. 


chr. strandi Uh. 
andert ab: 


1.) Seitenrand der Decken auf grosse Strecke gelbbraun; 

2.) Seitenrand ganz schwarz, Schenkel schwarz (Mittel- 
brasilien: Bocaina); 

3.) in einem Falle je eine ganz dünne Seitenlinie auf dem 
Halsschild braun (Campinas); 

4.) Beine ganz schwarz. 


Verbreitung der Färbungskreise. 

Nominatform: Brasilien von Minos Gerais bis Rio Grande do Sul. 
Argentinien in den Provinzen Misiones und Cor- 
rientes an das Verbreitungsgebiet in Brasilien 


. anschliessend. 


chr, sternalis. Brasilien von Bahia bis Rio Grande do Sui, 
“ Argentinien wie bei der Nominatform. 


chr. strandi. Brasilien: S. Catarina. 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 9 — MAIO DE 1958 13 


chr. barberi: Brasilien: Rio Grande do Sul. 


Das Material meiner Sammlung stammt zum grössten Teile 
cus S. Catarina. 


Schrifttum. 


Wegen des gesamten Schrittums siehe Uhmenn, in Coleopt. 
Cat. Suppl. 1957, Pars 35, Fase. 1, p. 87 etc. Arbeiten über die 
Farbveränderlichkeit und die Chromationen: 


Monrós & Viana, 1947, An. Mus. Argent. Cienc. natr. 42, p. 87. 
Uhmann, 1932, Mitt. ent. Ges. Berlin, 3, p. 37. 
Uhmann, 1936, Festschr. Strand, ne D. 616- 618. 


Zu den Abbildungen. 


Abb. 1. Chromaticnen von Xenochalepus trilineatus Chap. Die 
dicht punktierten Teile von Halsschild und Decken zeigen die Farb- 
verteilung der chr. postica Chap., die weit punktierten Teile den 
Zuwachs der Färbung bis zur Bildung der chr n. utraque. 

Die Rippen (Zwischenräume Il, IV, VI, VIII) sind entsprechend 
benummert; 2, 4, 6, 8. Für die Abb. 2'- 4 ai entsprechend die 
gleiche E imeéruno. E: 

Abb. 2. Die gestrichelten Flächen geben die typische Farbver- 
teilung bei der Nominatform wieder. Die dicht punktierten Teile 
zeigen den Zuwachs der schwarzen Färbung an. Der weniger dicht 
punktierte Teil bezeichnet die Fläche der Verschmelzung der ba- 
salen mit der apikalen Zeichnung. Alle drei gekennzeichneten 
Teile ergeben zusammen das Extrem der Schwarzfärbung. 

Abb. 3. Die gestrichelten Flächen geben die typische Ver- 
teilung der schwarzen Zeichnung der chr. sternalis wieder. Die 
punktierten Flächen geben den Zuwachs der schwarzen Färbung 
an. 

Abb. 4. Die gestrichelten Flächen geben die typische Farb- 
verteilung, den Rest vorm Verschwinden der schwarzen Färbung, 
bei chr. barberi an. Der punktierte Teil zeigt die grösste Ausbrei- 
tung der schwarzen Färbung, bis zu der diese Chromation gerechnet 
werden kann. Sein Vorderrand gibt zugleich den Beginn der Ab- 
wölbung an. 

Am Schluss dieser Arbeit möchte ich noch meinem lieben 
Kollegen, Herrn P. Pio Buck, S. 3. für seine so wertvolle Hilfe durch 
Ueberlassung und Vorlegung von Material, das er selbst gesammelt 
hatte, herzlichst danken. 


14 E. UHMANN — FÄRBUNGSKREISE DREIER HISPINAE AUS SUDBRASILIEN 


— 


RESUMO 


Entre os Chrysomelidae há espécies que variam muito na co- 
loração. Introduziam-se, pois, “Variações”, “Aberrações”, ou me- 
lhor “Cromações”. Mas, êstes nomes aumentaram só um lastro de 
têrmos sem poderem designar tôdas as variantes. 

O autor procura resolver o probléma (da limitação de colora- 
ção) estabelecendo “Ciclos de coloração”, e explica a sua teoria 
com 3 Hispinae sul-brasileiros. É 
| Pode-se falar em “Ciclo de coloração”, quando uma espécie é 
muito variável no colorido, mas, estes variações. não obedecem. a 
cromações certas. Tödas as variedades, aberrações etc. da espécie 
pertencem ao ciclo de coloração dela. Quando as côres das cro- 
mações variam fortemente numa espéc'e, pode-se falar também 
num ciclo de coloração das diferentes cromações. 


SUMMARY 


The author finds that “Variations”, “Aberrations”, or better 
“Chromations” only increase tha ballcst of terms without being able 
to include all variants of a species. 

In order-to resolve the problem he establishes “Cycles of colo- 
rations” and exemplifies his theory with three South-Brazilian 
Hispinae. 


15 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 9 — MAIO DE 1958 
EE DD II marea neta aaa raia 


fi 4 
» es 
Y if 5 
À) Ko 
V no 
Li ic. 
| KR fi 
1% x: 4 


4" 
ze"; an) 

[al 
rc A 7) 


4 


Abb. 1. Xenochalepus trilineatus 
Chap. und utraque n. 


Chap. chr. postica 


dE ri 


, > 4 tros hr nr pe ces ml ad wen 
E E o ro Naar sd) RO dr pp RR 7 É CR 
um ie 
f umher dei nica nd 
Pos ’ BE a Pira 
+ 4 E 


a 
É 
E y 
Are 
ai e $ Dr 
’ 
” 
; ] 
É 
E 
Lo 
- x 
po 
u ? 
* 
’ 


> 1a 
Pro Rd 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 9 — MAIO DE 1958 17 


ea a 


. 
to 
4 


: E 

fl 

B' 
IR 


= > 
7. 
Sr 
-s. 


ES 
E RSS E 
= ES m 2 
- =" (o) 

< 


a Etr 


giniventris Chap. 


ES 
AN 


chr. sternalis Chap. 


Chalepus mar 


Abb. 3. 


ENS 


AI EAD RR NR TS >> a DE O 8 


Abb. 2. Nominatform. 


DEC RD 
Po O TR O RR RER ES 
à rir aa 1a BE quinta ação am A TE Ig aà 


Ps a, 


ny 
ssa a ad Dc 
cd roer emma ENG. WERE En vd 


oo oo do ve er N aa 


cia ' omisso 
E DET ne RE Nora pai o pri rr pt pp mp mo fin 


a 
ns" do q > 
nd ” 
x PE ZE Fo DP teen 
r eh 
DMR MR a TITELN. a ip ao e et ii e 
' E sy ann nn aa recai a qui mt o ema a ADA pio is a Br nt a AS 
12 Ê 
Ea e N e Nr re a e en e a a ee as 
b f chi RS ÇÃO tm ec Ve ce ri a nim ci F ORG a aa nr 
rt iR s 
r 
7 
. > 
E bi 4 
À Le x 
N a 
3 » 07 er a nn re N ea De U da E 
; tamo , inte am (0 SRH KERNE 
ER { 2 - ne e mr ri ra PR sia my er 
A , 3 kr 
x poa ins DET 
An Be ra Sea 2 4 * A 
“ yr Mi 
Ane we 
? le ; 
OR AS ee. u) er pp Anton > € NI ni 
FR & e 
u pisa "ren y aa VA = VE pi 
& y 
gr - a a ? 
SE oe AS 
* e 
+ 
PE Er: 
5 a =" « 
BT u 3 5 4 
E Baal e | var 
OR LA, 
Essa do ir ga 8 BE NEAR é un - 
Br ER e ae a 
. EMT: a ER ES Ra : n > 
é PR dia] de E? 
o, > ” ot, 
K x Be en Fe es ne 
©: . 1 4 e per ed EA, 
fis “A Ml a Ka 
e; 
ps a 
Fre 
v 


"SÉRIES CIENTÍFICAS. 
SEU RIO-GRANDENSE DE CIÊNCIAS NATURAIS - 


| N.º10 DEZEMBRO DE 1958. | 

— NOTAS SÖBRE OS RÉPTEIS DO ESTADO OO 
— RIO GRANDE DO SUL — BRASIL ESA 

Re O 0 THALES DE LEMA. ER ne 

a: E x L1BRARN N 

“SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA | per a 

À - DIVISÃO DE CULTURA | Re É Ga 


DIRETORIA DE CIÊNCIAS 


Es 


Tôda correspondência referente à 
“"IHERINGIA” 
deve ser enviada ao 


MUSEU RIO-GRANDENSE DE CIÊNCIAS. 
NATURAIS 


Rua Coronel Vicente, 430 — Pörto Alegre 
Rio Grande He Sul — Brasil. 


Desejamos estabelecer permuta. | 
Deseamos estabelecer el cambio. | 
We wish to establish exchange. Fe 
Wir wünschen Austausch. 

On desire établir l’echange. 

Desideriamo il cambio. 


a u 


y ] 
REA Tue Ran 
E 4 y 


THALES DE LEMA 


NOTAS SÓBRE OS RÉPTEIS DO ESTADO 
DO RIO GRANDE DO SUL - BRASIL 


) 


NOTAS I A IV 


1958 
Oficinas Gráficas da Imprensa Oficial 
PÓRTO ALEGRE 


É NOTAS SOBRE os RÉPTEIS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, 
BRASIL. NOTAS Ia IV. (*) 


u ng 


a 


Thales de Lema (**) 


ET 


“mm 
1% 
Fi 


APRESENTACAO 


a Ara ipa As a 


a E A 


— A fauna de répteis do Estado do Rio Grande do Sul é, apesar de 
“várias contribuições científicas de autöres estrangeiros e nacionais, 
* ponco conhecida. A maioria do material coletado pertence à 
zona leste do Estado, sendo as zonas central e oeste, prätica- 
" mente desconhecidas. O material coletado no Rio Grande do Sul en- 

contra-se espalhado pelos museus norte-americanos e europeus e uns 

_ poucos nacionais. Na Europa: o British Museum de História Natural, 
“em Londres, o Senchkenberg Museum em Frankfurt a. Mein, o 
" Berlin Museum e o Museum d’Histoire Naturelle de Paris, como 
- principais. Nos Estados Unidos: o American Museum of Natural 
" History, em New York e o Field Museum, em Chicago, como 
“principais. No Brasil: o Instituto Butantan, em São Paulo, o Departa- 
- mento de Zoologia da Agricultura, em São Paulo, o Museu Nacional, no 
— Distrito Federal e o Instituto Pinheiros, em São Paulo. No Estado do 
* Rio Grande do Sul a primeira coleção apreciável, mas pequena, foi a 
"* organizada pelo Pe. Ambrósio Schupp, em .São Leopoldo. Após isso des- 
dy taca-se a da Escola de Agronomia, do antigo Instituto Borges de Medei- 
o ros, que funcionava junto à Escola de Engenharia, e que foi 
‚au organizada pelo Dr. Rudolf Gliesch, dedicado naturalista que muito con- 
tribuiu para o atual estado de cousas reinante no estudo da zoologia 
- mnêste Estado. De uns vinte anos para cá vimos colecionando material 
' herpetológico particularmente no Museu Rio-Grandense de Ciências 

' Naturais, em Pörto Alegre e no Instituto de Ciências Naturais da Uni- 
Sá versidade do Rio Grande do Sul, em Pôrto Alegre, também. 
ta Quanto às listas de répteis do Rio Grande do Sul, há várias, mas, 


am dá 


Be 


L ARE io a ner 9 5 
EI En 


we a 
Era 


ps 


A - SE 
+] 


LATE 


Fo tanta 2 


u 


% 


“as Entregue para publicação em 31 de outubro de 1958. 
re) Assistente Técnico do Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais. 


Es tödas anitos! e bonmlelak” ado a TR ns tódas RA 
-— | BOULENGER, do Museu Britânico, Publicada em 1886. | 


3 \ plares afim de förmar series que nos mostrem a joio ae va E 
das espécies e, das regiões vizinhas, a fim de comparar as fauna: 
distribuição das espécies, zo como as frönteiras a, não. 


tes das áreas de distribuição. . ne 


x 


da 


Esperamos que a crítica construtiva das autoridades no as 
venha cooperar ey nosso sincero ee Í 


cam 


nn 


“ 1 — INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS RÉPTEIS DO ESTADO DO RIO 


GRANDE DO SUL: (*) 
I — HISTÓRICO. 
A fauna herpetolögica do Estado do Rio Grande do Sul foi uma 


das primeiras a ser conhecida no Brasil, graças à visão de um grande 
komem cue veio morar neste Estado, Dr. Hermann von Ihering. Tendo 


* se instalado na cidade de São Lourenço do Sul, à margem sudoeste da 
“Lagoa dos Patos, lá coletou grande quantidade de animais e enviou os 


répteis e anfíbios ao Dr. George A. Boulenger, no British Museum, então 


o maior herpetólogo conhecido, que manufaturou várias listas comuni. 
"* cando ad mundo científico sôbre a fauna dêste distrito zoológico. 


E] 


Dá 
Ecke 
a 
EN 


E ag 


ES 


A abe 


TED 


Br Ar 


Outros autöres estudaram os répteis e anfíbios do Rio Grande do 


Sul, destacando-se Hensel e Cope, mais tarde o Dr. Magalhães e o Dr. 


“ Gliesch. Recentemente Vanzolini publicou estudos sôbre material do 
“sa “ Citaremos em ordem cronológica. 


O primeiro estudo é do Basta alemäo Dr. R. F. HENSEL, do 
Museu de Berlim, que residiu e coletou poiquilotermos na cidade de Ta- 
- quara do ‚Mundo Novo, hoje é a atual sede do Município de Taquara. O 


a estudo foi dividido em duas partes: a primeira (1867), fala sôbre os 


“ anfíbios e a segunda (1868) sôbre os répteis (1, 2), enumerando 34 es- 


pécies de répteis sendo uma nova: Eis a relação: 


“Serpentes — 1. Liophis Merremii (= Coluber Merremii Wied). 


“2. Liophis (Ophiomorphus) dorsalis. 

“3. Tomodon dorsatus D. B. 

‘4. :Xenodon rhabdocephalus (= Coluber rhabdocepha- 
“Jus Wied). 


 8..:Xenodon Neuwiedi Gthr. 
- 6. Heterodon D'Orbignyi D. B. 
".. Helicops carinicaudus (Coluber carinicaudus Wied). 
á " 8.º Spilotes variabilis Wied. ee 
i 9. .Coryphodon pantherinus Merr. 
(*) Apresentado na I Semana Universitária Gaücha de Debates Biolögicos — em 


Pörto Alegre, setembro de 1955: 


Au PN p 
VR NM NEE o 


PR e Mt É ABER Ds MA! in 1 ; mada tos 
8 THALES DE LEMA — NOTAS SOBRE OS RÉPTEIS DO ESTADO DO R. G. DO SUL | 
a era EL PD Re PARE ENO VE O a al 


10. Herpetodryas carinatus (= Coluber carinatus). 
ll. Philodryas taeniatus, n. sp. Peters in Hensel (tipo | 
no Museu de Berlim). pi 
12. Philodryas Olfersii Licht. 
13. Philodryas Schottii Fitz, 
14. Philodryas carinatus. | 
15. Thamnodynastes Nattereri Mik. 
16. Thamnodynastes punctatissimus (non Wagl). 
17. Oxyrhopus immaculatus (non D. BI EM, 
lê. Oxyrhopus petolarius (= Coluber petolarius L). 
19. Elaps corallinus (= Coluber corallinus L). 
20. Elaps lemniscatus (= Coluber lemniscatus L.). 
21. Bothrops atrox Welr. (= Coluber atrox Ei.) 
22. Crotalus horridus L. 
Sauria — 23. Amphisbaenia vermicularis. 
24. Amphisbaenia Kingii. 
25. Ophiodes striatus. 
26. Pantodactylus Schreibersii 
27. Podinema Teguixin. 
28. Acrantus viridis. 
29. Tropidurus torquatus. 
30. Urostrophus Vautieri. 
31. Hemidactylus Mabouia. 
Crocodilia — 32. Alligator latirostris. | An 
Onelonia.:-- 33. Platemys Geoffreyana. | y 4 
34. Chelodina Maximiliani. | a 
Nesse material de HENSEL hä exemplares de Pörto Alegre, também 
e de algumas localidades vizinhas e foi todo depositado no Museu de “a 
Berlim. | é 
Mais tarde surgiram, num mesmo ano. nada mais do que três listas Dit 
“de réptéis para oc Estado do Rio Grande do Sul, uma de Edward DB. Re 
COPE e outras duas de G. A. BOULENGER. A lista de COPE está con- 
tida numa série de contribuições ao conhecimento da fauna da América a 
Tropical e constituem o resultado de muitas coletas efetuadas por na- 1 
turalistas viajantes. Dois deles, o casal H. H. SMITH, estiveram no Rio “a 
Grande do Sul e levaram bom material herpetológico da cidade de Mon. 
tenegro, naquela época São João do Monte Negro .e que esteve confun- 
dida algum tempo com São João do Rio Negro. Devemos a VANZOLINI |. 
(3) a elucidação do problema. COPE, em sua lista de 1885 (4), enumera | 
30 espécies sendo nada menos do que seis novas. Ei-la: PURA 


Sauria — 1. Anops Kingii, Bell. . | 
2. Amphisbaena trachura, n. sp. 


1 Ne %; En > É a, her PA 42. EA A Ag a a } Va N a + e, pag: pt E ” it ba . “AAA 2 az “b Ps LA Paul gos Pr +» 
AA ge ch ei ER o UE RN MEN USE E ny i RT y Rr 
DI o Ra E SRA O 6 APR O N PR RN , AA 
TER pd DRDS caça PARRA ao ES in ny 0° [ 
un, Fi ’ & 
VA TR 7 ; + À 


ma IMBRINGIA - u ZOOLOGIA. N.º 10 — DEZEMBRO DE 1958 9 


3. Aporarchus (g. n.) prunicclor, n. sp. 
4. Pantodactylus bivittatus, Cope. 
5. Acrantus viridis, Merr. | 
6. Tejus tequexin, L. | 

7. Opheodes striatus, Wglr. 

serpentes — 8. Phalotris melanopleurus, n. sp. 

9. Opheomorphus dorsalis, Peters. 

10. Opheomorphus fuscus, n. sp. 

il. Opheomorphus. meleagris semilineatus, Cope. 
12. Aporophis conirostris, Gthr. 

13. Aporophis eyanopleurus, n. sp. 

14. Tachymenis hypoconia, Cope. 

15. Thamnodynastes Nattereri, Mikan. 

18. Drymobius pantherinus, Merrem. 

17. Herpetodryas carinatus, L. 

18. Philodryas Schottiü, Fitz. 

19. Philodryas Olfersii, Licht. 

20. Tropidodryas aestivus, D. B . 

21. Leptognathus Catesbyi (?), D. B. 

22. Oxyrrhopus rhombifer, D. B. 

23. Oxyrrhopus plumbeus, Wied. 

24. Lystrophis Dorbignyi, D. B. 

25. Xenodon rhabdocephalus, Boie. 

26. Xenodon Neovidii, Gthr. 

27. Helicops infrataeniatus, Jan. 

28. Helicops baliogaster, n. sp. 

29. Elaps altirostris, Cope. 

30. Bothrops alternatus, D. B. 


. O material que figura com o nome de Leptognathus Catesbyi foi 
listado pelo próprio COPE, mais tarde, em 1887 (5) como L. Garmani, 
conforme VANZOLINI, 1953 (3). Quanto às COBRAS DÁGUAS do gê- 


nero Helicops citados por êle são apenas variações individuais da raça 


sulina da espécie carinicauda de Wied, conforme mostraremos em outra 
cin 
“As listas de BOULENGER ist las os resultados das remessas 


“feitas por H. von IHERING e foram publicadas no Annals and Magazine 
“of Natural History de Londres em 1885 as duas primeiras e em 1886, 
uma final em forma de sinópse e que é, ainda, de grande valor para os 
Zoólogos do extremo sul brasileiro. A primeira contém 31 ae sendo 


3 novas: 
‚Chelonia — 1. Platemys. Geoffroyana, D. B. 
Crocodilia — 2. Alligator, Jatirostris (Daud.). 


+ 


10 THALES DE LEMA — NOTAS SÓBRE OS RÉPTEIS DO ESTADO DO R. G. DO SUL 


Sauria E E 


Serpentes — 13. 


30. 
ar. 


Urostrophus Vautieri, D. B. | 
Enyalius Iheringii, n. sp. 
Liolaemus azureus (Múll.). 
Liolaemus occipitalis, n. sp. 
Ophiodes striatus (Spix). 
Tupinambis teguixin (L.). 
Teius teyou (Daud.). 
Pantodactylus Schreibersii (Wiegm.) 
Amphisbaena Darwini, D. B. 
Anops Kingi, Bell. 
Elapomorphus lemniscatus, D. B. 
Liophis Merremii (Wied). 
Liophis cobella (L.). 

Liophis almadensis (Wagl.). 
Coronella anomala, Gthr. 
Coroneils Jaegeri, Gthr. 
Coronella poecilopogon, Cope. 
Coronella obtusa (Cope). 
Coronella Iheringiü, n. sp. 
Dromicus melanostigma (Wael.). 
Philodryas aestivus (D. B.). 
Philodryas Schottii (Fitz.). 
Spilotes variabilis (Wied). 
Heterodon D’Orkignyi, D. B. 
Helicops carinicaudus (Wied). 
Oxyrrhopus petalarius (L.). 


Thamnodynastes Nattereri (Milk), var. laevis (= T 


punctatissimus Hens.) 
Leptognathus Mikanii (Schleg.). 
Elaps lemniscatus (L.). 


Podemos notar nessa primeira lista (6) a ocorrência de materia! 
mais variado e isto se deve, talvez, ao processo de coleta do Dr. Ihering, 
que distribuia prêmios a todos os que trouxessem exemplares o. que | 
provocou forte coleta nos meninos e moradores da zona de São Lou- 
renço. Mas, neste material também há FREINDIGERS de Pörto Alegre, se 
bem que muito pouco. 


A ER, a (7) é apenas complementar da primeira e. contém 
só 11 espécies sendo 3 novas: ? 


Chelonia _— 


Sauria aM 


1. Hydromedusa tectifera, Cope. 
2. Thalassochelys caretta (L.).. 
3. Anisolepis (g. n.) Iheringii, n. sp. 


. ta 


Serpentes = 


10. 


EL. 


au» 


o o 


Re; IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 10 — DEZEMBRO DE 1958 ar 1 


Mabuya dorsivittata, Cope. 

Geophis reticulatus, n. sp. 

Ablabes Agassizii (Jan). 

Tomodon dorsatus, D.B. 

Herpetodryas carinatus (L.). 

Leptognathus ventrimaculatus, n.sp. 

Bothrops alternatus, D. B. (= Bothrops atrox, 
Hensel). 

Botrops biporus, Cope. 


A lista em forma de sinopse de 1886 (8) reúne as listas de 1885, 
tanto de BOULENGER como de COPE e, ainda, a de HENSEL de 1868 
Na sinópse o autor invalida sua nova espécie Anisolepis lheringii, co- 
locando-a na sinonímia de A. undulatus de Wiegmann. Cita 63 espécies 
de répteis para o Rio Grande do Sul. Sem dúvida é êste o trabalho mais 
importante publicado até hoje para a fauna herpetológica do Estado 
e serve de bäse para futuros estudos geográficos, respeitando as modi- 

* ficações que o próprio BOULENGER fez por ocasião da publicação dos 
seus monumentais Catálogos do Museu Britânico. Eis a relação: 


Chelonia = 


5 

4 6 
Crocodilia EL 

8 


Sauria — 


Clemmys Dorkienyi (D. B.). 
Platemys Geoffroyana (Schweigg.). 


sPlatemys- Hlairıı,»D...B: 
“Platemys-SpixH, -D.' Bí 

. Hydromedusa tectifera, Cope. 
. Thalassochely caretta (L.). 
Alligator latirostris (Daud.). 
. Enyalius Iheringii, Blgr. 


Anisolepis undulatus (Wiegm.). 


. Urostrophus Vautieri, D. B. 

. Liolaemus occipitalis, Blgr. 

. Saccodeira azurea (F. Müller). 

. Ophiodes striatus (Spix). 

. Tupinambis teguixin (L.). 

. Cnemidophorus lacertoides, D. B. 

. Teius teyou (Daud). 

. Pantodactylus Schreibersii (Wiegm.). 
. Amphisbaena Darwini, D. B. 

. Amphisbaena Mildei, Peters. 

. Anops Kingii, Bell. 

. Mabuia dorsivittata. 

Serpentes a 
. Elapomorphus lemniscatus, D. B. 


Geophis reticulatus, Blgr. 


Ablabes Agassizii (Jan). 


« Coronella poecilopogon (Cope). 


12 THALES DE LEMA — NOTAS SOBRE os RÉPTEIS DO ESTADO DO R. G. Do Di 


63. 


Desde essa lista 
répteis do estrêmo 


ae em eram me me RD RR TO RSRS POR ENT ET o AS 


. Coronella Iheringii, Bigr. 
. Coronella obtusa (Cope). 


Coronella Jaegeri, Gthr. 


. Coronella anomala, Gthr. 

. Liophis fusecus (Cope). 

. Liophis poecilogyrus (Wied). 
. Liophis almadensis (Weglr,). 
Sr 
. Dromicus flavifrenatus (Cope). 

. Dromicus melanostigma (Welr.). 
. Ptyas pantherinus (Daud.): 

. Spilotes variabilis (Wied). 

. Herpetodryas carinatus (L). 

| Xenodon rhabdocephalus (Wied). 
. Xenodon Neuwiedi, Gthr. 

. Heterodon Dorbignyi, D. B. 

42. 
. Philodryas Schottii (Schel.). 
. Philodryas taeniatus, Peters. 


Liophis typhlus (L.). 


Heterodon histricus, Jan. 


Philodryas Olfersii (Licht.). 


. Philodryas aestivus (Schgl.). 

. Tomoden dorsaius, D. B, 

. Tomodon ocellatus, D. B. 

. Helicops carinicaudus (Wied) (= H. infrataenia- 


tus Janı = DE baliogaster, Cope = H. trivittatus, 
Cope). 


. Leptognathus Catesbyi (Sehgl). 

. Leptognathus Mikanii (Schg). 

. Leptognathus ventrimaculatus, Bler. 
. Thamnodynastes Nattereri (Mik.). 

. Thamnodynastes strigatus (Gthr.). 

. Oxyrhopus cloelia (Daud). 

. Oxyrhopus plumbeus (Wied). 

. Oxyrhopus clathratus, D. B. 


Oxyrhopus petalarius (L.) (= O. rhombifer, D. B.). 


.Elaps corallinus (L.). 


Elaps lemniscatus (L.). (= E. altirostris, Cope). 


sel). 


Bothrops alternatus, D.B, (=B. atrox, part., Hen- 
sel). 


Crotalus horridus, L. 


que nada mais se fêz, em forma global, sôbre os | 


sul-brasileiro, a não ser trabalhos de divulgação. 


an 


. Bothrops diporus, Cope (= B. atrox, part, Hen- 


SRINGIA — pm - ZOOLOGIA No 10 — DEZEMBRO DE 1958 13 


—— 


} EN Re ' Encontramos. referências esparsas em obras gerais como nos mo- 
Yin ! numentais catálogos do Museu Britânico de 1825 a 1887 sôbre lagartos 

: (9), de 1889 sôbre tartarugas, rincocéfalos e crocodilos (10) e de 1893 
a 1896 sôbre serpentes (11), da autoria de G. A. BOULENGER. 


Também vamos enccntrar referências no Catálogo do Museu de 
Senckenberg de BOETTGER (12), de 1898, cujos exemplares do Rio 
Grande do Sul foram doados, na maioria pelo Dr. Hermann von Ihe- 
ring e onde se encontra o tipo da Helicops pietiventris de We rner, do 
Rio Grande do Sul, provávelmente, mas com a indicação de “Brasil”. 


' Pequenas referências encontram-se em trabalhos de GRIFFIN de 
1909 (13) e Rodolpho von IHERING, 1911, em sua lista descritiva, infe- 
lizmente incompleta, das serpentes brasileiras (14). 


Trabalhos no Rio Grande de Sul são poucos, destacamos um artigo 

nem alemão do Dr. E. VOGEL sôbre as serpentes venenosas que ocor- 

rem em Santa Cruz do Sul. Um livrinho de divulgação do Pe. A. 

SCHUPP, S. 3., em que êle conta suas coletas de serpentes para 0 mu- 

seu do colégio em que lecionava e as observações por êle observadas. 
Não é, portanto, um trabalho sómente de divulgação porque Pe. Schupp 
diz cousas dignas de registro. Era a única obra semi-popular de que 
dispunhamos, mas, esgotou-se há muito tempo. Se alguém aquí no sul |. 

quizer classificar uma serpente deverá dirigir-se ao especialista, isso 
“até para as espécice mais frequentes, ou melhor, abundantes, o que é a 
. embaracoso para os professores de zoologia. Bo 


“. Schupp organizou uma bela coleção que, infelizmente, se desman- Eu 

. telou em parte, pois, parte da coleção iicou em São Leopoldo, no museu 
“do Seminário Central dos Jesuitas, hoje a nova e recente Faculdade de 

Filosofia “Cristo Rei” e a outra parte foi enviada ao Colégio Catari- 
Ar nense de Florianöpolis, mas, na viagem de trem muitos frascos foram 
a jogados fora por funcionärios da estrada. A lista foi publicada em 1913 
(15) e contém 41 espécies, s sendo apenas a espécie Bethrops (Lachesis) 
Neuwiedii acrescentada à lista de a 1886 e assim mesmo sem | 
descrição, apenas uma estampa de um exemplar fixado. “PN 


Pie, 


No catálogo das serpentes sul. americanas existentes no Museu de E 
Carnegie, de GRIFFIN, 1915 (16) há duas citações para o Rio Grande | 
do Sul sendo uma delas importante porque GRIFFIN denomina a raça 
sulina de COBRA DAGUA de Helicops carinicauda infrataeniata, nome | 3 

E a adotamos por acharmos mais de acôrdo com a realidade, conforme . E: 
ota, 2 dêste. , gi x 


u. 


É ey q = 5 x ar 
Outra lista, mas, somente das serpentes de Pelotas, é da autoria do |. 


— Dr. Octávio MAGALHÃES de 1920 (17) e na qual descreve uma nova es. 


14 THALES DE LEMA — NOTAS SÖBRE OS RÉPTEIS DO ESTADO DO R. G. DO SUL 


pécie de Bothrops para nossa fauna, espécie, aliás, controvertida. Alista 
apresenta as seguintes novidades: 


Leptognathus turgida. 

Helicops modestus. 

Xenodon guentheri. _ 

Oxyrhopus trigeminus. 

Apostolepis erythronota. 

Bothrops itapetiningae. 

Bethrops inaequalis, n. sp. (São Lourenço). 


ID o mom M 


Num total de 21 espécies, sendo as demais constantes da lista de: 
BOULENGER, 1886 e sendo a única fora de Pelotas a nova espécie de 
- erotalideo, que veio, junto com mais exemplares, de São Lourenço do 
Sul. | 

Quanto à nova espécie de MAGALHÃES, AMARAL, em 1925 (18) 
afirmou tratar-se de uma aberração cromática de Bothrops alternata 
D. B. D. 1854, mas, a lista de MAGALHÃES foi republicada em 1925 (19) 
nas Memórias do Instituto Oswaldo Cruz e surgiu uma polêmica em 
tôrno da validez da espécie quando o Dr. Evandro de Barros, em 1931 
(20) resolveu revalidar a espécie. A discussão terminou por cuidadoso 
e completo estudo feito por A. AMARAL em 1934 (21) na revisão da 
espécie Bothrops alternata, mostrando a grande tendência à variabili- 
dade cromática que tem esta espécie e que nós, também, pudemos com- 
provar, conforme nota 4 dêste e, também, estudos do Dr. Rudolf 
GLIESCH, em 1931 (22). Nêsse estudo GLIESCH mostra o ciclo de va- 
riações das marcas supracefálicas da CRUZEIRA. 

R. GLIESCH é também outro autor que cabe destaque no estudo 
da fauna de répteis do Rio Grande do Sul, pois, desde muitos anos vem 
escrevendo artigos instrutivos sôbre o assunto e organizando uma cole-. 
ção no Museu da Escola de Agronomia e Veterinária. Dos seus traba-. 
lhos destacamos um artigo de jornal sôbre serpentes do Rio Grande 
do Sul, de 1923 (23), uma resenha descritiva das espécies do R. G.S. 
de 1925 (24) e um trabalho sôbre a fauna de Törres, litoral do R. G. S. 
do mesmo ano (25). c 

Em sua lista de 1925 cita 28 espécies sendo as seguintes novas da 
lista de BOULENGER, 1886 e subsequentes acréscimos: 


{. Rhadinaea occipitalis. | 2 
2. Leptophis liocercus, Wied. 


3. Lachesis jararacussu, Lac. 


Nos trabalhos de H. LUEDERWALDT söbre repteis do Brasil de 1926 


(26, 27) hä referências à fauna do Rio Grande do Sul, Assim também | 


1} 


15 


nos estudos de A. do AMARAL de 1927 (28, 29 e 30) e de 1930 (31, 32, 33 
e 34) fazem referências à fauna herpetolögica sulriograndense, inclusi. . 


ve a primeira edição de sua lista remissiva dos ofídios do Brasil, em 
1930 e sua reedição em 1935 (35), bem como a lista de lagartos brasi- 
leiros de 1937 (36). Através dessas listas A. do AMARAL atualiza a no- 
“menclatura, invalida vários nomes e cria muitas espécies novas, bem 
como amplia a área de distribuição geográfica, baseado em farto ma- 
terial dos museus sul-americanos, norte-americanos e europeus. 


‘ Mais recentemente, estudos de HOGE, no Instituto Butantan e 
VANZOLINI, no Departamento de Zoologia, contribuiram ao conheci- 
mento da fauna de répteis extremossulinos com citações ou estudo es- 
pecial, como a descrição de nova espécie e gênero para o Rio Grande do 
Sul de VANZOLINI, 1947 (37) baseado em material coletado pelo sau- 
doso Dr. Hermann von Iherine. 


Dos autöres norte-americanos há referências à nossa fauna em J. 
R. BAILEY e W. W. MILSTEAD, entre outros. 

' Quanto ao Dr. W. W. MILSTEAD esteve coletando durante três anos 
no Estado do Rio Grande do Sul, tendo organizado bôa coleção de ré- 
pteis e anfíbios que está senão estudada e espera-se para breve a pu- 
blicação de seus resultados. 


Como síntese final observamos que os estudos até agora realizados 
sôbre os répteis do Rio Grande do Sul têm sido somente na parte leste 
do Estado, sendo a parte central e oeste praticamente desconhecidas. 
Concluidos dai que ainda não temos uma idéia aproximada siquer da 
fauna herpetológica da região. Para chegarmos a esta conclusão tive- 
mos de proceder êsse estudo bibliográfico de tudo o que foi feito a fim 
de tomarmos posição frente ao problema de inventariamento da fauna 
do extremo sul brasileiro. . 


“SUMMARY 


An historical study of reptiles from Rio Grande do Sul Dis- 


trict of Brasil. The Author presents the lists of HENSEL, 1868, BOU- 


LENGER, 1885 (a and b) and 1886 (this is the chief-list), and COPE, 
1885. There are another works of SCHUPP, S. J., GLIESCH, not scien- 
tifics, and VANZOLINI, HOGE, GRIFFIN, AMARAL, scientifies., In 
conclusion the faune of that region is parcially unknown. 


INSTITUTION 


SMITHSONIAN MAY 5 


ee 


q. MP A OTA A ia hd O CA CORANTE DES MEN A W ER ASS PDAS Ma A PRETO SU Ma MDA TIEREN: 
= vg À e EN REA Me tr NUS pe A, | EM BRO dah hi Nie é a IF AR N 
] RE, N Er BY) é E Po Ec DA TR LR À NR TRE Pd 
= A EM 1 \ e UN Lt Ka CRM AR ENE A 
j j N ad / y SR E , N 


16 THALES DE LEMA — NOTAS SOBRE OS RÉPTEIS DO ESTADO DO R. G. Do sun N HA 


2) 


7 


BIBLIOGRAFIA 


' HENSEL Reinhold Friedrich, 1867 — Beiträge zur Kenntniss der 


6 


Wirbelthiere Südbrasiliens. I. Wiegmann’s Arch. Naturg., 33: 
126-162 (Berlin). 
HENSEL, Reinhold Friedrich, 1868 — Beiträge zur Kennt ne, 
Wirbelthiere Südbrasiliens. II. Wiegmann's Arch. Naturg.: 323-357 
(Berlin). 
VANZOLINI, Paulo Emilio, 1953 — On the type locality of some 
Brazilian Reptiles and Amphibians collected by H. H. Smith and 
described by E. D. Cope. Copeia, May 1953, n.º 2: 124-125. 
COPE, Edward Drinker, 1885 — Twelfih contribution to the her- 
petology of tropical America, VII. Rio Grande do Sul, Brazil; | 
H. Smith. Proc. Amer. Philos. Soc., 22 (118, X, printed March, 
9): 167-194. N 
L.Dt, 
COPE, Edward Drinker, 1887 — Synopsis of the Bathachia and. 
Reptilia obtained by H. H. Smith in the Province cf Matto Gros- 
so, Brazil. Proc. Amer. Philos. Soc. 24: 44-60. 
BOULENGER, George Albert, 1885 — A list of reptiles and ba- 
trachians- from the Province Rio Grande do Sul, Brazil, sent to 
the Natural History Museum by Dr. H. von ihering. Ann. Mag. 
Nat. Hist ser. 5; vol. 39: 1912196: 
BOULENGER, George Albert, 1885 — Second list of reptiles and 
batrachians from the province Rio Grande do Sul, Brazil, sent 
to the Natural History Museum by Dr. H. von lherineg. wi Mag. 


"Nat. Hist., ser. 5, vol. 16: 85-88. 


BOULENGER, George Aibert, 1886 — A eo of the reptiles | 
ana batrachians of the Province Rio Grande do Sul, Brazil, ‚Ann. 
Mag. Nat. Hist., ser. 5, vol. 18: 423-445. 

BOULENGER, George Albert, 1885-1887 — Catalogue oí the Lizards 
in the British Museum (Natural-History). London. 3 volumes: 
1.1885. 11/1885, Io. 

BOULENGER, George Albert, 1889 — Catalogue of the ChelsnenN 
Rhynchocephalians, and Crocodiles in the British Museum (Na. | 
tura!-Histery). London. 


BOULENGER, George Albert, 1893- 1856 — Catalogue of the Et o 


kes in the British Museum (Natural-History). London. 3 volumes: 
1 — 1893, I — 1894, III — 1896. 


'BOETTGER, Oskar, 1898 — Katalog der Reptilien- Sammer Di) 


Museum der Senckenbergischen Naturforschenden Geselschaft . À : 


“in Frankfurt am Main. II Teil (Schlangen). 


GRIFFIN, Lawrence Edmonds, 1909 — The localities at which MR 
and Mrs. H. H. Smith collected. Ann. Carnegie Mus., 6: 14-76. 


“AM 


(18) 
9) 


(20) 


2) 


GIA - —  z00toGIA No Ta — DEZEMBRO DE 1958 . , 17 


ee mei mena mo nitro aeee trema —__ 


m 


ER Rodolpho von, 1911 — As Cobras do Brasil. I parte. 


“Rev. Mus. Paulista, 8: 273-379, figg. in texto. 


SCHUPP, S. J., Pe. Ambrósio, 1913 — As Cobras do Rio Grande 
do Sul. Vozes de Petrópolis, Rio. 80 pp., 22 figg. texto. 
GRIFFIN, Lawrence Edmonds, 1915 — A Catalog of Ophidia from 
South America at present (June, 1916) contained in the Carnegie 
Museum with description of some new species. Mem. Carn. Mu- 
seum, 7 (3): 163-228, pl. 28. 

MAGALHÃES, Octávio, 1920 — Contribuicäo para o estudo dos 
ophidios brasileiros. Nota prévia: “A Fôlha Médica”, ano I, 16 de 


“marco de 1920, n.º 3 (segundo MAGALHÃES, 1925). 


AMARAL, Afrânio do, 1925 — Contr. Harvard Inst. Trop. Biol. & 
Med. 2: 54-55, ol. XII: 6-7. 

MAGALHÃES, Octávio, 1925 — Contribuição para o estudo dos 
cohidios brasileiros. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, Rio, 18 (1): 151-161, 
Bi VILSN. 

BARROS, Evandro da Fonsêca, 1931 — A classificação da Lache- 
sis innegualis, Magalhäes, 1922. Ann. Fac. Med. Univ. Minas Ge- 
reais, ano III, vol. 1: 129.138, fieg. 1-9. 

AMARAL, Afrônio do, 1934 — Estudos sobre ophidios neotropicos. 
XXXI. Sobre a especie Bothreps alternata, D. B., 1854 (Crotali- 
dae). Variações. Redescripção. Mem. Inst. Butantan, 8: 161-182, 
3-Dl. 
CGLIESCH, Rudolf, 1931 — A “urutu” (Bothrops (Lachesis) alter- 


zunata, DB. 1354). in CEgatea”, rev. da RR. de Engenharia de 
 Pório Alegre, R. as ii 16 (3-4): 96-102, 5 figg. texto. 


GLIESCH, Rudolf, 1923 — ‘Unsere. Sc a ngen”. Neue Deutsche 
Zeitung, P. Alegre, RS. | 
CLIESCH, Rudolf, 1925 — As Cobras do Estado do Rio Grande 
co Sul. Almanach Agr. Brasileiro, 1925. 

GLIESCH, Rudolf, 1925 — A Fauna de Torres. Escola de Enge- 
nharia de P. Alegre (Instituto Borges de Medeiros). 
LUEDERWALDT, Hermann, 1926 — Chave para a determinação 
dos crocodilideos brasileiros com uma lista de especies do Museu 
Paulista. Rev. Mus. Paulista, 14: 1-8, 2 figg. 


LUEDERWALDT, Hermann, 1926 — Os quelonios brasileiros com. 


a lista das espécies dd Museu Paulista, 14: 405-468, pl1. 1-12. 
AMARAL, Afrânio do, 1927 — Albinismo em “Cobra-coral”. Rev. 
Mus. Pauiista, 15: 3-9, pl. III. 


AMARAL, Afrânio do, 1927 — Tres subespécies novas de SHhoruens 
corallinus (Wied). Rev. Mus. Paulista, 15: 13-25. 
AMARAL, Afrânio do, 1927 — Estudo comparativo da evolução 
ontogenetica de Pseudoboa cloelia (Daud., 1803) e P. haasi (Boett- 
ger, 1906). Rev. Mus. Paulista, 15: 105-110, figg. 


18 THALES DE LEMA — NOTAS SÖBRE OS RÉPTEIS DO ESTADO DO R. G. DO SUL 


(31) 
(32) 


(33) 


(34): 


(35). 


(36) 


87) 


(38) 


(39) 


AMARAL, Afränio do, 1930 — Estudos söbre ophidios neotropicos. 
XVII: Valor systemätico de värias formas de ophidios neotropi- 
cos. Mem. Inst. Butantan, 4: 3-68. | 
AMARAL, Afrânio do, 1930 — Contribuição ao conhecimento. dos 
ephidios do Brasil. IV. Lista remissiva dos cphidios geo Brasil. 
Mem. Inst. Butantan, 4: I — IV, 71-125. 

AMARAL, Afrânio do, 1930 — Estudos sobre ophidios neotropicos. . 
XVIII. Lista remissiva dos ophidios da Região Neotropica. Mem. 
Inst. Butantan, 4: 129-271. 

AMARAL, Afrânio do, 1930 — Estudos sôbre ophidios neotropicos. 
XIX. Revisão do gênero Spilotes Wagler, 1830. Mem. Inst. Butan- . 
tan, 4: 275-298, 7 pli. 

AMARAL, Afrânio do, 1935 — Contribuição ao conhecimento dos 


- ophidios do Brasil. VIII. Lista remissiva dos ophidios do Brasil. 


2.2 edição. Mem. Inst. Butantan, 10: 87-162, I — XIX. 
AMARAL, Afränio do, 1937 — Estudos sobre Lacertilios Nebird 
picos. 4. Lista Remissiva dos Lacertilios do Brasil. Mem. Inst. Bu- 
tantan, 11: 167-204, I — IX. 

VANZOLINI, Paulo Emilio, 1947 — Söbre um novo gênero e es. 
pécie de Colubrideo Opistóglifo. Arq. Zool. Depto. Zool. de São. 


.‚Pauio, 8 (4): 181 — 187, figg. 


FROES, Oscar Miranda, 1957 — Notas Quelonolögicas. I. Atua- 
lização da nomenclatura dos auelönios brasileiros. Iheringia, 
Zoologia 2. | 
LEMA, Thales de, 1957 — Bicefalia em serpentes — descrição “de 
um novo caso. a Zoologia 5, figg. 


II — NOTA PRÉVIA SÔÓBRE A ESPÉCIE DE COLUBRÍDEO AQUÁTICO 
Helicops carinicauda (WIED, 1825) DO ESTADO DO RIO GRANDE 
DO SUL, BRASIL. 


A “COBRA DÁGUA” (Helicops carinicauda (WIED, 1825) é um Co- 
lubrideo muito comum no Estado do Rio Grande do Sul, tanto em 
banhados, como arrôios e rios. Há mais ou menos vinte anos que 
vimos coletando exemplares no Rio Grande do Sul e observando as va- 
riações que apresenta a coloração ventral. Essa variabilidade cromá- 

— fica ventral deu origem a que vários autôres de renome descrevessem 
“espécies novas, quando, na verdade, são variações que se encontram em 
muito maior amplitude, ainda, do que até agora foi registrado. Além 
disso temes encontrado em um mesmo arrôio, rio ou vala dágua, di- 
versas variedades diferentes, com colorido variável. | 

Examinamos cs exemplares que se encontram colecionados em Rio 

de Janeiro e São Paulo, coleções do Museu Nacional e Departamento de 
Zcologia de São Paulo e tendo revisto a literatura correspondente, 
chegamos a conclusão de que os exemplares procedentes do extremo- 
“sul brasileiro pertencem a uma raça diferente daqueles de partes mais 
próximas ao Rio de Janeiro. Apresentamos aqui nossa conclusão sob 
a forma de nota prévia porque estamos reunindo elementos e exempla- 
res para um estudo comparativo das duas raças e a fixação exata das 
diferenciações sofridas pela espécie em sua geonemia. 

WIED apresentou a espécie em 1825 (1) e apresentou uma bela 
estampa a côres em 1827 (2) e afirma que tinha um exemplar em seu 
poder e que a espécie que êle criara era muito rara, justamente o que 
não acontece no Rio Grande do Sul onde ela é abundante. Após isso 
vamos encontrar várias referências e descrições nas obras de WAGLER, 
1828 (3), 1830 (4), DUMÉRIL, BIBRON & DUMÉRIL, 1854 (5), JAN, 
1865 (6), 1868 (7) SCHLEGEL, 1837 (8) e listas de HENSEL, 1868 (9), 
BOULENGER, 1885 (10),1886 (11),1893 (12),COPE, 1877 (13), 1885 (14), 
ELG. 4; 


"A conclusão a que chegamos é que todo o material procedente dos 

+ Estados de São Paulo e Rio de Janeiro estão perfeitamente de acördo 
com a descrição e figura de WIED, 1825, ao passo que o material do Rio 
Grande do Sul e de Santa Catarina, estão de acördo com as espécles 


4 


“20 ERR DE LEMA — NOTAS SOBRE. os RÉPTEIS DO ESTADO DO R. G. DO SUL Ai 


“mente é sinönima de carinicauda porque o tipo que está no Museu de 


ea me aeee ZZ zer mae 
CRER ARTE SAO (o; 
3 y à 


infrataeniatus de JAN, 1865, trivittatus de COPE, 1877, babaca de 
COPE, 1885 e a raça gastrosticta de JAN, 1865. 

Consultando a literatura platina, DEVINCENZI, 1925 (15), a “cobra 
dágua” do Uruguai corresponde à forma do Rio Grande do Sul e Santa 
Catarina e o mesmo acontece na Argentina, segundo SERIE, 1936 (16), 
e outros, como Hans SCHMIDT, 1945 (17). 


BOULENGER, 1893, já havia nota do isso e distribue a espécie de 
WIED em quatro variedades, as quais êie teve a precaução de não as 
nomear, mas, indicou-as por letras. Ao mesmo tempo invalidou as es- 
pécies de JAN, 1865 e de COPE, 1877 e 1885, ne: as seguintes 


. Características para cada uma delas: 


Var. A — “Belly with two regular longitudinal series of black spots” 
Var. B — “Belly with three black stripes”. PR Po A 
Var. © — “Belly checkered with black”. 
Var. D — “Belly anteriorly as in B, posteriorly as in C”. 


A variedade A corresponde aos exemplares do Rio de Janeiro e 
São Paulo e adescrição original de WIED. 
. A variedade B corresponde à Helicops infrataeniatus de JAN, 1865, 
äHelicops trivittatus de COPE, 1877 e à raca de GRIFFIN, 1915 (18), 


Helicops carinicauda infrataeniata. 


A variedade € corresponde à Helicops hbal iogaster, COPE, 1885. 
E a variedade D corresponde à raça Helicops carinicaudus gastros- 


ticta, JAN, 1865. 


Quanto à espécie Helicops pictiventris, de WERNER, 1897 (19), 
ainda não coletamos um só exemplar no Rio Grande do Sul e provavel- is 
Benckenberg, em Frankfurt am Mein, dá como pátria típica “Brasil e. 2% 
parece ser, na verdade, material do Rio Grande do Sul, mas, como não ad à 
2 vimos nada afirmamos de certo e esperamos que quem. [9 tenha visto RR 
proteste. + RA 

Considerando o exposto fica, pois, esta espécie distribuida em duas or 
raças, com a seguinte distribuição, sinonímia e caracteres provisórios 
para diferenciação: | fios 


a) Helicops carinicauda carinicauda (WIED, 1825): Da EN 
a a 

— Coluber carinicaudus, WIED, 1825 — Beitr. Nature. Bras. 1: 300. 
— Coluber carinicaudus, WIED, 1827 — Abbild. I1:pl. e texto. 14 
— Helicops carinicaudus, WAGLER, 1828 — Icon. Amph.: pl. vii. | a fe 
— Helicops carinicaudus, WAGLER, 1830 — Syst. Amph.: 170, rá 
-- Homalopsis carinicaudus, SCHLEGEL, 1837 — Phys. SPD 2: Be e 
pl, xiii: 17-18. RER 


Re fer 
— IHERINGIA — 


_ 


ZOOLOGIA N.º 10 — DEZEMBRO DE 1958 2 


-— Helicops carinicaudus, D., B. & D., 1854 — Erp. gen., 7: 744. 
— Helicops carinicaudus, JAN, 1865 — Arch. Zool. Anat. Phys., 3: 252. 
— Helicops carinicauda, BOULENGER, 1893 — Cat. Sn., 1.273, 


276-277 (parte). 


— Helicops carinicauda, var. A, BOULENGER, 1893 — loe. eit.: 277. 
— Helicops carinicauda, AMARAL, 1930 — Mem. Inst. Butantan, 4: 


80, 148 (parte). 


. — Helicops carinicauda, AMARAL, 1935. — Mem. Inst. Butantan, 10: 


101 (parte). 


Distribuição: Sul do Brasil, Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. 


-* Coloração ventral: ventre com duas séries de pontos pretos longitu- 


dinais e situadas no centro do ventre, podendo haver uma série de pon- 
tos negros menores formando uma fila mais fina central e em geral 
iniciando no fim do primeiro têrço ou princípis do segundo; coloração 
de fundo branco-amarelada. 


b) 


bo" u! 
O Me Bee 
ET, 


Helicops earinicauda infrataeniata (JAN, 1865): 


— Coluber earinicaudus, WIED, 1825 — Beitr. Naturg. Bras. 1: 300 


(em parte). 

Helicops infrataeniatus, JAN, 1865 — Arch. Zool. Anat. Phys., 3: 
245. : 

Heliccps carinicaudus, var. gastrosticta, JAN, 1865 — loc. eit.: 
252, Re 

Helicops infrataeniatus, JAN, 1868 — Icon. gen., 28: pl. iii (3). 
Helicops carinicaudus, HENSEL, 1868 — Arch. f. Nät.: 329. 
Helicops trivittatus, COPE, 1877 — Proc. Amer. Philos. Soc., 17: 92. 
Helicops carinicaudus, BOULENGER, 1885 — Ann. Mag. Nat. 
isto; (0) Lo 195. 

Helicops infrataeniatus, COPE, 1885 — Proc. Amer. Philos. Soc., 
22:.193. 


Helicops baliogaster, COPE, 1885 — loc. cit.: 193. 

Helicops carinicaudus, BOULENGER, 1886 — Ann. Mag. Nat. 
Hist. (5) 18: 435. 

Helicops carinicauda, BOULENGER, 1893 — Cat. Sn. 1: 273, 
276-277 (parte). 

Helicops carinicauda, vars. B, C et D, BOULENGER, 1893 — 
loc. eit.: 277. 


Helicops carinicauda, BOETTGER, 1898 — Kat. Rept. saml. 
Mus. Senck 2 (Schl.): 30 (parte). 
Helicops carinicauda, STEINDACHNER, 1902 — Kaiserl. Ak. 


Wissens, 72: 15. 


e y ) x | 
22 THALES DE LEMA — NOTAS SÔBRE OS RÉPTEIS DO ESTADO DO R. G. DO SUL - 


— Helicops carinicaudus, SCHUPP, S. J., 1913 — As cobras do R. 


R. S.: 54-55. 

— Helicops carinicauda infrataeniata, GRIFFIN, 1915 — Mem, 
Carn. Mus., 7 (3): 179. 

— Helicops carinicauda, DEVINCENZI, 1925 — Ann. Mus. Hist. 


Nat. Montevideo, 2 (2), entrega 2. 

— Helicops carinicauda, AMARAL, :1936 — Mem. Inst. Butantan, 
4: 80, 148 (parte). 

— Helicops carinicauda, AMARAL, 1935 -- Mem. Inst. Butantan 
10: 101 (parte). 

— Helicops carinicauda, Hans SCHMIDT, 1945 -— Argent. 
Kriecht: 20 (exceto fig. que é a da raça típica). 


Distribuição: Extremo-sudeste do Brasil, Estados de Santa Cata- 
rina e Rio Grande do Sul; Uruguai e Argentina, onde sua dis- 
tribuição concide com a espécie H. leopardina (Schgl., 1837), 
segundo SERIE, 1936. 


Coloração ventral: Ventre com estrias negras sôbre fundo branco-ama- 
relado, rosado, vermelho ou parte anterior amarelo e do segun- 
do têrço em diante vermelho. Essas estrias são em número de 
três e podem estar ligadas entre si por faixas transversais da 
largura de um escudo ventral e que chegam até a estria central 
não passando adiante, a não ser quando duas faixas se encon- . 
tram e coalescem com a central parecendo uma faixa ventral 
inteira. Essas faixas ocorrem em alguns exemplares, tão fre- 
quentemente que o ventre fica melânico, com pequenas faixas 
amarelas, rosadas ou vermelhas (conforme a côr dominante do 
fundo geral do exemplar). Considerando os três tipos de BOU- 
LENGER, 1893, B, C e D, existem no Rio Grande do Sul uma 
grande variedade de tipos que não se enquadram em nenhum 
dos apontados. Colocando ao lado um do outro todos os tipos 
por nós encontrados, às vêzes, em um mesmo rio, vemos que hä 
uma gradação lenta de um tipo para outro de Boulenger e que 
é quase impossível fixar variedades padrões. 


Conclusão: os exemplares de “Cobras dáguas” do sul extrêmo do |. 
Brasil diferem profundamente em sua coloração ventral dos do Rio, 
S. Paulo e oferecem uma gama de variações no desenho e coloração . 
ventral que afasta a hipótese de se pretender fixar variedades padrões. 

O exame da lepidose não permite que se separe os exemplares do sul 
da espécie descrita por WIED, em 1825 como sendo H. carinicauda. 
Além disso essas variações nos indicam a existência de fatôres gênicos 
diversos, mas, unidos (poligens) atuando e condicionando a distribui- 


_ IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 10 — DEZEMBRO DE 1958 | 23 


é, 


ção de marcas e côres no ventre. O exame dos ornamentos dorsais,, 


* que são poucos e difíceis de distinguir, também mostrou haver varia- 


"ção, aparecendo linhas escuras, linhas pontuadas, linhas compostas, 


etc. O estudo dessas variações é assunto que requer uma pesquísa mais 


“cuidadosa e, porisso, abstemo-nos de afirmações antecipadas. 


“SUMMARY” 


The Author divided the species Helicops carinicauda (Wied, 1825), 
the WATER SNAKE, in two races, carinicauda, and infrataeniata (JAN, 
1865), based, previously, in the variation of ventral pattern and geo- 
graphical distribution. 


BIBLIOGRAFIA CITADA 


( 1) WIED-NEUWIED, Prinz zu, 1825 — Beiträge z. Navais v 


Brasilien. Weimar. 

( 2) WIED-NEUWIED, Prinz zu, 1827 — Abbildungen z. Nat. Bras,., 
xi. Weimar. 

WS -WAGLER, J.; 1828 — Icon: ah 

(4) WAGLER, J., 1830 — Naturliches System d. Amph. 

(5) DUMERIL, BIBRON & DUMERIL, A.M. C.G.& A., 1954 — Erpét. 

| gen. Paris, vol. 7. 

(6) JAN, G., 1865 — Arch. Zool. Anat. Physiol., vol. 3. 

(7) JAN, G. 1868 — Iconographie gen. des ophidiens. Livr. 28. 

( 8) SCHLEGEL, H. 1837 — Essai s. 1. physion. d. serp. La Haye. 

( 9) HENSEL, R. F., 1867-1868 — Beitr. z. Kennt. d. Wirbelth. Südbras. 
Arch. f. Nat. 33: 120-162, 323-357. 

(10) BOULENGER, G. A., 1885 — A list of reptiles and batrachians fr. 
Prov. R. G. S., Brazil. Ann. Mag. Nat. Hist. (5) 16: 191-196. 

(11) BOULENGER, G. A., 1886 — Synopsis of rept. and batrach. fr. 
Prov. R. G. S. Ann. Mag. Nat. Hist. (5) 18: 423-445. 

(12) BOULENGER, G. A., 1893 — Catal. of Snakes in t. British Museum 

| (N. Hist.) vol. 1. 

MET COPE, E: D; 1877 — ERRAR Amer. Philos. Society, vol. 1%: 
92. 

(14) COPE, E. D., 1885 — 12th. Contrib. to the Herp. Trop. America. 
viii. R. G. S. Proc. Amer. Philos. Soc., vol. 22: 167-194. 

(15) DEVINCENZI, G. J., 1925 — Fauna Herpetológica del Uruguay. 
Ann. Mus. Hist. Nat. Montevideo, ser. ii, vol. 2, ent. I. 


| Pe: ia 
SERIE, o 1936 — ge Aliinereciön "Sisty 
“los Ofidios Argentinos. Inst. del Mus. de la Univ, - 


“del Cincuentenario, 33-61. 


vs N + 


SERA 
a TA! q , 
“aa “am "SCHMIDT, H. 1945 — Argentinische Kriechthiere, Lu 

aa Rs copie) und Insekten. Edit. Argentina. pi 
(18) GRIFFIN, L. E. 1915 — A Catalog of the Onkidihs ato 

Ee Carn. Mus. Memoirs of Carn. Mus. 7 (3): 163-228, pl. 28 


= ç+ (19) WERNER, F., 1897 — S’B. Akad. Wissensch. München. Pp 


ey 


É 


IH. — BICEFALIA EM HELÍCOPS CARINICAUDA (WIED). 
Descrição de um caso 


(Fig. 1 — 6) 


A serpente bicéfala que passarei a “descrever pertence à espécie 


Helicops carinicauda (Wied, 1825) var. infrataeniata (Jan.. 1865). colu-. 


brideo aglifodonte vulgarmente conhecido por COBRA-DÁGUA, fre. 
quentíssima no Estado do Rio Grande do Sul, sendo encontrada tanto 
nos rios, como arrôios, banhados e lagoas. O presente exemplar procede 


“do município de Caí, Estado do Rio Grande do Sul e foi cedido pelo 


Professor José Maria Viana Rodrigues ao qual agradeço. Agradeço tam- 
bém, ao Professor Eugênio Wedelstaedt Grumann e Dr. Nestor Barbosa, 
àquele pelas fotografias e a êste pela radiografia. O exemplar foi de- 
positado nas coleções científicas do Instituto de Ciências Naturais da 
Universidade do Rio Grande do Sul, em Pôrto Alegre, sob número ICN- 
Co. 186. 


Descrição: Exemplar recém-nascido, fêmea. Lepidose — Dorsais: 
19-19-18; Ventrais: 125, apresentando um sulco mediano que surge 


desde a primeira ventral e vai gradativamente atenuando até 


a 1102 ventral, onde já é quase imperceptível; mas, prossegue 


“até a cloaca. Subcaudais: 60, pares, com a extremidade lisa, 


longa; Anal: dividida; Supralabiais: cabeça direita — 8 (4% 


“em contato ocular), cabeça esquerda — "7 na face direita (3.2 em 


contato ocular) e 9 na face esquerda (5.2 em contato ocular); Infrala- 


biais: 9 nas duas cabeças, exceto na face esquerda da cabeça esquerda | 


que possue 10; Mentais: 2 pares nas duas cabeças irregulares porque 


“as mandíbulas estão torcidas para fora e as mentais internas são mais 
compridas do que as externas, ficando a primeira infralabial de um 
lado desencontrada com a outra do outro lado, nas duas cabeças, e a 
Sinfisal está com a base de sua forma triangular voltada para fora e 
; “em sentido perpendicular à linha média que separa cada par de mentais; 
* Guiares: escudos gulares laterais são muito longos e os escudos situados 
internamente ao ângulo de bifurcação encontram-se, os de uma cabeça 
{ com os da outra, assinalando uma linha ou zona de fusäo externa; essa 
zona é preenchida, mais abaixo, por escudos comuns às duas cabeças 


que se alargam e se duplicam até a altura, da 1.º ventral, que é o pri. 
meiro escudo grande em que predomina a largura sôbre a altura; as 


26 THALES DE LEMA — NOTAS SÔBRE OS RÉPTEIS DO ESTADO DO R. G. DO suL 


5 primeiras infralabiais tocam as mentais anteriores, exceto na face 
direita da cabeça direita em que a 5.2 infralabial não toca a mental an- 


terior; a 52 e a 6.º infralabiais tocam ag mentais posteriores; Tempo- 


rais: cabeça direita: 1 + 2 (lado direito), 2 + 3 (esq.), cabeça es- 
querda: 2 + 2 (direito), 1 + 2 (esquerdo); um escudo grande de cada 
lado da cabeça formado pela fusão de dois escudos e que toca a base 


de cada parietal, nas duas cabeças; Postoculares: 2, largas; Preöcula- 


res: 1; Frenal: 1; há um escudo entre a préfrontal e a loreal que se 
encontra fusionado com a prefrontal na face direita das duas cabeças 


Medidas: Cabeça direita: lado direito: 10 mm., lado esquerdo: 9,5 
mm.; Cabeça esquerda: lado direito: 7 mm., lado esquerdo: 85 mm. 
Essas são as medidas externas Tomando-se o ponto de fusão e as pon- 
tas dos focinhos temos as seguintes medidas: 13 mm. para a cabeça 
direita e 12 mm. para a esquerda. a 

Corpo (do ponto de fusão acima citado até anal): 108 mm.; Cauda: 
43 mm.; Comprimento total maior: 164 mm;' idem, menor: 163 mm. 

Quanto cos - ângulos: ângulo formado pelo afastamento das duas 


-cabeças (por seus êixos longitudinais): 106º; ângulo formado pelo afas- 


tamento do êixo longitudinal do corpo pela cabeça direita: 30º, pela es- 
querda: 76º; ângulo formado pela inclinação das duas cabeças, para 
baixo, em relação ao corpo: 32º; ângulos formados pela inclinação para 
os lados das duas cabeças em relação ao corpo (por seus planos sagi- 
tais): direita: 35º, esquerda: 37º. 

Coloração: A geral dorsal é pardo-acastanhado, com duas bandas 
mais claras longitudinais. Ventralmente é de côr amarelo-rosada mais 


para a cauda, variedade de desenho conforme o tipo C de Boulenger | 


(Cat. Sn. 1893, I), mas com a linha central desaparecendo gradativa- 
mente do segundo têrço em diante e oe tomando o ventre ten- 
dência melânica acentuada. 


Bicefalia : Bicefalia opódima cuja fusão externa se dá na base das. 
“duas cabeças sendo a zona de fusão externa (pele) excêntrica, pois. 


nota-se, mesmo externamente que a cabeça esquerda está um pouco 


recuada e atrás da direita e há um levantamento cônico nessa zona de | 
fusão, que é branco, sem pigmento. Ésse pequeno levantamento está |. 


situado entre as parietais das duas cabeças havendo quatro séries de 
escudos de cada lado entre. Externamente apenas se nota um pescôço | 
levemente mais largo no início mas, ventralmente nota-se um sulco 
não divisor, pois as ventrais dessa zona são inteiras, que segue até a 


110.2 ventral, isto é, até o 2.º têrço. Além das cabeças estarem forte. RR 
mente voltadas para os lados, estão-no, também, para baixo de modo . 
que os planos formados por suas cabeças são todos inclinados em ea 


We 
a 


DE 


= 


E FE vê 
ja 


ZOOLOGIA N.º 10 — DEZEMBRO DE 1958 27 


f 


* lação aos planos do corpo. Além de tudo isso as mandíbulas estão tor- 
£ eidas para dentro do ängulo de bifurcacäo e os escudos infracefälicos 
“estão curvados, na frente, para fora, estando as sinfisais formando 
ângulo quase reto com a linha media entre as mentais, conforme falei 
no exame dos escudos e escamas. 

Quanto à fusão interna a radiografia mostra que há um só pes- 
côço, sendo as primeiras vértebras mais alargadas que as demais, e os 
- dois crânios estão unidos por suas bases. Além disto notam-se liga- 
mentos claros, três ao todo, que unem cada cabeça ao corpo e as ca- 
becas entre si. Parecem ser cartilaginosos. 


sy ULM MA R;Y > 


- Description of a bicephalic snake called WATER SNAKE Heli- 
cops carinicauda infrataeniata (Jan, 1865) from. Caí, Rio Grande do Sul, 
which presents differences in length and scutelation on both heads. 


BIBLIOGRAFIA BRASILEIRA 


_ Amaral, A. do, 1927 — Bicefalia em ofidios. Rev. Mus. Paulista, 15: 

93-101, pl. I — VI. 

Lema, T. de, 1957 — Bicefalia em serpentes — descrição de um novo 
caso. Iheringia, Zool. 5: 1-7, pl. I — IV. 

Pereira, A. A., 1944 — Um caso de Bothrops jararacussu bicéfalo. Ann. 
Inst. Pinheiros, S. Paulo, 7 (13): 1, 1 fig. 

Pereira, A. A., 1950 — Um outro caso de bicefalia em serpente. loc. cit., 
13 (26): 1-4, 4 figg. 

“Prado, A., 1943 — Um novo caso de bicefalia em serpentes. Mem. inst. 
Butantan 17: 7 — 9,1 pl. 

Prado: A., 1946 — Ofídios bicéfalos. Ann. Paul. Med. Cir. 51: 393-396. 

Vanzolini, P. E., 1947 — Notas söbra um derödimo de Crotalus durissus 
terrificus (Laur.), Papp. Avulsos do Depto. Zool. E. S. Paulo, 8 
(24): 273-283, 2 figg in texto. 


“4 


sy ui N 


di 


quo O am 
PRO it Ny 


” a — ANOMALIA CROMÁTICA EM “CRUZEIRA” (Bothrops alternata, 
Br? Dum. Bbr. & Dum), er e 
Bi: (Pl. VD) É 


A — A “Cruzeira”, também chamada no Rio Grande do Sul de “cotiara” 
;  (Bothrops alternata, Duméril, Bibron et Duméril, 1854), é o Crotalideo 
E mais comum dêsse Estado e tem sido encontrada ERBE em todos. 
Y os municípios, frequentando os mais variados ambientes, como banha- er 
Ns, “dais, campos sujos, capoeiras, mata sombria e úmida, entre paus podres, “ 
o “em pedreiras, em arrozais abandonados, isto tanto nas partes baixas do Pee 
a Estado como nas altas, tanto na depressão central, como litoral e sôbre. ; 
. o planalto. Talvez se deva a isso a grande variedade de colorido e de a | 
a desenho que apresenta. Entretanto há anomalias raras no cromatismo 

IR, dessa espécie que merecem registro, no nosso entender, tal é o caso do | 
E exemplar que passaremos a descrever, encontrado depois de termos. 


pa examinado uma regular re de exemplares dessa espécie. 


“oo ar Descrição: Exemplar jovem fêmea, procedente de Taquara, D. OR: | | 
E estrada. Pörto Alegre-Taquara, local próximo à localidade de Morun- 2 RN i 
va a gava, Rio Grande do Sul, em 15-8-1958 pelo pesquisador Jorge A. Pens EE 
ÇA tersen que a colheu logo após ter sido abatida, em dia quente, com sol. 
“e sem vento. Foi depositada nas coleções em organização do Instituto E 3% 


er Pate Narurais da Universidade do Rio Grande do Sul, em Pörto 
) 


pos EN Dorsais: 29-29-25; Ventrais: 172; Subcaudais: 46 pares, 
 .ponta extremal lisa e longa com 7 mm. de comprimento e com er 
E “escamas dorsais semifusionadas; Anal inteira; Supralabiais: 10 no lado | 
E) direito (42 e 5.2 sob a ocular) e 11 no esquerdo (5.2 e 62 sob a ocular), 
NL “separadas das oculares por 3 séries de pequenos escudos; Infralabiais: E 
S 12 na íace direita e 13 na esquerda; Mentais: 1 par em contato com as. os 
res primeiras infralabiais; Fossa loreal separada por uma serie de pe- ER 


4a y 


8 quenos escudos da 22 e 32, supralabiais no lado direito e da 32 e 42. & 


#8 Giz 


“aee ven no lado esquerdo; Gulares em 5 séries entre as mentais e a 
cof RE e em 7 séries ça as infralabiais e as ventrais; Inter- 


SAY DE A TS an A, 
vê BEN ERTL TREE NE RS 
n Ti ta i E A ul A eh Rs er E 


ri rt rm 


Medidas: Cabeça: 40 mm.; corpo: 613 mm.: cauda: 111 mm.; Ei ; à 
primento total: 764 mm.; relação entre a cauda e o comprimento total: 


6,882... 


Coloração e anomalias: Cör geral castanho-avermelhado apresen. 
tando 17 marcas dorsais no lado direito e 19 no esquerdo, sendo. tôdas 
essas marcas irregulares, isto é, atípicas. Há coalescência e alonga- 
mento de algumas: as marcas longaa que partem da nuca vão se unir 
com as primeiras marcas dorsais, de cada lado; no lado direito, fim do 
têrço médio, há alongamento e coalescência da 12º com a 132 e da 15. 
com a 16.2 marcas dorsais; e, no lado esquerdo, ocorre o mesmo com as 
17.2 e 182 marcas dorsais. As demais marcas dorsais, como dissemos, 
são irregulares: algumas estão seccionadas nas bases, outras seccionadas 
no meio e outras, ainda, têm contôrno interno irregular ou seccionadas 
no meio e coalescidas pelos vértices com as do outro lado do corpo. 


“SUMMARY” 


It's described an young female exemplar of vencmous snake “eru- 


zeira” (Bothrops alternata, D.B.D.) which presents aberration in the | 
pattern: some dorsal markings fusioneds and strippeds on each side 


of the body. 


BIBLIOGRAFIA 


“Amaral, A. do, 1925 — Ophidios de Matto Grosso. Contribuição II para 


o conhecimento dos ophidios do Brasil in Publ. N.º 84. Anexo | % 


N.º 5, Hist. Nat. Comm. L. T. E. Mato Grosso ao Amazonas: 20-21. = 
Amaral, A. do, 1925 — On the variation of dorsal markins in Bothrops 


jararaca (Wied, 1324). Contrib. Harvard Inst. Trop. Biol. & 
Med. 2: 44-46, pl. II, IV (2), VI (2), VII (2), VIII, IX. 


Amaral, A. do, 1925 — On the variation of dorsal markins in three pra. 


zilian Pit-vipers. loc. cit.: 55-56, pl. XII (6-7). 


Amaral, A. do, 1925 — Brazilian subspecies of Bothrops neuwiedii Wagler, 


1824. loc. cit.: 56-62, pl. XIV-XVI. 


Amaral, A. do, 1927 — Albinismo em Cobra-Coral. Rev. Mus. Paulista 15: 


1-9; DL. 2207, 


Amaral, A. do, 1927 — Da ocorrência de albinismo em Cascavel (Oral Bi 


terrificus (Laur.) loc. cit.: 56-57, figg. 1-3. 


Amaral, A. do, 1927 “Albinismo em Dorme-dorme (Sibynomorphas > 


turgidus). oe eit.: 61-62, 1 fig. 


Amaral, A. do, 1927 — Variacöes das marcas dorsais de Crotalus terri- a 


ficus Laurenti, 1768. loc. cit.: 87-91, 3 figg. 


al, A. ar 1929 = | Siddios of Nearctic Ophidia. VI. Phylogeny of 
“the rattlesnakes. Bull. Antivenin Inst. of America 3 (1): 6-8. 
Idem: in Anales Soc. Cient. Argentina 107: 369 et sea. 

“Idem: in Mem. Inst. Butantan 4: 242-245. 

mara, A. do, 1930 — N. Subsp. de Bothrops neuwiedii. Bull. Anti. 
venin SE, of AmEADe 5 8): 65-67, 1 fig. 


Br. V. Uma nova raça de Bethrops neuwiedii, Welr. Mem. 

Inst. Butantan 7: 95-98, 4 figg. 

WR Amaral, A. do, 1932 — Notas sôbre o chromatismo dos ophidios. I. Pri- 

meiro caso de erythrismo em serpente,, observado no Brasil. 

Mem. Inst. Butantan 7: 75-79, 1 tricomia. 

Amaral, A. de, 1932 — Notas sobre o chromatismo dos ophidios. II. 
a Casos de variação de colorido de certas serpentes. Mem. Inst. 

E Butantan 7: 81-87, 20 figg. 

Amaral, A. do, 1933-4 — Notas sobre o chromatismo dos ophidios. IT. 

Ge Um caso de xanthismo e um novo caso de albinismo, observado 

no Brasil. Mem. Inst. Butantan 8: 149-153, 4 figg. 

fra! A. do, 1934 — Estudos sobre ophidios neotropicos. XXXI. 

Sobre a espécie Bothrops alternata, D. & B. 1854, (Crotalidade). 
Variações. Redescripção. Mem. Inst. Butantan 8: 161 — 182, 
20 figg. in pl. I-III. 


16 (3-4): 96-102, 6 figg in texto. 


mentacäo das escamas dorsais de Bothrops jararaca e Bothrops 
alternata. Mem. Inst, Butantan 24 (2): 237-239. 


brasilianischen Schlangen. Mem. Inst. Butantan 24 (2): 269-270. 
em do’Inst. V’ Brad: (2): 75,.1pl 

Prado, A., 1939 — Notas Ofiológicas: 3. Mais um caso de albinismo em 
E ae Mem. Inst. Butantan 13: 9-11, 2 figg. | 

i ea, A.& Barros, F. P. de, 1940 — Notas Ofiolögicas: 9. Duas cascáveis 
-albinas do Brasil. Mem. Inst. Butantan 14: 31-32, 2 figg. 


“Bothrops alternata” (D. y B.) ae 12: 343-347, 4 figg. 


De - e JA N RR gi aa ni ar va Pr A q > 4 
Ri EP 0 ia A N TA Pop ch Yan AA 
SE Ti PT di, ad u; VE EEE ar AS Ey Ta Er ARS U FE, 


en A. R., 1952 — Notas Erpetolögicas: Anomalia na lepidose e pig- 


| fachado, O., 1945 — Variações do desenho de Bothrops jararaca. Bole- 


Gliesch, R., 1931 — A Urutú (Lachesis (Bothrops) alternata Dum. Bibr. | 
> 1854.) in Egatea, rev. da Escola de Eng. de P. Alegre, R. G. S. 


foge, A. R., 1952 — Herpetologiscne Notizen. Farbenaberrationen bei | 


ea, m er A 4 Ea 
4 E | k 
a) A à | 4 x EM 
VE Seth a 5d y RI: x bi va , ã ch 2 dé 
f u Aa u Ur À EA, 


\ AR 
RD ar An 


At 


\ 
7 


fr 


a 
4 


dr 


E 
er DT, 


PLANCHA I 


Fig. 1 — RADIOGRAFIA DO EXEMPLAR ICN.CO.186, VENDO-SE A 
FUSAO DOS DOIS CRANIOS POR SUAS BASES E LIGAMEN- 
TOS LATERAIS ENTRE OS MESMOS. (cortesia do Dr. Nestor 


o Barbosa). 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 10 PLANCHA II 


Fig. 2 — ASPECTO GERAL DORSAL DO EXEMPLAR ICN.CO.186. 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 10 PLANCHA III 


Fig. 3 — ASPECTO GERAL VENTRAL DO EXEMPLAR ICN.CO.186, 
VENDO-SE UM SULCO MEDIANO LONGITUDINAL QUE 
PROSSEGUE ATÉ A CAUDA. 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 10 PLANCHA IV 


Fig. 4 — EXEMPLAR ICN.Co.186 — CABEÇA, VISTA SUPERIOR, 
VENDO-SE O FORTE AFASTAMENTO ENTRE AS DUAS 
CABEÇAS E A OCORRÊNCIA DE UMA PROTUBERÂNCIA 


CONICA ENTRE ELAS. 


Fig. 5 — EXEMPLAR ICN.Co.186 — CABEÇA, VISTA INFERIOR, 
VENDO-SE O ALONGAMENTO E ENCONTRO DAS GULARES 
DAS DUAS CABEÇAS E OCORRÊNCIA DE ESCUDOS CEN- 
TRAIS, COMUNS; NOTAM-SE, AINDA, REDUÇÃO DAS 


MENTAIS EXTERNAS. 


un ” 
tw de 
= aa 
RA! Pal imo 
TM 
r 
too te ” k a na 
) ö HR i er 
A Mn a R 
N Ar | { 
P nº 4, ei ga AN AS RO 
| E h io RER ur ine 
p n Pe Be LER Br 
ci ”, 2 t u 
RN Dam . ; \ : 
PR ” Do DR) 
- f , Es a = Pin: 
x N E | E à Tg na m! 
Eva ir N au Durst, 
j Pa RER Rus 5 
RR N di Pa 
ea = Er É iv A a 
h I & k nn 45 un “ 
“ ai A ' aa a y Pl j o a 
E ui 
r u u hi 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 10 PLANCHA V 


Fig. 6 — EXEMPLAR ICN.Co.186 — CABEÇA, VISTA DE FRENTE, 
VENDO-SE A INCLINAÇÃO PARA BAIXO E PARA OS LADOS 


DAS DUAS CABEÇAS EM RELAÇÃO AO TRONCO. 


Fig. 2-6: Cortesia do Prof. E. W. Grumann, Dr. BR = 
Jaeger e Sr. J. P. Capela. 


Ea: RA BIER 
TE Yo au DA 


IHERINGIA — ZOOLOGIA N.º 10 PLANCHA VI 


1 
x 


3 
N 
| 


ASPECTO GERAL DORSAL DO EXEMPLAR ICN.CRO.11, VENDO-SE 
COALENSCÊNCIA DE MARCAS LATERAL E DORSALMENTE. 
(Cortesia do Prof. E. W. Grumann, Dr. C. P. Jaeger e J. P. 
Jaeger e J. P. Capela). 


ERINGIA 


SERIES CIENTIFICAS 
3 et DO 
"MUSEU RIO-GRANDENSE DE CIÊNCIAS NATURAIS 


ZOOLOGIA Re Nº 11 Ss JUNHO DE 1959 


DAS SCHILDCHEN DER HISPINAE UND SEINE UMGEBUNG 


198. Beitrag zur Kenntnis der Hispinae (Coleopt. Chrysomelidae) 


ERICH UHMANN 


SECRETARIA DE EDUCACAO E CULTURA 
= DIVISAO DE CULTURA 


DIRETORIA DE CIENCIAS 


“Ludwig Buckup — Dr. rer. nat., Bacharel-Licenciado eo 


jo Antônio: Carlos Pradél de Azevedo. — Bacharel- Licenciado em Hi | 4 


DIRETOR. 
Pe. Balduino Rambo 'S. J. 


ENTOMOLOGIA 


“HERPETOLOGIA 


“tural. 


» 


“Thales de Lema — Bacharel- Licenciado em Hist. Natural. “e ; 


_ MALACOLOGIA - 


Jose Willibaldo Thome — Bacharel em Hist. Natural. 
_ ORNITOLOGIA ni 
Eduardo. Casado Marques. | a Rn 


Tôda correspondência referente à | 


a ser enviada. ao 


“MUSEU RIO- GRANDENSE DE CIÊNCIAS 
É NATURAIS | 


Ron CHiont Vicente, 430 — Pörto Alegre, 
Rio Grande do Sul - — Brasil. SR 


- 


Desejamos. estabelecer a 
We wish to establish eh | 
Wir wünschen Austausch. 


ERICH UHMANN 


DAS SCHILDCHEN DER HISPINAE UND SEINE UMGEBUNG 


198. Beitrag zur Kenntnis der Hispinae (Coleopt. Chrysomelidae) 


1959 


Oficinas Gräficas da Imprensa Oficial 
Pörto Alegre 


SMITHSONIA? 
INSTITUTION DEC 1'Q 1959 


; E dd gu Mb O a 1 " 
MORA MAH! FROTA Tr 


Pt #23 


DAS SCHILDCHEN DER HISPINAE UND SEINE UMGEBUNG (*) 
198. Beitrag zur Kenntnis der Hispinae (Coleopt. Chrysomelidae) 
Erich Uhmann (**) 
Mit 6 Abbildungen 


Beim Zeichnen der vielen Rispinae-Arten ist mir aufgefallen, 
Jass das Schildchen an die anstossenden Teile der Decken und die 
Mitte des Hinterrandes des Halsschildes, kurz seinen Umkreis, je nach 
der Tribus auf zweierlei Art angeschlossen ist. Es hat sich herausge- 
stellt, dass auf diese Dinge so gut wie nicht geachtet worden ist. Man 
findet in den Beschreibungen nur kurze Angaben über Farbe, Ge- 
stalt oder Skulptur des Schildchens, über den Umkreis als solchen 
nichts; über den Hinterrand des Halsschildchens wird höchstens nur 
kurz etwas ausgssagt. 

Um nun die Blicke der Entomologen auf das Schildchen und sei- 
nen Umkreis bei den Käfern und besonders bei den Hispinae zu len- 
ken, habe ich diesen kurzen Beitrag zusammengestellt. Es ist leider 
nach Zeit und Umständen nicht möglich, die Verhältnisse erschöp- 
fend zu behandeln. Da müsste für jede Gattung, womöglich für jede 
Art der Umkreis besonders beschrieben werden. Ich habe mich oft 
mit der unbestimmten Redensart “mehr oder weniger’ begnügen 
müssen, um nicht zu sagen, dass nicht alle in Frage kommenden Ar- 
ten oder Gattungen untersucht wurden. Es hätte oft ein gut Teil des 
kostbaren Sammlungsmateriales zerlest werden müssen, was wohl 
nicht zu verantworten gewesen wäre. So müssen also meine Ausfüh- 
rungen nur als Vorarbeit zu umfassenderen Untersuchungen bewertet 
werden. Bei Neubeschreibunsgen wird es sich aber empfehlen, den 
Umkreis zu schildern. 

Ich wollte auch versuchen, ob das Schildchen und sein Umkreis 
iaxonomische Anhaltspunkte zur Trennung der altweltlichen von den’ 
neuweltlichen Hispinen liefern könnten. Dieser Versuch ist geschei- 
tert, sodass die Trennung beider Hispinen-Reiche nach wie vor her- 
kömmlich (konventionell) bleiben muss. Herausgestellt hat sich aber, 
dass zwei Haupttypen im Bau des Schildchens und seiner Umgebung 
unterschieden werden können (siehe unten). Es hat sich ferner ge- 
zeigt, dass die einzelnen Tribus geschlossen einem der beiden Haupt- 
typen angehören mit Ausnahme bei den Uroplatini und bei den Go- 
nophorini. Bei den Uroplatini gehören manche Arten von Pentispa 
und die Gattung Microrhopala und bei den Gonophorini die Gattung 
Wallaceana zu dem Bautyp I. 


(*) Trabalho entregue para publicação em 8-5-1959. 
(**) Adresse: Lessingstrasse 15 — Stollberg — Erzgebirge — Deutschland. 


6 Erich Uhmann — Das Schildchen der Hispinae und Seine Umgebung 


Es kann und soll nicht behauptet werden, dass die andern Tribus 
alle gechlossern einem der beiden Bautypen angehören. Es sind zwar 
alle erreichbaren Gattungen und von diesen möglichst viele Arten 
untersucht worden, doch ist es durchaus möglich, dass noch mehr Aus- 
nahmen gefunden werden könnten. 

Für unsere weiteren Ausführungen ist es nötig, einige zum Teil 
neue Fachausdrücke aufzuführen. 


A. :Für den Halsschild. 


1) Antebasalrand (margo antebasalis), eingeführt durch Weise 
(Arch. Naturs. 70,1, 1904, ». 171), zuerst als vorderer Basalrand 
(Dtsch. ent. Z. 1897, ». 129) bezeichnet. 

Er ist besonders bei den Hispini entwickelt, mehr oder weniger 
erhaben und liegt vor dem oberen Hinterrande (siehe unter 2). Er 
begrenzt die Scheibe nach hinten, die vor ihm oft stark punktiert und 
mehr oder weniger eingedrückt ist. Er kann mehr oder weniger dicht 
an diesen Rand gestellt sein und beiderseits nach den Hinterecken 
ausiaufen. 

2) Oberer Hinterrand, kurz Oberrand (margo superior). (Abk. 
la). Er verbindet die vorspringenden, meist einfach beborsteten 
Hinterecke miteinander und begrenzt oben die Fläche des Halsschil- 
des. Bei Typ I ist nur dieser Rand von oben sichtbar. Er kann als 
wirklicher “Rand” in Form einer Leiste ausgebildet sein oder er ist 
nur stumpf verrundet, z. B. Chaeridienini, Micrispa, Wallacispa, Go- 
nophora. 

3) Unterer Hinterrand (margo inferior), (Abb. 1, b). Er be- 
grenzt den Prothorax auf der Unterseite. Er wird bei geneistem Hals- 
schild bei Typ I und II sichtbar. Bei Typ II ist er als Rand des Hin- 
terlappens (siehe 5) auch von oben sichtbar. 

4) Hinterfläche (area postica), (Abb. 1, H). Sie liegt zwischen 
2 und 3 und ist verschieden gestaltet. Siehe den Abschnitt unten. 

5) Hinterlappen (lobus posticus), (Abb. 2, 3,L). Der Halsschild 
ist nach dem Schildchen zu mehr oder weniger erweitert. Er fällt 
von dem Oberrande schräg nach der Basis des Schildchens ab. Dort. 
kann er verschieden skulptiert sein. Bei den Oediopalpini zum Bei- 
sriel besteht die Erweiterung nur in einer einiachen flachen Konve- 
xen Fläche und bedarf eigentlich keiner besonderen Benennung. Bei 
den Tribus, deren Basis der Decken beiderseits nach vorn. vorgezo- 
gen ist, zum Beispiel bei den Chalepini und Uroplatini, ist er gut aus- 
gebildet. Besonders bei Typ II fällt der Lappen mehr oder weniger 
schräg ab (siehe Abb. 2, 3). 

6) Querlinie (linea transversa), (Qi) oder wenn stärker ausge- 
prägt Querfurche (sulcus transversus). Sie liegt auf dem Hinterlap- 
pen und ändert spezifisch ab. 

7) Querleiste (carina transversa), (@e). Sie liegt hinter der 
Querlinie und ist gut bemerkbar, wenn letztere besonders stark aus- 
geprãgt ist. Vielleicht könnte man sie auch als einen Teil des unte- 
ren Hinterrandes aufiassen. 

8) Quereindruck (impressio transversa) (Abb. 3), (Q). Er tritt 
auf, wenn Querlinie und Querieiste fehlen. Er besteht in einer ein- 
fachen, niedergedrückten Fläche. 

9) Basalwulst (torus basalis). Er entsteht durch starke Ausbil- 
Gung der Querleiste, zum Beispiel bei Downesia sumatrana Gest. und 
strandi Uh., schwach bei atrata Gest., javana Ws., latenigra Pic usw. 


IHERINGIA — Zoologia n.º 11 — junho de 1959 m 


B. Für das Schildchen. 


10) Basalecke (angulus basalis) des Schildchens (Abb. 4, Be). 
11) Basallücke (lacuna basalis), (Abb. 2, 3, B). Zwischen je- 
der Basalecke und der Deckenbasis kann eine Vertiefung liegen, in 
deren Grunde der herabgebogene Teil des Schildchens oder das Me- 
sonotum selbst liegt. Besonders gut sind die Basallücken entwickelt 
bei Arten von Callispa (Typ D und bei den Chalepiri und Uroplatini 


(Typ ID. 
C. Für die Decken. 


12) Innenecke (angulus summus), (Abb. 4, J). Sie liegt an der 
Spitze des Innenwinkeis (angulus interior) und schliesst bei voller 
Ausbildung an die Basalecke des Schildchens an (Typ D. Sie kann 
mehr oder weniger stark abgerundet sein, sodass Basallücken ent- 
stehen, besonders bei Typ II. 


D. Der Bau des Schildchens. 
(Abb. 5, 6) 


Das Schildchen ist ein Teil des Mesotergites. Handschin (Prak- 
tische Einführung in die Morphologie der Insekten, Berlin 1928, p. 
50, Dytiseus marginalis): “Das Mesotergit zeigt sich als kleines drei- 
eckiges Schildchen (scutum) zwischen dem freien Raum, der beim 
Schluss der Flügeldecken in der Längsachse des Tieres übrig bleibt”. 
Über dieses Schildchen, das in den Beschreibunsen fast immer als 
scutellum bezeichnet wird, habe ich keine Studien veröffentlicht ge- 
funden soweit es Hispinen betrifft. 

Das Schildchen erhebt sich über dem Mesotergit wie eine Schup- 
pe mit mehr oder weniger dickem Stiel. Seiten- und Hinterrand grei- 
fen auf die Decken über, die beim Zusammenlegen unter diese Rän- 
der geschoben werden. Letztere sind besonders bei gelbbraunen Ar- 
ten sehr durchsichtist, sodass zuweilen die genaue Grenze des Schild- 
chens nicht chne weiteres festzustellen ist (z. B. bei Arten von Oe- 
dionalpa, Anoplitis, Xenochalepus, Arescus) Die Durchsichtigkeit er- 
laubt manchmal, den Querschnitt des Stieles festzustellen. So sieht 
man, dass bei Spilispa imperialis Baly der Stiel dreieckig ist. 


E. Das Schildchen und sein Umkreis. 
(kurz der Umkreis). 


Typ*I. Das Schildchen liegt annähernd waagrecht, meist ohne 
besondere Skulptur und ist dann flach (Abb. 4). An der Basis fällt 
es steil zum Mesotergit ab. Dieser Abfall ist bei normaler Lage des 
Halsschildes nicht zu sehen. Der Umkreis liegt in gleicher Höhe, alle 
Ränder stossen meist zusammen, und die Innenecken sind dann gut 
ausgebildet. Basallücken können auftreten (Callispa) Zwischen Hals- 
schild und Schildchenspitze liesen alle Flächenstücke in gleicher Hö- 
he, es ist keine Vertiefung da. 

Typ I. Das Schildchen ist mehr oder weniger geneigt (Abb. 
6), seine Basis liest tiefer als sein Spitzenteil, der sich in Decken- 
höhe befindet. Der Sockel, auf dem sich das Schildchen erhebt, steigt 
zum Metatergit etwas an. Der Abfall zum Sockel ist nicht so steil 
wie bei Typ I und kann von oben gesehen werden (Abb. 2). Decken 


8 Erich Ubmann — Das Schildchen der Hispinae und Seine Umgebung 


\ ee | 
ohne ausgesprochene Innenecke, sie sind dort abgerundet und wei- 
chen etwa von der Mitte des Schildchen ab zurück, sodass beider- 
seits der Schildchenbasis Basallücken auftreten. Basallappen ausge- 
bildet, der untere Hinterrand am Lappenende von oben sichtbar. 

Beide Typen sind über beide Hispinenreiche verteilt. Es kom- 
men Zweifelsfälle vor, z. B. die Chaeridionini (Typ ID. 


Zu Typ I gehären: 

a. Neue Welt: Oediopalpini, Cephaleleiini, Hybosispini, Aresci- 
ni, Alurnini, Prosepodontini, Hispoleptini, von den Ureplatini: Pen- 
tispa teilweise, Microrhopala. 

b. Alte Welt: Botryonopini, Anisoderini, Aproidini, Callispini, 
Eeptispini, Eurispini, Cryptonychini, Exothispini, Promecothecini, 
Hispini, von den Gonephorini Wallaceana. 


Zu Typ II gehören: 

a. Neue Welt: Sceloenoplini, Chalepini, Uroplatini, mit einigen 
Ausnahmen, siehe oben I a. 

b. Alte Welt: Coelaenomenoderini, Gonopherini ohne Wallacea- 
na, Chaeridionini, Oncocephalini. 

Folgerungen für die Systematik lassen sich aus obigem nicht ab- 
leiten. 


E. Beispiele. 


Zu Typ I. Für die hierher gehörigen Hispinen beschreibe ich 
den Umkreis der Cephaleleia corallina Er. (Peru: Pachitea). Das 
5-eckige Schildchen ist mit der Umgebung ganz flach verwölbt (Abb. 
4). Es schliesst sich dicht an die Basis der Decken an, ohne Basal- 
lúcken, mit scharfem Basalwinkel. An den schwach entwickelten Ba- 
sallappen stösst es bei normaler Lage lückenlos an. 

Wie bei dieser Art liegen die Verhältnisse bei allen von mir un- 
tersuchten Cephaloleia-Arten mit Ausnahme der C. apicata Uh., die 
YicHeieht nicht in diese Gattung gehört. Bei ihr liegen neben dem 

5-eckigen Schilächen deutliche Basallücken, und der Basalwinkel ist 
völlig verrundet. 

Es ist selbstverständlich, dass bei den vielen Gattungen und Ar- 
ten der Cephaleleiini Abweichungen von diesem Musterbeispiel auf- 
treten, aber sie halten sich in engen Grenzen. Bei den Callispini da- 
gegen lassen sich 2 Gruppen unterscheiden. In die 1. gehören die 
Gattungen, deren Umkreis wie bei C. corallina beschaffen ist: Am- 
blispa, Spilispa, Pseudoeallisepa, Hispodenta; bei der 2. Gruppe wer- 
cen die Basallücken mehr oder weniger sichtbar. Hierher *sehört 
Callispa selbst. Diese artenreiche Gattung ist in der Ausbildung des 
Umkreises recht wandelbar. Bei C. bicolor Gest. und drescheri Uh. 
zum Beispiei wird das 5-eckige Schildchen überall von den Decken 
berührt wie bei C. corallina. Sobald aber bei anderen Arten der In- 
nenwinkel etwas herabwölbt, treten Basallücken auf. Der Decken- 
rand schliesst dann nicht mehr dicht an die Basalecken des 5-ecki- 
gen Schildchens an, zum Beispiel bei €. boettcheri Uh. Diese Bildung 
kann individuell abändern, sodass die Basallücken mehr oder weni- 
ger deutlich sichtbar werden, zum Beispiel bei C. luzonica Pic. Auch 
subjektive Beurteilung kann eintreten. Man kann die Arten eintei- 
len in solche mit kleinen oder mit grösseren Basallücken. Kleine 
Lücken haben zum Beispiel pusilla Gest., procedens Uh., elegans Ba- 


IHERINGIA — Zoologia n.º 11 — junho de 1959 9 


ly und die aírikanischen Arten mit zungenförmigen Schildchen. Grös- 
sere Basallücken haben bowringü Baly, amabilis Gest., corpulenta 
Uh. Die Arten beider Gruppen haben ein Schildchen mit mehr oder 
weniger breiter Basis. Es kann 5-eckig. breiter verrundet oder auch 
länglich und dabei verrundet sein. Je schmäler die Basis wird, umso 
deutlicher treten die Basallücken hervor. Der Basalwinkel der Dek- 
ken verrundet sieh in verschiedener Weise. Besonders auffällig sind 
sie bei C. duodecimmaculata Chap. abgerundet, sodass man glaubt, 
Typ II vor sich zu haben (siehe Abb. 3). 

Zu Typ II. Die artenreiche Gattung Scelcenepla der Sceloeno- 
plini hat fast stets ein schräg stehendes Schildchen, nur bei meinem 
einzigen Stück der Se. elongata liest seine Oberfläche flach wie bei 
Cephaloleia corallina. Es lassen sich aber wegen dieses einzigen 
Stückes keine Schlüsse ziehen. Die Basallücken sind in verschiede- 
nem Grade entwickelt, die Basalwinkel fast immer verrundet. Basal- 
lappen bemerkbar, schwach abfalleng, ohne besondere Skulptur, höch- 
stens mit feiner Querlinie (lineolata Uh., carinata F.), bei einigen 
Arten ist er kaum entwickelt (lydiae Uh., monrösi Uh.). 

Bei den Chalepini und den meisten Uroplatini (Ausnahmen sie- 
he oben I a) ist der Hinterlappen mit seinen Skulpturen gut entwik- 

kelt (siehe Halsschild 5 — 9), (Abk. 2). 
Unter den Uroplatini haben einige Probaenia-Arten und von den 
Chaeridionini Chaeridiona ein Schildchen, dessen Oberfläche zwei Tei- 
le zeist: einen kurzen abfallenden und einen grossen horizontalen, 
sodass Typ I vorgetäuscht wird, z. B. militaris Baly, tesselata Ws., 
variolaris Ws., triquetra Uh., viridiceps Pic 


G. Die Hinterränder des Halsschiides. 


Musterbeispiel: Oediopalpa guerinii Baly «Abb. 1). Für uns 
kommt nur der an die Decken grenzende Teil in Betracht. Was wir 
bei der üblichen Betrachtung als Hinterrand (a) bezeichnen, zieht 
sich von Hinterwinkel zu Hinterwinkel hin. Wir nennen ihn genauer 
“oberen Hinterrand”, kurz “Oberrand”. Er begrenzt nach oben eine 
Fläche, die bei unserer Art nach der Unterseite steil abfälit, die 
“Hinterfläche”. Sie wird sichtbar, wenn der Halsschild etwas nach 
unten geneigt ist. Diese Hinterfläche wird unten begrenzt durch den 
“unteren Hinterrand” (b), kurz “Unterrand” und nach aussen vom 
“Aussenrand” (d). Nach dem schwachen Hinterlappen zu vereinigen 
sich Ober- und Unterrand, sodass 2 Hinterflächen bei Oediopalpa 
vorhanden sind. 


H. Die Hinterfläche des Halsschildes. 


Die Hinterfläche ist verschieden ausgebildet. Sie kann auch zur 
Scheibe des Halsschildes verschieden geneigt sein: oft stark abfallend 
(Oediopalpini) oder nur etwas schräg geneigt. (Chalepini). 

1) Ober- und Unterrand können eine quere Fläche umgrenzen. 
Sie laufen dann mehr oder weniger parallel nebeneinander her (Abb. 
5). Es können sich auch beide Ränder in der Mitte nähern, sodass 
die Fläche sehr schmal werden kann: Anisoderini (I), Leptispini (I), 
Promecothecini (I), Wallaceana (I); Agenita (II), - Wallacispa (II), 
Agoniella (II), Monagonia (II), Balyana (II). 

Bei den Chalepini setzt sich der Oberrand mehr oder weniger 
konvex ab, der Unterrand bleibt scharf: Baliosus indutus Uh., Ano- 


10 Erich Uhmann — Das Schildchen der Hispinae und Seine Umgebung 


plitis heringi Uh. So auch bei den Uroplatini. Bei Anisochalepus 
wird der Oberrand breit und stark wulstig. 

2) Die genannten Ränder können in der Mitte durch eine Wöl- 
bung (Konvexität) gewissermassen mit einander verbunden sein, so- 
dass beiderseits eine Hinterfläche abgetrennt wird: Cryptonychini (I), 
Areseini (I), Hispoleptini (I). Der Oberrand ist fein konvex und 
bleibt vom Unterrand getrennt: Heterispa (II) Downesia (IJ). 

3) Der Oberrand kann in der Mitte unterbrochen sein: Gono- 
phora (ID. Je nach Richtung des auffallenden Lichtes erscheinen die 
Ränder einander mehr oder weniger genähert. 

4) Die Ränder sind alle verrundet, es entsteht eine unscharf 
begrenzte Querfläche, so bei Sceicenopla-Arten. Bei Sc. godmanni 
Baly ist sie in der Mitte unterbrochen, zwei Hinterflächen sind an- 
sedeutet. 

5) Die Ränder können vorm Schildchen vereinigt sein. Es gibt 
dann 2 seitliche Hinterflächen (Abb. 1): Oediopalpini (I), Botryono- 
pini (I), Eurispini (I), Callispini (D, Cephaloleiini (I), Hybosispini 
‘I), Alurnini (I), Prosopodentini (I), Coelaenomenoderini (II), Onco- 
cephalini (ID. 

Diese 5 Abteilungen lassen sich manchmal nicht ganz scharf tren- 
nen. Betrachtungsweise und Spiegelung an den gewölbten Flächen 
können die Sicherheit des Urteils beeinflussen. 

Von diesen 5 Abteilungen unterscheiden sich die Hispini. Bei 
ihnen ist keine Hinterfläche entwickelt, sondern der Halsschild läuft 
hier gegen die Decken mit dem Oberrand aus. Vor ihm befindet sich 
der Antebasalrand, (siehe weiter oben unter 1). 


I. Die Basis der Decken (Bd). 


Die Basis der Decken ist mehr oder weniger nach dem Halsschild 
zu erweitert. Fast gerade schneidet sie mit der Basis des Schildchens 
ab bei den Hispini. Beiderseitis vorgezogen (mehr oder weniger) ist 
sie bei Typ I, dadurch wird der Oberrand und damit der Halsschild 
selbst dort mehr oder weniger doppelbuchtis, deutlich bei O€diopal- 
ra (Abb. 1), schwächer bei den Alurnini. Bei Typ II ist jede Basis 
sehr weit vorgezogen, sodass sie den Halsschild ein Stück überdeckt, 
cen Oberrand gewissermassen beiseite schiebt und ihn doppelbuchtig 
macht (Abk. 2), z. B. Uroplata, Chalepus, Baliosus, Heterispa, Onco- 
cepkala, Gonophora. 

Durch diesen kurzen Abriss, glaube ich, künftigen Bearbeitern 
der Hispinen gezeist zu haben, welche Teile des Körpers des Studi- 
ums und der Beschreibung noch harren. Vielleicht gibt es auch noch 
andere Käferfamilien, bei denen das Schildchen und seine Umgebung 
zu speziellen Arbeiten anregen. 


Zu den Abbildungen. 


Abb. 1. Oediepalga guerinii Baly. (Panamá: Pt. Armuello). 
Halsschild von hinten gesehen. Die Hinterfläche (H) ist punktiert. 


a = oberer Hinterrand, Oberrand. 
b = unterer Hinterrand, Unterrand. 
c ı= —Aussenrand. 


IHERINGIA — Zoologia n.º 11 — junho de 1959 11 


Der Oberrand endet in den spitzen Hinterecken, vor denen je ein 
keborsteter Porenpunkt liest (P). Die Seitenränder sind kurz ange- 
deutet. Der Unterrand trägt steife Borsten (einfache Striche). Der 
Halsschild ist in der Mitte lappenartig vorgezogen (L), Ansatz zum 
Hinterlappen. Er ist von der Scheibe durch eine feine, strichförmi- 
se Linie (S) getrennt. 

Abb. 2. Chalepus marginiventris Chap. Halsschild, Schildchen, 
Decken. Dargestellt sind auf dem Halsschild die Vorderecken mit den 
Eckborsten, hinten der Hinterlappen (L) mit dem oberen Hinterrand 
(a). Vor diesem ist der Eindruck der Scheibe (D) angedeutet. Hin- 
ter dem oberen Hinterrand fällt der Lappen zunächst bis zum Quer- 
eindruck (Q) ab und von diesem wieder bis zum unteren Hinterrand 
(b). Schildchen beiderseits mit der Basallücke (B), punktiert. Der 
Abfall zum unteren Hinterrande (b) ist schraffiert. Die Fläche zwi- 
schen dem oberen Hinterrand und der Spitzenhälfte des Schildchens 
liest tiefer als die Flächen des Halsschildes und der Decken. Bei Typ 
1 ist also der untere Hinterrand sichtbar. Alles, was zwischen dem 
oberen und unteren Hinterrand liegt, ist ein Teil der Hinterfläche 
dies Halsschildes, die bei Typ II sichtbar ist. 

Abb. 3. Callispa duodeeimmaculata Chap. Das Schildchen und 
sein Umkreis. 


die sebogene Oberfläche des Schildchens. 

die Basallücken, schräg schraffiert. 

der zylindrisch sewölbte Basallappen. 

die Grube des Halsschiides vor dem Basallappen. 

die Querlinie des Halsschildes. 

die Linie, auf der der Oberrand und die Deckenbasis zusam- 
menstossen. 

= die Eckporen mit der Borste. 


YunnwW» 
Neo 


ar 


Abb. 4. Cephaicleia corailina Er. 4. Halsschild, Schildchen. 
Deckenbasis, Kopf nur angedeutet. Das 5-eckige Schildchen schliesst 
ein punktiertes Dreieck ein, das durch die durchsichtige Oberfläche 
‚hindurch scheint. Es ist der Querschnitt des Schildchens. Der unpunk- 
tierte Teil des Schildchens liest über der Deckenbasis. Der Halsschild 
zeigt vorn die beiden “Eckborsten”, die keine besonders entwickelte 
Basis haben. Die Seitenränder zeigen die leistenartigen Seiten, davor 
punktiert die verflachte Absetzung der Scheibe. Typ I. Die hintere 
Grenzlinie des Halsschildes ist der obere Hinterrand (a). 


Basalecke des Schildchens. 
Innenecke der Decken. 


Be 
I 


Abb. 5. Chalerus sanguinicollis L ssp. australis Uh. Mitte der 
Hinterfläche des Halsschildes, Mesotergit, Schildchen. 


Schildchen. 

Mittelteil der Hinterfiäche mit seiner Grube. 
fesotergit mit seiner {einen Behaarung. 
Sockel des Schildchens. 

Oberrand. 

Unterrand. 


Tenzu» 
I ni 


12 Erich Uhmann — Das Schildchen der Hispinae und Seine Umgebung 


Abb. 6. Chalepus sanguinicollis L. ssp. australis Uh. Schild- 
chen im Profil. Sein Sockel steigt nach dem Metatergit zu etwas an. 


Resumo: 


O presente trabalho é uma contribuição preliminar ao estudo de 
escutelo e sua visinhança nos Hispinae, região que até o presente tem 
encontrado menos atenção por parte dos entomólogos; para a carate- 
risação exata dos pormenores, foram creados vários termos técnicos 
novos. O autor distingue dois tipos básicos, que são ilustrados com 
exemplos. 


Abstract: This is a preliminary contribution to the study of the Scu- 
tellum and its surroundings among the Hispinae, an organ that, ge- 
nerally, is given less attention by the entomologists. The author es- 
tablisnes two basic types of Scutellum creating their respective ter- 
minology and illustrating them by examples. 


IHERINGIA — Zoologia n.º 11 — junho de 1959 PLANCHA N.º 1 


mm 


Abb. 1. Oediopalpa guerinii Baly 


Abb. 2. Chalepusmarginiventris Chap. 


ERC nd rm a En ee | era, un Feen, Soo U bay“ He pres wi h a ae 
B x en 


ge 1 
é E ' 2 
h pe Va 
een E 
s k 
Y ” > a cá 
. ey P 
Res 
x 
“ 
’ 
a s 
N 
k = 
+ je >. 
q &” 
a. 
j a’ 
ne a 
” en R 
f 
A mv 
Tait 5 k 
nm À 
at 
2 “er to 
= Ea Prada nl 
, 
' 
i 
w ; uy Ri 


IHERINGIA — Zoologia n.º 11 — junho de 1959 PLANCHA N.º 2 


= 
OA5 mm 


Abb. 3. Callispa duodacimmaculata Chap. 
& 


Amm 


Abb. 4. Cephaloleia corallina Er. g Peru. 


D 


3 etz kun try 1 fi 
O gt dublar 
Ce mr CE 


- He 
=; a 


penal 


Abb. 5. Chalepus sanguinicollis L. ssp. australis Uh. 


Ta ae Metatergit 


-— ad 
U TE I peão AZ 


Abb. 6. Chalepus sanguinicollis L. ssp. australis Uh. 


IHERINGIA — Zoologia n.º 11 — junho de 1959 PLANCHA 


N.º a 


ee nee 


REAÇÕES DO MUSEU RIO-GRANDENSE DE CIÊNCIAS 
NATURAIS 


“IHERINGIA” 


' Série ZOOLOGIA . 
Nº 1 — fevereiro de 1.957 — Ludwig Buckup e Erica H. Buckup — 


“Catálogo dos Moluscos do Museu Rio-Grandense de Ciên- 


cias Naturais” — pp. 1-40; 

AN.» es. fevereiro de 1.957 — Oscar M. Fróes — “Notas Quelono- 
lógicas — I. Atualização da nomenclatura dos quelönios 
brasileiros” — pp 1-24; 

N.º 3 — fevereiro de 1.957 — Jan Bechyné — “Provisorische Liste _ 

der Alticiden von Rio Grande do Sul, (Col. Phytoph. Chry- 
someloidea)” — Pp: 1-52; 

N.º 4 — fevereiro de 1.957 — Pe. Pio Buck S. J. — “Insetos eria- 
dos em galhos cortados” — pp. 1-7; | 

N.º 5 — outubro de 1.957 — Thales de Lema — “Bicefalia em ser- 

pentes" —-pp.1-8, plo 1-45 

N.º 6 — novembro de 1.957 — Ludwig Buckup — “Pentatomideos 
Neotropicais — I. Söbre o genero AGROECUS Dallas, 1851 . 
com a descrição de duas espécies novas (Hem. - Penta- 

E “tomidae)”. — pp. 1-18, pl. 1-2; 
N.º 7 —- dezembro de 1.957. — Eriea H. Buckup — “Estudo das 


variações de Bothriurus bonariensis (Koch, 1842) e sôbre 
a invalidez de Bothriurus asper Pocock, 1893 e Bothriurus 


semiellypticus: Prado, 1.934” — pp. 1-23, pl. 1-5 e 1 tabela; 

N.º 8 — dezembro de 1.957 — Oswaldo Baucke — “Cerambicideos 
do Rio Grande do Sul — III” — pp. 1-30; 

N.º 9 -- maio de 1.958 — Erich Uhmann — “Färbungskreise dreier 

Hispinae aus Súdbrasilien — 191. Beitrag zur Kenntnis 

se der Hispinae (Coleopt. Chrysomelidae)” — pp 1-14, pl. 1-2; 

N.º 10 — dezembro de 1.958 — Thales de Lema — “Notas sôbre os 

Répteis do Estado do Rio Grande do Sul - Brasil, Notas 


Ia IVº — pp. 1-31, pl. 1-6. 


Série BOTANICA 


N.º 1 — setembro de 1.958 — B. Rambo S. J. — “Asclepiadaceae 
“Riograndenses” — pp. 1-57; 

N.º 2 — outubro de 1.958 — Johannes Rick S. J. — “Basidiomyce- 

E tes Eubasidii in Rio Grande do Sul - Brasilia — 1. Auricu- 


- lariáceae, Sirobasidiaceae, Tremellaceae, Dacryomycetaceae” 
— pp. 1-56, fig. 1; 


N.º 3 — maio de 1.959 — B. Rambo S. J. — “Apocynaceae Riogran- 
denses” — pp. 1-23; 
maio ú 
“Nº 4 — NE de 1.959 — Johannes Rick S. J. — “Basidiomycetes 


Eubasidii in Rio Grande do Sul - Brasilia — 2, Thelephora- 
ceae” — TT pp. 57-124. 


ut Re o cd As MAG em a) am 
8) & ee DB > 'S mais rm 
= 7) = w Ra 
NOILNLILSNI NVINOSHLINS Sa I4vyg Mi BRARI ES „>MITHSON AU 
N 2. 
- E = P. :E NS ES = N 
| z IDEEN 3 AR 
EM EMEA ERR SER 
E ZN E 
= > = Me = 
> 3 Te) de 142) 4 zZ 2) 
LIBRARIES SMITHSONIAN INSTITUTION NOILNLILSNI_ s3l 
= < wi zZ ei 
a 0 en (02) ST 
e. = X = o 
«< “ —] <<. | x 
X ° o [6 - x 
pe ie Ö cases 6) a u 
: Ex «az co) Na Ro: 
NOILNLILSNI_ NVINOSHLINS LIBRARIES SMITHSONIAN INST 
Er = u = = — 
= = 5 > Ey: 
»> = > = Da LH >» 
2 En ai je er 2 ie aha ji 
| nl, z A z = 
Li B RARI ES | SMITHSONIAN INSTITUTION NOILNLILSNI  NVINOSHLINS S3 Iê 
Pa o : É do, É e 
4 z =] Mr = Ec G 
õ 2 NR 5 IE m | Z 
z = \ : = ; F # 7! E z, 7 
= N É é o 
_NVINOSHLIWNS S3lyvygı? LIBRARIES SMITHSONIAN INSTI 
ze u > 4) } > | 
(77) u o uu O a 
= a E = oJ 
= | 3 = & a | 
Cc .< c X “e. 
+ en | = = 
= [88] em o - um 
O BW E O da |) 
« 4 N a | at 4 
LIBRARI #8 „SMITHSONIAN, INSTITUTION _NOLLNLLLSNI_NVINOSHLINS_ 53 ta 
o «o o o Na SA 
5 sf a E I, Ä I 
E Ai a = > a 
= 0 7 2 ; 2 
— on pr (97) O re 
NOILNLILSNI NVINOSHLHAS S3 I4uvyg e po MITHSONIAN 
< E -< E < 
z I = er =. 
2 2; 2 2 \2' 
E Ro E > E 
PE > E CE E. 
LIBRARIES SMITHSONIAN _ INSTITUTION NOLINLILSNI NVINOSHLINS Sa] 4 
BE BEN ee o e o / 
E27, a = a < 
WE fo fo 
E GG | 5 am = co 
er À z Fi z + HR 
NOILNLILSNI, NVINOSHLINS S3 Idvyg KA LIBRARI ES_ SMITHSONIAN_INS 
TEN ET pe qm O oi Ve Ui A O Ao. ses 1) 1) VE 


ASS 5 = 
3) E VA IA 5 E = 
So 7 e» sa E 
pal SÁ m qn nm 
z 7 ES zZ 


LILSNI NVINOSHLINS S31IUVYAII_LIBRARIES 


us L; ; 
GN 


SMITHSONIAN INSTITUTION NOILNLILSNI NVINOSHLINS S31UV4411 


SMITHSONIAN INSTITUTION 


NVINOSHLINS _S31UVU%! 


SMITHSONIAN 


SMITHSONIAN 
5 Pp / 


SMITHSONIAN 
NVINOSHLIWS 


ARIES 


(42) == 12) ser N 

De 7 ul 7 e 

DE o [a po X 

eu ps < en. < 

ie Er oc E o 

23 z = z a 
LILSNI S31I3V4911 LIBRARIES SMITHSONIAN INSTITUTION 

E E a er = R er 

(98) = (88) > os] 

2 9 0] I I 

> ce > he “> 

E E E e a 

m m 

7) = > < w 


- SMITHSONIAN INSTITUTION NOIINLILSNI NVINOSHLINS S31UVYy417 


a ES 3 Gli. 2 = 
= ENS 2 TÄFE = 
Br ie = N >‘ = > 
R = 72) Roo z (77) zZ 
1 ILSNI_ NVINOSHLINS s314uVy4g I1_LIB RARIES _INSTITUTION 
= a > 7 wu = 
a Ee a = ‚a 
—  <&£ | < é; ce 
E NA IV o = po Ne 
Ea E S [08] q o: o 
E RE 3 2 2 
A RI ES_SMITHSONIAN _ STB NVINOSHLINS S31UV4al 
4 m For 
n/a = . 9 E pe Ne. O 
A = = A = 
Ey m > 2 
“a = E E E 
z 5 Z E z 
mM S SI3IHVITIN LIBRARIES 
ze om pad Se‘ N z 
= & pe = = 
=. + = + z 
É a E 2 2 
“8 OQ. E 6) e a 
sm < 2 < ia 
| ARI BRR ERNTHSONIAN _ INSTITUTION SNOLINLILSNI_ iR 
oe Wu PR; tus 2 u 
X. = = = o 
« *; < 
= Sa a & oc 
no SA 2 En rm a 
| JRRE QMMNVINOSHLIAS 53 I4vyg ta LIBRARI ES SMITHSONIAR INSTITW ERS 
a 
U) "5 AP RR o GR A Pr TERRA q 7: 


pr H ARE 
REA ren 


ent 


ee we 
UC po I re 


Pur PE 
A Rn est 
EL 


er ba 
re 


TRIER 
ne, Ir 


Pa 


Ko Er 

pé) a 

“ fes Aa 
x 


RR 
# Ara o 
aço rasche zelnen 
Er u) Ee FRA Pery Ir Mv E 
ER o at Lg sá pod 
RER Eu a, 
; PRE y EHEM 
E EA RARA 


A EEE 


jose 


e to 
efe q 
io. 


En 
Cir Lia Sd 
leiser 


E UI SPO 
Y ditos A 


Fehr 
ea 


hi 


Wann 


En ER brio 
A TE Romi 
Mrs Ro Par dor 
o qua PASO Ui N AN 
ko 
polo ee BET ars a In ni 
N A 


alte, 
TE A by 
Rate np mago ar 1746 
MEX PLS RA fo De RJ q 
ips Ro Po laio ade EO pai golpear 
REGE than She eg Bereit, 
4 nie as ir rates ee is MAE a 
th a , Liss has 47 
7 Vida É ob a 


a PRE 


or Kuala 
4 
EHRE BER 


ar ware 
ı 
pb PEA 
nor eu 


PERO É 

JANE 

a Hs 
AR ET APS ae Bi 
go so Lego ut, | 
FPA MES RA 
aU ira wir Dra 2} 


KR 


N ed 


N fr 
4 
He: 

Bene 

sm RE Kar 


ng 


Dane 
Be er 


Para 
Rn, + 


a 
vs 


Er 


E 
finder PORT 4 E 
Slade 
FEAR 
al 
ae by 


ABU fab Er 


a 


ao u 


a 


FARA 


FIAT 


de Et wir 


EEE ra 
a uegto 


ER Rai 
ET 


"aro NT A 


Mind] ale + 


as 


"o EUR Ye NER 


mts Fe ag. RR 

ren 642 goto 

A AA a Mep a 
u nee KENT 
RER A FRA 


a mê 
Br o FR GER 
ae: 
TEN ee 
” dg KA Fr 
ware 


FAR 
a RAR 


FESP ET PIA 


RR Ad Met 
SSL SID A 


pra 


Paar tz 
eat Ao bia 
Pr 
7 + Hindi l IC 

tr CDE mg er BE . 

Er NENERBEF 4 
a 

a Be 

ER 
RE 
Arab RODA er 
a te Sal 


’ 
Herr 
O da 


PAT 

TA Wet En 

Bu Pa Rea É DR 
Ma, Ai PASCHA, 

AR ) SMA e 

E to E LD a 
RE HH De DS Rn 

ww Pe PU 
| CM 1 
EEE 
u Le IE 
A ca 
\ RARA me 
Eater RI, 


FA 
ni a 


Po ER Wa E 

PAM, Y 

FTA PO 
AHA #4 Bat 
Fish Pr A 

Bar) NP RR 

PR 


ar EM 


q RIA P 
WS a ts 


vn é 
r brrr EC NR 
MN 

f 

er Ra be idade 


et 
OS 


om 


ver 

4 NU Toi 

Fur at 8 m E a, 

TA UMAS PA, ar 
da 


art Een Sid 
HOHER 

Be ET pio 
Pç RA abas 


a 
EA 
cy PER AD ns ERRO ar I 
RN Lora hin BEN a 


Ma q 47 
PTTE NET EHI! Mt oh, 
dar E 
em a 


VERSA wen Bern HB Ri 
a 
A 
at Jin] BRUT, 


AM, Vrtevro 
ar 
au AR 


Br LILFER 
La Le A ”, ie A A, (U dd, Eds 
LA AAA k 
e pascido ‚An, 
NDA En ra na N + 
ro ho H air 
EN KR 


FERAS 


en 
HA 


AURA E 

EFT unter 
Mina“ Asa dia 
"o, nt 


N 
2 wu 


va a 


; An 
am Ta Ot 
er 
ne RA ts NA) 


a 


EA TEA TE DAE a ARA 
TARA 
Ira 
ERA poda tie, 
dp hee eb VIA 
MILA fa 7 


wur re p Aah+ 
MANN 
Hupaed, a tar, 
e | ab iod 
ER n9 143 
er NE 
f dee der 
KANTE 


u Rn PAR Fi 
da PS Arad 


Rr 


Cy 
ha 44 cepa ta 


\ ERRA eidg 


y 


q 


“ir 


AM a 
“a Mg se, 
ee BERRY 
un en hen! 
En CH ACH EUR 


Ye 


nº RAND, 


a 


R 


ia